SUBJECT: Re: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/08/2002 02:11
Eu li o texto e ele não é muito bom (mas não sei bem a qual público ele é
destinado). Há uma série de erros e impressições. O que vc sugere que eu
faça? Envio uma crítica para onde especificamente? Qual o público a que se
destina o texto? É um texto que pretende ter algum rigor ou é uma divulgação
sem maiores pretensões? Se eu avaliar este texto como avalio textos
científicos para públicação o rigor será bem maior. Qual a medida de rigor
que devo usar? Se é que vc tem interesse nesta avalizção.
DFG
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; SBCR <sbcr@yahoogrupos.com.br>;
STR_Brasil <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, September 30, 2002 9:24 AM
Subject: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
Ainda não está on-line para o público esse breve mapeamento do 'surgir' das
ciências:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto55.asp
Estou solicitando sugestões específicas aos vários especialistas nos
diversos ramos (O Takata, por exemplo, já foi importunado para criticar a
leitura do Aparecimento da Biologia).
Aos historiadores (e filósofos de carteirinha) a leitura poderá interessar
ao ponto de me enviarem sugestões/críticas etc.; sempre no espírito de como
se desenvolveu o Imperdível (o qual, após a entrega do prêmio dos 2 000 000,
já teve mais 75 000 consultas!).
aquele abraço a todos,
Léo
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SUBJECT: Rafael Kaufmann, o pedante
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/08/2002 02:56
Pedante é alguém que quer demonstrar um conhecimento que na realidade não
possui. É o caso do co-listeiro Rafael K. Antes que alguém diga que isso é
uma ofensa, eu adianto que é apenas uma constatação de fatos. É pedante e
ignorante (ignora um assunto) no que se refere à lógica. Na última mensagem
fugiu covardemente de uma argumentação enunciando uma falácia ad h.
(reproduzo-a no fim da menssagem).
Vou esperar para ver se esse sujeito (RK) tem a hombridade de admitir que
errou. Ou será que é um impostor pedante mesmo?
Para continuar alguns esclarecimentos:
Irving Copi: Introdução à Lógica (1978), pg 184:
"Regra 1: Um silogismo categórico válido deve conter exatamente três termo,
cada um dos quais deve ser usado no mesmo sentido durante todo o raciocínio
ou argumento".
Exemplo (argumento não válido), pg 91:
"O fim de uma coisa é a sua perfeição
A morte é o fim da vida
Logo A morte é a perfeição da vida
Este argumento é falaz, porque nele se confundem dois sentidos diferentes da
palavra "fim". A palavra "fim"pode significar "meta" ou "último
acontecimento".
Lógica, Paulo Margitti:
"Regra 1: Três termos somente.
Exemplo (argumento não válido):
O cão é uma constelação
O cáo ladra
Logo uma constelação ladra"
Rafael Kaufmann, o Pedante, definiu:
"Uma Coisa Com Quatro Pernas é qualquer item material dotado de
quatro extremidades aproximadamente verticais nas quais se apóia a
maior parte da coisa."
De acordo com as regras de definições:
Idem, Pp 131 - 134:
"Regra 1: Uma definição deve indicar os atributos essenciais da espécie
Regra 3: Uma definição não deve ser excessivamente ampla...
Regra 4: Uma definição não deve ser expressa em linguagem...figurada"
Não precisa comentar que estas três regras são violadas na definição acima.
Grámatica da Língua portuguesa, Luís Antonio Pg. 356:
"Catacrese é o emprego imprópio de uma palavra ...,por esquecimento ou
ignorância do seu étimo.
Exemplos: pé de mesa, braço de rio, cabeça de alfinete, pé de goiaba, ..."
O coitado do Rafael acha que mesa realmente tem pernas, no sentido literal,
e que estas não são distintas de patas de um animal. Neste caso, como fica
tais silogismos:
Eu tenho pena do Rafael.
Silogismo.
Todo ser que tem pena é uma ave
Eu tenho pena
Logo eu sou uma ave.
Não vale, de acordo com RF, dizer que o silogismo possui quatro termos, pois
isso não é válido.
Repetindo:
Vou esperar para ver se esse sujeito (RK) tem a hombridade de admitir que
errou. Ou será que é um impostor pedante mesmo?
Mais uma vez, um pedante é aquele que quer demonstrar um conhecimento que
não tem, por isso é um impostor. Não estou ofendendo ninguém, só constatando
um fato.
A falácia ad homi.:
"Caro Douglas,
Obrigado pelo curso de lógica. Eu, que NUNCA havia estudado o assunto,
NUNCA havia ouvido falar de lógica, sou INCAPAZ de pensamento racional
(ou de qualquer outra coisa que não seja mandar mensagens DELICADAS
para pessoas que, de tanto que insistem no que falam, estão claramente
CERTAS), o achei incrivelmente ÚTIL. E tenho certeza de que a lista
inteira AGRADECE sua contribuição IMPRESCINDÍVEL, pois, claramente,
vários outros membros também não conhecem NADA de lógica e NÃO são
capazes de pensamento racional. Daí terem demonstrado sua INFERIORIDADE
intelectual, não conseguirem perceber, como eu, que você estava CERTO e
todos os outros ERRADOS."
Como dá para perceber, não rebateu um argumentinho seguer. Vou esperar para
ver se ele vai continuar fugindo de forma covarde (pois a fuga é acompanhada
de ofensas, no caso dele).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] derrota? acho que nao.
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/08/2002 17:56
Vc tem razão. Desculpe me pelo termo "derrota", pensei em mudá-lo mas já
tinha enviado a mensagem.
DFG
----- Original Message -----
From: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 12, 2002 4:52 PM
Subject: [ciencialist] derrota? acho que nao.
At 11:13 12/10/02 , you wrote:
>Vc não respondeu ao argumento dele. Sinal de derrota.
>
>DFG
EU ACHO QUE EU APRENDI ALGUMAS COISAS.
ENTAO NAO FUI DERROTADO.
SO GANHEI.
(risos)
L.E.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus não joga dados ?
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/08/2002 18:15
Creio que é uma invenção humana. Seria bom ler os textos de Wittgenstein
sobre a filosofia da matemática.
DFG
----- Original Message -----
From: Jaison Carvalho <jaison@isadobrasil.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 10, 2002 9:20 AM
Subject: [ciencialist] Deus não joga dados ?
Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não tive
muito sucesso nas respostas
a minha dúvida é :
Seria Deus um matemático ?
a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis ,
como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na
natureza , como o
segmento de reta ou o circulo perfeito.
Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o
mundo graças a matemática.
Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a
relação da matemática e a verdade )
Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode
jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2002 01:11
> Salve, Douglas!
Salve!
> Não conheço esse livro do prof. Margutti, não, mas fiquei
> muito interessado. Você pode me passar outros dados, tipo editora, ano de
> publicação, etc.?
Margutti Pinto, Paulo Roberto. Iniciação ao Silêncio. Análise do Tractatus
de Wittgenstein. Edições Loyola. Coleção Filosofia, São Paulo, 1998.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2002 01:25
> deus pode criar um objeto tão grande que ele mesmo não possa carregar?
Douglas: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível. O que não é
possível é não ser, não é nada. Por isso sua frase refere-se a algo que só
tem existência linguística e não Ontológica.
> Os exetas
> judeus há 3000 anos masturbam seus cérebros buscando resposta. Ajunte os
> teólogos cristãos e muçulmanos, e o resultado é uma zona total.
> Deuses não se discute: lamenta-se.
Douglas: Buscar respostas não é privilégio de Teólogos, mas dos seres
humanos em geral, excluindo alguns poucos místicos que preferem ficar em
silêncio.
> E ao fim e ao cabo, saber ou não saber, que utilidade tem? aumentar a
> angústia?
Douglas: Ou diminuí-la.
> Se cada religioso tomasse a si a tarefa de educar apenas uma criança
> carente, os resultados para nosso país serem bem melhores e teriamos menos
> profetas e mais cientistas.
Douglas: Eu trabalho com educação e te garanto q pelo menos em MG se não
fossem determinadas ordens religiosas uma grande parcela das crianças
ficariam sem escola e uma educação digna (não aquela que o Estado está
oferecendo hoje em dia, quem trabalha com educação sabe do q estou falando).
> "Credo quia absurdum" - com essa frase Tertuliano resume a não-busca:
apenas
> acredite se quiser.
> sds cépticas,
Douglas: Por ironia, a posição de Tertuliano é considerada uma posição
cética! (fideísmo). Curioso não! Aliás houve na história muitos céticos
religiosos. Mas o ceticismo nunca combinou muito bem com a ciência.
DFG
P.S.: A Igreja considera o fideísmo uma heresia. Ter Fé sem uma Razão que a
embase é heresia.
> ----- Original Message -----
> From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, October 13, 2002 6:37 PM
> Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>
>
> >
> > (Quem criou Deus?
> >
> > D: O termo "criar" aplicado a Deus tem outro significado, um significado
> > particular que só se aplica a ele.
> > Sendo Ele o Creador, creou o próprio ato de criar e antes disso não
havia
> > como criar nada.
> >
> > O que Deus estava fazendo antes de criar o
> > > tempo e o espaço?
> >
> > D Quem "faz" são as criaturas, não o Creador.
> >
> > Deus pode se auto-destruir?
> >
> > D: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível, o que não for
> possível
> > é não-ser. A auto destruíção de Deus é um não-ser, só existe no campo
> > linguistico (não tem existência ontológica).
> >
> > D: Além disso, o verbo aplicado ao ato de Deus é desprovido de tempo,
por
> > isso Ele creou, crea e continuará (se quiser) creando o mundo
> > (sustentando-o). O que é bem diferente do uso que a ciência faz do termo
> > "criação". Por isso o criacionismo é um engodo tanto no campo da ciência
> > como no campo da Teologia. (creio que isso não é discussão para a
> ciência).
> >
> > DFG
> >
> >
> >
>
>
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2002 01:30
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> O problema e' justamente a *** facilidade***. Ai' entram diversas
> especulacoes. A questao e' delinear bem o contorno do sistema.
>
> Douglas: Não entendi essa "facilidade". Como assim?
Basta assumir algumas premissas ad hoc e, voilá, temos
uma "explicação" via seleção natural. (Na verdade com
qq teoria temos esse problema.)
Douglas: Vc quer dizer explicações + ou - do tipo: "O homem tem medo de
insetos porque seus ancestrais tinham que disputar o fundo das cavernas com
esses animais desagradáveis e o medo foi adquirido e herdado". Creio q é
isso q vc está dizendo, n é? É o mesmo problema da psicanálise.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2002 01:43
On Sat, 12 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> 2-Se eu sinto, pode ser verdade
> Douglas: Verdade inventada (cultural-linguistica) ou verdade ontológica?
Não sou filósofo, portanto meu uso de termos técnicos se resume ao usual
cotidiano.
Douglas: É Verdade MESMO ou invensão humana (cultural).
> 3-Se o outro sente o que eu sinto, há grandes chances de ser verdade
> Douglas: E como vou saber disso se o "sentir" não é objeto de observação
> (atráves das palavras não é possível, pois estas nem sempre espelham a
> realidade, mas as vezes são apenas ferramentas úteis)
O termo "sentir" foi empregado como o ato de usar os sentidos. Portanto
quando vc olha para um objeto vc o está sentindo. Como não usamos apenas a
visão preferi usar "sentir" por ser mais abrangente.
Douglas: Mas eu não vejo simplismente. Eu sei que vejo. Eu escrevo que vejo.
E onde um radiologista vê um cancer (numa radiografia) eu não vejo nada, só
manchas brancas e pretas. Nós, humanos, aprendemos a ver. Já jogou
videgoame? No começo não dá para entender o que se passa na tela, depois se
acustuma e manobras que pareciam impossíveis ficam fáceis. Aprendemos a
perceber, e não simplesmente percebemos.
> 4-Se eu sinto, posso medir
> Douglas: medir o que? "Eu sinto um cheiro de queimado". O q q eu vou
medir?
"Eu sinto [observo] que um objeto se moveu" portanto posso medir a
distância.
Douglas: E como medir a "observação" do objeto q vi mexer?
> 5-Teorizo sobre as medições
> Douglas: Com base em quais pressupostos e seguindo qual lógica?
Se eu tenho duas esferas carregadas com a mesma carga e conhecendo as leis
de Newton posso chegar a conclusão de que a força de repulsão entre as
duas esferas é proporcional ao inverso do quadrado da distância [F~1/x²].
Não preciso saber qual é a carga, nem mesmo o que é carga, basta observar
o fenômeno para se chegar a este resultado.
Douglas: Vc mostrou um pressuposto e uma lógica. Aí eu pergunto de novo:
esse pressuposto e essa lógica é invenção cultural ou existe DE VERDADE
(existência Ontológica).
> O ceticismo da ciência está em que nem tudo o que vc sente pode ser
> verdade, vc pode estar sendo enganado por vc mesmo, ou por alguém.
> Alucinações, enganos, mágicas e erros acontecem todos os dias. James Randi
> que o diga.
>
> Douglas: E os erros de linguagem? E a linguagem Analógica (não a que faz
par
> com a digital)? Está faltando elementos em suas reflexões.
Precisão e rigor são apenas ferramentas para se evitar o erro e o engano.
A analogia está mais para a filosofia.
Douglas: Um ex-professor meu (Ivan Domingues), Phd em filosofia da ciência
disse que TODO pensamento é feito por analogia. A tentativa de construir uma
linguagem lógicamente perfeita (Conceitografia) foi um fiasco. Pelo menos
até hoje. O pensamento científico tb é composto por analogias.
DFG
Seja responsável, vote nulo.
Douglas: Eu anulei meu voto por estar cheio de dúvidas. O q q isso tem com
responsábilidade?
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fome de Gandhi
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2002 01:57
> > 'Loucura' seria alienação a realidade. Penso haverem 'loucuras
premiadas'
> > como por exemplo a perfeição no trabalho de um dentista
> > obscessivo-compulsivo ou o sucesso de um vendedor hipomaníaco.
> > Que estou 'alienado a realidade', eu sei. Minha pretenção é 'estar
> > premiado'.
>
> Entendi as "loucuras premiadas". Não entendi sua pretensão.-=
*###>Ser
> premiado!<###*=-
Então boa sorte! Mas ser premiado em função de que?
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Perguntas sobre Coca-cola
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2002 02:09
> > Se você por um osso em uma tigela com coca-cola ele se dissolverá
> > em dois dias.
Douglas: Já fiz este teste. Esperei só um mês e o osso ficou um pouco
corroídinho. Não sei se foi impressão minha.
> > Para limpar privadas: despeje uma lata de coca-cola dentro do
> > vaso e deixe a "coisa" decantar por uma hora e en tão dê
> > descarga.
Douglas: Já tentei desentupir vaso e tanque. Não deu certo.
> > Para remover pontos de ferrugem dos pára-choques cromados de
> > automóveis: esfregue o pára- choque com um chumaço de papel de
> > alumínio (usado para embrulhar alimentos) molhado com coca- cola.
Douglas: Não deu certo com coca-cola mas deu certo com água e açucar, mas
tem que ser muito açucar (roda cromada de bicicleta).
Douglas: Por fim, coca cola cura minha diarréia acompanhada de cólica
intestinal (foi o primeiro rémedio q curou minha diarréia, depois de anos de
investigação médica. O Segundo foi o Cloridrato de Sertralina, que pelo
esperado efeito colateral era para aumentar a dor de barriga, o q não
ocorreu. Ocorreu foi o contrário). Frase muito mal construída, mas vou
deixar assim mesmo.
Eu
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2002 02:15
Douglas: É difícil responder a esta pergunta. Os filósofos gregos e cristãos
(Patrística e Escolástica) partiam deste pressuposto (identificação entre o
Logos e o Real). Na modernidade é que tal pressuposto foi deixado de lado, a
não ser por um ou outro filósofo. Atualmente só os "corajosos" ou "doidos"
(os que se arriscam a serem ridicularizados) pensam assim. Como vc, pelo
visto. Como eu tb. Mas não sei justificar muito bem este pressuposto. Vou
ter q pensar ou ler o que outras pessoas vierem a escrever.
DFG
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto <cfrued@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 14, 2002 12:47 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
> Tudo bem refaço a pergunta:
> A razão nos confere a capacidade de raciocínio.
> Esta capacidade, no torna seres pensantes e nos conduz a quererermos
> explicar as coisa, as pessoas, o mundo, isto é, o real. Porque, como
Hegel,
> supomos, ainda que inconscientemente, que o real é racional. Então, a
> racionalidade enquanto faculdade, requer um objeto sobre o qual deva
recair
> e esse objeto, por excelência, é o mundo, o Universo e nele tudo incluído.
> Assim, pergunto:
> O universo é organizado racionalmente e, portanto, há uma correspondência
> entre este e a nossa faculdade de pensar e supor, ou não, o universo é
> desorganizado e as teorias cientificas é que colocam ordem nele, isto é,
> criam o universo tal como explicado? De minha parte creio haver um o
> correspondência biunívoca entre a razão, aqui entendita como faculdade de
> conhecer(se) e a organização do mundo, o real. Isto implica dizer que deve
> haver algum conhecimento, apriori, embutido no cerébro que nos induz a
> pensar que alguma coisa pode ser inteligível, compreendida. Isto é, que o
> real é de tal modo organizado, racioanlizado, que nos permite que a razão
> atue sobre ele, devendando-o.
> Abraços
> Carlos AR
> ----- Original Message -----
> From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, October 13, 2002 5:52 PM
> Subject: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO
>
>
>
> Explicar a relação entre (1) a razão e (2) a idéia que esta
> imprime de que as coisas são compreensíveis porque devem ser organizadas
> segundo leis físico-matemáticas? Isso soa meio vago, não compreendi a
> pergunta. Você diz que a razão imprime essa tal idéia, e pede-nos para
> explicar a relação entre a razão e essa idéia...
> Belisário
>
> At 17:25 13/10/02 -0300, you wrote:
> >Pessoal, como é que vcs explicam a relação existente entre a razão,
> >faculdade humana de decodificar ou codificar as coisas, e a idéia
> >subjacente que ela imprime de que as coisas, em particular, as pessoas e
o
> >mundo podem ser compreendidos porque devem ser organizados segundo leis
> >físico-matemáticas?
> >
> >Carlos AR
>
>
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>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2002 02:19
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Tudo bem refaço a pergunta:
> A razão nos confere a capacidade de raciocínio.
Lígia: As teorias científicas vêm ao encontro de nossa necessidade
de explicarmos o que acontece. Mas o que acontece independe de haver
leis que corroborem com o que as faz "suceder" em nosso mundo. Há a
nossa intepretação do que acontece e é justamente aí que as leis
naturais forjadas por nós mesmos no correr dos milênios de observação
e experiência da espécie humana, entram e fazem o papel
de "estruturadoras" de idéias...
Douglas: Aqui vc respondeu a pergunta que ele fez. E demonstrou ser contra a
postura dele. (Até onde entendi). Não há identificação entre o Logos e o
Real. O Logos organiza a interpretação (e não a descobre) e a lança sobre o
Real.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2002 01:36
Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
psicanaliticas.
Douglas: Não tem mesmo. O que eu queria dizer é que as explicações
psicanalíticas são ad hoc.
Sobre "sexo" (princípio do prazer), na psicánalise, significa fuga da dor,
em primeiro lugar, e busca de prazer. Não tem relação direta com o conceito
popular de sexo. E hoje em dia alguns psicánalistas (como Lúcio Marzagão)
encaram a psicanalize como um "jogo de linguagem" (com base em Wittgenstein
e Austin). Não há relação necessária com análise do discurso.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2002 01:43
> Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e
portanto
> pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável, isto
> significa que não interage com o resto das coisas. Algo que não possue
> nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo, portanto é o mesmo
que
> não existir.
Isto é um engano. Só o que ocorre em ato pode ser mensuravel pois está
ocorrendo. Não há como medir possibilidades, e estas são reais e mais
abrangentes que o que ocorre no momento. Portanto, o "reino do que existe" é
mais amplo que o mensurável, abrange o mensurável mas é mais amplo do que
ele.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] RE:(Em defesa de) Dawkings e Sagan
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2002 02:16
> Douglas, alguns comentários, meio tardios talvez! :-)
>
> D:> O ceticismo acadêmico diz que: * É impossível ter certeza de algo.
pois se alguém
> apresentar uma tese A eu
> posso apresentar uma tese não A de igual valor. Portanto não há como ter
ciência.
> FSK:> Acho que foi um pulo longo demais... Não seria mais correto aqui
"pirrônico" do que
> "acadêmico"? Além disso, esse argumento me parece ter sido formulado em
relação à
> metafísica (aristotélica) originalmente... E eu concluiria: "Portanto, não
há como ter
> *conhecimento*", já que se fala de ceticismo...
Douglas: Os academicos se opunham aos chamados Dogmáticos. Creio que tanto
Aristotélicos, Platonicos e Estóicos (estes últimos não tenho certeza). Em
geral o ceticismo academico foi a única vertente do ceticismo pirronico que
sobreviveu na antiguidade. Creio que o termo academico está correto, vou
conferir assim mesmo. Sobre "conhecimento"e "certeza" tb estou em dúvida,
vou ter que dar uma conferida.
> D:> O ceticismo mitigado (expressão de Hume mas que se iniciou com Occam)
diz que:*
> Podemos ter um certo conhecimento dos acontecimentos corriqueiros do dia a
dia, mas a
> ciência continua sendo impossível de existir. O cetismo, em alguns casos,
prega que uma
> certa forma de conhecimento é possível: * Aquela que vem única e
exclusivamente da fé
> (fideísmo, doutrina considerada herege pela Igreja que preza muito a
Razão).
> FSK:> Novamente, trocaria "ciência" por "conhecimento". O que primeiro me
veio à cabeça
> foi perguntar "que ceticismo" prega "que conhecimento", mas isso é
bobagem... Quem sabe
> supor que entre menos infinito e mais infinito haja alguma coisa no meio?
Douglas: Creio que o termo "ciência" aqui é correto. Existem leis da
natureza? Não, nós é que acostumamos a ver as coisas funcionarem desse jeito
(hábito). Portanto o que é ciência? Descrição dos hábitos humanos.
> D:> Como Dawkins e Sagan se dizem céticos? Falta de estudo ou burrice.
Pode escolher.
> FSK:> Eu perguntaria prá eles. Mas veja que o "ceticismo" de ambos é muito
focado, por
> isso ceberia ser contextualizado. A luta de ambos, ao final, é contra a
irracionalidade
> manifesta na aceitação incondicional do sobrenatural. Um (Dawkings)
especificamente
> anti-evolucionista; Sagan mais genérico.
Douglas: Luta contra o irracional não é sinônimo de ceticismo. Muito pelo
contrário! Acreditar que existe uma razão é que é ser crédulo demais. Mas os
dois pregam um ceticismo métodico, otimista, que crê ser possível conhecer o
mundo e suas leis. E com esses pressupostos atacam o conhecimento que não
segue um rigor metódico de investigação. Mais uma vez isso não é sinônimo de
ceticismo.
> D:> Há ainda o ceticismo metódico de Descartes, que leva às conclusões:
> 1- Só tenho certeza que dúvido (ou que tenho idéias);
> 2- Uma idéia Perfeita há em mim (a idéia de Deus);
> 3- Como não sou perfeito, eu sozinho não poderia gerar uma idéia perfeita;
> 4- Logo um Ser perfeito colocou essa idéia em mim;
> 5- Existir é uma perfeição;
> 6- Logo o Ser perfeito existe;
> 7- Bondade é uma perfeição;
> 8- Logo o Ser perfeito é Bom;
> 9- Se Ele é bom não ia me enganar;
> 10- Portanto já não tenho motivos para dúvidar da existência do mundo;
> 11- Agora posso investigar o mundo de forma tranquila, sem dúvidar que ele
> existe.
> D:> É este ceticismo metódico que as ciências em geral seguem (os outros
tipos de
> ceticismos são claros: não há possibilidade de existir ciência).
> D:> Por que S. e D. não seguem as conclusões de Descartes? Porque eles não
entendem,
> porque não conhecem ou porque nem sabem que isso existe? Pode escolher a
resposta.
>
> FSK:> Essa ma parece fácil: é porque eles devem conhecer um pouco sobre
Descartes. O
> "mérito" de Descartes foi trasferir para o sujeito a busca pela Verdade,
que apesar do
> artifício de ancorar a suposição de uma verdade absoluta na existência de
Deus, atribui
> ao sujeito uma independência radical. Mas o apelo metafísico em Descartes
e hipótese da
> existência de verdades absolutas e existentes a priori são suficientes
para
> "Descartá-lo". Ou deveria, já que, de certa forma, essa forma
platônico/aristotélica de
> argumentar ainda tenta desesperadamente sustentar o conceito de Deus.
Douglas: O que salva o sistema de Descartes é Deus. Sem esse conceito
reinaria um subjetivismo e um solipsismo absolutos. Mas vc tem razão, o que
a ciência valoriza (ou valorizou) é a autonomia do sujeito para investigar o
mundo, mas sempre partindo de um método seguro.
> D:> A apresentação de ciência feita pelos dois cientistas pop é, pelo q
tudo indica, uma
> neognose desfarçada ("só o conhecimento salva") além de ser um arremedo de
ceticismo (não
> dúvidam dos próprios pressupostos, que aliás, nem
> apresentam muito bem - e que para ser sincero, eu dúvido que tenham
clareza deles).
> FSK:> Tachar a empreteitada deles de neognose é tão sem nexo como acusar
alguém de
> reducionista. Eles são "pop" no sentido de tentarem tornar algo hermético
compreensível
> "à maioria". Mais do que "pop", eles são cientistas profissionais. E pq vc
acha que eles
> não duvidam de seus pressupostos? A grande certeza deles (que faço minha
também) é de que
> a crença no sobrenatural é um problema a ser combatido sem tréguas.
Douglas: Gnose é, resumindo, a crença de que a solução (salvação) para os
problemas do homem está no conhecimento, e este o homem pode adquirir
sozinho, com suas próprias forças. É otimismo demais pro meu gosto. Por isso
creio que os dois podem ser chamados de neognósticos, assim como a ciência
dos séculos XVIII, XIX e começo do XX. "Pop", no caso, é q acredito no dizer
de Wittgenstein: "divulgação científica é uma forma de fazer com que um
indivíduo pense saber tudo sobre aquilo de que ele não entende absolutamente
nada". Ou seja, é um perigo. Quando leio assuntos que domino numa revistas
de divulgação científica fico irritado com os erros. Mas não dá para não
errar em tão pouco espaço e usando termos tão simples. Quanto ao
sobrenatural, creio que eles não sabem do que estão falando. Eles lutam sim
contra uma visão literal do sobrenatural (muito provavelmente sem saber
disso), oque é louvável sim. Mas seria bom estudar a importância da crendice
popular na sanidade mental de um grupo social antes de querer derrubar
superstições. Só por precaução.
> D:> Desconsiderando toda questão da fundamentação, aberrações do tipo
"Contato" (S) se
> torna possível (eu gostei do livro e do filme, mas não é isso que está em
jogo), onde por
> não compreender nada de analogia (contrario de literalidade e não de
digitalidade),
> materializa de forma grosseira simbolos universais. Aquilo ali mostrou bem
quem é Sagan:
> um espirita sofisticado (é claro que ele não concordaria, não sabe nem de
que se trata o
> assunto, além de não estar mais no meio de nós, que Deus o tenha).
> FSK:> *Símbolos* universais. "Símbolo" é algo que substitui ou evoca
alguma coisa
> ulterior. Fico me perguntando o quê. Eles talvez não estejam falando dos
"símbolos", mas
> de seu significado posterior.
Douglas: Não entendi.
> D:> Quanto a literalidade de D., essa veio em forma de uma pergunta
dirigida ao Papa.
> "Onde está o corpo de Maria"? Pergunta típica de quem só enxerga a
empiricidade absoluta.
> Concluindo, são dois fundamentalistas (como os evangélicos) literalistas
(como os
> espiritas). Além de não darem mostras de possuírem cultura (ou será
burrice mesmo? creio
> que não. Deve ser falta de estudo) nem para compreenderem os próprios
fundamentos de suas
> crenças (auto fundamentação do projeto da modernidade).
> FSK:> Dawkings, ao contrário de Sagan, é mais raivoso, incisivo, ácido e
irônico. Por ser
> mais específico no assunto de que fala, ele também é mais árido. Não
assume o ar de
> "velho e bom mestre" que o Sagan passa, mas reconheço que ele é repetitivo
em sua obra
> (já que recai sempre no mesmo assunto, mudando apenas a abordagem). Pelo
menos prá mim a
> leitura é prazeirosa, e "O Relojoeiro Cego" de fato "incomoda". Eu
concordo com o
> Sérgio(?) qdo diz que essa pergunta é antes de mais nada irônica. E digo q
ue taxar algum
> deles de de burros e fundamentalistas não é uma crítica a ser levada a
sério!
Douglas: "Burro" é modo de falar. Quero dizer apenas que como representantes
de uma forma de pensar marcada pela tradição analítica eles possuem alguns
"pontos cegos" (e nós brasileiros certamente possuímos os nossos). Nós não
precisamos seguir a cegueira deles. É preferível apontá-la e, se houver
abertura, dialogar. "Fundamentalista" tb é modo de dizer. Quero dizer com
isso que a tradição analítica é fechada para o estudo do imaginário e da
ciência dos simbolos, o que faz com que eles vejam as coisa de uma forma
muito "concreta" (literal, daí o termo fundamentalismo). Visto desta forma,
acho que a critica pode e deve ser levada a sério. Nós brasileiros não
possuímos esses pontos cegos, por que seguí-los nisso?
> abraços,
Outro
DFG
SUBJECT: Lógica e matemática
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2002 02:24
> Não. A lógica pode ser reduzida à teoria dos conjuntos (pertence, não
> pertence, está contido, contém, etc...). A matemática vai muito além
disto.
Douglas: Como assim? E as lógicas não ortodoxas? (paraconsistente, fuzzy,
modal, etc.)?
Creio que estas pelo menos não cabem nas teorias dos conjuntos. E as lógicas
polivalentes?
Tb creio que está para além da teoria dos conjuntos.
A tentativa de reduzir matemática à lógica (logicismo) não deu certo até
hoje.
Creio que sejam duas ciências formais diferentes.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2002 03:05
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 16, 2002 1:22 AM
Subject: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
> Em Dom 13 Out 2002 17:35, you wrote:
> > > Agora voltemos aos velhos problemas:
> > > Cachorros tem quatro pernas.
> > > Mesas tem quatro pernas.
> > > Mesas são cachorros.
> >
> > Douglas: Vc está certo em parte. A lógica é, hoje, uma ciência formal.
Digo
> > hoje, porque atá o princípio da modernidade havia a distinção entre
Lógica
> > Maior e Lógica Menor. O que hoje chamamos de lógica é apenas a Lógica
> > Menor. Atualmente, quando a lógica é uma ciência formal, a análise do
> > conteúdo das premissas é feita por constatação empírica ou pela análise
de
> > discurso. Mas para isso a lógica deve ser formalizada. Neste caso,
> > formalizando o silogismo acima, podemos colocá-lo na seguinte forma:
> > A é B
> > C é D
> > logo C é A
> > Neste caso fica claro que o silogismo possui quatro termos. Se não
houver
> > formalização, o silogismo pode ser considerado não válido de todo jeito
> > pois o termo médio (pernas) é tomado particularmente nos dois casos (e
> > deveria ser tomado universalmente pelo menos em um).
>
> Concordamos com o erro quanto a universalidade do termo médio, mas não
vejo
> sentido em atribuir ao silogismo a estrutura
> A é B
> C é D
> Logo C é A.
>
> Na verade, a formalização correta seria
> A implica B (ser cahorro implica em se apoiar em quatro extremidades)
> C implica B (ser mesa implica em se apoiar em quatro extremidades)
> A é C (ser cachorro é ser mesa).
Não seria a forma correta. Como citei abaixo: "No exemplo dado ela veio em
linguagem comum, neste
> > caso posso usar elementos da Lógica Maior para fazer a análise do
conteúdo,
> > sem cair em subjetivismo (note bem a última frase)".
Usando a Lógica Maior que serve de base para a lógica menor:
1- Um termo é a expressão de um conceito;
2- Um conceito é a essência axtraída dos diversos seres;
3- Assim vejo a mesa 1, a mesa 2, a mesa 3, a mesa 4, etc.;
4- Com isso abstraio o conceito de mesa;
5- Expresso o conceito de mesa no termo "mesa";
6- Observo o cão 1, o cão 2, o cão 3, etc.
7- Abstraio o conceito de cão;
8- Expresso o conceito de cão com o termo "cão".
Com os dois termos expressando conceitos, já está implicito que quem os
abstraiu, antes de formular o silogismo, já sabia que "pernas de mesa" são
diferentes de "pernas de cães".
Sobre a definição: "Perna não é necessariamente algo orgânico ou inorgânico,
podendo
significar apenas extremidades de apoio, cabendo sentido figurado ou não de
acordo com o contexto". Ela viola pelo menos três regras de definição:
"Regra 1: Uma definição deve indicar os atributos essenciais da espécie
Regra 3: Uma definição não deve ser excessivamente ampla...
Regra 4: Uma definição não deve ser expressa em linguagem...figurada"
Por isso, definindo de forma rigorosa "perna de mesa" e "perna de cão",
daria para perceber a diferença dos termos.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO p/ Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2002 23:16
Douglas!
D: Oi!
Depois de longo e tenebroso inverno eis que me diriges a palavra!
Nem vou dormir... :)
D: Que exagero!
Bem, o que eu disse é que a ciência acaba sempre sendo baseada na
forma como entendemos o que está acontecendo ao nosso redor. Assim,
as leis e teorias apenas vão ao encontro daquilo que interpretamos
como ocorrido ou que ocorre, ocorrência tal que pode ser verificável
por nossos sentidos.
D: A questão é: se o que interpretamos da realidade é uma invensão nossa
construída sobre a realidade ou se corresponde, de fato, à realidade. No
segundo caso temos uma identificação entre o Logos e o Real.
Assim, eu pergunto a você:
O que é Logos?
D: Razão, ordem. Capacidade de descobrir as "estruturas" do universo. As
aspas é devido a este detalhe: O universo possui uma ordem (Logos) e o homem
percebe esta ordem (o homem possui logos - e não "é racional"). Por isso o
homem é capaz de conhecer.
O que é Real?
D: A organização imposta pelo Logos.
D: Mas alguém pode dizer que o homem não possui um Logos que espelhe o Real
e que para compreender
o universo (real) precisa de um método. Ou que o que o homem constrói é uma
ficção que ele joga sobre o real.
1- Realista: O homem possui capacidade de conhecer a realidade como a
realidade é (logos reflete o real);
2- Idealista: O homem, diante do real (coisa em si - incognoscivel), com seu
aparato cognitivo (logos), seja este biológico ou trtanscendental (Damásio
ou Kant), constrói uma "imagem do mundo" (fenômeno ou representações ou
"realidade") que não corresponde necessáriamente ao real;
3- Viva Nietsczhe: O homem inventa realidades com sua imaginação e só é boa
aquela invenção que promove a vida (tudo é invenção humana, não há "o" Real,
"a" Realidade;
4- Ligianismo: O homem procura entender (com seu logos) o que ocorre ao seu
redor, interpretando assim aquilo que ele capta com seus sentidos.
Pode continuar a lista.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2002 23:20
Aha! Te peguei! A alguns email atrás tu me questionaste,
grosso modo, sobre a verdade da existência da mente, uma
vez que ela não é mensurável. Agora tu vens com essa de
verdade MESMO (ontológica). Tsc! Tsc! Tsc! Essas coisa
não existem! Por outro lado, assumir que todas as verdades
são invenções humanas também é falta de zelo. Vamos concordar
com uma coisa? As verdades são antrópicas. Ok? :-)
Douglas: Verdades Ontológicas não existem? O q. significa antrópico? Depois
de vc responder podemos entrar num acordo. Sobre a "mente" eu não gosto
muito deste termo. Mas eu não acredito q só existe o q pode ser medido.
Aliás eu nem sei dar uma definição de "mente". Talvez conjunto de Qualia.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2002 23:38
> E onde um radiologista vê um cancer (numa radiografia) eu não vejo nada,
só
> manchas brancas e pretas. Nós, humanos, aprendemos a ver.
Aprendemos a interpretar o que vemos.
Douglas: Não vejo como separar a visão da interpretação que a acompanha.
Creio que se isso acontecesse veriamos o mundo mais ou menos como o sonho
no-lo apresenta, um conjunto de imagens desconexas. A forma como percebemos
o mundo já traz, junto com os sentidos, uma construção (interpretação)
cultural. Como separar uma da outra?
> Douglas: Um ex-professor meu (Ivan Domingues), Phd em filosofia da ciência
> disse que TODO pensamento é feito por analogia. A tentativa de construir
uma
> linguagem lógicamente perfeita (Conceitografia) foi um fiasco. Pelo menos
> até hoje. O pensamento científico tb é composto por analogias.
> DFG
O pensamento científico é uma compreensão [interpretação] filosófica da
ciência [que é baseada em modelos matemáticos]. Portanto analogia continua
sendo assunto filosófico.
Douglas: Acho q estou começando a entender sua concepção de ciência. Mas
continua a questão, a matemática é invensão cultural ou tem uma realidade
ontológica? (esse tema foi fruto de uma discussão recente na lista, não sei
se vc acompanhou) Se tem uma realidade Ontológica, onde estava o zero antes
de ser descoberto? No mundo das idéias (ou formas)? E se estava lá, o que é
tal mundo? E se não estava lá onde estava? Se não for uma realidade
Ontológica é invenção (ciência como invenção cultural). (Sobre o q vc disse
dos modelos matemáticos, ainda não tinha pensado nisso. Fez sentido. Mas as
perguntas sobre o tipo de realidade que é a matemática tem q ser
ressolvido).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2002 00:50
Coisas não mensuráveis não existem para efeitos
práticos.
[]´s
André Baptista
D: Não existe p efeitos práticos. Mas existem. As possibilidades existem e n
s mensuraveis.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2002 01:06
> Ok. Se a lógica maior é objetiva, me esclareça quais são os princípios em
que
> se baseiam a determinação da essência do significado de uma palavra. E
> demonstre que ao se aceitar estes princípios somos obrigados, não
importando
> avaliações pessoais, a chegar nas mesmas conclusões.
D: Todos chamam um ser vivo de "ser vivo". Por que? Porque sabemos o que é
um ser vivo. Ou seja, sabemos o que há de comum entre uma lesma e um
cachorro. Animais tão diferentes. Este "o que há em comum" é a essência. Sem
isso não haveria possibilidade de comunicação.
> > Douglas: Patonismo não, Aristotelismo. A essência é o que os indivíduos
têm
> > em comum. O que as diferentes mesas têm em comum para que elas sejam
> > chamadas de mesas e não recebam nomes diferentes?
>
> Nada! Quem dá nomes são os homens, baseados em convenções sociais. Admitir
> que uma mesa compartilhe com as outras características essencias é admitir
> que há um conjunto de características que definem o que chamamos de mesa.
A
> soma destas características seria o conceito de mesa, por assim dizer a
mesa
> ideal. Falta apenas admitir que esta mesa ideal exista em um plano
metafísico
> para sermos plenamente platônicos.
Douglas: Como isso não foi admitido, não estamos sendo platonicos.
> > Douglas: Se vc morar com um esquimó, ele pode dizer apontando: este é o
> > branco 1, este é o branco 2, etc. No principío vc não verá diferença
entra
> > as gradações de branco, mas depois vc pode aprender, depois de ver
muitos
> > tipos diferentes de branco, vc começa a prender a diferenciá-los. A
partir
> > daí vc abstraiui o conceito de um tipo de branco e pode chamá-lo "branco
> > bom para fazer iglu" de outro tipo de branco, "branco perigoso para
pisar"
> > de outro tipo, "branco onde embaixo tem peixe" etc. Como vc pode ver,
não é
> > platonismo, mas apreensão de conceito pela aprendizagem mesmo.
>
> Eu queria fazer o raciocínio contrário. Você é o esquimó. Para você
existem 9
> cores diferentes. Um visitante chega a sua casa e é incapaz de diferenciar
> estas nove cores, para você diferentes na sua essência, assim como para o
> visitante amarelo e laranja são diferentes.
>
> Se você é um esquimo aristotélico e crê na objetividade da lógica maior,
será
> obrigado a explicar para seu visitante que ele é incapaz de diferenciar 9
> coisas que são em essência diferentes, e que ele estará logicamente
enganado
> ao dizer:
> Minha camisa é de cor branca.
> A neve é de cor branca.
> Minha camisa é da mesma cor da neve.
> Pois apesar dele chamar de branco as duas coisas, elas são essencialmente
> diferentes.
Douglas: E qual a conclusão desse raciocínio? E o branco difere de outro num
atributo e não na essencia (pois continua sendo branco)..
> Uma palavra é um rótulo, uma convenção social criada em cima de
> similaridades. O que pode ser uma característica importante para
diferenciar
> dois vocábulos pode ser insignificante em outra cultura, em outro grupo ou
em
> outro contexto.
Douglas: Este é um ponto de vista. Não quero dizer q está certo ou errado,
mas é um pnt de vista. Dizer que é o "certo" é exagero.
> O que pode ser uma mesa para um designer moderno para mim pode parecer
mais
> uma escultura, e se ninguém me "avisar" que aquilo é uma mesa, não veria
> características essencias de mesa nela.
Douglas: Vc está confundindo essencia com atributo. A "mesa" (objeto) existe
para qualquer um, como alguem vai caracteriza-la, é como tal pessoa vai
atribuir um significado ao mesmo objeto.
> Note que estou dizendo que a lógica é incapaz, sem um contexto, de
> diferenciar em um silogismo o termo "corda = utensílio de tecido de grande
> comprimento em relação as suas outras dimensões, usado para amarrar" de
> "corda = camelo", e não estou falando que manga de camisa e manga de
> mangueira são a mesma coisa.
Douglas: Sem contexto ela seria incapaz.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2002 01:45
> Alvaro. Há milhões de pessoas no mundo que não acreditam em Deus ou não se
> importam como ele. O nome dessa gente? Budistas! Além disso, a origem de
> todos os deuses e deusas reside em fenômenos naturais e todas as
> civilizações existentes conheciam tais fenômenos. Logo...
Douglas: O Budistas crêem no Transcendente mas atribuem a este uma faceta
impessoal. Portanto dizer que eles não crêem em Deus é um equivoco
linguistico. Sobre a origem da Religião, vc está muito mal informado. É
melhor se informar melhor antes de discutir o assunto, principalmente se for
para discutir desse jeito, de forma tão "definitiva".
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lógica e matemática (c-list)
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/08/2002 01:08
Watson: Tenho minhas dúvidas.
1. Wittgenstein iniciou-se na Filosofia orientado precisamente por Russell,
que foi
quem escreveu a Introdução do seu "Tratactus". Não consta que Russell,
nessa
Introdução, tenha admitido que seu paradoxo teria sido liquidado.
Douglas: Mas consta-se que W. ficou "puto" com o prefácio e disse
abertamente que Russell não tinha entendido nada do que ele (W.) havia
escrito. (Ver "O Dever de um Gênio", Ray Monk)
2. Muito pelo contrário, Russell comunicou sua descoberta a Frege (autor de
uma obra
em 2 volumes que consumiu mais de 12 anos de pesquisa), que assim se
expressou:
Nada é mais calamitoso para um homem de ciência do que ver os
fundamentos de seu trabalho desmoronarem quando ele pensava ter
completado sua obra. Foi isso que me aconteceu quando recebi uma
carta de B. Russell no exato momento em que meu trabalho estava para ser
impresso.
Douglas: Para W., Russell resolveu mal o problema, e por isso ele (W.) deu
uma nova resolução.
3. O paradoxo (ou antinomia, como preferem alguns) de Russell é um tipo dos
chamados "paradoxos de autoreferência". Um exemplo de sua versão semântica é
a
frase: "Tudo que eu, Watson, escrevo é falso." Que eu saiba, a distinção
entre os
diferentes tipos bem como as possíveis maneiras de contorná-los envolvem
problemas
que ainda estão em aberto (vide H. Eves, "Foundations and Fundamental
Concepts of
Mathematics", 3rd ed., Dover 1997).
4. Wittgenstein é reconhecido como autor de textos obscuros e de dificil
interpretação e
o tal aforismo 3.333 é um bom exemplo, talvez com o agravante de ter sido
citado fora
de contexto e, possivelmente, ter sofrido alguma desfiguração na tradução e
na edição
(o fato da notação matemática usada na exposição de um argumento trivial ter
sido
desnecessariamente complicada pelo uso de símbolos não definidos é um
sintoma
disso).
Douglas: É só consultar o TLP que se vê que não é o caso.
5. De toda forma, evito ler textos desse teor pois assim não perco tempo em
analizar argumentos
5.1 de charlatães (em maior ou menor grau) que, invariavelmente, ocultam-se
na deliberada impenetrabilidade de seus estilos, ou
5.2 de autores que apresentam trivialidades sob o mesmo disfarce (parece-me
ser esse o caso do tal aforismo 3.333), ou
5.3 de autores que escrevem algo relevante, mas em estilo impenetravel.
Nesses casos, prefiro seguir o conselho de, se não me engano,
Virginia Wolf: "se podemos comer carne cosida, por que insistir em comê-la
crua?"
Douglas: A resposta pode ser incontrada no livro "Iniciação ao Silêncio". O
TLP é um livro de iniciação, e com isso deve gerar "sofrimento" e tensão
(como um Koan Zen Budista). Mas para quem quer moleza, é só sentar no pudim.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2002 00:49
> Douglas: Como sou psicólogo e conheço bem o trabalho do CRP, dou
> testemunho que é realizado por pessoas competentes, preparadas e
> idoneas.
[Infelizmente isso nao livra as pessoas de cometer erros.]
Douglas: O que não significa que um erro foi cometido.
> Se a acumpuntura se revelasse danosa ou
> fraudulenta, tenho certeza que não seria regulamentada.
[Ja' eu nao tenho tta certeza. Mas seria interessante se vc pudesse
obter os termos da resolucao q. aprovou a acupuntura como
pratica valida.]
Douglas: A acumpultura foi aprovada (pelo CFP) como prática auxiliar à
psicoterapia válida. Ela é considerada prática valida pelo CRM. Mas vou
procurar a resolução. Engraçado que eu dei uma olhada nos sites de
Psicologia e não encontrei nada sobre o assunto:
http://www.crp04.org.br/
http://www.pol.org.br/
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2002 00:54
Sejamos simples. Defina
P := conjunto das coisas com quatro pernas;
C := conjunto dos cachorros;
M := conjunto das mesas.
___________________________________________
Douglas: Sua definição está incompleta. Falta um termo.
Estaria certa desta forma:
P = conjunto das coisas com quatro pernas (=patas);
Q = conjunto das coisas com quatro pernas (=objetos de madeira);
C := conjunto dos cachorros;
M := conjunto das mesas.
O problema, repito mais uma vez, é a existência de quatro termos.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Filmes Sci-Fi anos 70
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/08/2002 01:55
Aproveitando a deixa,
Alguém sabe se há em vídio o filme ingles (decada de 70) "Wicked Man" ?
E o italiando (também da década de 70) "Evangelho segundo Mateus"? (Não
estou me referindo ao filme americano, mas ao filme italiano que retrata
Jesus como um homem comum com ideais comunista e que morreu por uma causa
unicamente política).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: curso de lógica I
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/08/2002 02:21
Caro Douglas,
Obrigado pelo curso de lógica. Eu, que NUNCA havia estudado o assunto,
Douglas: deu para perceber.
NUNCA havia ouvido falar de lógica,
Douglas: Tb já tinha percebido.
sou INCAPAZ de pensamento racional
Douglas: Modéstia.
(ou de qualquer outra coisa que não seja mandar mensagens DELICADAS
para pessoas que, de tanto que insistem no que falam, estão claramente
CERTAS), o achei incrivelmente ÚTIL. E tenho certeza de que a lista
inteira AGRADECE sua contribuição IMPRESCINDÍVEL, pois, claramente,
vários outros membros também não conhecem NADA de lógica e NÃO são
capazes de pensamento racional.
Douglas: Aí é com eles
Daí terem demonstrado sua INFERIORIDADE
intelectual, não conseguirem perceber, como eu, que você estava CERTO e
todos os outros ERRADOS.
Douglas: Quanto aos outro membros da lista eu não sei. Quanto a vc, vc está
errado mesmo.
O exemplo original é um silogismo de quatro termos. Quem sabe o mínimo de
lógica tb sabe disso.
Ou vc apresenta uma explicação satisfatória ou vou considerá-lo uma pessoa
que nada entende do assunto, presunçosa, e um embuste intelectual. E isto
não é uma ofensa, mas uma constatação. Se não acredtia, apresente o assunto
para qualquer professor de lógica (alíás, eu sou professor de lógica.
Concidência não?).
A questão é:
1- Existe silogismo de quatro termos?
2 - O Silogismo:
Todo cachorro possui quatro pernas
Uma mesa possui quatro pernas
logo uma mesa é um cachorro
Possui quantos termos?
Espero que não volte a cometer estes erros.
Do seu SUPERIOR
DFG
Boa noite,
-- Kaufmann
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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] RES: Esquizofrenia
FROM: "Jussara Ghama" <jussaraagama@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/09/2002 06:14
Oi antônio,meu nome é jussara e sou integrante da lista e gostaria de
receber a informática do cérebro de sua autoria.Desde já muito grata.
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, September 16, 2002 12:50 PM
Subject: RE: Re: [ciencialist] RES: Esquizofrenia
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> From: "jcfc" <jcfc@twister.com.br>
> List-Unsubscribe: mailto:ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
> Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Date: 01 Sep 2002, 06:30:51 AM
>
> Estimado senhor
> Todos os seres humanos são dotados de paranormalidade.
> Só que não estão habilitados para a usar com domínio voluintário.-=*##Até
> aqui, concordo plenamente (Se é que isso importa)-=*##
> Assim é porque não acreditam que exista.
> Nosso cérebro é um computador que só possibilita o acionar das atividades
> nas quais acreditamos.-=*##Tá meio infantil-=*##
> Os céticos usam a convicão da não existência da paranormalidade. Produzem
> essas força com mais força que os paranormais e os fazem
fracassar.-=*##Como
> comprovar o dito, experimentalmente?-=*##
> Todavia em minha obra A Informática do Cérebro eu explico tudo e
proporciono
> conhecimentos para que "qualquer pessoa" usando deles realize quaisquer
das
> práticas de parapsicologia.
> Eu tenho tentado encontrar um e-mail da Globo pelo qual eu possa conseguir
> contato com o Randi e lhe fazer um desafio.
> Meu deafio é. Coloque meu trabalho "A Informática do Cérebro" à disposição
> das universidades do USA que pesquisam essa ciência e com os suscessos
que
> eles vão ter vai descobrir que todos os seres humanos possuem faculdades
> psíquicas às realizações da parapsicologia.
> Será que depois esse senhor vai me dar o milhão? Eu não acredito muito.
> Caso deseje a obra "A Informática do Cérebro"me envie seu e-mail que eu a
> envio.
> Abraços amigos. José Carlos.
>
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Wednesday, August 28, 2002 11:31 AM
> Subject: Re: [ciencialist] RES: Esquizofrenia
>
>
> > Caro Alexandre,
> >
> > Infelizmente nosso cinismo cético não é bem compreendido nessa lista :))
> >
> > Quanto aos sonhos e visões, para saber se eles se realizam só podemos
> > confiar na palavra do sonhador/visionário. Junte-se a isso um monte de
> > predisposições a confirmação e não é difícil explicar porque isso
> > acontece...É uma pena, pois a Fundação Randi está sempre ansiosa para
> > distribuir o primeiro milhão ao primeiro paranormal genuino...
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Eng. Alvaro Augusto de Almeida
> > Website: http://www.lunabay.com.br
> > E-mail: alvaro@lunabay.com.br
> > Curitiba - PR - Brasil
> >
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
> > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Enviada em: Terça-feira, 27 de Agosto de 2002 10:43
> > Assunto: [ciencialist] RES: Esquizofrenia
> >
> >
> > > De: Laura Elias
> >
> > > [...] apenas tenho premonições..e quando acontece, se
> > > realizam. Só isso.
> >
> > Só isso!!!! Isso é fantástico, Laura!!!!
> >
> > Conte-nos com a maior riqueza de detalhes possível suas
> > últimas premonições. Você vê alguma coisa? Ouve? Sonha?
> > Como é? Por favor, conte-nos como é isso?
> >
> > []
> >
> > Alexandre Medeiros
> >
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SUBJECT: Re: Fw: Forum do leitor no Estadão - O diploma... ou melhor... o deproma!
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/09/2002 18:38
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Veja aqui o tom de blague deste cidadão:
Eu não vou votar no Lula porque que ele não tem curso superior. Meu
amigo lavador de pratos falou que o maior presidente que os EUA já
tiveram também não tinha, e era lenhador.
Manuel: Apesar de ser petista (ultra ligth) e de votar no Lula,
sempre tive um grande apreço pelo José Serra, que representa a
esquerda do Governo FHC. No entanto, algumas críticas do Serra ao
candidato do PT estão me decepcionando. Como essa do Lula não ter
diploma universitário.
Poderia fazer um rol de grandes estadistas que não estudaram em
universidades, mas vou mencionar apenas um, da mesma linha social-
democrata a que pertence José Serra. Trata-se de Andrew Fisher, líder
sindicalista filiado ao Partido Trabalhista da Austrália (ALP), por
três vezes eleito primeiro-ministro deste país: 13/11/1908 a
02/06/1909, 29/04/1910 a 24/06/1913 e de 17/09/1914 a 27/11/1915. Foi
ele o mais importante político australiano do Século XX, devido as
reformas sociais e de infra-estrutura econômica que incrementou e que
abriram caminho à arrancada desenvolvimentista.
Andrew Fisher foi operário de mina de carvão (começou a trabalhar com
dez anos de idade) e autodidata sem nível superior de escolaridade.
Acho que um dos motivos pelos quais Fisher foi um reformador de
sucesso é que, ao contrário dos intelectuais e políticos com formação
universitária, não tinha essa tendência a achar que as idéias são
mais importantes que a vida e que os esquemas teóricos são mais reais
que a própria realidade.
[]'s
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] Fwd: Combustão humana espontânea (3)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/09/2002 07:49
--- Em ciencialist@y..., "bitizi" <bitizi@b...> escreveu
> vc sabe me informar algo sobre o petroleo?
Ele e' preto. (Embora possa ter tons mais claros.)
[]s,
Roberto Takata
Além de preto ele é obtido, naturalmente, em barris. Há certas hipóteses ad hoc de que os barris são produzidos pela natureza numa fase anterior ao petróleo. Os buracos para a extração desses barris são mais estreitos pelo fato deles (os barris) ainda jovens, serem bastante elásticos; depois de tomarem sol é que ficam rígidos e pronto para transporte. Tudo indica que tais barris tb passam pela navalha da evolução. Os de hoje, por exemplo, são muito mais caros que os primitivos.
[]'
Léo
================
SUBJECT: Homem, mulher, casal...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 08:56
Oi,
Antônio Renato: ...cabe um aforismo: "O homem e a mulher são como a
porca e o parafuso: São diferentes, têm funções diferentes mas,
separados, não servem para nada..."
Manuel: Bonito! Essa estória de porca e parafuso me fez lembrar de
uma outra metáfora ainda mais bela: "homem casado é que nem ferrolho:
sempre no mesmo buraco..."
-=*###Esta, é mesmo muito romântica. O serralheiro deve ser um homem feliz,
trabalhando entre porcas, parafusos e ferrolhos.
José Renato: Após tantas alcatéias encaminho abaixo o escrito de
Affonso Romano de Sant'Anna (...)Vejam que maravilha de texto.
Manuel: Vi. Rapaz, tá na cara que esse endeusamento da mulher não
passa de estratégia de cafajeste. Aliás, esse tipinho sedutor estilo
Fábio Júnior em geral age assim: antes da consumação é princesinha
pra cá, princesinha pra lá, "tu és nobre e eu sou plebeu"... mas
depois que se farta o romântico cancioneiro se transforma em
revolucionário jacobino, o pedestal em patíbulo e a princesinha em
Maria Antonieta. Não é à toa que dizem que, por esses barrões, muitas
mulheres perdem a cabeça. É, para levar a musa pro motel alugam
automóveis de luxo; mas depois que abatem a lebre, dão um vale
transporte à muié e a mandam se virar. E deve ser assim, pois se
persistirem indefinidamente nesse romantismo, alimentando o
narcisismo da amada, vão terminar cornos.
-=*###Pô meu! Que linguagem... Que colocações... Que hábitos!
Um conselho às mulheres: não almejai os poetas e os homens belos!
Contentai-vos com os prosaicos e os bonitinhos (isto é, os feinhos
arrumadinhos) e não os sacaneai jamais, pois são eles que pagam as
contas, que sustentam vossos filhos sem pedir exame de DNA em troca e
que suportam mudos a vossa tagarelice, os vossos chiliques,
flatulências, halitoses e outros miasmas matinais. Aborrecida e
dorida será a vida, mas resignai-vos, e se sábias fordes, regozijai-
vos, pois não existem atalhos de algodão que substituam a longa,
serpenteante e pedregosa estrada que conduz à bem-aventurança.
-=*###No avaliar das mensagens que você assina nesta lista tenho certeza de
que não pensa desta maneira. Não estaria 'normal' no momento em que
escreveu.
Um outro conselho, e este vale para homens e mulheres: "Não
confiaremos em ninguém. O homem é a maldade. O homem é um animal.
Veio das trevas dos bosques e das cavernas." (Loren Eiseley)
Segundo o Affonso, "Freud andou várias vezes errando sobre as
mulheres e, por exemplo, colocou equivocadamente aquela questão de
que a mulher teria inveja do homem por ser este um animal fálico,
etc." -- Bobagem. Aliás, o W. Allen deu uma grande contribuição à
psicanálise quando disse que "não só as mulheres têm inveja do pênis:
alguns homens também têm."
Quando Freud falou em "inveja do pênis", ele estava se referindo não
ao pênis "orgão sexual", mas ao falo "símbolo de poder", que é um
símbolo inato (um arqueo-símbolo), o eixo da estrutura hierárquica
das hordas antropóides.
-=*###E o homem carrega este símbolo como parte de seu próprio corpo.
Tenho dois filhos: Um menino contando 13 anos de idade; e uma menina com 11.
Quando surgem 'conversas' procuro colocar que a mulher possui o equivalente
ao 'símbolo' em seu corpo. Que a menina possui 'uma especie de' pênis 'ao
avesso' (Como fazem nas cirurgias transsexuais, ou algo que o valha). O fato
de não estar visível cria uma ilusão de inferioridade nas meninas. E não me
interessa se algum autor concorda ou discorda, tenho isso de minha própria
experiência.
Abraços,
Manuel Bulcão
-=*###Desejando que a 'inspiração' do qual foi tomado ao postar a msg acima
seja passageira, um abraço do Antonio Renato.
SUBJECT: Re: superpopulação e seleção de grupo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 09:19
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> Um ato que, como voce bem diz, expressou simplesmente a busca da
> sobrevivencia e perpetuacao do grupo. Te garanto que nao fiz nenhum
> calculo algebrico-genetico como o sugerido pela teoria de Hamilton.
Assim como vc nao faz nenhum calculo consciente para interceptar
uma bola. E nem por isso ela se espatifa em sua testa. (Bem talvez
com uma dose de cerveja a mais isso ocorra.)
Como o prof. Luís Barco diz: todos matematizam, ate' as plantas.
Pra andar vc nao traca no papel os movimentos de suas pernas e
bracos, alem de suas ancas para andar ereto. Mas a cada passo e'
preciso recalcular a distribuicao do peso para nao dar com o
nariz no chao. O movimento pendular das pernas e dos bracos, a
intensidade correta da forca muscular aplicada. Deep Blue tbm nao
conseguiria realizar esses calculos. Alias, Deep Blue e' potencia
pura, sem talento. Sua forca bruta no maximo e' pareo ao de Kasparov
no xadrez -- q. certamente nao faz os bilhoes de operacoes de pontos
flutuates q. o azul profundo faz. Magica? Genes? Deus? Gene e
ambiente. Deep Blue tbm nao conseguiria controlar um robô para
realizar os movimentos de Nadia Comaneci ou em um exemplo mais
brazuca: Daniele Hipolito. E saindo do antropocentrismo, Deep Blue e
Cray juntos nao seriam capazes de antecipar o sincronismo dos polipos
de corais em seus ciclos reprodutivos. Ou controlar a maquinaria
quimica de uma reles samambaia. Calculo? Sim. Calculo. Nenhum
computador do mundo e' capaz de prever a estrutura secundaria -- qto
menos terciaria -- de um reles polipetideo a partir de sua sequencia
primaria de aminoacidos. Nao obstante uma celula acerebrada e sem os
circuitos de um supercomputador reproduz milhares e milhoes de vezes
suas proteinas -- quase sem variacoes nos padroes de dobra. Calculo?
Novamente, sim. Magica? Genes? Deus? Ambiente. Propriedades fisicas
da materia.
Uma celula nao tem os circuitos de um computador, mas nem por isso
nao realiza calculos. Ela possui outros circuitos, com sinais de
entrada e de saida. E toda uma maquinaria a processar as informacoes:
sua fauna proteica, sua barafunda de pequenas substancias
inorganicas, acucares, lipideos e assim por diante.
Vc, Castro, hesitou, mas poderia bem nao ter hesitado. Isso e'
altruismo? Sim, e' altruismo. Seu medo foi egoismo? Talvez. Mas
e' preciso ficar claro q. o 'egoismo' e o 'altruismo' genico nao
correspondem bem a essas nocoes de altruismo e egoismo como
fenomenos psicologicos -- genes nao têm psicologia. Sao expressoes
metaforicas e por isso q. eu nao gosto de usar esse tipo de
linguagem em nome de um pretenso didatismo. O proprio Dawkins tem
algum arrependimento por isso. A metafora e' perigosa se
considerarmos q. seu entendimento depende de uma decodificacao pela
outra parte e a outra parte pode ter uma outra chave para
decodificacao e acabar entendendo uma coisa totalmente diversa.
Mas voltemos aos genes.
Sua acao heroica de resgate nao necessariamente e' uma resposta
determinada geneticamente, talvez nem condicionada geneticamente.
Mas podemos analisa'-la sob o ponto de vista genetico, partindo-se
da premissa de q. ela e' condicionada geneticamente. Servira' apenas
de exemplo ilustrativo do q. *poderia* estar por tras disso.
1) A acao de resgate pode trazer recompensas: ha' a potencialidade da
pessoa resgata ficar em divida de gratidao -- recompensar
materialmente, pela amizade;
2) O ato traz notoriedade social: cria-se potencialidade de ganhos
sociais, reconhecimento pelo grupo, facilidades diversas;
3) O calculo hamiltoniano foi efetivo, mas a entrada foi burlada.
Sob as hipoteses 1 e 2 q. nao sao excludentes o ganho do individuo e'
direto. Na media a acao heroica e' recompensada -- ou diretamente ao
individuo agente do resgate ou indiretamente (no caso de morte) com o
auxilio a sua prole.
Sob a hipotese 3 (q. tbm nao e' mutuamente excludente a 1 e 2), o
individuo pode efetivamente ter se ph**ido. Mas e' preciso avaliar
(na verdade tbm sob as hipoteses 1 e 2 essa avaliacao e' necessaria)
globalmente, pode ter sido uma perda colateral e, na media, tal acao
ser mais frutifera. A entrada pode ser burlada levando-se a um erro
de avaliacao do grau de risco pela acao, do grau de perda pela
inacao, do grau de proximidade genetica (menos provavel) e assim por
diante. Isso ocorre com os melhores computadores.
Outras hipoteses sao possiveis. E para distinguir uma situacao de
outra e' preciso estudos mais aprofundados. Isso e' apenas um
exercicio relacionando algumas das possibilidades.
E nada disso precisa ser consciente. O individuo botando no papel as
chances de ganhos e de perdas, multiplicando-se pelos ganhos e perdas.
E nada disso precisa ser 100% eficiente. Basta ser na media mais
eficiente do q. as demais alternativas -- eficiente do ponto de vista
reprodutivo.
E' chato aplicar tais consideracoes a acoes humanas? Certamente a
maioria acha. Por isso eu mesmo nao me sinto muito confortavel em
analisar mais seriamente nós, humanos (eu sei q. e' pretensao minha
incluir-me entre os humanos), sob essa optica -- pelas implicacoes
filosoficas e atributos de valores q. nao deveriam ser modificados
por essas constatacoes, mas q. sao modificados -- mas as pessoas
sempre acabam puxando o assunto para essa area.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re:[ciencialist]_Fwd:__Combu stão_humana_espont ânea_(3)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 09:31
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
--- Em ciencialist@y..., Jan Johann Reinel de Castro <jancastro@i...>
escreveu
> Por favor nao quero mais receber estas mensagens , voces estao me
> desgastando e lotando minha caixa.
SUBJECT: Re:[ciencialist] Fwd: Combustão humana espontânea (3)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 09:31
--- Em ciencialist@y..., "bitizi" <bitizi@b...> escreveu
> vc sabe me informar algo sobre o petroleo?
Ele e' preto. (Embora possa ter tons mais claros.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 09:52
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> A TARDE 21/09/2002 - Opinião
> Joviniano Neto, dá um exemplo simples, mas que demonstra como o
> eleitor que vota nulo ou em branco acaba favorecendo ao
> candidato. "Imagine uma discussão em que dez pessoas estão
> decidindo para onde vão. Quatro querem ir para Itapuã, três para a
> Barra e três se abstêm. Na contagem, Itapuã vence, teve mais votos.
> Quer dizer, os três que pensavam não estar interferindo, acabam
> decidindo a questão", exemplifica o professor.
Simples e enganoso. Itapuã teve mais votos. Oras, mas tbm nao
decidiram a questao os q. votaram em Itapuã? Se um deles mudasse seu
voto para Barra tbm mudaria o resultado. Por q. alguem q. nao quer ir
nem pra Barra, nem pra Itapua tem q. optar por um desses itinerarios?
> Abster-se desse direito, deixando de comparecer, anulando o voto,
> ou deixando-o em branco, significa concordar que outra pessoa
> determine o seu futuro, aí incluídos, por exemplo, a possibilidade
> de emprego, a educação dos seus filhos, o atendimento médico-
> hospitalar, a segurança etc.
Claro q. nao significa isso. O q. significa concordar q. outra pessoa
determine seu futuro: emprego, educacao, atendimento medico,
seguranca -- e' a aceitacao da democracia representativa. E nao ha'
nada de mal nisso -- bem tem coisas ruins, mas ha' coisas bem piores
do q. isso, de todo modo ha' coisas boas e na média parece ser a
melhor alternativa.
Fulano votou no candidato A q. ganhou a eleicao. Ela deve ficar feliz
com isso e esperar(e cobrar) q. A cumpra as promessas de campanha e
talvez tentar modificar as prioridades de A para se tornar mais de
acordo com o q. Fulano acha q. e' o melhor.
Beltrano votou no candidato B q. perdeu a eleicao. Talvez ele fique
aborrecido, mas deve cobrar q. A cumpra as promessas de campanha e
tentar modificar as prioridades de A para se tornar mais de acordo
com o q. Beltrano acha q. e' o melhor.
Sicrano nao votou em ninguem. Talvez ele fique aborrecido, mas tbm
deve cobrar q. A cumpra as promessas de campanha e tentar modificar
as prioridades de A para se tornar mais de acordo com o q. Sicrano
acha q. e' o melhor.
> Os que assim agem não estão, em nenhuma hipótese, mantendo-se
> neutros. Eles - como têm demonstrado os números referentes ao
> pleito baiano - acabam fortalecendo esta ou aquela candidatura,
> beneficiando, na maioria das vezes, exatamente a quem não
> desejariam.
Ha' o erro da assuncao da neutralidade. E 'exatamente a quem nao
desejariam' e' a violacao dessa assuncao da neutralidade. Duplo erro.
> É um equívoco confundir o voto em branco ou nulo com uma forma de
> protesto. Trata-se, na verdade, de uma submissão, quase sempre
> altamente lesiva aos interesses da sociedade. Só o voto válido é
> uma arma contra o status quo ou a expressão da concordância com os
> rumos do município, do Estado, do País.
Isso qdo o voto valido em candidato da oposicao ganha. Qdo perde
certamente nao e' uma submissao. Idem com o voto nulo.
Parem de querer ditar como as pessoas devem votar. Cada um vota como
quer. Se quer convencer alguem de q. seu candidato e' o melhor, faça
sem terrorismo psicologico, sem falsas afirmacoes. Demonstre
efetivamente q. seu candidato e' a melhor alternativa. Se a pessoa
tem direito de votar no Maluf, nao sou eu quem direi a alguem q. ela
nao tem o direito de votar nulo. Se a pessoa tem o direito de votar
no Lula, nao sou eu quem direi a alguem q. ela nao tem o direito de
votar nulo. Se a pessoa tem o direito de votar no Jose' Anibal,
Quercia, Cunha Bueno, Mercadante, nao sou eu quem direi q. ela nao
tem o direito de votar nulo.
Eu nao votarei nulo, mas poderia bem votar assim se nao tivesse
nenhum candidato proximo aos meus ideais politicos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 11:05
Oi,
> Eu nao votarei nulo, mas poderia bem votar assim se nao tivesse
> nenhum candidato proximo aos meus ideais politicos.
Manuel: Se a inexistência de candidatos próximos aos meus ideais
políticos se deve a impedimentos constitucionais (p. ex., não posso
votar em candidatos monarquistas porque os partidos monarquistas são
ilegais), acho que nesse caso o voto nulo seria uma forma de não
legitimar uma democracia apenas de fachada. Mesmo que o voto seja
facultativo, compareceria à urna e votaria nulo.
Mas se a inexistência de candidatos próximos aos meus ideais
políticos for apenas uma contigência (não há porque, infelizmente,
ninguém se candidatou), creio que mais razoável que o voto nulo é o
voto útil. Votaria no menos pior ou no menos distante de meus ideais
políticos.
O problema é quando se defende o voto nulo "por uma questão de
princípio". Anularei meu voto porque com o voto não se muda nada;
porque todos os políticos são corruptos, ontem, hoje e sempre; ou
porque a democracia representativa (ou "burguesa", como preferem
alguns)é uma fraude.
[]'s
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 11:05
Oi,
> Eu nao votarei nulo, mas poderia bem votar assim se nao tivesse
> nenhum candidato proximo aos meus ideais politicos.
Manuel: Se a inexistência de candidatos próximos aos meus ideais
políticos se deve a impedimentos constitucionais (p. ex., não posso
votar em candidatos monarquistas porque os partidos monarquistas são
ilegais), acho que nesse caso o voto nulo seria uma forma de não
legitimar uma democracia apenas de fachada. Mesmo que o voto seja
facultativo, compareceria à urna e votaria nulo.
Mas se a inexistência de candidatos próximos aos meus ideais
políticos for apenas uma contigência (não há porque, infelizmente,
ninguém se candidatou), creio que mais razoável que o voto nulo é o
voto útil. Votaria no menos pior ou no menos distante de meus ideais
políticos.
O problema é quando se defende o voto nulo "por uma questão de
princípio". Anularei meu voto porque com o voto não se muda nada;
porque todos os políticos são corruptos, ontem, hoje e sempre; ou
porque a democracia representativa (ou "burguesa", como preferem
alguns)é uma fraude.
[]'s
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 11:55
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> O problema é quando se defende o voto nulo "por uma questão de
> princípio". Anularei meu voto porque com o voto não se muda nada;
> porque todos os políticos são corruptos, ontem, hoje e sempre; ou
> porque a democracia representativa (ou "burguesa", como preferem
> alguns)é uma fraude.
E... qual o problema de se pensar assim? É uma historinha, cada um
conta e escreve como quer. Qual o problema em ser
completamente "cético e ateu" nesse sentido?
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 11:58
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> Votaria no menos pior ou no menos distante de meus
> ideais políticos.
Ahan. E com isso temos os Collores da vida. Mas enfim se
vc quiser votar no menos pior e' o seu direito.
> O problema é quando se defende o voto nulo "por uma questão de
> princípio". Anularei meu voto porque com o voto não se muda nada;
> porque todos os políticos são corruptos, ontem, hoje e sempre; ou
> porque a democracia representativa (ou "burguesa", como preferem
> alguns)é uma fraude.
Não vejo nenhum problema nisso tampouco. As pessoas têm o direito de
constituírem seu voto do modo como mais convir a elas. O resultado da
eleição é uma espécie de somatória -- embora no voto majoritário seja
do estilo, ao vencedor as batatas, quem ganha leva tudo (embora sob
certos aspectos o nosso sistema de votação seja mais elegante q. o
americano -- no qual o presidente não pode ser eleito sem ter a
maioria dos votos válidos, como no caso do Bush filho. Acho q. seria
ainda mais elegante se, como no americano e no francês, o voto não
fosse uma imposição legal).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Homem, mulher, casal...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 12:14
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> -=*###E o homem carrega este símbolo como parte de seu próprio
corpo.
> Tenho dois filhos: Um menino contando 13 anos de idade; e uma
menina com 11.
> Quando surgem 'conversas' procuro colocar que a mulher possui o
equivalente
> ao 'símbolo' em seu corpo. Que a menina possui 'uma especie de'
pênis 'ao
> avesso' (Como fazem nas cirurgias transsexuais, ou algo que o
valha). O fato
> de não estar visível cria uma ilusão de inferioridade nas meninas.
E não me
> interessa se algum autor concorda ou discorda, tenho isso de minha
própria
> experiência.
L: A minha maior frustração com relação ao pênis durante a infância
(eu tive só um irmão) era o fato de não poder fazer xixi em pé,
enquanto ele, meu irmão, podia... isso era algo que me tirava o sono
e gerava ansiedade, principalmente quando tinha que ir à cidade ou
fazer pequenas passeios em lugares abertos como campo.
Sobrevive-se com isso... hoje em dia eu penso de que teria me
adiantado ter podido fazer xixi em pé se eu não tivesse podido ser
mulher?
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fwd: Propaganda STR e Feira de Ciencias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <despertar@yahoogroups.com>
DATE: 23/09/2002 15:58
O supimpa, Imperdível etc. concorre no Ibest na categoria Educação e Treinamento. Para votar no Imperdível basta entrar na página principal do dito cujo (www.feiradeciencias.com.br ) e clicar sobre a "BOLA" do Ibest. O Feira está em duas categorias ... a outra eu não me lembro.
[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
Para: <despertar@yahoogroups.com>; <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 23 de setembro de 2002 21:14
Assunto: [ciencialist] Fwd: Propaganda STR
--- Em sbcr@y..., Daniel Sottomaior <cetico@h...> escreveu
A STR está novamente concorrendo ao Ibest, o maior prêmio da Internet
brasileira. Estamos nas categorias Ações Sociais e ONGs, Religião e
Esoterismo e Regional RJ. Para votar, basta ir à página principal, em
http://www.strbrasil.com.br/principal.php#iBest
[]s
Daniel
Fim da mensagem encaminhada ---
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SUBJECT: Projeto Diga Sim !
FROM: gabriel gusmao <walhalla89@yahoo.com.br>
TO: amigosdapaz@yahoogrupos.com.br, colecoesmilitaresbrasil@yahoogrupos.com.br, clubedoamor2@yahoogrupos.com.br, encontrodos30ao40anos@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 17:18
Você já pensou em doar sangue, medula, plaquetas, leite materno...?
K Não!
> Então saiba aqui que você pode fazer a diferença!
L Sim, mas não posso.
> Seja então um insentivador! Pois do seu lado há alguém que ainda não sabe que pode doar.
K Sim, mas só pensei.
> Então este é o insentivo que faltava: Doe !
J Sim e já doei!
> Ótimo! Então descubra aqui o que mais você pode fazer para salvar uma vida.
Diga o seu primeiro Sim divulgando para os seus contatos esta idéia, não deixe está corrente partir !
Agradeço desde já a sua participação no projeto embora nenhum agradecimento valha a satisfação de ajudar a salvar uma vida.
www.dizersim.hpg.com.br
Projeto Pionero - Gabriel Gusmão 89ºGE-RJ
---------------------------------
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fwd: Propaganda STR
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: despertar@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 18:14
--- Em sbcr@y..., Daniel Sottomaior <cetico@h...> escreveu
A STR está novamente concorrendo ao Ibest, o maior prêmio da Internet
brasileira. Estamos nas categorias Ações Sociais e ONGs, Religião e
Esoterismo e Regional RJ. Para votar, basta ir à página principal, em
http://www.strbrasil.com.br/principal.php#iBest
[]s
Daniel
Fim da mensagem encaminhada ---
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2002 18:53
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...>
> > O problema é quando se defende o voto nulo "por uma questão de
> > princípio". Anularei meu voto porque com o voto não se muda nada;
> > porque todos os políticos são corruptos, ontem, hoje e sempre; ou
> > porque a democracia representativa (ou "burguesa", como preferem
> > alguns)é uma fraude.
Takata: Não vejo nenhum problema nisso tampouco. As pessoas têm o
direito de constituírem seu voto do modo como mais convir a elas.
Manuel: Pois eu vejo um enorme problema nessa descrença cada vez
maior das pessoas com relação à democracia representativa. Isso é um
solo fértil para alternativas autoritárias, ou coisa pior. Por isso
que, mesmo sabendo que os descrentes estão no seu direito, tento
persuadi-los do contrário. Estou no meu direito.
[]'s
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 01:44
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...>
escreveu
> > O problema é quando se defende o voto nulo "por uma questão de
> > princípio". Anularei meu voto porque com o voto não se muda nada;
> > porque todos os políticos são corruptos, ontem, hoje e sempre; ou
> > porque a democracia representativa (ou "burguesa", como preferem
> > alguns)é uma fraude.
Lígia: E... qual o problema de se pensar assim? É uma historinha,
cada um conta e escreve como quer. Qual o problema em ser
completamente "cético e ateu" nesse sentido?
Manuel: Vejo um problema sério nisso. Pois esse juízo de valor pode
um dia virar senso comum, e se isso acontecer (o que não é nada
improvável) a democracia estará perdida. E queres saber como
provavelmente será esse futuro sem democracia? Pense numa bota
pisando um rosto humano.
Não sou um desses obcecados por política que têm uma concepção
totalitária da democracia, isto é, que propugnam um modelo de
democracia em que os indivíduos são obrigados não só a exercerem a
cidadania, mas a exercerem em tempo integral, que exige que os
indivíduos sejam cidadãos "totais". A democracia moderna, social e
liberal, deve assegurar aos indivíduos também o direito de não
participar, de se fechar na vida privada, caso isso lhes seja
proveitoso. E porque garante esse direito, não convém que inventemos
desculpas para a nossa inércia, escusas estas que podem, um dia,
virem a se transformar em justificativa para a implantação de regimes
autoritários ou mesmo o fascismo.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Ficção Científica
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 01:59
Pretendo escrever algum dia uma história na qual um sujeito viaja
para o futuro e encontra por volta do século vinte e cinco uma
utopia. A história provavelmente começará por volta de 2040, e nessa
época estará disponível uma técnica de congelamento de seres humanos
vivos. O cara tem muito dinheiro, portanto ele irá comprar uma
cápsula auto-suficiente que ficará em baixo d’água e despertará
quatro séculos depois. Ele ligará uns lastros e a cápsula flutuará.
Vocês têm alguma recomendação de como esta operação deve ser feita?
Penso que grande parte da cápsula, especialmente seus motores, tenha
que ser feita em ouro, para resistir em baixo d’água por vários
séculos.
SUBJECT: RE: [ciencialist] Ficção Científica
FROM: "Ronye William Pizani Gavioli" <ronyewpg@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2002 02:15
E que tal alguma fibra de carbono? Titânio?
Já tem algumas fibras sintéticas mais resistentes, leves e mais duráveis
do que ouro...
No filme do Spielberg, Inteligência Artificial, a cápsula com o guri
ficaram sob o gelo por alguns milhares de anos... Não sei que material
foi usado... Só uma idéia.
Valeu!
-----Original Message-----
From: Joao de Carvalho [mailto:joaobncarvalho@hotmail.com]
Sent: Tuesday, September 24, 2002 1:59 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Ficção Científica
Pretendo escrever algum dia uma história na qual um sujeito viaja
para o futuro e encontra por volta do século vinte e cinco uma
utopia. A história provavelmente começará por volta de 2040, e nessa
época estará disponível uma técnica de congelamento de seres humanos
vivos. O cara tem muito dinheiro, portanto ele irá comprar uma
cápsula auto-suficiente que ficará em baixo d’água e despertará
quatro séculos depois. Ele ligará uns lastros e a cápsula flutuará.
Vocês têm alguma recomendação de como esta operação deve ser feita?
Penso que grande parte da cápsula, especialmente seus motores, tenha
que ser feita em ouro, para resistir em baixo d’água por vários
séculos.
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SUBJECT: Re: Fw: [ciencialist] As questões de tempo
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 05:57
Caro, Antônio Renato, veja comentários editados abaixo:
AR - Também o segmento de reta não existe na Natureza.
JR - Vc se tocou ao constatar que segmento de reta também é um conceito, uma
abstração. Se vc olhar mais de perto vai ver que a reta também é um
conceito, uma definição geométrica, não existe na natureza. O importante é
saber usar os conceitos sem deixar-se confundir com o que tentamos apreender
como "realidade".
-=###>Seria como, por exemplo, utilizarmos a física de Newton no
entendimento dos fenômenos na superfície da Terra. É uma questão de
pragmatismo. Ou seria comodidade?<###*=-
AR - (transcrevendo inicialmente um trecho do artigo "Uma questão de tempo")
"...Heidegger (1889-1976) pensador existencialista alemão, afirmava que a
existência humana é um vir a ser (daisein), um estar no mundo. O mundo não é
somente um conjunto de realidades físicas, mas também a soma de interesses e
afetos que ligam e solicitam o homem. Existir é uma projeção, um sair de si;
toda existência é essencialmente temporalidade, que gera angústia. "O homem
angustia-se ante o NADA, e nele descobre sua mais profunda condição: a de
ser para a MORTE."..."
=Quanto a isso, minha loucura vai para além das trapobanas: Não creio que a
morte seja destino inexorável do Homem. Mas (e para evitar futuras
discussões) como coloquei, é 'minha loucura'.
-=*###>'Angústia existencial'... Existencialismo.<###*=-
JR - Como vc mesmo diz, é sua crença! Heidegger, pelo menos nesse texto, não
revela partilhar dessa mesma crença. O texto busca enfocar a angústia que
sentimos ao tomarmos consciência de que vamos morrer um dia, como todas as
pessoas, e deixaremos de participar da convivência e das aventuras a que nos
acostumamos, enquanto animados pelo que chamamos de vida. Se a morte é ou
não o fim do ser... ninguém ainda provou "cientificamente". Lavoisier
apontou para alguma coisa desse tipo ao afirmar que: nada se cria nem se
perde, tudo se transforma. Parece-me que é a esperança, mais do que uma
verdadeira convicção, que nos leva a perscrutar a possibilidade de
participarmos de um Todo que se revela nas mais diversas formas, inclusive
nos seres que consideramos "vivos".
Um dia chegaremos lá... sem pressa.
-=*###>Existencialismo. Sartre, Camus, Kafca, etc.
Há cerca de oito anos não me dedico a obter conhecimentos, ou seja, não
estudo. Estou desatualizado, bem sei. Mas com aquilo que já possuo e numa
atitude prepotente, tenho dedicado meu tempo à criação: Criação de loucuras
(Antes que alguém pergunte).
Tentando não 'loukear' a 'minha crença'.
Nem que seja através da engenharia genética, no futuro o Homem vai fixar a
idade em que haverá estagnação no processo de envelhecimento (Eu escolheria
entre os trinta e quarenta anos de idade). Não envelhecendo, não atingirá ao
êxito letal. Este seria atingido somente nos casos de lesões acidentais ou
propositais. As doenças (como por exemplo, o câncer) também poderiam ser
'dribladas' através da mesma engenharia genética. Por outro lado, teríamos
nossos 'clones sem cabeça': Bancos de sangue, tecidos e órgãos.
Em verdade, 'minha crença' é muito mais louca. Não diz respeito ao
indivíduo. Interessaria a humanidade como um único todo e talvez imbricasse
na destruição do Planeta.
Um dia chegaremos lá... sem pressa?<###*=-
AR - Melhor ficar por aqui.
Forte abraço.
Antonio Renato.
Abraços.
José Renato
-=*###>Forte abraço.
Antonio Renato.<###*=-
________________________
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, September 16, 2002 9:35 AM
Subject: [ciencialist] Re:Re: As questões de tempo
Olá, prezado prof. José Renato.
JR - "Não diria que a representação ou medição do tempo seja inadequada."
AR - Desculpe-me. A medição de tempo está adequada àquilo que se destina.
Como foi colocado no artigo inicial:
"Parece-me que o homo-sapiens criou o conceito de tempo para auxiliá-lo em
sua organização..."
"...a idéia de tempo surgiu naturalmente da necessidade do homem buscar
movimentos repetitivos, com ciclos definidos, para usá-los como referência
aos movimentos de suas atividades: plantio, pesca, comércio, festejos,
compromissos, história, etc... ..."
=No entretanto, continuando reportar-me ao 'artigo inicial':
"...o ser humano perdeu-se em sua criativa idéia passando a acreditar que o
tempo, um dos componentes do movimento, existisse por si mesmo,
independentemente, dando à relação numérica entre movimentos uma
configuração de fenômeno físico... ..."
"...Apesar da confusão de conceitos, não é difícil perceber que o tempo
medido ou cronométrico não existe como fenômeno da natureza,..."
=Também o segmento de reta não existe na Natureza. Foi este pensamento
conclusivo capaz de me tirar de uma atividade, que pude mesmo considerar
como 'delírio raciocinante', em que estive envolvido por cerca de quinze
dias. Perdí-me em cálculos na tentativa em encontrar a relação exata entre a
reta e a curva, uma relação de não dependesse do 'pi' que, notório ser um
número inexato.
"...Heidegger (1889-1976) pensador existencialista alemão, afirmava que a
existência humana é um vir a ser (daisein), um estar no mundo. O mundo não é
somente um conjunto de realidades físicas, mas também a soma de interesses e
afetos que ligam e solicitam o homem. Existir é uma projeção, um sair de si;
toda existência é essencialmente temporalidade, que gera angústia. "O homem
angustia-se ante o NADA, e nele descobre sua mais profunda condição: a de
ser para a MORTE."..."
=Quanto a isso, minha loucura vai para além das trapobanas: Não creio que a
morte seja destino inexorável do Homem. Mas (e para evitar futuras
discussões) como coloquei, é 'minha loucura'.
Melhor ficar por aqui.
Forte abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Homem, mulher, casal...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 05:58
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> -=*###E o homem carrega este símbolo como parte de seu próprio corpo.
> Tenho dois filhos: Um menino contando 13 anos de idade; e uma menina com 11.
> Quando surgem 'conversas' procuro colocar que a mulher possui o equivalente
> ao 'símbolo' em seu corpo. Que a menina possui 'uma especie de' pênis 'ao
> avesso' (Como fazem nas cirurgias transsexuais, ou algo que o valha). O fato
> de não estar visível cria uma ilusão de inferioridade nas meninas.
E não me
> interessa se algum autor concorda ou discorda, tenho isso de minha
própria
> experiência.
L: A minha maior frustração com relação ao pênis durante a infância
(eu tive só um irmão) era o fato de não poder fazer xixi em pé,
enquanto ele, meu irmão, podia... isso era algo que me tirava o sono
e gerava ansiedade, principalmente quando tinha que ir à cidade ou
fazer pequenas passeios em lugares abertos como campo.
Sobrevive-se com isso... hoje em dia eu penso de que teria me
adiantado ter podido fazer xixi em pé se eu não tivesse podido ser
mulher?
Bisous, Lígia
=#Oi
Já presenciei (e em diversas ocasiões), pessoas do sexo feminino urinarem de
pé. Mas foi somente depois de ter tomado conhecimento sobre o "Cefalatio
Mundialis" e a evolução dos barris de petróleo que pude entender a
transmissão mecânica do impulso nervoso.
Bisous.
Antonio Renato.#=
SUBJECT: A necessidade do deproma
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 05:59
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Veja aqui o tom de blague deste cidadão:
Eu não vou votar no Lula porque que ele não tem curso superior. Meu
amigo lavador de pratos falou que o maior presidente que os EUA já
tiveram também não tinha, e era lenhador.
=Engana-se! O Lula fez três faculdades e só não concluiu a quarta porque
faltou cimento, tijolo e cachaça.
É como diz meu primo: Não soube cuidar do dedo, vai saber cuidar do Brasil?!
rsrsrs
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] RES: Esquizofrenia
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 06:42
"Oi antônio, meu nome é jussara e sou integrante da lista e gostaria de
receber a informática do cérebro de sua autoria. Desde já muito grata."
Oi Jussara
Infelizmente não tive a fortuna de ser o autor da mencionada obra.
O responsável é o listeiro José Carlos (jcfc@twister.com.br) que escreveu:
"Caso deseje a obra "A Informática do Cérebro"e envie seu e-mail que eu a
envio.
Abraços amigos. José Carlos."
No entretanto houveram problemas no envio. Então ele dissera-me que
colocaria tal obra em um 'site' e comunicaria o 'endereço'. Estou aguardando
esta informação.
Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Ficção Científica
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 06:43
João de Carvalho escreveu:
"Pretendo escrever algum dia uma história na qual um sujeito viaja
para o futuro e encontra por volta do século vinte e cinco uma
utopia. A história provavelmente começará por volta de 2040, e nessa
época estará disponível uma técnica de congelamento de seres humanos
vivos. O cara tem muito dinheiro, portanto ele irá comprar uma
cápsula auto-suficiente que ficará em baixo d’água e despertará
quatro séculos depois. Ele ligará uns lastros e a cápsula flutuará.
Vocês têm alguma recomendação de como esta operação deve ser feita?
Penso que grande parte da cápsula, especialmente seus motores, tenha
que ser feita em ouro, para resistir em baixo d’água por vários
séculos."
Oi João
Para estar na superfície do Planeta através dos séculos basta que detenhamos
o processo de envelhecimento. Não haverá necessidade da cápsula.
Abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Homem, mulher, casal...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 07:45
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Mas foi somente depois de ter tomado conhecimento sobre
> o "Cefalatio Mundialis"
*Calefatio* e nao *cefalatio*. Ja' sei porq. acabou a cachaca e Lula
nao pôde terminar a faculdade.
[]s,
Roberto Takata
Oi, novamente
Começo a vislumbrar sua espirituosidade.
[]s,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: A necessidade do deproma
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 07:46
"--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> É como diz meu primo: Não soube cuidar do dedo, vai saber cuidar do
> Brasil?!
Ué? E teve um presidente diplomado, com título da Sorbounne e tudo -
honoris causa na Universidade de Coimbra, etc, etc, q. não soube
cuidar de *cinco* dedos!
[]s,
Roberto Takata"
Oi Takata
Vê como são as coisas... Afinal, a ditadura não era tão ruim. Pelo menos
não estaríamos a discutir se votamos ou anulamos o voto.
(Acho que 'falei' besteira. Enfim...)
[]s,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 08:45
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Pois eu vejo um enorme problema nessa descrença cada vez
> maior das pessoas com relação à democracia representativa.
Não vejo como uma descrença na democracia representativa.
E nem q. uma descrença nisso leve ao perigo para a ação de
ditadores.
> Estou no meu direito.
Sim. Está. Tto qto as Testemunhas de Jeová e outras correntes
religiosas de amealharem fiéis ao rabanho do senhor.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 08:59
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> Pretendo escrever algum dia uma história na qual um sujeito viaja
> para o futuro e encontra por volta do século vinte e cinco uma
> utopia. A história provavelmente começará por volta de 2040, e
> nessa época estará disponível uma técnica de congelamento de seres
> humanos vivos.
Ei, bela idéia. Podemos fazer assim, um garoto entregador de pizza
vai até um laboratório fazer sua entrega e acaba caindo em uma dessas
máquinas. Aí ele fica congelado por uns mil anos.
Ele vai trabalhar em uma firma de entregas de um descendente
colateral seu. Faz amizade com um robô alcoólatra e se apaixona por
uma alienígena de um olho só.
Mete-se em diversas aventuras fazendo entregas de encomendas
especiais universo afora -- sempre quase causando uma catástrofe de
proporções cósmicas como uma guerra intergalática, detonação de uma
central nuclear ou contaminação química de todos os donnuts do mundo.
(Por q. a cápsula tem q. ficar mergulhada debaixo d'água?)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: A necessidade do deproma
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 09:02
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> É como diz meu primo: Não soube cuidar do dedo, vai saber cuidar do
> Brasil?!
Ué? E teve um presidente diplomado, com título da Sorbounne e tudo -
honoris causa na Universidade de Coimbra, etc, etc, q. não soube
cuidar de *cinco* dedos!
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Homem, mulher, casal...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 09:04
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Mas foi somente depois de ter tomado conhecimento sobre
> o "Cefalatio Mundialis"
*Calefatio* e nao *cefalatio*. Ja' sei porq. acabou a cachaca e Lula
nao pôde terminar a faculdade.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Ficção Científica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2002 11:37
-----Mensagem Original-----
De: "Erich Weick" <erich_weick@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 24 de setembro de 2002 15:12
Assunto: Re: [ciencialist] Ficção Científica
>>>Visite o site www.longnow.org ou leia o livro "O Relógio do Longo Agora" que fala sobre os planos de se construir um relógio mecânico que dure 10000 (dez mil) anos. Acho que você poderia se isnpirar nesse livro.
Abraços<<<
Veja "Relógio Eterno" no Imperdível: www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_22.asp
Montagem em alguns segundos!
[]'
Léo
=============
SUBJECT: Re: [ciencialist] A necessidade do deproma
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2002 11:51
-----Mensagem Original-----
De: <antonio.psique@ligbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 24 de setembro de 2002 08:59
Assunto: [ciencialist] A necessidade do deproma
|
| =Engana-se! O Lula fez três faculdades e só não concluiu a quarta porque
| faltou cimento, tijolo e cachaça.
| É como diz meu primo: Não soube cuidar do dedo, vai saber cuidar do Brasil?!
|
| rsrsrs
| Antonio Renato.
============
Antonio,
que faculdade o seu primo fez e que lhe conferiu um pensamento tão profundo como esse acima? Ele é médico especializado em 'toque'? Prostatologista?
O Maluf tem 5 dedos em cada mão (e dedos muito bem cuidados!) ... preciso continuar?
[]'
Léo
===========
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fico Cientfica
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 12:12
antonio.psique@ligbr.com.br escreveu:
João de Carvalho escreveu:
"Pretendo escrever algum dia uma história na qual um sujeito viaja
para o futuro e encontra por volta do século vinte e cinco uma
utopia. A história provavelmente começará por volta de 2040, e nessa
época estará disponível uma técnica de congelamento de seres humanos
vivos. O cara tem muito dinheiro, portanto ele irá comprar uma
cápsula auto-suficiente que ficará em baixo dágua e despertará
quatro séculos depois. Ele ligará uns lastros e a cápsula flutuará.
Vocês têm alguma recomendação de como esta operação deve ser feita?
Penso que grande parte da cápsula, especialmente seus motores, tenha
que ser feita em ouro, para resistir em baixo dágua por vários
séculos."
Oi João
Para estar na superfície do Planeta através dos séculos basta que detenhamos
o processo de envelhecimento. Não haverá necessidade da cápsula.
Abraço.
Antonio Renato.
===============================================================
Visite o site www.longnow.org ou leia o livro "O Relógio do Longo Agora" que fala sobre os planos de se construir um relógio mecânico que dure 10000 (dez mil) anos. Acho que você poderia se isnpirar nesse livro.
Abraços
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RE:_[ciencialist]_Fico_Cientfica
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 12:31
Eu muito provavelmente utilizaria o bom e velho cristal de quartzo ou cristal de rocha para os alunos de ciências do ensino fundamental. Abundante em toda a crosta terrestre é relativamente barato, você encontra até em casas de artesanato adornos feitos com este material. Se você contruísse secretamente algo como a grande pirâmide (é claro que em menores proporções) ou apenas uma câmara a mais de 100 metros debaixo da superfície utilizando quartzo é provável que ficasse por lá por um bom tempo se ninguém a descobrisse. O único problema é que não pode ser uma construção feita com "tijolos" de quartzo unidos por cimento ou qualquer outra coisa, teria que ser uma peça única de forma que não tenha emendas nas quais a umidade podesse penetrar e com o tempo deteriorar o que estivesse dentro da câmara. Talvez um cilindro cuja a entrada fosse "soldada" para permanecer totalmente selada. Quanto a durabilidade do cristal, bem, é só você ter uma conversinha com um geólogo a respeito dos milhares de anos que esse cristal existe na natureza...
Ronye William Pizani Gavioli <ronyewpg@ig.com.br> escreveu: E que tal alguma fibra de carbono? Titânio?
Já tem algumas fibras sintéticas mais resistentes, leves e mais duráveis
do que ouro...
No filme do Spielberg, Inteligência Artificial, a cápsula com o guri
ficaram sob o gelo por alguns milhares de anos... Não sei que material
foi usado... Só uma idéia.
Valeu!
-----Original Message-----
From: Joao de Carvalho [mailto:joaobncarvalho@hotmail.com]
Sent: Tuesday, September 24, 2002 1:59 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Ficção Científica
Pretendo escrever algum dia uma história na qual um sujeito viaja
para o futuro e encontra por volta do século vinte e cinco uma
utopia. A história provavelmente começará por volta de 2040, e nessa
época estará disponível uma técnica de congelamento de seres humanos
vivos. O cara tem muito dinheiro, portanto ele irá comprar uma
cápsula auto-suficiente que ficará em baixo dágua e despertará
quatro séculos depois. Ele ligará uns lastros e a cápsula flutuará.
Vocês têm alguma recomendação de como esta operação deve ser feita?
Penso que grande parte da cápsula, especialmente seus motores, tenha
que ser feita em ouro, para resistir em baixo dágua por vários
séculos.
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Coincidência
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 15:02
Oi gentem
Na semana que passou, por duas vezes saquei no Banco do Brasil: Cédulas
novas e em série.
Interessante observar a coincidência da emissão com os aumentos na cotação
do dollar e na popularidade do Serra.
Vamos às urnas!
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Ficção Científica
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2002 15:57
A diferença é que o guri em questão era um robô, e não uma "unidade de
carbono"... :)) Mesmo assim, ele sofria de transtorno
obssessivo-compulsivo...
Eu apóio 100% qualquer iniciativa de autores brasileiros de FC, mas um
aspecto importante é não esquecermos que FC é literatura como qualquer
outra. Assim, além dos detalhes técnicos, é preciso ter uma história
original para contar.
Recentemente o jornalista Toni Casagrande, âncora da CBN Curitiba, lançou o
livro "Ânnima", com tema envolvendo criogenia e clonagem. Eu escrevi uma
resenha sobre o livro, que pode ser encontrada em
http://www.parana-online.com.br/index.php?pag=noticias&id_usuario=83¬ici
as=S&id_noticia_col=1354
Abraços,
Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Ronye William Pizani Gavioli" <ronyewpg@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
No filme do Spielberg, Inteligência Artificial, a cápsula com o guri
ficaram sob o gelo por alguns milhares de anos... Não sei que material
foi usado... Só uma idéia.
Valeu!
-----Original Message-----
From: Joao de Carvalho [mailto:joaobncarvalho@hotmail.com]
Sent: Tuesday, September 24, 2002 1:59 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Ficção Científica
Pretendo escrever algum dia uma história na qual um sujeito viaja
para o futuro e encontra por volta do século vinte e cinco uma
utopia. A história provavelmente começará por volta de 2040, e nessa
época estará disponível uma técnica de congelamento de seres humanos
vivos. O cara tem muito dinheiro, portanto ele irá comprar uma
cápsula auto-suficiente que ficará em baixo d’água e despertará
quatro séculos depois. Ele ligará uns lastros e a cápsula flutuará.
Vocês têm alguma recomendação de como esta operação deve ser feita?
Penso que grande parte da cápsula, especialmente seus motores, tenha
que ser feita em ouro, para resistir em baixo d’água por vários
séculos.
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 18:01
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...>
escreveu
> > Manuel: Pois eu vejo um enorme problema nessa descrença cada vez
> > maior das pessoas com relação à democracia representativa.
Takata: Não vejo como uma descrença na democracia representativa. E
nem q. uma descrença nisso leve ao perigo para a ação de ditadores.
Manuel: Dizer que vota nulo porque não se muda nada com o voto ou
porque a democracia parlamentar é uma fraude não é descrer na
democracia? Se não é descrença, é o quê?
E quem é descrente na forma de governo democrática, quem não valoriza
o sufrágio universal e a alternância do poder, não estará aberto a
soluções autoritárias? A alternativas tais como a teocracia, a
tecnocracia, o fascismo de direita ou de esquerda? No mínimo, não
perderá tempo defendendo o que não acredita. Parece-me óbvio que a
descrença generalizada na democracia cria uma atmosfera favorável à
proliferação de ideologias pré-iluministas que priorizam a dissuasão
pela força em detrimento da persuasão pelo diálogo, o discurso
catequético em vez da discussão crítica ou, na melhor das hipóteses,
ideologias que entronizam a técnica no lugar da política (há até quem
defenda que o cargo de presidente da república deve ser provido
mediante concurso público de provas e títulos). Acresce dizer que foi
essa descrença um dos fatores que contribuíram para a derrocada da
República de Weimar e o advento do Nazismo.
Manuel: Estou no meu direito.
Takata: Sim. Está. Tto qto as Testemunhas de Jeová e outras correntes
religiosas de amealharem fiéis ao rabanho do senhor.
Manuel: Em vez dos Testemunhas de Jeová você poderia ter citado como
exemplo os céticos do CSICOP, já que, assim como o movimento de
salvaguarda da democracia, trata-se de um "apostolado laico", isto é,
ambos são laicismos, defesas do racionalismo só que em campos
diferentes: um no da política e o outro, no do conhecimento.
Ou será o discurso cético-científico apenas mais uma pregação
religiosa? Você é cético, não é?
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: A necessidade do deproma
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 18:34
Oi,
Renato: É como diz meu primo: Não soube cuidar do dedo, vai saber
cuidar do Brasil?!
Takata: Ué? E teve um presidente diplomado, com título da Sorbounne e
tudo - honoris causa na Universidade de Coimbra, etc, etc, q. não
soube cuidar de *cinco* dedos!
Manuel: Re re, gostei dessa comparação! Outra: antes de assumir o
cargo de Ministro do Planejamento no Governo Itamar Franco -- um
cargo político importantíssimo, equivalente ou quase ao de primeiro-
ministro --, o FHC não tinha nenhuma experiência administrativa, mas
apenas parlamentar (como o Lula, que já foi deputado federal). Mesmo
assim, o carinha conseguiu estancar o processo inflacionario, uau!
Mas desse fato a turma esquece. Inexperiência administrativa só é
impedimento para o Lula. Que maldade!
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 18:34
Obrigado a todos. A idéia de quartzo e de fibras orgânicas parecem
boas. Mais baratos que ouro.
Sobre a questão de ficar em baixo d'água, acho que é mais seguro,
mais inacessível. Vão acontecer coisas estranhas neste meu futuro,
portanto é bom que o sujeito esteja bem isolado. Parece com o filme
do Spilberg mesmo, não tinha me tocado disso.
Aquele filme, aliás, é muito bonito. Não fez sucesso, acho que foi
incompreendido.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] A necessidade do deproma
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 18:54
"-----Mensagem Original-----
De: <antonio.psique@ligbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 24 de setembro de 2002 08:59
Assunto: [ciencialist] A necessidade do deproma
|
| =Engana-se! O Lula fez três faculdades e só não concluiu a quarta porque
| faltou cimento, tijolo e cachaça.
| É como diz meu primo: Não soube cuidar do dedo, vai saber cuidar do
Brasil?!
|
| rsrsrs
| Antonio Renato.
============
Antonio,
que faculdade o seu primo fez e que lhe conferiu um pensamento tão profundo
como esse acima? Ele é médico especializado em 'toque'? Prostatologista?
O Maluf tem 5 dedos em cada mão (e dedos muito bem cuidados!) ... preciso
continuar?
[]'
Léo"
===========
Oi Léo
Foi só uma piada. Votei no Lula em segundo turno em eleições passadas e
votarei novamente caso vá disputar com o Serra.
Fui funcionário do Ministério da Saúde e servia em um hospital 'dominado'
pelo PT: A teoria, na prática, é outra. Não me faça recordar...
[]'
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A necessidade do deproma
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 18:55
"Oi,
Renato: É como diz meu primo: Não soube cuidar do dedo, vai saber
cuidar do Brasil?!
Takata: Ué? E teve um presidente diplomado, com título da Sorbounne e
tudo - honoris causa na Universidade de Coimbra, etc, etc, q. não
soube cuidar de *cinco* dedos!
Manuel: Re re, gostei dessa comparação! Outra: antes de assumir o
cargo de Ministro do Planejamento no Governo Itamar Franco -- um
cargo político importantíssimo, equivalente ou quase ao de primeiro-
ministro --, o FHC não tinha nenhuma experiência administrativa, mas
apenas parlamentar (como o Lula, que já foi deputado federal). Mesmo
assim, o carinha conseguiu estancar o processo inflacionario, uau!
Mas desse fato a turma esquece. Inexperiência administrativa só é
impedimento para o Lula. Que maldade!
[]s,
Manuel Bulcão"
-=*###>FHC 'vendeu' a 'Vale do Rio Doce' para injetar dolares no mercado e
manter a taxa cambial. Este fato o levou a reeleição. Uau! Temos um traidor
da Pátria!
Estou na miséria (Tenho duplo vinculo empregatício com o governo federal)
para pagar as mordomias de um primeiro escalão LADRÃO!
Já viu quanto fechou o dolar hoje (24.09.02)? Amanhã o BC vai quitar
'títulos da dívida pública' baseado no valor do fechamento do dolar de hoje.
Mais uma vez saem ganhando os bancos, a elite, os traidores... e, por vias
tortuosas, a campanha do José Serra.
[]s,
Antonio Renato.<###*=-
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 23:15
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> Obrigado a todos. A idéia de quartzo e de fibras orgânicas parecem
> boas. Mais baratos que ouro.
>
> Sobre a questão de ficar em baixo d'água, acho que é mais seguro,
> mais inacessível. Vão acontecer coisas estranhas neste meu futuro,
> portanto é bom que o sujeito esteja bem isolado. Parece com o filme
> do Spilberg mesmo, não tinha me tocado disso.
>
> Aquele filme, aliás, é muito bonito. Não fez sucesso, acho que foi
> incompreendido.
Bem, o filme A.I. é tocante, fala de amor incompreendido num mundo de
gente fria ao sentir igual a nós, fala de obstinação ( o menino
cibernético queria porque queria ser amado pela mãe... e conseguiu,
mesmo que a mãe que o amou fosse apenas um clone reprogramado) e fala
do quanto o sentimento simplesmente não é importante, mas o contexto,
etc e tal ( o filho de sangue x o filho que era uma máquina
programada para amar incondicionalmente).
Se você se prender apenas nas questões menos filosóficas, e se ater
mais a situações técnicas/sanguinolentas com pitadas de sexo e
suspense tenho certeza de que seu livro irá vender... Abrir brechas
prá fazer pensar acaba gerando "cults" que apenas o tempo valoriza.
A não ser que você não esteja interessado em retorno imediato.
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2002 23:50
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Dizer que vota nulo porque não se muda nada com o voto ou
> porque a democracia parlamentar é uma fraude não é descrer na
> democracia? Se não é descrença, é o quê?
>
> E quem é descrente na forma de governo democrática, quem não
valoriza
> o sufrágio universal e a alternância do poder, não estará aberto a
> soluções autoritárias?
L: Nasci em 1966, vivi a infância toda sob o regime ditatorial, tive
que aprender o hino nacional antes mesmo de saber ler... eu valorizo
a alternância de poder, mas convenhamos que esse poder é corrompido
até as raízes. Entrou lá, continua a mesma coisa. Poxa Manuel!
Perceba as nuances...
A alternativas tais como a teocracia, a
> tecnocracia, o fascismo de direita ou de esquerda? No mínimo, não
> perderá tempo defendendo o que não acredita. Parece-me óbvio que a
> descrença generalizada na democracia cria uma atmosfera favorável à
> proliferação de ideologias pré-iluministas que priorizam a
dissuasão
> pela força em detrimento da persuasão pelo diálogo, o discurso
> catequético em vez da discussão crítica ou, na melhor das
hipóteses,
> ideologias que entronizam a técnica no lugar da política (há até
quem
> defenda que o cargo de presidente da república deve ser provido
> mediante concurso público de provas e títulos). Acresce dizer que
foi
> essa descrença um dos fatores que contribuíram para a derrocada da
> República de Weimar e o advento do Nazismo.
L: A ditadura deixou uma marca indelével: os que nasceram e viveram
a infância nesse regime aprenderam o valor da liberdade mas criaram
uma certa ogeriza pelo assunto política. Prova disso é o fato de
estarmos elegendo e reelegendo gente que participou da esquerda
durante a ditadura mas que vem fazendo pouco caso do compromisso que
seria esse "vinculo com a liberdade". Continua-se a vender o Brasil
e não tem sangue, só samba... praia, mulher pelada, pelada aos
domingos com os amigos. Cervejada! Enfim...
> Takata: Sim. Está. Tto qto as Testemunhas de Jeová e outras
correntes
> religiosas de amealharem fiéis ao rabanho do senhor.
>
> Manuel: Em vez dos Testemunhas de Jeová você poderia ter citado
como
> exemplo os céticos do CSICOP, já que, assim como o movimento de
> salvaguarda da democracia, trata-se de um "apostolado laico", isto
é,
> ambos são laicismos, defesas do racionalismo só que em campos
> diferentes: um no da política e o outro, no do conhecimento.
>
> Ou será o discurso cético-científico apenas mais uma pregação
> religiosa? Você é cético, não é?
L: Olha, acho louvável esse seu papel de instrutor político mas veja
que para gente analfabeta política como eu que gosta de ver
resultados ao invés de palavrório, a coisa não pega. Você tem o
direito de falar e insuflar a populaçào para as maravilhas da
democracia representativa, que realmente é muito melhor do que um
regime autoritário. Mas será que não há um meio de fazer um meio
termo? Será que a nossa participaçào tem que ficar apenas restrita
ao voto? Será que seríamos ouvidos caso fossem feitas reivindicações
legítimas com relação aos problemas maiores da população como a
superpopulação ou a melhor distribuição de rendas?
Ah, em tempo: liberdade mal assistida gera tantos ou mais problemas
quanto a imposição de regras em um regime rígido.
Bisous, Lígia
SUBJECT: Realidade e subjetividade
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2002 00:09
Uma pergunta que eu coloco ao grupo para discussão é a seguinte: analisando alguns aspectos sobre a reconstrução da história dos dinossáuros, bem como algumas questões controversas na teoria do Big Bang, como a origem do espaço-tempo e da matéria por ex., observo que, em geral, o conhecimento científico não descreve a realidade tal como ela é, nem tampouco a explica, também, tal como ela realmente é, e não é apenas por deficiência dos instrumentos não. Contudo, as conclusões da ciências nos são passadas como uma revelação da realidade, uma descoberta precisa, uma descrição e uma explicação perfeitas do que ocorre ou teria ocorrido, considerando o rigor do método científico esperimental ou, no caso da paleontologia, conclusões baseadas em dados fósseis. As conclusões, então, demonstram como a natureza, e nela a realidade do mundo físico está organizada ou se organizou. Tudo nos é passado como se a realidade da natureza se repetisse nas equações ou nos fósseis. Mas a verdade é que não é bem assim. Levando-se em conta que a maior parte da história, seja do Universo ou do homem transcorreu num período em que o homem transitava entre o animal e o hominídeo, tudo o que a ciência faz hoje é tentar reconstituir o passado e, como tal, procura daí extrair vantagens no domínio sobre alguns aspectos da natureza que favoreçam de algum modo a espécie humana. Ora, a razão de os fatos terem ocorrido no passado, e de o homem na época não ser dotado de um aparato psicológico capaz de compreender a natureza, torna impossível reconstituir os fatos tal como eles aconteceram, no caso da paleontologia e da história. No caso da física, o princípio da incerteza transforma a natureza num cenário em que os fenômenos e, até a propria natureza, são apenas uma probabilidade. De modo que somos forçados a concluir que a atividade de descobri e conhecer tem um propósito que transcende a própria necessidade da sobrevivência, do contrário, não teria sentido algum. O conhecimento tal como se estrutura parece não passar de um ilusão no que se propõe, que é apresentar a realidade tal como ela é, descrevendo ou explicando. De sorte que eu pergundo: 1-
O que fazem os cientistas quando explicam alguma coisa?
2- De onde vem a nossa noção de realidade e como podemos ter a certeza de que o mundo não é uma ilusão?
Parece que, tanto a certeza do mundo como a noção de realidade repousam no fio tênue de nossa razão. Um louco por ex., parece perder completamente a noção de realidade, do sentido e do significado da vida e da existencia. Gostaria de ouvir a opinião dos colegas da lista.
Obrigado.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fw: Realidade e subjetividade
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2002 00:34
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, September 25, 2002 12:09 AM
Subject: Realidade e subjetividade
Uma pergunta que eu coloco ao grupo para discussão é a seguinte: analisando alguns aspectos sobre a reconstrução da história dos dinossáuros, bem como algumas questões controversas na teoria do Big Bang, como a origem do espaço-tempo e da matéria por ex., observo que, em geral, o conhecimento científico não descreve a realidade tal como ela é, nem tampouco a explica, também, tal como ela realmente é. E não é apenas por deficiência dos instrumentos não. Contudo, as conclusões da ciências nos são passadas como uma revelação da realidade, uma descoberta precisa, uma descrição e uma explicação perfeitas do que ocorre ou teria ocorrido, considerando o rigor do método científico experimental ou, no caso da paleontologia, conclusões baseadas em dados fósseis. As conclusões, então, demonstram como a natureza, e nela a realidade do mundo físico está organizada ou se organizou. Tudo nos é passado como se a realidade da natureza se repetisse nas equações ou nos fósseis. Mas a verdade é que não é bem assim. Levando-se em conta que a maior parte da história, seja do Universo ou do homem transcorreu num período em que o homem transitava entre o animal e o hominídeo, tudo o que a ciência faz hoje é tentar reconstituir o passado e, como tal, procura daí extrair vantagens no domínio sobre alguns aspectos da natureza que favoreça, de algum modo, a espécie humana. Ora, a razão de os fatos terem ocorrido no passado, e de o homem na época não ser dotado de um aparato psicológico capaz de compreender a natureza, torna impossível reconstituir os fatos tal como eles aconteceram, no caso da paleontologia e da história. No caso da física, o princípio da incerteza transforma a natureza num cenário em que os fenômenos e, até a propria natureza, são apenas uma probabilidade. De modo que somos forçados a concluir que a atividade de descobri ou de conhecer tem um propósito que transcende a própria necessidade da sobrevivência, ou, do contrário, não teria sentido algum. O conhecimento tal como se estrutura parece não passar de uma ilusão no que se propõe, que é apresentar a realidade tal como ela é, descrevendo ou explicando. De sorte que eu pergundo: 1-
O que fazem os cientistas quando explicam alguma coisa?
2- De onde vem a nossa noção de realidade e como podemos ter a certeza de que o mundo não é uma ilusão?
Parece que, tanto a certeza do mundo como a noção de realidade repousam no fio tênue de nossa razão. Um louco por ex., parece perder completamente a noção de realidade, do sentido e do significado da vida e da existencia. Gostaria de ouvir a opinião dos colegas da lista.
Obrigado.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Vote na STR no iBest 2003!
FROM: "Leo Vines" <strbrasil@hotmail.com>
TO: <Lista@str.com.br>
DATE: 25/09/2002 00:37
Prezados,
A ONG Sociedade da Terra Redonda (STR) está participando da edição 2003
do iBest, o maior prêmio da Internet brasileira. Há mais de três anos a STR
disponibiliza gratuitamente mais de 600 textos em três idiomas sobre
ateísmo, ceticismo, ciência, separação entre governo e religião, pensamento
crítico e racionalismo cientifico.
Promovemos encontros regionais com palestras gratuitas em diversos
estados, organizamos abaixo-assinados e cartas-abertas de protesto contra
abusos cometidos para com os ateístas, céticos e racionalistas, participamos
de programas e entrevistas na TV e no rádio, tivemos nossos textos
exclusivos reproduzidos em jornais, revistas e outros meios de comunicação.
Somos a maior organização do nosso gênero no Brasil e uma das maiores do
mundo. Fomos citados por vários órgãos da mídia e cresceremos ainda mais se
ganharmos o prêmio iBest. Será uma excelente forma de divulgarmos o nosso
trabalho (e a existência de pessoas que pensam como você) fora da Internet,
nos meios de comunicação onde ainda não temos voz.
Se você aprecia o nosso trabalho, ajude-nos a ganhar este importante
prêmio, votando no site do iBest. A votação leva poucos minutos e é
gratuita. Estamos concorrendo em TRÊS categorias diferentes, vote na
Sociedade da Terra Redonda EM CADA UMA DELAS usando os links abaixo:
* Categoria Ações Sociais e ONGs
-
http://premio.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDCategoria=54&IDSite=3824&
NomeSite=Sociedade%20da%20Terra%20Redonda&Selo=1
* Categoria Religião e Esoterismo
-
http://premio.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDCategoria=51&IDSite=3824&
NomeSite=Sociedade%20da%20Terra%20Redonda&Selo=1
* Categoria Regional Rio de Janeiro
-
http://premio.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDCategoria=79&IDSite=3824&
NomeSite=Sociedade%20da%20Terra%20Redonda&Selo=1
Não se esqueça de avisar seus amigos, encaminhando-lhes este e-mail ou o
link http://str.com.br/principal.php#iBest . Se você participa de uma lista
ou fórum que abordem os nossos assuntos, encaminhe também esta mensagem para
eles. Por fim, lembro que agora temos um novo endereço:
http://www.str.com.br ; atualize seus favoritos e links.
Agradeço em nome de toda a equipe da STR o seu voto e aguardo suas
críticas e sugestões. Escreva-nos sempre que desejar.
Atenciosamente,
Leo Vines, Presidente - Vines@str.com.br
Sociedade da Terra Redonda - http://www.str.com.br
"Porque concluir é melhor que acreditar."
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ficção Científica
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2002 00:50
O filme é razoável durante os dois primeiros terços, quando a infuência de
Kubrick pode ser sentida. Depois disso, Spielberg se perde completamente
com a entrada daqueles alienígenas parecidos com os caminianos de Star
Wars. Para mim, o filme poderia ter acabado quando o robô vai parar no
fundo do mar. Quando se sente que um filme acabou, mas o som e as luzes
continuam, é sinal que algo saiu muito errado.
Se o interesse for em histórias de robôs que querem ser humanos, sugiro "O
Homem Bicentenário", baseado em conto de Isaac Asimov, que é muito melhor
do que A.I.
[ ]s
Alvaro Augusto
> Aquele filme, aliás, é muito bonito. Não fez sucesso, acho que foi
incompreendido.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Realidade e subjetividade
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2002 01:39
<O conhecimento tal como se estrutura parece não passar de uma ilusão no que
se propõe, que é apresentar a realidade tal como ela é, descrevendo ou
explicando.
De sorte que eu pergundo:
1-O que fazem os cientistas quando explicam alguma coisa?
2- De onde vem a nossa noção de realidade e como podemos ter a certeza de
que o mundo não é uma ilusão?>
Douglas: Creio q a resposta para tais perguntas depende do conceito q vc
possui de ciência:
a) Realista: O homem é capaz de conhecer o mundo que o cerca pois a razão
humana é apropriada para isto. Neste caso:
1 - Tentam mostra como as coisas são de fato ou como aconteceram da forma
mais precisa possível;
2 - A realidade é o próprio mundo que nos cerca e sabemos q ela não é uma
ilusão porque a percebemos e a pensamos assim.
b) Idealista: O homem representa a realidade da forma que seu aparato
cognitivo permite representar:
1 - Tentam mostrar como a realidade é representada e como podemos lidar com
a realidade a partir de nossas representações;
2 - A realidade existe porque as representações existem, só não sabemos como
é esta realidade de fato.
c) Criticista: As representações da realidade são explicações criadas para
justificar a permanecia de determinada classe social no poder:
1 - Justificam o estado atual das coisas sem se preocuparem com questões
sociais;
2 - A realidade é construída. Não faz sentido falar em ilusão, mas sim em
ideologia.
d) Positivista: Somente a análise dos fatos positivos pode nos conduzir à
verdade:
1 - Revelam a verdade sobre as coisas;
2 - A realidade é matéria em movimento. Descobrir as leis que propiciam tais
movimentos é tarefa da ciência. Pensar que isto é ilusão é especulação
metafísica e deve ser deixada de lado.
e) Fenomenológica: Podemos descrever e compreender os fenômenos:
1 - Descrevem um fenômeno ou demonstram a compreensão que tiveram dele;
2 - A realidade é formada por uma unidade entre sujeito e objeto. Uma ilusão
pode ser observada, mas não observamos que todos os fenômenos possuem tal
característica de ilusão. Portanto a totalidade dos fenômenos é a realidade,
uma ilusão é parte de tal realidade.
f) Perspectivista: Só há interpretações.
1 - Interpretam tal coisa (de forma perniciosa ou não. A forma não
perniciosa é a que promove a vida);
2 - A realidade é um conceito inventado. A ilusão também.
g) Hermenêutica: Só há interpretações, mas sobre uma tradição já
estabelecida:
1- Interpretam tal coisa tendo como critério a tradição humana;
2- A realidade é como interpretamos tal termo durante a história. A própria
existência da tradição demonstra não existir uma ilusão que se aplique a
toda realidade.
h) Neopositivista: Só as proposições sobre ciência natural são passíveis de
investigação e portanto bipolares (V ou F):
1 - Enunciam proposições de ciência natural;
2 - Isto é especulação metafisica e deve ser deixada de lado.
i) Falsificacionista: As hipóteses que surgem por motivos psicológicos devem
ser falseadas:
1 - Constroem uma hipótese;
2 - Não podendo falsear esta questão, ela é uma questão desprovida de valor.
j) Paradigmática: Há um "espirito do tempo" que classifica nossas
investigações:
1 - Classificam fenômenos dentro da visão de mundo reinante;
2 - Não se encaixa em nosso paradigma. é melhor deixar esta questão
"engavetada" (talvez para lidar com ela no futuro).
k) Consensual: Há um mar de metáforas. É elegida como verdade a metáfora que
melhor convence a maioria (daí o consenso):
1 - Propõem uma metáfora explicativa;
2 - Depende da explicação e do consenso em relação a ela.
l) Cética: É impossível conhecer (a não ser, em alguns casos, Deus -
Fideísmo):
1 - Inventam uma explicação sem valor de verdade;
2 - Não há realidade e nem ilusão.
m) Ceticismo moderado: Só podemos enumerar fatos percebidos:
1 - Descrevem hábitos;
2 - Não há realidade e nem ilusão, pois estas não podem ser percebidas.
n) Neoceticismo: É uma mistura de positivismo, neopositivismo e ceticismo
moderado:
1 - Expõem uma verdade;
2 - Através do método científico sabemos que não há ilusão e que a realidade
é o que encontramos ao usarmos o método científico.
o) "Neonominalismo": Conjunto de jogos de linguagem enraizados em formas de
vida:
1 - Descreve um jogo de linguagem;
2 - "Realidade" e ïlusão" são palavras que pertencem a determinados jogos de
linguagem, tiradas do contexto, não fazem sentido.
De forma simples e incompleta é mais ou menos isso.
DFG
SUBJECT: Falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2002 01:50
Li numa mensagem anterior o pedido de explicação de como classificar tal
falácia:
Um cachorro tem quatro pernas
Uma mesa tem quatro pernas
Logo o cachorro é uma mesa
> Não existe uma classificação formal das falácias, e é impossível que
exista, pois podem surgir falácias novas a todo momento. O melhor a fazer é
conhecer bem os princípios da Lógica para evitar cair em tais erros de
raciocínio. No caso citado acima, temos um silogismo de quatro termos (ou
seja, um falso silogismo).
> O Silogismo só pode ter três termos, esta é sua regra fundamental (dela
derivam as outras sete regras para análise de silogismos).
> Os quatro termos são:
a) cachorro;
b) mesa;
c) quatro pernas (reais);
d) quatro pernas (como metáfora ou analogia).
Daí a classificação, aceitavel de certa forma, de falácia por falsa
analogia.
> O texto sobre falácias da STR presta um deserviço (pois sustenta uma
ilusão, a de que existe classificação de falácias, e não incentiva o estudo
da lógica, que é primordial e não secundário), por isso não o recomendo.
> Aliás a quantidade de falácias encontradas nos textos da STR é tão grande
que não surpreende que o texto que tal site mantém sobre o assunto seja
ruim.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Vote na STR no iBest 2003!
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2002 02:02
O site da STR é muito bonito e bem estruturado. Um dos melhores que conheço.
Mas vejamos as categorias a que ele concorre:
- Ateísmo: é até paradoxal, mas nunca li um bom texto sobre ateísmo neste
site. Já li textos antiteístas e cheio de preconceitos e informações
deturpadas que evidenciam ou ignorância intelectual ou má fé;
- Ceticismo: não li nada no site que revela-se o mínimo conhecimento sobre o
assunto. Apenas o neoceticismo de caráter gnóstico é contemplado, deixando
de fora mais de 2000 anos de tradição cética;
- Ciência: o site é monometódico, ou seja, só enfatiza uma versão da ciência
(neopositivista radical);
- Separação entre governo e religião: não sei avaliar;
- Pensamento crítico: Vários textos possuem erros, alguns grosseiros até
(como o plural majestático usado no livro do Genesis). Vi muito preconceito
e pouco pensamento crítico;
- Racionalismo cientifico: Qual racionalidade? Parece que os editores do
site ignoram que vivemos num mundo marcado por várias razões. E qual
ciência? Também ignoram o fato da pluralidade de ciências no mundo atual.
> Como que este site pode quanhar algum prêmio. Bem, se o Paulo Coelho
entrou na academia de letras...
DFG
SUBJECT: A quem possa interessar
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 04:33
Oi gentem
Devido ao interesse que alguns listeiros apresentaram referindo à
neuroanatomia e neurofisiologia, segue a divisão do Sistema Nervoso com base
em critérios anatômicos.
=Sistema Nervoso Central:
1-Encéfalo 1a-Cérebro
1b-Cerebelo
1c-Tronco encefálico 1cx-Mesencéfalo
1cy-Ponte
1cz-Bulbo
2-Medula espinhal
=Sistema Nervoso Periférico:
1-Nervos 1a-Cranianos
1b-Espinhais
2-Gânglios
3-Terminações nervosas
O mesmo livro de onde 'colei' o acima apresenta a divisão com base em
critérios filogeneticos bem como, em critérios embriológicos. Há também uma
classificação funcional. Achei melhor não colocar já que outro livro possui
apresentação mais detalhada e que demandaria tempo para pesquisar.
Inté.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 08:49
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Dizer que vota nulo porque não se muda nada com o voto ou
> porque a democracia parlamentar é uma fraude não é descrer na
> democracia? Se não é descrença, é o quê?
Nao. Pode ser um descredito aos candidatos. Qdo aparecer
candidatos 'a altura vota-se. Pode ser uma descrenca no sistema
politico brasileiro e nao na democracia. Nao querer dar
legitimidade 'as oligarquias. Pode ser um modismo. Pode ser uma
inconseqüência.
> E quem é descrente na forma de governo democrática, quem não
> valoriza o sufrágio universal e a alternância do poder, não estará
> aberto a soluções autoritárias?
Nao. A nao ser q. *ele* mesmo o suposto descrente seja a solucao
autoritaria. Provavelmente estara' mais aberto a ideias de anarquia e
acracia ou isolacionismo.
Ideias de salvadores tiranicos estao mais pros q. enxergam em tudo a
bandalheira generalizada, o fim dos tempos, a degeneracao moral.
> Você é cético, não é?
Nao sei. Talvez eu seja. Mas nao me preocuparia com isso.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Realidade e subjetividade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 08:58
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> 1- O que fazem os cientistas quando explicam alguma coisa?
Normalmente escrevem, 'as vezes eles falam. Uns poucos tentam
passar a mensagem telepaticamente. Nao ha' registros de sucesso
desses ultimos.
> 2- De onde vem a nossa noção de realidade e como podemos ter a
> certeza de que o mundo não é uma ilusão?
Nao podemos ter certeza de nada aparentemente. Mas tbm nao vamos
muito longe se nao assumirmos alguns axiomas e seguir em frente pra
ver no q. da'. Claro, sempre se pode voltar qdo encontrar algum
obstaculo renitente em um dado caminho. 'As vezes custa caro voltar,
mas e' possivel tto qto se sabe.
De onde vem a nocao de realidade? Depende de qual corrente filosofica
vc seguir. Existem diversas de explicacoes possiveis.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Falácias
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 09:37
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
> Li numa mensagem anterior o pedido de explicação de como
classificar tal
> falácia:
>
> Um cachorro tem quatro pernas
> Uma mesa tem quatro pernas
> Logo o cachorro é uma mesa
>
> > Não existe uma classificação formal das falácias, e é impossível
que
> exista, pois podem surgir falácias novas a todo momento. O melhor a
fazer é
> conhecer bem os princípios da Lógica para evitar cair em tais erros
de
> raciocínio. No caso citado acima, temos um silogismo de quatro
termos (ou
> seja, um falso silogismo).
>
> > O Silogismo só pode ter três termos, esta é sua regra fundamental
(dela
> derivam as outras sete regras para análise de silogismos).
>
> > Os quatro termos são:
> a) cachorro;
> b) mesa;
> c) quatro pernas (reais);
> d) quatro pernas (como metáfora ou analogia).
> Daí a classificação, aceitavel de certa forma, de falácia por falsa
> analogia.
Não concordo que o problema seja esse. Isso seria um problema de
portugues e não de logica.
Se vc reescrever usando o mesmo significado da expressão "quatro
pernas"- e portanto ficando só com 3 termos- verá que o problema se
mantém:
Um cachorro tem quatro pernas
Um gato tem quatro pernas
Logo, um cachorro é um gato.
Obviamente , não é.
O problema começa pela distribuição dos termos.
Nao se pode inferir de um exemplar uma conclusão para todos os
exemplares. Seria:
Todos os Cachorros têm quatro pernas
Todos os Gatos têm quatro pernas
Logo, Todos os Cachorros são Gatos.
Agora o problema está na distribuição do termo "quatro pernas".
Para que o silogismo fosse válido este termo teria de aparecer
diferentemente distruibido. Por exemplo;
Todos os cachorros têm quatro pernas.
Tudo o animal com quatro pernas é quadrupede
Logo, o cachorro é quadrupede.
Portanto, o erro no silogismo incial é a distrbuição do temro "quatro
pernas"
Em relaçao aos silsogismo serem classificáveis, eles o podem ser sim,
em: Válidos e Não Válidos.
E existem muitas razões para que não sejam válidos.
O problema dos silogismos aristotélicos (que são estes aqui) é que
não são muito usado na argumentação pq normalmente são precias mais
do que duas permissas para obter uma conclusão.
No exemplo acima , está implicito que o cão é um animal. PAra ter
tudo correcto teriamos de escrever:
Todos os cachorros são animais.
Todos os animais com 4 pernas são quadrupedes
Todos os cachorros têm 4 pernas.
Logo, Todos os cachorros são quadrupedes.
Sérgio
SUBJECT: RES: [ciencialist] Falácias
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2002 10:34
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
>
> Li numa mensagem anterior o pedido de explicação de como
> classificar tal falácia:
>
> Um cachorro tem quatro pernas
> Uma mesa tem quatro pernas
> Logo o cachorro é uma mesa
>
> > Não existe uma classificação formal das falácias, e é impossível que
> exista, pois podem surgir falácias novas a todo momento. O
> melhor a fazer é
> conhecer bem os princípios da Lógica para evitar cair em tais erros de
> raciocínio. No caso citado acima, temos um silogismo de
> quatro termos (ou
> seja, um falso silogismo).
>
> > O Silogismo só pode ter três termos, esta é sua regra
> fundamental (dela
> derivam as outras sete regras para análise de silogismos).
>
> > Os quatro termos são:
> a) cachorro;
> b) mesa;
> c) quatro pernas (reais);
> d) quatro pernas (como metáfora ou analogia).
> Daí a classificação, aceitavel de certa forma, de falácia por falsa
> analogia.
Acho que não. A falácia ocorre ao definir o TODO pelas
características de suas PARTES. Muitas coisas tem quatro patas
(quatro apoios) e não mantém correlações entre si. Uma
característica pode ser comum a várias coisas e não necessariamente
todas as coisas sejam a MESMA coisa. P.ex. a maça é vermelha; o
sangue é vermelho; logo, a maçã é feita de sangue.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Falácias
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 15:14
Em Qua 25 Set 2002 10:34, you wrote:
> > De: Douglas Ferreira Gonçalves
> >
> > Li numa mensagem anterior o pedido de explicação de como
> > classificar tal falácia:
> >
> > Um cachorro tem quatro pernas
> > Uma mesa tem quatro pernas
> > Logo o cachorro é uma mesa
> >
> > > Não existe uma classificação formal das falácias, e é impossível que
> >
> > exista, pois podem surgir falácias novas a todo momento. O
> > melhor a fazer é
> > conhecer bem os princípios da Lógica para evitar cair em tais erros de
> > raciocínio. No caso citado acima, temos um silogismo de
> > quatro termos (ou
> > seja, um falso silogismo).
> >
> > > O Silogismo só pode ter três termos, esta é sua regra
> >
> > fundamental (dela
> > derivam as outras sete regras para análise de silogismos).
> >
> > > Os quatro termos são:
> >
> > a) cachorro;
> > b) mesa;
> > c) quatro pernas (reais);
> > d) quatro pernas (como metáfora ou analogia).
> > Daí a classificação, aceitavel de certa forma, de falácia por falsa
> > analogia.
>
> Acho que não. A falácia ocorre ao definir o TODO pelas
> características de suas PARTES. Muitas coisas tem quatro patas
> (quatro apoios) e não mantém correlações entre si. Uma
> característica pode ser comum a várias coisas e não necessariamente
> todas as coisas sejam a MESMA coisa. P.ex. a maça é vermelha; o
> sangue é vermelho; logo, a maçã é feita de sangue.
>
Yep! Para construir um silogismo, é necessário fazer uma dedução, ou seja,
partir de uma característica geral para uma característica particular.
Este raciocínio segue um princípio indutivo (partir do particular para o
geral), sujeito a falhas.
A indução aqui é baseada em apenas um exemplo: mesas tem quatro pernas,
portanto tudo que tem quatro pernas é mesa. Uma indução só é significativa
quando se parte de larga experimentação.
Por exemplo, se desde criança eu jogo uma enorme variedades de corpos para
cima e eles caem, posso afirmar indutivamente que "tudo que sobre tem de
descer". Mas mesmo assim jamais chegarei a certeza lógica que uma dedução me
dá (como um balão de hélio poderia comprovar, neste caso).
Apenas para concluir: uma deduçào jamais acrescenta um conhecimento novo,
apenas explicita uma verdade já conhecida. Assim todo silogismo é, de certa
forma, redundante.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Falácias
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 15:14
Em Qua 25 Set 2002 10:34, you wrote:
> > De: Douglas Ferreira Gonçalves
> >
> > Li numa mensagem anterior o pedido de explicação de como
> > classificar tal falácia:
> >
> > Um cachorro tem quatro pernas
> > Uma mesa tem quatro pernas
> > Logo o cachorro é uma mesa
> >
> > > Não existe uma classificação formal das falácias, e é impossível que
> >
> > exista, pois podem surgir falácias novas a todo momento. O
> > melhor a fazer é
> > conhecer bem os princípios da Lógica para evitar cair em tais erros de
> > raciocínio. No caso citado acima, temos um silogismo de
> > quatro termos (ou
> > seja, um falso silogismo).
> >
> > > O Silogismo só pode ter três termos, esta é sua regra
> >
> > fundamental (dela
> > derivam as outras sete regras para análise de silogismos).
> >
> > > Os quatro termos são:
> >
> > a) cachorro;
> > b) mesa;
> > c) quatro pernas (reais);
> > d) quatro pernas (como metáfora ou analogia).
> > Daí a classificação, aceitavel de certa forma, de falácia por falsa
> > analogia.
>
> Acho que não. A falácia ocorre ao definir o TODO pelas
> características de suas PARTES. Muitas coisas tem quatro patas
> (quatro apoios) e não mantém correlações entre si. Uma
> característica pode ser comum a várias coisas e não necessariamente
> todas as coisas sejam a MESMA coisa. P.ex. a maça é vermelha; o
> sangue é vermelho; logo, a maçã é feita de sangue.
>
Yep! Para construir um silogismo, é necessário fazer uma dedução, ou seja,
partir de uma característica geral para uma característica particular.
Este raciocínio segue um princípio indutivo (partir do particular para o
geral), sujeito a falhas.
A indução aqui é baseada em apenas um exemplo: mesas tem quatro pernas,
portanto tudo que tem quatro pernas é mesa. Uma indução só é significativa
quando se parte de larga experimentação.
Por exemplo, se desde criança eu jogo uma enorme variedades de corpos para
cima e eles caem, posso afirmar indutivamente que "tudo que sobre tem de
descer". Mas mesmo assim jamais chegarei a certeza lógica que uma dedução me
dá (como um balão de hélio poderia comprovar, neste caso).
Apenas para concluir: uma deduçào jamais acrescenta um conhecimento novo,
apenas explicita uma verdade já conhecida. Assim todo silogismo é, de certa
forma, redundante.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 17:22
Oi,
Manuel: Dizer que vota nulo porque não se muda nada com o voto ou
porque a democracia parlamentar é uma fraude não é descrer na
democracia? Se não é descrença, é o quê?
Takata: Nao. Pode ser um descredito aos candidatos. Qdo aparecer
candidatos 'a altura vota-se. Pode ser uma descrenca no sistema
olitico brasileiro e nao na democracia. Nao querer dar
legitimidade 'as oligarquias. Pode ser um modismo. Pode ser uma
inconseqüência.
Manuel: E descrença na democracia, pode ser? Aliás, pensei que
tivesse deixado claro que, para mim, "o problema é quando se defende
o voto nulo por uma questão de PRINCÍPIO" e não devido a
contingências conjunturais. Se o voto, "a princípio", não serve como
mecanismo de controle dos governantes e de alternância do poder, se
com o voto estamos apenas elegendo os ladrões que irão nos roubar,
então anula-se o voto, jogando-se deste modo, no lixo, o sufrágio
universal, que alguns crédulos ignorantes e ingênuos consideram uma
conquista da civilização. Tal descrença, no mais das vezes, traduz-se
em indiferença: "democracia, ditadura, é tudo a mesma porcaria". Os
que pensam assim, para qualquer problema só enxergam saídas
individuais, por isso que representam a humanidade ideal dos que
propugnam substituir a democracia pela mercadocracia, o governo do
povo pelo governo das leis do mercado, que nada mais é que uma forma
impessoal de autoritarismo.
Mas há descrentes menos medíocres e passivos. Estes votam nulo ou em
branco na esperança que se crie um vazio de poder a ser preenchido
por alguma utopia, uma dessas lucubrações de visionários que exigem,
para serem instauradas, o encarceramento ou a morte dos que se
mostram incapazes de assimilar os novos valores.
Manuel: E quem é descrente na forma de governo democrática, quem não
valoriza o sufrágio universal e a alternância do poder, não estará
aberto a soluções autoritárias?
Takata: Nao. A nao ser q. *ele* mesmo o suposto descrente seja a
solucao autoritaria.
Manuel: Não. A maioria reconhece a sua incompetência e, por isso,
prefere seguir um führer, dispondo-se até mesmo a morrer por ele.
Takata: Provavelmente estara' mais aberto a idéias de anarquia e
acracia ou isolacionismo.
Manuel: Também para os anarquistas o Fim justifica os maus. Os
anarquistas também fazem da violência, do terror e dos procedimentos
autoritários a regra para tirar do papel a Sociedade Ideal. Em "Os
Demônios", de Dostoiévsky, o anarquista Chigáliev expõe num serão o
seu modelo social, mas antes afirma: "Embaracei-me em meus próprios
dados e minha conclusão acha-se em contradição direta com a idéia que
me serviu de ponto de partida. Partindo da liberdade ilimitada,
cheguei ao despotismo sem limites. Acrescento, no entanto, que não
poderia haver solução do problema social diferente da minha. (...) Um
décimo dos homens gozaria de liberdade absoluta e exerceria sobre os
nove outros décimos uma autoridade sem limites (...) e por uma
submissão sem limites, chegariam, por meio de uma série de
regenerações, ao estado de inocência primitiva, algo como o Édem
primitivo. (...) O que proponho não é uma covardia; é um paraíso, um
paraíso terrestre e não poderá existir outro sobre a Terra."
E não pensem que isso é só literatura. O anarquista russo
Tkachev "propunha suprimir todos os russos de mais de vinte e cinco
anos, como incapazes de aceitarem idéias novas." (O 'pequeno
timoneiro' Pol Pot pôs em prática, no Camboja, algo parecido com
isso.) Bakunin, por sua vez, ele próprio um crítico feroz do
socialismo "autoritário" de Marx, perdeu-se em contradições quando
redigiu "Os Estatutos da Fraternidade Internacional". Nesse texto ele
defende um período revolucionário de transição marcado por "um forte
poder ditatorial... um poder mantido por partidários, iluminado por
seus conselhos, fortalecido por sua livre colaboração, mas que não
seja limitado por nada nem por ninguém."
George Sorel, ideólogo do anarco-sindicalismo e crítico da democracia
parlamentar (que, segundo ele, não passa de um grande embuste, gaiola
de ouro, cantiga para fazer dormir as classes populares) passou seus
últimos dias tecendo loas a Mussolini. Aliás, é bom lembrar que os
anarco-sindicalistas italianos aderiram em massa ao Partido
Fascista.
Takata: Ideias de salvadores tiranicos estao mais pros q. enxergam em
tudo a bandalheira generalizada, o fim dos tempos, a degeneracao
moral.
Manuel: Os liberais de direita costumam dizer que a democracia cria
uma desproporção "entre as demandas cada vez maiores da sociedade
civil e a capacidade do sistema social de atendê-las." Essa
desproporção gera ingovernabilidade, uma situação de "bandalheira
generalizada", um clima de "fim dos tempos" que justifica a ação de
um Pinochet ou ou de um Videla. É nisso que dá a demagogia que
diz "cada cidadão, um voto."
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Falácias
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 17:35
Sejamos simples. Defina
P := conjunto das coisas com quatro pernas;
C := conjunto dos cachorros;
M := conjunto das mesas.
Então a afirmação, em teoria dos conjuntos de segunda ordem, se torna
Para todos os subconjuntos P, C e M de U,
(C c P) ^ (M c P) => C = M.
Um contra-exemplo prova a falsidade. E.g., C = {1}, M = {2}, P = {1,2}.
São necessárias as hipóteses adicionais: P c C, P c M. Aí a afirmação é
Para todos os conjuntos P, C e M,
(C c P) ^ (P c C) ^ (M c P) ^ (P c M) => C = M.
Demonstração: Como C c P e P c C, então P = C. da mesma maneira, P = M.
Logo, C = P = M.
O problema, em bom português, é que a "brilhante dedução" original
fazia crer que a única características de cachorros e mesas fosse
possuir quatro pernas. Se C e M têm definições, do tipo C = {x em U |
P(x) }, M = {x em U | Q(x) } (onde P e Q são proposições quaisquer),
seria a mesma coisa que afirmar que P <=> Q, fácil de checar.
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 18:31
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: E descrença na democracia, pode ser?
pouco provavel. e' so' fazer um levantamento entre os q. declaram q.
votarao nulo.
ate' porq. os q. preferem as vias autoritarias possuem boa
representacao democratica.
> Manuel: Não. A maioria reconhece a sua incompetência e, por isso,
> prefere seguir um führer, dispondo-se até mesmo a morrer por ele.
a maioria de quem?
> Takata: Provavelmente estara' mais aberto a idéias de anarquia e
> acracia ou isolacionismo.
>
> Manuel: Também para os anarquistas o Fim justifica os maus.
desconheco qq sociedade acrata q. seja governada por um tirano --
ate' porq. desconhece qq sociedade acrata. essa do pol pot foi uma
forcada e tto -- parece daqueles q. chamam ariel sharon de nazista ou
q. igualam punks a skinheads.
> Manuel: Os liberais de direita costumam dizer que a democracia cria
> uma desproporção "entre as demandas cada vez maiores da sociedade
> civil e a capacidade do sistema social de atendê-las." Essa
> desproporção gera ingovernabilidade, uma situação de "bandalheira
> generalizada", um clima de "fim dos tempos" que justifica a ação de
> um Pinochet ou ou de um Videla. É nisso que dá a demagogia que
> diz "cada cidadão, um voto."
liberais de direita possuem controle eleitoral. Eles sabem q. um
sistema ditatorial envolve muito desgaste no controlo da populacao --
bem boa parte pode ser considerada massa de manobra, mas ha' os
resistentes q. irao causar dor de cabeca -- mas facil um simulacro de
democracia em q. se legitimam no poder e tEm menos pressao social
nesse aspeto. como a logica da eminencia parda: pra q. arriscar o
pescoco se se pode ter as mesmas regalias atuando por tras dos panos?
alias, muitos q. votarao nulo nao votarao *contra* a democracia, mas
*a favor* da democracia (bem, do q. eles entendem por democracia).
a ideia e' simples, embora possa ser errada (ou talvez esteja certa):
este sistema seria uma falsa democracia, votar nulo seria uma forma
de sabota'-la e abrir espaco para uma verdadeira democracia
representativa e participativa -- algo similar a bancar o garoto a
apontar a nudez real. bem, pode-se discutir 'a vontade essa ideia de
verdadeira democracia. como tbm pode-se discutir 'a vontade a ideia
de q. vivemos em uma democracia.
a ideia de q. o voto nulo e' um ato inconsequente, meio blase', nao
me parece muito mais do q. um policiamento ideologico. mas enfim, as
pessoas tEm direito a fazer policiamento ideologico. so' acho
perigoso fazer muitas suposicoes sobre as motivacoes pessoais.
(eu continuo a me perguntar: se as pessoas tEm o direito de votar em
maluf, ronaldo caiado, quercia, maluf, acm, joaquim roriz, jader
barbalho, quem serei eu a condenar o voto nulo sistematico ou nao?)
[]s,
roberto takata
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 18:59
> Bem, o filme A.I. é tocante, fala de amor incompreendido num mundo
de gente fria ao sentir igual a nós, fala de obstinação ( o menino
cibernético queria porque queria ser amado pela mãe... e conseguiu,
mesmo que a mãe que o amou fosse apenas um clone reprogramado) e fala
do quanto o sentimento simplesmente não é importante, mas o contexto,
etc e tal ( o filho de sangue x o filho que era uma máquina
programada para amar incondicionalmente).
Boa análise. Eu gostei dos robôs, em especial, Gigolo Joe. Ele está
muito bem feito. Ao mesmo tempo que é inteligente, ele tem um certo
vazio que incomoda. Não dá para saber direito qual é a daquele ser. O
urso também está em uma fronteira estranha entre um brinquedo e um
treco inteligente (embora pelo final ele acabe parecendo inteligente
demais). Nunca vi robôs tão bem feitos quanto esses. Em geral se
comete a ingenuidade de fazer máquinas muito humanas. Fazer uma
entidade inteligente não-humana é muito difícil.
> Se você se prender apenas nas questões menos filosóficas, e se ater
mais a situações técnicas/sanguinolentas com pitadas de sexo e
suspense tenho certeza de que seu livro irá vender... Abrir brechas
prá fazer pensar acaba gerando "cults" que apenas o tempo valoriza. A
não ser que você não esteja interessado em retorno imediato.
A idéia é apresentar uma utopia. Uma visão de um mundo ideal. Não
tenho pretensões muito filosóficas, embora tenha sociais e
mitológicas. Gostaria de retratar uma sociedade plena, saudável,
ativa. Mas é muito difícil saber como uma sociedade como esta se
comportaria. É difícil pensar como seriam as intrigas sociais, as
relações das pessoas com as instituições, a relação entre os sexos.
Minha visão é bastante medieval/comunitária.
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 19:00
> O filme é razoável durante os dois primeiros terços, quando a
infuência de Kubrick pode ser sentida. Depois disso, Spielberg se
perde completamente com a entrada daqueles alienígenas parecidos com
os caminianos de Star Wars. Para mim, o filme poderia ter acabado
quando o robô vai parar no fundo do mar. Quando se sente que um filme
acabou, mas o som e as luzes continuam, é sinal que algo saiu muito
errado.
É um final meio estranho, mas não deixa de ser interessante. De certa
forma o filme acaba nesse momento que você falou, afinal, no fim
ocorre um salto de uns dois mil anos para uma época onde só existe
gelo e a humanidade acabou. De certa forma é um momento pairando
acima do tempo. Um treco à parte. É o sonho do garoto sendo
realizado.
SUBJECT: Mais ficção científica.
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 19:02
Algo meio complicado em uma história no futuro são os nomes próprios.
É muito difícil arrumar um que preste. Preciso de um nome para uma
moeda global, para uma língua global, e para um computador global que
irá administrar o mundo (não será visto como um computador, e sim
como uma entidade; o nome terá que ser meio evocativo). Alguma
sugestão?
SUBJECT: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 22:19
Amigos,
Com a edição da Resolução 5/2002, de junho deste ano, o Conselho Federal de
Psicologia regulamentou a prática da Acupuntura por psicólogos. Gostaria de
saber as opiniões de vocês sobre isto.
Um abraço,
Vizzoni
_________________________________________________________________
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SUBJECT: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 22:38
Carlos,
Vou responder suas perguntas por partes. Permita-me enviar para a
ciencialist, acho que o pessoal vai aproveitar bem esse papo. Acaso o livro
do Resnick é aquele do Eisberg e Resnick, chamado "Física Quântica", bem
grossão? Eu comecei a estudar Física Quântica por ali, é realmente fantástico.
Eu não conheço mais nenhum outro livro do Richard Morse, você pode
ver se tem algum no www.submarino.com.br ou no www.amazon.com . Agora,
sobre divulgadores científicos, recomendo fortemente o John Gribbin. O site
dele é muito interessante, tem vários textos muito bons (se você lê inglês...):
http://www.biols.susx.ac.uk/home/John_Gribbin/
Um livro dele que gostei muito, para leigos, na minha opinião o
melhor livro de física moderna que vi até hoje para leigos, é: "Fique por
dentro da Física Moderna", editora Cosao & Naify (2001). Encontra-se em
qualquer boa livraria.
Ouvi falar que a Folha de S. Paulo (ou seja, a editora Publifolha)
vai lançar uns livrinhos com textos desse cara.
Descobri ontem um site que coloca textos sobre física tirados de
outros lugares da Internet, mas muito bem selecionados, e em português:
http://www.fisicabrasil.hpg.ig.com.br/
Depois respondo o resto,
Até,
Belisário
At 00:18 25/09/02 -0300, you wrote:
>Comprei um livro espetacular de física quãntica do RESNICK, conheces? Lí
>recentemente o livro uma Breve História do Infinito do físico Richard
>Morse. O cara é espetacular para explica coisas difíceis. Vc conhece
>outras obras desse físico em portugues que possa me indicar, ou de outro
>físico bom?
>
>Obrigado
>
>Carlos
---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 23:10
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> A idéia é apresentar uma utopia. Uma visão de um mundo ideal. Não
> tenho pretensões muito filosóficas, embora tenha sociais e
> mitológicas. Gostaria de retratar uma sociedade plena, saudável,
> ativa. Mas é muito difícil saber como uma sociedade como esta se
> comportaria. É difícil pensar como seriam as intrigas sociais, as
> relações das pessoas com as instituições, a relação entre os sexos.
> Minha visão é bastante medieval/comunitária.
Bem, você por acaso já leu alguma coisa sobre Melquizedeque
(Melchizedek)? Parece que em seu tempo, houve um reino onde reinava
a paz e a harmonia. Talvez você pudesse se inspirar nos personagens
daquele tempo e jogá-los no futuro.
http://www.geocities.com/elijah11maquedes/melq.html
> Algo meio complicado em uma história no futuro são os nomes
> próprios.
> É muito difícil arrumar um que preste. Preciso de um nome para uma
> moeda global, para uma língua global, e para um computador global
> que
> irá administrar o mundo (não será visto como um computador, e sim
> como uma entidade; o nome terá que ser meio evocativo). Alguma
sugestão?
Bem, mais uma vez, revisite o passado: é uma fonte inesgotável de
inspiração. E, como tudo tende a ser repetido, um futuro onde reine
a paz e haja harmonia deverá possuir um sistema de governo que de
certa forma "induza" tal atitude em seus governados. Não posso me
desvencilhar da idéia de uma religião ( ateus que me perdoem) dentro
de um sistema como este. Inclusive algumas intrigas interessantes
poderiam ser criadas a partir disso, na tentativa da implantaçào de
uma nova ordem sem a tal base religiosa.
Vale tentar modificar nomes passados, como já falei. Uma outra fonte
muito interessante em termos de nomes vem dos Caldeus...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/09/2002 23:42
--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> Amigos,
>
> Com a edição da Resolução 5/2002, de junho deste ano, o Conselho
Federal de
> Psicologia regulamentou a prática da Acupuntura por psicólogos.
Gostaria de
> saber as opiniões de vocês sobre isto.
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
Interessante seria antes de mais nada saber do que se trata a
Acupuntura. Pode ser vista como uma prática pseudo-científica mas
aponta para uma forma de medicina preventiva antes que visando curar
alguma doença.
Isso é tudo o que eu tenho a dizer. Tenho certeza de que há pessoas
que devem estar sentindo náuseas só de pensar nisso, assim como de
pensar em homeopatia, terapias florais... o fato é que tais terapias
funcionam. Só têm faltado meios de comprovar-se como, bem como um
maior interesse em tal comprovação.
Vale notar que nenhuma dessas práticas baseia-se na fé mas
nos "campos energéticos" do corpo físico que vêm sendo estudados há
milênios pelas culturas orientais.
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de fís ica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 00:34
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 26 de setembro de 2002 04:39
Assunto: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de fís ica
Caramba e carambola!!! Quinhentos livros só sobre física?? Putz, é
tudo o que tem aqui em casa sobre todos os assuntos...!
Boa sorte na sua teoria, cara! Mas, uma coisa: você se refere à
união entre quântica e relatividade geral?
Belisário
===========
E eu? Tenho duas Brochuras, capa dura vermelha e 50 páginas cada. Mas, tem-me dado acesso a toda Física de que necessito. Nela, por exemplo, tenho acesso ao Resnick, ao Meinner, Sutton, Feymann etc. etc.
[]'
Léo
===========
SUBJECT: Re: [ciencialist] Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 01:01
Tudo bem, pode colocar na lista. O livro de Resnick é esse mesmo aí. Minha
biblioteca de física é, modestamente, razoável, são cerca de 500 volumes tem
tudo sobre Einstein e vários autores inclusive o Jonh Gribin.
Belisário rapaz acabei de fazer uma descoberta cientifica maravilhosa, foi
tão emocionate que chorei. Estou absolutamente convencido de que ela é tão
verdadeira quanto estranha. Por enquanto, a única coisa que posso dizer é
que trata-se de um princípio bastante estranho que possibilita a união entre
física quãntica e relatividade. Quero concluir esse trabalho em no máximo
dois anos e publicá-lo em uma revista estrangeira. Assim também, mandarei
para Universidades dos Estado Unidos e da Europa.
mais uma vez obrigado,
confirmo que o e-mail era somente o retorno,
um abraço
Carlos
----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, September 25, 2002 10:38 PM
Subject: [ciencialist] Resp. Carlos - Divulgadores de física
Carlos,
Vou responder suas perguntas por partes. Permita-me enviar para a
ciencialist, acho que o pessoal vai aproveitar bem esse papo. Acaso o livro
do Resnick é aquele do Eisberg e Resnick, chamado "Física Quântica", bem
grossão? Eu comecei a estudar Física Quântica por ali, é realmente
fantástico.
Eu não conheço mais nenhum outro livro do Richard Morse, você pode
ver se tem algum no www.submarino.com.br ou no www.amazon.com . Agora,
sobre divulgadores científicos, recomendo fortemente o John Gribbin. O site
dele é muito interessante, tem vários textos muito bons (se você lê
inglês...):
http://www.biols.susx.ac.uk/home/John_Gribbin/
Um livro dele que gostei muito, para leigos, na minha opinião o
melhor livro de física moderna que vi até hoje para leigos, é: "Fique por
dentro da Física Moderna", editora Cosao & Naify (2001). Encontra-se em
qualquer boa livraria.
Ouvi falar que a Folha de S. Paulo (ou seja, a editora Publifolha)
vai lançar uns livrinhos com textos desse cara.
Descobri ontem um site que coloca textos sobre física tirados de
outros lugares da Internet, mas muito bem selecionados, e em português:
http://www.fisicabrasil.hpg.ig.com.br/
Depois respondo o resto,
Até,
Belisário
At 00:18 25/09/02 -0300, you wrote:
>Comprei um livro espetacular de física quãntica do RESNICK, conheces? Lí
>recentemente o livro uma Breve História do Infinito do físico Richard
>Morse. O cara é espetacular para explica coisas difíceis. Vc conhece
>outras obras desse físico em portugues que possa me indicar, ou de outro
>físico bom?
>
>Obrigado
>
>Carlos
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Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
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Para sair da lista envie um mail para
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 01:16
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, September 25, 2002 9:37 AM
Subject: [ciencialist] Re: Falácias
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
> Li numa mensagem anterior o pedido de explicação de como
classificar tal
> falácia:
>
> Um cachorro tem quatro pernas
> Uma mesa tem quatro pernas
> Logo o cachorro é uma mesa
>
> > Não existe uma classificação formal das falácias, e é impossível
que
> exista, pois podem surgir falácias novas a todo momento. O melhor a
fazer é
> conhecer bem os princípios da Lógica para evitar cair em tais erros
de
> raciocínio. No caso citado acima, temos um silogismo de quatro
termos (ou
> seja, um falso silogismo).
>
> > O Silogismo só pode ter três termos, esta é sua regra fundamental
(dela
> derivam as outras sete regras para análise de silogismos).
>
> > Os quatro termos são:
> a) cachorro;
> b) mesa;
> c) quatro pernas (reais);
> d) quatro pernas (como metáfora ou analogia).
> Daí a classificação, aceitavel de certa forma, de falácia por falsa
> analogia.
>Não concordo que o problema seja esse. Isso seria um problema de
portugues e não de logica.
Se vc reescrever usando o mesmo significado da expressão "quatro
pernas"- e portanto ficando só com 3 termos- verá que o problema se
mantém:
Um cachorro tem quatro pernas
Um gato tem quatro pernas
Logo, um cachorro é um gato.
Obviamente , não é.<
Douglas: O primeiro silogismo possui a forma:
A é B
C é D
logo A é C
O silogismo que você elaborou possui a forma:
A é B
C é B
logo A é C
Como vc pode ver, são casos diferentes.
O silogismo que vc elaborou está errado por violar a regra: O termo médio
deve ser universal pelo menos uma vez.
No caso do seu silogismo, o termo médio (quatro pernas) não é universal em
nenhum dos dois casos.
Um silogismo de quatro termos não possui termo médio.
Só para relembrar, um silogismo possui SEMPRE três termos: maior, menor e
médio.
>O problema começa pela distribuição dos termos.
Nao se pode inferir de um exemplar uma conclusão para todos os
exemplares. Seria:
Todos os Cachorros têm quatro pernas
Todos os Gatos têm quatro pernas
Logo, Todos os Cachorros são Gatos.
Agora o problema está na distribuição do termo "quatro pernas".<
Douglas: Este silogismo não é válido pelo mesmo motivo. O termo médio é
tomado particularmente nos dois casos.
>Para que o silogismo fosse válido este termo teria de aparecer
diferentemente distruibido. Por exemplo;
Todos os cachorros têm quatro pernas.
Todo animal com quatro pernas é quadrupede
Logo, o cachorro é quadrupede.
Portanto, o erro no silogismo incial é a distrbuição do termo "quatro
pernas"<
Douglas: Este silogismo é válido. A forma é:
A é B
B é C
Logo A é C
É um silogismo de quarta figura (pre-su) de modo AAI, ou Bamalip
>Em relaçao aos silsogismo serem classificáveis, eles o podem ser sim,
em: Válidos e Não Válidos.
E existem muitas razões para que não sejam válidos.<
Douglas: Eu disse que as falácias não podem ser classificadas e não os
silogismos. Este em geram seguem 8 regras que derivam de uma só: possuir
sempre e apenas três termos. O problema está na extensão dos termos apenas
nos exemplos que vc elaborou e não no exemplo original. Neste último há a
ocorrencia de dois termos diferentes (quatro patas e quatro pernas), não é
um problema de extensão de termos.
DFG
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 01:19
Ora vejam!
Só por curiosidade, qual é a edição? Eu tenho a quarta edição pela
ed. Campus de 1986. Gostaria de saber se nas edições atuais ainda
tem mais de 900 páginas... Este meu conta com 916 pags fora o índice
analítico. Eu me pergunto como é que uma editora resolve publicar um
livro que acaba sendo tão manuseado com tantas páginas! Depois de
tantos anos de consultas este meu está "debulhando"...
Beijos, Lígia
*****************************************
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Tudo bem, pode colocar na lista. O livro de Resnick é esse mesmo
aí. Minha
> biblioteca de física é, modestamente, razoável, são cerca de 500
volumes tem
> tudo sobre Einstein e vários autores inclusive o Jonh Gribin.
> Belisário rapaz acabei de fazer uma descoberta cientifica
maravilhosa, foi
> tão emocionate que chorei. Estou absolutamente convencido de que
ela é tão
> verdadeira quanto estranha. Por enquanto, a única coisa que posso
dizer é
> que trata-se de um princípio bastante estranho que possibilita a
união entre
> física quãntica e relatividade. Quero concluir esse trabalho em no
máximo
> dois anos e publicá-lo em uma revista estrangeira. Assim também,
mandarei
> para Universidades dos Estado Unidos e da Europa.
>
> mais uma vez obrigado,
> confirmo que o e-mail era somente o retorno,
> um abraço
> Carlos
> ----- Original Message -----
> From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@t...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Wednesday, September 25, 2002 10:38 PM
> Subject: [ciencialist] Resp. Carlos - Divulgadores de física
>
>
>
> Carlos,
>
> Vou responder suas perguntas por partes. Permita-me enviar
para a
> ciencialist, acho que o pessoal vai aproveitar bem esse papo. Acaso
o livro
> do Resnick é aquele do Eisberg e Resnick, chamado "Física
Quântica", bem
> grossão? Eu comecei a estudar Física Quântica por ali, é realmente
> fantástico.
>
> Eu não conheço mais nenhum outro livro do Richard Morse,
você pode
> ver se tem algum no www.submarino.com.br ou no www.amazon.com .
Agora,
> sobre divulgadores científicos, recomendo fortemente o John
Gribbin. O site
> dele é muito interessante, tem vários textos muito bons (se você lê
> inglês...):
> http://www.biols.susx.ac.uk/home/John_Gribbin/
>
> Um livro dele que gostei muito, para leigos, na minha
opinião o
> melhor livro de física moderna que vi até hoje para leigos,
é: "Fique por
> dentro da Física Moderna", editora Cosao & Naify (2001). Encontra-
se em
> qualquer boa livraria.
>
> Ouvi falar que a Folha de S. Paulo (ou seja, a editora
Publifolha)
> vai lançar uns livrinhos com textos desse cara.
>
> Descobri ontem um site que coloca textos sobre física
tirados de
> outros lugares da Internet, mas muito bem selecionados, e em
português:
> http://www.fisicabrasil.hpg.ig.com.br/
>
> Depois respondo o resto,
> Até,
> Belisário
>
> At 00:18 25/09/02 -0300, you wrote:
>
> >Comprei um livro espetacular de física quãntica do RESNICK,
conheces? Lí
> >recentemente o livro uma Breve História do Infinito do físico
Richard
> >Morse. O cara é espetacular para explica coisas difíceis. Vc
conhece
> >outras obras desse físico em portugues que possa me indicar, ou de
outro
> >físico bom?
> >
> >Obrigado
> >
> >Carlos
>
> ---------------------------------
> Roberto Belisário Diniz
> rbdiniz@t...
> Revista Com Ciência - jornalismo científico
> www.comciencia.br
> Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
> www.uniemp.br/labjor/
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@y...
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 01:20
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, September 25, 2002 10:34 AM
Subject: RES: [ciencialist] Falácias
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
>
> Li numa mensagem anterior o pedido de explicação de como
> classificar tal falácia:
>
> Um cachorro tem quatro pernas
> Uma mesa tem quatro pernas
> Logo o cachorro é uma mesa
>
> > Não existe uma classificação formal das falácias, e é impossível que
> exista, pois podem surgir falácias novas a todo momento. O
> melhor a fazer é
> conhecer bem os princípios da Lógica para evitar cair em tais erros de
> raciocínio. No caso citado acima, temos um silogismo de
> quatro termos (ou
> seja, um falso silogismo).
>
> > O Silogismo só pode ter três termos, esta é sua regra
> fundamental (dela
> derivam as outras sete regras para análise de silogismos).
>
> > Os quatro termos são:
> a) cachorro;
> b) mesa;
> c) quatro pernas (reais);
> d) quatro pernas (como metáfora ou analogia).
> Daí a classificação, aceitavel de certa forma, de falácia por falsa
> analogia.
>Acho que não. A falácia ocorre ao definir o TODO pelas
características de suas PARTES. Muitas coisas tem quatro patas
(quatro apoios) e não mantém correlações entre si. Uma
característica pode ser comum a várias coisas e não necessariamente
todas as coisas sejam a MESMA coisa. P.ex. a maça é vermelha; o
sangue é vermelho; logo, a maçã é feita de sangue.<
Douglas: O problema é a existencia de quatro termos num silogismo. Só isso.
No seu exemplo o erro está sim na extensão dos termos, mas no exemplo
original não.
DFG
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 01:22
> Yep! Para construir um silogismo, é necessário fazer uma dedução, ou seja,
> partir de uma característica geral para uma característica particular.
> Este raciocínio segue um princípio indutivo (partir do particular para o
> geral), sujeito a falhas.
>
> A indução aqui é baseada em apenas um exemplo: mesas tem quatro pernas,
> portanto tudo que tem quatro pernas é mesa. Uma indução só é significativa
> quando se parte de larga experimentação.
>
> Por exemplo, se desde criança eu jogo uma enorme variedades de corpos para
> cima e eles caem, posso afirmar indutivamente que "tudo que sobre tem de
> descer". Mas mesmo assim jamais chegarei a certeza lógica que uma dedução
me
> dá (como um balão de hélio poderia comprovar, neste caso).
>
> Apenas para concluir: uma deduçào jamais acrescenta um conhecimento novo,
> apenas explicita uma verdade já conhecida. Assim todo silogismo é, de
certa
> forma, redundante.
Douglas: No exemplo original não ocorre indução, apenas a presença de quatro
termos.
Quatro patas não é o mesmo que quatro pernas de uma mesa.
DFG
SUBJECT: Re: Renormalização
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 01:23
Novamente respondendo por partes, e enviando para a ciencialist...
At 00:51 26/09/02 -0300, you wrote:
>
>----- Original Message -----
>From: <mailto:cfrued@uol.com.br>Carlos Alberto
>To: <mailto:rbdiniz@terra.com.br>rbdiniz@terra.com.br
>
>Belizário, o que é renormalização e porque, para alguns cientistas, esse
>artifício matemático torna a Mecânica Quântica uma teoria desconfiável?
Primeiro, um esclarecimento: a renormalização não torna a mecânica
quântica uma teoria desconfiável, mas sim as teorias atuais da física das
partículas. A física das partículas elabora teorias sobre as forças
fundamentais e as partículas elementares; a mecânica quântica é o pano de
fundo sobre o qual se baseiam essas teorias. É algo análogo a, por exemplo:
a acústica é uma teoria sobre o som; a acústica está baseada na mecânica de
Newton. Se a acústica não funcionar, primeiro temos que tentar construir
outra acústica (e não substituir de cara a mecânica de Newton). Outro
exemplo: a primeira teoria sobre as forças nucleares foi a de Yukawa, da
década de 1930; logo viu-se, entretanto, que essa teoria não batia com os
experimentos. O passo seguinte foi construir uma nova teoria - a atual
cromodinâmica quântica, ou QCD (e não uma nova mecânica quântica).
Sobre renormalização. Depois que surgiu a mecânica quântica e a
relatividade especial, os físicos tinham que encontrar um eletromagnetismo
quântico-relativístico, uma teoria quântico-relativística das forças
nucleares, etc. - ou seja, tinham que "quântico-relativizar" todo o resto
da física. As teorias quântico-relativísticas sobre as forças fundamentais
chamam-se "teorias quânticas do campo". Encontrou-se uma teoria quântica do
campo para o eletromagnetismo, para as forças fortes e forças fracas.
O problema é que essas teorias inicialmente sofriam de um mal
aparentemente incontornável: os resultados dos cálculos davam infinito!
Demorou umas duas décadas no escuro, mas viu-se que isso não era
tão catastrófico: descobriu-se um artifício matemático chamado
renormalização, que produzia uma nova versão das teorias que davam
resultados finitos.
As teorias que podiam ser tratadas dessa forma chamam-se
renormalizáveis. As que não podem chamam-se não-renormalizáveis, e essas
são inaceitáveis do ponto de vista físico.
Mas as coisas não são tão simples. É muito dificil justificar
fisicamente o uso da renormalização. Para alguns cientistas, a
renormalização parece uma técnica por demais artificial. Um procedimento
introduzido só para "salvar os fenômenos", sem justificativas físicas. Mas,
como funciona - e extraordinariamente bem -, a maior parte das pessoas
continua a usá-la sem preocupação.
Por isso a necessidade de renormalização, para uma teoria produzir
resultados fisicamente aceitáveis, é vista por alguns como motivo para
desconfiar das teorias do campo atuais.
Note que só se conseguiu quantizar com sucesso o eletromagnetismo
e as forças forte e fraca. A gravitacional ficou de fora. Isto porque
ninguém conseguiu uma teoria quântica da gravitação que fosse
renormalizável. Todas revelaram-se não-renormalizáveis. Ou seja, seus
infinitos não podiam ser driblados. Com uma exceção, a das supercordas. A
explicação usual é que essa teoria pressupõe que as partículas são
entidades unidimensionais, e não pontuais. A dimensão zero das partículas,
na teoria do campo usual, seria responsável pelo aparecimento dos
infinitos. Mas as supercordas ainda não têm nenhuma confirmação experimental.
Mais tarde falo sobre o resto,
Até,
Belisário
P.S. - Existem tópicos mais técnicos da física sobre os quais
parece que só eu me pronuncio; devo dizer que minha área não é essa, mas a
física atômica e molecular - aliás, atualmente o jornalismo científico...
-, e o que sei sobre qualquer coisa que não seja isso ou mecânica quântica
aprendi mais por curiosidade e diletantismo, e pode estar incompleto ou
mesmo errado (e com a FAM e MQ também!). Não estou falando só desta lista.
Às vezes sinto que o fato de ninguém mais comentar esses tópicos técnicos
pode dar uma falsa aura de "autoridade" às minhas mensagens. Talvez seja só
impressão. Mas, por via das dúvidas, digo que eu mando essas mensagens mais
com o espírito de guia para saber mais, e não como verdade decretada.
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 01:32
O meu é a mesma edição. Na segunda vez que abri a capa fez "ploc!"
e despregou toda do livro; e eu fui na livraria reclamar. O cara disse que
todas faziam assim, e abriu uns três livros, um depois do outro, e todas as
capas fizeram "ploc!"...
Eu dividi o livro no meio e mandei encadernar com capa dura em
dois volumes. Ficou uma tetéia.
Belisário
At 04:19 26/09/02 +0000, you wrote:
>Ora vejam!
>
>Só por curiosidade, qual é a edição? Eu tenho a quarta edição pela
>ed. Campus de 1986. Gostaria de saber se nas edições atuais ainda
>tem mais de 900 páginas... Este meu conta com 916 pags fora o índice
>analítico. Eu me pergunto como é que uma editora resolve publicar um
>livro que acaba sendo tão manuseado com tantas páginas! Depois de
>tantos anos de consultas este meu está "debulhando"...
>
>
>Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de fís ica
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 01:39
Caramba e carambola!!! Quinhentos livros só sobre física?? Putz, é
tudo o que tem aqui em casa sobre todos os assuntos...!
Boa sorte na sua teoria, cara! Mas, uma coisa: você se refere à
união entre quântica e relatividade geral?
Belisário
At 01:01 26/09/02 -0300, you wrote:
>Tudo bem, pode colocar na lista. O livro de Resnick é esse mesmo aí. Minha
>biblioteca de física é, modestamente, razoável, são cerca de 500 volumes tem
>tudo sobre Einstein e vários autores inclusive o Jonh Gribin.
>Belisário rapaz acabei de fazer uma descoberta cientifica maravilhosa, foi
>tão emocionate que chorei. Estou absolutamente convencido de que ela é tão
>verdadeira quanto estranha. Por enquanto, a única coisa que posso dizer é
>que trata-se de um princípio bastante estranho que possibilita a união entre
>física quãntica e relatividade. Quero concluir esse trabalho em no máximo
>dois anos e publicá-lo em uma revista estrangeira. Assim também, mandarei
>para Universidades dos Estado Unidos e da Europa.
>
>mais uma vez obrigado,
>confirmo que o e-mail era somente o retorno,
>um abraço
>Carlos
SUBJECT: Re: [ciencialist] Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 01:40
----- Original Message -----
From: Edson Vizzoni <evizzoni@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, September 25, 2002 10:19 PM
Subject: [ciencialist] Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica
da Acupuntura
> Amigos,
>
> Com a edição da Resolução 5/2002, de junho deste ano, o Conselho Federal
de
> Psicologia regulamentou a prática da Acupuntura por psicólogos. Gostaria
de
> saber as opiniões de vocês sobre isto.
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
Douglas: Como sou psicólogo e conheço bem o trabalho do CRP, dou testemunho
que é realizado por pessoas competentes, preparadas e idoneas. Neste caso,
regulamentar a prática da acumpuntura como auxiliar ao tratamento
psicoterápico (e não praticada por psicólogos), foi fruto de um processo de
investigação a longo prazo da eficácia da acumpuntura. Mesmo não conhecendo
tal prática eu confio no CRP. Se a acumpuntura se revelasse danosa ou
fraudulenta, tenho certeza que não seria regulamentada.
Mas:
1- A acumpuntura foi regulamentada como prática auxiliar ao tratamento
psicoterápico e não ao tratamento médico e, o que é mais importante, não
deve (e não pode) ser praticada por psicólogos (a não ser que estes sejam
também médicos acumpulturistas), como ficou subtendido acima;
2 - Falei do CRP (Conselho Regional - MG/ES) 04, que aceitou a
regulamentação, e não do CFP, que não conheço bem.
DFG
SUBJECT: voto/comunismo/curiosidade
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 02:01
DECRETUM CONTRA COMMUNISMUM
Decreto do Santo Ofício de 1949
Q. 1 Utrum licitum sit, partibus communistarum nomen dare vel eisdem favorem
praestare.
[Acaso é lícito dar o nome ou prestar favor aos partidos comunistas?]
R. Negative: Communismum enim est materialisticus et antichristianus;
communistarum autem duces, etsi verbis quandoque profitentur se religionem
non oppugnare, se tamen, sive doctrina sive actione, Deo veraeque religioni
et Ecclesia Christi sere infensos esse ostendunt.
Q. 2 Utrum licitum sit edere, propagare vel legere libros, periodica, diaria
vel folia, qual doctrine vel actioni communistarum patrocinantur, vel in eis
scribere.
[Acaso é lícito publicar, propagar ou ler livros, diários ou folhas que
defendam a ação ou a doutrina dos comunistas, ou escrever nelas?]
R. Negative: Prohibentur enim ipso iure
Q. 3 Utrum Christifideles, qui actus, de quibus in n.1 et 2, scienter et
libere posuerint, ad sacramenta admitti possint.
[Se os cristãos que realizarem concientemente e livremente, as ações
conforme os n°s 1 e 2 podem ser admitidos aos sacramentos?]
R. Negative, secundum ordinaria principia de sacramentis denegandis iis, Qui
non sunt dispositi
Q. 4 Utrum Christifideles, Qui communistarum doctrinam materialisticam et
anti Christianam profitentur, et in primis, Qui eam defendunt vel propagant,
ipso facto, tamquan apostatae a fide catholica, incurrant in
excommunicationem speciali modo Sedi Apostolicae reservatam.
[Se os fiéis de Cristo, que declaram abertamente a doutrina materialista e
anticristã dos comunistas, e, principalmente, a defendam ou a propagam,
"ipso facto" caem em excomunhão ("speciali modo") reservada à Sé
Apostólica?]
R. Affirmative
----------------------------------------------------------------------------
----
Comentários
Deste modo todos os católicos que votarem (é uma espécie de prestar favor)
ou se filiarem em partidos comunistas, escreverem livros filo-comunistas, ou
revistas estão excluídos dos sacramentos.
Os que defenderem, propagarem ou declararem o materialismo dos comunistas
também estão excomungados automaticamente.
Esse decreto do Santo Ofício de Pio XII, que foi confirmado por João XXIII
em 1959, continua válido. Aliás, Pio XII trabalhou pessoalmente contra o
comunismo na Itália.
Tal condenação do comunismo se soma às condenações feitas por Pio IX, Leão
XIII, São Pio X, Pio XI, Pio XII (ele também condenou em outras
oportunidades), João XXIII, Paulo VI, Concílio Vaticano II (reiterou as
condenações precedentes) e João Paulo II.
Faz mais de cem anos que a Igreja Católica condena o comunismo, socialismo e
qualquer tipo de materialismo e igualdade material. A pena para os que
desobedecem a proibição de ajudar o comunismo (ou suas variantes) sob
qualquer aspecto (incluindo a votação nos partidos filo-comunistas) é a
excomunhão automática.
"Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios:
ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro" (Pio
XI)
Nota: Os comentários não são meus. É só uma curiosidade em relação à posição
da Igreja Católica em relação ao comunismo.
DFG
SUBJECT: Pitaco em [ciencialist] Re: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 06:10
"...Vale notar que nenhuma dessas práticas baseia-se na fé mas
nos "campos energéticos" do corpo físico que vêm sendo estudados há
milênios pelas culturas orientais.
Lígia"
Oi
O fato de 'milhares de anos' não tem significado algum. Muitas comprovadas
crendicies têm milhares de anos.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 06:10
"Amigos,
Com a edição da Resolução 5/2002, de junho deste ano, o Conselho Federal de
Psicologia regulamentou a prática da Acupuntura por psicólogos. Gostaria de
saber as opiniões de vocês sobre isto.
Um abraço,
Vizzoni"
Oi Edson
Gostaria de saber se o Conselho Federal de Medicina também regulamentou tal
prática.
Acupuntura é um assunto polêmico. Não há como comprovar seus efeitos
terapêuticos, experimentalmente digo.
Não obstante, me parece, que está a disposição daqueles que desejarem se
aventurar nos órgãos público.
Se alguém puder informar, tenho interesse em saber.
Atenciosamente,
Antonio Renato.
SUBJECT: Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 06:11
Bons dias
Esta msg está direcionada mais ao Prof. José Renato, que estou certo, terá
muito a acrescentar. Mas outros listeiros também poderão se interessar.
Diz respeito às atitudes do Homem quando 'falsifica' a realidade física ao
introjetar o mundo na forma de 'representações'.
Aqui ventilamos dos 'artefactos' que são o tempo e o segmento de reta. Neste
mesmo rumo temos as quatro operações e o sistema decimal.
Eatava mais uma vez a pensar no paralelo entre o computador e o cérebro.
Primeiramente, o neurônio pode ser observado basicamente em dois estados:
Polarizado e despolarizado. Como no computador, o sistema nervoso se utiliza
da liguagem binária. Utilizando-se de linguagem binária, porque será que o
Homem faz as quatro operações? Porque somar, diminuir, multiplicar e
dividir? O computador apenas soma. É somando com o suplemento, replemento e
complemento que a máquina chega a seus resultados. E, se nos ativermos um
pouco mais a esta questão, poderemos observar que somente existe uma
operação: A soma.
A multiplicação é uma soma que se repete: 2X3 = 3+3 = 2+2+2. A subtração é
uma soma invertida, como podemos constatar quando executamos a prova real. O
mesmo podemos dizer da divisão em relação a multiplicação. Dando alguma
continuidade, temos a potenciação, que é uma multiplicação repetida, a
radiciação que é a potenciação invertida e por aí vai.
Qual seria então o motivo da instituição das quatro operações? E mais, o
Homem não somente se afastou do binário, como também passou a utilizar-se de
sistemas que necessitam de dígitos diversos, como por exemplo o arábico.
Deixo a pergunta.
De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um processo matemático
afastado daquele que lhe é natural.
Nota: O computador não existe na Natureza: Foi parido pela 'cabeça' humana,
concebido 'a sua imagem e semelhança'.
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: Pitaco em [ciencialist] Re: Realidade e subjetividade
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 07:40
"--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> 1- O que fazem os cientistas quando explicam alguma coisa?
Normalmente escrevem, 'as vezes eles falam. Uns poucos tentam
passar a mensagem telepaticamente. Nao ha' registros de sucesso
desses ultimos.
> 2- De onde vem a nossa noção de realidade e como podemos ter a
> certeza de que o mundo não é uma ilusão?
Nao podemos ter certeza de nada aparentemente. Mas tbm nao vamos
muito longe se nao assumirmos alguns axiomas e seguir em frente pra
ver no q. da'. Claro, sempre se pode voltar qdo encontrar algum
obstaculo renitente em um dado caminho. 'As vezes custa caro voltar,
mas e' possivel tto qto se sabe.
De onde vem a nocao de realidade? Depende de qual corrente filosofica
vc seguir. Existem diversas de explicacoes possiveis.
[]s,
Roberto Takata"
-=*###>Oi<###*=-
douglasgabriel@b... escreveu:
"b) Idealista: O homem representa a realidade da forma que seu aparato
cognitivo permite representar:
1 - Tentam mostrar como a realidade é representada e como podemos lidar com
a realidade a partir de nossas representações;
2 - A realidade existe porque as representações existem, só não sabemos como
é esta realidade de fato."
-=*###>Creio ser assim para o normal dos indivíduos. 'Vivem' em um mundo de
'representações' 'construido' a partir daquilo que seus sentidos permitem
perceber<###*=-
douglasgabriel@b... escreveu:
"n) Neoceticismo: É uma mistura de positivismo, neopositivismo e ceticismo
moderado:
1 - Expõem uma verdade;
2 - Através do método científico sabemos que não há ilusão e que a realidade
é o que encontramos ao usarmos o método científico.
o) "Neonominalismo": Conjunto de jogos de linguagem enraizados em formas de
vida:
1 - Descreve um jogo de linguagem;
2 - "Realidade" e ïlusão" são palavras que pertencem a determinados jogos de
linguagem, tiradas do contexto, não fazem sentido."
-=*###>Parece-me ser assim àqueles aculturados. Acrescentam as
'representações' percebidas o que a ciência proporciona conhecer,
redirecionando suas 'representações' primeiras.<###*=-
Takata escreveu:
"Normalmente escrevem, 'as vezes eles falam. Uns poucos tentam passar a
mensagem telepaticamente. Nao ha' registros de sucesso desses ultimos."
-=*###>Telepatia é em 'linguagem de máquina', ou seja, no caso do Homem, em
emoções: Têm de ser decodificadas. Como postou o Takata, "não há registros
de sucesso desses últimos."
Mas temos ainda a hiperestesia. Nesta, rege a parapsicologia, pessoas ditas
'sensitivas' (Via de regra pacientes psiquiátricos) podem perceber o que
outros pensam. A explicação seria: Ao pensarmos movimentamos nossa cordas
vocais. O ar corrente na respiração as fazem vibrar. O 'sensitivo' consegue
'ouvir' estas vibrações<###*=-
Como disse o Volmer (Onde está vc?), diretamente de Recife: Teorias
loukeanas corroboram o dito.
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 07:49
> Belisário rapaz acabei de fazer uma descoberta cientifica
maravilhosa, foi
> tão emocionate que chorei. Estou absolutamente convencido de que
ela é tão
> verdadeira quanto estranha. Por enquanto, a única coisa que posso
dizer é
> que trata-se de um princípio bastante estranho que possibilita a
união entre
> física quãntica e relatividade.
Não nos deixe na expectativa...
Comece por tentar explicar pq a fisica quantica e a relatividade são
dijuntas... isso a mim já me convenceria de que faz falta unir-las.
Por outro lado, a formula de de Broglie não é em si mesma essa união ?
Assim como a eq de Kelvin-Gordon ou a de Dirac ? ou mesmo, enfim, a
T. das Supercordas?
Sérgio
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 08:40
-=*###>Oi<###*=-
Takata: (eu continuo a me perguntar: se as pessoas tEm o direito de
votar em maluf, ronaldo caiado, quercia, maluf, acm, joaquim roriz,
jader barbalho, quem serei eu a condenar o voto nulo sistematico ou
nao?)
-=*###>Aplausos!<###*=-
Manuel: Votar nulo sistematicamente é um problema pelas razões que
apresentei; votar em político corrupto é outro problema, porque ele
vai roubar a mim também, que não votei nele.
-=*###>E quem anulou o voto certamente não votou 'nele'. Uma pergunta: Como
saber se o candidato é ou será corrupto?<###*=-
-=*###>Inté.
Antonio Renato<###*=-
SUBJECT: Re: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 09:18
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Gostaria de saber se o Conselho Federal de Medicina também
> regulamentou tal prática.
Sim. Tto acupuntura e homeopatia.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 09:20
Oi,
Manuel: E descrença na democracia, pode ser?
Takata: pouco provavel. e' so' fazer um levantamento entre os q.
declaram q. votarao nulo.
Manuel: Em maio de 2000 o 'Estadão' divulgou uma pesquisa realizada
pela Corporação Latinobarômetro, instituição privada chilena, sobre a
opinião dos jovens brasileiros a respeito da democracia. Segundo essa
pesquisa, 63% (sessenta e três por cento) das pessoas com idade entre
16 e 24 anos ou consideram que "um regime democrático e um não-
democrático dão os mesmos resultados" (36%), ou então acham que "um
regime autoritário pode ser preferível" (27%). Isso é descrença na
democracia, e acho pouco provável que esse descrédito seja menor
entre as pessoas de qualquer idade que votam nulo ou em branco. O ato
mesmo de anular o voto, ou de votar em branco, é um indicativo de
que, neste segmento do eleitorado, os números devem ser ainda mais
desfavoráveis.
Mas, para que não reste dúvidas, volto a repetir o que venho dizendo
desde o início: o problema, a questão, o que preocupa a mim e a
outros ingênuos que consideram a democracia representativa uma
conquista da civilização não é o voto nulo "em si" (tenho falado que
eu próprio anularia o voto em certas circunstâncias), mas o voto nulo
erigido a princípio, visto que se trata de uma recusa do sufrágio
como meio legítimo de escolha e controle políticos. Assim definido, o
anti-voto é voto contra a democracia. Tal como o irracionalismo (o
pensamento negando a si mesmo, auto-negação que não se confunde com
auto-crítica), assemelha-se a manifestação de uma doença auto-imune,
em que os mecanismos de defesa do organismo voltam-se contra o
próprio organismo e o destroem. (voto contra a democracia foi também
o que deu a Hitler carta branca para instaurar sua oclocracia racial,
o voto em Jean-Marie Le Pen ou em qualquer outro político que
manifeste clara intenção de não respeitar as regras do jogo
democrático.)
Manuel: Não. A maioria reconhece a sua incompetência e, por isso,
prefere seguir um führer, dispondo-se até mesmo a morrer por ele.
Takata: a maioria de quem?
Manuel: a maioria dos que descrêem na democracia e partem para a ação.
Manuel: Também para os anarquistas o Fim justifica os maus.
Takata: desconheco qq sociedade acrata q. seja governada por um
tirano -- ate' porq. desconhece qq sociedade acrata.
Manuel: No entanto, as palavras e os atos dos 'acratas' Tkachev,
Nechaiev, Bakunin e Sorel nos permitem conhecer o que eles seriam
capazes de fazer caso viessem a tomar o poder.
Takata: essa do pol pot foi uma forcada e tto -- parece daqueles q.
chamam ariel sharon de nazista ou q. igualam punks a skinheads.
Manuel: Não foi 'forçada e tanto' coisíssima nenhuma. O Pol Pot
inspirou-se nos anarquistas russos do Século XIX, os 'narodniks', que
defendiam ser possível queimar etapas e passar diretamente do
feudalismo para uma sociedade sem classes, sem Estado, sem moeda, sem
antagonismos entre o campo e a cidade, entre trabalho intelectual e
manual, etc. e por meio de uma revolução dirigida não por operários,
mas por camponeses. Como Marx, numa carta a Vera Zasulich (uma ex-
narodnik convertida ao socialismo 'científico'), chegou a admitir que
isso seria possível na Rússia e em outros países asiáticos onde as
comunas camponesas haviam sido preservadas, e caso recebessem ajuda
material dos Estados operários europeus, mais ricos e
industrializados (supunha ele que a revolução ocorreria antes na
Europa), Pol Pot entendeu que não havia contradição em defender tais
idéias tipicamente anarquistas e, ao mesmo tempo, proclamar-se
marxista, comunista.
E o que o Khmer Vermelho fez após tomar o poder? Suprimiu a moeda;
acabou com a contradição campo-cidade de uma maneira simples:
destruindo todas as cidades, inclusive a Capital; pôs fim aos
antagonismos de classes ao transformar todos os cambojanos em
camponeses (se só há uma classe, não pode haver antagonismos de
classes, não é?); eliminou fisicamente os homens instruídos,
considerados 'potenciais dissidentes', superando deste modo, de uma
vez para sempre, o abismo que separa o trabalho manual do
intelectual; e, por fim, deu um passo importante no sentido da
superação do Estado ao fazer do Estado cambojano o primeiro Estado
clandestino da História.
Observe-se que não há divergências significativas entre comunistas e
anarquistas no que diz respeito ao fim proposto: uma sociedade sem
classes, sem moeda e sem Estado. Aliás, ambos são revolucionários. A
diferença é que os anarquistas são mais apressadinhos. Talvez porque
eles achem que a rapidez do golpe é inversamente proporcional à
dor.
Manuel: Os liberais de direita costumam dizer que a democracia cria
uma desproporção "entre as demandas cada vez maiores da sociedade
civil e a capacidade do sistema social de atendê-las." Essa
desproporção gera ingovernabilidade, uma situação de "bandalheira
generalizada", um clima de "fim dos tempos" que justifica a ação de
um Pinochet ou ou de um Videla. É nisso que dá a demagogia que
diz "cada cidadão, um voto."
Takata: liberais de direita possuem controle eleitoral.
Manuel: Mas quando perdem o controle, sabemos do que são capazes
esses cujos ideólogos são os liberais de direita. Ao se verem
ameaçados, a tática mais simples é deslocar o poder que lhes confere
o dinheiro para os aparelhos repressivos do Estado, o exército e a
polícia, com os quais passam a governar pela força -- e, graças à
mídia, ajudados pela contra-informação), não mais pelo consenso. Por
isso que lhes é interessante manter o parlamento (o órgão que governa
quando há consenso) num permanente e relativo estado de
desmoralização, equilibrando-se numa corda bamba. Por uma questão de
previdência.
Outra tática, mais segura, é limitar ao máximo o poder do Estado
democrático de interferir na economia. E foi precisamente isso que
ocorreu com a globalização. "Se não for do jeito que quero" -- diz o
financista -- "tiro o meu dinheiro daqui e mando ele para as
Filipinas". É, no contexto de uma economia globalizada, e na ausência
de um Estado Democrático de Direito internacional, vivemos sob uma
mercadocracia de fato. Se temos que nos revoltar, revoltemo-nos
contra essa Mercadocracia Universal, e não contra a nossa cada vez
mais impotente democracia. Alguma coisa me diz que votar nulo ou em
branco agrava ainda mais a nossa situação. A 'nossa', não só de quem
vota nulo, é nisso que reside o problema.
Takata: alias, muitos q. votarao nulo nao votarao *contra* a
democracia, mas *a favor* da democracia (bem, do q. eles entendem por
democracia).
Manuel: A favor da democracia direta? Aquela em que o Estado exige
que sejamos cidadãos 'totais' sem vida privada? Em que somos chamados
para decidir tudo? Bobbio tem uma expressão melhor para designar essa
forma de governo: democracia totalitária.
Ou aquela outra 'verdadeira' democracia que os comunistas do extinto
Partidão afirmavam existir no socialismo 'avançado' da era Brejnev?
Prefiro a definição simples do Popper. Democracia: "um conjunto de
instituições (entre elas, especialmente, eleições gerais, isto é, o
direito do povo de mudar o governo), que permitam o controle público
dos governantes e sua mudança pelos governados, e que torne possível
para os governados obter reformas sem usar da violência, mesmo contra
a vontade dos governantes. O uso da violência só é justificado sob
uma tirania que torne impossíveis as reformas sem violência, e deve
ter um só alvo, isto é, alcançar um estado de coisas que torne
possíveis as reformas sem violência."
Takata: a ideia de q. o voto nulo e' um ato inconsequente, meio
blase', nao me parece muito mais do q. um policiamento ideologico.
Manuel: Então quer dizer que ter uma opinião desfavorável ao voto
nulo sistemático e manifestá-la é fazer patrulhamento ideológico? Que
exagero! Não estou condenando ninguém porque vota nulo "por
princípio". Não estou estigmatizando nem ameaçando quem quer que
seja. Apenas não concordo com a justificativa que apresentam, lamento
a atitude e me vejo no direito de contra-argumentar. Porque, em
política, a tua decisão pode afetar a vida de todos, inclusive a
minha.
Takata: (eu continuo a me perguntar: se as pessoas tEm o direito de
votar em maluf, ronaldo caiado, quercia, maluf, acm, joaquim roriz,
jader barbalho, quem serei eu a condenar o voto nulo sistematico ou
nao?)
Manuel: Votar nulo sistematicamente é um problema pelas razões que
apresentei; votar em político corrupto é outro problema, porque ele
vai roubar a mim também, que não votei nele.
[]s
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 09:33
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Douglas: Como sou psicólogo e conheço bem o trabalho do CRP, dou
> testemunho que é realizado por pessoas competentes, preparadas e
> idoneas.
Infelizmente isso nao livra as pessoas de cometer erros.
> Se a acumpuntura se revelasse danosa ou
> fraudulenta, tenho certeza que não seria regulamentada.
Ja' eu nao tenho tta certeza. Mas seria interessante se vc pudesse
obter os termos da resolucao q. aprovou a acupuntura como
pratica valida.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 09:39
"A multiplicação é uma soma que se repete: 2X3 = 3+3 = 2+2+2. A subtração é
uma soma invertida, como podemos constatar quando executamos a prova real. O
mesmo podemos dizer da divisão em relação a multiplicação. Dando alguma
continuidade, temos a potenciação, que é uma multiplicação repetida, a
radiciação que é a potenciação invertida e por aí vai.
Renato , e quando eu preciso dividir um numero pelo inverso de outro ?
Jaison"
-=*###>Oi Jaison
Se o computador é capaz de realizar a operação...
Antonio Renato.<###*=-
SUBJECT: ciencialist@yahoogrupos.com.brRe: Pitaco em [ciencialist] Re: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 09:40
"--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
>
> "...Vale notar que nenhuma dessas práticas baseia-se na fé mas
> nos "campos energéticos" do corpo físico que vêm sendo estudados há
> milênios pelas culturas orientais.
>
> Lígia"
>
>
> Oi
> O fato de 'milhares de anos' não tem significado algum. Muitas comprovadas
> crendicies têm milhares de anos.
> Antonio Renato.
Não se trata de crendice mas numa forma intuitiva de percepção de
como funciona o corpo humano: à base de trocas energéticas com o
meio e com o que é ingerido. Bem, levando-se em conta que a matéria
é energia também, até que a coisa faz algum sentido. Mas carece de
bases científicas como uma confirmação por A + B de que há mesmo
meridianos, de que há mesmo a troca energética e o que é o princípio
energético. Enfim... o importante é que funciona apesar da "falta"
de recursos em se confirmar isso. O que pode implicar em outra
questão: a capacidade de "auto cura" através da "auto sugestão". O
que acha disso?
Beijos, Lígia"
-=*###>Oi
Minha opinião é uma coisa e comprovação laboratorial, digo experimental, é
outra.
O quê dizer de 'uma ciência' que carece de 'comprovação' há milênios?
Quanto a 'auto cura' e 'auto sugestão', sem dúvida existe. Mas é a minha
opinião.
Também minha opinião: Nem sempre os fins justificam os meios.
Beijos, Antonio Renato.<###*=-
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 09:45
Oi. As teorias de Klein-Gordon e Dirac são consistentes com a
quântica e a relatividade especial, não a geral. Já as supercordas são
consistentes com a quântica e a relatividade geral (segundo o Jacob
Berkovitz, no debate ocorrido aqui, é a única com essa característica), mas
não têm ainda confirmação experimental. E tem uns trecos doidos, como um
espaço de nove ou dez dimensões. É apenas uma candidata, talvez à espera de
mais candidatas.
A relatividade, do jeito que está, não é compatível com a mecânica
quântica porque nela o campo gravitacional não é quantizado. Por exemplo,
ondas gravitacionais, que pela quântica seriam necessariamente quantizadas,
dado que são oscilações, na relatividade não o são. Há, portanto, que se
fazer uma teoria mais geral, que seja consistente tanto com a relatividade
geral com a quântica. Isso não é impossível, tanto que as supercordas são
exatamente uma dessas teorias. O problema é que, até as supercordas, na
década de 80, ninguém havia conseguido fazer isso. Os métodos que
permitiram quantizar o eletromagnetismo, a força forte e a fraca não
funcionaram com a gravitação.
A propósito, que fórmula de Broglie é essa que você menciona?
Belisário
At 10:49 26/09/02 +0000, you wrote:
> > Belisário rapaz acabei de fazer uma descoberta cientifica
>maravilhosa, foi
> > tão emocionate que chorei. Estou absolutamente convencido de que
>ela é tão
> > verdadeira quanto estranha. Por enquanto, a única coisa que posso
>dizer é
> > que trata-se de um princípio bastante estranho que possibilita a
>união entre
> > física quãntica e relatividade.
>
>Não nos deixe na expectativa...
>Comece por tentar explicar pq a fisica quantica e a relatividade são
>dijuntas... isso a mim já me convenceria de que faz falta unir-las.
>Por outro lado, a formula de de Broglie não é em si mesma essa união ?
>Assim como a eq de Kelvin-Gordon ou a de Dirac ? ou mesmo, enfim, a
>T. das Supercordas?
>
>Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 10:16
> Qual seria então o motivo da instituição das quatro
operações?
Practicidade!
É mais prático vc saer multiplicar que somar várias vezes e dividir a
subtrair várias vezes.
-=*###>É... mais prático usar de subterfúgio do que desenvolver as
potencialidades do Ser... Pelo menos aparentemente<###*=-
E mais, o
> Homem não somente se afastou do binário, como também passou a
utilizar-se de
> sistemas que necessitam de dígitos diversos, como por exemplo o
arábico.
Não. O sistema usado, seja binário, decimal, hexadecimal, octadecimal
e sexadecimal não varia o numero de operações possiveis de fazer.
Ou seja, a representação dos numeros não cria numeros diferentes pelo
que a matemática (relação entre numeros) é a mesma.
-=*###>E tem mais: Romano, ábaco, octal, dois-de-cinco...<###*=-
> Deixo a pergunta.
> De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um
processo matemático
> afastado daquele que lhe é natural.
E o que é "natural" ??!!??
-=*###>Natural é o provido pela Natureza: Binário. Não seria mais _prático_
se usássemos apenas dois símbolos e realizássemos apenas uma
operação?<###*=-
Sérgio
-=*###>Antonio Renato<###*=-
Em tempo: Qual é a velocidade da eletricidade em uma descarga no vácuo?
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 10:19
Jaison writes:
Oi Jaison
Infelizmente não posso ajudá-lo: Não sei como se faz. Mas pode ser feito, ou
não?
Abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 10:21
To ficando com medo...
Olá Manuel!
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Votar nulo sistematicamente é um problema pelas razões que
> apresentei; votar em político corrupto é outro problema, porque ele
> vai roubar a mim também, que não votei nele.
Paranóias à parte, confesso que vou ter pesadelos depois do que li em
sua resposta ao Takata... :)
Mas a questão é essa daí que você expressa no parágrafo acima: se
correr o bicho pega, se ficar o bicho come... Enquanto não se der
um "limpa" na política, não dá prá confiar nos políticos e fim de
questão. E, não me coloca no bolo não. Você tem sistematicamente
falado em "gente que vota nulo" nas suas mensagens e a coisa não é
bem assim. Eu me isento de quaisquer "levantes". Só gostaria de ter
políticos confiáveis em quem votar e gostaria de confiar na política.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 10:25
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> opinião dos jovens brasileiros a respeito da democracia. Segundo
> essa pesquisa, 63% (sessenta e três por cento) das pessoas com
> idade entre 16 e 24 anos ou consideram que "um regime democrático e
> um não-democrático dão os mesmos resultados" (36%), ou então acham
> que "um regime autoritário pode ser preferível" (27%).
Entre os q. votam nulo sao qtos?
> Isso é descrença na democracia
Nao me parece. Parece mais uma questao de falta de informacao.
Os numeros do Latinobarometro sao incongruentes. Nao porq.
a metodologia seja ruim, mas porq. as pessoas portam opinioes
paradoxais.
http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2001/08/13/artigos002.html
http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2001/08/22/artigos003.html
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/ago/26/162.htm
http://www.estado.com.br/editorias/2001/07/28/editoriais002.html
http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2000/05/14/pol681.html
Salvadores da patria podem se aproveitar dessa confusao? Sim, podem.
Mas parece provavel. Especialmente no Brasil. Para vingarem seria
preciso mais do q. o apoio de 27% dos jovens (na verdade esse
valor nao indica apoio a regimes autocraticos) ou 18% da populacao.
(Ou poderiam contar com apoio de 0% da populacao e apenas com a
força bruta.)
E campanha contra o voto nulo nao combateria essa questao. Digamos q.
vc convenca a todos q. nao se deve votar nulo: essa parcela passa a
votar no Eneas.
> O ato mesmo de anular o voto, ou de votar em branco, é um
> indicativo de que, neste segmento do eleitorado, os números devem
> ser ainda mais desfavoráveis.
Nao parece ser uma suposicao segura.
> mas o voto nulo erigido a princípio, visto que se trata de uma
> recusa do sufrágio como meio legítimo de escolha e controle
> políticos.
Parece ser menos o caso de se combater o voto nulo como principio do
q. como consequencia de uma eventual apatia politica. Acho q. seu
moinho e' essa apatia politica e nao o voto nulo.
Le Pen passou para o segundo turno? Sim. Mas botar a culpa nos q. nao
compareceram ou anularam seu voto? E os q. votaram no proprio Le Pen?
> Manuel: Não. A maioria reconhece a sua incompetência e, por isso,
> prefere seguir um führer, dispondo-se até mesmo a morrer por ele.
>
> Takata: a maioria de quem?
>
> Manuel: a maioria dos que descrêem na democracia e partem para a
> ação.
Ok. E voto nulo e' uma acao desse tipo? Como se concatena a essa acao?
> Takata: desconheco qq sociedade acrata q. seja governada por um
> tirano -- ate' porq. desconhece qq sociedade acrata.
>
> Manuel: No entanto, as palavras e os atos dos 'acratas' Tkachev,
> Nechaiev, Bakunin e Sorel nos permitem conhecer o que eles seriam
> capazes de fazer caso viessem a tomar o poder.
Bom ter colocado 'acratas' entre parenteses nesse caso.
> Manuel: Não foi 'forçada e tanto' coisíssima nenhuma. O Pol Pot
> inspirou-se nos anarquistas russos do Século XIX, os 'narodniks',
Vejamos, se alguem diz q. pra q. o povo seja unido e' preciso haver
uma guerra, o problema e' da uniao do povo? Ou de se achar q. e'
realmente preciso haver uma guerra?
> Europa), Pol Pot entendeu que não havia contradição em defender
> tais idéias tipicamente anarquistas e, ao mesmo tempo, proclamar-se
> marxista, comunista.
Comunismo e' diferente de anarquismo. Novamente e' como comparar
punks a skinheads.
> Porque, em política, a tua decisão pode afetar a vida de todos,
> inclusive a minha.
Ué. E se eu votar no ACM nao afeto tbm?
> Manuel: Votar nulo sistematicamente é um problema pelas razões que
> apresentei; votar em político corrupto é outro problema, porque ele
> vai roubar a mim também, que não votei nele.
E temos entao q. o problema nao e' o voto nulo. Tudo afeta. Se eu
voto no Lula, afeto o país, se eu voto em Serra, afeto o país, se eu
voto em Ciro, afeto o país, se eu voto em Garotinho, afeto o país, se
eu voto em Zé Maria, eu afeto o país, se eu voto em Rui Pimenta,
afeto o país, se eu voto em branco, afeto o país, se eu voto nulo,
afeto o país, se eu justifico o voto, afeto o país, se eu não voto,
afeto o país.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Pitaco em [ciencialist] Re: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 10:45
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
>
> "...Vale notar que nenhuma dessas práticas baseia-se na fé mas
> nos "campos energéticos" do corpo físico que vêm sendo estudados há
> milênios pelas culturas orientais.
>
> Lígia"
>
>
> Oi
> O fato de 'milhares de anos' não tem significado algum. Muitas
comprovadas
> crendicies têm milhares de anos.
> Antonio Renato.
Não se trata de crendice mas numa forma intuitiva de percepção de
como funciona o corpo humano: à base de trocas energéticas com o
meio e com o que é ingerido. Bem, levando-se em conta que a matéria
é energia também, até que a coisa faz algum sentido. Mas carece de
bases científicas como uma confirmação por A + B de que há mesmo
meridianos, de que há mesmo a troca energética e o que é o princípio
energético. Enfim... o importante é que funciona apesar da "falta"
de recursos em se confirmar isso. O que pode implicar em outra
questão: a capacidade de "auto cura" através da "auto sugestão". O
que acha disso?
Beijos, Lígia
SUBJECT: RES: [ciencialist] Mais ficção científica.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 10:45
> De: Joao de Carvalho
>
> Algo meio complicado em uma história no futuro são os nomes próprios.
> É muito difícil arrumar um que preste. Preciso de um nome para uma
> moeda global, para uma língua global, e para um computador global que
> irá administrar o mundo (não será visto como um computador, e sim
> como uma entidade; o nome terá que ser meio evocativo). Alguma
> sugestão?
Eu tenho um nome bem legal mas não vou falar! Rê-rê-rê-rê! Também
estou escrevendo (há anos!) uma ficção científica que tem como personagem
uma inteligência artificial que administra todo o planeta. O problema é
que ele entra em pane e deixa a humanidade -- acostumada à eficiência
automática -- em apuros. Já tem umas 300 páginas e não está nem na
metade. :-(
Preciso tomar vergonha e terminá-lo!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: "Jaison" <jaison@isadobrasil.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 11:09
A multiplicação é uma soma que se repete: 2X3 = 3+3 = 2+2+2. A subtração é
uma soma invertida, como podemos constatar quando executamos a prova real. O
mesmo podemos dizer da divisão em relação a multiplicação. Dando alguma
continuidade, temos a potenciação, que é uma multiplicação repetida, a
radiciação que é a potenciação invertida e por aí vai.
Renato , e quando eu preciso dividir um numero pelo inverso de outro ?
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Números e operações
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 11:43
> Qual seria então o motivo da instituição das quatro
operações?
Practicidade!
É mais prático vc saer multiplicar que somar várias vezes e dividir a
subtrair várias vezes.
E mais, o
> Homem não somente se afastou do binário, como também passou a
utilizar-se de
> sistemas que necessitam de dígitos diversos, como por exemplo o
arábico.
Não. O sistema usado, seja binário, decimal, hexadecimal, octadecimal
e sexadecimal não varia o numero de operações possiveis de fazer.
Ou seja, a representação dos numeros não cria numeros diferentes pelo
que a matemática (relação entre numeros) é a mesma.
> Deixo a pergunta.
> De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um
processo matemático
> afastado daquele que lhe é natural.
E o que é "natural" ??!!??
Sérgio
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 11:50
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
>
> Oi. As teorias de Klein-Gordon e Dirac são consistentes
com a
> quântica e a relatividade especial, não a geral.
Ah! pronto.... faláva-se de relatividade Geral. Ok.
> A propósito, que fórmula de Broglie é essa que você
menciona?
p = h / lambda
(que foi derivada de E= hf e E=mc² e estrapolada para v=/=c)
Mas voltando ao assunto: o que significaria juntar MQ com RG ?
Ter as tais ondas quantificadas ? só ?
E não será isso confundir a disparidade entre as teorias do campo
gravitico e as (outras) teorias do campo derivadas do
electrogmanetismo ?
Uma coisa, sáo as teorias de campo e outra aquilo que lhes dá
suporte. Como vc disse se a acustica estiver mal arranaj-se outra
acustica e não outras eq de newton. Portanto, aplicando o mesmo
raciocinio, se as teorias de campo são imcompativeis encontrem-se
outras. O que não necessáriamente significa encontrar um link entre a
MQ e a RG. Não ?
Sérgio
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 11:54
> > Oi. As teorias de Klein-Gordon e Dirac são consistentes
> com a
> > quântica e a relatividade especial, não a geral.
Lembrei-me agora... a eq:
E² = (pc)² + (Mc²)²
Não é uma eq derivada da relatividade geral ?
(derivada da norma do 4-momento)
Então as teorias acima citadas derivam dessa eq, pelo que derivam da
Teoria Geral da Relatividade. O mesmo para a de de Broglie.
Sempre que aparece uma massa nas eq estamos falando de T. Geral , ou
não ?
Sérgio
SUBJECT: Energia Cenética
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 11:57
Agradecia se pudessem apontar a defenição de Energia Cinética.
Não a formula, mas a defenição que permite chegar a essa formula.
A Variação da energia cinética é relacionada com o trabalho, mas o
quê permite passar do integral para um formula simples ?
(poder-se-ia dizer que 0.5 m v² representa a variação de energia
necessária para passar de momento P=0 para P=P. mas é isso correcto?)
Sérgio
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 12:03
At 14:54 26/09/02 +0000, you wrote:
> > > Oi. As teorias de Klein-Gordon e Dirac são consistentes
> > com a
> > > quântica e a relatividade especial, não a geral.
>
>Lembrei-me agora... a eq:
>
>E² = (pc)² + (Mc²)²
>
>Não é uma eq derivada da relatividade geral ?
>(derivada da norma do 4-momento)
Não, é da relatividade especial. A história do 4-momento (e
quadrivetores em geral) é um formalismo usado na especial e na geral. Veja,
por exemplo, neste site:
http://teachers.web.cern.ch/teachers/archiv/HST2002/Bubblech/mbitu/spacetime_4vector.htm
Para elementos da relatividade, inclusive a demonstração da fórmula que
você citou (sem o uso de 4-vetores), tem aqui:
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/relativ/relcon.html#relcon
mais especificamente, aqui:
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/relativ/releng.html#c1
Belisário
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 12:19
At 14:50 26/09/02 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> >
> > Oi. As teorias de Klein-Gordon e Dirac são consistentes
>com a
> > quântica e a relatividade especial, não a geral.
>
>Ah! pronto.... faláva-se de relatividade Geral. Ok.
>
> > A propósito, que fórmula de Broglie é essa que você
>menciona?
>
>p = h / lambda
>(que foi derivada de E= hf e E=mc² e estrapolada para v=/=c)
Ah. De fato, usa-se as duas fórmulas nesse caso. Mas, na época de
de Broglie, usava-se fórmulas da relatividade e da quântica de uma maneira
meio ad hoc, pois não havia a teoria quântico-relativística, que só começou
a aparecer com Dirac em 1928. De Broglie lançou essa fórmula em 1924.
Assim, a derivação que de Broglie fez de p = h/lambda a partir de E=hf e
E=mc2 não é rigorosa, é ad hoc. É necessário uma teoria
quântico-relativística completa para fazer rigorosamente essa ligação.
>Mas voltando ao assunto: o que significaria juntar MQ com RG ?
>Ter as tais ondas quantificadas ? só ?
>E não será isso confundir a disparidade entre as teorias do campo
>gravitico e as (outras) teorias do campo derivadas do
>electrogmanetismo ?
>Uma coisa, sáo as teorias de campo e outra aquilo que lhes dá
>suporte. Como vc disse se a acustica estiver mal arranaj-se outra
>acustica e não outras eq de newton. Portanto, aplicando o mesmo
>raciocinio, se as teorias de campo são imcompativeis encontrem-se
>outras. O que não necessáriamente significa encontrar um link entre a
>MQ e a RG. Não ?
Não sei se entendi bem suas colocações, mas digo o seguinte. A
quântica está em pé de igualdade com a relatividade geral (e a mecânica de
Newton) em termos de status epistemológico. Por quê? Porque a relatividade
geral trata da relação entre espaço, tempo, matéria e energia. São os
palcos para todos os acontecimentos físicos. Por isso, assim como foi
necessário quantizar a física depois da quântica, é necessário também
"relativizar-geral" a física inteira. É por isso que a gravitação é
diferente dos outros campos. A gravitação é a manifestação da curvatura do
espaço-tempo. Por exemplo, se a teoria do eletromagnetismo fosse
incompatível com a quântica, então, de fato, tenta-se primeiro encontrar
outro eletromagnetismo (por isso, mandou-se Maxwell ao vinagre e
substituiu-se-o pela eletrodinâmica quântica). Porém, se a gravitação (ou
seja, a relatividade geral) é incompatível com a quântica, aí tem-se um
problema de outro nível, gera uma situação muito incômoda: tem-se duas
"superteorias" incompatíves entre si!
Desta forma, juntar MQ com RG significa encontrar uma terceira
teoria, que também relacione espaço, tempo, matéria, energia, mas que seja
consistente com as duas, ou seja, que se reduza a uma das duas nos seus
respectivos domínios de validade.
Não sei se deu para esclarecer.
Belisário
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 12:33
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> Algo meio complicado em uma história no futuro são os nomes
> próprios.
> É muito difícil arrumar um que preste. Preciso de um nome para uma
> moeda global, para uma língua global, e para um computador global
> que irá administrar o mundo (não será visto como um computador, e
> sim como uma entidade; o nome terá que ser meio evocativo). Alguma
> sugestão?
Pode adotar a linha de Aldous Huxley fazendo citações. Pode criar
composições com radicais de línguas clássicas. Pode fazer anagramas.
Dar nomes descritivos, acronômios, nomes aleatórios, irônicos...
Computadores:
*HAL 9000 - 2001, uma odisséia no espaço (alguns juram q. e' uma
brincadeira com IBM - com as letras deslocadas uma posição no
alfabeto - o autor jura que e' uma acrônimo de Heuristics e
Algorithms)
*Skynet (na verdade uma rede) - Cinessérie Exterminador do futuro
*ENIAC - um dos primeiros computadores da história (nos quadrinhos,
Brainiac, um dos inimigos do Super-homem, parece se inspirar em Eniac)
*Computador - é o nome do computador de Dexter
*Cérebro - computador central dos X-Men (q. nao e' o da Atari)
*Proteus - computador de Geração Proteus (Demon Seed), um filme trash
de 1977
*O Grande Irmão - q. não era um computador, mas tbm tinha um aspecto
de entidade.
http://www.ludd.luth.se/~anna/mnames.html
http://galileu.globo.com/edic/116/rep_cinema.htm
Língua:
*Novilíngua - de 1984 de Orwell (Newspeak)
Moeda:
Sera' q. teremos moedas no futuro? Ou trabalharemos apenas com
créditos?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: "Jaison" <jaison@isadobrasil.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 12:53
-=*###>Oi Jaison
Se o computador é capaz de realizar a operação...
Renato , mas você sabe como é feita a operação ?
eu pergunto isto , porque justamente esta semana me apareceu um problema semelhante , e se eu pudesse resolver a operação utilizando esta forma me seria muito util
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 13:24
> Pode adotar a linha de Aldous Huxley fazendo citações. Pode criar
composições com radicais de línguas clássicas. Pode fazer anagramas.
Dar nomes descritivos, acronômios, nomes aleatórios, irônicos...
São boas sugestões. Gostei da lista de nomes de computadores. Eu
tinha pensado em Cérebro, mas ficaria muito parecido com X-men.
> Moeda:
> Sera' q. teremos moedas no futuro? Ou trabalharemos apenas com
créditos?
Não será nada físico. Mas algum nome esses créditos tem que ter.
Talvez possa ser apenas crédito, ou alguma palavra derivada disso.
Acho que a escrita eu já tenho. Será o "neural," uma escrita
ideográfica baseada no chinês e derivada de uma interface gráfica
para computadores.
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 13:26
Olá. Lígia.
> Bem, você por acaso já leu alguma coisa sobre Melquizedeque
Nunca ouvi falar. Obrigado pela dica. Vou dar uma olhada.
> Parece que em seu tempo, houve um reino onde reinava a paz e a
harmonia. Talvez você pudesse se inspirar nos personagens daquele
tempo e jogá-los no futuro.
Acho que é algo assim que terei que fazer.
> Bem, mais uma vez, revisite o passado: é uma fonte inesgotável de
inspiração.
Sem dúvida. Acho que para escrever algo que preste terei que ler
muito sobre mitos e organizações sociais do passado. Quero conhecer
melhor as tribos de caçadores e coletores, e seus sistemas de clãs e
casamentos. Penso em ler Joseph Campbell, um mitólogo.
> E, como tudo tende a ser repetido, um futuro onde reine a paz e
haja harmonia deverá possuir um sistema de governo que de certa
forma "induza" tal atitude em seus governados.
Isso mesmo. Existirá uma sólida teoria social que irá orientar a
construção de sociedades, mas a maior parte dos hábitos serão
desenvolvidos pelo uso e desuso, ao longo das gerações (como sempre
foi). Não existirão países, apenas uma ordem global, e cada
quarteirão será uma sociedade independente, com autonomia legal,
política e administrativa. Serão várias "tribos."
> Não posso me desvencilhar da idéia de uma religião ( ateus que me
perdoem) dentro de um sistema como este.
Claro! Cada tribo teria seus rituais, deuses e mitos. Existiriam uns
altos sacerdotes que procurariam manter certos conhecimentos longe
das tribos, entre eles que a Terra gira em torno do Sol. Não vale a
pena dizer para as pessoas que estamos rodando como um pião em um
nada infinito. Melhor colocar a Terra no centro da existência e o
universo ser uma casinha aconchegante. O ideal seria que a Terra
fosse o interior de uma ostra ou algo assim, mas acho que
infelizmente não poderemos livrar os humanos dessa Terra redonda. Mas
acho que dá para poupa-los pelo menos de Copérnico, Galileu, Newton,
Darwin e das neurociências cognitivas. Neste mundo as pessoas
viveriam em um universo mágico e apenas os sacerdotes conheceriam a
verdadeira face da existência. Esses sacerdotes, contudo, seriam
treinados para contemplar o abismo. Eles olhariam para o abismo para
que os homens pudessem viver no berço cósmico.
> Inclusive algumas intrigas interessantes poderiam ser criadas a
partir disso, na tentativa da implantaçào de uma nova ordem sem a tal
base religiosa.
É uma boa idéia. A diferença desta utopia para as outras é que nessa
existirá intriga, hierarquia, brigas, assassinatos e traições. Uma
utopia sem essas coisas seria um tédio. Não haveriam guerras entre
tribos (o estado global não permitiria) mas haveriam jogos de guerra,
e caso uma tribo perdesse para outra, ela teria que ficar pagando
tributo como um vassalo. Seriam lutas com armaduras e espadas não
cortantes. Tem clara influência de Star Wars.
> Vale tentar modificar nomes passados, como já falei. Uma outra
fonte muito interessante em termos de nomes vem dos Caldeus...
Vou pesquisar na web. Não sei o que são Caldeus.
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 13:33
> Também estou escrevendo (há anos!) uma ficção científica que tem
como personagem uma inteligência artificial que administra todo o
planeta. O problema é que ele entra em pane e deixa a humanidade --
acostumada à eficiência automática -- em apuros.
Parece meio anti-tecnológica, essa sua história. Algo do tipo: "não
deixem o mundo nas mãos das máquinas, pois elas podem falhar."
Uma idéia interessante seria que esta inteligência começasse a não se
interessar mais por administrar a Terra, e começasse a se preocupar
com outras coisas que pareceriam estúpidas para os humanos. A
entidade poderia começar a catalogar pedras e observar fascinada a
forma de cada uma, e deixar de lado as questões administrativas. No
final, após observar as pedras e as estrelas por várias décadas e
deixar a humanidade abandonada quase morrendo, a inteligência
chegaria a uma brilhante teoria de tudo que traria uma nova era de
luz.
Isso para a sua história. A minha entidade é responsável, à prova de
falhas, e administra a Terra com grande mestria.
Tem uns malucos que dizem que a internet está adquirindo
inteligência. Os links seriam as conexões neuronais. Isso está além
das minhas divagações.
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: "Jaison" <jaison@isadobrasil.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 13:44
Oi Jaison
Infelizmente não posso ajudá-lo: Não sei como se faz. Mas pode ser feito, ou
não?
<< Eu também não sei >>
Jaison Carvalho
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 13:55
> De: Joao de Carvalho
>
> > Também estou escrevendo (há anos!) uma ficção científica que tem
> como personagem uma inteligência artificial que administra todo o
> planeta. O problema é que ele entra em pane e deixa a humanidade --
> acostumada à eficiência automática -- em apuros.
>
> Parece meio anti-tecnológica, essa sua história. Algo do tipo: "não
> deixem o mundo nas mãos das máquinas, pois elas podem falhar."
Não penso dessa forma. Apenas acho que não podemos delegar a
responsabilidade sobre a resolução de todos os nossos problemas a uma
entidade, qualquer que seja.
> Uma idéia interessante seria que esta inteligência começasse a não se
> interessar mais por administrar a Terra, e começasse a se preocupar
> com outras coisas que pareceriam estúpidas para os humanos. A
> entidade poderia começar a catalogar pedras e observar fascinada a
> forma de cada uma, e deixar de lado as questões administrativas. No
> final, após observar as pedras e as estrelas por várias décadas e
> deixar a humanidade abandonada quase morrendo, a inteligência
> chegaria a uma brilhante teoria de tudo que traria uma nova era de
> luz.
É mais ou menos isso que acontece. A "entidade" passa a ter outros
interesses incompreensíveis para os seres humanos e resolve abandoná-los
à própria sorte. Na verdade é uma segunda chance à humanidade cujo
desenvolvimento criativo estagnou devido à autosuficiência do sistema.
Os seres humanos terão de reinventar a roda se quiserem sobreviver
ao caos.
> Isso para a sua história. A minha entidade é responsável, à prova de
> falhas, e administra a Terra com grande mestria.
A prova de falhas? Isso sim é utopia! :-)
> Tem uns malucos que dizem que a internet está adquirindo
> inteligência. Os links seriam as conexões neuronais. Isso está além
> das minhas divagações.
Sobre este assunto, assista ao animê Ghost in the Shell (O Fantasma do
Futuro). A história é simples, nada extraordinário, mas a animação é de
cair o queixo. Várias cenas deste filme foram plagiadas em Matrix na
maior cara de pau.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 14:01
Em Qui 26 Set 2002 06:11, you wrote:
> Bons dias
> Esta msg está direcionada mais ao Prof. José Renato, que estou certo, terá
> muito a acrescentar. Mas outros listeiros também poderão se interessar.
> Diz respeito às atitudes do Homem quando 'falsifica' a realidade física ao
> introjetar o mundo na forma de 'representações'.
> Aqui ventilamos dos 'artefactos' que são o tempo e o segmento de reta.
> Neste mesmo rumo temos as quatro operações e o sistema decimal.
Ok, entrando no meio da conversa.
Antes de tudo, se estamos questionando as representaçes humanas da realidade
física, este é um questionamento que separa uma certa realidade física das
suas representações. Seremos realmente capaz disto? E será que ralmente há
uma realidade física lá fora de nossas representações?
O segmento de reta, assim como qualquer entidade geométrica, é por definição
uma representação, uma entidade existente apenas no mundo das idéias. Mas
tratar o tempo como uma representação de mesma categoria é um tanto demais,
pois todos os modelos físicos de descrição de realidade incluem a grandeza
tempo, e na física moderna ele possue características determinantes em toda a
modelagem, não sendo mais aquele conceito estático e independente de Newton.
> Eatava mais uma vez a pensar no paralelo entre o computador e o cérebro.
> Primeiramente, o neurônio pode ser observado basicamente em dois estados:
> Polarizado e despolarizado. Como no computador, o sistema nervoso se
> utiliza da liguagem binária.
Falando de computação me sinto mais em casa... Os circuitos de computador são
binários, realmente, pois possuem apenas dois estados: com corrente e sem
corrente. O neurônio não. O fincionamento é completamente diverso. Existem
graus de polarização e o direcionamento desta que geram estados diferentes.
Existem muitos mais tons de cinza entre o preto do despolarizado e o branco
de atividade máxima.
O raciocínio humano, por estas e outras características, é completamente
diferente do computador. O computador (clássico) se comporta de modo
determístico e por algoritimos. O ser humano trabalha principalmente por
deduções, induções, analogias e intuições. É esta diferença que permite, por
exemplo, um grande mestre de xadrez enfrentar uma máquina que calcula
milhões, até centenas de milhões de posições, contra as poucas dezenas de
posições possíveis a um ser humano. Trata-se de uma diferença qualitativa de
modo de pensar compensando uma diferença quantitativa de cálculo.
E é exatamente por este modo de pensar que o ser humano precisa modelar sua
visão de mundo em representações. O computador não: dá respostas
inconscientes a um problema que não compreende, mas resolve.
> Utilizando-se de linguagem binária, porque
> será que o Homem faz as quatro operações? Porque somar, diminuir,
> multiplicar e dividir? O computador apenas soma. É somando com o
> suplemento, replemento e complemento que a máquina chega a seus resultados.
> E, se nos ativermos um pouco mais a esta questão, poderemos observar que
> somente existe uma operação: A soma.
Na verdade todas as operações aritiméticas podem ser reduzidas
matematicamente a uma só, e a qualquer uma. Mas no cérebro humano estes
cálculos seguem processos neuras diferentes. O computador apenas faz soma por
que quando instruído a fazer outras operações ele converte estas em somas,
byte a byte, e depois reconverte.
O cérebro humano, para calcular uma multiplicação, chega a uma respostas
direta. Quando se pregunta quanto é 345x23 para uma criança na escola, ela
não irá decompor a multiplicação em 23 somas. Na verdade ela não ira nem
mesmo se preocupar em quanto é um mais um. (que é tudo que o computador
conhece de operação: incremento e decremento de um). O processo neural é
diverso e variado, de acordo com o método educacional e com o indivíduo.
> Qual seria então o motivo da instituição das quatro operações?
Se criar um processo neural mais eficiente ao cérebro humano para ter
respostas mais rápidas a questões matemáticas complexas.
> E mais, o
> Homem não somente se afastou do binário, como também passou a utilizar-se
> de sistemas que necessitam de dígitos diversos, como por exemplo o arábico.
> Deixo a pergunta.
O sistema binário é adequado aos computadores por serem de derivação direta
de sua estrutura interna. Os vários outros sistemas númericos adotados pelo
homem o foram por questões culturais assim como biológicas. Não é o sistema
arábico que necessita de números diversos. O sistema arábico é um sistema de
escrita. Se é para opor sistemas númericos, devemos falar de binário, octal,
decimal, hexadecimal, etc... O sistema decimal é largamente adotado
historicamente por termos dez dedos (e podermos contar nosso rebanho em mãos:
eu tenho 8 pares de mão de gado, mais três). Agora ele vinga por herança
cultural e pela economia de dígitos e de tamanho numérico.
Um computador não tem problemas com grandes repetições de processos iguais, e
é extramamente rápido nisto. O ser humano prefere poucos processos porém mais
intuitivos e complexos. O sistema decimal é ideal pois com apenas dez dígitos
consegue fazer números bastante econômicos. Compare somar 35 + 12 = 47 (em
decimal) com somar 100011 + 110 = 101001. Ou apenas compare o número 1324
(em decimal) com 1010111110.
Os sitemas numéricos, assim como as operações básicas, na verdade são um só.
É apenas uma diferença de notação. Mas isto em um cérebro humano faz toda a
diferença novamente.
> De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um processo matemático
> afastado daquele que lhe é natural.
Não. Tanto não há a simalidade de ligado-desligado, pois o neurônio tem
vários estágios, quanto o ser humano usa vários processos matemáticos
diversos, o mais popular derivado de seu número de dedos das mãos. Acho que
isto é algo que podemos chamar de natural.
> Nota: O computador não existe na Natureza: Foi parido pela 'cabeça'
> humana, concebido 'a sua imagem e semelhança'.
Mais uma vez não. O computador (estrutura clássica) é uma sofisticada máquina
de calcular, que no fundo apenas soma ou subtrai um, trilhões de vezes por
segundo. A mente humana é capaz de muito mais que somar e diminuir 1, mas
completamente incapaz de trabalhar em ciclos de gigahertz. Entender o
computador como um cérebro eletrônico é um erro clássico, porém pior ainda
interpretar a mente humana como um computador orgânico.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: Mais ficcao cientifica.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 14:11
> De: João Miranda (Nonio)
> >
> > Não penso dessa forma. Apenas acho que não podemos delegar a
> > responsabilidade sobre a resolução de todos os nossos
> problemas a uma
> > entidade, qualquer que seja.
>
> Como o Governo? :)
Bingo!
Mais ou menos assim: "Confio, mas com um olho aberto!"
O "olho aberto" é a imprensa, p.ex., ou ONGs que fiscalizam
as atividades do governo.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 14:12
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> Não será nada físico. Mas algum nome esses créditos tem que ter.
> Talvez possa ser apenas crédito, ou alguma palavra derivada disso.
Pataca, vintém, mirréis... :-)
Dependendo da ênfase q. vc quiser dar pode associar esse crédito a
algo essencial na vida humana - se for adotar uma linha mais crítica
à sociedade de consumo, poderiam chamar os crédito de algo q.
lembrasse o sangue, o ar, o alimento ou algo assim: trítico (do
lat. 'triticum', trigo, metonímia de pão, metonímia de alimento),
éres (lat. aeris, ar), hemal ou como e' algo eletrônico: tríticon,
ératon, hêmaton... Aqui uma curiosidade. Elétron vem do grego
elektron, q. significa âmbar, acho q. por causa dos experimentos
eletrostáticos com âmbar. Porém elétron era tbm o nome da liga de
ouro e prata com q. se cunhavam moedas antigas. Talvez elétron ou
algum nome derivado disso possa ser bem sugestivo.
É interessante q. ficções futurísticas dêem tta ênfase no aspecto
tecnológico: pro bem ou pro mal.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Mais ficcao cientifica.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 14:16
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> O "olho aberto" é a imprensa, p.ex., ou ONGs que fiscalizam
> as atividades do governo.
"Who watches the watchmen?"
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RE: Números e operações
FROM: rnedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 14:20
>
>Mensagem: 1
> Data: Thu, 26 Sep 2002 09:11:37 GMT
> De: antonio.psique@ligbr.com.br
> Assunto: Números e operações
>
>
>Bons dias
>Esta msg está direcionada mais ao Prof. José Renato, que estou certo, terá
>muito a acrescentar. Mas outros listeiros também poderão se interessar.
>Diz respeito às atitudes do Homem quando 'falsifica' a realidade física ao
>introjetar o mundo na forma de 'representações'.
>Aqui ventilamos dos 'artefactos' que são o tempo e o segmento de reta. Neste
>mesmo rumo temos as quatro operações e o sistema decimal.
>
> Eatava mais uma vez a pensar no paralelo entre o computador e o cérebro.
> Primeiramente, o neurônio pode ser observado basicamente em dois estados:
>Polarizado e despolarizado. Como no computador, o sistema nervoso se utiliza
>da liguagem binária. Utilizando-se de linguagem binária, porque será que o
>Homem faz as quatro operações? Porque somar, diminuir, multiplicar e
>dividir? O computador apenas soma. É somando com o suplemento, replemento e
>complemento que a máquina chega a seus resultados. E, se nos ativermos um
>pouco mais a esta questão, poderemos observar que somente existe uma
>operação: A soma.
> A multiplicação é uma soma que se repete: 2X3 = 3+3 = 2+2+2. A subtração é
>uma soma invertida, como podemos constatar quando executamos a prova real. O
>mesmo podemos dizer da divisão em relação a multiplicação. Dando alguma
>continuidade, temos a potenciação, que é uma multiplicação repetida, a
>radiciação que é a potenciação invertida e por aí vai.
> Qual seria então o motivo da instituição das quatro operações? E mais, o
>Homem não somente se afastou do binário, como também passou a utilizar-se de
>sistemas que necessitam de dígitos diversos, como por exemplo o arábico..
>Deixo a pergunta.
> De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um processo matemático
>afastado daquele que lhe é natural.
> Nota: O computador não existe na Natureza: Foi parido pela 'cabeça' humana,
>concebido 'a sua imagem e semelhança'.
>
>Abraços.
>Antonio Renato.
>
Antonio, primeiro os fatos: o homem nao pensa em binario, pois nao o aprendeu
no jardim de infancia. Tambem nao subtrai, multiplica, divide por meio de
somas, mas sim por algoritmos e tabelas especializados.
O que esta em questao aqui e a distincao entre orgao e organismo, compreende?
Uma casa nao e um tijolo, um homem nao sabe o que um neuronio sabe (se
soubesse, a tarefa da neurologia seria muito mais facil). O homem nao nasce
sabendo somar (mesmo que seu cerebro faca operacoes de soma), nao mais do que
nasce sabendo mecanica classica apesar de seu corpo obedecer as leis de
Newton.
Voltemos a analogia do computador. Por exemplo, voce pode implementar uma
rotina de computador que faca contas sem apelar para as operacoes aritmeticas
embutidas no chip, usando apenas as operacoes logicas. Outro exemplo: voce
pode escrever um programa de logica que faca deducoes erradas, usando
instrucoes que fazem operacoes elas proprias certas. Da pra ver a distincao? O
que um computador faz e somente o que o operador o instrui a fazer; a
matematica que o homem faz e aquela que ele aprende ou descobre. Nao tem nada
a ver com os processos inconscientes dos componentes do seu corpo.
Veja a seguinte ilustracao, inspirada por uma em "Goedel, Escher, Bach" de
Douglas Hofstadter:
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1 1
+ +
1 1+1=21+1=2 1+1=21+1=2 1+1=21+1=2 1
= 1 1 1 =
2 + 1 + + 2
1 1 + 1 1+1=2 1 1
+ 1+12=1+12= 1+1=2 1+12=1+12= =21+1=21+1 +
1 = = = 1+1=2 = 1
= 2 2 2 2 =
2 1 1 1 2
1 +1=21+1=2 +1=21+1=2 2=1+12=1+ 1
+ +
1 1
= =
2 2
1 1
+ +
1 1
= =
2 2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=2 1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
Boa tarde,
-- Rafael Kaufmann
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Mais ficcao cientifica.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 14:22
> De: Takata
>
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > O "olho aberto" é a imprensa, p.ex., ou ONGs que fiscalizam
> > as atividades do governo.
>
> "Who watches the watchmen?"
A corregedoria da polícia civil do RJ? Rú-rú-rá-rá!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 17:46
>--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> > A propósito, que fórmula de Broglie é essa que você
>menciona?
>
>p = h / lambda
>(que foi derivada de E= hf e E=mc² e estrapolada para v=/=c)
" Ah. De fato, usa-se as duas fórmulas nesse caso. Mas, na época de
de Broglie, usava-se fórmulas da relatividade e da quântica de uma maneira
meio ad hoc, pois não havia a teoria quântico-relativística, que só começou
a aparecer com Dirac em 1928. De Broglie lançou essa fórmula em 1924.
Assim, a derivação que de Broglie fez de p = h/lambda a partir de E=hf e
E=mc2 não é rigorosa, é ad hoc. É necessário uma teoria
quântico-relativística completa para fazer rigorosamente essa ligação."
Entendo e até concordo que tenah sido ad doc, mas o facto é que esse ad hoc
foi a base para a MQ
A MQ derivou toda da hipotese de de Broglie. Ou melhor, a matemática da MQ
derivou toda dai.
Sem a formula de E=mc² não havia MQ para ninguem.
Historicamente, protanto, não podemso falar de duas teorias dijuntas.
>Mas voltando ao assunto: o que significaria juntar MQ com RG ?
>Ter as tais ondas quantificadas ? só ?
>E não será isso confundir a disparidade entre as teorias do campo
>gravitico e as (outras) teorias do campo derivadas do
>electrogmanetismo ?
>Uma coisa, sáo as teorias de campo e outra aquilo que lhes dá
>suporte. Como vc disse se a acustica estiver mal arranaj-se outra
>acustica e não outras eq de newton. Portanto, aplicando o mesmo
>raciocinio, se as teorias de campo são imcompativeis encontrem-se
>outras. O que não necessáriamente significa encontrar um link entre a
>MQ e a RG. Não ?
Não sei se entendi bem suas colocações, mas digo o seguinte. A
quântica está em pé de igualdade com a relatividade geral (e a mecânica de
Newton) em termos de status epistemológico. Por quê? Porque a relatividade
geral trata da relação entre espaço, tempo, matéria e energia. São os
palcos para todos os acontecimentos físicos. Por isso, assim como foi
necessário quantizar a física depois da quântica, é necessário também
"relativizar-geral" a física inteira. É por isso que a gravitação é
diferente dos outros campos. A gravitação é a manifestação da curvatura do
espaço-tempo. Por exemplo, se a teoria do eletromagnetismo fosse
incompatível com a quântica, então, de fato, tenta-se primeiro encontrar
outro eletromagnetismo (por isso, mandou-se Maxwell ao vinagre e
substituiu-se-o pela eletrodinâmica quântica).
Mais ua mvez não é assim que historicamente as coisas ocurreram.
O Electrogmanetismo deu origem à Teoria da Relatividade, que por sua vez deu
origem à MQ, que por sua vez reformulou o electrogmanetismo do ponto de
vista formal.
Ninguem mandou Maxwell ao vinagre. Tlv as ideias dele (aether) mas não a sua
teoria matemático-fisica nem o seus resultado.
Por outro lado, O campo magnético só é possivel de explicar com MQ. O
electrogmanetismo mostra-se assim uma porta para outras teorias.
Mas ninguem até hoje explicou pq é válido assumir que as leis que se aplicam
aos campos EM tb se podem aplicar a outros campos, corpos ou objectos
fisicos em geral.
>Porém, se a gravitação (ou
>seja, a relatividade geral) é incompatível com a quântica, aí tem-se um
>problema de outro nível, gera uma situação muito incômoda: tem-se duas
>"superteorias" incompatíves entre si!
Ninguem até hoje msotrou que a teoria da relativdade estivesse certa no que
tem a haver com a questão das ondas graviticas. Isso ~sao expeculações.
Por isso, mais especulação existe se isso for argumento para invocar uma
incomplitude ou dijunção entre duas teorias , que na raiz estão
interligadas.
Ninguem mostra que as ondas graviticas tenham de ser quantificadas (aliás as
ondas gravitias fojem a muito do formalismo pq são quadripolares ) e ninguem
mostra que a MQ obrigue todas as ondas as serem quantificadas.
Se me dizes que é preciso encontrar um modelo que compatibilize as teorias
de particulas com a MQ e com a Relatividade, ai sim eu concordaria. (A
Fisica das particulas é o maior mar de teorias ad doc que existe. ) Mas a TR
e a MQ em si mesmas não to ua ver.
Ou seja, o que eu queria mesmo era que apontassem problemas concretos em
que a TR e a MQ são imcompativeis, ou seja, que dizem coisas diferentes para
um mesmo problema. Que eu saiba, isso não acontece.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Números e operações
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 17:55
> > Deixo a pergunta.
> > De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um
> processo matemático
> > afastado daquele que lhe é natural.
>
> E o que é "natural" ??!!??
>
> -=*###>Natural é o provido pela Natureza: Binário. Não seria mais
_prático_
> se usássemos apenas dois símbolos e realizássemos apenas uma
> operação?<###*=-
Bem, esta vais ter de explicar bem explicadinha pq a natureza não faz
contas!
Por isso, como esperas que ela providencia um sistema numérico ?
O sistema em base 12 tb é providenciado pela natureza (conjunção de
movimentos sol-lua, leva à definição de 12 meses, 12 horas , etc.. ) Então
pq não usamso esse ?
Os babilonios usavam o de base 60 e tinha submultiplos até à ordem do tempo
de vida de algumas particulas sub atomicas. Quem estipulou isso ? a
Naturea?
É infundado assumir que o sistema ninário é o mais natural.
Por outro lado o ser humano é um ser natural, por isso se ele usa
determinado sistema esse sistema é natural.
Não houve nenhum Deus que veio e disse : tomem lá este sistema que é melhor
que os outros.
Os arabes usavam o de base 10 por uma questão de praticidade. Os algorithmos
eram desenahdos para essa base. Mas ainda hoje se usam sistema não decimais.
Os graus continuam a ser usado , a base 360 é usada pq é prática! Os ovos
ainda se vedem em duzias. Etc.
Todos os sistema existem pq têm ou tiveram utilidade prática.
O sistema binário tem uma utilidade prática no mundo do computadores de hoje
mas apenas pq só conseguimos ter computadores de 2 estados.
Houve um sr que não sei o nome que escreveu um livro que falava sobre os
computadores e a logica ternária - base 3. Contudo é inutil a menos que haja
inovação tecnologica que nos permita 3 estados.
É enganoso achar que a base binária é mais natural.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 18:20
----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, September 26, 2002 4:03 PM
Subject: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
At 14:54 26/09/02 +0000, you wrote:
> > > Oi. As teorias de Klein-Gordon e Dirac são consistentes
> > com a
> > > quântica e a relatividade especial, não a geral.
>
>Lembrei-me agora... a eq:
>
>E² = (pc)² + (Mc²)²
>
>Não é uma eq derivada da relatividade geral ?
>(derivada da norma do 4-momento)
Não, é da relatividade especial. A história do 4-momento (e
quadrivetores em geral) é um formalismo usado na especial e na geral. Veja,
por exemplo, neste site:
http://teachers.web.cern.ch/teachers/archiv/HST2002/Bubblech/mbitu/spacetime
_4vector.htm
A 4-posição, mais conhecida como Acontecimento, é de facto um 4-vector da
relativdade restricta (a tradução de Special Relativity é Relatividade
Restricta)
Mas eu estava falando de 4-momento.
Vou ver os outros links e depois continuamos
Sérgio
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 18:28
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> Olá. Lígia.
Olá João!
> > Bem, mais uma vez, revisite o passado: é uma fonte inesgotável
de
> inspiração.
>
> Sem dúvida. Acho que para escrever algo que preste terei que ler
> muito sobre mitos e organizações sociais do passado. Quero conhecer
> melhor as tribos de caçadores e coletores, e seus sistemas de clãs
e
> casamentos. Penso em ler Joseph Campbell, um mitólogo.
Lígia: Uma boa dica é O Poder do Mito, do Campbell. É um livro em
forma de entrevista onde o autor fala a respeito dos mitos do mundo e
a base para tais mitos.
> (...)Neste mundo as pessoas
> viveriam em um universo mágico e apenas os sacerdotes conheceriam a
> verdadeira face da existência. Esses sacerdotes, contudo, seriam
> treinados para contemplar o abismo. Eles olhariam para o abismo
para
> que os homens pudessem viver no berço cósmico.
Lígia: Hum... pensei agora na Doutrina do Gelo Eterno, "implantada"
por Hans Horbiger a partir de 1925 na Alemanha nazista, conhecida
como Wel (de Welteislehre). De acordo com o livro que eu tenho aqui,
o Wel "...assenta na idéia da luta perpétua nos grandes infinitos
entre o gelo e o fogo e entre a força de repulsão e a força de
atração...". Veja no site, está em inglês:
http://www.webcom.com/petrich/misc/WEL.txt
Entre outras coisas o Wel "prega": Vivemos dentro da Terra, e para
além desse "buraco" no gelo, há gelo, gelo e mais gelo extendendo-se
ad infinitum... A Terra, ou o "buraco" no gelo eterno seria mais do
que
um "berço cósmico", seria antes a única possibilidade de
existência... e por aí vai. Vale como inspiração também.
> > Vale tentar modificar nomes passados, como já falei. Uma outra
> fonte muito interessante em termos de nomes vem dos Caldeus...
>
> Vou pesquisar na web. Não sei o que são Caldeus.
Lígia: É um povo antigo, o "berço da civilização", os pais da
Astronomia, etc... o problema como eu já constatei é que há muito
pouco sobre os Caldeus na net. Infelizmente acho que as suas fontes
terão que partir de supostos futuros nomes misturando-se as línguas
mais faladas no mundo atual. Uma miscelânea... impossível que em
500 anos as coisas mudem tanto a ponto de não haver mais Joãos,
Marcos, Josés...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Re: Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 18:54
> > Deixo a pergunta.
> > De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um
> processo matemático
> > afastado daquele que lhe é natural.
>
> E o que é "natural" ??!!??
>
> -=*###>Natural é o provido pela Natureza: Binário. Não seria mais
_prático_
> se usássemos apenas dois símbolos e realizássemos apenas uma
> operação?<###*=-
Bem, esta vais ter de explicar bem explicadinha pq a natureza não faz
contas!
Por isso, como esperas que ela providencia um sistema numérico ?
O sistema em base 12 tb é providenciado pela natureza (conjunção de
movimentos sol-lua, leva à definição de 12 meses, 12 horas , etc.. ) Então
pq não usamso esse ?
Os babilonios usavam o de base 60 e tinha submultiplos até à ordem do tempo
de vida de algumas particulas sub atomicas. Quem estipulou isso ? a
Naturea?
É infundado assumir que o sistema ninário é o mais natural.
Por outro lado o ser humano é um ser natural, por isso se ele usa
determinado sistema esse sistema é natural.
Não houve nenhum Deus que veio e disse : tomem lá este sistema que é melhor
que os outros.
Os arabes usavam o de base 10 por uma questão de praticidade. Os algorithmos
eram desenahdos para essa base. Mas ainda hoje se usam sistema não decimais.
Os graus continuam a ser usado , a base 360 é usada pq é prática! Os ovos
ainda se vedem em duzias. Etc.
Todos os sistema existem pq têm ou tiveram utilidade prática.
O sistema binário tem uma utilidade prática no mundo do computadores de hoje
mas apenas pq só conseguimos ter computadores de 2 estados.
Houve um sr que não sei o nome que escreveu um livro que falava sobre os
computadores e a logica ternária - base 3. Contudo é inutil a menos que haja
inovação tecnologica que nos permita 3 estados.
É enganoso achar que a base binária é mais natural.
####>>>>Existem duas entidades: Eu e Não Eu. Tudo mais é
consequência<<<<####
Sérgio
####>>>>Antonio Renato<<<<####
SUBJECT: Re: [ciencialist] RE: N [ISO-8859-1] úmeros e opera [ISO-8859-1] ções
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 18:55
>Mensagem: 1
> Data: Thu, 26 Sep 2002 09:11:37 GMT
> De: antonio.psique@ligbr.com.br
> Assunto: Números e operações
>
>
>Bons dias
>Esta msg está direcionada mais ao Prof. José Renato, que estou certo, terá
>muito a acrescentar. Mas outros listeiros também poderão se interessar.
>Diz respeito às atitudes do Homem quando 'falsifica' a realidade física ao
>introjetar o mundo na forma de 'representações'.
>Aqui ventilamos dos 'artefactos' que são o tempo e o segmento de reta. Neste
>mesmo rumo temos as quatro operações e o sistema decimal.
>
> Eatava mais uma vez a pensar no paralelo entre o computador e o cérebro.
> Primeiramente, o neurônio pode ser observado basicamente em dois estados:
>Polarizado e despolarizado. Como no computador, o sistema nervoso se utiliza
>da liguagem binária. Utilizando-se de linguagem binária, porque será que o
>Homem faz as quatro operações? Porque somar, diminuir, multiplicar e
>dividir? O computador apenas soma. É somando com o suplemento, replemento e
>complemento que a máquina chega a seus resultados. E, se nos ativermos um
>pouco mais a esta questão, poderemos observar que somente existe uma
>operação: A soma.
> A multiplicação é uma soma que se repete: 2X3 = 3+3 = 2+2+2. A subtração é
>uma soma invertida, como podemos constatar quando executamos a prova real. O
>mesmo podemos dizer da divisão em relação a multiplicação. Dando alguma
>continuidade, temos a potenciação, que é uma multiplicação repetida, a
>radiciação que é a potenciação invertida e por aí vai.
> Qual seria então o motivo da instituição das quatro operações? E mais, o
>Homem não somente se afastou do binário, como também passou a utilizar-se de
>sistemas que necessitam de dígitos diversos, como por exemplo o arábico..
>Deixo a pergunta.
> De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um processo matemático
>afastado daquele que lhe é natural.
> Nota: O computador não existe na Natureza: Foi parido pela 'cabeça' humana,
>concebido 'a sua imagem e semelhança'.
>
>Abraços.
>Antonio Renato.
>
Antonio, primeiro os fatos: o homem nao pensa em binario, pois nao o
aprendeu
no jardim de infancia. Tambem nao subtrai, multiplica, divide por meio de
somas, mas sim por algoritmos e tabelas especializados.
-=*###>É um desperdício! Quem sabe se, no futuro, o Homem vá aprender
binário no jardim de infância?<###*=-
O que esta em questao aqui e a distincao entre orgao e organismo,
compreende?
Uma casa nao e um tijolo, um homem nao sabe o que um neuronio sabe (se
soubesse, a tarefa da neurologia seria muito mais facil). O homem nao nasce
sabendo somar (mesmo que seu cerebro faca operacoes de soma), nao mais do
que
nasce sabendo mecanica classica apesar de seu corpo obedecer as leis de
Newton.
-=*###>Sei que é assim. Questiono do porque ser assim?<###*=-
Voltemos a analogia do computador. Por exemplo, voce pode implementar uma
rotina de computador que faca contas sem apelar para as operacoes
aritmeticas
embutidas no chip, usando apenas as operacoes logicas. Outro exemplo: voce
pode escrever um programa de logica que faca deducoes erradas, usando
instrucoes que fazem operacoes elas proprias certas. Da pra ver a distincao?
O que um computador faz e somente o que o operador o instrui a fazer; a
matematica que o homem faz e aquela que ele aprende ou descobre. Nao tem
nada
a ver com os processos inconscientes dos componentes do seu corpo.
-=*###>Kaufmann, o computador foi criado pelo Homem e jamais poderá
ultrapassá-lo no quê quer que seja. Apenas o Homem ainda não chegou a ser
'sapiens'<###*=-
Veja a seguinte ilustracao, inspirada por uma em "Goedel, Escher, Bach" de
Douglas Hofstadter:
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1 1
+ +
1 1+1=21+1=2 1+1=21+1=2 1+1=21+1=2 1
= 1 1 1 =
2 + 1 + + 2
1 1 + 1 1+1=2 1 1
+ 1+12=1+12= 1+1=2 1+12=1+12= =21+1=21+1 +
1 = = = 1+1=2 = 1
= 2 2 2 2 =
2 1 1 1 2
1 +1=21+1=2 +1=21+1=2 2=1+12=1+ 1
+ +
1 1
= =
2 2
1 1
+ +
1 1
= =
2 2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=2 1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
1+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=21+1=2
-=*###>Foi num botequim bebendo cerveja que um amigo me demonstrou que dois
mais dois é igual a cinco (ad hoc). E ele sequer era matemático! Era
veterinário (Falecido)<###*=-
Boa tarde,
-- Rafael Kaufmann
-=*###>Boa noite,
Antonio Renato.<###*=-
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 18:56
Em Qui 26 Set 2002 06:11, you wrote:
> Bons dias
> Esta msg está direcionada mais ao Prof. José Renato, que estou certo, terá
> muito a acrescentar. Mas outros listeiros também poderão se interessar.
> Diz respeito às atitudes do Homem quando 'falsifica' a realidade física ao
> introjetar o mundo na forma de 'representações'.
> Aqui ventilamos dos 'artefactos' que são o tempo e o segmento de reta.
> Neste mesmo rumo temos as quatro operações e o sistema decimal.
Ok, entrando no meio da conversa.
Antes de tudo, se estamos questionando as representaçes humanas da realidade
física, este é um questionamento que separa uma certa realidade física das
suas representações. Seremos realmente capaz disto? E será que ralmente há
uma realidade física lá fora de nossas representações?
-=*###>Pô meu! Esta é a verdadeira 'angústia existencial'!<###*=-
O segmento de reta, assim como qualquer entidade geométrica, é por definição
uma representação, uma entidade existente apenas no mundo das idéias. Mas
tratar o tempo como uma representação de mesma categoria é um tanto demais,
pois todos os modelos físicos de descrição de realidade incluem a grandeza
tempo, e na física moderna ele possue características determinantes em toda
a
modelagem, não sendo mais aquele conceito estático e independente de Newton.
-=*###>"...o ser humano perdeu-se em sua criativa idéia passando a acreditar
que o tempo, um dos componentes do movimento, existisse por si mesmo,
independentemente, dando à relação numérica entre movimentos uma
configuração de fenômeno físico... ..."
"...Apesar da confusão de conceitos, não é difícil perceber que o tempo
medido ou cronométrico não existe como fenômeno da natureza,..."
E parece mesmo que o deslocamento do eletron não seja linear e sim dependam
de mudanças na relação do espaço e tempo<###*=-
> Eatava mais uma vez a pensar no paralelo entre o computador e o cérebro.
> Primeiramente, o neurônio pode ser observado basicamente em dois estados:
> Polarizado e despolarizado. Como no computador, o sistema nervoso se
> utiliza da liguagem binária.
Falando de computação me sinto mais em casa... Os circuitos de computador
são
binários, realmente, pois possuem apenas dois estados: com corrente e sem
corrente. O neurônio não. O fincionamento é completamente diverso. Existem
graus de polarização e o direcionamento desta que geram estados diferentes.
Existem muitos mais tons de cinza entre o preto do despolarizado e o branco
de atividade máxima.
-=*###>Desculpe-me, gostaria de saber mais sobre estes 'tons
intermediários'<###*=-
O raciocínio humano, por estas e outras características, é completamente
diferente do computador. O computador (clássico) se comporta de modo
determístico e por algoritimos. O ser humano trabalha principalmente por
deduções, induções, analogias e intuições. É esta diferença que permite, por
exemplo, um grande mestre de xadrez enfrentar uma máquina que calcula
milhões, até centenas de milhões de posições, contra as poucas dezenas de
posições possíveis a um ser humano. Trata-se de uma diferença qualitativa de
modo de pensar compensando uma diferença quantitativa de cálculo.
-=*###>Pois imagine se o Homem dispusesse de seu aparato neural em sua
totalidade e assim dispor também de 'até centenas de milhões de posições'(No
bom sentido)<###*=-
E é exatamente por este modo de pensar que o ser humano precisa modelar sua
visão de mundo em representações. O computador não: dá respostas
inconscientes a um problema que não compreende, mas resolve.
-=*###>O Homem pariu o computador, que não existia na Natureza. O computador
saiu de dentro do Homem. Mas não é somente o computador que o Homem tem em
potencial<###*=-
> Utilizando-se de linguagem binária, porque
> será que o Homem faz as quatro operações? Porque somar, diminuir,
> multiplicar e dividir? O computador apenas soma. É somando com o
> suplemento, replemento e complemento que a máquina chega a seus resultados.
> E, se nos ativermos um pouco mais a esta questão, poderemos observar que
> somente existe uma operação: A soma.
Na verdade todas as operações aritiméticas podem ser reduzidas
matematicamente a uma só, e a qualquer uma. Mas no cérebro humano estes
cálculos seguem processos neuras diferentes. O computador apenas faz soma
por
que quando instruído a fazer outras operações ele converte estas em somas,
byte a byte, e depois reconverte.
O cérebro humano, para calcular uma multiplicação, chega a uma respostas
direta. Quando se pregunta quanto é 345x23 para uma criança na escola, ela
não irá decompor a multiplicação em 23 somas. Na verdade ela não ira nem
mesmo se preocupar em quanto é um mais um. (que é tudo que o computador
conhece de operação: incremento e decremento de um). O processo neural é
diverso e variado, de acordo com o método educacional e com o indivíduo.
-=*###>Não foi treinado para isso talvez mesmo por ceticismo. Pior, foi
treinado para não aproveitar sua disponibilidade<###*=-
> Qual seria então o motivo da instituição das quatro operações?
Se criar um processo neural mais eficiente ao cérebro humano para ter
respostas mais rápidas a questões matemáticas complexas.
-=*###>Você pode afirmar que é assim. Não pode dizer como será no
futuro<###*=-
> E mais, o
> Homem não somente se afastou do binário, como também passou a utilizar-se
> de sistemas que necessitam de dígitos diversos, como por exemplo o arábico.
> Deixo a pergunta.
O sistema binário é adequado aos computadores por serem de derivação direta
de sua estrutura interna. Os vários outros sistemas númericos adotados pelo
homem o foram por questões culturais assim como biológicas. Não é o sistema
arábico que necessita de números diversos. O sistema arábico é um sistema de
escrita. Se é para opor sistemas númericos, devemos falar de binário, octal,
decimal, hexadecimal, etc... O sistema decimal é largamente adotado
historicamente por termos dez dedos (e podermos contar nosso rebanho em
mãos:
eu tenho 8 pares de mão de gado, mais três). Agora ele vinga por herança
cultural e pela economia de dígitos e de tamanho numérico.
Um computador não tem problemas com grandes repetições de processos iguais,
e
é extramamente rápido nisto. O ser humano prefere poucos processos porém
mais
intuitivos e complexos. O sistema decimal é ideal pois com apenas dez
dígitos
consegue fazer números bastante econômicos. Compare somar 35 + 12 = 47 (em
decimal) com somar 100011 + 110 = 101001. Ou apenas compare o número 1324
(em decimal) com 1010111110.
-=*###>Uma questão, como você mesmo coloca, cultural<###*=-
Os sitemas numéricos, assim como as operações básicas, na verdade são um só.
É apenas uma diferença de notação. Mas isto em um cérebro humano faz toda a
diferença novamente.
-=*###>Qual cérebro? Racional, emocional, consciente, inconsciente...<###*=-
> De qualquer forma é fato que o Homem se utiliza de um processo matemático
> afastado daquele que lhe é natural.
Não. Tanto não há a simalidade de ligado-desligado, pois o neurônio tem
vários estágios, quanto o ser humano usa vários processos matemáticos
diversos, o mais popular derivado de seu número de dedos das mãos. Acho que
isto é algo que podemos chamar de natural.
-=*###>Quais são os 'estágios' do neurônio?<###*=-
> Nota: O computador não existe na Natureza: Foi parido pela 'cabeça'
> humana, concebido 'a sua imagem e semelhança'.
Mais uma vez não. O computador (estrutura clássica) é uma sofisticada
máquina
de calcular, que no fundo apenas soma ou subtrai um, trilhões de vezes por
segundo. A mente humana é capaz de muito mais que somar e diminuir 1, mas
completamente incapaz de trabalhar em ciclos de gigahertz. Entender o
computador como um cérebro eletrônico é um erro clássico, porém pior ainda
interpretar a mente humana como um computador orgânico.
-=*###>Porque a 'mente humana' é incapaz de trabalhar em ciclos de
gigahertz? Compare o número de 'ciruitos do cérebro' com os do processador.
Noutro dia estava assistindo na TV uma entrevista com um piloto que, após
sofrer acidente nas pistas inciou a 'ver as coisas em câmara lenta'. Com o
tempo retornou ao 'normal', diz ele. Maníacos e hipomaníacos (Para não
mencionar os psicoestimulantes) têm 'agilidade mental' acima da norma. Quem
seremos no futuro? O cérebro é o mesmo cérebro dos 'homens das cavernas'.
Você poderia cogitar nosso futuro?<###*=-
[]'s
Aniello
-=*###>[]'s
Antonio Renato<###*=-
SUBJECT: Re: Re: Re: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 18:57
Oi Jaison
Infelizmente não posso ajudá-lo: Não sei como se faz. Mas pode ser feito, ou
não?
<< Eu também não sei >>
Jaison Carvalho
Oi
Dividir um número pelo inverso de outro... hum... Tá difícil. Sinto muito.
Mas não desespere: Tenho certeza que alguém nesta lista vai ter a resposta,
tirá-lo desta dúvida atroz!
Antonio Renato.
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: Mais ficção científica.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 18:57
> Também estou escrevendo (há anos!) uma ficção científica que tem
como personagem uma inteligência artificial que administra todo o
planeta. O problema é que ele entra em pane e deixa a humanidade --
acostumada à eficiência automática -- em apuros.
Parece meio anti-tecnológica, essa sua história. Algo do tipo: "não
deixem o mundo nas mãos das máquinas, pois elas podem falhar."
-=*###>Esta máquina teria sexo?<###*=-
Uma idéia interessante seria que esta inteligência começasse a não se
interessar mais por administrar a Terra, e começasse a se preocupar
com outras coisas que pareceriam estúpidas para os humanos. A
entidade poderia começar a catalogar pedras e observar fascinada a
forma de cada uma, e deixar de lado as questões administrativas. No
final, após observar as pedras e as estrelas por várias décadas e
deixar a humanidade abandonada quase morrendo, a inteligência
chegaria a uma brilhante teoria de tudo que traria uma nova era de
luz.
-=*###>Ou então, se apaixonaria por outra máquina e se fundiriam em uma
única máquina esta, incapaz de administrar a Terra. Então os 'terráqueos'
seguiriam o exemplo das máquinas e viveriam felizes para sempre<###*=-
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: Ficção Científica
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 18:58
> E, como tudo tende a ser repetido, um futuro onde reine a paz e
haja harmonia deverá possuir um sistema de governo que de certa
forma "induza" tal atitude em seus governados.
Isso mesmo. Existirá uma sólida teoria social que irá orientar a
construção de sociedades, mas a maior parte dos hábitos serão
desenvolvidos pelo uso e desuso, ao longo das gerações (como sempre
foi). Não existirão países, apenas uma ordem global, e cada
quarteirão será uma sociedade independente, com autonomia legal,
política e administrativa. Serão várias "tribos."
-=*###>Pô meu! Vai repetir mesmo!<###*=-
> Inclusive algumas intrigas interessantes poderiam ser criadas a
partir disso, na tentativa da implantaçào de uma nova ordem sem a tal
base religiosa.
É uma boa idéia. A diferença desta utopia para as outras é que nessa
existirá intriga, hierarquia, brigas, assassinatos e traições. Uma
utopia sem essas coisas seria um tédio. Não haveriam guerras entre
tribos (o estado global não permitiria) mas haveriam jogos de guerra,
e caso uma tribo perdesse para outra, ela teria que ficar pagando
tributo como um vassalo. Seriam lutas com armaduras e espadas não
cortantes. Tem clara influência de Star Wars.
-=*###>Ô gente... Esqueceram do sexo?! Sem, não vai adiante... Mutantes
sensuais...<###*=-
SUBJECT: Re: Energia Cenética
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 19:11
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
>
> Agradecia se pudessem apontar a defenição de Energia Cinética.
> Não a formula, mas a defenição que permite chegar a essa formula.
> A Variação da energia cinética é relacionada com o trabalho, mas o
> quê permite passar do integral para um formula simples ?
Tem no Imperdível do Léo:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_RE_06.asp
Lígia
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 21:10
At 21:46 26/09/02 +0100, you wrote:
> >--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
>
> > > A propósito, que fórmula de Broglie é essa que você
> >menciona?
> >
> >p = h / lambda
> >(que foi derivada de E= hf e E=mc² e estrapolada para v=/=c)
>" Ah. De fato, usa-se as duas fórmulas nesse caso. Mas, na época de
>de Broglie, usava-se fórmulas da relatividade e da quântica de uma maneira
>meio ad hoc, pois não havia a teoria quântico-relativística, que só começou
>a aparecer com Dirac em 1928. De Broglie lançou essa fórmula em 1924.
>Assim, a derivação que de Broglie fez de p = h/lambda a partir de E=hf e
>E=mc2 não é rigorosa, é ad hoc. É necessário uma teoria
>quântico-relativística completa para fazer rigorosamente essa ligação."
>
>Entendo e até concordo que tenah sido ad doc, mas o facto é que esse ad hoc
>foi a base para a MQ
>A MQ derivou toda da hipotese de de Broglie. Ou melhor, a matemática da MQ
>derivou toda dai.
>Sem a formula de E=mc² não havia MQ para ninguem.
>
>Historicamente, protanto, não podemso falar de duas teorias dijuntas.
Penso que não estamos conversando sobre a conexão histórica entre
as teorias, mas sobre sua conexão lógica. Não dá para demonstrar a equação
de Schrödinger a partir da fórmula de de Broglie; por conseguinte, não é
possível dizer que a MQ, e muito menos a sua matemática, deriva toda dela.
O que eu estou tentando dizer é que o fato de a hipótese de de Broglie
poder ser derivada de E=hf e E = mc2 não significa que ela seja "em si
mesma essa união" da mecânica quântica e da relatividade, de forma a poder
dispensar uma teoria quântico-relativística diferente da MQ. Foi mais ou
menos esse o sentido que entendi da sua colocação quando mencionou pela
primeira vez a fórmula de de Broglie. Pois, se fosse esse o caso, como
explicaríamos o fato de que a equação de Schrödinger não é invariante sob
uma transformação de Lorentz?
> >Mas voltando ao assunto: o que significaria juntar MQ com RG ?
> >Ter as tais ondas quantificadas ? só ?
> >E não será isso confundir a disparidade entre as teorias do campo
> >gravitico e as (outras) teorias do campo derivadas do
> >electrogmanetismo ?
> >Uma coisa, sáo as teorias de campo e outra aquilo que lhes dá
> >suporte. Como vc disse se a acustica estiver mal arranaj-se outra
> >acustica e não outras eq de newton. Portanto, aplicando o mesmo
> >raciocinio, se as teorias de campo são imcompativeis encontrem-se
> >outras. O que não necessáriamente significa encontrar um link entre a
> >MQ e a RG. Não ?
Belisário
> Não sei se entendi bem suas colocações, mas digo o seguinte. A
>quântica está em pé de igualdade com a relatividade geral (e a mecânica de
>Newton) em termos de status epistemológico. Por quê? Porque a relatividade
>geral trata da relação entre espaço, tempo, matéria e energia. São os
>palcos para todos os acontecimentos físicos. Por isso, assim como foi
>necessário quantizar a física depois da quântica, é necessário também
>"relativizar-geral" a física inteira. É por isso que a gravitação é
>diferente dos outros campos. A gravitação é a manifestação da curvatura do
>espaço-tempo. Por exemplo, se a teoria do eletromagnetismo fosse
>incompatível com a quântica, então, de fato, tenta-se primeiro encontrar
>outro eletromagnetismo (por isso, mandou-se Maxwell ao vinagre e
>substituiu-se-o pela eletrodinâmica quântica).
Sérgio:
>Mais ua mvez não é assim que historicamente as coisas ocurreram.
>O Electrogmanetismo deu origem à Teoria da Relatividade, que por sua vez deu
>origem à MQ, que por sua vez reformulou o electrogmanetismo do ponto de
>vista formal.
>Ninguem mandou Maxwell ao vinagre. Tlv as ideias dele (aether) mas não a sua
>teoria matemático-fisica nem o seus resultado.
>Por outro lado, O campo magnético só é possivel de explicar com MQ. O
>electrogmanetismo mostra-se assim uma porta para outras teorias.
>Mas ninguem até hoje explicou pq é válido assumir que as leis que se aplicam
>aos campos EM tb se podem aplicar a outros campos, corpos ou objectos
>fisicos em geral.
E mais uma vez penso que não estamos falando sobre a conexão
histórica entre as teorias, mas sobre a sua conexão lógica...
OK, mandar Maxwell ao vinagre é uma frase meio forte. Só quis
dizer que sua teoria foi substituída por outra porque não descrevia com
precisão suficiente o campo eletromagnético.
Quanto a: "ninguem até hoje explicou pq é válido assumir que as
leis que se aplicam aos campos EM tb se podem aplicar a outros campos,
corpos ou objectos fisicos em geral." - talvez se você reformulasse como
"ninguém explicou porque é necessário assumir...", aí eu concordaria. De
fato, você tem razão, também quanto ao campo gravitacional: ninguém pode
excluir a possibilidade de o campo gravitacional não ser quantizado, mesmo
que os outros campos o sejam.
> >Porém, se a gravitação (ou
> >seja, a relatividade geral) é incompatível com a quântica, aí tem-se um
> >problema de outro nível, gera uma situação muito incômoda: tem-se duas
> >"superteorias" incompatíves entre si!
>
>Ninguem até hoje msotrou que a teoria da relativdade estivesse certa no que
>tem a haver com a questão das ondas graviticas. Isso ~sao expeculações.
>Por isso, mais especulação existe se isso for argumento para invocar uma
>incomplitude ou dijunção entre duas teorias , que na raiz estão
>interligadas.
>Ninguem mostra que as ondas graviticas tenham de ser quantificadas (aliás as
>ondas gravitias fojem a muito do formalismo pq são quadripolares ) e ninguem
>mostra que a MQ obrigue todas as ondas as serem quantificadas.
>Se me dizes que é preciso encontrar um modelo que compatibilize as teorias
>de particulas com a MQ e com a Relatividade, ai sim eu concordaria. (A
>Fisica das particulas é o maior mar de teorias ad doc que existe. ) Mas a TR
>e a MQ em si mesmas não to ua ver.
>Ou seja, o que eu queria mesmo era que apontassem problemas concretos em
>que a TR e a MQ são imcompativeis, ou seja, que dizem coisas diferentes para
>um mesmo problema. Que eu saiba, isso não acontece.
A TRG prevê, a existência de ondas gravitacionais - ainda não
confirmadas experimentalmente. Mas a não confirmação experimental não
influi no fato de que o formalismo teórico das duas teorias não poderia ser
incompatível. De qualquer forma, independentemente disso, penso que você
tem razão: ninguém pode excluir a possibilidade de a gravitação não ser
quantizada, enquanto os outros campos são.
Belisário
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 22:04
> Lígia: Hum... pensei agora na Doutrina do Gelo
Eterno, "implantada" por Hans Horbiger a partir de 1925 na Alemanha
nazista, conhecida como Wel (de Welteislehre). De acordo com o livro
que eu tenho aqui, o Wel "...assenta na idéia da luta perpétua nos
grandes infinitos entre o gelo e o fogo e entre a força de repulsão e
a força de atração...". Veja no site, está em inglês:
Muito doida essa teoria. Você parece conhecer esses assuntos
estranhos e esotéricos. Quem é você?
> Entre outras coisas o Wel "prega": Vivemos dentro da Terra, e para
além desse "buraco" no gelo, há gelo, gelo e mais gelo extendendo-se
ad infinitum... A Terra, ou o "buraco" no gelo eterno seria mais do
que um "berço cósmico", seria antes a única possibilidade de
existência... e por aí vai. Vale como inspiração também.
Interessante. Na verdade, qualquer coisa é melhor que o sistema
heliocêntrico.
> Infelizmente acho que as suas fontes terão que partir de supostos
futuros nomes misturando-se as línguas mais faladas no mundo atual.
Uma miscelânea... impossível que em 500 anos as coisas mudem tanto a
ponto de não haver mais Joãos, Marcos, Josés...
É. Penso em fazer uma língua misturando o português e o inglês, caso
a história se passe na região que hoje é o Brasil. O inglês seria uma
espécie de latim; uma língua morta que apenas os sacerdotes falariam.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mais ficção científica.
FROM: Nonio <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 22:07
"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > De: Joao de Carvalho
> >
> > > Também estou escrevendo (há anos!) uma ficção científica que tem
> > como personagem uma inteligência artificial que administra todo o
> > planeta. O problema é que ele entra em pane e deixa a humanidade --
> > acostumada à eficiência automática -- em apuros.
> >
> > Parece meio anti-tecnológica, essa sua história. Algo do tipo: "não
> > deixem o mundo nas mãos das máquinas, pois elas podem falhar."
>
> Não penso dessa forma. Apenas acho que não podemos delegar a
> responsabilidade sobre a resolução de todos os nossos problemas a uma
> entidade, qualquer que seja.
Como o Governo? :)
Joao
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ficção Científica
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2002 23:12
> É. Penso em fazer uma língua misturando o português e o inglês, caso
> a história se passe na região que hoje é o Brasil. O inglês seria uma
> espécie de latim; uma língua morta que apenas os sacerdotes falariam.
Já existe essa língua! Chama-se "português corporativo" e inclui expressões
como "a nível de", "estaremos enviando", etc, etc..
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: E, por falar em cérebro...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2002 23:32
Olá,
Bem, eu traduzi este texto do site da STR. Enviei prá lá e ninguém
quis "publicá-lo", sequer enviaram um e-mail de agradecimento, de
recusa, nada. Como o assunto é pertinente com o que vem sendo
discutido pelo Antônio Renato e o Antonio Castro ( sumido...) e já se
passaram mais de dois meses do envio à STR, eu assumo a minha
tradução ( sob minha total responsabilidade em termos de erros e
acertos :) e "publico-a" por aqui mesmo.
Agora com vocês, em português:
MEME, EU MESMO, EU ( era MEME, MYSELF, I )
Por Susan Blackmore
Suspenda seu braço à sua frente. A qualquer momento que você
decidir, de sua livre e expontânea vontade, flexione seu pulso.
Repita isto algumas vezes, estando certo de que você o faz tão
conscientemente quanto puder. Você provavelmente irá experimentar
algum tipo de processo de reação, no qual você deixa de não estar
fazendo alguma coisa e então decide-se a agir. Agora, pergunte a si
mesmo: o que deu início ao processo que conduz à ação? Foi você?
O neurocientista Benjamin Libet, da Universidade da Califórnia em São
Francisco, recrutou voluntários para fazerem exatamente o que foi
proposto acima. Um relógio permitiu aos voluntários perceberem em
que momento exatamente eles decidiram agir, e ao colocar eletrodos em
seus pulsos, Libet pôde avaliar o tempo exato do início da ação.
Mais eletrodos em seus couros cabeludos puderam reportar um
particular padrão de ondas cerebrais chamado de “potencial de
reação”, que ocorre prontamente antes de qualquer ação complexa e
está associada com o planejamento cerebral dos próximos movimentos.
A descoberta controversa de Libet foi que a decisão de agir veio
depois do potencial de reação. Parece assim que é como se não
houvesse um “ser consciente” comandando as sinapses e dando iní=
cio às
ações. Esta e outras pesquisas fizeram-me acreditar que a idéia
do “Ser” é uma ilusão. Você não é nada além de uma criação dos=
genes
e memes em um único meio. Memes são idéias, habilidades, hábitos,
estórias, canções ou invenções que são passadas de pessoa para pessoa
por imitação. Eles deram forma às nossas mentes, conduzindo-nos ao
desenvolvimento de cérebros grandes e linguagem porque serviram para
disseminar os memes. Mas os memes mais brilhantes são aqueles que
nos persuadem a pensar que nosso “ser” realmente existe. Nós t=
odos
vivemos nossas vidas como uma mentira. Os Memes têm feito com que
vivamos assim porque, ao dar-nos a ilusão do “ser” eles podem
sobreviver e serem disseminados.
O termo Meme foi inventado pelo biólogo Richard Dawking em seu livro
publicado em 1976 chamado, O Gene Egoísta, onde explora os princípios
do Darwinismo. A idéia de Charles Darwin é simples, apesar de ser
mal compreendida freqüentemente. É isto: Se os organismos podem
variar, se apenas alguns deles podem sobreviver, e se qualquer coisa
ajudou-os a sobreviver é transmitida a seus descendentes, então os
descendentes serão melhor adaptados que seus pais. Desta maneira, os
organismos são gerados pelo processo de cópia e seleção, de acordo
com o meio ambiente em que vivam. Como Darwin coloca, se temos
variação, seleção e hereditariedade, então deve haver evolução.
Darwin não teve o benefício de nosso conceito moderno de algoritmo,
nem da nossa atual tendência de observar tudo através de processos
físicos fundamentais da vida em termos de informação ( veja “I is the=
law”, New Scientist, de 30 de Janeiro de 1999, p 24). Antes, ele
viu que este processo inconsciente poderia produzir formas sem que
houvesse um criador para as mesmas. E foi o filósofo americano
Daniel Dennett quem concebeu* a idéia do “algoritmo evolucionárioR=
21;,
em cujo cerne encontra-se a informação que é copiada, ou o replicador.
Na evolução biológica, os replicadores são genes, mas não há motivo
de se pensar que não poderia haver outro tipo de sistema
evolucionário com outros replicadores. Este foi o ponto de
Dawking : que a idéia de Darwin era muito importante para estar
restrita apenas à área biológica e ele desejou algum outro exemplo.
Então inventou o Meme.
Tudo o que se aprende por cópia a partir de uma outra pessoa é um
Meme. Isto inclui seu hábito de dirigir à direita ou à esquerda,
comer amendoins torrados, vestir jeans, ou sair de férias. Você não
faria nenhuma dessas coisas, ou coisas parecida, se alguém já não as
tivesse feito antes. A imitação, diferentemente de outros métodos de
aprendizagem, é um tipo de cópia ou réplica. Outros animais podem
ser mestres de aprendizagem, assim como os esquilos lembram-se de
suas centenas de estoques de comida, ou gatos e cães constroem
extensos mapas mentais. Mas isto é aprender por associação, ou
tentativa e erro. Apenas através da imitação, os frutos do
aprendizado são passados de um animal para o outro e os humanos não
têm rivais em termos de capacidade de copiarem-se uns aos outros.
Mas os Memes são replicadores? Em outras palavras, estariam eles
sujeitos ao conceito de algoritmo de variação evolucionária, seleção
e hereditariedade? Eu digo que a resposta é sim. Memes
são “herdados” quando copiamos as ações de outra pessoa, quando=
passamos uma idéia ou uma história, quando um livro é impresso, ou
quando um programa de rádio é difundido. Os Memes variam porque a
imitação humana está longe de ser perfeita e as oscilações de memória
significam que toda vez que nós recontamos uma estória nós a
modificamos em algum detalhe, ou esquecemos algum ponto de menor
importância. Finalmente, existe uma seleção das memórias que
arquivamos. Pense em quantas coisas você ouve em um só dia e quão
pouco delas você transmite a mais alguém. Pense em quantas idéias
científicas você leu e quão poucas serão lembradas por você.
Para compreender o que faz um meme bem sucedido, vamos partir
do “ponto de vista de um meme”. Imagine um mundo cheio de
hospedeiros para memes ( assim como os cérebros), e onde muitos memes
então podem achar morada. Quais memes são capazes de encontrar uma
moradia segura e serem passados adiante? Memes altamente
memorizáveis poderiam fazer isso bem, assim como os úteis ( ciência,
talvez), e aqueles que provoquem fortes reações emocionais. Aqueles
que se encaixam bem com nossas predisposições genéticas devem ter
sucesso - por serem tão apelativos* vão a qualquer lugar e seus
recipientes encontram-se espalhados pelo mundo afora.
As Correntes, como as viroses, espalham-se porque nelas estão
incluídas instruções para passa-las adiante, munidas de promessas ou
ameaças. O mesmo pode ser dito dos cultos e religiões - de fato,
Dawking chama as religiões de “viroses da mente”. Elas obtém s=
ucesso
por causa do truque do qual elas se utilizam para persuadir-nos a
copiá-las. Se isto soa como se os Memes têm planos e intenções,
lembre-se de que o único processo em jogo é o da seleção. Os Memes
que são copiados – seja lá por que razão for – permanecem conos=
co, o
resto deixa de existir.
Algumas pessoas desaprovam a idéia dos Memes, com bases em dizer que
os memes não são como genes. Não, eles não são genes. Não podemos
separar memes em únicas moléculas de DNA como podemos fazer com os
genes. Memes também variam enormemente em termos de tamanho de sua
unidade efetiva, que vão de algumas notas a uma sinfonia completa ,ou
de uma simples palavra a um livro inteiro. E enquanto genes utilizam-
se dos mecanismos das células de síntese protéica para replicarem-
se , memes utilizam-se do cérebro humano como seu dispositivo de
cópia. Então, se tentarmos imaginar analogias entre genes e memes,
vamos nos desviar do objetivo. O ponto inicial correto não é a
analogia com os genes, mas o princípio do Darwinismo. A partir desta
perspectiva, o ser humano é a criação de dois replicadores egoistas,
genes e memes, trabalhando juntos. E a partir do momento que nós
observamos desta forma, alguns dos mistérios da mente humana começam
a fazer sentido.
Por exemplo: por que nós temos uma linguagem, uma cultura complexa a
cérebros tão grandes? Estes desenvolvimentos evolucionários não
custaram barato. Nós podemos falar somente porque nosso pescoço,
boca e cérebro foram completamente reestruturados. Em proporção à
nossa massa corporal, nosso cérebro é três vezes maior que o de
nossos parentes mais próximos. Este imenso órgão faz do ato de
nascer um processo perigoso e doloroso, é difícil de ser estruturado
e, em um humano descansando utiliza algo em torno de 20 % da energia
corporal, mesmo tendo apenas 2% do peso do corpo. Deve existir
alguma razão para toda este esbanjamento evolucionário.
Co-Evolução
Antigamente teorias sugeriram que nossos ancestrais de maiores
cérebros sobreviveram por que eles eram os melhores em matéria de
caçar e achar comida, enquanto teorias mais modernas enfatizam
complexas pressões sociais. Por exemplo, a hipótese da inteligência
Maquiavélica sugere que nossos ancestrais precisaram de um cérebro
maior a fim de enganar os outros, detectar logro, e lembrar-se de
quem fez o que a quem ( veja “Liar! Liar!”, New Scientist, 14
February 1998, p.22 ). De acordo com o psicólogo Robin Dunbar da
Universidade de Liverpool, a função da linguagem é bisbilhotar, e
assim a bisbilhotice é um substituto decorrente por aperfeiçoamento (
dos grunhidos), a fim de manter grandes grupos sociais juntos.
Outras teorias enfatizam o uso de símbolos e sua importância na
comunicação.
Todas estas teorias têm alguma coisa importante em comum. Elas
presumem que a função última do cérebro humano e da linguagem, é
servir aos genes. Se você for um Darwinista, você pode pensar que
esta é a única resposta possível porque o desenvolvimento de
organismos destinados a uma função somente pode ser o resultado da
seleção natural trabalhando através dos genes. Mesmo assim, isto
seria ter uma visão muito estreita do Darwinismo, já que os genes não
são necessariamente os únicos replicadores. Uma vez que você admita
a idéia de que os memes tem estado co-evoluindo com os genes, uma
nova possibilidade abre-se – a de que o cérebro humano e linguagem
evoluiram não para disseminar genes, mas para disseminar memes.
Pode ter sido assim: Membros de uma espécie primitiva de hominídeos,
adquiriram a difícil e rara habilidade de imitarem-se uns aos
outros. A princípio, eles imitaram coisas importantes para
sobrevivência, assim como novos modos de carregar comida, caçar, ou
fazer ferramentas. Uma vez que estas habilidades ajudaram-nos a
sobreviver, fez sentido a todos os demais imitarem os melhores
imitadores e também tentar unirem-se, casarem-se com eles. Isto
significou que os genes dos bons imitadores difundiram-se e desde que
imitação é difícil e requer um grande cérebro, o tamanho cerebral
aumentou.
E tão logo os humanos tornaram-se imitadores mais hábeis, qualquer
meme que fosse bom em ser copiado, por qualquer razão, tenderia a a
ser melhor difundido. A prática de copiar sons para comunicação
tornou-se um dos mais úteis memes para os humanos. Sons podem ser
usados para transferir memes para muitas pessoas de uma vez. Se ele
puder ser agrupado em unidades distintas – assim como acontece com as=
palavras – então a fidelidade das cópias é aperfeiçoada, e os memes
serão difundidos mais adiante e mais facilmente sem serem corrompidos.
Se as variações na ordem das palavras puder ser copiada, então mais
espaços para memes são abertos, permitindo que mais memes sejam
difundidos. Assim, com as pessoas tanto imitando como tentando unir-
se aos melhores imitadores, a habilidade de copiar palavras complexas
em ordem precisa será disseminada, tanto
mimeticamente quanto geneticamente. Em outras palavras, pelo que
poderíamos chamar de “direção memética”, os memes pressionam os=
genes
a criarem ainda melhores aparatos a fim de disseminá-los. Isto
significa grandes cérebros “moldados” especialmente para lingua=
gem.
Este processo pode parecer não familiar, mas de fato alguma coisa
similar aconteceu muito tempo atrás, quando os genes co-evoluiram com
os mecanismos celulares que os copiam. Em seu novo livro “The
Origins of Life”, John Maynard-Smith e Eörs Szathmáry, impelem-nos a =
ver a vida em maior escala, começando a partir das primeira e mais
simples moléculas replicadoras. Eles descrevem todas as maiores
mudanças na forma como a informação é transmitida, copiada e
acumulada. O aparecimento de memes pode ser visto como o último
estágio neste processo evolucionário, o que explica o aparecimento de
uma espécie capaz de linguagem e cultura complexas. Nós somos
Máquinas de Memes.
E mais: este processo ainda não parou. Ele ainda está criando novos
dispositivos de cópia de memes. A partir do momento em que a
linguagem humana tornou-se um vasto sistema de transmissão de memes
de alta fidelidade, ela inventou a escrita para permitir a estocagem
de memes. Agora, telefones, máquinas de fax, copiadoras,
computadores e a Internet, todos vêm incrementando a velocidade e
facilitando a replicação dos memes. Nós podemos pensar que
inventamos todas estas máquinas para nossa própria conveniência, mas
uma vez que os memes têm continuado a progredir, estes dispositivos –=
ou alguma coisa como eles – são inevitáveis. A real força que
direciona a evolução é o algoritmo evolucionário. E os reais
beneficiários não somos nós, mas os memes egoístas.
Da mesma forma que os genes, agrupam-se juntos visando protegerem-se
mutuamente, e desta forma, eles propagam-se melhor em grupos do que
quando sozinhos, dando origem assim a complexos de memes, ou
memeplexos. Memeplexos incluem linguagens, religiões, teorias
científicas, ideologias políticas e sistemas de crença como a
acupuntura ou astrologia. Da mesma forma que os memes, os memeplexos
difundem-se desde que haja alguma razão para que eles venham a ser
copiados. Alguns são verdadeiros ou úteis, outros são copiados
apesar de serem falsos.
Estes enormes memeplexos, com seus variados meios de propagação,
formam o substrato de nossas vidas. Há ainda um memeplexo, talvez o
mais poderoso deles que nós prontamente identificamos, que é o nosso
próprio conhecido “self” (Ser). Como outros animais, nós temos=
uma
imagem corporal – um plano de nossos corpos, utilizado para
organizar sensações e planejar nossas habilidades de ação
adquiridas. Nós também temos, assim como outros animais o possuem, a
capacidade de reconhecer outros indivíduos e compreender que eles
também têm desejos e planos. Muito bom – mas agora nós adicionamos a=
habilidade de imitar, o uso da linguagem e a palavra EU.
Cerne do selfplexo
Em princípio, EU deve significar apenas “este corpo”, mas logo =
este
significado começa a mudar. Nós dizemos “EU gosto de sorvete”,=
“EU
não descanso de fazer compras”, “EU quero ser famoso”, ou=
“EU
acredito em Papai-Noel”. O EU não se refere tão somente a um corpo, =
antes refere-se a um imaginário “ser interior” que tem intençõe=
s,
posses, medos, crenças e aspirações.
Este EU é o cerne do selfplexo. E todos os memes em nosso selfplexo
prosperam porque trabalhamos para defendê-los em argumentos, para
promovê-los em discussões, talvez escrever a respeito deles em livros
e artigos. Desta forma, estes memes relacionados ao self (ser) têm
sucesso onde outros falham e então os selfplexos desenvolvem-se.
Uma vez que o self começou a ser formado, ao ser confrontado com
novas idéias ele emite um “Sim, EU concordo”, ou “Não, eu=
não gosto
disso”. Embora cada self seja único em um corpo que ele descreve
como sendo MEU, e as idéias são reforçadas neste sentido, estas
idéias todas são memes e o self oferece a elas um paraíso seguro.
Eu penso que a neurociência moderna deixa claro que o self não pode
ser o que parece. Nós podemos sentir como se tivéssemos um
pequeno “eu” dentro de nós, que tem sensações e consciência, qu=
e vive
a “minha” vida, e faz as decisões por mim. Mesmo assim esta id=
éia
não é válida ao ser confrontada com o que se sabe a respeito do
cérebro. Olhe para dentro do cérebro e o que é que se vê? Não há
uma central, dentro da qual todas as impressões chegam e de onde
outras partem. Antes, o que existe é um maciço sistema de
processamento lidando com inúmeras informações ao mesmo tempo, que
poucas vezes tornam-se conscientes. Pode parecer como se “minha̶=
1;
consciência desse início às ações deste corpo mas, como as
experiências de Libet demonstram, o estado de consciência demora
cerca de meio segundo para surgir, de longe, um tempo enorme para que
ele inicie reações em um mundo de mudanças rápidas. E o cérebro está
constantemente sendo mudado por tudo que acontece a ele, então EU
não sou o mesmo que era quando eu tinha 10 anos, ou mesmo há alguns
momentos atrás.
Existe uma grande e venerável tradição de pensadores que rejeitaram a
idéia de um real e persistente self. Buda declarou que as ações e as
consequências das mesmas existem, mas que a pessoa que está agindo
não existe. De acordo com a doutrina Budista, o self está mais para
uma construção sempre sendo modificada do que para uma entidade
sólida. O filósofo do sec. XVIII chamado David Hume, comparou o self
com um calhamaço de sensações amarradas juntas por uma história em
comum. Utilizando-se de metáforas mais modernas, Dennet argumenta
que o cérebro constói múltiplos esboços do que está acontecendo
enquanto as informações fluem através de seu sistemas de rede
paralelos. Um desses esboços torna-se a história que contamos para
nós mesmos e inclui a idéia de um autor dessa história, ou um usuário
da máquina virtual do cérebro – consciência é uma “ilusão benig=
na de
usuário”. Então, antes de uma entidade permanente que persiste, o
self pode ser mais como uma história a respeito de um ser que
realmente não existe.
Eu acredito que estas idéias têm implicações na forma como vivemos.
Da mesma forma que a sociedade torna-se mais complexa e os memes
difundem-se mais rapidamente e vão mais longe, nossos “selves” =
tornam-
se mais complicados.. A infelicidade, o desespero e as doenças
psicológica de muitas pessoas do mundo moderno podem refletir o fato
de que o aumento do número de memes está forçando nossos não tão
flexíveis cérebros a construírem um falso “ser” para sua própri=
a
propagação. Pode ser que a ilusão de usuário não seja tão benigna no
final das contas. Alguns poderiam ainda dizer que a crença em
um “ser” permanente é a causa de todo sofrimento humano –=
de medo,
ciúmes, ódio e crueldade.
Mas é possível viver sem a ilusão? Um jeito seria acalmar a mente.
Técnicas como a meditação podem freiar os memes que estão
constantemente competindo pelo espaço em nosso próprio cérebro,
forçando você a manter-se pensando. Treinamentos de meditação de
longa tradição demonstram ser possível fazer isso, ao afirmarem que
anos de prática podem trazer o esvaziamento, compaixão e claridade da
mente. Meditação, simplesmente consiste em sentar-se tranqüilamente
e limpar a mente de todos os pensamentos, e quando mais deles
aparecerem, apenas deixá-los ir.
A Meditação é por si mesma um meme, mas é, se você assim o permitir,
um meme-limpador de meme. Seu efeito não é impedir toda a
consciência de si mesmo mas antes criar uma consciência que é mais
espaçosa e aberta e parece, talvez paradoxalmente, ser sem um “self&#=
8221;
( ser ) para experienciá-la.
Se esta análise mimética está correta, as escolhas que você faz não
são feitas por um “ser interior” que tem livre arbítrio, mas sã=
o
apenas a conseqüência de replicadores competindo em um meio ambiente
particular. Neste processo eles criam a ilusão de um “ser” que=
está
no controle.
Dawking finaliza seu livro “O Gene Egoísta” com esta famosa
citação: “Nós, sozinhos na Terra, podemos nos rebelar contra a
tirania dos replicadores egoístas”. Portanto, se nós levarmos a
idéia dele a respeito dos memes seriamente, e levá-la à sua conclusão
lógica, nós concluímos que não resta ninguém para rebelar-se.
SUSAN BLACKMORE é uma conferencista em psicologia em University of
West England, Bristol.
De New Scientis, 13 de Março de 1999.
*********************************
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 00:02
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
>
> Oi Jaison
> Infelizmente não posso ajudá-lo: Não sei como se faz. Mas pode ser
feito, ou
> não?
>
> << Eu também não sei >>
>
>
> Jaison Carvalho
>
>
> Oi
> Dividir um número pelo inverso de outro... hum... Tá difícil.
Sinto muito.
> Mas não desespere: Tenho certeza que alguém nesta lista vai ter a
resposta,
> tirá-lo desta dúvida atroz!
> Antonio Renato.
Hum... é mais ou menos isso:
tome-se "x" como um número qualquer e ÿ" como "o outro". O inverso
desse outro é 1/y.
Assim ao dividir-se x pelo inverso do outro número, 1/y, temos:
x
_______
1/y
Considere-se x = x/1. Se para realizar uma divisão de números
racionais multiplica-se o dividendo pelo número inverso do divisor,
temos que:
x/1
_____ = x/1 * y/1 = x * y
1/y
onde ( * ) é sinal de multimplicação...
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: Ficção Científica
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 02:17
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> Muito doida essa teoria. Você parece conhecer esses assuntos
> estranhos e esotéricos. Quem é você?
L: Eu sou eu mesma, Lígia. :) E eu gosto de pensar em coisas
diferentes. Ajuda a criatividade...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Re: Re: Re: [ciencialist] Números e operações
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 05:14
Em Qui 26 Set 2002 18:57, you wrote:
> Oi Jaison
> Infelizmente não posso ajudá-lo: Não sei como se faz. Mas pode ser feito,
> ou não?
>
> << Eu também não sei >>
>
>
> Jaison Carvalho
>
>
> Oi
> Dividir um número pelo inverso de outro... hum... Tá difícil. Sinto
> muito. Mas não desespere: Tenho certeza que alguém nesta lista vai ter a
> resposta, tirá-lo desta dúvida atroz!
> Antonio Renato.
Esta é simples! Dividir x pelo inverso de y é multiplicar x por y. Dividir é
multiplicar pelo inverso, e o inverso do inverso é o próprio número.
Por exemplo: se tenho que dividir 5 pelo inverso de um terço, tenho que
divií-lo por três, o que é o mesmo que multiplicar por um terço.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falácias
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 05:41
Em Ter 27 Ago 2002 00:54, you wrote:
> Sejamos simples. Defina
>
> P := conjunto das coisas com quatro pernas;
> C := conjunto dos cachorros;
> M := conjunto das mesas.
> ___________________________________________
>
> Douglas: Sua definição está incompleta. Falta um termo.
> Estaria certa desta forma:
> P = conjunto das coisas com quatro pernas (=patas);
> Q = conjunto das coisas com quatro pernas (=objetos de madeira);
> C := conjunto dos cachorros;
> M := conjunto das mesas.
>
> O problema, repito mais uma vez, é a existência de quatro termos.
>
> DFG
Não... se este fosse o problema, a questào entre pernas e patas, o seguinte
silogismo (que possue a mesma estrutura) teria validade.
Todo cachorro tem quatro pernas.
Todo gato tem quatro pernas.
Um cachorro é um gato.
É verdade que alguns silogismos falham por tratar coisas diferentes com o
mesmo rótulo, como em:
Nenhum cachorro tem duas cabeças.
Um cachorro tem uma cabeça a mais que nenhum cahorro.
Um cachorro tem três cabeças.
Aqui temos o termo nenhum sendo usado primeiro como exclusão do todo, e
segundo como representando o algarismo zero.
Nem sequer o problema do silogismo está no número de termos. Posso fazer um
silogismo de três termos incorreto, como este dos cachorros e gatos, e um de
quatro, cinco ou até mais correto. Exemplo
Animais de sangue quente não precisam se deitar ao Sol.
Todo manífero tem sangue quente.
Os cachorros são maníferos.
Os cachorros não precisam se deitar ao Sol.
(quatro termos:
AS = animais de sangue quente
NDS = aminais que não se deitam ao Sol
M = maníferos
C = cachorros)
A questão é simples, um silogismo é um raciocínio dedutivo, portnto deve
partir do geral para o específico, como no clássico:
Todo homem é mortal
Sócrates é um homem
Sócrates é mortal.
Quando partimos do particular para o geral, ou seja, raciocínio indutivo,
(uma mesa tem quatro pernas, portanto tudo que tem quatro pernas é uma mesa),
corremos o risco de erro.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Guardião cósmico
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 05:56
> Lígia: Hum... pensei agora na Doutrina do Gelo
Eterno, "implantada" por Hans Horbiger a partir de 1925 na Alemanha
nazista, conhecida como Wel (de Welteislehre). De acordo com o livro
que eu tenho aqui, o Wel "...assenta na idéia da luta perpétua nos
grandes infinitos entre o gelo e o fogo e entre a força de repulsão e
a força de atração...". Veja no site, está em inglês:
Muito doida essa teoria. Você parece conhecer esses assuntos
estranhos e esotéricos. Quem é você?
-=*###>ATENÇÃO TAKATA! ALERTA VERMELHO<###*=-
SUBJECT: Salada mista
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 05:57
"Olá,
Bem, eu traduzi este texto do site da STR. Enviei prá lá e ninguém
quis "publicá-lo", sequer enviaram um e-mail de agradecimento, de
recusa, nada. Como o assunto é pertinente com o que vem sendo
discutido pelo Antônio Renato e o Antonio Castro ( sumido...) e já se
passaram mais de dois meses do envio à STR, eu assumo a minha
tradução ( sob minha total responsabilidade em termos de erros e
acertos :) e "publico-a" por aqui mesmo.
Agora com vocês, em português:
MEME, EU MESMO, EU ( era MEME, MYSELF, I )
Por Susan Blackmore
Suspenda seu braço à sua frente. A qualquer momento que você
decidir, de sua livre e expontânea vontade, flexione seu pulso.
Repita isto algumas vezes, estando certo de que você o faz tão
conscientemente quanto puder. Você provavelmente irá experimentar
algum tipo de processo de reação, no qual você deixa de não estar
fazendo alguma coisa e então decide-se a agir. Agora, pergunte a si
mesmo: o que deu início ao processo que conduz à ação? Foi você? (...)
*********************************
Bisous, Lígia"
-=*###>Caso você estique o braço deslocará seu centro de gravidade (E não de
gravidez). O sistema proprioceptivo informará da mudança. Haverá uma
respostas restituindo o equilíbrio corporal. Este processo não aflora na
área consciente, mas se manifesta através da bioeletrogenese.<###*=-
Oi Lígia
Você sabe fazer salada? Mista, de preferência.
Bisous, Antonio Renato.
SUBJECT: Maionese para Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 05:58
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Oi Jaison
> Infelizmente não posso ajudá-lo: Não sei como se faz. Mas pode ser
feito, ou
> não?
>
> << Eu também não sei >>
>
>
> Jaison Carvalho
>
>
> Oi
> Dividir um número pelo inverso de outro... hum... Tá difícil.
Sinto muito.
> Mas não desespere: Tenho certeza que alguém nesta lista vai ter a
resposta,
> tirá-lo desta dúvida atroz!
> Antonio Renato.
Hum... é mais ou menos isso:
tome-se "x" como um número qualquer e ÿ" como "o outro". O inverso
desse outro é 1/y.
Assim ao dividir-se x pelo inverso do outro número, 1/y, temos:
x
_______
1/y
Considere-se x = x/1. Se para realizar uma divisão de números
racionais multiplica-se o dividendo pelo número inverso do divisor,
temos que:
x/1
_____ = x/1 * y/1 = x * y
1/y
onde ( * ) é sinal de multimplicação...
Bisous, Lígia
-=*###>Pô meu! É muito complicado! Creio que seria mais fácil se a questão
fosse dividir um número pelo inverso dele mesmo. E não esqueça de colocar
maionese na salada.
Bisous, Antonio Renato.<###*=-
SUBJECT: Re: Energia Cenética
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 08:24
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda"
<sergiotaborda@n...>
> escreveu
> >
> > Agradecia se pudessem apontar a defenição de Energia Cinética.
> > Não a formula, mas a defenição que permite chegar a essa formula.
>
>
> > A Variação da energia cinética é relacionada com o trabalho, mas
o
> > quê permite passar do integral para um formula simples ?
>
>
> Tem no Imperdível do Léo:
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_RE_06.asp
Bom , eu procurava algo mais fundamental. Pelo que entendi do texto a
formula de E=0.5 m v² é esta pq é a mesma para a velocidade inicial e
a velocidade final e que como a energia é uma função de estado, tem
que ser a mesma para todos os estados e portanto é aquela.
Ok, valeu.
Sérgio
SUBJECT: Re: Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 08:47
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> > Douglas: Como sou psicólogo e conheço bem o trabalho do CRP, dou
> > testemunho que é realizado por pessoas competentes, preparadas e
> > idoneas.
>
> [Infelizmente isso nao livra as pessoas de cometer erros.]
>
> Douglas: O que não significa que um erro foi cometido.
O ponto e' q. foi posta a idoneidade, competencia e preparo como
garantia contra erros. Bem, claro q. a situacao seria pior se
nao houvesse nenhuma dessas coisas. Mas enfim, o melhor e' ver
as bases dessa resolucao.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 08:53
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
Concordo ctg , apenas queria fazr alguns apontamentos.
> >Historicamente, protanto, não podemso falar de duas teorias
dijuntas.
>
> Penso que não estamos conversando sobre a conexão
histórica entre
> as teorias, mas sobre sua conexão lógica.
Uma coisa leva à outra.
>Não dá para demonstrar a equação
> de Schrödinger a partir da fórmula de de Broglie;
Lamento, mas isso é que dá.
se p = h /lambda = Hk , onde H = h /2pi
então E=hf = Hw
para uma onda A =A0 exp [i(kx-wt)]
aplicando -iH d/dx obtenho Hk e portanto p
donde p= -iHdA/dx
e para E, pelo mesmo raciocinio E= iHd/dt
A formula CLASSICA da energia cinética K é p²/2m , usando p= -iHd/dx
vem K = (H²/2m)d²A/dx²
Pela lei da conservaçao da energia
K + V =E
subtituindo vem finalmente:
(H²/2m)d²A/dx² + V = - iHdA/dt
Que é a eq de Shrondinger dependente do tempo.
SE quiser a independente do tempo basta fazer E= constante eobtem
(H²/2m)d²A/dx² + V = E
Como vê é a hipotese de De Broglie que origina a Eq de Srondinger.
>Pois, se fosse esse o caso, como
> explicaríamos o fato de que a equação de Schrödinger não é
invariante sob
> uma transformação de Lorentz?
PQ se usa a definição CLASSICA de K. K = p²/2m
Sabendo isto, Klein e Gordon procuraram a formula da TR equivalente
que seria E² = (pc)² + (Mc²)²
O problema é que eles cometeram um erro ou deixar de fora a energia
potencial V e introduziram a energia potencial Mc²
Dirac pegou nesta formula intragável e resolveu-a de forma a retirar
os quadrados. Ele chegou a uma formula do tipo (A+B)(A-B)=0
A questão é que ao fazer isso A e B passaram a ser matrizes
complicadas e entramos na teoria dos spinors.
A pergunta é: pq ninguem pegou na eq K = E - Mc² que seria o
equivalente, essa sim, à eq de Shrondinger ?
Apenas pq é matemáticamente complicado. Aperece uma raiz quadrada que
estraga tudo.
Aliás, a minha pergunta sobre a energia cinética tem a ver com isto,
de forma indirecta.
> Sérgio:
> >Mais ua mvez não é assim que historicamente as coisas ocurreram.
> >O Electrogmanetismo deu origem à Teoria da Relatividade, que por
sua vez deu
> >origem à MQ, que por sua vez reformulou o electrogmanetismo do
ponto de
> >vista formal.
> >Ninguem mandou Maxwell ao vinagre. Tlv as ideias dele (aether) mas
não a sua
> >teoria matemático-fisica nem o seus resultado.
> >Por outro lado, O campo magnético só é possivel de explicar com
MQ. O
> >electrogmanetismo mostra-se assim uma porta para outras teorias.
> >Mas ninguem até hoje explicou pq é válido assumir que as leis que
se aplicam
> >aos campos EM tb se podem aplicar a outros campos, corpos ou
objectos
> >fisicos em geral.
>
> E mais uma vez penso que não estamos falando sobre a
conexão
> histórica entre as teorias, mas sobre a sua conexão lógica...
A lógica... Do ponto de vista lógico foi assim:
Ampere, Faraday e outros deram o seu contributo prático para a
defenição macroscopica das eq de Maxwell. Este as compilou e reuniou
e tratou de forma que procedeu à primeira união entre dois campos
aparentemente dijuntos: Electrico e Magnético.
Lorentz extrapolou isto para o mundo microscopico tentando até
calcular o raio do electrão.
Einstein tratou da questão dos referenciais e "relativizou" o que já
era relativista. A relatividade vem TODA das eq de Maxwell, por causa
das eq de Maxwell e PARA as eq de MAxwell.
Contudo as Transformadas de Lorentz que eisntein derivou de
principios simples foram aplicadas por ele a outros campos:
Relatividade Geral, com mais um unico postulado.
A lógica leva-nos pois à Teoria Geral da Relatividade pq Esintein
aplicou as transformadas de Lorentz ao movimento num campo gravitico.
Pergunta: Pq as transformadas de Lorentz foram generalizadas a um
camp oque nada tem a ver com o electrogmanetismo ?
Bom, por outro lado os resultados da teoria foto-electrica de
Eisntein, e da Teoria do Corpo Negro de Planck foram misturados com a
Teoria de relatividade quando E=mc²=hf. E foram extrapolados por de
Broglie para qq particula através do pincipio de que cada Particula
tem uma onda fictia associada.
Pictoricamente:
<-quantica--(electrogmanetismo)--relatividade->
hf = pc = mc²
Donde quantico-relativamente
hf = mc²
> OK, mandar Maxwell ao vinagre é uma frase meio forte. Só
quis
> dizer que sua teoria foi substituída por outra porque não descrevia
com
> precisão suficiente o campo eletromagnético.
>
> Quanto a: "ninguem até hoje explicou pq é válido assumir
que as
> leis que se aplicam aos campos EM tb se podem aplicar a outros
campos,
> corpos ou objectos fisicos em geral." - talvez se você reformulasse
como
> "ninguém explicou porque é necessário assumir...", aí eu
concordaria.
Então reformulo dessa forma. :-)
Sérgio
SUBJECT: Re: Salada mista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 09:24
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Oi Lígia
> Você sabe fazer salada? Mista, de preferência.
> Bisous, Antonio Renato.
"Ô, Anderson Leonardo,
Fala, Andrezinho da Mocidade
Acorda essa criançada aí tudo, vai
Vou acordar
O que dizer
Vamos acordar
Molejo!
Acorda criança tá na hora da gente brincar (oba)
Brincar de pique-esconde pique-cola e de pique-tá, tá, tá, tá, tá
Nessa brincadeira também tem pique-bandeira amarelinha pra quem gosta
de pular
Andrezinho...
Fala, filho
Sabe qual é a brincadeira que eu mais gosto?
Claro que não
E aquela brincadeira de beijar
É essa ? não, é essa ? não, é essa ? não, é essa ? não
É essa ? não, é essa ?
é
Até que enfim xará
Pera, uva, maçã ou salada mista ?
Salada mista (beija beija)
Brincadeira de criança
Como é bom, como é bom
Guardo ainda na lembrança
Como é bom, como é bom
Paz, amor e esperança
Como é bom, como é bom
Bom é ser feliz com o Molejão"
Molejo - Brincadeira de Criança -
Q. q. e' isso, senhor Renato? A menina e' casada, mae de familia e
tudo. (Alem de cozinhar terrivelmente...)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 09:48
At 11:53 27/09/02 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
>
>Concordo ctg , apenas queria fazr alguns apontamentos.
>
> > >Historicamente, protanto, não podemso falar de duas teorias
>dijuntas.
> >
> > Penso que não estamos conversando sobre a conexão
>histórica entre
> > as teorias, mas sobre sua conexão lógica.
>
>Uma coisa leva à outra.
>
> >Não dá para demonstrar a equação
> > de Schrödinger a partir da fórmula de de Broglie;
>
>Lamento, mas isso é que dá.
>
>se p = h /lambda = Hk , onde H = h /2pi
>então E=hf = Hw
>
>para uma onda A =A0 exp [i(kx-wt)]
>aplicando -iH d/dx obtenho Hk e portanto p
>donde p= -iHdA/dx
>e para E, pelo mesmo raciocinio E= iHd/dt
>
>A formula CLASSICA da energia cinética K é p²/2m , usando p= -iHd/dx
>vem K = (H²/2m)d²A/dx²
>Pela lei da conservaçao da energia
>
>K + V =E
>
>subtituindo vem finalmente:
>
>(H²/2m)d²A/dx² + V = - iHdA/dt
>
>Que é a eq de Shrondinger dependente do tempo.
>SE quiser a independente do tempo basta fazer E= constante eobtem
>
>(H²/2m)d²A/dx² + V = E
>
>Como vê é a hipotese de De Broglie que origina a Eq de Srondinger.
Porém, essa demonstração você algumas suposições adicionais à
hipótese de de Broglie. Por exemplo: você se inspirou na fórmula clássica
da energia E = T + V, que sabemos que existe para números (ou funções), e
usou uma relação idêntica, onde E, T e V são operadores diferenciais. Essa
relação para operadores não pode ser demonstrada a partir da fórmula
clássica da energia, pois a fórmula clássica é um caso particular da
fórmula com operadores. Supondo a validade da fórmula E = T + V com
operadores, você já está embutindo na demonstração princípios não-clássicos
exteriores à fórmula de de Broglie.
Outra forma de ver: a equação de Schrödinger contém o potencial V
e a evolução temporal da função de onda. Nada disso está embutido na
hipótese de de Broglie. Então é impossível que a equação de Schrödinger
possa ser demonstrada a partir dessa hipótese, sem invocar mais nenhuma
hipótese não-clássica adicional e indepepndente.
Depois comento o resto,
Belisário
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 09:51
Ola, João
J: > Acho que a escrita eu já tenho. Será o "neural," uma escrita
> ideográfica baseada no chinês e derivada de uma interface gráfica
> para computadores.
E: Vai ser baseada em Linux (KDE), então!? Se for baseado em
Rwindows, você teria problemas quanto ao "A minha entidade é
responsável, à prova de falhas, e administra a Terra com grande
mestria" (sic); pelo menos, problemas de coerência lógica na sua
obra...especialmente no "à prova de falhas"...
: )
[]s
Evander
SUBJECT: RES: Pitaco em: [ciencialist] Re: Mais ficção científica.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 09:52
> De: antonio.psique
>
> Parece meio anti-tecnológica, essa sua história. Algo do tipo: "não
> deixem o mundo nas mãos das máquinas, pois elas podem falhar."
>
> -=*###>Esta máquina teria sexo?<###*=-
Sei lá, Antônio... Só sei que nem Freud explica esta máquina! ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Salada mista
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 10:37
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> -=*###>Caso você estique o braço deslocará seu centro de gravidade
(E não de
> gravidez). O sistema proprioceptivo informará da mudança. Haverá
uma
> respostas restituindo o equilíbrio corporal. Este processo não
aflora na
> área consciente, mas se manifesta através da bioeletrogenese.<###*=-
Lígia: O "pobrema" parece ser da Susan, não meu. Eu só traduzi o
texto... :) Se quiser eu arrumo o endereço dela "procê", daí
você "recrama co'ela" mesmo.
> Oi Lígia
> Você sabe fazer salada? Mista, de preferência.
Lígia: Sei cozinhar sim, além de traduzir textos. Agora, salada não
é o meu forte...
SUBJECT: Re: Maionese para Números e operações
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 10:50
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> --- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> >
> > Oi Jaison
> > Infelizmente não posso ajudá-lo: Não sei como se faz. Mas pode
ser
> feito, ou
> > não?
> >
> > << Eu também não sei >>
> >
> >
> > Jaison Carvalho
> >
> >
> > Oi
> > Dividir um número pelo inverso de outro... hum... Tá difícil.
> Sinto muito.
> > Mas não desespere: Tenho certeza que alguém nesta lista vai ter a
> resposta,
> > tirá-lo desta dúvida atroz!
> > Antonio Renato.
>
>
> Hum... é mais ou menos isso:
>
> tome-se "x" como um número qualquer e ÿ" como "o outro". O inverso
> desse outro é 1/y.
>
> Assim ao dividir-se x pelo inverso do outro número, 1/y, temos:
>
> x
> _______
> 1/y
>
>
> Considere-se x = x/1. Se para realizar uma divisão de números
> racionais multiplica-se o dividendo pelo número inverso do divisor,
> temos que:
>
>
> x/1
> _____ = x/1 * y/1 = x * y
>
> 1/y
>
> onde ( * ) é sinal de multimplicação...
>
>
>
> Bisous, Lígia
>
>
> -=*###>Pô meu! É muito complicado! Creio que seria mais fácil se a
questão
> fosse dividir um número pelo inverso dele mesmo. E não esqueça de
colocar
> maionese na salada.
> Bisous, Antonio Renato.<###*=-
Lígia: Concordo com o Takata: fugistes da escola... Toda divisão é
o mesmo que multiplicar-se um número pelo inverso do outro. Se este
número que está dividindo já é o "inverso", ao "invertê-lo" novamente
para a operação, tem-se o número. Portanto, multiplicar-se um número
pelo inverso de outro é "o mesmo que multiplicar-se os dois
números". Sem maionese...
Sem bisous, só ganha de novo quando estudar! :)
Lígia
SUBJECT: Re: Guardião cósmico
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 11:14
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> > Lígia: Hum... pensei agora na Doutrina do Gelo
> Eterno, "implantada" por Hans Horbiger a partir de 1925 na Alemanha
> nazista, conhecida como Wel (de Welteislehre). De acordo com o
livro
> que eu tenho aqui, o Wel "...assenta na idéia da luta perpétua nos
> grandes infinitos entre o gelo e o fogo e entre a força de repulsão
e
> a força de atração...". Veja no site, está em inglês:
>
> Muito doida essa teoria. Você parece conhecer esses assuntos
> estranhos e esotéricos. Quem é você?
>
> -=*###>ATENÇÃO TAKATA! ALERTA VERMELHO<###*=-
Lígia: Estava esperando que eu me declarasse uma "INCA VENUSIANA"??
E como é que você dá uma deixa dessas? Shhhhh! Não sabe que a
identidade secreta do NACIONAL KID deve permanecer secreta?
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 12:01
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...>
escreveu
> > Manuel: Não. A maioria reconhece a sua incompetência e, por isso,
> > prefere seguir um führer, dispondo-se até mesmo a morrer por ele.
> >
> > Takata: a maioria de quem?
> >
> > Manuel: a maioria dos que descrêem na democracia e partem para a
> > ação.
>
> Ok. E voto nulo e' uma acao desse tipo? Como se concatena a essa
acao?
Manuel: O voto nulo indica descrença, desdém, indiferença ou, como vc
disse, apatia com relação à democracia representativa. Essas pessoas
são mais facilmente cooptáveis pelos que defendem saídas
autoritárias. Por isso, tento 'persuadi-las'(persuadir, não policiar)
das vantagens da democracia representativa, sendo uma delas a
capacidade de auto-reforma (desenvolvimento, melhora) através de suas
próprias regras. Defender a democracia representativa não é fazer a
apologia ingênua dessa forma de governo, mas também fazer a crítica
das suas falhas e tentar melhorá-la através de métodos democráticos,
entre eles o voto.
> > Takata: desconheco qq sociedade acrata q. seja governada por um
> > tirano -- ate' porq. desconhece qq sociedade acrata.
> >
> > Manuel: No entanto, as palavras e os atos dos 'acratas' Tkachev,
> > Nechaiev, Bakunin e Sorel nos permitem conhecer o que eles seriam
> > capazes de fazer caso viessem a tomar o poder.
>
> Bom ter colocado 'acratas' entre parenteses nesse caso.
Manuel: Bakunin foi o teórico-mor do anarquismo. Não acha estranho
considerar um anarquista 'entre parênteses' precisamente um dos que
estabeleceram as fundações teóricas desse movimento político?
Nechaiev foi um dos principais discípulos de Bakunin, acompanhou-o
por muito tempo, até ser preso (Nechaiev foi o anarquista em que
Dostoiévsky inspirou-se quando criou o personagem central do seu
romance 'Os Demônios', Stephan Stephanovic). Quanto a Sorel, foi esse
o grande teórico do anarco-sindicalismo. Considerá-lo um 'acrata'
entre parênteses é por entre parênteses o movimento todo.
> > Europa), Pol Pot entendeu que não havia contradição em defender
> > tais idéias tipicamente anarquistas e, ao mesmo tempo, proclamar-
se
> > marxista, comunista.
>
> Comunismo e' diferente de anarquismo. Novamente e' como comparar
> punks a skinheads.
Manuel: Como escrevi, diferentes quanto à estratégia para se atingir
um fim que ambos concordam: uma sociedade sem classes, sem moeda e
sem Estado. Os anarquistas acham que se pode fazer em alguns meses ou
poucos anos o que os comunistas defendem só ser possível em décadas,
talvez séculos. Mas tanto uns como os outros consideram necessário
derramamento de sangue. (em tempo: naquela época não existiam
democracias representativas -- nos EUA após a independência e na
Inglaterra, países mais liberais, o sufrágio ainda era limitado --,
mas apenas autocracias intransigentes. Era legítimo, pois, naquela
época, defender estratégias revolucionárias, insurreições armadas.)
Na discussão que os primeiros marxistas russos travaram com os
anarquistas narodniks, por incrível que pareça Marx defendeu o ponto-
de-vista dos narodniks, limitando a validade da sua estratégia à
Ásia. Pol Pot era asiático. Pol Pot concordava com os anarquistas
narodniks e com Marx. Trata-se de um caso particular muito
interessante.
> > Porque, em política, a tua decisão pode afetar a vida de todos,
> > inclusive a minha.
>
> Ué. E se eu votar no ACM nao afeto tbm?
Manuel: Política não é um assunto privado, como é (ou deve ser) a
religião. Decisões políticas individuais afetam o conjunto, todo o
corpo político. Por isso que me acho no direito de tentar modificar,
por meio da razão (diálogo e dados empíricos) pontos de vista alheios
que julgo equivocados, do mesmo modo que admito os outros darem
pitaco em minhas decisões políticas. tentativa de persuasão ou
convencimento (não policiamento) são regras do jogo democrático.
Sou de esquerda, mas tenho amigos de direita, e gosto muito deles
porque eles me fazem pensar. Seus questionamentos não permitem que
meu pensamento político termine estagnado. O cara é de direita, mas
aceita as regras do jogo democrático, então tudo bem.
Se o ACM for eleito democraticamente presidente da república, vou
lamentar, mas aceitarei a decisão, não discordarei da sua
legitimidade. No entanto, farei críticas ao seu governo sempre que
considerar que devo.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 12:14
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Manuel: Votar nulo sistematicamente é um problema pelas razões que
> apresentei; votar em político corrupto é outro problema, porque ele
> vai roubar a mim também, que não votei nele.
>
> -=*###>E quem anulou o voto certamente não votou 'nele'. Uma
pergunta: Como
> saber se o candidato é ou será corrupto?<###*=-
Manuel: Problemas grandes não resolvem os problemas menores, apenas,
às vezes, os obliteram.
Há vários meios de conhecer os políticos corruptos, entre eles
imprensa livre, a divisão do Poder de modo que um poder fiscalize a
atuação dos outros e vice-versa, etc. Claro que existem falhas,
lacunas, mas não são problemas irresolúveis.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 13:13
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> At 11:53 27/09/02 +0000, you wrote:
> >--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> >
> >Concordo ctg , apenas queria fazr alguns apontamentos.
> >
> > > >Historicamente, protanto, não podemso falar de duas teorias
> >dijuntas.
> > >
> > > Penso que não estamos conversando sobre a conexão
> >histórica entre
> > > as teorias, mas sobre sua conexão lógica.
> >
> >Uma coisa leva à outra.
> >
> > >Não dá para demonstrar a equação
> > > de Schrödinger a partir da fórmula de de Broglie;
> >
> >Lamento, mas isso é que dá.
> >
> >se p = h /lambda = Hk , onde H = h /2pi
> >então E=hf = Hw
> >
> >para uma onda A =A0 exp [i(kx-wt)]
> >aplicando -iH d/dx obtenho Hk e portanto p
> >donde p= -iHdA/dx
> >e para E, pelo mesmo raciocinio E= iHd/dt
> >
> >A formula CLASSICA da energia cinética K é p²/2m , usando p= -
iHd/dx
> >vem K = (H²/2m)d²A/dx²
> >Pela lei da conservaçao da energia
> >
> >K + V =E
> >
> >subtituindo vem finalmente:
> >
> >(H²/2m)d²A/dx² + V = - iHdA/dt
> >
> >Que é a eq de Shrondinger dependente do tempo.
> >SE quiser a independente do tempo basta fazer E= constante eobtem
> >
> >(H²/2m)d²A/dx² + V = E
> >
> >Como vê é a hipotese de De Broglie que origina a Eq de Srondinger.
>
> Porém, essa demonstração você algumas suposições
adicionais à
> hipótese de de Broglie. Por exemplo: você se inspirou na fórmula
clássica
> da energia E = T + V
Eu me inspirei? E Shrondinger não ?
Como pode chamar de suposição adicional ?
Então se fossemos por ai, cada vez que usamos essa formula estamos
fazendo suposições adicionais.
Ora! não é nada disto. Esta formula é geral e aceite mtoda a fisic
sem nenhum problema. Deriva do principio de conservação da energia
directamente. É uma preposição ACEITE à data em que de Broglie e
Shrondinger fizeram as suas. Não é uma preposição adicional coisa
nenhuma.
A suposição que vc poderia chamar adicional é de escolher uma função
de onda para derivar os operadores. MAS isso é a propria hipotese de
de broglie que introduz uma onda-ficticia associada a cada particula.
>, que sabemos que existe para números (ou funções), e
> usou uma relação idêntica, onde E, T e V são operadores
>diferenciais.
Isso será um problema para os matemáticos. Não para os fisicos.
não ?
> Essa
> relação para operadores não pode ser demonstrada a partir da
fórmula
> clássica da energia, pois a fórmula clássica é um caso particular
da
> fórmula com operadores. Supondo a validade da fórmula E = T + V com
> operadores, você já está embutindo na demonstração princípios não-
clássicos
> exteriores à fórmula de de Broglie.
A partir do momento que vc escolhe usar o principio de Broglie vc não
está mais fazendo fisica classica. Vc está fazendo fisica moderna.
No caso de vc usar principios gerais como a eq da energia classica,
então vc está fazendo fisica semi-classica. No caso de vc usar as def
de energia relativistas, vc está fazendo fisica relativista.
Mas isto são apenas nomes. Na realidade a fisica é apenas uma.
Expressões como E= T+V ou F=dp/dt são defenições sempre válidas pois
traduzem principios primeiros da fisica. Leid conservação da energia
e 2º Lei de Newton, no caso.
Lá pq se chama 2ª Lei de Newton, e se houve por ai à boca pequena que
Eisntein suplantou Newton, a lei continua válida.
> Outra forma de ver: a equação de Schrödinger contém o
potencial V
> e a evolução temporal da função de onda. Nada disso está embutido
na
> hipótese de de Broglie.
Bem, acho que vc está saindo fora da logica.
Ora se a expressão p=Hk deriva de E=Hw então esta segunda está
contida na primeira que é a hipotes de de Broglie. Por outro lado, se
E=iHdA/dt é derivado de E=Hw e este está contido na hipotese, então a
def do operador tb está. Donde a evolução temporal tb está contida na
hipotese.
O potencial V não faz parte desta hipotese em particular. Ele está
presente Fisica como um todo onde necessário. E aqui é necessário.
V pode ser nulo como um caso particular (particula livre).
>Então é impossível que a equação de Schrödinger
> possa ser demonstrada a partir dessa hipótese, sem invocar mais
nenhuma
> hipótese não-clássica adicional e indepepndente.
A hipotese E= T+V é geral, e aceite em fisica à priori.
É um principio sim, mas não um principio adicional. O principio de de
Brolgie ou outros é que podem ser adicionais a este, já que este é
sempre aceite.
Portanto essa conversa de que estou introduzindo coisas a mais ao
introduzir esta eq é infundada e não faz sentido.
Se fosse assim, vc teria que reformular toda a fisica pedindo em cada
caso uma justificação para a introdução desta formula. Isso é
absurdo, já que se aceita que ela pode ser usada sempre.
A questão dos operadores é matemática, não fisica. E estavamos
falando de fisica.
Se vc quer falar do formalismo matemático, então ai a conversa será
outra. Mas estavamos falando da incompatibilidade da MQ com a RG como
teoria fisica que são. (eu pelo menos estava)
Contudo, eu não usei a noção de operador. Para isso teria de tirar o
A da formula. Para todos os efeitos aquilo são numeros sim. E
protanto , contráriamente ao que vc diz, a formula é válida.
Tb aqui vc está estravazando a lógica incorrendo no erro de
introduzir conhecimentos que não vêem ao caso e que não fundamento a
contradição do que eu disse.
Claro que vc pode sempre apresentar a dedução de Shrondinger e provar-
me que ele não usou principio fisicos básicos durante a mesma. Ai vc
me convencerá. :-)
Sérgio
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 13:30
> J: > Acho que a escrita eu já tenho. Será o "neural," uma escrita
> > ideográfica baseada no chinês e derivada de uma interface gráfica
> > para computadores.
> E: Vai ser baseada em Linux (KDE), então!? Se for baseado em
Rwindows, você teria problemas quanto ao "A minha entidade é
responsável, à prova de falhas, e administra a Terra com grande
mestria" (sic); pelo menos, problemas de coerência lógica na sua
obra...especialmente no "à prova de falhas"...
Estava me referindo à escrita. Não tem nada a ver com código de
software. Sobre o software que administraria a Terra, é claro que ele
seria melhor que qualquer coisa que conhecemos. A produção de
software ainda não foi elevada a uma categoria de ciência. Eles vão
testando e corrigindo os problemas conforme eles vão aparecendo.
Quando existir uma teoria do funcionamento dos softwares poderemos
fazer programas muito melhores.
SUBJECT: micrograma abreviado
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 13:36
Olá todos,
Alguém pode me dizer como é a abreviatura de micrograma? Aurélio e Houaiss são omissos. Registram apenas miligrama (mg).
Obrigada
Terezinha Costa
Jornalista
Tel. e fax: (21) 2242-0478
e-mail: terezinhac@bridge.com.br
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] micrograma abreviado
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 13:57
Nem precisava registrar "miligrama". Bastaria registrar a unidade GRAMA com
uma nota sobre os sufixos que representam as potencias de 10. (mili, micro,
nano, pico, etc...)
Para micrograma a abreviatura é: µg (o prefixo é aquele "u" com uma perninha
comprida) ;-)
[]
Alexandre Medeiros
> -----Mensagem original-----
> De: Terezinha Costa [mailto:terezinhac@bridge.com.br]
> Enviada em: sexta-feira, 27 de setembro de 2002 13:37
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] micrograma abreviado
>
>
> Olá todos,
> Alguém pode me dizer como é a abreviatura de micrograma?
> Aurélio e Houaiss são omissos. Registram apenas miligrama (mg).
> Obrigada
> Terezinha Costa
> Jornalista
> Tel. e fax: (21) 2242-0478
> e-mail: terezinhac@bridge.com.br
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> ##### ##### #####
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> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: micrograma abreviado
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 14:05
--- Em ciencialist@y..., "Terezinha Costa" <terezinhac@b...> escreveu
> Olá todos,
> Alguém pode me dizer como é a abreviatura de micrograma? Aurélio e
Houaiss são omissos. Registram apenas miligrama (mg).
O SIMBOLO, não a abreviatura, de micro é a letra grega miu. Como não
dá para escrever essa letra em ASCII usa-se o u em vez. ug será o
simbolo, não a abreviatura, em ASCII para micrograma. Em texto
formatado, como no word, ou na web ou na imprensa usa-se a letra
grega já referida. (que parece um u com a perna à esquerda para baixo)
A unidades não são abreviadas. Elas são simbolizadas. Ou seja
escrever: miligrama como m.g. está errado.
Sérgio
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 14:31
Olá, João
J: Estava me referindo à escrita. Não tem nada a ver com código de
software. Sobre o software que administraria a Terra, é claro que ele
seria melhor que qualquer coisa que conhecemos. A produção de
software ainda não foi elevada a uma categoria de ciência. Eles vão
testando e corrigindo os problemas conforme eles vão aparecendo.
Quando existir uma teoria do funcionamento dos softwares poderemos
fazer programas muito melhores.
E: Bem, João...
Os problemas ou são incompatibilidades ou são erros lógicos, presumo;
em geral, estes últimos;
Podem ser tanto erros em 'programas' quanto no próprio kernel dos
SOs.
Uma curiosidade... você sabia que tem um pessoal fazendo pesquisa com
correção de bugs, utilizando
notas musicais? Aparentemente os bugs aparecem como desarmonias.
Parece que eles conseguem
debugar mais facilmente, assim. É a computação adquirindo status de
arte... ; ) (Nem quero imaginar
uma composição baseada no Win)
Quanto a ciência da produção/funcionamento de softwares, não seria a
própria lógica (álgebra) booleana?
Não sei se entendi bem o que você queria dizer.
[]s
Evander
SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais ficção científica.
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 14:47
Em Duna, o personagem principal se chama Paul. A questão pode ser: quem
vai dominar a cultura global no futuro? A partir daí vc pode dar bons
chutes.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
On Wed, 25 Sep 2002, Joao de Carvalho wrote:
> Algo meio complicado em uma história no futuro são os nomes próprios.
> É muito difícil arrumar um que preste. Preciso de um nome para uma
> moeda global, para uma língua global, e para um computador global que
> irá administrar o mundo (não será visto como um computador, e sim
> como uma entidade; o nome terá que ser meio evocativo). Alguma
> sugestão?
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ficção Científica
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 14:59
On Thu, 26 Sep 2002, Ligia Gallo wrote:
> Bem, você por acaso já leu alguma coisa sobre Melquizedeque
> (Melchizedek)? Parece que em seu tempo, houve um reino onde reinava
> a paz e a harmonia. Talvez você pudesse se inspirar nos personagens
> daquele tempo e jogá-los no futuro.
> Beijos, Lígia
É interessante como criam toda uma mitologia sobre um personagem obscuro
da biblia. Meu irmão tem um livro que fala só sobre este cara.
Considerando a inquestionável fidelidade histórica da biblia não sei até
que ponto posso considerar textos deste tipo.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:01
--- Em ciencialist@y..., "evzaloti" <evzaloti@y...> escreveu
> Olá, João
> J: Estava me referindo à escrita. Não tem nada a ver com código de
> software. Sobre o software que administraria a Terra, é claro que
ele
> seria melhor que qualquer coisa que conhecemos. A produção de
> software ainda não foi elevada a uma categoria de ciência. Eles vão
> testando e corrigindo os problemas conforme eles vão aparecendo.
> Quando existir uma teoria do funcionamento dos softwares poderemos
> fazer programas muito melhores.
A questão das máquinas que governam mundos já foi levantada. (vide
Star Treck aka Jornada nas Estrelas de 1960)
A menos que vc introduza um elemento original na historia ela não
terá interesse.
Sérgio
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:10
> > Algo meio complicado em uma história no futuro são os nomes
próprios.
> > É muito difícil arrumar um que preste. Preciso de um nome para
uma
> > moeda global, para uma língua global, e para um computador global
que
> > irá administrar o mundo (não será visto como um computador, e sim
> > como uma entidade; o nome terá que ser meio evocativo). Alguma
> > sugestão?
A lingua global, imparcial e independente é o Espranto. Tlv alguma
variação/evolução desta lingua lhe possa servir. Mas isso seria pouco
verosimil. O mais verosimil é que exista uma fusão das linguas com
base no inglês.
Mas tudo dependo do cenário que vc traçar. Se vc traçar um desastre
mundial de forma que a lingua tenha de ser de novo difenida, vc pode
inventar o que quiser. Caso contrário...
Paralelamente a este problema está o de uma lingua global se manter
global por muito tempo. Isso não é verosimil. Por exemplo o
portugues. O portugues como lingua é o mesmo em qq parte, mas
dependendo da região onde é falado é diferente. Tem mais influencias
de outras linguas, ou mais palavras, ou menos.
Por exemplo, o portugues do Brasil tem influencia do Tupi enquanto o
de Portugual não. O que Africa tem influencias dos dialectos pre-
portugueses, e por ai fora.
Uma lingua global teria sempre estas influencias conforme a região
onde existisse e portanto não seria global.
A homogeneização verbal, linguistica e mesmo cultural não é
verosimil.
Vc pode falar de uma lingua oficial mundial, isso já é outra historia.
Assim cada um mantem a sua, mas ha uma para todos.
A moeda é mais facil. Embora mesmo ai seja complicado. O mundo todo
teria de ser entendido como um pais coisa que só é possivel com
sofisticados meios de comunicação e de mercado. Sendo uma novela
futurista esta é a parte simples.
Sérgio
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:13
> > J: Estava me referindo à escrita. Não tem nada a ver com código
de
> > software. Sobre o software que administraria a Terra, é claro que
> ele
> > seria melhor que qualquer coisa que conhecemos. A produção de
> > software ainda não foi elevada a uma categoria de ciência. Eles
vão
> > testando e corrigindo os problemas conforme eles vão aparecendo.
> > Quando existir uma teoria do funcionamento dos softwares
poderemos
> > fazer programas muito melhores.
>
> A questão das máquinas que governam mundos já foi levantada. (vide
> Star Treck aka Jornada nas Estrelas de 1960)
Esqueci-me do importante marco na historia das historias de ficção
cientifica: Matrix. Beat that! :-)
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de fís ica
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:16
On Thu, 26 Sep 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> ===========
> E eu? Tenho duas Brochuras, capa dura vermelha e 50 páginas cada. Mas,
> tem-me dado acesso a toda Física de que necessito. Nela, por exemplo,
> tenho acesso ao Resnick, ao Meinner, Sutton, Feymann etc. etc.
> Léo
> ===========
Um é o genesis e o outro é o apocalipse :-D
Assim diz o grande Deus Léo.
Hoje o dia está tão bonito.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Maionese para Números e operações
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:24
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> Lígia: Concordo com o Takata: fugistes da escola...
Peraí! Qdo eu disse isso?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Guardião cósmico
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:26
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> E como é que você dá uma deixa dessas? Shhhhh! Não sabe que a
> identidade secreta do NACIONAL KID deve permanecer secreta?
Lamento, mas isso nao e' do meu tempo. Bem, talvez
eu nao lamente tto.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:32
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: O voto nulo indica descrença, desdém, indiferença ou, como
Combata entao a descrenca. (Eu pessoalmente duvido q.
voto nulo seja bom indicador dessa descrenca.)
> Manuel: Bakunin foi o teórico-mor do anarquismo. Não acha estranho
> considerar um anarquista 'entre parênteses' precisamente um dos que
> estabeleceram as fundações teóricas desse movimento político?
Nao.
> Manuel: Como escrevi, diferentes quanto à estratégia para se
> atingir um fim que ambos concordam: uma sociedade sem classes, sem
> moeda e sem Estado.
Seria o mesmo q. dizer q. sionismo e nazismo sao a mesma
coisa: ambos querem um estado forte de uma nacao superior.
Ou q. morcegos e aves sao iguais ja' q. ambos voam. (Bem,
no aspecto especifico do voo morcegos e aves sao comparaveis.)
> Manuel: Política não é um assunto privado, como é (ou deve ser) a
> religião.
Religiao e' tao assunto privado qto politica. Religiao nao
e' um fenomeno do individuo, e' uma caracteristica de um
grupo -- tto qto lacos culturais... ou politica.
> Sou de esquerda, mas tenho amigos de direita, e gosto muito deles
> porque eles me fazem pensar. Seus questionamentos não permitem que
> meu pensamento político termine estagnado. O cara é de direita, mas
> aceita as regras do jogo democrático, então tudo bem.
Os q. votam nulo tbm aceitam as regras democraticas.
> Se o ACM for eleito democraticamente presidente da república, vou
> lamentar, mas aceitarei a decisão, não discordarei da sua
> legitimidade. No entanto, farei críticas ao seu governo sempre que
> considerar que devo.
E se democraticamente escolhermos um ditador?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:41
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
> Paralelamente a este problema está o de uma lingua global se manter
> global por muito tempo. Isso não é verosimil.
Pode nao ser se considerarmos o nivel de isolamento atual.
Mas se o sistema de comunicacao e troca de informacao
for bastante bom essa barreira *pode* ser quebrada.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Todos gostam de salada mista
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:48
"--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Oi Lígia
> Você sabe fazer salada? Mista, de preferência.
> Bisous, Antonio Renato.
(...)
Até que enfim xará
Pera, uva, maçã ou salada mista ?
Salada mista (beija beija)
Brincadeira de criança
Como é bom, como é bom
Guardo ainda na lembrança
Como é bom, como é bom
Paz, amor e esperança
Como é bom, como é bom
Bom é ser feliz com o Molejão"
Molejo - Brincadeira de Criança -
Q. q. e' isso, senhor Renato? A menina e' casada, mae de familia e
tudo. (Alem de cozinhar terrivelmente...)
[]s,
Roberto Takata"
-=* Oi Takata
Foi o senhor quem colocou esse negócio de 'beija, beija'. Não que eu não
goste. Mas, a propósito: Como o senhor tem conhecimento de que ela sabe
'cozinhar terrivelmente...'?
[]s,
Antonio Renato.
Em tempo: ALERTA VERMELHO! *=-
SUBJECT: Freud e Falhas
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:50
"> De: antonio.psique
>
> Parece meio anti-tecnológica, essa sua história. Algo do tipo: "não
> deixem o mundo nas mãos das máquinas, pois elas podem falhar."
>
> -=*###>Esta máquina teria sexo?<###*=-
Sei lá, Antônio... Só sei que nem Freud explica esta máquina! ;-)
[]
Alexandre Medeiros"
-=*####>>Mas explica as falhas (rsrsrs)<<####*=-
SUBJECT: Bisous
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:51
"...
> Considere-se x = x/1. Se para realizar uma divisão de números
> racionais multiplica-se o dividendo pelo número inverso do divisor,
> temos que:
>
>
> x/1
> _____ = x/1 * y/1 = x * y
>
> 1/y
>
> onde ( * ) é sinal de multimplicação...
>
>
>
> Bisous, Lígia
>
>
> -=*###>Pô meu! É muito complicado! Creio que seria mais fácil se a
questão
> fosse dividir um número pelo inverso dele mesmo. E não esqueça de
colocar
> maionese na salada.
> Bisous, Antonio Renato.<###*=-
Lígia: Concordo com o Takata: fugistes da escola... Toda divisão é
o mesmo que multiplicar-se um número pelo inverso do outro. Se este
número que está dividindo já é o "inverso", ao "invertê-lo" novamente
para a operação, tem-se o número. Portanto, multiplicar-se um número
pelo inverso de outro é "o mesmo que multiplicar-se os dois
números". Sem maionese...
Sem bisous, só ganha de novo quando estudar! :)
Lígia"
-=*>Oi Lígia
Falando sério, quando leio as mensagens do Prof. Belisário com o Sérgio
sinto que deveria ter estudado mais: Nem sei quem são de Broglie e
Schrödinger.
Mas a propósito, Bisout seria algum matemático? Existe um 'tal' teorema de
Bisout?
Bisous, Antonio Renato.<*=-
SUBJECT: O Voto do Zorro
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:52
"--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...>
escreveu
> > Manuel: Não. A maioria reconhece a sua incompetência e, por isso,
> > prefere seguir um führer, dispondo-se até mesmo a morrer por ele.
> >
> > Takata: a maioria de quem?
> >..."
-=*#>O Zorro e seu companheiro, o índio Tonto, estavam encurralados atras de
uma pedra, resistindo a um ataque de 'peles vermelhas'. Quando Zorro se deu
conta, sua munição estava esgotada. Virou-se para o companheiro, comentando
em tom grave: -"Nós estamos perdidos!"
-"Nós quem, 'cara pálida'", responde o outro.
("Manuel: Problemas grandes não resolvem os problemas menores, apenas,
às vezes, os obliteram.")
Pessoas sérias também tiveram infância.
Abraços.
Antonio Renato.<#*=-
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: Mais ficção científica.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:53
"...Aliás, não sei para que inventaram esta língua. Sempre tem alguém que
quer
ganhar dinheiro. Uma língua universal??? Para isso serve o latim. Mas ele
é muito complicado. Então viva o inglês."
-=*#>E porque não o espanhol? Creio que o referido idioma é falado por maior
número de pessoas que o inglês. Alguém sabe?<#*=-
"E eis que a Terra continua girando. Eu juro que não fumei hoje :-)"
-=*#>Também eu: Juro que não fumei pouco<#*=-
"[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo."
-=*>[]s
Antonio Renato.<#*=-
SUBJECT: Projeto Diga Sim !
FROM: gabriel gusmao <walhalla89@yahoo.com.br>
TO: jovenslideres_rj@yahoogrupos.com.br, php-especialistas@yahoogrupos.com.br, jmarcelo25@bol.com.br, mumartins@hotmail.com, xaud@ig.com.br, casadoblack@ig.com.br, massao@webdraw.com.br, webpio@ieg.com.br, brunoavallon@ig.com.br, baependi@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br, DiArBINHO@yahoogrupos.com.br, doadoresdevida@yahoogrupos.com.br, flordelis@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:54
Você já pensou em doar sangue, medula, plaquetas, leite materno...?
K Não!
> Então saiba aqui que você pode fazer a diferença!
L Sim, mas não posso.
> Seja então um insentivador! Pois do seu lado há alguém que ainda não sabe que pode doar.
K Sim, mas só pensei.
> Então este é o insentivo que faltava: Doe !
J Sim e já doei!
> Ótimo! Então descubra aqui o que mais você pode fazer para salvar uma vida.
Diga o seu primeiro Sim divulgando para os seus contatos esta idéia, não deixe está corrente partir !
Agradeço desde já a sua participação no projeto embora nenhum agradecimento valha a satisfação de ajudar a salvar uma vida.
www.dizersim.hpg.com.br
Projeto Pionero - Gabriel Gusmão 89ºGE-RJ
---------------------------------
Yahoo! GeoCities
Tudo para criar o seu site: ferramentas fáceis de usar, espaço de sobra e acessórios.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mais ficção científica.
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 15:57
On Fri, 27 Sep 2002, Sergio M. M. Taborda wrote:
> A lingua global, imparcial e independente é o Espranto.
Assim como o Qenia e o Sindar. Aposto que tem mais gente que sabe falar
qenia do que esperanto.
Aliás, não sei para que inventaram esta língua. Sempre tem alguém que quer
ganhar dinheiro. Uma língua universal??? Para isso serve o latim. Mas ele
é muito complicado. Então viva o inglês.
E eis que a Terra continua girando. Eu juro que não fumei hoje :-)
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: micrograma abreviado
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 16:10
Obrigada ao Alexandre e ao Sergio pelas informações sobre o micrograma
abreviado... ops!... simbolizado!
Terezinha
----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, September 27, 2002 2:05 PM
Subject: [ciencialist] Re: micrograma abreviado
--- Em ciencialist@y..., "Terezinha Costa" <terezinhac@b...> escreveu
> Olá todos,
> Alguém pode me dizer como é a abreviatura de micrograma? Aurélio e
Houaiss são omissos. Registram apenas miligrama (mg).
O SIMBOLO, não a abreviatura, de micro é a letra grega miu. Como não
dá para escrever essa letra em ASCII usa-se o u em vez. ug será o
simbolo, não a abreviatura, em ASCII para micrograma. Em texto
formatado, como no word, ou na web ou na imprensa usa-se a letra
grega já referida. (que parece um u com a perna à esquerda para baixo)
A unidades não são abreviadas. Elas são simbolizadas. Ou seja
escrever: miligrama como m.g. está errado.
Sérgio
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Filmes Sci-Fi anos 70
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 16:52
Onde -- ó raios -- encontro para alugar os filmes:
Demon Seed (Proteus)
Logan's Run (Não sei o título em português; é com o Michael York)
THX-1138 (o primeiro longa do George Lucas)
Alphaville (do Godard)
Takata?
[]
Alexandre Medeiros
"Eppur se muove..." (Galileu)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mais ficção científica.
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 16:59
Inglês? Latim? Esperanto? Êta viés ocidental! Não vamos nos esquecer que um
em cada seis habitantes do planeta fala chinês! E outro desses seis fala
árabe!
Línguas sintéticas são tão úteis quanto religiões sintéticas e,
curiosamente, os falantes de línguas sintéticas tendem a tratá-las como
religião
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 27 de Setembro de 2002 15:57
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Mais ficção científica.
On Fri, 27 Sep 2002, Sergio M. M. Taborda wrote:
> A lingua global, imparcial e independente é o Espranto.
Assim como o Qenia e o Sindar. Aposto que tem mais gente que sabe falar
qenia do que esperanto.
Aliás, não sei para que inventaram esta língua. Sempre tem alguém que quer
ganhar dinheiro. Uma língua universal??? Para isso serve o latim. Mas ele
é muito complicado. Então viva o inglês.
E eis que a Terra continua girando. Eu juro que não fumei hoje :-)
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Guardião cósmico
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 17:05
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > E como é que você dá uma deixa dessas? Shhhhh! Não sabe que a
> > identidade secreta do NACIONAL KID deve permanecer secreta?
>
> Lamento, mas isso nao e' do meu tempo. Bem, talvez
> eu nao lamente tto.
O problema é que os "super-heróis" são atemporais ( você deveria
sentir-se lisonjeado ao ser comparado errôneamente com ELE )... e
quem falou em idade por aqui? Quanto a lamentar, bem... já que você
não quer mesmo revelar a sua identidade secreta, garanto que não
perdeu grande coisa. Afinal o Nacional Kid tinha que lutar contra
uns bonecos de papel, em um cenário de papel, com efeitos
pirotécnicos a base de pólvora e a capa dele ficava "jogando" de um
lado pro outro enquanto ele voava içado por cordinhas... mas era
bonitinho!
E veja que ele abriu espaço para toda a parafernalha anime que você
adora assistir agora... né? Saudosismo?
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Guardião cósmico
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 18:40
Que é isso, Takata? Se eu me lembro do Nacional Kid, você deve se lembrar
também! Vai dizer que você nunca ouviu falar dos Incas Venusianos?
[ ]s
Alvaro Augusto
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> E como é que você dá uma deixa dessas? Shhhhh! Não sabe que a
> identidade secreta do NACIONAL KID deve permanecer secreta?
Lamento, mas isso nao e' do meu tempo. Bem, talvez
eu nao lamente tto.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Filmes Sci-Fi anos 70
FROM: Daniel Leal Freire <daniellf@highway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 18:52
No Jornal O GLOBO saiu uma reportagem de locadoras que tem filmes "classicos".
Só nao lembro o dia.
Talvez isso ajude,
[ ]´s
Daniel
At 14:52 27/9/2002 -0500, you wrote:
>Onde -- ó raios -- encontro para alugar os filmes:
>
>Demon Seed (Proteus)
>Logan's Run (Não sei o título em português; é com o Michael York)
>THX-1138 (o primeiro longa do George Lucas)
>Alphaville (do Godard)
>
>Takata?
>
>[]
>
>Alexandre Medeiros
>"Eppur se muove..." (Galileu)
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Números e operações
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 19:44
Estou cada vez mais tendo a sensação desagradável de estar lidando com
um kook. Mas, considerando-se que essa lista já está recheada dos ditos
cujos, vamos continuar um pouco...
>
> Antonio, primeiro os fatos: o homem nao pensa em binario, pois nao o
> aprendeu
> no jardim de infancia. Tambem nao subtrai, multiplica, divide por meio
> de
> somas, mas sim por algoritmos e tabelas especializados.
>
> -=*###>É um desperdício! Quem sabe se, no futuro, o Homem vá aprender
> binário no jardim de infância?<###*=-
A matemática existe e funciona para a conveniência do homem. O homem
não vai parar de fazer contas em decimal, porque decimal é um sistema
mais compacto. O homem não vai abrir mão de usar o algoritmo
tradicional da divisão, fácil de aprender, ou as tábuas de
multiplicação, e passar a fazer tudo com somas. Fazer as coisas de
maneira braçal, por extenso, sem simplificações ou acomodações, é
especialidade do computador, não do homem, que tem coisas melhores a
fazer com seus ciclos mentais; e ainda assim certos problemas são tão
pesados que, mesmo para rodar nos computadores mais rápidos, precisam
de heurísticas, simplificações, acomodações.
Na prática, as pessoas vão continuar a fazer como lhes presta,
independente de qualquer noção platônica do "ideal", do que "devia
ser". Ou, entrando na sua área de aforismos, afirmo que "não existe O
Ser, apenas o que é".
>
>
>
> O que esta em questao aqui e a distincao entre orgao e organismo,
> compreende?
> Uma casa nao e um tijolo, um homem nao sabe o que um neuronio sabe (se
> soubesse, a tarefa da neurologia seria muito mais facil). O homem nao
> nasce
> sabendo somar (mesmo que seu cerebro faca operacoes de soma), nao mais
> do
> que
> nasce sabendo mecanica classica apesar de seu corpo obedecer as leis de
> Newton.
>
> -=*###>Sei que é assim. Questiono do porque ser assim?<###*=-
Você questiona por que é que um tijolo não é uma casa?
>
> Voltemos a analogia do computador. Por exemplo, voce pode implementar
> uma
> rotina de computador que faca contas sem apelar para as operacoes
> aritmeticas
> embutidas no chip, usando apenas as operacoes logicas. Outro exemplo:
> voce
> pode escrever um programa de logica que faca deducoes erradas, usando
> instrucoes que fazem operacoes elas proprias certas. Da pra ver a
> distincao?
> O que um computador faz e somente o que o operador o instrui a fazer; a
> matematica que o homem faz e aquela que ele aprende ou descobre. Nao tem
> nada
> a ver com os processos inconscientes dos componentes do seu corpo.
>
> -=*###>Kaufmann, o computador foi criado pelo Homem e jamais poderá
> ultrapassá-lo no quê quer que seja. Apenas o Homem ainda não chegou a
> ser
> 'sapiens'<###*=-
Calcule a fatoração em primos de 75631423140964564634673490846398 de
cabeça, com um cronômetro. Depois me diga quanto tempo te levou.
>
>
> Veja a seguinte ilustracao, inspirada por uma em "Goedel, Escher, Bach"
> de
> Douglas Hofstadter:
> -=*###>Foi num botequim bebendo cerveja que um amigo me demonstrou que
> dois
> mais dois é igual a cinco (ad hoc). E ele sequer era matemático! Era
> veterinário (Falecido)<###*=-
Ah, já tinha percebido que seu papo de potencialidade do Homem cheirava
a filosofia de botequim.
Boa noite,
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: Números e operações
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 19:45
Antonio Renato diz:
> ####>>>>Existem duas entidades: Eu e Não Eu. Tudo mais é
> consequência<<<<####
>
O Não-Eu é? Demonstre.
Boa noite,
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: Normalização
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 19:49
Continuando as partes...
At 00:51 26/09/02 -0300, you wrote:
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
2- O que exatamente nos proíbe de conhecer simutâneamente os valores de
duas grandezas como posição e velocidade por ex., referentes a uma dada
particula? Em outras palavras, por que o princípio da incerteza?
-------------------------------------
O princípio da incerteza pode ser encarado como uma conseqüência de dois
princípios:
- A dualidade onda partícula
- A interpretação probabilística da mecânica quântica.
A dualidade onda-partícula diz que as entidades físicas que normalmente
consideramos corpusculares - as "partículas" elementares, p. ex. - não são
propriamente partículas, mas possuem propriedades corpusculares em certas
circunstâncias e ondulatórias em outras.
Para descrever o comportamento ondulatório, associa-se à "partícula" uma
onda. A interpretação probabilística dá a interpretação física dessa onda:
onde há "cristas", é onde a probabilidade de se encontrar a partícula é
maior; onde há vales, a probabilidade é menor.
Uma onda pode ser decomposta em "sub-ondas" com diversas freqüências (por
exemplo, a onda eletromagnética da luz solar pode ser decomposta por um
prisma em ondas de diferentes cores).
Considere um pulso único de onda - no jargão da teoria ondulatória, um
"pacote" de ondas. A teoria das ondas nos diz que esse pulso pode ser
decomposto em uma infinidade de "sub-ondas", cujos comprimentos de onda
encontram-se em uma certa faixa. O conjunto desses comprimentos de onda é o
espectro.
Existe uma relação matemática entre a largura espacial do pulso e a largura
da faixa de comprimentos de onda embutida nele. A relação é: (largura do
pulso) x (largura nos comprimentos de onda) menor que (uma constante).
Ora, em mecânica quântica existe uma relação entre a quantidade de
movimento (p) e o comprimento de onda (l): p = h.l/2pi.
Como as partículas, em mecânica quântica, têm comportamento ondulatório,
elas são afetadas por essa relação do pacote de ondas. Como as ondas são
interpretadas como probabilidades, a largura do pulso de onda é a
indeterminação na posição da partícula (a partícula tem maior probabilidade
de ser encontrada na parte mais alta do pulso). Da mesma forma, a gama de
comprimentos de onda, ou seja, de quantidades de movimento, dá a
indeterminação na quantidade de movimento. "Indeterminação" aqui tem um
significado preciso: a faixa de valores onde a probabilidade de se
encontrar a partícula é maior do que 1/e (e = 2,71828..., o número neperiano).
Assim, a relação entre variação na velocidade e largura no pulso, na
mecânica quântica, resulta em: (indeterminação na quantidade de movimento)
x (indeterminação na posição) menor ou igual a h/2pi. Se supusermos que não
há indeterminação na massa, resulta em: (indeterminação na velocidade) x
(indeterminação na posição) menor ou igual a h/2pi.massa.
O princípio da indeterminação, assim, é a manifestação física de uma
relação que aparece em todos os pacotes de onda, com uma ajudinha da
interpretação probabilística da mecânica quântica.
Belisário
---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------
SUBJECT: Re: Números e operações
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 20:04
Aniello e Antonio Renato:
> Na verdade todas as operações aritiméticas podem ser reduzidas
> matematicamente a uma só, e a qualquer uma. Mas no cérebro humano estes
> cálculos seguem processos neuras diferentes. O computador apenas faz
> soma
> por
> que quando instruído a fazer outras operações ele converte estas em
> somas,
> byte a byte, e depois reconverte.
> O cérebro humano, para calcular uma multiplicação, chega a uma
> respostas
> direta. Quando se pregunta quanto é 345x23 para uma criança na escola,
> ela
> não irá decompor a multiplicação em 23 somas. Na verdade ela não ira
> nem
> mesmo se preocupar em quanto é um mais um. (que é tudo que o computador
> conhece de operação: incremento e decremento de um). O processo
> neural é
> diverso e variado, de acordo com o método educacional e com o indivíduo.
>
> -=*###>Não foi treinado para isso talvez mesmo por ceticismo. Pior,
> foi
> treinado para não aproveitar sua disponibilidade<###*=-
Eu conheço gente que faz contas em binário eficientemente, por costume,
assim como nós fazemos em decimal. Mas isso não quer dizer que binário
seja melhor. Os fatos são: (a) todas as bases inteiras são
equivalentes; (b) sistemas usando apenas somas são _muito_ menos
eficientes; (c) o cérebro humano é provadamente otimizado para tarefas
massivamente paralelas de reconhecimento de padrões, e não para
atividades sequenciais e aritméticas, logo deve aproveitar a existência
de padrões, simplificações e tabelas para fazer contas.
>
> Se criar um processo neural mais eficiente ao cérebro humano para ter
> respostas mais rápidas a questões matemáticas complexas.
>
> -=*###>Você pode afirmar que é assim. Não pode dizer como será no
> futuro<###*=-
Mas não foi isso que você perguntou. E, francamente, já é
suficientemente ruim a indoutrinação matemática atual, onde as
criancinhas são forçadas a memorizar tabelas e fazer contas longas sem
motivação. Um futuro onde todo mundo aprendesse em binário e fosse
forçado a fazer multiplicação por soma e divisão por teste repetido...
seria orwelliano!
>
>
> Os sitemas numéricos, assim como as operações básicas, na verdade são
> um só.
> É apenas uma diferença de notação. Mas isto em um cérebro humano faz
> toda a
> diferença novamente.
>
> -=*###>Qual cérebro? Racional, emocional, consciente,
> inconsciente...<###*=-
Não sei quantos cérebros você tem. Da minha parte, acho muito mais
fácil pensar em sequências curtas de alfabetos (ou sistemas de
algarismos) longos, do que em sequências longas de alfabetos curtos.
Pense no exemplo do alfabeto romano, e em que diabos seria se usássemos
uma sequência de oito dígitos binários para representar cada fonema!
>
> -=*###>Porque a 'mente humana' é incapaz de trabalhar em ciclos de
> gigahertz? Compare o número de 'ciruitos do cérebro' com os do
> processador.
O funcionamento do neurônio é eletroquímico. A transmissão química, se
não me engano, limita os ciclos a cerca de 100 Hz. Logo, um neurônio
não pode competir nem com computadores mecânicos em termos de
processamento sequencial. No entanto, o cérebro tem uma grande vantagem
em termos de processamento paralelo e reconhecimento de padrões.
Boa noite,
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: Falácias
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 20:09
>
> Mensagem: 18
> Data: Tue, 27 Aug 2002 00:54:33 -0300
> De: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
> Assunto: Re: Re: Falácias
>
>
> Sejamos simples. Defina
>
> P := conjunto das coisas com quatro pernas;
> C := conjunto dos cachorros;
> M := conjunto das mesas.
> ___________________________________________
>
> Douglas: Sua definição está incompleta. Falta um termo.
> Estaria certa desta forma:
> P = conjunto das coisas com quatro pernas (=patas);
> Q = conjunto das coisas com quatro pernas (=objetos de madeira);
> C := conjunto dos cachorros;
> M := conjunto das mesas.
>
> O problema, repito mais uma vez, é a existência de quatro termos.
>
> DFG
Não. Uma Coisa Com Quatro Pernas é qualquer item material dotado de
quatro extremidades aproximadamente verticais nas quais se apóia a
maior parte da coisa. Logo, tanto cachorros quanto mesas são Coisas Com
Quatro Pernas, e a minha definição original vale.
(Para que você veja seu erro, refiro-lhe ao exemplo dado anteriormente
sobre gatos e cachorros.)
Boa noite,
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 21:10
Sérgio,
> Claro que vc pode sempre apresentar a dedução de Shrondinger e provar-
> me que ele não usou principio fisicos básicos durante a mesma. Ai vc
> me convencerá. :-)
Então veja em "The conceptual development of quantum mechanics",
de Max Jammer, McGraw-Hill, seção 5.3. Schrödinger não derivou sua equação
a partir da versão clássica de E = T + V e nem da sua versão com
operadores. Isso é historinha de livro-texto. Esse negócio da substituição
por operadores apareceu depois da equação de Schrödinger.
Sobre o assunto principal, se a fórmula de de Broglie implica numa
união entre a quântica e a relatividade restrita de forma a dispensar a
elaboração de uma teoria quântico-relativística nova, que é o que entendi
da sua colocação. Se eu entendi errado, grite. Bom, você mesmo disse em
outro e-mail que a equação de Schrödinger não é invariante sob Lorentz
porque usou elementos não-relativísticos, como a expressão da energia
cinética. Sendo assim, mesmo considerando verdadeiro tudo o que você disse
a respeito da fórmula de de Broglie, esta última não implica numa união
entre a quântica e a relatividade da forma como entendi que você colocava.
Pois foram introduzidos, na derivação da eq. de Schrödinger, elementos
não-relativísticos que "estragaram" tudo, a ponto de ela não ser mais
Lorentz-invariante.
Agora, descendo aos detalhes infernais :)
Sobre a fórmula E = T + V. Ela era, é claro, conhecida no tempo de
Schrödinger e de Broglie. Mas a fórmula E = T + V, com E e T operadores
diferenciais (e não números), ao contrário do que você parece querer dizer,
é inteiramente diferente da original, e não era conhecida naquele tempo
(como eu disse acima, Schrödinger não a usou). Não se trata de uma
diferença matemática inócua: a diferença é fundamental. Pois, para se
chegar a ela, é necessário dar o passo de substituir E e T por operadores
correspondentes (não dá pra se livrar disso considerando EA = TA + VA ao
invés de E = T + V, como tento mostrar abaixo). Esse artifício é posterior
a Schrödinger e já é uma conseqüência dos postulados da mecânica quântica.
> Contudo, eu não usei a noção de operador. Para isso teria de tirar o
> A da formula. Para todos os efeitos aquilo são numeros sim.
Do jeito que sua demonstração está, ela parece usar operadores,
sim. Veja: você obteve pA = -iHdA/dx, e expressão análoga para a energia.
OK. Tenho ressalvas também nessa parte (você só mostrou isso quando A é
onda plana), mas deixa pra lá. A seguir, você substuiu essas expressões em
E = T + V, ou, mais precisamente, em EA = TA + VA. Se eu considerasse p
como operador, posso simplesmente substituir p = -iH d/dx em T=p**2/2m, e
analogamente para E, e tudo fica muito bem, obtenho Schrödinger. Mas, se eu
quiser mexer apenas com números e funções, vou ter que substituir pA = -iH
dA/dx de alguma forma em EA = TA + VA. Mas não aparece pA nessa fórmula,
aparece é p**2.A. Então, não posso perceber como é que você conclui, por
exemplo, que:
TA = 1/2m . p**2 . A = (-iH)**2 d2A/dx2
a não ser que você substitua o operador p = iH d/dx em p**2, e só depois o
aplique em A.
O que estou tentando argumentar com tudo isso é que, se você disse
- ou então levei ao pé da leltra demais - que toda a mecânica quântica pode
ser derivada da fórmula de de Broglie, há entretanto princípios da mecânica
quântica que não são derivados dessa fórmula. Um deles é, como tentei
argumentar acima, a substituição de E e T pelos operadores correspondentes.
Até,
Belisário
At 16:13 27/09/02 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> > At 11:53 27/09/02 +0000, you wrote:
> > >--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> > >
> > >Concordo ctg , apenas queria fazr alguns apontamentos.
> > >
> > > > >Historicamente, protanto, não podemso falar de duas teorias
> > >dijuntas.
> > > >
> > > > Penso que não estamos conversando sobre a conexão
> > >histórica entre
> > > > as teorias, mas sobre sua conexão lógica.
> > >
> > >Uma coisa leva à outra.
> > >
> > > >Não dá para demonstrar a equação
> > > > de Schrödinger a partir da fórmula de de Broglie;
> > >
> > >Lamento, mas isso é que dá.
> > >
> > >se p = h /lambda = Hk , onde H = h /2pi
> > >então E=hf = Hw
> > >
> > >para uma onda A =A0 exp [i(kx-wt)]
> > >aplicando -iH d/dx obtenho Hk e portanto p
> > >donde p= -iHdA/dx
> > >e para E, pelo mesmo raciocinio E= iHd/dt
> > >
> > >A formula CLASSICA da energia cinética K é p²/2m , usando p= -
>iHd/dx
> > >vem K = (H²/2m)d²A/dx²
> > >Pela lei da conservaçao da energia
> > >
> > >K + V =E
> > >
> > >subtituindo vem finalmente:
> > >
> > >(H²/2m)d²A/dx² + V = - iHdA/dt
> > >
> > >Que é a eq de Shrondinger dependente do tempo.
> > >SE quiser a independente do tempo basta fazer E= constante eobtem
> > >
> > >(H²/2m)d²A/dx² + V = E
> > >
> > >Como vê é a hipotese de De Broglie que origina a Eq de Srondinger.
> >
> > Porém, essa demonstração você algumas suposições
>adicionais à
> > hipótese de de Broglie. Por exemplo: você se inspirou na fórmula
>clássica
> > da energia E = T + V
>
>Eu me inspirei? E Shrondinger não ?
>Como pode chamar de suposição adicional ?
>Então se fossemos por ai, cada vez que usamos essa formula estamos
>fazendo suposições adicionais.
>Ora! não é nada disto. Esta formula é geral e aceite mtoda a fisic
>sem nenhum problema. Deriva do principio de conservação da energia
>directamente. É uma preposição ACEITE à data em que de Broglie e
>Shrondinger fizeram as suas. Não é uma preposição adicional coisa
>nenhuma.
>A suposição que vc poderia chamar adicional é de escolher uma função
>de onda para derivar os operadores. MAS isso é a propria hipotese de
>de broglie que introduz uma onda-ficticia associada a cada particula.
>
>
> >, que sabemos que existe para números (ou funções), e
> > usou uma relação idêntica, onde E, T e V são operadores
> >diferenciais.
>
>Isso será um problema para os matemáticos. Não para os fisicos.
>não ?
>
> > Essa
> > relação para operadores não pode ser demonstrada a partir da
>fórmula
> > clássica da energia, pois a fórmula clássica é um caso particular
>da
> > fórmula com operadores. Supondo a validade da fórmula E = T + V com
> > operadores, você já está embutindo na demonstração princípios não-
>clássicos
> > exteriores à fórmula de de Broglie.
>
>A partir do momento que vc escolhe usar o principio de Broglie vc não
>está mais fazendo fisica classica. Vc está fazendo fisica moderna.
>No caso de vc usar principios gerais como a eq da energia classica,
>então vc está fazendo fisica semi-classica. No caso de vc usar as def
>de energia relativistas, vc está fazendo fisica relativista.
>Mas isto são apenas nomes. Na realidade a fisica é apenas uma.
>
>Expressões como E= T+V ou F=dp/dt são defenições sempre válidas pois
>traduzem principios primeiros da fisica. Leid conservação da energia
>e 2º Lei de Newton, no caso.
>Lá pq se chama 2ª Lei de Newton, e se houve por ai à boca pequena que
>Eisntein suplantou Newton, a lei continua válida.
>
>
> > Outra forma de ver: a equação de Schrödinger contém o
>potencial V
> > e a evolução temporal da função de onda. Nada disso está embutido
>na
> > hipótese de de Broglie.
>
>Bem, acho que vc está saindo fora da logica.
>Ora se a expressão p=Hk deriva de E=Hw então esta segunda está
>contida na primeira que é a hipotes de de Broglie. Por outro lado, se
>E=iHdA/dt é derivado de E=Hw e este está contido na hipotese, então a
>def do operador tb está. Donde a evolução temporal tb está contida na
>hipotese.
>O potencial V não faz parte desta hipotese em particular. Ele está
>presente Fisica como um todo onde necessário. E aqui é necessário.
>
>V pode ser nulo como um caso particular (particula livre).
>
> >Então é impossível que a equação de Schrödinger
> > possa ser demonstrada a partir dessa hipótese, sem invocar mais
>nenhuma
> > hipótese não-clássica adicional e indepepndente.
>
>A hipotese E= T+V é geral, e aceite em fisica à priori.
>É um principio sim, mas não um principio adicional. O principio de de
>Brolgie ou outros é que podem ser adicionais a este, já que este é
>sempre aceite.
>Portanto essa conversa de que estou introduzindo coisas a mais ao
>introduzir esta eq é infundada e não faz sentido.
>Se fosse assim, vc teria que reformular toda a fisica pedindo em cada
>caso uma justificação para a introdução desta formula. Isso é
>absurdo, já que se aceita que ela pode ser usada sempre.
>
>A questão dos operadores é matemática, não fisica. E estavamos
>falando de fisica.
>Se vc quer falar do formalismo matemático, então ai a conversa será
>outra. Mas estavamos falando da incompatibilidade da MQ com a RG como
>teoria fisica que são. (eu pelo menos estava)
>Contudo, eu não usei a noção de operador. Para isso teria de tirar o
>A da formula. Para todos os efeitos aquilo são numeros sim. E
>protanto , contráriamente ao que vc diz, a formula é válida.
>Tb aqui vc está estravazando a lógica incorrendo no erro de
>introduzir conhecimentos que não vêem ao caso e que não fundamento a
>contradição do que eu disse.
>
>Sérgio
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 22:51
> O mais verosimil é que exista uma fusão das linguas com base no
inglês. Mas tudo dependo do cenário que vc traçar. Se vc traçar um
desastre mundial de forma que a lingua tenha de ser de novo difenida,
vc pode inventar o que quiser. Caso contrário...
Talvez seja o inglês mesmo. Não vai ter nenhuma catástrofe. O mundo
vai evoluir a partir disso que nós temos hoje.
> A homogeneização verbal, linguistica e mesmo cultural não é
verosimil.
Não era antes do satélite de comunicações, do Boeing 747, das fibras
óticas e da internet. Em breve o telefone estará ligado à internet, e
ligar para o Japão custará tanto quanto ligar para o seu vizinho
(quase zero para os dois casos). Em um mundo onde não existe
distinção entre comunicação global e local, a diversidade cultural
local pode desaparecer.
Como disse Anthony Giddens, quando a imagem de Nelson Mandela é mais
familiar a você que a do seu vizinho, então alguma coisa mudou na
experiência cotidiana. Estamos caminhando rapidamente para um enorme
liquidificador global. É um momento único na História. Fico pensando
como os historiadores do futuro olharão nossa época. Isso é algo que
eu tenho que ver: como os habitantes do meu futuro chamarão e olharão
para o mundo de hoje. Era do liquidificador?
> O mundo todo teria de ser entendido como um pais coisa que só é
possivel com sofisticados meios de comunicação e de mercado. Sendo
uma novela futurista esta é a parte simples.
Sofisticados meios de comunicação? Veja o que aconteceu nesses
últimos cem anos. Imagine o que poderá acontecer nos próximos cem. É
claro, o progresso tecnológico não necessariamente tem que continuar
nesse crescimento exponencial de hoje, mas mesmo que ele acabe em
2030 nossas capacidades informacionais já serão absurdas.
SUBJECT: Re: Mais ficção científica.
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2002 22:57
> Os problemas ou são incompatibilidades ou são erros lógicos
Imagino que incompatibilidades se devem a erros lógicos. Não conheço
o assunto, mas desconfio que os softwares são tão complicados que
nenhuma teoria geral pode dar conta deles. A lógica se manifesta de
forma intestina, em cada linha de código, mas não existe uma unidade
geral.
> Uma curiosidade... você sabia que tem um pessoal fazendo pesquisa
com correção de bugs, utilizando notas musicais? Aparentemente os
bugs aparecem como desarmonias.
Interessante. Isso deve ser uma maneira de contornar a enorme
complexidade dos programas.
> Quanto a ciência da produção/funcionamento de softwares, não seria
a própria lógica (álgebra) booleana?
Tem que ser uma ciência capaz de dar conta de sistemas muito
complicados. Os sistemas são lógicos, é claro, mas as leis da lógica
não podem sozinhas dar conta de todo sistema.
SUBJECT: neuronio
FROM: "Luis Roberto Brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 23:04
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, September 26, 2002 6:11 AM
Subject: [ciencialist] Números e operações
> Eatava mais uma vez a pensar no paralelo entre o computador e o cérebro.
> Primeiramente, o neurônio pode ser observado basicamente em dois estados:
> Polarizado e despolarizado. Como no computador, o sistema nervoso se
utiliza
> da liguagem binária. Utilizando-se de linguagem binária, porque será que o
Acho que aqui temos um erro. Nao sou expert em neurociencias, apenas leio
algumas (poucas) coisas... e destas lembrei de uma...
" Olhar para o neuronio como uma unidade que integra diferentes
informacoes analogicas vindas dos dendritos, gerando uma resposta digital,
eh erro comum na historia do estudo da mente. O neuronio, bem como o
cerebro, nao eh um aparato digital. Se o potencial de acao isoladamente
parece codificar sob a forma digital, a quantidade de potenciais de acao,
tal qual um codigo de barras, usa o intervalo entre os potenciais para
contar muito mais que o digital"
O Sitio da Mente - pag 44 - Henrique Schutzer Del Nero
(tem um bom resumo do livro no site do Del Nero, nao tenho o link pq estou
escrevendo offline)
> Abraços.
> Antonio Renato.
Nao vou muito longe nesta discussao porque nao tenho base para isto,
apenas deixo este trecho do livro.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Voto e promessas
FROM: "Luis Roberto Brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 23:29
> -=*###>E quem anulou o voto certamente não votou 'nele'. Uma pergunta:
Como
> saber se o candidato é ou será corrupto?<###*=-
> -=*###>Inté.
> Antonio Renato<###*=-
Outra pergunta, como o Ze do Boteco vai acompanhar o politico X? Como vai
exigir que ele faca o que prometeu? Enviando mail? Enviando carta?
Resmungando? Tentando acertar na proxima eleicao e engolindo o erro?
Aguardo solucoes para o Ze do Boteco.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Geracao proteus
FROM: "Luis Roberto Brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2002 23:38
Takata:
*Proteus - computador de Geração Proteus (Demon Seed), um filme trash
de 1977
##Trash... aah.. aquele filme eh legal! Lembro tambem daquele das
formigas que comecam a atacar uma base de pesquisas. (nao sei o nome)
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Espaço curvo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2002 00:21
Gostaria que fizessemos algumas discuções em torno desta questão:
Se o espaço-tempo é curvo, não decorre daí que o universo, necessariamente, esteja caminhando para um colapso?, pois, considerando um big-bang inicial, a curvatura do espaço no princípio, qualquer que fosse o seu valor, seria máxima e decrescente. Após a expansão ela tenderia a diminuir até certo ponto, porém nunca atingiria zero. É como um carro que reduz a velocidade antes de uma curva em que muda o sentido do movimento. Ele faz a curva mas não pára. Esse ponto, digamos assim, é o ponto médio da expansão. Atingido o ponto médio da expansão a curvatura então passa a ser positiva, então toda a massa convergiria novamente para um determinado ponto de singularidade, ponto esse antípoda ao ponto inicial. Essa idéia pode não ser fisicamente consistente, mas matemáticamente ela é.
Obrigado
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/09/2002 00:24
Oi,
Manuel: Bakunin foi o teórico-mor do anarquismo. Não acha estranho
considerar um anarquista 'entre parênteses' precisamente um dos que
estabeleceram as fundações teóricas desse movimento político?
Takata: Nao.
Manuel: É! :-(
Manuel: Como escrevi, diferentes quanto à estratégia para se
atingir um fim que ambos concordam: uma sociedade sem classes, sem
moeda e sem Estado.
Takata: Seria o mesmo q. dizer q. sionismo e nazismo sao a mesma
coisa: ambos querem um estado forte de uma nacao superior. Ou q.
morcegos e aves sao iguais ja' q. ambos voam. (Bem, no aspecto
especifico do voo morcegos e aves sao comparaveis.)
Manuel: Há, quando muito, uma analogia entre as asas do morcego e as
de uma ave. Quanto às semelhanças entre comunismo e anarquismo, trata-
se de uma homologia, ambos têm uma herança comum (hegelianismo de
esquerda, movimento operário francês, etc.) e caminharam juntos
durante algum tempo: estiveram unidos na insurreição que deu origem à
Comuna de Paris em 1871 e participaram da fundação da Primeira
Internacional Socialista, a Associação Internacional dos
Trabalhadores. As divergências entre as duas facções da AIT
(socialistas 'libertários', liderada por Bakunin, e
socialistas 'científicos' -- ou 'autoritários', segundo os
anarquistas --, dirigida por Marx e Engels) eram basicamente quanto à
estratégia para atingir a sociedade sem classes e sem Estado regida
pelo princípio "de cada um segundo as suas capacidades, a cada um de
acordo com as suas necessidades." Mas Marx negou-se a teorizar sobre
os detalhes dessa sociedade futura, pois, segundo ele, tais detalhes
emergiriam da prática, ao passo que os anarquistas teorizaram e
disseram muitas besteiras, que os marxistas logo apontaram só para
fazer raiva. A propósito, os fundadores da social-democracia russa,
marxista (Plekhanov, V. Zasulich e outros), iniciaram a sua
militância política como anarquistas narodniks.
Ah!Tem mais: além dos anarquistas socialistas, também existiam os
anarquistas individualistas, que rejeitavam o Estado mas defendiam a
propriedade privada e enfatizavam a soberania do indivíduo. O anarco-
individualismo têm uma versão contemporânea, o anarco-capitalismo.
São liberais de direita, anti-monopolistas extremados, que, toda vez
que escutam a palavra democracia (que eles fazem questão de confundir
com despotismo da maioria),levam a mão ao coldre. É cada um por si e
o divino mercado por todos.
Anarquismo individualista, anarquismo socialista e comunismo -- este
último surgiu com Babeuf; Marx apenas lhe deu um
acabamento "científico" -- são movimentos políticos que se originaram
da luta do Terceiro Estado (burgueses, artesãos, operários e baixo
clero) contra o Estado absolutista feudal e seu sistema de estamentos.
Mas, atualmente, há muitos que se consideram anarco-pacifistas. Estes
baseiam seus princípios no cristianismo primitivo e em Gandhi.
Movimento surgido nos anos mais negros da Guerra Fria e do
questionamento da beligerância neocolonialista dos Estados
democráticos ocidentais, muitas de suas idéias são bastante
interessantes. Contrariamente aos anarquistas clássicos e aos anarco-
capitalistas, não negam as regras do jogo democrático nem seu caráter
representativo, isto é, não se opõem ao Parlamento e a outros órgãos
estatais que contribuem para um governo baseado no consenso. Recusam-
se, no entanto, a legitimar qualquer lei emanada do Parlamento que
mantenha minorias em estado de opressão ou que discrimine os
estrangeiros. Sua ação contra essas leis é a desobediência civil. Na
verdade, seu 'anarquismo' ou 'anti-estatismo' consiste basicamente na
negação dos aparelhos repressivos do Estado (a polícia e o exército),
do seu caráter estritamente nacionalista (habitualmente os Estados
democráticos defendem os interesses dos seus cidadãos à expensas dos
direitos humanos dos estrangeiros) e de tudo que, no Estado
democrático, lembre despotismo da maioria.
Todavia, nos dias de hoje são muitos os que se valem dos jargões
anarco-pacifistas como forma de glamourizar sua rebeldia e egoísmo
infantis e de justificar o não cumprimento dos deveres de cidadão.
Para estes, desobediência civil é dirigir sem carteira de motorista e
a 160 kms por hora, não pagar imposto, etc. e pacifismo é
passividade, fuga da política e clichê para repetir toda vez que for
algemado por um policial porque andou pixando muro. Como se não
bastasse Bakunin, Netchaiev, etc., agora aparecem esses malucos.
Concordo em muitas coisas com o anarco-pacifista Chomsky, mas prefiro
me considerar um democrata radical.
Manuel: Política não é um assunto privado, como é (ou deve ser) a
religião.
Takata: Religiao e' tao assunto privado qto politica. Religiao nao
e' um fenomeno do individuo, e' uma caracteristica de um grupo --
tto qto lacos culturais... ou politica.
Manuel: Quando digo que religião é assunto privado (ao menos nos
Estados laicos, não confessionais e pluralistas), não estou querendo
dizer que a religião não é um fenômeno social. É assunto privado
porque não é "público", pois o Estado, que responde pelos interesses
coletivos, pela "coisa pública', não estabelece nem deve estabelecer
leis que determinem a divindade que devo acreditar, como devo rezar,
etc. A minha fé religiosa é assunto meu, algo que só deve afetar a
mim e àqueles que permitem ser por ela afetados, isto é, os outros da
minha congregação religiosa. Quanto à política, é diferente. O Estado
estabelece regras à atuação política, porque decisões políticas,
mesmo as individuais (como a escolha do candidato) são decisões
acerca dos bens comuns, das coisas públicas, dos interesses de toda a
sociedade, são decisões que afetam a todos.
Manuel: Se o ACM for eleito democraticamente presidente da república,
vou lamentar, mas aceitarei a decisão, não discordarei da sua
legitimidade. No entanto, farei críticas ao seu governo sempre que
considerar que devo.
Takata: E se democraticamente escolhermos um ditador?
Manuel: Numa democracia o governo é da maioria, mas o Estado
democrático é de todos, isto é, soberano é o povo e não a maioria,
razão pela qual o governo da maioria é submetido à regras: o mandato
que ela outorga não pode ser vitalício nem consistir numa carta
branca. Do contrário, seria impossível a alternância pacífica do
poder, que é uma das razões pelas quais o sufrágio foi instituído.
Democracia é Estado de Direito, e não despotismo da maioria
(oclocracia). É um conjunto de várias instituições, e não apenas a
instituição do voto universal.
A "Vontade Geral", segundo Rousseau, é vontade GERAL, e não vontade
DA MAIORIA, ou seja, trata-se de uma resultante de forças, apenas
tendendo mais para o lado da força maior, naturalmente.
Sou democrata, e não oclocrata. Ditador "eleito" por uma maioria
despótica merece é bala no meio da testa.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: De Carlos Alberto Para Ligia Gallo.
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2002 00:31
Lígia vc pode me dizer qual é a equação que se pode utilizar para calcular a energia necessária para empurrar o elétron do átomo de hidrogênio em direção ao seu núcleo e tranformá-lo em um neutron?
Como é feito essa cálculo?
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fw: Espaço curvo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2002 00:47
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, September 28, 2002 12:21 AM
Subject: Espaço curvo
Gostaria que fizessemos algumas discussões em torno desta questão:
Se o espaço-tempo é curvo, não decorre daí que o universo, necessariamente, esteja caminhando para um colapso?, pois, considerando um big-bang inicial, a curvatura do espaço no princípio, qualquer que fosse o seu valor, seria máxima e decrescente. Após a expansão ela tenderia a diminuir até certo ponto, porém nunca atingiria zero. É como um carro que reduz a velocidade antes de uma curva em que muda o sentido do movimento. Ele faz a curva mas não pára. Esse ponto, digamos assim, é o ponto médio da expansão. Atingido o ponto médio da expansão a curvatura então passa a ser positiva, então toda a massa convergiria novamente para um determinado ponto de singularidade, ponto esse antípoda ao ponto inicial. Essa idéia pode não ser fisicamente consistente, mas matemáticamente ela é.
Obrigado
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: De Carlos Alberto Para Ligia Gallo.
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/09/2002 03:31
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Lígia vc pode me dizer qual é a equação que se pode utilizar para
calcular a energia necessária para empurrar o elétron do átomo de
hidrogênio em direção ao seu núcleo e tranformá-lo em um neutron?
> Como é feito essa cálculo?
Olha Carlos, se em princípio um nêutron fosse a simples adição de um
próton a um elétron, até que eu poderia ter achado alguma fórmula nos
3 livros que tenho aqui que são respectivamente o Física Quântica do
Eisberg e Resnick, o Física Moderna do Tipler e o Física Nuclear do
Kaplan. Acabei lendo que, de acordo com algumas pesquisas mais
recentes, nêutrons seriam resultantes da interação entre prósitrons
(+) e elétrons (-) em número equivalente cuja somatória resultaria em
zero, o que implicaria numa carga neutra ou ainda da interação proton-
proton, ou ainda como resultante de colisões entre núcleos e
partículas em reações exotérmicas ou endotérmicas como pude "extrair"
do capítulo Física Nuclear do livro Física Moderna do Tipler. Se
você tiver tal livro, procure na página 338 ou em 11.4 Reações
Nucleares.
Basicamente a quantidade de energia envolvida em tais reações pode
ser calculada a partir das massas do núcleo e partículas envolvidas.
Numa reação entre uma partícula x e um núcleo X resultando em um
núcleo Y e partícula y, temos que:
x + X -> Y + y + Q, onde a quantidade Q é definida por:
Q = (mx + mX - my - mY)c^2 ( m é a massa das partículas e núcleos ) e
é a energia desprendida na reação.
Não sei se foi isso que você perguntou. Em todo caso, volto a
repetir que a idéia do nêutron ser simplesmente o resultado da adição
de um próton e um elétron não procede, portanto a dúvida que você
expôs em sua pergunta não faz sentido.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Super Heróis
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/09/2002 06:06
Lígia escreveu:
"O problema é que os "super-heróis" são atemporais..."
A propósito:
O Super-Homem estava se embriagando, deprimido ao fundo de um bar. Naquele
momento passava pela rua, o Batman. Este adentra ao botequim interrogando ao
colega. Aos prantos, revela o Super-Homem: -"Matei meu melhor amigo..."
Batman permanece estático e o Super-Homem continua seu relato:
-"Estava patrulhando a cidade, sobrevoando e prescrutando com minha visão de
raio-X quando vislumbrei a Mulher Maravilha. Estava nua, tinha as pernas
abertas executando movimentos sensuais sobre sua cama. O pênis de aço se
avolumou. Mergulhei em sua direção... Matei o Homem Invisível!"
SUBJECT: Re: [ciencialist] Voto e promessas
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/09/2002 06:07
"> -=*###>E quem anulou o voto certamente não votou 'nele'. Uma pergunta:
Como
> saber se o candidato é ou será corrupto?<###*=-
> -=*###>Inté.
> Antonio Renato<###*=-
Outra pergunta, como o Ze do Boteco vai acompanhar o politico X? Como vai
exigir que ele faca o que prometeu? Enviando mail? Enviando carta?
Resmungando? Tentando acertar na proxima eleicao e engolindo o erro?
Aguardo solucoes para o Ze do Boteco.
Ateh
Luis Brudna"
Oi Brudna
É justamente o que vc coloca: "Como o Ze do Boteco vai acompanhar o politico
X?"
Então, vejo duas opções: 'engolir o erro' de seu voto ou suportar não ter
participado. Das duas, nenhuma me seduz.
É um problema de hemenêutica somente enunciável através da cibernética.
Ateh
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] [ISO-8859-1] Re: Números e operações
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/09/2002 06:08
= PRIMEIRA MENSAGEM =
Estou cada vez mais tendo a sensação desagradável de estar lidando com
um kook. Mas, considerando-se que essa lista já está recheada dos ditos
cujos, vamos continuar um pouco...
-=*##>>Que é 'kook'?<<##*=-
> Antonio, primeiro os fatos: o homem nao pensa em binario, pois nao o
> aprendeu
> no jardim de infancia. Tambem nao subtrai, multiplica, divide por meio
> de
> somas, mas sim por algoritmos e tabelas especializados.
>
> -=*###>É um desperdício! Quem sabe se, no futuro, o Homem vá aprender
> binário no jardim de infância?<###*=-
A matemática existe e funciona para a conveniência do homem. O homem
não vai parar de fazer contas em decimal, porque decimal é um sistema
mais compacto. O homem não vai abrir mão de usar o algoritmo
tradicional da divisão, fácil de aprender, ou as tábuas de
multiplicação, e passar a fazer tudo com somas. Fazer as coisas de
maneira braçal, por extenso, sem simplificações ou acomodações, é
especialidade do computador, não do homem, que tem coisas melhores a
fazer com seus ciclos mentais; e ainda assim certos problemas são tão
pesados que, mesmo para rodar nos computadores mais rápidos, precisam
de heurísticas, simplificações, acomodações.
-=*##>>Um menino entra correndo, afobado, com os braços abertos indicando o
tamanho da borboleta que vira no jardim. Lhe é dito não existir borboleta
daquele tamanho.
Foi a primeira vez que o menino observara uma borboleta. A experiência
inusitada ocupou toda sua área visual consciente, daí ter percebido tal
inseto com 'mega tamanho'.
Mas, a 'educação' lhe trará para a 'realidade'. Lhe 'castrará' a
potencialidade de utilizar seu 'zoom'.
Somos castrados em nossas potencialidades. Somos 'adestrados' para o sistema
decimal.
Se 'assembler' é apanágio do computador... Este saiu, repito, de dentro do
Homem. Se o computador é insuficiente para 'cálculos avançados'... O
cérebro que pariu o computador comporta muito mais.<<##*=-
Na prática, as pessoas vão continuar a fazer como lhes presta,
independente de qualquer noção platônica do "ideal", do que "devia
ser". Ou, entrando na sua área de aforismos, afirmo que "não existe O
Ser, apenas o que é".
-=*##>>E daí...? Este seria o 'momento atual', nada mais<<##*=-
> O que esta em questao aqui e a distincao entre orgao e organismo,
> compreende?
> Uma casa nao e um tijolo, um homem nao sabe o que um neuronio sabe (se
> soubesse, a tarefa da neurologia seria muito mais facil). O homem nao
> nasce
> sabendo somar (mesmo que seu cerebro faca operacoes de soma), nao mais
> do
> que
> nasce sabendo mecanica classica apesar de seu corpo obedecer as leis de
> Newton.
-=*###>Sei que é assim. Questiono do porque ser assim?
Adendo: Cérebro é organismo virtual. Nele temos representações de todos os
órgãos. Loukeando: O corpo foi 'configurado' para permitir vida ao
cérebro.<<##*=-
Você questiona por que é que um tijolo não é uma casa?
-=*##>>Isso, vc é quem está colocando. (O tijolo pode ser a casa de uma
lagartixa.) Coloquei do porque "um homem nao sabe o que um neuronio sabe". E
mais, não há motivos para não saber: É uma questão de aquisição de
informações.
Para que fique claro de minha posição: O Homem está evoluindo. Não domina
seu potencial.
O Homem, como os demais mamíferos, têm emoções. Mas é o único que possui
raciocínio (Do curso primário: "Animal Racional"). O que gostaria que
entendesse é que o 'Homem emocional', mais antigo, de certa forma direciona
a evolução do 'Homem racional'. E, ao 'animal' não interessa ser
compreendido pelo 'racional'. Porque? É uma outra questão.<<##*=-
> Voltemos a analogia do computador. Por exemplo, voce pode implementar
> uma
> rotina de computador que faca contas sem apelar para as operacoes
> aritmeticas
> embutidas no chip, usando apenas as operacoes logicas. Outro exemplo:
> voce
> pode escrever um programa de logica que faca deducoes erradas, usando
> instrucoes que fazem operacoes elas proprias certas. Da pra ver a
> distincao?
> O que um computador faz e somente o que o operador o instrui a fazer; a
> matematica que o homem faz e aquela que ele aprende ou descobre. Nao tem
> nada
> a ver com os processos inconscientes dos componentes do seu corpo.
>
> -=*###>Kaufmann, o computador foi criado pelo Homem e jamais poderá
> ultrapassá-lo no quê quer que seja. Apenas o Homem ainda não chegou a
> ser
> 'sapiens'<###*=-
Calcule a fatoração em primos de 75631423140964564634673490846398 de
cabeça, com um cronômetro. Depois me diga quanto tempo te levou.
-=*##>>Querido, a questão é justamente essa! Porque não consigo responder
essa proposição imediatamente. Nos primórdios o Homem não saberia responder
quanto seriam dois mais cinco. Na atualidade não tem como responder a
fatoração proposta. No futuro... como será?<<##*=-
> Veja a seguinte ilustracao, inspirada por uma em "Goedel, Escher, Bach"
> de
> Douglas Hofstadter:
> -=*###>Foi num botequim bebendo cerveja que um amigo me demonstrou que
> dois
> mais dois é igual a cinco (ad hoc). E ele sequer era matemático! Era
> veterinário (Falecido)<###*=-
Ah, já tinha percebido que seu papo de potencialidade do Homem cheirava
a filosofia de botequim.
-=*##>>Não precisa ser deselegante. Quem sabe se a 'Revolução de 64' não
teve seu início em uma mesa de bar na Av. Atlântica? Aliás, meu pai nesta
época, era oficial de gabinete do Gal. Castelo Branco<<##*=-
Boa noite,
-- Kaufmann
= SEGUNDA MENSAGEM =
Antonio Renato diz:
> ####>>>>Existem duas entidades: Eu e Não Eu. Tudo mais é
> consequência<<<<####
>
O Não-Eu é? Demonstre.
-=*##>>O espaço/tempo que o Eu não preenche<<##*=-
Boa noite,
-- Kaufmann
= TERCEIRA MENSAGEM =
Aniello e Antonio Renato:
> Na verdade todas as operações aritiméticas podem ser reduzidas
> matematicamente a uma só, e a qualquer uma. Mas no cérebro humano estes
> cálculos seguem processos neuras diferentes. O computador apenas faz
> soma
> por
> que quando instruído a fazer outras operações ele converte estas em
> somas,
> byte a byte, e depois reconverte.
> O cérebro humano, para calcular uma multiplicação, chega a uma
> respostas
> direta. Quando se pregunta quanto é 345x23 para uma criança na escola,
> ela
> não irá decompor a multiplicação em 23 somas. Na verdade ela não ira
> nem
> mesmo se preocupar em quanto é um mais um. (que é tudo que o computador
> conhece de operação: incremento e decremento de um). O processo
> neural é
> diverso e variado, de acordo com o método educacional e com o indivíduo.
>
> -=*###>Não foi treinado para isso talvez mesmo por ceticismo. Pior,
> foi
> treinado para não aproveitar sua disponibilidade<###*=-
Eu conheço gente que faz contas em binário eficientemente, por costume,
assim como nós fazemos em decimal. Mas isso não quer dizer que binário
seja melhor. Os fatos são: (a) todas as bases inteiras são
equivalentes; (b) sistemas usando apenas somas são _muito_ menos
eficientes; (c) o cérebro humano é provadamente otimizado para tarefas
massivamente paralelas de reconhecimento de padrões, e não para
atividades sequenciais e aritméticas, logo deve aproveitar a existência
de padrões, simplificações e tabelas para fazer contas.
-=*##>>Também não posso dizer que 'binário seja melhor'. Posso dizer que é
mais simples. Se é que importa, concordo com vc. Isso para o momento
atual<<##*=-
> Se criar um processo neural mais eficiente ao cérebro humano para ter
> respostas mais rápidas a questões matemáticas complexas.
>
> -=*###>Você pode afirmar que é assim. Não pode dizer como será no
> futuro<###*=-
Mas não foi isso que você perguntou. E, francamente, já é
suficientemente ruim a indoutrinação matemática atual, onde as
criancinhas são forçadas a memorizar tabelas e fazer contas longas sem
motivação. Um futuro onde todo mundo aprendesse em binário e fosse
forçado a fazer multiplicação por soma e divisão por teste repetido...
seria orwelliano!
-=*##>>Desculpe-me, me perdi: Que foi que perguntei?<<##*=-
> Os sitemas numéricos, assim como as operações básicas, na verdade são
> um só.
> É apenas uma diferença de notação. Mas isto em um cérebro humano faz
> toda a
> diferença novamente.
>
> -=*###>Qual cérebro? Racional, emocional, consciente,
> inconsciente...<###*=-
Não sei quantos cérebros você tem. Da minha parte, acho muito mais
fácil pensar em sequências curtas de alfabetos (ou sistemas de
algarismos) longos, do que em sequências longas de alfabetos curtos.
Pense no exemplo do alfabeto romano, e em que diabos seria se usássemos
uma sequência de oito dígitos binários para representar cada fonema!
-=*##>>Hum... Não se irrite! Para arrefecer: Tenho duas cabeças: Uma,
racional, denominada crânio. Outra emocional, denominada glande<<##*=-
> -=*###>Porque a 'mente humana' é incapaz de trabalhar em ciclos de
> gigahertz? Compare o número de 'ciruitos do cérebro' com os do
> processador.
O funcionamento do neurônio é eletroquímico. A transmissão química, se
não me engano, limita os ciclos a cerca de 100 Hz. Logo, um neurônio
não pode competir nem com computadores mecânicos em termos de
processamento sequencial. No entanto, o cérebro tem uma grande vantagem
em termos de processamento paralelo e reconhecimento de padrões.
-=*##>>Quanto a transmissão química nada me ocorre. Aliás, nem mesmo estou
entendo o que quis dizer. Mas, saberia informar quantos ciclos de 100 Hz
estão disponíveis no computador e no cérebro?<<##*=-
Boa noite,
-- Kaufmann
-=*##>>Bom dia,
Antonio Renato.<<##=-
-=*##>>Em tempo: Esta está me parecendo uma conversa de botequim.<<##*=-
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2002 11:10
----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, September 28, 2002 1:10 AM
Subject: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
Sérgio,
> Claro que vc pode sempre apresentar a dedução de Shrondinger e provar-
> me que ele não usou principio fisicos básicos durante a mesma. Ai vc
> me convencerá. :-)
Então veja em "The conceptual development of quantum mechanics",
de Max Jammer, McGraw-Hill, seção 5.3. Schrödinger não derivou sua equação
a partir da versão clássica de E = T + V e nem da sua versão com
operadores. Isso é historinha de livro-texto. Esse negócio da substituição
por operadores apareceu depois da equação de Schrödinger.
" Sobre o assunto principal, se a fórmula de de Broglie implica numa
união entre a quântica e a relatividade restrita de forma a dispensar a
elaboração de uma teoria quântico-relativística nova, que é o que entendi
da sua colocação. Se eu entendi errado, grite."
Isso é só metade do assunto. O assunto realmente principal era entender pq
dizem que a MQ e a RG são dijuntas de forma a precisarem de uma terceira.
Eu oiço falar muito nisso, mas não vejo nada que diga "temos que encontrar
outra teoria"
"Bom, você mesmo disse em
outro e-mail que a equação de Schrödinger não é invariante sob Lorentz
porque usou elementos não-relativísticos, como a expressão da energia
cinética. Sendo assim, mesmo considerando verdadeiro tudo o que você disse
a respeito da fórmula de de Broglie, esta última não implica numa união
entre a quântica e a relatividade da forma como entendi que você colocava.
Pois foram introduzidos, na derivação da eq. de Schrödinger, elementos
não-relativísticos que "estragaram" tudo, a ponto de ela não ser mais
Lorentz-invariante".
Como eu referi, foi por causa disso que Klein e Gordon tentaram usar a
formula da relatividade com os mesmos operadores, tentando obter uma formula
semelante à de shronfinger mas que fose L-invariante.
A questão é que ou tentarem isso deu em nada. Depois veio Dirac e tal..
O problema é que essas formulas não são iguais à de Shrondinger.
Essas eq são sempre de particulas livres enqaunto a de S pode ser ou não.
(Dependendo do valor de V)
Ora bolas, o atomo é explicado pela eq de Shrondinger! Usando um potencial
electrico
Agora, descendo aos detalhes infernais :)
" Sobre a fórmula E = T + V. Ela era, é claro, conhecida no tempo de
Schrödinger e de Broglie. Mas a fórmula E = T + V, com E e T operadores
diferenciais (e não números), ao contrário do que você parece querer dizer,
é inteiramente diferente da original, e não era conhecida naquele tempo
(como eu disse acima, Schrödinger não a usou)."
Eu vou ver isso...
"Não se trata de uma
diferença matemática inócua: a diferença é fundamental. Pois, para se
chegar a ela, é necessário dar o passo de substituir E e T por operadores
correspondentes (não dá pra se livrar disso considerando EA = TA + VA ao
invés de E = T + V, como tento mostrar abaixo). Esse artifício é posterior
a Schrödinger e já é uma conseqüência dos postulados da mecânica quântica."
Vc disse que a eq de Shrondinger não poderia ser derivada APENAS dos
postulado de Broglie.
Vc disse "podia" , vc não disse "Shrondinger não a derivou apenas do
principio de broglie"
Ou seja, eu apenas tentei mostrar que sim é possivel derivá-la APENAS
daquele principio.
E vc me responde com uma conversa paralela dizendo que matemática e a lei da
conservação da energia são EXTRAS.
Ora, contra isto eu argumentei dizendo que Shrondinger tb terá seguido
pincipios fisicos aceites à epoca para derivar a sua teoria.
Vc pode invocar que ele usou o Hamiltoneano, ou o Lagrangeano, mas tudo isso
advém daquela lei de conservação.
Vc pediu uma demo de como a ideia de Broglie resultava na eq de Shrondinger
e eu lha dei.
E lhe expliquei pq ela não L-invariante (dizem que não é , não confirmei) e
pq Klein e Gordon tentaram outra eq que era.
Pura e simples substituição de operadores, ai sim.
> Contudo, eu não usei a noção de operador. Para isso teria de tirar o
> A da formula. Para todos os efeitos aquilo são numeros sim.
Do jeito que sua demonstração está, ela parece usar operadores,
sim. Veja: você obteve pA = -iHdA/dx,
Não, eu não escrevi pA eu escrevi p = - i H dA/dx
e expressão análoga para a energia.
"A seguir, você substuiu essas expressões em
E = T + V, ou, mais precisamente, em EA = TA + VA."
Em E=T+V sim, não na outra.
"Se eu considerasse p
como operador, posso simplesmente substituir p = -iH d/dx "
Mas não foi isso que eu fiz.
"Mas, se eu
quiser mexer apenas com números e funções, vou ter que substituir pA = -iH
dA/dx de alguma forma em EA = TA + VA. Mas não aparece pA nessa fórmula,
aparece é p**2.A. Então, não posso perceber como é que você conclui, por
exemplo, que:
TA = 1/2m . p**2 . A = (-iH)**2 d2A/dx2"
se p = - i H dA/dx então eu faço f = p e calculo p novamente para esta nova
onda f
Depois volto a por tudo em função de A e obtenho p²
a não ser que você substitua o operador p = iH d/dx em p**2, e só depois o
aplique em A.
Não, eu não preciso do operador.
O operador aparece depois como uma ferramenta util , mas ele não tem qq
significado fisico.
Mas eu posso pensar sempre em termos de funções de onda.
" O que estou tentando argumentar com tudo isso é que, se você disse
- ou então levei ao pé da leltra demais - que toda a mecânica quântica pode
ser derivada da fórmula de de Broglie, há entretanto princípios da mecânica
quântica que não são derivados dessa fórmula. Um deles é, como tentei
argumentar acima, a substituição de E e T pelos operadores correspondentes."
Eu vejo isso como um absurdo.
A Segunda lei de Newton é: "A velocidade varia de forma directamente
proporcional à força"
O que vc está a dizer é que desta frase eu não posso inferir F = m dv/dt =
ma pq a definição a = dv/dt não faz parte das leis de Newton
Isso é um absurdo para mim.
Mas a questão era: Qual é o problema em que a MQ apresenta resultados
diferentes da RG ?
Sérgio
SUBJECT: Re: Números e operações
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/09/2002 13:30
E não é que era um kook mesmo?
Antônio Renato diz:
-=*##>>Em tempo: Esta está me parecendo uma conversa de
botequim.<<##*=-
É por isso que estou parando por aqui. Eu falo de ciência, tento usar
apenas pontos de vista que podem ser obtidos através de observação
consensualmente satisfatória, evito ao máximo cagar regra. E você me
vem com coisas como "Somos castrados em nossas potencialidades",
"Cérebro é organismo virtual. Nele temos representações de todos os
órgãos", "Se o computador é insuficiente para 'cálculos avançados'...
O cérebro que pariu o computador comporta muito mais", etc.
Filosofia de botequim, onde cada um afirma o que quer e não permite que
pequenos detalhes como razão, base experimental e fundamento teórico
ofusquem sua regra. Nada de errado com isso, cada um pode fazer o que
quiser com seu tempo vago. Mas não é uma troca de idéias, não
corresponde à minha noção de uma conversa produtiva.
Em resumo: quando eu ver você disposto a discutir realidades, teorias
fundamentadas, e argumentos embasados, voltarei à conversa.
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: [ciencialist] Filmes Sci-Fi anos 70
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/09/2002 22:26
Já tentou na locadora Sétima Arte (www.7arte.com.br)?
Eu consegui alguns filmes antigos com o pessoal de l´.
Sandra
>From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Filmes Sci-Fi anos 70
>Date: Fri, 27 Sep 2002 14:52:27 -0500
>
>Onde -- ó raios -- encontro para alugar os filmes:
>
>Demon Seed (Proteus)
>Logan's Run (Não sei o título em português; é com o Michael York)
>THX-1138 (o primeiro longa do George Lucas)
>Alphaville (do Godard)
>
>Takata?
>
>[]
>
>Alexandre Medeiros
>"Eppur se muove..." (Galileu)
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
_________________________________________________________________
MSN Photos é a maneira mais fácil e prática de editar e compartilhar sua
fotos: http://photos.msn.com.br
SUBJECT: A relatividade em teste
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2002 23:12
Em 06 de setembro deste ano a revista Nature publicou a notícia "First
gravity measurement this weekend -- Scientists jump at the chance to test
Einstein's general theory of relativity". A notícia ainda pode ser lida na
íntegra em http://www.nature.com/nsu/020902/020902-13.html
O que aconteceu desde então (7 e 8 de setembro)? Porque o mundo científico
se calou frente a um assunto de tamanha importância?
O artigo diz que os resultados serão liberados dentro de dois meses. Muito
justo. Quero crer que um artigo deste naipe deva levar algum tempo para uma
publicação oficial. Mas lembro também que em 1919 a relatividade geral foi
posta a prova pela primeira vez, o cenário foi o Ceará, aqui no Brasil, e
em menos de 24 horas (reforço a estranheza lembrando que naquela época não
existiam ainda computadores) o mundo inteiro estava comemorando o fato de
que a teoria da relatividade QUASE passou no teste. [Digo quase pois existe
uma diferença de uns míseros 7 segundos por século e que incomoda
sobremaneira os relativistas, pois trata-se de uma prova concreta de que
algo está errado no mundo relativístico.] Chegaram mesmo a acordar o
Einstein de madrugada, pois diz o anedotário que ele teria sido o único
físico a dormir aquela noite.
Os tempos parecem ser outros: Estamos a vinte dias de um feito relativístico
que poderá ter sido notável e até agora nada!!!! Nenhuma notícia, extra
oficial que seja, a nos dizer que a relatividade QUASE passou por mais um
teste. Ou será que não passou? Bem, neste caso justificam-se dois meses para
a criação de novas hipóteses "ad hoc" a transformarem um novo falseamento
num novo QUASE sucesso.
Se alguém souber alguma coisa a respeito gostaria de ser informado, pois
como todos sabem sou um profundo admirador da física moderna, incluindo a
relatividade e a quântica.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: O cérebro e as cores
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2002 23:36
Gostaria de saber do pessoal ligado a neurologia, como o cérebro processa e interpreta as cores: isso se dá de acordo com o comprimento de ondas e portanto o processamento ocorre em diferentes lugares ou regiões do cérebro ou, não, todo o processamento das cores e interpretação ocorre no mesmo lugar?
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fw: O cérebro e as cores
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/09/2002 23:37
Gostaria de saber do pessoal ligado a neurologia, como o cérebro processa e interpreta as cores: isso se dá de acordo com o comprimento de ondas e portanto o processamento ocorre em diferentes lugares ou regiões do cérebro ou, não, todo o processamento das cores e interpretação ocorre no mesmo lugar?
Obrigado.
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Filmes Sci-Fi anos 70 (Zardoz)
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 01:07
Conhecem Zardoz, com o Sean Conery. Um filme louco em um futuro
distante. Ele é conhecido por sua enorme cabeça flutuante de pedra.
É bem anos 70, com uma certa influência dos anos 60. Vi há muitos
anos, quando adolescente. Queria ver de novo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: De Carlos Alberto Para Ligia Gallo.
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 01:42
Como não faz sentido Lígia?! Formulei a pergunta com base em uma leitura
sobre evolução estelar. Algumas estrelas como massas superiores a três
massas solares, (super novas) implodem em estrelas de neutrons que são o
resultado do esmagamento que a força gravitacional opera empurrando tudo
qto é de eletrons em direção aos núcleos. Em todo caso, se na realidade não
é possível, como vc diz, em tese é, então gostaria de saber, em tese, que
força seria necessaria para empurrar um eletron para o interior de um núcleo
em que exista apenas um próton.
Beijos
Carlos
SUBJECT: Re: De Carlos Alberto Para Ligia Gallo.
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 03:57
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
>
> Como não faz sentido Lígia?! Formulei a pergunta com base em uma
leitura
> sobre evolução estelar. Algumas estrelas como massas superiores a
três
> massas solares, (super novas) implodem em estrelas de neutrons que
são o
> resultado do esmagamento que a força gravitacional opera
empurrando tudo
> qto é de eletrons em direção aos núcleos. Em todo caso, se na
realidade não
> é possível, como vc diz, em tese é, então gostaria de saber, em
tese, que
> força seria necessaria para empurrar um eletron para o interior de
um núcleo
> em que exista apenas um próton.
>
Neutrons em um núcleo atômico normalmente não são resultantes da
simples adição de prótons e elétrons, mas da destruição de prótons,
com a "perda" de fótons de raio gama e neutrinos. Como os átomos são
forjados no interior de estrelas, vamos lá: Milhões de graus de
temperatura e pressões esmagadoras, a matéria em seu estado de
plasma... e a coisa toda muda de figura. E em estado de plasma,
núcleos e eletrosfera não existem, apenas gases de partículas
em "ebulição" movimentando-se freneticamente devido à excitação.
Tais partículas constantemente chocam-se entre si, desencadeando
reações proton-proton que promovem a fusão nuclear e núcleos de
hidrogênio transformam-se em hélio e este em elementos mais pesados,
no caso de uma estrela que ainda possua estoques. A liberação
constante de fótons de raio gama pela fusão nuclear é o que faz a
estrela brilhar... e quando o estoque acaba, a estrela "implode"
devido à tentativa de conservar o calor necessário para a "queima" de
elementos mais pesados.
Uma estrela de nêutrons é formada quando a pressão interna e a força
gravitacional do núcleo estelar decorrentes da "implosão"
possibilitam que haja a "compactação" da matéria, o que
corresponderia a um gás denso de partículas como nêutrons, elétrons e
prótons. Em decorrência da degenerecência ( perda de propriedades )
do núcleo estelar devido ao colapso, aí sim pode ocorrer
decaimentos "inversos", como seja, partículas *beta* ( elétrons )
colidindo com prótons e gerando nêutrons. Isso não ocorre
normalmente devido ao princípio da lei da conservação, que determina
que o que for resultante da reação de partículas elementares seja
compatível com o que deu início à reação.
Achei um site onde comenta-se sobre as principais equações
utilizáveis para a tal formação de nêutrons:
http://astro.if.ufrgs.br/evol/node54.htm
Lá perto do final da página, depois de afirmarem que ainda não há uma
equação específica para estrelas de Nêutrons, há uma indicação da
energia de Fermi da ordem de Ef ~ 30 MeV que seria a energia cinética
que incrementa a pressão interna desse tipo de estrela e possibilita
formação de nêutrons pelo decaimento *beta* inverso.
O site todo fala sobre interiores estelares. Compensa ver:
http://astro.if.ufrgs.br/evol/node3.htm
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 09:21
> > Douglas: Sua definição está incompleta. Falta um termo.
> > Estaria certa desta forma:
> > P = conjunto das coisas com quatro pernas (=patas);
> > Q = conjunto das coisas com quatro pernas (=objetos de madeira);
> > C := conjunto dos cachorros;
> > M := conjunto das mesas.
> >
> > O problema, repito mais uma vez, é a existência de quatro termos.
> >
> > DFG
>
> Não... se este fosse o problema, a questào entre pernas e patas, o
seguinte
> silogismo (que possue a mesma estrutura) teria validade.
>
> Todo cachorro tem quatro pernas.
> Todo gato tem quatro pernas.
> Um cachorro é um gato.
Douglas: Este silogismo não possui a mesma estrutura. Veja:
Todo cachorro possui quatro patas: A é B
Toda mesa possui quatro pernas: C é D
Logo todo cachorro é uma mesa: A é C
Todo cachorro tem quatro pernas: A é B
Todo gato tem quatro pernas: C é B
Logo todo cachorro é gato: A é C
> Nem sequer o problema do silogismo está no número de termos. Posso fazer
um
> silogismo de três termos incorreto,
Douglas: Há silogismos de três termos incorretos. São 8 as regras para
verificar a validade de um silogismo.
No caso do silogismo que vc inventou, ele viola a regra que diz que o termo
médio deve ser tomado universalmente pelo menos uma vez.
> e um de
> quatro, cinco ou até mais correto.
Douglas: Não há silogismo de quatro ou mais termos
> Animais de sangue quente não precisam se deitar ao Sol.
> Todo manífero tem sangue quente.
> Os cachorros são maníferos.
> Os cachorros não precisam se deitar ao Sol.
Douglas: Isto é um silogismo composto. Se vc o decompor verá que todos os
silogismos possuem 3 termos:
Animais de sangue quente não precisam se deitar ao sol:
Todo mamífero tem sangue quente:
Logo os mamíferos não precisam se deitar ao sol
Termo maior: Todo mamífero
Termo menor: Animais de sangue quente
Termo médio: que possuem sangue quente
Os mamíferos não precisam se deitar ao sol
O cachorro é um mamífero
Logo o cachorro não precisa se deitar ao sol
Termo maior: cachorro
Termo menor: mamiferos
Termo médio: não precisar de se deitar ao sol
> A questão é simples,
Douglas: Realmente é simples: não há silogismo de quatro termos.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 09:36
Não. Uma Coisa Com Quatro Pernas é qualquer item material dotado de
quatro extremidades aproximadamente verticais nas quais se apóia a
maior parte da coisa. Logo, tanto cachorros quanto mesas são Coisas Com
Quatro Pernas, e a minha definição original vale.
Douglas: Aí já é erro de portugues. No caso da mesa, o termo "pernas" é
metafórico.
quando uma mesa possui " três extremidades aproximadamente verticais nas
quais se apóia a
maior parte da coisa" ela não possui pernas?
Bom dia
DFG
SUBJECT: Sabores...
FROM: "Wellington Nogueira" <oliveiraw@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 10:38
Tive a oportunidade de ver um colóquio da professora Renata Funchal sobre
neutrinos. Uma das coisas que ela citou e que logo fiquei curioso foi:
"sabor" de uma partícula. Gostaria de saber o que é exatamente o "sabor".
Desde já obrigado!
[]'s
Wellington N. de Oliveira
Física - Unesp
"Physics is to Mathematics what Sex is to Masturbation"
Richard Feynman
SUBJECT: Re: Sabores...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 11:26
--- Em ciencialist@y..., "Wellington Nogueira" <oliveiraw@u...>
escreveu
> Tive a oportunidade de ver um colóquio da professora Renata Funchal
sobre
> neutrinos. Uma das coisas que ela citou e que logo fiquei curioso
foi:
> "sabor" de uma partícula. Gostaria de saber o que é exatamente
o "sabor".
>
> Desde já obrigado!
Sabor é um termo que designa "diferenças" entre partículas que por si
são semelhantes, diferindo apenas pela forma como são encontráveis.
O termo é usado para a descrição de características de partículas
elementares conhecidas como quarks, como sejam suas cargas
(fracionárias) e suas disposições na aparente estrutura interna dos
bárions. E esses quarks são conhecidos justamente por seus sabores,
como sejam: up (u), down (d), strange (s), charm (c), top (t) e
bottom (b), ou "para cima", "para baixo", "estranho", "charmoso", "o
de cima" e "o de baixo". E cada quark tem uma antipartícula de mesma
massa mas de carga oposta. Assim, partículas maiores e mais
conhecidas teriam sabores decorrentes da "adição" dos sabores dos
quarks componentes das mesmas. Cada bárion ( prótons e nêutrons )
seria por exemplo constituído por 3 quarks. Nêutrons teriam
um "sabor" "udd" e um prótons "uud". Fala-se ainda em sabores dos
isótopos de um mesmo elemento justamente pelas diferenças
relacionadas à existência ou não de mais ou menos nêutrons, por
exemplo. Caso do Hidrogênio que aparece nos sabores Hidrogênio,
Deutério e Trítio.
No caso do próton uud que apresenta uma carga + 1, esta seria o
resultado da somatória das respectivas cargas de seus quarks
componentes, como seja: 2 "up" + 1 "down" = 2/3 +2/3 + ( - 1/3 )=
4/3 - 1/3 = 1.
Um site que explica direitinho e de onde pude tirar essas informações
é:
http://inorgan221.iq.unesp.br/quimgeral/maria/quarks.htm
Mais sobre quarks:
http://www.geocities.com/guri.geo/quark.htm
http://www.if.ufrgs.br/~betz/coloquio/qcd.html
http://www.colegioanchieta-ba.com.br/profs/fisica/fis_bat/atomo.htm
Lígia
SUBJECT: Re: Falácias
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 14:18
Os kooks se proliferam aqui...
On Sunday, September 29, 2002, at 01:19 PM,
ciencialist@yahoogrupos.com.br wrote:
> Mensagem: 10
> Data: Sun, 29 Sep 2002 09:36:23 -0300
> De: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
> Assunto: Re: Re: Falácias
>
>
> Não. Uma Coisa Com Quatro Pernas é qualquer item material dotado de
> quatro extremidades aproximadamente verticais nas quais se apóia a
> maior parte da coisa. Logo, tanto cachorros quanto mesas são Coisas Com
> Quatro Pernas, e a minha definição original vale.
>
> Douglas: Aí já é erro de portugues. No caso da mesa, o termo "pernas" é
> metafórico.
> quando uma mesa possui " três extremidades aproximadamente verticais
> nas
> quais se apóia a
> maior parte da coisa" ela não possui pernas?
Sim, e quando um cachorro possui três extremidades aproximadamente
verticais nas quais se apóia a maior parte da coisa ele também possui
pernas. E daí? Repito: se você não entende que é um erro de lógica _e
não de português_, pense direito sobre o problema dos cachorros e gatos.
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: Falácias
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 14:22
Seguindo a lógica do "pernas não são pernas":
On Sunday, September 29, 2002, at 01:19 PM,
ciencialist@yahoogrupos.com.br wrote:
>
> Mensagem: 9
> Data: Sun, 29 Sep 2002 09:21:31 -0300
> De: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
> Assunto: Re: Re: Falácias
>>
>> Não... se este fosse o problema, a questào entre pernas e patas, o
> seguinte
>> silogismo (que possue a mesma estrutura) teria validade.
>>
>> Todo cachorro tem quatro pernas.
>> Todo gato tem quatro pernas.
>> Um cachorro é um gato.
>
> Douglas: Este silogismo não possui a mesma estrutura. Veja:
>
> Todo cachorro possui quatro patas: A é B
> Toda mesa possui quatro pernas: C é D
> Logo todo cachorro é uma mesa: A é C
>
> Todo cachorro tem quatro pernas: A é B
> Todo gato tem quatro pernas: C é B
> Logo todo cachorro é gato: A é C
>
Ora, mas "pernas de gato" não são "pernas de cachorro"! As pernas de
gato são mais curtas, a morfologia das patas é diferente, a coloração
também... O conjunto das pernas de gato é B, o das pernas de cachorro é
D != B, logo o segundo silogismo também tem essa estrutura!
-- Kaufmann, começando a ponderar uma saída à francesa
SUBJECT: Re: O cérebro e as cores
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 14:22
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Gostaria de saber do pessoal ligado a neurologia, como o cérebro
processa e interpreta as cores: isso se dá de acordo com o
comprimento de ondas e portanto o processamento ocorre em diferentes
lugares ou regiões do cérebro ou, não, todo o processamento das cores
e interpretação ocorre no mesmo lugar?
O site abaixo tem explicações interessantes:
http://www.enscer.com.br/enscer/art1/art1.htm
Entre elas:
CAPLAN (1995), por exemplo, identifica áreas específicas para
reconhecimento de cores e animais. Descreve que este reconhecimento
verbal ativa a porção média posterior do lobo temporal no hemisfério
esquerdo e também áreas contralaterais para uma identificação visual
no hemisfério direito. Esta comunicação inter-hemisférica é
possibilitada através das fibras do corpo caloso.
Parece que todos os estímulos são processados por áreas específicas
do cérebro mas que são de tal forma decodificados que dão a idéia de
continuidade e de uma percepção única, quando na realidade várias
percepções estão sendo analisadas. No caso das cores, ao que tudo
indica, o cérebro ainda tem condições de "criar" cores.
E... interessante: você está desenvolvendo que tipo de pesquisa
afinal de contas? Se for algo que estou pensando, um bom livro que
engloba tudo isso, de matéria sendo forjada em estrelas ao
funcionamento da mente na percepção da realidade é "O Universo
Autoconsciente" de Amit Goswami. E para a compreensão do
funcionamento do cérebro em especial, "O Erro de Descartes" do
Antonio Damásio dá uma boa base de pesquisa, não sendo contudo a
palavra final.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Falácias
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 14:41
--- Em ciencialist@y..., Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@o...> escreveu
> Os kooks se proliferam aqui...
Já é a terceira vez que eu leio você chamando gente da lista
de "kook". Então eu me pergunto: prá que chamar as pessoas disso?
Chamá-las de loucas, excêntricas a troco de que? Se você sabe de
algo e quer discutir, tente de forma civilizada apoiar suas idéias em
fundamentos racionais. Quem não o compreender não é necessariamente
um "kook". Antes, podem estar havendo erros de interpretação que não
necessariamente são indicativos de loucura, ou ainda formas de
expressão movidas por aquilo que motiva intimamente essas pessoas a
postarem mensagens por aqui e que não é de sua alçada.
Esta lista já esteve sob risco de se excluída da face do Yahoo devido
a este tipo de troca de gentilezas... não convém você continuar
insistindo em tratar os outros mal, ou ainda dar a entender a falta
de habilidade deles em compreender o que você fala. A não ser em tom
de brincadeira... o que não parece ser o seu caso. E não há motivo
algum de perder a paciência: tem gente que o entende, tem gente que
não... faz parte da vida e dos relacionamentos. Estressar-se por
causa disso acaba sendo, aí sim, um forte indicativo de problemas
nervosos e o chamar aos outros de "kook" pode ser um meio de
extravasar tal nervosismo... Como vê, tudo acaba sendo "forjado"
pela interpretação pessoal de quem lê. Eu interpreto seu
comportamento assim...
Lígia
SUBJECT: Inteligência...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 15:24
Uma piadinha religiosa só prá descontrair... e, diga-se de passagem,
achei o final muito justo!
Bjus, Lígia
**************************************
Inteligência.
Um dia, três homens estavam indo por uma trilha e
inesperadamente.....deram
com um enoooooorme rio, cheio de águas violentas.Eles precisavam ir
para
o outro lado, mas não sabiam o que fazer para atravessar o rio...
O primeiro homem ajoelhou-se e começou a rezar pedindo a Deus:
"Por favor, meu bom Deus, dê-me a força para atravessar este rio"...
... ppppppppppppppppppPPPPPUF!!!!!!!
Deus deu-lhe longos braços e pernas fortes... e ele foi capaz de
atravessar o rio a nado. Levou mais ou menos duas horas para fazer
isso....
quase que afundando umas duas ou três vezes....mas ... conseguiu!
Por ter visto isso, o segundo homem.....rezou e pediu a Deus:
"Ó, Senhor, dê-me não somente forças, mas também ferramentas que me
ajudem a atravessar o rio..."
... ppppppppppppppppppPPPPPUF!!!!!!!............
Deus deu a este homem um bote e ele conseguiu atravessar o rio,
apesar do
bote ter quase virado várias vezes.....
O terceiro homem tinha visto todo o trabalho que os dois primeiros
homens tiveram para atravessar o rio... então ... pediu:
"Meu bom Deus, dai me a força, as ferramentas e.... Inteligência para
atravessar este rio"........
... ppppppppppppppppppPPPPPUF!!!!!!!
Deus transformou-o em uma mulher. Ela olhou no mapa, caminhou rio
acima mais uns quilômetros e atravessou a ponte.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Filmes Sci-Fi anos 70
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 18:19
"Logan's Run", o filme, passou no Brasil com o título "Fuga no Século
XXIII". Já a série televisiva foi exibida com o título "Fuga nas Estrelas",
somente para aproveitar a esteira de Star Wars, pois a série era toda
passada na Terra e somente em dois episódios - "The Collectors" e
"Stargate"- aparecem alienígenas. Curiosamente, em "The Colllectors" a
alienígena é interpretada por Angela Cartwright (Penny Robinson, alguém
lembra dela?:)
[ ]s
Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
> >From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> >Onde -- ó raios -- encontro para alugar os filmes:
> >
> >Demon Seed (Proteus)
> >Logan's Run (Não sei o título em português; é com o Michael York)
> >THX-1138 (o primeiro longa do George Lucas)
> >Alphaville (do Godard)
> >
> >Takata?
> >
> >[]
> >
> >Alexandre Medeiros
> >"Eppur se muove..." (Galileu)
SUBJECT: Re: O cérebro e as cores
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 19:03
Se eu não me angano, no olho existem receptores apra três cores:
azul, vermelho e amarelo (ou seria verde?). Essas são, portanto,
cores puras, e a maior parte das culturas terá nomes para elas. O
cérebro combina essas três cores para produzir as outras.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 19:36
Rafael Kaufmann Nedal,
Devido a sua delicada mensagem, não me resta mais nada a dizer a não
ser: vai estudar. Depois nós voltamos a conversar.
- Maritain, Jacques. Introdução a Lógica Menor. Curso de filosofia volume
dois. Acabou de ser reeditado. Não sei por qual editora;
- Frege, Gottlob. Lógica e Filosofia da Linguagem. Cultrix. Acho que está
fora de catálogo;
- Mortari, Cezar A. Introdução ã Lógica. Unesp.
- Copi, Irvin. Introdução a Lógica. Reeditado a pouco tempo. Ed. Mestre Jou.
- Margutti, Paulo Roberto. Introdução a Lógica simbólica. UFMG;
- Mora, J. Ferrater & Le Blanc Hugues. Lógica Matamática (não no sentido de
Russerl). Só importado.
- Hodges, Wilfred. An introduction to elementary logic. Só importado.
SUBJECT: curso de lógica I
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 19:54
Brevissímo curso de lógica clássica (não confundir com neoclássica).
Lógica: ciência que estuda os princípios das inferências válidas.
Lógica clássica: Lógica menor ou Aristotélica (incluindo a contribuição dos
Estóicos, Mas esta última eu vou deixar de lado).
Obras sobre lógica escritas por Aristóteles:
- Categorias;
- De Interpretatione (não sei se tem tradução);
- Primeiros analíticos;
- Segundos analíticos;
- Tópicos;
- Das refutações Sofisticas.
Vou deixar a Lógica Maior de lado.
Premissa:
- Todo juízo pode ser colocado na forma S é P.
- Silogismo categórico: é o argumento pelo qual, de um antecedente que liga
dois termos a um terceiro, se infere uma consequência. Logo um silogismo
possui apenas três termos.
a- Todo homem (termo médio) é mortal (termo maior)
b- Kaufmann (termo menor) é homem (termo médio)
c- logo (inferência, e é apenas desta que a lógica trata)
d- Kaufmann é mortal (conclusão)
ou
a- primeira premissa
b- segunda premissa
c- inferência
d- conclusão ou consequênte.
a e b são antecedentes
SUBJECT: Curso de lógica II
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 20:05
Regras do Silogismo:
São oito:
1- Sempre três termos;
2- Os termos nunca devem ser maiores na conclusão do que nas premissas;
3- O termo médio nunca deve aparecer na conclusão;
4- O termo médio deve ser universal pelo menos uma vez;
5- De duas premissas negativas nada resulta;
6- De duas premissas particulares nada resulta;
7- A conclusão segue sempre a "pior" premissa (por ordem: AEIO);
8- Se as premissas estão afirmando, a conclusão não pode negar.
Regra um:
Válido:
Todo inseto (termo médio) tem seis patas (termo maior)
A abelha (termo menor) é um inseto (termo médio)
logo a abelha tem seis patas
Note que o termo médio liga as duas premissas e nãoaparece na conclusão
Não válido (não se diz "inválido"):
Todo inseto (termo 1) tem seis patas (termo 2)
Tal politico (termo 3) é um inseto (termo 4)
Logo tal político tem seis patas
Não válido por ter quatro termos e violar a regra um.
SUBJECT: curso de lógica III
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 20:17
Como saber se um termo é maior ou menor?
Conferindo sua extensão.
Se é tomado universalmente é maior, se tomado particularmente é menor.
Exemplo:
Todo cachorro é mortal.
Todo cachorro: é tomado universalmente, termo maior.
Algum cachorro é mortal.
Algum cachorro: é tomado particularmente (não todos, mas algum), termo
menor.
Quando o sujeito é tomado universalmente, o predicado é tomado
particularmente.
Quando o sujeito é tomado particularmente, o predicado é tomado
universalmente.
Exemplos:
Todo A é B
A: universal (maior)
B: particular (menor)
Nenhum A é B
A: menor
B: maior
Algum A não é B
A: menor
B: maior
Algum A é B
A: maior
B: menor
SUBJECT: curso de lógica IV
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 20:29
Segunda regra
Os termos não podem ser maoir na conclusão do que na premissa.
Exemplo:
Não válido:
Todo internauta (termo médio) é racional (termo menor)
Nenhum filósofo (termo maior) é internauta (termo médio)
Logo: Nenhum filosofo (maior) é racional (maior)
O termo racional foi tomado particularmente na premissa e universalmente na
conclusão.
Válido:
Nenhum mamífero (termo médio) é pássaro (termo maior)
Algum mamífero (termo médio) é animal que voa (termo menor)
logo algum animal que voa não é passaro
Algum animal que voa: particula na premissa e na conclusão
Pássaro: Universal na premissa e particular na conclusão.
A premissa que contém o termo maior é chamada de premissa maior.
A premissa que contém o termo menor é chamada de premissa menor.
SUBJECT: Re: Fw: Espaço curvo
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 21:14
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
>
> ----- Original Message -----
> From: Carlos Alberto
> To: ciencialist@y...
> Sent: Saturday, September 28, 2002 12:21 AM
> Subject: Espaço curvo
>
>
> Gostaria que fizessemos algumas discussões em torno desta questão:
>
> Se o espaço-tempo é curvo, não decorre daí que o universo,
necessariamente, esteja caminhando para um colapso?
Manuel: Mas o espaço-tempo pode ser "negativamente" curvo (ele se
curva "para fora"), caso em que o universo se expandirá para sempre
numa velocidade que tende a estabilizar-se num valor constante.
Caso a constante cosmológica de Einstein seja igual a zero, supondo-
se que o universo seja homogêneo e isotrópico e dependendo da
densidade da matéria, há três possibilidades: espaço-tempo com
curvatura negativa (universo aberto, i.e., sem colapso), espaço-tempo
com curvatura positiva (universo fechado, i.e., com colapso) e espaço-
tempo plano (o universo se expandirá para sempre, mas a velocidade de
expansão torna-se cada vez menor com o passar do tempo).
Sendo a constante cosmológica de Einstein diferente de zero, qualquer
tipo de geometria espacial poderá ocorrer com qualquer tipo de
evolução de tempo.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] A relatividade em teste
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 21:30
O problema é que existe uma grande conspiração de todos os físicos
relativistas para impedir que as deficiências da GR sejam conhecidas. Mesmo
que tais deficiências estejam estampadas em todos os livros-texto e que
todas as outras 40 teorias concorrentes sejam inferiores em termos
preditivos. Vá entender esses físicos, né?
Depois dizem que não há "kooks", "crancks" e "shitpots" nessa lista...
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 28 de Setembro de 2002 23:12
Assunto: [ciencialist] A relatividade em teste
> Em 06 de setembro deste ano a revista Nature publicou a notícia "First
> gravity measurement this weekend -- Scientists jump at the chance to test
> Einstein's general theory of relativity". A notícia ainda pode ser lida
na
> íntegra em http://www.nature.com/nsu/020902/020902-13.html
>
> O que aconteceu desde então (7 e 8 de setembro)? Porque o mundo
científico
> se calou frente a um assunto de tamanha importância?
>
> O artigo diz que os resultados serão liberados dentro de dois meses.
Muito
> justo. Quero crer que um artigo deste naipe deva levar algum tempo para
uma
> publicação oficial. Mas lembro também que em 1919 a relatividade geral
foi
> posta a prova pela primeira vez, o cenário foi o Ceará, aqui no Brasil, e
> em menos de 24 horas (reforço a estranheza lembrando que naquela época
não
> existiam ainda computadores) o mundo inteiro estava comemorando o fato de
> que a teoria da relatividade QUASE passou no teste. [Digo quase pois
existe
> uma diferença de uns míseros 7 segundos por século e que incomoda
> sobremaneira os relativistas, pois trata-se de uma prova concreta de que
> algo está errado no mundo relativístico.] Chegaram mesmo a acordar o
> Einstein de madrugada, pois diz o anedotário que ele teria sido o único
> físico a dormir aquela noite.
>
> Os tempos parecem ser outros: Estamos a vinte dias de um feito
relativístico
> que poderá ter sido notável e até agora nada!!!! Nenhuma notícia, extra
> oficial que seja, a nos dizer que a relatividade QUASE passou por mais um
> teste. Ou será que não passou? Bem, neste caso justificam-se dois meses
para
> a criação de novas hipóteses "ad hoc" a transformarem um novo falseamento
> num novo QUASE sucesso.
>
> Se alguém souber alguma coisa a respeito gostaria de ser informado, pois
> como todos sabem sou um profundo admirador da física moderna, incluindo a
> relatividade e a quântica.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: curso de lógica V
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 21:53
Regra três:
O termo médio não deve aparecer na conclusão. Por motivos obvios.
Regra quatro:
O termo médio deve ser universal pelo menos uma vez.
Não-válido:
Nenhum mamífero voa
Nenhum ser que voa respira debaixo da água
Logo nenhum mamífero respira embaixo da água
Este silogismo traz uma ensinamento importante:
Para a lógica não interessa se a conclusão é verdadeira, mas se a inferência
é válida.
Assim:
Todo elefante é um pangaré.
O cachorro é um elefante
logo o cachorro é um pangaré
O Silogismo é válido, apesar das premissas e conclusões serem falsas.
Ë por isso que a lógica é uma ciência formal como a matemática.
2 unicórnios + 2 unicórnios = 4 unicórnios, independente de existirem
unicórnios ou não
SUBJECT: curso de lógica VI
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 22:02
Regra quatro:
O termo médio deve ser universal pelo menos uma vez.
Não-válido:
Nenhum mamífero (universal) voa (particular)
Nenhum ser que voa (particular) respira debaixo da água (universal)
Logo nenhum mamífero respira embaixo da água
O termo "animal que voa" é tomado particularmente nas duas premissas.
Regra cinco:
De duas negativas nada resulta.
Exemplo:
Nenhum homem é jacaré
Nenhum jacaré é elefante
logo nenhum homem é elefante
A conclusão pode ser verdadeira, mas a inferência não é válida.
Tente encontrar a conclusão:
Nenhum psicótico deseja
Nenhum ser que deseja não passou pelo Édipo
Logo ...
Já adianto que é impossível chegar à conclusão.
SUBJECT: Re: [ciencialist] A relatividade em teste
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/09/2002 22:12
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Sunday, September 29, 2002 9:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] A relatividade em teste
> Depois dizem que não há "kooks", "crancks" e "shitpots" nessa lista...
Dizem???? Quem??? Nunca ouvi tal disparate. Na ciencialist existe de tudo e,
via de regra, são todos assumidos. Existe até mesmo... Bem, deixa pra lá.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: A relatividade em teste
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/09/2002 23:15
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> O problema é que existe uma grande conspiração de todos os físicos
> relativistas para impedir que as deficiências da GR sejam
conhecidas. Mesmo
> que tais deficiências estejam estampadas em todos os livros-texto e
que
> todas as outras 40 teorias concorrentes sejam inferiores em termos
> preditivos. Vá entender esses físicos, né?
>
> Depois dizem que não há "kooks", "crancks" e "shitpots" nessa
lista...
Kooks? Crancks? Shitpots? O que é isso?
[]s
Manuel
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 00:26
Puxa, e eu que pensei que a parte das "40 teorias" ia chamar a atenção!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 29 de Setembro de 2002 23:15
Assunto: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> O problema é que existe uma grande conspiração de todos os físicos
> relativistas para impedir que as deficiências da GR sejam
conhecidas. Mesmo
> que tais deficiências estejam estampadas em todos os livros-texto e
que
> todas as outras 40 teorias concorrentes sejam inferiores em termos
> preditivos. Vá entender esses físicos, né?
>
> Depois dizem que não há "kooks", "crancks" e "shitpots" nessa
lista...
Kooks? Crancks? Shitpots? O que é isso?
[]s
Manuel
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Curso de lógica II
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 01:23
Em Dom 29 Set 2002 20:05, you wrote:
> Regras do Silogismo:
>
> São oito:
> 1- Sempre três termos;
> 2- Os termos nunca devem ser maiores na conclusão do que nas premissas;
> 3- O termo médio nunca deve aparecer na conclusão;
> 4- O termo médio deve ser universal pelo menos uma vez;
> 5- De duas premissas negativas nada resulta;
> 6- De duas premissas particulares nada resulta;
> 7- A conclusão segue sempre a "pior" premissa (por ordem: AEIO);
> 8- Se as premissas estão afirmando, a conclusão não pode negar.
>
> Regra um:
>
> Válido:
>
> Todo inseto (termo médio) tem seis patas (termo maior)
> A abelha (termo menor) é um inseto (termo médio)
> logo a abelha tem seis patas
>
> Note que o termo médio liga as duas premissas e nãoaparece na conclusão
>
> Não válido (não se diz "inválido"):
>
> Todo inseto (termo 1) tem seis patas (termo 2)
> Tal politico (termo 3) é um inseto (termo 4)
> Logo tal político tem seis patas
>
> Não válido por ter quatro termos e violar a regra um.
Desculpe, mas isso não faz sentido. Vamos olhar para o silogismo válido e
inválido com atenção:
"Todo inseto" e "um inseto" são classificados no primeiro exemplo igualmente
como termo médio. No segundo exemplo, os mesmo termos são classificas como
termo um e termo quatro, sendo que a única mudança é a substituição de "A
abelha" por "Tal político". Por que a substituição de um termo pelo outro
modificou, dentro da mesma estrutura lógica, a classificação de outros termos?
Aniello
SUBJECT: Desconstruindo o curso de lógica
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 01:29
Do email curso de lógica I temos o exemplo
> a- Todo homem (termo médio) é mortal (termo maior)
> b- Kaufmann (termo menor) é homem (termo médio)
> c- logo (inferência, e é apenas desta que a lógica trata)
> d- Kaufmann é mortal (conclusão)
> ou
> a- primeira premissa
> b- segunda premissa
> c- inferência
> d- conclusão ou consequênte.
> a e b são antecedentes
do curso de lógica III temos:
> Como saber se um termo é maior ou menor?
> Conferindo sua extensão.
> Se é tomado universalmente é maior, se tomado particularmente é menor.
> Exemplo:
> Todo cachorro é mortal.
> Todo cachorro: é tomado universalmente, termo maior.
> Algum cachorro é mortal.
> Algum cachorro: é tomado particularmente (não todos, mas algum), termo
> menor.
Por esta classificação Todo home é o termo maior, e não o médio.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Curso de lógica II
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 02:02
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, September 30, 2002 1:23 AM
Subject: Re: [ciencialist] Curso de lógica II
> Em Dom 29 Set 2002 20:05, you wrote:
> > Regras do Silogismo:
> >
> > São oito:
> > 1- Sempre três termos;
> > 2- Os termos nunca devem ser maiores na conclusão do que nas premissas;
> > 3- O termo médio nunca deve aparecer na conclusão;
> > 4- O termo médio deve ser universal pelo menos uma vez;
> > 5- De duas premissas negativas nada resulta;
> > 6- De duas premissas particulares nada resulta;
> > 7- A conclusão segue sempre a "pior" premissa (por ordem: AEIO);
> > 8- Se as premissas estão afirmando, a conclusão não pode negar.
> >
> > Regra um:
> >
> > Válido:
> >
> > Todo inseto (termo médio) tem seis patas (termo maior)
> > A abelha (termo menor) é um inseto (termo médio)
> > logo a abelha tem seis patas
> >
> > Note que o termo médio liga as duas premissas e nãoaparece na conclusão
> >
> > Não válido (não se diz "inválido"):
> >
> > Todo inseto (termo 1) tem seis patas (termo 2)
> > Tal politico (termo 3) é um inseto (termo 4)
> > Logo tal político tem seis patas
> >
> > Não válido por ter quatro termos e violar a regra um.
>
> Desculpe, mas isso não faz sentido. Vamos olhar para o silogismo válido e
> inválido com atenção:
Douglas: Não é inválido, mas não válido. É termo técnico.
> "Todo inseto" e "um inseto" são classificados no primeiro exemplo
igualmente
> como termo médio. No segundo exemplo, os mesmo termos são classificas como
> termo um e termo quatro, sendo que a única mudança é a substituição de "A
> abelha" por "Tal político". Por que a substituição de um termo pelo outro
> modificou, dentro da mesma estrutura lógica, a classificação de outros
termos?
Douglas: No primeiro caso, inseto significa uma classificação de um animal
em ambas as premissas (são o mesmo termo) e no segundo caso, a classificação
de um animal (um termo) e um insulto (outro termo). Nem sempre palavras
iguais significam coisas iguais.
Toda mangueira possui mangas
Minha camisa possui mangas
logo minha camisa é uma mangueira
Existem quatro termos, apesar de dois deles serem designinados pela mesma
palavra (manga).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Desconstruindo o curso de lógica
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 02:05
> Do email curso de lógica I temos o exemplo
>
> > a- Todo homem (termo médio) é mortal (termo maior)
> > b- Kaufmann (termo menor) é homem (termo médio)
> > c- logo (inferência, e é apenas desta que a lógica trata)
> > d- Kaufmann é mortal (conclusão)
> > ou
> > a- primeira premissa
> > b- segunda premissa
> > c- inferência
> > d- conclusão ou consequênte.
> > a e b são antecedentes
>
> do curso de lógica III temos:
>
> > Como saber se um termo é maior ou menor?
> > Conferindo sua extensão.
> > Se é tomado universalmente é maior, se tomado particularmente é menor.
>
> > Exemplo:
>
> > Todo cachorro é mortal.
> > Todo cachorro: é tomado universalmente, termo maior.
>
> > Algum cachorro é mortal.
> > Algum cachorro: é tomado particularmente (não todos, mas algum), termo
> > menor.
>
> Por esta classificação Todo home é o termo maior, e não o médio.
Douglas: é um termo tomado universalmente. Os termos médios podem ser
tomados universalmente ou particularmente. O que vai definir se ele é um
termo médio ou não é se ele estiver ligando duas premissas.
DFG
SUBJECT: curso de lógica VII
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 02:14
Regra seis:
De duas particulares nada resulta.
Algum peixe é branco
Algum ser branco é albino
Algum peixe é albino
Não válido.
Regra oito:
As premissas afirmando a conclusão não pode negar.
Regra sete.
As sentenças podem ser:
A - Universal afirmativa: Todo homem é morta
E - Universal negativa: Nenhum homem é mortal
I - Particular afirmativa: Algum homem é mortal
O - Particular negativa: Algum homem não é mortal
A conclusão de um silogismo deve seguir a "pior" premissa, por ordem: AEIO
Exemplo:
Todo inseto possui seis patas (A)
uma abelha é um inseto (I)
logo uma abelha possui seis patas (I)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 02:20
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Sunday, September 29, 2002 11:15 PM
Subject: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
> Kooks? Crancks? Shitpots? O que é isso?
São termos provavelmente criados e/ou disseminados pelos relativistas
americanos para se referirem a todos aqueles que não desposam as suas
idéias. Dentre as 10 palavras mais citadas no grupo "sci.physics.relativity"
destaca-se a expressão crackpot, com significado similar. São termos também
muito utilizados por físicos medíocres brasileiros, e/ou amantes da física,
com a única finalidade de aparecer, pois não o conseguem de outra maneira.
São muito xucros e não estão devidamente preparados para defender suas
crenças, partindo então para o ataque. Sob esse aspecto, comportam-se à
semelhança de um shitpot quando com o sentido de "algo que atira para o
exterior" (vide abaixo). Ou seja, eles são exatamente aquilo que projetam em
seus semelhantes, algo que Freud já cansou de explicar. Pelo visto, não
servem nem mesmo para explicar o significado das palavras que utilizam sem
conhecê-las devidamente.
Nem todas essas palavras são encontradas em dicionário e às vezes aparecem
com outro sentido. A lista abaixo poderá ajudá-lo a que entenda os
xingamentos desses pobres coitados que têm se esforçado sobremaneira para
aparecer aqui na Ciencialist.
1) cranck:
a) instável, trêmulo, abalado, oscilante (Enc.britânica do Brasil)
b) a person with a strange fixed ideas; strange, eccentric (Oxford
Advanced Lerner´s Dictionary)
2) kook:
¤ a person who acts in a strange or crazy way (Oxford Advanced Lerner´s
Dictionary)
3) shitpot
¤ good faith = honestidade ou legalidade de propósito (your
Dictionary.com)
¤ shoot up = atirar ou atirar especialmente indiscriminadamente
(Merriam-Webster´s Collegiate Dictionary)
¤ shot out = algo que atira para o exterior (Merriam-Webster´s
Collegiate Dictionary)
O termo crackpot tem sido traduzido para o espanhol como científico
chiflado. Já apresentei um artigo a respeito na mensagem 6945 que está no
URL http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/6945 (A thread
inteira, intitulada "índice de incredibilidade" (nome dado pelo Takata ao
traduzir o "Crackpot index") pode ser lida a partir de
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/pot.htm
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Sem Big Bang, com Big Crunch
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 04:47
Oi,
Em resposta à mensagem do Carlos Alberto "Espaço curvo", escrevi:
<<Caso a constante cosmológica de Einstein seja igual a zero, supondo-
se que o universo seja homogêneo e isotrópico e dependendo da
densidade da matéria, há três possibilidades: espaço-tempo com
curvatura negativa (universo aberto, i.e., sem colapso), espaço-tempo
com curvatura positiva (universo fechado, i.e., com colapso) e espaço-
tempo plano (o universo se expandirá para sempre, mas a velocidade de
expansão torna-se cada vez menor com o passar do tempo).
<<Sendo a constante cosmológica de Einstein diferente de zero,
qualquer tipo de geometria espacial poderá ocorrer com qualquer tipo
de evolução de tempo.>>
Depois de responder, veio-me a seguinte idéia à cabeça: Nós, que
vivemos num universo em expansão, ficamos a perguntar se um dia o
espaço-tempo vai colapsar ou não. Mas caso exista vida inteligente
num universo em contração, com as galáxias (ou formações materiais
análogas) se aproximando cada vez mais uma das outras, que modelos
cosmológicos esses seres conscientes seriam capazes de bolar?
Um dos modelos, obviamente, seria o do universo fechado;
considerariam que o "atual" estado de contração do universo vai
culminar num Big Crunch daqui a alguns bilhões de anos, mas que à
fase de contração antecedeu um período de expansão cósmica em cuja
extremidade pretérita ocorreu um Big Bang.
Mas também não descartariam a hipótese de que o universo, embora
estivesse caminhando inevitavelmente para um fim, jamais teria
começado, isto é, haveria uma eternidade passada, ou então que, no
princípio, o universo consistia num espaço-tempo plano e vazio, mas
que, devido a um "salto relativístico" (algo tão súbito, descontínuo
e contingente quanto um salto quântico), de repende entortou, pouco
porém suficiente para desencadear um processo irreversível de
encurvamento positivo a culminar num Big Crunch.
Seria esse universo exdrúxulo, de passado aberto, apenas uma
possibilidade matemática? Ou seria ele compatível com a física do
universo factual, isto é, com a teoria da relatividade, a física
quântica e as leis da termodinâmica? E que tipo de estrutura teria
nele a matéria?
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Sem Big Bang, com Big Crunch (Adendo)
FROM: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 05:06
Oi,
No meu e-mail anterior, falei em espaço-tempo plano e vazio. Trata-se
do modelo cosmológico de De Sitter, também baseado na relatividade
geral: um universo estático que não contém matéria.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 07:46
>> Segundo eles, as loiras falsas são mais atraentes para os homens,
que as
> preferem como parceiras às verdadeiras.<<
Sérgio: Esta é a ideia mais estupida que ouvi nos ultimos tempos.
...............................
É estupido argumentar que o
tingir do cabelo tem alguma coisa a ver com isto, e muito mais
estupido é dizer que a perferencia dos homens pelas louras falsas tem
alguma coisa a haver.
..............................
Léo: De pleno e total acordo com o Sérgio. Particularmente acho as loiras deveras 'frígidas' e 'insossas'(?) (e acreditem na minha experiência nisso!) e jamais casaria com um desses exemplares. Prefiro a 'quentura' das morenas e nem me importo se tender para a nuance das mulatas. :-)))) Em nenhuma parte da evolução das espécies há algo de destaque para o fator 'loira'. Brrr!
SUBJECT: Desculpas
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 08:02
Bons dias
Estou chegando de 'um final de semana'.
Encontrei 40 msgs do "ciencialist". Me sinto muito bem em poder 'conversar'
com a intelectualidade deste forum. Mas neste momento de cansaço constato
presença de assuntos que são de meu interesse. A visão, os sabores, cérebro
digital ou não, etc.
Assunto que terei de consultar livros, já que a msg destinar-se-a à
"ciencialist".
Gostaria de fazer um apanhado interessando ao córtex, porção de matéria
cinzenta que recobre o cérebro. Creio que não lograria êxito em apenas uma
msg. No cérebro humano podemos observar arqueo, paleo e neocórtex.
O córtex compõe em camadas, classifcadas também como alocórtex e isocórtex.
E por aí vai. Não adianta: Vou ter de fazer consulta. Hoje terei um dia de
repouso e boa alimentação.
Atenciosamente, Antonio 'kook' Renato.
PS: E agora mais 11 msg.
SUBJECT: [RN] Loiros naturais
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 08:31
Loiros naturais vão desaparecer em 200 anos, diz estudo
Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/020927_louradtl.shtml?source=brasil-
txt
Últimos louros estarão na Finlândia, segundo cientistas
As últimas pessoas naturalmente loiras vão desaparecer dentro de 200 anos,
de acordo com cientistas.
Um estudo feito por pesquisadores na Alemanha afirma que pessoas com cabelo
loiro são uma espécie em extinção e estarão extintas até 2202.
Os cientistas prevêem que o último loiro natural vai nascer na Finlândia - o
país com a mais alta proporção de loiros.
Eles dizem que não há pessoas o suficiente com o gene que produz essa
característica atualmente para poder fazer com que ela continue existindo
além dos próximos dois séculos.
Loiras falsas
De acordo com a pesquisa, o problema é que cabelos loiros são resultado de
um gene recessivo.
Para que uma criança tenha cabelos loiros, é necessário que ela tenha os
genes nos dois lados da família na geração dos avós.
Os pesquisadores também acreditam que as loiras falsas podem ser culpadas
pelo desaparecimento das naturais.
Segundo eles, as loiras falsas são mais atraentes para os homens, que as
preferem como parceiras às verdadeiras.
Desvantagem
Mas Jonathan Rees, professor de dermatologia na Universidade de Edimburgo,
na Escócia, afirmou ser improvável que pessoas loiras desapareçam
completamente.
"Genes não desaparecem, a não ser que haja alguma desvantagem na sua
existência", disse ele à BBC.
"A única razão para que as pessoas loiras desaparecessem seria haver alguma
desvantagem nessa característica, o que eu não acho que seja o caso."
"A quantidade de loiros pode diminuir, mas eles não vão desaparecer",
afirmou.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 08:39
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Bakunin foi o teórico-mor do anarquismo. Não acha estranho
> considerar um anarquista 'entre parênteses' precisamente um dos que
> estabeleceram as fundações teóricas desse movimento político?
>
> Takata: Nao.
>
> Manuel: É! :-(
Entao vc tem q. colocar entre parenteses os anarquistas atuais -- ou
posteriores. Mas basicamente encaro isso como chamar a quimica atual
de alquimia e a alquimia de 'verdadeira quimica'. Claro, anarquismo
nao e' exatamente ciencia. Porem os conceitos se modificam -- podemos
ver q. sao poucos os q. defendem a visao do comunismo como era
defendida ha' 20 anos. (E' bem possivel q. dentro em pouco haja uma
nova volta e se retorne ao marxismo mais ranheta entre os
esquerdistas.)
> Manuel: Há, quando muito, uma analogia entre as asas do morcego e
> as de uma ave. Quanto às semelhanças entre comunismo e anarquismo,
> trata-se de uma homologia, ambos têm uma herança comum
Ue', asa de morcego e de ave tbm tem uma heranca em comum -- sao
derivacoes de apendices locomotores anteriores de um tetrapodo
ancestral.
Tto e' bobagem dizer q. sao essencialmente iguais q. ha' pouco vc
juntou um grupo anarquista com fascistas -- dando o exemplo do
partido anarquista italiano (partido anarquista nao e' um oximoro?).
> coletivos, pela "coisa pública', não estabelece nem deve
> estabelecer leis que determinem a divindade que devo acreditar,
> como devo rezar, etc.
E acaso deve estabelecer em quem devo votar e como devo votar?
> A "Vontade Geral", segundo Rousseau, é vontade GERAL, e não vontade
> DA MAIORIA, ou seja, trata-se de uma resultante de forças, apenas
> tendendo mais para o lado da força maior, naturalmente.
>
> Sou democrata, e não oclocrata. Ditador "eleito" por uma maioria
> despótica merece é bala no meio da testa.
Otimo. Dessa forma concluimos q. devemos respeitar o direito das
pessoas votarem nulo: por decisao circunstancial ou por principio.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Inteligência...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 08:47
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> Deus transformou-o em uma mulher. Ela olhou no mapa, caminhou rio
> acima mais uns quilômetros e atravessou a ponte.
So' deus mesmo para fazer o milagre de uma mulher interpretar
corretamente um mapa.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 09:14
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Loiros naturais vão desaparecer em 200 anos, diz estudo
> De acordo com a pesquisa, o problema é que cabelos loiros são
> resultado de um gene recessivo.
> Mas Jonathan Rees, professor de dermatologia na Universidade de
> Edimburgo, na Escócia, afirmou ser improvável que pessoas loiras
> desapareçam completamente.
Caramba, qq pré-universitário aprende o equilíbrio de Hardy-
Weinberg...
Em havendo alelos q. causam a coloracao loira dos cabelos, havera'
uma proporcao de pessoas loiras. (Podemos assumir relativa panmixia
na populacao humana.) Qto menor a proporcao desse alelo, menor a
proporcao de loiros na populacao (numa relacao do quadrado da
proporcao do alelo correspondendo 'a proporcao de loiros).
Para q. os alelos loiras sumam ou ocorre como Rees afirma: uma
selecao negativa contra os portadores desse alelo -- q. parece
improvavel q. venha ocorrendo -- ou ha' uma deriva genetica -- e
nesse caso depende da frequencia do alelo na populacao e nao tem nada
a ver com a recessividade ou dominancia do alelo.
Ou o estudo contem furos grotescos de genetica elementar ou os
jornais nao entenderam o estudo.
De todo modo, serei voluntario da campanha 'salvem as loiras'.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 09:21
> Eles dizem que não há pessoas o suficiente com o gene que produz
essa
> característica atualmente para poder fazer com que ela continue
existindo
> além dos próximos dois séculos.
>
> Loiras falsas
>
> De acordo com a pesquisa, o problema é que cabelos loiros são
resultado de
> um gene recessivo.
>
> Para que uma criança tenha cabelos loiros, é necessário que ela
tenha os
> genes nos dois lados da família na geração dos avós.
>
> Os pesquisadores também acreditam que as loiras falsas podem ser
culpadas
> pelo desaparecimento das naturais.
!!!! Estou boqueaberto com esta afirmação !!!!
> Segundo eles, as loiras falsas são mais atraentes para os homens,
que as
> preferem como parceiras às verdadeiras.
Esta é a ideia mais estupida que ouvi nos ultimos tempos. Duas
pessoas não louras podem original uma pessoa loura.
As pessoas louras são cada vez menos por uma questão de simples
probabilidade. O que faz com que diminua o numero de louras não é que
os homens perfiram louras falsas, é pq a linhagem genética já está
muito misturada para que seja possivel encontrar 2 genes regressivos
na geração dos avós. É a mistura genética dos povos do mundo que
leva ao desaparecimento (adormecimento) de genes regressivos sejam
eles dos cabelos louros ou qq outros.
Em regiões onde essa mistura não seja frequente, como na filândia
então é mais provável haverem pessoas que se cruzam e têm esses genes
originando pessoas com essas caracteristicas.
Se um não louro casar com uma loura , o resultado poderá ser um louro
ou não dependendo dos genes que o pai transporta, que por sua vez
dependem de seus pais. Onde aqui é que interessa se a loura é falsa
ou verdadeira ? Se a loura é falsa , estaremos analizando uma pessoa
de cabelo preto , castanho ou ruivo com uma genética diferente e não-
recessiva! (se bem que no caso do ruivo acho que tb é recessivo)
Mesmo uma pessoa loura falsa, poderá original uma loura verdadeira,
dependendo dos genes que transporta. É estupido argumentar que o
tingir do cabelo tem alguma coisa a ver com isto, e muito mais
estupido é dizer que a perferencia dos homens pelas louras falsas tem
alguma coisa a haver.
Estou chocado com a imensa imbecilidade que esta ideia traduz.
E chamam-se a eles mesmos "cientistas"... haja paciencia...
Sérgio
P.S.
Todas as louras são burras.
Todas as louras falsas são louras.
Logo, todas as louras falsas são ainda mais burras por pintarem o
cabelo de louro.
SUBJECT: Primeiros passos da Ciencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>, "STR_Brasil" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 09:24
Ainda não está on-line para o público esse breve mapeamento do 'surgir' das ciências:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto55.asp
Estou solicitando sugestões específicas aos vários especialistas nos diversos ramos (O Takata, por exemplo, já foi importunado para criticar a leitura do Aparecimento da Biologia).
Aos historiadores (e filósofos de carteirinha) a leitura poderá interessar ao ponto de me enviarem sugestões/críticas etc.; sempre no espírito de como se desenvolveu o Imperdível (o qual, após a entrega do prêmio dos 2 000 000, já teve mais 75 000 consultas!).
aquele abraço a todos,
Léo
================
SUBJECT: Re: Filmes Sci-Fi anos 70
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 09:26
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> Onde -- ó raios -- encontro para alugar os filmes:
>
> Demon Seed (Proteus)
> Logan's Run (Não sei o título em português; é com o Michael York)
> THX-1138 (o primeiro longa do George Lucas)
> Alphaville (do Godard)
>
> Takata?
A Blockbuster jura q. possui o maior acervo do mundo. E jura tbm q.
se nao encontrarem um filme em sua lista, ela compra. Nao sei se no
Brasil eles mantém a promessa.
O THX-1138 quem deve saber onde se encontra e' o Lobão.
O Logan's Run (nao confundir com Chicken's Run ou as minisseries do
Wolverine) parece se chamar: Fuga do Seculo 23.
(E depois reclamam q. em Portugual Ben Hur se chamava 'O charreteiro
infernal' e Psycho, 'E o filho era a mae')
Fuga do Século 23
http://www.blockbuster.com/bb/movie/details/0,7286,VID-
V++++29834,00.html?
Proteus
http://www.blockbuster.com/bb/movie/details/0,7286,VID-
V++++13181,00.html?
THX 1138
http://www.blockbuster.com/bb/movie/details/0,7286,VID-
V++++48303,00.html?
http://www.blockbuster.com/bb/movie/details/0,7286,VID-
V+++139938,00.html?
Alphaville
http://www.blockbuster.com/bb/movie/details/0,7286,VID-
V+++++1719,00.html?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Guardião cósmico
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 09:53
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Que é isso, Takata? Se eu me lembro do Nacional Kid, você deve se
> lembrar também! Vai dizer que você nunca ouviu falar dos Incas
> Venusianos?
Ué, ouvi falar em dinossauros, mas não vivi no mesozóico.
Sou de uma geração e meia depois dessa época. Sou mais de qdo os
monstros japoneses eram do sistema Baltan (ou de lixos industriais da
baía de Tóquio) e os heróis de Nebula M78 (ou 71).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Todos gostam de salada mista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 09:58
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Foi o senhor quem colocou esse negócio de 'beija, beija'.
Salada mista e' como o jogo da verdade...
> Como o senhor tem conhecimento de que ela sabe 'cozinhar
> terrivelmente...'?
Da mesma fonte q. disse q. eu sou o Prof. Hata.
(Vai, Mikomo, vai, Mikomo.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Voto e promessas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 10:01
--- Em ciencialist@y..., "Luis Roberto Brudna" <luisbrudna@u...>
> Outra pergunta, como o Ze do Boteco vai acompanhar o politico X?
> Como vai exigir que ele faca o que prometeu? Enviando mail?
> Enviando carta? Resmungando? Tentando acertar na proxima eleicao e
> engolindo o erro?
Enviando email, fax, carta. Para ele e pra imprensa. Falando com o
Chico do Boteco, o Pedro do Boteco e a dona Iporanga. E nao votando
nele na proxima eleicao. Pode ainda apoiar ou participar de grupos
civis, ONGs, criar redes de acao.
So' nao vale dedo no olho, mordida e atentados terroristas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 10:14
> De: Takata
>
> De todo modo, serei voluntario da campanha 'salvem as loiras'.
Yeeeessss! Vamos fundar uma ONG!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mais ficcao cientifica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 11:06
Por que não o Português Simplificado, ou seja, tirar a incumbência dos palpites da ABL do Paulo Coelho e dar a língua para um especialista em matemática, fonemas, acústica etc. para converte-la em algo sério?
[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 30 de setembro de 2002 16:26
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Mais ficcao cientifica
On Fri, 27 Sep 2002 antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Para isso serve o latim. Mas ele é muito complicado. Então viva o
> inglês."
> -=*#>E porque não o espanhol? Creio que o referido idioma é falado por maior
> número de pessoas que o inglês. Alguém sabe?<#*=-
O espanhol é mais complicado que o inglês (e mais simples que o
português). Ensinar 6 bilhões de pessoas a falar uma língua não é coisa
fácil. Já foi citado a superioridade numérica do mandarim e do árabe, mas
ambas são línguas muito difíceis.
Creio que um inglês simplificado seria ainda mais interessante.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sabores...
FROM: "Wellington Nogueira" <oliveiraw@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 12:22
Muito obrigado Lígia, pela explicação e pelos links.
[]'s
Wellington
"Physics is to Mathematics what Sex is to Masturbation"
Richard Feynman
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, September 29, 2002 11:26 AM
Subject: [ciencialist] Re: Sabores...
--- Em ciencialist@y..., "Wellington Nogueira" <oliveiraw@u...>
escreveu
> Tive a oportunidade de ver um colóquio da professora Renata Funchal
sobre
> neutrinos. Uma das coisas que ela citou e que logo fiquei curioso
foi:
> "sabor" de uma partícula. Gostaria de saber o que é exatamente
o "sabor".
>
> Desde já obrigado!
Sabor é um termo que designa "diferenças" entre partículas que por si
são semelhantes, diferindo apenas pela forma como são encontráveis.
O termo é usado para a descrição de características de partículas
elementares conhecidas como quarks, como sejam suas cargas
(fracionárias) e suas disposições na aparente estrutura interna dos
bárions. E esses quarks são conhecidos justamente por seus sabores,
como sejam: up (u), down (d), strange (s), charm (c), top (t) e
bottom (b), ou "para cima", "para baixo", "estranho", "charmoso", "o
de cima" e "o de baixo". E cada quark tem uma antipartícula de mesma
massa mas de carga oposta. Assim, partículas maiores e mais
conhecidas teriam sabores decorrentes da "adição" dos sabores dos
quarks componentes das mesmas. Cada bárion ( prótons e nêutrons )
seria por exemplo constituído por 3 quarks. Nêutrons teriam
um "sabor" "udd" e um prótons "uud". Fala-se ainda em sabores dos
isótopos de um mesmo elemento justamente pelas diferenças
relacionadas à existência ou não de mais ou menos nêutrons, por
exemplo. Caso do Hidrogênio que aparece nos sabores Hidrogênio,
Deutério e Trítio.
No caso do próton uud que apresenta uma carga + 1, esta seria o
resultado da somatória das respectivas cargas de seus quarks
componentes, como seja: 2 "up" + 1 "down" = 2/3 +2/3 + ( - 1/3 )=
4/3 - 1/3 = 1.
Um site que explica direitinho e de onde pude tirar essas informações
é:
http://inorgan221.iq.unesp.br/quimgeral/maria/quarks.htm
Mais sobre quarks:
http://www.geocities.com/guri.geo/quark.htm
http://www.if.ufrgs.br/~betz/coloquio/qcd.html
http://www.colegioanchieta-ba.com.br/profs/fisica/fis_bat/atomo.htm
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 12:24
Vejam só! Encontramos na CienciaList mais um seguidor de Jerry Seinfeld!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 30 de Setembro de 2002 02:20
Assunto: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
> ----- Original Message -----
> From: "Manuel Bulcão"
> Sent: Sunday, September 29, 2002 11:15 PM
> Subject: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
>
> > Kooks? Crancks? Shitpots? O que é isso?
>
> São termos provavelmente criados e/ou disseminados pelos relativistas
> americanos para se referirem a todos aqueles que não desposam as suas
> idéias. Dentre as 10 palavras mais citadas no grupo
"sci.physics.relativity"
> destaca-se a expressão crackpot, com significado similar. São termos
também
> muito utilizados por físicos medíocres brasileiros, e/ou amantes da
física,
> com a única finalidade de aparecer, pois não o conseguem de outra
maneira.
> São muito xucros e não estão devidamente preparados para defender suas
> crenças, partindo então para o ataque. Sob esse aspecto, comportam-se à
> semelhança de um shitpot quando com o sentido de "algo que atira para o
> exterior" (vide abaixo). Ou seja, eles são exatamente aquilo que projetam
em
> seus semelhantes, algo que Freud já cansou de explicar. Pelo visto, não
> servem nem mesmo para explicar o significado das palavras que utilizam
sem
> conhecê-las devidamente.
>
> Nem todas essas palavras são encontradas em dicionário e às vezes
aparecem
> com outro sentido. A lista abaixo poderá ajudá-lo a que entenda os
> xingamentos desses pobres coitados que têm se esforçado sobremaneira para
> aparecer aqui na Ciencialist.
>
> 1) cranck:
> a) instável, trêmulo, abalado, oscilante (Enc.britânica do Brasil)
> b) a person with a strange fixed ideas; strange, eccentric (Oxford
> Advanced Lerner´s Dictionary)
>
> 2) kook:
> ¤ a person who acts in a strange or crazy way (Oxford Advanced
Lerner´s
> Dictionary)
>
> 3) shitpot
> ¤ good faith = honestidade ou legalidade de propósito (your
> Dictionary.com)
> ¤ shoot up = atirar ou atirar especialmente indiscriminadamente
> (Merriam-Webster´s Collegiate Dictionary)
> ¤ shot out = algo que atira para o exterior (Merriam-Webster´s
> Collegiate Dictionary)
>
> O termo crackpot tem sido traduzido para o espanhol como científico
> chiflado. Já apresentei um artigo a respeito na mensagem 6945 que está no
> URL http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/6945 (A thread
> inteira, intitulada "índice de incredibilidade" (nome dado pelo Takata ao
> traduzir o "Crackpot index") pode ser lida a partir de
> http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/pot.htm
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
>
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> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: Todos gostam de salada mista
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 12:48
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> > Foi o senhor quem colocou esse negócio de 'beija, beija'.
>
> Salada mista e' como o jogo da verdade...
>
> > Como o senhor tem conhecimento de que ela sabe 'cozinhar
> > terrivelmente...'?
>
> Da mesma fonte q. disse q. eu sou o Prof. Hata.
>
> (Vai, Mikomo, vai, Mikomo.)
Engraçado... deve ser efeito de alguma coisa que colocaram em sua
ração. Este nome - Mikomo - havia sido "lavado" de seu cérebro. E
agora retorna como uma evocação... Vou falar com o Chicão. Ele não
deve ter-se desfeito da cápsula após seu retorno de Marte!
E agora, volta lá pros bloquinhos...
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mais ficcao cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 13:26
On Fri, 27 Sep 2002 antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Para isso serve o latim. Mas ele é muito complicado. Então viva o
> inglês."
> -=*#>E porque não o espanhol? Creio que o referido idioma é falado por maior
> número de pessoas que o inglês. Alguém sabe?<#*=-
O espanhol é mais complicado que o inglês (e mais simples que o
português). Ensinar 6 bilhões de pessoas a falar uma língua não é coisa
fácil. Já foi citado a superioridade numérica do mandarim e do árabe, mas
ambas são línguas muito difíceis.
Creio que um inglês simplificado seria ainda mais interessante.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mais ficcao cientifica
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 13:34
Qualquer língua muito falada tende a ter sua gramática simplificada. É o
que acontece com o chinês mandarim e com o árabe. Infelizmente, a grafia
dessas línguas está fora do alcance da maioria dos mortais.
Quanto ao inglês, parte de sua força deve-se a razões econômicas. Outra
razão é que o inglês é uma língua híbrida e includente. Ela aceita
contribuições de qualquer outra língua com a qual tem contato, não somente
em termos de criação de palavras, como acontece até mesmo com o português,
mas também em termos construtivos. Nesse aspecto o inglês tende a ser uma
língua sem pátria e é realmente a mais séria candidata a uma língua
"universal". O problema é que esse "universal" inclui somente o ocidente...
[ ]s
Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 30 de Setembro de 2002 13:26
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Mais ficcao cientifica
On Fri, 27 Sep 2002 antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Para isso serve o latim. Mas ele é muito complicado. Então viva o
> inglês."
> -=*#>E porque não o espanhol? Creio que o referido idioma é falado por
maior
> número de pessoas que o inglês. Alguém sabe?<#*=-
O espanhol é mais complicado que o inglês (e mais simples que o
português). Ensinar 6 bilhões de pessoas a falar uma língua não é coisa
fácil. Já foi citado a superioridade numérica do mandarim e do árabe, mas
ambas são línguas muito difíceis.
Creio que um inglês simplificado seria ainda mais interessante.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Espaço curvo
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 13:38
On Sat, 28 Sep 2002, Carlos Alberto wrote:
> Se o espaço-tempo é curvo, não decorre daí que o universo,
> necessariamente, esteja caminhando para um colapso?, pois,
> considerando um big-bang inicial, a curvatura do espaço no princípio,
> qualquer que fosse o seu valor, seria máxima e decrescente. Após a
> expansão ela tenderia a diminuir até certo ponto, porém nunca
> atingiria zero.
> Carlos Alberto
Evidências recentes mostram que não só o universo está se expandindo mas
que sua expansão está se acelerando positivamente.
Existem duas forças nesta questão: a força explosiva do BigBang e a força
da gravidade que se opõe à expansão. A questão é saber se a massa do
universo é suficiente para parar a expansão [e eventualmente contrair] ou
apenas para retardá-la.
Mas com os novos dados de expansão acelerada fica mais difícil responder.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 13:50
> De: Manuel Bulcão
>
> Sou democrata, e não oclocrata. Ditador "eleito" por uma maioria
> despótica merece é bala no meio da testa.
Então porque mataram o PC em vez do Collor? :-)))
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "André Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 17:10
Olá Manuel,
Não sei como essa discussão começou, e também não quero discutir aqui
o eleições, voto nulo, etc. Mas como o tema agora é "anarquismo",
queria fazer algumas observações:
--- Em ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...> escreveu
> As divergências entre as duas facções da AIT
> (socialistas 'libertários', liderada por Bakunin, e
> socialistas 'científicos' -- ou 'autoritários', segundo os
> anarquistas --, dirigida por Marx e Engels) eram basicamente quanto
à
> estratégia para atingir a sociedade sem classes e sem Estado regida
> pelo princípio "de cada um segundo as suas capacidades, a cada um
de
> acordo com as suas necessidades."
Sociedade "sem estado" mas regida por um "príncipio". Hummm... Quem
vai controlar se as pessoas estão seguindo o "príncipio"? Quem vai
impedir que os fortes abusem dos fracos? Ou terão todos se
tranformados no "novo homem" (formigas?)?
> Ah!Tem mais: além dos anarquistas socialistas, também existiam os
> anarquistas individualistas, que rejeitavam o Estado mas defendiam
a
> propriedade privada e enfatizavam a soberania do indivíduo. O
anarco-
> individualismo têm uma versão contemporânea, o anarco-capitalismo.
> São liberais de direita, anti-monopolistas extremados, que, toda
vez
> que escutam a palavra democracia (que eles fazem questão de
confundir
> com despotismo da maioria),levam a mão ao coldre. É cada um por si
e
> o divino mercado por todos.
Assim era o mundo, antes do dilúvio. O que me espanta é o anarquismo
de esquerda. O anarquismo só pode resultar no caos, na violência.
Rapidamente será substituído por qualquer coisa mais organizada. Em
suma, o dito "anarquismo de esquerda" é puro non-sense romântico.
>
> Takata: E se democraticamente escolhermos um ditador?
>
> Manuel: Numa democracia o governo é da maioria, mas o Estado
> democrático é de todos, isto é, soberano é o povo e não a maioria,
> razão pela qual o governo da maioria é submetido à regras: o
mandato
> que ela outorga não pode ser vitalício nem consistir numa carta
> branca. Do contrário, seria impossível a alternância pacífica do
> poder, que é uma das razões pelas quais o sufrágio foi instituído.
>
> Democracia é Estado de Direito, e não despotismo da maioria
> (oclocracia). É um conjunto de várias instituições, e não apenas a
> instituição do voto universal.
Concordo.
>
> A "Vontade Geral", segundo Rousseau, é vontade GERAL, e não vontade
> DA MAIORIA, ou seja, trata-se de uma resultante de forças, apenas
> tendendo mais para o lado da força maior, naturalmente.
>
> Sou democrata, e não oclocrata. Ditador "eleito" por uma maioria
> despótica merece é bala no meio da testa.
>
Como você escreveu anteriormente, o que faz a democracia não é apenas
o voto universal, mas (principalmente) a maturidade das instituições.
Instituições maduras devem ser a prova de pretensos "ditadores". A
defenestração de Collor, por exemplo, foi um pequeno passo na direção
da maturidade das instituições brasileiras. Agora esta questão de
opor "vontade da maioria" versus "vontade geral" me parece mais um
argumento de retórica do que algo que possa ser aplicável na prática.
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 18:15
--- Em ciencialist@y..., "André Roviralta Dias Baptista"
> Como você escreveu anteriormente, o que faz a democracia não é
> apenas o voto universal, mas (principalmente) a maturidade das
> instituições.
Problema qdo se confunde maturidade com vetustade. Ai' passa
de maduro e vai para o podre. Temos instituicoes antiquissimas
q. remontam ao feudalismo e ainda se fazem presente, imiscuídas
em nosso sistema democrático.
> Instituições maduras devem ser a prova de pretensos "ditadores".
Acho q nada e' totalmente 'a prova dessas excrecências. Mas
felizmente existem modos de se minimizar a exposição ao risco.
> defenestração de Collor, por exemplo, foi um pequeno passo na
> direção da maturidade das instituições brasileiras.
Muitos devem ter se iludido com a sensação do "agora vai" e
se decepcionado com o passo q. as transformações tomaram.
O processo de expurgo (o termo é terrível, mas a alternativa
seria depuração... ou o eufemismo aperfeiçoamento) é cheio de
indas e vindas: depomos Jabes Rabelo, Jader Barbalho, os anões,
Roberto Arruda, ACM, mas elegemos Enéas, Fleury, Pitta e damos
sobrevida a Sarney, permitimos o retorno dos q não foram como o
Maluf e Collor está forte para ser novamente governador de Alagoas.
Mas em uma visão otimista, fazendo-se uma retrospectiva desde a
redemocratização do país, parece q. fizemos mais avanços do q.
retrocessos.
E continuo não vendo em quê o voto nulo ajudou ou atrapalhou
nesse processo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Kooks etc, e um agradecimento (era Re: Falácias)
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 18:50
On Monday, September 30, 2002, at 02:20 AM,
ciencialist@yahoogrupos.com.br wrote:
> Mensagem: 4
> Data: Sun, 29 Sep 2002 17:41:37 -0000
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> Assunto: Re: Falácias
>
> --- Em ciencialist@y..., Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@o...> escreveu
>> Os kooks se proliferam aqui...
>
> Já é a terceira vez que eu leio você chamando gente da lista
> de "kook". Então eu me pergunto: prá que chamar as pessoas disso?
> Chamá-las de loucas, excêntricas a troco de que?
> Se você sabe de
> algo e quer discutir, tente de forma civilizada apoiar suas idéias em
> fundamentos racionais.
Lígia,
Antes de tudo, obrigado por me alertar para algo que eu próprio só
havia percebido meio que inconscientemente: novamente estou me
envolvendo com essas conversas que não levam a nada (sempre com pessoas
com quem desde o início percebo ser incapaz de me comunicar, mas não
necessariamente kooks), e que acabam gerando rancor, aumentando sem
necessidade o volume da lista e me deixando mais irritado do que é
saudável para alguém com histórico de problemas cardíacos na família.
Havia me esquecido de por que é que não dava mais palpite por aqui
(você imagine, por exemplo, como eu fico com vontade de meter o bedelho
sempre que o Alberto Mesquita Filho manda uma "pérola"), e tentarei me
controlar no futuro. Agora, em resposta à sua mensagem:
Eu tento ler o output prévio das pessoas ao máximo antes de começar a
responder, e só chamo de kook aqueles que fazem por merecer. Maneiras
claras de identificar kooks (ou crackpots, ou cranks) são idéias fixas
(tipo a "potencialização do Homem" do Antônio Renato), repetição de
afirmações sem justificativa (diferente de idéias fixas, que são
conceituais e permeiam tudo que o kook fala; as afirmações são na
verdade uma técnica retórica, consistindo em fazer vencer seu ponto
pela exaustão), fundamentação da teoria numa metafísica pessoal (isso é
particularmente comum no caso da física: "o universo tem que ser
determinístico/imutável/do formato de uma banana, negar isso vai contra
os fundamentos da razão/da ciência/da ética/de Deus, e leva a um estado
inaceitável de licensiosidade ideológica"), escrita idiossincrática,
citação e paráfrase compulsiva...
Kooks não têm de ser burros ou obscuros; de fato, há kooks brilhantes e
famosos (um excelente exemplo é o respeitável matemático Prof. Roger
Penrose, também conhecido como "o homem dos microtúbulos quânticos").
Mas normalmente defendem "fringe theories", teorias de bordo; acho que
isso é, em parte, por desejo de auto-afirmação da própria originalidade
e gênio, e, em parte, porque o kook-em-potencial que se encontra
acreditando em uma teoria do "mainstream" acaba perdendo o estímulo em
"levar a verdade lá pra fora".
De vez em quando, kooks estão certos, mas normalmente é só por
coincidência; em termos de ciência, os caras que fazem pesquisa séria e
descobrem coisas raramente são kooks.
Você perguntou: a troco de quê? Bem, antes de tudo, para alertar ao
resto da lista de que não se dá para levar muito a sério a pessoa em
questão, e que a dita cuja claramente está mais interessada em
evangelizar ou impôr idéias do que em conversar de verdade. No entanto,
mesmo quando conversando com um kook, lhe garanto que faço muito
esforço para manter meus critérios de debate racional. E, portanto,
"kook" é, em essência, uma demonstração de exaustão. O Alberto
recentemente afirmou:
> São termos provavelmente criados e/ou disseminados pelos relativistas
> americanos para se referirem a todos aqueles que não desposam as suas
> idéias. Dentre as 10 palavras mais citadas no grupo
> "sci.physics.relativity"
> destaca-se a expressão crackpot, com significado similar. São termos
> também
> muito utilizados por físicos medíocres brasileiros, e/ou amantes da
> física,
> com a única finalidade de aparecer, pois não o conseguem de outra
> maneira.
> São muito xucros e não estão devidamente preparados para defender suas
> crenças, partindo então para o ataque.
Repetirei isso em uma mensagem em resposta ao Alberto. mas fica bem
claro o que acontece. O cientista ou estudante médio (CEM) que
participa de uma lista ou newsgroup desses se vê atacado, desde o
início, por todos os cantos, por pessoas obcecadas: que defendem
ferrenhamente suas crenças de estimação; são incapazes de demonstrar
que as ditas cujas sejam teorias melhores do que as vigentes, ou mesmo
que a vanguarda da ciência normal; e por isso jogam a "culpa" pela
inaceitação dos "fatos inegáveis" na tal hipotética conspiração do
"establishment científico". Após algumas trocas de mensagens em que é
jogado em sua cara que ou ele deve acreditar ou será considerado um
reacionário, mantenedor do status quo como todos os outros, o CEM em
questão inevitavelmente fica de saco cheio e percebe que não vale a
pena levar a sério o que essas pessoas dizem.
Então, é exatamente isso que acontece aqui, mas em um contexto mais
geral. Quando o Douglas vem me dizer que o problema no silogismo do
cachorro e da mesa não está no silogismo, mas sim na metáfora da
"perna" de mesa, ou quando o Antônio Renato me repete pela enésima vez
que o computador nunca será capaz de ultrapassar seu criador, o que
devo fazer? Desisto. Falar "kook" é uma singela expressão do meu
cansaço, e de que estou prestes a desistir.
Desisti há muito tempo atrás do Alberto, Léo. Desisti com o Antônio
Renato, e portanto decidi terminar minha participação na conversa com
ele. E acabo de desistir do Douglas também.
Boa noite,
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: curso de lógica I
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 19:04
Caro Douglas,
Obrigado pelo curso de lógica. Eu, que NUNCA havia estudado o assunto,
NUNCA havia ouvido falar de lógica, sou INCAPAZ de pensamento racional
(ou de qualquer outra coisa que não seja mandar mensagens DELICADAS
para pessoas que, de tanto que insistem no que falam, estão claramente
CERTAS), o achei incrivelmente ÚTIL. E tenho certeza de que a lista
inteira AGRADECE sua contribuição IMPRESCINDÍVEL, pois, claramente,
vários outros membros também não conhecem NADA de lógica e NÃO são
capazes de pensamento racional. Daí terem demonstrado sua INFERIORIDADE
intelectual, não conseguirem perceber, como eu, que você estava CERTO e
todos os outros ERRADOS.
Boa noite,
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: A relatividade em teste
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 19:06
On Monday, September 30, 2002, at 02:20 AM,
ciencialist@yahoogrupos.com.br wrote:
> Mensagem: 25
> Data: Mon, 30 Sep 2002 02:20:36 -0300
> De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
> Assunto: Re: Re: A relatividade em teste
>> Kooks? Crancks? Shitpots? O que é isso?
>
> São termos provavelmente criados e/ou disseminados pelos relativistas
> americanos para se referirem a todos aqueles que não desposam as suas
> idéias. Dentre as 10 palavras mais citadas no grupo
> "sci.physics.relativity"
> destaca-se a expressão crackpot, com significado similar. São termos
> também
> muito utilizados por físicos medíocres brasileiros, e/ou amantes da
> física,
> com a única finalidade de aparecer, pois não o conseguem de outra
> maneira.
> São muito xucros e não estão devidamente preparados para defender suas
> crenças, partindo então para o ataque. Sob esse aspecto, comportam-se à
> semelhança de um shitpot quando com o sentido de "algo que atira para o
> exterior" (vide abaixo). Ou seja, eles são exatamente aquilo que
> projetam em
> seus semelhantes, algo que Freud já cansou de explicar. Pelo visto, não
> servem nem mesmo para explicar o significado das palavras que utilizam
> sem
> conhecê-las devidamente.
O que acontece, você vê, é o seguinte. O cientista ou estudante médio
(CEM) que participa de uma lista ou newsgroup desses se vê atacado,
desde o início, por todos os cantos, por pessoas obcecadas: que defendem
ferrenhamente suas crenças de estimação, e parecem ter uma repulsa
metafísica a toda a ciência contemporânea; são incapazes de demonstrar
que as ditas cujas sejam teorias melhores do que as vigentes, ou mesmo
que a vanguarda da ciência normal; e por isso jogam a "culpa" pela
inaceitação dos "fatos inegáveis" na tal hipotética conspiração do
"establishment científico". Após algumas trocas de mensagens em que é
jogado em sua cara que ou ele deve acreditar ou será considerado um
reacionário, mantenedor do status quo como todos os outros, o CEM em
questão inevitavelmente fica de saco cheio e percebe que não vale a
pena levar a sério o que essas pessoas dizem. Elas são, então,
classificadas como "kooks".
Eu serei o primeiro a salientar a importância da diversidade na
produção científica, de evitar a ossificação da prática e pensamento
físicos, de não permitir que uma corrente conservadora e arrogante
domine as verbas e meios de comunicação na comunidade científica. Mas
usar isso como desculpa para se comportar dessa maneira é inaceitável.
-- Kaufmann
SUBJECT: Kooks etc, e um agradecimento (era Re: Falácias)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 19:29
--- Em ciencialist@y..., Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@o...> escreveu
> Desisto. Falar "kook" é uma singela expressão do meu
> cansaço, e de que estou prestes a desistir.
Calma, Rafael.
Eu acho q. deveria proteger seu fígado com um bela dose de...
de... q. digo? Cinismo? Não, os cínicos irão chiar e os
não-cínicos tbm. Bem, com uma dose de não-leve-essas-coisas-a-sério.
Mas eu acho q. essas discussões repetitivas deveriam ser encaradas
não como algo desnecessariamente monótono. Podemos considerar isso
como uma instituição cultural: como a cerimônia de casamento q.
sempre segue o mesmíssimo roteiro (supresas no final não são
esperadas) ou como o teatro nô -- há séculos sem tirar nem pôr
vírgula alguma, mudam-se apenas os atores.
Assim, para q. não percamos nenhum detalhe dessas altercações,
lanço o breve livreto em ato único das discussões científico-
filosóficas:
Personagem 1: Eu tenho uma nova teoria sobre X.
Personagem 2: E como e'?
Personagem 1: ...
Personagem 2: Mas qual a prova de X?
Personagem 1: Y.
Personagem 2: Mas Y não é possível (fórmula alternativa: 'Mas Y não
foi demonstrada correta segundo a teoria vigente.')
Personagem 1: Vc está sendo reacionário.
Personagem 2: Vc não sabe do que está falando. Deveria ler mais.
Personagem 1: Vc não me conhece para dizer se eu li ou não.
Personagem 2: Eu não preciso conhecê-lo para descobrir isso. Basta
ler o que vc andou escrevendo.
Personagem 1: Vc realmente está dominado pela visão vigente. Espero
que um dia vc se dê conta da furada que e' a teoria atual sobre X.
Personagem 2: Exit.
Ha' variações possíveis, claro. E segundo os meus estudos sobre o
comportamento humano, esse meu esquema irá revolucionar o que se
entende pelas relações humanas nesse tipo de discussão, podendo ter
desdobramentos para o entendimento profundo sobre a estrutura fina do
universo, a essência vital e o destino da humanidade. E' tão
revolucionária q. deverá causar reações contrárias na comunidade
científica, sempre avessa a mudanças de seus dogmas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Kooks etc, e um agradecimento (era Re: Falácias)
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 20:12
Oi Rafael!
Eu não sei se sou uma "kook", pelo menos AINDA não me chamaram
assim... (NOTA: O Takata já afirma que eu sou má cozinheira: um
forte indicativo de que vai me chamar de "kooker" em breve,
aguarde... ;). O que eu posso dizer a você é que existem pessoas que
querem dizer algo e que por medo de serem agredidas pelas suas idéias
próprias, defendem-se antes de serem atacadas formalmente, alegando a
inadequação dos sistemas etc e tal... Mas veja que é bom tentar
entender em que estão sendo baseadas as idéias. Se for algo
completamente disparatado, vale dar um toque e, caso a pessoa
insista, vale ver se vale à pena tirar-lhe a ilusão ou simplesmente
dar corda e ver até onde a pessoa vai na defesa de suas idéias...
normalmente desistem antes de mim ;). E eu nunca tive que xingá-las
ou diminuí-las! Há idéias ótimas misturadas em sandices e quem sabe
procurar encontra.
Eu venho participando "timidamente" desta lista já há algum tempo. O
que eu faço normalmente é levar as coisas na brincadeira, mesmo
porque não dá para ser científica e carrancuda ao mesmo tempo
("carranca" provoca rugas precoces... e já passei dos 30 há algum
tempo... :)). A ciência é antes de tudo um oasis na minha vida!
Para que criar situações ruins dentro de um grupo onde existem
pessoas que gostam das mesmas coisas que eu?
E, de um modo geral, vejo as listas como "play grounds" onde posso
conhecer novas pessoas, travar contato com outros modos de pensar...
e treinar minha capacidade de articulação, como não? Se vou ser
entendida, ótimo! Se não, deixo de lado e passo para outras bandas.
Não dá para se estressar com isso, juro, a não ser se me atacarem
pessoalmente, coisa que nunca acontece porque eu sempre posso
articular as falas de outra forma fazendo quem me agride cair no
ridículo, ou ficar em má situação... e isso é tudo.
Você é inteligente, escreve bem... e, convenhamos, se em lógica eu
posso afirmar que um "elefante é uma ave" sem estar em discordância
com a teoria, eu dou de ombros, fecho a boca de "queixo caído" e
lembro de um professor que eu tive na faculdade que, quando foi
questionado a respeito do que era um disquete, simplesmente respondeu
atirando o giz no chão: "Pô, disquete é um disco!" findando a
questão.
Beijos, Lígia
e tenha uma ótima noite... ou um ótimo dia
**************************************
--- Em ciencialist@y..., Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@o...> escreveu
>
> On Monday, September 30, 2002, at 02:20 AM,
> ciencialist@y... wrote:
> > Mensagem: 4
> > Data: Sun, 29 Sep 2002 17:41:37 -0000
> > De: "Ligia Gallo" <ligia5555@y...>
> > Assunto: Re: Falácias
> Lígia,
>
> Antes de tudo, obrigado por me alertar para algo que eu próprio só
> havia percebido meio que inconscientemente: novamente estou me
> envolvendo com essas conversas que não levam a nada (sempre com
pessoas
> com quem desde o início percebo ser incapaz de me comunicar, mas
não
> necessariamente kooks), e que acabam gerando rancor, aumentando sem
> necessidade o volume da lista e me deixando mais irritado do que é
> saudável para alguém com histórico de problemas cardíacos na
família.
> Havia me esquecido de por que é que não dava mais palpite por aqui
> (você imagine, por exemplo, como eu fico com vontade de meter o
bedelho
> sempre que o Alberto Mesquita Filho manda uma "pérola"), e tentarei
me
> controlar no futuro. Agora, em resposta à sua mensagem:
>
> Eu tento ler o output prévio das pessoas ao máximo antes de começar
a
> responder, e só chamo de kook aqueles que fazem por merecer.
Maneiras
> claras de identificar kooks (ou crackpots, ou cranks) são idéias
fixas
> (tipo a "potencialização do Homem" do Antônio Renato), repetição de
> afirmações sem justificativa (diferente de idéias fixas, que são
> conceituais e permeiam tudo que o kook fala; as afirmações são na
> verdade uma técnica retórica, consistindo em fazer vencer seu ponto
> pela exaustão), fundamentação da teoria numa metafísica pessoal
(isso é
> particularmente comum no caso da física: "o universo tem que ser
> determinístico/imutável/do formato de uma banana, negar isso vai
contra
> os fundamentos da razão/da ciência/da ética/de Deus, e leva a um
estado
> inaceitável de licensiosidade ideológica"), escrita
idiossincrática,
> citação e paráfrase compulsiva...
>
> Kooks não têm de ser burros ou obscuros; de fato, há kooks
brilhantes e
> famosos (um excelente exemplo é o respeitável matemático Prof.
Roger
> Penrose, também conhecido como "o homem dos microtúbulos
quânticos").
> Mas normalmente defendem "fringe theories", teorias de bordo; acho
que
> isso é, em parte, por desejo de auto-afirmação da própria
originalidade
> e gênio, e, em parte, porque o kook-em-potencial que se encontra
> acreditando em uma teoria do "mainstream" acaba perdendo o estímulo
em
> "levar a verdade lá pra fora".
>
> De vez em quando, kooks estão certos, mas normalmente é só por
> coincidência; em termos de ciência, os caras que fazem pesquisa
séria e
> descobrem coisas raramente são kooks.
>
> Você perguntou: a troco de quê? Bem, antes de tudo, para alertar ao
> resto da lista de que não se dá para levar muito a sério a pessoa
em
> questão, e que a dita cuja claramente está mais interessada em
> evangelizar ou impôr idéias do que em conversar de verdade. No
entanto,
> mesmo quando conversando com um kook, lhe garanto que faço muito
> esforço para manter meus critérios de debate racional. E, portanto,
> "kook" é, em essência, uma demonstração de exaustão. O Alberto
> recentemente afirmou:
>
> > São termos provavelmente criados e/ou disseminados pelos
relativistas
> > americanos para se referirem a todos aqueles que não desposam as
suas
> > idéias. Dentre as 10 palavras mais citadas no grupo
> > "sci.physics.relativity"
> > destaca-se a expressão crackpot, com significado similar. São
termos
> > também
> > muito utilizados por físicos medíocres brasileiros, e/ou amantes
da
> > física,
> > com a única finalidade de aparecer, pois não o conseguem de outra
> > maneira.
> > São muito xucros e não estão devidamente preparados para defender
suas
> > crenças, partindo então para o ataque.
>
> Repetirei isso em uma mensagem em resposta ao Alberto. mas fica bem
> claro o que acontece. O cientista ou estudante médio (CEM) que
> participa de uma lista ou newsgroup desses se vê atacado, desde o
> início, por todos os cantos, por pessoas obcecadas: que defendem
> ferrenhamente suas crenças de estimação; são incapazes de
demonstrar
> que as ditas cujas sejam teorias melhores do que as vigentes, ou
mesmo
> que a vanguarda da ciência normal; e por isso jogam a "culpa" pela
> inaceitação dos "fatos inegáveis" na tal hipotética conspiração do
> "establishment científico". Após algumas trocas de mensagens em que
é
> jogado em sua cara que ou ele deve acreditar ou será considerado um
> reacionário, mantenedor do status quo como todos os outros, o CEM
em
> questão inevitavelmente fica de saco cheio e percebe que não vale a
> pena levar a sério o que essas pessoas dizem.
>
> Então, é exatamente isso que acontece aqui, mas em um contexto mais
> geral. Quando o Douglas vem me dizer que o problema no silogismo do
> cachorro e da mesa não está no silogismo, mas sim na metáfora da
> "perna" de mesa, ou quando o Antônio Renato me repete pela enésima
vez
> que o computador nunca será capaz de ultrapassar seu criador, o que
> devo fazer? Desisto. Falar "kook" é uma singela expressão do meu
> cansaço, e de que estou prestes a desistir.
>
> Desisti há muito tempo atrás do Alberto, Léo. Desisti com o Antônio
> Renato, e portanto decidi terminar minha participação na conversa
com
> ele. E acabo de desistir do Douglas também.
>
>
> Boa noite,
>
> -- Kaufmann
SUBJECT: Utilidade pública.
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsanet.com.br>
TO: <sbcr@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 20:43
COMUNICADO IMPORTANTE
No prédio da Varig, anexo ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio, existe a facilidade de aquisição de
medicamentos importados. Se vocês conhecem alguém que precisa tomar remédios importados, esta é uma boa
dica.
Fundação Rubem Berta, em parceria com a VARIG, presta um serviço de caráter humanitário na compra de
medicamentos não fabricados no Brasil, sem qualquer ônus quanto aos serviços de compra e transporte,
ficando a cargo do solicitante somente o custo do medicamento. Em São Paulo, o contato deve ser feito
por meio do setor de medicamentos: VARIG - Aeroporto de Congonhas - portaria 3 com Simone [Medhelp] -
F.[11]5091-2250.
Passem esta informação para frente, Alguém pode estar precisando e não tem conhecimento disso!
Pois só quem está precisando sabe o valor desta informação.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsanet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2002 21:04
Podem contar comigo. Para as naturais e4 as "tintadas"
silvio
----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, September 30, 2002 10:14 AM
Subject: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
> De: Takata
>
> De todo modo, serei voluntario da campanha 'salvem as loiras'.
Yeeeessss! Vamos fundar uma ONG!
[]
Alexandre Medeiros
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2002 22:27
Oi,
Manuel: Bakunin foi o teórico-mor do anarquismo. Não acha estranho
considerar um anarquista 'entre parênteses' precisamente um dos que
estabeleceram as fundações teóricas desse movimento político?
Takata: Nao.
Manuel: É! :-(
Takata: Entao vc tem q. colocar entre parenteses os anarquistas
atuais -- ou posteriores. Mas basicamente encaro isso como chamar a
quimica atual de alquimia e a alquimia de 'verdadeira quimica'.
Claro, anarquismo nao e' exatamente ciencia. Porem os conceitos se
modificam -- podemos ver q. sao poucos os q. defendem a visao do
comunismo como era defendida ha' 20 anos. (E' bem possivel q. dentro
em pouco haja uma nova volta e se retorne ao marxismo mais ranheta
entre os esquerdistas.)
Manuel: Vc disse que eu havia forçado a barra quando comparei Pol Pot
aos anarquistas. Respondi que não, pois o Khmer Vermelho é um
fenômeno muito particular que não se enquadra na oposição
abstrata "Comunismo X Anarquismo"; Pois, valendo-se de uma
organização partidária do tipo leninista, Pol Pot e seus sequazes
colocaram em prática um programa político anarquista (narodnik), com
o qual Marx concordava. Mas você, no entanto, insiste em diluir o
singular no universal abstrato.
Quando aos anarquistas-pacifistas atuais, convém colocá-los também
entre parênteses, mas por outras razões: se por um lado destoam do
anarquismo clássico por não considerarem mais a violência como a mãe
da história, por outro lado sua oposição ao Estado restringe-se
apenas aos seus aparelhos repressivos. Para estes, a representação
parlamentar, quando combinada com a ação de grupos de pressão
(sindicatos, ONG's, etc.), constitui o meio 'pacífico' de se atingir
seus fins políticos. Defendem uma forma de governo que seja a junção
de instituições da democracia parlamentar moderna com outras da
democracia direta. Sendo assim, negar a democracia representativa em
nome de uma sociedade anárquica é compactuar com os anarquistas
clássicos: violentos, apologistas de métodos autoritários e que
almejam construir o paraíso sobre uma montanha de escombros e
ossos.
Manuel: Há, quando muito, uma analogia entre as asas do morcego e
as de uma ave. Quanto às semelhanças entre comunismo e anarquismo,
trata-se de uma homologia, ambos têm uma herança comum.
Takata: Ue', asa de morcego e de ave tbm tem uma heranca em comum --
sao derivacoes de apendices locomotores anteriores de um tetrapodo
ancestral.
Manuel: Afinal, as asas da ave e as do morcego são estruturas
análogas ou homólogas entre si?
O morcego pertence à classe dos mamíferos e não a das aves. Mas,
quanto aos comunistas e anarquistas clássicos, ambos pertencem a
mesma classe dos socialistas igualitaristas revolucionários de
esquerda que defendem o fim do Estado, inclusive do Parlamento. Entre
esses dois movimentos políticos anti-capitalistas, há muito mais
semelhanças (de origem e função) do que diferenças. Mas há
diferenças, sim, diferenças de espécie, não de classe. Uma delas é
quanto à maneira como concebiam o fim do Estado. Os comunistas
defendiam a extinção do Estado, lenta e gradual, ao passo que os
anarquistas propugnavam a sua rápida e violenta "supressão". Também
diferiam no que diz respeito ao modelo de organização política.
Takata: Tto e' bobagem dizer q. sao essencialmente iguais q. ha'
pouco vc juntou um grupo anarquista com fascistas -- dando o exemplo
do partido anarquista italiano (partido anarquista nao e' um
oximoro?).
Manuel: Tanto não é bobagem que posso do mesmo modo juntar um grupo
comunista com fascistas, caso da facção "Boutenko" do PCUS (Partido
Comunista da União Soviética) da época de Stalin, antes da II Guerra
Mundial. Th. Boutenko, um comunista anti-semita, defendia relações
com a Itália e a Alemanha bem mais estreitas -- e permanentes -- que
as estabelecidas pelo Pacto Molotov-Ribbentrop, devido, segundo ele,
às "afinidades" entre comunismo e nazi-fascismo. Afinal, não é o
nazismo um nacional-"socialismo"? Não é o Partido Nazista um partido
operário, partido nacional-socialista "dos trabalhadores" alemães?
Hitler não fala que a Alemanha e a Itália são "nações proletárias" em
luta contra as "nações burguesas" e suas democracias parlamentares
decadentes?
Um dado interessante: antes de fundar o partido fascista, Mussolini
fora militante do Partido Socialista da Itália, marxista. Parece-me
que a concepção totalitária da organização social (o totalitarismo
pode ser democrático e igualitário - os indivíduos, sem vida privada
ou quase, são cidadãos 'totais' como em Atenas - ou autocrático e
hierárquico; em ambos, o que importa é o Todo) foi uma espécie de
vaso comunicante entre esses dois extremos do espectro político-
ideológico.
Em tempo: não me reportei em nenhum momento a um suposto "partido"
anarquista italiano. Falei em anarco-sindicalistas italianos que
ingressaram em massa no Partido Fascista. Mas, se não me engano, aqui
no Brasil existe (ou existia até um tempo desse) um paradoxal Partido
Anarquista.
Manuel:...coletivos, pela "coisa pública', não estabelece nem deve
estabelecer leis que determinem a divindade que devo acreditar, como
devo rezar, etc.
Takata: E acaso deve estabelecer em quem devo votar e como devo votar?
Manuel: Obviamente que não deve estabelecer em que devo votar. No
entanto, estabelece "entre os quais" posso votar, na medida em que
institui regras precisas para os que querem ser candidatos. É o
Estado que estabelece as condições de alistamento eleitoral e de
elegibilidade. O Estado de Direito Democrático pode inclusive, em
determinadas condições, privar o indivíduo dos seus direitos
políticos. Não pode, porém, privar-me do direito ao livre exercício
de culto religioso.
Manuel: A "Vontade Geral", segundo Rousseau, é vontade GERAL, e não
vontade DA MAIORIA, ou seja, trata-se de uma resultante de forças,
apenas tendendo mais para o lado da força maior, naturalmente.
Sou democrata, e não oclocrata. Ditador "eleito" por uma maioria
despótica merece é bala no meio da testa.
Takata: Otimo. Dessa forma concluimos q. devemos respeitar o direito
das pessoas votarem nulo: por decisao circunstancial ou por principio.
Manuel: E quem está desrespeitando quem, Jacaré? Quer dizer que
política é que nem religião, não se discute? Desde quando discordar é
desrespeitar?
E quanto ao respeito ao direito das pessoas de discordar e manifestar
sua discordância, mormente quando o assunto é política, que diz
respeito a todos, não conta?
Se digo para o fulano que voto no Lula e o fulano resolve me mostrar
o que ele julga serem os pontos negativos do meu candidato, acaso ele
está me desrespeitando? Claro, óbvio, evidente que não.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 00:08
----- Original Message -----
From: "Rafael Kaufmann Nedal"
Sent: Monday, September 30, 2002 7:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
> O que acontece, você vê, é o seguinte. O cientista ou estudante médio
> (CEM) que participa de uma lista ou newsgroup desses se vê atacado,...
Não só CEM, mas também. Já recebi, por inúmeras vezes, ofensas pessoais de
cientistas brasileiros de primeiro escalão e que sequer se dignaram a ler
minhas teorias. Conservo-me o direito de não citá-los para não denegrir a
ciência nacional, que já é por demais carente. Por outro lado, tenho
conseguido estabelecer um contato sadio com físicos posgraduandos ou
posgraduados (mestres e doutores) como o Belisário (Ciencialist), o Fábio
Chalub (news uol), um tal de Bruno (news uol) que fazia pós-graduação em
Washington durante o setembro negro de 2001 (perdi o contato com ele após o
acidente fatal do dia 11), o Renato Vicente (news uol) que fazia
pós-graduação na Inglaterra, o Paul Andersen (sci.physics.relativity) e
tantos outros que já perdi a conta. Nenhum deles aceita minhas idéias, mas
todos apresentaram argumentos e conseguiram sustentar um diálogo e, até
mesmo, descobrir erros que, como já afirmei em mensagem anterior aqui na
Ciencialist, cometo às pencas e não me envergonho disso. Nenhum deles me
ofendeu pessoalmente e, via de regra, certos ou errados, responderam a todos
os questionamentos apresentados e procuraram encontrar falácias nos meus
argumentos (também não os deixei sem resposta a nada, dentro do que me era
permitido). E quero crer que todos aceitaram o meu direito de ir contra as
idéias apresentadas pelos físicos modernos, ainda que não assinassem
embaixo. Enfim, são físicos respeitáveis e que certamente, de uma forma ou
de outra, virão a enaltecer bastante a ciência nacional.
> ...desde o início, por todos os cantos, por pessoas obcecadas: que
> defendem ferrenhamente suas crenças de estimação, e parecem ter uma
> repulsa metafísica a toda a ciência contemporânea; são incapazes de
> demonstrar que as ditas cujas sejam teorias melhores do que as vigentes,
> ou mesmo que a vanguarda da ciência normal; e por isso jogam a "culpa"
> pela inaceitação dos "fatos inegáveis" na tal hipotética conspiração do
> "establishment científico".
Em primeiro lugar, diria que você está generalizando. Existem kooks e
"kooks", e a esse respeito sugiro que leia o artigo de Jeremy Bernstein, a
que já me referi em outra mensagem (o título do artigo é "Científicos
chiflados"). Por outro lado, Thomas Khun demonstra que este "establishment"
não apenas existe como também tem uma "filosofia" a superprotegê-lo. O
Bernstein também comenta alguma coisa a respeito. Por outro lado, que mal há
em se fazer oposição ao establishment? Afinal, como é que, de tempos em
tempos (períodos revolucionários de Thomas Khun), a ciência evolui? E em
terceiro lugar, como "demonstrar" alguma coisa para uma platéia que parte do
pressuposto que tudo o que não se coaduna com os paradigmas vigentes é
asneira? Como disse, e citei acima, existem exceções honrosas, mas repito,
são exceções, encontro um aqui, outro no RJ, outro em Campinas, outro em
Washington, etc. Via de regra, ninguém, ninguém, ninguém está minimamente
interessado em apresentar uma crítica que seja a uma idéia nova. E digo isso
após uma experiência de 30 anos de teorização (comecei na biofísica).
> Após algumas trocas de mensagens em que é
> jogado em sua cara que ou ele deve acreditar ou será considerado um
> reacionário, mantenedor do status quo como todos os outros, o CEM em
> questão inevitavelmente fica de saco cheio e percebe que não vale a
> pena levar a sério o que essas pessoas dizem. Elas são, então,
> classificadas como "kooks".
Quanto aos jovens (os CEM), diria que existem realmente alguns que se portam
da maneira que você se referiu e que se ofendem. Não sei dizer se eles se
ofendem com o que eu digo ou por constatarem que estão entregues na mão de
professores incapazes de levantar uma única crítica às minhas idéias. Sob
esse aspecto, sinto que eles ficam totalmente desorientados e se sentem
órfãos científicos. Digo também que esse contingente é bem pequeno pois a
grande maioria dos elogios que tenho recebido às minhas teorias vêm
justamente dessa juventude maravilhosa e que ainda não foi contaminada pelo
"establishment khuniano".
Quanto à classificação referida, quero crer que o único ciencialisteiro que
deu a entender que me considera um kook foi o Álvaro, mas esse não conta,
pois suas mensagens são totalmente sem conteúdo útil. Ele nem mesmo diz
asneiras, pois fala, fala e não diz nada. E quando instigado a dizer alguma
coisa, parte para ofensas pessoais. Como dar crédito a um shitpot desses?
Quanto a você, ainda não senti firmeza em me considerar um kook, porém fique
à vontade para tal. Podemos discordar, mas uma coisa é certo: suas mensagens
têm conteúdo.
> Eu serei o primeiro a salientar a importância da diversidade na
> produção científica, de evitar a ossificação da prática e pensamento
> físicos, de não permitir que uma corrente conservadora e arrogante
> domine as verbas e meios de comunicação na comunidade científica.
Bem, então pelo menos em teoria você admite a possibilidade de um
establishment.
> Mas usar isso como desculpa para se comportar dessa maneira é inaceitável.
Mas eu não tenho usado isso como desculpa para nada. Procuro apenas
denunciar uma falácia do sistema educacional ao optar pela "filosofia" de
Khun em detrimento de uma verdadeira filosofia da ciência (por exemplo, a de
Popper). Se eu tenho uma teoria alternativa ou não, isso é um outro assunto.
O primeiro pertence à seara educacional, o segundo à seara científica. Não
podemos desestimular os jovens a que tenham idéias novas e revolucionárias
sob o argumento de que precisamos passar por um "período de ciência normal".
Afinal, a física moderna já está com 100 anos e isso equivale a pelo menos
cinco gerações de cientistas a conviverem com os mesmos paradigmas. Nem
mesmo os físicos modernos estão aguentando esse marasmo e isso está patente
em muitos de seus escritos.
Em tempo: Pelo visto você ainda não desistiu de dialogar comigo, ;-)
conforme citado em outra mensagem. Com efeito, tivemos alguns entreveros no
news uol, mas não é nada que não possamos superar.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 00:36
Caro Mesquita,
"Shitpot" é termo de minha autoria e, antes de usá-lo, eu tomei o cuidado
de verificar que ele não consta do American Heritage Dictionary. Ele deve,
portanto, ser empregado literalmente e não na acepção que você lhe deu! :)
Quanto ao fato de eu falar asneiras, fico feliz que você entenda assim!
Significa que você se sente incomodado o suficiente a ponto de perder tempo
discorrendo sobre o nada, tentando se convencer de que está certo de modo a
poder continuar perseguindo seus moinhos de vento. Que seja.
Quanto ao fato de eu não ser um cientista-pesquisador-etc, é verdade. Eu
passo 14 horas por dia desenvolvido software e não sobra tempo para muito
mais. Nem todos são ricos herdeiros e alguns de nós precisam ganhar a vida.
Ainda assim, não me parece que ser pesquisador seja pré-requisito para
participar da Ciencialist. Não me parece que seja necessário ter artigos
publicados na Physical Review para ser lido aqui. E, a propósito, você tem?
Ou todos os seus artigos estão publicados apenas no seu site?
Finalmente, você perdeu muito tempo discorrendo sobre as expressões que eu
usei e se esqueceu de explicar porque a GR é a mais bem sucedida dentre
outras 40 teorias da gravitação. Estamos esperando sua resposta. A
propósito, você sabe quais são as outras 40 teorias? Ainda, quanto for
demonstrado experimentalmente que a GR deve ser substituída, o que propõe
que coloquemos no seu lugar?
[ ]s
Alvaro Augusto
> Quanto à classificação referida, quero crer que o único ciencialisteiro
que
> deu a entender que me considera um kook foi o Álvaro, mas esse não conta,
> pois suas mensagens são totalmente sem conteúdo útil. Ele nem mesmo diz
> asneiras, pois fala, fala e não diz nada. E quando instigado a dizer
alguma
> coisa, parte para ofensas pessoais. Como dar crédito a um shitpot desses?
> Quanto a você, ainda não senti firmeza em me considerar um kook, porém
fique
> à vontade para tal. Podemos discordar, mas uma coisa é certo: suas
mensagens
> têm conteúdo.
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 03:00
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Tuesday, October 01, 2002 12:36 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
> Caro Mesquita,
> "Shitpot" é termo de minha autoria e, antes de usá-lo, eu tomei o cuidado
> de verificar que ele não consta do American Heritage Dictionary. Ele deve,
> portanto, ser empregado literalmente e não na acepção que você lhe deu! :)
Caro Alvaro
Eu citei a fonte em msg anterior. A palavra realmente não consta de
grande número de dicionários, mas isso não significa dizer que não exista.
Tanto existe que uma pesquisa no dicionário Merrian Webster
( http://www.m-w.com/home.htm ), após afirmar que a palavra não consta do
dicionário, faz as seguintes sugestões para shitpot:
1. shutout
2. chutist
3. shiatsu
4. shoot-up
5. chiton
6. shoot-ups
7. chattiest
8. shoot-out
9. shutouts
10. shoot-outs
Sinto não tê-la interpretado no seu contexto. Apenas estou tentanto mostrar
que não inventei nada e quero crer também não estar infringindo nenhuma
cláusula da lei de direitos autorais e/ou de copyright. Por outro lado, e já
que você inventou uma interpretação para a palavra, brinde-nos com a
explicação e não apenas com evasivas fúteis.
> Quanto ao fato de eu falar asneiras, fico feliz que você entenda assim!
Estranho, pois não foi isso o que eu disse. Quero crer que o seu
egocentrismo está engolindo palavras.
> Significa que você se sente incomodado o suficiente a ponto de perder
> tempo discorrendo sobre o nada, tentando se convencer de que está certo de
> modo a poder continuar perseguindo seus moinhos de vento. Que seja.
Estou tão incomodado que nem consegui dormir. Resolvi então responder a sua
msg às 2 da madrugada, pois como você mesmo já percebeu, gosto de perder
tempo e nada melhor para tal que responder a msgs sem conteúdo útil.
> Quanto ao fato de eu não ser um cientista-pesquisador-etc, é verdade. Eu
> passo 14 horas por dia desenvolvido software e não sobra tempo para muito
> mais. Nem todos são ricos herdeiros e alguns de nós precisam ganhar a
> vida. Ainda assim, não me parece que ser pesquisador seja pré-requisito
> para participar da Ciencialist.
Pô, conteúdo fora do contexto!!!?? Nunca escolhi debatedores. Se você é
cientista, tecnólogo ou profissional, isso não me faz a menor diferença,
desde que não seja tão grosseiro como tem demonstrado ser. Se na msg
anterior citei pós-graduandos e pós-graduados, isso deve-se a que o assunto
estava em pauta. Não obstante, tenho discutido muita física com o Takata,
que é biólogo, e com muitos estudantes das várias áreas. E só engrossei (no
bom sentido) no meu diálogo com o Takata quando ele resolveu tirar o sarro,
e ele sabe disso. O diálogo começou a andar em círculo e ninguém entendia
mais nada, e daí a minha bronca. No mais, respeito muito a cultura geral do
Takata. E já cansei de citar aqui um texto de Popper onde ele afirma o
seguinte:
"Não acredito na teoria corrente segundo a qual, para tornarem uma
discussão fecunda, os opositores têm de ter muita coisa em comum. Pelo
contrário, creio que quanto mais diferem os seus backgrounds, mais
fecunda é a argumentação. Não há sequer necessidade de uma linguagem
comum para se começar: se não tivesse havido uma torre de Babel,
teríamos tido de construir uma. A diversidade torna a discussão crítica
fecunda. As únicas coisas que os parceiros de uma discussão têm de
partilhar são o desejo de conhecer, e a disponibilidade para aprender
com o companheiro, criticando severamente as suas opiniões - na versão
mais forte possível que se puder dar dessas opiniões - e ouvindo o que
ele tem para dizer como resposta."
> Não me parece que seja necessário ter artigos
> publicados na Physical Review para ser lido aqui. E, a propósito, você
> tem? Ou todos os seus artigos estão publicados apenas no seu site?
Não se faça de sonso. Se a minha teoria tivesse sido publicada no Physical
Review eu não a chamaria de alternativa. A Physical Review é baseada no
Pravda dos tempos do Partidão, e não aceita nada alternativo, pelo menos nos
"períodos de ciência normal" (conforme Khun).
> Finalmente, você perdeu muito tempo discorrendo sobre as expressões que eu
> usei e se esqueceu de explicar porque a GR é a mais bem sucedida dentre
> outras 40 teorias da gravitação.
Essa opinião é sua, não minha. Bem sucedida em quê? Em despersonalizar o bom
senso? Porque eu teria que responder as coisas da maneira que você quer que
eu responda? Por outro lado, em meu site você encontrará inúmeras
explicações a demonstrarem que a GR não é a mais bem sucedida teoria, sequer
é uma teoria. Trata-se meramente de uma matemática sofisticada que dá certo
sem que se saiba onde, como e nem porquê. É uma matemática a deturpar, de
maneira conveniente, os significados clássicos de espaço, tempo, energia,
massa etc. Ou seja, o que dá certo não é a física, mas a matemática que
modificou a física tornando-a uma disciplina ininteligível.
> Estamos esperando sua resposta.
Estou esperando que leiam o meu site. Aliás, a esse respeito não posso me
queixar, pois mês a mês o número de leitores, e também o de elogios, vêm
aumentando. E o número de críticas destrutivas, mas bem fundamentadas, está
próximo de zero. Já que você gosta do assunto, que tal combater minhas
idéias com fundamentos sólidos? Ah, esqueci, você não tem tempo para isso.
Então não diga bobagens.
> A propósito, você sabe quais são as outras 40 teorias?
Nunca me preocupei em contá-las, mas conheço algumas. Aliás, acredito que a
partir de meu site não será impossível chegar à maioria delas, com um ou no
máximo três cliques.
> Ainda, quanto for
> demonstrado experimentalmente que a GR deve ser substituída, o que propõe
> que coloquemos no seu lugar?
Em linhas gerais, você encontrará tudo isso no meu site. Por outro lado, já
cansei de afirmar aqui que o erro cometido em física é anterior à
relatividade (mesmo a restrita) e apóia-se no conceito de elétron "carga
elétrica", de Lorentz. Promova-se a correção desta falácia e a física
evoluirá mais de 100 anos em cinco, em todas as suas áreas.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 04:59
Ei pessoal, pára com isso! Recordem os bons tempos e o quanto já se debateu aqui no Ciencialist. Please, sem ataques pessoais, lado a lado!
[]'
Léo ... metendo a colher divina na história
================================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 1 de outubro de 2002 06:00
Assunto: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
| ----- Original Message -----
| From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
| Sent: Tuesday, October 01, 2002 12:36 AM
| Subject: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
|
|
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Todos gostam de salada mista
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 06:20
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Foi o senhor quem colocou esse negócio de 'beija, beija'.
Salada mista e' como o jogo da verdade...
> Como o senhor tem conhecimento de que ela sabe 'cozinhar
> terrivelmente...'?
Da mesma fonte q. disse q. eu sou o Prof. Hata.
(Vai, Mikomo, vai, Mikomo.)
[]s,
Roberto Takata
-=*###>Prof. Hata? Mikomo? Não conheço a fonte referida.
[]s, Antonio 'kook' Renato.<###*=-
SUBJECT: ONG da salvação
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 06:21
> De: Takata
>
> De todo modo, serei voluntario da campanha 'salvem as loiras'.
Yeeeessss! Vamos fundar uma ONG!
[]
Alexandre Medeiros
-=*###>Se não houver preconceito aos 'kooks', apresento-me como voluntário.
[] Antonio 'kook' Renato.<###*=-
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 06:22
>> Segundo eles, as loiras falsas são mais atraentes para os homens,
que as
> preferem como parceiras às verdadeiras.<<
Sérgio: Esta é a ideia mais estupida que ouvi nos ultimos tempos.
...............................
É estupido argumentar que o
tingir do cabelo tem alguma coisa a ver com isto, e muito mais
estupido é dizer que a perferencia dos homens pelas louras falsas tem
alguma coisa a haver.
..............................
Léo: De pleno e total acordo com o Sérgio. Particularmente acho as loiras
deveras 'frígidas' e 'insossas'(?) (e acreditem na minha experiência nisso!)
e jamais casaria com um desses exemplares. Prefiro a 'quentura' das morenas
e nem me importo se tender para a nuance das mulatas. :-)))) Em nenhuma
parte da evolução das espécies há algo de destaque para o fator 'loira'.
Brrr!
-=*###>De minha experiência posso concordar com o Léo, não sem considerar
que existem excessões. No entanto, quanto as louras pintadas concordo com
aquilo que o Sérgio classificou como 'idéia estúpida': São louras (E assumem
a 'sina' de mulher sensual e fatal que as louras carregam) por diletantismo.
Hah! Já ia me esquecendo de citar a 'burrice' atribuida às louras (talvez
justamente consequente a inveja daquelas que não são sensuais) que elas
também assumem, neste mote, com desdém.
Inté. Antonio 'kook' Renato.<###*=-
SUBJECT: Visão a la Jack (1)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 06:23
Carlos Alberto escreveu:
"Gostaria de saber do pessoal ligado a neurologia, como o cérebro processa e
interpreta as cores: isso se dá de acordo com o comprimento de ondas e
portanto o processamento ocorre em diferentes lugares ou regiões do cérebro
ou, não, todo o processamento das cores e interpretação ocorre no mesmo
lugar?"
Oi Carlos
Gosto de neurofiologia e neuroanatomia, embora não me inclua "stricto sensu"
ao "pessoal ligado a neurologia": Considero-me 'ligado em' (Um passatempo).
Neurologia é especialidade médica e inclui o estudo das patologias que
acometem o sistema nervoso e nesta parte, meu interesse é 'menos curioso'.
Estou fazendo um apanhado (Bastante resumido) no livro "Fisiologia Humana"
(Houssay). É uma edição de 1973. Certamente existem referências mais
recentes. Enfim...
FORMAÇÃO DE IMAGENS
Os raios luminosos que penetram no olho se concentram na retina por
mecanismos ópticos que seguem as leis conhecidas da física.
Nas células fotorreceptoras da retina nasce o estímulo que pelas vias
opticas chegam ao cérebro, onde se elabora a sensação visual.
OLHO COMO ÓRGÃO RECEPTIVO
Cada cor primária é percebida por uma zona determinada na retina.
Na fóvea, ponto de sensibilidade máxima ('fovea centralis' = depressão no
centro da 'mácula lútea' ou mancha amarela), existem quatro zonas dispostas
em círculos concentricos com suaves limites de transição.
De dentro para fora são: Zona do verde, do vermelho e do azul. Entre esta
última e a orla serrata (Limite da ocorrência de células fotorreceptoras), a
do branco.
A zona verde é tricromática porque ali se percebem todas as cores; a do
vermelho é dicromática pois não se percebe o verde; enquanto na azul capta
somente a referida cor.
O olho pode captar, do espectro solar, todas as cores intermediárias entre
o vermelho (lambda=720 milimicrons) e o violeta (lambda=360 milimicrons).
RETINA
A retina é uma parte especializada do sitema nervoso central, como
comprovam sua origem embriológica e histológica. Está composta pelo epitélio
pigmentário e 'pars óptica'.
A 'pars óptica', ou sensorial propriamente dita, é transparente e tem
espessura de 0,6 mm na parte posterior do olho adelgaçando-se até 0,1 mm na
orla serrata onde termina abruptamente. Ao exame histológico pode-se
observar nove capas mas existem apenas 3 tipos fundamentais de células
relacionadas com a fotorrecepção: As fotorreceptoras; as de associação; e as
ganglionares.
As células fotorreceptoras compreendem os cones e os bastonetes.
Existem cerca de sete minlhões de cones na retina humana. Costituem o único
fotorrecptor presente na fóvea.
O número de bastonetes alcança cento e trinta milhões e são tanto mais
numeroso quanto mais se aproxima da orla serrata.
Simplificando, as células da retina se dipõem em cadeia de três escalões:
Primeiro é o fotorreceptor (Cone e bastonete); o segundo, a célula bipolar;
e o terceiro a céluila ganglionar.
Alguns cones se conectam com apenas uma célula bipolar que, por sua vez se
conecta com apenas uma célula ganglionar. Via de regra as conexões são
múltiplas e cada célula ganglionar está conectada com muitos cones e
bastonetes or intermédio das células de associação.
MUDANÇAS QUÍMICAS PRODUZIDAS PELA LUZ: PIGMENTOS VISUAIS.
A rodopsina é o pigmento visual melhor conhecido, dos vários que podem ser
encontrados.
Rodopsina (Eritropsina ou púrpura visual):
É um pigmento rosado que descolora por ação da luz e se recupera sua cor
primitiva na obscuridade. É encontrada no segmento externo dos bastonetes.
Seu papel é permitir a visão crepuscular, função dependente dos bastonetes.
NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO DESTA NOVELA: Vias e centros ópticos.
SUBJECT: Re: A relatividade em teste
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 08:07
At 03:00 01/10/02 -0300, you wrote:
Álvaro:
> > Não me parece que seja necessário ter artigos
> > publicados na Physical Review para ser lido aqui. E, a propósito, você
> > tem? Ou todos os seus artigos estão publicados apenas no seu site?
Alberto Mesquita:
>Não se faça de sonso. Se a minha teoria tivesse sido publicada no Physical
>Review eu não a chamaria de alternativa. A Physical Review é baseada no
>Pravda dos tempos do Partidão, e não aceita nada alternativo, pelo menos nos
>"períodos de ciência normal" (conforme Khun).
Alberto,
A Physical Review e outras revistas publicam, sim, artigos que
rompem com a física estabelecida. Um exemplo é um artigo de M. Gasperini,
publicado na Physical Review D 38, 2635 (1988) e 39, 3606 (1989), onde ele
supõe a violação do princípio da equivalência, a base da relatividade
geral, para explicar as oscilações dos neutrinos (que não podem ser
explicadas pelo Modelo Padrão). E isso foi feito antes mesmo de se ter
dados experimentais sobre essas oscilações (o que foi feito só em 1998, no
laboratório SuperKamiokande, no Japão). Naquela época, as oscilações eram
apenas uma suposição teórica para dar conta do problema dos neutrinos
solares - a discrepância entre teoria e experimento no fluxo de neutrinos
vindos do Sol.
Além disso, apesar de em qualquer instituição constituída por
seres humanos existir inevitavelmente uma tendenciosidade à la
establishment, nem sempre esse tipo de resistênica pode ser creditada a
isso. A Physical Review e tantas outras revistas científicas exigem que
haja motivação factual (experimental) clara para rompimentos com teorias
que já dão conta de vários dados experimentais. São muito raros os casos
que invertem essa ordem. Aliás, o artigo de Gasperini acima é um caso onde
o trabalho foi publicado antes mesmo de se ter dados conclusivos.
Tudo isso depende também do que você chama "rompimento". Há
diversos artigos expondo resultados experimentais "não-ortodoxos",
inclusive sem explicação óbvia, publicados nessas revistas. Um exemplo é o
artigo de Taleyarkhan, publicado na Science, onde ele detecta sinais de
fusão nuclear em bolhas causadas por ondas acústicas - aquele que foi
classificado afoitamente como um dos três "experimentos que violam a
mecânica quântica" pelo Guglinski naquele site que rolou há pouco por aqui.
O resultado é espantoso, dada a diferença de energia típica de fenômenos
nucleares e acústicos. Cálculos teóricos mostram a possibilidade de se
atingir a casa dos 10 mil graus com essas bolhas, mas Taleyarkhan diz ter
atingido a casa dos milhões. Não há, portanto, explicação óbvia. Para
agravar a coisa, na hora em que a Science publicou, outro grupo
independente de cientistas já havia feito um experimento semelhante onde
não observaram o que Taleyarkhan observou. Mas ainda não havia passado pelo
processo de peer-review. Mesmo assim a Science decidiu publicar o trabalho
do Taleyarkhan, e, dada a polêmica que rolava, publicou um editorial
justificando a decisão. Não é exatamente o que se esperaria de uma
publicação reacionária... (estou extrapolando seu comentário para a
Science). Essa historinha está contada em
http://www.comciencia.br/noticias/08mar02/fusao.htm
Belisário
SUBJECT: 'Kooks' e similares alienígenas
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 09:46
Bons dias
Inspirado nas discussões sobre 'kook' e similares.
Inscreví-me após ter tomado conhecimento das msgs trocadas. Mais, não havia
exigência quanto a ser ou não ser pesquisador ou cientista.
Já havia me colocado como 'kook' antes mesmo do Kaufman ter-me honrado com
este 'título'.
Aqui encontrei pessoas, humanos que nem só de ciência se ocupam. Aliás, não
poderia ser diferente.
Aqui são admitidas brincadeiras, piadas, teorias... É um relacionamento
interpessoal. Porque não haveriam atitudes agressivas num dado momento de
descompensação?
Mas foi justamente este relacionamento a nível pessoal que acabou por me
seduzir mais do que aquilo que esperara. São pessoas, como as de meu próprio
círculo social, como aquelas que encontro também nos botequins. Diga-se que
existem botequins que reunem intelectuais. Outros, artistas. Afinal,
cientista também pode gostar de cerveja, a despeito da minha mãe ter-me
ensinado que 'beber cerveja' é uma atividade vulgar.
"...e só chamo de kook aqueles que fazem por merecer. Maneiras
claras de identificar kooks (ou crackpots, ou cranks) são idéias fixas
(tipo a "potencialização do Homem" do Antônio Renato), repetição de
afirmações sem justificativa (diferente de idéias fixas, que são
conceituais e permeiam tudo que o kook fala; as afirmações são na
verdade uma técnica retórica, consistindo em fazer vencer seu ponto
pela exaustão), ..."
Por favor, não mencionei "potencialização do Homem" e nem sei o que quis
dizer com isso. Minha intenção, talvez mal colocada, foi constatar que
através dos tempos o Homem vem apresentando, cada vez mais, aproveitamento
das _potencialidades_ de seu cérebro. Questiono a 'lentidão' em que são
feitas estas conquista.
Mas, em se falando em repetições:
"...Mas não foi isso que você perguntou. E, francamente, já é
suficientemente ruim a indoutrinação matemática atual, onde as
criancinhas são forçadas a memorizar tabelas e fazer contas longas sem
motivação. Um futuro onde todo mundo aprendesse em binário e fosse
forçado a fazer multiplicação por soma e divisão por teste repetido...
seria orwelliano!
-=*##>>Desculpe-me, me perdi: Que foi que perguntei?<<##*=-..."
Até aqui não me ocorre ter feito nenhuma pergunta. Não obstante, quando a
fiz, vc não foi capaz de responder!
"...O funcionamento do neurônio é eletroquímico. A transmissão química, se
não me engano, limita os ciclos a cerca de 100 Hz. Logo, um neurônio
não pode competir nem com computadores mecânicos em termos de
processamento sequencial. No entanto, o cérebro tem uma grande vantagem
em termos de processamento paralelo e reconhecimento de padrões.
-=*##>>Quanto a transmissão química nada me ocorre. Aliás, nem mesmo estou
entendo o que quis dizer. Mas, saberia informar quantos ciclos de 100 Hz
estão disponíveis no computador e no cérebro?<<##*=-..."
Então pergunto: Quem é que está apresentando 'idéia fixa'? Quem é que
'empacou'?
Sua argumentação é tão 'consistente' quanto a minha... hum...
"...Desisti há muito tempo atrás do Alberto, Léo. Desisti com o Antônio
Renato, e portanto decidi terminar minha participação na conversa com
ele. E acabo de desistir do Douglas também. ..."
Se as pessoas não entendem o que vc diz é porque não está conseguindo se
expressar de maneira adquada.
Creio ser perda de tempo continuar nesta linha de pensamento. Vamos 'baixar
à Terra'. Na lista, como na sociedade como um todo, encontramos todos os
'tipos'.
E àqueles que usam palavras das quais deconhece o significado,
intempestivos, àqueles que não conseguem conviver estará reservado algum
lugar especial?
Cordialmente, Antonio 'kook' Renato.
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 10:27
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Vc disse que eu havia forçado a barra quando comparei Pol
> Pot aos anarquistas.
Vc nao comparou Pol Pot aos anarquistas. Disse q. Pol Pot era um tipo
de anarquista.
> Mas você, no entanto, insiste em diluir o
> singular no universal abstrato.
Conqto o anarquismo nunca tenha saido do papel nao
se pode dar a ele um objeto singular.
> Manuel: Afinal, as asas da ave e as do morcego são estruturas
> análogas ou homólogas entre si?
Como asa sao analogas, como membros anteriores de vertebrados
tetrapodos sao homologas.
Mais uma questao sobre a mudanca da concepcao de um termo.
Homologia foi aventada em um sistema q. nao era evolucionista.
Sua definicao atual: semelhanca por descendencia a partir de
um ancestral em comum -- e' totalmente diferente de sua
definicao original: estruturas equivalentes seguindo um mesmo
principio construtivo resultando em mesmas conexoes. A partir
dai' poderiamos dizer q. Richard Owen era um evolucionista
por enfatizar as homologias?
> quanto aos comunistas e anarquistas clássicos, ambos pertencem a
> mesma classe dos socialistas igualitaristas revolucionários de
> esquerda que defendem o fim do Estado, inclusive do Parlamento.
Agora surge um termo novo 'anarquista classico'...
> Manuel: Tanto não é bobagem que posso do mesmo modo juntar um grupo
> comunista com fascistas, caso da facção "Boutenko" do PCUS (Partido
E vc pode somar laranjas com maçãs. É tudo fruta...
> Afinal, não é o nazismo um nacional-"socialismo"?
Putz! E eu achando q. apenas o 'filósofo' (ou devo tirar as aspas?)
Olavo de Carvalho era capaz de dizer isso...
> Hitler não fala que a Alemanha e a Itália são "nações proletárias"
> em luta contra as "nações burguesas" e suas democracias
> parlamentares decadentes?
E os judeus sao nazistas porq. defendem a superioridade de um povo
escolhido. Aham.
E Cameron Diaz e samambaia sao a mesma coisa. E' tudo ser vivo.
E Camila Pitanga e um punhado de areia no deserto sao a mesma coisa.
Sao tudo atomos.
> Manuel: Obviamente que não deve estabelecer em que devo votar. No
> entanto, estabelece "entre os quais" posso votar, na medida em que
> institui regras precisas para os que querem ser candidatos.
Ué. E as religiões tbm possuem limites legalmente estabelecidos. Em
nossa legislação não posso criar uma religião q. prega o racismo, a
superioridade da raça branca. Não posso criar uma religião q. tenha a
suástica nazista como emblema de culto. Não posso, em tese, fazer
curas milagrosas, cirurgias mediúnicas. Não posso criar uma religião
do livre-amor q. permita o sexo com crianças.
> Se digo para o fulano que voto no Lula e o fulano resolve me
> mostrar o que ele julga serem os pontos negativos do meu candidato,
> acaso ele está me desrespeitando? Claro, óbvio, evidente que não.
Se ele diz q. não deve votar em Lula porq. quem vota em Lula é anti-
democrático. Isso é desrespeito.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 10:47
>No entanto, quanto as louras pintadas concordo com
> aquilo que o Sérgio classificou como 'idéia estúpida': São louras
(E assumem
> a 'sina' de mulher sensual e fatal que as louras carregam) por
diletantismo.
> Hah! Já ia me esquecendo de citar a 'burrice' atribuida às louras
(talvez
> justamente consequente a inveja daquelas que não são sensuais) que
elas
> também assumem, neste mote, com desdém.
Daquilo que eu vejo na amostra da população que me rodeia, existe uma
tendencia a que as pessoas pintem o cabelo de louro. Mas o que mais
me intriga é que perto da altura em que o fazem elas começam a
demosntrar sinais de burrice. Tlv burrice seja exagerado. O termo
seria futilidade.
Uma antiga frase dizia que "os homens perferem as louras mas casam
com as morenas". Tlv estes não sejam permeáveis a viver com alguem
futil o resto da vida. E dado que a futilidade se conjuga muitas
vezes com o pintar do cabelo, as coisas podem estar de alguma forma
associadas.
Contudo aquilo que eu achei estupido foi num estudo genético (as in
gene, coisa que está dentro das celulas) ser mencionado o caso das
louras falsas, que como proprio nome indica não são louras. E dado
isso, tanto faz. Pq eles não dissram "pq os homens parecem preferir
as morenas" as louras falsas são morenas na maioria dos casos?
É realmente um argumento estupido.
Sérgio
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 11:26
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
> futil o resto da vida. E dado que a futilidade se conjuga muitas
> vezes com o pintar do cabelo, as coisas podem estar de alguma forma
> associadas.
Vc esta' a considerar isso a serio?
> Contudo aquilo que eu achei estupido foi num estudo genético (as in
> gene, coisa que está dentro das celulas) ser mencionado o caso das
> louras falsas, que como proprio nome indica não são louras. E dado
> isso, tanto faz. Pq eles não dissram "pq os homens parecem preferir
> as morenas" as louras falsas são morenas na maioria dos casos?
> É realmente um argumento estupido.
O artigo nao diz isso. (O q. o estudo diz nao posso dizer porq.
nao li o estudo e o q. o artigo diz tem gdes chances de nao ser
o q. o estudo diz.) O q. o artigo diz e' q. as loiras tingidas
possuem vantagem competitiva em relacao 'as loiras naturais --
as loiras naturais reproduzir-se iam menos e tenderiam a
desaparecer.
E' diferente atribuir vantagem competitiva 'as morenas q.
tingem o cabelo de loiro e 'as morenas de modo geral. Ergo,
nao tto faz, nao.
Agora a questao e' saber se realmente as loiras naturais
estao em desvantagem competitiva.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 11:37
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
> Contudo aquilo que eu achei estupido foi num estudo genético (as in
> gene, coisa que está dentro das celulas) ser mencionado o caso das
> louras falsas, que como proprio nome indica não são louras. E dado
> isso, tanto faz. Pq eles não dissram "pq os homens parecem preferir
> as morenas" as louras falsas são morenas na maioria dos casos?
> É realmente um argumento estupido.
Eles deram a entender justamente isso: que há uma predileção por
loiras mas principalmente as falsas... o que permite que o tal gene
recessivo caia em perigo de extinção.
Quanto à futilidade das mulheres que pintam seus cabelos de loiro, eu
encaro como a tentativa de "remoçar" pela intervenção cirúrgica, o
diminuir ou aumentar seios: faz quem pode, quer e... aguenta. Em
princípio, tingir os cabelos de loiro requer é muita coragem: o pó
descolorante é forte, faz os olhos e o couro cabeludo arderem...
enfim, antes de dizer que loiras são burras, deveria ser dito que
elas são é muito corajosas por desejarem tanto ser algo "mais" que
deixam de lado as reações de seus próprios corpos para conseguirem
seus intentos... e fúteis sim porque querem agradar aos outros,
mesmo sofrendo e estragando seus cabelos. Eu uso henna:)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: curso de lógica I
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 13:11
Caro Douglas,
Parabéns novamente, dessa vez por demonstrar incrível HABILIDADE em
interpretação de texto.
De seu INFERIOR,
-- Rafael
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 14:20
Eu citei a Physical Review simplesmente por ser ela uma das publicações
mais conhecidas. Poderia igualmente ter citado uma publicação menos
"ortodoxa", como Il Nuovo Cimento. Além disso, na época em que eu lia a
Phys Rev eles publicavam muitos artigos envolvendo teorias, digamos,
"experimentais". Estou usando o termo "experimental" no sentido de Penrose:
uma teoria com idéias originais e de grande potencial, mas que não
encontram grande apoio experimental. O termo "experimental" é estranho e
talvez devêssemos substituí-lo por "especulativa". Como exemplo, lembro-me
dos artigos sobre táquions de Sudarshan ( Phys. Rev. D, 1, 2473 (1970b)) e
Schwartz (Phys. Rev. D, 25, 356 (1982)).
Quanto às teorias da relatividade especial (SR) e geral (GR), Penrose as
classifica como teorias "soberbas", devido à elegância matemática e ao
grande poder de previsão. Existem cerca de 40 teorias gravitacionais que
tiveram os "parâmetros pós-newtonianos" calculados. Como exemplo, temos a
teoria de Brans-Dicke (escalar + métrica) e a teoria de Rosen (bimétrica).
Dentre todas essas teorias, somente a GR obedece o princípio da
equivalência forte, o que indica que a constante G é uma constante "real",
cujo inverso representa a rigidez do espaço-tempo. Além disso, somente a GR
passa em todos os testes:
a) deslocamento do periélio;
b) deflexão da luz;
c) decaimento da luz no tempo (não previsto por Einstein).
O deslocamento gravitacional para o vermelho é, na verdade, um teste do
princípio da equivalência de Einstein, não da GR em si.
Além disso, a observação do pulsar binário (1974) confirmou a existência
das ondas gravitacionais, previstas pela GR, embora a observação direta de
tais ondas ainda não tenha sido conseguida. Nesse caso, a GR mostrou ter
uma precisão de uma parte em 1e14. Mais importante, talvez, é o fato de que
no momento não há fato experimental que contradiga a GR. O único problema
deve-se à impossibilidade de renormalização da teoria.
É curioso que uma teoria que desafia o "bom senso" tenha conseguido tantos
sucessos depois de quase cem anos ( a GR incorpora a SR, que é de 1905)...
Abraços,
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 1 de Outubro de 2002 08:07
Assunto: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
At 03:00 01/10/02 -0300, you wrote:
Álvaro:
> > Não me parece que seja necessário ter artigos
> > publicados na Physical Review para ser lido aqui. E, a propósito, você
> > tem? Ou todos os seus artigos estão publicados apenas no seu site?
Alberto Mesquita:
>Não se faça de sonso. Se a minha teoria tivesse sido publicada no Physical
>Review eu não a chamaria de alternativa. A Physical Review é baseada no
>Pravda dos tempos do Partidão, e não aceita nada alternativo, pelo menos
nos
>"períodos de ciência normal" (conforme Khun).
Alberto,
A Physical Review e outras revistas publicam, sim, artigos que
rompem com a física estabelecida. Um exemplo é um artigo de M. Gasperini,
publicado na Physical Review D 38, 2635 (1988) e 39, 3606 (1989), onde ele
supõe a violação do princípio da equivalência, a base da relatividade
geral, para explicar as oscilações dos neutrinos (que não podem ser
explicadas pelo Modelo Padrão). E isso foi feito antes mesmo de se ter
dados experimentais sobre essas oscilações (o que foi feito só em 1998, no
laboratório SuperKamiokande, no Japão). Naquela época, as oscilações eram
apenas uma suposição teórica para dar conta do problema dos neutrinos
solares - a discrepância entre teoria e experimento no fluxo de neutrinos
vindos do Sol.
Além disso, apesar de em qualquer instituição constituída por
seres humanos existir inevitavelmente uma tendenciosidade à la
establishment, nem sempre esse tipo de resistênica pode ser creditada a
isso. A Physical Review e tantas outras revistas científicas exigem que
haja motivação factual (experimental) clara para rompimentos com teorias
que já dão conta de vários dados experimentais. São muito raros os casos
que invertem essa ordem. Aliás, o artigo de Gasperini acima é um caso onde
o trabalho foi publicado antes mesmo de se ter dados conclusivos.
Tudo isso depende também do que você chama "rompimento". Há
diversos artigos expondo resultados experimentais "não-ortodoxos",
inclusive sem explicação óbvia, publicados nessas revistas. Um exemplo é o
artigo de Taleyarkhan, publicado na Science, onde ele detecta sinais de
fusão nuclear em bolhas causadas por ondas acústicas - aquele que foi
classificado afoitamente como um dos três "experimentos que violam a
mecânica quântica" pelo Guglinski naquele site que rolou há pouco por aqui.
O resultado é espantoso, dada a diferença de energia típica de fenômenos
nucleares e acústicos. Cálculos teóricos mostram a possibilidade de se
atingir a casa dos 10 mil graus com essas bolhas, mas Taleyarkhan diz ter
atingido a casa dos milhões. Não há, portanto, explicação óbvia. Para
agravar a coisa, na hora em que a Science publicou, outro grupo
independente de cientistas já havia feito um experimento semelhante onde
não observaram o que Taleyarkhan observou. Mas ainda não havia passado pelo
processo de peer-review. Mesmo assim a Science decidiu publicar o trabalho
do Taleyarkhan, e, dada a polêmica que rolava, publicou um editorial
justificando a decisão. Não é exatamente o que se esperaria de uma
publicação reacionária... (estou extrapolando seu comentário para a
Science). Essa historinha está contada em
http://www.comciencia.br/noticias/08mar02/fusao.htm
Belisário
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SUBJECT: não vote nulo, vote em Soros
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 14:52
Economistas afirmam que o Brasil terá de reestruturar sua dívida e
que bancos devem sofrer com processo
Debate nos EUA vê país à beira da bancarrota
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
Antes mesmo das eleições de domingo e da posse de um novo presidente
brasileiro, os mercados e principais economistas nos EUA já
desenharam um futuro para o país: 1) independentemente de quem for
eleito, o Brasil irá à bancarrota; 2) Luiz Inácio Lula da Silva deve
vencer as eleições.
Essas são as conclusões de um raro debate sobre o Brasil, realizado
ontem no IIE (Institute for International Economics), em Washington.
Durante duas horas e meia, o financista George Soros, o ex-presidente
do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Paul Volcker, e o
economista Morris Goldstein não só deram o calote da dívida pública
brasileira como certo como também traçaram cenários pós-bancarrota.
"O PIB vai cair 5% em 2003 e os bancos, lotados de papéis do governo,
teriam problemas sérios", disse Goldstein, ex-funcionário do FMI
(Fundo Monetário Internacional). "Não acho que os mercados darão uma
chance ao Brasil", disse Soros. "No entanto, como se trata de um país
grande, vai sobreviver à reestruturação. Quem talvez não sobreviva é
a globalização, já que o país deverá impor controles de capital."
Voz solitária no debate, o economista inglês radicado nos EUA, John
Williamson, tentou defender sua idéia de que ainda é possível
sustentar os pagamentos da dívida brasileira. No entanto, pela
primeira vez desde que assumiu a defesa da equipe econômica
brasileira em Washington, Williamson foi obrigado a reconhecer dois
fatos: o país terá que fazer um esforço duríssimo para recolocar a
dívida numa trajetória declinante; e que, mantidos indefinidamente os
atuais câmbio e risco-país, talvez seja melhor jogar a toalha e
reestruturar a dívida.
"Equilibrar a dívida talvez signifique elevar o superávit primário
logo no começo de 2003 e manter uma política rígida pelos próximos
dois anos. O crescimento ficaria para os últimos três anos do próximo
governo", disse ele.
O debate foi acompanhado pela nata do sistema financeiro
internacional. Além do vice-presidente do Citigroup, Stanley Fischer,
do presidente do BC mexicano, Guillermo Ortiz e do ex-diretor do
Tesouro dos EUA, Ted Truman, estavam na platéia entre 10 e 15
funcionários graduados do FMI.
Goldstein disse que a crise de pagamentos brasileira deverá ocorrer
nos próximos seis meses e que a realidade derrotara os pressupostos
otimistas de Williamson.
Parafraseando Maria Antonieta, a célebre rainha da França, Soros
afirmou que o Brasil já perdeu a capacidade de definir se terá ou não
que reestruturar sua dívida: "Não cabe mais ao Brasil decidir. Se o
país não conseguir pegar dinheiro emprestado a taxas razoáveis, não
haverá opção. Não é uma questão de comer pães ou brioches, como
dissera Maria Antonieta."
Segundo Soros, os acionistas americanos estão punindo a exposição de
bancos no Brasil. "As ações de bancos com operações no Brasil estão
caindo. Os bancos têm que reagir saindo do Brasil. Essa é a lógica."
Volcker admitiu não conhecer muito a situação brasileira, mas disse
raramente ter visto uma aversão ao risco similar à observada
atualmente. "A aversão é muito grande. Não é um problema só do
Brasil, mas de toda periferia. É difícil sobreviver nesse ambiente" E
justificou da seguinte forma o pânico dos mercados. "Basta esse
debate para entender a dinâmica do nervosismo dos mercados. Quem iria
comprar papéis brasileiros depois de ouvir as previsões de Morris
(Goldstein)"
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 14:53
----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Tuesday, October 01, 2002 8:07 AM
Subject: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
>Se a minha teoria tivesse sido publicada no Physical
>Review eu não a chamaria de alternativa. A Physical Review é baseada no
>Pravda dos tempos do Partidão, e não aceita nada alternativo, pelo menos
>nos "períodos de ciência normal" (conforme Khun).
Olá Belisário
Quero crer que eu tenha economizado palavras em excesso em minha msg
anterior, mesmo porque esse tipo de diálogo que estou travando com o
Álvaro não faz exatamente o meu gênero. E exagerei também ao afirmar que a
revista não aceita NADA alternativo. Na realidade, o que pretendi dizer é
que essas revistas não aceitam nada que vá contra o que você chamou em msg
recente por "pano de fundo", pois é exatamente isso o que caracteriza um
paradigma no sentido mais exato do termo (lembro que Khun faz uma confusão
enorme no que chama paradigma, mas esse sentido é o que tem sido mais
adotado nos meios acadêmicos). Não quero crer que exista nada publicado numa
revista padrão A de física que vá contra qualquer paradigma neste sentido
forte do termo. Teorias alternativas a irem contra esses paradigmas existem
muitas e estão todas vetadas pelo "establishment". Até hoje não consegui
sequer ser ouvido por uma platéia de uma universidade pública com mais do
que três pessoas, quanto mais publicar minhas idéias em uma revista dentre
aquelas consideradas "respeitáveis". E mesmo essas três pessoas via de regra
viram-me as costas quando percebem que estou indo contra os dogmas, ou pano
de fundo, que sustentam as suas crenças numa física que reconhecem ser
ininteligível. Sinto que grande número de autores do mundo inteiro (quase
todos já se acostumaram a serem confundidos com os crackpots, que também
existem de fato, e são muitos) passam pelas mesmas dificuldades (com
freqüência chego a manter diálogos fechados com muitos desses autores).
Por outro lado, como apresentar dados factuais frente a uma comunidade
acadêmica que rejeita, de antemão, a realização de experiências que possam
contrariar tais paradigmas? A história dos neutrinos é bem outra e até mesmo
aquela da experiência que originou esta thread. E com efeito, esta última,
apresentada no artigo citado da Nature (veja aí outra idéia alternativa, no
sentido light, e publicada na Nature), acompanha-se do seguinte texto:
"There is no theoretical hint that some surprises might come from these
experiments," says astrophysicist Giovanni Amelino-Camelia of the University
of Rome. "But these experiments are absolutely necessary, even so."
Ou seja, antes mesmo de efetuarem uma experiência que "poderia" dar
resultados contrários á relatividade geral, os autores estão palpitando e
sugerindo que nada irá mudar e que a experiência representará apenas algo
rotineiro cujo resultado virá meramente para reforçar suas crenças não
apenas no pano de fundo, mas também.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
***********************************
Alberto,
A Physical Review e outras revistas publicam, sim, artigos que
rompem com a física estabelecida. Um exemplo é um artigo de M. Gasperini,
publicado na Physical Review D 38, 2635 (1988) e 39, 3606 (1989), onde ele
supõe a violação do princípio da equivalência, a base da relatividade
geral, para explicar as oscilações dos neutrinos (que não podem ser
explicadas pelo Modelo Padrão). E isso foi feito antes mesmo de se ter
dados experimentais sobre essas oscilações (o que foi feito só em 1998, no
laboratório SuperKamiokande, no Japão). Naquela época, as oscilações eram
apenas uma suposição teórica para dar conta do problema dos neutrinos
solares - a discrepância entre teoria e experimento no fluxo de neutrinos
vindos do Sol.
Além disso, apesar de em qualquer instituição constituída por
seres humanos existir inevitavelmente uma tendenciosidade à la
establishment, nem sempre esse tipo de resistênica pode ser creditada a
isso. A Physical Review e tantas outras revistas científicas exigem que
haja motivação factual (experimental) clara para rompimentos com teorias
que já dão conta de vários dados experimentais. São muito raros os casos
que invertem essa ordem. Aliás, o artigo de Gasperini acima é um caso onde
o trabalho foi publicado antes mesmo de se ter dados conclusivos.
Tudo isso depende também do que você chama "rompimento". Há
diversos artigos expondo resultados experimentais "não-ortodoxos",
inclusive sem explicação óbvia, publicados nessas revistas. Um exemplo é o
artigo de Taleyarkhan, publicado na Science, onde ele detecta sinais de
fusão nuclear em bolhas causadas por ondas acústicas - aquele que foi
classificado afoitamente como um dos três "experimentos que violam a
mecânica quântica" pelo Guglinski naquele site que rolou há pouco por aqui.
O resultado é espantoso, dada a diferença de energia típica de fenômenos
nucleares e acústicos. Cálculos teóricos mostram a possibilidade de se
atingir a casa dos 10 mil graus com essas bolhas, mas Taleyarkhan diz ter
atingido a casa dos milhões. Não há, portanto, explicação óbvia. Para
agravar a coisa, na hora em que a Science publicou, outro grupo
independente de cientistas já havia feito um experimento semelhante onde
não observaram o que Taleyarkhan observou. Mas ainda não havia passado pelo
processo de peer-review. Mesmo assim a Science decidiu publicar o trabalho
do Taleyarkhan, e, dada a polêmica que rolava, publicou um editorial
justificando a decisão. Não é exatamente o que se esperaria de uma
publicação reacionária... (estou extrapolando seu comentário para a
Science). Essa historinha está contada em
http://www.comciencia.br/noticias/08mar02/fusao.htm
Belisário
SUBJECT: Re: A relatividade em teste
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 15:25
Caro Álvaro,
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" >
> a) deslocamento do periélio;
> b) deflexão da luz;
> c) decaimento da luz no tempo (não previsto por Einstein).
O que é isso (decaimento da luz no tempo)?
. O único problema
> deve-se à impossibilidade de renormalização da teoria.
>
Refresque minha memória... normalização não é um conceito
estatístico? Como se aplica à uma teoria física?
abraços,
André Baptista
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade em teste
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 16:11
Ops! Comi bola aqui. Eu estava lendo algumas anotações antigas em inglês e
confundi "time delay of light" com "time decay of light"... Preciso trocar
os óculos.
De qualquer forma, "time delay of light", atraso temporal da luz ou atraso
de Shapiro, é um fenômeno causado pelas distorções no espaço-tempo,
provocando um atraso na chegada de pulsos de luz. Como a velocidade da luz
é constante, o atraso só pode ser explicado considerando-se que o espaço se
distorce. Mais detalhes em http://physicsweb.org/article/news/5/7/8
> a) deslocamento do periélio;
> b) deflexão da luz;
> c) decaimento da luz no tempo (não previsto por Einstein).
O que é isso (decaimento da luz no tempo)?
. O único problema
> deve-se à impossibilidade de renormalização da teoria.
>
> Refresque minha memória... normalização não é um conceito
> estatístico? Como se aplica à uma teoria física?
Acho que você está falando da normalização da função de onda, mas
"renormalização" é outra coisa, tratando-se de um método usado na teoria
quântica dos campos para evitar o aparecimento de resultados infinitos. A
relatividade geral também prevê resultados infinitos (no caso da métrica de
Schwartzchild, por exemplo), mas até o momento essa teoria não pôde ser
renormalizada. E isso seria necessário para uní-la completamente à mecânica
quântica.
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: não vote nulo, vote em Soros
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 16:51
Desculpem, esqueci de postar o link:
http://www.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0110200216.htm
SUBJECT: Re: Levitron ... Colucci.
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 16:56
Olá Leo e pessoal,
Que fim levou esse assunto? Vc. ou alguém aqui conseguiu o brinquedo?
[]´s
André
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Com a anuência (será que se refere a tratadores de anús?) dos
demais, essa vai para o Colucci.
>
> Tenho grande interesse em possuir (? ...tá... sei que
é 'apertado'!) um Levitron, brinquedinho que não existe á venda no
Brasil. Será possível enviar-me um ai dos estates?
> Despezas? Sem problemas, poderei vender uma de minhas casas e tudo
bem, basta mandar coordenadas do seu banco, número da conta (e
senha). :-))
> Desse brinquedinho só conheço a teoria (e está na minha Sala 13 -
item 36).
>
> []'
> Léo
> ============
SUBJECT: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 17:38
> Contudo aquilo que eu achei estupido foi num estudo genético (as in
> gene, coisa que está dentro das celulas) ser mencionado o caso das
> louras falsas, que como proprio nome indica não são louras. E dado
> isso, tanto faz. Pq eles não dissram "pq os homens parecem preferir
> as morenas" as louras falsas são morenas na maioria dos casos?
> É realmente um argumento estupido.
"O artigo nao diz isso. (O q. o estudo diz nao posso dizer porq.
nao li o estudo e o q. o artigo diz tem gdes chances de nao ser
o q. o estudo diz.) O q. o artigo diz e' q. as loiras tingidas
possuem vantagem competitiva em relacao 'as loiras naturais --
as loiras naturais reproduzir-se iam menos e tenderiam a
desaparecer.
E' diferente atribuir vantagem competitiva 'as morenas q.
tingem o cabelo de loiro e 'as morenas de modo geral. Ergo,
nao tto faz, nao."
Certo, mas para mim "as loiras falsas parecem ter vantagem sobre as loiras
verdadeiras" é _genéticamente_ a mesma coisa que "as não-loiras parecem ter
vantagem sobre as loiras verdadeiras"
As não loiras são as morenas, as ruivas, etc...
O artigo parece querer sugerir que escolher uma não-loira é o mesmo que
nunca mais haver hipotese de nascer uma loira na familia. E isso é
genéticamente errado, como o proprio artigo explica.
Dá a impressão que o artigo é escrito por duas canetas. Uma na mao do
cientista por meio de citação e outra do jornalista por meio de
imcompreensão, compreensão e metedura-de-pata.
Por outro lado, essa conversa da competição é completamente ridicula neste
contexto. É tudo apenas estatistica e probabilidade. E foi isso que me
deixou boqueaberto.
Sérgio
SUBJECT: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 17:43
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
"Eles deram a entender justamente isso: que há uma predileção por
loiras mas principalmente as falsas... o que permite que o tal gene
recessivo caia em perigo de extinção."
Um gene recessivo não se extingue, ele fica adormecido.
Foi o que me ensinaram no ensino básico. Mas tlv haja uma nova teoria sobre
isso...
"Quanto à futilidade das mulheres que pintam seus cabelos de loiro, eu
encaro como a tentativa de "remoçar" pela intervenção cirúrgica, o
diminuir ou aumentar seios: faz quem pode, quer e... aguenta. Em
princípio, tingir os cabelos de loiro requer é muita coragem: o pó
descolorante é forte, faz os olhos e o couro cabeludo arderem...
enfim, antes de dizer que loiras são burras, deveria ser dito que
elas são é muito corajosas por desejarem tanto ser algo "mais" que
deixam de lado as reações de seus próprios corpos para conseguirem
seus intentos... e fúteis sim porque querem agradar aos outros,
mesmo sofrendo e estragando seus cabelos. "
Burro é diferente de Corajoso
Futil foi o adjectivo que eu usei pq acho que é disso que realmente eu
estava falando e não de Burro no sentido de estupido ou não-inteligente.
Elas podem até ser corajosas, mas não deixam de ser futeis pq como vc mesma
disse "quererm agradar a todos"
Sérgio
SUBJECT: [RN] O FISICO E O COLETOR DE MOLUSCOS
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 19:02
SCIENTIFIC AMERICAN, 10-2002
THE PHYSICIST AND THE ABALONE DIVER
Michael Shermer
Both authors worked in isolation for years. Both produced remarkably
self-consistent theories and make equally extravagant claims about
overturning the foundations of physics in particular and science in
general. Both shunned the traditional route of submitting their work
to peer-reviewed scientific journals and instead chose to take their
ideas straight to the public. And both texts are filled with self-
produced diagrams and illustrations alleging to reveal the
fundamental structures of nature.
There is one distinct difference between the two authors: one was
featured in Time, Newsweek and Wired, and his book was reviewed in
the New York Times. The other has been largely ignored, apart from a
few exhibits at art museums. Their bios help to clarify these
dissimilar receptions. (e)
http://www.sciam.com/article.cfm?colID=13&articleID=000A141E-6137-
1D7E-90FB809EC5880000
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Metendo o bedelho em física (era Re: A relatividade em teste)
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 19:02
On Tuesday, October 1, 2002, at 11:38 AM, ciencialist@yahoogrupos.com.br
wrote:
>
> Essa opinião é sua, não minha. Bem sucedida em quê? Em despersonalizar
> o bom
> senso? Porque eu teria que responder as coisas da maneira que você
> quer que
> eu responda? Por outro lado, em meu site você encontrará inúmeras
> explicações a demonstrarem que a GR não é a mais bem sucedida teoria,
> sequer
> é uma teoria. Trata-se meramente de uma matemática sofisticada que dá
> certo
> sem que se saiba onde, como e nem porquê. É uma matemática a deturpar,
> de
> maneira conveniente, os significados clássicos de espaço, tempo,
> energia,
> massa etc. Ou seja, o que dá certo não é a física, mas a matemática que
> modificou a física tornando-a uma disciplina ininteligível.
Eu sei pouquíssimo de GR, mas não sei onde está o problema que você vê.
(Procurei no site, mas não encontrei.) Então, eu vou falando o que
entendo, e você me explica onde você vê problemas, discorda ou onde eu
estou errado, OK?
A relatividade restrita diz que todos os eventos ocorrem no chamado
"espaço-tempo", que, em termos geométricos, é um espaço de Minkowski,
ou seja, com elemento de distância definido por
ds^2 = -dt^2 + dx^2 + dy^2 + dz^2
ou, equivalentemente,
ds^2 = g(i,j)dx(i)dx(j)
onde g é a métrica lorentziana:
[ -1 0 0 0
0 1 0 0
0 0 1 0
0 0 0 1 ]
(A métrica é um tensor. Tensores são frequentemente explicados como
"vetores com mais de um índice", e aparecem naturalmente em várias
aplicações, desde engenharia civil até eletromagnetismo clássico.)
A Relatividade Restrita, então, pode ser formulada como "transformações
do espaço-tempo que preservam o elemento de distância preservam todas
as leis da física". Acontece que estas são somente as chamadas
transformações de Lorentz: translações; rotações das coordenadas
espaciais; ou "boosts", mudanças de coordenadas entre referenciais
inerciais. Isto leva diretamente aos resultados tradicionais da RR:
dilatação temporal, contração do espaço, etc. É claro, também, que
caminhos no espaço de Minkowski do tipo x = +-t são invariantes por
transformações de Lorentz, recuperando a afirmação de que a velocidade
da luz é igual em todo referencial inercial. Então fica fácil entender
conceitos como tempo próprio, etc.
Então. Um espaço de Minkowski é "chato", quer dizer, tem métrica fixa.
A Relatividade Geral (e aqui está a teoria) só faz afirmar que o
espaço-tempo, de fato, é curvo: a métrica varia de acordo com o ponto
onde se está, de acordo com a Equação de Einstein:
R(i,j) - (1/2) Rs g(i,j) = 8 pi G T(i,j)
Aqui, todos os tensores são definidos em cada ponto no espaço-tempo. T
é o tensor energia-momento, que, como o nome diz, dá a densidade de
energia e momento linear da massa num certo ponto. (A energia é E =
Er + T, onde Er é a energia de repouso (= m) e T é a energia cinética.)
g é a métrica. R é o tensor de Ricci, que caracteriza a curvatura, e
depende indiretamente da métrica. (As equações dessa dependência são
muito longas para escrever aqui, e sua explicação depende de geometria
diferencial um pouco mais complicada.) Rs é o escalar de Ricci, que vale
Rs = (somatório sobre i e j) g(i,j) R(i,j)
E, bem, acho que isso é tudo. Há um pouco de geometria diferencial,
mas, assim como falar das Eqs de Maxwell é falar de fluxo e circulação,
e portanto de cálculo integral, falar de relatividade geral é falar de
curvatura, e portanto de geometria diferencial.
>
>> Ainda, quanto for
>> demonstrado experimentalmente que a GR deve ser substituída, o que
>> propõe
>> que coloquemos no seu lugar?
>
> Em linhas gerais, você encontrará tudo isso no meu site. Por outro
> lado, já
> cansei de afirmar aqui que o erro cometido em física é anterior à
> relatividade (mesmo a restrita) e apóia-se no conceito de elétron
> "carga
> elétrica", de Lorentz. Promova-se a correção desta falácia e a física
> evoluirá mais de 100 anos em cinco, em todas as suas áreas.
Li o artigo "A energia da física moderna" no seu site e, apesar de saber
ainda menos de física quântica e não ter a menor familiaridade com os
experimentos, acho que entendo. No entanto, há algumas coisas a
comentar:
Primeiro, você diz que "a teoria genuína de Maxwell não nos garante que
a luz seja uma onda, se bem que admita que a luz possua características
eletromagnéticas". Ora, essa identificação é uma das mais bem-sucedidas
da física. Se é possível gerar luz visível pelo movimento de cargas (como
em uma antena de dipolo), _exatamente_ "como se fosse" um campo
eletromagnético oscilante viajando com velocidade c, se tudo que se
prediz sobre o comportamento da luz em termos do que sabemos sobre
propriedades de campos eletromagnéticos se verifica, é meio que
inevitável deixar de falar sobre a "hipótese" de que a luz seja uma
onda eletromagnética e começar a tratar como fato (no mesmo sentido em
que se trata as Leis de Newton como fato em Mecânica Clássica).
Depois, que o elétron tem carga é quase por definição. Faz-se o
experimento da gotícula de óleo e observa-se que a carga é transmitida
discretamente com valor e; supõe-se que estão sendo transmitidas
"coisas" (não vou chamar de partículas) indivisíveis cuja propriedade é
que cada uma possui carga e; este é o elétron. Aí o Rutherford observa
que o núcleo do átomo é cercado por uma nuvem negativamente carregada,
e diz que é constituída de elétrons. Ora, se o elétron tem carga, ele
deve se comportar como qualquer outra coisa que tenha carga, né?
Sobre o experimento das duas cargas iguais postas para girar, nunca ouvi
falar. Gostaria de que você desse referências. No entanto, ainda assim,
a energia eletromagnética parece ser quantizada (como pede a radiação
de corpo negro), e o efeito fotoelétrico parece validar a teoria dos
orbitais. De maneira alguma nego a possibilidade de algum dia aparecer
uma teoria clássica que explique todos os resultados modernos (apesar
de me parecer implausível, especialmente no que tange à natureza
ondulatória da matéria); no entanto, afirmar que "mais cedo ou mais
tarde, toda a física quântica iria para o espaço" por causa disso é no
mínimo incauto. Fora que não ajuda em nada o seu argumento. (Vide
abaixo.)
Mais ainda, você diz: "A expressão E = mc² tem muito dessa deturpação e
até hoje não consegui nenhuma explicação lógica e convincente a
identificar energia com massa e/ou com matéria." e "jamais uma
identidade física, pois não creio que matéria e energia sejam a mesma
coisa, nem que uma transforme-se em outra".
No entanto, você, em outro artigo, dá a resposta. Da necessidade de
conservar a energia em mudanças de referencial de acordo com a
Relatividade Restrita, vem a percepção de que massa é um conceito
dependente do referencial; o que em um referencial aparenta ser energia
cinética em outro deve ser atribuído à energia de repouso, e portanto
inevitavelmente identificado com a massa da partícula. Como alternativa,
você apresenta um modelo em que o elétron, ao ser acelerado, gira
naturalmente; a energia de repouso seria então desnecessária. No
entanto, os efeitos da Relatividade Restrita também ocorrem em corpos
macroscópicos, e até em nêutrons isolados. Estes também sofrem da
dilatação de massa, sem nenhum ganho perceptível de momento angular.
Há ainda outro problema em afirmar que "ou o fenômeno é relativístico,
e teremos de arcar com todos os ônus inerentes a essa relatividade
moderna, ou o fenômeno é clássico, e teremos de retomar os ensinamentos
dos grandes físicos clássicos". A RR nos dá resultados experimentais
excelentes; até coisas "absurdas" como o encurtamento do tempo tem sido
validadas. No entanto, é apenas uma teoria; você, com seu conhecimento
de Kuhn, deve entender a necessidade de compreender os paradigmas apenas
como modelos, que podem conviver e ser pensados simultaneamente. A RR é
inegavelmente útil, mas, se for desenvolvida uma teoria clássica que
explique tanto quanto ela, não quererá dizer que uma está "certa" e a
outra "errada".
Assim como há físicos que adotam as teorias contemporâneas como dogmas
inquestionáveis, levados pelo senso-comum do establishment, há pessoas
que aderem à física clássica com unhas e dentes, movidos por uma crença
inabalável nos "bons e velhos dias" de Newton e Euler, do determinismo,
do espaço euclidiano e do tempo absoluto, apoiada no senso comum do
povo, que ainda predomina. Hoje, que se compreende a ciência como uma
busca por modelos, essa parece a pior justificativa possível para
acreditar em qualquer coisa. Tento evitar isso ao máximo, e não sei se
você compartilha dessa compreensão.
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: [ciencialist] [RN] O FISICO E O COLETOR DE MOLUSCOS
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 19:42
Takata,
Fiquei preocupado com o seguinte trecho: "For every Stephen Wolfram there
are 100 James Carters." Ai, ai...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 1 de Outubro de 2002 19:02
Assunto: [ciencialist] [RN] O FISICO E O COLETOR DE MOLUSCOS
SCIENTIFIC AMERICAN, 10-2002
THE PHYSICIST AND THE ABALONE DIVER
Michael Shermer
Both authors worked in isolation for years. Both produced remarkably
self-consistent theories and make equally extravagant claims about
overturning the foundations of physics in particular and science in
general. Both shunned the traditional route of submitting their work
to peer-reviewed scientific journals and instead chose to take their
ideas straight to the public. And both texts are filled with self-
produced diagrams and illustrations alleging to reveal the
fundamental structures of nature.
There is one distinct difference between the two authors: one was
featured in Time, Newsweek and Wired, and his book was reviewed in
the New York Times. The other has been largely ignored, apart from a
few exhibits at art museums. Their bios help to clarify these
dissimilar receptions. (e)
http://www.sciam.com/article.cfm?colID=13&articleID=000A141E-6137-
1D7E-90FB809EC5880000
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2002 19:45
Oi,
É nisso que dá quando um obsessivo e um teimoso se encontram numa
lista de discussão: um debate eterno! :-)
Mas continuemos:
Manuel: Vc disse que eu havia forçado a barra quando comparei Pol Pot
aos anarquistas.
Takata: Vc nao comparou Pol Pot aos anarquistas. Disse q. Pol Pot era
um tipo de anarquista.
Manuel: Vejamos o que escrevi na mensagem 15725, que ensejou o seu
comentário:<<O anarquista russo Tkachev "propunha suprimir todos os
russos de mais de vinte e cinco anos, como incapazes de aceitarem
idéias novas." (O 'pequeno timoneiro' Pol Pot pôs em prática, no
Camboja, algo parecido com isso.)>>
Como se vê, minha referência a Pol Pot foi uma observação marginal,
não essencial ao texto, por isso que a coloquei entre parênteses.
Longe de dizer que o Pol Pot é um "tipo de anarquista", afirmei
apenas que ele pôs em prática uma idéia "parecida com a" do (esse sim
anarquista) Tkachev, o que foi verdade: Pol Pot, ou melhor, o Khmer
Vermelho, considerava as pessoas mais velhas como refratárias à
mudanças, pois seu caráter já se encontra cristalizado. Em razão
disso, instituiu-se uma ditadura policial da juventude sobre os
adultos. De repente, crianças e adolescentes, os representantes
do "Novo", foram convocados para serem os espiões, juízes e carrascos
dos indivíduos adultos, o rebotalho do passado.
Depois, nas mensagens 16750 e 16819, afirmei que Pol Pot não
assimilou apenas uma idéia isolada de um teórico anarquista, mas a
estratégia dos anarquistas russos do Século XIX, estratégia esta que
recebeu o aval de Marx, não havendo, portanto, contradição entre as
idéias de Marx e o programa político narodnik. Comparei e apontei
semelhanças entre anarquismo e comunismo, apenas. Não afirmei em
nenhum momento que Pol Pot era um tipo de anarquista. )Pode-se dizer
que, no comunismo Khmer, a herança anarquista é pesada.) Para que não
reste dúvidas, eis as minhas palavras:
Mensagem 16750:<< Não foi 'forçada e tanto' coisíssima nenhuma. O Pol
Pot inspirou-se nos anarquistas russos do Século XIX, os 'narodniks',
que defendiam ser possível queimar etapas e passar diretamente do
feudalismo para uma sociedade sem classes, sem Estado, sem moeda, sem
antagonismos entre o campo e a cidade, entre trabalho intelectual e
manual, etc. e por meio de uma revolução dirigida não por operários,
mas por camponeses. Como Marx, numa carta a Vera Zasulich (uma ex-
narodnik convertida ao socialismo 'científico'), chegou a admitir que
isso seria possível na Rússia e em outros países asiáticos onde as
comunas camponesas haviam sido preservadas, e caso recebessem ajuda
material dos Estados operários europeus, mais ricos e
industrializados (supunha ele que a revolução ocorreria antes na
Europa), Pol Pot entendeu que não havia contradição em defender tais
idéias tipicamente anarquistas e, ao mesmo tempo, proclamar-se
marxista, comunista.>>
Mensagem 16819:<< Na discussão que os primeiros marxistas russos
travaram com os anarquistas narodniks, por incrível que pareça Marx
defendeu o ponto-de-vista dos narodniks, limitando a validade da sua
estratégia à Ásia. Pol Pot era asiático. Pol Pot concordava com os
anarquistas narodniks e com Marx. Trata-se de um caso particular
muito interessante.>>
Manuel: Mas você, no entanto, insiste em diluir o singular no
universal abstrato.
Takata: Conqto o anarquismo nunca tenha saido do papel nao
se pode dar a ele um objeto singular.
Manuel: Com efeito, a sociedade sem classes, sem moeda e sem Estado
regida pelo princípio "de cada um segundo sua capacidade, a cada um
de acordo com sua necessidade", sociedade ideal esta apregoada tanto
pelos anarquistas como pelos comunistas, não saiu do papel.
No entanto, os anarquistas não eram teóricos reclusos em seus
gabinetes, mas homens práticos para os quais a violência é a mãe da
História ("A paixão pela destruição é uma paixão criadora"; Bakunin;
Confissões). Seu programa político afirma com ênfase a necessidade da
supressão violenta da propriedade privada e do Estado e da utilização
de métodos autoritários e brutais no processo de construção do Mundo
Novo. A tática do terror, defendida por muitos deles, saiu do papel
várias vezes. Até 1905, o terrorismo individual era um princípio
político seguido pelos anarquistas russos.
Manuel: Afinal, as asas da ave e as do morcego são estruturas
análogas ou homólogas entre si?
Takata: Como asa sao analogas, como membros anteriores de vertebrados
tetrapodos sao homologas.
Mais uma questao sobre a mudanca da concepcao de um termo.
Homologia foi aventada em um sistema q. nao era evolucionista. Sua
definicao atual: semelhanca por descendencia a partir de um ancestral
em comum...
Manuel: Morcegos não têm com as aves um ancestral alado. Já as
semelhanças entre anarquistas e comunistas, muito mais numerosas que
as diferenças, não se desenvolveram independentemente, ao contrário,
têm as mesmas origens históricas. O revolucionarismo de ambos, para
ficar apenas em um exemplo, é uma herança jacobina.
Manuel: quanto aos comunistas e anarquistas clássicos, ambos
pertencem a mesma classe dos socialistas igualitaristas
revolucionários de esquerda que defendem o fim do Estado, inclusive
do Parlamento.
Takata: Agora surge um termo novo 'anarquista classico'...
Manuel: Tenho aqui comigo um livro, editado em 1983 (há quase vinte
anos), em que fala do bakuninismo como "anarquismo clássico (...)
parte integrante, embora contenciosa, do movimento sócialista mais
amplo." (Dicionário do Pensamento Marxista; org. Tom Bottomore; Jorge
Zahar Editor; pág. 11). Como se vê não é um termo que inventei e nem
é tão novo assim.
Manuel: Tanto não é bobagem que posso do mesmo modo juntar um grupo
comunista com fascistas, caso da facção "Boutenko" do PCUS...
Takata: E vc pode somar laranjas com maçãs. É tudo fruta...
Manuel: O que não significa que laranja seja maçã. No entanto, os
comunistas da facção Boutenko eram simpatizantes do nazi-fascismo,
laranjas que se julgavam maçãs.
Manuel, referindo-se a Boutenko & Cia: Afinal, não é o nazismo um
nacional-"socialismo"?
Takata: Putz! E eu achando q. apenas o 'filósofo' (ou devo tirar as
aspas?) Olavo de Carvalho era capaz de dizer isso...
Manuel: Primeiro, mantenha as aspas. Segundo, se você tivesse lido
com mais atenção o que escrevi, teria percebido que a idéia em
questão não é minha, mas do bolchevista anti-semita Th. Boutenko, que
queria justificar uma aliança mais estreita entre comunistas e nazi-
facistas para, juntos, enfrentarem as democracias "burguesas"
ocidentais.
Manuel, ainda referindo-se a Boutenko: Hitler não fala que a Alemanha
e a Itália são "nações proletárias" em luta contra as "nações
burguesas" e suas democracias parlamentares decadentes?
Takata: E os judeus sao nazistas porq. defendem a superioridade de um
povo escolhido. Aham.
E Cameron Diaz e samambaia sao a mesma coisa. E' tudo ser vivo. E
Camila Pitanga e um punhado de areia no deserto sao a mesma coisa.
Sao tudo atomos.
Manuel: Mais uma vez esclareço que apenas ilustrei o raciocínio dos
membros da facção Boutenko do PCUS. Você contra-argumenta como se
fosse eu que estivesse a defender a existência de uma identidade
cabal, na essência, entre comunistas e nazi-fascistas (como se fosse
eu que estivesse a diluir o singular no universal). Não defendo esse
ponto de vista, asseguro-lhe.
Ao contrário das semelhanças entre anarquismo e comunismo, as que se
verificam entre estes e o fascismo são generalidades de alto grau,
identidades tão gerais como as que existem entre pólo norte e pólo
sul (norte e sul são contrários, mas não é verdade que ambos
são "pólos"?). Penso que comunismo e fascismo são manifestações
contrárias de uma mesma cosmovisão totalista ou totalitária que, em
termos estatísticos (frise-se, em termos estatísticos!), é mais
sedutora para pessoas de um determinado tipo de caráter e menos para
as que se enquadram em outros tipos. Talvez seja esta identidade
quanto à psicologia o que explica muitas conversões súbidas e
aparentemente inexplicáveis de comunistas para o fascismo e vice-
versa. E é sobretudo por meio dessas conversões que se dá uma
transferência de chavões de um extremo para outro. Por isso que os
nazistas se diziam nacional-"socialistas" e consideravam a Alemanha
do Terceiro Reich como uma nação "proletária".
No entanto, vale dizer que as semelhanças param por aí. As diferenças
são tão acentuadas que até o totalitarismo apresenta-se num e noutro
sob formas opostas: de um lado, totalitarismo igualitário e
democrático; do outro lado, totalitarismo hierárquico e autoritário.
Manuel: Obviamente que não deve estabelecer em que devo votar. No
entanto, estabelece "entre os quais" posso votar, na medida em que
institui regras precisas para os que querem ser candidatos.
Takata: Ué. E as religiões tbm possuem limites legalmente
estabelecidos.
Manuel: Num Estado laico, a atividade religiosa é limitada por leis
civis, penais, trabalhistas e tributárias, isto é, por normas que não
são próprias da sua atividade. Não se acha, entretanto, submetida a
normas "jurídicas" religiosas, ou seja, não existe código canônico-
religioso sancionado pelo Estado.
Já a atividade política, ao contrário da atividade religiosa, tem que
se submeter também a uma parafernália de normas jurídicas instituídas
somente para ela e em função dela. Essas leis estritamente políticas
estão presentes na Constituição Federal, no Código Eleitoral, etc.
Mas claro que há impurezas em qualquer ordenamento jurídico. Com
relação aos dispositivos legais, atualmente ineficazes, que proíbem o
curandeirismo, alguns afirmam que se trata de resquícios da época em
que o Estado brasileiro não era laico, mas um Estado confessional-
positivista. (Outro resquício desta época é o lema da nossa
bandeira, "ordem e progresso".) Outros sustentam que é um atavismo
jurídico cuja origem está no Império, época em que o catolicismo era
a religião oficial, tutelada pelo Estado o catolicismo não defende
que o espiritismo e demais seitas pagãs são coisas do Tinhoso? -. Mas
há também os que defendem que são normas jurídicas pertinentes, pois
o curandeirismo não é atividade religiosa em sentido estrito, mas uma
atividade profana de cura (atividade médico-terapêutica) fundada em
crenças mágicas reconhecidamente falsas e, porque falsas, não surtem
efeito terapêutico que não seja o placebo ou então provocam danos. Há
mais opiniões.
Manuel: Se digo para o fulano que voto no Lula e o fulano resolve me
mostrar o que ele julga serem os pontos negativos do meu candidato,
acaso ele está me desrespeitando? Claro, óbvio, evidente que não.
Takata: Se ele diz q. não deve votar em Lula porq. quem vota em Lula
é anti-democrático. Isso é desrespeito.
Manuel: Suscetibilidade de quem considera. Eu não consideraria um
desrespeito, mas apenas um equívoco. Em vez de me indignar,
procuraria contra-argumentar.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Falácias - grato pela respostas e dicas de livros
FROM: "Joaquim Salles" <joaquimsalles@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2002 20:57
Grato a todos que auxiliaram nesse questão e obrigado pela dica de livros
textos sobre o assunto.
[]'s
Joaquim
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
- Maritain, Jacques. Introdução a Lógica Menor. Curso de filosofia volume
dois. Acabou de ser reeditado. Não sei por qual editora;
- Frege, Gottlob. Lógica e Filosofia da Linguagem. Cultrix. Acho que está
fora de catálogo;
- Mortari, Cezar A. Introdução ã Lógica. Unesp.
- Copi, Irvin. Introdução a Lógica. Reeditado a pouco tempo. Ed. Mestre Jou.
- Margutti, Paulo Roberto. Introdução a Lógica simbólica. UFMG;
- Mora, J. Ferrater & Le Blanc Hugues. Lógica Matamática (não no sentido de
Russerl). Só importado.
- Hodges, Wilfred. An introduction to elementary logic. Só importado.
_______________________________________________________________________
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O lugar certo para encontrar a sua alma gêmea.
http://br.encontros.yahoo.com/
SUBJECT: Re: [ciencialist] Sem Big Bang, com Big Crunch
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 00:20
Bulcão vc não teceu nenhuma comentário realmente sobre o que eu tenha
colocado. Na verdade minha pergunta trata-se de uma idéida que tive que une
ao mesmo tempo universo aberto e fechado, isto é, o universo se expande até
certo ponto, onde a força de expansão se iguala à gravidade. Daí começa a
contração; so que essa contração ocorre como se o universo tivesse a forma
de uma elipse. Ele tem início em um ponto e o big crush vai acontecer no
porto oposto, isto é, antípoda da elipse. Tudo isso com base no fato de que,
se a matéria encurva o espaço, esta somente pode se movimentar em curvas,
resulta daí a idéia intrínseca de o calapso se deve a fato de o universo ser
curvo, independe de outros fatores como a densidade. No início podemos
considerar a curvatura como máxima. Quando começa a expansão, a curvatura
vai tendendo a zero, sem no entanto nunca atingir zero. O universo inteiro
contorna a elipse dos dois lados numa velociadade relativamente baixa e, aí,
começa a acelerar novamente. É isso que eu quis colocar. De qualquer
maneira, obrigado pela consideração.
Um abraço
Carlos AR
Oi,
Em resposta à mensagem do Carlos Alberto "Espaço curvo", escrevi:
<<Caso a constante cosmológica de Einstein seja igual a zero, supondo-
se que o universo seja homogêneo e isotrópico e dependendo da
densidade da matéria, há três possibilidades: espaço-tempo com
curvatura negativa (universo aberto, i.e., sem colapso), espaço-tempo
com curvatura positiva (universo fechado, i.e., com colapso) e espaço-
tempo plano (o universo se expandirá para sempre, mas a velocidade de
expansão torna-se cada vez menor com o passar do tempo).
<<Sendo a constante cosmológica de Einstein diferente de zero,
qualquer tipo de geometria espacial poderá ocorrer com qualquer tipo
de evolução de tempo.>>
Depois de responder, veio-me a seguinte idéia à cabeça: Nós, que
vivemos num universo em expansão, ficamos a perguntar se um dia o
espaço-tempo vai colapsar ou não. Mas caso exista vida inteligente
num universo em contração, com as galáxias (ou formações materiais
análogas) se aproximando cada vez mais uma das outras, que modelos
cosmológicos esses seres conscientes seriam capazes de bolar?
Um dos modelos, obviamente, seria o do universo fechado;
considerariam que o "atual" estado de contração do universo vai
culminar num Big Crunch daqui a alguns bilhões de anos, mas que à
fase de contração antecedeu um período de expansão cósmica em cuja
extremidade pretérita ocorreu um Big Bang.
Mas também não descartariam a hipótese de que o universo, embora
estivesse caminhando inevitavelmente para um fim, jamais teria
começado, isto é, haveria uma eternidade passada, ou então que, no
princípio, o universo consistia num espaço-tempo plano e vazio, mas
que, devido a um "salto relativístico" (algo tão súbito, descontínuo
e contingente quanto um salto quântico), de repende entortou, pouco
porém suficiente para desencadear um processo irreversível de
encurvamento positivo a culminar num Big Crunch.
Seria esse universo exdrúxulo, de passado aberto, apenas uma
possibilidade matemática? Ou seria ele compatível com a física do
universo factual, isto é, com a teoria da relatividade, a física
quântica e as leis da termodinâmica? E que tipo de estrutura teria
nele a matéria?
Abraços,
Manuel Bulcão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Espaço curvo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
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DATE: 02/10/2002 00:26
Tudo bem Tarcísio, ocorre que, segundo o que coloco, o universo ainda
continua em fase de expansão. Raciocine: um colapso azavessa pode ocorrer
sem que o universo precise parar o reduzir a velocidade. Nesse caso, um
observador teórico que pudesse estar fora do cosmo não perceberia que a sua
velociadade mudara de sentido. O motivo, é simplesmente porque o espaço é
curvo e, a meu ver, esse fato se opõe a uma expansão permanente. Se o
universo é curvo porque o espaço é curvo então ele somente pode andar, se
movimentar, em curva.
Abraço
Carlos AR
> Se o espaço-tempo é curvo, não decorre daí que o universo,
> necessariamente, esteja caminhando para um colapso?, pois,
> considerando um big-bang inicial, a curvatura do espaço no princípio,
> qualquer que fosse o seu valor, seria máxima e decrescente. Após a
> expansão ela tenderia a diminuir até certo ponto, porém nunca
> atingiria zero.
> Carlos Alberto
Evidências recentes mostram que não só o universo está se expandindo mas
que sua expansão está se acelerando positivamente.
Existem duas forças nesta questão: a força explosiva do BigBang e a força
da gravidade que se opõe à expansão. A questão é saber se a massa do
universo é suficiente para parar a expansão [e eventualmente contrair] ou
apenas para retardá-la.
Mas com os novos dados de expansão acelerada fica mais difícil responder.
[]s
TARCISIO BORGES
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SUBJECT: Re: Sem Big Bang, com Big Crunch
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DATE: 02/10/2002 00:31
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Bulcão vc não teceu nenhuma comentário realmente sobre o que eu
tenha
> colocado. Na verdade minha pergunta trata-se de uma idéida que tive
que une
> ao mesmo tempo universo aberto e fechado, isto é, o universo se
expande até
> certo ponto, onde a força de expansão se iguala à gravidade. Daí
começa a
> contração; so que essa contração ocorre como se o universo tivesse
a forma
> de uma elipse. Ele tem início em um ponto e o big crush vai
acontecer no
> porto oposto, isto é, antípoda da elipse. Tudo isso com base no
fato de que,
> se a matéria encurva o espaço, esta somente pode se movimentar em
curvas,
> resulta daí a idéia intrínseca de o calapso se deve a fato de o
universo ser
> curvo, independe de outros fatores como a densidade. No início
podemos
> considerar a curvatura como máxima. Quando começa a expansão, a
curvatura
> vai tendendo a zero, sem no entanto nunca atingir zero. O universo
inteiro
> contorna a elipse dos dois lados numa velociadade relativamente
baixa e, aí,
> começa a acelerar novamente. É isso que eu quis colocar. De qualquer
> maneira, obrigado pela consideração.
> Um abraço
> Carlos AR
Um modelo como este pode ser visto de forma "empírica" num livro
despretencioso em termos científicos mas muito interessante`de Itzak
Bentov: À Espreita do Pênculo Cósmico. Nele, há a descrição do
formato do Universo como sendo o de um "donuts" achatado...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Metendo o bedelho em física (era Re: A relatividade em teste)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 02:25
----- Original Message -----
From: "Rafael Kaufmann Nedal"
Sent: Tuesday, October 01, 2002 7:02 PM
Subject: [ciencialist] Metendo o bedelho em física (era Re: A relatividade
em teste)
Olá Kaufmann
Gostei de suas observações. Vou tentar responder a msg repetindo apenas a
essência de seus questionamentos, mesmo porque a msg é relativamente longa.
Para controle dos demais possíveis leitores, a msg original (16967) está a
um clique de http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16967
> A relatividade restrita diz que todos os eventos ocorrem no chamado
> "espaço-tempo", que, em termos geométricos, é um espaço de Minkowski,
Vou tentar responder por analogia, mesmo porque espaço de Minkowski é um
artifício útil, porém matemático. Como você mesmo diz, os eventos ocorrem em
algo que *em termos geométricos* é... e por aí vai. Não vejo mal nenhum
nisso. Afinal, a matemática é uma ferramenta indispensável ao físico e, em
maior ou menor extensão, a quase todas as ciências naturais.
Vamos então à analogia. Pense, por exemplo, na transformada de Laplace de
uma função qualquer. Essa ferramenta matemática é indispensável para um
biólogo que estude análise de compartimentos (o engenheiro utiliza bastante
também no que denominam Cálculo Operacional). Pois bem, transformamos um
problema muito bem conhecido e simples de ser descrito com palavras, ainda
que quase sem solução imediata, numa situação inenarrável, porém dotada de
equações matemáticas elementares e de fácil e imediata solução. Obtida a
solução dessas equações, deixamos o mundo matemático abstrato e voltamos ao
mundo físico real utilizando o que é chamado transformada inversa de
Laplace. E voltamos praticamente com a solução real do problema. Veja bem,
eu não tenho a mínima noção do que seja *fisicamente* essa solução no mundo
matemático, mas sei que ela leva-me a uma outra solução numérica e que
corresponde ao que existe no universo físico.
Uma outra analogia, talvez indevida, mas que escrevo agora para que os não
físicos ou matemáticos não fiquem totalmente no ar. Como um indivíduo que
não tenha a mão direita poderia coçar a perna esquerda com a mão direita?
Fisicamente isso seria impossível. Não obstante ele poderia *em pensamento*
atravessar um espelho, com o que a sua mão direita transformar-se-ia na mão
esquerda. E neste mundo abstrato ele realizaria o que no mundo real
corresponderia coçar a perna direita com a mão esquerda. Pois bem, utilizar
a transformada de Laplace é algo que se assemelha muito a esse "atravessar o
espelho", com a diferença de que voltamos com uma resposta, enquanto que no
caso anterior teríamos voltado com a impressão de termos cumprido uma tarefa
que seria impossível de outra maneira.
Com este exemplo espero ter mostrado o quanto a matemática é útil, até mesmo
quando nos leva a situações logicamente verdadeiras mas de difícil
compreensão. Pois bem, o espaço de Minkowski é algo desse tipo, se bem que
de natureza bem diferente. E não há como entender porque essa matemática dá
certo. O próprio Einstein estava bem ciente desse nível de incompreensão de
sua teoria da relatividade generalizada, e quero crer que até mesmo da
restrita. Quanto a essa última ele chega a declarar, no livro que escreveu
com Infeld, que fez uma opção simplesmente por não ter outra saída. E na
época realmente não havia saída, caso quisesse manter o eletromagnetismo de
Maxwell com as modificações efetuadas por Lorentz. Pois bem, ele optou por
aceitar o trabalho de Lorentz em detrimento da relatividade de Galileu. Em
outras palavras, a matemática não resolveu um problema físico, simplesmente
modificou a física levando-a para um terreno totalmente abstrato. A
relatividade geral foi passo seguinte. Ora, o que significa *fisicamente*, e
não apenas matematicamente, um espaço curvo? Matematicamente eu aceito essa
curvatura, e tenho até mesmo uma versão clássica para a mesma em meu site.
Mas fisicamente NÃO EXISTE nada que possa ser associado à idéia de espaço
curvo.
Existem outras esquisitices. Há alguns anos eu solicitei, de alguns físicos,
explicações sobre o chamado paradoxo da carga acelerada. Veja no final da
minha mensagem 7010 escrita para a Ciencialist
( http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7010 ) uma das
resposta que obtive (muito boa, por sinal, ainda que esquisita). O próprio
autor do texto reproduzido diz que "a solução é meio técnica e meio
decepcionante". E conclui o texto afirmando: "A solução do paradoxo é a
seguinte: a carga irradia, mas o observador em queda livre é incapaz de
detectar esta radiação." E continua sua conclusão considerando, "por
simplicidade", a métrica de Minkowski.
Ora, se a carga irradia mas o observador em queda livre é incapaz de
detectar esta radiação... Isso não está parecendo aquela história de
atravessar o espelho? O observador consegue coçar-se com a mão direita, mas
não consegue sentir a mão direita!!! ;-)
> (A métrica é um tensor. Tensores são frequentemente explicados como
> "vetores com mais de um índice", e aparecem naturalmente em várias
> aplicações, desde engenharia civil até eletromagnetismo clássico.)
Com efeito. Lembro que tensores, assim como vetores, são entes matemáticos e
não físicos. Ao pensar em vetores eu também estou efetuando uma
transformação e evoluindo de um mundo físico para um mundo matemático, ainda
que não tão estranho quanto os apresentados anteriormente. Lembro ainda que
o vetor serve para simplificar sobremaneira uma exposição, mas não é
essencial. Assim como a transformada de Laplace serve para facilitar o
encontro de uma solução, mas também não é a única maneira de se chegar à
mesma.
A métrica de Minkowski, enquanto ferramenta matemática, está no mesmo nível.
Facilita, mas não me parece ser essencial para a física. Já a teoria da
relatividade geral assume esta métrica como essencial à física, e isso foi
exatamente o que foi aceito por Minkowski ao propô-la.
> A Relatividade Restrita, então, pode ser formulada como "transformações
> do espaço-tempo que preservam o elemento de distância preservam todas
> as leis da física".
Aí é que eu começo a discordar. Ora, uma teoria que abala com todos os
essenciais da física clássica (espaço, tempo, matéria e movimento) não pode
nunca ser considerada uma teoria que "preserva as leis da física clássica".
Mesmo porque leis DA FÍSICA não são conjuntos de equações, mas sim conjuntos
de equações dotados de significado físico. Ora, se o espaço foi modificado,
a lei não é a mesma. Sejamos honestos e digamos que tais teorias preservam
tão somente as equações matemáticas utilizadas para descrever as leis da
física clássica. As variáveis utilizadas, no entanto, são outras.
> Então. Um espaço de Minkowski é "chato", quer dizer, tem métrica fixa.
> A Relatividade Geral (e aqui está a teoria) só faz afirmar que o
> espaço-tempo, de fato, é curvo...
Mas é curvo em relação a quê? Em relação a si mesmo? Ou em relação a um
espaço euclidiano? :-)) Sim, eu sei, nenhum dos dois. Ele é curvo em relação
à velocidade absoluta de Sua Majestade A Luz, não é mesmo? Ora, que raios de
relatividade é essa que parte de um absolutismo? Dizem que Einstein não
gostava da expressão "teoria da relatividade" e que preferia "teoria dos
invariantes".
> ... assim como falar das Eqs de Maxwell é falar de fluxo e circulação,
> e portanto de cálculo integral, falar de relatividade geral é falar de
> curvatura, e portanto de geometria diferencial.
Há uma diferença importante. Via de regra o estudante chega ao formalismo de
Maxwell após ter compreendido o eletromagnetismo quase que na íntegra. Em
termos de relatividade parte-se de um formalismo e não se chega a
compreensão alguma que não esteja dotada de alto abstracionismo.
> ...você diz que "a teoria genuína de Maxwell não nos garante que
> a luz seja uma onda, se bem que admita que a luz possua características
> eletromagnéticas". Ora, essa identificação é uma das mais bem-sucedidas
> da física.
Sinto discordar e apelo para a autoridade de Einstein (e/ou Infeld) a
respeito:
"A história da busca de uma teoria da luz não está de modo algum concluída.
O veredicto do século XIX não foi final e definitivo. Todo o problema de
decidir entre corpúsculos e ondas ainda existe para a Física moderna, desta
vez de uma forma muito mais profunda e intrincada. Aceitemos a derrota da
teoria corpuscular da luz até reconhecermos a natureza problemática da
vitória da teoria ondulatória."
> Se é possível gerar luz visível pelo movimento de cargas (como
> em uma antena de dipolo), _exatamente_ "como se fosse" um campo
> eletromagnético oscilante viajando com velocidade c, se tudo que se
> prediz sobre o comportamento da luz em termos do que sabemos sobre
> propriedades de campos eletromagnéticos se verifica, é meio que
> inevitável deixar de falar sobre a "hipótese" de que a luz seja uma
> onda eletromagnética e começar a tratar como fato (no mesmo sentido em
> que se trata as Leis de Newton como fato em Mecânica Clássica).
Eu diria que é inevitável concluir que a luz deve estar dotada de campos
eletromagnéticos variáveis no tempo. Mas não obrigatoriamente apenas isso.
Por outro lado, um campo variável no tempo ao se propagar pelo espaço pode
ou não ser descrito por uma equação semelhante àquela utilizada em ondas
mecânicas, mas isso não significa dizer que seja uma onda, no sentido
clássico do termo (a menos que voltemos a pensar no ether dos físicos do
século XIX).
> Depois, que o elétron tem carga é quase por definição. Faz-se o
> experimento da gotícula de óleo e observa-se que a carga é transmitida
> discretamente com valor e; supõe-se que estão sendo transmitidas
> "coisas" (não vou chamar de partículas) indivisíveis cuja propriedade é
> que cada uma possui carga e; este é o elétron.
Eu não disse que o elétron não gera um campo e/ou que não sofre os efeitos
de um campo, e sim que o campo de um elétron não é coulombiano. Logo, e sob
esse aspecto, ele não é semelhante a uma carga elétrica coulombiana. Não
obstante, o "e" utilizado em física moderna tem significado idêntico ao "q"
(de carga elétrica), tanto que usa-se e abusa-se da expressão de Coulomb
quando se fala em forças de interação entre elétrons e prótons. Aliás, um
dos postulados de Bohr da primitiva física quântica diz exatamente isso: "Um
elétron em um átomo move-se em uma órbita circular em torno do núcleo sob a
influência da atração coulombiana entre o elétron e o núcleo, obedecendo às
leis da mecânica clássica." Isso é um postulado, não é um achado
experimental. Experimentalmente demonstra-se exatamente o contrário, e Bohr
contornou essa falácia assumindo outro postulado, o das órbitas permitidas.
> Aí o Rutherford observa
> que o núcleo do átomo é cercado por uma nuvem negativamente carregada,
> e diz que é constituída de elétrons. Ora, se o elétron tem carga, ele
> deve se comportar como qualquer outra coisa que tenha carga, né?
Se tiver carga elétrica, sim. Porém a experiência nos mostra que o elétron
seria uma carga elétrica muito mal comportada. Uma carga elétrica
coulombiana, por si só, não tem spin; uma carga elétrica coulombiana e
negativa, girando em torno de outra positiva, está sendo acelerada, logo
deveria irradiar energia... e por aí vai.
> Sobre o experimento das duas cargas iguais postas para girar, nunca ouvi
> falar. Gostaria de que você desse referências.
Isso é pouquíssimo comentado na literatura. Eu já li em mais de um lugar,
mas no momento somente disponho do seguinte link (na última troca de
computador acabei perdendo meu "Favoritos"):
http://www.inetarena.com/~noetic/pls/Papers/rs-woodward.html
> No entanto, ainda assim,
> a energia eletromagnética parece ser quantizada (como pede a radiação
> de corpo negro),
Não exatamente e/ou obrigatoriamente. Se formos estudar um pouco de história
da física moderna encontraremos, por exemplo, coisas do tipo: "Planck
descreveu a superfície de uma substância como formada por uma coleção de
osciladores harmônicos microscópicos carregados. Mais especificamente, ele
afirmou que a superfície continha elétrons ligados a pontos fixos através de
forças que obedeciam à lei de Hooke." Por cima desta idéia, "Planck observou
que, a fim de obter coerência entre as previsões teóricas e as medidas
experimentais, ele tinha que supor que a energia total E de um oscilador
harmônico... podia ter somente somente valores E = 0, hv, 2hv, 3hv..." (os
trechos entreparentesis foram extraídos de Física, Fundamentos e Aplicações,
de Eisberg e Lerner, vol. 4).
Ora, sabemos hoje que esses osciladores não existem como tais. Isso faz
parte do modelo atômico de Thomson, que já caiu em descrédito. Logo,
precisaríamos reinterpretar o que seriam de fato esses osciladores. Lembro
que uma partícula em giro em torno de um ponto central fornece uma imagem,
no plano de giro, a simular uma oscilação em torno de um ponto fixo. Alguns
anos após Bohr descreveu o que chamou "órbitas permitidas". Ora, se o
elétron somente pode ocupar determinadas órbitas, esta imagem a simular uma
oscilação deverá obedecer a uma relação do mesmo tipo daquela descrita por
Planck, e Bohr chegou a compatibilizar as coisas. Obviamente ele não
conseguiu explicar, e até hoje ninguém conseguiu ainda entender de fato, o
que seriam essas órbitas permitidas. Não obstante, a matemática encaixa-se
como uma luva no modelo de Planck, se bem que agora não mais sob a forma de
oscilação e sim de orbitais.
Mas... se o elétron gira em órbitas específicas!!!... Na realidade não é a
energia que é quantizada mas sim existe um fator a ser explicado e que
impede que o elétron participe da constituição de um átomo com outras
quantidades energéticas. Em teoria, ele poderia conter qualquer quantidade
de energia, de zero a infinito, mas ao participar do átomo ele tem que se
encaixar em determinadas órbitas onde o valor de energia é fixo e de alguma
forma relacionado à constante de Planck.
Ou seja, o que precisamos não é criar uma teoria a justificar uma falácia da
física clássica mas sim encontrar uma explicação clássica para o fenômeno a
impedir que o elétron circule por outras órbitas quaisquer. E isso é o que
tenho tentado fazer a partir de minha equação do elétron, obviamente uma
equação que não se traduz na lei de Coulomb, se bem que eu possa chegar à
lei de Coulomb para uma carga elétrica partindo dessa equação.
> e o efeito fotoelétrico parece validar a teoria dos
> orbitais.
Sem dúvida, e a explicação é do mesmo tipo. Lembro não obstante que na época
em que foi descrito esse efeito ainda se pensava nos osciladores e não nos
orbitais.
> De maneira alguma nego a possibilidade de algum dia aparecer
> uma teoria clássica que explique todos os resultados modernos (apesar
> de me parecer implausível, especialmente no que tange à natureza
> ondulatória da matéria); no entanto, afirmar que "mais cedo ou mais
> tarde, toda a física quântica iria para o espaço" por causa disso é no
> mínimo incauto. Fora que não ajuda em nada o seu argumento. (Vide
> abaixo.)
Sejamos coerentes. Se a física clássica chegar a tal, não haverá lugar para
se falar em "natureza ondulatória da matéria". Do contrário, não sei o que
seria física clássica, pois onda é classicamente um fenômeno a retratar, de
alguma maneira, a propagação de movimentos vibratórios da matéria. Costumo
dizer que os essenciais da física clássica são espaço, tempo, matéria e
movimento, e costumo ainda acrescentar a informação. A partir desses
essenciais (a exceção do último) os físicos clássicos definiram a onda. Afim
do que iríamos agora regredir e definir a matéria clássica a partir do
conceito de onda? Seria como andar em círculo!
Mas... se não houver lugar para se falar em "natureza ondulatória da
matéria"...!!! Haverá lugar para se falar em física quântica???
Isso pode não ajudar o meu argumento, mas mostra que eu não entrei em cena
para brincar. Posso estar errado, mas reconheço perfeitamente os riscos que
estou correndo e as possíveis conseqüências decorrentes de minhas idéias. Do
contrário eu estaria sendo falso e aí sim, poderiam sossegadamente me chamar
de crackpot.
> Mais ainda, você diz: "A expressão E = mc² tem muito dessa deturpação e
> até hoje não consegui nenhuma explicação lógica e convincente a
> identificar energia com massa e/ou com matéria." e "jamais uma
> identidade física, pois não creio que matéria e energia sejam a mesma
> coisa, nem que uma transforme-se em outra".
> No entanto, você, em outro artigo, dá a resposta. Da necessidade de
> conservar a energia em mudanças de referencial de acordo com a
> Relatividade Restrita, vem a percepção de que massa é um conceito
dependente do referencial; o que em um referencial aparenta ser energia
> cinética em outro deve ser atribuído à energia de repouso, e portanto
> inevitavelmente identificado com a massa da partícula.
Leia bem o meu texto e perceba que estou me referindo a matéria e não a
massa. O que é massa? Seria uma medida da matéria? Parece-me que não. A
matéria é um essencial da física clássica, e portanto de natureza
metafísica, sem definição. A massa é uma medida da inércia. Fixando-se um
referencial, a massa retrata a quantidade da matéria. Mas isso valeria para
transformações de referenciais clássicos? Ou então: Em que condições um
punhado de matéria tem massa? Sinceramente falando, a física clássica foi
colocada na gaveta antes que se desse resposta a esses questionamentos. Veja
bem, estou tentando mostrar que a coisa é bem mais complicada do que o que
você deve ter lido no artigo citado. Mesmo porque a finalidade do artigo era
outra, a de mostrar que na condição em que a fórmula E = mc² foi
experimentalmente observada (aceleração de elétrons), estava-se simplesmente
desprezando um ganho de energia rotacional do elétron.
> Como alternativa,
> você apresenta um modelo em que o elétron, ao ser acelerado, gira
> naturalmente; a energia de repouso seria então desnecessária.
Veja bem, eu estou me declarando um físico clássico e genuinamente
newtoniano, logo devo arcar com algum ônus, não é verdade? Um elétron ao ser
acelerado, pelo que afirmo no artigo citado, ganha em giro. Mas... quando
ele é acelerado o que efetivamente está ocorrendo? Ele está ganhando
velocidade, mas... em relação a quê? Pense num referencial absoluto
newtoniano. Num referencial localizado no repouso absoluto, o elétron em
repouso estaria sim em repouso absoluto, e portanto com rotação nula. Mas...
e os elétrons que nos acompanham em nossa viagem cósmica, ou seja, situados
aqui na Terra. Bem, esses provavelmente estão numa velocidade muito grande
(da ordem de c) em relação ao referencial absoluto (se quiser, pense no
referencial de um Big Bang clássico). O que eu tento dizer é que um elétron
em repouso, em relação a um determinado referencial inercial, terá um giro
(e portanto não estará em repouso absoluto) dependente unicamente da
velocidade desse referencial inercial em relação ao referencial absoluto.
Para cada velocidade, um giro diferente, porém sempre o mesmo se a
velocidade for a mesma. A energia de um elétron em repouso seria portanto a
sua energia cinética rotacional. Para estudos não relativísticos podemos
desprezá-la, e isso não interferirá nos resultados. Sob esse aspecto
concordo contigo que seria desnecessária, mas lembro: apenas para estudos
não relativísticos. Do contrário teremos que transformar energia em matéria
ou vice-versa, e essa física deixará de ser clássica.
> No entanto, os efeitos da Relatividade Restrita também ocorrem em corpos
> macroscópicos, e até em nêutrons isolados. Estes também sofrem da
> dilatação de massa, sem nenhum ganho perceptível de momento angular.
Mas... apoiado em que você afirma que nêutrons isolados não têm um movimento
interno? O que é um nêutron? Só de brincadeira, pense no seguinte: e se o
nêutron for um aglomerado de algo em torno de 1800 elétrons? Ou então, que
cada quark fosse um aglomerado de algo em torno de 600 elétrons. Esses
elétrons não estariam apresentando modificações de seu giro? Antes que você
conclua definitivamente que sou um crackpot declarado, lembro que o "meu"
elétron não é uma carga elétrica coulombiana, logo não há porque assumir que
o nêutron teria uma carga elétrica resultante negativa. Mas volto a dizer,
pense nisso apenas como uma brincadeira, se bem que não totalmente
impossível.
> Há ainda outro problema em afirmar que "ou o fenômeno é relativístico,
> e teremos de arcar com todos os ônus inerentes a essa relatividade
> moderna, ou o fenômeno é clássico, e teremos de retomar os ensinamentos
> dos grandes físicos clássicos". A RR nos dá resultados experimentais
> excelentes; até coisas "absurdas" como o encurtamento do tempo tem sido
> validadas.
Neste caso, pergunto: O que é um relógio? O relógio não é constituído de
partículas elementares? Essas partículas não estão sujeitas a modificações
relativísticas clássicas de seu movimento interno? Essas modificações
relativísticas clássicas não afetariam o funcionamento do relógio num
sentido sempre previsível? Enfim, esses resultados experimentais estão
retratando o quê? Um encurtamento do tempo real (ou absoluto, no sentido
newtoniano)? Ou um encurtamento do tempo medido?
> No entanto, é apenas uma teoria; você, com seu conhecimento
> de Kuhn, deve entender a necessidade de compreender os paradigmas apenas
> como modelos, que podem conviver e ser pensados simultaneamente. A RR é
> inegavelmente útil, mas, se for desenvolvida uma teoria clássica que
> explique tanto quanto ela, não quererá dizer que uma está "certa" e a
> outra "errada".
Jamais neguei minha admiração profunda por Einstein. Com Einstein aprendi,
além de outras coisas, a criticar o establishment científico e lendo seus
textos encoragei-me a apresentar os produtos de minha imaginação. Duvido que
Einstein aceitasse numa boa a filosofia de Thomas Kuhn. Vejo Thomas Kuhn
como um excelente historiador, a retratar a comunidade científica como ela
é. Somente não gosto quando ele assume que a comunidade é como deveria ser.
E é por isso que afirmo que ele é um bom historiador e um mau filósofo, pois
não soube separar o jôio do trigo. É incrível observar que muitos
universitários defendem Thomas Kuhn e atacam a Inquisição. Que pelo menos
sejam coerentes.
> Assim como há físicos que adotam as teorias contemporâneas como dogmas
> inquestionáveis, levados pelo senso-comum do establishment, há pessoas
> que aderem à física clássica com unhas e dentes, movidos por uma crença
> inabalável nos "bons e velhos dias" de Newton e Euler, do determinismo,
> do espaço euclidiano e do tempo absoluto, apoiada no senso comum do
> povo, que ainda predomina. Hoje, que se compreende a ciência como uma
> busca por modelos, essa parece a pior justificativa possível para
> acreditar em qualquer coisa. Tento evitar isso ao máximo, e não sei se
> você compartilha dessa compreensão.
Sem dúvida. Não há como aderir tão somente à física clássica. Devemos
retornar ao passado sim, mas no sentido apontado por Lênin: um passo atrás
para que se possa a seguir dar dois passos à frente. Pena que o socialismo
na prática não conseguiu esse feito e acabou dando uns dez passos para trás,
e deu no que deu. :-(
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Futilidade da tintura
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 04:26
>No entanto, quanto as louras pintadas concordo com
> aquilo que o Sérgio classificou como 'idéia estúpida': São louras
(E assumem
> a 'sina' de mulher sensual e fatal que as louras carregam) por
diletantismo.
> Hah! Já ia me esquecendo de citar a 'burrice' atribuida às louras
(talvez
> justamente consequente a inveja daquelas que não são sensuais) que
elas
> também assumem, neste mote, com desdém.
Daquilo que eu vejo na amostra da população que me rodeia, existe uma
tendencia a que as pessoas pintem o cabelo de louro. Mas o que mais
me intriga é que perto da altura em que o fazem elas começam a
demosntrar sinais de burrice. Tlv burrice seja exagerado. O termo
seria futilidade.
-=*###>Adoro mulher fútil (ou mesmo pseudo fútil). A mim parece ser uma
característica feminina quando, como índios (No sentido de primitivo),
perfuram partes de seus corpos para dependurar adornos. Ou quando sofrem por
sobre os saltos altos em nome de uma estética que somente elas entendem. Em
tempo: Só me agradam dois tipos de mulher: As brasileiras e as
estrangeiras<###*=-
Uma antiga frase dizia que "os homens perferem as louras mas casam
com as morenas". Tlv estes não sejam permeáveis a viver com alguem
futil o resto da vida. E dado que a futilidade se conjuga muitas
vezes com o pintar do cabelo, as coisas podem estar de alguma forma
associadas.
-=*###>Casam-se aqueles que se amam. Ou, pelo menos, deveria ser
assim<###*=-
Contudo aquilo que eu achei estupido foi num estudo genético (as in
gene, coisa que está dentro das celulas) ser mencionado o caso das
louras falsas, que como proprio nome indica não são louras. E dado
isso, tanto faz. Pq eles não dissram "pq os homens parecem preferir
as morenas" as louras falsas são morenas na maioria dos casos?
É realmente um argumento estupido.
Sérgio
-=*###>Antonio Renato.<###*=-
SUBJECT: Visão a la Jack (2)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 04:27
VIAS E CENTROS ÓPTICOS
As vias seguem um caminho longo e complicado desde sua origem na retina até
sua terminação na área estriada no córtex cerebral. São formadas por uma
cadeia de três neurônios com um centro nervoso situado no trajeto e outro no
término.
O nervo óptico no Homem conta cerca de um minlão de fibras que recebem
estímulos provenientes de cem minlhões de bastonetes e cinco milhões de
cones. Forçosamente existe uma convergência de estímulos já que exise 160
milhões de bastonetes e 7 cones por cada fibra.
VIA RETINO GENICULADA
A célula bipolar é considada primeiro neurônio da via óptica. É estimulada
pelo fotorreceptor trasmitindo tal estímulo para a célula ganglionar
(Segundo neurônio).
Oa axônios das células ganglionares confluem atravessando o globo ocular a
nível da papila ou disco óptico (Ponto cego, já que aí não existem
fotorreceptores).
No nervo óptico as fibras nasais correm pela parte interna e as temporais
pela externa, com os fascículos superior e inferior desta separados por um
grosso contingente macular.
Ao chegar ao quiasma óptico as fibras temporais de cada lado continuam por
sua parte mais externa e passam para a cinta óptica homolateral enquanto as
nasais de ambos olhos se entrecruzam e passam para a cinta óptica
heterolateral.
Quanto as fibras maculares seguem um caminho duplo: As da metade temporal
são diretas e passam para cinta óptica homolateral enquanto a metade nasal
se cruzam e passam para a cinta óptica do lado oposto.
Então a cinta óptica se achata, contorna o pedúnculo cerebral e termina no
gânglio geniculado externo.
A descrição torna-se maçante sem os respectivos esquemas ilustrativos.
Encheu meu saco por hoje. Ainda mais que neste dia estará no banco o
pagamento do funcionário público federal e eu tenho muitas coisas a resolver
neste dia chuvoso.
Mas NÃO PERCA O PRÓXIMO CAPÍTULO DESTA EMPOLGANTE NOVELA: Via
genículoestriada e área visual.
SUBJECT: Fw: fundamentos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 04:39
Para os interessados, re-envio essa mensagem proveniente do Jocax. Estou tentando agendar-me para participar disso.
[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 2 de outubro de 2002 10:07
Assunto: fundamentos
| Curso de difusão cultural sobre os fundamentos da física teórica
|
| A partir de 22 de outubro, o lógico Francisco Antonio Doria (foto),
| professor visitante
| do IEA, dá o curso de difusão cultural "Introdução aos Conceitos e
| Estruturas da
| Física Teórica" . Serão quatro aulas, com intervalos de duas
| semanas entre elas. Doria
| apresentará os conceitos básicos e as correspondentes estruturas
| matemáticas da
| mecânica clássica, do eletromagnetismo clássico, da relatividade
| restrita, da
| relatividade geral e das teorias clássica de Gauge e da mecânica
| quântica.
|
| O curso é gratuito e destinado a graduados em geral com noções de
| matemática e
| interesse nos fundamentos da física teórica. Será distribuída
| apostila com todo o
| conteúdo das aulas. As vagas são limitadas e as inscrições devem
| ser feitas até 18 de
| outubro, com Alice Perran ou Marisa Macedo, telefones (11)
| 3091-3919 e
| 3091-4442, fax (11) 3031-9563 e e-mail iea@edu.usp.br.
|
| As aulas serão no Auditório do IEA, sempre às 14h, e com as
| seguintes datas e temas:
| 22 de outubro - Mecânica Clássica I; 5 de novembro - Mecânica
| Clássica II -
| Passagem à Mecânica Quântica; 19 de novembro - Eletromagnetismo,
| Relatividade
| Restrita - Tensores I; 3 de dezembro - Tensores II - Campos de
| Gauge e
| Relatividade Geral
|
| Doria foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e é
| professor visitante
| do IEA desde abril de 2001. O tema de seu projeto é "Complexidade
| Computacional,
| Limites da Ciência". Além de dar continuidade ao trabalho que
| desenvolve com o
| lógico Newton da Costa sobre o chamado "Problema P?NP", também tem
| prosseguido com suas pesquisas sobre a "computação H", uma teoria
| segundo a qual
| computadores analógicos poderiam - numa situação ideal - decidir
| questões
| formalmente indecidíveis. Outra área de interesse de Doria é o
| problema da existência
| ou não de limites às ciências.
|
| Mais: informações e inscrições com Alice Perran e Marisa Macedo,
| telefones (11)
| 3091-3919 e 3091-4442, fax (11) 3031-9563 e e-mail iea@edu.usp.br
|
|
|
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 04:40
Oi André et all,
recebi o Levitron (gentilmente oferecido pelo Colucci). É um porreta de um equipamento com ímãs extremamente fortes (e olhe que tenho ímãs bons em meu laboratório!). Ainda não consegui o 'jeitinho' correto de brincar com o dito cujo. Ele vem acompanhado com um CD explicativo (em inglês -- pequena parte escrita, maior parte falado --). Vou ver se consigo a ajuda de uma criança norte-americana para ajudar-me no processo de tradução. Dedico um certo respeito às crianças norte americanas, pois que, com três anos de idade falam inglês melhor que eu!
[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "André Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 1 de outubro de 2002 19:56
Assunto: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
Olá Leo e pessoal,
Que fim levou esse assunto? Vc. ou alguém aqui conseguiu o brinquedo?
[]´s
André
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Com a anuência (será que se refere a tratadores de anús?) dos
demais, essa vai para o Colucci.
>
> Tenho grande interesse em possuir (? ...tá... sei que
é 'apertado'!) um Levitron, brinquedinho que não existe á venda no
Brasil. Será possível enviar-me um ai dos estates?
> Despezas? Sem problemas, poderei vender uma de minhas casas e tudo
bem, basta mandar coordenadas do seu banco, número da conta (e
senha). :-))
> Desse brinquedinho só conheço a teoria (e está na minha Sala 13 -
item 36).
>
> []'
> Léo
> ============
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http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 04:40
Olá Douglas,
o texto é uma introdução ao desenvolvimento das ciências, destinado ao nível médio.
A segunda parte do trabalho fará uma descrição do aparecimento da mecânica (estática, dinâmica), da teoria eletromagnética (eletrologia, magnetologia) , da termologia etc., finalizando pelo complementamento da física (dentro da região limitada de fenômenos até então) e a adição do adjetivo para a 'física clássica'.
A terceira parte irá detalhar a evolução da física clássica esmiuçando os estágios fenomenológico (onde aparecem as leis empíricas), substancialistico (onde aparecem os 'modelos') e essencial (onde aparece a 'mecânica' da coisa e sua expressão matemática), todos com os devidos exemplos.
Na quarta parte a evolução da física clássica prossegue passando pelos estágios de refinamento (melhora do formalismo matemático), de aplicação (estágio da dedução, diferente da indução usada até a fase anterior), tudo tb devidamente exemplificado. Assim, por exemplo, nessa fase de refinamento usarei dos exemplos:
exemplo 1- A equação de Newton foi reescrita em formas bastante elegantes por Lagrange, Hamilton e outros. Por isso, os cálculos de rotação do corpo rígido e da influência da atração entre os planetas tornaram-se mais simples e, ao mesmo tempo, o significado mais fundamental da equação de Newton foi esclarecido sob o ponto de vista da lei de ação mínima. Pode-se dizer também que o formalismo de Hamilton exerceu o papel de degrau para a posterior mecânica quântica.
exemplo 2- Foi pesquisado por Lorentz (e outros), sob o ponto de vista da teoria dos elétrons, como a equação de Maxwell se comporta no interior da matéria, e assim o significado essencial da constante dielétrica, que Maxwell havia introduzido simplesmente como uma constante física, ficou esclarecido. Ao mesmo tempo, o formalismo hamiltoniano obtido por eles esclareceu o significado mais profundo da teoria eletromagnética e ficou sendo o ponto de partida para a posterior eletrodinâmica quantia.
E, assim, a coisa continua ... espero!
As críticas (severas, espero --- e tem todo meu agradecimento) podem ser apresentadas aqui mesmo no ciencialist. Peço-lhe a gentileza de não se preocupar em ferir melindres; já passei por essa fase criançola há um bocado de tempo, estou com o couro já curtido.
Acredito que ainda hoje colocarei (oculto para o público geral) a continuação no Imperdível. Envio logo mais as coordenadas do arquivo.
Aquele abraço,
Léo
==========================
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 2 de agosto de 2002 05:11
Assunto: Re: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
| Eu li o texto e ele não é muito bom (mas não sei bem a qual público ele é
| destinado). Há uma série de erros e impressições. O que vc sugere que eu
| faça? Envio uma crítica para onde especificamente? Qual o público a que se
| destina o texto? É um texto que pretende ter algum rigor ou é uma divulgação
| sem maiores pretensões? Se eu avaliar este texto como avalio textos
| científicos para públicação o rigor será bem maior. Qual a medida de rigor
| que devo usar? Se é que vc tem interesse nesta avalizção.
|
| DFG
| ----- Original Message -----
| From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; SBCR <sbcr@yahoogrupos.com.br>;
| STR_Brasil <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Monday, September 30, 2002 9:24 AM
| Subject: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
|
|
| Ainda não está on-line para o público esse breve mapeamento do 'surgir' das
| ciências:
|
| http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto55.asp
|
| Estou solicitando sugestões específicas aos vários especialistas nos
| diversos ramos (O Takata, por exemplo, já foi importunado para criticar a
| leitura do Aparecimento da Biologia).
| Aos historiadores (e filósofos de carteirinha) a leitura poderá interessar
| ao ponto de me enviarem sugestões/críticas etc.; sempre no espírito de como
| se desenvolveu o Imperdível (o qual, após a entrega do prêmio dos 2 000 000,
| já teve mais 75 000 consultas!).
|
| aquele abraço a todos,
|
| Léo
| ================
|
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SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 04:43
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 2 de outubro de 2002 07:40
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
Oi André et all,
recebi o Levitron (gentilmente oferecido pelo Colucci). É um porreta de um equipamento com ímãs extremamente fortes (e olhe que tenho ímãs bons em meu laboratório!). Ainda não consegui o 'jeitinho' correto de brincar com o dito cujo. Ele vem acompanhado com um CD explicativo (em inglês -- pequena parte escrita, maior parte falado --). Vou ver se consigo a ajuda de uma criança norte-americana para ajudar-me no processo de tradução. Dedico um certo respeito às crianças norte americanas, pois que, com três anos de idade falam inglês melhor que eu!
[]'
Léo
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De: "André Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 1 de outubro de 2002 19:56
Assunto: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
Olá Leo e pessoal,
Que fim levou esse assunto? Vc. ou alguém aqui conseguiu o brinquedo?
[]´s
André
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Com a anuência (será que se refere a tratadores de anús?) dos
demais, essa vai para o Colucci.
>
> Tenho grande interesse em possuir (? ...tá... sei que
é 'apertado'!) um Levitron, brinquedinho que não existe á venda no
Brasil. Será possível enviar-me um ai dos estates?
> Despezas? Sem problemas, poderei vender uma de minhas casas e tudo
bem, basta mandar coordenadas do seu banco, número da conta (e
senha). :-))
> Desse brinquedinho só conheço a teoria (e está na minha Sala 13 -
item 36).
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> Léo
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SUBJECT: Fw: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
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DATE: 02/10/2002 04:44
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 2 de outubro de 2002 07:40
Assunto: Re: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
Olá Douglas,
o texto é uma introdução ao desenvolvimento das ciências, destinado ao nível médio.
A segunda parte do trabalho fará uma descrição do aparecimento da mecânica (estática, dinâmica), da teoria eletromagnética (eletrologia, magnetologia) , da termologia etc., finalizando pelo complementamento da física (dentro da região limitada de fenômenos até então) e a adição do adjetivo para a 'física clássica'.
A terceira parte irá detalhar a evolução da física clássica esmiuçando os estágios fenomenológico (onde aparecem as leis empíricas), substancialistico (onde aparecem os 'modelos') e essencial (onde aparece a 'mecânica' da coisa e sua expressão matemática), todos com os devidos exemplos.
Na quarta parte a evolução da física clássica prossegue passando pelos estágios de refinamento (melhora do formalismo matemático), de aplicação (estágio da dedução, diferente da indução usada até a fase anterior), tudo tb devidamente exemplificado. Assim, por exemplo, nessa fase de refinamento usarei dos exemplos:
exemplo 1- A equação de Newton foi reescrita em formas bastante elegantes por Lagrange, Hamilton e outros. Por isso, os cálculos de rotação do corpo rígido e da influência da atração entre os planetas tornaram-se mais simples e, ao mesmo tempo, o significado mais fundamental da equação de Newton foi esclarecido sob o ponto de vista da lei de ação mínima. Pode-se dizer também que o formalismo de Hamilton exerceu o papel de degrau para a posterior mecânica quântica.
exemplo 2- Foi pesquisado por Lorentz (e outros), sob o ponto de vista da teoria dos elétrons, como a equação de Maxwell se comporta no interior da matéria, e assim o significado essencial da constante dielétrica, que Maxwell havia introduzido simplesmente como uma constante física, ficou esclarecido. Ao mesmo tempo, o formalismo hamiltoniano obtido por eles esclareceu o significado mais profundo da teoria eletromagnética e ficou sendo o ponto de partida para a posterior eletrodinâmica quantia.
E, assim, a coisa continua ... espero!
As críticas (severas, espero --- e tem todo meu agradecimento) podem ser apresentadas aqui mesmo no ciencialist. Peço-lhe a gentileza de não se preocupar em ferir melindres; já passei por essa fase criançola há um bocado de tempo, estou com o couro já curtido.
Acredito que ainda hoje colocarei (oculto para o público geral) a continuação no Imperdível. Envio logo mais as coordenadas do arquivo.
Aquele abraço,
Léo
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Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 2 de agosto de 2002 05:11
Assunto: Re: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
| Eu li o texto e ele não é muito bom (mas não sei bem a qual público ele é
| destinado). Há uma série de erros e impressições. O que vc sugere que eu
| faça? Envio uma crítica para onde especificamente? Qual o público a que se
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| From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
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| STR_Brasil <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Monday, September 30, 2002 9:24 AM
| Subject: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 05:06
Desculpem-me a repetição. Já estou usando o SPEED e estou tendo um probleminha com a minha 'conta' local. O e.mail " leo@barretos.com.br " me permite receber MAS tá tendo problema com o re-envio (reply).
Recebo uma mensagem do tipo:
"A mensagem não pôde ser enviada porque um de seus destinatários foi recusado pelo servidor. O endereço de email recusado era 'rlamb@bommtempo.com.br'. Assunto 'Re: FEIRA DE CIENCIAS', Conta: 'Soares Net', Servidor: 'mail.barretos.com.br', Protocolo: SMTP, Resposta do servidor: '553 sorry, that domain isn't in my list of allowed rcpthosts (#5.7.1)', Porta: 25, Segura (SSL): Não, Erro do servidor: 553, Nº do erro: 0x800CCC79"
Preciso consertar isso.
O e.mail " leobarretos@uol.com.br " (de meu provedor de Speed) funciona OK.
[]'
Léo
PS: O Speed realmente é porreta ... vapt-vupt!
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-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 2 de outubro de 2002 07:43
Assunto: Fw: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
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De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 2 de outubro de 2002 07:40
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
Oi André et all,
recebi o Levitron (gentilmente oferecido pelo Colucci). É um porreta de um equipamento com ímãs extremamente fortes (e olhe que tenho ímãs bons em meu laboratório!). Ainda não consegui o 'jeitinho' correto de brincar com o dito cujo. Ele vem acompanhado com um CD explicativo (em inglês -- pequena parte escrita, maior parte falado --). Vou ver se consigo a ajuda de uma criança norte-americana para ajudar-me no processo de tradução. Dedico um certo respeito às crianças norte americanas, pois que, com três anos de idade falam inglês melhor que eu!
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Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 1 de outubro de 2002 19:56
Assunto: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
Olá Leo e pessoal,
Que fim levou esse assunto? Vc. ou alguém aqui conseguiu o brinquedo?
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André
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Com a anuência (será que se refere a tratadores de anús?) dos
demais, essa vai para o Colucci.
>
> Tenho grande interesse em possuir (? ...tá... sei que
é 'apertado'!) um Levitron, brinquedinho que não existe á venda no
Brasil. Será possível enviar-me um ai dos estates?
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SUBJECT: Re: Sem Big Bang, com Big Crunch
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 08:48
Oi Carlos Alberto,
Carlos: Bulcão vc não teceu nenhuma comentário realmente sobre o que
eu tenha colocado.
Manuel: Realmente eu pincei apenas o primeiro período da sua
mensagem. No começo, você conjecturou o seguinte, mais ou menos com
essas palavras: se o espaço-tempo é curvo, então isso não implica
necessariamente que ele deva entrar em colapso?
Fiz então a seguinte observação: "Mas o espaço-tempo pode
ser "negativamente" curvo (ele se curva "para fora"), caso em que o
universo se expandirá para sempre numa velocidade que tende a
estabilizar-se num valor constante."
Permita-me fazer outra observação pontual. Em sua mensagem, você diz:
"Tudo isso com base no fato de que, se a matéria encurva o espaço,
esta somente pode se movimentar em curvas, resulta daí a idéia
intrínseca de o calapso se deve a fato de o universo ser curvo,
independe de outros fatores como a densidade."
Não sei se entendi bem, mas creio que você está a supôr que o
afastamento que se verifica entre as galáxias (afastamento a partir
de um big bang agora, aproximação até um big crunch depois) é um
movimento da matéria dentro de um espaço curvo, é isso?
Imagine-se enchendo uma bexiga branca com pintas pretas eqüidistantes
entre si. Imagine também uma formiguinha caminhando na superfície
dessa bexiga cujo volume aumenta continuamente. Entendo que o
movimento da matéria num espaço curvo (p. ex., um fóton deslocando-se
da Via-Láctea em direção à Andrômeda) é como o movimento da formiga
sobre a superfície curva do balão. No entanto, penso que o
afastamento simultâneo das galáxias entre si não é comparável ao
deslocamento do inseto. Na verdade, é um movimento análogo ao
distanciamento progressivo que se observa entre as manchas pretas do
balão. Ora, as manchas não estão se movimentando sobre a superfície
da borracha: é a borracha que está esticando, e, ao esticar-se, o
espaço entre as manchas aumenta.
Do mesmo modo, o desvio para o vermelho das galáxias mais distantes
não se deve ao fato de as galáxias estarem, "em geral", afastando-se
uma das outras num movimento "através" do espaço curvo, plano, sei
lá. Tal fenômeno se verifica porque, penso eu, o espaço como um todo
está se esticando feito uma borracha; isto é, o espaço não é um
vazio, mas algo dinâmico e elástico que ora se distende, ora se
contrai; espicha aqui, encolhe acolá. De modo que as galáxias não se
expandem "dentro" dele: expandem-se "com" ele.
Claro que existem movimentos "locais" de galáxias "através" do
espaço, tanto que algumas galáxias próximas, em vez de estarem se
afastando uma da outra, estão se aproximando. Mas, em geral...
Aliás, a teoria da inflação cósmica admite que, embora nenhum corpo
massivo possa deslocar-se através do espaço numa velocidade superior
à da luz, o próprio espaço pode eventualmente esticar-se de um modo
tão rápido que a velocidade de afastamento entre seus pontos alcance
uma grandeza centenas de vezes superior a 300.000 km/h. Foi o que
aconteceu no breve momento logo após o big bang em que o universo
inflou, expandiu-se exponencialmente.
Espero que estas minhas considerações tenham algum valor para você.
Abraços,
Manuel Bulcão
____________
Oi,
Em resposta à mensagem do Carlos Alberto "Espaço curvo", escrevi:
<<Caso a constante cosmológica de Einstein seja igual a zero, supondo-
se que o universo seja homogêneo e isotrópico e dependendo da
densidade da matéria, há três possibilidades: espaço-tempo com
curvatura negativa (universo aberto, i.e., sem colapso), espaço-tempo
com curvatura positiva (universo fechado, i.e., com colapso) e espaço-
tempo plano (o universo se expandirá para sempre, mas a velocidade de
expansão torna-se cada vez menor com o passar do tempo).
<<Sendo a constante cosmológica de Einstein diferente de zero,
qualquer tipo de geometria espacial poderá ocorrer com qualquer tipo
de evolução de tempo.>>
Depois de responder, veio-me a seguinte idéia à cabeça: Nós, que
vivemos num universo em expansão, ficamos a perguntar se um dia o
espaço-tempo vai colapsar ou não. Mas caso exista vida inteligente
num universo em contração, com as galáxias (ou formações materiais
análogas) se aproximando cada vez mais uma das outras, que modelos
cosmológicos esses seres conscientes seriam capazes de bolar?
Um dos modelos, obviamente, seria o do universo fechado;
considerariam que o "atual" estado de contração do universo vai
culminar num Big Crunch daqui a alguns bilhões de anos, mas que à
fase de contração antecedeu um período de expansão cósmica em cuja
extremidade pretérita ocorreu um Big Bang.
Mas também não descartariam a hipótese de que o universo, embora
estivesse caminhando inevitavelmente para um fim, jamais teria
começado, isto é, haveria uma eternidade passada, ou então que, no
princípio, o universo consistia num espaço-tempo plano e vazio, mas
que, devido a um "salto relativístico" (algo tão súbito, descontínuo
e contingente quanto um salto quântico), de repende entortou, pouco
porém suficiente para desencadear um processo irreversível de
encurvamento positivo a culminar num Big Crunch.
Seria esse universo exdrúxulo, de passado aberto, apenas uma
possibilidade matemática? Ou seria ele compatível com a física do
universo factual, isto é, com a teoria da relatividade, a física
quântica e as leis da termodinâmica? E que tipo de estrutura teria
nele a matéria?
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Espaço curvo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 08:49
Oi Carlos Alberto,
Carlos: Bulcão vc não teceu nenhuma comentário realmente sobre o que
eu tenha colocado.
Manuel: Realmente eu pincei apenas o primeiro período da sua
mensagem. No começo, você conjecturou o seguinte, mais ou menos com
essas palavras: se o espaço-tempo é curvo, então isso não implica
necessariamente que ele deva entrar em colapso?
Fiz então a seguinte observação: "Mas o espaço-tempo pode
ser "negativamente" curvo (ele se curva "para fora"), caso em que o
universo se expandirá para sempre numa velocidade que tende a
estabilizar-se num valor constante."
Permita-me fazer outra observação pontual. Em sua mensagem, você diz:
"Tudo isso com base no fato de que, se a matéria encurva o espaço,
esta somente pode se movimentar em curvas, resulta daí a idéia
intrínseca de o calapso se deve a fato de o universo ser curvo,
independe de outros fatores como a densidade."
Não sei se entendi bem, mas creio que você está a supôr que o
afastamento que se verifica entre as galáxias (afastamento a partir
de um big bang agora, aproximação até um big crunch depois) é um
movimento da matéria dentro de um espaço curvo, é isso?
Imagine-se enchendo uma bexiga branca com pintas pretas eqüidistantes
entre si. Imagine também uma formiguinha caminhando na superfície
dessa bexiga cujo volume aumenta continuamente. Entendo que o
movimento da matéria num espaço curvo (p. ex., um fóton deslocando-se
da Via-Láctea em direção à Andrômeda) é como o movimento da formiga
sobre a superfície curva do balão. No entanto, penso que o
afastamento simultâneo das galáxias entre si não é comparável ao
deslocamento do inseto. Na verdade, é um movimento análogo ao
distanciamento progressivo que se observa entre as manchas pretas do
balão. Ora, as manchas não estão se movimentando sobre a superfície
da borracha: é a borracha que está esticando, e, ao esticar-se, o
espaço entre as manchas aumenta.
Do mesmo modo, o desvio para o vermelho das galáxias mais distantes
não se deve ao fato de as galáxias estarem, "em geral", afastando-se
uma das outras num movimento "através" do espaço curvo, plano, sei
lá. Tal fenômeno se verifica porque, penso eu, o espaço como um todo
está se esticando feito uma borracha; isto é, o espaço não é um
vazio, mas algo dinâmico e elástico que ora se distende, ora se
contrai; espicha aqui, encolhe acolá. De modo que as galáxias não se
expandem "dentro" dele: expandem-se "com" ele.
Claro que existem movimentos "locais" de galáxias "através" do
espaço, tanto que algumas galáxias próximas, em vez de estarem se
afastando uma da outra, estão se aproximando. Mas, em geral...
Aliás, a teoria da inflação cósmica admite que, embora nenhum corpo
massivo possa deslocar-se através do espaço numa velocidade superior
à da luz, o próprio espaço pode eventualmente esticar-se de um modo
tão rápido que a velocidade de afastamento entre seus pontos alcance
uma grandeza centenas de vezes superior a 300.000 km/h. Foi o que
aconteceu no breve momento logo após o big bang em que o universo
inflou, expandiu-se exponencialmente.
Espero que estas minhas considerações tenham algum valor para você.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Falácias
FROM: Rafael Kaufmann Nedal <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 08:57
Gente,
Desculpem, mas não posso responder. Como sou apenas um pedante covarde
(e que acha que as pernas dos gatos são diferentes das dos cachorros),
estou tendo que fugir do Douglas.
-- Kaufmann
SUBJECT: Re: Sem Big Bang, com Big Crunch (correção)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 08:59
Oi,
Na minha mensagem cometi um erro. Falei que "a teoria da inflação
cósmica admite que, embora nenhum corpo massivo possa deslocar-se
através do espaço numa velocidade superior à da luz, o próprio espaço
pode eventualmente esticar-se de um modo tão rápido que a velocidade
de afastamento entre seus pontos alcance uma grandeza centenas de
vezes superior a 300.000 km/h..."
É 300.000 km/s. Óbvio.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Espaço curvo (correção)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 09:01
Oi,
Na minha mensagem cometi um erro. Falei que "a teoria da inflação
cósmica admite que, embora nenhum corpo massivo possa deslocar-se
através do espaço numa velocidade superior à da luz, o próprio espaço
pode eventualmente esticar-se de um modo tão rápido que a velocidade
de afastamento entre seus pontos alcance uma grandeza centenas de
vezes superior a 300.000 km/h..."
É 300.000 km/s. Óbvio.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 09:47
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> É nisso que dá quando um obsessivo e um teimoso se encontram numa
> lista de discussão: um debate eterno! :-)
Resta saber quem e' quem...
> Longe de dizer que o Pol Pot é um "tipo de anarquista", afirmei
> apenas que ele pôs em prática uma idéia "parecida com a" do
Se vc diz... Fica pelo mal-entendido entao.
> No entanto, os anarquistas não eram teóricos reclusos em seus
> gabinetes, mas homens práticos para os quais a violência é a mãe da
> História
E se conclui q. os anarquistas e anarco-simpatizantes (eu disse
anarco e nao narco) atuais sao assim? Lembre-se q. a questao
anarquista surgiu como uma hipotese para o suposto 'descredito' dos
q. votam nulo.
> O revolucionarismo de ambos, para ficar apenas em um exemplo, é uma
> herança jacobina.
Assim como o olho de uma ave e' homologa ao olho de um morcego. Nao
faz a asa de um ser homologa a de outro (como asa). Ou morcegos serem
iguais 'as aves.
> Takata: Agora surge um termo novo 'anarquista classico'...
>
> Como se vê não é um termo que inventei e nem
> é tão novo assim.
Estou falando nesta discussao.
> Manuel: O que não significa que laranja seja maçã. No entanto, os
> comunistas da facção Boutenko eram simpatizantes do nazi-fascismo,
> laranjas que se julgavam maçãs.
Bem, pelo menos as maçãs e as laranjas foram devidamente separadas.
> Manuel: Primeiro, mantenha as aspas. Segundo, se você tivesse lido
> com mais atenção o que escrevi, teria percebido que a idéia em
> questão não é minha, mas do bolchevista anti-semita Th. Boutenko,
Tbm fica pelo mal-entendido. (Mas considero isso uma saída pela
esquerda... Vc usou esse exemplo para contra-argumentar a uma frase
minha: "Tto e' bobagem dizer q. sao essencialmente iguais q. ha'
pouco vc juntou um grupo anarquista com fascistas -- dando o exemplo
do partido anarquista italiano (partido anarquista nao e' um
oximoro?).")
A<>C<>F (o <> fica pelo sinal de 'diferente')
> Não se acha, entretanto, submetida a
> normas "jurídicas" religiosas, ou seja, não existe código canônico-
> religioso sancionado pelo Estado.
Como tbm nao existe norma juridica dizendo em quem devo votar e se eu
posso ou nao votar nulo, em branco, etc...
> Takata: Se ele diz q. não deve votar em Lula porq. quem vota em
> Lula é anti-democrático. Isso é desrespeito.
>
> Manuel: Suscetibilidade de quem considera. Eu não consideraria um
> desrespeito, mas apenas um equívoco. Em vez de me indignar,
> procuraria contra-argumentar.
Assim como ha' os q. nao consideram xingamentos dirigidos 'a genitora
como desrespeito, mas um equivoco. (Normalmente mudam de ideia qdo a
genitora em questao e' a dele. Juro q. nao e' uma ameaca... re re...)
Apropo: quem vota em Lula e' contra a democracia e a favor do caos
economico, politico e social.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Primeiros passos da Ciencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 11:41
Ola Douglas e todos,
Esses textos estão ocultos para o público. Toda crítica/sugestão (nível divulgação/segundo grau) será bem vinda.
Ao entrar no primeiro trabalho há, na própria página, links para as demais partes.
Primeiros Passos da Ciência (Geral): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto55.asp
Primeiros Passos da Física (parte 1): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto56.asp
Primeiros Passos da Física (parte 2): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto57.asp
Primeiros Passos da Física (parte 3): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto58.asp
Primeiros Passos da Física (parte 4): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto59.asp
Aquele abraço,
Léo
===================
SUBJECT: Re: Levitron ... Colucci.
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 12:02
Olá Leo,
Quer dizer que é difícil mesmo "acertar a mão" na rotação do pião? A
quanto tempo você está tentando? Talvez seja o caso de comprar junto
um acessório opcional que coloca o pião na velocidade de rotação
certa? Curioso que, pesquisando páginas em português, encontrei
apenas duas páginas sobre o dito cujo. Uma é a sua, a outra é
http://www.jornalinfinito.com.br/asp/ciencias_levitacao.htm
" A religião cristã nos acena com São José Cupertino quem, orando,
assombrava os monges do seu convento, pairando nos ares, em êxtase
total, fato este também realizado por Santa Tereza d'Ávilla. Qual o
PODER oculto nestes fatos, que proporciona a capitulação da "lei da
gravidade"? Teorias são muitas, o fato é que esta pergunta ainda se
encontra sem respostas plausíveis. "
Sentiu? :-)
grande abraço,
André
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Oi André et all,
>
> recebi o Levitron (gentilmente oferecido pelo Colucci). É um
porreta de um equipamento com ímãs extremamente fortes (e olhe que
tenho ímãs bons em meu laboratório!). Ainda não consegui o 'jeitinho'
correto de brincar com o dito cujo. Ele vem acompanhado com um CD
explicativo (em inglês -- pequena parte escrita, maior parte falado --
). Vou ver se consigo a ajuda de uma criança norte-americana para
ajudar-me no processo de tradução. Dedico um certo respeito às
crianças norte americanas, pois que, com três anos de idade falam
inglês melhor que eu!
>
> []'
> Léo
> ================
> -----Mensagem Original-----
> De: "André Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@u...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: terça-feira, 1 de outubro de 2002 19:56
> Assunto: [ciencialist] Re: Levitron ... Colucci.
>
>
> Olá Leo e pessoal,
>
> Que fim levou esse assunto? Vc. ou alguém aqui conseguiu o
brinquedo?
>
> []´s
>
> André
>
>
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> > Com a anuência (será que se refere a tratadores de anús?) dos
> demais, essa vai para o Colucci.
> >
> > Tenho grande interesse em possuir (? ...tá... sei que
> é 'apertado'!) um Levitron, brinquedinho que não existe á venda no
> Brasil. Será possível enviar-me um ai dos estates?
> > Despezas? Sem problemas, poderei vender uma de minhas casas e
tudo
> bem, basta mandar coordenadas do seu banco, número da conta (e
> senha). :-))
> > Desse brinquedinho só conheço a teoria (e está na minha Sala 13 -
> item 36).
> >
> > []'
> > Léo
> > ============
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@y...
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: fundamentos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 12:22
Sugiro afiar a matemática antes do curso. Qualquer coisa que vem do Dória é
pedreira pura.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 2 de Outubro de 2002 04:39
Assunto: [ciencialist] Fw: fundamentos
Para os interessados, re-envio essa mensagem proveniente do Jocax. Estou
tentando agendar-me para participar disso.
[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 2 de outubro de 2002 10:07
Assunto: fundamentos
| Curso de difusão cultural sobre os fundamentos da física teórica
|
| A partir de 22 de outubro, o lógico Francisco Antonio Doria (foto),
| professor visitante
| do IEA, dá o curso de difusão cultural "Introdução aos Conceitos e
| Estruturas da
| Física Teórica" . Serão quatro aulas, com intervalos de duas
| semanas entre elas. Doria
| apresentará os conceitos básicos e as correspondentes estruturas
| matemáticas da
| mecânica clássica, do eletromagnetismo clássico, da relatividade
| restrita, da
| relatividade geral e das teorias clássica de Gauge e da mecânica
| quântica.
|
| O curso é gratuito e destinado a graduados em geral com noções de
| matemática e
| interesse nos fundamentos da física teórica. Será distribuída
| apostila com todo o
| conteúdo das aulas. As vagas são limitadas e as inscrições devem
| ser feitas até 18 de
| outubro, com Alice Perran ou Marisa Macedo, telefones (11)
| 3091-3919 e
| 3091-4442, fax (11) 3031-9563 e e-mail iea@edu.usp.br.
|
| As aulas serão no Auditório do IEA, sempre às 14h, e com as
| seguintes datas e temas:
| 22 de outubro - Mecânica Clássica I; 5 de novembro - Mecânica
| Clássica II -
| Passagem à Mecânica Quântica; 19 de novembro - Eletromagnetismo,
| Relatividade
| Restrita - Tensores I; 3 de dezembro - Tensores II - Campos de
| Gauge e
| Relatividade Geral
|
| Doria foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e é
| professor visitante
| do IEA desde abril de 2001. O tema de seu projeto é "Complexidade
| Computacional,
| Limites da Ciência". Além de dar continuidade ao trabalho que
| desenvolve com o
| lógico Newton da Costa sobre o chamado "Problema P?NP", também tem
| prosseguido com suas pesquisas sobre a "computação H", uma teoria
| segundo a qual
| computadores analógicos poderiam - numa situação ideal - decidir
| questões
| formalmente indecidíveis. Outra área de interesse de Doria é o
| problema da existência
| ou não de limites às ciências.
|
| Mais: informações e inscrições com Alice Perran e Marisa Macedo,
| telefones (11)
| 3091-3919 e 3091-4442, fax (11) 3031-9563 e e-mail iea@edu.usp.br
|
|
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SUBJECT: Piada apropriada
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 14:13
Irmãos gêmeos marcaram casamento para o mesmo dia, no mesmo lugar.
Após a cerimônia Geo e Trigo se separaram indo residir em cidades
diferentes.
Os anos passaram e enquanto Geo era pai de cinco filhos, Trigo não abraçara
a paternidade.
Conclusão lógica: Geometria e Trigonometria.
SUBJECT: Lista moderada (administrador)
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2002 18:29
A lista vai entrar novamente em moderacao devido a agressoes entre
os integrantes (caso Douglas Ferreira Gonçalves x Rafael Kaufmann).
Nao deve ser por muito tempo.
LAMENTAVEL!
Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lista moderada (administrador)
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TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 18:43
Bom, pelo menos dessa vez não fui eu!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 2 de Outubro de 2002 18:29
Assunto: [ciencialist] Lista moderada (administrador)
A lista vai entrar novamente em moderacao devido a agressoes entre
os integrantes (caso Douglas Ferreira Gonçalves x Rafael Kaufmann).
Nao deve ser por muito tempo.
LAMENTAVEL!
Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist
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SUBJECT: A semi-volta de um kook
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2002 22:17
É como nas chamadas daqueles filmes idiotas que passam na REDE GLOBO: "Um
kook muuuito louco, aprontando todas.."
Eu "voltei-mais-ou-menos". Isso é: não voltei por completo.
Nossa. O debate kookeniano foi legal. Até o pobre do Penrose levou chibata
(Tpaft!). Para fazer sarcasmo - ou pelo menos sugerir um sarcasmo - com os
'microtúbulos quânticos' do coitado do Penrose, a pessoa deve ser um
counterkook e deve estar embasada em argumentos muito, muito bem
estruturados. Se não for assim, essa pessoa vira o que ?
Um kook ? :)
Sabe... existem evidências experimentais desda década de 80, no âmbito da
anestesiologia, que o cerne da consciência talvez esteja nos microtúbulos
(aqueles de tubulina, do citoesqueleto das células. Acho que todos os kooks
aqui sabem disso...). Isso não é um devaneio. É claro que também não é uma
verdade 'ortodoxa'. São necessárias pesquisas, que podem não dar em nada, no
final das contas. Mas a idéia não é um devaneio. A hipótese original não é
de Penrose, é de Hameroff, que é um..... anestesiologista :)
Apesar de algumas evidências experimentais convergirem para a relação
consciência/microtúbulos, não havia nenhuma teoria plausível que explicasse
como esses meros microtúbulos poderiam causar algo como a consciência.
Paralelamente, Penrose já iniciava suas primeiras empreitadas no mundo da
'mente quântica'. Ele viu os trabalhos de Hameroff, e, de repente, tudo se
encaixou. Sugeriu uma hipótese. Ele só corroborou e uniu algo que já existia
com suas especulações quânticas. É como dizem... unir o útil ao agradável...
(ou melhor dizendo: o racional com o possível.)
Nesse ano de tumultuada eleição, onde provavelmente elegeremos um
semi-analfabeto assessorado por ex-guerrilheiros cheguevarianos, e na
iminência inexorável de uma 'argentinização' causada pelo governo FHC, e na
certeza da incompetência do próximo governo - seja ele qual for -, há de se
fazer um apelo: kooks, crakpots, crancks, shitpots, chinflados, nerds, geeks
e junkies do mundo inteiro, uní-vos!
Cara.. eu sei que vocês não.. mas eu adoro essas brigas... ..
(OBS: Entre a denotação das 4 pernas do cachorro, ou a conotação das 4
pernas da mesa, eu prefiro mesmo a extensão das 2 pernas da Kate Moss... ..
.. )
A.
SUBJECT: A Revolta dos "KooKs"
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 04:11
Bons dias
Ontem, através de todo o dia, estive refletindo sobre as trocas de
mensagens consequentes ao aparecimento do Kaufman 'atirando' para todos os
lados: Eu não tinha conhecimento do quão grave seria o 'atributo' "kook".
Aliás, nem mesmo teria postado "'Kooks' e similares alienígenas" se não
fosse a reação de outros listeiros. Sentí-me na obrigação de manifestar-me
já que fôra eu seu primeiro alvo.
Foram mais de vinte anos, militando em psiquiatria, num centro de
referência da psiquiatria nacional (Centro Psiquiátrio Pedro II) locado
aqui, no Rio de Janeiro... As agressões, por vezes, transcendiam ao âmbito
das palavras.
Este dia-a-dia cria nos funcionários (Mesmo que intuitivamente) uma reação
diversa daquela que a maioria das pessoas apresentam: Porque o 'agressor',
dentro do um universo de inúmeros fucionários, escolhe determinado indivíduo
para alvo de seus desafetos? Certamente 'o escolhido' tem significado
especial, é alguém a quem 'o agressor' está tentando contactar (Nem sempre
de maneira provida de adequação). Em verdade, é um elogio!
Foi assim, que após ter tomado ciência do significado da palavra (Postada
em idioma alienígena), assumi o 'título' que me houvera sido conferido.
Afinal, ser o 'bobo da corte' pode não ser lisojeiro por ser 'bobo' mas por
outro lado, significa a aceitação como membro da 'corte', alguém que tem o
seu espaço (No caso do 'bobo', divertir aos cortesãos) e este fato
(aceitação) era o que me interessava.
Noutra lista ("j.científico") houvera 'presenciado' um confronto (thread?)
entre dois listeiros que acabou por envolver diversos outros. Estava achando
muito interessante a maneira como se colocavam e a exigências que faziam um
do outro, no sentido de esclarecer, nos mínimos detalhes àquilo que era
dito. Mas pareceu-me ser o único que encarara desta maneira ao que
acontecia. O tal 'thread' encerrou com um dos 'contendores' cancelando sua
inscrição!
Pois foi numa atitude de não colocar mais lenha na fogueira que retirei o
'título' 'kook' de minha assinatura e não mais postei referindo-me ao
acontecido. Mas, como dissera inicialmente, a assunto ficou 'enrolado' em
minha cabeça: É no intento de 'deserolar' que posto esta.
Aproveito a oportunidade para colocar a questão: Ciência é física? Que é a
física (Realidade) sem alguém que a perceba?
Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: Piada apropriada (Interessa à genética e a lógica)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 04:11
Irmãos gêmeos marcaram casamento para o mesmo dia, no mesmo lugar.
Após a cerimônia Geo e Trigo se separaram indo residir em cidades
diferentes.
Os anos passaram e enquanto Geo era pai de cinco filhos, Trigo não abraçara
a paternidade.
Conclusão lógica: Geometria e Trigonometria.
SUBJECT: Censura
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 04:41
Oi gentem
Quando fui enviar msg constatei a msg do Brudna comunicando o início da
censura.
Pela experiência relatada na 'Revolta dos Kooks' seria melhor haver censura
do que o cancelamento da inscrição de algum listeiro, como o Kaufman já
havia mesmo ameaçado ("sair a francesa"). Não fosse este fato, censura não é
atitude democrática (Que seria democracia, afinal?).
Mantenho relacionamento interpessoal com muitas pessoas através de mais de
trinta anos. O mesmo grupo. Por muitas vezes houverem desentendimentos,
seria impossível ser diferente. Mas é através destes 'desentendimentos' que
são feitas aquisições, que se caminha em direção à um relacionamento mais
adequado.
É isso.
Antonio Renato.
SUBJECT: Comentários (A la Jack)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 08:02
Oi
Da outra vez que 'presenciei' uma situação de desentendimento entre
listeiros (Mencionada na msg anterior) foi comentado por aqueles 'veteranos'
que haveria um período de 'ressaca', readaptação, retomada ao 'status quo'.
Como é a relação interpessoal listeira? Como vim a me relacionar com os
componentes desta lista?
Parece que, para que haja comunicação através das palavras, seria
necessário articularmos a mesma 'linguagem'. Então foi, inicialmente,
absorvido o 'vocabulário comum'. Palavras que são reconhecidas em seu
significado pelo grupo, devido a troca de msgs anteriores. É o caso de "a la
Jack" (Por partes), "l'Acochambrandt" (ad hoc), Prof. Hata Tikome, 'idioma
alienígeno', etc.
Imbricado ao supra citado processo, comparação de valores, padrões...
"Caso fosse o Juiz, qual veredicto daria para o rapaz que chutou a bunda da
amiga da namorada?", "gosto da Xuxa, do Altemar Dutra, do RAP, da
ciencialist", "Existe sensualidade na água oxigenada?", "...para que se
saiba que por trás disso tudo há um respeito mútuo. Um grande respeito.
..."...
E finalmente a questão crucial da lista: "Tens conhecimentos para trocar?"
Tudo correndo em 'um clima' amistoso e de descontração.
Outrossim estoura uma bomba. Dane-se... já estourou mesmo.
Como dissera noutra msg, mantenho relacionamento amistoso com um grande
grupo que se reúne no botequim de certa esquina. Com o tempo passamos a
frequentar também as residências, um do outro. Casamos (Os não casados),
tivemos filhos, divorciamos, casamos novamente... é assim... Algumas vezes
brigamos mas, se não tivessemos alcançado o consenso, não seríamos o grupo
que somos hoje.
Algumas vezes fiquei aqui, em casa, frente a telinha elaborando respostas
para questões propostas através da 'ciencialist' ao invés de 'ir para a
esquina'. A mim é tão interessante quanto, só falta a cerveja.
É... Fiquei bastante mobilizado...
Cordiamente, Antonio Renato.
SUBJECT:
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 11:48
Ciências exatas surgiram para auxiliar administração de Estados
http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7356.shtml
'Cientistas alemães chegaram à conclusão de que a origem mais remota
das ciências exatas não se deve a estudos da humanidade sobre
fenômenos mecânicos e astronômicos, como se pensava até agora, mas à
necessidade de administrar Estados e territórios.
"Um dos resultados mais surpreendentes da pesquisa sobre as origens
da ciência provavelmente mais antiga da humanidade, as 'matemáticas
babilônicas', é a revelação de que não surgiu de experiências
técnicas ou da astronomia, como se afirma em geral, mas da
administração", afirmou Damerow.
Assim como na Babilônia, os desafios assumidos pela administração do
império inca, nas regiões andinas, demonstraram ser uma força motora
para o desenvolvimento do pensamento quantitativo em estreita conexão
com a elaboração de complicados sistemas de representação, como as
tabuletas com textos cuneiformes nas civilizações mesopotâmicas e o
uso dos quipos na civilização inca.'
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Comentários 2 (A la Jack)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 14:38
Oi
Passa do dia, a tarde... Cadê as msgs da "ciencialist"? Vou para a
'esquina': É o jeito.
Mas antes, uma colocação: Todos têm conhecimento de que o cego desenvolve
outros sentidos, particularmente o tato. Os sentidos estão em equilíbrio.
Quebrado o equilíbrio, que acontecerá? O Homem pode desenvolver seu sentido
do tato tanto quanto o cego: Tem potencial para isso.
Extrapolando para o 'idiot savant' (Indivíduos de baixo 'quociente
intelectual' com uma capacidade super desenvolvida). O 'idiot savant'
quebrou o equilíbrio. Um 'idiot savant' poderá decorar um catálago
telefônico, outro tocar quaisquer músicas ao piano, outro fazer qualquer
operação matemática... Mas, potencialmente, o Homem é capaz de realizar
estes portentos. Poderia mesmo efetuar a fatoração proposta pelo Kaufman:
"Calcule a fatoração em primos de 75631423140964564634673490846398 de
cabeça, com um cronômetro. Depois me diga quanto tempo te levou."
O olho míope tem maior poder de resolução que o olho normal. As grades de
aço que aprisionam um leão são incapazes de deter uma mosca.
As pessoas normais em nada inovam: São normais.
Que vivam os 'kooks', os epilépticos como Isaac Newton... e àqueles que têm
idéias fixas (não apenas uma). Viva eu!!!
Será que 'falei' bobagem? É para isso que serve o bobo. Desde o momento que
postei:
"Em verdade, 'minha crença' é muito mais louca. Não diz respeito ao
indivíduo. Interessaria a humanidade como um único todo e talvez imbricasse
na destruição do Planeta."
E ninguem comenta...?! Certamente não estão me levando a sério.
A ora é essa: Vamos aos copos!
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: Aviso emergencial (administrador)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 17:29
Acho que o micro que uso foi infectado por algum virus, o Norton
nao detectou, mesmo apos atualizacoes e pedidos de scan especifico
dos arquivos supostamente infectados.
Ainda nao tenho certeza se eh um virus, mas um anexo de um mail que
recebi foi executado automaticamente, mesmo sem eu pedir pra ele
executar. Li na internet que isso eh um bug de versoes mais antigas
do internet explorer.
Se alguem receber um mail meu com arquivo anexo por favor tenha
muito cuidado. Se vc nao tem certeza nem ao menos toque no mail, pois
a simples vizializacao parece ativar a praga.
Se eu tiver que enviar para alguem um arquivo anexo vou avisar
antes.
Ainda nao consegui identificar qual (suposto) virus eh... soh sei
que o compostamento eh abrir uma janela do DOS cada vez que eu
encosto naquele mail. Um arquivo com o nome de class.bat aparece no
diretorio windows/temp.
Desculpe pelo incomodo.
Alguem sabe de alguma lista de discussao relacionada a informatica
pra tirar esse tipo de duvida?
Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist
SUBJECT: Re: [ciencialist] Aviso emergencial (administrador)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2002 17:47
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 03, 2002 5:29 PM
Subject: [ciencialist] Aviso emergencial (administrador)
>Ainda nao consegui identificar qual (suposto) virus eh... soh sei
que o compostamento eh abrir uma janela do DOS cada vez que eu
encosto naquele mail. Um arquivo com o nome de class.bat aparece no
diretorio windows/temp.
Salve, Luis. Eu sou capaz de apostar que deve ser o BugsBear. Faz dois dias
que a minha caixa postal tá recebendo uma enxurrada desses bichos e, como
ele é muito recente (foi detectado apenas dia 02/10), os antivírus
instalados não conseguem identificar. Ele é um vírus "inofensivo", porque
não destrói nenhum arquivo mas, em compensação, se transmite pra toda a tua
lista de emails e deixa os micros infectados vulneráveis a ataques externos.
Você pode encontrar mais informações sobre como limpar o teu computador do
BugsBear e se proteger de novas invasões no seguinte endereço:
http://www.terra.com.br/informatica/ajuda/seguranca/
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Aviso emergencial (administrador)
FROM: "rbdiniz" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: "lrb" <lrb@iq.ufrgs.br>
DATE: 03/10/2002 17:51
Brudna,
Veja se não é o BugBear
http://securityresponse.symantec.com/avcenter/venc/data/w32.bugbear@mm
.html
Para remover, veja o item "Removal tool", no site acima.
Belisário
> ---------- Mensagem original -----------
>
> De : "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
> Para : ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Cc :
> Data : Thu, 03 Oct 2002 20:29:46 -0000
> Assunto : [ciencialist] Aviso emergencial (administrador)
>
> Acho que o micro que uso foi infectado por algum virus, o Norton
> nao detectou, mesmo apos atualizacoes e pedidos de scan especifico
> dos arquivos supostamente infectados.
>
> Ainda nao tenho certeza se eh um virus, mas um anexo de um mail qu
e
> recebi foi executado automaticamente, mesmo sem eu pedir pra ele
> executar. Li na internet que isso eh um bug de versoes mais antigas
> do internet explorer.
>
> Se alguem receber um mail meu com arquivo anexo por favor tenha
> muito cuidado. Se vc nao tem certeza nem ao menos toque no mail, poi
s
> a simples vizializacao parece ativar a praga.
>
> Se eu tiver que enviar para alguem um arquivo anexo vou avisar
> antes.
>
> Ainda nao consegui identificar qual (suposto) virus eh... soh sei
> que o compostamento eh abrir uma janela do DOS cada vez que eu
> encosto naquele mail. Um arquivo com o nome de class.bat aparece no
> diretorio windows/temp.
>
> Desculpe pelo incomodo.
>
> Alguem sabe de alguma lista de discussao relacionada a informatica
> pra tirar esse tipo de duvida?
>
> Ateh
> Luis Brudna - administrador da Ciencialist
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br
.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
SUBJECT: Incas venusianos?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 18:04
Vênus pode surpreender e surgir como um refúgio de vida
Vênus é geralmente descartada como potencial refúgio de vida, por
causa de sua superfície infernalmente quente e ácida. Mas as
condições atmosféricas numa altitude ao redor de 50 quilômetros são
relativamente hospitaleiras: a temperatura é de aproximadamente 70°C,
com uma pressão de cerca de 1 atmosfera. Embora as nuvens sejam muito
ácidas, essa região também tem a maior concentração de gotículas de
água na atmosfera venusiana. "Do ponto de vista da astrobiologia,
Vênus não é descartada", diz Dirk Schulze-Makuch, da Universidade do
Texas em El Paso.
Em busca de possíveis sinais de vida, Schulze-Makuch e seu colega
Louis Irwin examinaram dados sobre Vênus obtidos pelas missões
espaciais russas Venera e pelas sondas americanas Pioneer Venus e
Magellan. Eles notaram algumas coisas peculiares sobre a composição
química da atmosfera de Vênus. A radiação solar e os relâmpagos
deveriam produzir grandes quantidades de monóxido de carbono na
atmosfera do planeta, mas em vez disso ele é escasso, como se alguma
coisa o estivesse retirando. Eles também descobriram sulfeto de
hidrogênio e dióxido de enxofre. Esses dois gases reagem entre si,
por isso normalmente não são encontrados juntos, a menos que alguma
coisa os esteja produzindo.
Ainda mais misteriosa é a presença de sulfeto carbonílico. Esse gás é
tão difícil de produzir de forma inorgânica que às vezes é
considerado um claro indício de atividade biológica. "Pode haver
formas não biológicas de produzir o sulfeto de hidrogênio ou o
sulfeto carbonílico que não conhecemos, mas as reações precisam de
catalisadores para ocorrer de maneira eficaz", diz Schulze-
Makuch. "Na Terra, os catalisadores mais eficientes são os micróbios."
http://www.uol.com.br/inovacao/ultimas/ult762u740.shl
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Aviso emergencial (administrador)
FROM: Joaquim Salles <joaquimsalles@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 18:05
Visite o site :
www.antivirus.com.br e lá você achara um antivirus gratuito via web.
[]'s
Joaquim
brudna wrote:Acho que o micro que uso foi infectado por algum virus, o Norton
nao detectou, mesmo apos atualizacoes e pedidos de scan especifico
dos arquivos supostamente infectados.
Ainda nao tenho certeza se eh um virus, mas um anexo de um mail que
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Ateh
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2002 18:53
Ora, que grande novidade desses cientistas alemães, essa tal origem remota da ciência decorrente da administração de territórios é justamente o que coloco em:
Primeiros Passos da Ciência (Geral): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto55.asp
É o estágio de aquisição de experiências e parte das descrições não-classificadas.
Etá Imperdível!
[]'
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 3 de outubro de 2002 14:48
Assunto: [ciencialist] (unknown)
Ciências exatas surgiram para auxiliar administração de Estados
http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7356.shtml
'Cientistas alemães chegaram à conclusão de que a origem mais remota
das ciências exatas não se deve a estudos da humanidade sobre
fenômenos mecânicos e astronômicos, como se pensava até agora, mas à
necessidade de administrar Estados e territórios.
"Um dos resultados mais surpreendentes da pesquisa sobre as origens
da ciência provavelmente mais antiga da humanidade, as 'matemáticas
babilônicas', é a revelação de que não surgiu de experiências
técnicas ou da astronomia, como se afirma em geral, mas da
administração", afirmou Damerow.
Assim como na Babilônia, os desafios assumidos pela administração do
império inca, nas regiões andinas, demonstraram ser uma força motora
para o desenvolvimento do pensamento quantitativo em estreita conexão
com a elaboração de complicados sistemas de representação, como as
tabuletas com textos cuneiformes nas civilizações mesopotâmicas e o
uso dos quipos na civilização inca.'
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: Aviso emergencial (administrador)
FROM: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2002 18:58
Olá, Brudna
tente em:
http://br.groups.yahoo.com/group/virusalerta/
e
http://br.groups.yahoo.com/group/anti-hackers/
[]s
Evander
ps - troque essa bomba do norton pelo avg, que é melhor e gratuito!
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <lrb@i...> escreveu
> Acho que o micro que uso foi infectado por algum virus, o Norton
> nao detectou, mesmo apos atualizacoes e pedidos de scan especifico
> dos arquivos supostamente infectados.
>
> Ainda nao tenho certeza se eh um virus, mas um anexo de um mail
que
> recebi foi executado automaticamente, mesmo sem eu pedir pra ele
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pois
> a simples vizializacao parece ativar a praga.
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> que o compostamento eh abrir uma janela do DOS cada vez que eu
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> Desculpe pelo incomodo.
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> Alguem sabe de alguma lista de discussao relacionada a
informatica
> pra tirar esse tipo de duvida?
>
> Ateh
> Luis Brudna - administrador da Ciencialist
SUBJECT: loiras estão para ficar
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2002 19:30
Stop Those Presses! Blonds, It Seems, Will Survive After All
By LAWRENCE K. ALTMAN
http://www.nytimes.com/2002/10/02/health/02BLON.html
Apparently it fell into the category "too good to check."
Last Friday, several British newspapers reported that the World Health
Organization had found in a study that blonds would become extinct
within 200 years, because blondness was caused by a recessive gene that
was dying out. The reports were repeated on Friday by anchors for the
ABC News program "Good Morning America," and on Saturday by CNN.
There was only one problem, the health organization said in a statement
yesterday that it never reported that blonds would become extinct, and
it had never done a study on the subject.
"W.H.O. has no knowledge of how these news reports originated," said the
organization, an agency of the United Nations based in Geneva, "but
would like to stress that we have no opinion of the future existence of
blonds."
All the news reports, in Britain and the United States, cited a study
from the World Health Organization "a blonde-shell study," as The
Daily Star of London put it. But none reported any scientific details
from the study or the names of the scientists who conducted it.
On "Good Morning America," Charles Gibson began a conversation with his
co-anchor, Diane Sawyer, by saying: "There's a study from the World
Health Organization, this is for real, that blonds are an endangered
species. Women and men with blond hair, eyebrows and blue eyes, natural
blonds, they say will vanish from the face of the earth within 200
years, because it is not as strong a gene as brunets."
Ms. Sawyer said she was "somewhat of a natural blonde."
Jeffrey Schneider, a spokesman for ABC News, said the anchors got the
information from an ABC producer in London who said he had read it in a
British newspaper.
In London, The Sun and The Express both reported that unnamed scientists
said blonds would survive longest in Scandinavia, where they are most
concentrated, and expected the last true blond to hail from Finland.
The British accounts were replete with the views of bleached blonds who
said hairdressers would never allow blondness to become extinct, and
doctors who said that rare genes would pop up to keep natural blonds
from becoming an endangered species.
Journalists in London said last night that the source of the reports was
probably one of several European news agencies that are used by the
British press, but it remained unclear which one.
Tim Hall, a night news editor at The Daily Mail, said the report was
probably distributed by The Press Association, Britain's domestic news
agency. "Several papers picked it up," he said.
But Charlotte Gapper, night editor at The Press Association, said that
although it had considered running the report on Sept. 27, it had
decided not to after talking to the World Health Organization.
"We didn't do that story because we made an inquiry to the World Health
Organization first," she said. "They told us that report was two years
old, and had been covered at the time. They said it had been picked up
again that day by a German news agency."
She added that she did not know which agency the organization was
referring to.
Dr. Ray White, a geneticist at the University of California at San
Francisco, said that the disappearance of a gene for blond hair "sounds
patently incorrect."
SUBJECT: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2002 22:52
oi
e´minha primeira mensagem para esse grupo
faço ciências biológicas e posso dizer que um gene recessivo se estingue
sim!!! Todos os genes são potencialmente "extinguíveis", alguns mais, outros
menos, mas isso não tem a ver com o fato de ele ser recessivo ou não...
e essa histórias das ruivas é discutível....
----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 01, 2002 5:43 PM
Subject: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
> From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
>
>
>
> "Eles deram a entender justamente isso: que há uma predileção por
> loiras mas principalmente as falsas... o que permite que o tal gene
> recessivo caia em perigo de extinção."
>
> Um gene recessivo não se extingue, ele fica adormecido.
> Foi o que me ensinaram no ensino básico. Mas tlv haja uma nova teoria
sobre
> isso...
>
> "Quanto à futilidade das mulheres que pintam seus cabelos de loiro, eu
> encaro como a tentativa de "remoçar" pela intervenção cirúrgica, o
> diminuir ou aumentar seios: faz quem pode, quer e... aguenta. Em
> princípio, tingir os cabelos de loiro requer é muita coragem: o pó
> descolorante é forte, faz os olhos e o couro cabeludo arderem...
> enfim, antes de dizer que loiras são burras, deveria ser dito que
> elas são é muito corajosas por desejarem tanto ser algo "mais" que
> deixam de lado as reações de seus próprios corpos para conseguirem
> seus intentos... e fúteis sim porque querem agradar aos outros,
> mesmo sofrendo e estragando seus cabelos. "
>
> Burro é diferente de Corajoso
> Futil foi o adjectivo que eu usei pq acho que é disso que realmente eu
> estava falando e não de Burro no sentido de estupido ou não-inteligente.
> Elas podem até ser corajosas, mas não deixam de ser futeis pq como vc
mesma
> disse "quererm agradar a todos"
>
> Sérgio
>
>
>
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2002 01:07
Oi,
Manuel: É nisso que dá quando um obsessivo e um teimoso se encontram
numa lista de discussão: um debate eterno! :-)
Takata: Resta saber quem e' quem...
Manuel: Escolha quem vc é, eu serei o outro. Não precisa me agradecer
pela gentileza.
Manuel: No entanto, os anarquistas não eram teóricos reclusos em seus
gabinetes, mas homens práticos para os quais a violência é a mãe da
História...
Takata: E se conclui q. os anarquistas e anarco-simpatizantes (eu
disse anarco e nao narco) atuais sao assim? Lembre-se q. a questao
anarquista surgiu como uma hipotese para o suposto 'descredito' dos
q. votam nulo.
Manuel: Os grupelhos anarquistas atuais, que estão mais para
seita `new age' do que para organização política, continuam
defendendo a violência como método de ação. Não conheço nenhum que
propugne a tática terrorista que seus precursores inventaram, mas
todos sustentam a necessidade da destruição ou supressão violenta do
Estado (mesmo dos Estados de Direito Democráticos com seu exército,
polícia e parlamento) e da propriedade privada. Por isso é que
esses "novos" anarquistas costumam usar camisetas com a seguinte
palavra de ordem estampada: "O mundo só será realmente livre quando o
último capitalista for enforcado nas tripas do último burocrata." No
momento, estão apenas se preparando para a Revolução, ou, como disse
um anarco-comunista (Kropotkinista) amigo meu, "o leão está armando o
bote". O problema é que ninguém sabe com quem vai ficar a presa; se
vai ficar com o predador anarquista ou com os carniceiros fascistas.
Acho muito mais provável a segunda hipótese.
Sim, sei que há os anarco-capitalistas. Aliás, sabe quem é hoje um
dos principais expoentes desse anarquismo de direita? O filho do
Milton Friedman, Papa do monetarismo. E sabe o que essa turma
defende? Defende que todos os serviços públicos, até os tipicamente
de Estado, sejam realizados por empresas privadas capitalistas, que
estas sejam responsáveis até mesmo pelo serviço policial e de
carceragem (penitenciárias). Na verdade, querem mesmo é abolir a
cidadania; pois, afinal dizem eles -, por que os indivíduos têm que
decidir sobre seus interesses no parlamento e de uma maneira indireta
se, como agentes econômicos, podem defendê-los diretamente no
mercado? Outra coisa: ao contrário dos anarquistas clássicos, os
anarco-capitalistas ou libertários de direita não têm a menor
simpatia pelas idéias de igualdade e de justiça social. E nem podiam
ter, uma vez que, segundo seu evangelho, o igualitarismo é exatamente
o contrário daquilo que eles defendem, o libertarismo; enquanto que a
justiça distributiva, algo feito através de impostos (imposto, como o
nome sugere, é imposição, o resultado de uma ação autoritária, um
roubo), na realidade não passa de uma distribuição da pilhagem
patrocinada pelo Estado. Acho que não é difícil imaginar como seria a
concretização dessa "utopia". Em vez de acracia, teríamos uma
autocracia impessoal e excludente impessoal porque, neste caso, o
autocrata não é uma pessoa, mas a lei mercantil da oferta e da
procura.
No que diz respeito à nova esquerda anarco-pacifista de Noam Chomsky
& Cia, bem, a rigor não é um anarquismo. (Para Chomsky, o anarquismo
têm mais valor sentimental do que político ou mesmo teórico.) Pois
não se pode considerar como tal um movimento que não vê nenhum
problema na utilização dos meios políticos convencionais da
democracia representativa moderna; que além de atuar no Parlamento
(um aparelho do Estado), defende também a intervenção do Estado na
economia. Se isso é anarquismo, então sou anarquista. Aliás, assim
como Chomsky, acho muito interessantes as idéias evolucionistas do
biólogo amador e anarco-comunista Kropotkin. Contestando o social-
darwinismo, Kropotkin sustentava, bem antes dos atuais
sociobiologistas, que a luta darwiniana pela vida não consiste apenas
em competição, mas também em cooperação: "A severa disciplina da
Natureza propicia a ajuda mútua pelo menos com tanta freqüência
quanto a guerra. Os mais aptos podem também ser os mais gentis."
Em tempo: o termo "anarco-comunismo" foi cunhado por Kropotkin, que
era discípulo de Bakunin. Termo mais apropriado que "anarco-
socialismo" ou "anarco-coletivismo", na medida em que estabelece uma
demarcação mais clara entre esta corrente do socialismo
(revolucionária, anti-estatista) e a do socialismo parlamentar ou
fabianismo.
Manuel: ...O revolucionarismo de ambos, para ficar apenas em um
exemplo, é uma herança jacobina.
Takata: Assim como o olho de uma ave e' homologa ao olho de um
morcego. Nao faz a asa de um ser homologa a de outro (como asa). Ou
morcegos serem iguais 'as aves.
Manuel: O primeiro primata com visão estereoscópica, um ancestral
comum de Bakunin e Marx, explica porque ambos conseguiam enxergar com
precisão detalhes de objetos em relevo. Já a estratégia para a
mudança social defendida pelos jacobinos, que inspirou tanto Bakunin
quanto Marx, é a razão pela qual tanto um como o outro defendem que o
Estado burguês não deve ser tomado, mas violentamente "substituído",
pela anarquia (Bakunin) ou pela comuna operária (Marx), sendo esta
última uma espécie de estado mínimo de esquerda que, gradual e
deliberadamente, se auto-extingue, dando lugar a uma hipotética
sociedade sem Estado onde, enfim, anarquistas e comunistas podem
esquecer as diferenças e caminhar de mãos dadas.
Tanto o alemão quanto o russo são socialistas que defendem a
necessidade de uma transformação violenta. Só que o comunista
distribui essa violência necessária ao longo de todo um período
histórico de "ditadura revolucionária do proletariado" que pode durar
séculos, e porque extensa no tempo, pouco intensa deve ser. Já o
anarquista, com pressa de chegar logo, defendia que a violência
revolucionária fosse toda ela concentrada num único ato. A revolução,
para Bakunin, é um apocalipse.
As idéias revolucionárias de Bakunin e as de Marx não se
desenvolveram paralela e independentemente. Lendo o que eles
escreveram, percebe-se logo que são idéias homólogas entre si,
herdadas de uma descendência política comum. Concordo com você que
isso não os torna iguais e indiferenciados, mas ao menos nos permite
reconhecer que entre eles há um grau muito próximo de parentesco; e,
como se isso não bastasse, ambos ainda têm o mesmo propósito a longo
prazo. Em síntese, anarquistas clássicos e comunistas pertencem a
mesma "irmandade" socialista revolucionária de esquerda.
Manuel:...a idéia em questão não é minha, mas do bolchevista anti-
semita Th. Boutenko...
Takata: Tbm fica pelo mal-entendido. (Mas considero isso uma saída
pela esquerda... Vc usou esse exemplo para contra-argumentar a uma
frase minha: "Tto e' bobagem dizer q. sao essencialmente iguais q.
ha' pouco vc juntou um grupo anarquista com fascistas...
A<>C<>F (o <> fica pelo sinal de 'diferente')
Manuel: Sim, o anarquismo clássico é diferente (mas não muito) do
comunismo, e ambos são o oposto do fascismo, embora os três tenham em
comum o fato de conceberem a política como uma religião e, também por
serem alternativas autoritárias, de esquerda ou de direita, ao Estado
democrático moderno. O Fim pode não ser autoritário, mas em todos os
casos os meios de que se valem são. (O anti-autoritarismo anarquista
não passa de autoritarismo negativo; o anarquismo é, na
prática, "autoritariamente" não autoritário; Não percebem que, ao
negarem a política, estão fazendo política.)
Takata: Se ele diz q. não deve votar em Lula porq. quem vota em Lula
é anti-democrático. Isso é desrespeito.
Manuel: Suscetibilidade de quem considera. Eu não consideraria um
desrespeito, mas apenas um equívoco. Em vez de me indignar,
procuraria contra-argumentar.
Takata: Assim como ha' os q. nao consideram xingamentos dirigidos 'a
genitora como desrespeito, mas um equivoco.
Manuel: Você conhece alguém que pense assim?
Juízo político de uma decisão política alheia não é desrespeito ou
xingamento quando quem julga, longe de ser taxativo, apresenta
argumentos consistentes e está disposto a ouvir contra-argumentos. E
tachá-lo de desrespeitador é uma ofensa, um desrespeito.
Takata: Apropo: quem vota em Lula e' contra a democracia e a favor do
caos economico, politico e social.
Manuel: Penso que você está equivocado. Mas argumente.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futilidade da tintura
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2002 02:49
> -=*###>Adoro mulher fútil (ou mesmo pseudo fútil). A mim parece ser uma
> característica feminina quando, como índios (No sentido de primitivo),
> perfuram partes de seus corpos para dependurar adornos.
haha
uso piercing no nariz e na lingua, entao eu sou futil?
eu apenas corrigi uns defeitos de nascença, estavam faltando esses furos.
PLUR,
Vladimir
SUBJECT: lógica e falácias
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 03:33
Tentando esclarecer de forma gentil.
O silogismo:
Todo cão tem 4 pernas
Todo gato tem quatro pernas
Logo todo cão é um gato
Não válido, pois o termo médio foi tomado particularmente em ambas as
premissas.
O termo médio deve ser tomado universalmente pelo menos uma vez.
Todo cão tem 4 pernas
A mesa tem quatro pernas
Logo a mesa é um cão
Não válido. O silogismo não possui termo médio (e com isso possui quatro
termos).
Apesar da palavra ser a mesma (perna) ela é usada com significados
diferentes.
O primeiro silogismo tem a forma:
A é B
C é B
logo C é A
O segundo:
A é B
C é D
logo A é C
DFG
SUBJECT: Curiosidades
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 03:47
Como a lógica é uma ciência formal, permite alguns silogismos bem
interessantes, pois a preocupação é apenas com a inferência (com a validade
e não com a veracidade).
Assim:
Todo mamifero é um elefante.
Uma anta é um mamifero
logo uma anta é um elefante
O silogismo é válido
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Conselho Federal de Psicologia regulamenta a pratica da Acupuntura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 04:23
Falei bobagem numa mensagem anterior.
O CFP realmente legalizou a Acupuntura como prática auxiliar QUE PODE SER
APLICADA POR PSICOLOGOS.
Ou seja, se um psicólogo fizer uma formação em acupuntura ele se tornará um
acupunturista e poderá exercer a profissão.
Vou conversar com o presidente do conselho regional sobre o assunto e pedir
esclarecimentos sobre os critérios usados para tal aprovação.
Se alguém quiser saber do resultado da conversa é só se manifestar que
depois eu o relato.
Caso contrário eu não volto ao assunto.
DFG
SUBJECT: Astrologia
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 04:46
defensores da Astrologia:
Os que me chamaram mais a atenção: Einstein (Prêmio Nobel-Física 1921),
Julius Robert Oppenheimer (Físico Atômico), W. Heisenberg (Físico Atômico),
Pauli (Prêmio Nobel-Física 1945), Niels Bohr (Físico atômico), Enrico Fermi
(Física atômica),
"Adams, Alberto Magno, Al Kowarezmi (Pai da Álgebra), Alexis Carrel (Prêmio
Nobel-Medicina 1912), Allendy, André Breton, Aristóteles, Arrhenius (Prêmio
Nobel-Química 1903), Balzac, Benjamin Franklin, Bode (Astrônomo), Robert
Boyle (Físico), Luís de Camões, Campanella, Cardan, Charles Nordmann
(Astrônomo), Claude Lévy-Strauss, Confúcio, Copérnico (Astrônomo), Cristóvão
Colombo, Dante, D'Arsonval, Edison, Einstein (Prêmio Nobel-Física 1921),
Emerson, Enrico Fermi (Física atômica), Francis Bacon, Frobenius, Fludd,
Gabriel Marcel, Galileu (Físico e Astrônomo), Giordano Bruno, Goethe,
Henrique de Sagres, Henry Miller, Herman Hesse (Prêmio Nobel-Literatura
1946), Hermes Trismegisto, Hiparco, Hipócrates, Jean Cocteau, Thomas
Jefferson, John Flamstead (Astrônomo), John Milton, John O'Neill (Prêmio
Pulitzer 1937), Júlio II, Júlio César, Julius Robert Oppenheimer (Físico
Atômico), Junctino, Jung, Kepler (Astrônomo), Lao-Tse, Leon Vannier,
Leonardo Da Vinci (o maior inventor da humanidade), M. Filippoff
(Astrônomo), Maeterlinck (Prêmio Nobel-Literatura 1911), Malba Tahan, Mark
Twain, Masson-Oursel, Marco Polo, Max Jacob, Mozart, Napier (Pai dos
logaritmos), Nehru, Indira Gandhi, Newton (Astrônomo), Niels Bohr (Físico
atômico), Norman Mailer (Prêmio Pulitzer 1969), Omar Khayyan, Paracelso,
Pasteur, Pauli (Prêmio Nobel-Física 1945), Percy Seymour (Astrônomo),
Pitágoras, Platão, Plotino, Porta, Ptolomeu, Raymond Abellio, Richet,
Riquet, Romain Rolland (Prêmio Nobel-Literatura 1915), Roger Bacon, Rudyard
Kipling (Prêmio Nobel-Literatura 1907), São Tomás de Aquino, Scalígero
(Astrônomo), Seligman, Shakespeare, Sisto IV, Swendenborg, Theodore
Roosevelt (Prêmio Nobel-Paz 1906), Tisserandt (Cardeal), Tagore (Prêmio
Nobel-Literatura 1915), Tycho Brahe (Astrônomo), W. Drumond, Walter Scott,
W. Heisenberg (Físico Atômico), Fritjoff Capra (Físico atômico, quântico e
de alta energia), e etc. A lista de grandes homens defensores da Astrologia
é simplesmente imensa."
A página fala de outro assunto, na realidade:
http://www.astrologiatradicional.com/textos/falacias.htm
Gostei do trecho:
"Uns lêem as bobagens do Carl Sagan e do Richard Dawkins, e outros as da Liz
Greene."
Sempre suspeitei que não sou apenas eu que considera Carl Sagan e Richard
Dawkins dois pensadores de milésima quarta categoria.
DFG
SUBJECT: Troca
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2002 06:10
Oi
Gostaria de saber se há alguém interessado em trocar SPEED por OFFICE.
SPEED = Novo. Caixa contendo placa (TELES.SO/PnP-ISA 128 Kbps), CD para
instalação (lacrado), Manual de Instalação, Manual de Utilização Consulta
Rápida e cabo para conexão.
Troco por "Office" registrado que contenha "Word 97" ou mais moderno.
A instalação está quitada, desde que seja aqui na cidade do Rio de Janeiro.
Também aceito comprar o referido "Office" usado, desde que com preço
acessível.
Antecipadamente agradeço a atenção.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 12:43
Estatística Mundial da Folha do último domingo:
16% das mulheres nascem para serem loiras; 37% das mulheres 'são' loiras.
Na outra página citam alguma coisa sobre o aumento nas ações da água oxigenada ... mas não vejo muita relação.
[]'
deus
=====================
-----Mensagem Original-----
De: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 4 de outubro de 2002 01:52
Assunto: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
| oi
| e´minha primeira mensagem para esse grupo
| faço ciências biológicas e posso dizer que um gene recessivo se estingue
| sim!!! Todos os genes são potencialmente "extinguíveis", alguns mais, outros
| menos, mas isso não tem a ver com o fato de ele ser recessivo ou não...
|
| e essa histórias das ruivas é discutível....
|
|
|
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Revolta dos "KooKs"
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 12:57
Antonio Renato escreve:
| É no intento de 'deserolar' que posto esta.
| Aproveito a oportunidade para colocar a questão: Ciência é física? Que é a
| física (Realidade) sem alguém que a perceba?
==================================
Olá Antonio Renato,
sugiro (sempre que escrevo isso recordo um japonês) uma leitura nos textos:
Primeiros Passos da Ciência (Geral): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto55.asp
Primeiros Passos da Física (parte 1): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto56.asp
Primeiros Passos da Física (parte 2): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto57.asp
Primeiros Passos da Física (parte 3): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto58.asp
Primeiros Passos da Física (parte 4): www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto59.asp
E, em especial, no www.feiradeciencias.com.br/ABCiencia.asp
Tudo indica que o 'rolo' "Ciência é Física" e que a idéia de que Física tem alguma semelhança com a Realidade, poderá ser dissipada.
Aquele abraço,
Léo
=================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Aviso emergencial (administrador)
FROM: "Laura Elias" <lindaefeliz@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 13:49
Olá,
Este bug está presente também na versão atual do IE. Realmente há um pack
para segurança que você baixa direto pelo site da microsoft.
Caso não tenha anti-vírus instalado, eu recomendo o AVG, que você baixa
gratuitamente pela rede, e é muito bom.
Provavelmente você teve ter sido contaminado por um vírus "novo" chamado w32
bugbear.
O link pra você baixar o AVG é: www.grisoft.com
Há uma atualização do Norton, caso você o utilize, que também é gratuita, no
site da Symantec, neste endereço
http://securityresponse.symantec.com/avcenter/venc/data/w32.bugbear@mm.remov
al.tool.html.
Boa sorte!
Abraços
Laura
________________________________________________________________________
brudna wrote:Acho que o micro que uso foi infectado por algum virus, o
Norton
nao detectou, mesmo apos atualizacoes e pedidos de scan especifico
dos arquivos supostamente infectados.
Ainda nao tenho certeza se eh um virus, mas um anexo de um mail que
recebi foi executado automaticamente, mesmo sem eu pedir pra ele
executar. Li na internet que isso eh um bug de versoes mais antigas
do internet explorer.
Se alguem receber um mail meu com arquivo anexo por favor tenha
muito cuidado. Se vc nao tem certeza nem ao menos toque no mail, pois
a simples vizializacao parece ativar a praga.
Se eu tiver que enviar para alguem um arquivo anexo vou avisar
antes.
Ainda nao consegui identificar qual (suposto) virus eh... soh sei
que o compostamento eh abrir uma janela do DOS cada vez que eu
encosto naquele mail. Um arquivo com o nome de class.bat aparece no
diretorio windows/temp.
Desculpe pelo incomodo.
Alguem sabe de alguma lista de discussao relacionada a informatica
pra tirar esse tipo de duvida?
Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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Tudo para criar o seu site: ferramentas fáceis de usar, espaço de sobra e
acessórios.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.394 / Virus Database: 224 - Release Date: 3/10/2002
SUBJECT: Evolução, ciência e sociedade
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: biodireitonet@yahoogroups.com.br, sigma91@yahoogrupos.com.br, ambrosio-l@yahoogroups.com, people_pop@yahoogroups.com
DATE: 04/10/2002 14:44
O "criacionismo científico" está ganhando adeptos pelo mundo afora. Nos
Estados Unidos, em alguns estados, a teoria da evolução foi retirada do
currículo de ensino básico. Isto é assustador.
Como resposta a comunidade científica americana (o artigo é endossado por
American Society of Naturalists, Animal Behavior Society, Ecological Society
of America, Genetics Society of America, Paleontological Society, Society for
Molecular Biology and Evolution, Society of Systematic Biologists, Society
for the Study of Evolution e American Institute of Biological Sciences)
redigiu o artigo "Evolução, ciência e sociedade." defendendo a importância do
estudo da evolução para a ciência atual. É um texto que merece ser divulgado.
O original em inglês está em http://www.amnat.org, e a tradução da Sociedade
Brasileira de Genética em http://www.sbg.org.br. Para as listas que aceitam
anexo, estou enviando a tradução em pdf.
Divulguem!
Aniello
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo(correção)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2002 14:47
Oi,
Num trecho da minha mensagem anterior cometi um lapso. Onde se lê:
<<Lendo o que eles escreveram, percebe-se logo que são idéias
homólogas entre si, herdadas de uma descendência política comum.>>
Leia-se:
<<Lendo o que eles escreveram, percebe-se logo que são idéias
homólogas entre si, herdadas de uma ascendência política comum.>>
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2002 15:10
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Escolha quem vc é, eu serei o outro. Não precisa me
> agradecer pela gentileza.
Eu escolho ser um guerreiro-conjurador de classe 20.
> Manuel: Os grupelhos anarquistas atuais, que estão mais para
> seita `new age' do que para organização política, continuam
> defendendo a violência como método de ação.
Entao os anarquistas com quem vc anda conversando e' bem diferente
dos anarquistas com quem converso. Ô, Borges, vc sustenta a
necessidade da destruicao ou supressao violenta do Estado?
Pobre Proudhon...
> Manuel: O primeiro primata com visão estereoscópica, um ancestral
> comum de Bakunin e Marx, explica porque ambos conseguiam enxergar
> com precisão detalhes de objetos em relevo. Já a estratégia para a
> mudança social defendida pelos jacobinos, que inspirou tanto
> Bakunin quanto Marx, é a razão pela qual tanto um como o outro
> defendem que o Estado burguês não deve ser tomado, mas
> violentamente "substituído"
Ainda bem q. vc chamou Bakunin de "anarquista 'classico'"... Q. sera'
daquele francês maluco da Filosofia da Miséria?
> sociedade sem Estado onde, enfim, anarquistas e comunistas podem
> esquecer as diferenças e caminhar de mãos dadas.
Se Bush e Saddam esquecerem as diferencas poderao caminhas de maos
dadas...
> Tanto o alemão quanto o russo são socialistas que defendem a
> necessidade de uma transformação violenta.
Nao se esqueca do frances (q. inacreditavelmente nao se chamava
Jean Pierre).
> Takata: Assim como ha' os q. nao consideram xingamentos
> dirigidos 'a genitora como desrespeito, mas um equivoco.
>
> Manuel: Você conhece alguém que pense assim?
Eu nao conheco ninguem q. nao se ofenda qdo suas ideologias sao
criticadas. Sejam politicas, sejam artisticas, sejam religiosas,
sejam familiares. (Nao q. nao existam.)
Alias, Serra jura q. nao ofendeu ninguem. (Idem Ciro, Garotinho e
Lula.)
> Takata: Apropo: quem vota em Lula e' contra a democracia e a favor
> do caos economico, politico e social.
>
> Manuel: Penso que você está equivocado. Mas argumente.
Lula e' de esquerda. Ele vem de um partido de vertente socialista, q.
pariu a convergencia socialista, aka, PSTU e PCO. Ergo, seguindo seu
raciocinio de q. o comunismo e anarquismo sao bastante similares e q.
anarquismo e' anti-democratico, quem vota em Lula e' anti-democratico
(ou se assemelha a uma anti-democracia de heranca jacobina).
Sim, pois se os anarquistas de hoje devem ser medidos por uma escola
tbm chamada anarquista q. existiu no passado (e pode ser q.
tenha representantes atuais, nesta hipotese, os atuais anarquistas),
os esquerdistas de hj devem ser medidos pelo esquerdismo do passado -
representado pelo socialismo real de Stalin e dai' indo a Marx e
se unindo ao Bakunin pela violencia pregada. (Esquecamos Proudhon,
pois ele nunca existiu?)
Algo me soa terrivelmente errado na exposicao acima.
Peguei o indice de apoio 'a democracia medido pelo Latinobarometro.
Peguei o indice de votos nulos nas ultimas eleicoes de paises latino-
americanos. Nao consegui encontrar uma relacao clara entre os dois
valores.
País LB 1o/2o (ano)
Uruguai 67 0,96/1,00 (1999)
Peru 39 5,90/- (2000)
Chile 34 2,19/1,41 (1999)
Brasil 26 10,67/- (1998)
Colombia 22 0,88 (1998)
LB - índice Latinobarometro 2001 de apoio 'a democracia
1o/2o - votos nulos 1o e 2o turno respectivamente em %
(ano) - ano da eleicao presidencial considerada
(Nao sei se na Colombia as eleicoes se dao em dois turnos.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: loiras estão para ficar
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2002 15:12
--- Em ciencialist@y..., Joao Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> Stop Those Presses! Blonds, It Seems, Will Survive After All
> By LAWRENCE K. ALTMAN
> http://www.nytimes.com/2002/10/02/health/02BLON.html
Pô, Miranda, assim vc sabota a minha ONG...
(Estranho q. ninguem ainda fez piada com loiras
e cervejas.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 16:21
FEIRA DE CIENCIASAlguém conhece um fornecedor de platina (provavelmente em fios, para uso em lab. de química em ensaios pirognósticos de Belstein).
[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: Alessandro M. Severo Bastos
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 4 de outubro de 2002 18:48
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
Alessandro Bastos
ABASTOS@PROCEDA.COM.BR
Professor . bom dia..
Gostaria de saber onde posso adquirir platina ?
Não sei onde comprar ou em sucatas que o tenham .
Obrigado .
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: A semi-volta de um kook
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/10/2002 18:24
Oi Arcange, fico contente com o seu retorno
> Nesse ano de tumultuada eleição, onde provavelmente elegeremos um
> semi-analfabeto assessorado por ex-guerrilheiros cheguevarianos...
Manuel: Presidente da República é um cargo político, e não um cargo
técnico. Por ano as universidades brasileiras vomitam milhares de
novos técnicos em economia, administração, engenharia, medicina, etc.
(técnicos em Direito nem se fala: você levanta a tampa de um penico e
encontra um.) Já um político como o Lula, só surge um a cada meio
século e olhe lá. (Claro que diploma universitário é uma vantagem,
mas não é e nunca foi algo essencial na política.)
E governo dos técnicos não é democracia, mas tecnocracia, governo
este em que o povo não passa de uma categoria macroeconômica e em que
as pessoas são tratadas como números de um balancete ou de um
levantamento estatístico.
Ademais, a quantidade de semi-analfabetos diplomados é algo que
impressiona. P. ex., odontólogos com pós-doutorado em dente molar que
não conhece nada além da sua especialização; juízes que sabem tudo de
Direito mas que, quando aplicam a lei a casos concretos promovem com
freqüência graves injustiças, porque só conhecem abstrações jurídicas
e absolutamente nada de concreto.
Você que esteve ausente, com certeza não leu esta mensagem que postei
faz algum tempo:
Manuel: Apesar de ser petista (ultra ligth) e de votar no Lula,
sempre tive um grande apreço pelo José Serra, que representa a
esquerda do Governo FHC. No entanto, algumas críticas do Serra ao
candidato do PT estão me decepcionando. Como essa do Lula não ter
diploma universitário.
Poderia fazer um rol de grandes estadistas que não estudaram em
universidades, mas vou mencionar apenas um, da mesma linha social-
democrata a que pertence José Serra. Trata-se de Andrew Fisher, líder
sindicalista filiado ao Partido Trabalhista da Austrália (ALP), por
três vezes eleito primeiro-ministro deste país: 13/11/1908 a
02/06/1909, 29/04/1910 a 24/06/1913 e de 17/09/1914 a 27/11/1915. Foi
ele o mais importante político australiano do Século XX, devido as
reformas sociais e de infra-estrutura econômica que incrementou e que
abriram caminho à arrancada desenvolvimentista.
Andrew Fisher foi operário de mina de carvão (começou a trabalhar com
dez anos de idade) e autodidata sem nível superior de escolaridade.
Acho que um dos motivos pelos quais Fisher foi um reformador de
sucesso é que, ao contrário dos intelectuais e políticos com formação
universitária, não tinha essa tendência a achar que as idéias são
mais importantes que a vida e que os esquemas teóricos são mais reais
que a própria realidade.
Abraços,
Manuel Bulcão
PS.: Quanto aos assessores ex-guerrilheiros, como você mesmo disse
são "ex", não são mais. Não se deve condenar para sempre uma pessoa
por algum desatino que cometeu na juventude. Aliás, como disse um
velho reacionário conhecido meu, "é o excesso de testosterona e a
inexperiência dos jovens o principal motor do radicalismo."
SUBJECT: Re: [ciencialist] Astrologia
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 19:11
Santa salada russa, Batman! Colocar tanta gente diferente como defensores
da astrologia indica um certo grau de desespero, não é? Cá entre nós, qual
é a dimensão científica de gente como Mark Twain, Marco Polo, Confúcio,
Hermer Trimegisto e tantos outros? E, ainda que todos esses "grandes
cérebros" fossem realmente defensores da astrologia, isso não a validaria.
Tratar-se-ia simplesmente de argumentos de utoridade empilhados um em cima
do outro.
Ainda, eu creio ter lido tudo que existe sobre Einstein, em inglês e em
português. Não me lembro de nenhum trecho em que ele tivesse defendido a
astrologia. Alguém poderia refrescar a minha memória? Caso contrário
ficarei com a impressão que o autor dessa lista a construiu meio no chute.
E ainda acaba com um espantalho, criticando Sagan e Dawkins de maneira
pouco científica. Talvez eles sejam realmente pensadores de milésima quarta
categoria, mas os astrólogos certamente os sucedem...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 4 de Outubro de 2002 04:46
Assunto: [ciencialist] Astrologia
> defensores da Astrologia:
>
> Os que me chamaram mais a atenção: Einstein (Prêmio Nobel-Física 1921),
> Julius Robert Oppenheimer (Físico Atômico), W. Heisenberg (Físico
Atômico),
> Pauli (Prêmio Nobel-Física 1945), Niels Bohr (Físico atômico), Enrico
Fermi
> (Física atômica),
>
> "Adams, Alberto Magno, Al Kowarezmi (Pai da Álgebra), Alexis Carrel
(Prêmio
> Nobel-Medicina 1912), Allendy, André Breton, Aristóteles, Arrhenius
(Prêmio
> Nobel-Química 1903), Balzac, Benjamin Franklin, Bode (Astrônomo), Robert
> Boyle (Físico), Luís de Camões, Campanella, Cardan, Charles Nordmann
> (Astrônomo), Claude Lévy-Strauss, Confúcio, Copérnico (Astrônomo),
Cristóvão
> Colombo, Dante, D'Arsonval, Edison, Einstein (Prêmio Nobel-Física 1921),
> Emerson, Enrico Fermi (Física atômica), Francis Bacon, Frobenius, Fludd,
> Gabriel Marcel, Galileu (Físico e Astrônomo), Giordano Bruno, Goethe,
> Henrique de Sagres, Henry Miller, Herman Hesse (Prêmio Nobel-Literatura
> 1946), Hermes Trismegisto, Hiparco, Hipócrates, Jean Cocteau, Thomas
> Jefferson, John Flamstead (Astrônomo), John Milton, John O'Neill (Prêmio
> Pulitzer 1937), Júlio II, Júlio César, Julius Robert Oppenheimer (Físico
> Atômico), Junctino, Jung, Kepler (Astrônomo), Lao-Tse, Leon Vannier,
> Leonardo Da Vinci (o maior inventor da humanidade), M. Filippoff
> (Astrônomo), Maeterlinck (Prêmio Nobel-Literatura 1911), Malba Tahan,
Mark
> Twain, Masson-Oursel, Marco Polo, Max Jacob, Mozart, Napier (Pai dos
> logaritmos), Nehru, Indira Gandhi, Newton (Astrônomo), Niels Bohr (Físico
> atômico), Norman Mailer (Prêmio Pulitzer 1969), Omar Khayyan, Paracelso,
> Pasteur, Pauli (Prêmio Nobel-Física 1945), Percy Seymour (Astrônomo),
> Pitágoras, Platão, Plotino, Porta, Ptolomeu, Raymond Abellio, Richet,
> Riquet, Romain Rolland (Prêmio Nobel-Literatura 1915), Roger Bacon,
Rudyard
> Kipling (Prêmio Nobel-Literatura 1907), São Tomás de Aquino, Scalígero
> (Astrônomo), Seligman, Shakespeare, Sisto IV, Swendenborg, Theodore
> Roosevelt (Prêmio Nobel-Paz 1906), Tisserandt (Cardeal), Tagore (Prêmio
> Nobel-Literatura 1915), Tycho Brahe (Astrônomo), W. Drumond, Walter
Scott,
> W. Heisenberg (Físico Atômico), Fritjoff Capra (Físico atômico, quântico
e
> de alta energia), e etc. A lista de grandes homens defensores da
Astrologia
> é simplesmente imensa."
>
> A página fala de outro assunto, na realidade:
> http://www.astrologiatradicional.com/textos/falacias.htm
>
> Gostei do trecho:
> "Uns lêem as bobagens do Carl Sagan e do Richard Dawkins, e outros as da
Liz
> Greene."
>
> Sempre suspeitei que não sou apenas eu que considera Carl Sagan e Richard
> Dawkins dois pensadores de milésima quarta categoria.
>
> DFG
>
>
>
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A semi-volta de um kook
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 19:33
Caro Manuel,
Concordo com você no seu apreço por José Serra, mas o problema dele não é a
respeito do posicionamento político ou do conhecimento dos problemas
brasileiros. O problema é que ele simplesmente não tem o poder aglutinador
necessário para ser presidente de um país presidencialista com uma
constituição parlamentarista...
[ ]s
Alvaro Augusto
> Manuel: Apesar de ser petista (ultra ligth) e de votar no Lula,
> sempre tive um grande apreço pelo José Serra, que representa a
> esquerda do Governo FHC. No entanto, algumas críticas do Serra ao
> candidato do PT estão me decepcionando. Como essa do Lula não ter
> diploma universitário.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Evolução, ciência e sociedade
FROM: "zaratustra" <zaratustra@gaz.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2002 22:41
Não consegui acessar o site onde se encontra a tradução do artigo, poderia fazer o favor de me mandar a tradução em pdf.
e-mail: zaratustra@gaz.com.br
Abraço,
Thiago.
O original em inglês está em http://www.amnat.org, e a tradução da Sociedade
Brasileira de Genética em http://www.sbg.org.br. Para as listas que aceitam
anexo, estou enviando a tradução em pdf.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Revolta dos "KooKs"
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 00:52
> Aproveito a oportunidade para colocar a questão:
> Ciência é física?
Claro que não. Pensar assim leva a uma mentalidade deturpada típica de um
Dawkins
> Que é a
> física (Realidade) sem alguém que a perceba?
Nada. Ou uma realidade de caráter não físico (para quem é Realista, ou uma
coisa nebulosa, para quem é Kantiano).
Mas eu, particularmente, não tenho muita simpatia pela fenomenologia.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Comentários 2 (A la Jack)
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 00:58
> "Em verdade, 'minha crença' é muito mais louca. Não diz respeito ao
> indivíduo. Interessaria a humanidade como um único todo e talvez
imbricasse
> na destruição do Planeta."
Isso é brincadeira? Se não for do q vc está falando?
DFG
SUBJECT: evolução e criacionismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 01:11
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Cc: <biodireitonet@yahoogroups.com.br>; <sigma91@yahoogrupos.com.br>;
<ambrosio-l@yahoogroups.com>; <people_pop@yahoogroups.com>
Sent: Friday, October 04, 2002 2:44 PM
Subject: [ciencialist] Evolução, ciência e sociedade
>O "criacionismo científico" está ganhando adeptos pelo mundo afora. Nos
Estados Unidos, em alguns estados, a teoria da evolução foi retirada do
currículo de ensino básico. Isto é assustador.<
Isto é bobagem fundamentalista. Não deve ter futuro.
Agora para todos da lista:
1- Pelo que sei o termo "evolução" das espécies é um equivoco. Não há
evolução, mas uma espécie de "deriva natural";
2- Participei de um congresso e os biologos palestrantes afirmaram que a
hipótese da evolução é apenas especulação filosófica com auto valor
heuristico, mas não é uma teoria ciêntífica;
3- Por fim, como saber o que é pseudo-ciência se não sabemos o que é
ciência?
Os dois primeiros itens procedem?
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Astrologia
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 01:16
> Santa salada russa, Batman! Colocar tanta gente diferente como defensores
> da astrologia indica um certo grau de desespero, não é?
O texto original é um ataque contra a aprovação da Astrologia como
profissão.
Este trecho foi tirado de um discurso do defensores que estava sendo
críticado.
Realmente parece um sinal de desespero.
> E ainda acaba com um espantalho, criticando Sagan e Dawkins de maneira
> pouco científica.
Para críticar ambos basta ler os livros deles.
DFG
SUBJECT: Re:[ciencialist] Curiosidades
FROM: "Passarin" <thiagopas@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 02:17
É verdadeiro... desde que acreditemos que todo mamífero
é um elefante.
A lógica depende essencialmente do persuadido concordar
com as premissas.
__________________________________________________________________________
Encontre sempre uma linha desocupada com o Discador BOL!
http://www.bol.com.br/discador
Ainda não tem AcessoBOL? Assine já! http://www.bol.com.br/acessobol
----------
Como a lógica é uma ciência formal, permite alguns silogismos bem
interessantes, pois a preocupação é apenas com a inferência (com a validade
e não com a veracidade).
Assim:
Todo mamifero é um elefante.
Uma anta é um mamifero
logo uma anta é um elefante
O silogismo é válido
DFG
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 05:48
Oi,
> > Manuel: Os grupelhos anarquistas atuais, que estão mais para
> > seita `new age' do que para organização política, continuam
> > defendendo a violência como método de ação.
>
> Entao os anarquistas com quem vc anda conversando e' bem diferente
> dos anarquistas com quem converso. Ô, Borges, vc sustenta a
> necessidade da destruicao ou supressao violenta do Estado?
>
> Pobre Proudhon...
> Ainda bem q. vc chamou Bakunin de "anarquista 'classico'"... Q.
sera'
> daquele francês maluco da Filosofia da Miséria?
> Nao se esqueca do frances (q. inacreditavelmente nao se chamava
> Jean Pierre).
Manuel: Bakunin foi um discípulo de Proudhon, de modo que esse
filósofo francês (o primeiro que falou de 'anarquia' de uma forma
positiva) integra a corrente do anarquismo clássico como o seu
primeiro teórico. O Proudhon "socialista revolucionário" de 1838/1846
não só inspirou Bakunin como também Marx, com a sua idéia de que "o
poder do Capital é o poder do Estado, e que, portanto, a emancipação
do proletariado não pode se dar por meio do uso do poder do Estado, o
qual deve ser destruído." O sonho de Bakunin e de Marx de uma
sociedade futura sem Estado nasceu da pena do Proudhon deste período.
Não sei se o seu amigo anarquista sabe, mas o Proudhon que
escreveu "O que é a Propriedade?"(1840) e "A Criação da Ordem da
Humanidade"(1843) era um apologista da "força criadora
revolucionária"(expressão dele). São frases do Proudhon dessa
fase: "Apelamos para a força. Proprietários, defendei-vos! Haverá
combates e massacres"(Sobre a Celebração do Domingo) e "concito à
revolução por todos os meios ao meu alcance" (Segunda Memória sobre a
Propriedade).
Foi a partir de 1846, quando escreveu o livro que você cita, "A
Filosofia da Miséria", que Proudhon começa a abandonar a defesa da
revolução e aos poucos se converte num reformista segundo o qual a
sociedade "mutualista" virá necessariamente um dia, num futuro ainda
distante e como resultado de um movimento espontâneo da sociedade,
sem violência, sem traumas. E enquanto não chega esse dia, o que
fazer? Proudhon fez muitas coisas, entre elas defender a
legalidade "burguesa" como uma necessidade provisória, tendo
inclusive, em seu livro "O Golpe de Estado", tecido lisonjas
ao "ditador" Luís Bonaparte com a clara intenção de torná-lo
aceitável aos trabalhadores franceses. Também protestou contra o
apoio europeu ao movimento de libertação dos poloneses do absolutismo
do czar.
(Foi também nessa época que tanto Marx quanto Bakunin romperam com
Proudhon.)
A afirmação de que a emancipação dos trabalhadores é econômica e não
política, que os operários devem se abster de qualquer luta política
(vamos deixar o imperador governar em paz, pessoal!) não é outra
coisa que uma aceitação tácita ou mesmo explícita do Status Quo, da
legalidade vigente (não importa se democrática ou autocrática,
o 'anarquista' é indiferente), considerada um corolário inevitável do
atual estágio da economia.
"A greve dos operários é ilegal.
e não é somente o código penal
que afirma, é o sistema econômico,
é a necessidade da ordem estabelecida"
(Proudhon)
Não duvido que muitos anarquistas "atuais" sejam anarquistas de salão
inspirados no Proudhon esclerosado amigo do imperador. A escritora
Raquel de Queiróz, que apoiou o golpe militar de 64, considera-se uma
anarquista. Aliás, no começo dos anos 80 conheci um militar que se
dizia socialista, que torcia pelo advento do socialismo, mas só daqui
a mil anos, tempo necessário para o povo adquir a maturidade
necessária para saber distinguir os verdadeiros dos falsos
socialistas. E enquanto não chega o dia, não existe alternativa
melhor que a república dos generais.
Quanto ao resto não vale comentários.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Futilidade da tintura
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 08:25
"> -=*###>Adoro mulher fútil (ou mesmo pseudo fútil). A mim parece ser uma
> característica feminina quando, como índios (No sentido de primitivo),
> perfuram partes de seus corpos para dependurar adornos.
haha
uso piercing no nariz e na lingua, entao eu sou futil?
eu apenas corrigi uns defeitos de nascença, estavam faltando esses furos.
PLUR,
Vladimir"
Oi Vladimir
Este negócio de 'faltar furos' me pôs a pensar bobagens.
Existem modismos mesmo no âmbito da medicina. Assim foi com a extração das
amigdalas palatinas (Amigdalectomia). Houve tempo em que se fazia a
extirpação das amigdalas quando o paciente era internado para realização de
outras cirurgias: Aproveitava a oportunidade da anestesia. Pensavam que
estaria evitando doença mais grave, a febre reumática, derivada quase sempre
de amigdalites recidivantes. Mas descobriu-se que a amígdala é um órgão
linfóide e que sua extirpação deixava uma solução de continuidade no Anel de
Waldayer. Este fato favorecia o aparecimento de faringites e infecções de
vias aéreas superiores. Cessaram as amigdalectomias 'preventivas'. A moda
passou mas os pacientes continuaram vulneráveis, vítimas daquele modismo.
O mesmo com o apêndice vermicular. Pensavam ser um 'resíduo' evolutivo de um
intestino mais longo. Mas o apêndice também é órgão linfóide.
A reversão de 'lesões' resultantes de tatuagens e colocação de 'piercings' é
precária: Sempre deixa sequela.
Noutro dia assisti (Na TV) indivíduos que afirmavam que o modismo do
'piercing' veio para ficar. Será mesmo?
PLUR,
Antonio Renato.
Em tempo: O que é "PLUR"?
SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: loiras estão para ficar
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 08:25
"Pô, Miranda, assim vc sabota a minha ONG...
(Estranho q. ninguem ainda fez piada com loiras
e cervejas.)
[]s,
Roberto Takata"
Oi Takata
Não dá para fazer piadas, já que não compõem um silogismo: Uma é para comer,
outra para beber!
(Horrível essa)
[]s,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] A Revolta dos "KooKs"
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 08:26
> Aproveito a oportunidade para colocar a questão:
> Ciência é física?
Claro que não. Pensar assim leva a uma mentalidade deturpada típica de um
Dawkins
> Que é a
> física (Realidade) sem alguém que a perceba?
Nada. Ou uma realidade de caráter não físico (para quem é Realista, ou uma
coisa nebulosa, para quem é Kantiano).
Mas eu, particularmente, não tenho muita simpatia pela fenomenologia.
DFG
Oi Douglas
Pois é... Sem o Homem não há física.
Ciência é o Homem?
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Comentários 2 (A la Jack)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 08:27
"> "Em verdade, 'minha crença' é muito mais louca. Não diz respeito ao
> indivíduo. Interessaria a humanidade como um único todo e talvez
imbricasse
> na destruição do Planeta."
Isso é brincadeira? Se não for do q vc está falando?
DFG"
Oi
Creio que todos almejam a 'felicidade'. Esta seria o 'bem maior'. Entendo
que a 'felicidade' se apoia num tripé: Saúde, liberdade e amor.
Você já aventou a possibilidade de envolver-se em uma suruba com seus pais?
No seu caso particular (Psicólogo) talvez sim: Algum paciente pode ter
trazido esta questão. Mas o 'normal das pessoas' não têm -liberdade- para
pensar nisto.
Há tempos passados havia uma série na TV onde de uma nave espacial eram
teletransportados tripulantes para lugares pré determinados: Pura ficção.
Um cientista inglês, na Inglaterra e um grupo de cientistas chineses, na
Austrália conseguiram realizar o teletransporte de partículas subatomicas. É
um início...
Se atearmos fogo a uma folha de papel, este papel que é matéria se
transformará em energia, térmica e luminosa. Seria o Homem capaz de
desmaterializar? Quanto de energia gerariam 50 kg de corpo humano? Se a
energia fosse luminosa, seria 'um grande brilho'. Mas no caso de energia
térmica ou elétrica, seria uma destruição, levando outros humanos ao seu
fim.
Assim, somente se a humanidade como um todo se desmaterializasse poderia ser
feita a experiência sem a extinção.
A humanidade se desmaterializando seria um novo 'big bang': Destruiria o
Planeta.
Não é brincadeira: Loucura não é brincadeira.
Antonio Renato.
SUBJECT: Físicos, uni-vos!
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 12:50
E por favor, algum de vocês poderia dar um parecer a respeito das
teorias de Murray Gell Mann? Eu venho lendo alguma coisa a respeito
das pesquisas que ele fez... e fiquei pensativa... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução e criacionismo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 14:39
O termo "evolução" deve ser entendido na mesma acepção de "evolução de um
indicador econômico", como o dólar por exemplo. Trata-se simplesmente da
mudança de variáveis em função do tempo, não de aperfeiçoamento. De fato,
várias espécies apresentam características que involuíram, como as patas
dos cavalos e as nadadeiras peitorais dos cetáceos.
A evolução pode ser uma teoria tão acabada e refinada como gostaríamos, mas
é certamente muito melhor do que as concorrentes.
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 5 de Outubro de 2002 01:11
Assunto: [ciencialist] evolução e criacionismo
>
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Cc: <biodireitonet@yahoogroups.com.br>; <sigma91@yahoogrupos.com.br>;
> <ambrosio-l@yahoogroups.com>; <people_pop@yahoogroups.com>
> Sent: Friday, October 04, 2002 2:44 PM
> Subject: [ciencialist] Evolução, ciência e sociedade
>
>
>
> >O "criacionismo científico" está ganhando adeptos pelo mundo afora. Nos
> Estados Unidos, em alguns estados, a teoria da evolução foi retirada do
> currículo de ensino básico. Isto é assustador.<
>
> Isto é bobagem fundamentalista. Não deve ter futuro.
>
> Agora para todos da lista:
>
> 1- Pelo que sei o termo "evolução" das espécies é um equivoco. Não há
> evolução, mas uma espécie de "deriva natural";
> 2- Participei de um congresso e os biologos palestrantes afirmaram que a
> hipótese da evolução é apenas especulação filosófica com auto valor
> heuristico, mas não é uma teoria ciêntífica;
> 3- Por fim, como saber o que é pseudo-ciência se não sabemos o que é
> ciência?
>
> Os dois primeiros itens procedem?
>
> DFG
>
>
SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] Curiosidades
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 14:59
É verdadeiro... desde que acreditemos que todo mamífero
é um elefante.
A lógica depende essencialmente do persuadido concordar
com as premissas.
Douglas: A retórica depende da persuasão, não a lógica.
O silogismo é válido ou não válido, nunca verdadeiro ou falso.
___________________________________________________
Como a lógica é uma ciência formal, permite alguns silogismos bem
interessantes, pois a preocupação é apenas com a inferência (com a validade
e não com a veracidade).
Assim:
Todo mamifero é um elefante.
Uma anta é um mamifero
logo uma anta é um elefante
O silogismo é válido
DFG
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] A Revolta dos "KooKs"
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 15:09
> Oi Douglas
Oi
> Pois é... Sem o Homem não há física.
> Ciência é o Homem?
É uma criação humana. Sem o homem não há ciência.
As vezes fico preocupado de como q um livro adquire um valor maior q um ser
humano.
As vezes um livro adquire maior valor que a própria realidade (vivenciada
por alguém).
Se esta escrito "teoria x" e aparece "alguém y" no consultório, quem está
errado é a pessoa, não a teoria.
Se algué passa por uma experiência e um livro diz que tal experiência não
existe, mais uma vez o erro é da pessoa (da realidade) e não do livro.
Alguém pode contra argumentar dizendo que o livro foi escrito por
pesquizadores, cientistas, etc. Como se estes não fossem humanos vivendo em
determinados contextos e com determinadas ideologias que guiam seus
pensamentos.
Existiu o Big Bang? Creio que é mais correto dizer: Algumas pessoas baseadas
em interpretações de sinais que aparecem em determinados aparelhos,
interpretam tais sinais de tal forma, que especulam (fantasiam) uma teoria x
(BB, no caso). Estou falando bobagem?
DFG
> > Aproveito a oportunidade para colocar a questão:
> > Ciência é física?
>
> Claro que não. Pensar assim leva a uma mentalidade deturpada típica de um
> Dawkins
>
> > Que é a
> > física (Realidade) sem alguém que a perceba?
>
> Nada. Ou uma realidade de caráter não físico (para quem é Realista, ou uma
> coisa nebulosa, para quem é Kantiano).
> Mas eu, particularmente, não tenho muita simpatia pela fenomenologia.
>
> DFG
>
>
> Oi Douglas
> Pois é... Sem o Homem não há física.
> Ciência é o Homem?
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 15:12
> >O "criacionismo científico" está ganhando adeptos pelo mundo
afora. Nos Estados Unidos, em alguns estados, a teoria da evolução
foi retirada do currículo de ensino básico. Isto é assustador.
Eles conseguiram fazer isto? Eu me lembro que estava tendo uma
polêmica, em Ohio, se eu não me engano.
Não vejo muito problema nisso. Contanto que esses fundamentalistas
não inventem de interferir nas políticas públicas, eles podem ensinar
o que quiserem para suas crianças. O fato é que ninguém gosta do
darwinismo. Essa teoria, apesar de ser uma verdade, faz mal para os
humanos. De nada vai servir forçar um inocente religioso a aprender
esta teoria. Você só vai destruir seu mundo mágico. Para que? Eu
pessoalmente sou radical. Sou contra mostrar fotos de galáxias e
nebulosas para as pessoas, falar de darwinismo ou de moléculas e
átomos. Acho que deveríamos falar para as pessoas que a Terra está no
centro do universo e que o Sol e as estrelas giram ao redor dela.
Para mim a ciência deveria ser hermética.
> 1- Pelo que sei o termo "evolução" das espécies é um equivoco. Não
há
> evolução, mas uma espécie de "deriva natural";
> 2- Participei de um congresso e os biologos palestrantes afirmaram
que a
> hipótese da evolução é apenas especulação filosófica com auto valor
> heuristico, mas não é uma teoria ciêntífica;
O Robert Wright dá uns argumentos para refutar esta hipótese (muito
defendida pelo S. G. Gould, aquele terrorista da biologia) em seu
livro Nonzero: The logic of human destiny .
SUBJECT: Errata
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 15:22
O que eu quis dizer é
"A evolução pode NÃO ser uma teoria tão acabada e refinada como
gostaríamos, mas
é certamente muito melhor do que as concorrentes."...
[ ]s
Alvaro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 15:39
> 1- Pelo que sei o termo "evolução" das espécies é um equivoco. Não
há
> evolução, mas uma espécie de "deriva natural";
> 2- Participei de um congresso e os biologos palestrantes afirmaram
que a
> hipótese da evolução é apenas especulação filosófica com auto valor
> heuristico, mas não é uma teoria ciêntífica;
O Robert Wright dá uns argumentos para refutar esta hipótese (muito
defendida pelo S. G. Gould, aquele terrorista da biologia) em seu
livro Nonzero: The logic of human destiny .
Qual hipótese ele combate? A da evolução? Ou de que a evolução é só uma
especulação filosófica?
Douglas
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 16:22
Só para colocar o meu dedo na fervura, o livro que eu li do Robert Wright é
"Animal Moral". Trata-se de um texto altamente evolucionista, na verdade
sobre psicologia evolucionista, no qual o autor tenta estabelecer as bases
evolucionistas da moral humana e do altruísmo. Não consegue, é claro, pois
o assunto é bastante controverso. A leitura é interessante, contudo.
[ ]
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 5 de Outubro de 2002 15:39
Assunto: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
>
> > 1- Pelo que sei o termo "evolução" das espécies é um equivoco. Não
> há
> > evolução, mas uma espécie de "deriva natural";
> > 2- Participei de um congresso e os biologos palestrantes afirmaram
> que a
> > hipótese da evolução é apenas especulação filosófica com auto valor
> > heuristico, mas não é uma teoria ciêntífica;
>
> O Robert Wright dá uns argumentos para refutar esta hipótese (muito
> defendida pelo S. G. Gould, aquele terrorista da biologia) em seu
> livro Nonzero: The logic of human destiny .
>
> Qual hipótese ele combate? A da evolução? Ou de que a evolução é só uma
> especulação filosófica?
>
> Douglas
>
>
>
>
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>
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 17:02
O Gould tenta dizer que não existe direção na evolução, que ela se dá
ao acaso. Wright tenta refutar essa idéia.
Os paleontólogos sabem que quanto mais fundo você cava, mas simples
ficam os fósseis. O motivo é que os seres vivos não lutam apenas
contra o ambiente físico, mas também, e principalmente, com outros
seres vivos. Eles têm que competir com outros que já existem, e para
supera-los terão que ser melhores que os outros (mais rápido, com
melhor visão, melhor camuflagem, ou seja lá o que for). Uma vez que
este bicho se estabeleça, um outro terá que ser ainda melhor. Esta
corrida armamentista impõe um vetor ascendente não só à evolução
biológica, mas também cultural/histórica.
SUBJECT: Re: Evolução
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 17:18
> "A evolução pode NÃO ser uma teoria tão acabada e refinada como
gostaríamos, mas é certamente muito melhor do que as concorrentes."...
Acredito que existem processos que ocorrem na evolução biológica que
ainda não são conhecidos (o papel dos introns (grandes porções de DNA-
lixo), por exemplo). Mas o processo já está bastante caracterizado.
Existe uma linha de pesquisa em algoritmos genéticos, que procura
utilizar em programas de computador a recombinação "sexual" (com
direito a crossing over), mutações, e seleção da prole, para produzir
programas melhores. Isso já encontra aplicações práticas, como
projetar motores de avião (imagino que os algoritmos genéticos só
devam fazer pequenos ajustes no projeto. Acho difícil que eles possam
projetar um motor inteiro. Mas algum dia eles poderão). O fato desses
programas estarem sendo utilizados para aplicações práticas mostra
que a seleção já está bem consolidada. Na verdade, desde a época da
criação de raças através da seleção (ou seja, sempre) eu acho que já
existem fortes bases para afirmar a veracidade da seleção. A teoria
sempre esteve na cara de todo mundo, e o fato dela ter passado
despercebida por Aristóteles, Da Vinci, Descartes, Lebiniz, Newton, e
todos os outros, mostra o quão estranha ela é para os humanos.
Eu não sei como tem gente que se opõe à seleção, mas não às raças de
cachorro.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 17:56
Caro João,
Acho que não deixei claro o meu pensamento. O que quis dizer é que a teoria
da evolução atua em um espectro muito grande e é difícil explicar de
maneira uniforme o que acontece com milhões de espécies ao longo de milhões
de anos. A quantidade de informação envolvida no processo, por exemplo, é
absurda.
Quanto a haver gente que se opõe à evolução, isso não é surpresa. Os
criacionistas são gente mais sofisticada do que nós gostaríamos que fossem.
Alguns deles afirmam que a evolução atua a curto prazo, como no caso de
cachorros e moscas das frutas, mas não a longo prazo, como no caso de seres
humanos evoluindo a partir de mamíferos primitivos. Naturalmente, eles
chegam a essa conclusão por meio de um raciocínio tortuoso e complicado que
sempre envolve ao menos uma hipótese de caráter transcedental ou divino.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 5 de Outubro de 2002 17:18
Assunto: [ciencialist] Re: Evolução
> "A evolução pode NÃO ser uma teoria tão acabada e refinada como
gostaríamos, mas é certamente muito melhor do que as concorrentes."...
Acredito que existem processos que ocorrem na evolução biológica que
ainda não são conhecidos (o papel dos introns (grandes porções de DNA-
lixo), por exemplo). Mas o processo já está bastante caracterizado.
Existe uma linha de pesquisa em algoritmos genéticos, que procura
utilizar em programas de computador a recombinação "sexual" (com
direito a crossing over), mutações, e seleção da prole, para produzir
programas melhores. Isso já encontra aplicações práticas, como
projetar motores de avião (imagino que os algoritmos genéticos só
devam fazer pequenos ajustes no projeto. Acho difícil que eles possam
projetar um motor inteiro. Mas algum dia eles poderão). O fato desses
programas estarem sendo utilizados para aplicações práticas mostra
que a seleção já está bem consolidada. Na verdade, desde a época da
criação de raças através da seleção (ou seja, sempre) eu acho que já
existem fortes bases para afirmar a veracidade da seleção. A teoria
sempre esteve na cara de todo mundo, e o fato dela ter passado
despercebida por Aristóteles, Da Vinci, Descartes, Lebiniz, Newton, e
todos os outros, mostra o quão estranha ela é para os humanos.
Eu não sei como tem gente que se opõe à seleção, mas não às raças de
cachorro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 18:49
Mas não existem espaços de tempo enexplicaveis entre fósseis?
E o aparecimento de fósseis complexos aparentemente do nada?
Pelas palestras que assisti não há indícios de um continuum entre as
espécies (não todas).
Parece que a "evolução está sendo encarada como uma teoria útil, mas não que
corresponda a fatos ocorridos.
(Eu acho, mais uma vez. Esta não é minha área)
DFG
----- Original Message -----
From: Joao de Carvalho <joaobncarvalho@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 05, 2002 5:18 PM
Subject: [ciencialist] Re: Evolução
> "A evolução pode NÃO ser uma teoria tão acabada e refinada como
gostaríamos, mas é certamente muito melhor do que as concorrentes."...
Acredito que existem processos que ocorrem na evolução biológica que
ainda não são conhecidos (o papel dos introns (grandes porções de DNA-
lixo), por exemplo). Mas o processo já está bastante caracterizado.
Existe uma linha de pesquisa em algoritmos genéticos, que procura
utilizar em programas de computador a recombinação "sexual" (com
direito a crossing over), mutações, e seleção da prole, para produzir
programas melhores. Isso já encontra aplicações práticas, como
projetar motores de avião (imagino que os algoritmos genéticos só
devam fazer pequenos ajustes no projeto. Acho difícil que eles possam
projetar um motor inteiro. Mas algum dia eles poderão). O fato desses
programas estarem sendo utilizados para aplicações práticas mostra
que a seleção já está bem consolidada. Na verdade, desde a época da
criação de raças através da seleção (ou seja, sempre) eu acho que já
existem fortes bases para afirmar a veracidade da seleção. A teoria
sempre esteve na cara de todo mundo, e o fato dela ter passado
despercebida por Aristóteles, Da Vinci, Descartes, Lebiniz, Newton, e
todos os outros, mostra o quão estranha ela é para os humanos.
Eu não sei como tem gente que se opõe à seleção, mas não às raças de
cachorro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2002 19:04
> Quanto a haver gente que se opõe à evolução, isso não é surpresa. Os
> criacionistas são gente mais sofisticada do que nós gostaríamos que
fossem.
Sem sombra de dúvidas. São estudiosos e possuem bastante informações a
respeito das descobertas científicas. Mas não possuem uma boa capacidade
reflexiva.
Mas eu quero ressaltar que não são apenas os criacionista que são contra a
teoria da "evolução". Pelo que pude perceber há várias posturas diferentes,
desde "não sabemos o que aconteceu, mas "evolução" com certeza não foi" até
"aconteceu algo parecido com isso (evolução) mas a teoria ainda é muito
precária" passando por "isto é pura especulação filosófica, muito útil para
explicar determinados fenômenos, mas é especulação, e não teoria.
Quanto a frase:
>Existe uma linha de pesquisa em algoritmos genéticos, que procura
utilizar em programas de computador a recombinação "sexual" (com
direito a crossing over), mutações, e seleção da prole, para produzir
programas melhores. Isso já encontra aplicações práticas, como
projetar motores de avião (imagino que os algoritmos genéticos só
devam fazer pequenos ajustes no projeto. Acho difícil que eles possam
projetar um motor inteiro. Mas algum dia eles poderão). O fato desses
programas estarem sendo utilizados para aplicações práticas mostra
que a seleção já está bem consolidada.<
Creio que é uma espécie de falácia. Já construíram a "arca de Noé" (maquete)
de acordo com as especificações da Biblía e ela se mostrou muito eficiente
para enfrentar enxurradas e mar revolto (em situações de testes). O que não
quer dizer que o dilúvio e a história de Noé são verdadeiras. Assim como
construíram uma réplica da arca da aliança e ela mostrou-se capaz de emitir
radiação e receber ondas em determinadas frequências, o que não quer dizer
que ela existiu e por isso (radiação) matava ou que funcionava um rádio
(ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS, ou outra bobagem do tipo).
DFG
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/10/2002 21:16
Olá Augusto,
> O termo "evolução" deve ser entendido na mesma acepção de "evolução
de um indicador econômico", como o dólar por exemplo. Trata-se
simplesmente da mudança de variáveis em função do tempo, não de
aperfeiçoamento. De fato, várias espécies apresentam características
que involuíram...
Manuel: Exato. Depois de 3,8 bilhões de anos de evolução biológica, o
organismo modal ou forma dominante de vida continua sendo a bactéria.
Parece-me que, em regra, a vida evolui dentro de um mesmo patamar de
complexidade. Em muitos casos, como entre os parasitas, o movimento
adaptativo é claramente uma involução: se há complexificação
crescente, esta se restringe ao aparelho reprodutor, o que se dá à
expensas de uma simplifação geral do organismo, dado que o grosso de
suas funções vitais não são realizadas pelo próprio organismo, mas
pelo organismo hospedeiro, disso resultando a obsolescência da maior
parte dos seus órgãos.
Exemplo radical desse fenômeno são os vírus, que se valem do
equipamento metabólico de outros micro-organismos até mesmo para se
reproduzirem. Os vírus são agregados moleculares situados a meio
caminho entre o mundo orgânico e o inorgânico, e talvez representem o
ponto final de um processo de simplificação (em vez de
complexificação) sofrido por algum tipo desconhecido de monera. Como
não realizam quase nada, sua estrutura limita-se a um cerne de ácido
nuclêico envolvido por uma capa de proteínas. E se a sua simplicidade
assombra, mais assombrosa ainda é a sua aptidão darwiniana.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Binomio Homem Realidade
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2002 09:55
> Oi Douglas
Oi
> Pois é... Sem o Homem não há física.
> Ciência é o Homem?
É uma criação humana. Sem o homem não há ciência.#####>eu não-eu
(Descartes)<#####
As vezes fico preocupado de como q um livro adquire um valor maior q um ser
humano.
As vezes um livro adquire maior valor que a própria realidade (vivenciada
por alguém).
Se esta escrito "teoria x" e aparece "alguém y" no consultório, quem está
errado é a pessoa, não a teoria. #####>rsrsrs<#####
Se algué passa por uma experiência e um livro diz que tal experiência não
existe, mais uma vez o erro é da pessoa (da realidade) e não do livro.
Alguém pode contra argumentar dizendo que o livro foi escrito por
pesquizadores, cientistas, etc. Como se estes não fossem humanos vivendo em
determinados contextos e com determinadas ideologias que guiam seus
pensamentos.#####>Qual motivo conduz um Homem dedicar maior parte de seu
tempo à pesquisa, 'aos estudos', etc, ao invés de estar se dedicando à sua
própria sexualidade, à sua família...?<#####
Existiu o Big Bang? Creio que é mais correto dizer: Algumas pessoas baseadas
em interpretações de sinais que aparecem em determinados aparelhos,
interpretam tais sinais de tal forma, que especulam (fantasiam) uma teoria x
(BB, no caso). Estou falando bobagem?#####>Pelo que me concerne, não é
bobagem. Todavia é melhor se 'crer' no Big-Bang do que em Adão e Eva<#####
DFG
> > Aproveito a oportunidade para colocar a questão:
> > Ciência é física?
>
> Claro que não. Pensar assim leva a uma mentalidade deturpada típica de um
> Dawkins
>
> > Que é a
> > física (Realidade) sem alguém que a perceba?
>
> Nada. Ou uma realidade de caráter não físico (para quem é Realista, ou uma
> coisa nebulosa, para quem é Kantiano).
> Mas eu, particularmente, não tenho muita simpatia pela fenomenologia.
>
> DFG
>
>
> Oi Douglas
> Pois é... Sem o Homem não há física.
> Ciência é o Homem?
SUBJECT: Livros
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2002 09:56
> 1- Pelo que sei o termo "evolução" das espécies é um equivoco. Não
há
> evolução, mas uma espécie de "deriva natural";
> 2- Participei de um congresso e os biologos palestrantes afirmaram
que a
> hipótese da evolução é apenas especulação filosófica com auto valor
> heuristico, mas não é uma teoria ciêntífica;
O Robert Wright dá uns argumentos para refutar esta hipótese (muito
defendida pelo S. G. Gould, aquele terrorista da biologia) em seu
livro Nonzero: The logic of human destiny .
Qual hipótese ele combate? A da evolução? Ou de que a evolução é só uma
especulação filosófica?
Douglas
#####>Livros... ah os livros...! Coisas de meu passado. Agora temos
supertextos hackeados! Muito melhor!<#####
SUBJECT: Re: O amor e o ódio
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2002 09:57
Caro Antônio Renato, envio esse comentário pensando em suas orientações para
casais.
Abraços
José Renato
##########>Atualmente estou aposentado. Os casais de meus relacionamentos
sociais estão estáveis (e velhos). Por outro lado, como tenho o hábito de
'beber cerveja na esquina', novos relacionamentos vão se formando. A mesma
esquina serve como ponto de encontro de jovens. Mas comportam-se de maneira
arredia, conosco 'cascudos'<###########
AMOR & ÓDIO
José Renato M. de Almeida
São dois sentimentos básicos presentes na vida do ser humano. Parecem
conflitantes mas são complementares, como os pólos de um imã: o Amor atrai,
o Ódio repele. Não dá para viver só com um deles ###########>Só poderemos
identificar um, caso tenhamos o outro como referência<###############, assim
como não se consegue obter um imã de uma única polaridade, que apenas atraia
ou apenas repila. Quando um imã é partido imediatamente aparecem os mesmos
dois pólos no pedaço menor. Essa unidade, aparentemente contrastante, também
é encontrada em todas as coisas. Heráclito (540-470 a.C.) filósofo grego
da cidade de Éfeso estabeleceu, no seus concisos escritos Sobre a
Natureza, a existência de uma lei universal e fixa (o Lógos) regedora de
todos os acontecimentos particulares e fundamento da harmonia no Universo,
harmonia feita de tensões, como a do arco e a da lira.(1)
O imaginário romântico brasileiro me parece ter dificuldade para perceber
que o caos (desordem) e o cosmo (ordem) convivem e se complementam no
Universo.
Entretanto os sentimentos pessoais de atração e de repulsão não se resume
aos pólos positivo e negativo como ocorre no imã. Em nós, seres pensantes
dito racionais, esses sentimentos são seletivos. Cada um de nós sente-se
atraído e sente repulsão por coisas diversas de forma individual. Pode até
coincidir em alguns casos mas dificilmente isso ocorrerá para tudo. São
essas forças que nos atraem ao que nos parece bom e nos faz repudiar o que
nos parece prejudicial. A decisão é nossa, somos donos do sim e do não,
como diz Caetano em sua composição Luz do Sol. Pelo menos deveríamos ser.
O sambista no passado já afirmava que essas coisas não se aprende na
escola... nem é ensinado. Pouquíssimas escolas formam o indivíduo no
conhecimento emocional de si mesmo e dos outros.##########>Querido Prof.
Creio que esta última frase ficaria melhor enunciada da maneira como se
segue: Pouquíssimas escolas motivam o indivíduo atentar para a
emocionalidade de si mesmo e dos outros<##########
Quando dois seres se amam, se atraem e tentam aproximar-se, usando a
metáfora do imã, consideramos que há, além das facilidades, diversos tipos
de dificuldade que requerem cuidados sutis no modo de conviver com essas
forças opostas. Quando dois seres colocam o seu amor a frente de tudo...
dois pólos iguais se repelem. Isso é curioso. Se juntarem o amor e o ódio
fixam-se na prisão desgastante de uma relação de dependência hostil. Num
relacionamento desse tipo, qualquer tentativa de separar ou se ajustar
requer grande força e cuidado, para não provocar um novo choque e até mesmo
quebrar o imã, o amor próprio da pessoa que finda por ferir com a mão a
coisa mais querida, a glória, da vida, como canta Caetano.(2)#########>Amor
e Ódio são laços afetivos 'fortes' que une uma pessoa à outra. Quando amamos
(ou odiamos) ocupanos grande parte de nosso tempo com a presença do objeto
de nosso amor/ódio em nossa imaginação. Esta presença suscita o incremento
(processamento) consciente de significativas emoções.
Um jovem pode sentir-se 'constrangido' por crer estar sendo observado, em
uma festa p.ex., por ser bonito e estar bem vestido. Outro, sente o mesmo
'constrangimento' em estar sendo observado por ser feio e mal vestido. Ambos
experimentam a mesma emoção ('constrangimento') mas os processos racionais
que a acompanham são diversos.
Um relacionamento onde há coexistencia amor/ódio, dita ambivalente, logra
ser estacionária (Não evolui)<###########
Mas como então se aproximar e ficar juntos?########>Como diz o povo: "Cada
uma com seu cada um". 'Ficar juntos' está na dependênca de um corresponder
as expectativas do outro. Cada um tem suas expectativas. Cada um tem seu
peculiar à oferecer<########## A melhor forma de acomodar esses sentimentos,
já exortava Paulo, o Apóstolo, é ajustá-los pacientemente um ao outro,
interdependente e confiante, numa compreensão de sentimentos. Refleti sobre
isso usando duas barrinhas de imãs de enfeites de geladeira. Esse ajuste
pode ser confortável e estável. Pode permitir amplos movimentos,
deslocamentos e reacomodações, num simples deslizar de imãs ou de pessoas
um no outro.
Huumm, melhor que isso só no Paraíso!
Referências:
1. Os pré-socráticos Coleção Os pensadores Abril Cultural pág.
81
2. Luz do Sol, composição de Caetano Veloso.
#########>Que me desculpe rascunhar intremeio ao artigo: Seria pragmático.
Certo não ter qualificação para cometários, só posso dizer que no meu
entendimento, mais uma vez o Prof. se mostra lúcido e acessível num texto
muito bem redigido.
Abraços
Antonio Renato.<###########
SUBJECT: Feira de ciências
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2002 09:58
==================================
"Olá Antonio Renato,
sugiro (sempre que escrevo isso recordo um japonês) uma leitura nos textos:
Primeiros Passos da Ciência (Geral):
www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto55.asp
(...)
E, em especial, no www.feiradeciencias.com.br/ABCiencia.asp
Tudo indica que o 'rolo' "Ciência é Física" e que a idéia de que Física tem
alguma semelhança com a Realidade, poderá ser dissipada.
Aquele abraço,
Léo"
=================
Olá Leo
Vistei o 'site'. Lí apenas o índice: Tem coisa prá dedel! Deve ser muito
interessante (enquanto não hackearem).
Tentei enviar msg mas: "MIE - Não foi possível executar esta operação porque
o cliente de correio padrão não está instalado corretamente".
Encontro uma dificuldade para 'pesquisar na Internet': A conta do telefone.
Sábados e domingos, via de regra não estou em casa. Madrugadas insones é a
opção. Aliás, por este motivo ainda não havia acessado tal 'site', mormente
por ocasião na qual foi oferecida o livro do Bohr (Não do Pedro, mas do
Nils).
De qualquer maneira agradeço a indicação. Estou certo que ainda recorrerei
ao "Imperdível!".
Aquele abraço,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Comentários 2 (A la Jack)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2002 11:06
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Quanto de energia gerariam 50 kg de corpo humano?
Manuel: meio quilo de qualquer substância convertido completamente em
energia equivale a 11 bilhões de quilowatts-hora, energia suficiente
para fazer um ferro elétrico funcionar durante um milhão de anos; ou
para fazer um automóvel dar 180.000 voltas ao redor da Terra. É a
força elétrica necessária nos Estados Unidos da era JFK durante cinco
dias. (Extraí esses dados de uma revista Life de 1963.)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Comentários 2 (A la Jack)
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2002 16:00
Para fins de comparação, o Brasil produziu em 2001 cerca de 330,4
bilhões de kWh (dados do ONS). Em cinco dias daria 4,5 bilhões de
kWh...
Atualmente os EUA devem produzir mais de 3900 bilhões de kWh anuais.
Só a Califórnia sozinha consome mais energia do que o Brasil inteiro.
Para não ficarmos totalmente humilhados, um país como o Chile não
produz mais de 25 bilhões de kWh/ano. A Argentina, talvez três vezes
isso.
Esses números são médios e não exatos.
[ ]s
Alvaro Augusto
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> > Quanto de energia gerariam 50 kg de corpo humano?
>
> Manuel: meio quilo de qualquer substância convertido completamente
em
> energia equivale a 11 bilhões de quilowatts-hora, energia
suficiente
> para fazer um ferro elétrico funcionar durante um milhão de anos;
ou
> para fazer um automóvel dar 180.000 voltas ao redor da Terra. É a
> força elétrica necessária nos Estados Unidos da era JFK durante
cinco
> dias. (Extraí esses dados de uma revista Life de 1963.)
>
> []s,
> Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Binomio Homem Realidade
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/10/2002 23:36
#####>Qual motivo conduz um Homem dedicar maior parte de seu
> tempo à pesquisa, 'aos estudos', etc, ao invés de estar se dedicando à sua
> própria sexualidade, à sua família...?<#####
A pesquisa deve fazer mais sentido para ele do que as outras atividades.
O homem necessita de sentido para sua vida (Vitor Frankl, acho que ele tem
razão)
#####>Pelo que me concerne, não é
> bobagem. Todavia é melhor se 'crer' no Big-Bang do que em Adão e Eva<#####
Para explicar certos fenômenos, sem dúvida. Para compreender o mecanismo
"teologizador" do pensamendo judáico, que transformou o deus caudeu
(serpente) em simples criatura e a criação de um jardim (mito babilônico) em
Criação do universo, e o porque desta modificação, a hipótese do BB não
serve para nada. Assim como "Adão e Eva" não servem para nada num
observatório de astronomia. São textos distintos com diferentes propósitos.
É bom ter isso em mente senão podemos ser estúpidos ao ponto de cair
naqueles sites patéticos com títulos como "a bíblia mente" ou "as farsas
contidas na bíblia", como se esta fosse um manual de ciência natural.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futilidade da tintura
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 00:48
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> A reversão de 'lesões' resultantes de tatuagens e colocação de 'piercings' é
> precária: Sempre deixa sequela.
Nao sei se quando vc fala 'lesoes' se refere ao furo ou a alguma complicacao
resultante...
Sem a joia, o furo é imperceptivel (pelo menos a maioria deles).
Realmente conheco varios casos em que o piercing causou problemas,
mas depende da pessoa, da qualidade do material, e do profissional que o coloca.
Existem os que passaram um bom tempo aprendendo as tecnicas antes de comecar,
e existem os acougueiros.
> Noutro dia assisti (Na TV) indivíduos que afirmavam que o modismo do
> 'piercing' veio para ficar. Será mesmo?
Tatuagem nao é novidade, quando vai acabar?
Creio que tende a aumentar, hoje ja nao existe
o mesmo preconceito de decadas atras.
E a gravata, em que difere do piercing ou do salto alto?
Tradicao?
> PLUR,
> Antonio Renato.
> Em tempo: O que é "PLUR"?
Peace, Love, Unity, Respect,
Vladimir
que é alergico a tatoo de henna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futilidade da tintura
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 01:48
> E a gravata, em que difere do piercing ou do salto alto?
> Tradicao?
>
> > PLUR,
> > Antonio Renato.
> > Em tempo: O que é "PLUR"?
Acho que tradição é a diferença mais importante, já que gravata é uma
invenção recente e piercings estão por aí há milênios. Outra diferença é
que para colocar gravata não é necessário anestesia (em geral...)
[ ]s
Alvaro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futilidade da tintura
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 03:23
"Alvaro Augusto de Almeida" wrote:
> Acho que tradição é a diferença mais importante, já que gravata é uma
> invenção recente e piercings estão por aí há milênios.
Mas para nossa sociedade, hoje, o piercing é mais novo.
Nao porque nao o conhecia, mas porque deixou de ser coisa de indio.
> Outra diferença é
> que para colocar gravata não é necessário anestesia (em geral...)
Para perfurar, dependendo do local, xilocaina resolve.
Durante a cicatrizacao, spray anti-septico (lidocaina).
Apos a cicatrizacao, nao incomoda mais;
a gravata pode incomodar por muito mais tempo...
[]s
Vladimir
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Binomio Homem Realidade
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 05:16
#####>Qual motivo conduz um Homem dedicar maior parte de seu
> tempo à pesquisa, 'aos estudos', etc, ao invés de estar se dedicando à sua
> própria sexualidade, à sua família...?<#####
A pesquisa deve fazer mais sentido para ele do que as outras atividades.
O homem necessita de sentido para sua vida (Vitor Frankl, acho que ele tem
razão)
######>>Sublimação?<<######
#####>Pelo que me concerne, não é
> bobagem. Todavia é melhor se 'crer' no Big-Bang do que em Adão e Eva<#####
Para explicar certos fenômenos, sem dúvida. Para compreender o mecanismo
"teologizador" do pensamendo judáico, que transformou o deus caudeu
(serpente) em simples criatura e a criação de um jardim (mito babilônico) em
Criação do universo, e o porque desta modificação, a hipótese do BB não
serve para nada. Assim como "Adão e Eva" não servem para nada num
observatório de astronomia. São textos distintos com diferentes propósitos.
É bom ter isso em mente senão podemos ser estúpidos ao ponto de cair
naqueles sites patéticos com títulos como "a bíblia mente" ou "as farsas
contidas na bíblia", como se esta fosse um manual de ciência natural.
######>>É... Um lugar para cada 'coisa'<<######
DFG
######>>Antonio Renato.<<######
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Futilidade da tintura
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 05:17
---------------------------------------------------------------
"...E a gravata, em que difere do piercing ou do salto alto?
Tradicao?
> Em tempo: O que é "PLUR"?
Peace, Love, Unity, Respect,
Vladimir
que é alergico a tatoo de henna"
-----------------------------------------------------------------
"...Acho que tradição é a diferença mais importante, já que gravata é uma
invenção recente e piercings estão por aí há milênios. Outra diferença é
que para colocar gravata não é necessário anestesia (em geral...)
[ ]s
Alvaro"
------------------------------------------------------------------
Oi
Muito me agradou o significado de "PLUR". Quem dera fosse assim.
'Piercing', gravata e salto alto: Fiquei intrigado. Não houvera atentado
para esta questão anteriormente. Mas tudo indica que são algum tipo de
'rótulo' que o indivíduo escolhe colocar em si mesmo.
A 'coleira' que a gravata significa (Atrelando ao social), a 'camara de
tortura' do salto alto (Atrelando a 'estética') e o 'piercing' (Atrelando ao
'PLUR'?). Creio ser por aí.
Realmente, talvez seja necessário uma dose muito grande de 'anestésico' para
se colocar uma gravata.
"...a gravata pode incomodar por muito mais tempo...
[]s
Vladimir"
Em tempo: Xilocaína é o nome comercial da lidocaína.
PLUR,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 09:06
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Isto é bobagem fundamentalista. Não deve ter futuro.
Sei nao. Bobagens costumam ter muito futuro.
> 1- Pelo que sei o termo "evolução" das espécies é um equivoco. Não
> há evolução, mas uma espécie de "deriva natural";
> 2- Participei de um congresso e os biologos palestrantes afirmaram
> que a hipótese da evolução é apenas especulação filosófica com auto
> valor heuristico, mas não é uma teoria ciêntífica;
> 3- Por fim, como saber o que é pseudo-ciência se não sabemos o que é
> ciência?
>
> Os dois primeiros itens procedem?
1 - O q. se quer dizer com 'deriva natural'?
2- Definitivamente e' uma bobagem. A teoria sintetica da evolucao
(nao confundir com evolucao artificial) e' plenamente testavel. Ela
se baseia em três (ou quatro) postulados testáveis um a um. E suas
conseqüências podem ser medidas diretamente.
A teoria da evolucao e' uma teoria pra explicar o fato da evolucao.
O q. e' a evolucao biologica? E' tao somente a alteracao da proporcao
de alelos em uma populacao. Isso e' verificavel direta e
indiretamente.
A teoria da evolucao procura explicar o porq. dessa alteracao ocorrer
ao longo das geracoes. Os postulados são:
a) Existe variabilidade fenotipica dentro de uma populacao;
b) Uma parte dessa variabilidade e' herdável;
c) Uma parte dessa variabilidade herdável interfere na capacidade
reprodutiva, sobrevivência ou de algum parâmetro q. define o sucesso
reprodutivo.
a) Sim, existe variabilidade fenotípica dentro de uma população (se
alguém duvidar disso posso recolher alguns dentre os milhões de
trabalhos disponíveis na literatura científica).
b) Sim, parte dessa variabilidade é herdável (idem)
c) Sim, parte dessa variabilidade afeta o sucesso reprodutivo do
indivíduo. (Idem)
Segue-se direto e reto disso q. a proporção de fenótipos herdáveis
irá variar nessa população ao longo das gerações, conquanto essa
diferença se reflita na capacidade do indivíduo de deixar
descendência viável. Estudos de genética, mostram a relação dos
fenótipos com a constituição gênica do indivíduo.
Uma das conseqüências esperadas disso em certos regimes de seleção é
a especiação.
Portanto, a teoria sintética da evolução é uma teoria científica. O
fato de vc afirmar que biólogos disseram tamanha idiotice em um
congresso reforça a impressão expressei lá em cima: "Bobagens
costumam ter muito futuro". O fato de q. vc, q. tem estudo, q.
conhece os fundamentos da lógica, ficar em dúvida diante desses
disparates tbm reforça essa minha impressão.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Evolução
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 09:36
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Mas não existem espaços de tempo enexplicaveis entre fósseis?
Inexplicáveis propriamente não. O q. seria inexplicável, por
exemplo, seria um fóssil de coelho no pré-cambriano.
> E o aparecimento de fósseis complexos aparentemente do nada?
A palavra-chave e' *aparentemente*.
Primeiro, temos q. tomar cuidado com a análise dos registros fósseis.
Os fósseis se formam sob condições bastante restritivas -- precisa
ser uma área deposicional, a granulação dos sedimentos precisa ser
suficientemente fina, a química do meio não pode correr ou destruir
os vestígios orgânicos e assim por diante. Não obstante e'
surpreendente q. o registro fóssil seja tão completo em vários casos.
Retomo o exemplo q. dei anteriormente em uma outra mensagem:
fósseis de crossopterígios desaparecem a partir do cretáceo. Apesar
disso, no século passado encontraram um membro desse grupo o
celacanto /Latimeria/. O q. devemos pensar? Q. eles sumiram
magicamente e reapareceram depois? Q. o /Latimeria/ foi recriado? Q.
o registro fóssil é incompleto? Q. os alienígenas devolveram um
exemplar q. haviam capturado lá no mesozóico para repovoar a Terra?
Qto 'a explosao do Cambriano. Alguns especulam q. foi verdadeiramente
uma explosao -- por exemplo, os seguidores do equilibrio puntuado --
em termos geológicos, claro, outros q. não foi tão uma explosão
assim -- normalmente se baseiam em análises genéticas. Mas não se diz
q. foi do nada. O registro do Cambriano se refere a fósseis com parte
duras, mais do q. organismos complexos. Organismos complexos
existiram certamente antes disso, como atesta a fauna do Folhelho
Burgess e similares espalhados pelo mundo.
Ha' ainda a fauna de Ediacara q. alguns tentam relacionar com as
formas existentes em Burgess.
> Pelas palestras que assisti não há indícios de um continuum entre as
> espécies (não todas).
E precisa haver em todas?
> Parece que a "evolução está sendo encarada como uma teoria útil,
> mas não que corresponda a fatos ocorridos.
Ela certamente e' útil. Mas é útil exatamente na medida em q.
correspondem aos fatos aos quais temos acesso. Foi assim? Realmente
não sabemos, mas isso é questão de *qualquer* teoria científica. Se
quiser encarar isso, então, como 'especulação filosófica apenas com
auto-valor heurístico', tudo bem. Mas aí temos q. encarar qualquer
teoria científica como tal. Se quiser, novamente tudo bem.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 09:47
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Bakunin foi um discípulo de Proudhon, de modo que esse
> filósofo francês (o primeiro que falou de 'anarquia' de uma forma
> positiva) integra a corrente do anarquismo clássico como o seu
> primeiro teórico.
Certo, e Darwin tendo estudado religião integra a linha criacionista?
> Não duvido que muitos anarquistas "atuais" sejam anarquistas de
> salão inspirados no Proudhon esclerosado amigo do imperador.
Uso aspas em anarquistas, clássicos ou atuais? Se não quiser
reconhecer neles o direito de se chamarem anarquistas, tudo bem.
Direito seu. O q. não quer dizer q. desejem ou defendam a violência
como método político, o q. não quer dizer q. sejam anti-democráticos,
o q. não quer dizer q. defendam alguma forma de autoritarismo.
Verdade tbm q. não quer dizer q. votem nulo ou q. essa seja a
motivação de eventualmente votarem nulo. Pode sim, muito bem ser q.
esses anarquistas 'atuais' (ou serao 'anarquistas' atuais? Ou
ainda, 'anarquistas' 'atuais'?) tbm desejem o anarquismo apenas para
daqui a 2.000 anos, pode ser q. sejam new age (q. mal ha' em ser new
age?), pode ser q. sejam grupelho...?
> Quanto ao resto não vale comentários.
Falei q. era ofensa... E nao vale comentario nem a possivel indicacao
q. voto nulo nao tem nenhuma relacao direta com a defesa ou ataque 'a
democracia?
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/17023
> Peguei o indice de votos nulos nas ultimas eleicoes de paises
> latino-americanos. Nao consegui encontrar uma relacao clara entre
> os dois valores.
>
> País LB 1o/2o (ano)
> Uruguai 67 0,96/1,00 (1999)
> Peru 39 5,90/- (2000)
> Chile 34 2,19/1,41 (1999)
> Brasil 26 10,67/- (1998)
> Colombia 22 0,88 (1998)
>
> LB - índice Latinobarometro 2001 de apoio 'a democracia
> 1o/2o - votos nulos 1o e 2o turno respectivamente em %
> (ano) - ano da eleicao presidencial considerada
> (Nao sei se na Colombia as eleicoes se dao em dois turnos.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Evolução
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 11:03
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
. . .
> Mas eu quero ressaltar que não são apenas os criacionista que são
contra a
> teoria da "evolução". Pelo que pude perceber há várias posturas
diferentes,
> desde "não sabemos o que aconteceu, mas "evolução" com certeza não
foi" até
> "aconteceu algo parecido com isso (evolução) mas a teoria ainda é
muito
> precária" passando por "isto é pura especulação filosófica, muito
útil para
> explicar determinados fenômenos, mas é especulação, e não teoria.
>
Quanto a não serem apenas os criacionistas contra a evolução, isso é
apenas parcialmente verdade. Falando da comunidade científica, já não
há controvérsia sobre SE a evolução aconteceu ou não quase desde
Darwin há 140 anos. Basta verificar nas publicações científicas mais
respeitáveis, que constantemente publicam trabalhos sobre biologia
evolutiva, para se ter uma boa idéia sobre qual é a opinião da
comunidade científica sobre o assunto. Ela é bem clara: as discussões
hoje em dia são sobre detalhes de como a evolução teria se
processado, não se teria ou não acontecido.
Existe, no entanto, uma corrente pretensamente científica que se auto-
intitula proponente do Intelligent Design (ou ID), da qual fazem
parte pessoas como Michael Behe e William Dembski, e que costuma
rejeitar o rótulo de criacionista. O ID, no entanto, é apenas
criacionismo disfarçado propositalmente para não parecer religião.
Nos EUA, os grupos religiosos fundamentalistas vivem tentando incluir
o criacionismo nos currículos escolares. Tentam conseguir através dos
tribunais o que não conseguem na pesquisa científica. Mas como as
decisões judiciais já deixaram claro que criacionismo é religião,
logo não poderia ser incluído em pé de igualdade com a evolução em
aulas de ciência, partiram para apresentar suas teorias com o nome de
ID, que tem uma roupagem aparentemente científica, mas cujo único
objetivo é lançar dúvidas sobre a evolução. O ID é uma proposta
claramente não-científica, porque seus proponentes se dizem
competentes para identificar indícios de inteligência nos seres
vivos, mas se julgam incompetentes para identificar os sinais de não-
inteligência.
(só por curiosidade, o congresso a que vc assistiu era sobre ID?)
[]
Ronaldo
SUBJECT: Re: A semi-volta de um kook
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 11:20
> De: Manuel Bulcão
> PS.: Quanto aos assessores ex-guerrilheiros, como você mesmo disse
> são "ex", não são mais. Não se deve condenar para sempre uma pessoa
> por algum desatino que cometeu na juventude. Aliás, como disse um
> velho reacionário conhecido meu, "é o excesso de testosterona e a
> inexperiência dos jovens o principal motor do radicalismo."
Por que desatino, Manuel?
Alguns milhares a mais de "desatinados" como
aqueles nosso destino teria sido muito melhor, livres das oligarquias
políticas, livres de ACMs, Malufes, Collors e Sarneys.
Da mesma forma, defendo o MST. Se não fosse pelo "radicalismo" deles
o FHC não teria feito 1 décimo da reforma agrária. Acho até que o MST
é muito manso. Achei do caralho quando aquele bando de "radicais"
secaram o estoque de Uisquinho do presidente. Vamos secar a adega de
vinhos raros do Malufão? ;-)
Quando insurreições ocorrem nas Romênias da vida e os Ceaucescus da vida
se fodem (desculpe o francês) aplaudimos de pé. Se qualquer tantativa
de protesto acontece aqui nós escorraçamos esses "petistas de merda!".
Os que me conhecem sabem que me oponho inexoravelmente à violência,
mas isso não significa que eu vou me omitir quando coturnos pisotearem
minha cara. Sou totalmente favorável à ocupação de lugares e propriedades
públicas ou privadas improdutivas; completamente favorável à desobediência
civil; à greve, à sabotagem da máquina do Estado e à subversão ideológica.
Senão, "os Coroné" tem razão: nossa verdadeira vocação é a subserviência.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 11:22
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> O Gould tenta dizer que não existe direção na evolução, que ela se
> dá ao acaso. Wright tenta refutar essa idéia.
>
> Os paleontólogos sabem que quanto mais fundo você cava, mas simples
> ficam os fósseis. O motivo é que os seres vivos não lutam apenas
> contra o ambiente físico, mas também, e principalmente, com outros
> seres vivos. Eles têm que competir com outros que já existem, e
> para supera-los terão que ser melhores que os outros (mais rápido,
> com melhor visão, melhor camuflagem, ou seja lá o que for). Uma vez
> que este bicho se estabeleça, um outro terá que ser ainda melhor.
> Esta corrida armamentista impõe um vetor ascendente não só à
> evolução biológica, mas também cultural/histórica.
Não bem assim. A seleção natural certamente e' direcional. Esse
direcionamento e' dado pela interação com o ambiente. Se em um
dado ambiente indivíduos altos são selecionados, então a média da
altura dos indivíduos dessa população tende a aumentar.
Mas o q. ocorre a longo prazo? O q. ocorre normalmente e' q. o
ambiente muda e o regime de seleção muda de acordo.
E qto 'as interações bióticas? Essa tal corrida armamentista:
o tal efeito Rainha de Copas (Red Queen)? As populações interagentes
não estão necessariamente condenadas a uma eterna relação de
complexificação -- como bem apontou Bulcão (sim, às vezes eu
concordo com ele... re re...), por exemplo, em relações de
parasitismo, o parasita pode sofrer um processo de simplificação
morfológica com o correr das gerações. (Eu fico imaginando
q. alterações morfológicas não sofrerá o tentilhão-vampiro ao
longo das gerações.) Mas isso ainda não livra da percepção da
direcionalidade.
Bem, ha' casos em q. ao q. tudo indica houve mudanças das relações
entre dois grupos de organismos ao longo do tempo: uma relação de
parasitismo q. evoluiu para simbiose, um caso de comensalismo q.
evoluiu para parasitismo, uma interação de competição que evoluiu
para cooperação e assim por diante.
Não tenho de cabeça um exemplo real, mas analisemos uma
situação hipotética de predatismo. Uma população de organismos
A, preda indivíduos de uma população de organismos B. Bem,
uma das alterações possíveis resultantes na população B,
seria o aumento do tamanho: sendo maior do q. o predador
poderiam ficar menos vulneráveis (como os elefantes adultos q.
dificilmente são predados pelos tigres -- claro, não q.
os elefantes atuais sejam grandes por esse tipo de interação).
Uma resposta possível na população A, poderia ser tbm
a tendência ao gigantismo. E isso poderia seguir até o
limite físico permitido pelo sistema. A população B poderia
se extinguir e levando consigo a população A. Mas poderia
tbm levar a um aumento de mecanismos de proteção como
couraças, espinhos, chifres, etc... ao longo das gerações.
E isso novamente poderia alcançar um limite físico --
à medida em q. aumentam os mecanismos de proteção e
seu tamanho, vão ficando mais lentos. Ate' q. poderia
ser novamente vantajoso ser pequeno e/ou sem couraça:
ficariam mais rápidos e teriam mais locais para se
esconder ou poderiam utilizar os recursos na reprodução.
Claro isso e' apenas um cenário possível dentre
infinitas combinações.
Uma mudança no regime de interação poderia se dar, por
exemplo, de uma planta parasitada por um inseto. Plantas
q. produzem veneno poderiam ser selecionadas em um
primeiro momento. Insetos q. fossem capazes de metabolizar
esse veneno por sua vez poderiam ser selecionados. Poderia
ser ate' q. esse veneno passasse a ser um nutriente. Plantas
q. produzissem essa substância em locais mais específicos
poderiam levar vantagem na medida em q. sofrerão ataques
mais localizados, poupando órgãos importantes. Em um
outro momento, plantas q. produzam essas substâncias pertos de
órgãos reprodutores poderão explorar a dependência do
antigo parasita de modo q. auxiliar em sua polinização.
Essa relação pode evoluir para um caso de dependência mútua.
Claro, esses exemplo acima são hipotéticos, mas há
casos reais q. parecem indicar tais modificações ao
longo do tempo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 12:18
Takata,
Nada como ouvir a palavra dos especialistas! Duas observações:
a) Você poderia esclarecer melhor o que é esse efeito "Rainha de Copas"?
b) Você está a par de um modelo de simulação chamado Tierra, que simula a
evolução de organismos sob diversas condições ambientais? Como os biólogos
evolucionistas encaram a utilização desses modelos no refinamento e
verificação da teoria?
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 7 de Outubro de 2002 11:22
Assunto: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> O Gould tenta dizer que não existe direção na evolução, que ela se
> dá ao acaso. Wright tenta refutar essa idéia.
>
> Os paleontólogos sabem que quanto mais fundo você cava, mas simples
> ficam os fósseis. O motivo é que os seres vivos não lutam apenas
> contra o ambiente físico, mas também, e principalmente, com outros
> seres vivos. Eles têm que competir com outros que já existem, e
> para supera-los terão que ser melhores que os outros (mais rápido,
> com melhor visão, melhor camuflagem, ou seja lá o que for). Uma vez
> que este bicho se estabeleça, um outro terá que ser ainda melhor.
> Esta corrida armamentista impõe um vetor ascendente não só à
> evolução biológica, mas também cultural/histórica.
Não bem assim. A seleção natural certamente e' direcional. Esse
direcionamento e' dado pela interação com o ambiente. Se em um
dado ambiente indivíduos altos são selecionados, então a média da
altura dos indivíduos dessa população tende a aumentar.
Mas o q. ocorre a longo prazo? O q. ocorre normalmente e' q. o
ambiente muda e o regime de seleção muda de acordo.
E qto 'as interações bióticas? Essa tal corrida armamentista:
o tal efeito Rainha de Copas (Red Queen)? As populações interagentes
não estão necessariamente condenadas a uma eterna relação de
complexificação -- como bem apontou Bulcão (sim, às vezes eu
concordo com ele... re re...), por exemplo, em relações de
parasitismo, o parasita pode sofrer um processo de simplificação
morfológica com o correr das gerações. (Eu fico imaginando
q. alterações morfológicas não sofrerá o tentilhão-vampiro ao
longo das gerações.) Mas isso ainda não livra da percepção da
direcionalidade.
Bem, ha' casos em q. ao q. tudo indica houve mudanças das relações
entre dois grupos de organismos ao longo do tempo: uma relação de
parasitismo q. evoluiu para simbiose, um caso de comensalismo q.
evoluiu para parasitismo, uma interação de competição que evoluiu
para cooperação e assim por diante.
Não tenho de cabeça um exemplo real, mas analisemos uma
situação hipotética de predatismo. Uma população de organismos
A, preda indivíduos de uma população de organismos B. Bem,
uma das alterações possíveis resultantes na população B,
seria o aumento do tamanho: sendo maior do q. o predador
poderiam ficar menos vulneráveis (como os elefantes adultos q.
dificilmente são predados pelos tigres -- claro, não q.
os elefantes atuais sejam grandes por esse tipo de interação).
Uma resposta possível na população A, poderia ser tbm
a tendência ao gigantismo. E isso poderia seguir até o
limite físico permitido pelo sistema. A população B poderia
se extinguir e levando consigo a população A. Mas poderia
tbm levar a um aumento de mecanismos de proteção como
couraças, espinhos, chifres, etc... ao longo das gerações.
E isso novamente poderia alcançar um limite físico --
à medida em q. aumentam os mecanismos de proteção e
seu tamanho, vão ficando mais lentos. Ate' q. poderia
ser novamente vantajoso ser pequeno e/ou sem couraça:
ficariam mais rápidos e teriam mais locais para se
esconder ou poderiam utilizar os recursos na reprodução.
Claro isso e' apenas um cenário possível dentre
infinitas combinações.
Uma mudança no regime de interação poderia se dar, por
exemplo, de uma planta parasitada por um inseto. Plantas
q. produzem veneno poderiam ser selecionadas em um
primeiro momento. Insetos q. fossem capazes de metabolizar
esse veneno por sua vez poderiam ser selecionados. Poderia
ser ate' q. esse veneno passasse a ser um nutriente. Plantas
q. produzissem essa substância em locais mais específicos
poderiam levar vantagem na medida em q. sofrerão ataques
mais localizados, poupando órgãos importantes. Em um
outro momento, plantas q. produzam essas substâncias pertos de
órgãos reprodutores poderão explorar a dependência do
antigo parasita de modo q. auxiliar em sua polinização.
Essa relação pode evoluir para um caso de dependência mútua.
Claro, esses exemplo acima são hipotéticos, mas há
casos reais q. parecem indicar tais modificações ao
longo do tempo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: A semi-volta de um kook
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 12:44
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> Por que desatino, Manuel?
>
> Alguns milhares a mais de "desatinados" como
> aqueles nosso destino teria sido muito melhor, livres das
oligarquias
> políticas, livres de ACMs, Malufes, Collors e Sarneys.
L: Concordo plenamente...
> Quando insurreições ocorrem nas Romênias da vida e os Ceaucescus da
vida
> se fodem (desculpe o francês) aplaudimos de pé. Se qualquer
tantativa
> de protesto acontece aqui nós escorraçamos esses "petistas de
merda!".
L: Concordo plenamente...
> Os que me conhecem sabem que me oponho inexoravelmente à violência,
> mas isso não significa que eu vou me omitir quando coturnos
pisotearem
> minha cara. Sou totalmente favorável à ocupação de lugares e
propriedades
> públicas ou privadas improdutivas; completamente favorável à
desobediência
> civil; à greve, à sabotagem da máquina do Estado e à subversão
ideológica.
>
> Senão, "os Coroné" tem razão: nossa verdadeira vocação é a
subserviência.
L: O Brasil precisa de gente com sangue nas veias. Sem sangue não
vai sair nada. Infelizmente...
Beijos, Lígia
PS: O Bulcão ficou tão horrorizado que decidiu parar de trocar
idéias comigo... não tem problema, sou reacionária mesmo. Amaria
trabalhar em prol de algum movimento que fizesse valer algum tipo de
ideal além do enriquecimento ilícito nas nossas costas, coisa que
essa "democracia" aceita e só faz aumentar...
PS2: Ah, e ontem depois de 2 horas embaixo do sol, eu pude votar!
Havia uma urna por sala e a minha seção tinha o maior número de
pessoas inválidas, de idade e grávidas, ou pelo menos assim me
pareceu dado o contingente de gente que entrava na sala sem entrar na
fila, em meio aos 580 eleitores "escalados". Vi conhecidos meus
chegando logo depois que eu saí e que continuaram por lá até depois
das 7 da noite. Eram duas horas da tarde quando eu consegui ir
almoçar e eram 10 horas da manhã quando fui cumprir meu "dever
cívico"... enfim, se o voto não fosse obrigatório, jamais eu iria me
sujeitar a isso!
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 13:13
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Nada como ouvir a palavra dos especialistas!
Então é melhor encontrarmos um... re re...
> a) Você poderia esclarecer melhor o que é esse efeito "Rainha de
> Copas"?
É a corrida armamentista a q. Carvalho se referiu em mensagem
anterior. Se não me falha a memória a expressão foi cunhada pelo
zoólogo e jornalista inglês Matt Ridley (não confundir com o
biólogo inglês Mark Ridley, autor/editor de um famoso livro-texto
sobre Biologia Evolução: Evolution). É uma referência a uma passagem
de Alice através do Espelho (não estou certo se o título em
português é esse mesmo -- só li o No País das Maravilhas), na qual a
Rainha de Copas diz a Alice: "Que terra mais vagarosa! Aqui, vê lá
tu, é preciso correr o mais que se pode, para ficar sempre no mesmo
lugar. Se quiseres ir para outro lugar qualquer, tens de correr pelo
menos duas vezes mais depressa".
Organismos em interação deveriam desenvolver (evolutivamente) contra-
medidas anulando a vantagem do competidor/agressor de modo a não ser
extinto.
Alguns acham q. não há uma disputa tão acirrada assim e cunharam o
termo 'Pink Queen'.
> b) Você está a par de um modelo de simulação chamado Tierra, que
> simula a evolução de organismos sob diversas condições ambientais?
> Como os biólogos evolucionistas encaram a utilização desses modelos
> no refinamento e verificação da teoria?
O Tierra não enfatizava mais a competição entre trechos de programas
auto-replicantes do q. propriamente da interação em diferentes
condições ambientais?
Não posso dizer por todos os biólogos, a fauna é bem diversa. De
minha parte, q. não sou biólogo (não tenho CRB), acho q. essas
simulações lançam algumas luzes interessantes. No Tierra acabou
surgindo um código parasita: q. utiliza trechos de outros programetes
para sua própria reprodução -- coisa q. não foi planejada de antemão.
Esse pararelismo q. surge entre o ambiente biótico e o informático
mesmo qdo não há definições apriorísticas dos parâmetros de seleção
certamente está indicando alguma coisa.
Sei q. alguns biólogos, matemáticos e filósofos (sobretudo os dois
últimos) encaram isso como possibilidade de estender o conceito de
vida de modo a abranger esses programas. Eu sou reticente qto 'a
operacionalidade desse conceito de vida. Mas a aplicabilidade de
conceitos evolutivos para entidades q. não são orgânicas (alguns
falam q. programas de computador não são físicos, mas eu discordo) a
meu ver indica a robustez da teoria. Claro q. alguns (os
criacionistas, logicamente) poderão contestar dizendo q. essa
abrangência excessiva acaba caracterizando aquelas hipóteses guarda-
chuva q. de explicar tudo acaba não explicando nada. Mas sucede q. a
teoria limita muito bem as condições nas quais ela deve se aplicar --
hipóteses ad hoc surgem apenas na aplicação em casos específicos e
mesmo assim essas hipóteses normalmente (pra não dizer sempre) são
confirmadas em experimentações posteriores.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: A semi-volta de um kook
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 13:23
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
>Vi conhecidos meus
> chegando logo depois que eu saí e que continuaram por lá até depois
> das 7 da noite. Eram duas horas da tarde quando eu consegui ir
> almoçar e eram 10 horas da manhã quando fui cumprir meu "dever
> cívico"... enfim, se o voto não fosse obrigatório, jamais eu iria
me
> sujeitar a isso!
O que interessa que seja obrigatório ?
O que vc perderia se não fosse votar no dia 6?
Aqui em Portugal o voto não é obrigatorio, e muitas pessoas (quase
50% dos eleitores) não votam. E não o fazem por considerações bem
menores que essa (normalmente as filas não são grandes aqui, embora o
voto não seja electronico)
Sinto alguma preplexidade em constatar que ai o voto é obrigatório.
Parar no sinal vermelho tb é obrigatório mas tem gente que não para.
Parece-me que aquilo que vc perde se não completar o voto obrigatorio
é o mesmo que pedem os 50% de eleitore Portugueses que não votam. Não
é/será ? ( e não se entenda daqui que estou a concluir que não perdem
nada)
Curioso,
Sérgio
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: A semi-volta de um kook
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 14:06
> De: Sergio M. M. Taborda
>
> Parece-me que aquilo que vc perde se não completar o voto obrigatorio
> é o mesmo que pedem os 50% de eleitore Portugueses que não votam. Não
> é/será ? ( e não se entenda daqui que estou a concluir que não perdem
> nada)
A situação de quem pleitea uma função pública (concursada ou não)
fica mais complicada para quem não comparece às urnas.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: A semi-volta de um kook
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 14:09
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
> O que interessa que seja obrigatório ?
> O que vc perderia se não fosse votar no dia 6?
L: De acordo com um site sobre o voto no Brasil:
http://www.mutran.com.br/sites/computertots/voto.htm
O que pode acontecer com o eleitor que não votar?
Se o eleitor não votar no primeiro turno nem se justificar perante o
Juiz Eleitoral até o dia 30 de novembro terá que pagar uma multa de
R$ 1 a R$ 3, valor que pode, a critério do Juiz, ser aumentado em até
dez vezes, dependendo da condição econômica do eleitor. A data limite
para justificar a ausência no segundo turno é 28 de dezembro. Sem a
prova de que votou na última eleição, ou de que pagou a respectiva
multa ou de que se justificou devidamente, o eleitor fica sujeito a
uma série de penalidades:
· não poderá se inscrever em concurso ou prova para cargo ou função
pública, nem assumir tal cargo ou função;
· não poderá receber vencimentos ou salário de função ou emprego
público, autárquico ou de alguma forma ligado ao Governo,
correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;
· não poderá participar de concorrências públicas ou administrativas
do governo;
· não poderá obter passaporte ou carteira de identidade ou renovar
matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo
Governo e não conseguirá empréstimo nas autarquias, sociedades de
economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, institutos e
caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de
crédito mantido pelo Governo ou de cuja administração esse participe
e com essas entidades celebre contratos.
O eleitor em situação irregular ficará ainda impedido de praticar
qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou
imposto de renda.
>
> Aqui em Portugal o voto não é obrigatorio, e muitas pessoas (quase
> 50% dos eleitores) não votam. E não o fazem por considerações bem
> menores que essa (normalmente as filas não são grandes aqui, embora
o
> voto não seja electronico)
> Sinto alguma preplexidade em constatar que ai o voto é obrigatório.
> Parar no sinal vermelho tb é obrigatório mas tem gente que não
para.
>
> Parece-me que aquilo que vc perde se não completar o voto
obrigatorio
> é o mesmo que pedem os 50% de eleitore Portugueses que não votam.
Não
> é/será ? ( e não se entenda daqui que estou a concluir que não
perdem
> nada)
L: Eu sei o que perdi indo votar: um dia inteiro... agora, o voto,
caso não fosse obrigatório e caso houvesse candidatos à altura de
serem confiáveis, eu nem estaria nervosa: teria ído votar por livre
e espontânea vontade. O que dói é a imposição de um "direito
adquirido" além da falta de poder de escolha: tanto faz se voto num
ou noutro, tudo acaba em carnaval ou final de campeonato de futebol...
Beijos, Lígia
SUBJECT: RES: Futilidade da tintura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 15:30
> De: phreakazoid@ig.com.br
>
> haha
> uso piercing no nariz e na lingua, entao eu sou futil?
> eu apenas corrigi uns defeitos de nascença, estavam faltando
> esses furos.
Nada a ver. Vc apenas quer se destacar dos demais para...
sei lá... conquistar parceiros(as) sexuais??? ;-)
Não é o adereço que torna alguém fútil. É a atitude.
Alguns usam piercing porque gostam e certas mulheres
pintam o cabelo de loiro porque precisam. Então?
Quem é fútil?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 15:46
On Fri, 4 Oct 2002, rmtakata wrote:
> Entao os anarquistas com quem vc anda conversando e' bem diferente
> dos anarquistas com quem converso. Ô, Borges, vc sustenta a
> necessidade da destruicao ou supressao violenta do Estado?
Sou totalmente contra!!!
Estou mais para um "anarquistinha paz e amor" [adulterando a frase de
Jesus Serra].
Nada de violência. Destruição só leva à pobreza. [claro que como
anarquista não me refiro à pobreza/riqueza individual, e mesmo esta não é
necessariamente monetária]
> Pobre Proudhon...
> Roberto Takata
Proudhon é um saco!
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: RES: Futilidade da tintura
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 15:51
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Não é o adereço que torna alguém fútil. É a atitude.
> Alguns usam piercing porque gostam e certas mulheres
> pintam o cabelo de loiro porque precisam. Então?
> Quem é fútil?
Eu acho fútil quem tenta classificar os demais como fúteis.
A mulher quer agradar os outros? Problema dela. E se ela
for alguém q. se preocupa com os outros? Eu pessoalmente não
me sinto mais atraído pelas loiras do q. pelas de cabelo
mais escuro, mas, qual, se eu gostasse e a minha companheira
fizesse isso so' pra me agradar?
Gostar de ciência tbm e' uma futulidade. Estuda-se ciência para
promover o bem da humanidade ou pra satisfazer um desejo pessoal?
Estamos trocando estes emails por causa de uma vontade
interna de comunicação ou para desenvolver a cultura geral
da população?
Deixem pintar, deixem se perfurar.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Astrologia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 15:53
On Fri, 4 Oct 2002, <% Alvaro Augusto de Almeida %> wrote:
> Cá entre nós, qual é a dimensão científica de gente como Mark Twain,
> Marco Polo, Confúcio, Hermer Trimegisto e tantos outros? E, ainda que
> todos esses "grandes cérebros" fossem realmente defensores da
> astrologia, isso não a validaria.
> Alvaro Augusto
Já li Confúcio e não me lembro dele ter mencionado astrologia. Mas
religião [ou outros estudos metafísicos] não era assunto dele. Ele tratava
de assuntos do cotidiano, preceitos morais sem a necessidade de se apelar
para a religião.
Algo no estilo: "tudo vai ficar bem se você fizer a coisa certa."
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução e criacionismo
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 16:05
On Sat, 5 Oct 2002, <% Alvaro Augusto de Almeida %> wrote:
> O termo "evolução" deve ser entendido na mesma acepção de "evolução de um
> indicador econômico", como o dólar por exemplo. Trata-se simplesmente da
> mudança de variáveis em função do tempo, não de aperfeiçoamento. De fato,
> várias espécies apresentam características que involuíram, como as patas
> dos cavalos e as nadadeiras peitorais dos cetáceos.
Acho que há alguns conceitos não muito bem esclarecidos. Vc poderia
definir as seguintes afirmações:
-evolução
-involução
-aperfeiçoamento
Acho que a partir de então poderíamos começar a entender sua lógica.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 16:09
O interessante a notar é que o voto nulo só teria algum peso se:
a) A sociedade fosse capaz de se organizar, talvez de alguma maneira
automática, de modo que o número de votantes no voto nulo fosse superior ao
restante. Só que se a sociedade fosse capaz de tal organização, eleições
seriam desnecessárias;
b) Algum indivíduo ou grupo de indivíduos fosse capaz de investir
pesadamente a favor do voto nulo. Só que qualquer grupo disposto a gastar
tempo e dinheiro em uma campanha dessas teria muito mais a ganhar se
candidatando a algum cargo público.
O voto nulo é ineficaz como maneira de protesto, mas é perigoso em termos
de resultados, como já ficou provado nas eleições recentes nos EUA, onde um
idiota foi eleito, e na França, onde um extremista quase foi eleito. Assim,
a abstenção não significa que o eleitor esteja se abstento de participar
das decisões, pois deixando de votar, o eleitor abre caminho para
candidatos menos preparados. Trata-se de uma questão simples de teoria dos
jogos.
[ ]s
Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 7 de Outubro de 2002 15:46
Assunto: Re: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
On Fri, 4 Oct 2002, rmtakata wrote:
> Entao os anarquistas com quem vc anda conversando e' bem diferente
> dos anarquistas com quem converso. Ô, Borges, vc sustenta a
> necessidade da destruicao ou supressao violenta do Estado?
Sou totalmente contra!!!
Estou mais para um "anarquistinha paz e amor" [adulterando a frase de
Jesus Serra].
Nada de violência. Destruição só leva à pobreza. [claro que como
anarquista não me refiro à pobreza/riqueza individual, e mesmo esta não é
necessariamente monetária]
> Pobre Proudhon...
> Roberto Takata
Proudhon é um saco!
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 16:34
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> a) A sociedade fosse capaz de se organizar, talvez de alguma maneira
> automática, de modo que o número de votantes no voto nulo fosse
> superior ao restante. Só que se a sociedade fosse capaz de tal
> organização, eleições seriam desnecessárias;
Não vejo por q seriam necessariamente desnecessárias.
> b) Algum indivíduo ou grupo de indivíduos fosse capaz de investir
> pesadamente a favor do voto nulo. Só que qualquer grupo disposto a
> gastar tempo e dinheiro em uma campanha dessas teria muito mais a
> ganhar se candidatando a algum cargo público.
Não necessariamente.
> O voto nulo é ineficaz como maneira de protesto, mas é perigoso em
> termos de resultados, como já ficou provado nas eleições recentes
> nos EUA, onde um idiota foi eleito, e na França, onde um extremista
> quase foi eleito.
Isso nao se deveu ao voto nulo, mas 'a abstencao. E não so' 'a
abstencao, mas tbm aos votos q. Bush e Le Pen receberam. Se o voto
nulo e' potencialmente perigoso em termos de resultados ('as vezes
e'), ele seria uma maneira potencialmente eficaz de protesto ('as
vezes e').
O voto *não* nulo de protesto nos brindou com o Enéas. Ele teve 7%
dos votos para deputado federal em São Paulo, mais de 1,5 milhão de
eleitores.
> das decisões, pois deixando de votar, o eleitor abre caminho para
> candidatos menos preparados.
E votando ele tbm abre caminho para candidatos despreparados ou
preparados para o mal: vide Collor, Eneás e ACM, por exemplo.
> Trata-se de uma questão simples de teoria dos jogos.
Não tão simples, já q. o número de participantes é bastante grande.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 17:07
Olá Takata.
"E votando ele tbm abre caminho para candidatos despreparados ou
preparados para o mal: vide Collor, Eneás e ACM, por exemplo."
Takata, vc falando em "preparados para o mal"?! To te estranhando.
Mas Collor e ACM estão longe de serem despreparados, aliás estes podem ser preparados demais ;-)
Então suponho q vc se refira a eles como o mal, é isso?
Por favor, defina esse "mal".
Inté+
Mauro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A semi-volta de um kook
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 18:20
>O que pode acontecer com o eleitor que não votar?
Obrigado Ligia, muito esclarecedor.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A semi-volta de um kook
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 18:28
Só complementando, no Brasil o funcionário público que deixar de votar ou
que deixar de justificar o voto estará em maus lençois. Além de votar, a
cada eleição eu tenho que apresentar o comprovante de votação ao
departamento de RH da minha faculdade, sob risco de ficar sem salário!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 7 de Outubro de 2002 18:20
Assunto: Re: [ciencialist] Re: A semi-volta de um kook
>
>
> >O que pode acontecer com o eleitor que não votar?
>
> Obrigado Ligia, muito esclarecedor.
>
> Sérgio
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 19:14
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> a) A sociedade fosse capaz de se organizar, talvez de alguma maneira
> automática, de modo que o número de votantes no voto nulo fosse
> superior ao restante. Só que se a sociedade fosse capaz de tal
> organização, eleições seriam desnecessárias;
Não vejo por q seriam necessariamente desnecessárias.
Alvaro. Se a sociedade fosse capaz de tal nível de organização, poderia se
"auto-governar" sem necessidade de democracia representativa. Seria algo
semelhante ao que os anarquistas sempre quiseram, mas que é impossível
porque alguém sempre deseja mais poder do que aquele que "emana do povo".
> b) Algum indivíduo ou grupo de indivíduos fosse capaz de investir
> pesadamente a favor do voto nulo. Só que qualquer grupo disposto a
> gastar tempo e dinheiro em uma campanha dessas teria muito mais a
> ganhar se candidatando a algum cargo público.
Não necessariamente.
Alvaro: Novamente, penso que se alguem tivesse dinheiro, tempo e vontade de
interferir nos destinos da sociedade não tardaria até que esse alguém
resolvesse ganhar poder por meio de eleições. Casos excepcionais,
demonstradores de grande altruísmo como Ghandi, devem ser tratados como
são: exceção.
> O voto nulo é ineficaz como maneira de protesto, mas é perigoso em
> termos de resultados, como já ficou provado nas eleições recentes
> nos EUA, onde um idiota foi eleito, e na França, onde um extremista
> quase foi eleito.
Isso nao se deveu ao voto nulo, mas 'a abstencao. E não so' 'a
abstencao, mas tbm aos votos q. Bush e Le Pen receberam. Se o voto
nulo e' potencialmente perigoso em termos de resultados ('as vezes
e'), ele seria uma maneira potencialmente eficaz de protesto ('as
vezes e').
Alvaro: Certo. Voto nulo e abstenção são coisas diferentes, mas no Brasil o
voto nulo é também uma forma de abstenção, a não ser que a pessoas resolva
enfrentar a chateação da justificativa do voto. É verdade que o voto nulo
poderia ser uma grande maneira de protesto, mas insisto que, na minha
opinião, não existem maneiras de operacionalizá-lo em grande escala. A
situação é algo semelhante a um país que tem bombas nucleares mas não tem
mísseis balísticos para jogá-las no inimigo.
O voto *não* nulo de protesto nos brindou com o Enéas. Ele teve 7%
dos votos para deputado federal em São Paulo, mais de 1,5 milhão de
eleitores.
> das decisões, pois deixando de votar, o eleitor abre caminho para
> candidatos menos preparados.
E votando ele tbm abre caminho para candidatos despreparados ou
preparados para o mal: vide Collor, Eneás e ACM, por exemplo.
Alvaro. Claro, o processo eleitoral não é infalível e nunca será, da mesma
forma que os eleitores nunca serão totalmente racionais. As eleições de
ontem mostram, dentre várias outras coisas, que candidatos de maior
visibilidade são eleitos mais facilmente, independente da coerência e
racionalismo das propostas. No Paraná, por exemplo, o candidato mais votado
a deputado estadual foi um tal de Ratinho Junior (um camundongo, suponho).
Ele foi eleito unicamente pela elevada visibilidade do pai, o "Ratinho"
original. Qual a plataforma eleitoral do sujeito? Tem algo a ver com
geração de empregos, com o fato dele ser "jovem" e representar a nova
geração dos ratinhos ("de pai para filho, o mesmo amor pelo Paraná", ou
coisa parecida). Ainda assim, como disse alguém de cujo nome não me lembro,
"a democracia é o pior sistema de governo que existe, fora todos os
outros"...
> Trata-se de uma questão simples de teoria dos jogos.
Não tão simples, já q. o número de participantes é bastante grande.
Alvaro. Os participantes podem ser reunidos em grupos, de modo a
simplificar a situação. Tenho que pensar melhor sobre isso.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 20:59
"<% Alvaro Augusto de Almeida %>" wrote:
> > O voto nulo é ineficaz como maneira de protesto, mas é perigoso em
> > termos de resultados, como já ficou provado nas eleições recentes
> > nos EUA, onde um idiota foi eleito, e na França, onde um extremista
> > quase foi eleito.
>
> Isso nao se deveu ao voto nulo, mas 'a abstencao. E não so' 'a
> abstencao, mas tbm aos votos q. Bush e Le Pen receberam. Se o voto
> nulo e' potencialmente perigoso em termos de resultados ('as vezes
> e'), ele seria uma maneira potencialmente eficaz de protesto ('as
> vezes e').
O eleitores que se abstêmm nos EUA fazem-no por uma razão
muito simples: votar é irracional. Não vale o tempo que se
perde porque a probabilidade de um voto mudar o sentido da
eleição é muito baixa. E esse factor é mais importantes em
países em que o eleito tem uma influência menor na vida dos
cidadãos. Votar só faz sentido para quem faz um investimento
emocional na política, o que não acontece com toda a gente.
João
http://www.nonio.com
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O peso do voto nulo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 21:35
> O eleitores que se abstêmm nos EUA fazem-no por uma razão
> muito simples: votar é irracional. Não vale o tempo que se
> perde porque a probabilidade de um voto mudar o sentido da
> eleição é muito baixa. E esse factor é mais importantes em
> países em que o eleito tem uma influência menor na vida dos
> cidadãos. Votar só faz sentido para quem faz um investimento
> emocional na política, o que não acontece com toda a gente.
>
> João
> http://www.nonio.com
>
Bem, nesse caso chegamos rapidamente à conclusão que EU faço um
investimento emocional na política, embora nunca tenha sido candidato a
coisa alguma e nem seja filiado a partido algum. Acho que é isso mesmo. A
pergunta que resta é: Por quê? (mas acho que isso sou eu que tenho que
responder...:)
Mas mesmo descartando o meu caso especial, temos que explicar porque tanta
gente vota, mesmo em países onde o voto é facultativo. Será algo parecido
com torcer por um time de futebol? Ou terá a ver com a emoção de tentar
influenciar pessoas a votarem no candidato "certo"? Terá isso realmente
mais a ver com a emoção do que com a razão? Significa, no fim, que nossos
destinos como povos são regidos por critérios puramente, ou quase
puramente, emocionais? Estou só especulando, mas a coisa é um pouco
assustadora vista dessa perspectiva!
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Anti-humanismos
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2002 21:43
Oi,
Em outra Thread o Douglas escreveu:
<<As vezes fico preocupado de como q um livro adquire um valor maior
q um ser humano. As vezes um livro adquire maior valor que a própria
realidade (vivenciada por alguém).>>
Manuel: Depois que Richard Dawkins esboçou a teoria dos memes, tem
gente falando por aí que um intelectual erudito não passa de um
artifício que uma biblioteca usa para produzir outra biblioteca. Uma
versão original daquela frase disparatada de Samuel Butler, "uma
galinha é um meio que um ovo usa para produzir outro ovo", assertiva
que tem servido como metáfora para o darwinismo atomista atualmente
em voga, segundo o qual é a preservação dos genes a razão última da
nossa existência; que todos nós - animais, plantas, fungos e
micróbios - somos "veículos-robôs cegamente programados para
preservar as moléculas egoístas conhecidas pelo nome de genes."
Mas essa hipótese científica de que não somos senhores do nosso
próprio destino não é assim tão nova. No final do Século XIX, o
alemão August Weismann já a teria formulado em outros termos. De
acordo com este biólogo, o corpo do indivíduo é tão-somente o veículo
dos seus próprios gametas ou plasma germinativo. Como aquele soldado
de Maratona, somos um mensageiro preparado para ser mais rápido que o
princípio universal da degradação da energia, disposto a tudo para
proteger e transmitir a informação que traz consigo e que, após
cumprir a missão, queda-se com a boca escancarada e espera a morte
chegar.
Mesmo antes de Weismann um outro alemão, desta vez um economista e
filósofo, dissera algo semelhante. Em sua análise da economia
capitalista, Marx demonstrou que o "Homo oeconomicus" não é outra
coisa que um instrumento de que uma fábrica se vale para produzir
outras fábricas. Com efeito, no capitalismo verifica-se algo muito
estranho: o grosso da demanda agregada - sem o qual não haveria,
neste mercado centrado no lucro, um equilíbrio oferta-procura a longo
prazo - não é constituído pelo conjunto das demandas individuais por
bens de consumo, mas pela demanda intercapitalista, ou seja, a
demanda dos capitalistas por bens de capital: máquinas-ferramentas e
matérias-primas para a fabricação de máquinas-ferramentas.
Uma enorme fábrica de fabricar fábricas de fabricar mais fábricas "ad
aeternus", é nisso que consiste o sistema capitalista. E as pessoas,
os trabalhadores principalmente, o que representamos nisso tudo?
Somos as reses de um gado humano não muito diferente dos bovino,
caprino, ovino e suíno; somos o apêndice orgânico de uma estrutura
mecânica. A propósito, há quem sustente que o mal que hoje acomete a
economia globalizada é apendicite aguda.
Tudo bem, admito que estou exagerando um pouco, mas uma coisa é
certa: se não fosse a democracia, que progressivamente estende os
benefícios da civilização aos estratos mais baixos da população, a
realidade seria esta que acabei de descrever. O que não quer dizer
que a democracia vai destruir a jaula. Não. A democracia apenas abre
mais espaço entre as grades, o que já é um grande progresso, talvez o
único possível. É, se não podemos escapar do calor deste inferno,
vamos pelo menos procurar uma sombra.
E não pensem que será o amor à Humanidade - essa divindade comum a
todas as esquerdas - que nos resgatará desse servilismo, dessa
alienação. Pois a Humanidade (escrita assim, com "H" maiúsculo) não
passa de uma abstração, um meme a mais. E em nome desta abstração,
pelo bem do Homem-em-geral, dezenas de milhões de homens concretos,
singulares e de carne e osso já foram sacrificados (assassinados). E
no Século XX mais do que em qualquer outro.
É regra que as pessoas, para permanecerem urbanas e gentis com os
seus vizinhos, concentrem todo o seu ódio num bode expiatório: os
negros, os judeus, os estrangeiros, os fumantes, os gays ou qualquer
outra categoria humana que sirva para simbolizar o "inteiramente
outro". Por outro lado, há muita gente escrota que, para calar a voz
da consciência e justificar suas vilanias, elege um "bode amoroso" em
cujo altar tudo é sacrificável. O bode amoroso (expressão inventada
pelo escritor Robert Musil) tem que ser algo grande, do tamanho do
narcisismo de quem o cultua, para que, diante dele, tudo pareça
insignificante e desprezível. Como, por exemplo, a Liberdade, álibi
preferido dos mais concupiscentes, entre os quais estes que almejam
transar com todo mundo inclusive e sobretudo com a mulher do amigo,
por ser a mulher do amigo. Mas estes são de longe os menos
perigosos, pois, se seu comportamento é ditado pelo id, o instinto
que domina o seu id é a sexualidade, a pulsão da vida (se bem que,
entre os primatas, sexo e poder amiúde se confundem). Muito piores
são aqueles dominados pela pulsão que tudo nega - e que, segundo
Mefistófeles, "nega com razão, pois tudo que existe ruma devagar para
a destruição, melhor que jamais tivesse existido" -, que têm seu
comportamento regido pela pulsão da morte, Thanatos. Destes, os bodes
amorosos preferidos são três: a Pátria, Deus (ou sua versão laica, a
Razão) e a Humanidade.
Sobre a macacada patriótica e seu rugido oligofrênico "ein Volk, ein
Reich, ein Führer!", nem é preciso comentar. Quanto a Deus,
obviamente que não se trata do Deus de Abraão, de Jesus Cristo e
Maomé, de Santo Agostino e Spinoza. É ao Deus de Torquemada e do
mujahedin Omar que agora me reporto. Ou seja, refiro-me ao Supremo
Juiz que delega a assassinos a Sua Onipotência e Onisciência, à
Infinita Bondade que não é razão para viver, mas motivo para morrer.
E também para matar. Que o diga a soldadesca da divina guarda
pretoriana e todos aqueles que se aprazem como carcereiro ou carrasco
a serviço do Senhor.
E a hipóstase Humanidade? Uma historinha ilustra bem as intenções
secretas de um determinado tipo de "humanista", do que é capaz a
firme resolução de fazer a Humanidade ascender ao Reino da Liberdade.
E quem nos conta é o historiador marxista Eric Hobsbawm em seu
livro "A Era dos Extremos". Relata ele que o líder do Partido
Comunista da Itália, Palmiro Togliatti, andava muito preocupado
com "a jovial disposição de Mao de aceitar a inevitabilidade de uma
guerra nuclear e sua possível utilidade como um meio de provocar a
derrota final do capitalismo". Para dissuadi-lo, foi ter com ele
pessoalmente. Lembrou-lhe que um armagedon atômico faria desaparecer
muitos países, entre eles a Itália. Mao Tse-Tung respondeu com as
seguintes palavras: "Quem lhe disse que a Itália deve sobreviver?
Restarão 3 milhões de chineses e isso será o bastante para a raça
humana continuar."(EE; Cia. das Letras; 2ª edição; p. 227)
Mao tinha uma concepção de humanidade muito diferente da de um outro
marxista: Marx (que aliás, em certa ocasião, disse não ser marxista,
o que é compreensível). O filósofo alemão manifestou o seu humanismo
durante um desentendimento entre ele e a esposa por causa da sua
total concentração nos trabalhos teóricos, em prejuízo dos deveres de
pai e marido que por pouco não levou o casal à separação. Numa
carta chorosa à mulher, Marx afirmou, mais ou menos nestas palavras:
Você pensa que faço isso pelo Proletariado, pelo Socialismo ou por
qualquer outra idéia abstrata? Não, faço o que faço por ti, por meus
filhos, por meus amigos, pela família dos meus amigos... mas
sobretudo por ti! - Ou seja, era o homem concreto e não qualquer
outra coisa que o preocupava. (Pode ser apenas retórica malandra, mas
não creio.)
Concluindo: em nossa busca por uma razão de ser, um sentido para a
vida, com freqüência e involuntariamente nos vemos a professar um
anti-humanismo, que apenas aparentemente não é. Depois de nos
convencermos disso, passamos a defender outra idéia, muito
provavelmente um outro anti-humanismo. Será que vivemos num labirinto
fechado, num complexo de becos sem saída? Na dúvida, fico com a
democracia, não porque a democracia seja uma saída, mas porque estou
convencido que o jogo democrático é um jogo de soma zero onde os anti-
humanismos anulam-se uns com os outros.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Anti-humanismos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2002 23:56
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Monday, October 07, 2002 9:43 PM
Subject: [ciencialist] Anti-humanismos
> ...E as pessoas,
> os trabalhadores principalmente, o que representamos nisso tudo?
> Somos as reses de um gado humano não muito diferente dos bovino,
> caprino, ovino e suíno; somos o apêndice orgânico de uma estrutura
> mecânica.
Isso fez-me lembrar o Prólogo de um texto romanceado que escrevi em 1989. O
Prólogo, e o Romance que se segue, estão em
http://sites.uol.com.br/albmesq/chamberland/chamberland01.htm
> E a hipóstase Humanidade?
Após o último horário eleitoral gratuito eu fiquei um tanto quanto receoso
em utilizar tão somente o termo humanidade. Deram tanta ênfase aos
"candidatos ou candidatas", "deputados ou deputadas", "senadores ou
senadoras" etc, que eu tive a impressão de estarmos vivenciando uma
"evolução" da língua portuguesa falada no Brasil. Quero crer que na "última
ou no último" "eleição ou pleito", "todos ou todas" nós "fizemos o nosso
papel, ou exercemos a nossa função" de colaborar para "a obtenção ou o
encontro" de "realizações ou feitos" "neste caminho, ou nesta caminhada",
"rumo ou em direção" "a novos dias ou novas etapas" "de profundos ou
profundas" "remanejamentos ou transformações" a colaborarem "para o
progresso ou para a evolução" "do ser humano ou da humanidade" bem como "de
seu sexo oposto, ou da mulheridade".
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Binomio Homem Realidade
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2002 02:06
>
> #####>Qual motivo conduz um Homem dedicar maior parte de seu
> > tempo à pesquisa, 'aos estudos', etc, ao invés de estar se dedicando à
sua
> > própria sexualidade, à sua família...?<#####
>
> A pesquisa deve fazer mais sentido para ele do que as outras atividades.
> O homem necessita de sentido para sua vida (Vitor Frankl, acho que ele tem
> razão)
>
> ######>>Sublimação?<<######
De jeito nenhum. Não há nada a ser sublimado, mas um Sentido a ser
descoberto. A sublimação é algo como: "na verdade é sexual, vc sublima e
vira sentido". O sentido se torna algo falso.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2002 02:35
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Isto é bobagem fundamentalista. Não deve ter futuro.
Sei nao. Bobagens costumam ter muito futuro.
Douglas: Eu tenho a impresão que no Brasil o Criacionismo não chegará no
mesmo patamar que chegou nos EUA. A própria lingua portuguesa não favorece
um "literalismo". E nem a Tradição Católica. Além disso, a intelectualidade
Brasileira é quase toda atéia e marxista (ou algo parecido). O que vc acha?
> 1- Pelo que sei o termo "evolução" das espécies é um equivoco. Não
> há evolução, mas uma espécie de "deriva natural";
> 2- Participei de um congresso e os biologos palestrantes afirmaram
> que a hipótese da evolução é apenas especulação filosófica com auto
> valor heuristico, mas não é uma teoria ciêntífica;
> 3- Por fim, como saber o que é pseudo-ciência se não sabemos o que é
> ciência?
>
> Os dois primeiros itens procedem?
1 - O q. se quer dizer com 'deriva natural'?
Douglas: É um termo do Biólogo Humberto Maturana (Chileno). A evolução é
acompanhada pela idéia de uma complexificação continua e estados sempre
superiores aos antecedentes. O que parece não acontecer. As espécies vão se
adaptando às mudanças aleatórias do meio (deriva) sem uma teleologia
(natural). Algo desse tipo. Não sei se é bem isso.
2- Definitivamente e' uma bobagem. A teoria sintetica da evolucao
(nao confundir com evolucao artificial) e' plenamente testavel. Ela
se baseia em três (ou quatro) postulados testáveis um a um. E suas
conseqüências podem ser medidas diretamente.
Douglas: São falsificáveis além de testáveis? Qual a diferênça entre teoria
sintética e evolução artificial?
Pelo que sei, muitos biólogos não acham bobagem a "evolução" ser apenas
especulação (apesar de ser a melhor, por enquanto).
A teoria da evolucao e' uma teoria pra explicar o fato da evolucao.
Douglas: Qual o conceito de fato? Explicar o fato ou os fósseis?
O q. e' a evolucao biologica? E' tao somente a alteracao da proporcao
de alelos em uma populacao. Isso e' verificavel direta e
indiretamente.
Douglas: Não entendo esta linguagem. Se puder fazer a gentileza de explicar
de forma mais simples.
A teoria da evolucao procura explicar o porq. dessa alteracao ocorrer
ao longo das geracoes. Os postulados são:
a) Existe variabilidade fenotipica dentro de uma populacao;
b) Uma parte dessa variabilidade e' herdável;
c) Uma parte dessa variabilidade herdável interfere na capacidade
reprodutiva, sobrevivência ou de algum parâmetro q. define o sucesso
reprodutivo.
a) Sim, existe variabilidade fenotípica dentro de uma população (se
alguém duvidar disso posso recolher alguns dentre os milhões de
trabalhos disponíveis na literatura científica).
b) Sim, parte dessa variabilidade é herdável (idem)
c) Sim, parte dessa variabilidade afeta o sucesso reprodutivo do
indivíduo. (Idem)
Segue-se direto e reto disso q. a proporção de fenótipos herdáveis
irá variar nessa população ao longo das gerações, conquanto essa
diferença se reflita na capacidade do indivíduo de deixar
descendência viável. Estudos de genética, mostram a relação dos
fenótipos com a constituição gênica do indivíduo.
Douglas: O que pode ser chamado de "deriva natural". Mas eu ainda não
compreendi a coercitividade do argumento. Vc poderia explicar melhor e de
forma mais simples? Ou indicar um livro, de preferência fácilmente
encontrado em bibliotécas (falta de dinheiro), simples de ler (despreparo no
assunto) e pequeno (falta de tempo)? Se não der indique um outro qualquer
que eu me viro.
Uma das conseqüências esperadas disso em certos regimes de seleção é
a especiação.
Douglas: O que é especiação?
Portanto, a teoria sintética da evolução é uma teoria científica.
Douglas: E a evolução artificial? Tb pode ser considerada uma teoria?
O fato de vc afirmar que biólogos disseram tamanha idiotice em um
congresso reforça a impressão expressei lá em cima: "Bobagens
costumam ter muito futuro". O fato de q. vc, q. tem estudo, q.
conhece os fundamentos da lógica, ficar em dúvida diante desses
disparates tbm reforça essa minha impressão.
Douglas: Pelo menos uma bióloga é respeitadissíma no meio. Ela é do RS, se
chama Ana Carolina Regner. Vc a conhece ou ouviu falar dela? (não me lembro
de qual universidade). Quanto as dúvidas que os biólogos apresentaram eu não
as quardei de cabeça e me lembro vagamente. É algo como:
1- Não são falsificáveis (os presupostos);
2- Há fósseis que aparecem como que do "nada", sem ser encontrado um de uma
geração anterior (não sou criacionista e ninguém era, não confunda as
coisas, por favor);
3- Fósseis separados por lacunas inexplicáveis (não sei bem que lacunas que
são essas, mas me pareceu que é mais ou menos isso: Um fóssel x, e num
período curtíssimo, um fóssel y, que parece descender de x, mas o tempo foi
muito curto. Ou um tempo por demais longo entre duas espécies sem fósseis
intermediário).
Estou tentando lembrar de cabeça. Provávelmente esta simples e com erros. Vc
pode comentar estes pontos? Eles existem? Fazem sentido?
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2002 02:43
A palavra-chave e' *aparentemente*.
Douglas: "aparentemente" aqui, é que não foram encontrados fósseis
anteriores.
Primeiro, temos q. tomar cuidado com a análise dos registros fósseis.
Os fósseis se formam sob condições bastante restritivas -- precisa
ser uma área deposicional, a granulação dos sedimentos precisa ser
suficientemente fina, a química do meio não pode correr ou destruir
os vestígios orgânicos e assim por diante. Não obstante e'
surpreendente q. o registro fóssil seja tão completo em vários casos.
Retomo o exemplo q. dei anteriormente em uma outra mensagem:
fósseis de crossopterígios desaparecem a partir do cretáceo. Apesar
disso, no século passado encontraram um membro desse grupo o
celacanto /Latimeria/. O q. devemos pensar? Q. eles sumiram
magicamente e reapareceram depois? Q. o /Latimeria/ foi recriado? Q.
o registro fóssil é incompleto? Q. os alienígenas devolveram um
exemplar q. haviam capturado lá no mesozóico para repovoar a Terra?
Douglas: Qual a resposta?
Qto 'a explosao do Cambriano. Alguns especulam q. foi verdadeiramente
uma explosao -- por exemplo, os seguidores do equilibrio puntuado --
em termos geológicos, claro, outros q. não foi tão uma explosão
assim -- normalmente se baseiam em análises genéticas. Mas não se diz
q. foi do nada. O registro do Cambriano se refere a fósseis com parte
duras, mais do q. organismos complexos. Organismos complexos
existiram certamente antes disso, como atesta a fauna do Folhelho
Burgess e similares espalhados pelo mundo.
Ha' ainda a fauna de Ediacara q. alguns tentam relacionar com as
formas existentes em Burgess.
> Pelas palestras que assisti não há indícios de um continuum entre as
> espécies (não todas).
E precisa haver em todas?
Douglas: Seria bom. Ou melhor, necessário, senão haveria exeções: todos
evoluiram, menos este...
> Parece que a "evolução está sendo encarada como uma teoria útil,
> mas não que corresponda a fatos ocorridos.
Ela certamente e' útil. Mas é útil exatamente na medida em q.
correspondem aos fatos aos quais temos acesso. Foi assim? Realmente
não sabemos, mas isso é questão de *qualquer* teoria científica.
Douglas: Esta é a questão. Se não sabemos, é especulação. Se é especulação
estamos no campo da filosofia e não no da ciência (a ciência pode especular
(formar hipóteses) para testar ou falsear. É diferente da filosofia).
Se quiser encarar isso, então, como 'especulação filosófica apenas com
auto-valor heurístico', tudo bem. Mas aí temos q. encarar qualquer
teoria científica como tal. Se quiser, novamente tudo bem.
Douglas: Neste caso a ciência perde sua especificidade. A Teologia e a
Ontologia tb são especulativas.
Douglas: Qual é seu conceito de ciência?
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2002 02:46
Quanto a não serem apenas os criacionistas contra a evolução, isso é
apenas parcialmente verdade. Falando da comunidade científica, já não
há controvérsia sobre SE a evolução aconteceu ou não quase desde
Darwin há 140 anos. Basta verificar nas publicações científicas mais
respeitáveis, que constantemente publicam trabalhos sobre biologia
evolutiva, para se ter uma boa idéia sobre qual é a opinião da
comunidade científica sobre o assunto. Ela é bem clara: as discussões
hoje em dia são sobre detalhes de como a evolução teria se
processado, não se teria ou não acontecido.
Douglas: Parece não ser essa a opinião da Doutora Ana Carolina Regner (RS).
Mas não tenho certeza.
Existe, no entanto, uma corrente pretensamente científica que se auto-
intitula proponente do Intelligent Design (ou ID), da qual fazem
parte pessoas como Michael Behe e William Dembski, e que costuma
rejeitar o rótulo de criacionista. O ID, no entanto, é apenas
criacionismo disfarçado propositalmente para não parecer religião.
Nos EUA, os grupos religiosos fundamentalistas vivem tentando incluir
o criacionismo nos currículos escolares. Tentam conseguir através dos
tribunais o que não conseguem na pesquisa científica. Mas como as
decisões judiciais já deixaram claro que criacionismo é religião,
logo não poderia ser incluído em pé de igualdade com a evolução em
aulas de ciência, partiram para apresentar suas teorias com o nome de
ID, que tem uma roupagem aparentemente científica, mas cujo único
objetivo é lançar dúvidas sobre a evolução. O ID é uma proposta
claramente não-científica, porque seus proponentes se dizem
competentes para identificar indícios de inteligência nos seres
vivos, mas se julgam incompetentes para identificar os sinais de não-
inteligência.
Douglas: Dessa eu não quero saber.
(só por curiosidade, o congresso a que vc assistiu era sobre ID?)
Douglas: Não. Nem conhecia isso.
DFG
SUBJECT: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Leo Vines" <strbrasil@hotmail.com>
TO: <Lista@str.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2002 05:39
Observando um ponto a 1,6 bilhão de quilômetros para além de Plutão, o nono
e último planeta do Sistema Solar, astrônomos encontraram um corpo - um
"planeta" - com 1,3 mil quilômetros de diâmetro, algo que representa a maior
descoberta sobre o Sistema desde que o próprio Plutão foi descoberto, há 72
anos.
O objeto tem cerca de 10% do diâmetro da Terra e completa uma órbita ao
redor do Sol a cada 288 anos, a uma distância de 6 bilhões de quilômetros.
Ele tem metade do tamanho de Plutão, mas parece ser maior que Caronte, a lua
do nono planeta.[...]
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2002/out/07/191.htm
Abraços,
Leo Vines
SUBJECT: O voto novamente
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 05:57
Sérgio escreveu:
O que interessa que seja obrigatório ?
O que vc perderia se não fosse votar no dia 6?
Oi Sérgio
O cidadão que não exerce o seu "direito" de voto está sujeito a diversas
restrições em seus outros direitos. Não os conheço todos.
O funcionário público tem de apresentar o comprovante de que votou ou não
percebe seu salário. No meu caso, que não execerci tal "direito", terei de
ir a um posto do TRE e pagar uma multa pecuniária (Da outra vez em que isso
ocorreu comigo, o valor foi R$ 11,00).
Estou certo de que o Brasil é um dos poucos países no mundo onde o "direito"
do voto é obrigatório.
[]s.
Antonio Renato.
PS: Após ter composto esta msg lí a msg em que a Lígia esclarece sua dúvida.
Resolvi enviar esta apenas devido a diferença no valor da multa.
SUBJECT: Piercing e tintura
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 05:57
"> De: phreakazoid@ig.com.br
>
> haha
> uso piercing no nariz e na lingua, entao eu sou futil?
> eu apenas corrigi uns defeitos de nascença, estavam faltando
> esses furos.
Nada a ver. Vc apenas quer se destacar dos demais para...
sei lá... conquistar parceiros(as) sexuais??? ;-)
Não é o adereço que torna alguém fútil. É a atitude.
Alguns usam piercing porque gostam e certas mulheres
pintam o cabelo de loiro porque precisam. Então?
Quem é fútil?
[]
Alexandre Medeiros"
Oi
Gostaria de acrescentar, sabendo não estar esgotando o assunto, que o
'piercing', os cabelos raspados ou demasiado longos, a tatuagem, as vestes,
etc, 'fazem parte' da identificação do indivíduo com um grupo,
independentemente de estar ou não sendo fútil.
A mulher pintar os cabelos de louro é uma outra questão. Não está restrita
aos adoslescentes e a necessidade de autoafirmação e identificação com um
grupo.
[]
Antonio Renato.
SUBJECT: Controvérsias
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 08:53
"...Não há sequer necessidade de uma linguagem comum para se começar: ..."
>>>>>>>>>Existem controvérsias<<<<<<<<<
SUBJECT: Liberdade
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 08:54
Manuel escreveu:
"...Como, por exemplo, a Liberdade, álibi preferido dos mais concupiscentes,
entre os quais estes que almejam transar com todo mundo inclusive e
sobretudo com a mulher do amigo, por ser a mulher do amigo. ..."
Oi
A frase não faz sentido apartada do texto, sei disto. Mas o exemplo é
tendencioso, não retrata 'liberdade'.
Em outra mensagem reportei-me a um antigo ditado chinês (que eu mesmo
inventei). A felicidade apoia-se em um tripé: Saúde, liberdade e amor.
Liberdade não seria 'transar' com a mulher do próximo. Desejar a mulher do
próximo seria o 'acting-out' de Édipo. Ao contrário de estar livre, o agente
estaria 'aprisionado' por uma compulsão e/ou obscessão.
[]s.
Antonio Renato.
SUBJECT: O voto novamente (2)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 08:54
"... Votar só faz sentido para quem faz um investimento
emocional na política, o que não acontece com toda a gente.
João
http://www.nonio.com"
>>>Gostei desta! Para mim (particularmente), não faz sentido<<
Alvaro escreveu:
"...temos que explicar porque tanta gente vota, mesmo em países onde o voto
é facultativo. ..."
>>>Porque 'esta gente' que vota está investindo emocionalmente!<<<
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 09:31
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Douglas: Eu tenho a impresão que no Brasil o Criacionismo não
> chegará no mesmo patamar que chegou nos EUA. A própria lingua
> portuguesa não favorece um "literalismo". E nem a Tradição
> Católica. Além disso, a intelectualidade Brasileira é quase toda
> atéia e marxista (ou algo parecido). O que vc acha?
Seitas evangelicas q. pregam uma leitura literal da biblia estao em
franca expansao no Brasil. Ha' varios professores universitarios -
inclusive de Biologia - q. sao criacionistas. Ha' interesse das
organizacoes criacionistas dos EUA em financiar extensoes em outros
locais. A populacao brasileira em media tem baixa escolaridade -- se
nos EUA q. tem uma situacao melhor q. a nossa o criacionismo se
mantém, aqui tem o potencial de se alastrar rapidamente.
Ateismo e marxismo nao sao protecao contra bobagens (ha' quem pense
q. o proprio marxismo seja uma bobagem ou o proprio ateismo). Alem
disso a intelectualidade (gracas a Deus) tem pouca influencia nos
rumos das coisas no pai's.
Disso ainda acho q. o Brasil (e o mundo) e' um terreno fertil para a
propagacao e manutencao de bobagens. Nao q. uma ou outra bobagem
especifica nao possa ter mais dificuldades em um ou outro lugar.
> 1 - O q. se quer dizer com 'deriva natural'?
>
> Douglas: É um termo do Biólogo Humberto Maturana (Chileno). A
> evolução é acompanhada pela idéia de uma complexificação continua e
> estados sempre superiores aos antecedentes. O que parece não
> acontecer. As espécies vão se adaptando às mudanças aleatórias do
> meio (deriva) sem uma teleologia (natural). Algo desse tipo. Não
> sei se é bem isso.
Essa ideia de aperfeicoamento e' uma ideia leiga. Nao q. nao tenha um
ou outro evolucionista q. nao entenda nada de evolucao e pregue essas
sandices (infelizmente sao os q. tEm mais chance de serem ouvidos
pela imprensa), mas o entendimento predominante dentro da comunidade
cientifica e' q. nao existe uma escalada rumo 'a perfeicao.
> Douglas: São falsificáveis além de testáveis?
Sao. Essa e' a ideia da testabilidade. Por exemplo, se encontrarmos
um fossil de dinossauro em rochas proterozoicas, havera' um grande
problema para a teoria sintetica da evolucao. Se cultivamos linhagens
de bacterias em um meio com antibiotico e as linhagens menos
resistentes prosperarem sobre as mais resistentes entao teremos um
problema. Se os padroes de similaridade e diferenca geneticas forem
consistentemente sempre muito diferente dos padroes de similaridade e
diferenca morfologicas tbm teremos um problema. Se tais padroes nao
permitem a reconstituicao de uma especie de arvore genealogica tbm
teremos um problema.
Teoria sintetica da evolucao vem de q. ela e' uma sintese das
descobertas de Darwin, Wallace e outros sobre a evolucao por selecao
natural e das descobertas de Mendel sobre hereditariedade.
Evolucao artificial nao e' uma teoria, mas a aplicacao de conceitos
de evolucao em sistemas q. nao biologicos -- programas de computador,
por exemplo.
> Pelo que sei, muitos biólogos não acham bobagem a "evolução" ser
> apenas especulação (apesar de ser a melhor, por enquanto).
E' tao especulacao qto qq outra teoria cientifica.
> A teoria da evolucao e' uma teoria pra explicar o fato da evolucao.
>
> Douglas: Qual o conceito de fato? Explicar o fato ou os fósseis?
O fato. Existe o fato de q. se observarmos uma populacao, a
distribuicao de alelos (variantes de um mesmo gene) varia com o
passar das geracoes. Por exemplo, temos um gene q. codifica uma
proteina q. confere cor 'as petalas de uma flor. Uma variante
presente na populacao confere uma cor branca, outra variante
confere uma cor azulada. No decorrer das geracoes notamos
uma variacao na proporcao da variante branca em relacao ao total.
Isso e' um dado do mundo: ha' uma variacao ao longo das geracoes.
A isso se chama evolucao.
E tem a teoria, chamada de teoria da evolucao (e outros nomes
variantes) q. procura explicar o porq. dessa variacao ocorrer.
Essa teoria ajuda tbm a explicar o q. ocorre no registro fossil.
Os fosseis sao apenas uma das fontes de estudo e campo de
aplicacao da teoria da evolucao. Estudos de populacoes naturais,
estudos de resistencia a inseticidas e antibioticos, estudos
de populacoes em laboratorio, estudos de doencas geneticas em
familias, tudo isso e' campo de analise pela teoria da evolucao.
> Douglas: O que pode ser chamado de "deriva natural". Mas eu ainda
> não compreendi a coercitividade do argumento. Vc poderia explicar
> melhor e de forma mais simples? Ou indicar um livro, de preferência
> fácilmente encontrado em bibliotécas (falta de dinheiro), simples
> de ler (despreparo no assunto) e pequeno (falta de tempo)? Se não
> der indique um outro qualquer que eu me viro.
Bem, vc nao gosta de Dawkins, mas o "Escalando o Monte Improvavel" e'
um livro q. vale a pena ler -- embora trate mais do aspecto da origem
de algumas estruturas complexas.
De introducao 'a Biologia Evolutiva, tem o "Evolutionary Analysis" de
Freeman, "Evolution" de Mark Ridley, "Biologia Evolutiva" de Futuyma.
(Estes nao sao pequenos e talvez nao tao simples sem algum
conhecimento previo sobre o assunto -- e' livro-texto basico em
cursos de Biologia de qq forma. E podem ser encontrados em qq
Biblioteca de uma boa faculdade.)
Algumas mensagens minhas sobre o tema nesta lista.
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16643
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/12769
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8391
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7743
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/11027
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8394
> Douglas: O que é especiação?
Origem de novas especies.
> chama Ana Carolina Regner.
Anna Carolina Regner, da UFRGS, ao q. eu saiba ela e' mais ligada 'a
Historia das Ciencias do q. 'a Biologia propriamente.
> 1- Não são falsificáveis (os presupostos);
Sao falseaveis plenamente. Um a um e em conjunto.
> 2- Há fósseis que aparecem como que do "nada", sem ser encontrado
> um de uma geração anterior (não sou criacionista e ninguém era, não
> confunda as coisas, por favor);
Praticamente nao existem registros fosseis com resolucao de uma
geracao. E isso nao vai contra a fragmentacao do registro fossil.
> 3- Fósseis separados por lacunas inexplicáveis (não sei bem que
> lacunas que são essas, mas me pareceu que é mais ou menos isso: Um
> fóssel x, e num período curtíssimo, um fóssel y, que parece
> descender de x, mas o tempo foi muito curto. Ou um tempo por demais
> longo entre duas espécies sem fósseis intermediário).
> Estou tentando lembrar de cabeça. Provávelmente esta simples e com
> erros. Vc pode comentar estes pontos? Eles existem? Fazem sentido?
Aqui e' mais a questao do tempo evolutivo do q. propriamente da
evolucao em si. Ha' discussao sobre se a evolucao pode se dar em
passos rapidos - do ponto de vista geologico (em geral coisas de
centenas de milhares de anos -- o q. permite a existencia de milhares
de geracoes intermediarias q. nao sao registradas) - mas isso nao vai
contra a ocorrencia da evolucao. De forma q. nao sao lacunas
inexplicaveis. Existem lacunas de fato - o q. levou Gould e Eldredge
a proporem o equilibrio puntuado, mas isso nao e' contra a evolucao,
apenas propoem q. as especies podem permanecer por um periodo
relativamente longo sem grandes modificacoes (estase), periodos esses
interrompidos eventualmente por instantes (instantes em termos
geologicos, sempre bom frisar) de rapida modificacao. Mas nao existem
dados conclusivos de q. isso ocorra -- alguns acham q. ha' indicios
de q. isso ocorra mais em alguns organismos marinhos, mas q. na fauna
terrestre esse equilibrio puntuado nao se verifique: depende um pouco
dos criterios utilizados na obtencao dos dados do registro fossil e
do tratamento estatistico aplicado aos dados.
Novamente chamo a atencao para o fato dos fosseis conhecidos dos
crossopterigios desaparecerem completamente no cretaceo -- coisa de
mais de 60 milhoes de anos atras -- e ainda encontrarmos um
representante vivo atual.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Evolução
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 09:59
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> A palavra-chave e' *aparentemente*.
>
> Douglas: "aparentemente" aqui, é que não foram encontrados fósseis
> anteriores.
E o q. isso quer dizer? Q. nao existem? O fato de eu nao encontrar os
meus documentos apos um incendio e' um indicador seguro q. eles nao
existiram? O fato de tbm nao encontrar meus documentos nos escombros
de um desabamento tbm e' um bom indicio de q. nunca tive tais
documentos?
> Retomo o exemplo q. dei anteriormente em uma outra mensagem:
> fósseis de crossopterígios desaparecem a partir do cretáceo. Apesar
> disso, no século passado encontraram um membro desse grupo o
> celacanto /Latimeria/. O q. devemos pensar? Q. eles sumiram
> magicamente e reapareceram depois? Q. o /Latimeria/ foi recriado? Q.
> o registro fóssil é incompleto? Q. os alienígenas devolveram um
> exemplar q. haviam capturado lá no mesozóico para repovoar a Terra?
>
> Douglas: Qual a resposta?
Pois e', qual a resposta? Sabemos com certa seguranca q. parentes
proximos do /Latimeria/ existiam ate' cerca de 65 milhoes de anos
atras. Sabemos q. o /Latimeria/ existe hoje. Existe um lapso de tempo
q. nao encontramos nenhum indicio de sua existencia.
O q. devemos pensar a respeito?
> > Pelas palestras que assisti não há indícios de um continuum entre
> > as espécies (não todas).
>
> E precisa haver em todas?
>
> Douglas: Seria bom. Ou melhor, necessário, senão haveria exeções:
> todos evoluiram, menos este...
Sera' mesmo q. podemos concluir q. esse nao evoluiu? Ainda mais qdo
ha' motivos para nao se esperar um continuum em varios casos?
Existem alguns casos de um continuum ao longo de uma faixa
geografica - uma populacao q. se intercruza com uma populacao
proxima, mas populacoes do extremo da distribuicao q. nao se
cruzam.
Mas se tivermos apenas duas populacoes, uma quase ao lado da outra,
se elas se intercruzarem consideraremos uma especie so'. So'
detetaremos como duas especies distintas se elas nao se cruzarem. Mas
ai' nao ha' intermediarios e com isso concluimos o q?
E qdo ocorre a formacao de uma nova especie, nao por divisao de uma
populacao original em duas novas populacoes, mas por modificacoes ao
longo das geracoes de uma unica populacao q. se diferencia da
populacao original? O continuum se perde no tempo. Devemos esperar q.
o registro fossil capte toda essa transicao? E se essa especie vive
em uma regiao em q. os sedimentos sejam erodidos ao inves de
depositados? Como se formarao fosseis?
O surpreendente de certa forma e' q. haja continos detetaveis em
varios casos, sejam em aneis de especiacao, sejam em registros
fosseis de anagenese (qdo uma especie de diferencia em outra sem uma
separacao de duas ou mais linhagens), sejam em cladogenese
(especiacao com a separacao de duas ou mais populacoes).
> Douglas: Esta é a questão. Se não sabemos, é especulação. Se é
> especulação estamos no campo da filosofia e não no da ciência (a
> ciência pode especular (formar hipóteses) para testar ou falsear. É
> diferente da filosofia).
Nao existem certezas em ciencia. Talvez isso incomode a algumas
pessoas, mas podemos encarar de um ponto de vista mais construtivo:
precisamos sempre trabalhar os nossos conceitos em ciencia.
E' especulacao? Realmente nao deixa de ser. Mas nao sao especulacoes
sem nenhuma base. Sao especulacoes q. reportam aos dados q. podemos
coletar. Tbm nao sabemos se as pedras caem com a acelaracao prevista
pela teoria da gravitacao qdo a soltamos perto da superficie da
Terra. Em alguns casos sim, elas caem. Em outros nao, ao menos nao de
imediato: qdo soltamos pedras amarradas a baloes de helio, p.e. E nao
temos certeza se elas caem, sem balao, em todos os casos.
O criterios da falseabilidade nos ajuda, mas nao nos permite saber
com certeza. Temos bons indicios para rejeitar uma hipotese, mas nao
nos diz se a hipotese e' verdadeira. Ja' q. vc gosta de logica: se
temos uma conclusao falsa, certamente pelo menos uma das premissas e'
falsa (mas nao sabemos apenas por isso qual/is delas e'/sao falsa);
mas se a conclusao e' verdadeira, nao podemos dizer nada a respeito
da veracidade das premissas -- sabemos apenas q. premissas
verdadeiras sao uma das possibilidades.
> Se quiser encarar isso, então, como 'especulação filosófica apenas
> com auto-valor heurístico', tudo bem. Mas aí temos q. encarar
> qualquer teoria científica como tal. Se quiser, novamente tudo bem.
>
> Douglas: Neste caso a ciência perde sua especificidade. A Teologia
> e a Ontologia tb são especulativas.
Sim, sao. Mas quais as bases da especulacao delas? Como essas
especulacoes sao guiadas? Como elas se desenvolvem?
> Douglas: Qual é seu conceito de ciência?
Eu nao tenho um conceito proprio. Eu apenas acho q. e' muito dificil
desenvolver um conceito fechado de ciencia. Adoto o nada q. sei dos
parametros popperianos, mas como guia e nao como um criterio fixo q.
delimite de forma totalmente clara -- e' meio como determinar uma
cor: onde acaba o azul e comeca o amarelo? Ha' tons intermediarios
sem duvida. Mas certamente nao confundirei a camisa principal da
selecao brasileira com o segundo uniforme (a menos e', claro, q. eu
tenha algum problema de vista, coisa q. eu nao tenho -- eu sei disso
vendo o ceu q. e' tao azul como uma barra de ouro).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 10:37
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Não vejo por q seriam necessariamente desnecessárias.
> Alvaro. Se a sociedade fosse capaz de tal nível de organização,
> poderia se "auto-governar" sem necessidade de democracia
> representativa.
Nao penso assim. A populacao se organizou para defenestrar Collor,
nao a vejo como mais capaz de auto-governo q os EUA.
Alem disso padroes de votacoes nao dependem apenas de organizacoes
com propositos pre-determinados. Elas podem se formar de modo mais ou
menos espontaneo.
> Não necessariamente.
>
> Alvaro: Novamente, penso que se alguem tivesse dinheiro, tempo e
> vontade de interferir nos destinos da sociedade não tardaria até
> que esse alguém resolvesse ganhar poder por meio de eleições.
Nao q. campanha pelo voto nulo seja um altruismo. Mas vide os
movimentos do Rinoceronte Cacareco, o seu Creysson...
> Alvaro: Certo. Voto nulo e abstenção são coisas diferentes, mas no
> Brasil o voto nulo é também uma forma de abstenção
Mas novamente a culpa deveria ser melhor distribuida. E se todos os
q. se abstiveram votessem no Le Pen e no Bush? Estariam em melhores
lencois?
> Ainda assim, como disse alguém de cujo nome não me lembro,
> "a democracia é o pior sistema de governo que existe, fora todos os
> outros"...
(Seria Churchill?)
E voto nulo faz parte da democracia...
> Não tão simples, já q. o número de participantes é bastante grande.
>
> Alvaro. Os participantes podem ser reunidos em grupos, de modo a
> simplificar a situação. Tenho que pensar melhor sobre isso.
Bem, mas ai' perdemos muito da resolucao -- nao sao apenas os
participantes q. sao numerosos -- entre os escolhiveis e os
escolhedores -- mas tbm as motivacoes. Como e' um jogo q. envolve tbm
iteratividade (alem de interatividade), o uso de valores medios pode
desviar bastante o resultado final do real.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Evolução
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 10:40
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
>. . . as discussões
> hoje em dia são sobre detalhes de como a evolução teria se
> processado, não se teria ou não acontecido.
>
> Douglas: Parece não ser essa a opinião da Doutora Ana Carolina
Regner (RS).
> Mas não tenho certeza.
>
Ela, infelizmente, não chega a ser uma raridade. Como lembrou o
Takata, existem muitos criacionistas até entre os professores
universitários. Mesmo entre biólogos, como a Márcia Oliveira de
Paula, por exemplo:
http://www.scb.org.br/entrevistas/Entrevista_2.htm
O site criacionista Answers in Genesis tem uma lista com mais de 100
nomes de cientistas, alguns com PhD, que defendem o criacionismo. Mas
isso não é surpresa. Se a religião consegue levar pessoas a
seqüestrarem aviões e jogá-los contra prédios, fazer com que um
biólogo negue a evolução deve ser canja. Não conheço nada da Dra. Ana
Carolina, mas não ficaria surpreso se descobríssemos que ela é
criacionista. Alguns fundamentalistas realmente fazem isso. Atacam a
evolução por não terem como defender abertamente o criacionismo.
Vc com certeza ainda vai ver muitas vezes pessoas com formação
acadêmica numa determinada área defenderem verdadeiros disparates.
Esse de afirmarem que não há provas da evolução é um deles. Já tive a
oportunidade de debater com adversários da evolução várias vezes, e
todos os argumentos que eles apresentam se encaixam na categoria "mal
informado" ou "desonesto". Como eu já disse, não conheço a Dra. Ana
Carolina, mas se vc apresentar aqui os argumentos dela, tentarei
esclarecê-los (se eu conseguir ser mais rápido que o Takata, é
claro).
Uma sugestão de leitura sobre o assunto é:
29+ Evidences for Macroevolution
http://www.talkorigins.org/faqs/comdesc/
É um resumo dos indícios apresentados a favor da evolução. Cada um
deles é acompanhado de uma respectiva discussão, confirmação e
possível refutação, ou seja, uma demonstração de como cada um é
também falseável.
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 13:57
Olá, Douglas e demais colegas!
Vi o comentário sobre as "baboseiras" de Dawkins e Sagan e fiquei
um tanto curioso.
Não quis enviar uma mensagem inicialmente para não parecer querer
defender os autores, ao invés das idéias (já que a crítica não
forneceu detalhes). Após algum tempo minha curiosidade venceu a
timidez.
Douglas, vc leu quais livros? Poderias ser mais específico quanto a
crítica?
Li O Mundo Assombrado Pelos Demônios, Desvendando o Arco-Íris e O
Gene Egoísta e, apesar de não concordar com tudo, achei o saldo geral
dos livros excelente.
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 14:40
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> > O eleitores que se abstêmm nos EUA fazem-no por uma razão
> > muito simples: votar é irracional. Não vale o tempo que se
> > perde porque a probabilidade de um voto mudar o sentido da
> > eleição é muito baixa. E esse factor é mais importantes em
> > países em que o eleito tem uma influência menor na vida dos
> > cidadãos. Votar só faz sentido para quem faz um investimento
> > emocional na política, o que não acontece com toda a gente.
> >
> > João
> > http://www.nonio.com
> >
>
> Bem, nesse caso chegamos rapidamente à conclusão que EU faço um
> investimento emocional na política, embora nunca tenha sido
candidato a
> coisa alguma e nem seja filiado a partido algum. Acho que é isso
mesmo. A
> pergunta que resta é: Por quê? (mas acho que isso sou eu que tenho
que
> responder...:)
>
> Mas mesmo descartando o meu caso especial, temos que explicar
porque tanta
> gente vota, mesmo em países onde o voto é facultativo. Será algo
parecido
> com torcer por um time de futebol? Ou terá a ver com a emoção de
tentar
> influenciar pessoas a votarem no candidato "certo"? Terá isso
realmente
> mais a ver com a emoção do que com a razão? Significa, no fim, que
nossos
> destinos como povos são regidos por critérios puramente, ou quase
> puramente, emocionais? Estou só especulando, mas a coisa é um pouco
> assustadora vista dessa perspectiva!
Eu concordo com vcs em que tem de haver um certo envolvimento
emocional. E acho que é facil de entender onde ele está. Afinal de
contas os governantes influenciam nossa vida diária.
O pq das pessoas votarem é uma questão de liberdade e pseudo-
democracia. Afinal é um direito adquirido e faz sentido.
A questão que pode ter a ver com torcidas é o pq das pessoas votarem
no cadidato Y e não no X. É na escolha ente candidatos (sejam pessoas
ou partidos) que entre o efeito torcida, mas no acto de votar, na
vontade de votar está supostamente subjacente o desejo de exercer um
direito , uma liberdade e de alguma forma influenciar o resultado
final que irá influenciar nossas vidas durante N anos.
Este efeito de Feedback do tipo: se gostámos continuas se não
gostámos vais-te embora é que funciona mal em qq parte do mundo.
Por outro lado, dado que a escolha é o que realmente interessa vemos
comos os partidos recorrem a metodologias do campo da publicidade e
de igrejas tipo iurd, além dos comuns golpes baixos em politica, para
chegar onde querem.
Hoje, pelo menos aqui em pt, eu acho que a politica é cada vez mais o
espetáculo, o show off, o despejar de palavras e o culto da
personalidade e cada vez menos o interesse pelo pais, as pessoas e o
futuro.
O pior é que as pessoas contiuam a achar que se lhes impedissemos o
direito de voto estavamos a ser maus, uns ditadores... assim eles
ditam na mesma, mas as pessoas sentem-se como se fossem elas a
dicidir, quando todos sabemos que não é assim.
O resultado das eleições é determinado à partida e não nas urnas.
(só assim se explica como sondagens com 3 meses de antecedencia deiam
os mesmos resultados que a votação)
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 14:43
Q. farao os astromantes se os astronomos darem o 'status' de planeta
a esse bicho? (Ou tirarem de Plutao?)
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "Leo Vines" <strbrasil@h...> escreveu
> Observando um ponto a 1,6 bilhão de quilômetros para além de
Plutão, o nono
> e último planeta do Sistema Solar, astrônomos encontraram um corpo -
um
> "planeta" - com 1,3 mil quilômetros de diâmetro, algo que
representa a maior
> descoberta sobre o Sistema desde que o próprio Plutão foi
descoberto, há 72
> anos.
>
> O objeto tem cerca de 10% do diâmetro da Terra e completa uma
órbita ao
> redor do Sol a cada 288 anos, a uma distância de 6 bilhões de
quilômetros.
> Ele tem metade do tamanho de Plutão, mas parece ser maior que
Caronte, a lua
> do nono planeta.[...]
>
> http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2002/out/07/191.htm
>
> Abraços,
> Leo Vines
SUBJECT: Re: Liberdade
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 15:14
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
>
> Manuel escreveu:
>
> "...Como, por exemplo, a Liberdade, álibi preferido dos mais
concupiscentes,
> entre os quais estes que almejam transar com todo mundo inclusive e
> sobretudo com a mulher do amigo, por ser a mulher do amigo. ..."
>
> Oi
> A frase não faz sentido apartada do texto, sei disto. Mas o exemplo
é
> tendencioso, não retrata 'liberdade'.
Assim como oa humanismo de Mao Tsé-Tung não retrata 'humanismo'.
Referi-me ao uso de supostamente grandes valores como álibi para a
prática de crimes, vilanias e traições. A frase perdeu mesmo o
sentido após ter sido apartada do texto.
[]s
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Michael Andrades <andrades_m@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 15:29
rhalah_rikota@ig.com.br escreveu:
Olá, Douglas e demais colegas!
Douglas, vc leu quais livros? Poderias ser mais específico quanto a
crítica?
Li O Mundo Assombrado Pelos Demônios, Desvendando o Arco-Íris e O
Gene Egoísta e, apesar de não concordar com tudo, achei o saldo geral
dos livros excelente.
Olá a todos...
Aproveitando o precendente aberto pelo rhalah_rikota@ig.com.br, gostaria de dizer que tenho as mesmas dúvidas em relação às críticas do Douglas para Dawkins e Sagan. Além dos livros citados por rhalah_rikota@ig.com.br, já li Os Dragões do Éden (Sagan) e O Relojoeiro Cego (Dawkins). Sem dúvida, são livros que mostram que podemos nos encantar com a natureza sem a necessidade de procurar encantamento em pseudociências (Os Dragões, Desvendando, O Universo Assombrado) e dão uma visão diferente da tradicional sobre vida e evolução (O Relojoeiro, O Gene Egoísta).
Até
Michael
---------------------------------
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Genes egoísta e burros
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 17:03
Manuel escreveu:
"Existem genes que, além de egoístas, são burros! Vejam só esta:
da Reuters, em Nairóbi
A leoa Kamuniak, que vive do Parque Nacional Samburu, no Quênia,
adotou seu 5º bebê de antílope neste ano, disse um guarda do Serviço
de Vida Selvagem do Quênia. ..."
Oi
O relato que se segue nada tem a haver mas é também curioso.
Durante oito anos residi em uma casa. Conosco conviviam cinco cachorros. Por
dois períodos, seis.
Pois então, quando uma cadela teve cria, outra 'tomou-lhe' a cria. O
filhotes (seis) iniciaram a mamar na 'usurpadora' que não demorou apresentar
leite em suas mamas. E ela não deixava a 'verdadeira mãe' se aproximar. Era
necessária nossa intervenção, posto das atitudes 'suplicantes' da
'usurpada'.
Mas, mais surpreendente, foi em determinada ocosião quando tínhamos apenas
um macho e uma fêmea. A fêmea morreu algum tempo após ter parido cinco
filhotes. O macho assumiu a cria. Fazia a higiene no cordão umbilical e
amamentava! As glândulas mamárias do macho se hipertrofiaram e apresentavam
galactorréia!
Não sei se o 'leite' dele alimentava satisfatoriamente aos filhotes já que
também oferecíamos mamadeira.
É isso.
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: Leoa adota antílope
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 18:24
Existem genes que, além de egoístas, são burros! Vejam só esta:
da Reuters, em Nairóbi
A leoa Kamuniak, que vive do Parque Nacional Samburu, no Quênia,
adotou seu 5º bebê de antílope neste ano, disse um guarda do Serviço
de Vida Selvagem do Quênia.
O antílope africano costuma ser visto pelos leões como almoço, e não
como filhotes. Mas Kamuniak, cujo nome significa "a abençoada" na
língua samburu local, vem adotando bebês desde o início do ano.
Ela sempre tenta proteger os filhotes de outros predadores,
permitindo a suas mães naturais vê-los e alimentá-los. Porém os
filhotes acabam escapando da guarda da mãe adotiva, com a ajuda de
suas mães naturais, quando são resgatados por guardas do parque ou
viram alimento de um leão macho.
Os guardas do parque acham que a adoção do filhote, apelidado de
Naisimari ("tomado à força"), aconteceu no fim de semana. "Ela deve
tê-la adotado ontem, porque eles estavam em harmonia", disse o guarda
samburu Gabriel Lepariyo.
A mãe natural de Naisimari foi vista seguindo seu filhote e sua mãe
adotiva à distância.
SUBJECT: Emoções novamente
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 18:47
O Homem se relaciona em pelo menos duas dimensões.
Certa vez atirei uma bolinha de miolo de pão em um galinheiro. As galinhas
'brigaram' pela posse. Uma consegue a maior parte e corre. Isolada deglute o
petisco.
Extrapolei para a situação de 'campo de concentração'.
Num teatro lotado, o alarme de incêncio! Mas as chamas já se faziam
visíveis.
Lá fora é entrevistado um dos espectadores que não soube explicar como se
evadira: Fôra tomado pelas emoções. Não houveram processos volitivos
consciêntes. Não houveram raciocínios. O "Animal" assumiu o comando do seu
corpo.
O "Animal" está sempre presente. Ele comunica-se com o "Animal" dos
circunjacentes... E eles 'debocham' do "Racional"!
O "Racional" é um grão de milho no milharal de muitos hectares. Talvez não
represente um 'cluster' num 'Hard disk' de 10 gigabytes (hehehe).
O "Animal" debocha da pretenciosidade "Racional".
A 'dimensão do milho' e a 'dimensão natural'. A 'dimensão do milho' é uma
aberração.
Será que é isso mesmo?
Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 20:15
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> > Manuel: Bakunin foi um discípulo de Proudhon, de modo que esse
> > filósofo francês (o primeiro que falou de 'anarquia' de uma forma
> > positiva) integra a corrente do anarquismo clássico como o seu
> > primeiro teórico.
>
>
> Certo, e Darwin tendo estudado religião integra a linha
criacionista?
Manuel: Você, que não gosta de analogias, anda fazendo uso de
analogias bem esdrúxulas, não percebe?
Como falei, no 'começo da carreira' Proudhon defendia a estratégia
revolucionária para destruir o Estado. O Proudhon "socialista
revolucionário" (tanto quanto Bakunin e Marx) do período de 1838-1846
integra sim a corrente do anarquismo clássico, e não sou eu que digo
isso. Em qualquer livro que trate do anarquismo, você verá Proudhon
junto com Bakunin integrando a corrente anarco-socialista, que se
convencionou chamar de "anarquismo clássico".
A título de ilustração: "...Mas o anarquismo clássico, como parte
integrante, embora contenciosa, do movimento socialista mais amplo,
foi inspirado originalmente pelas idéias mutualistas e federalistas
de Proudhon." (Dic. do Pensamento Marxista; Tom Bottomore; Ed. Zahar;
p. 11).
Aliás, o fato de G. Sorel ter abraçado, no fim da vida, a causa
fascista, jamais impediu que ele continuasse figurando na corrente
anarco-sindicalista como um de seus expoentes.
> Uso aspas em anarquistas, clássicos ou atuais?
Manuel: Use aspas aonde você quiser, ou então não use aspas, não me
importo.
> O q. não quer dizer q. desejem ou defendam a violência
> como método político, o q. não quer dizer q. sejam anti-
democráticos,
> o q. não quer dizer q. defendam alguma forma de autoritarismo.
Manuel: O que não quer dizer que sejam anarquistas, ou que não sejam
anarquistas, muuuuito pelo contrário.
Vai ver que são apenas indiferentes à forma de governo ou tipo de
Estado (vai haver um golpe? Tô nem aí!), o que não quer dizer que o
são porque vivem mal em qualquer uma delas, ou porque vivem bem tanto
na democracia quanto na autocracia.
>
> > Quanto ao resto não vale comentários.
>
> Falei q. era ofensa...
Manuel: Resolvi não respostar mais a sarcasmos. Agora sou manelzinho
paz e amor. :-)
> E nao vale comentario nem a possivel indicacao
> q. voto nulo nao tem nenhuma relacao direta com a defesa ou
ataque 'a
> democracia?
Manuel: Nananinão.
Ou melhor, vale um: O que não quer dizer que não tem nenhuma
relação "indireta" (retiro as aspas?) com a defesa ou ataque à
democracia.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Genes egoísta e burros
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2002 22:24
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Manuel escreveu:
> "Existem genes que, além de egoístas, são burros! Vejam só esta:
> (...) Mas, mais surpreendente, foi em determinada ocosião quando
tínhamos apenas
> um macho e uma fêmea. A fêmea morreu algum tempo após ter parido
cinco
> filhotes. O macho assumiu a cria. Fazia a higiene no cordão
umbilical e
> amamentava! As glândulas mamárias do macho se hipertrofiaram e
apresentavam
> galactorréia!
> Não sei se o 'leite' dele alimentava satisfatoriamente aos filhotes
já que
> também oferecíamos mamadeira.
Olá Antonio,
Isso é uma das coisas mais lindas no reino animal: a lei da
sobrevivência. De repente não há "sexos" mas a necessidade de
perpetuação da espécie... o engraçado é que os homens também
poderiam amamentar caso houvesse necessidade e vontade disso, porque
machos e fêmeas mamíferos apresentam glândulas mamárias ( os mamilos
masculinos não servem só para "enfeitar o peito" ou "ladear" os
pelos... :).
O problema é que, na sociedade humana, a divisão de tarefas parece
ser mais "dirigida" pelas bases culturais do que pela necessidade de
perpetuar a espécie, quando da falta de uma fêmea para alimentar os
filhos... Mas eu duvido muito que numa situação extrema, sem nenhuma
outra mulher por perto ou na ausência total de leite de qualquer
outro mamífero, um homem não ofereceria o próprio peito para salvar a
vida de seu filho.
Aos homens que se habilitem a testar a teoria mesmo sem estar numa
situação extrema, digo que tem que ser muito macho prá aguentar: no
começo dói muito. Depois acustuma... :)
Bisous, Lígia
SUBJECT: DENÚNCIA !!! - Estão nos roubando !!!!
FROM: "Iury Machado" <iury.machado@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <fcb@yahoogroups.com>
DATE: 08/10/2002 23:13
ENC: NORTEEstão tentando e vão conseguir roubar o Iraque e todo o seu petróleo matando pessoas como mosca. Só não saquearam o Brasil porque, nesta república de bananas, sempre tem um presidente corrupto de plantão entregando centenas de bilhões de dólores por ano. E o mais interessante: a dívida externa cresce cada vez mais...
NÃO DEIXEM DE VER O MAPA NO FINAL DA MENSAGEM.
Amigos, vejam + esta dos EUA
Absurdo!!Absurdo!!
INDIGNAÇÃO
Para ficar indignado!
No dia 24/5 o jornal "Estadão" publicou sem destaque nenhum, e em
três minúsculas linhas, a denúncia gravíssima de uma brasileira residente
nos EUA.
Os livros de geografia de lá, estão mostrando o mapa do Brasil amputado,
sem o Amazonas e o Pantanal. Eles estão ensinando nas escolas, que
estas áreas são internacionais....ou seja, em outras palavras, eles estão
preparando a opinião pública deles, para dentro de alguns anos se
apoderarem de nosso território com legitimidade. Nós somos brasileiros
e, no mínimo, temos de nos indignar com esta afronta. Vamos passar este
e-mail para o maior número de pessoas que conhecermos, e para que eles
saibam que, embora eles não noticiem o fato, nós, povo, estamos sabendo.
Houve quem duvidasse de que nos Estados Unidos havia mapas do Brasil
sem a Amazônia.
Pois vejam a página deste livro, no anexo, onde a Amazônia é dita como da
responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas, pois ela está
localizada na "...Améria do Sul, uma das regiões mais pobres do mundo",
é parte de "... oito países diferentes e "estranhos"... irresponsáveis,
cruéis e autoritários...", povos cruéis, tráfico de drogas, e o "...povo é
inculto, ignorante"...", podendo "...causar a morte do mundo todo dentro
de poucos anos..."
É só conferir na página 76 do livro DIDÁTICO norte-americano "Introdução
à Geografia", do autor David Norman, utilizado na Junior High School
(equivalente à 6ª série do 1º grau brasileira) anexo a esta.
Isso explica a "Operação Colômbia", as tropas americanas (80 mil) homens!
no Suriname, a apropriação da base aérea (da FAB) de lançamentos de
Alcântara,
a intenção dos Estados Unidos de colocar um escritório da CIA na tríplice
fronteira (Foz do Iguaçu), e a implementação de DUAS bases militares na
Argentina, uma na Patagônia e outra próxima a Buenos Aires.
Ou seja, a Amazônia está CERCADA, sitiada por forças americanas, que
garantirão a posse da região a qualquer hora dessas.
Essa notícia eu havia escutado há mais ou menos 8 anos atrás, em uma
palestra, proferida pelo professor J.W. Batista Vidal, da Universidade de
Brasília e Universidade Federal da Bahia.
Como já foi mostrado (ou justificado?) que a "guerra" contra Osama Bin
Laden (de quem não se tem a MÍNIMA prova de que tenha realizado os
ataques de 11de setembro) e o Talibã é muito mais uma questão de
passar um oleoduto pelo Afeganistão (para tirar o petróleo russo do Mar
Cáspio), que o Talibã não concordava, é de uma clareza solar os motivos
dos Estados Unidos na sua pretensão de "pacificar" a América do Sul, e
de "combater" o narcotráfico na Colômbia, enviando para lá imenso
arsenal e 100 MIL homens!
Vamos ficar de braços cruzados e boca calada? Ou vamos reagir?
Dos parlamentares, esperamos AÇÃO IMEDIATA.
Dos cidadãos, que REPASSEM esta notícia a todos os seus conhecidos!
Dos jornalistas, que DIVULGUEM este absurdo, para que a Nação se
levante contra essa violência inominável!
NÃO DEIXEM DE VER O MAPA NO FINAL DA MENSAGEM.
(Nós temos um exército aos farrapos, fechamos a Serra do Cachimbo, onde
poderiam se fazer experiências nucleares, não temos tecnologia, é isso
aí mesmo, eles vão tomar conta, eles tem tecnologia e exército, então
não reclama - ou vai criar tecnologia para não perder !!!)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
FROM: "Iury Machado" <iury.machado@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2002 23:16
> -----Mensagem Original-----
> De: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Quinta-feira, 26 de Setembro de 2002 21:10
> Assunto: [ciencialist] Re: Resp. Carlos - Divulgadores de física
>
>
>
> [...] A TRG prevê, a existência de ondas gravitacionais - ainda não
> confirmadas experimentalmente. Mas a não confirmação experimental não
> influi no fato de que o formalismo teórico das duas teorias não poderia
ser
> incompatível. De qualquer forma, independentemente disso, penso que você
> tem razão: ninguém pode excluir a possibilidade de a gravitação não ser
> quantizada, enquanto os outros campos são.
>
>
> Belisário
>
> =========================================
> Bem, me parece que a gravitação tenha uma explicação não ondulatória,
> ou seja: A matéria produz uma deformação no espaço, e esta deformação
> torna-se o caminho "natural" para qualquer corpo em torno desta matéria,
> tendendo para o centro de massa.
> Desta forma, não existe qualquer tipo de onda, mas uma atração similar
> à das cargas elétricas opostas, porém devida à deformação espacial dos
> corpos envolvidos.
> Neste caso, não existiriam campos polarizados nem quantizados.
> Porém, a pergunta que não quer calar é: Por que (como) a matéria deforma
> o espaço ao seu redor ?
> Além disso, temos outro "problema": A taxa de redução do período orbital
> do pulsar binário PSR 1913+16 - duas estrelas de nêutrons - descoberto por
> Russell Alan Hulse (1950-) e Joseph Hooton Taylor Jr. (1941-) em 1974,
> foi medida utilizando-se a antena de 305 m de diâmetro do rádio-telescópio
> de Arecibo. O período orbital é de 7,75 horas, e o período de rotação do
> pulsar de 59 milisegundos. A taxa de redução do período orbital, de
> (76,0±0,3)
> milionésimos de segundos por ano, concorda com precisão melhor do que 1%
> com o cálculo de perda de energia devido à emissão de ondas
gravitacionais,
> previstas pela teoria de Einstein. A teoria da relatividade geral prediz
que
> massas aceleradas emitem ondas gravitacionais, da mesma maneira que cargas
> elétricas aceleradas produzem ondas eletromagnéticas. As ondas
> gravitacionais
> são perturbações na curvatura do espaço-tempo e se propagam à velocidade
> da luz. Um onda gravitacional proveniente de uma fonte intensa, como um
> pulsar
> binário próximo, altera as distâncias, mas por fatores da ordem de 10^-21.
> Esta
> descoberta lhes valeu o prêmio Nobel de física de 1993.
> Em outras palavras: Parece que as tais ondas gravitacionais realmente
> existem.
> Mas a MQ nos diz que uma pequena variação de tempo no vácuo gera uma
> enorme quantidade de energia, ou seja, o vácuo contém energia (através do
> princípio
> da incerteza) !!!!
> Assim, talvez a "força gravitacional" seja o resultado da interação da
> matéria com
> o espaço !!
> Que tal ?!
>
> IM
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futilidade da tintura
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 01:49
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
-----------------------------------------------------------------
> Oi
> Muito me agradou o significado de "PLUR". Quem dera fosse assim.
é verdade...
> 'Piercing', gravata e salto alto: Fiquei intrigado. Não houvera atentado
> para esta questão anteriormente. Mas tudo indica que são algum tipo de
> 'rótulo' que o indivíduo escolhe colocar em si mesmo.
> A 'coleira' que a gravata significa (Atrelando ao social), a 'camara de
> tortura' do salto alto (Atrelando a 'estética') e o 'piercing' (Atrelando ao
> 'PLUR'?). Creio ser por aí.
Todos estão atrelados a estética, a diferença é a visão que se tem de cada um.
PLUR está atrelado às raves...
O uso do piercing não é exclusivo de um grupo, claro que existem modismos
dentro de certos grupos, mas, ao contrário, é algo que remete à individualidade.
Qualquer tipo de body art é uma forma de "recriar" o próprio corpo.
> Em tempo: Xilocaína é o nome comercial da lidocaína.
que bom, simplifica...
PLUR,
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 01:57
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Douglas: Eu tenho a impresão que no Brasil o Criacionismo não
> chegará no mesmo patamar que chegou nos EUA. A própria lingua
> portuguesa não favorece um "literalismo". E nem a Tradição
> Católica. Além disso, a intelectualidade Brasileira é quase toda
> atéia e marxista (ou algo parecido). O que vc acha?
***Seitas evangelicas q. pregam uma leitura literal da biblia estao em
franca expansao no Brasil.
Douglas: O q n constitui problema, deste pt de vista, já que elas não
influênciam pesquisas e cursos universitários.
***Ha' varios professores universitarios -
inclusive de Biologia - q. sao criacionistas.
Douglas: Nunca tinha houvido falar nisso. Aí já é um problema. Mas são
muitos quantos?
***Ha' interesse das organizacoes criacionistas dos EUA
em financiar extensoes em outros
locais. A populacao brasileira em media tem baixa escolaridade -- se
nos EUA q. tem uma situacao melhor q. a nossa o criacionismo se
mantém, aqui tem o potencial de se alastrar rapidamente.
Douglas: Eu ainda acho que não. Creio que a cultura brasileira
(universitária, pelo menos) não aceitaria bem o cricianismo. Nem tanto por
convicção, mas por falta de compatibilidade entre os pensamentos (o fato dos
EUA ser formado tendo como base seitas fundamentalistas, ao passo que o
Brasil foi formado tendo como base um catolicismo rural e popular não deve
ser deixado de lado, como fator secundário, muito pelo contrário).
***Ateismo e marxismo nao sao protecao contra bobagens (ha' quem pense
q. o proprio marxismo seja uma bobagem ou o proprio ateismo). Alem
disso a intelectualidade (gracas a Deus) tem pouca influencia nos
rumos das coisas no país.
Douglas: Engano seu. Tem muita influência. Experiência própria.
Sobre Marxismo e ateísmo, não vejo como se conciliarem com criacionismo.
Foi o que eu quis dizer.
> 2- Há fósseis que aparecem como que do "nada", sem ser encontrado
> um de uma geração anterior (não sou criacionista e ninguém era, não
> confunda as coisas, por favor);
***Praticamente nao existem registros fosseis com resolucao de uma
geracao. E isso nao vai contra a fragmentacao do registro fossil.
Douglas: Não entendi bem esta passagem. Como assim?
***Existem lacunas de fato - o q. levou Gould e Eldredge
a proporem o equilibrio puntuado, mas isso nao e' contra a evolucao,
apenas propoem q. as especies podem permanecer por um periodo
relativamente longo sem grandes modificacoes (estase), periodos esses
interrompidos eventualmente por instantes (instantes em termos
geologicos, sempre bom frisar) de rapida modificacao. Mas nao existem
dados conclusivos de q. isso ocorra -- alguns acham q. ha' indicios
de q. isso ocorra mais em alguns organismos marinhos, mas q. na fauna
terrestre esse equilibrio puntuado nao se verifique: depende um pouco
dos criterios utilizados na obtencao dos dados do registro fossil e
do tratamento estatistico aplicado aos dados.
Douglas: Pelo que entendi do dito acima, visto tais "lacunas" não são
argumentos fortes (ou não são argumentos de forma alguma) contra a
"evolução". É isso mesmo?
Obrigado pelas explicações e pela indicação de textos.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 02:20
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> A palavra-chave e' *aparentemente*.
>
> Douglas: "aparentemente" aqui, é que não foram encontrados fósseis
> anteriores.
***E o q. isso quer dizer? Q. nao existem?
Douglas: Não. Mas podem não existir.
> Retomo o exemplo q. dei anteriormente em uma outra mensagem:
> fósseis de crossopterígios desaparecem a partir do cretáceo. Apesar
> disso, no século passado encontraram um membro desse grupo o
> celacanto /Latimeria/. O q. devemos pensar? Q. eles sumiram
> magicamente e reapareceram depois? Q. o /Latimeria/ foi recriado? Q.
> o registro fóssil é incompleto? Q. os alienígenas devolveram um
> exemplar q. haviam capturado lá no mesozóico para repovoar a Terra?
>
> Douglas: Qual a resposta?
***Pois e', qual a resposta? Sabemos com certa seguranca q. parentes
proximos do /Latimeria/ existiam ate' cerca de 65 milhoes de anos
atras. Sabemos q. o /Latimeria/ existe hoje. Existe um lapso de tempo
q. nao encontramos nenhum indicio de sua existencia.
***O q. devemos pensar a respeito?
Douglas: Não sei. Vc pergunta para mim? É como se ela tivesse "sumido" e
"reaparecido", o que não é uma hipótese muito interessante.
Vc quer dizer que não há respostas?
> > Pelas palestras que assisti não há indícios de um continuum entre
> > as espécies (não todas).
>
> E precisa haver em todas?
>
> Douglas: Seria bom. Ou melhor, necessário, senão haveria exeções:
> todos evoluiram, menos este...
***Sera' mesmo q. podemos concluir q. esses nao evoluiu?
Douglas: Concluir não. Mas deixar o assunto em suspenso ou desconfiar que
"algo"na teoria está errado (talvez).
***Mas se tivermos apenas duas populacoes, uma quase ao lado da outra,
se elas se intercruzarem consideraremos uma especie so'. So'
detetaremos como duas especies distintas se elas nao se cruzarem. Mas
ai' nao ha' intermediarios e com isso concluimos o q?
Douglas: Que em alguns casos não precisa haver contínuum. Certo?
***E qdo ocorre a formacao de uma nova especie, nao por divisao de uma
populacao original em duas novas populacoes, mas por modificacoes ao
longo das geracoes de uma unica populacao q. se diferencia da
populacao original? O continuum se perde no tempo. Devemos esperar q.
o registro fossil capte toda essa transicao?
Douglas: Seria bom.
***E se essa especie vive
em uma regiao em q. os sedimentos sejam erodidos ao inves de
depositados? Como se formarao fosseis?
Douglas: Aí é especulação. Não dá para tirar conclusão deste "E se...",
apenas mostrar que há uma possibilidade.
> Douglas: Esta é a questão. Se não sabemos, é especulação. Se é
> especulação estamos no campo da filosofia e não no da ciência (a
> ciência pode especular (formar hipóteses) para testar ou falsear. É
> diferente da filosofia).
***Nao existem certezas em ciencia.
Douglas: Hoje em dia, depois da ciência ter errado tanto e ter substituído
umas "verdades"por outras, não há mesmo. Mas havia a esperança (Séc XIII,
XIX e começo do XX, e até hoje em dia para alguns) de que a ciência
revelaria a "verdade"sobre o mundo.
***Talvez isso incomode a algumas
pessoas, mas podemos encarar de um ponto de vista mais construtivo:
precisamos sempre trabalhar os nossos conceitos em ciencia.
Douglas: Está certo.
> Se quiser encarar isso, então, como 'especulação filosófica apenas
> com auto-valor heurístico', tudo bem. Mas aí temos q. encarar
> qualquer teoria científica como tal. Se quiser, novamente tudo bem.
>
> Douglas: Neste caso a ciência perde sua especificidade. A Teologia
> e a Ontologia tb são especulativas.
***Sim, sao. Mas quais as bases da especulacao delas?
Douglas: A própria Realidade, vista de forma simbólica (Visão simbólica da
realidade). Só de curiosidade, o livro "As formas elementares de Vida
Religiosa" de Durkheim, (introdução e conclusão, não precisa ler o resto do
livro) demonstra como a noção de Tempo, Espaço, Causalidade, Substância,
Acidente, dentre outras, tem uma origem simbólica (não que o simbolismo -
Analogia - da Ontologia e da Teologia se baseem nestas bases, mas é só para
mostrar a força do simbolismo).
Como essas
especulacoes sao guiadas?
Douglas: Através da Lógica e do confronto com a Realidade.
Como elas se desenvolvem?
Douglas: São reformuladas de acordo com o resultado do embate anterior. Mas
há um repertório simbólico de origem. Como é de origem, não há como ir para
além dele. As regras do método Teológico, bem como do Discernimento de
Espiritos (não confundir com espiritismo) são recheadas de regras que foram
se desenvolvendo com o tempo. Mas a base empírica fica em segundo plano (ao
contrário do que acontece com a ciência), pois o empírico é simbolo d'Aquilo
que o Transcende.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 02:26
----- Original Message -----
From: Ronaldo Cordeiro <rcordeiro@writeme.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 08, 2002 10:40 AM
Subject: [ciencialist] Re: Evolução
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
>. . . as discussões
> hoje em dia são sobre detalhes de como a evolução teria se
> processado, não se teria ou não acontecido.
>
> Douglas: Parece não ser essa a opinião da Doutora Ana Carolina
Regner (RS).
> Mas não tenho certeza.
Ela, infelizmente, não chega a ser uma raridade. Como lembrou o
Takata, existem muitos criacionistas até entre os professores
universitários.
Douglas: Ela não é criacionista.
Mesmo entre biólogos, como a Márcia Oliveira de
Paula, por exemplo:
http://www.scb.org.br/entrevistas/Entrevista_2.htm
O site criacionista Answers in Genesis tem uma lista com mais de 100
nomes de cientistas, alguns com PhD, que defendem o criacionismo. Mas
isso não é surpresa. Se a religião consegue levar pessoas a
seqüestrarem aviões e jogá-los contra prédios, fazer com que um
biólogo negue a evolução deve ser canja.
Douglas: Deixe a Religião de fora que a questão é mais complexa. Ou vc
seacha mais santo do que aqueles terroristas? O problema é da Religião ou do
ser Humano?
Não conheço nada da Dra. Ana
Carolina, mas não ficaria surpreso se descobríssemos que ela é
criacionista.
Douglas: Não é.
Alguns fundamentalistas realmente fazem isso. Atacam a
evolução por não terem como defender abertamente o criacionismo.
Douglas: O que não significa que a "evolução" não tenha "furos".
Vc com certeza ainda vai ver muitas vezes pessoas com formação
acadêmica numa determinada área defenderem verdadeiros disparates.
Douglas: Já vi.
Esse de afirmarem que não há provas da evolução é um deles. Já tive a
oportunidade de debater com adversários da evolução várias vezes, e
todos os argumentos que eles apresentam se encaixam na categoria "mal
informado" ou "desonesto". Como eu já disse, não conheço a Dra. Ana
Carolina, mas se vc apresentar aqui os argumentos dela, tentarei
esclarecê-los (se eu conseguir ser mais rápido que o Takata, é
claro).
Douglas: Eu não os conheço. Posso tentar entrar em contato com ela, mas isso
só será possível em novembro.
Uma sugestão de leitura sobre o assunto é:
29+ Evidences for Macroevolution
http://www.talkorigins.org/faqs/comdesc/
Obrigado pelas explicações e pela indicação de leitura,
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 02:31
Douglas, vc leu quais livros? Poderias ser mais específico quanto a
crítica?
Douglas: Posso sim. Mas talvez demore alguns dias e venha em doses
"homeopáticas", tem algum problema?
******************************8
Olá, Douglas e demais colegas!
Vi o comentário sobre as "baboseiras" de Dawkins e Sagan e fiquei
um tanto curioso.
Não quis enviar uma mensagem inicialmente para não parecer querer
defender os autores, ao invés das idéias (já que a crítica não
forneceu detalhes). Após algum tempo minha curiosidade venceu a
timidez.
Douglas, vc leu quais livros? Poderias ser mais específico quanto a
crítica?
Li O Mundo Assombrado Pelos Demônios, Desvendando o Arco-Íris e O
Gene Egoísta e, apesar de não concordar com tudo, achei o saldo geral
dos livros excelente.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Piercing e tintura
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 03:03
Alexandre Medeiros wrote:
> Nada a ver. Vc apenas quer se destacar dos demais para...
> sei lá... conquistar parceiros(as) sexuais??? ;-)
A principio nao, só depois percebi essa vantagem.
Na verdade, nao era vantagem, quando coloquei ainda nao era tao comum,
causava mais espanto que qualquer outra coisa.
Uso porque EU gosto.
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Oi
> Gostaria de acrescentar, sabendo não estar esgotando o assunto, que o
> 'piercing', os cabelos raspados ou demasiado longos, a tatuagem, as vestes,
> etc, 'fazem parte' da identificação do indivíduo com um grupo,
> independentemente de estar ou não sendo fútil.
> A mulher pintar os cabelos de louro é uma outra questão. Não está restrita
> aos adoslescentes e a necessidade de autoafirmação e identificação com um grupo.
E o que estaria restrito aos adoslescentes e a necessidade de autoafirmação e identificação
com um grupo?
Dr. PSI, os motivos por uma opcao estetica podem ser os mais variados, nao existe formula.
Independente do motivo, é tudo estética.
[]s,
Vladimir
SUBJECT: Fábricas de cocô, é o que somos!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 04:05
Oi,
Há uma teoria que diz que os subsistemas vivos existem para apressar
a morte térmica do Sistema em que se acham inseridos. Ou seja, os
organismos vivos são agentes da 2ª Lei da Termodinâmica, na medida em
que constituem "uma forma eficaz de captar e degradar energia
ordenada", contribuindo assim para o equilíbrio térmico do Todo de
que são partes.
Todo sistema ruma para o equilíbrio o mais rápido que pode. É por
isso que existimos, ou melhor, vivemos; a ordem existe para maximizar
a desordem; o sentido da vida é a morte térmica; ou ainda, em termos
metafóricos, nada mais somos que fábricas de cocô. Era só o que
faltava! O que acham disso?
Mais informações no seguinte artigo:
http://www.uol.com.br/inovacao/ultnot/ult763u294.shl
Transcrevo abaixo os parágrafos iniciais:
<<Qual é o propósito da vida? Será que é apenas encontrar comida e
fazer sexo -sobrevivência e reprodução? Talvez não. De acordo com
Eric Schneider e James Kay, a vida é orientada por um ímpeto ao menos
tão forte quanto o desejo de sobreviver. Eles alegam que a vida é uma
engenhoca barroca para desperdiçar energia. Trata-se simplesmente de
uma versão extrema da tendência universal de transformar energia
concentrada em calor difuso e inaproveitável.
<<Se Kay e Schneider estiverem certos, a idéia deles pode explicar
porque os ecossistemas e organismos são tão complexos e diversos, e
talvez até o motivo para que a vida exista. E os dois cientistas
dizem que agora dispõem de provas científicas para dar sustentação às
suas alegações.
(...)
<<Se o estado de equilíbrio é um atrator, pensavam Kay e Schneider,
isso significa que à medida que você empurra um sistema para além de
seu ponto de equilíbrio, ele empurra na direção oposta. E quanto
maior for a força do empurrão, maior será a força da reação.
<<Abandonando a visão ortodoxa de que uma complexidade cada vez maior
representa aberração, Schneider e Kay propuseram a idéia de que a
natureza na verdade cria sistemas complexos sempre que lhe é
possível. Ela usará quaisquer mecanismos de que disponha para
caminhar em direção ao equilíbrio. E eles não são os únicos a pensar
assim. "A idéia de que os sistemas empregam todos os recursos de que
possam dispor para se aproximar do equilíbrio é bastante intuitiva",
diz John Collier, do Instituto Konrad Lorenz de Pesquisa da Evolução
e Cognição, em Altenberg, Áustria.
<<Eis um exemplo simples. Aqueça uma panela com uma camada fina de
óleo no fundo. Isso estabelece um gradiente de temperatura entre o
topo e o fundo do óleo -um sinal de que ele está fora de equilíbrio.
Inicialmente, o óleo apenas conduz o calor placidamente do fundo para
o topo. Mas se você aumenta a temperatura, criando um gradiente mais
acentuado, surge uma estrutura. O óleo forma pequenos mas visíveis
fluxos de formato hexagonal chamados de células Bénard. Elas
transferem o calor com muito mais rapidez, resistindo à tentativa de
abandonar o equilíbrio ainda mais.
<<Em diversas outras situações, a natureza mostra essa tendência de
formar estruturas mais complexas quando pressionada a abandonar o
equilíbrio de maneira mais intensa. Se as condições o permitirem, um
tornado ou uma reação química cíclica se formam. Quem sabe a vida? Se
é esse o caso, somos apenas agentes da uniformidade, trabalhando para
levar o universo ao equilíbrio da forma mais rápida e completa que
pudermos.
<<Essa alegação parece audaciosa. A vida é uma montagem muito precisa
de proteínas, açúcares e outras moléculas. Elas formam células, e
depois tecidos e órgãos, organismos completos e por fim ecossistemas
extensos. Será que toda essa complexidade é impulsionada por uma lei
física simples? No reino da ecologia, pelo menos, há indicações de
que seja esse o caso.>>
[]s,
Manuel Bulcão
PS.: Não sei por quê, mas a teoria acima me fez lembrar a seguinte
passagem da obra de Goethe, "Fausto":
"Eu sou aquele gênio que nega e que destrói!
E o faço com razão; a obra da Criação
Caminha com vagar para a destruição.
Seria bem melhor se nada fosse criado.
Por isso, tudo aquilo a que chamas pecado,
Ou também "destruição" ou simplesmente 'o Mal'
Constitui meu elemento eleito e natural."
(Mefistófeles)
SUBJECT: Racionalização
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 06:02
Conheci uma respeitável senhora que tinha uma 'mania' que a incomodava:
Toda vez que chegava em sua casa, revistava tudo. Temia que algum ladrão
tivesse entrado em sua ausência e permancesse escondido dentro da casa.
Uma outra senhora, companheira da Igreja, por vezes a ajudava na revista.
Momentos de muita expectativa quando tomadas por forte sobressalto, intensas
emoções.
Mas jamais encontraram àquilo que temiam. Onde estaria o ladrão? Dentro da
cabeça da senhora. A tal senhora colocava o ladrão em seu lar.
A senhora tinha necessidade de companhia masculina. Mas esta necessidade
seria reprovável em seu círculo social, onde era aceita justamente por sua
beatitude.
A senhora colocava um homem dentro de casa e vivenciava as emoções de tê-lo
(ansiedade, sobressalto...)!
Mas porque esta dissimulação? Porque simplesmente não 'fantasiava' estar se
envolvendo emocionalmente com 'um homem'?
Envolver-se com um homem (Na minha idade!, diria ela) seria egodistônico,
não seria compatível com os padrões pelos quais era aceita em seu círculo
social. Assim ela experimenta as emoções de ter um homem perto de si sem
criar conflitos. O 'medo' do ladrão é egossintônico.
Que acham desta estória que criei para exemplificar racionalização?
Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fábricas de cocô, é o que somos!
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 07:24
Nenelsinho paz e amor escreveu:
"...nada mais somos que fábricas de cocô. Era só o que faltava! O que acham
disso?..."
#####>Para fazer cocô é necessário comer. Consequênte a existência
'eu/não-eu' inicia a existência da relação 'eu/não-eu'. 'Englobar' uma maçã
é englobar 'não-eu'. Fazer cocô é acrescentar ao 'não-eu'<#####
<<Qual é o propósito da vida? Será que é apenas encontrar comida e
fazer sexo -sobrevivência e reprodução? Talvez não. De acordo com
Eric Schneider e James Kay, a vida é orientada por um ímpeto ao menos
tão forte quanto o desejo de sobreviver. Eles alegam que a vida é uma
engenhoca barroca para desperdiçar energia. Trata-se simplesmente de
uma versão extrema da tendência universal de transformar energia
concentrada em calor difuso e inaproveitável.
#####>A eterna questão do 'propósito da vida'. Simples: A água resolveu
dominar o Planeta. Tomou-se de autonomia e invadiu a parte sólida. Nós somos
uma parte desta água autônoma, soldados invasores<#####
<<Se o estado de equilíbrio é um atrator, pensavam Kay e Schneider,
isso significa que à medida que você empurra um sistema para além de
seu ponto de equilíbrio, ele empurra na direção oposta. E quanto
maior for a força do empurrão, maior será a força da reação.
#####>Não foi Newton quem postulou isso?<#####
Abraços.
Antonio Renato.
PS: Não gostaria de receber msg de réplica. É uma 'brincadeira'.
SUBJECT: MSG para Vladimir
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 07:25
Vladimir escreveu:
= 1ª MSG =
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
-----------------------------------------------------------------
> Oi
> Muito me agradou o significado de "PLUR". Quem dera fosse assim.
é verdade...
> 'Piercing', gravata e salto alto: Fiquei intrigado. Não houvera atentado
> para esta questão anteriormente. Mas tudo indica que são algum tipo de
> 'rótulo' que o indivíduo escolhe colocar em si mesmo.
> A 'coleira' que a gravata significa (Atrelando ao social), a 'camara de
> tortura' do salto alto (Atrelando a 'estética') e o 'piercing' (Atrelando ao
> 'PLUR'?). Creio ser por aí.
Todos estão atrelados a estética, a diferença é a visão que se tem de cada
um.
#####>Estética... Já reparou que as mulheres estão fazendo uma tal de
chapinha nos cabelos. Já reparou como ficam os cabelos após tal manobra?
Cheio de pontas! Elas acham bonito... pagam por isso! Vc tem razão quando
coloca: "a diferença é a visão que se tem de cada um."<#####
PLUR está atrelado às raves...
#####>Que me desculpe a ignorância, mas o que é 'raves'?<#####
O uso do piercing não é exclusivo de um grupo, claro que existem modismos
dentro de certos grupos, mas, ao contrário, é algo que remete à
individualidade.
Qualquer tipo de body art é uma forma de "recriar" o próprio corpo.
#####>É... se o indivíduo não está satisfeito consigo... Turbina, faz
chapinha, etc<#####
> Em tempo: Xilocaína é o nome comercial da lidocaína.
que bom, simplifica...
PLUR,
Vladimir
= 2ª MSG =
Alexandre Medeiros wrote:
> Nada a ver. Vc apenas quer se destacar dos demais para...
> sei lá... conquistar parceiros(as) sexuais??? ;-)
A principio nao, só depois percebi essa vantagem.
Na verdade, nao era vantagem, quando coloquei ainda nao era tao comum,
causava mais espanto que qualquer outra coisa.
Uso porque EU gosto.
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Oi
> Gostaria de acrescentar, sabendo não estar esgotando o assunto, que o
> 'piercing', os cabelos raspados ou demasiado longos, a tatuagem, as vestes,
> etc, 'fazem parte' da identificação do indivíduo com um grupo,
> independentemente de estar ou não sendo fútil.
> A mulher pintar os cabelos de louro é uma outra questão. Não está restrita
> aos adoslescentes e a necessidade de autoafirmação e identificação com um grupo.
E o que estaria restrito aos adoslescentes e a necessidade de autoafirmação
e identificação com um grupo?
#####>A adolescência é uma fase de transição. As mudanças cursam com
instabilidade e insegurança. Agregando-se, o adolescente ilude-se estar
seguro. Encontra estabilidade dentro do grupo que 'pensa' ser
homogêneo<#####
Dr. PSI, os motivos por uma opcao estetica podem ser os mais variados, nao
existe formula.
#####>Hei! Sarcasmo não está no 'PLUR'! Mas pareceu-me simpático o "Dr. PSI"
:)<#####
Independente do motivo, é tudo estética.
[]s,
Vladimir
[]s, e sempre 'PLUR'.
Antonio Renato.
PS: Vc é adolescente?
SUBJECT: Re: O peso do voto nulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 09:27
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Você, que não gosta de analogias, anda fazendo uso de
> analogias bem esdrúxulas, não percebe?
Percebo. Por isso as estou usando. Para destacar q. a argumentacao e'
esdruxula. Vc esta' dizendo q. os anarquistas atuais (com ou sem
aspas vê la' como melhor lhe aprouver) sao violentos ou pregam a
violencia porq. os 'anarquistas' 'classicos' tbm pregam a violencia...
Sobre o Genoino vc diz q. nao devemos culpa'-lo a vida toda por
arroubos da juventude, deve estar certo. Mas a Raquel de Queiroz tem
q. pagar pelo erro de eventualmente ter apoioado a ditadura (coisa q.
o finado Ulisses Guimaraes/Guimalhaes tbm fez) e os anarquistas
atuais tem q. pagar pelo q. os anarquistas classicos eram em sua
opiniao?
> Vai ver que são apenas indiferentes à forma de governo ou tipo de
> Estado (vai haver um golpe? Tô nem aí!), o que não quer dizer que o
> são porque vivem mal em qualquer uma delas, ou porque vivem bem
> tanto na democracia quanto na autocracia.
Vai ver. Eu fui. Dos q. conheco nenhum defende a ditadura. Entre a
democracia e ditadura preferem a democracia. Mas entre o anarquismo e
democracia, preferem o anarquismo.
Eu tbm preferiria. Eu tbm acho utopico. Entre o idealismo e o
realismo (o suposto realismo) prefiro a democracia. Mas defendo o
direito deles em terem suas utopias.
> Ou melhor, vale um: O que não quer dizer que não tem nenhuma
> relação "indireta" (retiro as aspas?) com a defesa ou ataque à
> democracia.
Talvez tto qto os q. "defendem" (com as devidas aspas) a democracia
ou a "democracia". E os q. votaram no ACM e no Dr. Enéas? São mais
democratas do q. os q. anularam seu voto?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 09:59
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Douglas: O q n constitui problema, deste pt de vista, já que elas
> não influênciam pesquisas e cursos universitários.
Engana-se. Elas tEm influencia politica crescente (nao q.
nao possam ter).
> ***Ha' varios professores universitarios -
> inclusive de Biologia - q. sao criacionistas.
>
> Douglas: Nunca tinha houvido falar nisso. Aí já é um problema. Mas
> são muitos quantos?
Nao sei dizer qtos. Mas vc pode ver alguns na lista do site q. o
Ronaldo Cordeiro passou da Sociedade Criacionista Brasileira.
> Douglas: Eu ainda acho que não. Creio que a cultura brasileira
> (universitária, pelo menos) não aceitaria bem o cricianismo.
Ela aceitaria na forma disfarcada como o 'design inteligente'.
Qto ao catolocismo. Ha' o catolicismo fundamentalista q. tbm
defende o criacionismo em uma ou outra forma.
> Douglas: Engano seu. Tem muita influência. Experiência própria.
Em termos politicos nao tem nenhum. So' fumaca e barulho.
> > 2- Há fósseis que aparecem como que do "nada", sem ser encontrado
> > um de uma geração anterior (não sou criacionista e ninguém era,
> > não confunda as coisas, por favor);
>
> ***Praticamente nao existem registros fosseis com resolucao de uma
> geracao. E isso nao vai contra a fragmentacao do registro fossil.
>
> Douglas: Não entendi bem esta passagem. Como assim?
O registro fossil e' fragmentado. Ele dificilmente sera' completo.
Para q. ele se forme e' preciso condicoes ideais.
- primeiro, os vestigios organicos devem durar tempo o suficiente:
normalmente partes moles sao rapidamente degradadas, por isso elas
sao pouco preservadas, o q. nao espanta q. antes do advento de partes
duras: como ossos, dentes e conchas - poucos organismos tenham
deixado vestigios -- as partes duras provavelmente so' surgiram no
final do pre-cambriano (coisa de uns 650 milhoes de anos atras).
Antes disso, entao, nao se espera mesmo muitos fosseis bem
preservados. As partes moles para serem preservadas precisam ser
recobertas rapidamente por um sedimento fino, ficar em condicoes em
q. nao ha' muito oxigenio, depois de soterrada e com a consolidacao
do sedimento (processo chamado de litificacao -- qdo os sedimentos se
transformam em rocha) deve se dar de modo a nao destruir esses
vestigios delicados: e isso e' um pouco dificil, ja' q. essa
consolidacao se da' a uma grande pressao e temperatura relativamente
alta.
- na maior parte das vezes, o ser morto e' atacado por carniceiros e
agentes decompositores, alem de ser destruido por agentes fisicos e
quimicos q. degradam o corpo -- mesmo depois de soterrado.
Isso faz com q. na maior parte das vezes a resolucao do registro
fossil nao seja grande o suficiente para captar modificacoes de uma
geracao para outra. E o q. e' pior, depois de consolidada a rocha,
ela ainda pode ser erodida, antes q. uma nova camada se forme por
sobre ela. Nessa erosao muitos fosseis podem ser perdidos. Ao mesmo
tempo q. cria falhas entre camadas adjacentes -- todo o periodo
registrado pela camada erodida e' perdida.
Isso tudo faz com seja muito raro os locais em q. tenhamos uma boa
resolucao no registro fossil para acompanhar as mudandas de geracao
em geracao. Qdo se fala q. houve uma mudanca subita, esse subito e'
em termos geologicos -- os organismos mudam de uma camada para outra
a apenas 10 cm acima. Porem esses 10 cm podem representar algumas
centenas de milhares de anos, alem disso podem estar faltando outros
milhares de anos q. foram perdidos pela erosao -- e o mais provavel
e' q. estejam mesmo.
> Douglas: Pelo que entendi do dito acima, visto tais "lacunas" não
> são argumentos fortes (ou não são argumentos de forma alguma)
> contra a "evolução". É isso mesmo?
As lacunas q. se conhecem nao sao argumentos fortes.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: [ciencialist] Genes egoísta e burros
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 10:15
> De: Antonio Renato
> Pois então, quando uma cadela teve cria, outra 'tomou-lhe' a cria. O
> filhotes (seis) iniciaram a mamar na 'usurpadora' que não
> demorou apresentar
> leite em suas mamas. E ela não deixava a 'verdadeira mãe' se
> aproximar. Era
> necessária nossa intervenção, posto das atitudes 'suplicantes' da
> 'usurpada'.
> Mas, mais surpreendente, foi em determinada ocosião quando
> tínhamos apenas
> um macho e uma fêmea. A fêmea morreu algum tempo após ter
> parido cinco
> filhotes. O macho assumiu a cria. Fazia a higiene no cordão
> umbilical e
> amamentava! As glândulas mamárias do macho se hipertrofiaram
> e apresentavam
> galactorréia!
Cachorro de psiquiatra é assim mesmo! ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Evolução
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 10:24
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> > Douglas: "aparentemente" aqui, é que não foram encontrados fósseis
> > anteriores.
>
> ***E o q. isso quer dizer? Q. nao existem?
>
> Douglas: Não. Mas podem não existir.
Sim, podem. Mas 'a medida em q. encontramos fosseis de outros
organismos, e' razoavel supor q. seja problema apenas da preservacao.
Se nenhum organismo apresentasse fosseis intermediarios, ai' sim
seria uma questao a se considerar mais aprofudadamente.
> Douglas: Não sei. Vc pergunta para mim? É como se ela
> tivesse "sumido" e "reaparecido", o que não é uma hipótese muito
> interessante.
> Vc quer dizer que não há respostas?
Uma resposta possivel. Ele estava la' o tempo todo. Apenas nao foi
registrado. Isso e' perfeitamente compativel com o q. se conhece da
formacao das rochas e dos fosseis -- os fosseis raramente sao
preservados.
> Douglas: Concluir não. Mas deixar o assunto em suspenso ou
> desconfiar que "algo"na teoria está errado (talvez).
Nao vejo necessidade de deixar o assunto em suspenso, qdo ha'
explicacoes bem prosaicas.
> Douglas: Que em alguns casos não precisa haver contínuum. Certo?
E' o q. eu concluiria tbm.
> Devemos esperar q. o registro fossil capte toda essa transicao?
>
> Douglas: Seria bom.
De fato seria bom se tivessemos um registro fossil completo. Mas nao
devemos esperar por isso na medida em q. sabemos como ele se forma e
q. esse processo leva a uma fragmentacao do registro.
> ***E se essa especie vive
> em uma regiao em q. os sedimentos sejam erodidos ao inves de
> depositados? Como se formarao fosseis?
>
> Douglas: Aí é especulação. Não dá para tirar conclusão deste "E
> se...", apenas mostrar que há uma possibilidade.
Estou falando dos organismos atuais. Existem especies atuais q. vivem
no alto de montanhas. Podemos acompanhar o q. acontece com suas
carcacas e vestigios. Eles rolam montanha abaixo e nisso sao
destruidos pelos processos mecanicos e biologicos. Somente uma parte
muito pequena sobrevive. Claro, pode-se dizer q. e' uma especulacao
extrapolar o q. acontece no presente para um passado remoto. Mas e'
um processo bastante operacional. Podemos sim tirar conclusoes,
apenas nao podemos ter certeza.
> ***Nao existem certezas em ciencia.
>
> Douglas: Hoje em dia, depois da ciência ter errado tanto e ter
> substituído umas "verdades"por outras, não há mesmo. Mas havia a
> esperança (Séc XIII, XIX e começo do XX, e até hoje em dia para
> alguns) de que a ciência revelaria a "verdade"sobre o mundo.
Certo. De todo modo, mesmo sem haver certezas, gracas ao conhecimento
cientifico podemos trocar ideias via internet, alem de outras coisas.
Repare entao q. isso nao e' problema da Teoria da Evolucao Biologica,
mas do processo cientifico de investigacao.
> ***Sim, sao. Mas quais as bases da especulacao delas?
>
> Douglas: A própria Realidade, vista de forma simbólica (Visão
So' q. esse simbolismo e' totalmente arbitrario. Ha' varios sistemas
totalmente incompativeis construidos a partir de uma mesma realidade.
O simbolismo e' um fator importante dentro de uma comunidade como
ponto de referencia. Mas esses simbolos so' dizem respeito a essa
comunidade. Na lingua tbm ocorre isso: eleicao de simbolos mais ou
menos aleatorios para representar elementos da realidade circundante -
- nos falamos em 'cachorro', os ingleses em 'dog' para representar a
mesma classe de objetos; o mesmo simbolo 'sale', por outro lado,
representa objetos diferentes para espanhois e americanos.
> Como essas especulacoes sao guiadas?
>
> Douglas: Através da Lógica e do confronto com a Realidade.
Como a Logica se aplica ao estabelecimento de um ser onipotente? E
como ela se relaciona com um outro sistema q. estabelece a existencia
de multiplas divindades? Ou mesmo de nenhuma? Qual o confronto
possivel com a Realidade?
'Devemos ser bom' como se concatena logicamente com a Realidade?
Nao estou dizendo q. nao haja logica, nem q. nao se baseie na
realidade. Mas certamente ha' diferencas entre isso e o sistema de
operacao dos processos cientificos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 10:29
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Q. farao os astromantes se os astronomos darem o 'status' de planeta
> a esse bicho? (Ou tirarem de Plutao?)
O mesmo que fizeram com Ceres.
Sérgio
SUBJECT: Re: Fábricas de cocô, é o que somos!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 10:31
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Há uma teoria que diz que os subsistemas vivos existem para
> apressar a morte térmica do Sistema em que se acham inseridos. Ou
> seja, os organismos vivos são agentes da 2ª Lei da Termodinâmica,
> na medida em que constituem "uma forma eficaz de captar e degradar
> energia ordenada", contribuindo assim para o equilíbrio térmico do
> Todo de que são partes.
Qto ao seres vivos existirem "para", eu discordo. Não existimos para
coisa nenhuma. (Bem, talvez alguma divindade ou uma raca alienigena
superior tenham algum proposito para nós, mas como saber disso?)
Q. os organismos vivos (complexos e semplexos) sao atores da 2a Lei
da Termodinamica nao ha' novidade alguma. Sera' q. esses Schneider e
Kay realmente propoem redescobrir a roda? Ou o veiculo nao captou bem
o trabalho deles?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 11:32
--- Em ciencialist@y..., Joao Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> Sergio M. M. Taborda wrote:
>
> >--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> >
> >>Q. farao os astromantes se os astronomos darem o 'status' de
planeta
> >>a esse bicho? (Ou tirarem de Plutao?)
> >>
> >
> >O mesmo que fizeram com Ceres.
> >
> >Sérgio
> >
>
> Ou com o Varuna ou o "2001 KX76".
>
> Joao
Nesse caso não fariam nada... 'Nada' é de facto uma hipotese. (tlv a
melhor hipotese)
(Depende dos americanos. Se eles decidirem atacar então Quaoar será o
simbolo de guerras sem nexo- 'Quaquá of War'. Curioso que o Quaoar
tivesse sido observado o ano passado - ano do 11 de Setembro , embora
só este ano deram por ele... é como os americanos , foi observado que
eles são só garganta o ano passado, mas só este ano temos a
comprovação: a qual eles querem tentar desmentir criando uma guerra
sem motivo com o Iraque desviando as atenções do ponto realmente
importante: que eles são só garganta, a sua economia está a afundar,
os paises extrangeiros estão a perder a confiança/medo neles e
principalmente que todos acham o Bush um palhaço.
Caso impere a paz, e a metira seja finalmente trazida à luz, Quaoar
será provavelmente o simbolo dessa harmonia alcançada pela exposição
da verdade dos factos. O que em termos astrologicos poderia até ser
util como 2º regente de mais um par de signos : Libra e Touro que
simbolizam respectivamente a Justiça e a Rectidão. Ou tlv não. )
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 11:38
> --- Em ciencialist@y..., Joao Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> > Ou com o Varuna ou o "2001 KX76".
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
> Nesse caso não fariam nada... 'Nada' é de facto uma hipotese. (tlv
> a melhor hipotese)
VARUNA: GOOD OR BAD?
(sketches for the intepretation of a new planet)
http://astrologic.ru/english/Varuna.htm
Como a astromancia e' uma ciencia dinamica e nao-dogmatica ao
contrario do q. afirmam seus detratores (viu, Alvaro?)! Ela esta'
sempre revendo suas conclusoes.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Apresentação e Anarquismo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 11:45
Bom, faz mais ou menos uma semana que eu me inscrevi na lista, então acho
que já passou o tempo regulamentar de lurker necessário pra me inteirar
(também mais ou menos) do que vem sendo discutido por aqui e não cair
(muito) de paraquedas. Antes de mais nada, deixa eu me apresentar. Meu nome
é Lúcio Manfredi, e eu sou escritor de ficção científica e roteirista.
Também sou um ex-estudante de filosofia, se é que isso conta pra alguma
coisa (eu acho que não conta, mas não custa nada mencionar). Sou anarquista
desde os 12 anos e, como estou com 32, isso perfaz vinte anos nos quais a
minha postura anarquista vem se aprofundando, refinando e modificando. Por
conta disso, achei muito estranho ver que algumas pessoas aqui na lista
parecem associar anarquismo e autoritarismo. Se eu entendi direito as
discussões, e me corrijam se eu estiver errado, o principal argumento pra
isso é o fato de que anarquistas como Bakunin pregavam o uso da violência
como forma de desestabilizar o sistema. Esse argumento (se o argumento for
mesmo esse) dá margem a vários comentários.
Em primeiro lugar, a gente tem que distinguir entre o anarquismo de esquerda
e o anarquismo de direita. O anarquismo de esquerda é o anarquismo clássico,
que prega a igualdade de todos os homens e o direito de cada indivíduo à
livre determinação de sua vida e de suas escolhas. A partir dessa premissa,
acreditar que haja uma relação entre anarquismo e autoritarismo soa como um
paradoxo (quase) indefensável. Sistemas políticos autoritários são aqueles
que solapam a liberdade individual, obrigando todas as pessoas a aceitar
determinações que são impostas de cima pra baixo, ao passo que o alvo do
anarquismo é justamente eliminar qualquer forma de governo hierárquica e
impositiva. Já o anarquismo de direita é uma aberração que só poderia ter
surgido nos Estados Unidos, onde os anarquistas de direita se intitulam
*libertários*. O anarquismo de direita é uma filosofia feita sob medida pra
economia de mercado, e não é por nada que ela vem se tornando mais visível
em tempos de globalização. A premissa dos libertários, ao contrário do
anarquismo de esquerda, não é a igualdade de todos os homens, mas uma
espécie de darwinismo social em que não deve haver regras sociais e só os
mais fortes têm o direito de sobreviver. Aqui, sim, existe um vínculo claro
e inequívoco entre anarquismo e autoritarismo, porque o mundo ideal dos
libertários é um mundo em que os mais fortes têm liberdade pra fazer o que
quiserem, sem nenhum controle, e só resta aos mais fracos obedecerem ou se
tornarem mais fortes pra, por sua vez, se impor sobre os outros. Mas o
anarquismo de direita nunca foi a corrente principal do anarquismo e é
repudiado por praticamente todos os principais teóricos contemporâneos do
anarquismo.
Em segundo lugar, tem a questão da violência como método, cujos impasses,
aliás, foram claramente demonstrados em _O Clube da Luta_ (livro de Chuck
Pahlaniuk e filme de David Fincher). Aqui, suspeito que esteja havendo uma
confusão entre a violência (em)pregada pelos anarquistas da linha
Bakunin/Nechaev e a proposta pelos comunistas na mesma época. Embora a meta
de ambos os grupos fosse uma sociedade sem classes e sem estado, os
comunistas acreditavam que, para se atingir esse objetivo, era necessário
uma etapa intermediária, na qual um governo forte criaria as condições para
a futura superação do estado. Eles alegavam que essa contradição era
"dialética". Então, dos comunistas, sim, pode-se dizer que há um vínculo
entre a violência usada pra derrubar o sistema e a instauração de um governo
autoritário - tanto que essa tal etapa intermediária era chamada, sem
meias-tintas, de "ditadura do proletariado". Os anarquistas, por outro lado,
mesmo os mais radicais, como Bakunin e Nechaev, não pretendiam colocar nada
no lugar do governo. Os atos de violência que eles (em)pregavam tinham como
único objetivo desestabilizar o sistema até o ponto em que ele desabasse. De
acordo com a visão ingênua de Bakunin, neste ponto influenciado por
Rousseau, o ser humano é naturalmente bom e são as estruturas sociais que
criam a opressão. Portanto, de acordo com eles, bastaria remover esse
obstáculo pra que a bondade inata do homem aflorasse. É evidente que, se a
visão rousseauísta do homem for falsa (como eu acredito que seja), todo esse
esquema vai por água abaixo. O desmoronamento do sistema criaria um caos
social que em pouco tempo seria substituído por um governo que impusesse a
ordem, possivelmente de forma autoritária. Mas essa é uma crítica externa ao
sistema de crenças de Bakunin, feita por alguém que não acredita em suas
premissas. *Dentro* dessas premissas, a violência que ele pregava (e Nechaev
empregava) não conduz ao autoritarismo.
Finalmente, mesmo dentro do anarquismo, os métodos de Bakunin/Nechaev
*nunca* foram dominantes. Inclusive anarquistas que aceitavam e citavam com
respeito as críticas de Bakunin ao governo e à sociedade discordavam
veementemente dos métodos que ele sugeria, e essa discordância só foi se
acentuando com o tempo. Muitos anarquistas, inclusive, declaram com todas as
letras que Bakunin foi *desencaminhado* por Nechaev e deploram a associação
entre os dois. Como exemplo, pode-se citar a Emma Goldman, que foi uma das
mais importantes feministas e anarquistas de esquerda dos Estados Unidos, e
que fez críticas pesadas à revolução russa justamente por causa do uso da
violência. Para esses anarquistas, o caminho para uma sociedade sem estado
passa por um longo processo de transformação e reeducação do próprio
indivíduo que, tendo sido moldado por uma sociedade autoritária, carrega o
autoritarismo dentro de si. A fim de dissolver esse autoritarismo
intrínseco, eles pregavam uma ampla gama de métodos não-violentos, que vão
da pedagogia libertária (desenvolvida por Paul Robin e Francisco Ferrer, mas
que já se encontra esboçada em anarquistas clássicos como Proudhon,
Kropotkin e, sim, mesmo em Bakunin) a psicoterapias anarquistas, como a
Gestalt-terapia de Paul Goodman e Fritz Perls ou a somaterapia de Roberto
Freire.
Resumindo, eu acho (e, de novo, me corrijam se eu estiver errado) que tem
dois erros conceituais nessa associação entre anarquismo e autoritarismo. A
primeira é dizer que o anarquismo necessariamente prega a violência como
método e a segunda é supor que, mesmo entre os anarquistas que defendem o
uso legítimo da violência, isso conduz a um governo autoritário.
É isso. Peço desculpas por já estrear na lista entrando de sola numa
polêmica, mas, afinal de contas, uma lista de discussão é um lugar para se
discutir, certo? ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 12:21
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Isso faz com q. na maior parte das vezes a resolucao do registro
> fossil nao seja grande o suficiente para captar modificacoes de uma
> geracao para outra. E o q. e' pior, depois de consolidada a rocha,
> ela ainda pode ser erodida, antes q. uma nova camada se forme por
> sobre ela. Nessa erosao muitos fosseis podem ser perdidos. Ao mesmo
> tempo q. cria falhas entre camadas adjacentes -- todo o periodo
> registrado pela camada erodida e' perdida.
E complementando, as coisas realmente nao sao faceis para
os geologos e paleontologos, o processo de sedimentacao nao
e' continuo. Muitas areas deposicionais dependem de sedimentos
carregados episodicamente por eventos como as cheias -- q.
so' ocorrem em uma epoca do ano -- ou ainda pior, de eventos
estocasticos: como grandes cheias a alagar toda a planicie.
Esse e' um grande drama dos paleontologos e ainda assim do
limao fazem uma bela limonada e podemos conhecer muito da
vida pregressa.
Nao ha' certeza realmente. Mas o nivel de incerteza deve ser
o mesmo da incerteza q. temos de q. os fosseis sao vestigios de
organismos vivos antigos, q. a vida 'a superficie da Terra
dependia em grande parte da luz do Sol, de q. um lapis mergulhado
em um copo d'agua nao se dobra ao contrario do q. sugere sua imagem.
Ou talvez entre isso e a inexistencia de Sacis-Pererês.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genes egoísta e burros
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 12:51
Lígia,
A luta pela sobrevivência só bela se você fica do lado que vence, hehe...
Quanto a homens lactentes, acho a comparação um pouco forçada e com um
tanto de apelo à natureza. O grande problema é que seres humanos têm muito
aquilo que os animais só têm de maneira precária: culturas fortes e
persistentes. E isso é muito difícil de mudar. Acho que qualquer homem em
uma situação dessas tenderia a procurar outro mamífero qualquer para
fornecer o leite..., nem que fosse leite de porca...
[ ]s
Alvaro Augusto
Isso é uma das coisas mais lindas no reino animal: a lei da
sobrevivência. De repente não há "sexos" mas a necessidade de
perpetuação da espécie... o engraçado é que os homens também
poderiam amamentar caso houvesse necessidade e vontade disso, porque
machos e fêmeas mamíferos apresentam glândulas mamárias ( os mamilos
masculinos não servem só para "enfeitar o peito" ou "ladear" os
pelos... :).
O problema é que, na sociedade humana, a divisão de tarefas parece
ser mais "dirigida" pelas bases culturais do que pela necessidade de
perpetuar a espécie, quando da falta de uma fêmea para alimentar os
filhos... Mas eu duvido muito que numa situação extrema, sem nenhuma
outra mulher por perto ou na ausência total de leite de qualquer
outro mamífero, um homem não ofereceria o próprio peito para salvar a
vida de seu filho.
Aos homens que se habilitem a testar a teoria mesmo sem estar numa
situação extrema, digo que tem que ser muito macho prá aguentar: no
começo dói muito. Depois acustuma... :)
Bisous, Lígia
##### ##### #####
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SUBJECT: Re: Genes egoísta e burros
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 13:14
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Lígia,
>
> A luta pela sobrevivência só bela se você fica do lado que vence,
hehe...
>
> Quanto a homens lactentes, acho a comparação um pouco forçada e com
um
> tanto de apelo à natureza. O grande problema é que seres humanos
têm muito
> aquilo que os animais só têm de maneira precária: culturas fortes e
> persistentes. E isso é muito difícil de mudar. Acho que qualquer
homem em
> uma situação dessas tenderia a procurar outro mamífero qualquer para
> fornecer o leite..., nem que fosse leite de porca...
Oi Álvaro,
Eu disse que parece que somos norteados mais pelo que é culturalmente
aceitável. Agora, imagine uma situação hipotética em que a mulher
que deu a luz ao seu filho numa ilha deserta após um naufrágio, em
que apenas aves, insetos e répteis fizessem companhia, viesse a
morrer logo após o parto e você se visse sozinho entre répteis, aves
e insetos com um filho nas mãos. Sabendo que tem condições de
amamentar a este bebê, já que também foi brindado com glândulas
mamárias, você não tentaria dar-lhe de mamar?
Caso se tratasse de alguém que não soubesse, bem... dá para imaginar
ambos chorando, bebê e homem, até a morte... :) Mas se soubesse,
não tentaria?
Eu quis amamentar meus dois filhos até um ano de vida, sendo que
durante 6 meses dei-lhes apenas meu leite e mais nada. Agora, tem
mulheres que abominam a idéia, ou não podem, ou têm medo de
flacidez... Nesses casos eu acharia interessante que os maridos
então tomassem a dianteira dessa tarefa. Já imaginou? As fábricas
de leite modificado especial para recém nascidos iriam à falência!
Talvez seja até mesmo por isso que não há mesmo um empenho maior da
sociedade em fazer aflorar todo potencial humano, digo o masculino,
no quesito amamentação: há as leis de mercado também... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Aleitamento
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 13:38
"...O problema é que, na sociedade humana, a divisão de tarefas parece
ser mais "dirigida" pelas bases culturais#####>Aleitar é predominantemente
'animal'. E a fêmea está habilitada para atender esta necessidade da
cria<##### do que pela necessidade de perpetuar a espécie, quando da falta
de uma fêmea para alimentar os filhos... Mas eu duvido muito que numa
situação extrema, sem nenhuma outra mulher por perto ou na ausência total de
leite de qualquer outro mamífero, um homem não ofereceria o próprio peito
para salvar a vida de seu filho.
Aos homens que se habilitem a testar a teoria mesmo sem estar numa
situação extrema, digo que tem que ser muito macho prá aguentar: no
começo dói muito. Depois acustuma... :)
Bisous, Lígia"
Oi Lígia
Amamentação é uma fase importante tanto para a criança quanto para a mulher
(Mãe).
Não domino este assunto: Estou aprendendo. Não posso dizer nada do papel do
macho neste período que, em última instância, é crítico nos casais humanos.
Bisous, Antonio Renato.
PS: Existe um teorema de Bisout? (Ou algo que o valha?)
SUBJECT: Sublimação
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 13:38
Teve um tempo que os laboratório farmacêuticos faziam propaganda de seus
produtos diretamente à classe médica.
Além das 'amostra gratis' eram-nos dados 'brindes'. Um destes brindes
(Fornecido pelo laboratório Roche) foi uma coleção de gravuras,
reportando-se a obras de arte conhecidas.
Uma delas, "A Virgem" do pintor Mirabeaux (Do qual nunca houvera ouvido
falar), 'pensa' o autor estar pintando a santa enquanto na tela se desenha
uma vulva detalhada e colorida. O pintor sente a emoção que sentiria ao
pintar uma vulva e, para tal, recordar-se (emocionalmente) de momentos em
que tocou e observou referida parte pudenta da mulher. Agradáveis
recordações suscitando ao erotismo.
Não me acode do porque o autor não pintar a própria vulva. Mas certamente
não seria difícil imaginar de seus motivos.
PLUR.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Alcatéia
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 13:44
o grande problema é as pessoas quererem dizer que existem só dois tipos de PESSOAS no mundo: homens e mulheres. isso é totalmente errado. não existe "as mulheres são mais ciumentas que os homens" e sim " maria é mais ciumenta que joao" até porque márcia pode não ser mais ciumenta que joao (nomes aleatorios, é claro),
vamos parar de generalizar tudo. sou mulher e odeio praça é nossa, odeio novela, odeio grude de homem, odeio homem forte (tipo que saiu da malhaçao agora) e todos os esterotipos que qualquer pessoa possa pensar. é claro que existem mulheres que gostam disso e aposto que existe muitos homens que adoram praça é nossa e novelas (essa do vampiro, entao, conheço muitos, e homens chegando até nos 30). e inteligencia para mim é requisito sim, não dá para amar alguem sem ter respeito pela pessoa.
e quanto ao assunto das loiras (e estou tomando como base a mensagem abaixo porque ainda não li todas), é impressionante como quando se junta muita testosterona junta, ficam todos saidinhos para colocar os outros para baixo (mesmo que seja de brincadeira, o que no final dá no mesmo porque toda beincadeira tem um fundo de verdade). acho que de repente quando se sai do assunto de ciencia que pode ser comprovado por experiencia, só sai melequinha (para nao dizer pior) dessas cabecinhas.... (aí vem um monte dizer que o assunto das loiras pode ser comprovada tb, ai ai) é bom lembrar que melanina (até mesmo a de " farmácia") nada tem a ver com neuronio ou a velocidade do impulso eletrico, whatever.
é, aposto que nenhum homem conseguiria viver um dia na pele de uma mulher. voces nao iam acreditar quanta merda a gente escuta na rua. ainda bem que existe homem que preste. é dificil achar, mas existe. c'est la vie.
daniela.
> De: Manuel
>
> Na verdade, as mulheres adoram homens engraçados. O problema
> é quando o senso de humor do homem é muito refinado. Pois, para rir
> de piadas inteligentes, é necessário um esforço mental, um trabalho
> de redução fenomenológica (uma "epochê", segundo E. Husserl) sem o
> qual não se pode extrair delas o eidos hilárico. Por isso que
> intelectuais espirituosos, como os desta lista, costumam ser contra-
> selecionados sexualmente, sobretudo pelas loiras. Só lamento não
> vivermos numa civilização alienígena superavançada, onde certamente
> faríamos um enorme sucesso junto às fêmeas. Se não como machos, ao
> menos como animais de estimação.
Que as mulheres da lista nos perdoem, mas o Manuel está certo.
A maioria das pessoas -- e mulheres constituem 50% -- riem
das piadas bobas d'A Praça é Nossa, que não requer muita inteligência
para entendê-las.
Mulheres vulgares -- leia-se comuns -- gostam de homens vulgares.
Estas gostam do tipo "feio, forte e formal". Inteligência refinada é
não é requisito essencial.
Já ouvi mulher dizer que prefere os tipos cafajestes! PQP! Como dizia
o Nelsão "As mulheres não gostam de apanhar, só as normais!".
[]
Alexandre Medeiros
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SUBJECT: Passem seus bloqueadores solares!
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 13:51
Diretamente de:
http://tv.yahoo.com/news/wwn/20020918/103236120009.html
Bem, já li um texto traduzido... mas o o riginal é melhor:
The Sun Will Explode In Less Than Six Years!
Wednesday September 18, 2002
By GEORGE SANFORD
The Sun is overheating and will soon blow up . . . taking Earth and
the rest of the solar system with it, scientists warn.
The alert was issued after an international satellite photographed a
massive explosion on the surface of the Sun that sent a plume of fire
30 times longer than the diameter of Earth blasting into space.
"It's a sign that the Sun is ready to blow . . . I don't know if I
can put it any more plainly than that," says Dutch astrophysicist Dr.
Piers Van der Meer, a top expert affiliated with the European Space
Agency.
"It will be like a nuclear bomb trillions of times more powerful than
the one dropped on Hiroshima going off at the center of our solar
system.
"When that happens Earth will be instantly incinerated along with all
life on it. It's like when a marshmallow falls into a fire, blackens
and melts."
Scientists say the problem is the Sun is literally getting too hot.
The core temperature of the Sun is normally 27 million degrees
Fahrenheit. But in recent years it's climbed to an alarming 49
million degrees, says Dr. Van der Meer, leader of a team of Amsterdam-
based space scientists who've been tracking the changes in the Sun.
"It's quite similar to when a star goes supernova at the end of its
life," Dr. Van der Meer explains. "Over the past 11 years, we've seen
our Sun go through changes frighteningly like those that took place
in Kepler's Star right before it was observed going supernova in
1604."
Temperatures on the surface of the Sun have been steadily climbing
over the past decade, the scientists say.
"This, we believe, not man-made pollution, is responsible for global
warming and the alarming effects that we've seen take place on Earth
such as the melt-down of the Antarctic ice shelves," asserted Dr. Van
der Meer.
The July 1 images were taken by the space-based Solar and
Heliospheric Observatory (SOHO), a satellite designed to study the
internal structure of the Sun and operated jointly by NASA and the
European Space Agency.
"The explosion . . . known technically as an eruptive
prominence . . . was colossal," said Dr. Van der Meer. "This is the
final warning sign we've all been dreading."
The Dutch scientists calculate that if temperatures keep climbing at
the current rate the Sun will be unable to sustain itself.
"It will blow apart like an out-of-control nuclear reactor within six
years," predicts Dr. Van der Meer.
NASA refuses to confirm the Euro-pean scientists' assertions and a
White House source said, "We don't need anyone spreading more panic
now."
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 14:05
> VARUNA: GOOD OR BAD?
> (sketches for the intepretation of a new planet)
> http://astrologic.ru/english/Varuna.htm
>
> Como a astromancia e' uma ciencia dinamica e nao-dogmatica ao
> contrario do q. afirmam seus detratores (viu, Alvaro?)! Ela esta'
> sempre revendo suas conclusoes.
Sabes, historicamente os primeiros astrologos (tlv os unicos com
possibilidade de usar esse nome) eram simultaneamente astronomos e
astromantes. Hoje em dia as coisas são dijuntas.
Toda a lógica do autor do site é tão boa como a logica inversa, pelo
que a conclusão que ele aporta é tão boa como a elaborada pelos
defensores do inverso.
Não foi assim que os outros (novos) planetas tomaram seus
significados. Não foi por simples lógica de mitologia misturada com o
nome aletório (não tanto neste caso pelo que pude ler - o separado
do 'caos e da ordem')dado aos planetas. Foi por análise de facto
relacionados com a sua descoberta (que para um planeta é o mesmo que
o nascimento para uma pessoa, astrologicamente falando)
Hoje em dia um astronomo não sabe e não quer fazer afirmações
astrologicas e um astrologo não quer e não precisa de fazer
afirmações astronomicas. E portanto esta questão de o quê significa o
quê é muito mais dificil hoje que ha 2000 ou 5000 anos quando a
astrologia foi 'inventada'.
As tentativas são muitas mas a sua importância diminuta (vide o caso
de Ceres, ou de todos os outros Centauros - Vesta, Atena, etc...
Chiron foi a excepção.)
A moda/método de usar Chiron (que é o mais famoso e usado) assemlha-
se à de usar apenas a Parte da Fortuna (quando existem muitas , mas
mesmo muitas, outras- alguma importantes como a do Amor e da
Inteligencia ) por ser a mais famosa e mais usada.
É a diluição dos métodos e dos principios pela dijunção ditada por
uma educação analitica, quando a astrologia é supostamente uma
solução sintética.
No caso do texto, Varuna não é elevado ao grau de 2ª harmónica como
Urano, Neptuno e Plutão foram, mas apenas de afinadores como Ceres,
Vesta, Chiron, etc. Ou seja, não lhes foram dadas caracteristicas
prórpias mas caracteristicas derivadas de outros já existentes.
Se Quaoar for pelo mesmo caminho, não terá nenhum impacto tal como
Ceres não teve...
Sérgio
SUBJECT: Re: Passem seus bloqueadores solares!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 14:11
Eu aposto todas as minhas economias e mais um milhao de dolares (o q.
no total equivale a um nocentos e noventa e sei mil, setencentos e
três de dolares e oitenta e um cents) q. o Sol nao ira' explodir em
seis anos.
Pra nao dizer q. sou desonesto: aposto um milhao contra meros
quinhentos mil dolares. Pego os quinhentos mil e devolvo um milhao
qdo o Sol explodir -- ou em um prazo de 500 anos o q. vier antes.
"Here comes the sun, do-do-do-do,
Here comes the sun, and I say, it's all right.
Little darling, it's been a long cold lonely winter.
Little darling, it feels like years since it's been here.
Here comes the sun, do-do-do-do,
Here comes the sun, and I say, it's all right.
Little darling, the smiles returning to their faces.
Little darling, it seems like years since it's been here.
Here comes the sun, do-do-do-do,
Here comes the sun, and I say, it's all right.
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Sun, sun, sun, here it comes...
Little darling, I feel the ice is slowly melting.
Little darling, it seems like years since it's been clear.
Here comes the sun, do-do-do-do,
Here comes the sun, and I say, it's all right.
Here comes the sun,
Here comes the sun, and I say, it's all right.
It's all right."
("Here comes the sun" The Beatles - George Harrison - "Estrada do
Abade")
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> The Sun Will Explode In Less Than Six Years!
SUBJECT: Re: Físicos, uni-vos!
FROM: "L. B. Holanda" <holanda_lb@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 14:14
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> E por favor, algum de vocês poderia dar um parecer a respeito das
> teorias de Murray Gell Mann? Eu venho lendo alguma coisa a respeito
> das pesquisas que ele fez... e fiquei pensativa... :)
>
> Beijos, Lígia
Olá Lígia e demais,
Lígia, não nos deixe curioso e nos diga: sobre o que ficou
pensativa?
Abraços
Leandro.
SUBJECT: Re: Físicos, uni-vos!
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 14:29
--- Em ciencialist@y..., "L. B. Holanda" <holanda_lb@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > E por favor, algum de vocês poderia dar um parecer a respeito das
> > teorias de Murray Gell Mann? Eu venho lendo alguma coisa a
respeito
> > das pesquisas que ele fez... e fiquei pensativa... :)
> >
> > Beijos, Lígia
>
> Olá Lígia e demais,
>
> Lígia, não nos deixe curioso e nos diga: sobre o que ficou
> pensativa?
>
> Abraços
> Leandro.
Olá Leandro!
Recebi em pvt uma mensagem falando a respeito das tais pesquisas de
Gell-Mann a respeito da estrutura da matéria e de sua certeza quanto
a haver uma espécie de "agente" desencadeador/estruturador
da "criação" de partículas. É um texto de um professor de física
aposentado que repasso aqui para vocês. Antes que eu seja apedrejada
sem tréguas, o autor é espírita mas atém-se apenas ao lado científico
do espiritismo (?). Portanto palavras como Deus estão em seu
texto... sem contudo tratar-se de DEUS, ou aquela figura pitoresca
com barbas longas em seu trono...
Bem, a partir disso andei garimpando pela net em busca de tais
afirmações desse professor mas encontrei apenas textos muito técnicos
quase indecifráveis... daí a minha dúvida cruel: levo a sério o que
tal professor "apregoa" ou ponho mãos à massa e tento entender melhor
o que é postulado por Gell-Mann a respeito de tais "agentes
estruturadores"?
Beijos, Lígia
************************************
Segue o texto:
1. Universo pulsante e anisotrópico
Ao contrário do que diz a Bíblia e do que afirmam as religiões, as
novas descobertas astrofísicas a partir dos estudos de Edwin Powell
Hubble, astrofísico norte-americano natural do Missouri, a respeito
da curvatura do Universo, este, na forma por que se apresenta, não
pode ter sido criação de nenhum Deus, principalmente antropomórfico
porque ele é apenas uma fase de uma existência pulsante e que, como
tal, vem a ser a repetição de outras existências.
Por que pulsante?
Em decorrência dos estudos, pôde-se verificar que o Universo é uma
certa massa de energia em expansão e que, como tal, para se expandir,
inicialmente, ela teria que ser implodida em um fulcro central, o que
definiria, então, duas etapas, a de implosão e a de expansão que
ocorrerá até que se esvaia sua condição de massa de energia
comprimida.
Por que anisotrópica?
Porque a implosão não é inversa da expansão. Ou seja, o caminho
percorrido num caso não é o caminho inverso do outro. O pêndulo vai e
volta num movimento isotrópico.
Já o Universo, para ter toda sua energia concentrada no fulcro
central, teve algum Agente Supremo atuante que a teria implodido até
este fulcro central para dar-lhe condição de existência. Este Agente
substituiria o Deus religioso e por ser puramente físico, acima de
tudo o que exista no Universo, sem sentimentos humanos, teria a
perfeição que o Deus antropomórfico não possui. Assim, é capaz de
estruturar o Universo a partir do momento em que, depois de reunida
no aludido fulcro central, a energia passa a se expandir, segundo
leis imutáveis. Eis a perfeição.
Há duas hipóteses, ainda em vigor, a respeito da origem desta etapa
em que vivemos. A mais antiga, defendida, dentre outros, por Stephen
Hawking, baseia-se na existência dos buracos negros que se
transformam em estrelas novas. O Universo seria algo como um buraco
negro cuja propriedade vem a ser a de atrair toda energia universal
para seu interior, explodindo, em seguida. É o Big-bang analisado sob
diversos aspectos e a partir dessa explosão, durante a expansão,
seria desencadeada uma série de reações produzidas pelo efeito
explosivo, reações essas capazes de estruturar os astros e a vida em
si, formando os mundos.
Peca pela própria definição, porque a expansão universal é homogênea
e contínua, enquanto que a grande explosão a faria irregular por
causa do distúrbio provocado pela mesma. O fenômeno que se vê quando
ocorre qualquer explosão que libere fumaça: ela não sai de forma
constante e uniforme, em todas as direções e sentidos, mas, em
catadupa, que não é o que ocorre com a energia universal.
A segunda hipótese surgiu depois que Murray Gell Mann, à frente do
acelerador de partículas (FermiLab) da Stanford University, descobriu
que as partículas atômicas sofrem influência de agentes – ditos
estruturadores – externos ao Universo e que comandam suas ações.
Estes agentes – atualmente chamados de frameworkers – justifica=
riam a
formação da partícula sem necessidade de nenhuma outra ação. Viria a
ser “a alma” da mesma e que, atuando sobre a energia amorfa do =
Universo, teria essa capacidade estrutural.
O fenômeno se enquadra na famosa equação de Einstein: E = mc²
Estes agentes pertenceriam a um domínio externo – provavelmente o que=
chamamos de mundo espiritual – intimamente ligado ao domínio dito
material e, como tal, comandaria a existência de tudo, inclusive
da “vida” biológica.
Ambas as teorias se encaixam perfeitamente dentro do conceito de
existência do Universo, quer pulsante, quer anisotrópico.
Com isso, toda uma reformulação religiosa se faz necessária para que
não se tenha a idéia de que um “Espírito” Supremo, antropomórfi=
co,
seja o grande e único responsável por tudo o que exista no espaço
sideral. Essa estrutura do Universo está muito acima de qualquer
concepção divina e de qualquer super dote de um simples Deus
religioso.
O Universo atual seria mera conseqüência de um outro anterior que,
como o nosso, todavia, teria se expandido até esvair-se, quando,
então, entraria a “mão de Deus” para fazer com que novamente el=
e
implodisse para recomeçar um novo ciclo de existência.
Esta hipótese elimina a incoerência de um Deus onipotente a fazer
tudo a partir da formação do Universo (atual estágio de existência,
que seria único) para seu gáudio e prazer, senão, pela necessidade da
dar prosseguimento ao processo evolutivo da existência em si.
É difícil aceitar tal hipótese para quem se imbuiu das teses
religiosas, só que ela está estribada em observações científicas que
comprovam que existem agentes externos à energia cósmica atuando
sobre ela e modulando-a, sem dúvida, não só para elaborar um novo
sistema planetário – como é o caso do que o observatório Keck II do
Haway detectou – em torno da estrela Alfa Centauro, agregando a
poeira cósmica, como ainda, a partir da comprovação da curvatura
celeste, a conclusão de que este Universo terá fim, quando sua
energia atingir à expansão máxima.
E o que resultaria da existência de tudo o que está contido dentro
dele? Extinguir-se-ia segundo a “vontade” de um Deus religioso?=
Ou
teria continuidade, como prevê a hipótese científica? E como
ficaríamos todos nós?
Na hipótese de se extinguir, para que, então, o processo
evolutivo, se tudo acabaria? É, portanto, mais lógico admitir-se que
tudo isso terá que ser reaproveitado em nova existência; e se isto é
mais provável a ocorrer, também o será como antecedente ao atual
estágio por que atravessa todo o sistema cósmico.
C.B.Imbassahy
SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsanet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>>
DATE: 09/10/2002 14:29
----- Original Message -----
From: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsanet.com.br>
To: <
Sent: Tuesday, October 08, 2002 12:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Evolução
> Douglas:
>
> Gostei do "área deposicional,". perfeito.
>
> Entretanto, permita-me um reparo: todos esses depósitos de "fósseis"
foram
> criados artificialmente por Deus, para lançar a dúvida no espírito humano
e
> demonstrar que a única ciência está na santa biblia: Conforme profundos
> estudos do bispo James \Usher, em 1650, a terra foi criada as nove horas
da
> manhã em 6.004.
>
> silvio, o exegeta.
>
> ----- Original Message -----
> From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, October 08, 2002 2:43 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Evolução
>
>
> >
> > A palavra-chave e' *aparentemente*.
> >
> > Douglas: "aparentemente" aqui, é que não foram encontrados fósseis
> > anteriores.
> >
> > Primeiro, temos q. tomar cuidado com a análise dos registros fósseis.
> > Os fósseis se formam sob condições bastante restritivas -- precisa
> > ser uma área deposicional, a granulação dos sedimentos precisa ser
> > suficientemente fina, a química do meio não pode correr ou destruir
> > os vestígios orgânicos e assim por diante. Não obstante e'
> > surpreendente q. o registro fóssil seja tão completo em vários casos.
> > Retomo o exemplo q. dei anteriormente em uma outra mensagem:
> > fósseis de crossopterígios desaparecem a partir do cretáceo. Apesar
> > disso, no século passado encontraram um membro desse grupo o
> > celacanto /Latimeria/. O q. devemos pensar? Q. eles sumiram
> > magicamente e reapareceram depois? Q. o /Latimeria/ foi recriado? Q.
> > o registro fóssil é incompleto? Q. os alienígenas devolveram um
> > exemplar q. haviam capturado lá no mesozóico para repovoar a Terra?
>
>
>
SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: A semi-volta de um kook p. Manoel Bulcão.
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsanet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>>
DATE: 09/10/2002 14:33
----- Original Message -----
From: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsanet.com.br>
To: ">" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 08, 2002 12:38 PM
Subject: Fw: [ciencialist] Re: A semi-volta de um kook p. Manoel Bulcão.
>
>
>
>
> > Manoel:
> >
> > É verdade que o Jenoino foi o único guerrilheiro do araguaia que escapou
> com
> > vida depois de denunciar os demais companheiros?
> >
> > silvio
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Monday, October 07, 2002 11:20 AM
> > Subject: [ciencialist] Re: A semi-volta de um kook
> >
> >
> > > De: Manuel Bulcão
> >
> > > PS.: Quanto aos assessores ex-guerrilheiros, como você mesmo disse
> > > são "ex", não são mais. Não se deve condenar para sempre uma pessoa
> >
> >
> >
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 14:37
É verdade! Só que ao contrário da ciência, que está sempre corrigindo seus
erros, a astromancia está sempre tentando descobrir um tapete novo para
baixo do qual varrer a sujeira. Aposto dez contra um que as características
astrológicas de Quaoar terão algo a ver com "criação", "força",
"vitalidade", etc...
A propósito, alguém já viu um planeta ser descoberto por causa de uma
previsão astrológica? (acho que o Sérgio Taborda terá algo a falar sobre
isso).
[ ]s
Alvaro Augusto
VARUNA: GOOD OR BAD?
(sketches for the intepretation of a new planet)
http://astrologic.ru/english/Varuna.htm
Como a astromancia e' uma ciencia dinamica e nao-dogmatica ao
contrario do q. afirmam seus detratores (viu, Alvaro?)! Ela esta'
sempre revendo suas conclusoes.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 14:39
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
> Não foi assim que os outros (novos) planetas tomaram seus
> significados. Não foi por simples lógica de mitologia misturada com
> o nome aletório (não tanto neste caso pelo que pude ler - o
> separado do 'caos e da ordem')dado aos planetas. Foi por análise de
> facto relacionados com a sua descoberta (que para um planeta é o
> mesmo que o nascimento para uma pessoa, astrologicamente falando)
Ha' um problema bastante serio aqui. De Mercurio a Saturno nao houve
descoberta -- eles eram conhecidos desde tempos imemoriais.
Ademais o texto referido faz uma analise de episodios relacionados a
Varuna (a suas posicoes relativas e nao apenas 'a data de descoberta).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 16:01
Sergio M. M. Taborda wrote:
>--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
>>Q. farao os astromantes se os astronomos darem o 'status' de planeta
>>a esse bicho? (Ou tirarem de Plutao?)
>>
>
>O mesmo que fizeram com Ceres.
>
>Sérgio
>
Ou com o Varuna ou o "2001 KX76".
Joao
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 16:28
From: "rmtakata"
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda"
> Não foi assim que os outros (novos) planetas tomaram seus
> significados. Não foi por simples lógica de mitologia misturada com
> o nome aletório (não tanto neste caso pelo que pude ler - o
> separado do 'caos e da ordem')dado aos planetas. Foi por análise de
> facto relacionados com a sua descoberta (que para um planeta é o
> mesmo que o nascimento para uma pessoa, astrologicamente falando)
"Ha' um problema bastante serio aqui. De Mercurio a Saturno nao houve
descoberta -- eles eram conhecidos desde tempos imemoriais."
Exactamente o meu ponto. Houve muito tempo para decidir o que eles
significariam.
"Ademais o texto referido faz uma analise de episodios relacionados a
Varuna (a suas posicoes relativas e nao apenas 'a data de descoberta)."
Os significados das posições relativas só podem ser entendidos depois de
saberes o significado dos planetas. O que se faz é a tentativa de inverter o
processo tentando encontrar posições relevantes.
Ora, isto não é bom método pq está a deixar de lado todo o efeito dos outros
planetas. Estás a excluir o efeito dos outros. Se fizeres o mapa de
"nascimento" estás a incluir todos os efeitos.
Foi só isso que eu achei.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 16:35
> A propósito, alguém já viu um planeta ser descoberto por causa de uma
> previsão astrológica? (acho que o Sérgio Taborda terá algo a falar sobre
> isso).
Não, não tenho. E já expliquei pq noutros mails. Mas não quiserem entender
na altura, e agora continuam dizendo coisas como estas que eu acho
simplesmente absurdas.
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 16:41
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> > A propósito, alguém já viu um planeta ser descoberto por causa de
uma
> > previsão astrológica? (acho que o Sérgio Taborda terá algo a
falar sobre
> > isso).
>
> Não, não tenho. E já expliquei pq noutros mails. Mas não quiserem
entender
> na altura, e agora continuam dizendo coisas como estas que eu acho
> simplesmente absurdas.
Liga não Sergio. Eles não sabem o que falam. A astrologia não é
acessível à compreensão de muita gente que apenas a vê como
um "oráculo". E, nesse sentido, os que não aceitam sequer entendê-la
encontram-se no mesmo patamar daqueles que lêem horóscopo todos os
dias...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 16:51
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Exactamente o meu ponto. Houve muito tempo para decidir o que eles
> significariam.
Tempo houve. Mas se aproveitaram bem o tempo e' outra historia.
Se acompanharmos a historia de Marte, anteriormente Ares,
anteriormente Nergal o significado foi transferido de uma cultura
para outra. E aparentemente tem uma ligacao direta apenas com uma
caracteristica superficial da cor.
> Os significados das posições relativas só podem ser entendidos
> depois de saberes o significado dos planetas. O que se faz é a
> tentativa de inverter o processo tentando encontrar posições
> relevantes.
Eu acho q. essa inversao, e' um ponto de vista defensavel. Se uma
dada posicao do planeta esta' sempre associada a um determinado tipo
de evento. Pelo menos essa e' a ideia basica das diversas correntes
astromanticas.
> Ora, isto não é bom método pq está a deixar de lado todo o efeito
> dos outros planetas. Estás a excluir o efeito dos outros. Se
> fizeres o mapa de "nascimento" estás a incluir todos os efeitos.
Excluir nao. Isolar.
O metodo esta' quase perfeito. O unico senao e' a colecao tendenciosa
de indicios -- fixa-se na primeira relacao q. encontra e colige-se
mais e mais associacoes semelhantes, desprezando-se as ausencias de
relacoes nos demais casos.
Do contrario, como fazer o mapa natal de um planeta q. sempre esteve
por ai' como Mercurio, Venus, Jupiter, Marte e Saturno?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Sublimação
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 16:55
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Teve um tempo que os laboratório farmacêuticos faziam
> propaganda de seus produtos diretamente à classe médica.
Como assim: "teve um tempo"? Eles fazem isso ate' hoje.
E tem medico q. ganha porcentagem por fora dos medicamentos
receitados (eufemismo para vendidos).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 17:08
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo"
Sent: Wednesday, October 09, 2002 4:41 PM
Subject: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
> Liga não Sergio. Eles não sabem o que falam. A astrologia não é
> acessível à compreensão de muita gente que apenas a vê como
> um "oráculo". E, nesse sentido, os que não aceitam sequer entendê-la
> encontram-se no mesmo patamar daqueles que lêem horóscopo todos os
> dias...
É isso aí!
Para dizer a verdade, não gosto de Astrologia, pois não a entendo
devidamente. Minha negação da Astrologia não significa uma não aceitação,
mas sim uma opção a retratar o produto de muita reflexão. A esse respeito,
convido-os a refletirem por cima desta poesia que escrevi em 1983 e
intitulada "A fé do cientista" (é possível que alguns já a conheçam, pois
está no meu site):
Vejo e não creio.
Duvido.
Se não vejo, respeito,
Mas nego,
Logo, aceito.
Leio e não encontro.
Teorizo.
Nego e renego
Na esperança inglória
De ao testar a hipótese
Encontrar a glória
De aumentar meu credo.
Se preciso for
Abstraio-me
Transcendo e
Do mundo do nada
A resposta ao tudo espero.
Se ainda assim permanecer nas trevas
Se os céus quiserem ocultar-me o certo
E me negarem a maravilha infinda,
Por esgotar o que me há de humano
Não me desespero.
Opto,
Logo, creio sem ter visto.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Aleitamento
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 17:27
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Aos homens que se habilitem a testar a teoria mesmo sem estar numa
> situação extrema, digo que tem que ser muito macho prá aguentar: no
> começo dói muito. Depois acustuma... :)
>
>
> Bisous, Lígia"
>
>
> Oi Lígia
> Amamentação é uma fase importante tanto para a criança quanto para
a mulher
> (Mãe).
> Não domino este assunto: Estou aprendendo. Não posso dizer nada do
papel do
> macho neste período que, em última instância, é crítico nos casais
humanos
L: Há um "ditado" que corre a boca miúda entre as mulheres que
diz: "se a humanidade dependesse apenas dos homens para multiplicar-
se, teria acabado antes de começar". Ou, em outras palavras, se os
homens tivessem que suportar toda a dor envolvida com a gestação, o
nascimento e subsequentes atividades... não haveria humanidade.
Parece certo que há uma influência dos hormônios tanto na aceitação
da dor como parte integrante da feminilidade ( cólicas menstruais que
o digam...), como nas oscilações de humor ( TPM, ou o "estado de roer
canto de parede").
Já que fui brindada com a compreensão a fundo dessas oscilações e
capacidade de suportar melhor a dor física, posso dizer que o
aleitamento materno é sim muito importante para a mulher,
principalmente porque através do estímulo de sucção do seio, há
contrações uterinas que permitem que o útero volte ao tamanho normal
em menos tempo do que em casos onde nào há a amamentação. Além de
prolongar o vínculo de "unidade" que envolve mãe e filho durante os
nove meses: vai-se acostumando a ir se separando aos poucos
daquela "parte" da gente.
> PS: Existe um teorema de Bisout? (Ou algo que o valha?)
L: Do "baixo" de meus parcos conhecimentos em ciência, posso afirmar
que existe o teorema de L'Acochambrant, teorema de Bell ( não é o do
telefone...) ah, tem o... mas nenhum de Bisout.
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 17:45
Jesus Christ! A cada dia me surpreendo mais! Já tenho uma enorme
dificuldade em entender como um graduado/graduada em física pode sequer
cogitar em levar a astrologia a sério, mas afirmar que esta anti-ciência é
mais do que um oráculo já é demais. E ainda mais com todas essas conotações
herméticas de que a coisa não é "acessível"... Ora, por favor. Astrologia é
coisa muito simples e para compreendê-la não é necessário mais do que um
fim de semana. É claro que existem cursos de astrologia de longa duração,
etc, porque é necessário algum tempo para separar os tolos do seu
dinheiro...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 16:41
Assunto: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> > A propósito, alguém já viu um planeta ser descoberto por causa de
uma
> > previsão astrológica? (acho que o Sérgio Taborda terá algo a
falar sobre
> > isso).
>
> Não, não tenho. E já expliquei pq noutros mails. Mas não quiserem
entender
> na altura, e agora continuam dizendo coisas como estas que eu acho
> simplesmente absurdas.
Liga não Sergio. Eles não sabem o que falam. A astrologia não é
acessível à compreensão de muita gente que apenas a vê como
um "oráculo". E, nesse sentido, os que não aceitam sequer entendê-la
encontram-se no mesmo patamar daqueles que lêem horóscopo todos os
dias...
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 17:57
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Jesus Christ! A cada dia me surpreendo mais! Já tenho uma enorme
> dificuldade em entender como um graduado/graduada em física pode
sequer
> cogitar em levar a astrologia a sério, mas afirmar que esta anti-
ciência é
> mais do que um oráculo já é demais. E ainda mais com todas essas
conotações
> herméticas de que a coisa não é "acessível"... Ora, por favor.
Astrologia é
> coisa muito simples e para compreendê-la não é necessário mais do
que um
> fim de semana. É claro que existem cursos de astrologia de longa
duração,
> etc, porque é necessário algum tempo para separar os tolos do seu
> dinheiro...
Caro Álvaro,
A ciência deslinda a parte "acessível" do Universo. O que está além
do que é acessível faz parte de "outra coisa". A Astrologia faz
parte dessa "outra coisa", entende? Eu não posso negar que algo
existe só pq eu não vejo, peso, messo, sinto... São Carl Sagan que
me perdoe!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 18:06
> Os significados das posições relativas só podem ser entendidos
> depois de saberes o significado dos planetas. O que se faz é a
> tentativa de inverter o processo tentando encontrar posições
> relevantes.
"Eu acho q. essa inversao, e' um ponto de vista defensavel. Se uma
dada posicao do planeta esta' sempre associada a um determinado tipo
de evento. Pelo menos essa e' a ideia basica das diversas correntes
astromanticas."
Eu não disse que não era defensável. Eu disse :
> Ora, isto não é bom método pq está a deixar de lado todo o efeito
> dos outros planetas. Estás a excluir o efeito dos outros. Se
> fizeres o mapa de "nascimento" estás a incluir todos os efeitos.
"Excluir nao. Isolar."
Não concordo.
Desse ponto de vista seria : Não estás a isolar o efeito dos outros pq não
os estás a tomar em consideração. Por exemplo se o efeito da conjução com
sol puder ser atribuida a uma quadratura entre marte e saturno, por exemplo.
"Do contrario, como fazer o mapa natal de um planeta q. sempre esteve
por ai' como Mercurio, Venus, Jupiter, Marte e Saturno?"
Esse problema não se poe pois como vc mesmo disse semrpe foram conhecidos
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 18:07
From: "Ligia Gallo"
"A astrologia não é
acessível à compreensão de muita gente que apenas a vê como
um "oráculo". "
Devo dizer que eu a vejo como um oráculo. Sem aspas.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 18:12
> Ora, por favor. Astrologia é
> coisa muito simples e para compreendê-la não é necessário mais do que um
> fim de semana. É claro que existem cursos de astrologia de longa duração,
> etc, porque é necessário algum tempo para separar os tolos do seu
> dinheiro...
Não digas disparates. Desafio-te a aprender a fazer uma mapa astral à mão
(sem computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h de
domingo).
Podes usar os dados do teu nascimento como exemplo. Se tiveres porblema em
encontrá-los eu poderei dar-te os meus para o exercicio.
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 18:32
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Desafio-te a aprender a fazer uma mapa astral à mão
> (sem computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h de
> domingo).
Qto vc esta' a fim de apostar?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 18:39
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> "Eu acho q. essa inversao, e' um ponto de vista defensavel. Se uma
> dada posicao do planeta esta' sempre associada a um determinado tipo
> de evento. Pelo menos essa e' a ideia basica das diversas correntes
> astromanticas."
>
> Eu não disse que não era defensável. Eu disse :
>
> > Ora, isto não é bom método pq está a deixar de lado todo o efeito
> > dos outros planetas. Estás a excluir o efeito dos outros. Se
> > fizeres o mapa de "nascimento" estás a incluir todos os efeitos.
Nao vejo assim. A associacao e' justamente para saber no q. esse tal
planeta influencia. Se eu fizer simplesmente um mapa natal do planeta
para saber o q. ele deve influenciar, entao estou simplesmente
transferindo as supostas influencias dos planetas ja' conhecidos --
uma simples derivacao de segunda ordem.
> Esse problema não se poe pois como vc mesmo disse semrpe foram
> conhecidos
E como tal nunca tiveram um mapa natal. E assim o q. fizeram foi
associar suas configuracoes no ceu com eventos na Terra. Oras, a
menos q. isso dê alguma propriedade especial a mais aos planetas
(como os chamo, arcanos?) ja' conhecidos e' licito utilizar a mesma
metodologia para os novos planetas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 18:41
> Desafio-te a aprender a fazer uma mapa astral à mão
> (sem computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h de
> domingo).
"Qto vc esta' a fim de apostar?"
Não sou eu que estou apostando nada. Foi o Alvaro que apostou a sua propria
reputação ao fazer um comentário displicente e que demonstra o pouco /nenhum
conhecimento que tem do assunto.
Se ele conseguir apredner astrologia até domingo provará seu ponto e eu
pederei a razão, se ele não conseguir eu provarei meu ponto e ele perderá a
razão. É assim tão simples.
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 18:42
--- Em ciencialist@y..., flaviofavero <flaviofavero@t...> escreveu
> puder me indicar uma outra lista onde
> raramente se vê alguém defendendo astrologia, cartomancia, duendes,
> novelas mexicanas e coisas semelhantes, por favor me indique.
Prezado, Flávio,
Eis uma relacao das listas com as caracteristicas mencionadas:
http://br.groups.yahoo.com/group/evangelicos/
http://br.groups.yahoo.com/group/evangelho/
http://groups.yahoo.com/group/jesuscristo/
http://groups.yahoo.com/group/adventistas/
http://br.groups.yahoo.com/group/testemunhadejeova/
Entre outras.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 18:44
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Não sou eu que estou apostando nada. Foi o Alvaro que apostou a sua
> propria reputação ao fazer um comentário displicente e que
> demonstra o pouco /nenhum conhecimento que tem do assunto.
Posso fazer um outro desafio? Qual exatamente a utilidade de um mapa
natal?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 18:51
Para fazer um mapa astral não necessários conhecimentos de astrologia, mas
sim de astronomia. Não confunda as coisas. Eu disse que astrologia pode
ser aprendida em um fim de semana, não a astronomia pretensamente
subjacente. Interpretar é fácil, pois qualquer coisa que se diga estará
certa de acordo com uma ou outra corrente astrológica.
Aceito o seu desafio. Quanto você me pagará por ele? Sim, pois você não
acha que eu vou doar 48 horas do meu tempo por nada, não é?
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 18:12
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
>
>
> > Ora, por favor. Astrologia é
> > coisa muito simples e para compreendê-la não é necessário mais do que
um
> > fim de semana. É claro que existem cursos de astrologia de longa
duração,
> > etc, porque é necessário algum tempo para separar os tolos do seu
> > dinheiro...
>
> Não digas disparates. Desafio-te a aprender a fazer uma mapa astral à mão
> (sem computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h de
> domingo).
>
> Podes usar os dados do teu nascimento como exemplo. Se tiveres porblema
em
> encontrá-los eu poderei dar-te os meus para o exercicio.
>
> Sérgio
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta édescoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 18:56
From: "flaviofavero"
"Há algum tempo tenho assistido de camarote os e-mails postados nesta lista.
Aprendí muita coisa e em nenhum momento achei necessário ( ou a minha altura
) fazer qualquer comentário. No entanto, me parece que esta é, e deveria
mesmo ser, uma lista de discussão/debate sobre "ciência" e os assuntos
relacionados que tanto nos excita. Isso me leva crer que DEFENDER astrologia
faz parte da natureza de alguma outra lista.
Se alguém discorda do meu comentário e puder me indicar uma outra lista onde
raramente se vê alguém defendendo astrologia, cartomancia, duendes, novelas
mexicanas e coisas semelhantes, por favor me indique."
Para falar em bom português.
Vc quer falar de ciencia ? Ninguem tem tomates para falar de ciencia.
Ninguem está capacitado para falar de ciencia.
Ciencia requer impacialidade, independencia, estudar primeiro e concluir
depois, recolher dados, estar informado, testar e só no fim concluir. Isso
e´exactamente o contrário do que se passa por aqui. Aqui está aberta a
especulação, a critica e a exposição de ideias.
Na sua cabeça eu pareço estar defendendo a astrologia só pq vc não consegue
entender que o que eu estou fazendo e estar dos dois lados da barricada que
pessoas como vc , que separam tudo, criam.
Se se poe em causa a discussão do problema cientificidade da astrologia - a
qual eu nunca invoquei pois não penso que o seja - e não vc entende que isso
é um problema de ciencia então não entendo o que vc está aqui a fazer.
Vc é mais um dos que não tem tomates para encarar de frente o que significa
falar de ciencia.
Pq vc não escreveu um email dizendo "Se alguém discorda do meu comentário e
puder me indicar uma outra lista onde raramente se vê alguém insultando os
outros, contraindo guerrilhas pessoais, apresentando sua teorias proprias,
fazendo publicidade de seu site, brincando com coisas sérias, e misturando
assuntos que nada têm a haver, por favor me indique." ?!?
Ou será que durante a sua leitura vc não se deu conta que estas coisas estão
acontecendo nesta lista ?
O Alvaro afirmou que era facil aprender astrologia. Que pode ser aprendida
num fim de semana. Eu estou-lhe dando mais tempo até... se for verdade o que
ele afirma, não voltaremos a ter esta discussão pq todos ficaram a saber o
que astrologia é afinal e não dirão sandices... basta passarem um fim de
semana aprendendo.
Vc quer falar de ciencia ? Que tal começar por aprender a parte que fala
sobre o teste das hipoteses e afirmações ?
Sérgio
P.S.
Pq é válido falar mal da astrologia numa lista de ciencia, mas é ruim
apontar os erros dos que a criticam? Vc é realmente muito imparcial, muito
cientifico...sem duvida.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 19:02
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 09, 2002 10:39 PM
Subject: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> "Eu acho q. essa inversao, e' um ponto de vista defensavel. Se uma
> dada posicao do planeta esta' sempre associada a um determinado tipo
> de evento. Pelo menos essa e' a ideia basica das diversas correntes
> astromanticas."
>
> Eu não disse que não era defensável. Eu disse :
>
> > Ora, isto não é bom método pq está a deixar de lado todo o efeito
> > dos outros planetas. Estás a excluir o efeito dos outros. Se
> > fizeres o mapa de "nascimento" estás a incluir todos os efeitos.
"Nao vejo assim. A associacao e' justamente para saber no q. esse tal
planeta influencia. Se eu fizer simplesmente um mapa natal do planeta
para saber o q. ele deve influenciar, entao estou simplesmente
transferindo as supostas influencias dos planetas ja' conhecidos --
uma simples derivacao de segunda ordem."
Sim, de facto. Mas tb estaria desenhando o que ele pode não pode ser.
Entende que eu não achei o método errado, só não o achei o melhor.
> Esse problema não se poe pois como vc mesmo disse semrpe foram
> conhecidos
E como tal nunca tiveram um mapa natal. E assim o q. fizeram foi
associar suas configuracoes no ceu com eventos na Terra.
Exacto. Não e´isso que está la´escrito. Quando Plutão foi encontrado, ou
Urano ou Neptuno os seus significados foram estabelecidos por aquilo que
tinha acontecido na terra na época em que foram descobertos. (por isso toda
a minah conversa sobre a maerica)
Não é isso que está feito no site. Está feita uma analise astrologica
supondo que o planeta significa determinada coisa.
>Oras, a
>menos q. isso dê alguma propriedade especial a mais aos planetas
>(como os chamo, arcanos?)
arquétipos.
>ja' conhecidos e' licito utilizar a mesma metodologia para os novos
planetas.
De facto se dá. Urano e Plutão não tem o mesmo status que Ceres ou Chiron.
E Urano e Plutão não têm o mesmo status que Marte ou Saturno.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:_Quaoar:_Novo_planeta__descoberto
FROM: Michael Andrades <andrades_m@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 19:03
<P>
<P> <B><I>Ligia Gallo <ligia5555@yahoo.com.br></I></B> escreveu:
<BLOCKQUOTE style="PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #1010ff 2px solid">
<P><TT>Caro Álvaro,<BR><BR>A ciência deslinda a parte "acessível" do Universo. O que está
além <BR>do que é acessível faz parte de "outra coisa". A Astrologia faz <BR>parte dessa
"outra coisa", entende? Eu não posso negar que algo <BR>existe só pq eu não vejo, peso,
messo, sinto... São Carl Sagan que <BR>me perdoe!<BR><BR>Beijos, Lígia</TT></P>
<P><TT></TT> </P>
<P><TT>Lígia...se não podes negar, também não podes aceitar. Talvez devas questionar. Mas isso é
para os céticos.</TT></P>
<P><TT>Michael</TT></P></BLOCKQUOTE>
_______________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 19:03
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Não sou eu que estou apostando nada. Foi o Alvaro que apostou a sua
> propria reputação ao fazer um comentário displicente e que
> demonstra o pouco /nenhum conhecimento que tem do assunto.
"Posso fazer um outro desafio? Qual exatamente a utilidade de um mapa
natal?"
No caso não tem importancia como mapa em si, mas apenas como exercicio.
Para ser astrologo é preciso saber fazer mapas e intepretá-los.
Portanto, saber fazer um , mostra que se percebe alguma coisa do assunto.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 19:06
Sergio,
Posso fazer mais um desafio? Desafio-te a responder este e qualquer outro
e-mail sem ofender o interlocutor e sem tirar do bolso argumentos de
autoridade. Será que você consegue? É de graça. Uma das primeiras coisas
que aprendi como professor foi não espinafrar os alunos, mas parece que em
Portugal as coisas são diferentes...
Também não entendi porque a minha reputação profissional estaria arriscada
com o comentário que fiz. Você sabe ao menos qual a minha área de atuação?
Como você sabe o meu grau de conhecimento sobre astrologia ou qualquer
outro assunto? Bruxaria?
Takata,
"Para que serve os cinturões de Van Allen? Ora, eles são o meu ganha-pão!"
(James Van Allen).
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 18:44
Assunto: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Não sou eu que estou apostando nada. Foi o Alvaro que apostou a sua
> propria reputação ao fazer um comentário displicente e que
> demonstra o pouco /nenhum conhecimento que tem do assunto.
Posso fazer um outro desafio? Qual exatamente a utilidade de um mapa
natal?
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:_Quaoar:_Novo_planeta_é_descoberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 19:11
Caro Michael,
Favor enviar futuras mensagens em texto puro. Essa sua mensagem em HTML
ficou quase incompreensível.
Do que entendi, porque precisamos nos preocupar com a existência de coisas
que estão fora do alcance de nossos sentidos e instrumentos?
Em tempo, eu sou um cético, assim como vários outros desta lista, que,
segundo entendo, é uma lista de discussão sobre Ciência e não sobre
ciência.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Michael Andrades" <andrades_m@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 19:03
Assunto: Re: [ciencialist] Re:_Quaoar:_Novo_planeta_é_descoberto
> <P>
> <P> <B><I>Ligia Gallo <ligia5555@yahoo.com.br></I></B>
escreveu:
> <BLOCKQUOTE style="PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT:
#1010ff 2px solid">
> <P><TT>Caro Álvaro,<BR><BR>A ciência deslinda a parte "acessível" do
Universo. O que está
> além <BR>do que é acessível faz parte de "outra coisa". A
Astrologia faz <BR>parte dessa
> "outra coisa", entende? Eu não posso negar que algo <BR>existe só
pq eu não vejo, peso,
> messo, sinto... São Carl Sagan que <BR>me perdoe!<BR><BR>Beijos,
Lígia</TT></P>
> <P><TT></TT> </P>
> <P><TT>Lígia...se não podes negar, também não podes aceitar. Talvez devas
questionar. Mas isso é
> para os céticos.</TT></P>
> <P><TT>Michael</TT></P></BLOCKQUOTE>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 19:12
> Para fazer um mapa astral não necessários conhecimentos de astrologia, mas
> sim de astronomia. Não confunda as coisas. Eu disse que astrologia pode
> ser aprendida em um fim de semana, não a astronomia pretensamente
> subjacente.
Oh! , Alvaro, vais me desculpar , mas tu és só garganta.
Eu disse "fazer" e "INTERPRETAR".
Tlv para fazer sejam só conhecimentos astronomicos, mas para intrepertar
não.
Portanto, eu não confundi nada, vc é que não leu tudo o que eu escrevi.
E para tua informação, a astronomia envolvida é bem simples de aprender.
Isso sim se aprende em um fim de semana.
> Interpretar é fácil, pois qualquer coisa que se diga estará
> certa de acordo com uma ou outra corrente astrológica.
Não.- VC disse que seria possivel aprender Astrologia.
Isso significa que vc poderá aprender pelo menos as bases da astrologia em
um fim de semana.
Não precisa de apelar a "correntes" q por muito diferentes que sejam sempre
usam a mesma base.
> Aceito o seu desafio.
Aceita nada. Vc está tentando fugir dele.
> Quanto você me pagará por ele? Sim, pois você não
> acha que eu vou doar 48 horas do meu tempo por nada, não é?
Para nada ? Se você chama "nada" à sua reputação ...
Se vc não aceitar ou não conseguir eu continuarei pensando que vc é um
fanfarrão.
Sérgio
P.S.
Não tome isto como ofensa. Já somos crescidos.
SUBJECT: Murray Gell-Mann
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 19:15
Olá, Lígia e Leandro!
"No início dos anos 60, Murray Gell-Mann, Nobel de Física em 1969, propôs a teoria dos quarks: sub-partículas mínimas e indivisíveis de energia estruturada, que se combinam para formar o próton e o neutron. Na trilha dessa teoria foram sendo descobertas grande quantidade de partículas e sub-partículas, mais de 600, que, pela multiplicidade, acredita-se ser formas diversas de um mesmo fenômeno."
O entendimento dessa força inicial vem sendo perseguido há tempos em todas as culturas mais estáveis. Anexo a seguir um resumo dessa busca no comentário "No limiar da matéria".
Abraços.
José Renato
_______________________________
NO LIMIAR DA MATÉRIA - Detectado o sexto e último quark.
A idéia de que a matéria é constituída pela integração de partes muito pequenas e indivisíveis é intuitiva e bem antiga. No séc.V a.C. os filósofos gregos Anaxágoras, Empedocle e Leocipo já consideravam essa concepção para explicar a construção das coisas. Essa idéia foi melhor definida por Demócrito, discípulo de Leocipo. Acreditavam que todo espaço é ocupado de forma sutil por essas partículas indivisíveis - átomos - inclusive a alma das pessoas! É a teoria atomista onde o átomo é considerado a quantidade mínima de matéria que pode existir sem perder sua característica própria. Essa concepção foi em geral aceita pelos estudiosos, como Galileu no século XVI. O micro e o macro revelam-se ao homem a medida que novos equipamentos lhe propicia um aumento de percepção, que se reflete na evolução das teorias. Basta lembrar a revolução provocada na astronomia pela invenção do telescópio, na Idade Média, e na biologia, com os microscópios que hoje nos parecem tão rudimentares.
As pesquisas do núcleo básico da matéria tiveram febril desenvolvimento ao final do séc. XIX, após Dalton (1766-1844) e Avogrado (1776-1856) estabelecerem bases científicas para o atomismo. Em 1897 Joseph John Thomson (1856-1940) detectou o elétron, inicialmente chamado de corpúsculo. Planck em 1900 elaborou a teoria dos quanta, onde considera que a emissão ou absorção de energia radiante pela matéria é feita de maneira descontinua através dos quanta (plural latino de quantum). Definiu que a quantidade de energia transferida é igual a freqüência da radiação multiplicada pela constante 6,62 x 10 elevado a -27 ergs/s - constante da natureza descoberta por Planck. Em 1911 Rutherford (1871-1937) propôs o modelo do átomo semelhante ao sistema solar, com núcleo central positivo circulado por elétrons negativos. Essas pesquisas e descobertas estabeleceram o conceito atual de átomo: núcleo central formado por prótons(+) e neutrons ao redor do qual elétrons(-) movimentam-se a altíssima velocidade em órbitas elípticas, em diversos planos, e quantidade preestabelecida a cada nível ou órbita. Rutherford confirmou o modelo detectando o próton em 1919 e Chadwick (1891-1974) detectando o neutron em 1932.
Niels Bohr (1885-1962), autor da teoria do salto quântico em 1913, concluiu que a energia é transferida ou liberada nas diversas órbitas de elétrons, em pacotes mínimos denominados de quanta. Louis Broglie, Nobel de Física em 1929, introduziu a mecânica quântica para explicar os movimentos das partículas cujas quantidades de movimento são pequenas, quando comparadas com o produto da velocidade da luz no vácuo pela respectiva massa. Einstein aplicou a teoria de Planck aos fenômenos fotoelétricos e determinou o quantum da luz: o fóton. Na Teoria da Relatividade igualou a energia da matéria ao dobro da energia cinética que a mesma teria ao deslocar-se na velocidade da luz: E = mc² (massa vezes a velocidade da luz ao quadrado).
Outras partículas foram previstas e descobertas, como o neutrino e o pósitron, um elétron com carga positiva, descoberto por Paul Dirac em 1928, que com o anti-proton (próton com carga negativa) e o neutron formam os átomos da chamada anti-matéria. Na década de 50 os primeiros aceleradores de partículas foram construídos, impulsionando as pesquisas nessa área.
No início dos anos 60, Murray Gell-Mann, Nobel de Física em 1969, propôs a teoria dos quarks: sub-partículas mínimas e indivisíveis de energia estruturada, que se combinam para formar o próton e o neutron. Na trilha dessa teoria foram sendo descobertas grande quantidade de partículas e sub-partículas, mais de 600, que, pela multiplicidade, acredita-se ser formas diversas de um mesmo fenômeno.
Em fins de abril de 1994, os cientistas que pesquisam no acelerador de partículas FERMILAB - Laboratório Nacional do Acelerador Fermi, em Illinois-USA, conseguiram finalmente detectar evidências do sexto e último componente básico da matéria - o quarks de topo (top = t). A descoberta vem ajustar mais uma peça do quebra-cabeça da teoria cromodinâmica de formação da matéria.
1ª. Família 2ª. Família 3ª. Família
BÁRIONS: próton (não existe (não existe
(pesados) carga = +1 na Terra) na Terra)
neutron (idem, idem) (idem, idem)
carga = 0
QUARKS: para cima (u) charme (c) topo (t)
carga = +2/3 carga = +2/3 carga = +2/3
para baixo (d) estranho (s) fundo (b)
carga = -1/3 carga = -1/3 carga = -1/3
ANTIQUARKS: (vide notas)
LÉPTONS: elétron múon (elétron verde) táuon
(leves) carga = -1 carga = -1 carga = -1
neutrino elétron neutrino múon neutrino táuon
carga = zero carga = zero carga = zero
ANTILÉPTONS: (vide notas)
BÓSONS: fóton partícula W partícula X
glúon partícula Z partícula Y
NOTAS:
1. O próton é formado por 2 quarks para cima e 1 quark para baixo, somando massa 1836
vezes a do elétron, carga igual mas de sinal contrário.
2. O neutron é composto por 2 quark para baixo e um quark para cima, somando massa
1839 vezes a do elétron e carga elétrica nula.
3. O méson é formado por um quark mais um antiquark.
4. O neutrino elétron, detectado após 1930, têm massa 100 mil vezes menor que a do elétron, a ponto de atravessar a Terra como se nada houvesse no caminho. É a menor
das partículas. Alguns pesquisadores o consideram sem massa!
5. Os quarks da 2ª. família têm massa bem maior do que os da 1ª., e os quarks da 3ª. família
bem maior do que os da 2ª.
6. Ainda não há explicação do porquê das 3 famílias de matéria, que contém átomos de
pesos diferentes, mas o quark estranho (s) explica as pesadas partículas detectadas nos
raios cósmicos.
7. O quark topo tinha sua existência praticamente definida por medições indiretas de sua massa e carga. Em abril/94 foram detectadas fortes evidências diretas de sua existência no acelerador de partículas FERMILAB, Illinois - USA.
8. Quando o neutron emite uma partícula W provoca a transformação de um quark para
baixo (down) em um quark para cima (up). Com essa transformação o neutron vira
próton e a partícula W decompõe-se em um elétron e em um antineutrino!
9. Na colisão de um lépton (elétron) com um antilépton (pósitron) surgem dois fótons!
Estruturada a partir dos anos 60, essa teoria procura explicar a formação dos prótons, neutrons, suas interações no núcleo do átomo e com as demais partículas, a partir de duas partículas básicas que, com o elétron e o neutrino-elétron, compõem toda a matéria no nosso universo conhecido: o quark para cima (up = u) e o quark para baixo (down = d).
Essas partículas formam a primeira das três famílias de matéria, previstas e comprovadas, da teoria cromodinâmica, que usa o fenômeno das cores para explicar a formação da matéria, sempre que as combinações das cores básicas e complementares compõem a cor branca.
As substâncias existentes na Terra são formadas pela primeira das três famílias de sub-partículas. A segunda e terceira família não existem no planeta. A teoria considera que elas já existiram na formação do Universo, mas hoje suas sub-partículas só são captadas em ambiente de alta energia, como nos aceleradores de partículas e no núcleo das estrelas e quasares, donde algumas escapam e chegam à Terra. No quadro ao lado resumimos as principais partículas e sua classificação nas três famílias de matéria.
O objetivo dos cientistas era, e ainda é, elaborar o modelo padrão: um complexo de equações matemáticas que possa explicar como interagem todos os tipos de matérias e forças conhecidas (eletromagnética, gravitacional, nuclear-fraca e a nuclear-forte), numa teoria única para a formação, movimentação e transformação do Cosmo.
No livro "O tao da Física", pág.168 (CULTRIX-SP 1990), o autor Fritjof Capra conclui o seguinte: "A teoria de campo na física moderna força-nos a abandonar a distinção clássica entre partículas materiais e o vácuo. A teoria de campo de gravidade, de Einstein, e a teoria quântica dos campos mostram que as partículas não podem ser separadas do espaço que as circunda. Por outro lado, determinam a estrutura daquele espaço, ao passo que não podem ser encaradas como entidades isoladas mas, em vez disso, como condensações de um campo contínuo que se acha presente por todo o espaço." Logo em seguida o autor cita o livro de J. Neednam "Science and civilisation in China", Cambridge University Press - 1956: "O campo existe sempre e por toda parte; jamais pode ser removido. É o portador de todos os fenômenos materiais. É o "vácuo" a partir do qual o próton cria os mésons pi (uma importante sub-partícula de interação do átomo). A existência e o desaparecimento das partículas não passam de formas de movimento do campo." Na mesma página F. Capra frisa: "A distinção entre matéria e espaço vazio teve finalmente de ser abandonada quando se tornou evidente que as partículas virtuais podem passar a existir espontaneamente a partir do vácuo e desaparecer neste último, sem que esteja presente qualquer núcleo ou outra partícula que interaja fortemente."
Essa interpretação traz de volta a concepção presente na mitologia greco-romana, no judaísmo, no hinduísmo e no budismo, que consideram que o Universo foi criado do nada. Hoje o nada pode ser considerado como todo e qualquer campo não captado pelos sentidos do homem ou por seus instrumentos detetores-conversores. Na conclusão do capítulo acima mencionado, Capra resume: "Quando se sabe que o Grande Vácuo está pleno de ch'i (energia vital) compreende-se que não existe coisa alguma que seja nada."
Podemos concluir que o que conseguimos perceber são apenas as alterações energéticas do espaço-campo. Não seria muito improvável que neste espaço invisível e sem alterações, que denominamos de nada, esteja a origem de todo o Universo conhecido e a resposta a todas as nossas dúvidas! É fundamental considerar que toda "verdade científica" é incompleta e provisória.
As descobertas científicas devem necessariamente converterem-se em bem-estar e melhoria de vida, não apenas dos habitantes dos países desenvolvidos, em detrimento dos 800 milhões de seres humanos que hoje sobrevivem no limite da fome, mas para todos os habitantes do planeta Terra.
* O autor José Renato M. de Almeida, é pesquisador da evolução do conhecimento técnico-científico versus humano-social.
__________________________________________________
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 09, 2002 2:29 PM
Subject: [ciencialist] Re: Físicos, uni-vos!
--- Em ciencialist@y..., "L. B. Holanda" <holanda_lb@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > E por favor, algum de vocês poderia dar um parecer a respeito das
> > teorias de Murray Gell Mann? Eu venho lendo alguma coisa a
respeito
> > das pesquisas que ele fez... e fiquei pensativa... :)
> >
> > Beijos, Lígia
>
> Olá Lígia e demais,
>
> Lígia, não nos deixe curioso e nos diga: sobre o que ficou
> pensativa?
>
> Abraços
> Leandro.
Olá Leandro!
Recebi em pvt uma mensagem falando a respeito das tais pesquisas de
Gell-Mann a respeito da estrutura da matéria e de sua certeza quanto
a haver uma espécie de "agente" desencadeador/estruturador
da "criação" de partículas. É um texto de um professor de física
aposentado que repasso aqui para vocês. Antes que eu seja apedrejada
sem tréguas, o autor é espírita mas atém-se apenas ao lado científico
do espiritismo (?). Portanto palavras como Deus estão em seu
texto... sem contudo tratar-se de DEUS, ou aquela figura pitoresca
com barbas longas em seu trono...
Bem, a partir disso andei garimpando pela net em busca de tais
afirmações desse professor mas encontrei apenas textos muito técnicos
quase indecifráveis... daí a minha dúvida cruel: levo a sério o que
tal professor "apregoa" ou ponho mãos à massa e tento entender melhor
o que é postulado por Gell-Mann a respeito de tais "agentes
estruturadores"?
Beijos, Lígia
************************************
Segue o texto:
1. Universo pulsante e anisotrópico
Ao contrário do que diz a Bíblia e do que afirmam as religiões,
(deletei o restante)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 19:22
--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Sim, de facto. Mas tb estaria desenhando o que ele pode não pode
> ser.
E qual o problema de definir o q. algo não pode ser?
> Quando Plutão foi
> encontrado, ou Urano ou Neptuno os seus significados foram
> estabelecidos por aquilo que tinha acontecido na terra na época em
> que foram descobertos.
Nao entendo por q. esse seria o melhor metodo.
> Não é isso que está feito no site. Está feita uma analise
> astrologica supondo que o planeta significa determinada coisa.
O q. ele supoem, ele tira de algumas configuracoes preliminares. Ate'
ai' perfeito. Ele iria mais longe se não fizesse uma seleção de
resultados apenas positivos.
> >Oras, a
> >menos q. isso dê alguma propriedade especial a mais aos planetas
> >(como os chamo, arcanos?)
> De facto se dá. Urano e Plutão não tem o mesmo status que Ceres ou
> Chiron. E Urano e Plutão não têm o mesmo status que Marte ou
> Saturno.
Eu nao falei: "A menos q. se dê propriedade especial", eu falei: "a
menos q. isso dê alguma propriedade especial". Podemos
arbitrariamente dar uma propriedade especial Ceres e Quíron em lugar
de Marte ou Saturno. A questão é: em q. bases fatuais podemos
conferir essas propriedades especiais? Estou pra apostar q. as bases
sao puramente simbolicas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: flaviofavero <flaviofavero@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 19:34
Há algum tempo tenho assistido de camarote os e-mails postados nesta lista.
Aprendí muita coisa e em nenhum momento achei necessário ( ou a minha altura
) fazer qualquer comentário. No entanto, me parece que esta é, e deveria
mesmo ser, uma lista de discussão/debate sobre "ciência" e os assuntos
relacionados que tanto nos excita. Isso me leva crer que DEFENDER astrologia
faz parte da natureza de alguma outra lista.
Se alguém discorda do meu comentário e puder me indicar uma outra lista onde
raramente se vê alguém defendendo astrologia, cartomancia, duendes, novelas
mexicanas e coisas semelhantes, por favor me indique.
Obrigado,
Flávio Favero
>
> Não digas disparates. Desafio-te a aprender a fazer uma mapa astral à mão
> (sem computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h de
> domingo).
>
> Podes usar os dados do teu nascimento como exemplo. Se tiveres porblema em
> encontrá-los eu poderei dar-te os meus para o exercicio.
>
> Sérgio
>
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>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 19:35
rmtakata wrote:
>
> --- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> > Sim, de facto. Mas tb estaria desenhando o que ele pode não pode
> > ser.
>
> E qual o problema de definir o q. algo não pode ser?
>
> > Quando Plutão foi
> > encontrado, ou Urano ou Neptuno os seus significados foram
> > estabelecidos por aquilo que tinha acontecido na terra na época em
> > que foram descobertos.
>
> Nao entendo por q. esse seria o melhor metodo.
Na verdade não faz muito sentido. Não deveria interessar antes
a data do nascimento do planeta? Afinal, Plutão sempre esteve lá.
Que relevância tem a sua descoberta? Antes de ser descoberto,
Plutão não influênciava ninguém? E qual é a data da descoberta
que conta, 1930, que é a data oficial, ou 1915, ano em que o planeta
foi fotografado pela primeira?
Quer-me parecer que a ciência da astrologia está a precisar de uma
remodelação. Vou já propor um projecto ao Ministério da Ciência.
Joao
http://www.nonio.com
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Genes egoísta e burros
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 19:36
Cachorro de psiquiatra é assim mesmo! ;-)
[]
Alexandre Medeiros
Pô meu! Tem de ver os filhos!
[]
Antonio Renato.
SUBJECT: O Desafio
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 21:03
Sergio,
Supondo que eu aceite o desafio, devemos discutir alguns pontos:
a) Como poderá você saber, mesmo que fosse onipotente, onisciente e tivesse
super-poderes, que fui eu mesmo que fiz o mapa? Que fiz a interpretação?
Que me debrucei sobre problemas inúteis durante 48 inúteis horas? Ora pois;
b) Como você não saberá tais coisas, mesmo que eu apresente um mapa e uma
interpretação feitos pelo maior astrólogo "profissional" conhecido, você
não os aceitará como válidos, pois você sabe tudo e eu não sei de nada.
Você sempre poderá dizer que eu não aprendi o suficiente;
c) Eu li tudo o que você escreveu (e nem precisei de um dramin antes). Você
escreveu: "Desafio-te a aprender a fazer uma mapa astral à mão (sem
computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h de domingo)".
Como já chegamos à conclusão que a confecção do mapa não é astrologia,
resta a interpretação dele. Sustento que astrologia é simplesmente a
interpretação dos mapas astrais, e isso qualquer um aprende em um fim de
semana. Se você pensa o contrário, prove-o. E, por favor, sem ofensas.
Quanto a aceitar o seu desafio, ora pois, não jogue esse jogo comigo, meu
caro. Você pensa que eu sou besta? Você está familiarizado com as
expressões "Catch 22"? "Kobayashi Maru"? "Dilema deôntico". Pois devia. É
exatamente isso que você está tentando fazer comigo. Só que nessa área em
que você é aprendiz, eu sou professor.
E, mais uma vez, a minha reputação não está em jogo. Sinto que vocês em
Portugal ainda se aferrem a esses conceitos antigos de reputação e honra
(vocês ainda fazem duelos?), mas a minha reputação, se é que eu tenho
alguma, só interessa aos meus alunos, colegas de trabalho e clientes, e
garanto que eles não ligam a mínima se eu acredito ou não em astrologia.
Mas o apelo à minha reputação faz parte do seu jogo, não é?
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 19:12
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
>
>
> > Para fazer um mapa astral não necessários conhecimentos de astrologia,
mas
> > sim de astronomia. Não confunda as coisas. Eu disse que astrologia
pode
> > ser aprendida em um fim de semana, não a astronomia pretensamente
> > subjacente.
>
> Oh! , Alvaro, vais me desculpar , mas tu és só garganta.
> Eu disse "fazer" e "INTERPRETAR".
> Tlv para fazer sejam só conhecimentos astronomicos, mas para intrepertar
> não.
> Portanto, eu não confundi nada, vc é que não leu tudo o que eu escrevi.
> E para tua informação, a astronomia envolvida é bem simples de aprender.
> Isso sim se aprende em um fim de semana.
>
> > Interpretar é fácil, pois qualquer coisa que se diga estará
> > certa de acordo com uma ou outra corrente astrológica.
>
> Não.- VC disse que seria possivel aprender Astrologia.
> Isso significa que vc poderá aprender pelo menos as bases da astrologia
em
> um fim de semana.
> Não precisa de apelar a "correntes" q por muito diferentes que sejam
sempre
> usam a mesma base.
>
> > Aceito o seu desafio.
>
> Aceita nada. Vc está tentando fugir dele.
>
> > Quanto você me pagará por ele? Sim, pois você não
> > acha que eu vou doar 48 horas do meu tempo por nada, não é?
>
> Para nada ? Se você chama "nada" à sua reputação ...
> Se vc não aceitar ou não conseguir eu continuarei pensando que vc é um
> fanfarrão.
>
> Sérgio
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "flaviofavero" <flaviofavero@terra.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 22:54
Roberto,
As listas que vc indicou são voltadas a assuntos de cunho religioso.
Não é bem nisso que estou interessado.
De qualquer forma, obrigado.
Flávio
> Prezado, Flávio,
>
> Eis uma relacao das listas com as caracteristicas mencionadas:
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/evangelicos/
> http://br.groups.yahoo.com/group/evangelho/
> http://groups.yahoo.com/group/jesuscristo/
> http://groups.yahoo.com/group/adventistas/
> http://br.groups.yahoo.com/group/testemunhadejeova/
>
> Entre outras.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
SUBJECT: Re: Quaoar: p/ Flavio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 23:01
Putz!
Bem se vê que vc realmente acompanha as discussões dessa lista...
huh!? O Sérgio Taborda é um dos melhores debatedores sobre física!
E lá vai vc falando que ele está "defendendo" a astrologia. Ele está
é ensinando que ser tacanho e se equivar de entender certos assuntos
só porque são rotulados como "místicos" é sinal de ignorância em alto
grau...
Agora, pode ir...
Lígia
******************************
--- Em ciencialist@y..., flaviofavero <flaviofavero@t...> escreveu
> Há algum tempo tenho assistido de camarote os e-mails postados
nesta lista.
> Aprendí muita coisa e em nenhum momento achei necessário ( ou a
minha altura
> ) fazer qualquer comentário. No entanto, me parece que esta é, e
deveria
> mesmo ser, uma lista de discussão/debate sobre "ciência" e os
assuntos
> relacionados que tanto nos excita. Isso me leva crer que DEFENDER
astrologia
> faz parte da natureza de alguma outra lista.
> Se alguém discorda do meu comentário e puder me indicar uma outra
lista onde
> raramente se vê alguém defendendo astrologia, cartomancia, duendes,
novelas
> mexicanas e coisas semelhantes, por favor me indique.
> Obrigado,
>
> Flávio Favero
>
>
>
>
>
> >
> > Não digas disparates. Desafio-te a aprender a fazer uma mapa
astral à mão
> > (sem computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h
de
> > domingo).
> >
> > Podes usar os dados do teu nascimento como exemplo. Se tiveres
porblema em
> > encontrá-los eu poderei dar-te os meus para o exercicio.
> >
> > Sérgio
> >
> >
> > ##### ##### #####
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@y...
> > ##### ##### ##### ##### #####
> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
> >
> >
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2002 23:18
Entender de certos é uma coisa. Defendê-los é outra, bem diferente. Eu
entendo bastante de catolicismo, por exemplo, e nem por isso rezo para
Santa Rita do Barro Vermelho todas as noites...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 23:01
Assunto: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
Putz!
Bem se vê que vc realmente acompanha as discussões dessa lista...
huh!? O Sérgio Taborda é um dos melhores debatedores sobre física!
E lá vai vc falando que ele está "defendendo" a astrologia. Ele está
é ensinando que ser tacanho e se equivar de entender certos assuntos
só porque são rotulados como "místicos" é sinal de ignorância em alto
grau...
Agora, pode ir...
Lígia
******************************
--- Em ciencialist@y..., flaviofavero <flaviofavero@t...> escreveu
> Há algum tempo tenho assistido de camarote os e-mails postados
nesta lista.
> Aprendí muita coisa e em nenhum momento achei necessário ( ou a
minha altura
> ) fazer qualquer comentário. No entanto, me parece que esta é, e
deveria
> mesmo ser, uma lista de discussão/debate sobre "ciência" e os
assuntos
> relacionados que tanto nos excita. Isso me leva crer que DEFENDER
astrologia
> faz parte da natureza de alguma outra lista.
> Se alguém discorda do meu comentário e puder me indicar uma outra
lista onde
> raramente se vê alguém defendendo astrologia, cartomancia, duendes,
novelas
> mexicanas e coisas semelhantes, por favor me indique.
> Obrigado,
>
> Flávio Favero
>
>
>
>
>
> >
> > Não digas disparates. Desafio-te a aprender a fazer uma mapa
astral à mão
> > (sem computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h
de
> > domingo).
> >
> > Podes usar os dados do teu nascimento como exemplo. Se tiveres
porblema em
> > encontrá-los eu poderei dar-te os meus para o exercicio.
> >
> > Sérgio
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SUBJECT: Re:_Quaoar: Para Michael
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 23:40
--- Em ciencialist@y..., Michael Andrades <andrades_m@y...> escreveu
> Ligia Gallo ligia5555@y... escreveu:
> A ciência deslinda a parte "acessível" do Universo. O que está
> além do que é acessível faz parte de "outra coisa". A Astrologia
faz parte dessa "outra coisa", entende? Eu não posso negar que algo
existe só pq eu não vejo, peso, messo, sinto... São Carl Sagan que
me perdoe! Beijos, Lígia
> Lígia...se não podes negar, também não podes aceitar. Talvez devas
questionar. Mas isso é
> para os céticos.
> Michael
Mas é justamente pelo fato de eu questionar que não me nego a tentar
pelo menos saber do que se trata algo que não é científico. O
Álvaro "virou-mexeu" está jogando na minha cara que "um físico jamais
pensaria assim"... mas é justamente por eu ser física que eu me
disponho a entender as coisas, mesmo que sejam tidas como estúpidas:
sempre há algum "laivo" de Verdade ainda que em absurdos.
Caso não tivessem sido ousados, não tivessem "não tido" preconceitos,
os físicos jamais teriam dado o impulso à ciência que deram. Vide a
FQ e a RG... Einstein que o diga. Aliás ele já afirmava que o que
impedia as pessoas de compreenderem a relatividade era justamente o
preconceito, as idéias arraigadas e que culminam com a mesquinhez,
com a tacanhice e estreiteza de raciocínio... típicas de pessoas que
julgam que um físico deve ser um tapado bitolado em cálculos...
Beijos, vai...
Lígia
SUBJECT: Re: Quaoar: p/ Flavio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2002 23:50
Álvaro...
Você diz que é professor disso e daquilo e está sempre fazendo
futrica com bobeirinhas que poderiam passar batido sem que criassem
esse clima besta de discussão a respeito de coisas que não são
CIÊNCIA. É algum efeito colateral de seu cargo público?
Agora, por favor, fale-me sobre CIÊNCIA... até agora se espremer as
suas mensagens na lista só vamos ver o que enumerei acima: tricozinho
barato em um ponto só, ping, ping, ping criticando, irritando... Ao
contrário, o Sergio vem sempre comentando e adentrando discussões
sobre assuntos que CASO você dominasse, aí sim você daria pitacos,
não é? Pois é... para você ver.
E veja só, nem o catolicismo você domina: não há tal Santa Rita de
sua devoção... tsc, tsc...
Beijos também, vai...
Lígia
***********************************
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Entender de certos é uma coisa. Defendê-los é outra, bem diferente.
Eu
> entendo bastante de catolicismo, por exemplo, e nem por isso rezo
para
> Santa Rita do Barro Vermelho todas as noites...
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
SUBJECT: NOBEL E OSCAR
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 00:07
Na opinião de vocês da lista, porque um brasileiro nunca ganhou o prêmio nobel ou um oscar? não é inteligente e criativo o suficiente?
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: HOMENS, MULHERES e fidelidade
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 00:23
Apenas para botar lenha na fogueira das vaidades e no bom sentido, como também sou Psicanalista, tenho assistido ao programa do Silvio Santos, Ilha da Sedução. Fiquei impressionado que depois de mais ou menos três ou quatro programas três mulhderes foram infieis a seus namorados de mais de dois anos. E o interessante é que eles viam as cenas e as racionalizavam, istó é, não acreditavam e davam desculpas. As infieis, por sua vez, diziam a eles que os amavam que estavam apaixonadas por eles, embora estivessem transando com o outro. Somente depois de virem traições por pelo menos três vezes, é que os homens traíodos se convenceram da infidelidade da parceira e se tornaram infieis. Até então se mantinham firmes. Isso me levou a questionar a crença popular de que o homem é mais infiel que a mulher. Como eram inicialmente, dez casais de cada lado da ilha, me parece não restar dúvidas de que, se dê bobeira, a mulherada taca gaia no caboclo e ainda justifica. Alguém aí assistiu ou assiste ao programa?
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: NOBEL E OSCAR
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 00:30
At 00:07 10/10/02 -0300, you wrote:
>Na opinião de vocês da lista, porque um brasileiro nunca ganhou o prêmio
>nobel ou um oscar? não é inteligente e criativo o suficiente?
O maior fator é que os recursos estão concentrados em países
ricos. Então quem ganha Nobel é majoritariamente dos EUA, da Europa ou do
Japão. Mas também há uma certa dose de azar e talvez alguma "urucubaca" de
país de Terceiro Mundo, pelo menos antigamente. Azar porque ser de Terceiro
Mundo não é suficiente para não se ganhar um prêmio Nobel: Argentina,
Paquistão, Índia, são países com Nobéis. E o brasileiro é criativo pra
danar, tanto na parte experimental quanto na teórica, então não é por
incompetência. Urucubaca de país de Terceiro Mundo (entenda-se o que se
quiser) porque há pelo menos um caso muito esquisito, o de César Lattes.
Ele, Occhialini (italiano radicado no Brasil) e Powell, britânico,
desenvolveram um novo método para detecção de partículas elementares que
permitiu a detecção do méson pi, uma partícula de enorme importância
teórica na época. Mas o Powell ganhou o prêmio sozinho. Mas o maior fator,
acho, é que os recursos estão concentrados em países
Belisário
SUBJECT: Re: NOBEL E OSCAR
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 00:35
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Na opinião de vocês da lista, porque um brasileiro nunca ganhou o
prêmio nobel ou um oscar? não é inteligente e criativo o suficiente?
Talvez porque não estejam nos padrões exigíveis a este tipo de
premiação... ou talvez tudo não passe de estratégias dos que
manipulam a Grande Conspiração Universal: CIA e FBI unidos contra os
gênios brasileiros :) O fato que é não há espaço para cientistas
brasileiros no Brasil ( há mais lá fora do que aqui dentro ) pela
falta de incentivo e, em muitos casos, a área de pesquisa que
desenvolvem nem é tão notável a ponto de merecer um Nobel. Houve
ainda o caso do Cesar Lattes por exemplo que teve tudo para merecer
um Nobel por suas pesquisas mas acabou sendo "sobrepujado" pelo
próprio "escriba": o cara que redigiu a pesquisa toda de Lattes em
Inglês, idioma que ele não dominava, além do fato dele não ter
acumulado nenhum curso de especialização: tudo o que fez foi apenas
com bases em muito trabalho e dedicação plena à parte prática da
pesquisa em si. "Num era dotô"... apenas em "honoris causa" (puro
preconceito dos que premiam, diga-se de passagem).
Quanto aos artistas... bem, se nem a Fernanda Montenegro foi
capaz... O fato é que para que um ator seja premiado, tem que estar
atuando em um filme também digno de nota. Sem um bom enredo não dá
para representar bem, nem ser notável. E, infelizmente, os atores
brasileiros que se arriscam a fazer parte do elenco de filmes
estrangeiros acabam sempre interpretando papéis de "miguelito" ou
de "boazuda" ( caso da Sonia Braga ), papéis secundários,
principalmente pelo "biotipo": latino. Não que gente de olhos e
cabelos castanhos não tenham ganho o Oscar, nem que o Brasil não seja
berço de loiros de olhos azuis... o problema parece ser outro :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 01:33
Bem, eu enviei algumas mensagens sobre relatividade que você nem deve ter
lido. Parece que ninguém leu (com exceção do Belissario, com certeza, e do
Takata, provavelmente) mas é só eu começar a falar contra astrologia que lá
vem paulada.
Fico feliz em ver que você sabe que não existe Santa Rita do Barro
Vermelho, mas com a fúria canonizadora de John Paul, nunca se pode ter
certeza...
Procure minhas mensagens no arquivo. Depois conversamos.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 23:50
Assunto: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
Álvaro...
Você diz que é professor disso e daquilo e está sempre fazendo
futrica com bobeirinhas que poderiam passar batido sem que criassem
esse clima besta de discussão a respeito de coisas que não são
CIÊNCIA. É algum efeito colateral de seu cargo público?
Agora, por favor, fale-me sobre CIÊNCIA... até agora se espremer as
suas mensagens na lista só vamos ver o que enumerei acima: tricozinho
barato em um ponto só, ping, ping, ping criticando, irritando... Ao
contrário, o Sergio vem sempre comentando e adentrando discussões
sobre assuntos que CASO você dominasse, aí sim você daria pitacos,
não é? Pois é... para você ver.
E veja só, nem o catolicismo você domina: não há tal Santa Rita de
sua devoção... tsc, tsc...
Beijos também, vai...
Lígia
***********************************
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Entender de certos é uma coisa. Defendê-los é outra, bem diferente.
Eu
> entendo bastante de catolicismo, por exemplo, e nem por isso rezo
para
> Santa Rita do Barro Vermelho todas as noites...
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: NOBEL E OSCAR
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 01:40
----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Thursday, October 10, 2002 12:30 AM
Subject: [ciencialist] Re: NOBEL E OSCAR
> Azar porque ser de Terceiro
> Mundo não é suficiente para não se ganhar um prêmio Nobel: Argentina,
> Paquistão, Índia, são países com Nobéis. E o brasileiro é criativo pra
> danar, tanto na parte experimental quanto na teórica, então não é por
> incompetência. Urucubaca de país de Terceiro Mundo (entenda-se o que se
> quiser) porque há pelo menos um caso muito esquisito, o de César Lattes.
Além da urucubaca de país de Terceiro Mundo, há também outras esquisitices a
comprovar nossa política acadêmica terceiro-mundista. Dizem as más línguas
que em 1921, Carlos Chagas teria sido indicado para o Nobel de Medicina.
Após sua indicação, todos os demais países retiraram suas indicações, haja
vista que ninguém seria páreo para aquele que viria a ser um dos maiores
vencedores do prêmio de todos os tempos. Acontece, e é por esse motivo que
me referi às más línguas, que inimigos acadêmicos brasileiros e
politicamente influentes conseguiram convencer a Academia BRASILEIRA de
Ciência a retirar a indicação. Conclusão: Se alguém se dirigir à galeria
Nobel e procurar pelo laureado de 1921 encontrará o seguinte: "The prize
money was allocated to the Special Fund of this prize section."
Na Internet pode-se encontrar alguma coisa a respeito pesquisando: <"Carlos
Chagas", Nobel>. Por exemplo, João Carlos Pinto Dias, pesquisador titular da
Fiocruz, assim se referiu na "Conferência Nacional de Saude On Line - 1999":
"Chagas no ha ganado el Nobel, probablemente por razones de envidia y de
celos, por parte de colegas suyos quienes tenian pequenos sentimientos
personales, tenian miedo de la acension de un compatriota, no tenian un
juicio mas alto del significado social de la ciencia, asi como no alcanzaban
la importancia del reconocimiento de una ciencia emergente. Lo mas raro es
que ahorita mismo, en el cambio del milenio, contemplamos cosas muy
similares." (vide http://www.insp.mx/eclat/messages/50.html ).
A história pode não ser exatamente essa, mas já estou cansado de testemunhar
a podridão que impera nesse academicismo nacional. Enfim, cada Academia tem
os laureados que merece, e nós merecemos um Sarney, um Coelho etc. Quanto ao
Chagas ou ao Lattes... é bem possível que eles tenham nascido no país
errado.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] MSG para Vladimir
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 01:56
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> #####>Estética... Já reparou que as mulheres estão fazendo uma tal de
> chapinha nos cabelos. Já reparou como ficam os cabelos após tal manobra?
> Cheio de pontas! Elas acham bonito... pagam por isso!
Muita gente também acha...
> Vc tem razão quando coloca: "a diferença é a visão que se tem de cada um."<#####
Então concordamos
#####>Que me desculpe a ignorância, mas o que é 'raves'?<#####
Raves sao as festas de musica eletronica que surgiram na Europa no final da decada de 80.
Tem como principio valorizar a qualidade da criação artistica acima de interesses comerciais.
Nao tem carater politico, nao propoe uma ideologia, ao contrário, representa
a falencia das ideologias, o motivo é a diversão, uma alternativa consciente (e nao alienante)
à realidade caótica que não podemos mudar.
Não sei quando exatamente apareceu a idéia do "PLUR", que é somente uma
espécie de código de ética interno (ou uma tentativa de descrevê-lo), pois não há regras,
o único limite é o respeito.
O nome "rave" (delírio) foi dado pela imprensa sensacionalista inglesa, e acabou sendo
bem aceito. É claro que a exposição na mídia acabou trazendo à cena a exploração
comercial, o que não significa que a qualidade tenha sido prejudicada,
houve apenas uma grande segmentação.
> #####>É... se o indivíduo não está satisfeito consigo... Turbina, faz
> chapinha, etc<#####
Pode ser um motivo.
É bom lembrar que a insatisfação é que dá origem à criação.
> #####>A adolescência é uma fase de transição. As mudanças cursam com
> instabilidade e insegurança. Agregando-se, o adolescente ilude-se estar
> seguro. Encontra estabilidade dentro do grupo que 'pensa' ser
> homogêneo<#####
Esclarecedor, Dr. PSI!!!!
Existem sim modismos dentro da cena eletronica, e o piercing é um deles.
Não há uma ligação direta, acho que eles apenas se popularizaram na mesma época,
e muita gente entendeu que poderia existir alguma ligação. Já ouvi várias tentativas de
explicar o piercing, já ouvi até que seria um símbolo pró-aborto (direito de auto-mutilação),
mas nao conheco ninguem que acredite nessa hipotese.
Foi na adolescência que furei o nariz, nao para me associar a um grupo, que nunca acreditei ser
homogeneo. Era algo que eu já queria há um bom tempo, sem conhecer grupo nenhum,
somente pelo "design".
> #####>Hei! Sarcasmo não está no 'PLUR'! Mas pareceu-me simpático o "Dr. PSI"
> :)<#####
Realmente não está no "PLUR", seria triste se eu me limitasse a isso.
> PS: Vc é adolescente?
Não mais...
E vc, é nudista?
PLUR,
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: NOBEL E OSCAR
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 01:59
----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Thursday, October 10, 2002 1:40 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: NOBEL E OSCAR
Complementando a msg anterior, reproduzo um texto extraído do Boletim
Eletrônico da SBQ, n.º 87 (vide
http://www.sbq.org.br/publicacoes/beletronico/bienio1/boletim87.htm#4 )
********************************************
4. SABOTAGEM TIROU NOBEL DE CHAGAS
********************************************
Nas comemorações pelo 90 aniversario da descoberta da doença de Chagas
realizadas na Academia Brasileira de Medicina, Marília Coutinho (UnB),
professora visitante da Universidade da Florida, em Gainesville (EUA),
apresentou ontem um trabalho de investigação sobre por que, embora indicado
duas vezes ao Prêmio Nobel de medicina, em 1913 e 1921, o cientista nunca
foi contemplado.
Em oito meses, Carlos Chagas descobriu o vetor, o parasita e os sintomas
da doença que leva seu nome, façanha nunca igualada por outro cientista. Na
época, tinha apenas 30 anos e seis de formado.
No entanto, encaminhado duas vezes ao Instituto Karolinska da Suécia,
responsável pela concessão do Nobel, seu nome foi sabotado dentro do próprio
Brasil por colegas certamente com ciúmes de seu sucesso.
Em 1921, era o único indicado e ninguém levou o prêmio.
"Na cultura política brasileira era inconcebível que alguém chegasse a
algum cargo por mérito próprio", explicou Marília, que fez pós-doutorado em
Estudos Sociais da Ciência e optou pela pesquisa sobre a rejeição a Carlos
Chagas depois que deu com nota de rodapé, em uma publicação de 1921,
mencionando rapidamente a indicação. Nas pesquisas na Suécia, Marília
descobriu as duas nomeações oficiais do professor: em 1913 seu nome foi
encaminhado pelo parasitologista Pirajá da Silva , descobridor do
Schistosoma mansoni; em 1921, por H. Gouvea.
Pouco depois de ter sido indicado, Carlos Chagas foi alvo de uma maciça
campanha de oposição e em um debate na Academia de Medicina foi atacado
publicamente por Afranio Peixoto, Henrique Aragão e Figueiredo de
Vasconcelos.
O trio chegou a dizer que o Trypanosoma cruzi, o parasita do mal de
Chagas, não era virulento e que a doença (até hoje endêmica nas América do
Sul e Central) não tinha alcance epidemiológico.
"Chagas foi difamado no país e no exterior, possivelmente por ciúmes
relacionados com a rejeição ao sistema de mérito", constatou a professora.
"Os países latino-americanos, em geral, tem dificuldade de assimilar
critérios de mérito e avaliação. Carlos Chagas era um outsider no exterior e
em seu próprio pais. Esta dificuldade em aceitar o sucesso dos outros, em
nada contribui para que a ciência feita nos países em desenvolvimento se
firme no exterior."
Fonte : Jornal do Brasil, 16abril99
********************************************
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:_Quaoar: Para Michael
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 01:59
Na verdade eu só me lembro de ter escrito isso UMA vez...
> Mas é justamente pelo fato de eu questionar que não me nego a tentar
> pelo menos saber do que se trata algo que não é científico. O
> Álvaro "virou-mexeu" está jogando na minha cara que "um físico jamais
> pensaria assim"... mas é justamente por eu ser física que eu me
> disponho a entender as coisas, mesmo que sejam tidas como estúpidas:
> sempre há algum "laivo" de Verdade ainda que em absurdos.
Quem disse isso pela primeira vez não foi Einstein, mas sim Hilbert,
falando sobre Einstein, por volta de 1914: "Sabem os senhores por que
Einstein pode dizer as coisas mais originais e profundas que em nossa
geração se disse a propósito do tempo e do espaço? Porque nada havia
aprendido a respeito da filosofia e da matemática do tempo e do espaço"
(Philipp Frank, "Einstein: His Life and Times", 1967, p.206)
Muitos anos depois, Einstein incluiu algo de teor semelhante em suas Notas
Autobiográficas (1944~45), espalhado ao longo de vários parágrafos das
primeiras 10 páginas.
A sua analogia, contudo, não me parece válida. Há um certo mito acerca da
aceitação da relatividade, de que só 10 pessoas no mundo a
compreendiam,etc. Mas os registros históricos mostram que a teoria
especial, uma vez publicada, foi rapidamente aceita pela comunidade
científica. A famosa formulação de Minkowski sobre o espaço-tempo, por
exemplo, é de 1908, apenas três anos após a publicação dos trabalhos de
Einstein sobre STR.
> Caso não tivessem sido ousados, não tivessem "não tido" preconceitos,
> os físicos jamais teriam dado o impulso à ciência que deram. Vide a
> FQ e a RG... Einstein que o diga. Aliás ele já afirmava que o que
> impedia as pessoas de compreenderem a relatividade era justamente o
> preconceito, as idéias arraigadas e que culminam com a mesquinhez,
> com a tacanhice e estreiteza de raciocínio... típicas de pessoas que
> julgam que um físico deve ser um tapado bitolado em cálculos...
Também é conveniente observar que Einstein tinha fortes objeções contra
pseudo-ciências e misticismo:
"A tendência mística de nosso tempo, que se observa particularmente no
exuberante crescimento da pretensa Teosofia e do pretenso Espiritualismo,
para mim não é mais do que sintoma de fraqueza e confusão. Já que nossas
experiências íntimas consistem de reproduções e combinações de impressões
sensoriais, o conceito de uma alma sem um corpo me parece vazio e
destituído de significado."
("Albert Einstein, O Lado Humano", compilado por Helen Dukas e Banesh
Hoffman, pag. 35).
Como visto, Einstein também era mesquinho, tacanho e de raciocínio
estreito...:))
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: Quaoar: p/ Flavio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 02:20
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Bem, eu enviei algumas mensagens sobre relatividade que você nem
deve ter
> lido. Parece que ninguém leu (com exceção do Belissario, com
certeza, e do
> Takata, provavelmente) mas é só eu começar a falar contra
astrologia que lá
> vem paulada.
>
> Fico feliz em ver que você sabe que não existe Santa Rita do Barro
> Vermelho, mas com a fúria canonizadora de John Paul, nunca se pode
ter
> certeza...
>
> Procure minhas mensagens no arquivo. Depois conversamos.
Álvaro!
Eu as procurei. Encontrei sua brilhante participação da discussão
sobre RG em que você bravamente demonstra para nós o que é ser
um "shitpot" ( representando o termo de sua autoria de maneira
ímpar!) depois de ter provocado o Mesquita:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16895
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16900
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16941
Aqui encontrei-o em uma singela alusão a Jerry Seinfeld, denotando
sua predileção por séries televisivas:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16923
Há ainda a sua brilhante demonstração de erudição científica a
lá "copy-paste":
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16957
Com direito a "comida de bola" ( desculpada: eu o perdôo ):
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16961
E um "ufa" aliviado por não ter feito caca:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16998
Pude ainda acompanhar comovida sua breve e calorosa recordação do
Nacional Kid em troca de mensagem com o Takata:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16843
Mil perdões! Garanto que jamais ousarei dizer que VS expressa-se em
outros termos que não os científicos... :((
Genuflexões e beijos arrependidos,
Lígia
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Comentários 2 (A la Jack)
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 02:20
> Oi
Oi
> Creio que todos almejam a 'felicidade'. Esta seria o 'bem maior'.
Creio que não. O homem busca Sentido acima de tudo.
Sacrifica sua vida pelo Sentido.
A felicidade não é o motor maior.
> Entendo
> que a 'felicidade' se apoia num tripé: Saúde, liberdade e amor.
> Você já aventou a possibilidade de envolver-se em uma suruba com seus
pais?
> No seu caso particular (Psicólogo) talvez sim: Algum paciente pode ter
> trazido esta questão. Mas o 'normal das pessoas' não têm -liberdade- para
> pensar nisto.
A "suruba" é simbólica.
> Há tempos passados havia uma série na TV onde de uma nave espacial eram
> teletransportados tripulantes para lugares pré determinados: Pura ficção.
> Um cientista inglês, na Inglaterra e um grupo de cientistas chineses, na
> Austrália conseguiram realizar o teletransporte de partículas subatomicas.
É
> um início...
> Se atearmos fogo a uma folha de papel, este papel que é matéria se
> transformará em energia, térmica e luminosa. Seria o Homem capaz de
> desmaterializar? Quanto de energia gerariam 50 kg de corpo humano? Se a
> energia fosse luminosa, seria 'um grande brilho'. Mas no caso de energia
> térmica ou elétrica, seria uma destruição, levando outros humanos ao seu
> fim.
> Assim, somente se a humanidade como um todo se desmaterializasse poderia
ser
> feita a experiência sem a extinção.
> A humanidade se desmaterializando seria um novo 'big bang': Destruiria o
> Planeta.
> Não é brincadeira: Loucura não é brincadeira.
O que vc quer dizer com isso?
DFG
SUBJECT: ? Solução para o problema da energia
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 02:23
> Quanto de energia gerariam 50 kg de corpo humano?
Manuel: meio quilo de qualquer substância convertido completamente em
energia equivale a 11 bilhões de quilowatts-hora, energia suficiente
para fazer um ferro elétrico funcionar durante um milhão de anos; ou
para fazer um automóvel dar 180.000 voltas ao redor da Terra. É a
força elétrica necessária nos Estados Unidos da era JFK durante cinco
dias. (Extraí esses dados de uma revista Life de 1963.)
*********
Queimar cadáver também gera energia?
Se gerar muita energia poderia ser uma alternativa para a crise energética?
Poluiría a atmosfera do mesmo jeito?
Estou averiguando as possibilidades em primeiro lugar.
Depois penso na ética.
Alguém sabe responder?
DFG
SUBJECT: Re:_Quaoar: Para Michael
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 02:49
Olá de novo Álvaro!
E você se superou nas explicações só prá mim? Ou será que isso ainda
faz parte do tal "ritual de corte exótico" (o dos ursos) a que o
Takata se referiu uma vez? Olha, sua esposa vai ficar
enciumada... :)
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Quem disse isso pela primeira vez não foi Einstein, mas sim Hilbert,
> falando sobre Einstein, por volta de 1914: "Sabem os senhores por
que
> Einstein pode dizer as coisas mais originais e profundas que em
nossa
> geração se disse a propósito do tempo e do espaço? Porque nada havia
> aprendido a respeito da filosofia e da matemática do tempo e do
espaço"
> (Philipp Frank, "Einstein: His Life and Times", 1967, p.206)
>
> Muitos anos depois, Einstein incluiu algo de teor semelhante em
suas Notas
> Autobiográficas (1944~45), espalhado ao longo de vários parágrafos
das
> primeiras 10 páginas.
Minha precária inteligência e meus parcos conhecimentos... então não
mereço perdão? Mea culpa...
> A sua analogia, contudo, não me parece válida. Há um certo mito
acerca da
> aceitação da relatividade, de que só 10 pessoas no mundo a
> compreendiam,etc. Mas os registros históricos mostram que a teoria
> especial, uma vez publicada, foi rapidamente aceita pela comunidade
> científica. A famosa formulação de Minkowski sobre o espaço-tempo,
por
> exemplo, é de 1908, apenas três anos após a publicação dos
trabalhos de
> Einstein sobre STR.
Meu professor de matemática conhecia a tal da STR e era um dos 11 que
conseguiram assimilá-la e ensiná-la então há uns bons 30 anos ( saíu
em artigo de jornal da época e tudo, Professor Marmo, o então único
brasileiro no time de frente da física avançada, já ouviu falar?).
> Também é conveniente observar que Einstein tinha fortes objeções
contra
> pseudo-ciências e misticismo:
>
> "A tendência mística de nosso tempo, que se observa particularmente
no
> exuberante crescimento da pretensa Teosofia e do pretenso
Espiritualismo,
> para mim não é mais do que sintoma de fraqueza e confusão. Já que
nossas
> experiências íntimas consistem de reproduções e combinações de
impressões
> sensoriais, o conceito de uma alma sem um corpo me parece vazio e
> destituído de significado."
Nem todo gênio é sensível o suficiente... mas ele estudou
tais "besteiras" a aponto de saber que espiritualismo tratava de
almas sem corpo... coisa que muitas vezes não acontece nos meios
céticos. Já chamam "aquilo tudo" de besteira e colocam elfos,
duendes e unicórnios no mesmo time... falta de cultura, fazer o que?
> ("Albert Einstein, O Lado Humano", compilado por Helen Dukas e
Banesh
> Hoffman, pag. 35).
>
> Como visto, Einstein também era mesquinho, tacanho e de raciocínio
> estreito...:))
Sem sombra de dúvida ele não era mesquinho nem tacanho. Ele estudou
a fundo tais idéias antes de rebatê-las, assim como tocou violino...
o problema é que ele nasceu para ser cientista e o mundo foi capaz de
conhecer seu gênio assim, desta forma.
Por falar nisso, você sabe o que é Teosofia? Não vale escrever
trechos de sites, por favor... quero sua opinião pura e simples.
Nem vale se basear no que Einstein disse. Aliás como místico ele foi
um ótimo violinista... :)
genuflexões apenas, ( beijos iriam comprometer demais, né?)
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 03:04
> Douglas: O q n constitui problema, deste pt de vista, já que elas
> não influênciam pesquisas e cursos universitários.
***Engana-se. Elas tEm influencia politica crescente (nao q.
nao possam ter).
Douglas: Mas eu tenho a impressão que os próprios evangélicos pouco se
preocupam com o assunto (criacionismo). Com excessão das Testemunhas de
Jeová, esta seita é bem miúdinha.
> Douglas: Eu ainda acho que não. Creio que a cultura brasileira
> (universitária, pelo menos) não aceitaria bem o cricianismo.
***Ela aceitaria na forma disfarcada como o 'design inteligente'.
Qto ao catolocismo. Ha' o catolicismo fundamentalista q. tbm
defende o criacionismo em uma ou outra forma.
Douglas: Técnicamente não aceitaria, pois "inteligencia" é predicado de
criatura e não do Criador. Quanto apoiar o criacionismo, é ir contra o
próprio Papa que já descartou essa possibilidade e defendeu a "evolução".
Aliás, quem "cria", é a criatura e não o Criador (que faz algo Análogo, mas
diferente. Nesse sentido, o criacionismo chega a parecer heresia).
Obrigado, mais uma vez, pelas explicações (sobre "Praticamente nao existem
registros fosseis com resolucao de uma geracao. E isso nao vai contra a
fragmentacao do registro fossil").
DFG
P.S.: Então a ëvolução" é de fato uma teoria bem fudamentada?
SUBJECT: Re: Fábricas de cocô, é o que somos!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 03:17
Oi,
Manuel: Há uma teoria que diz que os subsistemas vivos existem para
apressar a morte térmica do Sistema em que se acham inseridos. Ou
seja, os organismos vivos são agentes da 2a. Lei da Termodinâmica,
na medida em que constituem "uma forma eficaz de captar e degradar
energia ordenada", contribuindo assim para o equilíbrio térmico do
Todo de que são partes.
Takata: Qto ao seres vivos existirem "para", eu discordo. Não
existimos para coisa nenhuma. (Bem, talvez alguma divindade ou uma
raca alienigena superior tenham algum proposito para nós, mas como
saber disso?)
Manuel: Matéria não "atrai" matéria, o movimento geral do universo
não tem uma causa final, os genes não "lutam para" se perpetuar e os
subsistemas vivos não "existem para" nada. No entanto, na natureza as
coisas acontecem COMO SE matéria atraísse matéria, a evolução do
universo tivesse por fim o equilíbrio térmico, os genes lutassem para
se perpetuar e, segundo Kay e Schneider, os subsistemas vivos
existissem para catalisar a maximização geral da entropia ou apressar
a morte térmica do sistema em que se acham inseridos.
O cientista não se pergunta pelo PORQUÊ dos fenômenos: limita-se a
indagar COMO? Quando se afirma que os genes atuam COMO SE eles
tivessem um PORQUÊ, não se está afirmando que os genes têm um Porquê,
isto é, que sua ação é intencional. Trata-se apenas de uma forma de
explicar "como" o fenômeno ocorre, que talvez não seja a mais
satisfatória, o que não significa que seja errada. (A forma mais
satisfatória ou rigorosa é a matemática, mas não raro é a que menos
condiz com a intuição e, portanto, a menos apropriada à divulgação
científica.)
O Universo é um sistema isolado. Concordo, e creio que Kay e
Schneider também estão de acordo, que a evolução dos sistemas
isolados não obedece a um propósito, não é presidida por uma causa
final. Mas se não há uma finalidade ou um fim predeterminado, existe,
no entanto, um "atrator" ou fator de atração que determina o estado
final do sistema. Esse atrator é a condição de equilíbrio. Ademais, a
situação de não-equilíbrio do sistema isolado faz surgir em seu
interior subsistemas que capturam e degradam pacotes e mais pacotes
de energia ordenada, o que torna mais dinâmico o seu movimento em
direção à uniformidade, ao equilíbrio térmico. Ressalte-se ainda que
a quantidade de subsistemas deste tipo (que agem como enzima) é
diretamente proporcional ao desequilíbrio sistêmico. Isso é regra. É,
também, o que nos permite pensar que o aparecimento desses
subsistemas não se dá por acaso e tão-somente porque a 2a. Lei da
Termodinâmica é estatística, determinante apenas dos grandes
números.
Os processos físicos tendem a seguir as rotas mais curtas e mais
rápidas. A aplicação deste princípio ao mais geral dos processos
físicos -- a evolução do universo no sentido da morte térmica -- é o
que explica, em última análise, a existência de subsistemas dinâmicos
não-lineares dissipáveis, como, por exemplo, os organismos vivos.
Bem, acho que é esse o entendimento de Kay e Schneider. Não concordo
muito com eles, pelo seguinte fato: dada a imensidão do universo e a
raridade da vida, o "plus" de desordem que a ação dos organismos
vivos acrescenta à desordem geral é ridiculamente desprezível, um
cocozinho de nada.
Takata: Q. os organismos vivos (complexos e semplexos) sao atores da
2a Lei da Termodinamica nao ha' novidade alguma. Sera' q. esses
Schneider e Kay realmente propoem redescobrir a roda? Ou o veiculo
nao captou bem o trabalho deles?
Manuel: A novidade, segundo eles, é que esse ator da 2a. Lei da
Termodinâmica desempenha o papel de personagem coadjuvante do
protagonista, que é a própria Lei, e não o papel de antagonista
trágico (trágico porque nasceu por acaso, graças à margem de
incerteza que essa Lei universal encerra, e também porque, ao lutar
contra a desordem, ele só faz aumentar a desordem).
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 03:26
> > Douglas: "aparentemente" aqui, é que não foram encontrados fósseis
> > anteriores.
>
> ***E o q. isso quer dizer? Q. nao existem?
>
> Douglas: Não. Mas podem não existir.
***Sim, podem. Mas 'a medida em q. encontramos fosseis de outros
organismos, e' razoavel supor q. seja problema apenas da preservacao.
Douglas: É razoavel.
***Nao vejo necessidade de deixar o assunto em suspenso, qdo ha'
explicacoes bem prosaicas.
Douglas: Está certo.
> ***E se essa especie vive
> em uma regiao em q. os sedimentos sejam erodidos ao inves de
> depositados? Como se formarao fosseis?
>
> Douglas: Aí é especulação. Não dá para tirar conclusão deste "E
> se...", apenas mostrar que há uma possibilidade.
***Estou falando dos organismos atuais. Existem especies atuais q. vivem
no alto de montanhas. Podemos acompanhar o q. acontece com suas
carcacas e vestigios. Eles rolam montanha abaixo e nisso sao
destruidos pelos processos mecanicos e biologicos. Somente uma parte
muito pequena sobrevive. Claro, pode-se dizer q. e' uma especulacao
extrapolar o q. acontece no presente para um passado remoto. Mas e'
um processo bastante operacional. Podemos sim tirar conclusoes,
apenas nao podemos ter certeza.
Douglas: Com essa nova explicação ficou bem mais razoavel.
***Certo. De todo modo, mesmo sem haver certezas, gracas ao conhecimento
cientifico podemos trocar ideias via internet, alem de outras coisas.
Douglas: Prefiro dizer "graças à criatividade do homem". Parece-me mais
realista.
Repare entao q. isso nao e' problema da Teoria da Evolucao Biologica,
mas do processo cientifico de investigacao.
Douglas: Reparei.
> ***Sim, sao. Mas quais as bases da especulacao delas?
>
> Douglas: A própria Realidade, vista de forma simbólica (Visão
***So' q. esse simbolismo e' totalmente arbitrario.
Douglas: De jeito nenhum. Existem símbolos universais. São estes que contam.
***O simbolismo e' um fator importante dentro de uma comunidade como
ponto de referencia. Mas esses simbolos so' dizem respeito a essa
comunidade.
Douglas: Não confundir Simbolo com expressão de um Simbolo. A expressão sim,
é contaminada pela sociedade.
***Na lingua tbm ocorre isso: eleicao de simbolos mais ou
menos aleatorios para representar elementos da realidade circundante -
- nos falamos em 'cachorro', os ingleses em 'dog' para representar a
mesma classe de objetos; o mesmo simbolo 'sale', por outro lado,
representa objetos diferentes para espanhois e americanos.
Douglas: Aí já é signo.
> Como essas especulacoes sao guiadas?
>
> Douglas: Através da Lógica e do confronto com a Realidade.
***Como a Logica se aplica ao estabelecimento de um ser onipotente?
Douglas: Como assim?
***E como ela se relaciona com um outro sistema q. estabelece a existencia
de multiplas divindades?
Douglas: Sempre tendo uma divindade como central. Ou divindades como
manifestações diferentes de um mesmo Ser. O Simbolismo é o mesmo.
***Ou mesmo de nenhuma?
Douglas: O Transcendente esta presente no Budismo, por exemplo, apenas de
forma impessoal.
***Qual o confronto
possivel com a Realidade?
Douglas: Se considerarmos "realidade" sinonimo de "empiricidade", não há
confronto.
***'Devemos ser bom' como se concatena logicamente com a Realidade?
Douglas: Mesmo problema da questão acima. Se o mundo é apenas matéria em
movimento a ética não se encontra nele.
***Mas certamente ha' diferencas entre isso e o sistema de
operacao dos processos cientificos.
Douglas: Sem dúvidas que há. Não me lembro de ter falado que Ontologia e
Teologia são ciências empíricas.
DFG
P.S.: Sobre a evolução de novo. Os furos (que suponho que existam) na teoria
da evolução não comprometem em nada o cerne da teoria. Apenas a periferia
(talvez). É isso?
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 03:28
Não sei se vc conhece o Prof. Cartelli. Vou visitá-lo semana que vem no
museu de Paleontologia da PUC. Vou ver se converso com ele sobre este
assunto.
DFG
----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 09, 2002 12:21 PM
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Isso faz com q. na maior parte das vezes a resolucao do registro
> fossil nao seja grande o suficiente para captar modificacoes de uma
> geracao para outra. E o q. e' pior, depois de consolidada a rocha,
> ela ainda pode ser erodida, antes q. uma nova camada se forme por
> sobre ela. Nessa erosao muitos fosseis podem ser perdidos. Ao mesmo
> tempo q. cria falhas entre camadas adjacentes -- todo o periodo
> registrado pela camada erodida e' perdida.
E complementando, as coisas realmente nao sao faceis para
os geologos e paleontologos, o processo de sedimentacao nao
e' continuo. Muitas areas deposicionais dependem de sedimentos
carregados episodicamente por eventos como as cheias -- q.
so' ocorrem em uma epoca do ano -- ou ainda pior, de eventos
estocasticos: como grandes cheias a alagar toda a planicie.
Esse e' um grande drama dos paleontologos e ainda assim do
limao fazem uma bela limonada e podemos conhecer muito da
vida pregressa.
Nao ha' certeza realmente. Mas o nivel de incerteza deve ser
o mesmo da incerteza q. temos de q. os fosseis sao vestigios de
organismos vivos antigos, q. a vida 'a superficie da Terra
dependia em grande parte da luz do Sol, de q. um lapis mergulhado
em um copo d'agua nao se dobra ao contrario do q. sugere sua imagem.
Ou talvez entre isso e a inexistencia de Sacis-Pererês.
[]s,
Roberto Takata
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####
Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 03:34
Vc está brincando ou falando sério?
> > Entretanto, permita-me um reparo: todos esses depósitos de "fósseis"
> foram
> > criados artificialmente por Deus, para lançar a dúvida no espírito
humano
Douglas: Incompátivel com a Bondade de Deus
> e
> > demonstrar que a única ciência está na santa biblia:
Douglas: Ciência como conhecimento. Não como método para lidar com o
empírico. Que é do que se trata o assunto.
> Conforme profundos
> > estudos do bispo James \Usher, em 1650, a terra foi criada as nove horas
> da
> > manhã em 6.004.
Douglas: Com os dados que ele possuía na época, acredito (sem ter certeza)
que era até uma hipótese razoavel. Hoje já não é mais.
> > silvio, o exegeta.
Douglas: Péssimo exegeta por sinal (se vc estiver falando sério, me
desculpe, é só avisar que voltamos ao assunto).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 03:47
Olá Lúcio,
Não entendo nada de anarquismo. Por isso não vou nem discutir.
Mas aproveitando o ensejo, saiu agora uma coleção de livros "textos
anarquistas", é algo desse tipo.
Vc conhece? Se conhece vc indica? Se não conhece passe, por gentileza, o
nome de algum(s) texto(s) básico(s) e bom(s) sobre o assunto.
Só três perguntas: o F. Perls era anarquista? De onde vc tirou essa
informação? Ou vc quis dizer que alguns anarquistas aderiram à proposta da
Gestalt Terapia?
Sobre:
> Resumindo, eu acho (e, de novo, me corrijam se eu estiver errado) que tem
> dois erros conceituais nessa associação entre anarquismo e autoritarismo.
A
> primeira é dizer que o anarquismo necessariamente prega a violência como
> método e a segunda é supor que, mesmo entre os anarquistas que defendem o
> uso legítimo da violência, isso conduz a um governo autoritário.
Conheci dois anarquistas e pelo que aprendi com eles vc está certo.
> É isso. Peço desculpas
Está desculpado
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Racionalização
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 04:02
Bem interessante. Mas seria melhor se fosse um fato. Vc permite que eu a
utilize numa aula (citando seu nome como autor, claro)?
DFG
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 09, 2002 6:02 AM
Subject: [ciencialist] Racionalização
>
> Conheci uma respeitável senhora que tinha uma 'mania' que a incomodava:
> Toda vez que chegava em sua casa, revistava tudo. Temia que algum ladrão
> tivesse entrado em sua ausência e permancesse escondido dentro da casa.
> Uma outra senhora, companheira da Igreja, por vezes a ajudava na revista.
> Momentos de muita expectativa quando tomadas por forte sobressalto,
intensas
> emoções.
> Mas jamais encontraram àquilo que temiam. Onde estaria o ladrão? Dentro da
> cabeça da senhora. A tal senhora colocava o ladrão em seu lar.
> A senhora tinha necessidade de companhia masculina. Mas esta necessidade
> seria reprovável em seu círculo social, onde era aceita justamente por sua
> beatitude.
> A senhora colocava um homem dentro de casa e vivenciava as emoções de
tê-lo
> (ansiedade, sobressalto...)!
> Mas porque esta dissimulação? Porque simplesmente não 'fantasiava' estar
se
> envolvendo emocionalmente com 'um homem'?
> Envolver-se com um homem (Na minha idade!, diria ela) seria egodistônico,
> não seria compatível com os padrões pelos quais era aceita em seu círculo
> social. Assim ela experimenta as emoções de ter um homem perto de si sem
> criar conflitos. O 'medo' do ladrão é egossintônico.
> Que acham desta estória que criei para exemplificar racionalização?
>
> Atenciosamente, Antonio Renato.
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:_Quaoar: Para Michael
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 04:09
> Meu professor de matemática conhecia a tal da STR e era um dos 11 que
> conseguiram assimilá-la e ensiná-la então há uns bons 30 anos ( saíu
> em artigo de jornal da época e tudo, Professor Marmo, o então único
> brasileiro no time de frente da física avançada, já ouviu falar?).
Há 30 anos a STR e a GR já estavam assimiladas pelo corpo científico e eram
usadas de maneira rotineira. O mito das 10 pessoas é muito anterior a isso
e foi iniciado, provavelmente, pelo próprio Einstein, que voltou de um
encontro com Hilbert dizendo que ele, Hilbert, era "uma das poucas pessoas
que compreendia a relatividade". O mito foi posteriormente espalhado por
Eddington, que se incluiu voluntariamente entre as 10 pessoas...
> Sem sombra de dúvida ele não era mesquinho nem tacanho. Ele estudou
> a fundo tais idéias antes de rebatê-las, assim como tocou violino...
> o problema é que ele nasceu para ser cientista e o mundo foi capaz de
> conhecer seu gênio assim, desta forma.
Einstein estudando misticismo a fundo? Me lembra daquele robô de Lost in
Space: "Não tem registro. Não tem registro"...
> Por falar nisso, você sabe o que é Teosofia? Não vale escrever
> trechos de sites, por favor... quero sua opinião pura e simples.
> Nem vale se basear no que Einstein disse. Aliás como místico ele foi
> um ótimo violinista... :)
Ah, claro. Todo mundo aqui pode pesquisar na internet, mas os padrões para
mim foram repentinamente elevados: eu tenho que saber de tudo de
bate-pronto. Mas vou arriscar: a teosofia foi iniciada por aquela charlatã
Madame Blatavski, como forma de unificar os conhecimentos religiosos
antigos, não é? E daí? Einstein citou a teosofia como poderia ter citado a
astrologia, a quiromancia ou outra praga qualquer.
[ ]s
Alvaro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 05:23
Ligia,
Eu pensei que a Ciencialist fosse apenas uma lista genérica de discussão
sobre ciências, e não a seção brasileira do message board do CERN! Ainda
assim, é interessante notar que você não parece aplicar a si mesma os
padrões que está exigindo de mim. Ou será que você embarcou na nova onda
lusitana de querer me testar? E tudo isso porque me recuso a aceitar a
astrologia como metodologia de previsão-avaliação de
personalidade-conhecimento pessoal?? Ora, os biólogos da lista não ficaram
assim tão doídos quando a teoria da evolução foi recentemente contestada...
Confesso que fiquei tentado a encaminhar-lhe uma lista de assuntos para
discussão, mas por fim resolvi resistir à tentação. Vou continuar minha
participação dentro do meu limite de tempo, na certeza de que nenhuma tese
de doutorado vai sair daqui, nem da minha parte, nem da sua. Se você não
gostar, paciência!
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 10 de Outubro de 2002 02:20
Assunto: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Bem, eu enviei algumas mensagens sobre relatividade que você nem
deve ter
> lido. Parece que ninguém leu (com exceção do Belissario, com
certeza, e do
> Takata, provavelmente) mas é só eu começar a falar contra
astrologia que lá
> vem paulada.
>
> Fico feliz em ver que você sabe que não existe Santa Rita do Barro
> Vermelho, mas com a fúria canonizadora de John Paul, nunca se pode
ter
> certeza...
>
> Procure minhas mensagens no arquivo. Depois conversamos.
Álvaro!
Eu as procurei. Encontrei sua brilhante participação da discussão
sobre RG em que você bravamente demonstra para nós o que é ser
um "shitpot" ( representando o termo de sua autoria de maneira
ímpar!) depois de ter provocado o Mesquita:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16895
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16900
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16941
Aqui encontrei-o em uma singela alusão a Jerry Seinfeld, denotando
sua predileção por séries televisivas:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16923
Há ainda a sua brilhante demonstração de erudição científica a
lá "copy-paste":
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16957
Com direito a "comida de bola" ( desculpada: eu o perdôo ):
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16961
E um "ufa" aliviado por não ter feito caca:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16998
Pude ainda acompanhar comovida sua breve e calorosa recordação do
Nacional Kid em troca de mensagem com o Takata:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16843
Mil perdões! Garanto que jamais ousarei dizer que VS expressa-se em
outros termos que não os científicos... :((
Genuflexões e beijos arrependidos,
Lígia
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Fw: Multiplicar/dividir
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 05:31
Ajudem-me a interpretar a dúvida desse consulente.
[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Gilberto Adão de Oliveira" <goliveir@triang.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 10 de outubro de 2002 00:47
Assunto: Multiplicar/dividir
| Prof. Luiz,
|
| Como faço para multiplicar e dividir coordenadas polares e/ou retangulares?
|
| Grato,
| goliveir@triang.com.br
|
|
|
| ---------------------------------------
| Triang Internet Provider (http://www.triang.com.br)
|
SUBJECT: A astrologia e os cientistas (Pitaco)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 05:56
> Os significados das posições relativas só podem ser entendidos
> depois de saberes o significado dos planetas. O que se faz é a
> tentativa de inverter o processo tentando encontrar posições
> relevantes.
"Eu acho q. essa inversao, e' um ponto de vista defensavel. Se uma
dada posicao do planeta esta' sempre associada a um determinado tipo
de evento. Pelo menos essa e' a ideia basica das diversas correntes
astromanticas."
Eu não disse que não era defensável. Eu disse :
> Ora, isto não é bom método pq está a deixar de lado todo o efeito
> dos outros planetas. Estás a excluir o efeito dos outros. Se
> fizeres o mapa de "nascimento" estás a incluir todos os efeitos.
"Excluir nao. Isolar."
Não concordo.
Desse ponto de vista seria : Não estás a isolar o efeito dos outros pq não
os estás a tomar em consideração. Por exemplo se o efeito da conjução com
sol puder ser atribuida a uma quadratura entre marte e saturno, por exemplo.
"Do contrario, como fazer o mapa natal de um planeta q. sempre esteve
por ai' como Mercurio, Venus, Jupiter, Marte e Saturno?"
Esse problema não se poe pois como vc mesmo disse semrpe foram conhecidos
Sérgio
#####>Não posso acreditar no que meus olhos acabam de ler<#####
SUBJECT: Ciência
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 05:56
"...Em tempo, eu sou um cético, assim como vários outros desta lista, que,
segundo entendo, é uma lista de discussão sobre Ciência e não sobre
ciência.
[ ]s
Alvaro Augusto"
Ciência...
Ainda não tomei ciência da 'forma do universo'. Será esférico, um 'donuts'
achatado...? E quanto aos astros? Deslocam-se com aceleração positiva ou
negativa relativamente ao big bang? Haverá uma 'contração'?
E afinal, que é anarquismo? Tantos autores citados, uma confusão danada! E a
democracia? O comunismo de direita, o facismo de esquerda...
Silogismo, uma forma simplificada de raciocínio? Ou uma complicação
inominada que leva listeiros à histeria?
Meu Deus (Deus?)... e ainda pensava ser eu o maluco!
PLUR.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Aleitamento
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 05:57
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Aos homens que se habilitem a testar a teoria mesmo sem estar numa
> situação extrema, digo que tem que ser muito macho prá aguentar: no
> começo dói muito. Depois acustuma... :)
>
>
> Bisous, Lígia"
>
>
> Oi Lígia
> Amamentação é uma fase importante tanto para a criança quanto para
a mulher
> (Mãe).
> Não domino este assunto: Estou aprendendo. Não posso dizer nada do
papel do
> macho neste período que, em última instância, é crítico nos casais
humanos
L: Há um "ditado" que corre a boca miúda entre as mulheres que
diz: "se a humanidade dependesse apenas dos homens para multiplicar-
se, teria acabado antes de começar". Ou, em outras palavras, se os
homens tivessem que suportar toda a dor envolvida com a gestação, o
nascimento e subsequentes atividades... não haveria humanidade.#####>O fato
de envolver-se com uma mulher já poderia imbricar em dor suficiênte<#####
Parece certo que há uma influência dos hormônios tanto na aceitação
da dor como parte integrante da feminilidade ( cólicas menstruais que
o digam...), como nas oscilações de humor ( TPM, ou o "estado de roer
canto de parede").#####>Amigo, colega, ginecologista e obstetra conversara
comigo que não existem 'dores de parto'. Segundo ele, são contrações do
miometrio e não dores. Ainda segundo ele, alertando a parturiente quanto
aquilo que ocorrerá e assistindo-a (Também no tangente ao psíquico) durante
o processo de parto, conseguiu sempre bons resultados. Que o diga a
quantidade de nenens que levaram o seu nome (Roberto. Roberto Vieira Salles,
falecido em acidente de motocicleta em 1994). Quanto a TPM, existem recursos
terapêuticos capazes de aliviar, em muito, a sintomatologia. Estou certo de
que, na atualidade, existirão outros. Mas 'no meu tempo' a ingestão de
protaglandinas iniciada três dias antes do dia previsto como primeiro dia de
catamênio apresentava boas respostas<#####
Já que fui brindada com a compreensão a fundo dessas oscilações e
capacidade de suportar melhor a dor física, posso dizer que o
aleitamento materno é sim muito importante para a mulher,
principalmente porque através do estímulo de sucção do seio, há
contrações uterinas que permitem que o útero volte ao tamanho
normal#####>Este ponto que furtei-me comentar. A amamentação também tem a
função de preparar a mulher para relacionar-se sexualmente após ter passado
pelo processo de parto. Nem todos aceitam que exista sexualidade no ato de
aleitamento, e ainda numa lista onde a compreensão do Homem parece ser
relegado à pseudo-ciência. Mais ainda, a presença de amor/ódio neste
relacionamento... Melhor não me estender em minúcias<#####em menos tempo do
que em casos onde nào há a amamentação. Além de prolongar o vínculo de
"unidade" que envolve mãe e filho durante os nove meses: vai-se acostumando
a ir se separando aos poucos daquela "parte" da gente.#####>Existem mães que
jamais abrem mão desta 'parte de sí', mormente se for um nenem de sexo
masculino: Significa posse do pênis<#####
> PS: Existe um teorema de Bisout? (Ou algo que o valha?)
L: Do "baixo" de meus parcos conhecimentos em ciência, posso afirmar
que existe o teorema de L'Acochambrant, teorema de Bell ( não é o do
telefone...) ah, tem o... mas nenhum de Bisout.#####>Sei que não vou
encontrar o livro de Ari Quintela onde consta a grafia exata do autor do
teorema mencionado. Mas existe algo que o valha, ah, isso existe<#####
Bisous, Lígia
#####>Bisous, Antonio Renato.<#####
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sublimação
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 05:58
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Teve um tempo que os laboratório farmacêuticos faziam
> propaganda de seus produtos diretamente à classe médica.
Como assim: "teve um tempo"? Eles fazem isso ate' hoje.
E tem medico q. ganha porcentagem por fora dos medicamentos
receitados (eufemismo para vendidos).
[]s,
Roberto Takata
Oi Takata
É verdade: Até hoje ainda existem representantes de laboratórios que visitam
periodicamente aos médicos fazendo divulgação de seus produtos. Mas, em
vista do que era antes do Sarney, pode-se dizer que acabou. Eu estava
pensando somente em psiquiatria: Nesta especialidade, acabou totalmente.
'Esse negócio' de percentagem ou mesmo 'convênio' com determinada farmácia
(de manipulação ou não), também sei que existe. Mas, por jamais ter
participado destas maracutaias, desconheço os 'contratos'.
[]s,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 07:01
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Thursday, October 10, 2002 5:23 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
> Ora, os biólogos da lista não ficaram
> assim tão doídos quando a teoria da evolução foi recentemente
> contestada...
Sob esse aspecto posso lhe garantir que os biólogos são fantásticos. Os
médicos não tanto, mas ainda assim aceitam a ciência como ela é, e não como
desejaríamos que fosse. Lembro-me de uma patologia que estudei na década de
60 e que possuía 19 teorias diferentes, e todas eram devidamente
respeitadas, ainda que nem sempre aceitas. Essa idéia de Partidão, de teoria
única, é exclusividade dos físicos e, em particular, daqueles que se julgam
"os exatos". Em Biofísica, por outro lado, existia, na década de 80, cinco
teorias diferentes a explicarem a fosforilação oxidativa e o mecanismo de
transferência de elétrons acoplado, e nenhuma era citada como melhor do que
outra. Hoje quero crer que a mais aceita seja a teoria quimiosmótica, de
Peter Mitchell, e isso graças ao fato dele ter ganho o prêmio Nobel de
Química em 1978 (sua teoria foi proposta em 1961 e até 1978 era pouquíssimo
conhecida e/ou citada por um não especialista).
Em 1984 escrevi alguma coisa a respeito da comparação entre determinados
tipos de atitudes adotadas por médicos, biólogos e físicos, e reproduzo
parte do texto abaixo:
******************************
Janeiro de 1984.
Estava eu a serviço das Faculdades São Judas Tadeu numa das salas de espera
do Conselho Federal de Educação em Brasília. Aguardava uma entrevista.
Acabara de sorver um gole do cafezinho que me ofereceram e prestes a acender
o terceiro cigarro da espera quando, tentando localizar o cinzeiro, me
deparo com uma revista de cores vivas. Firmo o olhar e leio: Nueva Frontera,
n.º 461, dezembro de 1983. Era recente! Algum diretor de Faculdade devia
tê-la deixado ali. Peguei-a. Foi mais por instinto do que por curiosidade ou
vontade de ler. Naquela altura não esperava encontrar nada de interessante,
ou melhor, não queria encontrar nada além do Conselheiro que me prometera a
entrevista. Tinha um problema importante a resolver e não via a hora de me
livrar do mesmo para dar os retoques finais naquele que viria a ser o meu
primeiro livro.
Folheei a revista displicentemente até que... Estranho! Alguma coisa me
atingiu. E parece que estava na revista. Voltei duas ou três páginas atrás e
encontrei um título em letras bem visíveis: "Biologia y física: una
polémica". Em condições normais este título teria chamado minha atenção.
Afinal, sou médico; e além disso dou aulas de biofísica num curso de
Biologia. Mas no momento não estava propenso a "participar" de mais uma
"briguinha" entre biólogos e físicos. Estes diálogos sempre terminam quando
os físicos apelam para a mecânica quântica; e a partir daí ninguém entende
mais nada. Mas eu sabia que o que quer que houvesse me tocado, estava
naquela página.
Não tardei a encontrar. Era uma frase. Um dos participantes do debate a
dissera com o dom profecial que me permitiu reconhecê-lo como sendo o
físico. Dizia o profeta: "Somente nos próximos 3 ou 4 anos a biologia vai
adquirir fundamentos científicos realmente sólidos". Profeta e arrogante!
A arrogância é característica de alguns físicos; o dom profecial de quase
todos. Não os critico por isso. Aliás, quanto a arrogância, posso garantir
que os médicos são piores. E os biólogos são os mais humildes; e talvez os
mais sábios. Esta regra também vale para os médicos e físicos: os que
atingiram a fama, em geral foram os mais humildes. Peço ao leitor que não
confunda humildade com passividade. Não sei o que seria de um físico
passivo; um médico seria o caos.
São muitos os físicos profetas. Einstein previu uma revolução na "sua"
física. Heisenberg previu para 10 ou 20 anos, e que já se passaram, a
resolução dos problemas colocados há dois milênios e meio pelos filósofos
gregos. O lado tragi-cômico desta profecia é que a maioria dos físicos que
estão por aí desprezam a filosofia antiga (e tanto mais quanto mais próximos
estivermos da década em que este texto foi escrito --> 80). Outro profeta
foi o Teixeira, meu professor de Física. Previu que eu seria reprovado na
sua matéria. Foi um grande professor, mas não entendia nada de profecias. E
agora estava eu lendo outra pantomima: em 3 ou 4 anos a biologia iria
adquirir fundamentos científicos realmente sólidos; e graças à física!
Quanta ingenuidade! Será que eles não percebem que estão patinando sobre uma
fina camada de gelo prestes a quebrar? E que se a biologia aí tentar se
apoiar vai ser um "Deus nos acuda"?
******************************
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 07:40
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Sergio,
>
> Posso fazer mais um desafio? Desafio-te a responder este e qualquer
outro
> e-mail sem ofender o interlocutor e sem tirar do bolso argumentos de
> autoridade. Será que você consegue? É de graça.
Se vc conseguir se abster de fazer comentários arrogantes que colocam
em causa a personalidade dos intervenientes da lista - e não estou
falando de mim - tlv eu possa sim. Depende de vc.
> Uma das primeiras coisas
> que aprendi como professor foi não espinafrar os alunos, mas parece
que em
> Portugal as coisas são diferentes...
Lá estás tu a fazer comentário imbecis. Acaso podes inferir de um
portugues aquilo que os outros porutgues , ou portugal, são ?
E mesmo que possas , o que isso interessaria ?
Apenas mais uma tentativa de eliminar manipulando as coisas para que
pareça que eu estou te atacando e vc se defendendo, quando na verdade
é ao contrário.
Tlv vc tenha aprendido a não espinafrar com os alunos, mas nós não
somos seus alunos. Por isso, não espinafre connosco, por favor.
Limitesse ao assunto em questão e deixe de fazer o papel de
coitadinho ofendido.
> Também não entendi porque a minha reputação profissional estaria
arriscada
> com o comentário que fiz.
Vc não sabe ler. Tá visto. Eu não escrevi "reputação profissional"
Eu escrevi somente "reputação". O que eu entendo que seja sua
reputação pessoal. A validade de suas opiniões e afirmações.
Especialmente no assunto eu causa.
> Como você sabe o meu grau de conhecimento sobre astrologia ou
qualquer
> outro assunto?
Não sei nem me interessa.
Vc está fugindo do assunto tentando me culpabilizar.
O facto é que vc não quer aceitar o desafio pq sabe que exagerou
sobremaneira quando escreveu que era possivel aprender astrologia em
um fim de semana.
Sérgio
SUBJECT: Re: para Álvaro
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:03
Oi Álvaro,
Pesquisei pela net e achei tais frases de Einstein em um site sobre
sua biografia ( biografia dele A.Einstein., não SUA):
"Foi, é claro, uma mentira o que você leu sobre minhas convicções
religiosas, uma mentira que está sendo sistematicamente repetida. Eu
não acredito em um Deus pessoal e eu nunca neguei isso mas expressei
claramente. Se existe algo em mim que pode ser chamado de religioso,
esse algo é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo tão
longínqua quanto a nossa ciência pode revelar."
“O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe =
sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões
ingênuas que consideram Deus um ser de quem esperam bondade e do qual
temem castigo – um sentimento exaltado semelhante aos laços do filho =
com o pai –; um ser com quem também estabelecem relações pessoais,
por respeitosas que sejam.”
“O sábio, consciente da lei de causalidade de qualquer acontecimento,=
decifra o futuro e o passado, que estão submetidos às mesmas regras
de necessidade e determinismo. (...) Sua religiosidade consiste em
espantar-se, em extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza,
revelando uma inteligência tão superior que todos os pensamentos
humanos e todo seu talento não podem desvendar, diante dela, a não
ser seu próprio nada irrisório. Esse sentimento desenvolve a regra
dominante da sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a
escravidão dos desejos egoístas” (Como Vejo o Mundo, Albert Einstein,=
Ed. Nova Fronteira, RJ, 1981, 213 pp. Ver p. 23).
"Sou artista suficientemente para desenhar livremente com minha
imaginação.
A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é
limitado, a imaginação rodeia o mundo"
"A vida é como jogar uma bola na parede :
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma que você não esteja
pronto a recebê-la. "A vida não dá nem empresta; não se comove nem se
apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós
lhe oferecemos"
"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar,
mergulho em profundo silêncio e eis que a verdade se me revela."
"A ciência sem religião é manca e religião sem ciência é cega."
"Tornei-me um semi-deus, apesar de mim mesmo."
"Equações são mais importantes para mim porque a política é para o
presente, mas a equação é para a eternidade."
"Se eu soubesse o que aconteceria aos meus trabalhos, teria me
tornado um reparador de relógios."
"Tristes tempos os nossos, é mais fácil desintegrar um átomo que um
preconceito."
"Não quero saber como Deus criou o mundo. Só quero saber de seus
pensamentos."
"Há duas coisas infinitas; o universo e a tolice dos homens."
"No meio da dificuldade, está a oportunidade"
"Deus pode ser perspicaz, mas não é malicioso"
"Algo só é impossível até que alguém duvida e prova o contrário."
"Ainda acredito na possibilidade de construirmos um modelo da
realidade."
"Nas crianças reside a esperança do mundo."
"Ainda acredito na possibilidade de construirmos um modelo da
realidade."
"A mais profunda emoção que podemos experimentar é inspirada pelo
senso de mistério."
"Faça as coisas o mais simples que você puder, porém não as mais
simples"
"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho
original.
"A imaginação é mais importante do que o conhecimento."
"Deus não joga dados com o mundo"
"A ciência nos afasta de Deus, mas a ciência pura nos aproxima de um
criador."
"De absoluto, só a relatividade."
Bem, agora vamos descer ao nosso nível de obscurantismo pseudo-sábio
conhecido por "científico"...
> Há 30 anos a STR e a GR já estavam assimiladas pelo corpo
científico e eram
> usadas de maneira rotineira. O mito das 10 pessoas é muito anterior
a isso
> e foi iniciado, provavelmente, pelo próprio Einstein, que voltou de
um
> encontro com Hilbert dizendo que ele, Hilbert, era "uma das poucas
pessoas
> que compreendia a relatividade". O mito foi posteriormente
espalhado por
> Eddington, que se incluiu voluntariamente entre as 10 pessoas...
Mito ou não, meu professor Marmo ensinada a quem interessasse como
entender a parafernalha matemática envolvida em tais cálculos. E ele
nem se comprazia de ser um dos poucos detentores de tais
conhecimentos, antes sentia-se imensamente feliz por poder explicá-
los. Haja visto que houve um colega meu que aprendeu isso com ele em
aulas sem compromisso antes de entrar na faculdade e ganhou uma bolsa
de estudos em Princeton com recomendações expressas desse professor.
Não pode ir devido à morte de seu pai. Tragédias acontecem mas ele,
Douglas Balila, sabia o que eram tensores e qual a necessidade dos
mesmos para a assimiliação das idéias envolvidas na STR de Einstein
tendo sido ele mesmo quem me "iniciou" nesse estudo.
> > Sem sombra de dúvida ele não era mesquinho nem tacanho. Ele
estudou
> > a fundo tais idéias antes de rebatê-las, assim como tocou
violino...
> > o problema é que ele nasceu para ser cientista e o mundo foi
capaz de
> > conhecer seu gênio assim, desta forma.
>
> Einstein estudando misticismo a fundo? Me lembra daquele robô de
Lost in
> Space: "Não tem registro. Não tem registro"...
Mas ele foi capaz de ser profundo em seus argumentos em favor do que
se chama misticismo... ele o conhecia a fundo, mais do que um
místico em várias de suas "mensagens" para o mundo. Ignorar isso é o
mesmo que apenas acreditar que ele era meramente um físico. Ele foi
alguém que compreendeu a fundo a Natureza do Universo, mesmo que
tenha errado em alguns pontos. E tinha humildade para reconhecer até
mesmo isso, sem chamar aos que não compactuavam com suas idéias
de "kooks", "shitpots"... apenas lamentou a falta de disposição dos
muitos que o rodeavam de largarem suas carapaças intelectuais em
favor da abertura, da largueza de mente...
> Ah, claro. Todo mundo aqui pode pesquisar na internet, mas os
padrões para
> mim foram repentinamente elevados: eu tenho que saber de tudo de
> bate-pronto. Mas vou arriscar: a teosofia foi iniciada por aquela
charlatã
> Madame Blatavski, como forma de unificar os conhecimentos religiosos
> antigos, não é? E daí? Einstein citou a teosofia como poderia ter
citado a
> astrologia, a quiromancia ou outra praga qualquer.
Bem, posso tentar explicar o que é Teosofia mas daí eu entro na mesma
situação em que me vi há algum tempo falando sobre o Espiritismo: há
lugar para tais discussões que não é aqui. Mas caso você realmente
soubesse o que é Teosofia antes de falar em H.B. charlatã, aí
poderíamos dar prosseguimento a esta discussão "num patamar mais
elevado"... o que ainda não é o caso.
Espero não ter que voltar a discutir com você, Álvaro. Infelizmente
não estamos num mesmo nível. Você é um divulgador científico comum,
munido de argumentos comuns que em pouco ou quase nada acrescentam a
mim. Obrigada contudo pela sua boa vontade em não me chamar
diretamente de "shitpot"... ou "kook", ou "crank", ou "crackpot".
Lígia
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:14
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...>
escreveu
> > Sim, de facto. Mas tb estaria desenhando o que ele pode não pode
> > ser.
>
> E qual o problema de definir o q. algo não pode ser?
>
> > Quando Plutão foi
> > encontrado, ou Urano ou Neptuno os seus significados foram
> > estabelecidos por aquilo que tinha acontecido na terra na época
em
> > que foram descobertos.
>
> Nao entendo por q. esse seria o melhor metodo.
O método astrologico ocidental, que é o que está em causa aqui,
baseia-se no evento de nascimento para saber as caracteristicas do
dado evento. Inferem-se dos arquetipos determinadas caracteristicas.
Quando da descoberta de um planeta o que podemos fazer - se quisermos-
é estabelecer um novo arquétipo para esse planeta.
Este novo arquétipo pode ser de dois tipos. Pode um arquétipo
independente como os 7 planetas principais, ou pode ser um arqétipo
secundário como os outros planetas e asteroides.
Dentro desta segunda classificação , vc pode ainda supor os que são
independentes mas de "grau" diferente aos 7 principais - 2ª
harmonicas- ou estabelecer afinadores que são reflexos (combinações)
de caracteristicas dos 7 principais.
Se vc fizer a analise baseado nos planetas vc está sublimando um
nivel importante que é dos signos. Uma quadratura tem o mesmo
significado seja em que signo for. Depois têm é nuances diferentes
conforme os signos.
Ora, o método de regências implica em atribuir a um planeta 2
signos. A excepção são a lua e o sol.
O método de regencias é o metodo mais importante para intrepretar os
mapas, digamos que é o metodo funamental, onde os outros acentam.
Quando vc compara os eventos ocorridos na terra na epoca de
descobrimento do planeta vc está encontrado o efeito que esse planeta
tem quando estava no signo X com a possibilidade de eliminar o efeito
causado pelos outros planetas (pq vc tb sabe onde eles estão). Por
exemplo, no caso de Plutão, ele não é aceite por astrologos mais a
oriente pq ainda não teve tempo de dar uma volta ao zodiaco, ou seja,
não houve tempo para testar todas as suas posições. E portanto eles
se recusam a usá-lo.
Entenda que os 7 planetas principais são suficientes para tudo, mas
que pela alta densidade de informação que contém só usar os 7 torna
as coisas mais dificieis. Existirm vários métodos ao longo do tempo
para sublimar este problema como seja o Esclarecedor do Zodiaco e as
Parte Arábicas.
Esta forma de colocar atributos em outros astros é uma tecnica
moderna - e portanto ainda infantil - começada quando da descoberta
de Urano. Mas Urano e Neptuno já tiveram mais tempo de provar o que
valem que Plutão ou qq outro astro além dele.
Eu nunca disse que o método apresentado é ruim, eu só disse que acho
que não é o melhor, astrologicamente falando.
Mas no fundo é uma questão de prespectiva.
> > Não é isso que está feito no site. Está feita uma analise
> > astrologica supondo que o planeta significa determinada coisa.
>
> O q. ele supoem, ele tira de algumas configuracoes preliminares.
Ate'
> ai' perfeito. Ele iria mais longe se não fizesse uma seleção de
> resultados apenas positivos.
>
> > >Oras, a
> > >menos q. isso dê alguma propriedade especial a mais aos planetas
> > >(como os chamo, arcanos?)
>
> > De facto se dá. Urano e Plutão não tem o mesmo status que Ceres
ou
> > Chiron. E Urano e Plutão não têm o mesmo status que Marte ou
> > Saturno.
>
> Eu nao falei: "A menos q. se dê propriedade especial", eu falei: "a
> menos q. isso dê alguma propriedade especial". Podemos
> arbitrariamente dar uma propriedade especial Ceres e Quíron em
lugar
> de Marte ou Saturno. A questão é: em q. bases fatuais podemos
> conferir essas propriedades especiais? Estou pra apostar q. as
bases
> sao puramente simbolicas.
Não são puramente simbolicas.
Vc pega no zodiaco e começa por atribuir o sol a leão e a lua a
cancer. Dai vc vai atribuindo cada planeta pela ordem de distancia ao
sol a cada signo de um e de outro lado desse plano de simetria
defenido pelo sol e a lua.
Assim vc fica com mercurio em virgo e gemeos, venus em touro e libra,
etc.
No fim vc tem um sistema simétrico, completo que faz corresponder
planetas a signos. Isto é o sistema de Regência
Quando vc encontr um novo planeta, Urano, o que vc faz ?
Pela lógica vc continua a atribuir , mas já não ha mais signos, todos
estão completos e correspondem com um outro planeta.
Então vc cria uma segunda fila de correspondecia (2ª harmonica)
Urano corresponde com Saturno , Capricornio e Aquário, Neptuno com
Jupiter, sagitário e peixes e Plutão com marte, escorpião e aries.
Outro planeta teria de seguir o mesmo processo, correspondendo agora
À segunda harmonica de venus, regendo libra e touro. Etc.
Não ha nenhum simbolismo aqui, é mera ordenação. (taxionomia , se
quiser ver assim)
Agora, e os asteroides ? Ceres, Atena, Chiron,... etc?
Estes não são planeta , eles não gozam das mesmas propriedades
astronomicas que os outros , então como os incluir neste sistema ?
A resposta é simples: não incluindo.
Então eles são viajantes que levam consigo certas caracteristicas
muito particulares , à semelhança dos cometas por exemplo e servem
para afinal o mapa ou para aceder a algum assunto particular.
Tudo isto é independente do significado dele e so seu simbolismo.
Teóricamente o sistema de regencia é melhor que qq hipotese ad doc
proferida por alguem. Contudo é preciso checar para saber a
polaridade do planeta pois isso tem muito importancia já que sendo
que cada planeta governa 2 singos é polaridade que permite
destinguir como as suas caracteristicas são expressas em cada um.
Lhe dou um exemplo, Mercurio em Virgo e Gemeos.
Mercurio tem polaridade + (masculino) em Gémeos e - (femenino) em
Virgo. Isto significa que as capaciddes de mercurio são mais focadas,
mais premenorizadas, mas exactas em virgo do que em gemeos onde são
mais atabalhoadas.
A polaridade é conferida pelas tais observações dos eventos. Mas tb
pode ser pelo método indicado na página. É uma questão de
prespectiva.
Eu só acho que o uso dos aspectos é um metodo menos eficaz, e mais
debil teoricamente falando que o de regencias. É só isso.
Mas não estamos tentado encontrar um significado para o 10º planeta,
pois não ?
Sérgio
SUBJECT: Re: Para Álvaro 2
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:28
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Ligia,
>
> Eu pensei que a Ciencialist fosse apenas uma lista genérica de
discussão
> sobre ciências, e não a seção brasileira do message board do CERN!
Ainda
> assim, é interessante notar que você não parece aplicar a si mesma
os
> padrões que está exigindo de mim. Ou será que você embarcou na nova
onda
> lusitana de querer me testar?
Eu sou livre para falar daquilo que me interessa. E amo conversar
com as pessoas, de preferência animando e brincando porque este é o
meu jeito de conversar. Não me vejo na obrigação de postular
equações e fórmulas mas caso apareça oportunidade e eu me sinta com
vontade de discutir alguma dúvida, eu falo sim, por que não?
E tudo isso porque me recuso a aceitar a
> astrologia como metodologia de previsão-avaliação de
> personalidade-conhecimento pessoal?? Ora, os biólogos da lista não
ficaram
> assim tão doídos quando a teoria da evolução foi recentemente
contestada...
Ninguém fica "doido" à toa. Qualquer um que se atreva a falar em
um "agente", em um Deus imanente ao Universo ou mesmo que busque
respostas além do que é cientificamente provável, discordando de que
a Relatividade é a última palavra ou a Física Quântica não contenha
erros crassos e seja alcunhado de nomes "carinhosos" como "kook" tem
o direito à defesa. Ninguém, pelo contrário xingou os biólogos desta
lista de quaisquer termos pejorativos pela não aceitação do
criacionismo... portanto a questão é a falta de respeito para com
pessoas que pensam de forma "diferente", não certa ou errada mas
apenas divergindo do que é convencionalmente aceitável. Se você se
abstiver de falar de forma ofensiva, agredindo tais pessoas, já vai
estar contribuindo em muito às discussões em um patamar elevado,
envolvendo o desenrolar de idéias sem o preconceito que estreita e
achata o raciocínio de qualquer um.
> Confesso que fiquei tentado a encaminhar-lhe uma lista de assuntos
para
> discussão, mas por fim resolvi resistir à tentação. Vou continuar
minha
> participação dentro do meu limite de tempo, na certeza de que
nenhuma tese
> de doutorado vai sair daqui, nem da minha parte, nem da sua. Se
você não
> gostar, paciência!
Muito pelo contrário: discussões não devem obedecer a "listas de
assuntos viáveis", nem a um cronograma. Elas acontecem quando uma ou
mais pessoas tentam chegar a um denominador comum ou apenas
concordarem que discordam. O "atiçar" discussões banais que culminam
com a troca de "gentilezas" é que é irritante, causa mal estar e cria
um ambiente nada propício ao bom entendimento entre as partes
envolvidas. Veja agora esse desafio a que você foi submetido. Sem
necessidade alguma você apenas criou para si uma situação ridícula e
sem motivo de ser, desviando potenciais assuntos muito mais
interessantes de seu curso. Ora, espara-se tudo de um cientista,
menos que ele se envolva com bobagens sem sentido...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] MSG para Vladimir
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:39
"antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> #####>Estética... Já reparou que as mulheres estão fazendo uma tal de
> chapinha nos cabelos. Já reparou como ficam os cabelos após tal manobra?
> Cheio de pontas! Elas acham bonito... pagam por isso!
Muita gente também acha...
> Vc tem razão quando coloca: "a diferença é a visão que se tem de cada um."<#####
Então concordamos
#####>Que me desculpe a ignorância, mas o que é 'raves'?<#####
Raves sao as festas de musica eletronica que surgiram na Europa no final da
decada de 80.
Tem como principio valorizar a qualidade da criação artistica acima de
interesses comerciais.
Nao tem carater politico, nao propoe uma ideologia, ao contrário, representa
a falencia das ideologias, o motivo é a diversão, uma alternativa consciente
(e nao alienante)
à realidade caótica que não podemos mudar.
Não sei quando exatamente apareceu a idéia do "PLUR", que é somente uma
espécie de código de ética interno (ou uma tentativa de descrevê-lo), pois
não há regras,
o único limite é o respeito.
O nome "rave" (delírio) foi dado pela imprensa sensacionalista inglesa, e
acabou sendo
bem aceito. É claro que a exposição na mídia acabou trazendo à cena a
exploração
comercial, o que não significa que a qualidade tenha sido prejudicada,
houve apenas uma grande segmentação.
> #####>É... se o indivíduo não está satisfeito consigo... Turbina, faz
> chapinha, etc<#####
Pode ser um motivo.
É bom lembrar que a insatisfação é que dá origem à criação.
> #####>A adolescência é uma fase de transição. As mudanças cursam com
> instabilidade e insegurança. Agregando-se, o adolescente ilude-se estar
> seguro. Encontra estabilidade dentro do grupo que 'pensa' ser
> homogêneo<#####
Esclarecedor, Dr. PSI!!!!
Existem sim modismos dentro da cena eletronica, e o piercing é um deles.
Não há uma ligação direta, acho que eles apenas se popularizaram na mesma
época,
e muita gente entendeu que poderia existir alguma ligação. Já ouvi várias
tentativas de
explicar o piercing, já ouvi até que seria um símbolo pró-aborto (direito de
auto-mutilação),
mas nao conheco ninguem que acredite nessa hipotese.
Foi na adolescência que furei o nariz, nao para me associar a um grupo, que
nunca acreditei ser
homogeneo. Era algo que eu já queria há um bom tempo, sem conhecer grupo
nenhum,
somente pelo "design".
> #####>Hei! Sarcasmo não está no 'PLUR'! Mas pareceu-me simpático o "Dr. PSI"
> :)<#####
Realmente não está no "PLUR", seria triste se eu me limitasse a isso.
> PS: Vc é adolescente?
Não mais...
E vc, é nudista?
PLUR,
Vladimir"
Oi Vladimir
Me surpreende a perspicácia de seus argumentos. Confesso algum preconceito
àqueles que se dispõem a 'mutilações' em nome de uma 'estética punctual'.
Você conseguiu atenuar o citado preconceito.
Ouvi falar, através de reportagens na TV, de 'naturalismo' e consequênte
nudismo. Não sei se eu seria capaz de pertencer ou frequentar tais grupos...
Não havia pensado nisso antes, não tenho opinião formada a este respeito.
Que tem a haver a adolescência com o nudismo? Dissipação de responsabilidade
por pertencer ao grupo?
PLUR,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] HOMENS, MULHERES e fidelidade
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:40
"Apenas para botar lenha na fogueira das vaidades e no bom sentido, como
também sou Psicanalista, tenho assistido ao programa do Silvio Santos, Ilha
da Sedução. Fiquei impressionado que depois de mais ou menos três ou quatro
programas três mulhderes foram infieis a seus namorados de mais de dois
anos. E o interessante é que eles viam as cenas e as racionalizavam, istó
é, não acreditavam e davam desculpas. As infieis, por sua vez, diziam a eles
que os amavam que estavam apaixonadas por eles, embora estivessem transando
com o outro. Somente depois de virem traições por pelo menos três vezes, é
que os homens traíodos se convenceram da infidelidade da parceira e se
tornaram infieis. Até então se mantinham firmes. Isso me levou a questionar
a crença popular de que o homem é mais infiel que a mulher. Como eram
inicialmente, dez casais de cada lado da ilha, me parece não restar dúvidas
de que, se dê bobeira, a mulherada taca gaia no caboclo e ainda justifica.
Alguém aí assistiu ou assiste ao programa?
Carlos Alberto"
Oi Carlos Alberto
Assisto ao citado programa embora não regularmente. Também me mobilizaram os
pontos que você releva: Chocante!
Quanto cinismo daquelas declarando amor ao 'namorado' e transando com outros
e, ainda por cima, aconselhando ao tal 'namorado' que aproveite a
oportunidade para se 'divertir'! São tão 'boazinhas' e 'compreensivas'...
Mas também, que foram fazer lá aqueles casais? Certamente estavam em dúvida
quanto a seus relacionamentos. Aliás, muitos casais estão juntos por falta
de oportunidade melhor, ou por simples comodidade, por vezes, econômicas.
Abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Racionalização
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:40
"Bem interessante. Mas seria melhor se fosse um fato. Vc permite que eu a
utilize numa aula (citando seu nome como autor, claro)?
DFG"
Oi
Fico satisfeito em saber que gostou.
Utilizar em suas aulas: Fique a vontade. O texto já está publicado em um
livro de minha autoria (Não o recomendo e não está disponível no momento).
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Re: NOBEL E OSCAR
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:41
"...A história pode não ser exatamente essa, mas já estou cansado de
testemunhar a podridão que impera nesse academicismo nacional. Enfim, cada
Academia tem os laureados que merece, e nós merecemos um Sarney, um Coelho
etc. Quanto ao Chagas ou ao Lattes... é bem possível que eles tenham nascido
no país errado.
[ ]´s
Alberto"
#####>Não esqueçamos do Manuel de Abreu. A abreugrafia tornou possível o
exame de massa a baixo custo<#####
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Alcatéia
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 08:45
Moraes
Falou muito bem !!
clarissa
----- Original Message -----
From: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 09, 2002 1:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Alcatéia
o grande problema é as pessoas quererem dizer que existem só dois tipos de
PESSOAS no mundo: homens e mulheres. isso é totalmente errado. não existe
"as mulheres são mais ciumentas que os homens" e sim " maria é mais ciumenta
que joao" até porque márcia pode não ser mais ciumenta que joao (nomes
aleatorios, é claro),
vamos parar de generalizar tudo. sou mulher e odeio praça é nossa, odeio
novela, odeio grude de homem, odeio homem forte (tipo que saiu da malhaçao
agora) e todos os esterotipos que qualquer pessoa possa pensar. é claro que
existem mulheres que gostam disso e aposto que existe muitos homens que
adoram praça é nossa e novelas (essa do vampiro, entao, conheço muitos, e
homens chegando até nos 30). e inteligencia para mim é requisito sim, não dá
para amar alguem sem ter respeito pela pessoa.
e quanto ao assunto das loiras (e estou tomando como base a mensagem abaixo
porque ainda não li todas), é impressionante como quando se junta muita
testosterona junta, ficam todos saidinhos para colocar os outros para baixo
(mesmo que seja de brincadeira, o que no final dá no mesmo porque toda
beincadeira tem um fundo de verdade). acho que de repente quando se sai do
assunto de ciencia que pode ser comprovado por experiencia, só sai
melequinha (para nao dizer pior) dessas cabecinhas.... (aí vem um monte
dizer que o assunto das loiras pode ser comprovada tb, ai ai) é bom lembrar
que melanina (até mesmo a de " farmácia") nada tem a ver com neuronio ou a
velocidade do impulso eletrico, whatever.
é, aposto que nenhum homem conseguiria viver um dia na pele de uma mulher.
voces nao iam acreditar quanta merda a gente escuta na rua. ainda bem que
existe homem que preste. é dificil achar, mas existe. c'est la vie.
daniela.
> De: Manuel
>
> Na verdade, as mulheres adoram homens engraçados. O problema
> é quando o senso de humor do homem é muito refinado. Pois, para rir
> de piadas inteligentes, é necessário um esforço mental, um trabalho
> de redução fenomenológica (uma "epochê", segundo E. Husserl) sem o
> qual não se pode extrair delas o eidos hilárico. Por isso que
> intelectuais espirituosos, como os desta lista, costumam ser contra-
> selecionados sexualmente, sobretudo pelas loiras. Só lamento não
> vivermos numa civilização alienígena superavançada, onde certamente
> faríamos um enorme sucesso junto às fêmeas. Se não como machos, ao
> menos como animais de estimação.
Que as mulheres da lista nos perdoem, mas o Manuel está certo.
A maioria das pessoas -- e mulheres constituem 50% -- riem
das piadas bobas d'A Praça é Nossa, que não requer muita inteligência
para entendê-las.
Mulheres vulgares -- leia-se comuns -- gostam de homens vulgares.
Estas gostam do tipo "feio, forte e formal". Inteligência refinada é
não é requisito essencial.
Já ouvi mulher dizer que prefere os tipos cafajestes! PQP! Como dizia
o Nelsão "As mulheres não gostam de apanhar, só as normais!".
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: O Desafio
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:57
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Supondo que eu aceite o desafio, devemos discutir alguns pontos:
Lá estás tu a fugir do problema.
Cada vez mais eu acredito que é um fanfarrão.
> a) Como poderá você saber, mesmo que fosse onipotente, onisciente e
tivesse
> super-poderes, que fui eu mesmo que fiz o mapa? Que fiz a
interpretação?
> Que me debrucei sobre problemas inúteis durante 48 inúteis horas?
Vc acha que eu sou o q? É claro que eu não quero o mapa para nada.
É claro que vc teria de presentar o mapa elaborado, mas é obvio que
não seria só isso que iria ser avaliado.
Ora pois;
>
> b) Como você não saberá tais coisas, mesmo que eu apresente um mapa
e uma
> interpretação feitos pelo maior astrólogo "profissional" conhecido,
você
> não os aceitará como válidos, pois você sabe tudo e eu não sei de
nada.
> Você sempre poderá dizer que eu não aprendi o suficiente;
VC está tentando criar um cenário que nada tem a haver com o
problema, como o que vc disse ou com o desafio que eu lhe fiz.
Eu desafiei-o a fazer o mapa e a intrepretá-lo.
Sabe, é que eu não confio me vc, mas ao menos suponho que vc seja
honesto o suficiente para cumprir a sua parte.
Se vc não cumprir o problema é todo seu. Estará se provando a si
mesmo que está enganado, e que é desonesto.
> c) Eu li tudo o que você escreveu (e nem precisei de um dramin
antes). Você
> escreveu: "Desafio-te a aprender a fazer uma mapa astral à mão (sem
> computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h de
domingo)".
> Como já chegamos à conclusão que a confecção do mapa não é
astrologia,
> resta a interpretação dele.
Não é astrologia, assim como astronomia não é matemática, mas fazem-
se muitas contas. Esse argumento é ridiculo.
O desafio inclui vc fazer o mapa à mão , e não me venha com desculpas.
Ou vc aceita fazer, ou vc não aceita. É tão simples assim.
Não ha espaço para alterar o que consta do desafio original.
>Sustento que astrologia é simplesmente a
> interpretação dos mapas astrais, e isso qualquer um aprende em um
fim de
> semana.
Vc sustenta isso sem ter saber nada de Astrologia ? É o mesmo que eu
sustentar a teoria das supercordas sem a ter estudado.
> Se você pensa o contrário, prove-o. E, por favor, sem ofensas.
Vc que se sente ofendido. Eu estou só constactando factos.
E vc está tentando passa a bola para mim. Mas foi vc que afirmou que
é possivel em 48h aprender, então prove-o. Não venha com esse truque
de pedir que eu prove que não é possivel.
O ônus da prova é todo seu, é vc que não se cansa de repetir que é
possivel aprender em 48h, não eu.
> Quanto a aceitar o seu desafio, ora pois, não jogue esse jogo
comigo, meu
> caro. Você pensa que eu sou besta?
Não vou responder a isso. Poderiam pensar que quero afendê-lo
gratuitamente.
>Você está familiarizado com as
> expressões "Catch 22"? "Kobayashi Maru"? "Dilema deôntico". Pois
devia. É
> exatamente isso que você está tentando fazer comigo. Só que nessa
área em
> que você é aprendiz, eu sou professor.
Lá estás tu numa de arrogante como se fosses um grande iluminado.
Eu nunca achei que professor fosse um grande cargo. Vc não me
impressiona com essas conversas.
Não conheço as expressõs, mas tais como as de kook e companhia
apenas revelam que vc não está disponivel para discutir as coisas
sériamente e se refugia nesses artificios de linguagem e definições.
Eu fiz uma desafio simples. E vc simplesmente ou aceita ou não aceita.
Quer distutir promenores, tudo bem. Mas o tempo está a passar.
> E, mais uma vez, a minha reputação não está em jogo.
Eu é que fiz o desafio, eu é que sei o que vou entender das suas
acções. Assim como qq um que leia estes mails.
>Sinto que vocês em
> Portugal ainda se aferrem a esses conceitos antigos de reputação e
honra
> (vocês ainda fazem duelos?)
Lá está vc a ser fafarrão e a tentar agredir a personalidade dos
outros. Eu estou falando de vc, não dos brasileiros. Eu não cometo
esse erro infantil de tomar a parte pelo todo.
>, mas a minha reputação, se é que eu tenho
> alguma, só interessa aos meus alunos, colegas de trabalho e
clientes, e
> garanto que eles não ligam a mínima se eu acredito ou não em
astrologia.
> Mas o apelo à minha reputação faz parte do seu jogo, não é?
Não. Mas parece que vc ficou tocado nesse aspecto, pq está tentando
tirar essa responsabilidade de cima.
Vc acha que pode chegar aqui, mandar umas bocas e ficar por isso
mesmo?
Sérgio
P.S.
Isto é uma lista de cariz cientifico. Vc tem que ser capaz de provar
o que afirma. Ou pelo menos tentar. Tb não se exige ser um Eisntein.
Em vez disso vc usa os subterfugios comuns dos cepticos para se
furtarem a qq discussão, invocando argumentos deste e daquele tipo.
Mas vc mesmo os usa:
Ataque ao homem e não ao argumento: "vc os portugueses"
Argumento de autoridade : "eu sou professor"
Inversão do ônus da prova : "se vc acha que não pode, prove-o"
Desvio da atenção: "Vc sabe o que significa..."
Minimização de danos :"A minha reputação não está em jogo"
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 08:59
Desculpe-me, Flavio, nao resisti. Era um piada.
A descricao q. vc fez se encaixa tao perfeitamente no espirito dessas
listas...
E, Ligia, q. coisa feia dispensar assim o gajo.
E, pessoal, vamos parar com essas brigas. Vamos dar as maos e cantar
um mantra. Epa! Se todos derem as maos quem vai digitar as mensagens?
Acho q. captaram a ideia da coisa. >:-)
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "flaviofavero" <flaviofavero@t...> escreveu
> Roberto,
>
> As listas que vc indicou são voltadas a assuntos de cunho
> religioso.
> Não é bem nisso que estou interessado.
> De qualquer forma, obrigado.
>
> Flávio
SUBJECT: Re: HOMENS, MULHERES e fidelidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 09:02
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Isso me levou a questionar a crença popular de que o homem é mais
> infiel que a mulher.
Eu nao me fiaria em um programa de televisao especialmente produzido
e manipulado para dar audiencia para tirar conclusoes sociologicas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 09:14
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> E, Ligia, q. coisa feia dispensar assim o gajo.
Ele que disse que ía sair... e eu odeio despedidas...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 09:16
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 10, 2002 3:47 AM
Subject: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
>Olá Lúcio,
Salve, Douglas!
>Não entendo nada de anarquismo. Por isso não vou nem discutir.
Mas aproveitando o ensejo, saiu agora uma coleção de livros "textos
anarquistas", é algo desse tipo.
>Vc conhece? Se conhece vc indica?
Você por acaso está se referindo à Coleção Escritos Anarquistas, aqueles
livrinhos de capa vermelha da Ed. Imaginário? Se for, pode comprar sem medo,
os livros são baratos, acessíveis e a coleção publica o que de melhor se
escreve em matéria de anarquismo, tanto de anarquistas clássicos, como
Bakunin, Kropotski e Malatesta, quanto de autores contemporâneos, como
Maurice Cranston, Nicolas Walter e Maurice Joyeux.
>Se não conhece passe, por gentileza, o nome de algum(s) texto(s) básico(s)
e bom(s) sobre o assunto.
Da Escritos Anarquistas, eu recomendaria os seguintes:
- _Diálogo Imaginário entre Marx e Bakunin_, de Maurice Cranston. Como o
nome indica, é escrito como uma conversa entre os dois, enquanto tomam um
chá. Nesse papo, as diferenças, semelhanças e impasses do comunismo e do
anarquismo vão sendo expostos e analisados. Apesar do autor ser anarquista,
o diálogo é bem imparcial e o "Marx" do Cranston faz alguns questionamentos
bastante pertinentes ao Bakunin. Mas, claro, o balanço final é a favor do
anarquismo.
- _Reflexões sobre a Anarquia_, de Maurice Joyeux.
- _O Estado e seu Papel Histórico_, de Kropotkin. Como boa parte das
primeiras gerações de anarquistas, o Kropotkin tem uma influência do
Rousseau que às vezes faz ele soar ingênuo. Mas o livro é uma análise arguta
da evolução do Estado, mostrando como, longe de ser uma instituição eterna,
ele surgiu num período histórico preciso, a ascensão da burguesia, e reflete
uma estrutura social concreta, a do capitalismo.
- _Deus e o Estado_, de Bakunin. É um dos meus textos preferidos do Bakunin.
Ele traça um paralelo entre o Deus pessoal do catolicismo e a estrutura
autoritária do estado, que são cópias um do outro e servem cada um de
legitimação ideológica para o outro.
- _A Anarquia, sua Filosofia, seu Ideal_, do Kropotkin. É um resumo das
idéias do Kropotkin sobre o anarquismo e, ao mesmo tempo, uma resposta às
principais críticas que os anarquistas recebiam na época dele. Então, serve
como uma excelente porta de entrada ao tema - com as devidas restrições: a
gente tem que lembrar que é um texto do sec. XIX, marcado pelo iluminismo
científico e pela influência do Rousseau, que tornam algumas passagens meio
datadas.
- _Escritos Revolucionários_, do Errico Malatesta, o principal nome do
anarquismo na Itália.
- _Do Anarquismo_, de Nicolas Walter. Um balanço do pensamento anarquista
feito por um autor contemporâneo.
- _Os Anarquistas e as Eleições_, antologia de textos de vários autores
anarquistas (entre eles, Bakunin, Kropotkin e Malatesta) a respeito do voto
nulo. Pelo que eu entendi (peguei o bonde andando e não consegui sentar na
janelinha ;-), foi esse o estopim da discussão sobre anarquismo que teve
aqui na lista. Eu, particularmente, não prego nem pratico o voto nulo porque
acho que ele abre espaço pra aberrações como a eleição de Bush Jr. e a quase
eleição do LePen. Mas esse livrinho ajuda a entender o porquê da
desconfiança dos anarquistas pelo processo eleitoral, dito "democrático".
- _Análise do Estado/O Estado como Paradigma de Poder_, de Eduardo Colombo.
O autor é um psicanalista e teórico anarquista argentino que, nesses dois
textos, estuda como as pessoas internalizam as estruturas do estado, de modo
que a nossa própria psique apresenta um condicionamento autoritário.
- _Escritos contra Marx_, de Bakunin.
Se você se interessa pelas artes, a coleção tem ainda dois livrinhos
preciosos, que estão entre os meus preferidos:
- _Arte e Anarquismo_ (vários autores), que trata da relação histórica entre
o anarquismo e as vanguardas artísticas, como o dadaísmo.
- _Surrealismo e Anarquismo_ (vários autores), que mostra como, no final do
movimento, os principais nomes do surrealismo, como André Breton e Benjamin
Péret, abandonaram o comunismo, chocados com a violência stalinista, e se
aproximaram dos anarquistas.
Acho que, com isso, dá pra ter um bom panorama do movimento anarquista, de
suas principais correntes, das semelhanças e diferenças entre os autores,
etc. Fuçando um pouco nas livrarias, você pode encontrar ainda dois livros
interessantes naquela coleção de bolso da L&PM, _Textos Anarquistas_, do
Bakunin, e _A Propriedade é um Roubo_, do Proudhon.
>Só três perguntas: o F. Perls era anarquista? De onde vc tirou essa
informação? Ou vc quis dizer que alguns anarquistas aderiram à proposta da
Gestalt Terapia?
A Gestalt-Terapia foi desenvolvida em conjunto pelo Fritz Perls e pelo Paul
Goodman que, além de terapeuta, foi um sociólogo e teórico do anarquismo. Se
você quiser uma análise resumida das relações entre o anarquismo e a
Gestalt, dá uma olhada no capítulo sobre o Paul Goodman em _A
Contracultura_, do Theodore Roszak, que saiu em português pela Ed. Vozes.
>Conheci dois anarquistas e pelo que aprendi com eles vc está certo.
Qualquer simpatizante do anarquismo, mesmo que não seja um anarquista
militante, ficaria de cabelo em pé com essa associação. Ela simplesmente vai
contra tudo o que os anarquistas defendem ou acreditam.
>Está desculpado
;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Deus não joga dados ?
FROM: "Jaison Carvalho" <jaison@isadobrasil.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 09:20
Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não tive muito sucesso nas respostas
a minha dúvida é :
Seria Deus um matemático ?
a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis , como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na natureza , como o
segmento de reta ou o circulo perfeito.
Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o mundo graças a matemática.
Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a relação da matemática e a verdade )
Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: NOBEL E OSCAR
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 09:23
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> O maior fator é que os recursos estão concentrados em países
> ricos. Então quem ganha Nobel é majoritariamente dos EUA, da Europa
> ou do Japão.
Acho q. isso explica parte da historia: nos Nobéis para areas q.
dependem de recursos para pesquisa.
Ha' ainda o Nobel de Literatura e da Paz.
O Oscar... Bem, e' uma premiacao comercial. Vale tto qto os premios
publicitarios q. o Brasil conquista mundo afora.
Vale lembrar q. o Brasil so' contribui em media com apenas 1% da
pesquisa mundial.
http://www.estado.com.br/editorias/2002/09/18/ger017.html
E' tbm o indice correspondente 'a participacao do pais no mercado
mundial.
Se a probabilidade P de ganhar um premio e':
P = k x Ql x Qt x Pp
Em q. Ql e' o fator qualidade, Qt o fator quantidade, Pp o fator de
ponderacao politica (o peso do pais no cenario internacional, bem
como os arranjos politicos entre os concorrentes e os premiadores) e
k uma constante.
Ql tem um valor intermediario e mal distribuido -- alguns setores de
excelencia e outros de indigencia. Qt e' risivel, o investimento do
pais em areas cientificas, educacionais e culturais e' tragi-comico
como expressaram Belisario e Amorese. Pp depende de area, em geral,
e' baixo. Acho q. isso resume o q. foi apontado ate' agora. (A
formula e' so' uma provocacao.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Deus não joga dados ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 09:29
Minha opinião é a seguinte: o fato de ser possível encontrar um
conjunto de objetos matemáticos e lógicos obedecendo a certas relações e
que possa ser colocado par a par com objetos reais (?) que obedecem a
relações correspondentes é uma dado empírico, ou melhor, uma suposição ad
hoc. As demonstrações matemáticas reduzem-se ao âmbito da matemática, a sua
correspondência com elementos do mundo físico não pode ser demonstrada,
apenas corroborada empiricamente. Aliás, a própria lógica, na qual se
baseia toda a matemática, baseia-se, por sua vez, em premissas - axiomas -
não submetidas à necessidade de demonstração. Mude-se os axiomas, e mudará
a lógica. Se essa correspondência matemática/lógica-mundo real for
inteiramente verdadeira, trata-se provavelmente de uma das várias coisas
incognoscíveis pela própria natureza que ocorrem no mundo. Pode ser,
entretanto, que essa correspondência seja falha, e que estejamos
simplesmente selecionando os resultados que batem com ela e alardeando que
o mundo segue a matemática e a lógica baseados em observações
tendenciosas... Mas jamais vamos saber, a não ser que encontremos uma exceção.
Belisário
At 09:20 10/10/02 -0300, you wrote:
>Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não
>tive muito sucesso nas respostas
>a minha dúvida é :
>
>Seria Deus um matemático ?
>a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
>tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis
>, como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na
>natureza , como o
>segmento de reta ou o circulo perfeito.
>Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o
>mundo graças a matemática.
>Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a
>relação da matemática e a verdade )
>
>Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode
>jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
>
>A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
>
>[]
>
>Jaison
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 09:34
> De: Ligia Gallo
>
> A ciência deslinda a parte "acessível" do Universo. O que está além
> do que é acessível faz parte de "outra coisa". A Astrologia faz
> parte dessa "outra coisa", entende? Eu não posso negar que algo
> existe só pq eu não vejo, peso, messo, sinto... São Carl Sagan que
> me perdoe!
O que não pode ser medido, interceptado, pesado, isolado, visto, medido,
sentido EXISTE????????????????????????
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Deus não joga dados ?
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 09:37
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaison@i...> escreveu
> Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas
não tive muito sucesso nas respostas
> a minha dúvida é :
>
> Seria Deus um matemático ?
> a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
Matemática é uma "linguagem" como outra qualquer, que expressa idéias
e faz chegar a resultados que permitem pessoas chegarem a um
consenso. A Verdade é que através da matemática pode-se chegar a
respostas exatas, desde que já haja bases para tanto. Para que você
chegue à conclusão de que a matemática é a verdade deve haver um
paralelo entre exatidão e a verdade o que não me parece consistente
com a realidade: nada é "exato" a priori. Tudo depende da forma
como é interpretado, da forma como acontece e prossegue acontecendo.
> tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente
inconcebíveis , como o infinito , utiliza até formas que não podem
ser encontradas na natureza , como o
> segmento de reta ou o circulo perfeito.
> Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como
percebos o mundo graças a matemática.
> Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre
a relação da matemática e a verdade )
Mas, e o que é a Verdade? Partindo-se do que ela seja é que você
poderá confrontá-la com a Matemática e ver se ainda falta alguma
coisa para que ela seja fielmente representada pela Matemática.
> Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não
pode jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
Dispensei... Veja que essa idéia de "Deus não jogar dados" apenas
reforça a idéia de que "há uma exatidão", como se fosse uma meta a
ser seguida por Deus, sem que sejam levados em conta os acasos, o que
não é comprovável pela ciência: há acasos sim. Os que dão certo e
conseguem dar início a sequências de eventos são capazes de serem
detectados, daí o engando de se pensar que não há acaso: há numa
fase anterior ao que "acontece".
Acredito que baseando-se nisso, você já dispõe de uma resposta
consistente à sua questão. Qualquer dúvida, vamos em frente... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 09:48
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> O que não pode ser medido, interceptado, pesado, isolado, visto,
medido,
> sentido EXISTE????????????????????????
Pode "existir" em um nível não captável. Portanto é muito cedo para
julgar que algo não existe só porque não pode ser medido, pesado,
sentido... a ciência, como já disse, apenas "deslinda' a parte
acessível do Universo, do micro ao macro. Mas, com certeza, há o que
está além disso. Presunção seria descartar "o além" apenas por falta
de recursos em compreendê-lo...
É por isso que não é só de ciência que a realidade sobrevive e há
muito mais crédulos que céticos. Não é por ignorância não: é por
receptividade.
Beijos, Lígia
PS: e "messo" que eu escrevi na minha mensagem anterior foi escrito
errado por mim. O certo é "meço"... acabei de ver no dicionário :)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus não joga dados ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 10:00
----- Original Message -----
From: "Jaison Carvalho"
Sent: Thursday, October 10, 2002 9:20 AM
Subject: [ciencialist] Deus não joga dados ?
> Seria Deus um matemático?
> a matemática é a verdade , ou seria mero concenso?
> tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis,
> como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na
> natureza , como o segmento de reta ou o circulo perfeito.
> Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o
> mundo graças a matemática.
> Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a
> relação da matemática e a verdade )
O tema é bastante complexo, mas, juntamente com outros participantes,
cheguei a comentar alguma coisa a respeito na thread "Calor específico e
física clássica" (novembro/2001), que pode ser lida a partir de
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/cefc.htm , em especial as msgs
11900, 11906 e 11935. Quanto à relação matemática/verdade, diria que a
matemática é uma linguagem, logo não é nem verdadeira nem falsa. Como toda
linguagem ela se presta a descrever tanto verdades quanto falsidades. E como
toda linguagem, ela pode ser expressa de maneira incorreta, mas isso seria
um erro, não uma inverdade.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re:Deus no_joga_dados_?
FROM: Joaquim Salles <joaquimsalles@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 10:20
Caro João Miranda,
Seu comentário lembrou-me de meu professor de física do segundo grau que dizia - em tom jocoso - que a matemática é a "mais humana das 'ciências' pois ela só existe na nossa mente". Era uma provocação à chamadas ciências humanas.:)
Ao ler seu texto fiquei na dúvida sobre o seu último parágrafo quando diz:
"O que podemos pensar é que a realidade se adequa a sistemas matemáticos
simples, mas isso também não é estranho: se o mundo fosse complicado e
não pudesse ser modelado por sistemas simples, então a nossa própria
existência como seres vivos seria impossível porque todos os seres vivos
dependem da modelação do ambiente. ·
Poderia, se possível, explicar melhor esse trecho?
[]s
Joaquim
---------------------------------
Yahoo! GeoCities
Tudo para criar o seu site: ferramentas fáceis de usar, espaço de sobra e acessórios.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Para Antonio Renato
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 10:23
Venho achando interessante a linha que você segue com suas
afirmações. Você relaciona a sexualidade com tudo e sei que você
está certo, apesar de não ter base alguma em termos de estudo, apenas
algumas leituras. Reich já dizia~algo interessante sobre o orgasmo e
o poder e eu penso assim.
Gostaria de uma resposta sua a uma situação hipotética ( não adianta
querer relacionar comigo:): uma mulher que não se considera inibida
sexualmente e é até bonita, acaba sempre por envolver-se com homens
com problemas tanto eréteis quanto de relacionamento pessoal, seja
pela falta de "tato" deles no relacionar-se com a figura da mulher
(misturando a figura da mãe, da prostituta, da professora, por
exemplo ), seja pela omissão ( em se fazer acessível: há o problema
da ex-mulher, da mulher, da liberdade ), seja pela ausência ( não
escreve, não dá notícias... ou quando o faz é um desastre: uma,
duas linhas... mas insiste em dizer que "gostcha mutcho"), seja
ainda pelo fato deles estarem completamente desestruturados física e
moralmente ( fim de noivado, fim de casamento, relacionamento ruim
com a "primeira dama") o que se pode dizer de tal mulher?
Ela "garimpa" tais espécimes que se provam ináptos a serem bons
companheiros ( que é tudo o que ela sempre quis afinal) ou eles vêm
ao encontro de alguma repressão/amarra da sexualidade dela, ainda que
não perceptível, ou seja, que ela não se dá conta? Note que ela
sempre se apaixona perdidamente por tais espécimes... e sofre como
uma condenada!
Essa pergunta composta acima faz ainda com que eu pergunte: de um
modo geral, como você vê o relacionamento homem/mulher? Há a
possibilidade de alguém viver sozinho sem estar reprimindo alguma
coisa?
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 10:28
> De: Ligia Gallo
> Presunção seria descartar "o além" apenas por falta
> de recursos em compreendê-lo...
> É por isso que não é só de ciência que a realidade sobrevive e há
> muito mais crédulos que céticos. Não é por ignorância não: é por
> receptividade.
Não é presunção, mas prudência e honestidade intelectual.
Podemos especular sobre o além, deuses e fadas em mitologia,
ou literatura fantástica. Puxa! Adoro J.R.R.Tolkien, R.Silverberg,
Frank Herbert, entre muitos outros!
Agora construir toda uma teoria maluca sobre anjos e demônios
e depois sair por aí berrando que é a Verdade Absoluta invisível
aos olhos dos pagãos e céticos... Dá um tempo!
O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
faz parte de nossa realidade e ponto final.
Acho que as pessoas tendem a sentir um imenso vazio ao constatar
que a realidade é completamente alheia aos nossos desejos, medos
e frustrações. Então inventamos uma realidade fantástica: deuses,
bruxas, oráculos, etc...
A realidade é sem graça, monótona e regular, essa é a verdade...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 10:43
> >O método astrologico ocidental, que é o que está em causa aqui,
> >baseia-se no evento de nascimento para saber as caracteristicas do
> >dado evento. Inferem-se dos arquetipos determinadas
caracteristicas.
> >Quando da descoberta de um planeta o que podemos fazer - se
quisermos-
> > é estabelecer um novo arquétipo para esse planeta.
> >
> Como é que se determina a data de nascimento de um planeta?
Ok, eu não fui claro.
Quando se aplica o método a pessoas, usa-se a data de nascimento.
(astrologia pessoal)
Quando se aplica a eventos, usa-se a data do evento.(astrologia
mundial)
O nascimento da pessoa é o evento mais importante na vida de uma
pessoa, por isso ele é o principal. Mas não é o unico momento em que
se pode traçar um mapa.
No caso dos planetas podes usar a data de descoberta. É de facto ai
que a exitencia deles passa a influir nas teorias, pensamentos,
ideias, conhecimento em geral , do mundo. E portanto é a partir dai
que faz sentido traçar o seu mapa.
Se ele não for descoberto, o que é que ele influencia ? nada.
O que é que influenciava o alumino antes da sua descoberta? ou o
urânio ? nada. Só depois de descobertos é que as pessoas começaram a
usá-los e eles passaram a ter uma importância relevante.
>Por outro lado, a data da descoberta não pode ser
> considerada como a data do nascimento porque isso coloca dois
problemas:
>
> - o planeta não influenciava antes de ser descooberto? Se não
influenciava,
> porque é que não influenciava? Se influenciava, como é que
influenciava?
Eu disse "astrologia ocidental"
Em astrologia oriental o que interessava, para alguns astrologos,
antigamente era a data da geração (se queres saber eu acho que para
fins meramente politicos). Ou seja quando os pais tiveram relações
sexuais das quais foi gerada aquela pessoa.
Em astrologia ocidental isso não é assim. Assume-se que qq evento tem
o seu significado. E poderiamos usar qq um dos dois, mas teriam
significados diferentes.
Entende-se que é quando a pessoa nasce que ela "se mostra ou mundo" ,
donde as sua caracteristicas são vincadas.
(nota: a astrologia oriental não usa os planetas, donde é irrelevante
que se aceite traçar mapas de pessoas antes do nascimento, já que são
dois métodos completamente distintos de astrologia. Para começar, a
astrologia chinesa tem 5 elementos onde a ocidental só tem 4)
Por outro lado eu não disse "data exacta da descoberta do planeta"
Eu disse "época em que se descobriu o planeta".
Exactamente pq em astrologia mundial não existe uma unica data com
significado, existem várias, que se sucedem. Mas mais importante que
isso é que os planetas usados nessa astrologia (a partir de jupiter)
são lentos. Jupiter, o mais rápido, tem um ciclo de 12 anos para dar
a volta ao zodiaco.
Exemplo, o planeta X foi fotografado no ano Y, mas ninguem deu por
ele. So no ano Y+2 ele foi descoberto. Ora é o facto dele ter sido
apresentado, descoberto, etc, que é relevante, e nesse caso é o ano
Y+2 que interessa.
A questão é que em 2 anos o planeta não se terá movido práticamente
nada no zodiaco, donde é um bocado irrelevante tanto preciosismo.
> - as descobertas são pessoais e locais. Pode um planeta descoberto
na Europa
> influenciar a China? E o que conta, é a data de descoberta na China
ou a
> data de descoberta na Europa?
Este problema da localização não se poe. As descobertas podem ser
pessoais, mas quando sol nasce ,nasce para todos. Assim como todos os
outros planetas. O planeta influenciaria ambas, como é obvio.
A questão é que influenciaria cada uma na medida daquilo que o mapa
disser nas datas referidas. Ou seja, o impacto da descoberta não é o
mesmo em ambos o locais e não se reflete da mesma forma.
Contudo, mais uma vez, os planetas movem-se muito pouco, de modo que
pequenas diferenças de anos não promovem grandes diferenças nas
posições do planeta nos mapas.
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 10:49
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Ligia Gallo
> > Presunção seria descartar "o além" apenas por falta
> > de recursos em compreendê-lo...
>
> > É por isso que não é só de ciência que a realidade sobrevive e há
> > muito mais crédulos que céticos. Não é por ignorância não: é
por
> > receptividade.
>
> Não é presunção, mas prudência e honestidade intelectual.
> Podemos especular sobre o além, deuses e fadas em mitologia,
> ou literatura fantástica. Puxa! Adoro J.R.R.Tolkien, R.Silverberg,
> Frank Herbert, entre muitos outros!
Ótimo! Já imaginou se ninguém tivesse tentado "ver para crêr" que a
Terra não era achatada como uma Pizza? O "além" era povoado por
demônios e olhe só: vivemos hoje em dia no "além" e nada de mal
acontece ( além do fato de estarmos em uma crise econômica
demoníaca... :). Mas daí precisarar criar barcos cada vez mais
capazes de encarar tais empreitadas...
> Agora construir toda uma teoria maluca sobre anjos e demônios
> e depois sair por aí berrando que é a Verdade Absoluta invisível
> aos olhos dos pagãos e céticos... Dá um tempo!
E... quem faz isso? Moi jamais! Tem gente que faz isso,
infelizmente... aí é ignorância. A receptividade à qual eu me
referia era a capacidade de não se ater apenas às idéias de que
apregoam que somente o que é visível e palpável existe...
> O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> faz parte de nossa realidade e ponto final.
Faz parte de nossa realidade sim. Apenas não nos damos conta
disso... ou até damos conta mas alegamos ser "coincidência"...
> Acho que as pessoas tendem a sentir um imenso vazio ao constatar
> que a realidade é completamente alheia aos nossos desejos, medos
> e frustrações. Então inventamos uma realidade fantástica: deuses,
> bruxas, oráculos, etc...
Isso é com "eles"... cada um povoa seu mundo com os demônios ou a
falta deles como lhe aprouver...
> A realidade é sem graça, monótona e regular, essa é a verdade...
Hum... você está decididamente "precisado" de um estímulo, uma
paixão, uma força interior que o "levante" em todos os sentidos :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 10:50
Álvaro:
E pra Desatadora de Nós?
Tenho um filho marinheiro que gostaria de desafiá-la....
Ad majorem dei gloriam,
silvio.
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 09, 2002 11:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
> Entender de certos é uma coisa. Defendê-los é outra, bem diferente. Eu
> entendo bastante de catolicismo, por exemplo, e nem por isso rezo para
> Santa Rita do Barro Vermelho todas as noites...
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Quarta-feira, 9 de Outubro de 2002 23:01
> Assunto: [ciencialist] Re: Quaoar: p/ Flavio
>
>
> Putz!
>
> Bem se vê que vc realmente acompanha as discussões dessa lista...
> huh!? O Sérgio Taborda é um dos melhores debatedores sobre física!
> E lá vai vc falando que ele está "defendendo" a astrologia. Ele está
> é ensinando que ser tacanho e se equivar de entender certos assuntos
> só porque são rotulados como "místicos" é sinal de ignorância em alto
> grau...
>
> Agora, pode ir...
>
> Lígia
>
> ******************************
>
> --- Em ciencialist@y..., flaviofavero <flaviofavero@t...> escreveu
> > Há algum tempo tenho assistido de camarote os e-mails postados
> nesta lista.
> > Aprendí muita coisa e em nenhum momento achei necessário ( ou a
> minha altura
> > ) fazer qualquer comentário. No entanto, me parece que esta é, e
> deveria
> > mesmo ser, uma lista de discussão/debate sobre "ciência" e os
> assuntos
> > relacionados que tanto nos excita. Isso me leva crer que DEFENDER
> astrologia
> > faz parte da natureza de alguma outra lista.
> > Se alguém discorda do meu comentário e puder me indicar uma outra
> lista onde
> > raramente se vê alguém defendendo astrologia, cartomancia, duendes,
> novelas
> > mexicanas e coisas semelhantes, por favor me indique.
> > Obrigado,
> >
> > Flávio Favero
> >
> >
> >
> >
> >
> > >
> > > Não digas disparates. Desafio-te a aprender a fazer uma mapa
> astral à mão
> > > (sem computador) e intrepretá-lo até às 0h de segunda-feira (24h
> de
> > > domingo).
> > >
> > > Podes usar os dados do teu nascimento como exemplo. Se tiveres
> porblema em
> > > encontrá-los eu poderei dar-te os meus para o exercicio.
> > >
> > > Sérgio
> > >
> > >
> > > ##### ##### #####
> > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > Para sair da lista envie um mail para
> > > ciencialist-unsubscribe@y...
> > > ##### ##### ##### ##### #####
> > >
> > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> > >
> > >
> > >
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] NOBEL E OSCAR
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 10:55
Beto:
O Cesar Lates não ganhou porque foi garfado. Já quanto ao oscar, tem uns
neguinhos que ganham alguns na noite....
silvio
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 10, 2002 12:07 AM
Subject: [ciencialist] NOBEL E OSCAR
Na opinião de vocês da lista, porque um brasileiro nunca ganhou o prêmio
nobel ou um oscar? não é inteligente e criativo o suficiente?
SUBJECT: RES: [ciencialist] A astrologia e os cientistas (Pitaco)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 11:21
> De: Antonio Renato
>
> #####>Não posso acreditar no que meus olhos acabam de ler<#####
É melhor não contráriar! São recomendações médicas... ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: ? Solução para o problema da energia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 11:28
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Queimar cadáver também gera energia?
Sim.
> Se gerar muita energia poderia ser uma alternativa para a crise
> energética?
Vejamos. Utilizando-se a tabela de mortalidade brasileira do Datasus
(http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?idb2001/a08.def),
multiplicando-se o numero de mortos em cada faixa pelo peso corporeo
medio correspondente e obtendo-se o peso seco (eliminando-se o teor
de agua), chego ao valor total de 30.000.000 kg de carne humana.
Considerando-se um valor de 6 kcal/g, teremos na queima total, cerca
de: 180.10^12 cal ou 750.10^12 J. (Se ao peso total de 55.000.000 kg -
- sem descontar a agua - aplicarmos o valor de 140 kcal/100 g da
carne bovina, teremos algo em torno de 77.10^12 cal ou 320.10^12 J.)
A potência de Itaipu e' de cerca de 12.000 MW ou 12.000.000.000 J por
segundo ou 16.10^15 J por ano. A queima dos corpos equivaleria a
0,02-0,05 Itaipu. A producao total do Brasil e' de cerca de 6
Itaipus - entao a queima de corpos corresponderia a 0,33-0,83% da
producao energetica do pais. (Se eu nao errei em nenhum
arredondamento.)
> Poluiría a atmosfera do mesmo jeito?
Sim. Nao so' gas carbonico, mas tbm compostos de enxofre, ameacando
com chuva-acida.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Deus não joga dados ?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 11:32
> De: Roberto Belisário
> As demonstrações matemáticas reduzem-se ao âmbito da
> matemática, a sua correspondência com elementos do mundo
> físico não pode ser demonstrada, apenas corroborada
> empiricamente.
Mas corroborar [empiricamente] não é o mesmo que demonstrar?
Agora fiquei confuso mesmo! <:-( (o "<" é chapeu de burro)
> Aliás, a própria lógica, na qual se baseia toda a matemática,
> baseia-se, por sua vez, em premissas - axiomas -
> não submetidas à necessidade de demonstração.
Mas isso -- basear-se em axiomas -- vale também para todas as
hard sciences! Aliás todo o conhecimento humano se baseia em
axiomas irrefutáveis. Estou enganado?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 11:45
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> ***Engana-se. Elas tEm influencia politica crescente (nao q.
> nao possam ter).
>
> Douglas: Mas eu tenho a impressão que os próprios evangélicos pouco
> se preocupam com o assunto (criacionismo).
Por eqto ainda nao ha' gde desenvolvimento do criacionismo na pais,
realmente. Mas nao sei se isso e' um indicador seguro. Os evangelicos
neo-pentecostais sao criacionistas e 'a medida em q. tentarem
propagar sua fe' esse ponto, acredito, entrara' em choque direto.
(Por exemplo, ha' varias incursoes -- algumas bem sucedidas -- de
tornar a leitura da biblia obrigatoria nas escolas.)
Olha o q. eles andam ensinando:
http://www.adventista-santoandre.g12.br/links/criacionismo.htm
http://www.iabc.g12.br/AberturadaIsemanadocriacionismo/semanacriacioni
smo.htm (Vegetais com 'j' e' de doer)
> Douglas: Técnicamente não aceitaria, pois "inteligencia" é
> predicado de criatura e não do Criador.
Pois e'. Se inteligencia fosse predicado da intelectualidade nao
aceitariam... (So' uma piada. Nao uma argumentacao.) Mas a verdade e'
q. o "Design Inteligente" pode-se modicar para ocultar referencias a
uma criador. Por exemplo, falar q. os organismos sao perfeitos demais
para q. o simples acaso pudesse produzi-los.
> Quanto apoiar o criacionismo, é ir contra o
> próprio Papa que já descartou essa possibilidade e defendeu
> a "evolução".
As pessoas nao seguem o Papa. Do contrario o mundo seria bem mais
comportado.
> P.S.: Então a ëvolução" é de fato uma teoria bem fudamentada?
Ao q. parece sim. Pelo menos ela tem passado em sucessivos testes de
hipotese.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Fábricas de cocô, é o que somos!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 11:53
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> O cientista não se pergunta pelo PORQUÊ dos fenômenos: limita-se a
> indagar COMO?
Bem, ja' desviando do assunto. O cientista se pergunta sim o Porquê
das coisas. Nao confundir o Porquê com o Para quê. Embora o
cientistas tbm se pergunte o Para quê. Mas pra esta última pergunta
eu particularmente duvido q. haja resposta possível -- ou ao menos
como escolher entre uma e outra das infinitas respostas possiveis.
> Manuel: A novidade, segundo eles, é que esse ator da 2a. Lei da
> Termodinâmica desempenha o papel de personagem coadjuvante do
> protagonista, que é a própria Lei, e não o papel de antagonista
> trágico (trágico porque nasceu por acaso, graças à margem de
> incerteza que essa Lei universal encerra, e também porque, ao lutar
> contra a desordem, ele só faz aumentar a desordem).
Nao vejo nenhuma novidade ai'. Ou eles sao biologos como eu sou
fisico ou nao foram bem entendidos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Evolução
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 11:54
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> P.S.: Sobre a evolução de novo. Os furos (que suponho que existam)
> na teoria da evolução não comprometem em nada o cerne da teoria.
> Apenas a periferia (talvez). É isso?
Q. eu saiba e' mais ou menos isso.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 12:12
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 10, 2002 3:34 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Evolução
> > Entretanto, permita-me um reparo: todos esses depósitos de "fósseis"
foram criados artificialmente por Deus, para lançar a dúvida no espírito
humano
>Douglas: Incompátivel com a Bondade de Deus
Bom, nesse caso eles foram criados pelo diabo pra levar as pessoas a
acreditarem na evolução... };-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 12:12
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 10, 2002 3:04 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
>Então a ëvolução" é de fato uma teoria bem fudamentada?
Bom, já que eu mandei uma mensagem sobre anarquismo e ninguém caiu de
porrada em cima de mim (tenho a impressão que se eu falasse de astrologia ou
do Carl Sagan, a coisa ia ser um pouco diferente...) ;-), deixa eu dar meu
pitaco também no tema da evolução.
Aqui, a gente tem que distinguir entre duas coisas. A primeira é a evolução
propriamente dita, quer dizer, a transformação das espécies umas nas outras
ao longo do tempo. A segunda são os mecanismos que provocam essa
transformação. A evolução propriamente dita já tá mais que demonstrada,
sobretudo pelos registros fósseis, que mostram semelhanças estruturais
contínuas entre as espécies, associadas com alterações discretas que vão
transformando uma espécie em outra. Já quanto aos mecanismos, as coisas são
um pouco mais complicadas. A seleção natural proposta pelo Darwin é um fato
mais ou menos aceito na comunidade científica. Mas existem dúvidas sobre se
ela, sozinha, é capaz de responder pela evolução ou se, junto com a seleção
natural, existem outros mecanismos ainda desconhecidos. Como ninguém ainda
conseguiu um modelo teórico consistente pra esses outros mecanismos, a gente
vai se virando como pode com a seleção natural. Mas a verdade é que ela tem
alguns problemas. O astrofísico britânico Sir Fred Hoyle disse uma vez que
supor que a seleção natural poderia construir organismos complexos por mero
acaso é mais ou menos tão provável quanto um furacão jogar pro alto várias
peças aleatoriamente e, quando elas caírem, construírem um Boeing.
A principal dificuldade é com relação ao tempo. Estatisticamente, fenômenos
aleatórios podem, claro, dar origem a estruturas organizadas. Se você
colocar um bando de macacos martelando a esmo nas teclas de uma máquina de
escrever, dado o devido tempo, eles vão ser capazes de escrever o _Hamlet_.
Só que "o devido tempo", no caso, seria maior do que a idade total do
universo. Passa-se uma coisa parecida com a seleção natural. De acordo com a
versão aceita pelo neodarwinismo, as alterações nas espécies são provocadas
por mutações genéticas, talvez causadas pelo bombardeio dos raios cósmicos
ou por outro fator aleatório. Dentre os mutantes, os poucos que se mostram
adaptados ao meio-ambiente sobrevivem, mas a grande maioria é eliminada. Em
raríssimos casos, inclusive, os mutantes se mostram *mais* adaptados do que
as espécies originais, que acabam suplantadas. Frise-se *os poucos que se
mostram adaptados*, *a grande maioria é eliminada* e *em raríssimos casos*.
Mutações favoráveis são um evento probabilisticamente raro, tão raro quanto
os macacos datilografando _Hamlet_ a esmo. Mas, pra que a seleção natural
pudesse responder sozinha pela biodiversidade terrestre, esse evento raro
teria que ter se produzido freqüentemente ao longo da história da vida na
Terra. Além do mais, ele teria deixado como resíduo uma grande massa de
indivíduos com mutações desfavoráveis em cada época, e não existem registros
fósseis disso. Por tudo isso, alguns biólogos se perguntam se, além da
seleção natural, não existiria algum outro processo intervindo aí e que
tornasse a evolução menos aleatória. Infelizmente, ninguém apareceu ainda
com uma proposta que fizesse sentido.
Abs.
L.
SUBJECT: Somente o mensurável existe?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 12:23
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> faz parte de nossa realidade e ponto final.
Manuel: Os valores podem ser medidos? Segundo Quine, a mente não pode
ser medida, apenas os estados corpóreos podem ser submetidos aos
nossos instrumentos de mensuração. Quer dizer então que a mente não
existe?
Para medir uma coisa, antes temos que senti-la, percebê-la.
Significa, então, que somente as sensações existem? Uma realidade
material independente dos nossos sentidos não existe?
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 12:36
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
> O nascimento da pessoa é o evento mais importante na vida de uma
> pessoa, por isso ele é o principal.
Eu acho q. a gastrulacao e' o momento mais importante na vida de uma
pessoa. Batendo ali com o momento da concepção.
> No caso dos planetas podes usar a data de descoberta. É de facto ai
> que a exitencia deles passa a influir nas teorias, pensamentos,
> ideias, conhecimento em geral , do mundo. E portanto é a partir dai
> que faz sentido traçar o seu mapa.
Então não adiantaria eu traçar um mapa astral de uma pessoa q. não
conhece os planetas?
Se for pra influenciar as teorias, pensamentos e ideias, o cometa
Halley influenciou mais as pessoas do q. Plutão.
> Se ele não for descoberto, o que é que ele influencia ? nada.
> O que é que influenciava o alumino antes da sua descoberta? ou o
> urânio ? nada. Só depois de descobertos é que as pessoas começaram
> a usá-los e eles passaram a ter uma importância relevante.
O urânio já influenciava as pessoas. Graças ao seu decaimento
radiativo o núcleo da Terra permaneceu em atividade, causando
maremotos, terremotos, moldando a paisagem -- suponho q. isso tenha
grande influencia na vida das pessoas.
O aluminio e' um importante componente de rochas e minerais
juntamente com o silicio formando o sial - isto e' toda a crosta
terrestre. Creio q isso tbm e' uma influencia significativa.
O cancer nao faz estragos em uma pessoa so' depois de seu
diagnostico. Se fosse assim era so' probir os diagnosticos medicos.
> Em astrologia oriental o que interessava, para alguns astrologos,
> antigamente era a data da geração (se queres saber eu acho que para
> fins meramente politicos). Ou seja quando os pais tiveram relações
> sexuais das quais foi gerada aquela pessoa.
Normalmente a fecundacao ocorre alguns dias depois do coito.
> Este problema da localização não se poe. As descobertas podem ser
> pessoais, mas quando sol nasce ,nasce para todos.
De forma alguma. Aqui no Brasil fazem 12h40 mais ou menos q. o Sol
nasceu. Ai' em Portugal ja' fazem 15h40. No Japao ele ja' se pôs ha'
6h40.
O polvora foi desenvolvida na China ha' alguns milenios e nao teve
nenhum impacto imediato na Europa ate' o séc. 15. A televisao nao tem
nenhum impacto na comunidade de cablocos nos grotoes do sertao
brasileiro.
Novamente, a questao parece ser mais simbolica do q. qq outra coisa.
Como simbolo faz sentido dizer q. algo so' tem influencia depois de
sua descoberta ou eleicao como simbolo -- a foice e o martelo
precedem o comunismo, mas seu poder simbolico como tal so' se fizeram
sentir depois de sua adocao pelos comunistas.
Atribuir Sol a Leao e a Lua a Cancer parece ser um exercicio
simbolico arbitrario. Ou tem algum fundamento fatual?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus não joga dados ?
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 12:54
On Thu, 10 Oct 2002, Jaison Carvalho wrote:
> Seria Deus um matemático ?
O q vc quer dizer com Deus??? Defina-o.
> a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
Matemática é lógica. Ela se torna verdade ou não dependendo de seus
axiomas. Vc pode definir axiomas de forma que dois mais dois é igual a pi.
Dizer que matemática é verdade é o mesmo que dizer que azul é gostoso. Os
concensos que existem são: a lógica funciona e pelos resultados obtidos os
axiomas estão corretos.
> tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente
> inconcebíveis , como o infinito,
Infinito é uma quantidade que está além da nossa [humana] compreensão. O
Universo, por ser discreto e limitado, não comporta infinitos. Vc pode
enteder o infinito como o limite da função (1/x) quando x tende a
zero. Zero é concebível portanto a função pode ser estudada.
> utiliza até formas que não podem ser
> encontradas na natureza , como o segmento de reta ou o circulo
> perfeito.
A luz se move em linha reta [fora efeitos relativísticos]. O globo ocular
pode ser um bom círculo, depende da precisão que vc quer. Por ele ser
formado de elementos discretos ele não pode ser considerado perfeito.
> Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não
> pode jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
> A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
Então prá que meter deus na equação???
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Fábricas de cocô, é o que somos!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 13:08
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Nao vejo nenhuma novidade ai'. Ou eles sao biologos como eu sou
> fisico ou nao foram bem entendidos.
Manuel: Acho que só quem é membro do UOL tem acesso ao texto. Por
isso, transcrevo o texto todo aqui. Segue abaixo:
J. R. Minkel
New Scientist
Qual é o propósito da vida? Será que é apenas encontrar comida e
fazer sexo -sobrevivência e reprodução? Talvez não. De acordo com
Eric Schneider e James Kay, a vida é orientada por um ímpeto ao menos
tão forte quanto o desejo de sobreviver. Eles alegam que a vida é uma
engenhoca barroca para desperdiçar energia. Trata-se simplesmente de
uma versão extrema da tendência universal de transformar energia
concentrada em calor difuso e inaproveitável.
Se Kay e Schneider estiverem certos, a idéia deles pode explicar
porque os ecossistemas e organismos são tão complexos e diversos, e
talvez até o motivo para que a vida exista. E os dois cientistas
dizem que agora dispõem de provas científicas para dar sustentação às
suas alegações.
Tudo isso deriva de uma das mais poderosas leis da natureza, a
segunda lei da termodinâmica. A segunda lei resume a
irreversibilidade da natureza, o fato de que muitas coisas não podem
acontecer de trás para frente. Por exemplo, o calor não flui
espontaneamente de um corpo frio para um mais quente; mas o contrário
acontece. Se você abrir as janelas de uma casa quente em um dia frio,
o ar lá dentro não esquenta.
A segunda lei da termodinâmica em sua forma original não diz, de
fato, que a casa tem de esfriar depois de as janelas serem abertas,
afirma Kay. Mas na metade dos anos 60, o físico Joseph Kestin, da
Universidade Brown, e George Hatsopoulos e Joseph Keenan, engenheiros
do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), demonstraram que
sistemas fechados de fato obtêm equilíbrio quando restrições -tais
como as janelas ou as membranas de uma célula- são removidas. Kestin
demonstrou que a condição de equilíbrio é um fator de atração,
ou "atrator". Não importa de que maneira o sistema comece, ele sempre
tentará atingir o estado de equilíbrio.
À primeira vista, pode parecer que isso tornaria a vida menos
provável. A vida funciona de maneira manifestamente desequilibrada;
nossas moléculas estão repletas de fluxos flutuantes de calor e
produtos químicos. Mas ela não é um sistema fechado; ela existe em um
universo que já se encontra bem fora de equilíbrio.
No começo dos anos 80, na Universidade de Waterloo, em Ontário
(Canadá), o engenheiro de sistemas James Kay estava pensando sobre
esse problema, procurando uma forma de incorporar a termodinâmica a
uma teoria geral dos sistemas biológicos. Seu raciocínio corria
paralelo ao de uma longa linhagem de biólogos com inclinações à
Física, especialmente Eric Schneider, ex-diretor do Laboratório
Nacional de Qualidade da Água Marinha, parte da Agência de Proteção
Ambiental (EPA) dos Estados Unidos. Décadas atrás, enquanto observava
plantas e ecossistemas marinhos, Schneider percebia sempre a
importância da termodinâmica. "Eu via a segunda lei em toda parte".
Proposição atraente
Se o estado de equilíbrio é um atrator, pensavam Kay e Schneider,
isso significa que à medida que você empurra um sistema para além de
seu ponto de equilíbrio, ele empurra na direção oposta. E quanto
maior for a força do empurrão, maior será a força da reação.
Abandonando a visão ortodoxa de que uma complexidade cada vez maior
representa aberração, Schneider e Kay propuseram a idéia de que a
natureza na verdade cria sistemas complexos sempre que lhe é
possível. Ela usará quaisquer mecanismos de que disponha para
caminhar em direção ao equilíbrio. E eles não são os únicos a pensar
assim. "A idéia de que os sistemas empregam todos os recursos de que
possam dispor para se aproximar do equilíbrio é bastante intuitiva",
diz John Collier, do Instituto Konrad Lorenz de Pesquisa da Evolução
e Cognição, em Altenberg, Áustria.
Divulgação
Diagrama de uma célula Bénard
Eis um exemplo simples. Aqueça uma panela com uma camada fina de óleo
no fundo. Isso estabelece um gradiente de temperatura entre o topo e
o fundo do óleo -um sinal de que ele está fora de equilíbrio.
Inicialmente, o óleo apenas conduz o calor placidamente do fundo para
o topo. Mas se você aumenta a temperatura, criando um gradiente mais
acentuado, surge uma estrutura. O óleo forma pequenos mas visíveis
fluxos de formato hexagonal chamados de células Bénard. Elas
transferem o calor com muito mais rapidez, resistindo à tentativa de
abandonar o equilíbrio ainda mais.
Em diversas outras situações, a natureza mostra essa tendência de
formar estruturas mais complexas quando pressionada a abandonar o
equilíbrio de maneira mais intensa. Se as condições o permitirem, um
tornado ou uma reação química cíclica se formam. Quem sabe a vida? Se
é esse o caso, somos apenas agentes da uniformidade, trabalhando para
levar o universo ao equilíbrio da forma mais rápida e completa que
pudermos.
Essa alegação parece audaciosa. A vida é uma montagem muito precisa
de proteínas, açúcares e outras moléculas. Elas formam células, e
depois tecidos e órgãos, organismos completos e por fim ecossistemas
extensos. Será que toda essa complexidade é impulsionada por uma lei
física simples? No reino da ecologia, pelo menos, há indicações de
que seja esse o caso.
Para compreender o motivo, considerem o que quer dizer estar "fora de
equilíbrio". Para descrever a "qualidade" da energia em um sistema, a
porção de um bloco de energia qualquer que você pode extrair na forma
de trabalho útil é denominada "exergia". Em equilíbrio, não se pode
extrair energia alguma, de modo que a exergia é zero. Mas se,
digamos, você tiver um recipiente de gás em alta temperatura e
pressão, com relação ao ambiente, ele dispõem de certa exergia. Se
você permitir que o gás escape, pode executar trabalho, por exemplo
causar rotação em uma turbina, e ao mesmo tempo dispersar a energia
no espaço e no tempo. Depois que todo o gás for liberado, ele não
pode mais executar tanto trabalho quanto antes, de maneira que você
reduziu sua exergia.
A idéia de Schneider e Kay é a de que os organismos e ecossistemas
tenderão a evoluir e se transformar em máquinas mais intrincadas para
eliminar exergia. Existe alguma maneira de provar essa asserção?
A vida funciona com base na luz solar, que dispõe de muita exergia.
Porque a estrela é tão quente, cada fóton solar tem energia elevada,
e a alta energia por fóton equivale a uma alta exergia. Assim que
você sabe quanta exergia está presente na energia solar, pode-se
começar a analisar a energia que flui através dos sistemas
biológicos.
Quando a luz solar é absorvida e transformada em outras formas de
energia, essa exergia se reduz. O que Kay e Schneider dizem é que a
vida o faz de maneira mais completa do que aconteceria sob outro
sistema. Por exemplo, as plantas difundem a energia solar que
absorvem permitindo que água evapore de pequenos poros em suas
folhas. O vapor de água em temperatura média e a planta fria que ele
deixa para trás emitem apenas radiação infravermelha de baixa
potência, de modo que em última análise a radiação infravermelha que
vem da Terra é menos capaz de realizar trabalho do que se ela tivesse
sido refletida em uma rocha nua.
Clientes frios
Os animais desempenham um papel ao degradar ainda mais a exergia
química armazenada nas plantas, e ao fazê-lo de maneira melhor do
que, digamos, pela queima da planta em si. O fogo radia fótons de
energia relativamente alta, que portam dose considerável de exergia -
inferior à da luz solar, mas superior à do infravermelho que emana de
um leão bem alimentado ou de uma gazela ruminando.
Schneider, que agora trabalha em sua fazenda no Estado de Montana,
diz que os ecossistemas mais maduros ou saudáveis capturarão e
dissiparão mais raios solares do que os sistemas mais jovens ou
decrépitos. As medições já realizadas parecem sustentar sua
interpretação. Jeffrey Luvall e seus colegas no Centro Global de
Hidrologia e Clima, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço
(Nasa) dos Estados Unidos, em Huntsville, Alabama, vêm realizando
medições por satélite da radiação presente em ecossistemas há mais de
uma década. Os resultados obtidos por eles sugerem que os
ecossistemas emitem radiação mais fria quanto mais maduros forem. Ou
seja, uma floresta composta por árvores de 400 anos de idade é mais
fria que uma floresta mais jovem, que é mais fria que uma floresta
desmatada. E existe uma diferença de cerca de 25°C entre a
temperatura de um ecossistema maduro e a de uma pedreira.
Outra das previsões de Schneider e Kay foi confirmada por
experiências em um ambiente mais controlado. Se as plantas são
conduzidas pelo desejo de consumir exergia, é provável que o façam
melhor, e portanto sejam mais frias, sob as condições às quais
estejam acostumadas. Em 1998, Timothy Allen, Tanya Havlicek e John
Norman, da Universidade de Wisconsin, em Madison, cultivaram plantas
de soja em um túnel de vento. As plantas cultivadas sob vento forte
ficavam mais frias sob ventos fortes; as plantas cultivadas sob vento
ameno, eram mais frias sob vento ameno.
No momento, a única maneira eficiente de avaliar a diversidade de um
ecossistema é visitá-lo e contar as espécies diferentes presentes.
Mas se a diversidade for refletida pela temperatura, então exploração
aérea ou via satélite poderia oferecer um método barato de avaliar as
mudanças ecológicas de longo prazo e de descobrir se a base de
recursos de um sistema está sendo desperdiçada.
Outra aplicação poderia ser a agricultura. Em um dos estudos de
Luvall, conduzido com pesquisadores da Universidade Auburn, do
Alabama, a distribuição das zonas mais frias em uma fazenda
apresentava correlação positiva com maior rendimento. O fazendeiro,
Don Glenn, de Hillsboro, no Alabama, diz que se tivesse uma base de
informação poderia ter usado os dados para vender contratos futuros
de sua safra antes da temporada da colheita, e da queda dos preços
que ela acarreta. Outra experiência de Kay e de um grupo da
Universidade de Guelph, no Canadá, demonstrou que as plantas
cultivadas se tornam mais frias quando recebem mais fertilizante, mas
que esse resfriamento termina por encontrar um limite. Isso pode
significar que fazendeiros seriam capazes de determinar a quantidade
de fertilizante a aplicar para obter o máximo rendimento por meio de
dados infravermelhos.
Muito mais controvertida é a alegação de que a exergia determina a
evolução. "A evolução tem uma direção", diz Schneider. "Capturar e
degradar energia é um fim selecionado". Eles não dizem que a exergia
é a única força presente. "Existem muitas coisas que os organismos
precisam fazer e não têm relação com, a termodinâmica", enfatiza Kay.
Mas sempre que encontra duas opções igualmente favoráveis à
sobrevivência, a vida escolherá a que consome mais exergia. "Trata-se
de uma parte da história da evolução. E vem-se provando uma parte
realmente importante", afirma Kay, que originalmente acreditava que
as diferenças de temperatura entre os ecossistemas seriam tornadas
menos importantes por outros fatores.
Nos anos 70 e 80, o fisiologista russo Alexander Zotin, então membro
do Instituto de Biologia Evolutiva da Academia Soviética de Ciências,
comparou o metabolismo de uma ampla gama de organismos. Ele concluiu
que os crustáceos e os moluscos, parte de um grupo que surgiu mais
cedo no histórico geológico, tinham metabolismos quatro vezes mais
lentos do que os dos pássaros e mamíferos, surgidos centenas de
milhões de anos mais tarde. Schneider interpreta esse ponto como
prova de que à medida que progredia, a evolução "inventou" novas e
melhores maneiras de degradar a energia.
Mas estudar as variantes modernas dos organismos do passado não é o
suficiente, diz Daniel McShea, da Universidade Duke, na Carolina do
Norte, que estuda tendências macroevolucionárias e a complexidade. Os
crustáceos modernos podem fazer parte de um grupo antigo, mas isso
não significa que sejam iguais aos seus antepassados. O que seria
realmente necessário é alguma propriedade fóssil correlata ao
metabolismo, talvez a complexidade de forma. Se uma conexão como essa
puder ser encontrada, a tendência seria testada de maneira mais
direta e mais questões poderiam ser apresentadas. A melhora é
constante ou intermitente? Que fatores ecológicos e ambientais a
afetam? De que forma é afetada pelas extinções em massa? Mas as
pessoas que trabalham com a termodinâmica da vida não parecem
inclinadas, o mais das vezes, a perguntar essas questões empíricas
arriscadas, diz McShea.
A crítica mais forte à teoria vem dos darwinistas, que dizem que
simplesmente não existe necessidade para a nova "força vital"
proposta por Kay e Schneider. A seleção natural já bastaria para
explicar a crescente diversidade da vida.
Peter Corning, do Instituto de Estudo de Sistemas Complexos em Palo
Alto, na Califórnia, acredita que os fluxos de energia não podem
determinar a direção da evolução, ou o projeto de sistemas complexos,
porque a luta pela sobrevivência é tão multifacetada e sensível a
detalhes. A segunda lei descreve a maneira pela qual a energia é
desperdiçada, quando o importante é determinar de que maneira ela é
capturada e utilizada. "Esterco de cavalo não explica o cavalo",
costumava dizer Steven Kline, da Universidade Stanford, que colaborou
com Corning até morrer.
Corning acredita os benefícios obtidos com a melhora da captura e do
uso da energia sejam o fator chave, porque a seleção natural favorece
essas melhoras. Assim, a termodinâmica nos leva de volta a Darwin, e
não a uma tendência extra-darwinista ao desperdício de energia.
Para além de Darwin
Schneider e Kay não contestam que a seleção natural seja importante,
mas dizem que os ecossistemas, em especial, demonstram a necessidade
de novas leis gerais que expliquem o fato de que eles capturam mais
energia à medida que amadurecem, fazem melhor uso dela e a reciclam
mais. O darwinismo encontra dificuldades para explicar ecossistemas,
porque eles não podem ser selecionados da maneira que um organismo o
é. Kay aponta que os ecossistemas não são muito bons em transformar
energia solar em biomassa, o que parece estranho se a meta da vida é
se reproduzir, mas seria de esperar caso a vida esteja tentando
gastar energia por meio da evaporação de água.
Se realmente somos prisioneiros da segunda lei, será que até mesmo a
origem da vida pode ser legislada pela Termodinâmica? "Eu esperaria
que a biologia emergisse, dada a segunda lei em sua forma
reformulada", diz Kay. Schneider, de fato, vê a vida como uma célula
Bénard que aprendeu a se reproduzir. Não é um processo tão simples
quanto esquentar óleo em uma panela, claro. Schneider imagina
conjuntos de reações químicas autocatalisadoras, talvez ocorridas
perto de fendas hidrotérmicas no oceano. Esses conjuntos começaram
simples, mas novas e estruturas e processos foram se desenvolvendo
para degradar mais exergia. Inicialmente, essas estruturas químicas
se desmantelavam sempre que os gradientes desapreciam por um momento,
e todo o processo tinha de ser reiniciado do zero. Mas a seguir um
sistema auto-reprodutivo, talvez o ADN ou o ARN, surgiu para
preservar esse conhecimento de como "comer" energia. Dessa maneira,
as reações podiam acumular complexidade e se reciclar para sempre.
Algumas respostas ao trabalho de Kay e Schneider são mais
entusiásticas do que as de Corning e McShea. De acordo com o
ecologista James Brown, da Universidade do Novo México, eles estão
fazendo perguntas realmente importantes sobre as bases físicas da
vida, em um momento em que procurar por princípios biológicos gerais
é reprimido. Rod Swenson, do Centro de Estudo Ecológico da Percepção
e Ação, na Universidade do Connecticut, concorda em que a vida esteja
respondendo a um imperativo termodinâmico, mas diz que a idéia, ou
versões melhores dela, está em circulação há algum tempo. Ele
acredita que a vida funciona para degradar a energia térmica -gerando
o máximo possível de entropia. Kay contesta essa interpretação
dizendo que o calor não é a única fonte possível de energia para
vida. A exergia, por outro lado, inclui toda as fontes de energia
disponíveis.
Assim, há muita gente a ser convencida ainda. O próximo estágio de
experiências terá de ser ainda mais rigoroso, para determinar o
orçamento de energia total dos sistemas vivos -tudo, de células a
ecossistemas mundiais. Encontrar dinheiro para esse tipo de projeto é
um desafio. Luvall, Kay e Schneider realizaram seus trabalhos com
orçamento mínimo, e Norman e Allen tentaram repetidamente obter uma
verba, mesmo que pequena, para testar até que ponto a capacidade de
regulação de temperatura das plantas poderia evoluir, com o tempo.
Allen talvez encontre dificuldade ainda maior para obter verbas para
sua idéia mais maluca. Ele especula que a exergia seja essencial à
civilização humana, também. Nossa história poderia ser interpretada
como uma série de saltos rumo a formas melhores de extrair energia -
primeiro a madeira, depois o carvão e o petróleo, agora a energia
nuclear. O mercado e o matadouro seriam, na prática, as células
Bénard da caça e da agricultura: maneiras mais eficientes de degradar
a energia útil. Agora, bastariam algumas espaçonaves para levar às
estrelas a cruzada energética da vida.
Tradução: Paulo Migliacci
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 13:26
> De: Ligia Gallo
>
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@u...> escreveu
> > > De: Ligia Gallo
> > > Presunção seria descartar "o além" apenas por falta
> > > de recursos em compreendê-lo...
> >
> > > É por isso que não é só de ciência que a realidade sobrevive e há
> > > muito mais crédulos que céticos. Não é por ignorância não: é
> por
> > > receptividade.
> >
> > Não é presunção, mas prudência e honestidade intelectual.
> > Podemos especular sobre o além, deuses e fadas em mitologia,
> > ou literatura fantástica. Puxa! Adoro J.R.R.Tolkien, R.Silverberg,
> > Frank Herbert, entre muitos outros!
>
> Ótimo! Já imaginou se ninguém tivesse tentado "ver para crêr" que a
> Terra não era achatada como uma Pizza? O "além" era povoado por
> demônios e olhe só: vivemos hoje em dia no "além" e nada de mal
> acontece ( além do fato de estarmos em uma crise econômica
> demoníaca... :). Mas daí precisarar criar barcos cada vez mais
> capazes de encarar tais empreitadas...
Não é desse 'além' a que eu me referia. Eu tô falando do além
onde vévi (assim mesmo: vévi) a mula-sem-cabeça e o boi-tatá.
> > Agora construir toda uma teoria maluca sobre anjos e demônios
> > e depois sair por aí berrando que é a Verdade Absoluta invisível
> > aos olhos dos pagãos e céticos... Dá um tempo!
>
> E... quem faz isso? Moi jamais! Tem gente que faz isso,
> infelizmente... aí é ignorância. A receptividade à qual eu me
> referia era a capacidade de não se ater apenas às idéias de que
> apregoam que somente o que é visível e palpável existe...
Não disse que vc faz isso, mas que vc é excessivamente
complacente isso vc não pode negar.
E esse papo de receptividade é balela. Por mais quantos séculos
vou ter de aturar essa porcaria de astrologia. Os astrólogos
tiveram milênios para desenvolver sua 'ciência' e não conseguiram
demonstrar sua eficácia (e nem estou exigindo base teórica).
Já tá na hora de colocar essa coisa no museu.
Os astrólogos pagam de moderninhos e querem nos fazer crer que
astrologia é coisa de quem tem a "mente aberta a novas
possibilidades". BALELA! Astrologia é coisa de reacionário que
não suporta a verdade nua e crua da realidade preto-no-branco;
não suportam a idéia de que não temos qualquer controle sobre
a natureza, sobre nosso rumo, sobre nada. Astrologia é coisa de
megalomaníaco que sonha em dominar ou influenciar o destino das
pessoas. Todos eles se acham SERES ILUMINADOS e SUPERIORES,
perseguidos pelos céticos e pela ciência.
Eu não precisei estudar décadas para descobrir que isso é lixo.
Eu li Dostoievski que, ao lado de Shakespeare, virou do avesso o
espírito humano e mostrou quanto o mais vil dos seres podem
ser incrivelmente complexo. Não admito que um babaca venha
me dizer como sou, como penso ou como ajo em função dos 'astros'.
> > O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> > faz parte de nossa realidade e ponto final.
>
> Faz parte de nossa realidade sim. Apenas não nos damos conta
> disso... ou até damos conta mas alegamos ser "coincidência"...
Não. Não faz. Se um dia eu começar a ver bicho-papão vou procurar
um psiquiatra. Se não posso enxergar alguma realidade mais sutil
também não vou dizer mentiras.
É obvio que minhas percepções são falíveis e não percebo a realidade
como de fato ela é, mas apenas uma fração dela. E é por esse motivo
que não vou me meter a besta de inventar realidades, mas antes
verificar as coisas que eventualmente eu perceba que destoe da
realidade comum.
> > Acho que as pessoas tendem a sentir um imenso vazio ao constatar
> > que a realidade é completamente alheia aos nossos desejos, medos
> > e frustrações. Então inventamos uma realidade fantástica: deuses,
> > bruxas, oráculos, etc...
>
> Isso é com "eles"... cada um povoa seu mundo com os demônios ou a
> falta deles como lhe aprouver...
>
> > A realidade é sem graça, monótona e regular, essa é a verdade...
>
> Hum... você está decididamente "precisado" de um estímulo, uma
> paixão, uma força interior que o "levante" em todos os sentidos :)
Mas não sou que tem problemas com a realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
São os que vêm coisas que não se encontram na realidade que
precisam de muito mesmo de ajuda psicológica, isso sim!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Somente o mensurável existe?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 13:32
> De: Manuel Bulcão
>
> Manuel: Os valores podem ser medidos? Segundo Quine, a mente não pode
> ser medida, apenas os estados corpóreos podem ser submetidos aos
> nossos instrumentos de mensuração. Quer dizer então que a mente não
> existe?
Eu não o conheço pessoalmente. Nunca o vi mais gordo. Mas presumo
que a mente do Manuel Bulcão existe, consequentemente deve existir
um Manuel Bulcão. A mente do Manuel Bulcão existe pois ela
expressa experiências que são comuns às minhas experiências;
porque podemos concluir as mesmas coisas sobre nossas experiências.
> Para medir uma coisa, antes temos que senti-la, percebê-la.
> Significa, então, que somente as sensações existem? Uma realidade
> material independente dos nossos sentidos não existe?
Logo devo concluir que qualquer coisa que alguém diga deve
ser verdade?
Menos, Batista, menos...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 13:35
> Isso não faz o mínimo sentido. Quer então dizer que se eu souber que
> Plutão existe ele influencia-me, mas se eu não souber, já não me
> influencia? Isso quer então dizer que o meio mais seguro para não
> ser influenciado pelos maus planetas é não saber que eles existem.
Boa!
Tu estás a usar otermo "influencia" no sentido de "causa efeitos em".
Da mesma forma que a lua influencia as marés, estás a supor que os
planetas influenciam alguma caracteristica da personalidade ou seja
lá o que for.
Eu estava a usar o termo no sentido que se algo é conhecido ele
provoca todo um redemoinho de coisas.
É como o neutrino, agora podes usá-lo para justificar coisas. Há 1
seculo não podias pois ele não era conhecido. Agora ele influencia,
antes não. é neste sentido que eu estava a falar. Não sei se é claro
agora.
O que eu queria dizer é que antes de uma pessoa nascer ela não pode
justificar nada. Ninguem pode dizer "foi ele que provocou" , " a
culpa é dele"
Do teu ponto de vista, mesmo antes dela nascer ela influenciaria, nem
que seja o tamanho da barriga da mae.
Se o planeta tem determinada caracteristica que lhe é atribuida,
obviamente só lhe pode ser atribuida depois dele ser conhecido.
Depois dele ser descoberto. Não faz sentido pensar o contrário.
Agora, se quiseres usar o planeta em mapas anteriores à sua
descoberta concerteza podes, já que supomos que ele já estava lá
antes (embora ninguem possa provar que estava de facto)
O que não poderás fazer, convenhamos, é usá-lo antes de ser
descoberto.
Sérgio
SUBJECT: Antes de medir, definir...
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 13:40
>ME DIGA O QUE É A MENTE...
E EU TE DIGO SE DÁ PRA MEDIR.
L.E.
>Manuel: Os valores podem ser medidos? Segundo Quine, a mente não pode
>ser medida, apenas os estados corpóreos podem ser submetidos aos
>nossos instrumentos de mensuração. Quer dizer então que a mente não
>existe?
>
>Para medir uma coisa, antes temos que senti-la, percebê-la.
>Significa, então, que somente as sensações existem? Uma realidade
>material independente dos nossos sentidos não existe?
>
>Abraços,
>Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 13:53
Sergio M. M. Taborda wrote:
>--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
>>--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...>
>>
>escreveu
>
>>>Sim, de facto. Mas tb estaria desenhando o que ele pode não pode
>>>ser.
>>>
>>E qual o problema de definir o q. algo não pode ser?
>>
>>>Quando Plutão foi
>>>encontrado, ou Urano ou Neptuno os seus significados foram
>>>estabelecidos por aquilo que tinha acontecido na terra na época
>>>
>em
>
>>>que foram descobertos.
>>>
>>Nao entendo por q. esse seria o melhor metodo.
>>
>
>O método astrologico ocidental, que é o que está em causa aqui,
>baseia-se no evento de nascimento para saber as caracteristicas do
>dado evento. Inferem-se dos arquetipos determinadas caracteristicas.
>Quando da descoberta de um planeta o que podemos fazer - se quisermos-
> é estabelecer um novo arquétipo para esse planeta.
>
Como é que se determina a data de nascimento de um planeta? O evento mais
próximo do nascimento é a formação que durou milhões de anos e ocorreu
há milhares de milhões. Nimguém conseguirá determinar isso com uma
precisão de dias ou horas. Por outro lado, a data da descoberta não pode ser
considerada como a data do nascimento porque isso coloca dois problemas:
- o planeta não influenciava antes de ser descooberto? Se não influenciava,
porque é que não influenciava? Se influenciava, como é que influenciava?
- as descobertas são pessoais e locais. Pode um planeta descoberto na Europa
influenciar a China? E o que conta, é a data de descoberta na China ou a
data de descoberta na Europa?
Joao
SUBJECT: Re:Deus no_joga_dados_?
FROM: Joaquim Salles <joaquimsalles@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 13:54
Caro João Miranda,
Grato pela explanação. Agora entendi a sua análise.
[]s
Joaquim
---------------------------------
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Voto de protesto?!
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 13:56
Na Bahia os números apurados nestas eleições dão algumas pistas para tentarmos entender o que significam os votos nulos, brancos ou as abstenções.
Alguém ganha com isso ou é só o reflexo do nível intelectual da população?
José Renato
_______________________________
A TARDE 10/10/2002 - Política
< http://www.atarde.com.br/politica/eleicoes/materias.php?mes=10&ano=2002&id_subcanal=41&id_materia=1558 >
Abstenção, brancos e nulos vencem eleições na Bahia
Um a cada quatro eleitores baianos não votou nas eleições de 2002. Foram 2,1 milhões de pessoas que não compareceram às urnas. É como se Alagoas e Sergipe não realizassem eleições, caso fosse fazer uma comparação a grosso modo. Nesta eleição, a Bahia teve também mais de um milhão de eleitores votando em branco (311.961) ou anulando o voto (740.409). Portanto, a soma da abstenção, dos brancos e nulos ultrapassaram 3,1 milhões de votos na Bahia.
Nenhum candidato atingiu essa marca de votos. Nem Antonio Carlos Magalhães (2,9 milhões), nem Lula (2,8 milhões) e nem Paulo Souto (2,8 milhões). A abstenção na Bahia foi a maior do País e isso vem ocorrendo desde 1991. Naquele ano, 40% dos baianos se recusaram a ir às urnas, tamanha era a decepção com a administração anterior.
O Estado do Maranhão, terra de Roseana Sarney - a ex-governadora que teve de abandonar a campanha por causa daquela montanha de dinheiro na sua fazenda -, é o segundo Estado em abstenção. Foram 23% de eleitores que não foram às urnas. Vale ressaltar que a Bahia e o Maranhão são dois estados que disputam sempre os últimos lugares no Índice de Desenvolvimento Humano. São os que têm maior número de analfabetos, desempregados, favelados, tuberculosos e outras mazelas.
No outro extremo da tabela está o Rio Grande do Sul, que registrou o menor índice de abstenção do País (13%). Um outro fato curioso é que os gaúchos elegeram seus deputados - federais e estaduais - com diferença de votos muito igualitária entre os 50 primeiros colocados. E nenhum parlamentar disparou na votação, como as aberrações ocorridas em São Paulo e na Bahia (M. S.).
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 14:07
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
Ou eu não me explico ou vc não estão querendo entender.
> > O nascimento da pessoa é o evento mais importante na vida de uma
> > pessoa, por isso ele é o principal.
>
> Eu acho q. a gastrulacao e' o momento mais importante na vida de
uma
> pessoa. Batendo ali com o momento da concepção.
Isto iria implicar no debate da def de vida e onde ela começa.
Mas isso é irrelevante. Vc poderia escolher qq momento, como eu já
disse. Escolhe-se esse por convenção e simplicidade.
> > No caso dos planetas podes usar a data de descoberta. É de facto
ai
> > que a exitencia deles passa a influir nas teorias, pensamentos,
> > ideias, conhecimento em geral , do mundo. E portanto é a partir
dai
> > que faz sentido traçar o seu mapa.
>
> Então não adiantaria eu traçar um mapa astral de uma pessoa q. não
> conhece os planetas?
Não é nada disso que eu estava dizendo.
Para resumir, podes usar a data que te der na gana, o problema é que
antes de ele ser descoberto não ha datas nenhumas que possas usar.
Essa é a primeira data que podes, associar ao planeta.
Imagina que depois disso se descobria que o planeta tinha X milhões
de anos. Era outra data possivel. Mas esta data só é possivel de
determinar pq houve um dia em que ele foi descoberto - o dia da
primeira data que já tinhamos considerado.
É isto que eu quero dizer com ele só poder influir depois de ser
conhecido. Só depois da data dele ser conhecido é que se podem chegar
a outras datas, mas estas embora seja anteriores à da descoberta
chegam a nós depois da de descoberta.
Portanto a descoberta é que origina tudo o resto, tal como o
nascimento, dai que seja esta a data considerada.
É claro desta forma ?
> > Em astrologia oriental o que interessava, para alguns astrologos,
> > antigamente era a data da geração (se queres saber eu acho que
para
> > fins meramente politicos). Ou seja quando os pais tiveram
relações
> > sexuais das quais foi gerada aquela pessoa.
>
> Normalmente a fecundacao ocorre alguns dias depois do coito.
Mesmo que isso se soubesse na epoca, é mais importante a data do
coito - por motivos sociais e politicos - do que a de fecundação.
Se tu fosses médico e quisesses saber de quantos meses poderia estar
o bebe o que é que tu perguntavas ?
Perguntavas aquilo que a mae pode saber. Eu acho.
> O polvora foi desenvolvida na China ha' alguns milenios e nao teve
> nenhum impacto imediato na Europa ate' o séc. 15. A televisao nao
tem
> nenhum impacto na comunidade de cablocos nos grotoes do sertao
> brasileiro.
A polvora e a televisão não são planetas que eu saiba.
Não estão naturalmente no ceu, cumprindo um calendário ciclico.
> Novamente, a questao parece ser mais simbolica do q. qq outra coisa.
Não. Não tem nada com isso. Espero que seja claro do texto lá em cima
> Atribuir Sol a Leao e a Lua a Cancer parece ser um exercicio
> simbolico arbitrario.
Pode ser simbolico, mas não é arbitrário. (ou seguir uma ordem de
distancia é algo arbitrario?)
Mas esta questão nada tem a ver como o inicio e corpo do mail.
Esta questão da distribuição prendia-se com o sistema de regencias
para avaliar o significado dos planetas. E não com a data da
descoberta.
>Ou tem algum fundamento fatual?
Depende do que tu achas que é factual.
O sol e a lua tem mais importancia em astrologia que o resto pq são
eles, de facto, que definem os signos. Eles são portanto os geradores
de todo o sistema. E por isso eles são os primeiros a serem
considerados. Ficaste esclarecido ?
Sérgio
SUBJECT: Partículas-fantasma
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 14:20
O Jornal da Ciência E-mail veicula comentário interessante na edição de hoje (10.10.2002), usando manchete chamativa. Vide site abaixo:
Prêmio Nobel de Física vai para partícula-fantasma
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=5333 >
[]s
José Renato
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 14:24
> De: flaviofavero
>
> As listas que vc indicou são voltadas a assuntos de cunho religioso.
> Não é bem nisso que estou interessado.
> De qualquer forma, obrigado.
Nestas listas é proibido discutir aquelas coisas (astrologia,
bruxaria, etc.). Aqui não. Aqui vc é livre para discutir
qualquer coisa, até pseudo-ciência, contudo, corre o risco
de ter o orgulho seriamente ferido. Eu disse orgulho, e não
honra, pois não admitimos ataques "ad hominem". Atacamos
idéias e não pessoas. Não queremos nutrir preconceitos,
portanto, pode-se discutir astrologia, acupuntura e
homeopatia. Se o cara vai conseguir sustentar seus argumentos?
Aí é outra história...
[]
Alexandre Medeiros
> > Eis uma relacao das listas com as caracteristicas mencionadas:
> >
> > http://br.groups.yahoo.com/group/evangelicos/
> > http://br.groups.yahoo.com/group/evangelho/
> > http://groups.yahoo.com/group/jesuscristo/
> > http://groups.yahoo.com/group/adventistas/
> > http://br.groups.yahoo.com/group/testemunhadejeova/
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 14:32
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
> Ou eu não me explico ou vc não estão querendo entender.
Como saber de uma e outra coisa?
> Isto iria implicar no debate da def de vida e onde ela começa.
> Mas isso é irrelevante. Vc poderia escolher qq momento, como eu já
> disse. Escolhe-se esse por convenção e simplicidade.
Acho q. nao poderia ser qq momento. Digamos, eu pego a data de
nascimento de uma pessoa e a data do primeiro parto de outra pessoa.
A mae e a filha terao o mesmo mapa, mas certamente as coisas foram
diferentes para uma e outra. Pode-se levantar a objecao q. se esta'
comparando laranjas com ferraris, e' possivel. Mas isso querera'
dizer entao q. se tracarmos o mapa natal e o mapa parturial teremos
q. interpretar de formas diferentes. Ok, admite-se isso. Mas se
podemos tracar o perfil das pessoas a partir do momento de seu
nascimento e admite-se q. se tiverem um mesmo mapa natal deverão ter
destinos semelhantes. Ok. Isso deveria ser extensivel então para qq
momento, como dito acima. Entao se duas mulheres gravidas tiverem o
mesmo mapa parturial deverao ter destinos semelhantes tbm? Se dois
candidatos tiverem o mesmo mapa eleitoral deverao ter destinos
semelhantes? Se dois doentes tiverem o mesmo mapa sanitario deverao
ter destinos semelhantes? Se dois embrioes tiverem o mesmo mapa
gastrulacional deverao ter destinos semelhantes?
> antes de ele ser descoberto não ha datas nenhumas que possas usar.
Ha' varias datas. Como aquele astrologo fez com Varuna. Conhece-se a
trajetoria do planeta. Conhece-se, portanto, sua posicao pregressa.
> Portanto a descoberta é que origina tudo o resto, tal como o
> nascimento, dai que seja esta a data considerada.
> É claro desta forma ?
Mas nao vejo no q. isso implicaria q. o metodo utilizado pelo
astrologo russo seja menos inadequado -- ja' q. tto faria a data q.
ele utilizasse.
> > Normalmente a fecundacao ocorre alguns dias depois do coito.
>
> Mesmo que isso se soubesse na epoca, é mais importante a data do
> coito - por motivos sociais e politicos - do que a de fecundação.
Luise Brown discodaria de sua tese.
> Se tu fosses médico e quisesses saber de quantos meses poderia
> estar o bebe o que é que tu perguntavas ?
So' olhava a barriga da mae. As pessoas nao fazem sexo em apenas um
periodo do ano.
> A polvora e a televisão não são planetas que eu saiba.
> Não estão naturalmente no ceu, cumprindo um calendário ciclico.
Nao vejo qual o privilegio de ser ou nao um planeta. Sao corpos como
qq outro. Assim como acima, abaixo e'. Conjuncoes planetarias sao
apenas um tipo de evento. Se tratarmos em termos simbolicos ai'
poderemos atribuir sentidos especiais para planetas. (Apropo, Sol e
Lua tbm nao sao planetas.)
> > Atribuir Sol a Leao e a Lua a Cancer parece ser um exercicio
> > simbolico arbitrario.
>
> Pode ser simbolico, mas não é arbitrário. (ou seguir uma ordem de
> distancia é algo arbitrario?)
> Mas esta questão nada tem a ver como o inicio e corpo do mail.
> Esta questão da distribuição prendia-se com o sistema de regencias
> para avaliar o significado dos planetas. E não com a data da
> descoberta.
Q. ordem de distancia tem em falar q. o Sol esta' ligado ao Leao? E
se eu dissesse q. o Sol esta' ligado 'a Virgem? Q. criterio de
distancia estou utilizando?
> >Ou tem algum fundamento fatual?
>
> Depende do que tu achas que é factual.
> O sol e a lua tem mais importancia em astrologia que o resto pq são
> eles, de facto, que definem os signos. Eles são portanto os
> geradores de todo o sistema. E por isso eles são os primeiros a
> serem considerados. Ficaste esclarecido ?
Ou seja e' arbitrario. Nao vejo drama em se admitir q. a astrologia
e' puramente simbolica e arbitraria. Os elementos culturais sao assim
e nao sao menos respeitados por isso. Poderia criar uma astrologia em
q. Marte e a casa da Angelina Jolie fossem os definidores dos signos.
Algumas correntes astrologicas levam em conta a posicao aparente das
constelacoes zodiacais na abobada celeste. Outras apenas os setores
em q. elas estavam ha' milenios. Outros apenas as configuracoes dos
planetas. O q. decide por um e outro? Nao sao os dados do mundo de
certo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus não joga dados ?
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 14:35
Jaison Carvalho wrote:
Jaison,
A matemática nada tem a ver com a verdade. A verdade é um conceito
que se aplica à relação entre o que está na nossa mente e a realidade. A
matemática não tem nada de real. É uma criação mental. Toda a estrutura
matemáca baseia-se em axiomas e regras de derivação que são inventados
pelos homens. Podemos analisar a consistência das proposições com o
resto do edificio. Mas não há nada de externo que nos permita determinar
a verdade matemática de uma proposição. Por outro lado, alguns sistemas
matemáticos parecem ser isomorfos da realidade. Mas isso é absolutamente
natural porque o número de sistemas matemáticos concebiveis é infinito
e algum deles terá que ser isomorfo da realidade. Se a realidade fosse
diferente
haveria sempre uma outra estrutura matemática que se lhe adequasse.
O que podemos pensar é que a realidade se adequa a sistemas matemáticos
simples, mas isso também não é estranho: se o mundo fosse complicado e
não pudesse ser modelado por sistemas simples, então a nossa própria
existência como seres vivos seria impossível porque todos os seres vivos
dependem da modelação do ambiente.
Joao
http://www.nonio.com
>Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não tive muito sucesso nas respostas
>a minha dúvida é :
>
>Seria Deus um matemático ?
>a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
>tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis , como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na natureza , como o
>segmento de reta ou o circulo perfeito.
>Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o mundo graças a matemática.
>Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a relação da matemática e a verdade )
>
>Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
>
>A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
>
>[]
>
>Jaison
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 14:42
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> O astrofísico britânico Sir Fred Hoyle disse uma vez que
> supor que a seleção natural poderia construir organismos complexos
> por mero acaso é mais ou menos tão provável quanto um furacão jogar
> pro alto várias peças aleatoriamente e, quando elas caírem,
> construírem um Boeing.
Deixe eu lhe dar a primeira bordoada entao.
A selecao natural nao e' aleatoria.
Se em um ambiente chove menos, organismos q. tolerem as estacoes da
seca deverao ser selecionados. Se fosse aleatoria a selecao tto faria
se resiste ou nao 'a falta de agua, todos teriam a mesma chance de
sobreviver e ai' nao esperariamos mesmo q. houvesse uma adaptacao e
muitos menos q. surgissem estruturas complexas.
Segundo, a evolucao atua sobre estruturas preexistentes e nao
colecionando partes aleatorias.
> Mutações favoráveis são um evento probabilisticamente raro, tão
Sao. Assim como acertar na loteria. So' q. sao varias pessoas
apostando na loteria, assim dificilmente um premio fica acumulado
muito tempo. As mutacoes sao raras, mas sao diversos genomas se
reproduzindo, entao elas ocorrem o tempo todo.
> Além do mais, ele teria deixado como resíduo uma grande massa de
> indivíduos com mutações desfavoráveis em cada época, e não existem
> registros fósseis disso.
Individuos com mutacoes favoraveis ou nao morrem -- excecao das
bacterias e seres q. se reproduzem por cissiparidade. E nao ha'
registro fossil de todos eles. Sera' q. nao existiram? Sera' q. so'
existiram os individuos q. recuperamos como fosseis?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Comentários 2 (A la Jack)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 15:25
"> Oi
Oi
> Creio que todos almejam a 'felicidade'. Esta seria o 'bem maior'.
Creio que não. O homem busca Sentido acima de tudo.
Sacrifica sua vida pelo Sentido.
A felicidade não é o motor maior.
> Entendo
> que a 'felicidade' se apoia num tripé: Saúde, liberdade e amor.
> Você já aventou a possibilidade de envolver-se em uma suruba com seus
pais?
> No seu caso particular (Psicólogo) talvez sim: Algum paciente pode ter
> trazido esta questão. Mas o 'normal das pessoas' não têm -liberdade- para
> pensar nisto.
A "suruba" é simbólica.
> Há tempos passados havia uma série na TV onde de uma nave espacial eram
> teletransportados tripulantes para lugares pré determinados: Pura ficção.
> Um cientista inglês, na Inglaterra e um grupo de cientistas chineses, na
> Austrália conseguiram realizar o teletransporte de partículas subatomicas.
É
> um início...
> Se atearmos fogo a uma folha de papel, este papel que é matéria se
> transformará em energia, térmica e luminosa. Seria o Homem capaz de
> desmaterializar? Quanto de energia gerariam 50 kg de corpo humano? Se a
> energia fosse luminosa, seria 'um grande brilho'. Mas no caso de energia
> térmica ou elétrica, seria uma destruição, levando outros humanos ao seu
> fim.
> Assim, somente se a humanidade como um todo se desmaterializasse poderia
ser
> feita a experiência sem a extinção.
> A humanidade se desmaterializando seria um novo 'big bang': Destruiria o
> Planeta.
> Não é brincadeira: Loucura não é brincadeira.
O que vc quer dizer com isso?
DFG"
Oi Douglas
Um Homem com 'fome' não encontra sentido em nada e para nada, até que tenha
a 'fome' saciada, claro.
'Loucura' seria alienação a realidade. Penso haverem 'loucuras premiadas'
como por exemplo a perfeição no trabalho de um dentista
obscessivo-compulsivo ou o sucesso de um vendedor hipomaníaco.
Que estou 'alienado a realidade', eu sei. Minha pretenção é 'estar
premiado'.
Antonio Renato.
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Deus não joga dados ?
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 15:25
Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não tive
muito sucesso nas respostas
a minha dúvida é :
Seria Deus um matemático ?
a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis ,
como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na
natureza , como o
segmento de reta ou o circulo perfeito.
Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o
mundo graças a matemática.
Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a
relação da matemática e a verdade )
#####>A matemática avançada redunda em filosofia (Será que a frase é de
Bertrand Russel?) O exato conduz à especulação?<#####
Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode
jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
[]
Jaison
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: Deus não joga dados ?
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 15:26
"Minha opinião é a seguinte: o fato de ser possível encontrar um
conjunto de objetos matemáticos e lógicos obedecendo a certas relações e
que possa ser colocado par a par com objetos reais (?) que obedecem a
relações correspondentes é uma dado empírico, ou melhor, uma suposição ad
hoc. As demonstrações matemáticas reduzem-se ao âmbito da matemática, a sua
correspondência com elementos do mundo físico não pode ser demonstrada,
apenas corroborada empiricamente. Aliás, a própria lógica, na qual se
baseia toda a matemática, baseia-se, por sua vez, em premissas - axiomas -
não submetidas à necessidade de demonstração. Mude-se os axiomas, e mudará
a lógica. Se essa correspondência matemática/lógica-mundo real for
inteiramente verdadeira, trata-se provavelmente de uma das várias coisas
incognoscíveis pela própria natureza que ocorrem no mundo. Pode ser,
entretanto, que essa correspondência seja falha, e que estejamos
simplesmente selecionando os resultados que batem com ela e alardeando que
o mundo segue a matemática e a lógica baseados em observações
tendenciosas... Mas jamais vamos saber, a não ser que encontremos uma
exceção.
Belisário"
Oi
Gostaria de satisfazer uma curiosidade minha: Existem diferentes
matemáticas? A de Aristóteles, a de Euclides, etc? E mais, a maneira de
enfocar os fenômenos naturais, através da matemática, foi capaz de motivar
Einstein a reformular a física de Newton?
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Antonio Renato
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 15:27
Venho achando interessante a linha que você segue com suas
afirmações. Você relaciona a sexualidade com tudo e sei que você
está certo, apesar de não ter base alguma em termos de estudo, apenas
algumas leituras. Reich já dizia~algo interessante sobre o orgasmo e
o poder e eu penso assim.
#####>Conheço o autor citado (Willem Reich) mas também nada tenho acessível
no momento<#####
Gostaria de uma resposta sua a uma situação hipotética ( não adianta
querer relacionar comigo:): uma mulher que não se considera inibida
sexualmente e é até bonita, acaba sempre por envolver-se com homens
com problemas tanto eréteis quanto de relacionamento pessoal, seja
pela falta de "tato" deles no relacionar-se com a figura da mulher
(misturando a figura da mãe, da prostituta, da professora, por
exemplo ), seja pela omissão ( em se fazer acessível: há o problema
da ex-mulher, da mulher, da liberdade ), seja pela ausência ( não
escreve, não dá notícias... ou quando o faz é um desastre: uma,
duas linhas... mas insiste em dizer que "gostcha mutcho"), seja
ainda pelo fato deles estarem completamente desestruturados física e
moralmente ( fim de noivado, fim de casamento, relacionamento ruim
com a "primeira dama") o que se pode dizer de tal mulher?
Ela "garimpa" tais espécimes que se provam ináptos a serem bons
companheiros ( que é tudo o que ela sempre quis afinal) ou eles vêm
ao encontro de alguma repressão/amarra da sexualidade dela, ainda que
não perceptível, ou seja, que ela não se dá conta? Note que ela
sempre se apaixona perdidamente por tais espécimes... e sofre como
uma condenada!
#####>Que fique bem claro que é apenas um pitaco supositório em uma situação
hipotética. Parece, como vc mesmo supõe, que tal mulher 'garimpa' tais
'espécimes'. A grande mobilização, até mesmo na ausência (de preferência
prolongada) do 'escolhido' e a manuntenção desta situação repetidamente
através dos tempos, vem a favor do dito. Por outro lado, não invalida sua
outra hipótese de ela 'atrair' tais 'espécimes'. A 'especialidade' dela são
'relacionamentos inadequados'. Mas talvez, neuroticamente (convenientemente)
satisfatórios<#####
Essa pergunta composta acima faz ainda com que eu pergunte: de um
modo geral, como você vê o relacionamento homem/mulher? Há a
possibilidade de alguém viver sozinho sem estar reprimindo alguma
coisa?
#####>Você conhece a (passagem na) música?: "Fundamental é mesmo o amor, É
impossível ser feliz sozinho"! Até freiras são (simbolicamente) casadas (com
Deus). Se fôssemos 'criados' para sermos solitários não teríamos órgão
genital ou seríamos hermafroditas (Como nas 'solitárias': Taenias) A
genitália, como dissera em outra msg, exige a mobilização de outro ser
humano de sexo oposto para estar funcional.
Relacionamento homem/mulher? Aí colega, inicia minha loucura... que não é
pequena<#####
Beijos, Lígia
#####>Beijos, Antonio Renato.<#####
SUBJECT: Entupiu...
FROM: Eduardo Guéron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 15:58
Caros membros da ciencialist,
não sei o qual a opinião de vocês mas eu não mais consigo participar de nehuma discussão
dessa lista dado ogrande números de mensagens que são enviadas por dia. Simplesmente não tenho
condições de acompanhar argumentos e contra-argumentos além do que a minha caixa de mensagens
entope com frequência quando passo alguns dias sem verificar o correio eletrônico e simplesmente
a esvazio sem ler quase nada.
Cito o problema mas não tenho solução mágica. Sou, a princípio, contra a moderação nessa
lista entretanto penso que deveríamos ter o bom senso de escrever um pouco menos para que os
assuntos possam ser discutidos ou ao menos lidos por todos. Para citar um exemplo, não vejo
sentido em um debate sobre voto nulo tão "aprofundado" nesse tipo de lista apesar de me
interessar bastante por política - principalmente nesta época de eleições.
um abraço, Eduardo.
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 16:03
> De: Takata
> Mas se podemos tracar o perfil das pessoas a partir do momento de seu
> nascimento e admite-se q. se tiverem um mesmo mapa natal deverão ter
> destinos semelhantes.
Isso mesmo meu brother nipo-mineiro! Diz aí Sérgio, o filho da madame
terá um destino semelhante ao do filho da faxineira, se nasceram no
mesmíssimo
dia, hora e lugar. (Tá, tá, tá, no mesmo lugar não dá, mas na sala de parto
ao lado...)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Fábricas de cocô, é o que somos!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 16:12
Pelo q. entendi, eles nao entenderam o trabalho dos dois.
(Ou o tradutor andou aprontando das suas.)
Primeiro fala em sistemas q. degradam mais energia: "engenhoca
barroca para desperdicar energia". Depois falam em melhores formas de
extrair energia.
Falam em ser mais frio nas condicoes em q. vivem: "As plantas
cultivadas sob vento forte ficavam mais frias sob ventos fortes; as
plantas cultivadas sob vento ameno, eram mais frias sob vento ameno."
E depois falam em metabolismo lentos e rapidos: "os crustáceos e os
moluscos, parte de um grupo que surgiu mais cedo no histórico
geológico, tinham metabolismos quatro vezes mais lentos do que os dos
pássaros e mamíferos, surgidos centenas de milhões de anos mais
tarde. Schneider interpreta esse ponto como prova de que à medida que
progredia, a evolução "inventou" novas e melhores maneiras de
degradar a energia."
> Kay aponta que os ecossistemas não são muito bons em transformar
> energia solar em biomassa, o que parece estranho se a meta da vida
> é se reproduzir
Embora nesse trecho acima pareça mais q. o caso se trate de uma falta
de entendimento dos processos biologicos. Q. raio tem a ver o com a
calca? Por q. se os organismos sao selecionados de acordo com sua
capacidade reprodutiva, o ecossitema teria q. apresentar um bom
rendimento?
Tem alguma coisa estranha q. nao estou conseguindo captar.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 16:38
From: "rmtakata"
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
> Isto iria implicar no debate da def de vida e onde ela começa.
> Mas isso é irrelevante. Vc poderia escolher qq momento, como eu já
> disse. Escolhe-se esse por convenção e simplicidade.
"Acho q. nao poderia ser qq momento. Digamos, eu pego a data de
nascimento de uma pessoa e a data do primeiro parto de outra pessoa.
A mae e a filha terao o mesmo mapa"
Elas terão um mapa cada uma mas serão mapas de coisas diferentes.
Elas não terão o mesmo mapa para a mesma coisa.
", mas certamente as coisas foram
diferentes para uma e outra. Pode-se levantar a objecao q. se esta'
comparando laranjas com ferraris, e' possivel. Mas isso querera'
dizer entao q. se tracarmos o mapa natal e o mapa parturial teremos
q. interpretar de formas diferentes.Ok, admite-se isso. "
Sim.
"Mas se
podemos tracar o perfil das pessoas a partir do momento de seu
nascimento e admite-se q. se tiverem um mesmo mapa natal deverão ter
destinos semelhantes."
É aqui que está o problema, isso não se pode admitir à piori.
Isso ainda é um problema em discussão.
A astrologia não dita destinos. Isso é uma ideia dos tempos modernos.
Quando vc vai ao psicologo e ele o analiza e lhe diz que vc tem a
caracteristica X, isso é traçar seu destino?
Então pq a astrologia que fa exactamente o mesmo , mas por outros meio,
teria de ser ?
" Ok. Isso deveria ser extensivel então para qq
momento, como dito acima. Entao se duas mulheres gravidas tiverem o
mesmo mapa parturial deverao ter destinos semelhantes tbm?"
Elas terão vivencia semelhante do mesmo acontecimento. Não terão destinos
semlhantes só porque encaram o parto da mesma forma.
Contudo, o mapa natal é como se encara a vida. Algo mais abrangente.
"Se dois candidatos tiverem o mesmo mapa eleitoral deverao ter destinos
semelhantes? Se dois doentes tiverem o mesmo mapa sanitario deverao
ter destinos semelhantes?"
Não sei o que será o mesmo mapa sanitário... lol
A questão aqui é mais complicada. Vc está misturando astrologia natal com
progressões e astrologia mundial. Uma coisa de cada vez, por favor.
A base é o mapa natal. Ele dá uma visão geral das capacidades da pessoa.
Ao longo da sua vida podemos fazer vários mapas, chamados de mapas de
progressão. Este mapas dirão o estado da pessoa nessa altura, o que lhe é
favorável e desfavorável.
Mas esta tecnica precisa do mapa natal é pela diferença relativa dos
planetas no mapa natal e neste mapa de progressão que as coisas se avaliam.
Portanto, não basta que os candidatos tenham o mesmo mapa eleitoral, eles
teriam de ter o mesmo mapa natal.
Agora, vc está é sugerindo eu escolher outra data em vez da do nascimento.
Tudo bem, mas ai tudo teria de ser aferido a essa data. Chamemo ao mapa
dessa data o mapa padrão.
Se o mapa padrão for no dia Y defenido de alguma forma. então as
progress~eos teriam de ser aferidas ao mapa padrão.
Qual é o problema com esta tecnica ?
É que antes de acontecer o evento que define o evento padrão não fariamos
nada.
Imagine que vc defenia o mapa padrão como o mapa do dia de casamento.
Se a pessoa não se casar, já não vai poder usar sua tecnica.
Então escolha algo que todas as pessoas tem de fazer.
A escolha obvia é nascer. todos temos de nascer.
E vc dirá: mas pode escolher o de morte, tb todos morrem.
Certo, mas como eu faria uam progressão para hoje, se eu não sei quando vou
morrer ?
Eu sei quando nasci, isso é bem mais simples.
Portanto é uma questao de precedencia no tempo.
A data de nascimento é a mais simples para estabelecer o mapa padrão.
Não tem que ser esta, mas se vc pensar um pouco verão que é a mais logica.
É claro que vc pode escolher um data anterior a esta, como 9 meses antes, ou
na data da fecundação ou qq outra coisa. Mas a data de nascimento é a data
mais simples.
O que não é nada util é qq data depois dessa. Não se pode saber se a pessoa
vai casar, se seus pais vão morrer, se vai ter filhos (os homens não têm
parto, como ficava para eles no seu exemplo?) , se se vai canditatar, etc...
mas todos tiveram de nascer um dia.
>> antes de ele ser descoberto não ha datas nenhumas que possas usar.
>Ha' varias datas. Como aquele astrologo fez com Varuna. Conhece-se a
>trajetoria do planeta. Conhece-se, portanto, sua posicao pregressa.
Então diga-me onde estão os planetas que ainda não foram descobertos para eu
começar a traçar mapa com eles.
Vc não entendeu, ou não quiz entender, que antes de vc saber do que está a
falar (ou seja, no caso, que planeta é , onde esta, qual é sua velocidade,
etc etc) vc não pdoe fazer nada.
Só depois, à posteriori vc pdoerá fazer essa regressão de que fala. Mas no
dia que a fizer, o dia da descoberta do planeta já terá passado. Então, pq
não usar logo essa data ?
A data de descoberta é sempre a primeira data que vc pode associar.
Vc pode associar uam data anterior, mas sempre fará isso posteriormente.
Um exemplo com numeros. Imagine que o planeta Y era descoberto hoje, dia 10
de out de 2002.
qual é a primeira data que vc pode lhe associar? Acho que é obvio que é a
de hoje.
Agora imagine que daqui a um mes ficavamso a saber que esse planeta se
originou à M milhões de anos. Esta nova data é anterior à que tinhamos, mas
vc só a descobriu/calculou numa data posterior a hoje (daqui a um mes). É
claro agora que a data de descoberta é a primeira data que vc pode atribuir
ao planeta ?
Acho que não é dificil de entender.
> Portanto a descoberta é que origina tudo o resto, tal como o
> nascimento, dai que seja esta a data considerada.
> É claro desta forma ?
"Mas nao vejo no q. isso implicaria q. o metodo utilizado pelo
astrologo russo seja menos inadequado -- ja' q. tto faria a data q.
ele utilizasse."
Deposi desta conversa, já nu mtem nada a ver.
Eu so disse que o método da data de descoberta era melhor na minha opinião.
Eu não disse que tinha de ser este obrigatoriamente.
Estamso falando de traçar um mapa natal de um evento que é a descoberta de
um planeta para sabermos as suas caracteristicas.
O que o autor do site foi usar um método similar ao de transitos.
> Se tu fosses médico e quisesses saber de quantos meses poderia
> estar o bebe o que é que tu perguntavas ?
"So' olhava a barriga da mae. As pessoas nao fazem sexo em apenas um
periodo do ano."
Aih... mas eu disse isso ?
Vc é capaz de olhar para a barriga e dizer de quantos meses , exactamente,
está a gravidez ?
Vc é bom demais para ser verdade. :-)
> A polvora e a televisão não são planetas que eu saiba.
> Não estão naturalmente no ceu, cumprindo um calendário ciclico.
"Nao vejo qual o privilegio de ser ou nao um planeta."
Estamso a falar de astros, que nascem para todos.
nascer é aqui uma palavra tecnica, signifia elevarem-se acima do horizonte.
o sol o faz, a lua o faz , plutão o faz, todos os planetas o fazem.
Não acredito que vc não tenha entendido isso.
O seu exemplo das televisões e da polvora nada têm a ver com isto.
Ou seja, por outras palavras: astronomia não se aplica a televisões e
polvora.
> > Atribuir Sol a Leao e a Lua a Cancer parece ser um exercicio
> > simbolico arbitrario.
>
> Pode ser simbolico, mas não é arbitrário. (ou seguir uma ordem de
> distancia é algo arbitrario?)
> Mas esta questão nada tem a ver como o inicio e corpo do mail.
> Esta questão da distribuição prendia-se com o sistema de regencias
> para avaliar o significado dos planetas. E não com a data da
> descoberta.
"Q. ordem de distancia tem em falar q. o Sol esta' ligado ao Leao?"
Eu desconfio que vcs não leêm as mensagens... eu disse
"Vc pega no zodiaco e começa por atribuir o sol a leão e a lua a
cancer. Dai vc vai atribuindo cada planeta pela ordem de distancia ao
sol a cada signo de um e de outro lado desse plano de simetria
defenido pelo sol e a lua."
A atribuição do sol e da lua não têm a ver com a distancia, a dos outros
planetas é que tem.
E deposi eu completei dizendo:
"O sol e a lua tem mais importancia em astrologia que o resto pq são
eles, de facto, que definem os signos"
O que esclarece pq eles são tratados diferentemente.
> >Ou tem algum fundamento fatual?
>
> Depende do que tu achas que é factual.
> O sol e a lua tem mais importancia em astrologia que o resto pq são
> eles, de facto, que definem os signos. Eles são portanto os
> geradores de todo o sistema. E por isso eles são os primeiros a
> serem considerados. Ficaste esclarecido ?
"Ou seja e' arbitrario. Nao vejo drama em se admitir q. a astrologia
e' puramente simbolica e arbitraria."
Eu tb não veria se fosse verdade.
Eu não considero arbitrária uma coisa que só tem uma forma de ser feita.
" Os elementos culturais sao assim
e nao sao menos respeitados por isso. Poderia criar uma astrologia em
q. Marte e a casa da Angelina Jolie fossem os definidores dos signos."
Acho que vc não entendeu o que eu quiz dizer pq vc não sabe o que "signo"
significa.
Os signos , são 12 pontos equidistantes no zodiaco defenidos pela conjunção
entre o sol e a lua num ano solar. É uma questão de periodo sinódico.
Não ha outros periodos de astros do zodiaco que originem a mesma definição.
Se vc queizer me explicar como marte e a casa da Angelina poderão
estabelecer u msistema semelhante agradeceria. Marte ainda tem um periodo,
mas a casa d Angelina que constante de tempo tem ?
"Algumas correntes astrologicas levam em conta a posicao aparente das
constelacoes zodiacais na abobada celeste."
A astrologia védica leva em conta isso. Mas o que isso interessa se não é
pelas estrelas que se definem os ditos pontos ? (até poderiam não existir
mais estrelas além do sol, o sistema mantinha-se)
Mas eu ahvia escrito "em astrologia ocidental que é a que interesa para o
caso"
A astrologia védica é oriental, é da India.
" Outras apenas os setores
em q. elas estavam ha' milenios. Outros apenas as configuracoes dos
planetas. O q. decide por um e outro? Nao sao os dados do mundo de
certo."
Pois, o seu problema é penar que "signo" é um "sector"
Sérgio
SUBJECT: Sera' q. ele e'?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 16:42
Hominídeo de 7 milhões de anos abre guerra entre paleontólogos
http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7413.shtml
Estava demorando. Depois que o francês Michel Brunet agitou o mundo
da paleontologia ao anunciar, em 11 de julho, a descoberta do mais
antigo ancestral dos hominídeos -um crânio de 7 milhões de anos
desenterrado no Chade-, um artigo científico publicado hoje afirma
que o animal não passa de um macaco grande.
Uma análise assinada pelo antropólogo Milford Wolpoff, da
Universidade de Michigan (EUA), na seção de Comunicações Breves
da "Nature" (www.nature.com), afirma que o Sahelanthropus tchadensis,
mais conhecido como Toumaï (pronuncia-se "tumaí"), não tem
as "características definidoras" dos chamados hominídeos, como a
postura bípede.
Além disso, o formato dos dentes caninos do espécime estaria muito
mais próximo do de uma fêmea de gorila que do de um hominídeo. Sem
dó, Wolpoff intitula seu artigo de "Sahelanthropus [homem do Sahel]
ou Sahelpithecus [macaco do Sahel]?"
-------
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 17:09
Não. Eu não vou aceitar o seu desafio por três razões:
a) Eu não sou uma criança besta que fica desafiando os "amiguinhos" a
cairem em truques baratos;
b) Eu não caio em truques baratos;
c) Meu tempo é precioso e tenho uma infinidade de coisas para fazer até
segunda-feira. Debruçar-me sobre um amontoado de superstições não está
entre elas.
Além disso, se você leu direito o que eu escrevi, eu disse somente que era
possível aprender astrologia em um fim de semana, mas em momento algum eu
disse que estava disposto a perder um fim de semana (ou meio fim de semana,
ou um quarto de fim de semana) com isso.
Se você acha que alguém em seu juízo perfeito estaria disposto a perder
mais do que 48 horas com esse assunto, problema seu.
Alvaro
> Não sei nem me interessa.
> Vc está fugindo do assunto tentando me culpabilizar.
> O facto é que vc não quer aceitar o desafio pq sabe que exagerou
> sobremaneira quando escreveu que era possivel aprender astrologia em
> um fim de semana.
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 17:25
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Ligia Gallo
> > Ótimo! Já imaginou se ninguém tivesse tentado "ver para crêr"
que a
> > Terra não era achatada como uma Pizza? O "além" era povoado por
> > demônios e olhe só: vivemos hoje em dia no "além" e nada de mal
> > acontece ( além do fato de estarmos em uma crise econômica
> > demoníaca... :). Mas daí precisarar criar barcos cada vez mais
> > capazes de encarar tais empreitadas...
>
> Não é desse 'além' a que eu me referia. Eu tô falando do além
> onde vévi (assim mesmo: vévi) a mula-sem-cabeça e o boi-tatá.
L: Vamos colocar as coisas dessa forma: "crendice popular" é
fenômeno físico mal explicado, ponto. Quem acredita nisso porque viu
alguma coisa estranha que vagamente se parecia com uma "mula sem
cabeça" ( seria um UFO? TÔ BRINCANDO!) e expalhou pelo povoado onde
vivia, acabou provocando o mesmo que hoje em dia "nóis faiz": a
gente não testa todas as teorias para conferir se dão certo. Da
mesma forma, o povinho da selva também não foi conferir do que se
tratava tal "aparição" e ficou o dito pelo visto e aceito, pronto.
Daí a várias pessoas acreditarem é um pulo. Daí a "virar" crendice
outro pulinho... CRENÇA...
Falando-se do "além", este pode muito bem ser um plano ou um lugar
tão físico quanto este em que vivemos mas que ainda não conseguimos
alcançar dados nossos parcos recursos. Para que negar
veementemente? É só isso o que eu queria dizer.
> > E... quem faz isso? Moi jamais! Tem gente que faz isso,
> > infelizmente... aí é ignorância. A receptividade à qual eu me
> > referia era a capacidade de não se ater apenas às idéias de que
> > apregoam que somente o que é visível e palpável existe...
>
> Não disse que vc faz isso, mas que vc é excessivamente
> complacente isso vc não pode negar.
L: Complacente? Eu sou receptiva e estou aberta às idéias sem
preconceito. Procuro a Verdade nua e crua ( principalmente nos
relacionamentos. Tá bão que eu acredito que fulano "me ama" só
porque ele diz...)e amo quando encontro respostas seguras para cada
questão. Só não me oponho a deixar aberta a minha mente para as
novidades e aos meios de encontrá-las. E baseando-me no que você
interpreta como minha "complacência" eu posso então dizer muito bem
que você fala como um velho que já perdeu a esperança na vida e em si
mesmo, que não se dá o privilégio de olhar para o outro lado nem
mudar o ponto de vista e daí, como ficamos?
> E esse papo de receptividade é balela. Por mais quantos séculos
> vou ter de aturar essa porcaria de astrologia.
L: Quantos anos você tem?
> Os astrólogos
> tiveram milênios para desenvolver sua 'ciência' e não conseguiram
> demonstrar sua eficácia (e nem estou exigindo base teórica).
> Já tá na hora de colocar essa coisa no museu.
> Os astrólogos pagam de moderninhos e querem nos fazer crer que
> astrologia é coisa de quem tem a "mente aberta a novas
> possibilidades". BALELA! Astrologia é coisa de reacionário que
> não suporta a verdade nua e crua da realidade preto-no-branco;
> não suportam a idéia de que não temos qualquer controle sobre
> a natureza, sobre nosso rumo, sobre nada. Astrologia é coisa de
> megalomaníaco que sonha em dominar ou influenciar o destino das
> pessoas. Todos eles se acham SERES ILUMINADOS e SUPERIORES,
> perseguidos pelos céticos e pela ciência.
L: Astrologia e todas as mancias são isso mesmo, tá bem! Mas que
existe tal coisa "além", isso existe... O problema são os meios
utilizáveis para alcançá-lo ( mancias e magias) mas isso não
inviabiliza a priori qualquer pesquisa séria na tentativa de
comprovar que há alguma coisa "além". Basta que os cientistas não
fiquem assim, espumando de "reiva" todas as vezes que têm que encarar
tais coisas.
> Eu não precisei estudar décadas para descobrir que isso é lixo.
> Eu li Dostoievski que, ao lado de Shakespeare, virou do avesso o
> espírito humano e mostrou quanto o mais vil dos seres podem
> ser incrivelmente complexo. Não admito que um babaca venha
> me dizer como sou, como penso ou como ajo em função dos 'astros'.
L: Cada ser é único, nisso você tem razão. Mas há certas
semelhanças e certos desvios seguidos senão pela maioria, então por
um grupo considerável ao menos... e é a partir de tais semelhanças
que podemos enquadrar fulano ou ciclano em tal, ou qual grupo.
> > > O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> > > faz parte de nossa realidade e ponto final.
> >
> > Faz parte de nossa realidade sim. Apenas não nos damos conta
> > disso... ou até damos conta mas alegamos ser "coincidência"...
>
> Não. Não faz. Se um dia eu começar a ver bicho-papão vou procurar
> um psiquiatra. Se não posso enxergar alguma realidade mais sutil
> também não vou dizer mentiras.
L: As mentiras acontecem justamente por causa da crendice: ninguém
quer ir lá prá testar a veracidade do relato... Não adianta reclamar
e só acredita quem quer.
>
> É obvio que minhas percepções são falíveis e não percebo a realidade
> como de fato ela é, mas apenas uma fração dela. E é por esse motivo
> que não vou me meter a besta de inventar realidades, mas antes
> verificar as coisas que eventualmente eu perceba que destoe da
> realidade comum.
L: Aprenda consigo mesmo. Você é o "laboratório". É só seguir as
setas... :)
> > Hum... você está decididamente "precisado" de um estímulo, uma
> > paixão, uma força interior que o "levante" em todos os
sentidos :)
>
> Mas não sou que tem problemas com a realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
L: Sua realidade parece ser fria e deserta... árida. Senão não
haveria tanta revolta naquilo que expressa em palavras a uma ilustre
desconhecida.
> São os que vêm coisas que não se encontram na realidade que
> precisam de muito mesmo de ajuda psicológica, isso sim!
L: Sabe, às vezes eu até me pergunto por que eu venho perdendo tanto
tempo escrevendo em listas para ter que ler que sou esquizofrênica,
megalomaníaca, louca, complacente, excessivamente tolerante, cética,
empedernida...
Se cuida e tente sorrir mais. Para tudo dá-se um jeito. Se não se é
bonito, pode-se ao menos ser simpático.
Lígia
SUBJECT: Para Alexandre Medeiros
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 17:25
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Ligia Gallo
> > Ótimo! Já imaginou se ninguém tivesse tentado "ver para crêr"
que a
> > Terra não era achatada como uma Pizza? O "além" era povoado por
> > demônios e olhe só: vivemos hoje em dia no "além" e nada de mal
> > acontece ( além do fato de estarmos em uma crise econômica
> > demoníaca... :). Mas daí precisarar criar barcos cada vez mais
> > capazes de encarar tais empreitadas...
>
> Não é desse 'além' a que eu me referia. Eu tô falando do além
> onde vévi (assim mesmo: vévi) a mula-sem-cabeça e o boi-tatá.
L: Vamos colocar as coisas dessa forma: "crendice popular" é
fenômeno físico mal explicado, ponto. Quem acredita nisso porque viu
alguma coisa estranha que vagamente se parecia com uma "mula sem
cabeça" ( seria um UFO? TÔ BRINCANDO!) e expalhou pelo povoado onde
vivia, acabou provocando o mesmo que hoje em dia "nóis faiz": a
gente não testa todas as teorias para conferir se dão certo. Da
mesma forma, o povinho da selva também não foi conferir do que se
tratava tal "aparição" e ficou o dito pelo visto e aceito, pronto.
Daí a várias pessoas acreditarem é um pulo. Daí a "virar" crendice
outro pulinho... CRENÇA...
Falando-se do "além", este pode muito bem ser um plano ou um lugar
tão físico quanto este em que vivemos mas que ainda não conseguimos
alcançar dados nossos parcos recursos. Para que negar
veementemente? É só isso o que eu queria dizer.
> > E... quem faz isso? Moi jamais! Tem gente que faz isso,
> > infelizmente... aí é ignorância. A receptividade à qual eu me
> > referia era a capacidade de não se ater apenas às idéias de que
> > apregoam que somente o que é visível e palpável existe...
>
> Não disse que vc faz isso, mas que vc é excessivamente
> complacente isso vc não pode negar.
L: Complacente? Eu sou receptiva e estou aberta às idéias sem
preconceito. Procuro a Verdade nua e crua ( principalmente nos
relacionamentos. Tá bão que eu acredito que fulano "me ama" só
porque ele diz...)e amo quando encontro respostas seguras para cada
questão. Só não me oponho a deixar aberta a minha mente para as
novidades e aos meios de encontrá-las. E baseando-me no que você
interpreta como minha "complacência" eu posso então dizer muito bem
que você fala como um velho que já perdeu a esperança na vida e em si
mesmo, que não se dá o privilégio de olhar para o outro lado nem
mudar o ponto de vista e daí, como ficamos?
> E esse papo de receptividade é balela. Por mais quantos séculos
> vou ter de aturar essa porcaria de astrologia.
L: Quantos anos você tem?
> Os astrólogos
> tiveram milênios para desenvolver sua 'ciência' e não conseguiram
> demonstrar sua eficácia (e nem estou exigindo base teórica).
> Já tá na hora de colocar essa coisa no museu.
> Os astrólogos pagam de moderninhos e querem nos fazer crer que
> astrologia é coisa de quem tem a "mente aberta a novas
> possibilidades". BALELA! Astrologia é coisa de reacionário que
> não suporta a verdade nua e crua da realidade preto-no-branco;
> não suportam a idéia de que não temos qualquer controle sobre
> a natureza, sobre nosso rumo, sobre nada. Astrologia é coisa de
> megalomaníaco que sonha em dominar ou influenciar o destino das
> pessoas. Todos eles se acham SERES ILUMINADOS e SUPERIORES,
> perseguidos pelos céticos e pela ciência.
L: Astrologia e todas as mancias são isso mesmo, tá bem! Mas que
existe tal coisa "além", isso existe... O problema são os meios
utilizáveis para alcançá-lo ( mancias e magias) mas isso não
inviabiliza a priori qualquer pesquisa séria na tentativa de
comprovar que há alguma coisa "além". Basta que os cientistas não
fiquem assim, espumando de "reiva" todas as vezes que têm que encarar
tais coisas.
> Eu não precisei estudar décadas para descobrir que isso é lixo.
> Eu li Dostoievski que, ao lado de Shakespeare, virou do avesso o
> espírito humano e mostrou quanto o mais vil dos seres podem
> ser incrivelmente complexo. Não admito que um babaca venha
> me dizer como sou, como penso ou como ajo em função dos 'astros'.
L: Cada ser é único, nisso você tem razão. Mas há certas
semelhanças e certos desvios seguidos senão pela maioria, então por
um grupo considerável ao menos... e é a partir de tais semelhanças
que podemos enquadrar fulano ou ciclano em tal, ou qual grupo.
> > > O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> > > faz parte de nossa realidade e ponto final.
> >
> > Faz parte de nossa realidade sim. Apenas não nos damos conta
> > disso... ou até damos conta mas alegamos ser "coincidência"...
>
> Não. Não faz. Se um dia eu começar a ver bicho-papão vou procurar
> um psiquiatra. Se não posso enxergar alguma realidade mais sutil
> também não vou dizer mentiras.
L: As mentiras acontecem justamente por causa da crendice: ninguém
quer ir lá prá testar a veracidade do relato... Não adianta reclamar
e só acredita quem quer.
>
> É obvio que minhas percepções são falíveis e não percebo a realidade
> como de fato ela é, mas apenas uma fração dela. E é por esse motivo
> que não vou me meter a besta de inventar realidades, mas antes
> verificar as coisas que eventualmente eu perceba que destoe da
> realidade comum.
L: Aprenda consigo mesmo. Você é o "laboratório". É só seguir as
setas... :)
> > Hum... você está decididamente "precisado" de um estímulo, uma
> > paixão, uma força interior que o "levante" em todos os
sentidos :)
>
> Mas não sou que tem problemas com a realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
L: Sua realidade parece ser fria e deserta... árida. Senão não
haveria tanta revolta naquilo que expressa em palavras a uma ilustre
desconhecida.
> São os que vêm coisas que não se encontram na realidade que
> precisam de muito mesmo de ajuda psicológica, isso sim!
L: Sabe, às vezes eu até me pergunto por que eu venho perdendo tanto
tempo escrevendo em listas para ter que ler que sou esquizofrênica,
megalomaníaca, louca, complacente, excessivamente tolerante, cética,
empedernida...
Se cuida e tente sorrir mais. Para tudo dá-se um jeito. Se não se é
bonito, pode-se ao menos ser simpático.
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Antes de medir, definir...
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 17:30
Como tu quer medir uma coisa que tu não sabe o que é... nem onde tá?
Vai medir com que?
Só se tu medir a mente com a mente.
(risos)
L.E.
At 19:06 10/10/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
>escreveu
>
> > >ME DIGA O QUE É A MENTE...
> > E EU TE DIGO SE DÁ PRA MEDIR.
> > L.E.
>
>Manuel: O que é mente? Mente é mente assim como uai é uai, uai! :-)
>
>Às vezes um significante tem um significado tão evidente que fica até
>difícil de definí-lo. P. Ex., o que é "ser"?
>
>Certa vez pedi a um amigo para definir um ponto. Ele então respondeu:
>ponto é isso: .
>
>[]s,
>Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: para Álvaro
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 17:34
Eu agradeço se você se abstiver das explicações sobre Teosofia, o que
certamente daria origem a meia centena de e-mails e talvez alguns desafios.
Quando ao charlatanismo da madame, a opinião não é minha, mas sim dos
produtores de documentário recente exibido no Discovery Channel (ou talvez
no Mundo, não me lembro ao certo). Reclamações com eles...
> Bem, posso tentar explicar o que é Teosofia mas daí eu entro na mesma
> situação em que me vi há algum tempo falando sobre o Espiritismo: há
> lugar para tais discussões que não é aqui. Mas caso você realmente
> soubesse o que é Teosofia antes de falar em H.B. charlatã, aí
> poderíamos dar prosseguimento a esta discussão "num patamar mais
> elevado"... o que ainda não é o caso.
Se eu acrescento tão pouco a você, porque você perde tanto tempo comigo?
Quanto a ser um divulgador científico, agradeço o elogio. É melhor ser um
divulgador científico comum do que um místico incomum (se é que existe
isso!). Só que eu garanto que estou mais na categoria de "chato
científico", hehe...
> Espero não ter que voltar a discutir com você, Álvaro. Infelizmente
> não estamos num mesmo nível. Você é um divulgador científico comum,
> munido de argumentos comuns que em pouco ou quase nada acrescentam a
> mim. Obrigada contudo pela sua boa vontade em não me chamar
> diretamente de "shitpot"... ou "kook", ou "crank", ou "crackpot".
Lígia
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SUBJECT: Re: Antes de medir, definir...
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 17:38
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
>
> >ME DIGA O QUE É A MENTE...
> E EU TE DIGO SE DÁ PRA MEDIR.
> L.E.
Manuel: O que é mente? Mente é mente assim como uai é uai, uai! :-)
Existem significantes cujos significados são tão evidentes que fica
quase impossível definí-los. P. ex., o que é "ser"?
Certa vez pedi a um amigo para definir um ponto. Ele respondeu: ponto
é isso: .
[]s
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Voto de protesto?!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 17:43
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Na Bahia os números apurados nestas eleições dão algumas pistas
para tentarmos entender o que significam os votos nulos, brancos ou
as abstenções. Alguém ganha com isso ou é só o reflexo do nível
intelectual da população?
Manuel: por falar em voto, o PSTU, um partido nacionalmente
estruturado, não elegeu um deputado federal sequer. O PCO, idem (e
pensar que um dia eu fui da Causa Operária, no tempo em que ela ainda
era uma facção do PT...)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Multiplicar/dividir
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 17:44
Imagino que ele esteja se referindo a multiplicação e divisão de números
complexos. Ficaria assim:
a) Multiplicação e divisão na forma polar:
z1 = Z1/alfa; z2 = Z2/beta
z1 * z2 = Z1*Z2/alfa+beta
z1/z2 = (Z1/Z2)/alfa-beta
z2/z1 = (Z2/Z1)/beta - alfa
b) Multiplicação e divisão na forma retangular
z1 = a + jb ; z2 = c + jd (notação de engenharia elétrica; matemáticos usam
"i" no lugar de "j", mas "i" para nõs é corrente elétrica)
z1 * z2 = (a + jb)*(c + jd) = a*c + a*jd + jb*c + jb*jd = a*c - b*d + j(a*d
+ b*c)
z1/z2 = (a + jb)/(c + jd) = (a + jb)*Conj(c + jd)/((c + jd)*Conj(c + jd)) =
(a + jb)*(c - jd)/((c + jd)*(c - jd)) =
= ( a*c - a*jd + c*jb + b*d)/(c^2 + d^2)=
= ( a*c + b*d + j(c*b - a*d))/(c^2 + d^2)
onde Conj é o conjugado no número complexo.
[ ]s
Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 10 de Outubro de 2002 05:31
Assunto: [ciencialist] Fw: Multiplicar/dividir
Ajudem-me a interpretar a dúvida desse consulente.
[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Gilberto Adão de Oliveira" <goliveir@triang.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 10 de outubro de 2002 00:47
Assunto: Multiplicar/dividir
| Prof. Luiz,
|
| Como faço para multiplicar e dividir coordenadas polares e/ou
retangulares?
|
| Grato,
| goliveir@triang.com.br
|
|
|
| ---------------------------------------
| Triang Internet Provider (http://www.triang.com.br)
|
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SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 17:51
Roberto Takata
> "Mas se
> podemos tracar o perfil das pessoas a partir do momento de seu
> nascimento e admite-se q. se tiverem um mesmo mapa natal deverão ter
> destinos semelhantes."
Sergio Taborda
> É aqui que está o problema, isso não se pode admitir à piori.
> Isso ainda é um problema em discussão.
> A astrologia não dita destinos. Isso é uma ideia dos tempos
> modernos. Quando vc vai ao psicologo e ele o analiza e lhe diz que
> vc tem a caracteristica X, isso é traçar seu destino?
> Então pq a astrologia que fa exactamente o mesmo , mas por outros
> meio, teria de ser ?
Se vc conseguir convencer os astromantes disso ficaria feliz. Mas
eles so' se lembram disso qdo as coisas nao acontecem
como 'previstas'. E nao so' os picaretas -- q. providencialmente sao
os q. dao a cara a bater e erram feio (eqto acertam sao chamados
de 'astrologos renomados') -- mas todos os q. conheco.
De todo modo, qdo um psicologo diz q. eu tenha a caracteristica X, eu
espero q. eu tenha a caracteristica X. Tudo bem, ele fez a analise e,
baseado nos dados disponiveis, fez um chute. Ele pode errar em um
caso particular. Mas se ele erra com muita frequencia de modo q. o
diagnostico dele nao serve pra nada, entao tem algo errado com ele ou
com a tecnica q. ele aplica. Se todos os psicologos q. aplicam essa
tecnica nao acertam no diagnostico mais do q. com qq outra tecnica --
uma boa observacao leiga, por exemplo -- entao essa tecnica e' furada.
Mas nao estamos a discutir esse ponto no momento.
O ponto e' q. so' vc (e talvez um grupo pequeno de astromantes)
admitem q. um mesmo mapa astral nao indica tendencias semelhantes (o
q. novamente cairia na questao: entao pra q. serve tentar interpretar
um?)
Afinal: o q. se interpreta com o mapa natal?
Roberto Takata
> "Se dois candidatos tiverem o mesmo mapa eleitoral deverao ter
> destinos semelhantes? Se dois doentes tiverem o mesmo mapa
> sanitario deverao ter destinos semelhantes?"
> Não sei o que será o mesmo mapa sanitário... lol
> A questão aqui é mais complicada. Vc está misturando astrologia
> natal com progressões e astrologia mundial.
Na verdade nao. O q. estou fazendo e' o q. vc nota a seguir:
simplesmente elaborando uma nova data.
> Imagine que vc defenia o mapa padrão como o mapa do dia de
> casamento.
> Se a pessoa não se casar, já não vai poder usar sua tecnica.
Nao importa. A questao e' q. poderei comparar com as pessoas para as
quais eu possa utilizar essa tecnica. Comparo a evolucao do
casamento, por exemplo. Pode contra-argumentar: mas isso depende de
comparar com o mapa natal. Bem, mas o mapa natal nao depende de
comparar com a data gastrulacional ou a data fecundacional.
> Então diga-me onde estão os planetas que ainda não foram
> descobertos para eu começar a traçar mapa com eles.
> Vc não entendeu, ou não quiz entender, que antes de vc saber do que
> está a falar (ou seja, no caso, que planeta é , onde esta, qual é
> sua velocidade, etc etc) vc não pdoe fazer nada.
Isso nao e' problema nenhum. A menos q. se trate algo puramente
simbolico. O fato e' q. agora eu sei onde ele estava e como ele
estava posicionado com os demais planetas em qq outra data --
pregressa ou futura -- dentro dos limites de precisao dos calculos
das orbitas planetarias.
> Só depois, à posteriori vc pdoerá fazer essa regressão de que fala.
> Mas no dia que a fizer, o dia da descoberta do planeta já terá
> passado. Então, pq não usar logo essa data ?
A questao e' q. nao alteraria em nada a precisao se a hipotese da
correlacao posicao dos planetas/desenvolvimento dos eventos estiver
correta. E mais, em vez de fazer uma passagem indireta das
caracteristicas dos demais planetas, e com isso correr o risco de
multiplicar o erro, pode-se estabelecer mais diretamente as
propriedades astrologicas desse planeta. E' como fazer a calibragem
de um instrumento -- essa tecnica nada mais seria do q. isso -- posso
calibrar com outros instrumentos semelhantes: a medida de uma regua
com outra regua -- ou posso calibrar utilizando-se referencias
padroes. A segunda opcao e' a preferivel em termos de precisao.
> A data de descoberta é sempre a primeira data que vc pode associar.
Eu posso associar 'a data na qual eu ouvi falar pela primeira vez
desse planeta. Antes disso nao teria influencia nenhuma. Vc usa a
dara em q. vc ouviu falar pela primeira vez, antes disso nao teve
influencia nenhuma no mundo sob o seu ponto de vista.
> Eu so disse que o método da data de descoberta era melhor na minha
> opinião.
So' estariamos transferindo as caracteristicas dos demais planetas
para o novo. Continuo nao vendo nenhum embasamento fatual para q. os
planetos conhecidos antes tenham tal prioridade.
> > Se tu fosses médico e quisesses saber de quantos meses poderia
> > estar o bebe o que é que tu perguntavas ?
>
> "So' olhava a barriga da mae. As pessoas nao fazem sexo em apenas um
> periodo do ano."
>
> Aih... mas eu disse isso ?
> Vc é capaz de olhar para a barriga e dizer de quantos meses ,
> exactamente, está a gravidez ?
> Vc é bom demais para ser verdade. :-)
Se eu fosse medico saberia. As pessoas fazem sexo continuamente. Pelo
menos duas vezes por mes. Nao adianta perguntar: qdo vc fez sexo pela
ultima vez? A resposta sera': "ontem". (O olhar a barriga da mae e'
aplicar os exames corriqueiros de GO.)
> Estamso a falar de astros, que nascem para todos.
> nascer é aqui uma palavra tecnica, signifia elevarem-se acima do
> horizonte. o sol o faz, a lua o faz , plutão o faz, todos os
> planetas o fazem.
So' q. nao para todos. Durante o inverno o Sol pode nao se levantar
nos polos.
> Ou seja, por outras palavras: astronomia não se aplica a televisões
> e polvora.
Nao estamos falando de *astronomia*.
> "O sol e a lua tem mais importancia em astrologia que o resto pq são
> eles, de facto, que definem os signos"
> O que esclarece pq eles são tratados diferentemente.
Novamente, isso tem significado apenas simbolico e arbitrario.
Poderia se tratar diferente Marte e Ceres...
> Eu tb não veria se fosse verdade.
> Eu não considero arbitrária uma coisa que só tem uma forma de ser
> feita.
O q. definitivamente nao se aplica 'a astromancia. Existem diversas
correntes.
> Os signos , são 12 pontos equidistantes no zodiaco defenidos pela
> conjunção entre o sol e a lua num ano solar.
Essa e' uma definicao posterior ao uso, bem depois do estabelecimento
da astromancia. A questao nao e' originar a mesma definicao, a
definicao e' arbitraria, no limite da operacionalidade. Poderia
perfeitamente subdividir o periodo em 13 periodos -- alias e' o q.
fazem alguns proponentes da astrologia q. incluem Serpentario entre
os signos.
> Se vc queizer me explicar como marte e a casa da Angelina poderão
> estabelecer u msistema semelhante agradeceria. Marte ainda tem um
> periodo, mas a casa d Angelina que constante de tempo tem ?
Ela realiza uma cicloide ao redor do Sol. A questao nao e' ter um
sistema semelhante, mas um outro sistema. Nao ha' nada q. me diga
objetivamente q. um e' melhor do q. o outro.
> A astrologia védica é oriental, é da India.
Como eu disse, existem diversos sistemas possiveis de astromancias.
Seu estabelecimento e' arbitrario.
> " Outras apenas os setores
> em q. elas estavam ha' milenios. Outros apenas as configuracoes dos
> planetas. O q. decide por um e outro? Nao sao os dados do mundo de
> certo."
>
> Pois, o seu problema é penar que "signo" é um "sector"
Depende do sistema astromantico q. se adotar. Mesmo na corrente
ocidental ha' variacoes.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: tão evidente... por que medir então?
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 17:51
>Manuel: O que é mente? Mente é mente assim como uai é uai, uai! :-)
>
>Existem significantes cujos significados são tão evidentes que fica
>quase impossível definí-los. P. ex., o que é "ser"?
>
>Certa vez pedi a um amigo para definir um ponto. Ele respondeu: ponto
>é isso: .
>
>[]s
>Manuel Bulcão
Então tá...
então eles são também tão evidentes em seu tamanho...
que fica dispensavel medir, né?
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 17:56
> Não. Eu não vou aceitar o seu desafio por três razões:
Pronto. Tá visto
(as 3 desculpas não eram necessárias)
> Além disso, se você leu direito o que eu escrevi, eu disse somente que era
> possível aprender astrologia em um fim de semana, mas em momento algum eu
> disse que estava disposto a perder um fim de semana (ou meio fim de
semana,
> ou um quarto de fim de semana) com isso.
Escolha outra pessoa, se é esse o problema.
Ou então indique exemplos de pessoas que tenham aprendido astrologia em 48h.
Mesmo que não ineterruptas.
> Se você acha que alguém em seu juízo perfeito estaria disposto a perder
> mais do que 48 horas com esse assunto, problema seu.
O conhecimento nunca fez mal a ninguém. Mesmo que não acreditemos não dói
saber do que se trata.
O problema , acho que é todo seu. É vc que perde por não saber e fazer
comnetários que só lhe ficam mal, ainda para mais quando não sabe
justificá-los.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Álvaro 2
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 17:56
Eu não estou dizendo que você deve falar ou deixar de falar sobre o que
quiser. Apenas me referi à sua insistência de que eu apresente uma teoria
científica cada vez que mostro o meu lado cético. Assim fica parecendo um
participante que diz: "Eu criei uma bobagem e você não criou nada. Logo, a
minha bobagem é superior ao seu nada". Ora vamos...
> Eu sou livre para falar daquilo que me interessa. E amo conversar
> com as pessoas, de preferência animando e brincando porque este é o
> meu jeito de conversar. Não me vejo na obrigação de postular
> equações e fórmulas mas caso apareça oportunidade e eu me sinta com
> vontade de discutir alguma dúvida, eu falo sim, por que não?
Dessa vez, tudo que eu disse é que a astrologia é muito simples (e é!), e
logo veio o Sergio com o desafio do milhão, dizendo que eu só escrevo
disparates, etc. Os biólogos não ficarão tão ofendidos porque o Takata joga
no time deles. Ele já defendeu a evolução centenas de vezes e nunca se
cansa. Cada vez que aparece um participante novo, com as mesmas objeções,
ele explica novamente em vez de ficar dizendo "ah, mas isso já foi
discutido aqui e ninguém entendeu".
Sobre a astrologia, é interessante que até a década de 80 os astrólogos
diziam que a profissão era muito difícil, que eles tinham que estudar
durante vários anos, que demoravam uma semana para fazer um mapa astral.
Agora que existem até mesmo aplicativos gratuitos para fazer mapa astral, a
dificuldade mudou para a interpretação do mapa. Só que já existem
tentativas de implementar interpretadores automáticos de mapas astrais.
Tudo indica que daqui a alguns anos, quando a A.I. tiver se desenvolvido
mais, os astrólogos serão desnecessários!
> Ninguém fica "doido" à toa. Qualquer um que se atreva a falar em
> um "agente", em um Deus imanente ao Universo ou mesmo que busque
> respostas além do que é cientificamente provável, discordando de que
> a Relatividade é a última palavra ou a Física Quântica não contenha
> erros crassos e seja alcunhado de nomes "carinhosos" como "kook" tem
> o direito à defesa. Ninguém, pelo contrário xingou os biólogos desta
> lista de quaisquer termos pejorativos pela não aceitação do
> criacionismo... portanto a questão é a falta de respeito para com
> pessoas que pensam de forma "diferente", não certa ou errada mas
> apenas divergindo do que é convencionalmente aceitável. Se você se
> abstiver de falar de forma ofensiva, agredindo tais pessoas, já vai
> estar contribuindo em muito às discussões em um patamar elevado,
> envolvendo o desenrolar de idéias sem o preconceito que estreita e
> achata o raciocínio de qualquer um.
Foi por isso mesmo que eu não enviei a lista...
> Muito pelo contrário: discussões não devem obedecer a "listas de
> assuntos viáveis", nem a um cronograma. Elas acontecem quando uma ou
> mais pessoas tentam chegar a um denominador comum ou apenas
> concordarem que discordam. O "atiçar" discussões banais que culminam
> com a troca de "gentilezas" é que é irritante, causa mal estar e cria
> um ambiente nada propício ao bom entendimento entre as partes
> envolvidas. Veja agora esse desafio a que você foi submetido. Sem
> necessidade alguma você apenas criou para si uma situação ridícula e
> sem motivo de ser, desviando potenciais assuntos muito mais
> interessantes de seu curso. Ora, espara-se tudo de um cientista,
> menos que ele se envolva com bobagens sem sentido...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus não joga dados ?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 18:02
Quanto a isso os matemáticos nunca se acertaram. Há os platônicos, que
acham que a matemática é uma descoberta, e os pragmáticos, que acham que a
matemática é uma invenção. Quando os dois se encontram em um congresso, a
discussão acaba em hospitais e delegacias e a polícia é chamada para
separar brigas iniciadas por causa da correta interpretação das funções
hermitianas...
Do ponto de vista de um engenheiro, a matemática funciona e pronto.
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Jaison Carvalho" <jaison@isadobrasil.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 10 de Outubro de 2002 09:20
Assunto: [ciencialist] Deus não joga dados ?
Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não tive
muito sucesso nas respostas
a minha dúvida é :
Seria Deus um matemático ?
a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis ,
como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na
natureza , como o
segmento de reta ou o circulo perfeito.
Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o
mundo graças a matemática.
Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a
relação da matemática e a verdade )
Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode
jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: Antes de medir, definir...
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 18:06
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
> >ME DIGA O QUE É A MENTE...
> E EU TE DIGO SE DÁ PRA MEDIR.
> L.E.
Manuel: O que é mente? Mente é mente assim como uai é uai, uai! :-)
Às vezes um significante tem um significado tão evidente que fica até
difícil de definí-lo. P. Ex., o que é "ser"?
Certa vez pedi a um amigo para definir um ponto. Ele então respondeu:
ponto é isso: .
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 18:06
Alexandre,
Você está falando da lista da SBCR, não é? :))
[ ]s
Alvaro
> Nestas listas é proibido discutir aquelas coisas (astrologia,
> bruxaria, etc.). Aqui não. Aqui vc é livre para discutir
> qualquer coisa, até pseudo-ciência, contudo, corre o risco
> de ter o orgulho seriamente ferido. Eu disse orgulho, e não
> honra, pois não admitimos ataques "ad hominem". Atacamos
> idéias e não pessoas. Não queremos nutrir preconceitos,
> portanto, pode-se discutir astrologia, acupuntura e
> homeopatia. Se o cara vai conseguir sustentar seus argumentos?
> Aí é outra história...
[]
Alexandre Medeiros
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 18:14
Sergio M. M. Taborda wrote:
>>>O método astrologico ocidental, que é o que está em causa aqui,
>>>baseia-se no evento de nascimento para saber as caracteristicas do
>>>dado evento. Inferem-se dos arquetipos determinadas
>>>
>caracteristicas.
>
>>>Quando da descoberta de um planeta o que podemos fazer - se
>>>
>quisermos-
>
>>>é estabelecer um novo arquétipo para esse planeta.
>>>
>>Como é que se determina a data de nascimento de um planeta?
>>
>
>Ok, eu não fui claro.
>Quando se aplica o método a pessoas, usa-se a data de nascimento.
>(astrologia pessoal)
>Quando se aplica a eventos, usa-se a data do evento.(astrologia
>mundial)
>O nascimento da pessoa é o evento mais importante na vida de uma
>pessoa, por isso ele é o principal. Mas não é o unico momento em que
>se pode traçar um mapa.
>No caso dos planetas podes usar a data de descoberta. É de facto ai
>que a exitencia deles passa a influir nas teorias, pensamentos,
>ideias, conhecimento em geral , do mundo. E portanto é a partir dai
>que faz sentido traçar o seu mapa.
>
>Se ele não for descoberto, o que é que ele influencia ? nada.
>O que é que influenciava o alumino antes da sua descoberta? ou o
>urânio ? nada. Só depois de descobertos é que as pessoas começaram a
>usá-los e eles passaram a ter uma importância relevante.
>
Isso não faz o mínimo sentido. Quer então dizer que se eu souber que
Plutão existe ele influencia-me, mas se eu não souber, já não me
influencia? Isso quer então dizer que o meio mais seguro para não
ser influenciado pelos maus planetas é não saber que eles existem. Boa!
Joao
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 18:16
Tá certo. Agora a coisa está ficando mais razoável. Posso tentar achar
alguém que se enquadre.
> Escolha outra pessoa, se é esse o problema.
> Ou então indique exemplos de pessoas que tenham aprendido astrologia em
48h.
> Mesmo que não ineterruptas.
Sobre isso você está coberto de razão. Só que a vida é curta e eu tenho uma
prateleira coberta de livros sobre assuntos que me interessam muito mais.
> O conhecimento nunca fez mal a ninguém. Mesmo que não acreditemos não dói
> saber do que se trata.
> O problema , acho que é todo seu. É vc que perde por não saber e fazer
> comnetários que só lhe ficam mal, ainda para mais quando não sabe
> justificá-los.
>
>
> Sérgio
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 18:21
On 9 Oct 2002 at 2:31, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
>
> Douglas, vc leu quais livros? Poderias ser mais específico quanto a
> crítica?
>
> Douglas: Posso sim. Mas talvez demore alguns dias e venha em doses
> "homeopáticas", tem algum problema?
>
> ******************************8
Bem, seria pedir demais que vc diluísse, nó máximo, 1 ou suas
vezes?
;-))
Brincadeira. Não tem problema. Só não garanto meu entendimento,
caso o assunto seja muito diluído, mas posso tentar.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Deus não_joga_dados_?
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 18:23
Joaquim Salles wrote:
>Caro João Miranda,
>
>Seu comentário lembrou-me de meu professor de física do segundo grau que dizia - em tom jocoso - que a matemática é a "mais humana das 'ciências' pois ela só existe na nossa mente". Era uma provocação à chamadas ciências humanas.:)
>
>Ao ler seu texto fiquei na dúvida sobre o seu último parágrafo quando diz:
>
>"O que podemos pensar é que a realidade se adequa a sistemas matemáticos
>simples, mas isso também não é estranho: se o mundo fosse complicado e
>não pudesse ser modelado por sistemas simples, então a nossa própria
>existência como seres vivos seria impossível porque todos os seres vivos
>dependem da modelação do ambiente.? ·
>
>
>Poderia, se possível, explicar melhor esse trecho?
>
>[]s
>
>Joaquim
>
>
>
Os seres vivos têm que ser capazes de observar e processar a
informação necessária para sobreviverem. Precisamos de
ver, cheirar, tocar, sentir e precisamosde interpretar tudo
isso. Se o mundo fosse mais complicado, os mecanismos de
processamento dessa informação como o nosso cérebro e os
nossos sentido teriam que ser igualmente complicados. Isso
quer dizer que nós evoluimos para perceber o mundo e para
nós há duas coisas que são naturais:
- o mundo
- a matemática que representa o mundo (porque nós precisamos
de modelos mentais do mundo para sobreviver)
Por isso é que é natural que o mundo nos pareça simples e que
sendo simples pode ser entendido por matemática que nos
parece simples. Não se trata de coincidência, mas do resultado
da evolução. Se o mundo, das duas uma:
- ou nós seriamos mais complexos para o podermos entender,
e nesse caso o mundo pareceria igualmente simples;
- ou nós não existiriamos.
Joao
SUBJECT: Democracia, evolução e teoria do caos
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 18:28
Democracia, evolução e teoria do caos
Artigo procura razões para bom funcionamento desse sistema político
O fato de as democracias apresentarem bons resultados decorre
principalmente da participação de todos no processo decisório, sem
distinção quanto à capacidade intelectual, importância, sabedoria,
cultura, raça, credo, poder econômico ou qualquer outro aspecto.
Quanto mais abrangente e qualificada a intervenção dos indivíduos nas
decisões coletivas, mais eficiente a democracia e melhores e mais
duradouros os seus efeitos. Portanto, enquanto parcelas
significativas da sociedade estiverem excluídas das decisões (por
razões econômicas, por exemplo), menos perceptíveis serão, no curto
prazo, os efeitos benéficos dessa forma de governo.
Este artigo, baseando-se em analogias com a teoria da evolução e a
teoria do caos, argumenta que há uma correlação entre democracia e
prosperidade, pois, no longo prazo, as decisões de muitos agentes são
mais eficientes que as de poucos elementos, e que a radicalização da
democracia permite acelerar o processo de aprendizagem social,
tornando a sociedade como um todo mais apta a tomar decisões
complexas.
A afirmação de que a democracia não é a forma ideal de governo, mas a
melhor das formas conhecidas, é bastante comum. Essa constatação
apóia-se na observação de que os países mais democráticos, ou com
mais tempo de prática da democracia, estão mais avançados em todos os
aspectos. São países que 'deram certo', ou 'estão dando mais certo',
em comparação com as ditaduras ou com democracias imaturas.
A questão que se coloca, portanto, é se existe uma correlação entre
democracia e prosperidade e se há uma explicação para o fato de que a
democracia, no longo prazo, funciona melhor. Este texto, sem ter a
pretensão de dar uma resposta completa e definitiva, inspira-se em
aspectos de processos naturais, como a evolução e os sistemas
dinâmicos, para analisar e procurar pistas quanto ao porquê de a
democracia funcionar, e para tentar mostrar que esse sistema político
pode ser visto como a melhor forma de tomar decisões de grande
impacto social, dentro do horizonte de conhecimentos atuais e das
experiências conhecidas.
http://www.uol.com.br/cienciahoje/ch/ch186/democra.htm
SUBJECT: RES: [ciencialist] Para Alexandre Medeiros
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 18:31
> De: Ligia Gallo
>
> Falando-se do "além", este pode muito bem ser um plano ou um lugar
> tão físico quanto este em que vivemos mas que ainda não conseguimos
> alcançar dados nossos parcos recursos. Para que negar
> veementemente? É só isso o que eu queria dizer.
Porque AFIRMAR?
Se não posso demonstrar algo, logo este algo EXISTE?
Como vou distinguir o algo da mentira?
> L: Complacente? Eu sou receptiva e estou aberta às idéias sem
> preconceito. Procuro a Verdade nua e crua ( principalmente nos
> relacionamentos. Tá bão que eu acredito que fulano "me ama" só
> porque ele diz...)e amo quando encontro respostas seguras para cada
> questão. Só não me oponho a deixar aberta a minha mente para as
> novidades e aos meios de encontrá-las.
O problema é deixar a mente MUITO aberta o tempo TODO para
a mesmice de sempre. Eu tenho a mente aberta para novas experiências,
para novos conhecimentos, para novas sensações. NOVAS, viu! ;-)
Há assuntos que para mim já estão esgotados e se nada
realmente EXTRAORDINÁRIO surgir para dar novo fôlego
às teorias esdrúxulas, elas continuarão esdrúxulas.
A vida é curta para desperdiçá-la com bobagens.
> E baseando-me no que você
> interpreta como minha "complacência" eu posso então dizer muito bem
> que você fala como um velho que já perdeu a esperança na vida e em si
> mesmo, que não se dá o privilégio de olhar para o outro lado nem
> mudar o ponto de vista e daí, como ficamos?
Eu? Velho? Perder esperança? Opa! Eu sou cético, não nihilista!
Quem não muda o ponto de vista (os que têm opinião formada),
são os tipos como os astrólogos. Eles sim, precisam de novos
ares, novos conceitos, em vez de se apegar à velharias. São
do tipo que quebram, mas não dobram. Eles é quem são cegos,
pois por mais evidências contrárias, recusam-se em vê-las;
enxergam apenas o que lhes é tenuamente conveniente. Exibem
com orgulho um acerto em mil.
> > E esse papo de receptividade é balela. Por mais quantos séculos
> > vou ter de aturar essa porcaria de astrologia.
>
> L: Quantos anos você tem?
Qual a relevância da pergunta em face do que expus? Há um raciocínio
oculto por trás dessa pergunta, não é? Bem, sou mais novo que vc.
Sei, pela época em que vc se formou em física.
> > Os astrólogos
> > tiveram milênios para desenvolver sua 'ciência' e não conseguiram
> > demonstrar sua eficácia (e nem estou exigindo base teórica).
> > Já tá na hora de colocar essa coisa no museu.
> > Os astrólogos pagam de moderninhos e querem nos fazer crer que
> > astrologia é coisa de quem tem a "mente aberta a novas
> > possibilidades". BALELA! Astrologia é coisa de reacionário que
> > não suporta a verdade nua e crua da realidade preto-no-branco;
> > não suportam a idéia de que não temos qualquer controle sobre
> > a natureza, sobre nosso rumo, sobre nada. Astrologia é coisa de
> > megalomaníaco que sonha em dominar ou influenciar o destino das
> > pessoas. Todos eles se acham SERES ILUMINADOS e SUPERIORES,
> > perseguidos pelos céticos e pela ciência.
>
> L: Astrologia e todas as mancias são isso mesmo, tá bem! Mas que
> existe tal coisa "além", isso existe...
Admita: é uma questão de fé, não é? Se vc admitir eu paro
de amolar. Se vc insistir, vou exigir evidências.
> O problema são os meios
> utilizáveis para alcançá-lo ( mancias e magias) mas isso não
> inviabiliza a priori qualquer pesquisa séria na tentativa de
> comprovar que há alguma coisa "além". Basta que os cientistas não
> fiquem assim, espumando de "reiva" todas as vezes que têm que encarar
> tais coisas.
São os pseudo-cienntistas que espumam de raiva quando um cientista
corta o barato deles.
> > Eu não precisei estudar décadas para descobrir que isso é lixo.
> > Eu li Dostoievski que, ao lado de Shakespeare, virou do avesso o
> > espírito humano e mostrou quanto o mais vil dos seres podem
> > ser incrivelmente complexo. Não admito que um babaca venha
> > me dizer como sou, como penso ou como ajo em função dos 'astros'.
>
> L: Cada ser é único, nisso você tem razão. Mas há certas
> semelhanças e certos desvios seguidos senão pela maioria, então por
> um grupo considerável ao menos... e é a partir de tais semelhanças
> que podemos enquadrar fulano ou ciclano em tal, ou qual grupo.
Se vc está falando das ciências do comportamento, então temos
um consenso. Mas reduzir (de reducionismo mesmo) o ser humano
a arquétipos é o fim da picada. É uma imensa falta de respeito
à individualidade humana.
> > > > O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> > > > faz parte de nossa realidade e ponto final.
> > >
> > > Faz parte de nossa realidade sim. Apenas não nos damos conta
> > > disso... ou até damos conta mas alegamos ser "coincidência"...
> >
> > Não. Não faz. Se um dia eu começar a ver bicho-papão vou procurar
> > um psiquiatra. Se não posso enxergar alguma realidade mais sutil
> > também não vou dizer mentiras.
>
> L: As mentiras acontecem justamente por causa da crendice: ninguém
> quer ir lá prá testar a veracidade do relato... Não adianta reclamar
> e só acredita quem quer.
Mas é isso que estou tentando dizer desde o início. Ufa!
> > É obvio que minhas percepções são falíveis e não percebo a realidade
> > como de fato ela é, mas apenas uma fração dela. E é por esse motivo
> > que não vou me meter a besta de inventar realidades, mas antes
> > verificar as coisas que eventualmente eu perceba que destoe da
> > realidade comum.
>
> L: Aprenda consigo mesmo. Você é o "laboratório". É só seguir as
> setas... :)
Eu sei o que é aprender. Já fiz muitas experiências comigo
mesmo. Dou gargalhadas de gente que diz que nunca se arrependeu
da nada que fez na vida.
> > > Hum... você está decididamente "precisado" de um estímulo, uma
> > > paixão, uma força interior que o "levante" em todos os
> sentidos :)
> >
> > Mas não sou que tem problemas com a realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
>
> L: Sua realidade parece ser fria e deserta... árida.
Você está muito enganada a meu respeito.
A realidade é indiferente a mim. Isso
não significa que eu seja indiferente à realidade. Sou uma
pessoa que nutre uma paixão extraordinária pela vida. Se
eu pudesse viver milênios eu ia adorar!!!!!! Escrevo
histórias de amor, poesias, ficção científica, fantasia;
até um artigo cético que me valeu um prêmio do qual desfrutarei
com minha família no Vale do Rio Quente, GO, em Novembro,
com muito sol, muita água e muito choppe! :-)))
> Senão não haveria tanta revolta naquilo que expressa em
> palavras a uma ilustre desconhecida.
Revolta? Viximaria! É esta a impressão que vc tem?
Nada disso! Eu estou sendo sério, não revoltado.
Pô, Lígia, magoou! Snif! Não sou um décimo de outros
co-listeiros que só faltam se atracar a dentadas!
> > São os que vêm coisas que não se encontram na realidade que
> > precisam de muito mesmo de ajuda psicológica, isso sim!
>
> L: Sabe, às vezes eu até me pergunto por que eu venho perdendo tanto
> tempo escrevendo em listas para ter que ler que sou esquizofrênica,
> megalomaníaca, louca, complacente, excessivamente tolerante, cética,
> empedernida...
>
> Se cuida e tente sorrir mais. Para tudo dá-se um jeito. Se não se é
> bonito, pode-se ao menos ser simpático.
Pois foi por rir da astrologia e outras bobagens que vivo levando
cacetada! Eta povo mais sisudo, sô! ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Deus não_joga_dados_?
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 18:37
Joao Miranda wrote:
>Joaquim Salles wrote:
>
>>Caro João Miranda,
>>
>>Seu comentário lembrou-me de meu professor de física do segundo grau que dizia - em tom jocoso - que a matemática é a "mais humana das 'ciências' pois ela só existe na nossa mente". Era uma provocação à chamadas ciências humanas.:)
>>
>>Ao ler seu texto fiquei na dúvida sobre o seu último parágrafo quando diz:
>>
>>"O que podemos pensar é que a realidade se adequa a sistemas matemáticos
>>simples, mas isso também não é estranho: se o mundo fosse complicado e
>>não pudesse ser modelado por sistemas simples, então a nossa própria
>>existência como seres vivos seria impossível porque todos os seres vivos
>>dependem da modelação do ambiente.? ·
>>
>>
>>Poderia, se possível, explicar melhor esse trecho?
>>
>>[]s
>>
>>Joaquim
>>
>>
>>
>
>Os seres vivos têm que ser capazes de observar e processar a
>informação necessária para sobreviverem. Precisamos de
>ver, cheirar, tocar, sentir e precisamosde interpretar tudo
>isso. Se o mundo fosse mais complicado, os mecanismos de
>processamento dessa informação como o nosso cérebro e os
>nossos sentido teriam que ser igualmente complicados. Isso
>quer dizer que nós evoluimos para perceber o mundo e para
>nós há duas coisas que são naturais:
>
>- o mundo
>- a matemática que representa o mundo (porque nós precisamos
>de modelos mentais do mundo para sobreviver)
>
>Por isso é que é natural que o mundo nos pareça simples e que
>sendo simples pode ser entendido por matemática que nos
>parece simples. Não se trata de coincidência, mas do resultado
>da evolução. Se o mundo, das duas uma:
>
>- ou nós seriamos mais complexos para o podermos entender,
>e nesse caso o mundo pareceria igualmente simples;
>- ou nós não existiriamos.
>
O que eu queria dizer era:
Se o mundo fosse mais complicado, das duas uma:
- ou nós seriamos mais complexos para o podermos entender,
e nesse caso o mundo pareceria igualmente simples;
- ou nós não existiriamos.
SUBJECT: Re: DENÚNCIA !!! - Estão nos roubando !!!!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 18:47
--- Em ciencialist@y..., "Iury Machado" <iury.machado@i...> escreveu
> ENC: NORTEEstão tentando e vão conseguir roubar o Iraque e todo o
seu petróleo matando pessoas como mosca. Só não saquearam o Brasil
porque, nesta república de bananas, sempre tem um presidente corrupto
de plantão entregando centenas de bilhões de dólores por ano. E o
mais interessante: a dívida externa cresce cada vez mais...
>
> NÃO DEIXEM DE VER O MAPA NO FINAL DA MENSAGEM.
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/messages/2715?threaded=1
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/messages/2610?threaded=1
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/997
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 18:48
Para tentar esclarecer melhor, coloquei um pdf na secção de arquivos a lista
sobreo nome "Resumo do sistema Astrologico" . Este documento é um draft de
um documento que pensei escrever para casos como este. Não é uam versão
final e pode conter eventuais erros.
Lá verá o que eu quero dizer com o sol e a lua defenirem o sistema
astrologico. Com todos os numeros e contas que tem direito. Espero que seja
elucidativo.
espero que seja este o link
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/Resumo%20do%20Sistema%20A
strol%80%A0%A6%F3gico.pdf
Esperoque seja elucidativo para todos e desmitique muitas coisas.
"O ponto e' q. so' vc (e talvez um grupo pequeno de astromantes)
admitem q. um mesmo mapa astral nao indica tendencias semelhantes (o
q. novamente cairia na questao: entao pra q. serve tentar interpretar
um?)
Afinal: o q. se interpreta com o mapa natal?"
O mapa natal revela-nos a sua personalidade e como ela deveria evoluir para
que se sinta realizado. Mas ele não diz que acontecerá assim.
Ele diz-nos se vc é mais racional ou mais emotivo, se tente a acreditar ou a
desacreditar, como vc ama, como vc preza o unão os bens materiais, como vc
se comporta com sua familia, como vc recupera de momentos dificies, qual a
sua visão do casamento/lar , qual o seu comportamento no emprego, que tipo
de emprego vc se adpata melhor, etc.
Ele não diz : "vc será jardineiro aos 23 anos e ganhará o nobel aos 53"
Depois, com outras tecnicas, outros mapas , vc pode intrperetar mais coisas.
Com o mapa natal vc obtem uma radiografia da personalidade da pessoa.
> Imagine que vc defenia o mapa padrão como o mapa do dia de
> casamento.
> Se a pessoa não se casar, já não vai poder usar sua tecnica.
"Nao importa. A questao e' q. poderei comparar com as pessoas para as
quais eu possa utilizar essa tecnica. Comparo a evolucao do
casamento, por exemplo. Pode contra-argumentar: mas isso depende de
comparar com o mapa natal. Bem, mas o mapa natal nao depende de
comparar com a data gastrulacional ou a data fecundacional."
Não entendi o ponto deste paragrafo. qual é a sua conclusão ?
> Então diga-me onde estão os planetas que ainda não foram
> descobertos para eu começar a traçar mapa com eles.
> Vc não entendeu, ou não quiz entender, que antes de vc saber do que
> está a falar (ou seja, no caso, que planeta é , onde esta, qual é
> sua velocidade, etc etc) vc não pdoe fazer nada.
"Isso nao e' problema nenhum. A menos q. se trate algo puramente
simbolico."
Bolas, nem tudo é simbólico. Vc ficou adicto a esse adjectivo :-))
"O fato e' q. agora eu sei onde ele estava e como ele
estava posicionado com os demais planetas em qq outra data --
pregressa ou futura -- dentro dos limites de precisao dos calculos
das orbitas planetarias."
Ah sabe ? então me diga. Responda minha pergunta. Onde está o planeta que
ainda não foi descoberto ?
Vc não entende que todo o estudo do planeta só faz sentido depois de o
descobrirmos ?
> A data de descoberta é sempre a primeira data que vc pode associar.
"Eu posso associar 'a data na qual eu ouvi falar pela primeira vez
desse planeta. "
A qual tb é posterior à data da descoberta, pois so depois de o descobrirem
vc ouvira sobre ele.
> > Se tu fosses médico e quisesses saber de quantos meses poderia
> > estar o bebe o que é que tu perguntavas ?
>
> "So' olhava a barriga da mae. As pessoas nao fazem sexo em apenas um
> periodo do ano."
>
> Aih... mas eu disse isso ?
> Vc é capaz de olhar para a barriga e dizer de quantos meses ,
> exactamente, está a gravidez ?
> Vc é bom demais para ser verdade. :-)
"Se eu fosse medico saberia. As pessoas fazem sexo continuamente. Pelo
menos duas vezes por mes. Nao adianta perguntar: qdo vc fez sexo pela
ultima vez? A resposta sera': "ontem". (O olhar a barriga da mae e'
aplicar os exames corriqueiros de GO.)"
Eu não disse que vc perguntaria "quando vc fez sexo pela ultima vez?", mas
sim "quando vc teve a relação que deu origem a essa gravidez?". Foi isso que
eu achei dificil de responder, mesmo assim.
> Ou seja, por outras palavras: astronomia não se aplica a televisões
> e polvora.
"Nao estamos falando de *astronomia*."
Que eu saiba, a elevação dos planetas no horizeonte ainda é astronomia.
> "O sol e a lua tem mais importancia em astrologia que o resto pq são
> eles, de facto, que definem os signos"
> O que esclarece pq eles são tratados diferentemente.
"Novamente, isso tem significado apenas simbolico e arbitrario. "
Pq arbitrário?. Vc usa muito essa palavra, mas eu não tendo onde vc vê tanta
arbitrariedade
> Eu tb não veria se fosse verdade.
> Eu não considero arbitrária uma coisa que só tem uma forma de ser
> feita.
"O q. definitivamente nao se aplica 'a astromancia. Existem diversas
correntes."
O sistema de regencias é comum a todas. Só ha, portanto, uma forma
independente do numero de correntes que vc possa considerar.
> Os signos , são 12 pontos equidistantes no zodiaco defenidos pela
> conjunção entre o sol e a lua num ano solar.
"Essa e' uma definicao posterior ao uso, bem depois do estabelecimento
da astromancia. A questao nao e' originar a mesma definicao, a
definicao e' arbitraria, no limite da operacionalidade. Poderia
perfeitamente subdividir o periodo em 13 periodos -- alias e' o q.
fazem alguns proponentes da astrologia q. incluem Serpentario entre
os signos."
Bom, ha incompetentes em todas as áreas. não tenho culpa de que esses gajos
cometam esse erro crasso. O erro deles não muda o facto de como se
estabelece o sistema realmente.
Tb não entendi o que é isso do "defenição psoterior ao uso"
Vc acha que é o ano dividido em 12 partes que forma os signos, é isso?
é por isso que vc está falando de definição posterior... se não, pq é então
?
> Se vc queizer me explicar como marte e a casa da Angelina poderão
> estabelecer u msistema semelhante agradeceria. Marte ainda tem um
> periodo, mas a casa d Angelina que constante de tempo tem ?
"Ela realiza uma cicloide ao redor do Sol."
Não entendi direito. A casa da Angelina gira em torno do sol ?
Vc está dizendo isso, pq a casa dela está na terra e a terra gira em torno
do sol ?
Ou vc está falando de uma casa no sentido de "casa V do mapa" ?
"A questao nao e' ter um
sistema semelhante, mas um outro sistema. Nao ha' nada q. me diga
objetivamente q. um e' melhor do q. o outro."
Nem está em causa o ser ou não melhor, mas de que este sistema que temso ser
univocamente defenido. não pode ser defenido de outra forma, não é ad doc...
portanto, pq vc diz que é arbitrário ?
> A astrologia védica é oriental, é da India.
"Como eu disse, existem diversos sistemas possiveis de astromancias."
Como eu já disse 2 vezes, estou-me referindo ao ocidental. Se vc quizer
analizar os outros fá-lo-emos separadamente.
"Seu estabelecimento e' arbitrario."
E pronto, mais uam vez a mesma palavra.
PQ vc diz que é arbitrário ?
Tem regras, tem logica, matemática, até alguam fisica. O que ha de
arbitrário nisso ?
> " Outras apenas os setores
> em q. elas estavam ha' milenios. Outros apenas as configuracoes dos
> planetas. O q. decide por um e outro? Nao sao os dados do mundo de
> certo."
>
> Pois, o seu problema é penar que "signo" é um "sector"
"Depende do sistema astromantico q. se adotar. Mesmo na corrente
ocidental ha' variacoes."
Quererá vc dizer que "Na cabeça de alguns que praticam ou aceitam o sistema
astrologico ha variações"
Pode haver variações de intrperetação, ou na prática, não as ha de
definição.
A definição é meramente astronomica / matemática. ( Periodo Sinódico
Sol-Lua)
Sérgio
SUBJECT: Cargo Cult Science
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: argumentos <argumentos-critica@yahoogroups.com>
DATE: 10/10/2002 19:48
"Cargo Cult Science", by Richard Feynman
(Adapted from a Caltech commencement address given in 1974; HTML'ed from
the book "Surely You're Joking, Mr. Feynman!")
During the Middle Ages there were all kinds of crazy ideas, such as that
a piece of rhinoceros horn would increase potency. Then a method was
discovered for separating the ideas -- which was to try one to see if it
worked, and if it didn't work, to eliminate it. This method became
organized, of course, into science. And it developed very well, so that
we are now in the scientific age. It is such a scientific age, in fact,
that we have difficulty in understanding how witch doctors could ever
have existed, when nothing that they proposed ever really worked -- or
very little of it did.
But even today I meet lots of people who sooner or later get me into a
conversation about UFO's, or astrology, or some form of mysticism,
expanded consciousness, new types of awareness, ESP, and so forth. And
I've concluded that it's not a scientific world.
Most people believe so many wonderful things that I decided to
investigate why they did. And what has been referred to as my curiosity
for investigation has landed me in a difficulty where I found so much
junk that I'm overwhelmed. First I started out by investigating various
ideas of mysticism and mystic experiences. I went into isolation tanks
and got many hours of hallucinations, so I know something about that.
Then I went to Esalen, which is a hotbed of this kind of thought (it's a
wonderful place; you should go visit there). Then I became overwhelmed.
I didn't realize how MUCH there was.
At Esalen there are some large baths fed by hot springs situated on a
ledge about thirty feet above the ocean. One of my most pleasurable
experiences has been to sit in one of those baths and watch the waves
crashing onto the rocky slope below, to gaze into the clear blue sky
above, and to study a beautiful nude as she quietly appears and settles
into the bath with me.
One time I sat down in a bath where there was a beatiful girl sitting
with a guy who didn't seem to know her. Right away I began thinking,
"Gee! How am I gonna get started talking to this beautiful nude woman?"
I'm trying to figure out what to say, when the guy says to her, "I'm,
uh, studying massage. Could I practice on you?"
"Sure", she says. They get out of the bath and she lies down on a
massage table nearby.
I think to myself, "What a nifty line! I can never think of anything
like that!" He starts to rub her big toe. "I think I feel it", he says.
"I feel a kind of dent -- is that the pituitary?"
I blurt out, "You're a helluva long way from the pituitary, man!"
They looked at me, horrified -- I had blown my cover -- and said, "It's
reflexology!"
I quickly closed my eyes and appeared to be meditating.
That's just an example of the kind of things that overwhelm me. I also
looked into extrasensory perception, and PSI phenomena, and the latest
craze there was Uri Geller, a man who is supposed to be able to bend
keys by rubbing them with his finger. So I went to his hotel room, on
his invitation, to see a demonstration of both mindreading and bending
keys. He didn't do any mindreading that succeeded; nobody can read my
mind, I guess. And my boy held a key and Geller rubbed it, and nothing
happened. Then he told us it works better under water, and so you can
picture all of us standing in the bathroom with the water turned on and
the key under it, and him rubbing the key with his finger. Nothing
happened. So I was unable to investigate that phenomenon.
But then I began to think, what else is there that we believe? (And I
thought then about the witch doctors, and how easy it would have been to
check on them by noticing that nothing really worked.) So I found things
that even more people believe, such as that we have some knowledge of
how to educate. There are big schools of reading methods and mathematics
methods, and so forth, but if you notice, you'll see the reading scores
keep going down -- or hardly going up -- in spite of the fact that we
continually use these same people to improve the methods. There's a
witch doctor remedy that doesn't work. It ought to be looked into; how
do they know that their method should work? Another example is how to
treat criminals. We obviously have made no progress -- lots of theory,
but no progress -- in decreasing the amount of crime by the method that
we use to handle criminals.
Yet these things are said to be scientific. We study them. And I think
ordinary people with commonsense ideas are intimidated by this
pseudoscience. A teacher who has some good idea of how to teach her
children to read is forced by the school system to do it some other way
-- or is even fooled by the school system into thinking that her method
is not necessarily a good one. Or a parent of bad boys, after
disciplining them in one way or another, feels guilty for the rest of
her life because she didn't do "the right thing", according to the
experts.
So we really ought to look into theories that don't work, and science
that isn't science.
I think the educational and psychological studies I mentioned are
examples of what I would like to call cargo cult science. In the South
Seas there is a cargo cult of people. During the war they saw airplanes
with lots of good materials, and they want the same thing to happen now.
So they've arranged to make things like runways, to put fires along the
sides of the runways, to make a wooden hut for a man to sit in, with two
wooden pieces on his head to headphones and bars of bamboo sticking out
like antennas -- he's the controller -- and they wait for the airplanes
to land. They're doing everything right. The form is perfect. It looks
exactly the way it looked before. But it doesn't work. No airplanes
land. So I call these things cargo cult science, because they follow all
the apparent precepts and forms of scientific investigation, but they're
missing something essential, because the planes don't land.
Now it behooves me, of course, to tell you what they're missing. But it
would be just about as difficult to explain to the South Sea islanders
how they have to arrange things so that they get some wealth in their
system. It is not something simple like telling them how to improve the
shapes of the earphones. But there is one feature I notice that is
generally missing in cargo cult science. That is the idea that we all
hope you have learned in studying science in school -- we never say
explicitly what this is, but just hope that you catch on by all the
examples of scientific investigation. It is interesting, therefore, to
bring it out now and speak of it explicitly. It's a kind of scientific
integrity, a principle of scientific thought that corresponds to a kind
of utter honesty -- a kind of leaning over backwards. For example, if
you're doing an experiment, you should report everything that you think
might make it invalid -- not only what you think is right about it:
other causes that could possibly explain your results; and things you
thought of that you've eliminated by some other experiment, and how they
worked -- to make sure the other fellow can tell they have been
eliminated.
Details that could throw doubt on your interpretation must be given, if
you know them. You must do the best you can -- if you know anything at
all wrong, or possibly wrong -- to explain it. If you make a theory, for
example, and advertise it, or put it out, then you must also put down
all the facts that disagree with it, as well as those that agree with
it. There is also a more subtle problem. When you have put a lot of
ideas together to make an elaborate theory, you want to make sure, when
explaining what it fits, that those things it fits are not just the
things that gave you the idea for the theory; but that the finished
theory makes something else come out right, in addition.
In summary, the idea is to give all of the information to help others to
judge the value of your contribution; not just the information that
leads to judgement in one particular direction or another.
The easiest way to explain this idea is to contrast it, for example,
with advertising. Last night I heard that Wesson oil doesn't soak
through food. Well, that's true. It's not dishonest; but the thing I'm
talking about is not just a matter of not being dishonest; it's a matter
of scientific integrity, which is another level. The fact that should be
added to that advertising statement is that no oils soak through food,
if operated at a certain temperature. If operated at another
temperature, they all will -- including Wesson oil. So it's the
implication which has been conveyed, not the fact, which is true, and
the difference is what we have to deal with.
We've learned from experience that the truth will come out. Other
experimenters will repeat your experiment and find out whether you were
wrong or right. Nature's phenomena will agree or they'll disagree with
your theory. And, although you may gain some temporary fame and
excitement, you will not gain a good reputation as a scientist if you
haven't tried to be very careful in this kind of work. And it's this
type of integrity, this kind of care not to fool yourself, that is
missing to a large extent in much of the research in cargo cult science.
A great deal of their difficulty is, of course, the difficulty of the
subject and the inapplicability of the scientific method to the subject.
Nevertheless, it should be remarked that this is not the only
difficulty. That's why the planes don't land -- but they don't land.
We have learned a lot from experience about how to handle some of the
ways we fool ourselves. One example: Millikan measured the charge on an
electron by an experiment with falling oil drops, and got an answer
which we now know not to be quite right. It's a little bit off because
he had the incorrect value for the viscosity of air. It's interesting to
look at the history of measurements of the charge of an electron, after
Millikan. If you plot them as a function of time, you find that one is a
little bit bigger than Millikan's, and the next one's a little bit
bigger than that, and the next one's a little bit bigger than that,
until finally they settle down to a number which is higher.
Why didn't they discover the new number was higher right away? It's a
thing that scientists are ashamed of -- this history -- because it's
apparent that people did things like this: when they got a number that
was too high above Millikan's, they thought something must be wrong --
and they would look for and find a reason why something might be wrong.
When they got a number close to Millikan's value they didn't look so
hard. And so they eliminated the numbers that were too far off, and did
other things like that. We've learned those tricks nowadays, and now we
don't have that kind of a disease.
But this long history of learning how to not fool ourselves -- of having
utter scientific integrity -- is, I'm sorry to say, something that we
haven't specifically included in any particular course that I know of.
We just hope you've caught on by osmosis
The first principle is that you must not fool yourself -- and you are
the easiest person to fool. So you have to be very careful about that.
After you've not fooled yourself, it's easy not to fool other
scientists. You just have to be honest in a conventional way after that.
I would like to add something that's not essential to the science, but
something I kind of believe, which is that you should not fool the
layman when you're talking as a scientist. I am not trying to tell you
what to do about cheating on your wife, or fooling your girlfriend, or
something like that, when you're not trying to be a scientist, but just
trying to be an ordinary human being. We'll leave those problems up to
you and your rabbi. I'm talking about a specific, extra type of
integrity that is not lying, but bending over backwards to show how
you're maybe wrong, that you ought to have when acting as a scientist.
And this is our responsibility as scientists, certainly to other
scientists, and I think to laymen.
For example, I was a little surprised when I was talking to a friend who
was going to go on the radio. He does work on cosmology and astronomy,
and he wondered how he would explain what the applications of his work
were. "Well", I said, "there aren't any". He said, "Yes, but then we
won't get support for more research of this kind". I think that's kind
of dishonest. If you're representing yourself as a scientist, then you
should explain to the layman what you're doing -- and if they don't
support you under those circumstances, then that's their decision.
One example of the principle is this: If you've made up your mind to
test a theory, or you want to explain some idea, you should always
decide to publish it whichever way it comes out. If we only publish
results of a certain kind, we can make the argument look good. We must
publish BOTH kinds of results.
I say that's also important in giving certain types of government
advice. Supposing a senator asked you for advice about whether drilling
a hole should be done in his state; and you decide it would be better in
some other state. If you don't publish such a result, it seems to me
you're not giving scientific advice. You're being used. If your answer
happens to come out in the direction the government or the politicians
like, they can use it as an argument in their favor; if it comes out the
other way, they don't publish at all. That's not giving scientific
advice.
Other kinds of errors are more characteristic of poor science. When I
was at Cornell, I often talked to the people in the psychology
department. One of the students told me she wanted to do an experiment
that went something like this -- it had been found by others that under
certain circumstances, X, rats did something, A. She was curious as to
whether, if she changed the circumstances to Y, they would still do A.
So her proposal was to do the experiment under circumstances Y and see
if they still did A.
I explained to her that it was necessary first to repeat in her
laboratory the experiment of the other person -- to do it under
condition X to see if she could also get result A, and then change to Y
and see if A changed. Then she would know the the real difference was
the thing she thought she had under control.
She was very delighted with this new idea, and went to her professor.
And his reply was, no, you cannot do that, because the experiment has
already been done and you would be wasting time. This was in about 1947
or so, and it seems to have been the general policy then to not try to
repeat psychological experiments, but only to change the conditions and
see what happened.
Nowadays, there's a certain danger of the same thing happening, even in
the famous field of physics. I was shocked to hear of an experiment
being done at the big accelerator at the National Accelerator
Laboratory, where a person used deuterium. In order to compare his heavy
hydrogen results to what might happen with light hydrogen, he had to use
data from someone else's experiment on light hydrogen, which was done on
a different apparatus. When asked why, he said it was because he
couldn't get time on the program (because there's so little time and
it's such expensive apparatus) to do the experiment with light hydrogen
on this apparatus because there wouldn't be any new result. And so the
men in charge of programs at NAL are so anxious for new results, in
order to get more money to keep the thing going for public relations
purposes, they are destroying -- possibly -- the value of the
experiments themselves, which is the whole purpose of the thing. It is
often hard for the experimenters there to complete their work as their
scientific integrity demands.
All experiments in psychology are not of this type, however. For
example, there have been many experiments running rats through all kinds
of mazes, and so on -- with little clear result. But in 1937 a man named
Young did a very interesting one. He had a long corridor with doors all
along one side where the rats came in, and doors along the other side
where the food was. He wanted to see if he could train the rats to go in
at the third door down from wherever he started them off. No. The rats
went immediately to the door where the food had been the time before.
The question was, how did the rats know, because the corridor was so
beautifully built and so uniform, that this was the same door as before?
Obviously there was something about the door that was different from the
other doors. So he painted the doors very carefully, arranging the
textures on the faces of the doors exactly the same. Still the rats
could tell. Then he thought maybe the rats were smelling the food, so he
used chemicals to change the smell after each run. Still the rats could
tell. Then he realized the rats might be able to tell by seeing the
lights and the arrangement in the laboratory like any commonsense
person. So he covered the corridor, and still the rats could tell.
He finally found that they could tell by the way the floor sounded when
they ran over it. And he could only fix that by putting his corridor in
sand. So he covered one after another of all possible clues and finally
was able to fool the rats so that they had to learn to go in the third
door. If he relaxed any of his conditions, the rats could tell.
Now, from a scientific standpoint, that is an A-number-one experiment.
That is the experiment that makes rat-running experiments sensible,
because it uncovers that clues that the rat is really using -- not what
you think it's using. And that is the experiment that tells exactly what
conditions you have to use in order to be careful and control everything
in an experiment with rat-running.
I looked up the subsequent history of this research. The next
experiment, and the one after that, never referred to Mr. Young. They
never used any of his criteria of putting the corridor on sand, or being
very careful. They just went right on running the rats in the same old
way, and paid no attention to the great discoveries of Mr. Young, and
his papers are not referred to, because he didn't discover anything
about the rats. In fact, he discovered all the things you have to do to
discover something about rats. But not paying attention to experiments
like that is a characteristic example of cargo cult science.
Another example is the ESP experiments of Mr. Rhine, and other people.
As various people have made criticisms -- and they themselves have made
criticisms of their own experiments -- they improve the techniques so
that the effects are smaller, and smaller, and smaller until they
gradually disappear. All the para-psychologists are looking for some
experiment that can be repeated -- that you can do again and get the
same effect -- statistically, even. They run a million rats -- no, it's
people this time -- they do a lot of things are get a certain
statistical effect. Next time they try it they don't get it any more.
And now you find a man saying that is is an irrelevant demand to expect
a repeatable experiment. This is science?
This man also speaks about a new institution, in a talk in which he was
resigning as Director of the Institute of Parapsychology. And, in
telling people what to do next, he says that one of things they have to
do is be sure to only train students who have shown their ability to get
PSI results to an acceptable extent -- not to waste their time on those
ambitious and interested students who get only chance results. It is
very dangerous to have such a policy in teaching -- to teach students
only how to get certain results, rather than how to do an experiment
with scientific integrity.
So I have just one wish for you -- the good luck to be somewhere where
you are free to maintain the kind of integrity I have described, and
where you do not feel forced by a need to maintain your position in the
organization, or financial support, or so on, to lose your integrity.
May you have that freedom.
SUBJECT: Re: [ciencialist] HOMENS, MULHERES e fidelidade
FROM: "Villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 20:53
Caro Carlos Alberto
Cada vez mais parece ficar claro que existe uma ética natural feminina
diferente da ética natural masculina. Eu imagino que isto se deva à
incorporação genética de alguns comportamentos dos humanos primitivos.
Assim, simplificadamente, os homens formavam grupos de caça com 10 ou 12
indivíduos, onde a decisão errada de um deles poderia, eventualmente,
prejudicar a sobrevivência de todo o grupo. Talvez isto contenha origem da
aceitação natural de um líder pela parte masculina e também do
comportamento heróico.
De sua parte, as mulheres ficavam tomando conta dos velhos, das crianças e
da habitação enquanto aguardavam a chegada dos alimentos e de seus
companheiros. Acho, que por questões de sobrevivência e procriação elas
não poderiam ficar exageradamente vinculadas a um companheiro único que
poderia ser abatido na luta ou voltar estropiado..
Já vou avisando que não sou nenhum porco-chauvinista ... trata-se apenas
de uma questão de lógica ! (he he he)
Abraços
villem
SUBJECT: Re: Entupiu...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 21:41
Caro Eduardo:
Visite o site da lista:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist
Logo à margem direita, escolha a opção: EDITAR MINHAS OPÇÕES
Procure na página que abrir o item: ENTREGA DE MENSAGENS e escolha
a opção: "Sem e-mails. Não me envie e-mails, vou ler as mensagens
no web site".
Pronto, seus problemas acabaram-se! Eu já faço isso há horas, eheheh
Beijos, Lígia
******************************************
--- Em ciencialist@y..., Eduardo Guéron <dgueron@m...> escreveu
> Caros membros da ciencialist,
>
> não sei o qual a opinião de vocês mas eu não mais consigo
participar de nehuma discussão
> dessa lista dado ogrande números de mensagens que são enviadas por
dia. Simplesmente não tenho
> condições de acompanhar argumentos e contra-argumentos além do que
a minha caixa de mensagens
> entope com frequência quando passo alguns dias sem verificar o
correio eletrônico e simplesmente
> a esvazio sem ler quase nada.
> Cito o problema mas não tenho solução mágica. Sou, a princípio,
contra a moderação nessa
> lista entretanto penso que deveríamos ter o bom senso de escrever
um pouco menos para que os
> assuntos possam ser discutidos ou ao menos lidos por todos. Para
citar um exemplo, não vejo
> sentido em um debate sobre voto nulo tão "aprofundado" nesse tipo
de lista apesar de me
> interessar bastante por política - principalmente nesta época de
eleições.
>
> um abraço, Eduardo.
SUBJECT: Re: tão evidente... por que medir então?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 22:34
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
> Então tá...
> então eles são também tão evidentes em seu tamanho...
> que fica dispensavel medir, né?
Manuel: Não, não é não. Eu não falei que a mente tem tamanho ou peso.
Aliás, os valores pesam quantos gramas? Medem quantos centímetros
cúbicos? Se não têm medida, então não existem? E como eles nos fazem
mover, alterar nossos estados corpóreos?
O fisicista Quine achava que a psicologia deve se ater ao estudo do
comportamento. Ele disse:"Seja como for, os estados corpóreos
existem; para quê juntar-lhes estados mentais?" -- Popper, então,
respondeu: "Se for assim..."As sensações existem; porque acrescentar-
lhes coisas materiais?"
Uma coisa que existe malgrado não tenha peso nem volume. O que pode
ser isso? Informação. A informação não pode prescindir de um meio
material, mas não se confunte com ele (Por isso que, na informática,
fala-se em hardware e software). Determinadas informações existem sob
a forma de fluxos de elétrons. Mas, em tese, nada impede que essas
mesmíssimas informações passem a existir sob a forma de fluxos de
posítrons. Creio que a mente seja um sistema de subsistemas de
informações exacutada num determinado meio material (o cérebro) e que
se desenvolveu através da interação do organismo com o meio. Seria
isso uma definição de mente?
Segue abaixo uma mensagem sobre mente que aqui postei faz algum tempo:
___________
Oi,
Em um documentário da Discovery, sobre viagens espaciais, um físico
renomado levanta a estranha hipótese de que os austronautas
intergaláticos poderiam ser cópias mentais (sim, reproduções mentais)
de cientistas terráqueos. Parte-se do pressuposto de que a mente
humana é uma espécie de software que pode ser "rodado" não só nesse
hardware orgânico que é o cérebro; que a mente pode ser trasladada do
efêmero cérebro para um dispositivo muito mais duradouro constituído
de metal e silício. Seria mais ou menos como transferir informações
(e o que é a mente, ou mesmo a consciência e até mesmo o "eu", a não
ser uma estrutura altamente complexa de informações?) de um CD para
uma fita K7 ou vice-versa.
Confesso que esse programa de divulgação científica me impressionou.
Será que essa transferência de informações mentais (o meu ego, por
exemplo) de um meio material para outro é factível? Seria este um
meio provável de se alcançar a imortalidade, de se prolongar a vida
indefinidamente?
Sinceramente, amiúde a ciência se me apresenta como uma versão
moderna da magia. Com efeito, há algo de mágico na atividade
científico-experimental. E algo de mago nos cientistas.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Para Alexandre Medeiros
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 22:37
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> Porque AFIRMAR?
> Se não posso demonstrar algo, logo este algo EXISTE?
> Como vou distinguir o algo da mentira?
L*: Mentira para quem não percebe... verdade para quem percebe, ou
mesmo que não percebe mas "finge" que percebe. Já discuti isso
algumas vezes e parece que o problema é sempre esse: por que alguns
têm essa disposição a aceitar e entender até certas coisas que fogem
aos sentidos e percepção de outros? Eu sei, eu sei... tem a divisão
entre os crédulos e os céticos. Os céticos parece que são minoria
porque é realmente muito difícil a solidão completa... Dica: Uma
das formas mais consistentes de se alcançar o estado de graça
propício à percepção do que está "além" do vivenciável é uma paixão e
o encantamento decorrente.
> > L: Complacente? Eu sou receptiva e estou aberta às idéias sem
> > preconceito. Procuro a Verdade nua e crua ( principalmente nos
> > relacionamentos. Tá bão que eu acredito que fulano "me ama" só
> > porque ele diz...)e amo quando encontro respostas seguras para
cada
> > questão. Só não me oponho a deixar aberta a minha mente para as
> > novidades e aos meios de encontrá-las.
>
> O problema é deixar a mente MUITO aberta o tempo TODO para
> a mesmice de sempre. Eu tenho a mente aberta para novas
experiências,
> para novos conhecimentos, para novas sensações. NOVAS, viu! ;-)
> Há assuntos que para mim já estão esgotados e se nada
> realmente EXTRAORDINÁRIO surgir para dar novo fôlego
> às teorias esdrúxulas, elas continuarão esdrúxulas.
> A vida é curta para desperdiçá-la com bobagens.
L*: Falamos da mesma coisa...
> Eu? Velho? Perder esperança? Opa! Eu sou cético, não nihilista!
> Quem não muda o ponto de vista (os que têm opinião formada),
> são os tipos como os astrólogos. Eles sim, precisam de novos
> ares, novos conceitos, em vez de se apegar à velharias. São
> do tipo que quebram, mas não dobram. Eles é quem são cegos,
> pois por mais evidências contrárias, recusam-se em vê-las;
> enxergam apenas o que lhes é tenuamente conveniente. Exibem
> com orgulho um acerto em mil.
L*: É, você tem razão... mas veja que se a Astrologia mantem-se
fiel ao que sempre foi é um sinal quase inequívoco de que "encontrou
a fórmula certa". A Teoria da Relatividade Especial, por exemplo,
irá completar 100 anos mas nem por isso tem que ser modificada para
não cair de caduca :)
>
> > > E esse papo de receptividade é balela. Por mais quantos séculos
> > > vou ter de aturar essa porcaria de astrologia.
> >
> > L: Quantos anos você tem?
>
> Qual a relevância da pergunta em face do que expus? Há um raciocínio
> oculto por trás dessa pergunta, não é? Bem, sou mais novo que vc.
> Sei, pela época em que vc se formou em física.
L*: Bem... você falou em "por mais quantos séculos vou ter de
aturar...". Eu nem aturo há uns 36 anos... :)
> > L: Astrologia e todas as mancias são isso mesmo, tá bem! Mas
que
> > existe tal coisa "além", isso existe...
>
> Admita: é uma questão de fé, não é? Se vc admitir eu paro
> de amolar. Se vc insistir, vou exigir evidências.
L*: Não sei se tenho fé, já que minhas idéias necessitam sempre de
confirmações e a fé é cega, surda e fala pouco... Se eu apenas
tivesse Fé na existência do "além" com certeza não estaria debatendo
com você. Portanto, digamos que seja uma certeza com base na minha
própria percepção.
> São os pseudo-cienntistas que espumam de raiva quando um cientista
> corta o barato deles.
L*: Nesse ponto eu concordo também. Faço parte de uma lista de
Ufologia em que o pessoal fica literalmente desesperado quando mais
uma das "provas irrefutáveis" cai por terra...
> > L: Cada ser é único, nisso você tem razão. Mas há certas
> > semelhanças e certos desvios seguidos senão pela maioria, então
por
> > um grupo considerável ao menos... e é a partir de tais
semelhanças
> > que podemos enquadrar fulano ou ciclano em tal, ou qual grupo.
>
> Se vc está falando das ciências do comportamento, então temos
> um consenso. Mas reduzir (de reducionismo mesmo) o ser humano
> a arquétipos é o fim da picada. É uma imensa falta de respeito
> à individualidade humana.
L*: É em ciência do comportamento e em parte também
em "arquétipos". Acho até interessante o que esteve em voga no
passado bem passado com relação aos "humores": fleumático, colérico,
sanguíneo, bilioso... lembra? Toda essa idéia faz parte de uma
concepção "holística" da realidade. Todos fazendo parte de um algo
maior que pode ser visualizado através das partes que o compõem. Os
humores seriam portanto uma divisão do gênero humano nos princípios
dos 4 elementos que compõem o mundo - assim como no zodíaco: fogo,
terra, ar e água... É uma linguagem toda ela simbólica que permite a
quem a compreenda conhecer o modo como determinados indivíduos tendem
a agir. Hum... e lendo assim o que você escreve, bem que dá para
enquadrá-lo num humor colérico. Você tem problemas nos tendões e
ligamentos?
> > L: As mentiras acontecem justamente por causa da crendice:
ninguém
> > quer ir lá prá testar a veracidade do relato... Não adianta
reclamar
> > e só acredita quem quer.
>
> Mas é isso que estou tentando dizer desde o início. Ufa!
L*: Pois é isso mesmo. Então eu pergunto: prá que cair de porrada
em cima de quem quer crêr em algo mesmo que seja a coisa mais imbecil
do mundo? Liberdade de crença faz parte dos direitos humanos... ou
não? Lógico que eu choro de dor quando vejo gente que eu conheço
comprando CD do Pe Marcelo e beijando a capa... mas eu então procuro
pensar que é porque acham o padre lindo... e não olho :)
> > L: Aprenda consigo mesmo. Você é o "laboratório". É só seguir
as
> > setas... :)
>
> Eu sei o que é aprender. Já fiz muitas experiências comigo
> mesmo. Dou gargalhadas de gente que diz que nunca se arrependeu
> da nada que fez na vida.
L*: Vai ver que nunca fizeram nada. Normalmente nem dá para que eu
me arrependa de qualquer coisa simplesmente porque eu percebo que
mesmo errando eu aprendo. Tudo é uma questão de ponto de vista.
Outras pessoas que tivessem feito o que eu já fiz teriam se matado de
vergonha... enfim... :)
> > > Mas não sou que tem problemas com a
realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
> >
> > L: Sua realidade parece ser fria e deserta... árida.
>
> Você está muito enganada a meu respeito.
> A realidade é indiferente a mim. Isso
> não significa que eu seja indiferente à realidade. Sou uma
> pessoa que nutre uma paixão extraordinária pela vida. Se
> eu pudesse viver milênios eu ia adorar!!!!!! Escrevo
> histórias de amor, poesias, ficção científica, fantasia;
> até um artigo cético que me valeu um prêmio do qual desfrutarei
> com minha família no Vale do Rio Quente, GO, em Novembro,
> com muito sol, muita água e muito choppe! :-)))
L*: Êba!
> > Senão não haveria tanta revolta naquilo que expressa em
> > palavras a uma ilustre desconhecida.
>
> Revolta? Viximaria! É esta a impressão que vc tem?
> Nada disso! Eu estou sendo sério, não revoltado.
> Pô, Lígia, magoou! Snif! Não sou um décimo de outros
> co-listeiros que só faltam se atracar a dentadas!
L*: Quem tem razão não perde a compostura, certo? ;) Quem se atraca
a dentadas é porque está querendo impôr alguma coisa goela abaixo.
Acho isso pobrinho... Nada como uma boa discussão, com gente que
sabe discutir sem cair do salto. Eu já perdi a paciência uma vez
seriamente com um NERD... mas isso são outros quinhentos.
> Pois foi por rir da astrologia e outras bobagens que vivo levando
> cacetada! Eta povo mais sisudo, sô! ;-)
L*: Rir sem debochar é bom. O deboche que é ruim. Apesar de que
certas coisas parece que "imploram" por deboche!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Antes de medir, definir...
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 22:55
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
> Como tu quer medir uma coisa que tu não sabe o que é... nem onde tá?
> Vai medir com que?
E quem disse que eu queria medir a mente, jacaré!?
Aliás, acho que descubri ainda agorinha mesmo um truque para pesar a
mente. De uma galinha, pois exige-se o sacrifício da cobaia.
Pesa-se a galinha viva. Adispôs, mata-se a galinha por
estrangulamento (não pode haver derramamento de sangue). Adispôs,
pesa-se o corpo inerte e sem vida da galinha. O peso da mente (ou da
alma) é igual ao peso da galinha viva menos o peso da galinha morta.
Than!
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: pesando informacoes... medindo... etc.
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2002 23:07
At 23:34 10/10/02 , you wrote:
>Uma coisa que existe malgrado não tenha peso nem volume. O que pode
>ser isso? Informação. A informação não pode prescindir de um meio
>material, mas não se confunte com ele (Por isso que, na informática,
>fala-se em hardware e software). Determinadas informações existem sob
>a forma de fluxos de elétrons. Mas, em tese, nada impede que essas
>mesmíssimas informações passem a existir sob a forma de fluxos de
>posítrons. Creio que a mente seja um sistema de subsistemas de
>informações exacutada num determinado meio material (o cérebro) e que
>se desenvolveu através da interação do organismo com o meio. Seria
>isso uma definição de mente?
SE NO TEU COMPUTADOR NAO PESA...
NO MEU PESA.
E PESA EM Gigabites.
Da pra pesar e medir.
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2002 23:32
oi lígia!
meu nick é lilith
no info tem um poema do Dante Gabriel Rossetti que resume o mito hebreu da
lilith, seguido por meus "gostos", que consistem basicamente em bioquímica,
biofísica, evolução molecular e exobiologia, além de tango (eu amo Astor
Piazzola) e obras de René Magritte.
Não acho q isso seja chamativo ou sexualmente atraente. No final ainda tem
uma frasesinha dedicada ao meu namorado!
Não é culpa minha, isso ocorre com todas as mulheres no icq, e não é que eu
quero me fazer de virgem ofendida, o que seria totalmente inconsistente, mas
sim defendeer o fato de eu não ser obrigada a ficar ouvindo uns caras
fracassados me falando imbecilidades.
Por isso gosto dessa lista: existem discussões de nível...
clarissa
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 20, 2002 10:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
Oi Clarissa...
--- Em ciencialist@y..., "clarissa" <mestra@t...> escreveu
> (...) A solidão amorosa e a sexualidade explícita dos meios de
comunicação (especialmente no fim de semana) fez com que seis pessoas
me desrespeitassem e dissessem coisas que talvez nem ela mesmas
gostariam de ouvir. Ou, se no caso de gostarem de ouvir, o fizessem
de uma pessoa totalmente desconhecida, na circuntância irreal e
mentirosa que é a internet...
> Sou uma criatura sensível e exijo que respeitem meus sentimentos.
> Não ouvi nada construtivo, só putaria. Porque as pessoas se
emburrecem desse jeito?
Bem, como outra representante do sexo feminino aqui na lista, posso
dizer que sua indignação é genuína... mas vamos ver se tem bases.
Só uma perguntinha: qual é o seu nick? Veja que se for "Fofurinha",
ou "Poposuda", ou "Lindinha", ou "Florzinha", ou "Amoamar", ou "Doce-
mel", ou "Doidinha"... ou ainda qualquer outro "nomezinho
bonitinho", os caras caem matando! Tem que se impôr! O meu nick por
exemplo é um nome muçulmano que significa "estrela" ( por causa da
astronomia, ai, ai...)o que permite que o número de paraquedistas
seja reduzido a menos da metade, em primeiro lugar porque é um nome
diferente do usual e pelo fato de parecer que sou muçulmana, há a
possibilidade de eu ser fundamentalista, etc e tal... além do fato
de ter o apelo de mistério: será que ela vai falar comigo? ( nota:
muçulmanas não falam com estranhos... :)
E o que você escreveu na sua "info"? Veja que um texto bem
elaborado, inteligente e principalmente em inglês, deixa outra
parcela de possíveis "agressores" sem ação. O "Tigrão", o "BombaH",
o "MuchoMacho", o "Toro", o "Poderoso", o "TODOGOSTOSO" vão pensar
duas vezes antes de contatar você... :)
Quanto ao nível, desculpe: a gente impõe. A internet é livre e cada
um dá mostras daquilo que tem dentro de si. Não adianta vir dar uma
de "donzela deflorada", ofendida em sua integridade moral só porque
os marmanjos ficam querendo sexo virtual. Basta VOCÊ dizer que NÃO e
é finda a questão.
Um comentário sobre sexo virtual para quem não sabe o que é: é algo
triste... deprimente. Em primeiro lugar porque sexo requer algum
tipo de troca. A troca via internet é muito pobre e propostas assim
só vem de pessoas "pobres" ( homens e mulheres... já recebi
propostas de lésbicas, argh!), que não são capazes de cantar nem a
vizinha/o mais feia/o da redondeza... :) Além de darem a entender
que o número de homens que deveriam procurar o "remedinho do Pelé" é
grande!
> (desculpa aí o desabafo... se eu receber outra mensagem dessas nos
próximos 5 minutos nunca mais uso o icq)
Duvideódó!
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] MSG para Vladimir
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 01:06
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Oi Vladimir
> Me surpreende a perspicácia de seus argumentos. Confesso algum preconceito
> àqueles que se dispõem a 'mutilações' em nome de uma 'estética punctual'.
> Você conseguiu atenuar o citado preconceito.
era esse meu objetivo...
> Ouvi falar, através de reportagens na TV, de 'naturalismo' e consequênte
> nudismo. Não sei se eu seria capaz de pertencer ou frequentar tais grupos...
> Não havia pensado nisso antes, não tenho opinião formada a este respeito.
> Que tem a haver a adolescência com o nudismo? Dissipação de responsabilidade
> por pertencer ao grupo?
Perguntei por brincadeira.
Eu tambem nao tenho grande conhecimento sobre o assunto,
mas acredito que o naturalismo seja justamente o extremo oposto,
a negação de qualquer escolha estética.
Para eles, a roupa tem funcao bem definida: proteger do frio,
ou ir ao mercado sem serem presos.
Por outro lado, concordo com eles em um ponto: também não gosto da
falsidade que as roupas podem representar.
Uma loira tingida por opcao pode ser mais sincera ou mais inteligente
que muitos engravatados por obrigacao.
E como alguem ja disse aqui antes, futilidade é discutir quem é fútil.
PLUR
Vladimir
SUBJECT: Re: Para Álvaro 2
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 01:23
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Eu não estou dizendo que você deve falar ou deixar de falar sobre o
que
> quiser. Apenas me referi à sua insistência de que eu apresente uma
teoria
> científica cada vez que mostro o meu lado cético. Assim fica
parecendo um
> participante que diz: "Eu criei uma bobagem e você não criou nada.
Logo, a
> minha bobagem é superior ao seu nada". Ora vamos...
L: Então chamar os outros de penico quando estiverem apenas
conversando sobre o assunto que lhes aprouver é algo indelicado,
concorda? Como é uma lista 'destinada a falar de ciência, lógico que
os assuntos irão girar em torno disso, não necessariamente
equacionando tudo mas dando palpites e incentivando a pesquisa.
> Dessa vez, tudo que eu disse é que a astrologia é muito simples (e
é!),
L: Não se precipite. É muito fácil montar uma carta natal, basta um
bom livro contendo as tábuas de posição em graus dos planetas em cada
dia do ano em cada ano, basta que se conheça a conversão de horário
para horário sideral, basta que haja muita paciência e principalmente
atençào. O problema vem depois: é a leitura de todos aqueles
pontinhos espalhados sobre a carta... e é aí que a interpretação com
base naquilo que está "escrito" começa a fazer tudo encontrar um
sentido. A chave é a interpretação com bases no que está ali. E é
isso o que exige muita experiência por parte do astrólogo. Um bom
astrólogo, dotado de uma capacidade de interpretação "treinada" é
capaz de dizer muito sobre a pessoa a quem pertença a carta natal. E
isso não é adivinhação: é capacidade de leitura advinda ao longo de
anos de experiência. É um trabalho difícil como outro qualquer.
Lógico que há os espertalhões que fazem o gênero "guru", mas esses
existem em qualquer profissão. Meu marido é engenheiro e ele diz que
os mais medíocres da área chegam à gerência. Normalmente porque
sabem vender melhor o próprio peixe ao terem mais tempo livre para a
politicagem enquanto o bom engenheiro está sempre voltado ao trabalho
e dedicado a desenvolver-se naquilo.
e
> logo veio o Sergio com o desafio do milhão, dizendo que eu só
escrevo
> disparates, etc.
L: Isso porque ele tem razão em falar que é um disparate dizer que
dá para aprender astrologia em um dia. Dá para montar uma carta sim,
é fácil, bastando seguir a receita. Mas o que vem depois requer anos
de dedicação. Pense que qualquer um pode sair formado de uma
faculdade de engenharia civil. Mas um bom engenheiro requer anos de
prática do serviço ou então vai ser preso por ter construído um
shopping que cai por erro de projeto, ou má avaliação do terreno e do
material.
Os biólogos não ficarão tão ofendidos porque o Takata joga
> no time deles. Ele já defendeu a evolução centenas de vezes e nunca
se
> cansa. Cada vez que aparece um participante novo, com as mesmas
objeções,
> ele explica novamente em vez de ficar dizendo "ah, mas isso já foi
> discutido aqui e ninguém entendeu".
L: Quem gosta do que faz faz com gosto. Se ele tem liberdade de
falar sobre criacionismo/evoluão qual o porquê de não se poder falar
em astrologia e "sanar" de vez a falta de cultura a respeito do
assunto? Querem provas? Ótimo! Vamos à lista de datas de
aniversário, não se esquecendo de informar horário do nascimento e o
local... :)
> Sobre a astrologia, é interessante que até a década de 80 os
astrólogos
> diziam que a profissão era muito difícil, que eles tinham que
estudar
> durante vários anos, que demoravam uma semana para fazer um mapa
astral.
> Agora que existem até mesmo aplicativos gratuitos para fazer mapa
astral, a
> dificuldade mudou para a interpretação do mapa. Só que já existem
> tentativas de implementar interpretadores automáticos de mapas
astrais.
> Tudo indica que daqui a alguns anos, quando a A.I. tiver se
desenvolvido
> mais, os astrólogos serão desnecessários!
L: Sempre foi a interpretaçào. Sempre houve a dificuldade de montar
o mapa. Agora com os softwares de astrologia ficou mais fácil sim
mas mesmo assim ainda há a necessidade da intepretaçào. Pode
acreditar que qualquer programa que já faça a intepretação acaba
sendo genérico demais e cheio de falhas isso porque de certa forma é
o contato com "a coisa toda" que dá o valor para o bom astrólogo
capacitando-o a uma boa e precisa leitura, principalmente aquele de
rejeita usar os softwares. É através do manuseio, do traçado, da
elaboração que acontece a revelação do sentido de tudo aquilo,
simplesmente porque é quando há a integração entre "consultor"
e "consulente" através da obra. Através da leitura vê-se que o outro
não passa de um aspecto de "mim mesmo"... e isso é o que está "por
trás" da Astrologia. Ela permite "ver" que tudo está interligado e
que não há separações. Antes que diga que eu estou fugindo do tema,
todas as mancias ssão capazes de dar mostras disso. Mas somente
os "verdadeiros" praticantes da arte percebem o que estou dizendo.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 02:03
Ligia Gallo wrote:
> Falando-se do "além", este pode muito bem ser um plano ou um lugar
> tão físico
se é físico, onde está?
> quanto este em que vivemos mas que ainda não conseguimos
> alcançar dados nossos parcos recursos.
que alternativas vc propoe?
> Para que negar
> veementemente? É só isso o que eu queria dizer.
E por que afirmar?
> L: Astrologia e todas as mancias são isso mesmo, tá bem! Mas que
> existe tal coisa "além", isso existe... O problema são os meios
> utilizáveis para alcançá-lo ( mancias e magias)
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
> mas isso não
> inviabiliza a priori qualquer pesquisa séria na tentativa de
> comprovar que há alguma coisa "além".
É verdade.
E que pesquisa séria apresenta ao menos UMA evidencia do "alem"?
> Basta que os cientistas não
> fiquem assim, espumando de "reiva" todas as vezes que têm que encarar
> tais coisas.
Nao seriam os credulos que espumam de raiva e preferem nao enxergar
quando cientistas apresentam respostas coerentes?
> L: Sua realidade parece ser fria e deserta... árida.
Qual seria a "realidade correta"?
Uma "realidade confortante", onde todos sao eternos?
> Senão não
> haveria tanta revolta naquilo que expressa em palavras a uma ilustre
> desconhecida.
É possivel manter um dialogo objetivo com vc, que exclua o sentimentalismo?
> L: Sabe, às vezes eu até me pergunto por que eu venho perdendo tanto
> tempo escrevendo em listas para ter que ler que sou esquizofrênica,
> megalomaníaca, louca, complacente, excessivamente tolerante, cética,
> empedernida...
Provavelmente existem listas misticas. Essa aqui se chama "ciencialist".
> Se cuida e tente sorrir mais. Para tudo dá-se um jeito. Se não se é
> bonito, pode-se ao menos ser simpático.
O que é "bonito"?
Desculpe entrar no meio da conversa,
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 02:51
Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> - _Escritos Revolucionários_, do Errico Malatesta, o principal nome do
> anarquismo na Itália.
Aqui Malatesta deixa claro que algumas ideias do Bakunin envelheceram,
mas que o ideal é o mesmo. Ressalta a necessidade das ideias evoluirem.
Isso é essencial, pois muitos ja enterraram as ideologias socialistas em favor de outras
tao "utopicas" quanto as primeiras.
> - _Os Anarquistas e as Eleições_, antologia de textos de vários autores
> anarquistas (entre eles, Bakunin, Kropotkin e Malatesta) a respeito do voto
> nulo. Pelo que eu entendi (peguei o bonde andando e não consegui sentar na
> janelinha ;-), foi esse o estopim da discussão sobre anarquismo que teve
> aqui na lista. Eu, particularmente, não prego nem pratico o voto nulo porque
> acho que ele abre espaço pra aberrações como a eleição de Bush Jr. e a quase
> eleição do LePen. Mas esse livrinho ajuda a entender o porquê da
> desconfiança dos anarquistas pelo processo eleitoral, dito "democrático".
O voto nulo so teria algum valor se fosse a escolha de um numero consideravel
de eleitores. Nao eclodira nenhuma revolucao hoje ou amanha.
Antes de pensar em anarquia, precisamos tornar real a democracia.
O povo precisa, antes de qualquer coisa, ter consciencia politica
e consequentemente ter representacao politica.
Prioridade hoje é a educacao.
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 03:07
*** Você por acaso está se referindo à Coleção Escritos Anarquistas, aqueles
livrinhos de capa vermelha da Ed. Imaginário?
Creio que é essa mesmo. Obrigado pelas indicações e pelas respostas.
DFG
----- Original Message -----
From: Lucio Jorge Pina Manfredi <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 10, 2002 9:16 AM
Subject: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
> ----- Original Message -----
> From: Douglas Ferreira Gonçalves
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Thursday, October 10, 2002 3:47 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
>
> >Olá Lúcio,
>
> Salve, Douglas!
>
> >Não entendo nada de anarquismo. Por isso não vou nem discutir.
> Mas aproveitando o ensejo, saiu agora uma coleção de livros "textos
> anarquistas", é algo desse tipo.
> >Vc conhece? Se conhece vc indica?
>
> Você por acaso está se referindo à Coleção Escritos Anarquistas, aqueles
> livrinhos de capa vermelha da Ed. Imaginário? Se for, pode comprar sem
medo,
> os livros são baratos, acessíveis e a coleção publica o que de melhor se
> escreve em matéria de anarquismo, tanto de anarquistas clássicos, como
> Bakunin, Kropotski e Malatesta, quanto de autores contemporâneos, como
> Maurice Cranston, Nicolas Walter e Maurice Joyeux.
>
> >Se não conhece passe, por gentileza, o nome de algum(s) texto(s)
básico(s)
> e bom(s) sobre o assunto.
>
> Da Escritos Anarquistas, eu recomendaria os seguintes:
>
> - _Diálogo Imaginário entre Marx e Bakunin_, de Maurice Cranston. Como o
> nome indica, é escrito como uma conversa entre os dois, enquanto tomam um
> chá. Nesse papo, as diferenças, semelhanças e impasses do comunismo e do
> anarquismo vão sendo expostos e analisados. Apesar do autor ser
anarquista,
> o diálogo é bem imparcial e o "Marx" do Cranston faz alguns
questionamentos
> bastante pertinentes ao Bakunin. Mas, claro, o balanço final é a favor do
> anarquismo.
>
> - _Reflexões sobre a Anarquia_, de Maurice Joyeux.
>
> - _O Estado e seu Papel Histórico_, de Kropotkin. Como boa parte das
> primeiras gerações de anarquistas, o Kropotkin tem uma influência do
> Rousseau que às vezes faz ele soar ingênuo. Mas o livro é uma análise
arguta
> da evolução do Estado, mostrando como, longe de ser uma instituição
eterna,
> ele surgiu num período histórico preciso, a ascensão da burguesia, e
reflete
> uma estrutura social concreta, a do capitalismo.
>
> - _Deus e o Estado_, de Bakunin. É um dos meus textos preferidos do
Bakunin.
> Ele traça um paralelo entre o Deus pessoal do catolicismo e a estrutura
> autoritária do estado, que são cópias um do outro e servem cada um de
> legitimação ideológica para o outro.
>
> - _A Anarquia, sua Filosofia, seu Ideal_, do Kropotkin. É um resumo das
> idéias do Kropotkin sobre o anarquismo e, ao mesmo tempo, uma resposta às
> principais críticas que os anarquistas recebiam na época dele. Então,
serve
> como uma excelente porta de entrada ao tema - com as devidas restrições: a
> gente tem que lembrar que é um texto do sec. XIX, marcado pelo iluminismo
> científico e pela influência do Rousseau, que tornam algumas passagens
meio
> datadas.
>
> - _Escritos Revolucionários_, do Errico Malatesta, o principal nome do
> anarquismo na Itália.
>
> - _Do Anarquismo_, de Nicolas Walter. Um balanço do pensamento anarquista
> feito por um autor contemporâneo.
>
> - _Os Anarquistas e as Eleições_, antologia de textos de vários autores
> anarquistas (entre eles, Bakunin, Kropotkin e Malatesta) a respeito do
voto
> nulo. Pelo que eu entendi (peguei o bonde andando e não consegui sentar na
> janelinha ;-), foi esse o estopim da discussão sobre anarquismo que teve
> aqui na lista. Eu, particularmente, não prego nem pratico o voto nulo
porque
> acho que ele abre espaço pra aberrações como a eleição de Bush Jr. e a
quase
> eleição do LePen. Mas esse livrinho ajuda a entender o porquê da
> desconfiança dos anarquistas pelo processo eleitoral, dito "democrático".
>
> - _Análise do Estado/O Estado como Paradigma de Poder_, de Eduardo
Colombo.
> O autor é um psicanalista e teórico anarquista argentino que, nesses dois
> textos, estuda como as pessoas internalizam as estruturas do estado, de
modo
> que a nossa própria psique apresenta um condicionamento autoritário.
>
> - _Escritos contra Marx_, de Bakunin.
>
> Se você se interessa pelas artes, a coleção tem ainda dois livrinhos
> preciosos, que estão entre os meus preferidos:
>
> - _Arte e Anarquismo_ (vários autores), que trata da relação histórica
entre
> o anarquismo e as vanguardas artísticas, como o dadaísmo.
>
> - _Surrealismo e Anarquismo_ (vários autores), que mostra como, no final
do
> movimento, os principais nomes do surrealismo, como André Breton e
Benjamin
> Péret, abandonaram o comunismo, chocados com a violência stalinista, e se
> aproximaram dos anarquistas.
>
> Acho que, com isso, dá pra ter um bom panorama do movimento anarquista, de
> suas principais correntes, das semelhanças e diferenças entre os autores,
> etc. Fuçando um pouco nas livrarias, você pode encontrar ainda dois livros
> interessantes naquela coleção de bolso da L&PM, _Textos Anarquistas_, do
> Bakunin, e _A Propriedade é um Roubo_, do Proudhon.
>
> >Só três perguntas: o F. Perls era anarquista? De onde vc tirou essa
> informação? Ou vc quis dizer que alguns anarquistas aderiram à proposta da
> Gestalt Terapia?
>
> A Gestalt-Terapia foi desenvolvida em conjunto pelo Fritz Perls e pelo
Paul
> Goodman que, além de terapeuta, foi um sociólogo e teórico do anarquismo.
Se
> você quiser uma análise resumida das relações entre o anarquismo e a
> Gestalt, dá uma olhada no capítulo sobre o Paul Goodman em _A
> Contracultura_, do Theodore Roszak, que saiu em português pela Ed. Vozes.
>
> >Conheci dois anarquistas e pelo que aprendi com eles vc está certo.
>
> Qualquer simpatizante do anarquismo, mesmo que não seja um anarquista
> militante, ficaria de cabelo em pé com essa associação. Ela simplesmente
vai
> contra tudo o que os anarquistas defendem ou acreditam.
>
> >Está desculpado
>
> ;-)
>
> Abs.
> L.
>
>
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>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ? Solução para o problema da energia
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 03:09
Então a idéia é uma porcaria. Deixa prá lá.
DFG
----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 10, 2002 11:28 AM
Subject: [ciencialist] Re: ? Solução para o problema da energia
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Queimar cadáver também gera energia?
Sim.
> Se gerar muita energia poderia ser uma alternativa para a crise
> energética?
Vejamos. Utilizando-se a tabela de mortalidade brasileira do Datasus
(http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?idb2001/a08.def),
multiplicando-se o numero de mortos em cada faixa pelo peso corporeo
medio correspondente e obtendo-se o peso seco (eliminando-se o teor
de agua), chego ao valor total de 30.000.000 kg de carne humana.
Considerando-se um valor de 6 kcal/g, teremos na queima total, cerca
de: 180.10^12 cal ou 750.10^12 J. (Se ao peso total de 55.000.000 kg -
- sem descontar a agua - aplicarmos o valor de 140 kcal/100 g da
carne bovina, teremos algo em torno de 77.10^12 cal ou 320.10^12 J.)
A potência de Itaipu e' de cerca de 12.000 MW ou 12.000.000.000 J por
segundo ou 16.10^15 J por ano. A queima dos corpos equivaleria a
0,02-0,05 Itaipu. A producao total do Brasil e' de cerca de 6
Itaipus - entao a queima de corpos corresponderia a 0,33-0,83% da
producao energetica do pais. (Se eu nao errei em nenhum
arredondamento.)
> Poluiría a atmosfera do mesmo jeito?
Sim. Nao so' gas carbonico, mas tbm compostos de enxofre, ameacando
com chuva-acida.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 03:24
> Douglas: Mas eu tenho a impressão que os próprios evangélicos pouco
> se preocupam com o assunto (criacionismo).
Por eqto ainda nao ha' gde desenvolvimento do criacionismo na pais,
realmente. Mas nao sei se isso e' um indicador seguro. Os evangelicos
neo-pentecostais sao criacionistas e 'a medida em q. tentarem
propagar sua fe' esse ponto, acredito, entrara' em choque direto.
(Por exemplo, ha' varias incursoes -- algumas bem sucedidas -- de
tornar a leitura da biblia obrigatoria nas escolas.)
Olha o q. eles andam ensinando:
http://www.adventista-santoandre.g12.br/links/criacionismo.htm
http://www.iabc.g12.br/AberturadaIsemanadocriacionismo/semanacriacioni
smo.htm (Vegetais com 'j' e' de doer)
***
Eu tinha me esquecido dos Adventistas. Mas é uma seita pequena também. Os
evangélicos nem vão com a cara deles. (Realmente veJetais foi de doer. Até
enviei um aviso para correção. Não que eu queira contribuir com a "causa".
Só de curiosidade: minha ex-namorada era adventista -ou é ainda, não sei).
***
> Douglas: Técnicamente não aceitaria, pois "inteligencia" é
> predicado de criatura e não do Criador.
Pois e'. Se inteligencia fosse predicado da intelectualidade nao
aceitariam... (So' uma piada. Nao uma argumentacao.) Mas a verdade e'
q. o "Design Inteligente" pode-se modicar para ocultar referencias a
uma criador. Por exemplo, falar q. os organismos sao perfeitos demais
para q. o simples acaso pudesse produzi-los.
***
Acreditar nesse "Design Inteligente" é desconhecimento da Teoria Geral dos
Sistemas. Hoje em dia isso é imperdoável.
***
> P.S.: Então a ëvolução" é de fato uma teoria bem fudamentada?
Ao q. parece sim. Pelo menos ela tem passado em sucessivos testes de
hipotese.
***
Vou ler os textos que vc indicou, depois eu volto a conversar, se tiver
necessidade,
Obrigado de novo
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Somente o mensurável existe?
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 03:31
> O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> faz parte de nossa realidade e ponto final.
Manuel: Os valores podem ser medidos? Segundo Quine, a mente não pode
ser medida, apenas os estados corpóreos podem ser submetidos aos
nossos instrumentos de mensuração. Quer dizer então que a mente não
existe?
Douglas: Os Qualia, para ser mais exato, não podem ser medidos. De acordo
com Dennett eles não existem. Ele usa um argumento muito furado, nem me
lembro qual. ***A possibilidade de me levantar nesse momento (estou sentado)
existe ou não? É bom lembrar que "possibilidade" não pode ser medida. Ou
pode?
*** A existência pode ser medida? E a não-existência? E nossa "realidade"?
(não estou falando de realidades, mas da "nossa realidade").
*** A "medida" pode ser medida? O ato de medir deve poder.
*** A amizade pode ser medida?
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Somente o mensurável existe?
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 03:33
Eu não o conheço pessoalmente. Nunca o vi mais gordo. Mas presumo
que a mente do Manuel Bulcão existe, consequentemente deve existir
um Manuel Bulcão. A mente do Manuel Bulcão existe pois ela
expressa experiências que são comuns às minhas experiências;
porque podemos concluir as mesmas coisas sobre nossas experiências.
Douglas: Ele perguntou se podia ser medida. Vc não respondeu.
> Para medir uma coisa, antes temos que senti-la, percebê-la.
> Significa, então, que somente as sensações existem? Uma realidade
> material independente dos nossos sentidos não existe?
Logo devo concluir que qualquer coisa que alguém diga deve
ser verdade?
Douglas: não vejo ligação entre o comentário dele e sua resposta. Para falar
a verdade creio nem ter entendido a pergunta.
Eu
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 03:48
> >Então a ëvolução" é de fato uma teoria bem fudamentada?
> Aqui, a gente tem que distinguir entre duas coisas. A primeira é a
evolução
> propriamente dita, quer dizer, a transformação das espécies umas nas
outras
> ao longo do tempo. A segunda são os mecanismos que provocam essa
> transformação. A evolução propriamente dita já tá mais que demonstrada,
> sobretudo pelos registros fósseis, que mostram semelhanças estruturais
> contínuas entre as espécies, associadas com alterações discretas que vão
> transformando uma espécie em outra. Já quanto aos mecanismos, as coisas
são
> um pouco mais complicadas.
Douglas: Então "os mecanismos" é que são o x da questão!
> A seleção natural proposta pelo Darwin é um fato
> mais ou menos aceito na comunidade científica.
Douglas: "mais ou menos" significa o que, mais exatamente?
> Mas existem dúvidas sobre se
> ela, sozinha, é capaz de responder pela evolução ou se, junto com a
seleção
> natural, existem outros mecanismos ainda desconhecidos. Como ninguém ainda
> conseguiu um modelo teórico consistente pra esses outros mecanismos, a
gente
> vai se virando como pode com a seleção natural. Mas a verdade é que ela
tem
> alguns problemas.
Douglas: Pode soltar os problemas. (Que são de "mecanismos", se bem entendi,
e não de alteração da espécies).
> O astrofísico britânico Sir Fred Hoyle disse uma vez que
> supor que a seleção natural poderia construir organismos complexos por
mero
> acaso é mais ou menos tão provável quanto um furacão jogar pro alto várias
> peças aleatoriamente e, quando elas caírem, construírem um Boeing.
Douglas: De acordo com a Teria Geral dos Sistemas, não é tão impossível
assim. É até provável (ou nescessário, diria eu).
> A principal dificuldade é com relação ao tempo. Estatisticamente,
fenômenos
> aleatórios podem, claro, dar origem a estruturas organizadas. Se você
> colocar um bando de macacos martelando a esmo nas teclas de uma máquina de
> escrever, dado o devido tempo, eles vão ser capazes de escrever o
_Hamlet_.
> Só que "o devido tempo", no caso, seria maior do que a idade total do
> universo. Passa-se uma coisa parecida com a seleção natural. De acordo com
a
> versão aceita pelo neodarwinismo, as alterações nas espécies são
provocadas
> por mutações genéticas, talvez causadas pelo bombardeio dos raios cósmicos
> ou por outro fator aleatório. Dentre os mutantes, os poucos que se mostram
> adaptados ao meio-ambiente sobrevivem, mas a grande maioria é eliminada.
Em
> raríssimos casos, inclusive, os mutantes se mostram *mais* adaptados do
que
> as espécies originais, que acabam suplantadas. Frise-se *os poucos que se
> mostram adaptados*, *a grande maioria é eliminada* e *em raríssimos
casos*.
> Mutações favoráveis são um evento probabilisticamente raro, tão raro
quanto
> os macacos datilografando _Hamlet_ a esmo. Mas, pra que a seleção natural
> pudesse responder sozinha pela biodiversidade terrestre, esse evento raro
> teria que ter se produzido freqüentemente ao longo da história da vida na
> Terra. Além do mais, ele teria deixado como resíduo uma grande massa de
> indivíduos com mutações desfavoráveis em cada época, e não existem
registros
> fósseis disso. Por tudo isso, alguns biólogos se perguntam se, além da
> seleção natural, não existiria algum outro processo intervindo aí e que
> tornasse a evolução menos aleatória. Infelizmente, ninguém apareceu ainda
> com uma proposta que fizesse sentido.
Douglas: Eu acho que apareceu sim. Como a TGS valoriza a relação, os
desdobramentos das espécies são efeitos de relações. Seria absurdo -
parafraseando Wittgenstein - acreditar que o homem precisaria de oxigênio
para sobreviver e que por acaso o oxigênio é encontrado na atmosfera. O mais
sensato é adimitir que o homem respira oxigênio por que a relação entre o
surgimento e desenvolvimento de seu organismo está de acordo com as relações
que este estabelece com o ecossistema.
*** Para introdução básica à TGS ver Bertanlanfy(?) no livro de mesmo nome e
Prigogine(?) em "A nova aliança"
*** Saiu um livro da minha ex- prof. Maria José Estevão, "Introdução ao
Pensamento Sistemico", acho que só a leitura deste basta.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 03:51
> > > Entretanto, permita-me um reparo: todos esses depósitos de "fósseis"
> foram criados artificialmente por Deus, para lançar a dúvida no espírito
> humano
>
> >Douglas: Incompátivel com a Bondade de Deus
>
> Bom, nesse caso eles foram criados pelo diabo pra levar as pessoas a
> acreditarem na evolução... };-)
Douglas: Aí Deus está deixando o Diabo agir de forma muito libertina. Quando
isso acontece o resultado não é dos melhores (Jó é que o diga). Deixar o
Diabo com tais "gracinhas" tb é incompátivel com a Bondade de Deus.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Antes de medir, definir...
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 03:55
>ME DIGA O QUE É A MENTE...
E EU TE DIGO SE DÁ PRA MEDIR.
L.E.
Douglas: Conjunto de Qualia. Ou um único Qualium. Qualidade acrescida à
sensação. Eu vejo (sensação), mas minha visão não é puramente mecanica, é
acrescidada de uma "qualidade". Com auxilio da linguagem eu posso até dizer
"eu sei que vejo".
Eu
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Antes de medir, definir...
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 04:06
> >ME DIGA O QUE É A MENTE...
> E EU TE DIGO SE DÁ PRA MEDIR.
> L.E.
Manuel: O que é mente? Mente é mente assim como uai é uai, uai! :-)
Às vezes um significante tem um significado tão evidente que fica até
difícil de definí-lo.
Douglas: Esse raciocínio é perigoso. Pode fazer com que convenções sociais
fortemente estabelecidas passem por verdades. Como, outrora, a Vontade
Divina que abençoava o Rei. (Isso era inquestionável).
P. Ex., o que é "ser"?
Douglas: Aquele que é por si só e que sustenta os que são por outros (os
entes).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 04:41
O ceticismo acadêmico diz que:
* É impossível ter certeza de algo. pois se alguém apresentar uma tese A eu
posso apresentar uma tese não A de igual valor. Portanto não há como ter
ciência.
O ceticismo mitigado (expressão de Hume mas que se iniciou com Occam) diz
que:
* Podemos ter um certo conhecimento dos acontecimentos corriqueiros do dia a
dia, mas a ciência continua sendo impossível de existir.
O cetismo, em alguns casos, prega que uma certa forma de conhecimento é
possível:
* Aquela que vem única e exclusivamente da fé (fideísmo, doutrina
considerada herege pela Igreja que preza muito a Razão).
Como Dawkins e Sagan se dizem céticos? Falta de estudo ou burrice. Pode
escolher.
Há ainda o ceticismo metódico de Descartes, que leva às conclusões:
1- Só tenho certeza que dúvido (ou que tenho idéias);
2- Uma idéia Perfeita há em mim (a idéia de Deus);
3- Como não sou perfeito, eu sozinho não poderia gerar uma idéia perfeita;
4- Logo um Ser perfeito colocou essa idéia em mim;
5- Existir é uma perfeição;
6- Logo o Ser perfeito existe;
7- Bondade é uma perfeição;
8- Logo o Ser perfeito é Bom;
9- Se Ele é bom não ia me enganar;
10- Portanto já não tenho motivos para dúvidar da existência do mundo;
11- Agora posso investigar o mundo de forma tranquila, sem dúvidar que ele
existe.
É este ceticismo metódico que as ciências em geral seguem (os outros tipos
de ceticismos são claros: não há possibilidade de existir ciência).
Por que S. e D. não seguem as conclusões de Descartes?
Porque eles não entendem, porque não conhecem ou porque nem sabem que isso
existe? Pode escolher a resposta.
Na realidade, pelo menos de acordo com Blumemberg, o projeto da modernidade
justifica a si próprio devido aos seus resultados. Onde S. e D. citam
Blumemberg? O único que daria uma dica para eles acreditarem no que
acreditam? Que eu saiba em lugar nenhum. Desconhecer um dos maiores teóricos
do projeto da modernidade é, no mínimo, falta de estudo. (Para ciêntistas
que pretendem teorizar sobre algo que está além de suas pesquisas, claro.
Caso contrario pode mandar o Blumemberg para os quinto dos inferno).
Qual a justificativa para ter aquela visão de ciência? Perguntem para eles.
Dúvido que tenham respostas.
A apresentação de ciência feita pelos dois ciêntistas pop é, pelo q tudo
indica, uma neognose desfarçada ("só o conhecimento salva") além de ser um
arremedo de ceticismo (não dúvidam dos próprios pressupostos, que aliás, nem
apresentam muito bem -e que para ser sincero, eu dúvido que tenham clareza
deles).
Desconsiderando toda questão da fundamentação, aberrações do tipo "Contato"
(S) se torna possível (eu gostei do livro e do filme, mas não é isso que
está em jogo), onde por não compreender nada de analogia (contrario de
literalidade e não de digitalidade), materializa de forma grosseira simbolos
universais. Aquilo ali mostrou bem quem é Sagan: um espirita sofisticado (é
claro que ele não concordaria, não sabe nem de que se trata o assunto, além
de não estar mais no meio de nós, que Deus o tenha).
Quanto a literalidade de D., essa veio em forma de uma pergunta dirigida ao
Papa. "Onde está o corpo de Maria"? Pergunta típica de quem só enxerga a
empiricidade absoluta.
Concluindo, são dois fundamentalistas (como os evangélicos) literalistas
(como os espiritas). Além de não darem mostras de possuírem cultura (ou será
burrice mesmo? creio que não. Deve ser falta de estudo) nem para
compreenderem os próprios fundamentos de suas crenças (auto fundamentação do
projeto da modernidade).
Enfim, são "a boquinha da garrafa" da ciência. Pura mídia.
Mas eu gosto dos livros do Sagan assim mesmo. Trás informações
interessantes. E do Dawkins (que conheço menos) tb, apesar de não escrever
tão bem.
DFG
P.S.: Concordo com Schopenhauer: ciêntista só serve pra fazer conta e
construir aparelhos. Quando resolvem explicar alguma coisa só dizem
asneiras.
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Comentários 2 (A la Jack)
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 04:45
> Oi Douglas
Oi
> Um Homem com 'fome' não encontra sentido em nada e para nada, até que
tenha
> a 'fome' saciada, claro.
Mas pode encontrar. E até mesmo ficar privado de alimento de forma
proposital, como fazia Gandhi. Se houver sentido em sentir fome, o homem vai
sentir fome até a morte, se for preciso.
> 'Loucura' seria alienação a realidade. Penso haverem 'loucuras premiadas'
> como por exemplo a perfeição no trabalho de um dentista
> obscessivo-compulsivo ou o sucesso de um vendedor hipomaníaco.
> Que estou 'alienado a realidade', eu sei. Minha pretenção é 'estar
> premiado'.
Entendi as "loucuras premiadas". Não entendi sua pretensão.
DFG
SUBJECT: Interesse em: [ciencialist] pesando informacoes... medindo... etc.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 06:56
Assunto: Interesse em: [ciencialist] pesando informacoes... medindo... etc.
At 23:34 10/10/02 , you wrote:
>Uma coisa que existe malgrado não tenha peso nem volume. O que pode
>ser isso? Informação. A informação não pode prescindir de um meio
>material, mas não se confunte com ele (Por isso que, na informática,
>fala-se em hardware e software). Determinadas informações existem sob
>a forma de fluxos de elétrons. Mas, em tese, nada impede que essas
>mesmíssimas informações passem a existir sob a forma de fluxos de
>posítrons. Creio que a mente seja um sistema de subsistemas de
>informações exacutada num determinado meio material (o cérebro) e que
>se desenvolveu através da interação do organismo com o meio. Seria
>isso uma definição de mente?
SE NO TEU COMPUTADOR NAO PESA...
NO MEU PESA.
E PESA EM Gigabites.
Da pra pesar e medir.
L.E.
#####>Taí uma discussão que me interessa. Começa a tomar corpo. Será que vai
continuar? Tomara. Vamos ver o que vou encontrar na segunda-feira, quando
retornar do 'final de semana'<#####
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] HOMENS, MULHERES e fidelidade
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 06:57
Caro Carlos Alberto
Cada vez mais parece ficar claro que existe uma ética natural feminina
diferente da ética natural masculina#####>Pô meu! O homem é diferente da
mulher! Basta olhar<#####. Eu imagino que isto se deva à
incorporação genética de alguns comportamentos dos humanos primitivos.
Assim, simplificadamente, os homens formavam grupos de caça com 10 ou 12
indivíduos, onde a decisão errada de um deles poderia, eventualmente,
prejudicar a sobrevivência de todo o grupo. Talvez isto contenha origem da
aceitação natural de um líder pela parte masculina e também do
comportamento heróico.
De sua parte, as mulheres ficavam tomando conta dos velhos, das crianças e
da habitação enquanto aguardavam a chegada dos alimentos e de seus
companheiros. Acho, que por questões de sobrevivência e procriação elas
não poderiam ficar exageradamente vinculadas a um companheiro único que
poderia ser abatido na luta ou voltar estropiado..
Já vou avisando que não sou nenhum porco-chauvinista ... trata-se apenas
de uma questão de lógica ! (he he he)
Abraços
villem
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: Antes de medir, definir...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 06:57
"...Pesa-se a galinha viva. Adispôs, mata-se a galinha por
estrangulamento (não pode haver derramamento de sangue). Adispôs,
pesa-se o corpo inerte e sem vida da galinha. O peso da mente (ou da
alma) é igual ao peso da galinha viva menos o peso da galinha morta.
Than!
[]s,
Manuel Bulcão"
#####>Essa eu gostei mesmo! Mas uma dúvida: Nas reações químicas
exergônicas, a soma das massas dos reagentes é maior do que a soma das
massas dos produtos, aparentemente contrariando Lavoisier (Não contraria
caso o sitema seja isolado, como ele proconiza).
No caso em pauta, o calor do corpo da galinha será dissipado...
[]s,
Antonio Renato.<#####
SUBJECT: Re: [ciencialist] Entupiu...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 06:58
"Caros membros da ciencialist,
não sei o qual a opinião de vocês mas eu não mais consigo participar de
nehuma discussão
dessa lista dado ogrande números de mensagens que são enviadas por dia.
Simplesmente não tenho
condições de acompanhar argumentos e contra-argumentos além do que a minha
caixa de mensagens
entope com frequência quando passo alguns dias sem verificar o correio
eletrônico e simplesmente
a esvazio sem ler quase nada.
Cito o problema mas não tenho solução mágica. Sou, a princípio, contra a
moderação nessa
lista entretanto penso que deveríamos ter o bom senso de escrever um pouco
menos para que os
assuntos possam ser discutidos ou ao menos lidos por todos. Para citar um
exemplo, não vejo
sentido em um debate sobre voto nulo tão "aprofundado" nesse tipo de lista
apesar de me
interessar bastante por política - principalmente nesta época de eleições.
um abraço, Eduardo."
Oi Eduardo
Minha queixa é semelhante a sua. Embora o e-mail não 'entupa' (Ainda nesta
madrugada 'deletei' 257 msg na lixeira), seria conveniente msgs mais curtas
(Sintéticas).
Quanto a moderação, esta lista tem isso de bom: Não restringe aos listeiros.
Eu copio as msgs da 'caixa', guardo as extensas para ler depois. Respondo ao
que me é dirigido e a assuntos que estou participando.
Quanto a 'profundidade', uma observação: Os 'debatedores' estão cansados de
saber o resultado da discussão, como por exemplo 'a forma do universo'. Mas
parece ser uma exibição de cultura com citação de autores diversos, algum
'tipo' de vaidade. A propósito: Não raro 'caminharem em círculos' se
repetindo até a exaustão.
Amo "ciencialist" e creio que a iniciativa deveria partir dos listeiros.
Msgs mais abreviadas têm maior aceitação.
De qualquer maneira a lista oferece escolha ao listeiro e gosto disto.
um abraço, Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 08:12
Em Qui 10 Out 2002 12:12, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Douglas Ferreira Gonçalves
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Thursday, October 10, 2002 3:04 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
>
> >Então a ëvolução" é de fato uma teoria bem fudamentada?
>
> Bom, já que eu mandei uma mensagem sobre anarquismo e ninguém caiu de
> porrada em cima de mim (tenho a impressão que se eu falasse de astrologia
> ou do Carl Sagan, a coisa ia ser um pouco diferente...) ;-), deixa eu dar
> meu pitaco também no tema da evolução.
Eu de minha parte envei o texto que originou a discussão e me afastei de
computadores por um longo tempo, e infelizmente não pude participar da parte
mais divertida da polêmica... :-(
Mas acho que ainda posso contribuir com alguma coisa.
>
> A principal dificuldade é com relação ao tempo. Estatisticamente, fenômenos
> aleatórios podem, claro, dar origem a estruturas organizadas. Se você
> colocar um bando de macacos martelando a esmo nas teclas de uma máquina de
> escrever, dado o devido tempo, eles vão ser capazes de escrever o _Hamlet_.
> Só que "o devido tempo", no caso, seria maior do que a idade total do
> universo. Passa-se uma coisa parecida com a seleção natural. De acordo com
> a versão aceita pelo neodarwinismo, as alterações nas espécies são
> provocadas por mutações genéticas, talvez causadas pelo bombardeio dos
> raios cósmicos ou por outro fator aleatório. Dentre os mutantes, os poucos
> que se mostram adaptados ao meio-ambiente sobrevivem, mas a grande maioria
> é eliminada. Em raríssimos casos, inclusive, os mutantes se mostram *mais*
> adaptados do que as espécies originais, que acabam suplantadas. Frise-se
> *os poucos que se mostram adaptados*, *a grande maioria é eliminada* e *em
> raríssimos casos*.
Há alguns erros aí. Os mutantes não adaptados não são eliminados. Eles se
tornam menos competitivos, a menos que seja uma mutação brusca, coisa rara na
natureza. Uma mutação ocorrida em apenas uma geração pode ser algo sutil,
quase imperceptível. Aplicada estas pequenas mutações em uma grande população
teremos um maior número de descendentes com mutações favoráveis que
desfavoráveis.
> Mutações favoráveis são um evento probabilisticamente
> raro, tão raro quanto os macacos datilografando _Hamlet_ a esmo.
Não tão raros assim, e além disto temos bilhões de macacos datilografando a
esmo. E não precisamos de uma mutação tão complexa como escrever Hamlet.
Uma diferença pequena de pigmentação resolve, por exemplo.
> Mas, pra
> que a seleção natural pudesse responder sozinha pela biodiversidade
> terrestre, esse evento raro teria que ter se produzido freqüentemente ao
> longo da história da vida na Terra. Além do mais, ele teria deixado como
> resíduo uma grande massa de indivíduos com mutações desfavoráveis em cada
> época, e não existem registros fósseis disso.
Incorremos sempre neste ponto ao criticar a evolução. Fósseis são raros, e
são apenas um dos muitos indícios da evolução e da seleção natural. Lembre-se
que a teoria da evolução surgiu de uma observação taxonômica de espécies
existentes, em especial aves de Galápagos.
Hoje a teoria da evolução se verifica em qualquer estudo de populações,
impacto ambiental, teste de antibióticos, etc. Seus resultados são
expressivos.
> Por tudo isso, alguns
> biólogos se perguntam se, além da seleção natural, não existiria algum
> outro processo intervindo aí e que tornasse a evolução menos aleatória.
> Infelizmente, ninguém apareceu ainda com uma proposta que fizesse sentido.
Hoje a teoria da evolução é uma pedra fudamental para qualquer estudo
genético sério ou até mesmo estudos ecológicos sobre populações. A teoria da
evolução contribui para a modelagem MATÊMÄTICA tanto de pesquisas de vacinas,
impacto de contsrução de hidrelétricas, técnicas de reflorestamento, etc...
O documento que encaminhei a lista trata exatamente disto. Não é um ataque ao
criacionismo, mas sim um relato da importância científica da teoria da
evolução em outros ramos científicos além do estudo da origem das espécies.
Vale a pena ser lido.
A evolução (por seleção natural) funciona de modo matematicamente adequado, e
confere com os resultados empíricos.
Eu acredito que boa parte do preconceito sofrido pela teoria da evolução se
deve por dois fatores essenciais:
1- Sua aparente simplicidade: seleção natural, sobrevivência do mais
adaptado, mutação, etc; são conceitos intuitivos de fácil assimilação. Assim
alguém pouco informado se sente a vontade de emitir suas opiniões sobre
evolução; coisa pouco comum com cromodinâmica quântica, por exemplo. E ao
fazer isto o cientista pouco inormado (quanto mais o leigo) incorre em erros
por desconhecimento do modelo científico exato por detrás da teoria.
2- Antropocentrismo: a teoria da evolução é a teoria que trata a nós,
humanos, necessariamente como uma espécie a mais de ser vivo, sujeito as
mesmas regras biológicas de outros. Não apenas temos funcionamento igual,
como tivemos o mesmo passado, e herdamos estruturas biológicas "das feras".
Pela teoria da evolução nem mesmo podemos nos afirmr como "mais evoluídos"
como muitos poderiam pensar, pois como já foi resaltado, o termo evolução é
usado sem nenhum significado de progresso ou melhoria, apenas de
transformação.
A 30 anos atrás quem expunha estes argumentos contra a evolução era
considerado um excêntrico pelo meio acadêmico. Hoje, quando os indícios a
favor da teoria são ainda mais fortes, são por muitos respeitados e suas
idéias difundidas como uma nova verdade que o "status quo" acadêmico tenta
abafar.
Repito: não há hoje nenhuma pesquisa genética ou ecológica séria que possa
ignorar a teoria da evolução. Este ataque que ela sofre hoje é perigoso até
mesmo para o futuro da pesquisa médica. Considerar a teoria neodarwinista
como uma teoria "fraca" ou não científica é, além de ignorância dos fatos,
perigoso para o desenvolvimento da biologia e medicina modernas.
[]
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 08:21
----- Original Message -----
From: phreakazoid@ig.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 11, 2002 2:51 AM
Subject: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
>Aqui Malatesta deixa claro que algumas ideias do Bakunin envelheceram,
mas que o ideal é o mesmo. Ressalta a necessidade das ideias evoluirem.
Sim, o ideal do anarquismo tem sido uma constante - uma sociedade sem
classes ou estados, em que todos sejam livres para desenvolver ao máximo
suas potencialidades. Mas os caminhos propostos pra se atingir esse ideal
têm sido extremamente variados, vão desde a luta armada contra o sistema até
a prática da magia ("Faze o que tu queres, há de ser toda a lei."). É um
erro achar que o termo "anarquismo" designa um bloco monolítico. Os
anarquistas são tão diferentes entre si quanto os períodos históricos em que
vivem ou viveram, o contexto social em que se inserem e as personalidades
individuais de cada um. O traço de união entre eles é a desconfiança e a
recusa de toda e qualquer forma de autoridade ou hierarquia, e a crença de
que é possível construir uma sociedade livre da exploração do homem pelo
homem.
>O voto nulo so teria algum valor se fosse a escolha de um numero
consideravel
de eleitores. Nao eclodira nenhuma revolucao hoje ou amanha.
E eu nem sei se uma revolução resolveria a questão. Acho que o caminho pra
anarquia é muito mais longo e tortuoso do que sonhavam os primeiros
anarquistas. É preciso transformar tudo, das estruturas sociais à natureza
humana. É bom lembrar que vários traços que contribuem pra vivermos em uma
sociedade violenta e coercitiva foram moldados por milhões de anos de
evolução - a agressividade, o respeito à hierarquia e o sentimento de posse
estão codificados na parte mais primitiva de nossos cérebros, o hipotálamo,
e não vão ser desalojados de lá com a mesma facilidade com que se derruba um
governo. Roma não se fez num dia e não é num dia que vai ser desfeita. ;-)
>Antes de pensar em anarquia, precisamos tornar real a democracia.
Motivo pelo qual, apesar de toda a pregação dos anarquistas clássicos, eu
nunca deixo de votar em nenhuma eleição, mesmo sendo completamente descrente
da política partidária.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 08:21
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 11, 2002 3:07 AM
Subject: Re: [ciencialist] Apresentação e Anarquismo
>Obrigado pelas indicações e pelas respostas.
You're welcome. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 08:32
Olá Sérgio,
Muitos emails rolaram entre você e o Takata sobre a questão da influência dos
planetas desconhecidos nas previsões astrológicas.
Sua defesa, pelo que entendi, parte da seguinte idéia: não se pode calcular a
influência em um mapa astral de um planeta que o astrólogo desconhece.
Confere?
Mas o ponto levantado não é este. Não estamos discutindo se o astrólogo do
século quinze errou por não considerar Urano, Netuno, Plutão, etc... O ponto
é que os planetas por ele desconhecidos estavam lá e tiveram sua influência.
Hoje, nós que o conhecemos não podemos fingir que naquela época eles não
estavam lá.
Para observar a validade astrólogica de um mapa do século XV hoje, nós temos
que escolher entre dois caminhos: afirmar que o mapa antigo necessariamente
é incorreto pois se desconsiderou os planetas Urano, Netuno e Plutão; ou
considerar que estes planetas não são importantes e passar a desconsiderá-los
nos mapas atuais. Caso contrário estaremos aplicando dois pesos, duas medidas.
Outra questão que foi levantada (na verdade a primeira) é a da reação a
astrologia atual sobre a descoberta de Quaoar. Se tal corpo celeste for
considerado pela astronomia como um planeta, provavelmente os astrônomos
passaram a incluí-lo em seus mapas. Caso contrário, se a astronomia
considerar como um asteóide (parece que este é o caso. Há um segundo
"cinturão" de asteróides nas fronteiras do sistema solar), ele deverá ser
desconsiderado. E esta distinção é uma mera questão de dimensionamento: a
partir de que tamanho um corpo que orbita ao redor do Sol pode ser
considerado um planeta ?
Assim devemos considerar que para a astrologia uma questão de nomenclatura,
praticamente arbitrária, se tornará importante e decisiva para se calcular o
mapa astral de uma pessoa. Ou seja, um julgamento até certo ponto arbitrário
de cientistas de hoje vai influenciar na personalidade das pessoas que
nascerem a partir da definição se Quaoar é um planeta ou não. Isto me parece
ridículo.
Sinceramente,
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 08:42
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 11, 2002 3:48 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a
nós
>Douglas: Então "os mecanismos" é que são o x da questão!
Exato. A seleção natural é um modelo explicativo de alto valor heurístico,
mas ela não explica tudo, como provam as tentativas desajeitadas da
psicologia evolutiva e da sociobiologia pra explicar todas as nuances do
comportamento humano à luz da seleção natural. Lá pelas tantas, teve
psicólogo evolutivo "explicando" o estupro como um comportamento natural dos
machos da espécie. Maiores detalhes sobre as limitações da teoria da seleção
natural, pelo menos no que se refere à mente, você pode encontrar nos
capítulos 5 e 6 de _A Mente Desconhecida_, do John Horgan, publicado em
português pela Companhia das Letras.
>Douglas: "mais ou menos" significa o que, mais exatamente?
Significa exatamente isso, que a existência da seleção natural é amplamente
aceita, mas que alguns cientistas têm dúvidas se ele é suficiente pra
explicar tudo ou se não precisaria ser complementado por outros mecanismos.
>Pode soltar os problemas. (Que são de "mecanismos", se bem entendi,
e não de alteração da espécies).
Um dos problemas é o que eu mencionei no email anterior: a baixa
probabilidade de mutações aleatórias benéficas que, no entanto, pra
justificar o alto grau de especialização da vida, teriam que ter acontecido
a torto e a direito. Outro é o que eu citei no começo desta mensagem, a
dificuldade de se reduzir o comportamento humano a um modelo baseado na
seleção natural.
>De acordo com a Teria Geral dos Sistemas, não é tão impossível
assim. É até provável (ou nescessário, diria eu).
Sim, a teoria geral dos sistemas me parece um bom ponto de partida, porque
pressupõe um princípio de auto-organização dos sistemas. Mas ainda seria
preciso desenvolver um modelo teórico da evolução baseado na TGS que fosse,
ao mesmo tempo, autoconsistente e coerente com as informações factuais. E
aqui a gente esbarra com a resistência da maioria dos biólogos em relação à
própria idéia de um princípio de auto-organização que, pra eles, lembra
demais o velho vitalismo, que a biologia tende a encarar com desconfiança.
Mas existem exceções: o Francisco Varela e o Humberto Maturana desenvolveram
um modelo evolutivo cujo conceito central é a autopoiese dos organismos. Das
alternativas propostas, é a que me parece mais interessante.
>Para introdução básica à TGS ver Bertanlanfy(?) no livro de mesmo nome e
Prigogine(?) em "A nova aliança"
O livro do Ilya Prigogine e da Isabelle Stengers, eu ainda não li. Mas tenho
o do Ludwig von Bertalanfy faz alguns anos, foi uma leitura bastante
proveitosa.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Evolução
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 08:43
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 11, 2002 3:51 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Evolução
>Aí Deus está deixando o Diabo agir de forma muito libertina. Quando
isso acontece o resultado não é dos melhores (Jó é que o diga). Deixar o
Diabo com tais "gracinhas" tb é incompátivel com a Bondade de Deus.
Ah, bem, tem muita coisa neste mundo que é incompatível com a Bondade de
Deus... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 08:46
Em Qui 10 Out 2002 09:48, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@u...> escreveu
>
> > O que não pode ser medido, interceptado, pesado, isolado, visto,
>
> medido,
>
> > sentido EXISTE????????????????????????
>
> Pode "existir" em um nível não captável. Portanto é muito cedo para
> julgar que algo não existe só porque não pode ser medido, pesado,
> sentido... a ciência, como já disse, apenas "deslinda' a parte
> acessível do Universo, do micro ao macro. Mas, com certeza, há o que
> está além disso. Presunção seria descartar "o além" apenas por falta
> de recursos em compreendê-lo...
>
> É por isso que não é só de ciência que a realidade sobrevive e há
> muito mais crédulos que céticos. Não é por ignorância não: é por
> receptividade.
>
> Beijos, Lígia
>
> PS: e "messo" que eu escrevi na minha mensagem anterior foi escrito
> errado por mim. O certo é "meço"... acabei de ver no dicionário :)
Oi Lígia. Retornei um pouco atrás nesta discussão pois acho que tudo se
encaminhou para um lado mais de ataque, por ambos os lados, do que discussão.
Estou do lado do Alexandre, aqui, e pretendo me explicar de maneira menos
"apaixonada" para ver se é possível fazer com que um lado entenda o outro.
A questão que eu faço é simples: como podemos afirmar que algo que não é
compreensível de modo não pessoal, ou seja, que não pode se submeter a uma
análise clara por conceitos exatos, exista além do nível de percepção
pessoal? Ou seja, podemos confiar apenas no instinto e no depoimento de
humanos para afirmar que algo exista?
O mecanismo pelo qual corpos celestes influenciam na personalidade e na
tomada de decisões humanas ainda não foi mensurado de forma alguma, e mesmo
as evidências estatísticas de que algo assim existam são poucas e
contraditórias. Por isto, cientificamente não podemos afirmar que este
mecanismo exista, e além disto, pela pouca funcionalidade prática da
astrologia temos forte indício que não exista. Afirmar que tal mecanismo, por
sua natureza, não pode ter indícios claros e impessoais de sua existência e
ao mesmo tempo afirmá-la é criar um fantasma sem substância e sem interação
com o mundo físico. É o mesmo que afirmar que existe, mas para todos os
efeitos, não existe.
Um abraço,
Aniello
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 08:46
> De: Alvaro Augusto
>
> Você está falando da lista da SBCR, não é? :))
Eu 'tava falando sério. É claro que nem sempre é assim,
apenas delineei o ideal.
[]
Alexandre Medeiros
>
> > Nestas listas é proibido discutir aquelas coisas (astrologia,
> > bruxaria, etc.). Aqui não. Aqui vc é livre para discutir
> > qualquer coisa, até pseudo-ciência, contudo, corre o risco
> > de ter o orgulho seriamente ferido. Eu disse orgulho, e não
> > honra, pois não admitimos ataques "ad hominem". Atacamos
> > idéias e não pessoas. Não queremos nutrir preconceitos,
> > portanto, pode-se discutir astrologia, acupuntura e
> > homeopatia. Se o cara vai conseguir sustentar seus argumentos?
> > Aí é outra história...
>
> []
>
> Alexandre Medeiros
>
> >
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 09:01
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> P.S.: Concordo com Schopenhauer: ciêntista só serve pra fazer conta
> e construir aparelhos. Quando resolvem explicar alguma coisa só
> dizem asneiras.
Qto a dizer asneiras nao e' privilegio dos cientistas. Teologos,
artistas, misticos, filosofos e a populacao em geral tbm so' dizem
asneiras quando resolvem explicar alguma coisa.
Então de besteira em besteira ao menos a besteira q. faz contas e
controi aparelhos nao e' todo mal. Basta nao misturar as estacoes
(claro, o q. nao e' necessariamente facil ou necessariamente nao e'
fail).
Obs marginal: Qto ao Descartes, eu seria cetico qto 'a possibilidade
de haver uma ideia perfeita nele (ou em qq outra coisa).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 09:15
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> Exato. A seleção natural é um modelo explicativo de alto valor
> heurístico, mas ela não explica tudo, como provam as tentativas
> desajeitadas da psicologia evolutiva e da sociobiologia pra
> explicar todas as nuances do comportamento humano à luz da seleção
> natural.
O problema aqui nem e' a selecao natural nao explica tudo, mas
justamente o contrario -- ela pode ser usada para explicar tudo...
So' q. essas explicacoes dependem de um bom conhecimento dos cenarios
evolutivos -- em niveis bem mais detalhados do q. podemos ter no
momento (ou q. podemos sonhar por ora). Assim, muitas vezes algum
entusiasta acaba assumindo premissas sem bom indicio q. a suporte e
ai' a conclusao e' precaria mesmo.
> Um dos problemas é o que eu mencionei no email anterior: a baixa
> probabilidade de mutações aleatórias benéficas que, no entanto, pra
> justificar o alto grau de especialização da vida, teriam que ter
> acontecido a torto e a direito.
Como comentado em emails anteriores, meu e de Aniello, essa critica
acima nao procede.
> Outro é o que eu citei no começo desta mensagem, a
> dificuldade de se reduzir o comportamento humano a um modelo
> baseado na seleção natural.
O problema e' justamente a facilidade. Ai' entram diversas
especulacoes. A questao e' delinear bem o contorno do sistema.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: Para Alexandre Medeiros
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 09:24
> De: Ligia Gallo
> >
> > Se vc está falando das ciências do comportamento, então temos
> > um consenso. Mas reduzir (de reducionismo mesmo) o ser humano
> > a arquétipos é o fim da picada. É uma imensa falta de respeito
> > à individualidade humana.
>
> L*: É em ciência do comportamento e em parte também
> em "arquétipos". Acho até interessante o que esteve em voga no
> passado bem passado com relação aos "humores": fleumático, colérico,
> sanguíneo, bilioso... lembra? Toda essa idéia faz parte de uma
> concepção "holística" da realidade. Todos fazendo parte de um algo
> maior que pode ser visualizado através das partes que o compõem. Os
> humores seriam portanto uma divisão do gênero humano nos princípios
> dos 4 elementos que compõem o mundo - assim como no zodíaco: fogo,
> terra, ar e água... É uma linguagem toda ela simbólica que permite a
> quem a compreenda conhecer o modo como determinados indivíduos tendem
> a agir. Hum... e lendo assim o que você escreve, bem que dá para
> enquadrá-lo num humor colérico. Você tem problemas nos tendões e
> ligamentos?
??????
> L*: Pois é isso mesmo. Então eu pergunto: prá que cair de porrada
> em cima de quem quer crêr em algo mesmo que seja a coisa mais imbecil
> do mundo?
Numa lista que se propõe discutir Ciência isso é quase uma obrigação.
> Liberdade de crença faz parte dos direitos humanos...
Bem como a liberdade de contestar os fundamentos de uma crença.
> > Pois foi por rir da astrologia e outras bobagens que vivo levando
> > cacetada! Eta povo mais sisudo, sô! ;-)
>
> L*: Rir sem debochar é bom. O deboche que é ruim. Apesar de que
> certas coisas parece que "imploram" por deboche!
Bingo! Algumas pessoas imploram: "Por favor, sou um mané, chutem-me!"
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Proteínas: as moléculas da vida
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 09:50
"A palavra mágica dos três trabalhos é uma só: 'proteínas'. Não por acaso. Afinal, as proteínas são as complexas moléculas responsáveis por praticamente tudo que acontece em organismos vivos, desde a formação e a composição até a regulação e o funcionamento."
Vejam artigo completo a seguir.
[]s
José Renato
_________________________
Jornal da Ciência E-mail de 10.10.2002.
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=5357 >
Prêmio Nobel sai para 'fotos' de proteínas
Ferramentas para entender a vida em escala molecular rendem US$ 1 milhão a norte-americano, japonês e suíço
* Salvador Nogueira escreve para a 'Folha de SP':
As pesquisas que renderam o Prêmio Nobel de Química para John Fenn, Koichi Tanaka e Kurt Wüthrich não responderam a nenhuma questão fundamental da ciência. Mas ofereceram técnicas que tornam a busca por essas respostas tangível. Seus avanços estão permitindo desvendar nada menos que a mais complexa rede de interações químicas conhecida, a que compõe o fenômeno conhecido como vida.
O americano Fenn, da Virginia Commonwealth University, e o japonês Tanaka, da empresa Shimadzu Corp., dividiram metade do prêmio (que corresponde, no total, a cerca de US$ 1 milhão) por desenvolverem dois métodos diferentes, mas bem parecidos, para identificar determinadas proteínas em uma solução pela medição do peso das moléculas.
O suíço Wüthrich, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, faturou sozinho os outros US$ 500 mil, por ter inventado um modo de determinar o formato exato de uma proteína -que não é exatamente simples, como se pode ver no quadro à direita.
A palavra mágica dos três trabalhos é uma só: 'proteínas'. Não por acaso. Afinal, as proteínas são as complexas moléculas responsáveis por praticamente tudo que acontece em organismos vivos, desde a formação e a composição até a regulação e o funcionamento. Elas são montadas dentro do corpo com base na informação contida nos genes, e é a forma específica que adquirem depois de construídas que determina como (e se) vão atuar na célula.
A identificação da presença de proteínas específicas de um câncer, por exemplo, pode denunciar a ação de um tumor bem antes que ele se torne um problema incontornável.
Isso sem falar nos possíveis usos no estudo de substâncias potencialmente nocivas ao organismo e no desenvolvimento de novos remédios. Fenn e Tanaka foram os responsáveis por tudo isso ser possível.
O peso das proteínas
Os dois criaram um método para tornar as proteínas 'pesáveis'. Como cada uma deve ter um peso mais ou menos particular, dependendo dos átomos que a compõem, por esse índice é possível identificar qual delas é qual.
Meios de 'pesar' moléculas já eram velhos conhecidos dos cientistas. Eles faziam isso por meio da técnica conhecida como espectrometria de massa, que consiste em ionizar a molécula a ser 'pesada' (arrancar ou doar elétrons, dando a ela carga positiva ou negativa) e então submetê-la a um campo elétrico, que faz com que ela se desloque.
Graças a essa 'assinatura', composta por quanto ela interage com o campo elétrico e pela velocidade com que se desloca, é possível identificá-la.
Acontece que a técnica não funcionava bem com proteínas, pois ninguém sabia como ionizá-las sem ao mesmo tempo destruí-las. A inovação de Fenn, em 1988, foi conseguir o efeito de ionização recobrindo superficialmente a proteína de uma substância ácida a partir de um jato líquido 'disparado' por um campo elétrico. A técnica é conhecida como ionização por eletrospray.
No mesmo ano, Tanaka obteve o mesmo efeito de ionização, mas, em vez de usar um spray líquido, usou um gás. E, para dispará-lo, em vez de um campo elétrico, usou a energia de um laser.
Já Wüthrich fez algo que parecia ainda mais complicado: definir a complexa forma de um proteína sem ser capaz de vê-la. Ele obteve esse resultado usando ressonância nuclear magnética.
Inventou um método que usava o estudo dos sinais emitidos pela interação de átomos em uma molécula para determinar em que lugar, na proteína, estava cada átomo de hidrogênio.
A partir dessa informação, com um modelo matemático, tornou possível prever a forma completa da molécula -o que foi feito pela primeira vez em 1985.
As técnicas premiadas apontam todas uma única direção: a proteômica. Considerada o futuro da biologia molecular, essa ciência pretende investigar as interações entre as proteínas do organismo.
Em vez de estudar o código dos genes, melhor é investigar o que eles codificam, em plena ação, defendem os entusiastas da proteômica. Muitos a apontam como o próximo passo, depois do furor genômico dos últimos anos.
Para isso, as ferramentas de Fenn, Tanaka e Wüthrich são fundamentais. 'O impacto que Galileu teve com seu telescópio no entendimento do Sistema Solar é o que essas ferramentas devem ter, no nível da biologia molecular', diz Carlos Bloch, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
'Eu entendo que essa área é a que vai revolucionar as ciências da vida', diz Jorge Guimarães, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular.
(Folha de SP, 10/10)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 09:56
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
>
> Quanto a literalidade de D., essa veio em forma de uma
> pergunta dirigida ao Papa. "Onde está o corpo de Maria"?
> Pergunta típica de quem só enxerga a empiricidade absoluta.
Uma outra possibilidade: pergunta típica de um cínico.
> P.S.: Concordo com Schopenhauer: ciêntista só serve pra fazer conta e
> construir aparelhos. Quando resolvem explicar alguma coisa só dizem
> asneiras.
É claro! Não é tarefa do cientista explicar coisa alguma. Cientista
observa fenômenos e tentar descrever COMO acontecem. Quem deve responder
o PORQUÊ é o filósofo. Acontece que algumas vezes o filósofo é a mesma
pessoa do cientista. Algum problema nisso?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 10:03
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 11, 2002 8:12 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
>Eu de minha parte envei o texto que originou a discussão e me afastei de
computadores por um longo tempo, e infelizmente não pude participar da parte
mais divertida da polêmica... :-(
Salve, Aniello. Quando eu entrei na lista, a discussão já tava em andamento.
Fiquei um tempo só na moita, acompanhando o tiroteio mas, sabe como é, tem
gente que não consegue resistir a uma polêmica, e eu sou um. ;-)
>Há alguns erros aí. Os mutantes não adaptados não são eliminados.
A longo prazo, são, na medida em que têm menos chances de perpetuar seus
genes do que os indivíduos melhor adaptados.
>Uma mutação ocorrida em apenas uma geração pode ser algo sutil,
quase imperceptível. Aplicada estas pequenas mutações em uma grande
população
teremos um maior número de descendentes com mutações favoráveis que
desfavoráveis.
Estatisticamente, a maior parte das mutações são desfavoráveis e geram
deformações morfológicas que mais dificultam do que ajudam na adaptação ao
meio-ambiente. Não que mutações favoráveis não ocorram ou possam ocorrer.
Mas apoiar a evolução das espécies unicamente sobre mutações favoráveis
selecionadas aleatoriamente pelo meio-ambiente exigiria que elas fossem
muito mais freqüentes e, pior, acontecessem desde o início do processo. E
isso é uma improbabilidade estatística. Como explica o físico Paul Davies
(em _O Enigma do Tempo_, Ediouro): "Suponhamos que lhe peçam para atirar
três dardos e obter três uns, seguidos em certo estágio por três dois,
seguidos em um estágio posterior por três três. Essas triplas improváveis
correspondem a algum passo improvável na evolução da humanidade (por
exemplo, a emergência da consciência). Um total de cinqüenta arremessos é
permitido. As probabilidades são de que você não conseguirá formar a
seqüência, mas *se conseguir*, o passo dos três três ocorrerá mais
provavelmente no final das tentativas, e não no início, permitindo o máximo
de combinações para que os dois passos anteriores se completem primeiro,
contrariando as probabilidades. Para ver por quê, observe que a
probabilidade de obter três uns, dois e três nos *primeiros* três arremessos
é muito inferior do que em todas as cinqüenta tentativas." Acontece que, se
a seleção natural for o único mecanismo responsável pela evolução, essas
triplas improváveis têm que estar acontecendo não só no final, mas desde o
princípio, desde as primeiras moléculas auto-replicantes que deram origem ao
DNA. Além disso, o conceito de pequenas mudanças cumulativas foi posto em
dúvida recentemente, mas sobre isso eu comento mais abaixo.
>Incorremos sempre neste ponto ao criticar a evolução.
Opa, peralaí! ;-) Eu não tô criticando a evolução. Não sou criacionista,
apesar de não ser ateu. Acredito piamente que os fatos a favor da evolução
são incontestáveis. Mas saber que a evolução *ocorreu* não significa que
saibamos completamente *como* ela ocorreu. Temos um modelo teórico, a
seleção natural, que explica muito bem algumas coisas, explica outras não
tão bem e deixa algumas por explicar. Reconhecer as limitações de uma teoria
não tem nada a ver com preconceito contra a evolução, é simplesmente aceitar
um dos axiomas fundamentais do método científico, a saber, que toda verdade
científica é provisória e pode ser substituída ou complementada por uma
teoria posterior, como aconteceu com a física newtoniana, que foi
substituída pela teoria da relatividade, a qual, por sua vez, possivelmente
será complementada mais tarde por alguma candidata a TOE. As limitações do
modelo evolutivo atual (batizado por Sir Julian Huxley de "síntese moderna",
por combinar a teoria da seleção natural de Darwin e a genética mendeliana)
são reconhecidas pelos próprios biólogos, entre os quais o falecido Stephen
Jay Gould. Apontar essas lacunas não quer dizer rejeitar a teoria da
evolução, muito menos aderir ao criacionismo (embora os criacionistas adorem
citar trechos descontextualizados pra desacreditar o evolucionismo). Quer
dizer apenas que é preciso aprofundar as pesquisas para preencher as
lacunas.
>Fósseis são raros, e são apenas um dos muitos indícios da evolução e da
seleção natural. Lembre-se
que a teoria da evolução surgiu de uma observação taxonômica de espécies
existentes, em especial aves de Galápagos.
É verdade que os fósseis são raros, e o próprio Darwin comentou que essa
raridade poderia explicar as falhas nos registros fósseis. Mas, em 1980, um
grupo de geólogos, paleontólogos, embriologistas, biólogos moleculares,
geneticistas de populações e ecologistas reunidos para uma conferência no
Museu Field de História Natural, em Chicago, concluíram que o buraco é mais
embaixo, a raridade dos fósseis não é suficiente pra explicar as lacunas. As
conclusões a que eles chegaram podem ser resumidas em uma frase de Stephen
Jay Gould, que foi um dos participantes da conferência: "Com certeza o
registro é pobre, mas a descontinuidade que se observa não é o resultado de
falhas; ela é a conseqüência do modo descontínuo da mudança evolutiva." Foi
pra dar conta dessa descontinuidade que o Gould propôs a polêmica teoria do
equilíbrio pontuado. Mas, mesmo que não se aceite a proposta de Gould, a
descontinuidade continua existindo, e apelar pra raridade dos fósseis é
escamotear o problema. A descontinuidade está presente mesmo em períodos em
que há abundância de registro fóssil, como no caso dos bivalves jurássicos
que, como foi demonstrado por Anthony Hallam, da Universidade de Birmingham,
mostram um longo período de estabilidade alternado com mudanças bruscas.
A alternância entre longos períodos de estase e mudanças descontínuas nas
espécies também colocou em dúvida a noção amplamente aceita de que a
evolução se processa através de uma série de pequenas mutações cumulativas,
a que você se referiu mais acima. Como afirmou Francisco Ayala: "Nós não
teríamos predito a estase a partir da genética das populações, mas agora
estou convencido pelos paleontólogos de que as pequenas mudanças não se
acumulam." Essa declaração é particularmente importante porque Ayala é
considerado como um dos fundadores da síntese moderna.
Resumindo, a evolução é um fato incontestável. Mas a síntese moderna, embora
funcione muito bem nos casos onde se aplica, provavelmente precisa ser
complementada por um modelo que leve em conta a descontinuidade evolutiva e
a improbabilidade estatística das mutações genéticas positivas, e que de
preferência consiga explicar as particularidades da psicologia humana com as
quais a seleção natural só consegue lidar de modo desajeitado e muitas vezes
à beira do ridículo. Mas, que fique bem claro, isso não significa que a
síntese moderna seja "fraca" ou "não-científica", e de modo algum deve ser
interpretado como apoio ou simpatia às patéticas excentricidades dos
criacionistas. Significa apenas que a pesquisa continua - e vai continuar
por um bom tempo.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 10:13
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 11, 2002 9:15 AM
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
>O problema aqui nem e' a selecao natural nao explica tudo, mas
justamente o contrario -- ela pode ser usada para explicar tudo...
So' q. essas explicacoes dependem de um bom conhecimento dos cenarios
evolutivos -- em niveis bem mais detalhados do q. podemos ter no
momento (ou q. podemos sonhar por ora). Assim, muitas vezes algum
entusiasta acaba assumindo premissas sem bom indicio q. a suporte e
ai' a conclusao e' precaria mesmo.
No entanto, antes dessas "premissas sem bom indício", existe uma *outra*
premissa subjacente: a de que quando tivermos um conhecimento detalhado dos
cenários evolutivos, eles vão se enquadrar na teoria da seleção natural. Não
existe nada que nos leve a presumir isso, pelo menos no que se refere à
aplicação da teoria às origens do comportamento humano. Pelo contrário,
apesar do oba-oba que a genética e a psicologia evolutiva vêm fazendo na
mídia nos últimos anos, não existe nenhuma evidência concreta que permita
relacionar padrões de comportamento a tendências evolutivas ou à herança
genética.
>Como comentado em emails anteriores, meu e de Aniello, essa critica
acima nao procede.
Na minha resposta ao Aniello, expliquei porque essa crítica à crítica não
procede. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re:_[ciencialist]_Re:_Evolu o
FROM: Dudu Del Bem <dududelbem@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 10:37
Muito triste tambm estou por nessa lista que se julga cientfica pessoas
alegarem que o registro fssil um "jogo" de um deus para com nossa espcie
!!!
Confesso quem li poucas coisas to absurdas quanto essa.
Eu gostaria de propor um desafio a quem acha que entende alguma coisa de
evoluo. Me mostre argumentos cientficos que embassam essa idia de "jogo"
divino, e mostre-me argumentos cientficos que demonstram a inexistncia do
processo de evoluo.
Por favor criacionistas, eu acho que voces deveriam estudar um pouquinho
mais de biologia. Mas biologia de verdade, no apostilinha de cursinho. E
por favor, vamos levantar o nvel da discuo sobre evoluo para que a
gente possa transmitir os conhecimentos adquiridos nesses quase 150 anos de
teoria evolutiva.
Muito obrigado
_________________________________________________________
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Somente o mensurável existe?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 10:49
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
>
> Medeiros:
> Eu não o conheço pessoalmente. Nunca o vi mais gordo. Mas presumo
> que a mente do Manuel Bulcão existe, consequentemente deve existir
> um Manuel Bulcão. A mente do Manuel Bulcão existe pois ela
> expressa experiências que são comuns às minhas experiências;
> porque podemos concluir as mesmas coisas sobre nossas experiências.
>
> Douglas: Ele perguntou se podia ser medida. Vc não respondeu.
Eu estava fazendo um jogo e vc estragou, seu chato! ;-)
Mas, ok, vamos lá...
A mente do meu amigo Manuel Bulcão pode ser medida no sentido
de que pode ser TESTADA, FALSEADA, EXPERIMENTADA... Não é exatamente
uma medida quantitativa, mas qualitativa, cujos resultados são muito
imprecisos devido a falta de referencias absolutos. Afinal, em que
devo me basear para testar a mente de alguém? Todos os referenciais
são subjetivos, relativos.
> > Bulcão:
> > Para medir uma coisa, antes temos que senti-la, percebê-la.
> > Significa, então, que somente as sensações existem? Uma realidade
> > material independente dos nossos sentidos não existe?
>
> Medeiros:
> Logo devo concluir que qualquer coisa que alguém diga deve
> ser verdade?
>
> Douglas: não vejo ligação entre o comentário dele e sua
> resposta. Para falar a verdade creio nem ter entendido a pergunta.
De novo vc estragou meu jogo! Pô, meu! :-)
O Manuel, esperto como é, desconfia da minha resposta e está me
testando, fazendo-se de desentendido. Ele quis dizer que não se
deve confiar apenas numa realidade objetiva, pois nossos sentidos
não são capazes de assimilar a realidade objetiva em sua totalidade.
É uma presunção tola acreditar que se conhece a realidade objetiva.
Então fica a pergunta: se não posso conhecer a realidade objetiva
devo acreditar que quaisquer impressões subjetivas seja também
a realidade?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Re:_[ciencialist]_Re:_Evoluç ão
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 11:06
----- Original Message -----
From: Dudu Del Bem <dududelbem@ig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 11, 2002 10:37 AM
Subject: Re:_[ciencialist]_Re:_Evoluç ão
> Muito triste também estou por nessa lista que se julga científica pessoas
> alegarem que o registro fóssil é um "jogo" de um deus para com nossa
espécie
> !!!
Hein?!? Caro Dudu Del Bem, eu não vi ninguém aqui alegando uma coisa dessas.
Que eu saiba, foi uma piada. Tenho pouquíssimo tempo de lista, mas tenho a
impressão, pelo que vi até agora (me corrija se eu estiver errado), que
piadas são permitidas aqui. Quanto ao nível da discussão, me pareceu
bastante elevado. E achar que qualquer um que levante dúvidas sobre o modelo
evolutivo atualmente aceito é necessariamente um criacionista, me desculpe,
me parece uma visão demasiado limitada das coisas, como se a questão se
resumisse a uma divisão simplória entre seleção natural e criacionismo, de
modo que você é obrigado a escolher ou uma ou outra. A realidade, seja lá o
que for, é sem dúvida mais complexa do que essa oposição maniqueísta, e é
perfeitamente possível alimentar dúvidas sobre o alcance da seleção natural
sem por isso acreditar que Deus criou o homem do barro. O questionamento
constante das próprias premissas é uma das bases do método científico. Take
it easy, man.
Abs.
L.
SUBJECT: Aqueles que prometem muito $
FROM: "Aline R. Walkoff" <lualine@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 11:21
Como sei que nesta lista existem muitos dos grupos céticos e já vi alertas =
sobre hoaxes, quero ver se consigo informação sobre um destes.
Vcs já devem ter recebido muitos spams sobre "Trabalhe em Casa" e fique ric=
o. Em inglês e em português inclusive.
Qaundo entramos nos sites de programas de trabalhe em casa é sempre a mesma=
história: mandam-nos comprar um material secreto que custa de R$ 30,00 a R$=
40,00. Nunca explicam do que se trata o negócio.
Parece-me possível que seja a mesma história das pirâmides de 1994, ou aque=
las correntes de ajuda mútua. Vc compra o material. Aí vê que o material é a=
penas um CD-ROM com milhares de e-mails e uma revista explicando alguma cois=
a. Pronto, vc feito de trouxa e agora tem que criar um web-site e mandar spa=
ms convencendo milhares de trouxas a comprarem o seu material com os e-mails=
e ir enganando outros trouxas sucessivamente. Cada vez que um compra seu ma=
terial entra de R$ 30,00 a R$ 40,00 na sua conta. Será essa uma explicação d=
e como funciona esse negócio?
Eu não comprei o material se alguém sabe do que se trata esse negócio, me a=
vise, não aguento de curiosidade. Acredito na hipótese que formulei acima.
Abraços
Aline
SUBJECT: piorou...
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 11:22
>A mente do meu amigo Manuel Bulcão pode ser medida no sentido
>de que pode ser TESTADA, FALSEADA, EXPERIMENTADA... Não é exatamente
>uma medida quantitativa, mas qualitativa, cujos resultados são muito
>imprecisos devido a falta de referencias absolutos.
Alexandre Medeiros
medida qualitativa?
vai medir e nao vai quantificar?
tua mente tá com pobrema, hein?
(risos)
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Somente o mensurável existe?
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 11:33
A AMIZADE SIM, TALVEZ POSSA SER MEDIDA.
A FOME, A SEDE E O SONO PODEM SER MEDIDOS.
EU POSSO ESTAR COM MUITA FOME, COM MUITO SONO OU COM UM POUCO DE SEDE.
EH ASSIM QUE SE COMEÇA O PROCESSO DE MEDIR.
COM GRADUACOES E IMPRECISOES, ATEH QUE DESCUBRA UMA FORMA QUE ME PERMITA
FAZE-LO CIENTIFICAMENTE.
TUDO COMEÇOU A SER MEDIDO ASSIM.
MESMO AS DISTANCIAS ERAM MEDIDAS ASSIM, ATEH QUE SE INVENTOU O METRO COMO
REFERENCIAL.
E, ANTES DO METRO, O PÉ, O PALMO, A POLEGA(ra)DA...
ENTAO A GENTE DESCOBRE UMA SUBSTANCIA QUIMICA, UMA SITUACAO BIOQUIMICA,
FISIOLOGICA, ASSOCIADA COM A SEDE... E PASSA A MEDI-LA INDIRETAMENTE,
ATRAVES DISSO.
DO MESMO JEITO QUE MEDE A ANEMIA FERROPRIVA.
L.E.
At 04:31 11/10/02 , you wrote:
> > O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> > faz parte de nossa realidade e ponto final.
>
>Manuel: Os valores podem ser medidos? Segundo Quine, a mente não pode
>ser medida, apenas os estados corpóreos podem ser submetidos aos
>nossos instrumentos de mensuração. Quer dizer então que a mente não
>existe?
>
>Douglas: Os Qualia, para ser mais exato, não podem ser medidos. De acordo
>com Dennett eles não existem. Ele usa um argumento muito furado, nem me
>lembro qual. ***A possibilidade de me levantar nesse momento (estou sentado)
>existe ou não? É bom lembrar que "possibilidade" não pode ser medida. Ou
>pode?
>
>*** A existência pode ser medida? E a não-existência? E nossa "realidade"?
>(não estou falando de realidades, mas da "nossa realidade").
>
>*** A "medida" pode ser medida? O ato de medir deve poder.
>
>*** A amizade pode ser medida?
>
>DFG
>
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 11:37
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Olá Sérgio,
>
> Muitos emails rolaram entre você e o Takata sobre a questão da
influência dos
> planetas desconhecidos nas previsões astrológicas.
>
> Sua defesa, pelo que entendi, parte da seguinte idéia: não se pode
calcular a
> influência em um mapa astral de um planeta que o astrólogo
desconhece.
> Confere?
Mais ou menos, sim.
> Mas o ponto levantado não é este. Não estamos discutindo se o
astrólogo do
> século quinze errou por não considerar Urano, Netuno, Plutão,
etc... O ponto
> é que os planetas por ele desconhecidos estavam lá e tiveram sua
influência.
> Hoje, nós que o conhecemos não podemos fingir que naquela época
eles não
> estavam lá.
O facto de eles serem ou não considerados é irrelevante.
Eu já tentei explicar pq. De novo :
Primeiro pq devido ao facto desses planetas longinquos se moverem
muito pouco no zoodiaco (e quanto mais distantes ,menos se movem)
implica que eles demoram muito tempo a passar de um signo para ou
outro ( ou seja a se moverem 30º no ceu). Portanto podemos considerar
em aproximação que eles não são relevantes. (aliás para astrologia
natal urano, neptuno e plutão não são relevantes: são até chamados de
planetas geracionais, que caracterizam a geração)
Segundo pq os 7 planetas principais (até saturno) não suficientes
para todas as intrepretações.
Não é vital que os novos planetas sejam incluidos na hirarquia. Isso
é uma tentativa da astrologia ocidental moderna que é descutivel, e
discutida nos circulos astrologicos. Basta dizer que nem toda a gente
usa esses planetas.
Por outro lado esses planetas têm importancia em astrologia mundial
onde os planetas mais lentos contêm mais informação. Nesse caso sim
poderia ser necessária a discussão se os planetas estão ou não a
influencia desde um principio.
A questão é que mesmo que eles estejam a influenciar desde o inicio
nós não o poderemos saber, já que não somos adivinhos.
Como eu tentei exemplificar com o exemplo do neutrino, que ele exista
desde sempre não implica que seja conhecido desde sempre. E só depois
de ser encontrado é que ele passou a integrar a teoria das particulas
sub atomicas.
Da mesma forma, só depois de um planeta ser descoberto é que ele pode
integrar a teoria astrologica.
A diferença é que a teoria astrologia vive bem sem esse novos
planetas, enquanto a fisica não vive bem sem essas novas particulas.
Como eu já tentei explicar antes, não existe nenhuma lei que obrigue
os pontos astrologicos a serem planetas - como se pode ver pelos
nodos da lua, por exemplo.
> Para observar a validade astrólogica de um mapa do século XV hoje,
nós temos
> que escolher entre dois caminhos: afirmar que o mapa antigo
necessariamente
> é incorreto pois se desconsiderou os planetas Urano, Netuno e
Plutão; ou
> considerar que estes planetas não são importantes e passar a
desconsiderá-los
> nos mapas atuais. Caso contrário estaremos aplicando dois pesos,
duas medidas.
Antigamente a velocidade da luz não era conhecida pq não se dispunham
de intrumentos para a medir. Quando esses intrumentos apareceram ela
foi determinada com determina imprecisão. Imprecisão essa que tem
vindo a diminuir ao longo do tempo, até hoje onde se considera um
valor exacto (que não tem erro nenhum) por definição.
Ora, a falta de Urano, Neptuno, Plutão e usando da analogia
influencia apenas nas ultimas casas decimais do valor a medir.
A introdução deles afina o mapa, mas o mapa sem eles já continha
muita informação.
A astrologia classica é auto-suficiente. Apenas recentemente - anos
60-70- é que apareceu esta onda de associar arquétipos a tudo o que
estiver no céu.
não se pode considerar errado, mas não se pode considerar que tenha
muita influencia no que antes era feito. OS novos planetas e
asteroides, têm a mesma importancia que os cometas tinham antes por
só aparecem de anos a anos. É uma questão q simplesmente tem a ver
com o seu periodo ser demasido qrande (70 anos já é muito grande).
> Outra questão que foi levantada (na verdade a primeira) é a da
reação a
> astrologia atual sobre a descoberta de Quaoar. Se tal corpo celeste
for
> considerado pela astronomia como um planeta, provavelmente os
astrônomos
> passaram a incluí-lo em seus mapas. Caso contrário, se a astronomia
> considerar como um asteóide (parece que este é o caso. Há um
segundo
> "cinturão" de asteróides nas fronteiras do sistema solar), ele
deverá ser
> desconsiderado. E esta distinção é uma mera questão de
dimensionamento: a
> partir de que tamanho um corpo que orbita ao redor do Sol pode ser
> considerado um planeta ?
O corpo é considerado um planeta, em astrologia, sempre. Porque a
defenição de 'planeta' é mais geral que a da astronomia.
A questão é que nem todos os planetas são considerados iguais, com o
mesmo status.
A astrologia classica é muito robusta, ao contrário da astrologia
moderna que inclui toda uma série de novos pontos.
Como eu disse, todos esse novos pontos são afinadores. Eles não são
assim tão importantes. Mesmo que Quaoar seja considerado um planeta
principal isso terá muito pouca , ou nenhuma, relevancia astrologica.
Por isso o meu comentário foi "acontece o mesmo que a Ceres".
> Assim devemos considerar que para a astrologia uma questão de
nomenclatura,
> praticamente arbitrária, se tornará importante e decisiva para se
calcular o
> mapa astral de uma pessoa. Ou seja, um julgamento até certo ponto
arbitrário
> de cientistas de hoje vai influenciar na personalidade das pessoas
que
> nascerem a partir da definição se Quaoar é um planeta ou não. Isto
me parece
> ridículo.
Claro que lhe parece riduculo pq é riduculo. Mas foi vc que inventou
essa lógica.
Astrologicamente as coisas não se passam assim. Independentemente do
que os astronomos chamam as coisas, os astrologos têm suas proprias
versões. Não esqueça que até ao sec XV, mais ou menos, astrologia e
astronomia eram a mesma coisa.
Não é claro para mim , até hoje, como os 3 planetas mais recentes
obtiveram seus nomes ,mas eles fazem todo o sentido enquadados no
sistema de regencias. Custa-me aceitar que tenha sido mera
coincidencia.
OS astrologos não vão defenir as caracteristicas de Quaoar ou do
outro planeta antes, que já esqueci o nome, ad doc, por muito que vos
custe, a vcs, aceitar isso.
Estudos e opiniões como as proferidas no site antes referido vão ser
consideradas por muito tempo até que haja um acordo.
Ao contrário do que vcs pensam ha pessoas que tratam destes assuntos
sériamente.
A minha opinião é que seja quais forem os resultados isso terá muito
pouca importancia dentro da teoria astrologica e se vier a ter alguma
será daqui a muitos anos. (Plutão foi descoberto à 70 anos +- e veja
a importancia que ele tem)
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 11:46
--- Em ciencialist@y..., Joao Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> Acho que alguém já referiu esta ideia: se os planetas desconhecidos
> influenciam
> as pessoas, então os erros de previsão astrológica são um indicio
seguro
> de que
> há um planetas algures que não está a ser considerado.
Essa ideia é a mais absurda que eu já vi. Ainda mais absurda que o
13º signo ou que só os planetas são usado em astrologia, ou que eles
emanam algum tipo de energia que influencia as pessoas.
Aconselho-vos a procurarem um programa de astronomia ou astrologia
que permita ver as trajectorias dos planetas distantes só para terem
uma ideia da importancia que as posições deles têm.
> O que é no mínimo estranho. :)
Seria estranho que eles o fizesse, não que não o façam.
Sérgio
SUBJECT: RES: [ciencialist] piorou...
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 13:19
> De: Luiz Eduardo Carvalho
>
> >A mente do meu amigo Manuel Bulcão pode ser medida no sentido
> >de que pode ser TESTADA, FALSEADA, EXPERIMENTADA... Não é exatamente
> >uma medida quantitativa, mas qualitativa, cujos resultados são muito
> >imprecisos devido a falta de referencias absolutos.
> Alexandre Medeiros
>
> medida qualitativa?
> vai medir e nao vai quantificar?
>
> tua mente tá com pobrema, hein?
> (risos)
Tá. Hoje é sexta. Tá calor. Tô com sede. Ia tomar cerveja
mais tarde, mas vou ter de fazer hora-extra. Muitas. Sinto as artérias
do pescoço pulsando com fúria. Sorte sua não estar por
perto, hein? (risos)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 13:46
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> Estatisticamente, a maior parte das mutações são desfavoráveis e
> geram deformações morfológicas que mais dificultam do que ajudam na
> adaptação ao meio-ambiente.
Ha' controversias. Existe a questao da degenerescencia da terceira
posicao dos codons. Em geral, se mudarmos o terceiro nucleotideo de
um codon, o aminoacido codificado nao sera' alterado e assim a
proteina (ou o polipeptideo) produzida nao sera' alterada. Grosso
modo, um terco das mutacoes q. substituem o nucleotideo um pelo outro
nao teriam efeitos perceptiveis. Mais, os q. causam substituicao
podem gerar uma substituicao de um aminoacido por outro com
caracteristicas semelhantes: um aminoacido com carga negativa por
outra de carga negativa. E mais, mesmo q. se substituia um aminoacido
por outro q. nao seja funcionalmente equivalente, nao significa
necessariamente modificacao no funcionamento da proteina. E mais,
alteracao do funcionamento da proteina pode ser pequena. E mais as
proteinas em geral sao formadas por dominios: regioes funcionais -
intercalados por regioes de ligacao entre esses dominios. Uma
modidificacao nesse dominio nao necessariamente interferira' no
funcionamento de outro dominio. E mais, muitos organismos sao
diploides -- a perda da funcao de uma das copias pode ser compensada
pelo funcionamento de outra copia. E mais, muitos genes sao
duplicados ao longo do genoma, a perda de uma copia tbm e' compensada
pela presenca de outra copia.
Analises de eletroforese de alozimas indica uma grande diversidade
genetica. Aparentemente as mutacoes nao sao tao terrivelmente
deleterias assim. Elas podem ate' diminuir o fitness, mas de modo
suave o suficiente para o regime de selecao nao elimina'-las por
centenas de geracoes.
> Mas apoiar a evolução das espécies unicamente sobre mutações
> favoráveis selecionadas aleatoriamente pelo meio-ambiente exigiria
> que elas fossem muito mais freqüentes e, pior, acontecessem desde o
> início do processo. E isso é uma improbabilidade estatística. Como
> explica o físico Paul Davies (em _O Enigma do Tempo_,
> Ediouro): "Suponhamos que lhe peçam para atirar três dardos e obter
> três uns, seguidos em certo estágio por três dois, seguidos em um
> estágio posterior por três três. Essas triplas improváveis
> correspondem a algum passo improvável na evolução da humanidade (por
> exemplo, a emergência da consciência). Um total de cinqüenta
> arremessos é permitido. As probabilidades são de que você não
> conseguirá formar a seqüência, mas *se conseguir*, o passo dos três
> três ocorrerá mais provavelmente no final das tentativas, e não no
> início, permitindo o máximo de combinações para que os dois passos
> anteriores se completem primeiro, contrariando as probabilidades.
> Para ver por quê, observe que a probabilidade de obter três uns,
> dois e três nos *primeiros* três arremessos é muito inferior do que
> em todas as cinqüenta tentativas."
Se Paul Davies estiver aplicando esse raciocinio para argumentar
contra a evolucao por mutacao/selecao entao ele e' um otimo fisico e
um pessimo biologo.
Esse raciocinio esta' errado porq. esta' considerando depois q. o
evento ocorreu. Lance varios dados e anote os resultados. Agora
calcule as chances de se obter *exatamente* esse resultado. Sera'
estatisticamente insignificante. Significa q. vc nao poderia obter
esse resultado? De forma alguma.
A evolucao nao ocorre assim: "Ih! Tenho q. ter exatamente essas
mutacoes para q. produza um resultado xis e aumente o fitness do
individuo". Nao, definitivamente nao ocorre assim. As mutacoes
ocorrem o tempo todo. Nem todas sao favoraveis. Mas o q. conta e'
permitir uma maior chance de sucesso reprodutivo do q. as demais.
E mais, nao e' preciso esperar q. ocorra uma mutacao, elas ja' estao
presentes na populacao. E mais ainda, nao existe uma unica 'solucao'
para um problema apresentado pelo ambiente.
Se surge um componente toxico no ambiente ha' varias respostas
possiveis: barreira para impedir q. o veneno entre no organismo,
sistema de bombeamente para expelir o veneno, enzimas q. metabolizem
a substancia, um antidoto q. se ligue ao veneno... e cada uma dessas
alternativas pode ser obtida de maneiras diversas. Qual delas o
organismo escolhera'? Nenhuma, o organismo nao escolhe. A primeira
alternativa q. surgir fica. Se isso impedir o surgimento de outras
formas mais eficientes, azar. A selecao e' cega a isso, ela nao
antevê o futuro.
So' q. o q. esta' sendo sugerido. Digamos, q. na populacao uma enzima
foi alterada de modo q. ela metabolize o veneno e produza uma
substancia xis. O cara vem e diz: "ah! ra'! A chance de q. ocorresse
exatamente a mutacao q. modificasse a enzima para metabolizar o
veneno e produzir a substancia xis e' muito baixa. Nao pode ser um
evento casual". Se a enzima produzisse a substancia ipsolon a partir
do veneno: "ah! ra'! A chande q. ocorresse exatamente a mutacao q.
modificasse a enzima para metabolizar o veneno e produzir a
substancia xis e' muito baixa. Nao pode ser um evento casual." Se uma
proteina de membrana fosse alterada de modo a modificar a
permeabilidade da celula ao veneno por uma mutacao: "ah! ra'! A
chance de q. ocorresse exatamente a mutacao q. modificasse a proteina
de membrana de modo a alterar a permeabilidade da celula ao veneno e'
muito baixa. Nao pode ser um evento casual."
Corri no Excel a funcao "aleatorio" (modificado para dar algarismos
entre 0 e 9): 5-0-7-9-5-7-3-6-5-8-9-2-2-7-9-3-8-7-1-7-9-5-8-2-6-5-0-3-
3-8-4-3-8-7-9-4. Qual a chance de q. desse exatamente esse numero? E'
de 1 em 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000. Caramba!
Uma impossibilidade estatistica!
> Stephen Jay Gould, que foi um dos participantes da
> conferência: "Com certeza o registro é pobre, mas a descontinuidade
> que se observa não é o resultado de falhas; ela é a conseqüência do
> modo descontínuo da mudança evolutiva."
Um: isso nao vai contra a selecao, apenas e' uma alternativa em
relacao ao tempo evolutivo.
Dois: a conclusao de Gould nao e' nem de longe consensual.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Somente o mensurável existe?
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 13:52
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
(nota: escrever tudo em maiuscula é considerado um erro grave de
educação dentro da comunidade internauta)
> A AMIZADE SIM, TALVEZ POSSA SER MEDIDA.
> A FOME, A SEDE E O SONO PODEM SER MEDIDOS.
> EU POSSO ESTAR COM MUITA FOME, COM MUITO SONO OU COM UM POUCO DE
SEDE.
> EH ASSIM QUE SE COMEÇA O PROCESSO DE MEDIR.
O que vc quer dizer é que pode ser Avaliada.
Avaliar é diferente de medir.
Medir requer que exista um Padrão.
Medir é comparar com um padrão e quantificar essa comparação.
Por exemplo, a distancia é avaliada mentalmente, sabemos se algo está
perto ou longe, mas só pode ser medida se compararmos essa distancia
com o comprimento da unidade padrão de distancia (no caso o metro)
O IQ pode ser avaliado simplesmente por uma conversa que se tenha com
a pessoa, mas para ser medido é preciso comparar certos resultados
otimos em certos testes com a unidade padrão, que no caso é a média
dos resultados obtidos nos mesmos testes por pessoas da mesma idade.
Medir e Avaliar são coisas bem diferentes.
Vc pode avaliar o sono, a fome , a amizade , o amor e o odio, mas não
os pode medir.
> COM GRADUACOES E IMPRECISOES, ATEH QUE DESCUBRA UMA FORMA QUE ME
PERMITA
> FAZE-LO CIENTIFICAMENTE.
Esse processo não existe.
> TUDO COMEÇOU A SER MEDIDO ASSIM.
Mentira.
> MESMO AS DISTANCIAS ERAM MEDIDAS ASSIM, ATEH QUE SE INVENTOU O
METRO COMO
> REFERENCIAL.
O metro não se inventou, convencionou-se.
3 palavras importantes em ciencia que significam coisas diferentes:
Descobrir, Inventar e Convencionar.
O metro é a unidade de distancia padrão do sistema internacional de
pesos e medidas. Mas ele não é padrão para todos, já que existem
paises que ainda não convencionaram esta unidade como padrão: vide
EUA e Inglaterra.
> E, ANTES DO METRO, O PÉ, O PALMO, A POLEGA(ra)DA...
tudo padrões que permitem medir, com EXACTIDÃO e não com graduações
imprecisas como vc fala.
> ENTAO A GENTE DESCOBRE UMA SUBSTANCIA QUIMICA, UMA SITUACAO
BIOQUIMICA,
> FISIOLOGICA, ASSOCIADA COM A SEDE... E PASSA A MEDI-LA
INDIRETAMENTE,
> ATRAVES DISSO.
Vc quer dizer que passará a avaliá-la através disso.
Não a medir-la. Para a medir vc terá de criar um padrão primeiro.
Para medir distancia entre corpos celestes usam-se métodos opticos de
avaliação, mas medem-se todas as distancias com o metro.
Para eu medir a minha altura eu não uso tais metodos opticos, uso uma
fita métrica, mas meço-me com o metro.
Aquilo que não pode ser avaliado, ou para o qual não pode ser
encontrado/convencionado um padrão não se pode medir.
Obviamente o que não é conhecido, não pode ser avaliado, donde não se
pode medir.
O que não existe não é conhecido, donde por maioria de razão, não de
pode medir.
A inferencia inversa não é valida : "só o que é mensuravel existe".
Sérgio
P.S. Não percebo pq tantas duvidas sobre isto. É tão simples. (eu
acho)
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 13:53
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> No entanto, antes dessas "premissas sem bom indício", existe uma
> *outra* premissa subjacente: a de que quando tivermos um
> conhecimento detalhado dos cenários evolutivos, eles vão se
> enquadrar na teoria da seleção natural.
Pode ser q. nao se enquadre. Ha' varias caracteristicas de organismos
q. nao se devem 'a selecao dessas caracteristicas: efeito colateral,
efeito carona, efeito fundador, selecao neutra ou quase-neutra,
deriva genetica, restricoes fileticas, restricoes construcionais
(existe essa palavra?), restricoes funcionais...
> mídia nos últimos anos, não existe nenhuma evidência concreta que
> permita relacionar padrões de comportamento a tendências evolutivas
> ou à herança genética.
Qto 'a heranca genetica, tem varios estudos q. apontam para diversas
caracteristicas comportamentais ligadas a alguns locos genicos. O q.
nao quer dizer q. todo o comportamento seja genetico e nem q. esses
comportamentos associados a alguns genes sejam determinados por esses
genes (o comportamento como qualquer fenotipo e' o resultado da
interacao entre os genes com o ambiente).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] piorou...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 14:07
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> Tá. Hoje é sexta. Tá calor. Tô com sede. Ia tomar cerveja
> mais tarde, mas vou ter de fazer hora-extra. Muitas. Sinto as
artérias
> do pescoço pulsando com fúria. Sorte sua não estar por
> perto, hein? (risos)
Acertei: você é "colérico"... :)
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 14:10
Aniello Gr?o wrote:
>Olá Sérgio,
>
>Muitos emails rolaram entre você e o Takata sobre a questão da influência dos
>planetas desconhecidos nas previsões astrológicas.
>
>Sua defesa, pelo que entendi, parte da seguinte idéia: não se pode calcular a
>influência em um mapa astral de um planeta que o astrólogo desconhece.
>Confere?
>
>Mas o ponto levantado não é este. Não estamos discutindo se o astrólogo do
>século quinze errou por não considerar Urano, Netuno, Plutão, etc... O ponto
>é que os planetas por ele desconhecidos estavam lá e tiveram sua influência.
>Hoje, nós que o conhecemos não podemos fingir que naquela época eles não
>estavam lá.
>
>Para observar a validade astrólogica de um mapa do século XV hoje, nós temos
>que escolher entre dois caminhos: afirmar que o mapa antigo necessariamente
>é incorreto pois se desconsiderou os planetas Urano, Netuno e Plutão; ou
>considerar que estes planetas não são importantes e passar a desconsiderá-los
>nos mapas atuais. Caso contrário estaremos aplicando dois pesos, duas medidas.
>
Acho que alguém já referiu esta ideia: se os planetas desconhecidos
influenciam
as pessoas, então os erros de previsão astrológica são um indicio seguro
de que
há um planetas algures que não está a ser considerado. Com a ajuda dos mapas
astrais, é provavelmente possível determinar a posição desse corpo
celeste no
céu, o que seria uma boa ajuda para os caçadores de planetas. No
entanto, os
astrólogos não parecem muito interessados em contribuir desta forma elegante
para a descoberta de novos planetas. O que é no mínimo estranho. :)
Joao
http://www.nonio.com
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: evoluo e criacionismo - Takata, junte-se a ns
FROM: "Juliana Alves Thom" <julianath@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 14:20
Oie gente, sou nova na lista e tenho achado muito interessante esse
debate.Gostaria de contribuir....
>O problema aqui nem e' a selecao natural nao explica tudo, mas
justamente o contrario -- ela pode ser usada para explicar tudo...
So' q. essas explicacoes dependem de um bom conhecimento dos cenarios
evolutivos -- em niveis bem mais detalhados do q. podemos ter no
momento (ou q. podemos sonhar por ora). Assim, muitas vezes algum
entusiasta acaba assumindo premissas sem bom indicio q. a suporte e
ai' a conclusao e' precaria mesmo.
No entanto, antes dessas "premissas sem bom indício", existe uma *outra*
premissa subjacente: a de que quando tivermos um conhecimento detalhado
dos
cenários evolutivos, eles vão se enquadrar na teoria da seleção natural.
Não
existe nada que nos leve a presumir isso, pelo menos no que se refere à
aplicação da teoria às origens do comportamento humano. Pelo contrário,
apesar do oba-oba que a genética e a psicologia evolutiva vêm fazendo na
mídia nos últimos anos, não existe nenhuma evidência concreta que permita
relacionar padrões de comportamento a tendências evolutivas ou à herança
genética.
[Juliana Alves Thomé]
Exatamente, é muito discutivel se a biologia evolutiva é importante ou não
para compreender o comportamento humano.(o HUMANO)
Apesar de podermos observar muitas características comportamentais humanas
em outros primatas (de forma rudimentar), o fator que domina na evolução
humana recente tem sido a evolução de enorme flexibilidade do comportamento
e a capacdade de aprender e transmitir cultura.
De acordo com Futuyma,evolucionista e pesquisador, existem pouquissimas
evidências inequivocas de que grande parte da variação nas qualidades
comportamentais humanas tenha uma base genética e nenhuma evidência de que
as características omportamentais sejam limitadas geneticamente de modo
significativo.
Mas lembremos,isso para o humano, exatamente por ter criado uma coisa
chamada sociedade,cultura,inteligencia..etc etc etc...
No reino animal a coisa é diferente(não que o ser humano deixe de ser
um...vai que ele é um mineral ou vegetal né?...(risos)), o estudo do
comportamento ligado a evolução se espande em 2 direções diferentes: de um
lado a neurofisiologia e a fisiologia sensorial e de outro aproximando-se de
ecologia, ou seja, nesse caso há o estudo do comportamento específico das
espécies,estudando-se do ponto de vista seletivo o interior do nicho da
respectiva espécie.
Podemos dizer que o comportamento consiste na troca de sinais,mais
frequentemente emtre individuos Próximos (co-especificos),portanto a
semiótica,que é a ciencia que estuda sinais e mensagens,bem como a
comunicação,desempenham na estrutura social das espécies grandes areas de
pesquisa, e essas areas tem achado resultado.
Hoje em dia a interpretação que se dá ao estudo do comportamento é que
mudanças neste gerariam novas forças seletivas (vejam ai um dos temas
evolutivos) , as quais modificam as estruturas envolvidas.
Pra não dizerem que estou viajando aqui, pesquisas de Mayr (um dos
teoricos da sintese evolucionista)mostram como tipos diferentes de
comportamento desempenham diferentes papeis na evolução, o comportamento que
serve como comunicação,por exmplo o da aproximação sexual (que é conhecido
pela maioria aqui nem que seja do ouvir falar nas aulas de bio de segundo
grau ), bom esse comportamento deve ser esteriotipado,para não ser mal
entendido (lembrem-se...não falo do cmportamento humano aqui sim??).
Pois bem, o programa genetico que controla esse comportamento deve ser
fechado a qualquer mudança durante o ciclo de vida e os que controlam outros
comportamentos devem ter mais flexibilidade como a escolha de alimento e
habitat,porém devem ser controlados.O que Mayr queria dizer com isso? Que as
novas pressÕes seletivas,induzidas elas mudanças de comportamento,podem
levar alterações morfologicas,para facilitar a ocupação de novo nichos
ecol´gicos ou zonas de adaptação.
O que e-mail do colega TAkata que fala sobre allozimas procede.Hoje em
dia inumeras pesquisas sobre comportamento,polimorfismo ,sazonalidade e
variabilidade de espécies são feitas atraves dessas isozimas localizadas em
mesmo locus,possibilitanto entender o processo evolutivo e as variaçôes
intrapopulacionais dessas espécies (hoje em dia muito usado em Drosphilas)
Bom..é isso...espero ter contribuido.
Juliana Thomé
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Lógica e análise de discurso
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 14:21
Estive ausente na lista por uns tempo, mas retomo uma velha discussão. Espero
que não se importem.
Aproveitem este tempo inclusive para reler minha bibliografia do curso de
Lógica I que fiz na Idade da Pedra. Assim sendo dou meio braço a trocer.
Silogismo é realmente um raciocínio que segue as regras explicadas aqui nas
mensagens "Curso de Lógica". Discordo da precisão dos exemplos dados, mas
isto não invalida o fato que um silogismo deve ter apenas três termos.
Racciocínios lógicos válidos podem ter mais de três termos se eles puderem
ser decompostos em silogismos:
Ex: Todo humano é mortal.
Todos que jogam tênis são humanos.
Guga joga tênis.
Guga é Mortal.
Pode ser decomposto em:
Todo humano é mortal
Todos que jogam tênis são humanos
Todos que jogam tênis são mortais
e
Guga joga tênis.
Todos que jogam tênis são mortais.
Guga é mortal.
A regra dos três termos foi feita para mostrar a não validade de raciocínios
como este:
Todo homem é mortal.
Todo rato tem pelos.
Todo rato é mortal.
Agora voltemos aos velhos problemas:
Cachorros tem quatro pernas.
Mesas tem quatro pernas.
Mesas são cachorros.
Aqui tentar distinguir uma diferença de sentido em pernas de cachorro e
pernas de mesa é uma questão não de lógica, e sim de análise de discurso
(assim como em "Todo inseto tem seis patas. Tal político é um inseto. Tal
político tem seis patas). Não é logicamente necessário afirmar que uma perna
seja logicamente diferente da outra.
Toda frase pode ser dividida, para análise de seu significado, em posto,
pressuposto e implícito. Por exemplo, quando um advogado pergunta:
- Por que você matou a vítima?
posto: um questionamento sobre a motivação do réu.
pressuposto: o réu matou a vítima.
implícito: juri, observem que o réu é culpado e deve ser condenado.
Tanto o posto como pressuposto são interpretações literais, sendo o
presuposto nem sempre tão simples de se ver a primeira vista. Já o implícito
é subjetivo, e apesar de estar muitas vezes no discurso intencional do
interlocutor, não se pode afirmar com certeza lógica que foi isto que o
interlocutor disse.
A distinção entre pernas de mesas e gatos, assim como o significado de "Tal
político é um inseto" como metáfora está no implícito da frase, portanto é um
julgamento subjetivo. Minha opinião é que no primeiro silogismo (das pernas)
julgar que se trata de quatro termos é forçar a barra da interpretação,
enquanto no segundo (do inseto) é uma hipótese razoável mas não necessária.
Não há no silogismo das pernas a necessidade de se querer diferenciar as
pernas, pois fica claro que o intuito é comparar entidades que se apoaim em
quatro extremidades. Chamar estas extremidades de perna, pé ou helicóptero
não invalida o argumento. Como é claro para todos, raciocínios do tipo:
Os gatos miam em si benol.
O Everest é um gato.
O Everest mia em si benol.
é válido logicamente. É um silogismo. Sobe este aspecto, também é válido:
Toda manga é fruta.
Minha camisa tem duas mangas.
Minha camisa tem duas frutas.
Pois não é logicamente necessário que a segunda premissa esteja usando o
termo "manga" como um pedaço de pano para se cologar os braços. Isto é um
julgamento de análise de discurso.
Não cabe a lógica julgar a validade das premissas nem fazer uma análise do
discurso implícito das mesmas, pois assim a lógica estaria submetida a
julgamentos subjetivos.
Espero ter sido claro.
Aniello
SUBJECT: RES: [ciencialist] piorou...
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 14:29
> De: Ligia Gallo
>
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@u...> escreveu
> > Tá. Hoje é sexta. Tá calor. Tô com sede. Ia tomar cerveja
> > mais tarde, mas vou ter de fazer hora-extra. Muitas. Sinto as
> artérias
> > do pescoço pulsando com fúria. Sorte sua não estar por
> > perto, hein? (risos)
>
> Acertei: você é "colérico"... :)
Eu não 'sou', eu 'estou'...
Sou o terceiro em diplomacia aqui no Ciencialist.
Em primeiro, o Brudna, e em segundo o Takata... :-)
Mas não estou nos meus melhores dias. Estou sob
intensa pressão nas últimas semanas.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: entre avaliar e medir...
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 14:45
At 14:52 11/10/02 , you wrote:
ok,
Uma vez convencionada essa diferença entre os conceitos de AVALIAR e MEDIR...
sim...
voce passa a ter razão em quase todos seus argumentos.
Mas não haviamos convencionado isso.
Ou então nao me avisaram.
(risos)
Qdo eu falei "medir"... a cena, na minha mente...
era lá na pre-historia... o cara pensando se era mais perto correr pra
trepar numa arvore, ou noutra, pra fugir do leão que vinha vindo.
E ele escolheu porque quantificou qual era a arvore mais perto.
Nao sei se ele mediu ou avaliou.
Mas certamente ele quantificou as distancias e optou.
Antes de chegarmos a definir em metros...
a gente quantifica em longe, perto, pertinho...
antes de chegar em uma unidade de medida... a gente cria tres, depois
cinco, depois dez gradações...
Existindo ou não existindo as palavras avaliar e medir...
não é essa a questão, hein?
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Somente o mensurável existe?
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 15:05
Em Sex 11 Out 2002 13:52, you wrote:
Meus dois centavos:
> --- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
> escreveu
>
> (nota: escrever tudo em maiuscula é considerado um erro grave de
> educação dentro da comunidade internauta)
>
> > A AMIZADE SIM, TALVEZ POSSA SER MEDIDA.
> > A FOME, A SEDE E O SONO PODEM SER MEDIDOS.
> > EU POSSO ESTAR COM MUITA FOME, COM MUITO SONO OU COM UM POUCO DE
>
> SEDE.
>
> > EH ASSIM QUE SE COMEÇA O PROCESSO DE MEDIR.
>
> O que vc quer dizer é que pode ser Avaliada.
> Avaliar é diferente de medir.
> Medir requer que exista um Padrão.
> Medir é comparar com um padrão e quantificar essa comparação.
> Por exemplo, a distancia é avaliada mentalmente, sabemos se algo está
> perto ou longe, mas só pode ser medida se compararmos essa distancia
> com o comprimento da unidade padrão de distancia (no caso o metro)
> O IQ pode ser avaliado simplesmente por uma conversa que se tenha com
> a pessoa, mas para ser medido é preciso comparar certos resultados
> otimos em certos testes com a unidade padrão, que no caso é a média
> dos resultados obtidos nos mesmos testes por pessoas da mesma idade.
>
> Medir e Avaliar são coisas bem diferentes.
> Vc pode avaliar o sono, a fome , a amizade , o amor e o odio, mas não
> os pode medir.
Bom, acho que o que foi proposto é uma medida indireta de emoções. A hipótese
é simples: se emoções são desencadeadas por reações bioquímicas, a intesidade
destas seriam proporcionais às reações. Digamos que fique comprovado que a
raiva seja causada única exclusivamente pela adrenalina (não é). Assim
poderíamos criar a unidade Hulk, que é o tanto de raiva gerada por 1 grama de
adrenalina.
Se as emoções são apenas reações bioquímicas, a questão de se medir elas é
uma mera questão tecnólgica de detecção destas reações, e as emoções seriam,
portanto, mensuráveis por princípio mas não na prática.
> > E, ANTES DO METRO, O PÉ, O PALMO, A POLEGA(ra)DA...
>
> tudo padrões que permitem medir, com EXACTIDÃO e não com graduações
> imprecisas como vc fala.
Hoje as unidades de comprimento são precisas, mas no princípio se dizer que
algo possuia dois pés de largura era uma aproximação que variava de acordo
com o tamanho do pé de quem media. Primeiro se tentou medir com partes do
corpo, literalmente, depois se convencionou que um pé (ou polegada, etc) se
referia a um pé específico (de um rei, etc...)
Ou seja, primeiro avaliamos as grandezas. Quando aumenta nossa compreensão
passamos a fazer uma medição quantitativa não exata, por fim definimos
unidades padrão pra medições.
O fato de só conseguirmos mensurar determinada grandeza hoje não significa
que ela não seja mensurável.
> Obviamente o que não é conhecido, não pode ser avaliado, donde não se
> pode medir.
> O que não existe não é conhecido, donde por maioria de razão, não de
> pode medir.
>
> A inferencia inversa não é valida : "só o que é mensuravel existe".
Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e portanto
pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável, isto
significa que não interage com o resto das coisas. Algo que não possue
nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo, portanto é o mesmo que
não existir.
[]'s
Aniello
SUBJECT: A pedido - Subliminar
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 15:22
A pedido do Carlos coloco aqui o seu email:
"Eu tentei mas não consegui, preciso que alguém confirme ou desminta
se o seguinte experimento foi verdade:
"Com o taquistoscópio provou-se que o cérebro reage a imagens
projetadas a uma velocidade de exposição de até 1/3.000 de segundo. O
Dr. Roger Sperry, prêmio Nobel de Neurofisiologia e Anatomia de 1981
e sua equipe projetaram uma fotografia de uma modelo da Playboy
despida no campo visual esquerdo de um paciente operado da secção do
corpo caloso, órgão que une os 2 hemisférios do cérebro, a uma
velocidade altíssima, impossível de se verificar conscientemente. O
paciente esboçou um sorriso, sem entender o que estava realmente
acontecendo, ao mesmo tempo em que os aparelhos registravam
alterações nos seus displays, provando a sua excitação. "
Obrigado,
Carlos Zardini"
SUBJECT: Re: pesando informacoes... medindo... etc.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 15:31
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
> SE NO TEU COMPUTADOR NAO PESA...
> NO MEU PESA.
>
> E PESA EM Gigabites.
>
> Da pra pesar e medir.
Manuel: Ok, você está certo, as informações podem ser reduzidas a
quantidades mensuráveis cuja unidade é o "bit".
De modo que a informação "PENSO LOGO EXISTO" é, em termos
quantitativos, igual à informação "OTSIXE OGOL OSNEP". Ambas têm o
mesmo número de bits. Logo, ambas são iguais.
São iguais, mas será que são idênticas? Não. A primeira informação
é "significativa" (ao menos para os indivíduos humanos que sabem se
comunicar em português), ao passo que a segunda informação não
significa nada, não tem significado. Mas, se não tem significado,
podemos a rigor tratá-la como uma informação?
Aquilo que distingue a primeira informação da segunda tem, por sua
vez, uma dimensão quantitativa que o torne mensurável? Se "aquilo"
não pode ser medido, então "aquilo" não existe?
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: OTSIXE OGOL OSNEP
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 15:32
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
> SE NO TEU COMPUTADOR NAO PESA...
> NO MEU PESA.
>
> E PESA EM Gigabites.
>
> Da pra pesar e medir.
Manuel: Ok, você está certo, as informações podem ser reduzidas a
quantidades mensuráveis cuja unidade é o "bit".
De modo que a informação "PENSO LOGO EXISTO" é, em termos
quantitativos, igual à informação "OTSIXE OGOL OSNEP". Ambas têm o
mesmo número de bits. Logo, ambas são iguais.
São iguais, mas será que são idênticas? Não. A primeira informação
é "significativa" (ao menos para os indivíduos humanos que sabem se
comunicar em português), ao passo que a segunda informação não
significa nada, não tem significado. Mas, se não tem significado,
podemos a rigor tratá-la como uma informação?
Aquilo que distingue a primeira informação da segunda tem, por sua
vez, uma dimensão quantitativa que o torne mensurável? Se "aquilo"
não pode ser medido, então "aquilo" não existe?
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Somente o mensurável existe?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 15:33
> > Obviamente o que não é conhecido, não pode ser avaliado, donde não se
> > pode medir.
> > O que não existe não é conhecido, donde por maioria de razão, não de
> > pode medir.
> >
> > A inferencia inversa não é valida : "só o que é mensuravel existe".
>
> Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e
portanto
> pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável, isto
> significa que não interage com o resto das coisas.
NÃO!
Se vc não tiver um padrão, não ha medida.
Tlv isto seja muito tecnico, mas o padrão é que é a coisa importante aqui.
Tudo pode ser mensurável se e só se existir um padrão dessa grandeza.
Mesmo que algo exista, se não existir um padrão, isso não é mesurável.
Os terremotos têm duas escalas (pelo menos) para serem catalogados.
Uma é meramente empirica e cosnta de diversos niveis descritos por aquilo
que deve acotnecer para que o terremoto seja considerado desse grau.
Outra é baseada na energia do abalo sismico e não contem graus.
Qual destas escalas está a medir o terremoto ?
Nenhuma. Não existe nenhum padrão aqui.
Não existe medição aqui, existe avaliação.
E um terremoto existe. (ou vai dizer que não ? :-) )
A inferencia é :
(Existe => Pode ser Avaliado) E Existe um Padrão => Pode ser mensurável
As implicações são apenas em um sentido e não sentido inverso como vc quer
supor.
> Algo que não possue
> nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo, portanto é o mesmo
que
> não existir.
Concordo com isso.
Sérgio
SUBJECT: Teste
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 16:32
Envio mensagens ... que não aparecem na lista. Será novamente o Yahoo?
[]'
Léo
====================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 16:38
Em Sex 11 Out 2002 11:37, you wrote:
> O facto de eles serem ou não considerados é irrelevante.
> Eu já tentei explicar pq. De novo :
> Primeiro pq devido ao facto desses planetas longinquos se moverem
> muito pouco no zoodiaco (e quanto mais distantes ,menos se movem)
> implica que eles demoram muito tempo a passar de um signo para ou
> outro ( ou seja a se moverem 30º no ceu). Portanto podemos considerar
> em aproximação que eles não são relevantes. (aliás para astrologia
> natal urano, neptuno e plutão não são relevantes: são até chamados de
> planetas geracionais, que caracterizam a geração)
Urano:
Revolução: 84,01 anos
Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 7 anos
Netuno:
Revolução: 164,08
Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 13,67 anos
Plutão:
Revolução: 247,7 anos
Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 20,64
Ou seja, entre o meu nascimento e o de meu sobrinho mais novo (28 anos de
diferença), Urano transitou por quatro constelações, Netuno por duas e
Plutão por uma.
Se isto pode ser desconsiderado na hora de montar o meu mapa astral e o de
meu sobrinho, com certeza não é por causa da lentidão, pois mudanças houve.
Além disto, ter uma influência constante, estática, é diferente de ter
influência nenhuma. E estas influências estavam lá antes deles serem
descobertos.
> Segundo pq os 7 planetas principais (até saturno) não suficientes
> para todas as intrepretações.
> Não é vital que os novos planetas sejam incluidos na hirarquia. Isso
> é uma tentativa da astrologia ocidental moderna que é descutivel, e
> discutida nos circulos astrologicos. Basta dizer que nem toda a gente
> usa esses planetas.
Ou seja, minha segunda hipótese. Estes planetas novos são desprezíveis para
uma previsão astrológica acurada.
> Por outro lado esses planetas têm importancia em astrologia mundial
> onde os planetas mais lentos contêm mais informação. Nesse caso sim
> poderia ser necessária a discussão se os planetas estão ou não a
> influencia desde um principio.
Eles estão fisicamente lá desde o princípio. Se a influência deles se
manifestou apenas depois de sua descoberta, a influência parte da consciência
humana sobre eles, e não deles próprios. Se se discute se os planetas
influencivam antes de os descobrirmos, também deve se discutir, pelo mesmo
princípio, se eles influenciam aqueles que não sabem da existência destes.
> A questão é que mesmo que eles estejam a influenciar desde o inicio
> nós não o poderemos saber, já que não somos adivinhos.
> Como eu tentei exemplificar com o exemplo do neutrino, que ele exista
> desde sempre não implica que seja conhecido desde sempre. E só depois
> de ser encontrado é que ele passou a integrar a teoria das particulas
> sub atomicas.
> Da mesma forma, só depois de um planeta ser descoberto é que ele pode
> integrar a teoria astrologica.
> A diferença é que a teoria astrologia vive bem sem esse novos
> planetas, enquanto a fisica não vive bem sem essas novas particulas.
Pois é. Neutrinos não faziam parte da teoria atômica, mas depois de fazerem
eles fazem parte da teoria atual para explicar o comportamento do átomo desde
a antiguidade.
Não é preciso ser adivinho para saber se os planetas descobertos na era
moderna influenciavam antes de serem descobertos. Basta saber se, por eles
estarem em alguma constelação, influenciam algo. Pois sabemos que antes deles
serem descobertos eles estavam em constelações determinadas em períodos
determinados, assim como o neutrino esteve sempre em reações atômicas e
inluenciou nelas, mesmo antes de sabermos o que era átomo.
>
> Como eu já tentei explicar antes, não existe nenhuma lei que obrigue
> os pontos astrologicos a serem planetas - como se pode ver pelos
> nodos da lua, por exemplo.
A questão é: existe uma lei que obrigue planetas a serem pontos astrológicos?
Se existe, a cada nova descoberta de um planeta a astrologia deve ser revista.
> Antigamente a velocidade da luz não era conhecida pq não se dispunham
> de intrumentos para a medir. Quando esses intrumentos apareceram ela
> foi determinada com determina imprecisão. Imprecisão essa que tem
> vindo a diminuir ao longo do tempo, até hoje onde se considera um
> valor exacto (que não tem erro nenhum) por definição.
>
> Ora, a falta de Urano, Neptuno, Plutão e usando da analogia
> influencia apenas nas ultimas casas decimais do valor a medir.
> A introdução deles afina o mapa, mas o mapa sem eles já continha
> muita informação.
Há uma diferença nestes casos. A velocidade da luz era desconhecida, mas o
problema da velocidade da luz era conhecido e debatido. Quando se calculou a
velocidade da luz isto gerou consequências nas teorias físicas e dúvidas
antes não respondidas obtiveram suas resposta. Uma nova descoberta física
lança uma nova luz em experimento anteriores relacionados a esta descoberta.
Urano, Netuno e Plutão eram desconhecidos, e a partir do instante que foram
descobertos todas as medições astrológicas antigas deveriam ser revisadas
para verificar a existência da influência destes.
> A astrologia classica é auto-suficiente. Apenas recentemente - anos
> 60-70- é que apareceu esta onda de associar arquétipos a tudo o que
> estiver no céu.
> não se pode considerar errado, mas não se pode considerar que tenha
> muita influencia no que antes era feito. OS novos planetas e
> asteroides, têm a mesma importancia que os cometas tinham antes por
> só aparecem de anos a anos. É uma questão q simplesmente tem a ver
> com o seu periodo ser demasido qrande (70 anos já é muito grande).
Bom, até onde eu saiba, os cometas eram vistos como corpos de grande
import6ancia astrógica quando eram avistados, significando vitória ou derrota
em batalhas, vinda de secas, fim de epidemias ou outras implicações de grande
porte. Hoje, que sabemos que eles sempre estão por aí, mas raramente
visiveis, eles tiveram sua import6ancia astrológica minimizadas.
E isto não se deveu a uma nova compreensão do mecanismo de influências
astrológicas em relação aos cometas, foi uma redução ad hoc para "salvar os
dados experimentais".
> O corpo é considerado um planeta, em astrologia, sempre. Porque a
> defenição de 'planeta' é mais geral que a da astronomia.
> A questão é que nem todos os planetas são considerados iguais, com o
> mesmo status.
> A astrologia classica é muito robusta, ao contrário da astrologia
> moderna que inclui toda uma série de novos pontos.
> Como eu disse, todos esse novos pontos são afinadores. Eles não são
> assim tão importantes. Mesmo que Quaoar seja considerado um planeta
> principal isso terá muito pouca , ou nenhuma, relevancia astrologica.
> Por isso o meu comentário foi "acontece o mesmo que a Ceres".
Se todo corpo celeste dentro das fronteiras do sistema solar é considerado
astrologicamente um planeta posso falar da influência irrisória de meteoros?
E o que acontece quando um meteoro (que é um planeta para a astrologia) ou um
cometa se choca com a Terra. Deixa de ser planeta apenas por ter penetrado na
atmosfera?
Qual a sistemática para se classficar um corpo celeste como pouco influente
ou muito influente?
> Claro que lhe parece riduculo pq é riduculo. Mas foi vc que inventou
> essa lógica.
> Astrologicamente as coisas não se passam assim. Independentemente do
> que os astronomos chamam as coisas, os astrologos têm suas proprias
> versões. Não esqueça que até ao sec XV, mais ou menos, astrologia e
> astronomia eram a mesma coisa.
> Não é claro para mim , até hoje, como os 3 planetas mais recentes
> obtiveram seus nomes ,mas eles fazem todo o sentido enquadados no
> sistema de regencias. Custa-me aceitar que tenha sido mera
> coincidencia.
Os nomes foram escolhidos na mitologia grega para manter uam lógica interna
com o padrão dos nomes adotados anteriormente pela comunidade astronômica
européia.
Depois de recebr várias denominações, Urano foi batizado por Johann Elert
Bode, que se baseou no seguinte raciocínio: Júpiter foi o pai de Marte, Vênus
e Mercúrio, ou seja, de todos os planetas interiores a Júpiter. Saturno foi o
pai de Júpiter. Seria lógico manter esta sucessão, e o pai de Saturno era
Urano.
Netuno foi batizado por Leverrier (o astrônomo que previu sua existência
matematicamente) por que o planeta tem cor esverdeada. Netuno é o deus romano
do mar verde.
Não consegui levantar os dados do batismo de Plutão, mas se não me engano foi
por analogia a Plutão comandar Hades e o planeta estar nos limites do sistema
solar, um lugar adequado para ser chamado de reino dos mortos.
Os nomes foram escolhidos por analogias mitológicas greco-romanas. Se a
comunidade dominante de astronomia fosse não européia, outros nomes seriam
adotados, de outras mitologias.
A adequaçào dos nomes a influência dos planetas se deve simplesmente que a
determinação desta influência foi debatida depois dos planetas serem
batizadas. Pura indução psicológica. Se os astrólogos tentassem verificar
estas influências antes da descoberta dos planetas, seria um sinal
significativo do oposto.
> OS astrologos não vão defenir as caracteristicas de Quaoar ou do
> outro planeta antes, que já esqueci o nome, ad doc, por muito que vos
> custe, a vcs, aceitar isso.
> Estudos e opiniões como as proferidas no site antes referido vão ser
> consideradas por muito tempo até que haja um acordo.
> Ao contrário do que vcs pensam ha pessoas que tratam destes assuntos
> sériamente.
Sei disso. Só acho que eles estão perdendo tempo (e ganhando dinheiro) com
isto. Quanto as definições das influência de Urano, Netuno e Plutão não serem
definidas ad hoc, concordo. Muita indução psicológica e muito
pseudoconhecimento serviu de base para se adicionar algo coerente a um
complexo sistema este sim, criado ad hoc.
> A minha opinião é que seja quais forem os resultados isso terá muito
> pouca importancia dentro da teoria astrologica e se vier a ter alguma
> será daqui a muitos anos. (Plutão foi descoberto à 70 anos +- e veja
> a importancia que ele tem)
As quatro vezes que tive o prazer de pedir um mapa astral meu eles levaram em
consideração Plutão. Por sinal, a vez em que o mapa mais deu certo foi quando
pedi para um amigo meu fazer: realmente o mapa parecia comigo muito, apesar
de eu ter informado a hora e o local errado do meu nascimento.
Os outros três eram generalizações de vários sentidos junto com alguns
palpites errados e contraditórios.
SUBJECT: RESPOSTA-CRITICA: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 17:11
Boa Tarde.
Eu sou novato no grupo de vocês e portanto peguei a discussão sobre
astrologia no meio do caminho.
Segundo pelo pouco que pude interpretar do e-mail do Sr. Aniello o
tema principal refere-se sobre a influência do novos planetas exteriores
descobertos após o desenvolvimento da astrologia.
Em geral, utilizando-se de um termo literário, este tipo de texto
pode ser considerado como pastiche. O referido texto não possui utilidade,
valor ou qualquer dado que possa ser verificado. O autor mostrando uma
pseudo-erudição e intercála-o com assuntos referentes à física moderna para
tentar ( acredito ) mostrar a validade das suas argumentações referentes à
astrologia.
Os mais pessimistas dizem que as crendices da nova era, os discos
voadores e os crédulos em geral estão possuindo uma influência cada vez
maior na nossa sociedade contemporânea. Porém observo literalmente o
contrário. Para validar os seus argumentos eles utilizam dados científicos
( muitas vezes corretos ), para tentar obter um respaldo perante os
ingênuos.
Recomendo, a que interessar, a leitura do livro: IMPOSTURAS
INTELECTUAIS pela Editora Record. Os autores mostram os perigos e malogros
de se utilizarem os conceitos de áreas distintas.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 17:13
Sergio M. M. Taborda wrote:
>--- Em ciencialist@y..., Joao Miranda <jmiranda@e...> escreveu
>
>>Acho que alguém já referiu esta ideia: se os planetas desconhecidos
>>influenciam
>>as pessoas, então os erros de previsão astrológica são um indicio
>>
>seguro
>
>>de que
>>há um planetas algures que não está a ser considerado.
>>
>
>Essa ideia é a mais absurda que eu já vi. Ainda mais absurda que o
>13º signo ou que só os planetas são usado em astrologia, ou que eles
>emanam algum tipo de energia que influencia as pessoas.
>Aconselho-vos a procurarem um programa de astronomia ou astrologia
>que permita ver as trajectorias dos planetas distantes só para terem
>uma ideia da importancia que as posições deles têm.
>
Mas explica lá então porque é que este método não pode ser usado
para encontrar novos planetas.
Joao
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 17:15
certa vez li um artigo que defendia o fato da pressão seletiva ser sobre
proteínas, ao invés de indivíduos, grupos ou genes.
Se o dawkins tivesse escrito seus livros falando de proteínas e não de genes
talvez fôsse menos criticado e a teoria possuiria menos "forçações de
barra", pois a simples presença ou ausência de dado gene não significa nada;
a taxa de expressão desses genes é o que determina alguma coisa. Temos
noventa e não sei quantos % de genes idênticos ao de um macaco, mas a taxa
de expressão desses genes apresenta diferenças imensas.
clarissa
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: pesando informacoes... medindo... etc.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 17:17
> SE NO TEU COMPUTADOR NAO PESA...
> NO MEU PESA.
>
> E PESA EM Gigabites.
>
> Da pra pesar e medir.
"Manuel: Ok, você está certo, as informações podem ser reduzidas a
quantidades mensuráveis cuja unidade é o "bit".
De modo que a informação "PENSO LOGO EXISTO" é, em termos
quantitativos, igual à informação "OTSIXE OGOL OSNEP". Ambas têm o
mesmo número de bits. Logo, ambas são iguais."
Mas não contém a mesma informação. (Vide teoria da informação de Shannon)
"São iguais, mas será que são idênticas? Não. A primeira informação
é "significativa" (ao menos para os indivíduos humanos que sabem se
comunicar em português), ao passo que a segunda informação não
significa nada, não tem significado. Mas, se não tem significado,
podemos a rigor tratá-la como uma informação?"
Sim, podemos.
A questão é se essa informação terá significado.
Sérgio
SUBJECT: Fw: Os psicólogos e a lâmpada
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: "paula" <paulaif@ig.com.br>, raíssa <raissamusica@yahoo.com.br>, "Verusca Ferreira" <veruscamf@hotmail.com>, cláudia Rieger <claudiarieger@via-rs.net>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "bioufrgs" <bioufrgs@yahoogrupos.com.br>, "amor" <hulkb@terra.com.br>
DATE: 11/10/2002 17:18
----- Original Message -----
From: "Gustavo Czekster" <gczekster@ig.com.br>
To: "Tiago Maraschin" <tiagomm@hotmail.com>; "Michele Dorneles Valenti"
<mdvalent@terra.com.br>; "Márcia" <mcv.rs@terra.com.br>; "Luiz Pedro Sório"
<lcarvalh@aecom.yu.edu>; "Luciana Sartori" <luciana_sartori@hotmail.com>;
"Karina Faccio" <kfaccio@zaz.com.br>; "José Frederico Schulte"
<schulte@logic.com.br>; "Eduardo Carrion Wainer" <sauhron@terra.com.br>;
"Clarissa Czekster" <mestra@tutopia.com.br>; "Dinesa Hoffmann"
<dyndyn2000@hotmail.com>; "Cecília" <cbohns@yahoo.com.br>; "Carina Maria
Bello" <cmbel@cpovo.net>
Sent: Friday, October 11, 2002 1:20 PM
Subject: Os psicólogos e a lâmpada
> Quantos psicólogos são necessários para trocar uma lâmpada?
>
> Nenhum. A lâmpada irá mudar por si mesma quando estiver pronta.
> Só um, mas a lâmpada realmente tem que querer mudar.
> Só um, mas isso vai levar no mínimo nove visitas.
> Quantos VOCÊ pensa que são necessários?
> Há quanto tempo você tem tido essas fantasias?
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 17:40
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 11, 2002 1:53 PM
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
>Qto 'a heranca genetica, tem varios estudos q. apontam para diversas
caracteristicas comportamentais ligadas a alguns locos genicos. O q.
nao quer dizer q. todo o comportamento seja genetico e nem q. esses
comportamentos associados a alguns genes sejam determinados por esses
genes (o comportamento como qualquer fenotipo e' o resultado da
interacao entre os genes com o ambiente).
O que eu tenho visto é que volta e meia aparece alguém dizendo que
identificou o gene do homossexualismo ou da esquizofrenia, neguinho enche a
boca pra dizer que isso é uma prova incontestável de que o comportamento tem
uma base genética e que isso demonstra que a psicanálise está errada por não
levar em conta esse fundamento genético e, pouco tempo depois, o estudo cai
por terra, ou porque se descobre que o sujeito se enganou ou porque outros
cientistas não conseguiram confirmar os resultados. Em _A Mente
Desconhecida_, o John Horgan faz um balanço dessas "descobertas" e é
taxativo: "...até agora, nenhuma das afirmações que associam genes
específicos a traços e distúrbios de comportamento complexos - *nenhuma
mesmo* - foi inequivocamente confirmada" (o grifo é dele).
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 17:48
> > O facto de eles serem ou não considerados é irrelevante.
> > Eu já tentei explicar pq. De novo :
> > Primeiro pq devido ao facto desses planetas longinquos se moverem
> > muito pouco no zoodiaco (e quanto mais distantes ,menos se movem)
> > implica que eles demoram muito tempo a passar de um signo para ou
> > outro ( ou seja a se moverem 30º no ceu). Portanto podemos considerar
> > em aproximação que eles não são relevantes. (aliás para astrologia
> > natal urano, neptuno e plutão não são relevantes: são até chamados de
> > planetas geracionais, que caracterizam a geração)
>
> Urano:
> Revolução: 84,01 anos
> Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 7 anos
>
> Netuno:
> Revolução: 164,08
> Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 13,67 anos
>
> Plutão:
> Revolução: 247,7 anos
> Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 20,64
Onde vc levantou esses dados ? Ando à anos atrás desses numeros...
> Ou seja, entre o meu nascimento e o de meu sobrinho mais novo (28 anos de
> diferença), Urano transitou por quatro constelações, Netuno por duas e
> Plutão por uma.
Não diga constelações, diga signos.
> Se isto pode ser desconsiderado na hora de montar o meu mapa astral e o de
> meu sobrinho, com certeza não é por causa da lentidão, pois mudanças
houve.
>
>Na intrpretação elas não são assim tão drásticas.
>
> Além disto, ter uma influência constante, estática, é diferente de ter
> influência nenhuma. E estas influências estavam lá antes deles serem
> descobertos.
Vc está usando o termo "influencia" como "campo que emana de"
Nese sentido o campo que emana de Quaoar já está fazendo-se sentir antes da
sua descoberta.
A questão é que a caracterização astrologica de Quaoar não existe ainda,
mesmo hoje, depois dele ter sido descoberto.
Quando, em astrologia, se diz que um planeta influencia algo, quer-se
significar que ele caracteriza algo.
Ora, para caracterizar algo, é necessário que ele seja caracterizando antes.
E dentro desta logica não cabe dizer que a influencia (caracteristicas) já
se estão fazendo sentir.
Agora, vc pergunta: mas não posso por Urano num mapa do sec X ?
Claro que pode. Mas pode, pq hoje, vc sabe que o que ele caracteriza, sua
utilidade e por isso vc o poe lá. Antes disso é inutil.
> > Segundo pq os 7 planetas principais (até saturno) não suficientes
> > para todas as intrepretações.
> > Não é vital que os novos planetas sejam incluidos na hirarquia. Isso
> > é uma tentativa da astrologia ocidental moderna que é descutivel, e
> > discutida nos circulos astrologicos. Basta dizer que nem toda a gente
> > usa esses planetas.
>
> Ou seja, minha segunda hipótese. Estes planetas novos são desprezíveis
para
> uma previsão astrológica acurada.
Ao contrário. Eles são fundamentais para uma astrologia (retire 'previsão'
da frase) acurada.
Eles não são necessários para uma intrepretação comum, normal, sem grande
necessidade de promenor.
> > A questão é que mesmo que eles estejam a influenciar desde o inicio
> Não é preciso ser adivinho para saber se os planetas descobertos na era
> moderna influenciavam antes de serem descobertos. Basta saber se, por eles
> estarem em alguma constelação, influenciam algo. Pois sabemos que antes
deles
> serem descobertos eles estavam em constelações determinadas em períodos
> determinados, assim como o neutrino esteve sempre em reações atômicas e
> inluenciou nelas, mesmo antes de sabermos o que era átomo.
Substitua "constelação" por "signo" ou o seu texto não fará sentido.
(as constelações tb 'esticam e encolhem', os signos não)
> > Como eu já tentei explicar antes, não existe nenhuma lei que obrigue
> > os pontos astrologicos a serem planetas - como se pode ver pelos
> > nodos da lua, por exemplo.
>
> A questão é: existe uma lei que obrigue planetas a serem pontos
astrológicos?
Não.
> Se existe, a cada nova descoberta de um planeta a astrologia deve ser
revista.
Isso é um mito criado por quem não entende astrologia.
O ponto da questão não é atribuir caracteristicas as planetas, mas sim a
periodos de tempo.
A associação entre uns e outros é feita pq os planetas se apresentam com
periodos caracteristicos.
Como eu já disse, existe astrologia feita sem planetas, e na astrologia
normal, existem pontos que não são planetas.
> > Antigamente a velocidade da luz não era conhecida pq não se dispunham
> > de intrumentos para a medir. Quando esses intrumentos apareceram ela
> > foi determinada com determina imprecisão. Imprecisão essa que tem
> > vindo a diminuir ao longo do tempo, até hoje onde se considera um
> > valor exacto (que não tem erro nenhum) por definição.
> >
> > Ora, a falta de Urano, Neptuno, Plutão e usando da analogia
> > influencia apenas nas ultimas casas decimais do valor a medir.
> > A introdução deles afina o mapa, mas o mapa sem eles já continha
> > muita informação.
>
> Há uma diferença nestes casos. A velocidade da luz era desconhecida, mas o
> problema da velocidade da luz era conhecido e debatido. Quando se calculou
a
> velocidade da luz isto gerou consequências nas teorias físicas e dúvidas
> antes não respondidas obtiveram suas resposta. Uma nova descoberta física
> lança uma nova luz em experimento anteriores relacionados a esta
descoberta.
>
> Urano, Netuno e Plutão eram desconhecidos, e a partir do instante que
foram
> descobertos todas as medições astrológicas antigas deveriam ser revisadas
> para verificar a existência da influência destes.
O que poderá fazer, mas a sau conclusão será que não mudam nada do que já
foi dito, só acrescentam informação. Nada do que foi dito é invalidado.
> > A astrologia classica é auto-suficiente. Apenas recentemente - anos
> > 60-70- é que apareceu esta onda de associar arquétipos a tudo o que
> > estiver no céu.
> > não se pode considerar errado, mas não se pode considerar que tenha
> > muita influencia no que antes era feito. OS novos planetas e
> > asteroides, têm a mesma importancia que os cometas tinham antes por
> > só aparecem de anos a anos. É uma questão q simplesmente tem a ver
> > com o seu periodo ser demasido qrande (70 anos já é muito grande).
>
> Bom, até onde eu saiba, os cometas eram vistos como corpos de grande
> import6ancia astrógica quando eram avistados
Exacto, quando eram avistado. O que só acontecia em determinado periodo.
, significando vitória ou derrota
> em batalhas, vinda de secas, fim de epidemias ou outras implicações de
grande
> porte. Hoje, que sabemos que eles sempre estão por aí, mas raramente
> visiveis, eles tiveram sua import6ancia astrológica minimizadas.
Não em astrologia mundial, que é a astrologia em questão se vc se poe a
falar de secas, batalhas, epidemias, etc.
> E isto não se deveu a uma nova compreensão do mecanismo de influências
> astrológicas em relação aos cometas, foi uma redução ad hoc para "salvar
os
> dados experimentais".
Não me parece que vc tenha razão.
> > O corpo é considerado um planeta, em astrologia, sempre. Porque a
> > defenição de 'planeta' é mais geral que a da astronomia.
> > A questão é que nem todos os planetas são considerados iguais, com o
> > mesmo status.
> > A astrologia classica é muito robusta, ao contrário da astrologia
> > moderna que inclui toda uma série de novos pontos.
> > Como eu disse, todos esse novos pontos são afinadores. Eles não são
> > assim tão importantes. Mesmo que Quaoar seja considerado um planeta
> > principal isso terá muito pouca , ou nenhuma, relevancia astrologica.
> > Por isso o meu comentário foi "acontece o mesmo que a Ceres".
>
> Se todo corpo celeste dentro das fronteiras do sistema solar é considerado
> astrologicamente um planeta posso falar da influência irrisória de
meteoros?
Não. Os meteoros não tem movimento ciclico.
> E o que acontece quando um meteoro (que é um planeta para a astrologia) ou
um
> cometa se choca com a Terra. Deixa de ser planeta apenas por ter penetrado
na
> atmosfera?
O ponto fundamental é poder atribuir um Periodo de Revolução.
Isso nao pode ser atribuido a um meteoro.
> Qual a sistemática para se classficar um corpo celeste como pouco
influente
> ou muito influente?
O sistema de regencias que já expliquei antes.
> > Claro que lhe parece riduculo pq é riduculo. Mas foi vc que inventou
> > essa lógica.
> > Astrologicamente as coisas não se passam assim. Independentemente do
> > que os astronomos chamam as coisas, os astrologos têm suas proprias
> > versões. Não esqueça que até ao sec XV, mais ou menos, astrologia e
> > astronomia eram a mesma coisa.
> > Não é claro para mim , até hoje, como os 3 planetas mais recentes
> > obtiveram seus nomes ,mas eles fazem todo o sentido enquadados no
> > sistema de regencias. Custa-me aceitar que tenha sido mera
> > coincidencia.
>
> Os nomes foram escolhidos na mitologia grega para manter uam lógica
interna
> com o padrão dos nomes adotados anteriormente pela comunidade astronômica
> européia.
Eu referia-me a , por exemplo, ao par Marte- Plutão.
O sistema de regencias coloca estes dois juntos sendo Plutão 'um nivel
superior' de Marte
Isto, tomando em cosndieração os respectivos arquetipos.
A coinciencia é os mitos Marte-Plutão, tb serem tb, igualmente relacionados.
> Os nomes foram escolhidos por analogias mitológicas greco-romanas. Se a
> comunidade dominante de astronomia fosse não européia, outros nomes seriam
> adotados, de outras mitologias.
Não me referia aos nomes, mas ao simbolismo dos mesmos. Por um lado
osimbolismo astrologico e por outro o simbolismo mitologico.
> A adequaçào dos nomes a influência dos planetas se deve simplesmente que a
> determinação desta influência foi debatida depois dos planetas serem
> batizadas. Pura indução psicológica. Se os astrólogos tentassem verificar
> estas influências antes da descoberta dos planetas, seria um sinal
> significativo do oposto.
Segundo o sistema de regencias não seria necessário sequer ter um nome para
se poder atribuir um significado. É isso que me faz confusão.
> > A minha opinião é que seja quais forem os resultados isso terá muito
> > pouca importancia dentro da teoria astrologica e se vier a ter alguma
> > será daqui a muitos anos. (Plutão foi descoberto à 70 anos +- e veja
> > a importancia que ele tem)
>
> As quatro vezes que tive o prazer de pedir um mapa astral meu eles levaram
em
> consideração Plutão.
O que vc quer exactamente dizer com isso ?
Que colocaram ele no mapa ? Bom, podemos colocar lá muitas coisas.
Para que Plutão tenah relevancia, é porque muitas conclusões foram baseadas
nele.
Quais foram as conclusões baseadas nele ?
> Por sinal, a vez em que o mapa mais deu certo
O que é isso de 'dar certo' ?
nã será "Pura indução psicológica." sua ?
foi quando
> pedi para um amigo meu fazer: realmente o mapa parecia comigo muito,
apesar
> de eu ter informado a hora e o local errado do meu nascimento.
> Os outros três eram generalizações de vários sentidos junto com alguns
> palpites errados e contraditórios.
Quem elaborou esses mapas e qual o grau de aprendizado que essas pessoas
tinham ?
Sérgio
SUBJECT: Re: RESPOSTA-CRITICA: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 18:02
From: lpereira
" Em geral, utilizando-se de um termo literário, este tipo de texto
pode ser considerado como pastiche. O referido texto não possui utilidade,
valor ou qualquer dado que possa ser verificado. O autor mostrando uma
pseudo-erudição e intercála-o com assuntos referentes à física moderna para
tentar ( acredito ) mostrar a validade das suas argumentações referentes à
astrologia."
Pois não acredite. (desde quando acreditar é cientifico?)
Vá procurar o texto original e leia todos os textos relacionados, desde o
principio.
(é o que aconcelham as regras de netiqueta para os 'novatos' )
Eu estava apenas usando uma analogia como é dito no texto. (eu escrevi
explicitamente o termo analogia)
Acho que mau gosto o seu comentário pq não corresponder com a realidade.
" Os mais pessimistas dizem que as crendices da nova era, os discos
voadores e os crédulos em geral estão possuindo uma influência cada vez
maior na nossa sociedade contemporânea. Porém observo literalmente o
contrário. Para validar os seus argumentos eles utilizam dados científicos
( muitas vezes corretos ), para tentar obter um respaldo perante os
ingênuos.
Recomendo, a que interessar, a leitura do livro: IMPOSTURAS
INTELECTUAIS pela Editora Record. Os autores mostram os perigos e malogros
de se utilizarem os conceitos de áreas distintas."
Eu já li esse livro e é pura perda de tempo.
Passam-se todas as páginas a analizar casos de simples idiotice académica.
Não era preciso tanto para dizer que ela existe (basta ler o prefácio para
ficar a saber dela).
Seria desonesto fazer intervir a Mecânica Quantica para explicar a
astrologia.
Não pq isso seja uma impostura intelectual ou uma charlatanice (que é) mas
pq a Astrologia , que eu saiba, não é um ramo da Física.
Agora, não será uma impostura intelectual sua tentar fazer crer às pessoas
que leêm seu texto que eu estou usando argumentos dubios de outras Teorias
para demosntrar a validade da Astrologia, quando o que eu estou fazendo é
apenas tentando desmitificar os muitos pré-conceitos e preconceitos
estabelecidos entres os menbros desta lista, tntando explicar como as coisas
se organizam , no limite do meu parco conhecimento do assunto ? Onde vc me
viu dizer que os neutrinos justificam a astrologia ? ou que com ela têm
alguam relação ?
Quem é que está tentando cometer uma idiotice académica ? Aqueles que negam
sem conhecer (violando uma das regras básicas do metodo cientifico), ao
aqueles que estão tentando informar quem não conhece ?
Sérgio
P.S.
Vamos la´a ver se leêm os mail com mais atenção e não começam logo a
disparar criticas infundadas... o tiro pode sair pela culatra.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 18:39
On Fri, 11 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Como Dawkins e Sagan se dizem céticos? Falta de estudo ou burrice. Pode
> escolher.
>
> Por que S. e D. não seguem as conclusões de Descartes?
Porque Dawkins e Sagan usam o seguinte método:
1-Eu sinto
2-Se eu sinto, pode ser verdade
3-Se o outro sente o que eu sinto, há grandes chances de ser verdade
4-Se eu sinto, posso medir
5-Teorizo sobre as medições
6-Se as projeções de minha teoria estão em acordo com minhas medições e
com as medições do outro, então minha teoria pode estar correta
7- [...]
N-Então prossigo produzindo ciência
[a lista é minha, por isso claudicante]
A ciência atual é baseada no que pode medir e as medições são baseadas nos
sentidos.
O ceticismo da ciência está em que nem tudo o que vc sente pode ser
verdade, vc pode estar sendo enganado por vc mesmo, ou por alguém.
Alucinações, enganos, mágicas e erros acontecem todos os dias. James Randi
que o diga.
Chamar Dawkins e Sagan de ignorantes ou burros pode ser uma ignorância ou
burrice sua, mas eu posso estar enganado.
A pobreza é o maior sinal de que não há ninguém olhando por nós.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: sao iguais... na medida...- pesando informacoes... medindo... etc.
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 19:08
>De modo que a informação "PENSO LOGO EXISTO" é, em termos
>quantitativos, igual à informação "OTSIXE OGOL OSNEP". Ambas têm o
>mesmo número de bits. Logo, ambas são iguais.
>
>São iguais, mas será que são idênticas? Não. A primeira informação
>é "significativa" (ao menos para os indivíduos humanos que sabem se
>comunicar em português), ao passo que a segunda informação não
>significa nada, não tem significado. Mas, se não tem significado,
>podemos a rigor tratá-la como uma informação?
>
>Aquilo que distingue a primeira informação da segunda tem, por sua
>vez, uma dimensão quantitativa que o torne mensurável? Se "aquilo"
>não pode ser medido, então "aquilo" não existe?
>[]s,
>Manuel Bulcão
MAS SE É ASSIM, ENTÃO A GENTE NÃO PODE MEDIR MAIS NADA.
OBVIO QUE UM QUILO DE OURO NÃO É IGUAL A UM QUILO DE BOSTA.
EXCETO QUE SAO IGUAIS NA MEDIDA, POIS AMBOS PESAM UM QUILO.
EXCETO QUE AMBOS SAO O DOBRO DE MEIO QUILO DE OURO.
OU DE BOSTA.
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Re: Antes de medir, definir...
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 19:59
Manoel:
Na Idade Média realmente essa experiência foi feita por alguns doutores do
santo oficio.
a mente, alma, ou o que valha é apenas um epifenômeno.
a alma só pode ser demonstrada com argumentos teológicos ou melhor, não pode
ser demonstrada.
silvio.
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 11, 2002 6:57 AM
Subject: Pitaco em: [ciencialist] Re: Antes de medir, definir...
>
> "...Pesa-se a galinha viva. Adispôs, mata-se a galinha por
> estrangulamento (não pode haver derramamento de sangue). Adispôs,
> pesa-se o corpo inerte e sem vida da galinha. O peso da mente (ou da
> alma) é igual ao peso da galinha viva menos o peso da galinha morta.
> Than!
>
> []s,
> Manuel Bulcão"
>
>
> #####>Essa eu gostei mesmo! Mas uma dúvida: Nas reações químicas
> exergônicas, a soma das massas dos reagentes é maior do que a soma das
> massas dos produtos, aparentemente contrariando Lavoisier (Não contraria
> caso o sitema seja isolado, como ele proconiza).
> No caso em pauta, o calor do corpo da galinha será dissipado...
> []s,
> Antonio Renato.<#####
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] entre avaliar e medir...
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2002 22:42
From: "Luiz Eduardo Carvalho"
"Qdo eu falei "medir"... a cena, na minha mente...
era lá na pre-historia... o cara pensando se era mais perto correr pra
trepar numa arvore, ou noutra, pra fugir do leão que vinha vindo.
E ele escolheu porque quantificou qual era a arvore mais perto.
Nao sei se ele mediu ou avaliou.
Mas certamente ele quantificou as distancias e optou.
"Antes de chegarmos a definir em metros...
a gente quantifica em longe, perto, pertinho...
antes de chegar em uma unidade de medida... a gente cria tres, depois
cinco, depois dez gradações..."
Vc está usando as palavras no sentido contrário ao que elas significam.
O pré-historico não mediu nem quantificou, ele avaliou e qualificou.
Perto, longe, mais perto, mais longe, inalcanssável são formas de
qualificar.
Quantificar é atribuir um numero, uam quantidade (=>quantificar).
Mas não só um numero, uma unidade padrão tb. O numero da quantificação só
pode ser obtido pela comparação com um padrão, ou seja , quantas vezes o
padrão cabe nessa distancia.
Isto é a base de tudo, e vc está usando as coisas ao contrário.
De certeza que o homem não mediu nem quantificou qual era a arvore mais
perto. Ele avaliou.
"Existindo ou não existindo as palavras avaliar e medir...
não é essa a questão, hein?"
Não. A questão, quanto a mim é usar as palavras como devem. E no contexto,
"medir" é uma palavra tecnica com um significado rigoroso. O qual é
exactamente o oposto do que vc está usando.
Portanto, pelo bem da metrologia, usêmo-lo como deve. ok ? :-)
Sérgio
SUBJECT: Fwd: [Notícias ComCiência] Semana de 11 a 18 de outubro
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2002 22:44
>Leia esta semana na seção de notícias da ComCiência:
>http://www.comciencia.br/noticias
>
> >> 75% da bancada de Ciência e Tecnologia é reeleita na Câmara Federal
>- A grande maioria dos deputados federais que compõe a Comissão de Ciência,
>Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados como membros
>titulares foi reeleita no último dia 6 de outubro.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/deputados.htm
>
> >> Pioneiros de duas áreas da astronomia ganham prêmio Nobel de Física
>- O prêmio Nobel de Física de 2002 foi dividido, no dia 8 de outubro, entre
>três pesquisadores que fundaram duas áreas inteiras da astronomia e da
>astrofísica: a astronomia de raios-X e de neutrinos.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/nobelfisica.htm
>
> >> Os premiados com o Nobel de Medicina são estudiosos do suicídio das
>células
>O estudo do suicídio das células do verme Caenorhabdits elegans deu aos
>pesquisadores Sydney Brenner, Robert Horvitz e John Sulston o prêmio Nobel
>de Medicina. Os três trabalham em colaboração desde 1969.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/nobelmedicina.htm
>
> >> Atividades associadas ao direito de autor despontam como importante
>setor econômico
>- Um trabalho coordenado por pesquisadores da Unicamp revela que as
>atividades econômicas vinculadas ao direito de autor nos países do Mercosul
>e Chile foram responsáveis, em 1998, por 5,5% do PIB dessa região.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/geopi.htm
>
> >> Inscrição para Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente vai até
>final de outubro
>- A Fiocruz convida escolas do ensino fundamental e médio a enviarem seus
>trabalhos até o dia 30 de outubro. Os trabalhos inscritos concorrerão,
>inicialmente, a uma competição regional. Os melhores trabalhos regionais
>concorrerão à premiação nacional.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/olimpiada.htm
>
> >> Pesquisadores mirins apresentam seus trabalhos na Unicamp
>- Alunos de seis escolas públicas municipais e duas escolas estaduais de
>Campinas (SP) participaram no dia 10 de outubro, do II Seminário do
>projeto "Ciência na Escola", que abriu as comemorações dos 30 anos da
>Faculdade de Educação da Unicamp.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/ciencianaescola.htm
>
> >> Peixes de aquário têm vida curta
>- A contaminação de peixes no Brasil causa prejuízos aos criadores e deixa
>o consumidor desconfiado dos lojistas. Manuel Vazquez Vidal Júnior, da
>Universidade Estadual do Norte Fluminense diz que os produtores desconhecem
>como prevenir e tratar as enfermidades.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/peixes.htm
>
> >> "Floresta & Mar" faz mapeamento de usos e conflitos no Vale do Ribeira
>O projeto temático analisa o uso dos recursos naturais e os conflitos
>locais e regionais originários do uso de tais recursos, e propõe formas de
>intervenção educacional relacionadas à conservação.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/florestamar.htm
>
> >> Pesquisadores da Educação reúnem-se na ANPEd
>- Neste ano, a Associação Nacional de Pesquisa em Educação (ANPEd), que
>reúne anualmente pesquisadores do campo educacional em Caxambu, Minas
>Gerais, comemorou 25 anos de existência enfrentando problemas relacionados
>ao financiamento.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/anped.htm
>
> >> Família brasileira de cegos passa por novos exames
>- Pesquisadores do Brasil, dos EUA e da Itália passaram a semana de 7 a 11
>de outubro, em Colatina (ES) , realizando a segunda etapa da pesquisa com a
>família brasileira considerada a maior no mundo em número de cegos.
>http://www.comciencia.br/noticias/11out02/cegos.htm
>
>
>_______________________________________________
>Comnoticias-l mailing list
>Comnoticias-l@obelix.unicamp.br
>http://obelix.unicamp.br/mailman/listinfo/comnoticias-l
---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: HOMENS, MULHERES e fidelidade
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 00:49
Takata vc tem razão um programa é pouco, contudo devo odizer que, manipulado
ou não, oo chifre comeu souto, neguinho chorou, namoro acabou. Eu
pessoalmente não creio q seja manipulado. Vc percebe rapidamente.
Abraço
Carlos AR
SUBJECT: Re: [ciencialist] HOMENS, MULHERES e fidelidade
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 01:12
Valeu Renato! De fato, embora seja apenas um programa, não dá realmente para
tirar conclusões definitivas, mas fornece indicios...
Abraço
Carlos AR
SUBJECT: Ouro, bosta, é tudo massa.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 03:31
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
> MAS SE É ASSIM, ENTÃO A GENTE NÃO PODE MEDIR MAIS NADA.
>
> OBVIO QUE UM QUILO DE OURO NÃO É IGUAL A UM QUILO DE BOSTA.
>
> EXCETO QUE SAO IGUAIS NA MEDIDA, POIS AMBOS PESAM UM QUILO.
> EXCETO QUE AMBOS SAO O DOBRO DE MEIO QUILO DE OURO.
> OU DE BOSTA.
Manuel: Quando falei que a mente é um sistema de informações,
por "informação" entenda-se "seqüência de sinais que representa um
objeto, um estado, uma relação ou um comando e que pode ser traduzida
em sinais de outra natureza: acústicos em gráficos, gráficos em
eletroquímicos, etc. Ou seja, não estava me referindo à informação
como medida de incerteza quantificável em bits (até porque não
entendo nada de teoria da informação).
Mudando de assunto: por que suas mensagens dirigidas a mim estão
escritas com letras maiúsculas? A impressão que se tem é que vc está
gritando. Só falta concluir os e-mails com um sonoro "MEU NOME É
EDUAAARDO!
Também percebo uma rispidez além da conta. O que houve com você? É
stress?
Bem, eu acesso esta lista de discussão para relaxar, para bater um
papo descontraído.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 03:51
Olá Lúcio,
> uma base genética e que isso demonstra que a psicanálise está
errada por não
> levar em conta esse fundamento genético e, pouco tempo depois, o
estudo cai
> por terra, ou porque se descobre que o sujeito se enganou ou porque
outros
> cientistas não conseguiram confirmar os resultados. Em _A Mente
> Desconhecida_, o John Horgan faz um balanço dessas "descobertas" e é
> taxativo: "...até agora, nenhuma das afirmações que associam genes
> específicos a traços e distúrbios de comportamento complexos -
*nenhuma
> mesmo* - foi inequivocamente confirmada" (o grifo é dele).
Manuel: É moda hoje baixar o pau na psicanálise, dizer que Freud é
fraude e que o efeito terapêutico da técnica psicanalítica equivale a
do placebo.
Nesse livro que você cita (eu o li, é muito bom!), o John Horgan faz
uma comparação entre psicoterapia, psicofarmacologia e placebo. Veja
o que ele escreveu:
"Talvez o maior mito da biopsiquiatria seja o de que os
antidepressivos representam um tremendo avanço em relação à
psicoterapia isolada no tratamento da depressão. Na realidade,
psicoterapia e drogas produzem resultados aproximadamente
comparáveis, segundo um informe publicado em 1995 em 'professional
psychology' por David Antonuccio, da faculdade de medicina da
Universidade de Nevada, e dois colegas. Os pesquisadores constataram
que 'várias metanálises -- relatadas em publicações especializadas de
psiquiatria e psicologia -- abrangendo numerosos estudos com milhares
de pacientes corroboram com notável consistência a perspectiva de que
a psicoterapia é no mínimo tão eficaz quanto a medicação no
tratamento da depressão.' Em outras palavras, a declaração de Dodó
em 'Alice no País das Maravilhas' -- 'todo mundo ganhou, e todos
devem ser premiados' -- aplica-se não só à psicoterapia, mas também à
psicofarmacologia.
Essa conclusão foi confirmada por um dos mais rigorosos estudos sobre
depressão já realizados: o Programa de Pesquisas Conjuntas sobre
Tratamento da Depressão, lançado pelo National Institute of Mental
Health -- NIMH -- em fins dos anos 70. O estudo abrangeu 239
pacientes com depressão, tratados por dezesseis semanas em três
hospitais, com um dos quatro métodos a seguir:
- Terapia cognitiva-comportamental.
- Terapia interpessoal, concentrada nas relações do paciente com
outras pessoas.
- Imipramina, um antidepressivo tricíclico, juntamente com
acompanhamento clínico, uma breve consulta semanal com o médico que
prescreve a droga, como uma espécie de psicoterapia placebo.
- Um comprimido de placebo juntamente com acompanhamento clínico.
O programa contra a depressão do NIMH contém alguma coisa para
agradar -- e desagradar -- quase todo mundo. Mesmo antes da primeira
publicação de resultados, em 1989, psicólogos afirmaram que o
programa havia demonstrado a validade da psicoterapia. O 'New York
Times' anunciou em primeira página: 'Estudo comprova: psicoterapia é
tão eficaz quanto drogas na cura da depressão'. Em outra frente,
defensores da terapia cognitiva-comportamental garantiram que ela
produzia os melhores resultados a longo prazo, e a imipramina, os
piores. Os terapeutas interpessoais exultaram porque sua
técnica funcionou melhor do que a terapia cognitiva-comportamental
(embora não tão bem quanto a imipramina) para pacientes gravemente
doentes.
Os proponentes dos antidepressivos aferraram-se ao fato de que um
grupo de pacientes gravemente deprimidos, em especial os decritos
como 'gravemente incapacitados', a princípio pareceram responder
melhor à imipramina do que a qualquer uma das psicoterapias. Com base
nesse dado, a American Psychiatric Association recomentou, em 1993, o
emprego de drogas no tratamento inicial da depressão. Com efeito, a
principal descoberta do projeto do NIMH foi que todos os quatro
métodos produziram aproximadamente os mesmos resultados ou
ausência de resultados. Segundo algumas mensurações, os pacientes
responderam melhor ao placebo e ao acompanhamento clínico.
.......
Um dado notável, segundo Elkin, foi a porcentagem relativamente
pequena de pacientes que seguem todo o tratamento, recuperam-se por
completo e permanecem inteiramente bem durante os dezoito meses do
período de acompanhamento pós-tratamento. (...) Foram estas as
porcentagem de pacientes que permaneceram bem em cada método: terapia
cognitiva- comportamental, 30%; terapia interpessoal, 26%; placebo
mais acompanhamento clínico, 20%; e imipramina, 19%."
(texto extraído do livro "A Mente Desconhecida", de John Horgan -- pp.
153/155; Companhia das Letras)
[]s
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Aqueles que prometem muito $
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 05:41
É isso mesmo.
DFG
----- Original Message -----
From: Aline R. Walkoff <lualine@yahoo.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 11, 2002 11:21 AM
Subject: [ciencialist] Aqueles que prometem muito $
Como sei que nesta lista existem muitos dos grupos céticos e já vi alertas =
sobre hoaxes, quero ver se consigo informação sobre um destes.
Vcs já devem ter recebido muitos spams sobre "Trabalhe em Casa" e fique ric=
o. Em inglês e em português inclusive.
Qaundo entramos nos sites de programas de trabalhe em casa é sempre a mesma=
história: mandam-nos comprar um material secreto que custa de R$ 30,00 a
R$=
40,00. Nunca explicam do que se trata o negócio.
Parece-me possível que seja a mesma história das pirâmides de 1994, ou aque=
las correntes de ajuda mútua. Vc compra o material. Aí vê que o material é
a=
penas um CD-ROM com milhares de e-mails e uma revista explicando alguma
cois=
a. Pronto, vc feito de trouxa e agora tem que criar um web-site e mandar
spa=
ms convencendo milhares de trouxas a comprarem o seu material com os
e-mails=
e ir enganando outros trouxas sucessivamente. Cada vez que um compra seu
ma=
terial entra de R$ 30,00 a R$ 40,00 na sua conta. Será essa uma explicação
d=
e como funciona esse negócio?
Eu não comprei o material se alguém sabe do que se trata esse negócio, me a=
vise, não aguento de curiosidade. Acredito na hipótese que formulei acima.
Abraços
Aline
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####
Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 06:50
> P.S.: Concordo com Schopenhauer: ciêntista só serve pra fazer conta
> e construir aparelhos. Quando resolvem explicar alguma coisa só
> dizem asneiras.
Qto a dizer asneiras nao e' privilegio dos cientistas. Teologos,
artistas, misticos, filosofos e a populacao em geral tbm so' dizem
asneiras quando resolvem explicar alguma coisa.
Douglas: As vezes dizem mesmo.
Então de besteira em besteira ao menos a besteira q. faz contas e
controi aparelhos nao e' todo mal. Basta nao misturar as estacoes
(claro, o q. nao e' necessariamente facil ou necessariamente nao e'
fail).
Douglas: Não é de toda mal. É até boa (arranquei 4 dentes sisos). Desde que
não se tire a conclusão que o método que levou à contrução de uma lampada
seja bom para explicar a totalidade dos fenômenos da Realidade.
Obs marginal: Qto ao Descartes, eu seria cetico qto 'a possibilidade
de haver uma ideia perfeita nele (ou em qq outra coisa).
Douglas: Aí eu vou ter que fazer "pausa para meditação" antes de responder.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 06:52
> Outro é o que eu citei no começo desta mensagem, a
> dificuldade de se reduzir o comportamento humano a um modelo
> baseado na seleção natural.
O problema e' justamente a *** facilidade***. Ai' entram diversas
especulacoes. A questao e' delinear bem o contorno do sistema.
Douglas: Não entendi essa "facilidade". Como assim?
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 06:55
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 11, 2002 9:56 AM
Subject: RES: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
>
> Quanto a literalidade de D., essa veio em forma de uma
> pergunta dirigida ao Papa. "Onde está o corpo de Maria"?
> Pergunta típica de quem só enxerga a empiricidade absoluta.
Uma outra possibilidade: pergunta típica de um cínico.
Douglas: Creio que não era cinismo. Ele não parece ser cínico.
> P.S.: Concordo com Schopenhauer: ciêntista só serve pra fazer conta e
> construir aparelhos. Quando resolvem explicar alguma coisa só dizem
> asneiras.
É claro! Não é tarefa do cientista explicar coisa alguma. Cientista
observa fenômenos e tentar descrever COMO acontecem. Quem deve responder
o PORQUÊ é o filósofo. Acontece que algumas vezes o filósofo é a mesma
pessoa do cientista. Algum problema nisso?
Douglas: Nenhum. É isso mesmo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 07:14
Porque Dawkins e Sagan usam o seguinte método:
1-Eu sinto
Douglas: Mais do que isso, eu sei que sinto, e "sentir" é um termo da
linguagem. Talvez eu esteja usando mal esta linguagem.
2-Se eu sinto, pode ser verdade
Douglas: Verdade inventada (cultural-linguistica) ou verdade ontológica?
3-Se o outro sente o que eu sinto, há grandes chances de ser verdade
Douglas: E como vou saber disso se o "sentir" não é objeto de observação
(atráves das palavras não é possível, pois estas nem sempre espelham a
realidade, mas as vezes são apenas ferramentas úteis)
4-Se eu sinto, posso medir
Douglas: medir o que? "Eu sinto um cheiro de queimado". O q q eu vou medir?
5-Teorizo sobre as medições
Douglas: Com base em quais pressupostos e seguindo qual lógica?
6-Se as projeções de minha teoria estão em acordo com minhas medições e
com as medições do outro, então minha teoria pode estar correta
Douglas: E quando todo um continente não concorda comigo (Europa), eu
ignoro, quando alguém diz que esse método é insuficiente (ciências sociais)
eu finjo q não escuto, quando uma multidão não me dá ouvidos, são
pseudociêntistas.
7- [...]
N-Então prossigo produzindo ciência
[a lista é minha, por isso claudicante]
Douglas: Um certo tipo de ciência.
A ciência atual é baseada no que pode medir e as medições são baseadas nos
sentidos.
Douglas: Uma certa parcela da ciência atual.
O ceticismo da ciência está em que nem tudo o que vc sente pode ser
verdade, vc pode estar sendo enganado por vc mesmo, ou por alguém.
Alucinações, enganos, mágicas e erros acontecem todos os dias. James Randi
que o diga.
Douglas: E os erros de linguagem? E a linguagem Analógica (não a que faz par
com a digital)? Está faltando elementos em suas reflexões.
Chamar Dawkins e Sagan de ignorantes ou burros pode ser uma ignorância ou
burrice sua, mas eu posso estar enganado.
Douglas: Está certo. Posso ser ignorante e burro. O que não insenta os dois
de terem os mesmos predicados.
A pobreza é o maior sinal de que não há ninguém olhando por nós.
Douglas: Frase sibilina...
DFG
SUBJECT: Re: Interesse em: [ciencialist] pesando informacoes... medindo... etc.
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 09:19
>>Creio que a mente seja um sistema de subsistemas de
> >informações exacutada num determinado meio material (o cérebro) e que
> >se desenvolveu através da interação do organismo com o meio. Seria
> >isso uma definição de mente?
Douglas: creio que sim
SUBJECT: Re: [ciencialist] Somente o mensurável existe?
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 09:23
> Medeiros:
> Eu não o conheço pessoalmente. Nunca o vi mais gordo. Mas presumo
> que a mente do Manuel Bulcão existe, consequentemente deve existir
> um Manuel Bulcão. A mente do Manuel Bulcão existe pois ela
> expressa experiências que são comuns às minhas experiências;
> porque podemos concluir as mesmas coisas sobre nossas experiências.
>
> Douglas: Ele perguntou se podia ser medida. Vc não respondeu.
Eu estava fazendo um jogo e vc estragou, seu chato! ;-)
Douglas: Foi sem querer
Mas, ok, vamos lá...
A mente do meu amigo Manuel Bulcão pode ser medida no sentido
de que pode ser TESTADA, FALSEADA, EXPERIMENTADA... Não é exatamente
uma medida quantitativa, mas qualitativa, cujos resultados são muito
imprecisos devido a falta de referencias absolutos. Afinal, em que
devo me basear para testar a mente de alguém? Todos os referenciais
são subjetivos, relativos.
Douglas: Como assim, medida qualitativa?
> > Bulcão:
> > Para medir uma coisa, antes temos que senti-la, percebê-la.
> > Significa, então, que somente as sensações existem? Uma realidade
> > material independente dos nossos sentidos não existe?
>
> Medeiros:
> Logo devo concluir que qualquer coisa que alguém diga deve
> ser verdade?
>
> Douglas: não vejo ligação entre o comentário dele e sua
> resposta. Para falar a verdade creio nem ter entendido a pergunta.
De novo vc estragou meu jogo! Pô, meu! :-)
Douglas: Foi sem querer de novo.
O Manuel, esperto como é, desconfia da minha resposta e está me
testando, fazendo-se de desentendido. Ele quis dizer que não se
deve confiar apenas numa realidade objetiva, pois nossos sentidos
não são capazes de assimilar a realidade objetiva em sua totalidade.
É uma presunção tola acreditar que se conhece a realidade objetiva.
Então fica a pergunta: se não posso conhecer a realidade objetiva
devo acreditar que quaisquer impressões subjetivas seja também
a realidade?
Douglas: Não sei. Não vejo o mundo deste jeito.
SUBJECT: Re: RESPOSTA-CRITICA: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planetaé descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 09:33
Os mais pessimistas dizem que as crendices da nova era, os discos
voadores e os crédulos em geral estão possuindo uma influência cada vez
maior na nossa sociedade contemporânea. Porém observo literalmente o
contrário. Para validar os seus argumentos eles utilizam dados científicos
( muitas vezes corretos ), para tentar obter um respaldo perante os
ingênuos.
Recomendo, a que interessar, a leitura do livro: IMPOSTURAS
INTELECTUAIS pela Editora Record. Os autores mostram os perigos e malogros
de se utilizarem os conceitos de áreas distintas.
Douglas: Eu tenho a impressão que não é deste tipo de astrologia que o
Sérgio está falando. Acredito que o grande desentendimento desta discussão
possui duas fontes:
1- Confusão de Astrologia Tradicional com Astrologia
póscontemporanea-neomodernista-novaeristica;
2- Preconceito, por desconhecer as diferenças entre os dois tipos de
astrologia.
O Livro que vc citou é interessante, mas tem outros objetivos e trata de
outros assuntos (uso indevido de termos de uma ciencia em outra, produzindo
um texto com sentido mas sem significado - estou usando a distinção de
Frege).
SUBJECT: Re: [ciencialist] sao iguais... na medida...- pesando informacoes... medindo... etc.
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 10:13
Vc não respondeu ao argumento dele. Sinal de derrota.
DFG
----- Original Message -----
From: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 11, 2002 7:08 PM
Subject: [ciencialist] sao iguais... na medida...- pesando informacoes...
medindo... etc.
>De modo que a informação "PENSO LOGO EXISTO" é, em termos
>quantitativos, igual à informação "OTSIXE OGOL OSNEP". Ambas têm o
>mesmo número de bits. Logo, ambas são iguais.
>
>São iguais, mas será que são idênticas? Não. A primeira informação
>é "significativa" (ao menos para os indivíduos humanos que sabem se
>comunicar em português), ao passo que a segunda informação não
>significa nada, não tem significado. Mas, se não tem significado,
>podemos a rigor tratá-la como uma informação?
>
>Aquilo que distingue a primeira informação da segunda tem, por sua
>vez, uma dimensão quantitativa que o torne mensurável? Se "aquilo"
>não pode ser medido, então "aquilo" não existe?
>[]s,
>Manuel Bulcão
MAS SE É ASSIM, ENTÃO A GENTE NÃO PODE MEDIR MAIS NADA.
OBVIO QUE UM QUILO DE OURO NÃO É IGUAL A UM QUILO DE BOSTA.
EXCETO QUE SAO IGUAIS NA MEDIDA, POIS AMBOS PESAM UM QUILO.
EXCETO QUE AMBOS SAO O DOBRO DE MEIO QUILO DE OURO.
OU DE BOSTA.
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 10:16
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 12, 2002 3:51 AM
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
>É moda hoje baixar o pau na psicanálise, dizer que Freud é
fraude e que o efeito terapêutico da técnica psicanalítica equivale a
do placebo.
Eu acho que alguns aspectos do pensamento do Freud são datados e outros
estão simplesmente errados, mas ele teve algumas intuições notáveis, muitas
das quais estão sendo confirmadas pelas neurociências, entre elas o superego
(ver _O Erro de Descartes_, do António Damásio) e a noção de que a mente não
é uma unidade, mas um conjunto de diferentes sistemas que muitas vezes
entram em conflito entre si (cf. os trabalhos de V. S. Ramachandran). As
acusações de que a psicanálise não é científica partem em geral de
pesquisadores cuja noção de método científico foi decalcada das ciências
físicas, e o próprio Freud contribuiu pra esse equívoco ao adotar esse
modelo - mas é bom lembrar que ele escreveu na virada do século passado,
quando ainda imperava a visão de ciência do século XIX. De lá pra cá, muita
água correu por baixo da ponte, e uma das questões centrais da filosofia das
ciências é justamente determinar se as ciências humanas (psicanálise
incluída) podem ou não se submeter aos mesmos critérios de objetividade que
a física ou a química.
O problema é que, nas ciências humanas, a subjetividade do cientista está
necessariamente implicada em qualquer pesquisa de um modo que não ocorre na
física, a tal ponto que um antropólogo como o Clifford Geertz propôs que
toda pesquisa em ciências humanas deveria começar com uma explicitação tão
completa quanto possível dos pressupostos, crenças e preconceitos do próprio
pesquisador. Para uma mentalidade moldada no paradigma da física, isso é uma
aberração. Para as ciências humanas, é a precondição de qualquer pesquisa.
Não que um físico não possa ter, digamos, preconceitos contra ou a favor do
méson-pi, mas (até onde se sabe) é possível pesquisar a física das
partículas sem levar esses pressupostos em conta. O mesmo não se passa na
área de humanas. Se um sociólogo estiver fazendo uma pesquisa sobre, por
exemplo, as comunidades homossexuais no centro de São Paulo, a atitude
pessoal dele em relação ao homossexualismo vai funcionar como um filtro,
distorcendo a interpretação dos dados e, conseqüentemente, os resultados da
pesquisa. Isso acontece inclusive em áreas limítrofes, como as ciências
médicas - a gente tá cansado de ver na mídia estudos dizendo que a maconha
causa todo tipo de males ou, pelo contrário, é a panacéia universal, e o
resultado desses estudos sempre reflete a atitude inicial dos pesquisadores
em relação à maconha. Então, é óbvio que qualquer avaliação das ciências
humanas com base nos padrões de objetividade da física vai levar fatalmente
à conclusão de que elas são uma fraude, charlatanismo ou especulação
gratuita.
(Na verdade, existe um paralelo com a Interpretação de Copenhague da
mecânica quântica, que diz que o resultado de uma medição vai ser
determinado pela estrutura do aparelho de medida, de modo que, por exemplo,
se você montar a experiência da dupla fenda, vai concluir que a luz é uma
onda, e se você usar um sistema fotoelétrico, concluirá que é uma partícula.
A diferença, neste caso, é que tanto o sistema observado quanto o aparelho
de medida são constituídos pela mesma coisa: seres humanos, com todas as
suas peculiaridades e idiossincracias.)
Pra falar à Wittgenstein, ciências físicas e ciências humanas pertencem a um
conjunto diferente de jogos de linguagem, cada um com suas próprias regras.
Criticar a psicanálise (ou a sociologia, a antropologia ou que o valha)
porque não segue às regras de objetividade da física é o mesmo que censurar
um romance em português porque ele não obedece às normas gramaticais do
inglês. Foi esse, inclusive, o erro do Alan Sokal, que desce o cacete nos
autores pós-modernos, sem perceber que o uso que eles fazem dos conceitos
científicos não é literal, mas metafórico. São outras regras, outro jogo de
linguagem. Uma árvore num manual de botânica não é a mesma coisa que uma
árvore num poema de Auden.
>Nesse livro que você cita (eu o li, é muito bom!), o John Horgan faz
uma comparação entre psicoterapia, psicofarmacologia e placebo.
Na verdade, dizer que as psicoterapias (ou os antidepressivos) funcionam por
causa do efeito-placebo é explicar ignotus per ignotum, o desconhecido pelo
mais desconhecido ainda, porque ninguém faz a menor idéia de que diabo é o
efeito-placebo. Ele existe, funciona, mas não se sabe absolutamente nada
sobre o seu mecanismo. E, na verdade, isso conta pontos *a favor* das
psicoterapias, e não contra. O efeito-placebo mostra apenas que a mente
humana é infinitamente maleável e pode ser transformada mediante os
estímulos adequados, e essa sempre foi a premissa fundamental de todas as
psicoterapias, qualquer que seja a linha adotada.
Pra resumir, essas críticas todas são mais uma demonstração do infame abismo
entre as duas culturas diagnosticado pelo C. P. Snow. A situação, nesse
caso, é tanto mais lamentável porque as críticas são feitas por pessoas que
pertencem à cultura *de cá* (as ciências humanas) cujo maior sonho é ser
aceito pelo pessoal da cultura *de lá* (as ciências físicas). É como a elite
brasileira criticando o povo por não ser americano...
Abs.
L.
SUBJECT: Meme, de que é feito isso?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 11:00
Oi,
Os memes são idéias que ora existe sob a forma de imagem acústica,
ora sob a forma de imagem gráfica, ora na forma da imagem gráfica X
(casa), ora na forma da imagem gráfica Y(lar), ora na forma da imagem
gráfica Z(moradia), ora na forma de imagem gráfica analítica (lugar
onde se mora), todas essas imagens apresentam-se decodificadas em
nosso cérebro sob a forma de seqüências de fluxos eletroquímicos.
Mas, se fôssemos feitos de antimatéria, seriam seqüência de
fluxos 'positroquímicos', ou ainda, se nosso cérebro fosse um
computador hidráulico (teria que ser enorme), seqüência de fluxos
d'água.
O próprio meme é, por sua vez, um meme. Que substância é essa que se
apresenta sob tantas formas materiais distintas? Ocupa ela lugar no
espaço e no tempo? é mensurável?
[]s
Manuel Bulcão
SUBJECT: manequinho querido
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 12:32
oi manequinho querido.
escrevo em maisculas apenas pra diferenciar uma msg da outra e facilitar a
leitura.
não vou respeitar a tentativa imbecil de inventar um jeito de gritar por
escrito.
por que alguem haveria de inventar... um jeito de gritar na net?
só podia ser um imbecil, né?
e eu não vou dar força pra essa convenção.
de resto... se pareceu indelicado... algo que escrevi... me desculpe.
creia que não foi a intenção.
vou, excepcionalmente, respeitar tuas convenções... e mandar letrinha bem
piquininha, falando bem baixinho... só pra tu relaxar.
ok?
abraço,
L.E.
At 04:31 12/10/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
>escreveu
>
> > MAS SE É ASSIM, ENTÃO A GENTE NÃO PODE MEDIR MAIS NADA.
> >
> > OBVIO QUE UM QUILO DE OURO NÃO É IGUAL A UM QUILO DE BOSTA.
> >
> > EXCETO QUE SAO IGUAIS NA MEDIDA, POIS AMBOS PESAM UM QUILO.
> > EXCETO QUE AMBOS SAO O DOBRO DE MEIO QUILO DE OURO.
> > OU DE BOSTA.
>
>Manuel: Quando falei que a mente é um sistema de informações,
>por "informação" entenda-se "seqüência de sinais que representa um
>objeto, um estado, uma relação ou um comando e que pode ser traduzida
>em sinais de outra natureza: acústicos em gráficos, gráficos em
>eletroquímicos, etc. Ou seja, não estava me referindo à informação
>como medida de incerteza quantificável em bits (até porque não
>entendo nada de teoria da informação).
>
>Mudando de assunto: por que suas mensagens dirigidas a mim estão
>escritas com letras maiúsculas? A impressão que se tem é que vc está
>gritando. Só falta concluir os e-mails com um sonoro "MEU NOME É
>EDUAAARDO!
>
>Também percebo uma rispidez além da conta. O que houve com você? É
>stress?
>
>Bem, eu acesso esta lista de discussão para relaxar, para bater um
>papo descontraído.
>
>Abraços,
>Manuel Bulcão
>
>
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>http://br.yahoo.com/info/utos.html
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: manequinho querido
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 13:20
Oi Luiz Eduardo.
[de L.E. Carvalho para Manuel]:
>> por que alguem haveria de inventar...
>> um jeito de gritar na net?
>> só podia ser um imbecil, né?
Se você fosse um pouco menos precipitado, saberia que há
décadas existe uma convenção chamada NETIQUETA, criada justamente
para tornar melhores os debates e trocas de informações pela
internet -- e não uma "invenção" do Manuel.
Também seria interessante que respeitasse mais o nível da
lista, não apenas pelo fato do Manuel ser um dos membros mais
antigos e atuantes de nossa comunidade.
NETIQUETA
Simples e introdutório:
http://www.icmc.sc.usp.br/manuals/BigDummy/netiqueta.html
Resumido:
http://www.ifi.unicamp.br/ccjdr/netiqueta/dis.html
Completo
http://linux-br.conectiva.com.br/~godoy/RFC1855.traduzida.txt
Abraços,
Peterson Leal.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Álvaro 2
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 14:41
>
> L: Não se precipite. É muito fácil montar uma carta natal, basta um
> bom livro contendo as tábuas de posição em graus dos planetas em cada
> dia do ano em cada ano, basta que se conheça a conversão de horário
> para horário sideral, basta que haja muita paciência e principalmente
> atençào. O problema vem depois: é a leitura de todos aqueles
> pontinhos espalhados sobre a carta... e é aí que a interpretação com
> base naquilo que está "escrito" começa a fazer tudo encontrar um
> sentido. A chave é a interpretação com bases no que está ali. E é
> isso o que exige muita experiência por parte do astrólogo. Um bom
> astrólogo, dotado de uma capacidade de interpretação "treinada" é
> capaz de dizer muito sobre a pessoa a quem pertença a carta natal. E
> isso não é adivinhação: é capacidade de leitura advinda ao longo de
> anos de experiência. É um trabalho difícil como outro qualquer.
> Lógico que há os espertalhões que fazem o gênero "guru", mas esses
> existem em qualquer profissão.
Também é necessária muita experiência para analisar os padrões formados
pelas folhas de chá, pelos búzios e pelo cocô de vaca, mas isso não
significa que o processo tenha qualquer validade. Quanto à astrologia, o
que eu sustento é que existem tantas correntes de interpretação e tantas
variáveis que qualquer conclusão a que se chegue será válida. Usando
técnicas auxiliares, como leitura a frio (ou leitura fria, segundo outras
traduções), a coisa fica ainda mais fácil.
> Meu marido é engenheiro e ele diz que
> os mais medíocres da área chegam à gerência. Normalmente porque
> sabem vender melhor o próprio peixe ao terem mais tempo livre para a
> politicagem enquanto o bom engenheiro está sempre voltado ao trabalho
> e dedicado a desenvolver-se naquilo.
Eu respeito a opinião do seu marido e ela não é diferente da opinião de
centenas de engenheiros "puro sangue" que tenho encontrado. Na maioria das
vezes - e não estou dizendo que seja o caso do seu marido - o engenheiro
que pensa assim foi preterido para algum cargo gerencial. Outro ponto é que
em uma empresa moderna qualquer problema de alguma importância é um
problema gerencial, e não um problema tecnológico. Os engenheiros que estão
se formando atualmente sabem bem disso (eu tenho contato diário com eles,
ao menos os da área elétrica).
e
> logo veio o Sergio com o desafio do milhão, dizendo que eu só
escrevo
> disparates, etc.
> L: Isso porque ele tem razão em falar que é um disparate dizer que
> dá para aprender astrologia em um dia. Dá para montar uma carta sim,
> é fácil, bastando seguir a receita. Mas o que vem depois requer anos
> de dedicação. Pense que qualquer um pode sair formado de uma
> faculdade de engenharia civil. Mas um bom engenheiro requer anos de
> prática do serviço ou então vai ser preso por ter construído um
> shopping que cai por erro de projeto, ou má avaliação do terreno e do
> material.
Agora a comparação está saindo dos trilhos. A diferença é que existem
várias maneiras de se aferir o trabalho executado por engenheiros. É para
isso que existem os CREAs, as ARTs, os processos fiscalizatórios e, em
última instância, processos de cassassão de diploma. Nada semelhante existe
na astrologia e a inexistência de fiscalização é um dos fatores que levam
muitos astrólogos a se oporem à regulamentação da atividade.
> L: Quem gosta do que faz faz com gosto. Se ele tem liberdade de
> falar sobre criacionismo/evoluão qual o porquê de não se poder falar
> em astrologia e "sanar" de vez a falta de cultura a respeito do
> assunto? Querem provas? Ótimo! Vamos à lista de datas de
> aniversário, não se esquecendo de informar horário do nascimento e o
> local... :)
Você sabe que as provas não existem. Desde a década de 40 vários cientistas
têm realizado experimentos sem que se chegasse a conclusão alguma a
respeito da validade da astrologia. Se você quiser, posso encaminhar
algumas dezenas de referências sobre o assunto. Nesse ponto o
posicionamento dos astrólogos é muito interessante. Para validar a
astrologia eles sempre começam falando de Gauguelin e o tal "Efeito Marte".
Quando encontram um interlocutor que cita os pontos fracos do trabalho de
Gauguelin, passam a argumentar que os "astros influenciam, mas não
compelem", que o que vale é a simbologia por trás dos astros e outras
sandices do gênero.
Quanto a fazer o meu mapa astral, eu tenho uma história interessante para
contar. Certa vez eu entrei em uma lista supostamente dedicada à discussão
da astrologia. Entrei com um nome fictício e já de início me posicionei
contra. Depois de várias mensagens, de modo que a atrair a ira de alguns e
de mostrar algo da personalidade desse personagem fictício, alguém sugeriu
que eu enviasse os meus dados natais para que eu pudesse ver como a
astrologia era válida. Assim fiz. Enviei o ano e a cidade corretas, mas
falsifiquei o dia, mês e hora de nascimento. Quando as interpretações
começaram a chegar, os resultados estavam de acordo com a "personalidade"
que poderia ter sido inferida das mensagens anteriores. Ou seja, eles
abstraíram a personalidade do personagem a partir da mensagem e deram um
jeito de ajustar a interpretação de modo adequado. Quando revelei a fraude
o pessoal ficou tão indignado que a lista acabou!
Ainda assim, se você tiver interesse: 18/11/65, Curitiba, PR, 14h10 (dados
verdadeiros, garanto).
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: #Multilateralismo e outras palavras em Novilingua
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: argumentos-critica@yahoogroups.com
DATE: 12/10/2002 15:33
#Noss@ #Multilateralismo
João Miranda in #NoviLingu@ #Gazet@
#Multilateralismo é uma nova palavra introduzida pelo Ministério da
#Verdade para designar a doutrina política segundo a qual as decisões
devem ser tomadas por consenso entre todas as partes. Mas como todas as
palavras em Novilíngua, #Multilateralismo tem o significado contrário ao
definido oficialmente pelo Ministério da #Verdade. #Multilateralismo é
na realidade a doutrina política segundo a qual os outros devem tomar as
decisões que nos agradam a #Nós.
Para compreender o verdadeiro significado de #Multilateralismo é
necessário compreender primeiro o verdadeiro signicado da palavra #Nós.
Só assim é que se consegue perceber que #Multilateralismo nada tem a ver
com a palavra portuguesa Multilateralismo.
Os linguistas concordam que #Nós é a mais fascinate palavra em
Novilíngua e é considerada a mais brilhante criação dos funcionários do
Ministério da #Verdade. #Nós, não é apenas uma palavra que significa o
contrário do que pretende significar. É também uma palavra extremamente
fluida que permite ao falante ocultar uma grande variedade de conceitos.
Até agora os linguistas conseguiram identificar nada mais nada menos do
que 77 ocultações diferentes para a palavra #Nós. #Nós pode ocultar
conceitos tão diferentes como "Eu", "Eu e Tu", "Eu e os meus amigos",
"Eu e as pessoas que pensam como eu", "O nosso país", "Todos menos ele",
"Nós, os burocratas do Partido Interno", "A #Humanidade" e "Todos menos
eles". O próprio conceito de #Humanidade não significa Humanidade, sendo
na realidade um sinónimo de #Nós. Vale a pena lembrar aqui que em
Novilingua não existe nenhuma palavra para designar Eu ou Individuo e
que todos se referem a si próprios através da palavra #Nós. Como todas
as palavras fundamentais da Novilíngua, #Nós é para alem de um pronome
pessoal, um nome, um verbo, um adejectivo, um adverbio e um pronome
possessivo. Mas ainda se utiliza em alternativa o pronome possessivo
#Noss@s e mais raramente #Nossos
ou #Nossas. Todos os significados da palavra @Nós encontram-se
condensados num único Slogan mil vezes repetido nas comemorações do
#Noss@ #Dia:
#Nós #Som@s #Nós, #Som@s #Nós, #Som@s #Nós ...
que em português quer dizer:
um Homem é um Cão, é um Peixe, é um Verme, é uma Pedra...
#Multilateralismo é portanto a palavra que designa a doutrina que
defende os #Noss@s interesses. Isto é, a doutrina que defende os
interesses do grupo a que circunstancialmente Eu pertenço. Qualquer
decisão que contrarie os interesses do grupo a que circunstancialmente
Eu pertenço é uma decisão #Unilateral. Pode até acontecer Eu pertencer
dois grupos distintos ao mesmo tempo, o que torna a Novilingua
extremamente útil, porque ela é um instrumento fundamental do
Duplopensar, a capacidade de manter pensamentos contraditórios em
simultânio sem ajuda psiquiátrica. Um falante pode defender ao mesmo
tempo vários interesses contraditórios englobando-os a todos nos #Noss@s
interesses.
O verdadeiro significado de #Multilateralismo pode ser compreendido
através da análise das posições dos diferentes grupos em relação às
questões políticas internacionais. Assim, #Nós consideramos as posições
dos EUA em relação ao protocolo de Quioto como #Unilaterais. Mas o
verdadeiro Multilateralismo pressupõe uma negociação e um acordo em que
ambas as partes cedem até se
chegar a um consenso. Quando algumas das partes chegam a acordo, mas
outras discordam isso é considerado #Unilateralismo, mas não é
Unilateralismo, ou se é Unilateralismo é Unilateralismo de ambas as
partes porque ambas as partes teriam obrigação de chegar a acordo.
Estranhamente, a posição Australiana em relação a Quioto, precisamente
igual à americana, não é considerada #Unilateral. E a intransigência
europeia em relação ao comércio de emissões, defendida por muitos outros
países, também não é considerada
#Unilateral.
As coisas ficam mais interessantes quando o conceito de #Nós se torna
fluido, o que se torna óbvio na construção europeia. #Nós, por vezes
somos os mais de 370 milhões de europeus da europa dos 15, outras os 450
milhões do alargamento, outras todos menos os Irlandeses, outras todos
menos os Dinamarqueses, outras a esquerda, outras a direita, outras a
Comissão Europeia e outras ainda os
burocratas do Partido Interno sedeados em Bruxelas. Por vezes #Nós é
toda a Humanidade, outras, #Nós é apenas toda a #Humanidade, como no
caso dos apoios da União Europeia à agricultura, os quais favorecem a
#Humanidade, mas prejudicam a Humanidade.
O maior inimigo do #Multilateralismo é a Democracia. Não a #Democracia,
mas a Democracia. Nunca é demais lembrar que em Novilíngua a palavra
#Democracia nada tem a ver com a palavra portuguesa Democracia. A
Democracia é um inimigo do #Multilateralismo porque não há nada mais
#Unilateral que o voto dos Proles. É por isso que o voto dos Irlandeses
ou dos Dinamarques nos referendos sobre a Europa são desagradáveis para
os burocratas do Partido Interno. Esses votos podem contrariar as
decisões #Multilateralmente correctas tomadas Unilateralmente pelos
burocratas.
As instituições democraticamente eleitas podem ser tão perigosas para o
#Multilateralismo e para os burocratas do Partido Interno como o voto
directo dos Proles , e talvez isso explique porque é que o Partido
Interno resiste ao aumento de poderes do Parlamento Europeu. Um exemplo
notável ocorreu em 25 de Julho de 1997 quando o Senado americano aprovou
uma resolução por 95 votos contra 0, onde expressava a sua oposição ao
Protocolo de Kyoto. Apesar do significado desta votação ter sido clara
para todos, o presidente Clinton, um saudoso #Multilateralista, assinou
o Protocolo, sabendo que ele nunca seria ratificado pelo Senado. A
posição do ex-presidente Bill Clinton é ela própria ambígua. Ele tanto
pode ser considerado um perigoso #Unilateralista como um perigosos
#Multilateralista, conforme as suas posições coincidem ou não com os
#Noss@s interesses.
Como se sabe, a Novilingua foi concebida e aperfeiçoada de modo a que
determinadas ideias não pudessem ser expressas. Assim, a frase "Nós
tomamos uma posição unilateral" não pode ser expressa em Novilingua
porque "#Nós tomamos uma posição #Unilateral" não faz o minimo sentido.
Também é impossível expressar ideias como "Os interesses da Europa são
diferentes dos interesses dos Estados Unidos" ou "Os nossos interesses
são diferentes dos vossos". Estas frases, quando traduzidas para
Novilingua transformam-se em: "Os #Noss@s interesses são diferentes dos
#Noss@s interesses". Ou seja, uma proposição potencialmente verdadeira e
absolutamente banal tansforma-se numa proposição obrigatoriamente falsa.
Outra palavra curiosa em Novilíngua é o #Bilateralismo, que está a
evoluir rapidamente para se tornar sinónimo de #Unilateralismo. Assim,
quando um país independente e Democrático como Timor faz um acordo
bilateral com outro país independente e Democrático (mas não
#Democrático) como os EUA que contraria os #Noss@s interesses, isso
torna-se automaticamente em #Unilateralismo. Mas quando os acordos
bilaterais são entre a União Europeia e Marrocos isso já é
#Multilateralismo, excepto quando esse acordo prejudica os interesses do
nosso país, caso em que já prejudica os #Noss@s interesses e passa a ser
um caso de #Unilateralismo.
A Novilíngua permite assim aos burocratas do Partido Interno
justificarem posições Unilaterais com argumentos #Multilaterais. Por
exemplo, a decisão Unilateral dos alemães, contrária à da maior parte
dos governos europeus, de não apoiarem a invasão do Iraque em nenhuma
circunstância é justificada como uma posição #Multilateralista. A
decisão de não alargar a União Europeia à Turquia, devido essencialmente
a uma posição Unilateral da Grécia é justificada com a falta de um
desejável consenso #Multilateral. A
promoção da ONU como forum previligiado de resolução de conflitos é
considerado #Multilateralmente correcta, apesar de os representantes de
mais de 1/3 dos países serem representantes de Ditadores que tomaram
Unilateralmente o poder.
Conclusões:
Neste artigo foi analisado o uso das palavras #Multilateralismo,
#Unilateralismo e #Bilateralismo e a sua relação com as palavras #Nós e
#Noss@s em Novilíngua. Defendemos que os textos em Novilíngua sobre
@Multilateralismo só podem ser correctamente interpretados se a
extraordinária fuidez das palavras #Nós e #Noss@s for compreendida pelo
leitor. Sugerimos que a cada referência a estes conceitos o investigador
procure descobrir a que grupo elas se referem. A partir do momento em o
grupo ou individuo a que se refere #Nós for identificado a análise do
texto simplifica-se, e apesar da ambiguidade inerente à Novilíngua, uma
língua construida para ocultar e não para comunicar, torna-se possível
perceber as verdadeiras intenções dos autores. Curiosamente, um bom
linguista, que não se deixe enredar nas armadilhas do Duplopensar,
conseguirá perceber intenções de que os próprios autores não têm
consciência.
SUBJECT: SIM, manequinho querido
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 16:24
UMA NETIQUETA...
DEVERIA, EM SEU PRIMEIRO ARTIGO, ESTABELECER QUE NA NET NAO SE GRITA.
E QUE ESCREVER COM LETRA GRANDE, VERMELHA, NEGRA OU QQUER LETRA QUE SEJA...
JAMAIS SERÁ INTERPRETADA COMO GRITO.
SIMPLESMENTE PORQUE NAO SE ADMITE GRITO AQUI.
E EU ADMIRO A PARTICIPACAO DO MANUEL.
NAO GRITEI... NEM FALTEI COM O RESPEITO...
SE ASSIM PARECEU, JA PEDI DESCULPAS.
SO VOLTAREI AO ASSUNTO ENVIANDO MSG PRIVADAS, OK?
ABRAÇO.
L.E.
At 14:20 12/10/02 , you wrote:
>Oi Luiz Eduardo.
>
>[de L.E. Carvalho para Manuel]:
> >> por que alguem haveria de inventar...
> >> um jeito de gritar na net?
> >> só podia ser um imbecil, né?
>
> Se você fosse um pouco menos precipitado, saberia que há
>décadas existe uma convenção chamada NETIQUETA, criada justamente
>para tornar melhores os debates e trocas de informações pela
>internet -- e não uma "invenção" do Manuel.
>
> Também seria interessante que respeitasse mais o nível da
>lista, não apenas pelo fato do Manuel ser um dos membros mais
>antigos e atuantes de nossa comunidade.
>
>NETIQUETA
>Simples e introdutório:
>http://www.icmc.sc.usp.br/manuals/BigDummy/netiqueta.html
>
>Resumido:
>http://www.ifi.unicamp.br/ccjdr/netiqueta/dis.html
>
>Completo
>http://linux-br.conectiva.com.br/~godoy/RFC1855.traduzida.txt
>
> Abraços,
>
>Peterson Leal.
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: derrota? acho que nao.
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 16:52
At 11:13 12/10/02 , you wrote:
>Vc não respondeu ao argumento dele. Sinal de derrota.
>
>DFG
EU ACHO QUE EU APRENDI ALGUMAS COISAS.
ENTAO NAO FUI DERROTADO.
SO GANHEI.
(risos)
L.E.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Meme, de que é feito isso?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 17:08
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Subject: [ciencialist] Meme, de que é feito isso?
Hummm...depois de ler seu texto pensei que vc poderia começar pelo conceito
de abstracto.
E sabendo do que esse é feito, como ha muitas coisas abstractas revolveria o
problema. Não só do meme, mas tb de tantas outras coisas como numero, por
exemplo.
Portanto, o abstracto, do que é feito ?
Por definição de abstracto, ele não tem representação material, donde não é
feito de nada.
Se o abstracto não e´feito de nada, e meme é abstracto, então meme tb não é
feito de nada.
Não sei se é claro o que pretendo dizer. Tlv seja muito abstracto... :-)
Sérgio
SUBJECT: Tradutor automátixo x10
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 17:29
- Lost in Translation
http://www.tashian.com/multibabel/
A página permite entrar com um texto em inglês e ver ele ser
traduzido 10 vezes sucessivamente entre 5 línguas diferentes através
de um tradutor automático. O resultado final é bem interessante...
MK
SUBJECT: Duduzinho paz e amor
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 18:18
--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@i...>
escreveu
> oi manequinho querido.
Por pouco tu não me chama de macaquinho, né? Ufa!
> vou, excepcionalmente, respeitar tuas convenções... e mandar
letrinha bem
> piquininha, falando bem baixinho... só pra tu relaxar.
Oh, que lindinho. Brigadinho, viu! :-)
Amplexos,
Maneuzinho paz e amor
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus não joga dados ?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 19:08
Um caso que sempre me intrigou em relação à iteração entre matéria e física
é a descoberta da partícula ômega menos. Gell-Mann bolou um esquema,
baseado na álgebra de grupos, que mostra como diversos quarks se combinavam
para construir protons e neutrons. Ele também previu, a partir do esquema,
que deveriam existir outras partículas, pois os quatro quarks mais leves
(up, down, strange e charm) podem ser agrupados de vinte maneiras
diferentes (http://physicsweb.org/box/world/15/10/3/pwpia2_10-02). Bem, o
fato é que a partícula ômega menos (três quarks strange) realmente está lá,
assim como outras mais pesadas. Há também evidências recentes da descoberta
da primeira partícula com dois quarks charm (projeto Selex,
http://fn781a.fnal.gov/). Novas partículas são mais difíceis de observar
porque as energias necessárias para produzí-las são cada vez mais elevadas.
A pergunta é: como pode um esquema tão simples ser tão poderoso?
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 12 de Agosto de 2002 18:15
Assunto: Re: [ciencialist] Deus não joga dados ?
> Creio que é uma invenção humana. Seria bom ler os textos de Wittgenstein
> sobre a filosofia da matemática.
>
> DFG
> ----- Original Message -----
> From: Jaison Carvalho <jaison@isadobrasil.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Thursday, October 10, 2002 9:20 AM
> Subject: [ciencialist] Deus não joga dados ?
>
>
> Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não
tive
> muito sucesso nas respostas
> a minha dúvida é :
>
> Seria Deus um matemático ?
> a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
> tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis
,
> como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na
> natureza , como o
> segmento de reta ou o circulo perfeito.
> Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o
> mundo graças a matemática.
> Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a
> relação da matemática e a verdade )
>
> Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode
> jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
>
> A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
>
> []
>
> Jaison
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: Deus não joga dados ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 19:21
At 09:32 10/10/02 -0500, you wrote:
> > De: Roberto Belisário
>
> > As demonstrações matemáticas reduzem-se ao âmbito da
> > matemática, a sua correspondência com elementos do mundo
> > físico não pode ser demonstrada, apenas corroborada
> > empiricamente.
>
>Mas corroborar [empiricamente] não é o mesmo que demonstrar?
>Agora fiquei confuso mesmo! <:-( (o "<" é chapeu de burro)
Oi. Não, corroborar não é o mesmo que demonstrar - pelo menos, se
eu falar de demonstração absolutamente rigorosa. Corroborar é o seguinte:
por exemplo, suponhamos que tenho uma teoria que diz que todos os corpos
caem. Lanço então uma borracha para cima, e eis que ela cai. Esse fato
corrobora minha teoria. Ou seja, é uma previsão da teoria que foi
confirmada quando foi testada. Mas não a demonstra, pois é apenas um
exemplo. Pode haver um outro que contradiga a teoria.
Por mais freqüentemente que fatos experimentais corroborem alguma
coisa, eles nunca a demonstrarão rigorosamente. Eu posso jogar bilhões de
objetos para cima, e todos eles cairão. Mesmo assim não posso dizer que
minha teoria está demonstrada. Tanto é assim que, ligando a televisão, eis
que ouço falar que lançaram uma sonda para Júpiter, que nunca mais voltará
à Terra... essa não cai! Minha teoria foi para o vinagre.
Do que decorre que, em física, nada pode ser demonstrado com
absoluto rigor, apenas corroborado. Claro que as pessoas usam a palavra
"demonstração" para casos em que a corroboração é muito forte, mas é força
de linguagem.
Já em matemática, as coisas podem ser demonstradas - as
demonstrações matemáticas não lançam mão de recursos empíricos, baseiam-se
nas relações lógicas entre afirmações.
> > Aliás, a própria lógica, na qual se baseia toda a matemática,
> > baseia-se, por sua vez, em premissas - axiomas -
> > não submetidas à necessidade de demonstração.
>
>Mas isso -- basear-se em axiomas -- vale também para todas as
>hard sciences! Aliás todo o conhecimento humano se baseia em
>axiomas irrefutáveis. Estou enganado?
Está perfeitamente certo. Em última análise, todo conhecimento se
baseia em axiomas que não podem ser provados nem verdadeiros nem falsos -
mas apenas escolhidos com algum grau de arbitrariedade.
Belisário
SUBJECT: Re: Deus não joga dados ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 19:23
At 19:08 12/10/02 -0300, Álvaro Augusto wrote:
>Um caso que sempre me intrigou em relação à iteração entre matéria e física
>é a descoberta da partícula ômega menos. Gell-Mann bolou um esquema,
>baseado na álgebra de grupos, que mostra como diversos quarks se combinavam
>para construir protons e neutrons. Ele também previu, a partir do esquema,
>que deveriam existir outras partículas, pois os quatro quarks mais leves
>(up, down, strange e charm) podem ser agrupados de vinte maneiras
>diferentes (http://physicsweb.org/box/world/15/10/3/pwpia2_10-02). Bem, o
>fato é que a partícula ômega menos (três quarks strange) realmente está lá,
>assim como outras mais pesadas. Há também evidências recentes da descoberta
>da primeira partícula com dois quarks charm (projeto Selex,
>http://fn781a.fnal.gov/). Novas partículas são mais difíceis de observar
>porque as energias necessárias para produzí-las são cada vez mais elevadas.
>
>A pergunta é: como pode um esquema tão simples ser tão poderoso?
Uma possível razão é que os quarks realmente existam...
Belisário
SUBJECT: Re: Meme, de que é feito isso?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 19:37
Oi,
Sérgio: Por definição de abstracto, ele não tem representação
material, donde não é feito de nada. Se o abstracto não e´feito de
nada, e meme é abstracto, então meme tb não é feito de nada.
Manuel: Feito do nada, mas que é alguma coisa. Aliás, há uma hipótese
científica segundo a qual o total de energia que existe no universo é
zero. Isto é, no universo existem dois tipos de energia:
energia "positiva" (que é a energia-de-massa, ou seja, a energia
condensada sob a forma de matéria, somada às energias mecânica,
térmica, química, nuclear, de agitação térmica e à do campo
eletromagnético) e energia "negativa" representada pelo campo
gravitacional. A quantidade de energia positiva, de acordo com essa
hipótese, é + X, e a de energia negativa, - X, de sorte que a
quantidade total de energia no universo é zero: + X - X = 0. O que
isso significa? Caso essa hipótese seja verdadeira, significa que o
Universo é uma redundância, um Nada metido a besta.
Lucrécio, em sua obra "De Rerum Natura" (Sobre a Natureza das
Coisas), escreveu que "nada se pode criar do nada". Pois Lucrécio
estava errado. Do Nada pode surgir qualquer coisa, inclusive um
Universo.
Antes do Universo, isto é, antes do Big-Bang, absolutamente "nada"
existia. Dito em outros termos: antes do Universo existia o Nada. O
Nada é a Lei e o Universo somente existe porque toda lei, por mais
férrea que seja, tem uma margem de indeterminação.
O físico russo Alex Vilenkin defende que o Nada e o Ser (o Universo)
são apenas os dois estados possíveis de um mesmo sistema, e que o
primeiro se transformou no segundo graças a um processo
denominado "tunelamento quântico". Observe-se que o tunelamento ou
salto quântico é um fenômeno físico através do qual o infinitamente
improvável (aquela possibilidade que faz fronteira com o impossível)
se realiza de uma maneira súbita, feito um "big bang". Vale dizer,
não é preciso uma Razão-de-Ser para que haja Ser.
Sobre os memes, interessante observar que antes de Richard Dawkins
outros cientistas, entre eles o bioquímico Jaques Monod, já
especulavam sobre a relativa autonomia das idéias ou seres noológicos
("noo": pensamento, psíque). O epistemólogo Edgar Morin, em seu
livro "O Paradigma Perdido", escreveu o seguinte sobre a existência
dos seres noológicos:
"...devemos dizer duas palavras sobre um fenômeno capital, que é a
existência 'viva' dos seres noológicos, idéias, símbolos, espíritos,
deuses, que dispõem não só de uma realidade subjetiva, mas também de
uma certa autonomia objetiva. Produzidos pelos cérebros, tornam-se
vivos de um tipo novo (P. Auger, 1966; J. Monod, 1971), e os
cérebros, sendo sistemas fracamente controlados, são como aprendizes
de feiticeiros em relação àqueles seres, ou melhor, constituem
ecossistemas nutritivos sem os quais os seres noológicos não podem
viver, mas sobre os quais vivem. Como diz, de uma forma excelente,
Pierre Auger, 'as idéias reproduzem-se nos meios constituídos pelos
cérebros humanos'(Auger, 1966, pp. 98-99). Entre os seres que vivem
na brecha de ambiguidade entre o sujeito e o objeto, os espíritos, os
espectros, os gênios, os deuses, têm um grau de existência superior,
biomorfa, antropomorfa. E é evidente que os deuses existem. Eles
falam, agem, ordenam, exigem. Cavalgam-nos e, no transe da posse,
falam pelas nossas bocas..."
Será que a máquina não tem mesmo nenhum fantasma? E o "eu", a imagem
ou idéia que temos sobre nós mesmos (nós, os chimpanzés e os
orangotangos somos seres auto-conscientes) e que monitora o nosso
comportamento? Essa idéia-de-si também é um meme que pode inclusive
absorver toda a atenção do indivíduo (o fenômeno do narcisismo, o
meme "Michel Jackson", por exemplo) e que pode inclusive sobreviver a
sua morte. Como o meme "Napoleão", que sobrevive através do cérebro
de alguns esquizofrênicos.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus não joga dados ?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 19:40
Hehe... Boa essa...
Alvaro
> Uma possível razão é que os quarks realmente existam...
> Belisário
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus não joga dados ?
FROM: "Jaison" <jaison@isadobrasil.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 19:53
Olá lista ,
Obrigado Pelas respostas , li todas e todas me foram muito úteis.
A discussão sobre matemática surgiu quando eu estava discutindo sobre objetivismo e subjetivismo com um amigo meu , e eu disse que o objetivismo não passa de um subjetivismo padronizado , ambos usam linguagens , e linguagens são simbolicas , quaisquer que elas sejam , confesso que até algum tempo atraz eu pensava como Descartes , que a matemática retrata a realidade , mas a matemática , ou qualquer outra ciência tem muito mais a ver com a forma como percebemos o mundo que com a verdade em si.
Bom , resumindo , obrigado a todos
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Deus não joga dados ? - subjetivo x objetivo
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 19:53
Eu diria que nós simplesmente não podemos dizer nem que a
matemática retrata rigorosamente a realidade nem que não retrata. É uma
questão intrinsecamente irrespondível.
Ademais, há que se notar que o subjetivismo absoluto é tão
extremoso quanto o objetivismo absoluto. Nas discussões sobre objetividade
x subjetividade, vejo que muito, muito pouca gente se dá conta disso. Eu
creio que as coisas têm diferentes graus de objetividade e subjetividade,
ocupando todo um "espectro", desde o totalmente objetivo até o totalmente
subjetivo - mas esses dois extremos são apenas abstrações cuja função é
apenas servir de referência.
Muitas pessoas criticam, com certa razão, o reducionismo
objetivista dos cientistas da área das Exatas, mas algumas dessas mesmas
pessoas não são capazes de perceber que às vezes incorrem na falácia
simétrica, transferindo indiscriminadamente conceitos da área das humanas
para as exatas e assim radicalizando o subjetivismo - quando, na verdade,
as duas áreas tratam de "mundos" diferentes (têm epistemologias
inteiramente diferentes), e portanto boa parte de suas linguagens e de seus
aparatos conceituais não são adequados para serem usados uma na outra sem
adaptação prévia (as Ciências Humanas são tão seletivas quanto as Exatas no
seu olhar para o mundo, só que selecionam aspectos diferentes).
Belisário
At 19:53 12/10/02 -0300, you wrote:
>Olá lista ,
>Obrigado Pelas respostas , li todas e todas me foram muito úteis.
>A discussão sobre matemática surgiu quando eu estava discutindo sobre
>objetivismo e subjetivismo com um amigo meu , e eu disse que o objetivismo
>não passa de um subjetivismo padronizado , ambos usam linguagens , e
>linguagens são simbolicas , quaisquer que elas sejam , confesso que até
>algum tempo atraz eu pensava como Descartes , que a matemática retrata a
>realidade , mas a matemática , ou qualquer outra ciência tem muito mais a
>ver com a forma como percebemos o mundo que com a verdade em si.
>
>Bom , resumindo , obrigado a todos
>
>[]
>
>Jaison
SUBJECT: Re: Deus não joga dados ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2002 20:00
Nem tanto. Há experimentos de espalhamento (colisões de
partículas) que mostram que o próton possui três centros espalhadores, ao
invés de um - ou seja, sua massa está concentrada em três centros. Mais
tarde posso te dar a referência do artigo (assim que encontrá-lo nos meus
alfarrábios...).
Belisário
At 19:40 12/10/02 -0300, you wrote:
>Hehe... Boa essa...
>
>Alvaro
>
> > Uma possível razão é que os quarks realmente existam...
> > Belisário
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus no joga dados ?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 20:39
Caro Belisário,
Se for somente por mim, não se preocupe em encontrar as referências. Eu não
sou nenhum doutor em QCD, mas conheço o assunto (forças coloridas,
liberdade assintótica, etc) do ponto de vista de um leigo interessado.
Também tenho em minha estante um livro bem pesado e especializado sobre o
assunto. Algum dia ainda vou ler...hehe
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 12 de Outubro de 2002 20:00
Assunto: [ciencialist] Re: Deus não joga dados ?
Nem tanto. Há experimentos de espalhamento (colisões de
partículas) que mostram que o próton possui três centros espalhadores, ao
invés de um - ou seja, sua massa está concentrada em três centros. Mais
tarde posso te dar a referência do artigo (assim que encontrá-lo nos meus
alfarrábios...).
Belisário
At 19:40 12/10/02 -0300, you wrote:
>Hehe... Boa essa...
>
>Alvaro
>
> > Uma possível razão é que os quarks realmente existam...
> > Belisário
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Meme, de que é feito isso?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2002 22:25
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sérgio: Por definição de abstracto, ele não tem representação
material, donde não é feito de nada. Se o abstracto não e´feito de
nada, e meme é abstracto, então meme tb não é feito de nada.
Manuel: Feito do nada, mas que é alguma coisa. Aliás, há uma hipótese
científica segundo a qual o total de energia que existe no universo é
zero.
Eu não quero estragar a sua logica, mas tem uma regra em fisica que diz que
o valor da energia é convencionado. O que significa que o valor que ela tem
realmente nada interessa. Não é importante ,nem relevante. Tudo o que
interessa é a variação de energia.
É muito bonito dizer que a energia total do universo é zero, mesmo que seja
por convenção.
Mas é tão relevante, verdade, ou mentira quanto dizer que é pi, o numero de
Neper, o numero de Ouro ou raiz de 2
"A quantidade de energia positiva, de acordo com essa
hipótese, é + X, e a de energia negativa, - X, de sorte que a
quantidade total de energia no universo é zero: + X - X = 0. O que
isso significa?"
Nada. Não signifca nada.
E não significa nada pq tudo é convencionado. Não ha um dado real ai pelo
meio dizendo que isso tem alguam ponta de realidade.
" Caso essa hipótese seja verdadeira, significa que o
Universo é uma redundância, um Nada metido a besta. "
Não. Significa que a ideia é redundate a sua utilidade meio sem sentido,
futil eu diria.
Não interessa o valor da energia das coisas, mas sim quanto dessa energia
pode ser convertida em outra energia.
A energia do atomo , electrica e/ou gravitica é negativa pq se convenciona
que é negativa - por se tratar de um estado ligado. Um estado livre tem
energia positiva.
Isto são mera convencções. A lei importante é que a energia não se destroi,
nem se cria.
É esta a lei importante. entenda que sem ela , essa conta de X - X não fazia
sentido.
"Lucrécio, em sua obra "De Rerum Natura" (Sobre a Natureza das
Coisas), escreveu que "nada se pode criar do nada". Pois Lucrécio
estava errado. Do Nada pode surgir qualquer coisa, inclusive um
Universo. "
Isso é uma falácia muito grande. Vc não mostra que o universo tenha sido
criado do nada.
Vc está brincando com as palavras ditas por este e aquele.
Nenhuma teoria fisica apoia essa versão.
"Antes do Universo, isto é, antes do Big-Bang, absolutamente "nada"
existia. Dito em outros termos: antes do Universo existia o Nada. O
Nada é a Lei e o Universo somente existe porque toda lei, por mais
férrea que seja, tem uma margem de indeterminação."
Esta é a versão popular da coisa. O facto é que antes do BB exista energia.
"O físico russo Alex Vilenkin defende que o Nada e o Ser (o Universo)
são apenas os dois estados possíveis de um mesmo sistema, e que o
primeiro se transformou no segundo graças a um processo
denominado "tunelamento quântico". Observe-se que o tunelamento ou
salto quântico é um fenômeno físico através do qual o infinitamente
improvável (aquela possibilidade que faz fronteira com o impossível)
se realiza de uma maneira súbita, feito um "big bang". Vale dizer,
não é preciso uma Razão-de-Ser para que haja Ser."
Por falar em imposturas intelectuais:
1) tunelamento não é o mesmo que salto quantico.
2) não existe o infinitamente improvável. Existe o estado com probabilidade
bem defenida.
Vale dizer que nada do que foi dito tem algo que se aproveite.
"Sobre os memes, interessante observar que antes de Richard Dawkins
outros cientistas, entre eles o bioquímico Jaques Monod, já
especulavam sobre a relativa autonomia das idéias ou seres noológicos
("noo": pensamento, psíque). O epistemólogo Edgar Morin, em seu
livro "O Paradigma Perdido", escreveu o seguinte sobre a existência
dos seres noológicos: "
Os memes são ideias. E as ideias são abstractas. E o abstracto é feito de
nada.
Acho uma perda de tempo tentar dizer que os memes são impulsos
electrico-quimico
ou qq outra coisa material quando eles passam de geração em geração por
meios e motivos culturais, na medida que a cultura os deixa existir.
É para mim tão absurdo quando dizer que a cultura é um conjunto de impulsos
fisico-quimicos.
Sérgio
SUBJECT: Re: Deus não joga dados ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 01:04
Então cê tá na mesma situação que eu... inclusive com relação ao
livro...!
Belisário
At 20:39 12/10/02 -0300, you wrote:
>Caro Belisário,
>
>Se for somente por mim, não se preocupe em encontrar as referências. Eu não
>sou nenhum doutor em QCD, mas conheço o assunto (forças coloridas,
>liberdade assintótica, etc) do ponto de vista de um leigo interessado.
>Também tenho em minha estante um livro bem pesado e especializado sobre o
>assunto. Algum dia ainda vou ler...hehe
>
>
>[ ]s
>
>Alvaro Augusto
>
>
>-----Mensagem Original-----
>De: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: Sábado, 12 de Outubro de 2002 20:00
>Assunto: [ciencialist] Re: Deus não joga dados ?
>
>
>
> Nem tanto. Há experimentos de espalhamento (colisões de
>partículas) que mostram que o próton possui três centros espalhadores, ao
>invés de um - ou seja, sua massa está concentrada em três centros. Mais
>tarde posso te dar a referência do artigo (assim que encontrá-lo nos meus
>alfarrábios...).
>
> Belisário
>
>At 19:40 12/10/02 -0300, you wrote:
> >Hehe... Boa essa...
> >
> >Alvaro
> >
> > > Uma possível razão é que os quarks realmente existam...
> > > Belisário
SUBJECT: Re: Meme, de que é feito isso?
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 03:47
Olá.
> Os memes são idéias que ora existe sob a forma de imagem acústica,
ora sob a forma de imagem gráfica, ora na forma da imagem gráfica X
(casa), ora na forma da imagem gráfica Y(lar), ora na forma da imagem
gráfica Z(moradia), ora na forma de imagem gráfica analítica (lugar
onde se mora), todas essas imagens apresentam-se decodificadas em
nosso cérebro sob a forma de seqüências de fluxos eletroquímicos.
Mas, se fôssemos feitos de antimatéria, seriam seqüência de
fluxos 'positroquímicos', ou ainda, se nosso cérebro fosse um
computador hidráulico (teria que ser enorme), seqüência de fluxos
d'água.
> O próprio meme é, por sua vez, um meme. Que substância é essa que
se apresenta sob tantas formas materiais distintas? Ocupa ela lugar
no espaço e no tempo? é mensurável?
É a informação. O que vem a ser esta "coisa", no entanto, é um
mistério. Trata-se de algo imaterial. Quando você copia um arquivo
MP3, por exemplo, é a mesma informação que está sendo replicada. A
informação pode estar em muitos lugares ao mesmo tempo. Onde
ela "fica", então?
Parece que o universo é formado de matéria, energia, e informação.
Existe, no entanto, relações entre informação e energia, como mostra
o demônio de Maxwell. Também parece que existe uma relação entre
matéria e energia. A questão é como juntar tudo isso em um único
sistema ordenado e elegante.
SUBJECT: Antropologia biossocial
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 04:17
Estou vendo se organizo um grupo para a discussão do novo paradigma
biossocial/evolutivo. Alguém se interessa pelo assunto?
SUBJECT: Re: Meme, de que é feito isso?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 05:28
Oi,
Manuel: Feito do nada, mas que é alguma coisa. Aliás, há uma hipótese
científica segundo a qual o total de energia que existe no universo é
zero.
Sérgio: Eu não quero estragar a sua logica...
Manuel: Você não estragou absolutamente nada. Não se julgue um
demolidor. Você não é.
Sérgio: mas tem uma regra em fisica que diz que o valor da energia é
convencionado.
Manuel: Sim, sei que é uma convenção. Tanto que atribuí a ela os
valores X e -X, mas poderia ter falado em G e -G, ou N e -N, etc.
Sérgio: O que significa que o valor que ela tem realmente nada
interessa. Não é importante ,nem relevante. Tudo o que interessa é a
variação de energia. É muito bonito dizer que a energia total do
universo é zero, mesmo que seja por convenção. Mas é tão relevante,
verdade, ou mentira quanto dizer que é pi, o numero de Neper, o
numero de Ouro ou raiz de 2
Manuel: Então quer dizer que se nós mudarmos a convenção e passarmos
a chamar 200 de 0 (zero) e se, depois disso, eu enfiar o dedo numa
das tomadas daqui de cada de 200 v, eu não vou levar choque, né?
A unidade de medida pode ser uma convenção (podemos estabelecer que
200 quilowatts-hora = 2,354 quilomanuel-hora = 8.576 quilotabosa-
hora...), mas a relação entre as grandezas não é, como, no caso,
a "hipotética" relação entre as grandezas "matéria" e "gravitação".
Pode-se dar qualquer valor a uma hipotenusa ou até mudar o nome dela
para raimundinha, mas, independentemente disso, o quadrado da
hipotenusa (ou da raimundinha) vai continuar sendo a soma dos
quadrados dos catetos aqui no Brasil, aí em Portugal, na Chechênia ou
em Pasárgada.
Manuel:"Lucrécio, em sua obra "De Rerum Natura" (Sobre a Natureza das
Coisas), escreveu que "nada se pode criar do nada". Pois Lucrécio
estava errado. Do Nada pode surgir qualquer coisa, inclusive um
Universo. "
Sérgio: Isso é uma falácia muito grande. Vc não mostra que o universo
tenha sido criado do nada. Vc está brincando com as palavras ditas
por este e aquele. Nenhuma teoria fisica apoia essa versão.
Manuel: Você não sabe o que está falando. Antes de vomitar sabedoria
em cima dos outros e fazer afirmações tão peremptórias, como se o seu
juízo fosse supremo e irrecorrível, vá se informar, até para evitar
cair no ridículo. A hipótese cosmogônica da gênese ex-nihilo,
esboçada primeiramente por Edward Tryon e atualmente defendida pelo
físico russo Alex Vilenkin e muitos outros parte de tal pressuposto
(para Tryon, o nada é o vácuo, espaço-tempo vazio; para Vilenkin, o
nada é absolutamente nada). Muitos físicos teóricos fizeram
referência a esta hipótese em seus livros e, ao contrário de você,
todos a tratam com a devida seriedade, como um modelo possível,
concebível, digno de ser discutido e avaliado. Vou citar alguns:
Stephen Hawking (Uma Breve História do Tempo), Alan Guth (O Universo
Inflacionário), Paul Davies (A Superforça), John D. Barrow (Teorias
de Tudo), Fang Li Zhi e Li Shu Xian (A Criação do Universo), etc.
Veja o que escreve a respeito Alan Guth, o físico teórico do universo
inflacionário: "Se o universo foi criado do nada, então a energia
total deve ser zero (...) Mas o universo é claramente repleto de
energia (...) Como, então, pode haver qualquer esperança de uma
descrição científica da criação do universo? A resposta para essa
pergunta vem de uma característica extraordinária de uma forma
particular de energia -- a energia potencial gravitacional (...) A
energia do campo gravitacional é, pois, parte da energia do universo
e tem de ser incluída na contabilidade da lei da conservação da
energia (...) Como pode haver esperança de que a criação do universo
possa ser descrita pelas leis físicas coerentes com a conservação de
energia? Resposta: a energia armazenada no campo gravitacional é
representada por um número negativo! Isto é, a energia armazenada no
campo gravitacional é na verdade menor que zero. Se os números
negativos são permitidos, então pode-se obter zero ao adicionar um
número positivo a um número negativo de igual módulo; por exemplo, 7
mais -7 é igual a zero. É, pois, concebível que a energia total do
universo seja zero. A energia imensa que observamos sob a forma de
matéria pode ser anulada por uma contribuição negativa de igual
módulo oriunda do campo gravitacional. Não há limite para o módulo da
energia do campo gravitacional e, portanto, também para a quantidade
de matéria/energia que ele pode anular. (...) A inflação proporciona
um mecanismo natural para extrair o conteúdo do ilimitado
reservatório de energia que se pode extrair do campo gravitacional --
energia que pode evoluir para transformar-se em galáxias, estrelas,
planetas e seres humanos que hoje povoam o universo. (...) Após 2.000
anos de pesquisa científica, parece hoje que Lucrécio estava errado.
É concebível que tudo possa ser criado do nada. E "tudo" pode incluir
muito mais do que possamos ver. (Alan H. Guth; O Universo
Inflacionário; Ed. Campus; 1997; pp. 9, 10, 11 e 12. O ùltimo
capítulo deste livro, Capítulo 17 - Um Universo 'Ex Nihilo", pp.
223/228, é todo ele sobre essa hipótese.)
O físico teórico Stephen Hawking faz comentários positivos sobre a
hipótese da gênese ex-nihilo no "Capítulo 8 - Origem e Destino do
Universo" do seu livro de divulgação científica, "Uma Breve História
do Tempo" (Ed. Rocco; 18a. edição, pp. 181/182).
O físico teórico Paul Davies, doutor pela Universidade de Londres e
atualmente professor de filosofia natural da Universidade de
Adelaide, Austrália, escreve sobre a gênese ex-nihilo, manifestando
concordância, no "Capítulo 12 - Qual foi a Causa do Big Bang?", pp.
269/296, do seu livro Superforça (Gradiva, 1984) e também num outro
livro, "O Quinto Milagre", p. 70 (Cia. das Letras, 2000). Um
trecho: "Na década de 1980, o enigma da fonte de energia cósmica foi
resolvido. Descobriu-se que a energia total do universo poderia ser
na verdade zero, sendo, portanto, um caso de nada-por-nada. A razão
de o universo poder ter energia zero e ainda assim conter 10(50)
toneladas métricas de matéria se deve ao fato de seu campo
gravitacional ter energia negativa..."
Ainda vale acrescentar: quando uma estrela colapsa originando um
buraco negro (se é que esse troço realmente existe), não seria isso
um processo de anulação recíproca entre matéria e gravitação?
Manuel: "Antes do Universo, isto é, antes do Big-Bang,
absolutamente "nada" existia. Dito em outros termos: antes do
Universo existia o Nada. O Nada é a Lei e o Universo somente existe
porque toda lei, por mais férrea que seja, tem uma margem de
indeterminação."
Sérgio: Esta é a versão popular da coisa. O facto é que antes do BB
exista energia.
Manuel: Facto? A idéia que você defende, a versão aristocrática e não
popular, é "facto" e não uma simples hipótese científica como a
teoria geral da relatividade e outras réles conjecturas falseáveis?
Isso sim é que é impostura (e incompostura) intelectual. Você, que
acredita em astrologia, também deve achar que as crenças astrológicas
são factos, né?
E como você sabe que é facto que antes do Big Bang existia energia?
Acaso estava lá? Então esse tal de Stephen Hawking é mesmo um
absoluto idiota, pois ele afirma (imagine só!) que, assim como não
existe nada "ao norte do pólo norte", também nada existe antes do
big bang. Também são idiotas, burros e tapados todos os outros
físicos (como Alan Guth, Penrose e Alex Vilenkin) que defendem que o
big bang representa o início do espaço-tempo e a origem da energia e
da matéria.
Sérgio: Por falar em imposturas intelectuais:
1) tunelamento não é o mesmo que salto quantico.
2) não existe o infinitamente improvável. Existe o estado com
probabilidade bem defenida.
Manuel: Santa soberbia, Batman! Realmente impressionante a facilidade
com que esse rapaz tacha a opinião dos outros, contrária à sua, de
impostura intelectual.
Bem, não sou físico e mesmo os físicos podem cometer erros em sua
área. E erro não é necessariamente impostura. Ademais, as mensagens
de uma lista de discussão não exige o mesmo rigor científico que
exige um ensaio destinado à publicação. Sobre tunelamento quântico,
assim define Timothy Ferris em seu livro "O Despertar na Via Láctea:
Uma História da Astronomia", à pág. 328: "Tunelamento quântico
(quantum tunneling). Um salto quântico através de uma barreira.
Já o "impostor intelectual" Alan Guth assim escreve no livro "O
Universo Inflacionário": "...o processo do tunelamento quântico. Um
sistema quântico é capaz de fazer uma transição descontínua de uma
configuração para outra, mesmo quando, classicamente, o sistema não
tenha energia suficiente para existir nas configurações
intermediárias. Esse "salto quântico" é a origem de uma metáfora
muito utilizada..." (pág. 220).
Quanto a possibilidades infinitamente improváveis, isso existe sim, e
é o que explica a existência de coisas "singulares" (todas as coisas
contém em si aspectos que se repetem em outras coisas -
generalidades - e aspectos que não se repetem - singularidades). Diz-
se que a probabilidade de um fenômeno ocorrer é infinitésima quando
ele só pode ocorrer uma vez, o que é o caso de tudo que é singular ou
dos aspectos singulares de todas as coisas, como a minha pessoa, a
sua pessoa, etc. Logo, todas as coisas reais e "concretas", que
contém em si aspectos singulares (o que está no fim dessa cadeia:
matéria > matéria orgânica > matéria viva > animal > vertebrado >
mamífero > primata > Homo > Homo sapiens sapiens > sexo masculino >
o "singular" Manuel Soares Bulcão Neto, brasileiro, cearense,
fortalezense, casado, filho do João e da Eunice, pai da Lígia e do
Ulisses, que neste momento está escrevendo uma mensagem para a
Ciencialist), retomando o fio, todos os fenômenos reais e concretos,
antes de terem acontecido, eram "possibilidades infinitamente
improváveis".
Sérgio: Vale dizer que nada do que foi dito tem algo que se aproveite.
Manuel: É o seu juízo subjetivo que, para mim, não tem nada que se
aproveite. Aliás, o meu cachorro Simba, quando olha para os livros da
minha biblioteca, se ele pudesse falar diria a mesma coisa: nada aqui
se aproveita. Um jumento concordaria com ele. Já um bode não, pois
bode adora comer papel.
Sérgio: Os memes são ideias. E as ideias são abstractas. E o
abstracto é feito de nada. Acho uma perda de tempo tentar dizer que
os memes são impulsos electrico-quimico...
Manuel: Vocé é que está perdendo o seu tempo comentando idéias que vc
julga inaproveitáveis.
Eu disse que os memes existem em nosso cérebro "sob a forma" de
fluxos eletroquímicos, e não que eles "são" impulsos eletroquímicos.
E se é perda de tempo falar sobre tais assuntos, qual o problema?
Faço o que quero com o meu tempo livre.
Manuel Bulcão
PS: Pessoal, desculpem-me os meus excessos, mas não vejo outra forma
de responder a tanta soberbia, desprezo pela opinião alheia,
arrogância e jactância.
SUBJECT: As Incomposturas intelectuais do Sergio Taborda
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 05:29
Oi,
Manuel: Feito do nada, mas que é alguma coisa. Aliás, há uma hipótese
científica segundo a qual o total de energia que existe no universo é
zero.
Sérgio: Eu não quero estragar a sua logica...
Manuel: Você não estragou absolutamente nada. Não se julgue um
demolidor. Você não é.
Sérgio: mas tem uma regra em fisica que diz que o valor da energia é
convencionado.
Manuel: Sim, sei que é uma convenção. Tanto que atribuí a ela os
valores X e -X, mas poderia ter falado em G e -G, ou N e -N, etc.
Sérgio: O que significa que o valor que ela tem realmente nada
interessa. Não é importante ,nem relevante. Tudo o que interessa é a
variação de energia. É muito bonito dizer que a energia total do
universo é zero, mesmo que seja por convenção. Mas é tão relevante,
verdade, ou mentira quanto dizer que é pi, o numero de Neper, o
numero de Ouro ou raiz de 2
Manuel: Então quer dizer que se nós mudarmos a convenção e passarmos
a chamar 200 de 0 (zero) e se, depois disso, eu enfiar o dedo numa
das tomadas daqui de cada de 200 v, eu não vou levar choque, né?
A unidade de medida pode ser uma convenção (podemos estabelecer que
200 quilowatts-hora = 2,354 quilomanuel-hora = 8.576 quilotabosa-
hora...), mas a relação entre as grandezas não é, como, no caso,
a "hipotética" relação entre as grandezas "matéria" e "gravitação".
Pode-se dar qualquer valor a uma hipotenusa ou até mudar o nome dela
para raimundinha, mas, independentemente disso, o quadrado da
hipotenusa (ou da raimundinha) vai continuar sendo a soma dos
quadrados dos catetos aqui no Brasil, aí em Portugal, na Chechênia ou
em Pasárgada.
Manuel:"Lucrécio, em sua obra "De Rerum Natura" (Sobre a Natureza das
Coisas), escreveu que "nada se pode criar do nada". Pois Lucrécio
estava errado. Do Nada pode surgir qualquer coisa, inclusive um
Universo. "
Sérgio: Isso é uma falácia muito grande. Vc não mostra que o universo
tenha sido criado do nada. Vc está brincando com as palavras ditas
por este e aquele. Nenhuma teoria fisica apoia essa versão.
Manuel: Você não sabe o que está falando. Antes de vomitar sabedoria
em cima dos outros e fazer afirmações tão peremptórias, como se o seu
juízo fosse supremo e irrecorrível, vá se informar, até para evitar
cair no ridículo. A hipótese cosmogônica da gênese ex-nihilo,
esboçada primeiramente por Edward Tryon e atualmente defendida pelo
físico russo Alex Vilenkin e muitos outros parte de tal pressuposto
(para Tryon, o nada é o vácuo, espaço-tempo vazio; para Vilenkin, o
nada é absolutamente nada). Muitos físicos teóricos fizeram
referência a esta hipótese em seus livros e, ao contrário de você,
todos a tratam com a devida seriedade, como um modelo possível,
concebível, digno de ser discutido e avaliado. Vou citar alguns:
Stephen Hawking (Uma Breve História do Tempo), Alan Guth (O Universo
Inflacionário), Paul Davies (A Superforça), John D. Barrow (Teorias
de Tudo), Fang Li Zhi e Li Shu Xian (A Criação do Universo), etc.
Veja o que escreve a respeito Alan Guth, o físico teórico do universo
inflacionário: "Se o universo foi criado do nada, então a energia
total deve ser zero (...) Mas o universo é claramente repleto de
energia (...) Como, então, pode haver qualquer esperança de uma
descrição científica da criação do universo? A resposta para essa
pergunta vem de uma característica extraordinária de uma forma
particular de energia -- a energia potencial gravitacional (...) A
energia do campo gravitacional é, pois, parte da energia do universo
e tem de ser incluída na contabilidade da lei da conservação da
energia (...) Como pode haver esperança de que a criação do universo
possa ser descrita pelas leis físicas coerentes com a conservação de
energia? Resposta: a energia armazenada no campo gravitacional é
representada por um número negativo! Isto é, a energia armazenada no
campo gravitacional é na verdade menor que zero. Se os números
negativos são permitidos, então pode-se obter zero ao adicionar um
número positivo a um número negativo de igual módulo; por exemplo, 7
mais -7 é igual a zero. É, pois, concebível que a energia total do
universo seja zero. A energia imensa que observamos sob a forma de
matéria pode ser anulada por uma contribuição negativa de igual
módulo oriunda do campo gravitacional. Não há limite para o módulo da
energia do campo gravitacional e, portanto, também para a quantidade
de matéria/energia que ele pode anular. (...) A inflação proporciona
um mecanismo natural para extrair o conteúdo do ilimitado
reservatório de energia que se pode extrair do campo gravitacional --
energia que pode evoluir para transformar-se em galáxias, estrelas,
planetas e seres humanos que hoje povoam o universo. (...) Após 2.000
anos de pesquisa científica, parece hoje que Lucrécio estava errado.
É concebível que tudo possa ser criado do nada. E "tudo" pode incluir
muito mais do que possamos ver. (Alan H. Guth; O Universo
Inflacionário; Ed. Campus; 1997; pp. 9, 10, 11 e 12. O ùltimo
capítulo deste livro, Capítulo 17 - Um Universo 'Ex Nihilo", pp.
223/228, é todo ele sobre essa hipótese.)
O físico teórico Stephen Hawking faz comentários positivos sobre a
hipótese da gênese ex-nihilo no "Capítulo 8 - Origem e Destino do
Universo" do seu livro de divulgação científica, "Uma Breve História
do Tempo" (Ed. Rocco; 18a. edição, pp. 181/182).
O físico teórico Paul Davies, doutor pela Universidade de Londres e
atualmente professor de filosofia natural da Universidade de
Adelaide, Austrália, escreve sobre a gênese ex-nihilo, manifestando
concordância, no "Capítulo 12 - Qual foi a Causa do Big Bang?", pp.
269/296, do seu livro Superforça (Gradiva, 1984) e também num outro
livro, "O Quinto Milagre", p. 70 (Cia. das Letras, 2000). Um
trecho: "Na década de 1980, o enigma da fonte de energia cósmica foi
resolvido. Descobriu-se que a energia total do universo poderia ser
na verdade zero, sendo, portanto, um caso de nada-por-nada. A razão
de o universo poder ter energia zero e ainda assim conter 10(50)
toneladas métricas de matéria se deve ao fato de seu campo
gravitacional ter energia negativa..."
Ainda vale acrescentar: quando uma estrela colapsa originando um
buraco negro (se é que esse troço realmente existe), não seria isso
um processo de anulação recíproca entre matéria e gravitação?
Manuel: "Antes do Universo, isto é, antes do Big-Bang,
absolutamente "nada" existia. Dito em outros termos: antes do
Universo existia o Nada. O Nada é a Lei e o Universo somente existe
porque toda lei, por mais férrea que seja, tem uma margem de
indeterminação."
Sérgio: Esta é a versão popular da coisa. O facto é que antes do BB
exista energia.
Manuel: Facto? A idéia que você defende, a versão aristocrática e não
popular, é "facto" e não uma simples hipótese científica como a
teoria geral da relatividade e outras réles conjecturas falseáveis?
Isso sim é que é impostura (e incompostura) intelectual. Você, que
acredita em astrologia, também deve achar que as crenças astrológicas
são factos, né?
E como você sabe que é facto que antes do Big Bang existia energia?
Acaso estava lá? Então esse tal de Stephen Hawking é mesmo um
absoluto idiota, pois ele afirma (imagine só!) que, assim como não
existe nada "ao norte do pólo norte", também nada existe antes do
big bang. Também são idiotas, burros e tapados todos os outros
físicos (como Alan Guth, Penrose e Alex Vilenkin) que defendem que o
big bang representa o início do espaço-tempo e a origem da energia e
da matéria.
Sérgio: Por falar em imposturas intelectuais:
1) tunelamento não é o mesmo que salto quantico.
2) não existe o infinitamente improvável. Existe o estado com
probabilidade bem defenida.
Manuel: Santa soberbia, Batman! Realmente impressionante a facilidade
com que esse rapaz tacha a opinião dos outros, contrária à sua, de
impostura intelectual.
Bem, não sou físico e mesmo os físicos podem cometer erros em sua
área. E erro não é necessariamente impostura. Ademais, as mensagens
de uma lista de discussão não exige o mesmo rigor científico que
exige um ensaio destinado à publicação. Sobre tunelamento quântico,
assim define Timothy Ferris em seu livro "O Despertar na Via Láctea:
Uma História da Astronomia", à pág. 328: "Tunelamento quântico
(quantum tunneling). Um salto quântico através de uma barreira.
Já o "impostor intelectual" Alan Guth assim escreve no livro "O
Universo Inflacionário": "...o processo do tunelamento quântico. Um
sistema quântico é capaz de fazer uma transição descontínua de uma
configuração para outra, mesmo quando, classicamente, o sistema não
tenha energia suficiente para existir nas configurações
intermediárias. Esse "salto quântico" é a origem de uma metáfora
muito utilizada..." (pág. 220).
Quanto a possibilidades infinitamente improváveis, isso existe sim, e
é o que explica a existência de coisas "singulares" (todas as coisas
contém em si aspectos que se repetem em outras coisas -
generalidades - e aspectos que não se repetem - singularidades). Diz-
se que a probabilidade de um fenômeno ocorrer é infinitésima quando
ele só pode ocorrer uma vez, o que é o caso de tudo que é singular ou
dos aspectos singulares de todas as coisas, como a minha pessoa, a
sua pessoa, etc. Logo, todas as coisas reais e "concretas", que
contém em si aspectos singulares (o que está no fim dessa cadeia:
matéria > matéria orgânica > matéria viva > animal > vertebrado >
mamífero > primata > Homo > Homo sapiens sapiens > sexo masculino >
o "singular" Manuel Soares Bulcão Neto, brasileiro, cearense,
fortalezense, casado, filho do João e da Eunice, pai da Lígia e do
Ulisses, que neste momento está escrevendo uma mensagem para a
Ciencialist), retomando o fio, todos os fenômenos reais e concretos,
antes de terem acontecido, eram "possibilidades infinitamente
improváveis".
Sérgio: Vale dizer que nada do que foi dito tem algo que se aproveite.
Manuel: É o seu juízo subjetivo que, para mim, não tem nada que se
aproveite. Aliás, o meu cachorro Simba, quando olha para os livros da
minha biblioteca, se ele pudesse falar diria a mesma coisa: nada aqui
se aproveita. Um jumento concordaria com ele. Já um bode não, pois
bode adora comer papel.
Sérgio: Os memes são ideias. E as ideias são abstractas. E o
abstracto é feito de nada. Acho uma perda de tempo tentar dizer que
os memes são impulsos electrico-quimico...
Manuel: Vocé é que está perdendo o seu tempo comentando idéias que vc
julga inaproveitáveis.
Eu disse que os memes existem em nosso cérebro "sob a forma" de
fluxos eletroquímicos, e não que eles "são" impulsos eletroquímicos.
E se é perda de tempo falar sobre tais assuntos, qual o problema?
Faço o que quero com o meu tempo livre.
Manuel Bulcão
PS: Pessoal, desculpem-me os meus excessos, mas não vejo outra forma
de responder a tanta soberbia, desprezo pela opinião alheia,
arrogância e jactância.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Meme, de que é feito isso?
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 10:01
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 12, 2002 10:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Meme, de que é feito isso?
>Esta é a versão popular da coisa. O facto é que antes do BB exista energia.
Desculpe me intrometer na discussão, mas o único "fato", até agora, é que
ninguém faz a menor idéia do que existia antes do Big Bang. A rigor, aliás,
não se sabe nem mesmo se *ocorreu* um Big Bang. Embora até agora continue
sendo a hipótese mais provável, suportada pela radiação cósmica de fundo e
pela expansão do universo, trata-se apenas de uma hipótese que, por sinal,
ainda apresenta alguns problemas não-solucionados pelos cosmologistas. Em
todo caso, antes do Big Bang, provavelmente não existia nem matéria, nem
energia, nem espaço, nem tempo, já que, de acordo com a maior parte dos
modelos cosmológicos atuais, o espaço-tempo só passou a existir *depois* do
Big Bang. Existe um problema conceitual incontornável pra se falar do que
havia antes do Big Bang. É que, de acordo com as tendências atuais da
cosmologia, o universo se originou de uma singularidade nua, e as
singularidades nuas marcam o limite absoluto das leis da física. Claro,
podemos especular (e alguns teóricos especulam) que antes do Big Bang havia
um universo como o nosso, que foi paulatinamente se contraindo até uma
singularidade, mas isso na verdade só adia o problema, porque esse outro
universo também teria se originado de uma singularidade que, por sua vez,
resultaria da contração de um universo anterior e assim por diante, até o
hipotético primeiro universo, que teria se originado de uma hipotética
singularidade antes da qual não se pode dizer nada.
Com relação à "versão popular", a única coisa que provavelmente está errada
é a crença de que o Big Bang foi uma "explosão". Essa é só uma metáfora pra
descrever a súbita expansão a partir da singularidade. Ainda não se sabe
concretamente a natureza desse processo, mas alguns físicos sugerem que
tenha sido um gigantesco salto quântico ou um colapso da função de onda. De
acordo com esse modelo, o universo (ou melhor, o mítico ponto primordial de
onde o universo surgiu) existia sob a forma de uma superposição coerente
que, por motivos desconhecidos (pra conhecê-los, seria preciso primeiro
determinar o que causa o colapso da função de onda, que é uma questão ainda
em aberto na mecânica quântica) entrou em colapso e assumiu um estado
determinado, que é o ponto de partida de nosso universo.
Como você vê, no terreno da cosmologia, estamos em pleno campo das hipóteses
e é prematuro falar em qualquer *fato* com relação ao Big Bang e o que havia
antes dele.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Antropologia biossocial
FROM: "Villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 10:25
Olá João de Carvalho
O assunto parece interessante, mas, como você pretende encaminha-lo ?
Sugiro a começar a discussão por aqui e, se vingar, criar uma lista
específica.
Abraços
villem
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Meme, de que é feito isso?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 11:13
Sérgio: O que significa que o valor que ela tem realmente nada
interessa. Não é importante ,nem relevante. Tudo o que interessa é a
variação de energia. É muito bonito dizer que a energia total do
universo é zero, mesmo que seja por convenção. Mas é tão relevante,
verdade, ou mentira quanto dizer que é pi, o numero de Neper, o
numero de Ouro ou raiz de 2
Manuel: Então quer dizer que se nós mudarmos a convenção e passarmos
a chamar 200 de 0 (zero) e se, depois disso, eu enfiar o dedo numa
das tomadas daqui de cada de 200 v, eu não vou levar choque, né?
--- Não. Porque, caso vc não saiba, os 200V da rede são uma DIFERENÇA de
potencial.
O que significa que o valor absoluto dos dois pontos do potencial, no caso
os terminais da tomada, não interessam. Interessa que a sua diferença seja
200V.
Por convenção um dos terminais tem potencial zero (o neutro) donde , se a
diferença é 200 e um é convencionado 0, o outro é convencionado a 200.
Caso o neutro fosse convencionado a 400 e a diferença fosse 200 , o outro
seria convencionado a 600.
Dados os terminais A e B e a seu potencial sendo Va e Vb a diferença de
potencial U = Vb-Va
Se adicionarmos um valor C , por convenção, a Va e a Vb então U é o mesmo.
O mesmo acontece se subtairmos. É isto que significa o valor absoluto não
interessar nada.
Quando o Potencial é calculado é calculado faltando saber o valor de uma
constante aditiva.
Esta contante é convencionada de certa forma. E tudo faz sentido se usarmos
a mesma convenção, mas não se mudarmos de convenção no meio.
Por simplicidade, convenciona-se que a Terra tem potencial electrico zero e
é um reservatorio sem limite.
"Pode-se dar qualquer valor a uma hipotenusa ou até mudar o nome dela
para raimundinha, mas, independentemente disso, o quadrado da
hipotenusa (ou da raimundinha) vai continuar sendo a soma dos
quadrados dos catetos aqui no Brasil, aí em Portugal, na Chechênia ou
em Pasárgada."
Eu não estava falando de nomes ou simbolos (G em vez de X).
Eu estava falando de valores. Valores que são convencionados.
Manuel:"Lucrécio, em sua obra "De Rerum Natura" (Sobre a Natureza das
Coisas), escreveu que "nada se pode criar do nada". Pois Lucrécio
estava errado. Do Nada pode surgir qualquer coisa, inclusive um
Universo. "
Sérgio: Isso é uma falácia muito grande. Vc não mostra que o universo
tenha sido criado do nada. Vc está brincando com as palavras ditas
por este e aquele. Nenhuma teoria fisica apoia essa versão.
"Manuel: Você não sabe o que está falando.
E vc sabe ?
Eu disse "Vc não mostra que o universo tenha sido criado do nada"
Se vc pode msotrar isto, faça-o.
Caso contrário mantenho minha afirmação.
"Antes de vomitar sabedoria
em cima dos outros e fazer afirmações tão peremptórias, como se o seu
juízo fosse supremo e irrecorrível, vá se informar, até para evitar
cair no ridículo. A hipótese cosmogônica da gênese ex-nihilo,
esboçada primeiramente por Edward Tryon e atualmente defendida pelo
físico russo Alex Vilenkin e muitos outros parte de tal pressuposto
(para Tryon, o nada é o vácuo, espaço-tempo vazio; para Vilenkin, o
nada é absolutamente nada). Muitos físicos teóricos fizeram
referência a esta hipótese em seus livros e, ao contrário de você,
todos a tratam com a devida seriedade, como um modelo possível,
concebível, digno de ser discutido e avaliado. "
E isso o que justifica ?
No livro Impostura Intelectuais do Alan Sokal vc pode ver que aquilo que
alguns escreveram (puras palermices ) são aceites por aqueles do mesmo meio
e até de outros. (o texto que o Sokal escreveu foi aceite, mesmo sendo
puramente estupido , sem nexo e sem conteudo)
Portanto, que alguns fisicos do mundo aceitem as ideias destes senhores, o
que é isso justifica?
Acaso tenho de aceitar tb ?
Acaso pq a resvista aceitou o texto de Sokal eu tenho de aceitar o texto
dele ?
A Física não é feita por convenção (ao contrário do que certos sociologos
acreditam) mas por Verificação.
"Vou citar alguns:
Stephen Hawking (Uma Breve História do Tempo), Alan Guth (O Universo
Inflacionário), Paul Davies (A Superforça), John D. Barrow (Teorias
de Tudo), Fang Li Zhi e Li Shu Xian (A Criação do Universo), etc."
Livros de divulgação não devem ser consideradas obras cientificas quando são
especulativas sobre o futuro de teorias que ainda não deram provas de si.
Manuel: "Veja o que escreve a respeito Alan Guth, o físico teórico do
universo
inflacionário: "Se o universo foi criado do nada, então a energia
total deve ser zero (...) Mas o universo é claramente repleto de
energia (...) Como, então, pode haver qualquer esperança de uma
descrição científica da criação do universo? A resposta para essa
pergunta vem de uma característica extraordinária de uma forma
particular de energia -- a energia potencial gravitacional (...) A
energia do campo gravitacional é, pois, parte da energia do universo
e tem de ser incluída na contabilidade da lei da conservação da
energia (...) Como pode haver esperança de que a criação do universo
possa ser descrita pelas leis físicas coerentes com a conservação de
energia? Resposta: a energia armazenada no campo gravitacional é
representada por um número negativo!"
Como eu disse, isto é meramente convencional.
O que este sr parece esquecer é que se mudarmos a convenção a sua teoria vai
ao ar.
Ora isto não faz nenhum sentido. Ele não pode justificar o equlibrio
energético do universo quando todos os valores da energia são
convencionados.
Ele está a trabalhar com valores absolutos da energia e em Fisica aprende-se
que isso é um erro.
O valor absoluto da energia, como do potencial, não interessam pq são
convencionados.
Este sr , pode , no máximo propor que se convencione que a energia total do
universo é nula, mas ele terá que provar isso, e não apenas fazendo
conjecturas que estão somente associadas a convenções.
Por isso que eu disse que é bonito, mas que se não tiver nada de real , não
pode ser aceite.
A 1ª lei da termodinâmica fala de Variações de energia.
Este sr está a falar de valores absolutos que se anulam.
Não tem nenhum sentido.
Se ele dissesse que todas as variações de energia somam para zero no
universo, ai sim, ele estaria falando certo. Mas tb estaria falando o óbvio.
Isso é o que diz a termodinâmica dos sistema isolados.
" Isto é, a energia armazenada no
campo gravitacional é na verdade menor que zero. Se os números
negativos são permitidos, então pode-se obter zero ao adicionar um
número positivo a um número negativo de igual módulo; por exemplo, 7
mais -7 é igual a zero. "
Dirac chegou , matemáticamente, a valores de energia negativa para as sua
particulas associadas (as anti-particulas). Mas vc não vê ninguem dizer que
a massa (energia /c²) do positrão é o simétrico da massa do electrão. Porquê
?
"O físico teórico Stephen Hawking ... "
"O físico teórico Paul Davies "
"A razão
de o universo poder ter energia zero e ainda assim conter 10(50)
toneladas métricas de matéria se deve ao fato de seu campo
gravitacional ter energia negativa..."
Isto não tem pés nem cabeça.
Se mudarmos a convenção de energia, isto vai tudo por água abaixo.
E pq eles não falam da energia negativa dos electrões nos atomos ?
São muitos mais que os campos graviticos... o seu efeito negativo deveria
ser muito maior.
Sérgio: Esta é a versão popular da coisa. O facto é que antes do BB
exista energia.
Manuel: Facto? A idéia que você defende, a versão aristocrática e não
popular, é "facto" e não uma simples hipótese científica como a
teoria geral da relatividade e outras réles conjecturas falseáveis?
Ao menos não acenta em convenções, mas sim no 1º principio da termodinamica
que diz que 'nada vem do nada'
Se vc está resoluto a abandonar esta regra para poder aceitar as ideias dos
citados, é lá consigo.
Eu não estou. E pq não estou ?
Pela simples razão que se eu tomar como falsa a 1º lei da termodinamica, o
proprio argumento desses senhores não fará mais sentido. Eu poderei
considerar sumidouros e fontes de energia, e/ou não terei necessidade de
convencionar a igualdade das variações de eenrgia dos sistemas.
Em outras palavras, se eu aceitar que o 1º principio não é mais valido, eu
terei de concluir que a logica destes senhores nem tem fundamento.
Por outro lado, se eu a aceitar, a logica destes sr não tem fundamento.
Seja como for, eles não podem basear os seus fundamentos em meras
Convenções.
Manuel: E como você sabe que é facto que antes do Big Bang existia energia?
Pela 1ª lei da termodinâmica.
"Acaso estava lá?"
Acaso Hawking, Guth, Penrose, Vilenkin, estavam lá ?
Que pergunta mais sem sentido.
" Então esse tal de Stephen Hawking é mesmo um
absoluto idiota, pois ele afirma (imagine só!) que, assim como não
existe nada "ao norte do pólo norte", também nada existe antes do
big bang. Também são idiotas, burros e tapados todos os outros
físicos (como Alan Guth, Penrose e Alex Vilenkin) que defendem que o
big bang representa o início do espaço-tempo e a origem da energia e
da matéria."
Foi vc que disse. Eu acho que sim, e já não é de agora... mas hei! é a minha
opinião.
O facto , é que eles nunca assentam o que dizem nas teorias que existem.
Eles criam teorias para que estejam de acordo com o que dizem.
Do tipo "segundo esta nova teoria , eu tenho razão"
Até pode ser que sim, mas se não tiver razão segundo a "velha" teoria, a
opinião deles não vale nada para mim, nem para ninguem. Excepto quem come
tudo o que está nos livros de divulgação deles.
Sérgio: Por falar em imposturas intelectuais:
1) tunelamento não é o mesmo que salto quantico.
2) não existe o infinitamente improvável. Existe o estado com
probabilidade bem defenida.
"Manuel: Santa soberbia, Batman! Realmente impressionante a facilidade
com que esse rapaz tacha a opinião dos outros, contrária à sua, de
impostura intelectual.
Bem, não sou físico e mesmo os físicos podem cometer erros em sua
área. E erro não é necessariamente impostura. "
Mas o trecho de texto que vc citou do Alan Guth é uma pura impostura.
Ele não pode fazer fisica com base nas convenções numéricas. Isso é absurdo!
É o mesmo que vc dizer que descobre uam teoria muito boa que explica tudo,
mas apenas se o metro tiver metade do tamanho. Não faz sentido isso. O
tamanho do metro é convencionado. As teorias têm de ser boas
independentemente do seu valor.
Ele está comentendo um erro fisico quando aceita que pode usar as covenções
para se jutificar,e uma impostura quando vende a sua ideia como boa.
"Ademais, as mensagens
de uma lista de discussão não exige o mesmo rigor científico que
exige um ensaio destinado à publicação. Sobre tunelamento quântico,
assim define Timothy Ferris em seu livro "O Despertar na Via Láctea:
Uma História da Astronomia", à pág. 328: "Tunelamento quântico
(quantum tunneling). Um salto quântico através de uma barreira."
Tlv vc queira ver num manual de fisica... tlv seja uma boa opção a esses
livros de divulgação.
O salto quantico é proceso pelo qual num sistema estacionário passa de um
estado para outro.
Estado = valor da energia dos sitema.
Tunelamento quantico ocorre quando uma particula presa num poço de potencial
em determinada região do espaço consegue sair dele, quando a sua energia não
lhe o permitiria classicamente.
Em resumo:
Salto quantico= variação da energia do sistema
Tunelamento = mudança de posição.
Estes conceitos podem ser sinónimos em certas ocasiões , mas não são a mesma
coisa.
A frase citada "Observe-se que o tunelamento ou
salto quântico é um fenômeno físico através do qual o infinitamente
improvável (aquela possibilidade que faz fronteira com o impossível)
se realiza de uma maneira súbita, feito um "big bang". "
É portanto uma pura falta de conhecimento da distinção dos dois termos.
E eu apenas disse que eram diferentes. E o são.
"Já o "impostor intelectual" Alan Guth assim escreve no livro "O
Universo Inflacionário": "...o processo do tunelamento quântico. Um
sistema quântico é capaz de fazer uma transição descontínua de uma
configuração para outra, mesmo quando, classicamente, o sistema não
tenha energia suficiente para existir nas configurações
intermediárias. Esse "salto quântico" é a origem de uma metáfora
muito utilizada..." (pág. 220)."
Como vc poderá ver, não foi isso que escreveu na mesnagem anteiror.
Este texto que vc apresenta agora, está correcto. Ele faz uam analogia e usa
"alto quantico" entre aspas , como deveria. (o salto quantico não existe na
realidade é um artificio teorico)
Acho que não veio mal ao mundo por eu ter chamado a atenção para o obvio.
"Quanto a possibilidades infinitamente improváveis, isso existe sim, e
é o que explica a existência de coisas "singulares" (todas as coisas
contém em si aspectos que se repetem em outras coisas -
generalidades - e aspectos que não se repetem - singularidades). Diz-
se que a probabilidade de um fenômeno ocorrer é infinitésima quando
ele só pode ocorrer uma vez,"
Qual é a probabilidade de uma coisa que só pdoe ocurrer uam vez ?
Por favor, apresente os calculos.
o que é o caso de tudo que é singular ou
dos aspectos singulares de todas as coisas, como a minha pessoa, a
sua pessoa, etc. Logo, todas as coisas reais e "concretas", que
contém em si aspectos singulares (o que está no fim dessa cadeia:
matéria > matéria orgânica > matéria viva > animal > vertebrado >
mamífero > primata > Homo > Homo sapiens sapiens > sexo masculino >
o "singular" Manuel Soares Bulcão Neto, brasileiro, cearense,
fortalezense, casado, filho do João e da Eunice, pai da Lígia e do
Ulisses, que neste momento está escrevendo uma mensagem para a
Ciencialist), retomando o fio, todos os fenômenos reais e concretos,
antes de terem acontecido, eram "possibilidades infinitamente
improváveis".
Lá está vc mudando da fisica para a sociologia.
Isto é que eu chamei de impostura por analogia com o que está escrito no
livro do Sokal.
Sérgio: Vale dizer que nada do que foi dito tem algo que se aproveite.
Manuel: É o seu juízo subjetivo que, para mim, não tem nada que se
aproveite.
Pronto. Não tinah que ter.
Eu só dei a minha opinião de fisico. Vc aceita ou não aceita.
O que acho curioso é que vc nem a tome em consideração, sendo para mais que
vc não é fisico)
Sérgio: Os memes são ideias. E as ideias são abstractas. E o
abstracto é feito de nada. Acho uma perda de tempo tentar dizer que
os memes são impulsos electrico-quimico...
Manuel: Vocé é que está perdendo o seu tempo comentando idéias que vc
julga inaproveitáveis.
Estarei de bem com minha cosnciencia. Eu tentei impedir comparações a
assunções absurdas.
Se elas não param, eu, em consciencia, não poderei me sentir culpado.
Sérgio
P.S.
Se vc está numa lista de discussão é normal que alguem discorde de si. Não
precisa ficar tão irritado.
Afinal vc nem é o autor das ideias , vc só as está transmitindo dos livros
que leu, para nós.
SUBJECT: Fw: biossíntese por espelhos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 12:14
Agradeço sugestões.
[]'
Léo
=======================
-----Mensagem Original-----
De: <anjo@urbi.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: sábado, 12 de outubro de 2002 22:30
Assunto: biossíntese por espelhos
Caro Prof. Luiz Ferraz,
Obtive se email na sua matéria de "Sistema Refletor Triédico". Talvez possa
me dar uma dica. Na minha residência incide pouca luz solar, principalmente
no inverno. Como desejo iluminar uma eventual horta, ocorreu-me a idéia de
implementar um sistema de espelhos refletores, côncavos, para apanhar a luz
solar onde esta incide e refletí-la para o jardim. Poderia me sugerir
alguma leitura o idéia de como fazer isto praticamente? Isto é, preciso
conhecer que material refletivo utilizar (os espelhos tradicionais com
cobertura de vidro não são apropriados para a intempérie), e o grau de
convexidade necessário tendo em conta as variáveis de diâmetro, distância,
intensidade da luz e área a ser iluminada. Desde já lhe agradeço sua gentileza.
Miguel Schwindt
anjo@urbi.com.br
SUBJECT: Re:_[ciencialist]_Deus_no_joga_dados_?
FROM: Maria Alice Duarte <jcaliceduarte@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 13:11
Douglas_Ferreira_Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br> wrote:
Creio que é uma invenção humana. Seria bom ler os textos de Wittgenstein
sobre a filosofia da matemática.
DFG
----- Original Message -----
From: Jaison Carvalho
To:
Sent: Thursday, October 10, 2002 9:20 AM
Subject: [ciencialist] Deus não joga dados ?
Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não tive
muito sucesso nas respostas
a minha dúvida é :
Seria Deus um matemático ?
a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis ,
como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na
natureza , como o
segmento de reta ou o circulo perfeito.
Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o
mundo graças a matemática.
Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a
relação da matemática e a verdade )
Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode
jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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Bom Douglas ,
Nâo sei se você acredita na bíblia , mas eu posso ver nela tamanha sabedoria . Enfim, ela diz que Deus criou todas as leis que regem o Universo .
Sei que o que temos ao nosso redor é maravilhoso demais para ter surgido assim , ao acaso , meu corpo e muito perfeito (claro que não me refiro a "beleza resnascentista" em sí) , as células se complementam , quando estou bem ,tudo age em uma harmônia tamanha que para mim , torna-se difícil não ver a Deus.
Adoro física (por isso estou nesta lista) e sendo assim , não posso deixar de admirar tudo aquilo que está ao meu redor , ver a beleza e poder ao desvendar , descobrir , calcular algo novo . Estudar a física filosófica , que ,na minha opiniâo não é uma física de botiquim mas apenas o entendimento daquilo que nos cerca , sem calculos , sem números , apenas a visoalização da beleza .
Alice Duarte.
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SUBJECT: Re: Re:_[ciencialist]_Deus_não_joga_dados_?
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 15:51
Bom Douglas ,
Douglas: "Por que me chamas de Bom? Um só é Bom!"
Nâo sei se você acredita na bíblia , mas eu posso ver nela tamanha
sabedoria . Enfim, ela diz que Deus criou todas as leis que regem o Universo
.
Douglas: Eu acredito. Mas não me lembro da Bíblia falar que Deus criou
"leis" que regem o universo, pelo menos não no sentido que hoje damos ao
termo.
Sei que o que temos ao nosso redor é maravilhoso demais para ter
surgido assim , ao acaso , meu corpo e muito perfeito (claro que não me
refiro a "beleza resnascentista" em sí) , as células se complementam ,
quando estou bem ,tudo age em uma harmônia tamanha que para mim , torna-se
difícil não ver a Deus.
Douglas: O mundo tb é cheio de coisas feias demais. Mas não há necessidade
de falar em Deus na tentativa de explicar a "harmonia" das coisas. Existem
teorias que explicam isto muito bem, como a Teoria Geral dos Sistemas
(coloquei harmonia entre aspas porque creio que o termo mais adequado seria
"relação").
Adoro física (por isso estou nesta lista) e sendo assim , não posso
deixar de admirar tudo aquilo que está ao meu redor , ver a beleza e poder
ao desvendar , descobrir , calcular algo novo . Estudar a física filosófica
, que ,na minha opiniâo não é uma física de botiquim mas apenas o
entendimento daquilo que nos cerca , sem calculos , sem números , apenas a
visoalização da beleza .
Douglas: Eu já sou pessimista. Vejo é angustia, fome, dor, sofrimento. Deus
queira que isso acabe logo. E a física filósofica (como a de Aristóteles) é
bonita mesmo. E útil como maneira de ensinar como pensar.
DFG
SUBJECT: Re: Re:_[ciencialist]_Deus_não_joga_dados_?
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 16:03
Jailson: por certo deus não era matemático pos não conta na folha corrida
dele nenhum curso superior.
silvio, o exêgeta.
Não adianta dispensar que a gente escreve do mesmo geito.
----- Original Message -----
From: "Maria Alice Duarte" <jcaliceduarte@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 13, 2002 1:11 PM
Subject: Re:_[ciencialist]_Deus_não_joga_dados_?
Douglas_Ferreira_Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br> wrote:
Creio que é uma invenção humana. Seria bom ler os textos de Wittgenstein
sobre a filosofia da matemática.
DFG
----- Original Message -----
From: Jaison Carvalho
To:
Sent: Thursday, October 10, 2002 9:20 AM
Subject: [ciencialist] Deus não joga dados ?
Olá Lista , estou com uma dúvida , postei ela em outra lista , mas não tive
muito sucesso nas respostas
a minha dúvida é :
Seria Deus um matemático ?
a matemática é a verdade , ou seria mero concenso ?
tudo bem que a matemática utiliza de linguagens humanamente inconcebíveis ,
como o infinito , utiliza até formas que não podem ser encontradas na
natureza , como o
segmento de reta ou o circulo perfeito.
Porém é inegavel o avanço tecnologico e avanço na maneira como percebos o
mundo graças a matemática.
Gostaria de saber a opinião de vocês ( Unica e exclusivamente sobre a
relação da matemática e a verdade )
Por favor , mensagens dizendo que Deus não existe , ou que ele não pode
jogar dados porque não tem com quem jogar são dispensáveis.
A minha Dúvida é a relação : MATEMATICA E REALIDADE
[]
Jaison
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Bom Douglas ,
Nâo sei se você acredita na bíblia , mas eu posso ver nela tamanha
sabedoria . Enfim, ela diz que Deus criou todas as leis que regem o Universo
.
Sei que o que temos ao nosso redor é maravilhoso demais para ter
surgido assim , ao acaso , meu corpo e muito perfeito (claro que não me
refiro a "beleza resnascentista" em sí) , as células se complementam ,
quando estou bem ,tudo age em uma harmônia tamanha que para mim , torna-se
difícil não ver a Deus.
Adoro física (por isso estou nesta lista) e sendo assim , não posso
deixar de admirar tudo aquilo que está ao meu redor , ver a beleza e poder
ao desvendar , descobrir , calcular algo novo . Estudar a física filosófica
, que ,na minha opiniâo não é uma física de botiquim mas apenas o
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 16:35
> Agora voltemos aos velhos problemas:
> Cachorros tem quatro pernas.
> Mesas tem quatro pernas.
> Mesas são cachorros.
Douglas: Vc está certo em parte. A lógica é, hoje, uma ciência formal. Digo
hoje, porque atá o princípio da modernidade havia a distinção entre Lógica
Maior e Lógica Menor. O que hoje chamamos de lógica é apenas a Lógica Menor.
Atualmente, quando a lógica é uma ciência formal, a análise do conteúdo das
premissas é feita por constatação empírica ou pela análise de discurso. Mas
para isso a lógica deve ser formalizada. Neste caso, formalizando o
silogismo acima, podemos colocá-lo na seguinte forma:
A é B
C é D
logo C é A
Neste caso fica claro que o silogismo possui quatro termos. Se não houver
formalização, o silogismo pode ser considerado não válido de todo jeito pois
o termo médio (pernas) é tomado particularmente nos dois casos (e deveria
ser tomado universalmente pelo menos em um).
> Não cabe a lógica julgar a validade das premissas nem fazer uma análise do
> discurso implícito das mesmas, pois assim a lógica estaria submetida a
> julgamentos subjetivos.
Douglas: Realmente não cabe à lógica fazer tal análise. Mas para isto ela
deve ser formalizada. No exemplo dado ela veio em linguagem comum, neste
caso posso usar elementos da Lógica Maior para fazer a análise do conteúdo,
sem cair em subjetivismo (note bem a última frase). E fazendo isso, o
Silogismo possui quatro termos.
> Espero ter sido claro.
Douglas: Foi claro sim.
DFG
SUBJECT: A RAZÃO E O MUNDO
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 17:25
Pessoal, como é que vcs explicam a relação existente entre a razão, faculdade humana de decodificar ou codificar as coisas, e a idéia subjacente que ela imprime de que as coisas, em particular, as pessoas e o mundo podem ser compreendidos porque devem ser organizados segundo leis físico-matemáticas?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: UM CRIADOR
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 17:29
A questão pode até não ser apropriada para a lista, podem achar alguns, mas em virtude do debate, evoluçãoxcriacionismo, gostaria de saber se alguém aí da lista não acredita que o Universo não tenha um criador e por quê?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: ESTRELAS DE QUARKS
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 17:30
Por que existem estrelas de neutrons, buracos negros e não existem estrelas de Quarks? O que impede a gravidade de produzir uma estrela de quark?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Meme, de que é feito isso?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 17:36
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
> >Esta é a versão popular da coisa. O facto é que antes do BB exista
energia.
>
> Desculpe me intrometer na discussão, mas o único "fato", até agora, é que
> ninguém faz a menor idéia do que existia antes do Big Bang. A rigor,
aliás,
> não se sabe nem mesmo se *ocorreu* um Big Bang. Embora até agora continue
> sendo a hipótese mais provável, suportada pela radiação cósmica de fundo e
> pela expansão do universo, trata-se apenas de uma hipótese que, por sinal,
> ainda apresenta alguns problemas não-solucionados pelos cosmologistas. Em
> todo caso, antes do Big Bang, provavelmente não existia nem matéria, nem
> energia, nem espaço, nem tempo, já que, de acordo com a maior parte dos
> modelos cosmológicos atuais, o espaço-tempo só passou a existir *depois*
do
> Big Bang. Existe um problema conceitual incontornável pra se falar do que
> havia antes do Big Bang. (...)
Concordo com tudo isso, e eu particularmente não gosto da teoria do BB por
muito que digam que explica as coisas. Tem, como vc disse, muitos problemas
por resolver.
Agora, as bases da fisica não têm esses problemas, e elas dizem que nada
pode vir do nada.
Se o espaço-tempo se expandiu, tê-lo-á feito graças a energia existente. Não
ha como contornar isto.
(a menos é claro que vc escolha outras leis da fisica que não as actuais)
> Com relação à "versão popular", a única coisa que provavelmente está
errada
> é a crença de que o Big Bang foi uma "explosão". Essa é só uma metáfora
pra
> descrever a súbita expansão a partir da singularidade. Ainda não se sabe
> concretamente a natureza desse processo, mas alguns físicos sugerem que
> tenha sido um gigantesco salto quântico ou um colapso da função de onda.
De
> acordo com esse modelo, o universo (ou melhor, o mítico ponto primordial
de
> onde o universo surgiu) existia sob a forma de uma superposição coerente
> que, por motivos desconhecidos (pra conhecê-los, seria preciso primeiro
> determinar o que causa o colapso da função de onda, que é uma questão
ainda
> em aberto na mecânica quântica) entrou em colapso e assumiu um estado
> determinado, que é o ponto de partida de nosso universo.
O BB é um modelo inerentemente Relativista.
E não ainda ha muito tempo discutiu-se aqui que a Relatividade não casa bem
com a MQ.
Essas aanlogia dos salto quantico e do colapso da f.d.o. são meras
analogias.
Ninguem sabe qual a função que possa ter colapsado nem que sistema possa ter
'saltado'
São alegorias, expeculações que traduzem uma visão, mas não uma teoria
cientifica.
Protanto, tudo isto que vc escreveu, tem a sua logica, mas de um pont de
vista meramente ilustrativo.
Não tem uma realidade ou teoria fisica apoiando isso a 100%.
> Como você vê, no terreno da cosmologia, estamos em pleno campo das
hipóteses
> e é prematuro falar em qualquer *fato* com relação ao Big Bang e o que
havia
> antes dele.
A Termodinâmica vem dando, desde sempre, provas de que é muito mais poderosa
que todas as outras teorias. Principalmente a lei da conservação da energia.
Como uma granada não pode explodir sem energia, nem o espaço curvar sem
energia, o BB tb não pode ter acontecido sem haver energia. É algo basilar.
Se vc opta por dizer que o BB veio do nada está abrindo a porta para uma
excepção.
E excepções não são bem vindas em física.
Sérgio
SUBJECT: MATEMÁTICA DO JOGO DE XADREZ
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 17:38
Alguém da lista sabe, connhece ou viu ou tem algum livro de matemática que trate especificamente de uma matemática do jogo de xadrez?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: biossíntese por espelhos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 17:39
"Caro Prof. Luiz Ferraz,
Obtive se email na sua matéria de "Sistema Refletor Triédico". Talvez possa
me dar uma dica. Na minha residência incide pouca luz solar, principalmente
no inverno. Como desejo iluminar uma eventual horta, ocorreu-me a idéia de
implementar um sistema de espelhos refletores, côncavos, para apanhar a luz
solar onde esta incide e refletí-la para o jardim."
É preciso ver que os espelhos côncavos têm um foco. E isso pode provocar
incendios se não for devidamente tido em atenção. Espelhos normais, ou
convexos, são perferiveis.
Só isto que tenho a dizer.
Sérgio
SUBJECT: Re: A RAZÃO E O MUNDO
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 17:52
Explicar a relação entre (1) a razão e (2) a idéia que esta
imprime de que as coisas são compreensíveis porque devem ser organizadas
segundo leis físico-matemáticas? Isso soa meio vago, não compreendi a
pergunta. Você diz que a razão imprime essa tal idéia, e pede-nos para
explicar a relação entre a razão e essa idéia...
Belisário
At 17:25 13/10/02 -0300, you wrote:
>Pessoal, como é que vcs explicam a relação existente entre a razão,
>faculdade humana de decodificar ou codificar as coisas, e a idéia
>subjacente que ela imprime de que as coisas, em particular, as pessoas e o
>mundo podem ser compreendidos porque devem ser organizados segundo leis
>físico-matemáticas?
>
>Carlos AR
SUBJECT: Re: ESTRELAS DE QUARKS
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 18:08
Estrelas de quarks nunca foram observadas, mas elas são previstas
teoricamente:
http://www.aip.org/enews/physnews/1997/split/pnu333-2.htm
"QUARK STARS represent one segment on the sliding scale of collapsed stars
stretching from white dwarfs to black holes. In between lie neutron stars,
in which self-gravitation has forced electrons to merge with protons to
form neutrons. At higher density, some of the nuclear matter may exist in
the form of hyperons, heavy versions of neutrons which can be made
artificially at accelerators on Earth. Hyperons are normally unstable and
quickly decay, but would survive indefinitely inside neutron stars. Up to
this point, the nucleons inside a neutron star are still baryons; that is,
they each consist primarily of three quarks. But at higher density still,
the baryons can melt, creating the quark-gluon plasma state being sought at
the CERN collider in Geneva and (in the next few years) at the RHIC
collider on Long Island. However, if physicists don't hurry,
astrophysicists might spot evidence for the quark matter first. Rapidly
spinning neutron stars (pulsars) gradually shed energy and angular momentum
in the form of radio emissions and an electron- positron stellar wind. This
causes the star to contract, jacking up the pressure a bit, making
conditions more favorable for the creation of hyperons and quark matter.
According to Norman Glendenning of LBL (nkg@csa.lbl.gov) and his colleagues
S. Pei (Beijing Normal University) and F. Weber (Ludwig-Maximilians
University of Munich) one in a hundred pulsars is undergoing the
baryon-melting phase transition. They suggest ways in which this transition
could be detected, and they look forward to the advent of a new "quark
astronomy."(Norman Glendenning et al., 1 September Physical Review Letters;
image available at Physics News Graphics.) "
Belisário
At 17:30 13/10/02 -0300, you wrote:
>Por que existem estrelas de neutrons, buracos negros e não existem
>estrelas de Quarks? O que impede a gravidade de produzir uma estrela de quark?
>Carlos AR
SUBJECT: Re: [ciencialist] I need a help.
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 18:10
Prezado Moderador:
Peço um grande favor:
mantenha minha inscrição apenas como scf@escelsa.com.br
e cancele a
scf@escelsanet.com.br
a yahoo cadastrou os dois e recebo as msg. em duplicata.
muiito obrigado mas, por favor, não cadele os dois!!!
silviocordeiro filho
obs.: na página de apoio nao tem o tradicional: "fale conosco".... nem o seu
endereço....
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SUBJECT: Re: ESTRELAS DE QUARKS
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 18:19
Eis que o telescópio de raios-X Chandra descobriu um objeto que
pode ser uma estrela de quarks!
http://chandra.harvard.edu/photo/2002/0211/index.html
Belisário
At 17:30 13/10/02 -0300, you wrote:
> >Por que existem estrelas de neutrons, buracos negros e não existem
> >estrelas de Quarks? O que impede a gravidade de produzir uma estrela de
> quark?
> >Carlos AR
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 18:19
Tb estou sem entender a pergunta. Formule-a de outo jeito.
DFG
----- Original Message -----
From: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 13, 2002 5:52 PM
Subject: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO
Explicar a relação entre (1) a razão e (2) a idéia que esta
imprime de que as coisas são compreensíveis porque devem ser organizadas
segundo leis físico-matemáticas? Isso soa meio vago, não compreendi a
pergunta. Você diz que a razão imprime essa tal idéia, e pede-nos para
explicar a relação entre a razão e essa idéia...
Belisário
At 17:25 13/10/02 -0300, you wrote:
>Pessoal, como é que vcs explicam a relação existente entre a razão,
>faculdade humana de decodificar ou codificar as coisas, e a idéia
>subjacente que ela imprime de que as coisas, em particular, as pessoas e o
>mundo podem ser compreendidos porque devem ser organizados segundo leis
>físico-matemáticas?
>
>Carlos AR
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SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 18:20
A pergunta com dupla negação fica um tanto confusa. Só para esclarecer a
minha posição, eu acredito que o universo NÃO tem um criador. Essa hipótese
é mais complicada do que o fato que pretende explicar e, logo, confunde
mais do que explica, lançando a discussão em uma série interminável de
raciocínios (Quem criou Deus? O que Deus estava fazendo antes de criar o
tempo e o espaço? Deus pode se auto-destruir?, etc)
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 13 de Outubro de 2002 17:29
Assunto: [ciencialist] UM CRIADOR
A questão pode até não ser apropriada para a lista, podem achar alguns, mas
em virtude do debate, evoluçãoxcriacionismo, gostaria de saber se alguém aí
da lista não acredita que o Universo não tenha um criador e por quê?
Carlos AR
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 18:22
A questão pode até não ser apropriada para a lista, podem achar alguns, mas
em virtude do debate, evoluçãoxcriacionismo, gostaria de saber se alguém aí
da lista não acredita que o Universo não tenha um criador e por quê?
Carlos AR
Douglas: Eu acredito em Deus Criador. Só não entendi se o "por que" é para
quem acredita ou para quem não acredita.
SUBJECT: Re: [ciencialist] MATEMÁTICA DO JOGO DE XADREZ
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 18:26
Raymond Smullyan da Univercidade da Cidade de Nova Iorque possui um
livro sobre lógica dedutiva aplicada ao Xadrez
DFG
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto <cfrued@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 13, 2002 5:38 PM
Subject: [ciencialist] MATEMÁTICA DO JOGO DE XADREZ
Alguém da lista sabe, connhece ou viu ou tem algum livro de matemática que
trate especificamente de uma matemática do jogo de xadrez?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 18:37
(Quem criou Deus?
D: O termo "criar" aplicado a Deus tem outro significado, um significado
particular que só se aplica a ele.
Sendo Ele o Creador, creou o próprio ato de criar e antes disso não havia
como criar nada.
O que Deus estava fazendo antes de criar o
> tempo e o espaço?
D Quem "faz" são as criaturas, não o Creador.
Deus pode se auto-destruir?
D: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível, o que não for possível
é não-ser. A auto destruíção de Deus é um não-ser, só existe no campo
linguistico (não tem existência ontológica).
D: Além disso, o verbo aplicado ao ato de Deus é desprovido de tempo, por
isso Ele creou, crea e continuará (se quiser) creando o mundo
(sustentando-o). O que é bem diferente do uso que a ciência faz do termo
"criação". Por isso o criacionismo é um engodo tanto no campo da ciência
como no campo da Teologia. (creio que isso não é discussão para a ciência).
DFG
SUBJECT: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 18:58
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 13, 2002 5:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Meme, de que é feito isso?
>Concordo com tudo isso, e eu particularmente não gosto da teoria do BB por
muito que digam que explica as coisas. Tem, como vc disse, muitos problemas
por resolver.
Olha, ela tem muitos problemas por resolver mas, por outro lado, encaixa-se
perfeitamente nos fatos conhecidos, inclusive o padrão de distribuição da
radiação cósmica de fundo revelado pelo COBE em 1992. Na verdade, o grande
problema com a teoria do Big Bang se resume a um só: é que, de acordo com a
taxa de expansão do Universo, este deveria ter por volta de seis bilhões de
anos no máximo, ao passo que existem estrelas com 15 bilhões de anos. Como é
evidente que não podem existir corpos cósmicos mais velhos que o universo, é
preciso resolver essa discrepância. Mas ela não chega a colocar a teoria
como um todo em xeque, exige apenas que se demonstre como e por quê a taxa
de expansão do universo não pode ter sido constante. Então, provavelmente a
resposta vai ser uma versão da teoria do Big Bang modificada, possivelmente
incorporando alguma das muitas versões do universo inflacionário.
>Agora, as bases da fisica não têm esses problemas, e elas dizem que nada
pode vir do nada.
Eu não tô muito certo do que você quer dizer com "as bases da física".
Porque na mecânica quântica, que lida com as estruturas fundamentais da
matéria (e o que pode ser mais básico do que isso?), é só olhar qualquer
diagrama de vácuo pra ver que partículas surgem do nada o tempo todo. Você
pode alegar que esse vácuo não é verdadeiramente vácuo, mas um poço de
energia, e vai ter toda razão. Só que essa energia é uma energia virtual,
medida em números negativos e, portanto, na verdade, é *menos* do que nada.
Na verdade, o poço de energia virtual é mais um artifício matemático porque,
na realidade concreta, o que se tem é uma criação ex nihilo de partículas. É
claro que, devido às leis da conservação de energia, essas partículas não
podem existir durante mais do que uma fração de segundo, e é por isso que
elas são chamadas de partículas virtuais, mas durante esse breve
infinitésimo de segundo, elas são tão reais quanto qualquer outra partícula
e exercem uma influência determinante sobre o universo. Por exemplo,
acredita-se que as quatro forças fundamentais sejam produzidas por uma troca
de partículas virtuais entre as partículas reais. Assim, lamento, mas não é
verdade que nada pode vir do nada. Muita coisa pode vir do nada e, sim,
chegou-se a especular se a partícula original do universo não teria surgido
por uma flutuação de vácuo desse tipo.
>Se o espaço-tempo se expandiu, tê-lo-á feito graças a energia existente.
Não ha como contornar isto. (a menos é claro que vc escolha outras leis da
fisica que não as actuais)
Tem razão, o universo se expande graças à energia existente - à energia
existente *depois* do Big Bang. O que você disse é que essa energia já
estava lá *antes* do Big Bang e essa é uma afirmação, no mínimo, temerária.
Ninguém pode dizer o que estava ou não lá antes do Big Bang porque, como eu
disse, o Big Bang se originou a partir de uma singularidade, que marca o
limite a partir do qual as leis da física deixam de atuar. Portanto, sim, as
leis da física antes do Big Bang eram, *por definição*, outras que não as
atuais.
>O BB é um modelo inerentemente Relativista.
>E não ainda ha muito tempo discutiu-se aqui que a Relatividade não casa
bem
com a MQ.
Devagar com o andor. É verdade que a teoria da relatividade e a mecânica
quântica apresentam sérias incompatibilidades, mas não é menos verdade que
superar essas incompatibilidades é a grande meta da física contemporânea.
Portanto, você tanto tem gente tentando incorporar os princípios
relativísticos à mecânica quântica, como Roger Penrose, por exemplo, que
explica o colapso da função de onda como uma redução objetiva causada pela
gravidade, quanto tentativas de introduzir os princípios da mecânica
quântica no universo relativístico - e aqui, meu caro, você pode incluir
absolutamente *todas* as teorias cosmológicas que atualmente disputam a vaga
de TOE, da gravidade quântica às supercordas e a supersimetria. Na verdade,
há um consenso entre os cosmologistas de que a constituição do universo (no
duplo sentido da palavra: como ele veio a se constituir e de que forma ele é
constituído) só poderá ser adequadamente compreendida quando se conseguir
conciliar a mecânica quântica e a teoria da relatividade. Você tem razão, é
um casamento complicado - mas também é um casamento inevitável.
>Essas aanlogia dos salto quantico e do colapso da f.d.o. são meras
analogias.
Não, não são. Não tenho tempo de localizar as referências exatas agora, mas
elas foram propostas como possíveis explicações reais, e não apenas como
analogias.
>Ninguem sabe qual a função que possa ter colapsado nem que sistema possa
ter
'saltado'
A função de onda do universo, por supuesto. Se eu não me engano, foi o
Stephen Hawking o primeiro a propor que existe uma função de onda global de
todo o universo. Ou, se você preferir formular de uma outra maneira,
trata-se da função de onda daquela partícula inicial na qual estava
concentrado tudo o que viria a se tornar a matéria e a energia do universo.
Essa partícula é descrita como tendo um volume quase infinito e uma extensão
próxima do zero (é por isso que ela é uma singularidade), e uma extensão tão
pequena faz com que ela caia no domínio regido pelos efeitos quânticos.
>São alegorias, expeculações que traduzem uma visão, mas não uma teoria
cientifica.
Alegoria é uma coisa, especulação é outra bem diferente. São especulações,
sim, porque não sabemos se os princípios quânticos continuavam a ser
vigentes antes do início do universo - se, numa singularidade, as leis da
física tornam-se inoperantes, não há motivo pra se duvidar que isso inclua
também as leis da física quântica -, mas não são alegorias, porque quando os
proponentes dessa hipótese (que é diferente de uma teoria) falam de um
colapso da função de onda ou de um salto quântico, eles estão se referindo
*exatamente* a um colapso da função de onda e a um salto quântico. Não estão
usando essas expressões pra se referir metaforicamente a outra coisa, que é
a definição de alegoria.
>A Termodinâmica vem dando, desde sempre, provas de que é muito mais
poderosa
que todas as outras teorias.
O que significa que ela é válida, em princípio, para todos os pontos do
continuum. Portanto, ela é uma propriedade *do* continuum. Não existia
*antes* do continuum. E antes do Big Bang *não havia* continuum, que só
passou a existir com a "explosão" da singularidade inicial.
>Como uma granada não pode explodir sem energia, nem o espaço curvar sem
energia, o BB tb não pode ter acontecido sem haver energia.
Mas a energia passou a existir *com* o Big Bang, e não antes.
>Se vc opta por dizer que o BB veio do nada
Eu? Eu não opto por dizer nada. Quem diz como o Big Bang pode ter ocorrido
ou não são os cosmologistas. Eu me limito a ouvir o que eles dizem.
>está abrindo a porta para uma excepção.
Bem, você já parou pra pensar por que o ponto inicial do universo, bem como
o núcleo dos buracos negros, é chamado de *singularidade*? É porque ele é,
justamente, singular. E singular por quê? Porque, como já disse várias
vezes, as leis da física não se aplicam a ele. Logo, é uma exceção.
>E excepções não são bem vindas em física.
É verdade, e os físicos refugaram o quanto puderam pra aceitar o diacho das
singularidades, principalmente as que se apresentam nuas, o que nunca foi
considerado de bom-tom. Mas, feliz ou infelizmente, parece que as
singularidades estão aí pra ficar, são uma conseqüência inevitável da
matemática da teoria da relatividade geral e, mesmo que alguns físicos ainda
relutem em admitir que no nosso universo atual possa haver uma singularidade
nua (as singularidades do núcleo dos buracos negros são ocultas à nossa
percepção pelo horizonte de eventos), o fato é que pelo menos uma, o ponto
inicial do Big Bang, tem necessariamente que ser uma singularidade nua, já
que não havia com o que cobri-la...
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 19:04
----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 13, 2002 6:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>A pergunta com dupla negação fica um tanto confusa. Só para esclarecer a
minha posição, eu acredito que o universo NÃO tem um criador. Essa hipótese
é mais complicada do que o fato que pretende explicar e, logo, confunde
mais do que explica, lançando a discussão em uma série interminável de
raciocínios (Quem criou Deus? O que Deus estava fazendo antes de criar o
tempo e o espaço? Deus pode se auto-destruir?, etc)
Nesse ponto, a teoria do Big Bang não é muito melhor, porque ela também leva
a questionar o que existia antes do Big Bang, e isso também periga cair numa
regressão infinita (o que existia antes do que existia antes do Big Bang,
etc.). Na verdade, não consigo imaginar como qualquer teoria sobre a origem
do universo poderia escapar dessa regressão infinita. Quer dizer, como autor
de fc, até consigo - por exemplo, imaginando um arco fechado no tempo em
que, no final do universo, o continuum espaçotemporal se curva sobre si
mesmo e torna-se sua própria origem - mas é o tipo de especulação que só
funciona como premissa pra um romance, não pra uma teoria concreta.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: UM CRIADOR
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2002 19:18
At 19:04 13/10/02 -0300, Lúcio wrote:
>----- Original Message -----
>From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
>
> >A pergunta com dupla negação fica um tanto confusa. Só para esclarecer a
>minha posição, eu acredito que o universo NÃO tem um criador. Essa hipótese
>é mais complicada do que o fato que pretende explicar e, logo, confunde
>mais do que explica, lançando a discussão em uma série interminável de
>raciocínios (Quem criou Deus? O que Deus estava fazendo antes de criar o
>tempo e o espaço? Deus pode se auto-destruir?, etc)
>
>Nesse ponto, a teoria do Big Bang não é muito melhor, porque ela também leva
>a questionar o que existia antes do Big Bang, e isso também periga cair numa
>regressão infinita (o que existia antes do que existia antes do Big Bang,
>etc.). Na verdade, não consigo imaginar como qualquer teoria sobre a origem
>do universo poderia escapar dessa regressão infinita. Quer dizer, como autor
>de fc, até consigo - por exemplo, imaginando um arco fechado no tempo em
>que, no final do universo, o continuum espaçotemporal se curva sobre si
>mesmo e torna-se sua própria origem - mas é o tipo de especulação que só
>funciona como premissa pra um romance, não pra uma teoria concreta.
Creio que a origem última do Universo, no sentido de por que o
Universo existe (creio este é o aspecto mais fundamental da questão, que
abstrai-se do tempo), é uma questão intrinsecamente incognoscível. Mesmo se
imaginarmos um arco fechado de tempo, resta a questão de por que esse
sistema [contínuo espaço-temporal]+[leis da física] existiria desta forma e
não de outra, ou ao invés de não existir nada.
Belisário
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 19:32
Pois é! Foi isso que eu disse: a discussão fica interminável, é necessário
dar definições novas e artificiais a termos conhecidos, etc. Tudo
completamente desnecessário. O que sabemos é que o universo está aqui e já
é difícil explicar o seu funcionamento. Explicar de onde veio não só é
impossível como também desnecessário (pode ser que o universo tenha sempre
existido e o papel de um criador teria pouca importância).
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 13 de Outubro de 2002 18:37
Assunto: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>
> (Quem criou Deus?
>
> D: O termo "criar" aplicado a Deus tem outro significado, um significado
> particular que só se aplica a ele.
> Sendo Ele o Creador, creou o próprio ato de criar e antes disso não havia
> como criar nada.
>
> O que Deus estava fazendo antes de criar o
> > tempo e o espaço?
>
> D Quem "faz" são as criaturas, não o Creador.
>
> Deus pode se auto-destruir?
>
> D: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível, o que não for
possível
> é não-ser. A auto destruíção de Deus é um não-ser, só existe no campo
> linguistico (não tem existência ontológica).
>
> D: Além disso, o verbo aplicado ao ato de Deus é desprovido de tempo, por
> isso Ele creou, crea e continuará (se quiser) creando o mundo
> (sustentando-o). O que é bem diferente do uso que a ciência faz do termo
> "criação". Por isso o criacionismo é um engodo tanto no campo da ciência
> como no campo da Teologia. (creio que isso não é discussão para a
ciência).
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 19:51
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 13, 2002 5:29 PM
Subject: [ciencialist] UM CRIADOR
>A questão pode até não ser apropriada para a lista, podem achar alguns, mas
em virtude do debate, evoluçãoxcriacionismo, gostaria de saber se alguém aí
da lista não acredita que o Universo não tenha um criador e por quê?
Bueno, como eu sou recém-chegado à lista, não sei até que ponto tô incluído
no público-alvo da pergunta, mas em todo caso, vamos lá. Não sou ateu, mas
não acredito no Deus Criador da Bíblia. O meu conceito de Deus é mais
próximo da teologia negativa, que define "Deus" como o nome que damos pra
algo que não pode ser adequadamente descrito ou imaginado, porque se
encontra além dos limites do pensamento conceitual. No que se refere ao
universo da nossa experiência, acredito que o mundo surgiu com o Big Bang
(seja lá o que for) e que os seres vivos se desenvolveram por um processo de
evolução (embora tenha algumas dúvidas sobre a seleção natural ser o único
mecanismo envolvido). Então, resumindo, apesar de acreditar em alguma coisa
que à falta de melhor nome eu chamo de Deus, não acredito que o universo
teve um criador, pelo menos não no sentido religioso tradicional.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 20:13
> O meu conceito de Deus é mais
> próximo da teologia negativa, que define "Deus" como o nome que damos pra
> algo que não pode ser adequadamente descrito ou imaginado, porque se
> encontra além dos limites do pensamento conceitual.
Douglas: O Deus da Teologia Negativa é o Deus da Bíblia. No livro "Os Nomes
de Deus", Pseudo Dionísio cita os termos biblícos como únicos que podem se
referir a Deus (Teologia Positiva) para mostrar que, apesar de serem os mais
corretos, temos que ir além de tais termos, "suprassumindo-os" e não os
negando. Depois de superar tais termos (Teologia Negativa) já não sobra nada
para dizer, a não ser contemplar Deus sem palavras (Teologia Apofática). Só
para lembrar, o criador da Teologia Negativa foi o Próprio Pseudo Dionísio.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 21:08
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 13, 2002 8:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>Douglas: O Deus da Teologia Negativa é o Deus da Bíblia. No livro "Os Nomes
de Deus", Pseudo Dionísio cita os termos biblícos como únicos que podem se
referir a Deus (Teologia Positiva) para mostrar que, apesar de serem os mais
corretos, temos que ir além de tais termos, "suprassumindo-os" e não os
negando. Depois de superar tais termos (Teologia Negativa) já não sobra nada
para dizer, a não ser contemplar Deus sem palavras (Teologia Apofática). Só
para lembrar, o criador da Teologia Negativa foi o Próprio Pseudo Dionísio.
Hmmm... Essa é uma questão complicada e eu tô sem tempo de desenvolvê-la
adequadamente. Além disso, como você disse em outra mensagem, isso não é
discussão para a ciência e o assunto talvez irrite os outros participantes,
mais rigidamente cientificistas. Mas, pra falar de forma rápida e resumida,
embora o termo teologia negativa tenha sido criado pelo pseudo-Dionísio, a
própria teologia negativa é anterior a ele e remonta pelo menos até Philon
de Alexandria e ao pensamento neoplatônico (por exemplo, nas Enéadas de
Plotino). Quanto à relação entre o que a teologia negativa chama de Deus e o
Deus da Bíblia, a questão é altamente controversa e, ao longo da história,
existem pelo menos duas posições principais, nenhuma das quais aceita pura e
simplesmente a identificação entre os dois, como se fossem a mesma coisa.
A interpretação mais aceita entre os místicos cristãos, e que se encontra
mais plenamente descrita nos sermões de Meister Eckhart, é que o Deus da
Bíblia é só uma representação simbólica do Deus da teologia negativa. É uma
imagem que as nossas mentes limitadas criaram pra designar uma realidade que
não pode ser imaginada. Pra empregar uma metáfora zen-budista, a
representação bíblica é só o dedo que serve pra apontar a Lua, mas não é a
própria Lua. De fato, se você analisar a imagem do Deus bíblico, vai ver que
ela é composta em partes iguais de duas figuras bastante humanas e nada
divinas, a saber, o pai e o rei. O quanto a imagem convencional de Deus deve
à figura paterna foi estudado por Freud em _O Futuro de uma Ilusão_ e o
quanto ela deve ao rei é um dos temas de _Deus e o Estado_, de Bakunin.
A outra interpretação é a que foi sustentada pelos gnósticos do sec. II d.C.
Segundo eles, não existe nenhuma relação entre o deus da Bíblia e Deus. Para
as diferentes seitas gnósticas, o deus bíblico, que eles chamavam de
demiurgo, era ou um usurpador que se faz passar pelo verdadeiro deus, ou um
espantalho criado pelos poderes do mundo pra dominar a humanidade ignorante.
Em ambos os casos, o verdadeiro Deus - que os gnósticos chamavam
alternativamente de Pleroma, Abismo, Silêncio e outros nomes que depois vão
reaparecer inclusive na teologia negativa cristã - permanecia em um domínio
transcendental e incognoscível.
As duas interpretações pertencem ao campo da teologia natural, e a minha
posição particular é uma combinação das duas. Eu acho que o deus da Bíblia é
uma representação simbólica, mas que essa representação simbólica tem
servido ao longo da história como um instrumento de manipulação e dominação
política. Então, se a gente quiser estabelecer uma relação entre ele e Deus
(o que quer que isto seja), primeiro tem que destrinchar os aspectos
políticos e sociais, a fim de chegar ao núcleo do símbolo e, em seguida, dar
uma espécie de salto quântico do símbolo pra realidade que ele designa
indiretamente. Eu chamo de salto "quântico" como uma metáfora,
evidentemente, porque é um salto descontínuo: não existe nenhum raciocínio
lógico que permita passar de um ponto ao outro através de etapas sucessivas.
É a esse tipo de salto que o Wittgenstein se referia no final do Tractatus
Logico-Philosophicus, quando ele fala sobre jogar fora a escada depois de
ter subido por ela.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 21:12
----- Original Message -----
From: Lucio Jorge Pina Manfredi
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 13, 2002 9:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>As duas interpretações pertencem ao campo da teologia natural
Ops! Ato falho, claro. Eu quis dizer teologia negativa. Teologia natural é
outro papo... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: [Fwd: [evol-psych] Pinker takes no prisoners in defense of evolutionary theory]
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 21:45
-------- Original Message --------
Subject: [evol-psych] Pinker takes no prisoners in defense of
evolutionary theory
Date: Sun, 13 Oct 2002 19:15:07 -0500
From: "Ian Pitchford" <ian.pitchford@scientist.com>
Reply-To: "Ian Pitchford" <ian.pitchford@scientist.com>
Organization: http://human-nature.com/
To: <evolutionary-psychology@yahoogroups.com>
Sunday, October 13, 2002 - 12:00 a.m. Pacific
Book Review
Pinker takes no prisoners in defense of evolutionary theory
By Bruce Ramsey
Seattle Times editorial writer
Why do boys fight? I was taught the modern and scientific answer, that
boys
fight because they are expected to fight; if society had put them in
pink
jammies and taught them to be sweet, boys might act like princesses.
Grandma trusted the folk wisdom: "Hokum," she said. "Boys will be boys."
We now know that Grandma was right. In the main, boys will be boys,
whether
raised by strong fathers, single moms, orphanages or lesbians. Boyness
and
girlness are largely built-in.
And so are other things, says evolutionary psychologist Steven Pinker of
the
Massachusetts Institute of Technology. The human mind, he says, is not a
blank
slate like a memory chip, automatically yielding control to social
software.
Humans come with a "Pleistocene psyche." We are influenced by the world
around
us, to be sure. But we are also hard-wired for language and cooperation,
for
favors, for fighting and for keeping score.
"The Blank Slate" is an attack on what Pinker calls "the secular
religion of
modern intellectual life," that the human brain is like clay. That was
the idea
that held the field from Margaret Mead through Stephen Jay Gould, but is
now
clearly on the defensive.
This book shows why.
It is a feast of a book. Pinker's analytical and impish mind ranges from
Charles Darwin to Abigail Van Buren, from scientific studies to Annie
Hall. It
is less about science than what science implies for our most cherished
beliefs.Full
texthttp://seattletimes.nwsource.com/html/artsentertainment/134552207_pinker13.htmlThe
Blank Slate
http://human-nature.com/r/0670031518.htmBy Steven
Pinkerhttp://human-nature.com/r/pinker.htm
Top Books - Behavioral Sciences
http://www.amazon.com/exec/obidos/redirect?tag=darwinanddarwini&path=tg/browse/-/226685
Your use of Yahoo! Groups is subject to the Yahoo! Terms of Service.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 22:17
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
> >Concordo com tudo isso, e eu particularmente não gosto da teoria do BB
por
> muito que digam que explica as coisas. Tem, como vc disse, muitos
problemas
> por resolver.
>
> Olha, ela tem muitos problemas por resolver mas, por outro lado,
encaixa-se
> perfeitamente nos fatos conhecidos
Ou factos conhecidos criam novas teorias reformuladas do BB de modo que os
factos
conhecidos se encaixem na teoria(nova) do BB ?
Lembre-se que vc escreveu "Então, provavelmente a resposta vai ser uma
versão da
teoria do Big Bang modificada (...)"
Ora, se eu crio uam nova teoria a cada dado novo que me aparece que não está
de
acordo com a teoria que tenho, que teoria é esta afinal ?
Uma teoria mutante que vai mutando para se enquadrar nos novos dados, mas q
nunca os prevê ?
Isto não faz muito sentido para mim, como fisico, e por isso sempre achei a
TBB uma grande perda de tempo.
É esta amalgama onde vale tudo que me afasta da cosmologia de hoje em dia.
QQ um pode
dizer qq coisa...no one cares...ninguem vai lá checar para ver se tem
sentido fisico.
>, inclusive o padrão de distribuição da
> radiação cósmica de fundo revelado pelo COBE em 1992. Na verdade, o grande
> problema com a teoria do Big Bang se resume a um só: é que, de acordo com
a
> taxa de expansão do Universo, este deveria ter por volta de seis bilhões
de
> anos no máximo, ao passo que existem estrelas com 15 bilhões de anos.
Pois, isso para mim seria suficiente para pelo menos repensar se estamos
indo pelo caminho certo.
A TBB é a teoria com mais remendos ao longo da sua historia.
Primeiro foi o afastamento das estrelas e o modelo de Eisntein.
Mas o modelo de Eisntein não faz o universo convergir num ponto, portanto
essa historia do "ponto que originou tudo" fica sem sentido
Mas por outro lado é assim que se ensina nas escolas: "uma explosão que de
um ponto originou tudo o resto"
Mas que ponto ?
Ainda ha tempos falava do choque entre galáxias como sendo evidencia que
esse ponto não existia, quando alguem desculpou o facto dizendo
que o tal ponto não existia, que não tinha que haver convergencia, que a
expanção se dava em cada ponto por si mesma e que portanto ochoque ente
galaxias era normal.
Pronto.
Depois foi a idade. Afinla não podia ser a esperada.
O que se faz ?
Em vez de mandar a teoria às urtigas, inventou-se uma nova teoria: a
inflacionária. (e agora a´te já se fala de uma teoria onde o valor da
velocidade da luz não era constante)
Onde vamos parar ? QQ dia estamos fazendo intervir o Criador para desculpar
uma teoria que não é concisa.
>Mas ela não chega a colocar a teoria
> como um todo em xeque, exige apenas que se demonstre como e por quê a taxa
> de expansão do universo não pode ter sido constante. Então, provavelmente
a
> resposta vai ser uma versão da teoria do Big Bang modificada,
possivelmente
> incorporando alguma das muitas versões do universo inflacionário.
Pois, mais um remendo.
E não me venha com a historia de que a ciencia se faz aos poucos.
Isto é do piorzinho que já se fez em fisica nos ultimos tempos
.
> >Agora, as bases da fisica não têm esses problemas, e elas dizem que nada
> pode vir do nada.
>
> Eu não tô muito certo do que você quer dizer com "as bases da física".
As leis básicas da fisica. Leis da Mecânica, da Termodinâmica. Principios de
Conservação.
Estas coisas não se deitam pela janela...
> Porque na mecânica quântica, que lida com as estruturas fundamentais da
> matéria (e o que pode ser mais básico do que isso?), é só olhar qualquer
> diagrama de vácuo pra ver que partículas surgem do nada o tempo todo.
Elas surgem da energia, no vácuo. O Vácuo não é o Nada (Efeito de Casimir)
Elas não surgem portanto do nada. Elas surgem da energia de um campo que é
presente no vácuo.
>Você
> pode alegar que esse vácuo não é verdadeiramente vácuo, mas um poço de
> energia, e vai ter toda razão. Só que essa energia é uma energia virtual,
> medida em números negativos e, portanto, na verdade, é *menos* do que
nada.
Bem, não me venha com essas. O "negativo" é meramente convencional.
O que interessa é que ha energia que pode ser convertida noutras formas de
energia.
E esse câmbio é sempre positivo. A unica forma de evitar o câmbio é não ter
energia de um dos lados.
> Na verdade, o poço de energia virtual é mais um artifício matemático
porque,
> na realidade concreta, o que se tem é uma criação ex nihilo de partículas.
É
> claro que, devido às leis da conservação de energia, essas partículas não
> podem existir durante mais do que uma fração de segundo,
Vc não estará confundindo "lei da conservação da energia" com "principio de
incerteza" ?
Normalmente é o principio de incerteza que se invoca para deduzir o tempo de
Plank o qual é usado por sua vez para
engendrar essa ideia de que as particulas só poderia ser vistas durante um
muito curto intervalo de
tempo (o tempo de plank) : o que é humanamente, a esta hora, impossivel.
> e é por isso que
> elas são chamadas de partículas virtuais,
Elas são chamadas virtuais simplesmente pq são meramente simbólicas. Nunca
ninguem provou que elas existissem de facto.
E mais que isso, logo se apressaram a desenvolver uma ideia (acima
explicada) que impede que alguma vez o sejam.
> mas durante esse breve
> infinitésimo de segundo, elas são tão reais quanto qualquer outra
partícula
Apresente-me uma prova disso. Algum experimento feito sobre isso que
demosntre que elas
existem realmente, mesmo durante muito pouco tempo.
Vc conhece algum exprimento desses ? Não ? Então pq vc diz que são reais ?
> Por exemplo,
> acredita-se que as quatro forças fundamentais sejam produzidas por uma
troca
> de partículas virtuais entre as partículas reais. Assim, lamento, mas não
é
> verdade que nada pode vir do nada. Muita coisa pode vir do nada
Qual nada ? o Vácuo ? O Vácuo não é vazio. Ele contém coisas. ele contem
energia (como prova o efeito de Casimir)
De qual nada é que vc está dizendo que as particulas veêm ?
Diga-me uma particula que venha do nada. Só uma. Uma que não venha de outra
particula, ou da reacção de outras particulas ou de campos
> >Se o espaço-tempo se expandiu, tê-lo-á feito graças a energia existente.
> Não ha como contornar isto. (a menos é claro que vc escolha outras leis da
> fisica que não as actuais)
>
> Tem razão, o universo se expande graças à energia existente - à energia
> existente *depois* do Big Bang.
Não. À energia existente no instante em que o BB aconteceu.
>O que você disse é que essa energia já
> estava lá *antes* do Big Bang e essa é uma afirmação, no mínimo,
temerária.
Ai é ? compare com : "Se eu não me engano, foi o Stephen Hawking o primeiro
a propor
que existe uma função de onda global de todo o universo. Ou, se você
preferir formular de uma outra maneira,
trata-se da função de onda DAQUELA PARTICULA INICIAL NA QUAL ESTAVA
CONCENTADO
TUDO O QUE __VIRIA__ A SE TORNA MATERIA E ENEGIA do universo. " (enfase meu)
Muito importante o "VIRIA".
Vejamos, essa particula, que até tem uma f.d.o não tem energia ? Nenhuma
energia ? Nada de nada ?
Então ela existe e não tem energia ? Que nova fisica é essa ? Que nova MQ é
essa ?
Por outro lado, antes do BB que deu origem a TUDO, já existia algo ... uma
particula. Não é isso uma contradição ?
Se a particula existia, o que a criou ? o Criador? o Big Bang através de um
fenomeno de viagem no tempo ?
Sou só eu, ou será que vc não vê que se está contradizendo ?
Primeiro defende que nada ha antes do BB e que o algo pode vir do nada.
Agora , precisa de uma particula pré-BB para justificar o BB... então bolas,
acabou de precisar de algo.
O seu BB acabou vindo de algo.
Afinal a 1º Lei se mantém, mesmo que vc não dê por isso.
> >O BB é um modelo inerentemente Relativista.
> >E não ainda ha muito tempo discutiu-se aqui que a Relatividade não casa
> bem
> com a MQ.
>
> Devagar com o andor. É verdade que a teoria da relatividade e a mecânica
> quântica apresentam sérias incompatibilidades, mas não é menos verdade que
> superar essas incompatibilidades é a grande meta da física contemporânea.
Disse bem "é a grande meta" o que significa que ainda não chegámos lá.
O que por outra palavras signifca que até essa altura em que se chegar à
meta, nada destas
teorias ad doc, fazem muito sentido.
> >Essas aanlogia dos salto quantico e do colapso da f.d.o. são meras
> analogias.
>
> Não, não são. Não tenho tempo de localizar as referências exatas agora,
mas
> elas foram propostas como possíveis explicações reais, e não apenas como
> analogias.
Qaundo tiver tempo, apresente-as.
> >Ninguem sabe qual a função que possa ter colapsado nem que sistema possa
> ter
> 'saltado'
>
> A função de onda do universo, por supuesto.
E qual é ? Não basta afirmar que existe. É preciso dizer qual é.
Como se encontra ? Srondinger não deve ser de certeza. Klein ? Dirac ?
Supercordas ? o quê ?
Qual é a expressão fisica da f.d.o. que colapsa ?
>Se eu não me engano, foi o
> Stephen Hawking o primeiro a propor que existe uma função de onda global
de
> todo o universo.
Grande coisa. Isso qq um pode dizer.
1) O Universo é um Sistema Mecânico.
2) Pelos principios da MQ ele pode ser descrito por uma Função de Onda.
Dizer que é é facil, dizer qual é, é que é o real desafio.
Qual é entao ?
> Ou, se você preferir formular de uma outra maneira,
> trata-se da função de onda daquela partícula inicial na qual estava
> concentrado tudo o que viria a se tornar a matéria e a energia do
universo.
> Essa partícula é descrita como tendo um volume quase infinito e uma
extensão
> próxima do zero (é por isso que ela é uma singularidade), e uma extensão
tão
> pequena faz com que ela caia no domínio regido pelos efeitos quânticos.
Compare isto com a primeira parte do seu texto onde vc defende que as coisas
podem nascer do nada.
Já comentei que conclusão deve obter.
> >São alegorias, expeculações que traduzem uma visão, mas não uma teoria
> cientifica.
>
> Alegoria é uma coisa, especulação é outra bem diferente. São especulações,
> sim, porque não sabemos se os princípios quânticos continuavam a ser
> vigentes antes do início do universo - se, numa singularidade, as leis da
> física tornam-se inoperantes, não há motivo pra se duvidar que isso inclua
> também as leis da física quântica -, mas não são alegorias, porque quando
os
> proponentes dessa hipótese (que é diferente de uma teoria) falam de um
> colapso da função de onda ou de um salto quântico, eles estão se referindo
> *exatamente* a um colapso da função de onda e a um salto quântico.
Pois, mas não sabendo dizer qual é essa f.d.o. nem quantificar, mesmo que
por formulas matemáticas , esse salto, eles não têm nada.
Eles só têm uma boa alegoria. Nem chega a ser teoria, pq não é verificável
sem se saber qual função é e quanto o salto vale.
> Não estão
> usando essas expressões pra se referir metaforicamente a outra coisa, que
é
> a definição de alegoria.
Ai não ? Tem mesmo a certeza disso ? Pense bem.
O quê, de concreto, eles já lhe mostraram sobre isso ?
> >A Termodinâmica vem dando, desde sempre, provas de que é muito mais
> poderosa
> que todas as outras teorias.
>
> O que significa que ela é válida, em princípio, para todos os pontos do
> continuum. Portanto, ela é uma propriedade *do* continuum. Não existia
> *antes* do continuum. E antes do Big Bang *não havia* continuum, que só
> passou a existir com a "explosão" da singularidade inicial.
Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em fisica.
(se não havia continuum antes do BB, já não é continuum é descotinuum..não é
mesmo? :-) )
> >Como uma granada não pode explodir sem energia, nem o espaço curvar sem
> energia, o BB tb não pode ter acontecido sem haver energia.
>
> Mas a energia passou a existir *com* o Big Bang, e não antes.
A energia do quê ?
"Energia" é uma palavra que está sempre relacionada com um sistema.
A energia da chama passou a existir *com* a chama. Mas isso significa que
não existia energia antes ? Da chama não.
(mas no q deu origem à chama, sim)
Ou seja, A energia do Universo passou a existir *com* o universo. Mas isso
significa que não existia energia antes ? Do universo não.
(mas no que deu origem ao BB sim...ups...mas não pdoeria ter havido nada
antes do BB pq ele deu origem a tudo.. será q deu mesmo?...
...que grande chatice esta lógica..)
> >Se vc opta por dizer que o BB veio do nada
>
> Eu? Eu não opto por dizer nada. Quem diz como o Big Bang pode ter ocorrido
> ou não são os cosmologistas. Eu me limito a ouvir o que eles dizem.
>
> >está abrindo a porta para uma excepção.
>
> Bem, você já parou pra pensar por que o ponto inicial do universo, bem
como
> o núcleo dos buracos negros, é chamado de *singularidade*?
A excepção a que eu me referia era a excepção numa lei fundamental. A 1ª da
termodnâmica.
os buracos negros não violam a Termodinâmica. (nem a 1º nem a 2ª leis)
Este seu argumento dos BN não tem nada a haver aqui.
Eu estava falando de Excepções e não de Singularidades. (coisas diferentes ,
como medir e avaliar)
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2002 23:41
Caro Lúcio,
A príncipio, creio concordar com tudo que vc escreveu. Não sei se vc
vonhece o Livro "Iniciação ao Silêncio" do prof. Paulo Margutti, esse livro
serve como base para defender a idéia de que o Tractatus é uma obra de
Teologia Negativa, pois seu objetivo é levar o leitor a contemplar o Místico
e não compuscar-lo com palavras. Creio que esse assunto é pertinente à
lista, visto que o Tractatus, mal interpretado, foi considerado a"biblia" do
círculo de viena (neopositivismo).
DFG
----- Original Message -----
From: Lucio Jorge Pina Manfredi <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 13, 2002 9:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
> ----- Original Message -----
> From: Douglas Ferreira Gonçalves
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Sunday, October 13, 2002 8:13 PM
> Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>
> >Douglas: O Deus da Teologia Negativa é o Deus da Bíblia. No livro "Os
Nomes
> de Deus", Pseudo Dionísio cita os termos biblícos como únicos que podem se
> referir a Deus (Teologia Positiva) para mostrar que, apesar de serem os
mais
> corretos, temos que ir além de tais termos, "suprassumindo-os" e não os
> negando. Depois de superar tais termos (Teologia Negativa) já não sobra
nada
> para dizer, a não ser contemplar Deus sem palavras (Teologia Apofática).
Só
> para lembrar, o criador da Teologia Negativa foi o Próprio Pseudo
Dionísio.
>
> Hmmm... Essa é uma questão complicada e eu tô sem tempo de desenvolvê-la
> adequadamente. Além disso, como você disse em outra mensagem, isso não é
> discussão para a ciência e o assunto talvez irrite os outros
participantes,
> mais rigidamente cientificistas. Mas, pra falar de forma rápida e
resumida,
> embora o termo teologia negativa tenha sido criado pelo pseudo-Dionísio, a
> própria teologia negativa é anterior a ele e remonta pelo menos até Philon
> de Alexandria e ao pensamento neoplatônico (por exemplo, nas Enéadas de
> Plotino). Quanto à relação entre o que a teologia negativa chama de Deus e
o
> Deus da Bíblia, a questão é altamente controversa e, ao longo da história,
> existem pelo menos duas posições principais, nenhuma das quais aceita pura
e
> simplesmente a identificação entre os dois, como se fossem a mesma coisa.
>
> A interpretação mais aceita entre os místicos cristãos, e que se encontra
> mais plenamente descrita nos sermões de Meister Eckhart, é que o Deus da
> Bíblia é só uma representação simbólica do Deus da teologia negativa. É
uma
> imagem que as nossas mentes limitadas criaram pra designar uma realidade
que
> não pode ser imaginada. Pra empregar uma metáfora zen-budista, a
> representação bíblica é só o dedo que serve pra apontar a Lua, mas não é a
> própria Lua. De fato, se você analisar a imagem do Deus bíblico, vai ver
que
> ela é composta em partes iguais de duas figuras bastante humanas e nada
> divinas, a saber, o pai e o rei. O quanto a imagem convencional de Deus
deve
> à figura paterna foi estudado por Freud em _O Futuro de uma Ilusão_ e o
> quanto ela deve ao rei é um dos temas de _Deus e o Estado_, de Bakunin.
>
> A outra interpretação é a que foi sustentada pelos gnósticos do sec. II
d.C.
> Segundo eles, não existe nenhuma relação entre o deus da Bíblia e Deus.
Para
> as diferentes seitas gnósticas, o deus bíblico, que eles chamavam de
> demiurgo, era ou um usurpador que se faz passar pelo verdadeiro deus, ou
um
> espantalho criado pelos poderes do mundo pra dominar a humanidade
ignorante.
> Em ambos os casos, o verdadeiro Deus - que os gnósticos chamavam
> alternativamente de Pleroma, Abismo, Silêncio e outros nomes que depois
vão
> reaparecer inclusive na teologia negativa cristã - permanecia em um
domínio
> transcendental e incognoscível.
>
> As duas interpretações pertencem ao campo da teologia natural, e a minha
> posição particular é uma combinação das duas. Eu acho que o deus da Bíblia
é
> uma representação simbólica, mas que essa representação simbólica tem
> servido ao longo da história como um instrumento de manipulação e
dominação
> política. Então, se a gente quiser estabelecer uma relação entre ele e
Deus
> (o que quer que isto seja), primeiro tem que destrinchar os aspectos
> políticos e sociais, a fim de chegar ao núcleo do símbolo e, em seguida,
dar
> uma espécie de salto quântico do símbolo pra realidade que ele designa
> indiretamente. Eu chamo de salto "quântico" como uma metáfora,
> evidentemente, porque é um salto descontínuo: não existe nenhum raciocínio
> lógico que permita passar de um ponto ao outro através de etapas
sucessivas.
> É a esse tipo de salto que o Wittgenstein se referia no final do Tractatus
> Logico-Philosophicus, quando ele fala sobre jogar fora a escada depois de
> ter subido por ela.
>
> Abs.
> L.
>
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>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 00:44
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 13, 2002 10:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>Ora, se eu crio uam nova teoria a cada dado novo que me aparece que não
está
de acordo com a teoria que tenho, que teoria é esta afinal ?
Uma teoria que procura se adequar aos fatos, como toda e qualquer boa teoria
científica. Você queria o quê? Que a teoria ignorasse solenemente os fatos?
Você propõe uma teoria que explica adequadamente um conjunto de fatos.
Então, surge um novo fato dentro desse conjunto que não se encaixe na
teoria. Se você é um cientista honesto, vai procurar ampliar a teoria de
modo a abranger também esses fatos. Claro, sempre pode haver cientistas
desonestos que preferem falsificar os fatos pra não abrir mão da teoria, mas
aí o termo cientistas provavelmente não poderia se aplicar a eles.
>Uma teoria mutante que vai mutando para se enquadrar nos novos dados, mas q
nunca os prevê ?
Quem disse que a teoria do Big Bang não prevê nenhum fato? Colega, ela
previu um determinado padrão para a distribuição da radiação cósmica de
fundo e, em 1992, os dados coletados pelo COBE - Cosmic Background Explorer
Satellite - mostraram que a radiação cósmica de fundo apresenta exatamente o
padrão previsto pela teoria. Eu mencionei essa informação no meu email
anterior, mas você deve ter passado batido pela informação.
>Isto não faz muito sentido para mim, como fisico, e por isso sempre achei a
TBB uma grande perda de tempo.
É um direito seu, que pode ocupar seu tempo como melhor lhe aprouver.
<É esta amalgama onde vale tudo que me afasta da cosmologia de hoje em dia.
Não creio que na cosmologia realmente *valha tudo*, mas essa é a sua opinião
e você tem todo direito a ela.
>Primeiro foi o afastamento das estrelas e o modelo de Eisntein.
Neste caso, o remendo não estava na teoria do Big Bang, mas na relatividade
geral. Einstein viu que ela conduzia, sim, a um universo em expansão, mas
enfiou na cabeça que isso ia contra os fatos observados (pouco tempo depois,
Hubble provou o contrário) e tirou do nada sua constante cosmológica pra
produzir um universo estático. Mas, sem a constante cosmológica, da qual ele
se arrependeu depois, a relatividade geral está perfeitamente de acordo com
o modelo do Big Bang.
>Mas que ponto ?
Eu expliquei esse ponto (no pun intended) no meu email anterior. Trata-se,
na verdade, de uma singularidade nua.
>Onde vamos parar ?
Você quer dizer, onde vamos parar se continuarmos modificando as teorias a
cada vez que surge um fato novo, em vez de jogar fora uma teoria que se
revela perfeitamente adequada pra vários outros conjuntos de fatos? Não sei.
Talvez a gente vá parar junto a uma teoria que, depois de passar pela prova
de fogo dos fatos, se revele autoconsistente, pois não?
>E não me venha com a historia de que a ciencia se faz aos poucos.
O quê que você quer que eu diga? A ciência realmente *se faz* aos poucos.
Infelizmente, não tem como os cientistas subirem a nenhum Monte Sinai pra
receber uma TOE prontinha gravada numa tábua de pedra. As coisas progridem
por tentativa e erro. Você elabora uma teoria. Se ela simplesmente não se
adequa aos fatos, você joga ela na lata do lixo e começa de novo. Mas se ela
explica bem alguns dados mas falha em explicar outros, a atitude mais
sensata é consertar a teoria, de modo a ampliar seu alcance. É assim que as
coisas se fazem na física contemporânea e é assim que as coisas sempre se
fizeram mesmo na física clássica que você parece adotar como verdade
absoluta.
>As leis básicas da fisica. Leis da Mecânica, da Termodinâmica. Principios
de
Conservação. Estas coisas não se deitam pela janela...
Sérgio, como físico, você deve saber que o ponto de partida tanto da
mecânica quântica como da teoria da relatividade foi justamente a
constatação de que "as leis básicas da física" *não servem* para explicar o
domínio subatômico nem o relativístico. As leis básicas da física são muito
boas pra descrever o mundo dos automóveis, dos planetas, das maçãs que caem
das árvores, mas quando se chega ao nível do átomo, elas têm que ser
modificadas porque, como as partículas subatômicas nunca freqüentaram uma
faculdade de física, elas não sabem que têm que obedecer a essas leis. O
mesmo se aplica à mítica singularidade inicial e ao núcleo dos buracos
negros. Se algum dia você entrar em um buraco negro, não se esqueça de
pendurar tudo o que você aprendeu sobre física num cabide do horizonte de
eventos, porque lá dentro, tudo isso é absolutamente inútil.
>Elas surgem da energia, no vácuo. O Vácuo não é o Nada (Efeito de Casimir)
Elas não surgem portanto do nada. Elas surgem da energia de um campo que é
presente no vácuo.
Ninguém nunca observou ou mediu esse campo. Ele é apenas inferido. Esse é um
raciocínio circular. O efeito Casimir e as flutuações quânticas provam que
tanto matéria como energia podem emergir do vácuo. Mas a teoria diz que
matéria e energia não podem emergir do vácuo. Logo, o vácuo não pode ser um
vácuo. Em filosofia, esse tipo de raciocínio é chamado de "petição de
princípio". Chamar de nada, de vácuo ou de campo é só uma questão de
nomenclatura. Nós simplesmente não sabemos do que estamos falando. Talvez o
nada pura e simplesmente não exista e todo o espaço que consideramos vazio
esteja regurgitando de energia potencial. Talvez, pelo contrário, o nada
exista e o que nós chamamos de energia potencial seja só um recurso
conceitual inventado pra conciliar os fatos com a nossa crença arraigada de
que nada pode surgir do nada. A essas alturas do campeonato, quem é que
sabe?
>Vc não estará confundindo "lei da conservação da energia" com "principio de
incerteza" ?
Não. O princípio da incerteza é justamente o que permite às partículas
virtuais driblarem as leis da conservação da energia durante um tempo
limitado.
>Elas são chamadas virtuais simplesmente pq são meramente simbólicas. Nunca
ninguem provou que elas existissem de facto.
Assim como ninguém provou que existe o tal campo de energia potencial ao
qual você se agarra na questão do vácuo. Ele é tão teórico quanto as
partículas virtuais, mas neste caso, você o aceita mesmo sem provas. De
fato, a eletrodinâmica quântica é tão inconsistente quanto a teoria do Big
Bang e, em ambos os casos, os físicos só as aceitam porque elas funcionam na
prática, na esperança de que, mais tarde, alguém consiga remediar suas
lacunas e transformá-las numa teoria consistente. Você, por outro lado, se
posiciona perante elas com uma atitude de dois pesos e duas medidas. Como a
eletrodinâmica quântica satisfaz as tuas crenças, você passa por cima das
inconsistências e se dispõe a aceitar os campos que ela descreve como
entidades reais, mesmo na ausência de qualquer prova disso. Já a coitada da
teoria do Big Bang, como vai contra as tuas crenças e expectativas, não
desfruta da mesma boa-vontade.
>Apresente-me uma prova disso.
*Eu* não tenho que apresentar provas de nada, porque não sou físico, nunca
botei os pés num laboratóprio e tudo o que eu sei sobre física, aprendi nos
livros. É uma limitação, eu sei, mas não posso fazer nada quanto a isso.
Embora me interesse bastante por física, sou velho demais pra mudar todo o
meu projeto de vida só porque você quer que eu me enfie num laboratório pra
encontrar uma prova da existência das partículas virtuais. Eu sei que, se eu
conseguisse isso, provavelmente ganharia o Prêmio Nobel, mas, como disse,
sou velho demais pra pensar nisso. Em todo caso, já que você gosta de
desafios, aqui vai um. Me apresente um experimento que prove concretamente
que o vácuo é um campo de energia e eu prometo que faço o possível pra te
provar a existência das partículas virtuais. Veja bem, estou falando de
prova *experimental*, exatamente o tipo de prova que você me pediu, e não de
uma interpretação teórica que simplesmente explique o efeito Casimir como
sendo resultado de um campo.
>Vc conhece algum exprimento desses ? Não ? Então pq vc diz que são reais ?
Eu te devolvo a pergunta. Voce conhece algum experimento desses com relação
aos campos da eletrodinâmica quântica? Não? Então porque me diz que ele é
real? A eletrodinâmica quântica é só uma interpretação matemática que trata
as relações entre as partículas como interações entre os campos. É uma boa
interpretação, que mostra-se adequada pra dar conta de uma série de dados.
Mas não é um *fato*, e nem dá conta de todos os fatos. Portanto, pra você
ser coerente com a tua própria postura de rejeitar teorias parcialmente
inconsistentes ou que não dão conta de todos os fatos que se propõem a
explicar, teria que rejeitar não só a teoria do Big Bang como também os teus
bem-amados campos de energia potencial no vácuo. Eu não preciso rejeitar
nada porque sei que um dos fundamentos do método científico é admitir o
caráter provisório de todas as teorias, e espero ardentemente que algum dia
alguém consiga corrigir as inconsistências da teoria do Big Bang, da
eletrodinâmica quântica, da teoria da evolução e de dezenas de outras
teorias que a gente vai usando, não porque contenham A Verdade Final, mas
porque são ferramentas úteis pra ampliar o conhecimento do universo da nossa
experiência.
>À energia existente no instante em que o BB aconteceu.
A energia existente no instante em que o BB aconteceu estava presente *no
instante em que o BB aconteceu*. Se ela já estava ou não presente antes é
algo que não temos como saber.
>Ai é ? compare com : "Se eu não me engano, foi o Stephen Hawking o primeiro
a propor que existe uma função de onda global de todo o universo. Ou, se
você preferir formular de uma outra maneira, trata-se da função de onda
DAQUELA PARTICULA INICIAL NA QUAL ESTAVA CONCENTADO TUDO O QUE __VIRIA__ A
SE TORNA MATERIA E ENEGIA do universo. " (enfase meu)
A ênfase é desnecessária, porque eu acrescentei o "viria" justamente pra
evitar a objeção de que estava me contradizendo ao dizer que a energia só
passou a existir depois do Big Bang e, ao mesmo tempo, que ela já estava
contida na partícula inicial.
>Vejamos, essa particula, que até tem uma f.d.o não tem energia ?
Usei o termo "partícula" por comodidade, pra deixar mais claro a analogia
com a mecânica quântica. Mas essa partícula *não é* uma partícula, não no
mesmo sentido que os prótons, elétrons e nêutrons, ainda que nas primeiras
versões do Big Bang ela fosse chamada de "átomo primordial". Ela é uma
singularidade.
>Que nova fisica é essa ?
A física das singularidades, que simplesmente não existe porque é impossível
formular uma física das singularidades.
>Por outro lado, antes do BB que deu origem a TUDO, já existia algo ... uma
particula. Não é isso uma contradição ?
Se você imaginar essa partícula como sendo semelhante aos prótons, nêutrons,
elétrons, ou mesmo aos quarks (pra descer a um nível ainda mais
fundamental), então sim, é uma contradição. Mas como eu disse, não é uma
partícula convencional, e sim uma singularidade.
>Se a particula existia, o que a criou ? o Criador? o Big Bang através de
um
fenomeno de viagem no tempo ?
Ah, vejo que voce leu o meu email em que eu propunha, de brincadeira, uma
hipótese de fc. Então, você também deve ter lido no mesmo email que esse
problema conceitual vai aparecer em *qualquer* teoria sobre as origens,
porque ela sempre vai levantar a questão da origem da origem e da origem da
origem da origem, e por aí vai. Portanto, não é uma objeção válida, a menos
que você proponha, como o Álvaro, abrir mão de toda e qualquer tentativa de
descrever a origem do universo e se limite a aceitar o fato de que ele
existe. Se é essa a tua opção, ótimo, você tem todo o direito. Assim como os
cosmologistas têm todo o direito de não se contentar com essa atitude
pragmática e continuar especulando, mesmo que isso os leve até os limites do
que pode ser formulado com o pensamento conceitual.
>Sou só eu, ou será que vc não vê que se está contradizendo ?
Acho que é só você. Entre outras coisas porque eu me referi a *três*
propostas diferentes pra origem do universo, e você embolou tudo. Dessas
versões, uma é uma teoria e as outras duas são hipóteses alternativas. A
teoria é a do Big Bang. A sugestão de que tenha surgido por um colapso de
função de onda é uma hipótese alternativa, e a proposta de que ele surgiu
por uma flutuação de vácuo é uma outra hipótese alternativa. São coisas
diferentes, e eu apresentei as três simplesmente pra mostrar que a questão
ainda está em aberto.
>Primeiro defende que nada ha antes do BB e que o algo pode vir do nada.
Antes de mais nada, não sou *eu* que defendo ou deixo de defender coisa
alguma, são os proponentes da teoria do Big Bang. Em segundo lugar, eu não
disse que não havia *nada* antes do BB, mas que é impossível saber *o que*
havia antes do BB, porque esbarramos no limite da singularidade. Você
misturou duas partes diferentes do email, aquela em que eu comento sobre o
Big Bang com a outra em que eu me refiro ao fenômeno das flutuações de
vácuo. Leia o email com atenção e você vai ver que são dois assuntos
diferentes.
>Agora , precisa de uma particula pré-BB para justificar o BB...
Sergio, por aí se vê que você realmente se mantém afastado da cosmologia,
como disse no início do email. Não fui eu que introduzi essa "partícula
pré-BB". Ela *sempre* esteve presente, desde as primeiras versões da teoria.
Só que chamá-la de "partícula" é apenas força de expressão. Ela *não é* uma
partícula, é uma sing(ah, já estou repetindo demais isso)ularidade.
>Afinal a 1º Lei se mantém, mesmo que vc não dê por isso.
Essa coisa de você dizer que sou eu que estou vindo com isso ou aquilo ou
que sou eu que não dou por aquilo outro e não sei mais que lá já tá
começando a ficar cansativa. Não fui eu que propus a teoria do Big Bang,
amigo. Eu nem tinha nascido quando ela foi proposta e, mesmo que tivesse,
não tenho qualificação profissional pra isso.
>Disse bem "é a grande meta" o que significa que ainda não chegámos lá.
E se jogarmos fora toda teoria cada vez que aparece um fato que nos obriga a
reformulá-la, como você sugere, não chegaremos nunca.
>Grande coisa. Isso qq um pode dizer.
Ok, se você considera o Stephen Hawking "qualquer um", isso é com você.
Mesmo que eu não concorde com tudo o que ele diz (e afinal de contas, quem
sou eu pra não concordar?), tenho o maior respeito e admiração por ele.
>Dizer que é é facil, dizer qual é, é que é o real desafio.
Qual é entao ?
Pergunta pro Stephen Hawking. Foi ele quem propôs que o universo pode ser
descrito por uma função de onda global, não eu.
>Compare isto com a primeira parte do seu texto onde vc defende que as
coisas
podem nascer do nada.
>Já comentei que conclusão deve obter.
E eu já expliquei que as duas partes do texto tratam de coisas diferentes e
que foi você que misturou ambas.
>Eles só têm uma boa alegoria. Nem chega a ser teoria, pq não é verificável
sem se saber qual função é e quanto o salto vale.
Não, não chega a ser uma teoria. É uma hipótese. Presumo que você saiba a
diferença entre hipótese e teoria. Uma alegoria, por outro lado, é outra
coisa completamente diferente, e não tem nada a ver com nenhuma das duas.
>Ai não ? Tem mesmo a certeza disso ? Pense bem.
Tenho. Quando eles falam de função de onda, estão se referindo a função de
onda. Podem não ter como calculá-la, e é por isso que se trata de uma
hipótese, e não de uma teoria. Mas definitivamente não é uma alegoria.
>O quê, de concreto, eles já lhe mostraram sobre isso ?
Por que eles teriam que me mostrar alguma coisa, de concreto ou de abstrato?
Eu não me arvoro em juiz dos progressos da física, simplesmente os acompanho
como um leigo interessado.
>Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em fisica.
Você disse que é físico e nunca ouviu falar do continuum? Você tá falando
sério ou tá tirando sarro da minha cara?
>"Energia" é uma palavra que está sempre relacionada com um sistema.
Exato. Neste caso, o sistema é o universo.
>A energia da chama passou a existir *com* a chama. Mas isso significa que
não existia energia antes ? Da chama não.
(mas no q deu origem à chama, sim)
Sim, porque a chama é um subsistema do sistema mais vasto que é o universo,
do qual provém, em última análise, toda a energia pra todos os fenômenos.
>A energia do Universo passou a existir *com* o universo. Mas isso
significa que não existia energia antes ? Do universo não. (mas no que deu
origem ao BB sim...
Isso é precisamente o que não temos como saber. Singularidades, lembra?
>...que grande chatice esta lógica..)
Eu não acho. Acho a lógica uma ferramenta bastante útil. Entre outras
coisas, ela nos permite distinguir entre as diferentes partes que compõem um
texto, evitando o erro de misturar questões diversas... ;-)
>A excepção a que eu me referia era a excepção numa lei fundamental. A 1ª da
termodnâmica.
Bueno, se uma singularidade é um ponto onde *todas* as leis da física se
tornam inoperantes, presumo que isso se aplique também à 1ª lei da
termodinâmica.
>os buracos negros não violam a Termodinâmica. (nem a 1º nem a 2ª leis)
A periferia dos buracos negros, até o horizonte de eventos, não. Quanto à
singularidade, ninguém sabe o que se passa dentro dela.
>Este seu argumento dos BN não tem nada a haver aqui.
Como não tem nada a ver, colega? O núcleo de um buraco negro é constituído
pelo mesmo tipo de entidade teórica que, segundo a versão atualmente aceita
da teoria do Big Bang, foi o ponto original a partir do qual o universo se
expandiu. Preciso dizer de novo que, em ambos os casos, trata-se de uma
singularidade?
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 00:47
Tudo bem refaço a pergunta:
A razão nos confere a capacidade de raciocínio.
Esta capacidade, no torna seres pensantes e nos conduz a quererermos
explicar as coisa, as pessoas, o mundo, isto é, o real. Porque, como Hegel,
supomos, ainda que inconscientemente, que o real é racional. Então, a
racionalidade enquanto faculdade, requer um objeto sobre o qual deva recair
e esse objeto, por excelência, é o mundo, o Universo e nele tudo incluído.
Assim, pergunto:
O universo é organizado racionalmente e, portanto, há uma correspondência
entre este e a nossa faculdade de pensar e supor, ou não, o universo é
desorganizado e as teorias cientificas é que colocam ordem nele, isto é,
criam o universo tal como explicado? De minha parte creio haver um o
correspondência biunívoca entre a razão, aqui entendita como faculdade de
conhecer(se) e a organização do mundo, o real. Isto implica dizer que deve
haver algum conhecimento, apriori, embutido no cerébro que nos induz a
pensar que alguma coisa pode ser inteligível, compreendida. Isto é, que o
real é de tal modo organizado, racioanlizado, que nos permite que a razão
atue sobre ele, devendando-o.
Abraços
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 13, 2002 5:52 PM
Subject: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO
Explicar a relação entre (1) a razão e (2) a idéia que esta
imprime de que as coisas são compreensíveis porque devem ser organizadas
segundo leis físico-matemáticas? Isso soa meio vago, não compreendi a
pergunta. Você diz que a razão imprime essa tal idéia, e pede-nos para
explicar a relação entre a razão e essa idéia...
Belisário
At 17:25 13/10/02 -0300, you wrote:
>Pessoal, como é que vcs explicam a relação existente entre a razão,
>faculdade humana de decodificar ou codificar as coisas, e a idéia
>subjacente que ela imprime de que as coisas, em particular, as pessoas e o
>mundo podem ser compreendidos porque devem ser organizados segundo leis
>físico-matemáticas?
>
>Carlos AR
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SUBJECT: ALGO E NADA
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 00:51
Faço minha as palavras e LIBENIZ:
Por quê ALGUMA COISA ao invés de NADA?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] ALGO E NADA
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 00:56
Uma justificativa antrópica: Se não existisse coisa alguma, não estaríamos
aqui para observá-las!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 14 de Outubro de 2002 00:51
Assunto: [ciencialist] ALGO E NADA
Faço minha as palavras e LIBENIZ:
Por quê ALGUMA COISA ao invés de NADA?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 01:30
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 13, 2002 11:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>A príncipio, creio concordar com tudo que vc escreveu. Não sei se vc
vonhece o Livro "Iniciação ao Silêncio" do prof. Paulo Margutti, esse livro
serve como base para defender a idéia de que o Tractatus é uma obra de
Teologia Negativa, pois seu objetivo é levar o leitor a contemplar o Místico
e não compuscar-lo com palavras. Creio que esse assunto é pertinente à
lista, visto que o Tractatus, mal interpretado, foi considerado a"biblia" do
círculo de viena (neopositivismo).
Salve, Douglas! Não conheço esse livro do prof. Margutti, não, mas fiquei
muito interessado. Você pode me passar outros dados, tipo editora, ano de
publicação, etc.? Em todo caso, você tem razão, o pessoal do Círculo de
Viena se agarrou às análises lógicas do Tractatus e desconsiderou
completamente as seções em que ele fala do místico e deixa bem claro que
toda a parte lógica é só uma preparação (uma escada) pra chegar ao ponto que
realmente lhe interessava (6.522): "Existe com certeza o indizível. Isto se
*mostra*, é o que é místico." O próprio Wittgenstein sempre protestou
veementemente quanto ao uso que os neopositivistas fizeram de suas idéias,
mas o coitado não tinha mesmo sorte, porque depois aconteceu exatamente a
mesma coisa com as _Investigações Filosóficas_ e a filosofia analítica
britânica...
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 04:39
Douglas:
deus pode criar um objeto tão grande que ele mesmo não possa carregar?
discutir ou fazer perguntas sobre deus ou desses é bizantinice, qualquer
coisa que qualquer pessoa diga, vai sempre carecer de prova. Os exetas
judeus há 3000 anos masturbam seus cérebros buscando resposta. Ajunte os
teólogos cristãos e muçulmanos, e o resultado é uma zona total.
Deuses não se discute: lamenta-se.
E ao fim e ao cabo, saber ou não saber, que utilidade tem? aumentar a
angústia?
As religiões, as concepções do divino surgiram nos primórdios da
civilização quando o primeiro experto encontrou o primeiro trouxa e explicou
a ele a origem dos fogos, dos trovões, das estrelas... cobrou por isso, como
ainda hoje cobram.
Se cada religioso tomasse a si a tarefa de educar apenas uma criança
carente, os resultados para nosso país serem bem melhores e teriamos menos
profetas e mais cientistas.
"Credo quia absurdum" - com essa frase Tertuliano resume a não-busca: apenas
acredite se quiser.
sds cépticas,
silvio
----- Original Message -----
From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 13, 2002 6:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>
> (Quem criou Deus?
>
> D: O termo "criar" aplicado a Deus tem outro significado, um significado
> particular que só se aplica a ele.
> Sendo Ele o Creador, creou o próprio ato de criar e antes disso não havia
> como criar nada.
>
> O que Deus estava fazendo antes de criar o
> > tempo e o espaço?
>
> D Quem "faz" são as criaturas, não o Creador.
>
> Deus pode se auto-destruir?
>
> D: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível, o que não for
possível
> é não-ser. A auto destruíção de Deus é um não-ser, só existe no campo
> linguistico (não tem existência ontológica).
>
> D: Além disso, o verbo aplicado ao ato de Deus é desprovido de tempo, por
> isso Ele creou, crea e continuará (se quiser) creando o mundo
> (sustentando-o). O que é bem diferente do uso que a ciência faz do termo
> "criação". Por isso o criacionismo é um engodo tanto no campo da ciência
> como no campo da Teologia. (creio que isso não é discussão para a
ciência).
>
> DFG
>
>
>
SUBJECT: Bulcao na Veja?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 10:29
És tu, oh Manuel?
Uhu, espinafrou o colunista. Vc tem razão, o cara escorregou no quiabo...
"Roberto Pompeu de Toledo nos mostra, de uma forma caricata, que sua dúvida
é se o "cinzento" candidato do PT, caso seja eleito, retornará ao preto ou
avançará para o branco; se vai tirar a máscara ou transformar-se nela.
Indubitável, entretanto, é a visão chapada, daltônica e nada auspiciosa que
o ensaísta tem de Lula. Ainda bem que a vida imita a arte, não a pulp
fiction ("Lula, no dia seguinte: três dúvidas", 9 de outubro)."
Manuel Soares Bulcão Neto
Fortaleza, CE
Fonte: http://www2.uol.com.br/veja/161002/cartas.html
***
Eis o artigo:
Lula, no dia seguinte:
três dúvidas
Que será dos ternos Armani?
Que será do slogan "paz e amor"?
E que será de Duda Mendonça?
Que será dos ternos Armani?
Cenário 1. Que alívio! Enfim, a campanha terminou. Lula começa por afrouxar
o colarinho. Arranca a gravata. Desveste o paletó e arremessa-o com vigor ao
chão. "Que bom", diz. "Nunca mais." Marisa não entende: "Nunca mais o quê,
querido?". "Nunca mais este maldito terno." Tira também a calça e pula em
cima da roupa agora desprezada, pisoteia o paletó, depois a calça, entre
"ufas" de alívio e gritos de vitória, como numa dança de libertação. De
repente, tem uma idéia. "Marisa, passa aquela tesoura", pede. "Você não
vai..." "Vou, sim." Pega a tesoura e faz picadinho do terno, entre
gargalhadas. "Nunca mais", repete. E joga os pedacinhos do terno destruído
para o alto, como quem joga serpentina, alegre como no Carnaval. Então vai
ao velho armário da época pré-eleitoral, e tira uma calça jeans e uma
camiseta vermelha. "Não vai me dizer que você vai à posse assim...",
espanta-se Marisa. "Vou. E se me chatearem visto a camiseta com a estampa do
Guevara." Marisa enfurece-se: "Lula, você dizia que o Plano Real era um
estelionato eleitoral. O terno Armani é que foi um estelionato eleitoral!".
Cenário 2. "Que tal, querida?" Lula está em frente ao espelho, alisando o
paletó como quem alisa os pêlos do gato de estimação. "Lindo", responde
Marisa. "Não é que fiquei bem mesmo?", retoma Lula. "Pensei que só fosse
suportar esse tipo de roupa durante a campanha, mas me dei tão bem... Não
sei como pude viver com os trapos que vestia antes." "Até parece que você
descobriu sua verdadeira identidade, não é, querido?" Lula continua a
mirar-se no espelho, com ares apreciativos. "Agora que sou presidente vou
precisar de mais. Liga para a loja, querida. Encomenda mais uns cinqüenta.
Acho que dá. Para o primeiro ano, dá."
Que será do slogan "paz e amor"?
Cenário 1. Centro de treinamento do Banco do Brasil, sede do governo de
transição. "Mas você não era o Lulinha paz e amor?", pergunta José Dirceu.
"Se queres paz, prepara-te para a guerra", recita Lula, à guisa de resposta,
e continua a alinhar seu ministério: "Chefe da Casa Civil, João Pedro
Stedile". "Logo esse?", reage Dirceu. "E logo Casa Civil? O negócio dele não
é reforma agrária?" "Ele não deixará de cuidar da reforma agrária", responde
Lula, "mas terá muitas outras atribuições. Será o orientador do governo como
um todo." "Bem", conforma-se Dirceu. "Temos ainda o Banco Central. Podemos
compensar nomeando alguém de confiança do mercado..." "Desculpe", corta
Lula, "mas para o Banco Central já fiz minha opção." "Quem?", pergunta
Dirceu. "O Zé Maria." "Qual Zé Maria?" "Ora, o Zé Maria. Do PSTU." "O 'quem
bate cartão não vota em patrão'?" "Não. O 'contra burguês, vote 16'. Mas
você me deu uma idéia... Também esse outro, o 'quem bate cartão'... Quem
sabe para as Relações Exteriores?..."
Cenário 2. "Um inimigo em cada ministério, essa é a idéia", diz Lula.
"Como?", pergunta Dirceu. "Nossos inimigos vão governar conosco?"
"Lembre-se, Dirceu: sou paz e amor. Anota aí: o Mario Amato... Lembra do
Mario Amato, que disse que 800.000 empresários deixariam o país se eu fosse
eleito, em 1989? O Mario Amato será ministro." "Não acredito." "Acredite. E
outro será... Adivinha." "A essa altura, não adivinho nada", diz Dirceu.
"Tan-tan-tan-tan... PEDRO MALAN!" Dirceu engasga. "Por favor, um copo
d'água."
Que será de Duda Mendonça?
Cenário 1. Ainda na sede do governo de transição. "O Duda já se foi?",
pergunta Lula. "Já", responde Mercadante. Lula sorri maroto como um garoto
quando o professor vai embora. Abre uma gaveta, tira de lá um documento.
"Que é isso?", pergunta Mercadante. "O programa da ruptura." "O quê?"
"Aquele programa, lembra?, que dizia que nossa primeira tarefa seria romper
com o modelo vigente." "Mas nós o renegamos", pondera Mercadante. "Nós quem,
cara pálida? O Duda renegou. Mas o Duda acabou. Lembra o que o Garotinho
disse do Serra, naquele debate? Na propaganda aparece a Elba Ramalho. Mas,
na hora de governar, quem governa é ele - e apontava para o Serra. Aqui
também é assim. Na campanha o Duda mandava. Mas quem vai governar sou eu.
Mercadante, vamos reler com cuidado o programa da ruptura."
Cenário 2. Washington, sede do FMI. Visita do presidente eleito do Brasil.
Na ante-sala, Duda Mendonça, que acompanha Lula, dá as instruções. "Lembra
da entrevista na Globo, quando lhe disse que a primeira coisa a fazer era
dar os parabéns à Fátima Bernardes pelo trabalho dela na Copa? A estratégia
é a mesma." Lula é convidado a entrar. Leva um maço de flores, que estende à
senhora Anne Krueger. A dama da ortodoxia encanta-se. "Antes de mais nada,
quero cumprimentá-la pelo magnífico trabalho realizado até agora." A dama da
ortodoxia dobra-se. Lula prossegue: "E quero assegurar que meu governo
estará sempre pronto a cumprir as metas e..." A dama da ortodoxia
derrete-se: "Se era assim, por que não avisaram antes? Tanta desconfiança
tola, tanta incompreensão em nossas vidas..." Foi o início de uma grande
amizade.
Fonte: http://www2.uol.com.br/veja/091002/pompeu.html
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 10:40
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> O que eu tenho visto é que volta e meia aparece alguém dizendo que
> identificou o gene do homossexualismo ou da esquizofrenia, neguinho
Da esquizofrenia tem uma ligacao um pouco mais solida do q. o
homossexualismo com os genes -- pelo menos alguns tipos de
esquizofrenia ou sindromes similares. Realmente nao sao definitivos,
mas ha' estudos apontando uma ligacao.
Mas peguemos um exemplo extremo como a sindrome de Down. Ela esta'
ligada certamente a uma alteracao genetica -- presenca de uma copia a
mais do cromossomo 21 ou de uma parte especifica dele.
De todo modo e' possivel sim q. comportamentos mais especificos nao
tenham uma vinculacao direta com genes ou grupos de genes especificos.
E realmente e' preciso tomar cuidado com o modo como se tratam os
resultados das pesquisas na hora de divulgar ao publico. E' uma area
q. mexe com muitos preconceitos e e' preciso ter consciencia desse
fato.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 11:17
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> O problema e' justamente a *** facilidade***. Ai' entram diversas
> especulacoes. A questao e' delinear bem o contorno do sistema.
>
> Douglas: Não entendi essa "facilidade". Como assim?
Basta assumir algumas premissas ad hoc e, voilá, temos
uma "explicação" via seleção natural. (Na verdade com
qq teoria temos esse problema.)
Então a questão não é tto de elaborar um cenário evolutivo
para explicar como teria surgido uma determinada característica, mas
encontrar indícios q. sustentem esse cenário.
Podemos até 'explicar' a presença de características q.
efetivamente não existem. P.e. o poder de clarividência.
Um possível cenário seria assim: na pré-história, a capacidade
de antecipar o futuro era importante de modo a garantir a
caça e evitar predadores. Assim o poder de antever o futuro
foi selecionado, resultando no poder de clarividência atual
dos humanos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: [ciencialist] #Multilateralismo e outras palavras em Novilin gua
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 11:24
> De: Joao Miranda
>
> #Noss@ #Multilateralismo
> João Miranda in #NoviLingu@ #Gazet@
>
> #Multilateralismo é uma nova palavra introduzida pelo Ministério da
> #Verdade para designar a doutrina política segundo a qual as decisões
> devem ser tomadas por consenso entre todas as partes. [...]
Genial, meu colega d'além-mar. Nem parece o liberal de sempre. Mas em
NoviLingua liberal pode significar reacionário, conservador ou
revolucionário -- um triplopensar. Bem, o que importa é que vc é um
bom liberal unipensante.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Para Álvaro 2
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 11:37
> De: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
>
> Ainda assim, se você tiver interesse: 18/11/65, Curitiba, PR,
> 14h10 (dados verdadeiros, garanto).
Bem, de acordo o mapa austral que acabei de traçar 'de zóio'
conclui que o Alvarenga é um sujeitinho pedante, maléfico,
intragável e valentão, que azucrina o juízo de astrólogos.
Rê-rê-rê-rê-rê-rê!!!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 11:38
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: Sérgio Taborda
> To: ciencialist@y...
> Sent: Sunday, October 13, 2002 10:17 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>
> >Ora, se eu crio uam nova teoria a cada dado novo que me aparece
que não
> está
> de acordo com a teoria que tenho, que teoria é esta afinal ?
>
> Uma teoria que procura se adequar aos fatos, como toda e qualquer
boa teoria
> científica. Você queria o quê? Que a teoria ignorasse solenemente
os fatos?
Eu queria uma teoria que previsse factos e que não fosse necessária
alterar por cada novo facto que se encontra.
Isso é que caracteriza uma teoria sólida na qual podemos confir e
basear nossos argumentos.
O que vcs me dizem é que existem uns senhores a dizer que o universo
começou assim ou assado. Eles podem dizer o que quiserem, mas não
podem violar principio logicos basicos da fisica. A menos que eles
estejam desemvolvendo uma ciencia com novos principios, não é
aceitável que eles mudem o compasso no meio da sinfonia.
Mas eles não me preocupam. O que me preocupa apenas aqui é filtrar
algumas coisas mal compreendidas por quem os cita. E mais do que
isso - afinal não ha tantos erros assim - é tentar contrariar essas
postura de divinização dos tais senhores.
Não, não me venha dizer que não é divinização. Tlv para vc e alguns
não seja, pq não se dão conta disso. Mas pela quantidade de vezes que
esses senhores são citados e pela quantidade de vezes que vcs dizem
aceitar o que eles dizem e simultanemanete afirmarem que não são do
ramo nem dominam a matéria em causa, isso é sintoma de que ha algum
problema com a vossa aceitação.
E o problema é que não existiu uma avaliação critica das afirmações
proferidas.
Por outro lado, e mais importante quando se fala do BB é o problema
da filosofia inerente. E não vale mudar de filosofia no meio do
debate.
A minah filosofia é simples e prende-se com aceitação das leis
fundamenteis da fisica que nunca foram demosntradas erras nem postas
em causa (por muito que alguns gostem de escrever isso / por muito
que alguns gostem de entender assim ).
> >Uma teoria mutante que vai mutando para se enquadrar nos novos
dados, mas q
> nunca os prevê ?
>
> Quem disse que a teoria do Big Bang não prevê nenhum fato? Colega,
ela
> previu um determinado padrão para a distribuição da radiação
cósmica
Uma coisa que ela previu.
Mas ela não previu a ideade do universo.
Estamos empatados.
Ela não resolveu o problema do processo que deu origem ao BB.
(já está perdendo)
E ela não definiu em condições o que é o BB nem é concensual entre os
cosmologistas onde cada um atira para seu lado e aposta em ser dar
seu pitaco pessoal.
> >Primeiro foi o afastamento das estrelas e o modelo de Eisntein.
>
> Neste caso, o remendo não estava na teoria do Big Bang, mas na
relatividade
> geral.
Vc cortou o que interessava e comentou o que não interessava.
O ponto era na não existencia de um centro para a 'explosão' do BB.
O qual é usado para dizer que no inicio tudo era concentrado num
ponto. (Mas qual ponto ?)
> >Mas que ponto ?
>
> Eu expliquei esse ponto (no pun intended) no meu email anterior.
Trata-se,
> na verdade, de uma singularidade nua.
Não quero saber do ponto. Quero saber qual ponto ? onde ele está ?
Qual é a nossa distancia a ele ? Ou melhor qual é o nosso 4-vector
posição em relação a ele ?
Como é que dizem que ha esse ponto, mas depois dizem que não houve
convergencia, que a 'expanção' se dá em todos os pontos ?
Então final, onde está o ponto unico que é singular ?
> >Onde vamos parar ?
>
> Você quer dizer, onde vamos parar se continuarmos modificando as
teorias a
> cada vez que surge um fato novo, em vez de jogar fora uma teoria
que se
> revela perfeitamente adequada pra vários outros conjuntos de fatos?
Não. Onde vamos parar de inventar teorias da treta em vez de olharmos
com olhos de ver.
> As coisas progridem
> por tentativa e erro. Você elabora uma teoria. Se ela simplesmente
não se
> adequa aos fatos, você joga ela na lata do lixo e começa de novo.
Mas se ela
> explica bem alguns dados mas falha em explicar outros, a atitude
mais
> sensata é consertar a teoria, de modo a ampliar seu alcance.
Teria muito gosto em ampliar o seu alcance, se ela tivesse algum
alcance. O problema é exactamente este. Ela não tem nenhum alcance.
É assim que as
> coisas se fazem na física contemporânea e é assim que as coisas
sempre se
> fizeram mesmo na física clássica que você parece adotar como verdade
> absoluta.
Responda-me só como vc sabe que é assim que se faz em fisica
contemporanea se vc mesmo disse "Eu* não tenho que apresentar provas
de nada, porque não sou físico, nunca botei os pés num laboratório e
tudo o que eu sei sobre física, aprendi nos livros."
Vc quer que eu aceite sua posição baseado em '''nada''' ?
Eu levo em consideração sua opinião, ou não estaria tentando lhe dar
outra prespectiva das coisas...
> >As leis básicas da fisica. Leis da Mecânica, da Termodinâmica.
Principios
> de
> Conservação. Estas coisas não se deitam pela janela...
>
> Sérgio, como físico, você deve saber que o ponto de partida tanto da
> mecânica quântica como da teoria da relatividade foi justamente a
> constatação de que "as leis básicas da física" *não servem* para
explicar o
> domínio subatômico nem o relativístico.
Eu como fisico , sei, que isso que vc disse é pura charlatanice
popular prepertada por alguns loucos que se intitulam fisicos.
A MQ e a Relatividade podem ter mudado a prespectiva com que
encaramos o mundo, podem ter aberto novos horizontes , introduzidos
novas ideias, mas elas nunca , NUNCA! mudaram as leis da fisica que
as antecedeu.
Ambas as mecânicas obdecem à Lei de Newton F= dp/dt , e à
conservação da energia. (Veja o mail onde eu tentei mostrar como
chegar À eq de Shrondinger através desta lei. Mas se achar que eu
estou a inventar, procure o conceito de Hamiltoneano e a relação
deste com a eq de Shrondinger).
Nunca, nunca, foram deitadas pela janela nenhuma leis fundamentais da
fisica. E a lei "nada vem do nada" é uma delas, imbutida na 1º lei da
termodinâmica, que nunca falhou em caso algum.
Portanto, reveja seus livros e entenda que a MQ e a Relatividade não
são deusas nem nemesis da fisica. E que a importancia delas é tão
relevante como a fisica de Boltzman ou a de Newton.
> >Elas surgem da energia, no vácuo. O Vácuo não é o Nada (Efeito de
Casimir)
> Elas não surgem portanto do nada. Elas surgem da energia de um
campo que é
> presente no vácuo.
>
> Ninguém nunca observou ou mediu esse campo.
Foi medida a força de Casimir. Pode procurar na net, é facil de
encontrar.
>O efeito Casimir e as flutuações quânticas provam que
> tanto matéria como energia podem emergir do vácuo. Mas a teoria diz
que
> matéria e energia não podem emergir do vácuo.
Não. A teoria deixa isso aocntecer. E ai é que está o grande avanço.
Não ha nenhum paradoxo nem nenhum problema com este fenómeno.
(aliás um dos poucos a dar razão à electrodinamica quantica - QED )
Logo, o vácuo não pode ser um
> vácuo. Em filosofia, esse tipo de raciocínio é chamado de "petição
de
> princípio".
Ainda bem que estamos falando de fisica.
Chamar de nada, de vácuo ou de campo é só uma questão de
> nomenclatura.
Tlv para os filosofos, sociologos e afins, possa ser. Para os fisicos
não é. Essas 3 coisas são todas diferentes e não são sequer
sinónimos.
>Nós simplesmente não sabemos do que estamos falando.
Tlv vc não saiba, ou não queira perder tempo em aprender.
Eu posso-lhe assegurar que sei destinguir aqueles termos.
( e quero em crer que o hawings e o penrose, tb saibam destinguilos.
caso contrário: Tirem-lhes os diplomas!)
>Talvez o
> nada pura e simplesmente não exista e todo o espaço que
consideramos vazio
> esteja regurgitando de energia potencial.
Não é tlv. É mesmo assim.
> >Elas são chamadas virtuais simplesmente pq são meramente
simbólicas. Nunca
> ninguem provou que elas existissem de facto.
>
> Assim como ninguém provou que existe o tal campo de energia
potencial ao
> qual você se agarra na questão do vácuo.
Não sou que me agarro. São os tipos da QED, dos quais eu sempre
desconfiei. Dou-lhe crédito na medida que o efeito de casimir existe
e eles dizem que o sabem explicar.
>Ele é tão teórico quanto as
> partículas virtuais, mas neste caso, você o aceita mesmo sem
>provas.
Não.
De
> fato, a eletrodinâmica quântica é tão inconsistente quanto a teoria
do Big
> Bang
Não insulte os electrodinamicos.
A Força Fraca e a Força Forte são duas grandes conquistas da QED e da
sua filha a Cromodinamica Quantica.
E estas são apenas(!) 2 das forças fundamentais.
> Você, por outro lado, se
> posiciona perante elas com uma atitude de dois pesos e duas
medidas. Como a
> eletrodinâmica quântica satisfaz as tuas crenças
Crenças ?? o Efeito Casimir não é uma crença, é um facto.
> >Apresente-me uma prova disso.
>
> *Eu* não tenho que apresentar provas de nada, porque não sou
físico, nunca
> botei os pés num laboratóprio e tudo o que eu sei sobre física,
aprendi nos
> livros. É uma limitação, eu sei, mas não posso fazer nada quanto a
isso.
Então vc é daqueles que acedita sem provas?
Muito boa forma de raciocinio cientifico...
> Embora me interesse bastante por física, sou velho demais pra mudar
todo o
> meu projeto de vida só porque você quer que eu me enfie num
laboratório pra
> encontrar uma prova da existência das partículas virtuais.
Bom, não somos ingenuos, pois não?
Vc não precisa se enfiar num lab. Vc pode simplesmente me dizer que
prova vc viu do que diz ser verdade. Que prova vc leu, ou lhe
contaram sobre isso ?
Nenhuma ? Então é que vc acredita tão piamente ?
Eu sei que, se eu
>Em todo caso, já que você gosta de
> desafios, aqui vai um. Me apresente um experimento que prove
concretamente
> que o vácuo é um campo de energia e eu prometo que faço o possível
pra te
> provar a existência das partículas virtuais.
O Efeito Casimir prova que no vácuo existe energia. Prova que existe
uma força que se deve apenas ao vácuo , ou ao que existe nele.
E a existencia de uma força é algo que requer a existencia de
energia. Donde, no vácuo existe energia.
Por outro lado, uma força é uma forma de um campo se manifestar,
donde prova que ha um campo.
Este efeito não prova que existe um campo de energia, como vc pede,
pq isso não existe. Existem campos *com* energia, não *de* energia.
O efeito prova , contudo, que ha energia no vácuo sobre a forma de um
campo que promove uma força que se observa.
>Veja bem, estou falando de
> prova *experimental*, exatamente o tipo de prova que você me pediu,
e não de
> uma interpretação teórica que simplesmente explique o efeito
Casimir como
> sendo resultado de um campo.
Porcure referencias ao efeito Casimir na net. É explicado como
proceder. Mas os equipamentos tlv sejam dificeis de encontrar...vc
tem uma bomba de vácuo ? :-)
> >Vc conhece algum exprimento desses ? Não ? Então pq vc diz que são
reais ?
>
> Eu te devolvo a pergunta.
Tipico de quem não tem argumento (no pun intended).
Portanto, pra você
> ser coerente com a tua própria postura de rejeitar teorias
parcialmente
> inconsistentes ou que não dão conta de todos os fatos que se
propõem a
> explicar, teria que rejeitar não só a teoria do Big Bang como
também os teus
> bem-amados campos de energia potencial no vácuo.
Pq ?
Eu posso experimentalmente testar o efeito casimir. O efeito BB não
posso. ( e nao me venha com as tentativas de simular o BB em
reactores pq isso é a prova provada que o BB não é unico e que antes
dele podem haver coisas)
>Eu não preciso rejeitar
> nada porque sei que um dos fundamentos do método científico é
admitir o
> caráter provisório de todas as teorias,
Existe o caracter provisorio e o caracter absurdo.
O flogisto teve um caracter absurdo, que graças a deus foi apenas
provisório. O BB tem um caracter absurdo que infelizmente não foi
provisório.
e espero ardentemente que algum dia
> alguém consiga corrigir as inconsistências da teoria do Big Bang, da
> eletrodinâmica quântica, da teoria da evolução e de dezenas de
outras
> teorias que a gente vai usando, não porque contenham A Verdade
Final, mas
> porque são ferramentas úteis pra ampliar o conhecimento do universo
da nossa
> experiência.
MAs é esse mesmo o meu ponto. a teoria do BB não é uma desta teorias
que vamos usando. Ela simplesmente não serve para nada.
> >À energia existente no instante em que o BB aconteceu.
>
> A energia existente no instante em que o BB aconteceu estava
presente *no
> instante em que o BB aconteceu*. Se ela já estava ou não presente
antes é
> algo que não temos como saber.
Argumento de impossibilidade. Pq impossivel ?
PQ não estamos lá ?
> >Vejamos, essa particula, que até tem uma f.d.o não tem energia ?
>
> Usei o termo "partícula" por comodidade, pra deixar mais claro a
analogia
> com a mecânica quântica.
Então vc deveria dizer "sistema" e não particula.
Como eu escrevi, um dos principios da MQ é que os sistemas podem ser
descritos por f.d.o. A particulas são particularizações de um sistema.
>Mas essa partícula *não é* uma partícula, não no
> mesmo sentido que os prótons, elétrons e nêutrons, ainda que nas
primeiras
> versões do Big Bang ela fosse chamada de "átomo primordial". Ela é
uma
> singularidade.
>
Por mim pode até ser o pai natal. O que vc disse é que ela existia
antes do BB. E foi isso que eu usei para chamar a atenção da sua
contradição.
>
> >Se a particula existia, o que a criou ? o Criador? o Big Bang
através de
> um
> fenomeno de viagem no tempo ?
>
> Ah, vejo que voce leu o meu email em que eu propunha, de
brincadeira, uma
> hipótese de fc.
Não. Não li :-(
Então, você também deve ter lido no mesmo email que esse
> problema conceitual vai aparecer em *qualquer* teoria sobre as
origens,
> porque ela sempre vai levantar a questão da origem da origem e da
origem da
> origem da origem, e por aí vai.
Exacto!
> Portanto, não é uma objeção válida, a menos
> que você proponha, como o Álvaro, abrir mão de toda e qualquer
tentativa de
> descrever a origem do universo e se limite a aceitar o fato de que
ele
> existe.
Nem mais.
Pelo menos até ter uma teoria solida e concisa.
> Se é essa a tua opção, ótimo, você tem todo o direito. Assim como os
> cosmologistas têm todo o direito de não se contentar com essa
atitude
> pragmática e continuar especulando, mesmo que isso os leve até os
limites do
> que pode ser formulado com o pensamento conceitual.
Mas eles não têm direito a vender as suas ideias como se fossem a
Verdade Acabada. Não o são. São expeculações. E eu, e qq um , temos
direito a po-las em causa, até que eles mostrem que são correctas.
> >Sou só eu, ou será que vc não vê que se está contradizendo ?
>
> Acho que é só você. Entre outras coisas porque eu me referi a *três*
> propostas diferentes pra origem do universo, e você embolou tudo.
Todas partem da ideia de que algo existia e originou o BB através de
um processo.
O nome do processo, ou o nome do algo que existia é irrelevante.
Eu apenas tentei mostrar que é preciso supor a existencia de algo.
Caso contrário estaremos enviando a 1ª pela janela.
É assim tão simples.
> >Primeiro defende que nada ha antes do BB e que o algo pode vir do
nada.
>
> Antes de mais nada, não sou *eu* que defendo ou deixo de defender
coisa
> alguma, são os proponentes da teoria do Big Bang.
Bom, enão tlv eu deva ignorar tudo o que vc diz, já que vc assume que
não está dizendo nada. É isso que vc quer ?
> >Agora , precisa de uma particula pré-BB para justificar o BB...
>
> Sergio, por aí se vê que você realmente se mantém afastado da
cosmologia,
> como disse no início do email. Não fui eu que introduzi
essa "partícula
> pré-BB". Ela *sempre* esteve presente, desde as primeiras versões
da teoria.
EXACTAMENTE!!!! ESSE ERA O MEU PONTO EXACTAMENTE!!!!
Por isso que eu acho esquesito dizerem que o universo veio do nada,
quando não é isso que a teoria defende.
> >Afinal a 1º Lei se mantém, mesmo que vc não dê por isso.
>
> Essa coisa de você dizer que sou eu que estou vindo com isso ou
aquilo ou
> que sou eu que não dou por aquilo outro e não sei mais que lá já tá
> começando a ficar cansativa.
É uma força de expressão. Foi vc que afirmou aquelas coisas (mesmo
que sejam citadas), e eu estou falando com vc, não com os livros nem
com as citações.
> >Disse bem "é a grande meta" o que significa que ainda não chegámos
lá.
>
> E se jogarmos fora toda teoria cada vez que aparece um fato que nos
obriga a
> reformulá-la, como você sugere, não chegaremos nunca.
>
> >Grande coisa. Isso qq um pode dizer.
>
> Ok, se você considera o Stephen Hawking "qualquer um", isso é com
você.
Eu não o considero qq um. Eu não o considero alguem especial.
É para mim igual a qq outro.
O mesmo vc não poderá dizer, pois :
"Mesmo que eu não concorde com tudo o que ele diz (e afinal de
contas, quem sou eu pra não concordar?), tenho o maior respeito e
admiração por ele." ...
.. não o deixa
> >Dizer que é é facil, dizer qual é, é que é o real desafio.
> Qual é entao ?
>
> Pergunta pro Stephen Hawking. Foi ele quem propôs que o universo
pode ser
> descrito por uma função de onda global, não eu.
Portanto, vc está dizendo coisas que não sabe o que significam ou
qual a sua profundidade , e portante não sabe a sua importancia nem a
facilidade com que podem ser pensadas.
Vc acho bem admirar alguem quando diz o obvio ?
> >Eles só têm uma boa alegoria. Nem chega a ser teoria, pq não é
verificável
> sem se saber qual função é e quanto o salto vale.
>
> Não, não chega a ser uma teoria. É uma hipótese.
Ora exactamente. É um hipotese. Com a qual eu não posso concordar nos
termos em que foi relatada pelo Manuel. É assim tão simples.
Isto não é a Guerra Santa. É apenas (deveria ser) uma sessão de
esclarecimentos mutuos.
> >Ai não ? Tem mesmo a certeza disso ? Pense bem.
>
> Tenho. Quando eles falam de função de onda, estão se referindo a
função de
> onda.
Pois. Eu tb posso me referir à sua função de onda. E estarei falando
da sua função de onda. E posso até dizer que a sua função de onda
explicaria muita coisa.
Mas tudo isto é ôco se eu não disser que função de onda é essa.
Percebe onde quero chegar ?
>Podem não ter como calculá-la, e é por isso que se trata de uma
> hipótese, e não de uma teoria. Mas definitivamente não é uma
alegoria.
Pronto, se dá assi mtanto asco o termo alegoria, eu o retiro.
> >O quê, de concreto, eles já lhe mostraram sobre isso ?
>
> Por que eles teriam que me mostrar alguma coisa, de concreto ou de
abstrato?
Tlv, e entenda esta minha louca hipotese: pq estamos falando/fazendo
ciencia ? ;-)
> >Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em fisica.
>
> Você disse que é físico e nunca ouviu falar do continuum? Você tá
falando
> sério ou tá tirando sarro da minha cara?
Tou falando sério. Nunca ouvi falar dele.
(Excepto nos filmes e série de Jornada nas Estrelas, mas isso não
conta como fisica)
> >A energia da chama passou a existir *com* a chama. Mas isso
significa que
> não existia energia antes ? Da chama não.
> (mas no q deu origem à chama, sim)
>
> Sim, porque a chama é um subsistema do sistema mais vasto que é o
universo,
> do qual provém, em última análise, toda a energia pra todos os
fenômenos.
Vc está , mesmo sem saber, fazendo uma das confusões mais básicas em
termodinâmica. Confundir Universo (o todo que engloba tudo) com
universo (o que está fora do sistema em causa).
> >A energia do Universo passou a existir *com* o universo. Mas isso
> significa que não existia energia antes ? Do universo não. (mas no
que deu
> origem ao BB sim...
>
> Isso é precisamente o que não temos como saber. Singularidades,
lembra?
Vc fala muitos das coisas. Vc sabe o que essas coisas são ?
> >A excepção a que eu me referia era a excepção numa lei
fundamental. A 1ª da
> termodnâmica.
>
> Bueno, se uma singularidade é um ponto onde *todas* as leis da
física se
> tornam inoperantes, presumo que isso se aplique também à 1ª lei da
> termodinâmica.
Pois não é.
Um singularidade é um ponto (x,y,z) onde certa forma matemática de
uma teoria não é finita.
Isto é bem diferente da anulação de todas as leis.
> >Este seu argumento dos BN não tem nada a haver aqui.
>
> Como não tem nada a ver, colega? O núcleo de um buraco negro é
constituído
> pelo mesmo tipo de entidade teórica que, segundo a versão
atualmente aceita
> da teoria do Big Bang, foi o ponto original a partir do qual o
universo se
> expandiu. Preciso dizer de novo que, em ambos os casos, trata-se de
uma
> singularidade?
Não. Só precisa explicar o que "singularidade" significa.
Sérgio
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 11:39
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi"
> > Mas apoiar a evolução das espécies unicamente sobre mutações
> > favoráveis selecionadas aleatoriamente pelo meio-ambiente
> > exigiria que elas fossem muito mais freqüentes e, pior,
> > acontecessem desde o início do processo.
Roberto Takata
> Esse raciocinio esta' errado porq. esta' considerando depois q. o
> evento ocorreu. Lance varios dados e anote os resultados. Agora
> calcule as chances de se obter *exatamente* esse resultado. Sera'
> estatisticamente insignificante. Significa q. vc nao poderia obter
> esse resultado? De forma alguma.
E tem um outro ponto a se abordar nisso. Consideremos a taxa média de
erro da polimerase de ADN dos eucariotos: 1 erro a cada 1.000.000.000
de bases inseridas.
Digamos q. somente uma mutação exata em um ponto exato do genoma
aumente a viabilidade do organismo no ambiente. Digamos tem q.
ocorrer uma troca da base Adenina por uma Guanina (não vale uma
Timina nem uma Citosina) na posição 510.819.413 do genoma (suponhamos
q. as 4 bilhões de bases sejam colocadas uma atrás da outra).
As chances seriam de 1 em 3.000.000.000 - nada animadoras.
Mas somos 6.000.000.000 de individuos. Porem, desconsideremos a
variedade preexistente. Valem apenas as novas mutacoes. Peguemos o
numero conservador então de 1% de taxa de natalidade. A cada ano
serão então 60.000.000 de novos indivíduos.
A chance da mutação salvadora ocorrer em um dado ano será então:
60.000.000/3.000.000.000 = 1/50 = ~2%. Não parece uma improbabilidade
estatística tão terrívelmente improvável.
É claro q. estamos sendo duros, só estamos aceitando uma única
mutação como a salvadora e tbm desconsiderando toda a variedade
preexistente.
(Isso no entanto ajuda a esclarecer em parte porq. populações
pequenas correm mais risco de extinção -- ha' outras coisas a se
considerar, porém.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: UM CRIADOR
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 11:39
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A questão pode até não ser apropriada para a lista, podem achar
alguns, mas em virtude do debate, evoluçãoxcriacionismo, gostaria de
saber se alguém aí da lista não acredita que o Universo não tenha um
criador e por quê?
> Carlos AR
Olá Carlos,
Ao que tudo indica e pelo teor de suas perguntas, estamos buscando
compreender a mesma coisa, portanto, vamos tentar criar um paralelo
entre as idéias que venho "levantando" e as idéias que você dá a
entender, uma vez que não tenho recebido respostas suas no sentido de
dar alguma elucidação a respeito de suas idéias: você vem nos
testando, enviando perguntinhas isoladas mas que para mim fazem
sentido.
Já disse em outra lista certa vez a respeito de "Deus": estamos por
nós mesmos. Houve um momento que desencadeiou tudo e há este momento
em que escrevo estas linhas. Cientistas, dado o fato de não se poder
provar a existência de um Creador, alegam a ineficácia e o absurdo de
qualquer pesquisa nesse sentido, dado o fato de aparentemente não
haver um sentido em se estudar ou tentar entender algo que por
si "não existe". Contudo, passa despercebido à ciência de um modo
geral que o simples fato de existir um Universo é um forte indicativo
de uma presença anterior aos eventos que diflagraram a formação
deste. O que, no final das contas permite que a energia ordene-se de
tal forma a gerar átomos e partículas e o que vem permitindo que tal
aconteça continuamente desde a origem do Universo? Esta é a pergunta
mais importante... ainda sem resposta. E é justamente baseando-me
nessa "continuidade" da "geração" da matéria aparentemente "do nada"
que eu apóio minhas pesquisas para a compreensão do sentido de um
Universo ordenado quando só o que há e sempre houve foi e é energia.
Alega-se, por exemplo, que tempo e espaço bem como o resultante da
transformação de energia em matéria é um evento único, "surgido"
aleatoriamente e cujos resultados observamos hoje em dia. Ora, Se
ainda mal conseguimos compreender o porquê da energia comportar-se de
forma tal a gerar átomos e partículas, o porquê de estarmos contidos
num "bolsão espaço-temporal", qual a necessidade de legarmos a figura
de um creador a último plano? E qual o porquê da negação se,
creiamos ou não este "ente" não requer a nossa aceitação para
continuar dando sequência à sua Obra? Há estudos que apontam
a "geração" de pares de partículas surgindo do nada continuamente e
que deixam de existir em pico segundos, há a matéria sendo forjada no
interior de estrelas, há o resultado dessa forja que somos nós e toda
a natureza resultande de galáxias a um fitoplâncton. De uma forma
geral, somos o resultado de bilhões de anos de uma experiência
chamada Universo... e qual o porquê de não haver, nem sequer aventar-
se a existência de um Creador para o que desencadeou isso tudo?
Vou tentar delinear esta questão em poucas linhas mas que requereria
muito mais do que isto, o que infelizmente não disponho, dado o modo
de expressão via palavras e lógica. Há desde a suposta origem do
Universo um continuum de formação de átomos e partículas advindas da
combinação de princípios que chamamos timidamente de quarks. Estas
entidades assumem possições dentro de diminutas estruturas que a
partir de dado momento são tidas como prótons, nêutrons, elétrons e
tudo o mais advém da combinaçào destes e do "relacionamento" destes
em estururas maiores chamadas átomos. Os átomos por sua vez combinam-
se entre si gerando moléculas e estas geram estruturas moleculares
que, em um caso específico é capaz de auto-duplicar-se: DNA e RNA.
DNA e RNA são moléculas que dada sua característica replicadora gera
a vida como a conhecemos em suas aparentemente infinitas formas de
combinação, desde estruturas unicelulares até colônias especializadas
que são seres tidos por "vivos". Veja que tudo o que há e sempre
houve foram átomos e partículas combinando-se de forma ordenada e
gerando formas. O que a ciência vem fazendo é tentar entender como
há esta interaçào entre partículas, como um ente pode se reproduzir
e "evoluir" dentro do contexto universal... mas de onde advém a
capacidade de ordenação dos quarks no interior de uma única
partícula? E como pode-se negar que isto seja uma espécie
de "creador"?
Do que eu venho acompanhando através de leituras de livros que tentam
compreender o funcionamento da evolução, dos algorítmos replicadores,
da esturura da mente e "consistência" da consciência, tuda a pesquisa
científica está apenas "roçando" e "levintando" ao redor do cerne da
questão primordial, da única que mereceria uma resposta: COMO A
MATÉRIA PODE SER GERADA E PERMANECER?
Ora, ao estudar-se a própria inteligência humana deparamos com algo
interessante: o que nos faz pensar? O que permite que bilhões de
bites de informaçào sejam analisados e catalogados e que haja
sequência em tais análises a ponto de nos permitir a idéia de
continuidade? De onde surgiu a idéia de colônias celulares
especializarem-se em receptores e transmissores de informaçào? Quer
saber? Aparentemente da própria estrutura de um único átomo. Há
pesquisas como David Deutsch vem desenvolvendo para aa criação de
supercomputadores a partir do usofruto de uma habilidade que a
matéria possui: a capacidade de trasmissão e arquivamento de dados
na forma "digital": sim/não, um/zero, branco/preto... uma única peça
de metal caso pudesse ser aproveitada em sua totalidade para o
arquivamento de informaçòes teria o potencial de todos os
computadores do mundo em série...
Átomos e partículas percebem-se umas as outras, prova disso é que
combinam-se entre si. Partículas e átomos estruturam-se em formas
maiores e cada vez mais elaboradas com o passar dos éons... a base
para a compreensão de todo o Universo está contida no estudo do que é
uma única partícula. E como elas surgem? Do nada? Pois então...
se é um "nada", há a possibilidade de através do entendimento disto
chegarmos ao QUE no final das contas vem gerando tudo... ao QUE no
final das contas somos e o que representamos no conserto Universal.
E, não há nem nunca houve a necessidade de negarmos a Deus, já que
todas as religiões falam da mesma coisa, todas elas, sem exceção:
Deus é o Creador. Deus está presente em sua obra. Deus é o que
sempre houve. Deus é a habilidade da energia gerar matéria e
esta "continuar existirndo" nas formas que lhe convém. O Universo em
última análise é uma forma de manifestação dessa inteligência que
permite a energia assumir o papel de pequenas estruturas e
permanecerem assim e assim "estar" o Universo que conhecemos.
Se eu "acredito" em Deus? Eu sou Deus, você é Deus, o Universo que
dá continuidade à creação é Deus. Pois bem: não há como o creador
ser a própria criatura? Filosofia serve apenas para complicar as
coisas mais simples e tudo o que se vê é masturbação mental de idéias
elaboradas com o único fito de complicar o que é muito simples em sua
essência, enquanto a ciência tateia no escuro nessas questões que
fogem da possibilidade de "pesar e medir". Considerem que tudo o que
vem dando continuidade ao que foi deflagrado em um único ponto como
consideram os que "crêem" no Big Bang é "creador e criatura". Somos
consequência do que permite às partículas existirem a partir da
energia... apenas isso.
Faz diferença aceitar-se esta idéia? Dizer que não é ficar "boiando"
na superfície das idéias... dizer que sim idem. O fato é que
independentemente de aceitarmos ou não, de crermos ou não, estamos
aqui e temos nosso papel no cortejo cósmico. E dado o fato de certas
células em nossos corpos terem assumido um papel de
analisador/computador de dados externos a nós, NÓS estamos incumbidos
de chegarmos não só a uma resposta mas de entendermos o que é em
última análise estarmos vivos: é contemplar a obra e informar que
tudo está bem... com a "graça de Deus". Qual a finalidade disto?
Nenhuma: aparentemente por sermos apenas consequências do modo como
a energia é ordenada, estamos apenas à mercê do que é possível de ser
alcançado por tais "aprimoramentos". Assim, eu posso crêr ou não
crêr. A única diferença é que crendo e aceitando eu posso fazer
parte disto tudo e sentir que há um motivo para eu existir. Sem tal
crença eu apenas existo... como o tudo mais vem fazendo, sem sequer
se dar ao trabalho de ter que analisar qualquer coisa...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 13:10
On Sat, 12 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> 2-Se eu sinto, pode ser verdade
> Douglas: Verdade inventada (cultural-linguistica) ou verdade ontológica?
Não sou filósofo, portanto meu uso de termos técnicos se resume ao usual
cotidiano.
> 3-Se o outro sente o que eu sinto, há grandes chances de ser verdade
> Douglas: E como vou saber disso se o "sentir" não é objeto de observação
> (atráves das palavras não é possível, pois estas nem sempre espelham a
> realidade, mas as vezes são apenas ferramentas úteis)
O termo "sentir" foi empregado como o ato de usar os sentidos. Portanto
quando vc olha para um objeto vc o está sentindo. Como não usamos apenas a
visão preferi usar "sentir" por ser mais abrangente.
> 4-Se eu sinto, posso medir
> Douglas: medir o que? "Eu sinto um cheiro de queimado". O q q eu vou medir?
"Eu sinto [observo] que um objeto se moveu" portanto posso medir a
distância.
> 5-Teorizo sobre as medições
> Douglas: Com base em quais pressupostos e seguindo qual lógica?
Se eu tenho duas esferas carregadas com a mesma carga e conhecendo as leis
de Newton posso chegar a conclusão de que a força de repulsão entre as
duas esferas é proporcional ao inverso do quadrado da distância [F~1/x²].
Não preciso saber qual é a carga, nem mesmo o que é carga, basta observar
o fenômeno para se chegar a este resultado.
> O ceticismo da ciência está em que nem tudo o que vc sente pode ser
> verdade, vc pode estar sendo enganado por vc mesmo, ou por alguém.
> Alucinações, enganos, mágicas e erros acontecem todos os dias. James Randi
> que o diga.
>
> Douglas: E os erros de linguagem? E a linguagem Analógica (não a que faz par
> com a digital)? Está faltando elementos em suas reflexões.
> DFG
Precisão e rigor são apenas ferramentas para se evitar o erro e o engano.
A analogia está mais para a filosofia.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: RES: [ciencialist] Somente o mensurável existe?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 13:10
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
> Medeiros:
> A mente do meu amigo Manuel Bulcão pode ser medida no sentido
> de que pode ser TESTADA, FALSEADA, EXPERIMENTADA... Não é exatamente
> uma medida quantitativa, mas qualitativa, cujos resultados são muito
> imprecisos devido a falta de referencias absolutos. Afinal, em que
> devo me basear para testar a mente de alguém? Todos os referenciais
> são subjetivos, relativos.
>
> Douglas: Como assim, medida qualitativa?
Ok, o termo não foi muito feliz, mas, por enquanto, vamos assumir isso
como um neologismo. Quis dizer que embora não saibamos COMO quantificar
a mente, ela É quantificável. Precisamos estabeler um padrão arbitrário
qualquer (não penso que seja a melhor forma) OU medir em termos de
informação bit-a-bit mesmo como o próprio Manuel sugeriu!
Mas como disse antes o COMO é o X da questão.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Álvaro 2
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 13:13
Oh Alexandre! 'Cê quer acertar isso lá fora?? :-)
[ ]s
Alvaro Augusto
O "maléfico"...
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 14 de Outubro de 2002 11:37
Assunto: [ciencialist] Re: Para Álvaro 2
> De: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
>
> Ainda assim, se você tiver interesse: 18/11/65, Curitiba, PR,
> 14h10 (dados verdadeiros, garanto).
Bem, de acordo o mapa austral que acabei de traçar 'de zóio'
conclui que o Alvarenga é um sujeitinho pedante, maléfico,
intragável e valentão, que azucrina o juízo de astrólogos.
Rê-rê-rê-rê-rê-rê!!!
[]
Alexandre Medeiros
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus não joga dados ?
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 13:15
On Sat, 12 Oct 2002, Roberto Belisário wrote:
> Nem tanto. Há experimentos de espalhamento (colisões de
> partículas) que mostram que o próton possui três centros espalhadores, ao
> invés de um - ou seja, sua massa está concentrada em três centros. Mais
> tarde posso te dar a referência do artigo (assim que encontrá-lo nos meus
> alfarrábios...).
No Tipler volume 3 [última edição] há um comentário sobre isto.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Para Álvaro 2
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 13:22
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Também é necessária muita experiência para analisar os padrões
formados
> pelas folhas de chá, pelos búzios e pelo cocô de vaca, mas isso não
> significa que o processo tenha qualquer validade. Quanto à
astrologia, o
> que eu sustento é que existem tantas correntes de interpretação e
tantas
> variáveis que qualquer conclusão a que se chegue será válida. Usando
> técnicas auxiliares, como leitura a frio (ou leitura fria, segundo
outras
> traduções), a coisa fica ainda mais fácil.
L* Pelo jeito você não leu o parágrafo final da minha mensagem
anterior. Em todas as mancias, ou na arte divinatória, os rituais, a
forma como intepretar até mesmo o formato do cocô ( a tão amafada
copromancia) servem apenas para treinar o adepto às interpretações
de "sinais", os mesmos a que o filme Sinais se refere: os sinais de
que há algo para além do que é perceptível e que dá um sentido
superior a tudo. O praticante da arte divinatória aprende a tratar o
mundo como um entrelaçado do qual somos os nós, e assim ao estarmos
atando/atados a esta estrutura maior estamos intimamente ligados às
tramas deste entrelaçado e em última análise, ao TODO, não
importando, portanto, de que maneira dá-se o treinamento para que se
chegue à compreensão disso. Tudo o que se exige do adepto à
inciciação de uma arte divinatória é a atenção voltada para aquilo
que "não está ali" mas no "além" que, em última análise, é a
interconexão de todos com um Todo maior. Este é o erro de quem quer
interpretar as mancias com os olhos apenas voltados ao fenômeno,
incapazes de "ver" além: tratar tal assunto sem o devido respeito,
sem o devido conhecimento e principalmente sem sequer entender do que
se trata afinal de contas...
> Eu respeito a opinião do seu marido e ela não é diferente da
opinião de
> centenas de engenheiros "puro sangue" que tenho encontrado. Na
maioria das
> vezes - e não estou dizendo que seja o caso do seu marido - o
engenheiro
> que pensa assim foi preterido para algum cargo gerencial. Outro
ponto é que
> em uma empresa moderna qualquer problema de alguma importância é um
> problema gerencial, e não um problema tecnológico. Os engenheiros
que estão
> se formando atualmente sabem bem disso (eu tenho contato diário com
eles,
> ao menos os da área elétrica).
L: A questão é que um engenheiro é um engenheiro e um gerente é um
gerente... os que são engenheiros e chegam à gerência são políticos
mais do que propriamente engenheiros... tudo faz parte da forma como
as empresas funcionam. Mas com certeza e sem sombra de dúvidas:
gerentes são engenheiros medíocres da mesma forma que bons
engenheiros acabam sendo gerenciadores medíocres. Cada um em sua
área... e meu marido é da área elétrica. Faz manutenção da parte
eletrônica de todos os equipamentos e gosta muito do que faz. O
gerente imediato jamais conseguiu fazer máquinas propblemáticas
funcionarem como meu marido faz pelos anos de experiência e dedicação
ao assunto.
> > L: Isso porque ele tem razão em falar que é um disparate dizer
que
> > dá para aprender astrologia em um dia. Dá para montar uma carta
sim,
> > é fácil, bastando seguir a receita. Mas o que vem depois requer
anos
> > de dedicação. Pense que qualquer um pode sair formado de uma
> > faculdade de engenharia civil. Mas um bom engenheiro requer anos
de
> > prática do serviço ou então vai ser preso por ter construído um
> > shopping que cai por erro de projeto, ou má avaliação do terreno
e do
> > material.
>
> Agora a comparação está saindo dos trilhos. A diferença é que
existem
> várias maneiras de se aferir o trabalho executado por engenheiros.
É para
> isso que existem os CREAs, as ARTs, os processos fiscalizatórios e,
em
> última instância, processos de cassassão de diploma. Nada
semelhante existe
> na astrologia e a inexistência de fiscalização é um dos fatores que
levam
> muitos astrólogos a se oporem à regulamentação da atividade.
L*: Mais um motivo para que os céticos de carteirinha não se oponham
a tal regulamentação: quem tiver cacife para demonstrar suas
habilidades o fará. Quem não tiver e estiver apenas brincando com a
boa fé do povo, vai perder a boquinha...
>
> > L: Quem gosta do que faz faz com gosto. Se ele tem liberdade de
> > falar sobre criacionismo/evoluão qual o porquê de não se poder
falar
> > em astrologia e "sanar" de vez a falta de cultura a respeito do
> > assunto? Querem provas? Ótimo! Vamos à lista de datas de
> > aniversário, não se esquecendo de informar horário do nascimento
e o
> > local... :)
>
> Você sabe que as provas não existem. Desde a década de 40 vários
cientistas
> têm realizado experimentos sem que se chegasse a conclusão alguma a
> respeito da validade da astrologia. Se você quiser, posso encaminhar
> algumas dezenas de referências sobre o assunto. Nesse ponto o
> posicionamento dos astrólogos é muito interessante. Para validar a
> astrologia eles sempre começam falando de Gauguelin e o tal "Efeito
Marte".
> Quando encontram um interlocutor que cita os pontos fracos do
trabalho de
> Gauguelin, passam a argumentar que os "astros influenciam, mas não
> compelem", que o que vale é a simbologia por trás dos astros e
outras
> sandices do gênero.
L*: O "pobrema" dos astrólogos que até mesmo perdem tempo tentando
dar mostras do que dizem saber é o não entendimento do que expus no
primeiro parágrafo desta mensagem... não há o que provar com a
astrologia e nenhuma outra mancia. Há o que vivenciar e
interpretar. Acima de tudo, a alquimia e a astrologia são "filhas"
de um tempo em que havia todo um consenso de que tais estudos jamais
deveriam ser dirigidos às pessoas comuns mas apenas àquelas que
tivessem a habilidade de perceberem do que se trata a "realidade",
ou "tudo dentro do Todo e o Todo no tudo" afinal de contas. Lógico
que com o tempo as coisas perderam o fito incicial... o tempo
deturpa as idéias e no final nós nos vemos com receitinhas de bolo
muito bem elaboradas enquanto todo mundo sabe que bastam apenas ovos,
fermento, leite, gordura e farinha... e temos um bolo. A alquimia
por exemplo, não prima pela obtenção do ouro mas somente pelo
treinamento à percepção do que disse acima do aspirante a alquimista.
> Quanto a fazer o meu mapa astral, eu tenho uma história
interessante para
> contar. Certa vez eu entrei em uma lista supostamente dedicada à
discussão
> da astrologia. Entrei com um nome fictício e já de início me
posicionei
> contra. Depois de várias mensagens, de modo que a atrair a ira de
alguns e
> de mostrar algo da personalidade desse personagem fictício, alguém
sugeriu
> que eu enviasse os meus dados natais para que eu pudesse ver como a
> astrologia era válida. Assim fiz. Enviei o ano e a cidade corretas,
mas
> falsifiquei o dia, mês e hora de nascimento. Quando as
interpretações
> começaram a chegar, os resultados estavam de acordo com
a "personalidade"
> que poderia ter sido inferida das mensagens anteriores. Ou seja,
eles
> abstraíram a personalidade do personagem a partir da mensagem e
deram um
> jeito de ajustar a interpretação de modo adequado. Quando revelei a
fraude
> o pessoal ficou tão indignado que a lista acabou!
>
> Ainda assim, se você tiver interesse: 18/11/65, Curitiba, PR, 14h10
(dados
> verdadeiros, garanto).
L*: E o que me faria merecedora de tais dados "verdadeiros" com sua
garantia? Posso ser cética com relação a isso... mas a partir de
tais dados posso dar um parecer a respeito de quem é Álvaro Augusto,
bem como seu vizinho de quarto de hospital que nasceu no mesmo
instante... o que vai fazer tuda diferença é a forma como você irá
interpretar tais argumentos e a forma como você irá nortear, ou vem
norteando sua vida apesar deles. Em sua carta natal eu verei apenas
as suas potencialidades, seu "passado" e o futuro predito pelo que
estiver escrito. O que você fará com tais informaçòes é o que é mais
importante e está além de qualquer leitura, entende? E vou enviar-
lhe em pvt assim que estiver pronto, ficando a seu critéiro divulgar
tais resulltados à lista para maiores comentários.
Beijos, Lígia
PS: Não vou cobrar nada pelo serviço por saber que se trata de algo
que não tem preço. Os que vivem das mancias de um modo geral não
sabem com o que estão lidando, por isso acham que devem receber algo
em troca. Na realidade, o simples fato de já estar a par de tais
conhecimentos é o maior dos prêmios e este me garante a "devolução"
de meu empenho através de outras formas, não apenas dinheiro... mas
na forma de mais conhecimento e mais entendimento.
SUBJECT: Re: Para Álvaro 2
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 13:30
Álvaro
November 11, 1965
2:10 PM
Curitiba, Brazil
How You Approach Life and How You Appear To Others
You are a gentle, sensitive person with a deep understanding of
people and a very tolerant, accepting, nonjudgmental approach towards
life. In a noisy, competitive atmosphere you are often receding and
withdrawn for you are not an aggressive, forceful person, and you
intensely dislike conflict. In fact you tend to be somewhat passive,
to wait, watch, observe, feel and know much - but to act little.
Letting things resolve or work themselves out in their own way,
rather than directing or forcing your will upon them, is often your
way of dealing with problems.
You may have a deeply religious or spiritual feeling about life, not
in the orthodox sense necessarily, but an intuitive sense of the
immensity and underlying oneness of all life, which makes so many
human aspirations and striving seem rather unimportant. You need
peaceful surroundings in order to flourish, and periods of quiet
solitude are essential for your emotional balance and well-being.
You are also very compassionate and cannot tolerate seeing any fellow
creature suffer - be it human, animal, or even plant! As a child you
probably cried very easily and became quite upset whenever others
were hurt, physically or emotionally. The world of your imagination
and fantasy was also very real to you, a place to escape to when the
outer world became too harsh, demanding, or simply uninteresting.
Because you are very giving and forgiving, people in need gravitate
to you, sensing your sympathetic nature. Often you will continue to
give to a person even when you realize they are taking advantage of
you or becoming overly dependent upon you. You overlook and make
excuses for other peoples' weaknesses, and for your own as well.
Discrimination and self-discipline are not your strong points.
Though you may be as intelligent as anyone, you do not really have a
rational, logical approach toward life, and trying to reach you
through logical arguments is often futile. Your feelings, intuition,
and heart, not your head, lead you, which may infuriate or bewilder
your more rational friends. You certainly recognize that there is
much more to life than can be explained intellectually and
categorized into neat little boxes, and you have an open, receptive
attitude toward such areas as psychic phenomena, telepathy,
parapsychology, etc. You are not as structured and rigid in your
attitudes as many people are, which enables you to see many different
points of view and to accept all of them as valid. This can lead to
vagueness, uncertainty, and confusion on your part - or to a very
flexible and wholistic way of approaching any issue.
The Inner You: Your Real Motivation
Quiet, deep, emotionally complex and intensely private, you are not a
person who is easy to get to know and understand. You are extremely
sensitive but disinclined to show it, and you allow only a special
few into your inner world. Like a wary animal, you are cautious and
mistrustful of those you do not know until you "sniff them out". You
are very, very instinctive and intuitive. You usually have a strong,
immediate gut reaction to people, even though you may be unable to
clearly articulate why you feel as you do. Your feelings and
perceptions go deeper than words.
You also have a powerful need for deep emotional involvement and you
form very intense love bonds and attachments. You are possessive and
often jealous of anyone or anything that you perceive as a threat to
your bond with someone you love. When you commit yourself to someone
or something, you are wholeheartedly devoted and expect complete
loyalty in return. You merge with or "marry" the person you love at a
very deep level and therefore separations are extremely painful for
you, and often stormy and nasty. When you have been wounded, you are
not inclined to turn the other cheek and will retaliate if at all
possible. Certainly you will never forget the injury and often you
harbor grievances and resentments for a long, long time. Forgiveness
doesn't come easily to you.
Whatever you do, you do with passion and fervor, and you often go to
extremes. You are either hot or cold, never lukewarm about anything.
You can also be very narrow: either you are 100% involved in
something or else it doesn't exist for you at all. Rarely are you
emotionally detached and objective. You definitely have a fanatical
streak. You are also immensely strong-willed and your tenacity in
pursuing your objectives often borders on being obsessive. Fierce
pride, courage, and emotional strength are yours in abundance.
You love mysteries and are deeply attracted to the hidden, dark,
secret side of life. You never take things at face value and are
always probing beneath the surface of people and situations to
discover what is REALLY going on. You tend to be more of a cynic than
an idealist.
http://rep.astrology.com/free/3777/1355/1.html
SUBJECT: Re: Para Álvaro 2
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 13:34
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> L*: Mais um motivo para que os céticos de carteirinha não se
> oponham a tal regulamentação: quem tiver cacife para demonstrar
> suas habilidades o fará. Quem não tiver e estiver apenas brincando
> com a boa fé do povo, vai perder a boquinha...
Grande e' a sua fe', ó, irmã!
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Bulcao na Veja?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 13:43
Eu votei no Lula no primeiro turno, mas tenho dúvidas no segundo.
Sinceramente, aliar-se ao Roberto Requião (vulgo "Maria Louca")? É possível
que Lula perca muitos votos no Paraná. Claro que o Paraná representa
somente uma pequena parcela dos eleitores, mas assim mesmo... Talvez o PT
tenha ido longe demais no aprendizado do jogo político!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 14 de Outubro de 2002 10:29
Assunto: [ciencialist] Bulcao na Veja?
És tu, oh Manuel?
Uhu, espinafrou o colunista. Vc tem razão, o cara escorregou no quiabo...
"Roberto Pompeu de Toledo nos mostra, de uma forma caricata, que sua dúvida
é se o "cinzento" candidato do PT, caso seja eleito, retornará ao preto ou
avançará para o branco; se vai tirar a máscara ou transformar-se nela.
Indubitável, entretanto, é a visão chapada, daltônica e nada auspiciosa que
o ensaísta tem de Lula. Ainda bem que a vida imita a arte, não a pulp
fiction ("Lula, no dia seguinte: três dúvidas", 9 de outubro)."
Manuel Soares Bulcão Neto
Fortaleza, CE
Fonte: http://www2.uol.com.br/veja/161002/cartas.html
***
Eis o artigo:
Lula, no dia seguinte:
três dúvidas
Que será dos ternos Armani?
Que será do slogan "paz e amor"?
E que será de Duda Mendonça?
Que será dos ternos Armani?
Cenário 1. Que alívio! Enfim, a campanha terminou. Lula começa por afrouxar
o colarinho. Arranca a gravata. Desveste o paletó e arremessa-o com vigor
ao
chão. "Que bom", diz. "Nunca mais." Marisa não entende: "Nunca mais o quê,
querido?". "Nunca mais este maldito terno." Tira também a calça e pula em
cima da roupa agora desprezada, pisoteia o paletó, depois a calça, entre
"ufas" de alívio e gritos de vitória, como numa dança de libertação. De
repente, tem uma idéia. "Marisa, passa aquela tesoura", pede. "Você não
vai..." "Vou, sim." Pega a tesoura e faz picadinho do terno, entre
gargalhadas. "Nunca mais", repete. E joga os pedacinhos do terno destruído
para o alto, como quem joga serpentina, alegre como no Carnaval. Então vai
ao velho armário da época pré-eleitoral, e tira uma calça jeans e uma
camiseta vermelha. "Não vai me dizer que você vai à posse assim...",
espanta-se Marisa. "Vou. E se me chatearem visto a camiseta com a estampa
do
Guevara." Marisa enfurece-se: "Lula, você dizia que o Plano Real era um
estelionato eleitoral. O terno Armani é que foi um estelionato eleitoral!".
Cenário 2. "Que tal, querida?" Lula está em frente ao espelho, alisando o
paletó como quem alisa os pêlos do gato de estimação. "Lindo", responde
Marisa. "Não é que fiquei bem mesmo?", retoma Lula. "Pensei que só fosse
suportar esse tipo de roupa durante a campanha, mas me dei tão bem... Não
sei como pude viver com os trapos que vestia antes." "Até parece que você
descobriu sua verdadeira identidade, não é, querido?" Lula continua a
mirar-se no espelho, com ares apreciativos. "Agora que sou presidente vou
precisar de mais. Liga para a loja, querida. Encomenda mais uns cinqüenta.
Acho que dá. Para o primeiro ano, dá."
Que será do slogan "paz e amor"?
Cenário 1. Centro de treinamento do Banco do Brasil, sede do governo de
transição. "Mas você não era o Lulinha paz e amor?", pergunta José Dirceu.
"Se queres paz, prepara-te para a guerra", recita Lula, à guisa de
resposta,
e continua a alinhar seu ministério: "Chefe da Casa Civil, João Pedro
Stedile". "Logo esse?", reage Dirceu. "E logo Casa Civil? O negócio dele
não
é reforma agrária?" "Ele não deixará de cuidar da reforma agrária",
responde
Lula, "mas terá muitas outras atribuições. Será o orientador do governo
como
um todo." "Bem", conforma-se Dirceu. "Temos ainda o Banco Central. Podemos
compensar nomeando alguém de confiança do mercado..." "Desculpe", corta
Lula, "mas para o Banco Central já fiz minha opção." "Quem?", pergunta
Dirceu. "O Zé Maria." "Qual Zé Maria?" "Ora, o Zé Maria. Do PSTU." "O 'quem
bate cartão não vota em patrão'?" "Não. O 'contra burguês, vote 16'. Mas
você me deu uma idéia... Também esse outro, o 'quem bate cartão'... Quem
sabe para as Relações Exteriores?..."
Cenário 2. "Um inimigo em cada ministério, essa é a idéia", diz Lula.
"Como?", pergunta Dirceu. "Nossos inimigos vão governar conosco?"
"Lembre-se, Dirceu: sou paz e amor. Anota aí: o Mario Amato... Lembra do
Mario Amato, que disse que 800.000 empresários deixariam o país se eu fosse
eleito, em 1989? O Mario Amato será ministro." "Não acredito." "Acredite. E
outro será... Adivinha." "A essa altura, não adivinho nada", diz Dirceu.
"Tan-tan-tan-tan... PEDRO MALAN!" Dirceu engasga. "Por favor, um copo
d'água."
Que será de Duda Mendonça?
Cenário 1. Ainda na sede do governo de transição. "O Duda já se foi?",
pergunta Lula. "Já", responde Mercadante. Lula sorri maroto como um garoto
quando o professor vai embora. Abre uma gaveta, tira de lá um documento.
"Que é isso?", pergunta Mercadante. "O programa da ruptura." "O quê?"
"Aquele programa, lembra?, que dizia que nossa primeira tarefa seria romper
com o modelo vigente." "Mas nós o renegamos", pondera Mercadante. "Nós
quem,
cara pálida? O Duda renegou. Mas o Duda acabou. Lembra o que o Garotinho
disse do Serra, naquele debate? Na propaganda aparece a Elba Ramalho. Mas,
na hora de governar, quem governa é ele - e apontava para o Serra. Aqui
também é assim. Na campanha o Duda mandava. Mas quem vai governar sou eu.
Mercadante, vamos reler com cuidado o programa da ruptura."
Cenário 2. Washington, sede do FMI. Visita do presidente eleito do Brasil.
Na ante-sala, Duda Mendonça, que acompanha Lula, dá as instruções. "Lembra
da entrevista na Globo, quando lhe disse que a primeira coisa a fazer era
dar os parabéns à Fátima Bernardes pelo trabalho dela na Copa? A estratégia
é a mesma." Lula é convidado a entrar. Leva um maço de flores, que estende
à
senhora Anne Krueger. A dama da ortodoxia encanta-se. "Antes de mais nada,
quero cumprimentá-la pelo magnífico trabalho realizado até agora." A dama
da
ortodoxia dobra-se. Lula prossegue: "E quero assegurar que meu governo
estará sempre pronto a cumprir as metas e..." A dama da ortodoxia
derrete-se: "Se era assim, por que não avisaram antes? Tanta desconfiança
tola, tanta incompreensão em nossas vidas..." Foi o início de uma grande
amizade.
Fonte: http://www2.uol.com.br/veja/091002/pompeu.html
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: Para Álvaro 2
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 13:48
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > L*: Mais um motivo para que os céticos de carteirinha não se
> > oponham a tal regulamentação: quem tiver cacife para demonstrar
> > suas habilidades o fará. Quem não tiver e estiver apenas
brincando
> > com a boa fé do povo, vai perder a boquinha...
>
> Grande e' a sua fe', ó, irmã!
Ave Irmão Takata!
Estragastes meu empenho em dar mostras aos incrédulos do imensurável
conhecimento além do que pode ser medido e pesado... eu também tinha
o link para aquela previsão astrológica, ó inominável!!!
Bem, talvez teremos que partir de outros links para que a VERDADE
prevalesça...
Com as bençãos da Ordem Última dos Cavaleiros Hermeneutas (O.U.C.H.)
Lígia
SUBJECT: RES: [ciencialist] Bulcao na Veja?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 13:53
> De: Alvaro Augusto de Almeida
>
> Eu votei no Lula no primeiro turno, mas tenho dúvidas no segundo.
> Sinceramente, aliar-se ao Roberto Requião (vulgo "Maria
> Louca")? É possível
> que Lula perca muitos votos no Paraná. Claro que o Paraná representa
> somente uma pequena parcela dos eleitores, mas assim mesmo...
> Talvez o PT
> tenha ido longe demais no aprendizado do jogo político!
E eu acho que o PT e o Lula aprenderam direitinho a
lição de Maquiavel. Ponto para eles. (ou cê acha que eles
iam conseguir tanto na base do purismo.) Sei lá, na
minha opinião é assim mesmo que se faz política, a BOA
política: conquistando aliados no front inimigo. Não
parece evidente que o PT esteja se 'vendendo', ao
contrário, o adversário que não quer ficar para trás
ante a iminente vitória.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Bulcao na Veja?
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 13:59
Acabei de ver o início da propaganda política na TV. Fiqueïencantado com a
entusiástica platéia que ovacionava (sem ovos) o companheiro lula. Olhei os
detalhes: senhores bem vestidos, engravatados, nenhuma flâmula, nenhuma
faixa, simpáticas e produzidas senhoras de rostos bem maquiados, todos
sorridendes e olhando ao neo-lula com olhos de se ver a deuses.
Fiquei entusiasmado, pois a baderna acabou: não existem mais os MST, as
CUTs, aqueles caras truculentos brandindo foices e ocupando os prédios
públicos.... Que bom!! Deus salve o neo-lula-paz-e-amor. Viveremos sem
greves, vamos ganhar os 280 reais de salário mínimo que o garotinho
prometeu.... tantas coisas boas, e incrível!!! sem perturbação da ordem,
tudo pelo voto de 76% do povo e a abnegada e expontâneo apôio das forças
vivas e democráticas da nação: ACM, Barbalho, os Sarneys ( a Roseana mandou
beijinhos pro lula de sua cama de enferma!!!) E o Ciro... como ficaram
amigos, abraçados, todos só pensando no bem estar do Brasil, para que esse
gigante acorde de seu berço explêndido e krau no FMI
silvio, o neo-petista muito entusiasmado.
Subject: [ciencialist] Bulcao na Veja?
És tu, oh Manuel?
Uhu, espinafrou o colunista. Vc tem razão, o cara escorregou no quiabo...
"Roberto Pompeu de Toledo nos mostra, de uma forma caricata, que sua dúvida
é se o "cinzento" candidato do PT, caso seja eleito, retornará ao preto ou
avançará para o branco; se vai tirar a máscara ou transformar-se nela.
Indubitável, entretanto, é a visão chapada, daltônica e nada auspiciosa que
o ensaísta tem de Lula. Ainda bem que a vida imita a arte, não a pulp
fiction ("Lula, no dia seguinte: três dúvidas", 9 de outubro)."
Manuel Soares Bulcão Neto
Fortaleza, CE
Fonte: http://www2.uol.com.br/veja/161002/cartas.html
***
Eis o artigo:
Lula, no dia seguinte:
três dúvidas
Que será dos ternos Armani?
Que será do slogan "paz e amor"?
E que será de Duda Mendonça?
Que será dos ternos Armani?
Cenário 1. Que alívio! Enfim, a campanha terminou. Lula começa por afrouxar
o colarinho. Arranca a gravata. Desveste o paletó e arremessa-o com vigor ao
chão. "Que bom", diz. "Nunca mais." Marisa não entende: "Nunca mais o quê,
querido?". "Nunca mais este maldito terno." Tira também a calça e pula em
cima da roupa agora desprezada, pisoteia o paletó, depois a calça, entre
"ufas" de alívio e gritos de vitória, como numa dança de libertação. De
repente, tem uma idéia. "Marisa, passa aquela tesoura", pede. "Você não
vai..." "Vou, sim." Pega a tesoura e faz picadinho do terno, entre
gargalhadas. "Nunca mais", repete. E joga os pedacinhos do terno destruído
para o alto, como quem joga serpentina, alegre como no Carnaval. Então vai
ao velho armário da época pré-eleitoral, e tira uma calça jeans e uma
camiseta vermelha. "Não vai me dizer que você vai à posse assim...",
espanta-se Marisa. "Vou. E se me chatearem visto a camiseta com a estampa do
Guevara." Marisa enfurece-se: "Lula, você dizia que o Plano Real era um
estelionato eleitoral. O terno Armani é que foi um estelionato eleitoral!".
Cenário 2. "Que tal, querida?" Lula está em frente ao espelho, alisando o
paletó como quem alisa os pêlos do gato de estimação. "Lindo", responde
Marisa. "Não é que fiquei bem mesmo?", retoma Lula. "Pensei que só fosse
suportar esse tipo de roupa durante a campanha, mas me dei tão bem... Não
sei como pude viver com os trapos que vestia antes." "Até parece que você
descobriu sua verdadeira identidade, não é, querido?" Lula continua a
mirar-se no espelho, com ares apreciativos. "Agora que sou presidente vou
precisar de mais. Liga para a loja, querida. Encomenda mais uns cinqüenta.
Acho que dá. Para o primeiro ano, dá."
Que será do slogan "paz e amor"?
Cenário 1. Centro de treinamento do Banco do Brasil, sede do governo de
transição. "Mas você não era o Lulinha paz e amor?", pergunta José Dirceu.
"Se queres paz, prepara-te para a guerra", recita Lula, à guisa de resposta,
e continua a alinhar seu ministério: "Chefe da Casa Civil, João Pedro
Stedile". "Logo esse?", reage Dirceu. "E logo Casa Civil? O negócio dele não
é reforma agrária?" "Ele não deixará de cuidar da reforma agrária", responde
Lula, "mas terá muitas outras atribuições. Será o orientador do governo como
um todo." "Bem", conforma-se Dirceu. "Temos ainda o Banco Central. Podemos
compensar nomeando alguém de confiança do mercado..." "Desculpe", corta
Lula, "mas para o Banco Central já fiz minha opção." "Quem?", pergunta
Dirceu. "O Zé Maria." "Qual Zé Maria?" "Ora, o Zé Maria. Do PSTU." "O 'quem
bate cartão não vota em patrão'?" "Não. O 'contra burguês, vote 16'. Mas
você me deu uma idéia... Também esse outro, o 'quem bate cartão'... Quem
sabe para as Relações Exteriores?..."
Cenário 2. "Um inimigo em cada ministério, essa é a idéia", diz Lula.
"Como?", pergunta Dirceu. "Nossos inimigos vão governar conosco?"
"Lembre-se, Dirceu: sou paz e amor. Anota aí: o Mario Amato... Lembra do
Mario Amato, que disse que 800.000 empresários deixariam o país se eu fosse
eleito, em 1989? O Mario Amato será ministro." "Não acredito." "Acredite. E
outro será... Adivinha." "A essa altura, não adivinho nada", diz Dirceu.
"Tan-tan-tan-tan... PEDRO MALAN!" Dirceu engasga. "Por favor, um copo
d'água."
Que será de Duda Mendonça?
Cenário 1. Ainda na sede do governo de transição. "O Duda já se foi?",
pergunta Lula. "Já", responde Mercadante. Lula sorri maroto como um garoto
quando o professor vai embora. Abre uma gaveta, tira de lá um documento.
"Que é isso?", pergunta Mercadante. "O programa da ruptura." "O quê?"
"Aquele programa, lembra?, que dizia que nossa primeira tarefa seria romper
com o modelo vigente." "Mas nós o renegamos", pondera Mercadante. "Nós quem,
cara pálida? O Duda renegou. Mas o Duda acabou. Lembra o que o Garotinho
disse do Serra, naquele debate? Na propaganda aparece a Elba Ramalho. Mas,
na hora de governar, quem governa é ele - e apontava para o Serra. Aqui
também é assim. Na campanha o Duda mandava. Mas quem vai governar sou eu.
Mercadante, vamos reler com cuidado o programa da ruptura."
Cenário 2. Washington, sede do FMI. Visita do presidente eleito do Brasil.
Na ante-sala, Duda Mendonça, que acompanha Lula, dá as instruções. "Lembra
da entrevista na Globo, quando lhe disse que a primeira coisa a fazer era
dar os parabéns à Fátima Bernardes pelo trabalho dela na Copa? A estratégia
é a mesma." Lula é convidado a entrar. Leva um maço de flores, que estende à
senhora Anne Krueger. A dama da ortodoxia encanta-se. "Antes de mais nada,
quero cumprimentá-la pelo magnífico trabalho realizado até agora." A dama da
ortodoxia dobra-se. Lula prossegue: "E quero assegurar que meu governo
estará sempre pronto a cumprir as metas e..." A dama da ortodoxia
derrete-se: "Se era assim, por que não avisaram antes? Tanta desconfiança
tola, tanta incompreensão em nossas vidas..." Foi o início de uma grande
amizade.
Fonte: http://www2.uol.com.br/veja/091002/pompeu.html
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: RES: Meme, de que é feito isso?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 14:04
> Sérgio: Por definição de abstracto, ele não tem representação
> material, donde não é feito de nada. Se o abstracto não e´feito de
> nada, e meme é abstracto, então meme tb não é feito de nada.
Na minha opinião abstrato é tão real quanto o concreto se for
interpretado como informação. Tudo (?) pode ser interpretado
como informação (well, ruídos existem e não são informação, mas
essa constatação não invalida minha afirmação, certo?). Estas
mensagens que escrevemos no mundo eletrônico existem? Sim, elas
existem. A mente do Manuel Bulcão existe? Sim, pela mesma razão.
Podemos quantificar toda a informação? Podemos.
Como? Sei lá! :-(
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 14:39
Fala, Douglas! PessoALL!
Gostaria que vc tivesse sido ainda mais específico, pois bobagens
todo mundo diz.
<:-)
De qualquer maneira, tentarei ver em sua mensagen a(s) idéia(s) de D.
e S. a que vc se refere.
On 11 Oct 2002 at 4:41, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> O ceticismo acadêmico diz que:
> * É impossível ter certeza de algo. pois se alguém apresentar uma >tese A eu posso apresentar uma tese não A de igual valor. Portanto >não há como ter ciência.
Fiquei curioso com a fonte dessa definição. Já a conhecia, mas
através de comentários de terceiros.
Uma das principais preocupações de D. e S. é, ao meu ver (claro),
acabar com a idéia que as pessoas têm de perseguir a certeza. Em
várias ocasiões há comentários onde se atribui mais importância à
escolha entre hipóteses em um tempo hábil, em detrimento da certeza
acerca da hipótese escolhida.
Eu mesmo já "desencanei" um pouco em relação à perseguição de
certezas.
Quanto à questão de se não ter ciência, acho que recairemos
novamente em problemas de definição, que podem ser minimizados
através de maiores explicações (encontradas nos livros de ambos. Pelo
menos os que li). Veja que os autores falam sobre um conceito pessoal
do processo de obtenção de conhecimento (como lazer ou ferramentas
para resolução de problemas), o qual acabam denominando de método
científico (que novamente acaba trazendo mais problemas de
interpretação, por isso prefiro as idéias "descompactadas")..
> O ceticismo mitigado (expressão de Hume mas que se iniciou com >Occam) diz que:
> * Podemos ter um certo conhecimento dos acontecimentos corriqueiros do dia a dia, mas a ciência continua sendo impossível de existir.
Bem, novamente ao meu ver, esse certo conhecimento dos
acontecimentos corriqueiros (ou nem tanto) do dia a dia, desde que
sacie nossos desejos e/ou resolva nossos problemas, já é "ciência"
suficiente. É a essa "ciência" que, ao meu ver, geralmente se referem
D. e S.
> O cetismo, em alguns casos, prega que uma certa forma de conhecimento é
> possível:
> * Aquela que vem única e exclusivamente da fé (fideísmo, doutrina
> considerada herege pela Igreja que preza muito a Razão).
Quanto a essa parte, não tenho conhecimento.
Conheço alguns casos onde se valoriza muito a razão, quando
"conveniente".
>
> Como Dawkins e Sagan se dizem céticos? Falta de estudo ou burrice. Pode
> escolher.
Mais uma vez: vc poderia explicitar ainda mais (tô meio lentinho,
héim! <:-) ) a contradição? Não a vi ainda. Não acho que seja quanto
a pura utilização das palavras "ceticismo" e "cético", já que (em
pelo menos um livro de cada autor ela vem acompanhada de
explicações).
Para o trecho a seguir, preferi, apenas discriminar (através da
palavra "Discutível" após o item a que me refiro) e, se for o caso,
ser comentado em outro tópico.
>
> Há ainda o ceticismo metódico de Descartes, que leva às conclusões:
> 1- Só tenho certeza que dúvido (ou que tenho idéias);
> 2- Uma idéia Perfeita há em mim (a idéia de Deus);
Discutível.
> 3- Como não sou perfeito, eu sozinho não poderia gerar uma idéia perfeita;
> 4- Logo um Ser perfeito colocou essa idéia em mim;
> 5- Existir é uma perfeição;
Discutível.
> 6- Logo o Ser perfeito existe;
> 7- Bondade é uma perfeição;
Discutível.
> 8- Logo o Ser perfeito é Bom;
> 9- Se Ele é bom não ia me enganar;
Discutível.
> 10- Portanto já não tenho motivos para dúvidar da existência do mundo;
> 11- Agora posso investigar o mundo de forma tranquila, sem dúvidar que ele
> existe.
>
> É este ceticismo metódico que as ciências em geral seguem (os outros tipos
> de ceticismos são claros: não há possibilidade de existir ciência).
Novamente há o problema de definir ciência e, caso já haja uma
definição razoavelmente estabelecida, analizar como essa definição se
relaciona com o dito por S. e D.
>
> Por que S. e D. não seguem as conclusões de Descartes?
> Porque eles não entendem, porque não conhecem ou porque nem sabem que isso
> existe? Pode escolher a resposta.
Talvez eles não concordem com elas. Eu, por exemplo, não concordo.
>
> Na realidade, pelo menos de acordo com Blumemberg, o projeto da modernidade
> justifica a si próprio devido aos seus resultados. Onde S. e D. citam
> Blumemberg? O único que daria uma dica para eles acreditarem no que
> acreditam? Que eu saiba em lugar nenhum.
Vc há de convir que o conhecimento não vem obrigatoriamente de
outro homem. Às vezes se chega às mesmas conclusões em épocas
diferentes e por pessoas que não conheciam nada a respeito do fato
anterior, mas simplesmente porque são indivíduos semelhantes, com
(muitas vezes) os mesmos desejos, a mesma curiosidade, espostos aos
mesmos fatos inspiradores, etc.
> Desconhecer um dos maiores teóricos
> do projeto da modernidade é, no mínimo, falta de estudo. (Para ciêntistas
> que pretendem teorizar sobre algo que está além de suas pesquisas, claro.
> Caso contrario pode mandar o Blumemberg para os quinto dos inferno).
Falta de estudo desse tópico em particular (qual seria ele?
Filosofia da ciência?). Também desconheço Blumenberg, o que não me
impede de discutir nada.
Seria interessante que se aproveitasse sempre o conhecimento já
existente, afinal, é um dos pontos fortes do ser humano, mas daí a
desmerecer alguém por ñ conhecer x, y ou z, não acho válido. No
máximo pode-se dizer algo do tipo: Ah... já se discutiu sobre isso.
Se "fulano" tivesse lido "cicrano" saberia que isso não vale nada
devido a "x", "y" e "z". Se já há conhecimento disponível que reflete
seu ponto de vista não há necessidade de se repetir tudo. Pode-se
indicar a leitura e depois discutir a respeito das divergências.
Acho mais construtivo analizar apenas as idéias dos autores. Se
elas forem contraditórias a outra idéia mais "forte", aí sim se faz
algum progresso (escolhe-se a mais "forte"), mas é melhor partir logo
para as idéias, já que elas também já estão disponíveis.
>
> Qual a justificativa para ter aquela visão de ciência? Perguntem para eles.
> Dúvido que tenham respostas.
Eles eu não sei e Sagan já faleceu (infelizmente), mas eu posso
justificar meu modo de vista (que possui muita coisa pareceida - em
parte devido ao próprios).
Simplificadamente, vejo o progresso realizado por muitas áreas do
conhecimento e imagino se não há certos
cuidados/procedimentos/atitudes (chamar isso de método científico ou
não, não vem ao caso) que se possa ter para melhorar ainda mais esse
progresso e resolver problemas em áreas onde a fé, o misticismo e as
superstições sempre reinaram. Mais simplificadamente ainda: é tentar
usar uma técnica de resolver problemas que vem sendo usada com
sucesso em determinada área em outra onde não se tem a tradição de
usá-la.
Agora, por que se desejar esse progresso? O que é esse progresso?
Ele existe? Prefiro dividir em outro tópico pra não misturar tudo. <:-
)
>
> A apresentação de ciência feita pelos dois ciêntistas pop é, pelo q tudo
> indica, uma neognose desfarçada ("só o conhecimento salva") além de ser um
> arremedo de ceticismo (não dúvidam dos próprios pressupostos, que aliás, nem
> apresentam muito bem -e que para ser sincero, eu dúvido que tenham clareza
> deles).
Eu mudaria a neognose que vc mencionou para: "Há técnicas de se
adquirir conhecimento útil para resolver nossos problemas ou
satisfazer nossos desejos que são melhores que as comumente usadas".
Quais seriam esses pressupostos que eles não apresentam muito bem?
Será que eles não duvidam mesmo? Como falei, pra se fazer uma escolha
não se precisa ter certeza (não temos todo o tempo do mundo e talvez
nem ele fosse suficiente).
Vc escreveu acima que eles não duvidam dos pressupostos que não
apresentam muito bem. Suponho que vc identificou tais pressupostos,
então vamos a eles. <:-)
>
> Desconsiderando toda questão da fundamentação, aberrações do tipo "Contato"
> (S) se torna possível (eu gostei do livro e do filme, mas não é isso que
> está em jogo), onde por não compreender nada de analogia (contrario de
> literalidade e não de digitalidade), materializa de forma grosseira simbolos
> universais. Aquilo ali mostrou bem quem é Sagan: um espirita sofisticado (é
> claro que ele não concordaria, não sabe nem de que se trata o assunto, além
> de não estar mais no meio de nós, que Deus o tenha).
Esse parágrafo ñ entendi bem. Quanto a S. ser um espírita
sofisticado, achei interessante, pois não é só ele que não
concordaria, mas a maioria dos espíritas tb, creio. Como chegastes a
essa conclusão? Em tempo: não assisti a contato.
>
> Quanto a literalidade de D., essa veio em forma de uma pergunta dirigida ao
> Papa. "Onde está o corpo de Maria"? Pergunta típica de quem só enxerga a
> empiricidade absoluta.
OK. Não conhecia esse fato, mas não vejo onde ele estaria inserido
na discussão. O que seria essa empiricidade absoluta?
Só para lembrar, toda essa discussão começou porque vc falou nas
"bobagens" de D. e S., se não me engano. Eu interpretei que se estava
falando dos livros deles, daí meus questionamentos (como disse li
alguns e achei muito boas as idéias).
>
> Concluindo, são dois fundamentalistas (como os evangélicos) literalistas
> (como os espiritas). Além de não darem mostras de possuírem cultura (ou será
> burrice mesmo? creio que não. Deve ser falta de estudo) nem para
> compreenderem os próprios fundamentos de suas crenças (auto fundamentação do
> projeto da modernidade).
>
> Enfim, são "a boquinha da garrafa" da ciência. Pura mídia.
Será? Quando vc fala que eles são pura mídia, dá a entender que o
conteúdo é lixo. Já eu vejo como muitos dos fundamentos e
encantamento que o estudante (criança jovem ou adulto) tanto precisa
hoje em dia (e não só aqui, como nos próprios USA - crítica feita
pelo próprio Sagan em "O Mundo Assombrado Pelos Demônios"). Ah... se
a boquinha da garrafa fosse assim...
>
> Mas eu gosto dos livros do Sagan assim mesmo. Trás informações
> interessantes. E do Dawkins (que conheço menos) tb, apesar de não escrever
> tão bem.
Caraca! <:-D
Essa foi ôsso!
Antes do trecho anterior eu diria que vc nutre algum rancor a
respeito dos autores ou de suas idéias.
<:-)
>
> DFG
>
> P.S.: Concordo com Schopenhauer: ciêntista só serve pra fazer conta e
> construir aparelhos. Quando resolvem explicar alguma coisa só dizem
> asneiras.
Bem, se Schopenhauer disse isso, creio que ele use um conceito
diferente de ciência que o meu (que ainda está descompactado).
Gostaria de lembrar, no entanto, que cientistas são humanos (já foi
dito a esmo), passíveis de erros e de todas as nuances do
comportamento humano. Hoje em dia acho que muitas vezes é a mídia que
torna ainda pior os não raros deslizes de muitos cientistas. Isso não
significa que eles "só servem" para fazer conta e construir
aparelhos.
Pra finalizar, quem vc considera cientista? Eu considero qualquer
pessoa que "trabalhe" o conhecimento adquirido ou o busque de forma a
resolver algum problema ou satisfazer algum desejo. Fica uito vago,
mas como falei ainda não consegui sintetizar meu conceito.
T+
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Meme, de que é feito isso?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 14:42
> De: Manuel Bulcão
>
> Veja o que escreve a respeito Alan Guth, o físico teórico do universo
> inflacionário: "Se o universo foi criado do nada, então a energia
> total deve ser zero (...)"
Não seria mais simples interpretar Zero como NEUTRO em vez de NADA?
Catso! Que confusão!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fome de Gandhi
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:11
> Oi Douglas
Oi
> Um Homem com 'fome' não encontra sentido em nada e para nada, até que
tenha
> a 'fome' saciada, claro.
Mas pode encontrar. E até mesmo ficar privado de alimento de forma
proposital, como fazia Gandhi. Se houver sentido em sentir fome, o homem vai
sentir fome até a morte, se for preciso.-=*###>A carência de alimentos leva
a hipoglicemia. Neste caso podemos mesmo alucinar. Existem seitas religiosas
que usam drogas e pensam estarem comunicando-se com 'outras dimensões'. E
estão mesmo! 'Dimensões' interiores. Ouvi falar que foi assim (jejuando) que
Moisés escreveu as 'Tábuas'. Mas, tanto no caso de Gandhi como no de Moisés
havia uma pré determinação. Um homem com fome 'pensa' em encontrar
alimento<###*=-
> 'Loucura' seria alienação a realidade. Penso haverem 'loucuras premiadas'
> como por exemplo a perfeição no trabalho de um dentista
> obscessivo-compulsivo ou o sucesso de um vendedor hipomaníaco.
> Que estou 'alienado a realidade', eu sei. Minha pretenção é 'estar
> premiado'.
Entendi as "loucuras premiadas". Não entendi sua pretensão.-=*###>Ser
premiado!<###*=-
DFG
-=*###>Antonio Renato.<###*=-
SUBJECT: Cientista sentimental
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:12
> Senão não
> haveria tanta revolta naquilo que expressa em palavras a uma ilustre
> desconhecida.
É possivel manter um dialogo objetivo com vc, que exclua o sentimentalismo?
-=*#>É possível ao Homem deixar de ser humano?<#*=-
> L: Sabe, às vezes eu até me pergunto por que eu venho perdendo tanto
> tempo escrevendo em listas para ter que ler que sou esquizofrênica,
> megalomaníaca, louca, complacente, excessivamente tolerante, cética,
> empedernida...
Provavelmente existem listas misticas. Essa aqui se chama "ciencialist".
-=*#>De que se ocupa o cientista? Será que do júbilo da descoberta não advém
o pranto? (Ficou bonita, esta frase!)<#*=-
-=*#>Desculpe-me entrar no meio da conversa,
Antonio Renato.<#*=-
SUBJECT: Re: [ciencialist] A pedido - Subliminar
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:12
""A pedido do Carlos coloco aqui o seu email:
"Eu tentei mas não consegui, preciso que alguém confirme ou desminta
se o seguinte experimento foi verdade:
"Com o taquistoscópio provou-se que o cérebro reage a imagens
projetadas a uma velocidade de exposição de até 1/3.000 de segundo. O
Dr. Roger Sperry, prêmio Nobel de Neurofisiologia e Anatomia de 1981
e sua equipe projetaram uma fotografia de uma modelo da Playboy
despida no campo visual esquerdo de um paciente operado da secção do
corpo caloso, órgão que une os 2 hemisférios do cérebro, a uma
velocidade altíssima, impossível de se verificar conscientemente. O
paciente esboçou um sorriso, sem entender o que estava realmente
acontecendo, ao mesmo tempo em que os aparelhos registravam
alterações nos seus displays, provando a sua excitação. "
Obrigado,
Carlos Zardini" ""
Oi Sérgio
Se o 'prêmio Nobel' falou, tá falado.
Que me recorde neste momento, a percepção visual está na dependência do
comprimento de onda, intensidade do feixe luminoso e área da retina
'atingida' (Desconsiderando outros parâmetros, como oxigenação, glicemia,
avitaminose, fadiga, etc).
Percepção (registrada através de eletrodos medindo atividade cerebral) sem
consciência da mesma é conhecida (Como dito no título da msg: Subliminar).
Inclusive, não sei se é fato, a propaganda subliminar é proibida por lei.
Quanto ao tempo ('velocidade'?) de exposição... infelizmente nada me ocorre.
Posso procurar a respeito do tempo de recuperação da retina e velocidade nas
vias ópticas... Não sei se encontraria alguma coisa interessando ao 'tempo
de exposição mínimo' necessário para desencadear o impulso.
Para encerrar, nos últimos tempos muito se tem feito em prol do conhecimento
do cérebro. Isto, não tenho acompanhado.
[],
Antonio Renato.
SUBJECT: Descontração em: Re: Re: [ciencialist] Re: Evoluç ão
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:13
"...e é perfeitamente possível alimentar dúvidas sobre o alcance da seleção
natural sem por isso acreditar que Deus criou o homem do barro. O
questionamento constante das próprias premissas é uma das bases do método
científico. Take it easy, man.
Abs.
L."
Deus fez o homem de barro e o pôs no forno para cozer.
Sabe o Deus exclamou quando tirou do forno a segunda mulher?
-"Xí, rachou de novo!"
[], Antonio Renato.
SUBJECT: Que estudar primeiro?
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:14
"...Estudar a física filosófica , que ,na minha opiniâo não é uma física de
botiquim mas apenas o entendimento daquilo que nos cerca , sem calculos ,
sem números , apenas a visoalização da beleza . ..."
-=*#>Pô meu! Antes de estudar física talvez devesse... estudar.
Desculpe-me o mal humor.
Abraço.
Antonio Renato.<#*=-
SUBJECT: Re: Aqueles que prometem muito $
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:14
Aline escreveu:
"...Vcs já devem ter recebido muitos spams sobre "Trabalhe em Casa" e fique
rico. ..."
"...não aguento de curiosidade. ..."
Querida Aline
Que me desculpe a forma grosseira mas segue 'cultura das ruas':
"Quer mole? Tome sopa de minhoca que não tem osso nem caroço!"
PLUR,
Antonio Renato.
SUBJECT: RE:[ciencialist] UM CRIADOR
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:15
"A questão pode até não ser apropriada para a lista, podem achar alguns, mas
em virtude do debate, evoluçãoxcriacionismo, gostaria de saber se alguém aí
da lista não acredita que o Universo não tenha um criador e por quê?
Carlos AR"
Oi Carlos AR
Não acredito que o 'mundo' seja uma criação de algum... Deus. Mais fácil
dos Deuses serem uma criação do 'mundo'.
Quanto ao porquê, está sendo discutido nesta mesma lista.
Antonio Renato.
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:16
">As duas interpretações pertencem ao campo da teologia natural
Ops! Ato falho, claro. Eu quis dizer teologia negativa. Teologia natural é
outro papo... ;-)
Abs.
L."
Oi gentem
Agora fiquei intrigado. Como considerar ao equívoco referido? "Lapsus
linguae" ou ato falho? Afinal, não estamos falando e sim teclando.
PLUR.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "mgmcosta" <MGMCOSTA@BOL.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 15:26
Olá douglas, não sei aonde vc achou meu end. mas resolvi
responder pala quantidade de e-mails que vc mandou.....ok
1 abraço
Mõnica
__________________________________________________________________________
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----------
(Quem criou Deus?
D: O termo "criar" aplicado a Deus tem outro significado, um significado
particular que só se aplica a ele.
Sendo Ele o Creador, creou o próprio ato de criar e antes disso não havia
como criar nada.
O que Deus estava fazendo antes de criar o
> tempo e o espaço?
D Quem "faz" são as criaturas, não o Creador.
Deus pode se auto-destruir?
D: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível, o que não for possível
é não-ser. A auto destruíção de Deus é um não-ser, só existe no campo
linguistico (não tem existência ontológica).
D: Além disso, o verbo aplicado ao ato de Deus é desprovido de tempo, por
isso Ele creou, crea e continuará (se quiser) creando o mundo
(sustentando-o). O que é bem diferente do uso que a ciência faz do termo
"criação". Por isso o criacionismo é um engodo tanto no campo da ciência
como no campo da Teologia. (creio que isso não é discussão para a ciência).
DFG
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SUBJECT: Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 16:25
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Tudo bem refaço a pergunta:
> A razão nos confere a capacidade de raciocínio.
Lígia: A razão pode ser também o sentido que se dê a algo... veja
que é pelo fato de algo fazer algum sentido por estar inserido em um
contexto que acabamos dando-lhe o status de "observável".
> O universo é organizado racionalmente e, portanto, há uma
correspondência
> entre este e a nossa faculdade de pensar e supor, ou não, o
universo é
> desorganizado e as teorias cientificas é que colocam ordem nele,
isto é,
> criam o universo tal como explicado?
Lígia: As teorias científicas vêm ao encontro de nossa necessidade
de explicarmos o que acontece. Mas o que acontece independe de haver
leis que corroborem com o que as faz "suceder" em nosso mundo. Há a
nossa intepretação do que acontece e é justamente aí que as leis
naturais forjadas por nós mesmos no correr dos milênios de observação
e experiência da espécie humana, entram e fazem o papel
de "estruturadoras" de idéias...
De minha parte creio haver um o
> correspondência biunívoca entre a razão, aqui entendita como
faculdade de
> conhecer(se) e a organização do mundo, o real. Isto implica dizer
que deve
> haver algum conhecimento, apriori, embutido no cerébro que nos
induz a
> pensar que alguma coisa pode ser inteligível, compreendida. Isto é,
que o
> real é de tal modo organizado, racioanlizado, que nos permite que
a razão
> atue sobre ele, devendando-o.
Lígia: O que temos em nós é a habilidade de aprendermos uns com os
outros através da experiência, ou ainda de aprendermos sozinhos
através da experiência... nada foge do que pode ser verificável e
repetido, ad nausean muitas vezes, até que tenhamos condiçães de
estipularmos um "caminho" a ser seguido pelo nosso raciocínio a fim
de que a tarefa ou o entendimento do "como funciona" aconteça.
Beijos, Lígia
PS: E você ainda não fez minha capacidade de percepção observar sua
resposta a uma pergunta que lhe lancei há dias: O que afinal de
contas você vem pesquisando? Posso ler "meus pensamentos" inseridos
no contexto do que você vem perguntando à lista... :)) Pode
responder? Ou será que é segredo?
SUBJECT: Re: [ciencialist] Perguntas sobre Coca-cola
FROM: Lucio de Souza Coelho <lucio@vettatech.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 16:26
Digamos que não é a fonte mais imparcial do mundo ;-), mas o próprio
site da Coca-Cola faz o debunk desses mitos, em
http://www2.coca-cola.com/contactus/myths_rumors/index.html
De qualquer forma, com o método experimental você consegue testar por
conta própria ao menos a alegada capacidade de dissolução de ossos...
Sou curioso para fazer o teste, mas eu mesmo não consumo nem Coca-Cola
nem peças de carne com ossos.
Lúcio
Roberto Belisário wrote:
> Pessoas,
> Alguém sabe se essas informações sobre a coca-cola têm procedência?
> Belisário
>
> > COCA-COLA
> >
> > Em muitos estados nos EUA os patrulheiros rodoviários carregam
> > dois galões de coca-cola no porta - malas para ser usado na
> > remoção de sangue da pista depois de um acidente.
> >
> > Se você por um osso em uma tigela com coca-cola ele se dissolverá
> > em dois dias.
> > Para limpar privadas: despeje uma lata de coca-cola dentro do vaso
> > e deixe a "coisa" decantar por uma hora e en tão dê descarga. O
> > ácido cítrico na coca-cola remove manchas na louça do vaso.
> > Para remover pontos de ferrugem dos pára-choques cromados de
> > automóveis: esfregue o pára- choque com um chumaço de papel de
> > alumínio (usado para embrulhar alimentos) molhado com coca- cola.
> > Para limpar corrosão dos terminais de baterias de automóveis:
> > despeje uma lata de coca-cola sobre os terminais e deixe
> > efervescer sobre a corrosão.
> > Para soltar um parafuso emperrado por corrosão: aplique um pano
> > encharcado com coca-cola sobre o parafuso enferrujado por vários
> > minutos.
> >
> > Para remover manchas de graxa das roupas: despeje uma lata de
> > coca-cola dentro do tanque com as roupas com graxa, adicione
> > detergente e bata em ritmo regular. A coca-cola ajudará a remover
> > as manchas de graxa.
> > A coca-cola também ajuda a limpar o embaçamento do pára-brisa do
> > seu carro.
> >
> > Para sua informação:
> > O ingrediente ativo na Coca-cola é o ácido fosfórico. Seu PH é
> > 2.8. Ele dissolve uma unha em cerca de 4 dias. Ácido fosfórico
> > também rouba cálcio dos ossos e é o maior contribuidor para o
> > aumento da osteoporose. Há alguns anos, fizeram uma pesquisa na
> > Alemanha para detectar o porquê do aparecimento de osteoporose
> > em crianças a partir de 10 anos (pré-adolescentes). Resultado:
> > excesso de Coca-cola, por falta de orientação dos pais.
> >
> > Para transportar o xarope de coca-cola, os caminhões comerciais
> > devem ser identificados com a placa de Material Perigoso que é
> > reservado para o transporte de materiais altamente corrosivos.
> >
> > Os distribuidores de coca-cola têm usado a coca para limpar os
> > motores de seus caminhões a pelo menos 20 anos.
> >
> > Mais um detalhe:
> >
> > A Coca Light tem sido considerada cada vez mais pelos médicos e
> > pesquisadores como uma bomba de efeito retardado, por causa da
> > cominação Coca + Aspartame, suspeito de causar lupus e doenças
> > degenerativas do sistema nervoso.
>
>
> ---------------------------------
> Roberto Belisário Diniz
> rbdiniz@terra.com.br
> Revista Com Ciência - jornalismo científico
> www.comciencia.br
> Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
> www.uniemp.br/labjor/
> ---------------------------------
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>
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Para Carlos Alberto
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 16:30
Afinal: que fim levou a resposta que lhe enviei a respeito da sua
pergunta sobre as equações utilizáveis para achar a energia
necessária para "empurrar" um elétron contra um proton e obter um
nêutron, ainda que não aconteça assim necessariamente?
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Voto de protesto?!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 17:01
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Na Bahia os números apurados nestas eleições dão algumas pistas
> para tentarmos entender o que significam os votos nulos, brancos ou
> as abstenções.
> Alguém ganha com isso ou é só o reflexo do nível intelectual da
> população?
Vejamos. A tabela abaixo indica o índice de votos nulos por estado
para a ultima eleicao a governador. O IDH e' o indice de
desenvolvimento humano. A taxa de analfabetismo foi calculada
utilizando-se os dados do IBGE (o total de pessoas não-alfabetizadas
com mais de 15 anos sobre a soma do total de pessoas não-
alfabetizadas com mais de 15 anos com o total de pessoas
alfabetizadas com mais de 15 anos) de 1991.
Estado Nulo IDH Analfabetismo
AC 9,17% 0,754 34,26%
AL 13,53% 0,538 44,04%
AM 7,69% 0,775 23,85%
AP 4,68% 0,786 19,26%
BA 11,57% 0,655 34,53%
CE 11,15% 0,59 36,07%
DF 3,71% 0,869 8,72%
ES 9,50% 0,836 16,97%
GO 6,50% 0,786 17,69%
MA 9,78% 0,547 40,68%
MG 7,70% 0,823 17,54%
MS 6,43% 0,848 16,27%
MT 6,34% 0,767 18,87%
PA 7,41% 0,703 23,62%
PB 11,17% 0,557 40,60%
PE 12,09% 0,615 32,90%
PI 10,60% 0,534 40,46%
PR 3,92% 0,847 14,30%
RJ 5,75% 0,844 9,29%
RN 12,88% 0,668 34,89%
RO 7,97% 0,82 19,59%
RR 10,53% 0,818 21,74%
RS 4,08% 0,869 9,57%
SC 4,42% 0,816 9,21%
SE 12,95% 0,658 35,00%
SP 4,96% 0,868 9,82%
TO 9,35% 0,587 30,12%
O índice R^2 de correlação linear entre os votos nulos e IDH dá
0,6008. Com o analfabetismo dá 0,7688.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Perguntas sobre Coca-cola
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 17:02
Pessoas,
Alguém sabe se essas informações sobre a coca-cola têm procedência?
Belisário
> COCA-COLA
>
> Em muitos estados nos EUA os patrulheiros rodoviários carregam
> dois galões de coca-cola no porta - malas para ser usado na
> remoção de sangue da pista depois de um acidente.
>
> Se você por um osso em uma tigela com coca-cola ele se dissolverá
> em dois dias.
> Para limpar privadas: despeje uma lata de coca-cola dentro do vaso
> e deixe a "coisa" decantar por uma hora e en tão dê descarga. O
> ácido cítrico na coca-cola remove manchas na louça do vaso.
> Para remover pontos de ferrugem dos pára-choques cromados de
> automóveis: esfregue o pára- choque com um chumaço de papel de
> alumínio (usado para embrulhar alimentos) molhado com coca- cola.
> Para limpar corrosão dos terminais de baterias de automóveis:
> despeje uma lata de coca-cola sobre os terminais e deixe
> efervescer sobre a corrosão.
> Para soltar um parafuso emperrado por corrosão: aplique um pano
> encharcado com coca-cola sobre o parafuso enferrujado por vários
> minutos.
>
> Para remover manchas de graxa das roupas: despeje uma lata de
> coca-cola dentro do tanque com as roupas com graxa, adicione
> detergente e bata em ritmo regular. A coca-cola ajudará a remover
> as manchas de graxa.
> A coca-cola também ajuda a limpar o embaçamento do pára-brisa do
> seu carro.
>
> Para sua informação:
> O ingrediente ativo na Coca-cola é o ácido fosfórico. Seu PH é
> 2.8. Ele dissolve uma unha em cerca de 4 dias. Ácido fosfórico
> também rouba cálcio dos ossos e é o maior contribuidor para o
> aumento da osteoporose. Há alguns anos, fizeram uma pesquisa na
> Alemanha para detectar o porquê do aparecimento de osteoporose
> em crianças a partir de 10 anos (pré-adolescentes). Resultado:
> excesso de Coca-cola, por falta de orientação dos pais.
>
> Para transportar o xarope de coca-cola, os caminhões comerciais
> devem ser identificados com a placa de Material Perigoso que é
> reservado para o transporte de materiais altamente corrosivos.
>
> Os distribuidores de coca-cola têm usado a coca para limpar os
> motores de seus caminhões a pelo menos 20 anos.
>
> Mais um detalhe:
>
> A Coca Light tem sido considerada cada vez mais pelos médicos e
> pesquisadores como uma bomba de efeito retardado, por causa da
> cominação Coca + Aspartame, suspeito de causar lupus e doenças
> degenerativas do sistema nervoso.
---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------
SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Meme, de que é feito isso?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 17:11
----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Sérgio: Por definição de abstracto, ele não tem representação
> material, donde não é feito de nada. Se o abstracto não e´feito de
> nada, e meme é abstracto, então meme tb não é feito de nada.
"Na minha opinião abstrato é tão real quanto o concreto se for
interpretado como informação."
:-))) Mas 'informação' é algo abstracto, donde nem a informação é feita de
algo.
"Tudo (?) pode ser interpretado
como informação (well, ruídos existem e não são informação, mas
essa constatação não invalida minha afirmação, certo?)."
Tecniamente não. Ruido é exactamente o contrário de Informação (aqui usando
o termo no sentido tecnico)
Sérgio
SUBJECT: Re: Perguntas sobre Coca-cola
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 17:29
Como já falaram em outras listas. Alguns comentarios abaixo.
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
>
> Pessoas,
> Alguém sabe se essas informações sobre a coca-cola têm
procedência?
> Belisário
>
> > COCA-COLA
> >
> > Em muitos estados nos EUA os patrulheiros rodoviários carregam
> > dois galões de coca-cola no porta - malas para ser usado na
> > remoção de sangue da pista depois de um acidente.
*Agua* tbm remove sangue. A menos q. a Coca-Cola esteja patrocinando
isso, seria um desperdicio de dinheiro limpar asfalto com o produto.
> > Se você por um osso em uma tigela com coca-cola ele se dissolverá
> > em dois dias.
E' so' fazer o teste. Como controles: agua, suco de limao e vinagre.
Suco gastrico dissolveria em algumas horas. Sem problemas.
> > Para limpar privadas: despeje uma lata de coca-cola dentro do
> > vaso e deixe a "coisa" decantar por uma hora e en tão dê
> > descarga.
Faça o teste. Como controle repita a operacao sem o decantamento da
coisa. Outro controle necessario e' fazer a operacao sem a Coca-Cola.
Dica: jogue o papel utilizado no cestinho de lixo q. deve ficar ao
lado da privada. Dê descarga imediatamente após a deposição
da 'coisa' -- e' mais higiênico.
> > Para remover pontos de ferrugem dos pára-choques cromados de
> > automóveis: esfregue o pára- choque com um chumaço de papel de
> > alumínio (usado para embrulhar alimentos) molhado com coca- cola.
Repita o operacao sem a Coca-Cola. Dica: um pedaco de palha-de-aco
sem nada e' muito mais eficiente.
> > Para soltar um parafuso emperrado por corrosão: aplique um pano
> > encharcado com coca-cola sobre o parafuso enferrujado por vários
> > minutos.
Repita a operacao sem a Coca-Cola. E tbm utilizando outros produtos.
> > Para remover manchas de graxa das roupas: despeje uma lata de
> > coca-cola dentro do tanque com as roupas com graxa, adicione
> > detergente e bata em ritmo regular. A coca-cola ajudará a remover
> > as manchas de graxa.
Repita a operacao sem a Coca-Cola. E tbm com a Coca-Cola sem o
detergente.
> > A coca-cola também ajuda a limpar o embaçamento do pára-brisa do
> > seu carro.
Uma simples flanela ou um trapo com algodão e' mais do q. o
suficiente. Para impedir o embaçamento pode-se aplicar detergente
diluído q. quebra a tensão superificial das gotículas q. se condensam
no pára-brisa. Mas convém limpar depois, pois o detergente seco acaba
por manchar o vidro.
> > Para sua informação:
> > O ingrediente ativo na Coca-cola é o ácido fosfórico. Seu PH é
> > 2.8. Ele dissolve uma unha em cerca de 4 dias. Ácido fosfórico
> > também rouba cálcio dos ossos e é o maior contribuidor para o
> > aumento da osteoporose. Há alguns anos, fizeram uma pesquisa na
> > Alemanha para detectar o porquê do aparecimento de osteoporose
> > em crianças a partir de 10 anos (pré-adolescentes). Resultado:
> > excesso de Coca-cola, por falta de orientação dos pais.
pH e' caracteristico de uma solucao e nao de uma substancia ou
composto. O pH de uma solucao de um gota de acido cloridrico em uma
piscina olimpica de agua e' quase neutro. O q. e' caracteristico de
uma substancia ou composto e' o seu pKa. O acido fosforico possui
tres pKa - um para cada proton q. pode doar: 2,0 - 6,8 e 12,0. Ele e'
um tamponante tanto para pH proximo de 2 qto para pH proximo de 7. No
plasma de nosso sangue, proximo a 7, o acido fosforico ajudaria a
manter o pH proximo do neutro.
Poderiam fornecer as referências bibliográficas do trabalho citado.
Ou pelo menos o nome do instituto q. teria realizado a tal pesquisa.
> > Os distribuidores de coca-cola têm usado a coca para limpar os
> > motores de seus caminhões a pelo menos 20 anos.
Colocar acucar no motor? Tente fazer isso no seu carro. O pistao
gruda em dois tempos com o carbono engrumado e vc tera' q. trocar
todo o motor.
> > A Coca Light tem sido considerada cada vez mais pelos médicos e
> > pesquisadores como uma bomba de efeito retardado, por causa da
> > cominação Coca + Aspartame, suspeito de causar lupus e doenças
> > degenerativas do sistema nervoso.
Existem alguns estudos q. tentam correlacionar o lupus com o consumo
de aspartame (vide os emails sobre os boatos acerca do aspartame).
Mas não ha' nenhum indício mais sólido.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Perguntas sobre Coca-cola
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 18:06
Olá Roberto Belisário
O Sandro mandou esses links na lista da SBCR: http://www.snopes.com/cokelore/acid.asp
http://www.snopes.com/cokelore/cokelore.asp
Eu vou dar uns palpites -- embora acredite q tenha pessoas mais qualificadas nesta lista para falar sobre o assunto.
COCA-COLA
> > 1- Em muitos estados nos EUA os patrulheiros rodoviários carregam
dois
> > galões de coca-cola no porta-malas para ser usado na remoção de
sangue da
> > pista depois de um acidente.
Tô pra dizer q eles ñ torrariam grana assim, ou seja, prove! Mas de
qquer forma... e daí? Tmb pode-se retirar o sangue usando água -- deveras muito
mais fácil.
> > 2- Se você pôr um osso em uma tigela com coca-cola ele se
dissolverá em
> > dois dias.
*Dois dias!* Qua, qua, qua. Tô pra ver!
> > 3- Para limpar privadas: despeje uma lata de coca-cola dentro do
vaso
> deixe
> > a "coisa" decantar por uma hora e então dê descarga. O ácido
cítrico na
> > coca-cola remove manchas na louça do vaso.
Decantar? Decantar o q? (Estamos falando de coca-cola, q ñ é pó) Misture
Coca-Cola com água num copo e guarde de herança para alguém ver a Coca ir para o
fundo.
O ácido cítrico tmb é encontrado nas laranjas (como anda seu espanhol?
http://www.ici.com.ar/acicit.html ). Devo espremer laranjas para desentupir pia?
Na boa, é melhor usar detergente.
> > 4- Para remover pontos de ferrugem dos para-choques cromados de
> > automóveis:esfregue o pára-choque com um chumaço de papel alumínio
(usado
> > para embrulhar alimentos molhado com coca-cola).
Ainda q grande parte desse efeito deva-se ao acido cítrico, se
esfregar papel alumínio molhado (como é q se *molha* papel alumínio?
Hehe.., tem q rir) com ketchup, café, sangue (ñ tente isso em casa),
ou mesmo água, vc verá q os pontos de ferrugem *parecem* diminuir. Ah,
tente isso com uma lixa fina tmb.
> > 5- Para limpar corrosão dos terminais de baterias de automóveis:
Despeje
> > uma lata de coca-cola sobre os terminais e deixe efervecer sobre a
> > corrosão.
Tente isso com Tang ou soda limonada e verá resultados semelhantes, ou melhores
.
A pp, isso é por causa do ácido cítrico
http://www.geocities.com/organicabr/sabor_acido.html ), e Tang tem mais acido
citrico.
Tmb há vantagens na limpesa devido ao gás carbônico. Para falar a verdade a soda
limonada é até melhor q a Coca-Cola, pq deixaria menos açucar nos terminais.
> > 6- Para soltar um parafuso emperrado por corrosão: aplique um pano
> > encharcado com coca-cola sobre o parafuso enferrujado por vários
> > minutos.
Com guaraná da Antártica ñ funciona? O teste foi submetido a um
protocolo duplo-cego? Usou-se torquimetro?
> > 7- Para remover manchas de graxa das roupas: Despeje uma lata de
coca-cola
> > dentro do tanque com as roupas com graxa, adicione detergente
> > e bata em ritmo regular. A coca-cola ajudará a remover as manchas
de
> graxa.
Eca! Eu q ñ quero experimentar vestir uma roupa grudenta. Mas... isso
foi uma dica para dona de casa?
> > A coca-cola também ajuda a limpar o embasamento do pára-brisa do
seu carro
> > e é útil para desentupir encanamentos.
O 'embasamento' do para-brisa do seu carro deve-se ao fato de q há uma
diferença térmica entre o lado de fora e o lado de dentro. Comumente,
pelo menos em regiões mais frias, há uma temperatura maior dentro do
veiculo, fazendo com q haja condensação de água junto ao vidro q está
em contato com o ambiente mais frio do lado exterior. Para q ñ haja
essa incomoda comdensação, basta equilibrar as temperaturas. Claro q
vc ñ vai colocar um aquecedor do lado de fora, então basta vc ligar o
ar condicionado dentro do automóvel. Se vc direcionar o ar diretamente
para o para-brisa, fazendo com q o ar q está naquela região esfrie
mais rapidamente, vc certamente terá um resultado mais rápido. Vc tmb
pode simplesmente direcionar o ar diretamente para o para-brisa, sem q
precise do ar condicionado, assim vc renovará o ar daquele local ñ
dando tempo para a condensação, mas certamente precisará de um tempo
maior para conseguir o desembaçamento. Vc pode ainda passar um pano
seco, enxugando o vidro. E, sim, se vc quiser cultivar abelhas vc pode
tentar essa da Coca-Cola. :-)
Isso ñ significa q a coca seja algo saudável, indica apenas q os
argumentos são ridículos.
> > Para sua informação
> > 1- O ingrediente ativo na Coca-Cola é o ácido fosfórico. Seu PH é
2.8. Ele
> > dissolve uma unha em cerca de 4 dias. Ácido fosfórico também rouba
cálcio
> > dos ossos e é o maior contribuidor para o aumento da osteoporose.
Ok. Acido fosfórico é perigoso
http://www.ibilce.unesp.br/servicos/prevencao/produtos/acido_fosforico
.html . Qual a concentração na coca... aliás, comprove q há mesmo
acido fosfórico *na* Coca-Cola. em quantidades prejudiciais a saúde (
http://www.cocacolabrasil.com.br/quemsomos/faleconosco/faq.asp e na
embalagem ñ diz nada disso q está se afirmando aqui). Pelo q encontrei só há
aproximadamente 0,20 a 0,30 % de ácido fosfórico da fórmula total, mas mesmo
estes numeros podem estar exagerados.
Pq osso dissolve em dois dias e unha em quatro?
Ah! A Coca-Cola tmb tem cálcio, q na dieta diária é benéfico aos
ossos:
"Em qualquer idade, o cálcio é essencial para manter a estrutura
óssea, assim como para o funcionamento dos músculos e coagulação do
sangue. O desenvolvimento total da massa óssea é alcançado entre 25 e
35 anos. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a ingestão diária
de 800mg de cálcio tanto para crianças (a partir de 1 ano de idade)
quanto para adultos. As mulheres precisam de mais cálcio durante a
gravidez e o período de amamentação (1.200mg por dia). As fontes de
cálcio típicas são o leite e os produtos lácteos. O leite integral, de
vaca, possui 228mg de cálcio por 200ml e o queijo prato 1.000mg por
100g. Cálcio e fósforo formam uma importante parceria quando se trata
de dentes e ossos fortes e sadios." (Fonte:
http://www.cocacolabrasil.com.br/nossasmarcas/info/prod.asp )
> > 2- Para transportar o xarope de coca-cola, os caminhões comerciais
devem
> > ser identificados com a placa de Material perigoso que é reservada
para o
> > transporte de materiais altamente corrosivos.
E daí q são corrosivos? Aliás é bom notar q ñ estão afirmando q é
corrosível, somente comparam o transporte desses produtos. E como bem
dito eles ainda são ingredientes, isso ñ significa q no final da linha de
produção saia um produto corrosivo, ácido, tóxico, explosivo ou o caralho a
quatro.
> > 3- Os distribuidores de coca-cola têm usado a coca para limpar os
motores
> > de seus caminhões há pelo menos 20 anos.
Qua, qua, qua. E eu achando q se estava falando sério... Da-lhe mosca!
> > A pergunta é: Você gostaria de um copo de água ou um copo de
Coca-Cola ?
Se é para escolher entre os dois, fico com a Coca, com gelo e uma rodela de
limão.
A água pode até ser mais saudável, embora a Coca-Cola tenha maior valor calórico
(se vc tem propensão à engordar ñ aconselho).
Mas é necessário inventar tta firula para uma pergunta tão simples?
Inté+
Mauro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Partículas ou cordas?
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2002 18:56
A propósito...
José Renato
___________________
Partículas ou cordas?, artigo de Marcelo Gleiser
A física das partículas, a parte da física que se dedica ao estudo desses tijolos fundamentais da matéria, é a herdeira histórica do atomismo grego, que data de cerca de 400 a.C
Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro 'O Fim da Terra e do Céu'. Artigo escrito para o caderno 'Mais!', da 'Folha de SP':
Segundo os atomistas, a matéria é composta por entidades indivisíveis e indestrutíveis, os átomos.
Todas as formas materiais na natureza podem ser descritas como combinações de átomos em posições diferentes, como num jogo Lego. O que entendemos hoje da estrutura fundamental da matéria é muito diferente dos átomos dos gregos. Átomos modernos não são indivisíveis, mas formados de prótons e nêutrons em seus núcleos, circundados por elétrons.
Mais ainda, essas partículas não são indestrutíveis, mas capazes de várias transformações e interações entre si. Demócrito jamais imaginaria que uma partícula de matéria pudesse se chocar com uma de antimatéria, ambas desintegrando-se em radiação eletromagnética, a conversão entre matéria e 'energia' descrita pela famosa equação Emc2.
Mas o espírito das duas é o mesmo, a busca pelas entidades fundamentais da matéria, pelo que existe de mais íntimo por trás da realidade material que nos cerca.
Durante o século 20, grandes avanços teóricos e experimentais levaram a uma compreensão dessa realidade material a distâncias extremamente pequenas. Por exemplo, usando aceleradores de partículas extremamente sofisticados, hoje é possível investigar o que ocorre dentro de um próton, a um milésimo de trilionésimo de centímetro (10-15 cm).
Esse mundo é muito diferente do que vemos à nossa volta; as regras mudam, a física muda. Esse é o mundo do quantum, onde é impossível medir com precisão arbitrária a posição e a velocidade de uma partícula, ou mesmo a sua energia. A essas distâncias tudo flutua, nada pára quieto, como se a realidade material se transformasse em uma sopa em constante ebulição.
O que ferve é a energia do espaço vazio, cujo valor nunca chega a ser exatamente zero.
Essas flutuações de energia levam, através da interconversão de energia em matéria descrita acima, à criação e destruição de partículas e antipartículas, como bolhas aparecendo e desaparecendo constantemente em um caldeirão de sopa. Essas são as chamadas partículas virtuais, de existência efêmera, as flutuações do vácuo quântico, literalmente da energia do espaço vazio, do nada.
Essa visão do nada quântico traz consigo um sério problema. Se tentarmos calcular a energia do espaço vazio, obteremos um resultado infinito. Ou seja, segundo a física quântica, o nada armazena uma quantidade infinita de energia. Como nós ainda estamos aqui, algo deve estar errado com essa descrição do nada.
Nos anos 70, foi proposto que as entidades fundamentais da matéria não são partículas pontuais, mas cordas, entidades unidimensionais tais como cordas de violão vistas a grande distância.
Essas cordas não têm nada a ver com as usadas em instrumentos musicais, sendo tubos alongados de energia vibrando freneticamente, de dimensões muito, muito menores do que o interior do próton.
Portanto, elas não são visíveis nem mesmo nos aceleradores de partículas mais poderosos que existem ou venham a existir. Para comprovar a sua existência serão necessárias provas indiretas, que vêm sendo avidamente procuradas por pesquisadores do mundo inteiro- por enquanto, sem sucesso.
Mesmo que ainda não observada, a idéia de que as entidades fundamentais da matéria sejam cordas tem muitos defensores. Uma das vantagens é justamente o problema da energia infinita do espaço vazio.
Usando cordas ao invés de partículas, essas energias se tornam bem mais tratáveis. Especialmente quando uma nova simetria é invocada, a supersimetria, em que partículas de matéria e partículas que transmitem forças entre elas podem ser relacionadas entre si.
As 'supercordas' não só amortizam a energia do nada como também prevêem que as quatro forças fundamentais da natureza, quando vistas a distâncias minúsculas, são uma só. Caso a teoria de supercordas esteja correta, não só a matéria como todas as forças vêm delas.
(Folha de SP, 13/10)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Para Vladimir
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 23:48
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> Ligia Gallo wrote:
>
> > Falando-se do "além", este pode muito bem ser um plano ou um lugar
> > tão físico
>
> se é físico, onde está?
L*: Eu disse que "pode" ser... não disse que "é". E como já foi
aventado por aqui anteriormente: o que difere a realidade da
realidade pessoal é algo "intangível" também mas que está ali, bem
dentro de cada um...
> > quanto este em que vivemos mas que ainda não conseguimos
> > alcançar dados nossos parcos recursos.
>
> que alternativas vc propoe?
L: Buscar compreender a mente e suas implicações a nível
de "geração" da realidade.
> > Para que negar
> > veementemente? É só isso o que eu queria dizer.
>
> E por que afirmar?
L: Digo que negar veementemente a existência de algo parte do mesmo
princípio que permite a alguém crêr que algo existe. A ciência não
se baseia em crenças... portanto, cabe ao cientista buscar provas.
Se há um fennômeno, com certeza há uma explicação e esta deve ser
buscada, não bastando apenas que se fechem olhos e ouvidos. E pelo
jeito convém a pessoas que simplesmente querem não crêr, a negação
antes do estudo... certo? Daí os preconceitos contra tudo o que
fuja da "normalidade", de tudo que fuja do que é físico/tangível...
ou em outras palavras: preguiça de querer entender disfarçada de
ceticismo escrachado....
> > L: Astrologia e todas as mancias são isso mesmo, tá bem! Mas que
> > existe tal coisa "além", isso existe... O problema são os meios
> > utilizáveis para alcançá-lo ( mancias e magias)
>
> !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
L: Típica resposta de um crente na "não crença": indignação e falta
de palavras... É aquela velha história: mata Deus porque teve que
ir à missa/culto todo domingo e por tabela mata as
religiões/além/fenômenos parapsicológicos e o que eles representam
para a própria mãe ou pai ("carrascos" que o forçavam a ir nas
missas/cultos, passar gumex no cabelo, usar camisa de manga comprida
e calças ao invés de bermudas, ser educado)... enfim...
> > mas isso não
> > inviabiliza a priori qualquer pesquisa séria na tentativa de
> > comprovar que há alguma coisa "além".
>
> É verdade.
> E que pesquisa séria apresenta ao menos UMA evidencia do "alem"?
L: Nenhuma por enquanto, apenas porque não foram feitas pesquisas
diretamente voltadas aos fenômenos que sugerem a existência de
tal "além"... mas que ele existe, existe. E digo isso baseando-me
apenas no fato de sempre haver algo que passa despecebido de nós pelo
simples fato de nos atermos apenas àquilo que nos interessa, em
detrimento muitas vezes do que está "além" dos nossos sentidos
básicos.
> > Basta que os cientistas não
> > fiquem assim, espumando de "reiva" todas as vezes que têm que
encarar
> > tais coisas.
>
> Nao seriam os credulos que espumam de raiva e preferem nao enxergar
> quando cientistas apresentam respostas coerentes?
L: Quando há respostas coerentes, eu sou a primeira a aceitá-las sem
contestação. O problema é quando as respostas vêm da parte de gente
que não sabe do que se trata o assunto e apenas aventa idéias
baseadas em puro preconceito e falta de informação. Aí eu "encarno"
mesmo...
> É possivel manter um dialogo objetivo com vc, que exclua o
sentimentalismo?
L: Fico me perguntando qual o paralelo que certos céticos enxergam
entre o racionalismo e a "bestialidade" com que teimam em tratar seus
oponentes em termos de idéias... Se faltam argumentos à altura para
retrucar, não deveria faltar educação. Seres humanos merecem o
mínimo de respeito ou o que se está oferecendo ao oponente é um
tratamento inferior ao que às vezes é dispensado a um animal de
estimação... e isso é inadmissível. Bem, a não ser que "objetivo"
signifique ser estúpido e sem educação... o que implicaria na
necessidade de redefinir tal termo, já que ser "objetivo" é ir
diretamente ao cerne das questões, apenas eliminando as "rendinhas e
as florzinhas" ou as "porradas"... e nesse sentido eu sei que sou
bem objetiva e aceito muito bem objetividade.
>
> > L: Sabe, às vezes eu até me pergunto por que eu venho perdendo
tanto
> > tempo escrevendo em listas para ter que ler que sou
esquizofrênica,
> > megalomaníaca, louca, complacente, excessivamente tolerante,
cética,
> > empedernida...
>
> Provavelmente existem listas misticas. Essa aqui se
chama "ciencialist".
L: Nossa! Se você não me tivesse dito isso... ! Faço parte de
listas místicas sim e por lá as pessoas têm outros nomes para gente
como eu: CÉTICA, por exemplo.
>
> > Se cuida e tente sorrir mais. Para tudo dá-se um jeito. Se não
se é
> > bonito, pode-se ao menos ser simpático.
>
> O que é "bonito"?
L: Bonito acaba sendo algo agradável aos sentidos. E beleza física
depende de uma opinião pessoal, principalmente da própria pessoa que
se ache feia ou bonita fisicamente ao basear-se nos estereótipos de
beleza, ou o que é culturalmente aceito como "bonito/feio". Partindo
dessa opinião pessoal, de um modo geral quem não está bem consigo
mesmo, quem se detesta por se achar horrível, acaba desenvolvendo um
modo agressivo/estúpido de lidar com os outros, simplesmente porque
nào é capaz de se sentir querido e atraente e, por medo de ser
rejeitado, rejeita antes. Portanto, se não se é bonito, pode-se ao
menos ser simpático, o que acaba desviando a possível atenção dos
outros a um lado positivo ao invés das espinhas, da barriga, da falta
de cabelos ou o que quer que seja que se odeie em si mesmo...
> Desculpe entrar no meio da conversa,
L: Da próxima vez não desculpo... :)
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Cientista sentimental
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2002 23:54
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> -=*#>É possível ao Homem deixar de ser humano?<#*=-
Nao, Dr. PSI, nao tire do contexto.
Nao escrevi sentimento, eu escrevi "sentimentalismo", fazendo
referencia as suas lamentacoes e conselhos ("sorria!"), ao abismo
que abre ao afirmar que ha os que sentem o "alem" e os incapazes de
sentir,
seres invariavelmente feios e tristes, movidos por este que é o mal
maior
do mundo, o racionalismo.(ai credo!).
Nessas condicoes, é impossivel o dialogo.
Por que nao avaliar a propria percepcao de maneira racional?
A percepcao é infalivel?
é onde eu queria chegar.
> -=*#>De que se ocupa o cientista? Será que do júbilo da descoberta não
> advém o pranto?
vejo que fez a licao de casa, gafanhoto.
> (Ficou bonita, esta frase!)<#*=-
to emocionado.
> -=*#>Desculpe-me entrar no meio da conversa,
> Antonio Renato.<#*=-
PLUR,
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Ligia Gallo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 00:46
Em primeiro lugar gostaria de agradê-la pelas respostas que vc gentilamente
as tem enviado.
Qto aquela pergunta, enviei-lhe um e-mail, não sei se vc o leu, mostrando
que nas estrelas Supernovas, ocorre esmagamento dos elétrons, e a
Supernova se transforma em estrela de Neutrons. Isto é, a gravidade implode
as camadas eletrônicas empurrando os elérons em direção aos núcleos
fundindo-os com os prótons, transformando-os em neutrons. Por outro,
gostaria de lhe falar o seguinte: ainda que na natureza não ocorresse esse
fenômeno, elétrons se findir a prótons gerando neutrons, um cálculo teórico,
em tese, seria possível. Fui levado a esta questão porque na teoria que
estou desemvolvendo, chequei a conclusão, que aliás foi recentemente
doscoberta pela astronomia, de que deve existir estrelas de Quark, e que, na
verdade, na minha opinião, e como consequência da minha teoria, alguns
Buracos Negros são, na realidade, estrelas de Quark. Com a resposta aquela
pergunta eu tencionava calcular e comparar a força gravitacional de um
buraco negro de mesma dimensão que a de uma estrela de Quark. Eu mesmo
decobrirei a equação.
Mudando de assunto, gosto do modo como vc coloca e defende as suas quetões.
Gosto muito do seu estilo, assim como gostei muito de uma pergunta que vc
elaborou para o Renato, aquela que fala de uma mulher estremamente
problemática. Estou esperando que ele responda a vc para depois, se vc
permitir, eu dar a minha opinião. É isso.
Beijos
Carlos AR.
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 14, 2002 4:30 PM
Subject: [ciencialist] Para Carlos Alberto
Afinal: que fim levou a resposta que lhe enviei a respeito da sua
pergunta sobre as equações utilizáveis para achar a energia
necessária para "empurrar" um elétron contra um proton e obter um
nêutron, ainda que não aconteça assim necessariamente?
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 00:53
Como já é muito tarde, prometo responder a vc algumas coisas não tudo. A
teoria e a descoberta é segredo que me corroi a alma. Mas adianto que, sobre
a sua resposta a questão da razão, considerei-a interessante. As minhas
formulãções todas tem haver com o que estou pesquisando e, basicamente, é a
teoria do Campo Unificado. Acho que o cerébro deverá fazer parte da
equações. Tem alguma coisa que martela a minha cabeça mas ainda não veio o
insigth.
Beijos
Carlos AR.
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 14, 2002 4:25 PM
Subject: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Tudo bem refaço a pergunta:
> A razão nos confere a capacidade de raciocínio.
Lígia: A razão pode ser também o sentido que se dê a algo... veja
que é pelo fato de algo fazer algum sentido por estar inserido em um
contexto que acabamos dando-lhe o status de "observável".
> O universo é organizado racionalmente e, portanto, há uma
correspondência
> entre este e a nossa faculdade de pensar e supor, ou não, o
universo é
> desorganizado e as teorias cientificas é que colocam ordem nele,
isto é,
> criam o universo tal como explicado?
Lígia: As teorias científicas vêm ao encontro de nossa necessidade
de explicarmos o que acontece. Mas o que acontece independe de haver
leis que corroborem com o que as faz "suceder" em nosso mundo. Há a
nossa intepretação do que acontece e é justamente aí que as leis
naturais forjadas por nós mesmos no correr dos milênios de observação
e experiência da espécie humana, entram e fazem o papel
de "estruturadoras" de idéias...
De minha parte creio haver um o
> correspondência biunívoca entre a razão, aqui entendita como
faculdade de
> conhecer(se) e a organização do mundo, o real. Isto implica dizer
que deve
> haver algum conhecimento, apriori, embutido no cerébro que nos
induz a
> pensar que alguma coisa pode ser inteligível, compreendida. Isto é,
que o
> real é de tal modo organizado, racioanlizado, que nos permite que
a razão
> atue sobre ele, devendando-o.
Lígia: O que temos em nós é a habilidade de aprendermos uns com os
outros através da experiência, ou ainda de aprendermos sozinhos
através da experiência... nada foge do que pode ser verificável e
repetido, ad nausean muitas vezes, até que tenhamos condiçães de
estipularmos um "caminho" a ser seguido pelo nosso raciocínio a fim
de que a tarefa ou o entendimento do "como funciona" aconteça.
Beijos, Lígia
PS: E você ainda não fez minha capacidade de percepção observar sua
resposta a uma pergunta que lhe lancei há dias: O que afinal de
contas você vem pesquisando? Posso ler "meus pensamentos" inseridos
no contexto do que você vem perguntando à lista... :)) Pode
responder? Ou será que é segredo?
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SUBJECT: Re: [ciencialist] ALGO E NADA
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 01:05
Isso quer dizer que existe uma ligação absoluta entre o Universo e o que
somos. Portanto, deveremos estar incluidos nas equações da teoria do compo
unificado. Correto?
Abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 14, 2002 12:56 AM
Subject: Re: [ciencialist] ALGO E NADA
> Uma justificativa antrópica: Se não existisse coisa alguma, não estaríamos
> aqui para observá-las!
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Segunda-feira, 14 de Outubro de 2002 00:51
> Assunto: [ciencialist] ALGO E NADA
>
>
> Faço minha as palavras e LIBENIZ:
>
> Por quê ALGUMA COISA ao invés de NADA?
>
> Carlos AR
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: UM CRIADOR
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 01:09
Ligia prometo responder-lhe todas a questões que vc me mandou. Também
concordo que nos encontraremos lá no topo da montanha.
Ante queria tirar uma dúvida com vc. Qdo a conheci vc era 55555, depois da
malfadada alcatéia, vc virou Gallo. Isso quer dizer que vc é boa de briga?!
Beijo
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 14, 2002 11:39 AM
Subject: [ciencialist] Re: UM CRIADOR
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A questão pode até não ser apropriada para a lista, podem achar
alguns, mas em virtude do debate, evoluçãoxcriacionismo, gostaria de
saber se alguém aí da lista não acredita que o Universo não tenha um
criador e por quê?
> Carlos AR
Olá Carlos,
Ao que tudo indica e pelo teor de suas perguntas, estamos buscando
compreender a mesma coisa, portanto, vamos tentar criar um paralelo
entre as idéias que venho "levantando" e as idéias que você dá a
entender, uma vez que não tenho recebido respostas suas no sentido de
dar alguma elucidação a respeito de suas idéias: você vem nos
testando, enviando perguntinhas isoladas mas que para mim fazem
sentido.
Já disse em outra lista certa vez a respeito de "Deus": estamos por
nós mesmos. Houve um momento que desencadeiou tudo e há este momento
em que escrevo estas linhas. Cientistas, dado o fato de não se poder
provar a existência de um Creador, alegam a ineficácia e o absurdo de
qualquer pesquisa nesse sentido, dado o fato de aparentemente não
haver um sentido em se estudar ou tentar entender algo que por
si "não existe". Contudo, passa despercebido à ciência de um modo
geral que o simples fato de existir um Universo é um forte indicativo
de uma presença anterior aos eventos que diflagraram a formação
deste. O que, no final das contas permite que a energia ordene-se de
tal forma a gerar átomos e partículas e o que vem permitindo que tal
aconteça continuamente desde a origem do Universo? Esta é a pergunta
mais importante... ainda sem resposta. E é justamente baseando-me
nessa "continuidade" da "geração" da matéria aparentemente "do nada"
que eu apóio minhas pesquisas para a compreensão do sentido de um
Universo ordenado quando só o que há e sempre houve foi e é energia.
Alega-se, por exemplo, que tempo e espaço bem como o resultante da
transformação de energia em matéria é um evento único, "surgido"
aleatoriamente e cujos resultados observamos hoje em dia. Ora, Se
ainda mal conseguimos compreender o porquê da energia comportar-se de
forma tal a gerar átomos e partículas, o porquê de estarmos contidos
num "bolsão espaço-temporal", qual a necessidade de legarmos a figura
de um creador a último plano? E qual o porquê da negação se,
creiamos ou não este "ente" não requer a nossa aceitação para
continuar dando sequência à sua Obra? Há estudos que apontam
a "geração" de pares de partículas surgindo do nada continuamente e
que deixam de existir em pico segundos, há a matéria sendo forjada no
interior de estrelas, há o resultado dessa forja que somos nós e toda
a natureza resultande de galáxias a um fitoplâncton. De uma forma
geral, somos o resultado de bilhões de anos de uma experiência
chamada Universo... e qual o porquê de não haver, nem sequer aventar-
se a existência de um Creador para o que desencadeou isso tudo?
Vou tentar delinear esta questão em poucas linhas mas que requereria
muito mais do que isto, o que infelizmente não disponho, dado o modo
de expressão via palavras e lógica. Há desde a suposta origem do
Universo um continuum de formação de átomos e partículas advindas da
combinação de princípios que chamamos timidamente de quarks. Estas
entidades assumem possições dentro de diminutas estruturas que a
partir de dado momento são tidas como prótons, nêutrons, elétrons e
tudo o mais advém da combinaçào destes e do "relacionamento" destes
em estururas maiores chamadas átomos. Os átomos por sua vez combinam-
se entre si gerando moléculas e estas geram estruturas moleculares
que, em um caso específico é capaz de auto-duplicar-se: DNA e RNA.
DNA e RNA são moléculas que dada sua característica replicadora gera
a vida como a conhecemos em suas aparentemente infinitas formas de
combinação, desde estruturas unicelulares até colônias especializadas
que são seres tidos por "vivos". Veja que tudo o que há e sempre
houve foram átomos e partículas combinando-se de forma ordenada e
gerando formas. O que a ciência vem fazendo é tentar entender como
há esta interaçào entre partículas, como um ente pode se reproduzir
e "evoluir" dentro do contexto universal... mas de onde advém a
capacidade de ordenação dos quarks no interior de uma única
partícula? E como pode-se negar que isto seja uma espécie
de "creador"?
Do que eu venho acompanhando através de leituras de livros que tentam
compreender o funcionamento da evolução, dos algorítmos replicadores,
da esturura da mente e "consistência" da consciência, tuda a pesquisa
científica está apenas "roçando" e "levintando" ao redor do cerne da
questão primordial, da única que mereceria uma resposta: COMO A
MATÉRIA PODE SER GERADA E PERMANECER?
Ora, ao estudar-se a própria inteligência humana deparamos com algo
interessante: o que nos faz pensar? O que permite que bilhões de
bites de informaçào sejam analisados e catalogados e que haja
sequência em tais análises a ponto de nos permitir a idéia de
continuidade? De onde surgiu a idéia de colônias celulares
especializarem-se em receptores e transmissores de informaçào? Quer
saber? Aparentemente da própria estrutura de um único átomo. Há
pesquisas como David Deutsch vem desenvolvendo para aa criação de
supercomputadores a partir do usofruto de uma habilidade que a
matéria possui: a capacidade de trasmissão e arquivamento de dados
na forma "digital": sim/não, um/zero, branco/preto... uma única peça
de metal caso pudesse ser aproveitada em sua totalidade para o
arquivamento de informaçòes teria o potencial de todos os
computadores do mundo em série...
Átomos e partículas percebem-se umas as outras, prova disso é que
combinam-se entre si. Partículas e átomos estruturam-se em formas
maiores e cada vez mais elaboradas com o passar dos éons... a base
para a compreensão de todo o Universo está contida no estudo do que é
uma única partícula. E como elas surgem? Do nada? Pois então...
se é um "nada", há a possibilidade de através do entendimento disto
chegarmos ao QUE no final das contas vem gerando tudo... ao QUE no
final das contas somos e o que representamos no conserto Universal.
E, não há nem nunca houve a necessidade de negarmos a Deus, já que
todas as religiões falam da mesma coisa, todas elas, sem exceção:
Deus é o Creador. Deus está presente em sua obra. Deus é o que
sempre houve. Deus é a habilidade da energia gerar matéria e
esta "continuar existirndo" nas formas que lhe convém. O Universo em
última análise é uma forma de manifestação dessa inteligência que
permite a energia assumir o papel de pequenas estruturas e
permanecerem assim e assim "estar" o Universo que conhecemos.
Se eu "acredito" em Deus? Eu sou Deus, você é Deus, o Universo que
dá continuidade à creação é Deus. Pois bem: não há como o creador
ser a própria criatura? Filosofia serve apenas para complicar as
coisas mais simples e tudo o que se vê é masturbação mental de idéias
elaboradas com o único fito de complicar o que é muito simples em sua
essência, enquanto a ciência tateia no escuro nessas questões que
fogem da possibilidade de "pesar e medir". Considerem que tudo o que
vem dando continuidade ao que foi deflagrado em um único ponto como
consideram os que "crêem" no Big Bang é "creador e criatura". Somos
consequência do que permite às partículas existirem a partir da
energia... apenas isso.
Faz diferença aceitar-se esta idéia? Dizer que não é ficar "boiando"
na superfície das idéias... dizer que sim idem. O fato é que
independentemente de aceitarmos ou não, de crermos ou não, estamos
aqui e temos nosso papel no cortejo cósmico. E dado o fato de certas
células em nossos corpos terem assumido um papel de
analisador/computador de dados externos a nós, NÓS estamos incumbidos
de chegarmos não só a uma resposta mas de entendermos o que é em
última análise estarmos vivos: é contemplar a obra e informar que
tudo está bem... com a "graça de Deus". Qual a finalidade disto?
Nenhuma: aparentemente por sermos apenas consequências do modo como
a energia é ordenada, estamos apenas à mercê do que é possível de ser
alcançado por tais "aprimoramentos". Assim, eu posso crêr ou não
crêr. A única diferença é que crendo e aceitando eu posso fazer
parte disto tudo e sentir que há um motivo para eu existir. Sem tal
crença eu apenas existo... como o tudo mais vem fazendo, sem sequer
se dar ao trabalho de ter que analisar qualquer coisa...
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: Para Ligia Gallo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 01:30
Olá Carlos Alberto!
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Em primeiro lugar gostaria de agradê-la pelas respostas que vc
gentilamente
> as tem enviado.
L: Ora, é um prazer...
> Qto aquela pergunta, enviei-lhe um e-mail, não sei se vc o leu,
mostrando
> que nas estrelas Supernovas, ocorre esmagamento dos elétrons, e a
> Supernova se transforma em estrela de Neutrons. Isto é, a
gravidade implode
> as camadas eletrônicas empurrando os elérons em direção aos núcleos
> fundindo-os com os prótons, transformando-os em neutrons. Por outro,
> gostaria de lhe falar o seguinte: ainda que na natureza não
ocorresse esse
> fenômeno, elétrons se findir a prótons gerando neutrons, um cálculo
teórico,
> em tese, seria possível.
L: Em certas condições tidas por "anômalas" é possível sim e envie-
lhe a resposta que repasso a seguir já que, dado o volume de e-mails
na lista, provavelmente você não o percebeu:
" Neutrons em um núcleo atômico normalmente não são resultantes da
simples adição de prótons e elétrons, mas da destruição de prótons,
com a "perda" de fótons de raio gama e neutrinos. Como os átomos são
forjados no interior de estrelas, vamos lá: Milhões de graus de
temperatura e pressões esmagadoras, a matéria em seu estado de
plasma... e a coisa toda muda de figura. E em estado de plasma,
núcleos e eletrosfera não existem, apenas gases de partículas
em "ebulição" movimentando-se freneticamente devido à excitação.
Tais partículas constantemente chocam-se entre si, desencadeando
reações proton-proton que promovem a fusão nuclear e núcleos de
hidrogênio transformam-se em hélio e este em elementos mais pesados,
no caso de uma estrela que ainda possua estoques. A liberação
constante de fótons de raio gama pela fusão nuclear é o que faz a
estrela brilhar... e quando o estoque acaba, a estrela "implode"
devido à tentativa de conservar o calor necessário para a "queima" de
elementos mais pesados.
Uma estrela de nêutrons é formada quando a pressão interna e a força
gravitacional do núcleo estelar decorrentes da "implosão"
possibilitam que haja a "compactação" da matéria, o que
corresponderia a um gás denso de partículas como nêutrons, elétrons e
prótons. Em decorrência da degenerecência ( perda de propriedades )
do núcleo estelar devido ao colapso, aí sim pode ocorrer
decaimentos "inversos", como seja, partículas *beta* ( elétrons )
colidindo com prótons e gerando nêutrons. Isso não ocorre
normalmente devido ao princípio da lei da conservação, que determina
que o que for resultante da reação de partículas elementares seja
compatível com o que deu início à reação.
Achei um site onde comenta-se sobre as principais equações
utilizáveis para a tal formação de nêutrons:
http://astro.if.ufrgs.br/evol/node54.htm
Lá perto do final da página, depois de afirmarem que ainda não há uma
equação específica para estrelas de Nêutrons, há uma indicação da
energia de Fermi da ordem de Ef ~ 30 MeV que seria a energia cinética
que incrementa a pressão interna desse tipo de estrela e possibilita
formação de nêutrons pelo decaimento *beta* inverso.
O site todo fala sobre interiores estelares. Compensa ver:
http://astro.if.ufrgs.br/evol/node3.htm ".
Fui levado a esta questão porque na teoria que
> estou desemvolvendo, chequei a conclusão, que aliás foi recentemente
> doscoberta pela astronomia, de que deve existir estrelas de Quark,
e que, na
> verdade, na minha opinião, e como consequência da minha teoria,
alguns
> Buracos Negros são, na realidade, estrelas de Quark.
L: Bem, pode ser... mas veja que estrelas de quarks parecem ainda
serem visíveis, o que invalida a idéia de gerarem buracos negros, de
onde nenhuma luz sairia:
http://geocities.yahoo.com.br/alicercesdaciencia/estrquark.htm
Com a resposta aquela
> pergunta eu tencionava calcular e comparar a força gravitacional de
um
> buraco negro de mesma dimensão que a de uma estrela de Quark. Eu
mesmo
> decobrirei a equação.
L: As equações para o "decaimento inverso" que gera nêutrons em
estrelas colapsadas está no amontoado de equações contidos naqueles
links do e-mail que repassei... vale ler e tirar por base.
> Mudando de assunto, gosto do modo como vc coloca e defende as suas
quetões.
L: A gente tem que se fazer entender, custe o que custar :) Que bom
saber que você gosta!!!
> Gosto muito do seu estilo, assim como gostei muito de uma pergunta
que vc
> elaborou para o Renato, aquela que fala de uma mulher estremamente
> problemática. Estou esperando que ele responda a vc para depois, se
vc
> permitir, eu dar a minha opinião. É isso.
L: Permito que me dê a sua opinião sim e o Antonio Renato já me
enviou a resposta que também repasso a seguir:
" De: antonio.psique@l...
Data: Qui Out 10, 2002 10:27 pm
Assunto: Re: [ciencialist] Para Antonio Renato
Venho achando interessante a linha que você segue com suas
afirmações. Você relaciona a sexualidade com tudo e sei que você
está certo, apesar de não ter base alguma em termos de estudo, apenas
algumas leituras. Reich já dizia~algo interessante sobre o orgasmo e
o poder e eu penso assim.
#####>Conheço o autor citado (Willem Reich) mas também nada tenho
acessível
no momento<#####
Gostaria de uma resposta sua a uma situação hipotética ( não adianta
querer relacionar comigo:): uma mulher que não se considera inibida
sexualmente e é até bonita, acaba sempre por envolver-se com homens
com problemas ...
#####>Que fique bem claro que é apenas um pitaco supositório em uma
situação
hipotética. Parece, como vc mesmo supõe, que tal mulher 'garimpa'
tais
'espécimes'. A grande mobilização, até mesmo na ausência (de
preferência
prolongada) do 'escolhido' e a manuntenção desta situação
repetidamente
através dos tempos, vem a favor do dito. Por outro lado, não invalida
sua
outra hipótese de ela 'atrair' tais 'espécimes'. A 'especialidade'
dela são
'relacionamentos inadequados'. Mas talvez, neuroticamente
(convenientemente)
satisfatórios<#####
Essa pergunta composta acima faz ainda com que eu pergunte: de um
modo geral, como você vê o relacionamento homem/mulher? Há a
possibilidade de alguém viver sozinho sem estar reprimindo alguma
coisa?
#####>Você conhece a (passagem na) música?: "Fundamental é mesmo o
amor, É
impossível ser feliz sozinho"! Até freiras são (simbolicamente)
casadas (com
Deus). Se fôssemos 'criados' para sermos solitários não teríamos
órgão
genital ou seríamos hermafroditas (Como nas 'solitárias': Taenias) A
genitália, como dissera em outra msg, exige a mobilização de outro
ser
humano de sexo oposto para estar funcional.
Relacionamento homem/mulher? Aí colega, inicia minha loucura... que
não é
pequena<#####
Beijos, Lígia
#####>Beijos, Antonio Renato.<##### ".
Bem... acho que este e-mail ficou gigante... mas espero que você o
receba.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Vladimir
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 01:54
Ligia Gallo wrote:
> > se é físico, onde está?
>
> L*: Eu disse que "pode" ser... não disse que "é.
Entao é só especulação...
> E como já foi
> aventado por aqui anteriormente: o que difere a realidade da
> realidade pessoal é algo "intangível" também mas que está ali, bem
> dentro de cada um...
Sim, no cerebro.
> > que alternativas vc propoe?
>
> L: Buscar compreender a mente e suas implicações a nível
> de "geração" da realidade.
De que forma???
Tenho uma sugestao.
Use drogas. Teste a confiabilidade da sua percepcao.
(como vc disse em ourtra mensagem, nao é o corpo o "laboratorio"?)
> L: Digo que negar veementemente a existência de algo parte do mesmo
> princípio que permite a alguém crêr que algo existe.
E em caso de duvida, vale a afirmativa?
e vc nao respondeu minha pergunta.
vc afirma só pq alguem nega???
Entao podem tambem entrar em questao duendes e unicornios.
> A ciência não se baseia em crenças... portanto, cabe ao cientista buscar provas.
> Se há um fennômeno, com certeza há uma explicação e esta deve ser
> buscada, não bastando apenas que se fechem olhos e ouvidos.
A que fenomeno vc se refere? vc levita? prediz o futuro?
por favor, esclareca.
> E pelo
> jeito convém a pessoas que simplesmente querem não crêr, a negação
> antes do estudo... certo? Daí os preconceitos contra tudo o que
> fuja da "normalidade", de tudo que fuja do que é físico/tangível...
> ou em outras palavras: preguiça de querer entender disfarçada de
> ceticismo escrachado....
Nao, nao...falta de evidencias, só isso.
> L: Típica resposta de um crente na "não crença": indignação e falta
> de palavras... É aquela velha história: mata Deus porque teve que
> ir à missa/culto todo domingo e por tabela mata as
> religiões/além/fenômenos parapsicológicos e o que eles representam
> para a própria mãe ou pai ("carrascos" que o forçavam a ir nas
> missas/cultos, passar gumex no cabelo, usar camisa de manga comprida
> e calças ao invés de bermudas, ser educado)... enfim...
tudo isso vc tirou de pontos de exclamacao? Pois esta errada, reavalie seus metodos.
Eu ainda nao vi vc apresentar nada que justifique a opcao pela crenca.
> > E que pesquisa séria apresenta ao menos UMA evidencia do "alem"?
>
> L: Nenhuma por enquanto,
e ate quando?
> apenas porque não foram feitas pesquisas
> diretamente voltadas aos fenômenos que sugerem a existência de
> tal "além"...
nao? a parapsicologia tem tentado explicar tais fenomenos ha muito tempo,
e nada conseguiu.
> mas que ele existe, existe.
E por que afirmar com tanta certeza?
> E digo isso baseando-me
> apenas no fato de sempre haver algo que passa despecebido de nós pelo
> simples fato de nos atermos apenas àquilo que nos interessa, em
> detrimento muitas vezes do que está "além" dos nossos sentidos
> básicos.
e o que é que passa despercebido?
o que é que está além de nossos sentidos básicos?
> L: Quando há respostas coerentes, eu sou a primeira a aceitá-las sem
> contestação. O problema é quando as respostas vêm da parte de gente
> que não sabe do que se trata o assunto e apenas aventa idéias
> baseadas em puro preconceito e falta de informação. Aí eu "encarno"
> mesmo...
Nao sei a quem vc se refere.
Agora, se a falta de informacao é referente às mais novas formas de obscurantismo
que surgem a cada dia, realmente nao tenho tempo pra isso. Nao pretendo ser mago.
> L: Fico me perguntando qual o paralelo que certos céticos enxergam
> entre o racionalismo e a "bestialidade" com que teimam em tratar seus
> oponentes em termos de idéias... Se faltam argumentos à altura para
> retrucar, não deveria faltar educação.
Nao faltou educacao. O "sentimentalismo" citado é exatamente o que se vê nessa mensagem.
vc se sente extremamente ofendida pessoalmente por ser questionada, e foge do assunto
contra-atacando.
Por favor, limite-se a falar dos fenomenos. (sera que fui claro e educado agora?)
Se vc nao expoe nada, eu nao posso retrucar.
Ate agora vc so falou sobre ceticos preconceituosos.
> Seres humanos merecem o
> mínimo de respeito ou o que se está oferecendo ao oponente é um
> tratamento inferior ao que às vezes é dispensado a um animal de
> estimação... e isso é inadmissível.
continua tragica!
ate eu to ficando com medo de mim... :)
> Bem, a não ser que "objetivo"
> signifique ser estúpido e sem educação... o que implicaria na
> necessidade de redefinir tal termo, já que ser "objetivo" é ir
> diretamente ao cerne das questões, apenas eliminando as "rendinhas e
> as florzinhas" ou as "porradas"... e nesse sentido eu sei que sou
> bem objetiva e aceito muito bem objetividade.
tanto na mensagem anterior quanto nesta so vejo vc dando "porradas"...
> L: Nossa! Se você não me tivesse dito isso... ! Faço parte de
> listas místicas sim e por lá as pessoas têm outros nomes para gente
> como eu: CÉTICA, por exemplo.
talvez pq vc nao aceite as teorias absurdas do misticos, ou seja,
vc simplesmente aguarda que se descubra algo que vc quer que seja verdade,
sem base nenhuma.
> L: Da próxima vez não desculpo... :)
>
> Lígia
--
Vladimir
SUBJECT: Re: UM CRIADOR p/ Carlos Alberto
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 02:11
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Ligia prometo responder-lhe todas a questões que vc me mandou.
Também
> concordo que nos encontraremos lá no topo da montanha.
L: É o que parece... :)
> Ante queria tirar uma dúvida com vc. Qdo a conheci vc era 55555,
depois da
> malfadada alcatéia, vc virou Gallo. Isso quer dizer que vc é boa de
briga?!
> Beijo
> Carlos AR
L: O Gallo quer dizer que o Yahoo decidiu-se pelo meu último nome do
sobrenome ao invés do Amorese. Sou Lígia Amorese Gallo... o meu
nick aparecia antes por causa da forma que o Yahoo processava as
minhas informações de conta... e se você quer saber o sentido
do "5555" foi pura tentativa e erro: comecei com um 5: já existia
uma lígia5, depois 55, idem, depois 555... sem chance. Quando tive
a brilhante idéia de anexar outro 5, voilá! Tudo resolvido... :)
Quanto a ser boa de briga... bem, eu costumo lixar o "esporão" de
vez em quando... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Moto continuo
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 02:43
Recebi esta mensagem pelo site Humor na ciencia (
http://www.humornaciencia.hpg.com.br ). Nao tenho experiencia na
area, serah que alguem poderia dar uma olhada?
Mensagem--
Tenho uma proposta de motocontinuo, que está no site
http://www.motocontinuo.hpg.com.br e afirmo que é uma proposta viável
e que não existe nenhuma falha que a inviabilize.
Gostaria da sua opnião sobre o assunto. Li seus comentários sobre a
uma outra máquina (que concordo, não funciona) e sobre a segunda lei
da termodinamica, mas lembro que todas as máquinas que até hoje já
foram propostas, eram baseadas em alguma má interpr
etação das leis da mecânica.
Se o motocontínuo for mesmo impossível, haveria algum erro na
proposta de que falei. Poderia o senhor me indicar onde está o erro?
---
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Para Vladimir
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 03:08
Em tempo: paranóia é uma consequência de certas disfunções do
funcionamento cerebral...
Olá Vladimir!!
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> Ligia Gallo wrote:
>
> > > se é físico, onde está?
> >
> > L*: Eu disse que "pode" ser... não disse que "é.
>
> Entao é só especulação...
L: Pura e simples expeculação! E você chegou a esta brilhante
conclusão sozinho?
>
> > E como já foi
> > aventado por aqui anteriormente: o que difere a realidade da
> > realidade pessoal é algo "intangível" também mas que está ali, bem
> > dentro de cada um...
>
> Sim, no cerebro.
L: Se houver algum... sim. Em tese não adianta insistir em
procurar pelo "intangível" em questão caso não haja algum cérebro
disponível... :)
> > > que alternativas vc propoe?
> >
> > L: Buscar compreender a mente e suas implicações a nível
> > de "geração" da realidade.
>
> De que forma???
L: Buscando oras! Sabendo o caminho a ser seguido para que tais
informações sejam acessíveis ao invés de "intangíveis"... e
consequentemente "ignoráveis"... lógico, do ponto de vista cético.
> Tenho uma sugestao.
> Use drogas. Teste a confiabilidade da sua percepcao.
> (como vc disse em ourtra mensagem, nao é o corpo o "laboratorio"?)
L: Não tenho vocação ao uso de drogas: sou obsessivo-compulsiva e
posso tornar-me uma dependente química. Assim, partindo deste
princípio, acabo apenas acatando as idéias que outros reportem quanto
aos efeitos de drogas em geral. E aí, cumé quié?
> > L: Digo que negar veementemente a existência de algo parte do
mesmo
> > princípio que permite a alguém crêr que algo existe.
>
> E em caso de duvida, vale a afirmativa?
L: Vale a negativa?
> e vc nao respondeu minha pergunta.
L: Respondi sim... ou você não soube formular direito o que
queria "realmente" saber...
> vc afirma só pq alguem nega???
L: E você nega só porque ninguém afirma???
> Entao podem tambem entrar em questao duendes e unicornios.
L: Vai do gosto do freguês. Particularmente acho a alusão a
unicórnios e duendes algo... como direi... infantil e sem bases,
uma "merreca" de indicador de falta de raciocínio e criatividade na
elaboração de contra-argumentos sólidos e consistentes. Indicativo
de um pensador "marreta"... com todo respeito, não esperava "isso"
de você...
> > A ciência não se baseia em crenças... portanto, cabe ao
cientista buscar provas.
> > Se há um fennômeno, com certeza há uma explicação e esta deve ser
> > buscada, não bastando apenas que se fechem olhos e ouvidos.
>
> A que fenomeno vc se refere? vc levita? prediz o futuro?
> por favor, esclareca.
L: Hum... fenômenos tidos por "paranormais". Abra o mundo
maravilhoso do Google e... explore... então sinta a fluência dos
que popularmente são conhecidos por místicos e exalte-se! A vida não
é só feita de negação.
> > E pelo
> > jeito convém a pessoas que simplesmente querem não crêr, a negação
> > antes do estudo... certo? Daí os preconceitos contra tudo o que
> > fuja da "normalidade", de tudo que fuja do que é
físico/tangível...
> > ou em outras palavras: preguiça de querer entender disfarçada de
> > ceticismo escrachado....
>
> Nao, nao...falta de evidencias, só isso.
L: Hum... certo.
> > L: Típica resposta de um crente na "não crença": indignação e
falta
> > de palavras... É aquela velha história: mata Deus porque teve
que
> > ir à missa/culto todo domingo e por tabela mata as
> > religiões/além/fenômenos parapsicológicos e o que eles representam
> > para a própria mãe ou pai ("carrascos" que o forçavam a ir nas
> > missas/cultos, passar gumex no cabelo, usar camisa de manga
comprida
> > e calças ao invés de bermudas, ser educado)... enfim...
>
> tudo isso vc tirou de pontos de exclamacao? Pois esta errada,
reavalie seus metodos.
L: Sem gumex? Ah... agora é gel para cabelos! E os piercings?
Desculpe pelo esquecimento...
> Eu ainda nao vi vc apresentar nada que justifique a opcao pela
crenca.
L: Dã... bem, eu não opto pela crença mas pela vontade de buscar
respostas. Pela negação à busca eu apenas dou a entender que sou uma
merreca cética, da mesma forma que daria a entender que sou uma
mística marreta pelo simples desejo de CRÊR... como não me enquadro
em nenhuma das "opções" acredito que você não está se esforçando o
suficiente para absorver o que eu venho dizendo... Fica frio: eu
espero sua "absorção".
> > > E que pesquisa séria apresenta ao menos UMA evidencia do "alem"?
> >
> > L: Nenhuma por enquanto,
>
> e ate quando?
L: Até quando alguém da área científica deseje fazer alguma pesquisa
séria e encontrar respostas. Aliás já existem alguns institutos que
buscam alguma coisa:
http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/
Pena que está tudo em ingreis... mas tem pesquisas ótimas por lá. É
só conferir e abrir os arquivos dentro de arquivos. Espero que sua
conexão seja rápida...
> > apenas porque não foram feitas pesquisas
> > diretamente voltadas aos fenômenos que sugerem a existência de
> > tal "além"...
>
> nao? a parapsicologia tem tentado explicar tais fenomenos ha muito
tempo,
> e nada conseguiu.
L: A parapsicologia baseia-se em métodos que são ineficazes para
tais pesquisas...
> > mas que ele existe, existe.
>
> E por que afirmar com tanta certeza?
L: Simples: porque eu não posso negar simplesmente, sem base
alguma... e você nega só porque é conveniente negar?
> > E digo isso baseando-me
> > apenas no fato de sempre haver algo que passa despecebido de nós
pelo
> > simples fato de nos atermos apenas àquilo que nos interessa, em
> > detrimento muitas vezes do que está "além" dos nossos sentidos
> > básicos.
>
> e o que é que passa despercebido?
> o que é que está além de nossos sentidos básicos?
L: Você nem está se apercebendo do que eu estou fazendo agora "além"
de digitar... mas que eu estou fazendo algo "além" do que você pode
ler agora, isso eu estou mesmo... tá curioso?
> > L: Quando há respostas coerentes, eu sou a primeira a aceitá-las
sem
> > contestação. O problema é quando as respostas vêm da parte de
gente
> > que não sabe do que se trata o assunto e apenas aventa idéias
> > baseadas em puro preconceito e falta de informação. Aí
eu "encarno"
> > mesmo...
>
> Nao sei a quem vc se refere.
L: Que bom! Assim podemos continuar sem que eu "encarne" em você.
> Agora, se a falta de informacao é referente às mais novas formas de
obscurantismo
> que surgem a cada dia, realmente nao tenho tempo pra isso. Nao
pretendo ser mago.
L: Maravilha! Nem eu pretendo dar-lhe a chance de ser mago. Aliás,
o mestre só aparece quando o discípulo está pronto... se ainda não
apareceu é porque você não está.
> > L: Fico me perguntando qual o paralelo que certos céticos
enxergam
> > entre o racionalismo e a "bestialidade" com que teimam em tratar
seus
> > oponentes em termos de idéias... Se faltam argumentos à altura
para
> > retrucar, não deveria faltar educação.
>
> Nao faltou educacao. O "sentimentalismo" citado é exatamente o que
se vê nessa mensagem.
> vc se sente extremamente ofendida pessoalmente por ser questionada,
e foge do assunto
> contra-atacando.
L: Nunca! Estou sempre aberta a argumentos que tenham bases "além"
do puro deboche e ironia.
> Por favor, limite-se a falar dos fenomenos. (sera que fui claro e
educado agora?)
L: Com certeza, limitarme-ei aos fenômenos doravante...
>
> Se vc nao expoe nada, eu nao posso retrucar.
> Ate agora vc so falou sobre ceticos preconceituosos.
L: E há os que não sejam assim... preconceituosos?
> > Seres humanos merecem o
> > mínimo de respeito ou o que se está oferecendo ao oponente é um
> > tratamento inferior ao que às vezes é dispensado a um animal de
> > estimação... e isso é inadmissível.
>
> continua tragica!
> ate eu to ficando com medo de mim... :)
L: Pois é... para você ver a que venho sendo submetida. Maus
tratos inenarráveis e inomináveis.
> > Bem, a não ser que "objetivo"
> > signifique ser estúpido e sem educação... o que implicaria na
> > necessidade de redefinir tal termo, já que ser "objetivo" é ir
> > diretamente ao cerne das questões, apenas eliminando
as "rendinhas e
> > as florzinhas" ou as "porradas"... e nesse sentido eu sei que sou
> > bem objetiva e aceito muito bem objetividade.
>
> tanto na mensagem anterior quanto nesta so vejo vc
dando "porradas"...
L: Porrada de amor não dói!
> > L: Nossa! Se você não me tivesse dito isso... ! Faço parte de
> > listas místicas sim e por lá as pessoas têm outros nomes para
gente
> > como eu: CÉTICA, por exemplo.
>
> talvez pq vc nao aceite as teorias absurdas do misticos, ou seja,
> vc simplesmente aguarda que se descubra algo que vc quer que seja
verdade,
> sem base nenhuma.
L: Eu aguardo por respostas. Não me privo da idéia de
poder "saboreá-las" em tempo. Veja o que eu perderia caso apenas
concedesse a mim mesma o desfrute do que posso desfrutar com a
negação pura e simples que é quase nada quando a ciência pode me
oferecer respostas a TUDO o que eu quiser entender.
Tá bom, você merece beijos... depois não me venha com a alegação de
que proferi "ad hominens"! Eu nem cheguei lá... :)
Lígia
SUBJECT: Re: A RAZÃO E O MUNDO p/ Douglas
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 03:31
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
> Lígia: As teorias científicas vêm ao encontro de nossa necessidade
> de explicarmos o que acontece. Mas o que acontece independe de
haver
> leis que corroborem com o que as faz "suceder" em nosso mundo. Há a
> nossa intepretação do que acontece e é justamente aí que as leis
> naturais forjadas por nós mesmos no correr dos milênios de
observação
> e experiência da espécie humana, entram e fazem o papel
> de "estruturadoras" de idéias...
>
> Douglas: Aqui vc respondeu a pergunta que ele fez. E demonstrou ser
contra a
> postura dele. (Até onde entendi). Não há identificação entre o
Logos e o
> Real. O Logos organiza a interpretação (e não a descobre) e a lança
sobre o
> Real.
Douglas!
Depois de longo e tenebroso inverno eis que me diriges a palavra!
Nem vou dormir... :)
Bem, o que eu disse é que a ciência acaba sempre sendo baseada na
forma como entendemos o que está acontecendo ao nosso redor. Assim,
as leis e teorias apenas vão ao encontro daquilo que interpretamos
como ocorrido ou que ocorre, ocorrência tal que pode ser verificável
por nossos sentidos. Assim, eu pergunto a você:
O que é Logos?
O que é Real?
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Que estudar primeiro?
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 03:44
> "...Estudar a física filosófica , que ,na minha opiniâo não é uma
física de botiquim mas apenas o entendimento daquilo que nos cerca ,
sem calculos , sem números , apenas a visoalização da beleza . ..."
Eu sempre achei que deveria ser isto que tinha que ser ensinado nas
escolas, e não aquelas contas newtonianas. Aquilo não é física, são
contas. Química então ainda é pior. A que se sai melhor é a biologia,
e olhe lá.
SUBJECT: Re: Antropologia biossocial
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 03:48
Olá.
> O assunto parece interessante, mas, como você pretende encaminha-
lo ?
> Sugiro a começar a discussão por aqui e, se vingar, criar uma lista
específica.
Uma boa proposta é tentar abordar os temas clássicos da filosofia sob
a ótica do novo paradigma evolutivo. É interessante também abordar a
psicanálise sob a nova ótica, assim como a antropologia. Isso é feito
pelos antropólogos Robin Fox e Lionel Tiger. Nunca encontrei, no
entanto, ninguém que os conheça para discutir suas idéias. Mesmo o
pessoal das ciências cogitavas e sociobiologia os despreza. Fox ainda
será mais reconhecido. Ele provavelmente é um dos melhores
antropólogos da atualidade. Cliford Gertz, um simples etnógrafo, é
mais respeitado como antropólogo que Fox.
Para alguém interessado no assunto, recomendo algum livro deles.
Estou lendo "The manufacture of evil: Ethics, evolution, and the
industrial system", de Lionel Tiger. Ele não é um erudito como Fox,
mas estou achando bom. Basicamente mostra como nós, que somos uma
criatura tribal nômade, construímos este vasto mundo ao nosso redor
produzindo como conseqüência uma grande alienação e falta de sentido
na vida.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 04:52
Em Sex 11 Out 2002 10:03, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Friday, October 11, 2002 8:12 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
>
> >Eu de minha parte envei o texto que originou a discussão e me afastei de
>
> computadores por um longo tempo, e infelizmente não pude participar da
> parte mais divertida da polêmica... :-(
>
> Salve, Aniello. Quando eu entrei na lista, a discussão já tava em
> andamento. Fiquei um tempo só na moita, acompanhando o tiroteio mas, sabe
> como é, tem gente que não consegue resistir a uma polêmica, e eu sou um.
> ;-)
>
> >Há alguns erros aí. Os mutantes não adaptados não são eliminados.
>
> A longo prazo, são, na medida em que têm menos chances de perpetuar seus
> genes do que os indivíduos melhor adaptados.
Não são necessariamente eliminados. Não é por que uma espécie evoluiu de um
ancestral que necessariamente este ancestral se extingua. Não é por que uma
mutação foi "negativa" que implica na extinção. Podemos ter uma diminuição da
população que possue tal alelo. Colocra tudo "preto no branco", "mutação
positiva vence e mata mutação negativa" é não entender o que é seleção
natural.
Através da seleção natural uma população que possue uma mutação mais adequada
ao ambiente vai gerar mais descendentes. Se a competição intraespecífica e
entre espécies vai determinar a extinção de um alelo menos adequado vai
depender de uma série de outros fatores. A variedade de genótipo não só é
possível como uma das bases da teoria da evolução.
> >Uma mutação ocorrida em apenas uma geração pode ser algo sutil,
>
> quase imperceptível. Aplicada estas pequenas mutações em uma grande
> população
> teremos um maior número de descendentes com mutações favoráveis que
> desfavoráveis.
>
> Estatisticamente, a maior parte das mutações são desfavoráveis e geram
> deformações morfológicas que mais dificultam do que ajudam na adaptação ao
> meio-ambiente. Não que mutações favoráveis não ocorram ou possam ocorrer.
> Mas apoiar a evolução das espécies unicamente sobre mutações favoráveis
> selecionadas aleatoriamente pelo meio-ambiente exigiria que elas fossem
> muito mais freqüentes e, pior, acontecessem desde o início do processo. E
> isso é uma improbabilidade estatística.
Não. As mutações em geral são negativas, isto é fato. Mas mutações negativas
não necessariamente implicam em deformações morfológicas. As mutações
favoráveis são raras se considerarmos indivíduos, mas quando falamos de
populações elas são relativamente comuns. O processo de seleção natural faz
com que as mutações extremamente negativas fracassem e eliminem o indivíduo,
e as positivas prosperem e influenciem populações,
Além de tudo, não é apenas por mutação que temos alterações no fenótipo de
uma população. Só para citar outro vetor, temos a reprodução sexuada.
>
> >Incorremos sempre neste ponto ao criticar a evolução.
>
> Opa, peralaí! ;-) Eu não tô criticando a evolução. Não sou criacionista,
> apesar de não ser ateu. Acredito piamente que os fatos a favor da evolução
> são incontestáveis. Mas saber que a evolução *ocorreu* não significa que
> saibamos completamente *como* ela ocorreu. Temos um modelo teórico, a
> seleção natural, que explica muito bem algumas coisas, explica outras não
> tão bem e deixa algumas por explicar.
Ok, por partes. Substitua criticar a evolução por criticar a teoria da
evolução neodarwinista. A seleção natural é um conceito básico para o
neodarwinismo, e negar ele implicaria em uma reestruturação completa da
teoria evolutiva vigente. Segundo, não há nenhum paralelo entre evolução e
ateísmo. A teoria neodarwinista fala sobre a origem das espécies, não sobre a
origem da vida, nem do universo. Terceiro, a seleção natural funciona muito
bem para explicar a evoluçào da variação fenotípica das populações nos
experiemntos feitos hoje em dia, com precisão matemática, como exatamente o
texto "Evolução ciência e sociedade" retrata. O aparecimento de novos
fenótipos ocorrem por mutação e por reprodução sexuada.
Não há nenhuma impossibilidade estatística nem na seleção natural nem nas
mutações.
> >Fósseis são raros, e são apenas um dos muitos indícios da evolução e da
>
> seleção natural. Lembre-se
> que a teoria da evolução surgiu de uma observação taxonômica de espécies
> existentes, em especial aves de Galápagos.
>
> É verdade que os fósseis são raros, e o próprio Darwin comentou que essa
> raridade poderia explicar as falhas nos registros fósseis. Mas, em 1980, um
> grupo de geólogos, paleontólogos, embriologistas, biólogos moleculares,
> geneticistas de populações e ecologistas reunidos para uma conferência no
> Museu Field de História Natural, em Chicago, concluíram que o buraco é mais
> embaixo, a raridade dos fósseis não é suficiente pra explicar as lacunas.
> As conclusões a que eles chegaram podem ser resumidas em uma frase de
> Stephen Jay Gould, que foi um dos participantes da conferência: "Com
> certeza o registro é pobre, mas a descontinuidade que se observa não é o
> resultado de falhas; ela é a conseqüência do modo descontínuo da mudança
> evolutiva." Foi pra dar conta dessa descontinuidade que o Gould propôs a
> polêmica teoria do equilíbrio pontuado. Mas, mesmo que não se aceite a
> proposta de Gould, a descontinuidade continua existindo, e apelar pra
> raridade dos fósseis é escamotear o problema. A descontinuidade está
> presente mesmo em períodos em que há abundância de registro fóssil, como no
> caso dos bivalves jurássicos que, como foi demonstrado por Anthony Hallam,
> da Universidade de Birmingham, mostram um longo período de estabilidade
> alternado com mudanças bruscas.
Esta análise sobre a significância das lacunas nos fósseis é, no mínimo,
controversa. E o que eu quis resaltar é que a teoria neodarwinista explica
fatos que vão além do estudo dos fóssies. É mais um dos pontos que o texto
que enviei a lista tenta realtar: a teoria neodarwinista é uma das bases para
praticamente todos os estudos de ecologia e genética atuais, e exatamente
devido a sua robustez teórica que muitos avanços são feitos hoje em dia
nestas áreas.
> Resumindo, a evolução é um fato incontestável. Mas a síntese moderna,
> embora funcione muito bem nos casos onde se aplica, provavelmente precisa
> ser complementada por um modelo que leve em conta a descontinuidade
> evolutiva e a improbabilidade estatística das mutações genéticas positivas,
> e que de preferência consiga explicar as particularidades da psicologia
> humana com as quais a seleção natural só consegue lidar de modo desajeitado
> e muitas vezes à beira do ridículo. Mas, que fique bem claro, isso não
> significa que a síntese moderna seja "fraca" ou "não-científica", e de modo
> algum deve ser interpretado como apoio ou simpatia às patéticas
> excentricidades dos criacionistas. Significa apenas que a pesquisa continua
> - e vai continuar por um bom tempo.
Os questionamentos feitos a síntese moderna pela comunidade acadêmica são
feitos pelo modo que a seleção natural opera e como as mutações influenciam
na variância de fenótipo a longo prazo. Não falam de necessidades de
mecanismos extras essencialmente diferentes de seleção natural e mutação.
As aplicações da eovlução das espécies na psicologia humana são uma tentativa
desajeitada (ainda?) de expandir o escopo da teoria da evolução.
Segue anexa a mensagem original, com o link do texto que originou tudo isto.
------------------------------------------------------------------------------
O "criacionismo científico" está ganhando adeptos pelo mundo afora. Nos
Estados Unidos, em alguns estados, a teoria da evolução foi retirada do
currículo de ensino básico. Isto é assustador.
Como resposta a comunidade científica americana (o artigo é endossado por
American Society of Naturalists, Animal Behavior Society, Ecological Society
of America, Genetics Society of America, Paleontological Society, Society for
Molecular Biology and Evolution, Society of Systematic Biologists, Society
for the Study of Evolution e American Institute of Biological Sciences)
redigiu o artigo "Evolução, ciência e sociedade." defendendo a importância do
estudo da evolução para a ciência atual. É um texto que merece ser divulgado.
O original em inglês está em http://www.amnat.org, e a tradução da Sociedade
Brasileira de Genética em http://www.sbg.org.br. Para as listas que aceitam
anexo, estou enviando a tradução em pdf.
Divulguem!
Aniello
SUBJECT: Inteligencia
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 04:58
Bons dias
O fluxo de mensagens, desde que estou nesta lista, bateu recorde neste final
de semana. Até ao meio dia da sexta-feira próxima passada havia copiado
cerca de cem msgs. Na segunda, eram quase duzentas em minha caixa de
entrada.
Li as menos extensas e dei pitacos naquelas que me interessavam.
Está 'rolando' uma 'conversa' sobre 'medida da mente': Quantidade e
qualidade... nem estou entendendo de forma satisfatória (Krech e
Crutchfield têm um capítulo, "Mensuração Psicológica", que seria bastante
esclarecedor).
De qualquer forma ocorreu-me provocar. Não invocando 'aptidões', propondo
algo mais simples: Inteligência.
Já disse alguém que a inteligência é como a eletricidade: Pode-se usar,
medir, acumular... mas jamais foi definida (Conceituada) de maneira
adequada.
Partindo de algo 'palpável', que são os testes de inteligência utilizados
para o cálculo do 'Quociente Intelectual' (QI).
O bom desempenho em testes de inteligência estão na dependência de dois
parâmetros: O raciocínio e a memória (Sem conceitos sofisticados, por
favor).
O raciocínio seria a faculdade de 'processar' dados. A memória, por sua vez,
seria a capacidade de adquirir, acumular e evocar dados.
O teste mais corriqueiro é a Escala Wechsler.
Encurtando a estória, com apenas um dos dois 'parâmetros' poderemos
apresentar um bom 'performance' nas testagens:
A-Raciocínio: Processando os dados propostos no teste alcançando as
respostas;
B-Memória: 'Decorando' (Memorizando) todos os testes de inteligência
disponíveis.
É isso. Agradeço comentários.
Atenciosamente,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Vladimir
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 05:17
Ligia Gallo wrote:
> Em tempo: paranóia é uma consequência de certas disfunções do
> funcionamento cerebral...
consulte seu medico.
> Olá Vladimir!!
olá
> --- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> > Ligia Gallo wrote:
>
> L: Pura e simples expeculação! E você chegou a esta brilhante
> conclusão sozinho?
Talvez pra vc nao fosse. Melhor assim. Tb posso especular...
Podem existir outros universos alem deste, talvez em expansao como este...
e todos eles, inclusive este, poderiam sumir e reaparecer sem que percebessemos...
Maravilha. E dai?
Nao vejo motivos pra relacionar isso com a realidade tangivel, nem pq pensar que
seria necessario um deus.
> L: Se houver algum... sim. Em tese não adianta insistir em
> procurar pelo "intangível" em questão caso não haja algum cérebro
> disponível... :)
certamente..
> > De que forma???
>
> L: Buscando oras! Sabendo o caminho a ser seguido para que tais
> informações sejam acessíveis ao invés de "intangíveis"... e
> consequentemente "ignoráveis"... lógico, do ponto de vista cético.
E o caminho a ser seguido é unir a fisica quantica a astrologia?
> L: Não tenho vocação ao uso de drogas: sou obsessivo-compulsiva e
> posso tornar-me uma dependente química. Assim, partindo deste
> princípio, acabo apenas acatando as idéias que outros reportem quanto
> aos efeitos de drogas em geral. E aí, cumé quié?
Tudo depende do ponto de vista.
A quantidade de vultos é grande... e se parecem muito com outros vistos quando sobrio.
Da pra ter a sensacao da mente sair do corpo, projetar-se pouco a frente...
Os efeitos poderiam incomodar se eu nao soubesse que sao falsos.
Para muita gente incomoda, causa ate panico.
Posso dizer que junto com a musica, ajuda na auto hipnose,
eu consigo sem nunca ter aprendido qualquer tecnica.
O problema é acreditar que os efeitos sao reais. Muitos acreditam "transcender"...
Um amigo tomou um doce, viu Satanás e correu pra igreja (é serio!).
> > E em caso de duvida, vale a afirmativa?
>
> L: Vale a negativa?
vale, até que se tenha UMA evidencia.
caso contrario é possivel especular a respeito de qualquer coisa.
> L: E você nega só porque ninguém afirma???
nao, por falta de UMA evidencia.
> L: Vai do gosto do freguês. Particularmente acho a alusão a
> unicórnios e duendes algo... como direi... infantil e sem bases,
> uma "merreca" de indicador de falta de raciocínio e criatividade na
> elaboração de contra-argumentos sólidos e consistentes. Indicativo
> de um pensador "marreta"... com todo respeito, não esperava "isso"
> de você...
como eu disse, sem evidencia é possivel especular a respeito de qualquer coisa.
talvez o alem seja repleto de unicornios.
> > A que fenomeno vc se refere? vc levita? prediz o futuro?
> > por favor, esclareca.
>
> L: Hum... fenômenos tidos por "paranormais". Abra o mundo
> maravilhoso do Google e... explore... então sinta a fluência dos
> que popularmente são conhecidos por místicos e exalte-se! A vida não
> é só feita de negação.
Os "fenomenos inexplicaveis" geralmente tem uma explicacao coerente, sem a necesidade
de recorrer à fisica quantica. Às vezes, nao é preciso recorrer nem à ciencia, nao passam
de boatos ou de charlatanismo grosseiro.
O problema é quando a explicação, apesar de satifatoriamente coerente, não é aceita
de forma alguma. Então não há o que se fazer.
Existem bilhoes de cerebros no mundo todo em atividade constante.
O número de pensamentos possíveis são suficientes para que
muitas coincidencias acontecam todos os dias, com qualquer pessoa.
mais detalhes:
http://www.cetico.hpg.ig.com.br/estoculto.html
> L: Sem gumex? Ah... agora é gel para cabelos!
nao uso gel, nao preciso.
> E os piercings?
> Desculpe pelo esquecimento...
quer uma foto?
> L: Dã... bem, eu não opto pela crença mas pela vontade de buscar
> respostas. Pela negação à busca eu apenas dou a entender que sou uma
> merreca cética, da mesma forma que daria a entender que sou uma
> mística marreta pelo simples desejo de CRÊR... como não me enquadro
> em nenhuma das "opções" acredito que você não está se esforçando o
> suficiente para absorver o que eu venho dizendo... Fica frio: eu
> espero sua "absorção".
Absorvi:
fé.
> L: Até quando alguém da área científica deseje fazer alguma pesquisa
> séria e encontrar respostas. Aliás já existem alguns institutos que
> buscam alguma coisa:
>
> http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/
>
> Pena que está tudo em ingreis... mas tem pesquisas ótimas por lá. É
> só conferir e abrir os arquivos dentro de arquivos. Espero que sua
> conexão seja rápida...
vou dar uma olhada..
> L: A parapsicologia baseia-se em métodos que são ineficazes para
> tais pesquisas...
e o que precisa mudar?
> > E por que afirmar com tanta certeza?
>
> L: Simples: porque eu não posso negar simplesmente, sem base
> alguma... e você nega só porque é conveniente negar?
na duvida, prefiro negar.
por total falta de evidencias.
> L: Você nem está se apercebendo do que eu estou fazendo agora "além"
> de digitar... mas que eu estou fazendo algo "além" do que você pode
> ler agora, isso eu estou mesmo... tá curioso?
estou certo que nao é nada fantástico...
> L: Maravilha! Nem eu pretendo dar-lhe a chance de ser mago. Aliás,
> o mestre só aparece quando o discípulo está pronto... se ainda não
> apareceu é porque você não está.
haha
um discipulo eu ja tenho, o Dr. PSI!
> L: Nunca! Estou sempre aberta a argumentos que tenham bases "além"
> do puro deboche e ironia.
agora sim.
> L: E há os que não sejam assim... preconceituosos?
Sim...
Mas os mais preconceituosos vc pode encontrar nas outras
listas que assina.
> L: Pois é... para você ver a que venho sendo submetida. Maus
> tratos inenarráveis e inomináveis.
tadinha!
> L: Porrada de amor não dói!
ao menos reconhece as porradas...
> L: Eu aguardo por respostas. Não me privo da idéia de
> poder "saboreá-las" em tempo. Veja o que eu perderia caso apenas
> concedesse a mim mesma o desfrute do que posso desfrutar com a
> negação pura e simples que é quase nada quando a ciência pode me
> oferecer respostas a TUDO o que eu quiser entender.
Pois tenha FÉ!!!
eu espero sentado.
> Tá bom, você merece beijos... depois não me venha com a alegação de
> que proferi "ad hominens"! Eu nem cheguei lá... :)
>
> Lígia
e encerro com uma historinha:
Desde crianca sempre fui muito critico, duvidava da Biblia, mas acreditava em deus, no
alem, ate em fantasmas.
E tambem sempre fui muito curioso. Toda vez que via ou ouvia qualquer coisa estranha,
apesar do medo, procurava ter certeza do que era. Se eu visse uma sombra no escuro,
ia em direcao a ela. Até que me cansei de verficar que as "coisas estranhas" não passavam
de reflexos de luz, som alto na casa do vizinho, algum objeto dificil de ser identificado
no escuro. Nunca fiquei sem explicação. Por volta dos 16 anos conheci a filosofia e
deixei de lado esse triste passado.
Conclusão: Existem pessoas que tem muito medo do nada. Outras nao.
PLUR
Vladimir
SUBJECT: Of-topic 2
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 05:30
Teste de re-envio através de: < leobarretos@uol.com.br >.
Speedy dobrando todas as mensagens.
[]'
Léo
================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 07:05
Em Sex 11 Out 2002 17:48, you wrote:
> > > O facto de eles serem ou não considerados é irrelevante.
> > > Eu já tentei explicar pq. De novo :
> > > Primeiro pq devido ao facto desses planetas longinquos se moverem
> > > muito pouco no zoodiaco (e quanto mais distantes ,menos se movem)
> > > implica que eles demoram muito tempo a passar de um signo para ou
> > > outro ( ou seja a se moverem 30º no ceu). Portanto podemos considerar
> > > em aproximação que eles não são relevantes. (aliás para astrologia
> > > natal urano, neptuno e plutão não são relevantes: são até chamados de
> > > planetas geracionais, que caracterizam a geração)
> >
> > Urano:
> > Revolução: 84,01 anos
> > Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 7 anos
> >
> > Netuno:
> > Revolução: 164,08
> > Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 13,67 anos
> >
> > Plutão:
> > Revolução: 247,7 anos
> > Tempo médio de trânsito por constelação zodiacal: 20,64
>
> Onde vc levantou esses dados ? Ando à anos atrás desses numeros...
O período de revolução de um planeta ao redor do sol é fácil de se obter.
Minha fonte foi o "Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica"
(Editora Nova fronteira, Autor Ronaldo Rogério de Freitas Mourão). Foi de lá
que tirei também as informações acerca do batismo dos planetas.
Quanto ao tempo médio de trânsito por uma constelação zodiacal fiz um
raciocínio simples. Se ignorarmos os efeitos de paralaxe devido a revolução
da terra ao redor do Sol, e se considerarmos o zodíaco sendo dividido
igualmente entre as 12 constelações, basta dividir por 12 a revolução para
termos o tempo médio de trânsito.
>
> > Ou seja, entre o meu nascimento e o de meu sobrinho mais novo (28 anos de
> > diferença), Urano transitou por quatro constelações, Netuno por duas e
> > Plutão por uma.
>
> Não diga constelações, diga signos.
Até onde eu saiba, signo se refere a característica pessoal de alguém nascido
em certa data. Quando afirmei que Urano transitou por quatro constelações,
quiz dizer que percorreu um pouco mais de 120 graus no globo celeste, contra
o fundo de estrelas fixas, o que corresponde a provavelmente 4 constelações
do zodíaco.
> Vc está usando o termo "influencia" como "campo que emana de"
> Nese sentido o campo que emana de Quaoar já está fazendo-se sentir antes da
> sua descoberta.
> A questão é que a caracterização astrologica de Quaoar não existe ainda,
> mesmo hoje, depois dele ter sido descoberto.
> Quando, em astrologia, se diz que um planeta influencia algo, quer-se
> significar que ele caracteriza algo.
> Ora, para caracterizar algo, é necessário que ele seja caracterizando
> antes. E dentro desta logica não cabe dizer que a influencia
> (caracteristicas) já se estão fazendo sentir.
Não. Não fiz nenhuma análise de qual é o mecanismo de influência, apenas
parti do pressuposto que é a existência do planeta que é a causa desta
influência.
Pelo que eu entendi, sua defesa então é que a causa da influência astrológica
de um planeta é a carcterização que a comunidade astrológica faz dele. Esta é
a única forma de aceitar que um planeta não pode influenciar algo antes de
sua descoberta. Se for esta defesa, então a influência de um planeta é por
essência ad hoc.
A analogia com o neutrino ainda é válida: se é pelo fato do neutrino estar
presente em uma reação que ele passa a influenciar nesta reação, e se minha
teoria afirma que houve neutrinos em determinada reação, então sua influência
foi sentida. Se a influência de um planeta se faz por ele estar em
determinada região do globo celeste, e ele esteve lá, sua influência foi
sentida. Não importa se esta influ6encia já tenha sido caracterizada ou não.
Para que um planeta não influêncie algo apenas por que não o conhecemos nem o
caracterizamos sua influência deve ser gerada não pelo planeta em si, e sim
pela nossa consciência e caracterização do mesmo. É isto que estou afirmando.
> Agora, vc pergunta: mas não posso por Urano num mapa do sec X ?
> Claro que pode. Mas pode, pq hoje, vc sabe que o que ele caracteriza, sua
> utilidade e por isso vc o poe lá. Antes disso é inutil.
Obviamente um astrólogo do século X não pode por Urano em nada. E se ele não
o fez, não considerou as influências de Urano em seus mapas. Se hoje posso
fazer um mapa do século X considerando Urano, isto significa admitir que
Urano teve influências no século X.
Ou seja, para fazer mapeamento astrológico do passado de maneira precisa e
moderna, devo utilizar os conhecimentos atuais.
O que signifca que as previsões astrológicas antigas necessariamente eram
imprecisas por não considerar Urano, e portanto devem ser revistas.
Ou isto ou eu não posso fazer mapas do século X com Urano.
>
> > > Segundo pq os 7 planetas principais (até saturno) não suficientes
> > > para todas as intrepretações.
> > > Não é vital que os novos planetas sejam incluidos na hirarquia. Isso
> > > é uma tentativa da astrologia ocidental moderna que é descutivel, e
> > > discutida nos circulos astrologicos. Basta dizer que nem toda a gente
> > > usa esses planetas.
> >
> > Ou seja, minha segunda hipótese. Estes planetas novos são desprezíveis
>
> para
>
> > uma previsão astrológica acurada.
>
> Ao contrário. Eles são fundamentais para uma astrologia (retire 'previsão'
> da frase) acurada.
> Eles não são necessários para uma intrepretação comum, normal, sem grande
> necessidade de promenor.
Ok, como conciliar estes dois mundos:
"Não é vital que os novos planetas sejam incluídos na hierarquia. Isto é uma
tentativa da astrologia ocidental moderna que é discutível, e discutida nos
círculos astrológicos."
"Ao contrário. Eles são fundamentais para uma astrologia acurada."
Como a inclusão dos novos planetas podem ser algo de valor discutível mas
vital para uma astrologia acurada? Isto não faz sentido.
> Substitua "constelação" por "signo" ou o seu texto não fará sentido.
> (as constelações tb 'esticam e encolhem', os signos não)
Me desculpe, mas as constelações não esticam e encolhem, pelo menos não na
astronomia. As constelações atuais são regiões do globo celeste bem defindas,
com limites exatos e constantes.
Signo é um termo sem sentido astronômico, e como estou falando de trânsito de
planetas por constelações, estou falando de fenônemos astrônomicos.
Se o significado de "Marte está em Cancêr" na astrologia não significa que
Marte está visível na região do céu a qual denominamos constelação de Cancêr,
por favor me esclareça o significado.
> > A questão é: existe uma lei que obrigue planetas a serem pontos
>
> astrológicos?
>
> Não.
>
> > Se existe, a cada nova descoberta de um planeta a astrologia deve ser
>
> revista.
>
> Isso é um mito criado por quem não entende astrologia.
> O ponto da questão não é atribuir caracteristicas as planetas, mas sim a
> periodos de tempo.
> A associação entre uns e outros é feita pq os planetas se apresentam com
> periodos caracteristicos.
> Como eu já disse, existe astrologia feita sem planetas, e na astrologia
> normal, existem pontos que não são planetas.
Bom, dois pontos aí. Concordo que se um planeta não é necessariamente um
ponto astrológico a descoberta de um planeta não implica algo de importância
astrológica. Incluso foi exatamente isto que eu escrevi.
Mas afirmar que a astrologia não atribui características aos planetas vai
contra o que você disse mais acima, no debate sobre as influências. Se é
depois dos astrólogos definirem as características de um planeta que se passa
a sentir sua influência, então a astrologia atribui características aos
planetas.
> > Bom, até onde eu saiba, os cometas eram vistos como corpos de grande
> > import6ancia astrógica quando eram avistados
>
> Exacto, quando eram avistado. O que só acontecia em determinado periodo.
>
> , significando vitória ou derrota
>
> > em batalhas, vinda de secas, fim de epidemias ou outras implicações de
>
> grande
>
> > porte. Hoje, que sabemos que eles sempre estão por aí, mas raramente
> > visiveis, eles tiveram sua import6ancia astrológica minimizadas.
>
> Não em astrologia mundial, que é a astrologia em questão se vc se poe a
> falar de secas, batalhas, epidemias, etc.
>
> > E isto não se deveu a uma nova compreensão do mecanismo de influências
> > astrológicas em relação aos cometas, foi uma redução ad hoc para "salvar
>
> os
>
> > dados experimentais".
>
> Não me parece que vc tenha razão.
Bom, que eu saiba em 1986 (ano da última aparição do Halley) não houve
ninguém que associasse catástrofes a ele.
Os astrólogos atuais, pelo que eu vejo nos meios de comunicação, não saem
apregoando grandes pragas e enchentes, mortes de líderes ou coisas
semelhantes por que um novo cometa foi avistado. Isto era comum na
antiguidade.
> > Se todo corpo celeste dentro das fronteiras do sistema solar é
> > considerado astrologicamente um planeta posso falar da influência
> > irrisória de
>
> meteoros?
>
> Não. Os meteoros não tem movimento ciclico.
Certo, então todo corpo celeste com movimento cíclico no Sistema Solar pode
ser considerado astrologicamente um planeta?
Talvez tenha avido uma confusão aqui por eu ter errado o termo técnico.
Meteoro é um fenômeno atmosférico. Minha pergunta é se um asteróide que se
choque com a Terra pode ser considerado um planeta antes que a colisão se
realize. E asteróides podem ter períodos orbitais calculados.
> > E o que acontece quando um meteoro (que é um planeta para a astrologia)
> > ou
>
> um
>
> > cometa se choca com a Terra. Deixa de ser planeta apenas por ter
> > penetrado
>
> na
>
> > atmosfera?
>
> O ponto fundamental é poder atribuir um Periodo de Revolução.
> Isso nao pode ser atribuido a um meteoro.
Ao asteróide que originou o meteoro sim.
> > > Não é claro para mim , até hoje, como os 3 planetas mais recentes
> > > obtiveram seus nomes ,mas eles fazem todo o sentido enquadados no
> > > sistema de regencias. Custa-me aceitar que tenha sido mera
> > > coincidencia.
> >
> > Os nomes foram escolhidos na mitologia grega para manter uam lógica
>
> interna
>
> > com o padrão dos nomes adotados anteriormente pela comunidade astronômica
> > européia.
>
> Eu referia-me a , por exemplo, ao par Marte- Plutão.
> O sistema de regencias coloca estes dois juntos sendo Plutão 'um nivel
> superior' de Marte
> Isto, tomando em cosndieração os respectivos arquetipos.
> A coinciencia é os mitos Marte-Plutão, tb serem tb, igualmente
> relacionados.
Sim, mas como o processo de batismo foi de certa forma aleatório, seguindo o
padrão de apenas usar a mitologia greco-romana, esta coincidência pouco diz
sobre a naturez dos planetas e muito sobre como o sistema de reg6encia foi
adaptado para a existência de Plutão.
> > Os nomes foram escolhidos por analogias mitológicas greco-romanas. Se a
> > comunidade dominante de astronomia fosse não européia, outros nomes
> > seriam adotados, de outras mitologias.
>
> Não me referia aos nomes, mas ao simbolismo dos mesmos. Por um lado
> osimbolismo astrologico e por outro o simbolismo mitologico.
Sim! E você concorda que se outros nomes fossem usados, sua simbologia
mitológica seria diversa, não? E como a questào de escolher nomes romanos foi
uma questão cultural, este paralelo entre mitologia e astrologia teve origem
cultural também.
> > A adequaçào dos nomes a influência dos planetas se deve simplesmente que
> > a determinação desta influência foi debatida depois dos planetas serem
> > batizadas. Pura indução psicológica. Se os astrólogos tentassem verificar
> > estas influências antes da descoberta dos planetas, seria um sinal
> > significativo do oposto.
>
> Segundo o sistema de regencias não seria necessário sequer ter um nome para
> se poder atribuir um significado. É isso que me faz confusão.
Mas para se fazer um paralelo entre o significado mitológico e o astrológico
é necessário se ter o nome mitológico.
> > As quatro vezes que tive o prazer de pedir um mapa astral meu eles
> > levaram
>
> em
>
> > consideração Plutão.
>
> O que vc quer exactamente dizer com isso ?
> Que colocaram ele no mapa ? Bom, podemos colocar lá muitas coisas.
> Para que Plutão tenah relevancia, é porque muitas conclusões foram baseadas
> nele.
> Quais foram as conclusões baseadas nele ?
Ato falho... Discutir experiências pessoais em condições determinadas não é a
forma adequada para se questionar um sistema de pensamento a menos que esta
experiência pessoal tenha sido realizada com rigor científico, o que não se
verifica.
Esqueçamos esta parte então.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Fome de Gandhi
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 07:53
> Entendi as "loucuras premiadas". Não entendi sua pretensão.-=
*###>Ser
> premiado!<###*=-
Então boa sorte! Mas ser premiado em função de que?
-=*####>Da loucura<####*=-
DFG
SUBJECT: Conversa de botequim
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 07:54
> > mas isso não
> > inviabiliza a priori qualquer pesquisa séria na tentativa de
> > comprovar que há alguma coisa "além".
>
> É verdade.
> E que pesquisa séria apresenta ao menos UMA evidencia do "alem"?
L: Nenhuma por enquanto, apenas porque não foram feitas pesquisas
diretamente voltadas aos fenômenos que sugerem a existência de
tal "além"... mas que ele existe, existe. E digo isso baseando-me
apenas no fato de sempre haver algo que passa despecebido de nós pelo
simples fato de nos atermos apenas àquilo que nos interessa, em
detrimento muitas vezes do que está "além" dos nossos sentidos
básicos.
-=*##>Será que o além estaria 'dentro' do próprio indivíduo? Neste momento
estou sentado em meu quarto. Na área cerebral (lobo occipital) que recebe
impulsos visuais coube o 'espaço' do meu quarto. Nesta mesma área, quando
estou sentado em um banco na Av. Atlântica, 'cabe' espaço muito maior: Cabe
até ao horizonte! E não vai além porque 'meus olhos' não alcançam. Se
aumentar a capacidade dos olhos usando um telescópio... O infinito cabe
'dentro do cérebro'?<##*=-
L: Fico me perguntando qual o paralelo que certos céticos enxergam
entre o racionalismo e a "bestialidade" com que teimam em tratar seus
oponentes em termos de idéias... Se faltam argumentos à altura para
retrucar, não deveria faltar educação. Seres humanos merecem o
mínimo de respeito ou o que se está oferecendo ao oponente é um
tratamento inferior ao que às vezes é dispensado a um animal de
estimação... e isso é inadmissível. Bem, a não ser que "objetivo"
signifique ser estúpido e sem educação... o que implicaria na
necessidade de redefinir tal termo, já que ser "objetivo" é ir
diretamente ao cerne das questões, apenas eliminando as "rendinhas e
as florzinhas" ou as "porradas"... e nesse sentido eu sei que sou
bem objetiva e aceito muito bem objetividade.
-=*##>Pitaco: Bestialidade é a perversão onde um humano se satisfaz
sexualmente com animais<##*=-
>
> > L: Sabe, às vezes eu até me pergunto por que eu venho perdendo
tanto
> > tempo escrevendo em listas para ter que ler que sou
esquizofrênica,
> > megalomaníaca, louca, complacente, excessivamente tolerante,
cética,
> > empedernida...
>
> Provavelmente existem listas misticas. Essa aqui se
chama "ciencialist".
L: Nossa! Se você não me tivesse dito isso... ! Faço parte de
listas místicas sim e por lá as pessoas têm outros nomes para gente
como eu: CÉTICA, por exemplo.
-=*##>Bom exemplo de referencial<##*=-
> > Se cuida e tente sorrir mais. Para tudo dá-se um jeito. Se não
se é
> > bonito, pode-se ao menos ser simpático.
>
> O que é "bonito"?
L: Bonito acaba sendo algo agradável aos sentidos. E beleza física
depende de uma opinião pessoal, principalmente da própria pessoa que
se ache feia ou bonita fisicamente ao basear-se nos estereótipos de
beleza, ou o que é culturalmente aceito como "bonito/feio". Partindo
dessa opinião pessoal, de um modo geral quem não está bem consigo
mesmo, quem se detesta por se achar horrível, acaba desenvolvendo um
modo agressivo/estúpido de lidar com os outros, simplesmente porque
nào é capaz de se sentir querido e atraente e, por medo de ser
rejeitado, rejeita antes. Portanto, se não se é bonito, pode-se ao
menos ser simpático, o que acaba desviando a possível atenção dos
outros a um lado positivo ao invés das espinhas, da barriga, da falta
de cabelos ou o que quer que seja que se odeie em si mesmo...
-=*##>Lígia gosta de Eintein<##*=-
> -=*#>De que se ocupa o cientista? Será que do júbilo da descoberta não
> advém o pranto?
vejo que fez a licao de casa, gafanhoto.
-=*##>O Dr. PSI foi rebaixado... snif<##*=-
> L: Buscar compreender a mente e suas implicações a nível
> de "geração" da realidade.
De que forma???
Tenho uma sugestao.
Use drogas. Teste a confiabilidade da sua percepcao.
(como vc disse em ourtra mensagem, nao é o corpo o "laboratorio"?)
A que fenomeno vc se refere? vc levita? prediz o futuro?
por favor, esclareca.
-=*##>O texto que se segue foi copiado de meu próprio diário. Talvez seja
pertinente.
"" Dentre as minhas primeiras experiências usando o LSD, foi de especial
significado a vez onde ingeri o referido alucinógeno na companhia do Barcelo
e do Barney, na casa deste úlimo. Foi nesta oportunidade que vislumbrei a
pssibilidade de comunicação telepática de uma maneira concreta. (Analise o
texto a seguir tendo em mente a possibidade de delírio de influência.)
É necessário apartear que naquele tempo a droga produzia realmente efeitos
surpreendentes . Era veiculada através de pequenas pílulas com nomes
sugestivos: Gold Sun Shine, Orange Sun Shine, Purple Rain, Vulcão Verde,
etc.
[Nota: Passado algum tempo após o surgimento do LSD aqui no Rio, iniciaram
a surgir drogas oferecidas como LSD. Embora alucinógenas, não produziam o
mesmo efeito. Depois vim a tomar connecimento de não se tratar de
dietilamida do ácido lisérgico e sim uma composição química alucinógena que
continha basicamente estricnina e metanfetamina.]
Foram três os momentos reveladores.
Num primeiro eu fitava ao Barney. Seu rosto inicia a tomar a cor verde
metálica. No topo de seu crânio vai tomando forma algum tipo de crista, como
aquelas que se vêem nos filmes, nos capacetes dos soldados romanos. É uma
imagem em transformação e agora, aquela crista inicial se desenvelve pelas
laterais de sua cabeça tomando a forma do dito capacete na cor verde, com
seu penacho vermelho. Neste momento ele me olha de frente, se agita e me
solicita: -"Para com isso!"
Ora, eu apenas o olhava. Qual incômodo será que ele atribuiu estar-lhe
causando?
Em outro momento, estávamos sentados em volta de uma mesa. Eu estava
posicionado em frente ao Barcelo. O Barney ocupava a cabeceira. Não recordo
sobre o quê, mas conversávamos. Fitando o Barcelo iniciei a alucinar: Uma
imagem como que um fantasma, semelhante ao que se pode observar na TV com
problemas de antena. No contorno da parte que eu podia ver de seu corpo,
aquele feantasma se deslocava em movimento estroboscópico centrífugo. Também
ele me solicita: -"Para com isso!" Desta vez eu pergunto: -"Para com isso o
quê?"
-"Com esse negócio de esoterismo", me responde externando ansiedade.
O terceiro momento já nos despedíamos.
Estávamos de pé e cumprimentava o Barcelo com um aperto de mão quando seu
rosto iniciou a envelhecer (Também as cores encontravam-se 'alteradas': Em
uma pele esverdeada, mucosas, dos lábios e ao derredor dos olhos,
sobremaneira vermelhos. Também os dentes apareciam aumentados em volume).
Novamente ele entra em ansiedade. Pede-me que pare. Parece que, desta vez,
ele também participa da alucinação (Nota: Dos três envolvidos, somente eu
havia feito uso da droga). De forma insistente, sem soltar sua mão,
pergunto-lhe o que está acontecendo e parar com o quê? Ainda insinuo que
aquilo que está acontecendo é uma experiência inusitada, que deveríamos nos
envolver nela. -"Está bem", diz ele, "mas vai devagar, está muito rápido!"
Ainda com as mãos unidas como que em um cumprimento, nos olhando face a
face, repetimos a experimentação. Desta vez a progressão foi mais lenta, ou
seja, o envelhecimento se fazia em menor velocidade. Mesmo assim foi-se
instalando uma sensação ansiosa. Veio a risada e a alucinação se desfez.
Por muitas vezes refleti sobre estes acontecimentos. Em outra ocasião
tentarei especular sobre os diversos significados das alucinações (Como nos
sonhos, as alucinações não estão destituídas de significado).
Os três exemplos têm um aspecto comum: Aquilo que eu concebia como
alucinação visual tanscendia os limites da minha individualidade, seria de
alguma forma percebido pelo meu interlocutor. Houve irrefutavelamente uma
comunicação. No entanto, nesta comuicação não foram articuladas palavras.
Ela não se pocessou de uma maneira convencional.
Na segunda experiência, um aspecto peculiar: A coincidência da alucinação
manifesta (Visualização de 'fantasma') e a resposta do amigo que ventilou a
possibilidade de 'esoterismo'.
Na terceira, a evidência de que haveria participação dos dois indivíduuos
no incremento do fenômeno alucinatório.
[Nota: Não se tratava de "buffet" delirante ou "folie a deux". Ou será que
se tratava?!] ""<##*=-
L: A parapsicologia baseia-se em métodos que são ineficazes para
tais pesquisas...
-=*##>O maior entrave é o grande número de charlatões imiscuidos no
meio<##*=-
quer uma foto?
-=*##>Como se faz para enviar uma foto?<##*=-
haha
um discipulo eu ja tenho, o Dr. PSI!
-=*##>Não entendi... snif<##*=-
-=*##>Beijos e PLUR.
Antonio Renato.<##*=-
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 08:48
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Douglas: Vc quer dizer explicações + ou - do tipo: "O homem tem
> medo de insetos porque seus ancestrais tinham que disputar o fundo
> das cavernas com esses animais desagradáveis e o medo foi adquirido
> e herdado". Creio q é isso q vc está dizendo, n é? É o mesmo
> problema da psicanálise.
E', creio q. esse exemplo sirva.
Existe, sim, muita especulacao dentro do campo da psicologia
evolutiva. Tem muito lixo. Muitas ideias sem um embasamento
fatual, basicamente elocubracoes mentais irrefreadas. Mas tem
algumas ideias interessantes, por vezes.
Ha' uma potencialidade na psicologia evolutiva na explicacao de
pelo menos algumas caracteristicas humanas: por exemplo, algumas
estruturas sociais, o fato de vivermos em grupos, algumas
diferencas de comportamento masculino em relacao ao feminino e
algumas mais. Porem e' preciso estar atento a esses problemas de
falta de embasamento, 'as suposicoes sem base sacadas da manga.
E outro problema importante q. sempre surge qdo tratamos de
comportamento humano e' o preconceito.
Se e' o mesmo problema da psicanalise? Nao sei dizer ao certo. Eu,
particularmente, nutro um certo estranhamento com a psicanalise. E
tenho algumas dificuldades em tentar entende-la -- em parte, porq.
cada um diz uma coisa a respeito do q. ela e' ou deixa de ser: ha' os
psicanalistas q. minimizam a fator sexual e dizem q. a psicanalise e'
basicamente uma analise do discurso (ou pelo menos foi o q. entendi),
outros, nao, mantem q. o sexo e' um elemento fundamental na teoria
psicanalitica. Verdade q. e' possivel q. problema semelhante ocorra
na Psicologia Evolutiva -- uma variacao na conceituacao mesmo entre
seus defensores. Mas pelo menos algumas hipoteses dentro do contexto
psicoevolutivo sao testaveis (nao apenas em tese, como de fato -- o
q. nao quer dizer q. todas as especulacoes nessa area sejam tbm
testaveis). Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
psicanaliticas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 08:51
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> O aparecimento de novos fenótipos ocorrem por mutação e por
> reprodução sexuada.
Acho q. seria mais sexo (troca genica) do q. propriamente
reproducao sexuada. Ha' organismos q. fazem sexo (geneticamente
falando) sem uma conexao direta com o processo reprodutivo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Vladimir
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 10:08
On Tue, 15 Oct 2002, Ligia Gallo wrote:
> > É verdade.
> > E que pesquisa séria apresenta ao menos UMA evidencia do "alem"?
>
> L: Nenhuma por enquanto, apenas porque não foram feitas pesquisas
> diretamente voltadas aos fenômenos que sugerem a existência de tal
> "além"... mas que ele existe, existe. E digo isso baseando-me apenas
> no fato de sempre haver algo que passa despecebido de nós pelo simples
> fato de nos atermos apenas àquilo que nos interessa, em detrimento
> muitas vezes do que está "além" dos nossos sentidos básicos.
Aããnnn?????
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Perguntas sobre Coca-cola
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 10:13
Beleza, pessoal, obrigado pelas informações!
Belisário
At 18:06 14/10/02 -0300, you wrote:
>Olá Roberto Belisário
>
>O Sandro mandou esses links na lista da SBCR:
>http://www.snopes.com/cokelore/acid.asp
>http://www.snopes.com/cokelore/cokelore.asp
>(...)
SUBJECT: RES: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 10:15
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
> > Douglas: Verdade inventada (cultural-linguistica) ou
> verdade ontológica?
>
> Não sou filósofo, portanto meu uso de termos técnicos se
> resume ao usual cotidiano.
>
> Douglas: É Verdade MESMO ou invensão humana (cultural).
Aha! Te peguei! A alguns email atrás tu me questionaste,
grosso modo, sobre a verdade da existência da mente, uma
vez que ela não é mensurável. Agora tu vens com essa de
verdade MESMO (ontológica). Tsc! Tsc! Tsc! Essas coisa
não existem! Por outro lado, assumir que todas as verdades
são invenções humanas também é falta de zelo. Vamos concordar
com uma coisa? As verdades são antrópicas. Ok? :-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Perguntas sobre Coca-cola
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 10:18
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
>
> Douglas: Por fim, coca cola cura minha diarréia acompanhada de cólica
> intestinal (foi o primeiro rémedio q curou minha diarréia,
> depois de anos de
> investigação médica. O Segundo foi o Cloridrato de
> Sertralina, que pelo
> esperado efeito colateral era para aumentar a dor de barriga, o q não
> ocorreu. Ocorreu foi o contrário). Frase muito mal construída, mas vou
> deixar assim mesmo.
Coca-cola também é boa para aliviar a ressaca. Tem água, açucar e diminui
a caganeira.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Física filosófica (era: Que estudar primeiro?)
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 10:51
O que é "física filosófica"?
Belisário
At 06:44 15/10/02 +0000, you wrote:
> > "...Estudar a física filosófica , que ,na minha opiniâo não é uma
>física de botiquim mas apenas o entendimento daquilo que nos cerca ,
>sem calculos , sem números , apenas a visoalização da beleza . ..."
>
>Eu sempre achei que deveria ser isto que tinha que ser ensinado nas
>escolas, e não aquelas contas newtonianas. Aquilo não é física, são
>contas. Química então ainda é pior. A que se sai melhor é a biologia,
>e olhe lá.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 10:57
On Thu, 15 Aug 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> On Sat, 12 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> > 2-Se eu sinto, pode ser verdade
> > Douglas: Verdade inventada (cultural-linguistica) ou verdade ontológica?
>
> Não sou filósofo, portanto meu uso de termos técnicos se resume ao usual
> cotidiano.
>
> Douglas: É Verdade MESMO ou invensão humana (cultural).
Neste caso seria verdade ontológica.
> Douglas: Mas eu não vejo simplismente. Eu sei que vejo. Eu escrevo que vejo.
Elimine o raciocínio e vc simplesmente vê. Vc pode usar meditação, drogas
ou o que for de seu interesse.
> E onde um radiologista vê um cancer (numa radiografia) eu não vejo nada, só
> manchas brancas e pretas. Nós, humanos, aprendemos a ver.
Aprendemos a interpretar o que vemos.
> Já jogou videgoame? No começo não dá para entender o que se passa na
> tela, depois se acustuma e manobras que pareciam impossíveis ficam
> fáceis. Aprendemos a perceber, e não simplesmente percebemos.
Até um passarinho pode aprender que se ele bicar um botão vermelho sairá
comida. Ele está interpretando o que vê.
> Douglas: E como medir a "observação" do objeto q vi mexer?
Creio que vc está tratando de um assunto filosófico. Voltando para a
física a relatividade trata de observação, simultaneidade e sistemas
referenciais. No livro Física do Tipler volume 3 da quarta edição [ISBN:
8521-612168] há um tratamento didático [???] sobre estes assuntos. Ou
então beba da fonte: Teoria da Relatividade Especial e Geral de Albert
Einstein [ISBN: 85-85910-27-5].
> Se eu tenho duas esferas carregadas com a mesma carga e conhecendo as leis
> de Newton posso chegar a conclusão de que a força de repulsão entre as
> duas esferas é proporcional ao inverso do quadrado da distância [F~1/x²].
> Não preciso saber qual é a carga, nem mesmo o que é carga, basta observar
> o fenômeno para se chegar a este resultado.
>
> Douglas: Vc mostrou um pressuposto e uma lógica. Aí eu pergunto de novo:
> esse pressuposto e essa lógica é invenção cultural ou existe DE VERDADE
> (existência Ontológica).
É uma verdade matemática. O que cai na velha dicotomia entre realidade e
matemática. Lógica [corro o erro de afirmar] é um fenômeno matemático.
Mas por outro lado se eu tomo a distância como objeto real e a observação
como realidade, posso dizer que o resultado é real. A questão está em eu
assumir a realidade. Se eu começar a ver gnomos esta realidade pode ser
altamente questionável.
> Douglas: Um ex-professor meu (Ivan Domingues), Phd em filosofia da ciência
> disse que TODO pensamento é feito por analogia. A tentativa de construir uma
> linguagem lógicamente perfeita (Conceitografia) foi um fiasco. Pelo menos
> até hoje. O pensamento científico tb é composto por analogias.
> DFG
O pensamento científico é uma compreensão [interpretação] filosófica da
ciência [que é baseada em modelos matemáticos]. Portanto analogia continua
sendo assunto filosófico.
> Seja responsável, vote nulo.
>
> Douglas: Eu anulei meu voto por estar cheio de dúvidas. O q q isso tem
> com responsábilidade?
Eu tenho os meus motivos e vc tem os seus para anular o voto. A
responsabilidade está em assumir que estes motivos são suficientes para
assumir tal crime [como alguns o consideram] e assumir as consequências do
ato.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Moto continuo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 11:08
Selling the Free Lunch
http://www.sciam.com/article.cfm?colID=7&articleID=0000A167-1A25-1D9A-
815A809EC5880000
Manda o gajo construir e ver se funciona.
Diga q. vc cobra R$ 5.000,00 pela consultoria científica. Afinal vc
não tem tempo para desperdiçar e e' um valor q. ou pode ser
facilmente pago com os ganhos de um eventual patenteamento ou e' um
preço irrisório para resolver um dos principais problemas da
Humanidade.
(Nota: o cara despreza o atrito -- assim fica fácil conceber um moto
perpétuo.
Nota 2: o q. ele fez com o principio da conservacao do momento
angular L = mvr?)
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luisbrudna@u...> escreveu
> Recebi esta mensagem pelo site Humor na ciencia (
> http://www.humornaciencia.hpg.com.br ). Nao tenho experiencia na
> area, serah que alguem poderia dar uma olhada?
SUBJECT: Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 11:23
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> > --- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> > > Ligia Gallo wrote:
> >
> > L: Pura e simples expeculação! E você chegou a esta brilhante
> > conclusão sozinho?
>
> Talvez pra vc nao fosse. Melhor assim. Tb posso especular...
> Podem existir outros universos alem deste, talvez em expansao como
este...
> e todos eles, inclusive este, poderiam sumir e reaparecer sem que
percebessemos...
> Maravilha. E dai?
> Nao vejo motivos pra relacionar isso com a realidade tangivel, nem
pq pensar que
> seria necessario um deus.
L*: Deus não é necessário. Ele só É... e Ele não precisa que
acreditem Nele. Basta que você acredite em SI mesmo.
> > L: Buscando oras! Sabendo o caminho a ser seguido para que tais
> > informações sejam acessíveis ao invés de "intangíveis"... e
> > consequentemente "ignoráveis"... lógico, do ponto de vista
cético.
>
> E o caminho a ser seguido é unir a fisica quantica a astrologia?
L*: Não. A FQ serve apenas para o micro cosmo. A Astrologia não é
ciência e não vejo necessidade de misturar ambas para chegar a
quaisquer conclusões.
> > L: ... E aí, cumé quié?
>
> Tudo depende do ponto de vista.
> A quantidade de vultos é grande... e se parecem muito com outros
vistos quando sobrio.
> Da pra ter a sensacao da mente sair do corpo, projetar-se pouco a
frente...
> Os efeitos poderiam incomodar se eu nao soubesse que sao falsos.
> Para muita gente incomoda, causa ate panico.
> Posso dizer que junto com a musica, ajuda na auto hipnose,
> eu consigo sem nunca ter aprendido qualquer tecnica.
> O problema é acreditar que os efeitos sao reais. Muitos
acreditam "transcender"...
> Um amigo tomou um doce, viu Satanás e correu pra igreja (é serio!).
L*: As drogas modificam a química cerebral. Pessoas com "vidência"
têm muitas vezes a química cerebral alterada, quer por fatores
genéticos, quer por doenças. Muitos místicos ao longo da história
vêm fazendo uso de drogas para a percepção do "além". Até aí, tudo
certo. O interessante são os padrões que se repetem naquilo que é
reportado por vários quando do uso de determinadas drogas. E o que
eu acho ainda mais interessante é o fato de apoiarmos toda nossa
confiança de que existe um jeito "certo" de observar a realidade
apenas a partir do equilíbrio da dosagem de substâncias químicas (da
própria química cerebral) circulando no cérebro... Essa sem dúvida é
a parte mais interessante. Veja que tais substâncias são compostos
moleculares, os neurônios são células modificadas para receber
estímulos e responderem aos sinais químicos. E, ao que tudo indica,
no correr do processo evolutivo algumas substâncias mostraram-se
mais "eficazes" para a percepção do "apenas necessário" para nossa
sobrevivência em detrimento de outras que poderiam tornar-nos
confusos e incapazes de operarmos de maneira eficaz no mundo.
Portanto, qual o porquê da negação de que tais visões sejam uma
realidade possível quando tudo o que temos como garantia de sanidade
é um equilíbrio químico delicado a dar-nos suporte para a percepção
da realidade? Gostaria de respostas sérias. Esta é uma pergunta
séria.
> > > E em caso de duvida, vale a afirmativa?
> >
> > L: Vale a negativa?
>
> vale, até que se tenha UMA evidencia.
> caso contrario é possivel especular a respeito de qualquer coisa.
L*: A resposta pode estar na minha questão acima...
> > L: Vai do gosto do freguês. Particularmente acho a alusão a
> > unicórnios e duendes algo... como direi... infantil e sem bases,
> > uma "merreca" de indicador de falta de raciocínio e criatividade
na
> > elaboração de contra-argumentos sólidos e consistentes.
Indicativo
> > de um pensador "marreta"... com todo respeito, não
esperava "isso"
> > de você...
>
> como eu disse, sem evidencia é possivel especular a respeito de
qualquer coisa.
> talvez o alem seja repleto de unicornios.
L*: E o que garante a "não existência" dos mesmos é o equilíbrio da
emissão de dopamina pelo sistema límbico e recepção pelo córtex...
> Os "fenomenos inexplicaveis" geralmente tem uma explicacao
coerente, sem a necesidade
> de recorrer à fisica quantica. Às vezes, nao é preciso recorrer nem
à ciencia, nao passam
> de boatos ou de charlatanismo grosseiro.
> O problema é quando a explicação, apesar de satifatoriamente
coerente, não é aceita
> de forma alguma. Então não há o que se fazer.
L*: Já escrevi sobre isso em uma resposta a outro co-listeiro.
Fenômenos que requeiram pesquisa devem ser pesquisados e toda
crendice tornar-se-a fenômeno explicável.
> Existem bilhoes de cerebros no mundo todo em atividade constante.
> O número de pensamentos possíveis são suficientes para que
> muitas coincidencias acontecam todos os dias, com qualquer pessoa.
> mais detalhes:
> http://www.cetico.hpg.ig.com.br/estoculto.html
L*: Isto é elementar, meu caro Watson...
> quer uma foto?
L*: Envie aos arquivos da lista. Aliás esta seria uma idéia
interessante... Ainda outro dia pude ver fotos do Léo ( Luiz Ferraz)
por lá.
> > L: Dã... bem, eu não opto pela crença mas pela vontade de buscar
> > respostas. Pela negação à busca eu apenas dou a entender que sou
uma
> > merreca cética, da mesma forma que daria a entender que sou uma
> > mística marreta pelo simples desejo de CRÊR... como não me
enquadro
> > em nenhuma das "opções" acredito que você não está se esforçando o
> > suficiente para absorver o que eu venho dizendo... Fica frio: eu
> > espero sua "absorção".
>
> Absorvi:
> fé.
L*: Não... ainda não é essa a resposta certa. Absorva mais...
> > L: A parapsicologia baseia-se em métodos que são ineficazes para
> > tais pesquisas...
>
> e o que precisa mudar?
L*: Tem que olhar para "dentro" das pessoas, não somente para os
fenômenos.
> > L: Maravilha! Nem eu pretendo dar-lhe a chance de ser mago.
Aliás,
> > o mestre só aparece quando o discípulo está pronto... se ainda
não
> > apareceu é porque você não está.
>
> haha
> um discipulo eu ja tenho, o Dr. PSI!
L*: Ele é que está estudando você, seu bobo... :P
> > L: E há os que não sejam assim... preconceituosos?
>
> Sim...
> Mas os mais preconceituosos vc pode encontrar nas outras
> listas que assina.
L*: Com certeza.
> > L: Eu aguardo por respostas. Não me privo da idéia de
> > poder "saboreá-las" em tempo. Veja o que eu perderia caso apenas
> > concedesse a mim mesma o desfrute do que posso desfrutar com a
> > negação pura e simples que é quase nada quando a ciência pode me
> > oferecer respostas a TUDO o que eu quiser entender.
>
> Pois tenha FÉ!!!
>
> eu espero sentado.
L*: É só entender como a química cerebral é importante para a
elaboração do que é aceitável ou inaceitável em termos de realidade.
> e encerro com uma historinha:
>
> Desde crianca sempre fui muito critico, duvidava da Biblia, mas
acreditava em deus, no
> alem, ate em fantasmas.
> E tambem sempre fui muito curioso. Toda vez que via ou ouvia
qualquer coisa estranha,
> apesar do medo, procurava ter certeza do que era. Se eu visse uma
sombra no escuro,
> ia em direcao a ela. Até que me cansei de verficar que as "coisas
estranhas" não passavam
> de reflexos de luz, som alto na casa do vizinho, algum objeto
dificil de ser identificado
> no escuro. Nunca fiquei sem explicação. Por volta dos 16 anos
conheci a filosofia e
> deixei de lado esse triste passado.
> Conclusão: Existem pessoas que tem muito medo do nada. Outras nao.
L*: Na dúvida, acenda a luz... é isso.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Para Vladimir
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 11:26
--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> On Tue, 15 Oct 2002, Ligia Gallo wrote:
> > > É verdade.
> > > E que pesquisa séria apresenta ao menos UMA evidencia do "alem"?
> >
> > L: Nenhuma por enquanto, apenas porque não foram feitas pesquisas
> > diretamente voltadas aos fenômenos que sugerem a existência de tal
> > "além"... mas que ele existe, existe. E digo isso baseando-me
apenas
> > no fato de sempre haver algo que passa despecebido de nós pelo
simples
> > fato de nos atermos apenas àquilo que nos interessa, em detrimento
> > muitas vezes do que está "além" dos nossos sentidos básicos.
Caro Tarcísio,
Acompanhe a conversa. Já chegamos, Vladimir e eu, à importância da
química cerebral... Até que seria interessante sua colaboração.
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Moto continuo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 11:45
Parece fantástico, não é? Contudo, o ilustre inventor esqueceu de
considerar as forças de atrito que surgirão entre as engrenagens e que
retirarão energia do conjunto. Não é um moto-contínuo. Além disso, ao se
tentar acoplar o dispositivo com uma carga a perda mecânica será ainda
maior.
Abraços,
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 15 de Outubro de 2002 02:43
Assunto: [ciencialist] Moto continuo
Recebi esta mensagem pelo site Humor na ciencia (
http://www.humornaciencia.hpg.com.br ). Nao tenho experiencia na
area, serah que alguem poderia dar uma olhada?
Mensagem--
Tenho uma proposta de motocontinuo, que está no site
http://www.motocontinuo.hpg.com.br e afirmo que é uma proposta viável
e que não existe nenhuma falha que a inviabilize.
Gostaria da sua opnião sobre o assunto. Li seus comentários sobre a
uma outra máquina (que concordo, não funciona) e sobre a segunda lei
da termodinamica, mas lembro que todas as máquinas que até hoje já
foram propostas, eram baseadas em alguma má interpr
etação das leis da mecânica.
Se o motocontínuo for mesmo impossível, haveria algum erro na
proposta de que falei. Poderia o senhor me indicar onde está o erro?
---
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Que estudar primeiro?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 11:54
O problema é que não se vai muito longe filosofando sobre física. Logo
surge a necessidade de estimativas mais precisas e a matemática, ou as
"contas", entra em cena. Lembremos que antigamente a Física era chamada de
"Filosofia Natural". O problema é que muitos professores introduzem as
contas antes da motivação do problema, mas daí é um problema de didática,
não de física.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 15 de Outubro de 2002 03:44
Assunto: [ciencialist] Re: Que estudar primeiro?
> "...Estudar a física filosófica , que ,na minha opiniâo não é uma
física de botiquim mas apenas o entendimento daquilo que nos cerca ,
sem calculos , sem números , apenas a visoalização da beleza . ..."
Eu sempre achei que deveria ser isto que tinha que ser ensinado nas
escolas, e não aquelas contas newtonianas. Aquilo não é física, são
contas. Química então ainda é pior. A que se sai melhor é a biologia,
e olhe lá.
SUBJECT: Re: Conversa de botequim
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 12:00
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> -=*##>Será que o além estaria 'dentro' do próprio indivíduo? Neste
momento
> estou sentado em meu quarto. Na área cerebral (lobo occipital) que
recebe
> impulsos visuais coube o 'espaço' do meu quarto. Nesta mesma área,
quando
> estou sentado em um banco na Av. Atlântica, 'cabe' espaço muito
maior: Cabe
> até ao horizonte! E não vai além porque 'meus olhos' não alcançam.
Se
> aumentar a capacidade dos olhos usando um telescópio... O infinito
cabe
> 'dentro do cérebro'?<##*=-
L*: É isso mesmo... :) BINGO! E voltamos à química cerebral... um
exemplo de "moto contínuo" é o modo como os assuntos voltam à pauta
do dia.
> L: Fico me perguntando qual o paralelo que certos céticos enxergam
> entre o racionalismo e a "bestialidade" com que teimam em tratar
seus
> oponentes em termos de idéias... Se faltam argumentos à altura para
> retrucar, não deveria faltar educação. Seres humanos merecem o
> mínimo de respeito ou o que se está oferecendo ao oponente é um
> tratamento inferior ao que às vezes é dispensado a um animal de
> estimação... e isso é inadmissível. Bem, a não ser que "objetivo"
> signifique ser estúpido e sem educação... o que implicaria na
> necessidade de redefinir tal termo, já que ser "objetivo" é ir
> diretamente ao cerne das questões, apenas eliminando as "rendinhas e
> as florzinhas" ou as "porradas"... e nesse sentido eu sei que sou
> bem objetiva e aceito muito bem objetividade.
>
> -=*##>Pitaco: Bestialidade é a perversão onde um humano se
satisfaz
> sexualmente com animais<##*=-
L*: A "bestialidade" a que me referia é o tratamento a base de
coices... e era ele quem estava intuindo que eu sou uma "burra".
> L: Nossa! Se você não me tivesse dito isso... ! Faço parte de
> listas místicas sim e por lá as pessoas têm outros nomes para gente
> como eu: CÉTICA, por exemplo.
>
> -=*##>Bom exemplo de referencial<##*=-
L*: Ser cético é não acreditar simplesmente... Para que
simplesmente crêr em algo ou negar-lhe a existência quando eu posso
compreender, ou entender o que seja/não seja esse "algo"?
> L: Bonito acaba sendo algo agradável aos sentidos. E beleza física
> depende de uma opinião pessoal, principalmente da própria pessoa que
> se ache feia ou bonita fisicamente ao basear-se nos estereótipos de
> beleza, ou o que é culturalmente aceito como "bonito/feio".
Partindo
> dessa opinião pessoal, de um modo geral quem não está bem consigo
> mesmo, quem se detesta por se achar horrível, acaba desenvolvendo um
> modo agressivo/estúpido de lidar com os outros, simplesmente porque
> nào é capaz de se sentir querido e atraente e, por medo de ser
> rejeitado, rejeita antes. Portanto, se não se é bonito, pode-se ao
> menos ser simpático, o que acaba desviando a possível atenção dos
> outros a um lado positivo ao invés das espinhas, da barriga, da
falta
> de cabelos ou o que quer que seja que se odeie em si mesmo...
>
> -=*##>Lígia gosta de Eintein<##*=-
L*: Se existe algo que serve como um potente fator de atração para
mim é a inteligência... Eu me apaixonaria perdidamente por Einstein,
sem dúvida.
> -=*##>O texto que se segue foi copiado de meu próprio diário.
Talvez seja
> pertinente.
>
> "" Dentre as minhas primeiras experiências usando o LSD, foi
de especial
> significado a vez onde ingeri o referido alucinógeno na companhia
do Barcelo
> e do Barney, na casa deste úlimo. Foi nesta oportunidade que
vislumbrei a
> pssibilidade de comunicação telepática de uma maneira concreta.
(Analise o
> texto a seguir tendo em mente a possibidade de delírio de
influência.)
> É necessário apartear que naquele tempo a droga produzia
realmente efeitos
> surpreendentes . Era veiculada através de pequenas pílulas com
nomes
> sugestivos: Gold Sun Shine, Orange Sun Shine, Purple Rain, Vulcão
Verde,
> etc.
> [Nota: Passado algum tempo após o surgimento do LSD aqui no
Rio, iniciaram
> a surgir drogas oferecidas como LSD. Embora alucinógenas, não
produziam o
> mesmo efeito. Depois vim a tomar connecimento de não se tratar de
> dietilamida do ácido lisérgico e sim uma composição química
alucinógena que
> continha basicamente estricnina e metanfetamina.]
L*: Corre-se um risco de vida em potencial a cada dose... e eu me
pergunto como alguém pode querer experimentar isso? Ou melhor: como
largar isso depois de experimentar?
> Foram três os momentos reveladores.
> Num primeiro eu fitava ao Barney. Seu rosto inicia a tomar a
cor verde
> metálica. (...) Houve irrefutavelamente uma
> comunicação. No entanto, nesta comuicação não foram articuladas
palavras.
> Ela não se pocessou de uma maneira convencional.
L*: E o que eles reportaram depois? Realmente É interessante... e
eu fiz uma pergunta ao seu pupilo Vladimir que gostaria muito que
você respondesse.
> Na segunda experiência, um aspecto peculiar: A coincidência
da alucinação
> manifesta (Visualização de 'fantasma') e a resposta do amigo que
ventilou a
> possibilidade de 'esoterismo'.
> Na terceira, a evidência de que haveria participação dos dois
indivíduuos
> no incremento do fenômeno alucinatório.
> [Nota: Não se tratava de "buffet" delirante ou "folie a
deux". Ou será que
> se tratava?!] ""<##*=-
L*: Isso só você poderá nos dizer... :) Eu só posso dizer que acho
interessante como nós nos contentamos com uma realidade conveniente
quando há várias outras possibilidades ao alcance. O problema é a
dependência.
> L: A parapsicologia baseia-se em métodos que são ineficazes para
> tais pesquisas...
>
> -=*##>O maior entrave é o grande número de charlatões imiscuidos
no
> meio<##*=-
L*: Ou de gente querendo satisfazer os céticos. Veja que para quem
crê não há necessidade de provas...
> quer uma foto?
>
> -=*##>Como se faz para enviar uma foto?<##*=-
L*: É só acessar o link abaixo, e ter uma foto "escaneada" para
enviar:
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst
Vou enviar uma das minhas por lá... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conversa de botequim
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 12:19
At 13:00 15/10/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> > -=*##>Será que o além estaria 'dentro' do próprio indivíduo? Neste
>momento
> > estou sentado em meu quarto. Na área cerebral (lobo occipital) que
>recebe
> > impulsos visuais coube o 'espaço' do meu quarto. Nesta mesma área,
>quando
> > estou sentado em um banco na Av. Atlântica, 'cabe' espaço muito
>maior: Cabe
> > até ao horizonte! E não vai além porque 'meus olhos' não alcançam.
>Se
> > aumentar a capacidade dos olhos usando um telescópio... O infinito
>cabe
> > 'dentro do cérebro'?<##*=-
>
>
>L*: É isso mesmo... :) BINGO! E voltamos à química cerebral... um
>exemplo de "moto contínuo" é o modo como os assuntos voltam à pauta
>do dia.
O QUE CABE, NESSE TEU EXEMPLO, É UMA FOTOGRAFIA.
TEM O MESMO TAMANHO.
TANTO FAZ SER FOTOGRAFIA DE VIRUS OU DE ELEFANTE OH PA.
L.E.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conversa de botequim
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 12:30
Parece que as pessoas desta lista têm uma compreensão errada do que
significa ser cético. Não crer em nada não é ceticismo, mas sim "niilismo".
Ser cético significa não aceitar nenhuma explicação precipitadamente, sem
passá-la por testes, análises, etc. Ser cético significa não aceitar
nenhuma resposta como definitiva. Portanto, a ciência é cética.
L*: Ser cético é não acreditar simplesmente... Para que
simplesmente crêr em algo ou negar-lhe a existência quando eu posso
compreender, ou entender o que seja/não seja esse "algo"?
Os registros históricos mostram que Einstein era um grande sedutor. Mesmo
depois de bem velhinho ele vivia pulando a cerca e Elsa fingia que não
via...
L*: Se existe algo que serve como um potente fator de atração para
mim é a inteligência... Eu me apaixonaria perdidamente por Einstein,
sem dúvida.
[ ]s
Alvaro
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 12:48
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> > > Ou seja, entre o meu nascimento e o de meu sobrinho mais novo
(28 anos de
> > > diferença), Urano transitou por quatro constelações, Netuno
por duas e
> > > Plutão por uma.
> >
> > Não diga constelações, diga signos.
>
> Até onde eu saiba, signo se refere a característica pessoal de
alguém nascido
> em certa data.
Não. Signo refere-ce ao ponto de conjunção Sol-Lua.
Existem 12 pontos destes em 1 ano solar.
O subtantivo alargou-se para significar o intervalo entre um signo e
o proximo. Aries por exemplo é o nome do ponto a 0º e do 1º sector
entre [0º 30º[
Touro do ponto a 30º e do sector entre [30º 60º[
Quando se dá a posição de um ponto no mapa diz-se é no formato
xº de <nome_do_signo>
Exemplo, 3º de Libra. ora libra é o 7 signo ora 7x30º = 210º.
3º Libra = 213º do Zodiaco.
>Quando afirmei que Urano transitou por quatro constelações,
> quiz dizer que percorreu um pouco mais de 120 graus no globo
celeste, contra
> o fundo de estrelas fixas, o que corresponde a provavelmente 4
constelações
> do zodíaco.
Sempre me ensinaram que "constelação" = "conjunto de estrelas"
Se vc está a falar de 120 graus, vc está a falar de 4 signos.
Portanto signo = ponto = sector (numero de graus, sistema matemático).
Constelação = Conjunto de Estrelas. (Pollux pertence à Constelação de
Gemeos, Sirius à de Cancer, etc.)
Foi esta convenção que usei.
Se vc quiser usar "constelação" para o sector, tudo bem, mas ai me
diga como vc chama o conjunto de estrelas.
> > Vc está usando o termo "influencia" como "campo que emana de"
> > Nese sentido o campo que emana de Quaoar já está fazendo-se
sentir antes da
> > sua descoberta.
> > A questão é que a caracterização astrologica de Quaoar não existe
ainda,
> > mesmo hoje, depois dele ter sido descoberto.
> > Quando, em astrologia, se diz que um planeta influencia algo,
quer-se
> > significar que ele caracteriza algo.
> > Ora, para caracterizar algo, é necessário que ele seja
caracterizando
> > antes. E dentro desta logica não cabe dizer que a influencia
> > (caracteristicas) já se estão fazendo sentir.
>
> Não. Não fiz nenhuma análise de qual é o mecanismo de influência,
apenas
> parti do pressuposto que é a existência do planeta que é a causa
desta
> influência.
O problema está no seu uso da palavra 'influencia'
é que quando se usa esse termo em astrologia ele tem um significado
tecnico que eu não sei se vc entende qual é , e/ou se o está usando.
Digamos que o planeta, o ponto no mapa astral, tem um Significado.
Para não confudirmos mais as coisas.
O que eu estou a dizer é que qq ponto q vc considere só tem
significado depois de vc saber de que ponto está a falar.
E vc está tentando dizer que o significado já existe antes disso.
É isto que eu estou a dizer que não tem sentido. E acho que é simples
entender pq.
Todo o pseudo-problema vem do seu uso não-tecnico da
palavra 'influencia'
> Se for esta defesa, então a influência de um planeta é por
> essência ad hoc.
Exactamente ao contrário.
Primeiro a gente escolhe um ponto. Depois vemos o que ele rege.
E dai extraimos os seu Significado.
Depois tudo isto é condensado num simbolismo.
A astrologia é só isto.
Agora, se vc comparar esse significado com uma mitologia e escolher
um deus qq para ser o nome deste ponto, é apenas uma forma de batizar
o ponto. Isso não é astrologia.
> Para que um planeta não influêncie algo apenas por que não o
conhecemos nem o
> caracterizamos sua influência deve ser gerada não pelo planeta em
si, e sim
> pela nossa consciência e caracterização do mesmo. É isto que estou
afirmando.
>
> > Agora, vc pergunta: mas não posso por Urano num mapa do sec X ?
> > Claro que pode. Mas pode, pq hoje, vc sabe que o que ele
caracteriza, sua
> > utilidade e por isso vc o poe lá. Antes disso é inutil.
>
> Obviamente um astrólogo do século X não pode por Urano em nada. E
se ele não
> o fez, não considerou as influências de Urano em seus mapas. Se
hoje posso
> fazer um mapa do século X considerando Urano, isto significa
admitir que
> Urano teve influências no século X.
Urano não tinha significado no sec X. É claro agora pq os mapas nessa
altura não estão errados ?
> Ou seja, para fazer mapeamento astrológico do passado de maneira
precisa e
> moderna, devo utilizar os conhecimentos atuais.
>
> O que signifca que as previsões astrológicas antigas
necessariamente eram
> imprecisas por não considerar Urano, e portanto devem ser revistas.
Não.
Vc está partindo de um principio que não é verdade em astrologia.
É isto que dá debater as coisas sem as ter estudado antes.
Em astrologia existe um principio , como poderei chamar(?)... de
bonequinhas russas, umas dentro das outras.
A base de tudo são os signos. E cada um tem tem um significado unico.
Depois distribuem-se os planetas pelos signos usando o sistema de
regencias que já expliquei como se estabelece. O mais importante e
basico são os signos e NÂO os planetas, ao contrario do que vc possa
pensar.
Vc pode ir aumentando este vários niveis em torno do circulo do
zodiaco. Mas como o zodiaco é finito e só tem 12 partes diferentes,
as coisas têm de estar relacionadas, isto é, tem de haver redundãncia
em alguma ponto da coisa.
Urano, por exemplo, com Saturno, Carpicornio e Aquário.
A questão é que não é uam redundãnica absoluta, pois o seguinte nivel
corresponde com outra prepectiva do problema.Por exemplo, Urano é
muito pouco relevante para astrologia pessoal, mas muito importante
astrologia mundial e de progressão.
Quando vc diz que um mapa traçado no sec X é impreciso, vc nem sabe o
que "preciso" significa.
Quando eu estou a falar de precisão, eu estou a falar de poder aceder
a niveis do evento em estudo, que nao são possiveis de aceder
DIRECTAMENTE por outros meios.
Por exemplo, um mapa astral sem traçar o ascenente é muito impreciso
neste sentido. Ao não saber/analizar o ascendente da pessoa estamos a
perder muita informação.
Agora, tirando Urano estaremos a perder informação. Mas não é
comparável a se tirásse-mos mercurio ou venus, ou mesmo saturno.
É neste sentido que o mapa do sec X não é errado. Ele pode não chegar
às mesmas conclusões pela mesma via, mas não é impossivel obter as
mesmas conclusões por outras vias: partes arábicas, por exemplo.
A questão é que usar um planeta para uma determinada caracteritica é
uma simplificação brutal do ponto de vista da analise(!) e não do
ponto de vista do traçar do mapa(!).
É claro isto ?
> > > > Segundo pq os 7 planetas principais (até saturno) não
suficientes
> > > > para todas as intrepretações.
> > > > Não é vital que os novos planetas sejam incluidos na
hirarquia. Isso
> > > > é uma tentativa da astrologia ocidental moderna que é
descutivel, e
> > > > discutida nos circulos astrologicos. Basta dizer que nem toda
a gente
> > > > usa esses planetas.
> > >
> > > Ou seja, minha segunda hipótese. Estes planetas novos são
desprezíveis
> >
> > para
> >
> > > uma previsão astrológica acurada.
> >
> > Ao contrário. Eles são fundamentais para uma astrologia
(retire 'previsão'
> > da frase) acurada.
> > Eles não são necessários para uma intrepretação comum, normal,
sem grande
> > necessidade de promenor.
>
> Ok, como conciliar estes dois mundos:
> "Não é vital que os novos planetas sejam incluídos na hierarquia.
Isto é uma
> tentativa da astrologia ocidental moderna que é discutível, e
discutida nos
> círculos astrológicos."
> "Ao contrário. Eles são fundamentais para uma astrologia acurada."
>
> Como a inclusão dos novos planetas podem ser algo de valor
discutível mas
> vital para uma astrologia acurada? Isto não faz sentido.
Claro que faz.
A Astrologia Classica é um sistem auto-suficiente.
E neste sentido não é vital acrescentar-lhe mais coisas.
Por outro lado, se as acrescentarmos, elas nunca irão negar o grosso
que é ditado pela astrologia classica, mas apenas refinar o que já
foi dito. Mas para esses refinamentos ha muitas tecnicas que não
passam necessáriamente pela def de novos astros.
A astrologia moderna vê nessas informações adicionais uam mais valia
no que respeita o simplificar e tornar mais robusto o processo, mas
não é assim tão relevante, não é vital.
Se vc aprender apenas Astrologia Clássica já tem muito com que se
entreter e suas previsões podem ser tão boas como qq outras. Tudo
depende do método, da prática e do rigor com que vc executar essa
tarefa.
> > Substitua "constelação" por "signo" ou o seu texto não fará
sentido.
> > (as constelações tb 'esticam e encolhem', os signos não)
>
> Me desculpe, mas as constelações não esticam e encolhem, pelo menos
não na
> astronomia.
Bom, eu já li em vários lugares que a ursa maior não tem o mesmo
aspecto (posição relativa) hoje, que tinha ha muitos anos atrás (o
que é obvio, já q as estrelas se movem).
É neste sentido que escrevi 'esticam e encolhem' , entre aspas.
> As constelações atuais são regiões do globo celeste bem defindas,
> com limites exatos e constantes.
Os signos tb são isso. Parece-me que estamos falando do mesmo mas com
outros nomes. É uma questão de convenção, então.
> Signo é um termo sem sentido astronômico
Constelação é um termo sem sentido astrologico , e agora ? :-)
>, e como estou falando de trânsito de
> planetas por constelações, estou falando de fenônemos astrônomicos.
> Se o significado de "Marte está em Cancêr" na astrologia não
significa que
> Marte está visível na região do céu a qual denominamos constelação
de Cancêr,
> por favor me esclareça o significado.
Sim, "Marte em Cancer" significa que a posição de Marte está entre os
90º inclusive e os 120º exclusive.
> > O ponto da questão não é atribuir caracteristicas as planetas,
mas sim a
> > periodos de tempo.
> > A associação entre uns e outros é feita pq os planetas se
apresentam com
> > periodos caracteristicos.
> > Como eu já disse, existe astrologia feita sem planetas, e na
astrologia
> > normal, existem pontos que não são planetas.
>
> Bom, dois pontos aí. Concordo que se um planeta não é
necessariamente um
> ponto astrológico a descoberta de um planeta não implica algo de
importância
> astrológica. Incluso foi exatamente isto que eu escrevi.
> Mas afirmar que a astrologia não atribui características aos
planetas vai
> contra o que você disse mais acima, no debate sobre as influências.
Se é
> depois dos astrólogos definirem as características de um planeta
que se passa
> a sentir sua influência, então a astrologia atribui características
aos
> planetas.
Em bom rigor, a astrologia atribui planetas a caracteristicas.
Mas suponhamos que é ao contrario.
Então ela não atribui caracteristicas apenas a planetas (astros sem
luz propria com movimento periodico ) mas tb a asteroides , cometas,
e até a pontos sem nenhuma representação material como os nodos da
lua ou a lua negra , e mesmo a pontos que sao simplesmente calculados
a partir de outros.
Aliás,a astrologia começa por atribuir significa aos 12 pontos
conjunção sol-lua a quando da definição dos 12 signos.
O que eu disse, é que não ha necessidade de atribuir significado a
_todos_ os planetas, asteroides, etc.
Se não ha esta necessidade, então a descoberta de novos planetas é
irrelevante quanto à eficácia da astrologia.
> > > Bom, até onde eu saiba, os cometas eram vistos como corpos de
grande
> > > import6ancia astrógica quando eram avistados
> >
> > Exacto, quando eram avistado. O que só acontecia em determinado
periodo.
> >
> > , significando vitória ou derrota
> >
> > > em batalhas, vinda de secas, fim de epidemias ou outras
implicações de
> >
> > grande
> >
> > > porte. Hoje, que sabemos que eles sempre estão por aí, mas
raramente
> > > visiveis, eles tiveram sua import6ancia astrológica minimizadas.
> >
> > Não em astrologia mundial, que é a astrologia em questão se vc se
poe a
> > falar de secas, batalhas, epidemias, etc.
> >
> > > E isto não se deveu a uma nova compreensão do mecanismo de
influências
> > > astrológicas em relação aos cometas, foi uma redução ad hoc
para "salvar
> >
> > os
> >
> > > dados experimentais".
> >
> > Não me parece que vc tenha razão.
>
> Bom, que eu saiba em 1986 (ano da última aparição do Halley) não
houve
> ninguém que associasse catástrofes a ele.
E pq ? vc sabe ?
1) quais os aspectos formados entre ele e o outros planetas?
2) qual o signo(s) onde apareceu?
3) qual o significado que lhe é atribuido?
4) qual a relevancia actual do estudo dos cometas ?
Se vc não sabe um destes pontos pq vc fica admirado?
> Os astrólogos atuais, pelo que eu vejo nos meios de comunicação,
não saem
> apregoando grandes pragas e enchentes, mortes de líderes ou coisas
> semelhantes por que um novo cometa foi avistado. Isto era comum na
> antiguidade.
Pois não... mas vc já viu que eles fazem previsões para os mercados
da bolsa ? (os tempos mudam e as coisas importantes, mudam com eles)
> > > Se todo corpo celeste dentro das fronteiras do sistema solar é
> > > considerado astrologicamente um planeta posso falar da
influência
> > > irrisória de
> >
> > meteoros?
> >
> > Não. Os meteoros não tem movimento ciclico.
>
> Certo, então todo corpo celeste com movimento cíclico no Sistema
Solar pode
> ser considerado astrologicamente um planeta?
Se tiver representação material sim. Caso contrário não.
(os nodos da lua tem movimento ciclico e não tem representação
material e são considerados. São até muito importantes)
> Talvez tenha avido uma confusão aqui por eu ter errado o termo
técnico.
> Meteoro é um fenômeno atmosférico. Minha pergunta é se um asteróide
que se
> choque com a Terra pode ser considerado um planeta antes que a
colisão se
> realize. E asteróides podem ter períodos orbitais calculados.
Eu intrepretei suas palavras como "meteorito". Que é um
asteroide 'perdido' que cai na (choca com a ) Terra.
Imaginemos um dos asteroides da terra. eles têm movimento ciclico, e
podem ser considerados. A sua pergunta é: se eles cairem na terra
como é ?
A resposta a isso depende do seu grau de fanatismo. Se vc é um
daqueles fanaticos que diz que os planetas 'emanam' energias, então a
energia está perdida para sempre e não mais vai aparecer esse ponto
em um mapa. Se vc for mais razoável e entender que o que conta é
periodo do movimento ciclico e não o astro em si, então vc vai
entender que mesmo sem o corpo fisico lá, vc poderá continuar a usá-
lo.
Isto é descabido ?
Não, pq como disse antes, não é preciso haver corpo material para
certo ponto seja considerado num mapa. Isto é um caso extremo desta
regra. O que realemete interessa é o periodo de tempo.
Ha até quem defenda que os pontos devem ser obtidos independentemente
dos astros. Mas ai intrariamos noutra coisa que não poderia ser
chamada de Astrologia (ou seria um ramo,muito,muito ramificado)
> > > > Não é claro para mim , até hoje, como os 3 planetas mais
recentes
> > > > obtiveram seus nomes ,mas eles fazem todo o sentido
enquadados no
> > > > sistema de regencias. Custa-me aceitar que tenha sido mera
> > > > coincidencia.
> > >
> > > Os nomes foram escolhidos na mitologia grega para manter uam
lógica
> >
> > interna
> >
> > > com o padrão dos nomes adotados anteriormente pela comunidade
astronômica
> > > européia.
> >
> > Eu referia-me a , por exemplo, ao par Marte- Plutão.
> > O sistema de regencias coloca estes dois juntos sendo Plutão 'um
nivel
> > superior' de Marte
> > Isto, tomando em cosndieração os respectivos arquetipos.
> > A coinciencia é os mitos Marte-Plutão, tb serem tb, igualmente
> > relacionados.
>
> Sim, mas como o processo de batismo foi de certa forma aleatório,
seguindo o
> padrão de apenas usar a mitologia greco-romana, esta coincidência
pouco diz
> sobre a naturez dos planetas e muito sobre como o sistema de
reg6encia foi
> adaptado para a existência de Plutão.
O sistema nao foi adptado. Veja como ele se ordena. Não houve nehuma
violação de nenhuma regra quando plutão entrou. E ele coincidiu com
marte. Arquétipicamente e no nome e na mitologia. Não é muita
coinciencia ? Não é coincidencia a mais ?
É só isto que me pergunto.
>
> > > Os nomes foram escolhidos por analogias mitológicas greco-
romanas. Se a
> > > comunidade dominante de astronomia fosse não européia, outros
nomes
> > > seriam adotados, de outras mitologias.
> >
> > Não me referia aos nomes, mas ao simbolismo dos mesmos. Por um
lado
> > osimbolismo astrologico e por outro o simbolismo mitologico.
>
> Sim! E você concorda que se outros nomes fossem usados, sua
simbologia
> mitológica seria diversa, não?
Não.
Na India usam-se outros nomes, mas a simbologia é a mesma.
E como a questào de escolher nomes romanos foi
> uma questão cultural, este paralelo entre mitologia e astrologia
teve origem
> cultural também.
Isso de escolherem nome romanos ou gregos é meramente politico.
OS nomes não me interessam. Estou falando dos significados.
(Foram os gregos que desenvolveram a Astrologia Classica ocidental
que foi passada para os Arabes depois. Os romanos não têm nada a ver
com isto. Eles apenas usurpavam o que era de outros povos: até a
mitologia grega eles copiaram.)
> > > A adequaçào dos nomes a influência dos planetas se deve
simplesmente que
> > > a determinação desta influência foi debatida depois dos
planetas serem
> > > batizadas. Pura indução psicológica. Se os astrólogos tentassem
verificar
> > > estas influências antes da descoberta dos planetas, seria um
sinal
> > > significativo do oposto.
> >
> > Segundo o sistema de regencias não seria necessário sequer ter um
nome para
> > se poder atribuir um significado. É isso que me faz confusão.
>
> Mas para se fazer um paralelo entre o significado mitológico e o
astrológico
> é necessário se ter o nome mitológico.
Não. É exactamente ai que todos se enganam.
As pessoas acham que é por Marte se chamar Marte que corresponde com
a guerra e etc.
Não. Ele corresponde com a Guerra pq corresponde com Aries, que é um
signo de polaridade positiva (masculina) e elementariedade Fogo. O
que significa que é a realização prática e material de uma força, de
uma capacidade.
Em particular, e atenção a isto: em particular, a guerra é uma destas
coisas. Mas não é a única.
Ou vc pensa que quando o astrologia lê marte num mapa diz "vc vai
participar em uma guerra" ? Não cheguemos a esse absurdo.
O que eu estou dizendo é que o significado dos planetas deriva dos
significados dos signos através de um sistema simples e imutável
desde sempre.
Por isso que eu tenho curiosidade em saber pq os nomes correspondem
tão bem com os arquétipos e seu significados.
Existe a teoria de que como na antiguidade não existiam registros
escritos era mais simples criar historias para memorizar o sistema
astrologico. Existe a evidencia sem margem de duvidas disto, nos 12
trabalhos de Hercules. Esta é quando a mim uma boa hipotese.
A questão é se é verdadeira.
Toda essa logica de vcs de que o nome establece as caracteristicas
etc... não faz nenhum sentido pq o sistema astrologico não precisa de
nomes. Eles são apenas menemonicas: simbolos, para falar mais coisas
em menos tempo.
>
> > > As quatro vezes que tive o prazer de pedir um mapa astral meu
eles
> > > levaram
> >
> > em
> >
> > > consideração Plutão.
> >
> > O que vc quer exactamente dizer com isso ?
> > Que colocaram ele no mapa ? Bom, podemos colocar lá muitas coisas.
> > Para que Plutão tenah relevancia, é porque muitas conclusões
foram baseadas
> > nele.
> > Quais foram as conclusões baseadas nele ?
>
> Ato falho... Discutir experiências pessoais em condições
determinadas não é a
> forma adequada para se questionar um sistema de pensamento
Eu não estou pedindo que me diga de sua vida. Isso é contra a ética
astrologica. Eu estou dizendo que aspectos foram encontrados em
relação a plutão. por exemplo, Plutão-conjunção-Sol, Plutão -
quadratura-Lua, Ascedente - conjunção- Plutão. etc..
E depois desses quais foram intrepretados em coisas que tenham a ver
exclusivmente com vc.
Depois faça o mesmo para os outros planetas e compare.
Não vale afirmar o que vc afirmou só pq no mapa está desenhado o
simbolo de plutão numa qq posição do zodiaco. Entende onde quero
chegar? Eu não quero saber de sua vida.
( se quisesse perguntava-lhe a sua data, hora e local de nascimento)
> Esqueçamos esta parte então.
Esqueçamos...mas quero que fique claro que o argumento que vc usou
não tem nada a ver com o que eu perguntei.
Sérgio
SUBJECT: Críticas e Sugestões.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 12:56
Boa Tarde, Lígia.
Eu não ainda não conheço ainda todos as suas opiniões sobre a
metodologia científica. Porém pelo o pouco que pude averiguar elas pecam
pela falta de abrangência e profundidade.
1) Reconheço o valor da teoria da Seleção Natural proposta por
Charles Darwin como uma explicação para a diversidade de seres vivos
neste planeta. Porém afirmar que certas drogas alucinógenas foram
selecionadas ( processo evolutivo ) pelos seres humanos para auxiliá-los na
sobrevivência é um disparate sem fundamento. Você se esquece do fator
religioso e sociológico ponderante para a utilização de certas drogas.
Uma crítica semelhante a minha já havia sido formulada por Stephen
Jay Gould. Ele questionava os neo-darwinistas que atribuíam um valor
excessivo ao adaptacionismo.
2) Quando Aldous Huxley, na década de 50, começou a utilizar a
mescalina e posteriormente o LSD ele planejava "abrir as portas da
percepção " e ampliar os seus horizontes "espirituais " . Porém como ficou
comprovado por muitos críticos que estudaram a sua vida e obra, ele apenas
obtinha imagens incoerentes e sem significado com a realidade. E para
finalizar, a utilização das drogas, além de ser uma falta de caráter e
força de vontade da pessoa ela apenas distorce a compreensão da realidade.
Augusto de Souza
L*: As drogas modificam a química cerebral. Pessoas com "vidência"
têm muitas vezes a química cerebral alterada, quer por fatores
genéticos, quer por doenças. Muitos místicos ao longo da história
vêm fazendo uso de drogas para a percepção do "além". Até aí, tudo
certo. O interessante são os padrões que se repetem naquilo que é
reportado por vários quando do uso de determinadas drogas. E o que
eu acho ainda mais interessante é o fato de apoiarmos toda nossa
confiança de que existe um jeito "certo" de observar a realidade
apenas a partir do equilíbrio da dosagem de substâncias químicas (da
própria química cerebral) circulando no cérebro... Essa sem dúvida é
a parte mais interessante. Veja que tais substâncias são compostos
moleculares, os neurônios são células modificadas para receber
estímulos e responderem aos sinais químicos. E, ao que tudo indica,
no correr do processo evolutivo algumas substâncias mostraram-se
mais "eficazes" para a percepção do "apenas necessário" para nossa
sobrevivência em detrimento de outras que poderiam tornar-nos
confusos e incapazes de operarmos de maneira eficaz no mundo.
Portanto, qual o porquê da negação de que tais visões sejam uma
realidade possível quando tudo o que temos como garantia de sanidade
é um equilíbrio químico delicado a dar-nos suporte para a percepção
da realidade? Gostaria de respostas sérias. Esta é uma pergunta
séria.
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Moto continuo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 13:00
Em Ter 15 Out 2002 12:08, you wrote:
> Selling the Free Lunch
> http://www.sciam.com/article.cfm?colID=7&articleID=0000A167-1A25-1D9A-
> 815A809EC5880000
>
> Manda o gajo construir e ver se funciona.
>
> Diga q. vc cobra R$ 5.000,00 pela consultoria científica. Afinal vc
> não tem tempo para desperdiçar e e' um valor q. ou pode ser
> facilmente pago com os ganhos de um eventual patenteamento ou e' um
> preço irrisório para resolver um dos principais problemas da
> Humanidade.
>
> (Nota: o cara despreza o atrito -- assim fica fácil conceber um moto
> perpétuo.
> Nota 2: o q. ele fez com o principio da conservacao do momento
> angular L = mvr?)
Eu parei de ler quando ele pretendia usar a "força centrífuga" para realizar
trabalho. Um pouquinho de rigor científico não faz mal a ninguém. E realmente
desprezar o atrito para criar um moto perpétuo faz tudo ficar mais simples....
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conversa de botequim
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 13:30
Realmente, nessa "conversa de botequim" (um termo tão caro a todos da
lista, já que somos todos cariocas) está parecendo que alguns já passaram
do quinto "chops"...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Eduardo Carvalho" <luizeduardo@infolink.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 15 de Outubro de 2002 12:19
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Conversa de botequim
At 13:00 15/10/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> > -=*##>Será que o além estaria 'dentro' do próprio indivíduo? Neste
>momento
> > estou sentado em meu quarto. Na área cerebral (lobo occipital) que
>recebe
> > impulsos visuais coube o 'espaço' do meu quarto. Nesta mesma área,
>quando
> > estou sentado em um banco na Av. Atlântica, 'cabe' espaço muito
>maior: Cabe
> > até ao horizonte! E não vai além porque 'meus olhos' não alcançam.
>Se
> > aumentar a capacidade dos olhos usando um telescópio... O infinito
>cabe
> > 'dentro do cérebro'?<##*=-
>
>
>L*: É isso mesmo... :) BINGO! E voltamos à química cerebral... um
>exemplo de "moto contínuo" é o modo como os assuntos voltam à pauta
>do dia.
O QUE CABE, NESSE TEU EXEMPLO, É UMA FOTOGRAFIA.
TEM O MESMO TAMANHO.
TANTO FAZ SER FOTOGRAFIA DE VIRUS OU DE ELEFANTE OH PA.
L.E.
SUBJECT: Medição
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 13:33
(...)
Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e portanto
pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável, isto
significa que não interage com o resto das coisas. Algo que não possue
nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo, portanto é o mesmo que
não existir.
[]'s
Aniello
-=*#>Pô meu! Quanto mede o espaço sideral?<#*=-
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 13:34
----- Original Message -----
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
>É moda hoje baixar o pau na psicanálise, dizer que Freud é
fraude e que o efeito terapêutico da técnica psicanalítica equivale a
do placebo.
Eu acho que alguns aspectos do pensamento do Freud são datados e outros
estão simplesmente errados, mas ele teve algumas intuições notáveis, muitas
das quais estão sendo confirmadas pelas neurociências, entre elas o superego
(ver _O Erro de Descartes_, do António Damásio) e a noção de que a mente não
é uma unidade, mas um conjunto de diferentes sistemas que muitas vezes
entram em conflito entre si (cf. os trabalhos de V. S.
Ramachandran)#########>>E, creio que principalmente, conceituar
"Inconsciente"<<##########. As acusações de que a psicanálise não é
científica partem em geral de pesquisadores cuja noção de método científico
foi decalcada das ciências físicas, e o próprio Freud contribuiu pra esse
equívoco ao adotar esse modelo - mas é bom lembrar que ele escreveu na
virada do século passado ##########>>retrasado! E está em voga até nossos
dias<<###########, quando ainda imperava a visão de ciência do século XIX.
De lá pra cá, muita água correu por baixo da ponte, e uma das questões
centrais da filosofia das ciências é justamente determinar se as ciências
humanas (psicanálise incluída) podem ou não se submeter aos mesmos critérios
de objetividade que a física ou a química.##########>>Quem somos nós para
perceber a 'exactidão' do Homem...<<##########
O problema é que, nas ciências humanas, a subjetividade do cientista está
necessariamente implicada em qualquer pesquisa de um modo que não ocorre na
física, a tal ponto que um antropólogo como o Clifford Geertz propôs que
toda pesquisa em ciências humanas deveria começar com uma explicitação tão
completa quanto possível dos pressupostos, crenças e preconceitos do próprio
pesquisador. Para uma mentalidade moldada no paradigma da física, isso é uma
aberração. Para as ciências humanas, é a precondição de qualquer pesquisa.
Não que um físico não possa ter, digamos, preconceitos contra ou a favor do
méson-pi, mas (até onde se sabe) é possível pesquisar a física das
partículas sem levar esses pressupostos em conta. O mesmo não se passa na
área de humanas. Se um sociólogo estiver fazendo uma pesquisa sobre, por
exemplo, as comunidades homossexuais no centro de São Paulo, a atitude
pessoal dele em relação ao homossexualismo vai funcionar como um filtro,
distorcendo a interpretação dos dados e, conseqüentemente, os resultados da
pesquisa. Isso acontece inclusive em áreas limítrofes, como as ciências
médicas - a gente tá cansado de ver na mídia estudos dizendo que a maconha
causa todo tipo de males ou, pelo contrário, é a panacéia universal, e o
resultado desses estudos sempre reflete a atitude inicial dos pesquisadores
em relação à maconha.###########>>Maconha tem indicações. O problema é que
contém substâncias cancerígenas em quantidade superior ao tabaco. A solução
seria extrair o princípio ativo e pesquisar outra via de
administração<<########### Então, é óbvio que qualquer avaliação das
ciências humanas com base nos padrões de objetividade da física vai levar
fatalmente à conclusão de que elas são uma fraude, charlatanismo ou
especulação gratuita.
(Na verdade, existe um paralelo com a Interpretação de Copenhague da
mecânica quântica, que diz que o resultado de uma medição vai ser
determinado pela estrutura do aparelho de medida, de modo que, por exemplo,
se você montar a experiência da dupla fenda, vai concluir que a luz é uma
onda, e se você usar um sistema fotoelétrico, concluirá que é uma partícula.
A diferença, neste caso, é que tanto o sistema observado quanto o aparelho
de medida são constituídos pela mesma coisa: seres humanos, com todas as
suas peculiaridades e idiossincracias.)
Pra falar à Wittgenstein, ciências físicas e ciências humanas pertencem a um
conjunto diferente de jogos de linguagem, cada um com suas próprias
regras.##########>>E tem gente que não vê necessidade de um vocabulário
comum antes de iniciar um debate<<########## Criticar a psicanálise (ou a
sociologia, a antropologia ou que o valha)porque não segue às regras de
objetividade da física é o mesmo que censurar um romance em português porque
ele não obedece às normas gramaticais do inglês. Foi esse, inclusive, o erro
do Alan Sokal, que desce o cacete nos autores pós-modernos, sem perceber que
o uso que eles fazem dos conceitos científicos não é literal, mas
metafórico. São outras regras, outro jogo de linguagem. Uma árvore num
manual de botânica não é a mesma coisa que uma árvore num poema de Auden.
>Nesse livro que você cita (eu o li, é muito bom!), o John Horgan faz
uma comparação entre psicoterapia, psicofarmacologia e placebo.
Na verdade, dizer que as psicoterapias (ou os antidepressivos) funcionam por
causa do efeito-placebo é explicar ignotus per ignotum, o desconhecido pelo
mais desconhecido ainda, porque ninguém faz a menor idéia de que diabo é o
efeito-placebo. Ele existe, funciona, mas não se sabe absolutamente nada
sobre o seu mecanismo. E, na verdade, isso conta pontos *a favor* das
psicoterapias, e não contra. O efeito-placebo mostra apenas que a mente
humana é infinitamente maleável e pode ser transformada mediante os
estímulos adequados, e essa sempre foi a premissa fundamental de todas as
psicoterapias, qualquer que seja a linha adotada.
Pra resumir, essas críticas todas são mais uma demonstração do infame abismo
entre as duas culturas diagnosticado pelo C. P. Snow. A situação, nesse
caso, é tanto mais lamentável porque as críticas são feitas por pessoas que
pertencem à cultura *de cá* (as ciências humanas) cujo maior sonho é ser
aceito pelo pessoal da cultura *de lá* (as ciências físicas)#########>>Não
penso assim. Cada um com seu cada um. Quem pesquisa é curioso: Os 'de cá'
querem saber sobre os 'de lá' e vice-versa<<##########. É como a elite
brasileira criticando o povo por não ser americano...
Abs.
L.
######>>Oi Lúcio
Gostei muitíssimo do que escreveu. A mim pareceu muito lúcido (Sem
trocadilhos).
Abraço.
Antonio Renato.<<#######
SUBJECT: "Takata, junte-se a nós", deprimidos.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 13:34
Oi
A depressão é uma pedra no sapato do psiquiatra, mormente se considerarmos o
risco de suicidio.
Já coloquei em outras msgs estar desatualizado. Mas, no tempo em que ainda
acompanhava, nada havia de conclusivo e não creio que tenham chegado a uma
conclusão pois, se assim fosse, a mídia leiga divulgaria.
Não sei citar os autores mas alguns demonstraram haver diminuição da
5-hidroxitriptamina (serotonina, prá simplificar) nos cérebros dos
deprimidos. Antidepressivos tricíclicos, inibidores da monoaminaoxidase,
choque elétrico, hipotensores, tuberculostáticos e até chocolate é usado no
tratamento.
Desconheço a percentagem, mas (da prática) muitos respondem bem à algum tipo
de terapêutica, preferencialmente associação de psicofármacos e
psicoterapia. O que nos surpreende é a recidiva inesperada, imprevista, que
pode levar o paciente ao êxito letal antes que possamos intervir.
Outro problema é a etiologia da depressão. Do diagnóstico dependerá a
conduta terapêutica.
Bem, creio que coloquei mais do que aquilo que propusera a mim mesmo: Nada
exite de conclusivo.
PLUR.
Antonio Renato.
= MSG ORIGINAL =
Olá Lúcio,
> uma base genética e que isso demonstra que a psicanálise está
errada por não
> levar em conta esse fundamento genético e, pouco tempo depois, o
estudo cai
> por terra, ou porque se descobre que o sujeito se enganou ou porque
outros
> cientistas não conseguiram confirmar os resultados. Em _A Mente
> Desconhecida_, o John Horgan faz um balanço dessas "descobertas" e é
> taxativo: "...até agora, nenhuma das afirmações que associam genes
> específicos a traços e distúrbios de comportamento complexos -
*nenhuma
> mesmo* - foi inequivocamente confirmada" (o grifo é dele).
Manuel: É moda hoje baixar o pau na psicanálise, dizer que Freud é
fraude e que o efeito terapêutico da técnica psicanalítica equivale a
do placebo.
Nesse livro que você cita (eu o li, é muito bom!), o John Horgan faz
uma comparação entre psicoterapia, psicofarmacologia e placebo. Veja
o que ele escreveu:
"Talvez o maior mito da biopsiquiatria seja o de que os
antidepressivos representam um tremendo avanço em relação à
psicoterapia isolada no tratamento da depressão. Na realidade,
psicoterapia e drogas produzem resultados aproximadamente
comparáveis, segundo um informe publicado em 1995 em 'professional
psychology' por David Antonuccio, da faculdade de medicina da
Universidade de Nevada, e dois colegas. Os pesquisadores constataram
que 'várias metanálises -- relatadas em publicações especializadas de
psiquiatria e psicologia -- abrangendo numerosos estudos com milhares
de pacientes corroboram com notável consistência a perspectiva de que
a psicoterapia é no mínimo tão eficaz quanto a medicação no
tratamento da depressão.' Em outras palavras, a declaração de Dodó
em 'Alice no País das Maravilhas' -- 'todo mundo ganhou, e todos
devem ser premiados' -- aplica-se não só à psicoterapia, mas também à
psicofarmacologia.
Essa conclusão foi confirmada por um dos mais rigorosos estudos sobre
depressão já realizados: o Programa de Pesquisas Conjuntas sobre
Tratamento da Depressão, lançado pelo National Institute of Mental
Health -- NIMH -- em fins dos anos 70. O estudo abrangeu 239
pacientes com depressão, tratados por dezesseis semanas em três
hospitais, com um dos quatro métodos a seguir:
- Terapia cognitiva-comportamental.
- Terapia interpessoal, concentrada nas relações do paciente com
outras pessoas.
- Imipramina, um antidepressivo tricíclico, juntamente com
acompanhamento clínico, uma breve consulta semanal com o médico que
prescreve a droga, como uma espécie de psicoterapia placebo.
- Um comprimido de placebo juntamente com acompanhamento clínico.
O programa contra a depressão do NIMH contém alguma coisa para
agradar -- e desagradar -- quase todo mundo. Mesmo antes da primeira
publicação de resultados, em 1989, psicólogos afirmaram que o
programa havia demonstrado a validade da psicoterapia. O 'New York
Times' anunciou em primeira página: 'Estudo comprova: psicoterapia é
tão eficaz quanto drogas na cura da depressão'. Em outra frente,
defensores da terapia cognitiva-comportamental garantiram que ela
produzia os melhores resultados a longo prazo, e a imipramina, os
piores. Os terapeutas interpessoais exultaram porque sua
técnica funcionou melhor do que a terapia cognitiva-comportamental
(embora não tão bem quanto a imipramina) para pacientes gravemente
doentes.
Os proponentes dos antidepressivos aferraram-se ao fato de que um
grupo de pacientes gravemente deprimidos, em especial os decritos
como 'gravemente incapacitados', a princípio pareceram responder
melhor à imipramina do que a qualquer uma das psicoterapias. Com base
nesse dado, a American Psychiatric Association recomentou, em 1993, o
emprego de drogas no tratamento inicial da depressão. Com efeito, a
principal descoberta do projeto do NIMH foi que todos os quatro
métodos produziram aproximadamente os mesmos resultados ou
ausência de resultados. Segundo algumas mensurações, os pacientes
responderam melhor ao placebo e ao acompanhamento clínico.
.......
Um dado notável, segundo Elkin, foi a porcentagem relativamente
pequena de pacientes que seguem todo o tratamento, recuperam-se por
completo e permanecem inteiramente bem durante os dezoito meses do
período de acompanhamento pós-tratamento. (...) Foram estas as
porcentagem de pacientes que permaneceram bem em cada método: terapia
cognitiva- comportamental, 30%; terapia interpessoal, 26%; placebo
mais acompanhamento clínico, 20%; e imipramina, 19%."
(texto extraído do livro "A Mente Desconhecida", de John Horgan -- pp.
153/155; Companhia das Letras)
[]s
Manuel Bulcão
SUBJECT: RES: [ciencialist] RES: Meme, de que é feito isso?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 13:40
> De: Sérgio Taborda
>
> > Sérgio: Por definição de abstracto, ele não tem representação
> > material, donde não é feito de nada. Se o abstracto não e´feito de
> > nada, e meme é abstracto, então meme tb não é feito de nada.
>
> Medeiros:
> "Na minha opinião abstrato é tão real quanto o concreto se for
> interpretado como informação."
>
> Sergio:
> :-))) Mas 'informação' é algo abstracto, donde nem a
> informação é feita de algo.
E porque precisa ser feita de algo? Uma unidade mínima de
informação pode ocupar qualquer substrato. Pode ser uma
conchinha, um palitinho, um elétron, um spin que seja, e daí?
> "Tudo (?) pode ser interpretado
> como informação (well, ruídos existem e não são informação, mas
> essa constatação não invalida minha afirmação, certo?)."
>
> Tecniamente não. Ruido é exactamente o contrário de
> Informação (aqui usando
> o termo no sentido tecnico)
Você não compreendeu a sutiliza do sinal de interrogação que
coloquei entre parênteses? ;-)
O tudo ali significa as coisas que
são inteligíveis para nós. Mesmo em meio ao que seja
para nós ruído pode existir alguma informação, algum padrão
desconhecido.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 13:43
>
> L: Nossa! Se você não me tivesse dito isso... ! Faço parte de
> listas místicas sim e por lá as pessoas têm outros nomes para gente
> como eu: CÉTICA, por exemplo.
O que dirão então do nosso querido Takata: SATÃ, por exemplo... :-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 14:00
> De: Takata
>
> Se for operacional a definição acima, a questão é saber se vc
> consegue ficar sem fumar qdo bate aquela vontade.
Alexandre Medeiros: Sim. Já aconteceu de estar bebendo cerveja, bater a vontade,
mas não ter cigarros. Simplesmente esqueço o cigarro.
Eu esqueço a cerveja e vou atrás de onde tem cigarro. Depois volto à cerveja ... fumando. Por que só meio prazer?
[]'
Léo
==============
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####
Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - sintetizando hidroxido de potssio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 14:01
Sugira.
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: Carlos Bastos
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 15 de outubro de 2002 16:56
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - sintetizando hidroxido de potássio
Olá ilustrissimo porfessor!
Gostaria de saber como posso obter hidróxido de potássio a partir de lagumas cabeças de palitos de fósforos.... estou tentando desenvolver uma célula combustível para contribuir no site... poderia me ajudar???
Desde já muito grato.
Carlos Bastos
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 14:14
Sugestões?
[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Vera Lucia de Freitas de Sousa" <vsousa@cnpq.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 14 de outubro de 2002 18:03
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
| Boa tarde,
|
| Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão participar da
| Feira de Ciências no colégio.
| Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica, história
| e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência incluindo
| matemática e geografia e o outro matemática e história.
| Gostaria de contar com a colaboração de voces para que eu possa
| ajudá-los.
|
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 14:15
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> a utilização das drogas [é] uma falta de caráter e
> força de vontade da pessoa [...]
Epa, epa, epa. As drogas psicotrópicas viciam, elas criam dependência
química nos usuários. Isso não é falta de caráter e de força de
vontade. Por exemplo, ninguém aqui por força de vontade e caráter
consegue ficar sem respirar por muito tempo -- a falta de controle
voluntário sobre isso é da mesma ordem no caso de diversas drogas.
Além disso ha' todo um ambiente psicossocial (pressões do ambiente
como amigos, familiares, estresse, trabalho, historico de vida,
fatores inatos, etc) q. influi tto no contato com as drogas, como na
dependência delas.
[]s,
Roberto Takata
Teenager
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] RES: Meme, de que é feito isso?
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 14:27
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Sérgio Taborda
> >
> > > Sérgio: Por definição de abstracto, ele não tem representação
> > > material, donde não é feito de nada. Se o abstracto não e´feito
de
> > > nada, e meme é abstracto, então meme tb não é feito de nada.
> >
> > Medeiros:
> > "Na minha opinião abstrato é tão real quanto o concreto se for
> > interpretado como informação."
> >
> > Sergio:
> > :-))) Mas 'informação' é algo abstracto, donde nem a
> > informação é feita de algo.
>
> E porque precisa ser feita de algo?
Essa é uma pergunta que pode ser levantnada à pergunta
original: "Meme, de que é isso feito" ?
> > "Tudo (?) pode ser interpretado
> > como informação (well, ruídos existem e não são informação, mas
> > essa constatação não invalida minha afirmação, certo?)."
> >
> > Tecniamente não. Ruido é exactamente o contrário de
> > Informação (aqui usando
> > o termo no sentido tecnico)
>
> Você não compreendeu a sutiliza do sinal de interrogação que
> coloquei entre parênteses? ;-)
>
> O tudo ali significa as coisas que
> são inteligíveis para nós. Mesmo em meio ao que seja
> para nós ruído pode existir alguma informação, algum padrão
> desconhecido.
A questão não é se existe padrão, ele existe.
Por exemplo o ruido branco é bem caracterizado. Mas isso não contém
nenhuma informação.
Por isso é que Ruido, Padrão e Informação são coisas diferentes.
:)
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 14:52
Em Ter 15 Out 2002 13:48, you wrote:
Sérgio, a discussão está bem interessante, apesar de eu acreditar que nós
estamos falando coisas bem diversas sem que um consiga entender exatamente o
que o outro está falando.
Ao invés de tentar responder tudo em um único email e pela ordem apresentada,
vou tentar dividir o assunto nos ponto centrais de discordância e debater um
assunto de cada vez. Assim teremos emails curtos e maior clareza.
Vamos ao ponto central: Influência e significado.
> O problema está no seu uso da palavra 'influencia'
> é que quando se usa esse termo em astrologia ele tem um significado
> tecnico que eu não sei se vc entende qual é , e/ou se o está usando.
> Digamos que o planeta, o ponto no mapa astral, tem um Significado.
> Para não confudirmos mais as coisas.
>
> O que eu estou a dizer é que qq ponto q vc considere só tem
> significado depois de vc saber de que ponto está a falar.
> E vc está tentando dizer que o significado já existe antes disso.
> É isto que eu estou a dizer que não tem sentido. E acho que é simples
> entender pq.
> Todo o pseudo-problema vem do seu uso não-tecnico da
> palavra 'influencia'
Vamos deixar claro então meu questionamento. A astrologia defende a idéia que
o estudo da posição dos planetas pode nos mostrar fatores importantes que
influenciam no comportamento humano. Não quero discutir uma forma de energia
emanada por Marte que me afete, e sim o conceito posições planetárias podem
agir sobre o comportamento humano.
Se são as posições planetárias os agentes destas tendências de comportamento
humano que fala a astronomia, os planetas influenciam coisas antes de sua
descoberta.
Se são as representações e significados atribuídos aos planetas que são os
agentes que interferem no comportamento humano, então a consideração da
posição dos planetas é apenas uma invenção ad hoc, visto que não há relação
entre posição planetária e comportamento humano, e sim conceituação humana
sobre comportamento humano.
>
> > Se for esta defesa, então a influência de um planeta é por
> > essência ad hoc.
>
> Exactamente ao contrário.
> Primeiro a gente escolhe um ponto. Depois vemos o que ele rege.
> E dai extraimos os seu Significado.
> Depois tudo isto é condensado num simbolismo.
> A astrologia é só isto.
Exato. Determina-se um ponto e estuda-se sua regência. Se este ponto existia
antes da determinação de sua regência (sendo nodos orbitais, conjunções ou
corpos celestes), sua regência também existia.
> Urano não tinha significado no sec X. É claro agora pq os mapas nessa
> altura não estão errados ?
Alto! Se Urano não tinha significado no século X, isto significa que Urano
não regia nada no século X? A regência de um planeta só existe a partir do
momento que a descobrimos?
Se sim for a resposta fica claro que a regência não é descoberta, e sim
inventada.
> Não.
> Vc está partindo de um principio que não é verdade em astrologia.
> É isto que dá debater as coisas sem as ter estudado antes.
> Em astrologia existe um principio , como poderei chamar(?)... de
> bonequinhas russas, umas dentro das outras.
> A base de tudo são os signos. E cada um tem tem um significado unico.
> Depois distribuem-se os planetas pelos signos usando o sistema de
> regencias que já expliquei como se estabelece. O mais importante e
> basico são os signos e NÂO os planetas, ao contrario do que vc possa
> pensar.
Não estou discutindo o quanto posições planetárias influenciam, nem qual o
mecanismo disto. Mas estou discutindo implicações simples de aceitarmos que
posições planetárias são significantes para o comportamento humano.
> Quando vc diz que um mapa traçado no sec X é impreciso, vc nem sabe o
> que "preciso" significa.
Uso precisão no sentido de menor margem de erro. Para mim isto não é difícil
de entender.
> > Ok, como conciliar estes dois mundos:
> > "Não é vital que os novos planetas sejam incluídos na hierarquia.
>
> Isto é uma
>
> > tentativa da astrologia ocidental moderna que é discutível, e
>
> discutida nos
>
> > círculos astrológicos."
> > "Ao contrário. Eles são fundamentais para uma astrologia acurada."
> >
> > Como a inclusão dos novos planetas podem ser algo de valor
>
> discutível mas
>
> > vital para uma astrologia acurada? Isto não faz sentido.
>
> Claro que faz.
> A Astrologia Classica é um sistem auto-suficiente.
> E neste sentido não é vital acrescentar-lhe mais coisas.
> Por outro lado, se as acrescentarmos, elas nunca irão negar o grosso
> que é ditado pela astrologia classica, mas apenas refinar o que já
> foi dito. Mas para esses refinamentos ha muitas tecnicas que não
> passam necessáriamente pela def de novos astros.
Se para uma astrologia acurada é essencial considerar os novos planetas, não
pode ser de valor discutível a consideração dos novos planetas. Não se trata
da autosificiência da astrologia clássica, e sim da importância das novas
informações, lançando nova luz que permite fazer uma astrologia mais acurada.
E se os novos planetas permitem uma astrologia mais acurada, para obtermos a
mesma acuidade para eventos passados devemos considerar no passado os novos
planetas. E também implica que as previsões passadas não possuem a mesma
acuidade, ou seja, possue maior margem de erro.
Como analogia peguemos a mecânica newtoniana. Ela é perfeitamente funcional
para descrever os fenômenos para a qual foi criada, mas não possue a mesma
acuidade para descrever a questào sobre o movimento dos corpos que possue a
teoria da relatividade específica. Após a teoria da relatividade específica é
mais precisa e adequada para descrever o movimentos dos corpos não importando
a data destes movimentos.
Isto torna os cálculos newtonianos incorretos? Praticamente nào, mas
comparados aos cálculos relativísticos eles são incorretos.
O mesmo quanto ao estudo da importância das posições planetárias sobre o
comportamento humano. Claro que a descoberta de Urano não muda a influência
de Marte sobre determinado evento. Mas acrescentar tal influência decreveria
melhor o quadro geral. Pode ser que praticamente a diferença seja
desprezível, mas em termos de precisào é melhor considerar Urano que não
considerá-lo. E só poderemos saber se não há diferencá na prática ao
compararmo as diferenças das duas situações empiricamente.
> A astrologia moderna vê nessas informações adicionais uam mais valia
> no que respeita o simplificar e tornar mais robusto o processo, mas
> não é assim tão relevante, não é vital.
E vital para uma astrologia mais acurada ou não? Acuidade não possue
importânica para astrologia?
> Em bom rigor, a astrologia atribui planetas a caracteristicas.
Estas características existiriam sem a existência dos planetas? Ainda não
ficou claro para mim como características são atribuídas a alguns pontos
astrológicos e não a outros e se existe uma sistemática clara para tal.
E mesmo0 se as características são precedentes aos planetas e outros pontos,
a astrologia necessita saber a posição destes pontos para determinar a
influência destas características. Então em questão de fenomenologia, no
tocante a confecção de mapas, é indiferente quem nasceu primeiro, a
característica ou o planeta. O que importa é que a característica atua de
maneira dependente da localização do planeta em relação aos demais pontos.
> Se não ha esta necessidade, então a descoberta de novos planetas é
> irrelevante quanto à eficácia da astrologia.
Você mesmo reconheceu que para uma astrologia mais acurada é vital considerar
a posição dos novos planetas. Acuidade tem ligação direta com eficácia. Algo
mais preciso é mais eficiente.
> Eu intrepretei suas palavras como "meteorito". Que é um
> asteroide 'perdido' que cai na (choca com a ) Terra.
>
> Imaginemos um dos asteroides da terra. eles têm movimento ciclico, e
> podem ser considerados. A sua pergunta é: se eles cairem na terra
> como é ?
> A resposta a isso depende do seu grau de fanatismo. Se vc é um
> daqueles fanaticos que diz que os planetas 'emanam' energias, então a
> energia está perdida para sempre e não mais vai aparecer esse ponto
> em um mapa. Se vc for mais razoável e entender que o que conta é
> periodo do movimento ciclico e não o astro em si, então vc vai
> entender que mesmo sem o corpo fisico lá, vc poderá continuar a usá-
> lo.
> Isto é descabido ?
> Não, pq como disse antes, não é preciso haver corpo material para
> certo ponto seja considerado num mapa. Isto é um caso extremo desta
> regra. O que realemete interessa é o periodo de tempo.
Isto é significativo. Se não há correlaçào entre regência astrológica e
existência do corpo físico, as possibilidades são muitas.
Pela atual teoria de formação do sistema solar, os planetas surgiram da
colisào de diversos planetóides que se ajuntaram por atração gravitacional.
Posso tentar fazer um estudo astrológico sobre as reg6encias diversas destes
planetóides primitivos?
Posso criar um novo ponto astrológico de baixa significância que derivado da
posição de um asteróide ou cometa que colidiu com a terra a dois milhões de
anos mas que não temos dados de sua órbita, pressupondo uma órbita qualquer?
Se o que é significante para a astrologia não é a existência física de um
corpo celeste (note que falo de pontos que são planetas) então nada impede a
criação de planetas não existentes, mas com órbitas cíclicas, e depois
aventar uma característica compatível com esta órbita que não existe? Se não,
por que?
> Ha até quem defenda que os pontos devem ser obtidos independentemente
> dos astros. Mas ai intrariamos noutra coisa que não poderia ser
> chamada de Astrologia (ou seria um ramo,muito,muito ramificado)
Se um corpo que deixa de existir (por colidir na Terra, por exemplo) continua
a ter influência astrológica é perfeitamente coerente obter pontos
independentes dos astros, pois o que gera as regências não são os astros, e
sim ciclos periódicos. Realmente teríamos aí um novo ramo de conhecimento,
que poderia ser chamada de ciclologia: o estudo de quais são os ciclos
periódicos que influenciam o corportamento humano e como se dá esta
influência. Eu estaria particularmente curioso sobre a importância de um
ciclo de 2pi elevado ao algarismo neperiano semanas.
Aniello
SUBJECT: Re: Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 15:12
> É uma verdade matemática. O que cai na velha dicotomia entre
realidade e matemática. Lógica [corro o erro de afirmar] é um
fenômeno matemático.
Não seria a matemática um fenômeno da lógica?
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 15:21
> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> Enviada em: terça-feira, 15 de outubro de 2002 14:15
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
>
>
> --- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> > a utilização das drogas [é] uma falta de caráter e
> > força de vontade da pessoa [...]
>
> Epa, epa, epa. As drogas psicotrópicas viciam, elas criam dependência
> química nos usuários. Isso não é falta de caráter e de força de
> vontade. Por exemplo, ninguém aqui por força de vontade e caráter
> consegue ficar sem respirar por muito tempo -- a falta de controle
> voluntário sobre isso é da mesma ordem no caso de diversas drogas.
>
> Além disso ha' todo um ambiente psicossocial (pressões do ambiente
> como amigos, familiares, estresse, trabalho, historico de vida,
> fatores inatos, etc) q. influi tto no contato com as drogas, como na
> dependência delas.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
> Teenager
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 15:24
> De: Takata
>
> --- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> > a utilização das drogas [é] uma falta de caráter e
> > força de vontade da pessoa [...]
>
> Epa, epa, epa. As drogas psicotrópicas viciam, elas criam dependência
> química nos usuários. Isso não é falta de caráter e de força de
> vontade. Por exemplo, ninguém aqui por força de vontade e caráter
> consegue ficar sem respirar por muito tempo -- a falta de controle
> voluntário sobre isso é da mesma ordem no caso de diversas drogas.
>
> Além disso ha' todo um ambiente psicossocial (pressões do ambiente
> como amigos, familiares, estresse, trabalho, historico de vida,
> fatores inatos, etc) q. influi tto no contato com as drogas, como na
> dependência delas.
Eu não dispensaria o fator CARÁTER. Acho mesmo que este fator
seja o diferencial entre o usuário esporádico de droga e o junkie drogadão.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 15:26
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Eu não dispensaria o fator CARÁTER. Acho mesmo que este fator
> seja o diferencial entre o usuário esporádico de droga e o junkie
> drogadão.
Sem dispensar, mas vc fuma?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: Meme, de que é feito isso?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 15:28
> De: Sergio M. M. Taborda
>
> A questão não é se existe padrão, ele existe.
> Por exemplo o ruido branco é bem caracterizado. Mas isso não contém
> nenhuma informação.
> Por isso é que Ruido, Padrão e Informação são coisas diferentes.
Não estava com ânimo de explorar estes detalhes, mas já que vc
cutucou, vamos lá. De fato, um padrão pode trazer consigo informação,
porém, um padrão, mesmo que contenha informação útil, passa a ser
ruído quando ele se repete (redundância).
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 15:35
> De: Takata
>
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Eu não dispensaria o fator CARÁTER. Acho mesmo que este fator
> > seja o diferencial entre o usuário esporádico de droga e o junkie
> > drogadão.
>
> Sem dispensar, mas vc fuma?
Tabaco. Esporadicamente quando tomo uma cervejinha. Nestes últimos
dias de calor, menos esporadicamente. Mas um maço de cigarros
chega a durar mais de uma semana. Às vezes passo meses sem fumar
e nunca pensei em parar. Eu gosto de fumar quando bebo cerveja.
Para quem fumava um maço por dia...
O fato é que hoje tenho controle sobre a nicotina.
Sim, eu sei onde tu queres chegar. Falta-me caráter para abandonar
o vício?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 15:48
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> O fato é que hoje tenho controle sobre a nicotina.
Talvez tto qto sobre a sua respiracao. Tente largar de vez.
(Claro q. alguns nao se viciam, nao desenvolvem a
dependencia. Seria preciso avaliar esse fator -- o
q. pode ser complicado dependendo da definicao q.
se der 'a dependencia quimica.)
> Sim, eu sei onde tu queres chegar. Falta-me caráter para abandonar
> o vício?
Primeiro temos q. ver se isso e' um vicio. Teremos q. ver se
vc consegue mesmo largar o cigarro sem ajuda extra.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 16:01
Em Ter 15 Out 2002 13:48, you wrote:
Agora as outras questões menores...
Umas questões técnicas sobre astrologia e astronomia...
> Não. Signo refere-ce ao ponto de conjunção Sol-Lua.
> Existem 12 pontos destes em 1 ano solar.
> O subtantivo alargou-se para significar o intervalo entre um signo e
> o proximo. Aries por exemplo é o nome do ponto a 0º e do 1º sector
> entre [0º 30º[
> Touro do ponto a 30º e do sector entre [30º 60º[
Qual o conceito de conjunção para astrologia?
Em astronomia conjunção é a concidência de longitude geocêntrica (declinação)
ou de ascensão reta de dois corpos. Como se trata de um conceito relacionado
a posição relativa de dois corpos, não se pode falar de um ponto de conjunção
(astronômica).
> Sempre me ensinaram que "constelação" = "conjunto de estrelas"
> Se vc está a falar de 120 graus, vc está a falar de 4 signos.
> Portanto signo = ponto = sector (numero de graus, sistema matemático).
> Constelação = Conjunto de Estrelas. (Pollux pertence à Constelação de
> Gemeos, Sirius à de Cancer, etc.)
>
> Foi esta convenção que usei.
> Se vc quiser usar "constelação" para o sector, tudo bem, mas ai me
> diga como vc chama o conjunto de estrelas.
As constelações, originalmente eram figuras traçadas pelos
astrônomos/astrolólogos com detreminado conjunto de estrelas. Devido a uma
diversidade de constelações em vários meios culturais, e principalmente
devido a muitas estrelas não serem atribuídas a nenhuma constelação (em
especial as não visíveis a olho nu), resouveu-se criar uma convenção
internacional para se mapear o céu.
Hoje, por exemplo, quando falamos em constelação de Áries, queremos dizer:
região compreendida entre as ascenções retas de 01 h 44 mim e 03h 27 mim e
declinações de +10 graus e 2' e +30 graus e 9'.
Diferente do conceito de signo astrológico, que é unidimensional (se eu
entendi certo, um signo é uma porção do arco do zodíaco de 30 graus), a
constelação é uma área do globo celeste. Obviamente esta diferença se deve ao
fato que para a astrologia as regiões celestes fora do zodíaco não possuem
grande importância.
> > > (as constelações tb 'esticam e encolhem', os signos não)
> >
> > Me desculpe, mas as constelações não esticam e encolhem, pelo menos
>
> não na
>
> > astronomia.
>
> Bom, eu já li em vários lugares que a ursa maior não tem o mesmo
> aspecto (posição relativa) hoje, que tinha ha muitos anos atrás (o
> que é obvio, já q as estrelas se movem).
> É neste sentido que escrevi 'esticam e encolhem' , entre aspas.
Ok, entendi. O ponto é válido.
Como já esclareci, o conceito de "constelação" mudou. E não custa resaltar
que o movimento próprio das estrelas é extremamente lento, e as mudanças
perceptíveis na posição relativa das estrelas ocorrem apenas quando
consideramos vários milênios de observação. O céu do século X, no tocante a
posição relativa das estrelas, é bem semelhante ao atual, excetuando algumas
estrelas "velocistas".
=======================
Cometas
> > Bom, que eu saiba em 1986 (ano da última aparição do Halley) não
>
> houve
>
> > ninguém que associasse catástrofes a ele.
>
> E pq ? vc sabe ?
> 1) quais os aspectos formados entre ele e o outros planetas?
> 2) qual o signo(s) onde apareceu?
> 3) qual o significado que lhe é atribuido?
> 4) qual a relevancia actual do estudo dos cometas ?
>
> Se vc não sabe um destes pontos pq vc fica admirado?
Por que eu sei de outras coisas. Sei que antes de entendernos que um cometa é
um corpo celeste composto de um pequeno núcleo rochoso coberto de gelo com
óbita altamente elíptica as aparições de cometas eram imprevisíveis e
inesperadas. Mesmo sem ser um fenômeno ao qual se podia (na época) atribuir
um período, os astrólogos viam nos cometas grandes significados astrológicos.
Cometas foram responsabilizados pela morte de Constantino (336), de Átlia
(453), de Merovéu (577), de Maomé (632), de Luiz, o Clemente (837), de
henrique I, rei da França (1060), do papa Urbano IV (1294), e de vários
outros. Philipe Bombast von Hohenheim, conhecido como Paracelso (1493-1541)
afirma convicto em 1530: "os cometas, com sua aparência horrível e
ameaçadora, são anjos que o céu nos envia para advertir-nos do pecado".
Alguns eventos atribuídos já ao cometa Halley:
837: Na França os astrólogos de Luiz I veêm o cometa como um anúncio de
mmuadança de reinado e morte do príncipe. O pobre rei recorrendo a um
conselho de bsipos tem então, como resposta, que devia rezar, edificar
igrejas e fundar mosteiros. Tudo é cumprido a risca. O rei morre três anos
depois.
1066: durante a invasão de Guilherme, o conquistador vê o cometa Halley como
indício de sua vitória sobre os ingleses.
1456: Nesta época os turcos, liderados por Mahomé, e o Papa Calisto III
estão em guerra. O cometa é visto, e o papa calisto III faz repicar os sinos
todos os meios dias e ordena aos fiéis a fazerem preces para esconjurar o
cometa e os turcos.
Estranhamente depois de compreendermos a natureza dos cometas estas
associações astrológicas deixaram de acontecer. Nas aparições recentes do
Halley, como exemplo, em 1910 teve-se panicop por que a Terra atravessou a
cauda do cometa (os leigos temiam envenenamento pelos gases do cometa) e em
1986 nenhuma catástrofe foi temida. Estranhamente todos cometas modernos são
cometas "tranquilos" enquanto todos os cometas na antiguidade eram cometas
"nervosos". Uma concidência tamanha é difícil de se explicar apenas por
conjunções e seus significados. Trata-se claramente de uma mudança de
paradigma. O significado astrológico de um planeta foi alterado, sem base em
uma alteração da teoria astrológica referente ao cometa, apenas por que
sabemos que os cometas não matam reis nem geram guerras.
>
> > Os astrólogos atuais, pelo que eu vejo nos meios de comunicação,
>
> não saem
>
> > apregoando grandes pragas e enchentes, mortes de líderes ou coisas
> > semelhantes por que um novo cometa foi avistado. Isto era comum na
> > antiguidade.
>
> Pois não... mas vc já viu que eles fazem previsões para os mercados
> da bolsa ? (os tempos mudam e as coisas importantes, mudam com eles)
Então guerras e mortes de regentes não são mais importantes? Então as
características que um cometa representa é alterada por que a sociedade mudou?
Parece mais simples crer que aquilo que os astrólogos acreditam que um cometa
possa influenciar é que foi alterado.
(dados sobre influ6encia astrológica do halley extraídos de "Os cometas",
Nelson Travnik, Editora papirus)
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 16:10
> De: Takata
>
> Talvez tto qto sobre a sua respiracao. Tente largar de vez.
> (Claro q. alguns nao se viciam, nao desenvolvem a
> dependencia. Seria preciso avaliar esse fator -- o
> q. pode ser complicado dependendo da definicao q.
> se der 'a dependencia quimica.)
Ou seja, é preciso definir o que seja vício.
> > Sim, eu sei onde tu queres chegar. Falta-me caráter para abandonar
> > o vício?
>
> Primeiro temos q. ver se isso e' um vicio. Teremos q. ver se
> vc consegue mesmo largar o cigarro sem ajuda extra.
Até onde sei o vício do cigarro exige constante renovação da
dose, várias vezes ao dia. Isso não acontece comigo. O último
cigarro que fumei foi sábado à tarde. Não sinto a menor falta
e se alguém fumar perto de mim, especialmente quando faço
minhas refeições, eu reclamo.
Já disse, fumo porque gosto. É como o apreciador de charutos,
vinhos, chocolates ou queijos. É um hábito, não um vício.
O viciado toma sua dose seja lá do que mais por compulsão
que por prazer.
Um viciado em cigarro sofre horrores nos três primeiros dias
de abstinência: não dorme bem, está sempre irritado e inquieto,
não pensa em outra coisa que não seja cigarro e se vê alguém
fumando perto fica alucinado.
Como disse, não fumo desde sábado, portanto, há três dias e
não tive quaisquer dos sintomas acima. Se hoje eu decidir
tomar uma cervejinha vou acender um cigarro sem o menor
trauma.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 16:17
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Ou seja, é preciso definir o que seja vício.
Uma tentativa: vício não é sentir compulsão constantemente, é ser
incapaz de resistir à vontade.
> Até onde sei o vício do cigarro exige constante renovação da
> dose, várias vezes ao dia.
Se for operacional a definição acima, a questão é saber se vc
consegue ficar sem fumar qdo bate aquela vontade.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Sobre o batismo dos planetas (era Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco))
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 16:39
> > > > Os nomes foram escolhidos por analogias mitológicas greco-
>
> romanas. Se a
>
> > > > comunidade dominante de astronomia fosse não européia, outros
>
> nomes
>
> > > > seriam adotados, de outras mitologias.
> > >
> > > Não me referia aos nomes, mas ao simbolismo dos mesmos. Por um
>
> lado
>
> > > osimbolismo astrologico e por outro o simbolismo mitologico.
> >
> > Sim! E você concorda que se outros nomes fossem usados, sua
>
> simbologia
>
> > mitológica seria diversa, não?
>
> Não.
> Na India usam-se outros nomes, mas a simbologia é a mesma.
Veja bem, a simbologia astrológica pode ser a mesma devido a padronização que
a astrologia está tendo a nível mundial. Mas os nomes adotados para os
planetas anteriormente possuiam uma significação mitológica bem diversa de
acordo com cada cultura.
Ex:
Mercúrio é o planeta mais veloz do céu, e por isso os gregos o batizaram com
o nome de Hermes, o mensageiro dos deuses. Os romanos procuraram a
equivalência dos seus deuses com os dos gregos, e batizou o planeta como
Mercúrio, deus ligado ao comércio. No vale do Nilo o planeta era chamado de
Apollon (provável influencia grega. Os gregos originalmente acreditavam que
quando Mercúrio aparecia de manhão era Apolo, e no entradecer era Hermes.
Quando ficou comprovado que era apenas um planeta, adotou-se Hermes). Na
Babilônia era chamado de ninib, Nabou ou nebó (a intelig6encia suprema). Era
chamado de Boudha na Índia, Mokin ou Monin (deus da perfídia) na Fenícia,
Chin-Sing (o planeta da hora) na China, Odin (o pai de todos os deuses) entre
os escandinavos, Wodan (também pai dos deuses) entre os germanos, etc...
Ou seja, cada cultura uma divindade ou princípio cósmico diferente era
atribuído ao mesmo planeta. O fato de chamarmos o planeta mais próximo do sol
de Mercúrio, e as significações filosóficas disto, deve-se apenas a vitória
do modelo ocidental baseado em valores greco-romanos.
> (Foram os gregos que desenvolveram a Astrologia Classica ocidental
> que foi passada para os Arabes depois. Os romanos não têm nada a ver
> com isto. Eles apenas usurpavam o que era de outros povos: até a
> mitologia grega eles copiaram.)
Esta desvalorização da herança latina que recebemos é uma meia-verdade muito
repetida. se fosse algo tão simples assim ainda chamaríamos Mercúrio de
Hermes.
> Não. É exactamente ai que todos se enganam.
> As pessoas acham que é por Marte se chamar Marte que corresponde com
> a guerra e etc.
> Não. Ele corresponde com a Guerra pq corresponde com Aries, que é um
> signo de polaridade positiva (masculina) e elementariedade Fogo. O
> que significa que é a realização prática e material de uma força, de
> uma capacidade.
> Em particular, e atenção a isto: em particular, a guerra é uma destas
> coisas. Mas não é a única.
> Ou vc pensa que quando o astrologia lê marte num mapa diz "vc vai
> participar em uma guerra" ? Não cheguemos a esse absurdo.
Não sou eu que estou dizendo que há uma coincidência entre nomes mitológicos
e regência. Não inverta os papéis. Eu estou apenas dizendo que os mais
variados nomes, com os mais variados significados já foram atribuídos aos
planetas.
Hoje a astrologia adotou a nomenclatura romana para os planetas (assim como a
astronomia). Os padrões atuais de regências astrológicas são de tradição
européia. Estes padrões foram estabelecidos após a padronização da
nomenclatura. Em vez de ver uma incrível coincidência, vejo uma grande
influência.
>
> O que eu estou dizendo é que o significado dos planetas deriva dos
> significados dos signos através de um sistema simples e imutável
> desde sempre.
> Por isso que eu tenho curiosidade em saber pq os nomes correspondem
> tão bem com os arquétipos e seu significados.
> Existe a teoria de que como na antiguidade não existiam registros
> escritos era mais simples criar historias para memorizar o sistema
> astrologico. Existe a evidencia sem margem de duvidas disto, nos 12
> trabalhos de Hercules. Esta é quando a mim uma boa hipotese.
> A questão é se é verdadeira.
Faz sentido crer que parte da mitologia era uma forma de memorização dos
princípios astrológicos, e que as atribuições de nomes eram feitas com tal
intuito. A mitologia sempre teve um caráter educativo.
Mas diferentes culturas batizaram os mesmos planetas com nomes de signficados
completamente diversos. Não há coincidência entre nome mitológico e regência
a não ser entre nome romano e regência astrológica ocidental. E é bem mais
simples explicar esta coincidência como sendo de raiz cultural que atribuir
significados extras.
Como a determinação da reg6encia de um novo planeta é feita após o batismo,
continua sendo mais simples assumir que o batismo influencia a determinação
da reg6encia, e não vice-versa.
Se batizar um planeta é um ato que está sujeito a influências das reg6encias
astrológicas, por que tantas culturas "erraram" ao batizar seus planetas.
> Toda essa logica de vcs de que o nome establece as caracteristicas
> etc... não faz nenhum sentido pq o sistema astrologico não precisa de
> nomes. Eles são apenas menemonicas: simbolos, para falar mais coisas
> em menos tempo.
Repito, não sou eu que está apontando uma semelhança entre nomes e regências.
> > > O que vc quer exactamente dizer com isso ?
> > > Que colocaram ele no mapa ? Bom, podemos colocar lá muitas coisas.
> > > Para que Plutão tenah relevancia, é porque muitas conclusões
>
> foram baseadas
>
> > > nele.
> > > Quais foram as conclusões baseadas nele ?
> >
> > Ato falho... Discutir experiências pessoais em condições
>
> determinadas não é a
>
> > forma adequada para se questionar um sistema de pensamento
>
> Eu não estou pedindo que me diga de sua vida. Isso é contra a ética
> astrologica. Eu estou dizendo que aspectos foram encontrados em
> relação a plutão. por exemplo, Plutão-conjunção-Sol, Plutão -
> quadratura-Lua, Ascedente - conjunção- Plutão. etc..
> E depois desses quais foram intrepretados em coisas que tenham a ver
> exclusivmente com vc.
> Depois faça o mesmo para os outros planetas e compare.
Basicamente eu acho pouco relevante falar dos meus mapas astrais por que eu
já não os tenho, não memorizei os dados neles contidos e não posso prosseguir
com rigor científico a verificação dos mesmos.
> Não vale afirmar o que vc afirmou só pq no mapa está desenhado o
> simbolo de plutão numa qq posição do zodiaco. Entende onde quero
> chegar? Eu não quero saber de sua vida.
> ( se quisesse perguntava-lhe a sua data, hora e local de nascimento)
2:37 AM, 28/04/1974, Brasília - DF.
Não tenho nada a temer ao revelar isto, pois estou convicto que isto diz
sobre mim apenas que sou brasiliense, com 28 anos.
Aniello
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 16:42
> De: Takata
>
> Se for operacional a definição acima, a questão é saber se vc
> consegue ficar sem fumar qdo bate aquela vontade.
Sim. Já aconteceu de estar bebendo cerveja, bater a vontade,
mas não ter cigarros. Simplesmente esqueço o cigarro.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 16:51
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Sim. Já aconteceu de estar bebendo cerveja, bater a vontade,
> mas não ter cigarros. Simplesmente esqueço o cigarro.
Vc nunca filou um cigarrinho de ninguem tbm?
Ja' saiu pra comprar cigarros no meio de uma
chuva?
(Consegue ficar sem fumar pelos proximos
tres meses?)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 18:07
Em primeiro lugar, vejo que o Lisandro ja rebateu muito bem,
de forma coerente, mas nao sei o que vc entende por "coerencia".
Espero que nossas respostas se complementem.
e vamos em frente...
Ligia Gallo wrote:
> L*: Deus não é necessário. Ele só É... e Ele não precisa que
> acreditem Nele.
e de onde tirou isso?
esta escrito?
> Basta que você acredite em SI mesmo.
ah, sim. continuemos...
> L*: As drogas modificam a química cerebral. Pessoas com "vidência"
> têm muitas vezes a química cerebral alterada, quer por fatores
> genéticos, quer por doenças.
ou seja, nao precisam de drogas pra alucinar, ja se encontram
alucinados. uma bad trip constante...
a alucinacao é real, o tangivel nao é...ou talvez seja so parte do
real..certo?
> Muitos místicos ao longo da história
> vêm fazendo uso de drogas para a percepção do "além". Até aí, tudo
> certo. O interessante são os padrões que se repetem naquilo que é
> reportado por vários quando do uso de determinadas drogas.
sim, pois as drogas sao as mesmas, agindo em inidividuos da mesma
especie.
espera-se que os efeitos sejam semelhantes para a maioria...
ja tive experiencias parecidas com tais relatos fantasticos,
e nao vejo porque acreditar que sejam reais.
Fantastico mesmo é acreditar que os fenomenos percebidos atraves do uso
de drogas por outros seja a realidade, em detrimento daquela que vc
mesma pode perceber.
É incrivel!
> Portanto, qual o porquê da negação de que tais visões sejam uma
> realidade possível quando tudo o que temos como garantia de sanidade
> é um equilíbrio químico delicado a dar-nos suporte para a percepção
> da realidade? Gostaria de respostas sérias. Esta é uma pergunta
> séria.
Porque experimentei.
> L*: E o que garante a "não existência" dos mesmos é o equilíbrio da
> emissão de dopamina pelo sistema límbico e recepção pelo córtex...
que beleza! a dopamina é o "elixir" da realidade!
> L*: Já escrevi sobre isso em uma resposta a outro co-listeiro.
> Fenômenos que requeiram pesquisa devem ser pesquisados e toda
> crendice tornar-se-a fenômeno explicável.
nao vi sua resposta, pois alem desta lista assino outras e
o volume de e-mails é grande,
entao eu deleto muitos, priorizando os que julgo mais interessantes...
> L*: Não... ainda não é essa a resposta certa. Absorva mais...
muita, muita, muita fé, em deus, no alem,
ate nos relatos subjetivos de terceiros.
> > haha
> > um discipulo eu ja tenho, o Dr. PSI!
>
> L*: Ele é que está estudando você, seu bobo... :P
Aguardo o diagnostico...
> L*: É só entender como a química cerebral é importante para a
> elaboração do que é aceitável ou inaceitável em termos de realidade.
yes!
na verdade, as pessoas sao verdes e o céu laranja!!!!
"louco" é quem nao ve!
igualzinho "O Alienista"?
É como comparar um Dali e um Mondrian. Os dois sao belos.
mas um representa sua realidade, o outro, a minha.
Nos vemos no alem.
la continuaremos essa discussao...
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 18:07
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> -=*##>O Dr. PSI foi rebaixado... snif<##*=-
Nao fique triste, Dr. PSI, vc ta indo bem!
"É bom lembrar que a insatisfação é que dá origem à criação."
"Será que do júbilo da descoberta não advém o pranto?"
> seu penacho vermelho. Neste momento ele me olha de frente, se agita e me
> solicita: -"Para com isso!"
> Ora, eu apenas o olhava. Qual incômodo será que ele atribuiu estar-lhe
> causando?
talvez a cara de bobo ao olhar pra ele fixamente.
> Também ele me solicita: -"Para com isso!" Desta vez eu pergunto: -"Para com isso o
> quê?"
a mesma coisa...
> Novamente ele entra em ansiedade. Pede-me que pare. Parece que, desta vez,
> ele também participa da alucinação (Nota: Dos três envolvidos, somente eu
> havia feito uso da droga). De forma insistente, sem soltar sua mão,
> pergunto-lhe o que está acontecendo e parar com o quê?
provavelmente assustado com suas atitudes, que vc nao consegue avaliar
no momento.
> Ainda insinuo que
> aquilo que está acontecendo é uma experiência inusitada, que deveríamos nos
> envolver nela. -"Está bem", diz ele, "mas vai devagar, está muito rápido!"
> Ainda com as mãos unidas como que em um cumprimento, nos olhando face a
> face, repetimos a experimentação. Desta vez a progressão foi mais lenta, ou
> seja, o envelhecimento se fazia em menor velocidade.
ou seja, a perplexidade seu amigo diante da sua atitude estranha pode
ter influenciado sua alucinacao.
> Mesmo assim foi-se
> instalando uma sensação ansiosa. Veio a risada e a alucinação se desfez.
> Por muitas vezes refleti sobre estes acontecimentos. Em outra ocasião
> tentarei especular sobre os diversos significados das alucinações (Como nos
> sonhos, as alucinações não estão destituídas de significado).
Vc pode escolher um significado pra elas, se é isso que quer...
> Os três exemplos têm um aspecto comum: Aquilo que eu concebia como
> alucinação visual tanscendia os limites da minha individualidade, seria de
> alguma forma percebido pelo meu interlocutor. Houve irrefutavelamente uma
> comunicação. No entanto, nesta comuicação não foram articuladas palavras.
> Ela não se pocessou de uma maneira convencional.
é possivel a comunicacao pela expressao facial, por exemplo.
> Na segunda experiência, um aspecto peculiar: A coincidência da alucinação
> manifesta (Visualização de 'fantasma') e a resposta do amigo que ventilou a
> possibilidade de 'esoterismo'.
"esoterismo" é bem abrangente.
provavelmente ambos ja conheciam seus propositos antes da experiencia.
> Na terceira, a evidência de que haveria participação dos dois indivíduuos
> no incremento do fenômeno alucinatório.
nao encontrei evidencia alguma, Dr.PSI.
Vladimir
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 18:51
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>
> Boa Tarde, Lígia.
L*: Boa tarde!
> Eu não ainda não conheço ainda todos as suas opiniões sobre a
> metodologia científica. Porém pelo o pouco que pude averiguar elas
pecam
> pela falta de abrangência e profundidade.
L*: Posso aprofundar... :) Os detalhes que faltaram seguem em caps
lock na observação logo abaixo.
> 1) Reconheço o valor da teoria da Seleção Natural proposta por
> Charles Darwin como uma explicação para a diversidade de seres
vivos
> neste planeta. Porém afirmar que certas drogas
alucinógenas foram
> selecionadas ( processo evolutivo ) pelos seres humanos para
auxiliá-los na
> sobrevivência é um disparate sem fundamento.
L*: AI! Quem disse "drogas alucenógenas"? Eu disse que o cérebro
humano possui uma química própria que foi sendo "ajustada" através do
processo evolutivo. Está bem AQUI:
"> (...) E o que
> eu acho ainda mais interessante é o fato de apoiarmos toda nossa
> confiança de que existe um jeito "certo" de observar a realidade
> apenas a partir do equilíbrio da dosagem de substâncias químicas
(DA PRÓPRIA QUÍMICA CEREBRAL) circulando no cérebro... Essa sem
dúvida é
> a parte mais interessante. Veja que tais substâncias ( AS
SUBSTÂNCIAS SEGREGADAS PELO NOSSO PRÓPRIO SISTEMA) são compostos
> moleculares, os neurônios são células modificadas para receber
> estímulos e responderem aos sinais químicos. E, ao que tudo indica,
> no correr do processo evolutivo algumas substâncias ( QUE NÓS
MESMOS PRODUZIMOS) mostraram-se
> mais "eficazes" para a percepção do "apenas necessário" para nossa
> sobrevivência em detrimento de outras que poderiam tornar-nos
> confusos e incapazes de operarmos de maneira eficaz no mundo..."
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 19:05
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> >
> > L: Nossa! Se você não me tivesse dito isso... ! Faço parte de
> > listas místicas sim e por lá as pessoas têm outros nomes para
gente
> > como eu: CÉTICA, por exemplo.
>
> O que dirão então do nosso querido Takata: SATÃ, por exemplo... :-)
Bem... se fosse em uma lista Espírita, Takata seria
um "obsidiado"(alguém com "encosto") por algum "espírito zombeteiro"
que em nossa linguagem coloquial é o mesmo que "espírito de porco";
Se fosse numa das listas de Light Workers ( New Age, ou aquelas que
veiculam msgs que iniciam com "amantíssimos filhos da luz"... ele
estaria na escuridão e TODOS tentariam auxiliá-lo a sair dela, ou
ainda, dependendo do teor das respostas dele, eles o ignorariam. Ser
um Light Worker é mais do que ser um simples ser humano portanto nós
meros mortais é que temos que alcançá-los;
Tá bom prá ele por aqui...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Sobre o batismo dos planetas (era Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco))
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 19:06
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> 2:37 AM, 28/04/1974, Brasília - DF.
> Não tenho nada a temer ao revelar isto, pois estou convicto que
> isto diz sobre mim apenas que sou brasiliense, com 28 anos.
Aniello
April 28, 1974
2:37 AM
Brasília, Brazil
Positions of Planets at Birth:
Sun position is 7 deg. 34 min. of Tau
Moon position is 23 deg. 14 min. of Can
Mercury position is 0 deg. 12 min. of Tau
Venus position is 22 deg. 44 min. of Pis
Mars position is 4 deg. 43 min. of Can
Jupiter position is 10 deg. 48 min. of Pis
Saturn position is 0 deg. 50 min. of Can
Uranus position is 25 deg. 14 min. of Lib
Neptune position is 9 deg. 03 min. of Sag
Pluto position is 4 deg. 38 min. of Lib
How You Approach Life and How You Appear To Others
You are a gentle, sensitive person with a deep understanding of
people and a very tolerant, accepting, nonjudgmental approach towards
life. In a noisy, competitive atmosphere you are often receding and
withdrawn for you are not an aggressive, forceful person, and you
intensely dislike conflict. In fact you tend to be somewhat passive,
to wait, watch, observe, feel and know much - but to act little.
Letting things resolve or work themselves out in their own way,
rather than directing or forcing your will upon them, is often your
way of dealing with problems.
You may have a deeply religious or spiritual feeling about life, not
in the orthodox sense necessarily, but an intuitive sense of the
immensity and underlying oneness of all life, which makes so many
human aspirations and striving seem rather unimportant. You need
peaceful surroundings in order to flourish, and periods of quiet
solitude are essential for your emotional balance and well-being.
You are also very compassionate and cannot tolerate seeing any fellow
creature suffer - be it human, animal, or even plant! As a child you
probably cried very easily and became quite upset whenever others
were hurt, physically or emotionally. The world of your imagination
and fantasy was also very real to you, a place to escape to when the
outer world became too harsh, demanding, or simply uninteresting.
Because you are very giving and forgiving, people in need gravitate
to you, sensing your sympathetic nature. Often you will continue to
give to a person even when you realize they are taking advantage of
you or becoming overly dependent upon you. You overlook and make
excuses for other peoples' weaknesses, and for your own as well.
Discrimination and self-discipline are not your strong points.
Though you may be as intelligent as anyone, you do not really have a
rational, logical approach toward life, and trying to reach you
through logical arguments is often futile. Your feelings, intuition,
and heart, not your head, lead you, which may infuriate or bewilder
your more rational friends. You certainly recognize that there is
much more to life than can be explained intellectually and
categorized into neat little boxes, and you have an open, receptive
attitude toward such areas as psychic phenomena, telepathy,
parapsychology, etc. You are not as structured and rigid in your
attitudes as many people are, which enables you to see many different
points of view and to accept all of them as valid. This can lead to
vagueness, uncertainty, and confusion on your part - or to a very
flexible and wholistic way of approaching any issue.
The Inner You: Your Real Motivation
You are a steadfast and patient soul, capable of tremendous devotion,
dedication, endurance, and constancy. The ability to follow through
and stick with things is one of your greatest assets. Once your
course is set, you pursue it tenaciously until it is completed,
stubbornly resisting any attempts to sway you from your purpose.
You have a very practical nature and want to see concrete, tangible
results for your efforts, and you are not one for spinning wild
dreams that are unlikely to come into fruition. Most of your "wild
dreams" have to do with material achievements, well-being, and
security, for you have a great love of the physical world and you
want to experience and enjoy it to the full. Though you will work
long and persistently, you also have a strong sensual and comfort-
loving side, and you want to enjoy what you have worked for. In fact,
you can be enormously lazy at times and have a tendency to
overindulge in good food and other earthly pleasures. You also love
the beauty of the natural world and probably prefer a serene country
setting rather than an urban life style.
At heart your needs are simple and you are easy to please. You have a
strong desire for security, stability, and peace, and will rarely
make changes unless you are forced to do so. You are not very
demanding emotionally, though you do crave lots of physical closeness
and affection. Because of your faithfulness, emotional steadiness,
and gentle strength, others often depend upon you for support. Though
you hate upheaval and sudden changes, you usually maintain your poise
and equanimity. You also have an innate sense of harmonizing with
nature, allowing things to grow and unfold in their own time, and the
patience to nurture something into being - be it a garden, a child,
or some creative project. You make an excellent mother or father,
especially if you follow your instincts more often than "the experts".
You have three major faults: one is your bull-headed obstinacy. The
second is your unwillingness to deviate from your safe, predictable
routine. And the third is your tendency to always insist upon realism
and undervalue the imaginative, speculative, and fanciful - in other
words, you lack the ability to play with ideas and possibilities, to
open your mind to the new.
http://rep.astrology.com/free/3781/5675/1.html
--------
Por q. a sua personalidade astral e' tao parecida com a de Alvaro eu
nao sei ao certo. Talvez haja algo reservado para vcs dois.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 19:09
Satã, espírito zombeteiro, espírto de porco, na escuridão?
Qualé, pô, eu sou um ser humano e tenho sentimentos. Vão xingar a
mãe nos raios q. o partam.
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@u...> escreveu
> > >
> > > L: Nossa! Se você não me tivesse dito isso... ! Faço parte
de
> > > listas místicas sim e por lá as pessoas têm outros nomes para
> gente
> > > como eu: CÉTICA, por exemplo.
> >
> > O que dirão então do nosso querido Takata: SATÃ, por exemplo... :-
)
>
>
> Bem... se fosse em uma lista Espírita, Takata seria
> um "obsidiado"(alguém com "encosto") por algum "espírito
zombeteiro"
> que em nossa linguagem coloquial é o mesmo que "espírito de porco";
>
> Se fosse numa das listas de Light Workers ( New Age, ou aquelas que
> veiculam msgs que iniciam com "amantíssimos filhos da luz"... ele
> estaria na escuridão e TODOS tentariam auxiliá-lo a sair dela, ou
> ainda, dependendo do teor das respostas dele, eles o ignorariam.
Ser
> um Light Worker é mais do que ser um simples ser humano portanto
nós
> meros mortais é que temos que alcançá-los;
>
> Tá bom prá ele por aqui...
>
> Beijos, Lígia
SUBJECT: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 19:10
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> Em primeiro lugar, vejo que o Lisandro ja rebateu muito bem,
> de forma coerente, mas nao sei o que vc entende por "coerencia".
>
> Espero que nossas respostas se complementem.
> e vamos em frente...
L*: Lisandro não entendeu lhufas de pitibiriba do que eu disse...
já que você concorda que ele rebateu muito bem, tenho certeza de que
você entendeu Necas... enfim, acho bom você ler o que eu respondi a
ele antes de brindarmos a lista com mais um show de "aspiração a
ceticismo científico"... Em tempo: antes que você confunda o
significado de "aspiração" nesse contexto, digamos que é o mesmo
que "almejar".
Beijos, Lígia
SUBJECT: RE:(Em defesa de) Dawkings e Sagan
FROM: Fernando S K <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 19:40
Douglas, alguns comentários, meio tardios talvez! :-)
D:> O ceticismo acadêmico diz que: * É impossível ter certeza de algo. pois se alguém
apresentar uma tese A eu
posso apresentar uma tese não A de igual valor. Portanto não há como ter ciência.
FSK:> Acho que foi um pulo longo demais... Não seria mais correto aqui "pirrônico" do que
"acadêmico"? Além disso, esse argumento me parece ter sido formulado em relação à
metafísica (aristotélica) originalmente... E eu concluiria: "Portanto, não há como ter
*conhecimento*", já que se fala de ceticismo...
D:> O ceticismo mitigado (expressão de Hume mas que se iniciou com Occam) diz que:*
Podemos ter um certo conhecimento dos acontecimentos corriqueiros do dia a dia, mas a
ciência continua sendo impossível de existir. O cetismo, em alguns casos, prega que uma
certa forma de conhecimento é possível: * Aquela que vem única e exclusivamente da fé
(fideísmo, doutrina considerada herege pela Igreja que preza muito a Razão).
FSK:> Novamente, trocaria "ciência" por "conhecimento". O que primeiro me veio à cabeça
foi perguntar "que ceticismo" prega "que conhecimento", mas isso é bobagem... Quem sabe
supor que entre menos infinito e mais infinito haja alguma coisa no meio?
D:> Como Dawkins e Sagan se dizem céticos? Falta de estudo ou burrice. Pode escolher.
FSK:> Eu perguntaria prá eles. Mas veja que o "ceticismo" de ambos é muito focado, por
isso ceberia ser contextualizado. A luta de ambos, ao final, é contra a irracionalidade
manifesta na aceitação incondicional do sobrenatural. Um (Dawkings) especificamente
anti-evolucionista; Sagan mais genérico.
D:> Há ainda o ceticismo metódico de Descartes, que leva às conclusões:
1- Só tenho certeza que dúvido (ou que tenho idéias);
2- Uma idéia Perfeita há em mim (a idéia de Deus);
3- Como não sou perfeito, eu sozinho não poderia gerar uma idéia perfeita;
4- Logo um Ser perfeito colocou essa idéia em mim;
5- Existir é uma perfeição;
6- Logo o Ser perfeito existe;
7- Bondade é uma perfeição;
8- Logo o Ser perfeito é Bom;
9- Se Ele é bom não ia me enganar;
10- Portanto já não tenho motivos para dúvidar da existência do mundo;
11- Agora posso investigar o mundo de forma tranquila, sem dúvidar que ele
existe.
D:> É este ceticismo metódico que as ciências em geral seguem (os outros tipos de
ceticismos são claros: não há possibilidade de existir ciência).
D:> Por que S. e D. não seguem as conclusões de Descartes? Porque eles não entendem,
porque não conhecem ou porque nem sabem que isso existe? Pode escolher a resposta.
FSK:> Essa ma parece fácil: é porque eles devem conhecer um pouco sobre Descartes. O
"mérito" de Descartes foi trasferir para o sujeito a busca pela Verdade, que apesar do
artifício de ancorar a suposição de uma verdade absoluta na existência de Deus, atribui
ao sujeito uma independência radical. Mas o apelo metafísico em Descartes e hipótese da
existência de verdades absolutas e existentes a priori são suficientes para
"Descartá-lo". Ou deveria, já que, de certa forma, essa forma platônico/aristotélica de
argumentar ainda tenta desesperadamente sustentar o conceito de Deus.
D:> Na realidade, pelo menos de acordo com Blumemberg, o projeto da modernidade justifica
a si próprio devido aos seus resultados. Onde S. e D. citam Blumemberg? O único que daria
uma dica para eles acreditarem no que acreditam? Que eu saiba em lugar nenhum.
Desconhecer um dos maiores teóricos do projeto da modernidade é, no mínimo, falta de
estudo. (Para ciêntistas que pretendem teorizar sobre algo que está além de suas
pesquisas, claro. Caso contrario pode mandar o Blumemberg para os quinto dos inferno).
FSK:> Confesso que não conheço Blumemberg e eles tb, provavelmente. Fico devendo.
D:> A apresentação de ciência feita pelos dois cientistas pop é, pelo q tudo indica, uma
neognose desfarçada ("só o conhecimento salva") além de ser um arremedo de ceticismo (não
dúvidam dos próprios pressupostos, que aliás, nem
apresentam muito bem - e que para ser sincero, eu dúvido que tenham clareza deles).
FSK:> Tachar a empreteitada deles de neognose é tão sem nexo como acusar alguém de
reducionista. Eles são "pop" no sentido de tentarem tornar algo hermético compreensível
"à maioria". Mais do que "pop", eles são cientistas profissionais. E pq vc acha que eles
não duvidam de seus pressupostos? A grande certeza deles (que faço minha também) é de que
a crença no sobrenatural é um problema a ser combatido sem tréguas.
D:> Desconsiderando toda questão da fundamentação, aberrações do tipo "Contato" (S) se
torna possível (eu gostei do livro e do filme, mas não é isso que está em jogo), onde por
não compreender nada de analogia (contrario de literalidade e não de digitalidade),
materializa de forma grosseira simbolos universais. Aquilo ali mostrou bem quem é Sagan:
um espirita sofisticado (é claro que ele não concordaria, não sabe nem de que se trata o
assunto, além de não estar mais no meio de nós, que Deus o tenha).
FSK:> *Símbolos* universais. "Símbolo" é algo que substitui ou evoca alguma coisa
ulterior. Fico me perguntando o quê. Eles talvez não estejam falando dos "símbolos", mas
de seu significado posterior.
D:> Quanto a literalidade de D., essa veio em forma de uma pergunta dirigida ao Papa.
"Onde está o corpo de Maria"? Pergunta típica de quem só enxerga a empiricidade absoluta.
Concluindo, são dois fundamentalistas (como os evangélicos) literalistas (como os
espiritas). Além de não darem mostras de possuírem cultura (ou será burrice mesmo? creio
que não. Deve ser falta de estudo) nem para compreenderem os próprios fundamentos de suas
crenças (auto fundamentação do projeto da modernidade).
FSK:> Dawkings, ao contrário de Sagan, é mais raivoso, incisivo, ácido e irônico. Por ser
mais específico no assunto de que fala, ele também é mais árido. Não assume o ar de
"velho e bom mestre" que o Sagan passa, mas reconheço que ele é repetitivo em sua obra
(já que recai sempre no mesmo assunto, mudando apenas a abordagem). Pelo menos prá mim a
leitura é prazeirosa, e "O Relojoeiro Cego" de fato "incomoda". Eu concordo com o
Sérgio(?) qdo diz que essa pergunta é antes de mais nada irônica. E digo que taxar algum
deles de de burros e fundamentalistas não é uma crítica a ser levada a sério!
abraços,
Fernando SK.
_______________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 21:37
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Satã, espírito zombeteiro, espírto de porco, na escuridão?
>
> Qualé, pô, eu sou um ser humano e tenho sentimentos. Vão xingar a
> mãe nos raios q. o partam.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
Hum... o Alexandre que começou... e isso nem foi xingamento... eu
só disse o que iriam dizer a seu respeito por lá, no "além" da lista.
Beijos, Lígia
PS: Só para alegrar seu coração ferido, fiz um poeminha para você <3
Takatinha quando nasce,
Se esparrama pelo chão.
Menininha quando dorme,
Põe a mão no coração!
SUBJECT: A question of will
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: acropolis@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 21:44
http://www.boston.com/dailyglobe2/288/science/A_question_of_will+.shtml
The issue of free will has perplexed theologians and philosophers for
centuries - now neuroscience enters the age-old debate
*By Carey Goldberg, Globe Staff, 10/15/2002*
T ry this: At a moment of your choosing, flick your right wrist. A bit
later, whenever you feel like it, flick that wrist again.
Most likely, you'd swear that you, the conscious you, chose to initiate
that action, that the flickings of your wrist were manifestations of
your will.
But there is powerful evidence from brain research that you would be
wrong. That, in fact, the signal that launched your wrist motion went
out before you consciously decided to flick.
''But, but, but,'' you'd probably like to argue, ''but it doesn't / feel
/that way!''
With that protest, you would be joining a great debate among
neuroscientists, philosophers and psychologists that is a modern-day
version of the age-old wrangling* *over free will.
The traditional conundrum went: ''How can God be all-knowing and
all-powerful and yet humans still have free will?'' And later: ''How can
everything be governed by the determinist forces of physics and biology
and society, and yet humans still have free will?''
Those questions still concern many, but the new neuro-flavored debate
over free will goes more like this: Is the feeling of will an illusion,
a wily trick of the brain, an after-the-fact construct? Is much of our
volition based on automatic, unconscious processes rather than conscious
ones?
When Daniel M. Wegner, a Harvard psychology professor and author of a
new book, ''The Illusion of Conscious Will,'' gives talks about his
work, audience members sometimes tell him that if people are not seen as
the authors of their actions, it means anarchy, the end of civilization.
And worse. Some theologies, they tell him, hold that if there is no free
will, believers cannot earn a ticket to heaven for their virtue.
In reality, neuroscience is not generally tackling the sweeping
philosophical issue of free will, but something much narrower, said
Chris Frith, a neuroscientist at University College London.
''There has been much recent work addressing the question of how it is
that we experience having free will, i.e., why and when we feel that we
are in control of our actions,'' he wrote in an e-mail.
That is not to say that neuroscience will never enter the philosophical
fray.
It could even be that, once the physiological basis of will becomes
better understood, ''You'll get a more mature, larger view of what's
going on and the question of free will might vanish,'' speculated V. S.
Ramachandran, director of the Center for Brain and Cognition at the
University of California at San Diego. No one argues about ''vital
spirits'' now that we know about DNA, he noted.
Meanwhile, the debate is still on, and near its center is an 86-year-old
University of California professor emeritus of physiology, Benjamin Libet.
His seminal experiments on brain timing and will came out back in the
mid-1980s, and the results are still reverberating loudly today.
Just this summer, the journal Consciousness and Cognition put out a
special issue on ''Timing relations between brain and world'' that
prominently featured Libet's work. And, at a conference, titled ''The
Self: from Soul to Brain,'' held by the New York Academy of Sciences
last month, ''Libet'' rolled off more tongues than Descartes or Kant or
Hume or the other philosophers whose names usually come up when the
subject is will.
What Libet did was to measure electrical changes in people's brains as
they flicked their wrists. And what he found was that a subject's
''readiness potential'' - the brain signal that precedes voluntary
actions - showed up about one-third of a second before the subject felt
the conscious urge to act.
The result was so surprising that it still had the power to elicit an
exclamation point from him in a 1999 paper: ''The initiation of the
freely voluntary act appears to begin in the brain unconsciously, well
before the person consciously knows he wants to act!''
Libet's experiments continue to be criticized from every which angle. At
the New York conference, for example, Tufts philosopher Daniel C.
Dennett argued that it could be that the experience of will simply
enters our consciousness with a delay, and thus only seems to follow the
initiation of the action.
But, though controversial, the Libet experiments still stand and have
been replicated. And they have been joined by a growing body of research
that indicates, at the very least, that the feeling of will is fallible.
Among that research is* *the following experiment by Dr. Alvaro
Pascual-Leone, director of the Laboratory for Magnetic Brain Stimulation
at the Beth Israel Deaconess Medical Center.
A subject, he said, would be repeatedly prompted to choose to move
either his right or his left hand. Normally, right-handed people would
move their right hands about 60 percent of the time.
Then the experimenters would use magnetic stimulation in certain parts
of the brain just at the moment when the subject was prompted to make
the choice. They found that the magnets, which influence electrical
activity in the brain, had an enormous effect: On average, subjects
whose brains were stimulated on their right-hand side started choosing
their left hands 80 percent of the time.
And, in the spookiest aspect of the experiment, the subjects still felt
as if they were choosing freely.
''What is clear is that our brain has the interpretive capacity to call
free will things that weren't,'' he said.
Wegner's book discusses a variety of other mistakes of will. Among them
is the ''alien-hand'' syndrome, in which brain damage leaves people with
the sense that their hand no longer belongs to them, and that it is
acting - say, unbuttoning their shirt - out of their control.
Another recent book, ''The Volitional Brain: Toward a Neuroscience of
Free Will,'' includes a psychiatrist's description of a German patient
who felt compelled to stand at the window all day, willing the sun
across the sky.
Wegner argues that ''the feeling of will is our mind's way of estimating
what it thinks it did.'' And that, he said, ''is not necessarily a
perfect estimate.'' It is ''a kind of accounting system rather than a
direct read-out of how the causal process is working.''
In Libet's interpretation, free will could still exist as a kind of veto
power, in the fractions of a second between the time you unconsciously
initiate an action and the time you actually carry it out.
For example, he said in a telephone interview, ''The guy who killed the
mayor of San Francisco, he was obviously deliberating in advance, but
then when he gets to the mayor, there's still the process of, does he
now pull the trigger? That's the final act now. That is initiated
unconsciously, but he's still aware a couple of hundred milliseconds
before he does it and he could control it, but he doesn't.''
''That is where the free will is,'' Libet said.
Such veto power is not enough for many people, however. ''I want more
free will than that,'' Dennett complained at the conference.
He may not get it, but he will almost surely get more data about it.
Some neuroscientists are using new brain imaging technology to try to
pinpoint what happens in the brain when a person wills something. With
its help, and further work being done on patients with abnormal
volition, more progress appears likely.
''I think,'' Frith wrote, that ''in the next few years we will have
quite a good understanding of the brain mechanisms that underlie our
feeling of being in control of our actions.'' But that, he hastened to
add, ''does not in any way eliminate free will.''
Further comfort comes from Michael S. Gazzaniga, director of the Center
for Cognitive Neuroscience at Dartmouth College.
There is no need, he said, ''for depressing nihilistic views that we're
all robots walking around on someone else's agenda. It's the agenda we
build through experience, and the system is making choices.''
And just because some processes in the brain are automatic does not mean
they all are, he said. ''My take,'' Gazzaniga said, ''is that brains are
automatic and people are free.''
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: O Nada como Sistema Físico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 23:00
Oi,
Belisário: Creio que a origem última do Universo, no sentido de por
que o Universo existe (creio este é o aspecto mais fundamental da
questão, que abstrai-se do tempo), é uma questão intrinsecamente
incognoscível. Mesmo se imaginarmos um arco fechado de tempo, resta a
questão de por que esse sistema [contínuo espaço-temporal]+[leis da
física] existiria desta forma e não de outra, ou ao invés de não
existir nada.
Manuel: A pergunta fundamental da filosofia, segundo Abelardo,
Leibniz e Heidegger, é "por que existe algo e não nada?"
Três atitudes filosóficas podem ser tomadas diante desta questão. A
primeira é admitir que há uma razão pela qual existe algo e não nada
e buscar conhecê-la. A segunda é admitir que tal razão existe e,
também, a sua incognoscibilidade -- e procurar alguma razão para não
se preocupar mais com isso; afinal, "para que uma razão para viver se
existe sexo, carnaval, cachaça, bobó de camarão e outros bons motivos
para não morrer?" :-)
A terceira atitude é mostrar que essa pergunta carece de sentido ou
que se trata de uma falsa questão, exatamente como fez (ou tentou
fazer) Stephen Hawking com a questão sobre "o que existia antes do
Big Bang". Hawking argumentou que a pergunta "o que havia antes do
Big Bang?" é tão absurda quanto esta outra: "o que existe ao norte do
Pólo Norte?" Outro exemplo de desconstrução de uma pergunta:
antigamente, quando se pensava que as hienas eram hermafroditas,
muitos pensadores cristãos perguntavam-se "por que Deus fez com que
as hienas apresentassem simultaneamente órgãos sexuais masculinos e
femininos?". Mostrou-se depois que essa pergunta não tem sentido,
não porque Deus não existe, mas porque as hienas não são
hermafroditas; as hienas fêmeas apenas se parecem com os machos, por
possuírem clitóris peniforme e falsos escrotos. Quanto ao porquê
disso, trata-se de uma outra questão.
Segundo os filósofos analíticos do Círculo de Viena, a
pergunta "porque existe algo e não nada?" é fruto de uma confusão
lógica, pois parte de uma falsa premissa, a de que "o termo nada é
uma expressão referencial e não um quantificador"; isto é, que quem
pensa desta forma pensa no "nada" como se este fosse "algo". Com
efeito, se penso no nada, estou pensando em algo, de modo que a
pergunta pode ser desta forma reformulada: "por que existe algo e não
algo?". Isso não tem sentido. Ademais, "algo existe" ao passo que
o "nada" é, por definição, não existência de algo. Estamos, portanto,
diante de uma contradição lógica.
Ocorre que o nada a que se referem os físicos é bem diferente do nada
que a filosofia analítica mostrou ser logicamente impossível (uma não-
existência que existe, como pode?). Segundo os físicos, o nada é
ausência de matéria, energia, espaço e tempo, e como tal é sim uma
realidade objetiva factível; na verdade é "algo que existe" (ou que
possivelmente existe) lá na extremidade pretérita do continuum espaço-
temporal. Neste sentido "físico", o nada não é sinônimo de não-
existência, mas apenas a forma mais simples de existência, a
existência em sua configuração mais singela.
Pois, afinal, se "zero" não é ausência de números, mas um número, e
se o "vazio" é um conjunto entre os conjuntos, por que não podemos
conceber o nada como um sistema físico ou uma das formas possíveis de
existência?
Sobre isso Alan Guth escreveu: "Há muitas geometrias diferentes
possíveis, entre elas a do universo fechado, a do universo aberto, e
muitas outras contorções menos simétricas do espaço e do tempo. Entre
todas as geometrias possíveis está a geometria totalmente vazia, um
espaço que não contém ponto nenhum."
Sendo assim, a pergunta fundamental da filosofia apenas está mal
formulada. Seria melhor perguntar "por que o existente existe sob
esta forma tão complexa quando poderia ter uma configuração bem mais
simples?" Ou, em termos metafóricos, "por que não um zero redondo em
vez de um `x-x' ao quadrado?"
Na verdade, nem mesmo esta última formulação da questão é totalmente
satisfatória. Pois se levarmos em conta, além do "nada" inicial que
a hipótese do Big Bang parece pressupor, algumas das implicações da
teoria da relatividade -- a de que o tempo é tão-somente a quarta
dimensão do espaço; a de que não existe um "agora" absoluto; a de que
o passado e o futuro são tão reais quanto o presente e a de que o
fluxo temporal do passado em direção ao futuro é apenas aparência ou
a forma como a nossa mente apreende a assimetria de um presente
contínuo (*) -- então não é correto supor que o "pleno" existe em
vez do "vazio" ou que a configuração complexa existe "no lugar" da
configuração simples. Em outras palavras, se "os eventos no tempo
estão dispostos todos juntos" (P. Davies, `O Enigma do Tempo'), se "a
diferença entre passado, presente e futuro é só uma ilusão, por mais
persistente que seja" (Einstein, `Requém a Michelangelo Besso'),
se "tudo é sempre agora" (T. S. Eliot), então o nada como sistema
físico do qual derivou o universo em que vivemos "continua sendo" lá
no princípio do tempo. Significa dizer que o universo e o nada não
são sistemas físicos que se excluem, mas realidades justapostas, daí
a impropriedade da pergunta "por que o universo em vez do nada?"
A propósito, a idéia de que o nada e o universo são realidades
justapostas que mantêm entre si uma relação de continuidade (na
medida em que, segundo Alexander Vilenkin, constituem os dois estados
possíveis de um mesmo sistema) lembra a teoria segundo a qual um
sistema quântico pode eventualmente se comportar como uma onda, isto
é, enquanto o sistema quântico não interage com qualquer outra coisa
(um instrumento de medida, por exemplo), todos os seus estados
possíveis coexistem numa superposição coerente.
Ora, segundo a teoria do Big Bang, o universo ou tudo que existe (em
suma, a "existência") teve outrora uma dimensão microscópica,
consistindo, pois, num sistema quântico cujos estados possíveis
jaziam soprepostos. Um desses estados possíveis o total deles pode
ser infinito é a sua configuração mais simples, o "nada". Um outro
estado possível é a configuração inicial do universo em que vivemos.
Como este universo microscópico evoluiu para esta coisa tão
grande? "Vilenkin lança mão da inflação teorizada por Guth para
aumentar o universo até o tamanho atual.
Égua! A minha intenção era escrever pouco, mas terminei viajando na
maionese. :-)
Abraços,
Manuel Bulcão
(*) Segue abaixo textos de R. Penrose, Paul Davies e Marcelo Gleiser
acerca do tempo, ou melhor, do caráter ilusório do fluxo do tempo:
<<A consciência é, afinal de contas, o único fenômeno que conhecemos
para o qual o tempo precisa fluir! A maneira pela qual o tempo é
tratado na física moderna não é essencialmente diferente da maneira
pela qual o espaço é tratado; e o tempo das descrições físicas
não `flui' realmente; temos apenas um espaço-tempo fixo, de aparência
estática, no qual os eventos do nosso universo estão inseridos! Não
obstante, de acordo com as nossas percepções, o tempo realmente
flui. . Minha suposição é que há nisso também alguma coisa de
ilusória e que o tempo de nossas percepções não flui `realmente' da
maneira linear e avançando para a frente conforme achamos. (...)
creio ser possível que estejamos errados sobre nossas percepções da
progressão temporal (apesar da minha inadequação no uso da linguagem
comum para descrever isso) e que há evidências que apóiam tal
convicção (ver Churchland 1984).>> (Roger Penrose; A Mente Nova do
Rei; Ed. Campus; 4a. reimpressão; pp. 491/492)
<<"A revolução na nossa concepção de tempo, que acompanhou a teoria
da relatividade, fica melhor resumida se dissermos que,
anteriormente, o tempo era encarado como absoluto, fixo, universal
independente dos corpos materiais ou dos observadores. Hoje, o tempo
é visto de modo dinâmico. Pode esticar e encolher, deformar-se e até
parar de vez numa singularidade. Os andamentos do relógio não são
absolutos, mas relativos ao estado de movimento e à situação
gravitacional do observador.
<<A libertação do tempo da camisa de forças da universalidade e a
permissão concedida ao tempo do observador de avançar livre e
independentemente força-nos a abandonar algumas noções, que de há
muito se mantinham. Por exemplo, não pode haver um acordo unânime
acerca da escolha do `agora'. Na experiência dos gêmeos, o gêmeo do
foguetão, durante a sua viagem para o exterior, poderá pensar: "Que
estará o meu irmão a fazer na Terra, agora?" Mas a deslocação das
suas escalas relativas de tempo significa que o `agora', no
enquadramento foguetão, é um momento muito diferente do `agora'
avaliado na Terra. Não há um `momento presente' universal. Se dois
acontecimentos A e B, ocorrendo em lugares separados, forem vistos
como simultâneos por um observador, outro observador verá A acontecer
antes de B, enquanto que um outro poderá ver, primeiro, B e, só
depois, A.
(...)
<<Uma vítima universal do facto de não existir nenhum momento
presente universal é a nítida divisão entre passado, presente e
futuro. Estes termos podem ter sentido para a nossa localização
imediata, mas não se aplicam em todo o lado. Perguntas como "Que está
agora a acontecer em Marte?" pretendem referir-se a um instante
particular deste planeta. Mas, como vimos, um viajante do espaço que
se afastasse da Terra num foguetão e que fizesse a mesma pergunta no
mesmo instante, estaria se referindo a um outro momento em Marte. Na
realidade, o âmbito dos `agoras' possíveis em Marte disponíveis a um
observador nas proximidades da Terra (dependendo do seu movimento)
estende-se por vários minutos. Quanto maior a distância ao
observador, tanto maior é a gama de `agoras'. Para um distante
quasar, o `agora' poderia referir-se a qualquer intervalo de vários
milhões de anos!
<<O abandono do passado, presente e futuro distintos é um profundo
passo, porque a tentação de assumir que só o presente `existe
realmente' é grande. Presume-se geralmente, embora de uma forma
irreflectida, que o futuro ainda está em formação e é talvez
indeterminado; o passado foi-se, recordamo-lo, mas deixou de existir.
Passado e futuro, pretende acreditar-se, não existem. Só um instante
de realidade parece existir, `num determinado tempo'. A teoria da
relatividade torna estas noções absurdas. O passado, o presente e o
futuro são igualmente reais, porque o passado de uma pessoa é o
futuro de outra e o presente de ainda outra.">> (Paul Davies Deus e
a Nova Física; Edições 70; Portugal; pp 135/136)
<<É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro: o passado
é o que vem antes do presente, e o futuro é o que vem depois. Já o
presente é o agora, o instante atual. Isso tudo parece bastante
óbvio, mas não é. Para definir passado e futuro, precisamos definir o
presente. Mas segundo nossa separação estrutural, o presente não pode
ter duração no tempo, pois nesse caso sempre poderíamos definir um
período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos
coerentes em nossas definições, o presente não pode ter duração no
tempo. Ou seja, o presente não existe!">> (Marcelo Gleiser; Retalhos
Cósmicos; Companhia das Letras; 1999; pág. 187)
SUBJECT: Margem de erro
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 23:03
Todo cuidado é necessário...
Observatório da Imprensa
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/caixa/cp161020022.htm
OBSERVATÓRIO ELEITORAL
Margem de erro, 15%
As divergências entre os números das pesquisas eleitorais e os revelados nas urnas merecem alguma análise séria por parte dos jornalistas políticos e esclarecimentos dos institutos que estiveram mal-apetrechados - ou mal-intencionados - e erraram feio. Novas pesquisas já estão sendo impingidas ao eleitorado. Aos institutos sugiro alargar os índice de erro, dos usuais 2,5% para cerca de 15%, para mais ou para menos. Fica mais adequado às suas técnicas de pesquisas.
José Renato M. de Almeida, Salvador
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Para Antonio Renato 2
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 23:06
Olá Antonio Renato,
Só para saber: você por acaso pode me informar algum livro ou
referência de artigo a respeito de relações, listas com os nomes e
propriedades químicas dos neuro-transmissores? Andei consultando o
Google mas eu não tenho referências de nomes além das endorfinas,
serotonina e o que pude achar é muito superficial, apenas citando os
efeitos de drogas sobre os tais... nada aprofundado. O que me
interessa é conhecer o que é cada um deles, como agem, como são
secretados e a que se destinam... bem como a estrutura química das
moléculas...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Para Ligia Gallo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 23:39
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 15, 2002 1:09 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: UM CRIADOR
> Ligia prometo responder-lhe todas a questões que vc me mandou. Também
> concordo que nos encontraremos lá no topo da montanha.
> Ante queria tirar uma dúvida com vc. Qdo a conheci vc era 55555, depois da
> malfadada alcatéia, vc virou Gallo. Isso quer dizer que vc é boa de
briga?!
> Beijo
> Carlos AR
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Monday, October 14, 2002 11:39 AM
> Subject: [ciencialist] Re: UM CRIADOR
>
>
> --- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> > A questão pode até não ser apropriada para a lista, podem achar
> alguns, mas em virtude do debate, evoluçãoxcriacionismo, gostaria de
> saber se alguém aí da lista não acredita que o Universo não tenha um
> criador e por quê?
> > Carlos AR
>
>
> Olá Carlos,
>
> Ao que tudo indica e pelo teor de suas perguntas, estamos buscando
> compreender a mesma coisa, portanto, vamos tentar criar um paralelo
> entre as idéias que venho "levantando" e as idéias que você dá a
> entender, uma vez que não tenho recebido respostas suas no sentido de
> dar alguma elucidação a respeito de suas idéias: você vem nos
> testando, enviando perguntinhas isoladas mas que para mim fazem
> sentido.
>
> Já disse em outra lista certa vez a respeito de "Deus": estamos por
> nós mesmos. Houve um momento que desencadeiou tudo e há este momento
> em que escrevo estas linhas. Cientistas, dado o fato de não se poder
> provar a existência de um Creador, alegam a ineficácia e o absurdo de
> qualquer pesquisa nesse sentido, dado o fato de aparentemente não
> haver um sentido em se estudar ou tentar entender algo que por
> si "não existe". Contudo, passa despercebido à ciência de um modo
> geral que o simples fato de existir um Universo é um forte indicativo
> de uma presença anterior aos eventos que diflagraram a formação
> deste. O que, no final das contas permite que a energia ordene-se de
> tal forma a gerar átomos e partículas e o que vem permitindo que tal
> aconteça continuamente desde a origem do Universo? Esta é a pergunta
> mais importante... ainda sem resposta. E é justamente baseando-me
> nessa "continuidade" da "geração" da matéria aparentemente "do nada"
> que eu apóio minhas pesquisas para a compreensão do sentido de um
> Universo ordenado quando só o que há e sempre houve foi e é energia.
>
> Alega-se, por exemplo, que tempo e espaço bem como o resultante da
> transformação de energia em matéria é um evento único, "surgido"
> aleatoriamente e cujos resultados observamos hoje em dia. Ora, Se
> ainda mal conseguimos compreender o porquê da energia comportar-se de
> forma tal a gerar átomos e partículas, o porquê de estarmos contidos
> num "bolsão espaço-temporal", qual a necessidade de legarmos a figura
> de um creador a último plano? E qual o porquê da negação se,
> creiamos ou não este "ente" não requer a nossa aceitação para
> continuar dando sequência à sua Obra? Há estudos que apontam
> a "geração" de pares de partículas surgindo do nada continuamente e
> que deixam de existir em pico segundos, há a matéria sendo forjada no
> interior de estrelas, há o resultado dessa forja que somos nós e toda
> a natureza resultande de galáxias a um fitoplâncton. De uma forma
> geral, somos o resultado de bilhões de anos de uma experiência
> chamada Universo... e qual o porquê de não haver, nem sequer aventar-
> se a existência de um Creador para o que desencadeou isso tudo?
>
> Vou tentar delinear esta questão em poucas linhas mas que requereria
> muito mais do que isto, o que infelizmente não disponho, dado o modo
> de expressão via palavras e lógica. Há desde a suposta origem do
> Universo um continuum de formação de átomos e partículas advindas da
> combinação de princípios que chamamos timidamente de quarks. Estas
> entidades assumem possições dentro de diminutas estruturas que a
> partir de dado momento são tidas como prótons, nêutrons, elétrons e
> tudo o mais advém da combinaçào destes e do "relacionamento" destes
> em estururas maiores chamadas átomos. Os átomos por sua vez combinam-
> se entre si gerando moléculas e estas geram estruturas moleculares
> que, em um caso específico é capaz de auto-duplicar-se: DNA e RNA.
> DNA e RNA são moléculas que dada sua característica replicadora gera
> a vida como a conhecemos em suas aparentemente infinitas formas de
> combinação, desde estruturas unicelulares até colônias especializadas
> que são seres tidos por "vivos". Veja que tudo o que há e sempre
> houve foram átomos e partículas combinando-se de forma ordenada e
> gerando formas. O que a ciência vem fazendo é tentar entender como
> há esta interaçào entre partículas, como um ente pode se reproduzir
> e "evoluir" dentro do contexto universal... mas de onde advém a
> capacidade de ordenação dos quarks no interior de uma única
> partícula? E como pode-se negar que isto seja uma espécie
> de "creador"?
>
> Do que eu venho acompanhando através de leituras de livros que tentam
> compreender o funcionamento da evolução, dos algorítmos replicadores,
> da esturura da mente e "consistência" da consciência, tuda a pesquisa
> científica está apenas "roçando" e "levintando" ao redor do cerne da
> questão primordial, da única que mereceria uma resposta: COMO A
> MATÉRIA PODE SER GERADA E PERMANECER?
>
> Ora, ao estudar-se a própria inteligência humana deparamos com algo
> interessante: o que nos faz pensar? O que permite que bilhões de
> bites de informaçào sejam analisados e catalogados e que haja
> sequência em tais análises a ponto de nos permitir a idéia de
> continuidade? De onde surgiu a idéia de colônias celulares
> especializarem-se em receptores e transmissores de informaçào? Quer
> saber? Aparentemente da própria estrutura de um único átomo. Há
> pesquisas como David Deutsch vem desenvolvendo para aa criação de
> supercomputadores a partir do usofruto de uma habilidade que a
> matéria possui: a capacidade de trasmissão e arquivamento de dados
> na forma "digital": sim/não, um/zero, branco/preto... uma única peça
> de metal caso pudesse ser aproveitada em sua totalidade para o
> arquivamento de informaçòes teria o potencial de todos os
> computadores do mundo em série...
>
> Átomos e partículas percebem-se umas as outras, prova disso é que
> combinam-se entre si. Partículas e átomos estruturam-se em formas
> maiores e cada vez mais elaboradas com o passar dos éons... a base
> para a compreensão de todo o Universo está contida no estudo do que é
> uma única partícula. E como elas surgem? Do nada? Pois então...
> se é um "nada", há a possibilidade de através do entendimento disto
> chegarmos ao QUE no final das contas vem gerando tudo... ao QUE no
> final das contas somos e o que representamos no conserto Universal.
> E, não há nem nunca houve a necessidade de negarmos a Deus, já que
> todas as religiões falam da mesma coisa, todas elas, sem exceção:
> Deus é o Creador. Deus está presente em sua obra. Deus é o que
> sempre houve. Deus é a habilidade da energia gerar matéria e
> esta "continuar existirndo" nas formas que lhe convém. O Universo em
> última análise é uma forma de manifestação dessa inteligência que
> permite a energia assumir o papel de pequenas estruturas e
> permanecerem assim e assim "estar" o Universo que conhecemos.
>
> Se eu "acredito" em Deus? Eu sou Deus, você é Deus, o Universo que
> dá continuidade à creação é Deus. Pois bem: não há como o creador
> ser a própria criatura? Filosofia serve apenas para complicar as
> coisas mais simples e tudo o que se vê é masturbação mental de idéias
> elaboradas com o único fito de complicar o que é muito simples em sua
> essência, enquanto a ciência tateia no escuro nessas questões que
> fogem da possibilidade de "pesar e medir". Considerem que tudo o que
> vem dando continuidade ao que foi deflagrado em um único ponto como
> consideram os que "crêem" no Big Bang é "creador e criatura". Somos
> consequência do que permite às partículas existirem a partir da
> energia... apenas isso.
>
> Faz diferença aceitar-se esta idéia? Dizer que não é ficar "boiando"
> na superfície das idéias... dizer que sim idem. O fato é que
> independentemente de aceitarmos ou não, de crermos ou não, estamos
> aqui e temos nosso papel no cortejo cósmico. E dado o fato de certas
> células em nossos corpos terem assumido um papel de
> analisador/computador de dados externos a nós, NÓS estamos incumbidos
> de chegarmos não só a uma resposta mas de entendermos o que é em
> última análise estarmos vivos: é contemplar a obra e informar que
> tudo está bem... com a "graça de Deus". Qual a finalidade disto?
> Nenhuma: aparentemente por sermos apenas consequências do modo como
> a energia é ordenada, estamos apenas à mercê do que é possível de ser
> alcançado por tais "aprimoramentos". Assim, eu posso crêr ou não
> crêr. A única diferença é que crendo e aceitando eu posso fazer
> parte disto tudo e sentir que há um motivo para eu existir. Sem tal
> crença eu apenas existo... como o tudo mais vem fazendo, sem sequer
> se dar ao trabalho de ter que analisar qualquer coisa...
>
> Beijos, Lígia
>
>
>
>
>
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: UM CRIADOR p/ Ligia Gallo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 23:42
Você é ótima!
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 15, 2002 2:11 AM
Subject: [ciencialist] Re: UM CRIADOR p/ Carlos Alberto
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Ligia prometo responder-lhe todas a questões que vc me mandou.
Também
> concordo que nos encontraremos lá no topo da montanha.
L: É o que parece... :)
> Ante queria tirar uma dúvida com vc. Qdo a conheci vc era 55555,
depois da
> malfadada alcatéia, vc virou Gallo. Isso quer dizer que vc é boa de
briga?!
> Beijo
> Carlos AR
L: O Gallo quer dizer que o Yahoo decidiu-se pelo meu último nome do
sobrenome ao invés do Amorese. Sou Lígia Amorese Gallo... o meu
nick aparecia antes por causa da forma que o Yahoo processava as
minhas informações de conta... e se você quer saber o sentido
do "5555" foi pura tentativa e erro: comecei com um 5: já existia
uma lígia5, depois 55, idem, depois 555... sem chance. Quando tive
a brilhante idéia de anexar outro 5, voilá! Tudo resolvido... :)
Quanto a ser boa de briga... bem, eu costumo lixar o "esporão" de
vez em quando... :)
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2002 23:52
Ligia Gallo wrote:
> L*: Lisandro não entendeu lhufas de pitibiriba do que eu disse...
> já que você concorda que ele rebateu muito bem, tenho certeza de que
> você entendeu Necas... enfim, acho bom você ler o que eu respondi a
> ele antes de brindarmos a lista com mais um show de "aspiração a
> ceticismo científico"... Em tempo: antes que você confunda o
> significado de "aspiração" nesse contexto, digamos que é o mesmo
> que "almejar".
Liginha querida:
Vc esta certa. O Lisandro trocou substancias internas pelas externas,
eu li rapidamente, foi falta de antecao minha...
Ainda assim, o resto do meu email continua certinho,
ele é que ta valendo, ok?
Vladimir
SUBJECT: Quantidade e Qualidade
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2002 23:59
Como é que no Universo as coisas passam da quantidade para a qualidade? Essa passagem ocorre ou ocorreu em algum momento ou esteve e está presente desde o princípio?
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Matéria e Massa
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 00:02
Qual dos das duas definições, a de matéria e a de massa, tem maior alcance ou extensão e no que elas são exatamente iguais ou diferentes?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Energia e Força
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 00:03
Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia e a força não se tornam a mesma coisa?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 00:05
>Estatistica populacional... estimativas de ocupacao do planeta...
historia dos numeros, da quantificacao...
só não me pede pra fazer...
isso é trabalho pra pai e mae...
L.E.
>| Boa tarde,
>|
>| Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão participar da
>| Feira de Ciências no colégio.
>| Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica, história
>| e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência incluindo
>| matemática e geografia e o outro matemática e história.
>| Gostaria de contar com a colaboração de voces para que eu possa
>| ajudá-los.
>|
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Ligia Gallo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 00:12
Ligia, se me permite, eu indico um muito bom, não é excelente,mas é bom:
Neurobiologia da Doenças Mentais, 5ª Edição, Lemos Editorial.
Editores: Frederico Guilherme Graef e
Marcus Lira Brandão.
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 15, 2002 11:06 PM
Subject: [ciencialist] Para Antonio Renato 2
Olá Antonio Renato,
Só para saber: você por acaso pode me informar algum livro ou
referência de artigo a respeito de relações, listas com os nomes e
propriedades químicas dos neuro-transmissores? Andei consultando o
Google mas eu não tenho referências de nomes além das endorfinas,
serotonina e o que pude achar é muito superficial, apenas citando os
efeitos de drogas sobre os tais... nada aprofundado. O que me
interessa é conhecer o que é cada um deles, como agem, como são
secretados e a que se destinam... bem como a estrutura química das
moléculas...
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 00:14
Em Ter 15 Out 2002 16:12, you wrote:
> > É uma verdade matemática. O que cai na velha dicotomia entre
>
> realidade e matemática. Lógica [corro o erro de afirmar] é um
> fenômeno matemático.
>
> Não seria a matemática um fenômeno da lógica?
Não. A lógica pode ser reduzida à teoria dos conjuntos (pertence, não
pertence, está contido, contém, etc...). A matemática vai muito além disto.
Aniello
SUBJECT: Re: Para Ligia Gallo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 00:26
Obrigada Carlos!
Hum... hoje vou seguindo com alguma pesquisa por aqui na internet
mesmo. Uma coisa que eu ainda não achei é a origem de tais
substâncias que fazem o cérebro funcionar. É certo que estão ali,
mas provém do que? Por quais caminhos a evolução as "escolheu", ou
de que maneira elas foram sendo sintetizadas para o funcionamento do
cérebro animal? É por aí...
Beijos, Lígia
**************************************
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Ligia, se me permite, eu indico um muito bom, não é excelente,mas é
bom:
>
> Neurobiologia da Doenças Mentais, 5ª Edição, Lemos Editorial.
> Editores: Frederico Guilherme Graef e
> Marcus Lira Brandão.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 00:31
Em Ter 15 Out 2002 14:33, you wrote:
> (...)
> Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e
> portanto pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável,
> isto significa que não interage com o resto das coisas. Algo que não possue
> nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo, portanto é o mesmo
> que não existir.
>
> []'s
> Aniello
>
>
> -=*#>Pô meu! Quanto mede o espaço sideral?<#*=-
Ou seja, qual é o tamanho do universo?
A estimativa atual é que o universo seja com globo com a circunferência de
7,5X10^26 metros (sete vigula cinco vezes 10 elevado a 26 potência), ou seja:
750.000.000.000.000.000.000.000.000 metros.
Para tal cáculo a idéia é simples: a idade do universo é um valor entre 10 e
15 bilhões de anos, segundo a teoria do Big Bang. o raio do universo é de 10
a 15 bilhões de anos-luz.
Mesmo que o universo seja infinito, isto não significa que não possa ser
medido, pois infinito é uma medida matemática tão boa quanto qualquer outra.
Lembre-se que dizer que algo pode ser medido não implica que possa ser medido
hoje. Há 1 milênio era impossível medir a distância da Terra ao Sol, e a
duzentos era impossível medir um átomo de hidrôgenio.
Se algo interage com o mundo esta interação pode ser quantificada direta ou
indiretamente. Se não interage, não existe.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] "Takata, junte-se a nós", deprimidos.
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 00:35
On 15 Oct 2002 at 16:34, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Desconheço a percentagem, mas (da prática) muitos respondem bem à algum tipo
> de terapêutica, preferencialmente associação de psicofármacos e
> psicoterapia. O que nos surpreende é a recidiva inesperada, imprevista, que
> pode levar o paciente ao êxito letal antes que possamos intervir.
Antonio
Realmente a depressão é uma pulga na camisola de qualquer tentativa de eliminá-
la. Digo eliminá-la porque dizer curar, nesta altura da partida, é um pouco atrevido.
Existem modos de encarar a depressão que nem sempre são coerentes com o seu
nome.
Acontece que a palavra "depressão" sempre indicará uma anomalia. Há gente que
pergunta se é próprio dizer que a depressão não se cura. Uns, por exemplo,
afirmam que não se cura porque "volta". Existe gente que se pergunta se não há
uma "estrutura" (não sei se o termo é bom) de personalidade (quero dizer, um modo
de ser) que faz o individuo propenso a sofrer depressões.
Freud percebeu o problema. Escreveu um trabalho entitulado "O luto e a
melancolia". Nesse trabalho ele trata de estabelecer a diferença entre luto (quando
as pessoas realmente se deprimem) e o que ele chamou de "melancolia". A tristeza
do luto seria um estado reversível e sintônico com a situação. O que ele chamou
melancolia também recebeu a denominação psicanalítica de "Psiconeurose
Narcisista" (deve-se eliminar a conotação moral do termo "narcisista") porque era
uma forma de organização muito resistente à psicanálise.
Não entendo por que afirmam que os psicanalistas dizem que a psicanálise "cura"
esta "estrutura" depressiva. Já Freud se deu conta de que era uma forma resistente.
Se existem pessoas que tem uma propensão (seja por que causas forem) a
deprimir-se com maior ou menor gravidade, poder-se-ia pensar que são pessoas
que tem uma recorrencia de uma doença que o afeta de vez em quando. É o caso
de considerar a depressão como "estrutura" ou "estado".
Creio que pretender "curar" a estrutura é um pouco pretencioso. Como
desestruturar uma pessoa sem despersonalizá-la? Seria uma mutilação de sua
subjetividade. O mais lógico seria pensar em função das vezes em que esta pessoa
"adoece". Se os surtos depressivos são a doença, a forma de pensá-la seria em
termos de prevenção (primaria, secundaria e terciaria).
Como não existe panacéia, o modo mais prático de pensar a depressão é buscando
um impacto múltiplo. Hoje existe muita gente que pensa que a causalidade da
depressão é múltipla. Teria muitas causas.
Assim, a psicoterapia é um dos modos de ajudar na abordagem da depressão a
través da comprensão dos estados que desencadeiam as crises para melhor
manejá-las. Hoje, como psicoterapeuta, posso afirmar que a depressão, embora
não possa ser "curada", pode ser controlada ecompletamente neutralizada em seus
efeitos daninos para o sujeito. O que não se consegue é que desapareça.
A asma tampouco se cura e não existe tanta gente reclamando. Também se
controla bastante bem. Eu mesmo sou um asmático completamente compensado.
Em pequeno tive a manifestação da famosa "diátese asmática", que fez que o
pediatra fizesse a predição: "vai ser asmático". E assim foi. Fui asmático toda
minha vida. Isto não quer dizer que, na atualidade, eu sofra crises.
Com a depressão se conseguem coisas análogas. É tolice pensar num só
mecanismo para o estado depressivo. Existe algo relacionado com a dinâmica dos
neuro-transmissores, está provado, como as etiologias genéticas e também as
circunstanciais. Sabe-se o que pode desencadear a depressão, mas a causa
patognomônica, ainda não se sabe.
[ ]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre o batismo dos planetas (era Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco))
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 00:40
Em Ter 15 Out 2002 20:06, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
>
> > 2:37 AM, 28/04/1974, Brasília - DF.
> > Não tenho nada a temer ao revelar isto, pois estou convicto que
> > isto diz sobre mim apenas que sou brasiliense, com 28 anos.
>
> Aniello
> April 28, 1974
> 2:37 AM
> Brasília, Brazil
>
>
>
> Positions of Planets at Birth:
> Sun position is 7 deg. 34 min. of Tau
> Moon position is 23 deg. 14 min. of Can
> Mercury position is 0 deg. 12 min. of Tau
> Venus position is 22 deg. 44 min. of Pis
> Mars position is 4 deg. 43 min. of Can
> Jupiter position is 10 deg. 48 min. of Pis
> Saturn position is 0 deg. 50 min. of Can
> Uranus position is 25 deg. 14 min. of Lib
> Neptune position is 9 deg. 03 min. of Sag
> Pluto position is 4 deg. 38 min. of Lib
(..............................................................)
> --------
> Por q. a sua personalidade astral e' tao parecida com a de Alvaro eu
> nao sei ao certo. Talvez haja algo reservado para vcs dois.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
Takata, obrigado. Fazia tempo que eu não ria tanto.
[]'s
Aniello
SUBJECT: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 01:03
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> Liginha querida:
>
> Vc esta certa. O Lisandro trocou substancias internas pelas
externas,
> eu li rapidamente, foi falta de antecao minha...
>
> Ainda assim, o resto do meu email continua certinho,
> ele é que ta valendo, ok?
>
> Vladimir
L**: OK...
> Ligia Gallo wrote:
>
> > L*: Deus não é necessário. Ele só É... e Ele não precisa que
> > acreditem Nele.
>
> e de onde tirou isso?
> esta escrito?
L**: Do que já li sobre Deus, essa é uma conclusão que encerra em si
o que quer que "onipotência", "onipresença" signifiquem...
> > L*: As drogas modificam a química cerebral. Pessoas
com "vidência"
>
> > têm muitas vezes a química cerebral alterada, quer por fatores
> > genéticos, quer por doenças.
>
> ou seja, nao precisam de drogas pra alucinar, ja se encontram
> alucinados. uma bad trip constante...
> a alucinacao é real, o tangivel nao é...ou talvez seja so parte do
> real..certo?
L**: Nem sempre em uma bad trip constante: há momentos em que a
realidade apresenta-se como é, ou como aparenta ser para a maioria.
Em todo caso, as alucinações parecem acontecer em intervalos mais ou
menos regulares.
> > Muitos místicos ao longo da história
> > vêm fazendo uso de drogas para a percepção do "além". Até aí,
tudo
> > certo. O interessante são os padrões que se repetem naquilo que é
> > reportado por vários quando do uso de determinadas drogas.
>
> sim, pois as drogas sao as mesmas, agindo em inidividuos da mesma
> especie.
> espera-se que os efeitos sejam semelhantes para a maioria...
>
> ja tive experiencias parecidas com tais relatos fantasticos,
> e nao vejo porque acreditar que sejam reais.
> Fantastico mesmo é acreditar que os fenomenos percebidos atraves do
uso
> de drogas por outros seja a realidade, em detrimento daquela que vc
> mesma pode perceber.
> É incrivel!
L**: Bem, seguindo com o raciocínio que já expus em mensagem
anterior ( aquela do Lisandro), eu acabei pensando seriamente em
buscar as origens da sintetização dos neuro-transmissores...
> > Portanto, qual o porquê da negação de que tais visões sejam uma
> > realidade possível quando tudo o que temos como garantia de
sanidade
> > é um equilíbrio químico delicado a dar-nos suporte para a
percepção
> > da realidade? Gostaria de respostas sérias. Esta é uma pergunta
> > séria.
>
> Porque experimentei.
L**: Certo. Agora veja só: se o equilíbrio das substâncias é
essencial para que pessoas vejam esta realidade, de onde surgiu tal
equilíbrio? Por que cargas d'água a natureza chegou à conclusão de
que determinadas substâncias deveriam estar presentes ou não para
o "bom" funcionamento do cérebro em detrimento de outras substâncias
igualmente possíveis de serem sintetizadas pelo organismo?
> > L*: E o que garante a "não existência" dos mesmos é o equilíbrio
da
> > emissão de dopamina pelo sistema límbico e recepção pelo córtex...
>
> que beleza! a dopamina é o "elixir" da realidade!
L**: Em alguns casos sim. Mas apenas a dose certa de tal substância
oferece condiçòes para que um indivíduo perceba a realidade como
os "normais" a percebem. Doses a mais ou a menos prejudicam o
resultado final da observação.
> nao vi sua resposta, pois alem desta lista assino outras e
> o volume de e-mails é grande,
> entao eu deleto muitos, priorizando os que julgo mais
interessantes...
L**: Qual o porquê de mudança tão, tão "repentina" de atitude em
relação aos meus e-mails?
> > L*: Não... ainda não é essa a resposta certa. Absorva mais...
>
> muita, muita, muita fé, em deus, no alem,
> ate nos relatos subjetivos de terceiros.
L***: Não é fé, moço... é vontade de entender as coisas. Não
aceitá-las como os outros dizem que é, ou não dizem.
> > L*: Ele é que está estudando você, seu bobo... :P
>
> Aguardo o diagnostico...
L***: A mim já é claro... :)
> > L*: É só entender como a química cerebral é importante para a
> > elaboração do que é aceitável ou inaceitável em termos de
realidade.
>
> yes!
> na verdade, as pessoas sao verdes e o céu laranja!!!!
> "louco" é quem nao ve!
> igualzinho "O Alienista"?
L**: Hum... To sentindo "cheiro de leite e fralda molhada"... :)
Você não quer conversar, quer só brincar comigo. Não vou perder mais
tempo.
> É como comparar um Dali e um Mondrian. Os dois sao belos.
> mas um representa sua realidade, o outro, a minha.
L**: Interessante a sua escolha aparentemente aleatória de
pintores: O Dali primava pela distorção das formas mas dava ênfase
ao traçado de tal forma a quase imitar uma fotografia, diluindo os
contornos e minimizando o efeito das pinceladas tornando-as quase
invisíveis... já Mondrian retrata a natureza, porém imprime seus
traços de forma exacerbada... que aparecem "gritando" em seus
quadros em cores contrastantes. Ambos "fantasiam" a natureza.
> Nos vemos no alem.
> la continuaremos essa discussao...
L**: Dado o fato de eu ter certeza de que apenas o que se crê é o
que acaba acontecendo conosco, eu prefiro até mesmo esquecer tais
discussões... só para não correr o risco de ter que continuá-las no
além, onde impressões pessoais movidas pela crença acabam sendo mais
pronunciadas...
Aurevoir...
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] MATEMÁTICA DO JOGO DE XADREZ
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 01:08
Em Dom 13 Out 2002 18:38, you wrote:
> Alguém da lista sabe, connhece ou viu ou tem algum livro de matemática que
> trate especificamente de uma matemática do jogo de xadrez? Carlos AR
Só por curiosidade, o que seria uma "matemática do jogo de xadrez"?
Simplsmente uma aplicação da teoria dos jogos para xadrez ou algo mais
detalhado? Qual o intuito de uma matemática do jogo de xadrez?
[]'s
Aniello (mais enxadrista do que cientista).
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 01:22
Em Dom 13 Out 2002 17:35, you wrote:
> > Agora voltemos aos velhos problemas:
> > Cachorros tem quatro pernas.
> > Mesas tem quatro pernas.
> > Mesas são cachorros.
>
> Douglas: Vc está certo em parte. A lógica é, hoje, uma ciência formal. Digo
> hoje, porque atá o princípio da modernidade havia a distinção entre Lógica
> Maior e Lógica Menor. O que hoje chamamos de lógica é apenas a Lógica
> Menor. Atualmente, quando a lógica é uma ciência formal, a análise do
> conteúdo das premissas é feita por constatação empírica ou pela análise de
> discurso. Mas para isso a lógica deve ser formalizada. Neste caso,
> formalizando o silogismo acima, podemos colocá-lo na seguinte forma:
> A é B
> C é D
> logo C é A
> Neste caso fica claro que o silogismo possui quatro termos. Se não houver
> formalização, o silogismo pode ser considerado não válido de todo jeito
> pois o termo médio (pernas) é tomado particularmente nos dois casos (e
> deveria ser tomado universalmente pelo menos em um).
Concordamos com o erro quanto a universalidade do termo médio, mas não vejo
sentido em atribuir ao silogismo a estrutura
A é B
C é D
Logo C é A.
Na verade, a formalização correta seria
A implica B (ser cahorro implica em se apoiar em quatro extremidades)
C implica B (ser mesa implica em se apoiar em quatro extremidades)
A é C (ser cachorro é ser mesa).
Não vejo por que adotar uma formalização restrita que invalide o raciocínio
por números de termos se podemos formalizar o mesmo raciocínio, sem violar a
lógica, de modo a cumprir a regra dos três termos.
Não há definição lógica de perna, e a lógica não difere perna de cachorro de
perna de mesa.
> Douglas: Realmente não cabe à lógica fazer tal análise. Mas para isto ela
> deve ser formalizada. No exemplo dado ela veio em linguagem comum, neste
> caso posso usar elementos da Lógica Maior para fazer a análise do conteúdo,
> sem cair em subjetivismo (note bem a última frase). E fazendo isso, o
> Silogismo possui quatro termos.
Não há por que fazer uma distinção lógica entre perna de mesa e perna de
cachorro. Perna não é necessariamente algo orgânico ou inorgânico, podendo
significar apenas extremidades de apoio, cabendo sentido figurado ou não de
acordo com o contexto. E o contexto do silogismo não gera uma distinção
intrínseca entre perna de cachorro e de mesa.
Julgar que perna de cachorro seja a priori um conceito de perna diferente de
perna de mesa é uma análies que vai além do escopo da lógica.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Como nasce um paradigma
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 01:25
Para relaxar um pouco...
COMO NASCE UM PARADIGMA
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula,
em cujo centro
puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas,
os cientistas
lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a
escada, os outros
enchiam-no de pancadas.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a
escada, apesar da
tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela
sendo rapidamente
retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo
não mais subia a
escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o
primeiro substituto
participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto
e, finalmente, o
último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco
macacos que, mesmo
nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo
naquele que tentasse
chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam
em quem tentasse
subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei,
as coisas sempre
foram assim por aqui..."
SUBJECT: Re: RESPOSTA-CRITICA: [ciencialist] Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 01:35
Em Sex 11 Out 2002 17:11, you wrote:
> Boa Tarde.
>
> Eu sou novato no grupo de vocês e portanto peguei a discussão sobre
> astrologia no meio do caminho.
> Segundo pelo pouco que pude interpretar do e-mail do Sr. Aniello o
> tema principal refere-se sobre a influência do novos planetas exteriores
> descobertos após o desenvolvimento da astrologia.
> Em geral, utilizando-se de um termo literário, este tipo de texto
> pode ser considerado como pastiche. O referido texto não possui utilidade,
> valor ou qualquer dado que possa ser verificado. O autor mostrando uma
> pseudo-erudição e intercála-o com assuntos referentes à física moderna para
> tentar ( acredito ) mostrar a validade das suas argumentações referentes à
> astrologia.
> Os mais pessimistas dizem que as crendices da nova era, os discos
> voadores e os crédulos em geral estão possuindo uma influência cada vez
> maior na nossa sociedade contemporânea. Porém observo literalmente o
> contrário. Para validar os seus argumentos eles utilizam dados científicos
> ( muitas vezes corretos ), para tentar obter um respaldo perante os
> ingênuos.
> Recomendo, a que interessar, a leitura do livro: IMPOSTURAS
> INTELECTUAIS pela Editora Record. Os autores mostram os perigos e malogros
> de se utilizarem os conceitos de áreas distintas.
>
> Atenciosamente:
>
> Lisandro de Souza Gomes Pereira.
> Técnico em Eletrônica.
Oi Lisandro. Demorei a entender se seu email era uma crítica ao Sérgio
taborda ou a mim. Pela reação do Sérgio, acho que era uma crítica a ele.
Concordo que várias áreas de conhecimento tentam hoje em dia atingir o status
de ciência indevidamente, usando um linguajar aparentemente científico. Mas
acho que o Sérgio Taborda não tenta dar cunho científico a astrologia. A
maior parte de argumentação científica vem da minha parte, que conheço de
astronomia, e não de astrologia, e quando veio dele foi mais como analogia
funcional do que como sustentação da astrologia.
De qualquer forma, obrigado pelo apoio.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Somente o mensurável existe?
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 01:59
Oi Sérgio... Voltando a uma velha polêmica e esquecendo os astros por um
tempo.
Em Sex 11 Out 2002 15:33, you wrote:
> > > Obviamente o que não é conhecido, não pode ser avaliado, donde não se
> > > pode medir.
> > > O que não existe não é conhecido, donde por maioria de razão, não de
> > > pode medir.
> > >
> > > A inferencia inversa não é valida : "só o que é mensuravel existe".
> >
> > Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e
>
> portanto
>
> > pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável, isto
> > significa que não interage com o resto das coisas.
>
> NÃO!
> Se vc não tiver um padrão, não ha medida.
> Tlv isto seja muito tecnico, mas o padrão é que é a coisa importante aqui.
> Tudo pode ser mensurável se e só se existir um padrão dessa grandeza.
> Mesmo que algo exista, se não existir um padrão, isso não é mesurável.
>
> Os terremotos têm duas escalas (pelo menos) para serem catalogados.
> Uma é meramente empirica e cosnta de diversos niveis descritos por aquilo
> que deve acotnecer para que o terremoto seja considerado desse grau.
> Outra é baseada na energia do abalo sismico e não contem graus.
>
> Qual destas escalas está a medir o terremoto ?
> Nenhuma. Não existe nenhum padrão aqui.
> Não existe medição aqui, existe avaliação.
> E um terremoto existe. (ou vai dizer que não ? :-) )
Ok, entendi o ponto. Eu estava usando indiferentemente aqui quantificação e
mediçào. Medir a energia de um terremoto é uma forma de quantificar o mesmo,
mas não de medi-lo. Na verdade eu estava defendendo que se existe, pode ser
quantificado. Um erro de nomenclatura de minha parte.
Note aqui que nós não medimos objetos ou fenômenos, nos medimos grandezas.
Nös não medimos uma mesa, e sim medimos seu comprimento, sua massa, seu
volume, etc. E com isto podemos quantificar (atribuir números que descrevam)
a mesa.
Agora, a existência de um padrão não é suficiente para medir uma grandeza.
Por exemplo, o tempo. Em comprimento e massa por exemplo definimos um padrão
através de uma referência. Um kilograma é a massa de um corpo padrão, um
metro é o comprimento de um corpo padrão. Já o tempo não. O segundo não é o
tempo de um corpo padrào. O tempo não é medido de maneira intrínseca , mas de
maneira indireta (hoje segundo é o tempo de 9191631770 ciclos de radiação de
césio 133, ou seja, a unidade padrào de tempo no SI é definida por ciclos de
radiaçào de um átomo de césio). Toda unidade de tempo, até hoje, se baseiou
em fenômenos periódicos. Não é possível medir o tempo per si, apenas contar o
número de fenômenos periódicos entre dois fenômenos.
Assim, em uma definiçào mais estrita, o próprio tempo não é mensurável. Este
mesmo raciocínio pode ser extendido para outras grandezas físicas básicas.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:13
Mais uma vez o Aniello ressuscita um email das antigas ignorando os debates
seguintes...
Em Sex 11 Out 2002 04:41, you wrote:
> O ceticismo acadêmico diz que:
> * É impossível ter certeza de algo. pois se alguém apresentar uma tese A eu
> posso apresentar uma tese não A de igual valor. Portanto não há como ter
> ciência.
> O ceticismo mitigado (expressão de Hume mas que se iniciou com Occam) diz
> que:
> * Podemos ter um certo conhecimento dos acontecimentos corriqueiros do dia
> a dia, mas a ciência continua sendo impossível de existir.
> O cetismo, em alguns casos, prega que uma certa forma de conhecimento é
> possível:
> * Aquela que vem única e exclusivamente da fé (fideísmo, doutrina
> considerada herege pela Igreja que preza muito a Razão).
>
> Como Dawkins e Sagan se dizem céticos? Falta de estudo ou burrice. Pode
> escolher.
Na verdade isto é uma demonstraçào apenas de uma visão estreita de
linguística de sua parte. Ceticismo, assim como qualquer vocábulo, possue uma
gama ampla de significados (com limites, obviamente. ceticismo não pode
significar, hoje, no protuguês, um tipo de fruta).
Nos textos de Sagan, Dawkins, e outros escritores de ciência para leigos
(Asimov, por exemplo) é comum a preocupação destes autores resaltarem que a
ciência é baseada em raciocínio indutivo e comprovação empírica. Por isso um
cientista deve ter uma postura de questionamento constante (deivo a incerteza
inerente do raciocínio indutivo) e admitir a primazia da experimentação
empírica sobre a teoria científica, ou seja, em caso de conflito entre teoria
e prática, reformular a teoria.
Aceitar o conhecimento científico como um conhecimento que jamais atingirá o
status de verdade ontológica e estar pronto a sempre reformular as teorias
vigentes diante de novas experiências é uma forma de ceticismo.
Pode não ser o ceticismo acadêmico, ou o ceticismo cartesiano. Mas é
ceticismo. Imprecisào? Tão impreciso quanto falar que eu sinto uma harmonia
de sentimentos com minha namorada, visto que harmonia é algo bem definido
pela teoria musical.
Não vamos resumir significado linguístico a significado filosófico, nem
restringir significado filosófico ao significado filosófico vigente.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Quantidade e Qualidade
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:22
Em Qua 16 Out 2002 00:59, you wrote:
> Como é que no Universo as coisas passam da quantidade para a qualidade?
> Essa passagem ocorre ou ocorreu em algum momento ou esteve e está presente
> desde o princípio?
>
> Carlos Alberto
Para ser sincero não entendi a pergunta. Quantidade do que? Qual parâmetro de
qualidade?
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Matéria e Massa
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:31
Em Qua 16 Out 2002 01:02, you wrote:
> Qual dos das duas definições, a de matéria e a de massa, tem maior alcance
> ou extensão e no que elas são exatamente iguais ou diferentes? Carlos AR
Até onde eu sei podemos dizer que o que é matéria possue uma determinada
massa. Massa é uma grandeza física, matéria é um conceito físico apenas.
Não há portanto como discutir abrangência ou extensão, e apesar de serem
conceitos diferentes, são completamente dependentes.
Uma pergunta para os físicos de plantão: a igualdade entre massa
gravitacional e massa inercial foi explicada pela relatividade geral ou por
outras teorias mais atuais (ou seja, o fato de massa nas equações de
movimento ser a mesma grandeza que massa nas equações gravitacionais)? Pois
para a física newtoniana esta igualdade é atribuída ad hoc e comprovada
experimentalmente (estou errado?).
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:36
Em Qua 16 Out 2002 01:03, you wrote:
> Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia e a força
> não se tornam a mesma coisa? Carlos AR
Não. Basta fazer uma análise dimensional dos dois conceitos para ver que isto
é impossível. (ou seja, decomponha estas grandezas físicas em gradezas
fundamentais. teremos que força é m*s/(t*t), e energia é m*s*s/(t*t), onde
m=massa, s=espaço e t=tempo).
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:39
Em Sex 16 Ago 2002 01:43, you wrote:
> > Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e
>
> portanto
>
> > pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável, isto
> > significa que não interage com o resto das coisas. Algo que não possue
> > nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo, portanto é o mesmo
>
> que
>
> > não existir.
>
> Isto é um engano. Só o que ocorre em ato pode ser mensuravel pois está
> ocorrendo. Não há como medir possibilidades, e estas são reais e mais
> abrangentes que o que ocorre no momento. Portanto, o "reino do que existe"
> é mais amplo que o mensurável, abrange o mensurável mas é mais amplo do que
> ele.
>
> DFG
Há todo um ramo da matemática para se medir possibilidades. Chama-se
estatística.
Aniello
SUBJECT: Re: Quantidade e Qualidade
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:42
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Como é que no Universo as coisas passam da quantidade para a
qualidade? Essa passagem ocorre ou ocorreu em algum momento ou esteve
e está presente desde o princípio?
Você está se referindo à energia? É que, ao que tudo indica, existe
uma capacidade inerente ao Universo em estruturar-se de forma tal a
permitir que a energia "especialize-se". Caso não houvesse tal
especialização, com certeza não teríamos saído dos primeiros estágios
desde um suposto princípio. Parece haver uma qualidade inerente à
energia nas condições do Universo conhecido em estruturar-se desde
escalas muito pequenas (mundo sub-atômico) até escalas maiores
(galáxias e superaglomerados).
Existem várias hipóteses para tal estruturação do Universo. No meio
místico, atribui-se isso à uma intervenção divina ou de uma espécie
de inteligência que permite à energia assumir a forma material e a
partir disso estruturar-se obedecendo sequências... já no meio
científico, há a possibilidade de haver um "agente-estruturador" que
permitiria que a energia fosse "contida" em quarks a princípio e
depois através dos "arranjos" entre seus "vários sabores", formar as
sub-partículas como prótons, nêutrons, elétrons... e tudo o mais em
consequência das forças de interação entre tais partículas.
Esse "agente estruturador" pode ser entendido ( eu pelo menos
tentei...) através da leitura do que Murray Gell Mann propôs ao
pensar em quarks, ou o "tijolo fundamental" da matéria.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:43
Em Sex 16 Ago 2002 02:24, you wrote:
> > Não. A lógica pode ser reduzida à teoria dos conjuntos (pertence, não
> > pertence, está contido, contém, etc...). A matemática vai muito além
>
> disto.
>
> Douglas: Como assim? E as lógicas não ortodoxas? (paraconsistente, fuzzy,
> modal, etc.)?
> Creio que estas pelo menos não cabem nas teorias dos conjuntos. E as
> lógicas polivalentes?
> Tb creio que está para além da teoria dos conjuntos.
> A tentativa de reduzir matemática à lógica (logicismo) não deu certo até
> hoje.
> Creio que sejam duas ciências formais diferentes.
>
> DFG
Oh oh... Ponto para o Douglas. Pensei apenas em lógica formal.
Apesar de achar intuitivamente que as lógicas não ortodoxas podem ser
matematizadas, com certeza não seria pela teoria dos conjuntos apenas, e nem
tenho conhecimento suficiente sobre o assunto para fundamentar minha opinião.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: Matéria e Massa
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:52
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Qual dos das duas definições, a de matéria e a de massa, tem maior
alcance ou extensão e no que elas são exatamente iguais ou diferentes?
> Carlos AR
Matéria é o "algo tangível". Massa normalmente é referente ao que um
corpo contém do "algo tangível". Falar em matéria é abrangente sim,
dá a entender um "maior alcance" já que envolve o tudo que
conhecemos, mas caso você queira falar de corpos interagindo, melhor
falar em massa.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Energia e Força
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 02:58
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia e a
força não se tornam a mesma coisa?
> Carlos AR
Energia seria a força em potencial. Quando a energia é utilizada,
torna-se força, quer pela geração de movimento, quer pela absorção,
quer pela troca de calor, quer pela interação entre corpos...
Vou ver mais algum detalhe mais tarde. Os demais físicos que me
corrijam caso eu esteja me precipitando... é sono...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 03:00
Em Sex 16 Ago 2002 03:05, you wrote:
> > sentido em atribuir ao silogismo a estrutura
> > A é B
> > C é D
> > Logo C é A.
> >
> > Na verade, a formalização correta seria
> > A implica B (ser cahorro implica em se apoiar em quatro extremidades)
> > C implica B (ser mesa implica em se apoiar em quatro extremidades)
> > A é C (ser cachorro é ser mesa).
>
> Não seria a forma correta. Como citei abaixo: "No exemplo dado ela veio em
> linguagem comum, neste
>
> > > caso posso usar elementos da Lógica Maior para fazer a análise do
>
> conteúdo,
>
> > > sem cair em subjetivismo (note bem a última frase)".
??????????????????
Lógica Maior é não é uma ciência formal muito menos não é objetiva.
>
> Usando a Lógica Maior que serve de base para a lógica menor:
> 1- Um termo é a expressão de um conceito;
> 2- Um conceito é a essência axtraída dos diversos seres;
Platonismo. Não há essência a ser extraída dos diversos seres para a lógica.
> 3- Assim vejo a mesa 1, a mesa 2, a mesa 3, a mesa 4, etc.;
> 4- Com isso abstraio o conceito de mesa;
Platonismo puro. A conceituação de mesa é cultural, não existe uma "mesa
ideal" para que reconheçamos características de mesa a partir dela.
Para ilustrar que a cultura é o que determina o significa de um vocábulo, sem
passar pela lógica basta tentarmos usar este processo para, por exemplo,
"branco". Abstarimos o conceito de branco a partir de sua essência e depois
conversamos com um esquimó, e este será incapaz de compreender este conceito.
para um esquimó, o que chamanos de branco é um conjunto de 9 cores
completamente diversas em sua natureza.
Assim como o conceito de perna pode variar de acordo com a cultura ou até com
o indivíduo, pos não há uma ess6encia de perna, nem uma perna ideal.
> 5- Expresso o conceito de mesa no termo "mesa";
> 6- Observo o cão 1, o cão 2, o cão 3, etc.
> 7- Abstraio o conceito de cão;
> 8- Expresso o conceito de cão com o termo "cão".
> Com os dois termos expressando conceitos, já está implicito que quem os
> abstraiu, antes de formular o silogismo, já sabia que "pernas de mesa" são
> diferentes de "pernas de cães".
Está implícito é bem o termo. Lembra-se de minha diferenciaçào de posto,
pressuposto e implícito?
> Sobre a definição: "Perna não é necessariamente algo orgânico ou
> inorgânico, podendo
> significar apenas extremidades de apoio, cabendo sentido figurado ou não de
> acordo com o contexto". Ela viola pelo menos três regras de definição:
> "Regra 1: Uma definição deve indicar os atributos essenciais da espécie
> Regra 3: Uma definição não deve ser excessivamente ampla...
> Regra 4: Uma definição não deve ser expressa em linguagem...figurada"
Atributos essencais é um conceito platônico ultrapassado, ser excessivamente
amplo é um julgamento subjetivo, e não há linguagem figurada ao falar de
pernas de mesa.
A menos que desejamos um julgamento lógico subjetivo, devemos nos restringir
a lógica menor.
> Por isso, definindo de forma rigorosa "perna de mesa" e "perna de cão",
> daria para perceber a diferença dos termos.
Não é uma definição rigorosa, e sim subjetiva.
Aniello
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 03:01
"... na pré-história, a capacidade de antecipar o futuro era importante de
modo a garantir a caça e evitar predadores. Assim o poder de antever o
futuro
foi selecionado, resultando no poder de clarividência atual dos humanos.
[]s,
Roberto Takata"
-=*#>Fala sério. Vc não pertence a esta escola!<#*=-
SUBJECT: Pitaco em: RES: [ciencialist] Somente o mensurável existe?
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 03:01
> De: Douglas Ferreira Gonçalves
> Medeiros:
> A mente do meu amigo Manuel Bulcão pode ser medida no sentido
> de que pode ser TESTADA, FALSEADA, EXPERIMENTADA... Não é exatamente
> uma medida quantitativa, mas qualitativa, cujos resultados são muito
> imprecisos devido a falta de referencias absolutos. Afinal, em que
> devo me basear para testar a mente de alguém? Todos os referenciais
> são subjetivos, relativos.
>
> Douglas: Como assim, medida qualitativa?
Ok, o termo não foi muito feliz, mas, por enquanto, vamos assumir isso
como um neologismo. Quis dizer que embora não saibamos COMO quantificar
a mente, ela É quantificável. Precisamos estabeler um padrão arbitrário
qualquer (não penso que seja a melhor forma) OU medir em termos de
informação bit-a-bit mesmo como o próprio Manuel sugeriu!
Mas como disse antes o COMO é o X da questão.
[]
Alexandre Medeiros
Gente, vou 'falar' asneiras (Também e mais uma vez).
Qualidade do cérebro: Número de neurônios por cm cúbico.
Quantidade do cérebro: Coloca na balança.
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: Ruido informante
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 03:02
----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Sérgio: Por definição de abstracto, ele não tem representação
> material, donde não é feito de nada. Se o abstracto não e´feito de
> nada, e meme é abstracto, então meme tb não é feito de nada.
"Na minha opinião abstrato é tão real quanto o concreto se for
interpretado como informação."
:-))) Mas 'informação' é algo abstracto, donde nem a informação é feita de
algo.
"Tudo (?) pode ser interpretado
como informação (well, ruídos existem e não são informação, mas
essa constatação não invalida minha afirmação, certo?)."
Tecniamente não. Ruido é exactamente o contrário de Informação (aqui usando
o termo no sentido tecnico)
Sérgio
#####>Ruído é uma informação que chega ao cérebro procendente do ouvido. Pô
meu, desculpe-me tomar-lhes tempo<#####
SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 04:22
Ligia Gallo wrote:
> L**: Do que já li sobre Deus, essa é uma conclusão que encerra em si
> o que quer que "onipotência", "onipresença" signifiquem...
de onde vem a conclusao que existe?
nao poderia chama-lo de "unicornio" e dizer que se encerra em si mesmo?
E se ele se encerra em si mesmo, por que criar?
> L**: Nem sempre em uma bad trip constante: há momentos em que a
> realidade apresenta-se como é, ou como aparenta ser para a maioria.
> Em todo caso, as alucinações parecem acontecer em intervalos mais ou
> menos regulares.
nas crises...
> L**: Bem, seguindo com o raciocínio que já expus em mensagem
> anterior ( aquela do Lisandro), eu acabei pensando seriamente em
> buscar as origens da sintetização dos neuro-transmissores...
para tentar relaciona-los a fisica quantica?
senao, qual é esse maravilhoso meio de comunicacao com o alem?
> L**: Certo. Agora veja só: se o equilíbrio das substâncias é
> essencial para que pessoas vejam esta realidade, de onde surgiu tal
> equilíbrio?
via selecao natural.
> Por que cargas d'água a natureza chegou à conclusão de
> que determinadas substâncias deveriam estar presentes ou não para
> o "bom" funcionamento do cérebro em detrimento de outras substâncias
> igualmente possíveis de serem sintetizadas pelo organismo?
a natureza nao chegou a conclusao nenhuma.
as substancias que poderiam prejudicar o bom funcionamento
do cerebro foram eliminadas pela selecao.
> L**: Em alguns casos sim. Mas apenas a dose certa de tal substância
> oferece condiçòes para que um indivíduo perceba a realidade como
> os "normais" a percebem. Doses a mais ou a menos prejudicam o
> resultado final da observação.
certinho!
> L**: Qual o porquê de mudança tão, tão "repentina" de atitude em
> relação aos meus e-mails?
nada pessoal, nao.
eu costumo apagar os topicos que nao estou acompanhando.
algumas vezes alguem muda o subject e acabo deletando algo
que interessa por engano.
eu entrei no meio de uma discussao, lembra?
nao li o que veio antes.
> L***: Não é fé, moço... é vontade de entender as coisas. Não
> aceitá-las como os outros dizem que é, ou não dizem.
Engracado como vc inverte as coisas.
Nao sou eu que acredito em algo sem qualquer indicio favoravel.
> L***: A mim já é claro... :)
c me conta?
> L**: Hum... To sentindo "cheiro de leite e fralda molhada"... :)
> Você não quer conversar, quer só brincar comigo. Não vou perder mais
> tempo.
se vc diz coisas fantasticas, espere por respostas fantasticas... :)
com a quimica do cerebro alterada, qual seria exatamente a "realidade"
possivel de se perceber? um outro universo fisico? ou nao-fisico?
e como? qual o processo?
> L**: Interessante a sua escolha aparentemente aleatória de
> pintores:
pode ter certeza que nao foi...
> O Dali primava pela distorção das formas mas dava ênfase
> ao traçado de tal forma a quase imitar uma fotografia, diluindo os
> contornos e minimizando o efeito das pinceladas tornando-as quase
> invisíveis...
O surrealismo de Dali representa o inconsciente, e foi idealizado por um psiquiatra,
Breton, influenciado pela grande novidade da epoca: a psicanalise.
Sua obra apresenta cenas fantasticas, o mundo dos sonhos.
> já Mondrian retrata a natureza, porém imprime seus
> traços de forma exacerbada... que aparecem "gritando" em seus
> quadros em cores contrastantes.
O objetivo do neo-plasticismo de Mondrian é eliminar o trágico da arte,
o "barroco moderno", como dizia, surrealista e expressionista.
Para Mondrian, "a essencia das coisas nao se conhece pela percepcao,
mas pela reflexao sobre a percepcao separada da propria percepcao."
A consciencia individual (o tragico) da lugar a consciencia universal,
suas telas partem de nocoes comuns: linha, plano, cores basicas.
É o abstracionismo concreto, que aproxima a arte da ciencia.
> Ambos "fantasiam" a natureza.
HEREGE!
A Arte nao fantasia, tenta representar a realidade.
> L**: Dado o fato de eu ter certeza de que apenas o que se crê é o
> que acaba acontecendo conosco,
agora vc foi looonge...
quem cre vai pro alem, quem nao cre nao vai?
PLUR,
Vladimir
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 04:34
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 15 de outubro de 2002 17:14
Assunto: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
Sugestões?
[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Vera Lucia de Freitas de Sousa" <vsousa@cnpq.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 14 de outubro de 2002 18:03
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
| Boa tarde,
|
| Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão participar da
| Feira de Ciências no colégio.
| Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica, história
| e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência incluindo
| matemática e geografia e o outro matemática e história.
| Gostaria de contar com a colaboração de voces para que eu possa
| ajudá-los.
|
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 06:36
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> a utilização das drogas [é] uma falta de caráter e
> força de vontade da pessoa [...]
Epa, epa, epa. As drogas psicotrópicas viciam, elas criam dependência
química nos usuários. Isso não é falta de caráter e de força de
vontade. Por exemplo, ninguém aqui por força de vontade e caráter
consegue ficar sem respirar por muito tempo -- a falta de controle
voluntário sobre isso é da mesma ordem no caso de diversas drogas.
Além disso ha' todo um ambiente psicossocial (pressões do ambiente
como amigos, familiares, estresse, trabalho, historico de vida,
fatores inatos, etc) q. influi tto no contato com as drogas, como na
dependência delas.
[]s,
Roberto Takata
Teenager
Oi Takata
Parece que na tendência à dependência existe 'um' fator genético. 'Ouvi'
alguma coisa a este respeito em estudo interessando ao alcoolismo (É sua
área). Certamente a predisposição herdada não seria o único fator
determinante da drogadição (Como vc mesmo coloca em sua msg).
Quando trabalhava recebia 'amostra grátis' de medicações psicotrópicas. No
primeiro final de semana após ter recebido amostras de um novo lançamento eu
as ingeria em 'dosagens cavalares' em uma única tomada. Sempre soube o que
estava prescrevendo à meus pacientes: Dos colaterais, principalmente.
Somente tornei-me 'dependente' quando submeti-me a tratamento. Sem me
aperceber tornei-me dependente de flunitrazepam (Hipnótico da classe dos
benzodiazepínicos). Não sei como deixei de utilizar tal droga. Somente após
cerca de três anos sem usar a referida medicação dei fé de que fôra
dependente.
Descontraindo: Há muitos anos atrás, assistindo ao programa do Jô Soares,
este entrevistava um argentino que declara que maconha não vicia. Encerrava
sua preleção colocando: Eu mesmo, uso maconha há mais de vinte anos e não
sou viciado!
[]s,
Antonio Renato.
= Outra msg =
"Eu não dispensaria o fator CARÁTER. Acho mesmo que este fator
seja o diferencial entre o usuário esporádico de droga e o junkie drogadão.
[]
Alexandre Medeiros"
Oi Alexandre
Droga é muito bom... para quem não a usa. É como vc mesmo coloca: Existe
uma diferença entre aquele que usa 'lança perfume' no carnaval e aquele de
bebe cachaça diariamente.
[]
Antonio Renato.
= Outra msg mencionando 'dependência química' =
Coceituar 'dependência química' é simples, embora seja um assunto extenso.
A dependência inicia pela tolerância farmacológica, ou seja, a cadeia
enzimática que metaboliza a droga encontra-se aumentada degradando tal droga
com maior eficiência. Isso leva ao usuário aumentar a dosagem (Para obtenção
dos mesmos efeitos). A supressão da droga imbrica em síndrome de
abstinência. Como coloquei inicialmente, o assunto é extenso. O curso da
síndrome de abstinência vem atrelada a dependência ser física ou psíquica.
Drogas de dependência física (Opiáceos como o ópio, morfina e heroína) podem
levar ao óbito àquele que se abstem.
Caso haja interesse darei continuidade neste assunto.
= Outra msg =
"Já disse, fumo porque gosto. É como o apreciador de charutos, vinhos,
chocolates ou queijos. É um hábito, não um vício.
O viciado toma sua dose seja lá do que mais por compulsão que por prazer."
Esta é uma questão que julgo importante: O indivíduo programar não usar
determinada droga e fazê-lo, contra sua própria determinação (Ou seja,
compulsivamente). É como diz o Alexandre: Não há mais prazer. É como digo:
Droga é bom, para quem não usa.
SUBJECT: Depressão (continuação 1)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 06:37
On 15 Oct 2002 at 16:34, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Desconheço a percentagem, mas (da prática) muitos respondem bem à algum tipo
> de terapêutica, preferencialmente associação de psicofármacos e
> psicoterapia. O que nos surpreende é a recidiva inesperada, imprevista, que
> pode levar o paciente ao êxito letal antes que possamos intervir.
Marco A. Andrade escreveu:
"(...)
Se existem pessoas que tem uma propensão (seja por que causas forem) a
deprimir-se com maior ou menor gravidade, poder-se-ia pensar que são pessoas
que tem uma recorrencia de uma doença que o afeta de vez em quando. É o caso
de considerar a depressão como "estrutura" ou "estado".
Creio que pretender "curar" a estrutura é um pouco pretencioso. Como
desestruturar uma pessoa sem despersonalizá-la?#######>>A psicoterapia
'despersonaliza'. Se não for assim, não teremos resultados. Trazendo à
consciência àquilo que está na base dos sintomas haverá uma reestruturação
da personalidade, esta certamante, mais adequada. Creio inclusive que seja
este o mais significante 'motivo' para o aparecimento da resistência: O
paciente percebe que está sendo 'destruído' em um momento em que ainda não
pode perceber a possibilidade de reestruturação<<######## Seria uma
mutilação de sua subjetividade######>>E é. A extirpação de um tumor também é
uma 'mutilação'<<######. O mais lógico seria pensar em função das vezes em
que esta pessoa "adoece". Se os surtos depressivos são a doença, a forma de
pensá-la seria em termos de prevenção (primaria, secundaria e
terciaria)#######>>O que nem sempre é possível. Melhor dizendo, raramente
acontece<<########.
Como não existe panacéia, o modo mais prático de pensar a depressão é
buscando um impacto múltiplo. Hoje existe muita gente que pensa que a
causalidade da depressão é múltipla. Teria muitas causas.########>>É isso
aí<<#########
Assim, a psicoterapia é um dos modos de ajudar na abordagem da depressão a
través da comprensão dos estados que desencadeiam as crises para melhor
manejá-las. Hoje, como psicoterapeuta, posso afirmar que a depressão, embora
não possa ser "curada", pode ser controlada ecompletamente neutralizada em
seus efeitos daninos para o sujeito. O que não se consegue é que
desapareça.#######>>Atualmente existem 'especialistas em depressão'. Parece
ser economicamente gratificante<<########
(...)
Com a depressão se conseguem coisas análogas. É tolice pensar num só
mecanismo para o estado depressivo. Existe algo relacionado com a dinâmica
dos neuro-transmissores, está provado, como as etiologias genéticas e também
as circunstanciais. Sabe-se o que pode desencadear a depressão, mas a causa
patognomônica, ainda não se sabe.#######>>Pois foi isso que coloquei na msg
original: Das dificuldades quanto a etiologia da depressão. Estes conceitos
estão sendo PERMANENTEMENTE revistos. Endógena, exógena, reativa, genética e
não sei mais o quê ainda está por vir: Mudam-se as denominações mas o
fenômeno(s) é o mesmo<<#######
[ ]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar"
########>>A mim parece estarmos 'falando' da mesma coisa, não exite
contradição.
[ ]s
Antonio Renato.<<#######
SUBJECT: Re: O Nada como Sistema Físico
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 06:55
Manuel,
Ótimas as suas reflexões e a coletânea de textos sobre o tempo.
Gostaria de dizer o seguinte.
Com todo o respeito ao Círculo de Viena, do jeito que foi
colocada, a interpretação desse grupo para a pergunta fundamental da
filosofia, "Por que existe algo e não nada", parece mais uma armadilha
semântica. Em português pelo menos, a pergunta não necessariamente implica
em supor que o nada existe. No meu enteder, está implícito: "por que existe
algo ao invés de não existir nada?" Mas não é necessário restringir-me à
língua portuguesa: para evitar dúvidas, poder-se-ia reescrever a questão
simplesmente assim: "por que existe algo?", sem a ênfase (para mim
supérflua) "e não nada", que só causou complicação.
O nada dos físicos é realmente diferente desse nada ontológico dos
filósofos. Mas, por isso mesmo, não me satisfaço com respostas físicas que
se dão dentro do contexto do espaço-tempo. Pois o espaço-tempo deveria
estar incluído no termo "algo". A pergunta fundamental da filosofia então
incluiria a questão "Por que existe espaço-tempo?"
Essa existência do espaço-tempo pode ser ilusória, como falou
Penrose sobre o tempo. Vejamos: por que achamos que existe um tempo? Por
causa de nossas percepções sobre o tempo. Mas nossa percepção sobre o tempo
é derivada de: (1) a percepção da realidade presente; (2) a lembrança do
passado imediato; (3) a expectativa do futuro imediato com base na
comparação entre a lembrança do passado imediato e a percepção do presente.
A fusão dessas três coisas, na nossa mente, nos dá a noção dinâmica do
tempo. Talvez seja um processo mental inteiramente análogo - talvez o mesmo
- que funde os quadros de um filme e nos dá a noção de movimento contínuo
no cinema.
Ora, a lembrança do passado imediato existe no presente, nas
nossas cabeças. Então, comparando (1) e (2), estamos comparando dois
elementos do presente. É como se tirássemos duas fotos de um gato, um com
ele deitado e outra com ele de pé, e as comparássemos, e disséssemos: esses
dois *registros* mostram que o gato se levantou (ou se deitou?). Comparando
(1) e (2) estamos comparando dois registros, dois elementos do presente. E
o (3) é derivado da comparação entre esses registros.
O que se conclui disso é que não há nada na nossa percepção do
tempo que implique necessariamente na existência real de um tempo, no
sentido "dinâmico" que nossa percepção dá a ele, ou no sentido que a física
lhe dá, com existência física real. O que existe são as relações entre as
coisas.
Entretanto, se é assim, cabe a pergunta: o que então significa o
parâmetro t presente nas equações da física?
A resposta a essa pergunta pode estar num artigo que certa vez foi
postada aqui nesta lista. Lá, mostra-se que o tempo e o espaço são
parâmetros elimináveis da formulação da mecânica newtoniana. O artigo é
"The mathematical role of time and space in classical physics", do
matemático Newton da Costa e Adonai Sant'Anna, disponível em
http://lanl.arxiv.org/abs/gr-qc/0102107 . Interpretando além do artigo, as
coordenadas de espaço e tempo seriam então apenas parâmetros para servir de
intermedários na descrição das relações entre os objetos (matéria e
energia), que é o que realmente existe - as relações. Poder-se-ia,
teoricamente, descrever as relações sem intermédio das coordenadas
expaço-temporais, parâmetros então revelados como supérfluos. Usaríamos
esses parâmetros apenas para aproximar a descrição ao nosso modo de pensar
o mundo (construir uma descrição que faça referência a conceitos que fazem
parte da nossa vivência) e torná-la menos abstrata.
Abstract do artigo de Newton da Costa: "We use Padoa's principle
of independence of primitive symbols in axiomatic systems in order to
discuss the mathematical role of time and space-time in some classical
physical theories. We show that time is eliminable in Newtonian mechan- ics
and that space-time is also dispensable in Hamiltonian mechanics, Maxwell's
electromagnetic theory, the Dirac electron, classical gauge elds, and
general rela-tivity."
Não vou neste momento estender todos esses raciocínios para o
espaço. O espaço parece-se com um tipo de relação entre as coisas, e pode
ser que um raciocínio análogo não seja diretamente aplicável a ele.
De qualquer modo, se estou certo ao dizer que "não há nada na
nossa percepção do tempo que implique necessariamente na existência real de
um tempo, no sentido "dinâmico" que nossa percepção dá a ele, ou no sentido
que a física lhe dá, com existência física real", então posso
automaticamente assumir que tempo é um construto mental sem contrapartida
na realidade física.
Belisário
At 02:00 16/10/02 +0000, you wrote:
>Oi,
>
>Belisário: Creio que a origem última do Universo, no sentido de por
>que o Universo existe (creio este é o aspecto mais fundamental da
>questão, que abstrai-se do tempo), é uma questão intrinsecamente
>incognoscível. Mesmo se imaginarmos um arco fechado de tempo, resta a
>questão de por que esse sistema [contínuo espaço-temporal]+[leis da
>física] existiria desta forma e não de outra, ou ao invés de não
>existir nada.
>
>Manuel: A pergunta fundamental da filosofia, segundo Abelardo,
>Leibniz e Heidegger, é "por que existe algo e não nada?"
>
>Três atitudes filosóficas podem ser tomadas diante desta questão. A
>primeira é admitir que há uma razão pela qual existe algo e não nada
>e buscar conhecê-la. A segunda é admitir que tal razão existe e,
>também, a sua incognoscibilidade -- e procurar alguma razão para não
>se preocupar mais com isso; afinal, "para que uma razão para viver se
>existe sexo, carnaval, cachaça, bobó de camarão e outros bons motivos
>para não morrer?" :-)
>
>A terceira atitude é mostrar que essa pergunta carece de sentido ou
>que se trata de uma falsa questão, exatamente como fez (ou tentou
>fazer) Stephen Hawking com a questão sobre "o que existia antes do
>Big Bang". Hawking argumentou que a pergunta "o que havia antes do
>Big Bang?" é tão absurda quanto esta outra: "o que existe ao norte do
>Pólo Norte?" Outro exemplo de desconstrução de uma pergunta:
>antigamente, quando se pensava que as hienas eram hermafroditas,
>muitos pensadores cristãos perguntavam-se "por que Deus fez com que
>as hienas apresentassem simultaneamente órgãos sexuais masculinos e
>femininos?". Mostrou-se depois que essa pergunta não tem sentido,
>não porque Deus não existe, mas porque as hienas não são
>hermafroditas; as hienas fêmeas apenas se parecem com os machos, por
>possuírem clitóris peniforme e falsos escrotos. Quanto ao porquê
>disso, trata-se de uma outra questão.
>
>Segundo os filósofos analíticos do Círculo de Viena, a
>pergunta "porque existe algo e não nada?" é fruto de uma confusão
>lógica, pois parte de uma falsa premissa, a de que "o termo nada é
>uma expressão referencial e não um quantificador"; isto é, que quem
>pensa desta forma pensa no "nada" como se este fosse "algo". Com
>efeito, se penso no nada, estou pensando em algo, de modo que a
>pergunta pode ser desta forma reformulada: "por que existe algo e não
>algo?". Isso não tem sentido. Ademais, "algo existe" ao passo que
>o "nada" é, por definição, não existência de algo. Estamos, portanto,
>diante de uma contradição lógica.
>
>Ocorre que o nada a que se referem os físicos é bem diferente do nada
>que a filosofia analítica mostrou ser logicamente impossível (uma não-
>existência que existe, como pode?). Segundo os físicos, o nada é
>ausência de matéria, energia, espaço e tempo, e como tal é sim uma
>realidade objetiva factível; na verdade é "algo que existe" (ou que
>possivelmente existe) lá na extremidade pretérita do continuum espaço-
>temporal. Neste sentido "físico", o nada não é sinônimo de não-
>existência, mas apenas a forma mais simples de existência, a
>existência em sua configuração mais singela.
>
>Pois, afinal, se "zero" não é ausência de números, mas um número, e
>se o "vazio" é um conjunto entre os conjuntos, por que não podemos
>conceber o nada como um sistema físico ou uma das formas possíveis de
>existência?
>
>Sobre isso Alan Guth escreveu: "Há muitas geometrias diferentes
>possíveis, entre elas a do universo fechado, a do universo aberto, e
>muitas outras contorções menos simétricas do espaço e do tempo. Entre
>todas as geometrias possíveis está a geometria totalmente vazia, um
>espaço que não contém ponto nenhum."
>
>Sendo assim, a pergunta fundamental da filosofia apenas está mal
>formulada. Seria melhor perguntar "por que o existente existe sob
>esta forma tão complexa quando poderia ter uma configuração bem mais
>simples?" Ou, em termos metafóricos, "por que não um zero redondo em
>vez de um `x-x' ao quadrado?"
>
>Na verdade, nem mesmo esta última formulação da questão é totalmente
>satisfatória. Pois se levarmos em conta, além do "nada" inicial que
>a hipótese do Big Bang parece pressupor, algumas das implicações da
>teoria da relatividade -- a de que o tempo é tão-somente a quarta
>dimensão do espaço; a de que não existe um "agora" absoluto; a de que
>o passado e o futuro são tão reais quanto o presente e a de que o
>fluxo temporal do passado em direção ao futuro é apenas aparência ou
>a forma como a nossa mente apreende a assimetria de um presente
>contínuo (*) -- então não é correto supor que o "pleno" existe em
>vez do "vazio" ou que a configuração complexa existe "no lugar" da
>configuração simples. Em outras palavras, se "os eventos no tempo
>estão dispostos todos juntos" (P. Davies, `O Enigma do Tempo'), se "a
>diferença entre passado, presente e futuro é só uma ilusão, por mais
>persistente que seja" (Einstein, `Requém a Michelangelo Besso'),
>se "tudo é sempre agora" (T. S. Eliot), então o nada como sistema
>físico do qual derivou o universo em que vivemos "continua sendo" lá
>no princípio do tempo. Significa dizer que o universo e o nada não
>são sistemas físicos que se excluem, mas realidades justapostas, daí
>a impropriedade da pergunta "por que o universo em vez do nada?"
>
>A propósito, a idéia de que o nada e o universo são realidades
>justapostas que mantêm entre si uma relação de continuidade (na
>medida em que, segundo Alexander Vilenkin, constituem os dois estados
>possíveis de um mesmo sistema) lembra a teoria segundo a qual um
>sistema quântico pode eventualmente se comportar como uma onda, isto
>é, enquanto o sistema quântico não interage com qualquer outra coisa
>(um instrumento de medida, por exemplo), todos os seus estados
>possíveis coexistem numa superposição coerente.
>
>Ora, segundo a teoria do Big Bang, o universo ou tudo que existe (em
>suma, a "existência") teve outrora uma dimensão microscópica,
>consistindo, pois, num sistema quântico cujos estados possíveis
>jaziam soprepostos. Um desses estados possíveis o total deles pode
>ser infinito é a sua configuração mais simples, o "nada". Um outro
>estado possível é a configuração inicial do universo em que vivemos.
>Como este universo microscópico evoluiu para esta coisa tão
>grande? "Vilenkin lança mão da inflação teorizada por Guth para
>aumentar o universo até o tamanho atual.
>
>Égua! A minha intenção era escrever pouco, mas terminei viajando na
>maionese. :-)
>
>Abraços,
>Manuel Bulcão
>
>(*) Segue abaixo textos de R. Penrose, Paul Davies e Marcelo Gleiser
>acerca do tempo, ou melhor, do caráter ilusório do fluxo do tempo:
>
><<A consciência é, afinal de contas, o único fenômeno que conhecemos
>para o qual o tempo precisa fluir! A maneira pela qual o tempo é
>tratado na física moderna não é essencialmente diferente da maneira
>pela qual o espaço é tratado; e o tempo das descrições físicas
>não `flui' realmente; temos apenas um espaço-tempo fixo, de aparência
>estática, no qual os eventos do nosso universo estão inseridos! Não
>obstante, de acordo com as nossas percepções, o tempo realmente
>flui. . Minha suposição é que há nisso também alguma coisa de
>ilusória e que o tempo de nossas percepções não flui `realmente' da
>maneira linear e avançando para a frente conforme achamos. (...)
>creio ser possível que estejamos errados sobre nossas percepções da
>progressão temporal (apesar da minha inadequação no uso da linguagem
>comum para descrever isso) e que há evidências que apóiam tal
>convicção (ver Churchland 1984).>> (Roger Penrose; A Mente Nova do
>Rei; Ed. Campus; 4a. reimpressão; pp. 491/492)
>
><<"A revolução na nossa concepção de tempo, que acompanhou a teoria
>da relatividade, fica melhor resumida se dissermos que,
>anteriormente, o tempo era encarado como absoluto, fixo, universal
>independente dos corpos materiais ou dos observadores. Hoje, o tempo
>é visto de modo dinâmico. Pode esticar e encolher, deformar-se e até
>parar de vez numa singularidade. Os andamentos do relógio não são
>absolutos, mas relativos ao estado de movimento e à situação
>gravitacional do observador.
>
><<A libertação do tempo da camisa de forças da universalidade e a
>permissão concedida ao tempo do observador de avançar livre e
>independentemente força-nos a abandonar algumas noções, que de há
>muito se mantinham. Por exemplo, não pode haver um acordo unânime
>acerca da escolha do `agora'. Na experiência dos gêmeos, o gêmeo do
>foguetão, durante a sua viagem para o exterior, poderá pensar: "Que
>estará o meu irmão a fazer na Terra, agora?" Mas a deslocação das
>suas escalas relativas de tempo significa que o `agora', no
>enquadramento foguetão, é um momento muito diferente do `agora'
>avaliado na Terra. Não há um `momento presente' universal. Se dois
>acontecimentos A e B, ocorrendo em lugares separados, forem vistos
>como simultâneos por um observador, outro observador verá A acontecer
>antes de B, enquanto que um outro poderá ver, primeiro, B e, só
>depois, A.
>
>(...)
>
><<Uma vítima universal do facto de não existir nenhum momento
>presente universal é a nítida divisão entre passado, presente e
>futuro. Estes termos podem ter sentido para a nossa localização
>imediata, mas não se aplicam em todo o lado. Perguntas como "Que está
>agora a acontecer em Marte?" pretendem referir-se a um instante
>particular deste planeta. Mas, como vimos, um viajante do espaço que
>se afastasse da Terra num foguetão e que fizesse a mesma pergunta no
>mesmo instante, estaria se referindo a um outro momento em Marte. Na
>realidade, o âmbito dos `agoras' possíveis em Marte disponíveis a um
>observador nas proximidades da Terra (dependendo do seu movimento)
>estende-se por vários minutos. Quanto maior a distância ao
>observador, tanto maior é a gama de `agoras'. Para um distante
>quasar, o `agora' poderia referir-se a qualquer intervalo de vários
>milhões de anos!
>
><<O abandono do passado, presente e futuro distintos é um profundo
>passo, porque a tentação de assumir que só o presente `existe
>realmente' é grande. Presume-se geralmente, embora de uma forma
>irreflectida, que o futuro ainda está em formação e é talvez
>indeterminado; o passado foi-se, recordamo-lo, mas deixou de existir.
>Passado e futuro, pretende acreditar-se, não existem. Só um instante
>de realidade parece existir, `num determinado tempo'. A teoria da
>relatividade torna estas noções absurdas. O passado, o presente e o
>futuro são igualmente reais, porque o passado de uma pessoa é o
>futuro de outra e o presente de ainda outra.">> (Paul Davies Deus e
>a Nova Física; Edições 70; Portugal; pp 135/136)
>
><<É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro: o passado
>é o que vem antes do presente, e o futuro é o que vem depois. Já o
>presente é o agora, o instante atual. Isso tudo parece bastante
>óbvio, mas não é. Para definir passado e futuro, precisamos definir o
>presente. Mas segundo nossa separação estrutural, o presente não pode
>ter duração no tempo, pois nesse caso sempre poderíamos definir um
>período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos
>coerentes em nossas definições, o presente não pode ter duração no
>tempo. Ou seja, o presente não existe!">> (Marcelo Gleiser; Retalhos
>Cósmicos; Companhia das Letras; 1999; pág. 187)
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 08:20
Prof. Takada:
É possível que vc.tenha razão, mas seu pensamento é baseado em simple
conjecturas poi, como vc. mesmo disse , "pre história", não há registro
material nem oral do que vc. alega. Dizer que foi assim ou assado é mera
masturbação mental
permissível a qualquer ser pensante mas que não adire nada ao conhecimento.
Creio que só quando o homem aprender a estabelecer premissas lastreadas em
evidências ele poderá chegar a um mínimo de integridade e maturidade
intelectual.
sds,
silvio, o pragmático.
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 16, 2002 3:01 AM
Subject: Pitaco em: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata,
junte-se a nós
>
> "... na pré-história, a capacidade de antecipar o futuro era importante de
> modo a garantir a caça e evitar predadores. Assim o poder de antever o
> futuro
> foi selecionado, resultando no poder de clarividência atual dos humanos.
>
> []s,
>
> Roberto Takata"
>
>
> -=*#>Fala sério. Vc não pertence a esta escola!<#*=-
>
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 08:55
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Vamos ao ponto central: Influência e significado.
>
>
> > O problema está no seu uso da palavra 'influencia'
> > é que quando se usa esse termo em astrologia ele tem um
significado
> > tecnico que eu não sei se vc entende qual é , e/ou se o está
usando.
> > Digamos que o planeta, o ponto no mapa astral, tem um Significado.
> > Para não confudirmos mais as coisas.
> >
> > O que eu estou a dizer é que qq ponto q vc considere só tem
> > significado depois de vc saber de que ponto está a falar.
> > E vc está tentando dizer que o significado já existe antes disso.
> > É isto que eu estou a dizer que não tem sentido. E acho que é
simples
> > entender pq.
> > Todo o pseudo-problema vem do seu uso não-tecnico da
> > palavra 'influencia'
Primeiro quero dizer que acho que não saberei explicar melhor do que
está explicado nos paragrafos anteriores. Mas vamos ver se posso.
> Vamos deixar claro então meu questionamento. A astrologia defende a
idéia que
> o estudo da posição dos planetas pode nos mostrar fatores
importantes que
> influenciam no comportamento humano.
Não. A astrologia parte do principio de que a posição dos planetas
pode-nos mostrar as capacidades e limitações de um ser humano.
Ela não parte do principio que os planetas influenciam o
comportamento. Antes, ela acha que a partir das relações entre as
posições dos planetas e dos signos é possivel caracterizar um ser
humano em todos os aspectos da sua personalidade.
Caracterizar é diferente de influenciar.
>Não quero discutir uma forma de energia
> emanada por Marte que me afete, e sim o conceito posições
planetárias podem
> agir sobre o comportamento humano.
Elas não podem "agir sobre". É isto que eu apontei como errado no seu
texto. Vc está partindo deste principio que é errado.
> Se são as posições planetárias os agentes destas tendências de
comportamento
> humano que fala a astronomia, os planetas influenciam coisas antes
de sua
> descoberta.
Pois, "SE são" , o problema é que NÃO são.
Não são os planetas que agem, somos nós. Não são eles que ditam as
tendencias, somos nós.
O que astrologia acha é que o padrão dos planetas no céu pode ser
relacionado com o padrão de personalidade da pessoa; com o seu estado
mental em certo ponto do tempo.
> Se são as representações e significados atribuídos aos planetas que
são os
> agentes que interferem no comportamento humano, então a
consideração da
> posição dos planetas é apenas uma invenção ad hoc, visto que não há
relação
> entre posição planetária e comportamento humano, e sim conceituação
humana
> sobre comportamento humano.
NADA interfere. Esta é a mensagem que estou tentando transmitir. NÂO
há relação causal entre uma coisa e outra, há simples correlação.
É um defeito de pensamento pensar que quand ha correlação ha
causalidade. Isso não tem que ser assim. Vc está partindo do
pressuposto fisico de que quando ha correlação ha causalidade. A
astrologia não parte desse principio. É uma deturpação que vem sendo
feita da astrologia no ultimo seculo que gravou em mentes como a sua
a ideia de que a astrologia diz que os planetas causam a
personalidade/comportamento das pessoas, como se nós fossemos um
titere (servos) e os planetas os titeriteiros (deuses). Não é em nada
disso que a astrologia se baseia.
Ela baseia-se em simples correlação não lhe importanto nada se existe
ou não causalidade.
Quanto à conceitualização humana, a astrologia é feita por humanos
para humanos. Assim como tudo o que nós fazemos. É obvio que ela
expressa uma conceitualizaçao em algum grau. Não vejo o problema
disso.
Esqueça o termo "interferir" como sinonimo de "causar". Baseie seu
argumento noutra coisa pq isso nada tem a ver com o assunto.
> > > Se for esta defesa, então a influência de um planeta é por
> > > essência ad hoc.
> >
> > Exactamente ao contrário.
> > Primeiro a gente escolhe um ponto. Depois vemos o que ele rege.
> > E dai extraimos os seu Significado.
> > Depois tudo isto é condensado num simbolismo.
> > A astrologia é só isto.
>
> Exato. Determina-se um ponto e estuda-se sua regência. Se este
ponto existia
> antes da determinação de sua regência (sendo nodos orbitais,
conjunções ou
> corpos celestes), sua regência também existia.
Veja por favor em http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/
o pdf que deixei sobre o sistema astrologico classico.
Verá o que significa "regencia" e "sistema de regencia" (entre outras
coisas)
Se eu extrapolar o algoritmo que permite estabelecer que planeta
corresponde a cada signo eu posso dizer que existe um segundo planeta
para cada signo. Distribuindo todos os planetas conhecidos eu chego
até Escopião - Aries. Faltando 3 pares de signos que não recebem
nenhum planeta pq não temos mais para usar.
Continuando a extrapolar eu posso chamar A, B e C a estes planetas
que faltam e até posso ir mais longe dizendo que serão preciso 4
planetas , A , B,C,D devido ao caso de excepção do sol e da lua.
Mas mantendo as coisas simples falemos do planeta A.
Este planeta regiria Libra e Touro.
Eu poseria agora, partindo das cracteristicas destes signos definir o
quê A deveria significar.
Eu estarei assim estabelecendo um Significado para A.
Desde ponto de vista a regencia é elaborada antes da descoberta do
planeta que usarei para A.
O problema é que A só tem valor astrologico se eu for capaz de lhe
associar um periodo. E eu não posso fazer isso, em astrologia, sem um
astro que tenha um periodo que , comprovadamente , tenha alguma
relação com as caracteristicas esperadas para A.
É por isto que é preciso estudar a posição anterior do planeta em
causa e ver se a sua posição tem ou não alguma coisa a ver com as
caracteristicas de A. Como existem movimentos retrogrados no
referencial astrologico (ver pdf para promenores) não é linear fazer
isto sem saber de que planeta estamos a falar.
(Aqueles periodos que vc colocou aqui no outro dia não tomavam em
conta o movimento retrogrado e por isso não representam o tempo que
os planetas demoram a passear pelo zodiaco astrologico. )
Portanto, a sua questão nem sequer é logica tendo atenção este
promenores. Embora faça todo o sentido achar a regencia para um
planet desconhecido isso não me é util sem eu saber que periodo lhe
heide associar(1).
E quando um planeta é descoberto, é preciso ver se ele realmente se
relaciona com o estipulado (2).
Portanto um planeta não rege nada antes de ser descoberto. E mesmo
depois de descoberto pode continuar não regindo nada.
Tudo isto pq não ha causalidade, nem necessidade, de que todos os
astros sirvam para alguma coisa.
> > Urano não tinha significado no sec X. É claro agora pq os mapas
nessa
> > altura não estão errados ?
>
> Alto! Se Urano não tinha significado no século X, isto significa
que Urano
> não regia nada no século X?
Claro.
>A regência de um planeta só existe a partir do momento que a
descobrimos?
Claro.
> Se sim for a resposta fica claro que a regência não é
>descoberta, e sim inventada.
Vc não está tentando se esforçar para entender.
Vc está partindo de uma logica mecanicista à-lá fisica de Newton ,
quando a astrologia não tem nada a ver com isso.
A unica relação entre astorlogia e Newton foi a possibilidade de
calcular a posição dos astros sem ter que os observar directamente.
Eu já exliquei inumeras vezes o que é a regencia e como se atribui.
Se vc acha que isso é ad doc, aleatorio , etc, etc , eu acho que vc
não leu bem o que escrevi.
Quanto à associação entre o arquetipo e o planeta, acho que existe
mais margem de erro, mas não é ad doc. É exactamente para/por não ser
ad doc é que se comparam datas historicas com as posições do planeta.
Não vejo onde esteja o 'ad doc' aqui, nem a invenção.
> > Não.
> > Vc está partindo de um principio que não é verdade em astrologia.
> > É isto que dá debater as coisas sem as ter estudado antes.
> > Em astrologia existe um principio , como poderei chamar(?)... de
> > bonequinhas russas, umas dentro das outras.
> > A base de tudo são os signos. E cada um tem tem um significado
unico.
> > Depois distribuem-se os planetas pelos signos usando o sistema de
> > regencias que já expliquei como se estabelece. O mais importante e
> > basico são os signos e NÂO os planetas, ao contrario do que vc
possa
> > pensar.
>
> Não estou discutindo o quanto posições planetárias influenciam, nem
qual o
> mecanismo disto.
Está sim. Vc está sempre supondo um mecanismo que não existe em
astrologia. É esse o erro fundamental do seu argumento.
> > Quando vc diz que um mapa traçado no sec X é impreciso, vc nem
sabe o
> > que "preciso" significa.
>
> Uso precisão no sentido de menor margem de erro. Para mim isto não
é difícil
> de entender.
Pois, mas o que "erro" significa aqui ?
Não ha numeros. Como vc pode falar de "erro" ?
> > > Ok, como conciliar estes dois mundos:
> > > "Não é vital que os novos planetas sejam incluídos na
hierarquia.
> >
> > Isto é uma
> >
> > > tentativa da astrologia ocidental moderna que é discutível, e
> >
> > discutida nos
> >
> > > círculos astrológicos."
> > > "Ao contrário. Eles são fundamentais para uma astrologia
acurada."
> > >
> > > Como a inclusão dos novos planetas podem ser algo de valor
> >
> > discutível mas
> >
> > > vital para uma astrologia acurada? Isto não faz sentido.
> >
> > Claro que faz.
> > A Astrologia Classica é um sistem auto-suficiente.
> > E neste sentido não é vital acrescentar-lhe mais coisas.
> > Por outro lado, se as acrescentarmos, elas nunca irão negar o
grosso
> > que é ditado pela astrologia classica, mas apenas refinar o que já
> > foi dito. Mas para esses refinamentos ha muitas tecnicas que não
> > passam necessáriamente pela def de novos astros.
>
> Se para uma astrologia acurada é essencial considerar os novos
planetas, não
> pode ser de valor discutível a consideração dos novos planetas. Não
se trata
> da autosificiência da astrologia clássica, e sim da importância das
novas
> informações, lançando nova luz que permite fazer uma astrologia
mais acurada.
A acuridade da astrologia relaciona-se com a facilidade em descrever
uma determinada capacidade da pessoa (inteligencia, amor, etc) da
forma mais simples possivel.
A forma mais simples possivel é usando a posição de um planeta.
Por isso a introdução de planetas torna as coisas mais simples, e
logo mais acuradas.
Vejamos um exemplo. Urano rege entre outras coisas o autruismo. Ele
revela portanto o grau de autruismo da pessoa em causa.
Mas será que eu só consigo entender o grau de autruismo se usar Urano
no mapa da pessoa ?
Claro que não. O mapa natal é uma muito rica fonte de informação e eu
posso chegar às mesmas conclusões por outros meios. A questão é que
são meios mais complicados e logo mais sujeitos a erro. É neste
sentido que eu tenho vantagem em usar Urano.
A questão que vc parece não entender é que eu não preciso de ter
muitos pontos no mapa. Eu preciso é saber intrepretá-los bem.
Mesmo pondo Urano no mapa eu não vou despresar outros indicadores que
me permitam saber o grau de autrismo da pessoa. E posso até acabar
por concluir que Urano, afinal nao está lá a fazer nada. Aliás, tudo
tem que ser pesado antes de concluir algo.
É normalmente este o erro dos novatos ou curiosos em astrologia. E é
por isso que normalmente eles relatam pontos discordantes nos mapas.
O mapa pode dizer que vc é inteligente de 4 forma diferentes e que vc
não é inteligente de 3 formas diferentes. É preciso pesar a
importancia relativa dessas formas para saber se vc é ou não
inteligente. É complicado! Não se aprende em um fim de semana.
> E se os novos planetas permitem uma astrologia mais acurada, para
obtermos a
> mesma acuidade para eventos passados devemos considerar no passado
os novos
> planetas.
Já tinha dito que sim.
> E também implica que as previsões passadas não possuem a mesma
> acuidade, ou seja, possue maior margem de erro.
Sim, mas não ao ponto de podermos dizer que está errado.
> Claro que a descoberta de Urano não muda a influência
> de Marte sobre determinado evento. Mas acrescentar tal influência
decreveria melhor o quadro geral.
Sim! é isso!
>Pode ser que praticamente a diferença seja
> desprezível, mas em termos de precisào é melhor considerar Urano
que não considerá-lo.
Obviamente.
> E só poderemos saber se não há diferencá na prática ao
> compararmo as diferenças das duas situações empiricamente.
empiricamente ? Não quererá dizer : com o rigor possivel?
> > Em bom rigor, a astrologia atribui planetas a caracteristicas.
>
> Estas características existiriam sem a existência dos planetas?
SIM!
>Ainda não ficou claro para mim como características são atribuídas
a alguns pontos
> astrológicos e não a outros e se existe uma sistemática clara para
tal.
Espero que fique claro depois do que acima escrevi.
> E mesmo0 se as características são precedentes aos planetas e
outros pontos,
> a astrologia necessita saber a posição destes pontos para
determinar a
> influência destas características. Então em questão de
fenomenologia, no
> tocante a confecção de mapas, é indiferente quem nasceu primeiro, a
> característica ou o planeta.
Pois, mas o assunto não era a confecção de mapas. Era a forma como
associar significado a um novo planeta q se descobre (Quaoar: Novo
planeta é descoberto)
> O que importa é que a característica atua de
> maneira dependente da localização do planeta em relação aos demais
pontos.
Sim. Exactamente.
> > Se não ha esta necessidade, então a descoberta de novos planetas é
> > irrelevante quanto à eficácia da astrologia.
>
> Você mesmo reconheceu que para uma astrologia mais acurada é vital
considerar
> a posição dos novos planetas. Acuidade tem ligação direta com
eficácia. Algo
> mais preciso é mais eficiente.
Eu me referi a eficacia no sentido de funcionamento.
Para os menos informados, a possibilidade de encontrar novos planetas
ou astros em geral é uma prova de que a astrologia é uma treta.
Ora isso seria verdade se fosse assumida alguma causalidade entre os
astros e as pessoas. O que não é verdade.
E agora vc diz: Mas conheço pessoas que dizem que isso é verdade, e
que acreditam que os planetas "emannam influencias" sobre os humanos.
E dai? Eu tb conheço médicos que fazem asneiras em relação à
medicina. Quer isso dizer que a medicina está errada ? Concerteza que
não.
Esses argumentos ad populum não servem para nada.
Existem bons e maus profissionais em todas as areas.
E existiriam menos maus astrologos se as pessoas entendessem mais de
astrologia e não se deixassem levar em conversa fiada e mitos criados
pela sociedade que temos.
Vc tem que ser critico, mas tem que saber do que está a falar para
que a sua critica faça sentido e tenha algum peso. Caso contrario ,
se vc não sabe o que diz, ninguem lhe vai dar ouvidos.
Uma vez ouvi um astronomo dizer que a astrologia era uma treta pq
existiam no ceu 13 cosntelações na faixa do zodiaco. AS 12 conhecidas
e Baleia.
E pensei: E dai ? A astrologia não se baseia nas estrelas.
Entende onde quero chegar?
> > Isto é descabido ?
> > Não, pq como disse antes, não é preciso haver corpo material para
> > certo ponto seja considerado num mapa. Isto é um caso extremo
desta
> > regra. O que realemete interessa é o periodo de tempo.
>
> Isto é significativo. Se não há correlaçào entre regência
astrológica e
> existência do corpo físico, as possibilidades são muitas.
Não são tantas assim. É preciso fazer encaixar os periodos com
eventos ocurridos.
> Pela atual teoria de formação do sistema solar, os planetas
surgiram da
> colisào de diversos planetóides que se ajuntaram por atração
gravitacional.
> Posso tentar fazer um estudo astrológico sobre as reg6encias
diversas destes
> planetóides primitivos?
Poder pode. Mas duvido que consiga sem dados historicos e datas para
possiveis eventos que vc entenda. Vc iria trabalhar com Milhoes de
Anos de Erro. O estudo não iria ter qq significado.
> Posso criar um novo ponto astrológico de baixa significância que
derivado da
> posição de um asteróide ou cometa que colidiu com a terra a dois
milhões de
> anos mas que não temos dados de sua órbita, pressupondo uma órbita
qualquer?
Pode. Desde que mostre que ha uma correlação entre a posição desse
astro, o seu significado e os dos signos e aspectos que ele ocupava
quando os eventos ocurreram.
> Se o que é significante para a astrologia não é a existência física
de um
> corpo celeste (note que falo de pontos que são planetas) então nada
impede a
> criação de planetas não existentes, mas com órbitas cíclicas, e
depois
> aventar uma característica compatível com esta órbita que não
existe?
Como eu já disse: nada impede.
A questão é que se vc tira todos os astros da cena, isso não pode
mais chamar-se Astrologia (estudo dos/tratado sobre os astros).
> > Ha até quem defenda que os pontos devem ser obtidos
independentemente
> > dos astros. Mas ai intrariamos noutra coisa que não poderia ser
> > chamada de Astrologia (ou seria um ramo,muito,muito ramificado)
>
> Se um corpo que deixa de existir (por colidir na Terra, por
exemplo) continua
> a ter influência astrológica é perfeitamente coerente obter pontos
> independentes dos astros, pois o que gera as regências não são os
astros, e
> sim ciclos periódicos.
Pois. Mas quando vc tem um planeta, vc tem um ciclo bem conhecido.
quando vc não tem um planeta como vc faz ? Escolhe um periodo ao
calhas?
Note que isso é feito (Bioritmo) a questão é que isso não é
astrologia.
>Realmente teríamos aí um novo ramo de conhecimento,
> que poderia ser chamada de ciclologia: o estudo de quais são os
ciclos
> periódicos que influenciam o corportamento humano e como se dá esta
> influência.
Sim. Isso tb existe. Embora não se chame assim e não funcione dessa
forma. Existe um numero que é muito importante em maçonaria e
exoterismo em geral e uma teoria de que uma certa decomposição desse
numero em factores tem um significado nos eventos do mundo.
A questão é que isso NÃO é Astrologia.
Sérgio
SUBJECT: Re: Quaoar: Novo planeta é descoberto (dando um breve pitaco)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 09:13
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Ter 15 Out 2002 13:48, you wrote:
> > Não. Signo refere-ce ao ponto de conjunção Sol-Lua.
> > Existem 12 pontos destes em 1 ano solar.
> > O subtantivo alargou-se para significar o intervalo entre um
signo e
> > o proximo. Aries por exemplo é o nome do ponto a 0º e do 1º sector
> > entre [0º 30º[
> > Touro do ponto a 30º e do sector entre [30º 60º[
>
> Qual o conceito de conjunção para astrologia?
(Ver no pdf que está na area de arquivo da lista.)
Diz-se que ha conjunção dos planetas A e B quando a sua posição,
vistos da Terra é coincidente (+- um erro). Ou seja, quando a
diferença de posição angular é 0º (+- um erro, chamado Orbe)
> Em astronomia conjunção é a concidência de longitude geocêntrica
(declinação)
> ou de ascensão reta de dois corpos. Como se trata de um conceito
relacionado
> a posição relativa de dois corpos, não se pode falar de um ponto de
conjunção
> (astronômica).
Pode, pq esse fenomeno ocorre, ele tb, em dada posição.
A ele é tb possivel atribuir um periodo (pereiodo sinodico Sol-Lua)
> > Sempre me ensinaram que "constelação" = "conjunto de estrelas"
> > Se vc está a falar de 120 graus, vc está a falar de 4 signos.
> > Portanto signo = ponto = sector (numero de graus, sistema
matemático).
> > Constelação = Conjunto de Estrelas. (Pollux pertence à
Constelação de
> > Gemeos, Sirius à de Cancer, etc.)
> >
> > Foi esta convenção que usei.
> > Se vc quiser usar "constelação" para o sector, tudo bem, mas ai me
> > diga como vc chama o conjunto de estrelas.
>
> As constelações, originalmente eram figuras traçadas pelos
> astrônomos/astrolólogos com detreminado conjunto de estrelas.
Devido a uma
> diversidade de constelações em vários meios culturais, e
principalmente
> devido a muitas estrelas não serem atribuídas a nenhuma constelação
(em
> especial as não visíveis a olho nu), resouveu-se criar uma
convenção
> internacional para se mapear o céu.
>
> Hoje, por exemplo, quando falamos em constelação de Áries, queremos
dizer:
> região compreendida entre as ascenções retas de 01 h 44 mim e 03h
27 mim e
> declinações de +10 graus e 2' e +30 graus e 9'.
>
> Diferente do conceito de signo astrológico, que é unidimensional
(se eu
> entendi certo, um signo é uma porção do arco do zodíaco de 30
graus), a
> constelação é uma área do globo celeste. Obviamente esta diferença
se deve ao
> fato que para a astrologia as regiões celestes fora do zodíaco não
possuem
> grande importância.
Mapeie a cosntelação 3D para o plano 2D e signo será a projecção 2D
da constelação 2D
> > > > (as constelações tb 'esticam e encolhem', os signos não)
> > >
> > > Me desculpe, mas as constelações não esticam e encolhem, pelo
menos
> >
> > não na
> >
> > > astronomia.
> >
> > Bom, eu já li em vários lugares que a ursa maior não tem o mesmo
> > aspecto (posição relativa) hoje, que tinha ha muitos anos atrás (o
> > que é obvio, já q as estrelas se movem).
> > É neste sentido que escrevi 'esticam e encolhem' , entre aspas.
>
> Ok, entendi. O ponto é válido.
> Como já esclareci, o conceito de "constelação" mudou. E não custa
resaltar
> que o movimento próprio das estrelas é extremamente lento, e as
mudanças
> perceptíveis na posição relativa das estrelas ocorrem apenas quando
> consideramos vários milênios de observação.
A astrologia tem pelo menos 5000 anos de existencia.
> Cometas
>
> > > Bom, que eu saiba em 1986 (ano da última aparição do Halley) não
> >
> > houve
> >
> > > ninguém que associasse catástrofes a ele.
> >
> > E pq ? vc sabe ?
> > 1) quais os aspectos formados entre ele e o outros planetas?
> > 2) qual o signo(s) onde apareceu?
> > 3) qual o significado que lhe é atribuido?
> > 4) qual a relevancia actual do estudo dos cometas ?
> >
> > Se vc não sabe um destes pontos pq vc fica admirado?
>
> Por que eu sei de outras coisas. Sei que antes de entendernos que
um cometa é
> um corpo celeste composto de um pequeno núcleo rochoso coberto de
gelo com
> óbita altamente elíptica as aparições de cometas eram imprevisíveis
e
> inesperadas. Mesmo sem ser um fenômeno ao qual se podia (na época)
atribuir
> um período, os astrólogos viam nos cometas grandes significados
astrológicos.
Disse bem "na época"
> Cometas foram responsabilizados pela morte de Constantino (336), de
Átlia
> (453), de Merovéu (577), de Maomé (632), de Luiz, o Clemente (837),
de
> henrique I, rei da França (1060), do papa Urbano IV (1294), e de
vários
> outros. Philipe Bombast von Hohenheim, conhecido como Paracelso
(1493-1541)
> afirma convicto em 1530: "os cometas, com sua aparência horrível e
> ameaçadora, são anjos que o céu nos envia para advertir-nos do
pecado".
> Alguns eventos atribuídos já ao cometa Halley:
>
> 837: Na França os astrólogos de Luiz I veêm o cometa como um
anúncio de
> mmuadança de reinado e morte do príncipe.
É preciso desconfiar daquilo que os astrolgos do rei dizem, da mesma
forma que é preciso desconfiar daquilo que os historiadores da corte
dizem em relação ao rei e ao pais.
>O pobre rei recorrendo a um
> conselho de bsipos tem então, como resposta, que devia rezar,
edificar
> igrejas e fundar mosteiros. Tudo é cumprido a risca. O rei morre
três anos
> depois.
Então. Quem tinha razão ? :-)
> 1066: durante a invasão de Guilherme, o conquistador vê o cometa
Halley como
> indício de sua vitória sobre os ingleses.
>
> 1456: Nesta época os turcos, liderados por Mahomé, e o Papa
Calisto III
> estão em guerra. O cometa é visto, e o papa calisto III faz repicar
os sinos
> todos os meios dias e ordena aos fiéis a fazerem preces para
esconjurar o
> cometa e os turcos.
Ah! disse bem : 'e os turcos'
> Estranhamente depois de compreendermos a natureza dos cometas estas
> associações astrológicas deixaram de acontecer. Nas aparições
recentes do
> Halley, como exemplo, em 1910 teve-se panicop por que a Terra
atravessou a
> cauda do cometa (os leigos temiam envenenamento pelos gases do
cometa) e em
> 1986 nenhuma catástrofe foi temida. Estranhamente todos cometas
modernos são
> cometas "tranquilos" enquanto todos os cometas na antiguidade eram
cometas
> "nervosos".
PQ estranhamente ? Foi isso que perguntei. Pq é estranho ?
(veja a lista de perguntas que deixei)
Uma concidência tamanha é difícil de se explicar apenas por
> conjunções e seus significados. Trata-se claramente de uma mudança
de
> paradigma. O significado astrológico de um planeta foi alterado,
sem base em
> uma alteração da teoria astrológica referente ao cometa, apenas por
que
> sabemos que os cometas não matam reis nem geram guerras.
Sabemos ? Pq diz que sabemos ?
> > > Os astrólogos atuais, pelo que eu vejo nos meios de comunicação,
> >
> > não saem
> >
> > > apregoando grandes pragas e enchentes, mortes de líderes ou
coisas
> > > semelhantes por que um novo cometa foi avistado. Isto era comum
na
> > > antiguidade.
> >
> > Pois não... mas vc já viu que eles fazem previsões para os
mercados
> > da bolsa ? (os tempos mudam e as coisas importantes, mudam com
eles)
>
> Então guerras e mortes de regentes não são mais importantes?
Não. Veja o 11 de Setembro. Vc acha que o mundo se preocupa mais com
os que morreram, com o Bin Laden, com os americanos , ou com a
influencia que o evento teve nas suas economias internas e externas?
Pq vc acha que os paises se mostram condulentes ?
> Então as
> características que um cometa representa é alterada por que a
>sociedade mudou?
O problema é que os cometas nunca tiveram caracteristicas!!
Um astrologo usar cometas é o mesmo que um medico usar .. sei lá,
cromoterapia. É usar algo que está muito fora do sistema e nem sequer
está bem integrado nele. É tudo parte de um crença.
As crenças deixam de existir. Os sistema não.
Por isso que a astrologia ainda existe, e (quase) ninguem fala dos
cometas.
> Parece mais simples crer que aquilo que os astrólogos acreditam que
um cometa
> possa influenciar é que foi alterado.
Exactamente.
Os fisicos tb acreditavam no flogisto...até que deixaram de acreditar
nele.
Sérgio
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 09:29
> De: Takata
>
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Sim. Já aconteceu de estar bebendo cerveja, bater a vontade,
> > mas não ter cigarros. Simplesmente esqueço o cigarro.
>
> Vc nunca filou um cigarrinho de ninguem tbm?
Já. E?
> Ja' saiu pra comprar cigarros no meio de uma
> chuva?
Não, qdo chove a preguiça é maior que a vontade de fumar :-)
> (Consegue ficar sem fumar pelos proximos
> tres meses?)
Sim. Aliás, já fiquei mais tempo sem fumar, sem, entretanto,
intenção de "largar o vício".
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 09:33
> De: Ligia Gallo
>
> Se fosse numa das listas de Light Workers ( New Age, ou aquelas que
> veiculam msgs que iniciam com "amantíssimos filhos da luz"... ele
> estaria na escuridão e TODOS tentariam auxiliá-lo a sair dela, ou
> ainda, dependendo do teor das respostas dele, eles o ignorariam. Ser
> um Light Worker é mais do que ser um simples ser humano portanto nós
> meros mortais é que temos que alcançá-los;
Além da visão ofuscada pelo excesso de luz, também são 'superiores'.
O Dr.PSI poderia nos dizer se é caso típico de megalomania? :-))
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 09:35
> De: Takata
>
> Satã, espírito zombeteiro, espírto de porco, na escuridão?
>
> Qualé, pô, eu sou um ser humano e tenho sentimentos. Vão xingar a
> mãe nos raios q. o partam.
Plágio! Plágio! Plágio! Plágio! Plágio!
Foi o homem-elefante quem disse: "eu sou um ser humano e tenho sentimentos"
Rê-rê-rê-rê-rê-rê!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 09:40
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Não, qdo chove a preguiça é maior que a vontade de fumar :-)
Então pode ser q. vc não seja um dependente de nicotina.
> > (Consegue ficar sem fumar pelos proximos
> > tres meses?)
>
> Sim. Aliás, já fiquei mais tempo sem fumar, sem, entretanto,
> intenção de "largar o vício".
E nesse período vc sentia vontade e mesmo assim não fumava? Ou
simplesmente não tinha nenhuma?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Cromoterapia - pergunta
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 09:47
Pessoas,
Nós do Labjor/Unicamp recebemos este e-mail, alguém tem alguma
idéia para responder?
Belisário
>Bom dia!
>
>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias alternativas
>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito bem a ação
>das mesmas,mas
>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a compreenção dos
>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação p/ os
>benefícios conseguidos através da cromoterapia. Ex: ela modifica o ângulo
>da molécula de água ? como funciona? e se há explicações cientificas p/ as
>outras terapias?
> Agradeço se puderem me ajudar.
>
>Sônia
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 09:50
Em tempo: acho que a melhor resposta seria o contato de alguém que
possa abordar esse assunto.
(Em tempo 2: Dispenso páginas do Google ou listas intermináveis de
endereços obtidos por esse meio).
Belisário
>Date: Wed, 16 Oct 2002 09:47:24 -0300
>To: ciencialist@yahoogroups.com
>From: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
>Subject: Cromoterapia - pergunta
>
>
> Pessoas,
> Nós do Labjor/Unicamp recebemos este e-mail, alguém tem alguma
> idéia para responder?
> Belisário
>
>>Bom dia!
>>
>>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias alternativas
>>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito bem a ação
>>das mesmas,mas
>>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a compreenção dos
>>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação p/ os
>>benefícios conseguidos através da cromoterapia. Ex: ela modifica o ângulo
>>da molécula de água ? como funciona? e se há explicações cientificas p/
>>as outras terapias?
>> Agradeço se puderem me ajudar.
>>
>>Sônia
>
>---------------------------------
>Roberto Belisário Diniz
>rbdiniz@terra.com.br
>Revista Com Ciência - jornalismo científico
>www.comciencia.br
>Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
>www.uniemp.br/labjor/
>---------------------------------
SUBJECT: Re: Margem de erro
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 10:02
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Todo cuidado é necessário...
Inclusive nas criticas 'as pesquisas eleitorais.
Qdo se fala em margem de erro de, digamos, 2% não está se dizendo
apenas q. para o valor, digamos tbm, de 46% da pesquisa, o valor real
deve estar necessariamente entre 48% e 44%.
Normalmente se quer dizer q., se aplicarmos a mesma metodologia para
a mesma situacao diversas vezes, em 95% das repetições, o valor
encontrado estará entre 48% e 44%.
De modo sem muito rigor, poderemos dizer q. ha' 95% de chance do
valor estar entre 44% e 48%.
Na verdade falar em margem de erro de 2% (ou 3 ou 4%) em uma pesquisa
e' uma simplificacao (nao sei se necessaria). Esse valor de fato
varia para cada ponto da curva -- ou para cada valor indicado para
cada candidato. Se Lula tem 60% e Serra tem 30% das intencoes de
voto, não necessariamente terão a mesma margem de erro: Lula entre
62% e 58% e Serra entre 32% e 28%.
Terceiro ponto a notar: trata-se de *intencoes* de voto. E, mais, de
*declaracao* de intencao de voto. Intencoes mudam com o tempo -- as
proprias pesquisa feitas ao longo da campanha mostraram essas
mudancas. Mudancas de ultima hora nao podem ser detetadas por essas
pesquisas.
Em alguns casos, o analfabetismo tecnologico, aliado ao analfabetismo
propriamente dito (e o analfabetismo funcional), altera o resultado
efetivo, e.g., por gerar muitos votos errados ou invalidos.
Quinto ponto: as pesquisas sao cortes instantaneos em um processo de
formacao de opiniao e consolidacao no ato do voto. Elas devem ser
lidas em conjunto, analisando-se as tendencias - de ascenso, descenso
ou estase.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 10:10
> De: Takata
>
> E nesse período vc sentia vontade e mesmo assim não fumava? Ou
> simplesmente não tinha nenhuma?
Nadica de vontade. Ou na pior hipótese é como a vontade que alguém
tem de comer alguma coisa diferente: "Puxa! Faz tempo que não
como sushi! Qualquer dia desses apareço lá casa do Takata!"
Dá na mesma: "Puxa! Faz tempo que não acendo um cigarrinho,
qualquer dia desses paro pra tomar uma cervejinha e dar
uma tragada".
Ontem, como previ, abri uma long nec bem geladinha.
Quando acendi o cigarro a pizza que eu encomendei
acabava de chegar. Nem dei um trago. Joguei o cigarro fora
e fui saborear minha pizza. Terminei a cerveja e não
acendi outro cigarro.
E não sou a única exceção, pois meu pai só fuma quando
está tomando cerveja comigo. Meu mecânico também só
fuma quando bebe nos finais de semana. Conheço algumas
outras pessoas que só fumam nesta situação. Eu acho que se
existe um vício ele está associado ao consumo do álcool.
Talvez aja algum explicação 'química' para o fato. Ainda
acho que não é vício, mas um hábito inofensivo.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 10:11
Alex:
Parar de fumar não carece de nenhum artifício: parei de fumar no dia que
quiz, há 30 anos nao fumo e fiquei alérgico aos torpores no alcatrão. Tenho
3 filhos: todos tambem pararam de fumar, um, depois que viu a radiografia do
pulmão do sogro. outros, pela simples vontade.
A parafernália publicitária é que produz esse estresse de "não consigo". É
como os livros de auto-ajuda que só ajudam às editoras e aos autores.
É como a reza que procura trocar o suor do rosto por benesses celestiais.
É como a "esmola" que é dada como moeda de troca com as hostes celestes para
que os "pecados" sejam relevados...
É o ganha-pão de uma caterva de "especialistas" que "vendem" a saúde... e
dos laboratórios que "vendem" remédios mágicos...
São as artimanhas engendradas pelas empresas de publicidade pra faturar o
"troco "do Ministério da Saúde"...
E os lucros do erário com os impostos sobre o fumo...
E os lucros das multinacioais....
Uma simples campanha a partir dos cursos elementares, com castigos
"mussulmânicos" a todos os envolvidos, e a saúde seria uma beleza... e
aproveitando, ampliar o processo para o álcool, os remédios sem receita, os
políticos salafrários...
(vou tomar um lexotan depois nem sei se volto)
Mais um comentário, esse realmente surreal: aparece na tv um anúncio que
mostra uma jovem belíssima e gostosíssima lavando a calcinha e a enxagüando
com cerveja e, quando passa o ferro (na calcinha) ela aspira o olor... e em
seguida, passa nos lábios (que boca...) gotas de cerveja para os tornar mais
apetecíveis.... Ou o cara que bolou o anúncio tem problemas, ou o fabricante
está fazendo pesquisas que são muito preocupantes sobre o gosto dos seus
consumidores....
silvio, o sonhador.
----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 16, 2002 9:29 AM
Subject: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
> De: Takata
>
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Sim. Já aconteceu de estar bebendo cerveja, bater a vontade,
> > mas não ter cigarros. Simplesmente esqueço o cigarro.
>
> Vc nunca filou um cigarrinho de ninguem tbm?
Já. E?
> Ja' saiu pra comprar cigarros no meio de uma
> chuva?
Não, qdo chove a preguiça é maior que a vontade de fumar :-)
> (Consegue ficar sem fumar pelos proximos
> tres meses?)
Sim. Aliás, já fiquei mais tempo sem fumar, sem, entretanto,
intenção de "largar o vício".
[]
Alexandre Medeiros
SUBJECT: RES: [ciencialist] "Takata, junte-se a nós", deprimidos.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 10:23
> De: Marco A. Andrade
Fala, ô sumido!
> Freud percebeu o problema. Escreveu um trabalho entitulado "O
> luto e a melancolia". Nesse trabalho ele trata de estabelecer a
> diferença entre luto (quando as pessoas realmente se deprimem) e
> o que ele chamou de "melancolia". A tristeza do luto seria um
> estado reversível e sintônico com a situação.
Eu acho que essa mania de achar que todo mundo deve ser alegrinho
é o cerne do problema. Todo mundo quer fazer alguém naturalmente
reservado a crer que é um 'deprê' fodido das idéias (desculpe o
francês).
Não sou do ramo, mas já 'curei' vários amigos que achavam que tinham
problemas.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: madeira certificada pelo FSC
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 10:51
Olá pessoal,
Estou construindo uma casa, e no telhado, portas e janelas vai uma
boa quantidade de madeira. Segundo o engenheiro a madeira do telhado
deve ser muito dura, não serve eucalipto ou pinheiro. Parece que
existem algumas espécies de eucalipto que são muito duras, mas não
são produzidas por aqui. Existe uma ONG chamada FSC (sigla em inglês
para Forest Stewardship Council, que significa Conselho de Manejo
Florestal) que dá um selo para madeireiras que produzem madeiras de
modo ecologico, porém não encontrei nenhuma no estado de são paulo
que trabalhe com madeira de lei. Segundo li, o estado de São Paulo
consome mais madeira tropical do que a Europa inteira. Somos nós que
destruímos a amazônia. Alguém tem alguma sugestão? Preciso decidir
logo. É realmente impróprio utilizar eucalipto ou pinheiro para o
madeirame do telhado? Alguém conhece algum fornecedor de madeira de
lei certificada pelo FSC para construção? Agradeço qualquer sugestão.
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: "Paulo 2 Cordeiro" <paucor@terra.com.br>
DATE: 16/10/2002 11:07
Douglas:
Gratia argumentandi:
Como é com conhecer o uso das palavras.... como elas podem ser manipuladas
ao talante das personalidades....
Suas refutações são pertinentes. não concordo mas as li e até anotei.
Parece-me com certos escritos "ad usum delphini"....
Eu não sei o que é "ontologia" porque Abbagnanno diz, sobre "ontologia" que
"o trabalho filosófico não começa no homem mas em Deus, nao sobe do espírito
ao Ente mas desce do ente ao espírito".
Como tenho uma séria convicção que o deus é uma simples criação humana, uma
abstração. uma coisa completamente sem evidência e, termos como "ente" e
"espírito" não são processados pelos meus avariados neurônios.
Você fala da angústia "ou diminuí-la" - não é o que se vê na pregação dos
2000 anos de cristianismo (suponho que vs. seja cristão). Quando recordo
Giordano Bruno, Galileu, Torquemada, a distinta Dinastia Bórgia, e hoje os
cevados, nédios corifeus purpurados do santo oficio vivento a tripa forra às
custas dos óbulos dos povos "catequisados" que arrastam um velho senil como
se fora um amuleto, um totem, uma relíquia, para comover os corações dos
que ora principiam a pensar, o que reduz bastante o recolhimento do
"dízimo" indígno e promíscuo....
Douglas: Sou mineiro e não cite Minas como exemplo de nada. Minas, Brasil,
todo o mundo é uma coisa só é o barco em que vivemos à deriva pelo
não-se-sabe-o-quê e já estatísticamente está provado: se em BH, cada
entidade "religiosa" cuidasse de apenas um (1) jovem infrator das leis que
foram feitas pra proteger os ricos dos pobres), o problema estaria
resolvido.
Não é o credo religioso que faz uma pessa ter o bom propósito de ajudar aos
outros viventes: se assim fosse, uma religião teria o monopólio da
"caridade". O que faz uma pessoa querer bem ao próximo - seja qualquer a cor
religiosa ou a falta dela é algo um pouco mais facil de entender se vs. ler
Marx e Freud.
Ad imo pectore,
silvio, o que gostaria de ser herético, mas realmente não é nada.
----- Original Message -----
From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, August 15, 2002 1:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>
> > deus pode criar um objeto tão grande que ele mesmo não possa carregar?
>
> Douglas: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível. O que não é
> possível é não ser, não é nada. Por isso sua frase refere-se a algo que só
> tem existência linguística e não Ontológica.
>
> > Os exetas
> > judeus há 3000 anos masturbam seus cérebros buscando resposta. Ajunte os
> > teólogos cristãos e muçulmanos, e o resultado é uma zona total.
> > Deuses não se discute: lamenta-se.
>
> Douglas: Buscar respostas não é privilégio de Teólogos, mas dos seres
> humanos em geral, excluindo alguns poucos místicos que preferem ficar em
> silêncio.
>
> > E ao fim e ao cabo, saber ou não saber, que utilidade tem? aumentar a
> > angústia?
>
> Douglas: Ou diminuí-la.
>
> > Se cada religioso tomasse a si a tarefa de educar apenas uma criança
> > carente, os resultados para nosso país serem bem melhores e teriamos
menos
> > profetas e mais cientistas.
>
> Douglas: Eu trabalho com educação e te garanto q pelo menos em MG se não
> fossem determinadas ordens religiosas uma grande parcela das crianças
> ficariam sem escola e uma educação digna (não aquela que o Estado está
> oferecendo hoje em dia, quem trabalha com educação sabe do q estou
falando).
>
> > "Credo quia absurdum" - com essa frase Tertuliano resume a não-busca:
> apenas
> > acredite se quiser.
> > sds cépticas,
>
> Douglas: Por ironia, a posição de Tertuliano é considerada uma posição
> cética! (fideísmo). Curioso não! Aliás houve na história muitos céticos
> religiosos. Mas o ceticismo nunca combinou muito bem com a ciência.
>
> DFG
>
> P.S.: A Igreja considera o fideísmo uma heresia. Ter Fé sem uma Razão que
a
> embase é heresia.
>
> > ----- Original Message -----
> > From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Sunday, October 13, 2002 6:37 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
> >
> >
> > >
> > > (Quem criou Deus?
> > >
> > > D: O termo "criar" aplicado a Deus tem outro significado, um
significado
> > > particular que só se aplica a ele.
> > > Sendo Ele o Creador, creou o próprio ato de criar e antes disso não
> havia
> > > como criar nada.
> > >
> > > O que Deus estava fazendo antes de criar o
> > > > tempo e o espaço?
> > >
> > > D Quem "faz" são as criaturas, não o Creador.
> > >
> > > Deus pode se auto-destruir?
> > >
> > > D: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível, o que não for
> > possível
> > > é não-ser. A auto destruíção de Deus é um não-ser, só existe no campo
> > > linguistico (não tem existência ontológica).
> > >
> > > D: Além disso, o verbo aplicado ao ato de Deus é desprovido de tempo,
> por
> > > isso Ele creou, crea e continuará (se quiser) creando o mundo
> > > (sustentando-o). O que é bem diferente do uso que a ciência faz do
termo
> > > "criação". Por isso o criacionismo é um engodo tanto no campo da
ciência
> > > como no campo da Teologia. (creio que isso não é discussão para a
> > ciência).
> > >
> > > DFG
> > >
> > >
> > >
> >
> >
> > ##### ##### #####
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
> >
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 11:11
Pelo visto a física quântica explica tudo atualmente, e tudo "muito bem".
Sugestão: mande a moça ler o Sakurai...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 16 de Outubro de 2002 09:50
Assunto: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
Em tempo: acho que a melhor resposta seria o contato de alguém que
possa abordar esse assunto.
(Em tempo 2: Dispenso páginas do Google ou listas intermináveis de
endereços obtidos por esse meio).
Belisário
>Date: Wed, 16 Oct 2002 09:47:24 -0300
>To: ciencialist@yahoogroups.com
>From: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
>Subject: Cromoterapia - pergunta
>
>
> Pessoas,
> Nós do Labjor/Unicamp recebemos este e-mail, alguém tem alguma
> idéia para responder?
> Belisário
>
>>Bom dia!
>>
>>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias alternativas
>>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito bem a ação
>>das mesmas,mas
>>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a compreenção dos
>>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação p/ os
>>benefícios conseguidos através da cromoterapia. Ex: ela modifica o ângulo
>>da molécula de água ? como funciona? e se há explicações cientificas p/
>>as outras terapias?
>> Agradeço se puderem me ajudar.
>>
>>Sônia
>
>---------------------------------
>Roberto Belisário Diniz
>rbdiniz@terra.com.br
>Revista Com Ciência - jornalismo científico
>www.comciencia.br
>Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
>www.uniemp.br/labjor/
>---------------------------------
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 11:15
Tomo a liberdade (ora periclitante...) de perguntar se estas duas donzelas,
a Patrística e a Escolástica têm telefone ou e-mail para troca de
informações com cavalheiro de fino trato.
(T: não fique com ciúmes: é apenas traição espiritual)
> Douglas: É difícil responder a esta pergunta. As filósofas gregas e
cristãs
> (Patrística e Escolástica) partiam deste pressuposto (identificação entre
o
> Logos e o Real). Na modernidade é que tal pressuposto foi deixado de lado,
a
> não ser por um ou outro filósofo. Atualmente só os "corajosos" ou "doidos"
> (os que se arriscam a serem ridicularizados) pensam assim. Como vc, pelo
> visto. Como eu tb. Mas não sei justificar muito bem este pressuposto. Vou
> ter q pensar ou ler o que outras pessoas vierem a escrever.
>
SUBJECT: RES: [ciencialist] madeira certificada pelo FSC
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 11:18
> De: André Roviralta Dias Baptista
>
> Estou construindo uma casa, e no telhado, portas e janelas vai uma
> boa quantidade de madeira. Segundo o engenheiro a madeira do telhado
> deve ser muito dura, não serve eucalipto ou pinheiro. Parece que
> existem algumas espécies de eucalipto que são muito duras, mas não
> são produzidas por aqui. Existe uma ONG chamada FSC (sigla em inglês
> para Forest Stewardship Council, que significa Conselho de Manejo
> Florestal) que dá um selo para madeireiras que produzem madeiras de
> modo ecologico, porém não encontrei nenhuma no estado de são paulo
> que trabalhe com madeira de lei. Segundo li, o estado de São Paulo
> consome mais madeira tropical do que a Europa inteira. Somos nós que
> destruímos a amazônia. Alguém tem alguma sugestão? Preciso decidir
> logo. É realmente impróprio utilizar eucalipto ou pinheiro para o
> madeirame do telhado? Alguém conhece algum fornecedor de madeira de
> lei certificada pelo FSC para construção? Agradeço qualquer sugestão.
Nem a pau! Utilize madeira de lei para o telhado (peroba), senão o
telhado fica todo deformado e pode deteriorar com mais rapidez.
A vantagem da peroba é que cupins a odeiam. :-) Vocês sabiam que
peroba, apesar de ser de lei, era desprezada pelas madeireiras
há muito anos? É tão dura e cheia de nós que estragavam as serras.
Era madeira de "usar na obra". Então use-a!
Essa história de que somos os predadores da floresta tropical
é no mínimo uma farsa. TODA a indústria moveleira brasileira utiliza
madeira vagabunda de reflorestamento porque é BARATA, não porque
eles são ECOBACANINHAS. Já tive marcenaria e raríssimas vezes
utilizei madeira de lei para fazer móveis. As marcenarias
especializadas em móveis de madeira de lei só pegam encomenda
de "patrão", pois a demanda é baixíssima. São pouquíssimos
marceneiros que faturam bem com madeira de lei. As chapas de
compensado, largamente utilizadas pelos marceneiros, são feitas
de madeira de reflorestamento. Os revestimentos (mogno, cerejeira,
imbuia, marfim) são tão fininhos que não representam qualquer
ameaça às florestas. Uma árvore de mogno deve render muitas centenas
ou milhares de folhas de revestimento.
O material básico da construção civil no Brasil é a alvenaria.
São os gringos que fazem casa de madeira, portanto, eles são
os verdadeiros predadores de florestas.
Os consumidores da madeira de lei das florestas tropicais
não somos nós, são os gringos (americanos, europeus). Mesmo
a madeira contrabandeada internamente ainda é muito cara e
a demanda não representa ameaça.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Of-topic 2
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 11:34
Leo: tou com esse problema: todas as msg. vem em duplicata. Reclamei com o
provedor e com o yahooo e nada...
dá pra benzer???
silvio
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 15, 2002 5:30 AM
Subject: [ciencialist] Of-topic 2
Teste de re-envio através de: < leobarretos@uol.com.br >.
Speedy dobrando todas as mensagens.
[]'
Léo
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 11:44
Olá Belisário,
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
>
> Em tempo: acho que a melhor resposta seria o contato de
alguém que
> possa abordar esse assunto.
L: Posso ser eu: entendo alguma coisa sobre terapias alternativas...
(Em tempo 2: Dispenso páginas do Google ou listas intermináveis de
> endereços obtidos por esse meio).
L: Dispensável... também dispenso.
> >>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias
alternativas
> >>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito
bem a ação
> >>das mesmas,mas
> >>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a
compreenção dos
> >>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação
p/ os
> >>benefícios conseguidos através da cromoterapia.
L: Bem... a Física Quântica consegue explicar que tudo é feito de
energia sim. Mas daí a poder explicar fenômenos físicos do mundo em
que vivemos envolvendo cores é fazer salada teórica. Vale entender
que as cores são impressões que atingem nossas retinas a partir do
comprimento de onda da luz visível que é refletido pelos objetos,
enquanto os demais comprimentos do espectro visível são absorvidos.
O máximo do que se postula em FQ que poderia ser apliçavel à vida
quotidiana associado às cores de forma geral é "a natureza é
discreta", o que explicaria o porquê de objetos coloridos desbotarem
quando expostos à luz. Explico: ao ser exposto a luz, qualquer
objeto é atingido pelos fotons que, de certa forma "compõem" a luz
que por sua vez ao se "chocarem" com os elétrons das camadas
periféricas das moléculas da substância que componha tal objeto,
excitam os elétrons das camadas exteriores dos átomos componentes,
fazendo com que estes saltem de uma camada a outra, emitindo por sua
vez fotons, que tendem a dar-nos a sensação visual
de "embranquecimento" das cores. Como isso dá-se de forma gradual,
de certa forma explica o porquê de ainda haver cores ao invés do
branco total.
Ex: ela modifica o ângulo
> >>da molécula de água ?
L: A luz visível, que são ondas eletromagnéticas de comprimento de
onda variando de 4 . 10^-7 a 8 . 10^-7 m, tem características tais
que, como expliquei acima, podem servir para alterar
significativamente a cor dos objetos expostos a ela diretamente. Há
que se notar que cada cor possui um comprimento de onda e que este
comprimento que permite diferenciarmos o azul do vermelho ou amarelo,
por exemplo pela forma como são percebidos pelo nosso cérebro através
da visão. Não há indícios entretanto que tal característica da luz
sozinha tenha o poder de alterar a polaridade de moléculas de água.
Pode entretanto vir a aquecê-la, já que parte da luz que não vemos (
que teria comprimento de onda maior do que o limite visual de
8 . 10^-7, está em uma porçào do expectro chamado infra-vermelho, que
seria o responsável pelo aquecimento.
como funciona? e se há explicações cientificas p/
> >>as outras terapias?
L: Terapias alternativas de um modo geral levam em conta um outro
tipo de "irradiação" que é conhecido como "energia sutil" e estaria
intimamente ligada à formação do que é tratado por tais terapias: os
corpos sutis. Tais corpos seriam o resultado da "vibração" que cada
corpo vivo emite e esta vibração seria perceptível na forma de
luz "além ou aquém" do espectro de luz visível. Há portanto que se
levar em conta o seguinte: a Física Quântica, apesar de tratar a
natureza como sendo formada por energia "condensada" em hipótese
alguma corroboraria com tais estudos, dado o fato de a FQ e suas
aplicações estarem apenas ligadas ao mundo sub-atômico.
Lógico que dá para divagarmos em cima do assunto. Se tudo é energia,
tudo emitiria luz e esta luz seria perceptível pela vidência de uns,
ou mesmo através de sensações físicas de outros tidos por sensitivos
que é o que vem dando forma e corpo a tais terapias no correr dos
milênios. Os corpos sutis teriam cores associados, variando de
acordo com os níveis vibratórios que cada ser vivente teria condiçòes
de emitir ao ambiente em que vive dada a forma com que as moléculas
que o componham vibre. É temerário contudo, associar-se a FQ em tais
circusntâncias, dada a total falta de condiçòes de comprovar-se a sua
aplicabilidade para além do mundo atômico.
Basicamente portanto, a cromoterapia, bem como demais terapias
alternativas e holísticas, ao ser aplicável no tratamento de tais
corpos sutis ( jamais ao corpo físico. Este receberia benefícios
indiretamente através da ligação íntima entre o mesmo e suas
vibrações sutis), estaria apenas servindo àqueles que de certa
forma "acreditem" na existência de tais corpos de energia
impeceptível pelos instrumentos científicos da atualidade.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conversa de botequim
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 11:59
Álvarus:
a) faço parte do ciencialist por eSpecial deferência de Deus;
b) sou mineirim;
c) tomar 1 chops com 3 pastel é paulistez.
silvio, o que só toma pinga.
(o bar que frequento tem na porta, uma placa: "QUANDO LÁ FORA CHOVE, AQUI
DENTRO PINGA".
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 15, 2002 1:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Conversa de botequim
> Realmente, nessa "conversa de botequim" (um termo tão caro a todos da
> lista, já que somos todos cariocas) está parecendo que alguns já passaram
> do quinto "chops"...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Luiz Eduardo Carvalho" <luizeduardo@infolink.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Terça-feira, 15 de Outubro de 2002 12:19
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Conversa de botequim
>
>
> At 13:00 15/10/02 , you wrote:
> >--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> >
> > > -=*##>Será que o além estaria 'dentro' do próprio indivíduo? Neste
> >momento
> > > estou sentado em meu quarto. Na área cerebral (lobo occipital) que
> >recebe
> > > impulsos visuais coube o 'espaço' do meu quarto. Nesta mesma área,
> >quando
> > > estou sentado em um banco na Av. Atlântica, 'cabe' espaço muito
> >maior: Cabe
> > > até ao horizonte! E não vai além porque 'meus olhos' não alcançam.
> >Se
> > > aumentar a capacidade dos olhos usando um telescópio... O infinito
> >cabe
> > > 'dentro do cérebro'?<##*=-
> >
> >
> >L*: É isso mesmo... :) BINGO! E voltamos à química cerebral... um
> >exemplo de "moto contínuo" é o modo como os assuntos voltam à pauta
> >do dia.
>
>
>
>
> O QUE CABE, NESSE TEU EXEMPLO, É UMA FOTOGRAFIA.
> TEM O MESMO TAMANHO.
>
> TANTO FAZ SER FOTOGRAFIA DE VIRUS OU DE ELEFANTE OH PA.
>
> L.E.
>
>
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>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 12:21
SENTA PORRADA NELES
silvio
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Vera Lucia de Freitas de Sousa" <vsousa@cnpq.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 14 de outubro de 2002 18:03
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
| Boa tarde,
|
| Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão participar da
| Feira de Ciências no colégio.
| Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica, história
| e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência incluindo
| matemática e geografia e o outro matemática e história.
| Gostaria de contar com a colaboração de voces para que eu possa
| ajudá-los.
|
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SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "mgmcosta" <MGMCOSTA@BOL.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 12:21
Olá Ligia, não sei exatamente como estou recebendo
muitas mensagens como a sua tb deste mesmo grupo. Não me
escreví em nenhum grupo ou assinei algum site. Gostaria
de pedie para que não me enviasse mais as mensagens e se
há alguma maneira de sessar as outras. pos abro minha
caixa diariamente com mais ou menos 100 mensagens, e as
que realmente preciso não tem espeço. Quero dizer 100
mensagens é só a parte da manhã e mais 100 a tarde.
vc poderia me ajudar?
Desda já grata pela mensagem e uma possível atenção.
MGM
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Olá Belisário,
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
>
> Em tempo: acho que a melhor resposta seria o contato de
alguém que
> possa abordar esse assunto.
L: Posso ser eu: entendo alguma coisa sobre terapias alternativas...
(Em tempo 2: Dispenso páginas do Google ou listas intermináveis de
> endereços obtidos por esse meio).
L: Dispensável... também dispenso.
> >>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias
alternativas
> >>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito
bem a ação
> >>das mesmas,mas
> >>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a
compreenção dos
> >>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação
p/ os
> >>benefícios conseguidos através da cromoterapia.
L: Bem... a Física Quântica consegue explicar que tudo é feito de
energia sim. Mas daí a poder explicar fenômenos físicos do mundo em
que vivemos envolvendo cores é fazer salada teórica. Vale entender
que as cores são impressões que atingem nossas retinas a partir do
comprimento de onda da luz visível que é refletido pelos objetos,
enquanto os demais comprimentos do espectro visível são absorvidos.
O máximo do que se postula em FQ que poderia ser apliçavel à vida
quotidiana associado às cores de forma geral é "a natureza é
discreta", o que explicaria o porquê de objetos coloridos desbotarem
quando expostos à luz. Explico: ao ser exposto a luz, qualquer
objeto é atingido pelos fotons que, de certa forma "compõem" a luz
que por sua vez ao se "chocarem" com os elétrons das camadas
periféricas das moléculas da substância que componha tal objeto,
excitam os elétrons das camadas exteriores dos átomos componentes,
fazendo com que estes saltem de uma camada a outra, emitindo por sua
vez fotons, que tendem a dar-nos a sensação visual
de "embranquecimento" das cores. Como isso dá-se de forma gradual,
de certa forma explica o porquê de ainda haver cores ao invés do
branco total.
Ex: ela modifica o ângulo
> >>da molécula de água ?
L: A luz visível, que são ondas eletromagnéticas de comprimento de
onda variando de 4 . 10^-7 a 8 . 10^-7 m, tem características tais
que, como expliquei acima, podem servir para alterar
significativamente a cor dos objetos expostos a ela diretamente. Há
que se notar que cada cor possui um comprimento de onda e que este
comprimento que permite diferenciarmos o azul do vermelho ou amarelo,
por exemplo pela forma como são percebidos pelo nosso cérebro através
da visão. Não há indícios entretanto que tal característica da luz
sozinha tenha o poder de alterar a polaridade de moléculas de água.
Pode entretanto vir a aquecê-la, já que parte da luz que não vemos (
que teria comprimento de onda maior do que o limite visual de
8 . 10^-7, está em uma porçào do expectro chamado infra-vermelho, que
seria o responsável pelo aquecimento.
como funciona? e se há explicações cientificas p/
> >>as outras terapias?
L: Terapias alternativas de um modo geral levam em conta um outro
tipo de "irradiação" que é conhecido como "energia sutil" e estaria
intimamente ligada à formação do que é tratado por tais terapias: os
corpos sutis. Tais corpos seriam o resultado da "vibração" que cada
corpo vivo emite e esta vibração seria perceptível na forma de
luz "além ou aquém" do espectro de luz visível. Há portanto que se
levar em conta o seguinte: a Física Quântica, apesar de tratar a
natureza como sendo formada por energia "condensada" em hipótese
alguma corroboraria com tais estudos, dado o fato de a FQ e suas
aplicações estarem apenas ligadas ao mundo sub-atômico.
Lógico que dá para divagarmos em cima do assunto. Se tudo é energia,
tudo emitiria luz e esta luz seria perceptível pela vidência de uns,
ou mesmo através de sensações físicas de outros tidos por sensitivos
que é o que vem dando forma e corpo a tais terapias no correr dos
milênios. Os corpos sutis teriam cores associados, variando de
acordo com os níveis vibratórios que cada ser vivente teria condiçòes
de emitir ao ambiente em que vive dada a forma com que as moléculas
que o componham vibre. É temerário contudo, associar-se a FQ em tais
circusntâncias, dada a total falta de condiçòes de comprovar-se a sua
aplicabilidade para além do mundo atômico.
Basicamente portanto, a cromoterapia, bem como demais terapias
alternativas e holísticas, ao ser aplicável no tratamento de tais
corpos sutis ( jamais ao corpo físico. Este receberia benefícios
indiretamente através da ligação íntima entre o mesmo e suas
vibrações sutis), estaria apenas servindo àqueles que de certa
forma "acreditem" na existência de tais corpos de energia
impeceptível pelos instrumentos científicos da atualidade.
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 12:31
AAA. Para explicar isso não é necessária mecância quântica. O modelo do
oscilador de Drude-Lorentz dá conta do recado.
L: Bem... a Física Quântica consegue explicar que tudo é feito de
energia sim. Mas daí a poder explicar fenômenos físicos do mundo em
que vivemos envolvendo cores é fazer salada teórica. Vale entender
que as cores são impressões que atingem nossas retinas a partir do
comprimento de onda da luz visível que é refletido pelos objetos,
enquanto os demais comprimentos do espectro visível são absorvidos.
O máximo do que se postula em FQ que poderia ser apliçavel à vida
quotidiana associado às cores de forma geral é "a natureza é
discreta", o que explicaria o porquê de objetos coloridos desbotarem
quando expostos à luz. Explico: ao ser exposto a luz, qualquer
objeto é atingido pelos fotons que, de certa forma "compõem" a luz
que por sua vez ao se "chocarem" com os elétrons das camadas
periféricas das moléculas da substância que componha tal objeto,
excitam os elétrons das camadas exteriores dos átomos componentes,
fazendo com que estes saltem de uma camada a outra, emitindo por sua
vez fotons, que tendem a dar-nos a sensação visual
de "embranquecimento" das cores. Como isso dá-se de forma gradual,
de certa forma explica o porquê de ainda haver cores ao invés do
branco total.
Ex: ela modifica o ângulo
> >>da molécula de água ?
L: A luz visível, que são ondas eletromagnéticas de comprimento de
onda variando de 4 . 10^-7 a 8 . 10^-7 m, tem características tais
que, como expliquei acima, podem servir para alterar
significativamente a cor dos objetos expostos a ela diretamente. Há
que se notar que cada cor possui um comprimento de onda e que este
comprimento que permite diferenciarmos o azul do vermelho ou amarelo,
por exemplo pela forma como são percebidos pelo nosso cérebro através
da visão. Não há indícios entretanto que tal característica da luz
sozinha tenha o poder de alterar a polaridade de moléculas de água.
Pode entretanto vir a aquecê-la, já que parte da luz que não vemos (
que teria comprimento de onda maior do que o limite visual de
8 . 10^-7, está em uma porçào do expectro chamado infra-vermelho, que
seria o responsável pelo aquecimento.
como funciona? e se há explicações cientificas p/
> >>as outras terapias?
AAA. Lembremos que a quantidade de energia sutil depende também de quanto a
pessoa tiver fumado ou cheirado...
L: Terapias alternativas de um modo geral levam em conta um outro
tipo de "irradiação" que é conhecido como "energia sutil" e estaria
intimamente ligada à formação do que é tratado por tais terapias: os
corpos sutis. Tais corpos seriam o resultado da "vibração" que cada
corpo vivo emite e esta vibração seria perceptível na forma de
luz "além ou aquém" do espectro de luz visível. Há portanto que se
levar em conta o seguinte: a Física Quântica, apesar de tratar a
natureza como sendo formada por energia "condensada" em hipótese
alguma corroboraria com tais estudos, dado o fato de a FQ e suas
aplicações estarem apenas ligadas ao mundo sub-atômico.
Lógico que dá para divagarmos em cima do assunto. Se tudo é energia,
tudo emitiria luz e esta luz seria perceptível pela vidência de uns,
ou mesmo através de sensações físicas de outros tidos por sensitivos
que é o que vem dando forma e corpo a tais terapias no correr dos
milênios. Os corpos sutis teriam cores associados, variando de
acordo com os níveis vibratórios que cada ser vivente teria condiçòes
de emitir ao ambiente em que vive dada a forma com que as moléculas
que o componham vibre.
AAA. Ah Bom!!!
É temerário contudo, associar-se a FQ em tais
circusntâncias, dada a total falta de condiçòes de comprovar-se a sua
aplicabilidade para além do mundo atômico.
Basicamente portanto, a cromoterapia, bem como demais terapias
alternativas e holísticas, ao ser aplicável no tratamento de tais
corpos sutis ( jamais ao corpo físico. Este receberia benefícios
indiretamente através da ligação íntima entre o mesmo e suas
vibrações sutis), estaria apenas servindo àqueles que de certa
forma "acreditem" na existência de tais corpos de energia
impeceptível pelos instrumentos científicos da atualidade.
Beijos, Lígia
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ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 12:38
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > >>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias
> alternativas
> > >>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito
> bem a ação
> > >>das mesmas,mas
> > >>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a
> compreenção dos
> > >>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação
> p/ os
> > >>benefícios conseguidos através da cromoterapia.
>
>
> L: Bem... a Física Quântica consegue explicar que tudo é feito de
> energia sim. Mas daí a poder explicar fenômenos físicos do mundo
em
> que vivemos envolvendo cores é fazer salada teórica. Vale entender
> que as cores são impressões que atingem nossas retinas a partir do
> comprimento de onda da luz visível que é refletido pelos objetos,
> enquanto os demais comprimentos do espectro visível são
absorvidos.
Apenas completanto (tentando) o que a Ligia disse em relação a este
assunto.
A MQ explica pq determinados objectos têm determinadas cores.
"Cor" (azul, amarelo, vermelho) não é uma grandeza fisica , mas é
relacionada com o comprimento de onda que a MQ pode calcular.
Newton fez um exaustivo estudo da luz e das cores e chegou à
conclusão que o Branco é uma mistura de cores e o Preto é a ausencia
de cor (ausencia de luz) - roda de Newton.
É preciso ver tb que isto se trata de uma teoria aditiva da cor. A
que é usada nos ecrãs de tv, por exemplo.
Nesta teoria 3 cores (Vermelho-Verde-Azul) podem fornecer todo o
leque de outras cores. (Nas impressoras é usada outra teoria)
Mas houve quem não visse assim as coisas. Terá sido Göthe (não tenho
a certeza se se escreve assim) , um poeta, q elaborou outra teoria
diferente.
Ele partiu do azul e do amarelo e da subtração desta cores às
outras , para obter o leque de cores.
A questão, é que sendo poeta, ele relacionou isso com o estado de
espirito das pessoas. Ele observou que determinadas cores tinham
determinados efeitos e construiu uma teoria à volta disso.
Isso é a origem da cromoterapia.
Hoje é aconcelhado que as cores de um quarto sejam claras para evitar
pesadelos. Que os locais de trabalho sejam em tons de azul para
aliviar o stress etc... pq vcs acham que a langerie
considerada "sexy" só tem 3 cores sendo uma delas o vermelho ?
A teoria do efeito da cor é usada ainda que sublinarmente em coisas
como sinais de transito, luminosos ou não. E em outro tipo de sinais
como os de indicação de saidas de emergencia (anti-panico) e cuidados
no local de trabalho.
Nada disto tem a haver com MQ. A MQ só serve para saber que cor a
subtancia X terá.
Sérgio
P.S. E depois dizem que não ha divinificação da ciencia... a MQ
explica muitas coisas, mas não é divina...não explica tudo.
SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 12:39
Oi,
Você está recebendo tais mensagens porque está associada à
ciencialist... então você tem duas opções: sair da lista ou acessá-
la diretamente do site.
Para ir ao site da lista utilize o link abaixo:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist
Lá, escolha a opção no extremo direito da página: Editar minhas
opções.
Então procure no menu a opção que se refira à recepção das
mensagens. Como deve estar escolhido EMAILS INDIVIDUAIS, opte pelo
NÃO QUERO RECEBER E-MAILS.
Acho que desta forma as coisas se resolvem...
Lígia
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--- Em ciencialist@y..., "mgmcosta" <MGMCOSTA@B...> escreveu
> Olá Ligia, não sei exatamente como estou recebendo
> muitas mensagens como a sua tb deste mesmo grupo. Não me
> escreví em nenhum grupo ou assinei algum site. Gostaria
> de pedie para que não me enviasse mais as mensagens e se
> há alguma maneira de sessar as outras. pos abro minha
> caixa diariamente com mais ou menos 100 mensagens, e as
> que realmente preciso não tem espeço. Quero dizer 100
> mensagens é só a parte da manhã e mais 100 a tarde.
> vc poderia me ajudar?
> Desda já grata pela mensagem e uma possível atenção.
>
>
> MGM
>
>
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>
> Olá Belisário,
>
> --- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> >
> > Em tempo: acho que a melhor resposta seria o contato de
> alguém que
> > possa abordar esse assunto.
>
> L: Posso ser eu: entendo alguma coisa sobre terapias
alternativas...
>
> (Em tempo 2: Dispenso páginas do Google ou listas intermináveis de
> > endereços obtidos por esse meio).
>
> L: Dispensável... também dispenso.
>
>
> > >>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias
> alternativas
> > >>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito
> bem a ação
> > >>das mesmas,mas
> > >>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a
> compreenção dos
> > >>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação
> p/ os
> > >>benefícios conseguidos através da cromoterapia.
>
>
> L: Bem... a Física Quântica consegue explicar que tudo é feito de
> energia sim. Mas daí a poder explicar fenômenos físicos do mundo
em
> que vivemos envolvendo cores é fazer salada teórica. Vale entender
> que as cores são impressões que atingem nossas retinas a partir do
> comprimento de onda da luz visível que é refletido pelos objetos,
> enquanto os demais comprimentos do espectro visível são
absorvidos.
> O máximo do que se postula em FQ que poderia ser apliçavel à vida
> quotidiana associado às cores de forma geral é "a natureza é
> discreta", o que explicaria o porquê de objetos coloridos
desbotarem
> quando expostos à luz. Explico: ao ser exposto a luz, qualquer
> objeto é atingido pelos fotons que, de certa forma "compõem" a luz
> que por sua vez ao se "chocarem" com os elétrons das camadas
> periféricas das moléculas da substância que componha tal objeto,
> excitam os elétrons das camadas exteriores dos átomos componentes,
> fazendo com que estes saltem de uma camada a outra, emitindo por
sua
> vez fotons, que tendem a dar-nos a sensação visual
> de "embranquecimento" das cores. Como isso dá-se de forma gradual,
> de certa forma explica o porquê de ainda haver cores ao invés do
> branco total.
>
> Ex: ela modifica o ângulo
> > >>da molécula de água ?
>
> L: A luz visível, que são ondas eletromagnéticas de comprimento de
> onda variando de 4 . 10^-7 a 8 . 10^-7 m, tem características tais
> que, como expliquei acima, podem servir para alterar
> significativamente a cor dos objetos expostos a ela diretamente.
Há
> que se notar que cada cor possui um comprimento de onda e que este
> comprimento que permite diferenciarmos o azul do vermelho ou
amarelo,
> por exemplo pela forma como são percebidos pelo nosso cérebro
através
> da visão. Não há indícios entretanto que tal característica da luz
> sozinha tenha o poder de alterar a polaridade de moléculas de
água.
> Pode entretanto vir a aquecê-la, já que parte da luz que não vemos
(
> que teria comprimento de onda maior do que o limite visual de
> 8 . 10^-7, está em uma porçào do expectro chamado infra-vermelho,
que
> seria o responsável pelo aquecimento.
>
>
> como funciona? e se há explicações cientificas p/
> > >>as outras terapias?
>
> L: Terapias alternativas de um modo geral levam em conta um outro
> tipo de "irradiação" que é conhecido como "energia sutil" e estaria
> intimamente ligada à formação do que é tratado por tais terapias:
os
> corpos sutis. Tais corpos seriam o resultado da "vibração" que
cada
> corpo vivo emite e esta vibração seria perceptível na forma de
> luz "além ou aquém" do espectro de luz visível. Há portanto que se
> levar em conta o seguinte: a Física Quântica, apesar de tratar a
> natureza como sendo formada por energia "condensada" em hipótese
> alguma corroboraria com tais estudos, dado o fato de a FQ e suas
> aplicações estarem apenas ligadas ao mundo sub-atômico.
>
> Lógico que dá para divagarmos em cima do assunto. Se tudo é
energia,
> tudo emitiria luz e esta luz seria perceptível pela vidência de
uns,
> ou mesmo através de sensações físicas de outros tidos por
sensitivos
> que é o que vem dando forma e corpo a tais terapias no correr dos
> milênios. Os corpos sutis teriam cores associados, variando de
> acordo com os níveis vibratórios que cada ser vivente teria
condiçòes
> de emitir ao ambiente em que vive dada a forma com que as moléculas
> que o componham vibre. É temerário contudo, associar-se a FQ em
tais
> circusntâncias, dada a total falta de condiçòes de comprovar-se a
sua
> aplicabilidade para além do mundo atômico.
>
> Basicamente portanto, a cromoterapia, bem como demais terapias
> alternativas e holísticas, ao ser aplicável no tratamento de tais
> corpos sutis ( jamais ao corpo físico. Este receberia benefícios
> indiretamente através da ligação íntima entre o mesmo e suas
> vibrações sutis), estaria apenas servindo àqueles que de certa
> forma "acreditem" na existência de tais corpos de energia
> impeceptível pelos instrumentos científicos da atualidade.
>
>
> Beijos, Lígia
>
>
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>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta p/ Sergio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 13:06
Olá Sérgio,
Obrigada por complementar... realmente eu apenas atendi à questão de
forma a relacionar as cores aos "corpos sutis" sem levar em conta o
aspecto psicológico ou o efeito direto na psique de quem as observa.
No entanto, essa sensação que as cores provocam tem a ver com o
próprio conceito de energia sutil. Assim, cada um responde de uma
determinada forma ao efeito das cores devido à forma como tais cores
entram em "sintonia" ou não com as cores de sua "aura" por exemplo.
Não generalizando, os tons pastéis têm realmente um efeito calmante,
o vermelho intenso excita, o preto deprime/cria ares de mistério...
mas há as exceções à regra e isso sim tem a ver com a tal "sintonia",
ou à forma como os tons, as cores não entram em "dissonância" com os
tons "naturais" de cada indivíduo em especial.
O amarelo para mim, por exemplo é irritante, assim como o vermelho
que me faz sentir mal até de olhar... O azul puro é "impressionante"
mas de longe teria o efeito calmante necessário. Para falar a
verdade, só me sinto bem usando preto e prata em roupas e
acessórios. O que de forma alguma indica que eu tenha "copros sutis"
vibrando em negro... antes que eu prefiro "isolar" o mundo.
Beijos, Lígia
********************************
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
> Apenas completanto (tentando) o que a Ligia disse em relação a este
> assunto.
> A MQ explica pq determinados objectos têm determinadas cores.
> "Cor" (azul, amarelo, vermelho) não é uma grandeza fisica , mas é
> relacionada com o comprimento de onda que a MQ pode calcular.
> Newton fez um exaustivo estudo da luz e das cores e chegou à
> conclusão que o Branco é uma mistura de cores e o Preto é a
ausencia
> de cor (ausencia de luz) - roda de Newton.
> É preciso ver tb que isto se trata de uma teoria aditiva da cor. A
> que é usada nos ecrãs de tv, por exemplo.
> Nesta teoria 3 cores (Vermelho-Verde-Azul) podem fornecer todo o
> leque de outras cores. (Nas impressoras é usada outra teoria)
>
> Mas houve quem não visse assim as coisas. Terá sido Göthe (não
tenho
> a certeza se se escreve assim) , um poeta, q elaborou outra teoria
> diferente.
> Ele partiu do azul e do amarelo e da subtração desta cores às
> outras , para obter o leque de cores.
> A questão, é que sendo poeta, ele relacionou isso com o estado de
> espirito das pessoas. Ele observou que determinadas cores tinham
> determinados efeitos e construiu uma teoria à volta disso.
> Isso é a origem da cromoterapia.
>
> Hoje é aconcelhado que as cores de um quarto sejam claras para
evitar
> pesadelos. Que os locais de trabalho sejam em tons de azul para
> aliviar o stress etc... pq vcs acham que a langerie
> considerada "sexy" só tem 3 cores sendo uma delas o vermelho ?
> A teoria do efeito da cor é usada ainda que sublinarmente em coisas
> como sinais de transito, luminosos ou não. E em outro tipo de
sinais
> como os de indicação de saidas de emergencia (anti-panico) e
cuidados
> no local de trabalho.
>
> Nada disto tem a haver com MQ. A MQ só serve para saber que cor a
> subtancia X terá.
>
>
> Sérgio
>
> P.S. E depois dizem que não ha divinificação da ciencia... a MQ
> explica muitas coisas, mas não é divina...não explica tudo.
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 13:08
Oi,
Takata:Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
psicanaliticas.
Douglas: Não tem mesmo. O que eu queria dizer é que as explicações
psicanalíticas são ad hoc. Sobre "sexo" (princípio do prazer), na
psicánalise, significa fuga da dor,em primeiro lugar, e busca de
prazer. Não tem relação direta com o conceito popular de sexo.
Manuel: Pois eu concordo com o Murray Gell-Mann: algumas hipóteses
psicanalíticas podem ser submetidas a testes, sim. Aliás, o próprio
Freud ansiava para que suas hipóteses fossem testadas, tanto que
escreveu: "Não se esqueçam; não estamos de posse, atualmente, de um
critério universalmente admitido da natureza sexual de um processo, a
menos que seja, mais uma vez, o da relação com a função de
reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...) as
características químicas que temos o direito de supor aguardam apenas
sua descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332). Pois não é que
isso terminou acontecendo! Algumas hipóteses de Freud não só foram
testadas como passaram no teste, parcial ou totalmente. Exemplos:
Freud sustentava que muitos processos psíquicos não diretamente
ligados à função da reprodução possuem uma natureza sexual, ou seja,
que a sexualidade é algo mais abrangente que a sexualidade "genital".
A vida de muitos primatas parentes nossos, alguns muito próximos
(macaco-de-cheiro, macaco-esquivo, babuíno, chimpanzé, bonobo, etc.),
corroboram essa tese. Nestes, a química sexual participa não só do
comportamento sexual genital, mas também de muitos outros
comportamentos sociais. Experiências realizadas com esses bichos
provam que qualquer estímulo ao comportamento social de proteção do
território ou de manutenção da hierarquia dentro do grupo altera o
nível de testosterona (o hormônio da libido sem o qual não há
orgasmo, tanto masculino quanto feminino) que faz com que os rituais
agonísticos (e os de manutenção da ordem hierárquica) sejam idênticos
aos rituais sexuais de corte e acasalamento, isto é, entre esses
primatas a sinalização de cópula é idêntica à da agressividade intra-
específica. "Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e
reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores
adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e
são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos das castas
superiores". (C. Sagan; Os Dragões do Éden; p. 35) "No caso dos
macacos africanos e dos babuínos, há certos machos que se sentam
sempre de costas voltadas para o campo, mantendo-se de guarda e
exibindo o intensamente colorido pênis e os testículos, por vezes do
mesmo colorido intenso. Se um estranho ao grupo se aproxima
demasiado, os guardas têm mesmo uma ereção; as chamadas `cópulas de
fúria' também têm lugar". (Irenäus Eibl-Eibesfeldt; A Biologia da Paz
e da Guerra; p. 108)
Freud afirmava que a libido é a energia motriz da maioria dos
processos oníricos. Pois bem, experiências realizadas no laboratório
de Willian Dement, psiquiatra da Universidade de Standford, e outros
psicólogos apóiam a tese de Freud, na medida em que sugerem "uma
estreita correlação entre a ereção do pênis ou do clitóris e o sono
em fase de MOR (Movimento Ocular Rápido).
Segundo Aron (1984), Mac Lusky (1986) e Bourguignon (História Natural
do Homem; Zahar; pp. 173/174), a curva da testosterona, o hormônio da
libido, coincide com a teoria freudiana do caráter difásico da
sexualidade humana. Segundo Freud, a sexualidade desenvolve-se nos
seres humanos em duas fases: na primeira infância -- a qual se segue
um período de latência -- e na puberdade. Pois bem, esses autores
observaram, em recém-nascidos machos de várias espécies de mamíferos,
entre as quais o homem, uma secreção
de testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido
como 'crise testicular neonatal'. 'No menino' -- escreveu o
neurologista André Bourguignon -- 'a taxa de testosterona chega à
metade da do adulto já na segunda hora de vida e, após um decréscimo,
continua alta do segundo ao sexto mês. Diminui depois, até atingir
taxas muito baixas (1% da taxa adulta) que se mantêm até os oito-dez
anos, depois voltam a subir
progressivamente, até a puberdade. (...) Quanto às meninas, é entre o
sexto e o décimo segundo mês que uma atividade ovariana se acentua
muito nitidamente.' (HNH; pp. 173/174)
O Takata, certa vez, postou aqui na CienciaList um artigo da
revista "Nature" -- "Some choose to lose memory", de Helen Pearson --
sobre o que seria uma comprovação experimental de uma outra hipótese
psicanalítica, a do mecanismo psíquico da resistência e da repressão.
O artigo é o seguinte:
http://www.nature.com/nsu/010315/010315-10.html
Objetou-se depois que a repressão da lembrança no experimento era
voluntária e consciente. Mas quem fez essa objeção esqueceu-se de
outros experimentos que comprovam que atos voluntários e conscientes,
quando muito repetidos -- e associados com algum ganho para o
organismo -- tornam-se reflexos automáticos e inconscientes. De modo
que, se as lembranças podem ser reprimidas por um ato consciente, o
mesmo pode ocorrer por meio de atos inconscientes.
Além destas, muitas outras hipóteses psicanalíticas podem ser
submetidas a testes. Mas claro que os céticos sempre têm um
argumento `ad hoc' para salvar sua teoria irrefutável segundo a
qual "não há uma única hipótese psicanalítica que possa ser testada."
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Teste e Psicanálise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 13:09
Oi,
Takata:Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
psicanaliticas.
Douglas: Não tem mesmo. O que eu queria dizer é que as explicações
psicanalíticas são ad hoc. Sobre "sexo" (princípio do prazer), na
psicánalise, significa fuga da dor,em primeiro lugar, e busca de
prazer. Não tem relação direta com o conceito popular de sexo.
Manuel: Pois eu concordo com o Murray Gell-Mann: algumas hipóteses
psicanalíticas podem ser submetidas a testes, sim. Aliás, o próprio
Freud ansiava para que suas hipóteses fossem testadas, tanto que
escreveu: "Não se esqueçam; não estamos de posse, atualmente, de um
critério universalmente admitido da natureza sexual de um processo, a
menos que seja, mais uma vez, o da relação com a função de
reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...) as
características químicas que temos o direito de supor aguardam apenas
sua descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332). Pois não é que
isso terminou acontecendo! Algumas hipóteses de Freud não só foram
testadas como passaram no teste, parcial ou totalmente. Exemplos:
Freud sustentava que muitos processos psíquicos não diretamente
ligados à função da reprodução possuem uma natureza sexual, ou seja,
que a sexualidade é algo mais abrangente que a sexualidade "genital".
A vida de muitos primatas parentes nossos, alguns muito próximos
(macaco-de-cheiro, macaco-esquivo, babuíno, chimpanzé, bonobo, etc.),
corroboram essa tese. Nestes, a química sexual participa não só do
comportamento sexual genital, mas também de muitos outros
comportamentos sociais. Experiências realizadas com esses bichos
provam que qualquer estímulo ao comportamento social de proteção do
território ou de manutenção da hierarquia dentro do grupo altera o
nível de testosterona (o hormônio da libido sem o qual não há
orgasmo, tanto masculino quanto feminino) que faz com que os rituais
agonísticos (e os de manutenção da ordem hierárquica) sejam idênticos
aos rituais sexuais de corte e acasalamento, isto é, entre esses
primatas a sinalização de cópula é idêntica à da agressividade intra-
específica. "Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e
reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores
adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e
são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos das castas
superiores". (C. Sagan; Os Dragões do Éden; p. 35) "No caso dos
macacos africanos e dos babuínos, há certos machos que se sentam
sempre de costas voltadas para o campo, mantendo-se de guarda e
exibindo o intensamente colorido pênis e os testículos, por vezes do
mesmo colorido intenso. Se um estranho ao grupo se aproxima
demasiado, os guardas têm mesmo uma ereção; as chamadas `cópulas de
fúria' também têm lugar". (Irenäus Eibl-Eibesfeldt; A Biologia da Paz
e da Guerra; p. 108)
Freud afirmava que a libido é a energia motriz da maioria dos
processos oníricos. Pois bem, experiências realizadas no laboratório
de Willian Dement, psiquiatra da Universidade de Standford, e outros
psicólogos apóiam a tese de Freud, na medida em que sugerem "uma
estreita correlação entre a ereção do pênis ou do clitóris e o sono
em fase de MOR (Movimento Ocular Rápido).
Segundo Aron (1984), Mac Lusky (1986) e Bourguignon (História Natural
do Homem; Zahar; pp. 173/174), a curva da testosterona, o hormônio da
libido, coincide com a teoria freudiana do caráter difásico da
sexualidade humana. Segundo Freud, a sexualidade desenvolve-se nos
seres humanos em duas fases: na primeira infância -- a qual se segue
um período de latência -- e na puberdade. Pois bem, esses autores
observaram, em recém-nascidos machos de várias espécies de mamíferos,
entre as quais o homem, uma secreção
de testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido
como 'crise testicular neonatal'. 'No menino' -- escreveu o
neurologista André Bourguignon -- 'a taxa de testosterona chega à
metade da do adulto já na segunda hora de vida e, após um decréscimo,
continua alta do segundo ao sexto mês. Diminui depois, até atingir
taxas muito baixas (1% da taxa adulta) que se mantêm até os oito-dez
anos, depois voltam a subir
progressivamente, até a puberdade. (...) Quanto às meninas, é entre o
sexto e o décimo segundo mês que uma atividade ovariana se acentua
muito nitidamente.' (HNH; pp. 173/174)
O Takata, certa vez, postou aqui na CienciaList um artigo da
revista "Nature" -- "Some choose to lose memory", de Helen Pearson --
sobre o que seria uma comprovação experimental de uma outra hipótese
psicanalítica, a do mecanismo psíquico da resistência e da repressão.
O artigo é o seguinte:
http://www.nature.com/nsu/010315/010315-10.html
Objetou-se depois que a repressão da lembrança no experimento era
voluntária e consciente. Mas quem fez essa objeção esqueceu-se de
outros experimentos que comprovam que atos voluntários e conscientes,
quando muito repetidos -- e associados com algum ganho para o
organismo -- tornam-se reflexos automáticos e inconscientes. De modo
que, se as lembranças podem ser reprimidas por um ato consciente, o
mesmo pode ocorrer por meio de atos inconscientes.
Além destas, muitas outras hipóteses psicanalíticas podem ser
submetidas a testes. Mas claro que os céticos sempre têm um
argumento `ad hoc' para salvar sua teoria irrefutável segundo a
qual "não há uma única hipótese psicanalítica que possa ser testada."
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 13:24
> De: Silvio Cordeiro Filho
>
> Mais um comentário, esse realmente surreal: aparece na tv um
> anúncio que
> mostra uma jovem belíssima e gostosíssima lavando a calcinha
> e a enxagüando
> com cerveja e, quando passa o ferro (na calcinha) ela aspira
> o olor... e em
> seguida, passa nos lábios (que boca...) gotas de cerveja para
> os tornar mais
> apetecíveis.... Ou o cara que bolou o anúncio tem problemas,
> ou o fabricante
> está fazendo pesquisas que são muito preocupantes sobre o
> gosto dos seus
> consumidores....
Também tive a mesmíssima impressão. Usar cerveja senão
para beber é uma coisa horrorosa. O troço fede mijo amanhecido!
Eca!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 13:24
> | Boa tarde,
> |
> | Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão
participar da
> | Feira de Ciências no colégio.
> | Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica,
história
> | e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência
incluindo
> | matemática e geografia e o outro matemática e história.
> | Gostaria de contar com a colaboração de voces para que eu possa
> | ajudá-los.
> |
Eu nunca entendi bem o espirito de um feira de ciencias, mas acho que
a ideia é mostrar qq coisa que funcione e/ou que tenha utilidade.
Matemática e Geogafia = Cartografia e/ou Topologia. Inclui
instrumentos de orientação pelas estrelas e pelo polo norte.
Matemática e Historia = Historia da matemática ? :->
A relação entre os avanços da matemática e os avanços do homem.
O problema é que não sei se isso é aconcelhava na 8ª serie. Mas
apenas a Geometria tem imensas aplicações (Cartografia mais uma vez,
topologia)
A historia dos numeros imaginários é muito gira mais alem da 8ª
serie. Depende do espirito da feira.
Mas custa-me imaginar algo que funcione ou seja util usando só
matematica e historia...o mais facil numa feira dessas é
fisica,quimica e biologia... não sei.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 13:43
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 14, 2002 10:40 AM
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
>Da esquizofrenia tem uma ligacao um pouco mais solida do q. o
homossexualismo com os genes -- pelo menos alguns tipos de
esquizofrenia ou sindromes similares. Realmente nao sao definitivos,
mas ha' estudos apontando uma ligacao.
Há estudos também relacionando a esquizofrenia a várias outras causas
possíveis, inclusive os prions. Nenhuma delas consegue apontar mais que um
tênue indício. No caso da esquizofrenia (e, acredito, da maioria das outras
psicoses, como paranóia e o transtorno bipolar), a predisposição genética
pode ser uma causa necessária, mas não suficiente. Isso, claro, presumindo
que algum dia esses tênues indícios consigam encontrar uma confirmação mais
sólida, o que até agora não aconteceu.
>Mas peguemos um exemplo extremo como a sindrome de Down. Ela esta'
ligada certamente a uma alteracao genetica -- presenca de uma copia a
mais do cromossomo 21 ou de uma parte especifica dele.
Mas a síndrome de Down é outra questão, ela é um problema congênito. Não é o
caso das psicoses. As neurociências já demonstraram que uma parte
significativa dos circuitos neurais ainda não está formada quando a criança
nasce e vai se desenvolvendo pela interação com o meio-ambiente e o processo
de socialização . Bastante provavelmente, portanto, a base cerebral do
comportamento, da personalidade e dos distúrbios relacionados a essas duas
áreas está nesses circuitos, que não são inatos (ver, sobre isso, O Erro de
Descartes, de António Damásio).
>De todo modo e' possivel sim q. comportamentos mais especificos nao
tenham uma vinculacao direta com genes ou grupos de genes especificos.
Ver acima. Uma parcela significativa entre os neurocientistas acha mais
provável que a genética determine apenas a estrutura do cérebro e forneça
uma base para as conexões neurais, mas que estas se desenvolvem e
complexificam pela interação com o meio-ambiente.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Teste e Psicanálise
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 13:56
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Freud afirmava que a libido é a energia motriz da maioria dos
> processos oníricos. Pois bem, experiências realizadas no
> laboratório de Willian Dement, psiquiatra da Universidade de
> Standford, e outros psicólogos apóiam a tese de Freud, na medida em
> que sugerem "uma estreita correlação entre a ereção do pênis ou do
> clitóris e o sono em fase de MOR (Movimento Ocular Rápido).
Ratos têm complexo de Édipo? Eles tbm têm ereção noturna.
http://reviews.bmn.com/medline/search/record?
uid=MDLN.99317448&refer=scirus
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 14:17
você é insistente...
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> Ligia Gallo wrote:
>
> > L**: Do que já li sobre Deus, essa é uma conclusão que encerra
em si
> > o que quer que "onipotência", "onipresença" signifiquem...
>
> de onde vem a conclusao que existe?
> nao poderia chama-lo de "unicornio" e dizer que se encerra em si
mesmo?
> E se ele se encerra em si mesmo, por que criar?
L: Unicórnio, pasta de amendoim, leite de magnésia, urso, panda,
percevejo, barata... esses nomes designam coisas que sabemos do que
se trata. Deus designa o creador. Se tivessem escolhido outro nome,
esse portador de "outro nome" teria todas as características que se
lhe atribuísem. Os atributos de "onipresença", "onisciência"
e "onipotência" advém da interpretação dessa entidade denominada Deus
pela Igreja Católica, que pode muito bem ter tomado emprestado tais
atributos a Deus de outras culturas... Não cabe a mim discuti-los,
apenas concordar ou não com eles. Portanto, do meu ponto de vista, a
partir do fato de que tais atributos sejam considerados, sequer
importa se cremos Nele, Deus, ou não, se Lhe atribuímos poderes ou
não: Ele É e ponto final. E por que Deus crea? Digamos que se Ele
não tivesse creado o Universo não estaríamos agora discutindo sobre
Ele. O que quer que seja que tenha dado o "empurrão" inicial à
geração do que o Universo É, acaba sendo importante do ponto de vista
de alguém que faça parte do Universo: devemos-lhe a existência...
caso seja provado que nada nem ninguém deu o tal "empurrãozinho",
então devemos ao Universo a existência e a questão da existência ou
não de um Deus fica a critério do gosto do freguês...
> > L**: Bem, seguindo com o raciocínio que já expus em mensagem
> > anterior ( aquela do Lisandro), eu acabei pensando seriamente em
> > buscar as origens da sintetização dos neuro-transmissores...
>
> para tentar relaciona-los a fisica quantica?
>
> senao, qual é esse maravilhoso meio de comunicacao com o alem?
L: Rapazinho, vê se larga essa bobagem de querer associar tudo à FQ.
> > L**: Certo. Agora veja só: se o equilíbrio das substâncias é
> > essencial para que pessoas vejam esta realidade, de onde surgiu
tal
> > equilíbrio?
>
> via selecao natural.
> (...) a natureza nao chegou a conclusao nenhuma.
> as substancias que poderiam prejudicar o bom funcionamento
> do cerebro foram eliminadas pela selecao.
L: Ótimo... mas a troco do que? Quais teriam sido os critérios que
permitiram que fossem selecionados compostos químicos em detrimento
de outros para serem sintetizados pelo nosso corpo para o bom
funcionamento do cérebro, limitando-o a uma e não outra faixa de
espectro/dimensão? Pense, meu caro, use o cérebro dentro da cabeça
de cima...
> > L***: Não é fé, moço... é vontade de entender as coisas. Não
> > aceitá-las como os outros dizem que é, ou não dizem.
>
> Engracado como vc inverte as coisas.
> Nao sou eu que acredito em algo sem qualquer indicio favoravel.
>
> > L***: A mim já é claro... :)
>
> c me conta?
L: Você é um chato/pernóstico...
> > L**: Hum... To sentindo "cheiro de leite e fralda
molhada"... :)
> > Você não quer conversar, quer só brincar comigo. Não vou perder
mais
> > tempo.
>
> se vc diz coisas fantasticas, espere por respostas fantasticas... :)
>
> com a quimica do cerebro alterada, qual seria exatamente
a "realidade"
> possivel de se perceber? um outro universo fisico? ou nao-fisico?
> e como? qual o processo?
L: Não sei... é por isso que estou me perguntando e perguntando a
outras pessoas que parecem ignorar a extensão de tal pergunta...
> > L**: Interessante a sua escolha aparentemente aleatória de
> > pintores:
>
> pode ter certeza que nao foi...
>
> > O Dali primava pela distorção das formas mas dava ênfase
> > ao traçado de tal forma a quase imitar uma fotografia, diluindo os
> > contornos e minimizando o efeito das pinceladas tornando-as quase
> > invisíveis...
>
> O surrealismo de Dali representa o inconsciente, e foi idealizado
por um psiquiatra,
> Breton, influenciado pela grande novidade da epoca: a psicanalise.
> Sua obra apresenta cenas fantasticas, o mundo dos sonhos.
L: Certo... diga-se de passagem: sonhos depois de uma churrascada
regada a vinho de péssima qualidade...
> > já Mondrian retrata a natureza, porém imprime seus
> > traços de forma exacerbada... que aparecem "gritando" em seus
> > quadros em cores contrastantes.
>
> O objetivo do neo-plasticismo de Mondrian é eliminar o trágico da
arte,
> o "barroco moderno", como dizia, surrealista e expressionista.
> Para Mondrian, "a essencia das coisas nao se conhece pela percepcao,
> mas pela reflexao sobre a percepcao separada da propria percepcao."
> A consciencia individual (o tragico) da lugar a consciencia
universal,
> suas telas partem de nocoes comuns: linha, plano, cores basicas.
> É o abstracionismo concreto, que aproxima a arte da ciencia.
L: Pois para mim representa a obra de uma personalidade
conflitante... a arte não é ciência nem pode a ela ser aproximada.
Em suma: ou retrata-se fielmente uma paisagem ou cria-se uma versão
da mesma. A ciência permite que exista fidelidade às formas. A arte
permite que haja uma interpretação pessoal das mesmas.
> > Ambos "fantasiam" a natureza.
>
> HEREGE!
> A Arte nao fantasia, tenta representar a realidade.
L: A realidade interior, ou o que é percebido pelo autor da obra...
fantasia.
> > L**: Dado o fato de eu ter certeza de que apenas o que se crê é o
> > que acaba acontecendo conosco,
>
> agora vc foi looonge...
> quem cre vai pro alem, quem nao cre nao vai?
L: Exactamente...
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 14:23
On Fri, 16 Aug 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> A tentativa de reduzir matemática à lógica (logicismo) não deu certo até
> hoje.
> DFG
Vc está um século atrasado na história. Procure sobre o trabalho de
Bertrand Russell.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 14:31
On Wed, 16 Oct 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Sugestões?
> Léo
> ==============
> -----Mensagem Original-----
> | Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão participar da
> | Feira de Ciências no colégio.
> | Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica, história
> | e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência incluindo
> | matemática e geografia e o outro matemática e história.
Matemática + geografia => mapas geográficos como objetos fractais.
Matemática + história => esta ficou difícil, que tal história da
matemática?
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 14:48
Ligia Gallo ligia5555@yahoo.com.br em Wed, 16 Oct 2002 14:44:01 -0000:
Assunto: Re: Cromoterapia - pergunta
L: Terapias alternativas de um modo geral levam em conta um outro
tipo de "irradiação" que é conhecido como "energia sutil" e estaria
intimamente ligada à formação do que é tratado por tais terapias: os
corpos sutis.
Sandro: "energia sutil"? 'corpos sutis'? Geeeeeeeeezzz...
Há portanto que se
levar em conta o seguinte: a Física Quântica, apesar de tratar a
natureza como sendo formada por energia "condensada" em hipótese
alguma corroboraria com tais estudos, dado o fato de a FQ e suas
aplicações estarem apenas ligadas ao mundo sub-atômico.
Sandro: Ahhhhh....
Basicamente portanto, a cromoterapia, bem como demais terapias
alternativas e holísticas, ao ser aplicável no tratamento de tais
corpos sutis ( jamais ao corpo físico. Este receberia benefícios
indiretamente através da ligação íntima entre o mesmo e suas
vibrações sutis), estaria apenas servindo àqueles que de certa
forma "acreditem" na existência de tais corpos de energia
impeceptível pelos instrumentos científicos da atualidade.
Sandro: "vibrações sutis"??? ... Christ!!!
A Ciencialist está ficando EsotericaList... :-)
Cromoterapia e Física Quântica à parte, não seria interessante considerar a
questão da influência social sobre as cores? Se o vermelho significa sangue,
vida (ou algo similar) para nós brasileiros não infere que para um
aborígene teria o mesmo significado. Não tenho como confirmar mas já li que
a cor branca significa luto no Japão ou na China. É aquela questão de
relativismo, simbolismo, etc...
Sandro Silva
UIN - 99653424
--------------------------------
"If we don't try
If we just lie
If we can't find
A way to do it better than this
Who will?"
'Stars and Stripes of Corruption' de Jello Biafra
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 14:53
--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> Matemática + história => esta ficou difícil, que tal história da
> matemática?
Q. falta de imaginacao.
E as grandes navegacoes? Acaso nao sao uma licao de trigonometria?
(pode ate' aplicar consideracoes sobre a geometria euclidiana contra
a geometria de planos nao-euclidianos)
As formacoes dos exercitos nos campos de batalha, o formato dos
castelos, a disposicao dos canhoes.
Evolucao dos designs dos carros, avioes, embalagens, vestuário, das
casas.
Datacao de artefatos historicos: metodos de isotopos radioativo e as
relacoes logaritmicas.
E o mais obvio: o calendario.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Críticas e Sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:00
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Nadica de vontade.
E' ai' fica dificil de se estabelecer se ha' ou nao dependencia
(por aquele criterio).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: dawkins
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:05
Ei Takata.
No livro Escalada do Monte Improvável o Dawkins faz inúmeras referências a
programas de simulação computacional como "Safari Park", "Net Spinner",
aquele do olho e etc. Onde poderia encontrar programas semelhantes
[freeware]???
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 15:16
Caro Sandro,
Não sei quanto ao Japão, mas na China e na Rússia (também não sei se em
todas as partes desses países gigantes) o vermelho está relacionado à
alegria. Imagino que um russo, quando encontra outro, diga: "E daí,
camarada, tudo vermelho?" Por outro lado, nós dizemos "tudo azul", o que
para um norte-americano significa outra coisa.
Agora, você tem razão, essa lista está ficando muito esotérica, muito
filosófica, muito cheia de jogos de palavras. Talvez seja apenas uma fase
... espero ...
(Origado pela sua mensagem do dia do professor. Infelizmente o seu relato
não me surpreende.)
[ ]s
Alvaro
> A Ciencialist está ficando EsotericaList... :-)
>
> Cromoterapia e Física Quântica à parte, não seria interessante considerar
a
> questão da influência social sobre as cores? Se o vermelho significa
sangue,
> vida (ou algo similar) para nós brasileiros não infere que para um
> aborígene teria o mesmo significado. Não tenho como confirmar mas já li
que
> a cor branca significa luto no Japão ou na China. É aquela questão de
> relativismo, simbolismo, etc...
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Conversa de botequim
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:28
At 13:00 15/10/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> > -=*##>Será que o além estaria 'dentro' do próprio indivíduo? Neste
>momento
> > estou sentado em meu quarto. Na área cerebral (lobo occipital) que
>recebe
> > impulsos visuais coube o 'espaço' do meu quarto. Nesta mesma área,
>quando
> > estou sentado em um banco na Av. Atlântica, 'cabe' espaço muito
>maior: Cabe
> > até ao horizonte! E não vai além porque 'meus olhos' não alcançam.
>Se
> > aumentar a capacidade dos olhos usando um telescópio... O infinito
>cabe
> > 'dentro do cérebro'?<##*=-
>
>
>L*: É isso mesmo... :) BINGO! E voltamos à química cerebral... um
>exemplo de "moto contínuo" é o modo como os assuntos voltam à pauta
>do dia.
O QUE CABE, NESSE TEU EXEMPLO, É UMA FOTOGRAFIA.
TEM O MESMO TAMANHO.
TANTO FAZ SER FOTOGRAFIA DE VIRUS OU DE ELEFANTE OH PA.
L.E.
#########>>Não entendi o paralelo. Qualquer comentário sobre este assunto
será bem recebido, é assunto de muito interesse de minha parte.
Agradeço<<#######
=== outra msg ===
Realmente, nessa "conversa de botequim" (um termo tão caro a todos da
lista, já que somos todos cariocas) está parecendo que alguns já passaram
do quinto "chops"...
[ ]s
Alvaro Augusto
########>>rsrsrs<<########
=== outra msg ===
Satã, espírito zombeteiro, espírto de porco, na escuridão?
Qualé, pô, eu sou um ser humano e tenho sentimentos. Vão xingar a
mãe nos raios q. o partam.
[]s,
Roberto Takata
########>>O amor se manifesta de muitas formas<<########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:29
L*: As drogas modificam a química cerebral. Pessoas com "vidência"
têm muitas vezes a química cerebral alterada, quer por fatores
genéticos, quer por doenças########>>Também quanto a morfologia: 'Ouvi
falar' que o cérebro de Einstein teria alguma 'anomalia'. Estou certo de que
algum listeiro tem conhecimento deste fato. Traumatismos e neurocirurgias
também podem alterar a forma e, consequentemente, o funcionamento
cerebral<<#######. Muitos místicos ao longo da história vêm fazendo uso de
drogas para a percepção do "além".########>>O 'pessoal' da alquimia usava
estricnina<<########## Até aí, tudo certo. O interessante são os padrões
que se repetem naquilo que é reportado por vários quando do uso de
determinadas drogas. E o que eu acho ainda mais interessante é o fato de
apoiarmos toda nossa confiança de que existe um jeito "certo" de observar a
realidade apenas a partir do equilíbrio da dosagem de substâncias químicas
(da própria química cerebral) circulando no cérebro... Essa sem dúvida é
a parte mais interessante. Veja que tais substâncias são compostos
moleculares, os neurônios são células modificadas para receber estímulos e
responderem aos sinais químicos. E, ao que tudo indica, no correr do
processo evolutivo algumas substâncias mostraram-se mais "eficazes" para a
percepção do "apenas necessário" para nossa sobrevivência em detrimento de
outras que poderiam tornar-nos confusos e incapazes de operarmos de maneira
eficaz no mundo.
Portanto, qual o porquê da negação de que tais visões sejam uma
realidade possível quando tudo o que temos como garantia de sanidade
é um equilíbrio químico delicado a dar-nos suporte para a percepção
da realidade? Gostaria de respostas sérias. Esta é uma pergunta
séria.#########>>Se um cego pode 'hipertofriar' seu sentido do tato e da
audição, porque um 'normal' não o faria? Se um 'idiot savant' pode
apresentar performance surpreendente, porque o 'normal' não poderia? Estas
potencialidades existem em todos nós apenas não necessitamos nos utilizar
delas. Talvez exista um equilíbrio no que tange ao desenvolvimento das
potencialidades, de forma que uma não pode sobrepujar em muito a outra. Nos
casos referidos houve uma 'quebra' deste pretenso equilíbrio<<########
> talvez o alem seja repleto de unicornios.
L*: E o que garante a "não existência" dos mesmos é o equilíbrio da
emissão de dopamina pelo sistema límbico e recepção pelo
córtex...#######>>Talvez não seja tão simples. É apenas um pitaco sem
embasamento<<#########
> > L: Maravilha! Nem eu pretendo dar-lhe a chance de ser mago.
Aliás,
> > o mestre só aparece quando o discípulo está pronto... se ainda
não
> > apareceu é porque você não está.
>
> haha
> um discipulo eu ja tenho, o Dr. PSI!
L*: Ele é que está estudando você, seu bobo... :P
#########>>Êpa (Como diria o Takata)! Estou aqui aprendendo. Sempre tenho a
pretenção em dar algo em troca. Não há relacionamento que perdure sem que
haja ganho para ambas as partes<<#########
> > L: Eu aguardo por respostas. Não me privo da idéia de
> > poder "saboreá-las" em tempo. Veja o que eu perderia caso apenas
> > concedesse a mim mesma o desfrute do que posso desfrutar com a
> > negação pura e simples que é quase nada quando a ciência pode me
> > oferecer respostas a TUDO o que eu quiser entender.
>
> Pois tenha FÉ!!!
>
> eu espero sentado.
L*: É só entender como a química cerebral é importante para a
elaboração do que é aceitável ou inaceitável em termos de realidade.
#########>>Quando recebemos um estímulo sonoro, modifica a 'química
cerebral'. Quando temos fome, modifica a 'química cerebral'. Quando
movimentamos um braço, modifica a 'química cerebral'. Até mesmo a
modificação da 'química cerebral' modifica a 'química cerebral'.
No pericário de um neurônio estão conectados pés terminais dos axônios de
diversos outros neurônios, procedentes dos mais diversos sítios. Os
referidos 'pés' podem liberar neurotransmissores que facilitem (Adrenalina,
p. ex.) ou inibam (Ácido gama amino burírico, p. ex.) a despolarização do
referido pericário. É como bem colocou o Jayme, naquele episódio da
transmissão mecânica do impulso nervoso: Um novêlo (organizado)! Será que
haveria uma maneira mais fácil do que o mapeamento? Será que haveria uma
maneira mais fácil de conhecer o Universo que não as viagens espaciais e os
telescópios cada vez mais potentes?<<########
== Outra msg ==
> -=*##>Pitaco: Bestialidade é a perversão onde um humano se
satisfaz
> sexualmente com animais<##*=-
L*: A "bestialidade" a que me referia é o tratamento a base de
coices... e era ele quem estava intuindo que eu sou uma "burra".
#######>>Eu entendi 'a letra do samba'. Foi apenas um pitaco<<#######
> L: Bonito acaba sendo algo agradável aos sentidos. E beleza física
> depende de uma opinião pessoal, principalmente da própria pessoa que
> se ache feia ou bonita fisicamente ao basear-se nos estereótipos de
> beleza, ou o que é culturalmente aceito como "bonito/feio".########>>"Quem ama ao feio, bonito lhe parece" (Dito popular). Já experimentei iniciar relacionamento com mulher feia e depois, com o tempo e o amor, tornou-se linda! Eu sabia que ela era feia. Todos sabiam que ela era feia. Mas eu a amava, era bonita para mim, gostava de estar, de olhar para ela e sentia prazer em admirar-lhe a beleza<<#########
Partindo
> dessa opinião pessoal, de um modo geral quem não está bem consigo
> mesmo, quem se detesta por se achar horrível, acaba desenvolvendo um
> modo agressivo/estúpido de lidar com os outros, simplesmente porque
> nào é capaz de se sentir querido e atraente e, por medo de ser
> rejeitado, rejeita antes. Portanto, se não se é bonito, pode-se ao
> menos ser simpático, o que acaba desviando a possível atenção dos
> outros a um lado positivo ao invés das espinhas, da barriga, da
falta
> de cabelos ou o que quer que seja que se odeie em si mesmo...
>
> -=*##>Lígia gosta de Einstein<##*=- <[Coloquei um "s" que faltava no nome do nosso ídolo]
L*: Se existe algo que serve como um potente fator de atração para
mim é a inteligência... Eu me apaixonaria perdidamente por Einstein,
sem dúvida.########>>Poderia conviver (em sistema marital) com ele caso
fosse impotente? Por quanto tempo? A relação de amor (em minha opinião,
lógico) depende da conjunção de um macho e uma fêmea: É emocional. Para
gozar de um relacionamento intelectual não é necessário sexo
oposto<<########
> -=*##>O texto que se segue foi copiado de meu próprio diário.
Talvez seja
> pertinente.
>
> "" Dentre as minhas primeiras experiências usando o LSD, foi
de especial
> significado a vez onde ingeri o referido alucinógeno na companhia
do Barcelo
> e do Barney, na casa deste úlimo. Foi nesta oportunidade que
vislumbrei a
> pssibilidade de comunicação telepática de uma maneira concreta.
(Analise o
> texto a seguir tendo em mente a possibidade de delírio de
influência.)
> É necessário apartear que naquele tempo a droga produzia
realmente efeitos
> surpreendentes . Era veiculada através de pequenas pílulas com
nomes
> sugestivos: Gold Sun Shine, Orange Sun Shine, Purple Rain, Vulcão
Verde,
> etc.
> [Nota: Passado algum tempo após o surgimento do LSD aqui no
Rio, iniciaram
> a surgir drogas oferecidas como LSD. Embora alucinógenas, não
produziam o
> mesmo efeito. Depois vim a tomar connecimento de não se tratar de
> dietilamida do ácido lisérgico e sim uma composição química
alucinógena que
> continha basicamente estricnina e metanfetamina.]
L*: Corre-se um risco de vida em potencial a cada dose... e eu me
pergunto como alguém pode querer experimentar isso? Ou melhor: como
largar isso depois de experimentar?
########>>O pesquisador que 'descobriu' o ciclo de Loss (Ovos de helmintos
intestinais ganham a corrente sanguínea e quedam presos nos capilares
pulmonares. Rompem o alvéolo, penetrando ao pulmão. Sofrem muda. São
novamente deglutidos com o muco das vias aéreas. Sofrem nova muda no
estômago e tornam-se vermes adultos no intestino), após ter constatado não
estar parasitado ingeriu uma quantidade 'contada' de ovos (Creio que foram
100 ovos) em uma infusão. Após determinado tempo, usou 'vermífugo' e
constatou que em suas fezes havia um número maior de vermes do que a
quantidade de ovos que houvera ingerido.
Outro, estava pesquisando drogas ocitócitas derivadas do esporão do centeio,
quando iniciou a alucinar. Foi para casa onde refletiu que aquele mal estar
deveria estar relacionado com a aspiração da droga que lidara. No dia
seguinte, de volta ao laboratório injetou na veia o composto do qual
suspeitara causar alucinação (Atualmente conhecida como "LSD"). A dose foi
25 vezes maior do que a necessária para produzir o quadro alucinatório.
É lógico que gostaria de fazer algo que me popularizasse, que trouxesse
algum ganho para a humaninadade. Mas não estou querendo me colocar ao lado
dos pesquisadores que citei quando posto a história seguinte. Quando
'apareceu' a AIDS (HTLV III) tive a idéia de que não haveria contágio
através da mulher. O pensamento é que o vírus estaria presente no sangue e
no esperma (Também nos fluidos corporais em geral, poderá ser encontrado:
Mas a quantidade é risível) e a mulher não 'emite' esperma. Jamais usei
'camisinha' e sou promíscuo (e heterossexual, antes que alguém pergunte).
Transei, que eu saiba, com uma amiga que já faleceu portadora de HIV e,
quanto a mãe de meus filhos transamos muitas vezes após eu saber que ela era
HIV+. Fui 'avisado' e mesmo fizeram com que eu assinasse um documento
declarando que fôra advertido para fazer uso da 'camisinha' no local onde
ela se tratava: Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Aliás me formei
pela Escola de Medicina e Cirurgia, cujo ciclo profissionalizante era
perpetrado naquele hospital. Fui testado e retestado: Jamais contraí o
vírus.
"Quem não arrisca não petisca" (Dito popular).
"Largar isso depois de experimentar?" Não conheço droga que cause
dependência após uma única tomada<<#########
> Foram três os momentos reveladores.
> Num primeiro eu fitava ao Barney. Seu rosto inicia a tomar a
cor verde
> metálica. (...) Houve irrefutavelamente uma
> comunicação. No entanto, nesta comuicação não foram articuladas
palavras.
> Ela não se pocessou de uma maneira convencional.
L*: E o que eles reportaram depois?########>>Na continuação de nosso
relacionamento este experimento foi comentado. O Barney dissera que
incomodara 'o meu olhar fixo'. O Barcelo, tinha outras crenças, 'espíritas'.
Pensara que eu conjurara alguma entidade do "além"<<########## Realmente É
interessante... e eu fiz uma pergunta ao seu pupilo Vladimir que gostaria
muito que você respondesse.#######>>Qual?<<########
> Na segunda experiência, um aspecto peculiar: A coincidência
da alucinação
> manifesta (Visualização de 'fantasma') e a resposta do amigo que
ventilou a
> possibilidade de 'esoterismo'.
> Na terceira, a evidência de que haveria participação dos dois
indivíduuos
> no incremento do fenômeno alucinatório.
> [Nota: Não se tratava de "buffet" delirante ou "folie a
deux". Ou será que
> se tratava?!] ""<##*=-
L*: Isso só você poderá nos dizer... :) Eu só posso dizer que acho
interessante como nós nos contentamos com uma realidade conveniente
quando há várias outras possibilidades ao alcance. O problema é a
dependência.#######>>Sou obrigado a concordar, em nome do bom senso<<#######
> L: A parapsicologia baseia-se em métodos que são ineficazes para
> tais pesquisas...
>
> -=*##>O maior entrave é o grande número de charlatões imiscuidos
no
> meio<##*=-
L*: Ou de gente querendo satisfazer os céticos. Veja que para quem
crê não há necessidade de provas... ########>>Humm...<<#########
> quer uma foto?
>
> -=*##>Como se faz para enviar uma foto?<##*=-
L*: É só acessar o link abaixo, e ter uma foto "escaneada" para
enviar:
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst
Vou enviar uma das minhas por lá... :)
########>>Valeu. Mas no caso enviaria uma foto para a 'ciencialist'. Como
fazer para enviar para o e-mail? Eu recebi fotos de diversas pessoas que
'conheci' em "chats" e me relaciono através de e-mail. Cobram-me que envie
também a minha. Como 'escanear' sem possuir um "sacanner"? Qual formato é
mais adequado? Mas, deixe isso prá lá... não é importante<<########
########>>Têm outras msg referendando este assunto. Seguirão assim que
elaborar as respostas.<<##########
SUBJECT: Pesquisa
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:29
Boa Tarde a todos.
Estive procurando, sem sucesso, em Minas Gerais alguma
biografia ( qualquer informação adicional ) a respeito do padre Jean
Meslier ( 1678-1733 ). Ele foi durante a sua vida um padre "exemplar" que
seguia todos os preceitos da Igreja Católica da sua época. Alguns anos
antes de morrer ele deixou um testamento que criticava os abusos cometidos
pela Igreja Católica no seu tempo. Suas críticas foram tão penetrantes que
poucas pessoas conseguiram superá-las.
A minha única fonte de consulta foi o livro História da Civilização
Vol. IX de Will Durant editado pela editora Record e alguns parcos textos
encontrados através do Google.
Gostaria de saber se algum de vocês poderia indicar alguma obra (
autor, ano de publicação e editora ) que tivesse o testamento publicado por
ele.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:30
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> Takatinha quando nasce,
> Se esparrama pelo chão.
> Menininha quando dorme,
> Põe a mão no coração!
Agora eu sou um tubérculo...
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/vwp?.dir=/&.src=gr
&.dnm=roberto.jpg&.view=t&.done=http%
3a//br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst%3f%26.dir=/%
26.src=gr%26.view=t
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "mgmcosta" <MGMCOSTA@BOL.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:35
obrigada pela resposta, mas infelizmente andei pela
página inteira e não consegui achar este caminho. O pior
é que não para de chegar mensagens. realmente não sei o
que fazer? Hà algum outro caminho a seguir?
Obrigada pela força.
ps Não sei como meu endereço foi parar lá, não sei mesmo.
__________________________________________________________________________
Encontre sempre uma linha desocupada com o Discador BOL!
http://www.bol.com.br/discador
Ainda não tem AcessoBOL? Assine já! http://www.bol.com.br/acessobol
----------
Oi,
Você está recebendo tais mensagens porque está associada à
ciencialist... então você tem duas opções: sair da lista ou acessá-
la diretamente do site.
Para ir ao site da lista utilize o link abaixo:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist
Lá, escolha a opção no extremo direito da página: Editar minhas
opções.
Então procure no menu a opção que se refira à recepção das
mensagens. Como deve estar escolhido EMAILS INDIVIDUAIS, opte pelo
NÃO QUERO RECEBER E-MAILS.
Acho que desta forma as coisas se resolvem...
Lígia
*********************************
--- Em ciencialist@y..., "mgmcosta" <MGMCOSTA@B...> escreveu
> Olá Ligia, não sei exatamente como estou recebendo
> muitas mensagens como a sua tb deste mesmo grupo. Não me
> escreví em nenhum grupo ou assinei algum site. Gostaria
> de pedie para que não me enviasse mais as mensagens e se
> há alguma maneira de sessar as outras. pos abro minha
> caixa diariamente com mais ou menos 100 mensagens, e as
> que realmente preciso não tem espeço. Quero dizer 100
> mensagens é só a parte da manhã e mais 100 a tarde.
> vc poderia me ajudar?
> Desda já grata pela mensagem e uma possível atenção.
>
>
> MGM
>
>
>
______________________________________________________________________
____
> Encontre sempre uma linha desocupada com o Discador BOL!
> http://www.bol.com.br/discador
> Ainda não tem AcessoBOL? Assine já! http://www.bol.com.br/acessobol
>
> ----------
>
> Olá Belisário,
>
> --- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> >
> > Em tempo: acho que a melhor resposta seria o contato de
> alguém que
> > possa abordar esse assunto.
>
> L: Posso ser eu: entendo alguma coisa sobre terapias
alternativas...
>
> (Em tempo 2: Dispenso páginas do Google ou listas intermináveis de
> > endereços obtidos por esse meio).
>
> L: Dispensável... também dispenso.
>
>
> > >>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias
> alternativas
> > >>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito
> bem a ação
> > >>das mesmas,mas
> > >>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a
> compreenção dos
> > >>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação
> p/ os
> > >>benefícios conseguidos através da cromoterapia.
>
>
> L: Bem... a Física Quântica consegue explicar que tudo é feito de
> energia sim. Mas daí a poder explicar fenômenos físicos do mundo
em
> que vivemos envolvendo cores é fazer salada teórica. Vale entender
> que as cores são impressões que atingem nossas retinas a partir do
> comprimento de onda da luz visível que é refletido pelos objetos,
> enquanto os demais comprimentos do espectro visível são
absorvidos.
> O máximo do que se postula em FQ que poderia ser apliçavel à vida
> quotidiana associado às cores de forma geral é "a natureza é
> discreta", o que explicaria o porquê de objetos coloridos
desbotarem
> quando expostos à luz. Explico: ao ser exposto a luz, qualquer
> objeto é atingido pelos fotons que, de certa forma "compõem" a luz
> que por sua vez ao se "chocarem" com os elétrons das camadas
> periféricas das moléculas da substância que componha tal objeto,
> excitam os elétrons das camadas exteriores dos átomos componentes,
> fazendo com que estes saltem de uma camada a outra, emitindo por
sua
> vez fotons, que tendem a dar-nos a sensação visual
> de "embranquecimento" das cores. Como isso dá-se de forma gradual,
> de certa forma explica o porquê de ainda haver cores ao invés do
> branco total.
>
> Ex: ela modifica o ângulo
> > >>da molécula de água ?
>
> L: A luz visível, que são ondas eletromagnéticas de comprimento de
> onda variando de 4 . 10^-7 a 8 . 10^-7 m, tem características tais
> que, como expliquei acima, podem servir para alterar
> significativamente a cor dos objetos expostos a ela diretamente.
Há
> que se notar que cada cor possui um comprimento de onda e que este
> comprimento que permite diferenciarmos o azul do vermelho ou
amarelo,
> por exemplo pela forma como são percebidos pelo nosso cérebro
através
> da visão. Não há indícios entretanto que tal característica da luz
> sozinha tenha o poder de alterar a polaridade de moléculas de
água.
> Pode entretanto vir a aquecê-la, já que parte da luz que não vemos
(
> que teria comprimento de onda maior do que o limite visual de
> 8 . 10^-7, está em uma porçào do expectro chamado infra-vermelho,
que
> seria o responsável pelo aquecimento.
>
>
> como funciona? e se há explicações cientificas p/
> > >>as outras terapias?
>
> L: Terapias alternativas de um modo geral levam em conta um outro
> tipo de "irradiação" que é conhecido como "energia sutil" e estaria
> intimamente ligada à formação do que é tratado por tais terapias:
os
> corpos sutis. Tais corpos seriam o resultado da "vibração" que
cada
> corpo vivo emite e esta vibração seria perceptível na forma de
> luz "além ou aquém" do espectro de luz visível. Há portanto que se
> levar em conta o seguinte: a Física Quântica, apesar de tratar a
> natureza como sendo formada por energia "condensada" em hipótese
> alguma corroboraria com tais estudos, dado o fato de a FQ e suas
> aplicações estarem apenas ligadas ao mundo sub-atômico.
>
> Lógico que dá para divagarmos em cima do assunto. Se tudo é
energia,
> tudo emitiria luz e esta luz seria perceptível pela vidência de
uns,
> ou mesmo através de sensações físicas de outros tidos por
sensitivos
> que é o que vem dando forma e corpo a tais terapias no correr dos
> milênios. Os corpos sutis teriam cores associados, variando de
> acordo com os níveis vibratórios que cada ser vivente teria
condiçòes
> de emitir ao ambiente em que vive dada a forma com que as moléculas
> que o componham vibre. É temerário contudo, associar-se a FQ em
tais
> circusntâncias, dada a total falta de condiçòes de comprovar-se a
sua
> aplicabilidade para além do mundo atômico.
>
> Basicamente portanto, a cromoterapia, bem como demais terapias
> alternativas e holísticas, ao ser aplicável no tratamento de tais
> corpos sutis ( jamais ao corpo físico. Este receberia benefícios
> indiretamente através da ligação íntima entre o mesmo e suas
> vibrações sutis), estaria apenas servindo àqueles que de certa
> forma "acreditem" na existência de tais corpos de energia
> impeceptível pelos instrumentos científicos da atualidade.
>
>
> Beijos, Lígia
>
>
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@y...
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####
Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: dawkins
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:35
--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> aquele do olho e etc. Onde poderia encontrar programas semelhantes
> [freeware]???
http://www.world-of-dawkins.com/Dawkins/Work/Software/software.htm
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:36
Pitaco: O vermelho para os russos significa "beleza". Deve-se ao
fato de, no passado, o corante utilizado para produzir a cor vermelha
ser caro e apenas destinado ao tingimento de tecidos destinados ao
uso pela nobreza. Um dos fatores que fez os bolcheviques escolherem
a cor vermelha para a bandeira comunista era fazer o vermelho,
símbolo de um bem inacessível aos mais pobres, chegar a todos. Os
chinezes adotaram a cor da mesma forma após aderirem ao comunismo.
Bem, na china o vermelho era a cor que representava a alegria...
principalmente dos que viviam na corte, únicos também capazes de ter
acesso aos tecidos tingidos naquele tom. Haja visto a predileção
pela construção de seus palácios na cor vermelha. O poder era
vermelho para aqueles povos.
Já para nós, pode significar guerra, sedução, volúpia...
Lígia
*************************************
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Caro Sandro,
>
> Não sei quanto ao Japão, mas na China e na Rússia (também não sei
se em
> todas as partes desses países gigantes) o vermelho está relacionado
à
> alegria. Imagino que um russo, quando encontra outro, diga: "E daí,
> camarada, tudo vermelho?" Por outro lado, nós dizemos "tudo azul",
o que
> para um norte-americano significa outra coisa.
>
> Agora, você tem razão, essa lista está ficando muito esotérica,
muito
> filosófica, muito cheia de jogos de palavras. Talvez seja apenas
uma fase
> ... espero ...
>
> (Origado pela sua mensagem do dia do professor. Infelizmente o seu
relato
> não me surpreende.)
>
> [ ]s
>
> Alvaro
>
>
> > A Ciencialist está ficando EsotericaList... :-)
> >
> > Cromoterapia e Física Quântica à parte, não seria interessante
considerar
> a
> > questão da influência social sobre as cores? Se o vermelho
significa
> sangue,
> > vida (ou algo similar) para nós brasileiros não infere que para
um
> > aborígene teria o mesmo significado. Não tenho como confirmar mas
já li
> que
> > a cor branca significa luto no Japão ou na China. É aquela
questão de
> > relativismo, simbolismo, etc...
> >
SUBJECT: Re:[ciencialist] Pesquisa
FROM: "mgmcosta" <MGMCOSTA@BOL.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:38
pra falar a verdade eu gostaria de parar de receber a
quantidade de mensagens que estou recebendo desta galera
inteira do ciencialist. Não é nada de mal, que minha
caixa está com mais ou menos 100 mensagens de manhã e
100 a tarde. Não consigo trabalhar e receber meus
projetos. Vc poderia me ajudar de alguma forma?
Já estive navegando pela página pra ver se encontro
alguma forma de cancelar meu nome ou endereço, mas não
consigo encontrar e nem sei como ou quem apareceu com
meu endereço.......
Desculpe pelo desabafo, mas vc pode me ajudar???
mgm
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Boa Tarde a todos.
Estive procurando, sem sucesso, em Minas Gerais alguma
biografia ( qualquer informação adicional ) a respeito do padre Jean
Meslier ( 1678-1733 ). Ele foi durante a sua vida um padre "exemplar" que
seguia todos os preceitos da Igreja Católica da sua época. Alguns anos
antes de morrer ele deixou um testamento que criticava os abusos cometidos
pela Igreja Católica no seu tempo. Suas críticas foram tão penetrantes que
poucas pessoas conseguiram superá-las.
A minha única fonte de consulta foi o livro História da Civilização
Vol. IX de Will Durant editado pela editora Record e alguns parcos textos
encontrados através do Google.
Gostaria de saber se algum de vocês poderia indicar alguma obra (
autor, ano de publicação e editora ) que tivesse o testamento publicado por
ele.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza
##### ##### #####
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 15:40
E, além de Russel, cabe citar os trabalhos do francês Nicolas Bourbaki, que
na verdade é um grupo de matemáticos criado em 1935 e que escreve sob um
pseudônimo comum. Ver http://www.bourbaki.ens.fr
Pouca gente ouviu falar de Bourbaki, mas todos já ouviram falar de
matemática moderna. É quase a mesma coisa.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 16 de Outubro de 2002 14:23
Assunto: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
On Fri, 16 Aug 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> A tentativa de reduzir matemática à lógica (logicismo) não deu certo até
> hoje.
> DFG
Vc está um século atrasado na história. Procure sobre o trabalho de
Bertrand Russell.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 15:41
Whatever, It's all the same B.S....
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 16 de Outubro de 2002 15:36
Assunto: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
Pitaco: O vermelho para os russos significa "beleza". Deve-se ao
fato de, no passado, o corante utilizado para produzir a cor vermelha
ser caro e apenas destinado ao tingimento de tecidos destinados ao
uso pela nobreza. Um dos fatores que fez os bolcheviques escolherem
a cor vermelha para a bandeira comunista era fazer o vermelho,
símbolo de um bem inacessível aos mais pobres, chegar a todos. Os
chinezes adotaram a cor da mesma forma após aderirem ao comunismo.
Bem, na china o vermelho era a cor que representava a alegria...
principalmente dos que viviam na corte, únicos também capazes de ter
acesso aos tecidos tingidos naquele tom. Haja visto a predileção
pela construção de seus palácios na cor vermelha. O poder era
vermelho para aqueles povos.
Já para nós, pode significar guerra, sedução, volúpia...
Lígia
*************************************
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Caro Sandro,
>
> Não sei quanto ao Japão, mas na China e na Rússia (também não sei
se em
> todas as partes desses países gigantes) o vermelho está relacionado
à
> alegria. Imagino que um russo, quando encontra outro, diga: "E daí,
> camarada, tudo vermelho?" Por outro lado, nós dizemos "tudo azul",
o que
> para um norte-americano significa outra coisa.
>
> Agora, você tem razão, essa lista está ficando muito esotérica,
muito
> filosófica, muito cheia de jogos de palavras. Talvez seja apenas
uma fase
> ... espero ...
>
> (Origado pela sua mensagem do dia do professor. Infelizmente o seu
relato
> não me surpreende.)
>
> [ ]s
>
> Alvaro
>
>
> > A Ciencialist está ficando EsotericaList... :-)
> >
> > Cromoterapia e Física Quântica à parte, não seria interessante
considerar
> a
> > questão da influência social sobre as cores? Se o vermelho
significa
> sangue,
> > vida (ou algo similar) para nós brasileiros não infere que para
um
> > aborígene teria o mesmo significado. Não tenho como confirmar mas
já li
> que
> > a cor branca significa luto no Japão ou na China. É aquela
questão de
> > relativismo, simbolismo, etc...
> >
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SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:42
Pitaco: O vermelho para os russos significa "beleza". Deve-se ao
fato de, no passado, o corante utilizado para produzir a cor vermelha
ser caro e apenas destinado ao tingimento de tecidos destinados ao
uso pela nobreza. Um dos fatores que fez os bolcheviques escolherem
a cor vermelha para a bandeira comunista era fazer o vermelho,
símbolo de um bem inacessível aos mais pobres, chegar a todos. Os
chinezes adotaram a cor da mesma forma após aderirem ao comunismo.
Bem, na china o vermelho era a cor que representava a alegria...
principalmente dos que viviam na corte, únicos também capazes de ter
acesso aos tecidos tingidos naquele tom. Haja visto a predileção
pela construção de seus palácios na cor vermelha. O poder era
vermelho para aqueles povos.
Já para nós, pode significar guerra, bem como sedução, volúpia, ser
excitante... talvez por estar associado inconscientemente ou não ao
sexo e ao sangue. Mulheres pintam seus lábios de rubro e tendem a
dar profundidade ao olhar pelo uso de lápis e rimel negro só para
imitarem o estado de excitação que antecede um ato sexual, dando a
entender assim que estão prontas para a luta... E certos homens
ficam rubros de raiva ao lerem o que eu posto nesta lista... deve
ter algum paralelo. É guerra?
Lígia
*************************************
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Caro Sandro,
>
> Não sei quanto ao Japão, mas na China e na Rússia (também não sei
se em
> todas as partes desses países gigantes) o vermelho está relacionado
à
> alegria. Imagino que um russo, quando encontra outro, diga: "E daí,
> camarada, tudo vermelho?" Por outro lado, nós dizemos "tudo azul",
o que
> para um norte-americano significa outra coisa.
>
> Agora, você tem razão, essa lista está ficando muito esotérica,
muito
> filosófica, muito cheia de jogos de palavras. Talvez seja apenas
uma fase
> ... espero ...
>
> (Origado pela sua mensagem do dia do professor. Infelizmente o seu
relato
> não me surpreende.)
>
> [ ]s
>
> Alvaro
>
>
> > A Ciencialist está ficando EsotericaList... :-)
> >
> > Cromoterapia e Física Quântica à parte, não seria interessante
considerar
> a
> > questão da influência social sobre as cores? Se o vermelho
significa
> sangue,
> > vida (ou algo similar) para nós brasileiros não infere que para
um
> > aborígene teria o mesmo significado. Não tenho como confirmar mas
já li
> que
> > a cor branca significa luto no Japão ou na China. É aquela
questão de
> > relativismo, simbolismo, etc...
> >
SUBJECT: Para mgmcosta...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 15:48
Oi,
Tente então este último recurso: Para sair da lista envie um e-mail
em branco para:
> ciencialist-unsubscribe@y...
Beijos, Lígia
*****************************************
--- Em ciencialist@y..., "mgmcosta" <MGMCOSTA@B...> escreveu
> obrigada pela resposta, mas infelizmente andei pela
> página inteira e não consegui achar este caminho. O pior
> é que não para de chegar mensagens. realmente não sei o
> que fazer? Hà algum outro caminho a seguir?
> Obrigada pela força.
> ps Não sei como meu endereço foi parar lá, não sei mesmo.
>
>
>
>
>
______________________________________________________________________
____
> Oi,
>
> Você está recebendo tais mensagens porque está associada à
> ciencialist... então você tem duas opções: sair da lista ou
acessá-
> la diretamente do site.
>
>
> Para ir ao site da lista utilize o link abaixo:
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist
>
> Lá, escolha a opção no extremo direito da página: Editar minhas
> opções.
>
> Então procure no menu a opção que se refira à recepção das
> mensagens. Como deve estar escolhido EMAILS INDIVIDUAIS, opte pelo
> NÃO QUERO RECEBER E-MAILS.
>
> Acho que desta forma as coisas se resolvem...
>
> Lígia
>
> *********************************
> --- Em ciencialist@y..., "mgmcosta" <MGMCOSTA@B...> escreveu
> > Olá Ligia, não sei exatamente como estou recebendo
> > muitas mensagens como a sua tb deste mesmo grupo. Não me
> > escreví em nenhum grupo ou assinei algum site. Gostaria
> > de pedie para que não me enviasse mais as mensagens e se
> > há alguma maneira de sessar as outras. pos abro minha
> > caixa diariamente com mais ou menos 100 mensagens, e as
> > que realmente preciso não tem espeço. Quero dizer 100
> > mensagens é só a parte da manhã e mais 100 a tarde.
> > vc poderia me ajudar?
> > Desda já grata pela mensagem e uma possível atenção.
> >
> >
> > MGM
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 16:05
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Whatever, It's all the same B.S....
>
> [ ]s
>
> Alvaro
Tudo porque uma coitada que quer misturar FQ com TAs resolveu enviar
uma pergunta ao pessoal do Belisário e ele enviou esta pergunta para
ser respondida aqui...
Eu deveria ter ouvido meus instintos básicos que me alertavam do
perigo que tal intento de ter boas maneiras representa( ou seja,
responder sem dar a entender que a dona da questão é uma imbecil),
antes de responder civilizadamente sem recorrer ao método troglodita
de resposta a questões "impertinentes" que parece ser o mais
utilizável por pessoas como você, tão sensíveis à leitura de certos
termos e cogitações fora da esfera sumariamente
técnica/científica... mas como sou uma sentimental, resolvi falar e
explicar a coisa sem agir como tal... digamos, como
uma "troglodita", por minha vez.
Peço perdão a você e ao Sílvio, outro sensível incurável...
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 16:13
> Cromoterapia e Física Quântica à parte, não seria interessante considerar
a
> questão da influência social sobre as cores? Se o vermelho significa
sangue,
> vida (ou algo similar) para nós brasileiros não infere que para um
> aborígene teria o mesmo significado. Não tenho como confirmar mas já li
que
> a cor branca significa luto no Japão ou na China. É aquela questão de
> relativismo, simbolismo, etc...
Não estavamos falando do significado ou do simbolismo das cores. Se formos
por ai, tb poderemos falar do significado das flores, das pedras, dos
leques, etc...
Estavamos falando da sensações que determinada cor provoca. O efeito
psicofisico que promove.
E sim, a cor branca é de luto na China e a vermelha para o casamento.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 16:15
Você pode fazer um pequeno projeto para a feira de ciências que envolva
matemática, geografia e história simultaneamente explicando como
Eratóstenes (276-196 AC) deduziu a circunferência da Terra.
Explicações mais detalhadas no link:
http://www.esteio.com.br/newsletters/paginas/001/mercator.htm
A propósito, basta digitar em sites de busca alguns termos como
"circunferência da Terra", "Eratóstenes", "Pitágoras" ou outro nome de
algum matemático grego que você irá encontrar uma quantidade razoável de
material a respeito.
--- "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt> escreveu: >
> > | Boa tarde,
> > |
> > | Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão
> participar da
> > | Feira de Ciências no colégio.
> > | Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica,
> história
> > | e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência
> incluindo
> > | matemática e geografia e o outro matemática e história.
> > | Gostaria de contar com a colaboração de voces para que eu possa
> > | ajudá-los.
> > |
>
> Eu nunca entendi bem o espirito de um feira de ciencias, mas acho que
> a ideia é mostrar qq coisa que funcione e/ou que tenha utilidade.
> Matemática e Geogafia = Cartografia e/ou Topologia. Inclui
> instrumentos de orientação pelas estrelas e pelo polo norte.
> Matemática e Historia = Historia da matemática ? :->
> A relação entre os avanços da matemática e os avanços do homem.
> O problema é que não sei se isso é aconcelhava na 8ª serie. Mas
> apenas a Geometria tem imensas aplicações (Cartografia mais uma vez,
> topologia)
> A historia dos numeros imaginários é muito gira mais alem da 8ª
> serie. Depende do espirito da feira.
> Mas custa-me imaginar algo que funcione ou seja util usando só
> matematica e historia...o mais facil numa feira dessas é
> fisica,quimica e biologia... não sei.
>
> Sérgio
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
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> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
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SUBJECT: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 16:15
Olá, Tarcísio, Léo
O que são mapas geográficos como objetos fractais?
Eu sugiro um trabalho de cartografia, dividido em duas partes:
matemática + geografia = algumas noções básicas sobre sistemas de
projeção cartográfica
matemática + história = um trabalho básico sobre a projeção UTM,
comentando algo à respeito de cartas náuticas, etc
[]s
Evander
On Wed, 16 Oct 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Sugestões?
> Léo
> ==============
> -----Mensagem Original-----
> | Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão
participar da
> | Feira de Ciências no colégio.
> | Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica,
história
> | e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência
incluindo
> | matemática e geografia e o outro matemática e história.
Matemática + geografia => mapas geográficos como objetos fractais.
Matemática + história => esta ficou difícil, que tal história da
matemática?
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 16:18
Então aqui vai a minha versão "brejeira"... :)
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/vwp?.dir=/&.src=gr
&.dnm=L%edgia.jpg&.view=t&.done=http%
3a//br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst%3f%26.dir=/%
26.src=gr%26.view=t
Bjus, Lígia
**********************************
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > Takatinha quando nasce,
> > Se esparrama pelo chão.
> > Menininha quando dorme,
> > Põe a mão no coração!
>
> Agora eu sou um tubérculo...
>
>
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/vwp?.dir=/&.src=gr
> &.dnm=roberto.jpg&.view=t&.done=http%
> 3a//br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst%3f%26.dir=/%
> 26.src=gr%26.view=t
>
> []s,
>
> Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 16:21
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 14, 2002 11:38 AM
Subject: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>Eu queria uma teoria que previsse factos e que não fosse necessária
alterar por cada novo facto que se encontra.
Isso é que caracteriza uma teoria sólida na qual podemos confir e
basear nossos argumentos.
Mas só se chega a uma teoria sólida desse tipo avançando por
tentativa-e-erro. O modelo original tem que ir sendo refinado, adaptado,
melhorado. Pega como exemplo a mecânica quântica, que não nasceu pronta e
armada do cérebro de seus criadores, como Palas Atena saltando da cabeça de
Zeus. Foram precisos décadas, e o concurso de várias mentes brilhantes, que
testaram vários caminhos alternativos, propuseram e descartaram hipóteses,
pegaram caminhos que não conduziam a lugar nenhum e tiveram que recuar, até
que ela tomasse uma forma razoavelmente coerente. E, na verdade, a mecânica
quântica não é uma teoria pronta e acabada nem mesmo hoje, depois de quase
um século de pesquisa contínua.
>O que vcs me dizem é que existem uns senhores a dizer que o universo
começou assim ou assado.
Não exatamente. Eles dizem que o universo *pode* ter começado assim ou
assado. Há uma diferença sutil, mas importante. A teoria não é apresentada
como verdade absoluta, mas como uma possível explicação.
>Eles podem dizer o que quiserem, mas não podem violar principio logicos
basicos da fisica.
Eles não estão fazendo isso. Se você ler com atenção as teorias
cosmológicas, vai ver que, a partir dos primeiros milionésimos de segundos
após o Big Bang, todos os princípios lógicos da física estão lá e são
devidamente respeitados. Só não é possível determinar isso com relação ao
ponto zero.
>A menos que eles estejam desemvolvendo uma ciencia com novos principios,
não é
aceitável que eles mudem o compasso no meio da sinfonia.
Que eu saiba, eles não estão fazendo nem uma coisa, nem outra.
>Mas eles não me preocupam. O que me preocupa apenas aqui é filtrar
algumas coisas mal compreendidas por quem os cita. E mais do que
isso - afinal não ha tantos erros assim - é tentar contrariar essas
postura de divinização dos tais senhores.
Citando as imortais palavras de Robert de Niro em _Taxi Driver_: "Are you
talking to me?" Porque, no que me concerne, nada está mais longe da minha
cabeça do que "divinizar" qualquer pessoa, especialmente os cientistas que,
pelo contrário, sempre encarei como pessoas de carne e osso, com todas as
suas falhas e peculiaridades, lutando como podem contra suas limitações
humanas, demasiado humanas, pra tentar chegar a alguma forma aceitável de
conhecimento. Divinizar os cientistas seria dizer que as teorias com as
quais eles trabalham são verdades absolutas, que não podem ser questionadas.
Isso é o que você faz quando diz coisas como "os princípios básicos lógicos
da física não podem ser violados". As leis da física não são tábuas da lei
que Deus entregou a Newton, Bolzmann ou quem quer que seja no alto do Monte
Sinai. São princípios que foram estabelecidos experimentalmente para dar
conta de um conjunto de regularidades observadas no mundo. Eles são mantidos
como princípios explicativos apenas enquanto forem capazes de dar conta
dessas regularidades. Se surgir algum conjunto de fenômenos aos quais eles
não se aplica, a atitude científica correta é deixar esses princípios de
lado e buscar novos. Foi o que Einstein fez, por exemplo, em relação ao
conceito newtoniano de tempo (na relatividade restrita) e à teoria
newtoniana da gravidade (na relatividade geral).
Veja bem, antes que você diga que eu estou me contradizendo, não estou
dizendo que isso *esteja* acontecendo no campo da cosmologia, porque não
está. *A partir* do ponto zero, o universo se comporta estritamente de
acordo com os princípios básicos da física tão caros a você. Quanto ao ponto
zero, nós simplesmente *não sabemos* o que aconteceu. Ele pode ou não se
adequar às leis da física. Há cosmologistas que pensam que sim e
cosmologistas que pensam que não. O que você parece não entender é que as
leis da física são propriedades estruturais de um dado sistema (neste caso,
o universo). Portanto, elas não preexistem ao próprio sistema. Pra tentar
deixar a coisa mais clara, toma uma analogia com a teoria dos conjuntos. Um
conjunto é formado por uma série de elementos que compartilham de
determinadas características. Mas os intervalos de um conjunto podem ser
abertos ou fechados. Um conjunto de intervalo fechado é aquele cujos limites
compartilham da mesma topologia dos elementos do conjunto. Já um conjunto de
intervalo aberto é limitado por pontos que não pertencem ao conjunto e não
obedecem a essa topologia. O que se discute na cosmologia (e ainda não
existe um consenso quanto a isso) é saber se a origem do universo é um
intervalo aberto ou fechado. Se for um intervalo fechado, então o surgimento
do universo tem que ser explicado de acordo com os mesmos princípios que
vigoram dentro do sistema. Se for um intervalo aberto, não. Simples como
isso.
>Não, não me venha dizer que não é divinização. Tlv para vc e alguns
não seja, pq não se dão conta disso. Mas pela quantidade de vezes que
esses senhores são citados e pela quantidade de vezes que vcs dizem
aceitar o que eles dizem e simultanemanete afirmarem que não são do
ramo nem dominam a matéria em causa, isso é sintoma de que ha algum
problema com a vossa aceitação.
Eu não sei absolutamente nada sobre odontologia. Se eu tiver uma dor de
dentes, vou procurar um dentista. Ele vai me dizer que a minha dor de dentes
está sendo causada por isto, isso ou aquilo. Se eu aceitar o diagnóstico
dele, isso quer dizer que eu estou divinizando o dentista? Até porque eu
posso não concordar com esse diagnóstico e procurar um outro dentista pra
pedir uma segunda opinião, ou então fazer uma pesquisa (na Internet ou numa
biblioteca) pra buscar mais informações e ver se estão de acordo ou não com
o que ele disse. Mas claro que isso não vai me tornar um dentista. Vou ser,
no máximo, um leigo bem-informado. Guardadas as devidas proporções, é o que
eu faço em áreas que me interessam muito, mas que eu não domino, como é o
caso da física. Comparo o que é dito por vários especialistas, pesquiso,
junto informações e, com base nesse conjunto de dados, formo a minha
opinião. Não me conste que isso seja divinizar ninguém.
>Por outro lado, e mais importante quando se fala do BB é o problema
da filosofia inerente. E não vale mudar de filosofia no meio do
debate.
Acredite, eu não mudo de filosofia no meio do debate. Nem deste, nem de
qualquer outro.
>A minah filosofia é simples e prende-se com aceitação das leis
fundamenteis da fisica que nunca foram demosntradas erras nem postas
em causa (por muito que alguns gostem de escrever isso / por muito
que alguns gostem de entender assim ).
*Essa* carapuça absolutamente não me serve.
>Uma coisa que ela previu.
Mas ela não previu a ideade do universo.
Estamos empatados.
Ela não resolveu o problema do processo que deu origem ao BB.
(já está perdendo)
Está perdendo em relação a quem? A você? Neste caso, presumo que você
resolveu o problema da origem do universo? Porque, se não resolveu, o empate
continua.
>E ela não definiu em condições o que é o BB nem é concensual entre os
cosmologistas onde cada um atira para seu lado e aposta em ser dar
seu pitaco pessoal.
Amiguinho, tirando o campo da física clássica, cuja aplicação ao mundo
quotidiano ninguém discute, *todo* o resto da física é formado por questões
controversas e teorias que não são consensuais entre os físicos. Ninguém
sabe o que provoca o colapso da função de onda, por exemplo, e não há
consenso nem mesmo se *existe* um colapso da função de onda, e isso não
impede a mecânica quântica de prosseguir. Fora do campo da física, ninguém é
capaz de demonstrar ainda se o comportamento humano é determinado
geneticamente,
moldado pelo meio-ambiente, uma combinação desses dois fatores ou o
resultado de algum terceiro fator. Isso também não impede os psicólogos de
continuarem estudando a mente, os neurocientistas de seguirem estudando o
cérebro e os biólogos de estudarem os genes. É dessas controvérsias que a
ciência é construída.
>Vc cortou o que interessava e comentou o que não interessava.
E de que forma a teoria da relatividade poderia prever um centro para a
explosão do Big Bang se, justamente, ela *não previa* um universo em
expansão? Presumo que, agora, Einstein deveria ter sido clarividente?
>Como é que dizem que ha esse ponto, mas depois dizem que não houve
convergencia, que a 'expanção' se dá em todos os pontos ?
Você tá confundindo duas coisas diferentes, Sergio. O que se diz é que, como
o universo se expande igualmente em todas as direções, não existe um centro
*atual* pro universo. Isso não quer dizer que ele não possa ter se originado
de um ponto único.
>Teria muito gosto em ampliar o seu alcance, se ela tivesse algum
alcance. O problema é exactamente este. Ela não tem nenhum alcance.
Essa é a tua opinião. Ela não é compartilhada pela maioria dos
cosmologistas. E não é compartilhada por um bom-número de leigos
relativamente bem-informados que acham que, mesmo que no final a teoria do
Big Bang não dê em nada, ela ainda assim tem um valor heurístico positivo,
na medida em que suas lacunas podem apontar na direção de uma teoria melhor.
>Responda-me só como vc sabe que é assim que se faz em fisica
contemporanea se vc mesmo disse "Eu* não tenho que apresentar provas
de nada, porque não sou físico, nunca botei os pés num laboratório e
tudo o que eu sei sobre física, aprendi nos livros."
Vc quer que eu aceite sua posição baseado em '''nada''' ?
Eu nunca botei os pés nos Estados Unidos mas, mesmo assim, tenho uma noção
razoável sobre como são as condições de vida por lá justamente porque li
livros que descrevem essas condições. O fato de nunca ter entrado num
laboratório de física não quer dizer que eu não tenho nenhuma informação
sobre como se passam as coisas dentro de um laboratório. Não é a mesma coisa
que uma experiência direta, admito, mas me parece que é um pouco mais do que
"nada".
>Eu levo em consideração sua opinião, ou não estaria tentando lhe dar
outra prespectiva das coisas...
Fico grato pela tentativa mas, até agora, não vi nada que me obrigasse a
corrigir a minha perspectiva, obrigado.
>A MQ e a Relatividade podem ter mudado a prespectiva com que
encaramos o mundo, podem ter aberto novos horizontes , introduzidos
novas ideias, mas elas nunca , NUNCA! mudaram as leis da fisica que
as antecedeu.
Então, pega o princípio da causalidade. É um dos princípios fundamentais da
física, pois não? Pois ele não se aplica ao famigerado salto quântico: a
menos que você se agarre às míticas "variáveis ocultas" de Einstein, não
existe nenhuma relação causal que indique qual estado um elétron vai adotar.
As *probabilidades* de que ele adote este ou aquele estado podem ser
calculadas, mas não existe nenhuma causa concreta para que o estado x seja
mais provável do que o estado y. Foi esse, inclusive, o motivo pelo qual
Einstein rejeitava a mecânica quântica. Isso não impediu que a própria
teoria da relatividade restrita colocasse em xeque alguns princípios da
física clássica. Num sistema clássico, se um objeto se move na minha
direção, a velocidade total do objeto será a soma das velocidades com que
ele se move e da minha velocidade. Se, inversamente, o objeto se afasta, a
velocidade total é o resultado da subtração entre a minha velocidade e a
velocidade do objeto. Mas isso não se aplica nem à luz nem a qualquer objeto
hipotético que se mova à velocidade da luz. Isso quer dizer que os
princípios da física clássica não funcionam e devem ser jogados no lixo
(como você parece deduzir que é o que estou dizendo)? Não, significa apenas
que, sob determinadas condições, os objetos não se comportam da maneira que
esperaríamos que eles se comportassem de acordo com a física clássica.
>Foi medida a força de Casimir. Pode procurar na net, é facil de
encontrar.
Não se preocupe, eu conheço o efeito Casimir.
>Não. A teoria deixa isso aocntecer. E ai é que está o grande avanço.
Não ha nenhum paradoxo nem nenhum problema com este fenómeno.
(aliás um dos poucos a dar razão à electrodinamica quantica - QED )
Então compare o que eu escrevi:
"O efeito Casimir e as flutuações quânticas provam que tanto matéria como
energia podem emergir do vácuo. Mas a teoria diz que matéria e energia não
podem emergir do vácuo."
com o que você escreveu algumas linhas abaixo:
"O Efeito Casimir prova que no vácuo existe energia. Prova que existe uma
força que se deve apenas ao vácuo , ou ao que existe nele. E a existencia de
uma força é algo que requer a existencia de energia. Donde, no vácuo existe
energia."
e me diz se não é o mesmo raciocínio, com algumas variações? Onde eu escrevi
"a teoria diz que matéria e energia não podem emergir do vácuo", você
escreveu "a existência de uma força é algo que requer a existência de
energia". Requerida pelo quê? Pela teoria aceita. Na prática, o efeito
Casimir mostra apenas a energia emergindo do vácuo. Não prova que ela
preexistia ao vácuo. Há uma teoria - justamente a QED - que explica essa
emergência da energia a partir de sua preexistência no vácuo. É uma teoria
razoável e, ao contrário do que você parece ter concluído, eu acho-a
bastante verossímil. Mas isso não muda o fato de que *é* uma teoria, que
pode vir a ser derrubada mais tarde por alguma outra teoria.
>Ainda bem que estamos falando de fisica.
A principal ferramenta da física é a matemática e a matemática é pura
lógica. Logo, as regras da lógica são relevantes para a física.
>Tlv para os filosofos, sociologos e afins, possa ser. Para os fisicos
não é. Essas 3 coisas são todas diferentes e não são sequer
sinónimos.
Sério? Não me diga! Eu podia jurar que "campo" e "nada" eram sinônimos...
;-)
>Tlv vc não saiba, ou não queira perder tempo em aprender.
Eu posso-lhe assegurar que sei destinguir aqueles termos.
Sergio, existe um x e existem teorias pra explicar esse x. Dar crédito a uma
dessas teorias não é a mesma coisa que saber o que é x.
>Não é tlv. É mesmo assim.
Você *já viu* x com seus próprios olhos? Então você não pode dizer que x "é
mesmo assim" ou assado. O máximo que você pode dizer é que a teoria y que
lhe diz que x é igual a z merece crédito.
>Não sou que me agarro. São os tipos da QED, dos quais eu sempre
desconfiei. Dou-lhe crédito na medida que o efeito de casimir existe
e eles dizem que o sabem explicar.
Friso o "dou-lhe crédito" e o "eles dizem".
>Não.
Repito: você já *viu* esse campo? Não. Ele é é uma descrição matemática.
Portanto, é uma teoria.
>Não insulte os electrodinamicos.
Não creio que eles se sentissem insultados. Eles têm plena consciência das
limitações da QED, tanto que se esforçam para solucioná-las.
>Crenças ?? o Efeito Casimir não é uma crença, é um facto.
O *efeito* Casimir é um fato. A *explicação* pro efeito Casimir é uma
teoria. Aceitável ou não, não vou entrar no mérito. Mas há uma diferença
muito grande entre o fato em si e a(s) teoria(s) proposta(s) para
explicá-lo.
>Então vc é daqueles que acedita sem provas?
Muito boa forma de raciocinio cientifico...
Não, eu não *acredito* sem provas. Até porque não acredito *em nada*. Aceito
provisoriamente as teorias que me parecem verossímeis, especialmente quando
corroboradas por algum indício (direto ou indireto), até que uma nova
evidência ou outra teoria mais verossímil me façam abandoná-las. É uma forma
de raciocínio que tem se revelado útil pra mim, mas eu não teria a pretensão
de rotulá-la como "científica".
>Por outro lado, uma força é uma forma de um campo se manifestar,
donde prova que ha um campo.
Uma força é uma força. Que ela é uma forma de um campo se manifestar é uma
interpretação teórica. Há outras: elas podem ser explicadas, por exemplo,
como a interação de partículas virtuais. Qual dessas interpretações é a
verdadeira? A pergunta não faz sentido. Essas diferentes interpretações
(como a natureza dual da luz) são *complementares*. Há alguns casos em que o
modelo de campo é mais adequado pra explicar os fenômenos e há outros em que
eles são melhor explicados pelo modelo corpuscular. Não sei se é possível
conciliar os diferentes modelos, e nem sei se isso é necessário. Modelos são
ferramentas úteis, escolhe-se o que for mais adequado a cada caso.
>O efeito prova , contudo, que ha energia no vácuo sobre a forma de um
campo que promove uma força que se observa.
O efeito prova que às vezes a energia pode se manifestar a partir do vácuo.
Que isso ocorra porque há energia no próprio vácuo sob a forma de um campo
que promove uma força que se observa já é uma interpretação, apresentada
como forma de explicar o efeito.
>Porcure referencias ao efeito Casimir na net. É explicado como
proceder. Mas os equipamentos tlv sejam dificeis de encontrar...vc
tem uma bomba de vácuo ? :-)
Acho que você não entendeu a questão. Eu não preciso observar o efeito
Casimir com meus próprios olhos pra saber que ele existe. Mas isso não prova
que existe *o campo* proposto para explicá-lo. (Isso não quer dizer que eu
não *aceite* a existência desse campo. Quer dizer apenas que eu tenho
consciência de que ele é uma *explicação*, e não um fato.)
>Por mim pode até ser o pai natal. O que vc disse é que ela existia
antes do BB. E foi isso que eu usei para chamar a atenção da sua
contradição.
Sergio, me mostra onde foi que eu disse que o universo surgiu do nada e eu
admito que caí em contradição. No email anterior, expliquei que você estava
misturando duas partes diferentes da minha mensagem, em que eu discutia duas
questões diferentes, mas aparentemente você passou batido pela explicação.
>Pelo menos até ter uma teoria solida e concisa.
Não vejo como uma teoria, por mais sólida e concisa, poderia fugir à questão
da origem da origem.
>Mas eles não têm direito a vender as suas ideias como se fossem a
Verdade Acabada. Não o são. São expeculações.
Olha, Sergio, eu já li um bocado de coisa sobre cosmologia e *nunca*,
absolutamente *nunca*, vi a teoria do Big Bang ser apresentada como a
Verdade Acabada. Ela é sempre apresentada como apenas uma teoria e, mais
ainda, como uma teoria que tem problemas, ainda não é autoconsistente, mas
que serve como ponto de partida pra pesquisa.
>E eu, e qq um , temos direito a po-las em causa, até que eles mostrem que
são correctas.
Aqui, estou plenamente de acordo. Nunca questionei o teu direito de
contestar a teoria do Big Bang. Gostaria apenas que você me reconhecesse o
mesmo direito de aceitá-la (ainda que provisoriamente).
>Todas partem da ideia de que algo existia e originou o BB através de
um processo.
Nem mais, nem menos. Eu também acho que existia algo que originou o BB
através de um processo. Onde está a contradição?
>Bom, enão tlv eu deva ignorar tudo o que vc diz, já que vc assume que
não está dizendo nada. É isso que vc quer ?
Eu não escrevi que não estou dizendo nada, Sergio. O que eu escrevi foi que
quem propõe ou deixa de propor alguma coisa são os cosmologistas. Eu estou
me referindo ao que eles dizem, aceitando algumas coisas, rejeitando outras.
Exatamente como você.
>EXACTAMENTE!!!! ESSE ERA O MEU PONTO EXACTAMENTE!!!!
Por isso que eu acho esquesito dizerem que o universo veio do nada,
quando não é isso que a teoria defende.
Sergio, em nome de todos os deuses: ONDE FOI QUE EU DISSE QUE O UNIVERSO
VEIO DO NADA?
>Eu não o considero qq um. Eu não o considero alguem especial.
É para mim igual a qq outro.
O mesmo vc não poderá dizer, pois :
"Mesmo que eu não concorde com tudo o que ele diz (e afinal de
contas, quem sou eu pra não concordar?), tenho o maior respeito e
admiração por ele." ...
Como é que é o negócio? Ter respeito por alguma pessoa é o mesmo que
considerá-la "especial"?!?
>Portanto, vc está dizendo coisas que não sabe o que significam ou
qual a sua profundidade , e portante não sabe a sua importancia nem a
facilidade com que podem ser pensadas.
Você está a um passo de me chamar de ignorante, Sergio, mas eu vou relevar
porque não costumo responder a argumentos ad hominem.
>Vc acho bem admirar alguem quando diz o obvio ?
Se você acha óbvio... Um dos pontos controversos ao longo da história da
mecânica quântica foi saber se seus princípios se aplicam também a objetos
macroscópicos (os efeitos quânticos sendo irrelevantes devido apenas ao
comprimento da constante de Planck) ou não. Hawking diz que não só se
aplicam a objetos macroscópicos mas, de fato, ao universo como um todo. Não
me parece que isso seja tão óbvio assim.
>Com a qual eu não posso concordar nos termos em que foi relatada pelo
Manuel. É assim tão simples.
Os termos em que foi relatada pelo Manuel são os termos em que foi relatada
pelo Manuel. Se você olhar o campo "De:" no cabeçalho das minhas mensagens,
vai ver que ali não está escrito "Manuel" e sim "Lúcio". Em nenhum momento
*eu* disse (e nem os proponentes da teoria do Big Bang, até onde me é dado
saber) que o universo surgiu do nada. É assim tão simples.
>Isto não é a Guerra Santa.
Eu que o diga. Bastou-me mandar uma mensagem defendendo a teoria do Big Bang
pra você voltar todas as tuas baterias contra mim, como se o simples fato de
eu achar verossímil uma teoria que tem razoável aceitação no campo da física
fosse um pecado mortal.
>É apenas (deveria ser) uma sessão de esclarecimentos mutuos.
Bem, você podia começar esclarecendo pra você mesmo quem disse o quê, antes
de sair me acusando de cair em contradição por me atribuir afirmações que eu
não fiz... ;-)
>Percebe onde quero chegar ?
Percebo. E não se trata de uma alegoria.
>Pronto, se dá assi mtanto asco o termo alegoria, eu o retiro.
Ele não me dá asco nenhum, pelo contrário. Mas é um termo que tem um
significado preciso, o qual não tem nada a ver com "hipótese" ou
"especulação".
>Tlv, e entenda esta minha louca hipotese: pq estamos falando/fazendo
ciencia ? ;-)
"Fazer ciência" é uma atividade que envolve vários estágios. Quando se
propõe uma hipótese, não se exigem provas dela. É por isso que é uma
hipótese, isto é, uma conjectura ou suposição. Uma hipótese é o ponto de
partida de uma teoria que, esta sim, precisa ser provada pra ser aceita.
>Tou falando sério. Nunca ouvi falar dele.
Vou reformular a pergunta, desta vez em termos mais explícitos: você nunca
ouviu falar do continuum espaço-tempo de Hermann Minkowski?
>(Excepto nos filmes e série de Jornada nas Estrelas, mas isso não
conta como fisica)
Não, Jornada nas Estrelas não conta como física. Mas um livrinho chamado _A
Teoria da Relatividade Especial e Geral_, de um certo velhinho alemão que
gostava muito de mostrar a língua nas fotografias conta. ;-)
>Vc está , mesmo sem saber, fazendo uma das confusões mais básicas em
termodinâmica. Confundir Universo (o todo que engloba tudo) com
universo (o que está fora do sistema em causa).
Não, não estou. Estamos falando da origem do Universo, com maiúsculas, pois
não?
>Vc fala muitos das coisas. Vc sabe o que essas coisas são ?
Você gosta muito de insinuar que eu não sei do que estou falando. Veja
minhas respostas abaixo e decida por você mesmo se eu sei.
>Um singularidade é um ponto (x,y,z) onde certa forma matemática de
uma teoria não é finita.
Sim, esse é o conceito matemático de singularidade. Em física, porém, o
buraco (negro) é um pouco mais embaixo. O conceito matemático de
singularidade foi usado (se eu não me engano, pelo Roger Penrose)
inicialmente para descrever o núcleo dos buracos negros. Embora essa
descrição seja matemática, ela se refere a uma entidade física concreta. Nas
palavras do físico Paul Davies (e, se quiser, você pode perguntar
diretamente a ele se ele sabe do que está falando): "Ao contrário do raio
crítico, essa singularidade central não pode ser eliminada por uma mudança
de coordenadas. SUA NATUREZA É LOCAL E FÍSICA - E NÃO MERAMENTE MATEMÁTICA."
(Paul Davies, _O Enigma do Tempo_, cap. 4. O grifo é meu.) E
de novo, desta vez sobre o fato de o ponto zero do universo ser uma
singularidade desse tipo (cap. 5): "Atualmente, é normal os cosmologistas
alegarem que o universo *começou* com um big-bang. Essa conclusão de peso se
imporá se você retroceder a expansão até algum ponto de origem idealizado em
que toda a matéria do universo está concentrada no mesmo lugar. Tal estado
de densidade infinita representa um campo gravitacional infinito e uma
curvatura do espaçotempo infinita - ou seja, uma singularidade. A
singularidade do big-bang assemelha-se à situação no centro do buraco negro
[...]. Como não é possível estender o espaço e o tempo através de tal
singularidade, segue-se que o big-bang deve ser a origem do *próprio
tempo*." (desta vez, os grifos são do original).
>Isto é bem diferente da anulação de todas as leis.
Perdoe-me por citar de novo Paul Davies, mas é a fonte que está mais à mão
no momento (cap. 11, grifo meu): "Uma singularidade nua é bem mais terrível.
Lembre-se de que as singularidades são margens ou limites onde o espaço e o
tempo cessam de existir. COMO AS LEIS DA FÍSICA ENTRAM EM COLAPSO ALI, é
impossível saber o que poderia advir de uma singularidade. Enquanto a
singularidade permanece oculta, não precisamos nos preocupar demais com ela,
mas uma singularidade nua poderia influenciar eventos de uma forma
desconhecida, tornando arriscada qualquer tentativa de obter quaisquer
conclusões físicas."
>Não. Só precisa explicar o que "singularidade" significa.
Satisfeito com a explicação? ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 16:33
Olá Lígia.
Eu gostei muito da informação que você deu sobre a cromoterapia. Não
entendo como o assunto pôde desenvolver aspectos tão díspares como a
influência das cores no ambiente social. Pelo o que eu saiba, a pergunta
era sobre a física quantica.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 16:35
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, August 15, 2002 1:11 AM
Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>Margutti Pinto, Paulo Roberto. Iniciação ao Silêncio. Análise do Tractatus
de Wittgenstein. Edições Loyola. Coleção Filosofia, São Paulo, 1998.
Valeu, Douglas! Vou ver se encontro esse livro por aí.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 16:37
Oi Álvaro,
Alvaro Augusto de Almeida alvaro@lunabay.com.br Wed, 16 Oct 2002 15:16:43
-0300:
Não sei quanto ao Japão, mas na China e na Rússia (também não sei se em
todas as partes desses países gigantes) o vermelho está relacionado à
alegria. Imagino que um russo, quando encontra outro, diga: "E daí,
camarada, tudo vermelho?" Por outro lado, nós dizemos "tudo azul", o que
para um norte-americano significa outra coisa.
Sandro:
Pois é... este relativismo pode ser chamado de cromomancia...? 'Ahh... você
está negativo. Vista-se com esta camiseta laranja com bolinhas cor-de-rosa
que tudo irá melhorar...'
Agora, você tem razão, essa lista está ficando muito esotérica, muito
filosófica, muito cheia de jogos de palavras. Talvez seja apenas uma fase
... espero ...
Sandro:
Eu não escrevo muito aqui... mal consigo acompanhar o ritmo da lista... mas
esta é uma das fases da lista... alguns dias são criacionistas... outros
dias são os revisionistas do <establishment científico>... outros dias são
os astromantes... outro dias são os copromantes... fora os rábulas* da
lista... eles vem e vão... e é este contexto que é ingrato já que este tipo
de mensagem <new age> toma conta do volume diário de mensagens.... só
Deus, vulgo Léo, pra melhorar a situação.
* = Indivíduo que fala muito, sem chegar a conclusão nenhuma. [Dicionário
Michaelis]
(Origado pela sua mensagem do dia do professor. Infelizmente o seu relato
não me surpreende.)
Sandro:
Que bom que você gostou... ele se formou em Mecânica no CEFET lá pelos idos
de 91... se você já dava aula nesta época pode ter sido professor dele...
ex corde,
Sandro Silva
_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 16:46
Olá Manuel e pessoal,
Estou caindo de para-quedas no meio discussão, mas deixa meter minha
culhé: (epa! meter - ato falho??)
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
>
> Takata:Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
> alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
> psicanaliticas.
>
> Douglas: Não tem mesmo. O que eu queria dizer é que as explicações
> psicanalíticas são ad hoc. Sobre "sexo" (princípio do prazer), na
> psicánalise, significa fuga da dor,em primeiro lugar, e busca de
> prazer. Não tem relação direta com o conceito popular de sexo.
>
> Manuel: Pois eu concordo com o Murray Gell-Mann: algumas hipóteses
> psicanalíticas podem ser submetidas a testes, sim. Aliás, o próprio
> Freud ansiava para que suas hipóteses fossem testadas, tanto que
> escreveu: "Não se esqueçam; não estamos de posse, atualmente, de um
> critério universalmente admitido da natureza sexual de um processo,
a
> menos que seja, mais uma vez, o da relação com a função de
> reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...)
Reprodução e sobrevivência. muitas vezes esquecemos que a
sobrevivência é mais importante do que a reprodução (mortos não
trepam). Então, se não encontramos alguma relação com a reprodução,
que tal procurarmos alguma relação com a sobrevivência? Isso
dificilmente falha.
as
> características químicas que temos o direito de supor aguardam
apenas
> sua descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332). Pois não é
que
> isso terminou acontecendo! Algumas hipóteses de Freud não só foram
> testadas como passaram no teste, parcial ou totalmente. Exemplos:
>
> Freud sustentava que muitos processos psíquicos não diretamente
> ligados à função da reprodução possuem uma natureza sexual, ou
seja,
> que a sexualidade é algo mais abrangente que a
sexualidade "genital".
> A vida de muitos primatas parentes nossos, alguns muito próximos
> (macaco-de-cheiro, macaco-esquivo, babuíno, chimpanzé, bonobo,
etc.),
> corroboram essa tese. Nestes, a química sexual participa não só do
> comportamento sexual genital, mas também de muitos outros
> comportamentos sociais. Experiências realizadas com esses bichos
> provam que qualquer estímulo ao comportamento social de proteção do
> território ou de manutenção da hierarquia dentro do grupo altera o
> nível de testosterona (o hormônio da libido sem o qual não há
> orgasmo, tanto masculino quanto feminino)
A testosterona é um hormônio que esta tanto ligado à agressividade
quanto à libido, mas isso não siginifica que uma coisa esteja ligada
a outra. Na hora da luta o que está em jogo é a sobrevivência, e não
a reprodução.
que faz com que os rituais
> agonísticos (e os de manutenção da ordem hierárquica) sejam
idênticos
> aos rituais sexuais de corte e acasalamento, isto é, entre esses
> primatas a sinalização de cópula é idêntica à da agressividade
intra-
> específica.
Entre certos lutadores de boxe e jiu-jitsu também. Mas para a maioria
dos mortais a sinalização de cópula é bem diferente da sinalização de
luta, concorda? Ou você é daqueles que tenta impressionar as garotas
berrando, socando e fazendo cara de mau? Isso também vale para a
maioria dos mamíferos . Aliás, mesmo nas espécies em que o macho é
bem mais forte do que a fêmea, e teoricamente poderia usar de sua
força para forçar uma relação sexual, isso não ocorre, via de regra.
"Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e
> reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores
> adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e
> são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos das castas
> superiores".
Sobrevivência.
(C. Sagan; Os Dragões do Éden; p. 35) "No caso dos
> macacos africanos e dos babuínos, há certos machos que se sentam
> sempre de costas voltadas para o campo, mantendo-se de guarda e
> exibindo o intensamente colorido pênis e os testículos, por vezes
do
> mesmo colorido intenso. Se um estranho ao grupo se aproxima
> demasiado, os guardas têm mesmo uma ereção; as chamadas `cópulas de
> fúria' também têm lugar". (Irenäus Eibl-Eibesfeldt; A Biologia da
Paz
> e da Guerra; p. 108)
Sobrevivência.
>
> Freud afirmava que a libido é a energia motriz da maioria dos
> processos oníricos.
E o medo de morrer, porque não? Se fulano sonha que está sendo
perseguido por um assaltante, porque isso não pode ser visto como uma
representação simples e direta de uma ameaça familiar (ao invés de
uma representação simbólica de desejos sexuais ocultos).
Pois bem, experiências realizadas no laboratório
> de Willian Dement, psiquiatra da Universidade de Standford, e
outros
> psicólogos apóiam a tese de Freud, na medida em que sugerem "uma
> estreita correlação entre a ereção do pênis ou do clitóris e o sono
> em fase de MOR (Movimento Ocular Rápido).
>
> Segundo Aron (1984), Mac Lusky (1986) e Bourguignon (História
Natural
> do Homem; Zahar; pp. 173/174), a curva da testosterona, o hormônio
da
> libido, coincide com a teoria freudiana do caráter difásico da
> sexualidade humana. Segundo Freud, a sexualidade desenvolve-se nos
> seres humanos em duas fases: na primeira infância -- a qual se
segue
> um período de latência -- e na puberdade. Pois bem, esses autores
> observaram, em recém-nascidos machos de várias espécies de
mamíferos,
> entre as quais o homem, uma secreção
> de testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido
> como 'crise testicular neonatal'. 'No menino' -- escreveu o
> neurologista André Bourguignon -- 'a taxa de testosterona chega à
> metade da do adulto já na segunda hora de vida e, após um
decréscimo,
> continua alta do segundo ao sexto mês. Diminui depois, até atingir
> taxas muito baixas (1% da taxa adulta) que se mantêm até os oito-
dez
> anos, depois voltam a subir
> progressivamente, até a puberdade. (...) Quanto às meninas, é entre
o
> sexto e o décimo segundo mês que uma atividade ovariana se acentua
> muito nitidamente.' (HNH; pp. 173/174)
Mais uma vez, a testosterona é apenas um hormônio, não é um processo
mental. Testosterona não é sexo. O fato do bebê ter um pico de
secreção de testosterona não significa que ele esteja tendo fantasias
eróticas. A presença de testosterona é apenas uma das pré-condições
da agressividade e da sexualidade - assim como outros órgãos e
hormônios tem também mais de uma função, e não necessariamente as
funções são relacionadas ou homólogas.
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 16:47
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 15, 2002 4:52 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
>Não são necessariamente eliminados.
O ponto que eu estou tentando salientar é que a grande maioria das mutações
não resulta em vantagem adaptativa, e sim em desvantagem, como você mesmo
admite mais abaixo:
>As mutações em geral são negativas, isto é fato. Mas mutações negativas
não necessariamente implicam em deformações morfológicas.
Nem em vantagem adaptativa.
>A seleção natural é um conceito básico para o neodarwinismo, e negar ele
implicaria em uma reestruturação completa da
teoria evolutiva vigente.
Mas eu não estou negando a seleção natural. Acho apenas que, *ao lado* da
seleção natural e *em paralelo* com ela podem haver outros mecanismos
evolutivos.
>Segundo, não há nenhum paralelo entre evolução e ateísmo.
Mencionei esse ponto apenas pra deixar bem claro que eu não sou
criacionista.
>É mais um dos pontos que o texto
que enviei a lista tenta realtar: a teoria neodarwinista é uma das bases
para
praticamente todos os estudos de ecologia e genética atuais, e exatamente
devido a sua robustez teórica que muitos avanços são feitos hoje em dia
nestas áreas.
Não questiono isso. Não tenho nada contra o neodarwinismo, muito pelo
contrário, a não ser quando, munidos dela, os psicólogos evolutivos tentam
demonstrar que todos os comportamentos humanos foram selecionados pela
evolução. Essa me parece uma extrapolação ilegítima do modelo. Não creio que
o neodarwinismo tenha muito a dizer sobre a psicologia e a sociologia dos
seres humanos, motivo pelo qual me parece que, pra explicar esses aspectos,
é necessário pensar em outro mecanismo evolutivo que não a seleção natural.
>Os questionamentos feitos a síntese moderna pela comunidade acadêmica são
feitos pelo modo que a seleção natural opera e como as mutações influenciam
na variância de fenótipo a longo prazo. Não falam de necessidades de
mecanismos extras essencialmente diferentes de seleção natural e mutação.
Sei disso. Creio que a necessidade de se pensar em outros mecanismos surge
principalmente no campo comportamental. Mas também não estou inteiramente
seguro de que a síntese moderna explique adequadamente o surgimento inicial
da vida.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 16:52
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 15, 2002 8:48 AM
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
>Ha' uma potencialidade na psicologia evolutiva na explicacao de
pelo menos algumas caracteristicas humanas: por exemplo, algumas
estruturas sociais, o fato de vivermos em grupos, algumas
diferencas de comportamento masculino em relacao ao feminino e
algumas mais.
Pois as diferenças de comportamento entre homens e mulheres são justamente
um dos pontos em que a psicologia evolutiva me parece mais frágil. Em geral,
ela tenta justificar pela seleção natural padrões de comportamento que são
observados na nossa sociedade contemporânea, sem atentar para o fato
demonstrado pela história e pela sociologia que esses comportamentos não são
universais nem foram constantes ao longo da história.
Abs.
L.
SUBJECT: cooler
FROM: caio ferreira <idic@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 16:54
All
Estava conversando com um amigo e surgiu uma duvida. Fisicamente falando, mais
especificamente na area de termodinamica, o correto seria o cooler jorar ar
"frio" no processador ou remover o ar quente que se forma nas aletas do cooler
?!!?
--
[ ]'s
******************* .''`.
* idic@terra.com.br * : :' :
* GNU/Linux Debian * `. `'`
******************* `-
Gnupg ID 0x01186BE1
Key fingerprint =3D F17E 75C6 CE00 0E09 F63B 71B0 A0D2 FAD9 0118 6BE1
A saída da crise depende de preliminar rigorosamente indispensável: restabelecer
a eficiência da administração
--Márcio Fortes
SUBJECT: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 16:55
----- Original Message -----
From: lpereira@smsdemag.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 15, 2002 12:56 PM
Subject: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
>E para finalizar, a utilização das drogas, além de ser uma falta de caráter
e
força de vontade da pessoa ela apenas distorce a compreensão da realidade.
Eu sempre tenho uma inveja danada das pessoas que sabem com certeza absoluta
o que é a realidade e, portanto, como a compreensão dela pode ser
distorcida... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 17:04
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 15, 2002 1:34 PM
Subject: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo -
Takata, junte-se a nós)
#########>>E, creio que principalmente, conceituar
"Inconsciente"<<##########
Aqui a coisa é um pouco mais complicada. O conceito de inconsciente não foi
criado por Freud, o termo surge inicialmente entre os autores do romantismo
alemão. O que Freud fez foi elaborar uma definição de inconsciente a partir
da neurologia da época (Freud era neurologista). Mas essa definição é
controversa e não é compartilhada por todas as correntes da psicologia
profunda.
##########>>retrasado! E está em voga até nossos dias<<###########
Não, é século passado mesmo. A primeira obra importante de Freud depois que
ele abandonou a barca furada da teoria da sedução foi _A Interpretação dos
Sonhos_, de 1900.
##########>>E tem gente que não vê necessidade de um vocabulário comum antes
de iniciar um debate<<##########
Pois é. Esse é um problema que o Platão já levantava no _Górgias_:
discute-se conceitos diferentes com o mesmo nome, nomes diferentes com o
mesmo conceito... Participo de listas de discussão desde 1995 e, em boa
parte dos casos, os maiores quebra-paus nascem simplesmente de problemas de
comunicação.
#########>>Não penso assim. Cada um com seu cada um. Quem pesquisa é
curioso: Os 'de cá'
querem saber sobre os 'de lá' e vice-versa<<##########.
Eu estava me referindo às correntes da psicologia que tomam como modelo os
padrões de objetividade da física e lamentam que a psicologia não seja uma
ciência tão exata.
>Gostei muitíssimo do que escreveu. A mim pareceu muito lúcido (Sem
trocadilhos).
Obrigado, Antonio. Eu sempre tento ver todos os lados da questão, na medida
do possível e apesar de ter minhas próprias opiniões muito bem formadas
(minha mulher diria que eu sou teimoso feito uma mula ;-D).
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 17:10
Olá Lisandro
A Mecânica Quântica é "apenas" uma teoria fundamental da matéria,
assim como a Relatividade é uma teoria do espaço e da gravidade. Ou
seja, a Mecanica Quantica está relacionada com o efeito que as cores
tem sobre o bem estar das pessoas tanto quanto com o fato do
palmeiras estar em último lugar no campeonato brasileiro, com o fato
de Rui Rei ter sido comprado duas vezes pelo Corintians em 1977 e com
o fato do São Paulo ser bi-campeão mundial.
O termo "mecânica quântica" é muito usado pelos defensores de pseudo-
ciências para impressionar e impor medo e respeito. É melhor "abrir o
olho" toda vez em que alguém fala que a MQ está fundamentalmente
relacionada com alguma aplicação prática ou produto, porque nosso
mundo é essencialmente clássico - raríssimos fatos do cotidiano não
são explicados pela física clássica.
[]´s
André Baptista
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>
>
> Olá Lígia.
>
> Eu gostei muito da informação que você deu sobre a
cromoterapia. Não
> entendo como o assunto pôde desenvolver aspectos tão díspares como a
> influência das cores no ambiente social. Pelo o que eu saiba, a
pergunta
> era sobre a física quantica.
> Atenciosamente:
> Lisandro de Souza Gomes Pereira.
> Técnico em Eletrônica.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 17:12
Você entendeu tudo errado. B.S. significa "Bela Simbologia"... :-))
Quanto a misturar FQ com TA, cuidado, isso é o mesmo que misturar azeite
com vinagre, ou seja, com um pouquinho de ovo, vira maionese, e daí o
perigo é escorregar (desculpe, mas como dizemos, Terapia Alternativa não é
nem terapia, nem alternativa).
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 16 de Outubro de 2002 16:05
Assunto: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Whatever, It's all the same B.S....
>
> [ ]s
>
> Alvaro
Tudo porque uma coitada que quer misturar FQ com TAs resolveu enviar
uma pergunta ao pessoal do Belisário e ele enviou esta pergunta para
ser respondida aqui...
Eu deveria ter ouvido meus instintos básicos que me alertavam do
perigo que tal intento de ter boas maneiras representa( ou seja,
responder sem dar a entender que a dona da questão é uma imbecil),
antes de responder civilizadamente sem recorrer ao método troglodita
de resposta a questões "impertinentes" que parece ser o mais
utilizável por pessoas como você, tão sensíveis à leitura de certos
termos e cogitações fora da esfera sumariamente
técnica/científica... mas como sou uma sentimental, resolvi falar e
explicar a coisa sem agir como tal... digamos, como
uma "troglodita", por minha vez.
Peço perdão a você e ao Sílvio, outro sensível incurável...
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Cromoterapia - pergunta
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 17:15
----- Original Message -----
From: Roberto Belisário
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 16, 2002 9:47 AM
Subject: [ciencialist] Cromoterapia - pergunta
>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias alternativas
>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito bem a ação
>das mesmas,mas
>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a compreenção dos
>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação p/ os
>benefícios conseguidos através da cromoterapia. Ex: ela modifica o ângulo
>da molécula de água ? como funciona? e se há explicações cientificas p/ as
>outras terapias?
Bom, eu particularmente nunca li nada sobre uma explicação da cromoterapia
baseada na mecânica quântica. Mas ela poderia tentar dar uma olhada no texto
"Luz e Vida", de Niels Bohr, que foi uma palestra proferida num encontro
para promover os conhecimentos sobre os efeitos benéficos da luz na cura das
doenças. O texto pode ser encontrado em Niels Bohr, _Física Atômica e
Conhecimento Humano_, publicado em português pela Ed. Contraponto, do Rio de
Janeiro.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 17:19
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>
>
> Olá Lígia.
>
> Eu gostei muito da informação que você deu sobre a
cromoterapia. Não
> entendo como o assunto pôde desenvolver aspectos tão díspares como a
> influência das cores no ambiente social. Pelo o que eu saiba, a
pergunta
> era sobre a física quantica.
> Atenciosamente:
> Lisandro de Souza Gomes Pereira.
> Técnico em Eletrônica.
Lisandro...
Vejo que você chega a conclusões precipitadas... leia a primeira
resposta que enviei ao Belisário. FQ não se aplica a quaisquer
fenômenos que não sejam referentes a átomos, partículas e sub-
partículas... Você pega o bonde andando, dá palpites sem saber do
que se tratam os assuntos...
Lígia Amorese Gallo
Dona-de-casa, Desenhista e Bacharel em Física
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 17:27
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Você entendeu tudo errado. B.S. significa "Bela Simbologia"... :-))
L: Bull shit... prove it...
> Quanto a misturar FQ com TA, cuidado, isso é o mesmo que misturar
azeite
> com vinagre, ou seja, com um pouquinho de ovo, vira maionese, e daí
o
> perigo é escorregar (desculpe, mas como dizemos, Terapia
Alternativa não é
> nem terapia, nem alternativa).
L: Os leitor da lista andam teno pobremas de semântica... entendem
tudo errado o que eu iscrevo e dispois fica tudo dano pitaco,
campeano as coisa errada qui eu dizeu, pô! Qué vê só? Num dô nem 5
minuto procê vim dizê qui eu num sei iscrevinhá...
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 17:33
----- Original Message -----
From: "André Roviralta Dias Baptista"
"O termo "mecânica quântica" é muito usado pelos defensores de pseudo-
ciências para impressionar e impor medo e respeito. É melhor "abrir o
olho" toda vez em que alguém fala que a MQ está fundamentalmente
relacionada com alguma aplicação prática ou produto, porque nosso
mundo é essencialmente clássico - raríssimos fatos do cotidiano não
são explicados pela física clássica."
Depois eu fiquei pesando...que a confusão da msg original poderá vir do
facto de em fisica cor ter um significado bem ligado com MQ. Mas esta cor é
uma propriedade das particulas matematizada pela electrodinamica quantica,
que é fisica quantica. Esta cor nada tem a ver com as cores da cromoterapia.
Tlv o problema não seja os defensores das pseudo-ciencias usarem a MQ para
impor respeito (?) e medo (? - medo de q?) Mas que as pessoas comuns não
fazem a minima ideia do que MQ seja e confundam "cor" (amarelo, azul,verde )
com Cor, propriedade fisica das particulas.
Sérgio
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 17:40
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> Há estudos também relacionando a esquizofrenia a várias outras
> causas possíveis, inclusive os prions. Nenhuma delas consegue
> apontar mais que um tênue indício.
Pois e', nao conseguem para nada. O problema nao e' apenas da
hipotese genetica. Tbm nao conseguem para nenhum fator ambiental.
Quer dizer q. nao tem causa nenhuma? E' uma possibilidade. Mas
tbm e' possivel q. se trate mais da complexidade do problema e
da necessidade de se desenvolver uma ferramenta mais poderosa ou
de um estudo bastante detalhado.
Em todo caso e' um exagero dizer q. nao conseguem 'apontar mais que
um tênue indício'. Os indicios nao sao acima de qualquer duvida
razoavel, mas sao mais do q. simplesmente tenues.
> No caso da esquizofrenia (e, acredito, da maioria das outras
> psicoses, como paranóia e o transtorno bipolar), a predisposição
> genética pode ser uma causa necessária, mas não suficiente.
Nunca um fator isolado pode ser apontado como causa suficiente para
qq caracteristica biologica: seja um fator genetico, seja um fator
ambiental.
Mas e' claro q. dadas as condicoes predominantes uma causa pode ser
mais ou menos influentes -- por exemplo, dificilmente havera' fatores
ambientais de compesacao de dose na trissomia do 21.
> sólida, o que até agora não aconteceu.
De fato nao aconteceu. Os estudos sobre o cerebro ainda estao
engatinhando. Mas podemos falar em potencialidades. Por q. falar em
potencialidades para a genetica do cerebro e a genetica do
comportamento? Se aceitarmos q. o comportamento e' uma caracteristica
biologica, e' aceitavel supor q. haja alguma base genetica nisso --
sim, pode ser q. seja muito, muito basica -- e vale a pena investigar.
Agora, concordo com a critica de q. alguns mais entusiasmados parecem
querer colocar o carro na frente dos bois -- e dar a entender q.
esses estudos sao mais do q. potencialidades, mas uma (quase) certeza.
Porem, discordo da critica q. parece defender o ponto contrario: a de
q. nao existe nem mesmo essa potencialidade.
> Mas a síndrome de Down é outra questão, ela é um problema
> congênito. Não é o caso das psicoses.
Nao diria ja' q. se trate de uma outra questao. Como eu disse, seria
um exemplo extremo. (Estou assumindo uma especie de linha continua
entre o geneticamente determinado e o ambientalmente determinado.)
> As neurociências já demonstraram que uma parte
> significativa dos circuitos neurais ainda não está formada quando a
> criança nasce e vai se desenvolvendo pela interação com o meio-
> ambiente e o processo de socialização . Bastante provavelmente,
> portanto, a base cerebral do comportamento, da personalidade e dos
> distúrbios relacionados a essas duas áreas está nesses circuitos,
> que não são inatos
Nao nos esquecamos q. nao obstante em um mesmissimo ambiente existe
diferencas de respostas.
Alem disso, o fato de ser uma caracteristica q. surge tardiamente sob
certas circunstancias nao preclui uma participacao genetica importante
(claro q. muito menos garante).
> Ver acima. Uma parcela significativa entre os neurocientistas acha
> mais provável que a genética determine apenas a estrutura do
> cérebro e forneça uma base para as conexões neurais, mas que estas
> se desenvolvem e complexificam pela interação com o meio-ambiente.
Uma outra parcela tbm significativa entre neurocientistas acha mais
provavel q. a genetica determine tbm comportamentos complexos.
Eu fico com outra parcela significativa de neurocientistas q. acha q.
e' a interacao entre genes e ambiente q. determina o comportamento.
A grande questao e' q. ainda falta muito para se descobrir sobre o
funcionamento do sistema nervoso.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 17:44
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> Em geral, ela tenta justificar pela seleção natural padrões de
> comportamento que são observados na nossa sociedade contemporânea,
> sem atentar para o fato demonstrado pela história e pela sociologia
> que esses comportamentos não são universais nem foram constantes ao
> longo da história.
Qdo ela nao atenta para essa questao, ela comete um erro grave. Mas
isso nao elimina sua potencialidade. (Nao penso q. esse erro seja um
aspecto geral da psicologia evolutiva, nem dos psicologos evolutivos
atuais.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 17:49
Exato, só que não há nada a responder, porque, como já esclareceu o André,
a Mecânica Quântica (que é a teoria, e não Física Quântica, que é a
aplicação da teoria) não tem nada a ver com a psicologia das cores. E
também não é preciso recorrer à MQ para mostrar porque as cores existem.
[ ]s
Alvaro
Olá Lígia.
Eu gostei muito da informação que você deu sobre a cromoterapia. Não
entendo como o assunto pôde desenvolver aspectos tão díspares como a
influência das cores no ambiente social. Pelo o que eu saiba, a pergunta
era sobre a física quantica.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 17:50
--- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> com o fato de Rui Rei ter sido comprado duas vezes pelo Corintians
> em 1977
Uma vez vc me repreendeu por ter insinuado sem provas de q. Ronaldo
Nazario teve seu fisico desenvolvido por aplicacao de hormonios.
Vingo-me dizendo q. nao existe provas dessa insinuacao maldosa de q.
Rui Rei teria forcado sua expulsao. Rui Rei nega e renega ter sido
corrompido. Ha' argumentacoes colaterais: se Vicente Mateus tivesse
subornado Rui Rei nao compraria seu passe logo no ano seguinte
(portanto nao e' duas vezes em 77 de qq modo) a levantar suspeitas e
tbm se Rui Rei tivesse feito um acordo, teria ficado em campo para
perder os gols (dez em campo nao garante derrota).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 18:10
Oi Sérgio,
Sérgio Taborda sergiotaborda@netcabo.pt Wed, 16 Oct 2002 20:13:32 +0100:
Não estavamos falando do significado ou do simbolismo das cores. Se formos
por ai, tb poderemos falar do significado das flores, das pedras, dos
leques, etc...
Sandro:
Olha... foi uma <viagem> tão grande nesta thread sobre cromoterapia e MQ que
não seria inusitado acabarmos discutindo o significado dos leques. Por falar
nisso alguém sabe o significado do leque? ;-D
Estavamos falando da sensações que determinada cor provoca. O efeito
psicofisico que promove.
Sandro:
Sim, eu sei... talvez 'sensações sutis' utilizando o contexto das mensagens
da Lígia. Seja o que for, e pelo o que eu entendi até aqui, este <efeito
psicofísico> não é mensurável. Neste aspecto, entendo cromoterapia como
wishful thinking.
Sandro Silva
UIN - 99653424
--------------------------------
"If we don't try
If we just lie
If we can't find
A way to do it better than this
Who will?"
'Stars and Stripes of Corruption' de Jello Biafra
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 18:11
Em Qua 16 Out 2002 17:47, you wrote:
> Não questiono isso. Não tenho nada contra o neodarwinismo, muito pelo
> contrário, a não ser quando, munidos dela, os psicólogos evolutivos tentam
> demonstrar que todos os comportamentos humanos foram selecionados pela
> evolução. Essa me parece uma extrapolação ilegítima do modelo. Não creio
> que o neodarwinismo tenha muito a dizer sobre a psicologia e a sociologia
> dos seres humanos, motivo pelo qual me parece que, pra explicar esses
> aspectos, é necessário pensar em outro mecanismo evolutivo que não a
> seleção natural.
Opa, então concordarmos e a polêmica era uma polêmica falsa. As tentativas de
aplicar a sintése moderna a estudos comportamentais são confusas, imprecisas
e algumas até ridículas.
> >Os questionamentos feitos a síntese moderna pela comunidade acadêmica são
>
> feitos pelo modo que a seleção natural opera e como as mutações influenciam
> na variância de fenótipo a longo prazo. Não falam de necessidades de
> mecanismos extras essencialmente diferentes de seleção natural e mutação.
>
> Sei disso. Creio que a necessidade de se pensar em outros mecanismos surge
> principalmente no campo comportamental. Mas também não estou inteiramente
> seguro de que a síntese moderna explique adequadamente o surgimento inicial
> da vida.
Não, realmente não explica.
Um abraço.
Aniello
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 18:12
--- Em ciencialist@y..., "Sandro Silva" <anhangah@h...> escreveu
> nisso alguém sabe o significado do leque? ;-D
Qual leque? O leque reprodutivo nos quais as moscas-das-frutas machos
se organizam na atracao das femeas? No leque de danças japonesas? Do
leque costal do pavao?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 18:13
Ligia Gallo wrote:
> você é insistente...
com certeza...
> L: Unicórnio, pasta de amendoim, leite de magnésia, urso, panda,
> percevejo, barata... esses nomes designam coisas que sabemos do que
> se trata. Deus designa o creador. Se tivessem escolhido outro nome,
> esse portador de "outro nome" teria todas as características que se
> lhe atribuísem. Os atributos de "onipresença", "onisciência"
> e "onipotência" advém da interpretação dessa entidade denominada Deus
> pela Igreja Católica, que pode muito bem ter tomado emprestado tais
> atributos a Deus de outras culturas...
eu poderia criar a "religiao do unicornio" e inventar novos atributos
para ele, talvez tomar emprestados atributos que outras culturas
designam para deus.
> Não cabe a mim discuti-los, apenas concordar ou não com eles.
ter ou nao ter fé...
> Portanto, do meu ponto de vista, a partir do fato de que tais atributos sejam considerados,
> sequer
> importa se cremos Nele, Deus, ou não, se Lhe atribuímos poderes ou
> não: Ele É e ponto final.
Sendo estes atributos criados pelo homem, nenhum seria valido,
assim como nao seriam validos quaisquer atributos que eu pudesse
criar para o "unicornio".
Se deus cria, há um conflito, é a prova que seus atributos nao tem
validade.
Retirando seus atributos, deus se transforma num ser inerte.
O que resta entao?
> E por que Deus crea? Digamos que se Ele
> não tivesse creado o Universo não estaríamos agora discutindo sobre
> Ele.
Isso nao é um "porque". Estarmos aqui é um fato, prova que nós
existimos.
Nao prova que alguem nos tenha criado.
> O que quer que seja que tenha dado o "empurrão" inicial à
> geração do que o Universo É, acaba sendo importante do ponto de vista
> de alguém que faça parte do Universo: devemos-lhe a existência...
> caso seja provado que nada nem ninguém deu o tal "empurrãozinho",
> então devemos ao Universo a existência e a questão da existência ou
> não de um Deus fica a critério do gosto do freguês...
e nada indica que alguem tenha dado o "empurraozinho"...
> L: Rapazinho, vê se larga essa bobagem de querer associar tudo à FQ.
Minha senhora, essa bobagem nao é minha, é dos misticos.
> L: Ótimo... mas a troco do que? Quais teriam sido os critérios que
> permitiram que fossem selecionados compostos químicos em detrimento
> de outros para serem sintetizados pelo nosso corpo para o bom
> funcionamento do cérebro, limitando-o a uma e não outra faixa de
> espectro/dimensão? Pense, meu caro, use o cérebro dentro da cabeça
> de cima...
Os individuos com a quimica em equilibrio teriam mais chances de
sobrevivencia que individuos confusos.
E ponto. Nao vejo necessidade de intervencao externa.
> L: Você é um chato/pernóstico...
:)
> L: Não sei... é por isso que estou me perguntando e perguntando a
> outras pessoas que parecem ignorar a extensão de tal pergunta...
nao seria só ilusão? o que leva a crer que seria outro
espectro/dimensao?
com base em que?
> L: Certo... diga-se de passagem: sonhos depois de uma churrascada
> regada a vinho de péssima qualidade...
ou ingestao de LSD...
> L: Pois para mim representa a obra de uma personalidade
> conflitante...
Quando vi sua primeira resposta ate pensei que se referisse ao passado
pictorico de Mondrian.
Mas vc realmente nao conhece Mondrian, nem Arte.
O neo-plasticismo é a continuidade do cubismo, que por sua vez é
a continuidade da pesquisa de Cézanne, o primeiro a tentar
"racionalizar" a Arte.
A Arte tem historia propria e é a partir dela que deve ser vista.
> a arte não é ciência nem pode a ela ser aproximada.
A Arte pode ser chamada de ciencia, o que nao significa que seja uma
ciencia exata,
mas um sistema de conhecimentos com objeto determinado e metodo proprio.
> Em suma: ou retrata-se fielmente uma paisagem ou cria-se uma versão
> da mesma. A ciência permite que exista fidelidade às formas. A arte
> permite que haja uma interpretação pessoal das mesmas.
Sim, a arte combina o exterior e interior.
O interior é abstracao. Dai vem a abstracao concreta,
que retira da arte tudo o que é interior e que não é, ao mesmo tempo,
comum a todos, o universal.
Absorveu?
> L: A realidade interior, ou o que é percebido pelo autor da obra...
> fantasia.
Realidade interior, que vc tanto busca.
Se é fantasia, acabou sua pesquisa.
Vc chegou a uma conclusao!
> > quem cre vai pro alem, quem nao cre nao vai?
>
> L: Exactamente...
baseado em que? no fato de estarmos aqui?
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] cooler
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 18:15
Em Qua 16 Out 2002 17:54, you wrote:
> All
>
> Estava conversando com um amigo e surgiu uma duvida. Fisicamente falando,
> mais especificamente na area de termodinamica, o correto seria o cooler
> jorar ar "frio" no processador ou remover o ar quente que se forma nas
> aletas do cooler ?!!?
Na verdade o cooler, como um ventilador comum, apenas gera corrente de ar,
não importando se ar quente ou frio.. As trocas de calor com o ar em
movimento são mais eficientes do que com o ar parado.
Isto se deve ao fato que, com ar parado, o processador aqueceria rapidamente
todo o ar dentro do gabinete e este ar entraria em equilíbrio têrmico com o
processador. Com o ar em movimento, não temos um ambiente fechado, então a
constante entrada de ar exterior (mais frio) e saída de ar interno (mais
quente) mantém a temperatura do ar abaixo da temperatura do processador.
Aniello
SUBJECT: [Fwd: [evol-psych] Critique of Memetics]
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 18:27
-------- Original Message --------
Subject: [evol-psych] Critique of Memetics
Date: Wed, 16 Oct 2002 16:59:29 -0400
From: Herbert Gintis <hgintis@attbi.com>
To: evolutionary-psychology@yahoogroups.com
References: <Pine.WNT.4.10.10210161113220.-378883@dr.silve>
I just finished reading Robert Aunger's new book, The Electric Meme. I
thought is was a great read, and I recommend it. However, I think it is
basically wrong. I thought I would share my reactions with members of
this
list, in the hopes that they will correct my errors, and point out other
problems that I may have overlooked.
The Electric Meme
Robert Aunger
Robert Aunger <bob@robertaunger.net>
Genes are little strings of DNA that reside in your body. Genes are
always
out for themselves, hopping from host to host in a struggle to
replicate.
Genes do not care about, or promote, the interests of their hosts,
except
insofar as this increases their replication rate. Replace the word
"gene" by
"meme" and "little strings of DNA that reside in your body" by "little
pieces
of thought that reside in your brain," extend the meaning of traditional
genetic terms (e.g., phenotype, vehicle, inheritance, mutation,
adaptation),
and you have Aunger's theory of memetics.
Just as we do not choose our genes, so we do not choose our memes. The
fact
that our memes choose us renders memetics a shocking, counterintuitive
theory.
"Do we have thoughts, or do they have us?" asks Aunger. "...we are
zombies
controlled by memes," he says. "That startling idea---that thoughts can
think
themselves---is the brainstorm behind a new theory called memetics."
Aunger does not provide much evidence for this theory. He notes that
societies often embrace ideas that are individually and socially
destructive, such as eating the brains of dead relatives and
slaughtering
one's animals while awaiting the coming of a godly savior. Moreover,
there
are obvious lots of thoughts that make the rounds, like silly jingles
and
urban legends, that serve no real human purpose but find a welcome home
in
the human brain.
But both evolutionary theory and a wealth of empirical data speak
against
memetics. The human brain is extremely costly to maintain, requiring a
goodly
fraction of our caloric intake, and its size required a reorganization
of the
human birth canal and an extended infancy. The brain must have served
some
important evolutionary purpose, and could not simply be the repository
for
memes. And it did. The size and complexity of the human brain permitted
the
emergence of cumulative culture, and hence cumulative technological
change in
tool-making and social organization. Moreover, while there are some
"sick
societies" in which key cultural practices are severely fitness-reducing
(see
Robert B. Edgerton's 1992 book by that name) by and large dominant
cultural
forms contribute strongly to individual fitness and social efficiency.
The
fact that cultural mutations can be fitness-reducing is no more telling
than
the fact that a genetic mutation can be (indeed usually is)
fitness-reducing.
Memes are for the most part chosen by people because they believe such
memes
further their interests and enhance their well-being. Of course, people
can
be wrong. But those societies whose memes enhance individual fitness and
social efficiency are likely to survive, while societies with
fitness-reducing memes are not. In short, the idea of SELECTION must be
added
to a theory of memes if it is to explain the array of cultural forms in
societies today and in the past. Tellingly, the term "selection," which
is
key to Darwinian evolutionary theory, does not even appear in the index
of
this book.
If we add a concept of "selection" to memetic theory, it will
ineluctably
lead us to gene-culture coevolutionary theory (to which I subscribe) and
to
which Aunger considers memetics an alternative. The capacity of a meme
to
replicate depends in large part on the fitness advantage it confers on
its
human carriers. But this fitness advantage can only be understood on the
phenotypic level, as expressed in the behavior of the individuals who
express
it. This fitness advantage can only be analyzed in terms of how people
cooperate and compete in staying alive, producing offspring, and
obtaining
their daily subsistence and security. This requires a full-scale
modeling of family and social organization, and their transformation
across
time. It also requires modeling the transformation of the human brain,
including the emotional system. The key emotional prerequisites to
social
cooperation---empathy, shame, the predisposition to cooperate and share,
the
urge to punish noncooperators---simply cannot be analyzed using the
impoverished tools of memetics.
Herbert Gintis
Herbert Gintis
Emeritus Professor of Economics, University of
Massachusetts
External Faculty, Santa Fe Institute, Santa Fe, NM
15 Forbes Avenue, Northampton, MA 01060 413-586-7756
Recent papers are posted on my
<http://www-unix.oit.umass.edu/~gintis>web site.
Get Game Theory Evolving (Princeton, 2000) at
<http://www.isbn.nu/0691009430/amazon>Amazon.com.
The world of social science is divided into self-sufficient
"ethnies" like anthropology and economics...The
inhabitants of this world regard other disciplines with a
mixture of fear and contempt, and take little interest in
what they have to say about questions of mutual interest.
Clearly this is not a satisfactory state of affairs.
Boyd and Richerson
Top Books - Behavioral Sciences
http://www.amazon.com/exec/obidos/redirect?tag=darwinanddarwini&path=tg/browse/-/226685
Your use of Yahoo! Groups is subject to
http://docs.yahoo.com/info/terms/
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 18:46
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
1) Lá pq eu lhe respondo não significa que esteja sempre a falar de ti, ou
contigo. É por isso que todos recebem os mesmos mails.
> >Eu queria uma teoria que previsse factos e que não fosse necessária
> alterar por cada novo facto que se encontra.
> Isso é que caracteriza uma teoria sólida na qual podemos confir e
> basear nossos argumentos.
>
> Mas só se chega a uma teoria sólida desse tipo avançando por
> tentativa-e-erro. O modelo original tem que ir sendo refinado, adaptado,
> melhorado.
blá , blá ,blá
A pergunta é muito simples: Porquê é preciso um Big Bang ?
(pq as estrelas se afastam ? Hubble ? afastam de onde ? e o que isso tem a
ver com o BB ?)
> Pega como exemplo a mecânica quântica, que não nasceu pronta e
> armada do cérebro de seus criadores, como Palas Atena saltando da cabeça
de
> Zeus. Foram precisos décadas, e o concurso de várias mentes brilhantes,
que
> testaram vários caminhos alternativos, propuseram e descartaram hipóteses,
Me dê exemplos. Não me cosnta isso.
> pegaram caminhos que não conduziam a lugar nenhum e tiveram que recuar,
até
> que ela tomasse uma forma razoavelmente coerente. E, na verdade, a
mecânica
> quântica não é uma teoria pronta e acabada nem mesmo hoje, depois de quase
> um século de pesquisa contínua.
Não ? Porquê ?
> >O que vcs me dizem é que existem uns senhores a dizer que o universo
> começou assim ou assado.
>
> Não exatamente. Eles dizem que o universo *pode* ter começado assim ou
> assado. Há uma diferença sutil, mas importante. A teoria não é apresentada
> como verdade absoluta, mas como uma possível explicação.
Quando o Hawking esceve ele pode estar escrevendo que o universo *pode* ter
começado se certa forma. Mas quando as pessoas o citam, elas tentdem a
aceitar que ele começou assim mesmo.
> >Eles podem dizer o que quiserem, mas não podem violar principio logicos
> basicos da fisica.
>
> Eles não estão fazendo isso. Se você ler com atenção as teorias
> cosmológicas, vai ver que, a partir dos primeiros milionésimos de segundos
> após o Big Bang, todos os princípios lógicos da física estão lá e são
> devidamente respeitados. Só não é possível determinar isso com relação ao
> ponto zero.
Por incapacidade matemática. Issio NÂO é sinonimo que as leis deixem de ser
obedecidas lá.
> As leis da física não são tábuas da lei
> que Deus entregou a Newton, Bolzmann ou quem quer que seja no alto do
Monte
> Sinai. São princípios que foram estabelecidos experimentalmente para dar
> conta de um conjunto de regularidades observadas no mundo. Eles são
mantidos
> como princípios explicativos apenas enquanto forem capazes de dar conta
> dessas regularidades. Se surgir algum conjunto de fenômenos aos quais eles
> não se aplica, a atitude científica correta é deixar esses princípios de
> lado e buscar novos.
O que ainda não aconteceu.
>Foi o que Einstein fez, por exemplo, em relação ao
> conceito newtoniano de tempo (na relatividade restrita) e à teoria
> newtoniana da gravidade (na relatividade geral).
O conceito não é a lei. O conceito de 'tempo' newtoniano e 'eisnteiniano'
não é uma lei.
Muito menos é fundamental
A Lei da gravitação tb não é fundamental. Newton a derivou de principios
anteriores.
Nada disso são leis fundamentais da fisica. As leis fundamentais são como
disse as da termodinâmica (A energia não se cria nem se destrooi) e das
mecanica ( F = dp/dt).
> Veja bem, antes que você diga que eu estou me contradizendo, não estou
> dizendo que isso *esteja* acontecendo no campo da cosmologia, porque não
> está. *A partir* do ponto zero, o universo se comporta estritamente de
> acordo com os princípios básicos da física tão caros a você. Quanto ao
ponto
> zero, nós simplesmente *não sabemos* o que aconteceu.
Não não sabemos o que aconteceu, pq não o podemso saber, ainda,
matemáticamente.
A Fisica não é aqui chamada a intrevir para parar as loucuras que dizem
desses isntantes do universo.
É literalmente o vale tudo.
Ele pode ou não se
> adequar às leis da física. Há cosmologistas que pensam que sim e
> cosmologistas que pensam que não. O que você parece não entender é que as
> leis da física são propriedades estruturais de um dado sistema (neste
caso,
> o universo).
Vê ? é ai que vc se engana. As leis da fisica são válida para qq sistema
fisico. (sistema tem sentido tecnico aqui)
O problema é saber se o universo como um todo é um sistema fisico, e de que
tipo ele é.
>Portanto, elas não preexistem ao próprio sistema.
Elas são as mesmas para todos. O problema se pre existem ou não, não é
fisico, é filosofico. E não interessa nada.
> >Não, não me venha dizer que não é divinização. Tlv para vc e alguns
> não seja, pq não se dão conta disso. Mas pela quantidade de vezes que
> esses senhores são citados e pela quantidade de vezes que vcs dizem
> aceitar o que eles dizem e simultanemanete afirmarem que não são do
> ramo nem dominam a matéria em causa, isso é sintoma de que ha algum
> problema com a vossa aceitação.
>
> Eu não sei absolutamente nada sobre odontologia. Se eu tiver uma dor de
> dentes, vou procurar um dentista. Ele vai me dizer que a minha dor de
dentes
> está sendo causada por isto, isso ou aquilo. Se eu aceitar o diagnóstico
> dele, isso quer dizer que eu estou divinizando o dentista? Até porque eu
> posso não concordar com esse diagnóstico e procurar um outro dentista pra
> pedir uma segunda opinião, ou então fazer uma pesquisa (na Internet ou
numa
> biblioteca) pra buscar mais informações e ver se estão de acordo ou não
com
> o que ele disse. Mas claro que isso não vai me tornar um dentista.
Mas eu que sou dentista estou-lhe avisando para ter cuidado com o que aceita
que os dentistas lhe dizem.
>Vou ser, no máximo, um leigo bem-informado.
Me desculpe, mas eu não o posso considerar assim quando vc me diz que "os
fisicos não sabem o que causa o colapso da função de onda" (sic). Não leve
mal ,ok?
> >Uma coisa que ela previu.
> Mas ela não previu a ideade do universo.
> Estamos empatados.
> Ela não resolveu o problema do processo que deu origem ao BB.
> (já está perdendo)
>
> Está perdendo em relação a quem? A você? Neste caso, presumo que você
> resolveu o problema da origem do universo?
A pergunta é essa mesma: Houve uma origem ? Que provas ha de que a houve ???
> >E ela não definiu em condições o que é o BB nem é concensual entre os
> cosmologistas onde cada um atira para seu lado e aposta em ser dar
> seu pitaco pessoal.
>
> Amiguinho, tirando o campo da física clássica, cuja aplicação ao mundo
> quotidiano ninguém discute, *todo* o resto da física é formado por
questões
> controversas e teorias que não são consensuais entre os físicos.
Esta é a parte onde eu primeiro riu e depois choro e depois dou minha
participação nesta lista por completamente inutil e pura perda de tempo.
Passei varios mails tentando dismistificar essas ideias absurdas ,
quotidianas, mitologicas, sobre a fisica moderna... mas ninguem quer
ouvir... então bolas pra isto...continuem pensando assim, see if I care.
> Ninguém
> sabe o que provoca o colapso da função de onda, por exemplo, e não há
> consenso nem mesmo se *existe* um colapso da função de onda, e isso não
> impede a mecânica quântica de prosseguir.
Vc já parou para estudar o que é o colapso da função de onda ?
Vc já tentou entender de onde vem esse nome ?
Acho, em boa vontade, que se o tivese feito, não usaria estes argumentos e
exemplos
> Fora do campo da física, ninguém é
> capaz de demonstrar ainda se o comportamento humano é determinado
> geneticamente,
> moldado pelo meio-ambiente, uma combinação desses dois fatores ou o
> resultado de algum terceiro fator.
Isso não é da minha incumbência. O BB não depende disso. (Ok,ok, *ainda* não
depende isso, tlv até seja u mfactor importante dado que a" vida diminui a
entropia do universo")
> >Vc cortou o que interessava e comentou o que não interessava.
>
> E de que forma a teoria da relatividade poderia prever um centro para a
> explosão do Big Bang se, justamente, ela *não previa* um universo em
> expansão? Presumo que, agora, Einstein deveria ter sido clarividente?
Vc já parou para estudar a formula da relatividade ?
Vc para parou para saber se ela admite ou não um centro e que relação
isso pode ter com o efeito de Hubble ?
Eisntein introduziu uma cosntante para que a formula, segundo ele,
estivesse de acordo com o efeito de Hubble. Hoje, essa cosntante é medida e
os astrofisicos temem que seja zero, ou muito perto disso.
Ele estava mais certo não pondo lá a constante do que pondo. Então onde fica
o efeito Hubble ?
O que raios significa o efeito Hubble afinal ?
E todos me respodem "Big Bang"
Será assim tão simples?
> >Como é que dizem que ha esse ponto, mas depois dizem que não houve
> convergencia, que a 'expanção' se dá em todos os pontos ?
>
> Você tá confundindo duas coisas diferentes, Sergio. O que se diz é que,
como
> o universo se expande igualmente em todas as direções, não existe um
centro
> *atual* pro universo. Isso não quer dizer que ele não possa ter se
originado
> de um ponto único.
Não existe um centro "actualmente" ,,... tá... então isso significa que
existe um centro "antigamente"
Então onde é ele ?
> >Teria muito gosto em ampliar o seu alcance, se ela tivesse algum
> alcance. O problema é exactamente este. Ela não tem nenhum alcance.
>
> Essa é a tua opinião. Ela não é compartilhada pela maioria dos
> cosmologistas. E não é compartilhada por um bom-número de leigos
> relativamente bem-informados que acham que, mesmo que no final a teoria do
> Big Bang não dê em nada, ela ainda assim tem um valor heurístico positivo,
> na medida em que suas lacunas podem apontar na direção de uma teoria
melhor.
Pois para mim, se esta teoria não der em nada, todo o dinheiro ,gasto terá
sido pura perdade tempo.
Existem por ai outras teorias à espera de serem testadas.
A ideia do BB é uma má ideia. Cheia de furos.
E o mais importante deles é essa ideia de que o BB originou tudo e que antes
dele não havia nada. Vai dizer que não é isto que as pessoas comuns aceitam
???
> >Responda-me só como vc sabe que é assim que se faz em fisica
> contemporanea se vc mesmo disse "Eu* não tenho que apresentar provas
> de nada, porque não sou físico, nunca botei os pés num laboratório e
> tudo o que eu sei sobre física, aprendi nos livros."
> Vc quer que eu aceite sua posição baseado em '''nada''' ?
>
> Eu nunca botei os pés nos Estados Unidos mas, mesmo assim, tenho uma noção
> razoável sobre como são as condições de vida por lá justamente porque li
> livros que descrevem essas condições.
LOL , vc acha mesmo que isso é igual a viver lá ????
Vc acha mesmo que vc pode assmuir que todo o mundo sabe tudo sobre algo pq
leu livros sobre o assunto ?
Não me venah com esses argumentos.
Vc sabe melhor que eu que vc não sabe o que "fisica contemporanea" é .
Não me intreprete mal, mas eu não posso aceitar que vc saiba quando vc me
fala uma coisa daquelas sobre o salto quantico e o colapso da função de
onda.
>O fato de nunca ter entrado num
> laboratório de física não quer dizer que eu não tenho nenhuma informação
> sobre como se passam as coisas dentro de um laboratório.
Pois...mas informação é diferente de saber. De ter vivido a experiencia. É
diferente de entendê-la.
> >A MQ e a Relatividade podem ter mudado a prespectiva com que
> encaramos o mundo, podem ter aberto novos horizontes , introduzidos
> novas ideias, mas elas nunca , NUNCA! mudaram as leis da fisica que
> as antecedeu.
>
> Então, pega o princípio da causalidade. É um dos princípios fundamentais
da
> física, pois não? Pois ele não se aplica ao famigerado salto quântico: a
> menos que você se agarre às míticas "variáveis ocultas" de Einstein,
Mas que confusão que vai por ai... O principio de causalidade NUNCA e repito
NUNCA é violado em nada do que os fisicos façam. Se isso acontecer, aquilo
que eles façam não é fisica, é uma palermice qq.
As variáveis ocultas são para o paradoxo EPR que nada tem a ver com salto
quantico.
Salto quantico é um conceito teorico que não existe. É um nome bonito que é
usado dentro de um
certo contexto, no qual tem sentido. Fora dele é palermice pura.
Mas em hora alguma ele viola o principio de causalidade.
Mas hei! vc poderá sempre tentar convencer-me dadno exemplo de como o salto
quantico viola esse principio.
> não existe nenhuma relação causal que indique qual estado um elétron vai
adotar.
Não existe uma relação DETERMINISTICA. O que é bem diferente de causal.
> As *probabilidades* de que ele adote este ou aquele estado podem ser
> calculadas, mas não existe nenhuma causa concreta para que o estado x seja
> mais provável do que o estado y. F
HA SIM!!! Chama-se ENERGIA do ESTADO do sistema.
É este tipo de coisas que eu ..sei lá.. fico passado.
Não seria mais cientifico e correcto estudar MQ antes de fazer afirmações
deste tipo ??
Ler livros é importante, desde que sejam os livros certos.
>oi esse, inclusive, o motivo pelo qual Einstein rejeitava a mecânica
quântica.
Ele rejeitava-a pq não a entendia!!!
Como vc mesmo disse, demorou tempo até que a MQ estivesse de pé, e Esintein
viveu numa epoca em que ela estava nacendo.
> Isso não impediu que a própria
> teoria da relatividade restrita colocasse em xeque alguns princípios da
> física clássica. Num sistema clássico, se um objeto se move na minha
> direção, a velocidade total do objeto será a soma das velocidades com que
> ele se move e da minha velocidade. Se, inversamente, o objeto se afasta, a
> velocidade total é o resultado da subtração entre a minha velocidade e a
> velocidade do objeto. Mas isso não se aplica nem à luz nem a qualquer
objeto
> hipotético que se mova à velocidade da luz. Isso quer dizer que os
> princípios da física clássica não funcionam e devem ser jogados no lixo
> (como você parece deduzir que é o que estou dizendo)?
Leia os artigos de Esintein. Ele só usa fisica classica. Uma coisa chamada
"Electrogmanetismo"
> >E eu, e qq um , temos direito a po-las em causa, até que eles mostrem que
> são correctas.
>
> Aqui, estou plenamente de acordo. Nunca questionei o teu direito de
> contestar a teoria do Big Bang. Gostaria apenas que você me reconhecesse o
> mesmo direito de aceitá-la (ainda que provisoriamente).
Mas para quê ? Pq ? É isso que questiono.
> >Vc acho bem admirar alguem quando diz o obvio ?
>
> Se você acha óbvio... Um dos pontos controversos ao longo da história da
> mecânica quântica foi saber se seus princípios se aplicam também a objetos
> macroscópicos (os efeitos quânticos sendo irrelevantes devido apenas ao
> comprimento da constante de Planck) ou não. Hawking diz que não só se
> aplicam a objetos macroscópicos mas, de fato, ao universo como um todo.
Não
> me parece que isso seja tão óbvio assim.
É um principio da MQ que TODOS os sistemas fisicos podem ser descritos por
uma função e odna.
Onde está a originalidade do Hawking ao dizer que o universo tb pode ?
A originalidade não est´em dizer que o universo pode ser descrito por uma
f.d.o mas sim dizer que ele é um sistema fisico. E eu não sei se vc entende
a profundidade disto, que é muito mais importante que ele ser descrito por
uma f.d.o.
> >Tou falando sério. Nunca ouvi falar dele.
>
> Vou reformular a pergunta, desta vez em termos mais explícitos: você nunca
> ouviu falar do continuum espaço-tempo de Hermann Minkowski?
Eu ouvi falar no espaço-tempo. "continuum" não.
(Um espaço com singularidades não é continuo)
> >Vc está , mesmo sem saber, fazendo uma das confusões mais básicas em
> termodinâmica. Confundir Universo (o todo que engloba tudo) com
> universo (o que está fora do sistema em causa).
>
> Não, não estou.
Tem a certeza?
> >Vc fala muitos das coisas. Vc sabe o que essas coisas são ?
>
> Você gosta muito de insinuar que eu não sei do que estou falando. Veja
> minhas respostas abaixo e decida por você mesmo se eu sei.
>
> >Um singularidade é um ponto (x,y,z) onde certa forma matemática de
> uma teoria não é finita.
>
> Sim, esse é o conceito matemático de singularidade. Em física, porém, o
> buraco (negro) é um pouco mais embaixo.
Eu escrevi: "forma matemática de uma teoria" , teoria implica que seja
fisica.
A matemática não faz teorias.
>O conceito matemático de
> singularidade foi usado (se eu não me engano, pelo Roger Penrose)
> inicialmente para descrever o núcleo dos buracos negros. Embora essa
> descrição seja matemática, ela se refere a uma entidade física concreta.
Nas
> palavras do físico Paul Davies (e, se quiser, você pode perguntar
> diretamente a ele se ele sabe do que está falando): "Ao contrário do raio
> crítico, essa singularidade central não pode ser eliminada por uma mudança
> de coordenadas. SUA NATUREZA É LOCAL E FÍSICA - E NÃO MERAMENTE
MATEMÁTICA."
Ele devia ter dito "ainda não pode ser eliminada"
Eu não tomo a afirmação dele como cientifica, nem a OPIÂO dele como certa.
> (Paul Davies, _O Enigma do Tempo_, cap. 4. O grifo é meu.) E
> de novo, desta vez sobre o fato de o ponto zero do universo ser uma
> singularidade desse tipo (cap. 5): "Atualmente, é normal os cosmologistas
> alegarem que o universo *começou* com um big-bang. Essa conclusão de peso
se
> imporá se você retroceder a expansão até algum ponto de origem idealizado
em
> que toda a matéria do universo está concentrada no mesmo lugar.
Viu ? cá está: um ponto onde tudo converge.
> Tal estado
> de densidade infinita representa um campo gravitacional infinito e uma
> curvatura do espaçotempo infinita - ou seja, uma singularidade.
Uma singularidade matemática.
As formulas que le usou fora matemáticas.
>A
> singularidade do big-bang assemelha-se à situação no centro do buraco
negro
> [...]. Como não é possível estender o espaço e o tempo através de tal
> singularidade, segue-se que o big-bang deve ser a origem do *próprio
> tempo*." (desta vez, os grifos são do original).
O que não significa que "centro de BN" seja o mesmo que "ponto de BB" como
vc tem vindo a insinuar.
> >Não. Só precisa explicar o que "singularidade" significa.
>
> Satisfeito com a explicação? ;-)
Não.
Vc não entendeu que não passa de um problema matemático e
se apoia apenas em opiniões para dizer que é um problema fisico.
Fisica não é Matemática!
Sérgio
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 19:16
Ola Roberto,
Essa foi maldosa mesmo - so pra provocar os corintianos :)
Revi o lance esse fim de semana, quando passaram o teipe do jogo. Nao
creio que tenha sido armacao. (percebe que meu teclado esta mal
configurado). Esse boato deve ser intriga de palmeirenses invejosos :)
abracos
Andre Baptista
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> > com o fato de Rui Rei ter sido comprado duas vezes pelo
Corintians
> > em 1977
>
> Uma vez vc me repreendeu por ter insinuado sem provas de q. Ronaldo
> Nazario teve seu fisico desenvolvido por aplicacao de hormonios.
>
> Vingo-me dizendo q. nao existe provas dessa insinuacao maldosa de
q.
> Rui Rei teria forcado sua expulsao. Rui Rei nega e renega ter sido
> corrompido. Ha' argumentacoes colaterais: se Vicente Mateus tivesse
> subornado Rui Rei nao compraria seu passe logo no ano seguinte
> (portanto nao e' duas vezes em 77 de qq modo) a levantar suspeitas
e
> tbm se Rui Rei tivesse feito um acordo, teria ficado em campo para
> perder os gols (dez em campo nao garante derrota).
>
> []s,
>
> Roberto Takata
SUBJECT: MIT coloca todo o material de seus cursos na internet, de graca
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 19:25
>MIT coloca todo o material de seus cursos na internet, de graça.
>
>da Folha Online
>
>O MIT (Massachusetts Institute of Technology) decidiu publicar todo o
>material de seus cursos na internet --os cursos custariam algo em torno de
>US$ 110 mil. A ação visa lutar contra a comercialização do conhecimento,
>segundo o instituto, e é parte do MIT OpenCourseWare, projeto-piloto lançado
>há duas semanas.
>Segundo o site de notícias Msnbc.com, desde o dia 30 de setembro, as pessoas
>com acesso à internet podem acessar o plano de estudos, relatórios de
>palestras, provas e respostas e, em alguns casos, até vídeo dos 32 cursos do
>MIT.
>Até agora, mais de 130 mil internautas já navegaram pelo material publicado
>pelo MIT, que custa quase US$ 27 mil por ano para os alunos do MIT.
>O MIT comparou o projeto ao modelo de código-aberto, no qual o código fonte
>fica disponível para publicação e desenvolvimento, livre de taxas de
>licenciamento.
>No entanto, o instituto diz que embora o material dos cursos esteja todo no
>ar, ele não substitui treinamentos tradicionais ou os cursos de graduação,
>não dando direito, portanto, o diploma.
>
>http://ocw.mit.edu/index.html
>
>http://web.mit.edu/
SUBJECT: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 19:32
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> > L: Não sei... é por isso que estou me perguntando e perguntando
a
> > outras pessoas que parecem ignorar a extensão de tal pergunta...
>
> nao seria só ilusão? o que leva a crer que seria outro
> espectro/dimensao?
> com base em que?
L*: Com bases no que pessoas com problemas na química cerebral
reportam... e vivenciam em suas bad trips esquizofrênicas...
> > L: Pois para mim representa a obra de uma personalidade
> > conflitante...
>
> Quando vi sua primeira resposta ate pensei que se referisse ao
passado
> pictorico de Mondrian.
> Mas vc realmente nao conhece Mondrian, nem Arte.
> O neo-plasticismo é a continuidade do cubismo, que por sua vez é
> a continuidade da pesquisa de Cézanne, o primeiro a tentar
> "racionalizar" a Arte.
> A Arte tem historia propria e é a partir dela que deve ser vista.
L*: Nananinanocas... arte é o que se obtém quando alguém, possuído
por "forças místicas" denominadas inspiração, criatividade e talento,
CRIA uma obra que interpreta a realidade com bases daquilo que ele é
capaz de absorver da mesma, fazendo uso de determinadas técnicas,
quer estas tenham sido aprendidas ou não. "História da arte" é o que
os que não são artistas ( mas amam catalogar e dar nomes aos burros )
criam... e gente que não sabe sequer segurar num pincel normalmente
deleita-se ao ler sobre arte, mal sabendo o que se dá na mente de
quem cria alguma coisa artística.
Sabe pintar? E quando você ouve uma sinfonia, você só escuta os
instrumentos?
> > a arte não é ciência nem pode a ela ser aproximada.
>
> A Arte pode ser chamada de ciencia, o que nao significa que seja uma
> ciencia exata,
> mas um sistema de conhecimentos com objeto determinado e metodo
proprio.
L*: A arte é técnica, como queira. A arte requer conhecimentos
técnicos, requer treino, requer algum conhecimento científico
anatômico para retratar a natureza, corpos mas acima de tudo, requer
talento que normalmente advém da habilidade de abstrair e comprazer-
se na abstração, coisa que não ocorre na linearidade absoluta das
ciências exatas. Ciência requer tudo o que a arte requer... o
problema são os divulgadores científicos: vide o que rola por aqui
na ciencialist... você, por exemplo.
> > Em suma: ou retrata-se fielmente uma paisagem ou cria-se uma
versão
> > da mesma. A ciência permite que exista fidelidade às formas. A
arte
> > permite que haja uma interpretação pessoal das mesmas.
>
> Sim, a arte combina o exterior e interior.
> O interior é abstracao. Dai vem a abstracao concreta,
> que retira da arte tudo o que é interior e que não é, ao mesmo
tempo,
> comum a todos, o universal.
> Absorveu?
L*: Mondrian pinta com uma "navalha" em lugar de espátula...
estraçalha as linhas e irrompe em um colorido esfuziante, cheio de
contrastes de cores que "gritam" aos olhos... "concretamente" como
o "universal" o é... lindo! Você está mais por fora que dente em
boca de banguela... :P
> > L: A realidade interior, ou o que é percebido pelo autor da
obra...
> > fantasia.
>
> Realidade interior, que vc tanto busca.
> Se é fantasia, acabou sua pesquisa.
> Vc chegou a uma conclusao!
L*: Um artista não pensa como um cientista... mas cientistas podem
e na verdade deveriam ter mais momentos "artísticos". Acredito que
só assim discussões como esta dariam lugar a algum entendimento. Ser
cético não é ser científico. Ser cético muitas vezes é ser
pernóstico e incapaz de enxergar um palmo além do nariz. E corto
minhas duas mãos como você nem é cientista, ou tenha cursado alguma
coisa relacionada à ciência ainda... se fosse, daria algum valor às
perguntas que lancei antes. A minha maior fantasia nesse momento é
acreditar que há algum ensejo de sua parte em trocar idéias... na
realidade você está só brincando. Prova disso são os unicórnios que
povoam seus devaneios céticos desprovidos de criatividade.
> > > quem cre vai pro alem, quem nao cre nao vai?
> >
> > L: Exactamente...
>
> baseado em que? no fato de estarmos aqui?
L*: Baseado na idéia de estarmos aqui porque assim o cremos... :)
Bisous, Lígia
SUBJECT: Fwd: Ciência & Sociedade n. 39 - Especial Missão ao Reino U nido
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 19:35
Vocês conhecem esse periódico por e-mail? Coisa fina.
Para receber, instruções no final.
Belisário
>From: "Centro de Estudos do Museu da Vida"
>
>Especial Missão ao Reino Unido
>
>Neste informe:
> * Missão de jornalistas científicos ao Reino Unido
>
> * Genes e comportamento humano afinal, qual é a relação?
>
> * Testes genéticos oferecidos diretamente à população
>
> * Clonagem de animais
>
> * Dialogue with the public: Practical guidelines
>1. Missão de jornalistas científicos ao Reino Unido Um grupo de quatro
>jornalistas brasileiros especializados na área de ciência passou, em fins
>de setembro, uma semana no Reino Unido, a convite do British Council.
>Missão: Percorrer os bastidores da nova biotecnologia naquele país. A
>visita incluiu um leque variado e interessante de pessoas e instituições.
>Como resultado desta visita, preparamos este especial de Ciência &
>Sociedade, que tem como objetivo dar a dica de alguns documentos
>interessantes que foram identificados naquele país. Além disto, o Centro
>de Estudos do Museu da Vida/COC/Fiocruz estará preparando, nos próximos
>meses, um material mais detalhado, a partir das entrevistas e visitas
>feitas na missão. Se quiser ler mais sobre a missão, leia o texto
>"Jornalistas brasileiros no Reino Unido", disponível em
>http://www.fiocruz.br/emvida/reinounido.rtf
>
>2. Genes e comportamento humano afinal, qual é a relação? Vários
>pesquisadores vêm buscando localizar genes específicos, ou grupos de
>genes, associados com características dos seres humanos tais como
>inteligência, comportamento anti-social e orientação sexual. Com
>finalidade de considerar as questões éticas, legais e sociais suscitadas
>por esses estudos na área da genética comportamental, foi lançado um
>documento provocativo e que promete causar controvérsias. Trata-se de
>Genetics and human behaviour: the ethical context, preparado pelo Nuffield
>Council on Bioethics, uma organização independente da Grã-Betanha. O
>Nuffield Council on Bioethics dispõe de outros documentos importantes
>sobre temas como xenotransplante, seleção genética, doenças mentais e
>genética, plantações geneticamente modificadas, patenteamento de DNA e
>terapia com células-tronco. Todos os documentos estão disponíveis
>gratuitamente em http://www.nuffieldbioethics.org/home/index.asp
>
>3. Testes genéticos oferecidos diretamente à população, sem qualquer
>controle, é tema em ebulição hoje no Reino Unido e que vem suscitando
>preocupação por parte dos governantes. Para refletir sobre como
>regulamentar tais testes, está sendo realizada uma consulta pública sobre
>o tema, em caráter de urgência, atendendo a solicitação de Ministros
>daquele país. Tal consulta está sendo conduzida pela Human Genetics
>Commission (HGC), que dá assessoria ao governo britânico sobre o impacto
>que os novos desenvolvimentos da genética podem ter sobre as pessoas e a
>área da saúde, com foco especial nas questões éticas e sociais. Com esses
>fins, a HGC disponibilizou em seu site um interessante documento que
>sumariza os principais pontos envolvidos no problema e apresenta uma série
>de questões sobre os mecanismos de controle existentes, possíveis
>desenvolvimento no futuro e a posição de outros países perante o tema ou
>em áreas comparáveis no campo da saúde e de proteção ao consumidor. O
>documento está disponível em <http://www.hgc.gov.uk/>http://www.hgc.gov.uk
>
>4. Clonagem de animais O Roslin Institute chamou a atenção da mídia com
>a clonagem da ovelha Dolly. Instituição de pesquisa dedicada aos estudos
>na área da genética, é "o local onde se busca fazer a distinção entre
>ficção científica e ciência", segundo Harry Griffin, diretor assistente de
>ciência e responsável pela intermediação do instituto com a mídia. Em seu
>site, no item "Public interest", estão disponíveis alguns textos sobre
>clonagem, que fazem um panorama geral da técnica aplicada a animais.
>Navegue em <http://www.roslin.ac.uk/>http://www.roslin.ac.uk/
>
>5. Dialogue with the public: Practical guidelines Nos últimos anos,
>houve uma mudança de perspectiva em relação à divulgação científica.
>Inicialmente, buscava-se a promoção da ciência por meio de uma melhoria da
>compreensão pública da ciência. Atualmente, a preocupação centra-se no
>reconhecimento de que a relação do público com a sociedade é complexa e
>dinâmica. Visando aumentar o diálogo da comunidade científica com o
>público, o documento Dialogue with the public: Practical guidelines foi
>confecionado pelo People Science & Policy Ltd & Taylor Nelson Sofres a
>pedido do Research Councils UK e do Office of Science and Technology,
>ambos do Reino Unido. Lançado em agosto último, está disponível na
>íntegra, gratuitamente, em
>http://www.research-councils.ac.uk/guidelines/dialogue/
>
>____________________________________________________________________________
>
>Ciência & Sociedade é o informativo eletrônico do Centro de Estudos do
>Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz). Coordenadora do Centro de
>Estudos e Editora de Ciência & Sociedade: Luisa Massarani. Colaboradores:
>Ildeu de Castro Moreira. Projeto gráfico: Luis Claudio Calvert Centro de
>Criação. Informações, sugestões, comentários, críticas etc. são
>bem-vindas, pelo endereço eletrônico
><mailto:cestudos@coc.fiocruz.br>cestudos@coc.fiocruz.br Se você não quer
>mais receber Ciência & Sociedade, utilize o mesmo email.
>
>
---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 20:12
Oi,
Lúcio: Não, é século passado mesmo. A primeira obra importante de
Freud depois que ele abandonou a barca furada da teoria da sedução
foi _A Interpretação dos Sonhos_, de 1900.
Manuel: Pois o movimento cético, para o qual a psicanálise é uma
pseudociência, em suas críticas a Freud sempre se esquece deste fato
importante: o abandono de Freud da teoria da sedução e a sua defesa,
a partir daí, da teoria da fantasia. A propósito, ver "Carta do
Equinócio", redigida em 21 de setembro de 1897. Foi nesta carta que
Freud anunciou esse abandono: "Não acredito mais em minha neurótica
(...) Rebeca, tire o vestido, você não é mais a noiva."
Segundo a teoria da sedução, a histeria teria a sua origem em abusos
sexuais reais ocorridos na infância. Mas muitos dados clínicos
fizeram com que Freud admitisse que, na maioria dos casos, os relatos
de suas pacientes histéricas eram fantasias elaboradas pelos doentes
(mas que nelas acreditavam sinceramente, como se fossem verdades) e
não tinham origem em fatos realmente acontecidos. Depois de constatar
isso, Freud não mais defendeu a idéia do trauma como causalidade
única da neurose. (Observe que a teoria da sedução de Freud
foi 'falseada' pelos dados clínicos, e quem a falseou foi o próprio
freud.)
Mas tem gente que esquece isso e teima em afirmar que a técnica
psicanalítica induz a elaboração de falsas memórias pelos pacientes,
e que os psicanalistas fazem tudo para que os neuróticos aceitem suas
falsas memórias como verdadeiras, o que têm levado muitos inocentes
para a cadeia. Não há dúvida que isso ocorre, mas considerar
esses "psicanalistas" (que não leram Freud) como representantes
autênticos de toda a categoria...
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 20:16
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 16, 2002 5:40 PM
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
>Pois e', nao conseguem para nada. O problema nao e' apenas da
hipotese genetica. Tbm nao conseguem para nenhum fator ambiental.
Quer dizer q. nao tem causa nenhuma?
Talvez não tenha. Pelo menos se, por "causa", você entender um fator único.
Pode ser que a esquizofrenia surja da combinação de toda uma série de
fatores, que incluiriam desde uma eventual predisposição genética até o
double bind. De modo que, em princípio, eu concordo com você quando diz:
>Nunca um fator isolado pode ser apontado como causa suficiente para
qq caracteristica biologica: seja um fator genetico, seja um fator
ambiental.
No entanto, apesar de achar essa hipótese plausível, eu devo confessar que,
particularmente, me inclino mais pra uma explicação psicológica. Eu acho que
a esquizofrenia surge quando o sujeito é confrontando com alguma situação ou
conteúdo que ele é incapaz de metabolizar, e que isso desestrutura seus
processos cognitivos. Outra hipótese da qual eu também gosto é a da
antipsiquiatria: o esquizofrênico é simplesmente alguém que estrutura sua
realidade segundo parâmetros diferentes dos aceitos pela coletividade. Isso
pressuporia, claro, que não existe nenhuma versão da realidade que seja
objetiva, e que as diferentes interpretações sejam mais ou menos
equivalentes, mas eu não tenho grandes dificuldades com esse pressuposto,
não.
>Em todo caso e' um exagero dizer q. nao conseguem 'apontar mais que
um tênue indício'. Os indicios nao sao acima de qualquer duvida
razoavel, mas sao mais do q. simplesmente tenues.
Essa avaliação, claro, é subjetiva: o que parece tênue pra mim pode não ser
pra você e vice-versa. Objetivamente, o que temos são dois tipos de indícios
estatísticos:
1. Diretos - uma correlação estatística entre a incidência da esquizofrenia
e determinados marcadores genéticos, como o gene D3.
2. Indiretos - uma correlação estatística entre a incidência da
esquizofrenia em um sujeito e a incidência da esquizofrenia em parentes
próximos.
Os estudos do primeiro tipo estão longe de ser conclusivos. Cada vez que
alguém publica um estudo desse tipo, logo surgem estudos contestando por
parte de pesquisadores que não conseguiram encontrar a mencionada correlação
ou pura e simplesmente apontando erros no estudo original - e o caso do D3 é
exemplar.
Já os estudos do segundo tipo não apontam necessariamente pra
hereditariedade. Poderiam ser igualmente explicados pelo fato de os parentes
compartilharem de uma mesma constelação familiar patogênica, por exemplo.
Portanto, até prova em contrário, eu ainda considero os resultados obtidos
até agora sobre as bases genéticas da esquizofrenia como tênues.
>Se aceitarmos q. o comportamento e' uma caracteristica
biologica, e' aceitavel supor q. haja alguma base genetica nisso --
sim, pode ser q. seja muito, muito basica -- e vale a pena investigar.
*Se* aceitarmos que o comportamento é uma característica biológica. Essa
ainda é uma questão em aberto, com defensores e detratores de ambos os
lados.
>Porem, discordo da critica q. parece defender o ponto contrario: a de
q. nao existe nem mesmo essa potencialidade.
Depende do que você quer dizer com "potencialidade". Ela pode significar
duas coisas:
a. A estrutura do cérebro é determinada geneticamente, mas não as conexões
neurais responsáveis pelo comportamento.
b. Tanto a estrutura do cérebro quanto as conexões neurais são determinadas
geneticamente.
O ponto (a) é quase um truísmo. Já o ponto (b), como eu disse, à luz dos
resultados obtidos pelas neurociências, me parece bastante discutível.
>Nao diria ja' q. se trate de uma outra questao. Como eu disse, seria
um exemplo extremo. (Estou assumindo uma especie de linha continua
entre o geneticamente determinado e o ambientalmente determinado.)
Ok, assumindo esse espectro, eu acredito que as psicoses estão no outro
extremo. No caso da síndrome de Down, os fatores externos praticamente não
têm nenhum peso na doença em si e só vão se refletir na menor ou maior
facilidade do portador conseguir superar as limitações impostas pela
síndrome e se integrar à sociedade. No caso da esquizofrenia, seria o
contrário.
>Nao nos esquecamos q. nao obstante em um mesmissimo ambiente existe
diferencas de respostas.
O problema aqui é assumirmos uma estrutura dualista: ou hereditariedade ou
ambiente. Se um determinado elemento não pode ser explicado pelo ambiente,
ele tem necessariamente que ter uma explicação genética, e vice-versa.
Talvez o quadro seja mais amplo e alguns pesquisadores sugerem até mesmo a
inclusão de fatores puramente aleatórios pra explicar as características
individuais. Um exemplo? Alguns físicos e matemáticos estão tentando
construir um modelo pro funcionamento do cérebro com base na mecânica
quântica. De acordo com o Roger Penrose, a consciência surgiria do colapso
de superposições quânticas no interior das microtubulinas dos neurônios.
Nesse caso, ao lado do ambiente e da hereditariedade, entraria no jogo a
indeterminação quântica. Não digo que a proposta do Penrose seja
convincente, porque não é. Mas mostra que talvez seja possível abrir mais o
leque e fugir ao dilema ambiente/genética.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 20:21
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 16, 2002 5:44 PM
Subject: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
>Qdo ela nao atenta para essa questao, ela comete um erro grave. Mas
isso nao elimina sua potencialidade. (Nao penso q. esse erro seja um
aspecto geral da psicologia evolutiva, nem dos psicologos evolutivos
atuais.)
Olha, de tudo que eu tenho visto até agora, presumo que seja um aspecto
geral, sim. Essas hipóteses sempre partem do princípio de que uma
determinada característica atual - por exemplo, o fato das mulheres terem
uma predisposição mais doméstica do que os homens ou dos homens serem mais
agressivos do que as mulheres (características, aliás, que nem são tão mais
atuais assim) - sempre tenham existido e permaneceram constantes desde a
pré-história. Ora, qualquer iniciante em etnografia pode citar dezenas de
exemplos de sociedades em que esses traços ou bem estão ausentes, ou bem são
invertidos. Pra não ficar no abstrato: _Sexto e Temperamento_, de Margareth
Mead, analisa sociedades das ilhas Tobriand em que a distribuição de papéis
entre homens e mulheres é exatamente o contrário do que sempre ocorreu na
nossa cultura, e onde, conseqüentemente, os traços psicológicos masculinos e
femininos também são opostos aos nossos.
Abs.
L.
SUBJECT: Faça o que digo...
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 20:31
Da série: faça o que digo mas não faça o que faço senão... invadimos!
[]s
José Renato
___________________________________
A TARDE 13/10/2002 - Internacional
< http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=10&ano=2002&id_subcanal=15&id_materia=2032 >
Estados Unidos
EUA dão mau exemplo na questão ambiental
Baltimore (EUA) - "Se queremos liderar o mundo, não podemos ir a outros países e dizer não façam o que estamos fazendo". Assim o governador do Estado norte-americano de Maryland, Parris N. Glendening, resumiu suas críticas à política ambiental dos Estados Unidos, em discurso na Conferência da Sociedade de Jornalistas Ambientais (SEJ), anteontem, em Baltimore. "Os EUA demonstraram sua capacidade de liderança, em assuntos como a Guerra Fria, na defesa do livre comércio e na guerra contra o terrorismo, mas na hora de combater as verdadeiras ameaças a nosso meio ambiente os Estados Unidos, como nação, não têm agido como líder mundial", disse.
Maryland, há oito anos sob o governo de Glendening, é reconhecido como um dos Estados mais avançados em termos de promoção de crescimento econômico sem destruição ambiental. Tem a mais alta renda familiar do país e as mais baixas taxas de pobreza e pobreza infantil. Glendening conseguiu implementar o que eles chamam de Crescimento Inteligente (Smart Growth), combatendo a urbanização excessiva e promovendo a despoluição da Baía de Chesapeake, através da redução das descargas de esgotos e efluentes industriais e da recuperação da vegetação das margens dos rios, que nela desembocam. A experiência é considerada um modelo mundial de sucesso.
Em seu discurso, o governador destacou os comentários feitos por autoridades brasileiras, quando de sua visita ao Rio de Janeiro, há três anos, para conversar sobre o programa de despoluição da Baía de Guanabara. "As lideranças ambientais brasileiras me mostraram o quanto estamos construindo nossa prosperidade às custas do nosso ambiente", disse.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 21:28
Sérgio,
De que cor você está falando? Da cor dos quarks? Cromodinâmica quântica?
Será que é possível que algum terapeuta tenha confundido esses termos? Não
sei, mas tenho a impressão que quando esse pessoal fala de MQ (Deepak
Chopra, por exemplo), eles se referem à MQ não relativística, primeira
quantização.
[ ]s
Alvaro
>
> Depois eu fiquei pesando...que a confusão da msg original poderá vir do
> facto de em fisica cor ter um significado bem ligado com MQ. Mas esta cor
é
> uma propriedade das particulas matematizada pela electrodinamica
quantica,
> que é fisica quantica. Esta cor nada tem a ver com as cores da
cromoterapia.
> Tlv o problema não seja os defensores das pseudo-ciencias usarem a MQ
para
> impor respeito (?) e medo (? - medo de q?) Mas que as pessoas comuns não
> fazem a minima ideia do que MQ seja e confundam "cor" (amarelo,
azul,verde )
> com Cor, propriedade fisica das particulas.
>
> Sérgio
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Nos olhos dos outros...
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 22:28
Lígia Gallo escreveu
"Lisandro...
Vejo que você chega a conclusões precipitadas... leia a primeira
resposta que enviei ao Belisário. FQ não se aplica a quaisquer
fenômenos que não sejam referentes a átomos, partículas e sub-
partículas... Você pega o bonde andando, dá palpites sem saber
do que se tratam os assuntos... "
Lígia,
Estou errado ou aqui você tratou o Lisandro de modo semelhante ao que você
diz ser tratada pelo Álvaro?
Será que foi bom para o Lisandro? Pois você parece não gostar...
Um abraço,
Vizzoni
>From: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Resumo 1053
>Date: 16 Oct 2002 20:40:24 -0000
>
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>Existem 25 mensagens sobre este tópico.
>
>Tópicos contidos neste resumo:
>
> 1. Re: Re: Cromoterapia - pergunta
> De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> 2. Re:Pesquisa
> De: "mgmcosta" <MGMCOSTA@BOL.COM.BR>
> 3. Re: Cromoterapia - pergunta
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 4. Para mgmcosta...
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 5. Re: Cromoterapia - pergunta
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 6. Re: Re: Cromoterapia - pergunta
> De: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
> 7. FEIRA DE CIENCIAS
> De: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
> 8. Re: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
> De: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
> 9. Re: RES: Conversa de botequim
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 10. Re: Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
> De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> 11. Re: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
> De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> 12. Re: Cromoterapia - pergunta
> De: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
> 13. Re: Re: Cromoterapia - pergunta
> De: lpereira@smsdemag.com.br
> 14. Re: UM CRIADOR
> De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> 15. Re: Re: evolução e criacionismo
> De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> 16. Re: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
> De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> 17. Re: Críticas e Sugestões.
> De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> 18. Re: Cromoterapia - pergunta
> De: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
> 19. Re: Pitaco em: Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata,
>junte-se a nós)
> De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> 20. Re: Re: Cromoterapia - pergunta
> De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> 21. Re: Cromoterapia - pergunta
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 22. Re: Cromoterapia - pergunta
> De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> 23. Re: Cromoterapia - pergunta
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 24. Re: Re: Cromoterapia - pergunta
> De: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
> 25. Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
> De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 1
> Data: Wed, 16 Oct 2002 15:41:57 -0300
> De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> Assunto: Re: Re: Cromoterapia - pergunta
>
>Whatever, It's all the same B.S....
>
>[ ]s
>
>Alvaro
>
>
>-----Mensagem Original-----
>De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: Quarta-feira, 16 de Outubro de 2002 15:36
>Assunto: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
>
>
>Pitaco: O vermelho para os russos significa "beleza". Deve-se ao
>fato de, no passado, o corante utilizado para produzir a cor vermelha
>ser caro e apenas destinado ao tingimento de tecidos destinados ao
>uso pela nobreza. Um dos fatores que fez os bolcheviques escolherem
>a cor vermelha para a bandeira comunista era fazer o vermelho,
>símbolo de um bem inacessível aos mais pobres, chegar a todos. Os
>chinezes adotaram a cor da mesma forma após aderirem ao comunismo.
>
>Bem, na china o vermelho era a cor que representava a alegria...
>principalmente dos que viviam na corte, únicos também capazes de ter
>acesso aos tecidos tingidos naquele tom. Haja visto a predileção
>pela construção de seus palácios na cor vermelha. O poder era
>vermelho para aqueles povos.
>
>Já para nós, pode significar guerra, sedução, volúpia...
>
>Lígia
>
>*************************************
>
>
>--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
><alvaro@l...> escreveu
> > Caro Sandro,
> >
> > Não sei quanto ao Japão, mas na China e na Rússia (também não sei
>se em
> > todas as partes desses países gigantes) o vermelho está relacionado
>à
> > alegria. Imagino que um russo, quando encontra outro, diga: "E daí,
> > camarada, tudo vermelho?" Por outro lado, nós dizemos "tudo azul",
>o que
> > para um norte-americano significa outra coisa.
> >
> > Agora, você tem razão, essa lista está ficando muito esotérica,
>muito
> > filosófica, muito cheia de jogos de palavras. Talvez seja apenas
>uma fase
> > ... espero ...
> >
> > (Origado pela sua mensagem do dia do professor. Infelizmente o seu
>relato
> > não me surpreende.)
> >
> > [ ]s
> >
> > Alvaro
> >
> >
> > > A Ciencialist está ficando EsotericaList... :-)
> > >
> > > Cromoterapia e Física Quântica à parte, não seria interessante
>considerar
> > a
> > > questão da influência social sobre as cores? Se o vermelho
>significa
> > sangue,
> > > vida (ou algo similar) para nós brasileiros não infere que para
>um
> > > aborígene teria o mesmo significado. Não tenho como confirmar mas
>já li
> > que
> > > a cor branca significa luto no Japão ou na China. É aquela
>questão de
> > > relativismo, simbolismo, etc...
> > >
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 2
> Data: Wed, 16 Oct 2002 15:38:13 -0300
> De: "mgmcosta" <MGMCOSTA@BOL.COM.BR>
> Assunto: Re:Pesquisa
>
>pra falar a verdade eu gostaria de parar de receber a
>quantidade de mensagens que estou recebendo desta galera
>inteira do ciencialist. Não é nada de mal, que minha
>caixa está com mais ou menos 100 mensagens de manhã e
>100 a tarde. Não consigo trabalhar e receber meus
>projetos. Vc poderia me ajudar de alguma forma?
>Já estive navegando pela página pra ver se encontro
>alguma forma de cancelar meu nome ou endereço, mas não
>consigo encontrar e nem sei como ou quem apareceu com
>meu endereço.......
>
>Desculpe pelo desabafo, mas vc pode me ajudar???
>mgm
>
>
>__________________________________________________________________________
>Encontre sempre uma linha desocupada com o Discador BOL!
>http://www.bol.com.br/discador
>Ainda não tem AcessoBOL? Assine já! http://www.bol.com.br/acessobol
>
> ----------
>
>Boa Tarde a todos.
>
> Estive procurando, sem sucesso, em Minas Gerais alguma
>biografia ( qualquer informação adicional ) a respeito do padre Jean
>Meslier ( 1678-1733 ). Ele foi durante a sua vida um padre "exemplar" que
>seguia todos os preceitos da Igreja Católica da sua época. Alguns anos
>antes de morrer ele deixou um testamento que criticava os abusos cometidos
>pela Igreja Católica no seu tempo. Suas críticas foram tão penetrantes que
>poucas pessoas conseguiram superá-las.
> A minha única fonte de consulta foi o livro História da Civilização
>Vol. IX de Will Durant editado pela editora Record e alguns parcos textos
>encontrados através do Google.
> Gostaria de saber se algum de vocês poderia indicar alguma obra (
>autor, ano de publicação e editora ) que tivesse o testamento publicado por
>ele.
>
> Atenciosamente:
> Lisandro de Souza
>
>
>
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 22:36
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 16, 2002 6:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo
>Opa, então concordarmos e a polêmica era uma polêmica falsa.
Aparentemente, era. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Nos olhos dos outros...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 22:38
Eu também fiquei com essa leve impressão, com a diferença que eu acho que é
dessa maneira que o Sérgio me trata, hehe...
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Lígia Gallo escreveu
>
> "Lisandro...
> Vejo que você chega a conclusões precipitadas... leia a primeira
> resposta que enviei ao Belisário. FQ não se aplica a quaisquer
> fenômenos que não sejam referentes a átomos, partículas e sub-
> partículas... Você pega o bonde andando, dá palpites sem saber
> do que se tratam os assuntos... "
>
>
> Lígia,
>
> Estou errado ou aqui você tratou o Lisandro de modo semelhante ao que
você
> diz ser tratada pelo Álvaro?
>
> Será que foi bom para o Lisandro? Pois você parece não gostar...
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 22:54
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 16, 2002 8:12 PM
Subject: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e
criacionismo - Takata, junte-se a nós)
>A propósito, ver "Carta do
Equinócio", redigida em 21 de setembro de 1897. Foi nesta carta que
Freud anunciou esse abandono: "Não acredito mais em minha neurótica
(...) Rebeca, tire o vestido, você não é mais a noiva."
Sim, essa carta é um dos momentos mais comoventes da história da ciência.
Depois de anos dando o sangue por uma teoria, Freud foi forçado por suas
próprias pesquisas a admitir que estava errado - e admitiu. Jogou tudo no
lixo e partiu do zero de novo. Aceitando ou não, no todo ou em parte, o
edifício psicanalítico que ele construiu depois, fica difícil questionar a
honestidade intelectual de alguém capaz de um gesto desses. Fosse Freud o
charlatão que seus detratores gostam de pintar, ele não teria feito isso.
Continuaria com a sua neurotica, cobrando caro dos pacientes e enchendo a
burra de dinheiro, sem qualquer compromisso com o que ele acreditava ser a
verdade.
>Mas tem gente que esquece isso e teima em afirmar que a técnica
psicanalítica induz a elaboração de falsas memórias pelos pacientes,
e que os psicanalistas fazem tudo para que os neuróticos aceitem suas
falsas memórias como verdadeiras, o que têm levado muitos inocentes
para a cadeia. Não há dúvida que isso ocorre, mas considerar
esses "psicanalistas" (que não leram Freud) como representantes
autênticos de toda a categoria...
As pessoas que fazem esse tipo de acusação nunca se deram ao trabalho de
abrir um texto de psicanálise. Essa ressurreição anacrônica de uma teoria
que o próprio Freud já tinha descartado há mais de um século não foi feita
pela psicanálise, mas por uma linha de psicoterapia chamada de "terapia de
recuperação da memória". As técnicas que ela usa pra supostamente resgatar
essas memórias reprimidas são exatamente as mesmas técnicas de regressão
hipnótica usadas pela terapia de vidas passadas pra levar as pessoas a
"recordar" suas outras encarnações, e pelos ufólogos pra "recuperar" a
memória de abduções por aliens. Quem quer que tenha a mais mínima noção
sobre psicanálise e a história do movimento psicanalítico vai saber que,
junto com a teoria da sedução, Freud também descartou completamente o uso
terapêutico da hipnose.
Outro exemplo de como boa parte das críticas à psicanálise parte de pessoas
que podem ser muito competentes em suas respectivas áreas, mas que de
psicanálise não manjam picas, é o estudo sobre os sonhos que a revista
_Science_ publicou em 1998, de autoria de pesquisadores do National
Institute of Health e do Walter Reed Army Institute of Research. Depois de
esquadrinhar o cérebro das pessoas adormecidas através de tomografia por
emissão de pósitrons e constatar que os lobos pré-frontais, que são a sede
das funções superiores da consciência, ficam inativos durante o sono REM
(isto é, durante o período dos sonhos), e conseqüentemente, a localização
mais provável do ego freudiano, proclamaram que sua pesquisa (cito do livro
do John Horgan) "solapava a concepção freudiana de que os sonhos representam
impulsos libidinosos brutos que são filtrados e transformados em símbolos
enigmáticos pelo ego". Se nossos bravos desmistificadores tivessem se dado
ao trabalho de ler _A Interpretação dos Sonhos_, teriam visto que a
inatividade do ego durante o sonho é um pressuposto da teoria freudiana
sobre os sonhos: é graças a ela que os impulsos reprimidos no inconsciente
conseguem driblar a censura da consciência (que, mais tarde, Freud chamaria
de superego). Portanto, longe de solapar a teoria freudiana dos sonhos, essa
pesquisa é um apoio *a favor dela*.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 22:58
Olá André,
André: Reprodução e sobrevivência. muitas vezes esquecemos que a
sobrevivência é mais importante do que a reprodução (mortos não
> trepam)...
Manuel: Mas tem quem trepe com morto e tenha preferência por isso. O
nome dessa 'perversão' é necrofilia. Aliás, as parafilias
ou 'perversões" (não gosto deste último termo) indicam o quanto a
sexualidade humana está dissociada da função de reprodução. Ademais,
importa lembrar que as parafilias não são idiossincrasias ou
exceções, mas desvios altamente recorrentes do padrão sexual e que se
verifica em qualquer cultura.
O que me faz esquercer, às vezes, que a sobrevivência é mais
importante que a reprodução é o fato de muita gente literamente
perder a cabeça por um belo rabo. :-)
André: A testosterona é um hormônio que esta tanto ligado à
agressividade quanto à libido, mas isso não siginifica que uma coisa
esteja ligada a outra.
Manuel: estão 'quimicamente' ligadas através da testosterona e também
pelo fato de os rituais agonísticos e de manutenção da hierarquia
social derivarem dos rituais de corte e acasalamento. Aliás, é bom
frisar que, assim como um automóvel não é apenas um meio de
transporte mas também um símbolo de status, entre os primatas o pênis
não é apenas o órgão sexual masculino (e órgão excretor), mas é
também um símbolo de poder e dominância -- e tudo indica que é inato -
- em torno do qual se estrutura a ordem hierárquica. Será que isso se
deu por acaso? -- "Os macacos-de-cheiro (...) apresentam uma espécie
de ritual ou exibição que executam quando se cumprimentam. Os machos
mostram os dentes, sacodem as barras da jaula, emitem um guincho
agudo (...) e erguem suas pernas para exibir o pênis ereto. (...) O
animal dominador na colônia e definitivamente o exibidor mais ativo
(...) responsável por dois terços da exibição genital." (C. Sagan; Os
Dragões do Éden; p. 35)
A testosterona, o hormônio masculino, não é responsável pela
agressividade, mas pelo 'prazer' da agressão. A testosterona é o
hormônio responsável tanto pelo 'prazer' sexual (mulheres cujo
organismo não produz testosterona também não experimentam orgasmo)
quanto pelo 'prazer' que se obtém através de jogos competitivos e
agressivos. A testosterona participa da química da agressividade como
atividade lúdica, 'prazerosa' (claro que existem coadjuvantes da
testosterona tanto no sexo como no jogo, caso da dopamina e da
serotonina). Experimentos realizados com jogadores de basquete
mostram que, após a partida, o nível de testosterona no corpo dos
atletas do time vencedor não só é mais elevado que o dos atletas
perdedores como também mantém-se alto por um longo tempo, quando não
continua crescendo. Também é verdade que os vencedores tornam-se
sexualmente mais sedutores; não para todas as mulhares, claro, apenas
para as normais, re re!
André: Entre certos lutadores de boxe e jiu-jitsu também. Mas para a
maioria dos mortais a sinalização de cópula é bem diferente da
sinalização de luta, concorda?
Manuel: Não obstante, a sinalização de luta entre as pessoas está
repleta de referências a sexo aqui, na China, na Chechênia e até em
Pasárgada (só não no País das Maravilhas, creio). Com freqüência
chamamos nossos desafetos de "veado", filho-da-"puta", "corno",
desejamos que eles "se fodam" ou que "tomem na b...", damos-
lhes "cotoco" ou "banana" (símbolos "fálicos") e os mais vulgares
chegam mesmo a gritar ao mesmo tempo que seguram o próprio
sexo: "Aqui, ó!" -- Os demais primatas também fazem isso, só que com
menor riqueza simbólica.
Manuel: "Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e
reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores
adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e
são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos das castas
superiores".
André: Sobrevivência.
Manuel: Nas comunidades filopátricas masculinas (chimpanzés, bonobos,
etc.) os machos subalternos adotam tal "posição sexual submissa"
frente aos machos dominantes muitas vezes voluntária e gratuitamente,
isto é, eles "se aprazem" com tal atitude. Os subalternos não só
temem como "amam" os superiores e gostam de demonstrar isso. Na
verdade, são poucos os puxa-sacos por conveniência; a maioria dos
bajuladores o são por convicção.
Manuel: Freud afirmava que a libido é a energia motriz da maioria dos
processos oníricos.
André: E o medo de morrer, porque não? Se fulano sonha que está sendo
perseguido por um assaltante, porque isso não pode ser visto como uma
representação simples e direta de uma ameaça familiar (ao invés de
uma representação simbólica de desejos sexuais ocultos).
Manuel: Falei "da maioria". Assim como a determinação dos genes
(segundo Dawkins), a determinação da libido é também estatística.
André: Mais uma vez, a testosterona é apenas um hormônio, não é um
processo mental. Testosterona não é sexo. O fato do bebê ter um pico
de secreção de testosterona não significa que ele esteja tendo
fantasias eróticas.
Manuel: Significa sim. Sem a crise hormonal pós-natal não haveria
erotismo infantil. Há um vasto material que comprova a existência de
um erotismo infantil. Eu próprio tenho lembranças de algumas das
minhas experiências eróticas (masturbações) da primeira infância.
Será que sou doente? Será que os meus dois filhos também são doentes?
Aliás, tenho acesso a um caderno em que uma determinada mãe anotou as
gracinhas do seu filhinho. Numa delas consta que o pimpolho, quando
tinha 5 aninhos (que bonitinho!) perguntou pra ela: "manhê, por que é
que quando eu penso imoralidade a minha pinta fica dura?"
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 23:01
Populae,
Obrigado pelas respostas. Ainda não pude ler todos os e-mails, na
verdade.
Apropó: a dona da pergunta não tem tanta culpa, ela simplesmente
não sabe mecânica quântica ou a relação entre ciência e pseudociência. O
que é muito natural, dada a espécie de difusão de conhecimento que temos de
MQ por aí. O cara ouve falar em terapias alternativas, e que a MQ "explica
muito bem" o assunto, e aí quer saber mais, como deve ser. Chega em uma
livraria ou biblioteca e os livros que falam de MQ estão todos em um
impenetrável "fisico-matematiquês". Há alguns livros de divulgação, mas
esses não dizem nada sobre cromoterapia, claro. A maior parte dos livros
acessíveis são justamente os de esoterismo - há vários livros de esoterismo
com a palavra quântica no título. Além disso, o falatório do lado da
pseudociência é muito maior do que do lado da comunidade científica - que,
aliás, muitas vezes assume uma postura meio arrogante, dizendo que isso não
tem nenhum fundamento e ponto final. O resultado é que muitas pessoas ouvem
falar de "impertinências quânticas", mas não têm a contrapartida da
comunidade científica, e aí ficam pensando que a coisa tem realmente
embasamento científico. Certa vez comentei com uma amiga que a física
quântica não tem nada a ver com a interação entre o espírito e a matéria, e
ela se mostrou surpresa, pois achava que essa relação era sustentada pela
comunidade científica, posto que ela ouvia muito falar disso, mas não ouvia
cientistas dizendo que não era verdade.
Belisário
> > >>Estou fazendo uma pesquisa p/ o mestrado sobre as terapias
>alternativas
> > >>(energia), e sei que a física quântica consegue explicar muito
>bem a ação
> > >>das mesmas,mas
> > >>minha formação é em enfermagem o que dificulta muito a
>compreenção dos
> > >>livros de f.q.. Se possível gostaria de saber qual a explicação
>p/ os
> > >>benefícios conseguidos através da cromoterapia.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2002 23:31
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 16, 2002 6:46 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>1) Lá pq eu lhe respondo não significa que esteja sempre a falar de ti, ou
contigo. É por isso que todos recebem os mesmos mails.
Grato pelo esclarecimento.
>Quando o Hawking esceve ele pode estar escrevendo que o universo *pode* ter
começado se certa forma. Mas quando as pessoas o citam, elas tentdem a
aceitar que ele começou assim mesmo.
Isso é um problema das pessoas, não da teoria.
>Me desculpe, mas eu não o posso considerar assim quando vc me diz que "os
fisicos não sabem o que causa o colapso da função de onda" (sic). Não leve
mal ,ok?
Eu poderia escrever um mailmute como o anterior com textos dos próprios
físicos, desde os primórdios da teoria quântica até o ano passado discutindo
o problema da medição, mostrando que ele *continua* sendo um problema e que,
apesar de várias respostas terem sido propostas, nenhuma delas é consensual.
Poderia até mesmo sumarizar, como cheguei a fazer em outra lista, quais são
as principais explicações e alternativas ao colapso da função de onda (como
a teoria dos múltiplos mundos, por exemplo, que não aceita a existência do
colapso), bem como tecer considerações sobre as vantagens e desvantagens
teóricas de cada uma delas. Mas não vejo sentido nisso. Possivelmente você
consideraria que nenhum dos físicos e matemáticos que se ocuparam do
problema, de John von Neumann a Roger Penrose (que admite o colapso da
função de onda), passando por John Wheeler (que propôs vários modelos,
alguns dos quais envolvem o colapso da função de onda e outros não) e Hugh
Everett (que não admite o colapso da função de onda), pode ser considerado
sequer um leigo bem-informado. Aparentemente, a única pessoa bem-informada
no universo é você e todos os que não concordam com você são umas bestas.
Então, não vejo sentido em continuar entupindo a caixa postal dos outros com
este debate inútil.
>Vc já parou para estudar o que é o colapso da função de onda ?
Já.
>Vc já tentou entender de onde vem esse nome ?
Não só tentei, eu *sei* de onde vem esse nome. Assim como sei o que
significa superposição coerente, problema da medição, a tralha toda.
>Acho, em boa vontade, que se o tivese feito, não usaria estes argumentos e
exemplos
Você pode achar o que quiser, e de fato tem muita vontade aí. Não sei se
boa.
>Isso não é da minha incumbência.
Pois é. Como você vê, eu não me limito a uma área, tento entender a
atividade científica em todos os seus aspectos, por isso eu sei que todos
eles envolvem questões controversas, teorias provisórias, debates intensos e
interpretações conflitantes.
>Vc já parou para estudar a formula da relatividade ?
Já. Inclusive nos textos originais de Einstein.
>Vc sabe melhor que eu que vc não sabe o que "fisica contemporanea" é .
Não, desculpe, eu não sei *nada* melhor do que você. Nem eu, nem qualquer
outro ser pensante do universo. Se é que, do teu ponto de vista, há outros
seres pensantes no universo.
>Não me intreprete mal
Acho difícil interpretar você mal nesse aspecto. Em vez de debater as
idéias, você prefere desqualificar intelectualmente o adversário. Eu poderia
partir pra mesma tática e insistir na estranheza de alguém que se diz físico
nunca ter ouvido a expressão "continuum espaçotempo", que pode ser
encontrada, no entanto, em qualquer texto de física, inclusive do próprio
Einstein (_A Teoria da Relatividade Geral e Especial_: "O *espaço* é um
contínuo tridimensional. [...] De maneira análoga, o mundo dos eventos
físicos, que Minkowski chama simplesmente o 'mundo', ou 'universo', é
naturalmente de quatro dimensões no sentido espaço-temporal. [...] Neste
sentido, o 'universo' é também um contínuo [...]"). Poderia argumentar que
esse desconhecimento mostra, mais do que qualquer outra coisa, quem é que
não faz a menor idéia do que está falando. Mas não vou partir pra essa
estratégia. Estou interessado em debater idéias, não em vencer uma discussão
ou calar a boca do oponente.
>O principio de causalidade NUNCA e repito NUNCA é violado em nada do que os
fisicos façam.
Isso é o que *você* diz. Não é o que dizem Bohr e Heisenberg. Longe de mim
querer endeusá-los, mas entre o que eles dizem sobre a mecânica quântica e o
que diz você, prefiro ficar com eles. Não me interprete mal - eles são os
pais da criança, presumo que a conheçam melhor do que você.
>Mas hei! vc poderá sempre tentar convencer-me dadno exemplo de como o salto
quantico viola esse principio.
O debate Bohr-Einsten lida amplamente não só com a questão da causalidade,
mas com a de vários outros princípios da física clássica questionados pela
teoria quântica (Bohr: "Desde o começo, a principal questão em debate foi a
atitude a adotar PERANTE O AFASTAMENTO DOS PRINCÍPIOS COSTUMEIROS DA
FILOSOFIA NATURAL[*] característico do desenvolvimento inédito da física que
foi iniciado no primeiro ano deste século, pela descoberta do quantum
universal de ação por Planck."). Não vou esmiuçar a questão aqui. Não tenho
saco pra ser chamado de ignorante depois de passar os últimos dez anos
mergulhado no estudo da mecânica quântica. Se tiver algum interesse, você
que se reporte aos textos sobre o assunto. Mas depois que você escreveu que
Einstein *não entendeu* a mecânica quântica (que Bohr mesmo reconhece que
ele entendia perfeitamente, sim - apenas não conseguia aceitar suas
conclusões), suspeito que vai acabar dizendo que o próprio Bohr não sabia do
que estava falando. De fato, acredito que só você saiba do que está falando.
Se algum dia alguém inventar uma máquina do tempo, você poderia voltar ao
início do século passado e dar algumas aulas a Einstein sobre a relatividade
e a Bohr sobre a mecânica quântica. Talvez você pudesse até mesmo explicar a
Hubble o que é o efeito Hubble. Seria uma contribuição inestimável ao
progresso da ciência.
[*] Antes que você diga que estamos tratando de física, e não de filosofia,
esclareço que "filosofia natural" é um termo arcaico pra física, mas que
ainda estava em uso no começo do século XX.
>Ler livros é importante, desde que sejam os livros certos.
É, tem razão, eu devo estar lendo os autores errados. Heisenberg, Bohr,
Einstein - pra não falar do Stephen Hawking que, como sabemos, não passa de
um qualquer: o que esses caras podem me ensinar sobre física, afinal de
contas?
>E eu não sei se vc entende a profundidade disto
Eu? Não entendo a profundidade de nada, meu amigo. Nem eu, nem ninguém. Só
você.
>(Um espaço com singularidades não é continuo)
Diz isso pro Einstein e pro Minkowski (a citação correspondente tá lá em
cima no email, você pode verificar no livro por você mesmo).
>Viu ? cá está: um ponto onde tudo converge.
Que era exatamente o que eu estava dizendo, mas você enfiou na cabeça que eu
estava defendendo que o universo surgiu do nada e não há Cristo que consiga
tirar isso da tua cabeça, mesmo que eu tenha explicado o mal-entendido
várias vezes. Mas, ei, quem sou eu pra tentar te explicar alguma coisa? É
mais provável que você tenha razão, não devo ser capaz de entender nem mesmo
o que eu estou dizendo...
>O que não significa que "centro de BN" seja o mesmo que "ponto de BB" como
vc tem vindo a insinuar.
Eu não disse que era o mesmo. Nem sequer insinuei. Disse que era uma
singularidade *do mesmo tipo*, o que Paul Davies também afirma com todas as
letras.
>Não.
>Vc não entendeu que não passa de um problema matemático e
se apoia apenas em opiniões para dizer que é um problema fisico.
Que parte de "sua natureza é local e física - E NÃO MERAMENTE MATEMÁTICA"
você não conseguiu entender?
Resumo da ópera, Sergio: o que começou como uma discussão sobre idéias está
rapidamente descambando para uma argumentação ad hominem. Como disse, não
estou interessado em debater nada com alguém cuja tática preferida é
desqualificar intelectualmente a outra parte. No que me diz respeito, esta
discussão está encerrada. Continue com as suas certezas absolutas e faça um
bom proveito delas. Da minha parte, fico aqui com as minhas dúvidas e a
aceitação provisória das teorias que me parecem verossímeis - dentro do meu
parco entendimento de ignorante que não pode sequer ser considerado um leigo
bem-informado, mas que é o *meu* entendimento e me serve muito bem.
Saudações
L.
SUBJECT: Re: Nos olhos dos outros...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2002 23:37
--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> Lígia Gallo escreveu
>
> "Lisandro...
> Vejo que você chega a conclusões precipitadas... leia a primeira
> resposta que enviei ao Belisário. FQ não se aplica a quaisquer
> fenômenos que não sejam referentes a átomos, partículas e sub-
> partículas... Você pega o bonde andando, dá palpites sem saber
> do que se tratam os assuntos... "
>
>
> Lígia,
>
> Estou errado ou aqui você tratou o Lisandro de modo semelhante ao
que você
> diz ser tratada pelo Álvaro?
>
> Será que foi bom para o Lisandro? Pois você parece não gostar...
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
Obrigada por me alertar, Vizzoni. Hoje eu não estou lá muito bem...
TPM + excesso de calor e um trabalho que não andou a tarde toda...
mas nada disso seria motivo para tratar o Lisandro mal. Foi mal...:(
Agora... será que o Álvaro tem TPM?
Beijos, Lígia
SUBJECT: Científico ou especulação
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 00:16
O modus perguntas e resposta com que se trabalha aqui na lista, o seu conteúdo, pode ser considerado científico ou é apenas mera especulação?
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 01:01
Ligia Gallo wrote:
> L*: Com bases no que pessoas com problemas na química cerebral
> reportam... e vivenciam em suas bad trips esquizofrênicas...
E o que indica que nao seja ilusao somente?
> L*: Nananinanocas... arte é o que se obtém quando alguém, possuído
> por "forças místicas" denominadas inspiração, criatividade e talento,
> CRIA uma obra que interpreta a realidade com bases daquilo que ele é
> capaz de absorver da mesma, fazendo uso de determinadas técnicas,
> quer estas tenham sido aprendidas ou não.
tambem,
tirando as "forcas misticas"...
> "História da arte" é o que os que não são artistas
> ( mas amam catalogar e dar nomes aos burros ) criam...
Os proprios artistas criam a Historia da Arte.
Caso contrario nao perderiam tempo criando correntes
e escrevendo manifestos.
Dizer que ela nao tem valor é uma grande asneira.
> e gente que não sabe sequer segurar num pincel normalmente
> deleita-se ao ler sobre arte, mal sabendo o que se dá na mente de
> quem cria alguma coisa artística.
> Sabe pintar?
teclo com vc olhando pro Ganesh na minha parede azul.
> E quando você ouve uma sinfonia, você só escuta os
> instrumentos?
depende... se tiver vocais eu os ouco tambem.
e tb faco musica.
> Ciência requer tudo o que a arte requer...
> o problema são os divulgadores científicos: vide o que rola por aqui
> na ciencialist... você, por exemplo.
posso dizer o mesmo de vc... ;)
> L*: Mondrian pinta com uma "navalha" em lugar de espátula...
> estraçalha as linhas e irrompe em um colorido esfuziante, cheio de
> contrastes de cores que "gritam" aos olhos... "concretamente" como
> o "universal" o é... lindo! Você está mais por fora que dente em
> boca de banguela... :P
Agora melhorou. Só nao vejo tantos contrastes, acho que eles sao bem
medidos, as cores sao vibrantes, mas sempre ha equilibrio.
Vc disse que sua obra era fruto de uma mente conflitante...
Na verdade era... Mondrian era adepto da teosofia, influencia da
educacao
calvinista da qual nunca conseguiu se libertar totalmente... :)
> L*: Um artista não pensa como um cientista... mas cientistas podem
> e na verdade deveriam ter mais momentos "artísticos". Acredito que
> só assim discussões como esta dariam lugar a algum entendimento. Ser
> cético não é ser científico. Ser cético muitas vezes é ser
> pernóstico e incapaz de enxergar um palmo além do nariz. E corto
> minhas duas mãos como você nem é cientista, ou tenha cursado alguma
> coisa relacionada à ciência ainda... se fosse, daria algum valor às
> perguntas que lancei antes.
Nao, nem pretendo.
Sou web designer, programador e tecnico em hardware,
produtor musical e malabarista nas horas vagas.
Quanto as suas perguntas, eu as entendi.
Eu sei que nao é impossivel o que que vc esta querendo dizer.
Mas nao tenho fe nisso como vc, entao acho essas especulacoes
perda de tempo.
Se é o que vc quer, pesquise.
Quem sabe vc ganha um Nobel.
E a vida eterna.
> A minha maior fantasia nesse momento é
> acreditar que há algum ensejo de sua parte em trocar idéias...
Acredite! mas sobre esse assunto, acho que esgotou.
Nao vai levar a lugar nenhum.
> na
> realidade você está só brincando. Prova disso são os unicórnios que
> povoam seus devaneios céticos desprovidos de criatividade.
Ok, eu paro com os unicornios, ja que te ofendem tao profundamente...
Que tal "AUSEC" (agente-ultra-secreto-do-empurraozinho-constante)?
Ou vc prefere "AUSEI" (agente-ultra-secreto-do-empurraozinho-inicial)?
> L*: Baseado na idéia de estarmos aqui porque assim o cremos... :)
e se eu nao acreditar que estou aqui, eu sumo?
--
Vladimir
ladimir
adimir
dimir
imir
mir
ir
r
.
.
.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 01:02
> Lógica Maior é não é uma ciência formal muito menos não é objetiva.
Douglas: Não é formal. Mas é objetiva. Ela foi substituída pela
epistemologia, por isso não existe mais. Recorri a ela só porque o silogismo
estava em linguagem corriqueira.
> > Usando a Lógica Maior que serve de base para a lógica menor:
> > 1- Um termo é a expressão de um conceito;
> > 2- Um conceito é a essência axtraída dos diversos seres;
>
> Platonismo. Não há essência a ser extraída dos diversos seres para a
lógica.
Douglas: Patonismo não, Aristotelismo. A essência é o que os indivíduos têm
em comum. O que as diferentes mesas têm em comum para que elas sejam
chamadas de mesas e não recebam nomes diferentes?
> > 3- Assim vejo a mesa 1, a mesa 2, a mesa 3, a mesa 4, etc.;
> > 4- Com isso abstraio o conceito de mesa;
>
> Platonismo puro. A conceituação de mesa é cultural, não existe uma "mesa
> ideal" para que reconheçamos características de mesa a partir dela.
Douglas: Não estou falando de mesa ideal. Primeiro vejo uma mesa (e não a
idéia de mesa se reflete na cópia da mesa q vejo, não é platonismo). O q
estou dizendo é q primeiro vejo muitos objetos, depois os reconheço como
sendo os mesmos objetos.
> Para ilustrar que a cultura é o que determina o significa de um vocábulo,
sem
> passar pela lógica basta tentarmos usar este processo para, por exemplo,
> "branco". Abstarimos o conceito de branco a partir de sua essência e
depois
> conversamos com um esquimó, e este será incapaz de compreender este
conceito.
> para um esquimó, o que chamanos de branco é um conjunto de 9 cores
> completamente diversas em sua natureza.
Douglas: Se vc morar com um esquimó, ele pode dizer apontando: este é o
branco 1, este é o branco 2, etc. No principío vc não verá diferença entra
as gradações de branco, mas depois vc pode aprender, depois de ver muitos
tipos diferentes de branco, vc começa a prender a diferenciá-los. A partir
daí vc abstraiui o conceito de um tipo de branco e pode chamá-lo "branco bom
para fazer iglu" de outro tipo de branco, "branco perigoso para pisar" de
outro tipo, "branco onde embaixo tem peixe" etc. Como vc pode ver, não é
platonismo, mas apreensão de conceito pela aprendizagem mesmo.
> Assim como o conceito de perna pode variar de acordo com a cultura ou até
com
> o indivíduo, pos não há uma ess6encia de perna, nem uma perna ideal.
Douglas: E nem eu disse que tinha. Vamos supor que em determinada cultura
alguém chame a perna da mesa de "pdm" e a perna do cão de "pdc". Veja como
fica o silogismo:
Todo cão tem pdc
Toda mesa tem pdm
logo toda mesa é um cão.
> > 5- Expresso o conceito de mesa no termo "mesa";
> > 6- Observo o cão 1, o cão 2, o cão 3, etc.
> > 7- Abstraio o conceito de cão;
> > 8- Expresso o conceito de cão com o termo "cão".
>
> > Com os dois termos expressando conceitos, já está implicito que quem os
> > abstraiu, antes de formular o silogismo, já sabia que "pernas de mesa"
são
> > diferentes de "pernas de cães".
>
> Está implícito é bem o termo. Lembra-se de minha diferenciaçào de posto,
> pressuposto e implícito?
Douglas: De acordo com sua definição seria correto dize "pressuposto" e não
implícito.
> > Sobre a definição: "Perna não é necessariamente algo orgânico ou
> > inorgânico, podendo
> > significar apenas extremidades de apoio, cabendo sentido figurado ou não
de
> > acordo com o contexto". Ela viola pelo menos três regras de definição:
> > "Regra 1: Uma definição deve indicar os atributos essenciais da espécie
> > Regra 3: Uma definição não deve ser excessivamente ampla...
> > Regra 4: Uma definição não deve ser expressa em linguagem...figurada"
>
> Atributos essencais é um conceito platônico ultrapassado, ser
excessivamente
> amplo é um julgamento subjetivo, e não há linguagem figurada ao falar de
> pernas de mesa.
Douglas: Platão não está ultrapassado. Veja o ressurgimento dele a partir
dos estudos de G. Realle (ou melhor, interesse mais intensificado, pois ele
nunca sumiu para resurgir). Mas de qualquer forma, essência aqui não é a
essência platonica, mas o que há de comum entre duas coisas. Pernas de mesa
é uma catacrese, assim como "bico do bule", "asa da xicara", "pé de
abacate", isso é problema gramatical. Tal silogismo não levantaria problemas
numa lingua que não usasse o mesmo termo para exprimir duas coisas
diferentes (pernas de cão e pernas de mesa).
> A menos que desejamos um julgamento lógico subjetivo, devemos nos
restringir
> a lógica menor.
>
>
> > Por isso, definindo de forma rigorosa "perna de mesa" e "perna de cão",
> > daria para perceber a diferença dos termos.
>
> Não é uma definição rigorosa, e sim subjetiva.
Douglas: O problema aqui é com os termos. Um mesmo termo está exprimindo
coisas diferentes. E é só apontar para uma mesa e para um cão que se verá
que as pernas de um não são a mesma coisa que as pernas de outro. Isto é bem
objetivo. Veja o silogismo:
O camelo é um animal
Isto é uma corda
Logo isto é um animal
Por que não faz sentido? Porque não chamamos corda feita de pele de camelo
de "camelo", como no aramaico antigo.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 01:12
> Nos textos de Sagan, Dawkins, e outros escritores de ciência para leigos
> (Asimov, por exemplo) é comum a preocupação destes autores resaltarem que
a
> ciência é baseada em raciocínio indutivo e comprovação empírica. Por isso
um
> cientista deve ter uma postura de questionamento constante (deivo a
incerteza
> inerente do raciocínio indutivo) e admitir a primazia da experimentação
> empírica sobre a teoria científica, ou seja, em caso de conflito entre
teoria
> e prática, reformular a teoria.
>
> Aceitar o conhecimento científico como um conhecimento que jamais atingirá
o
> status de verdade ontológica e estar pronto a sempre reformular as teorias
> vigentes diante de novas experiências é uma forma de ceticismo.
Douglas: É postura científica. E só.
> Pode não ser o ceticismo acadêmico, ou o ceticismo cartesiano. Mas é
> ceticismo. Imprecisào?
Douglas: Sim, imprecisão. Pra que dois termos (postura científica e
ceticismo científico) se um só já serve?
> Não vamos resumir significado linguístico a significado filosófico, nem
> restringir significado filosófico ao significado filosófico vigente.
Douglas: Imagine descrever um teorema em forma de poesia? Pode ser muito
bonito, mas inutil para a ciência. A ciência precisa de precisão, e quando
um termo fica vago demais é bom especificá-lo.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 01:23
On Fri, 16 Aug 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> A tentativa de reduzir matemática à lógica (logicismo) não deu certo até
> hoje.
> DFG
Vc está um século atrasado na história. Procure sobre o trabalho de
Bertrand Russell.
Douglas: Conheço bem o trabalho dele. Está bem ultrapassado. (Wittgenstein
com um único aforismo do Tractatus - 3.333 - já havia derrubado todo
trabalho do Russell).
DFG
SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] Pesquisa
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 01:37
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
----- Original Message -----
From: mgmcosta <MGMCOSTA@BOL.COM.BR>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 16, 2002 3:38 PM
Subject: Re:[ciencialist] Pesquisa
pra falar a verdade eu gostaria de parar de receber a
quantidade de mensagens que estou recebendo desta galera
inteira do ciencialist. Não é nada de mal, que minha
caixa está com mais ou menos 100 mensagens de manhã e
100 a tarde. Não consigo trabalhar e receber meus
projetos. Vc poderia me ajudar de alguma forma?
Já estive navegando pela página pra ver se encontro
alguma forma de cancelar meu nome ou endereço, mas não
consigo encontrar e nem sei como ou quem apareceu com
meu endereço.......
Desculpe pelo desabafo, mas vc pode me ajudar???
mgm
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Ainda não tem AcessoBOL? Assine já! http://www.bol.com.br/acessobol
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Boa Tarde a todos.
Estive procurando, sem sucesso, em Minas Gerais alguma
biografia ( qualquer informação adicional ) a respeito do padre Jean
Meslier ( 1678-1733 ). Ele foi durante a sua vida um padre "exemplar" que
seguia todos os preceitos da Igreja Católica da sua época. Alguns anos
antes de morrer ele deixou um testamento que criticava os abusos cometidos
pela Igreja Católica no seu tempo. Suas críticas foram tão penetrantes que
poucas pessoas conseguiram superá-las.
A minha única fonte de consulta foi o livro História da Civilização
Vol. IX de Will Durant editado pela editora Record e alguns parcos textos
encontrados através do Google.
Gostaria de saber se algum de vocês poderia indicar alguma obra (
autor, ano de publicação e editora ) que tivesse o testamento publicado por
ele.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise (sobre ratos e Édipo)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 01:47
On 16 Oct 2002 at 16:56, rmtakata wrote:
> Ratos têm complexo de Édipo? Eles tbm têm ereção noturna.
Takata
Demente, efectivamente constató que el período REM se acompanha
de ereção do pênis e entumescimento do clitoris. Seria bom explicar
que não existe uma razão para unir necessariamente libido com
resposta REM. Nem todo fenômeno REM é sonho, assim que nem
todo REM é "animado" por libido.
Conste que a palavra energía não é uma afirmação taxativa de Freud.
Ele se referiu a um fator quantitativo. Em 1895 ele chamou a futura
libido de Quantidade. Não se arriscou com a palavra "energia". Se o
período REM significa uma ligeira alteração da biologia da vigilia, é
bem provável que os ratos tenham ereção noturna. Não me admiraría
que algum doido tratasse de examinar os pênis dos ratos e constatasse
que eles também tinham ereção como produtos da hipno-biología. É
bem pouco provável, porque as ereções dos outros mamíferos não se
regem pelos mesmos mecanismos que nos seres humanos (pelo
menos não todos).
Seria interessante pensar num Édipo roedor, num Laio e numa Jocasta
comundonga. O Complexo de Édipo como fantasia patógena é
plausível no homem. Os ratos parecem que não podem ter fantasias.
O sinal da doença, para a psicanálise, é a detecção da fantasia (que,
convém recordar, deve ser considerada como uma construção ficticia e
masoquista). Não creio que as pessoas sensatas pensem que o
Complexo de Édipo é um acontecimento real. Os psicanalistas nunca
pensaram assim. Nem Freud, evidentemente.
A neurose é uma fantasia edípica.
[ ]s
Marco
SUBJECT: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 01:56
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> Ligia Gallo wrote:
>
> > L*: Com bases no que pessoas com problemas na química cerebral
> > reportam... e vivenciam em suas bad trips esquizofrênicas...
>
> E o que indica que nao seja ilusao somente?
L**: Vamos colocar a coisa dessa forma: são ilusões porque temos
uma química cerebral diferente da deles. Mas para eles as ilusões
são tão reais quanto o que tomamos por realidade... portanto, caso a
nossa química não fosse esta mas igual a deles,estaríamos em pé de
igualdade... Uf, cansei...
> > "História da arte" é o que os que não são artistas
> > ( mas amam catalogar e dar nomes aos burros ) criam...
>
>
> Os proprios artistas criam a Historia da Arte.
> Caso contrario nao perderiam tempo criando correntes
> e escrevendo manifestos.
> Dizer que ela nao tem valor é uma grande asneira.
L*: A partir do impressionismo acredito que exista até sindicato
para os pintores anônimos... mas arte não precisa criar escola, a
não ser a arte "comercial". A arte a que me reporto, a
pintura/desenho feito com o fim de transmitir alguma coisa é livre, e
o que conta é a expressão, a capacidade de transmitir idéias do
artista. Nasci portadora do virus artístico, sei como essas coisas
são.
> > e gente que não sabe sequer segurar num pincel normalmente
> > deleita-se ao ler sobre arte, mal sabendo o que se dá na mente de
> > quem cria alguma coisa artística.
> > Sabe pintar?
>
> teclo com vc olhando pro Ganesh na minha parede azul.
L*: AHAHAHAHAHAH... ops! Justo o Ganesh?! Sou mais longilínea...
e você pode pintar o meu retrato a partir de uma foto real da minha
versão "brejo" que está nos arquivos de foto aqui da lista...
> > E quando você ouve uma sinfonia, você só escuta os
> > instrumentos?
>
> depende... se tiver vocais eu os ouco tambem.
> e tb faco musica.
L*: Sério? Você é um artísta!? A propósito: que tipo de música?
E é melhor que me responda antes que eu fique muito deslumbrada, já
que pode ser que você componha aqueles barulhinhos tipo Axé, Rip-Hop,
RAP, Funk, batuque-de-caixa-de-fósforo ( vulgo Pagode, aaaaaaaaargh!)
e eu colapse por aqui ao saber... :)
> > L*: Mondrian pinta com uma "navalha" em lugar de espátula...
> > estraçalha as linhas e irrompe em um colorido esfuziante, cheio de
> > contrastes de cores que "gritam" aos olhos... "concretamente" como
> > o "universal" o é... lindo! Você está mais por fora que dente em
> > boca de banguela... :P
>
>
> Agora melhorou. Só nao vejo tantos contrastes, acho que eles sao bem
> medidos, as cores sao vibrantes, mas sempre ha equilibrio.
>
> Vc disse que sua obra era fruto de uma mente conflitante...
> Na verdade era... Mondrian era adepto da teosofia, influencia da
> educacao
> calvinista da qual nunca conseguiu se libertar totalmente... :)
L*: É visível na arte dele que ela serve para canalizar a revolta
que ele sente em si. A forma como os traços são pronunciados em
figuras retratando paisagens indica um desejo muito grande de romper
com as estruturas, sem contudo conseguir tal intento, já que ele
retrata o que está observando... daí o conflito.
> > L*: Um artista não pensa como um cientista... mas cientistas
podem
> > e na verdade deveriam ter mais momentos "artísticos". Acredito
que
> > só assim discussões como esta dariam lugar a algum entendimento.
Ser
> > cético não é ser científico. Ser cético muitas vezes é ser
> > pernóstico e incapaz de enxergar um palmo além do nariz. E corto
> > minhas duas mãos como você nem é cientista, ou tenha cursado
alguma
> > coisa relacionada à ciência ainda... se fosse, daria algum valor
às
> > perguntas que lancei antes.
>
> Nao, nem pretendo.
> Sou web designer, programador e tecnico em hardware,
> produtor musical e malabarista nas horas vagas.
L*: Sou da área... só que não tenho mais idade para malabarismo:
faço dança do ventre.
> Quanto as suas perguntas, eu as entendi.
> Eu sei que nao é impossivel o que que vc esta querendo dizer.
> Mas nao tenho fe nisso como vc, entao acho essas especulacoes
> perda de tempo.
> Se é o que vc quer, pesquise.
> Quem sabe vc ganha um Nobel.
> E a vida eterna.
L*: Vou procurar, pode deixar...
> Ok, eu paro com os unicornios, ja que te ofendem tao
profundamente...
>
> Que tal "AUSEC" (agente-ultra-secreto-do-empurraozinho-constante)?
> Ou vc prefere "AUSEI" (agente-ultra-secreto-do-empurraozinho-
inicial)?
L*: Esperava mais de você... crie outro tipo de sigla.
> > L*: Baseado na idéia de estarmos aqui porque assim o
cremos... :)
>
> e se eu nao acreditar que estou aqui, eu sumo?
>
> --
> Vladimir
> ladimir
> adimir
> dimir
> imir
> mir
> ir
> r
> .
> .
> .
L*: Não tem mais jeito de não acreditar...
.
.
.
L
Lí
Líg
Lígi
Lígia...
SUBJECT: Re: Teste e Psicanálise
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 02:11
Olá.
> Manuel: Pois eu concordo com o Murray Gell-Mann: algumas hipóteses
psicanalíticas podem ser submetidas a testes, sim.
Eu também. É claro que são hipóteses testáveis, da mesma forma que a
psicologia cognitiva consegue mapear programas mentais com grande
rigor científico simplesmente observando comportamentos. É claro, se
pudéssemos abrir a cabeça das pessoas, retirar partes de seus
cérebros, e observar como elas se comportam em termos freudianos, a
pesquisa andaria muito mais rápido. Se tivéssemos uma super-varredura
cerebral que monitorasse a atividade de áreas minúsculas do cérebro,
e pudéssemos fazer isto enquanto as pessoas estivessem em interação
social cotidiana, ao invés de sentadas em laboratórios, a pesquisa
avançaria enormemente. Um dos problemas é que lidar com sociedades
experimentalmente é muito difícil. Você tem que invadir a privacidade
mais íntima das pessoas. Para dizer a verdade, um experimento social
rigoroso tem que ser realizado sem que os participantes saibam, como
naquele programa The Human Zôo. Isto porque se o cara souber que está
sendo olhado, o cientista será incorporado ao sistema social que ele
tenta observar, e aí não vai funcionar. Mas como poderemos ficar
monitorando as pessoas em atividade social cotidiana sem que elas
saibam? Parece meio ilegal.
Eu estou procurando pessoas que estejam interessadas no novo
paradigma biossocial que está se formando. Vejo a possibilidade de
uma combinação da psicanálise com a antropologia através da teoria
evolutiva. Disso resultaria uma sólida teoria da sociedade. O que os
psicanalistas ainda não notaram é que as estruturas que eles estão
estudando são os programas de socialização da espécie, e foram
moldados para funcionar em uma estrutura social do tipo caçador-
coletor nômade. Sem esse pano de fundo darwinista eles ficam
flutuando, sem ter aonde assentar suas teorias. É estranho, portanto,
que eles possam falar de perversão. Para supor perversão temos que
supor um padrão normal, e quem irá definir o normal na ausência de
Deus? A única coisa que temos é o darwinismo.
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] "Takata, junte-se a nós", deprimidos.
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 02:14
On 16 Oct 2002 at 8:23, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
wrote:
> Eu acho que essa mania de achar que todo mundo deve ser alegrinho
> é o cerne do problema.
Alexandre
É certo que quem está vivo termina por reaparecer. Eis-me de volta. O
computador foi rebentado por um virus, estive ocupadíssimo, mas
voltei. E já estou gostando.
Creio que nos entendemos. É assim mesmo. Quem tem tendência a
deprimir-se, oque tem que superar é a tendência a auto-destruir-se.
Eu até penso que se o sujeito está convencido que sua vida é um
inferno, é uma crueldade insistir que esse inferno se perpetue.
Encher a cuca do pobre ser humano de droga e modificar sua
subjetividade pode ser mais desatroso que viver um pouco
macambusio.
Mesmo porque a vida não tem nenhum sentido em sí. Se uma pessoa
não consegue "fabricar" seu sentido, não vejo muita possibilidade que
agüente vivendo.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 04:03
Ligia Gallo wrote:
> L**: Vamos colocar a coisa dessa forma: são ilusões porque temos
> uma química cerebral diferente da deles. Mas para eles as ilusões
> são tão reais quanto o que tomamos por realidade... portanto, caso a
> nossa química não fosse esta mas igual a deles,estaríamos em pé de
> igualdade... Uf, cansei...
Liginha, vc me subestima mesmo...
Eu entendi perfeitamente. A questao é como provar.
Qual seria o tipo de informacao suficientemente satisfatoria, que nao
poderia ser obtida por outros meios, que uma pessoa "alucinada", por
drogas ou por qualquer outro motivo, poderia nos dar, que pudesse ser
confirmada como sendo "doutromundo"?
"Laboratorios" tem aos montes por ai... mas, assim como eu, como as
pessoas que eu conheco (e nao sao poucas), e como na experiencia que o
Dr.PSI enviou, ninguem conseguiu nada que nao fosse explicavel por
outros meios.
> e você pode pintar o meu retrato a partir de uma foto real da minha
> versão "brejo" que está nos arquivos de foto aqui da lista...
hehehe
tem certeza??
quando eu entro da erro 404
tem que fazer login?
> L*: Sério? Você é um artísta!? A propósito: que tipo de música?
> E é melhor que me responda antes que eu fique muito deslumbrada, já
> que pode ser que você componha aqueles barulhinhos tipo Axé, Rip-Hop,
> RAP, Funk, batuque-de-caixa-de-fósforo ( vulgo Pagode, aaaaaaaaargh!)
> e eu colapse por aqui ao saber... :)
eletronica.
techno e trance...
> > Que tal "AUSEC" (agente-ultra-secreto-do-empurraozinho-constante)?
> > Ou vc prefere "AUSEI" (agente-ultra-secreto-do-empurraozinho-
> inicial)?
>
> L*: Esperava mais de você... crie outro tipo de sigla.
d.e.u.s.
(d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.
(d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.-empurrador-ultra-secreto)
-empurrador-ultra-secreto)-empurrador-ultra-secreto)
-empurrador-ultra-secreto)-empurrador-ultra-secreto)
-empurrador-ultra-secreto)-empurrador-ultra-secreto)
-empurrador-ultra-secreto)-empurrador-ultra-secreto)...
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 04:23
> Há todo um ramo da matemática para se medir possibilidades. Chama-se
> estatística.
Possibilidades conhecidas. Se as possibilidades ultrapassam o nosso
conhecimento, muitas delas são desconhecidas. (Aqui é Ontologia mesmo).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 04:30
> E, além de Russel, cabe citar os trabalhos do francês Nicolas Bourbaki,
que
> na verdade é um grupo de matemáticos criado em 1935 e que escreve sob um
> pseudônimo comum. Ver http://www.bourbaki.ens.fr
>
> Pouca gente ouviu falar de Bourbaki, mas todos já ouviram falar de
> matemática moderna. É quase a mesma coisa.
Desse eu não conheço nada. Mas até onde sei (e posso garantir q sei muito
sobre esse assunto), o logicismo falhou. Lógica e matemática, se são a mesma
coisa, ainda esta por ser demonstrado. A própria retomada da lógica
Aristotélica levando em conta a linguagem cotidiana derrubaria o logicismo,
pois neste último caso, a lógica deixou de ser formal.
De qualquer forma eu vou conferir a indicação, obrigado por ela.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A RAZÃO E O MUNDO (Ref a Pergunta)
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 04:32
> Tomo a liberdade (ora periclitante...) de perguntar se estas duas
donzelas,
> a Patrística e a Escolástica têm telefone ou e-mail para troca de
> informações com cavalheiro de fino trato.
>
> (T: não fique com ciúmes: é apenas traição espiritual)
Douglas: O q vc quer dizer mais exatamente?
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 05:17
> Douglas
Pois não!
> Eu não sei o que é "ontologia" porque Abbagnanno diz, sobre "ontologia"
que
> "o trabalho filosófico não começa no homem mas em Deus, nao sobe do
espírito
> ao Ente mas desce do ente ao espírito".
Ontos = ser . Ciência que estuda o Ser, ou o que existe de fato ou a
Realidade. A Ontologia da ciência positiva, por exemplo, diz que a Realidade
é matéria em movimento. Realidade Ontológica é o "que existe de fato", em
contraste com a ilusão ou aparencia. O que existe de fato? Matéria em
movimento? O mundo das Idéias (Platão)? O Ser (Parmenedes)? Deus (Tomás de
Aquino)? O Nada (Sartre)? O Indivíduo (Kieerkgaard)? o que é ilusão ou
aparencia? O mundo empírico? O Transcendente (seja pessoal como Deus,
impessoal como o Nirvana, múltiplo como deuses)? as representações (Kant)? É
disso que se trata.
> Como tenho uma séria convicção que o deus é uma simples criação humana,
uma
> abstração,
Abstração, de forma mais exata, é o que vemos em comum em vários entes
(coisas). Assim, vendo várias frutas, consigo abstraír o conceito de fruta.
Para se ter uma abstração de Deus é preciso vê-lo muitas e muitas vezes.
> uma coisa completamente sem evidência
Evidência tem aos montes, mas nenhuma coercitiva.
> e, termos como "ente" e
> "espírito" não são processados pelos meus avariados neurônios.
Ente = coisa. Uma cadeira é um ente. Um pássaro é um ente. Espirito é usado
na conceituação acima como sinônimo de "mente" ou "intelecto".
"o trabalho filosófico não começa no homem mas em Deus (Realidade última,
seja matéria em movimento, seja um outro Absoluto qualquer), nao sobe do
espírito (razão humana) ao Ente (aqui seria melhor Ser, ou Realidade) mas
desce do ente (tb Realidade) ao espírito (razão humana)".
Ele está dizendo que a filosofia (Ontologia) não começa no homem pura e
simplesmente, mas este (o homem) depara-se com a Realidade (que pode ser o
mundo que o cerca, por exemplo) e levanta perguntas a respeito desta e faz
reflexões sobre ela.
> Você fala da angústia "ou diminuí-la" - não é o que se vê na pregação dos
> 2000 anos de cristianismo (suponho que vs. seja cristão).
Conheço bem a pregação Cristã. Não sei o q vc quer dizer.
> Quando recordo Giordano Bruno,
Que era um farrista caçador de brigas, lingua afiada e que ridicularizava
seus adversários, ou seja, com uma incrível habilidade para cultivar
inimigos.
> Galileu
Que era afilhado do Papa e que por isso pôde brigar com os filosofos da
época sem maiores problemas, pois o Papa armou um "circo" (farsa) para
protege-lo (hoje em dia a documentação é bem clara. Galileu foi protegido da
Igreja e esta possibilitou suas pesquisas).
> Torquemada
O Inquisidor Espanhol? Declaradamente Ateu e que emparedou vivo um emissário
(cardeal) do Papa que ia destituí-lo da função de inquisidor? E q ameaçou o
Papa de morte caso ele (o Papa) se intrometesse em sua jurisdição?
> a distinta Dinastia Bórgia,
Esta é terrível. Dá um filme de horror e crueldade sem par.
> cevados, nédios corifeus purpurados do santo oficio vivento a tripa forra
às
> custas dos óbulos dos povos "catequisados" que arrastam um velho senil
Queira Deus que eu chegue a esse grau de senilidade, e o mais depressa
possível!
> como
> se fora um amuleto, um totem, uma relíquia, para comover os corações dos
> que ora principiam a pensar, o que reduz bastante o recolhimento do
> "dízimo" indígno e promíscuo....
Todos (cardeais da Cúria) querem e pedem a renuncia do Papa. Isto já é até
público (apesar de não oficial). Este não o faz pois tem consciência dos
problemas atuais da Igreja e do perigo que um sucessor despreparado
representa. A relutância dele em renunciar é mais um ato de bravura, coragem
e persistência.
> Douglas: Sou mineiro e não cite Minas como exemplo de nada. Minas, Brasil,
> todo o mundo é uma coisa só é o barco em que vivemos à deriva pelo
> não-se-sabe-o-quê e já estatísticamente está provado: se em BH, cada
> entidade "religiosa" cuidasse de apenas um (1) jovem infrator das leis que
> foram feitas pra proteger os ricos dos pobres), o problema estaria
> resolvido.
Vc me disse educar e não cuidar de enfratores, pelo que me lembro. E citei
Minas, porque não conheço a situação de outros Estados. E no campo da
Educação (além de outros), se não fossem entidades religiosas, a situação
estaria muito pior.
> Não é o credo religioso que faz uma pessa ter o bom propósito de ajudar
aos
> outros viventes:
Concordo plenamente.
>se assim fosse, uma religião teria o monopólio da
> "caridade".
Concordo tb. (Desde que caridade aqui não tenha sentido teólogico).
> O que faz uma pessoa querer bem ao próximo - seja qualquer a cor
> religiosa ou a falta dela é algo um pouco mais facil de entender se vs.
ler
> Marx e Freud.
Se der ouvidos a Freud, cometo suícidio ainda hoje, pois viver é fugir do
sofrimento e apenas isto. Se der ouvidos a Marx, tudo q vc disse é apenas
reflexo do pensamento de sua classe social e o que realmente está por trás
de seu texto (ou seja, a realidade Ontológica que se esconde por detras da
ilusão de suas palavras) é apenas um joguete economico. Vc está apenas
justificando sua posição no mundo ou para adquirir mais posses ou para não
abrir mão das que já possui. Aí eu nem te responderia. E suícidaria assim
mesmo. Viver num mundo onde sou só uma marionete de uma classe social e que
meu destino é morrer como escravo de tal classe achando que tenho liberdade
não é uma perspectiva muito boa (se bem que por trás de meu suícidio se
esconderiam motivos economicos). Não sei no que isso ajuda a compreender a
bondade humana, apesar de concordar com vc de que ela pertence a religiosos
e a não religiosos.
> silvio, o que gostaria de ser herético, mas realmente não é nada.
Q estima baixa. Só de curiosidade, muitos téologos hoje sonham em ser
considerados heréticos. Dá status.
DFG
>
> ----- Original Message -----
> From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Thursday, August 15, 2002 1:25 AM
> Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
>
>
> >
> > > deus pode criar um objeto tão grande que ele mesmo não possa carregar?
> >
> > Douglas: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível. O que não é
> > possível é não ser, não é nada. Por isso sua frase refere-se a algo que
só
> > tem existência linguística e não Ontológica.
> >
> > > Os exetas
> > > judeus há 3000 anos masturbam seus cérebros buscando resposta. Ajunte
os
> > > teólogos cristãos e muçulmanos, e o resultado é uma zona total.
> > > Deuses não se discute: lamenta-se.
> >
> > Douglas: Buscar respostas não é privilégio de Teólogos, mas dos seres
> > humanos em geral, excluindo alguns poucos místicos que preferem ficar em
> > silêncio.
> >
> > > E ao fim e ao cabo, saber ou não saber, que utilidade tem? aumentar a
> > > angústia?
> >
> > Douglas: Ou diminuí-la.
> >
> > > Se cada religioso tomasse a si a tarefa de educar apenas uma criança
> > > carente, os resultados para nosso país serem bem melhores e teriamos
> menos
> > > profetas e mais cientistas.
> >
> > Douglas: Eu trabalho com educação e te garanto q pelo menos em MG se não
> > fossem determinadas ordens religiosas uma grande parcela das crianças
> > ficariam sem escola e uma educação digna (não aquela que o Estado está
> > oferecendo hoje em dia, quem trabalha com educação sabe do q estou
> falando).
> >
> > > "Credo quia absurdum" - com essa frase Tertuliano resume a não-busca:
> > apenas
> > > acredite se quiser.
> > > sds cépticas,
> >
> > Douglas: Por ironia, a posição de Tertuliano é considerada uma posição
> > cética! (fideísmo). Curioso não! Aliás houve na história muitos céticos
> > religiosos. Mas o ceticismo nunca combinou muito bem com a ciência.
> >
> > DFG
> >
> > P.S.: A Igreja considera o fideísmo uma heresia. Ter Fé sem uma Razão
que
> a
> > embase é heresia.
> >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
> > > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Sent: Sunday, October 13, 2002 6:37 PM
> > > Subject: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
> > >
> > >
> > > >
> > > > (Quem criou Deus?
> > > >
> > > > D: O termo "criar" aplicado a Deus tem outro significado, um
> significado
> > > > particular que só se aplica a ele.
> > > > Sendo Ele o Creador, creou o próprio ato de criar e antes disso não
> > havia
> > > > como criar nada.
> > > >
> > > > O que Deus estava fazendo antes de criar o
> > > > > tempo e o espaço?
> > > >
> > > > D Quem "faz" são as criaturas, não o Creador.
> > > >
> > > > Deus pode se auto-destruir?
> > > >
> > > > D: Sendo Onipotente, Ele pode tudo o que é possível, o que não for
> > > possível
> > > > é não-ser. A auto destruíção de Deus é um não-ser, só existe no
campo
> > > > linguistico (não tem existência ontológica).
> > > >
> > > > D: Além disso, o verbo aplicado ao ato de Deus é desprovido de
tempo,
> > por
> > > > isso Ele creou, crea e continuará (se quiser) creando o mundo
> > > > (sustentando-o). O que é bem diferente do uso que a ciência faz do
> termo
> > > > "criação". Por isso o criacionismo é um engodo tanto no campo da
> ciência
> > > > como no campo da Teologia. (creio que isso não é discussão para a
> > > ciência).
> > > >
> > > > DFG
> > > >
> > > >
> > > >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pesquisa - Lígia
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 05:19
Estou interessado no tema tb. Se alguém puder dar alguma informação...
Lígia, isto é uma indireta (ou direta mesmo), vc é q costuma achar as coisas
que peço...
DFG
----- Original Message -----
From: <lpereira@smsdemag.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 16, 2002 3:29 PM
Subject: [ciencialist] Pesquisa
Boa Tarde a todos.
Estive procurando, sem sucesso, em Minas Gerais alguma
biografia ( qualquer informação adicional ) a respeito do padre Jean
Meslier ( 1678-1733 ). Ele foi durante a sua vida um padre "exemplar" que
seguia todos os preceitos da Igreja Católica da sua época. Alguns anos
antes de morrer ele deixou um testamento que criticava os abusos cometidos
pela Igreja Católica no seu tempo. Suas críticas foram tão penetrantes que
poucas pessoas conseguiram superá-las.
A minha única fonte de consulta foi o livro História da Civilização
Vol. IX de Will Durant editado pela editora Record e alguns parcos textos
encontrados através do Google.
Gostaria de saber se algum de vocês poderia indicar alguma obra (
autor, ano de publicação e editora ) que tivesse o testamento publicado por
ele.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 05:26
Caro Aniello,
Que descuido o meu! Estou trabalhando com lógica simbólica e deve ter
sido por isso que esqueci de um pequeno detalhe a respeito dos silogismos.
Detalhe esse, que se lembrado a tempo, poderia ter encerrado a discussão que
tivemos de vez. A questão é simples: A ÚNICA regra para se estabelecer um
silogismo válido é que ele tenha três termos. Repito: a ÚNICA. Todo
silogismo não válido possui mais de três termos. As outras regras são apenas
para facilitar e derivam da regra única. E o raciocínio para se chegar nesta
conclusão é totalmente formal. Do jeito q vc gosta.
Como agora vou dormir, deixo a demonstração para depois.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 06:53
Perguntas 'desse tipo' tenho-as todos os dias. É um malabarismo cerebral para responder condignamente a todas elas. Por vezes tenho que apelar a vcs, quando o malabarismo tá fraquejando ou os músculos ficando cansado.
O que mais me 'dana' é o pedido de projetos e trabalhos para serem entregues 'prontos' aos professores de escolas, faculdades e universidades. Ai estrilo um pouco.
Aquele abraço a todos,
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 16 de outubro de 2002 16:24
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
> | Boa tarde,
> |
> | Tenho 02 filhos que estão cursando a 8a. série e ambos vão
participar da
> | Feira de Ciências no colégio.
> | Como estão com notas abaixo da média em geografia, matématica,
história
> | e gramática, um deverá fazer projeto para feira de ciência
incluindo
> | matemática e geografia e o outro matemática e história.
> | Gostaria de contar com a colaboração de voces para que eu possa
> | ajudá-los.
> |
Eu nunca entendi bem o espirito de um feira de ciencias, mas acho que
a ideia é mostrar qq coisa que funcione e/ou que tenha utilidade.
Matemática e Geogafia = Cartografia e/ou Topologia. Inclui
instrumentos de orientação pelas estrelas e pelo polo norte.
Matemática e Historia = Historia da matemática ? :->
A relação entre os avanços da matemática e os avanços do homem.
O problema é que não sei se isso é aconcelhava na 8ª serie. Mas
apenas a Geometria tem imensas aplicações (Cartografia mais uma vez,
topologia)
A historia dos numeros imaginários é muito gira mais alem da 8ª
serie. Depende do espirito da feira.
Mas custa-me imaginar algo que funcione ou seja util usando só
matematica e historia...o mais facil numa feira dessas é
fisica,quimica e biologia... não sei.
Sérgio
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SUBJECT: Re: Teste e Psicanálise (sobre ratos e Édipo)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 08:31
--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> On 16 Oct 2002 at 16:56, rmtakata wrote:
>
> > Ratos têm complexo de Édipo? Eles tbm têm ereção noturna.
Manuel: Pelo que sei, entre os ratos o órgão sexual masculino não tem
o valor simbólico que se verifica entre os primatas.
Entre os primatas (incluindo-se o homem), num determinado momento do
desenvolvimento do sistema nervoso central, surge no psiquismo da
criança o pênis como significante, isto é, o pênis adquire um valor
simbólico (o mesmo símbolo de poder e dominância que se verifica
entre os macacos-de-cheiro, macacos-esquilo, babuínos, chimpanzés,
bonobos, etc.) Mas a criança não distingue o pênis como órgão sexual
do pênis como símbolo de status. Por isso que o medo de perder a
primazia dentro do grupo familiar (para os irmãos ou para o pai) é
por ele vivenciado como angústia de castração. Bem, essa é uma das
interpretações, ao meu ver a mais interessante, pois encontra farto
fundamento da etologia.
Primatologistas observaram casos de chimpanzés que permanecem
dependentes da mãe por muito mais tempo que o habitual, não
permitindo que nenhum macho copulasse com ela. E quando a mãe morre,
no mais das vezes também morrem de tristeza, em pouco tempo. Vou
procurar por esses dados. Na Nacional Geographic saiu, não faz muito
tempo, uma reportagem sobre isso.
Marco: Conste que a palavra energía não é uma afirmação taxativa de
Freud. Ele se referiu a um fator quantitativo. Em 1895 ele chamou a
futura libido de Quantidade. Não se arriscou com a palavra "energia".
Manuel: Um psicólogo norte-americano propôs a Freud medir a libido
valendo-se como unidade de medida o "freud" (um freud, dois
freuds...). Freud pediu-lhe pelamordedeus que não desse seu nome à
sua unidade.
Em 1934, o psicólogo Saul Rosenzweig enviou a Freud resultados
experimentais que provavam a validade da teoria do recalcamento. Você
conhece algum livro que fale sobre esses experimentos?
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Desculpas
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 08:35
Oi
Ontem recebi a conta do telefone: R$ 114,66. No mês passado foram R$ 74,00.
Estou numa sitação crítica, do ponto de vista econômico.
Também ontem, quando fui postar msgs, na caixa de entrada haviam 87 msgs.
Não as copiei. Pretendia fazê-lo nesta madrugada, mas dormi.
Este assunto de 'uso de drogas' parece ter mobilizado muitos listeiros.
Gosto do assunto e, inclusive, tenho livro (Em co-autoria) publicado sobre o
mesmo.
Na segunda-feira próxima passada, ao retornar do final de semana encontrei
quase 200 msgs: Foram cerca de 45 minutos para copia-las. E ainda não
consegui ler todas.
Me desculpem, não estou esquivando-me a participar. Pelo contrário, estou
ansioso em 'escutar' as opiniões das pessoas intelectualizadas que compõem
este forum.
Vamos ver se, nesta madrugada consigo estar acordado para copiar as msgs do
'ciencialist'.
Atenciosamente, Antonio Renato.
PS: No momento em que fui postar esta haviam 145 msgs.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Medição
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 08:36
Em Ter 15 Out 2002 14:33, you wrote:
> (...)
> Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e
> portanto pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável,
> isto significa que não interage com o resto das coisas. Algo que não possue
> nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo, portanto é o mesmo
> que não existir.#######>>Parece filosofia... algo como existencialismo<<#######
>
> []'s
> Aniello
>
>
> -=*#>Pô meu! Quanto mede o espaço sideral?<#*=-
Ou seja, qual é o tamanho do universo?
A estimativa atual é que o universo seja com globo com a circunferência de
7,5X10^26 metros (sete vigula cinco vezes 10 elevado a 26 potência), ou
seja:
750.000.000.000.000.000.000.000.000 metros.
Para tal cáculo a idéia é simples: a idade do universo é um valor entre 10 e
15 bilhões de anos, segundo a teoria do Big Bang. o raio do universo é de 10
a 15 bilhões de anos-luz.#######>>É... *Neste* BB é assim. É o BB que temos
conhecimento. Houveram outros?<<#######
Mesmo que o universo seja infinito, isto não significa que não possa ser
medido, pois infinito é uma medida matemática tão boa quanto qualquer outra.
Lembre-se que dizer que algo pode ser medido não implica que possa ser
medido
hoje.########>>BINGO!<<######## Há 1 milênio era impossível medir a
distância da Terra ao Sol, e a duzentos era impossível medir um átomo de
hidrôgenio.
Se algo interage com o mundo esta interação pode ser quantificada direta ou
indiretamente. Se não interage, não existe.#######>>A discussão inicial era
sobre a 'mente'. "Interage com o mundo"? "Pode ser quantificada direta ou
indiretamente"? Seja lá o que for que está se denominando 'mente'.<<########
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 08:37
"...2) Quando Aldous Huxley, na década de 50, começou a utilizar a
mescalina e posteriormente o LSD ele planejava "abrir as portas da
percepção " e ampliar os seus horizontes "espirituais " . Porém como ficou
comprovado por muitos críticos que estudaram a sua vida e obra, ele apenas
obtinha imagens incoerentes e sem significado com a realidade. E para
finalizar, a utilização das drogas, além de ser uma falta de caráter e
força de vontade da pessoa ela apenas distorce a compreensão da realidade.
..."
#########>>O 'drogado' (na dependência da droga que utiliza) percebe uma
outra realidade, não necessariamente distorcida.
Qual realidade? Postei anteriormente que o 'mundo em que vivemos' está
constituido por 'representações', fragmentos da realidade física que
conseguimos perceber através de nossos sentidos, organizando-os 'dentro de
nós' (No cérebro, provavelmente).
Um cachorro 'vive' em outra realidade, outro 'mundo' diverso ao do Homem.
Sua visão não é capaz de captar àquilo que denominamos espectro visível. Seu
olfato, sua audição... Os fragmentos que o cão capta da realidade física
são completamente diversos daqueles que o Homem capta. Portanto, o cão
'vive' em um 'mundo'(representações) diferente do 'mundo' humano.
Quanto aos humanos, cada indivíduo tem suas preferências e bloqueios (Além
dos limites impostos interessando a consitituição anatomofisiológica dos
órgãos dos sentidos) na percepção da realidade física e portanto, vivem em
'mundos' próprios e peculiares: O 'mundo' de um cego é diferente do mundo de
um míope. O do 'surdo' diferente do 'mundo' de um epliléptico, etc.
Convivi nos meios acadêmicos e convivo com portugueses que vieram ter ao
Brasil evitando serem convocados para guerras em Moçambique e Angola.
Relatos escutei sobre o uso de drogas que tornavam os soldados insensíveis e
agressivos no momento da refrega. Ainda a respeito de 'pilotos espiões'
americanos, cujas missões os obriga ficar despertos por grandes períodos.
São obrigado fazer uso de psicoestimulantes em nome da própria sobrevivência
e do bom andamento de suas missões.
Huxley foi um pioneiro neste tipo de pesquisa. Talvez, por este motivo,
tenha deixado hiatos em suas exposições. Ele descreve àquilo que 'sentira'
enquanto drogado. Suas conclusões... Foi um pioneiro, experimentador. Cabe
quem ler tirar suas próprias conclusões.
Não entendi quando acusa "Huxley" de 'falta de carater'. Gostaria que
aprofundasse seu comentário a este respeito.
Antecipadamente agradeço a atenção.
Atenciosamente, Antonio Renato.<<##########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Antonio Renato 2
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 08:37
Oi Lígia
Creio que o Carlos Alberto já a atendeu. Outrossim, eu não poderia fazer
melhor.
[].
Antonio Renato.
"Olá Antonio Renato,
Só para saber: você por acaso pode me informar algum livro ou
referência de artigo a respeito de relações, listas com os nomes e
propriedades químicas dos neuro-transmissores? Andei consultando o
Google mas eu não tenho referências de nomes além das endorfinas,
serotonina e o que pude achar é muito superficial, apenas citando os
efeitos de drogas sobre os tais... nada aprofundado. O que me
interessa é conhecer o que é cada um deles, como agem, como são
secretados e a que se destinam... bem como a estrutura química das
moléculas...
Beijos, Lígia
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
List-Unsubscribe: mailto:ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Date: 16 Oct 2002, 03:12:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] Para Ligia Gallo
Ligia, se me permite, eu indico um muito bom, não é excelente,mas é bom:
Neurobiologia da Doenças Mentais, 5ª Edição, Lemos Editorial.
Editores: Frederico Guilherme Graef e
Marcus Lira Brandão.
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
List-Unsubscribe: mailto:ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Date: 16 Oct 2002, 03:26:52 AM
Subject: [ciencialist] Re: Para Ligia Gallo
Obrigada Carlos!
Hum... hoje vou seguindo com alguma pesquisa por aqui na internet
mesmo. Uma coisa que eu ainda não achei é a origem de tais
substâncias que fazem o cérebro funcionar. É certo que estão ali,
mas provém do que? Por quais caminhos a evolução as "escolheu", ou
de que maneira elas foram sendo sintetizadas para o funcionamento do
cérebro animal? É por aí...
Beijos, Lígia"
SUBJECT: Re: Teste e Psicanálise (sobre ratos e Édipo)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 08:47
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> > On 16 Oct 2002 at 16:56, rmtakata wrote:
> > Ratos têm complexo de Édipo? Eles tbm têm ereção noturna.
> Manuel: Pelo que sei, entre os ratos o órgão sexual masculino não
> tem o valor simbólico que se verifica entre os primatas.
O q. me parece indicar q. a relacao entre erecao noturna e estado REM
nao parece ser um bom demonstrativo da validade da teoria
psicanalitica.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] FEIRA DE CIENCIAS
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 10:05
On Wed, 16 Oct 2002, evzaloti wrote:
> O que são mapas geográficos como objetos fractais?
Fractais são objetos matemáticos de dimensão fracional, ou seja, ao invés
de eles terem 1, 2 ou 3 dimensões eles podem ter 1,85 dimensões por
exemplo.
A característica, do ponto de vista geográfico, mais interessante do
fractal é que apesar de ele possuir uma área finita ele possui um
perímetro infinito.
Um pouco de arte fractal
http://www.insite.com.br/art/fractal/
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm14/nocoes.htm
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm24/principal.htm
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 10:32
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Exato, só que não há nada a responder, porque, como já esclareceu o
André,
> a Mecânica Quântica (que é a teoria, e não Física Quântica, que é a
> aplicação da teoria) não tem nada a ver com a psicologia das
cores. E
> também não é preciso recorrer à MQ para mostrar porque as cores
existem.
Bem , aqui vc já está saindo fora dos trilhos.
A MQ é a unica teoria fisica que usa de Quantificação.
E as cores só podem ser entendidas com base nessa quantificação.
As cores existem, é certo, mas é preciso a MQ para saber pq elas
existem.
Não me responda dizendo que a teoria de Drude faz o mesmo pq ela não
faz. Ela o mais que pode fazer é dizer que certo material apresentará
a cor X quando submetido a luz do tipo Y. Ela não explica de onde vem
a luz do tipo Y. A MQ sim.
A MQ é portanto fundamental para entender o pq das cores existirem.
Newton estudou a luz e as cores da luz provinda do sol. Mas ele nunca
explicou de onde essas cores vinham, que mecanismo as criava. Ele só
moutro que a luz branca era a soma de várias cores. Só a MQ e em
particular a forma como a MQ descreve o atomo é que permitiram
entender de onde vêm as cores.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 10:33
On Fri, 16 Aug 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Douglas: Não vejo como separar a visão da interpretação que a acompanha.
> Creio que se isso acontecesse veriamos o mundo mais ou menos como o sonho
> no-lo apresenta, um conjunto de imagens desconexas. A forma como percebemos
> o mundo já traz, junto com os sentidos, uma construção (interpretação)
> cultural. Como separar uma da outra?
O problema é que racionalizamos quase tudo o que sentimos, principalmente
a visão. Mas eu posso citar o caso de minha mãe. Frequentemente eu vejo
algo interessante na tv e ao olhar para a minha mãe percebo seu olhar
apático, quando pergunto para ela o que ela viu na tv, ela não sabe.
Sua visão racional estava desligada e sua audição também. Já aconteceu
comigo. Eu sei que vi e ouvi, assim como ela viu e ouviu tudo.
> Douglas: Acho q estou começando a entender sua concepção de ciência. Mas
> continua a questão, a matemática é invensão cultural ou tem uma realidade
> ontológica? (esse tema foi fruto de uma discussão recente na lista, não sei
> se vc acompanhou)
Acompanhei e a resposta é: ninguém sabe.
> (Sobre o q vc disse dos modelos matemáticos, ainda não tinha pensado
> nisso. Fez sentido. Mas as perguntas sobre o tipo de realidade que é a
> matemática tem q ser ressolvido).
Talvez não precise ser resolvido. Ou pior, talvez não possa ser resolvido.
A sorte é que enquanto a matemática der certo estará tudo bem.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: cooler
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 10:45
--- Em ciencialist@y..., caio ferreira <idic@t...> escreveu
> All
>
> Estava conversando com um amigo e surgiu uma duvida.
Fisicamente falando, mais
> especificamente na area de termodinamica, o correto seria o cooler
jorar ar
> "frio" no processador ou remover o ar quente que se forma nas
aletas do cooler
> ?!!?
Eu não sei o que vc chama exactamente de cooler.
Os processadores têm montados uma estrutura de metal (que se chama
cooler) para dissipar o calor. E podem ter, optionalmente uma
ventoinha associada a esse dissipador. Claro que vc pode chamar
cooler ao conjunto dissipador+ventoinha.
Como vc fala em "jorar ar em" depreendo que vc está falando da
ventoinha.
A função da ventoinha é colocar ar frio e retirar ar quente de perto
do processador. A sua pergunta é: qual é mais importante?
O mais importante é tirar o ar quente. A questão é que sempre que vc
tira o ar quente, entra ar frio. Donde , em conclusão, as das coisas
são feitas simultaneamente.
Se vc está pensando em como a ventoinha teria que rodar, eu diria que
teria de rodar de forma que o ar fosse expelido para longe do
processador. Mas não tenho a certeza se é sempre assim que se
implementa.
Já agora, a função do dissipador é mais importante que a da
ventoinha. Se vc tiver um bom dissipador nem sequer precisa de
ventoinha (isto não se aplica aos Pentium IV, mas aplica por exemplo
aos Pentium II)
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 10:47
On Thu, 17 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Douglas: Conheço bem o trabalho dele. Está bem ultrapassado. (Wittgenstein
> com um único aforismo do Tractatus - 3.333 - já havia derrubado todo
> trabalho do Russell).
Poderia me citar o aforismo? Procurei pela rede e não encontrei.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] cooler
FROM: piggeru.maligno@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 10:52
Caro Aniello,
O cooler, nos processadores de menor capacidade de processamento, tem a
função de circular sim o ar, pois não há maior necessidade de arejamento.
Lembrando sempre do ventilador da fonte, que manda o ar para fora do gabinete.
Porém em processadores que esquentam mais, na maioria da AMD ( isso nao
pode ser caracterizado como algo decepcionante nos processadores) há as
possibilidades de se colocar ou um cooler de maior RPM, que expulsa o ar
atraves de frestas nos gabinetes, ou de alguns fans, em partes especificas
com o intuito de melhor o arejamento e circulação do ar. Isso melhora a
estabilidade e aumenta a vida util dum processador.
Caro queira mais informações, vá no forum de CaseMod, ou em qqer outro no
forum do Guiadohardware www.forumgdh.net
-- Mensagem original --
>Em Qua 16 Out 2002 17:54, you wrote:
>
>> All
>>
>> Estava conversando com um amigo e surgiu uma duvida. Fisicamente falando,
>> mais especificamente na area de termodinamica, o correto seria o cooler
>> jorar ar "frio" no processador ou remover o ar quente que se forma nas
>> aletas do cooler ?!!?
>
>Na verdade o cooler, como um ventilador comum, apenas gera corrente de
ar,
>
>não importando se ar quente ou frio.. As trocas de calor com o ar em
>movimento são mais eficientes do que com o ar parado.
>
>Isto se deve ao fato que, com ar parado, o processador aqueceria rapidamente
>
>todo o ar dentro do gabinete e este ar entraria em equilíbrio têrmico com
>o
>processador. Com o ar em movimento, não temos um ambiente fechado, então
>a
>constante entrada de ar exterior (mais frio) e saída de ar interno (mais
>
>quente) mantém a temperatura do ar abaixo da temperatura do processador.
>
>Aniello
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
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SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 10:57
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Sérgio,
>
> De que cor você está falando? Da cor dos quarks? Cromodinâmica
quântica?
Sim. Embora a cor não seja apenas propriedade dos quarks mas de todas
as particulas.
> Será que é possível que algum terapeuta tenha confundido esses
termos?
Quem está falando de terapeutas? Estamos comentando um mail enviado
por uma pessoas que se afirmou desconhecedora da MQ e de
cromoterapia, mas que queria informações das relações entre ambas pq
teria ouvido qq coisa sobre o assunto.
E apenas pensei que ela, a autora do mail, se poderia ter confundido.
>Não sei, mas tenho a impressão que quando esse pessoal fala de MQ
(Deepak
> Chopra, por exemplo), eles se referem à MQ não relativística,
primeira
> quantização.
Bem, não é preciso tanto tecnicismo. A QED e a Cromodinamica quantica
são ramos da MQ. A pessoas que não sabem o que é MQ , como a autora
do mail, acho que tb não estão preocupadas em saber o que o "pessoa
fala, quando fala de MQ"
MQ é um nome genérico. Mais genérico do que isso só Física Quântica.
Sérgio
SUBJECT: Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 11:23
Em Wed, 16 Oct 2002 21:12:30 -0000
--- Em ciencialist@y..., "Sandro Silva" <anhangah@h...> escreveu
>nisso alguém sabe o significado do leque? ;-D
Roberto Takata:
Qual leque? O leque reprodutivo nos quais as moscas-das-frutas machos
se organizam na atracao das femeas? No leque de danças japonesas? Do
leque costal do pavao?
Sandro:
Heheh... leque costal é aquele *rabo* do animal? Olha Takata, nem vamos
valar de leques porque sabemos que o seu <leque> de respostas é infinito...
um forte abraço,
Sandro Silva
_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: Pesquisa - Lígia
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 11:25
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
> Estou interessado no tema tb. Se alguém puder dar alguma
informação...
>
> Lígia, isto é uma indireta (ou direta mesmo), vc é q costuma achar
as coisas
> que peço...
Está aqui, Douglas:
Um extrato d "testamento" de Jean Meslier... infelizmente está em
francês:
http://www.geocities.com/temporelo/Meslier/
Páginas com citações de Meslier no referente ao iluminismo e dados
biográficos em inglês e francês:
http://www.geocities.com/Athens/7842/jbconv15.htm
http://www.angelfire.com/id/ericelst/meslier.html
http://www.christiancourier.com/penpoints/atheism.htm
http://flaneries.ouvaton.org/meslier1.html
http://www.iisg.nl/archives/gias/m/10764272.html
http://eyler.freeservers.com/JeffWritings/jbconv07.htm
Em português, só o trecho abaixo extraído de um site que está só em
cache no Google:
http://216.239.51.100/search?q=cache:Qg1tgNa-
jrkC:www.historiatual.com.br/geral14.html+%22Jean%2BMeslier%
22&hl=pt&lr=lang_pt&ie=UTF-8
"Os escritores do iluminismo não representavam um grupo unido, e
distinguiam-se até pela sua própria diversidade. Um dos primeiros, o
simples padre rural Jean Meslier (1664-1729), manter-se-ia sempre
obscuro. Foi só muitos anos depois de sua morte que o manuscrito de
seu testamento começou a circular clandestinamente. Nesta obra ele
exprime idealis materialistas, criticando o Estado e a opressão
feudal".
E uma citação em:
http://intermega.globo.com/acracia/famosos2.htm
Tem que procurar por ele em meio aos demais ateus... mas está lá.
Há a citação do livro de referência também...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Científico ou especulação
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 11:27
Oi. Eu diria que modo científico e mera especulação são dois
extremos, e as mensagens daqui situam-se em diversos pontos entre esses
dois extremos. Os estilos das mensagens são muito diferentes entre si, e
não dá para encaixá-los numa só categoria - nem sequer "modus perguntas e
respostas", pois há também debates, e que se ramificam, não sendo passíveis
de redução a pergunta/resposta.
Apesar disso, percebo uma presença substancial de mensagens que
tendem a um certo estilo de abordagem, caracterizado por um afã de expor
conhecimento - muito da postura contestatória das mensagens desta lista, na
verdade, parece submeter-se a esse afã. Seria interessante fazer uma
"sócio-psicologia" da Ciencialist...
Belisário
At 00:16 17/10/02 -0300, you wrote:
>O modus perguntas e resposta com que se trabalha aqui na lista, o seu
>conteúdo, pode ser considerado científico ou é apenas mera especulação?
>Carlos AR
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 11:28
Reverendo ;Douglas:
são 11.15 horas. a partir deste momento estou me convertendo ao
cristianismo, vou pedir ao marcelo rossi pra me ungir com a água milagrosa
que ele trouxe, com o gugu, do rio jordão.
(você me avaliza?)
e justifico: às 8 horas comecei a escrever uma respostas- melhormente
dizendo, uma réplica - ao seu e-mail. O texto, moléstia às partes, como
diria o lula, ficou de péssimo pra razoável mas em se tratando de um
produto dos meus dois neuronios que nem sinapisam mais, podereia merecer os
seus bons olhos.
E não é que, exatamente às 11 horas ocorre uma falha de energia, súbita,
repentina, por certo divina, e o texto foi pras cucuias? Considero isso um
sinal de que o senhor deus em sua onipotância agiu de forma a que vc. não
lesse uma argumentação tão argumentativa que por certo o faria o mais ímpio
dos infieis.
a comprovação da falha lucífera pode ser atestada pela concessionária
Escelsa, fone 0800.390.196
Assim, fica o dito pelo não dito, lamento não me chamar Benedito o que seria
uma rima, embora não fosse solução nenhuma, segundo Drummond.
silvio.
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: cooler
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 11:31
> De: Sergio M. M. Taborda
>
> Já agora, a função do dissipador é mais importante que a da
> ventoinha. Se vc tiver um bom dissipador nem sequer precisa de
> ventoinha (isto não se aplica aos Pentium IV, mas aplica por exemplo
> aos Pentium II)
Meu PC (Athlon 1.4 GHz) tem um cooler para o processador, um aspirador
de ar frio frontal e um exaustor de ar quente traseiro. Só o cooler
do processador não era suficiente para dissipar todo o calor. Dava
pane na placa de video. Agora parece que resolvi o problema com
o sistema de ventilação.
[]
Alexandre Medeiros
PS: Aqui na ACNielsen os servidores novos são refrigerados a àgua.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 11:49
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
Você é um tipo curioso. Primeiro entendeu que estava o atacando ad
hominem. Vc acha que eu preciso disso ?
É facto, vc mesmo afirmou, que não é fisico. Isso significa muitas
coisas. Significa entre elas que vc nunca teve um prof lhe explicando
as coisas do ponto de vista cientifico!
Ler livros do Eisntein , não é saber Relatividade.
Ler livros do Bohr , não é saber MQ.
Usar as opiniões deles sobres esses assuntos não tem sentido nenhum.
Eles fizeram essas afirmações à meio seculo atrás, ou mais.
Desde então as coisas são muito diferentes e os conceitos muito mais
exactos e bem entendidos.
Eu, que sou fisico, e tive professores que me explicaram, estou lhe
dizendo que as coisas já não são como no tempo de Eisntein e Bohr.
E estou-lhe dizendo tb que nenhum, NENHUMA , lei a fisica é violada
em lado nenhum.
As pessoas podem escrever isso nos seus livros de bolso, mas eles não
escrevem isso em papers que apresentam.
Esses livros de bolso de pseudo-divulgação pseudo-cientifica não
traduzem a ciencia de hoje. Traduzem ideias para a ciencia que vai na
cabeça dos autores.
Eu peço que se justifique e vc responde dizendo que o estou a atacar.
Isso não tem nexo nenhum. Se vc faz uma afirmação, eu suponho que vc
a possa fundamentar. Mas não é isso que vc faz. Ou vc se sente
atacado ou vc se refugia nas palavras textuais de autores , como se
vc voce um evangélico citando a biblia.
Se vc quer discutir o problema, descuta-o. Simplesmente me apresentar
textos de pessoas com as quais eu não estou falando é ridiculo como
base de argumentação. É o mesmo que vc me perguntar as coisas e eu
responder com numeros de páginas de livros. Isso não é dialogar!
E agora, ponto por ponto, mais um capitulo de: "onde vc está enganado"
> >Me desculpe, mas eu não o posso considerar assim quando vc me diz
que "os
> fisicos não sabem o que causa o colapso da função de onda" (sic).
Não leve
> mal ,ok?
>
> Eu poderia escrever um mailmute como o anterior com textos dos
próprios
> físicos, desde os primórdios da teoria quântica até o ano passado
discutindo
> o problema da medição, mostrando que ele *continua* sendo um
problema e que,
> apesar de várias respostas terem sido propostas, nenhuma delas é
consensual.
Bem, as opiniões do principio dos tempos da teoria quantica não valem
de muit hoje. VC vá dar uam olhada nos psotulados actuais da MQ e
verá que não estão lá nem os de Bohr nem os de Plank, nem os de
Eisntein. Estão postulados mais gerais e mais robustos que esses.
Quanto à MQ acual, foi vc que disse que não sabia o que se fazia em
fisica actualmente. Agora já vem dizer que sabe. Então diga.
Fundamente seu ponto de vista apresentando argumentos que estejam de
acordo com o que afirma.
VC afirmou que os fisicos não sabem que processo provoca o colapso da
função de onda. Vc afirmou que sabe o que é o colapso da função de
onda. Vc afirmou existe um problema com o colapso da função de onda.
E vc afirmou que a MQ não é uam teoria completa.
Então fundamente estas afirmações. Ou acha que eu vou simplesmente
acreditar na sua palavra ?
> Poderia até mesmo sumarizar, como cheguei a fazer em outra lista,
quais são
> as principais explicações e alternativas ao colapso da função de
onda (como
> a teoria dos múltiplos mundos, por exemplo, que não aceita a
existência do
> colapso), bem como tecer considerações sobre as vantagens e
desvantagens
> teóricas de cada uma delas. Mas não vejo sentido nisso.
O que eu não vejo sentido é na utilidade/necesidade dessas
jsutificativas. Só ha necesidade de novas teorias quando ha novos
problemas. E o colapso da função de onda não é um deles.
Possivelmente você
> consideraria que nenhum dos físicos e matemáticos que se ocuparam do
> problema, de John von Neumann a Roger Penrose (que admite o colapso
da
> função de onda), passando por John Wheeler (que propôs vários
modelos,
> alguns dos quais envolvem o colapso da função de onda e outros não)
e Hugh
> Everett (que não admite o colapso da função de onda), pode ser
considerado
> sequer um leigo bem-informado.
O que eu cosidero é que quem os lê , não os entende ou não os cita
devidamente, deturpando o que eles afirmaram, e criando coisas que
não estão lá.
> >Vc já parou para estudar o que é o colapso da função de onda ?
>
> Já.
Essa resposta não é suficiente. Vc tem que fundamentá-la.
Explique o que é, e de onde vem o colapso da f.d.o.
Comece por explicar o que é a função de onda.
Explique vc, não quero que me cite ninguem. Isso não seria vc a falar.
> >Vc já parou para estudar a formula da relatividade ?
>
> Já. Inclusive nos textos originais de Einstein.
Então explique-a , cada tensor de cada vez e a eq como um todo.
Explique como dela podemos obter o famigerado ponto do BB e/ou como
dessa formula podemos argumentar que se deu um BB.
> >Não me intreprete mal
>
> Acho difícil interpretar você mal nesse aspecto.
Pois vc o fez.
> Em vez de debater as
> idéias, você prefere desqualificar intelectualmente o adversário.
Vc que se está desqualificando quando não me responde como deve ser.
VC diz que sabe, que leu, que estudou. Mas eu ainda não vi provas de
que isso seja verdade.
Aquilo que eu vi é que vc já leu muitos livros de divulgação.
Otimo para vc. Mas agora falemos de fisica, tá bem ?
Eu poderia
> partir pra mesma tática e insistir na estranheza de alguém que se
diz físico
> nunca ter ouvido a expressão "continuum espaçotempo", que pode ser
> encontrada, no entanto, em qualquer texto de física, inclusive do
próprio
> Einstein (_A Teoria da Relatividade Geral e Especial_: "O *espaço*
é um
> contínuo tridimensional. [...]
Vc acha que "continuum espaço-tempo" é a mesma coisa que espaço
continuo ? ou mesmo que "espaço-tempo continuo" ?
E vc acha que isso é uma grande coisa ?
É basico em fisica dizer que o espaço é continuo. Isso é aquilo que
permite demosntrar o principio da conservaçao do momento.
O mesmo para o tempo e o principio da conservação da energia
Vc chuta isso como se fosse uma descoberta maravilhosa dos ultimos
anos ou algo que só poderia ter vindo da mente brilahnte de Eisntein.
Não é! Não ha nada de espetacular nisso!
O que eu disse é que o termo "continuum" não é usado em fisica.
Vc ai mudou para "continuum espaço-tempo" o qual tb não é usando.
O que é usado é espaço e tempo continuos (sem latim).
>Estou interessado em debater idéias, não em vencer uma discussão
> ou calar a boca do oponente.
Ideias. É isso que eu não vi. Eu so vi citações mal intrepretadas.
> >O principio de causalidade NUNCA e repito NUNCA é violado em nada
do que os
> fisicos façam.
>
> Isso é o que *você* diz.
É muito simples provar que estou engando. Vc me mostra uma
experiencia onde tenha acontecido a violação de alguma lei.
>Não é o que dizem Bohr e Heisenberg.
Bohr e Heisenberg estão desactualizados.
> Longe de mim
> querer endeusá-los, mas entre o que eles dizem sobre a mecânica
quântica e o
> que diz você, prefiro ficar com eles.
Se vc prefere ficar no passado é lá contigo.
> Não me interprete mal - eles são os
> pais da criança, presumo que a conheçam melhor do que você.
Eu pensaria melhor antes de dizer isso.
Quem conhece melhor a criança e quem cuida dela e a faz desenvolver,
não quem a teve.
> >Mas hei! vc poderá sempre tentar convencer-me dadno exemplo de
como o salto
> quantico viola esse principio.
>
> O debate Bohr-Einsten lida amplamente não só com a questão da
causalidade,
Mas NÂO com o salto quantico!
E Esse debate já tem barbas. Vc acha mesmo que os fisicos ainda vivem
no seculo XIX ?
Não tenho
> saco pra ser chamado de ignorante depois de passar os últimos dez
anos
> mergulhado no estudo da mecânica quântica.
Excelente. Então me diga o que é o salto quantico e onde ele viola
alguma lei.
Se tiver algum interesse, você
> que se reporte aos textos sobre o assunto. Mas depois que você
escreveu que
> Einstein *não entendeu* a mecânica quântica (que Bohr mesmo
reconhece que
> ele entendia perfeitamente, sim - apenas não conseguia aceitar suas
> conclusões), suspeito que vai acabar dizendo que o próprio Bohr não
sabia do
> que estava falando.
Vc nem se dá ao trabalho de entender o que escrevo. Com vc é tudo
literal.
Eisntein não entendeu de facto que não ha nenhuma contradição entre
um sistema ser descrito por estados que têm uma certa probabilidade,
e um mundo que funciona como um relogio.
Eisntien achava que o mundo tinha de funcionar como um relogio,
deterministicamente. Ora, todos os fisicos sabem que é impossivel
determinar qual a face de um dado que vai sair num lançamento. Mas ao
mesm otempo asseguram que as leis de Newton são válidas para esse
dado e que não ha magina nenhuma possivel no processo, nem variáveis
escondidas.
A MQ diz que mesmo eu não sabendo qual a face que vai sair, eu posso
prever qual a probabilidade de cada face. O que é uma ideia puramente
classica. Vc tb pode sem MQ saber que cada face tem 1/6 de
probabilidade.
O que Eisntein nunca inguliu foi que isto pudesse ser considerado
determinsitico. E por isso ele disse a famosa frase "Mesmo assim, não
acredito que o Grande Arquitecto jogue aos dados"
Ele estava falando neste contexto que expus.
Eu acho que é obvio a qq um o que ele não entendeu. E se ele não
entendeu isso, ele não entendeu MQ. É tão simples assim.
> >Ler livros é importante, desde que sejam os livros certos.
>
> É, tem razão, eu devo estar lendo os autores errados. Heisenberg,
Bohr,
> Einstein - pra não falar do Stephen Hawking que, como sabemos, não
passa de
> um qualquer: o que esses caras podem me ensinar sobre física,
afinal de
> contas?
Exacto. Não seria mais prático vc falar com um prof com conhecimentos
actualizados e livres da 'divulgação paras as ma$$as' de Hawking ?
É só uma pergunta.
> >(Um espaço com singularidades não é continuo)
>
> Diz isso pro Einstein e pro Minkowski (a citação correspondente tá
lá em
> cima no email, você pode verificar no livro por você mesmo).
O espaço q Minkowski desenhou não tem singularidades. Isto pq elas só
aparece com a TGR que é posterior.
>
> >O que não significa que "centro de BN" seja o mesmo que "ponto de
BB" como
> vc tem vindo a insinuar.
>
> Eu não disse que era o mesmo. Nem sequer insinuei. Disse que era uma
> singularidade *do mesmo tipo*, o que Paul Davies também afirma com
todas as
> letras.
Pois, e como vc afirma, vc acredita.
É isso ? É assim que funciona para vc ?
Pois para mim não.
> >Não.
> >Vc não entendeu que não passa de um problema matemático e
> se apoia apenas em opiniões para dizer que é um problema fisico.
>
> Que parte de "sua natureza é local e física - E NÃO MERAMENTE
MATEMÁTICA"
> você não conseguiu entender?
Que parte de "Isso é o que ele diz" , vc não entendeu ?
> Resumo da ópera, Sergio: o que começou como uma discussão sobre
idéias está
> rapidamente descambando para uma argumentação ad hominem.
Pq por alguma razão vc acha que estou o atacando.
Eu estou contra-argumentado tentando mostrar que suas ideias não
fazem sentido.
E ai vc me mostra os textos dos citados, e eu entendo que vc
intrepretou tudo à letra, não alcançando/sabendo o que está para além
disso. Que outras hipoteses há, etc.
>Como disse, não
> estou interessado em debater nada com alguém cuja tática preferida é
> desqualificar intelectualmente a outra parte.
Isto é muito tipico. Quando não sabem responder, dizem que estão a
ser atacados para não ter que responder. Essa já é velha...
>No que me diz respeito, esta
> discussão está encerrada. Continue com as suas certezas absolutas e
faça um
> bom proveito delas.
E as suas não são absolutas ?
Vc parece muito ofendido por eu as por em causa.
E ainda mais ofendido por eu me estar nas tintas para os nomes dos
autores que vc citou.
Agora, vc nunca mostrou que é verdade o que vc afirmou, como que a
causalidade é violada no salto quantico , que os fisicos não sabem
que o que é o colapso da f.d.o. etc..
> Da minha parte, fico aqui com as minhas dúvidas e a
> aceitação provisória das teorias que me parecem verossímeis -
E vão parecer sempre até que vc as ponha em causa.
O que vc não está querendo fazer.
Sérgio
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 12:03
Olá Manuel:
> André: Reprodução e sobrevivência. muitas vezes esquecemos que a
> sobrevivência é mais importante do que a reprodução (mortos não
> > trepam)...
>
> Manuel: Mas tem quem trepe com morto e tenha preferência por isso.
O
> nome dessa 'perversão' é necrofilia. Aliás, as parafilias
> ou 'perversões" (não gosto deste último termo) indicam o quanto a
> sexualidade humana está dissociada da função de reprodução.
Indicam apenas que a sexualidade é controlada por partes autônomas do
cérebro, não sujeitas ao controle racional. O cérebro não ordena ao
sujeito: "se reproduza!" ou "sobreviva!", mas sim programa o corpo
para uma série de reações automáticas ou semi-automáticas para
estímulos específicos. Porém como essa é uma parte do cérebro
mais "primitiva" pode ser enganada com facilidade. Por isso seres
humanos podem se excitar com uma boneca inflável ou até com um
cadáver (eca!) embora saibam conscientemente que dali não sairá nada.
O prazer nada mais é do que uma ferramenta desenvolvida pelo cérebro
primitivo para indicar ao corpo o que é bom ou o que não é, para sua
auto-defesa e reprodução. Até o surgimento do ser humano o prazer era
provavelmente o único critério de escolha de todos os animais (que
tenham um sistema nervoso suficientemente complexo para fazer
escolhas).
Já o ser humano desenvolveu uma ferramenta de tomada de decisão muito
mais poderosa, chamada razão. Graças a ela, sabemos que as vezes o
que nos parece desagradável pode ser bom, e o que nos parece
prazeroso pode ser ruim.
Ademais,
> importa lembrar que as parafilias não são idiossincrasias ou
> exceções, mas desvios altamente recorrentes do padrão sexual e que
se verifica em qualquer cultura.
O cerébro do lagarto também é tapeado com facilidade. O que há demais
nisso?
>
> O que me faz esquecer, às vezes, que a sobrevivência é mais
> importante que a reprodução é o fato de muita gente literamente
> perder a cabeça por um belo rabo. :-)
Ninguém pula de um prédio atrás de uma mulher que está caindo. O que
acontece muitas vezes é que a ameaça à sobrevivência é vaga e
indireta, e a chance de se reproduzir é imediata e palpável. Para
isso temos o cortex, mas muitos ainda falham em usá-lo. Mas o que se
vê é que essas pessoas não tem muito futuro: tomam decisões
impensadas, engravidam a mulher errada na hora errada, etc
>
> André: A testosterona é um hormônio que esta tanto ligado à
> agressividade quanto à libido, mas isso não siginifica que uma
coisa
> esteja ligada a outra.
>
> Manuel: estão 'quimicamente' ligadas através da testosterona e
também
> pelo fato de os rituais agonísticos e de manutenção da hierarquia
> social derivarem dos rituais de corte e acasalamento. Aliás, é bom
> frisar que, assim como um automóvel não é apenas um meio de
> transporte mas também um símbolo de status, entre os primatas o
pênis
> não é apenas o órgão sexual masculino (e órgão excretor), mas é
> também um símbolo de poder e dominância -- e tudo indica que é
inato -
> - em torno do qual se estrutura a ordem hierárquica. Será que isso
se
> deu por acaso? -- "Os macacos-de-cheiro (...) apresentam uma
espécie
> de ritual ou exibição que executam quando se cumprimentam. Os
machos
> mostram os dentes, sacodem as barras da jaula, emitem um guincho
> agudo (...) e erguem suas pernas para exibir o pênis ereto. (...) O
> animal dominador na colônia e definitivamente o exibidor mais ativo
> (...) responsável por dois terços da exibição genital." (C. Sagan;
Os
> Dragões do Éden; p. 35)
Já os seres humanos se relacionam vestidos, e cortejam as fêmeas
vestidos. O jogo de poder é muito mais sofisticado do que entre os
macacos. Eu nem sei se o Bill Gates tem pinto.
>
> A testosterona, o hormônio masculino, não é responsável pela
> agressividade, mas pelo 'prazer' da agressão. A testosterona é o
> hormônio responsável tanto pelo 'prazer' sexual (mulheres cujo
> organismo não produz testosterona também não experimentam orgasmo)
> quanto pelo 'prazer' que se obtém através de jogos competitivos e
> agressivos. A testosterona participa da química da agressividade
como
> atividade lúdica, 'prazerosa' (claro que existem coadjuvantes da
> testosterona tanto no sexo como no jogo, caso da dopamina e da
> serotonina). Experimentos realizados com jogadores de basquete
> mostram que, após a partida, o nível de testosterona no corpo dos
> atletas do time vencedor não só é mais elevado que o dos atletas
> perdedores como também mantém-se alto por um longo tempo, quando
não
> continua crescendo. Também é verdade que os vencedores tornam-se
> sexualmente mais sedutores; não para todas as mulhares, claro,
apenas
> para as normais, re re!
>
> André: Entre certos lutadores de boxe e jiu-jitsu também. Mas para
a
> maioria dos mortais a sinalização de cópula é bem diferente da
> sinalização de luta, concorda?
>
> Manuel: Não obstante, a sinalização de luta entre as pessoas está
> repleta de referências a sexo aqui, na China, na Chechênia e até em
> Pasárgada (só não no País das Maravilhas, creio). Com freqüência
> chamamos nossos desafetos de "veado", filho-da-"puta", "corno",
> desejamos que eles "se fodam" ou que "tomem na b...", damos-
> lhes "cotoco" ou "banana" (símbolos "fálicos") e os mais vulgares
> chegam mesmo a gritar ao mesmo tempo que seguram o próprio
> sexo: "Aqui, ó!" -- Os demais primatas também fazem isso, só que
com
> menor riqueza simbólica.
>
> Manuel: "Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e
> reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores
> adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e
> são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos das castas
> superiores".
>
> André: Sobrevivência.
>
> Manuel: Nas comunidades filopátricas masculinas (chimpanzés,
bonobos,
> etc.) os machos subalternos adotam tal "posição sexual submissa"
> frente aos machos dominantes muitas vezes voluntária e
gratuitamente,
> isto é, eles "se aprazem" com tal atitude. Os subalternos não só
> temem como "amam" os superiores e gostam de demonstrar isso. Na
> verdade, são poucos os puxa-sacos por conveniência; a maioria dos
> bajuladores o são por convicção.
>
> Manuel: Freud afirmava que a libido é a energia motriz da maioria
dos
> processos oníricos.
>
> André: E o medo de morrer, porque não? Se fulano sonha que está
sendo
> perseguido por um assaltante, porque isso não pode ser visto como
uma
> representação simples e direta de uma ameaça familiar (ao invés de
> uma representação simbólica de desejos sexuais ocultos).
>
> Manuel: Falei "da maioria". Assim como a determinação dos genes
> (segundo Dawkins), a determinação da libido é também estatística.
>
> André: Mais uma vez, a testosterona é apenas um hormônio, não é um
> processo mental. Testosterona não é sexo. O fato do bebê ter um
pico
> de secreção de testosterona não significa que ele esteja tendo
> fantasias eróticas.
>
> Manuel: Significa sim. Sem a crise hormonal pós-natal não haveria
> erotismo infantil. Há um vasto material que comprova a existência
de
> um erotismo infantil. Eu próprio tenho lembranças de algumas das
> minhas experiências eróticas (masturbações) da primeira infância.
> Será que sou doente? Será que os meus dois filhos também são
doentes?
> Aliás, tenho acesso a um caderno em que uma determinada mãe anotou
as
> gracinhas do seu filhinho. Numa delas consta que o pimpolho, quando
> tinha 5 aninhos (que bonitinho!) perguntou pra ela: "manhê, por que
é
> que quando eu penso imoralidade a minha pinta fica dura?"
>
Experiências pessoais não podem ser geneneralizadas. Eu não chamo
meus desafetos de veados, não mostro o pinto quando estou discutindo
com alguém, não me masturbava na infância. Sinto um enorme prazer em
ler e estudar, mas isso não me causa ereções. Será que sou doente? :)
abraços,
André
SUBJECT: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 12:04
Boa Tarde, Renato.
Desculpe, o erro foi meu. Durante todo o dia recebo todas estas
mensagens no meu computador, que está localizado aqui na empresa onde
trabalho, e devido à falta de tempo não consegui estruturar bem o
parágrafo.
Admiro muitas das obras de ficção e ensaios de Aldous Huxley e não
foi minha intenção de acusá-lo de
"falta de caráter". Eu estava direcionando o meu argumento às pessoas
fracas que não conseguem resolver os problemas por si mesmas e procuram uma
fuga nas drogas ( a religião não seria da mesma maneira? ).
Bem, espero organizar as minhas idéias melhor da próxima vez.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: cooler
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 12:32
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Sergio M. M. Taborda
> >
> > Já agora, a função do dissipador é mais importante que a da
> > ventoinha. Se vc tiver um bom dissipador nem sequer precisa de
> > ventoinha (isto não se aplica aos Pentium IV, mas aplica por
exemplo
> > aos Pentium II)
>
> Meu PC (Athlon 1.4 GHz) tem um cooler para o processador, um
aspirador
> de ar frio frontal e um exaustor de ar quente traseiro. Só o cooler
> do processador não era suficiente para dissipar todo o calor.
o seu Athlon é da mesma categoria que os Pentium IV. E como eu
disse "isto não se aplica aos Pentium IV" :-)))
> PS: Aqui na ACNielsen os servidores novos são refrigerados a àgua.
Bom, eu já vi com arrefecimento a coca-cola. eheheh
(falando dos beneficios da coca-cola) Mas não recomendo.
Sérgio
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 12:48
Vejam isso, por exemplo. Quer o projeto detalhado do cubo magnético (além do que já existe no Imperdível) e ainda pretende a resposta para hoje antes das 18:00 h !
[]'
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: Styllus Luminosos
Para: leobarretos@uol.com.br
Cc: Styllus Luminosos
Enviada em: quinta-feira, 17 de outubro de 2002 16:50
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
Olá, meu nome é Jorge - Goiânia, e gostaria de saber detalhadamente sobre o cubo magnético, esquema de montagem, teorias, para um trabalho de feira de ciências.
Se tivesse como mandar a resposta ainda hoje até as 18 hs agradeceria muito.
Obrigado!
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: [ciencialist]Re: Para Vladimir e química cerebral...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 12:51
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> Ligia Gallo wrote:
>
> > L**: Vamos colocar a coisa dessa forma: são ilusões porque temos
> > uma química cerebral diferente da deles. Mas para eles as ilusões
> > são tão reais quanto o que tomamos por realidade... portanto,
caso a
> > nossa química não fosse esta mas igual a deles,estaríamos em pé de
> > igualdade... Uf, cansei...
>
> Liginha, vc me subestima mesmo...
> Eu entendi perfeitamente. A questao é como provar.
> Qual seria o tipo de informacao suficientemente satisfatoria, que
nao
> poderia ser obtida por outros meios, que uma pessoa "alucinada", por
> drogas ou por qualquer outro motivo, poderia nos dar, que pudesse
ser
> confirmada como sendo "doutromundo"?
L: Fiquei pensando numa experiência que seria viável. Em princípio
seriam medidos os níveis da "química cerebral", mormente serotonina e
dopamina de um grupo de pessoas, digamos 4 voluntários. Cada um
deles teria um mapa/contagem de todas as suas substâncias circulantes
no cérebro. Estas substâncias precisariam estar nos mesmos níveis em
cada um deles, este é o detalhe, já que níveis diferentes poderiam
predispôr a diferenças nos resultados quando da administraçào de
outras drogas, as alucenógenas. Depois de uma equalização de níveis
através de medicamentos, essas 4 pessoas seriam submetidas à
aplicação de algum tipo de droga. Depois seria o caso de avaliar-se
se há condições de as alucinações serem as mesmas para os 4
indivíduos, ou se essas alucinações poderiam interagir umas com as
outras, ao permitir-se que eles permaneçam conversando e trocando
informações constantemente no correr da experiência... Depois num
outro experimento, não haveria troca qualquer de informação e as
pessoas estariam apenas em contato visual umas com as outras...
Detalhe: já tive sonhos a noite com pessoas que na manhã seguinte
chegaram para mim e me contaram o mesmo sonho que haviam tido
comigo... não é brincadeira não e não era sonho erótico também, viu?
> "Laboratorios" tem aos montes por ai... mas, assim como eu, como as
> pessoas que eu conheco (e nao sao poucas), e como na experiencia
que o
> Dr.PSI enviou, ninguem conseguiu nada que nao fosse explicavel por
> outros meios.
L: Certo... é que cada um experimenta as drogas de uma determinada
maneira... cada um as experimenta de acordo com a forma que estas
drogas reagem em seu próprio cérebro... e é uma experiência
pessoal. Seria interessante, contudo, ver se outros cérebros,
funcionando da mesma maneira, reportariam as mesmas coisas...
> > e você pode pintar o meu retrato a partir de uma foto real da
minha
> > versão "brejo" que está nos arquivos de foto aqui da lista...
>
> hehehe
> tem certeza??
>
> quando eu entro da erro 404
> tem que fazer login?
L: Aquele link quebrou. Tente por aqui:
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst
Detalhe: o que eu estou segurando no colo não é um duende...
> eletronica.
> techno e trance...
L: Menos mal... ufa!
> > L*: Esperava mais de você... crie outro tipo de sigla.
> d.e.u.s.
> (d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.
> (d.e.u.s.(d.e.u.s.(d.e.u.s.-empurrador-ultra-secreto)
> -empurrador-ultra-secreto)-empurrador-ultra-secreto)
> -empurrador-ultra-secreto)-empurrador-ultra-secreto)
> -empurrador-ultra-secreto)-empurrador-ultra-secreto)
> -empurrador-ultra-secreto)-empurrador-ultra-secreto)...
L: Está parecendo o robô da família Robinson em Perdidos no
Espaço: "perigo-perigo-perigo"... :)
Bisous, Lígia
SUBJECT: FEIRA DE CIENCIAS - como orientar?
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 12:52
At 07:53 17/10/02 , you wrote:
>Perguntas 'desse tipo' tenho-as todos os dias. É um malabarismo cerebral
>para responder condignamente a todas elas. Por vezes tenho que apelar a
>vcs, quando o malabarismo tá fraquejando ou os músculos ficando cansado.
>O que mais me 'dana' é o pedido de projetos e trabalhos para serem
>entregues 'prontos' aos professores de escolas, faculdades e
>universidades. Ai estrilo um pouco.
>
>Aquele abraço a todos,
>
>Léo
OLÁ, LEO.
AQUI NO MEU SITE TAMBEM.
CRIAMOS UM SITE PARA ORIENTACAO AO CONSUMIDOR, MAS SO VEM CONSULTA SOBRE
TRABALHO PRA ENTREGAR, PRA ENTREGAR NO DIA SEGUINTE, PEDINDO URGENCIA...
LAMENTAVEL....
MAS ESSA É A REALIDADE.
E NISSO É QUE TEMOS QUE SER CÉTICOS: não vai mudar.
ENTÃO... O IDEAL... SERIA A GENTE CRIAR ALGUNS MODELITOS, PRA ALUNO OPERAR...
DARMOS UMA ESTRUTURA, UNS LINKS, FAZER UMAS PERGUNTAS DENTRO DA ESTRUTURA,
E MANDAR ALUNO PROCURAR NOTICIA EM OUTROS SITES.
O PERIGO... QUE ANTEVEJO... EH QUE SITES DE EMPRESAS DE QUIMICA, DE
BIOTECNOLOGIA... VAO COMEÇAR A OFERECER ESSES TRABALHOS, DE GRATIS,
VENDENDO SUA IDEOLOGIA EM TRANSGENICOS, EM MEIO AMBIENTE ETC.
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 13:29
--- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> Indicam apenas que a sexualidade é controlada por partes autônomas
> do cérebro, não sujeitas ao controle racional.
Q. sera' q. vao dizer das abelhas q. tentam copular com
orquideas?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 14:24
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 17, 2002 11:49 AM
Subject: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>Você é um tipo curioso.
Sergio, eu prometi no final do email que, no que me dizia respeito, o debate
estava encerrado - e está. Mas não posso deixar de apontar a maneira, esta,
sim, curiosa, com que você distorce as coisas que eu escrevi a fim de
justificar seu ponto-de-vista igualmente distorcido.
>Primeiro entendeu que estava o atacando ad
hominem. Vc acha que eu preciso disso ?
Desqualificar a competência intelectual do oponente é a própria definição de
ataque ad hominem. De seu último email, mais da metade de suas afirmações
foram pra dizer que eu não sabia do que estava falando e não entendia do
assunto.
>É facto, vc mesmo afirmou, que não é fisico.
Não, não sou. Nem pretendo. O que me interessa são as implicações
ontológicas e epistemológicas da física. Isso não quer dizer que eu me
contente com um artigo da Superinteressante e não procure aprofundar meus
conhecimentos do assunto.
> Isso significa muitas coisas. Significa entre elas que vc nunca teve um
prof lhe explicando
as coisas do ponto de vista cientifico!
Mas não significa que todo o meu conhecimento de física venha de "livros de
bolso", como você diz. Tampouco significa que eu não tenha amigos físicos,
matemáticos e químicos, que me ajudam a esclarecer as minhas dúvidas.
>Usar as opiniões deles sobres esses assuntos não tem sentido nenhum.
Eles fizeram essas afirmações à meio seculo atrás, ou mais.
Desde então as coisas são muito diferentes e os conceitos muito mais
exactos e bem entendidos.
Você acha mesmo que os meus estudos se limitam às obras da primeira metade
do século passado? De onde você tirou essa idéia estapafúrdia? Eu procuro me
manter tão atualizado quanto possível, estudei desde os textos seminais de
Bohr até as interpretações mais recentes da mecânica quântica, como a teoria
da não-coerência, de Heinz Dieter Zehl e Wojciech H. Zurek, a teoria da
gravidade quântica de Roger Penrose, que interpreta o colapso da função de
onda como uma redução objetiva causada pela gravidade quântica, bem como o
modelo idealista de Amit Goswami, que tenta desenvolver a proposta original
de John von Neumann, depois retomada por Eugene Wigner e John Wheeler, entre
várias outras menos cotadas, como a interpretação transacional de John
Cramer.
>Eu, que sou fisico, e tive professores que me explicaram, estou lhe
dizendo que as coisas já não são como no tempo de Eisntein e Bohr.
Como você pode notar pelo parágrafo anterior, não preciso de você pra me
dizer isso.
>Eu peço que se justifique e vc responde dizendo que o estou a atacar.
Você não me pediu pra me justificar, limitou-se a ficar repetindo que eu não
entendo nada de física e não posso sequer ser considerado um leigo
bem-informado.
>Ou vc se sente atacado ou vc se refugia nas palavras textuais de autores ,
como se
vc voce um evangélico citando a biblia.
De modo algum. Não considero nem a própria Bíblia como um evangelho a ser
seguido. Se nomeio os autores ou cito textualmente suas palavras é pra que
você não me acuse, como parece gostar de fazer, de estar inventando ou
deturpando as coisas. Um exemplo concreto? Eu disse que a singularidade do
Big Bang, de acordo com os cosmologistas, era do mesmo tipo que a do núcleo
dos buracos negros. Você, evidentemente, caiu de pau em cima dessa
afirmação. Então, citei textualmente um trecho do Paul Davies que diz
exatamente a mesma coisa que eu disse e - surpresa! - você não questionou a
afirmação do Davies . Mas se ele diz o mesmo que eu disse, como você pode
não questioná-lo e discordar de mim? Muito simples, distorcendo o que eu
escrevi, me atribuindo uma afirmação diferente da que eu fiz.
>Se vc quer discutir o problema, descuta-o. Simplesmente me apresentar
textos de pessoas com as quais eu não estou falando é ridiculo como
base de argumentação.
Quase tão ridículo, imagino, quanto distorcer o que eu digo ou repetir, sem
fundamentar, que eu não sei do que estou falando.
>Bem, as opiniões do principio dos tempos da teoria quantica não valem
de muit hoje. VC vá dar uam olhada nos psotulados actuais da MQ e
verá que não estão lá nem os de Bohr nem os de Plank, nem os de
Eisntein.
Como espero ter esclarecido no início do parágrafo, eu estou razoavelmente
bem-informado sobre os postulados atuais da MQ e sei o que se mantém e o que
foi descartado da primeira teoria quântica, obrigado.
>Quanto à MQ acual, foi vc que disse que não sabia o que se fazia em
fisica actualmente. Agora já vem dizer que sabe.
Gostaria que você me mostrasse onde foi que eu disse isso. O que eu afirmei,
verbatim, foi: "O fato de nunca ter entrado num
laboratório de física não quer dizer que eu não tenho nenhuma informação
sobre como se passam as coisas dentro de um laboratório." Pra transformar
isso numa alegação de que eu não sei o que se faz em física atualmente exige
ou um talento de prestidigitador maior que o de David Copperfield ou uma
dose colossal de má-fé.
>Então fundamente estas afirmações. Ou acha que eu vou simplesmente
acreditar na sua palavra ?
Por que não? Você quer que eu acredite na *sua* de que eu não sei do que
estou falando. Releia o seu último email: em nenhuma das vezes em que você
diz isso, se dá ao trabalho de apontar qual exatamente é o meu erro. Diz
apenas que, se eu soubesse do que estou falando, não teria dito o que digo.
Baseado em que eu devo aceitar essa alegação? No fato de você ser um físico
e, portanto, supostamente "saber" do que está falando? Afirmações gratuitas
por afirmações gratuitas, deu empate.
>O que eu não vejo sentido é na utilidade/necesidade dessas
jsutificativas. Só ha necesidade de novas teorias quando ha novos
problemas. E o colapso da função de onda não é um deles.
Não diga isso pra mim. Diga isso pros físicos que continuam se ocupando do
problema. Talvez esses pobres coitados não saibam que ele já foi resolvido.
>O que eu cosidero é que quem os lê , não os entende ou não os cita
devidamente, deturpando o que eles afirmaram, e criando coisas que
não estão lá.
Entendo. Você quer dizer que John von Neumann não elaborou a cadeia de von
Neumann, nem sugeriu a possibilidade de que o colapso da função de onda
fosse causado pelo observador; que a Teoria dos Múltiplos Mundos de
Everett-Wheeler-De Witt não diz que existem múltiplos mundos; que o modelo
da não-coerência não atribui o colapso da função de onda a interações
mínimas com o ambiente; e que o modelo da redução objetiva de Roger Penrose
não afirma que o colapso ocorre devido à instabilidade inerente às
superposições, que decaem quando se atinge um limite crítico de
massa/tempo/energia?
>Essa resposta não é suficiente. Vc tem que fundamentá-la.
Por que eu *tenho* que fundamentá-la? Colega, você não é meu professor e eu
não preciso te provar nada. Se você leu o meu email até o fim, deve ter
percebido que eu o escrevi de saco cheio e desistindo completamente de
continuar a discussão.
>VC diz que sabe, que leu, que estudou. Mas eu ainda não vi provas de
que isso seja verdade.
Pra quem disse que isto aqui não é uma guerra santa, você demonstra
consideráveis pendores pra Inquisidor-Mor. Vou repetir de novo: a discussão
não me interessa mais, deixou de ser um debate de idéias pra se tornar um
julgamento das minhas qualificações ou falta delas pra falar sobre física. O
próximo passo é transformá-la num flame war e eu não tenho o menor interesse
nisso. Logo, não vejo porque deveria perder meu tempo tentando *te* provar o
que eu estudei ou deixei de estudar?
>Vc acha que "continuum espaço-tempo" é a mesma coisa que espaço
continuo ? ou mesmo que "espaço-tempo continuo" ?
Usei o termo continuum no sentido exato em que ele é usado em física a
partir de Minkowski. Nem há nada no contexto da mensagem que leve qualquer
leitor de boa-fé a supor que eu estava dizendo que o espaço é contínuo, ou
que ele não é contínuo. Você deduziu isso por sua livre e espontânea
vontade, como deduziu que eu estava defendendo que o universo surgiu do nada
e como deduziu que eu não sabia do que se faz em física contemporânea:
distorcendo o que foi dito, acrescentando entrelinhas que não existem e
fazendo deduções mirabolantes a partir de coisas que *não estão* no meu
texto.
>E vc acha que isso é uma grande coisa ?
Não, acho que saber o que é o continuum é o mínimo necessário pra se poder
falar sobre a teoria da relatividade.
>É basico em fisica dizer que o espaço é continuo.
Desculpe, senhor físico, mas o continuum espaço-tempo não se reduz a esse
truísmo. Por continuum espaço-tempo entende-se a construção geométrica de
Minkowski de que espaço e tempo são dois aspectos de um contínuo de quatro
dimensões. E concordo, isso é básico em física. Tão básico que me causou
espanto ver um físico dizer (e cito as tuas palavras literalmente, pra não
me acusar do que você é useiro e vezeiro em fazer, a saber, deturpar o que
foi dito): "Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em fisica".
>Vc chuta isso como se fosse uma descoberta maravilhosa dos ultimos
anos ou algo que só poderia ter vindo da mente brilahnte de Eisntein.
Não é! Não ha nada de espetacular nisso!
Você deveria estudar um pouco a história da teoria da relatividade, colega.
Veria que o próprio Einstein relutou inicialmente em aceitar a proposta de
Minkowski de um continuum espaçotemporal de quatro dimensões, mas acabou
incorporando-o, e que sua aceitação pela comunidade dos físicos causou
espécie, sim, na época. Portanto, ela não tem nada a ver com o truísmo que
você mencionou lá em cima e, de novo, você misturou duas coisas
completamente diferentes.
>O que eu disse é que o termo "continuum" não é usado em fisica.
Não vou me dar ao trabalho de provar que você está errado. Basta abrir
qualquer livro, do mais elementar ao mais avançado, sobre a teoria da
relatividade, pra ver a expressão lá, com cada uma das suas letras.
>Vc ai mudou para "continuum espaço-tempo" o qual tb não é usando.
"Continuum" é simplesmente a forma abreviada de "continuum espaço-tempo", e
você também encontrará exemplos a granel de seu uso nos textos sobre a
teoria da relatividade - exceto, claro, nos artigos originais de Einstein,
que são anteriores à formulação do conceito por Minkowski. Mas, como eu
mostrei nas palavras do próprio Einstein, ele mesmo tratou de incorporá-la a
sua exposição clássica sobre a Teoria da Relatividade (e eis porque eu me
dou ao trabalho de citar: pra que você possa conferir a citação por si mesmo
e ver que não estou inventando nada).
>O que é usado é espaço e tempo continuos (sem latim).
Sergio, em Portugal talvez a forma aportuguesada seja mais freqüente. No
Brasil, o termo corrente é continuum, provavelmente por influência do
inglês, embora eventualmente também se use chamá-lo de contínuo. Eu próprio
uso ora uma, ora outra grafia. E não se trata de "espaço E tempo contínuos",
mas de um continuum ESPAÇO-TEMPO.
>Ideias. É isso que eu não vi. Eu so vi citações mal intrepretadas.
Mal-interpretadas porque não se enquadram na tua interpretação? De qualquer
forma, não vi nem isso nas suas mensagens. Só uma tremenda má-vontade para
aceitar o fato básico de que existem pessoas (muitas, aliás, pelo que eu
tenho visto) que não compartilham das tuas opiniões, sempre enunciadas como
se fossem a verdade definitiva e incontestável.
>Quem conhece melhor a criança e quem cuida dela e a faz desenvolver,
não quem a teve.
Foi você quem cuidou dela? Foi você quem a fez se desenvolver? Não? Então
meu ponto continua o mesmo.
>Mas NÂO com o salto quantico!
Não era o salto quântico que estava em discussão aqui. Era saber se a
mecânica quântica viola ou não os princípios básicos da física. E toda a
argumentação de Bohr com Einstein gira em torno do fato de que, sim, ela
viola.
>E Esse debate já tem barbas. Vc acha mesmo que os fisicos ainda vivem
no seculo XIX ?
Pra sua informação, o debate Bohr/Einstein foi travado no século XX. No
século XIX, a mecânica quântica nem sequer existia. O conceito de quantum só
foi formulado por Planck em 1900, com seu trabalho sobre a radiação dos
corpos negros. E não, eu não acho que a física ficou parada na época de
Bohr. Se achasse, não perderia tempo estudando os modelos contemporâneos que
eu citei no começo do email. O simples fato de que *existam* tantos modelos
alternativos brigando pelo consenso já demonstra que a questão não está
encerrada, por mais que você tenha escolhido a interpretação que lhe parece
mais aceitável e se agarre a ela como se fosse um fato demonstrado.
>Vc nem se dá ao trabalho de entender o que escrevo. Com vc é tudo
literal.
Você também nem se dá ao trabalho de entender o que escrevo. Com você,
*nada* é literal, e você adora me atribuir coisas que eu não disse, pra
depois contestá-las como se estivesse *me* contestando.
>Eisntein não entendeu de facto que não ha nenhuma contradição entre
um sistema ser descrito por estados que têm uma certa probabilidade,
e um mundo que funciona como um relogio.
Eisntien achava que o mundo tinha de funcionar como um relogio,
deterministicamente. Ora, todos os fisicos sabem que é impossivel
determinar qual a face de um dado que vai sair num lançamento. Mas ao
mesm otempo asseguram que as leis de Newton são válidas para esse
dado e que não ha magina nenhuma possivel no processo, nem variáveis
escondidas.
Você acha mesmo que era esse o problema do Einstein com a mecânica quântica?
Einstein sabia perfeitamente que, num sistema clássico, embora acreditasse
piamente que ele fosse regido por leis determinísticas, nem sempre é
possível calcular todos os dados com exatidão. Ele não foi apresentado à
teoria das probabilidades por Bohr. O problema com a mecânica quântica é
outro, completamente diferente. Einstein estava perfeitamente disposto a
aceitar que não fosse possível determinar com exatidão o estado final de um
sistema porque existem variáveis que não são conhecidas. O que a mecânica
quântica propunha é que essas variáveis desconhecidas *não existem*, o
estado final de um sistema não pode ser determinado com exatidão, somente de
maneira probabilística, porque essa indeterminação é inerente ao próprio
sistema. Não é uma limitação nossa, é uma característica estrutural.
>A MQ diz que mesmo eu não sabendo qual a face que vai sair, eu posso
prever qual a probabilidade de cada face. O que é uma ideia puramente
classica. Vc tb pode sem MQ saber que cada face tem 1/6 de
probabilidade.
Se você acha que é assim, então quem não entendeu foi você. Perdoe-me por
fazer o que você detesta, mas vou ser obrigado a citar John Wheeler (e não
num texto antigo, mas num trabalho do ano passado): "A incerteza de uma
superposição quântica é diferente da incerteza da probabilidade clássica,
como ocorre depois de um arremesso de moeda." Antes que você diga que eu não
entendi o contexto e não sei dizer em que consiste essa diferença: uma das
razões está explicada no parágrafo anterior (existem variáveis não
conhecidas que influenciam o lançamento da moeda e que, se fossem
computadas, tornariam o lançamento determinístico; não existem variáveis não
conhecidas que influenciam o resultado de uma medição quântica, pra azar de
Einstein). A outra, diretamente relacionada a essa, é que uma moeda já está
no estado cara ou no estado coroa no momento em que cai. No entanto, se a
moeda fosse um objeto quântico, ao cair, ela seria uma superposição coerente
de cara e coroa. De acordo com a interpretação de Copenhague, é só no ato de
medir o resultado que essa superposição entraria em colapso e a moeda
assumiria um dos dois estados. De acordo com a teoria da não-coerência, a
superposição entraria em colapso devido a qualquer interação com o
meio-ambiente, e não apenas com o aparato de medição. Esse processo é
conhecido como "decoerência" e ocorre cerca de 10-20 de segundos, segundo os
cálculos mais recentes. De acordo com o modelo de redução objetiva de
Penrose, a decoerência acontece não por causa da interação com o ambiente,
mas devido ao fato de que as superposições coerentes são instáveis por sua
própria natureza e, ao atingirem determinada massa crítica, são
"decoerenciadas" pela gravidade quântica.
>O que Eisntein nunca inguliu foi que isto pudesse ser considerado
determinsitico. E por isso ele disse a famosa frase "Mesmo assim, não
acredito que o Grande Arquitecto jogue aos dados"
Ele estava falando neste contexto que expus.
Acho bom você (re)ler a carta de Einstein a Max Born onde essa frase é
citada. O que Einstein nunca engoliu é que os sistemas quânticos *não
fossem* determinísticos. Ele acreditava piamente que existiam variáveis
ocultas que, se fossem conhecidas, transformariam os sistemas quânticos em
clássicos. E, pra sua informação, as variáveis ocultas não foram sugeridas
por Einstein para explicar o paradoxo-EPR, mas exatamente o contrário:
Einstein, Podolsky e Rosen elaboraram o experimento-EPR na tentativa de
provar que as variáveis ocultas existem e que a mecânica quântica não
poderia ser considerada completa se não as levasse em consideração.
>Pois, e como vc afirma, vc acredita.
Você não sabe absolutamente nada sobre o que eu acredito ou deixo de
acreditar, Sergio...
>Que parte de "Isso é o que ele diz" , vc não entendeu ?
Talvez a parte que sugere que eu devo trocar o que ele diz pelo que *você*
diz.
>Pq por alguma razão vc acha que estou o atacando.
Não está? Pra mim, quando alguém deixa de argumentar e se limita a repetir:
"Você é um ignorante, você não sabe do que está falando, você não entende o
que lê", isso é um argumento ad hominem.
>Eu estou contra-argumentado tentando mostrar que suas ideias não
fazem sentido.
Eis o que você escreveu:
">Vou ser, no máximo, um leigo bem-informado.
Me desculpe, mas eu não o posso considerar assim quando vc me diz que "os
fisicos não sabem o que causa o colapso da função de onda" (sic). Não leve
mal ,ok?"
"Esta é a parte onde eu primeiro riu e depois choro e depois dou minha
participação nesta lista por completamente inutil e pura perda de tempo.
Passei varios mails tentando dismistificar essas ideias absurdas ,
quotidianas, mitologicas, sobre a fisica moderna... mas ninguem quer
ouvir... então bolas pra isto...continuem pensando assim, see if I care."
"Vc já parou para estudar o que é o colapso da função de onda ?
Vc já tentou entender de onde vem esse nome ?
Acho, em boa vontade, que se o tivese feito, não usaria estes argumentos e
exemplos"
"Vc sabe melhor que eu que vc não sabe o que "fisica contemporanea" é .
Não me intreprete mal, mas eu não posso aceitar que vc saiba quando vc me
fala uma coisa daquelas sobre o salto quantico e o colapso da função de
onda."
Você chama *isso* de "contra-argumentar"? Eu chamo de "tentar desqualificar
o adversário intelectualmente".
>E ai vc me mostra os textos dos citados, e eu entendo que vc
intrepretou tudo à letra, não alcançando/sabendo o que está para além
disso. Que outras hipoteses há, etc.
Quem está o tempo todo falando sobre *uma* determinada hipótese (sobre o
colapso da função de onda, sobre o efeito Casimir, etc.) como se fosse um
fato estabelecido é você, não eu.
>Isto é muito tipico. Quando não sabem responder, dizem que estão a
ser atacados para não ter que responder. Essa já é velha...
Como você quer que eu responda às frases que citei lá em cima?
>E as suas não são absolutas ?
Vc parece muito ofendido por eu as por em causa.
Eu não tenho certeza nenhuma, criatura. Não tenho certeza sobre a origem do
universo, não tenho certeza sobre o que causa o colapso da função de onda,
não tenho certeza sobre se o vácuo é um campo de energia potencial ou um
vazio. Tudo que eu sei é que existem várias hipóteses, teorias e
interpretações, algumas mais verossímeis e outras completamente malucas.
Quem ficou todo ofendido com isso foi você, não eu. O que me incomodou não
foi nenhuma certeza que você colocou em causa, foi o fato de, por não
concordar com as tuas opiniões, você dizer que isso significa que eu não sei
do que estou falando.
>E ainda mais ofendido por eu me estar nas tintas para os nomes dos
autores que vc citou.
Onde foi que eu fiquei ofendido com isso? A mim pouco me importa se você
acha que Einstein, Bohr ou Hawking são grandes físicos ou umas belas dumas
bestas. Até agora, teus juízos de valor me disseram mais sobre você do que
sobre eles.
>que os fisicos não sabem que o que é o colapso da f.d.o. etc..
O que é verdade, eles não sabem. A função de onda é descrita pela Equação de
Schrödinger, mas não se sabe nem sequer se a superposição coerente
corresponde a uma entidade física concreta ou se é apenas um artifício
matemático. Há, e houve desde o início da mecânica quântica, físicos que
acreditam que ela é a descrição matemática do estado em que o sistema
realmente se encontra antes da medição (como, por exemplo, Heisenberg nos
primórdios e John Wheeler até hoje), e há, e houve desde o início da
mecânica quântica, físicos que acreditam que ela é só um conceito matemático
útil (como o próprio Schrödinger, por exemplo, ou Hawking nos dias de hoje).
Atualmente, pelo que me é dado saber, a opinião predominante entre os
físicos é que a superposição coerente é uma entidade real, o que também me
parece mais certo, mas a verdade é que não existe um consenso absoluto
quanto a isso.
>E vão parecer sempre até que vc as ponha em causa.
O que vc não está querendo fazer.
Desculpe, colega, mas acho que está perfeitamente claro pra quem estiver
seguindo esta troca de emails (se é que há alguém seguindo esta troca de
emails) quem é que se agarra a suas certezas com dogmatismo. Não sou eu.
Sds.
L.
SUBJECT: RN: estudantes fabricam círculos em plantações "autênticos"
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:25
http://web.mit.edu/newsoffice/nr/2002/crops.html
"Thursday night (Oct. 10), the Discovery Channel will put the
spotlight on the only tradition of hacks that can compare to (and in
terms of scale, even outstrip) MIT's. Crop circlesthe giant,
geometric indentations that appear in fields around the world and
which some people believe are made by extraterrestrial visitorsare
the subject of the hour-long special "Crop Circles: Mystery in the
Fields."
At the request of the show's producers, five MIT students conceived,
built and analyzed a crop circle of their own. Dominic Rizzo, Lisa
Messeri and Devjit Chakravarti, all juniors in aeronautics and
astronautics, were recruited to build the circle, while Zoz Brooks
and Mark Feldmeier, both graduate students at the Media Lab, were
charged with analyzing the final product."
SUBJECT: nRe: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:46
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> -=*##>O Dr. PSI foi rebaixado... snif<##*=-
Nao fique triste, Dr. PSI, vc ta indo bem!
"É bom lembrar que a insatisfação é que dá origem à criação."
"Será que do júbilo da descoberta não advém o pranto?"
> seu penacho vermelho. Neste momento ele me olha de frente, se agita e me
> solicita: -"Para com isso!"
> Ora, eu apenas o olhava. Qual incômodo será que ele atribuiu estar-lhe
> causando?
talvez a cara de bobo ao olhar pra ele fixamente.
#########>>Esta foi a 'desculpa' que ele apresentou<<##########
> Também ele me solicita: -"Para com isso!" Desta vez eu pergunto: -"Para com isso o
> quê?"
a mesma coisa...
#########>>Já não foi a mesma coisa. Barcelo percebeu diferente. Inclusive
participou da alucinação (Sem estar sob efeito de droga alguma). Pensou que
eu estivesse gerenciando o experimento que, segundo sua concepção, estaria
ligado ao sobrenatural<<#########
> Novamente ele entra em ansiedade. Pede-me que pare. Parece que, desta vez,
> ele também participa da alucinação (Nota: Dos três envolvidos, somente eu
> havia feito uso da droga). De forma insistente, sem soltar sua mão,
> pergunto-lhe o que está acontecendo e parar com o quê?
provavelmente assustado com suas atitudes, que vc nao consegue avaliar
no momento.
########>>Provavelmente? Porque 'diz' isso?<<#########
> Ainda insinuo que
> aquilo que está acontecendo é uma experiência inusitada, que deveríamos nos
> envolver nela. -"Está bem", diz ele, "mas vai devagar, está muito rápido!"
> Ainda com as mãos unidas como que em um cumprimento, nos olhando face a
> face, repetimos a experimentação. Desta vez a progressão foi mais lenta, ou
> seja, o envelhecimento se fazia em menor velocidade.
ou seja, a perplexidade seu amigo diante da sua atitude estranha pode
ter influenciado sua alucinacao.
########>>Tente realizar algo semelhante, depois conversamos<<########
> Mesmo assim foi-se
> instalando uma sensação ansiosa. Veio a risada e a alucinação se desfez.
> Por muitas vezes refleti sobre estes acontecimentos. Em outra ocasião
> tentarei especular sobre os diversos significados das alucinações (Como nos
> sonhos, as alucinações não estão destituídas de significado).
Vc pode escolher um significado pra elas, se é isso que quer...
> Os três exemplos têm um aspecto comum: Aquilo que eu concebia como
> alucinação visual tanscendia os limites da minha individualidade, seria de
> alguma forma percebido pelo meu interlocutor. Houve irrefutavelamente uma
> comunicação. No entanto, nesta comuicação não foram articuladas palavras.
> Ela não se pocessou de uma maneira convencional.
é possivel a comunicacao pela expressao facial, por exemplo.
########>>É possível. Mas se assim foi, seria uma maneira de comunicação não
convencional<<########
> Na segunda experiência, um aspecto peculiar: A coincidência da alucinação
> manifesta (Visualização de 'fantasma') e a resposta do amigo que ventilou a
> possibilidade de 'esoterismo'.
"esoterismo" é bem abrangente.
provavelmente ambos ja conheciam seus propositos antes da experiencia.
#########>>Vc pressupõe 'coisas'. Parece querer invalidar a experiência mas
nada tem a acrescentar. Porque este relato mobilizou sua atenção? Porque se
envolveu, tentando 'explicações' chinfrins? "Pode ser", "provavelmente", "é
possível", "talvez"... Pô meu! Fala sério!<<###########
> Na terceira, a evidência de que haveria participação dos dois indivíduuos
> no incremento do fenômeno alucinatório.
nao encontrei evidencia alguma, Dr.PSI.
#########>>A interpretação é difícil mesmo<<#########
Vladimir
#########>PLUR
Antonio Renato<###########
SUBJECT: nRe: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:47
"Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
psicanaliticas.
Douglas: Não tem mesmo. O que eu queria dizer é que as explicações
psicanalíticas são ad hoc.
Sobre "sexo" (princípio do prazer), na psicánalise, significa fuga da dor,
em primeiro lugar, e busca de prazer. Não tem relação direta com o conceito
popular de sexo. E hoje em dia alguns psicánalistas (como Lúcio Marzagão)
encaram a psicanalize como um "jogo de linguagem" (com base em Wittgenstein
e Austin). Não há relação necessária com análise do discurso.
DFG"
Aí gente!
Estão fazendo um angú de carroço!
Este é um daqueles assuntos que requerem um vocabulário comum.
Nestas discussões 'intelectualisadas' palavras veiculam conceitos. Será que
estaríamos 'falando' a respeito da mesma coisa?
[]s,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Como nasce um paradigma
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:48
OI
O que você relata é um condicionamento de segunda ordem. Muito interessante,
por sinal.
Abraço.
Antonio Renato.
"Para relaxar um pouco...
COMO NASCE UM PARADIGMA
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula,
em cujo centro
puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas,
os cientistas
lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a
escada, os outros
enchiam-no de pancadas.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a
escada, apesar da
tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela
sendo rapidamente
retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo
não mais subia a
escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o
primeiro substituto
participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto
e, finalmente, o
último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco
macacos que, mesmo
nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo
naquele que tentasse
chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam
em quem tentasse
subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei,
as coisas sempre
foram assim por aqui..." "
SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:48
"Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia e a força
não se tornam a mesma coisa?
Carlos AR"
Oi
Lá vou eu me meter no que não domino.
Para Newton energia é trabalho, ou seja, fôrça multiplicada por espaço
(Fôrça é massa multiplicada por aceleração e aceleração é velocidade
dividida por tempo sendo que velocidade é espaço dividido por tempo). :P
Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na física de Newton) é
igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de Einstein
(Dimensional de Tau = Dimensional de E).
Antonio Renato (AR).
SUBJECT: Coca-cola, diarréia e placebo
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:49
"> De: Douglas Ferreira Gonçalves
>
> Douglas: Por fim, coca cola cura minha diarréia acompanhada de cólica
> intestinal (foi o primeiro rémedio q curou minha diarréia,
> depois de anos de
> investigação médica. O Segundo foi o Cloridrato de
> Sertralina, que pelo
> esperado efeito colateral era para aumentar a dor de barriga, o q não
> ocorreu. Ocorreu foi o contrário). Frase muito mal construída, mas vou
> deixar assim mesmo.
Coca-cola também é boa para aliviar a ressaca. Tem água, açucar e diminui
a caganeira.
[]
Alexandre Medeiros"
Oi
Passei os olhos por msgs questionando o efeito placebo, a fé do paciente em
seu médico e suas prescrições.
Meu filho era ainda pequeno e levara-o à consulta com meu professor
(Catedrático) de pediatria (Azôr de Freitas). No tempo em que estive em seu
consultório pude escutar uma conversa telefonica dele com um jornal que
publicara um artigo em seu nome rezando que a Coca-Cola estaria indicada nas
diarréias. Diz ele em tom enfezado: "Coca-Cola é hipertônica em relação ao
intestino! Coca-Cola desidrata e eu nunca disse ao contrário! Retirem meu
nome!"
Coca-Cola tem água mas, a quantidade de açúcar nesta água, a torna
hipertônica.
[]
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:49
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> > Indicam apenas que a sexualidade é controlada por partes
autônomas
> > do cérebro, não sujeitas ao controle racional.
>
> Q. sera' q. vao dizer das abelhas q. tentam copular com
> orquideas?
L: Me intrometendo de paraquedas nessa questão, a orquídea que você
menciona que nasce no mediterrâneo é uma exímia imitadora tanto do
corpo de uma abelha fêmea quanto do cheiro: ela exala um perfume
irresistível de feromona... e os coitados dos machos de abelhas e
vespas inexperientes e alucinados, fazem tudo o que precisam fazer:
tentam desesperadamente copular com a flor enquanto são impregnados
pelo pólen. Ao serem "desalojados" por rivais em potencial seguem
para outra flor e polinizam-na.
No caso humano, há as bonecas infláveis ou não (tem as de silicone
que ficam quentinhas depois de um banho de banheira), bem como os
travecos... o problema é que não há outra utilidade para tal ato
(bonecas de silicone e travecos não precisam ser polinizados... :).
Um aperto de mão, :)
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:50
"...Se e' o mesmo problema da psicanalise? Nao sei dizer ao certo. Eu,
particularmente, nutro um certo estranhamento com a psicanalise. E
tenho algumas dificuldades em tentar entende-la -- em parte, porq.
cada um diz uma coisa a respeito do q. ela e' ou deixa de ser: ha' os
psicanalistas q. minimizam a fator sexual e dizem q. a psicanalise e'
basicamente uma analise do discurso (ou pelo menos foi o q. entendi),
outros, nao, mantem q. o sexo e' um elemento fundamental na teoria
psicanalitica.###########>>O fundamental na teoria psicanalítica é a
existência do "inconsciênte". Foi a conceituação desta 'entidade' feita por
Freud (Não que anteriormente a ele não se tivesse aventado esta hipótese)
que distinguiu o freudismo das doutrinas interessando à personalidade
(Behaviorismo, Guestaltismo e Reflexologia) até então existentes<<#########
Verdade q. e' possivel q. problema semelhante ocorra
na Psicologia Evolutiva -- uma variacao na conceituacao mesmo entre
seus defensores. Mas pelo menos algumas hipoteses dentro do contexto
psicoevolutivo sao testaveis (nao apenas em tese, como de fato -- o
q. nao quer dizer q. todas as especulacoes nessa area sejam tbm
testaveis). Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
psicanaliticas.##########>>Estou certo de que já experimentou querer
lembra-se de determinado nome ou palavra e tal não lhe ocorre. Passado algum
tempo lhe aflora na área consciente o nome antes esquecido. Ninguém lhe
dissera, portanto estava dentro de vc, em um local que não pôde ser
acessado. Este é um exemplo simplório. Será que serve como teste a respeito
da existencia do inconsciente?<<##########
[]s,
Roberto Takata"
[]s,
Antonio Renato.
SUBJECT: NETIQUETA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:51
OI
Estou devolvendo as msgs a seguir posto não ter acesso ao idioma alienígena
na qual foram redigidas. Infelizmente não pude aproveitá-las.
[]s.
Antonio Renato.
= MENSAGENS =
Positions of Planets at Birth:
Sun position is 7 deg. 34 min. of Tau
Moon position is 23 deg. 14 min. of Can
Mercury position is 0 deg. 12 min. of Tau
Venus position is 22 deg. 44 min. of Pis
Mars position is 4 deg. 43 min. of Can
Jupiter position is 10 deg. 48 min. of Pis
Saturn position is 0 deg. 50 min. of Can
Uranus position is 25 deg. 14 min. of Lib
Neptune position is 9 deg. 03 min. of Sag
Pluto position is 4 deg. 38 min. of Lib
How You Approach Life and How You Appear To Others
You are a gentle, sensitive person with a deep understanding of
people and a very tolerant, accepting, nonjudgmental approach towards
life. In a noisy, competitive atmosphere you are often receding and
withdrawn for you are not an aggressive, forceful person, and you
intensely dislike conflict. In fact you tend to be somewhat passive,
to wait, watch, observe, feel and know much - but to act little.
Letting things resolve or work themselves out in their own way,
rather than directing or forcing your will upon them, is often your
way of dealing with problems.
You may have a deeply religious or spiritual feeling about life, not
in the orthodox sense necessarily, but an intuitive sense of the
immensity and underlying oneness of all life, which makes so many
human aspirations and striving seem rather unimportant. You need
peaceful surroundings in order to flourish, and periods of quiet
solitude are essential for your emotional balance and well-being.
You are also very compassionate and cannot tolerate seeing any fellow
creature suffer - be it human, animal, or even plant! As a child you
probably cried very easily and became quite upset whenever others
were hurt, physically or emotionally. The world of your imagination
and fantasy was also very real to you, a place to escape to when the
outer world became too harsh, demanding, or simply uninteresting.
Because you are very giving and forgiving, people in need gravitate
to you, sensing your sympathetic nature. Often you will continue to
give to a person even when you realize they are taking advantage of
you or becoming overly dependent upon you. You overlook and make
excuses for other peoples' weaknesses, and for your own as well.
Discrimination and self-discipline are not your strong points.
Though you may be as intelligent as anyone, you do not really have a
rational, logical approach toward life, and trying to reach you
through logical arguments is often futile. Your feelings, intuition,
and heart, not your head, lead you, which may infuriate or bewilder
your more rational friends. You certainly recognize that there is
much more to life than can be explained intellectually and
categorized into neat little boxes, and you have an open, receptive
attitude toward such areas as psychic phenomena, telepathy,
parapsychology, etc. You are not as structured and rigid in your
attitudes as many people are, which enables you to see many different
points of view and to accept all of them as valid. This can lead to
vagueness, uncertainty, and confusion on your part - or to a very
flexible and wholistic way of approaching any issue.
The Inner You: Your Real Motivation
You are a steadfast and patient soul, capable of tremendous devotion,
dedication, endurance, and constancy. The ability to follow through
and stick with things is one of your greatest assets. Once your
course is set, you pursue it tenaciously until it is completed,
stubbornly resisting any attempts to sway you from your purpose.
You have a very practical nature and want to see concrete, tangible
results for your efforts, and you are not one for spinning wild
dreams that are unlikely to come into fruition. Most of your "wild
dreams" have to do with material achievements, well-being, and
security, for you have a great love of the physical world and you
want to experience and enjoy it to the full. Though you will work
long and persistently, you also have a strong sensual and comfort-
loving side, and you want to enjoy what you have worked for. In fact,
you can be enormously lazy at times and have a tendency to
overindulge in good food and other earthly pleasures. You also love
the beauty of the natural world and probably prefer a serene country
setting rather than an urban life style.
At heart your needs are simple and you are easy to please. You have a
strong desire for security, stability, and peace, and will rarely
make changes unless you are forced to do so. You are not very
demanding emotionally, though you do crave lots of physical closeness
and affection. Because of your faithfulness, emotional steadiness,
and gentle strength, others often depend upon you for support. Though
you hate upheaval and sudden changes, you usually maintain your poise
and equanimity. You also have an innate sense of harmonizing with
nature, allowing things to grow and unfold in their own time, and the
patience to nurture something into being - be it a garden, a child,
or some creative project. You make an excellent mother or father,
especially if you follow your instincts more often than "the experts".
You have three major faults: one is your bull-headed obstinacy. The
second is your unwillingness to deviate from your safe, predictable
routine. And the third is your tendency to always insist upon realism
and undervalue the imaginative, speculative, and fanciful - in other
words, you lack the ability to play with ideas and possibilities, to
open your mind to the new.
http://rep.astrology.com/free/3781/5675/1.html
--------
http://www.boston.com/dailyglobe2/288/science/A_question_of_will+.shtml
The issue of free will has perplexed theologians and philosophers for
centuries - now neuroscience enters the age-old debate
*By Carey Goldberg, Globe Staff, 10/15/2002*
T ry this: At a moment of your choosing, flick your right wrist. A bit
later, whenever you feel like it, flick that wrist again.
Most likely, you'd swear that you, the conscious you, chose to initiate
that action, that the flickings of your wrist were manifestations of
your will.
But there is powerful evidence from brain research that you would be
wrong. That, in fact, the signal that launched your wrist motion went
out before you consciously decided to flick.
''But, but, but,'' you'd probably like to argue, ''but it doesn't / feel
/that way!''
With that protest, you would be joining a great debate among
neuroscientists, philosophers and psychologists that is a modern-day
version of the age-old wrangling* *over free will.
The traditional conundrum went: ''How can God be all-knowing and
all-powerful and yet humans still have free will?'' And later: ''How can
everything be governed by the determinist forces of physics and biology
and society, and yet humans still have free will?''
Those questions still concern many, but the new neuro-flavored debate
over free will goes more like this: Is the feeling of will an illusion,
a wily trick of the brain, an after-the-fact construct? Is much of our
volition based on automatic, unconscious processes rather than conscious
ones?
When Daniel M. Wegner, a Harvard psychology professor and author of a
new book, ''The Illusion of Conscious Will,'' gives talks about his
work, audience members sometimes tell him that if people are not seen as
the authors of their actions, it means anarchy, the end of civilization.
And worse. Some theologies, they tell him, hold that if there is no free
will, believers cannot earn a ticket to heaven for their virtue.
In reality, neuroscience is not generally tackling the sweeping
philosophical issue of free will, but something much narrower, said
Chris Frith, a neuroscientist at University College London.
''There has been much recent work addressing the question of how it is
that we experience having free will, i.e., why and when we feel that we
are in control of our actions,'' he wrote in an e-mail.
That is not to say that neuroscience will never enter the philosophical
fray.
It could even be that, once the physiological basis of will becomes
better understood, ''You'll get a more mature, larger view of what's
going on and the question of free will might vanish,'' speculated V. S.
Ramachandran, director of the Center for Brain and Cognition at the
University of California at San Diego. No one argues about ''vital
spirits'' now that we know about DNA, he noted.
Meanwhile, the debate is still on, and near its center is an 86-year-old
University of California professor emeritus of physiology, Benjamin Libet.
His seminal experiments on brain timing and will came out back in the
mid-1980s, and the results are still reverberating loudly today.
Just this summer, the journal Consciousness and Cognition put out a
special issue on ''Timing relations between brain and world'' that
prominently featured Libet's work. And, at a conference, titled ''The
Self: from Soul to Brain,'' held by the New York Academy of Sciences
last month, ''Libet'' rolled off more tongues than Descartes or Kant or
Hume or the other philosophers whose names usually come up when the
subject is will.
What Libet did was to measure electrical changes in people's brains as
they flicked their wrists. And what he found was that a subject's
''readiness potential'' - the brain signal that precedes voluntary
actions - showed up about one-third of a second before the subject felt
the conscious urge to act.
The result was so surprising that it still had the power to elicit an
exclamation point from him in a 1999 paper: ''The initiation of the
freely voluntary act appears to begin in the brain unconsciously, well
before the person consciously knows he wants to act!''
Libet's experiments continue to be criticized from every which angle. At
the New York conference, for example, Tufts philosopher Daniel C.
Dennett argued that it could be that the experience of will simply
enters our consciousness with a delay, and thus only seems to follow the
initiation of the action.
But, though controversial, the Libet experiments still stand and have
been replicated. And they have been joined by a growing body of research
that indicates, at the very least, that the feeling of will is fallible.
Among that research is* *the following experiment by Dr. Alvaro
Pascual-Leone, director of the Laboratory for Magnetic Brain Stimulation
at the Beth Israel Deaconess Medical Center.
A subject, he said, would be repeatedly prompted to choose to move
either his right or his left hand. Normally, right-handed people would
move their right hands about 60 percent of the time.
Then the experimenters would use magnetic stimulation in certain parts
of the brain just at the moment when the subject was prompted to make
the choice. They found that the magnets, which influence electrical
activity in the brain, had an enormous effect: On average, subjects
whose brains were stimulated on their right-hand side started choosing
their left hands 80 percent of the time.
And, in the spookiest aspect of the experiment, the subjects still felt
as if they were choosing freely.
''What is clear is that our brain has the interpretive capacity to call
free will things that weren't,'' he said.
Wegner's book discusses a variety of other mistakes of will. Among them
is the ''alien-hand'' syndrome, in which brain damage leaves people with
the sense that their hand no longer belongs to them, and that it is
acting - say, unbuttoning their shirt - out of their control.
Another recent book, ''The Volitional Brain: Toward a Neuroscience of
Free Will,'' includes a psychiatrist's description of a German patient
who felt compelled to stand at the window all day, willing the sun
across the sky.
Wegner argues that ''the feeling of will is our mind's way of estimating
what it thinks it did.'' And that, he said, ''is not necessarily a
perfect estimate.'' It is ''a kind of accounting system rather than a
direct read-out of how the causal process is working.''
In Libet's interpretation, free will could still exist as a kind of veto
power, in the fractions of a second between the time you unconsciously
initiate an action and the time you actually carry it out.
For example, he said in a telephone interview, ''The guy who killed the
mayor of San Francisco, he was obviously deliberating in advance, but
then when he gets to the mayor, there's still the process of, does he
now pull the trigger? That's the final act now. That is initiated
unconsciously, but he's still aware a couple of hundred milliseconds
before he does it and he could control it, but he doesn't.''
''That is where the free will is,'' Libet said.
Such veto power is not enough for many people, however. ''I want more
free will than that,'' Dennett complained at the conference.
He may not get it, but he will almost surely get more data about it.
Some neuroscientists are using new brain imaging technology to try to
pinpoint what happens in the brain when a person wills something. With
its help, and further work being done on patients with abnormal
volition, more progress appears likely.
''I think,'' Frith wrote, that ''in the next few years we will have
quite a good understanding of the brain mechanisms that underlie our
feeling of being in control of our actions.'' But that, he hastened to
add, ''does not in any way eliminate free will.''
Further comfort comes from Michael S. Gazzaniga, director of the Center
for Cognitive Neuroscience at Dartmouth College.
There is no need, he said, ''for depressing nihilistic views that we're
all robots walking around on someone else's agenda. It's the agenda we
build through experience, and the system is making choices.''
And just because some processes in the brain are automatic does not mean
they all are, he said. ''My take,'' Gazzaniga said, ''is that brains are
automatic and people are free.''
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Medição
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:51
> Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e
portanto
> pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é imensurável, isto
> significa que não interage com o resto das coisas. Algo que não possue
> nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo, portanto é o mesmo
que
> não existir.
Isto é um engano. Só o que ocorre em ato pode ser mensuravel pois está
ocorrendo. Não há como medir possibilidades, e estas são reais e mais
abrangentes que o que ocorre no momento. Portanto, o "reino do que existe" é
mais amplo que o mensurável, abrange o mensurável mas é mais amplo do que
ele.
DFG
>>>>>>>>>É... beberam muito chope<<<<<<<<<<
SUBJECT: Re: Teste e Psicanálise (sobre ratos e Édipo)
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 14:59
> Primatologistas observaram casos de chimpanzés que permanecem
> dependentes da mãe por muito mais tempo que o habitual, não
> permitindo que nenhum macho copulasse com ela.
Tem o caso de Flo e Flint, documentado por Jane Goodall.
Em 1980 o antropólogo Robin Fox publicou "The Red Lamp of Incest: A
study into the origins of mind and society", no qual ele procura
integrar o Édipo com a antropologia biossocial.
Minha mensagem anterior foi ignorada. Mais uma vez coloco: Existe um
campo fértil entre a psicanálise e a psicologia cognitiva, mas poucos
agricultores cultivando-o. Muitos psicólogos cognitivos desprezam a
psicanálise, e os psicanalistas desprezam a psicologia cognitiva. A
antropologia biossocial de Fox, acredito, é o melhor caminho para se
integrar essas duas áreas.
SUBJECT: Re: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 15:04
Olá, Tarcisio
Eu conheço um pouco sobre topologia, fractais, feigenvalues etc...
Na verdade, meu trabalho baseia-se em cartografia e topologias (não
com mapeamentos logísticos, infelizmente!).
As propriedades de auto-similaridade, tão comemoradas em teoria,
pouco representam, na prática (no âmbito da cartografia). Em termos
de projeções, você deve escolher a que melhor se adapta aos
propósitos do mapa em questão: ou mantem (minimiza os erros n) as
áreas, ou mantem os ângulos, ou mantem as distâncias, deformando as
outras 'medidas'; ou tenta minimizar os erros em termos de áreas,
ângulos e distâncias, deformando todos, para tanto. Assim, apesar da
descrição fractal de litorais, por exemplo, se aproximar bastante bem
da realidade, em termos práticos (cartográficos), isso significa bem
pouco.
Realmente interessante a característica de perímetro infinito. Isso é
fato? Para qualquer classe fractal? Eu não conhecia essa
característica.
Obrigado pelos links, Tarcísio. Muito bons, especialmente o último!
[]s
Evander
--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> On Wed, 16 Oct 2002, evzaloti wrote:
> > O que são mapas geográficos como objetos fractais?
>
> Fractais são objetos matemáticos de dimensão fracional, ou seja, ao
invés
> de eles terem 1, 2 ou 3 dimensões eles podem ter 1,85 dimensões por
> exemplo.
>
> A característica, do ponto de vista geográfico, mais interessante do
> fractal é que apesar de ele possuir uma área finita ele possui um
> perímetro infinito.
>
> Um pouco de arte fractal
> http://www.insite.com.br/art/fractal/
>
> http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm14/nocoes.htm
>
> http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm24/principal.htm
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@f...
> Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 15:06
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> travecos... o problema é que não há outra utilidade para tal ato
> (bonecas de silicone e travecos não precisam ser polinizados... :).
Ue', mas para as abelhas as orquideas tbm sao inuteis
reprodutivamente. Nao ganham nada com a polinizacao.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 15:20
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > travecos... o problema é que não há outra utilidade para tal ato
> > (bonecas de silicone e travecos não precisam ser
polinizados... :).
>
> Ue', mas para as abelhas as orquideas tbm sao inuteis
> reprodutivamente. Nao ganham nada com a polinizacao.
L: Mas há a finalidade reprodutiva das orquídeas em detrimento do
desapontamento das abelhas macho... No caso humano, que eu saiba, só
os travecos reproduzem-se e, ao que tudo indica, por "geração
expontânea"... né?
Um abraço :)
Lígia
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 15:25
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> os travecos reproduzem-se e, ao que tudo indica, por "geração
> expontânea"... né?
Não tenho conhecimento sobre o tema.
Alguém da lista poderia nos esclarecer sobre esse ponto?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: cooler
FROM: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 15:32
Olá, Sérgio
Existem outros sistemas de refrigeração, até melhores (e mais caros)
do que os watercoolers ou 'cocacoolers' e até
mesmo 'pepsicoolers' : ))
Tem um tipo de refrigeração para pcs de alta performance, que,
utilizando nitrogênio líquido, permite máquinas P-IV de 2,53 GHz
trabalhar (overclockadas, obviamente) numa frequência acima de 4 GHz.
Qto aos processadores, a partir do P-III e Athlon Thunderbird eles
tiveram que obrigatoriamente trabalhar com coolers e pasta térmica,
sob pena de 'burning'
[]s
Evander
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@u...> escreveu
> > > De: Sergio M. M. Taborda
> > >
> > > Já agora, a função do dissipador é mais importante que a da
> > > ventoinha. Se vc tiver um bom dissipador nem sequer precisa de
> > > ventoinha (isto não se aplica aos Pentium IV, mas aplica por
> exemplo
> > > aos Pentium II)
> >
> > Meu PC (Athlon 1.4 GHz) tem um cooler para o processador, um
> aspirador
> > de ar frio frontal e um exaustor de ar quente traseiro. Só o
cooler
> > do processador não era suficiente para dissipar todo o calor.
>
> o seu Athlon é da mesma categoria que os Pentium IV. E como eu
> disse "isto não se aplica aos Pentium IV" :-)))
>
> > PS: Aqui na ACNielsen os servidores novos são refrigerados a àgua.
>
> Bom, eu já vi com arrefecimento a coca-cola. eheheh
> (falando dos beneficios da coca-cola) Mas não recomendo.
>
> Sérgio
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 16:09
Olá Lúcio,
Lúcio: Essa ressurreição anacrônica de uma teoria que o próprio Freud
já tinha descartado há mais de um século não foi feita pela
psicanálise, mas por uma linha de psicoterapia chamada de "terapia de
recuperação da memória". As técnicas que ela usa pra supostamente
resgatar essas memórias reprimidas são exatamente as mesmas técnicas
de regressão hipnótica usadas pela terapia de vidas passadas pra
levar as pessoas a "recordar" suas outras encarnações, e pelos
ufólogos pra "recuperar" a memória de abduções por aliens. Quem quer
que tenha a mais mínima noção sobre psicanálise e a história do
movimento psicanalítico vai saber que, junto com a teoria da sedução,
Freud também descartou completamente o uso terapêutico da hipnose.
Manuel: Esses "terapêutas de recuperação da memória" recorrem não só
à hipnose como também a uma droga, um tal de "soro da verdade" (sódio
amital). Isso não tem nada a ver com o método psicanalítico.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 17:28
On Thu, 17 Oct 2002, evzaloti wrote:
> Realmente interessante a característica de perímetro infinito. Isso é
> fato? Para qualquer classe fractal? Eu não conhecia essa
> característica.
Não conheço muito bem os fractais, há alguns que já participaram da lista
que os estudavam. Não sei se serve para todos, mas para alguns eu sei que
sim.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] NETIQUETA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 17:31
|
| OI
| Estou devolvendo as msgs a seguir posto não ter acesso ao idioma alienígena
| na qual foram redigidas. Infelizmente não pude aproveitá-las.
| []s.
| Antonio Renato.
|
===============
Faço dessas, minhas palavras.
[]'
Léo
==============
|
|
| = MENSAGENS =
|
|
| Positions of Planets at Birth:
| Sun position is 7 deg. 34 min. of Tau
| Moon position is 23 deg. 14 min. of Can
| Mercury position is 0 deg. 12 min. of Tau
| Venus position is 22 deg. 44 min. of Pis
| Mars position is 4 deg. 43 min. of Can
| Jupiter position is 10 deg. 48 min. of Pis
| Saturn position is 0 deg. 50 min. of Can
| Uranus position is 25 deg. 14 min. of Lib
| Neptune position is 9 deg. 03 min. of Sag
| Pluto position is 4 deg. 38 min. of Lib
|
|
|
| How You Approach Life and How You Appear To Others
|
|
| You are a gentle, sensitive person with a deep understanding of
| people and a very tolerant, accepting, nonjudgmental approach towards
| life. In a noisy, competitive atmosphere you are often receding and
| withdrawn for you are not an aggressive, forceful person, and you
| intensely dislike conflict. In fact you tend to be somewhat passive,
| to wait, watch, observe, feel and know much - but to act little.
| Letting things resolve or work themselves out in their own way,
| rather than directing or forcing your will upon them, is often your
| way of dealing with problems.
|
| You may have a deeply religious or spiritual feeling about life, not
| in the orthodox sense necessarily, but an intuitive sense of the
| immensity and underlying oneness of all life, which makes so many
| human aspirations and striving seem rather unimportant. You need
| peaceful surroundings in order to flourish, and periods of quiet
| solitude are essential for your emotional balance and well-being.
|
| You are also very compassionate and cannot tolerate seeing any fellow
| creature suffer - be it human, animal, or even plant! As a child you
| probably cried very easily and became quite upset whenever others
| were hurt, physically or emotionally. The world of your imagination
| and fantasy was also very real to you, a place to escape to when the
| outer world became too harsh, demanding, or simply uninteresting.
|
| Because you are very giving and forgiving, people in need gravitate
| to you, sensing your sympathetic nature. Often you will continue to
| give to a person even when you realize they are taking advantage of
| you or becoming overly dependent upon you. You overlook and make
| excuses for other peoples' weaknesses, and for your own as well.
| Discrimination and self-discipline are not your strong points.
|
| Though you may be as intelligent as anyone, you do not really have a
| rational, logical approach toward life, and trying to reach you
| through logical arguments is often futile. Your feelings, intuition,
| and heart, not your head, lead you, which may infuriate or bewilder
| your more rational friends. You certainly recognize that there is
| much more to life than can be explained intellectually and
| categorized into neat little boxes, and you have an open, receptive
| attitude toward such areas as psychic phenomena, telepathy,
| parapsychology, etc. You are not as structured and rigid in your
| attitudes as many people are, which enables you to see many different
| points of view and to accept all of them as valid. This can lead to
| vagueness, uncertainty, and confusion on your part - or to a very
| flexible and wholistic way of approaching any issue.
|
| The Inner You: Your Real Motivation
|
|
| You are a steadfast and patient soul, capable of tremendous devotion,
| dedication, endurance, and constancy. The ability to follow through
| and stick with things is one of your greatest assets. Once your
| course is set, you pursue it tenaciously until it is completed,
| stubbornly resisting any attempts to sway you from your purpose.
|
| You have a very practical nature and want to see concrete, tangible
| results for your efforts, and you are not one for spinning wild
| dreams that are unlikely to come into fruition. Most of your "wild
| dreams" have to do with material achievements, well-being, and
| security, for you have a great love of the physical world and you
| want to experience and enjoy it to the full. Though you will work
| long and persistently, you also have a strong sensual and comfort-
| loving side, and you want to enjoy what you have worked for. In fact,
| you can be enormously lazy at times and have a tendency to
| overindulge in good food and other earthly pleasures. You also love
| the beauty of the natural world and probably prefer a serene country
| setting rather than an urban life style.
|
| At heart your needs are simple and you are easy to please. You have a
| strong desire for security, stability, and peace, and will rarely
| make changes unless you are forced to do so. You are not very
| demanding emotionally, though you do crave lots of physical closeness
| and affection. Because of your faithfulness, emotional steadiness,
| and gentle strength, others often depend upon you for support. Though
| you hate upheaval and sudden changes, you usually maintain your poise
| and equanimity. You also have an innate sense of harmonizing with
| nature, allowing things to grow and unfold in their own time, and the
| patience to nurture something into being - be it a garden, a child,
| or some creative project. You make an excellent mother or father,
| especially if you follow your instincts more often than "the experts".
|
| You have three major faults: one is your bull-headed obstinacy. The
| second is your unwillingness to deviate from your safe, predictable
| routine. And the third is your tendency to always insist upon realism
| and undervalue the imaginative, speculative, and fanciful - in other
| words, you lack the ability to play with ideas and possibilities, to
| open your mind to the new.
|
| http://rep.astrology.com/free/3781/5675/1.html
|
| --------
|
| http://www.boston.com/dailyglobe2/288/science/A_question_of_will+.shtml
|
| The issue of free will has perplexed theologians and philosophers for
| centuries - now neuroscience enters the age-old debate
|
| *By Carey Goldberg, Globe Staff, 10/15/2002*
|
| T ry this: At a moment of your choosing, flick your right wrist. A bit
| later, whenever you feel like it, flick that wrist again.
|
| Most likely, you'd swear that you, the conscious you, chose to initiate
| that action, that the flickings of your wrist were manifestations of
| your will.
|
| But there is powerful evidence from brain research that you would be
| wrong. That, in fact, the signal that launched your wrist motion went
| out before you consciously decided to flick.
|
| ''But, but, but,'' you'd probably like to argue, ''but it doesn't / feel
| /that way!''
|
| With that protest, you would be joining a great debate among
| neuroscientists, philosophers and psychologists that is a modern-day
| version of the age-old wrangling* *over free will.
|
| The traditional conundrum went: ''How can God be all-knowing and
| all-powerful and yet humans still have free will?'' And later: ''How can
| everything be governed by the determinist forces of physics and biology
| and society, and yet humans still have free will?''
|
| Those questions still concern many, but the new neuro-flavored debate
| over free will goes more like this: Is the feeling of will an illusion,
| a wily trick of the brain, an after-the-fact construct? Is much of our
| volition based on automatic, unconscious processes rather than conscious
| ones?
|
| When Daniel M. Wegner, a Harvard psychology professor and author of a
| new book, ''The Illusion of Conscious Will,'' gives talks about his
| work, audience members sometimes tell him that if people are not seen as
| the authors of their actions, it means anarchy, the end of civilization.
| And worse. Some theologies, they tell him, hold that if there is no free
| will, believers cannot earn a ticket to heaven for their virtue.
|
| In reality, neuroscience is not generally tackling the sweeping
| philosophical issue of free will, but something much narrower, said
| Chris Frith, a neuroscientist at University College London.
|
| ''There has been much recent work addressing the question of how it is
| that we experience having free will, i.e., why and when we feel that we
| are in control of our actions,'' he wrote in an e-mail.
|
| That is not to say that neuroscience will never enter the philosophical
| fray.
|
| It could even be that, once the physiological basis of will becomes
| better understood, ''You'll get a more mature, larger view of what's
| going on and the question of free will might vanish,'' speculated V. S.
| Ramachandran, director of the Center for Brain and Cognition at the
| University of California at San Diego. No one argues about ''vital
| spirits'' now that we know about DNA, he noted.
|
| Meanwhile, the debate is still on, and near its center is an 86-year-old
| University of California professor emeritus of physiology, Benjamin Libet.
|
| His seminal experiments on brain timing and will came out back in the
| mid-1980s, and the results are still reverberating loudly today.
|
| Just this summer, the journal Consciousness and Cognition put out a
| special issue on ''Timing relations between brain and world'' that
| prominently featured Libet's work. And, at a conference, titled ''The
| Self: from Soul to Brain,'' held by the New York Academy of Sciences
| last month, ''Libet'' rolled off more tongues than Descartes or Kant or
| Hume or the other philosophers whose names usually come up when the
| subject is will.
|
| What Libet did was to measure electrical changes in people's brains as
| they flicked their wrists. And what he found was that a subject's
| ''readiness potential'' - the brain signal that precedes voluntary
| actions - showed up about one-third of a second before the subject felt
| the conscious urge to act.
|
| The result was so surprising that it still had the power to elicit an
| exclamation point from him in a 1999 paper: ''The initiation of the
| freely voluntary act appears to begin in the brain unconsciously, well
| before the person consciously knows he wants to act!''
|
| Libet's experiments continue to be criticized from every which angle. At
| the New York conference, for example, Tufts philosopher Daniel C.
| Dennett argued that it could be that the experience of will simply
| enters our consciousness with a delay, and thus only seems to follow the
| initiation of the action.
|
| But, though controversial, the Libet experiments still stand and have
| been replicated. And they have been joined by a growing body of research
| that indicates, at the very least, that the feeling of will is fallible.
|
| Among that research is* *the following experiment by Dr. Alvaro
| Pascual-Leone, director of the Laboratory for Magnetic Brain Stimulation
| at the Beth Israel Deaconess Medical Center.
|
| A subject, he said, would be repeatedly prompted to choose to move
| either his right or his left hand. Normally, right-handed people would
| move their right hands about 60 percent of the time.
|
| Then the experimenters would use magnetic stimulation in certain parts
| of the brain just at the moment when the subject was prompted to make
| the choice. They found that the magnets, which influence electrical
| activity in the brain, had an enormous effect: On average, subjects
| whose brains were stimulated on their right-hand side started choosing
| their left hands 80 percent of the time.
|
| And, in the spookiest aspect of the experiment, the subjects still felt
| as if they were choosing freely.
|
| ''What is clear is that our brain has the interpretive capacity to call
| free will things that weren't,'' he said.
|
| Wegner's book discusses a variety of other mistakes of will. Among them
| is the ''alien-hand'' syndrome, in which brain damage leaves people with
| the sense that their hand no longer belongs to them, and that it is
| acting - say, unbuttoning their shirt - out of their control.
|
| Another recent book, ''The Volitional Brain: Toward a Neuroscience of
| Free Will,'' includes a psychiatrist's description of a German patient
| who felt compelled to stand at the window all day, willing the sun
| across the sky.
|
| Wegner argues that ''the feeling of will is our mind's way of estimating
| what it thinks it did.'' And that, he said, ''is not necessarily a
| perfect estimate.'' It is ''a kind of accounting system rather than a
| direct read-out of how the causal process is working.''
|
| In Libet's interpretation, free will could still exist as a kind of veto
| power, in the fractions of a second between the time you unconsciously
| initiate an action and the time you actually carry it out.
|
| For example, he said in a telephone interview, ''The guy who killed the
| mayor of San Francisco, he was obviously deliberating in advance, but
| then when he gets to the mayor, there's still the process of, does he
| now pull the trigger? That's the final act now. That is initiated
| unconsciously, but he's still aware a couple of hundred milliseconds
| before he does it and he could control it, but he doesn't.''
|
| ''That is where the free will is,'' Libet said.
|
| Such veto power is not enough for many people, however. ''I want more
| free will than that,'' Dennett complained at the conference.
|
| He may not get it, but he will almost surely get more data about it.
| Some neuroscientists are using new brain imaging technology to try to
| pinpoint what happens in the brain when a person wills something. With
| its help, and further work being done on patients with abnormal
| volition, more progress appears likely.
|
| ''I think,'' Frith wrote, that ''in the next few years we will have
| quite a good understanding of the brain mechanisms that underlie our
| feeling of being in control of our actions.'' But that, he hastened to
| add, ''does not in any way eliminate free will.''
|
| Further comfort comes from Michael S. Gazzaniga, director of the Center
| for Cognitive Neuroscience at Dartmouth College.
|
| There is no need, he said, ''for depressing nihilistic views that we're
| all robots walking around on someone else's agenda. It's the agenda we
| build through experience, and the system is making choices.''
|
| And just because some processes in the brain are automatic does not mean
| they all are, he said. ''My take,'' Gazzaniga said, ''is that brains are
| automatic and people are free.''
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SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 18:01
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> ##########>>Estou certo de que já experimentou querer
> lembra-se de determinado nome ou palavra e tal não lhe ocorre.
> Passado algum tempo lhe aflora na área consciente o nome antes
> esquecido. Ninguém lhe dissera, portanto estava dentro de vc, em um
> local que não pôde ser acessado. Este é um exemplo simplório. Será
> que serve como teste a respeito da existencia do inconsciente?
<<##########
Dados q. somem para aparecer depois acontece o tempo todo no meu
micro...
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 18:25
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> >Usar as opiniões deles sobres esses assuntos não tem sentido nenhum.
> Eles fizeram essas afirmações à meio seculo atrás, ou mais.
> Desde então as coisas são muito diferentes e os conceitos muito mais
> exactos e bem entendidos.
>
> Você acha mesmo que os meus estudos se limitam às obras da primeira metade
> do século passado? De onde você tirou essa idéia estapafúrdia?
Eu só disse que não serve de argumento o que aconteceu entre Eisntein e Bohr
pq é algo que está desactualizado. Serve para discutir os paradigmas da
fisica, a forma como ela evoluiu, etc..Mas não serve para justificar as
ideias actuais sobre MQ.
Quando falávamso sobre as violações das leis da fisica eu lhe disse que não
existe - presente- nenhuma violação de nenhuma lei. E vc argumentou com uma
discussão desatualizada e opiniões do inicio do seculo anterior. Vc acha
que isso é um bom argumento ? Eu acho que não, sendo que é desactualizado.
Conclui-se que NUNCA houve nenhuma lei violável ou violada.
> >Eu peço que se justifique e vc responde dizendo que o estou a atacar.
>
> Você não me pediu pra me justificar, limitou-se a ficar repetindo que eu
não
> entendo nada de física e não posso sequer ser considerado um leigo
> bem-informado.
VÊ? É vc que está tendo problema comigo. Eu só disse que eu , EU, não posso
considerá-lo bem-informado.
> Um exemplo concreto? Eu disse que a singularidade do
> Big Bang, de acordo com os cosmologistas, era do mesmo tipo que a do
núcleo
> dos buracos negros. Você, evidentemente, caiu de pau em cima dessa
> afirmação.
Passo a copiar o texto
Eu disse: "está abrindo a porta para uma excepção.
Vc respondeu: "Bem, você já parou pra pensar por que o ponto inicial do
universo, bem como
o núcleo dos buracos negros, é chamado de *singularidade*? É porque ele é,
justamente, singular. E singular por quê? Porque, como já disse várias
vezes, as leis da física não se aplicam a ele. Logo, é uma exceção."
E eu disse que
1) Não se violam leis em lado nenhum
e agora estava dizendo
2) Singularidades de BN e do BB não são a mesma coisa.
A unica coisa que é igual é que a forma matemática diverge para esses
pontos.
Mas as forma é diferente e representa coisas diferentes.
> Então, citei textualmente um trecho do Paul Davies que diz
> exatamente a mesma coisa que eu disse e - surpresa! - você não questionou
a
> afirmação do Davies .
Se vc acha... acho que vc não leu isto que eu passo a citar :
"Ele devia ter dito "ainda não pode ser eliminada"
Eu não tomo a afirmação dele como cientifica, nem a OPIÂO dele como certa."
> Mas se ele diz o mesmo que eu disse, como você pode
> não questioná-lo e discordar de mim?
Como pode ver , discordei de ambos.
> >Bem, as opiniões do principio dos tempos da teoria quantica não valem
> de muit hoje. VC vá dar uam olhada nos psotulados actuais da MQ e
> verá que não estão lá nem os de Bohr nem os de Plank, nem os de
> Eisntein.
>
> Como espero ter esclarecido no início do parágrafo, eu estou razoavelmente
> bem-informado sobre os postulados atuais da MQ
Então, me diga quais são, s.f.f.
> >Então fundamente estas afirmações. Ou acha que eu vou simplesmente
> acreditar na sua palavra ?
>
> Por que não? Você quer que eu acredite na *sua* de que eu não sei do que
> estou falando.
Não. Quero que vc entenda os meus argumentos deixe
de ser egocentrico com essa ideia de que eu o estou atacando.
>Releia o seu último email: em nenhuma das vezes em que você
> diz isso, se dá ao trabalho de apontar qual exatamente é o meu erro. Diz
> apenas que, se eu soubesse do que estou falando, não teria dito o que
digo.
Vamso la´a ver. Primeiro vc diz que não é fisico, etc etc.. depois passa a
vida citando o trabalho de fulano e sicrano sem sequer fazer nenhuma ciritca
ao trabalho deles. (A qual eu estou fazendo taxativamente lhe dizendo que
não ha nenhum problema para resolver). Vc simplesmente aceita todas opções,
tudo bem com isso, é uma actitude cientifica. Vc diz que sabe de MQ, que a
estudou durante 10 anos etc e mesmo assim vc não critica a opinião dos
citados. Eu a estou criticando e vc intrepreta isso como um ataque a vc.
O que eu estou a dizer é que acho estranho que vc tenha mesmo estudado 10
anos de MQ e saiba muito de MQ e não ache estranho nada do que esses sr
dizem e aceite sem criticar o que eles dizem.
Ora, evidentemente, eu concluo que vc não sabe de MQ. Caso contrario vc os
estaria criticando.
E ai sim, estariamos debatendo as SUAS ideias. Vc até podia dizer que
partilha das mesmas ideias.
Mas ai , eu pedi conprovação delas e vc disse que não era fisico.
Vc que não responde nada do que eu digo coerentemente, e depois vem me
acusar de o atacar.
Isso é completo non sense.
> >O que eu não vejo sentido é na utilidade/necesidade dessas
> jsutificativas. Só ha necesidade de novas teorias quando ha novos
> problemas. E o colapso da função de onda não é um deles.
>
> Não diga isso pra mim. Diga isso pros físicos que continuam se ocupando do
> problema. Talvez esses pobres coitados não saibam que ele já foi
resolvido.
Eu estou tentando comentar, e vc vem com sarcasmo. E deposi vc que vem
dizendo que está a ser atacado.
> >O que eu cosidero é que quem os lê , não os entende ou não os cita
> devidamente, deturpando o que eles afirmaram, e criando coisas que
> não estão lá.
>
> Entendo. Você quer dizer que John von Neumann não elaborou a cadeia de von
> Neumann, nem sugeriu a possibilidade de que o colapso da função de onda
> fosse causado pelo observador; que a Teoria dos Múltiplos Mundos de
> Everett-Wheeler-De Witt não diz que existem múltiplos mundos; que o modelo
> da não-coerência não atribui o colapso da função de onda a interações
> mínimas com o ambiente; e que o modelo da redução objetiva de Roger
Penrose
> não afirma que o colapso ocorre devido à instabilidade inerente às
> superposições, que decaem quando se atinge um limite crítico de
> massa/tempo/energia?
Eu lhe pergunto: O que essas teorias resolvem ?
E eu lhe respondo :Resolvem um problema que não existe.
Todas essas teorias são completamente inuteis.
Os atomos tem muitos estados. E vc pode medir muitas coisas sobre eles.
O que significa que a função de onda que traduz o sistema atomico colapsa
várias vezes nessas medidas. Diga-me onde essas teorias importam para a
medida que pode obter.
Nada. Não implicam em nada. é tudo conversa. Filosofia.
Todas essas teorias não são MQ. São ideias extrapoladas da MQ.
Mas de uma MQ mitlogica onde tudo é possivel. Uma MQ que cria e destroi
mundos num estalar de dedos. Que nos impede de ver o mundo como ele é. Que
interfere com as nossas medidas, com as nossas observações. Tudo isso é pura
e simples B.S. (Bela Simbologia na acepção do Alvaro, Bull Shit na minha)
E agora não me venah dizer como os citados são grandes, nem para eu ir dizer
isto para eles.
Se vc quer argumentar, encontre algo que mostre que estou enganado. Algo, qq
coisa.
Vc acha que se existiesse um problema com a MQ ela seria usada nos
laboratorios pelo mundo fora para resolver problemas ?
> >Essa resposta não é suficiente. Vc tem que fundamentá-la.
>
> Por que eu *tenho* que fundamentá-la?
Pq isto é uma lista de cariz cientifico. Não é o botequeim da esquina.
> >Vc acha que "continuum espaço-tempo" é a mesma coisa que espaço
> continuo ? ou mesmo que "espaço-tempo continuo" ?
>
> Usei o termo continuum no sentido exato em que ele é usado em física a
> partir de Minkowski. Nem há nada no contexto da mensagem que leve qualquer
> leitor de boa-fé a supor que eu estava dizendo que o espaço é contínuo, ou
> que ele não é contínuo. Você deduziu isso por sua livre e espontânea
> vontade, como deduziu que eu estava defendendo que o universo surgiu do
nada
> e como deduziu que eu não sabia do que se faz em física contemporânea:
> distorcendo o que foi dito, acrescentando entrelinhas que não existem e
> fazendo deduções mirabolantes a partir de coisas que *não estão* no meu
> texto.
Vc introduziu, pelas palavras do Minkowski o "continuum" como uma entidade
fisica por si mesma: o 'mundo' , 'o global' , 'o universo'
Ora, se vc for analizar as eq da relatividade restricta, vc vai ver que o
tempo a que elas se referem está relacionado com o movimento dos corpos
(principio de sincronismo). Logo não é o tempo no sentido 'universal' da
palavra, mas sim uma medida de velocidade.
Portanto, essa ideia de continuum como entidade não tem nenhuma utilidade em
lado nenhum. Não é ela que fundamenta as coisas. Ela não é usada em fisica.
Eu escrevi: "A Termodinâmica vem dando, desde sempre, provas de que é muito
mais
poderosa que todas as outras teorias."
E vc respondeu "O que significa que ela é válida, em princípio, para todos
os pontos do
continuum. Portanto, ela é uma propriedade *do* continuum. Não existia
*antes* do continuum. E antes do Big Bang *não havia* continuum, que só
passou a existir com a "explosão" da singularidade inicial."
E eu respondi "Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em fisica.
(se não havia continuum antes do BB, já não é continuum é descotinuum..não é
mesmo? :-) )"
O espaço tempo não têm nada a ver com a Termodinâmica.
E esse espaço-tempo não pode ser continuo se existirem singularidades.
Compreenda portanto que se ha continuum não ha singularidades, e se as ha ,
o espaço-tempo não é continuo.
O problema com isto é a construção matemática. Fisicamente o espaço é
continuo.
E isso de que o BB criou tudo até o espaço e o tempo, é uma contradição
quando se assume que antes do BB havia a tal particula, o tal 'não-sei-q'
primordial que deu origem a tudo através de um processo ainda desconhecido.
Foi sito que eu estava tentado lhe dizer, mas vc desviou tudo para as
citações e o suposto ad hominem.
> >E vc acha que isso é uma grande coisa ?
>
> Não, acho que saber o que é o continuum é o mínimo necessário pra se poder
> falar sobre a teoria da relatividade.
Pois é exactamente ao contrário.
Primeiro vc sabe o que é relatividade e deposi vc entende o que não é o
continuum.
> >É basico em fisica dizer que o espaço é continuo.
>
> Desculpe, senhor físico, mas o continuum espaço-tempo não se reduz a esse
> truísmo. Por continuum espaço-tempo entende-se a construção geométrica de
> Minkowski de que espaço e tempo são dois aspectos de um contínuo de quatro
> dimensões.
Se o espaço r é continuo e o tempo t é continuo, então o par (r,t) é
continuo.
Mas vc deixa escapar o mais importante "Por continuum espaço-tempo
entende-se a construção GEOMETRICA" (enfase meu). Eu estava falando de
FISICA!
Por isso eu perguntei : "Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em
FISICA." (enfase meu)
Entende agora que o seu argumento não tem nada a ver com o assunto ?
> >Vc chuta isso como se fosse uma descoberta maravilhosa dos ultimos
> anos ou algo que só poderia ter vindo da mente brilahnte de Eisntein.
> Não é! Não ha nada de espetacular nisso!
>
> Você deveria estudar um pouco a história da teoria da relatividade,
colega.
> Veria que o próprio Einstein relutou inicialmente em aceitar a proposta de
> Minkowski de um continuum espaçotemporal de quatro dimensões, mas acabou
> incorporando-o,e que sua aceitação pela comunidade dos físicos causou
> espécie, sim, na época.
Mais uma vez : ISSO JÀ PASSOU À HISTORIA.
O que me interessa o que Eisntein achou ou não achou ?
Estavamos falando de ciencia, teorias, leis, fisica. Não de opiniões,
ideias, crenças, duvidas.
> >Ideias. É isso que eu não vi. Eu so vi citações mal intrepretadas.
>
> Mal-interpretadas porque não se enquadram na tua interpretação?
> >Mas NÂO com o salto quantico!
>
> Não era o salto quântico que estava em discussão aqui. Era saber se a
> mecânica quântica viola ou não os princípios básicos da física
E não viola! Por amor de Deus. Se violasse vc acha que alguem aceitava a MQ
como uam teoria fisica e cientifica ? Não sejamos ingenuso ao ponto de
dizer que a MQ funciona muito bem , mas pq viola as leis que a cosntruiram.
Isso é novamente non sense.
Se ao menso vc apontasse u mexemplo de algo concreto que mostre que ha
violação, isso sim seria a atitude correcta, agora ir buscar argumentos do
seculo passado é uma grande perda de tempo.
> >E Esse debate já tem barbas. Vc acha mesmo que os fisicos ainda vivem
> no seculo XIX ?
>
> Pra sua informação, o debate Bohr/Einstein foi travado no século XX. No
> século XIX, a mecânica quântica nem sequer existia. O conceito de quantum
só
> foi formulado por Planck em 1900, com seu trabalho sobre a radiação dos
> corpos negros E não, eu não acho que a física ficou parada na época de
> Bohr. Se achasse, não perderia tempo estudando os modelos contemporâneos
que
> eu citei no começo do email.
O quais ao têm mnhuma utilidade, nemnhuma evidenca experimental, e nem
sequer tem uam teoria solida tal que seja concensual. O que eles têm é uma
mão cheia de nada.
>O simples fato de que *existam* tantos modelos
> alternativos brigando pelo consenso já demonstra que a questão não está
> encerrada, por mais que você tenha escolhido a interpretação que lhe
parece
> mais aceitável e se agarre a ela como se fosse um fato demonstrado.
O problema é que nunca houve uma questão para encerrar !
> >Eisntein não entendeu de facto que não ha nenhuma contradição entre
> um sistema ser descrito por estados que têm uma certa probabilidade,
> e um mundo que funciona como um relogio.
> Eisntien achava que o mundo tinha de funcionar como um relogio,
> deterministicamente. Ora, todos os fisicos sabem que é impossivel
> determinar qual a face de um dado que vai sair num lançamento. Mas ao
> mesm otempo asseguram que as leis de Newton são válidas para esse
> dado e que não ha magina nenhuma possivel no processo, nem variáveis
> escondidas.
>
> Você acha mesmo que era esse o problema do Einstein com a mecânica
quântica?
Acho.
> Einstein sabia perfeitamente que, num sistema clássico, embora acreditasse
> piamente que ele fosse regido por leis determinísticas, nem sempre é
> possível calcular todos os dados com exatidão. Ele não foi apresentado à
> teoria das probabilidades por Bohr. O problema com a mecânica quântica é
> outro, completamente diferente. Einstein estava perfeitamente disposto a
> aceitar que não fosse possível determinar com exatidão o estado final de
um
> sistema porque existem variáveis que não são conhecidas. O que a mecânica
> quântica propunha é que essas variáveis desconhecidas *não existem*, o
> estado final de um sistema não pode ser determinado com exatidão, somente
de
> maneira probabilística, porque essa indeterminação é inerente ao próprio
> sistema. Não é uma limitação nossa, é uma característica estrutural.
Que se resume ao que eu disse.
Quando vc calcual probabilidades vc não está calculando o que vai acontecer.
Vc está classificando o que pode acontecer.
Portanto não ha qq problema, nenhuma imcomplitude. Nada disso.
> >A MQ diz que mesmo eu não sabendo qual a face que vai sair, eu posso
> prever qual a probabilidade de cada face. O que é uma ideia puramente
> classica. Vc tb pode sem MQ saber que cada face tem 1/6 de
> probabilidade.
>
> Se você acha que é assim, então quem não entendeu foi você. Perdoe-me por
> fazer o que você detesta, mas vou ser obrigado a citar John Wheeler (e não
> num texto antigo, mas num trabalho do ano passado): "A incerteza de uma
> superposição quântica é diferente da incerteza da probabilidade clássica,
> como ocorre depois de um arremesso de moeda." Antes que você diga que eu
não
> entendi o contexto e não sei dizer em que consiste essa diferença: uma das
> razões está explicada no parágrafo anterior (existem variáveis não
> conhecidas que influenciam o lançamento da moeda e que, se fossem
> computadas, tornariam o lançamento determinístico; não existem variáveis
não
> conhecidas que influenciam o resultado de uma medição quântica, pra azar
de
> Einstein).
O que ele está dizendo é verdade, mas no que isso contraria o que eu disse
???
> A outra, diretamente relacionada a essa, é que uma moeda já está
> no estado cara ou no estado coroa no momento em que cai. No entanto, se a
> moeda fosse um objeto quântico, ao cair, ela seria uma superposição
coerente
> de cara e coroa.
Ela seria isso ATÉ cair. No isntante em que cair ela deixará de ser uam
supreposição.
>De acordo com a interpretação de Copenhague, é só no ato de
> medir o resultado que essa superposição entraria em colapso e a moeda
> assumiria um dos dois estados.
Concerteza.
> De acordo com a teoria da não-coerência, a
> superposição entraria em colapso devido a qualquer interação com o
> meio-ambiente, e não apenas com o aparato de medição.
Isso é absurdo. O meio ambiente É o aparato de medição.
Se vc assumir que é outra coisa, vc terá de entrar com esses dados na
propria eq de shrondinger como uma perturbação do sisterma (Teoria das
Perturbações) E ai continuará a ter apenas o aparato de medição.
>Esse processo é
> conhecido como "decoerência" e ocorre cerca de 10-20 de segundos, segundo
os
> cálculos mais recentes. De acordo com o modelo de redução objetiva de
> Penrose, a decoerência acontece não por causa da interação com o ambiente,
> mas devido ao fato de que as superposições coerentes são instáveis por sua
> própria natureza e, ao atingirem determinada massa crítica, são
> "decoerenciadas" pela gravidade quântica.
Ah! Não sabia que exitia uma teoria fisica , aceite, para a gravidade
quântica.
Mas que treta. É o que eu disse no inico. Estes gajos arrajanma teorias para
estarem à altura do que eles acreditam.
Todas estas "intrepretações" do pq do colapso da onda vêm do prorpio
conceito de colpaso como algo individualizado. Uma entendidade fora do
sistema.
Isso é puramente absurdo.
Nem sequer é preciso falar em colapso da onda para descrever os processos.
Já chega de conversa sobre absudidades.
Sérgio
SUBJECT: Fw: MONOGRAFIAS - TESES - PROJETOS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 18:25
Recomeçou a pouca vergonha. Que filhadaputice!
[]'
Léo
=======================================
-----Mensagem Original-----
De: "Mina de Idéias" <marketing@minadeideias.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 17 de outubro de 2002 23:39
Assunto: MONOGRAFIAS - TESES - PROJETOS
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SUBJECT: Re: Fw: MONOGRAFIAS - TESES - PROJETOS
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2002 21:56
Olha, falando sério, esse é um exemplo "gritante" de coisa errada.
Outro ainda pior é o tipo de pesquisa que a criançada está aprendendo
a fazer hoje em dia nos tempos da internet: copiar/colar... sem nem
ler muitas vezes o que está escrito! Mas pelo menos fazendo
pesquisas a la "copy/paste" não estão dando dinheiro para gente que
não tem vergonha na cara de se oferecer para fazer trabalhos...
É por essas e outras que eu ainda sou a favor da pesquisa em
bilbioteca, copiando em folha de papel "almaço": obriga a ler e a
escrever direito. Meu filho sofre comigo, mas eu acho que tem que
ser assim e pronto. Um dia mais tarde ele vai saber o valor de ler e
entender o que está lendo, bem como escrever e ser compreendido pelos
outros... até lá, "guenta choradeira"... :)
Lígia
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--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Recomeçou a pouca vergonha. Que filhadaputice!
> []'
> Léo
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> -----Mensagem Original-----
> De: "Mina de Idéias" <marketing@m...>
> Enviada em: quinta-feira, 17 de outubro de 2002 23:39
> Assunto: MONOGRAFIAS - TESES - PROJETOS
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ahahahahah...
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 22:00
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 17, 2002 6:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>Vc acha que se existiesse um problema com a MQ ela seria usada nos
laboratorios pelo mundo fora para resolver problemas ?
Eu nunca disse que havia um problema *com* a MQ. Apenas que, como em todas
as ciências, ela tem questões em aberto e problemas por resolver. O problema
da medição - e o termo não é meu, é o nome pelo qual essa questão é
conhecida na literatura especializada - é apenas uma dessas questões. Que
elas não te interessem porque lidam com os aspectos mais epistemológicos ou
filosóficos da mecânica quântica não muda o fato de que elas interessam a
muitos físicos e não-físicos. Não muda particularmente o fato de que é esse
o aspecto que *me* interessa, e vai continuar interessando, na MQ. Se não te
interessam, basta não se ocupar deles.
>Pq isto é uma lista de cariz cientifico. Não é o botequeim da esquina.
Mas é uma lista, não uma banca de exame de tese de doutorado.
>Portanto, essa ideia de continuum como entidade não tem nenhuma utilidade
em
lado nenhum. Não é ela que fundamenta as coisas. Ela não é usada em fisica.
Pode não ser usada na *tua* física. Mas é amplamente usada em cosmologia,
pela qual você assumidamente não tem interesse.
>Mas vc deixa escapar o mais importante "Por continuum espaço-tempo
entende-se a construção GEOMETRICA" (enfase meu). Eu estava falando de
FISICA!
Jesus amado! A teoria da relatividade especial de Einstein faz uso de
ferramentas MATEMÁTICAS, e nem por isso deixa de ser física. O mesmo se
passa com o continuum espaço-tempo de Minkowski. E a teoria da relatividade
geral é inteiramente construída em cima da GEOMETRIA riemanniana. Você vai
me dizer agora que ela não é uma teoria FÍSICA por causa disso?
>Entende agora que o seu argumento não tem nada a ver com o assunto ?
Não. Entendo que você tem algum problema pra entender que a física trabalha
rotineiramente com ferramentas oriundas da matemática, inclusive da
geometria.
>O que ele está dizendo é verdade, mas no que isso contraria o que eu disse
???
Compare as duas afirmações:
Você - "A MQ diz que mesmo eu não sabendo qual a face que vai sair, eu posso
prever qual a probabilidade de cada face. O que é uma ideia puramente
classica."
Wheeler - ""A incerteza de uma superposição quântica é diferente da
incerteza da probabilidade clássica,
como ocorre depois de um arremesso de moeda."
Se você acha que as duas afirmações não são mutuamente contraditórias, isso
é lá com você.
>Ela seria isso ATÉ cair. No isntante em que cair ela deixará de ser uam
supreposição.
Isso não é verdade de acordo com *nenhuma* das interpretações da mecânica
quântica, da Interpretação de Copenhague à teoria da não-coerência.
>>De acordo com a interpretação de Copenhague, é só no ato de
>> medir o resultado que essa superposição entraria em colapso e a moeda
>> assumiria um dos dois estados.
>Concerteza.
Com certeza? Mesmo? Então observe que isso é diferente do que você acabou de
dizer: "No isntante em que cair ela deixará de ser uam supreposição." Não é
o que diz a Interpretação de Copenhague. Segundo esta, ela só deixará de ser
uma superposição no instante em que for *medida*.
>Isso é absurdo. O meio ambiente É o aparato de medição.
Não de acordo com a teoria da não-coerência. O meio-ambiente inclui o
sistema de medição, mas abrange todo o resto. É uma tentativa de se explicar
como a função de onda poderia entrar em colapso mesmo na ausência de um
sistema de medição.
>Se vc assumir que é outra coisa, vc terá de entrar com esses dados na
propria eq de shrondinger como uma perturbação do sisterma (Teoria das
Perturbações) E ai continuará a ter apenas o aparato de medição.
A equação de onda de Schrödinger descreve apenas os estados possíveis que o
sistema observado pode assumir. A partir dela, se pode calcular a
probabilidade de cada estado. Mas ela não indica qual desses estados *será*
assumido pela partícula. Portanto, o colapso da função de onda, *qualquer
que seja a sua causa*, não entra na equação. É por isso que ela funciona
mesmo na ausencia de uma explicação consensual sobre o que causa o colapso
da função de onda.
>Ah! Não sabia que exitia uma teoria fisica , aceite, para a gravidade
quântica.
Teorias físicas para a gravidade quântica existem - várias. Aceita, nenhuma.
Elaborar uma teoria da gravidade quântica inteiramente consistente e que
possa se tornar consensual é uma das áreas de pesquisa de vanguarda da
física contemporânea - aquela mesma da qual, segundo você, supostamente eu
não sei nada.
>Nem sequer é preciso falar em colapso da onda para descrever os processos.
Como eu disse, o colapso da função de onda não entra na equação de
Schrödinger. Mas ela descreve as partículas como uma superposição coerente
de possibilidades entrelaçadas (entanglement) e quando a partícula é medida,
apenas uma dessas possibilidades se concretiza. Logo, é preciso explicar
porque isso acontece. Motivo pelo qual algumas das mentes mais brilhantes da
física e da matemática vêm se ocupando do problema ao longo do último
século. Não se trata de endeusá-los ou de aceitar sem discutir tudo o que
eles dizem (o que eu não faço, de qualquer forma), mas simplesmente de
reconhecer que, se o problema não existisse, eles não teriam perdido tanto
tempo com ele.
>Já chega de conversa sobre absudidades.
Finalmente estamos de acordo sobre alguma coisa! Sim, já chega de conversa
sobre absurdos...
Sds.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Antropologia biossocial
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 22:15
João de Carvalho
Se fizeres esta lista, favor me incluir!!!
----- Original Message -----
From: "Villem" <nevillex@ig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 13, 2002 10:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] Antropologia biossocial
> Olá João de Carvalho
>
> O assunto parece interessante, mas, como você pretende encaminha-lo ?
>
> Sugiro a começar a discussão por aqui e, se vingar, criar uma lista
> específica.
>
> Abraços
> villem
>
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SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 22:18
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 17, 2002 4:09 PM
Subject: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e
criacionismo - Takata, junte-se a nós)
>Manuel: Esses "terapêutas de recuperação da memória" recorrem não só
à hipnose como também a uma droga, um tal de "soro da verdade" (sódio
amital). Isso não tem nada a ver com o método psicanalítico.
De fato. A psicanálise propriamente dita só começa pelo reconhecimento por
Freud de que o inconsciente não distingue entre recordação e fantasia e que
praticamente todas as nossas lembranças são reconstruções a posteriori. Mais
um aspecto, aliás, que vem sendo confirmado pelas neurociências.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 22:24
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 17, 2002 2:50 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a
nós
>Estou certo de que já experimentou querer
lembra-se de determinado nome ou palavra e tal não lhe ocorre. Passado algum
tempo lhe aflora na área consciente o nome antes esquecido. Ninguém lhe
dissera, portanto estava dentro de vc, em um local que não pôde ser
acessado. Este é um exemplo simplório. Será que serve como teste a respeito
da existencia do inconsciente?
Na verdade, as neurociências estão demonstrando experimentalmente (às vezes,
malgré lui) vários dos conceitos de Freud, como eu venho comentando
esporadicamente aqui na lista. Entre eles:
- a existência de uma atividade cerebral inconsciente
- a existência de uma área do aparelho mental responsável pelo julgamento
moral (o superego)
- o fato de que a memória é uma reconstrução posterior, e não um simples
registro fatual
- o fato de que, durante os sonhos, a atividade do ego e do superego (ambas
associadas ao lobo pré-frontal) encontra-se inibida.
É claro que essas demonstrações não servem pra justificar o pacote todo -
elas não dizem nada sobre *o conteúdo* do inconsciente, por exemplo. Mas
servem para destruir o mito (criado por Popper) da não-demonstrabilidade das
teorias psicanalíticas.
Abs.
L.
SUBJECT: Fw: Piadinha conhecida!
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 22:32
heheheheh
sobre a antiga discussão das loiras.............
Uma loura muito sensual entrou num cassino. Trocou dez mil dólares por fichas e dirigiu-se à mesa da roleta.
Lá chegando, anunciou que apostaria todo o seu dinheiro e que acertaria os números em um único lance.
E, fitando os dois empregados responsáveis pela roleta, acrescentou:
- Olha, espero que vocês não se importem, mas tenho mais sorte quando estou toda nua...
Dito isto, ela se despiu completamente, e depois colocou as fichas todas sobre a mesa.
Inteiramente abestalhado, o "croupier" acionou a roleta. Enquanto esta girava, a loura cantava:
- "MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS! MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS!"
Assim que a roleta parou, ela começou a dar grandes pulos e a gritar:
- GANHEI!!! GANHEI!!! QUE MARAVIIIIILHAAA!!! GANHEEEI!!!
Ela então abraçou e beijou cada um dos croupiers. Em seguida debruçou-se sobre a mesa e recolheu todo o dinheiro e as fichas.
Vestiu-se rapidissimamente e se mandou.
Os croupiers se entreolharam boquiabertos. Finalmente, um deles,voltando a si, perguntou:
- No quê que ela apostou, você viu?
E o outro:
- Eu não... Pensei que VOCÊ estivesse olhando...
Moral: Nem toda loura é burra, mas homem é sempre homem...
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Centro da Via-Láctea é um buraco negro
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <intempol2@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 22:49
Centro da Via-Láctea é um buraco negroEstado de São Paulo
Quinta-feira, 17 de outubro de 2002
Centro da Via-Láctea é um buraco negro
Astrônomos mostram prova concreta, após dez anos de observação
HERTON ESCOBAR
Astrônomos apresentam hoje a primeira prova concreta de que um gigantesco
buraco negro se esconde no coração da nossa galáxia, a Via-Láctea. A
confirmação é baseada em dez anos de observação da órbita de uma estrela
chamada S2, localizada a apenas 17 horas-luz do centro galáctico - um piscar
de olhos na escala do universo. Há alguns anos, cientistas coletam
evidências da existência do buraco negro, mas até agora não era possível
descartar outras teorias para a composição do núcleo.
"Sabíamos que o centro galáctico tinha uma massa muito grande, mas podíamos
dizer com certeza que se tratava de um buraco negro ou de um aglomerado de
estrelas", explica o astrônomo Amâncio Friaça, do Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). O
problema é que a tecnologia atual não permite enxergar o núcleo diretamente.
Com base na velocidade e distância da órbita da S2, entretanto, os
pesquisadores concluem que o único modelo plausível é o do buraco negro, o
qual teria 3,7 milhões de vezes a massa do nosso Sol e um raio de 9 milhões
de quilômetros. A estrela S2 orbita o centro da galáxia em pouco mais de 15
anos, sendo que o Sol leva 230 milhões de anos. A única explicação
sobressalente é de que o centro galáctico seja formado por uma "bola", ou
aglomerado, de partículas bóson, uma estrutura nunca observada no universo,
segundo Friaça.
"Quem quiser duvidar do buraco negro vai ter de apelar para algo ainda mais
exótico", observa o astrônomo brasileiro, que não participou da pesquisa,
mas esteve na sua apresentação em um congresso em Granada, em setembro. O
estudo, publicado hoje da revista Nature, foi realizado por uma equipe
internacional de 23 pesquisadores. As observações foram feitas com o
telescópio VLT, no Chile.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Centro da Via-Láctea é um buraco negro
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2002 23:53
Bobagem. Todo mundo que já assistiu Star Trek - The Final Frontier sabe que
no centro da Via Láctea fica Shakiri!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; <intempol2@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 17 de Outubro de 2002 22:49
Assunto: [ciencialist] Centro da Via-Láctea é um buraco negro
> Centro da Via-Láctea é um buraco negroEstado de São Paulo
>
> Quinta-feira, 17 de outubro de 2002
>
> Centro da Via-Láctea é um buraco negro
> Astrônomos mostram prova concreta, após dez anos de observação
>
> HERTON ESCOBAR
> Astrônomos apresentam hoje a primeira prova concreta de que um gigantesco
> buraco negro se esconde no coração da nossa galáxia, a Via-Láctea. A
> confirmação é baseada em dez anos de observação da órbita de uma estrela
> chamada S2, localizada a apenas 17 horas-luz do centro galáctico - um
piscar
> de olhos na escala do universo. Há alguns anos, cientistas coletam
> evidências da existência do buraco negro, mas até agora não era possível
> descartar outras teorias para a composição do núcleo.
>
> "Sabíamos que o centro galáctico tinha uma massa muito grande, mas
podíamos
> dizer com certeza que se tratava de um buraco negro ou de um aglomerado
de
> estrelas", explica o astrônomo Amâncio Friaça, do Instituto de
Astronomia,
> Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).
O
> problema é que a tecnologia atual não permite enxergar o núcleo
diretamente.
>
> Com base na velocidade e distância da órbita da S2, entretanto, os
> pesquisadores concluem que o único modelo plausível é o do buraco negro,
o
> qual teria 3,7 milhões de vezes a massa do nosso Sol e um raio de 9
milhões
> de quilômetros. A estrela S2 orbita o centro da galáxia em pouco mais de
15
> anos, sendo que o Sol leva 230 milhões de anos. A única explicação
> sobressalente é de que o centro galáctico seja formado por uma "bola", ou
> aglomerado, de partículas bóson, uma estrutura nunca observada no
universo,
> segundo Friaça.
>
> "Quem quiser duvidar do buraco negro vai ter de apelar para algo ainda
mais
> exótico", observa o astrônomo brasileiro, que não participou da pesquisa,
> mas esteve na sua apresentação em um congresso em Granada, em setembro. O
> estudo, publicado hoje da revista Nature, foi realizado por uma equipe
> internacional de 23 pesquisadores. As observações foram feitas com o
> telescópio VLT, no Chile.
>
SUBJECT: Livros: Para Ligia Gallo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 00:09
Lígia aí vão mais quatro excelentes livros sobre Neurologia, um deles eu mais que recomendo, é uma verdadeira bíblia!, que escrito por brasileiro.
Título:
Cem Bilhões de Neurôes: Conceito fundamentais de Neurologia.
Roberto Lent
Athebeu, Faperj (Espetacular)!
- Fantasmas no Cérebro
V.S. Ramachandran, Ph D e
Sandra Blaskeslee
Ed. Record
- O Cérebro,
um guia para o usuário
Dr. John J. Ratey
Ed. Objetiva
- O Cerébro Executivo
Lobos frontais e mente civilizada
Elkhonon Goldberg
Ed Imago
-
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fw: Livros: Para Ligia Gallo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 00:10
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 18, 2002 12:09 AM
Subject: Livros: Para Ligia Gallo
Lígia aí vão mais quatro excelentes livros sobre Neurologia, um deles eu mais que recomendo, é uma verdadeira bíblia!, que escrito por brasileiro.
Título:
Cem Bilhões de Neurôes: Conceito fundamentais de Neurologia.
Roberto Lent
Athebeu, Faperj (Espetacular)!
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Sandra Blaskeslee
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Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 00:14
Muito interessante, valeu Renato, obrigado.
Carlos AR
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 17, 2002 2:48 PM
Subject: Re: [ciencialist] Energia e Força
>
>
> "Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia e a força
> não se tornam a mesma coisa?
> Carlos AR"
>
>
> Oi
> Lá vou eu me meter no que não domino.
> Para Newton energia é trabalho, ou seja, fôrça multiplicada por espaço
> (Fôrça é massa multiplicada por aceleração e aceleração é velocidade
> dividida por tempo sendo que velocidade é espaço dividido por tempo). :P
> Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na física de Newton)
é
> igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de Einstein
> (Dimensional de Tau = Dimensional de E).
> Antonio Renato (AR).
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Piadinha conhecida!
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 00:17
Clarissa maravilha, a piada não só é bonita como é erótica! Agora uma
perguntinha sem maldade: Você é loura?
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 17, 2002 10:32 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Piadinha conhecida!
heheheheh
sobre a antiga discussão das loiras.............
Uma loura muito sensual entrou num cassino. Trocou dez mil dólares por
fichas e dirigiu-se à mesa da roleta.
Lá chegando, anunciou que apostaria todo o seu dinheiro e que acertaria os
números em um único lance.
E, fitando os dois empregados responsáveis pela roleta, acrescentou:
- Olha, espero que vocês não se importem, mas tenho mais sorte quando estou
toda nua...
Dito isto, ela se despiu completamente, e depois colocou as fichas todas
sobre a mesa.
Inteiramente abestalhado, o "croupier" acionou a roleta. Enquanto esta
girava, a loura cantava:
- "MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS! MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS!"
Assim que a roleta parou, ela começou a dar grandes pulos e a gritar:
- GANHEI!!! GANHEI!!! QUE MARAVIIIIILHAAA!!! GANHEEEI!!!
Ela então abraçou e beijou cada um dos croupiers. Em seguida debruçou-se
sobre a mesa e recolheu todo o dinheiro e as fichas.
Vestiu-se rapidissimamente e se mandou.
Os croupiers se entreolharam boquiabertos. Finalmente, um deles,voltando a
si, perguntou:
- No quê que ela apostou, você viu?
E o outro:
- Eu não... Pensei que VOCÊ estivesse olhando...
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Livros: Para Ligia Gallo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 00:43
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 18, 2002 12:09 AM
Subject: [ciencialist] Livros: Para Ligia Gallo
>- Fantasmas no Cérebro
V.S. Ramachandran, Ph D e
Sandra Blaskeslee
Ed. Record
Esse eu tenho e é realmente sensacional. Eu não sei se alguém já recomendou,
mas eu indicaria também _O Erro de Descartes_ e _O Mistério da Consciência_,
ambos do neurologista luso-americano António Damásio. Saíram no Brasil pela
Companhia das Letras. O primeiro é um estudo bastante aprofundado sobre o
papel das emoções nos processos cognitivos e o segundo é, bem, ahn, sobre o
mistério da consciência... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 00:46
Obrigado Belisário, concordo com vc. Aproveito para lhe pedir novamente o
título daquele livro de física que vc disse ser um barbaridade de
interessante. O e-mail que vc mandou sumiu no computador. Quero dizer-lhe
que em breve, pois agora não disponho de tempo, darei a minha posição, já
que formulei a pergunta inicial, sobre o tudo e o nada.
Abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 17, 2002 11:27 AM
Subject: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
Oi. Eu diria que modo científico e mera especulação são dois
extremos, e as mensagens daqui situam-se em diversos pontos entre esses
dois extremos. Os estilos das mensagens são muito diferentes entre si, e
não dá para encaixá-los numa só categoria - nem sequer "modus perguntas e
respostas", pois há também debates, e que se ramificam, não sendo passíveis
de redução a pergunta/resposta.
Apesar disso, percebo uma presença substancial de mensagens que
tendem a um certo estilo de abordagem, caracterizado por um afã de expor
conhecimento - muito da postura contestatória das mensagens desta lista, na
verdade, parece submeter-se a esse afã. Seria interessante fazer uma
"sócio-psicologia" da Ciencialist...
Belisário
At 00:16 17/10/02 -0300, you wrote:
>O modus perguntas e resposta com que se trabalha aqui na lista, o seu
>conteúdo, pode ser considerado científico ou é apenas mera especulação?
>Carlos AR
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise (sobre ratos e Édipo)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 00:47
On 17 Oct 2002 at 17:59, Joao de Carvalho wrote:
> Existe um campo fértil entre a psicanálise e a psicologia cognitiva, mas poucos
> agricultores cultivando-o. Muitos psicólogos cognitivos desprezam a
> psicanálise, e os psicanalistas desprezam a psicologia cognitiva.
João
É certo. Só que eu mudo o seu artigo definido "os" por "uns". Não são todos
os psicanalistas que "desprezam" (palavra de religioso) o cognitivismo. Eu
não desprezo nada. Creio, inclusive, que se pudermos fazer uma boa
argumentação, chegaremos a demonstrar quea psicanálise também é um
método cognitivo. Pessoalmente penso que o inconsciente cognitivo é o
mesmo inconsciente dinâmico. A armadilha são nos jogos de linguagem
usados para definir cada um, que os tornan tão estranhos. A diferença está
no idioma e não no significado. Com uma boa metalinguagem, a gente
pode chegar a entender-se.
[ ]
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise (sobre ratos e Édipo)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 00:47
On 17 Oct 2002 at 11:31, Manuel Bulcão wrote:
> Em 1934, o psicólogo Saul Rosenzweig enviou a Freud resultados
> experimentais que provavam a validade da teoria do recalcamento. Você
> conhece algum livro que fale sobre esses experimentos?
Manuel
Fiquei muito contente com este dado. Realmente não conheço até
agora nenhum livro sobre o tema. Mas pode apostar: se existe, vou
descobrir, porquefiquei "encafifado". Brigadão pela dica.
[ ]
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 00:47
On 17 Oct 2002 at 5:11, Joao de Carvalho wrote:
> É estranho, portanto,
> que eles possam falar de perversão. Para supor perversão temos que
> supor um padrão normal, e quem irá definir o normal na ausência de
> Deus?
Tudo bem. Só tem uma coisa: a palavra "perversão", em psicanálise
não tem conotação moral. Não signiica "desvio", nem anormalidade. A
palavra "normal" não é do vocabulario freudiano. "Perversão" significa
"tradução". O trabalho em que Freud fala sobre este tema é "Tres
ensaios de teoria sexual", de 1915. Aí ele trata de mostra que os
denominados perversos pela sociedade da época são só um
manifestação parcial da sexualidade dos chamados "normais". Que a
sexualidade "perversa" se encontra no homem normal. Além disso diz
que em qualquer criança ha uma coleção dessas perversões e que
qualquer criança normal não passa de um "perverso polimorfo". Para
Freud, perversão é sexualidade adulta que não chegou a evoluir. Não
significa necessariamente uma doença.A neurose sim seria uma
doença por ser o negativo de uma perversão. Eu concordo que o termo
é mau. Pessoalmento não o uso pela conotação negativa que sempre
se aderiu a ele. Creio que Freud não conseguiu eliminar a carga
negativa da palavra. Creio que aé prejudicou a psicanálise adotando
como vocabulario comum, sem conotação moral, a palavra perversão.
Somos poucos ainda os psicanalistas que nos interessamos por uma
teoria da sociedade. É algo que não ajuda nada. Não é uma atitude
útil.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: para Belisário
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 00:47
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 18, 2002 12:46 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
> Obrigado Belisário, concordo com vc. Aproveito para lhe pedir novamente o
> título daquele livro de física que vc disse ser um barbaridade de
> interessante. O e-mail que vc mandou sumiu no computador. Quero dizer-lhe
> que em breve, pois agora não disponho de tempo, darei a minha posição, já
> que formulei a pergunta inicial, sobre o tudo e o nada.
> Abraço
> Carlos AR
> ----- Original Message -----
> From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Thursday, October 17, 2002 11:27 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
>
>
>
> Oi. Eu diria que modo científico e mera especulação são dois
> extremos, e as mensagens daqui situam-se em diversos pontos entre esses
> dois extremos. Os estilos das mensagens são muito diferentes entre si, e
> não dá para encaixá-los numa só categoria - nem sequer "modus perguntas e
> respostas", pois há também debates, e que se ramificam, não sendo
passíveis
> de redução a pergunta/resposta.
>
> Apesar disso, percebo uma presença substancial de mensagens que
> tendem a um certo estilo de abordagem, caracterizado por um afã de expor
> conhecimento - muito da postura contestatória das mensagens desta lista,
na
> verdade, parece submeter-se a esse afã. Seria interessante fazer uma
> "sócio-psicologia" da Ciencialist...
>
> Belisário
>
> At 00:16 17/10/02 -0300, you wrote:
> >O modus perguntas e resposta com que se trabalha aqui na lista, o seu
> >conteúdo, pode ser considerado científico ou é apenas mera especulação?
> >Carlos AR
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
SUBJECT: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 00:56
Oi,
Um texto do C. Sagan sobre testosterona e prazer:
<<Uma parte do sistema de circuitos neurais do cérebro, ligada a
agressividade, parece estar perigosamente em contacto com a de
circuitos neurais ligada ao sexo. O comportamento resultante é-nos
estranhamente familiar.
(...)
<<No cérebro de muitos animais há postos receptores específicos aos
quais se liga, quimicamente, a molécula testosterona a outras
hormonas sexuais e que controlam o comportamento hormonalmente
induzido. Pode haver centros neurais distintos responsáveis por
atitudes como o parvonear-se, o cacarejar, a intimidação, a luta, o
copular, a defesa do território e a inserção na hierarquia
domimnante, mas cada centro desses tem uma tecla que é premida pela
testosterona. (...) Tal como acontece com muitos hormonas, a
testosterona funciona como ligação de uma diversidade de circuitos
completos de retroalimentação positivos e negativos, que mantém a
concentração da molécula a circular no sangue.
<<Os animais de sexo masculino não só suportam as rixas, ameaças e
lutas orientadas pela testosterona, como até parece sentirem nela um
certo prazer. Um rato aprenderá a percorrer um labirinto complicado
quando a única recompensa, ou reforço, é a oportunidade de se bater
com outro macho. Há imensos exemplos semelhantes na nossa espécie. As
atividades que são cruciais à reprodução tendem a ser encaradas com
entusiasmo. O sexo é, só por si, o exemplo mais óbvio. A
agressividade encontra-se na mesma categoria.>>
(Carl Sagan; Sombras de Antepassados Esquecidos; Gradiva; 1a. Edição;
1996; pp. 184 e 212)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 01:02
On Thu, 17 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Douglas: Conheço bem o trabalho dele. Está bem ultrapassado. (Wittgenstein
> com um único aforismo do Tractatus - 3.333 - já havia derrubado todo
> trabalho do Russell).
Poderia me citar o aforismo? Procurei pela rede e não encontrei.
3.333 Uma função não pode ser seu próprio argumento, porque o sinal
proposicional da função já contém o protótipo de seu argumento e ele não
pode conter a si próprio. Suponhamos, pois, que a função F(fx) pudesse ser
seu próprio argumento; haveria, nesse caso, uma proposição F(F(fx)), e nela
a função externa F e a função interna F devem ter significados diferentes;
pois a interna tem a forma X(fx), a externa, a forma Y(X(fx)). Ambas as
funções têm em comum apenas a letra F, que sozinha, porém, não designa nada.
Isso fica claro no momento em que, ao invés de F(F(u)), escrevemos
(Ex):F(xu)&xu=Fu. Liquida-se assim o paradoxo de Russell.
Se vc não entender, eu explico.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 01:09
> Reverendo ;Douglas:
Pois não caro neófito
> são 11.15 horas. a partir deste momento estou me convertendo ao
> cristianismo, vou pedir ao marcelo rossi pra me ungir com a água milagrosa
> que ele trouxe, com o gugu, do rio jordão.
> (você me avaliza?)
Deixe isso pra lá. Se vc está se convertendo, é sinal que o Espirito Santo
está agindo em vc. Não há unção melhor do que essa.
> e justifico: às 8 horas comecei a escrever uma respostas- melhormente
> dizendo, uma réplica - ao seu e-mail. O texto, moléstia às partes, como
> diria o lula, ficou de péssimo pra razoável mas em se tratando de um
> produto dos meus dois neuronios que nem sinapisam mais, podereia merecer
os
> seus bons olhos.
> E não é que, exatamente às 11 horas ocorre uma falha de energia, súbita,
> repentina, por certo divina, e o texto foi pras cucuias? Considero isso um
> sinal de que o senhor deus em sua onipotância agiu de forma a que vc. não
> lesse uma argumentação tão argumentativa que por certo o faria o mais
ímpio
> dos infieis.
> a comprovação da falha lucífera pode ser atestada pela concessionária
> Escelsa, fone 0800.390.196
Eu espero com paciência vc escrever uma nova mensagem. Se me der a honra.
DFG
Curiosidade: O Espirito Santo desceu "como uma pomba" é uma expressão que em
aramaico antigo significa "desceu de forma suave". Foi traduzido para o
grego como "desceu sob forma de pomba", o ressultado desse erro de tradução
é bem conhecido. Uma pomba voando sob a cabeça de Jesus numa porção de
quadros.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 01:14
Seria interessante fazer uma
"sócio-psicologia" da Ciencialist...
Belisário
******
Não sei se vc falou isso brincando. Mas a idéia é muito boa. Dá uma
dissertação.
Se alguém estiver precisando de um objeto de estudo para uma tese... Depois
vou escrever um projeto.
Tema: "Representações Socias e Ciência: Uma análise psicosociológica de uma
lista de discussão sobre ciência realizada através da internet".
SUBJECT: Madrugada
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 01:21
Oi gentem
Acabo de copiar 206 msgs. São 4.20 h.
Boa noite.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Livros: Para Ligia Gallo
FROM: "Luis Roberto Brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 01:45
> Esse eu tenho e é realmente sensacional. Eu não sei se alguém já
recomendou,
> mas eu indicaria também _O Erro de Descartes_ e _O Mistério da
Consciência_,
> ambos do neurologista luso-americano António Damásio. Saíram no Brasil
pela
> Companhia das Letras. O primeiro é um estudo bastante aprofundado sobre o
> papel das emoções nos processos cognitivos e o segundo é, bem, ahn, sobre
o
> mistério da consciência... ;-)
> Abs.
> L.
Eu li "O misterio... " achei pesadinho.
Gostei de ler "O sitio da mente" do Henrique del Nero... brasileiro
bem.( http://www.lsi.usp.br/~hdelnero/ )
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 01:49
Interessante, mas o único evangelho escrito em aramaico foi o de Mateus,
cujo original não foi conservado. Assim, como saber qual foi a expressão
usada originariamente?
[ ]s
Alvaro
>
> Curiosidade: O Espirito Santo desceu "como uma pomba" é uma expressão que
em
> aramaico antigo significa "desceu de forma suave". Foi traduzido para o
> grego como "desceu sob forma de pomba", o ressultado desse erro de
tradução
> é bem conhecido. Uma pomba voando sob a cabeça de Jesus numa porção de
> quadros.
>
SUBJECT: Re: Livros: Para Ligia Gallo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 01:59
Muito Obrigada pelas indicações, Carlos!
Beijos, Lígia
****************************************
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Lígia aí vão mais quatro excelentes livros sobre Neurologia, um
deles eu mais que recomendo, é uma verdadeira bíblia!, que escrito
por brasileiro.
> Título:
> Cem Bilhões de Neurôes: Conceito fundamentais de Neurologia.
> Roberto Lent
> Athebeu, Faperj (Espetacular)!
>
> - Fantasmas no Cérebro
> V.S. Ramachandran, Ph D e
> Sandra Blaskeslee
> Ed. Record
> - O Cérebro,
> um guia para o usuário
> Dr. John J. Ratey
> Ed. Objetiva
>
> - O Cerébro Executivo
> Lobos frontais e mente civilizada
> Elkhonon Goldberg
> Ed Imago
> -
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Despedida...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 02:46
Bem, por motivos maiores do que eu ( e eu tenho 1,80m... :) vou ter
que me afastar das listas durante um tempo. Antes de mais nada, peço
desculpas a quem eu, porventura, tenha destratado ou enviado
respostas enviesadas... Peço desculpas também se não soube discutir
mais a fundo certas questões, ou se lancei alguma "herezia" por
aqui. E no mais agradeço: Em tudo e por tudo esta lista tem sido a
melhor que frequentei.
Bem senhores, até não sei quando... ou melhor, quando der para
voltar. Doença é ruim, a gente nunca sabe se volta mesmo...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Despedida...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 02:51
Ligia,
Não entendi se a doença é com você ou algum familiar, mas mesmo assim sinto
muito. Espero que você volte em breve para continuarmos nossas brigas.
Quando isso acontecer prometo que serei mais comedido, especialmente agora
que sei da sua altura :-)
Abraços,
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 18 de Outubro de 2002 02:46
Assunto: [ciencialist] Despedida...
Bem, por motivos maiores do que eu ( e eu tenho 1,80m... :) vou ter
que me afastar das listas durante um tempo. Antes de mais nada, peço
desculpas a quem eu, porventura, tenha destratado ou enviado
respostas enviesadas... Peço desculpas também se não soube discutir
mais a fundo certas questões, ou se lancei alguma "herezia" por
aqui. E no mais agradeço: Em tudo e por tudo esta lista tem sido a
melhor que frequentei.
Bem senhores, até não sei quando... ou melhor, quando der para
voltar. Doença é ruim, a gente nunca sabe se volta mesmo...
Beijos, Lígia
##### ##### #####
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SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 03:26
> Interessante, mas o único evangelho escrito em aramaico foi o de Mateus,
> cujo original não foi conservado. Assim, como saber qual foi a expressão
> usada originariamente?
Douglas: Excelente pergunta para qual não tenho resposta. Só especulação. O
aramaico era a lingua falada por Jesus, seus discípulos, João Batista, etc.
Quem fez o relato deve ter "semitizado" no grego. Assim como nós falamos
"deletar" ou "estarei enviando". Assim aportuguesamos o ingles (ou é o
contrário?) de qualquer forma vou recorrer a fontes seguras (ou quase
seguras).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 07:13
| >
| > "Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia e a força
| > não se tornam a mesma coisa?
| > Carlos AR"
| >
| >
| > Oi
| > Lá vou eu me meter no que não domino.
| > Para Newton energia é trabalho, ou seja, fôrça multiplicada por espaço
| > (Fôrça é massa multiplicada por aceleração e aceleração é velocidade
| > dividida por tempo sendo que velocidade é espaço dividido por tempo). :P
| > Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na física de Newton)
| é
| > igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de Einstein
| > (Dimensional de Tau = Dimensional de E).
| > Antonio Renato (AR).
| >
Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como Ondas, são os únicos modelos postos para justificar "a transferência de energia" de um sistema para outro. A energia se transfere de A para B quer através do trabalho de forças (exemplo, trabalho do peso para alterar a energia cinética de uma pedra em queda) quer através de ondas (exemplo, radiação). Há apenas uma igualdade dimensional entre o modelo e a grandeza transferida.
Outra ligeira falha é tratar o 'trabalho' como se fosse uma 'entidade' real (dai o erro de se usar a palavra 'trabalho' isoladamente, sem o seu devido complemento que é "de forças"), como o é a energia; trabalho de forças 'não' pode ser armazenado (nenhum corpo armazena trabalho), ele pode 'armazenar' energia (tipo potencial) ou exibi-la como estado atual (tipo cinética, elétrica etc.).
Outro deslize, definir entidades físicas através de expressões matemáticas. Força não é massa vezes aceleração e nem aceleração é velocidade dividida pelo tempo e nem velocidade é espaço dividido pelo tempo. Se assim o fosse teríamos uma outra força que é constante (k) vezes espaço (x) [ F = k.x ] e uma centena de outras forças. Entidades devem ser conceituadas independentes de suas expressões matemáticas.
Outro deslize ... eu ter-me metido em assuntos de Gente Grande (é um daqueles espasmos de cultura científica que me assola vez por outra ... nada sério!)
[]'
Léo
====================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Despedida...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 07:39
"Bem, por motivos maiores do que eu ( e eu tenho 1,80m... :) vou ter
que me afastar das listas durante um tempo. Antes de mais nada, peço
desculpas a quem eu, porventura, tenha destratado ou enviado
respostas enviesadas... Peço desculpas também se não soube discutir
mais a fundo certas questões, ou se lancei alguma "herezia" por
aqui. E no mais agradeço: Em tudo e por tudo esta lista tem sido a
melhor que frequentei.
Bem senhores, até não sei quando... ou melhor, quando der para
voltar. Doença é ruim, a gente nunca sabe se volta mesmo...
Beijos, Lígia"
Oi Lígia
Esta foi uma péssima msg. Fico com a mesma dúvida do Álvaro. Espero que
esteja tudo bem com vc e, se não estiver, que fique. Espero ainda pertencer
a esta lista no seu retorno e que seja em breve.
Muitos Bisous.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e matemática
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 09:47
On Fri, 18 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> 3.333 Uma função não pode ser seu próprio argumento, porque o sinal
> proposicional da função já contém o protótipo de seu argumento e ele não
> pode conter a si próprio. Suponhamos, pois, que a função F(fx) pudesse ser
> seu próprio argumento; haveria, nesse caso, uma proposição F(F(fx)), e nela
> a função externa F e a função interna F devem ter significados diferentes;
> pois a interna tem a forma X(fx), a externa, a forma Y(X(fx)). Ambas as
> funções têm em comum apenas a letra F, que sozinha, porém, não designa nada.
> Isso fica claro no momento em que, ao invés de F(F(u)), escrevemos
> (Ex):F(xu)&xu=Fu. Liquida-se assim o paradoxo de Russell.
>
> Se vc não entender, eu explico.
Compreendi boa parte mas agradeceria uma explicação mais detalhada.
Principalmente sobre o paradoxo de Russell.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Científico ou especulação
FROM: Roberto Belisário Diniz <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 10:03
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
>
> Seria interessante fazer uma
> "sócio-psicologia" da Ciencialist...
>
> Belisário
>
> ******
>
> Não sei se vc falou isso brincando. Mas a idéia é muito boa. Dá uma
> dissertação.
> Se alguém estiver precisando de um objeto de estudo para uma
tese... Depois
> vou escrever um projeto.
>
> Tema: "Representações Socias e Ciência: Uma análise
psicosociológica de uma
> lista de discussão sobre ciência realizada através da internet".
Não estava brincando, não. Eu gostaria muito de ler alguma análise
sobre isso... Aliás, eu acho muito interessante análises sobre o
comportamento das pessoas em papos virtuais. Mas tenho lido muito
pouco (aproximadamente nada) sobre o assunto. Alguém terá
sugestões interessantes de leitura?
Belisário
SUBJECT: RN: magnetismo contra depressão no HC
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 10:05
(aos membros também do sbcr peço desculpas pela postagem duplicada)
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/10/18/ger014.html
Uma nova esperança para os deprimidos
Equipamento de estímulo magnético, indolor, é testado com sucesso no
Hospital das Clínicas
LUCIANA MIRANDA
"Um campo magnético, parecido com o produzido por equipamentos de
ressonância, poderá ser um forte aliado entre as opções de tratamento
da depressão. Há quatro meses, especialistas do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC) testam o novo método em
seres humanos. Até agora, os resultados são otimistas.
Na depressão, várias regiões do cérebro funcionam menos do que
deveriam. Uma dessas áreas corresponde ao canto esquerdo da testa,
por exemplo. Depois de identificada, essa região é estimulada com o
equipamento que produz campo magnético. No método, chamado de
estimulação magnética transcraniana, não há nenhum contato do
equipamento com a cabeça do paciente.
A aplicação da estimulação magnética transcraniana é indolor. Durante
a sessão de aplicação, o paciente permanece sentado e acordado, sem
necessidade de ser internado. As sessões são diárias e duram cerca de
12 minutos. "Não há efeitos colaterais", diz o psiquiatra Marco
Antonio Marcolin, responsável pelo projeto de pesquisa no IPq-HC.
Efeito colateral é o grande vilão do tratamento da depressão com
medicamentos. Entre eles estão ganho de apetite, dor de cabeça e
alteração do desejo sexual. "
(curioso é que o sub-título da matéria diz que o novo método é
usado "com sucesso", enquanto que a matéria ressalta que ainda está
em fase de testes. De todo modo parece a velha prática pseudo-
científica da magnetoterapia, com uma roupagem moderna)
[]´s
André
SUBJECT: Re: para Belisário
FROM: Roberto Belisário Diniz <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 10:05
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
>
> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Alberto" <cfrued@u...>
> > Aproveito para lhe pedir novamente o
> > título daquele livro de física que vc disse ser um barbaridade de
> > interessante. O e-mail que vc mandou sumiu no computador.
Hm... Agora não sei qual é ao certo... Talvez seja o
"Fique por dentro da Física Moderna", de
John Gribbin, editora Cosac & Naify? Esse é realmente muito
interessante, mais voltado para quem não tem conhecimento
de física. Aliás, eu recomendo tudo que é do John Gribbin.
Belisário
SUBJECT: Eu
FROM: Roberto Belisário Diniz <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 10:12
Populae,
Esta mensagem é só para dizer que há muitos assuntos que me
interessam na lista, mas eu não tenho tido muito tempo para
acompanhar, de forma que não consigo ler todas as mensagens.
Mesmo quando eu me envolvo em uma discussão, às vezes não
consigo acompanhá-la porque os e-mails sucedem-se muito rápido.
Digo isso só para dar uma satisfação sobre minha ausência em
assuntos nos quais tradicionalmente me envolvo e mesmo em
alguns debates que eu mesmo fomentei...
Coisas do mundo moderno... :)
Abraços e abraças
Belisário
SUBJECT: Re: Científico ou especulação
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 10:23
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário Diniz <rbdiniz@t...>
> Não estava brincando, não. Eu gostaria muito de ler alguma análise
> sobre isso... Aliás, eu acho muito interessante análises sobre o
> comportamento das pessoas em papos virtuais. Mas tenho lido muito
> pouco (aproximadamente nada) sobre o assunto. Alguém terá
> sugestões interessantes de leitura?
Yo no sé como pasa su portunhol, pero:
http://nacho.homelinux.org/ciberpsicologia/
Outro relacionado
http://www.estado.estadao.com.br/suplementos/info/2001/03/12/info042.h
tml
(Por q. se fala em amizades virtuais, papos virtuais? Amizade virtual
seria se eu marcasse um encontro com uma chat-bot. Papo virtual e'
uma conversa entre Buzz Ligthyear e Shrek.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 10:34
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >Vc acha que se existiesse um problema com a MQ ela seria usada nos
> laboratorios pelo mundo fora para resolver problemas ?
>
> Eu nunca disse que havia um problema *com* a MQ.
VC disse que ela não era completa. Isso é um problema. Ou não?
>Apenas que, como em todas
> as ciências, ela tem questões em aberto e problemas por resolver.
Mas essas questões em aberto q vc fala - o problema do colapso - não
são problemas reais. São divagações , expeculações para resolver um
problema que não existe.
É o mesmo que vc desenvolver teorias que expliquem pq os objectos de
movem para cima num campo gravitico. Isso é inutil quando sabemos que
eles se movem para baixo e nunca foi observado um que se move-se para
cima.
>O problema
> da medição - e o termo não é meu, é o nome pelo qual essa questão é
> conhecida na literatura especializada - é apenas uma dessas
questões.
Eu sei isso. O que eu estava tentando lhe dizer é que não ha um real
problema da medição.
> Que
> elas não te interessem porque lidam com os aspectos mais
epistemológicos ou
> filosóficos da mecânica quântica não muda o fato de que elas
interessam a
> muitos físicos e não-físicos.
Essas ideias lidam com os aspectos mais mitologicos da MQ. Uma
mitologia alimentada por pessoas como Bohr, e outras, que assumiam
não entender bem o que a MQ era, e outras que actualmente se
apresentam como sabendo muito de MQ (para além de qq mortal).
Não existe um problema epistemologico quando não ha nenhum fenomeno
que o justifique.
O principio da simplicidade manda assumir as ideias mais simples.
A ideia mais simples aqui é a de que não ha problema nenhum, sendo
que nunca foi demosntrado que o havia , i.e. nunca foi mostrado um
fenomeno que justificasse pq temos que pensar em coisas mais
complicadas.
Isto é o caminho da ciencia: ser simples até ser obrigado a ser
complicado.
O que estes sr estão fazendo é se obrigarem ao mais dificil ignorando
o mais simples.
Isso, não é , em nada, uma actitude cientifica.
> >Portanto, essa ideia de continuum como entidade não tem nenhuma
utilidade
> em
> lado nenhum. Não é ela que fundamenta as coisas. Ela não é usada em
fisica.
>
> Pode não ser usada na *tua* física. Mas é amplamente usada em
cosmologia,
> pela qual você assumidamente não tem interesse.
Vamos lá a ver se entendes que:
1) algo com singularidades não é continuo
2) lá pq lhe chamam "continuo" isso não significa nada, quando eles
chegam a resultados não-continuos.
3) Se o BB deu origem ao continuo e antes dele o continuo não
existia, o continuo deixou de ser continuo: houve uma singularidade ,
o ppr Big Bang. Portanto, por 2) e 1) não faz sentido falar de um
continuo em relatividade geral. Apenas faz sentido falar do continuo
em relatividade restricta que é a que Minkowski desenhou
matemáticamente (uma geometria onde o tempo é encarado como uma
dimensão imaginária do espaço 3D: ict).
Portanto, mesmo que se fala do continuo ou do continuum na realidade
isso é apenas um nome sem sentido fisico, pq as proprias contas
mostram que ele nao é continuo sendo que tem singularidades.
> >Mas vc deixa escapar o mais importante "Por continuum espaço-tempo
> entende-se a construção GEOMETRICA" (enfase meu). Eu estava falando
de
> FISICA!
>
> Jesus amado! A teoria da relatividade especial de Einstein faz uso
de
> ferramentas MATEMÁTICAS, e nem por isso deixa de ser física.
Vc não entendeu. Minkowski era um matemático, ele estava-se nas
tintas para fisica. Eisntein é que era o fisico nests historia, era
ele que dava sentido a aquelas contas.
Minkowski limitou-se a dar a Eisntein uma ferramenta matemática que
simplificava os calculos colocando-os em forma tensorial. Isso trazia
para o problema uma matemática que Eisntein teve que aprender e que
lhe foi util mais tarde.
Portanto para Minkowski o espaço (x,y,z) e tempo (t) fisicos formavam
um espaço matemático chamado espaço-tempo ( ict,x,y,z) que ele
considerava poder representar tudo. Mas nada disto é fisica, é apenas
geometria.
A fisica são as transformadas de Lorentz que Eisntein deduziu e
depois reescreveu usando o formalismo tensorial e a métrica de
Minkowski.
Essa métrica foi depois alterada na TG pela de Riemman , e
concretamente pelo tensor de Ricci, que depende da propria métrica. É
uma função da métrica. E se relaciona com a massa. Dai que se conclui
qe a métrica do espaço-tempo depende de um parametro que é a massa. E
nessa altura, o espaço-tempo continuo de minkowski passa a ter
possibilidade de ter singularidades, worm-holes , BN , etc. Tudo
coisas que violam a continuidade do espaço-tempo.
E a partir dai , o espaço -tempo em TGR não pode mais ser considerado
o contiuum. Donde se conclui que é irrelevante esse nome. Isso foi
apenas uma ideia de Minkowski que está desactualizada.
Agora, vc pode sempre chamar-lhe 'continuum' como fazem na Jornada
das Estrelas. Mas é apenas um nome, q não representa uma realidade
fisica.
> >O que ele está dizendo é verdade, mas no que isso contraria o que
eu disse
> ???
>
> Compare as duas afirmações:
>
> Você - "A MQ diz que mesmo eu não sabendo qual a face que vai sair,
eu posso
> prever qual a probabilidade de cada face. O que é uma ideia
puramente
> classica."
>
> Wheeler - ""A incerteza de uma superposição quântica é diferente da
> incerteza da probabilidade clássica,
> como ocorre depois de um arremesso de moeda."
>
> Se você acha que as duas afirmações não são mutuamente
contraditórias, isso
> é lá com você.
Para já, eu não falei em incerteza e sim em probabilidade.
A probabilidade de um estado é o quadrado da energia do estado desse
algo. A incerteza é o desvio ao valor expectável. É uma especie de
desvio padrão de uma estatistica.
Como vc deve saber desvio padrão e probabilidade são duas coisas
diferentes.
Portanto, sim, não vejo onde está a contradição.
> >Ela seria isso ATÉ cair. No isntante em que cair ela deixará de
ser uam
> supreposição.
>
> Isso não é verdade de acordo com *nenhuma* das interpretações da
mecânica
> quântica, da Interpretação de Copenhague à teoria da não-coerência.
>
> >>De acordo com a interpretação de Copenhague, é só no ato de
> >> medir o resultado que essa superposição entraria em colapso e a
moeda
> >> assumiria um dos dois estados.
>
> >Concerteza.
>
> Com certeza? Mesmo? Então observe que isso é diferente do que você
acabou de
> dizer: "No isntante em que cair ela deixará de ser uam
supreposição." Não é
> o que diz a Interpretação de Copenhague.
Aih... :-( Quando ela cair, ela terá um estado observável. E o
estado observado é um entre muitos possiveis. É essa 'escolha' que
representa o colapso da f.d.o.
Só quando ela cair vc a poderá medir. (só quando o dado pára é q vc
sabe que numero saiu). Cair era portanto um sinonimo de medir na
situação descrita.
> Segundo esta, ela só deixará de ser
> uma superposição no instante em que for *medida*.
E o que é uma medida em MQ?
É a observação de um valor caracteristico do sistema.
E o que acontece quando ela cair ?
Eu observo um resultado caracteristico do sistema.
Então, quando ela cair, eu estou fazendo uma medida.
> >Isso é absurdo. O meio ambiente É o aparato de medição.
>
> Não de acordo com a teoria da não-coerência. O meio-ambiente inclui
o
> sistema de medição, mas abrange todo o resto. É uma tentativa de se
explicar
> como a função de onda poderia entrar em colapso mesmo na ausência
de um
> sistema de medição.
Isso simplesmente não tem nexo.
Vc não pode dissociar o colapso da medida.
O conceito do colapso é inerente ao acto de medir. Sem medida não ha
colapso. E sem aparelho de medida, não ha medida. Donde, não ha
colapso.
Não é logico falar do colapso da f.d.o na ausencia do sistema de
medida.
Regra básica da MQ : Só sei o que observo, durante o tempo em que o
observo.
Observar é o mesmo que medir, em fisica.
Então: Só sei o que meço, durante o tempo em que o meço.
Antes e depois, eu simplesmente, não posso me pronunciar, a não ser
em termos de probabilidades.
Não faz nenhum sentido falar de medição em MQ quando não estamos
observado.
A noção de observável e´muito importante em MQ, ao ponto de
constituir o nome dos operadores hermiticos.
Um operador é dito um Observável, se ele comutar com o operador
Hamiltoneano do Sistema. O que significa que a grandeza descrita pelo
operador pode ser medida ao mesmo tempo que a energia do sistema:
isto é, que o estado do sistema. É por isso que nem todas as
grandezas se podem observar num sistema quantico.
> >Se vc assumir que é outra coisa, vc terá de entrar com esses dados
na
> propria eq de shrondinger como uma perturbação do sisterma (Teoria
das
> Perturbações) E ai continuará a ter apenas o aparato de medição.
>
> A equação de onda de Schrödinger descreve apenas os estados
possíveis que o
> sistema observado pode assumir. A partir dela, se pode calcular a
> probabilidade de cada estado. Mas ela não indica qual desses
estados *será*
> assumido pela partícula.
Mas ela indica quais ele NÃO poderá tomar (são todas aquelas que
nãoforam considerdas como possiveis).
Quando vc esquece de tomar em consideração um factor importante do
seu sistema e o considera "fora do sistema" por engano, ou seja,
pertencente ao meio-ambiente (à vizinhança do sistema) , mas na
realidade esse factor está no sistema vc vai obter medidas não
previstas.
Ora, o erro não é da MQ, nem o problema está no colapso da f.d.o.
O problema está no gajo que se esqueceu que aquele factor tb fazia
parte do sistema. Isto não é só assim em MQ, é assim em toda a fisica.
Então, vc incorpora esse factor, refaz os calculos e não obtem
estados não previstos (= ausencia de variáveis escondidas).
Contudo pode haver factores que vc não pode explicitam introdozir nos
calculos.
Então ai vc usa a teoria das perturbações.
O que eu quero dizer é que essa historia do meio-ambiente influenciar
não faz sentido. Num sistema , a sua vizinhança não interessa nada.
Se algum elemento da vizinhança interessar, então, por def de
sistema, esse elemento não é da vizinhança mas sim do sistema.
Não ha sentido em usar um erro de julgamento do que é ou não
vizinhança(meio-ambiente) para justificar alguma coisa.
>Portanto, o colapso da função de onda, *qualquer
> que seja a sua causa*, não entra na equação.
O que eu estou lhe alertando é muito simples.
O colapso não precisa de uma causa, pq não é um efeito.
É apenas um conceito, um termo tecnico, para simplificar a linguagem,
mas não representa nada de fisico ou real.
> >Ah! Não sabia que exitia uma teoria fisica , aceite, para a
gravidade
> quântica.
>
> Teorias físicas para a gravidade quântica existem - várias. Aceita,
nenhuma.
Muito bem. Então como vc aceita que o Penrose use uma teoria dita da
gravidade qantica - que ainda não existe- para justificar o colapso ?
A meu ver é o mesmo q justificar a existencia do pai natal com a
existencia dos unicrónios, quando ambos não existem.
> >Nem sequer é preciso falar em colapso da onda para descrever os
processos.
>
> Como eu disse, o colapso da função de onda não entra na equação de
> Schrödinger. Mas ela descreve as partículas como uma superposição
coerente
> de possibilidades entrelaçadas (entanglement) e quando a partícula
é medida,
> apenas uma dessas possibilidades se concretiza. Logo, é preciso
explicar
> porque isso acontece.
É preciso explicar ?!?
Imaginemos o sistema X q pode estar em 3 estados A, B e C com
probabilidades 1/3 , 1/6 e 1/6 respectivamente.
Eu efectuo uma medida do estado do sistema 100 vezes.
Se o estado A , B e C apareem nas mesmas proporções, está tudo certo.
Que mais tenho que explicar ?
E ai vc diz: mas pq o estado era A quando vc mediu a 23º vez e era B
na seguinte ?
E eu lhe respondo: Isso não interessa. A teoria apresenta as
probabilidades correctas. E ela não diz nada sobre os pq. Então eu
não tenho que conjecturar sobre o pq.
E vc pergunta: Mas se o estados estão sobrepostos , como é que depois
eu só observo um deles ?
E eu respondo: Essa pergunta levnta um falso problema. "estados
sobrepostos" significa que todos esses estados podem ser resultados
de medições, não significa que estejam todos presentes
simultaneamente.
Quando vc lança uma moeda , ambos os estados cara e coroa são
possiveis resultados. Então são os estados possiveis , e estão
sobrepostos. Quando vc observa o resultado só um deles é observado.
Eles não estão ambos presentes. Nunca estiveram.
Pq é preciso explicar algo que não existe ?
Motivo pelo qual algumas das mentes mais brilhantes da
> física e da matemática vêm se ocupando do problema ao longo do
último
> século.
Pq vc lhes chama "brilhantes" ?
Não se trata de endeusá-los ou de aceitar sem discutir tudo o que
> eles dizem (o que eu não faço, de qualquer forma), mas simplesmente
de
> reconhecer que, se o problema não existisse, eles não teriam
perdido tanto
> tempo com ele.
Humm... os loucos que pensam que têm um amigo invisivel perdem tempo
falando com ele. Contudo, eles estão loucos.
O facto de eles perderem tempo com isso não significa que haja um
problema.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 10:46
Olá Antônio
>
> Isto é um engano. Só o que ocorre em ato pode ser mensuravel pois
está
> ocorrendo. Não há como medir possibilidades, e estas são reais e
mais
> abrangentes que o que ocorre no momento. Portanto, o "reino do que
existe" é
> mais amplo que o mensurável, abrange o mensurável mas é mais amplo
do que
> ele.
>
Uma possibilidade não é um fato. Quando dizemos "possibilidade real"
estamos apenas usando uma força de expressão, que equivale a dizer
que não é apenas um chute, mas algo que *pode* vir a ocorrer. O
critério da mesurabilidade é um critério razoável para definir o que
existe no mundo real. Coisas não mensuráveis não existem para efeitos
práticos.
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: Fw: MONOGRAFIAS - TESES - PROJETOS
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 10:46
> De: Ligia Gallo
>
> Olha, falando sério, esse é um exemplo "gritante" de coisa errada.
> Outro ainda pior é o tipo de pesquisa que a criançada está aprendendo
> a fazer hoje em dia nos tempos da internet: copiar/colar... sem nem
> ler muitas vezes o que está escrito! Mas pelo menos fazendo
> pesquisas a la "copy/paste" não estão dando dinheiro para gente que
> não tem vergonha na cara de se oferecer para fazer trabalhos...
>
> É por essas e outras que eu ainda sou a favor da pesquisa em
> bilbioteca, copiando em folha de papel "almaço": obriga a ler e a
> escrever direito. Meu filho sofre comigo, mas eu acho que tem que
> ser assim e pronto. Um dia mais tarde ele vai saber o valor de ler e
> entender o que está lendo, bem como escrever e ser compreendido pelos
> outros... até lá, "guenta choradeira"... :)
Na boa, sem querer ofender os 'fessôr' da lista, mas que tal se
os professores adotassem outra metodologia de pesquisa! A internet
é uma realidade desconcertande no universo da informação.
Sugestões?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 10:55
Antônio:
> > Estou certo de que já experimentou querer
> > lembra-se de determinado nome ou palavra e tal não lhe ocorre.
> > Passado algum tempo lhe aflora na área consciente o nome antes
> > esquecido. Ninguém lhe dissera, portanto estava dentro de vc, em
um local que não pôde ser acessado. Este é um exemplo simplório. Será
> > que serve como teste a respeito da existencia do inconsciente?
Roberto:
> Dados q. somem para aparecer depois acontece o tempo todo no meu
> micro...
>
André:
O conceito de "inconsciente" pressupôe dados que, embora não estejam
acessíveis imediatamente para a consciência, estão afetando nossos
atos de alguma maneira, então seriam como um programa de computador
rodando "escondido", como uma espécie de vírus. Dados que não podem
ser acessados imediatamente não servem como prova da existência do
insconsciente, porque não há nenhuma prova de que esses dados estejam
afetando nossos atos e pensamentos enquanto não são recuperados.
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: Fw: MONOGRAFIAS - TESES - PROJETOS
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 11:19
Oi Lígia, Leo
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> Olha, falando sério, esse é um exemplo "gritante" de coisa errada.
> Outro ainda pior é o tipo de pesquisa que a criançada está
aprendendo
> a fazer hoje em dia nos tempos da internet: copiar/colar... sem
nem
> ler muitas vezes o que está escrito! Mas pelo menos fazendo
> pesquisas a la "copy/paste" não estão dando dinheiro para gente que
> não tem vergonha na cara de se oferecer para fazer trabalhos...
>
Uma sugestão de fora: podem obrigar que os trabalhos sejam entregues
em forma digital. E podem desenvolver um programa que faça o
rastreamento de textos, ou trechos de textos, idênticos pela
internet. Outra sugestão: comentar a relação entre esse trabalho e a
manchete do jornal de ontem. Dar opinião pessoal. Se tudo der errado,
chamada oral!
É isso aí, ferro na garotada :-)
André
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 11:33
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 18, 2002 10:34 AM
Subject: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>VC disse que ela não era completa. Isso é um problema. Ou não?
Não. Significa que ainda há áreas de estudo e problemas a serem resolvidos.
Se você, particularmente, não acredita que essas questões sejam válidas e
que os problemas com os quais centenas (milhares?) de físicos se ocupam
atualmente são falsos problemas, que não valem perder tempo com eles, é uma
opção tua. A opção deles é discordar de você. A minha opção é concordar com
eles. Isso não quer dizer endeusá-los, nem aceitar acriticamente o que eles
dizem. Quer dizer que as questões que eles estudam, embora não te
interessem, *me* interessam - e muito.
>lá pq lhe chamam "continuo" isso não significa nada, quando eles
chegam a resultados não-continuos.
O fato de eles chamarem de continuum - e eles chamam - não significa que não
saibam que ele não é contínuo. Boa parte do que se estuda em cosmologia gira
em torno das deformações e descontinuidades do continuum (como os buracos
negros, por exemplo).
>Portanto, mesmo que se fala do continuo ou do continuum na realidade
isso é apenas um nome sem sentido fisico, pq as proprias contas
mostram que ele nao é continuo sendo que tem singularidades.
Continuum é só um nome, que foi proposto por Minkowski e continua em uso por
razões históricas. Não há problema nenhum nisso. O problema só surge quando
alguém - como você fez - supõe que, ao usar o termo, eles presumam que se
trata realmente de um contínuo, no sentido literal da palavra. Não presumem.
Até porque o termo continuum se refere a outra coisa, ao fato de espaço e
tempo não serem entidades isoladas, mas estarem entrelaçadas na matemática
da teoria da relatividade.
>Agora, vc pode sempre chamar-lhe 'continuum' como fazem na Jornada
das Estrelas.
Você insiste com a coisa do Jornada nas Estrelas. _Uma Breve História do
Tempo_ não foi escrita pelo Sr. Spock, nem foi o Gene Roddenberry quem
propôs a teoria do universo inflacionário.
>Só quando ela cair vc a poderá medir.
Mas o instante da medição não coincide necessariamente com o instante da
queda. A medição pode ser feita depois. E até ela ocorrer, a superposição
continua. É essa a diferença entre um objeto quântico e um dado (ou moeda)
que cai.
>Isso simplesmente não tem nexo.
Embora eu não concorde com a teoria da não-coerência, ela vem ganhando ampla
aceitação entre os físicos nas últimas décadas. Não chega a ser consensual,
evidentemente, mas é praticamente majoritária.
>Vc não pode dissociar o colapso da medida.
Levado ao pé-da-letra, isso nos deixaria com a conclusão de que o colapso da
função de onda só existe em condições laboratoriais ou quando há um sistema
de medição construído para aferir o observável.
>Se algum elemento da vizinhança interessar, então, por def de
sistema, esse elemento não é da vizinhança mas sim do sistema.
Mas é esse o pressuposto da teoria da não-coerência. As interações com o
meio-ambiente fazem parte do sistema e é por isso que elas provocariam a
decoerência da superposição.
>O que eu estou lhe alertando é muito simples.
O colapso não precisa de uma causa, pq não é um efeito.
É apenas um conceito, um termo tecnico, para simplificar a linguagem,
mas não representa nada de fisico ou real.
A idéia de que o colapso da função de onda é apenas um conceito teórico, que
não representa nada de físico ou real, é uma das interpretações possíveis na
mecânica quântica. Mencionei isso no meu último email, onde lembrei que o
próprio Schrödinger era adepto dessa linha de pensamento. Mas também
mencionei que ela não é consensual e não chega nem mesmo a ser majoritária
entre os teóricos da mecânica quântica, ainda que seja bastante popular
entre os físicos em geral por permitir contornar os problemas
epistemológicos e ontológicos da mecânica quântica. É essa interpretação que
lhe parece mais verossímil, e é um direito teu optar por ela. Mas, na medida
em que houver interpretações alternativas e nenhuma delas for consensual ou
demonstrável de forma cabal, você não pode tratá-la como se fosse a verdade
absoluta e indiscutível, nem pode questionar o direito de outros físicos de
optarem por interpretações diferentes. Nem sair por aí dizendo sem mais que
qualquer não-físico que concordar com eles não sabe do que está falando. Há
uma linha tênue entre a convicção e o fanatismo, e essa linha passa pela
aceitação de que outras pessoas podem ter convicções diferentes das tuas.
>Muito bem. Então como vc aceita que o Penrose use uma teoria dita da
gravidade qantica - que ainda não existe- para justificar o colapso ?
A meu ver é o mesmo q justificar a existencia do pai natal com a
existencia dos unicrónios, quando ambos não existem.
Não existe uma teoria *consensual* para a gravidade quântica. Isso não é o
mesmo que dizer que não existe *nenhuma* teoria. Há várias, e o motivo pelo
qual há tantas é que não existe a menor dúvida, nem entre os físicos
quânticos, nem entre os cosmologistas, de que a reconciliação entre a
relatividade geral e a mecânica quântica exige uma teoria quântica da
gravidade. Do contrário, essas duas áreas da física são incompatíveis.
>Pq vc lhes chama "brilhantes" ?
Por que você os chama de "loucos"?
Sds.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: MONOGRAFIAS - TESES - PROJETOS
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 11:33
Um grande problema é as vezes imbecilidade e total falta de vontade do professor praticar seu oficio , o que muito se percebe é trabalhos estremamente inuteis , onde o que se preza é a forma e não o conteúdo.
Ja fiz trabalhos muito bons que encontraram barreiras intransponíveis nos QI's e falta de vontade dos professores.
Na minha humilde opinião muita coisa na nossa grade curricular deveria ser mudada para que a "vida acadêmica" fosse de acordo com a "realidade".
digo isto por experiencia propria , minha experiencia com professores no segundo grau foi extremamente decepcionante.
pensei que na universidade talvez fosse diferente , mas infelizmente não é.
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Volte logo, Lígia
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 11:37
Lígia,
Boa sorte e volte logo!
Um abração,
Vizzoni
P.S.: Tenho um 1,60m e uma fixação em mulheres altas.
Senhor, 1,80m! Não deixe de voltar para a lista!!!
>From: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Resumo 1060
>Date: 18 Oct 2002 09:03:17 -0000
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>------------------------------------------------------------------------
>
>Existem 4 mensagens sobre este tópico.
>
>Tópicos contidos neste resumo:
>
> 1. Despedida...
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 2. Re: Despedida...
> De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> 3. Re: UM CRIADOR
> De: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
> 4. Madrugada
> De: antonio.psique@ligbr.com.br
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 1
> Data: Fri, 18 Oct 2002 05:46:12 -0000
> De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
> Assunto: Despedida...
>
>Bem, por motivos maiores do que eu ( e eu tenho 1,80m... :) vou ter
>que me afastar das listas durante um tempo. Antes de mais nada, peço
>desculpas a quem eu, porventura, tenha destratado ou enviado
>respostas enviesadas... Peço desculpas também se não soube discutir
>mais a fundo certas questões, ou se lancei alguma "herezia" por
>aqui. E no mais agradeço: Em tudo e por tudo esta lista tem sido a
>melhor que frequentei.
>
>Bem senhores, até não sei quando... ou melhor, quando der para
>voltar. Doença é ruim, a gente nunca sabe se volta mesmo...
>
>Beijos, Lígia
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 2
> Data: Fri, 18 Oct 2002 02:51:12 -0300
> De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> Assunto: Re: Despedida...
>
>Ligia,
>
>Não entendi se a doença é com você ou algum familiar, mas mesmo assim sinto
>muito. Espero que você volte em breve para continuarmos nossas brigas.
>Quando isso acontecer prometo que serei mais comedido, especialmente agora
>que sei da sua altura :-)
>
>Abraços,
>
>Alvaro
>
>
>-----Mensagem Original-----
>De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: Sexta-feira, 18 de Outubro de 2002 02:46
>Assunto: [ciencialist] Despedida...
>
>
>Bem, por motivos maiores do que eu ( e eu tenho 1,80m... :) vou ter
>que me afastar das listas durante um tempo. Antes de mais nada, peço
>desculpas a quem eu, porventura, tenha destratado ou enviado
>respostas enviesadas... Peço desculpas também se não soube discutir
>mais a fundo certas questões, ou se lancei alguma "herezia" por
>aqui. E no mais agradeço: Em tudo e por tudo esta lista tem sido a
>melhor que frequentei.
>
>Bem senhores, até não sei quando... ou melhor, quando der para
>voltar. Doença é ruim, a gente nunca sabe se volta mesmo...
>
>Beijos, Lígia
>
>
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>Para sair da lista envie um mail para
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>http://br.yahoo.com/info/utos.html
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>
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 3
> Data: Fri, 18 Oct 2002 03:26:32 -0300
> De: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
> Assunto: Re: UM CRIADOR
>
>
>
> > Interessante, mas o único evangelho escrito em aramaico foi o de Mateus,
> > cujo original não foi conservado. Assim, como saber qual foi a expressão
> > usada originariamente?
>
>Douglas: Excelente pergunta para qual não tenho resposta. Só especulação. O
>aramaico era a lingua falada por Jesus, seus discípulos, João Batista, etc.
>Quem fez o relato deve ter "semitizado" no grego. Assim como nós falamos
>"deletar" ou "estarei enviando". Assim aportuguesamos o ingles (ou é o
>contrário?) de qualquer forma vou recorrer a fontes seguras (ou quase
>seguras).
>
>DFG
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 4
> Data: Fri, 18 Oct 2002 04:21:08 GMT
> De: antonio.psique@ligbr.com.br
> Assunto: Madrugada
>
>Oi gentem
>Acabo de copiar 206 msgs. São 4.20 h.
>Boa noite.
>Antonio Renato.
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
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SUBJECT: Re: Energia e Força
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 11:38
Carlos:
> | > "Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia
e a força não se tornam a mesma coisa?
Antonio Renato:
> | > Para Newton energia é trabalho, ou seja, fôrça multiplicada por
espaço
Leo:
> Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como
Ondas, são os únicos modelos postos para justificar "a transferência
de energia" de um sistema para outro.
André:
Tenho a impressão que Newton sequer tinha descoberto o conceito de
energia, ou estou enganado? Não teria sido Lagrange?
[]´s
André
SUBJECT: Re: Científico ou especulação
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 11:44
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> (Por q. se fala em amizades virtuais, papos virtuais? Amizade
virtual
> seria se eu marcasse um encontro com uma chat-bot. Papo virtual e'
> uma conversa entre Buzz Ligthyear e Shrek.)
>
Você diz... Buzz Lightyear o patrulheiro espacial ou o boneco? Porque
o primeiro é um meta personagem, dentro da história do segundo. O
encontro com Shrek seria complicado, visto que o mesmo é mestre em
ridicularizar os personagens disney. E o Buzz se leva a sério.
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: Científico ou especulação
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 11:56
--- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> encontro com Shrek seria complicado, visto que o mesmo é mestre em
> ridicularizar os personagens disney. E o Buzz se leva a sério.
Ta' bem, ta' bem. Entre Shadowseat e Max Steel.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Mensagens Selecionadas(9)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 18/10/2002 12:02
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Mensagens Selecionadas(9)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 12:08
--- Em ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> escreveu
O bom filho 'a casa torna. Bem-vindo de volta.
A lista nao aceita mensagens com anexo.
Quem quiser conferir a mensagem do Barcellos:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/1334
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Energia e Força
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 12:10
Este é um 3 em 1.
> | > "Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia
e a força
> | > não se tornam a mesma coisa?
> | > Carlos AR"
Não.
A força é medida em Newton e a energia em Joule.
O Joule é Newton x Metro. Portanto não podem ser a mesma coisa.
A Força pode ser causada pela variação da energia num certo caminho
Por exemplo a energia potencial V provoca uma força F tal que
F = dV/dr
Mas "pode ser causada" não é sinonimo de "se tornam a mesma coisa".
Em Teoria da elatividade Geral, a 4-força é apresentada com um termo
suplementar de variação da energia já que o 4-momento tem um termo de
energia
P = ( E/c , p ) 4-momento
f = dP/dt = ( (1/c)*dE/dt , F) 4-força
Mas a variação de energia no tempo é Potência.
A Potencia é que é encarada como uma força, no sentido em que "uma
força empurra num intervalo de espaço" então, a potencia "empura num
intervalo de tempo"
Potencia x tempo = Energia
Força x Espaço = Energia
Trabalho , pode ser encarado, grosso modo, como a diferença entre
energias: Energia1-Energia2=Trabalho
> | > Oi
> | > Lá vou eu me meter no que não domino.
> | > Para Newton energia é trabalho, ou seja, fôrça multiplicada por
espaço
Não é para Newton. É para todos os fisicos.
E não é energia que é trabalho, é Variação de Energia que é Trabalho.
> | > Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na física
de Newton)
> | é
> | > igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de
Einstein
> | > Antonio Renato (AR).
Joule é Joule. E diferença entre Joule e Joule é Joule tb.
Se de Joule tiro Joule, com quantos Joules fico ?
Não é interessante, é trivial :-)
Vc fala como se a mecanica de Newton fosse assente em entidades
diferentes da de Esintein.
> Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como
Ondas, são os únicos modelos postos para justificar "a transferência
de energia" de um sistema para outro.
Não é Trabalho e Calor ?
Sérgio
SUBJECT: Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 12:42
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
>
> Um texto do C. Sagan sobre testosterona e prazer:
>
> <<Os animais de sexo masculino não só suportam as rixas, ameaças e
> lutas orientadas pela testosterona, como até parece sentirem nela
um certo prazer. >>
Olá Manuel.
Se a testosterona está associada ao prazer da violência, podemos
dizer esse hormônio é a verdadeira "droga da maldade"? Afinal, o que
caracterizaria mais a maldade do que a "violência pelo prazer"?
Podemos tanbém concluir que nosso sistema judicial é discriminatório,
já que condena muito mais homens do que mulheres, sem levar em
consideração que os primeiros são escravos da testosterona. (li em
algum lugar que o nível médio entre os presidiários é bem maior do
que a média da população masculina). Se as mulheres tem a TPM, nós
temos a testosterona. Ah! Admirável mundo novo, onde ninguém será
responsável por seus atos, e todos receberemos uma pílula que nos
transformará em eunucos felizes.
Especulando mais um pouco, se sexo e violência estão assim tão
entrelaçados, seria possível controlar um sem afetar o outro?
[]´s
André
SUBJECT: Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 12:56
--- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> Se a testosterona está associada ao prazer da violência, podemos
> dizer esse hormônio é a verdadeira "droga da maldade"?
Sera' q. cobaias tbm tEm uma fase anal?
http://reviews.bmn.com/medline/search/record?
uid=MDLN.76116553&refer=scirus
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: Lucio de Souza Coelho <lucio@vettatech.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 13:43
André Roviralta Dias Baptista wrote:
(...)
> Podemos tanbém concluir que nosso sistema judicial é discriminatório,
> já que condena muito mais homens do que mulheres, sem levar em
> consideração que os primeiros são escravos da testosterona. (li em
> algum lugar que o nível médio entre os presidiários é bem maior do
> que a média da população masculina). Se as mulheres tem a TPM, nós
> temos a testosterona. Ah! Admirável mundo novo, onde ninguém será
> responsável por seus atos, e todos receberemos uma pílula que nos
> transformará em eunucos felizes.
>
Não sei se esse "admirável" mundo novo seria habitado por eunucos tão
felizes assim, pois também parece existir uma correlação entre baixos
níveis de testosterona e depressão (que, por sinal, é mais comum entre
mulheres).
(...)
> []´s
>
[]s
> André
(...)
Lúcio Coelho
SUBJECT: Re: Medição
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 14:11
--- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
<andrebaptista@u...> escreveu
>Coisas não mensuráveis não existem para efeitos práticos.
Vc olvidou o resto da frase: "... em ciência."
Coisas não mensuráveis não existem para efeitos práticos em ciência.
Mas existem para efeitos teoricos e epistemologicos.
Existem tb para efeitos historicos, etc.
O Ego de Hitler não foi mensurável, mas ele existiu. Ou vc tem
duvidas de que ele tenha existido ?
Sérgio
SUBJECT: Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 14:37
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: Sergio M. M. Taborda
> To: ciencialist@y...
> Sent: Friday, October 18, 2002 10:34 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>
> >VC disse que ela não era completa. Isso é um problema. Ou não?
>
> Não. Significa que ainda há áreas de estudo e problemas a serem
resolvidos.
> Se você, particularmente, não acredita que essas questões sejam
válidas e
> que os problemas com os quais centenas (milhares?) de físicos se
ocupam
> atualmente são falsos problemas, que não valem perder tempo com
eles, é uma
> opção tua. A opção deles é discordar de você. A minha opção é
concordar com
> eles. Isso não quer dizer endeusá-los, nem aceitar acriticamente o
que eles
> dizem.
Vc acha que "aceitar acriticamente" é uma actitude cientifica?
E como vc diferencia "aceitar acriticamente" de "endeusar"
Normalmente aquilo que é divino aceita-se acriticamente, ou então,
não se aceita.
>Quer dizer que as questões que eles estudam, embora não te
> interessem, *me* interessam - e muito.
O problema não é se interessam ou não interessam. A teoria do
flogisto tb interessava. O problema é se essas teorias fazem sentido,
ou não.
> >Só quando ela cair vc a poderá medir.
>
> Mas o instante da medição não coincide necessariamente com o
instante da
> queda.
Mas instante do colapso coincide. Uma vez colapsado e como o estado
não pode ser mais alterado (a coisa não sai voando outra vez para
voltar a cair de novo), o estado que está presente quando cai, é o
estado que sempre vaiestar presente dai em diante. E por conseguinte
será o estado medido.
É claro isto, ou não ?
> A medição pode ser feita depois. E até ela ocorrer, a superposição
> continua. É essa a diferença entre um objeto quântico e um dado (ou
moeda)
> que cai.
Vc pode entender dessa forma.
Mas o resultado nao será diferente pois o estado não mais variará
(estado estável)
> >Isso simplesmente não tem nexo.
>
> Embora eu não concorde com a teoria da não-coerência, ela vem
ganhando ampla
> aceitação entre os físicos nas últimas décadas. Não chega a ser
consensual,
> evidentemente, mas é praticamente majoritária.
Isso , como saberás , é um argumento ad popullum. Ora, esse tipo de
coisas de quantos acreditam e quantos não acreditam nunca foi base
para nenhuma conclusão cientifica.
Cientificamente é assim: tem fenomeno provando isso ? Não ? Então
esqueça isso!
> >Vc não pode dissociar o colapso da medida.
>
> Levado ao pé-da-letra, isso nos deixaria com a conclusão de que o
colapso da
> função de onda só existe em condições laboratoriais ou quando há um
sistema
> de medição construído para aferir o observável.
Sim, basicamente. Mas "observador" não tem necessariamente de ser uma
pessoa ou um instrumento de medida.
> >Se algum elemento da vizinhança interessar, então, por def de
> sistema, esse elemento não é da vizinhança mas sim do sistema.
>
> Mas é esse o pressuposto da teoria da não-coerência. As interações
com o
> meio-ambiente fazem parte do sistema e é por isso que elas
provocariam a
> decoerência da superposição.
Ora como eu disse: se "fazem parte do sistema" não fazem parte do
meio ambiente. Não ha como fazer parte das duas coisas
simultanemanete.
O que eu quero concluir é essa teoria simplesmente não sabe o
que "sistema" é.
> >O que eu estou lhe alertando é muito simples.
> O colapso não precisa de uma causa, pq não é um efeito.
> É apenas um conceito, um termo tecnico, para simplificar a
linguagem,
> mas não representa nada de fisico ou real.
>
> A idéia de que o colapso da função de onda é apenas um conceito
teórico, que
> não representa nada de físico ou real, é uma das interpretações
possíveis na
> mecânica quântica.
Lembre-se que é a mais simples.
Lembre-se do principio de simplicidade.
>Mencionei isso no meu último email, onde lembrei que o
> próprio Schrödinger era adepto dessa linha de pensamento. Mas também
> mencionei que ela não é consensual e não chega nem mesmo a ser
majoritária
> entre os teóricos da mecânica quântica, ainda que seja bastante
popular
> entre os físicos em geral por permitir contornar os problemas
> epistemológicos e ontológicos da mecânica quântica.
Vejamos. Pq não é concensual ?
Ha algum dado, alguma experiencia, algo concreto que aponte noutra
direcção ? Ha algo cientifico apontando noutra direcção ?
Não ? Então pq não caminhar na direcção mais simples que nunca nos
defraudou?
> É essa interpretação que
> lhe parece mais verossímil, e é um direito teu optar por ela. Mas,
na medida
> em que houver interpretações alternativas e nenhuma delas for
consensual ou
> demonstrável de forma cabal,
A que lhe estou proponto é demosntrável de forma cabal. É
matemáticamente demonstrável. É fisicamente demonstrável.
É coerente, é solida, serve par todos os casos, não admite excepções,
e não ha exepções a ela. O que vc precisa mais ?
> você não pode tratá-la como se fosse a verdade
> absoluta e indiscutível, nem pode questionar o direito de outros
físicos de
> optarem por interpretações diferentes.
O que eu questiono é a veracidade das outras teorias já que só tem
furos teoricos por todo o lado. Se alguem mostrar uma razão, umazinha
que seja, de pq a hipotese mais simples não deva ser aceite, eu mudo
de opinião. Até lá, pq eu heide pensar inutilidades?
Quem escreve livros sobre isso tem uma vantagem em pensar nessas
inutilidades que são os proprios livros que fazem publicidade das
pessoas e das teorias e tornam mais facil a sua aceitação social
mesmo antes de haver provas cientificas de que ela é verdade.
>Nem sair por aí dizendo sem mais que
> qualquer não-físico que concordar com eles não sabe do que está
falando. Há
> uma linha tênue entre a convicção e o fanatismo, e essa linha passa
pela
> aceitação de que outras pessoas podem ter convicções diferentes das
tuas.
Mas eu não tenho nenhum problema com isso , desde que elas se saibam
justificar.
Não é o caso. Essas teorias alternativas não apresentam justificação
nenhuma de pq nós devemos segui-las. Não tem qq vantagem sobre a
hipotese mais simples. Aliás , têm é desvantagens.
E acabam não explicndo nada. Apenas introduzem mais variáveis no
problam , que logo no inicio já fica resolvido por uma hipotese mais
simples.
> >Muito bem. Então como vc aceita que o Penrose use uma teoria dita
da
> gravidade qantica - que ainda não existe- para justificar o
colapso ?
> A meu ver é o mesmo q justificar a existencia do pai natal com a
> existencia dos unicrónios, quando ambos não existem.
>
> Não existe uma teoria *consensual* para a gravidade quântica. Isso
não é o
> mesmo que dizer que não existe *nenhuma* teoria. Há várias, e o
motivo pelo
> qual há tantas é que não existe a menor dúvida, nem entre os físicos
> quânticos, nem entre os cosmologistas, de que a reconciliação entre
a
> relatividade geral e a mecânica quântica exige uma teoria quântica
da
> gravidade. Do contrário, essas duas áreas da física são
incompatíveis.
Refaço a pergunta pq vc não respondeu ao que eu perguntei.
"Então [sendo que não ha A teoria da gravidade quantica] como vc
aceita que o Penrose use uma teoria dita da
gravidade qantica - que ainda não existe- para justificar o colapso ?"
> >Pq vc lhes chama "brilhantes" ?
>
> Por que você os chama de "loucos"?
Eu não lhe chamei loucos. Responda à pergunta:
"Pq vc lhes chama "brilhantes" ?"
Sérgio
SUBJECT: Re: Medição
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 14:41
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
> --- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> <andrebaptista@u...> escreveu
>
> >Coisas não mensuráveis não existem para efeitos práticos.
>
> Vc olvidou o resto da frase: "... em ciência."
>
> Coisas não mensuráveis não existem para efeitos práticos em ciência.
> Mas existem para efeitos teoricos e epistemologicos.
> Existem tb para efeitos historicos, etc.
> O Ego de Hitler não foi mensurável, mas ele existiu. Ou vc tem
> duvidas de que ele tenha existido ?
>
Não sei se existiu, você é que está dizendo. Ego é um conceito
abstrato que faz parte da teoria psicanalítica. Existem outras
teorias da mente que não incluem esse conceito. O que existiu foi um
animal da espécie "homo sapiens", chamado Adolph, nascido na Áustria.
O comportamento desse animal causou muito dano à humanidade. Isso é o
que sei.
Não estou dizendo que não existem conceitos abstratos, idéias, etc,
mas como o próprio nome diz, um conceito abstrato não é real, no
sentido literal da palavra (do latim res = coisa).
Concluindo, existir é um conceito mais vago do que o conceito de
coisa real. Fantasias "existem" na cabeça dos poetas. Conceitos
abstratos "existem" no universo da idéias humanas, mas não existem no
mundo real.
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 14:49
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 18, 2002 2:37 PM
Subject: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>Vc acha que "aceitar acriticamente" é uma actitude cientifica?
E como vc diferencia "aceitar acriticamente" de "endeusar"
Normalmente aquilo que é divino aceita-se acriticamente, ou então,
não se aceita.
Sergio, isso tá começando a ficar patético. Releia o que eu escrevi, devagar
e palavra por palavra. Se precisar, pode soletrar:
"Isso NÃO quer dizer endeusá-los, NEM aceitar acriticamente o que eles
dizem."
Mesmo a compreensão mais elementar da sintaxe da língua portuguesa é
suficiente pra entender que eu disse que NÃO aceito acriticamente o que eles
afirmam. Quanto ao resto, não tenho mais nada pra acrescentar. Opinião é que
nem bunda, todo mundo tem uma. A tua (opinião, não bunda) é a de que o
problema da medição não existe, a minha é de que é uma das questões mais
fascinantes da física quântica. Você não vai mudar as tuas convicções, nem
eu pretendo mudar as minhas. Esta discussão caiu na esterilidade completa,
se é que já não estava aí desde o começo.
Sds.
L.
SUBJECT: Físicos contemporâneos
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 14:56
Sérgio Taborda escreveu: "Pq vc lhes chama ´brilhantes´"?
Sérgio,
Não sou físico, bem o sabes, mas gosto da matéria e acompanho, como posso,
os avanços na área.
Como leigo, estou habituado a ver alguns autores serem tratados como
luminares da Física, em especial o Stephen Hawking. Mas parece que você não
tem essa mesma opinião e gostaria muito de saber o porque, para minha
própria ilustração.
Um abraço,
Vizzoni
_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 16:13
Em Sex 16 Ago 2002 23:20, you wrote:
> Aha! Te peguei! A alguns email atrás tu me questionaste,
> grosso modo, sobre a verdade da existência da mente, uma
> vez que ela não é mensurável. Agora tu vens com essa de
> verdade MESMO (ontológica).
Duplo não.
Defendi a tese que tudo que existe é mensurável (depois a modifiquei devido a
uma correção do Taborda, e passei a defender que tudo que existe é
quantificável). Não defendi a exist6encia da mente. Creio que a mente seja
quantificável e talvez mensurável.
Defendi que uma portura científica correta implica em admitir que teorias
científicas não são verdades ontológicas. Não defendi a existência de
verdades antolôgicas. Não creio em verdades ontológicas.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Científico ou especulação
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 16:16
Em Qui 17 Out 2002 01:16, you wrote:
> O modus perguntas e resposta com que se trabalha aqui na lista, o seu
> conteúdo, pode ser considerado científico ou é apenas mera especulação?
> Carlos AR
Ao meu ver, nenhum nem outro. Uma lista de discussào é um espaço aberto ao
debate livre. Vamos além da mera especulação (as vezes) pois podemos discutir
assuntos concretos e fatos. Mas sem dúvida este não é um espaço para fazer
ciência, e sim para se discutir sobre ciência.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 16:50
> Sérgio Taborda escreveu: "Pq vc lhes chama ´brilhantes´"?
>
> Sérgio,
>
> Não sou físico, bem o sabes, mas gosto da matéria e acompanho, como posso,
> os avanços na área.
>
> Como leigo, estou habituado a ver alguns autores serem tratados como
> luminares da Física, em especial o Stephen Hawking. Mas parece que você
não
> tem essa mesma opinião e gostaria muito de saber o porque, para minha
> própria ilustração.
1) A ciencia não deve ir em modas, nem deve criar idolos, nem deve estar
acima do bom senso, e sobretudo, as pessoas nao podem estar acima da
ciencia.
2) Mas o que esse homem, ou outro, fez para que lhe chamem brilhante ? Pq
ele é brilhante ?
Alguém acha que seria impossivel outra pessoa chegar às mesmas conclusões
que ele ?
Estas pessoas pensam o quê ? Que o resto dos fisicos são imbecis ?
O problema está todo numa questão mediática. E as pessoas tendem a acreditar
o que os media dizem, e a idolatrar quem eles mensionam (ou odiar, tb
acontece).
A realidade é que a maioria das pessoas não tem capacidade / conhecimentos
para destinguir o trigo do joio, o sério da charlatanice, etc... e depois
cria-se uma ciencia paralela da treta.
3) Ciência não é uma forma de crença, é uma forma de evidência.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medição
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 16:56
>Concluindo, existir é um conceito mais vago do que o conceito de
>coisa real. Fantasias "existem" na cabeça dos poetas. Conceitos
>abstratos "existem" no universo da idéias humanas, mas não existem no
>mundo real.
Se as cabeças das pessoas existem no mundo real, e as ideias existem nas
cabeças das pessoas, então as ideias existem no mundo real.
O que este silogismo tem de errado ?
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 16:59
Em Qui 17 Out 2002 02:02, you wrote:
> > Lógica Maior é não é uma ciência formal muito menos não é objetiva.
>
> Douglas: Não é formal. Mas é objetiva. Ela foi substituída pela
> epistemologia, por isso não existe mais. Recorri a ela só porque o
> silogismo estava em linguagem corriqueira.
Ok. Se a lógica maior é objetiva, me esclareça quais são os princípios em que
se baseiam a determinação da essência do significado de uma palavra. E
demonstre que ao se aceitar estes princípios somos obrigados, não importando
avaliações pessoais, a chegar nas mesmas conclusões.
> > > Usando a Lógica Maior que serve de base para a lógica menor:
> > > 1- Um termo é a expressão de um conceito;
> > > 2- Um conceito é a essência axtraída dos diversos seres;
> >
> > Platonismo. Não há essência a ser extraída dos diversos seres para a
>
> lógica.
>
> Douglas: Patonismo não, Aristotelismo. A essência é o que os indivíduos têm
> em comum. O que as diferentes mesas têm em comum para que elas sejam
> chamadas de mesas e não recebam nomes diferentes?
Nada! Quem dá nomes são os homens, baseados em convenções sociais. Admitir
que uma mesa compartilhe com as outras características essencias é admitir
que há um conjunto de características que definem o que chamamos de mesa. A
soma destas características seria o conceito de mesa, por assim dizer a mesa
ideal. Falta apenas admitir que esta mesa ideal exista em um plano metafísico
para sermos plenamente platônicos.
> > Para ilustrar que a cultura é o que determina o significa de um vocábulo,
>
> sem
>
> > passar pela lógica basta tentarmos usar este processo para, por exemplo,
> > "branco". Abstarimos o conceito de branco a partir de sua essência e
>
> depois
>
> > conversamos com um esquimó, e este será incapaz de compreender este
>
> conceito.
>
> > para um esquimó, o que chamanos de branco é um conjunto de 9 cores
> > completamente diversas em sua natureza.
>
> Douglas: Se vc morar com um esquimó, ele pode dizer apontando: este é o
> branco 1, este é o branco 2, etc. No principío vc não verá diferença entra
> as gradações de branco, mas depois vc pode aprender, depois de ver muitos
> tipos diferentes de branco, vc começa a prender a diferenciá-los. A partir
> daí vc abstraiui o conceito de um tipo de branco e pode chamá-lo "branco
> bom para fazer iglu" de outro tipo de branco, "branco perigoso para pisar"
> de outro tipo, "branco onde embaixo tem peixe" etc. Como vc pode ver, não é
> platonismo, mas apreensão de conceito pela aprendizagem mesmo.
Eu queria fazer o raciocínio contrário. Você é o esquimó. Para você existem 9
cores diferentes. Um visitante chega a sua casa e é incapaz de diferenciar
estas nove cores, para você diferentes na sua essência, assim como para o
visitante amarelo e laranja são diferentes.
Se você é um esquimo aristotélico e crê na objetividade da lógica maior, será
obrigado a explicar para seu visitante que ele é incapaz de diferenciar 9
coisas que são em essência diferentes, e que ele estará logicamente enganado
ao dizer:
Minha camisa é de cor branca.
A neve é de cor branca.
Minha camisa é da mesma cor da neve.
Pois apesar dele chamar de branco as duas coisas, elas são essencialmente
diferentes.
>
> > Assim como o conceito de perna pode variar de acordo com a cultura ou até
>
> com
>
> > o indivíduo, pos não há uma ess6encia de perna, nem uma perna ideal.
>
> Douglas: E nem eu disse que tinha. Vamos supor que em determinada cultura
> alguém chame a perna da mesa de "pdm" e a perna do cão de "pdc". Veja como
> fica o silogismo:
> Todo cão tem pdc
> Toda mesa tem pdm
> logo toda mesa é um cão.
E este raciocínio esta errado. Mas em uma sociedade em que perna seja o nome
para ambas as coisas, o raciocínio esta certo.
> > > 5- Expresso o conceito de mesa no termo "mesa";
> > > 6- Observo o cão 1, o cão 2, o cão 3, etc.
> > > 7- Abstraio o conceito de cão;
> > > 8- Expresso o conceito de cão com o termo "cão".
> > >
> > > Com os dois termos expressando conceitos, já está implicito que quem os
> > > abstraiu, antes de formular o silogismo, já sabia que "pernas de mesa"
>
> são
>
> > > diferentes de "pernas de cães".
> >
> > Está implícito é bem o termo. Lembra-se de minha diferenciaçào de posto,
> > pressuposto e implícito?
>
> Douglas: De acordo com sua definição seria correto dize "pressuposto" e não
> implícito.
É neste ponto que discordamos. Não há nenhuma consequência lógica que me
obrigue a diferenciar perna de cão e perna de mesa quanto ao caráter "pernal"
da coisa. Se há, basta que esta consequencia seja demonstrada para que eu me
convença.
> > Atributos essencais é um conceito platônico ultrapassado, ser
>
> excessivamente
>
> > amplo é um julgamento subjetivo, e não há linguagem figurada ao falar de
> > pernas de mesa.
>
> Douglas: Platão não está ultrapassado. Veja o ressurgimento dele a partir
> dos estudos de G. Realle (ou melhor, interesse mais intensificado, pois ele
> nunca sumiu para resurgir). Mas de qualquer forma, essência aqui não é a
> essência platonica, mas o que há de comum entre duas coisas.
Há coisas em comum entre um peixe e um ser humano. Entre elas ter olhos. Ter
ohos é uma característica essencial? E para quem nasce sem?
Há coisas em comum entre cachorros e mesas. Entre elas ter pernas.
ess6encia aqui foi usado como algo característico de significados de
palavras, e quem defende esta idéia, derivada da filosofia platônica, foi
ultrapassado pela linguística atual.
Não é Platão que está ultrapassado, mas esta idéia que chamamos mesa um
conjunto de objetos por eles possuirem uma essência inerente ao objeto em
comum. Acho que isto é bem claro quando falo em "conceito platônico
ultrapassado".
Uma palavra é um rótulo, uma convenção social criada em cima de
similaridades. O que pode ser uma característica importante para diferenciar
dois vocábulos pode ser insignificante em outra cultura, em outro grupo ou em
outro contexto.
O que pode ser uma mesa para um designer moderno para mim pode parecer mais
uma escultura, e se ninguém me "avisar" que aquilo é uma mesa, não veria
características essencias de mesa nela.
> Pernas de mesa
> é uma catacrese, assim como "bico do bule", "asa da xicara", "pé de
> abacate", isso é problema gramatical. Tal silogismo não levantaria
> problemas numa lingua que não usasse o mesmo termo para exprimir duas
> coisas diferentes (pernas de cão e pernas de mesa).
Todo termo é usado para definir duas coisas diferentes. Senão teríamos que
criar um termo para cada objeto físico que encontrássemos.
> Douglas: O problema aqui é com os termos. Um mesmo termo está exprimindo
> coisas diferentes. E é só apontar para uma mesa e para um cão que se verá
> que as pernas de um não são a mesma coisa que as pernas de outro. Isto é
> bem objetivo. Veja o silogismo:
Assim como é só apontar para uma perna de elefante e uma de avestruz e
nota-se imediatamente que uma não é a mesma coisa da outra. A questão é saber
se estas diferenças são suficientes para falar em diferencás essenciais. E
isto é cultural, subjetivo e pessoal. Se não é, use argumentos melhores que é
só olhar para.
> O camelo é um animal
> Isto é uma corda
> Logo isto é um animal
>
> Por que não faz sentido? Porque não chamamos corda feita de pele de camelo
> de "camelo", como no aramaico antigo.
Lembre-se de:
Minha camisa é de cor branca.
A neve é de cor branca.
Minha camisa é da mesma cor da neve.
Este raciocínio está errado por que os esquimós usam termos diferentes para a
cor de minha camisa e a da neve?
E se aparecer uma aldeia primitiva que use termos diferentes para homens da
tribo (ht) e homens em geral (hg), o raciocínio seguinte estaria errado?
Todo homem (hg) é mortal.
Meu amigo de minha tribo é um homem (ht).
Meu amigo é mortal.
Note que estou dizendo que a lógica é incapaz, sem um contexto, de
diferenciar em um silogismo o termo "corda = utensílio de tecido de grande
comprimento em relação as suas outras dimensões, usado para amarrar" de
"corda = camelo", e não estou falando que manga de camisa e manga de
mangueira são a mesma coisa.
Aniello
SUBJECT: Re: Medição
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 17:12
André Baptista:
> >Concluindo, existir é um conceito mais vago do que o conceito de
> >coisa real. Fantasias "existem" na cabeça dos poetas. Conceitos
> >abstratos "existem" no universo da idéias humanas, mas não existem
no
> >mundo real.
>
Sérgio Taborda:
> Se as cabeças das pessoas existem no mundo real, e as ideias
existem nas
> cabeças das pessoas, então as ideias existem no mundo real.
> O que este silogismo tem de errado ?
>
Pessoas são objetos dentro do mundo real, mas idéias não são objetos
dentro da cabeça das pessoas. A indução é imprópria.
[]´s
André
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Medição
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 17:30
> De: André Roviralta Dias Baptista
>
> Pessoas são objetos dentro do mundo real, mas idéias não são objetos
> dentro da cabeça das pessoas. A indução é imprópria.
Também acho que não, mas porque a indução é imprópria?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fw: Para Ligia Gallo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 17:47
" De: antonio.psique@l...
Data: Qui Out 10, 2002 10:27 pm
Assunto: Re: [ciencialist] Para Antonio Renato
Venho achando interessante a linha que você segue com suas
afirmações. Você relaciona a sexualidade com tudo e sei que você
está certo,
CAR De fato Lígia, a sexualidade perpassa toda a vida, a condição e as
situações humanas, não obstante a resistência da maioria das pessoas,
resistência no sentido psicanalítico do termo, contudo, a resistência retem
a ameaça de retorno do recalcado. Tudo isso decorre de uma simples fato:
como animais que somos (racionais) fazemos tudo que os irracionais fazem,
comer, dormir, transar. A diferença é que o transar (o desejo) pode ser
adiado, retardado ou negado, o que não é possível com os irracionais, mas a
sua existência é indestrutiva. O máximo que o desejo pode ser é deslocado:
sublimado, condensado, racionalizado, somatizado, ser objeto de formação
reativa, de formação de compromisso, simbolizado em sonhos e, pode até levar
à loucura. Entre o desejo e sua realização está instalada a cultura. Ela
fornece os meios e as regras para a realização do desejo. Na verdade, a
sociedade é uma socialização dos impulsos sexuais e está fundada no tabu do
incesto.
apesar de não ter base alguma em termos de estudo, apenas
algumas leituras. Reich já dizia~algo interessante sobre o orgasmo e
o poder e eu penso assim.
CAR Reich não é uma leitura apropriada para se aprofundar nesse tema, FREUD
E LACAM são, sem dúvida alguma os mais indicados. Reich foi vítima do
próprio desejo: suicidou-se. Recomendo a leitura de Cinco Lições de
Psicanálise, Vol XI, Frued Obras completas, Imago. É um texto pequeno, e
gostoso de se ler e bastante instrutivo.
#####>Conheço o autor citado (Willem Reich) mas também nada tenho
acessível
no momento<#####
Gostaria de uma resposta sua a uma situação hipotética ( não adianta
querer relacionar comigo:): uma mulher que não se considera inibida
sexualmente e é até bonita, acaba sempre por envolver-se com homens
com problemas ...
CAR Você nega desnecessáriamente, como se quisesse evitar nos outros o
pensamento de que essa mulher é vc. Pode não ser, mas a negação aponta para
o contrário, e por ser uma pergunta hipotética, trata-se também de uma
fantasia projetiva ou por indentificação. O pensamento quando se expressa em
cérculos, revela um neurótico. O sujeito é prisioneiro do próprio desejo, o
seu ego foi escravizado pelos impulsos sexuais que se associaram aos de
agressão e se voltaram contra si.
Você nega duas vezes, lá em cima e bem aqui embaixo. O modo como vc escreveu
a traiu.
#####>Que fique bem claro que é apenas um pitaco supositório em uma
situação
hipotética. Parece, como vc mesmo supõe, que tal mulher 'garimpa'
tais
'espécimes'. A grande mobilização, até mesmo na ausência (de
preferência
prolongada) do 'escolhido' e a manuntenção desta situação
repetidamente
CAR o prazer crua uma compulsão à repetição. Garimpar significa escolher,
isto é, uma atividade consciente.
através dos tempos, vem a favor do dito. Por outro lado, não invalida
sua
outra hipótese de ela 'atrair' tais 'espécimes'. A 'especialidade'
dela são
CAR Neuróticos, por alguma razão atraem neuróticos. O obsessivo, por ex.,
normalmente atrai a histérica, é o par perfeito: ele cheio de amor pra dar,
é auto-suficiente, não precisa ser amado, mas apenas amar. Ele tem amor para
os dois. Ao contrário, a histérica não tem amor pra dar, mas somente a
receber. Dar um xilique para ter uns minutos de atenção ou arma a barraca se
o namorada a abandona. A propósito de Obsessivos e Histéricos, existem
também os Perversos, as prisões e cemitérios estão cheios, e os Psicóticos,
os hospícios estão cheios. Ocorre que, como o átomo e o Universo, a mente
tem uma estrutura que é a forma como, dentro dela, o desejo se organiza e
busca a sua realização. São os quatro tipos citados.
'relacionamentos inadequados'. Mas talvez, neuroticamente
CAR As neuroses se complementam!!!
(convenientemente)
satisfatórios<#####
Essa pergunta composta acima faz ainda com que eu pergunte: de um
modo geral, como você vê o relacionamento homem/mulher?
CAR não existe o relacionamento homem/mulher no sentido substantivo que você
coloca, não existe nem mesmo homem e mulher como imaginamos. Não existe nem
mesmo a relação sexual. Homem e Mulher, na verdade, são modo de organização
e expressão da libido e do desejo. Esse percurso nem sempre é possível,
homem/mulher, as vezes é homem x homem, mulher x mulher. Não se nasce homem
ou mulher, torna-se. (Simone de Bouvier). A relação sexual não existe no
sentido de troca, (dá aqui que eu como cá), o que se realiza alí é o próprio
desejo. Tudo o mais, beleza, dinheiro, riquesa, gostosa... são apenas
ingredientes que visam intensificar o prazer, são ingredientes que tornan,
por assim dizer, a fantasia mais desejada. O desejo é puramente subjetivo,
satisfaz-se se renovando. Quando me relaciono com o outro, estou me
relacionando na verdade com os meus fantasmas, isto é, a minha fantasia,
somente isso. O outro sempre me escapa, por isso nunca é conhecido.
Há a possibilidade de alguém viver sozinho sem estar reprimindo alguma
coisa?
CAR Não. somente por viver em o sujeito já é reprimido. A espécie humana, em
algum lugar do passado, teve que renunciar aos instintos para estabelecer a
sociedade, e nela, a cultura. Aí deixou de ser instinto e passou a ser
pulsão sexual. Isso faz de nós humanos seres eternamente reprimidos.
Prisioneiros com necessidades de companhia e liberdade.
#####>Você conhece a (passagem na) música?: "Fundamental é mesmo o
amor, É
impossível ser feliz sozinho"! Até freiras são (simbolicamente)
casadas (com
Deus). Se fôssemos 'criados' para sermos solitários não teríamos
órgão
genital ou seríamos hermafroditas (Como nas 'solitárias': Taenias) A
genitália, como dissera em outra msg, exige a mobilização de outro
ser humano de sexo oposto para estar funcional.
Você querdizer com isso que eles, os genitais, são os responsáveis pelo
movimento do homem em direção a mulher. Não são os genitais, mas o desejo
que é psiquico. Lembre-se, existe sexo oral, anal, masturbação, etc... que
satisfazem o desejo que é representado pou uma fantasia, consciente ou
inconsciente.
Lembre-se, o desejo é apenas deslocado por conta disso. A sexulidade humana
é irredutível, digamos, é bem ligth.
Não vivemos sozinho pela necessidade do outro no sentido sexual mas no
sentido psicológico. A noçao de EU surge a partir do OUTRO. Coloque uma
criança entre macacos treinados para alimentá-la como filhote e ele se
comportará como um macaco. O eu é na verdade o produto do outro. Quando
interagimos com as pessoas estamos transformando e sendo transformado.
Estamos deslocando e sendo objeto de deslocamento. |OK!
A sua loucura é também a minha.
É isso.
Beijos
Gostaria do seu e-mail pessoal se não se importa.
Mais um livro sobre o cerébro:
Como a Mente Funciona
E um site bastante interessante:
www.cerebronossodecadadia.com.br
Steven Pinker- Record
Carlos Alberto
Relacionamento homem/mulher? Aí colega, inicia minha loucura... que
não é
pequena<#####
Beijos, Lígia
#####>Beijos, Antonio Renato.<##### ".
Bem... acho que este e-mail ficou gigante... mas espero que você o
receba.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medição
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 17:57
André Baptista:
> >Concluindo, existir é um conceito mais vago do que o conceito de
> >coisa real. Fantasias "existem" na cabeça dos poetas. Conceitos
> >abstratos "existem" no universo da idéias humanas, mas não existem
no
> >mundo real.
>
Sérgio Taborda:
> Se as cabeças das pessoas existem no mundo real, e as ideias
existem nas
> cabeças das pessoas, então as ideias existem no mundo real.
> O que este silogismo tem de errado ?
>
>Pessoas são objetos dentro do mundo real, mas idéias não são objetos
>dentro da cabeça das pessoas. A indução é imprópria.
Mas andam por ai a dizer que tudo está nos neurónios, na mente.
E a mente não é real ? Não existe ela no mundo real ? Os neurónios não são
reais ?
O que é o mundo real ?
As ideias não são objectos dentro da cabeça das pessoas.
Então o que são ideias ? Estão onde ?
Sérgio
SUBJECT: A Massa do Fóton
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 18:00
A variação no estado de energia de um elétron, abosorver ou emitir um fóton, não tornaria a sua massa variável já que (1) E=mc² e (2) E=hf, implica que (3) m=hf/c² ? Isso também quer dizer que a massa do fóton na realidade não seja nula, mas bem próxima disso, de zero, pelos motivos da equação 3.
Abraço
Carlos Alberto.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Colisão particula anti-particula
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 18:03
Comp é que particula e anti-particula se anulam mutualmente em uma colisão e o Méson é formado pela ligação de quark e de um anti-quark?
Abraço
Carlos AR.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Despedida...
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 18:05
Lamentável a sua saída. Desejo pronta recuperação. Tenho certeza que vc nos
ensinou alguma coisa nova.
Abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 18, 2002 7:39 AM
Subject: Re: [ciencialist] Despedida...
>
>
> "Bem, por motivos maiores do que eu ( e eu tenho 1,80m... :) vou ter
> que me afastar das listas durante um tempo. Antes de mais nada, peço
> desculpas a quem eu, porventura, tenha destratado ou enviado
> respostas enviesadas... Peço desculpas também se não soube discutir
> mais a fundo certas questões, ou se lancei alguma "herezia" por
> aqui. E no mais agradeço: Em tudo e por tudo esta lista tem sido a
> melhor que frequentei.
>
> Bem senhores, até não sei quando... ou melhor, quando der para
> voltar. Doença é ruim, a gente nunca sabe se volta mesmo...
>
> Beijos, Lígia"
>
>
>
> Oi Lígia
> Esta foi uma péssima msg. Fico com a mesma dúvida do Álvaro. Espero que
> esteja tudo bem com vc e, se não estiver, que fique. Espero ainda
pertencer
> a esta lista no seu retorno e que seja em breve.
> Muitos Bisous.
> Antonio Renato.
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] UM CRIADOR, o retorno
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 18:58
Irmão Douglas:
com o devido respeito, essa de pombas voando... tou fora... sou espada!!!
Curiosidade: seu exemplo parece com o"camilus" tão mau traduzido como
camelo, o que mostra que o sagrado texto não é tão sagrado assim...
silvio, o convertido (cristão novo) mas com os devidos cuidados.
>
>
> > Reverendo ;Douglas:
>
> Pois não caro neófito
>
> > são 11.15 horas. a partir deste momento estou me convertendo ao
> > cristianismo, vou pedir ao marcelo rossi pra me ungir com a água
milagrosa
> > que ele trouxe, com o gugu, do rio jordão.
> > (você me avaliza?)
>
> Deixe isso pra lá. Se vc está se convertendo, é sinal que o Espirito Santo
> está agindo em vc. Não há unção melhor do que essa.
>
> > e justifico: às 8 horas comecei a escrever uma respostas- melhormente
> > dizendo, uma réplica - ao seu e-mail. O texto, moléstia às partes, como
> > diria o lula, ficou de péssimo pra razoável mas em se tratando de um
> > produto dos meus dois neuronios que nem sinapisam mais, podereia merecer
> os
> > seus bons olhos.
> > E não é que, exatamente às 11 horas ocorre uma falha de energia, súbita,
> > repentina, por certo divina, e o texto foi pras cucuias? Considero isso
um
> > sinal de que o senhor deus em sua onipotância agiu de forma a que vc.
não
> > lesse uma argumentação tão argumentativa que por certo o faria o mais
> ímpio
> > dos infieis.
> > a comprovação da falha lucífera pode ser atestada pela concessionária
> > Escelsa, fone 0800.390.196
>
> Eu espero com paciência vc escrever uma nova mensagem. Se me der a honra.
>
> DFG
>
> Curiosidade: O Espirito Santo desceu "como uma pomba" é uma expressão que
em
> aramaico antigo significa "desceu de forma suave". Foi traduzido para o
> grego como "desceu sob forma de pomba", o ressultado desse erro de
tradução
> é bem conhecido. Uma pomba voando sob a cabeça de Jesus numa porção de
> quadros.
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 19:02
Caros jovens:
ciência - conhecimento que inclui em qualquer forma ou medida, uma garantia
da própria validade.
xiiiiiiiiiiiiiiiiiii !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
----- Original Message -----
From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 18, 2002 1:14 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
>
> Seria interessante fazer uma
> "sócio-psicologia" da Ciencialist...
>
> Belisário
>
> ******
>
> Não sei se vc falou isso brincando. Mas a idéia é muito boa. Dá uma
> dissertação.
> Se alguém estiver precisando de um objeto de estudo para uma tese...
Depois
> vou escrever um projeto.
>
> Tema: "Representações Socias e Ciência: Uma análise psicosociológica de
uma
> lista de discussão sobre ciência realizada através da internet".
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 21:01
Olá André,
<<Se a testosterona está associada ao prazer da violência, podemos dizer
esse hormônio é a verdadeira "droga da maldade"? Afinal, o que
caracterizaria mais a maldade do que a "violência pelo prazer"?>>
Manuel: Ao meu ver, a agressividade em si não é um mal. A agressividade pode
ser sublimada nas atividades esportivas e em outras formas de competição. Na
competição também há agressividade, mas o seu objetivo não é destruir os
demais competidores, mas superá-los (as pessoas 'lutam' para serem as mais
ricas, as mais bonitas, as mais inteligentes, etc.)
Nem quando misturada ao sexo a agressividade não é necessariamente má. Nos
jogos eróticos sadomasoquistas, se os parceiros estão de acordo, se a
entrega a essa 'violência' ritual é voluntária, não há nenhum problema.
Afinal, toda cachorra sabe que um tapinha não dói. :-)
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 22:06
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 18, 2002 12:56 PM
Subject: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
Sera' q. cobaias tbm tEm uma fase anal?
http://reviews.bmn.com/medline/search/record?
uid=MDLN.76116553&refer=scirus
Manuel: Não consegui acessar o site que vc indicou.
Quanto à libido anal, converse com qualquer homossexual masculino (ou
bissexual) que ele lhe dirá que o ânus é uma região do corpo que, quando
excitada, proporciona uma sensação de intenso prazer 'sexual'. Qualquer gay
lhe dirá isso, mesmo os gays céticos. E não só os gays. Aqueles
heterossexuais chegados a um "fio terra" (i.e., que gostam de transar com o
dedo da parceira enfiado no seu rabo) também lhe dirão isso.
Se isso não é libido anal, é o quê?
Em vez de ficar fazendo piadinha com a psicanálise, você devia procurar uma
explicação melhor que as da psicanálise para esses fenômenos.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 22:18
>
> Manuel: Ao meu ver, a agressividade em si não é um mal. A
agressividade pode
> ser sublimada nas atividades esportivas e em outras formas de
competição. Na
> competição também há agressividade, mas o seu objetivo não é
destruir os
> demais competidores, mas superá-los (as pessoas 'lutam' para serem
as mais
> ricas, as mais bonitas, as mais inteligentes, etc.)
>
Andre: Quanto a agressividade eu concordo. Mas o "prazer na
violencia" ja e uma coisa diferente, agressividade nao implica
necessariamente prazer na violencia. O que me chamou a atencao foi a
associacao entre testosterona e violencia por prazer, o que eu nao me
lembrava de ter lido antes, pelo menos nao desta maneira. Mas que faz
sentido faz (nao que isso seja uma prova suficiente). Mas e notorio
que a violencia frequentemente leva a estados de excitacao, seja
individual (um serial killer) ou coletiva (brigas de torcidas,
linchamentos, etc).
[]s
Andre Baptista
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Medição
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 22:26
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> >
> > Pessoas são objetos dentro do mundo real, mas idéias não são
objetos
> > dentro da cabeça das pessoas. A indução é imprópria.
>
> Também acho que não, mas porque a indução é imprópria?
>
O silogismo pode ser resumido pela propriedade dos conjuntos: se "x"
e um elemento do conjunto A, e A um elemento do conjunto B, entao x e
um elemento de B. Pessoas sao elementos do conjunto "mundo real", mas
nao e correto dizer que uma ideia e um elemento do conjunto "cabeca".
Uma ideia nao e parte da cabeca.
[]'s
Andre Baptista
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Carlos Alberto - Piadinha conhecida!
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 22:38
não!!
sou ruiva....
mas acho q tb se aplica....
ehheheheh
ei!
é brincadeira!
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 18, 2002 12:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Piadinha conhecida!
> Clarissa maravilha, a piada não só é bonita como é erótica! Agora uma
> perguntinha sem maldade: Você é loura?
> Carlos AR
> ----- Original Message -----
> From: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Thursday, October 17, 2002 10:32 PM
> Subject: [ciencialist] Fw: Piadinha conhecida!
>
>
> heheheheh
>
> sobre a antiga discussão das loiras.............
>
>
>
>
>
>
>
>
> Uma loura muito sensual entrou num cassino. Trocou dez mil dólares por
> fichas e dirigiu-se à mesa da roleta.
> Lá chegando, anunciou que apostaria todo o seu dinheiro e que acertaria os
> números em um único lance.
> E, fitando os dois empregados responsáveis pela roleta, acrescentou:
> - Olha, espero que vocês não se importem, mas tenho mais sorte quando
estou
> toda nua...
> Dito isto, ela se despiu completamente, e depois colocou as fichas todas
> sobre a mesa.
> Inteiramente abestalhado, o "croupier" acionou a roleta. Enquanto esta
> girava, a loura cantava:
> - "MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS! MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS!"
> Assim que a roleta parou, ela começou a dar grandes pulos e a gritar:
> - GANHEI!!! GANHEI!!! QUE MARAVIIIIILHAAA!!! GANHEEEI!!!
> Ela então abraçou e beijou cada um dos croupiers. Em seguida debruçou-se
> sobre a mesa e recolheu todo o dinheiro e as fichas.
> Vestiu-se rapidissimamente e se mandou.
> Os croupiers se entreolharam boquiabertos. Finalmente, um deles,voltando a
> si, perguntou:
> - No quê que ela apostou, você viu?
> E o outro:
> - Eu não... Pensei que VOCÊ estivesse olhando...
> Moral: Nem toda loura é burra, mas homem é sempre homem...
>
>
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
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>
>
SUBJECT: Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2002 22:38
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
>
>> Quanto à libido anal, converse com qualquer homossexual masculino
(ou
> bissexual) que ele lhe dirá que o ânus é uma região do corpo que,
quando
> excitada, proporciona uma sensação de intenso prazer 'sexual'.
Qualquer gay
> lhe dirá isso, mesmo os gays céticos. E não só os gays. Aqueles
> heterossexuais chegados a um "fio terra" (i.e., que gostam de
transar com o
> dedo da parceira enfiado no seu rabo) também lhe dirão isso.
>
> Se isso não é libido anal, é o quê?
>
Ninguem esta negando que esta modalidade esportiva seja prazeirosa
para seus praticantes (embora me pareca um prazer algo masoquista). O
que o Roberto mencionou foi a existencia da tal "fase anal", pela
qual todo mundo supostamente passa. Eu, gracas a deus, nao lembro da
minha. :-))
Andre Baptista
SUBJECT: Re: [ciencialist] Livros: Para Ligia Gallo
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2002 22:43
esse Ramachandran é o mesmo Ramachandran que construiu gráficos para
determinar os possíveis motivos estruturais de proteínas de acordo com as
cadeias laterais dos aminoácidos que as constituem???
From: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 18, 2002 12:10 AM
Subject: [ciencialist] Fw: Livros: Para Ligia Gallo
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 18, 2002 12:09 AM
Subject: Livros: Para Ligia Gallo
Lígia aí vão mais quatro excelentes livros sobre Neurologia, um deles eu
mais que recomendo, é uma verdadeira bíblia!, que escrito por brasileiro.
Título:
Cem Bilhões de Neurôes: Conceito fundamentais de Neurologia.
Roberto Lent
Athebeu, Faperj (Espetacular)!
- Fantasmas no Cérebro
V.S. Ramachandran, Ph D e
Sandra Blaskeslee
Ed. Record
- O Cérebro,
um guia para o usuário
Dr. John J. Ratey
Ed. Objetiva
- O Cerébro Executivo
Lobos frontais e mente civilizada
Elkhonon Goldberg
Ed Imago
-
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 00:18
Lúcio, vendo toda essa discussão, fiquei interessado em saber o por quê
desse desentendimento, principalmente, fiquei interessada na questão física
que originou tudo isso.
Abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 16, 2002 11:31 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
> ----- Original Message -----
> From: Sérgio Taborda
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Wednesday, October 16, 2002 6:46 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
>
> >1) Lá pq eu lhe respondo não significa que esteja sempre a falar de ti,
ou
> contigo. É por isso que todos recebem os mesmos mails.
>
> Grato pelo esclarecimento.
>
> >Quando o Hawking esceve ele pode estar escrevendo que o universo *pode*
ter
> começado se certa forma. Mas quando as pessoas o citam, elas tentdem a
> aceitar que ele começou assim mesmo.
>
> Isso é um problema das pessoas, não da teoria.
>
> >Me desculpe, mas eu não o posso considerar assim quando vc me diz que "os
> fisicos não sabem o que causa o colapso da função de onda" (sic). Não leve
> mal ,ok?
>
> Eu poderia escrever um mailmute como o anterior com textos dos próprios
> físicos, desde os primórdios da teoria quântica até o ano passado
discutindo
> o problema da medição, mostrando que ele *continua* sendo um problema e
que,
> apesar de várias respostas terem sido propostas, nenhuma delas é
consensual.
> Poderia até mesmo sumarizar, como cheguei a fazer em outra lista, quais
são
> as principais explicações e alternativas ao colapso da função de onda
(como
> a teoria dos múltiplos mundos, por exemplo, que não aceita a existência do
> colapso), bem como tecer considerações sobre as vantagens e desvantagens
> teóricas de cada uma delas. Mas não vejo sentido nisso. Possivelmente você
> consideraria que nenhum dos físicos e matemáticos que se ocuparam do
> problema, de John von Neumann a Roger Penrose (que admite o colapso da
> função de onda), passando por John Wheeler (que propôs vários modelos,
> alguns dos quais envolvem o colapso da função de onda e outros não) e Hugh
> Everett (que não admite o colapso da função de onda), pode ser considerado
> sequer um leigo bem-informado. Aparentemente, a única pessoa bem-informada
> no universo é você e todos os que não concordam com você são umas bestas.
> Então, não vejo sentido em continuar entupindo a caixa postal dos outros
com
> este debate inútil.
>
> >Vc já parou para estudar o que é o colapso da função de onda ?
>
> Já.
>
> >Vc já tentou entender de onde vem esse nome ?
>
> Não só tentei, eu *sei* de onde vem esse nome. Assim como sei o que
> significa superposição coerente, problema da medição, a tralha toda.
>
> >Acho, em boa vontade, que se o tivese feito, não usaria estes argumentos
e
> exemplos
>
> Você pode achar o que quiser, e de fato tem muita vontade aí. Não sei se
> boa.
>
> >Isso não é da minha incumbência.
>
> Pois é. Como você vê, eu não me limito a uma área, tento entender a
> atividade científica em todos os seus aspectos, por isso eu sei que todos
> eles envolvem questões controversas, teorias provisórias, debates intensos
e
> interpretações conflitantes.
>
> >Vc já parou para estudar a formula da relatividade ?
>
> Já. Inclusive nos textos originais de Einstein.
>
> >Vc sabe melhor que eu que vc não sabe o que "fisica contemporanea" é .
>
> Não, desculpe, eu não sei *nada* melhor do que você. Nem eu, nem qualquer
> outro ser pensante do universo. Se é que, do teu ponto de vista, há outros
> seres pensantes no universo.
>
> >Não me intreprete mal
>
> Acho difícil interpretar você mal nesse aspecto. Em vez de debater as
> idéias, você prefere desqualificar intelectualmente o adversário. Eu
poderia
> partir pra mesma tática e insistir na estranheza de alguém que se diz
físico
> nunca ter ouvido a expressão "continuum espaçotempo", que pode ser
> encontrada, no entanto, em qualquer texto de física, inclusive do próprio
> Einstein (_A Teoria da Relatividade Geral e Especial_: "O *espaço* é um
> contínuo tridimensional. [...] De maneira análoga, o mundo dos eventos
> físicos, que Minkowski chama simplesmente o 'mundo', ou 'universo', é
> naturalmente de quatro dimensões no sentido espaço-temporal. [...] Neste
> sentido, o 'universo' é também um contínuo [...]"). Poderia argumentar que
> esse desconhecimento mostra, mais do que qualquer outra coisa, quem é que
> não faz a menor idéia do que está falando. Mas não vou partir pra essa
> estratégia. Estou interessado em debater idéias, não em vencer uma
discussão
> ou calar a boca do oponente.
>
> >O principio de causalidade NUNCA e repito NUNCA é violado em nada do que
os
> fisicos façam.
>
> Isso é o que *você* diz. Não é o que dizem Bohr e Heisenberg. Longe de mim
> querer endeusá-los, mas entre o que eles dizem sobre a mecânica quântica e
o
> que diz você, prefiro ficar com eles. Não me interprete mal - eles são os
> pais da criança, presumo que a conheçam melhor do que você.
>
> >Mas hei! vc poderá sempre tentar convencer-me dadno exemplo de como o
salto
> quantico viola esse principio.
>
> O debate Bohr-Einsten lida amplamente não só com a questão da causalidade,
> mas com a de vários outros princípios da física clássica questionados pela
> teoria quântica (Bohr: "Desde o começo, a principal questão em debate foi
a
> atitude a adotar PERANTE O AFASTAMENTO DOS PRINCÍPIOS COSTUMEIROS DA
> FILOSOFIA NATURAL[*] característico do desenvolvimento inédito da física
que
> foi iniciado no primeiro ano deste século, pela descoberta do quantum
> universal de ação por Planck."). Não vou esmiuçar a questão aqui. Não
tenho
> saco pra ser chamado de ignorante depois de passar os últimos dez anos
> mergulhado no estudo da mecânica quântica. Se tiver algum interesse, você
> que se reporte aos textos sobre o assunto. Mas depois que você escreveu
que
> Einstein *não entendeu* a mecânica quântica (que Bohr mesmo reconhece que
> ele entendia perfeitamente, sim - apenas não conseguia aceitar suas
> conclusões), suspeito que vai acabar dizendo que o próprio Bohr não sabia
do
> que estava falando. De fato, acredito que só você saiba do que está
falando.
> Se algum dia alguém inventar uma máquina do tempo, você poderia voltar ao
> início do século passado e dar algumas aulas a Einstein sobre a
relatividade
> e a Bohr sobre a mecânica quântica. Talvez você pudesse até mesmo explicar
a
> Hubble o que é o efeito Hubble. Seria uma contribuição inestimável ao
> progresso da ciência.
>
> [*] Antes que você diga que estamos tratando de física, e não de
filosofia,
>
> esclareço que "filosofia natural" é um termo arcaico pra física, mas que
> ainda estava em uso no começo do século XX.
>
> >Ler livros é importante, desde que sejam os livros certos.
>
> É, tem razão, eu devo estar lendo os autores errados. Heisenberg, Bohr,
> Einstein - pra não falar do Stephen Hawking que, como sabemos, não passa
de
> um qualquer: o que esses caras podem me ensinar sobre física, afinal de
> contas?
>
> >E eu não sei se vc entende a profundidade disto
>
> Eu? Não entendo a profundidade de nada, meu amigo. Nem eu, nem ninguém. Só
> você.
>
> >(Um espaço com singularidades não é continuo)
>
> Diz isso pro Einstein e pro Minkowski (a citação correspondente tá lá em
> cima no email, você pode verificar no livro por você mesmo).
>
> >Viu ? cá está: um ponto onde tudo converge.
>
> Que era exatamente o que eu estava dizendo, mas você enfiou na cabeça que
eu
> estava defendendo que o universo surgiu do nada e não há Cristo que
consiga
> tirar isso da tua cabeça, mesmo que eu tenha explicado o mal-entendido
> várias vezes. Mas, ei, quem sou eu pra tentar te explicar alguma coisa? É
> mais provável que você tenha razão, não devo ser capaz de entender nem
mesmo
> o que eu estou dizendo...
>
> >O que não significa que "centro de BN" seja o mesmo que "ponto de BB"
como
> vc tem vindo a insinuar.
>
> Eu não disse que era o mesmo. Nem sequer insinuei. Disse que era uma
> singularidade *do mesmo tipo*, o que Paul Davies também afirma com todas
as
> letras.
>
> >Não.
> >Vc não entendeu que não passa de um problema matemático e
> se apoia apenas em opiniões para dizer que é um problema fisico.
>
> Que parte de "sua natureza é local e física - E NÃO MERAMENTE MATEMÁTICA"
> você não conseguiu entender?
>
> Resumo da ópera, Sergio: o que começou como uma discussão sobre idéias
está
> rapidamente descambando para uma argumentação ad hominem. Como disse, não
> estou interessado em debater nada com alguém cuja tática preferida é
> desqualificar intelectualmente a outra parte. No que me diz respeito, esta
> discussão está encerrada. Continue com as suas certezas absolutas e faça
um
> bom proveito delas. Da minha parte, fico aqui com as minhas dúvidas e a
> aceitação provisória das teorias que me parecem verossímeis - dentro do
meu
> parco entendimento de ignorante que não pode sequer ser considerado um
leigo
> bem-informado, mas que é o *meu* entendimento e me serve muito bem.
>
> Saudações
> L.
>
>
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>
>
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evo lução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/10/2002 01:09
On 17 Oct 2002 at 22:18, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
>
> >Manuel: Esses "terapêutas de recuperação da memória" recorrem não só
> à hipnose como também a uma droga, um tal de "soro da verdade" (sódio
> amital). Isso não tem nada a ver com o método psicanalítico.
>
> De fato. A psicanálise propriamente dita só começa pelo reconhecimento por
> Freud de que o inconsciente não distingue entre recordação e fantasia e que
> praticamente todas as nossas lembranças são reconstruções a posteriori. Mais
> um aspecto, aliás, que vem sendo confirmado pelas neurociências.
Lucio
De onde vem esta lucidez psicanalítica? Estou contente de que Vc.
haja lembrado o conceito de posterioridade. Talvez seria importante
lembrar das chamadas aplicações da psicanálise. Quando um
psicanalista não pode aplicar a psicanálise por diferentes e
respeitáveis razões, usará outros métodos, mas com uma total
impregnação psicanalítica.
As terapias com barbitúricos de de ação ultra-curta são as conhecidas
"narco-análises". Pode-se criar uma atmosfera cheia de transferências
e "holdings" que podem ser usados psicanalíticamente e com
vantagens sobre a terapia tradicional sob narcose. Estas são terapias
bastante repressivas. Se forem submetidas a uma orientação
psicanalítica, se tornam muito mais expressivas. Tenho uma
experiencia bastante satisfatoria com estas terapias. Um psicanalista
jamais perde sua identidade. Estará psicanalisando sob qualquer
circunstancia e impreganando toda experiencia com a psicanálise.
[ ]s
Marco Aurelio
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: nRe: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: "vladimirhf2000" <phreakazoid@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/10/2002 01:48
########>>Provavelmente? Porque 'diz' isso?<<#########
pq eu nao estava la
########>>Tente realizar algo semelhante, depois conversamos<<########
Em relacao a LSD, usei tres vezes...
existe sim uma impressao de integracao com outras pessoas,
principalmente se estas tb fizeram uso da droga...
mas nunca uma comunicacao significativa.
(uma frase completa, por exemplo).
conheco varias pessoas que usaram/usam, e os relatos das
experiencias que ouvi parecem ser sempre influenciados pela
crenca da pessoal.
E mesmo entre os credulos que conheco, nenhum relata nada
significativo.
to pensando em experimentar (em nome da ciencia, claro!)
Special K (ketamina) em breve... depois te conto.. :)
>é possivel a comunicacao pela expressao facial, por exemplo.
########>>É possível. Mas se assim foi, seria uma maneira de
comunicação não
convencional<<########
mas nao do "alem".
#########>>Vc pressupõe 'coisas'. Parece querer invalidar a
experiência mas
nada tem a acrescentar. Porque este relato mobilizou sua atenção?
Porque se
envolveu, tentando 'explicações' chinfrins? "Pode
ser", "provavelmente", "é
possível", "talvez"... Pô meu! Fala sério!<<###########
calma, Dr. PSI!
pra se afirmar qualquer coisa seriam necessarios
relatos bem detalhados de todos os envolvidos.
estou respondendo baseado no que eu li.
PLUR
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Carlos Alberto - Piadinha conhecida!
FROM: Filipe Nunes <d_oliveira2002@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: d_oliveira2002@yahoo.com.br
DATE: 19/10/2002 02:04
clarissa <mestra@tutopia.com.br> wrote:não!!
sou ruiva....
mas acho q tb se aplica....
ehheheheh
ei!
é brincadeira!
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto"
To:
Sent: Friday, October 18, 2002 12:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Piadinha conhecida!
> Clarissa maravilha, a piada não só é bonita como é erótica! Agora uma
> perguntinha sem maldade: Você é loura?
> Carlos AR
> ----- Original Message -----
> From: "clarissa"
> To:
> Sent: Thursday, October 17, 2002 10:32 PM
> Subject: [ciencialist] Fw: Piadinha conhecida!
>
>
> heheheheh
>
> sobre a antiga discussão das loiras.............
>
>
>
>
>
>
>
>
> Uma loura muito sensual entrou num cassino. Trocou dez mil dólares por
> fichas e dirigiu-se à mesa da roleta.
> Lá chegando, anunciou que apostaria todo o seu dinheiro e que acertaria os
> números em um único lance.
> E, fitando os dois empregados responsáveis pela roleta, acrescentou:
> - Olha, espero que vocês não se importem, mas tenho mais sorte quando
estou
> toda nua...
> Dito isto, ela se despiu completamente, e depois colocou as fichas todas
> sobre a mesa.
> Inteiramente abestalhado, o "croupier" acionou a roleta. Enquanto esta
> girava, a loura cantava:
> - "MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS! MÃEZINHA PRECISA DE ROUPAS NOVAS!"
> Assim que a roleta parou, ela começou a dar grandes pulos e a gritar:
> - GANHEI!!! GANHEI!!! QUE MARAVIIIIILHAAA!!! GANHEEEI!!!
> Ela então abraçou e beijou cada um dos croupiers. Em seguida debruçou-se
> sobre a mesa e recolheu todo o dinheiro e as fichas.
> Vestiu-se rapidissimamente e se mandou.
> Os croupiers se entreolharam boquiabertos. Finalmente, um deles,voltando a
> si, perguntou:
> - No quê que ela apostou, você viu?
> E o outro:
> - Eu não... Pensei que VOCÊ estivesse olhando...
> Moral: Nem toda loura é burra, mas homem é sempre homem...
>
>
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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>Me chamo Filipe moro em Santa Maria-RS, bom não sei se você é Loira, mas se for inteligente como ela e Bonita isso é uma Maravilha!!
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evo lução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 09:00
Olá Marco,
<<... Quando um psicanalista não pode aplicar a psicanálise por diferentes e
respeitáveis razões, usará outros métodos, mas com uma total impregnação
psicanalítica.>>
Manuel: Por exemplo, em caso de psicose psicogênica?
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Exposição no MARGS
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 09:47
NÃO PERCAM!!!!
Exposição Paris 1900
Com 175 peças do museu parisiense Petit Palais, inclui obras de Renoir, Cézzane, Rodin e Toulouse-Lautrec.
De 18/10 até 17/11, das 10h às 21h (a portaria se encerra às 20h), no MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Praça da Alfândega, s/nº)
Vamos prestigiar eventos decentes que ocorrem na cidade!!
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 10:13
Olá André,
Ninguem esta negando que esta modalidade esportiva seja prazeirosa para seus
praticantes (embora me pareca um prazer algo masoquista). O que o Roberto
mencionou foi a existencia da tal "fase anal", pela qual todo mundo
supostamente passa. Eu, gracas a deus, nao lembro da
minha. :-))
Manuel: Claro que existem as exceções. Eu, por exemplo. Onde já se viu um
cabra da peste como eu, descendente de cangaceiro, passar por uma humilhante
fase anal! Rapaz, eu sou tão macho que até o meu sistema auto-imune deu pra
rejeitar o meu reto como se este fosse um corpo estranho. É, para sofrer de
Doença de Crohn é preciso ser cem por cento homem. Se bem que algumas
mulheres também sofrem desta doença, mas só aquelas geneticamente
programadas para não terem jamais filhos baitolas.
Do mesmo modo, essa tese de que o homem descente do macaco só é válida para
os darwinistas. Aos que defendem esta tese, respondo: se a tua mãe é uma
macaca, isso não significa que todas as mães também o sejam.
Eheheh!
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Colisão particula anti-particula
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 10:41
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto"
>Comp é que particula e anti-particula se anulam mutualmente em uma colisão
e o Méson é formado >pela ligação de quark e de um anti-quark?
Acho que já respondes na pergunta: "se anulam em uma colisão" , ora detro do
mesão não a ha colisão, ha "orbitação" , donde , não têm pq se anular.
Neste momento não tenho presente se os mesões têm um quark e um anti-quark
do mesmo tipo.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Despedida...
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 12:14
Ligia,
nao ando tendo muito tempo para me dedicar a lista, mas leio algumas das
dezenas de msg que chegam todos os dias.
Fiquei triste com a sua despedida, pois voce eh o tipo de pessoa que agrega,
com a sua experiencia na ciencia e no mistico. Seja o que for que voce ou
alguem tenha, voce sabe que pode contar com os 2 lados para a cura.
Um beijo,
Antonio Castro
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 18, 2002 2:46 AM
Subject: [ciencialist] Despedida...
Bem, por motivos maiores do que eu ( e eu tenho 1,80m... :) vou ter
que me afastar das listas durante um tempo. Antes de mais nada, peço
desculpas a quem eu, porventura, tenha destratado ou enviado
respostas enviesadas... Peço desculpas também se não soube discutir
mais a fundo certas questões, ou se lancei alguma "herezia" por
aqui. E no mais agradeço: Em tudo e por tudo esta lista tem sido a
melhor que frequentei.
Bem senhores, até não sei quando... ou melhor, quando der para
voltar. Doença é ruim, a gente nunca sabe se volta mesmo...
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 12:25
>Andre: Quanto a agressividade eu concordo. Mas o "prazer na
violencia" ja e uma coisa diferente, agressividade nao implica
necessariamente prazer na violencia. O que me chamou a atencao foi a
>associacao entre testosterona e violencia por prazer, o que eu nao me
lembrava de ter lido antes, pelo menos nao desta maneira. Mas que faz
>sentido faz (nao que isso seja uma prova suficiente). Mas e notorio
que a violencia frequentemente leva a estados de excitacao, seja
individual (um serial killer) ou coletiva (brigas de torcidas,
>linchamentos, etc).
>Andre Baptista
Ha anos atras, finda a ditadura no Brasil, li sobre ex-torturadores
relatando que as vezes tinham erecao quando "executando seu trabalho". O ser
humano e` isso ai`
Abs,
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 12:37
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 19, 2002 12:18 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
>Lúcio, vendo toda essa discussão, fiquei interessado em saber o por quê
desse desentendimento, principalmente, fiquei interessada na questão física
que originou tudo isso.
Salve, Carlos Alberto!
Vamos por partes. A questão que originou o debate foi uma discordância
quanto à teoria do Big Bang. Se eu entendi direito a posição do Taborda, ele
considera que o Big Bang é uma especulação inútil, que não acrescenta nada à
física e deveria ser abandonada. Argumentei que a teoria, no ponto em que se
encontra hoje, mesmo com a adição da teoria do universo inflacionário, de
Alan Guth, ainda se encontra incompleta e não apresenta consistência, mas
que é útil para explicar vários aspectos importantes do universo e de sua
história, mesmo que ainda falhe na explicação de outros. O Taborda acha que
os cosmologistas que estudam essa teoria estão apenas perdendo o seu tempo,
ao passo que eu acho que eles estão fazendo a coisa certa, trabalhando no
aprofundamento e desenvolvimento da teoria, na esperança de encontrar uma
forma de preencher suas lacunas.
O que tornou a discussão desnecessariamente mais complicada foi o fato de
que o meu debate com ele começou como spin-off de uma discussão anterior que
ele estava travando com o Manuel Bulcão, em que, numa das mensagens, este
tinha dito que o universo pode ter começado a partir do nada, usando a
teoria do Big Bang pra justificar essa possibilidade. Como a minha primeira
mensagem era uma defesa da teoria do Big Bang, o Taborda presumiu que eu
também estava sugerindo que o universo surgiu do nada, e gastou parágrafos e
mais parágrafos tentando contestar um ponto que eu não defendia, de modo
algum. Justiça seja feita, eu contribuí involuntariamente com essa confusão
ao argumentar num parágrafo que as flutuações de vácuo poderiam indicar que
a matéria e a energia brotam espontaneamente do nada, não porque eu acredite
nisso - a explicação de que o que chamamos de vácuo é na verdade um campo de
energia potencial é, de fato, bastante verossímil -, mas apenas pra frisar
que, por mais verossímil que seja, essa explicação é só uma teoria: é um
modelo de explicação para os fatos, e não ela própria um fato.
De qualquer forma, à medida que o debate prosseguia, ele acabou se
concentrando mais sobre a mecânica quântica e, dentro desta, mais
especificamente no problema da medição. A mecânica quântica descreve as
partículas, antes da medição, como uma superposição coerente de
probabilidades entrelaçadas, cuja evolução é descrita pela equação de
Schrödinger. Essa equação permite calcular as possibilidades de uma
partícula assumir determinado estado, descrevendo-as como uma função de
onda, representada pela letra grega psi. A partir dela, pode-se extrair a
probabilidade simplesmente elevando psi ao quadrado. Ao se efetuar uma
medição em particular, apenas um desses estados potenciais será
concretamente observado. A equação, no entanto, não prevê qual.
Superficialmente, a situação é semelhante ao do jogo de cara-e-cora: a
teoria das probabilidades permite calcular quantas vezes em média a moeda
cairá como cara ou como coroa, mas não indica qual resultado vai sair em
cada lançamento particular. É só depois de efetuar um número
estatisticamente relevante de lançamentos que se observa uma distribuição de
resultados de acordo com as probabilidades previstas. Mas é aqui que está a
diferença fundamental entre a probabilidade clássica e a probabilidade
quântica. Antes do lançamento, uma moeda é uma moeda, que pode cair como
cara ou como coroa. Quando a moeda é lançada, ela vai cair com uma ou outra
face, independente desse resultado ser ou não observado. De acordo com a
Interpretação de Copenhague, porém, não é isso que acontece com as
partículas. Antes de serem medidas, elas *não existem* num estado concreto,
e sim como uma superposição de estados possíveis. Somente no próprio ato da
medição é que essa superposição se desfaz e a partícula assume um estado
definido, o que é denominado de colapso da função de onda. Nos primórdios da
mecânica quântica, Heisenberg chegou a aplicar o conceito aristotélico de
potentia para descrever a situação das entidades quânticas antes da medição
e afirmou com todas as letras que, antes de ser medida, uma partícula não
existe no mesmo sentido que uma árvore ou uma pedra, mas apenas como uma
potencialidade, que só se torna real no ato da medição.
A versão clássica da Interpretação de Copenhague, formulada por Niels Bohr,
atribui o colapso da função de onda à interação entre a partícula potencial
e o sistema de medição que, por assim dizer, "força" a partícula a assumir
um ou outro estado. O problema é que, pra isso, ela precisa desconsiderar o
fato de que o sistema de medição é ele próprio composto por átomos sujeitos
às regras da mecânica quântica. Esse fato preocupou o matemático húngaro
John von Neumann que, na década de 30, foi quem construiu o formalismo
matemático da mecânica quântica, dando uma forma rigorosa e unificada a um
conjunto de equações que, até então, os físicos vinham usando de forma
meramente pragmática (foi von Neumann, por exemplo, quem introduziu os
espaços hilbertianos, que o Taborda citou). Ele fez isso em um livro
publicado em 1932, chamado _Fundamentos Matemáticos da Mecânica Quântica_.
Nesse livro, ele tentou elaborar uma descrição matemática do processo de
medição que não estabelecesse uma divisão arbitrária entre objetos quânticos
e clássicos (all quantum). Segundo essa descrição, quando uma partícula é
medida, realmente ela assume um estado definido - mas a conseqüência é que o
estado de superposição coerente é transferido pro próprio sistema de
medição. Este permanece num estado indefinido até ser medido por um segundo
sistema de medida, e assim por diante. A fim de evitar essa absurda
regressão infinita, von Neumann elaborou uma descrição rigorosa de todas as
etapas do processo de medição, a chamada "cadeia de von Neumann", com o
objetivo de determinar em que ponto do processo o colapso da função de onda
poderia ocorrer. Mas não conseguiu: a cadeia de von Neumann mostra que o
colapso da função de onda pode se situar arbitrariamente em qualquer etapa,
ou em nenhuma. Desde então, os teóricos da física quântica vêm tentando
encontrar uma resposta pro enigma do colapso da função de onda: ele
realmente acontece, ou estamos sempre surfando em uma série de ondas de
probabilidade que se transferem de um objeto a outro? se acontece, onde é
que ele se situa? e o que é que o causa?
No próprio _Fundamentos_, von Neumann levantou a possibilidade de que o
ponto final da cadeia de von Neumann poderia ser a consciência humana. Como,
em princípio, ela não é feita de átomos, não pode entrar em estado de
superposição quântica, e isso teoricamente deteria essa deriva infinita. A
teoria da consciência nunca foi muito popular entre os físicos, que a
consideram "metafísica" demais, mas teve e ainda tem ilustres defensores,
como Eugene Wigner e John Archibald Wheeler. Outras soluções vêm sendo
tentadas. As mais recentes são a teoria da não-coerência, que afirma que as
superposições coerentes são inerentemente instáveis e entram em colapso
graças à interação com o ambiente circundante, e teoria da redução objetiva,
de Roger Penrose, que também parte do princípio de que as superposições
coerentes são instáveis, mas atribui o colapso à ação da gravidade quântica.
Esse é, em resumo, o problema da medição. Enquanto os físicos teóricos
tentam solucioná-los, a maior parte dos físicos, no dia-a-dia dos
laboratórios, não perde tempo com essas questões, contentando-se com o fato
de que a mecânica quântica funciona. Essa atitude é jocosamente descrita
pelo Robert Gilmore como "cale a boca e calcule". Pra eles, basta que as
equações permitam calcular os resultados satisfatoriamente. Muitos,
inclusive, acreditam que não existe nenhum problema da medição simplesmente
porque conceitos como função de onda, superposições coerentes e colapso da
função de onda são meras ferramentas matemáticas, que não correspondem a
nenhuma entidade ou processo reais. Essa parece ser a linha de abordagem do
Taborda, e ele não está sozinho. Mas, como eu disse, há um bocado de físicos
teóricos que não pensam assim e eu, particularmente, tenho muito interesse
no que eles têm a dizer.
Em síntese, é isso.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 12:45
----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 19, 2002 1:09 AM
Subject: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evo lução e
criacionismo - Takata, junte-se a nós)
>De onde vem esta lucidez psicanalítica?
Gracias pela lucidez. Eu não sou psicanalista, mas me interesso por
psicanálise e ciências afins (sobretudo Freud, Jung e Lacan) desde a
adolescência, venho estudando com afinco a obra desses autores desde os 16
anos. Meu interesse é mais filosófico do que prático, as teorias
psicanalíticas me importam principalmente como ferramentas conceituais. Mas
é claro que não dá pra compreender a psicanálise sem ter pelo menos uma
noção do processo psicanalítico.
>Estou contente de que Vc. haja lembrado o conceito de posterioridade.
Pra mim, particularmente, é um dos conceitos freudianos mais interessantes,
porque desmonta a idéia de que o passado é um bloco fechado, monolítico. O
passado está sempre sendo reconstruído em nossas memórias, e seu significado
também se altera com essas reconstruções.
Abs.
L.
SUBJECT: Fw: Bachelors, Masters, PhD. Degrees
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: raíssa <raissamusica@yahoo.com.br>, "paula" <paulaif@ig.com.br>, "michele" <mdvalent@terra.com.br>, "goya" <czekster@hotmail.com>, "Frederico Sorio Carvalho" <frederico.sorio@bol.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <bettyvargas@ig.com.br>, <lcarvalh@aecom.yu.edu>, "amor" <hulkb@terra.com.br>, "bioufrgs" <bioufrgs@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 13:50
Mas que barbaridade!?!?!?
Não é pra se revoltar???
----- Original Message -----
From: Technical Support
To: Undisclosed Recipients
Sent: Sunday, October 20, 2002 1:23 AM
Subject: Bachelors, Masters, PhD. Degrees
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: onde o mundo vai parar????
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 14:35
hoje estou num dia de indignação. Estou na internet há duas horas com o icq online... e SEIS pessoas já vieram "falar" comigo dizendo só frases chulas e agressivas contendo a palavra "sexo virtual" e muitas outras variantes. O que se passa com as pessoas num sábado à tarde sozinhas em casa?
A solidão amorosa e a sexualidade explícita dos meios de comunicação (especialmente no fim de semana) fez com que seis pessoas me desrespeitassem e dissessem coisas que talvez nem ela mesmas gostariam de ouvir. Ou, se no caso de gostarem de ouvir, o fizessem de uma pessoa totalmente desconhecida, na circuntância irreal e mentirosa que é a internet...
Sou uma criatura sensível e exijo que respeitem meus sentimentos.
Não ouvi nada construtivo, só putaria. Porque as pessoas se emburrecem desse jeito?
onde o mundo vai parar!!!
(desculpa aí o desabafo... se eu receber outra mensagem dessas nos próximos 5 minutos nunca mais uso o icq)
clarissa
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
FROM: "Paulo Cesar Bonaldo" <lenda@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 14:44
Clarissa,
Se me permite uma sugestão, selecione as pessoas com quem quer ter contato e deixe-as em sua lista de contatos.
Depois, basta ir ao menu principal do icq, e selecionar para ficar "invisível". Somente as pessoas de seu contato poderão "ve-la".
Fim dos incomodos......e fora a burrice indiscriminada :))
Abraço
Paulo Cesar
----- Original Message -----
From: clarissa
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 19, 2002 2:35 PM
Subject: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
hoje estou num dia de indignação. Estou na internet há duas horas com o icq online... e SEIS pessoas já vieram "falar" comigo dizendo só frases chulas e agressivas contendo a palavra "sexo virtual" e muitas outras variantes. O que se passa com as pessoas num sábado à tarde sozinhas em casa?
A solidão amorosa e a sexualidade explícita dos meios de comunicação (especialmente no fim de semana) fez com que seis pessoas me desrespeitassem e dissessem coisas que talvez nem ela mesmas gostariam de ouvir. Ou, se no caso de gostarem de ouvir, o fizessem de uma pessoa totalmente desconhecida, na circuntância irreal e mentirosa que é a internet...
Sou uma criatura sensível e exijo que respeitem meus sentimentos.
Não ouvi nada construtivo, só putaria. Porque as pessoas se emburrecem desse jeito?
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clarissa
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/10/2002 14:46
On 19 Oct 2002 at 1:38, André Roviralta Dias Baptista wrote:
> O que o Roberto mencionou foi a existencia da tal "fase anal", pela
> qual todo mundo supostamente passa. Eu, gracas a deus, nao lembro da
> minha. :-))
André
Eu não sei do que estão falando quando caracterizam a "tal" de fase
anal. O fato de ter a necessidade de excitar a mucosa anal durante um
ato sexual não é algo que necessariamente esteja relacionado com a
fase anal.
O conceito psicanalítico de fase anal tem que ver com o que
psicanaliticamente se chama erotismo anal. É certo que a experiencia
do contacto das fezes com a mucosa anal parece significar uma
experiência prazeirosa para o bebê. Esta experiência tem que ver com
o poder de reter ou expulsar fezes. Esta realidade biológica (controle
de materia fecal) se registra no psiquismo como atos psíquicos
relacionados com reter e expulsar.
Há uma assimilação das atividade com diferentes representações.
Estas vão passando por diferentes estratos de significação e
adquirindo um carácter cada vez mais abstrato e distanciado
materialmente da imagem original.
Surge atitudes, fantasias e ideias relacionadas com o controle e o
poder. O prazer de controlar e de exercer o poder são exemplos de
atos psíquicos originados do erotismo anal.
O coito anal não precisa necessariamente ser identificado com
erotismo anal. Qualquer mucosa ou superficie pode eventualmente
servir como fonte de excitação sexual. Se a coisa fosse assim tão
fácel, poder-se-ia dizer que os "voyeur" teria passado por um difícil
"fase visual". Haveria fases de todo tipo, já que a excitação sexual
pode se localizada em qualquer superficie.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 14:47
sim, vou ficar invisivel
mas não adianta muito...
e não cabem mais pessoas na minha ignore list!
ehheheeh
q droga!
obrigada pela atenção!
clarissa
----- Original Message -----
From: "Paulo Cesar Bonaldo" <lenda@superig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 19, 2002 2:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
Clarissa,
Se me permite uma sugestão, selecione as pessoas com quem quer ter contato e
deixe-as em sua lista de contatos.
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Abraço
Paulo Cesar
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From: clarissa
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 19, 2002 2:35 PM
Subject: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
hoje estou num dia de indignação. Estou na internet há duas horas com o
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clarissa
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SUBJECT: Re: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 15:05
Clarissa,
Talvez suas expectativas estejam elevadas demais. O mundo não vai parar em
lugar nenhum porque sempre foi assim. A diferença agora é a velocidade.
Por outro lado, na Ciencialist você pode levar uns coices de vez em quando,
mas nunca vai receber uma proposta de sexo virtual!
Sugestão: desligue o ICQ. Você não vai perder nada com isso!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 19 de Outubro de 2002 14:35
Assunto: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
hoje estou num dia de indignação. Estou na internet há duas horas com o icq
online... e SEIS pessoas já vieram "falar" comigo dizendo só frases chulas
e agressivas contendo a palavra "sexo virtual" e muitas outras variantes. O
que se passa com as pessoas num sábado à tarde sozinhas em casa?
A solidão amorosa e a sexualidade explícita dos meios de comunicação
(especialmente no fim de semana) fez com que seis pessoas me
desrespeitassem e dissessem coisas que talvez nem ela mesmas gostariam de
ouvir. Ou, se no caso de gostarem de ouvir, o fizessem de uma pessoa
totalmente desconhecida, na circuntância irreal e mentirosa que é a
internet...
Sou uma criatura sensível e exijo que respeitem meus sentimentos.
Não ouvi nada construtivo, só putaria. Porque as pessoas se emburrecem
desse jeito?
onde o mundo vai parar!!!
(desculpa aí o desabafo... se eu receber outra mensagem dessas nos próximos
5 minutos nunca mais uso o icq)
SUBJECT: Re: Teste e Psicanálise (sobre ratos e Édipo)
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/10/2002 15:13
Olá.
> > Existe um campo fértil entre a psicanálise e a psicologia
cognitiva, mas poucos agricultores cultivando-o. Muitos psicólogos
cognitivos desprezam a psicanálise, e os psicanalistas desprezam a
psicologia cognitiva.
> É certo. Só que eu mudo o seu artigo definido "os" por "uns". Não
são todos os psicanalistas que "desprezam" (palavra de religioso) o
cognitivismo. Eu não desprezo nada. Creio, inclusive, que se pudermos
fazer uma boa argumentação, chegaremos a demonstrar quea psicanálise
também é um método cognitivo.
É o que eu penso. Freud foi o primeiro psicólogo cognitivo. Mas em
geral os psicólogos cognitivos estudam os programas de processamento
visual, essas coisas. Os psicanalistas estão mais voltados para os
programas de socialização.
> Pessoalmente penso que o inconsciente cognitivo é o mesmo
inconsciente dinâmico.
Não sei o que é inconsciente cognitivo e dinâmico. Imagino que o
cognitivo sejam os programas mentais que não são acessíveis através
da consciência, é isto?
SUBJECT: Re: Psicanálise
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/10/2002 15:18
> Tudo bem. Só tem uma coisa: a palavra "perversão", em psicanálise
não tem conotação moral. Não signiica "desvio", nem anormalidade. A
palavra "normal" não é do vocabulario freudiano. "Perversão"
significa "tradução". O trabalho em que Freud fala sobre este tema
é "Tres ensaios de teoria sexual", de 1915. Aí ele trata de mostra
que os denominados perversos pela sociedade da época são só um
manifestação parcial da sexualidade dos chamados "normais". Que a
sexualidade "perversa" se encontra no homem normal. Além disso diz
que em qualquer criança ha uma coleção dessas perversões e que
qualquer criança normal não passa de um "perverso polimorfo". Para
Freud, perversão é sexualidade adulta que não chegou a evoluir. Não
significa necessariamente uma doença.
A questão é, a sexualidade deve evoluir? Um garoto deve desviar suas
ligações com a mãe para outras mulheres? Se ele não faz isso podemos
dizer tratar-se de um problema? Um pai deve quebrar a ligação entre
filho e mãe? Por que? Quem disse que ele deve fazer isto? De onde vem
todas essas coisas? O que eu sustento é que a única resposta está em
Darwin. Um garoto deve desviar suas ligações com a mãe para outras
mulheres porque é assim que devem funcionar nossos programas de
socialização, que foram moldados por seleção natural. Talvez em
algumas situações isso possa não ocorrer, e o garoto será um
feiticeiro ou algo assim, o que também pode ter bases evolutivas. Mas
se ele ficar excitado com um alfinete de fralda, como de fato eu
soube de um caso, isso me parece claramente uma anomalia.
O fato é que a psicanálise procura resolver problemas. Para você ter
problema é necessário ter uma situação normal, não?
> Somos poucos ainda os psicanalistas que nos interessamos por uma
teoria da sociedade. É algo que não ajuda nada. Não é uma atitude
útil.
Realmente, tratar de sociedades é algo muito mais difícil que tratar
de indivíduos. Em relação à nossa sociedade, é praticamente
impossível. Estou convencido que bons projetos sociais só podem ser
empreendidos em sociedades pequenas, com alguns poucos milhares de
indivíduos. Teríamos que fazer experimentos e testar vários modelos,
o que torna o trabalho dispendioso. Um dos grandes problemas em fazer
experimentos sociais, penso eu, é que os resultados só podem ser
observados lá para a terceira geração, ou seja, após 50 anos de
experimento.
Eu tento elaborar uma teoria da sociedade, mas uma coisa me intriga:
o namoro. O que diabos é isto? Eu entendo o casamento, um contrato
social e político que tem sua origem na hierarquia de dominância dos
primatas sociais, mas o namoro, mediado pela paixão, é estranho. Se
não for pedir demais, será que você poderia falar um pouco da visão
psicanalítica deste fenômeno. Uma outra coisa: O que acontece quando
a criança cresce sem pai, ou com um pai enfraquecido? Em que sentido
sua relação com o sexo oposto muda? Me parece que esta pessoa se
sentiria mais compelida a namorar do que a casar, não?
SUBJECT: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 15:19
Caro Edson,
Porque essa surpresa? Você sabe que gente como Hawking, Einstein, Bohr,
Feynman, etc, não são brilhantes. Brilhante mesmo só o Sérgio Taborda...
Você também cometeu um erro ao dizer que não é físico. Agora o Sérgio vai
tripudiar sobre você, dizendo que você não sabe de nada, que nunca teve
físicos como professores, que não passa de um brazuca ignorante, que só ele
sabe de tudo e assim mesmo acredita em astrobobologia...
Um dia a gente aprende a ser assim tão brilhante!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 18 de Outubro de 2002 14:56
Assunto: [ciencialist] Físicos contemporâneos
> Sérgio Taborda escreveu: "Pq vc lhes chama ´brilhantes´"?
>
> Sérgio,
>
> Não sou físico, bem o sabes, mas gosto da matéria e acompanho, como
posso,
> os avanços na área.
>
> Como leigo, estou habituado a ver alguns autores serem tratados como
> luminares da Física, em especial o Stephen Hawking. Mas parece que você
não
> tem essa mesma opinião e gostaria muito de saber o porque, para minha
> própria ilustração.
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
>
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/10/2002 15:30
Olá. Nós estamos indo para o buraco mesmo. Não há muito o que se
fazer. Eu acredito que estamos presenciando o fim da civilização
cristã ocidental. A rebelião das mulheres não só é conseqüência
disso, como também causa. As coisas pioraram muito a partir de 1970.
Naquela época só se mostrava o órgão sexual feminino no submundo
holandês. Hoje em dia é algo trivial. A internet está irradiando os
mais estranhos gostos sexuais em nível global. Isso sem falar da
violência, que explodiu a partir desta época. São apenas 30 anos. Foi
muito rápido.
SUBJECT: Dúvida sobre o complexo de Édipo.
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/10/2002 16:49
Ouvi dizer que o complexo de Édipo se manifesta em duas fazes. Uma na
infância, outra na adolescência. Alguém poderia me informar as
idades? Essa teoria é bem aceita?
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 16:59
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
> O Taborda acha que
> os cosmologistas que estudam essa teoria estão apenas perdendo o seu
tempo,
> ao passo que eu acho que eles estão fazendo a coisa certa, trabalhando no
> aprofundamento e desenvolvimento da teoria, na esperança de encontrar uma
> forma de preencher suas lacunas.
Não é bem isso que eu acho. O que realmente acho é que teorias que são
completamente violadoras
dos principios fisicos devem ser mortas antes de nascer. Como aquela de que
o Universo - aquilo que é tudo - veio de uma perturbação pré existente a ele
mesmo. O Universo que veio do nada é o mesm otipo de paradoxo do Deus que se
auto-criou.
A resposta logica a isto é : ele não se criou, ele sempre existiu.
Mas os cosmologistas tendem a subverter esta conclusão dizendo que o tempo e
o espaço foram criados com o universo. Que o Universo _É_ o espaço e o
tempo.
Isso é absurdo.
E é contra este tipo de absurdos que me insurjo, e ainda mais quando as
pessoas dizem acreditar neles.
Ou , sequer, usá-los como ponto de partida para seus argumentos.
> De qualquer forma, à medida que o debate prosseguia, ele acabou se
> concentrando mais sobre a mecânica quântica e, dentro desta, mais
> especificamente no problema da medição. A mecânica quântica descreve as
> partículas, antes da medição, como uma superposição coerente de
> probabilidades entrelaçadas, cuja evolução é descrita pela equação de
> Schrödinger. Essa equação permite calcular as possibilidades de uma
> partícula assumir determinado estado, descrevendo-as como uma função de
> onda, representada pela letra grega psi. A partir dela, pode-se extrair a
> probabilidade simplesmente elevando psi ao quadrado.
Isso não é bem assim.
O módulo de uma função é um integral. É esse integral que representa a
probabilidade.
Não é a simples elevação ao quadrado.
A probabilidade de uma função de onda é sempre 1.
Isto representa que a função de onda é mesmo aquela e para aqule sistema não
ha outra.
Para um dado estado, a sua probabilidade é o quadrado da energia desse
estado.
E outra coisa, é melhor vc se referir a "função de onda de um sistema" e
não" de uma particula".
Isto pq a f.d.o é de sistemas. Uma particula livre é um sistema particular.
> Esse é, em resumo, o problema da medição. Enquanto os físicos teóricos
> tentam solucioná-los, a maior parte dos físicos, no dia-a-dia dos
> laboratórios, não perde tempo com essas questões, contentando-se com o
fato
> de que a mecânica quântica funciona. Essa atitude é jocosamente descrita
> pelo Robert Gilmore como "cale a boca e calcule". Pra eles, basta que as
> equações permitam calcular os resultados satisfatoriamente. Muitos,
> inclusive, acreditam que não existe nenhum problema da medição
simplesmente
> porque conceitos como função de onda, superposições coerentes e colapso da
> função de onda são meras ferramentas matemáticas, que não correspondem a
> nenhuma entidade ou processo reais. Essa parece ser a linha de abordagem
do
> Taborda, e ele não está sozinho.
Não é a minha linha de abordagem por gosto. É por várias razões que já
apontei.
Que não se fique com a impressão que estas questões são questões de gosto ou
de fé, ou de o que quiserem chamar.
São questões de simples raciocinio físico. Físico, senhores, Físico. E não
matemático.
Afirmações como essas do Robert Gilmore que vc citou mais valia não serem
feitas.
Essas pessoas são como xamãs da MQ. Muito mabo-jambo, muito uba-uba, muito
espetáculo, mas nenhuma fisica.
Os fisicos não ignoram esta questão do colapso pq acreditam que a MQ
funciona. Eles a igoram pq ela simplesmente não existe.
E não existir, em fisica significa que : não ha nenhum fenómeno que para ser
explicado seja preciso isso , E, não ha nenhum fenómeno que prove que isso é
real.
Não é uma questão de "cale a boca e calcule" ...se bem que eu ache ,
pessoalmente, que quem diz estas frases merecia um "deixe de fazer contas,
cale-se e aprenda fisica!"
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 17:03
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto"
Subject: [ciencialist] A Massa do Fóton
>A variação no estado de energia de um elétron, abosorver ou emitir um
fóton, não tornaria a sua >massa variável já que (1) E=mc² e (2) E=hf,
Mais devagar.
A energia do electrão E(e) = mc² = srqt( (pc)² +(Mc²)²)
Quando aumentas a energia do electrão estás a aumentar o seu momento (p),
não a sua massa (M)
o numero m , chamado de massa relativista é apenas uma forma de simplificar
expressões, mas que mascara o que realmente está a acontecer.
> implica que (3) m=hf/c² ? Isso também quer dizer que a massa do fóton na
realidade não seja nula, mas bem próxima disso, de zero, pelos motivos da
equação 3.
A massa M dos fotões é nula. O 4-momento dos fotões é nulo. É isso que
significa a sua massa ser nula.
m não é a massa do fotão. É uma quantidade que representa o seu momento.
É por representar o seu momento que é esta massa que explica pq a luz cruva
no campo gravitico.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Colisão particula anti-particula
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 18:36
Tudo bem Sérgio, fui infeliz ao tomar como parâmetros as colisões, na
verdade, deveria ter tomado as cargas. No caso elas são de sentido contrário
e não sei como podem habitar o interior do méson sem auto-destruirem-se, a
menos que exista uma particular mediadora?
----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 19, 2002 10:41 AM
Subject: Re: [ciencialist] Colisão particula anti-particula
>
> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Alberto"
>
> >Comp é que particula e anti-particula se anulam mutualmente em uma
colisão
> e o Méson é formado >pela ligação de quark e de um anti-quark?
>
>
> Acho que já respondes na pergunta: "se anulam em uma colisão" , ora detro
do
> mesão não a ha colisão, ha "orbitação" , donde , não têm pq se anular.
> Neste momento não tenho presente se os mesões têm um quark e um anti-quark
> do mesmo tipo.
>
> Sérgio
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 18:42
Sérgio, obrigado pela resposta e me desculpe a ignorância, mas, se não se
incomoda, gostaria que me explicasse melhor essa questão!, sobretudo no que
diz respeito a parte em que a luz curva no campo gravítico. Tenha sérias
resistências a aceitar que o fóton não tenha massa, e eu não estou sozinho.
Existem teorias, não lembro agora o autor, mas lí recentemente, que o
consideram com massa mínima.
Abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.p
To: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 19, 2002 5:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
>
> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Alberto"
>
> Subject: [ciencialist] A Massa do Fóton
>
>
> >A variação no estado de energia de um elétron, abosorver ou emitir um
> fóton, não tornaria a sua >massa variável já que (1) E=mc² e (2) E=hf,
>
> Mais devagar.
> A energia do electrão E(e) = mc² = srqt( (pc)² +(Mc²)²)
> Quando aumentas a energia do electrão estás a aumentar o seu momento (p),
> não a sua massa (M)
> o numero m , chamado de massa relativista é apenas uma forma de
simplificar
> expressões, mas que mascara o que realmente está a acontecer.
>
> > implica que (3) m=hf/c² ? Isso também quer dizer que a massa do fóton na
> realidade não seja nula, mas bem próxima disso, de zero, pelos motivos da
> equação 3.
>
> A massa M dos fotões é nula. O 4-momento dos fotões é nulo. É isso que
> significa a sua massa ser nula.
> m não é a massa do fotão. É uma quantidade que representa o seu momento.
> É por representar o seu momento que é esta massa que explica pq a luz
cruva
> no campo gravitico.
>
> Sérgio
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Colisão particula anti-particula
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 18:56
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto"
> Tudo bem Sérgio, fui infeliz ao tomar como parâmetros as colisões, na
> verdade, deveria ter tomado as cargas. No caso elas são de sentido
contrário
> e não sei como podem habitar o interior do méson sem auto-destruirem-se, a
> menos que exista uma particular mediadora?
Não estou a perceber o problema. Qual é o problema de ter duas cargas
simétricas no "interior" do mesão ? No atomo ha duas cargas iguais e
simétricas (protão, electrão).
O unico resultado seria um particula com carga nula.
No caso do mesão, os quarks não são iguais ( ver tabela de mesões em :
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/particles/meson.html#c1 )
e as particulas que resultam tem cargas conforme os quarks que as compoem
Mas mesmo que sejam pares quark-anti-quark iguais como o J/Psi ou o Y
(upsilon) que problema haveria ?
Não vejo qual é o seu problema.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 19:18
----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 19, 2002 3:19 PM
Subject: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
>Porque essa surpresa? Você sabe que gente como Hawking, Einstein, Bohr,
Feynman, etc, não são brilhantes. Brilhante mesmo só o Sérgio Taborda...
Pues. Eu, como sou apenas um leigo, e não chego nem sequer a ser
bem-informado, não sabia disso. Se tivesse entrado na lista antes, não teria
desperdiçado o meu precioso tempo lendo as bobagens que o Stephen Hawking ou
o Niels Bohr escrevem. Reconheço agora que eles apenas serviram pra me
desencaminhar da luz da verdade. Deveria ter pedido explicações diretamente
ao Taborda, isso evitaria que eu fosse mistificado e confundido por xamãs
que não sabem nada de física e, no entanto, gostam de posar como físicos,
tipo aquele comediante americano, como era mesmo o nome dele? Ah, sim,
Richard Feynman... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 19:18
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto"
> Sérgio, obrigado pela resposta e me desculpe a ignorância, mas, se não se
> incomoda, gostaria que me explicasse melhor essa questão!, sobretudo no
que
> diz respeito a parte em que a luz curva no campo gravítico. Tenha sérias
> resistências a aceitar que o fóton não tenha massa, e eu não estou
sozinho.
De facto vc não está sóznho. Eu apenas lhe disse o que a TRG defende (q não
é necessáriamente o que eu acho). E tentei explicar o pq das suas afirmações
não serem correctas.
> Existem teorias, não lembro agora o autor, mas lí recentemente, que o
> consideram com massa mínima.
O proprio Eisntein, assim como de Broglie pensavam isso.
O problema está no conceito de massa.
O que é "massa" ?
Para os relativistas actuais, massa é a norma do 4-vector 4-momento.
Ou seja , massa (M) é um Invariante.
Esta massa é zero para o fotão. E é considerada igual á massa clássica para
as outras particulas e corpos.
Esta massa está relacionada com a energia latente, ou energia de repouso, E=
Mc² e representa uma energia propria das particulas/corpos.
Esta energia não varia (em relatividade) pq é um Invariante.
Contudo, um observador num qq referencial que não o do fotão medirá uma
outra massa m.
Esta massa depende da velocidade relativa entre o observador e o fotão.
Como a velocidade do fotão é constante, ela acaba dependendo de hf/c²
Para a curvatura do trajecto do fotão o que interessa é esta massa m , que
não é zero.
E dai se conclui que o trajecto da luz é curvo na presença de campo
gravitico.
Notar que de Broglie falava da masa do fotão pq a calculava por hf/c² , se
vc fizer as contas verá que é mesmo muito pequena e está na escla de massa
para o electrão como o eletrão para nós.
Contudo, ha outras formas de prever que a luz curva, mesmo usando principios
classicos.
A luz, curva, isso é um facto.
A luz tem massa ? Defina massa primeiro e eu lhe respondo. :-)
Eisntein , chamou a atenção para o seguinte.
Das eq de Maxwell tem-se que E=pc e da definição classica de momento,
têm-se p= mc se acharmos que v=c para a luz. então E= mc², directamente.
A questão aqui é saber que massa este m representa. Representa M=0, ou m
=hf/c²
A experiencia mostra que representa hf/c²
A pergunta, quanto a mim é o que representa m, na eq F=ma de Newton ?
Será que representa o mesmo que m , em p=mc . E será que estes m representam
o mesmo que m na eq p= mv clássica ?
Se na eq classica m fosse o mesmo que na eq relativista então ele variaria
muito pouco para as velocidades classicas. O que removeria a igualdade
M=massa classica.
A massa que realmente interessa é m, mas a que é chamada "massa" em
relatividade, fisica das particulas e MQ, é M.
Não sei se eclareci o ponto que o preocupava.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 19:23
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 19, 2002 4:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
>Essas pessoas são como xamãs da MQ. Muito mabo-jambo, muito uba-uba, muito
espetáculo, mas nenhuma fisica.
Por "essas pessoas" você quer dizer Bohr, Heisenberg, Pauli, von Neumann,
Wigner, John Wheeler, Richard Feynman e David Bohm entre outros? Porque
foram eles que criaram e desenvolveram a mecânica quântica. Ou talvez você
ache que eles (com a possível exceção de John Wheeler, que continua na ativa
aos noventa anos) já estão ultrapassados. Nesse caso você estaria se
referindo aos físicos contemporâneos, que pegaram a mecânica quântica do
ponto onde os pioneiros largaram e estão levando ela pra adiante? Gente como
John Bell, Alain Aspect, David Finkelstein, Heinz Dieter Zeh, Wojcieh H.
Zurek e Roger Penrose, entre outros? Porque todos eles, sem exceção, de Bohr
a Penrose, se ocuparam de um ou outro aspecto do problema da medição. Dizer
que o trabalho deles é muito espetáculo e nenhuma física - eles que, repito,
criaram, desenvolveram, aperfeiçoaram e continuam aperfeiçoando a mecânica
quântica - é uma afirmação tão absurda que nem merece comentário. Se von
Neumann, Wheeler, Feynman ou Aspect, pra não falar de Bohr, Heisenberg e
Pauli, são os xamãs da mecânica quântica, uau, viva o mambo-jambo!
>Os fisicos não ignoram esta questão do colapso pq acreditam que a MQ
funciona. Eles a igoram pq ela simplesmente não existe.
Você diz que "os físicos", de um modo geral, ignoram a questão do colapso.
Você tá querendo me dizer que os sujeitos que eu nomeei aí em cima não são
físicos? Se *eles* não são físicos, quem é que é físico? O técnico de
laboratório que desenvolve experiências a partir dos conceitos, premissas e
fórmulas que esses "xamãs" desenvolveram? É isso que você tá me dizendo? Que
os caras que criam a teoria não passam de xamãs, e os caras que usam a
teoria é que são os verdadeiros cientistas? Porque, repito, não existe
praticamente *nenhum* dos físicos que desenvolveram a mecânica quântica no
passado, *nenhum* dos físicos que continuam desenvolvendo-a no presente, que
"ignore" a questão do colapso.
>Não é uma questão de "cale a boca e calcule" ...se bem que eu ache ,
pessoalmente, que quem diz estas frases merecia um "deixe de fazer contas,
cale-se e aprenda fisica!"
É um bom conselho a ser dado pro John von Neumann, por exemplo. Talvez você,
que sabe tudo sobre a verdadeira física, pudesse ensinar uma ou duas
coisinhas sobre os espaços hilbertianos pra ele - ele, que foi quem
introduziu essa ferramenta na mecânica quântica. E que também introduziu o
problema da medição. Um falso problema, evidentemente, porque von Neumann
não sabia nada de física. Exceto, claro, que os _Fundamentos Matemáticos da
Mecânica Quântica_ são a fonte de praticamente todas as ferramentas
conceituais e matemáticas que os teus adorados professores te ensinaram...
Sds.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 19:55
É verdade. Eu não sou do tipo que se guia pela autoridade de quem quer que
seja, mas quando aparece alguém dizendo que TODOS os físicos do passado e
do presente estão enganados, pode saber que tem dente de coelho aí. E é um
coelho bem dos grandes!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 19 de Outubro de 2002 19:18
Assunto: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
> ----- Original Message -----
> From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Saturday, October 19, 2002 3:19 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
>
> >Porque essa surpresa? Você sabe que gente como Hawking, Einstein, Bohr,
> Feynman, etc, não são brilhantes. Brilhante mesmo só o Sérgio Taborda...
>
> Pues. Eu, como sou apenas um leigo, e não chego nem sequer a ser
> bem-informado, não sabia disso. Se tivesse entrado na lista antes, não
teria
> desperdiçado o meu precioso tempo lendo as bobagens que o Stephen Hawking
ou
> o Niels Bohr escrevem. Reconheço agora que eles apenas serviram pra me
> desencaminhar da luz da verdade. Deveria ter pedido explicações
diretamente
> ao Taborda, isso evitaria que eu fosse mistificado e confundido por xamãs
> que não sabem nada de física e, no entanto, gostam de posar como físicos,
> tipo aquele comediante americano, como era mesmo o nome dele? Ah, sim,
> Richard Feynman... ;-)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 21:04
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> É verdade. Eu não sou do tipo que se guia pela autoridade de quem quer que
> seja, mas quando aparece alguém dizendo que TODOS os físicos do passado e
> do presente estão enganados, pode saber que tem dente de coelho aí. E é um
> coelho bem dos grandes!
Quem disse que "TODOS"(sic) os fisicos do passado e do presente estão
enganados ?
Sérgio
P.S.
Se tiver algum coelho é um da sorte... quando formos ao casino jogar dados.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 21:34
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
>
> >Essas pessoas são como xamãs da MQ. Muito mabo-jambo, muito uba-uba,
muito
> espetáculo, mas nenhuma fisica.
>
> Por "essas pessoas" você quer dizer Bohr, Heisenberg, Pauli, von Neumann,
> Wigner, John Wheeler, Richard Feynman e David Bohm entre outros?
Com "essas pessoas" eu refiro-me a todas as que fazem afirmações gratuitas e
despopositadas como o citado Robert Gilmore na frase citada por ti.
Eu não falei de Feyman, nem de Bohm, nem de Wheeler, muito menos de Pauli ,
Bohr ou Heisenberg.
Vamos lá a deixar de pôr palavras nos meus textos que eu não escrevi. Eu
nunca me referi a ninguem em particular excepto ao Robert Gilmore, no ultimo
mail. E em outros mails aos autores citados nos mails correspondentes.
> Ou talvez você
> ache que eles (com a possível exceção de John Wheeler, que continua na
ativa
> aos noventa anos) já estão ultrapassados. Nesse caso você estaria se
> referindo aos físicos contemporâneos, que pegaram a mecânica quântica do
> ponto onde os pioneiros largaram e estão levando ela pra adiante? Gente
como
> John Bell, Alain Aspect, David Finkelstein, Heinz Dieter Zeh, Wojcieh H.
> Zurek e Roger Penrose, entre outros?
> Porque todos eles, sem exceção, de Bohr
> a Penrose, se ocuparam de um ou outro aspecto do problema da medição.
E dai ? é preciso uma lista de pessoas que se ocuparam do problema do
Flogisto ? ou do problema do Aether ?
O que vc espera provar citando listas de pessoas que se dedicam ao problema
da medição ?
Inferir que o problema existe ? Como existia o Flogisto ou o Aether ?
Isto é fisica, não é sociologia, politica ou filosofia, onde amdam uns atrás
dos outros como ovelhas sem pastor procurando abrigo nos guarda-chuvas de
"mentes brilhantes".
Em fisica, exigem-se provas. Factos. Dados experimentais. Coisas concretas
que possam ser medidas e reproduzidas.
E não páginas de texto que pseudo-resolvem um pseudo-problema criado por
eles mesmos, numa linguagem que eles mesmo desenvolvem.
Estou parcialmente convencido de que se um qq Alan Sokal escrevesse algum
texto do mesmo tipo mas versando a fisica "de ponta" de hoje, toda a gente
ia ler, citar, acreditar, empacotar e revender como verdade. E ainda
escreviam no prefácio que Sokal era uma "mente brilhante".
> >Os fisicos não ignoram esta questão do colapso pq acreditam que a MQ
> funciona. Eles a igoram pq ela simplesmente não existe.
>
> Você diz que "os físicos", de um modo geral, ignoram a questão do colapso.
> Você tá querendo me dizer que os sujeitos que eu nomeei aí em cima não são
> físicos?
Não. Eu não nomei nomes. A carapuça enfia-a quem quiser.
Não sei pq vc está tão preocupado com aqueles senhores..ou será que vc está
preocupado consigo mesmo por acreditar fielmente em pessoas que , afinal de
contas , são pessoas como outras qq e que pdoem estar enganadas?
>Se *eles* não são físicos, quem é que é físico?
Parafrasenado Eisntein, o melhor fisico de todos é o Grande Arquitecto do
Universo.
Respondendo à pergunta: Fisico é quem entender fisica. Não quem faz
matemática , achando que está fazendo fisica com isso.
>O técnico de
> laboratório que desenvolve experiências a partir dos conceitos, premissas
e
> fórmulas que esses "xamãs" desenvolveram? É isso que você tá me dizendo?
Não. Não é isso que estou dizendo.
>Que os caras que criam a teoria não passam de xamãs, e os caras que usam a
> teoria é que são os verdadeiros cientistas?
Não.
Que os caras que criaram a teoria já não estão cá.
Que quem lhes seguiu , segiu por onde quiz, pq ninguem , naquela altura
tinha ideia de por onde seguir.**
Que hoje, temos bases fundamentadas, robustas e sólidas. A MQ de hoje é
completamente diferente das hipoteses de de Broglie ou de Bohr.
Que ser fisico é preocupar-se com a logica da realidade que nos rodeia e não
com a abstracção de um problema que não existe. Isso é para os matemáticos.
Ser fisico é preocupar-se com Leis Fundamentais, Permissas Primeiras,
Experimentação e Factos! Não é procurar ficções para problemas que não eles
mesmos não conseguem mostrar que existem.
(** Um ex-professor da minha faculdade foi colaborador do de Broglie. E como
este, ele estava decidido a avançar na direcção das particulas-onda. Mas tal
como Bohm e outros, nada consegiu. Acabou por não conseguir nada mais que
expeculações. )
> >Não é uma questão de "cale a boca e calcule" ...se bem que eu ache ,
> pessoalmente, que quem diz estas frases merecia um "deixe de fazer contas,
> cale-se e aprenda fisica!"
>
> É um bom conselho a ser dado pro John von Neumann, por exemplo. Talvez
você,
> que sabe tudo sobre a verdadeira física, pudesse ensinar uma ou duas
> coisinhas sobre os espaços hilbertianos pra ele
É, talvez... se os espaços hilbertianos fossem fisica. São matemática, só
matemática.
Mesmo assim, sei o suficiente de espaço Hilbertiano para poder lhe explicar
a si, se estiver interessado
Lá estás tu a lançar conceitos envoltos numa aura como se fossem "apenas
entendiveis por genios".
>- ele, que foi quem
> introduziu essa ferramenta na mecânica quântica.
E agradeço muito. E dai ? Quer o quê ? Que faça uma estatua dele e o venere
?
Que acredite em tudo o que ele disser? Que o cite vezes sem conta e faça
intreviu o nome dele como sinónimo de verdade absoluta ?
Quem é ele ? Deus ?
> E que também introduziu o
> problema da medição. Um falso problema, evidentemente, porque von Neumann
> não sabia nada de física.
Ele não o consegiu resolver, pois não ? Não quer isso dizer alguma coisa ?
Tlv não o conseguiu resolver pq ele não existia.
( O aether tb tinha muitos problemas que não foram resolvidos. Afinal não
podiam sequer ser equacionados, pois o aether não existia. Era ai que
estava a solução: na inexistencia do problema)
>Exceto, claro, que os _Fundamentos Matemáticos da
> Mecânica Quântica_ são a fonte de praticamente todas as ferramentas
> conceituais e matemáticas que os teus adorados professores te ensinaram...
Mas não do problema do colapso.
Vc mesmo disse que ninguem sabe resolver isso.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 22:49
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: CienciaList
Sent: Saturday, October 19, 2002 9:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
>Com "essas pessoas" eu refiro-me a todas as que fazem afirmações gratuitas
e
despopositadas como o citado Robert Gilmore na frase citada por ti.
Eu não falei de Feyman, nem de Bohm, nem de Wheeler, muito menos de Pauli ,
Bohr ou Heisenberg.
Você falou dos que acham que existe um problema da medição. Feynman, Bohm,
Wheeler, Bohr e Heisenberg acham que existe um problema da medição.
Portanto, você falou deles, mesmo sem nomeá-los.
>Vamos lá a deixar de pôr palavras nos meus textos que eu não escrevi.
Você vem fazendo isso comigo desde que este debate começou. De mais a mais,
em um email de 17/10, você disse que o meu problema era que eu nem me dava
ao trabalho de entender o que você escreve porque comigo tudo é literal.
Pensei que, se eu não fosse tão literal, você ia ficar mais satisfeito.
Deus, você é um cara difícil de agradar... };-)
>E dai ? é preciso uma lista de pessoas que se ocuparam do problema do
Flogisto ? ou do problema do Aether ?
Nenhuma das pessoas que se ocuparam do problema do flogisto ou do éter tem
lá muito destaque na física por causa dessas pesquisas - com exceção de
Michelson e Morley, que provaram que o éter não existe. Por outro lado, as
pessoas que eu citei ocupam uma posição de destaque na física do século XX
precisamente por causa de suas pesquisas com mecânica quântica - inclusive o
problema da medição.
>O que vc espera provar citando listas de pessoas que se dedicam ao problema
da medição ?
Inferir que o problema existe ?
Não. Inferir que algumas pessoas, cujo entendimento de mecânica quântica não
pode ser colocado em dúvida porque eles ajudaram a construí-la, *acreditam*
que o problema existe.
>Como existia o Flogisto ou o Aether ?
Logo que se demonstrou que o flogisto e o éter não existiam, os físicos
viraram as costas pra ele.Mas, mais de um século depois do início da
mecânica quântica, eles ainda não viraram as costas pro problema da medição.
Se fosse algo tão elementar e irrelevante quanto você acredita, acha que
gente do calibre de um John Wheeler não teria percebido? Físicos não são
burros (pelo menos, alguns não são) e não iam perder tempo com um problema
se não achassem que é relevante.
>Isto é fisica, não é sociologia, politica ou filosofia, onde amdam uns
atrás
dos outros como ovelhas sem pastor procurando abrigo nos guarda-chuvas de
"mentes brilhantes".
Não sei exatamente o quanto você entende de física, mas é óbvio pra mim que
não entende picas de sociologia, política e muito menos de filosofia.
>Estou parcialmente convencido de que se um qq Alan Sokal escrevesse algum
texto do mesmo tipo mas versando a fisica "de ponta" de hoje, toda a gente
ia ler, citar, acreditar, empacotar e revender como verdade. E ainda
escreviam no prefácio que Sokal era uma "mente brilhante".
Alvo errado, colega. Considero Alan Sokal uma besta e um oportunista. Eu
provavelmente o leria, mas não empacotaria o que ele diz como verdade nem
que ele afirmasse que a Terra é redonda. A menos, claro, que você se refira
a "Transgressing Boundaries", o famigerado artigo que ele publicou na
revista Social Text que, este, sim, teria sido um artigo brilhante, se o
Sokal não tivesse estragado tudo dizendo que era só uma paródia... ;-)
>Não. Eu não nomei nomes. A carapuça enfia-a quem quiser.
Eu sei que você não gosta muito de filosofia, muito menos de lógica, mas
vamos brincar um pouco de transformar o seu raciocínio em um silogismo:
A. Nenhum físico de verdade se ocupa do problema da medição.
B. [fulano] se ocupa do problema da medição.
Logo:
C. [fulano] não é um físico de verdade.
Substitua [fulano] por qualquer um dos nomes que eu citei e você verá como o
seu raciocínio implica necessariamente na minha afirmação, uma vez que todos
eles se ocuparam do problema da medição.
>Não sei pq vc está tão preocupado com aqueles senhores..ou será que vc está
preocupado consigo mesmo por acreditar fielmente em pessoas que , afinal de
contas , são pessoas como outras qq e que pdoem estar enganadas?
Podem, claro que podem. Mas presumo que isso também se aplica a você, ou
você não se considera uma pessoa como qualquer outra? E entre presumir que
um John von Neumann está enganado e presumir que um Sergio Taborda está
enganado, desculpe a franqueza, mas eu fico com a segunda opção.
>Respondendo à pergunta: Fisico é quem entender fisica.
Meu ponto continua o mesmo. Releia a lista que eu citei no email anterior e
me responda: você diria em sã consciência que eles não entendem de física?
Da física que *eles* ajudaram a construir?
>Não quem faz matemática , achando que está fazendo fisica com isso.
Presumo que você está falando de von Neumann de novo. Ele e Penrose são os
únicos daquela lista que são matemáticos por formação. Bem, deixemos Penrose
de lado e fiquemos com von Neumann: você acredita que ele estava fazendo
matemática achando que estava fazendo física com isso? Então me responda:
por que vocês continuam usando em física o formalismo matemático que ele
elaborou?
>Que os caras que criaram a teoria já não estão cá.
Você realmente prestou atenção nos nomes que eu mencionei? Alguns deles já
não estão por aqui, mas alguns deles estão. Citei não só os pioneiros da
mecânica quântica (décadas de 20 e 30), mas os que a desenvolveram no
período intermediário (digamos, dos anos 40 aos 60) e os que continuam
trabalhando com ela nos dias de hoje (da década de 60 em diante).
>Que hoje, temos bases fundamentadas, robustas e sólidas. A MQ de hoje é
completamente diferente das hipoteses de de Broglie ou de Bohr.
Não tenho a menor dúvida disso. E, no entanto, o problema da medição
continua sendo um problema.
>Que ser fisico é preocupar-se com a logica da realidade que nos rodeia e
não
com a abstracção de um problema que não existe. Isso é para os matemáticos.
Ah, Sergio, que coisa mais feia... Você trabalha o tempo inteiro com
ferramentas desenvolvidas pelos matemáticos e faz uma afirmação injusta
dessas sobre ele? Quanta ingratidão! Piedade, ó Senhor, tenho certeza que
ele não fez por mal... };-)
>É, talvez... se os espaços hilbertianos fossem fisica. São matemática, só
matemática.
No entanto, estão incorporados ao formalismo da mecânica quântica e você
mesmo fez mais do que uma referência a ele nos emails em que procurava
salvar a Pureza da Física de Toda Corrupção Deletéria pela Filosofia e pela
Matemática... };-)
>Mesmo assim, sei o suficiente de espaço Hilbertiano para poder lhe explicar
a si, se estiver interessado
Não, obrigado. Sei o bastante sobre isso pro que me interessa e, se precisar
de mais informações, consulto o livro do von Neumann. Não leve a mal. Fonte
por fonte, prefiro as originais. };-)
>Lá estás tu a lançar conceitos envoltos numa aura como se fossem "apenas
entendiveis por genios".
Uai, onde foi que eu fiz isso? Eu só recordei o fato de que foi esse mesmo
von Neumann que você trata na base da paulada, no mesmíssimo livro em que
ele se ocupa do execrável problema da medição, foi esse mesmo von Neumann,
repito, que introduziu algumas das ferramentas que você próprio usa. Se ele
não entende nada de física, por que usar as ferramentas que ele desenvolveu?
>E agradeço muito. E dai ? Quer o quê ? Que faça uma estatua dele e o
venere?
Eu não quero nada. Pouco se me dá a quem você faça estátuas ou venere. Mas,
se ele não entende de física, como você insinuou, por que é que essas
ferramentas se revelaram tão úteis para os físicos?
>Ele não o consegiu resolver, pois não ? Não quer isso dizer alguma coisa ?
Tlv não o conseguiu resolver pq ele não existia.
Ah, Sergio, o rei do non sequitur. Quer dizer que se um problema demora pra
ser resolvido é porque ele não existe? É uma abordagem científica paca...
Sds.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 23:08
Então me diga por que alguns físicos não a consideram, a massa do fóton,
nula? Qual é o argumento e no que isso alteraria a física quântica?
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 19, 2002 5:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
>
> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Alberto"
>
> Subject: [ciencialist] A Massa do Fóton
>
>
> >A variação no estado de energia de um elétron, abosorver ou emitir um
> fóton, não tornaria a sua >massa variável já que (1) E=mc² e (2) E=hf,
>
> Mais devagar.
> A energia do electrão E(e) = mc² = srqt( (pc)² +(Mc²)²)
> Quando aumentas a energia do electrão estás a aumentar o seu momento (p),
> não a sua massa (M)
> o numero m , chamado de massa relativista é apenas uma forma de
simplificar
> expressões, mas que mascara o que realmente está a acontecer.
>
> > implica que (3) m=hf/c² ? Isso também quer dizer que a massa do fóton na
> realidade não seja nula, mas bem próxima disso, de zero, pelos motivos da
> equação 3.
>
> A massa M dos fotões é nula. O 4-momento dos fotões é nulo. É isso que
> significa a sua massa ser nula.
> m não é a massa do fotão. É uma quantidade que representa o seu momento.
> É por representar o seu momento que é esta massa que explica pq a luz
cruva
> no campo gravitico.
>
> Sérgio
>
>
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>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2002 23:27
Olá Marco,
Marco: Eu não sei do que estão falando quando caracterizam a "tal" de fase
anal. O fato de ter a necessidade de excitar a mucosa anal durante um ato
sexual não é algo que necessariamente esteja relacionado com a fase anal.
Manuel: Assim como os físicos divergem em suas interpretações dos fenômenos
quânticos, nós os freudianos também divergimos em algumas questões. Afinal,
nós também somos gente!
Eu entendo que o prazer que se obtém com a excitação da mucosa anal nada
mais é que a manifestação 'direta' e 'imediata' do erotismo anal. O que não
significa que apenas as pessoas que apresentam fixação da libido na fase
anal sejam capazes deste tipo de erotismo. Os erotismos oral e anal também
estão presentes, como 'elementos subordinados', na prática sexual das
pessoas que atingiram a maturidade genital. Aliás, há quem diga que o ponto
G masculino é o períneo, aquela região localizada entre o saco escrotal e o
ânus. Excitando-se essa região no momento do coito, obtém-se um orgasmo
muito mais intenso. Depois de ler essa mensagem, corram para o banheiro e
verifiquem se não estou certo. :-))
Como o homem é um animal cuja relação com o mundo é mediada por símbolos (e
que, com freqüência, e sobretudo na infância, confunde as coisas com as suas
representações simbólicas), é natural que ocorra uma substituição:
substituição do objeto da libido por algo que o represente -- uma
representação arbitrária, estabelecida por convenção, ou qualquer coisa que
mantenha com o objeto 'primário' uma relação de semelhança (metáfora) ou de
contiguidade (metonímia). Por exemplo: é expulsando e retendo as fezes que
as crianças excitam a mucosa anal com o fim de obter prazer. Mas tarde, após
ter assimilado as normas de higiene, a tendência é que a atividade
libidinosa de reter as fezes seja substituída por um 'ritual', dentre os
quais o de entesourar dinheiro (entesourar não é necessariamente uma
atividade libidinosa, mas pode ser, assim como um automóvel, que é um meio
de transporte, não é necessariamente um símbolo de status social, mas,
ocasionalmente, pode ser valorizado como tal).
Sobre o ouro como o sucedâneo das fezes, eis aqui um texto do Freud:<<A
psicanálise ensinou-nos que, no mais primitivo período da infância, as fezes
constituem substância muito apreciada, em relação à qual os instintos
coprófilos encontram satisfação. Com a repressão destes instintos, que é
acelerada tanto quanto possível pela educação, essa substância cai em
desprezo e então serve a propósitos conscientes como meio de expressar
desdém e menosprezo. Certas formas de atividade mental, tais como o chiste,
ainda são capazes de tornar a fonte obstruída de prazer acessível por um
breve momento, e assim demonstram quanto da estima que os seres humanos
outrora dedicaram a suas fezes ainda continua preservada no inconsciente. O
remanescente mais importante desta antiga estima é, porém, que todo o
interesse que a criança teve nas fezes transfere-se, no adulto, para outro
material, que aprende na vida a colocar acima de quase tudo o mais - o ouro.
Quão antiga é esta vinculação entre excremento e ouro pode-se ver a partir
de uma observação de Jeremias: o ouro, segundo antiga mitologia oriental, é
o excremento do inferno.>> (Os Sonhos no Folclore - Freud e Oppenheim)
Marco: O coito anal não precisa necessariamente ser identificado com
erotismo anal. Qualquer mucosa ou superficie pode eventualmente servir como
fonte de excitação sexual. Se a coisa fosse assim tão fácel, poder-se-ia
dizer que os "voyeur" teria passado por um difícil "fase visual". Haveria
fases de todo tipo, já que a excitação sexual pode se localizada em qualquer
superficie.
Manuel: Pelo pouco que sei, ou penso saber, aqueles homossexuais que só
obtém orgasmo mediante coito anal são indivíduos cujo desenvolvimento
psicossexual deteve-se diante da angústia da castração e em que se
verificou, a partir daí, uma regressão e fixação da libido na fase anal de
retenção.
Segundo Freud, os bebês são "perversos polimorfos" na medida em que todas as
regiões do seu corpo são potenciais zonas erógenas, isto é, tornam-se zonas
erógenas ao serem estimuladas. O que distingue a boca, o ânus e a genitália
das demais zonas erógenas é a predominância que exercem sobre as demais. O
cotovelo pode vir a ser uma zona erógena (como também pode não vir a ser) ,
mas sempre sob a primazia de uma outra zona erógena: da mucosa oral, da
anal, da uretral ou da genital, dependendo da idade. Por isso que não se
fala em fase cotovelal, fase auricular, fase mamilar, fase ocular ou fase
nazal da libido.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dúvida sobre o complexo de Édipo.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 00:42
Olá João,
<<Ouvi dizer que o complexo de Édipo se manifesta em duas fazes. Uma na
infância, outra na adolescência. Alguém poderia me informar as idades? Essa
teoria é bem aceita?>>
Manuel: A criança vivencia o drama edipiano entre os 3 e os 6 anos de idade.
A criança pode superar essa fase ou apenas recalcá-la, isto é, pode
renunciar ao desejo genital pela mãe e abandonar a hostilidade para com o
pai ou apenas reprimir esses desejos e sentimentos.
Se houve apenas recalque, pode acontecer o seguinte: durante o período de
latência, de baixíssima produção de testosterona, o recalque não acarreta
grandes problemas. Mas na puberdade, quando o organismo volta a produzir
grande quantidade deste hormônio, a crise edipiana eclode novamente; só que,
desta vez, o Édipo se comportará como se toda mulher fosse sua mãe e todo
homem, principalmente os que estão investidos de alguma autoridade,
representasse o seu pai. O pobre adolescente, além de não conseguir se
relacionar satisfatoriamente com as mulheres (o desejo sexual vem sempre
acompanhado de uma sensação de que está fazendo algo errado), ainda tem que
experimentar o tempo todo um sentimento negativo, mescla de ódio e medo, por
todos os indivíduos do sexo masculino. É uma barra!
O Marco Aurélio pode explicar isso melhor e com mais detalhes.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 02:06
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 19, 2002 12:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
> O que tornou a discussão desnecessariamente mais complicada foi o fato de
> que o meu debate com ele começou como spin-off de uma discussão anterior
que
> ele estava travando com o Manuel Bulcão, em que, numa das mensagens, este
> tinha dito que o universo pode ter começado a partir do nada, usando a
> teoria do Big Bang pra justificar essa possibilidade.
Manuel: Quem sou eu para dizer isso ou aquilo! Eu apenas repeti feito
papagaio as palavras do Alan Guth e do físico russo Alexander Vilenkin.
Segundo eles, se a quantidade total de energia do universo for zero
(considerando que a energia do campo gravitacional é negativa), então há uma
possibilidade de o universo ter surgido do nada, do 'literalmente' nada. O
Sérgio Taborda, cuja arrogância só perde em tamanho para a sua burrice,
respondeu-me com essas palavras ferinas: "Isso é uma falácia muito grande.
Vc não mostra que o universo tenha sido criado do nada. Vc está brincando
com as palavras ditas por este e aquele. Nenhuma teoria fisica apoia essa
versão." Disse também que "nada do que foi dito tem algo que se aproveite."
O Sérgio Taborda despertou o intelectual kick-boxer que há em mim.
"Nenhuma teoria fisica apoia essa versão", disse o sabichão. Pois eu agora
transcrevo as palavras do Alan Guth, que eu julgava ser um "físico teórico"
importante. "Verbis":
<<Embora Tryon não tivesse consciência dessa fonte, o fato de que a energia
total de um universo fechado é exatamente zero fora explicado alguns anos
antes no livro texto amplamente conhecido, "The Classical Theory of Fields",
segunda edição revisada de L. Landau e E. M. Lifshitz (Addison-Wesley Press,
Cambrigde, Massachusetts, 1962), pp. 378-379. Já em 1934, Richard C. Tolman,
do Instituto de Tecnologia da Califórnia, mostrou como a energia da matéria
em um universo fechado pode crescer sem limites, com a energia "vindo da
energia potencial do campo gravitacional". (Relativity Thermodynamics and
Cosmology, Clarendon Press, Oxford, 1934; reimpresso por Dover Publications,
Inc., Nova York, 1937, p. 441).>> (Alan Guth; O Universo Inflacionário; Ed.
Campus; 1997; p. 224)
<<Em 1992, Alexander Vilenkin, da Universidade de Tufts, propôs uma
ampliação da idéia de Tryon. Ele sugeriu que o universo foi criado por
processos quânticos que começaram de "literalmente nada", o que significa
não só ausência de matéria, mas também a do espaço e do tempo. (...)
Vilenkin mostrou que o conceito de nada absoluto é, pelo menos,
matematicamente bem definido e pode ser utilizado como ponto de partida para
a teoria da criação.
<<Assim como a sugestão de Tryon, a proposta de Vilenkin baseava-se na
descrição quântica da relatividade geral. Embora ainda não exista uma fusão
totalmente bem-sucedida dessas duas teorias, conhecemos o suficiente de cada
uma delas para desenvolver um cenário plausível. Da relatividade geral,
Vilenkin pegou a idéia de que a geometria do espaço não é fixa, mas que o
espaço, na realidade, é plástico e capaz de sofrer distorções. Há muitas
geometrias diferentes possíveis, entre elas a do universo fechado, a do
universo aberto, e muitas outras contorções menos simétricas do espaço e do
tempo. Entre todas as geometrias possíveis está a geometria totalmente
vazia, um espaço que não contém ponto nenhum. Da teoria quântica, Vilenkin
retirou a noção de tunelamento quântico: um sistema quântico pode, de
maneira súbita e descontínua, realizar a transição de uma configuração para
outra, desde que nenhuma lei da conservação impossibilite a transformação.
Se juntarmos essas idéias, podemos imaginar que o universo começou na
geografia totalmente vazia -- o nada absoluto -- e então fez uma transição
de tunelamento quântico para um estado não-vazio. Os cálculos demonstram que
um universo criado desta forma teria tipicamente um tamanho subatômico.
Enquanto Tryon queixou-se da implausibilidade de uma flutuação quântica de
proporções cósmicas, Vilenkin conseguiu evocar a inflação para aumentar o
universo até o tamanho atual.>> (Alan Guth; O Universo Inflacionário; Ed.
Campus; 1997; p. 225)
Sobre a quantidade total de energia do Universo ser igual a zero:
"Se o universo foi criado do nada, então a energia total deve ser zero (...)
Mas o universo é claramente repleto de energia (...) Como, então, pode haver
qualquer esperança de uma descrição científica da criação do universo? A
resposta para essa pergunta vem de uma característica extraordinária de uma
forma particular de energia -- a energia potencial gravitacional (...) A
energia do campo gravitacional é, pois, parte da energia do universo e tem
de ser incluída na contabilidade da lei da conservação da energia (...) Como
pode haver esperança de que a criação do universo possa ser descrita pelas
leis físicas coerentes com a conservação de energia? Resposta: a energia
armazenada no campo gravitacional é representada por um número negativo!
Isto é, a energia armazenada no campo gravitacional é na verdade menor que
zero. Se os números negativos são permitidos, então pode-se obter zero ao
adicionar um número positivo a um número negativo de igual módulo; por
exemplo, 7 mais -7 é igual a zero. É, pois, concebível que a energia total
do universo seja zero. A energia imensa que observamos sob a forma de
matéria pode ser anulada por uma contribuição negativa de igual módulo
oriunda do campo gravitacional. Não há limite para o módulo da energia do
campo gravitacional e, portanto, também para a quantidade de matéria/energia
que ele pode anular. (...) A inflação proporciona um mecanismo natural para
extrair o conteúdo do ilimitado reservatório de energia que se pode extrair
do campo gravitacional -- energia que pode evoluir para transformar-se em
galáxias, estrelas, planetas e seres humanos que hoje povoam o universo.
(...) Após 2.000 anos de pesquisa científica, parece hoje que Lucrécio
estava errado. É concebível que tudo possa ser criado do nada. E "tudo" pode
incluir muito mais do que possamos ver. (Alan H. Guth; O Universo
Inflacionário; Ed. Campus; 1997; pp. 9, 10, 11 e 12. O ùltimo capítulo deste
livro, Capítulo 17 - Um Universo 'Ex Nihilo", pp. 223/228, é todo ele sobre
essa hipótese.)
O físico teórico Stephen Hawking faz comentários positivos sobre a hipótese
da gênese ex-nihilo no "Capítulo 8 - Origem e Destino do Universo" do seu
livro de divulgação científica, "Uma Breve História do Tempo" (Ed. Rocco;
18a. edição, pp. 181/182).
O físico teórico Paul Davies, doutor pela Universidade de Londres e
atualmente professor de filosofia natural da Universidade de Adelaide,
Austrália, escreve sobre a gênese ex-nihilo, manifestando concordância, no
"Capítulo 12 - Qual foi a Causa do Big Bang?", pp. 269/296, do seu livro
Superforça (Gradiva, 1984) e também num outro livro, "O Quinto Milagre", p.
70 (Cia. das Letras, 2000). Um trecho: "Na década de 1980, o enigma da fonte
de energia cósmica foi resolvido. Descobriu-se que a energia total do
universo poderia ser na verdade zero, sendo, portanto, um caso de
nada-por-nada. A razão de o universo poder ter energia zero e ainda assim
conter 10(50) toneladas métricas de matéria se deve ao fato de seu campo
gravitacional ter energia negativa..."
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 02:18
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 20, 2002 3:06 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
>Manuel: Quem sou eu para dizer isso ou aquilo!
Salve, Manuel! Eu só mencionei o fato pra deixar bem claro que o Taborda
estava misturando duas polêmicas diferentes, ainda que sobre o mesmo tema
geral. Por mais que eu repetisse que nunca tinha dito que o universo surgiu
do nada, ele insistia em continuar replicando, bradando em alto e bom som
que eu estava caindo em contradição, que uma hora dizia que o universo tinha
surgido do nada, outra dizia que ele tinha surgido de uma singularidade.
Achei que, pra evitar maiores confusões (o que não parece ter adiantado
muita coisa, mas enfim, eu tentei) seria bom deixar bem claro quem disse o
quê. Particularmente, não tenho uma opinião formada a respeito da origem do
universo - aliás, como eu poderia, se pros próprios cosmologistas a questão
continua em aberto?
De qualquer forma, embora ache a teoria do universo inflacionário do Alan
Guth bastante interessante, eu me inclino mais pra duas outras teorias: a
versão de Stephen Hawking, de que o ponto zero do universo foi uma
singularidade, que funcionaria como uma espécie de "fecho" do espaço-tempo,
e o princípio antrópico participativo, do John Wheeler que, a partir de
experiências como o experimento de opção retardada, que mostram que uma
medição atual pode definir as propriedades que um sistema assumiu no passado
(o qual, dessa forma, seria tão indeterminado quanto o futuro), sugere que é
a nossa observação (daí o termo "participativo") que seleciona, dentre as
várias histórias quânticas possíveis pro universo, aquela que permite a
estreita janela de condições em que a vida pode surgir e se desenvolver (de
onde "princípio antrópico").
O Hawking, que define a si mesmo como um positivista, costuma torcer o nariz
pro princípio antrópico participativo, mas a verdade é que as duas hipóteses
não são incompatíveis. Dessa perspectiva, o ponto zero seria uma
superposição coerente de todos os universos possíveis, dos quais, com o
colapso da função de onda causado pelas observações atuais, apenas uma - a
que corresponde ao nosso universo - seria selecionada pra se tornar
efetivamente real.
Já posso imaginar o Taborda, do outro lado do oceano, se contorcendo na
cadeira (de dentista?) ao ler os dois últimos parágrafos, porque eles
condensam em poucas linhas tudo o que tem feito ele rilhar os dentes em
nosso debate: a teoria do Big Bang, as singularidades e o colapso da função
de onda, com o acréscimo de outros detalhes que com certeza ele considera
mais mitológicos do que todos esses pontos juntos. Mas, ao contrário do que
ele insinua, nem o Stephen Hawking, nem o John Wheeler são "xamãs da
física", mas pesquisadores sérios, respeitados e respeitáveis, que fizeram
contribuições inestimáveis à mecânica quântica e à cosmologia. Qualquer um
deles poderia dizer, como Salvador Dalí: "Há mais método na minha loucura do
que loucura no meu método. Por isso, continuo dizendo que a diferença entre
um louco e eu é que não sou louco." ;-)
Abs.
L.
PS. E já que, do ponto de vista do Taborda, estamos em pleno campo da
especulação gratuita, aqui vai mais uma, que cruza dois threads discutidos
aqui na lista. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a extraordinária
semelhança entre o princípio antrópico participativo do Wheeler e o conceito
freudiano de Nachträglichkeit, ou posterioridade. Em ambos os casos, as
propriedades do passado são definidas a partir do presente. É claro que o
conceito psicanalítico é mais restrito, porque só afeta o passado subjetivo
e, mais concretamente, o *significado* que ele assume pra consciência, ao
passo que, na concepção de Wheeler, o que se define a partir do presente são
as propriedades *objetivas* do passado. Mas eu tenho a impressão de que, no
fundo, Freud e Wheeler estão falando sobre a mesma coisa. Afinal, como disse
Wolfgang Pauli: "De um centro interno, a psique parece mover-se para fora,
no sentido de uma extroversão para o mundo físico..."
SUBJECT: Re: Dúvida sobre o complexo de Édipo.
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 02:22
Obrigado pela resposta. Penso que em termos evolutivos a faze inicial
pode estar ligada a uma tentativa da criança adiar a inseminação da
mãe de modo que ela possa contar com mais recursos e cuidados que de
outra forma seriam desviados para o irmão mais novo. É interessante
que esta faze comece aos três anos, justamente quando acaba a
amamentação (no ambiente ancestral) e a mãe volta a ficar fértil.
Já a segunda fase do Édipo pode estar ligada a uma aliança da mãe com
o filho contra o pai, pois interessa a ela que o filho (que carrega
os seus genes) e não o pai, tenha sucesso reprodutivo com outras
mulheres. Nesta fase o filho começa de fato a competir com o pai
pelas mulheres da tribo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia e Força
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 03:26
Léo: > Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como
Ondas, são os únicos modelos postos para justificar "a transferência
de energia" de um sistema para outro.
Sérgio: >>Não é Trabalho e Calor ?
Léo: Não. Tanto trabalho como calor não são entidades reais e como tal não devem ser tratadas com 'substantivos'. Trabalho de força e ondas são veículo de energia.
[]'
Léo
========
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medição
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 03:34
>
> >Coisas não mensuráveis não existem para efeitos práticos.
>
> Vc olvidou o resto da frase: "... em ciência."
>
> Coisas não mensuráveis não existem para efeitos práticos em ciência.
> Mas existem para efeitos teoricos e epistemologicos.
> Existem tb para efeitos historicos, etc.
> O Ego de Hitler não foi mensurável, mas ele existiu. Ou vc tem
> duvidas de que ele tenha existido ?
>
Andre: >>Não sei se existiu, você é que está dizendo. Ego é um conceito
abstrato que faz parte da teoria psicanalítica. Existem outras
teorias da mente que não incluem esse conceito. O que existiu foi um
animal da espécie "homo sapiens", chamado Adolph, nascido na Áustria.
O comportamento desse animal causou muito dano à humanidade. Isso é o
que sei.
Não estou dizendo que não existem conceitos abstratos, idéias, etc,
mas como o próprio nome diz, um conceito abstrato não é real, no
sentido literal da palavra (do latim res = coisa).
Concluindo, existir é um conceito mais vago do que o conceito de
coisa real. Fantasias "existem" na cabeça dos poetas. Conceitos
abstratos "existem" no universo da idéias humanas, mas não existem no
mundo real.<<
Léo: Pleno acordo. Centro de gravidade, por exemplo, é conceito abstrato, útil para a Ciência. Não existe 'tal ponto' no mundo real. Por vezes é até exercício de mentalização, como é o caso do CG de um anel (aliança).
[]'
Léo
===============
SUBJECT: Re: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 03:55
Clarissa: >onde o mundo vai parar!!!
(desculpa aí o desabafo... se eu receber outra mensagem dessas nos próximos 5 minutos nunca mais uso o icq)<<
O que é 'icq'?
[]'
Léo
===========
SUBJECT: Re: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 03:59
Álvaro to Clarissa: > Talvez suas expectativas estejam elevadas demais. O mundo não vai parar em
| lugar nenhum porque sempre foi assim. A diferença agora é a velocidade.
|
| Por outro lado, na Ciencialist você pode levar uns coices de vez em quando,
| mas nunca vai receber uma proposta de sexo virtual!
|
UAI, because, por que não? Nunca tive essa experiência de 'sexo virtual' e seria uma boa oportunidade de aprender como funciona a coisa!
[]'
Léo
===============
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 09:28
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto"
> Então me diga por que alguns físicos não a consideram, a massa do fóton,
> nula?
Qual massa ? M ou m ?
>Qual é o argumento e no que isso alteraria a física quântica?
Eu lhe respondo depois de vc deixar claro de que massa está falando.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 09:52
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
> ----- Original Message -----
> From: Manuel Bulcão
> De qualquer forma, embora ache a teoria do universo inflacionário do Alan
> Guth bastante interessante, eu me inclino mais pra duas outras teorias: a
> versão de Stephen Hawking, de que o ponto zero do universo foi uma
> singularidade, que funcionaria como uma espécie de "fecho" do
espaço-tempo,
> e o princípio antrópico participativo, do John Wheeler que, a partir de
> experiências como o experimento de opção retardada, que mostram que uma
> medição atual pode definir as propriedades que um sistema assumiu no
passado
> (o qual, dessa forma, seria tão indeterminado quanto o futuro), sugere que
é
> a nossa observação (daí o termo "participativo") que seleciona, dentre as
> várias histórias quânticas possíveis pro universo, aquela que permite a
> estreita janela de condições em que a vida pode surgir e se desenvolver
(de
> onde "princípio antrópico").
Yah! boa ... Não querem meter Deus ai ? seria mais facil....
> O Hawking, que define a si mesmo como um positivista, costuma torcer o
nariz
> pro princípio antrópico participativo, mas a verdade é que as duas
hipóteses
> não são incompatíveis. Dessa perspectiva, o ponto zero seria uma
> superposição coerente de todos os universos possíveis, dos quais, com o
> colapso da função de onda causado pelas observações atuais, apenas uma - a
> que corresponde ao nosso universo - seria selecionada pra se tornar
> efetivamente real.
>
> Já posso imaginar o Taborda, do outro lado do oceano, se contorcendo na
> cadeira (de dentista?) ao ler os dois últimos parágrafos,
Eu estou-me nas tintas para as palermices em que vcs acreditam. Eu tentei
abrir-vos os olhos
Vcs teimam em não querer. Não posso fazer mais do que faço.
A "respeitabilidade" é mais importante para vcs do que os factos.
Eu nem sei pq perco tempo com vcs. Vcs tb não são ninguém, não têm credito
nenhum,nem merecem respeitabilidade tanto quanto eu. Não sei pq perco tempo.
Vou usar a vossa tecnica: Como vcs não são ninguem e não tem nenhuma palavra
a dizer no assunto, pq já afirmaram não ser fisicos, vou simplesmente
ignorar o que vcs dizem.
A partir deste momento a CienciaList está aberta à mitologia fisica e à
chalatanice quantica.
Aproveitem.
> PS. E já que, do ponto de vista do Taborda, estamos em pleno campo da
> especulação gratuita, aqui vai mais uma, que cruza dois threads discutidos
> aqui na lista. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a
extraordinária
> semelhança entre o princípio antrópico participativo do Wheeler e o
conceito
> freudiano de Nachträglichkeit, ou posterioridade. Em ambos os casos, as
> propriedades do passado são definidas a partir do presente. É claro que o
> conceito psicanalítico é mais restrito, porque só afeta o passado
subjetivo
> e, mais concretamente, o *significado* que ele assume pra consciência, ao
> passo que, na concepção de Wheeler, o que se define a partir do presente
são
> as propriedades *objetivas* do passado. Mas eu tenho a impressão de que,
no
> fundo, Freud e Wheeler estão falando sobre a mesma coisa. Afinal, como
disse
> Wolfgang Pauli: "De um centro interno, a psique parece mover-se para fora,
> no sentido de uma extroversão para o mundo físico..."
I rest my case.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 10:36
Em Qui 17 Out 2002 02:12, you wrote:
> > Nos textos de Sagan, Dawkins, e outros escritores de ciência para leigos
> > (Asimov, por exemplo) é comum a preocupação destes autores resaltarem que
>
> a
>
> > ciência é baseada em raciocínio indutivo e comprovação empírica. Por isso
>
> um
>
> > cientista deve ter uma postura de questionamento constante (deivo a
>
> incerteza
>
> > inerente do raciocínio indutivo) e admitir a primazia da experimentação
> > empírica sobre a teoria científica, ou seja, em caso de conflito entre
>
> teoria
>
> > e prática, reformular a teoria.
> >
> > Aceitar o conhecimento científico como um conhecimento que jamais
> > atingirá
>
> o
>
> > status de verdade ontológica e estar pronto a sempre reformular as
> > teorias vigentes diante de novas experiências é uma forma de ceticismo.
>
> Douglas: É postura científica. E só.
A questão é resaltar que para ser científico exige-se uma postura específica
no tocante ao julgamento do que é científico ou não e um desvinculamento
deste julgamento às crenças e opiniões pessoais. Isto pode ser muito
adequadamente chamado de ceticismo. Lembre-se que se trata de livros de
ciência para leigos, que a princípio desconhecem o método científico e suas
implicações, e que carregam uma série de preconceitos com relação à ciência e
aos cientista. O ceticiemo científico é uma postura que faz parte de um
conjunto maior o qual podemos chamar de postura científica.
> > Pode não ser o ceticismo acadêmico, ou o ceticismo cartesiano. Mas é
> > ceticismo. Imprecisào?
>
> Douglas: Sim, imprecisão. Pra que dois termos (postura científica e
> ceticismo científico) se um só já serve?
Postura científica é um termo muito mais amplo. Por que falar em terapia
alopática se podemos falar de medicina?
> > Não vamos resumir significado linguístico a significado filosófico, nem
> > restringir significado filosófico ao significado filosófico vigente.
>
> Douglas: Imagine descrever um teorema em forma de poesia? Pode ser muito
> bonito, mas inutil para a ciência. A ciência precisa de precisão, e quando
> um termo fica vago demais é bom especificá-lo.
Escrever sobre ciência não é fazer ciência. Esta é uma lista sobre ciência:
somos obrigados a usar linguagem científica aqui? Devo fazer teoremas,
estabelecer claramente os princípios que sigo e seguir com o método
científico para falar de ciência? Assim até mesmo a filosofia da ciência
seria muito limitada.
Um livro como "Os dragões do Éden", ou "O Relojoeiro cego", ou "O mundo
assombrado por demônios" é um livro sobre ciência, com linguagem acessível a
leigos, escritos com o objetivo de divulgar idéias científicas e sobre
ciência destes autores para o público em geral. Neste sentido acho
estremamente importante resaltar o racionalismo e a objetividade da ciência,
e o desvinculamento entre ciência é crença pessoal e conceitos de verdade
(ontológica, antrópica ou qualquer outra.) pode ser chamado muito
adequadamente de ceticismo. Não é necessário que este termo ceticismo seja
submetido a uma ou várias definições filosóficas.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 10:41
Em Qui 17 Out 2002 05:23, you wrote:
> > Há todo um ramo da matemática para se medir possibilidades. Chama-se
> > estatística.
>
> Possibilidades conhecidas. Se as possibilidades ultrapassam o nosso
> conhecimento, muitas delas são desconhecidas. (Aqui é Ontologia mesmo).
Acho que estamos falando de duas coisas diferentes aqui. Podemos medir HOJE
algo apenas uma breve parcela do que realmente existe.
Mas não acredito em coisas que por princípio nós não poderemos jamais medir,
quantificar ou descrever em números. As possibilidades desconhecidas poderão
ser conhecidas no futuro, e se hoje não podem ser medidas é apenas por
limitações do conhecimento e da técnica humana.
É isso.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 10:47
Em Qui 17 Out 2002 06:26, you wrote:
> Caro Aniello,
>
> Que descuido o meu! Estou trabalhando com lógica simbólica e deve ter
> sido por isso que esqueci de um pequeno detalhe a respeito dos silogismos.
> Detalhe esse, que se lembrado a tempo, poderia ter encerrado a discussão
> que tivemos de vez. A questão é simples: A ÚNICA regra para se estabelecer
> um silogismo válido é que ele tenha três termos. Repito: a ÚNICA. Todo
> silogismo não válido possui mais de três termos. As outras regras são
> apenas para facilitar e derivam da regra única. E o raciocínio para se
> chegar nesta conclusão é totalmente formal. Do jeito q vc gosta.
>
> Como agora vou dormir, deixo a demonstração para depois.
>
> DFG
Ainda não vi a demosntração (falatm uns duzentos emails para chegar no fim de
minha mailbox) e ela me interessa. Mas não sei se isto seria o fim da
discussão. Se provar que tudo em lógica se resume a questào dos tr6es termos
também significa que existe uma distinção lógica obnrigatória entre perna de
cachorro e perna de mesa, quanto ao caráter "pernal", isto sim encerraria a
discussão.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 11:05
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 20, 2002 10:52 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Para Lúcio
>Eu estou-me nas tintas para as palermices em que vcs acreditam.
Estamos empatados.
>Eu tentei abrir-vos os olhos. Vcs teimam em não querer. Não posso fazer
mais do que faço.
É o que dizem todos os Testemunhas de Jeová quando recusamos suas tentativas
de nos converter.
>A "respeitabilidade" é mais importante para vcs do que os factos.
Não se trata de respeitabilidade, mas do fato de que essa respeitabilidade
foi conquistada a custa de sólidas contribuições para a física. Portanto,
não dá pra aceitar quando vem alguém dizer sem mais nem menos que eles
simplesmente não entendem nada de física. Pior ainda quando esse alguém se
apóia numa visão estreita e pragmática do que seja a física.
>Eu nem sei pq perco tempo com vcs.
Eu vinha me perguntando a mesma coisa: por que perder tempo com uma polêmica
que ultimamente descambou pra esterilidade total?
>Vcs tb não são ninguém, não têm credito nenhum,nem merecem respeitabilidade
tanto quanto eu.
Mas, diferente de você, não saímos tentando "abrir os olhos" de ninguém.
>I rest my case.
I'm glad for it.
Sds.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: cooler
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 11:06
Em Qui 17 Out 2002 11:45, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., caio ferreira <idic@t...> escreveu
> A função da ventoinha é colocar ar frio e retirar ar quente de perto
> do processador. A sua pergunta é: qual é mais importante?
> O mais importante é tirar o ar quente. A questão é que sempre que vc
> tira o ar quente, entra ar frio. Donde , em conclusão, as das coisas
> são feitas simultaneamente.
> Se vc está pensando em como a ventoinha teria que rodar, eu diria que
> teria de rodar de forma que o ar fosse expelido para longe do
> processador. Mas não tenho a certeza se é sempre assim que se
> implementa.
A ventoinha de um cooler não distingue ar quente de ar frio, é apenas uma
ventoinha que bota o ar em movimento. E ao botar o ar em movimento ela impede
uma diferenciação entre ar quente e ar frio. O ar que se afasta do
processador, por causa da ventoinha, possue uma diferença insignificante (com
ceretza imperceptível para um termômetro) de temperatura do ar que se
aproxima deste.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] cooler
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 11:15
Em Qui 17 Out 2002 11:52, you wrote:
> Caro Aniello,
>
> O cooler, nos processadores de menor capacidade de processamento, tem a
> função de circular sim o ar, pois não há maior necessidade de arejamento.
> Lembrando sempre do ventilador da fonte, que manda o ar para fora do
> gabinete. Porém em processadores que esquentam mais, na maioria da AMD (
> isso nao pode ser caracterizado como algo decepcionante nos processadores)
> há as possibilidades de se colocar ou um cooler de maior RPM, que expulsa o
> ar atraves de frestas nos gabinetes, ou de alguns fans, em partes
> especificas com o intuito de melhor o arejamento e circulação do ar. Isso
> melhora a estabilidade e aumenta a vida util dum processador.
> Caro queira mais informações, vá no forum de CaseMod, ou em qqer outro no
> forum do Guiadohardware www.forumgdh.net
Conheço as diferenças. Mas de qualquer forma, alterar a RPM de uma ventoinha
de um cooler não vai alterar o princípio físico de funcionameto do mesmo. As
ventoinhas de um cooler se tornam necessárias quando o ventilador da fonte
não é suficiente para manter uma temperatura de ar constante uniforme (e
dentro de certos limites) dentro do gabinete. Quando o processador emite
calor o bastante para gerar uma região de ar quente, coloca-se um ventilador
sobre este, para manter a uniformidade. As RPMs ideais deste ventilador é a
mínima necessária para manter unidorme a temperatura do ar interno no
gabinete.
Um cooler que permitesse regiões de ar quente e ar frio (significativas)
permitiria um sobreaquecimento de alguns chips e circuitos, e diminuiria a
vida útil destes. Exatamente por isto se torna necessário novas rotas de
saída de ar (pelas frestas do gabinete) e fans direcionados.
Você está pelnamente correto, mas não muda o fato que qualquer fan, ventoinha
ou ventilador tem por objetivo botar o ar em circulação, melhorando as trocas
de calor, e se possível manter uma temperatura uniforme, sem zonas quentes e
frias.
Aniello
SUBJECT: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 11:17
Olá pessoal,
(. . .)
[TABORDA]
Por falar em imposturas intelectuais:
1) tunelamento não é o mesmo que salto quantico...
(. . .)
[Elache]
Por favor, Taborda, você pode me explicar detalhadamente a afirmação
supracitada?
Grato,
Paulo Elache
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 11:17
Olá pessoal,
(. . .)
[MANUEL]
E como você sabe que é facto que antes do Big Bang existia energia?
[TABORDA]
Pela 1ª lei da termodinâmica.
(. . .)
[Elache]
Por favor, Taborda, você poderia explicar detalhadamente a afirmação
supracitada?
Grato,
Paulo Elache
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?))
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 11:17
Olá pessoal,
(. . .)
[TABORDA]
Pois, mais um remendo.
E não me venha com a historia de que a ciencia se faz aos poucos.
Isto é do piorzinho que já se fez em fisica nos ultimos tempos.
(. . .)
[Elache]
Taborda, isso é uma opinião ou uma afirmação?
Para o caso da segunda opção, por favor, você poderia explicá-la
detalhadamente?
(. . .)
[TABORDA]
Bem, não me venha com essas. O "negativo" é meramente convencional.
O que interessa é que ha energia que pode ser convertida noutras formas de
energia.
E esse câmbio é sempre positivo. A unica forma de evitar o câmbio é não ter
energia de um dos lados.
(. . .)
[Elache]
Taborda, por favor, você poderia detalhar os motivos dessa convenção?
(. . .)
[TABORDA]
Elas são chamadas virtuais simplesmente pq são meramente simbólicas. Nunca
ninguem provou que elas existissem de facto.
E mais que isso, logo se apressaram a desenvolver uma ideia (acima
explicada) que impede que alguma vez o sejam.
(. . .)
[Elache]
Taborda, isso é uma opinião ou uma afirmação?
Para o caso da segunda opção, por favor, você poderia explicar
detalhadamente por que essas partículas virtuais são "meramente simbólicas"?
Como você pode afirmar "com certeza" (leia-se "provar" cientificamente) que
ninguém provou a existência de tais partículas?
(. . .)
[TABORDA]
Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em fisica.
(se não havia continuum antes do BB, já não é continuum é descotinuum..não é
mesmo? :-) )
[MANFREDI]
Você disse que é físico e nunca ouviu falar do continuum? Você tá falando
sério ou tá tirando sarro da minha cara?
[TABORDA]
Tou falando sério. Nunca ouvi falar dele. (Excepto nos filmes e série de
Jornada nas Estrelas, mas isso não conta como fisica)
(. . .)
[Elache]
Com sua permissão:
"Uma observação sobre a relação da teoria do 'espaço quadridimensional'.
Acredita-se erroneamente que a quadridimensionalidade do 'continuum' físico
tenha sido descoberta, até certo ponto, ou pelo menos introduzida pela
teoria da relatividade restrita. Tal não se deu. A mecânica clássica também
se baseia no 'continuum' quadridimencional do espaço e do tempo. Mas, no
'continuum' da física clássica, os subespaços com valor de tempo constante
têm uma realidade absoluta, independente da escolha da estrutura de
referência. Por isso, o 'continuum' quadridimensional divide-se naturalmente
em um tridimensional e um unidimensional (tempo), de modo que o conceito de
quadridimensional não se impõe como uma 'necessidade'. A teoria da
relatividade restrita, por sua vez cria uma dependência formal entre o modo
pelo qual as coordenadas do espaço, de um lado, e as coordenadas de tempo,
de outro, se incorporam às leis naturais.
A importante contribuição de Minkowski à teoria é a seguinte: antes de
sua investigação, era necessário confirmar uma transformação de Lorentz em
uma lei para testar sua invariância sob essas transformações; porém, ele
conseguiu introduzir um formalismo segundo o qual a forma matemática da lei
'garante' sua invariância sob as transformações de Lorentz. Criando o
cálculo tensor quadridimencional, obteve o mesmo resultado para o espaço
quadridimensional obtido pelo cálculo vetorial comum para as dimensões
espaciais tridimensionais. Provou também que a transformação de Lorentz (com
exceção de um signo algébrico diferente, devido ao caráter especial do
tempo) não é mais que a rotação do sistema de coordenadas no espaço
quadridimensional."
O trecho acima foi extraído do livro "Autobiographical Notes - Library
of Living Philosophers", de Albert Einstein (Institute of Advanced Study -
Princeton, New Jersey - 1946)
Grato,
Paulo Elache
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 12:00
Em Qui 17 Out 2002 09:36, you wrote:
> Em Ter 15 Out 2002 14:33, you wrote:
> > (...)
> > Na verdade a questão é, se existe, interage com o mundo ao redor, e
> > portanto pode em tese ser mensurável. Se por princípio algo é
> > imensurável, isto significa que não interage com o resto das coisas. Algo
> > que não possue nenhuma interação com o mundo não faz parte do mesmo,
> > portanto é o mesmo que não existir.#######>>Parece filosofia... algo como
> > existencialismo<<#######
É filosofia? Talvez. Mas não consigo imaginar nada que exista e não interaja
com o resto do muno (para ser mais exato, não consigo ver diferença entre "
"existência não-interativa" e ineexistência). E defendo que se algo interage
com o mundo, esta interação pode, a princípio, ser expressa em números.
> > -=*#>Pô meu! Quanto mede o espaço sideral?<#*=-
>
> Ou seja, qual é o tamanho do universo?
> A estimativa atual é que o universo seja com globo com a circunferência de
> 7,5X10^26 metros (sete vigula cinco vezes 10 elevado a 26 potência), ou
> seja:
> 750.000.000.000.000.000.000.000.000 metros.
> Para tal cáculo a idéia é simples: a idade do universo é um valor entre 10
> e 15 bilhões de anos, segundo a teoria do Big Bang. o raio do universo é de
> 10 a 15 bilhões de anos-luz.#######>>É... *Neste* BB é assim. É o BB que
> temos conhecimento. Houveram outros?<<#######
É uma outra forma de perguntar "se o universo é finito, o que existe além do
universo?" A teoria do big-bang nos fala que o universo foi gerado em uma
explosão de uma singularidade cósmica. Visto que podemos definir universo
como "a soma de tudo o que existe", falar de outros universos é falar de
coisas que não são do "nosso" universo, e portanto não existem. Falar de
outros big-bangs é possível, mas se não interage conosco, é algo que não faz
parte de nossa realidade, não faz parte de nosso universo. Por ser uma
hipótese completamente inverificável, por tanto incapaz de gerar qualquer
conhecimento, não pode ser considerada parte de nossa realidade.
O que existe além do universo é uma pergunta inválida, sem resposta possível,
pois a existência é uma característica do universo. É o mesmo tipo de
pergunta de "o que existia antes do universo?". Sendo o tempo uma
característica do universo, mesmo tendo o universo uma origem, não xeiste
"antes do universo".
> Se algo interage com o mundo esta interação pode ser quantificada direta ou
> indiretamente. Se não interage, não existe.#######>>A discussão inicial era
> sobre a 'mente'. "Interage com o mundo"? "Pode ser quantificada direta ou
> indiretamente"? Seja lá o que for que está se denominando
> 'mente'.<<########
Esta discussão sobre mente tenho acompanhado a distância, ainda sem achar que
tenho alguma coisa a dizer de valor sobre o assunto.
Mas a discussão inicial, que foi relativamente esquecida, mantida em um ou
dois emails temporários devido a discussão sobre mente, começou de uma
derivação da discussão sobre astrologia (Sérgio taborda, ainda estou
redigindo uma resposta mais elaborada a sua última mensagem, tentando chegar
a uma síntese). Aqui segue os emails "pais" da discussão.
======================================
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/17188
--- Em ciencialist@y..., Michael Andrades <andrades_m@y...> escreveu
> Ligia Gallo ligia5555@y... escreveu:
> A ciência deslinda a parte "acessível" do Universo. O que está
> além do que é acessível faz parte de "outra coisa". A Astrologia
faz parte dessa "outra coisa", entende? Eu não posso negar que algo
existe só pq eu não vejo, peso, messo, sinto... São Carl Sagan que
me perdoe! Beijos, Lígia
(................................)
=====================================
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/17234
> De: Ligia Gallo
>
> A ciência deslinda a parte "acessível" do Universo. O que está além
> do que é acessível faz parte de "outra coisa". A Astrologia faz
> parte dessa "outra coisa", entende? Eu não posso negar que algo
> existe só pq eu não vejo, peso, messo, sinto... São Carl Sagan que
> me perdoe!
O que não pode ser medido, interceptado, pesado, isolado, visto, medido,
sentido EXISTE????????????????????????
[]
Alexandre Medeiros
==================================
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/17255
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> O que não pode ser medido não existe! Não existe, pois não
> faz parte de nossa realidade e ponto final.
Manuel: Os valores podem ser medidos? Segundo Quine, a mente não pode
ser medida, apenas os estados corpóreos podem ser submetidos aos
nossos instrumentos de mensuração. Quer dizer então que a mente não
existe?
Para medir uma coisa, antes temos que senti-la, percebê-la.
Significa, então, que somente as sensações existem? Uma realidade
material independente dos nossos sentidos não existe?
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medição
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 12:07
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 20, 2002 2:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Medição
>Eu realmente creio que ao compreendernos mais a natureza da mente humana
teremos como medir o ego (ou seus componentes) através de suas interações
com
o mundo que o cerca. Se não podemos fazê-lo hoje, é por uma questão de
conhecimento e técnica pouco desenvolvidas.
Eu não tenho certeza se um dia poderemos medir o ego propriamente dito,
assim como não sei se vai ser possível encontrar uma medida quantitativa
para os qualia (o que, de qualquer forma, é uma contradição em termos). Mas
a *atividade* do ego já pode ser medida. De acordo com as neurociências, a
sede cerebral da consciência é o neocórtex e, mais especificamente, os lobos
pré-frontais, cuja atividade pode ser acompanhada por ressonância magnética
e tomografia por emissão de pósitrons, entre outras técnicas. E, atualmente,
a pesquisa das bases neurais da consciência é um campo em plena expansão nas
neurociências.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Como nasce um paradigma
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 12:11
Em Qui 17 Out 2002 15:48, you wrote:
> OI
> O que você relata é um condicionamento de segunda ordem. Muito
> interessante, por sinal.
> Abraço.
> Antonio Renato.
Só para ser "científico". Este texto não é meu, é um dos que circulam
anônimos pela internet. Não é um relato factual, mas uma analogia, pelo que
sugere o título, para ser usada sobre o comportamento humano.
Só para ter certeza que fui bem interpretado.
Aniello
>
>
> "Para relaxar um pouco...
>
>
> COMO NASCE UM PARADIGMA
>
> Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula,
> em cujo centro
> puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
>
> Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas,
> os cientistas
> lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
>
> Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a
> escada, os outros
> enchiam-no de pancadas.
>
> Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a
> escada, apesar da
> tentação das bananas.
>
> Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
>
> A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela
> sendo rapidamente
> retirado pelos outros, que o surraram.
>
> Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo
> não mais subia a
> escada.
>
> Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o
> primeiro substituto
> participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
>
> Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto
> e, finalmente, o
> último dos veteranos foi substituído.
>
> Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco
> macacos que, mesmo
> nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo
> naquele que tentasse
> chegar às bananas.
>
> Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam
> em quem tentasse
> subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei,
> as coisas sempre
> foram assim por aqui..." "
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 12:13
Em Qui 17 Out 2002 15:48, you wrote:
> "Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia e a força
> não se tornam a mesma coisa?
> Carlos AR"
>
>
> Oi
> Lá vou eu me meter no que não domino.
> Para Newton energia é trabalho, ou seja, fôrça multiplicada por espaço
> (Fôrça é massa multiplicada por aceleração e aceleração é velocidade
> dividida por tempo sendo que velocidade é espaço dividido por tempo). :P
> Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na física de Newton) é
> igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de Einstein
> (Dimensional de Tau = Dimensional de E).
> Antonio Renato (AR).
Na verdade energia seria a capacidade de gerar trabalho, como fica claro com
o conceito de energia potencial. Apesar de serem dimensionalmente
equivalentes, trabalho e nergia são conceitos diversos.
Um corpo em MRU possuie energia cinética, apesar de não realizar trabalho,
visto que não há forças envolvidas.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: MONOGRAFIAS - TESES - PROJETOS
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 12:20
Em Qui 17 Out 2002 22:56, you wrote:
> Olha, falando sério, esse é um exemplo "gritante" de coisa errada.
> Outro ainda pior é o tipo de pesquisa que a criançada está aprendendo
> a fazer hoje em dia nos tempos da internet: copiar/colar... sem nem
> ler muitas vezes o que está escrito! Mas pelo menos fazendo
> pesquisas a la "copy/paste" não estão dando dinheiro para gente que
> não tem vergonha na cara de se oferecer para fazer trabalhos...
>
> É por essas e outras que eu ainda sou a favor da pesquisa em
> bilbioteca, copiando em folha de papel "almaço": obriga a ler e a
> escrever direito. Meu filho sofre comigo, mas eu acho que tem que
> ser assim e pronto. Um dia mais tarde ele vai saber o valor de ler e
> entender o que está lendo, bem como escrever e ser compreendido pelos
> outros... até lá, "guenta choradeira"... :)
>
> Lígia
Lígia, este é um momento raro (apesar de nunca termos nos envolvido
diretamente em uma polêmica) em que concordo plenamente contigo.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medição
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 12:30
Olá André,
Andre: Não sei se existiu, você é que está dizendo. Ego é um conceito
abstrato que faz parte da teoria psicanalítica. Existem outras teorias da
mente que não incluem esse conceito. O que existiu foi um animal da espécie
"homo sapiens", chamado Adolph, nascido na Áustria. O comportamento desse
animal causou muito dano à humanidade. Isso é o que sei.
Manuel: A sua asserção "isso é o que sei" pode ser re-escrita assim: "isso é
o que EU sei".
Eu = Ego = autoconsciência do indivíduo.
O Ego do Homo sapiens André não sabe se o Homo sapiens Adolf Hitler tinha
um Ego.
Mas o Ego do André pensa; logo, o Ego do André existe. "Cogito ergo sum".
Quine, um behaviorista, certa vez afirmou: "Seja como for, os estados
corpóreos existem; para que juntar-lhes estados mentais?" -- Popper
contra-argumentou reduzindo ao absurdo o raciocínio de Quine: "As sensações
existem; por que acrescentar-lhes coisas materiais?"
Sobre o fisicismo ou behaviorismo, Karl Popper escreveu: "O materialismo,
fisicismo ou behaviorismo radical também resolve o problema [mente-corpo],
mas mediante o estratagema oposto [dos idealistas], dizendo que a mente não
existe e pondo de lado os estados mentais e os estados da consciência. (...)
Também esta teoria é irrefutável. Mas contra ela há um novo argumento 'ad
hominem'. Pergunte-se ao fisicista: 'a quem diriges a tua teoria? Ao meu
corpo? Ou ao meu comportamento mais ou menos inteligente? Desejas obter de
mim uma expressão oral? Certamente não pretendes convencer-me. Quando muito,
o teu intuito será levares o meu corpo a emitir os sons verbais mais ou
menos inteligentes de 'estou convencido'. Mas porquê tanta agitação a
propósito de comportamento verbal? Ou 'existirá' algo como verdade e
falsidade? Se toda essa conversa sobre verdade e falsidade não passa de mero
comportamento verbal, porquê consagrar-lhe tantos argumentos infindáveis?"
(...) Em resumo, o fisicismo nega o óbvio, ou seja, a existência de estados
mentais ou consciência." (K. Popper; O Conhecimento e o Problema
Corpo-Mente; Edições 70; 1996; pp. 130 e 131)
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 12:38
Em Sex 18 Out 2002 08:13, you wrote:
> Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como Ondas,
> são os únicos modelos postos para justificar "a transferência de energia"
> de um sistema para outro. A energia se transfere de A para B quer através
> do trabalho de forças (exemplo, trabalho do peso para alterar a energia
> cinética de uma pedra em queda) quer através de ondas (exemplo, radiação).
> Há apenas uma igualdade dimensional entre o modelo e a grandeza
> transferida. Outra ligeira falha é tratar o 'trabalho' como se fosse uma
> 'entidade' real (dai o erro de se usar a palavra 'trabalho' isoladamente,
> sem o seu devido complemento que é "de forças"), como o é a energia;
> trabalho de forças 'não' pode ser armazenado (nenhum corpo armazena
> trabalho), ele pode 'armazenar' energia (tipo potencial) ou exibi-la como
> estado atual (tipo cinética, elétrica etc.). Outro deslize, definir
> entidades físicas através de expressões matemáticas. Força não é massa
> vezes aceleração e nem aceleração é velocidade dividida pelo tempo e nem
> velocidade é espaço dividido pelo tempo. Se assim o fosse teríamos uma
> outra força que é constante (k) vezes espaço (x) [ F = k.x ] e uma centena
> de outras forças. Entidades devem ser conceituadas independentes de suas
> expressões matemáticas.
No geral concordo, em especial sobre a relação entre trabalho e energia.
Quanto a definir grandezas físicas por relações matemáticas de outras
grandezas, isto não é necessariamente errado.
Velocidade nada mais é que a razão entre deslocamento e tempo, assim como
ascleração é a razão entre variação de velocidade e tempo. Mas é preciso
resaltar que estamos tratando de razões entre vetores, e não números. E que
quando precisamos calcular os valores instantâneos destes vetores precisamos
do cálculo diferencial para calcular as razões.
Outras grandezas são de definição impossível, como o tempo, por exemplo.
> Outro deslize ... eu ter-me metido em assuntos de Gente Grande (é um
> daqueles espasmos de cultura científica que me assola vez por outra ...
> nada sério!)
hehe... também sou gente pequena. Minha formação em física é um tanto falha.
Mas não sei calar a boca.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 12:42
Em Sex 18 Out 2002 11:46, you wrote:
> Olá Antônio
>
> > Isto é um engano. Só o que ocorre em ato pode ser mensuravel pois
>
> está
>
> > ocorrendo. Não há como medir possibilidades, e estas são reais e
>
> mais
>
> > abrangentes que o que ocorre no momento. Portanto, o "reino do que
>
> existe" é
>
> > mais amplo que o mensurável, abrange o mensurável mas é mais amplo
>
> do que
>
> > ele.
>
> Uma possibilidade não é um fato. Quando dizemos "possibilidade real"
> estamos apenas usando uma força de expressão, que equivale a dizer
> que não é apenas um chute, mas algo que *pode* vir a ocorrer. O
> critério da mesurabilidade é um critério razoável para definir o que
> existe no mundo real. Coisas não mensuráveis não existem para efeitos
> práticos.
>
> []´s
>
> André Baptista
Ainda não entendo por que uma possibilidade não seja mensurável. Fazemos isto
todos os dias.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medição
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 13:00
Em Sex 18 Out 2002 15:11, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> <andrebaptista@u...> escreveu
>
> >Coisas não mensuráveis não existem para efeitos práticos.
>
> Vc olvidou o resto da frase: "... em ciência."
>
> Coisas não mensuráveis não existem para efeitos práticos em ciência.
> Mas existem para efeitos teoricos e epistemologicos.
> Existem tb para efeitos historicos, etc.
> O Ego de Hitler não foi mensurável, mas ele existiu. Ou vc tem
> duvidas de que ele tenha existido ?
>
> Sérgio
Não ter sido mensurável não significa que não seja. Calor era um conceito que
não podíamos medir até a termodinâmica. Podiamos medir temperatura, mas não o
calor. Hoje sabemos como fazê-lo. Isto signifca que antes o calor não era uma
grandeza mensurável? Claro que não, apenas não tinhamos a técnica nem o
conhecimento necessário.
Note que devemos diferenciar conceitos de grandezas. Uma mesa é mensurável,
mas não podemos medir uma mesa. Medimos seu peso, seu volume, etc... Isto
vale também para um terremoto, por exempo: não medimos um terremoto, medimos
sua energia, sua duração, sua extensão, etc...
Eu realmente creio que ao compreendernos mais a natureza da mente humana
teremos como medir o ego (ou seus componentes) através de suas interações com
o mundo que o cerca. Se não podemos fazê-lo hoje, é por uma questão de
conhecimento e técnica pouco desenvolvidas.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 13:09
----- Original Message -----
From: "Paulo Elache" <pelache@directnet.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 20, 2002 12:17 PM
Subject: [ciencialist] Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é
feito isso?)
(. . .)
[MANUEL]
E como você sabe que é facto que antes do Big Bang existia energia?
[TABORDA]
Pela 1ª lei da termodinâmica.
(. . .)
[Elache]
Por favor, Taborda, você poderia explicar detalhadamente a afirmação
supracitada?
Manuel: A primeira lei da termodinâmica diz que a energia de um sistema
isolado é constante; ou que no decorrer de um processo, a energia pode mudar
de forma, porém não pode ser criada nem destruída .
Ora, se a energia total do universo for zero (energia/matéria + energia
potencial gravitacional = 0), então o surgimento do universo a partir do
nada não viola a primeira lei da termodinâmica: o total de energia (zero)
manteve-se constante. O Nada e o Sistema Matéria-Gravitação (Universo) são
os dois estados (formas) possíveis de um mesmo sistema.
E não sou eu que digo isso. É o físico teórico Alan Guth, meu guru e xamã:
"A energia do campo gravitacional é, pois, parte da energia do universo e
tem de ser incluída na contabilidade da lei da conservação da energia (...)
Como
pode haver esperança de que a criação do universo possa ser descrita pelas
leis físicas coerentes com a conservação de energia? Resposta: a energia
armazenada no campo gravitacional é representada por um número negativo!
Isto é, a energia armazenada no campo gravitacional é na verdade menor que
zero. Se os números negativos são permitidos, então pode-se obter zero ao
adicionar um número positivo a um número negativo de igual módulo; por
exemplo, 7 mais -7 é igual a zero. É, pois, concebível que a energia total
do universo seja zero." (Alan Guth; O Universo Inflacionário; Ed. Campus;
1997; p. 12)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 13:41
Olá pessoal,
(. . .)
[MANUEL]
...A primeira lei da termodinâmica diz que a energia de um sistema
isolado é constante; ou que no decorrer de um processo, a energia pode mudar
de forma, porém não pode ser criada nem destruída...
(. . .)
[Elache]
Obrigado, Manuel, por sua resposta e consideração.
Entretanto, ainda gostaria que o Taborda me explicasse melhor o que o
motivou (entenda-se experimentos relacionados e comprovados, bem como
detalhes refinados da termodinâmica) a escrever tão enfática afirmação, a
saber:
(. . .)
[MANUEL]
E como você sabe que é facto que antes do Big Bang existia energia?
[TABORDA]
Pela 1ª lei da termodinâmica.
(. . .)
[Elache]
Por favor, Taborda, você poderia explicar detalhadamente a afirmação
supracitada?
Grato,
Paulo Elache
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Físicos contemporâneos
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 13:46
Em Sex 18 Out 2002 17:50, you wrote:
> > Sérgio Taborda escreveu: "Pq vc lhes chama ´brilhantes´"?
> >
> > Sérgio,
> >
> > Não sou físico, bem o sabes, mas gosto da matéria e acompanho, como
> > posso, os avanços na área.
> >
> > Como leigo, estou habituado a ver alguns autores serem tratados como
> > luminares da Física, em especial o Stephen Hawking. Mas parece que você
>
> não
>
> > tem essa mesma opinião e gostaria muito de saber o porque, para minha
> > própria ilustração.
>
> 1) A ciencia não deve ir em modas, nem deve criar idolos, nem deve estar
> acima do bom senso, e sobretudo, as pessoas nao podem estar acima da
> ciencia.
????
Qual a relação entre isto e admitir que certos cientistas possuem obras mais
importantes que outros?
Em toda e qualquer atividade humana uns se destacam mais que os outros. Este
destaque pode depender de milhares de variáveis, não importando apenas a
atividade que ele exerceu.
Dizer que um cientista é brilhante não é uma postura científica, mas a
ciência não é algo que deva ser aplicada a todas atividades humanas.
> 2) Mas o que esse homem, ou outro, fez para que lhe chamem brilhante ? Pq
> ele é brilhante ?
> Alguém acha que seria impossivel outra pessoa chegar às mesmas conclusões
> que ele ?
> Estas pessoas pensam o quê ? Que o resto dos fisicos são imbecis ?
?????????????????????
Dizer que Mozart faz músicas melhores que o grupo "É o Tchan" é chamar que o
grupo é idiota? O que um cientista fez é fácil saber: cientistas fazem
trablhos, publicações, papers, etc... Avaliar a importância desta obra é um
pouco mais complicado, e subjetivo. Mas isto não significa que não possa ser
feito. É inegável que a obra de Newton foi mais influente para a física a de
seu contemporâneo Halley. Não é a toa que você ouvirá o termo brilhante muito
mais associado a Newton que a Halley. Isto é dizer que Halley foi um imbecil?
> O problema está todo numa questão mediática. E as pessoas tendem a
> acreditar o que os media dizem, e a idolatrar quem eles mensionam (ou
> odiar, tb acontece).
> A realidade é que a maioria das pessoas não tem capacidade / conhecimentos
> para destinguir o trigo do joio, o sério da charlatanice, etc... e depois
> cria-se uma ciencia paralela da treta.
Não. A mídia não é uma entidade superpoderosa que é capaz de criar qualquer
mito em todas as áreas. Ídolos são produtos da mídia, sim. Mas admitir que
alguém é brilhante não é idolatria, e ídolos sem suporte costumam a
desaparecer com rapidez.
Não se permitir admirar as pessoas de Newton, Mozart, Shakespeare, Lao Tsé,
etc, classificando de fenômenos da mída e apregoando a igualdade de
capacidades entre os humanos é hipocrisia, e se recusar ver que mesmo que
sejam fenômenos de mída, estes homens influenciaram gerações e gerações de
pessoas, e que suas idéias mudaram o mundo.
> 3) Ciência não é uma forma de crença, é uma forma de evidência.
Falar que um cientista é brilhante não é um teorema nem uma tese científica.
[}'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medição
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 13:48
Em Sex 18 Out 2002 17:56, you wrote:
> >Concluindo, existir é um conceito mais vago do que o conceito de
> >coisa real. Fantasias "existem" na cabeça dos poetas. Conceitos
> >abstratos "existem" no universo da idéias humanas, mas não existem no
> >mundo real.
>
> Se as cabeças das pessoas existem no mundo real, e as ideias existem nas
> cabeças das pessoas, então as ideias existem no mundo real.
> O que este silogismo tem de errado ?
As idéias existem. Mas não o que as idéias afirmam. O flogisto é um conceito
que perdurou na ciência para explicar o calor durante bons anos. O conceito
do flogisto existe (e poderá ser medido através de uma ciência que decifre
neurologicamente os pensamentos humanos). O flogisto não.
Pode ser que o conceito de ego não tenha paralelo com o real, assim como o
flogisto.
[}'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins, Sagan e Douglas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 13:51
Em Sex 18 Out 2002 17:13, you wrote:
> Em Sex 16 Ago 2002 23:20, you wrote:
> > Aha! Te peguei! A alguns email atrás tu me questionaste,
> > grosso modo, sobre a verdade da existência da mente, uma
> > vez que ela não é mensurável. Agora tu vens com essa de
> > verdade MESMO (ontológica).
>
> Duplo não.
> Defendi a tese que tudo que existe é mensurável (depois a modifiquei devido
> a uma correção do Taborda, e passei a defender que tudo que existe é
> quantificável). Não defendi a exist6encia da mente. Creio que a mente seja
> quantificável e talvez mensurável.
me corrigindo, não defendi a inexistência da mente.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?))
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 13:52
Olá pessoal,
Novamente meu obrigado, Manuel, por sua resposta e consideração.
Entretanto, dado serem muitas minhas dúvidas quanto às opiniões e/ou
afirmações do Taborda, relacionadas ao assunto supracitado, mantenho minhas
perguntas originais, a saber:
(. . .)
[TABORDA]
Pois, mais um remendo.
E não me venha com a historia de que a ciencia se faz aos poucos.
Isto é do piorzinho que já se fez em fisica nos ultimos tempos.
(. . .)
[Elache]
Taborda, isso é uma opinião ou uma afirmação?
Para o caso da segunda opção, por favor, você poderia explicá-la
detalhadamente?
(. . .)
[TABORDA]
Bem, não me venha com essas. O "negativo" é meramente convencional.
O que interessa é que ha energia que pode ser convertida noutras formas de
energia.
E esse câmbio é sempre positivo. A unica forma de evitar o câmbio é não ter
energia de um dos lados.
(. . .)
[Elache]
Taborda, por favor, você poderia detalhar os motivos dessa convenção?
(. . .)
[TABORDA]
Elas são chamadas virtuais simplesmente pq são meramente simbólicas. Nunca
ninguem provou que elas existissem de facto.
E mais que isso, logo se apressaram a desenvolver uma ideia (acima
explicada) que impede que alguma vez o sejam.
(. . .)
[Elache]
Taborda, isso é uma opinião ou uma afirmação?
Para o caso da segunda opção, por favor, você poderia explicar
detalhadamente por que essas partículas virtuais são "meramente simbólicas"?
Como você pode afirmar "com certeza" (leia-se "provar" cientificamente) que
ninguém provou a existência de tais partículas?
(. . .)
[TABORDA]
Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em fisica.
(se não havia continuum antes do BB, já não é continuum é descotinuum..não é
mesmo? :-) )
[MANFREDI]
Você disse que é físico e nunca ouviu falar do continuum? Você tá falando
sério ou tá tirando sarro da minha cara?
[TABORDA]
Tou falando sério. Nunca ouvi falar dele. (Excepto nos filmes e série de
Jornada nas Estrelas, mas isso não conta como fisica)
(. . .)
[Elache]
Com sua permissão:
"Uma observação sobre a relação da teoria do 'espaço quadridimensional'.
Acredita-se erroneamente que a quadridimensionalidade do 'continuum' físico
tenha sido descoberta, até certo ponto, ou pelo menos introduzida pela
teoria da relatividade restrita. Tal não se deu. A mecânica clássica também
se baseia no 'continuum' quadridimencional do espaço e do tempo. Mas, no
'continuum' da física clássica, os subespaços com valor de tempo constante
têm uma realidade absoluta, independente da escolha da estrutura de
referência. Por isso, o 'continuum' quadridimensional divide-se naturalmente
em um tridimensional e um unidimensional (tempo), de modo que o conceito de
quadridimensional não se impõe como uma 'necessidade'. A teoria da
relatividade restrita, por sua vez cria uma dependência formal entre o modo
pelo qual as coordenadas do espaço, de um lado, e as coordenadas de tempo,
de outro, se incorporam às leis naturais.
A importante contribuição de Minkowski à teoria é a seguinte: antes de
sua investigação, era necessário confirmar uma transformação de Lorentz em
uma lei para testar sua invariância sob essas transformações; porém, ele
conseguiu introduzir um formalismo segundo o qual a forma matemática da lei
'garante' sua invariância sob as transformações de Lorentz. Criando o
cálculo tensor quadridimencional, obteve o mesmo resultado para o espaço
quadridimensional obtido pelo cálculo vetorial comum para as dimensões
espaciais tridimensionais. Provou também que a transformação de Lorentz (com
exceção de um signo algébrico diferente, devido ao caráter especial do
tempo) não é mais que a rotação do sistema de coordenadas no espaço
quadridimensional."
O trecho acima foi extraído do livro "Autobiographical Notes - Library
of Living Philosophers", de Albert Einstein (Institute of Advanced Study -
Princeton, New Jersey - 1946)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?))
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 13:58
----- Original Message -----
From: "Paulo Elache" <pelache@directnet.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 20, 2002 12:17 PM
Subject: [ciencialist] Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de que é
feito isso?))
(. . .)
[TABORDA]
Elas são chamadas virtuais simplesmente pq são meramente simbólicas. Nunca
ninguem provou que elas existissem de facto. E mais que isso, logo se
apressaram a desenvolver uma ideia (acima explicada) que impede que alguma
vez o sejam.
(. . .)
[Elache]
Taborda, isso é uma opinião ou uma afirmação?
Para o caso da segunda opção, por favor, você poderia explicar
detalhadamente por que essas partículas virtuais são "meramente simbólicas"?
Como você pode afirmar "com certeza" (leia-se "provar" cientificamente) que
ninguém provou a existência de tais partículas?
____________
[John D. Barrow e Joseph Silk]
<<O que temos de fazer para sermos coerentes é representar o VÁCUO como um
MAR de actividade contínua, uma espuma de pares de partículas com cargas
opostas que aparecem e desaparecem sem cessar. Cada um destes pares é
INOBSERVÁVEL porque as distâncias entre criação e aniquilação e os seus
'momenta' satisfazem a condição do princípio da incerteza de Heisenberg.
(...) Mas, enquanto os pares VIRTUAIS individuais não podem ser observados,
PODEMOS OBSERVAR AS CONSEQUÊNCIAS DA TOTALIDADE DO SEU MAR. Em qualquer
instante particular, haverá muitos pares virtuais apanhados entre o
nascimento e a aniquilação. Julga-se que têm um efeito calculável sobre os
níveis de energia dos átomos. O efeito esperado é mínimo -- apenas uma
mudança de uma parte num bilião, QUE TEM SIDO CONFIRMADA PELA EXPERIÊNCIA.>>
<<Em 1953, Willis Lamb mediu este estado excitado de energia no átomo de
hidrogênio. É o que agora se chama DESVIO DE LAMB. A diferença de energia
preconizada pelos efeitos do vácuo nos átomos é tão pequena que só é
detectável como transições correspondentes a frequências típicas das
micro-ondas. A precisão das medidas de micro-ondas é tão grande que Lamb foi
capaz de medir o desvio com cinco algarismos significativos. Recebeu
posteriormente o prêmio Nobel por este trabalho. NÃO HÁ DÚVIDA QUE AS
PARTÍCULAS VIRTUAIS EXISTEM NA REALIDADE.>>
(John D. Barrow/Joseph Silk; A Mão Esquerda da Criação: Origem e Evolução do
Universo em Expansão; Gradiva; 1a. Edição; 1989; pp. 73, 74 e 75)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Fw: Colégio invicível da ciência
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 14:29
Alguma sugestão?
[]'
Léo
====================
-----Mensagem Original-----
De: "Arlete" <arlete@missalnet.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: domingo, 20 de outubro de 2002 14:08
Assunto: Colégio invicível da ciência
|
| Bom dia
|
| Estou fazendo um trabalho sobre "Colégio invisível da ciência" e
| encontrei pouco material. Preciso de conceitos diversos sobre o tema.
| Se você puder me ajudar.
|
| Grata,
| Arlete
SUBJECT: Fwd: [pcedilhab-divulgacao] Vencedores do Ig Nobel
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 14:31
Desculpem para quem não entende idiomas alienígenas.
O famoso prêmio ignóbil.
---------- Mensagem encaminhada ----------
Subject: [pcedilhab-divulgacao] Vencedores do Ig Nobel
Date: Sat, 19 Oct 2002 02:08:14 -0200
From: Marino Prieto <marino@mpcnet.com.br>
To: pcedilhab-divulgacao@yahoogroups.com
Para quem não assina o informativo do AIR...
Marino
----------------------------------------------------------
2002-10-03 The 2002 Ig Nobel Prize Winners
The 12th First Annual Ig Nobel Prize Ceremony was held on October
3 before a capacity crowd of 1200 enraptured spectators at
Harvard's Sanders Theatre. Seven of the ten winners traveled to
the ceremony at their own expense, and an eighth sent a tape-
recorded acceptance speech from his office in Kerala, India. Nobel
Laureates Richard Roberts, William Lipscomb, and Dudley Herschbach
personally handed the winners their Ig Nobel Prizes, and other
Laureates sent tape-recorded nods of acknowledgement. David King,
the Chief Scientific Advisor to the British Government, stopped by
the ceremony to wish the winners good luck; and the world's most
prominent scientist, Stephen Wolfram, dropped by the intimate
party afterwards to personally congratulate them.
All the new winners, like all their predecessors, have done things
that first make people LAUGH, then make them THINK. Here are the
2002 Ig Nobellians:
BIOLOGY
Norma E. Bubier, Charles G.M. Paxton, Phil Bowers, and D. Charles
Deeming of the United Kingdom, for their report "Courtship
Behaviour of Ostriches Towards Humans Under Farming Conditions in
Britain." [REFERENCE: "Courtship Behaviour of Ostriches (Struthio
camelus) Towards Humans Under Farming Conditions in Britain,"
Norma E. Bubier, Charles G.M. Paxton, P. Bowers, D.C. Deeming,
British Poultry Science, vol. 39, no. 4, September 1998, pp. 477-
481.]
PHYSICS
Arnd Leike of the University of Munich, for demonstrating that
beer froth obeys the mathematical Law of Exponential Decay.
[REFERENCE: "Demonstration of the Exponential Decay Law Using Beer
Froth," Arnd Leike, European Journal of Physics, vol. 23, January
2002, pp. 21-26.]
INTERDISCIPLINARY RESEARCH
Karl Kruszelnicki of The University of Sydney, for performing a
comprehensive survey of human belly button lint -- who gets it,
when, what color, and how much.
CHEMISTRY
Theodore Gray of Wolfram Research, in Champaign, Illinois, for
gathering many elements of the periodic table, and assembling them
into the form of a four-legged periodic table table.
MATHEMATICS
K.P. Sreekumar and the late G. Nirmalan of Kerala Agricultural
University, India, for their analytical report "Estimation of the
Total Surface Area in Indian Elephants." [REFERENCE: "Estimation
of the Total Surface Area in Indian Elephants (Elephas maximus
indicus)," K.P. Sreekumar and G. Nirmalan, Veterinary Research
Communications, vol. 14, no. 1, 1990, pp. 5-17.]
LITERATURE
Vicki L. Silvers of the University of Nevada-Reno and David S.
Kreiner of Central Missouri State University, for their colorful
report "The Effects of Pre-Existing Inappropriate Highlighting on
Reading Comprehension." [PUBLISHED IN: Reading Research and
Instruction, vol. 36, no. 3, 1997, pp. 217-23.]
PEACE
Keita Sato, President of Takara Co., Dr. Matsumi Suzuki, President
of Japan Acoustic Lab, and Dr. Norio Kogure, Executive Director,
Kogure Veterinary Hospital, for promoting peace and harmony
between the species by inventing Bow-Lingual, a computer-based
automatic dog-to-human language translation device.
HYGIENE
Eduardo Segura, of Lavakan de Aste, in Tarragona, Spain, for
inventing a washing machine for cats and dogs.
ECONOMICS
The executives, corporate directors, and auditors of Enron,
Lernaut & Hauspie [Belgium], Adelphia, Bank of Commerce and Credit
International [Pakistan], Cendant, CMS Energy, Duke Energy,
Dynegy, Gazprom [Russia], Global Crossing, HIH Insurance
[Australia], Informix, Kmart, Maxwell Communications [UK],
McKessonHBOC, Merrill Lynch, Merck, Peregrine Systems, Qwest
Communications, Reliant Resources, Rent-Way, Rite Aid, Sunbeam,
Tyco, Waste Management, WorldCom, Xerox, and Arthur Andersen, for
adapting the mathematical concept of imaginary numbers for use in
the business world. [NOTE: all companies are U.S.-based unless
otherwise noted.]
MEDICINE
Chris McManus of University College London, for his excruciatingly
balanced report, "Scrotal Asymmetry in Man and in Ancient
Sculpture." [PUBLISHED IN: Nature, vol. 259, February 5, 1976, p.
426.]
Links to the winners' home pages and/or supporting documentation
are at <http://www.improbable.com/ig/ig-pastwinners.html#ig2002>
Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/
-------------------------------------------------------
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 14:38
Realmente, a culpa é das mulheres. Tou contigo e não abro. Quando a mulher não está mostrando parte dos seios está com mini-sáia e vice-versa. Quando não exibem seios ou coxas ... mostram o rosto! A que ponto chegamos! Homem sim, sempre aquele vestimenta clássica e sóbria, calça e camisa (agora as mulheres tb passaram a usar calças, mas os homens não passaram a usar vestidos). Tá uma vergonha! Cada vez mais estimulando a promiscuidade. Não sei de onde tirei aquele maldita idéia de tirar uma costela do homem para fazer uma mulher ... agora as mulheres tb querem ter uma costela a menos!
[]'
deus
================
-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 20 de outubro de 2002 20:06
Assunto: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
> Vou fazer uma pergunta sincera, sem intenção de ofender, João: isto
foi uma tentativa de ironia, uma espécie de crítica expondo o
preconceito por trás, ou foi algo sincero?
Sincero. O mundo desenvolvido está indo para o buraco mesmo, e as
coisas de que falei - a emancipação das mulheres, a explosão do sexo
e da violência - são conseqüências de nossa situação terminal. A
explosão da criminalidade por que passa o Brasil é vivenciada por
todo país desenvolvido. A mesma onde de criminalidade pode ser
observada até mesmo em países sofisticados como a Suécia. As únicas
exceções são os países asiáticos, em especial Coréia e Japão, nos
quais as mulheres ainda não se rebelaram contra os homens. Mas em
breve isso ocorrerá, e uma onde de degradação social tomará esses
países.
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 14:55
Em Sab 19 Out 2002 16:30, you wrote:
> Olá. Nós estamos indo para o buraco mesmo. Não há muito o que se
> fazer. Eu acredito que estamos presenciando o fim da civilização
> cristã ocidental. A rebelião das mulheres não só é conseqüência
> disso, como também causa. As coisas pioraram muito a partir de 1970.
> Naquela época só se mostrava o órgão sexual feminino no submundo
> holandês. Hoje em dia é algo trivial. A internet está irradiando os
> mais estranhos gostos sexuais em nível global. Isso sem falar da
> violência, que explodiu a partir desta época. São apenas 30 anos. Foi
> muito rápido.
Vou fazer uma pergunta sincera, sem intenção de ofender, João: isto foi uma
tentativa de ironia, uma espécie de crítica expondo o preconceito por trás,
ou foi algo sincero?
Aniello
SUBJECT: Fw: REALMENTE IMPERDIVEL !!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 14:58
Estendo a todos.
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: Mylton!!!
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 20 de outubro de 2003 19:36
Assunto: REALMENTE IMPERDIVEL !!!!
Amigos, Parabéns pelo Site , pois é o melhor do gênero que tenho o prazer em conhecer.Desejo que continuem sempre existindo.
Abraços!!!!
Milton!!!
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 15:03
Em Sab 19 Out 2002 18:03, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Alberto"
>
> Subject: [ciencialist] A Massa do Fóton
>
> >A variação no estado de energia de um elétron, abosorver ou emitir um
>
> fóton, não tornaria a sua >massa variável já que (1) E=mc² e (2) E=hf,
>
> Mais devagar.
> A energia do electrão E(e) = mc² = srqt( (pc)² +(Mc²)²)
> Quando aumentas a energia do electrão estás a aumentar o seu momento (p),
> não a sua massa (M)
> o numero m , chamado de massa relativista é apenas uma forma de simplificar
> expressões, mas que mascara o que realmente está a acontecer.
>
> > implica que (3) m=hf/c² ? Isso também quer dizer que a massa do fóton na
>
> realidade não seja nula, mas bem próxima disso, de zero, pelos motivos da
> equação 3.
>
> A massa M dos fotões é nula. O 4-momento dos fotões é nulo. É isso que
> significa a sua massa ser nula.
> m não é a massa do fotão. É uma quantidade que representa o seu momento.
> É por representar o seu momento que é esta massa que explica pq a luz
> cruva no campo gravitico.
É comum diferenciar, em textos para leigos, o conceito de massa relativística
do conceito de massa propriamente dita usando o termo de repouso. A idéia
seria "a massa do fóton se ele estivesse em repouso". Como um fóton não fica
em repouso, este é um termo inadequado, mas que é bem intuitivo.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 15:07
Em Sab 19 Out 2002 19:42, you wrote:
> Sérgio, obrigado pela resposta e me desculpe a ignorância, mas, se não se
> incomoda, gostaria que me explicasse melhor essa questão!, sobretudo no que
> diz respeito a parte em que a luz curva no campo gravítico. Tenha sérias
> resistências a aceitar que o fóton não tenha massa, e eu não estou sozinho.
> Existem teorias, não lembro agora o autor, mas lí recentemente, que o
> consideram com massa mínima.
Isto me parece muito complicado. Uma partícula que possua massa não pode
viajar com a velocidade igual a da luz no vácuo (pela Teoria da Relatividade
Específica). Portanto o fóton não pode possuir massa. Estou errado?
Aniello
SUBJECT: Projeto Genoma Humano
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 15:17
Acabamos de receber aqui em casa (para a Marcia usar na tese de Mestrado - Bioética/Genoma - na segunda-feira) um Mapa do Projeto Genoma Humano completo. O Mapa tem cerca de 1,30 m por 2,15 m, in color, uma beleza.
No pé do mapa tem as indicações para quem quiser fazer uma cópia (especial) da coisa toda:
http://www1.imim.es/software/gfftools/GFF2PS.html
Aquele abraço,
Léo
=============
SUBJECT: Vídeo digital
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 16:51
Não sei se discussões deste tipo cabem por aqui, mas se a Scientific
American pode ficar falando dessas coisas, nós também podemos. É que
nessas listas de informática a maior parte das pessoas são burras.
Aqui é um dos únicos lugares onde se pode encontrar pessoas
inteligentes. Por isso estou pensando também em mandar algumas
mensagens sobre videogames. Essas coisas estão ficando poderosas, e
começam a demonstrar estranhas propriedades, como podemos observar
nos mundos virtuais que agora rolam pela internet, que reúnem
milhares de jogadores em um único mundo. O videogame começou em 1975,
mais ou menos. É muito novo. A gente não tem idéia do que isto
realmente representa.
Mas o assunto aqui é vídeo digital. Esta é a grande fronteira da
internet, e quando ela for conquistada uma revolução cultural sem
precedentes poderá ocorrer. Basta dizer que a TV foi um dos mais
importantes veículos culturais do século XX. Até pouco tempo, esta
revolução parecia distante. Mas tudo mudou com divx. Esta tecnologia
permite comprimir um arquivo mpeg 11 vezes sem perda de qualidade.
Ela abrirá as portas para a efetiva entrada do vídeo na internet. O
que acontecerá quando isso se tornar ubíquo não podemos saber
direito. Com certeza será a era do ouro da pornografia. As câmeras de
vídeo ficarão baratas e qualquer um poderá filmar suas próprias
atividades sexuais. A tendência atual de reality shows também dará um
grande salto. O privado se tornará público.
O vídeo digital também abrirá as portas para filmes em alta
resolução, e o sonho do cinema em casa finalmente se tornará uma
realidade. O VHS de hoje é uma piada. Os filmes não só são exibidos
em uma resolução de 320 x 240, como também são mutilados, isto é, os
lados da tela são cortados para que ela se enquadre na tela da TV.
Imagino que em um futuro próximo as pessoas olharão para o VHS e se
perguntarão como os habitantes do fim do século XX conseguiam
assistir filmes de forma tão precária. Se eu não me engano, um filme
tem uns 1500 pontos em seu eixo horizontal. Apenas conservando sua
resolução e formato original podemos encontrar uma forma decente de
armazenar filmes para a posteridade. Todas essas cópias em VHS que
hoje circulam pelo mundo devem ir para o lixo.
Por falar nisso, uma dúvida me atormenta sobre DVD. Este formato
apresenta uma resolução de 640 x 480, muito maior que a do VHS, porém
desconfio que as TVs de hoje não suportam esta resolução. É a coisa
mais estúpida ter um aparelho de alta resolução, mas continuar vendo
os filmes na mesma resolução de VHS. Não faz o menor sentido ter um
DVD nessas condições. Melhor colocar ele em um computador, que pode
exibir sua verdadeira resolução. A maior parte das pessoas, no
entanto, conecta o DVD na TV.
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 17:06
> Vou fazer uma pergunta sincera, sem intenção de ofender, João: isto
foi uma tentativa de ironia, uma espécie de crítica expondo o
preconceito por trás, ou foi algo sincero?
Sincero. O mundo desenvolvido está indo para o buraco mesmo, e as
coisas de que falei - a emancipação das mulheres, a explosão do sexo
e da violência - são conseqüências de nossa situação terminal. A
explosão da criminalidade por que passa o Brasil é vivenciada por
todo país desenvolvido. A mesma onde de criminalidade pode ser
observada até mesmo em países sofisticados como a Suécia. As únicas
exceções são os países asiáticos, em especial Coréia e Japão, nos
quais as mulheres ainda não se rebelaram contra os homens. Mas em
breve isso ocorrerá, e uma onde de degradação social tomará esses
países.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Vídeo digital
FROM: Lúcio de Souza Coelho <lucio@vettatech.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 17:31
----- Original Message -----
From: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 20, 2002 4:51 PM
Subject: [ciencialist] Vídeo digital
(...)
> O vídeo digital também abrirá as portas para filmes em alta
> resolução, e o sonho do cinema em casa finalmente se tornará uma
> realidade. O VHS de hoje é uma piada. Os filmes não só são exibidos
> em uma resolução de 320 x 240, como também são mutilados, isto é, os
> lados da tela são cortados para que ela se enquadre na tela da TV.
Não espere muito do formato widescreen. Concordo que o fullscreen é uma
mutilação grotesca tanto do ponto de vista artístico quanto técnico, mas o
fato é que a esmagadora maioria da população *não entende* o formato
widescreen e acha que a imagem fica "pequena" e reclama das tarjas pretas
"tampando(!) o filme em cima e em baixo". Levando-se em conta essa
lamentável preferência da população, o que vem acontecendo é que muitos dos
lançamentos mais recentes de DVD (mídia que *suporta* o formato widescreen)
no Brasil estão vindo em formato fullscreen, mutilados, como é o caso do
recente DVD do "Homem-Aranha". As distribuidoras daqui ignoram completamente
a minoria mais cinéfila que prefere o formato widescreen e nivelam os
lançamentos pelo "povão".
> Imagino que em um futuro próximo as pessoas olharão para o VHS e se
> perguntarão como os habitantes do fim do século XX conseguiam
> assistir filmes de forma tão precária. Se eu não me engano, um filme
> tem uns 1500 pontos em seu eixo horizontal. Apenas conservando sua
> resolução e formato original podemos encontrar uma forma decente de
> armazenar filmes para a posteridade. Todas essas cópias em VHS que
> hoje circulam pelo mundo devem ir para o lixo.
>
Na verdade, um filme (película) teria uma resolução "infinita", já que é uma
mídia analógica. (Na prática, é claro que o comprimento de onda da luz deve
impor alguma discretização.) Agora, é claro que produções mais recentes
estão sendo filmadas com câmeras digitais, como foi o caso de "Episódio II".
Nesse caso, podemos falar sim de resolução em termos digitais. Não tenho
certeza, mas acho que deve ser no mínimo a mesma resolução da HDTV.
> Por falar nisso, uma dúvida me atormenta sobre DVD. Este formato
> apresenta uma resolução de 640 x 480, muito maior que a do VHS, porém
> desconfio que as TVs de hoje não suportam esta resolução. É a coisa
> mais estúpida ter um aparelho de alta resolução, mas continuar vendo
> os filmes na mesma resolução de VHS. Não faz o menor sentido ter um
> DVD nessas condições. Melhor colocar ele em um computador, que pode
> exibir sua verdadeira resolução. A maior parte das pessoas, no
> entanto, conecta o DVD na TV.
>
Uma TV comum (até, digamos, umas 20 polegadas) com certeza não vai ter
resolução suficiente para exibir o DVD em toda a sua glória. Mas
praticamente todas as TVs maiores têm resolução suficiente para tanto. Basta
olhar na especificação técnica delas. A minha, por exemplo, é uma Philco
Widescreen de 32 polegadas, e pelo que lembro vagamente tem uma resolução de
720 linhas. (Não, não entendo o porquê de uma resolução vertical maior que a
do DVD. Talvez para o recurso de multi-PIP.)
Mas, *mesmo* que você tenha uma TV comum com 240 linhas de resolução, ainda
assim vale *muito* a pena trocar o videocassete pelo DVD. Algumas vantagens
mais relevantes:
- A imagem do seus filmes em DVD vai ser completamente sólida, livre de
ciscos e linhas de interferência, ao contrário do que acontece com filmes em
vídeo.
- O DVD é uma mídia tão interativa quanto um CD multimídia, e você pode
acessar cenas em seqüência aleatória por meio de menus, configurar línguas
faladas e legendadas, e ter acesso a outros materiais audiovisuais além do
filme (os "extras", que podem incluir documentários sobre o filme, cenas
deletadas, versões alternativas, etc).
- Enquanto fitas de vídeo mofam, embolam, arrebentam e desmagnetizam com o
tempo, o DVD é uma mídia bastante durável, provavelmente tanto quanto um CD.
Ideal para colecionadores.
Em vista das vantagens acima, depois que adquiri um DVD player logo
aposentei meu vídeocassete, mesmo no tempo em que tinha uma TV comum.
(...)
Lúcio Coelho
SUBJECT: Re: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 17:37
Clarissa:
Vamos fazer sexo virtual?? Sabe onde tem algum manual? um Vademecum? Tenho
1,43 m, 109 k, calvo, desempregado, sem terra, sem esperança, casado (mas
minha mulher não me compreende), fiquei emocionado com sua expressão "uai
because" que mostra ser uma mineirinha de tranças com lacinhos de fita na
ponta e com vernizes de soborne...Eu estou me preparando para o vestibular
pro pré-mobral e quem sabe podemos nos realizar? Como esvaiem-se as
esperanças de um grande Brasil, quem sabe podemos ser felizes para todo o
sempre???
silvio.
Nota: não vá neste papo de Deus que o mundo não vai parar. Não há
evidências.
.
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 20, 2002 4:59 AM
Subject: Re: [ciencialist] onde o mundo vai parar????
Álvaro to Clarissa: > Talvez suas expectativas estejam elevadas demais. O
mundo não vai parar em
| lugar nenhum porque sempre foi assim. A diferença agora é a velocidade.
|
| Por outro lado, na Ciencialist você pode levar uns coices de vez em
quando,
| mas nunca vai receber uma proposta de sexo virtual!
|
UAI, because, por que não? Nunca tive essa experiência de 'sexo virtual' e
seria uma boa oportunidade de aprender como funciona a coisa!
[]'
Léo
===============
SUBJECT: Re: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 18:03
--- Em ciencialist@y..., Paulo Elache <pelache@d...> escreveu
> Olá pessoal,
>
> (. . .)
> [TABORDA]
> Por falar em imposturas intelectuais:
> 1) tunelamento não é o mesmo que salto quantico...
> (. . .)
>
> [Elache]
> Por favor, Taborda, você pode me explicar detalhadamente a
afirmação supracitada?
Salto Quãntico: Diz-se quando um sistema num estado adquire outro
estado de diferente energia.
Quando o electrão no atomo no estado 1s passa para os estado 2s, isso
é um salto quântico.
A expressão salto quantico vem do facto de nenhum estado poder ser
obserável entre o 1º e 2º estados. O sistema passou de um estado para
outro sem passar por mais nenhum (salto). Esse salto dá-se pela
absorção ou libertação de um quanta de energia (quantico) , o fotão ,
no caso.
Costuma-se fazer a analogia - ERRADA - de que o salto quantico é
passar de A para B sem passar no meio deles.
Normalmente esta frase é entendida no sentido espacial em que A e B
são pontos. E seria como ir de Lisboa a Brasilia sem viajar pelo
espaço entre eles. Isto não é o salto quantico.
O salto quantico é este estados e não entre posições.
Tunelamento, ou efeito de tunel: dá-se quando um sistema onde não é
injectada nem absorvida energia, passa para um estado que seria
classicamente impossivel.
Imagine-se uma particula carregada dentro de uma caixa onde as
paredes estão electricamente carregadas.
Classicamente, se a energia cinética da particula for menor que
energia potencial da caixa, a particula nunca sairá dessa caixa.
Em linguagem quantica: A probabilidade da particula ser encontrada
fora da caixa é, classicamente, nula.
Quanticamente, existe a probabilidade não nula da particula ser
observada fora da caixa.
Este efeito apenas possivel de modelar com a teoria quantica, é o
chamado efeito tunel (a analogia para o nome é: é como se a particula
abrisse um tunel para parede da caixa e fugisse).
Quando acontece isto, diz-se que houve tunelamento.
É mais facil de entender se considerar uma unica parede e um feixe de
particulas enviado contra ela. Existe probabilidade não nula delas
serem observadas do outro lado. (nota: a probabilidade delas serem
observadas dentro da parede não é um valor real, o que significa que
não nos podemos pronunciar sobre se elas alguma vez estão dentro da
parede ou não.)
A diferença fundamental entre salto quantico e tunelamento é que no
salto é dada ou perdida energia, de forma que o sistema/particula
adquirem outro estado. Enquanto que no tunelamento , a energia é
constante e menor que a energia potencial do poço de potencial, mas
existe probabilidade não nula das particulas serem observadas fora do
poço.
Salto quantico => dois estados => mudança de energia
Tunelamento => duas posições , uma delas classicamente impossivel =>
energia constante.
Espero tê-lo esclarecido.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Físicos contemporâneos
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 19:10
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 20, 2002 8:55 PM
Subject: [ciencialist] Re: Físicos contemporâneos
>Eu tb admiro essas pessoas, mas isso não me impede de dizer que se
enganaram,onde se engaram ,pq se enganaram, quando se enganarem.
E tb não significa que eu tenha razão. Apenas que discordo deles.
E estou no meu direito de discordar. Não ha nenhuma ditadura
intelectual.
Como diria o Millôr Fernandes: "Democracia é eu mandar em você. Ditadura é
você mandar em mim." Você exige que se respeite o seu direito de discordar
desses autores, mas não faz a menor questão de respeitar o *meu* direito de
concordar. Quando você discorda, está exercendo a sua liberdade intelectual.
Quando eu concordo, é porque aceito o que eles dizem sem pensar. Como você
sabe disso? Você não conhece nada sobre o processo intelectual que me levou
a concordar com eles e nem sequer sabe se eu concordo com tudo o que dizem
ou apenas com o que me parece verossímil *do meu ponto de vista*,
descartando o que não está de acordo com ele. Como você pode exigir que
respeitem o seu direito de discordar se você não respeita o direito dos
outros de concordar?
Sds.
L.
PS. Por acaso, também considero o Millôr Fernandes brilhante. Espero que
você não se ofenda por isso.
SUBJECT: Re: Físicos contemporâneos
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 19:55
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Sex 18 Out 2002 17:50, you wrote:
> > > Sérgio Taborda escreveu: "Pq vc lhes chama ´brilhantes´"?
> > >
> > > Sérgio,
> > >
> > > Não sou físico, bem o sabes, mas gosto da matéria e acompanho,
como
> > > posso, os avanços na área.
> > >
> > > Como leigo, estou habituado a ver alguns autores serem tratados
como
> > > luminares da Física, em especial o Stephen Hawking. Mas parece
que você
> >
> > não
> >
> > > tem essa mesma opinião e gostaria muito de saber o porque, para
minha
> > > própria ilustração.
> >
> > 1) A ciencia não deve ir em modas, nem deve criar idolos, nem
deve estar
> > acima do bom senso, e sobretudo, as pessoas nao podem estar
acima da
> > ciencia.
>
> ????
> Qual a relação entre isto e admitir que certos cientistas possuem
obras mais
> importantes que outros?
Eles não possuem obras mais importantes uns que os outros.
É ai que está o problema.
Todas são igualmente importantes, pois, sem umas não havia as outras.
> Em toda e qualquer atividade humana uns se destacam mais que os
outros. Este
> destaque pode depender de milhares de variáveis, não importando
apenas a
> atividade que ele exerceu.
Sim.
> Dizer que um cientista é brilhante não é uma postura científica,
mas a
> ciência não é algo que deva ser aplicada a todas atividades humanas.
Verdade.
Mas a impacialidade sim.
> > 2) Mas o que esse homem, ou outro, fez para que lhe chamem
brilhante ? Pq
> > ele é brilhante ?
> > Alguém acha que seria impossivel outra pessoa chegar às mesmas
conclusões
> > que ele ?
> > Estas pessoas pensam o quê ? Que o resto dos fisicos são imbecis ?
>
> ?????????????????????
> (...)Isto é dizer que Halley foi um imbecil?
Exactamente a minha pergunta.
> > O problema está todo numa questão mediática. E as pessoas tendem a
> > acreditar o que os media dizem, e a idolatrar quem eles mensionam
(ou
> > odiar, tb acontece).
> > A realidade é que a maioria das pessoas não tem capacidade /
conhecimentos
> > para destinguir o trigo do joio, o sério da charlatanice, etc...
e depois
> > cria-se uma ciencia paralela da treta.
>
> Não. A mídia não é uma entidade superpoderosa que é capaz de criar
>qualquer mito em todas as áreas.
Tens a certeza ?
Ídolos são produtos da mídia, sim. Mas admitir que
> alguém é brilhante não é idolatria, e ídolos sem suporte costumam a
> desaparecer com rapidez.
É idlatria quando é repetido vezes sem conta e sem saber justificar
pq se lhes chamam brilhantes.
> Não se permitir admirar as pessoas de Newton, Mozart, Shakespeare,
Lao Tsé,
Admirar é uma coisa. Aceitar o que dizem sem pensar o que afirmam é
outra.
Eu tb admiro essas pessoas, mas isso não me impede de dizer que se
enganaram,onde se engaram ,pq se enganaram, quando se enganarem.
E tb não significa que eu tenha razão. Apenas que discordo deles.
E estou no meu direito de discordar. Não ha nenhuma ditadura
intelectual.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromoterapia - pergunta
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 20:11
Eu começo a imaginar que a sua mentalidade é realmente muito literal e
pouco abstrata. Você parece utilizar a linguagem de maneira mais parecida
com a que um robô faria, não um ser humano. Talvez você seja um bom físico,
ou um bom graduado em física, mas é certamente péssimo na exposição de
idéias.
Eu apenas fiz uma pergunta. Se você não quer responder, apenas não
responda. Se quiser responder, pelo menos responda direito.
Alvaro
>> Será que é possível que algum terapeuta tenha confundido esses
termos?
>Quem está falando de terapeutas? Estamos comentando um mail enviado
>por uma pessoas que se afirmou desconhecedora da MQ e de
>cromoterapia, mas que queria informações das relações entre ambas pq
>teria ouvido qq coisa sobre o assunto.
>E apenas pensei que ela, a autora do mail, se poderia ter confundido.
SUBJECT: Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 20:22
--- Em ciencialist@y..., Paulo Elache <pelache@d...> escreveu
> Olá pessoal,
>
> (. . .)
> [MANUEL]
> E como você sabe que é facto que antes do Big Bang existia energia?
> [TABORDA]
> Pela 1ª lei da termodinâmica.
> (. . .)
>
> [Elache]
> Por favor, Taborda, você poderia explicar detalhadamente a
afirmação
> supracitada?
1) O problema da particula permodial
Já lhe chamaram de ovo cosmico e muitas outras coisas. A questão é
que sempre é preciso um Algo e um Processo de transformar esse Algo
num Tudo que é o universo. Esse processo dá pleo nome de Big Bang.
Mas não é claro o que é.
Se existiu um ovo cosmico e por algum processo ele se transformou no
que chamos de universo (estrelas, planetas, quasares, etc) nós temos
algo com energia. Coisas que existem, têm energia. (pode ser na forma
de massa ou de momento , mas tem)
2) Sistema isolado
Se o sistema é isolado , significa que não saiu nem entrou energia
nele. Se agora ha energia, e não saiu e especialmente não entrou
energia nele, então tinha que haver energia antes.
E pq o sistema é isolado ? Pq por construção, antes não havia mais
nada.
3) 1ª Principio da Termodinâmica : Num sistema isolado a energia é
inalterada quando o sistema muda de um estado para outro.
Este principio engloba 2 e 1 , onde existe uma energia no estado
incial pré-BB e uma eenrgia num estado depois do BB.
A) O Problema do valor da energia
A energia é uma quantidade conehcida a menos de uma cosntante de
integração.
Isto significa que ninguem pode quantificar quanta energia existe em
determinado sistema, mas apenas quanta energia esse sistema tem a
mais que outro de referencia.
Esta referencia é fisiamente estabelecida e matemáticamente traduzida
na escolha da tal constante de integração.
O exemplo mais simples é o da energia potencial.
A energia potencial gravitica ou a electrica têm potenciais na forma
k/r onde k é uma constante
ora esta é uma função divergente.
Por Convenção a energia potencial é nula no infinito. Ou seja , em
rigor: lim V(r) , r ->+oo =0
Mas, por exemplo, quando o electrão está na orbital 1s, mais perto do
nucleo e passa para a 2s mais longe, a sua energia aumenta. (ele teve
que receber energia para poder fazer isso).
ORa, se ela aumenta quando r aumenta e o máximo é zero, desduz-se
logicamente que a energia potencial tem de ser negativa.
Mas isto é assim pq se Convenciona que lim V(r) , r ->+oo =0
E se a convenção fosse de outra forma e a energia do eelctrão fosse
positiva, isso alteraria alguma das conclsuões fisicas sobre o atomo ?
Não. Pq o que interessa é como o atomo responde à sua vizinahnça. (o
que está fora dele) em termos de Diferença de Energia, e não do valor
absoluto da energia.
Se o estado A tem energia E1 e o estado B tem energia E2
A variação da energia DeltaE = E2-E1
Se a convenção fosse outra e a constante de integração (C) não fosse
nula, então nesse caso as energias dos estados seriam E1' e E2'
onde E1' = E1 + C e E2' = E2 + C e a diferença de energia, seria:
DeltaE=E2'-E1' = (E2 + C) - (E1 + C)= E2-E1 Que exactamente o mesmo
que antes.
Por simplicidade, por raciocinio fisico, e Convenção: C=0
Mas se alteramos a convenção o resultado seria exactamente o mesmo
seja qual for o valor de C.
Não faz ortanto sentido basear nenhum argumento fisico no sentido de
que os acontecimentos dependam de C, quando se mostra - acabo deo
fazer- que o seu valor nada interessa para o mundo fisico, i.e. não
provoca nenhum fenomeno observável.
Espero tê-lo esclarecido
Sérgio
P.S. REsponderei às demais perguntas quando tiver tempo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] O regresso...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 20:45
Hehe, parece aquele filme "A volta dos que não foram"...
Seja bem vinda de volta, mas garanto que você deixou muita gente pensando
que era caso de vida ou morte.
Não precisa ficar com medo da cirurgia. Mesmo no Brasil eles já usam
anestesia, sabia? :-))
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 20 de Outubro de 2002 22:25
Assunto: [ciencialist] O regresso...
Parece piada... mas não é!
Estava com uma cirurgia marcada para ontem, sábado. Bem, devido a
alguns problemas envolvendo o meu médico e impossibilitando-o de
operar-me, eis-me de volta. Como não é um caso de vida ou morte,
posso esperar... :)
Obrigada pelo apoio e carinho dos que se manifestaram! É sempre bom
saber que as pessoas se preocupam com a gente, apesar de eu não ter
escrito o que escrevi com o fito de preocupar quem quer que seja
(talvez incosncientemente...:). E desculpem se eu os deixei no "ar",
sem saber do que se tratava: eu estava meio perturbada com a idéia
de cirurgia. Notem que eu desmaio em cadeira de dentista, o que se
dirá de uma intervenção cirúrgica?
Bem... agora vou ler o que está acotnecendo por aqui.
Beijos, Lígia
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SUBJECT: O regresso...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 21:25
Parece piada... mas não é!
Estava com uma cirurgia marcada para ontem, sábado. Bem, devido a
alguns problemas envolvendo o meu médico e impossibilitando-o de
operar-me, eis-me de volta. Como não é um caso de vida ou morte,
posso esperar... :)
Obrigada pelo apoio e carinho dos que se manifestaram! É sempre bom
saber que as pessoas se preocupam com a gente, apesar de eu não ter
escrito o que escrevi com o fito de preocupar quem quer que seja
(talvez incosncientemente...:). E desculpem se eu os deixei no "ar",
sem saber do que se tratava: eu estava meio perturbada com a idéia
de cirurgia. Notem que eu desmaio em cadeira de dentista, o que se
dirá de uma intervenção cirúrgica?
Bem... agora vou ler o que está acotnecendo por aqui.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O regresso...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 21:49
Prezada Ligiazinha,
Nós não concordamos em quase nada, é certo. Isso não quer dizer que eu te
deseje o mal, muito pelo contrário.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 20 de Outubro de 2002 23:20
Assunto: [ciencialist] Re: O regresso...
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Hehe, parece aquele filme "A volta dos que não foram"...
>
> Seja bem vinda de volta, mas garanto que você deixou muita gente
pensando
> que era caso de vida ou morte.
>
> Não precisa ficar com medo da cirurgia. Mesmo no Brasil eles já usam
> anestesia, sabia? :-))
Obrigada pela acolhida Álvaro e, diga-se de passagem, vinda de você é
algo inusitado... acho que o Takata tem razão;)
Explicando: É uma cirurgia meio grande, há uns 2 anos eu venho
protelando com isso mas agora realmente não dá mais para esperar
muito ( garanto que não é operação para mudança de sexo, viu?)... E
eu sinceramente fico muito preocupada toda vez que tenho que dar
entrada num hospital, apesar de todos os recursos, principalmente por
causa da anestesia: odeio a raquidiana.
Bem, como eu não fui submetida à cirurgia neste final de semana,
outra data vai ser agendada e eu vou me despedir novamente. Aí, caso
eu não volte, você vai ter a chance de avaliar que foi sério mesmo ;)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 21:54
Olá pessoal,
(. . .)
[TABORDA]
... Espero tê-lo esclarecido.
(. . .)
[Elache]
De certa maneira sim, obrigado.
Entretanto, você não deu exemplos práticos.
Por exemplo:
1) No caso do tunelamento, qual sua relação com a Regra de
Geiger-Nuttal?
2) No caso do salto quântico, qual o nome do efeito no qual ocorre a
emissão de um elétron, por um átomo excitado, sem a emissão de fótons?
Grato,
Paulo Elache
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 22:11
Oi Clarissa...
--- Em ciencialist@y..., "clarissa" <mestra@t...> escreveu
> (...) A solidão amorosa e a sexualidade explícita dos meios de
comunicação (especialmente no fim de semana) fez com que seis pessoas
me desrespeitassem e dissessem coisas que talvez nem ela mesmas
gostariam de ouvir. Ou, se no caso de gostarem de ouvir, o fizessem
de uma pessoa totalmente desconhecida, na circuntância irreal e
mentirosa que é a internet...
> Sou uma criatura sensível e exijo que respeitem meus sentimentos.
> Não ouvi nada construtivo, só putaria. Porque as pessoas se
emburrecem desse jeito?
Bem, como outra representante do sexo feminino aqui na lista, posso
dizer que sua indignação é genuína... mas vamos ver se tem bases.
Só uma perguntinha: qual é o seu nick? Veja que se for "Fofurinha",
ou "Poposuda", ou "Lindinha", ou "Florzinha", ou "Amoamar", ou "Doce-
mel", ou "Doidinha"... ou ainda qualquer outro "nomezinho
bonitinho", os caras caem matando! Tem que se impôr! O meu nick por
exemplo é um nome muçulmano que significa "estrela" ( por causa da
astronomia, ai, ai...)o que permite que o número de paraquedistas
seja reduzido a menos da metade, em primeiro lugar porque é um nome
diferente do usual e pelo fato de parecer que sou muçulmana, há a
possibilidade de eu ser fundamentalista, etc e tal... além do fato
de ter o apelo de mistério: será que ela vai falar comigo? ( nota:
muçulmanas não falam com estranhos... :)
E o que você escreveu na sua "info"? Veja que um texto bem
elaborado, inteligente e principalmente em inglês, deixa outra
parcela de possíveis "agressores" sem ação. O "Tigrão", o "BombaH",
o "MuchoMacho", o "Toro", o "Poderoso", o "TODOGOSTOSO" vão pensar
duas vezes antes de contatar você... :)
Quanto ao nível, desculpe: a gente impõe. A internet é livre e cada
um dá mostras daquilo que tem dentro de si. Não adianta vir dar uma
de "donzela deflorada", ofendida em sua integridade moral só porque
os marmanjos ficam querendo sexo virtual. Basta VOCÊ dizer que NÃO e
é finda a questão.
Um comentário sobre sexo virtual para quem não sabe o que é: é algo
triste... deprimente. Em primeiro lugar porque sexo requer algum
tipo de troca. A troca via internet é muito pobre e propostas assim
só vem de pessoas "pobres" ( homens e mulheres... já recebi
propostas de lésbicas, argh!), que não são capazes de cantar nem a
vizinha/o mais feia/o da redondeza... :) Além de darem a entender
que o número de homens que deveriam procurar o "remedinho do Pelé" é
grande!
> (desculpa aí o desabafo... se eu receber outra mensagem dessas nos
próximos 5 minutos nunca mais uso o icq)
Duvideódó!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: O regresso...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 22:20
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Hehe, parece aquele filme "A volta dos que não foram"...
>
> Seja bem vinda de volta, mas garanto que você deixou muita gente
pensando
> que era caso de vida ou morte.
>
> Não precisa ficar com medo da cirurgia. Mesmo no Brasil eles já usam
> anestesia, sabia? :-))
Obrigada pela acolhida Álvaro e, diga-se de passagem, vinda de você é
algo inusitado... acho que o Takata tem razão;)
Explicando: É uma cirurgia meio grande, há uns 2 anos eu venho
protelando com isso mas agora realmente não dá mais para esperar
muito ( garanto que não é operação para mudança de sexo, viu?)... E
eu sinceramente fico muito preocupada toda vez que tenho que dar
entrada num hospital, apesar de todos os recursos, principalmente por
causa da anestesia: odeio a raquidiana.
Bem, como eu não fui submetida à cirurgia neste final de semana,
outra data vai ser agendada e eu vou me despedir novamente. Aí, caso
eu não volte, você vai ter a chance de avaliar que foi sério mesmo ;)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Fw: Colégio invicível da ciência
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 22:35
Hum...
Assunto "herético" mas estou pronta para as bordoadas. A Arlete está
se referindo a um Colégio Invisível que é composto por
cientistas "heréticos" de várias nacionalidades ( mormente franceses )
com a finalidade de dar estruturas a assuntos bizarros como a
Ufologia...
Uma dica de onde começar a pesquisa é esta daqui:
http://www.jornalinfinito.com.br/asp/ciencias_ufologia_ocolegio.htm
Beijos, Lígia
************************************
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Alguma sugestão?
>
> []'
> Léo
> ====================
> -----Mensagem Original-----
> De: "Arlete" <arlete@m...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: domingo, 20 de outubro de 2002 14:08
> Assunto: Colégio invicível da ciência
>
>
> |
> | Bom dia
> |
> | Estou fazendo um trabalho sobre "Colégio invisível da ciência"
e
> | encontrei pouco material. Preciso de conceitos diversos sobre o
tema.
> | Se você puder me ajudar.
> |
> | Grata,
> | Arlete
SUBJECT: Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 22:40
Olá pessoal,
(. . .)
[TABORDA]
... Espero tê-lo esclarecido.
(. . .)
[Elache]
Obrigado pela resposta, mas na verdade você não esclareceu minha
pergunta.
De fato, você discorreu sobre o significado da primeira lei da
Termodinâmica.
O Manuel perguntou como você sabia que existia energia antes do Big
Bang, e você respondeu-lhe que pela primeira lei da Termodinâmica.
Isso me leva a deduzir que você aceita o Big Bang, desde que não
comprometa o princípio supracitado.
Caso eu esteja enganado, qual sua explicação detalhada para os dados do
COBBE?
Qual sua opinião sobre o "steady state" de Hoyle?
Caso nenhuma hipótese ser do seu agrado, quais seus princípios
experimentais/teóricos sobre esse tema básico da escatologia?
Grato,
Paulo Elache
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 22:47
Olá pessoal,
(. . .)
[LÍGIA]
Você está falando em salto quântico sem emissão de fótons, ou emissão de
elétrons sem emissão de fótons?
Bem, caso seja apenas a emissão de elétrons por um átomo excitado sem que
haja um salto quântico e consequentemente a emissão de fótons, temos o
Decaimento "Beta menos" b(-), onde o elétron é emitido a partir do núcleo
atômico ao invés da "nuvem de elétrons". A reação seria a transformação de
um nêutron em um próton cujo esquema é este aqui: nº -> p (+) + e (-)
(. . .)
[Elache]
Obrigado, Lígia, o caso é esse mesmo.
Mas, se não me engano, existe um nome do efeito associado ao processo...
só não me lembro qual.
Talvez o Taborda saiba.
Grato,
Paulo Elache
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 23:18
--- Em ciencialist@y..., Paulo Elache <pelache@d...> escreveu
> Olá pessoal,
> 2) No caso do salto quântico, qual o nome do efeito no qual
ocorre a
> emissão de um elétron, por um átomo excitado, sem a emissão de
fótons?
L: Você está falando em salto quântico sem emissão de fótons, ou
emissão de elétrons sem emissão de fótons?
Bem, caso seja apenas a emissão de elétrons por um átomo excitado sem
que haja um salto quântico e consequentemente a emissão de fótons,
temos o Decaimento "Beta menos" b(-), onde o elétron é emitido a
partir do núcleo atômico ao invés da "nuvem de elétrons". A reação
seria a transformação de um nêutron em um próton cujo esquema é este
aqui:
nº -> p (+) + e (-)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: O regresso...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 23:27
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Prezada Ligiazinha,
>
> Nós não concordamos em quase nada, é certo. Isso não quer dizer que
eu te
> deseje o mal, muito pelo contrário.
"Magina"... ;)
E... não precisamos nem concordar, basta que a gente respeite a
crença um do outro.
Bisous, Lígia
SUBJECT: Violação do Pric. da Cons. da Energia
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 23:34
Dentro da física moderna, particularmente na mecânica quântica, houve ou há algum sistema ou proposição teórica que viole ou violace o princípio da conservação da energia?
Pergunto isso porque na mecânica quântica há muitas coisas que contrariam o senso comum.
abraços
Carlos AR
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2002 23:47
Oi Clarissa!
Verdade... por aqui há discussões de nível e os rapazes são
respeitadores. E olha, parabéns pela sua escolha! Seu nick é muito
bonito e nada sugestivo para a "descambação", além de sua lista de
interesses ser bastante elitista!
Portanto o negócio desses marmanjos desbocados é mesmo pura azaração
e problemas que o "remedinho do Pelé" nem dá conta sozinho... ;).
Deixe as mensagens deles sem resposta.
Beijos, Lígia
*************************************
--- Em ciencialist@y..., "clarissa" <mestra@t...> escreveu
> oi lígia!
> meu nick é lilith
> no info tem um poema do Dante Gabriel Rossetti que resume o mito
hebreu da
> lilith, seguido por meus "gostos", que consistem basicamente em
bioquímica,
> biofísica, evolução molecular e exobiologia, além de tango (eu amo
Astor
> Piazzola) e obras de René Magritte.
> Não acho q isso seja chamativo ou sexualmente atraente. No final
ainda tem
> uma frasesinha dedicada ao meu namorado!
> Não é culpa minha, isso ocorre com todas as mulheres no icq, e não
é que eu
> quero me fazer de virgem ofendida, o que seria totalmente
inconsistente, mas
> sim defendeer o fato de eu não ser obrigada a ficar ouvindo uns
caras
> fracassados me falando imbecilidades.
> Por isso gosto dessa lista: existem discussões de nível...
>
> clarissa
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2002 23:51
A massa (m). Veja bem, em minha mente a questão é simples, claro na sua
também: se a massa m é a energia condensada, melhor dizendo, se massa é
energia e energia é massa, conclui-se daí que o fóton sendo uma particula de
energia hf, deveria também possuir massa. Não há como conciliar isso com o
princípio de constância "c"? A equação de Plank não nos fornece o quantum de
nenrgia do fóton? então, se pergarmaos esse quantum e jorgarmos numa equação
que associa massa e energia não obteremos o seu valor m? porque isso não
pode ser verdadeiro?
Abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 20, 2002 10:28 AM
Subject: Re: [ciencialist] A Massa do Fóton
>
> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Alberto"
>
>
> > Então me diga por que alguns físicos não a consideram, a massa do fóton,
> > nula?
>
> Qual massa ? M ou m ?
>
> >Qual é o argumento e no que isso alteraria a física quântica?
>
> Eu lhe respondo depois de vc deixar claro de que massa está falando.
>
> Sérgio
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 00:06
Alguns colegas da lista consideram questões que envolova uma discução sobre
a existência de Deus sem sentido e irrelevante para ser colocada nesta
lista, isto porque é uma lista ciêntifíca e, consequentemente de
cientistas.
Alvaro. Talvez você queira colocar esses assuntos na lista da SBCR. Seria
interessante, mas sugiro refinar seus argumentos antes.
E como diria Darwin, os assuntos da religião não cabem nos assuntos da
ciência, contudo, devo dizer que essa proposição somente é razoável se
tratarmos o assunto DEUS do ponto de vista das diversas religiões.
Alvaro. Isso é problema de Darwin, que morria de medo de ser criticado.
Muita gente antes e depois dele tem opinião contrária.
O que proponho é o tratarmos do ponto de vista científico, daí a minha
insistência em retomar o debate. Até porque, DEUS se não foi provada a sua
existência, também não o afirmada a sua inexistência. Ao contrário, há mais
indicios para se crêr em Deus do que para não se crêr.
Alvaro. Quais indícios? Do ponto de vista de quem? Quantos desses indícios
são evidências e quantos não passam de especulação? A inexistência de Deus
pode não ter sido provada, mas se ele existe, deve se esconder muito bem!
Tenho livros de quatro físicos de renome que professam a crença em Deus,
depois darei os nomes deles.
Alvaro. Nem que todos os físicos do mundo manifestassem a crença e Deus
isso seria argumento a favor da existência dele.
Mas a questão é: em todas as culturas, da mais atrasada a mais adiantada,
nunca houve, por uma razão ou outra, a que não professasse a crença em um
ser superior, ainda que os motivos sejam se proteger da natureza, motivos
físicos, o medo da morte ou medo do desconhecido, ou mesmo o puro egoísmo
de continuar existindo numa vida futura. Por quê a idéia de Deus habita
todas as civilizações passadas e presentes?
Alvaro. Há milhões de pessoas no mundo que não acreditam em Deus ou não se
importam como ele. O nome dessa gente? Budistas! Além disso, a origem de
todos os deuses e deusas reside em fenômenos naturais e todas as
civilizações existentes conheciam tais fenômenos. Logo...
Se você parar para analisar, verifica que, a crença em um Ser criador do
Universo engendra toda uma série de comportamentos e atitudes em relação a
vida às pessoas e ao mundo; uma ética que é totalmente diferente da ética
e valores de quem não professa a crença alguma.
Alvaro. Isso só mostra que seres humanos têm circuitos cerebrais comuns,
que reagem de maneira semelhante quando submetidos a situaçoes semelhantes.
Não tem nada a ver com Deus ou com a falta dele.
E quando estas pessoas de credos diferentes, (crê e não crê) se encontram
em situações limites da existência, o crente é sem dúvidas mais confortado
consigo mesmo, ao passo que o ateu está sozinho. Termino dizendo que,
parece que Dostoiévski estava certo: "se Deus não existisse, tudo seria
permitido".
Alvaro. José Saramago atribui essa frase a Nietzsche, não de Dostoiévski. A
dúvida é: o que exatamente não é permitido? Ou, de outra forma, de tudo o
que os seres humanos poderiam fazer, o que ainda não foi feito? Por outro
lado, de acordo com Saramago é exatamente por causa de Deus que se tem
permitido de tudo (http://rcristao.tripod.com/meditar/deus.html). Para quem
não acredita, sugiro uma visita a sites com fotos das guerras nos balcãs e
no Timor Leste.... ou uma visita à favela mais próxima...
Abraços,
Alvaro
SUBJECT: Deus e as culturas
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 00:15
Alguns colegas da lista consideram questões que envolova uma discução sobre a existência de Deus sem sentido e irrelevante para ser colocada nesta lista, isto porque é uma lista ciêntifíca e, consequentemente de cientistas. E como diria Darwin, os assuntos da religião não cabem nos assuntos da ciência, contudo, devo dizer que essa proposição somente é razoável se tratarmos o assunto DEUS do ponto de vista das diversas religiões. O que proponho é o tratarmos do ponto de vista científico, daí a minha insistência em retomar o debate. Até porque, DEUS se não foi provada a sua existência, também não o afirmada a sua inexistência. Ao contrário, há mais indicios para se crêr em Deus do que para não se crêr. Tenho livros de quatro físicos de renome que professam a crença em Deus, depois darei os nomes deles. Mas a questão é: em todas as culturas, da mais atrasada a mais adiantada, nunca houve, por uma razão ou outra, a que não professasse a crença em um ser superior, ainda que os motivos sejam se proteger da natureza, motivos físicos, o medo da morte ou medo do desconhecido, ou mesmo o puro egoísmo de continuar existindo numa vida futura. Por quê a idéia de Deus habita todas as civilizações passadas e presentes? Se você parar para analisar, verifica que, a crença em um Ser criador do Universo engendra toda uma série de comportamentos e atitudes em relação a vida às pessoas e ao mundo; uma ética que é totalmente diferente da ética e valores de quem não professa a crença alguma. E quando estas pessoas de credos diferentes, (crê e não crê) se encontram em situações limites da existência, o crente é sem dúvidas mais confortado consigo mesmo, ao passo que o ateu está sozinho. Termino dizendo que, parece que Dostoiévski estava certo: "se Deus não existisse, tudo seria permitido".
Abraços
Carlos AR
PS Não vejo contradição entre a crença em um criador, a ciência e a teoria da evolução por ex..
Carlos
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 00:29
--- Em ciencialist@y..., Paulo Elache <pelache@d...> escreveu
> Olá pessoal,
> [Elache]
> Obrigado, Lígia, o caso é esse mesmo.
> Mas, se não me engano, existe um nome do efeito associado ao
processo...
> só não me lembro qual.
> Talvez o Taborda saiba.
>
> Grato,
>
> Paulo Elache
Isso faz parte do que é chamado "Desintegração Beta". Não conheço
por outro nome.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Deus e as culturas
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 00:45
Uma vez eu escrevi aqlguma coisa a respeito disso e eu acho que esta
é uma explicação razoável, pelo menos está de acordo com o que Deus
inspira... apesar de ser uma sátira. O texto completo está em:
http://br.groups.yahoo.com/group/ceticismoaberto/message/1924
O trecho que fala em Deus e o porquê de se crêr em um Deus está aqui:
"O que é inerente ao gênero humano, pertencente ao grupo dos
primatas,
é o respeito à hierarquia. Tudo o que vimos criando desde os
primóridos da civilização tem por base o respeito à hierarquia. Isto
vem sendo estudado a partir do comportamento dos grandes símios, caso
dos gorilas e orangotangos. Eles têm a liberdade de elegerem um
soberano e seguem-no fielmente. Fêmeas dão preferência a ele para
procriar, existe sempre uma fêmea predileta, existem outras que
rendem-lhe tributos, assim como ao "soberano" do grupo, que disputa
seu título com outros em brigas para provar quem é o mais forte
dentre todos..
Assim com bases no "seguir as normas hierárquicas", nós humanos
criamos nossos representantes na figura de Reis, Patriarcas,
Dirigentes, Presidentes... já que temos esse princípio de obediência
ao soberano em nossos códigos genéticos. Ao nos estruturarmos em
grupos maiores, nós humanos vimos que em certas circusntâncias
ficaria difícil eleger um soberano supremo que fosse obedecido
fielmente pelas demais tribos sem contestação. Como a superioridade
acabou sendo frágil senão em termos absolutos, a idéia de um DEUS
soberano foi implantada. Ao abraçarmos a idéia de um Pai criador, um
Deus, ou Deuses acabamos com este problema inerente à necessidade
humana de ter um superior e temos condições de "eleger" não mais por
provas de força física, aqueles que teremos por representantes desse
Deus, ou de tudo o que é bom e perfeito ( portanto não humano ) na
Terra".
No mais, sem que se leve em consideração essa "necessidade" de um
superior hierárquico respeitável, temos que o Universo ainda é uma
incógnita. Por mais brilhantes que sejam os estudos associados à
busca por respostas, ainda deparamos com um montante considerável de
questões para as quais as respostas não parecem ser satisfatórias,
não sendo de todo impossível que na realidade estejamos dentro de
algum tubo de ensaio de algum cientista avaliando "o que a energia é
capaz de fazer"... E o que basicamente diferencia os seres humanos
no quesito Deus é que de um lado, quem nele acredita, está confiante
de que há alguma ordem e que não se está sozinho. Quem não acredita,
por outro lado, vê-se sozinho e não encontra um consolo para esta
solidão além do que pode ser realizável a nível de troca com outros
humanos e a natureza ao redor.
Beijos, Lígia
*********************************************
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Alguns colegas da lista consideram questões que envolova uma
discução sobre a existência de Deus sem sentido e irrelevante para
ser colocada nesta lista, isto porque é uma lista ciêntifíca e,
consequentemente de cientistas. E como diria Darwin, os assuntos da
religião não cabem nos assuntos da ciência, contudo, devo dizer que
essa proposição somente é razoável se tratarmos o assunto DEUS do
ponto de vista das diversas religiões. O que proponho é o tratarmos
do ponto de vista científico, daí a minha insistência em retomar o
debate. Até porque, DEUS se não foi provada a sua existência, também
não o afirmada a sua inexistência. Ao contrário, há mais indicios
para se crêr em Deus do que para não se crêr. Tenho livros de quatro
físicos de renome que professam a crença em Deus, depois darei os
nomes deles. Mas a questão é: em todas as culturas, da mais atrasada
a mais adiantada, nunca houve, por uma razão ou outra, a que não
professasse a crença em um ser superior, ainda que os motivos sejam
se proteger da natureza, motivos físicos, o medo da morte ou medo do
desconhecido, ou mesmo o puro egoísmo de continuar existindo numa
vida futura. Por quê a idéia de Deus habita todas as civilizações
passadas e presentes? Se você parar para analisar, verifica que, a
crença em um Ser criador do Universo engendra toda uma série de
comportamentos e atitudes em relação a vida às pessoas e ao mundo;
uma ética que é totalmente diferente da ética e valores de quem não
professa a crença alguma. E quando estas pessoas de credos
diferentes, (crê e não crê) se encontram em situações limites da
existência, o crente é sem dúvidas mais confortado consigo mesmo, ao
passo que o ateu está sozinho. Termino dizendo que, parece que
Dostoiévski estava certo: "se Deus não existisse, tudo seria
permitido".
> Abraços
> Carlos AR
>
> PS Não vejo contradição entre a crença em um criador, a ciência e a
teoria da evolução por ex..
> Carlos
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 01:46
Carlos Alberto,
Antes de tudo, não vejo sua preocupação em relação a esta lista ser uma lista
sobre ciência, e portanto uma lista científica e de cientistas me parece
despropositada. Eu participo ativamente da lista e não completei minha
formação científica (um curso de física abandonado antes de compreender de
verdade o básico de equações diferenciais (e por tabela a quântica)). Tenho
certeza que não sou o único. Esta é uma lista sobre ciência, não é para ser
científica nem para ser restrita aos cientistas.
A discussão se a existência de deus(es)(as) (prefiro considerar todas as
hipóteses além da de apenas um deus masculino criador) é um problema
científico é interessante, e discutir sobre o conceito de deus(es)(as) é um
tema antropológico profícuo.
Quanto a existência, não considero que seja um problema científico. Para
debatermos uma questão cientificamente é preciso formular hipóteses dentro de
modelos e princípios, deduzir previsões inerentes desta hipótese e realizar
testes experimentais destas hipóteses. Para a descrição do mundo a nosso
redor, cientificamente, um modelo que inclua deus(es)(as) é tão preciso para
descrever os dados experimentais quanto um que não inclua. E afirmar ou negar
deus(es)(as) não geram previsões que possam ser verificadas empiricamente.
Portanto não há como abordar cientificamente este problema. Se a questào
divina gerar previsões verificáveis, podemos tentar fazer da teologia uma
ciência, mas este não é o caso (ainda?).
Quanto aos indícios de existência divina, não é fato que todas as culturas
acreditaram na existência de um ser superior. As mitologias primitivas não
tinham em seus deuses exatamente personas, e sim representações de princípios
naturais (recomendo a leitura do primeiro volume de "As máscaras de Deus -
mitologia primitiva" de Joseph Campbell). Muitas mitologias politeístas davam
a ordem universal um caráter impessoal, sob a qual os próprios deuses estavam
submetidos (O taoísmo é uma delas. Até mesmo os deuses estão submetidos aos
princípios de ying e yang). Muitas mitologias não deixavam claro quem era o
"soberano" na hierarquia divina. Zeus passou a mandar no Olimpo depois de uma
série de lutas entre gerações de deuses e criaturas (os titãs, por exemplo).
Zeus era o chefe atual. Caos e Gaia (os criadores) eram deuses mortos. O
budismo teravada defende a inesxistência de deuses, sendo o panteão budista
meras representações e metáforas.
Até mesmo a questão da origem do universo teve várias respostas mitológicas.
Na verdade todas as respostas dadas para a origem do universo, sejam
mitológicas, filosóficas ou ceintíficas podem ser divididas em uma estrutura
simples.
Grupo 1 (universo teve um começo)
1.1: criado por um ser positivo (deus criador, universo surgido de uma
singularidade, etc...)
1.2: criado do não ser, do nada (induísmo presente no Chandogya, índios maori
de Nova Zelândia, Big Bang sem singularidade, etc...)
1.3. universo surgido da luta entre o ser e o não ser, ou entre caos e ordem:
(taoísmo)
Grupo 2 (universo sem começo)
1.1: universo eterno: jainismo (aintiga religião da Índia), visão de universo
da físca clássica determinista
1.2: universo cíclico, com vários inícios e finas (big-bang seguido de big
crunch, mito de Shiva)
Estes poucos grupos se devem as poucas respostas possíveis para a mente
humana sobre a criação. E mesmo sendo poucoas, normalmente se pensa que são
muito mais retritas as opções.
Além disto, em mitologia comparada temos vários estudos que defendem a tese
que as várias coincidências estruturais das várias mitologias (e a existência
de um ser superior não é uma coincidência presente em todas) estão
relacionadas aos arquétipos de Jung. Assim as coincidências estruturais
mitológicas refletem muito a natureza da mente humana, dando bons motivos
para estudos sobre o homem, e pouco dizem de algo que esteja além do humano.
Recomendo também a leitura de "O herói de mil faces" também de Joseph
Campbell. Bastante interessante sobre o assunto.
Por fim, a ciência não se afirma atéia, nenhum cientista pode afirmar que o
darwinismo, o big bang ou qualquer teoria científica afirme, sugira ou de
indícios sobre a existência de deus(es)(as). A ciência não é atéia, é
areligiosa.
Aniello
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 02:07
> Realmente, a culpa é das mulheres. Tou contigo e não abro. Quando a
mulher não está mostrando parte dos seios está com mini-sáia e vice-
versa. Quando não exibem seios ou coxas ... mostram o rosto! A que
ponto chegamos! Homem sim, sempre aquele vestimenta clássica e
sóbria, calça e camisa (agora as mulheres tb passaram a usar calças,
mas os homens não passaram a usar vestidos). Tá uma vergonha! Cada
vez mais estimulando a promiscuidade. Não sei de onde tirei aquele
maldita idéia de tirar uma costela do homem para fazer uma mulher ...
agora as mulheres tb querem ter uma costela a menos!
Olá. Podemos dizer que as mulheres são responsáveis por grande parte
da tempestade cultural que estamos passando. Mas atribuir culpa neste
caso não é uma boa idéia. Isso porque estamos tratando de processos
históricos com raízes profundas.
Concordo com você sobre a erotização das roupas das mulheres. As
feministas execram este fenômeno alegando que isto coloca as mulheres
como em função dos interesses masculinos. Mas isto é uma imbecilidade
que mostra que as feministas não entendem nada sobre as relações de
poder entre os sexos. O que as mulheres estão fazendo é usando todas
as armas que elas têm. Em paises onde as mulheres são controladas,
elas não andam pelas ruas mostrando seus corpos para os homens; elas
são cobertas da cabeça aos pés.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 02:37
deus: > Realmente, a culpa é das mulheres. Tou contigo e não abro. Quando a
mulher não está mostrando parte dos seios está com mini-sáia e vice-
versa. Quando não exibem seios ou coxas ... mostram o rosto! A que
ponto chegamos! Homem sim, sempre aquele vestimenta clássica e
sóbria, calça e camisa (agora as mulheres tb passaram a usar calças,
mas os homens não passaram a usar vestidos). Tá uma vergonha! Cada
vez mais estimulando a promiscuidade. Não sei de onde tirei aquele
maldita idéia de tirar uma costela do homem para fazer uma mulher ...
agora as mulheres tb querem ter uma costela a menos!
=======================
JC (de João de Carvalho): >>Olá. Podemos dizer que as mulheres são responsáveis por grande parte
da tempestade cultural que estamos passando. Mas atribuir culpa neste
caso não é uma boa idéia. Isso porque estamos tratando de processos
históricos com raízes profundas.
Concordo com você sobre a erotização das roupas das mulheres. As
feministas execram este fenômeno alegando que isto coloca as mulheres
como em função dos interesses masculinos. Mas isto é uma imbecilidade
que mostra que as feministas não entendem nada sobre as relações de
poder entre os sexos. O que as mulheres estão fazendo é usando todas
as armas que elas têm. Em paises onde as mulheres são controladas,
elas não andam pelas ruas mostrando seus corpos para os homens; elas
são cobertas da cabeça aos pés.
===================
deus: Sou um deus erradicado no Brasil mas, não leve isso muito a sério, pois posso estar em todos os lugares ao mesmo tempo ... uma espécie de infinitos tunelamentos (por isso poucos podem me ver). Gostaria que no Brasil as mulheres andassem vestidas da cabeça aos pés e só conseguissem seu lugar ao Sol pelo que têm dentro de suas cabeças, não em seu corpo. Atualmente parecem mostras de carnes penduradas em açougues. Credo!
[]'
deus
SUBJECT: nRe: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 05:10
#########>>E, creio que principalmente, conceituar
"Inconsciente"<<##########
Aqui a coisa é um pouco mais complicada. O conceito de inconsciente não foi
criado por Freud, o termo surge inicialmente entre os autores do romantismo
alemão. O que Freud fez foi elaborar uma definição de inconsciente a partir
da neurologia da época (Freud era neurologista). Mas essa definição é
controversa e não é compartilhada por todas as correntes da psicologia
profunda.
?????????????>>>>>>>>>>>>Postei uma msg onde colocava a questão de que Freud
não fôra o primeiro a atinar para a existência do inconsciente. Não obstante
foi o primeiro a 'gerenciar' de forma pragmática tal
'descoberta'<<<<<<<<<<????????????
##########>>retrasado! E está em voga até nossos dias<<###########
Não, é século passado mesmo. A primeira obra importante de Freud depois que
ele abandonou a barca furada da teoria da sedução foi _A Interpretação dos
Sonhos_, de 1900.
??????????????>>>>>>>>>Virada do século passado: 1999 => 2000. Virada do
século retrasado: 1899 => 1900. Como vc interpreta seu
lapso?<<<<<<<<<<<<<??????????????
"... Eu sempre tento ver todos os lados da questão, na medida
do possível e apesar de ter minhas próprias opiniões muito bem formadas...
Abs.
L."
Abs.
Antonio Renato.
SUBJECT: Assunto: Re: Re: [ciencialist] NETIQUETA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 06:19
|
| OI
| Estou devolvendo as msgs a seguir posto não ter acesso ao idioma
alienígena
| na qual foram redigidas. Infelizmente não pude aproveitá-las.
| []s.
| Antonio Renato.
|
===============
Faço dessas, minhas palavras.
[]'
Léo
==============
|
>>>>>>>>>>Agradeço o solidariedade<<<<<<<<<<
[]'
Antonio Renato.
SUBJECT: nRe: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 06:20
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> ##########>>Estou certo de que já experimentou querer
> lembra-se de determinado nome ou palavra e tal não lhe ocorre.
> Passado algum tempo lhe aflora na área consciente o nome antes
> esquecido. Ninguém lhe dissera, portanto estava dentro de vc, em um
> local que não pôde ser acessado. Este é um exemplo simplório. Será
> que serve como teste a respeito da existencia do inconsciente?
<<##########
Dados q. somem para aparecer depois acontece o tempo todo no meu
micro...
[]s,
Roberto Takata
Oi
Êpa, êpa, êpa! (rsrsrs) Não estávamos nos referindo à computador! A pergunta
não foi respondida: Teve ou não teve a experiência mencionada? Serve ou não
serve como teste a respeito da existencia do inconsciente?
Mas, já que falou nisso... O computador dipõe de uma 'linguagem de máquina'
(Assembler?) que deverá ser decodificada. A 'linguagem inconsciente' são
processos emocionais: Têm de ser decodificados.
Existem arquivos ocultos, protegidos, etc. Assim é com o inconsciente: A
decodificação passa por 'filtros' denominados 'defesas de ego' ou 'defesas
inconscientes'.
[]s,
Antonio Renato.
SUBJECT: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 06:21
On 17 Oct 2002 at 5:11, Joao de Carvalho wrote:
> É estranho, portanto,
> que eles possam falar de perversão. Para supor perversão temos que
> supor um padrão normal, e quem irá definir o normal na ausência de
> Deus?
Tudo bem. Só tem uma coisa: a palavra "perversão", em psicanálise
não tem conotação moral. Não signiica "desvio", nem anormalidade. A
palavra "normal" não é do vocabulario freudiano. "Perversão" significa
"tradução". O trabalho em que Freud fala sobre este tema é "Tres
ensaios de teoria sexual", de 1915. Aí ele trata de mostra que os
denominados perversos pela sociedade da época são só um
manifestação parcial da sexualidade dos chamados "normais". Que a
sexualidade "perversa" se encontra no homem normal. Além disso diz
que em qualquer criança ha uma coleção dessas perversões e que
qualquer criança normal não passa de um "perverso polimorfo". Para
Freud, perversão é sexualidade adulta que não chegou a evoluir.########>>Ou
evoluiu, não se adaptou e regrediu<<######## Não
significa necessariamente uma doença.A neurose sim seria uma
doença por ser o negativo de uma perversão. Eu concordo que o termo
é mau. Pessoalmento não o uso pela conotação negativa que sempre
se aderiu a ele. Creio que Freud não conseguiu eliminar a carga
negativa da palavra. Creio que aé prejudicou a psicanálise adotando
como vocabulario comum, sem conotação moral, a palavra perversão.
Somos poucos ainda os psicanalistas que nos interessamos por uma
teoria da sociedade. É algo que não ajuda nada. Não é uma atitude
útil.
[ ]s
Marco Aurelio
Oi
Seria desvio da sexualidade qualquer atividade que excluisse reprodução.
Seria perversão da sexualidade a satisfação sexual através de atividade
desviada.
Assim, a masturbação em encarcerados é um desvio: "Masturbação de
emergência". Mas, caso o indivíduo disponha do objeto adquado à satisfação
sexual e dê preferência a masturbar-se, devemos falar em onanismo
(Perversão).
[ ]s
Antonio Renato.
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 06:21
"Oi,
Um texto do C. Sagan sobre testosterona e prazer:
<<Uma parte do sistema de circuitos neurais do cérebro, ligada a
agressividade, parece estar perigosamente em contacto com a de
circuitos neurais ligada ao sexo. O comportamento resultante é-nos
estranhamente familiar.
(...)
<<No cérebro de muitos animais há postos receptores específicos aos
quais se liga, quimicamente, a molécula testosterona a outras
hormonas sexuais e que controlam o comportamento hormonalmente
induzido. Pode haver centros neurais distintos responsáveis por
atitudes como o parvonear-se, o cacarejar, a intimidação, a luta, o
copular, a defesa do território e a inserção na hierarquia
domimnante, mas cada centro desses tem uma tecla que é premida pela
testosterona. (...) Tal como acontece com muitos hormonas, a
testosterona funciona como ligação de uma diversidade de circuitos
completos de retroalimentação positivos e negativos, que mantém a
concentração da molécula a circular no sangue.
<<Os animais de sexo masculino não só suportam as rixas, ameaças e
lutas orientadas pela testosterona, como até parece sentirem nela um
certo prazer. Um rato aprenderá a percorrer um labirinto complicado
quando a única recompensa, ou reforço, é a oportunidade de se bater
com outro macho. Há imensos exemplos semelhantes na nossa espécie. As
atividades que são cruciais à reprodução tendem a ser encaradas com
entusiasmo. O sexo é, só por si, o exemplo mais óbvio. A
agressividade encontra-se na mesma categoria.>>
(Carl Sagan; Sombras de Antepassados Esquecidos; Gradiva; 1a. Edição;
1996; pp. 184 e 212)
[]s,
Manuel Bulcão"
Matar faz parte da vida do Homem contemporâneo: Não fosse assim não
comeríamos galinha, porco, etc.
[]s,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 07:08
----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Sunday, October 20, 2002 8:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é
feito isso?)
> A energia é uma quantidade conehcida a menos de uma cosntante de
> integração.
Se, mas somente se, desprezarmos um referencial absoluto, no sentido
newtoniano do termo.
> Isto significa que ninguem pode quantificar quanta energia existe em
> determinado sistema, mas apenas quanta energia esse sistema tem a
> mais que outro de referencia.
Por "ninguém" entenda-se um físico "moderno".
> Não faz ortanto sentido basear nenhum argumento fisico no sentido de
> que os acontecimentos dependam de C, quando se mostra - acabo deo
> fazer- que o seu valor nada interessa para o mundo fisico, i.e. não
> provoca nenhum fenomeno observável.
Onde se lê "argumento físico" leia-se argumento da física moderna.
> Espero tê-lo esclarecido
Espero ter confundido.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 07:11
----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Sunday, October 20, 2002 6:03 PM
Subject: [ciencialist] Re: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
> A expressão salto quantico vem do facto de nenhum estado poder ser
> obserável entre o 1º e 2º estados. O sistema passou de um estado para
> outro sem passar por mais nenhum (salto). Esse salto dá-se pela
> absorção ou libertação de um quanta de energia (quantico) , o fotão ,
> no caso.
> Costuma-se fazer a analogia - ERRADA - de que o salto quantico é
> passar de A para B sem passar no meio deles.
Concordo contigo, mas diria que é exatamente isso o que preconiza a
famigerada FQ. Se os sistema, ao "passar de um estado para o outro, não
passou por mais nenhum (salto)", eu diria que o erro não está na analogia e
sim no se pretender fazer qualquer analogia com algo que tenha existência
real pois em física quântica não existe nada, nada, nada, nada e nada que
possa caber na cabeça de um ser pensante que viva no século XXI.
> Normalmente esta frase é entendida no sentido espacial em que A e B
> são pontos. E seria como ir de Lisboa a Brasilia sem viajar pelo
> espaço entre eles. Isto não é o salto quantico.
> O salto quantico é este estados e não entre posições.
Támbém concordo e diria que não existe nada no mundo real que se identifique
com esses famigerados estados quânticos.
> Classicamente, se a energia cinética da particula for menor que
> energia potencial da caixa, a particula nunca sairá dessa caixa.
Eu diria que a sua física clássica é anterior a Newton, como já afirmei em
mensagens anteriores (creio que há uns dois anos ou mais).
> Em linguagem quantica: A probabilidade da particula ser encontrada
> fora da caixa é, classicamente, nula.
> Quanticamente, existe a probabilidade não nula da particula ser
> observada fora da caixa.
Em linguagem quântica tudo é possível, pois a física moderna é obra de
contabilistas. Faz-se de tudo para que o balanço sempre dê zero. Isso não é
física, isso é enganação a utilizar-se de uma matemática sofisticada para
iludir os trouxas, nada mais do que isso.
> (nota: a probabilidade delas serem
> observadas dentro da parede não é um valor real, o que significa que
> não nos podemos pronunciar sobre se elas alguma vez estão dentro da
> parede ou não.)
Que mal pergunte: Existe algo que os físicos quânticos do século XXI podem
pronunciar e que não retrate uma enganação e/ou um erro crasso?
> Espero tê-lo esclarecido.
Espero ter confundido ;-)))
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Colégio invicível da ciência
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 07:13
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, October 20, 2002 2:29 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Colégio invicível da ciência
Alguma sugestão?
-----Mensagem Original-----
De: "Arlete"
Enviada em: domingo, 20 de outubro de 2002 14:08
Assunto: Colégio invicível da ciência
| Estou fazendo um trabalho sobre "Colégio invisível da ciência" e
| encontrei pouco material. Preciso de conceitos diversos sobre o tema.
| Se você puder me ajudar.
De duas uma: Ou esse alguém está pensando na "ciência" das ordens secretas e
esotéricas (maçonaria, rosa cruz, etc) ou então no que costumo chamar como
"a face oculta da ciência". No primeiro caso, sou leigo no assunto. Quanto
ao segundo diria que os podres da ciência são tantos que daria para
construir uma biblioteca a respeito e que não ficaria nada a dever às
bibliotecas de outras especialidades. No passado li muitos artigos ou mesmo
livros sobre o assunto, mas no momento disponho de muito poucos. (Mudei-me
de residência a mais de 5 anos e ainda não me animei a trazer a minha
biblioteca antiga). Vou citar apenas dois livros, um que não é exatamente
deste gênero mas que certamente faria parte da biblioteca citada: "O Erro de
Adam Smith", de Kenneth Lux, editora Nobel, 1993, 223 páginas. Um resumo do
livro pode ser lido em ftp://ftp.usjt.br/pub/revint/74_4.ZIP . E o outro
que é FORMOSINHO,S.J. (1988): "Nos bastidores da ciência", Gradiva Publ.
Ltda, Lisboa.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 07:47
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 6:10 AM
Subject: nRe: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e
criacionismo - Takata, junte-se a nós)
>Postei uma msg onde colocava a questão de que Freud
não fôra o primeiro a atinar para a existência do inconsciente. Não obstante
foi o primeiro a 'gerenciar' de forma pragmática tal
'descoberta'
Justo. Foi graças a Freud que o inconsciente entrou na ordem do dia. O
simples fato de muita gente o considerar o inventor do inconsciente já
mostra que, antes dele, era um conceito obscuro, limitado aos poetas e
filósofos românticos.
>Virada do século passado: 1999 => 2000. Virada do
século retrasado: 1899 => 1900. Como vc interpreta seu
lapso?
Você tem alguma sugestão? ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: n Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 07:58
----- Original Message -----
From: lpereira@smsdemag.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 15, 2002 12:56 PM
Subject: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
>E para finalizar, a utilização das drogas, além de ser uma falta de caráter
e
força de vontade da pessoa ela apenas distorce a compreensão da realidade.
Eu sempre tenho uma inveja danada das pessoas que sabem com certeza absoluta
o que é a realidade e, portanto, como a compreensão dela pode ser
distorcida... ;-)
Abs.
L.
=================================
=================================
Creio que o texto que se segue, extraído de meu próprio diário, seja
pertinente.
"Cannabis sativa"
Eu cursava o científico no Colégio Militar.
Naquele dia um colega do colégio iria dormir na minha casa (Eu residia com
os meus pais).
Havíamos bebido alguns chopes na Av. Atlântica e por ela caminhávamos com
intuito de nos recolhermos.
Andávamos sem pressa numa noite tépida e traqüila quando alguma coisa no
chão da calçada me chamou a atenção. Abaixei-me e apossei-me daquilo que me
despertara a curiosidade: Era um tipo de cigarro manufaturado. Era um
'baseado'!
Eu não tinha a mínima experiência com a droga. Com cuidado desenrolei o
papel e o meu colega reconheceu que era maconha.
-"Joga fora!", diz ele.
-"Vamos fumar para ver o que acontece...", sugeri.
Ele foi veemente quando não concordou. Guardei o dito 'baseado'.
Já em casa, no meu quarto, esperei que ele ferrasse no sono deitado em uma
'cama' improvisada no chão.
Fui até ao banheiro, e de pé por cimma da banheira, ficando com a cabeça na
altura da janela, acendi e fumei a tal maconha.
Retornando para a minha cama, não muito demorou para que eu dormisse.
No dia seguinte eu comentava com o colega o que acontecera. Eu não havia
percebido nada de excepcional após fumar a tal da maconha. Estava mesmo
duvidando tratar-se da erva. Mas ele me garantiu que aquele cigarro era de
mcaonha. Ele se relacionava com pessoas usuárias daquela droga e a conhecia,
embora não fazendo uso.
Desenxabido relato...
Muitos anos se passaram e numa segunda oportunidade, após fumar a tal de
maconha também não percebera nenhuma mudança.
A fumara em companhia de um amigo nas escadas de serviço do predio onde
residia com os meus pais.
Era noite e dali saímos caminhando sem destino determinado.
Já estava a desconfiar que aquilo que fumara não seria maconha. Mas o
amigo, que conhecia do riscado, me garantira tratar-se de maconha.
O inicio do 'efeito' pude notar aparecer de forma insidiosa, entre cinco e
dez minutos após termos fumado o 'baseado'.
...Ainda caminhávamos pela rua quase deserta quando me ocorreu não saber
qual direção tomáramos: Estaríamos andando em direção ao Posto 6 ou em
direção ao Leme? Eu havia me desorientado no espaço! Achei muito engraçado
aquela sensação e iniciei a rir sozinho.
Estávamos na altura da Rua Djalma Urich quando nos detivemos para observar
uma vitrine iluninada em uma loja.
As coisas pareciam inusitadas, detinham algum brilho que jamais tivera
observado. Me detive e em analisar o que estaria acontecendo.
O amigo me solicita para irmos dali. Segundo ele já estávamos parados na
frente daquela vitrina por muito tempo. É interessante que também houvera um
distorção na percepção do tempo (Realmente não soubera discernir se havia
passado muito ou pouco tempo).
Uma série de mudanças, sempre que percebidas suscitavam o riso. Muito riso!
Esta primeira experiência deixou-me a impressão de que o efeito da maconha
seria uma espécie de 'pré-sono' (ou 'pré-sonho'?).
O estado 'amaconhado' é compatível com o quadro de esquizofrenia simples.
Não raro 'vivenciarmos' sensação de estranheza, "jamais vú", "deja vú",
falsos reconhecimentos, prejuízo do juízo crítico, distorção na percepção do
espaço e do tempo, distúrbios da atenção, lentidão no curso do pensamento,
apragamatismo, etc. É melhor parar por aí. Afinal não existe intenção em
conceituar esquizofrenia.
Após esta experimentação, por algumas outra vezes em que fumei maconha
detive-me em escrever sobre aquilo que teria observado de diferença para o
estado sóbrio. Os manuscritos estão em algum lugar desta casa, caso as
baratas não os tenha tido como refeição.
É isso.
Gostaria de colocar que, nestas discussões envolvendo psicanálise, não
adiantam 'eruditismos' (Autores e datas). Não adianta citar uma dezena de
autores (Exceto Freud, que está sendo discutido) porque eles são humanos.
Doutra feita o listeiro Douglas bem colocou que os autores são pessoas como
nós e portanto sujeitos a contestação. Minha sugestão é citação da
experiência pessoal do listeiro, de exemplos, de preferência, reais.
Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 08:31
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 1:15 AM
Subject: [ciencialist] Deus e as culturas
>Alguns colegas da lista consideram questões que envolova uma discução sobre
a existência de Deus sem sentido e irrelevante para ser colocada nesta
lista, isto porque é uma lista ciêntifíca e, consequentemente de
cientistas.
Eu fico um pouco dividido com essa questão. De um lado, acho que a recusa a
se discutir determinados assuntos sob a alegação de que "não é científico" é
muito estranha, se partirmos do princípio de que o método científico se
propõe a ser uma forma de abordagem de alcance universal e, portanto, em
princípio, apto a lidar com qualquer tipo de questão. Por outro lado, quando
vejo as bobagens que a abordagem cientificista costuma dizer quando trata de
temas como religião ou arte, fico me perguntando se a recusa a discutir
cientificamente esses problemas não será afinal a atitude mais sábia.
Enquanto, na maior parte das questões, a ciência passou por uma profunda
transformação ao longo do século XX, no que se refere às religiões, a visão
considerada científica continua estacionada no século XIX, com a
interpretação ingênua de que os deuses foram criados apenas pra "explicar"
fenômenos naturais cujo verdadeiro funcionamento era desconhecido por nossos
antepassados ignorantes. Isso é uma bobagem sem tamanho e só pode ser
defendida seriamente por alguém que contempla a fenomenologia religiosa de
longe, de fora, sem uma verdadeira compreensão de seus mecanismos e
estruturas. Estes foram analisados por gente como C. G. Jung, Mircea Eliade,
Emile Durkheim, Claude Lévi-Strauss, entre outros, os quais mostraram que,
longe de ser apenas um substituto canhestro pra falta de conhecimento
científico, as religiões nascem de um simbolismo complexo, que apenas
utiliza os fenômenos naturais como personificação pra dinâmicas psíquicas e
sociais que estruturam a relação do sujeito consigo mesmo e com o mundo. No
limite, o que essas entidades personificam é, em última análise, o
transcendente, isto é, aquilo que permanece fora da conceituação habitual e
do alcance da razão (inclusive a científica).
Jung tinha proposto que o impulso humano em direção ao transcendente era um
"instinto" tão básico no ser humano quanto o sexo ou a nutrição. Botei aspas
em "instinto" porque não quero agora entrar no mérito da questão de saber se
o homem tem alguma coisa que se possa qualificar de instinto e em que medida
esse instinto é ou não semelhante ao dos outros animais. Mas, em todo caso,
a proposta de Jung vem recebendo uma série de corroborações independentes no
campo das neurociências. A mais notável delas foi feita por Andrew Newberg e
Eugene d'Aquili, que mapearam o cérebro de oito adeptos do budismo durante o
estado de meditação e de um grupo de freiras franciscanas, mostrando quais
são exatamente as áreas do cérebro que estão ativas ou inativas durante as
experiências místicas. Eles notaram uma convergência completa entre a
descrição subjetiva e as alterações da atividade cerebral que ocorrem
durante essas experiências. Os resultados dessa pesquisa, evidentemente, não
provam que existe algo como Deus ou os deuses, mas demonstram que, longe de
serem invenções arbitrárias, charlatanismo ou fruto de ignorância
científica, os relatos de experiências místicas correspondem a um tipo
específico de funcionamento do cérebro. De acordo com Newberg e d'Aquili, o
cérebro foi "programado" pela evolução para ter esse tipo de experiência.
Também não quero entrar no mérito da moldura evolucionista que os autores
usam (estávamos discutindo em outro thread precisamente as limitações dessa
moldura quando se trata de explicar o comportamento humano), mas eles vão ao
encontro da proposta inicial de Jung de que o ser humano tem um impulso
"inato" para buscar o transcendente, e que não podemos compreender
completamente o nosso psiquismo se não levarmos esse impulso em conta.
Pra evitar mal-entendidos, é bom repetir: nem a pesquisa de Newberg, nem a
proposta de Jung dizem absolutamente nada a respeito da *existência* de Deus
ou dos deuses, que continua - e vai continuar sendo - apenas uma questão de
fé. "A questão central é determinar se a atividade neurológica associada à
experiência espiritual significa que o cérebro é a causa dessa experiência
ou se, em vez disso, está percebendo uma realidade além do corpo", diz
Newberg, enquanto Jung afirma em _Psicologia e Religião_ (que, diga-se de
passagem, foi inspirado na análise de Wolfgang Pauli, cujos sonhos serviram
de ponto de partida pras reflexões de Jung nesse livro e em _Psicologia e
Alquimia_): "Incorreria em erro lamentável quem considerasse minhas
observações como uma espécie de demonstração da existência de Deus. Elas
demonstram somente a existência de uma imagem arquetípica de Deus e, na
minha opinião, isso é tudo o que se pode dizer, psicologicamente, acerca de
Deus. [...] Como a vivência desse arquétipo tem muitas vezes, e inclusive,
em alto grau, a qualidade do numinoso, cabe-lhe a categoria de experiência
religiosa."
Resumindo a minha opinião: dificilmente a ciência algum dia conseguirá
provar quer a existência, quer a inexistência de Deus, e foi reconhecendo
esse fato que T. H. Huxley, o buldogue de Darwin, cunhou pra si mesmo a
expressão "agnóstico", reconhecendo nela a atitude mais adequada para um
cientista nessas questões. Mas a ciência pode contribuir - e muito - pra
nossa compreensão do significado que as experiências religiosas têm para o
ser humano em todas as épocas. Mas, pra isso, ela vai ficar muito melhor
servida se abandonar interpretações redutivas e superficiais do tipo
"primitivo se assusta com relâmpago e acha que é Zeus furioso".
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 08:33
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 7:20 AM
Subject: nRe: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a
nós
>O computador dipõe de uma 'linguagem de máquina'
(Assembler?) que deverá ser decodificada. A 'linguagem inconsciente' são
processos emocionais: Têm de ser decodificados.
Existem arquivos ocultos, protegidos, etc. Assim é com o inconsciente: A
decodificação passa por 'filtros' denominados 'defesas de ego' ou 'defesas
inconscientes'.
No livro 2 de seus _Seminários_, Lacan chega inclusive a usar as teorizações
da cibernética sobre os computadores pra explicar as estruturas do
inconsciente, do ego e da relação entre eles.
Abs.
L.
SUBJECT: + 200.000 em alguns minutos! Imperdivel [of-topic]
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 08:55
Mais alguns minutos chegaremos a 2.200.000!
[]'
Lo
===========
Luiz Ferraz Netto [Lo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] + 200.000 em alguns minutos! Imperdivel [of-topic]
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 09:10
Vichééééé'! Já foi há alguns minutos!
[]'
Léo
==========
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 21 de outubro de 2002 11:55
Assunto: [ciencialist] + 200.000 em alguns minutos! Imperdivel [of-topic]
Mais alguns minutos chegaremos a 2.200.000!
[]'
Léo
===========
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 09:51
----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 11:51 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
>A origem da religião vem da necessidade do esperto ganhar dinheiro com os
otários. Usar fenômenos naturais é apenas um pretexto.
Exceto, claro, que a religião surgiu antes do dinheiro. E existe mesmo em
culturas em que o conceito de dinheiro nunca se desenvolveu.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 10:02
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Não consegui acessar o site que vc indicou.
Robert A, Delost P 1975 -- [Plasma and testicular levels of
testosterone and androstenedione during puberty in guinea pigs]
C R Acad Sci Hebd Seances Acad Sci D 281:555-8
Abstract
In male Guinea-pig, hormonal puberty is situated about the 50th day;
at this moment production rate of testosterone reaches its maximum
during post-natal life. This hormonal puberty period is preceded by a
prepuberty period, marked by a sharp linear increase of plasmatic and
testicular testosterone levels, which starts on the 16th day, long
before spermatozoids became apparent.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 10:04
Burqa nelas?
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> Olá. Nós estamos indo para o buraco mesmo. Não há muito o que se
> fazer. Eu acredito que estamos presenciando o fim da civilização
> cristã ocidental. A rebelião das mulheres não só é conseqüência
> disso, como também causa. As coisas pioraram muito a partir de
1970.
> Naquela época só se mostrava o órgão sexual feminino no submundo
> holandês. Hoje em dia é algo trivial. A internet está irradiando os
> mais estranhos gostos sexuais em nível global. Isso sem falar da
> violência, que explodiu a partir desta época. São apenas 30 anos.
Foi
> muito rápido.
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 10:08
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> UAI, because, por que não? Nunca tive essa experiência de 'sexo
> virtual' e seria uma boa oportunidade de aprender como funciona a
> coisa!
E' como o disque-sexo. A diferença fundamental e' q. vc nao precisa
pagar pelo DDI.
Basicamente sao dois marmanjos, um se fazendo passar por mulher. Os
dois se enganam mutuamente qto 'as caracteristicas fisicas. Ai'
passam a trocar expressoes obscenas relacionadas ao intercurso sexual.
Eventualmente do outro lado do teclado esta' uma mulher. Mas nesse
caso mormente e' uma mulher decrepita.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: n Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 10:11
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 8:58 AM
Subject: n Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
>Gostaria de colocar que, nestas discussões envolvendo psicanálise, não
adiantam 'eruditismos' (Autores e datas). Não adianta citar uma dezena de
autores (Exceto Freud, que está sendo discutido) porque eles são humanos.
>Minha sugestão é citação da experiência pessoal do listeiro, de exemplos,
de preferência, reais.
Acho uma sugestão meio difícil de seguir quando se está discutindo ciência.
Que tipo de experiência pessoal o listeiro pode apresentar sobre a teoria da
evolução, por exemplo? A emoção que sentiu ao ver o primeiro fóssil? De mais
a mais, quando se discute ciência, trabalha-se com idéias, conceitos,
teorias. Nesse caso, a citação é um recurso válido, não pra demonstrar
eruditismo, muito menos porque os autores citados estejam com a verdade ou
sejam entidades divinas que não podem ser questionadas (ao contrário do que
parece pensar o Taborda), mas porque eles são a fonte das idéias que estão
sendo discutidas ou podem fornecer algum subsídio útil. Nesse caso, a
citação entre aspas (a) permite diferenciar mais facilmente quais idéias são
do autor da mensagem e quais vêm de outros autores, e (b) minimiza o risco
de uma distorção conceitual causada por uma paráfrase apressada ou inábil.
Isso não impede que experiências pessoais, quando pertinentes, sejam
igualmente úteis. Tem lugar pra tudo numa discussão.
Abs.
L.
SUBJECT: nRe: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 10:14
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Êpa, êpa, êpa! (rsrsrs) Não estávamos nos referindo à computador! A
> pergunta não foi respondida: Teve ou não teve a experiência
> mencionada? Serve ou não serve como teste a respeito da existencia
> do inconsciente?
Sim, nao estavamos falando de computador. Mas falavamos de dados q.
somem e desaparecem. Se nao confere a posse da inconsciencia ao
computador, entao tem algum elemento q. esta' faltando ser
explicitado para q. possamos considerar isso como indicio da posse da
inconsciencia no ser humano.
A descricao mencionada parece ser mais um caso de memoria do q. de
inconsciente.
De todo modo, eu tbm aceito a existencia de processos inconscientes
em nosso sistema nervoso. (Nao q. a minha aceitacao ou nao influa na
validade da hipotese.) Porem nao sei se ela se aplica como um bom
teste de hipotese da teoria psicanalitica. Provavelmente e' uma
condicao necessaria, mas nem de longe parece ser uma condicao
suficiente para estabelecer a teoria psicanalitica como uma
explicacao acima de qq duvida razoavel do funcionamento da mente
humana (ou de partes de seu funcionamento).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 10:51
On Wed, 21 Aug 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> > Alvaro. Há milhões de pessoas no mundo que não acreditam em Deus ou não se
> > importam como ele. O nome dessa gente? Budistas! Além disso, a origem de
> > todos os deuses e deusas reside em fenômenos naturais e todas as
> > civilizações existentes conheciam tais fenômenos. Logo...
>
> Douglas: O Budistas crêem no Transcendente mas atribuem a este uma faceta
> impessoal. Portanto dizer que eles não crêem em Deus é um equivoco
> linguistico.
Na verdade um equivoco seu. Ele disse claramente que "há pessoas que não
se importam com deus" citando os budistas. No budismo não há a necessidade
de deus. Ele não é colocado na equação. Se ele existe ou não, não é de
interesse budista [ortodoxo]. Claro que há outras vertentes.
> Sobre a origem da Religião, vc está muito mal informado. É melhor se
> informar melhor antes de discutir o assunto, principalmente se for
> para discutir desse jeito, de forma tão "definitiva".
A origem da religião vem da necessidade do esperto ganhar dinheiro com os
otários. Usar fenômenos naturais é apenas um pretexto.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: O Planeta Terra no seu computador
FROM: "luciano_seidel" <luciano_seidel@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 10:53
Obs.: na página da reportagem pode-se ver screenshots do programa.
http://finalboss.globo.com/index.asp
O Planeta Terra no seu computador
18/10/2002 as 15:18
Por: Carlos Merigo Filho
Todo o planeta Terra em dois CDs-ROM, ou uma Terra igual à Terra para
se descobrir a partir de um computador, eis duas sugestões lançadas
aos visitantes na E3 2001. Na época, parecia uma grande bobagem e
ninguém deu a mínima.
Já fazem quase dois anos que o projeto de uma pequena equipa francesa
praticamente desconhecida, a EMG (Electro Mechanic Games), passou
desapercebido por muitos durante a maior feira mundial do
entretenimento eletrônico. Tudo o que a EMG tinha para mostrar
naquele tempo, não passava de um simples press-release deixado na
sala de imprensa do evento.
Acontece que, aquelas idéias que pareciam utópicas até então, hoje já
são uma realidade concreta e logo estarão a disposição de todo mundo.
Intitulado de Eingana, este projeto megalomaníaco foi finalizado e já
ganhou uma parceira importante, a empresa Interactive Ideas, que será
a responsável pela distribuição do jogo. Se é que podemos chamá-lo
assim...
Vocês obviamente devem estar se perguntando:
Afinal, o que é esse tal Eingana?
O programa é simplesmente uma reprodução virtual da Terra, que os
autores clamam ser "o maior mundo cibernético alguma vez imaginado,
composto de um número incomensurável de polígonos, cerca de 900
bilhões, 4,3 mil milhões por 2,1 mil milhões de pixels para texturas
e dezenas de milhões de objetos 3D". Vocês conseguem imaginar a
dimensão dessa coisa? Nem eu...
O projeto promete mais informação do que a contida atualmente na
Internet, condensada apenas em dois CDs-ROM. O software da EMG pode
ser classificado entre um autêntico Atlas eletrônico e um jogo de
videogame, e sua utilização certamente se estendera por diversas
áreas.
Eingana, asseguram os seus criadores, é "uma forma ecológica e muito
Zen de entretenimento, graças ao prazer da descoberta que ele gera".
O termo Eingana escolhido para designar o programa tem origem na Mãe
Eingana, a criadora do mundo e de tudo o que vive, segundo os mitos
dos nativos da Austrália. Reza a lenda, que essa deusa em forma de
serpente ainda vive no Tempo dos Sonhos, acordando ocasionalmente
para criar mais vida, e se ela morrer, tudo deixará de existir. Assim
conta o estudioso de mitos Anthony Smith na Enciclopédia Mítica.
E como se consegue isso?
Esta aventura francesa é o primeiro resultado de uma parceria entre a
EMG e a M-SAT, empresa responsável pela maior base de dados de
imagens de satélite existente no mundo. O Project 2000 criou um
imenso mosaico de fotografias coloridas da superfície da Terra, com
cada pixel representando áreas de 30 por 30 metros.
A EMG desenvolveu, por seu lado, uma nova tecnologia, designada
S.C.A.P.E.R., baseada num princípio de "explosão de dados", que
funciona de forma distinta da habitual compressão de informações que
conhecemos.
O S.C.A.P.E.R. permite uma ampliação infinita e coerente de um
conjunto inicial de informações, que ao ser aplicado a um universo
tridimensional possibilita criar um espaço virtual com dimensão
superior a cinco anos-luz. Dentro deste espaço é possível definir
qualquer elemento com uma precisão infinita, na versão inicial do
programa cada centímetro foi recriado pelos produtores.
Isso significa que, o programa permite recriar a Terra com um rigor
nunca antes possível. Os autores apontam para uma reprodução exata do
quilometro, com 200 metros na Europa e Estados Unidos e 10
quilômetros nos fundos oceânicos. Para conseguir atingir esse detalhe
o programa recorre à construção procedural (com base em algoritmos
que criam as imagens) da topografia e das texturas.
Nem em toda a sua vida, você irá até o fim de Eingana
Uma viagem pelo universo de Eingana, revela que uma vida inteira não
é suficiente para visitar, a pé, de carro, avião ou nave espacial,
todo o mundo gerado pelo programa S.C.A.P.E.R. A EMG salienta a
dimensão infinita das capacidades do programa e remata afirmando que
o único limite para o jogador é a sua própria imaginação.
O programa recria a passagem do dia e das estações do ano, com
projeção de sombras em tempo real e fenômenos meteorológicos (chuva,
neve, tempestades, granizo, vento); simula o movimento dos corpos
celestes, com eclipses, sol da meia-noite, auroras boreais e outros,
e reproduz com exatidão cada curso de água e as estrelas do céu.
Diferentes tipos de animais domésticos e selvagens, variados meios de
transporte, de barcos ao ônibus espacial, informação sobre zonas
habitadas, mais de 250 tipos de terreno.
Tudo surge nesta primeira versão do programa, que deve chegar ao
mercado até o final deste ano. A previsão dos autores, é de incluir o
maior número de cidades, edifícios e estruturas de grande dimensão,
com um rigor de 25 centímetros.
Você terá liberdade total para fazer o que quiser no mundo de
Eingana. Poderá voar sobre o Grand Canyon ou ainda explorar a órbita
ao redor do planeta Terra. Poderá estudar espécies de animais ou
ainda ir até o fundo do mar visitar o que restou do Titanic. Não há
limites em Eingana, a miríade de possibilidades é infinita.
Serão mais de 100 espécies de animais, incluindo aves, peixes,
répteis e outros. Cada centímetro do mundo, cada metro do planeta,
será recriado em Eingana. Claro que não tudo de uma vez, mas a EMG já
planeja atualizações periódicas para o seu ambicioso projeto. Segundo
os produtores, cerca de 464 anos seriam necessários para se explorar
todos os detalhes, terrenos, animais e objetos desta primeira versão
de Eingana.
Muito mais que um jogo
O programa, que permite ao jogador selecionar que tipo de informação
deseja obter (topografia, clima, mapas demográficos, imagens de
satélite...) tem uma aplicação evidente na construção de Atlas
eletrônicos interativos, e um amplo leque de utilizações na área
educativa, desde simulações da vida animal até visitas virtuais a
zonas específicas do globo.
Mas os autores não escondem as potenciais aplicações na área dos
jogos, em simuladores de vôo de uma precisão ímpar, até "jogos em que
a área de ação pode estender-se a todo o sistema solar".
Não existe outra palavra para definir o projeto Eingana, do que
megalomaníaco. É a prova definitiva de que não podemos duvidar
SUBJECT: Re: [ciencialist] Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?))
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 10:58
----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 12:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?))
>"The intermediate stages of this process occur in less than almost a
billionth of a billionth of a billionth of a second, AND ARE NOT
OBSERVABLE." (enfase meu)
Achei que você não gostasse de fazer citações... ;-)
>Existir de facto é ter sido observado.
*Duas* citações num email! Taborda, eu tô realmente impressionado... ;-)
>Quanto a este assunto, acho que não entenderam onde eu queria chegar.
O "continuum" não é causa de nenhum efeito. Ele não tem associada nenhuma
lei em particular.
Taborda, você é que não entendeu adequadamente o contexto - e depois, eu é
que sou literal! Quando Hawking e outros cosmologistas sugerem que as leis
da física surgiram com o contínuo, não estão dizendo que elas são *efeitos*
do contínuo. Significa apenas que as leis da física não são princípios
abstratos, mas padrões de regularidade observados no comportamento de
entidades concretas - que existem *dentro* do contínuo. Se essas entidades
não estão presentes e o próprio contínuo não existe, não faz sentido falar
de leis da física. Não se pode deduzir padrões de regularidade no
comportamento de entidades que ainda não existem.
>A citação da serie telivisiva é exactamente para deixar claro que não
e´aceitável em fisica que o continuum tenha propriedades como as
caracterizadas na serie.
Como eu não tinha sugerido que o contínuo *tivesse* essas propriedades, foi
um argumento tolamente desperdiçado, especialmente da forma como você o
formulou, porque deixa quem leu com a impressão de que você desconhece um
termo técnico de uso corrente entre físicos e cosmologistas.
>Ah! e Taquiões, Cronotrões e outras criatividades do genero tb não
existem.
Os táquions são entidades teóricas. Ainda não foram observadas, mas são
previstas (ou pelo menos aceitas) pela teoria. Os buracos negros também,
durante a maior parte do século XX, eram meras entidades teóricas, cuja
existência inclusive era contestada por muitos físicos. A aceitação do
conceito de buraco negro foi lenta e problemática, até que sua existência se
tornasse verossímil. De lá pra cá, embora ninguém tenha ainda observado
diretamente um buraco negro, os indícios de que eles existem vieram se
acumulando e os astrofísicos são capazes de apontar várias regiões celestes
que são fortes candidatos a conterem buracos negros - inclusive no centro
galático, como mostra a matéria que eu postei aqui há alguns dias. Portanto,
o fato de uma entidade prevista na teoria não ser observada diretamente não
significa nem de longe que ela não exista. Assim, você não pode pura e
simplesmente afirmar de forma absoluta que os táquions *não* existem. O mais
próximo que você pode chegar disso é dizer que eles (ainda) não foram
observados, mas não se pode excluir que venham a ser no futuro.
Por princípio, a ciência não pode excluir a priori a existência de nada. Ela
pode apenas dizer que nunca se observou ou que não se observou ainda nenhuma
evidência de que x ou y existam. Pode também argumentar que a existência de
z ou w é incompatível com o que conhecemos das leis da física. Mas a
qualquer momento se pode descobrir que o que julgávamos como um princípio
físico fundamental é apenas um caso particular de uma lei mais genérica, em
que a existência de z ou w é admitida, ou as evidências de x ou y podem
começar a surgir (como aconteceu com os buracos negros). Até mesmo a
constante cosmológica, que Einstein considerava o maior erro da sua vida,
vem sendo ressuscitada pelos cosmologistas para dar conta de alguns
problemas levantados pela teoria do Big Bang.
Veja o exemplo da astrologia, que foi tão veementemente discutido aqui
recentemente. Quando um astrônomo (ou astrofísico, como Sagan) diz que *não
existe* nenhuma influência dos astros sobre a conduta humana, ele está
extrapolando ilegitimamente. Ele só pode alegar que *nunca* se observou
nenhum indício de que essa influência exista, mas não pode excluir a priori
a possibilidade de que um dia esses indícios venham a ser observados. Claro,
a partir dessa ausência de evidências, ele pode concluir que essa influência
não existe, mas aí já é uma opinião pessoal dele e sujeita a contestação. O
próprio Sagan sabia disso, pelo menos no que se refere a seu assunto
favorito, os extraterrestres, e costumava argumentar que a ausência de
evidência não é evidência de ausência. Ele só esquecia que o argumento é
igualmente válido no caso das áreas que ele atacava como pseudociências. E é
válido também no caso dos táquions.
Sds.
L.
SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 11:14
> De: Avaro Augusto de Almeida
>
> Douglas:
> O que proponho é o tratarmos do ponto de vista científico, daí a minha
> insistência em retomar o debate. Até porque, DEUS se não foi
> provada a sua
> existência, também não o afirmada a sua inexistência. Ao
> contrário, há mais
> indicios para se crêr em Deus do que para não se crêr.
>
> Alvaro:
> Quais indícios? Do ponto de vista de quem? Quantos
> desses indícios são evidências e quantos não passam de especulação? A
> inexistência de Deus pode não ter sido provada, mas se ele existe, deve se
> esconder muito bem!
Só há um indício realmente poderoso para se crer em DEUS: necessidade
emocional. Eu não tenho qualquer necessidade racional para crer em Deus.
Deus é um fator complicador para descrever ou explicar a existência.
Bem, essa é minha opinião.
[]
Alexandre Medeiros
PS: Acho que devo algumas explicações de outra thread mas como havia
centenas de mensagens não lidas em minha caixa postal, deletei tudo,
inclusive as pendentes que mereciam atenção. Desculpem, mas o volume
tá demais.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 11:20
> Douglas: O Budistas crêem no Transcendente mas atribuem a este uma faceta
> impessoal. Portanto dizer que eles não crêem em Deus é um equivoco
> linguistico.
Eu disse que os budistas não acreditam ou "não se importam", o que é bem
diferente. Além disso, do que o Carlos Alberto escreveu fica claro que ele
se refere a um deus pessoal e único, que é muito diferente de qualquer
coisa que existe no budismo. O que eu quero deixar claro é que quando se
diz que 95% da humanidade acredita em deus, isso não é verdade, pois
estamos deixando um bilhão de pessoas fora da conta.
> Sobre a origem da Religião, vc está muito mal informado. É
> melhor se informar melhor antes de discutir o assunto, principalmente se
for
> para discutir desse jeito, de forma tão "definitiva".
Êpa! Você não vai querer dar uma de Sérgio Taborda, tentando adivinhar a
partir de uma única frase o que eu li, o que eu não li, o que eu sei e o
que eu não sei, não é? :)
Algumas religiões evoluiram para um entendimento de que deus está acima da
natureza, como no caso do judáísmo. Foi por isso, dentre outras coisa, que
Espinosa foi excomungado: por ter se recusado a deixar de pregar um
deus-natureza em meio ao judaísmo. Mas parece evidente que mesmo o judaísmo
tem raízes pagãs. O sacrifício de Abraão, por exemplo, pode ser visto como
um símbolo da passagem de uma religião pagã e praticante de sacrifícios
humanos para uma religião mais moral e monoteísta.
Eu sei que você tem posição diferente. Vamos conversar?!
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?))
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 11:21
(. . .)
[TABORDA]
Pois, mais um remendo.
E não me venha com a historia de que a ciencia se faz aos poucos.
Isto é do piorzinho que já se fez em fisica nos ultimos tempos.
(. . .)
[Elache]
Taborda, isso é uma opinião ou uma afirmação?
É uma opinião.
Fazer ciencia aos poucos é diferente de remendar vezes sem conta algo que
nunca deu prova de si.
(. . .)
[TABORDA]
Bem, não me venha com essas. O "negativo" é meramente convencional.
O que interessa é que ha energia que pode ser convertida noutras formas de
energia.
E esse câmbio é sempre positivo. A unica forma de evitar o câmbio é não ter
energia de um dos lados.
(. . .)
[Elache]
Taborda, por favor, você poderia detalhar os motivos dessa convenção?
Já o fiz na resposta em relação à 1ª lei em outro mail.
(. . .)
[TABORDA]
Elas são chamadas virtuais simplesmente pq são meramente simbólicas. Nunca
ninguem provou que elas existissem de facto.
E mais que isso, logo se apressaram a desenvolver uma ideia (acima
explicada) que impede que alguma vez o sejam.
(. . .)
[Elache]
Taborda, isso é uma opinião ou uma afirmação?
Para o caso da segunda opção, por favor, você poderia explicar
detalhadamente por que essas partículas virtuais são "meramente simbólicas"?
Como você pode afirmar "com certeza" (leia-se "provar" cientificamente) que
ninguém provou a existência de tais partículas?
Em fisica, em em MQ em particular, existe o que for observável. Particulas
virtuais são por construção não-observáveis.
Se elas forem observadas não são mais virtuais.
As particulas virtuais são estados não observáveis durante reacções entre
particulas.
As particulas mae e as particulas fnais são observaveis, mas as particulas
intermédias não.
Elas são apenas entendidas simbolicamente (Diagramas de Feyman), onde tudo
acontece como se elas estivessem presentes.
O exemplo classico destas particulas são as particulas mediadoras de força.
Um exemplo em http://physics.hallym.ac.kr/education/hep/adventure/npe.html
explica o que eu quero dizer.
A particula W- não é observada. apenas o electrão e o anti-neutrino o são.
"The intermediate stages of this process occur in less than almost a
billionth of a billionth of a billionth of a second, AND ARE NOT
OBSERVABLE." (enfase meu)
É pelo facto de não poderem ser observadas que se chamam virtuais (!)
Infere-se que essas particulas existam pq os processos a que elas são
teoricamente associadas existem, mas elas , em si, não são observáveis.
O processo de criação-aniquilação de particulas virutais é entendido dentro
do tempo de Plank o q, segundo a teoria vigente, impede que elas sejam
observáveis.
Existir de facto é ter sido observado.
(. . .)
[TABORDA]
Quem é esse "continuum" ? Nunca ouvi falar dele em fisica.
(se não havia continuum antes do BB, já não é continuum é descotinuum..não é
mesmo? :-) )
[MANFREDI]
Você disse que é físico e nunca ouviu falar do continuum? Você tá falando
sério ou tá tirando sarro da minha cara?
[TABORDA]
Tou falando sério. Nunca ouvi falar dele. (Excepto nos filmes e série de
Jornada nas Estrelas, mas isso não conta como fisica)
(. . .)
Quanto a este assunto, acho que não entenderam onde eu queria chegar.
O "continuum" não é causa de nenhum efeito. Ele não tem associada nenhuma
lei em particular.
O que causa algum efeito é o movimento, a energia e/ou a massa. O espaço e o
tempo, por si mesmos não fazem nada. Foi isto que eu quiz dizer com "nunca
ter ouvido falar do continuum em fisica"
A citação da serie telivisiva é exactamente para deixar claro que não
e´aceitável em fisica que o continuum tenha propriedades como as
caracterizadas na serie. (Brechas Temporais, Worm-Holes, etc. ditas na serie
serem do "continuum" são na realidade devidas a massa ou/e energia existente
no espaço durante um certo intervalo de tempo. Ah! e Taquiões, Cronotrões e
outras criatividades do genero tb não existem.)
O resto é matemática como a sua citação mostra.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 11:23
O conceito de dinheiro pode não ter se desenvolvido em algumas sociedades,
mas o conceito de poder existe em qualquer sociedade primata. E religião
sempre esteve ligada ao poder.
[ ]s
Alvaro Augusto
> >A origem da religião vem da necessidade do esperto ganhar dinheiro com
os
> otários. Usar fenômenos naturais é apenas um pretexto.
>
> Exceto, claro, que a religião surgiu antes do dinheiro. E existe mesmo em
> culturas em que o conceito de dinheiro nunca se desenvolveu.
>
> Abs.
> L.
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Medição
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 11:34
Em Qua 21 Ago 2002 00:50, you wrote:
> Coisas não mensuráveis não existem para efeitos
> práticos.
>
> []´s
>
> André Baptista
>
>
> D: Não existe p efeitos práticos. Mas existem. As possibilidades existem e
> n s mensuraveis.
>
> DFG
Possibilidades existem para efeitos práticos e são mensuráveis. As
termodinâmica e a física quântica trabalham com possibilidades, por exemplo.
Insisto. A estatística é o ramo da matemática feito para se calcular
possibilidades.
Não é por ficar repetindo que as possibilidades não são calculáveis que vai
tornar isto um fato.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 11:39
Em Qua 21 Ago 2002 01:45, you wrote:
> > Alvaro. Há milhões de pessoas no mundo que não acreditam em Deus ou não
> > se importam como ele. O nome dessa gente? Budistas! Além disso, a origem
> > de todos os deuses e deusas reside em fenômenos naturais e todas as
> > civilizações existentes conheciam tais fenômenos. Logo...
>
> Douglas: O Budistas crêem no Transcendente mas atribuem a este uma faceta
> impessoal. Portanto dizer que eles não crêem em Deus é um equivoco
> linguistico. Sobre a origem da Religião, vc está muito mal informado. É
> melhor se informar melhor antes de discutir o assunto, principalmente se
> for para discutir desse jeito, de forma tão "definitiva".
>
> DFG
>
A discussão iniciou com a argumentação de que todas as culturas acreditam em
um ser superior, e este ser foi rotulado como Deus. O Budismo Teravada
(outros ramos do budismo incluem um panteão de deuses) não crê em um ser
superior.
Se sua definição para Deus vai além do conceito de ser, e se baseia apenas no
transcendente, aí sim o budismo pode ser considerado teísta. Não é a
definição mais comum, nem a que estava sendo usada na discussão.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 11:42
----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 12:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
>O conceito de dinheiro pode não ter se desenvolvido em algumas sociedades,
mas o conceito de poder existe em qualquer sociedade primata. E religião
sempre esteve ligada ao poder.
Aqui, em princípio, eu estou de acordo - se você diferenciar entre a
religião enquanto instituição e a religião enquanto experiência religiosa.
Eu mencionei as pesquisas do Andrew Newberg e do Eugene d'Aquili provando
que as experiências religiosas envolvem alterações radicais no metabolismo
cerebral. Essas pesquisas, na verdade, só vêm comprovar experiências
anteriores que mostravam uma alteração no padrão de ondas cerebrais durante
os estados de transe. Portanto, independente de qualquer consideração
política ou econômica, e independente inclusive de se acreditar ou não em
Deus, esses estados constituem experiências humanas *autênticas*. Que em
torno delas se cristalize alguma instituição social que manipule a
experiência com o objetivo de acumular poder político ou econômico é outro
departamento, e não inviabiliza a experiência em si. Do contrário, seríamos
obrigados a concluir que, como a pornografia manipula o sexo pra ganhar
dinheiro, o orgasmo não é uma experiência autêntica.
De fato, se você analisar a história das religiões, vai ver que sempre
existiu uma tensão constante entre os místicos, que davam ênfase à
experiência propriamente dita como a meta suprema da religião, e os crentes,
que valorizavam mais a religião enquanto código de comportamento social. Vai
ver também que os líderes religiosos sempre tiveram problemas pra acomodar
os místicos, cuja valorização da experiência pessoal colocava em xeque o
princípio de autoridade de que esses líderes se valiam para controlar seu
rebanho. Santa Teresa de Ávila e São Francisco de Assis, por exemplo, hoje
são santos aclamados pela Igreja mas, em sua época, São Francisco foi
chamado pelo Papa em pessoa para prestar contas dos "absurdos" que ele dizia
(ao pregar a pobreza como ideal, ele criticava a opulência sacerdotal) e
Santa Teresa de Ávila teve que se explicar com os inquisidores dominicanos e
por muito pouco não foi parar na fogueira. Depois, as autoridades
eclesiásticas deram um jeito de neutralizar o conteúdo subversivo do que
Santa Teresa ou São Francisco diziam, mas se você comparar os escritos
desses dois (ou de Meister Eckhart, que ainda é olhado com suspeita pela
Igreja), vai ver que o conceito de religião deles não tem praticamente nada
a ver com a religião enquanto instituição social.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 11:52
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 1:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
.........................
>O mundo não é execpcionalmente mais violento, nem mais criminoso. Um mundo
violento era o mundo medieval europeu, por exemplo. Naquela época a
violência
era parte da regra, era aceita como algo natural entre humanos.
.......................
>O mundo que está indo para o buraco não é o nosso mundo, mas o mundo
tacanho
e quadrado, de limites fixos e covardes do moralismo cristão-judaico. Este
mundo que gerou as nossas duas guerras mundiais e implantou as raízes da
guerra fria, a tentiva até hoje mais bem sucedida de tentar acabar com a
humanidade.
Bravo, Aniello! Assino embaixo de cada palavra. Você usou inclusive alguns
dos argumentos que eu costumo citar quando, sobretudo depois de alguma ação
criminosa mais violenta, como as que os traficantes do Rio vêm executando
nos últimos dias, as pessoas vêm me dizer que o mundo está ficando pior, que
antigamente as coisas não eram assim, enfim, que os vales de outrora eram
mais verdes. Não eram. Nossa época não é mais violenta que a Idade Média, os
anos cinqüenta ou a Grécia antiga (pra citar alguns exemplos clássicos de
vales verdes), e em muitos aspectos é até menos. Acontece que, numa era de
informação em tempo real, como a nossa, esses acontecimentos ganham maior
visibilidade. Mesmo as coisas que o tráfico vêm fazendo no Brasil atualmente
são exatamente as mesmas que a Máfia fez na época da Lei Seca, nos EUA,
quando quadrilhas rivais disputavam o poder no meio das ruas (basta lembrar
o massacre do Dia de São Valentim, que o Billy Wilder retratou em _Quanto
Mais Quente Melhor_). Basta olhar o passado com o devido senso de
perspectiva histórica pra ver que, na pior das hipóteses, o máximo que um
pessimista poderia dizer é que, quanto mais as coisas mudam, mais continuam
as mesmas. Como eu não sou pessimista, acredito que em muitos aspectos -
como a emancipação feminina, por exemplo - nós estamos muito melhor do que
nos tempos d'antanho.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 12:26
Em Dom 20 Out 2002 18:06, you wrote:
> > Vou fazer uma pergunta sincera, sem intenção de ofender, João: isto
>
> foi uma tentativa de ironia, uma espécie de crítica expondo o
> preconceito por trás, ou foi algo sincero?
>
> Sincero. O mundo desenvolvido está indo para o buraco mesmo, e as
> coisas de que falei - a emancipação das mulheres, a explosão do sexo
> e da violência - são conseqüências de nossa situação terminal. A
> explosão da criminalidade por que passa o Brasil é vivenciada por
> todo país desenvolvido. A mesma onde de criminalidade pode ser
> observada até mesmo em países sofisticados como a Suécia. As únicas
> exceções são os países asiáticos, em especial Coréia e Japão, nos
> quais as mulheres ainda não se rebelaram contra os homens. Mas em
> breve isso ocorrerá, e uma onde de degradação social tomará esses
> países.
João,
antes de tudo, para evitar ofensas e ataques pessoais na lista (este não é o
espaço para isto), considero tal linha de raciocínio puramente
preconceituosa, retrógrada e perigosa socialmente. Creio que este tipo de
raciocínio é um dos alimentadores da violência atual. Minha discordância
contigo é muito ampla, e não sei se é possível posições tão opostas
dialogarem. Mas vou tentar mesmo assim por crer que tentar um debate livre
poderia amadurecer nossas idéias. Se tal debate te ofender em algum instante,
desculpas antecipadas.
Esclarecido isto vamos lá!
Antes de tudo esclareço que falo do mundo ocidental judaico-cristão em que
vivemos. Sei que há outras realidades no Oriente Médio, África e Ásia, e em
alguns nichos específicos. Faço uma análise genêrica do ambiente
sócio-cultural na Europa e América.
O mundo não está indo para o buraco. Estamos passando por uma mudança de
paradigma de relações sociais. O antigo modo de ver as coisas levaram a duas
guerras mundiais, ao nazismo em plena Alemanha, país que contribuiu de modo
mais destacado para a filosofia ocidental do século XIX e XX.
Estamos pela primeira vez na história tendo o convívio cotidiano com quase
todas as culturas estrangeiras, estamos numa época onde a convivência entre
estas diferenças de culturas, um conceito de humanidade e de sociedade
planetária precisa ser criado para resolver tais diferenças sem violência.
Estamos em uma época em que a informação é incontrolável, em que uma criança
de 12 anos sabe mais sobre o mundo que o cerca do que sabia Galileu quando
estava vivo. Informação é liberdade e individualidade, é poder e força. Esta
nova era é a era do indivíduo.
O mundo não é execpcionalmente mais violento, nem mais criminoso. Um mundo
violento era o mundo medieval europeu, por exemplo. Naquela época a violência
era parte da regra, era aceita como algo natural entre humanos.
O crime hoje faz mais estragos, mas não há nem um aumento significativo do
percentual de criminosos na sociedade (sempre em torno de 1%). O que há é que
o criminosos tem mais informação e mais tecnologia a disposição. Um criminoso
que compreenda as leis básicas do mercado, que entenda de táticas de
guerrilha, que saiba fazer drogas e saiba da dependência que ela gera cria um
problema que centenas de pungistas não fariam.
O crime organizado sempre existiu, mas hoje as informações de como criar
organizações de poder paralelo é livre.
Toda a mudança estrutural da sociedade hoje se deve a revolução da
informação. Inclusive quanto as mulheres. As mulheres hoje tem a informação
que elas são seres humanos, que não devem apanhar do marido e aguentar
caladas, e que não é um erro usar roupas nas quais se sintam bonitas. Que
podem não depender de homens para gerar o provento material nem intelectual.
A violência entre sexos hoje diminuiu por a mulher conquistar o direito de se
manifestar e parte do respeito de um ser humano.
O mundo que está indo para o buraco não é o nosso mundo, mas o mundo tacanho
e quadrado, de limites fixos e covardes do moralismo cristão-judaico. Este
mundo que gerou as nossas duas guerras mundiais e implantou as raízes da
guerra fria, a tentiva até hoje mais bem sucedida de tentar acabar com a
humanidade.
A exclusão forçada de classes e grupos sociais do fluxo de informações que
surgiu e é inevitável, decorrência direta do avanço tecnológico, gera revolta
e violência. Tentar levar as mulheres de volta para a casa, para deixar de
tentarem "ser homens" é gerar revolta. As mulheres não querem "competir com
os homens, apenas querem direito a participar do novo mundo".
Um mundo que ainda está em construção, que ainda convive com as estruturas
antigas e tem de conviver com contradições e reviravoltas. O Iluminismo
também foi a época da reforma e contra-reforma, que gerou violentas guerras
religiosas na Europa, e uma escalada no ódio entre os povos. Mas depois de
solidificar suas mudanças representou o fim do mundo medieval e o nascimento
do mundo moderno.
A revolução industrial gerou o colonialismo e o neocolonialismo, responsáveis
pelas duas grandes guerras e pela guerra fria, pelo nazismo e pelo comunismo.
E agora a revolução da informação vai novamente modificar as estruturas
sociais. Nunca as mudanças de estrutura social é feita de maneira
"bonitinha", mas em geral implica no aumento de liberdade do indivíduo e na
diminuição das diferenças. Tentar manter as diferenças é tentar manter o
"sistema velho" e dificultar a mudança, aumentando o período violento e
confuso de transição.
Ser machista e retrógrado é querer voltar a um mundo ultrapassado e cheio de
contradições com a realidade atual, além de ser uma gigantesca fonte de
intolerância e violência, fonte de ódio e de disputas sociais desnecessárias
e perigosas.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 13:19
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 3:12 PM
Subject: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é
feito isso?)
>Por mim cada qq um pode dizer o que quizer, desde que parta de um
principio básico em fisica que é : As leis da fisica têm de ser as
mesmas em qq parte em qq tempo, e isto inclui o antes, o durante e o
depois do BB.
É esse o ponto que você tá deixando escapar na teoria de Hartle-Hawking de
que o contínuo começa com o Big Bang, Sérgio, mas não sei se vale a pena
insistir, porque a tua discordância é total, desde as premissas até as
conclusões. Em todo caso, aqui vai. As leis da física têm que ser as mesmas
em qualquer parte e em qualquer tempo: nenhum físico discordaria dessa
afirmação, muito menos o Hawking. Mas pra que as leis da física sejam as
mesmas *em qualquer tempo* é preciso que o tempo *exista*. Se o contínuo
espaço-tempo só passou a existir *com* o Big Bang, então antes do Big Bang
*não havia* tempo - de fato, a própria expressão "antes do Big Bang" não tem
sentido, porque implica na existência do tempo. Se não havia tempo, não
havia um antes. É uma situação completamente contra-intuitiva, mas lá porque
ela seja contra-intuitiva não quer dizer que vá contra qualquer coisa
postulada pela física, que está cheia de noções contra-intuitivas que, mesmo
assim, se revelaram verdadeiras.
Fiz minha tentativa. Aguardo as tuas objeções que (inevitavelmente) virão.
Sds.
L.
SUBJECT: Re: Sobre tunelamento (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 13:49
> [Elache]
> De certa maneira sim, obrigado.
> Entretanto, você não deu exemplos práticos.
Eu falei do electrão no átomo :-/
> Por exemplo:
>
> 1) No caso do tunelamento, qual sua relação com a Regra de
> Geiger-Nuttal?
Essa regra é para decaimento nuclear.
Não ha nenhuam relação univoca que eu saiba.
Vc pode pensar que uma particual saida do nucleo está saindo de um
potencial , mas eu não sei se essa saida é feita a energia constante -
que é um requesito para o tunelamento.
Caso não seja a energia cosntante estaremos mais perante um salto
quantico (alteração de estado) do que de tunelamento.
> 2) No caso do salto quântico, qual o nome do efeito no qual
ocorre a
> emissão de um elétron, por um átomo excitado, sem a emissão de
fótons?
Dito dessa forma a resposta é: Ionização :-) (se bem que não seria
uma «emissão», seria uma perda de electrões, e seria sempre com a
absorção de fotões)
Se vc se referia ao nucleo do atomo e não ao atomo em si , então o
nome é Decaimento Radioactivo como a Ligia já disse.
Tlv vc esteja pensando no Efeito de Mossbauer. Esse efeito nada tem a
ver com tunelamento ou salto quantico e apenas com conservação do
momento e da energia.
Se não for nenhum destes nomes, não sei do que vc poderá estar
falando.
Sérgio
SUBJECT: Re: Deus e as culturas (?!)
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 13:58
Caro Carlos Alberto,
Segume alguns comentários sobre seu texto.
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Alguns colegas da lista consideram questões que envolova uma
discução sobre a existência de Deus sem sentido e irrelevante para
ser colocada nesta lista, isto porque é uma lista ciêntifíca e,
consequentemente de cientistas.
FSK> Particularmente acho esse assunto interessante, bem mais do qua
a massa do nêutron, por exemplo...
> E como diria Darwin, os assuntos da religião não cabem nos assuntos
da ciência, contudo, devo dizer que essa proposição somente é
razoável se tratarmos o assunto DEUS do ponto de vista das diversas
religiões.
FSK> Darwin foi um atormentado pela questão religiosa, já que perdeu
sua outrora inabalável fé após ter "concluído" sua obra. Tratar deus
sob o ponto de vista das diversas religiões me perecer ser objeto de
estudo da antropologia, e, mesmo assim, este enfoque que vc dá assume
ar horizontal e descritivo. Creio que não é exatamente essa sua
intenção ao propor essa questão.
> O que proponho é o tratarmos do ponto de vista científico, daí a
minha insistência em retomar o debate. Até porque, DEUS se não foi
provada a sua existência, também não o afirmada a sua inexistência.
Ao contrário, há mais indicios para se crêr em Deus do que para não
se crêr. Tenho livros de quatro físicos de renome que professam a
crença em Deus, depois darei os nomes deles.
FSK> Aqui vc mostra mais sua intenção... "Ponto de vista científico"
com "inexistência provada/não provada" apontam para uma abordagem
empírico experimentalista, a meu ver completamente inadequada. Sobre
os indícios para crença/descrença, me parece exatamente o contrário,
ou seja, há cada vez menos "motivos" para sustentar um conceito
digamos real de deus. Quando mais se conhece, menos espaço sobra para
alguma ação divina, e mais e mais o conceito de deus refigia-se no
metafísico, no sobrenatural ou numa mistura confusa de ambos. Sobre
os físicos, certamente há mais do que 4 que crêem. Há, por outro
lado, uma maioria cética/atéia... lembro-me de uma frase proferida
por um também físico comtemporâneo (fico devendo a autoria por ora)
que disse que qualquer cientista que entre numa igreja deve deixar
seu cérebro na porta. Eu não restrinjiria essa afirmativa somente aos
cientistas...
>Mas a questão é: em todas as culturas, da mais atrasada a mais
adiantada, nunca houve, por uma razão ou outra, a que não professasse
a crença em um ser superior, ainda que os motivos sejam se proteger
da natureza, motivos físicos, o medo da morte ou medo do
desconhecido, ou mesmo o puro egoísmo de continuar existindo numa
vida futura. Por quê a idéia de Deus habita todas as civilizações
passadas e presentes? Se você parar para analisar, verifica que a
crença em um Ser criador do Universo engendra toda uma série de
comportamentos e atitudes em relação a vida às pessoas e ao mundo;
uma ética que é totalmente diferente da ética e valores de quem não
professa a crença alguma. E quando estas pessoas de credos
diferentes, (crê e não crê) se encontram em situações limites da
existência, o crente é sem dúvidas mais confortado consigo mesmo, ao
passo que o ateu está sozinho. Termino dizendo que, parece que
Dostoiévski estava certo: "se Deus não existisse, tudo seria
permitido".
FSK> Aqui vc toca na parte que realmente importa (a meu ver a
única...) dessa questão: o aspecto ético/moral. De fato, aspectos
psicológicos fortes estão presentes em situações limites, como morte,
vis a vis alguma crença mas que não necessariamente precisa ser em
deus. Sobre o crente ser "sem dúvida mais confortado", isso é
especulação sua, eu particularmente não concordo, assim como vários
ateus famosos que mantiveram essa atitude em seu leito de morte.
Todavia, a frase que vc cita de Dostoiévski reflete, a meu ver, o
argumento mais frágil e ao mesmo tempo desonesto para justificar
alguma crença em deus. Ou seja, a hipótese de que todo comportamento
humano moral tem por base a âncora religiosa. Depreende-se 2 coisas a
partir daí. Uma, que ateus são amorais, e duas, que caso fosse
provada a inexistência de deus, não haveria mais pq comportar-se
moral ou eticamente.
E apenas para deixar um gancho, eu diria que qualquer comportamento
moral genuíno e sua manifestação positiva devem ser baseados numa
perspectiva agnóstica.
E sobre a ciência ereligião, acho que a seguinte passagem entre
Laplace e Napoleão Bonaparte resume bem a coisa:
"NAPOLEÃO: Monsieur Laplace! Eu li com grande interesse seu Tratado
de Mecânica Celeste - todos os cinco volumes - mas em nenhuma parte
eu encontrei qualquer menção de Deus.
LAPLACE: Majestade, eu não tive nenhuma necessidade de recorrer a
hipótese em particular.".
abraços,
Fernando SK.
> PS Não vejo contradição entre a crença em um criador, a ciência e a
teoria da evolução por ex..
FSK> PS: Pois deveria... são totalmenet incongruentes...
SUBJECT: Re: [ciencialist] Violação do Pric. da Cons. da Energia
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 13:59
Como sistema serve o universo?
Segundo me lembro, eu teria ouvido George Matsas, físico do IFT-UNESP,
afirmar que a energia do universo só é constante ("conservada") se este
for estático: não estiver se expandindo ou contraindo.
Não tenho maiores detalhes, mas sei que ele é respeitado em cosmologia, RG
e coisas do tipo... mas sei também que minha memória não é exatamente a
melhor do mundo... então por favor me corrijam se eu estiver errado (não
quero colocar bobagens na boca de ninguém).
Stafusa
On Mon, 21 Oct 2002, Carlos Alberto wrote:
> Dentro da física moderna, particularmente na mecânica quântica, houve
ou há algum sistema ou proposição teórica que viole ou violace o
princípio da conservação da energia?
> Pergunto isso porque na mecânica quântica há muitas coisas que
contrariam o senso comum.
> abraços
> Carlos AR
SUBJECT: Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 14:12
--- Em ciencialist@y..., Paulo Elache <pelache@d...> escreveu
> [Elache]
> Obrigado pela resposta, mas na verdade você não esclareceu minha
> pergunta.
> De fato, você discorreu sobre o significado da primeira lei da
> Termodinâmica.
> O Manuel perguntou como você sabia que existia energia antes do
Big
> Bang, e você respondeu-lhe que pela primeira lei da Termodinâmica.
Dentro da teoria do BB sempre existe um algo antes do BB. Esse algo,
tem de possuir energia, pela 1º lei, já que o resultado depois do BB
a possui e o sistema é isolado.
Eu respondi só aquilo pq o resto é implicito às proprias teorias do
BB.
> Isso me leva a deduzir que você aceita o Big Bang, desde que não
> comprometa o princípio supracitado.
Desconfio bastante das ideias por detrás desse 'animal' criado em
cativeiro.
A minha precepção não é tão rudocionista e não sei até que ponto
Eisntein não terá cometido um erro introduzindo a tla cosntante nas
suas eq simplesmente pq ouviu falar do efeito de Hubble. E até que
alguem prove que a ideia do universo tem que ser rudocionista,
ficamos assim.
Acho tb que toda esta historia deriva de uam enraizada mitologia da
criação que passou por muitas fazes e está agora a justificar verbas
para uns quantos que "procuram" a resposta.
> Qual sua opinião sobre o "steady state" de Hoyle?
> Caso nenhuma hipótese ser do seu agrado, quais seus princípios
> experimentais/teóricos sobre esse tema básico da escatologia?
Por mim cada qq um pode dizer o que quizer, desde que parta de um
principio básico em fisica que é : As leis da fisica têm de ser as
mesmas em qq parte em qq tempo, e isto inclui o antes, o durante e o
depois do BB.
E não vale afirmar que "as leis deixam de ser válidas" pq uma qq
formulazita matemática impede de fazer calculos a partir de certa
ordem. Arrange-se outra matemática para o problema, outro modelo. Mas
não vale mexer nas leis básicas da fisica.
Mas se quiserem mesmo mexer nas leis básicas da fisica, devem
apresentar bons motivos para isso. E "bons motivos"
significa "Factos"(!)
Não tenho problemas em desconsiderar as leis da fisica se me mostarem
que elas são _realmente_ violadas. Mas matemática apenas, não me
convence.
E não deveria convencer ninguem que se afirme fisico.
É só isso, é muito simples.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 14:19
Olá , como o assunto é Deus e Religião , é importante que fique bem claro , que a essencia da religião autentica , não pode e nem deve ser medida de acordo com algumas culturas , porque é como medir a ciência através do comportamento de cientistas .
é também no mínimo ignorancia ( está no sentido de ignorar a profundidade da experiencia religiosa ) afirmar que a religião é tão somente fruto da ignorancia humana.
O fenomeno religioso não pode ser analizado como uma coisa a parte , ele faz parte do conhecimento humano , que se faz através de aproximações , ou seja , da forma como o ser humano concebe o mundo , não é a toa que a religião foi evoluindo junto com a ciência e o proprio Homem.
segue abaixo um texto escrito por Pietro Ubaldi um místico italiano que viveu no Brasil , o texto faz parte de um livro chamado Grandes mensagens , o mesmo foi exclusivamente escrito através da mediunidade , uma mediunidade diferente da normalmente conhecida uma mediunidade consciente , através de tecnicas que o proprio Ubaldi chamou de recepção Noúrica , coisa que ele explica em seu terceiro livro , chamado As Noúres.
Do alto da Cruz vos contemplo, homens de boa vontade, de todas as raças e
crenças. Estas vos dividem; a minha palavra vos unifica.
Não falo somente aos Cristãos, porém a todos os meus filhos, que são os
justos da Terra, qualquer que seja sua raça ou fé. Falo a todos, não
considerando vossas diferenciações humanas. Minha palavra é universal como a
luz do sol. A Divindade não se pode isolar numa igreja particular. Eu vos
digo o que é verdadeiro e justo, e o que vos falo perdura a quem quer que
seja dito. A mentira que me desfigura passa: eu permaneço. Não importa que a
bondade seja explorada pelos maldosos; o Bem acaba triunfando. Eu amo a
todos.
Vós, homens, buscais bandeiras limpas para transformá-las em mantos
brilhantes. E quem pode impedir que, em vosso mundo de hipocrisias, os maus
se escondam á sombra das coisas puras e que os falsos se acobertem sob os
luzentes mantos de que se apossam? Então, as crenças e as religiões deixam
de ser uma idéia, um princípio para se tornarem um aglomerado de interesses,
uma organização de castas.
Assim, formastes hierarquias, seitas, ordens e grandezas que não tem
correspondência no céu. Vossas classificações são absolutamente humanas,
fictícias, de acordo com as aparências da Terra e não com os valores
intrínsecos do espírito. Por isso, ficarão aí em vosso mundo e nunca se
elevarão além da Terra.
Minha discriminação é diferente. Os escolhidos são aqueles que seguem meu
caminho de dor e de renúncia, de humildade e de amor. Vinde a mim, vós que
sofreis. Sois os grandes, os eleitos do Céu. Esta é a minha diferenciação.
As que são feitas pelos homens não têm valor. Não importa o manto, mas o
homem que a veste. Somente no caminho da dor e do amor encontrareis os que
são grandes no meu Reino. Eis onde, na luta absurda entre tantas vozes e
organismos contrários, achareis o bem, a justiça e a verdade.
Em toda parte, nos vossos agrupamentos, se encontram os bons e os maus;
estes últimos, quase sempre, preocupados em tornar objeto de discussão uma
verdade que não possuem. A verdade está no coração e nos atos e não nas
formas e nas posições humanas.
Procurai o bem; procurai, onde quer que esteja, o homem, nunca o estandarte.
Fazei questão do homem, da nua e intrínseca realidade de seus valores
íntimos, e não dos sinais que o marquem exteriormente. Estes se podem
falsificar, não o homem. A bandeira pode reduzir-se a um índice de
interesses coletivos; o homem, porém, segue sozinho pelo caminho de seu
destino
Justos e injustos se encontram sobre a Terra, uns ao lado dos outros, 1 para
provações recíprocas; achá-los-ei juntos, usando todos o mesmo nome da
verdade. Somente eu, que leio nos corações, os diferencio, como também pode
fazê-lo a voz da vossa consciência, em que penetro e falo.
Os meus filhos estão, por isso, em toda a parte, contudo, não os sabeis
enxergar. Só eu os vejo. A dor e a morte, que matam os outros, os elevam. A
minha maneira de diferenciar está acima de todas as categorias humanas.
O meu Reino não é da Terra. O seu Reino não tem corpo físico. Os seus
grandes nada possuem no mundo, mas sofrem e amam.
Minha religião mais profunda não tem forma terrena, não possui nenhuma
dessas exterioridades, próprias da matéria e da imperfeição humana, e que
sempre foram a base de todos os abusos.
O meu altar é a dor, a minha oração é o amor, a minha religião é a união com
Deus no pensamento e nos atos.
Acima de todas as formas que vos dividem, ó homens da Terra eu sou o
princípio que vos une ao meu amor.
Pietro Ubaldi
( No XIX Centenário da Morte de Cristo )
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: A Massa do Fóton
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 14:26
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A massa (m). Veja bem, em minha mente a questão é simples, claro na
sua
> também: se a massa m é a energia condensada, melhor dizendo, se
massa é
> energia e energia é massa,
Eu não gosto nada dessa frase, mas adiante.
>conclui-se daí que o fóton sendo uma particula de
> energia hf, deveria também possuir massa.
Que massa ? m ? Ele sim possui m = hf /c².
Onde está o problema?
>Não há como conciliar isso com o
> princípio de constância "c"?
Esse principio não é para aqui chamado.
> A equação de Plank não nos fornece o quantum de
> nenrgia do fóton?
qual eq ? E=hf
> então, se pergarmaos esse quantum e jorgarmos numa equação
> que associa massa e energia não obteremos o seu valor m?
Sim. Obtemos! m = hf/c².
>porque isso não pode ser verdadeiro?
Isso é verdadeiro! Vc está pensando que é falso o que é dado como
verdade. Não entendo a sua confusão.
1) m é chamada de massa relativista e todas as coisas a têm.
2) M é chamada simplesmente massa, ou massa propria e nem todas as
coisas a têm.
m = M / (1 - v²/c²) para corpos com M não nulo.
m = p/c para corpos com massa M nula. (o que dá, se fizer as contas
para o fotão m = hf /c² tomando como hipotese E=hf e a relação p =
E/c )
O fotão não tem massa propria (ou seja, não trasnporta energia na
forma potencial) M=0 , mas tem massa relativista m = hf/c² (dado que
contem alguma forma de energia e m=E/c²).
ok agora?
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas (?!)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 14:37
Em Seg 21 Out 2002 14:58, you wrote:
> Caro Carlos Alberto,
>
> Segume alguns comentários sobre seu texto.
>
> --- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
>
> > Alguns colegas da lista consideram questões que envolova uma
>
> discução sobre a existência de Deus sem sentido e irrelevante para
> ser colocada nesta lista, isto porque é uma lista ciêntifíca e,
> consequentemente de cientistas.
> FSK> Particularmente acho esse assunto interessante, bem mais do qua
> a massa do nêutron, por exemplo...
>
> > E como diria Darwin, os assuntos da religião não cabem nos assuntos
>
> da ciência, contudo, devo dizer que essa proposição somente é
> razoável se tratarmos o assunto DEUS do ponto de vista das diversas
> religiões.
> FSK> Darwin foi um atormentado pela questão religiosa, já que perdeu
> sua outrora inabalável fé após ter "concluído" sua obra. Tratar deus
> sob o ponto de vista das diversas religiões me perecer ser objeto de
> estudo da antropologia, e, mesmo assim, este enfoque que vc dá assume
> ar horizontal e descritivo. Creio que não é exatamente essa sua
> intenção ao propor essa questão.
Não sei dizer se Darwin se tornou ateu após a formulação da Teoria da
Evolução. Ele era uma pessoa profundamente religiosa e duvido que a mera
descrição do mecanismo da origem das espécies tenha afetado sua fé.
Gostaria de ver uma declaração ateísta ou agnóstica de Darwin.
> FSK> Aqui vc mostra mais sua intenção... "Ponto de vista científico"
> com "inexistência provada/não provada" apontam para uma abordagem
> empírico experimentalista, a meu ver completamente inadequada.
Concordo. Assumir a existência ou inexistência de deus(es)(as) não geram
previsões teóricas a serem verificadas.
> Sobre
> os indícios para crença/descrença, me parece exatamente o contrário,
> ou seja, há cada vez menos "motivos" para sustentar um conceito
> digamos real de deus. Quando mais se conhece, menos espaço sobra para
> alguma ação divina, e mais e mais o conceito de deus refigia-se no
> metafísico, no sobrenatural ou numa mistura confusa de ambos. Sobre
> os físicos, certamente há mais do que 4 que crêem. Há, por outro
> lado, uma maioria cética/atéia... lembro-me de uma frase proferida
> por um também físico comtemporâneo (fico devendo a autoria por ora)
> que disse que qualquer cientista que entre numa igreja deve deixar
> seu cérebro na porta. Eu não restrinjiria essa afirmativa somente aos
> cientistas...
Digamos que a religião, a teologia e a mitologia perdeu para ciência a
premissa de descrever o funcionamento do mundo físico (dentro do meio
acadêmico). Não acho que ocorra uma perda constante de funções divinas depois
disto.
> passo que o ateu está sozinho. Termino dizendo que, parece que
> Dostoiévski estava certo: "se Deus não existisse, tudo seria
> permitido".
> FSK> Aqui vc toca na parte que realmente importa (a meu ver a
> única...) dessa questão: o aspecto ético/moral. De fato, aspectos
> psicológicos fortes estão presentes em situações limites, como morte,
> vis a vis alguma crença mas que não necessariamente precisa ser em
> deus. Sobre o crente ser "sem dúvida mais confortado", isso é
> especulação sua, eu particularmente não concordo, assim como vários
> ateus famosos que mantiveram essa atitude em seu leito de morte.
> Todavia, a frase que vc cita de Dostoiévski reflete, a meu ver, o
> argumento mais frágil e ao mesmo tempo desonesto para justificar
> alguma crença em deus. Ou seja, a hipótese de que todo comportamento
> humano moral tem por base a âncora religiosa. Depreende-se 2 coisas a
> partir daí. Uma, que ateus são amorais, e duas, que caso fosse
> provada a inexistência de deus, não haveria mais pq comportar-se
> moral ou eticamente.
Um erro bem comum. A mitologia em geral sempre teve uma função educativa, de
ensinar o que é certo e errado. Porém crer que não há educação sem mitologia
é errado.
> E apenas para deixar um gancho, eu diria que qualquer comportamento
> moral genuíno e sua manifestação positiva devem ser baseados numa
> perspectiva agnóstica.
Aqui eu faço uma diferenciação. Moral é um julgamento baseado em conceitos de
certo e errado. Ética é seguir um código de comportamento estabelecido em
normas definidas. O comportamento ateu/agnóstico está muito mais vinculado a
ética do que a moral.
> > PS Não vejo contradição entre a crença em um criador, a ciência e a
>
> teoria da evolução por ex..
> FSK> PS: Pois deveria... são totalmenet incongruentes...
De ateu para ateu: não são.
A origem da vida e a origem do universo são questões científicas cheias de
lacunas e bastante indefinidas. Excluir a possibilidade divina não é
necessário, assim como não é necessário incluí-la.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas (?!)
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 14:50
On Mon, 21 Oct 2002, Aniello Gr?o wrote:
> Não sei dizer se Darwin se tornou ateu após a formulação da Teoria da
> Evolução. Ele era uma pessoa profundamente religiosa e duvido que a mera
> descrição do mecanismo da origem das espécies tenha afetado sua fé.
>
> Gostaria de ver uma declaração ateísta ou agnóstica de Darwin.
Vc pode encontrar isso na Autobiografia de Darwin [ISBN: 85-85910-35-6].
Sua "conversão" se deu provavelmente durante a viagem no Beagle. Ele diz
que sua mudança de pensamento se deu de forma tão suave que ele nem
percebeu, não acreditar em deus era, para ele, a coisa mais natural a ser
feita.
http://www.contrapontoeditora.com.br/livro1.cfm?id=55
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 14:54
Em Seg 21 Out 2002 12:42, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 21, 2002 12:23 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
>
> >O conceito de dinheiro pode não ter se desenvolvido em algumas sociedades,
>
> mas o conceito de poder existe em qualquer sociedade primata. E religião
> sempre esteve ligada ao poder.
>
> Aqui, em princípio, eu estou de acordo - se você diferenciar entre a
> religião enquanto instituição e a religião enquanto experiência religiosa.
> Eu mencionei as pesquisas do Andrew Newberg e do Eugene d'Aquili provando
> que as experiências religiosas envolvem alterações radicais no metabolismo
> cerebral. Essas pesquisas, na verdade, só vêm comprovar experiências
> anteriores que mostravam uma alteração no padrão de ondas cerebrais durante
> os estados de transe. Portanto, independente de qualquer consideração
> política ou econômica, e independente inclusive de se acreditar ou não em
> Deus, esses estados constituem experiências humanas *autênticas*. Que em
> torno delas se cristalize alguma instituição social que manipule a
> experiência com o objetivo de acumular poder político ou econômico é outro
> departamento, e não inviabiliza a experiência em si. Do contrário, seríamos
> obrigados a concluir que, como a pornografia manipula o sexo pra ganhar
> dinheiro, o orgasmo não é uma experiência autêntica.
Isto devo concordar em parte. Nós podemos sempre notar uma progressão nos
ritos religiosos clara. No início de uma religião os ritos são baseados
essencialmente na superestimulação dos sentidos. Dança-se, canta-se música
com percurssões fortes, toma-se álcool, fuma-se, etc.
A medida que a doutrina religiosa vai se modificando e a teologia e doutrina
vai se complicando, temos um caminho para a supressão dos sentidos, com
cânticos simples e monotônicos, meditação e oração. Nestas religiões
institucionalizadas o êxtase religiso se atinge pela privação dos sentidos,
pelo jejum e automutilação (que geram estados químicos bem semelhantes ao da
superestimulação).
Esta mudança sim de deve ao se deslocar o centro da experiência religiosa do
indivíduo para a doutrina. A religião torna-se não mais um modo do crente
entrar em contato com o divino, e sim um modo do crente aprender a entrar em
contato com o divino. Trata-se de um processo natural, a medida que uma
mitologia vai influenciando e sendo influenciada pela cultura na qual surgiu.
Quando uma religião passa a ser fator significativo nos códigos éticos e
morais de uma sociedade, temos então o surgimento de instituições religiosas
que visam manter "o verdadeiro caminho".
E sim a institucionalização do êxtase religioso pode ser usado como forma de
dominação, assim como a institucionalização de qualquer coisa (até do
conhecimento científico). E sempre irá aparecer aqueles que se utilizam disto.
Isto não é algo inerente da religião, e sim da institucionalização. E não
significa que a Instituição tenha necessariamente por objetivo a dominação. É
um quadro que pode acontecer e ocorre com frequência, mas não é uma
necessidade.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 15:04
Em Seg 21 Out 2002 12:23, you wrote:
> O conceito de dinheiro pode não ter se desenvolvido em algumas sociedades,
> mas o conceito de poder existe em qualquer sociedade primata. E religião
> sempre esteve ligada ao poder.
Não tão diretamente quanto sugere sua frase. A mitologia é uma resposta a
necessidade humana de saber como é o mundo a sua volta e como nos devemos nos
portar diante dele. A mitologia tenta nos colocar em comunhão com a "essência
das coisas". Aquele que compreende o mundo visível e invisível, o sacerdote
e o shaman, possuem um conhecimento preciosos para a tribo, e por isso se
colocam em posição de destaque. O fato de um sacerdote ser uma liderança não
significa que uma pessoa se torna sacerdote para ser uma liderança.
Religião é poder (pois informação é poder, sendo verdadeira, falsa ou
irrelevante), mas ser religioso não significa nem buscar o poder nem se
submeter a ele.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 15:08
FSK> "Mediunidade" aqui soa a "iluminação", um estágio a que poucos,
dentre esses o Sr. Pietro Ubaldi, teve acesso. Como vc garante que o
que ele teve foi um surto de esquizofrenia, por exemplo? Acho
que "cuidado" é a melhor opção frente a estados mediúnicos.
E sobre o trecho abaixo, é intressante reparar o forte conteúdo moral
de que está impregnado...
Com certeza , o cuidado deve existir porém não se pode simplesmente ignorar o fato , quanto a esquzofrenia , ja se discutiu muito nesta lista sobre realidade , não vou entrar em maiores detalhes , a certeza que eu tenho que ele não foi esquizofrenico é a mesma certeza que tenho em diferenciar realidade de devaneios , simplesmente não consigo definir , mas pra mim é muito clara a diferença.
Também não vejo problema nenhum em a mensagem possuir forte conteúdo moral , uma moral autentica auxilia o ser humano no seu desenvolvimento , a sociedade ocidental ja experimentou isto nos anos 60 com os hippies , que confundiram amor com sexo , paz com ocio e liberdade com libertinagem.
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 15:15
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 4:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é
feito isso?)
>Quando se diz que o espaço e o tempo começaram no BB, quer dizer-se
que o intervalo mais longo possivel de considerar é o que
liga "hoje" ao isntante do BB. Mas isso não significa que antes do BB
não houvesse Espaço e Tempo.
Correndo o risco de não ganhar a simpatia da Ligia ;-), e mesmo sabendo que
você abomina citações (mas, como você mesmo vem recorrendo a elas, imagino
que talvez esteja se tornando mais flexível quanto a esse ponto...), eis o
que diz o físico Paul Davies no cap. 5 de seu _O Enigma do Tempo_ (capítulo
que, a propósito, trata inteiramente desse tema e se intitula "O Início do
Tempo: Quando Ocorreu Exatamente?"). Já mencionei esse texto numa mensagem
anterior mas, dado que a questão continua indo e vindo, vale a pena ler de
novo, desta vez numa versão mais extensa (as ênfases em maiúsculas são
minhas, as marcadas com asterisco são do original):
"Claramente, se o universo está ficando maior, deve ter sido menor no
passado. Podemos imaginar o grande filme cósmico projetado em retrocesso,
até que todas as galáxias se esborrachem umas de encontro às outras. Esse
estado comprimido corresponde à época do big-bang e, em certo sentido, a
expansão do universo pode ser considerada como um vestígio daquela explosão
inicial. Atualmente, é normal os cosmologistas alegarem que o universo
*começou* com um big-bang. Essa conclusão de peso se imporá se você
retroceder a expansão até algum ponto de origem idealizado em que toda a
matéria do universo está concentrada no mesmo lugar. Tal estado de densidade
infinita representa um campo gravitacional infinito e uma curvatura do
espaçotempo infinita - ou seja, uma singularidade. A singularidade do
big-bang assemelha-se à situação no centro do buraco negro descrita no
capítulo anterior, mas no passado em vez do futuro. COMO NÃO É POSSÍVEL
ESTENDER O ESPAÇO E O TEMPO ATRAVÉS DE TAL SINGULARIDADE, SEGUE-SE QUE O
BIG-BANG DEVE SER A ORIGEM DO *PRÓPRIO TEMPO*.
As pessoas - especialmente os jornalistas que se zangam com a mania dos
cientistas de querer explicar todas as coisas - costumam perguntar: o que
aconteceu antes do big-bang? Caso essa teoria esteja correta, a resposta é
simples: *nada*. SE O PRÓPRIO TEMPO COMEÇOU COM O BIG-BANG, NÃO HOUVE UM
"ANTES" EM QUE ALGO PUDESSE ACONTECER. Embora o conceito de que o tempo
possa ser abruptamente 'ligado' em algum primeiro evento seja difícil de
conceber, não é absolutamente novo. Já no século V, Santo Agostinho
proclamou que 'o mundo foi feito, não no tempo, mas simultaneamente ao
tempo'. No Capítulo 7, veremos que recentes idéias na física quântica
alteraram um pouco nosso panorama da origem do tempo, mas a conclusão
essencial permanece a mesma: O TEMPO NÃO EXISTIA ANTES DO BIG-BANG."
Portanto, quando eles dizem que o tempo começou com o Big Bang, é pra ser
tomado ao pé da letra. Não estão simplesmente querendo dizer que "o
intervalo mais longo possivel de considerar é o que liga 'hoje' ao instante
do BB". É claro que eles podem estar errados - uma teoria é só uma teoria, e
não um fato comprovado. Mas a teoria diz exatamente isso, e não outra coisa
qualquer: o tempo não existia antes do Big Bang.
E como eu já perdi mesmo a simpatia da Ligia, aproveito pra citar a tua
*bête noire* favorita, Mr. Stephen Hawking (_Uma Breve História do Tempo_,
capítulo 3, "O Universo em Expansão"), desta vez sobre o meu argumento de
que não temos como saber absolutamente nada sobre o que aconteceu antes do
Big Bang porque o ponto zero era uma singularidade, diante da qual a
previsibilidade de todas as nossas leis físicas deixa de funcionar:
"Nesse tempo, que chamamos de Big Bang (ou grande explosão), a densidade do
universo e a curvatura do espaço-tempo teriam sido infinitas. Dado que a
matemática não pode realmente lidar com números infinitos, isto significa
que a teoria da relatividade geral [...] prevê que existe um ponto no
universo onde ela própria se esboroa. Tal ponto é um exemplo do que os
matemáticos chamam de singularidade. De fato, todas as nossas teorias
científicas foram formuladas na suposição de que o espaço-tempo fosse liso e
quase achatado e, portanto, se esfacelaram frente à singularidade da grande
explosão, onde a curvatura do espaço-tempo é infinita. Assim, MESMO SE
TIVESSEM EXISTIDO EVENTOS ANTES DO BIG BANG, não se poderia usá-los para
determinar o que aconteceria depois, porque A PREVISIBILIDADE ACABARIA NA
GRANDE EXPLOSÃO. Correspondentemente, se, como é o caso, SABEMOS APENAS O
QUE ACONTECEU A PARTIR DA GRANDE EXPLOSÃO, NÃO PODEMOS DETERMINAR O QUE
TERIA ACONTECIDO ANTES DELA. Ao que nos consta, os eventos que lhe foram
anteriores não podem ter tido qualquer conseqüência e, portanto, NÃO DEVEM
FAZER PARTE DE UM MODELO CIENTÍFICO DO UNIVERSO. Devemos, assim, isolá-los
do modelo e CONSIDERAR QUE O TEMPO COMEÇOU COM O BIG BANG."
De novo, é claro que Hawking pode estar errado. Ele é um físico brilhante
(desculpe, do "brilhante" eu não abro mão ;-D) mas é apenas humano. Agora,
*se* ele estiver certo, então é como eu disse: o tempo, tal como o
conhecemos, começou com o Big Bang e não podemos saber nada a respeito da
situação anterior porque as leis da física não são capazes de descrever a
singularidade inicial.
Amém
L.
o que gosta de belíssimas citações bíblicas de fidedignos físicos
teóricos... ;-)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 15:19
Olá Antônio Renato,
> Gostaria de colocar que, nestas discussões envolvendo psicanálise, não
adiantam 'eruditismos' (Autores e datas). Não adianta citar uma dezena de
autores (Exceto Freud, que está sendo discutido) porque eles são humanos.
Doutra feita o listeiro Douglas bem colocou que os autores são pessoas como
nós e portanto sujeitos a contestação. Minha sugestão é citação da
experiência pessoal do listeiro, de exemplos, de preferência, reais.
Manuel: Acho que sou um dos que mais recorrem a citações por aqui. Cito o
autor da asserção, a obra de onde foi tirada, a edição e a página. Faço isso
por vários motivos: a) em respeito ao criador da idéia; b) para que meus
interlocutores possam recorrer à fonte, caso queiram se aprofundar ou
duvidem da minha palavra; c) porque tenho tempo para isso (estou de licença
por motivo de saúde); d) para contra-argumentar argumentos de autoridade do
tipo "eu tenho diploma e você é leigo", "você não compreendeu a idéia";
"bobagem!", "vá estudar!", etc.
E também porque quero que as pessoas, principalmente as do sexo feminino,
percebam como eu sou inteligente, erudito, culto, lindo de morrer, uma
individualidade realmente exuberante (quase um mito).
É a testosterona! Re re!
Brincadeirinha, pessoal! :-)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 15:22
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
Inevitávelmente virão.
Seu argumento é : "o tempo nasceu com o BB"
Bom, então eu lhe respondo com a simetria de translação espacial e
temporal. Isto significa que se deslocares um sistema fisico para
outro ponto do espaço livre suas propriedades continuaram iguais.
O mesmo se o montares noutra epoca temporal.
Um exemplo simples disto é o fogo. O fogo existia antes e existe
agora e existirá sempre da mesma forma. Suas leis são as mesmas.
O atomo é outro exemplo.
E se o atomo é exemplo e o atomo cosntroi tudo, tudo o que ele
cosntruir é exemplo.
Ora isto faz intrevir o conceito de que as propriedades fisicas e as
leis fisicas não dependem de valores absolutos de espaço e tempo, mas
sim de INTERVALOS de espaço e de tempo.
Estes intervalos são tomados nos espaços respectivos e estes espaços
não tem fim nem inicio.
Quando se diz que o espaço e o tempo começaram no BB, quer dizer-se
que o intervalo mais longo possivel de considerar é o que
liga "hoje" ao isntante do BB. Mas isso não significa que antes do BB
não houvesse Espaço e Tempo.
Argumenta-se que Eisntein destronou esta ideia do Espaço e Tempo como
palcos da acção fisica. Não. Ele destronou a ideia de que os
intervalos de tempo entre acções fisica fosse independente de tudo o
resto.
Se antes do BB não existia Tempo, nem Espaço, como é que o BB
ocurreu ? Ele seria um processo que não dura tempo , pois este não
existe, nem se encontra em lado nenhum , pois não existia espaço.
Então a fisica que deu origem ao BB era uma fisica totalmente
diferente da que temos , o que implica que nunca saberemos o que é o
BB e mais vale disistir.
Por outro lado, podemos invocar a violação de leis para que este
paradoxo desapareça. Mas ai estaremos violando o principio de "não
violação de nenhuma lei da fisica"
Seja qual for a prespectiva da coisa, o BB está em grandes problemas
se se começam a abrir excepções (eu já tinha dito isto).
A solução é manter as leis da fisica e procurar outros modelos.
Se recusarmos isto, estaremos abrindo a porta para o imaginário. E ai
a hipotese de Deus ganha de todas as outras (pois é a mais simples) e
torna-se completamente possivel já q as leis da fisica não têm mais
de ser obedecidas (-principal objecção dos ateus).
Se vc mata o espaço e o tempo, a energia, tudo, num certo ponto antes
disso vc obtém Deus (obtem o tudo o que quiser obter).
Sérgio
SUBJECT: Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 15:28
--- Em ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
> Por mim cada qq um pode dizer o que quizer, desde que parta de um
> principio básico em fisica que é : As leis da fisica têm de ser as
> mesmas em qq parte em qq tempo, e isto inclui o antes, o durante e
o
> depois do BB.
> E não vale afirmar que "as leis deixam de ser válidas" pq uma qq
> formulazita matemática impede de fazer calculos a partir de certa
> ordem. Arrange-se outra matemática para o problema, outro modelo.
Mas
> não vale mexer nas leis básicas da fisica.
>
> Mas se quiserem mesmo mexer nas leis básicas da fisica, devem
> apresentar bons motivos para isso. E "bons motivos"
> significa "Factos"(!)
> Não tenho problemas em desconsiderar as leis da fisica se me
mostarem
> que elas são _realmente_ violadas. Mas matemática apenas, não me
> convence.
> E não deveria convencer ninguem que se afirme fisico.
> É só isso, é muito simples.
Oi Sergio,
Tenho visto que tem havido discussões sérias envolvendo algo que você
deixa evidente e claro neste parágrafo: a física que se justifica
apenas pela matemática acaba caindo no "misticismo", visto que em
matemática não há limites físicos. Em matemática fala-se em
dimensões infinitas, em números imaginários que acabam não sendo
aplicáveis aos experimentos físicos propriamente ditos e ao que esses
experimentos reportam como resultado. Portanto, belíssimas citações
de fidedignos físicos teóricos que desenvolvem uma calculeira dos
diabos para confirmar o que nem se sabe ao certo se é ou não é não
passam de balela e "citações bíblicas" quando o que está sendo
estudado é a natureza física do Universo.
Acabas de ganhar minha simpatia.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Sobre intuição e hipóteses aparentemente absurdas (ex-Sobre termodinâmica e Big Bang)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 15:32
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 4:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?)
>Sobre intuição e hipóteses aparentemente absurdas: Na lista de
filosofia da UOL, discutindo com um colega sobre o fluxo do tempo (estava eu
a defender a hipótese, sustentada por Einstein, Roger Penrose, Paul Davies e
outros, de que o fluxo temporal é apenas uma sensação, que o tempo, como uma
quarta coordenada do espaço, na verdade não flui)
Eu *quase* citei esse exemplo - sobre o qual, aliás, curiosamente também
estava discutindo em outra lista com um amigo, o Eduardo, que por sinal
também assina a Ciencialist - mas imaginei que ia desencadear outra
enxurrada de protestos do Taborda, provavelmente sob a alegação de que o
tempo blocado é só uma ferramenta matemática sem correspondente físico,
então achei melhor deixar pra lá...
> meu interlocutor argumentou que o cientista deve, em algumas situações,
considerar o que lhe
diz a intuição, para não ficar postulando disparates, absurdos, bobagens sem
limites.
Fossemos seguir essa regra e ainda estaríamos vivendo em um mundo plano, com
o Sol girando em volta da Terra, que é o que a intuição nos diz... ;-)
>"[N]osso cérebro não foi projetado para "compreender" a realidade dos
"quanta"
ou a macroestrutura do espaço-tempo.
Eu comentei com o Eduardo durante nossa discussão que, imho, o continuum
espaço-tempo e as superposições coerentes tocam o limite máximo até onde se
estende o universo da nossa experiência sensorial, que é, segundo vejo as
coisas, o universo estudado pela ciência. O fato de que a mecânica quântica
e a teoria da relatividade esbarram o tempo todo com paradoxos e noções
contra-intuitivas, pra mim, é uma demonstração eloqüente de que elas
chegaram nesse limite, porque é isso que acontece, de acordo com a
epistemologia, quando um sistema começa a produzir paradoxos.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 15:42
Olá Lúcio e demais,
Lúcio - É uma situação completamente contra-intuitiva, mas lá porque ela
seja contra-intuitiva não quer dizer que vá contra qualquer coisa postulada
pela física, que está cheia de noções contra-intuitivas que, mesmo assim, se
revelaram verdadeiras.
Manuel - Sobre intuição e hipóteses aparentemente absurdas: Na lista de
filosofia da UOL, discutindo com um colega sobre o fluxo do tempo (estava eu
a defender a hipótese, sustentada por Einstein, Roger Penrose, Paul Davies e
outros, de que o fluxo temporal é apenas uma sensação, que o tempo, como uma
quarta coordenada do espaço, na verdade não flui), meu interlocutor
argumentou que o cientista deve, em algumas situações, considerar o que lhe
diz a intuição, para não ficar postulando disparates, absurdos, bobagens sem
limites.
A minha contra-argumentação foi a seguinte:
'A intuição é muito útil para nos orientar neste mundo mediano em que
vivemos, situado entre o muito pequeno e o extremamente grande. A propósito,
é bom lembrar que o nosso aparelho mental é, antes de tudo, um instrumento
de sobrevivência, e que esse conhecimento antepredicativo que temos da
realidade -- o conhecimento dito "intuitivo" -- não é outra coisa que o
momento subjetivo da mais imediata forma de atividade que o indivíduo
desenvolve na natureza e na sociedade e com vista à mera reprodução da sua
existência.
"Ora, não é no mundo subatômico que o indivíduo humano labora, e nem
necessita ele, para manter-se vivo, de se deslocar mais de algumas centenas
de milhares de quilômetros durante toda a sua vida -- uma vida que dura, em
média, 70 anos --. De sorte que o que se passa no mundo dos quarks, léptons
e fótons, bem como naquele outro mundo cuja unidade de medida é o
megaparsec, ou, dito em outros termos, o que se passa além das fronteiras
desse nosso mundo medíocre em que os objetos se movem a uma velocidade muito
inferior a da luz é, realmente, de desorientar os sentidos e dar
curto-circuito em neurônios.
"osso cérebro não foi projetado para "compreender" a realidade dos "quanta"
ou a macroestrutura do espaço-tempo. Querer que este mundo que não é o mundo
da nossa atividade do dia-a-dia condiga com a nossa intuição é querer o
impossível.
"Einstein, graças à sua imaginação e criatividade, teve grandes "insights"
acerca da natureza do espaço, do tempo, da matéria e da energia. No entanto,
sua intuição o fez aferrar-se à crença de que, nos fenômenos quânticos,
existem parâmetros ocultos, isto é, o conhecimento "intuitivo" de que tudo
tem uma causa e que a cada causa corresponde um único efeito o fez defender
a idéia de que existem determinadas variáveis ainda não acessíveis ao
conhecimento humano, e que é precisamente o desconhecimento desta
causalidade subjacente que faz com que a realidade quântica nos pareça
indeterminista. Vale dizer, Einstein, por causa da sua intuição acerca da
relação causa-efeito, não aceitou a incerteza como algo intrínseco ao mundo
dos "quanta". Bohr, ao contrário, não só aceitou como demonstrou que os
fenômenos subatômicos podem ser "explicados" satisfatoriamente sem que seja
necessário recorrer ao determinismo laplaceano.
"Mas é bom que se ressalve que o termo "incompreensível" não é sinônimo de
"inexplicável". O mundo do infinitamente pequeno e o do incomensuravelmente
grande podem ser explicados, sim, porém não com os meios que dispõe a
linguagem ou mesmo (talvez) a lógica aristotélica. Essas realidades extremas
deixam-se revelar através da matemática, que, segundo Galileu, é a linguagem
da Natureza. Infelizmente, Johann Von Neumann tem razão quando diz que "em
matemática você não compreende as coisas. Simplesmente se acostuma a elas."
Com efeito, sempre que um fenômeno subatômico é comunicado na linguagem
corrente, deparamo-nos com paradoxos do tipo "um elétron está e não está em
vários lugares ao mesmo tempo". Isso é um disparate, porém um disparate que
a matemática "explica" e a experiência comprova."
Em miúdos: o que tem coerência matemática e ainda não foi (ou não pode ser)
refutado pela experiência encerra uma possibilidade de verdade.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Deus e as culturas
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 15:42
Algumas observações...
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
escreveu
> Olá, como o assunto é Deus e Religião, é importante que fique bem
claro, que a essencia da religião autentica, não pode e nem deve ser
medida de acordo com algumas culturas, porque é como medir a ciência
através do comportamento de cientistas.
FSK> Será mesmo? A qual "religião autêntica" vc se refere? Por
que "as outras" não são autênticas?
> é também no mínimo ignorancia (está no sentido de ignorar a
profundidade da experiencia religiosa) afirmar que a religião é tão
somente fruto da ignorancia humana.
> O fenomeno religioso não pode ser analizado como uma coisa a parte,
ele faz parte do conhecimento humano, que se faz através de
aproximações, ou seja, da forma como o ser humano concebe o mundo,
não é a toa que a religião foi evoluindo junto com a ciência e o
proprio Homem.
FSK> Então basta reformular e dizer que "a religião é fruto da
cultura humana", que engloba tanto conhecimento como desconhecimento
sobre qquer coisa. De qquer maneira vc parece defender que a religião
é fruto, portanto, "da cabeça" do homem, no que eu concordo...
> segue abaixo um texto escrito por Pietro Ubaldi um místico italiano
que viveu no Brasil, o texto faz parte de um livro chamado Grandes
mensagens, o mesmo foi exclusivamente escrito através da mediunidade,
uma mediunidade diferente da normalmente conhecida uma mediunidade
consciente, através de tecnicas que o proprio Ubaldi chamou de
recepção Noúrica, coisa que ele explica em seu terceiro livro ,
chamado As Noúres.
FSK> "Mediunidade" aqui soa a "iluminação", um estágio a que poucos,
dentre esses o Sr. Pietro Ubaldi, teve acesso. Como vc garante que o
que ele teve foi um surto de esquizofrenia, por exemplo? Acho
que "cuidado" é a melhor opção frente a estados mediúnicos.
E sobre o trecho abaixo, é intressante reparar o forte conteúdo moral
de que está impregnado...
abraços,
FSK.
>
> Do alto da Cruz vos contemplo, homens de boa vontade, de todas as
raças e
> crenças. Estas vos dividem; a minha palavra vos unifica.
>
> Não falo somente aos Cristãos, porém a todos os meus filhos, que
são os
> justos da Terra, qualquer que seja sua raça ou fé. Falo a todos, não
> considerando vossas diferenciações humanas. Minha palavra é
universal como a
> luz do sol. A Divindade não se pode isolar numa igreja particular.
Eu vos
> digo o que é verdadeiro e justo, e o que vos falo perdura a quem
quer que
> seja dito. A mentira que me desfigura passa: eu permaneço. Não
importa que a
> bondade seja explorada pelos maldosos; o Bem acaba triunfando. Eu
amo a
> todos.
>
> Vós, homens, buscais bandeiras limpas para transformá-las em mantos
> brilhantes. E quem pode impedir que, em vosso mundo de hipocrisias,
os maus
> se escondam á sombra das coisas puras e que os falsos se acobertem
sob os
> luzentes mantos de que se apossam? Então, as crenças e as religiões
deixam
> de ser uma idéia, um princípio para se tornarem um aglomerado de
interesses,
> uma organização de castas.
>
> Assim, formastes hierarquias, seitas, ordens e grandezas que não tem
> correspondência no céu. Vossas classificações são absolutamente
humanas,
> fictícias, de acordo com as aparências da Terra e não com os valores
> intrínsecos do espírito. Por isso, ficarão aí em vosso mundo e
nunca se
> elevarão além da Terra.
>
> Minha discriminação é diferente. Os escolhidos são aqueles que
seguem meu
> caminho de dor e de renúncia, de humildade e de amor. Vinde a mim,
vós que
> sofreis. Sois os grandes, os eleitos do Céu. Esta é a minha
diferenciação.
> As que são feitas pelos homens não têm valor. Não importa o manto,
mas o
> homem que a veste. Somente no caminho da dor e do amor encontrareis
os que
> são grandes no meu Reino. Eis onde, na luta absurda entre tantas
vozes e
> organismos contrários, achareis o bem, a justiça e a verdade.
>
> Em toda parte, nos vossos agrupamentos, se encontram os bons e os
maus;
> estes últimos, quase sempre, preocupados em tornar objeto de
discussão uma
> verdade que não possuem. A verdade está no coração e nos atos e não
nas
> formas e nas posições humanas.
>
> Procurai o bem; procurai, onde quer que esteja, o homem, nunca o
estandarte.
> Fazei questão do homem, da nua e intrínseca realidade de seus
valores
> íntimos, e não dos sinais que o marquem exteriormente. Estes se
podem
> falsificar, não o homem. A bandeira pode reduzir-se a um índice de
> interesses coletivos; o homem, porém, segue sozinho pelo caminho de
seu
> destino
>
> Justos e injustos se encontram sobre a Terra, uns ao lado dos
outros, 1 para
> provações recíprocas; achá-los-ei juntos, usando todos o mesmo nome
da
> verdade. Somente eu, que leio nos corações, os diferencio, como
também pode
> fazê-lo a voz da vossa consciência, em que penetro e falo.
>
> Os meus filhos estão, por isso, em toda a parte, contudo, não os
sabeis
> enxergar. Só eu os vejo. A dor e a morte, que matam os outros, os
elevam. A
> minha maneira de diferenciar está acima de todas as categorias
humanas.
>
> O meu Reino não é da Terra. O seu Reino não tem corpo físico. Os
seus
> grandes nada possuem no mundo, mas sofrem e amam.
>
> Minha religião mais profunda não tem forma terrena, não possui
nenhuma
> dessas exterioridades, próprias da matéria e da imperfeição humana,
e que
> sempre foram a base de todos os abusos.
>
> O meu altar é a dor, a minha oração é o amor, a minha religião é a
união com
> Deus no pensamento e nos atos.
>
> Acima de todas as formas que vos dividem, ó homens da Terra eu sou o
> princípio que vos une ao meu amor.
>
> Pietro Ubaldi
> ( No XIX Centenário da Morte de Cristo )
>
>
>
>
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 16:15
FSK> Veja aqui, novamente, o forte apelo moral... De fato, uma moral
autêntica (?) auxilia, mas o problema está exatamente em obtê-la, em
delimitar ócio de paz, amor de sexo (?), liberdade e libertinagem...
Apenas sugiro cuidado com isso.
[]s,
Fernando SK.
é Exatamente disto que todas as religiões tratam em essencia.
Respeito com o proximo.
união com o divino.
e cuidado com os enganos , o mal , a astucia ( personalizado em satã )
o homem ja fez muita coisa errada , sob o manto dessa ou daquela religião vide inquisão , que aliás é um prato cheio para Ateus , porém não se pode chamar alguém de cristão só pq o mesmo se professa cristão , como também nao se pode dizer que alguém é cientista porque o mesmo diz que é.
"(...)Os fariseus, quando souberam, que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se todos; e um deles, doutor da lei, para o experimentar, interrogou-o, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas."
Jesus Resumiu a Moral cristã nestes dois mandamentos , o cuidado em diferenciar o bom do mal ( separar o joio do trigo ) é algo muito pessoal , porém não quer dizer que não exista.
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Lógica e matemática (c-list)
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 16:29
Douglas F. Gonçalves: [citando o aforismo 3.333 do "Tractatus" de Wittgenstein]
Liquida-se assim o paradoxo de Russell.
Watson: Tenho minhas dúvidas.
1. Wittgenstein iniciou-se na Filosofia orientado precisamente por Russell, que foi
quem escreveu a Introdução do seu "Tratactus". Não consta que Russell, nessa
Introdução, tenha admitido que seu paradoxo teria sido liquidado.
2. Muito pelo contrário, Russell comunicou sua descoberta a Frege (autor de uma obra
em 2 volumes que consumiu mais de 12 anos de pesquisa), que assim se expressou:
Nada é mais calamitoso para um homem de ciência do que ver os
fundamentos de seu trabalho desmoronarem quando ele pensava ter
completado sua obra. Foi isso que me aconteceu quando recebi uma
carta de B. Russell no exato momento em que meu trabalho estava para ser
impresso.
3. O paradoxo (ou antinomia, como preferem alguns) de Russell é um tipo dos
chamados "paradoxos de autoreferência". Um exemplo de sua versão semântica é a
frase: "Tudo que eu, Watson, escrevo é falso." Que eu saiba, a distinção entre os
diferentes tipos bem como as possíveis maneiras de contorná-los envolvem problemas
que ainda estão em aberto (vide H. Eves, "Foundations and Fundamental Concepts of
Mathematics", 3rd ed., Dover 1997).
4. Wittgenstein é reconhecido como autor de textos obscuros e de dificil interpretação e
o tal aforismo 3.333 é um bom exemplo, talvez com o agravante de ter sido citado fora
de contexto e, possivelmente, ter sofrido alguma desfiguração na tradução e na edição
(o fato da notação matemática usada na exposição de um argumento trivial ter sido
desnecessariamente complicada pelo uso de símbolos não definidos é um sintoma
disso).
5. De toda forma, evito ler textos desse teor pois assim não perco tempo em
analizar argumentos
5.1 de charlatães (em maior ou menor grau) que, invariavelmente, ocultam-se
na deliberada impenetrabilidade de seus estilos, ou
5.2 de autores que apresentam trivialidades sob o mesmo disfarce (parece-me
ser esse o caso do tal aforismo 3.333), ou
5.3 de autores que escrevem algo relevante, mas em estilo impenetravel.
Nesses casos, prefiro seguir o conselho de, se não me engano,
Virginia Wolf: "se podemos comer carne cosida, por que insistir em comê-la crua?"
[]s
Watson
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 16:39
Fontes primarias ou secundarias? Poderia citar as fontes das suas
afirmativas, Takata? Afinal a lista e' cientifica....
Antonio Castro
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 21, 2002 11:08 AM
Subject: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> UAI, because, por que não? Nunca tive essa experiência de 'sexo
> virtual' e seria uma boa oportunidade de aprender como funciona a
> coisa!
E' como o disque-sexo. A diferença fundamental e' q. vc nao precisa
pagar pelo DDI.
Basicamente sao dois marmanjos, um se fazendo passar por mulher. Os
dois se enganam mutuamente qto 'as caracteristicas fisicas. Ai'
passam a trocar expressoes obscenas relacionadas ao intercurso sexual.
Eventualmente do outro lado do teclado esta' uma mulher. Mas nesse
caso mormente e' uma mulher decrepita.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: Deus e as culturas
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 16:49
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
escreveu
> Também não vejo problema nenhum em a mensagem possuir forte
conteúdo moral, uma moral autentica auxilia o ser humano no seu
desenvolvimento, a sociedade ocidental ja experimentou isto nos anos
60 com os hippies, que confundiram amor com sexo, paz com ocio e
liberdade com libertinagem.
>
> []
>
> Jaison
FSK> Veja aqui, novamente, o forte apelo moral... De fato, uma moral
autêntica (?) auxilia, mas o problema está exatamente em obtê-la, em
delimitar ócio de paz, amor de sexo (?), liberdade e libertinagem...
Apenas sugiro cuidado com isso.
[]s,
Fernando SK.
SUBJECT: Re: Lógica e matemática (c-list)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 16:49
--- Em ciencialist@y..., "Watson Fernando" <watson@l...> escreveu
> Nesses casos, prefiro seguir o conselho de, se não me engano,
> Virginia Wolf: "se podemos comer carne cosida, por que
> insistir em comê-la crua?"
Certamente ela teria horror ao sashimi e ao carpaccio.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 16:56
http://www.sciam.com/askexpert_question.cfm?articleID=000319F6-D131-
1D77-90FB809EC5880000&catID=3&topicID=3
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> > Isso faz com q. na maior parte das vezes a resolucao do registro
> > fossil nao seja grande o suficiente para captar modificacoes de
uma
> > geracao para outra. E o q. e' pior, depois de consolidada a
rocha,
> > ela ainda pode ser erodida, antes q. uma nova camada se forme por
> > sobre ela. Nessa erosao muitos fosseis podem ser perdidos. Ao
mesmo
> > tempo q. cria falhas entre camadas adjacentes -- todo o periodo
> > registrado pela camada erodida e' perdida.
>
> E complementando, as coisas realmente nao sao faceis para
> os geologos e paleontologos, o processo de sedimentacao nao
> e' continuo. Muitas areas deposicionais dependem de sedimentos
> carregados episodicamente por eventos como as cheias -- q.
> so' ocorrem em uma epoca do ano -- ou ainda pior, de eventos
> estocasticos: como grandes cheias a alagar toda a planicie.
SUBJECT: Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 16:56
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> (...) Assim, MESMO SE
> TIVESSEM EXISTIDO EVENTOS ANTES DO BIG BANG, não se poderia usá-los
para
> determinar o que aconteceria depois, porque A PREVISIBILIDADE
ACABARIA NA
> GRANDE EXPLOSÃO. Correspondentemente, se, como é o caso, SABEMOS
APENAS O
> QUE ACONTECEU A PARTIR DA GRANDE EXPLOSÃO, NÃO PODEMOS DETERMINAR O
QUE
> TERIA ACONTECIDO ANTES DELA. Ao que nos consta, os eventos que lhe
foram
> anteriores não podem ter tido qualquer conseqüência e, portanto,
NÃO DEVEM
> FAZER PARTE DE UM MODELO CIENTÍFICO DO UNIVERSO. Devemos, assim,
isolá-los
> do modelo e CONSIDERAR QUE O TEMPO COMEÇOU COM O BIG BANG."
>
> De novo, é claro que Hawking pode estar errado. Ele é um físico
brilhante
> (desculpe, do "brilhante" eu não abro mão ;-D) mas é apenas humano.
Agora,
> *se* ele estiver certo, então é como eu disse: o tempo, tal como o
> conhecemos, começou com o Big Bang e não podemos saber nada a
respeito da
> situação anterior porque as leis da física não são capazes de
descrever a
> singularidade inicial.
Resumindo: Se ele estiver certo, e temos de desconsiderar o que
aconteceu antes do BB, o problema do BB torna-se inutil por não
justificar de onde apareceu o BB: qual a razão da sua existencia ?
E sendo assim, qual a razão da existencia do universo ?
E não respondendo a isto é caminho aberto para encaixar Deus na
historia e caminho aberto para provar que o assunto do BB é pura
perda de tempo, quando se estipula à partida que não podemos o que
lhe deu origem.
Se ele estiver errado as leis fisicas continuam válidas mas os
modelos conhecidos obsuletos, e temos que procurar outros. Deus ainda
não tem carta branca e o sentido fisico de realidade permanece.
Oh! é tão dificil escolher! Não vou dormir esta noite...
Sérgio
(Estamos a falar do mesmo Hawking que se pos a fazer contas para
saber o que aconteceu antes do BB usando um tempo "imaginário" que
ele mesmo introduziu ? - pelos vistos contra sua vontade. Estamos a
falar do mesmo Hawking que não acredita em Deus ? - bem , nunca vi um
ateu criar uma teoria que necessita de um. Estamos a falar do mesmo
Hawking ?)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 17:12
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 5:56 PM
Subject: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é
feito isso?)
>Resumindo: Se ele estiver certo, e temos de desconsiderar o que
aconteceu antes do BB, o problema do BB torna-se inutil por não
justificar de onde apareceu o BB: qual a razão da sua existencia ?
Como já disse, acho difícil alguém conseguir imaginar uma teoria sobre a
origem do universo que não esbarre nesse problema. Mesmo a hipótese de que o
universo sempre existiu esbarra em uma regressão infinita. Mas talvez a
hipótese do Hawking, que eu comento mais detalhadamente abaixo, consiga,
porque ela é uma tentativa assumida de descrever o universo como uma
totalidade fechada.
>E sendo assim, qual a razão da existencia do universo ?
*Essa* é a pergunta premiada, Taborda. Responda a ela e você vai ter honra,
fama, sucesso, dinheiro e mulheres garantidos pro resto da tua vida... ;-)
>E não respondendo a isto é caminho aberto para encaixar Deus na
historia
Algumas pessoas (físicos, inclusive) não vêem o menor problema em encaixar
Deus na história. Não é o meu caso. Não porque eu tenha algum problema com
Deus, simplesmente porque religião e ciência são jogos de linguagem
diferentes, com lógicas internas diversas, e não convém misturar os dois.
>Deus ainda não tem carta branca e o sentido fisico de realidade permanece.
Sobre a carta branca pra Deus, eu nada sei. Pra falar a verdade, sobre o
sentido físico de realidade também não. Essa palavrinha sempre me pareceu
tão difícil de definir quanto Deus.
>(Estamos a falar do mesmo Hawking que se pos a fazer contas para
saber o que aconteceu antes do BB usando um tempo "imaginário" que
ele mesmo introduziu ? - pelos vistos contra sua vontade.
Não sei exatamente de qual Hawking *você* está falando. O Hawking de quem
*eu* estou falando elaborou uma teoria do tempo imaginário, sim, mas não pra
descrever "o que aconteceu antes do Big Bang", e sim pra determinar de que
forma o estado inicial do universo pode ter evoluído para sua configuração
atual *a partir* do Big Bang e, de fato, sem pressupor a existência de um
"antes": "O universo seria totalmente autocontido, ele não precisaria de
nada externo para dar corda no mecanismo e colocá-lo em funcionamento. Ao
contrário, tudo no universo seria determinado pelas leis da ciência e por
lançamentos de dados dentro do universo." (_O Universo numa Casca de Noz_,
p. 85) Mas aqui há uma distinção importante: um espaço-tempo que, quando
descrito por meio de números imaginários, tem a forma de uma esfera
autocontida, sem princípio nem fim, no tempo real corresponde a um universo
que começa, sim, em um ponto definido (a singularidade do Big Bang) e ou se
expande indefinidamente, ou se contrai após um certo período - dependendo da
quantidade de matéria que houver nesse universo. Hawking deixa em aberto o
estatuto ontológico do tempo imaginário, se ele corresponde a alguma coisa
concreta ou é só um artifício matemático usado pra calcular as histórias
possíveis do universo. Mas, na _Breve História do Tempo_, levanta a
possibilidade (apenas como especulação) de que o tempo imaginário poderia
ser, na verdade, o tempo real, e o que chamamos de tempo real não passaria
de "uma invenção da nossa imaginação".
> Estamos a falar do mesmo Hawking que não acredita em Deus ?
Neste caso, sim, estamos.
>bem , nunca vi um ateu criar uma teoria que necessita de um.
Eu também não. A teoria do tempo imaginário do Hawking não necessita de Deus
algum, na medida em que concebe o universo como autocontido.
Sds.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 17:22
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 6:36 PM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
>Cientistas mostram que estimulação elétrica do cérebro cria
experiência extra-corporal
Sim, eu tinha lido sobre essa experiência e achei bastante interessante. Mas
experiência extra-corporal é uma coisa e experiência mística é outra
completamente diferente. As experiências místicas se definem por um
determinado estado de consciência, diferente da consciência do dia-a-dia, e
não têm um conteúdo determinado (não se trata *do quê* o místico vê, mas do
modo como ele experimenta o mundo).
>Efeitos da propria maquina. Cada vez mais a neurociencia nos prende
a essa massa de carne que estah ai dentro dessa caixa de ossos. :-)
Mas nada do que eu falei sobre as experiências místicas pressupõe alguma
coisa diferente disso. Claro que há pessoas que acreditam que se trata do
contato com outro mundo, com outro nível de realidade ou com algum tipo de
deus, mas essa é a interpretação subjetiva que elas fazem da experiência, e
não a própria experiência. Houve casos, inclusive, de pessoas que passaram
por esse tipo de experiência, como Richard Maurice Bucke, no século XIX e
que a interpretaram dentro de uma moldura evolucionista darwiniana clássica.
Isso não impede que, se você comparar a experiência de Bucke com a de Santa
Teresa - cujas respectivas opiniões sobre o que experimentaram são, repito,
diametralmente opostas - vai encontrar uma notável semelhança estrutural,
bastante provavelmente porque ambas envolvem os mesmos mecanismos cerebrais,
colocados em relevo por Newberg e D'Aquili.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?))
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 17:27
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 6:52 PM
Subject: [ciencialist] Re: Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?))
>Se vc nao tiver o minimo criterio de analise, vai ter que utilizar
o mesmo racocinio acima para absolutamente *todas* as possibilidades,
sejam elas as mais estapafurdias possiveis.
Sim, mas esse critério envolve necessariamente um elemento subjetivo. A
partir do fato de que gnomos anoréxicos de Andrômeda são altamente
improváveis, você pode optar por concluir que eles não existem. Mas não pode
*provar* que eles não existem. Portanto, não pode também dizer que alguém
que opta por achar que eles existem está *errado*. Apenas que você,
pessoalmente, não acredita que seja possível por tais e tais razões.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Deus e as culturas
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 17:36
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
A mais notável delas foi feita por Andrew Newberg e
> Eugene d'Aquili, que mapearam o cérebro de oito adeptos do budismo
durante o
> estado de meditação e de um grupo de freiras franciscanas,
mostrando quais
> são exatamente as áreas do cérebro que estão ativas ou inativas
durante as
> experiências místicas. Eles notaram uma convergência completa entre
a
> descrição subjetiva e as alterações da atividade cerebral que
ocorrem
> durante essas experiências. Os resultados dessa pesquisa,
evidentemente, não
> provam que existe algo como Deus ou os deuses, mas demonstram que,
longe de
> serem invenções arbitrárias, charlatanismo ou fruto de ignorância
> científica, os relatos de experiências místicas correspondem a um
tipo
> específico de funcionamento do cérebro. De acordo com Newberg e
d'Aquili, o
> cérebro foi "programado" pela evolução para ter esse tipo de
experiência.
Do link
http://www.uol.com.br/cienciahoje/cerebro/cn04.htm
Eu me vi lá de cima
Cientistas mostram que estimulação elétrica do cérebro cria
experiência extra-corporal
Detalhe da tela Estação de Perpignan, de Salvador Dalí (1965)
Os filmes já mostraram a cena várias vezes: enquanto a equipe da
emergência lança mão dos últimos recursos de ressuscitação, o
paciente, cujo coração já parou de bater, vê um túnel de luz, avista
seu corpo lá de cima e é acolhido serenamente por um parente querido.
Assim seria a passagem para o lado de lá da vida -- exceto nos casos
em que, por desígnio divino, insistência dos médicos ou pura sorte
mesmo, a pessoa volta para contar a estória.
Uma mulher na Suíça, no entanto, acaba de ter uma experiência
parecida -- sem correr o menor risco de vida. A paciente, que há 11
anos sofria de epilepsia, estava sendo avaliada para uma cirurgia de
remoção do foco epiléptico. Como nenhuma lesão era visível no exame
por ressonância magnética, a equipe do Dr. Olaf Blanke, do Hospital
Universitário de Genebra, usou eletrodos posicionados sobre o cérebro
da paciente para localizar precisamente a região do cérebro a ser
removida.
Como a atividade elétrica do cérebro é anormal sobre o foco
epiléptico, o simples registro pelos eletrodos é suficiente para
indicar sua posição. No entanto, um procedimento adicional é de
praxe: usar os eletrodos também para estimular regiões precisas do
cérebro e, desse modo, identificar zonas 'vitais', saudáveis, que não
devem ser removidas.
A estimulação é feita com o paciente acordado e consciente, para que
ele possa relatar as sensações provocadas. Estimular o cérebro com
pequenas correntes elétricas não dói: embora receba sinais dos nervos
do corpo todo, o cérebro não tem nervos que enviem sinais dele mesmo.
Tudo corria como de costume com essa paciente de 43 anos: a
estimulação de zonas auditivas, somatossensoriais ou motoras no
cérebro provocava sensações auditivas, corporais ou movimentos do
corpo.
Até que a estimulação em dois dos 64 pontos testados do lado direito
do cérebro provocou uma sensação inusitada de deslocamento --
ilusório, claro -- do corpo inteiro: ao receber uma pequena corrente
elétrica sobre o giro angular, a paciente sentia-se 'afundando na
cama', ou 'caindo no vazio'. A equipe, claro, não parou aí. Testaram
uma corrente elétrica um pouco mais forte sobre os mesmos pontos e,
como num filme sobrenatural, a sensação transformou-se em uma
verdadeira experiência extra-corporal: de olhos abertos, a paciente
dizia ver lá de cima, como se levitasse próxima ao teto, seu corpo
deitado na cama.
Experiências extra-corporais 'naturais' costumam ser transitórias e
geralmente desaparecem quando se tenta inspecionar diretamente as
partes do corpo envolvidas. Com a experiência extra-corporal
provocada pela estimulação elétrica -- e relatada pela equipe de
Blanke na revista Nature em 19 de setembro -- não foi diferente:
quando a paciente fechava os olhos durante a estimulação ou olhava
diretamente para seus braços e pernas, eles apenas pareciam se mover
em direção ao corpo, ou encolher.
A posição do giro angular é privilegiada para integrar informações
relativas à posição e a sensações complexas do corpo: ele fica na
borda do lobo parietal, que já havia sido implicado anteriormente na
percepção do espaço corporal, ou seja, na localização de objetos em
relação ao corpo. De quebra, outro vizinho próximo é o córtex
vestibular, que processa informações relativas à orientação da cabeça
em relação à gravidade, inclusive sensações de peso ou leveza. Com
vizinhos desse calibre, o giro angular talvez seja o lugar do cérebro
onde nossa 'visão' interna do corpo é criada.
Se for assim, a dissociação do corpo que caracteriza a experiência
extra-corporal poderia ter uma explicação simples: uma falha na
integração sensorial e vestibular que o giro angular normalmente
desempenharia, causada, por exemplo, pela estimulação elétrica. Ou,
na experiência de quase-morte, pela falência metabólica do cérebro.
Esta, de fato, é a explicação alternativa para quem quase foi, voltou
e ficou tentado a acreditar que esteve do lado de lá mesmo. De acordo
com a 'hipótese do cérebro morrendo', defendida pela psicóloga Susan
Blackmore e pelo neurocientista Michael Persinger, as experiências de
quase-morte refletem o funcionamento residual em um cérebro que já
não recebe o suprimento habitual de oxigênio e glicose.
O giro angular, cuja estimulação elétrica é capaz de gerar a
percepção de desligamento do corpo, vem agora integrar o rol das
regiões do cérebro normalmente responsáveis pelas sensações vividas
durante a experiência de quase-morte. Talvez não por coincidência,
todas essas regiões -- inclusive o giro angular -- têm algo em comum:
elas dividem o suprimento de sangue fornecido pelas artérias
cerebrais posteriores, que irrigam a parte de trás do cérebro. Quando
o corpo começa a se desligar, talvez um dos resultados seja
uma 'ativação de despedida' dessas zonas do cérebro -- e, com ela, as
experiências que quem volta pode contar.
De qualquer forma, o fato de a percepção extra-corporal ser um
fenômeno do cérebro, e não o desligamento da alma, não diminuiria a
experiência na hora da quase-morte. E se isso de fato acontecer
rotineiramente na hora da morte? Quer maneira mais bonita de se ir
embora do que se despedir serenamente do corpo para ser acolhido por
parentes queridos e saudosos? O cérebro, que nos permite uma vida
prazerosa, pelo jeito até nos últimos momentos garante um final
tranqüilo e digno a toda sua existência.
Suzana Herculano-Houzel
O Cérebro Nosso de Cada Dia
27/09/02
= = = = =
Efeitos da propria maquina. Cada vez mais a neurociencia nos prende
a essa massa de carne que estah ai dentro dessa caixa de ossos. :-)
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Coeficiente de atrito
FROM: "yukihirogoto2002" <yukihirogoto2002@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 17:41
O coeficiente de atrito pode ser maior do que 1? Por que?
SUBJECT: Re: + 200.000 em alguns minutos! Imperdivel [of-topic]
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 17:47
Claro, nao posso competir com o imperdivel... mas
VISITS
Total 187,503
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Average Visit Length 4:26
Last Hour 4
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This Week 5,628
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Total 1,166,529
Average Per Day 3,440
Average Per Visit 4.3
Last Hour 19
Today 2,036
This Week 24,081
Estatisticas do Humor na ciencia (
http://www.humornaciencia.hpg.com.br ) :-)
Ateh
Luis Brudna
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Vichééééé'! Já foi há alguns minutos!
> []'
> Léo
> ==========
> -----Mensagem Original-----
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Para: "ciencialist" <ciencialist@y...>
> Enviada em: segunda-feira, 21 de outubro de 2002 11:55
> Assunto: [ciencialist] + 200.000 em alguns minutos! Imperdivel [of-
topic]
>
>
> Mais alguns minutos chegaremos a 2.200.000!
> []'
> Léo
> ===========
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: Questões conceituais (ex-Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?))
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 17:52
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
Claro,
> a partir dessa ausência de evidências, ele pode concluir que essa
influência
> não existe, mas aí já é uma opinião pessoal dele e sujeita a
contestação. O
> próprio Sagan sabia disso, pelo menos no que se refere a seu assunto
> favorito, os extraterrestres, e costumava argumentar que a ausência
de
> evidência não é evidência de ausência. Ele só esquecia que o
argumento é
> igualmente válido no caso das áreas que ele atacava como
pseudociências. E é
> válido também no caso dos táquions.
>
> Sds.
> L.
Estou fora desse debate... apenas peguei esse ultimo paragrafo...
sei que pego o bonde andando e quero sentar na janela, mas...
Se vc nao tiver o minimo criterio de analise, vai ter que utilizar
o mesmo racocinio acima para absolutamente *todas* as possibilidades,
sejam elas as mais estapafurdias possiveis.
Se eu disser que existem Gnomos Anorexicos em Andromeda vc teria
que aceitar porque a ausencia de evidencia nao indica a evidencia de
ausencia.
Agora resta vc estabelecer o nivel do seu filtro, caso contrario
onde passa boi passa boiada. :-)
Ateh
Luis Brudna
ps: estou com pouco tempo, nao sei se poderei acompanhar o restante
desse debate.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 18:01
Oi Lígia,
Lígia: A física que se justifica apenas pela matemática acaba caindo no
"misticismo", visto que em matemática não há limites físicos. Em
matemática fala-se em dimensões infinitas, em números imaginários que
acabam não sendo aplicáveis aos experimentos físicos propriamente ditos e
ao que esses experimentos reportam como resultado...
Manuel: O que me impressiona é o valor operacional dessa matemática exótica
cheia de entes bizarros (números imaginários, espaços n-dimensionais,
infinitésimos de segunda ordem, etc.). Isto é, valendo-se dessa matemática
'maluca' podemos fazer previsões acerca da realidade que empiricamente se
confirmam.
É isso o que distingue as entidades matemáticas, por mais estranhas que
sejam, de uma outra categoria de bizarrices, a dos seres mitológicos:
deuses, demônios, querubins, fadas, duendes, espíritos zombeteiros, signos
zodiacais, etc. Se a matemática nos permite fazer previsões, a mitologia
apenas nos ajuda a elaborar explicações 'a posteriori' para os fenômenos.
Algumas extremamente belas e de grande valor poético, admito. Por isso que
não desejo que a mitologia desapareça: quero que esses seres mitológicos
continuem aprontando as suas na arte e na literatura (adoro o surrealismo,
amo o realismo fantástico tanto quanto a ciência).
As tentativas fracassadas de Newton para definir o infinitésimo justificam a
afirmação do Bispo G. Berkeley segundo a qual o cálculo repousa em
fundamentos ilógicos. Não obstante essa 'absurdidade', o cálculo diferencial
é plenamente operacional. Talvez isso indique que a natureza não precisa ser
lógica ou inteiramente lógica para existir, que a estrutura do pensamento
não reproduz com fidedignidade a estrutura do mundo objetivo, ou seja, que
nosso quadro mental não passa de uma reprodução tosca, imprecisa, apenas
suficiente para nos orientar neste nosso mundinho sublunar e, desta forma,
garantir a nossa sobrevivência.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Criacao Ex Nihilo
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 18:05
Aproveitando a questao de divindades que surgiu na lista e tbem uma
discussao do Bulcao...
- - -
CRIAÇÃO EX NIHILO — SEM DEUS
de Mark I. Vuletic
Poucas pessoas conhecem o fato de muitos físicos modernos afirmarem
que coisas — talvez até mesmo o universo inteiro — podem mesmo =
surgir
do nada por processos naturais. Este documento é uma tentativa de
compilar citações que explicam como se supõe que tudo isto funciona.
Mais tarde, eu gostaria de escrever um artigo avaliando o valor das
flutuações quânticas no vácuo como meio de produzir universos, mas
por agora vou deixar que os cientistas falem por si mesmos e deixo a
avaliação ao leitor.
Flutuações no Vácuo e Partículas Virtuais
"No mundo quotidiano, a energia está sempre fixa de modo inalterável;
a lei da conservação da energia é uma pedra angular da física
clássica. Mas no micromundo quântico, a energia pode aparecer e
desaparecer vinda do nada de um modo espontâneo e imprevisível."
(Davies, 1983, p. 162)
"O princípio da incerteza implica que partículas podem vir à
existência durante curtos períodos de tempo mesmo quando não há
energia suficiente para criá-las. Com efeito, elas são criadas a
partir das incertezas na energia. Poderíamos dizer que elas "tomam
emprestada" por breves instantes a energia necessária para a sua
criação e então, pouco tempo depois, pagam de volta o "débito" e
desaparecem novamente. Como estas partículas não têm uma existência
permanente, são chamadas partículas virtuais." (Morris, 1990, p. 24)
"Embora não as possamos ver, sabemos que estas partículas virtuais
estão "realmente ali" no espaço vazio porque deixam um traço
detectável das suas atividades. Um efeito dos fotões virtuais, por
exemplo, é produzir um pequeno desvio nos níveis de energia dos
átomos. Eles também provocam uma mudança igualmente pequena no
momento magnético dos eletrões. Estas alterações diminutas mas
significativas têm sido medidas de forma muito precisa usando
técnicas espectroscópicas." (Davies, 1994, p. 32)
"Predisse-se que [pares de partículas virtuais] têm um efeito
calculável sobre os níveis de energia dos átomos. O efeito esperado é
diminuto — apenas uma mudança de uma parte num bilhão, mas tem sido
confirmado por experiências.
"Em 1953 Willis Lamb mediu este estado excitado de energia para um
átomo de hidrogênio. Isto é agora chamado de desvio de Lamb. A
diferença de energia predita pelos efeitos do vácuo nos átomos é tão
pequena que só é detectável como uma transição em freqüências de
microonda. A precisão das medições de microondas é tão grande que
permitiu a Lamb medir o desvio com cinco algarismos significativos.
Ele depois recebeu o Prêmio Nobel pelo seu trabalho. Não restam
dúvidas que partículas virtuais estão realmente ali." (Barrow e Silk,
1993, pp. 65-66)
"Na física moderna, o "nada" não existe. Mesmo num vácuo perfeito,
pares de partículas virtuais estão constantemente sendo criadas e
destruídas. A existência destas partículas não é uma ficção
matemática. Embora não possam ser diretamente observadas, os efeitos
que criam são muito reais. A suposição de que existem conduz a
predições que têm sido confirmadas com um alto grau de precisão por
experiências." (Morris, 1990, p. 25)
Flutuações no Vácuo e a Origem do Universo
"Há cerca de 100 milhões de milhões de milhões de milhões de milhões
de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de
milhões de milhões (1 seguido de 80 zeros) de partículas na região do
universo que podemos observar. Donde vieram? A resposta é que, na
teoria quântica, as partículas podem ser criadas a partir de energia
em forma de pares partícula/antipartícula. Mas isto suscitou a
questão de saber donde vem a energia. A resposta é que a energia
total do universo é exatamente zero. A matéria do universo é
constituída por energia positiva. Contudo, toda a matéria atrai-se a
si própria devido à gravidade. Dois pedaços de matéria que estejam
perto um do outro têm menos energia do que se estiverem muito
afastados, porque é preciso gastar energia para os separar contra a
força da gravidade, que os atrai um para o outro. Portanto, em certo
sentido, o campo gravitacional tem energia negativa. No caso de um
universo que seja aproximadamente uniforme no espaço, pode mostrar-se
que esta energia gravitacional negativa anula exatamente a energia
positiva representada pela matéria. Portanto, a energia total do
universo é zero." (Hawking, 2000, pp. 152-153)
"Existe uma possibilidade ainda mais notável, que é a criação da
matéria a partir de um estado de energia zero. Esta possibilidade
surge porque a energia tanto pode ser positiva como negativa. A
energia do movimento ou a energia da massa é sempre positiva, mas a
energia da atração, como aquela devida a certos tipos de campo
gravitacional ou electromagnético, é negativa. Podem surgir
circunstâncias nas quais a energia positiva que vai formar a massa
das recém-criadas partículas de matéria é exatamente compensada pela
energia negativa da gravidade do eletromagnetismo. Por exemplo, na
vizinhança de um núcleo atômico o campo elétrico é intenso. Se
pudesse ser feito um núcleo contendo 200 protões (possível mas
difícil), então o sistema tornar-se-ia instável contra a produção
espontânea de pares eletrão-positrão, sem entrada de energia
absolutamente nenhuma. A razão é que a energia elétrica negativa pode
compensar exatamente a energia das suas massas.
"No caso gravitacional, a situação é ainda mais bizarra, pois o campo
gravitacional é apenas um espaço deformado — espaço curvo. A energia =
contida num espaço deformado pode ser convertida em partículas de
matéria e antimatéria. Isto ocorre, por exemplo, perto de um buraco
negro, e também foi provavelmente a fonte mais importante de
partículas no big bang. Assim, a matéria aparece espontaneamente
vinda do espaço vazio. Surge então a questão: o bang primevo possuía
energia, ou o universo inteiro é um estado de energia zero, sendo a
energia de toda a matéria compensada pela energia negativa da atração
gravitacional?
"É possível esclarecer a questão com um simples cálculo. Os
astrônomos podem medir as massas das galáxias, a sua separação média,
e as suas velocidades de recessão. Introduzindo estes números numa
fórmula dá-nos uma quantidade que alguns físicos interpretaram como
sendo a energia total do universo. A resposta de fato é zero dentro
da precisão observacional. A razão para este resultado notável já por
muito tempo tem deixado os cosmólogos intrigados. Alguns sugeriram
que existe um princípio cósmico profundo em funcionamento que requer
que o universo tenha exatamente energia zero. Se isso é assim, o
cosmos pode seguir o caminho da menor resistência, vindo à existência
sem requerer qualquer entrada de matéria ou energia." (Davies, 1983,
pp. 31-32)
"Assim que as nossas mentes aceitem a mutabilidade da matéria e a
nova idéia do vácuo, podemos especular sobre a origem da maior coisa
que conhecemos — o universo. Talvez o próprio universo tenha passado =
a existir a partir do nada — uma gigantesca flutuação de vácuo que
conhecemos hoje como big bang. É notável que as leis da física
moderna permitam esta possibilidade." (Pagels, 1982, p. 247)
"Na relatividade geral, o espaço-tempo pode estar vazio de matéria ou
radiação e ainda conter energia armazenada na sua curvatura.
Flutuações quânticas aleatórias, não causadas, num espaço-tempo
plano, vazio, incaracterístico, podem produzir regiões locais com
curvatura positiva ou negativa. Isto é chamado a "espuma do espaço-
tempo" e as regiões são chamadas "bolhas de falso vácuo". Onde a
curvatira é positiva, uma bolha de falso vácuo, segundo as equações
de Einstein, inflacionar-se-á exponencialmente. Em 10-42 segundos a
bolha expandir-se-á até ao tamanho de um protão e a energia dentro
dela será suficiente para produzir toda a massa do universo.
"As bolhas começam sem matéria, radiação ou campos de força, e com
entropia máxima. Contêm energia na sua curvatura, e portanto são
um "falso vácuo". À medida que se expandem, a energia no seu interior
aumenta exponencialmente. Isto não viola a conservação da energia
porque o falso vácuo tem uma pressão negativa (acredite, tudo isto é
conseqüência das equações que Einstein escreveu em 1916) portanto a
bolha em expansão de fato funciona por si mesma.
"À medida que o universo da bolha se expande, ocorre uma espécie de
fricção na qual a energia é convertida em partículas. Então a
temperatura cai e ocorrem uma série de processos espontâneos de
quebra da simetria, como num magnete arrefecido abaixo do ponto de
Curie e aparece uma estrutura essencialmente aleatória das partículas
e forças. A inflação pára e passamos para o mais familiar big bang.
"As forças e partículas que aparecem são mais ou menos aleatórias,
governadas apenas por princípios de simetria (como os princípios de
conservação de energia e momento) que também não são o produto de
design, são em vez disso exatamente o que obtemos na ausência de
design.
"As chamadas "coincidências antrópicas", nas quais as partículas e
forças da física parecem estar "afinadas com precisão" para a
produção de vida à base de carbono são explicadas pelo fato de a
espuma do espaço-tempo ter um número infinito de universos brotando,
cada um diferente do outro. Acontece simplesmente que nós encontramo-
nos naquele universo em que as forças e partículas prestam-se à
geração de carbono e outros átomos com a complexidade necessária para
permitir a evolução de organismos vivos e pensantes." (Stenger, 1996)
"De onde é que toda a matéria e radiação do universo vieram
inicialmente? Intrigante investigação teórica recente por físicos
como Steven Weinberg de Harvard e Ya. B. Zel'dovich em Moscovo
sugerem que o universo começou como um vácuo perfeito e que todas as
partículas do mundo material foram criadas a partir da expansão do
espaço...
"Pense no universo imediatamente a seguir ao Big Bang. O espaço está
a expandir-se violentamente com vigor explosivo. No entanto, conforme
vimos, todo o espaço está fervendo com pares virtuais de partículas e
antipartículas. Normalmente, uma partícula e antipartícula não têm
problema em juntarem-se num intervalo de tempo [...] suficientemente
pequeno para que a conservação da massa seja satisfeita sob o
princípio da incerteza. Durante o Big Bang, porém, o espaço estava a
expandir-se tão rapidamente que as partículas foram separadas
rapidamente das suas correspondentes antipartículas. Privadas da
oportunidade de se recombinarem, estas partículas virtuais tinham de
tornar-se partículas reais no mundo real. De onde veio a energia para
alcançar esta materialização?
"Lembre-se que o Big Bang era como o centro de um buraco negro. Um
vasto suprimento de energia gravitacional estava portanto associado
com a intensa gravidade desta singularidade cósmica. Este recurso
providenciou energia abundante para encher completamente o universo
com todos os tipos concebíveis de partículas e antipartículas. Assim,
imediatamente depois do tempo de Planck, o universo estava inundado
com partículas e antipartículas criadas pela expansão violenta do
espaço." (Kaufmann, 1985, pp. 529-532)
"[...] a idéia de uma Primeira Causa parece duvidosa à luz da moderna
teoria da mecânica quântica. Segundo a interpretação mais geralmente
aceite da mecânica quântica, partículas subatômicas individuais podem
comportar-se de modos imprevisíveis e há muitos acontecimentos
aleatórios, não causados." (Morris, 1997, p. 19)
Referências
Barrow, John D. & Silk, Joseph. 1993. The Left Hand of Creation.
Londres: J.M. Dent & Sons.
Davies, Paul. 1983. God and the New Physics. Londres: J.M. Dent &
Sons.
Davies, Paul. 1994. The Last Three Minutes. Nova Iorque: BasicBooks.
Hawking, Steven. 1988. A Brief History of Time. Toronto: Bantam.
Hawking, Stephen. 2000. Breve História do Tempo. Lisboa: Gradiva.
(Edição atualizada e aumentada.)
Kaufmann, William J. 1985. Universe. Nova Iorque: W.H. Freeman & Co.
Morris, Richard. 1990. The Edges of Science. Nova Iorque: Prentice
Hall.
Morris, Richard. 1997. Achilles in the Quantum World. Nova Iorque:
Henry Holt & Co.
Pagels, Heinz. 1982. The Cosmic Code. Toronto: Bantam.
Stenger, Victor. 1996. Mensagem na lista DEBATE (19 de março)
Fonte:
http://www.str.com.br/Scientia/criacao.htm
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Deus e as culturas
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 18:29
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...> isto
nos anos 60 com os hippies , que confundiram amor com sexo , paz com
ocio e liberdade com libertinagem.
> Jaison
Eh .. sexo.. eecsss... pra que neh?! Molhado, golesmento, fedido
ateh... e tem gente que gosta!!?
Ocio... tah doido!! O capitalismo nao gosta disso nem um pouco! As
bolsas e o dolar vao enlouquecer. Tbem nao eh indicado.
Libertinagem eh 'out', 'in' eh obediencia.
:-)
Ateh
Luis Brudna
ps: to me divertindo.
SUBJECT: Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 18:34
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
>
> Manuel - Sobre intuição e hipóteses aparentemente absurdas: Na
lista de
> filosofia da UOL, discutindo com um colega sobre o fluxo do tempo
(estava eu
> a defender a hipótese, sustentada por Einstein, Roger Penrose, Paul
Davies e
A Scientific American Brasil deste mes trata quase soh do
assunto 'Tempo'.
http://www2.uol.com.br/sciam/
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Filtro para evidencias
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 18:43
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 7:49 PM
Subject: [ciencialist] Filtro para evidencias
>A discussao. Nao vejo modo de se encontrar evidencia de nao-
existencia, nao sou tao esperto como os macaco-velho dessa lista que
jah leram duzias de Popper e o escambal, mas nao me vem a mente um
meio de se encontrar na natureza algo do tipo "ooh.. aqui estah a
resposta que diz que gnomos *nao* existem" principalmente se a
definicao de gnomo for fraca e escorregadia.
Foi o que eu disse. Pela própria natureza do método científico, ele é capaz
de determinar o que existe e definir os parâmetros mais prováveis para o que
*pode* existir, mas não é capaz de demonstrar o que é que *não* pode
existir. Pra não perder o contexto original, não se pode demonstrar
cabalmente que não existem nem os táquions, nem os gnomos anoréxicos de
Andrômeda, mas é claro que a existência dos táquions é muito mais provável
que a dos gnomos. Então, você pode adotar a probabilidade como filtro e só
admitir que possam existir entidades com um grau razoável de probabilidade.
É um critério bastante sensato e até recomendável - até porque, do
contrário, daqui a pouco neguinho começa a receber psicografias dos gnomos
de Andrômeda. Mas não muda o fato de que *é* um critério subjetivo. Uma
outra pessoa poderia recusar esse critério citando uma lista de coisas que
eram tidas como improváveis pela ciência e que depois se revelaram
verdadeiras - como os meteoros, por exemplo, cuja existência foi negada pela
Academia de Ciências francesa no sec. XVIII com uma frase lapidar (no pun
intended) de Lavoisier: "Não podem cair pedras do céu porque não há pedras
no céu." Seria o critério dela, e *também* seria subjetivo (o fato de haver
pedras no céu não aumenta nem diminui a probabilidade de haver gnomos
anoréxicos em Andrômeda). Do meu limitado ponto de vista, essa é, de fato, a
grande vantagem do método científico sobre outras formas de pensamento (como
a religião dogmática), que já chegam com um pacote fechado de itens que você
é obrigado a aceitar - a começar por Deus. A ciência não te proíbe de
acreditar em Deus (ou nos gnomos), e nem te obriga. Deixa a teu critério.
Abs.
L.
SUBJECT: Filtro para evidencias
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 18:49
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >Se vc nao tiver o minimo criterio de analise, vai ter que utilizar
> o mesmo racocinio acima para absolutamente *todas* as
possibilidades,
> sejam elas as mais estapafurdias possiveis.
>
> Sim, mas esse critério envolve necessariamente um elemento
subjetivo. A
> partir do fato de que gnomos anoréxicos de Andrômeda são altamente
> improváveis, você pode optar por concluir que eles não existem. Mas
não pode
> *provar* que eles não existem. Portanto, não pode também dizer que
alguém
> que opta por achar que eles existem está *errado*. Apenas que você,
> pessoalmente, não acredita que seja possível por tais e tais razões.
> Abs.
> L.
Vamos atolar ainda mais a lista de mensagens... mas anyway...
depois eu mando um mail com dicas de como nao ser sufocado por
mails. :-)
A discussao. Nao vejo modo de se encontrar evidencia de nao-
existencia, nao sou tao esperto como os macaco-velho dessa lista que
jah leram duzias de Popper e o escambal, mas nao me vem a mente um
meio de se encontrar na natureza algo do tipo "ooh.. aqui estah a
resposta que diz que gnomos *nao* existem" principalmente se a
definicao de gnomo for fraca e escorregadia.
Sei que aqui entramos no campo do *certo* X *errado*, e nao eh esse
o meu objetivo. Soh queria alertar pra o nivel do filtro a ser
adotado nas analises de veracidade.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Quantidade de mails [administrador]
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 18:55
Se vc nao aguenta mais receber toneladas de mail por dia faca o
seguinte.
Entre na pagina
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist
E depois clique em
"Editar opções" (que estah no lado direito da tela)
Lah voce pode ajustar as opcoes pra receber blocos de mails ou entao
ler somente pela internet (no link
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/ ).
Lendo somente pela internet e tendo um cadastro pelo YahooGrupos (ou
Yahoo, eh integrado) vc pode responder as mensagens, disponibilizar
arquivos grandes (total de 20mega), abrir votacoes, enviar fotos, etc.
Se tiver dificuldades para ajustar os parametros eh soh pedir que eu
faco pra voce. Envie um mail para luisbrudna@uol.com.br com o titulo
(ajuda-ciencialist ... ou coisa parecida)... nao esqueca de informar
o que vc quer. :-)
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 19:04
Supondo que seja verdade uma das teorias que diz que o universo
retorna ao ponto de partida periodicamente, queria saber dos físicos
e divagadores presentes qual dessas vias seria a mais provavel:
a) Cada expansão do universo seria diferente da anterior, gerando
galáxias diferentes, eventos diferentes, aleatoriamente;
b) Todas as expansões gerariam eventos idênticos, exatamente as
mesmas galáxias, e em particular toda a história da humanidade
tenderia a se repetir;
Carlos Zardini
SUBJECT: Tempo - livros e revistas sobre
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 19:07
At 21:34 21/10/02 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> >
> > Manuel - Sobre intuição e hipóteses aparentemente absurdas: Na
>lista de
> > filosofia da UOL, discutindo com um colega sobre o fluxo do tempo
>(estava eu
> > a defender a hipótese, sustentada por Einstein, Roger Penrose, Paul
>Davies e
>
> A Scientific American Brasil deste mes trata quase soh do
>assunto 'Tempo'.
>
>http://www2.uol.com.br/sciam/
E também a Ciência e Cultura!
http://www.sbpcnet.org.br/cienciaecultura/
Pra quem entende francês, tem também um número da série Hors
Série, do La Recherche, só sobre o tempo - só que os artigos não estão
disponíveis na web:
http://www.larecherche.fr/special/hs/somhs5.html
(eu tenho um xerox desse, ha ha)
Aliás, o número 8, que está disponível na web, tem como tema "a
prova científica":
http://www.larecherche.fr/special/hs/somhs8.html
Alguns livros sobre tempo:
Tempo psicológico:
"Confissões", Santo Agostinho - Coleção Os Pensadores, Nova Cultural, 1996
- Livro XII - Isso vale a pena ler
Tempo físico:
"O enigma do tempo", Paul Davies - Ediouro 1999
Filosofia+ciência:
"Filosofia e ciência do tempo", Bernard Piettre - Edusc, 1997 - bem acessível
"Tempo, espaço e filosofia", Christopher Ray - Papirus, Campinas, 1993
"The phylosophy of space & time" - Hans Reichenbach - Dover, 1957 - Livro
avançado, discute o coneito de tempo na teoria da relatividade. Excelente.
"Espaço e tempo" - Fátima Regina Rodrigues Évora (ed.) - CLE/Unicamp -
Coleção CLE nº 15 ( http://www.cle.unicamp.br/colecao-cle.htm#03 )
História:
"O tempo na história: concepções do tempo da pré-história aos nossos dias"
- G. J. Whitrow - Jorge Zahar, 1993
Miscelânea:
"A inércia e o espaço-tempo absoluto: de Newton a Einstein", Michel Ghins -
CLE/Unicamp, 1991 (para adquirir, contactar o CLE/Unicamp:
http://www.cle.unicamp.br/colecao.htm ) - Discute vários aspectos do tempo,
espaço e inércia (incluindo as teorias newtoniana, relativística e
eletromagnética) nos cinco sentidos: lógico, físico, empírico, ontológico e
matemático.
Belisário
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 19:08
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> Fontes primarias ou secundarias? Poderia citar as fontes das suas
> afirmativas, Takata? Afinal a lista e' cientifica....
> Antonio Castro
Fontes primarias. Depois de ingerir uma beberagem em um ritual
mistico, psicografei Darwin, Hawking (nao sei como, acho q. Quevedo
explica isso direito), Dawkins (tbm nao me perguntem como) e Freud.
Todos garantiram durante o transe mediunico q. e' assim q. funciona o
sexo virtual. E eles embora cheio de virtudes nao tinham acesso a
isso.
http://vircio.cidadeinternet.com.br/modules.php?
op=modload&name=News&file=article&sid=394
http://www1.uol.com.br/folha/informatica/ult124u8859.shl
http://www.paralela.com.br/pgMain.jhtml?
ch=ch05&pg=pgart_0504_021100_01.html
http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/Homens-Mulhs-Comps.html
http://www.hamline.edu/~kelfstro/women/virtualdate.html
http://www.taiwanheadlines.com/20000302/20000302s2.html
Falando em virtualidades, duas curiosidades q. talvez merecam uma
olhada, ainda q. desatenta:
http://www.virtualidadereal.com.br/
http://www.coracaobrasileiro.com/site/home/index.php
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: A prova científica (em francês)
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 19:09
A quem entende francês:
"La preuve scientifique":
http://www.larecherche.fr/special/hs/somhs8.html
Índice:
> Les sciences de la MATIERE
:: Relativité générale : pourquoi deux preuves n'ont pas suffi
entretien avec J.Eisenstadt
Stéphanie Ruphy
:: Et si lon prouvait la théorie des cordes ?
Ignatios Antoniadis
:: Peut-on trouver ce quon peut prouver ?
Andras Sebö
:: Les ondes fragiles de monsieur Hertz
Michel Atten et Dominique Pestre
> Les sciences de la VIE
:: Pour quelle raison vieillit-on ?
Steven N.Austad
:: Comment sattaquer aux bidonnacées et aux confuzoaires ?
Jonathan Trent
:: Le prion est-il toujours une hypothèse ?
entretien avec Olivier Robain
Nicolas Chevassus au Louis
:: Le cerveau de ladulte produit-il de nouveaux neurones ?
Heather Cameron
:: Les tours et détoursdu détecteur de mensonge
Ken Alder
> Les sciences de la TERRE
:: Comment fonder une théorie globale ?
Claude Jaupart
:: Comment tester la validité des modèles climatiques ?
Sylvie Joussaume et Joël Guiot
:: Qui a planté les décors de lAmazonie ?
William Balée
:: Robespierre,lavocat et le paratonnerre
Jessica Riskin > Les sciences de l'HOMME
:: Que prouvent les études sur les jumeaux ?
Jonathan Beckwith et Joseph S.Alper
:: Peut-on évaluer lhoméopathie en clinique ?
Jacques Dangoumau
:: Le tribunal, fragile espace de la preuve
Michael Lynch,Ruth et Patrick Daly
> INDEX
---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
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SUBJECT: Re: A prova científica (em francês)
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, jornalismocientifico@yahoogroups.com
DATE: 21/10/2002 19:12
Ops! Não percebi que os caras não disponibilizaram na web...
Belisário
At 20:09 21/10/02 -0200, you wrote:
> A quem entende francês:
>
> "La preuve scientifique":
>
>http://www.larecherche.fr/special/hs/somhs8.html
>
> Índice:
>
> > Les sciences de la MATIERE
>
>:: Relativité générale : pourquoi deux preuves n'ont pas suffi
>entretien avec J.Eisenstadt
>Stéphanie Ruphy
>
>:: Et si lon prouvait la théorie des cordes ?
>Ignatios Antoniadis
>
>:: Peut-on trouver ce quon peut prouver ?
>Andras Sebö
>
>:: Les ondes fragiles de monsieur Hertz
>Michel Atten et Dominique Pestre
> > Les sciences de la VIE
>
>:: Pour quelle raison vieillit-on ?
>Steven N.Austad
>
>:: Comment sattaquer aux bidonnacées et aux confuzoaires ?
>Jonathan Trent
>
>:: Le prion est-il toujours une hypothèse ?
>entretien avec Olivier Robain
>Nicolas Chevassus au Louis
>
>:: Le cerveau de ladulte produit-il de nouveaux neurones ?
>Heather Cameron
>
>:: Les tours et détoursdu détecteur de mensonge
>Ken Alder
>
> > Les sciences de la TERRE
>
>:: Comment fonder une théorie globale ?
>Claude Jaupart
>
>:: Comment tester la validité des modèles climatiques ?
>Sylvie Joussaume et Joël Guiot
>
>:: Qui a planté les décors de lAmazonie ?
>William Balée
>
>:: Robespierre,lavocat et le paratonnerre
>Jessica Riskin > Les sciences de l'HOMME
>
>:: Que prouvent les études sur les jumeaux ?
>Jonathan Beckwith et Joseph S.Alper
>
>:: Peut-on évaluer lhoméopathie en clinique ?
>Jacques Dangoumau
>
>:: Le tribunal, fragile espace de la preuve
>Michael Lynch,Ruth et Patrick Daly
>
> > INDEX
>
>
>---------------------------------
>Roberto Belisário Diniz
>rbdiniz@terra.com.br
>Revista Com Ciência - jornalismo científico
>www.comciencia.br
>Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
>www.uniemp.br/labjor/
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>
>
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>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>http://br.yahoo.com/info/utos.html
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Roberto Belisário Diniz
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SUBJECT: Mais uma dica [administrador]
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 19:15
Uma forma rapida de barrar por um tempo o recebimento de mensagens
da lista eh enviar um mail para
ciencialist-nomail@yahoogrupos.com.br
Para retornar a receber eh soh enviar um mail para
ciencialist-normal@yahoogrupos.com.br
O procedimento 'nomail' NAO vai excluir voce da lista, soh vai
deixar voce em modo de leitura pela web (
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/ )
Se quiser sair definitivamente da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
Um apelo... pra lista continuar viva, ajude a divulgar e convide
amigos para participar do grupo.
Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas (?!)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 19:28
Em Seg 21 Out 2002 15:50, you wrote:
> On Mon, 21 Oct 2002, Aniello Gr?o wrote:
> > Não sei dizer se Darwin se tornou ateu após a formulação da Teoria da
> > Evolução. Ele era uma pessoa profundamente religiosa e duvido que a mera
> > descrição do mecanismo da origem das espécies tenha afetado sua fé.
> >
> > Gostaria de ver uma declaração ateísta ou agnóstica de Darwin.
>
> Vc pode encontrar isso na Autobiografia de Darwin [ISBN: 85-85910-35-6].
> Sua "conversão" se deu provavelmente durante a viagem no Beagle. Ele diz
> que sua mudança de pensamento se deu de forma tão suave que ele nem
> percebeu, não acreditar em deus era, para ele, a coisa mais natural a ser
> feita.
>
> http://www.contrapontoeditora.com.br/livro1.cfm?id=55
>
> []s
> TARCISIO BORGES
Obrigado! Mais um livro para por na lista dos "preciso comparar".
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Filtro para evidencias
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 19:54
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 9:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Filtro para evidencias
>Note que a navalha de Occam não possue valor científico, no máximo um valor
heurístico.
Era exatamente o que eu ia dizer, com essas mesmas palavras. A navalha de
Occam é, na verdade, um princípio estético - ela visa a elegância das
hipóteses formuladas. Mas, muitas vezes, é contrariada pela evidência
científica, já que a hipótese mais simples não é necessariamente a mais
correta. No entanto, é um instrumento útil para servir como filtro. Adota-se
a hipótese mais simples e, só no caso dela não dar conta, passa-se para uma
hipótese mais complexa.
>Outra questão é se a hipótese é um assunto de investigação científica ou
não.
Se uma hipótese gera previsões além dos fatos que ela descreve, pode ser
feita uma investigação científica.
Esse é um dos principais critérios adotados pela metodologia científica: as
previsões verificáveis que uma teoria é capaz de gerar (e que está
intimamente associado ao critério da falseabilidade proposto por Popper).
Mas perceba que esse critério só é válido dentro do âmbito de aplicação das
ciências. Quando saímos desse âmbito, a aplicabilidade do critério torna-se
problemática - como você mesmo salientou com o exemplo das energias sutis do
esoterismo (prefiro evitar o termo "misticismo" pra não criar confusão entre
Santa Teresa de Ávila e Paulo Coelho). A ciência pode dizer que a radiação
eletromagnética existe, uma vez que é capaz de medi-la, mas não pode dizer
que essas energias sutis não existem porque não é capaz de medi-la. É
impossível excluir a priori a possibilidade de que um dia alguém descubra,
sei lá, uma maneira objetiva de medir o orgone dos reichianos ou o prana dos
teósofos, e aí esses conceitos entrariam para o campo de aplicação das
ciências. (Meu amigo Carlos Orsi Martinho, que é jornalista científico e
escritor de fc, mas não sei se assina a Ciencialist, escreveu um conto que
partia dessa premissa: os físicos conseguem comprovar as teorias de Reich e
todo um novo ramo tecnológico se desenvolve a partir das aplicações práticas
do orgone. Segundo ele, o conto faz parte de uma trilogia em que cada uma
das histórias envolve uma dessas pseudociências atualmente desacreditadas -
inclusive pelo próprio Martinho.)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 19:56
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 9:31 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
>Não. Concordo que as religiões tratam sempre do contato com o divino e da
luta contra o mal.
Hmmm... Eu concordo apenas que as religiões tratam sempre do contato com o
divino. A luta contra o mal já é problemática, porque existem religiões e
seitas que buscam o contato com o divino *através* da prática do mal (veja,
por exemplo, o caso de Sabatai Tzvi, o herético judeu, que pregava a prática
do pecado como forma de apressar a vinda do Messias).
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 20:11
Em Seg 21 Out 2002 20:04, you wrote:
> Supondo que seja verdade uma das teorias que diz que o universo
> retorna ao ponto de partida periodicamente, queria saber dos físicos
> e divagadores presentes qual dessas vias seria a mais provavel:
>
> a) Cada expansão do universo seria diferente da anterior, gerando
> galáxias diferentes, eventos diferentes, aleatoriamente;
>
> b) Todas as expansões gerariam eventos idênticos, exatamente as
> mesmas galáxias, e em particular toda a história da humanidade
> tenderia a se repetir;
>
> Carlos Zardini
O mais aceito é a teoria de universos diversos em ciclos diversos. O ovo
cósmico que gera um big-bang é uma singularidade (densidade e curvatura
infinitas) onde as leis físicas não se aplicariam. Assim cada big-bang
geraria um conjunto diferentes de leis e princípios físicos.
Além disto, se a segunda lei da termodinâmica se mantivesse atravês dos
ciclos de big-bang/big-crunch, teríamos um constante aumento de entropia do
universo, impedindo um comportamento exatamente cíclico.
Isto analisando apenas a possibilidade de ciclos estilo big-bang/big-crunch.
Lembro de ter lido uma teoria bizarra em uma Scientific American de uns xamãs
da física moderna sobre a possibilidade de universos vibrando em estados
qu6anticos diversos um do outro e que ciclicamente se aproximassem e ao
entrarrem em contato se anularem (estilo matéria e antimatéria) em uma série
de big-bangs sem singularidade. Me pareceu magia negra, mas conheço muito
pouco de quântica.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Filtro para evidencias
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 20:22
Em Seg 21 Out 2002 19:49, you wrote:
> Vamos atolar ainda mais a lista de mensagens... mas anyway...
> depois eu mando um mail com dicas de como nao ser sufocado por
> mails. :-)
>
> A discussao. Nao vejo modo de se encontrar evidencia de nao-
> existencia, nao sou tao esperto como os macaco-velho dessa lista que
> jah leram duzias de Popper e o escambal, mas nao me vem a mente um
> meio de se encontrar na natureza algo do tipo "ooh.. aqui estah a
> resposta que diz que gnomos *nao* existem" principalmente se a
> definicao de gnomo for fraca e escorregadia.
>
> Sei que aqui entramos no campo do *certo* X *errado*, e nao eh esse
> o meu objetivo. Soh queria alertar pra o nivel do filtro a ser
> adotado nas analises de veracidade.
>
> Ateh
> Luis Brudna
Há vários filtros para considerar a questão de teorias que não possuem
evidências nem pró nem contra. Um deles é a famosa "navalha de Occam": se
duas teorias descrevem igualmente bem os dados experimentais, devemos adotar
a mais simples para evitarmos criar entidades imaginárias desnecessárias.
Assim a teoria de gnomos anoréxicos de Andrômeda é descartada pela navalha de
Occam. É mais simples imaginar o universo sem eles. Note que a navalha de
Occam não possue valor científico, no máximo um valor heurístico.
Outra questão é se a hipótese é um assunto de investigação científica ou não.
Se uma hipótese gera previsões além dos fatos que ela descreve, pode ser
feita uma investigação científica. Quando Eistein afirmou que a gravidade é
uma curvatura do espaço, implicou-se daí que a luz "faria a curva" próxima ao
Sol. Em um eclipse solar mediu-se a posição de uma estrela que estava visível
próxima do Sol e tal curvatura foi detectada dentro dos limites previstos. A
partir daí a relatividade ganhou respeito internacional.
Uma hipótese que seja inverificável, como por exemplo as "energias sutis" dos
místicos, não possue valor científico pois tanto não descrevem fenômenos de
maneira precisa nem fazem previsões acerca de outros fenômenos. Isto as torna
falsa? Não. Mas as excluem do que pode ser avaliado pela ciência.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Criacao Ex Nihilo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 20:24
Em Seg 21 Out 2002 19:05, you wrote:
> Aproveitando a questao de divindades que surgiu na lista e tbem uma
> discussao do Bulcao...
>
> - - -
> CRIAÇÃO EX NIHILO — SEM DEUS
> de Mark I. Vuletic
Isto me parece magia negra. Em especial a argumentação que energia potencial
gravitacional pode gerar energia negativa. Não entendi patavina, e parece
violar o que eu conheço de física.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 20:31
Em Seg 21 Out 2002 17:15, you wrote:
> FSK> Veja aqui, novamente, o forte apelo moral... De fato, uma moral
> autêntica (?) auxilia, mas o problema está exatamente em obtê-la, em
> delimitar ócio de paz, amor de sexo (?), liberdade e libertinagem...
> Apenas sugiro cuidado com isso.
>
> []s,
>
> Fernando SK.
>
> é Exatamente disto que todas as religiões tratam em essencia.
> Respeito com o proximo.
> união com o divino.
> e cuidado com os enganos , o mal , a astucia ( personalizado em satã )
Não. Concordo que as religiões tratam sempre do contato com o divino e da
luta contra o mal. Mas exatamente no tocante de respeito ao próximo é que a
porca torce o rabo.
As religiões tratam sobre bem e mal. E vinculam certas atividades humanas com
o mal. E o mal não pode ser respeitado nem aceito na sociedade. E elas
discordam sobre o que é mal. Isto gera conflito com o próximo, e não respeito.
Você citou Satã como personificação do mal. Satã é uma figura da mitologia
judaico-cristã. Não é de forma alguma algo universal nas religiões. Nem mesmo
uma personificação do mal é universal. As religiões são muito mais
diversificada que normalmente pensamos.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 20:35
Em Seg 21 Out 2002 16:08, you wrote:
> Também não vejo problema nenhum em a mensagem possuir forte conteúdo moral
> , uma moral autentica auxilia o ser humano no seu desenvolvimento , a
> sociedade ocidental ja experimentou isto nos anos 60 com os hippies , que
> confundiram amor com sexo , paz com ocio e liberdade com libertinagem.
>
> []
>
> Jaison
Moral é criar conceitos de certo e errado absolutos, bem e mal. Como certo e
errado, bem e mal variam de indivíduo para indivíduo, e enormemente de
cultura para cultura, os códigos de conduta humana coletivos nos tempos
modernos precisam se desvincular da moral e tentar se basear na ética (ou
seja, se basear em alguns princípios morais básicos e buscar derivar todo o
resto deles). Individualmente não há como fugir da moral.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 20:48
Em Seg 21 Out 2002 16:42, you wrote:
> Olá Lúcio e demais,
>
> Lúcio - É uma situação completamente contra-intuitiva, mas lá porque ela
> seja contra-intuitiva não quer dizer que vá contra qualquer coisa postulada
> pela física, que está cheia de noções contra-intuitivas que, mesmo assim,
> se revelaram verdadeiras.
>
> Manuel - Sobre intuição e hipóteses aparentemente absurdas: Na lista de
> filosofia da UOL, discutindo com um colega sobre o fluxo do tempo (estava
> eu a defender a hipótese, sustentada por Einstein, Roger Penrose, Paul
> Davies e outros, de que o fluxo temporal é apenas uma sensação, que o
> tempo, como uma quarta coordenada do espaço, na verdade não flui), meu
> interlocutor argumentou que o cientista deve, em algumas situações,
> considerar o que lhe diz a intuição, para não ficar postulando disparates,
> absurdos, bobagens sem limites.
Sobre a questão do fluxo de tempo, quem aceita a Teoria da relatividade
Específica tem de assumir que não há fluxo de tempo. Quando não se pode falar
em eventos simultâneos independente do referencial, não se pode falar de
passado-presente-futuro absolutos. Se viola o bom senso eu não sei, mas se
você aceita um, tem de aceitar o outro. Se há fluxo do tempo, há
simultaneidade e a TRE está errada. Se a TRE está certa, não há fluxo de
tempo.
Mas afirmar que o fluxo de tempo é um conceito dependente do referencial não
implica em negar a "seta do tempo". Diferente das dimensões espaciais, o
tempo tem um sentido único. Um efeito jamais vem antes da causa, a entropia
jamais diminui em um sistema fechado, etc.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Celular
FROM: Carol Sturari <carolsturari@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 20:52
>
> Recebi um e-mail alertando para o uso de aparelhos celulares durante o abastecimento de veículos (trecho abaixo). Devo realmente desligar meu telefone quando estiver no posto??
> [ ]'s
> Carol
>
>
>>Os telefones celulares podem
>>inflamar em contato com combustível ou vapor de
>>gasolina.
>> Os aparelhos celulares mais modernos
>>(que acendem quando as teclas ou campainha são
>>acionadas) descarregam energia suficiente para
>>provocar uma descarga elétrica.
----------
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.393 / Virus Database: 223 - Release Date: 30/09/02
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 21:00
Em Seg 21 Out 2002 16:22, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> escreveu
>
> Inevitávelmente virão.
>
> Seu argumento é : "o tempo nasceu com o BB"
> Bom, então eu lhe respondo com a simetria de translação espacial e
> temporal. Isto significa que se deslocares um sistema fisico para
> outro ponto do espaço livre suas propriedades continuaram iguais.
> O mesmo se o montares noutra epoca temporal.
> Um exemplo simples disto é o fogo. O fogo existia antes e existe
> agora e existirá sempre da mesma forma. Suas leis são as mesmas.
> O atomo é outro exemplo.
> E se o atomo é exemplo e o atomo cosntroi tudo, tudo o que ele
> cosntruir é exemplo.
>
> Ora isto faz intrevir o conceito de que as propriedades fisicas e as
> leis fisicas não dependem de valores absolutos de espaço e tempo, mas
> sim de INTERVALOS de espaço e de tempo.
>
> Estes intervalos são tomados nos espaços respectivos e estes espaços
> não tem fim nem inicio.
Esta objeção pode ser levantada também em termos de espaço, além de tempo.
Modelos de universo finito espacialmente (Friedmann fez uma porção deles,
muitos usados nas teorias cosmológicas atuais) também limitam a validade das
leis físicas para "dentro" do universo. Além do universo elas não seriam
necessariamente aplicadas.
Se podemos aceitar modelos de universo finitos espacialmente também podemos
aceitar universos finitos temporalmente.
Confesso que as teorias de um universo de nergia zero surgido do nada me
parecem "mabo-jambo científico" (em especial a parte de energia negativa
gravitacional) mas já disse isto de muitas coisas da quântica. Sem ver e
entender a formulação matemática da coisa me limito a achar estranho, porém
fascinante. Mas quanto a questão do universo ser finito espacial e
temporalmente, não vejo problemas.
Não é difícil construir um modelo quadridimensional que trate a finitude
espacial e a finitude temporal como um todo sem limites, porém finito,
transformando a questão da causalidade do big-bang como uma pergunta carente
de sentido.
Mas universo de energia zero... isto eu não consigo visualizar.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 21:06
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 10:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
>A ciência abrange apenas os fenômenos que podem ser testados empiricamente.
Isto é sua principal restrição. A ciência também se restringe ao que é
compreensível e cogniscível. O que está além da razão não é assunto
científico.
De acordo. Mas isso não quer dizer que a ciência não tenha absolutamente
nada a dizer sobre a religião. Veja, por exemplo, o estudo do Newberg que eu
venho mencionando. É um estudo estritamente científico e seu tema é a
experiência religiosa. No entanto, a pesquisa nem adotou uma postura
redutivista perante a religião (do tipo "os místicos são todos uns
esquizofrênicos"), nem extrapolou o âmbito da ciência com afirmações
inverificáveis (como, por exemplo, se afirmasse que a experiência mística é
uma manifestação de Deus). Mesmo assim, acho essa pesquisa extremamente
interessante e rica em possibilidades de aumentar a nossa compreensão dos
fenômenos religiosos.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 21:07
Em Seg 21 Out 2002 15:19, you wrote:
> Olá , como o assunto é Deus e Religião , é importante que fique bem claro ,
> que a essencia da religião autentica , não pode e nem deve ser medida de
> acordo com algumas culturas , porque é como medir a ciência através do
> comportamento de cientistas .
A questão é que não podemos falar de diferenças estruturais inconciliáveis
entre a ciência européia e a chinesa, por exemplo.
Mas podemos falar de diferenças estruturais entre taoísmo e cristianismo.
> é também no mínimo ignorancia ( está no sentido de ignorar a profundidade
> da experiencia religiosa ) afirmar que a religião é tão somente fruto da
> ignorancia humana. O fenomeno religioso não pode ser analizado como uma
> coisa a parte , ele faz parte do conhecimento humano , que se faz através
> de aproximações , ou seja , da forma como o ser humano concebe o mundo ,
> não é a toa que a religião foi evoluindo junto com a ciência e o proprio
> Homem.
Concordo.
> segue abaixo um texto escrito por Pietro Ubaldi um místico italiano que
> viveu no Brasil , o texto faz parte de um livro chamado Grandes mensagens ,
> o mesmo foi exclusivamente escrito através da mediunidade , uma mediunidade
> diferente da normalmente conhecida uma mediunidade consciente , através de
> tecnicas que o proprio Ubaldi chamou de recepção Noúrica , coisa que ele
> explica em seu terceiro livro , chamado As Noúres.
Li o texto e nele encontrei valores extremamente cristãos, como a afirmação
do sofrimento e da penitência como purificadores do espírito, a primazia do
espírito sobre a matéria e a defesa do amor e da paz como valores de uma
ordem superior celeste.
O texto não pode falar para todas as religiões impregnado de conceitos
cristãos.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 21:11
Em Seg 21 Out 2002 09:31, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Carlos Alberto
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 21, 2002 1:15 AM
> Subject: [ciencialist] Deus e as culturas
>
> >Alguns colegas da lista consideram questões que envolova uma discução
> > sobre
>
> a existência de Deus sem sentido e irrelevante para ser colocada nesta
> lista, isto porque é uma lista ciêntifíca e, consequentemente de
> cientistas.
>
> Eu fico um pouco dividido com essa questão. De um lado, acho que a recusa a
> se discutir determinados assuntos sob a alegação de que "não é científico"
> é muito estranha, se partirmos do princípio de que o método científico se
> propõe a ser uma forma de abordagem de alcance universal e, portanto, em
> princípio, apto a lidar com qualquer tipo de questão.
Aí é que está o engano. A ciência é uma linguagem universal, pois é
independente de valores pessoais e culturais, mas não é de alcance universal.
A ciência abrange apenas os fenômenos que podem ser testados empiricamente.
Isto é sua principal restrição. A ciência também se restringe ao que é
compreensível e cogniscível. O que está além da razão não é assunto
científico.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 21:12
Caro Aniello,
"Carne" e "espírito"?? Que coisa mais antiga! Embora muitos não acreditem,
Descartes morreu (aquele da filosofia, não o da matemática...)
Ainda que você adote esses termos de forma metafórica, resta mostrar porque
um é puro e outro não.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Aniello Gr?o" <grecojr@solar.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 21 de Outubro de 2002 22:18
Assunto: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
> Em Seg 21 Out 2002 03:07, you wrote:
>
> > Concordo com você sobre a erotização das roupas das mulheres. As
> > feministas execram este fenômeno alegando que isto coloca as mulheres
> > como em função dos interesses masculinos. Mas isto é uma imbecilidade
> > que mostra que as feministas não entendem nada sobre as relações de
> > poder entre os sexos. O que as mulheres estão fazendo é usando todas
> > as armas que elas têm. Em paises onde as mulheres são controladas,
> > elas não andam pelas ruas mostrando seus corpos para os homens; elas
> > são cobertas da cabeça aos pés.
>
> Trata-se de dois fenômenos completamente distintos. A fetichização do
corpo
> da mulher e a demonização do corpo da mulher. Dois extremos, duas faces
da
> mesma moeda.
>
> Crer que o corpo da mulher pode corromper a sociedade é defender que o
> espírito humano (que é puro) é tão fraco que não pode se expor a carne
(que é
> impura). Uma pessoa com esta mentalidade pode se ver justificada para o
> estrupo com mulheres de roupas sensuais.
>
> Utilizar o corpo da mulher como chamariz para o consumo é transformar a
> sensualidade humana em apelo comercial e o corpo humano em puro chamariz
ao
> consumo. Isto acaba abrindo o espaço para as mulheres objeto.
>
> No fim o erro é o mesmo: reduzir a mulher como fonte de desejo ou
tentação
> sexual do homem.
>
> Aniello
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 21:18
Em Seg 21 Out 2002 03:07, you wrote:
> Concordo com você sobre a erotização das roupas das mulheres. As
> feministas execram este fenômeno alegando que isto coloca as mulheres
> como em função dos interesses masculinos. Mas isto é uma imbecilidade
> que mostra que as feministas não entendem nada sobre as relações de
> poder entre os sexos. O que as mulheres estão fazendo é usando todas
> as armas que elas têm. Em paises onde as mulheres são controladas,
> elas não andam pelas ruas mostrando seus corpos para os homens; elas
> são cobertas da cabeça aos pés.
Trata-se de dois fenômenos completamente distintos. A fetichização do corpo
da mulher e a demonização do corpo da mulher. Dois extremos, duas faces da
mesma moeda.
Crer que o corpo da mulher pode corromper a sociedade é defender que o
espírito humano (que é puro) é tão fraco que não pode se expor a carne (que é
impura). Uma pessoa com esta mentalidade pode se ver justificada para o
estrupo com mulheres de roupas sensuais.
Utilizar o corpo da mulher como chamariz para o consumo é transformar a
sensualidade humana em apelo comercial e o corpo humano em puro chamariz ao
consumo. Isto acaba abrindo o espaço para as mulheres objeto.
No fim o erro é o mesmo: reduzir a mulher como fonte de desejo ou tentação
sexual do homem.
Aniello
SUBJECT: Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 21:40
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi Lígia,
>
> Lígia: A física que se justifica apenas pela matemática acaba
caindo no
> "misticismo", visto que em matemática não há limites físicos. Em
> matemática fala-se em dimensões infinitas, em números imaginários
que
> acabam não sendo aplicáveis aos experimentos físicos propriamente
ditos e
> ao que esses experimentos reportam como resultado...
>
> Manuel: O que me impressiona é o valor operacional dessa matemática
exótica
> cheia de entes bizarros (números imaginários, espaços n-
dimensionais,
> infinitésimos de segunda ordem, etc.). Isto é, valendo-se dessa
matemática
> 'maluca' podemos fazer previsões acerca da realidade que
empiricamente se
> confirmam.
L: Eu costumava manter correspondência com um matemático que não
gostava de ler uma alegação minha que é "matemática é uma ferramenta
como qualquer outra", simplesmente porque ele a trata como
uma "entidade". O fato é que sem ela nada funciona e isso acontece
simplesmente porque ela é uma ferramenta capaz de abstrair a confusão
das formas e permitir o acesso à lógica da essência. É apenas graças
à exatidão da matemática, que segue suas sequências na resolução de
seus "paradigmas", que estamos hoje num mundo tecnológico e sonhamos
com a compreensão do Universo. Caso dos buracos negros
matematicamente viáveis e cientificamente comprovados pela observação
indireta, vivas! Mas veja: expandir para além do que se conhece
esse raciocínio e tentar achar definições para além do que é possível
ser visto e experimentado é cair no misticismo sim, é cair no mundo
onírico que pode porventura ser perscrutado um dia... quem sabe?
> É isso o que distingue as entidades matemáticas, por mais estranhas
que
> sejam, de uma outra categoria de bizarrices, a dos seres
mitológicos:
> deuses, demônios, querubins, fadas, duendes, espíritos zombeteiros,
signos
> zodiacais, etc. Se a matemática nos permite fazer previsões, a
mitologia
> apenas nos ajuda a elaborar explicações 'a posteriori' para os
fenômenos.
L: Eu sou mística por excelência, artista por vocação (nasci
assim...) e cientista por vontade de compreender... Só desando
quando tento misturar as minhas "vertentes"... por isso eu prefiro
nem começar a falar em tais seres... ;) Abstenho-me
veementemente :))
> Algumas extremamente belas e de grande valor poético, admito. Por
isso que
> não desejo que a mitologia desapareça: quero que esses seres
mitológicos
> continuem aprontando as suas na arte e na literatura (adoro o
surrealismo,
> amo o realismo fantástico tanto quanto a ciência).
L: Tens bom gosto :)
>
> As tentativas fracassadas de Newton para definir o infinitésimo
justificam a
> afirmação do Bispo G. Berkeley segundo a qual o cálculo repousa em
> fundamentos ilógicos. Não obstante essa 'absurdidade', o cálculo
diferencial
> é plenamente operacional.
L: Cálculo diferencial pode ser comparado a uma sinfonia: há os
primeiros acordes... depois a introdução, o meio e o fim, em várias
vozes simultâneas muitas vezes, exigindo acima de tudo atenção e boa
dose de memória, aliada à paciência. Eu me lembro que eu amava
desencrustrar os resultados de equações pequenininhas que se tornavam
gigantes quando desmembradas e admiro muito quem as tenha formulado
um dia: foram músicos... mesmo sem o saber.
Talvez isso indique que a natureza não precisa ser
> lógica ou inteiramente lógica para existir, que a estrutura do
pensamento
> não reproduz com fidedignidade a estrutura do mundo objetivo, ou
seja, que
> nosso quadro mental não passa de uma reprodução tosca, imprecisa,
apenas
> suficiente para nos orientar neste nosso mundinho sublunar e, desta
forma,
> garantir a nossa sobrevivência.
L: Nosso pensamento pode ser reflexo de algo que faz parte do
Universo desde sua estrutura mais diminuta e isso nem é viajar tanto
assim, basta observar como as diminutas estruturas sub atômicas
comportam-se... E se a natureza do pensar estiver contida no próprio
projeto estrutural do Universo que se permite ser apreciado graças a
certos entes humanos que conseguem edificar as bases matemáticas para
tal intento? E se a razão do Universo for criar condições para que
entidades pensantes sejam criadas a fim de compreender-lhe as
sutilezas? Hum... estou desandando... mas eu penso assim.
Ainda hoje quando voltava de Taubaté para minha cidade, eu tive o
prazer de conversar com um rapaz que me pediu uma informação, muito
sem jeito e com vergonha: ele pediu para que eu lesse o que estava
escrito em um dos vários passes de ônibus que ele carregava consigo.
Durante a viagem de volta para casa eu pude observar de perto e
conhecer o que é o Universo de um analfabeto, alguém que jamais ouviu
sequer falar em Newton, Galilei, Einstein mas que está sujeito às
mesmas leis e teorias formuladas por tais mentes brilhantes... De
repente eu pude perceber que aquele moço ao meu lado pensava também,
apesar de não saber de quase nada além do necessário para a
sobrevivência. E de repente eu senti inveja daquela simplicidade de
quem não duvida e aceita tudo o que a vida oferece com um sorriso,
mesmo que desdentado... sem citações nem grandes argumentos além de
um "a vida é assim" e "Fique com Deus"...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógica e análise de discurso
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 22:02
Em Qua 21 Ago 2002 01:06, you wrote:
> > Ok. Se a lógica maior é objetiva, me esclareça quais são os princípios em
>
> que
>
> > se baseiam a determinação da essência do significado de uma palavra. E
> > demonstre que ao se aceitar estes princípios somos obrigados, não
>
> importando
>
> > avaliações pessoais, a chegar nas mesmas conclusões.
>
> D: Todos chamam um ser vivo de "ser vivo". Por que? Porque sabemos o que é
> um ser vivo. Ou seja, sabemos o que há de comum entre uma lesma e um
> cachorro. Animais tão diferentes. Este "o que há em comum" é a essência.
> Sem isso não haveria possibilidade de comunicação.
Ou seja, nos detectamos o que são as características essenciais de um
conceito pela maneira a qual batizamos as coisas. se chamamos uma coisa de
"bo" e outra de "bob" é por diferenças na essência dela. Então por que os
esquimos chamam por 9 nomes diferentes coisas que possuem as mesmas
características essenciais de branco?
Será que todas as línguas tem um rótulo único que represente ser vivo? Será
que culturalmente este rótulo não se aplica de modo diferente?
O ato de chamar algo por alguma palavra é um ato cultural, que não está
vinculado apenas a características do significado do nome como também
bvarientes culturais, econômicas e geográficas.
Se, para criarmos uma palavra nós o fizéssemos a partir das características
essenciais dos conceitos poderíamos falar em linguagens logicamente corretas
e logicamente erradas.
> > Eu queria fazer o raciocínio contrário. Você é o esquimó. Para você
>
> existem 9
>
> > cores diferentes. Um visitante chega a sua casa e é incapaz de
> > diferenciar estas nove cores, para você diferentes na sua essência, assim
> > como para o visitante amarelo e laranja são diferentes.
> >
> > Se você é um esquimo aristotélico e crê na objetividade da lógica maior,
>
> será
>
> > obrigado a explicar para seu visitante que ele é incapaz de diferenciar 9
> > coisas que são em essência diferentes, e que ele estará logicamente
>
> enganado
>
> > ao dizer:
> > Minha camisa é de cor branca.
> > A neve é de cor branca.
> > Minha camisa é da mesma cor da neve.
> > Pois apesar dele chamar de branco as duas coisas, elas são essencialmente
> > diferentes.
>
> Douglas: E qual a conclusão desse raciocínio? E o branco difere de outro
> num atributo e não na essencia (pois continua sendo branco)..
Não entendo. Por que ao tratarmos das caracrísticas essenciais de "ser vivo"
nos baseamos no fato que todos chamam de "ser vivo" um determinado grupo de
coisas, e na hora das cores a língua esquimo diferencia atributos e não na
essência? Visto que não há nenhuma palavra que seja usada por literalmente
todos os humanos, visto que diferentes grupos de humanos usam classificações
linguisticas diferentes para as mesmas coisas (como cores, por exemplo), qual
é a cultura que dá os nomes certos, que seguem as essências e não os
atributos?
Todos os esquimos chamam tal coloração de "douglas" que quer dizer branco de
neve fácil de derreter. Por que os esquimos sabem que aquela cor é "douglas"
e não "aniello" (branco de gelo de iglu)? Por causa das características
essenciais de "douglas" que são completamente diversas de "aniello"
Outro exemplo, este bem mais próximo: a maioria das línguas usam o mesmo
verbo para ser e estar. O português é uma das poucas que fazem esta diferença.
Este silogismo em inglês é correto:
Happy people are best workers than sad people
I am happy
I am a best worker than sad people
Mas para português podemos traduzir este silogismo de várias formas, como:
Pessoas felizes são melhores trabalhadores que pessoas tristes
Eu sou feliz
Eu sou melhor trabalhador que pessoas tristes (raciocínio válido)
ou
Pessoas felizes são melhores trabalhadores que pessoas tristes
Eu estou feliz
Eu sou melhor trabalhador que pessoas tristes (raciocínio não válido)
A menos é claro que admitamos que a diferença entre ser e estar não é uma
diferença essencial, mas de atributos.
Se assumirmos isto tal silogismo é verdadeiro.
Palmeirenses estào tristes com a campanha no brasileirão.
Eu sou palmeirense.
Eu sou triste.
>
> > Uma palavra é um rótulo, uma convenção social criada em cima de
> > similaridades. O que pode ser uma característica importante para
>
> diferenciar
>
> > dois vocábulos pode ser insignificante em outra cultura, em outro grupo
> > ou
>
> em
>
> > outro contexto.
>
> Douglas: Este é um ponto de vista. Não quero dizer q está certo ou errado,
> mas é um pnt de vista. Dizer que é o "certo" é exagero.
Bom, afirmar o contrário é negar a linguística. Mas mesmo que seja apenas uma
questão de opinião, isto pesaria contra seu argumento. Se é uma mera questão
de opinião que a criação de uma palavra tem outras influências que não as
"características essenciais", e que estas influências podem ser culturais e
pessoais, isto implica que é subjetivo a aceitação que palavras remetem a
essência das coisas, e que a lógica maior é subjetiva.
Se a lógica maior é objetiva, eu TENHO que estar errado ao afirmar que "Uma
palavra é um rótulo, uma convenção social criada em cima de similaridades. O
que pode ser uma característica importante para diferenciar dois vocábulos
pode ser insignificante em outra cultura, em outro grupo ou em outro
contexto."
Além disto, não há outra explicação para as discrepâncias entre significados
que impliquem em significantes determinados (ou seja, para não haver uma
classificação única de grupos de coisas que devam receber determinado nome).
Qual outra forma de explicar os nove nomes de branco para os esquimós e os
verbos ser e estar no português?
Simplesmente afirmar que nestes casos batizamos coisas devido a atributos, e
não a essência, qual é a regra clara e impessoal que me permite dizer que tal
vocábulo remete a essência, e tal a atributos?
> > O que pode ser uma mesa para um designer moderno para mim pode parecer
>
> mais
>
> > uma escultura, e se ninguém me "avisar" que aquilo é uma mesa, não veria
> > características essencias de mesa nela.
>
> Douglas: Vc está confundindo essencia com atributo. A "mesa" (objeto)
> existe para qualquer um, como alguem vai caracteriza-la, é como tal pessoa
> vai atribuir um significado ao mesmo objeto.
??? Não entendi. Se há características essencias que me fazem chamar um
obejto de mesa, basta ver se tal objeto possue ou não estas características.
Se o julgamento destas características é objetivo, objetos são ou não são
mesas independentes de opinião. Assim se um designer chama algo de mesa que
eu não vejo como mesa, um de nós terá que estar errado ao fazê-lo.
Se avaliar o que é essencia é algo que necessariamente passa por julgamentos
pessoais, então características essenciais são subjetivas e a lógica é
subjetiva.
> > Note que estou dizendo que a lógica é incapaz, sem um contexto, de
> > diferenciar em um silogismo o termo "corda = utensílio de tecido de
> > grande comprimento em relação as suas outras dimensões, usado para
> > amarrar" de "corda = camelo", e não estou falando que manga de camisa e
> > manga de mangueira são a mesma coisa.
>
> Douglas: Sem contexto ela seria incapaz.
Pois o que há no contexto
Um cachorro tem quatro pernas
Uma mesa tem quatro pernas
Que me permite diferenciar perna de cachorro de perna de mesa. Quero uma
resposta que remeta apenas ao contexto apresentado, e que faça diferenciação
de mesa e gato apenas pelo que foi apresentado no contexto.
Pois se a lógica pode admitir que o Everest é um gato, também pode admitir
que mesa tenha perna da mesma forma que cachorro tem perna.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 22:06
Em Seg 21 Out 2002 01:45, you wrote:
> Uma vez eu escrevi aqlguma coisa a respeito disso e eu acho que esta
> é uma explicação razoável, pelo menos está de acordo com o que Deus
> inspira... apesar de ser uma sátira. O texto completo está em:
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/ceticismoaberto/message/1924
>
> O trecho que fala em Deus e o porquê de se crêr em um Deus está aqui:
Uma sátira deliciosa. Está de acordo com o que Deus (cristão) inspira, mas
falha ao pensarmos em religiões politeístas ou misticismos impessoais
(budismo, wicca (a figura da deusa mãe é mais uma representação do princípio
feminino que uma divindade), etc)
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 22:15
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 12:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
>Exato. Mas isto se deve ao enfoque (estudo dos processos neurais durante
extase religioso). Se o estudo visasse comprovar a existência ou não de
Deus,
não seria científico.
Do meu ponto de vista, isso seria tão absurdo quanto aqueles livrinhos dos
Testemunhas de Jeová tentando provar que a teoria da evolução é falsa. Em
ambos os casos, o erro seria o mesmo: uma esfera tentando invadir o ceará da
outra. Onde essas esferas se complementam, em vez de se invadirem
mutuamente? Bom, do lado da ciência, em pesquisas como as de Newberg e
algumas outras. Do lado da religião, em trabalhos como os do Pe. Teilhard de
Chardin, que aceitam os dados fornecidos pela ciência e tentam refletir em
seu significado do ponto de vista religioso (mas note, isso não significa
que eu concorde com as idéias de Chardin, nem que eu discorde delas.
Significa apenas que ele respeitou a esfera própria da ciência, sem tentar
impor a verdade religiosa sobre ela).
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2002 22:16
OK. Agora entendi!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Aniello Gr?o" <grecojr@solar.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 21 de Outubro de 2002 23:59
Assunto: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
> Em Seg 21 Out 2002 22:12, you wrote:
> > Caro Aniello,
> >
> > "Carne" e "espírito"?? Que coisa mais antiga! Embora muitos não
acreditem,
> > Descartes morreu (aquele da filosofia, não o da matemática...)
> >
> > Ainda que você adote esses termos de forma metafórica, resta mostrar
porque
> > um é puro e outro não.
>
> Ei, eu tentava achar quais as razões que alguém teria para crer que a
mulher
> expor o corpo é inerentemente mal, uma ameaça a ordem social. Eu acho tal
> raciocínio errado, não acredito nem em espírito nem em pureza.
>
> Minhas palavras foram:
> > > Crer que o corpo da mulher pode corromper a sociedade é defender que
o
> > > espírito humano (que é puro) é tão fraco que não pode se expor a
carne
> >
> > (que é
> >
> > > impura). Uma pessoa com esta mentalidade pode se ver justificada para
o
> > > estrupo com mulheres de roupas sensuais.
>
> Eu tentava explicitar o raciocínio daquele que cre que o corpo da mulher
pode
> corroper a sociedade. Acho que deixei bem claro isto, sem espaço para
> interpretações que eu defendia a carne impura e o espírito puro. E
> obviamente não é meu raciocínio (a menos que vc ache que eu me classifico
> entre as pessoas que justificam estrupos)
>
> []'s
> Aniello
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 22:30
Em Seg 21 Out 2002 20:56, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 21, 2002 9:31 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
>
> >Não. Concordo que as religiões tratam sempre do contato com o divino e da
>
> luta contra o mal.
>
> Hmmm... Eu concordo apenas que as religiões tratam sempre do contato com o
> divino. A luta contra o mal já é problemática, porque existem religiões e
> seitas que buscam o contato com o divino *através* da prática do mal (veja,
> por exemplo, o caso de Sabatai Tzvi, o herético judeu, que pregava a
> prática do pecado como forma de apressar a vinda do Messias).
>
> Abs.
> L.
É vero...
Obrigado pela correção.
Aniello
SUBJECT: Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 22:37
Olá Carlos,
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Supondo que seja verdade uma das teorias que diz que o universo
> retorna ao ponto de partida periodicamente, queria saber dos
físicos
> e divagadores presentes qual dessas vias seria a mais provavel:
>
> a) Cada expansão do universo seria diferente da anterior, gerando
> galáxias diferentes, eventos diferentes, aleatoriamente;
L: Vamos devanear, já que este assunto "pede" por isso. Bem, em
princípio a idéia de um Universo pulsante nasceu da mente de
pensadores que observaram a natureza e perceberam que tudo o que
existe teve um início, e terá um fim, logo isso estende-se ao
Universo (?). Pois bem, ainda seguindo com o que esses pensadores,
se não me engano Hindus, que acreditavam na reencarnação e na
evolução de tudo o que É e HÁ, o Universo em cada estágio (sonho de
Bhraman) estaria sujeito à evolução de suas formas e daquilo que
contenha, ao que tudo indica pelo "depuramento" da energia
utilizada. O destino do Universo assim é pulsar periodicamente até
que tudo o que sobre seja a pura consciência que dá origem à energia
criadora das formas...
Se há evolução ou não nos infinitos pulsos universais, não podemos
saber. O que se sabe com certeza razoável é que há uma evolução no
quesito galático em nosso Universo, de pequenos blocos de matéria
protoestelar animados por momentum gerado pela atraçào gravitacional
a imensas galáxias espiraladas ou barradas com imensos buracos
negros em seu interior, surgidas pelo canibalismo generalizado que
por sua vez tornam-se com o passar dos éons galáxias elípticas mais
ou menos excêntricas... e futuramente, caso seja comprovado que os
buracos negros realmente extinguem-se ao emitirem periodicamente um
átomo, os centros galáticos moribundos brilharão como estrelas de
massa inimaginável para o fim das reservas de energia "apagando-se"
em talvez alguns zilhões de anos... SE houver massa suficiente além
do que é percebida pelos nossos artefatos e engenhosidade matemática,
é possível que antes que a energia seja totalmente aproveitada ocorra
a atração para o centro, o ponto zero e tudo seja reiniciado um dia.
Caso isso ocorra, caso a energia seja a mesma e tenha sido conservada
apesar de tudo, pode surgir um Universo muito semelhante a este sim,
por que não?
> b) Todas as expansões gerariam eventos idênticos, exatamente as
> mesmas galáxias, e em particular toda a história da humanidade
> tenderia a se repetir;
L: Não necessariamente as mesmas galáxias mas é muito provável que a
energia uma vez "estruturada" em matéria tenha um comportamento muito
repetitivo e que venha a brindar a nova geração Universal com o mesmo
ou com algo de muito parecido com o que vemos hoje. O que se divulga
de "diferente" por aí é pura especulação... nada se sabe a respeito
disso.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 22:45
Olá!
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Seg 21 Out 2002 03:07, you wrote:
> No fim o erro é o mesmo: reduzir a mulher como fonte de desejo ou
tentação
> sexual do homem.
Está uma conversa de "clube do Bolinha"... como representante
feminina eu digo que há as mulheres que se deixam reduzir a isso e há
as que não se deixam. O problema é cultural e cai no mesmo que
tingir os cabelos de loiro... tem as que realmente acreditam que ser
loira faz alguma diferença e sabe por quê? Porque convivem com
homens que não dão a mínima para inteligência ou conhecimento...
enfim, acabam todos felizes: as burras mostram as partes e os
chucros se satisfazem.
Quem é inteligente e sensível a outros apelos não se deixa seduzir
pela superfície e logo tende a se aprofundar deixando
esses "paramentos" de lado. Portanto discutir-se erotização da mídia
isso é o mesmo que falar do programa do Gugu (o que é isso?)...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 22:59
Em Seg 21 Out 2002 22:12, you wrote:
> Caro Aniello,
>
> "Carne" e "espírito"?? Que coisa mais antiga! Embora muitos não acreditem,
> Descartes morreu (aquele da filosofia, não o da matemática...)
>
> Ainda que você adote esses termos de forma metafórica, resta mostrar porque
> um é puro e outro não.
Ei, eu tentava achar quais as razões que alguém teria para crer que a mulher
expor o corpo é inerentemente mal, uma ameaça a ordem social. Eu acho tal
raciocínio errado, não acredito nem em espírito nem em pureza.
Minhas palavras foram:
> > Crer que o corpo da mulher pode corromper a sociedade é defender que o
> > espírito humano (que é puro) é tão fraco que não pode se expor a carne
>
> (que é
>
> > impura). Uma pessoa com esta mentalidade pode se ver justificada para o
> > estrupo com mulheres de roupas sensuais.
Eu tentava explicitar o raciocínio daquele que cre que o corpo da mulher pode
corroper a sociedade. Acho que deixei bem claro isto, sem espaço para
interpretações que eu defendia a carne impura e o espírito puro. E
obviamente não é meu raciocínio (a menos que vc ache que eu me classifico
entre as pessoas que justificam estrupos)
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 23:00
Em Seg 21 Out 2002 22:06, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 21, 2002 10:11 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
>
> >A ciência abrange apenas os fenômenos que podem ser testados
> > empiricamente.
>
> Isto é sua principal restrição. A ciência também se restringe ao que é
> compreensível e cogniscível. O que está além da razão não é assunto
> científico.
>
> De acordo. Mas isso não quer dizer que a ciência não tenha absolutamente
> nada a dizer sobre a religião. Veja, por exemplo, o estudo do Newberg que
> eu venho mencionando. É um estudo estritamente científico e seu tema é a
> experiência religiosa. No entanto, a pesquisa nem adotou uma postura
> redutivista perante a religião (do tipo "os místicos são todos uns
> esquizofrênicos"), nem extrapolou o âmbito da ciência com afirmações
> inverificáveis (como, por exemplo, se afirmasse que a experiência mística é
> uma manifestação de Deus). Mesmo assim, acho essa pesquisa extremamente
> interessante e rica em possibilidades de aumentar a nossa compreensão dos
> fenômenos religiosos.
>
> Abs.
> L.
Exato. Mas isto se deve ao enfoque (estudo dos processos neurais durante
extase religioso). Se o estudo visasse comprovar a existência ou não de Deus,
não seria científico.
Aniello
SUBJECT: nRe: RES: [ciencialist] "Takata, junte-se a nós", deprimidos.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 23:10
"...Eu acho que essa mania de achar que todo mundo deve ser alegrinho
é o cerne do problema. Todo mundo quer fazer alguém naturalmente
reservado a crer que é um 'deprê' fodido das idéias (desculpe o
francês).##########>Interessante... Realmente existe isso do que fala, uma
mídia em prol da depressão. Parece estar veiculada em propagandas onde
pessoas procuram a saúde: O aparelho que emagreçe, a erva que rejuvence, o
produto tal que é acrescentado a qual alimento, etc, como se o 'povo' fosse
carente de satisfação ('saúde') e na verdade, instilando tal insatisfação.
Por quais cargas d'águas será assim?<##########
Não sou do ramo, mas já 'curei' vários amigos que achavam que tinham
problemas.
[]
Alexandre Medeiros"
########>[]
Antonio Renato.<#########
SUBJECT: Poema para Lígia e Vladimir
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 23:12
" Vladimir
> ladimir
> adimir
> dimir
> imir
> mir
> ir
> r
> .
> .
> .
L*: Não tem mais jeito de não acreditar...
.
.
.
L
Lí
Líg
Lígi
Lígia... "
Lígia
Não sei se já está na 'ativa'. De qualquer maneira segue o "Poema das Aspas"
que recordei-me após ter lido sua msg. Espero que já o possa ler.
POEMA DAS ASPAS
Ai meu amor, assim não pode ser.
" " " " " "
" " " " "
" " " "
" " "
" "
"
"
"
Grande abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Não cancele sua inscrição
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: MGMCOSTA@BOL.COM.BR
DATE: 21/10/2002 23:13
"Olá Ligia, não sei exatamente como estou recebendo
muitas mensagens como a sua tb deste mesmo grupo. Não me
escreví em nenhum grupo ou assinei algum site. Gostaria
de pedie para que não me enviasse mais as mensagens e se
há alguma maneira de sessar as outras. pos abro minha
caixa diariamente com mais ou menos 100 mensagens, e as
que realmente preciso não tem espeço. Quero dizer 100
mensagens é só a parte da manhã e mais 100 a tarde.
vc poderia me ajudar?
Desda já grata pela mensagem e uma possível atenção.
MGM"
Oi Monica
Vc não está gostando das msgs que recebe da 'ciencialist'? Pô meu! Onde
poderia encontrar maior diversidade de pensamentos...!
Sugestão: Abra um e-mail específico para receber msgs desta lista. Quando vc
diz que o número de msgs impede recebimento de outras, abra um e-mail que
não limite o espaço. Em tempo, meus e-mails na BOL limitavam, mas há muito
tempo que não recebo 'aquele' aviso de que a cota está estourada: Creio que
tenham cessado o limite.
[]s, Antonio Renato.
SUBJECT: Imaginário, infinitésimos e etc... (ex-Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?))
FROM: Paulo Elache <pelache@directnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/10/2002 23:42
Olá pessoal,
(. . .)
[TABORDA]
... Estamos a falar do mesmo Hawking que se pos a fazer contas para saber o
que aconteceu antes do BB usando um tempo "imaginário" que ele mesmo
introduziu ? - pelos vistos contra sua vontade. Estamos a falar do mesmo
Hawking que não acredita em Deus ? - bem , nunca vi um ateu criar uma teoria
que necessita de um. Estamos a falar do mesmo Hawking ?
(. . .)
[Elache]
Mas, que eu saiba, tanto Hawking quanto Penrose usaram os números
complexos (o tal 'tempo imaginário') apenas para resolver o problema das
singularidades. E não há nada de mágico nisso.
Taborda, você já estudou controle e servomecanismo na escola?... Já
"devorou" o "Ogata"?
Pois o uso de números complexos é muito comum na solução dos pólos e
zeros de sistemas servocontrolados, desde robôs (industriais, é claro, não
os do Asimov) até as plataformas inerciais de foguetes e mísseis... nada
mais casual, rotineiro e testado científica e tecnicamente.
Se você pensar bem, a matemática está sempre à frente da física e
tecnologia, não por ser melhor, mas por ser necessário. Às vezes ela fica
'atrás' dos fenômenos físicos, como no caso do paradoxo de Zenon... mas logo
recupera sua dianteira, quando fornece a ferramenta correta para Aquiles
passar a tartaruga (teórica e praticamente), como no caso do cálculo
infinitesimal de Newton-Leibnitz.
Quanto às crenças de Hawking, não conheço suas declarações sobre
divindades e religiões, mas você, Taborda, poderia me mostrar em que parte
de suas teorias Hawking necessitou de tais entidades espirituais para
explicar o Big Bang.
Grato,
Paulo Elache
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 00:01
Em Seg 21 Out 2002 23:45, you wrote:
> Olá!
>
> --- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
>
> > Em Seg 21 Out 2002 03:07, you wrote:
> > No fim o erro é o mesmo: reduzir a mulher como fonte de desejo ou
>
> tentação
>
> > sexual do homem.
>
> Está uma conversa de "clube do Bolinha"... como representante
> feminina eu digo que há as mulheres que se deixam reduzir a isso e há
> as que não se deixam. O problema é cultural e cai no mesmo que
> tingir os cabelos de loiro... tem as que realmente acreditam que ser
> loira faz alguma diferença e sabe por quê? Porque convivem com
> homens que não dão a mínima para inteligência ou conhecimento...
> enfim, acabam todos felizes: as burras mostram as partes e os
> chucros se satisfazem.
>
> Quem é inteligente e sensível a outros apelos não se deixa seduzir
> pela superfície e logo tende a se aprofundar deixando
> esses "paramentos" de lado. Portanto discutir-se erotização da mídia
> isso é o mesmo que falar do programa do Gugu (o que é isso?)...
>
> Beijos, Lígia
Enfim uma opinião feminina... Seja bem vinda!
Concordo que o que define a reação a esta fetichização é a mentalidade de
cada um, sendo homem ou mulher.
Mas acho que a fetichização da mulher na mídia contribuie para que cada vez
mais os homens esperem que as mulheres pintem o cabelo de loiro, e as
mulheres esperem que os homens gostem mais delas se forem loiras.
Acho que discutir a fetichização da mulher é ir além de discutir a erotizaçào
da mídia (que dentro de certos limites até gosto, afinal sexo é bom, não é
supervalorizado, e quem discorda disto provalemente ainda não provou "pra
valer" da coisa) , e os dois temas são mais importantes que o programa do
Gugu.
Se eu entendi certo e sua postura é "isto não é importante pois não me afeta"
só me resta dizer que afeta a sociedade em que você vive.
Aniello
SUBJECT: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 00:10
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Correndo o risco de não ganhar a simpatia da Ligia ;-),
> (...)
> Amém
> L.
> o que gosta de belíssimas citações bíblicas de fidedignos físicos
> teóricos... ;-)
Caro Lúcio, o que é/vem da Luz... :)
A Lígia gosta de ler pensamentos bem elaborados e gosta de ler o que
você escreve (e você já sabe disso ;). O "pobrema" (que são dois) é
que ela acha que só o que se exercita é a argumentação ao fazer
tantas citações e ao rebater a crueza da Física com a sutileza e
sensibilidade da Filosofia regada a termos que vão além do que ela,
simples física mortal, tende a aquilatar e "introjectar"
intelectualmente falando... :) E ela fica confusa diante de tantas
argumentações regadas a citações. "Pobrema" dela, certo?
Falando sério, você dá um show de cultura. M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!!!
(nota: eu costumo medir meu entusiasmo pelo número de pontos de
exclamação e, diga-se de passagem, raramente eu excedo em número além
dos 3...). Mas, agora pergunto, e o que é que tudo isso que voc6e
expõe com tamanha desenvoltura pode provar em termos de BB,
PELAMORDEDEUS! Você está dando nó em pingo d'água e mostrando
a "arma do crime", só para não falar naquele pedaço de madeira usado
para matar cobras...
Beijos,
Lígia
Dona de casa e Física meson confusa nas horas vagas...
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Massa do Fóton
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 00:32
Beleza Sérgio, obrigado.
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 21, 2002 3:26 PM
Subject: [ciencialist] Re: A Massa do Fóton
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A massa (m). Veja bem, em minha mente a questão é simples, claro na
sua
> também: se a massa m é a energia condensada, melhor dizendo, se
massa é
> energia e energia é massa,
Eu não gosto nada dessa frase, mas adiante.
>conclui-se daí que o fóton sendo uma particula de
> energia hf, deveria também possuir massa.
Que massa ? m ? Ele sim possui m = hf /c².
Onde está o problema?
>Não há como conciliar isso com o
> princípio de constância "c"?
Esse principio não é para aqui chamado.
> A equação de Plank não nos fornece o quantum de
> nenrgia do fóton?
qual eq ? E=hf
> então, se pergarmaos esse quantum e jorgarmos numa equação
> que associa massa e energia não obteremos o seu valor m?
Sim. Obtemos! m = hf/c².
>porque isso não pode ser verdadeiro?
Isso é verdadeiro! Vc está pensando que é falso o que é dado como
verdade. Não entendo a sua confusão.
1) m é chamada de massa relativista e todas as coisas a têm.
2) M é chamada simplesmente massa, ou massa propria e nem todas as
coisas a têm.
m = M / (1 - v²/c²) para corpos com M não nulo.
m = p/c para corpos com massa M nula. (o que dá, se fizer as contas
para o fotão m = hf /c² tomando como hipotese E=hf e a relação p =
E/c )
O fotão não tem massa propria (ou seja, não trasnporta energia na
forma potencial) M=0 , mas tem massa relativista m = hf/c² (dado que
contem alguma forma de energia e m=E/c²).
ok agora?
Sérgio
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 00:47
Lígia, não consegui salvar o texto maravilhoso que vc indicou. Não é
permitido. Pode me mandar?
Beijos
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 21, 2002 1:45 AM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas
Uma vez eu escrevi aqlguma coisa a respeito disso e eu acho que esta
é uma explicação razoável, pelo menos está de acordo com o que Deus
inspira... apesar de ser uma sátira. O texto completo está em:
http://br.groups.yahoo.com/group/ceticismoaberto/message/1924
O trecho que fala em Deus e o porquê de se crêr em um Deus está aqui:
"O que é inerente ao gênero humano, pertencente ao grupo dos
primatas,
é o respeito à hierarquia. Tudo o que vimos criando desde os
primóridos da civilização tem por base o respeito à hierarquia. Isto
vem sendo estudado a partir do comportamento dos grandes símios, caso
dos gorilas e orangotangos. Eles têm a liberdade de elegerem um
soberano e seguem-no fielmente. Fêmeas dão preferência a ele para
procriar, existe sempre uma fêmea predileta, existem outras que
rendem-lhe tributos, assim como ao "soberano" do grupo, que disputa
seu título com outros em brigas para provar quem é o mais forte
dentre todos..
Assim com bases no "seguir as normas hierárquicas", nós humanos
criamos nossos representantes na figura de Reis, Patriarcas,
Dirigentes, Presidentes... já que temos esse princípio de obediência
ao soberano em nossos códigos genéticos. Ao nos estruturarmos em
grupos maiores, nós humanos vimos que em certas circusntâncias
ficaria difícil eleger um soberano supremo que fosse obedecido
fielmente pelas demais tribos sem contestação. Como a superioridade
acabou sendo frágil senão em termos absolutos, a idéia de um DEUS
soberano foi implantada. Ao abraçarmos a idéia de um Pai criador, um
Deus, ou Deuses acabamos com este problema inerente à necessidade
humana de ter um superior e temos condições de "eleger" não mais por
provas de força física, aqueles que teremos por representantes desse
Deus, ou de tudo o que é bom e perfeito ( portanto não humano ) na
Terra".
No mais, sem que se leve em consideração essa "necessidade" de um
superior hierárquico respeitável, temos que o Universo ainda é uma
incógnita. Por mais brilhantes que sejam os estudos associados à
busca por respostas, ainda deparamos com um montante considerável de
questões para as quais as respostas não parecem ser satisfatórias,
não sendo de todo impossível que na realidade estejamos dentro de
algum tubo de ensaio de algum cientista avaliando "o que a energia é
capaz de fazer"... E o que basicamente diferencia os seres humanos
no quesito Deus é que de um lado, quem nele acredita, está confiante
de que há alguma ordem e que não se está sozinho. Quem não acredita,
por outro lado, vê-se sozinho e não encontra um consolo para esta
solidão além do que pode ser realizável a nível de troca com outros
humanos e a natureza ao redor.
Beijos, Lígia
*********************************************
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Alguns colegas da lista consideram questões que envolova uma
discução sobre a existência de Deus sem sentido e irrelevante para
ser colocada nesta lista, isto porque é uma lista ciêntifíca e,
consequentemente de cientistas. E como diria Darwin, os assuntos da
religião não cabem nos assuntos da ciência, contudo, devo dizer que
essa proposição somente é razoável se tratarmos o assunto DEUS do
ponto de vista das diversas religiões. O que proponho é o tratarmos
do ponto de vista científico, daí a minha insistência em retomar o
debate. Até porque, DEUS se não foi provada a sua existência, também
não o afirmada a sua inexistência. Ao contrário, há mais indicios
para se crêr em Deus do que para não se crêr. Tenho livros de quatro
físicos de renome que professam a crença em Deus, depois darei os
nomes deles. Mas a questão é: em todas as culturas, da mais atrasada
a mais adiantada, nunca houve, por uma razão ou outra, a que não
professasse a crença em um ser superior, ainda que os motivos sejam
se proteger da natureza, motivos físicos, o medo da morte ou medo do
desconhecido, ou mesmo o puro egoísmo de continuar existindo numa
vida futura. Por quê a idéia de Deus habita todas as civilizações
passadas e presentes? Se você parar para analisar, verifica que, a
crença em um Ser criador do Universo engendra toda uma série de
comportamentos e atitudes em relação a vida às pessoas e ao mundo;
uma ética que é totalmente diferente da ética e valores de quem não
professa a crença alguma. E quando estas pessoas de credos
diferentes, (crê e não crê) se encontram em situações limites da
existência, o crente é sem dúvidas mais confortado consigo mesmo, ao
passo que o ateu está sozinho. Termino dizendo que, parece que
Dostoiévski estava certo: "se Deus não existisse, tudo seria
permitido".
> Abraços
> Carlos AR
>
> PS Não vejo contradição entre a crença em um criador, a ciência e a
teoria da evolução por ex..
> Carlos
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 01:12
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Seg 21 Out 2002 23:45, you wrote:
> Enfim uma opinião feminina... Seja bem vinda!
L: Obrigada!
> Concordo que o que define a reação a esta fetichização é a
mentalidade de
> cada um, sendo homem ou mulher.
>
> Mas acho que a fetichização da mulher na mídia contribuie para que
cada vez
> mais os homens esperem que as mulheres pintem o cabelo de loiro, e
as
> mulheres esperem que os homens gostem mais delas se forem loiras.
L: Isso tem cura: educação. Educação e cultura acessível a todos,
não só a uma elite que se gaba de possuir conhecimentos. Se mesmo
cultas as mulheres ainda quiserem pintar os cabelos, será por opção,
nào pelo desejo de agradar e se os homens continuarem sentindo-se
atraídos pelas falsas loiras mesmo cultos também será questão de
opção.
>
> Acho que discutir a fetichização da mulher é ir além de discutir a
erotizaçào
> da mídia (que dentro de certos limites até gosto, afinal sexo é
bom, não é
> supervalorizado, e quem discorda disto provalemente ainda não
provou "pra
> valer" da coisa) , e os dois temas são mais importantes que o
programa do
> Gugu.
L: Sexo é bom, mas não se discute nem se observa muito, experimenta-
se. Haja visto o que acontece quando homem e mulher são atraídos um
para o outro, ninguém precisa explicar muito o que tem a ser feito
nem apelar prá memória do que já se viu... acontece naturalmente.
Uma coisa é certa, quando mostram muito sexo na TV é indício de que
há uma necessidade de "levantar" a moral do povo que está em baixa,
tipo: fechem os olhos para o que está acontecendo, ainda temos
SEXO!! E esse é um fenômeno internacional, não se restringe só a nós
brasileiros, conhecidos internacionalmente pelos bumbuns das mulheres
brasileiras. Tem sido assim desde que sexo deixou de ser tabu
para "virar" item de consumo...
> Se eu entendi certo e sua postura é "isto não é importante pois não
me afeta"
> só me resta dizer que afeta a sociedade em que você vive.
L: Problema da sociedade resolve-se com ações sociais. Ao invés de
pensarmos nos porquês, vamos às soluções. Se há a fetichização da
mulher isso se deve ao fato dela haver permitido que isso acontecesse
e ao homem sentir-se "honrado" com isso, já que havendo essa
facilidade e oferta de sexo pelo sexo não há a necessidade de
entender a mulher, nem a busca por agradá-la de outras formas além de
manter o "dito cujo" ereto. Bem... então que dizer de parar de
comprar revistas com mulheres peladas, ou desligar a TV quando
estiverem passando cenas de sexo, ou não olhar outdoors com belos
corpos femininos expostos? Se isso acontecesse e o interesse da
média fosse voltado a outros assuntos, com certeza os anúncios seriam
outros e os "fetiches" seriam outros.
Não se precipite conclua que eu sou frígida e que abomino sexo, muito
pelo contrário. Eu só odeio vulgarização de algo que eu gosto... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Deus e as culturas
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 01:44
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Seg 21 Out 2002 01:45, you wrote:
>
> Uma sátira deliciosa. Está de acordo com o que Deus (cristão)
inspira, mas
> falha ao pensarmos em religiões politeístas ou misticismos
impessoais
> (budismo, wicca (a figura da deusa mãe é mais uma representação do
princípio
> feminino que uma divindade), etc)
>
> Aniello
Oi Aniello,
Naquele dia eu estava irritada com um aspecto, digamos, masculino da
divindade humana... Prometo que ainda vou escrever sobre a Grande
Mãe e posto por aqui :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 02:08
Olá Aniello,
> Mas afirmar que o fluxo de tempo é um conceito dependente do referencial
não
> implica em negar a "seta do tempo". Diferente das dimensões espaciais, o
> tempo tem um sentido único. Um efeito jamais vem antes da causa, a
entropia
> jamais diminui em um sistema fechado, etc.
Manuel: Ou seja, o tempo tem uma seta (dado que ele é assimétrico), o que
não significa que a seta voa. É isso?
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Poema para Lígia e Vladimir
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 02:21
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Lígia
> Não sei se já está na 'ativa'. De qualquer maneira segue o "Poema
das Aspas"
> que recordei-me após ter lido sua msg. Espero que já o possa ler.
>
> POEMA DAS ASPAS
>
> Ai meu amor, assim não pode ser.
> " " " " " "
> " " " " "
> " " " "
> " " "
> " "
> "
> "
> "
>
>
> Grande abraço.
> Antonio Renato.
Oi Antonio!
Estou na ativa, já "regressei sem ter ído"... :) Mas ainda vou, em
breve, coisas da vida... quanto ao poema, por acaso é poesia Dada
(de "dadaísmo"...:)?
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 02:38
Em Ter 22 Out 2002 02:12, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
>
> > Em Seg 21 Out 2002 23:45, you wrote:
> > Enfim uma opinião feminina... Seja bem vinda!
>
> L: Obrigada!
>
> > Concordo que o que define a reação a esta fetichização é a
>
> mentalidade de
>
> > cada um, sendo homem ou mulher.
> >
> > Mas acho que a fetichização da mulher na mídia contribuie para que
>
> cada vez
>
> > mais os homens esperem que as mulheres pintem o cabelo de loiro, e
>
> as
>
> > mulheres esperem que os homens gostem mais delas se forem loiras.
>
> L: Isso tem cura: educação. Educação e cultura acessível a todos,
> não só a uma elite que se gaba de possuir conhecimentos. Se mesmo
> cultas as mulheres ainda quiserem pintar os cabelos, será por opção,
> nào pelo desejo de agradar e se os homens continuarem sentindo-se
> atraídos pelas falsas loiras mesmo cultos também será questão de
> opção.
Concordo. Mas felizmente a educação não é primazia das escolas e famílias e a
mídia é um dos fatores (des)educativos para uma sociedade.
> L: Sexo é bom, mas não se discute nem se observa muito, experimenta-
> se.
Eu acho que o sexo deve ser discutido, e muito. Informação não faz mal a
ninguém, e desiformação sexual faz, e muito. Não vejo mal em se observar
sexo, é uma questão de gosto. Não sou muito vouyer, mas desde que não se
torne uma fantasia necessária para se atingir o prazer, não ha acho negativa.
Quanto a experimentar: sempre!
> Haja visto o que acontece quando homem e mulher são atraídos um
> para o outro, ninguém precisa explicar muito o que tem a ser feito
> nem apelar prá memória do que já se viu... acontece naturalmente.
Não é bem assim. Acreditar que isto funcione "naturalmente" alimenta muitos
dos tabus sexuais (como por exemplo, mulheres que tem prazer demais são
promíscuas (ou seja, dois tipos de mulher: a para cruzar e a para casar)),
além de ser excelente terreno para disseminação de DST e gravidez
involuntária.
> Uma coisa é certa, quando mostram muito sexo na TV é indício de que
> há uma necessidade de "levantar" a moral do povo que está em baixa,
> tipo: fechem os olhos para o que está acontecendo, ainda temos
> SEXO!! E esse é um fenômeno internacional, não se restringe só a nós
> brasileiros, conhecidos internacionalmente pelos bumbuns das mulheres
> brasileiras. Tem sido assim desde que sexo deixou de ser tabu
> para "virar" item de consumo...
O sexo é uma das formas usadas para a mídia alienar, mas reduzir o erotismo
na mídia a tática de alienação é o mesmo que reduzir a religião ao "ópio do
povo".
Esta demonização da mídia, reduzindo-a a um meio de dominação também está
errado. Só para ilustrar, a maioria dos veículos de mídia tem por objetivo o
lucro.
E cerio que a exposição do sexo na mídia sirva também a bons propósitos, que
é forçar a sociedade a debater o sexo, desmitificando-o.
> > Se eu entendi certo e sua postura é "isto não é importante pois não
>
> me afeta"
>
> > só me resta dizer que afeta a sociedade em que você vive.
>
> L: Problema da sociedade resolve-se com ações sociais. Ao invés de
> pensarmos nos porquês, vamos às soluções.
Para termos as soluções dos problemas é necessário conhecê-los e analisá-los.
> Se há a fetichização da
> mulher isso se deve ao fato dela haver permitido que isso acontecesse
> e ao homem sentir-se "honrado" com isso, já que havendo essa
> facilidade e oferta de sexo pelo sexo não há a necessidade de
> entender a mulher, nem a busca por agradá-la de outras formas além de
> manter o "dito cujo" ereto. Bem... então que dizer de parar de
> comprar revistas com mulheres peladas, ou desligar a TV quando
> estiverem passando cenas de sexo, ou não olhar outdoors com belos
> corpos femininos expostos? Se isso acontecesse e o interesse da
> média fosse voltado a outros assuntos, com certeza os anúncios seriam
> outros e os "fetiches" seriam outros.
Uma ação de resistência civil pode até ser benéfica. Mas para tal funcionar é
necessário que o "mercado" para materias com apelo desnecessário ao sexo seja
sigficantemente afetado. A indústria do "entretenimento adulto" é tão antiga
quanto o surgimento da indústria, e não vejo nada de errado nela. Mostrar
mulheres nuas ou seminuas não implica necessariamente em uma fetichização da
mulher (nem do homem). Trata-se do modo como se faz isto. Reconhecer a
diferença entre o saudável "entretenimento adulto" da pornografia
preconceituosa se faz apenas debatendo-se o fenômeno do fetichismo e suas
características.
> Não se precipite conclua que eu sou frígida e que abomino sexo, muito
> pelo contrário. Eu só odeio vulgarização de algo que eu gosto... :)
Antes de tudo, bom saber que você não é frígida. Bom para você e seu(s)
parceiro(s).
Não cheguei a analisar este ponto e não pensei nem que você era frígida nem o
oposto. Eu apenas senti um tom de "se eu não consumo pornografia, e não me
aceito como mulher objeto, não é problema meu".
A parte que afirmei que gostava de sexo foi apenas para ajudar a rebater a
idéia (não vinda de ti) que o sexo é uma coisa nociva a sociedade, pecaminosa
ou impura.
Só para lembrar também, esta discussào se iniciou por terem defendido que a
mulher moderna e sua emancipação era um dos fatores que estavam levando o
mundo para o buraco. Que as mulheres estão tentando competir com os homens e
um desses sinais era o uso de roupas sensuais. Tentei refutar tais
disparates, mas deixando claro que repudiava a coisificação da mulher como
objeto sexual. Apenas isto.
[]'s
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 02:46
Em Ter 22 Out 2002 03:08, you wrote:
> Olá Aniello,
>
> > Mas afirmar que o fluxo de tempo é um conceito dependente do referencial
>
> não
>
> > implica em negar a "seta do tempo". Diferente das dimensões espaciais, o
> > tempo tem um sentido único. Um efeito jamais vem antes da causa, a
>
> entropia
>
> > jamais diminui em um sistema fechado, etc.
>
> Manuel: Ou seja, o tempo tem uma seta (dado que ele é assimétrico), o que
> não significa que a seta voa. É isso?
Por aí. Negar o fluxo do tempo é admitir que a divisão intuitiva de ventso em
passado, presente e futuro é relativa.
Como pela relatividade geral a simultaneidade de eventos depende do
referencial. Assim o que para você são dois eventos simultâneos, ocorridos no
presente, para mim pode ter sido um evento no pssado e um ainda por vir, por
exemplo. Não há um fluxo onde um momento presente universal divide todos os
eventos entre um passado fixo e imutável e um futuro indeterminado a porvir.
Mas isto não implica que podemos interferir em eventos já ocorridos, por
exemplo.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 03:45
> > Sobre a origem da Religião, vc está muito mal informado. É
> > melhor se informar melhor antes de discutir o assunto, principalmente se
> for
> > para discutir desse jeito, de forma tão "definitiva".
> Êpa! Você não vai querer dar uma de Sérgio Taborda, tentando adivinhar a
> partir de uma única frase o que eu li, o que eu não li, o que eu sei e o
> que eu não sei, não é? :)
Douglas: De jeito nenhum. Só tive esta impressão a primeira vista. Talvez eu
esteja bem enganado.
> Algumas religiões evoluiram para um entendimento de que deus está acima da
> natureza, como no caso do judáísmo. Foi por isso, dentre outras coisa, que
> Espinosa foi excomungado: por ter se recusado a deixar de pregar um
> deus-natureza em meio ao judaísmo. Mas parece evidente que mesmo o
judaísmo
> tem raízes pagãs. O sacrifício de Abraão, por exemplo, pode ser visto como
> um símbolo da passagem de uma religião pagã e praticante de sacrifícios
> humanos para uma religião mais moral e monoteísta.
Douglas: Atualmente não se sabe a origem das religiões. As escolas antigas
podem ser classificadas, de forma grosseira, assim:
1- Escola do Medo: A religião surge do medo q os homens sentiam dos
fenomenos naturais. Os sacrifícios eram para aplacar a ira dos deuses;
2- Escola da Alegria: A religião surge não apenas do medo, mas da alegria de
se estar vivo. Existem sacrificios para aplacar a ira dos deuses e
sacrificios para agradecer os deuses pelas dádivas;
3- Escola do Espanto: Antes do medo ou da alegria, vem o espanto. Primeiro o
homem contempla um fenomeno com espanto. Depois, se o fenomeno gera prazer,
vem a alegria, se gera desprazer, vem o medo. A religião surge do espanto do
homem frente ao mundo. Tem assim a mesma origem da filosofia, mas ocorreu
numa época em que os recursos linguisticos não permitiam uma forma
sofisticada de explicação para o mundo;
4- Escola da Manipulação: As religiões surgem como forma de explicar e
controlar o mundo (controlando os deuses através de sacrifícios). A religião
tem os mesmos objetivos e a mesma origem da ciência. Só não funcionou;
5- Escola do Erro de Linguagem: A religião é fruto de um erro de linguagem
(Max Müller, antes que alguém pense em Wittgenstein). A explicação é
demorada e eu estou sem paciência. Outra pessoa da lista, com quase toda
certeza, pode explicar no meu lugar;
6- Escola Pluralista: As religiões não são fenômenos únicos q tiveram origem
em comum. Cada religião teve uma origem diferente, tendo em comum só o nome
"religião";
7- Escola do Monoteísmo Primitivo: Toda religião surge na crença em um único
deus. Depois surge o politeísmo como forma de degradação. Por incrivel q
possa parecer, há mais evidências empiricas para embasar esta escola, do q p
embasar as escolas anteriores.
Tudo coisa do passado. Há ainda outras escolas, mais recentes, ainda assim
desacreditadas na atualidade.
Pelo que tudo indica, o percursso da religião é mais ou menos este (ainda é
uma teoria ultrapassada):
a) Monoteísmo primitivo;
b) Ateísmo imbecil (pois não se sabe o que fazer);
c) totemismo;
d) Animismo;
e) Politeísmo;
f) Ateísmo sofisticado (pois já se sabe de q se trata o assunto);
g) Monoteísmo elaborado;
f) Ateísmo disfarçado (religiões atéias - como certos tipos de cristianismo;
não estou falando do budismo, mas de hipocrisia. E ateísmos religiosos, como
o marxismo ou a psicanálise - não estou falando de Freud e Marx, mas do
sentido q a teoria destes possuem para alguns.
g) Samba do Crioulo Doido. É o q ocorre atualmente.
Por fim, a Mística é um fenomeno esporádico, fundamental, e q está presente
em todas as fases. Depois eu falo das teorias mais recentes (ainda assim
ultrapassadas).
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 03:52
Só quero chamar atenção para as respostas e os textos de:
- Lucio Jorge Pina Manfredi
e
-Aniello Gr?o
Eles costumam a dizer coisas interessantes e pertinentes sobre este assunto.
DFG
SUBJECT: Para Dr.PSI
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 04:40
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> experiência pessoal do listeiro, de exemplos, de preferência, reais.
>
> Atenciosamente, Antonio Renato.
eu nao vi ninguem mais dar exemplos, entao creio que esta se referindo a mim...
Dr. PSI, Dr. PSI.... tsc tsc tsc
se eu digo que nao vi nada do "outro mundo" entao minha experiencia é falsa?
vc só aceita os "indicios" a favor?
Eu nao vou perder tempo escrevendo um longo texto, como esse da maconha,
falando de efeitos que todos conhecem, pois nao acrescenta nada...
Prefiro ir direto ao que interessa.
Se eu tivesse um incrivel relato de telepatia sob efeito de LSD,
ficaria feliz em te escrever varias paginas. Mas nao tenho.
PLUR,
Vladimir
Só PET salva!
SUBJECT: Re: [ciencialist] Coeficiente de atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 06:08
>>O coeficiente de atrito pode ser maior do que 1? Por que?
Pode, desde que apareçam outras forças interfaciais. Experimente empurrar uma placa de vidro sobre outra placa de vidro e vc sentirá muito bem essa situação.
[]'
Léo
===============
SUBJECT: Hoje não tem almoço
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:02
Ainda há pouco bati na porta do quarto de meu filho. Ele estava, para
variar, jogando vídeo-game.
-"Renato! Hoje não podemos almoçar...", digo fazendo-me consternado.
-"Tá bem... Porque?"
-"Eu estava escutando no rádio que vai chover depois do almoço e eu tenho de
sair. Espere eu voltar para almoçar!"
E ele riu.
Inté.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:02
| >
| > "Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia e a
força
| > não se tornam a mesma coisa?
| > Carlos AR"
| >
| >
| > Oi
| > Lá vou eu me meter no que não domino.
| > Para Newton energia é trabalho, ou seja, fôrça multiplicada por espaço
| > (Fôrça é massa multiplicada por aceleração e aceleração é velocidade
| > dividida por tempo sendo que velocidade é espaço dividido por tempo). :P
| > Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na física de
Newton)
| é
| > igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de Einstein
| > (Dimensional de Tau = Dimensional de E).
| > Antonio Renato (AR).
| >
Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como Ondas,
são os únicos modelos postos para justificar "a transferência de energia" de
um sistema para outro. A energia se transfere de A para B quer através do
trabalho de forças (exemplo, trabalho do peso para alterar a energia
cinética de uma pedra em queda) quer através de ondas (exemplo, radiação).
Há apenas uma igualdade dimensional entre o modelo e a grandeza transferida.
Outra ligeira falha é tratar o 'trabalho' como se fosse uma 'entidade' real
(dai o erro de se usar a palavra 'trabalho' isoladamente, sem o seu devido
complemento que é "de forças"), como o é a energia; trabalho de forças 'não'
pode ser armazenado (nenhum corpo armazena trabalho), ele pode 'armazenar'
energia (tipo potencial) ou exibi-la como estado atual (tipo cinética,
elétrica etc.).
Outro deslize, definir entidades físicas através de expressões matemáticas.
Força não é massa vezes aceleração e nem aceleração é velocidade dividida
pelo tempo e nem velocidade é espaço dividido pelo tempo. Se assim o fosse
teríamos uma outra força que é constante (k) vezes espaço (x) [ F = k.x ] e
uma centena de outras forças. Entidades devem ser conceituadas independentes
de suas expressões matemáticas.
Outro deslize ... eu ter-me metido em assuntos de Gente Grande (é um
daqueles espasmos de cultura científica que me assola vez por outra ... nada
sério!)
[]'
Léo
====================
Oi Leo
É... Inda bem havia dito não dominar o assunto. Não obstante, aquilo que
disse aprendi como parte do curriculo para fazer o vestibular. E fui
aprovado!
Bem, o mundo continua girando e eu continuo fumando.
[]'
Antonio Renato.
Em tempo: Não entendi patavinas de sua msg. De qualquer forma obrigado pela
atenção.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia e Força
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:03
Este é um 3 em 1.
> | > "Sob algumas condições e sob alguns aspectos físicos, a energia
e a força
> | > não se tornam a mesma coisa?
> | > Carlos AR"
Não.##########>>Isso eu também há havia colocado. Certamente não da forma
veemente que vc colocou<<#########
A força é medida em Newton e a energia em Joule.
O Joule é Newton x Metro.#######>>Não entendi porque colocou estas unidades:
Não tem nada a haver... As unidades variam de acordo com o sistema que é
utilizado: C.G.S.; M.T.S.; M.K.S.; e M.Kgf.S.(Mais ou menos isso)<<#########
Portanto não podem ser a mesma coisa.########>>Acho que vc está querendo me
sacanear mais uma vez, como foi o caso da "velocidade da eletricidade". E,
em se falando nisso, nem vc e nem outro sábio da lista me respondeu qual a
velocidade da eletricidade em uma descarga no vácuo, em uma ampola de Crooks
por exemplo. Esta é uma dúvida que tenho, já que um professor dissera que
tal velocidade seria equivalente a velocidade das energias
(radiantes)<<##########
A Força pode ser causada pela variação da energia num certo caminho
Por exemplo a energia potencial V provoca uma força F tal que
F = dV/dr
Mas "pode ser causada" não é sinonimo de "se tornam a mesma coisa".
Em Teoria da elatividade Geral, a 4-força é apresentada com um termo
suplementar de variação da energia já que o 4-momento tem um termo de
energia
P = ( E/c , p ) 4-momento
f = dP/dt = ( (1/c)*dE/dt , F) 4-força
Mas a variação de energia no tempo é Potência.
##########>>Não estou entendendo chondas. E vc deve saber disso, posto
minhas colocações primárias. Então temos duas alternativas: Ou vc está
querendo me sacanear (mais uma vez); ou não está sabendo explicar pôrra
nenhuma! (Também sei falar francês)<<##########
A Potencia é que é encarada como uma força, no sentido em que "uma
força empurra num intervalo de espaço" então, a potencia "empura num
intervalo de tempo"
Potencia x tempo = Energia#########>>Pois é: Potencia é trabalho na unidade
de tempo. Se multiplicas Potencia por tempo, terás trabalho<<############
Força x Espaço = Energia ##########>> = Trabalho<<##########
Trabalho , pode ser encarado, grosso modo, como a diferença entre
energias: Energia1-Energia2=Trabalho#########>>Aí seria igual a zero. Vc já
me confundiu o bastante<<########
> | > Oi
> | > Lá vou eu me meter no que não domino.
> | > Para Newton energia é trabalho, ou seja, fôrça multiplicada por
espaço
Não é para Newton. É para todos os fisicos.
E não é energia que é trabalho, é Variação de Energia que é Trabalho.
> | > Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na física
de Newton)
> | é
> | > igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de
Einstein
> | > Antonio Renato (AR).
Joule é Joule. E diferença entre Joule e Joule é Joule tb.
Se de Joule tiro Joule, com quantos Joules fico ?
Não é interessante, é trivial :-)
Vc fala como se a mecanica de Newton fosse assente em entidades
diferentes da de Esintein.#########>>Tá bem que não seja. Desculpe minhas
limitações. Não tenho responsabilidade se me ensinaram que Einstein colocou
o tempo como quarta dimensão de espaço ao passo que, para Newton, eram três
as grandezas primárias: espaço, massa e tempo. Mas estou disposto a
aprender, desde que tenham alguma paciência e não me venha com um montão de
equações que, para mim, não fazem sentido algum. Como professor vc está
deixando a desejar<<############
> Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como
Ondas, são os únicos modelos postos para justificar "a transferência
de energia" de um sistema para outro.
Não é Trabalho e Calor ?
Sérgio
SUBJECT: n Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:04
>Andre: Quanto a agressividade eu concordo. Mas o "prazer na
violencia" ja e uma coisa diferente, agressividade nao implica
necessariamente prazer na violencia. O que me chamou a atencao foi a
>associacao entre testosterona e violencia por prazer, o que eu nao me
lembrava de ter lido antes, pelo menos nao desta maneira. Mas que faz
>sentido faz (nao que isso seja uma prova suficiente). Mas e notorio
que a violencia frequentemente leva a estados de excitacao, seja
individual (um serial killer) ou coletiva (brigas de torcidas,
>linchamentos, etc).
>Andre Baptista
Ha anos atras ########>>Redundante! Não existe anus na frente!<<########,
finda a ditadura no Brasil, li sobre ex-torturadores
relatando que as vezes tinham erecao quando "executando seu trabalho". O ser
humano e` isso ai`
Abs,
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fwd: [pcedilhab-divulgacao] Vencedores do Ig Nobel
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:05
"Desculpem para quem não entende idiomas alienígenas.
O famoso prêmio ignóbil."
Quando adoslescente tive uma namorada judia. Os pais dela, judeus tipo
antigo (A mãe russa e o pai polonês), não gostavam nada de a filha estar se
envolvendo com um 'gentio' ('goy').
Na casa deles era falado o Ydish ou o Francês.
Mas, na minha presença falavam o português. Eram pessoas educadas. Mesmo não
fazendo gosto no relacionamento em que a filha se envolvera, jamais me
faltaram a consideração.
Será que na 'NETIQUETA' não existe algum parágrafo a este respeito?
Abraços.
Antonio Renato.
Em tempo: Estamos no Brasil. Ou será que não?
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Como nasce um paradigma
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:05
Em Qui 17 Out 2002 15:48, you wrote:
> OI
> O que você relata é um condicionamento de segunda ordem. Muito
> interessante, por sinal.
> Abraço.
> Antonio Renato.
Só para ser "científico". Este texto não é meu, é um dos que circulam
anônimos pela internet. Não é um relato factual, mas uma analogia, pelo que
sugere o título, para ser usada sobre o comportamento humano.
Só para ter certeza que fui bem interpretado.
Aniello
Oi Aniello
Valeu a demonstração de seriedade.
[], Antonio Renato.
SUBJECT: 2n Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:06
AR escreveu:
>Gostaria de colocar que, nestas discussões envolvendo psicanálise, não
adiantam 'eruditismos' (Autores e datas). Não adianta citar uma dezena de
autores (Exceto Freud, que está sendo discutido) porque eles são humanos.
>Minha sugestão é citação da experiência pessoal do listeiro, de exemplos,
de preferência, reais.
Lúcio escreveu:
Acho uma sugestão meio difícil de seguir quando se está discutindo ciência.
Que tipo de experiência pessoal o listeiro pode apresentar sobre a teoria da
evolução, por exemplo? A emoção que sentiu ao ver o primeiro fóssil? De mais
a mais, quando se discute ciência, trabalha-se com idéias, conceitos,
teorias. Nesse caso, a citação é um recurso válido, não pra demonstrar
eruditismo, muito menos porque os autores citados estejam com a verdade ou
sejam entidades divinas que não podem ser questionadas (ao contrário do que
parece pensar o Taborda), mas porque eles são a fonte das idéias que estão
sendo discutidas ou podem fornecer algum subsídio útil. Nesse caso, a
citação entre aspas (a) permite diferenciar mais facilmente quais idéias são
do autor da mensagem e quais vêm de outros autores, e (b) minimiza o risco
de uma distorção conceitual causada por uma paráfrase apressada ou inábil.
Isso não impede que experiências pessoais, quando pertinentes, sejam
igualmente úteis. Tem lugar pra tudo numa discussão.
Abs.
L.
SUBJECT: 2n Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:07
AR escreveu:
>Gostaria de colocar que, nestas discussões envolvendo psicanálise, não
adiantam 'eruditismos' (Autores e datas). Não adianta citar uma dezena de
autores (Exceto Freud, que está sendo discutido) porque eles são humanos.
>Minha sugestão é citação da experiência pessoal do listeiro, de exemplos,
de preferência, reais.
Lúcio escreveu:
Acho uma sugestão meio difícil de seguir quando se está discutindo ciência.
Que tipo de experiência pessoal o listeiro pode apresentar sobre a teoria da
evolução, por exemplo? A emoção que sentiu ao ver o primeiro fóssil? De mais
a mais, quando se discute ciência, trabalha-se com idéias, conceitos,
teorias. Nesse caso, a citação é um recurso válido, não pra demonstrar
eruditismo, muito menos porque os autores citados estejam com a verdade ou
sejam entidades divinas que não podem ser questionadas (ao contrário do que
parece pensar o Taborda), mas porque eles são a fonte das idéias que estão
sendo discutidas ou podem fornecer algum subsídio útil. Nesse caso, a
citação entre aspas (a) permite diferenciar mais facilmente quais idéias são
do autor da mensagem e quais vêm de outros autores, e (b) minimiza o risco
de uma distorção conceitual causada por uma paráfrase apressada ou inábil.
Isso não impede que experiências pessoais, quando pertinentes, sejam
igualmente úteis. Tem lugar pra tudo numa discussão.
Abs.
L.
Oi novamente
Como sempre lúcido! (Sem trocadilhos, novamente).
Sou obrigado a engolir este sapo: Vc tem razão.
Obrigado pela atenção em responder a proposição disparatada de minha parte.
Forte abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:07
AR escreveu:
>Postei uma msg onde colocava a questão de que Freud
não fôra o primeiro a atinar para a existência do inconsciente. Não obstante
foi o primeiro a 'gerenciar' de forma pragmática tal
'descoberta'
Lúcio escreveu:
Justo. Foi graças a Freud que o inconsciente entrou na ordem do dia. O
simples fato de muita gente o considerar o inventor do inconsciente já
mostra que, antes dele, era um conceito obscuro, limitado aos poetas e
filósofos românticos.
>Virada do século passado: 1999 => 2000. Virada do
século retrasado: 1899 => 1900. Como vc interpreta seu
lapso?
Você tem alguma sugestão? ;-)
Abs.
L.
Oi Lúcio
Foi aos dez anos de idade que iniciei leituras interessando à psicologia,
psicanálise e afins. Aos dezesseis escrevi meu primeiro livro, jamais
publicado, ainda bem.
Estou com cinquenta e cinco anos de idade: Já imaginou o quanto lí?(Sou
míope. Leitura é um dos prazeres do míope) O quanto viví? Pois é, me perdi e
não sei mais se aquilo que penso é produto da minha criação ou se 'suguei'
de algum autor (Entende porque sugeri não citar autor?). Seja como for,
tenho idéias próprias. E gostaria de submetê-las ao crivo de pessoas
iluminadas (Sem gozação) como o Takata, p.ex.
Então percebo uma certa ojeriza quando se fala em psicanálise. Tomo uma
atitude cautelosa pois desejo que continuem lendo minhas msgs. Agora veja
vc, como é que se vai colocar o dogma freudiano do determinismo psíquico
para estas pessoas? Tem de ser devagar, com muita vaselina. E é justamente
este mote que desejo aprofundar.
Quanto ao lapso prefiro não arriscar: Estou certo de que vc tem alguma (ou
a) interpretação.
Forte abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 08:21
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 1:10 AM
Subject: [ciencialist] Adendo p/ Lucio
>Caro Lúcio, o que é/vem da Luz... :)
Oi, Ligýs, a melodiosa/eloquente... ;-)
>A Lígia gosta de ler pensamentos bem elaborados e gosta de ler o que
você escreve (e você já sabe disso ;).
Thx a lot.
> O "pobrema" (que são dois) é que ela acha que só o que se exercita é a
argumentação ao fazer
tantas citações e ao rebater a crueza da Física com a sutileza e
sensibilidade da Filosofia regada a termos que vão além do que ela,
simples física mortal, tende a aquilatar e "introjectar"
intelectualmente falando... :)
Mas eu recorri muito pouco à filosofia nesse debate, Ligia. No mais das
vezes, o processo na argumentação tem sido o seguinte:
1) eu digo (a).
2) o Taborda diz que só quem não entende de física pode dizer (a).
3) eu cito físicos que dizem (a).
4) o Taborda diz que eu não entendi direito, porque eles quiseram dizer (b).
5) eu torno a citar os físicos pra mostrar que eles não quiseram dizer (b),
mas (a).
6) o Taborda diz que eles não entendem de física ou estão ultrapassados.
7) eu expresso o meu espanto (irônico) com a alegação de que os principais
nomes da física não entendem de física.
8) o Taborda me acusa de endeusá-los.
No final, termina tudo como começou, eu com (a) e ele com (b). E assim
caminha a humanidade...
>Falando sério, você dá um show de cultura. M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!!!
(nota: eu costumo medir meu entusiasmo pelo número de pontos de
exclamação e, diga-se de passagem, raramente eu excedo em número além
dos 3...).
Thx a lot again (encabulado). ;-)
>Mas, agora pergunto, e o que é que tudo isso que voc6e
expõe com tamanha desenvoltura pode provar em termos de BB,
PELAMORDEDEUS!
Provar em que sentido, Ligia? Provar que a Teoria do Big Bang ocorreu ou
demonstrar a maneira como ocorreu, isso eu não posso mesmo. Agradeço pelo
"show de cultura" mas, por mais que isso fosse verdade, querer provar uma
teoria que os nomes de ponta da cosmologia vêm tentando demonstrar há quase
um século, que é o que o Taborda parece exigir, ia ser muita pretensão pro
meu pobre caminhãozinho. Até porque, diferente do que o Taborda acha, eu não
*acredito* piamente na teoria do Big Bang - aliás, eu não acredito
*piamente* em nada neste mundo (e em muito pouca coisa no outro). Acontece
que, de todos os modelos propostos pra explicar a origem do universo, o Big
Bang me parece o mais adequado, mesmo com todas as suas imperfeições e
inconsistências. Se alguém aparecer com uma teoria mais completa, eu largo o
Big Bang na hora. Mas é melhor ter uma hipótese de trabalho, mesmo
problemática, do que hipótese nenhuma. Não vejo sentido em jogar o Big Bang
no lixo pra ficar com vagas afirmações do tipo "o universo sempre existiu",
que a meu ver levanta problemas conceituais ainda mais sérios que o Big Bang
(apesar de também contar com defensores de peso, como o falecido Fred
Hoyle).
>Você está dando nó em pingo d'água e mostrando
a "arma do crime", só para não falar naquele pedaço de madeira usado
para matar cobras...
É a minha única defesa, Ligia. Toda vez que eu faço alguma afirmação com a
qual ele não concorda, o Taborda saca do bolso o fato de eu não ser físico
pra dizer que eu não sei do que tô falando. Meu único recurso é mostrar que
essa afirmação é sustentada pelos próprios físicos. Quando eu cito Bohr,
Hawkings ou Einstein, o objetivo não é provar que o que eu estou dizendo
está certo, nem endeusar esses caras, mas apenas derrubar o argumento de que
só um não-físico poderia dizer essas coisas. Eles podem estar errados mas,
diferentemente de mim, *são* físicos e ninguém em sã consciência pode dizer
que eles não entendem de física - embora o Taborda tenha chegado muito perto
disso algumas vezes, chegando até mesmo a questionar a honestidade
intelectual do Hawking, insinuando que ele só quer ganhar dinheiro às custas
das massas ignorantes. Ou seja, sempre argumentos ad hominem - se o hominem
aí não sou eu, é o Hawking ou outro qualquer. Eu não sou físico mas faço o
que posso, e conheço o suficiente pra saber que há áreas da física - como o
problema da medição ou a teoria do Big Bang - que ainda estão em aberto,
sujeitas a muitas interpretações contraditórias. O Taborda escolheu a
interpretação que está mais de acordo com a visão de mundo dele - não existe
um problema da medição e a teoria do Big Bang é falsa - mas não pode querer
impor essa interpretação como a verdade absoluta, especialmente partindo pra
desqualificação intelectual de quem defende outras interpretações (eu sou
ignorante em física, Hawkings é um charlatão, Bohr está ultrapassado e por
aí vai). A variedade é o molho da vida, já dizia a Cleópatra de Shakespeare.
Bjs
L.
SUBJECT: Re: Celular
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 08:23
--- Em ciencialist@y..., Carol Sturari <carolsturari@u...> escreveu
> > Recebi um e-mail alertando para o uso de aparelhos celulares
durante o abastecimento de veículos (trecho abaixo). Devo realmente
desligar meu telefone quando estiver no posto??
> > [ ]'s
> > Carol
Pelo menos na cidade de São Paulo, independentemente disso ser
verdade ou não, vc *deve* desligar o celular nos postos de gasolinas,
porq. e' lei.
Conseguiram aprovar essa lei idiota na base do: se não é verdade ao
menos dá mais segurança.
Ha' mais chances de uma explosão ao se dar a partida no carro na hora
de sair.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 08:44
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 4:52 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
>Só quero chamar atenção para as respostas e os textos de:
>
>- Lucio Jorge Pina Manfredi
>e
>-Aniello Gr?o
>
>Eles costumam a dizer coisas interessantes e pertinentes sobre este
assunto.
Valeu, Douglas. Meu fã-clube penhorado agradece (meu fã-clube são minha
mulher e a minha mãe). ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 08:47
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 3:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?)
>Manuel: Ou seja, o tempo tem uma seta (dado que ele é assimétrico), o que
não significa que a seta voa. É isso?
Ótima analogia, Manuel. O exemplo que eu costumava citar era o de uma rua de
mão única - os carros passam por ela, mas a rua mesmo não flui com o
tráfego. Mas essa história da seta que não voa é muito melhor e mais
intuitivo - se importa se eu adotá-lo? ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 08:51
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 3:46 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?)
>Mas isto não implica que podemos interferir em eventos já ocorridos, por
exemplo.
Mas também não impede. O que impede é a barreira da velocidade da luz, que é
o que mantém a causalidade no lugar. Por outro lado, a relatividade geral
criou condições pra se supor que, em determinadas circunstâncias - por
exemplo, sob o efeito de um campo gravitacional muito intenso - a geometria
do contínuo possa (pelo menos, teoricamente) se dobrar sobre si mesma,
conectando um ponto no futuro a outro ponto no passado. Atualmente, quase
todas as histórias de viagem no tempo se apóiam em uma ou outra dessas
condições pra "fundamentar" o enredo.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 09:18
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 10:58 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Embora estatisticamente os q. nao sao fisicos falem mais disparates
sobre fisica do q. os q. sao fisicos, nao ha' uma relacao inequivoca.
Bem observado.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 09:58
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> qual ele não concorda, o Taborda saca do bolso o fato de eu não ser
> físico
Ate' ai', Taborda tbm nao e' fisico.
Embora estatisticamente os q. nao sao fisicos falem mais disparates
sobre fisica do q. os q. sao fisicos, nao ha' uma relacao inequivoca.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 10:28
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 9:07 AM
Subject: Re: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e
criacionismo - Takata, junte-se a nós)
>Foi aos dez anos de idade que iniciei leituras interessando à psicologia,
psicanálise e afins. Aos dezesseis escrevi meu primeiro livro, jamais
publicado, ainda bem. Estou com cinquenta e cinco anos de idade: Já imaginou
o quanto lí?(
É, eu não sou tão precoce. Escrevi meu primeiro livro com onze (infelizmente
publicado - mas numa edição mimeografada pelo meu professor de português,
graças a Deus só sobrou um exemplar) mas era uma novelinha de ficção
científica muuuuito ruim. Comecei a estudar psicologia, psicanálise e afins
com a idade que você escreveu o teu primeiro livro. Como eu só (só?!?) tenho
32, provavelmente ainda tô longe de igualar a tua soma de leituras. Mas eu
me esforço... ;-)
>O quanto viví?
É, o preço que eu paguei por ter lido tanto foi ter vivido pouco. Não tem
jeito, ganha-se de um lado, perde-se do outro. É a vida... ;-)
>Pois é, me perdi e não sei mais se aquilo que penso é produto da minha
criação ou se 'suguei'
de algum autor (Entende porque sugeri não citar autor?).
Eu tenho uma certa preocupação com isso, manter claro (pelo menos na minha
cabeça) o que é meu e o que veio de outros autores. Mas, óbvio, sempre tem a
insidiosa criptomnésia, a gente fica todo feliz achando que teve uma puta
idéia genial e, um belo dia, folheando um livro que leu há anos, descobre a
idéia lá, com todas as letras. Ossos do ofício... ;-)
>Seja como for, tenho idéias próprias.
Espero que eu também tenha. Diferente do que o Taborda parece pensar, eu não
tenho o menor interesse em ficar regurgitando o que eu li em outros autores.
Eles me interessam apenas como ponto de partida pras minhas próprias
elocubrações, que às vezes conduzem por uns caminhos beeeem esquisitos...
>E gostaria de submetê-las ao crivo de pessoas iluminadas (Sem gozação) como
o Takata, p.ex.
Foi um dos motivos que me trouxe a esta lista.
>Então percebo uma certa ojeriza quando se fala em psicanálise.
É o espírito da época. Depois de ter sido o paradigma dominante por quase
cinqüenta anos, quando Freud explicava tudo, a psicanálise (e afins) anda
meio combalida - assim como o marxismo, outro que ditou moda e desde 1989 tá
meio em baixa no mercado. Mas acho que é só uma fase. É até útil pra limpar
essas escolas do ranço doutrinário e dogmático que se acumulou sobre elas
com o tempo. Fica mais fácil separar o joio do trigo assim.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 10:53
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 12:09 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Expoentes da Física entendem de física sim. O problema é quando
tal física que eles desenvolvem é apenas teórica. Pode-se divagar em
física usando equações complicadas que fundamentem idéias e é esse
tipo de devaneio sofisticado que vem sendo feito por vários senão
todos os físicos citados por você.
Oi, Ligia! Eu entendo a tua reticência mas (what a surprise) não compartilho
dela. Acho que esse tipo de especulação é válido, nem que seja como
exercício de imaginação, uma maneira de testar possibilidades, avançar até
os limites do que pode ou não ser pensado. Talvez fique mais fácil entender
minha posição sabendo-se que o que me trouxe à física foi, de um lado, a
filosofia, cuja fonte primeira é o espanto do ser humano perante o mundo, e
do outro, a ficção científica, um ramo da literatura que, no seu pior, não
produz nada a não ser aventuras espaciais com mulheres gostosas e monstros
de olhos esbugalhados mas, no seu melhor, é uma exploração artística do
potencial da ciência para gerar aquele mesmo sense of wonder que tá na
origem da filosofia. Então, problemas práticos no dia-a-dia do laboratório
não me interessam muito mas, em compensação, as aventuras da física teórica,
por menos que possam ser demonstradas experimentalmente, abrem um leque de
possibilidades que eu acho fascinante explorar.
>A questão básica da física moderna é uma até simples e que ao que parece
não vem recebendo a
devida atenção: COMO A ENERGIA TORNA-SE MATÉRIA...?
É outra questão que me interessa bastante, porque está no cerne da minha
principal preocupação, a saber, determinar como a realidade física que
percebemos é engendrada.
>Há até um físico, Andrey Linde, que afirma que há um
plano por trás dessa "demora" em se chegar a conclusões, simplesmente
para dar algum sentido às pesquisas puramente teóricas, visto que já
há condições para explicar-se o Universo (não apenas sua origem
mas "do que se trata") através do estudo da física das partículas,
posto que mesmo a Great Unification Theory já é possível e eles, os
teóricos, ficam lá, coçando os dedos em devaneios cada vez mais
elaborados e incompreensíveis.
Ouvi falar do Andrey Linde há pouquíssimo tempo, mas já tô atrás de mais
referências porque, pelo que eu li, ele considera que não é possível
entender a constituição do universo se não colocarmos a consciência na
jogada, e isso me pareceu bastante próximo do princípio antrópico
participativo do John Wheeler. Mas não posso dizer mais porque ainda não
estudei os trabalhos do Linde e, ao contrário do que o Taborda me acusou,
não gosto de falar de nenhuma questão antes de ter chegado pelo menos a uma
compreensão mínima do assunto. Mas, se você tiver alguma indicação
bibliográfica de onde eu posso encontrar material sobre isso, eu fico
imensamente agradecido.
>Vocês estão defendendo pontos de vista, não necessariamente
teorias. Ele apela para o que pode ser aproveitável em termos
práticos e você apela para o que há em termos de teorias.
Sim, o problema é todo esse. Eu não tenho muito interesse em questões
práticas e ele não tem interesse nenhum em questões teóricas. Fica um
diálogo de surdos.
>As teorias que apoiam o BB entram no mesmo que as crenças
religiosas, visto que defendem algo que não É, mas que pode ter sido
ou não... esta é a questão.
Não discordo. Mas eu também tenho muito interesse nas crenças religiosas.
;-)
>Andrey Linde pensa da mesma forma... sabe por quê? Porque ele
sabe que é rentável extender a pesquisa teórica para além do
plausível, porque dá um sentido grandioso à coisa toda e quanto mais
lantejoulas, mais vistoso fica... mas em termos práticos, em termos
de explicar o que É não é lá grande coisa... cai no mesmo que
discutir-se o sexo dos anjos. E Hawkins atualmene vem discutindo
bravamente se há um "bilau" ou uma "chiquinha" entre as pernocas
gorduchas dos querubins...
Não acho que seja questão de grana. Por tudo que eu li de e sobre o Hawking
até hoje, a obsessão dele me parece a que eu mencionei no primeiro
parágrafo - levar o pensamento até seu limite máximo, mesmo que isso
signifique entrar em áreas que parecem puramente especulativas. Não tenho
nem de longe a competência dele, mas me solidarizo muito com essa postura.
>L: Ele fala de um jeito sem jeito... eu não teria atacado assim as
suas idéias mas teria feito você perceber que é muito recheio para
pouco bolo... :)
Ah, quando eu era criança, eu era do tipo que comia todo o recheio e deixava
o bolo de lado mesmo... ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 11:09
Olá Lúcio!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Mas eu recorri muito pouco à filosofia nesse debate, Ligia. No mais
das
> vezes, o processo na argumentação tem sido o seguinte:
>
> 1) eu digo (a).
> 2) o Taborda diz que só quem não entende de física pode dizer (a).
> 3) eu cito físicos que dizem (a).
> 4) o Taborda diz que eu não entendi direito, porque eles quiseram
dizer (b).
> 5) eu torno a citar os físicos pra mostrar que eles não quiseram
dizer (b),
> mas (a).
> 6) o Taborda diz que eles não entendem de física ou estão
ultrapassados.
> 7) eu expresso o meu espanto (irônico) com a alegação de que os
principais
> nomes da física não entendem de física.
> 8) o Taborda me acusa de endeusá-los.
L: Expoentes da Física entendem de física sim. O problema é quando
tal física que eles desenvolvem é apenas teórica. Pode-se divagar em
física usando equações complicadas que fundamentem idéias e é esse
tipo de devaneio sofisticado que vem sendo feito por vários senão
todos os físicos citados por você. Mesmo Hawkins tem viajado
ultimamente simplesmente porque não há parâmetros para que se
encontrem explicações para além do tempo. Deve-se muito ao gênio
dele em termos de cosmogonia, até hoje ninguém conseguiu ir mais
longe do que ele na explicação do básico a ser entendido nessa
questão que é deslindar "como a singularidade funciona". Mas mesmo
assim, ao adentrar tal terreno, seja através da matemática
desenvolvida por Gödel, seja através de outros parâmetros, todos os
que vêm pesquisando deparam com uma barreira quase intransponível: o
que há ou houve além da singularidade. A questão básica da física
moderna é uma até simples e que ao que parece não vem recebendo a
devida atenção: COMO A ENERGIA TORNA-SE MATÉRIA...? O que permite
que haja uma ordenação dos quarks ou outro tijolo para que
energia "transforme-se" em átomos e estes e matéria? SE isso for
esclarecido, muito esforço e trabalho braçal desses físicos teóricos
seria poupado. Há até um físico, Andrey Linde, que afirma que há um
plano por trás dessa "demora" em se chegar a conclusões, simplesmente
para dar algum sentido às pesquisas puramente teóricas, visto que já
há condições para explicar-se o Universo (não apenas sua origem
mas "do que se trata") através do estudo da física das partículas,
posto que mesmo a Great Unification Theory já é possível e eles, os
teóricos, ficam lá, coçando os dedos em devaneios cada vez mais
elaborados e incompreensíveis.
> No final, termina tudo como começou, eu com (a) e ele com (b). E
assim
> caminha a humanidade...
L: Vocês estão defendendo pontos de vista, não necessariamente
teorias. Ele apela para o que pode ser aproveitável em termos
práticos e você apela para o que há em termos de teorias.
> >Mas, agora pergunto, e o que é que tudo isso que voc6e
> expõe com tamanha desenvoltura pode provar em termos de BB,
> PELAMORDEDEUS!
>
> Provar em que sentido, Ligia? Provar que a Teoria do Big Bang
ocorreu ou
> demonstrar a maneira como ocorreu, isso eu não posso mesmo.
Agradeço pelo
> "show de cultura" mas, por mais que isso fosse verdade, querer
provar uma
> teoria que os nomes de ponta da cosmologia vêm tentando demonstrar
há quase
> um século, que é o que o Taborda parece exigir, ia ser muita
pretensão pro
> meu pobre caminhãozinho. Até porque, diferente do que o Taborda
acha, eu não
> *acredito* piamente na teoria do Big Bang - aliás, eu não acredito
> *piamente* em nada neste mundo (e em muito pouca coisa no outro).
L: Não há o que se "crêr" em termos de BB. Há o que é plausível.
Veja que pensar em BB não requer lá muita elaboração: assume-se que
houve e dá-se o nome e as teorias que apoiem. O problema todo é
entender como a matéria é estruturada. Não há fundamentos para
idéias que apenas dêem um esboço de um suposto início para algo que É
e precisa ser entendido como É para que o que foi e o que será seja
possível de ser calculado. E os físicos teóricos vêm literalmente
colocando a carroça na frente dos bois nessa questão.
Acontece
> que, de todos os modelos propostos pra explicar a origem do
universo, o Big
> Bang me parece o mais adequado, mesmo com todas as suas
imperfeições e
> inconsistências. Se alguém aparecer com uma teoria mais completa,
eu largo o
> Big Bang na hora. Mas é melhor ter uma hipótese de trabalho, mesmo
> problemática, do que hipótese nenhuma. Não vejo sentido em jogar o
Big Bang
> no lixo pra ficar com vagas afirmações do tipo "o universo sempre
existiu",
> que a meu ver levanta problemas conceituais ainda mais sérios que o
Big Bang
> (apesar de também contar com defensores de peso, como o falecido
Fred
> Hoyle).
L: As teorias que apoiam o BB entram no mesmo que as crenças
religiosas, visto que defendem algo que não É, mas que pode ter sido
ou não... esta é a questão.
> >Você está dando nó em pingo d'água e mostrando
> a "arma do crime", só para não falar naquele pedaço de madeira usado
> para matar cobras...
>
> É a minha única defesa, Ligia. Toda vez que eu faço alguma
afirmação com a
> qual ele não concorda, o Taborda saca do bolso o fato de eu não ser
físico
> pra dizer que eu não sei do que tô falando. Meu único recurso é
mostrar que
> essa afirmação é sustentada pelos próprios físicos. Quando eu cito
Bohr,
> Hawkings ou Einstein, o objetivo não é provar que o que eu estou
dizendo
> está certo, nem endeusar esses caras, mas apenas derrubar o
argumento de que
> só um não-físico poderia dizer essas coisas.
L: Pronto, eu sou física. Posso dizer que tudo o que você expõe é
a "cream de la cream" em termos de física de ponta mas não dá
parâmetros para discussão em termos de Física, antes dá pano prá
manga em termos de "quebrar a crista" de quem se aventure a dizer que
você não é físico. Eis o problema com relação ao Taborda. Veja: eu
não o estou defendendo, antes eu afirmo que entendo o problema entre
vocês dois.
Eles podem estar errados mas,
> diferentemente de mim, *são* físicos e ninguém em sã consciência
pode dizer
> que eles não entendem de física - embora o Taborda tenha chegado
muito perto
> disso algumas vezes, chegando até mesmo a questionar a honestidade
> intelectual do Hawking, insinuando que ele só quer ganhar dinheiro
às custas
> das massas ignorantes.
L; Andrey Linde pensa da mesma forma... sabe por quê? Porque ele
sabe que é rentável extender a pesquisa teórica para além do
plausível, porque dá um sentido grandioso à coisa toda e quanto mais
lantejoulas, mais vistoso fica... mas em termos práticos, em termos
de explicar o que É não é lá grande coisa... cai no mesmo que
discutir-se o sexo dos anjos. E Hawkins atualmene vem discutindo
bravamente se há um "bilau" ou uma "chiquinha" entre as pernocas
gorduchas dos querubins...
Ou seja, sempre argumentos ad hominem - se o hominem
> aí não sou eu, é o Hawking ou outro qualquer. Eu não sou físico mas
faço o
> que posso, e conheço o suficiente pra saber que há áreas da física -
como o
> problema da medição ou a teoria do Big Bang - que ainda estão em
aberto,
> sujeitas a muitas interpretações contraditórias. O Taborda escolheu
a
> interpretação que está mais de acordo com a visão de mundo dele -
não existe
> um problema da medição e a teoria do Big Bang é falsa - mas não
pode querer
> impor essa interpretação como a verdade absoluta, especialmente
partindo pra
> desqualificação intelectual de quem defende outras interpretações
(eu sou
> ignorante em física, Hawkings é um charlatão, Bohr está
ultrapassado e por
> aí vai).
L: Ele fala de um jeito sem jeito... eu não teria atacado assim as
suas idéias mas teria feito você perceber que é muito recheio para
pouco bolo... :)
> A variedade é o molho da vida, já dizia a Cleópatra de Shakespeare.
L: Enfim, é através das batalhas que os homens provam seu valor.
Íde pois cavalheiros, a arena vos aguarda posto que meu "pitaco" é
findo... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 11:31
> Caso isso ocorra, caso a energia seja a mesma e tenha sido
> conservada apesar de tudo, pode surgir um Universo muito
> semelhante a este sim, por que não?
Olá Lígia, obrigado pela resposta.
O que me intriga realmente talvez não seja a questão se o universo é
cíclico ou não, mas se os eventos são determinísticos ou não.
Suponhamos que eu queira construir uma máquina para jogar golfe. A
princípio posso imaginar que ajustando a força e o ângulo do batida
do taco na bola eu poderia acertar qualquer buraco. Mas então eu
descubro que a pressão atmosférica interfere na trajetória da bola, e
incluo essa variável no meu cálculo. Tentando atingir a exatidão eu
espalho sensores por todo o campo para saber a velocidade do vento em
cada ponto e integro esses valores por toda a trajetoria esperada,
pois mínimas variações aqui e ali, provocam alterações. Por fim eu já
estaria incluindo no meu sistema um coeficiente de atração
gravitacional exercida pela Lua.
A minha noção de universo atualmente me sugere que esse número de
variáveis, independente de poderem ser humanamente sondáveis, é
finito, e os eventos são determinísticos. Aonde eu quero chegar: se
se repetisse em algum lugar exatamente as mesmas condições
primordiais do nosso universo, este novo universo seria uma cópia
exata do nosso. Se se conseguisse informações suficientes sobre esse
estado primordial, eu poderia conhecer toda a história universal, do
passado, presente e futuro, a trajetória de cada partícula, de cada
quanta de energia, por todo o tempo, pois seriam apenas funções
derivadas desse estado inicial. E quantas variáveis teria esse estado
inicial? massa e densidade? Me assusta pensar que sabendo tão pouco
poderia ser onisciente...
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 11:49
> O mais aceito é a teoria de universos diversos em ciclos diversos.
> O ovo cósmico que gera um big-bang é uma singularidade (densidade e
> curvatura infinitas) onde as leis físicas não se aplicariam.
Olá Aniello, obrigado por responder.
O quão infinito seria essa densidade e curvatura? Se nenhuma lei
física se aplicasse, faria sentido falar em "propriedades" desse ovo
cósmico? Eu imagino que esse estado inicial tenha propriedades,
independente da aplicabilidade de nossas leis físicas, que na
realidade são aproximações post-hoc. O que procuro entender é se o
universo é determinístico ou não. Se for, e se se pudesse conhecer as
propriedades desse ovo (quão denso, quão curvo, etc.), poderíamos
determinar o comportamento de cada átomo no universo, passado e
futuro, através de um número finito de funções derivadas dessas
propriedades iniciais.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Celular
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 12:22
Em Ter 22 Out 2002 09:23, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., Carol Sturari <carolsturari@u...> escreveu
>
> > > Recebi um e-mail alertando para o uso de aparelhos celulares
>
> durante o abastecimento de veículos (trecho abaixo). Devo realmente
> desligar meu telefone quando estiver no posto??
>
> > > [ ]'s
> > > Carol
>
> Pelo menos na cidade de São Paulo, independentemente disso ser
> verdade ou não, vc *deve* desligar o celular nos postos de gasolinas,
> porq. e' lei.
>
> Conseguiram aprovar essa lei idiota na base do: se não é verdade ao
> menos dá mais segurança.
>
> Ha' mais chances de uma explosão ao se dar a partida no carro na hora
> de sair.
E comparável a chance de bater a porta do carro e explodir tudo...
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e as culturas
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 12:23
Em Ter 22 Out 2002 04:52, you wrote:
> Só quero chamar atenção para as respostas e os textos de:
>
> - Lucio Jorge Pina Manfredi
> e
> -Aniello Gr?o
>
> Eles costumam a dizer coisas interessantes e pertinentes sobre este
> assunto.
Agradeço o apoio. Religião é um assunto que sempre me fascinou.
Aniello
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 12:24
Seguem alguns comentários sobre esse trecho em que aparece uma frase
bem interessante...
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Seg 21 Out 2002 09:31, you wrote:
> > ----- Original Message -----
> (...) A ciência é uma linguagem universal, pois é
> independente de valores pessoais e culturais, mas não é de alcance
universal.
>
> A ciência abrange apenas os fenômenos que podem ser testados
empiricamente. Isto é sua principal restrição. A ciência também se
restringe ao que é compreensível e cogniscível. O que está além da
razão não é assunto científico.
>
> Aniello
-------
FSK> Não... A ciência até pode ser considerada uma liguagem
universal, mas não está *acima* de valores pessoais e culturais, mas
isso não é o importante aqui. Primeiro, o conceito de ciência (e o
universo "científico") aqui utilizado está restrito ao
empírico/experimental, seguindo-se daí que o que não
for "empiricamente testável" (eu acrescentaria aqui um "ainda") não é
científico. Acredito que é esse o sentido aqui utilizado... Mas é
interessante notar que se de fato "A ciência também se restringisse
ao que é compreensível e cogniscível", ela simplesmente não
evoluiria... Fica apenas um gancho.
Mas a frase "O que está além da razão não é assunto científico." é
mais interessante. Ela é no mínimo totalmente paradoxal... Eu diria
logicamente inconsistente. Se eu assumo que há coisas "além da
razão", então temos 2 possibilidades: ou eu sei ao quê extamente eu
me refiro, ou então estou apenas anunciando uma possibilidade (apesar
da frase estar presente do indicativo...). Mas se eu desconheço, como
posso afirmar que essa coisa está "além da razão"? Então, com
certeza, devo saber ao quê me refiro. Mas se eu sei, então eu faço
essa afirmação tendo a própria razão como referência! Essa afirmação
faz uma espécie de apelo à alguma razão ulterior, uma "razão em
última instância". Ou seja, não escapa da *razão*, daí sua
inconsistência total.
O grande problema é que esse argumento frágil tem perspectiva
subjetivista, intelectualmente condenável, fenomenalista, e é
largamente utilizado na defesa de teses duvidosas, sob a alegação
muito conhecida do tipo "Isto está acima da "razão""". O que nos faz
retornar à questão de deus e de paranormalidades de toda espécie,
colocadas "à salvo" de algum tipo de escrutíneo lógico ou empírico,
já que estão "além da compreensão". Permite também legitimar o acesso
à essa "razão", com situações de "iluminação", pois quem afirma tal
coisa como "a razão (mundana) não alcança", certamente "sabe" qdo
algo ou alguém tem ou teve acesso ao "outro lado", ou mesmo teve
acesso à deus...
abraços,
FSK.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 12:30
Em Ter 22 Out 2002 09:51, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 22, 2002 3:46 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
> que é feito isso?)
>
> >Mas isto não implica que podemos interferir em eventos já ocorridos, por
>
> exemplo.
>
> Mas também não impede. O que impede é a barreira da velocidade da luz, que
> é o que mantém a causalidade no lugar. Por outro lado, a relatividade geral
> criou condições pra se supor que, em determinadas circunstâncias - por
> exemplo, sob o efeito de um campo gravitacional muito intenso - a geometria
> do contínuo possa (pelo menos, teoricamente) se dobrar sobre si mesma,
> conectando um ponto no futuro a outro ponto no passado. Atualmente, quase
> todas as histórias de viagem no tempo se apóiam em uma ou outra dessas
> condições pra "fundamentar" o enredo.
Os bons e velhos worn holes (buracos de minhoca).
Existe muito debate sobre a interpretação correta destas manipulações
matemáticas que permitem uma volta ao passado. A maioria das tentivas de
formalizar os worn hole e a volta no tempo incluem mecanismos de
imutabilidade do passado.
O tradicional paradoxo de alguém voltar no passado e matar sua mãe antes que
ela tenha filhos matêm sua validade. Se o filho matou a mãe, ela não gerou o
filho e portanto não pode ter sido assassinada por ele. Mas se ela não
morreu, gerou o filho e pode ter sido assassinada... etc...
Há uma reportagem interessante sobre isto no último número da cientific
american brasileira.
Aniello
SUBJECT: Boletim Terra Redonda 007
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Lista@str.com.br
DATE: 22/10/2002 12:40
******* Boletim Terra Redonda *******
Número 007 - Julho/Agosto/Setembro 2002
Sociedade da Terra Redonda
http://str.com.br
== Neste Número:
* Vote na STR no iBest 2003
* Revista da STR com Textos Exclusivos
* Quinto Debate da STR - Astrologia
* Thomaz Green Morton: Charlatão Desmascarado
* Carta-Aberta Automática Contra a Astrologia
* Finanças no Vermelho: Ajude a STR a Crescer!
* Novo Endereço da STR
* Novos Textos e Ensaios
* Informações
----------------------------------------------------------------------
* Vote na STR no iBest 2003
Estamos participando da edição 2003 do iBest, o maior prêmio da Internet
brasileira. Ajude-nos a ganhar este importante prêmio, votando no site do
iBest. A votação leva poucos minutos e é gratuita. Estamos concorrendo em
TRÊS categorias diferentes, vote na Sociedade da Terra Redonda EM CADA UMA
DELAS usando os links abaixo:
- Categoria Ações Sociais e ONGs:
http://premio.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDCategoria=54&IDSite=3824&NomeSite=Sociedade%20da%20Terra%20Redonda&Selo=1
- Categoria Religião e Esoterismo:
http://premio.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDCategoria=51&IDSite=3824&NomeSite=Sociedade%20da%20Terra%20Redonda&Selo=1
- Categoria Regional Rio de Janeiro:
http://premio.ibest.com.br/prevoting/prevote.asp?IDCategoria=79&IDSite=3824&NomeSite=Sociedade%20da%20Terra%20Redonda&Selo=1
Não se esqueça de avisar seus amigos, encaminhando-lhes este e-mail ou o
link http://str.com.br/principal.php#iBest .
* Revista da STR com Textos Exclusivos
Em dezembro será lançada a Revista da STR, cujo nome será escolhido em breve
pelos Membros Associados. Os Membros Associados também terão acesso ao
conteúdo com antecedência. Contendo somente textos exclusivos de autores
brasileiros, a Revista ficará disponível para download gratuito no formato
Acrobat. Em breve a publicação será em versão impressa. Neste primeiro
número teremos textos de José Colucci, Jorge Ducati, Renato Zamora Flores e
Francisco Prosdoscimi.
* Quinto Debate da STR - Astrologia
O Quinto Debate da STR terá "Astrologia" como tema e será iniciado em breve.
Os debatedores serão Alexey Dodsworth Magnavita, que representa a Associação
de Astrólogos da Bahia, e o engenheiro Alvaro Augusto de Almeida. Mais
informações em http://str.com.br/principal.php#Debate .
* Thomaz Green Morton: Charlatão Desmascarado
O dito paranormal Thomaz Green Morton foi desmascarado e não aceitou o
desafio de James Randi. O programa Fantástico da Rede Globo exibiu uma série
de matérias, com a colaboração da STR. Publicamos um texto sobre o caso
Morton vs. Randi em http://str.com.br/Str/morton.htm . Foi uma grande
vitória do ceticismo contra os charlatães que enganam tanta gente no Brasil.
* Carta-Aberta Automática Contra a Astrologia
Estamos indignados com o projeto de lei que tenta dar caráter profissional
ao charlatanismo conhecido como astrologia. Colocamos na Área Revolucione
uma carta-aberta de protesto automática. Ao visitar
http://str.com.br/Revolucione/astrologia.htm você poderá enviar
automaticamente uma mensagem de protesto para todos os parlamentares que
irão decidir se esta lei absurda entrará ou não em vigor. Participe, usufrua
do seu direito de cidadão e proteste contra esta sandice. Mais detalhes em
http://str.com.br/principal.php#Astrologia .
* Finanças no Vermelho: Ajude a STR a Crescer!
Você pode apoiar a existência e os projetos futuros da STR. Fazendo um
donativo ( http://str.com.br/apoio.htm ), comprando nossos produtos na Área
Compras ( http://str.com.br/Compras ), tornando-se Membro Associado (
http://str.com.br/Membros ) ou anunciando um banner (
http://str.com.br/anuncie.htm ) você contribui para que nossa organização
continue existindo e prospere cada vez mais. As associações são
*extremamente* acessíveis, a um custo menor que R$ 0,06 (seis centavos) por
dia! Lembramos que nossas finanças estão -=negativas=- e são públicas,
podendo ser conferidas no endereço http://str.com.br/financas.htm .
* Novo Endereço da STR
Temos agora um novo endereço na Internet: http://str.com.br . O endereço
antigo continuará funcionando durante um ano para páginas e e-mails.
Atualize seus links e favoritos!
* Novos Textos e Ensaios
Estes são os textos e ensaios que foram publicados neste último trimestre.
Visite a Seção Novidades ( http://str.com.br/novo.htm ) para uma lista
completa. Não se esqueça de enviar seus comentários e críticas, preenchendo
o formulário no final de cada texto.
20/10
= O Inexplicável e o Pensamento Mágico
. http://str.com.br/Str/inexplicavel.htm
15/10
= Ateísmo Evangélico: Extraviando Crentes
. http://str.com.br/Atheos/evangelico.htm
= Meme, Eu Mesmo, Eu
. http://str.com.br/Scientia/meme2.htm
= O Povo Burro e os Padres Pedófilos
. http://str.com.br/Libertas/povo.htm
14/10
= A Procura por Inteligência Extraterrestre
. http://str.com.br/Scientia/procura.htm
= Partido dos Trabalhadores do Reino de Deus
. http://str.com.br/Libertas/partido.htm
= Ateísmo: Uma Visão Afirmativa (1980)
. http://str.com.br/Atheos/afirmativa.htm
04/10
= Argumentos Comuns
. http://str.com.br/Atheos/argumentos2.htm
04/08
= Thomaz Green Morton: Charlatão Desmascarado
. http://str.com.br/Str/morton.htm
30/07
= O Ateísmo Como Direito
. http://str.com.br/Atheos/direito.htm
26/07
= A Verdadeira Razão do Celibato Clerical
. http://str.com.br/Atheos/celibato.htm
22/07
= Escrito Sob As Estrelas
. http://str.com.br/Str/estrelas.htm
10/07
= Objeções à Astrologia
. http://str.com.br/Str/astrologia2.htm
08/07
= Uma Nação, Sob Deus
. http://str.com.br/Libertas/nacao.htm
* Informações
Este boletim foi enviado pois você se registrou como Membro (
http://str.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz parte das
principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua portuguesa. Caso
não queira mais receber os boletins -=trimestrais=- diretamente por e-mail,
envie mensagem para Str@str.com.br com o título "Remover do Boletim".
Pedimos desculpas aos cadastrados em mais de uma lista pelas mensagens
duplicadas.
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 12:48
Em Ter 22 Out 2002 09:02, you wrote:
> Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como Ondas,
> são os únicos modelos postos para justificar "a transferência de energia"
> de um sistema para outro. A energia se transfere de A para B quer através
> do trabalho de forças (exemplo, trabalho do peso para alterar a energia
> cinética de uma pedra em queda) quer através de ondas (exemplo, radiação).
> Há apenas uma igualdade dimensional entre o modelo e a grandeza
> transferida. Outra ligeira falha é tratar o 'trabalho' como se fosse uma
> 'entidade' real (dai o erro de se usar a palavra 'trabalho' isoladamente,
> sem o seu devido complemento que é "de forças"), como o é a energia;
> trabalho de forças 'não' pode ser armazenado (nenhum corpo armazena
> trabalho), ele pode 'armazenar' energia (tipo potencial) ou exibi-la como
> estado atual (tipo cinética, elétrica etc.).
> Outro deslize, definir entidades físicas através de expressões matemáticas.
> Força não é massa vezes aceleração e nem aceleração é velocidade dividida
> pelo tempo e nem velocidade é espaço dividido pelo tempo. Se assim o fosse
> teríamos uma outra força que é constante (k) vezes espaço (x) [ F = k.x ] e
> uma centena de outras forças. Entidades devem ser conceituadas
> independentes de suas expressões matemáticas.
>
> Outro deslize ... eu ter-me metido em assuntos de Gente Grande (é um
> daqueles espasmos de cultura científica que me assola vez por outra ...
> nada sério!)
>
> []'
> Léo
> ====================
>
> Oi Leo
> É... Inda bem havia dito não dominar o assunto. Não obstante, aquilo que
> disse aprendi como parte do curriculo para fazer o vestibular. E fui
> aprovado!
> Bem, o mundo continua girando e eu continuo fumando.
> []'
> Antonio Renato.
>
> Em tempo: Não entendi patavinas de sua msg. De qualquer forma obrigado pela
> atenção.
Tentando botar em termos mais simples (mesmo que mais imprecisos). No segundo
grau você aprendeu que a energia cinética de um corpo corresponde a E= mvv/2
, correto?
Assim, um corpo em MRU (movimento retilíneo uniforme) possue energia cinética
desde que sua velocidade e massa sejam diferentes de zero. Você também
aprendeu que, não agindo forças sobre um corpo, ele fica em repouso ou segue
em MRU (inéria).
Também aprendeu que trabalho é igual ao produto entre força e deslocamento:
T=fd. Quando não há forças agindo, não há trabalho.
Mais ainda, aprendeu que , por exemplo, ao colocar lápis que caiu no chão de
volta a mesa, ele ganha energia potencial gravitacional. O ganho de energia
potencial gravitacional vai ser igual ao trabalho realizado por seu braço
para colocálo de volta a mesa. Ou seja, o trabalho realizado sobre um corpo
corresponde a variação de energia de um corpo. Não é por acaso, pois trabalho
é exatamente uma das duas formas possíveis para tranporte de energia. Se você
duvida, calculemos a energia potencial do lápias de massa m sobre uma mesa de
altura h.
E= gmh. Como gm é nada mais que o peso do lápis, é o trabalho mínimo
realizado para colocar o lápis em cima da mesa é de T=ph (onde p é o peso do
lápis), temos que o trabalho corresponde ao ganho de energia potencial.
Formalizando: um corpo com energia tem a capacidade de realizar trabalho. Ao
realizar trabalho, um corpo tranfere energia para outro corpo ou para o
ambiente. Outra forma de trasmitir energia é por ondas. O mar transmite parte
de sua energia cinética para o surfista, a luz do sol aquece os objetos que
ilumina, etc...
Entendeu?
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fwd: [pcedilhab-divulgacao] Vencedores do Ig Nobel
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 13:07
Em Ter 22 Out 2002 09:05, you wrote:
> "Desculpem para quem não entende idiomas alienígenas.
> O famoso prêmio ignóbil."
>
>
>
> Quando adoslescente tive uma namorada judia. Os pais dela, judeus tipo
> antigo (A mãe russa e o pai polonês), não gostavam nada de a filha estar se
> envolvendo com um 'gentio' ('goy').
> Na casa deles era falado o Ydish ou o Francês.
> Mas, na minha presença falavam o português. Eram pessoas educadas. Mesmo
> não fazendo gosto no relacionamento em que a filha se envolvera, jamais me
> faltaram a consideração.
> Será que na 'NETIQUETA' não existe algum parágrafo a este respeito?
> Abraços.
> Antonio Renato.
>
> Em tempo: Estamos no Brasil. Ou será que não?
Não todos e não necessariamnete, Estamos na internet, e no momento posso
estar contribuindo de Madagascar.
Na verdade, esta é uma questão de definição de regras interna à lista. A
NETiQUETA é um código de conduta não escrito que tenta estabelecer regras de
convívio mínimo na net. Não vejo por que não seja permitida uma lista de
discussão que seja primordialmente em uma língua, mas que aceite textos em
outras, ou mesmo listas bilíngues. E estas listas não deveriam ter
necessariamente inscrição fechada para falantes das duas línguas.
Se na ciêncialist se aceita apenas mensagens em português, esta mensagem em
inglês foi uma violação as regras da lista. Mas não recebi nenhum alerta do
moderador da lista nem na inscrição nem após ela que a lista seja apenas para
mensagem em português. Sendo uma lista brasileira, é razoável que a língua
preferencial seria o português. Mas isto não implica que seja a única língua
aceita.
A maioria da lista aqui é capaz de entender português e inglês. Ao receber um
texto que seja de interesse da lista (como acredito que seja a lista do
ignóbil) e que esteja em inglês, creio que seja uma postura razoável
acreditar o trabalho pessoal de fazer uma tradução seria de pouco ganho para
a lista. Uma tradução de um texto não é um esforço simples, demanda tempo e
esforço, a menos que eu optasse pelas traduções automáticas da internet, esta
estando disponíveis para falantes de qualquer língua e inclusive a você. Esta
é uma lista de discussào informal que tem como objetivo principal um debate
espontâneo entre membros voluntários. Não estou disposto a fazer traduções
para colocações simples já prontas em uma linguagem que 90% da lista entenda.
Aniello
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 13:20
Oi de novo Lúcio!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Oi, Ligia! Eu entendo a tua reticência mas (what a surprise) não
compartilho
> dela. Acho que esse tipo de especulação é válido, nem que seja como
> exercício de imaginação, uma maneira de testar possibilidades,
avançar até
> os limites do que pode ou não ser pensado.
L: Ótimo exercício para músculos cerebrais... leva a alguma
conclusão? Eu amo ver resultados, vai ver que é por isso que eu não
gosto muito da teoria. Veja que eu adoro ler sobre as descobertas
atuais através de observações diretas e indiretas.
Talvez fique mais fácil entender
> minha posição sabendo-se que o que me trouxe à física foi, de um
lado, a
> filosofia, cuja fonte primeira é o espanto do ser humano perante o
mundo, e
> do outro, a ficção científica, um ramo da literatura que, no seu
pior, não
> produz nada a não ser aventuras espaciais com mulheres gostosas e
monstros
> de olhos esbugalhados mas, no seu melhor, é uma exploração
artística do
> potencial da ciência para gerar aquele mesmo sense of wonder que tá
na
> origem da filosofia. Então, problemas práticos no dia-a-dia do
laboratório
> não me interessam muito mas, em compensação, as aventuras da física
teórica,
> por menos que possam ser demonstradas experimentalmente, abrem um
leque de
> possibilidades que eu acho fascinante explorar.
L: Então vamos definir as coisas: você gosta da Física no que
concerne à arte e à filosofia e há a Física que cruamente engendra-se
em aparelhos e satisfaz-se com a técnica de desestruturar átomos e
observar estrelas a partir de filtros ópticos e lentes de alta
resolução. Eu amo astronomia e adentro a cosmologia/física de
partículas porque gosto das estruturas galáticas e quero entender a
estrutura da matéria. Não me seria de todo horripilante entrar em um
lab/observatório e ver como as coisas funcionam ali, bem no cerne do
que é a matéria ao invés de chegar ao ápice das elucubrações em
frente a um quadro negro ou uma escrivaninha...
> >A questão básica da física moderna é uma até simples e que ao que
parece
> não vem recebendo a
> devida atenção: COMO A ENERGIA TORNA-SE MATÉRIA...?
>
> É outra questão que me interessa bastante, porque está no cerne da
minha
> principal preocupação, a saber, determinar como a realidade física
que
> percebemos é engendrada.
L: Pois é... esse é o X da questão. O resto é paramento, ou as
preliminares antes do ato, como queira... :)
> Ouvi falar do Andrey Linde há pouquíssimo tempo, mas já tô atrás de
mais
> referências porque, pelo que eu li, ele considera que não é possível
> entender a constituição do universo se não colocarmos a consciência
na
> jogada, e isso me pareceu bastante próximo do princípio antrópico
> participativo do John Wheeler. Mas não posso dizer mais porque
ainda não
> estudei os trabalhos do Linde e, ao contrário do que o Taborda me
acusou,
> não gosto de falar de nenhuma questão antes de ter chegado pelo
menos a uma
> compreensão mínima do assunto. Mas, se você tiver alguma indicação
> bibliográfica de onde eu posso encontrar material sobre isso, eu
fico
> imensamente agradecido.
L: Tem um texto sobre o que ele diz em um site a lá FAQ e é o que eu
recomendo:
http://www.cetesbr.org/andrei.htm
Ele é autor da Teoria do Universo Inflacionário... li sobre ele em
uma revista Istoé em um consultório médico. Depois só achei citações
sobre ele e o trabalho dele na internet. Ao que parece não há livros
de sua autoria.
webserver.ciar.ca/web/prmem.nsf/adf6528af11c653985256905004dc161/
9c2daa00dafb8a9e852567350070f581!OpenDocumen
Este link quebra. Tente acessar copiando o "rabinho" que falta e
colando em endereço no browser. Aí você tem dados biográficos dele.
E um arquivo em PDF ( Adobe Acrobat) em inglês sobre a Supergravidade:
online.itp.ucsb.edu/online/cmb_c02/linde/pdf/Linde.pdf
A partir disso dá para ter uma idéia do porte desse homem... :)
> >As teorias que apoiam o BB entram no mesmo que as crenças
> religiosas, visto que defendem algo que não É, mas que pode ter sido
> ou não... esta é a questão.
>
> Não discordo. Mas eu também tenho muito interesse nas crenças
religiosas.
> ;-)
L: Acho que você iria amar Itzak Bentov. Você já leu "À espreita do
Pêndulo Cósmico"?
> Não acho que seja questão de grana. Por tudo que eu li de e sobre o
Hawking
> até hoje, a obsessão dele me parece a que eu mencionei no primeiro
> parágrafo - levar o pensamento até seu limite máximo, mesmo que isso
> signifique entrar em áreas que parecem puramente especulativas. Não
tenho
> nem de longe a competência dele, mas me solidarizo muito com essa
postura.
L: Talvez porque você encare a física da forma como ele encara: uma
plataforma de lançamento... :)
> Ah, quando eu era criança, eu era do tipo que comia todo o recheio
e deixava
> o bolo de lado mesmo... ;-)
L: E eu comia só a cobertura... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 13:25
Em Ter 22 Out 2002 12:31, you wrote:
> > Caso isso ocorra, caso a energia seja a mesma e tenha sido
> > conservada apesar de tudo, pode surgir um Universo muito
> > semelhante a este sim, por que não?
>
> Olá Lígia, obrigado pela resposta.
>
> O que me intriga realmente talvez não seja a questão se o universo é
> cíclico ou não, mas se os eventos são determinísticos ou não.
> Suponhamos que eu queira construir uma máquina para jogar golfe. A
> princípio posso imaginar que ajustando a força e o ângulo do batida
> do taco na bola eu poderia acertar qualquer buraco. Mas então eu
> descubro que a pressão atmosférica interfere na trajetória da bola, e
> incluo essa variável no meu cálculo. Tentando atingir a exatidão eu
> espalho sensores por todo o campo para saber a velocidade do vento em
> cada ponto e integro esses valores por toda a trajetoria esperada,
> pois mínimas variações aqui e ali, provocam alterações. Por fim eu já
> estaria incluindo no meu sistema um coeficiente de atração
> gravitacional exercida pela Lua.
>
> A minha noção de universo atualmente me sugere que esse número de
> variáveis, independente de poderem ser humanamente sondáveis, é
> finito, e os eventos são determinísticos. Aonde eu quero chegar: se
> se repetisse em algum lugar exatamente as mesmas condições
> primordiais do nosso universo, este novo universo seria uma cópia
> exata do nosso. Se se conseguisse informações suficientes sobre esse
> estado primordial, eu poderia conhecer toda a história universal, do
> passado, presente e futuro, a trajetória de cada partícula, de cada
> quanta de energia, por todo o tempo, pois seriam apenas funções
> derivadas desse estado inicial. E quantas variáveis teria esse estado
> inicial? massa e densidade? Me assusta pensar que sabendo tão pouco
> poderia ser onisciente...
Na verdade, a física de partículas elementares violou a visão determinista do
mundo, vigente até então desde Newton (se não antes). É exatamente por não
podermos, mesmo com os dados completos e absolutamente precisos, determinar
nem mesmo a posição e a quantidade de movimento de um elétron (princípio da
incerteza de Heinsenberg), quanto mais fazer uma descrição exata de todo
universo, apenas uma descrição probabilística (a rejeição disto que gerou a
famosa frase de Eisntein: "De qualquer forma, estou convencido de que Ele não
joga dados"). Não se trata de uma imprecisão que possa ser corrigida, e sim
da própria natureza da matéria. Um elétron não é uma "pequena bolha de
bilhar" e ao tratarmos de um elétron temos que usar o conceito de orbital:
uma região probabilística onde o elétron deve estar.
Pior ainda, algumas interpretações da física quântica sugere que não pdemos
afirmar que um elétron realmente esteja lá antes de o observarmos.
E quem dera que a análise do universo primordial se resumisse a "massa e
densidade". A coisa é tão complexa que surgem hipóteses como a que estamos
dicutindo que o universo tem energia total zero, e que nos primódios a
expansão do espaço-tempo separou partículas virtuais que se anulariam em
instantes, obrigando elas a virarem partículas reais. Entendeu? Eu também não.
Aniello
SUBJECT: Caramba!
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 13:26
Uáu, 120 mensagens no dia de ontem (21.10) e já chegaram 50 até agora, 14:25h!
[]s
José Renato
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 13:38
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Olá Lígia, obrigado pela resposta.
L: Ora, é um prazer :)
> (...) Aonde eu quero chegar: se
> se repetisse em algum lugar exatamente as mesmas condições
> primordiais do nosso universo, este novo universo seria uma cópia
> exata do nosso. Se se conseguisse informações suficientes sobre
esse
> estado primordial, eu poderia conhecer toda a história universal,
do
> passado, presente e futuro, a trajetória de cada partícula, de cada
> quanta de energia, por todo o tempo, pois seriam apenas funções
> derivadas desse estado inicial. E quantas variáveis teria esse
estado
> inicial? massa e densidade? Me assusta pensar que sabendo tão
pouco
> poderia ser onisciente...
L: Em princípio, ao se descobrir como a energia torna-se matéria e
em quais condições, todas as respostas aos supostos estados do
Universo seriam achadas. E poder-se-ia criar Universos em
laboratório, isto porque, ao que tudo indica, a nível do que a
energia pode fazer quando estruturada em matéria, o tamanho não é
relevante... :)
Digamos que tudo o que é visto no Universo é efeito a partir de uma
causa única: a energia transformada em matéria. Seja a atração
gravitacional, seja o momentum, seja o tempo e o espaço decorrentes,
massa, tudo isso advém da criação da matéria a partir da energia.
Sem tal conhecimento, tudo o que vimos fazendo é tatear em busca de
respostas plausíveis. Ótimo que as equações/coeficientes/variáveis
levam a descobertas cada vez mais precisas do que é o cerne da
questão... mas ainda falta um "algo mais". A partir desse "algo
mais" que ainda falta, é que poderíamos encontrar respostas
concludentes a respeito da verdadeira natureza do Universo.
E, veja, é bem pouco e pode levar à compreensão de tudo. Neste
quesito de entender a natureza do Universo tudo pode ser muito
simples. O que tem faltado é observar do lado certo. :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 13:39
Em Ter 22 Out 2002 12:49, you wrote:
> > O mais aceito é a teoria de universos diversos em ciclos diversos.
> > O ovo cósmico que gera um big-bang é uma singularidade (densidade e
> > curvatura infinitas) onde as leis físicas não se aplicariam.
>
> Olá Aniello, obrigado por responder.
>
> O quão infinito seria essa densidade e curvatura? Se nenhuma lei
> física se aplicasse, faria sentido falar em "propriedades" desse ovo
> cósmico? Eu imagino que esse estado inicial tenha propriedades,
> independente da aplicabilidade de nossas leis físicas, que na
> realidade são aproximações post-hoc. O que procuro entender é se o
> universo é determinístico ou não. Se for, e se se pudesse conhecer as
> propriedades desse ovo (quão denso, quão curvo, etc.), poderíamos
> determinar o comportamento de cada átomo no universo, passado e
> futuro, através de um número finito de funções derivadas dessas
> propriedades iniciais.
Na verdade falar em densidade e curvatura infinitas é uma aproximação. O
exato seria falar que ao nos aproxirmarmos de uma singularidade, a curvatura
do espaço tenderia ao infinito (assim como a força da gravidade) e no
processo de formação de uma singularidade, ao nos aproximarmos dela teríamos
densidades que tenderiam ao infinito.
Primeiro: singularidade é um conceito que surgue da possibilidade de termos
um ponto material com massa (qualquer massa). Como um ponto material não
possue dimensões, se houver massa sua densidade será uma divisão por zero,
uma impossibilidade teoríca. A força de gravidade neste ponto também será uma
divisão por zero. A curvatura será uma divisão por zero. Um impossibilidade
matemática, porém possível fisicamente.
Além disto, partículas subatômicas necessitam de um espaço mínimo para
exister. Em uma singularidade teríamos uma quantidade de massa que não
poderia ser composta de nenhuma espécie admissível de partícula.
A teoria do big-bang inclue uma singularidade no início do universo partindo
da seguinte idéia: o universo está em expansão, e é finito espacialmente.
Isto significa que no passado o universo era menor. Podemos então retroceder
no tempo até um momento em que todo o universo estaria reduzido a volume zero.
Para este ovo cósmico, nenhuma lei se aplica. As únicas propriedades cabíveis
deste ovo cósmico é que ele teria a massa do universo inteira e um volume
zero. As outras são divisões por zero...
Mesmo que se pudesse conhecer as propriedades da singularidade original, pelo
princípio de incerteza de Heinsenberg não poderíamos descrever o
comportamento de cada átomo do universo. A física de partículas elementares
não é uma ciência determinista, e sim probabilística.
Aniello
> Abraços,
> Carlos Zardini
>
>
>
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> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:03
Não estava brincando, não. Eu gostaria muito de ler alguma análise
sobre isso... Aliás, eu acho muito interessante análises sobre o
comportamento das pessoas em papos virtuais. Mas tenho lido muito
pouco (aproximadamente nada) sobre o assunto. Alguém terá
sugestões interessantes de leitura?
Belisário
Oi Prof. Belisário
Não disponho de sugestões para leitura mas vou dar um pitaco.
Por vezes levo um problema pessoal para a 'esquina'. Lá encontro com quatro
pessoas. Coloco a questão. Retorno com cinco problemas.
Cada um tem suas idéias. Eu somente tenho posse da minha. Se a coloco para
quatro pessoas amplio meu universo com as propostas das outras quatro.
É assim que vejo a psicoterapia grupal de apôio. É assim que encaro o 'papo
virtual'.
No meu entender existe uma diferença: Os componentes do grupo virtual não
têm a possibilidade de se agredirem mutuamente. Estou falando de agressão
física mesmo (No momento não sei se física de Einstein ou de Newton). Devido
a este fato, se não fosse a moderação, haveria descatexização mais
satisfatória. Os 'contendores' poderiam externar de seus mais íntimos
anseios.
É bem verdade que no 'papo virtual' não gozamos da prerrogativa da
gesticulação, da entonação emotiva, etc. Também necessário saber
expressar-se através das palavras.
E o impulso inicial que posso oferecer.
Cordialmente, Antonio Renato.
SUBJECT: 2nRe: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
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TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:04
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Êpa, êpa, êpa! (rsrsrs) Não estávamos nos referindo à computador! A
> pergunta não foi respondida: Teve ou não teve a experiência
> mencionada? Serve ou não serve como teste a respeito da existencia
> do inconsciente?
Sim, nao estavamos falando de computador. Mas falavamos de dados q.
somem e desaparecem. Se nao confere a posse da inconsciencia ao
computador, entao tem algum elemento q. esta' faltando ser
explicitado para q. possamos considerar isso como indicio da posse da
inconsciencia no ser humano.
A descricao mencionada parece ser mais um caso de memoria do q. de
inconsciente.
De todo modo, eu tbm aceito a existencia de processos inconscientes
em nosso sistema nervoso. (Nao q. a minha aceitacao ou nao influa na
validade da hipotese.) Porem nao sei se ela se aplica como um bom
teste de hipotese da teoria psicanalitica. Provavelmente e' uma
condicao necessaria, mas nem de longe parece ser uma condicao
suficiente para estabelecer a teoria psicanalitica como uma
explicacao acima de qq duvida razoavel do funcionamento da mente
humana (ou de partes de seu funcionamento).
[]s,
Roberto Takata
Oi, dileto Takata
Estou certo de que conhece a fábula de La Fontaine (Só para citar o autor,
que deste me recordo), "A Raposa e as Uvas".
Vamos ver uma versão que confesso, pode não conferir com o original.
A raposa estava com fome. Ia passando por debaixo de uma parreira quando
visualizou um cacho de uvas maduras, deliciosas. Pulou tentando abocanhá-lo
mas, estava muito alto e ela ficou frustrada nesta e noutras tentativas para
alcançar as tais uvas. Extenuada segue a raposa pela estrada pensativa:
Estavam verdes! Mas escuta o ruído de algo que cai da parreira. Retorna
ansiosa: Era apenas uma folha.
A raposa, após tentar obter aquilo que lhe saciaria da fome, sai
perambulando. Sua mente (área consciente) está ocupada com a imagem das uvas
maduras. Com a referida imagem ocupando a 'consciencia' fica impedida de
'ver' outros alimentos no percurso. 'Surge' uma 'idéia' que transforma em
verdes as uvas deliciosas. Verdes, as 'uvas' são descartadas. A 'mente'
(Consciente) fica livre ('vazia') para ver e apreender outro alimento.
Percebe que ser trata de um processo visando adequar a raposa à sua
limitação? Que aquela limitação (Incapacidade de pular alto) não lhe impeça
vislumbrar outras alternativas em alimentar-se?
Por outro lado, a 'imagem' das uvas madura (alimentação) não foi 'excluida'
da 'mente': Numa possibilidade de acessar as uvas, a 'imagem' retorna.
A psicanálise denomina 'formação da reação' a este fenômeno. Mas, estou
certo de que vc terá muitos exemplos de animais que apresentam este
comportamento adaptativo, além do próprio Homem.
Pois então vc se reporta a memória. Porque não recordamos? Onde estão os
mnemas ou engramas (para ser erudito) no momento em que não estão ocupado a
área consciente?
Se podemos evocá-la, como por exemplo, a taboada, diz-se pré-consciente. Mas
caso contrário... Como vc mesmo admite no final de sua msgs, inconsciente.
Qual processo conduz a fêmea amamentar e proteger sua cria? Donde vem
'isso'?
O que faz um cachorro nadar, sem aprendizado prévio? Que faz um cachorro
virgem cobrir uma fêmea no cio? Numa segunda vez poderíamos supor que ele
está em busca do orgasmo, tinha um motivo, estava motivado. Mas, e na
primeira vez? (Instinct\Trieb, uma velha celeuma naqueles que traduziram
Freud)
Então temos: "...eu tbm aceito a existencia de processos inconscientes
em nosso sistema nervoso. ..."
Está pacífico este ponto?
"...mas nem de longe parece ser uma condicao suficiente para estabelecer a
teoria psicanalitica como uma explicacao acima de qq duvida razoavel do
funcionamento da mente humana (ou de partes de seu funcionamento). ..."
Lógico! Não é suficiente. Nota: A psicanálise interessa apenas e tão somente
a personalidade do Homem.
Gostaria de despertar seu interesse neste assunto. Estou certo de que poderá
trazer contribuições relevantes.
Forte abraço.
Vamos ver quem é mais chato.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:05
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> UAI, because, por que não? Nunca tive essa experiência de 'sexo
> virtual' e seria uma boa oportunidade de aprender como funciona a
> coisa!
E' como o disque-sexo. A diferença fundamental e' q. vc nao precisa
pagar pelo DDI.
Basicamente sao dois marmanjos, um se fazendo passar por mulher. Os
dois se enganam mutuamente qto 'as caracteristicas fisicas. Ai'
passam a trocar expressoes obscenas relacionadas ao intercurso sexual.
Eventualmente do outro lado do teclado esta' uma mulher. Mas nesse
caso mormente e' uma mulher decrepita.
[]s,
Roberto Takata
OI
Jamais tentei disque sexo ou sexo virtual. São nomes de alguma atividade que
desconheço. Mas uma coisa é certa: Não se trata de sexo! Do sexo animal,
tactual, olfatório e o scambau!
Talvez, agora me acode, seja uma atividade sexual comparável à masturbação.
Inté.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:05
Olá Antônio Renato,
> Gostaria de colocar que, nestas discussões envolvendo psicanálise, não
adiantam 'eruditismos' (Autores e datas). Não adianta citar uma dezena de
autores (Exceto Freud, que está sendo discutido) porque eles são humanos.
Doutra feita o listeiro Douglas bem colocou que os autores são pessoas como
nós e portanto sujeitos a contestação. Minha sugestão é citação da
experiência pessoal do listeiro, de exemplos, de preferência, reais.
Manuel: Acho que sou um dos que mais recorrem a citações por aqui. Cito o
autor da asserção, a obra de onde foi tirada, a edição e a página. Faço isso
por vários motivos: a) em respeito ao criador da idéia; b) para que meus
interlocutores possam recorrer à fonte, caso queiram se aprofundar ou
duvidem da minha palavra; c) porque tenho tempo para isso (estou de licença
por motivo de saúde); d) para contra-argumentar argumentos de autoridade do
tipo "eu tenho diploma e você é leigo", "você não compreendeu a idéia";
"bobagem!", "vá estudar!", etc.
E também porque quero que as pessoas, principalmente as do sexo feminino,
percebam como eu sou inteligente, erudito, culto, lindo de morrer, uma
individualidade realmente exuberante (quase um mito).
É a testosterona! Re re!
Brincadeirinha, pessoal! :-)
[]s,
Manuel Bulcão
Oi Manuel
Já dei o braço a torcer em uma outra msg dirigida ao Lúcio. Em verdade,
citar autor e data é uma deficiência minha, o que não exclui o fato de vc
ser lindo de morrer (rsrsrs).
Percebo sua erudição em verdade, mais para a teoria do que para a prática
(Nota-se quando dicorre a respeito de histeria).
O que pretendera seria orientar no sentido do interlocutor ter a
oportunidade de constatar por si mesmo àquilo que estou expondo. É a melhor
maneira de transmitir para uma pessoa que desconheça a teoria, ou pior, a
rejeite.
Pessoas inteligentes, como o Takata, são difíceis: Não sei se percebeu como
ele escorrega. A inteligência é uma arma de dois gumes: Tanto serve para
'compreender' ao Meio como também para estruturar defesas sólidas. Quando um
indivíduo inteligente não quer ver, enxerga menos que um cego. Então,
tentaremos fazê-lo escutar.
Termino desculpando-me por alguma interpretação leviana, já que dificilmente
acompanho àquilo que escreve por serem muito extensas as msgs. Leio e
respondo as msgs mais breves 'deixando para depois', numa pasta intitulada
"Longas", as que não dispus de tempo para ler. Suas msgs são sempre
'longas'.
Desculpe-me. Não tenho má intenção.
Com apreço,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] O regresso...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:06
Parece piada... mas não é!
Estava com uma cirurgia marcada para ontem, sábado. Bem, devido a
alguns problemas envolvendo o meu médico e impossibilitando-o de
operar-me, eis-me de volta. Como não é um caso de vida ou morte,
posso esperar... :)
Obrigada pelo apoio e carinho dos que se manifestaram! É sempre bom
saber que as pessoas se preocupam com a gente, apesar de eu não ter
escrito o que escrevi com o fito de preocupar quem quer que seja
(talvez incosncientemente...:). E desculpem se eu os deixei no "ar",
sem saber do que se tratava: eu estava meio perturbada com a idéia
de cirurgia. Notem que eu desmaio em cadeira de dentista, o que se
dirá de uma intervenção cirúrgica?
Bem... agora vou ler o que está acotnecendo por aqui.
Beijos, Lígia
Obrigada pela acolhida Álvaro e, diga-se de passagem, vinda de você é
algo inusitado... acho que o Takata tem razão;)
Explicando: É uma cirurgia meio grande, há uns 2 anos eu venho
protelando com isso mas agora realmente não dá mais para esperar
muito ( garanto que não é operação para mudança de sexo, viu?)... E
eu sinceramente fico muito preocupada toda vez que tenho que dar
entrada num hospital, apesar de todos os recursos, principalmente por
causa da anestesia: odeio a raquidiana.
Bem, como eu não fui submetida à cirurgia neste final de semana,
outra data vai ser agendada e eu vou me despedir novamente. Aí, caso
eu não volte, você vai ter a chance de avaliar que foi sério mesmo ;)
Beijos, Lígia
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
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Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Date: 20 Oct 2002, 11:45:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] O regresso...
Hehe, parece aquele filme "A volta dos que não foram"...
Seja bem vinda de volta, mas garanto que você deixou muita gente pensando
que era caso de vida ou morte.
Não precisa ficar com medo da cirurgia. Mesmo no Brasil eles já usam
anestesia, sabia? :-))
[ ]s
Alvaro Augusto
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Faço minha as palavras do Álvaro, já que fiquei mesmo sem saber o que dizer.
Boa sorte para você, também na cirurgia.
Antonio Renato.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
SUBJECT: Fase anal
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:07
On 19 Oct 2002 at 1:38, André Roviralta Dias Baptista wrote:
> O que o Roberto mencionou foi a existencia da tal "fase anal", pela
> qual todo mundo supostamente passa. Eu, gracas a deus, nao lembro da
> minha. :-))
##########>>Pois é... todos temos um pouco de cada sexo. Foi constrangedor
constatar minha homossexualidade: Minha parte feminina é 'sapatão', gosta de
mulher também!<<#########
André
Eu não sei do que estão falando quando caracterizam a "tal" de fase
anal. O fato de ter a necessidade de excitar a mucosa anal durante um
ato sexual não é algo que necessariamente esteja relacionado com a
fase anal.
O conceito psicanalítico de fase anal tem que ver com o que
psicanaliticamente se chama erotismo anal. É certo que a experiencia
do contacto das fezes com a mucosa anal parece significar uma
experiência prazeirosa para o bebê.#########>>Inclua-se neste 'prazer' não
somente alívio da tensão sigmóidea após a exoneração intestinal como também
a gratificação/aceitação do elogio por ter aprendido a defecar no pinico ao
invéz das fraldas<<########### Esta experiência tem que ver com
o poder de reter ou expulsar fezes. Esta realidade biológica (controle
de materia fecal) se registra no psiquismo como atos psíquicos
relacionados com reter e expulsar.
Há uma assimilação das atividade com diferentes representações.
Estas vão passando por diferentes estratos de significação e
adquirindo um carácter cada vez mais abstrato e distanciado
materialmente da imagem original.
Surge atitudes, fantasias e ideias relacionadas com o controle e o
poder. O prazer de controlar e de exercer o poder são exemplos de
atos psíquicos originados do erotismo anal.
O coito anal não precisa necessariamente ser identificado com
erotismo anal. Qualquer mucosa ou superficie pode eventualmente
servir como fonte de excitação sexual. Se a coisa fosse assim tão
fácel, poder-se-ia dizer que os "voyeur" teria passado por um difícil
"fase visual". Haveria fases de todo tipo, já que a excitação sexual
pode se localizada em qualquer superficie.
##########>>Certa vez recebi em minha casa um amigo e colega. Visitava-me
regularmente, mas observara algo de 'estranho' naquele dia. Embora nada
inquirisse ele acabou por confessar que estava vindo do consultório de um
colega que lhe fizera um 'toque' para examinar-lhe a próstata. Então inicia
multiqueixoso dos incômodos do exame. E não cessavam suas lamúrias quando
lhe interrompi incisivo: -"Ficou de pau duro?!" E ele me olha abestalhado.
Era isso que o incomodava. Expliquei-lhe que a próstata é órgão genital
masculino e, quando estimulada, poderia imbricar em ereção. Depois da
colocação, ficou mais tranquilo. O coito retal envolve estimulação mecânica
dos orgãos circunjacentes ao reto. No caso da mulher é a própria vagina,
útero e anexos. No homem, próstata, vesículas seminais e bulbo peniano. É
lógico que não está esgotado o assunto, mas é um bom impulso
inicial<<##########
[ ]s
Marco Aurelio
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
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Date: 20 Oct 2002, 02:27:01 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
Olá Marco,
Marco: Eu não sei do que estão falando quando caracterizam a "tal" de fase
anal. O fato de ter a necessidade de excitar a mucosa anal durante um ato
sexual não é algo que necessariamente esteja relacionado com a fase anal.
Manuel: Assim como os físicos divergem em suas interpretações dos fenômenos
quânticos, nós os freudianos também divergimos em algumas questões. Afinal,
nós também somos gente!
Eu entendo que o prazer que se obtém com a excitação da mucosa anal nada
mais é que a manifestação 'direta' e 'imediata' do erotismo anal. O que não
significa que apenas as pessoas que apresentam fixação da libido na fase
anal sejam capazes deste tipo de erotismo.##########>>O erotismo anal é o
normal. Aqueles que não usufruem seriam os 'bloqueados'. Gostaria de lembrar
que homem homossexual não é aquele que disfruta do erotismo anal, mas aquele
que se relaciona com outro homem. Me vejo obrigado a opinar. Não gostaria de
entrar nestes assuntos antes de uma "prévia". Seria a mesma coisa que dizer
ao paciente, em uma primeira consulta, que é ele mesmo quem procura pelos
sofrimentos dos quais se queixa. Agindo assim vai espantar ao Takata:
Pensará que somos loucos! Têm outros motes interessando à psicanálise que
são mais 'light'. Para se subir uma escada é necessário ultrapassar,
inicialmente, o primeiro degrau<<########### Os erotismos oral e anal
também estão presentes, como 'elementos subordinados', na prática sexual das
pessoas que atingiram a maturidade genital. Aliás, há quem diga que o ponto
G masculino é o períneo, aquela região localizada entre o saco escrotal e o
ânus. Excitando-se essa região no momento do coito, obtém-se um orgasmo
muito mais intenso. Depois de ler essa mensagem, corram para o banheiro e
verifiquem se não estou certo. :-))
Como o homem é um animal cuja relação com o mundo é mediada por símbolos (e
que, com freqüência, e sobretudo na infância, confunde as coisas com as suas
representações simbólicas), é natural que ocorra uma substituição:
substituição do objeto da libido por algo que o represente -- uma
representação arbitrária, estabelecida por convenção, ou qualquer coisa que
mantenha com o objeto 'primário' uma relação de semelhança (metáfora) ou de
contiguidade (metonímia). Por exemplo: é expulsando e retendo as fezes
que#######>>conseguem mobilizar a atenção parental. Ser elogiado por ter
evacuado no local adequado, trazer preocupação por não evacuar em
determinado dia, apresentar diarréia, etc. O cocô aparece como principal
motivo na vida da criança daquela faixa etária. Depois passa... para outra
fase no desenvolvimento psicossexual<<########### as crianças excitam a
mucosa anal com o fim de obter prazer. Mas tarde, após ter assimilado as
normas de higiene, a tendência é que a atividade libidinosa de reter as
fezes seja substituída por um 'ritual', dentre os quais o de entesourar
dinheiro (entesourar não é necessariamente uma atividade libidinosa, mas
pode ser, assim como um automóvel, que é um meio de transporte, não é
necessariamente um símbolo de status social, mas, ocasionalmente, pode ser
valorizado como tal).
Sobre o ouro como o sucedâneo das fezes, eis aqui um texto do Freud:<<A
psicanálise ensinou-nos que, no mais primitivo período da infância, as fezes
constituem substância muito apreciada, em relação à qual os instintos
coprófilos encontram satisfação. Com a repressão destes instintos, que é
acelerada tanto quanto possível pela educação, essa substância cai em
desprezo e então serve a propósitos conscientes como meio de expressar
desdém e menosprezo. Certas formas de atividade mental, tais como o chiste,
ainda são capazes de tornar a fonte obstruída de prazer acessível por um
breve momento, e assim demonstram quanto da estima que os seres humanos
outrora dedicaram a suas fezes ainda continua preservada no inconsciente. O
remanescente mais importante desta antiga estima é, porém, que todo o
interesse que a criança teve nas fezes transfere-se, no adulto, para outro
material, que aprende na vida a colocar acima de quase tudo o mais - o ouro.
Quão antiga é esta vinculação entre excremento e ouro pode-se ver a partir
de uma observação de Jeremias: o ouro, segundo antiga mitologia oriental, é
o excremento do inferno.>> (Os Sonhos no Folclore - Freud e Oppenheim)
Marco: O coito anal não precisa necessariamente ser identificado com
erotismo anal. Qualquer mucosa ou superficie pode eventualmente servir como
fonte de excitação sexual. Se a coisa fosse assim tão fácel, poder-se-ia
dizer que os "voyeur" teria passado por um difícil "fase visual". Haveria
fases de todo tipo, já que a excitação sexual pode se localizada em qualquer
superficie.
Manuel: Pelo pouco que sei, ou penso saber, aqueles homossexuais que só
obtém orgasmo mediante coito anal são indivíduos cujo desenvolvimento
psicossexual deteve-se diante da angústia da castração e em que se
verificou, a partir daí, uma regressão e fixação da libido na fase anal de
retenção.########>>O homem que procura coito retal, via de regra foi passivo
em sexo anal. É inseguro no relacionamento maduro e por isso regride.
Sente-se seguro ao 'pensar' que está produzindo uma 'sensação' que ele mesmo
conhece, ao passo que no coito vaginal não teria esta segurança. Mas é puro
equívoco: Como dito anteriormente, a sensação em ser sodomizado é diversa do
homem para a mulher desde que os órgãos envolvidos também são diversos. Não
esgotou o assunto. Algofilia também tem a haver com 'dominação'
anal<<#########
Segundo Freud, os bebês são "perversos polimorfos" na medida em que todas as
regiões do seu corpo são potenciais zonas erógenas, isto é, tornam-se zonas
erógenas ao serem estimuladas. O que distingue a boca, o ânus e a genitália
das demais zonas erógenas é a predominância que exercem sobre as demais. O
cotovelo pode vir a ser uma zona erógena (como também pode não vir a ser) ,
mas sempre sob a primazia de uma outra zona erógena: da mucosa oral, da
anal, da uretral ou da genital, dependendo da idade. Por isso que não se
fala em fase cotovelal, fase auricular, fase mamilar, fase ocular ou fase
nazal da libido.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: 2nRe: [ciencialist] Conversa de botequim
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:07
########>>Provavelmente? Porque 'diz' isso?<<#########
pq eu nao estava la
########>>Tente realizar algo semelhante, depois conversamos<<########
Em relacao a LSD, usei tres vezes...
existe sim uma impressao de integracao com outras pessoas,
principalmente se estas tb fizeram uso da droga...
mas nunca uma comunicacao significativa.
(uma frase completa, por exemplo).
conheco varias pessoas que usaram/usam, e os relatos das
experiencias que ouvi parecem ser sempre influenciados pela
crenca da pessoal.
E mesmo entre os credulos que conheco, nenhum relata nada
significativo.
<<<<<<<<<<>>>>>>>>>Se usou mesmo deverá ter algo mais significativo a
relatar. Aliás, deveria tê-lo feito antes<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>
to pensando em experimentar (em nome da ciencia, claro!)
Special K (ketamina) em breve... depois te conto.. :)
<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>Este anestésico, agora de uso veterinário, já foi
utilizado no Homem. Nas dosagens recomendadas leva ao sono: A 'viagem' seria
o sonho corriqueiro. Eu gostaria de experimentar 'ecstase' (ou algo que o
valha), mas não tenho mais o 'peito' que tive ao injetar éter sulfúrico na
veia. Na atualidade tenho outros motivos<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>
>é possivel a comunicacao pela expressao facial, por exemplo.
########>>É possível. Mas se assim foi, seria uma maneira de
comunicação não
convencional<<########
mas nao do "alem".
#########>>Vc pressupõe 'coisas'. Parece querer invalidar a
experiência mas
nada tem a acrescentar. Porque este relato mobilizou sua atenção?
Porque se
envolveu, tentando 'explicações' chinfrins? "Pode
ser", "provavelmente", "é
possível", "talvez"... Pô meu! Fala sério!<<###########
calma, Dr. PSI!
pra se afirmar qualquer coisa seriam necessarios
relatos bem detalhados de todos os envolvidos.
estou respondendo baseado no que eu li.<<<<<>>>>>>Pois então, baseado no que
leu, não deu para fazer os comentários que fez<<<<<<<>>>>>>>>>
PLUR
Vladimir
<<<<<<<<<>>>>>>>>PLUR
Antonio Renato.<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>
SUBJECT: Simplicidade
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:08
Oi gentem
Este papo de psicanálise ultrapassou do erudito para o prolixo, senão para o
desconexo.
Cada um fala um 'bocadinho'. Não exemplifica e não esgota o assunto. Não há
como discutir os assuntos propostos sem uma base. Pior, está reforçando a
rejeição daqueles que creem que os psicanalistas são uma cambada de
impostores, sectários do poder econômico.
Quando abrimos os olhos e olhamos ao nosso redor, somente poderemos ver uma
coisa: A Verdade! (O problema é conseguir abrir os olhos)
Não há como discutir as curas milagrosas que a psicanálise é capaz de levar
a termo com pessoas que não presenciaram tal milagre.
Já que não presenciaram, pelo menos que conheçam alguma coisa do arsenal
daqueles capazes de realizá-los. E isso é simples. Pode ser extenso, mas é
simples. Parece que estão querendo ocultar os verdadeiros preceitos. Criar
uma hermenêutica psicanalítica.
[O monitor do meu micro está dando problemas. Inicia a piscar e apaga. Estou
vendo que, em breve, não poderei mais desfrutar destas discussões.]
Nossa parte emocional (animal) se integra com o cosmos. O animal que existe
dentro de nós consegue, num coçar de cabeça, num olhar, num gesto,
transmitir para o outro animal uma quantidade de informações imensurável. Os
'animais' conversam entre sí. Zombam de nossa pretenciosidade e da maneira
complicada que arrumamos para nos comunicar. Fazem o que querem. Fazem gato
de sapato o nosso racional.
A teoria é muito bonita mas de nada vale longe da observação controlada seja
em laboratório ou na própria natureza. Se, determinado fenômeno não pode ser
invocado em situação experimental, talvez não exista.
Pô... estou cansado, estressado. Tenho outras preocupações que me impedem
concentrar-me... perdi a paciência.
Tchau.
Vou descansar.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:12
Em Ter 22 Out 2002 13:24, you wrote:
> -------
> FSK> Não... A ciência até pode ser considerada uma liguagem
> universal, mas não está *acima* de valores pessoais e culturais, mas
> isso não é o importante aqui.
Valores pessoais e culturais não possuem valor científico. O surgimento de
modelos científicos está ligado a cultura e ao indivíduo, mas a aceitação
deste modelo não.
> Primeiro, o conceito de ciência (e o
> universo "científico") aqui utilizado está restrito ao
> empírico/experimental, seguindo-se daí que o que não
> for "empiricamente testável" (eu acrescentaria aqui um "ainda")
Não podemos afirmar com certeza que tudo seja empiricamente testável (apesar
de eu acreditar firmamente nisto).
> não é
> científico. Acredito que é esse o sentido aqui utilizado... Mas é
> interessante notar que se de fato "A ciência também se restringisse
> ao que é compreensível e cogniscível", ela simplesmente não
> evoluiria... Fica apenas um gancho.
Não é verdade. Não ser compreendido é diverso de não ser compreensível. Não
ser compreendido é algo temporal. Quando falo que o modelo heliocêntrico não
teve sua validade compreendida na Grécia Clássica, não quero dizer que a
validade do modelo heliocêntrico seja imcompreensível.
O mesmo cabe ao cogniscível. Algo que não seja cogniscível (que não possa ser
percebido por questões inerentes a ela própria, e não por limitações no
método de observação) não está no alcance da ciência.
A religião defende a existência do incompreensível e do incogniscível, como
por exemplo o dogma da trindade (como pode ser Deus um e três ao mesmo
tempo?) ou das intenções divinas.
A ciência lida com os conceitos do incogniscível e imcompreensível. Por
exemplo, jamais poderíamos determinar a trajetória de um elétron (pirncípio
da incerteza de Heinserberg). Portanto a trajetória de um elétron é
incogniscível (se porém o elétron possue uma trajetória que não pode ser
medida ou não possue trajetória é outro debate). Uma divisão por zero é uma
operação imcompreensível. Não se trata de uma limitação como a antiga
limitação que números negativos não tem raiz quadrada. Ao admitirmos divisões
por zero fica fácil demonstrar que 1=2 e outros disparates.
Eu tenho confiança que cientificamente e talvez filosoficamente possamos
admitir que se algo é incompreensível ou incogniscível, este algo não existe.
mas isto é uma opinião, não um fato.
> Mas a frase "O que está além da razão não é assunto científico." é
> mais interessante. Ela é no mínimo totalmente paradoxal... Eu diria
> logicamente inconsistente. Se eu assumo que há coisas "além da
> razão", então temos 2 possibilidades: ou eu sei ao quê extamente eu
> me refiro, ou então estou apenas anunciando uma possibilidade (apesar
> da frase estar presente do indicativo...). Mas se eu desconheço, como
> posso afirmar que essa coisa está "além da razão"? Então, com
> certeza, devo saber ao quê me refiro. Mas se eu sei, então eu faço
> essa afirmação tendo a própria razão como referência! Essa afirmação
> faz uma espécie de apelo à alguma razão ulterior, uma "razão em
> última instância". Ou seja, não escapa da *razão*, daí sua
> inconsistência total.
Não. Eu posso saber exatamente do que estou falando, mas não poder
compreender o significado do que estou falando. Por exemplo, quando falo do
resultado de uma divisão por zero. Sei exatamente de que ente estou falando,
mas não posso me utilizar da razão para analisá-lo.
> O grande problema é que esse argumento frágil tem perspectiva
> subjetivista, intelectualmente condenável, fenomenalista, e é
> largamente utilizado na defesa de teses duvidosas, sob a alegação
> muito conhecida do tipo "Isto está acima da "razão""". O que nos faz
> retornar à questão de deus e de paranormalidades de toda espécie,
> colocadas "à salvo" de algum tipo de escrutíneo lógico ou empírico,
> já que estão "além da compreensão". Permite também legitimar o acesso
> à essa "razão", com situações de "iluminação", pois quem afirma tal
> coisa como "a razão (mundana) não alcança", certamente "sabe" qdo
> algo ou alguém tem ou teve acesso ao "outro lado", ou mesmo teve
> acesso à deus...
> abraços,
E por incrível que pareça, concordo com sua conclusão, mas não com suas
premissas. Admitir que algo está além da razão, é por sua natureza
imcompreensível ou incognicível, e tentar tirar algum conhecimento de sua
natureza depois disto é ridículo. Se a mediunidade está acima da razão, não
posso me utilizar da razão para analisá-la, e o debate se encerra. Tudo pode
ser dito, nada pode ser concluído. O mesmo vale para "energias sutis",
"essência divina", "natureza da alma", etc. Estes assuntos não podem ser
analizados sob a luz da razão (ainda?), e todo debate acerca deles, enquanto
não podemos nos utilizar da razão, é sem sentido. Discutir se tais coisas
existem ou não acrece de real sentido, a menos que um método racional ou
empírico possa ser utilizado.
Ou então estaremos discutindo qual o resultado de uma divisão por zero, ou o
sexo dos anjos.
Mas isto não impede relatos pessoais, elocubrações e divagações. E sabemos
que relatos pessoais, elocubrações e divagações possuem valores simbólicos e
metafóricos para o ser humano.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 14:17
----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o"
Sent: Tuesday, October 22, 2002 1:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
Permitam-me a intromissão nesse diálogo.
> Na verdade, a física de partículas elementares violou a visão determinista
> do mundo, vigente até então desde Newton (se não antes). [...] Um elétron
> não é uma "pequena bolha de bilhar" e ao tratarmos de um elétron temos que
> usar o conceito de orbital: uma região probabilística onde o elétron deve
> estar. Pior ainda, algumas interpretações da física quântica sugere que
> não pdemos afirmar que um elétron realmente esteja lá antes de o
observarmos.
Sem dúvida o elétron não é uma bola de bilhar, e esse teria sido um dos
grandes erros cometidos pelos físicos que antecederam os precursores da
física moderna. Mas ele não é uma bola de bilhar por dois motivos que nunca
foram pensados por esses físicos nem por seus sucessores. Em primeiro lugar,
porque ele tem uma estrutura interna diferente da estrutura interna de uma
bola de bilhar. E em segundo lugar, porque mesmo pensando-se nessa estrutura
primária, ou seja, num elétron globular, ou bolinha, o elétron gira, coisa
que no nosso dia-a-dia raramente observamos em uma bola de bilhar. E gira
numa velocidade angular absolutamente constante e a depender única e
exclusivamente do referencial no qual seu centro geométrico estaria em
repouso em relação a um referencial absoluto newtoniano. No referencial
absoluto, ou no referencial do centro do "Big-Bang", a velocidade angular
seria zero. No referencial da Galáxia, em movimento em relação ao
referencial absoluto, não haveria lugar para um elétron com velocidade
angular nula.
Pelo fato dessa "bolinha" (estrutura primária) estar girando, ela gera um
campo eletromagnético. Porém, esse campo não é um campo elétrico, no sentido
coulombiano do termo. Pois um campo elétrico, emitido por uma esfera
carregada, seria esfericamente simétrico (campo de Coulomb), o que não
acontece com o campo de um único elétron. Esse elétron também, embora esteja
em repouso translacional, gera um campo magnético diferente de zero e que
agirá sobre outros elétrons que estejam em movimento translacional em
relação a este. Ou seja, um elétron em repouso gera tanto um campo de
natureza elétrica quanto outro campo de natureza magnética, se bem que não
exatamente os mesmos campos da teoria de Maxwell, uma teoria perfeita, porém
criada para explicar o eletromagnetismo de fontes de campo não elementares.
Se essas bolinhas girantes se dispusessem em cima de uma bola de material
condutor e tais que os centros de giro passassem pelo centro da bola
macroscópica, aí sim teremos uma carga elétrica no sentido maxwelliano do
termo. E agora sim, por uma matemática notável, observaremos que o campo
elétrico da grande bola (somatória dos campos dos elétrons) será idêntico ao
campo descrito por Coulomb; e o campo magnético, também como que por magia,
desaparece totalmente nesta integração (ou melhor, somatória). Os campos do
elétron, tanto o de efeitos elétricos, quanto o de efeitos magnéticos, podem
ser descritos por uma única equação, ou seja, podemos chegar nas quatro
equações de Maxwell a partir de uma única equação e um pouquinho de bom
senso. Esta equação é das mais simples possíveis, qual seja, A = w/r, sendo
A um campo vetorial a que chamo campo de informações eletromagnéticas, w um
vetor proporcional ao giro e r a distância entre o elétron (centro do
elétron) e o ponto em que se mede o campo. Demonstro, em meu site (A equação
do elétron e o eletromagnetismo), como chegar dessa equação nas leis
macroscópicas de Coulomb e de Ampère. A obtenção das outras duas equações
não foge muito da linha seguida na teoria de Maxwell, e portanto deixo de
comentar a respeito.
A partir dessas idéias, não é difícil entender porquê os físicos modernos
foram obrigados a inventarem os orbitais probabilísticos, algo que na
realidade não existe. Esses orbitais são hoje os descendentes diretos das
"órbitas permitidas" de Bohr, um local onde o elétron estaria AUTORIZADO a
desobedecer a teoria de Maxwell. Provavelmente, quem autorizou teria sido
Aquele mesmo que não joga dados, segundo Einstein. Daí a chegarmos na física
quântica atual, com a incerteza de Heisenberg, a equação de Schrödinger, o
princípio da complementaridade de Bohr, os critérios de utilidade e outros
absurdos que se fabricou em série no século XX, não falta muito. E não é
difícil também explicar com esse elétron "bolinha de bilhar GIRANTE" muitos
dos sucessos aparentes da teoria da relatividade, pois que essa também
apoiou-se na teoria de Maxwell com a interpretação dada por Lorentz.
Vou parar por aqui pois a mensagem já está de bom tamanho.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:20
Em Ter 22 Out 2002 14:38, you wrote:
> L: Em princípio, ao se descobrir como a energia torna-se matéria e
> em quais condições, todas as respostas aos supostos estados do
> Universo seriam achadas. E poder-se-ia criar Universos em
> laboratório, isto porque, ao que tudo indica, a nível do que a
> energia pode fazer quando estruturada em matéria, o tamanho não é
> relevante... :)
Acho que vale a pena trocar "supostos estados do Universo" por possíveis
estados do Universo". Com um mesmo estado inicial posso ter vários resultados
finais em um sistema físico fechado. Hoje em dia se repetirmos o mesmo
experimento rigorosamente sob as mesmas condições o esperado é chegar a
resultados diversos.
E o próprio fato de estarmos fazendo o experimento interfere no sistema.
Hoje a onisciência científica é inviável.
Aniello
SUBJECT: RES: [ciencialist] Caramba!
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 14:35
> De: José Renato
>
> Uáu, 120 mensagens no dia de ontem (21.10) e já chegaram 50
> até agora, 14:25h!
Caramba é apelido!!!
Sugiro que os colegas listeiros atentem rigorosamente para as
regras de postagem, mantendo o texto da mensagem original na parte
de cima e a resposta logo abaixo.
Por favor, tentem ser mais enxutos. Há textos que parecem verdadeiros
tratados!!!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 14:46
> Na verdade, a física de partículas elementares violou a visão
> determinista do mundo, vigente até então desde Newton (se não
> antes). É exatamente por não podermos, mesmo com os dados completos
> e absolutamente precisos, determinar nem mesmo a posição e a
> quantidade de movimento de um elétron (princípio da
> incerteza de Heinsenberg), quanto mais fazer uma descrição exata de
> todo universo, apenas uma descrição probabilística (a rejeição
> disto que gerou a famosa frase de Eisntein: "De qualquer forma,
> estou convencido de que Ele não joga dados"). Não se trata de uma
> imprecisão que possa ser corrigida, e sim da própria natureza da
> matéria. Um elétron não é uma "pequena bolha de bilhar" e ao
> tratarmos de um elétron temos que usar o conceito de orbital:
> uma região probabilística onde o elétron deve estar.
>
> Pior ainda, algumas interpretações da física quântica sugere que
> não pdemos afirmar que um elétron realmente esteja lá antes de o
> observarmos.
O princípio da incerteza é a constatação que não há medição
abolutamente precisa devido à natureza do ato de medir: para se fazer
a medição de um sistema, o método de medição altera o sistema. Não
pode ser corrigido pois não pode existir um método de medição que não
interaja com o sistema. Ou será que existe? Ora, o próprio modelo
probabilistico é uma aproximação que se mostrou mais eficiente que
qualquer método sensorial para se determinar algumas propriedades
quânticas. Qual seria o limite para a exploração desse método
probabilístico? Poderia atingir o ideal determinístico? Eu penso que
o debate Heinsenberg x Einstein ainda não acabou.
> E quem dera que a análise do universo primordial se resumisse
> a "massa e densidade". A coisa é tão complexa que surgem hipóteses
> como a que estamos dicutindo que o universo tem energia total zero,
> e que nos primódios a expansão do espaço-tempo separou partículas
> virtuais que se anulariam em instantes, obrigando elas a virarem
> partículas reais.
Seria o universo primordial tão complexo como o atual? A medida que
nos aproximamos do ponto zero o número de variáveis cai... Não me
surpreenderia se no final (ou melhor, no início) existisse apenas uma
propriedade X de onde surgiu toda a complexidade por meio de vários
desdobramentos.
Agora, minha questão central é se o universo é ou não
determinístico...
Imaginemos um universo determinístico em que existe a equação da
onisciência. Um ser inteligente, dispondo dessa equação, poderia
determinar, não só qual seria o resultado de um jogo de dados de seu
amigo, mas também se o amigo jogaria ou não o dado. Dispondo dessa
informação, ele poderia impedir que o amigo jogasse o dado. Mas se o
amigo não jogar o dado, então a equação já vai estar desatualizada e
precisará ser reescrita. Acho que isso nos diz que ou a equação não
existe (o universo não é determinístico) ou não pode ser encontrada,
sob pena de não ser mais verdadeira por causa de um pentelho que
queira mudar o universo.
> Entendeu? Eu também não.
Acho que estou começando a entender.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Determinismo e livre arbitrio
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 15:17
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Imaginemos um universo determinístico em que existe a equação da
> onisciência. Um ser inteligente, dispondo dessa equação, poderia
> determinar, não só qual seria o resultado de um jogo de dados de
seu
> amigo, mas também se o amigo jogaria ou não o dado. Dispondo dessa
> informação, ele poderia impedir que o amigo jogasse o dado. Mas se
o
> amigo não jogar o dado, então a equação já vai estar desatualizada
e
> precisará ser reescrita. Acho que isso nos diz que ou a equação não
> existe (o universo não é determinístico) ou não pode ser
encontrada,
> sob pena de não ser mais verdadeira por causa de um pentelho que
> queira mudar o universo.
> Carlos Zardini
Aproveitando o gancho vou deixar um texto para debate, o original
estah em http://www.ceticismoaberto.kit.net/barrow_freewill.htm , mas
vou copiar na integra para facilitar possiveis comentarios.
- -
O Problema do Livre Arbítrio
por John D. Barrow, excerto de
Impossibility: The Limits of Science and the Science of Limits
Nós temos que acreditar no livre arbítrio. Nós não temos escolha. -
Isaac Singer
A aplicação do estilo de argumentação de Gödel a questões de auto-
conhecimento completo, livre arbítrio e determinismo foi feita
primeiramente pelo falecido Karl Popper, em um par de artigos
escritos para a primeira edição do British Journal for the Philosophy
of Science em 1950. Popper mostrou que uma máquina determinística de
computar não poderia produzir uma predição de seu próprio estado
futuro que permaneceria válida se ela fosse incorporada dentro de si
mesma, porque o processo de incorporação a faria inevitavelmente
obsoleta. Físicos estavam familiarizados com o cenário heurístico do
Princípio da Incerteza de Heisenberg que torna a medida perfeita uma
impossibilidade, porque o próprio ato de medida perturbaria o sistema
em valores relativamente cada vez maiores à medida que a dimensão
sendo sondada fica cada vez menor. Popper usou o equivalente lógico
desta perturbação, que é uma conseqüência simples dos argumentos
anteriores de Gödel e Turing, para limitar a capacidade de um
computador para entender e predizer completamente seu comportamento:
auto-descrição completa é logicamente impossível. O dilema não é
diferente do fictício Tristram Shandy, que descobriu que sua
autobiografia era incapaz de manter seu ritmo de vida, já que
Para predizer a si mesmo completamente, uma pessoa tem que predizer a
si mesma predizendo a si mesma completamente, e então uma pessoa tem
adicionalmente que predizer a si mesma predizendo a si mesma
predizendo a si mesma completamente. O regresso infinito está claro.
Este argumento foi tomado e aplicado mais especificamente a questões
teológicas e filosóficas pelo cientista cognitivo britânico, Donald
Mackay. Mackay era um escritor freqüente em assuntos de interesse
comum para a religião e a ciência. O estilo dele era acessível e
lógico e sua abordagem deu relances rápidos de seu background
Calvinista subjacente. Ele tinha um interesse antigo em assuntos de
livre arbítrio e determinismo, e se esforçou em usar os argumentos de
Gödel e Popper para clarificar a discussão confusa que ele
identificou na maioria das discussões sobre determinismo,
predestinação e livre arbítrio. Seus argumentos, embora logicamente
precisos e rigorosos, eram bastante diretos e apareceram em muitas
revistas dirigidas a leigos, notavelmente primeiro em duas edições de
The Listener, a revista semanal da BBC, em maio de 1957.
Mackay nos pede que consideremos um mundo que é totalmente
determinístico (esqueça por um momento de coisas como a incerteza
quântica e a sensibilidade finita de dispositivos de medida); todos
os fenômenos, até mesmo decisões pessoais e opiniões, são supostos
como sendo determinados completamente com antecedência por um sistema
de leis rígidas da Natureza. A visão de Laplace é concretizada. Agora
nós perguntamos, seria possível, mesmo em princípio, predizer
completamente o comportamento de outra pessoa neste mundo?
À primeira vista, você poderia pensar que sim. Mas olhe mais de
perto. Considere uma pessoa que é solicitada a escolher para o almoço
entre sopa ou salada. Se nós apresentamos um neurologista que não só
conhece o estado completo do cérebro desta pessoa, mas também o do
universo inteiro no momento, nós poderíamos perguntar se este
cientista poderia infalivelmente anunciar qual será a sua escolha do
almoço. A resposta é 'não'. O sujeito sempre pode ser teimoso e
adotar uma estratégia que diz, 'Se você disser que eu escolherei
sopa, então eu escolherei salada, e vice-versa'. Sob estas condições
é logicamente impossível ao cientista predizer infalivelmente o que a
pessoa escolherá se o cientista fizer sua predição conhecida.
Isto não significa que é impossível para o cientista saber
infalivelmente qual será a escolha da pessoa. Contanto que ele
mantenha este conhecimento para si mesmo, sua teoria determinística
dos pensamentos e ações do sujeito almoçando pode continuar sendo
infalível. Ele poderia contar para outras pessoas. Ele poderia até
mesmo escrever sua predição em um pedaço de papel e mostrá-lo ao
sujeito depois que ele tivesse escolhido o almoço dele. Em ambos os
casos, ele poderia ter predito corretamente, mas não teria exercido
nenhuma restrição ao livre arbítrio do sujeito almoçando que esse
sujeito conhecesse. É só quando o cientista decide fazer a predição
conhecida ao sujeito que a balança pende contra ele e o sujeito pode
sempre falsificar sua predição se assim escolher. Como a predição é
feita conhecida, ela não pode ser incondicionalmente obrigatória à
pessoa cujas ações ela prediz. Essa pessoa sempre pode agir para
falsificar a predição. Ela não precisa fazer isso, mas ela pode; você
não pode estar seguro.
Vamos desenvolver o argumento um pouco mais adiante. Suponha que nós
estejamos em posse de uma teoria completa para predizer sua próxima
ação se nós conhecermos seu estado de cérebro atual. Nós demonstramos
quão bons nós somos em fazer isto mostrando nossas predições a outras
pessoas, todas confirmando que você age precisamente como predito.
Suponha que seu cérebro esteja no estado 1 e nós predigamos que você
agirá como P(1). Você estaria correto em acreditar na predição P(1)
se ela fosse mostrada a você?
Primeiro, nós temos que considerar o efeito em seu estado de cérebro
em acreditar na predição P(1). Se acreditar na predição mudou o
estado de seu cérebro para o estado 2, então o ato de acreditar a
predição P (1) deixaria seu cérebro em um estado diferente do qual a
predição estava baseada. Este novo estado do cérebro 2 daria origem a
uma predição nova P(2). A pergunta fundamental é se nós podemos
inserir em nossas predições os efeitos de tornar a predição P(1)
conhecida a você, de forma que nós possamos fazer a predição P(2).
Mas, se isso fosse feito, nós não poderíamos dizer que você estaria
correto em acreditar em P(2), porque é o estado de cérebro 2 que
conduz à predição P(2), e se você acreditasse em P(2) isto mudaria
seu estado de cérebro novamente do estado 2 para algum estado novo 3,
digamos, e P(2) não seria uma predição correta da ação que se segue
desse estado. A precisão de qualquer predição que nós possamos fazer
de seu comportamento é condicional a você não acreditar nela.
Este é um estado das coisas interessante. Normalmente, nós pensamos
em algo 'verdadeiro' como sendo verdade para todo o mundo. Aqui, esta
universalidade não existe. A correlação entre estados de cérebro e
conhecimento cria uma indeterminação lógica sobre o futuro: há uma
distinção entre algo ser previsível para os outros e inevitável para
você mesmo.
O objetivo de Mackay aqui era mostrar que um modelo determinístico de
ação do cérebro não faria insustentável a convicção de que os
indivíduos desfrutam de liberdade de escolha (sob circunstâncias
normais). Ele não faz nenhuma apelação a incertezas quânticas ou não-
computabilidade. Ele também faz a suposição mais forte possível sobre
a codificação do cérebro dos pensamentos e sentimentos de uma pessoa:
que tudo o que eles vêem, ouvem, sentem, acreditam, etc. é completa e
unicamente codificado no estado do cérebro físico deles. Assim, uma
mudança de convicção sobre algo (isto é, uma mudança de idéia) seria
representável por uma transformação específica de um estado de
cérebro para outro.
Explicando o que ele quer dizer por 'liberdade', Mackay escreve:
ao chamar um homem 'livre', (a) nós poderíamos querer dizer que sua
ação era imprevisível por qualquer pessoa. Isto eu chamaria a
liberdade de capricho; ou (b) nós podemos querer dizer que o
resultado de sua decisão depende dele, no sentido de que a menos que
ele tome a decisão ela não será feita, que ele está em uma posição de
fazê-la e que não existe nenhuma especificação completamente
determinística do resultado à qual ele estaria correto em aceitar
como inevitável e não poderia falsificar se a conhecesse.
Mackay aplica isto à pergunta de presciência divina para argumentar
que a presciência divina não é algo que nós estaríamos corretos em
acreditar se só nós a conhecêssemos — já que para nós (ao contrário
de para Deus) isto envolveria uma contradição.
Disto, ele continua para concluir que o determinismo físico (de
processamento neural) não implica em 'determinismo metafísico
(negando a realidade de liberdade e responsabilidade humana)'. Além
disso, o que muitos tradicionalmente consideraram a doutrina
teológica de predestinação é logicamente impossível. Disputas
passadas argumentaram baseadas em um engano sério da lógica da
situação:
Isto pode soar estranho a aqueles de nós que fomos acostumados a
supor que a doutrina de predestinação divina significava apenas isso —=
;
que já existe uma descrição de nós e nosso futuro agora, inclusive
as escolhas que ainda não fizemos, que é inevitável a nós se nós a
conhecêssemos, porque ela é conhecida a Deus. Mas eu espero que
esteja agora claro que nós não deveríamos conceder nenhuma honra a
Deus por tal alegação; porque nós deveríamos estar meramente nos
convidando a imaginá-lo em uma auto-contradição lógica. Neste
momento, nós estamos desavisados de qualquer descrição assim;
portanto se ela existe ela teria que nos descrever como não
acreditando nela. Mas nesse caso nós estaríamos em erro ao acreditar
nela, já que nosso acreditar a falsificaria! Por outro lado, seria
inútil alterar a descrição de forma que ela nos descreva como
acreditando nela; já que nesse caso ela é no momento falsa, e então,
embora ficasse correta se nós acreditássemos nela, nós não estaríamos
em erro em não acreditar nela! Assim a presciência divina de nosso
futuro, estranhamente, não tem nenhuma reivindicação lógica
incondicional sobre nós, desconhecida para nós.
Isto, eu acredito, demonstra uma falácia que está por trás tanto da
disputa teológica entre o Arminianismo e o Calvinismo, quanto da
disputa filosófica entre determinismo físico ou psicológico... e o
libertarianismo em relação à responsabilidade do homem... até mesmo a
soberania de Deus sobre cada volta e reviravolta de nosso drama não
contradiz... nossa convicção de que somos livres, no sentido de que
nenhuma especificação determinante já existe a qual se nós a
conhecêssemos deveríamos estar corretos em acreditá-la e errados em
desacreditá-la, quer gostássemos ou não.
Estes argumentos têm uma mensagem clara e simples para qualquer tipo
de estudo preditivo e explicativo. Há aspectos imprevisíveis de
fenômenos completamente determinísticos.
Há um dilema adicional que pode ser criado dos argumentos de Popper e
Mackay. Porque Mackay imagina um Superser fazendo a predição e o tema
das predições do Superser como sendo duas 'mentes' diferentes. Mas e
se eles fossem um e o mesmo? Suponha que eu saiba tanto sobre os
funcionamentos do cérebro e o Universo externo que eu possa computar
o que eu escolherei comer para o jantar. Suponha mais adiante que eu
seja bastante perverso, e assim decida que escolherei deliberadamente
não comer tudo aquilo que meus cálculos predizerem que eu vá comer.
Eu tive assim sucesso em tornar logicamente impossível para eu
predizer o que escolherei. Entretanto, se eu tivesse sido sensato
poderia ter decidido escolher deliberadamente comer tudo o que meus
cálculos predisserem que eu escolherei comer. Nesse caso, eu posso
predizer minhas ações futuras com sucesso — mas apenas se escolher
fazer isso. Paradoxalmente, parece que está em meu poder decidir se
eu posso predizer meu futuro ou não.
Vamos olhar para que tipo de dilema isto cria para nosso Superser. Se
ele teimosamente escolhe agir ao contrário do que suas predições
dizem que ele fará, ele não pode predizer o futuro, até mesmo se o
Universo for completamente determinístico. Ele não pode assim
conhecer a estrutura completa do Universo. A onisciência é
logicamente impossível para ele, se ele quiser ser do contra. Mas se
ele não quiser ser contrário, então ele pode ser onisciente. Nenhum
ser pode predizer o que fará se ele não fizer o que prediz que fará!
= = = = = =
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 15:20
----- Original Message -----
From: "Carlos Zardini"
Sent: Tuesday, October 22, 2002 2:46 PM
Subject: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> O princípio da incerteza é a constatação que não há medição
> abolutamente precisa devido à natureza do ato de medir: para se fazer
> a medição de um sistema, o método de medição altera o sistema. Não
> pode ser corrigido pois não pode existir um método de medição que não
> interaja com o sistema. Ou será que existe?
Em http://ecientificocultural.com/Eletron2/incerteza3.htm eu afirmo o
seguinte:
" 2) O Apriorismo de Heisenberg
O raciocínio de Heisenberg foi brilhante; e acredito mesmo que ele
esteve próximo de dar um passo muito grande em física. Bastava enxergar um
"a priori" desnecessário que estava admitindo e a incerteza teria se
esfacelado a seus olhos; e ele certamente teria enxergado a verdade. Mas por
puro azar a sua física, corpuscular na origem, estava apoiando a outra
física: a física dualística. Esta última já nasceu incerta e, portanto, só
poderia deduzir uma incerteza. Apesar de incerta, "era a única" em que se
apoiar na época. Mas, na realidade, Heisenberg não estava se apoiando na
mesma mas apoiando-a. E a satisfação por esta constatação deve ter bloqueado
seu raciocínio.
Heisenberg admitiu implicitamente, em sua teoria, que a posição de uma
partícula somente podia ser determinada através do choque seguido da
observação de propriedades de outra partícula. Acredito que ninguém o
criticou por este ângulo pois este "a priori" é aceito, inconscientemente,
por quase todos os físicos modernos que estudam partículas. Eliminado este
"a priori", este tipo de indeterminação cai por terra."
O problema é saber o que colocar no lugar deste choque material. E eu digo
que em teoria pode-se pensar naquele ente de natureza IMATERIAL assumido por
Newton e responsável pela gravitação (e também pelo campo eletromagnético).
Os físicos "modernos" assumem essa alguma coisa como partículas virtuais,
mas eles não conhecem o significado físico dessas supostas partículas, e em
decorrência disso passam a tecer considerações que não ficam nada a dever
àquelas contidas nos romances de ficção.
> Ora, o próprio modelo
> probabilistico é uma aproximação que se mostrou mais eficiente que
> qualquer método sensorial para se determinar algumas propriedades
> quânticas. Qual seria o limite para a exploração desse método
> probabilístico? Poderia atingir o ideal determinístico? Eu penso que
> o debate Heinsenberg x Einstein ainda não acabou.
Realmente ainda não acabou, mas está muito próximo do fim. E o desfecho irá
desagradar sobremaneira os físicos "modernos", mas é inevitável que tal
aconteça pois somente assim retiraremos a física do atoleiro em que se
encontra há mais de 100 anos. E quero crer que somente assim poderemos
"retornar aos tempos em que a física era uma ciência inteligível."
> Não me
> surpreenderia se no final (ou melhor, no início) existisse apenas uma
> propriedade X de onde surgiu toda a complexidade por meio de vários
> desdobramentos.
Os essenciais são apenas quatro: espaço, tempo, matéria e "informação do
movimento da matéria", e esta última é a que está faltando para que possamos
retornar à física newtoniana (se bem que seja um essencial citado por
Newton). O movimento pode ser pensado como não essencial, pois retrata como
a matéria ou a informação modificam sua posição no espaço no decorrer do
tempo.
> Agora, minha questão central é se o universo é ou não
> determinístico...
Difícil responder. Aí sim parece haver lugar para alguma propriedade
estranha, do tipo daquela a desviar um objeto de seu ponto de equilíbrio
instável (para que lado o objeto cairá?). Ou será que Deus joga dados?
> > Entendeu? Eu também não.
> Acho que estou começando a entender.
Pois eu estou pretendendo confundi-los ainda mais ;-))
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 15:24
Olá Lúcio,
Manuel: Ou seja, o tempo tem uma seta (dado que ele é assimétrico), o que
não significa que a seta voa. É isso?
Lúcio: Ótima analogia, Manuel. O exemplo que eu costumava citar era o de uma
rua de mão única - os carros passam por ela, mas a rua mesmo não flui com o
tráfego. Mas essa história da seta que não voa é muito melhor e mais
intuitivo - se importa se eu adotá-lo? ;-)
Manuel: Essa idéia da seta não voar é do Paul Davies. Veja o Livro dele "O
Enigma do Tempo"; Ediouro; Capítulo 12: Mas que Tempo é Agora?; A Seta do
Tempo Voa?; pág. 342/344.
Eis o trecho inicial: "Muitas pessoas misturam o fluxo do tempo com a seta
do tempo. Isso é compreensível, dada a metáfora. As setas, afinal, voam --
como se supõe que ocorra no tempo. Mas setas também são empregadas como
indicadores estáticos, a exemplo de uma bússola para indicar o norte ou de
um cata-vento para indicar a direção do vento. É neste último sentido que as
setas são usadas em relação ao tempo. No capítulo 9 , discuti as tentativas
desajeitadas dos físicos de definir a seta do tempo. A qualidade que essa
seta descreve não é o fluxo do tempo, mas a assimetria ou desigualdade do
mundo físico no tempo, a distinção entre as direções passada e futura do
tempo."
______________
Sobre a questão do fluxo do tempo, em junho de 2000, postei aqui na
CienciaList a seguinte mensagem:
Caros listeiros,
O tempo realmente flui? Ou será o fluxo do tempo apenas o que o tempo é para
nós, isto é, uma sensação?
Alguns dirão que o fluxo do tempo é uma obviedade, uma verdade que salta à
vista e que sequer precisa ser demonstrada; que o tempo como uma quarta
coordenada do espaço da teoria da relatividade é apenas um constructo
matemático que o cientista lança mão para melhor entender a realidade.
Pois bem, então vejamos:
O fluxo temporal implica a divisão do tempo em passado, presente e futuro.
O passado é o que existiu e o futuro é o que existirá.
Significa dizer que somente o presente existe, pois "o que existiu"
(passado) e "o que existirá" (futuro) não tem existência factual. Óbvio, não
é?
Mas será que o presente existe mesmo?
Vejamos o raciocínio do físico brasileiro Marcelo Gleiser sobre e existência
ou não do tempo presente: "É comum dividirmos o tempo em passado, presente e
futuro: o passado é o que vem antes do presente, e o futuro é o que vem
depois. Já o presente é o agora, o instante atual. Isso tudo parece bastante
óbvio, mas não é. Para definir passado e futuro, precisamos definir o
presente. Mas segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter
duração no tempo, pois nesse caso sempre poderíamos definir um período no
seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas
definições, o presente não pode ter duração no tempo. Ou seja, o presente
não existe!" (Marcelo Gleiser; Retalhos Cósmicos; Companhia das Letras;
1999; pág. 187)
Ou seja, o momento presente dura 0,000000... segundos. O futuro passa para o
passado no limite zero.
Como se pode facilmente constatar, esse movimento contínuo que todos nós
percebemos e que nos faz dividir o tempo em passado, presente e futuro
implica na não existência do passado, do presente e do futuro; por
conseguinte, na não existência do próprio tempo.
O fluxo do tempo importa, pois, uma contradição lógica.
Por isso, plausível e razoável é a idéia de que os eventos no tempo estão
dispostos "todos juntos", a hipótese segundo a qual o que passou ainda
existe e que o porvir já existe. Significa dizer que, muito provavelmente,
o tempo como uma quarta dimensão (ou coordenada) do espaço, longe de ser um
mero artifício matemático, é um fato, uma realidade.
Enfim, não existem corpos (no espaço) em transformação (no tempo), mas
eventos (no espaço-tempo), eventos eternos!
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Seta do tempo - p/Lúcio
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 15:33
Olá Lúcio,
Manuel: Ou seja, o tempo tem uma seta (dado que ele é assimétrico), o que não significa que a seta voa. É isso?
Lúcio: Ótima analogia, Manuel. O exemplo que eu costumava citar era o de uma rua de mão única - os carros passam por ela, mas a rua mesmo não flui com o tráfego. Mas essa história da seta que não voa é muito melhor e mais intuitivo - se importa se eu adotá-lo? ;-)
Manuel: Essa idéia da seta não voar é do Paul Davies. Veja o Livro dele "O Enigma do Tempo"; Ediouro; Capítulo 12: Mas que Tempo é Agora?; A Seta do Tempo Voa?; pág. 342/344.
Eis o trecho inicial: "Muitas pessoas misturam o fluxo do tempo com a seta do tempo. Isso é compreensível, dada a metáfora. As setas, afinal, voam -- como se supõe que ocorra no tempo. Mas setas também são empregadas como indicadores estáticos, a exemplo de uma bússola para indicar o norte ou de um cata-vento para indicar a direção do vento. É neste último sentido que as setas são usadas em relação ao tempo. No capítulo 9, discuti as tentativas desajeitadas dos físicos de definir a seta do tempo. A qualidade que essa seta descreve não é o fluxo do tempo, mas a assimetria ou desigualdade do mundo físico no tempo, a distinção entre as direções passada e futura do tempo."
______________
Sobre a questão do fluxo do tempo, em junho de 2000, postei aqui na CienciaList a seguinte mensagem:
Caros listeiros,
O tempo realmente flui? Ou será o fluxo do tempo apenas o que o tempo é para nós, isto é, uma sensação?
Alguns dirão que o fluxo do tempo é uma obviedade, uma verdade que salta à vista e que sequer precisa ser demonstrada; que o tempo como uma quarta coordenada do espaço da teoria da relatividade é apenas um constructo matemático que o cientista lança mão para melhor entender a realidade.
Pois bem, então vejamos:
O fluxo temporal implica a divisão do tempo em passado, presente e futuro.
O passado é o que existiu e o futuro é o que existirá.
Significa dizer que somente o presente existe, pois "o que existiu" (passado) e "o que existirá" (futuro) não tem existência factual. Óbvio, não é?
Mas será que o presente existe mesmo?
Vejamos o raciocínio do físico brasileiro Marcelo Gleiser sobre e existência ou não do tempo presente: "É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro: o passado é o que vem antes do presente, e o futuro é o que vem depois. Já o presente é o agora, o instante atual. Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definir passado e futuro, precisamos definir o presente. Mas segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso sempre poderíamos definir um período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas definições, o presente não pode ter duração no tempo. Ou seja, o presente não existe!" (Marcelo Gleiser; Retalhos Cósmicos; Companhia das Letras;
1999; pág. 187)
Ou seja, o momento presente dura 0,000000... segundos. O futuro passa para o passado no limite zero.
Como se pode facilmente constatar, esse movimento contínuo que todos nós percebemos e que nos faz dividir o tempo em passado, presente e futuro implica na não existência do passado, do presente e do futuro; por conseguinte, na não existência do próprio tempo.
O fluxo do tempo importa, pois, uma contradição lógica.
Por isso, plausível e razoável é a idéia de que os eventos no tempo estão dispostos "todos juntos", a hipótese segundo a qual o que passou ainda existe e que o porvir já existe. Significa dizer que, muito provavelmente, o tempo como uma quarta dimensão (ou coordenada) do espaço, longe de ser um mero artifício matemático, é um fato, uma realidade.
Enfim, não existem corpos (no espaço) em transformação (no tempo), mas eventos (no espaço-tempo), eventos eternos!
Abraços,
Manuel Bulcão
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 15:34
Caro Mesquita,
Quais são as evidências de que o elétron tenha uma estrutura interna?
Ainda, o conceito de spin foi historicamente identificado com o "giro" do
elétron, mas modernamente não tem nada a ver com isso. Spin é somente uma
propriedade a mais e, embora facilite por razões didáticas identificá-lo
com o giro, isso não é necessariamente verdade.
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 22 de Outubro de 2002 15:17
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> ----- Original Message -----
> From: "Aniello Gr?o"
> Sent: Tuesday, October 22, 2002 1:25 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>
> Permitam-me a intromissão nesse diálogo.
>
> > Na verdade, a física de partículas elementares violou a visão
determinista
> > do mundo, vigente até então desde Newton (se não antes). [...] Um
elétron
> > não é uma "pequena bolha de bilhar" e ao tratarmos de um elétron temos
que
> > usar o conceito de orbital: uma região probabilística onde o elétron
deve
> > estar. Pior ainda, algumas interpretações da física quântica sugere que
> > não pdemos afirmar que um elétron realmente esteja lá antes de o
> observarmos.
>
> Sem dúvida o elétron não é uma bola de bilhar, e esse teria sido um dos
> grandes erros cometidos pelos físicos que antecederam os precursores da
> física moderna. Mas ele não é uma bola de bilhar por dois motivos que
nunca
> foram pensados por esses físicos nem por seus sucessores. Em primeiro
lugar,
> porque ele tem uma estrutura interna diferente da estrutura interna de
uma
> bola de bilhar. E em segundo lugar, porque mesmo pensando-se nessa
estrutura
> primária, ou seja, num elétron globular, ou bolinha, o elétron gira,
coisa
> que no nosso dia-a-dia raramente observamos em uma bola de bilhar. E gira
> numa velocidade angular absolutamente constante e a depender única e
> exclusivamente do referencial no qual seu centro geométrico estaria em
> repouso em relação a um referencial absoluto newtoniano. No referencial
> absoluto, ou no referencial do centro do "Big-Bang", a velocidade angular
> seria zero. No referencial da Galáxia, em movimento em relação ao
> referencial absoluto, não haveria lugar para um elétron com velocidade
> angular nula.
>
> Pelo fato dessa "bolinha" (estrutura primária) estar girando, ela gera um
> campo eletromagnético. Porém, esse campo não é um campo elétrico, no
sentido
> coulombiano do termo. Pois um campo elétrico, emitido por uma esfera
> carregada, seria esfericamente simétrico (campo de Coulomb), o que não
> acontece com o campo de um único elétron. Esse elétron também, embora
esteja
> em repouso translacional, gera um campo magnético diferente de zero e que
> agirá sobre outros elétrons que estejam em movimento translacional em
> relação a este. Ou seja, um elétron em repouso gera tanto um campo de
> natureza elétrica quanto outro campo de natureza magnética, se bem que
não
> exatamente os mesmos campos da teoria de Maxwell, uma teoria perfeita,
porém
> criada para explicar o eletromagnetismo de fontes de campo não
elementares.
>
> Se essas bolinhas girantes se dispusessem em cima de uma bola de material
> condutor e tais que os centros de giro passassem pelo centro da bola
> macroscópica, aí sim teremos uma carga elétrica no sentido maxwelliano do
> termo. E agora sim, por uma matemática notável, observaremos que o campo
> elétrico da grande bola (somatória dos campos dos elétrons) será idêntico
ao
> campo descrito por Coulomb; e o campo magnético, também como que por
magia,
> desaparece totalmente nesta integração (ou melhor, somatória). Os campos
do
> elétron, tanto o de efeitos elétricos, quanto o de efeitos magnéticos,
podem
> ser descritos por uma única equação, ou seja, podemos chegar nas quatro
> equações de Maxwell a partir de uma única equação e um pouquinho de bom
> senso. Esta equação é das mais simples possíveis, qual seja, A = w/r,
sendo
> A um campo vetorial a que chamo campo de informações eletromagnéticas, w
um
> vetor proporcional ao giro e r a distância entre o elétron (centro do
> elétron) e o ponto em que se mede o campo. Demonstro, em meu site (A
equação
> do elétron e o eletromagnetismo), como chegar dessa equação nas leis
> macroscópicas de Coulomb e de Ampère. A obtenção das outras duas equações
> não foge muito da linha seguida na teoria de Maxwell, e portanto deixo de
> comentar a respeito.
>
> A partir dessas idéias, não é difícil entender porquê os físicos modernos
> foram obrigados a inventarem os orbitais probabilísticos, algo que na
> realidade não existe. Esses orbitais são hoje os descendentes diretos das
> "órbitas permitidas" de Bohr, um local onde o elétron estaria AUTORIZADO
a
> desobedecer a teoria de Maxwell. Provavelmente, quem autorizou teria sido
> Aquele mesmo que não joga dados, segundo Einstein. Daí a chegarmos na
física
> quântica atual, com a incerteza de Heisenberg, a equação de Schrödinger,
o
> princípio da complementaridade de Bohr, os critérios de utilidade e
outros
> absurdos que se fabricou em série no século XX, não falta muito. E não é
> difícil também explicar com esse elétron "bolinha de bilhar GIRANTE"
muitos
> dos sucessos aparentes da teoria da relatividade, pois que essa também
> apoiou-se na teoria de Maxwell com a interpretação dada por Lorentz.
>
> Vou parar por aqui pois a mensagem já está de bom tamanho.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Mais sobre tempo
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 15:35
Acho que jah indiquei esse site por aqui, mas vale repetir.,
Philosophy of time - http://www.utm.edu/research/iep/t/time.htm
Entry in Internet Encyclopedia of Philosophy
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 16:02
Em Ter 22 Out 2002 16:24, you wrote:
> Olá Lúcio,
>
> Manuel: Ou seja, o tempo tem uma seta (dado que ele é assimétrico), o que
> não significa que a seta voa. É isso?
>
> Lúcio: Ótima analogia, Manuel. O exemplo que eu costumava citar era o de
> uma rua de mão única - os carros passam por ela, mas a rua mesmo não flui
> com o tráfego. Mas essa história da seta que não voa é muito melhor e mais
> intuitivo - se importa se eu adotá-lo? ;-)
>
> Manuel: Essa idéia da seta não voar é do Paul Davies. Veja o Livro dele "O
> Enigma do Tempo"; Ediouro; Capítulo 12: Mas que Tempo é Agora?; A Seta do
> Tempo Voa?; pág. 342/344.
>
> Eis o trecho inicial: "Muitas pessoas misturam o fluxo do tempo com a seta
> do tempo. Isso é compreensível, dada a metáfora. As setas, afinal, voam --
> como se supõe que ocorra no tempo. Mas setas também são empregadas como
> indicadores estáticos, a exemplo de uma bússola para indicar o norte ou de
> um cata-vento para indicar a direção do vento. É neste último sentido que
> as setas são usadas em relação ao tempo. No capítulo 9 , discuti as
> tentativas desajeitadas dos físicos de definir a seta do tempo. A qualidade
> que essa seta descreve não é o fluxo do tempo, mas a assimetria ou
> desigualdade do mundo físico no tempo, a distinção entre as direções
> passada e futura do tempo."
Perfeito... mas quanto as outras análises, o caldo entorna
> ______________
>
> Sobre a questão do fluxo do tempo, em junho de 2000, postei aqui na
> CienciaList a seguinte mensagem:
>
> Caros listeiros,
>
> O tempo realmente flui? Ou será o fluxo do tempo apenas o que o tempo é
> para nós, isto é, uma sensação?
Não há fluxo do tempo, mas o tempo não é uma mera sensação.
> Alguns dirão que o fluxo do tempo é uma obviedade, uma verdade que salta à
> vista e que sequer precisa ser demonstrada; que o tempo como uma quarta
> coordenada do espaço da teoria da relatividade é apenas um constructo
> matemático que o cientista lança mão para melhor entender a realidade.
Não. O tempo é uma grandeza física, que não possue fluxo, mas é assimétrico.
Ele é tão real quanto o espaço.
> Pois bem, então vejamos:
>
> O fluxo temporal implica a divisão do tempo em passado, presente e futuro.
>
> O passado é o que existiu e o futuro é o que existirá.
>
> Significa dizer que somente o presente existe, pois "o que existiu"
> (passado) e "o que existirá" (futuro) não tem existência factual. Óbvio,
> não é?
Não. Os fatos ocorridos no passado não tem mais existência factual, mas o
passado sim possue existência factual. Um evento passado é, por exemplo, a
causa de eventos presentes. Uma cópula entre meu pai e minha mãe resultou em
minha origem. Apesar daquela cópula específica não estar ocorrendo mais, ela
é a causa de minha existência.
O passado é. Os eventos passados foram.
Afirmar que o passado não existe é o mesmo que afirmar que o conceito de
flogisto não existe. O conceito existe, o que não existe é o flogisto.
> Mas será que o presente existe mesmo?
>
> Vejamos o raciocínio do físico brasileiro Marcelo Gleiser sobre e
> existência ou não do tempo presente: "É comum dividirmos o tempo em
> passado, presente e futuro: o passado é o que vem antes do presente, e o
> futuro é o que vem depois. Já o presente é o agora, o instante atual. Isso
> tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definir passado e futuro,
> precisamos definir o presente. Mas segundo nossa separação estrutural, o
> presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso sempre poderíamos
> definir um período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos
> coerentes em nossas definições, o presente não pode ter duração no tempo.
> Ou seja, o presente não existe!" (Marcelo Gleiser; Retalhos Cósmicos;
> Companhia das Letras; 1999; pág. 187)
Errado novamente. O cálculo diferencial está abituado a trabalhar com
infinitésimos como entes matemáticos reais.
Para calcular a velocidade instantânea de um veículo, devo calcular a
velocidade de um veículo em um tempo zero. Se por estar trabalhando com tempo
zero estou trabalhando com conceitos inexistentes, velocidade instântanea não
existe, assim como não não existe portanto energia cinética de um corpo em
movimento (que é calculada através da velcocidade instantânea) também não
existe. Assim sendo posso me chocar em um muro a 80 km/h sem me preocupar com
as consequências.
> Ou seja, o momento presente dura 0,000000... segundos. O futuro passa para
> o passado no limite zero.
>
> Como se pode facilmente constatar, esse movimento contínuo que todos nós
> percebemos e que nos faz dividir o tempo em passado, presente e futuro
> implica na não existência do passado, do presente e do futuro; por
> conseguinte, na não existência do próprio tempo.
>
> O fluxo do tempo importa, pois, uma contradição lógica.
Não. O que também não significa que ele exista.
> Por isso, plausível e razoável é a idéia de que os eventos no tempo estão
> dispostos "todos juntos", a hipótese segundo a qual o que passou ainda
> existe e que o porvir já existe. Significa dizer que, muito provavelmente,
> o tempo como uma quarta dimensão (ou coordenada) do espaço, longe de ser um
> mero artifício matemático, é um fato, uma realidade.
O tempo pode ser tratado como uma dimensão que, diferente das dimensões
espaciais, é assimétrica. Passado, presente e futuro são conceitos relativos
(e não ilógicos), mas a causalidade (precedência da causa ao efeito) é
inviolável. Um evento não pode interferir em eventos passados, coisa sem
paralelo em questões espaciais,
> Enfim, não existem corpos (no espaço) em transformação (no tempo), mas
> eventos (no espaço-tempo), eventos eternos!
Não existe fluxo do tempo, mas existe o tempo. Contradição é assumir todos os
eventos como sendo eternos e dizer que o passado não existe pois o que
ocorreu no passado já ocorreu.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 16:28
Em Ter 22 Out 2002 15:17, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: "Aniello Gr?o"
> Sent: Tuesday, October 22, 2002 1:25 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>
> Permitam-me a intromissão nesse diálogo.
>
> > Na verdade, a física de partículas elementares violou a visão
> > determinista do mundo, vigente até então desde Newton (se não antes).
> > [...] Um elétron não é uma "pequena bolha de bilhar" e ao tratarmos de um
> > elétron temos que usar o conceito de orbital: uma região probabilística
> > onde o elétron deve estar. Pior ainda, algumas interpretações da física
> > quântica sugere que não pdemos afirmar que um elétron realmente esteja lá
> > antes de o
>
> observarmos.
>
> Sem dúvida o elétron não é uma bola de bilhar, e esse teria sido um dos
> grandes erros cometidos pelos físicos que antecederam os precursores da
> física moderna. Mas ele não é uma bola de bilhar por dois motivos que nunca
> foram pensados por esses físicos nem por seus sucessores. Em primeiro
> lugar, porque ele tem uma estrutura interna diferente da estrutura interna
> de uma bola de bilhar. E em segundo lugar, porque mesmo pensando-se nessa
> estrutura primária, ou seja, num elétron globular, ou bolinha, o elétron
> gira, coisa que no nosso dia-a-dia raramente observamos em uma bola de
> bilhar. E gira numa velocidade angular absolutamente constante e a depender
> única e exclusivamente do referencial no qual seu centro geométrico estaria
> em repouso em relação a um referencial absoluto newtoniano. No referencial
> absoluto, ou no referencial do centro do "Big-Bang", a velocidade angular
> seria zero. No referencial da Galáxia, em movimento em relação ao
> referencial absoluto, não haveria lugar para um elétron com velocidade
> angular nula.
Vamos por partes. Antes de tudo, quando eu jogo bilhar, as bolas normalmente
giram...
Piadas a parte. A analogia entre elétron e bolar de bilhar é apenas uma
analogia, válida dentro de seus limites. Nenhum físico responsável afirmaria
que o elétron é uma bola de bilhar diminuta, pois implicaria que o elétron é
feito de marfin ou de resina plástica.
A analogia se refere apenas ao raciocínio que o elétron seria uma partícula
com forma física e limites físicos definidos, cujo movimento poderia ser
descrito pelas leis de Newton.
Outra objeção: a teoria do Big Bang não aceita um referencial absoluto. Não
há um "centro do big-bang" ao analisarmos espacialmente. O centro do big-bang
só pode ser achado "espaço-temporalmente" , que é examente o instante do big
bang.
Para montar uma figura analógica, imagine uma superfíce bidimensional
esférica. Qual é o centro desta superfície? Não há centro. Para achar o
centro é necessário analisar a superfície tridimensionalmente. Em outras
palavras, uma formiga caminhando em uma esfera jamais chegaria ao centro da
esfera. Para ela a esfera não tem centro.
> Pelo fato dessa "bolinha" (estrutura primária) estar girando, ela gera um
> campo eletromagnético.
Pelo fato de estar girando e ter carga. Não apenas por estar girando.
> Porém, esse campo não é um campo elétrico, no
> sentido coulombiano do termo. Pois um campo elétrico, emitido por uma
> esfera carregada, seria esfericamente simétrico (campo de Coulomb), o que
> não acontece com o campo de um único elétron. Esse elétron também, embora
> esteja em repouso translacional, gera um campo magnético diferente de zero
> e que agirá sobre outros elétrons que estejam em movimento translacional em
> relação a este. Ou seja, um elétron em repouso gera tanto um campo de
> natureza elétrica quanto outro campo de natureza magnética, se bem que não
> exatamente os mesmos campos da teoria de Maxwell, uma teoria perfeita,
> porém criada para explicar o eletromagnetismo de fontes de campo não
> elementares.
>
> Se essas bolinhas girantes se dispusessem em cima de uma bola de material
> condutor e tais que os centros de giro passassem pelo centro da bola
> macroscópica, aí sim teremos uma carga elétrica no sentido maxwelliano do
> termo. E agora sim, por uma matemática notável, observaremos que o campo
> elétrico da grande bola (somatória dos campos dos elétrons) será idêntico
> ao campo descrito por Coulomb; e o campo magnético, também como que por
> magia, desaparece totalmente nesta integração (ou melhor, somatória). Os
> campos do elétron, tanto o de efeitos elétricos, quanto o de efeitos
> magnéticos, podem ser descritos por uma única equação, ou seja, podemos
> chegar nas quatro equações de Maxwell a partir de uma única equação e um
> pouquinho de bom senso. Esta equação é das mais simples possíveis, qual
> seja, A = w/r, sendo A um campo vetorial a que chamo campo de informações
> eletromagnéticas, w um vetor proporcional ao giro e r a distância entre o
> elétron (centro do elétron) e o ponto em que se mede o campo. Demonstro, em
> meu site (A equação do elétron e o eletromagnetismo), como chegar dessa
> equação nas leis macroscópicas de Coulomb e de Ampère. A obtenção das
> outras duas equações não foge muito da linha seguida na teoria de Maxwell,
> e portanto deixo de comentar a respeito.
Ok. Agora como explicar o problema da "radiação de corpo negro", e as
frequências de emição e absorção específicas de elementos químicos?
> A partir dessas idéias, não é difícil entender porquê os físicos modernos
> foram obrigados a inventarem os orbitais probabilísticos, algo que na
> realidade não existe.
Não consigo ver o por que que o modelo clássico unido ao fato do elétron não
ser feito de marfin levou os físicos a criarem aos orbitais. Me parece mais
adequada a questão que era preciso resolver a questão da radiação de corpo
negro, as faixas de emissão de espectros luminosos, o efeito fotoelétrico,
etc...
> Esses orbitais são hoje os descendentes diretos das
> "órbitas permitidas" de Bohr, um local onde o elétron estaria AUTORIZADO a
> desobedecer a teoria de Maxwell. Provavelmente, quem autorizou teria sido
> Aquele mesmo que não joga dados, segundo Einstein. Daí a chegarmos na
> física quântica atual, com a incerteza de Heisenberg, a equação de
> Schrödinger, o princípio da complementaridade de Bohr, os critérios de
> utilidade e outros absurdos que se fabricou em série no século XX, não
> falta muito.
O modelo de órbitas permitidas de Bohr era um modelo imcompleto. Criticar um
modelo por se basear em um modelo incompleto, tentando completá-lo, é
ridículo.
E as órbitas permitidas de Bohr não eram órbitas em que os eletróns podiam
violar as equações de Maxwell, e sim órbitas que eram permitidas ao elétrons
de acordo com seu estado energético. Quaisquer outras órbitas eram negadas ao
elétron.
> E não é difícil também explicar com esse elétron "bolinha de
> bilhar GIRANTE" muitos dos sucessos aparentes da teoria da relatividade,
> pois que essa também apoiou-se na teoria de Maxwell com a interpretação
> dada por Lorentz.
Legal esta confusão: o princípio da incerteza, os orbitais eletrônicos, etc,
não são teoria da relatividade. É mecânica quântica. Não discutimos nada de
relatividade aqui.
Quanto a sua teoria, comece com a radiação de corpo negro. Como ela explica o
comportamento de emissão eletromagnética de um corpo negro?
Aniello
SUBJECT: Unsubscribe...
FROM: "tofolis" <tofolis@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 16:51
Olá,
Gostaria de ser retirado da lista. Já enviei três vezes
um e-mail em branco para o endereço específico de
unsubscribe mas ainda continuo recebendo as mensagens.
Meu e-mail é tofolis@bol.com.br.
Agradeço,
Fábio Borges.
__________________________________________________________________________
BOL - três anos com você. Venha pra festa e ganhe uma viagem!
http://especial.bol.com.br/2002/3anos
Ainda não tem AcessoBOL? Assine já! http://sac.bol.com.br
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 16:59
Em Ter 22 Out 2002 16:20, you wrote:
> Em http://ecientificocultural.com/Eletron2/incerteza3.htm eu afirmo o
> seguinte:
>
> " 2) O Apriorismo de Heisenberg
>
> O raciocínio de Heisenberg foi brilhante; e acredito mesmo que ele
> esteve próximo de dar um passo muito grande em física. Bastava enxergar um
> "a priori" desnecessário que estava admitindo e a incerteza teria se
> esfacelado a seus olhos; e ele certamente teria enxergado a verdade. Mas
> por puro azar a sua física, corpuscular na origem, estava apoiando a outra
> física: a física dualística. Esta última já nasceu incerta e, portanto, só
> poderia deduzir uma incerteza. Apesar de incerta, "era a única" em que se
> apoiar na época. Mas, na realidade, Heisenberg não estava se apoiando na
> mesma mas apoiando-a. E a satisfação por esta constatação deve ter
> bloqueado seu raciocínio.
Deixa ver se eu entendi: Heinserberg não estava se apoiando na fsícica
dualística (imagino que esteja falando na dualidade onda-partícula) e sim
tentando apoiá-la?
Ou seja, perceber que um fóton intarage com o elétron, ele estava não usando
a tese que a luz tem caracteríscticas quanticas, e sim tentando comprovar que
a luz tem características quânticas? Por que?
> Heisenberg admitiu implicitamente, em sua teoria, que a posição de
> uma partícula somente podia ser determinada através do choque seguido da
> observação de propriedades de outra partícula. Acredito que ninguém o
> criticou por este ângulo pois este "a priori" é aceito, inconscientemente,
> por quase todos os físicos modernos que estudam partículas. Eliminado este
> "a priori", este tipo de indeterminação cai por terra."
>
> O problema é saber o que colocar no lugar deste choque material. E eu digo
> que em teoria pode-se pensar naquele ente de natureza IMATERIAL assumido
> por Newton e responsável pela gravitação (e também pelo campo
> eletromagnético). Os físicos "modernos" assumem essa alguma coisa como
> partículas virtuais, mas eles não conhecem o significado físico dessas
> supostas partículas, e em decorrência disso passam a tecer considerações
> que não ficam nada a dever àquelas contidas nos romances de ficção.
Alto de novo. Newton achava o conceito de "ação a distância" um ponto a ser
aperfeiçoado em sua teoria na gravitação. Ele não atribuiu um componente
imaterial a gravitação, e sim simplesmente não abordou a questão do mecanismo
da gravitação.
Faraday, em seus exerimentos sobre o eletromagnetismo, criou o conceito de
"linhas de força", que mais tarde foi aperfeiçoado por Maxwell para "campos
de força". É da teoria dos campos que você se refere ao falar de ente de
natureza imaterial?
Sua proposta é tentar observar os elétrons atravês de campos de força? Qual
campo de força você usaria? Se for o eletromagnético, as pesquisas sobre o
efeito fotoelétrico comprovam que o campo eletromagnético tem comportamento
quântico. O mesmo vale para força nuclear fraca. O elétron não reage a força
nuclear forte, e mesmo se reagisse, é um campo com características quânticas.
Resta medir pela gravitação (considerando que a gravitação não é um campo
quântico, o que não é uma certeza). É esta sua proposta? Tentar medir a
quantidade de movimento e a posição do elétron pela gravitação? Daí devido a
equivalência entre massa e nergia você teria variáveis demais em seu sistema
para conseguir uma resposta. O movimento interfereria na massa relativística
do elétron, e presupormos quantidade de movimento diferentes acabaria levando
a várias posições possíveis diferentes.
Qual é o método de interação que você pretende usar para observar o elétron?
> Realmente ainda não acabou, mas está muito próximo do fim. E o desfecho irá
> desagradar sobremaneira os físicos "modernos", mas é inevitável que tal
> aconteça pois somente assim retiraremos a física do atoleiro em que se
> encontra há mais de 100 anos. E quero crer que somente assim poderemos
> "retornar aos tempos em que a física era uma ciência inteligível."
Que atoleiro? A física moderna é intelegível, se não fosse não poderia ser
ensinada. Apenas viola o senso comum.
> Os essenciais são apenas quatro: espaço, tempo, matéria e "informação do
> movimento da matéria", e esta última é a que está faltando para que
> possamos retornar à física newtoniana (se bem que seja um essencial citado
> por Newton). O movimento pode ser pensado como não essencial, pois retrata
> como a matéria ou a informação modificam sua posição no espaço no decorrer
> do tempo.
Informação do movimento da matéria é um nome bonito para teoria dos campos,
que estuda exatamente como determinada região do espaço influencia o
movimento dos corpos presentes nela. Classicamente temos quatro campos
conhecidos: gravidade (que influencia a massa), eletromagnetismo (que
influencia as cargas eletromagnéticas), força nuclear forte e fraca (que já
foram unificados com o eletromagnetismo. Hoje podemos falar em dois campos
apenas). Uma grandeza essencial portanto também são as cargas
eletromagnéticas. E aí, meu caro, para entendêl-as, só com quântica.
Aniello
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 17:28
Continuando...
> Valores pessoais e culturais não possuem valor científico. O
surgimento de
> modelos científicos está ligado a cultura e ao indivíduo, mas a
aceitação
> deste modelo não.
FSK> Não vi contraponto entre essa afirmação e o que foi dito
antes... Mas concordo com a objetividade inerente ao método
científico no aspecto específico da aceitação/rejeição de hipóteses.
> Não podemos afirmar com certeza que tudo seja empiricamente
testável (apesar
> de eu acreditar firmamente nisto).
FSK> O "empiricamente testável" é apenas um corolário do conceito de
ciência que foi veladamente utilizado na msg original. Gosto desse
tema, mas seu desenvolvimento iria requerer várias msg... Mas podemos
continuar se houver interesse.
> Não é verdade. Não ser compreendido é diverso de não ser
compreensível. Não
> ser compreendido é algo temporal. Quando falo que o modelo
heliocêntrico não
> teve sua validade compreendida na Grécia Clássica, não quero dizer
que a
> validade do modelo heliocêntrico seja imcompreensível.
>
> O mesmo cabe ao cogniscível. Algo que não seja cogniscível (que não
possa ser
> percebido por questões inerentes a ela própria, e não por
limitações no
> método de observação) não está no alcance da ciência.
FSK> Mas seguindo nessa linha, como vc garante que o "não
compreensível" também não tem esse aspecto temporal? Que não possa
passar a "compreendido" em algum momento futuro? E, mesmo que tais
fatos ou situações sejam identificadas, como legitimar essa
identificação? Por essa razão, a dicotomia compreensível/não
compreensível não pode ser utilizada como demarcador de
científico/nào científico.
> A religião defende a existência do incompreensível e do
incogniscível, como
> por exemplo o dogma da trindade (como pode ser Deus um e três ao
mesmo
> tempo?) ou das intenções divinas.
FSK> Aqui me parece que a religião (e outros) já estão fazendo uso
daquilo a que eu me refiro no final da msg. O seja, a hipótese do não-
compreensível como salva guarda ao escrutíneo, seja ele empírico ou
apenas lógico argumentativo.
> A ciência lida com os conceitos do incogniscível e imcompreensível.
Por
> exemplo, jamais poderíamos determinar a trajetória de um elétron
(princípio
> da incerteza de Heinserberg). Portanto a trajetória de um elétron é
> incogniscível (se porém o elétron possue uma trajetória que não
pode ser
> medida ou não possue trajetória é outro debate). Uma divisão por
zero é uma
> operação imcompreensível. Não se trata de uma limitação como a
antiga
> limitação que números negativos não tem raiz quadrada. Ao
admitirmos divisões
> por zero fica fácil demonstrar que 1=2 e outros disparates.
>
> Eu tenho confiança que cientificamente e talvez filosoficamente
possamos
> admitir que se algo é incompreensível ou incogniscível, este algo
não existe.
> mas isto é uma opinião, não um fato.
FSK> Particularmente me parece mais adequado o uso do
termo "indefinido" no lugar de "incogniscível" nos exemplos aqui
trazido. Se a divisão por zero, por exemplo, fosse "incogniscível",
não existiria Cálculo. Lembre que toda a Estatística Inferencial
recai nesse problema. Nunca saberemos qual é a altura média da
população brasileira, por exemplo, nem a posição exata do elétron.
Também o problema "compreensível/incompreensível",
ou "cognoscível/incognoscível" (esses termos são horríveis...)
versus "real/irreal", ou "existir/inexistir" me parecem
desvinculados... Por exemplo, magnetismo já "existia" antes de ser
conhecido/compreendido. Se não há como assegurar que algo que hoje
não é compreendido não possa sê-lo no futura, então não é possível
afirmar que tal coisa não é real ou não existe tendo esse critério
por base. Ao contrário, como ainda não decobrimos tudo, não há como
garantir que tais coisas seja irreais ou que não existam.
> Não. Eu posso saber exatamente do que estou falando, mas não poder
> compreender o significado do que estou falando. Por exemplo, quando
falo do
> resultado de uma divisão por zero. Sei exatamente de que ente estou
falando,
> mas não posso me utilizar da razão para analisá-lo.
FSK> Complementando, então qual o significado da vida? Veja que o
termo "significado" deve ser usado com cautela, pois o que quer
dizer "compreender o significado"? No caso da divisão por zero,
a "razão" já foi utilizada para tratá-lo. Me parece que vc quer dizer
que *pode propor uma questão mas não saber como resolvê-la*, mais do
que *saber exatamente do que está falando mas não compreender seu
significado*. E, ao propor com clareza alguma questão, é exatamente a
razão que buscará alguma solução... O termo "significado" é vago,
impreciso e subjetivo demais nesses caso, além de irrelavante.
> E por incrível que pareça, concordo com sua conclusão, mas não com
suas
> premissas. Admitir que algo está além da razão, é por sua natureza
> imcompreensível ou incognicível, e tentar tirar algum conhecimento
de sua
> natureza depois disto é ridículo. Se a mediunidade está acima da
razão, não
> posso me utilizar da razão para analisá-la, e o debate se encerra.
Tudo pode
> ser dito, nada pode ser concluído. O mesmo vale para "energias
sutis",
> "essência divina", "natureza da alma", etc. Estes assuntos não
podem ser
> analizados sob a luz da razão (ainda?), e todo debate acerca deles,
enquanto
> não podemos nos utilizar da razão, é sem sentido. Discutir se tais
coisas
> existem ou não acrece de real sentido, a menos que um método
racional ou
> empírico possa ser utilizado.
> Ou então estaremos discutindo qual o resultado de uma divisão por
zero, ou o
> sexo dos anjos.
>
> Mas isto não impede relatos pessoais, elocubrações e divagações. E
sabemos
> que relatos pessoais, elocubrações e divagações possuem valores
simbólicos e
> metafóricos para o ser humano.
>
> Aniello
FSK> Bem, fui em defesa das premissas, pois uma conclusão obtida a
pertir de premissas inválidas é sorte :-). Sobre esse tema que
estamos discutindo, sugiro a leitura de "A Última Palavra", de T
Nagel.
abraços,
FSK.
SUBJECT: Universo de energia zero - p/Aniello
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 17:33
Olá Aniello,
> Confesso que as teorias de um universo de energia zero surgido do nada me
> parecem "mabo-jambo científico" (em especial a parte de energia negativa
> gravitacional) mas já disse isto de muitas coisas da quântica. Sem ver e
> entender a formulação matemática da coisa me limito a achar estranho,
porém
> fascinante.
Manuel: Ao meu ver, muito mais estranho é o fato de existir algo e não nada.
Mas, assim como a expressão matemática "1 - (2 - [3 - {6 - 4}])" é igual a
"zero", talvez esse "algo que existe" seja redutível a "nada". Se assim for,
parece-me que as coisas ficam menos estranhas.
A estranheza que fica é a que suscita a seguinte pergunta: "por que o
nada mudou de forma?" A resposta para essa pergunta pode ser esta: "porque
não era impossível mudar forma; e também porque, segundo o totalitarismo
quântico, O QUE NÃO É PROIBIDO É OBRIGATÓRIO." (Um sistema quântico é a
superposição de todos os seus estados possíveis.)
Como esse sistema matéria-gravitação microscópico ficou deste tamanhão? A
teoria da inflação de Guth é uma das explicações possíveis.
> Não é difícil construir um modelo quadridimensional que trate a finitude
> espacial e a finitude temporal como um todo sem limites, porém finito,
> transformando a questão da causalidade do big-bang como uma pergunta
carente
> de sentido.
> Mas universo de energia zero... isto eu não consigo visualizar.
Manuel: Imagine um espaço plano, infinito, totalmente preenchido de água
líquida e em equilíbrio térmico. Não é impossível que flutuações casuais
afastem do equilíbrio pequenas regiões deste mar, fazendo surgir uma bolha
de vapor d'água que logo se liquefaz. É uma possibilidade pouco provável.
Entretanto, num oceano infinitamente grande, é inevitável que isso aconteça
em algum lugar. Água líquida e vapor dágua são dois estados de uma mesma
substância, "água". De modo semelhante, sistema matéria-gravitação e nada
também podem ser dois estados de um mesmo sistema.
Elucubrações, analogias, metáforas...
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: n Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 17:53
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 21, 2002 7:20 AM
Subject: nRe: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a
nós
>O computador dipõe de uma 'linguagem de máquina'
(Assembler?) que deverá ser decodificada. A 'linguagem inconsciente' são
processos emocionais: Têm de ser decodificados.
Existem arquivos ocultos, protegidos, etc. Assim é com o inconsciente: A
decodificação passa por 'filtros' denominados 'defesas de ego' ou 'defesas
inconscientes'.
No livro 2 de seus _Seminários_, Lacan chega inclusive a usar as teorizações
da cibernética sobre os computadores pra explicar as estruturas do
inconsciente, do ego e da relação entre eles.
Abs.
L.
Oi Lúcio
Só agora abri sua msg. Têm muitas...
Estou puto da vida... Coloco uma msg simples e objetiva preconizando serem
idênticas as dimensionais de trabalho e energia, 'chovem' msgs
'brincalhonas'. Quando coloco algo (aparentemente) disparatado, não aparece
um que dê um parecer ou que consteste a idéia.
Pô meu! Será proibido especular? O Homem ainda não 'enxergou' a verdade.
Então, existem fenômenos inusitados! Como será o Homem do futuro? Sabemos
(aproximadamente) como foi no passado. Há quantos 'anos' o Homem tem o
cérebro idêntico (Com o mesmo potencial) ao do Homem contenporâneo? E, foi
ainda 'noutro dia' que concluiu que a Terra gira em torno do Sol. Pô...
levou esse tempo todo?! Não seria mais acessível voltar sua atenção para si
mesmo, melhor dizendo, para o próprio Homem? Que será que encontraríamos? Se
não se chega sequer a uma conclusão do quê é inconsciente... e fica querendo
conhecer Marte. Pô meu! Parece estar muito mais distante.
Bem meu caro Lúcio, creio desnecessário colocar que este desabafo não está
dirigido à vc.
A propósito: Lacan não é do meu tempo. Quando ele entrou em cena estava
ligado em psiquiatria.
Quanto ao paralelo entre o computador e o psiquismo tenho a dizer que o
computador não existia na Natureza. Como Deus, é feito a sua imagem e
semelhança. No entretanto, existe a possibilidade de não carrear todos os
atributos do creador. Hehehe.
Abs.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 17:54
======================
Oi pessoal
Vejam só o que foi-me ocorrendo ao ler a msg.
[], Antonio Renato.
======================
Olá Manuel e pessoal,
Estou caindo de para-quedas no meio discussão, mas deixa meter minha
culhé: (epa! meter - ato falho??)######>Não seria um "lapsus
linguae"?(rsrsrs)<######
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
>
> Takata:Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
> alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
> psicanaliticas.
######>Pelo menos admitiu o conceito de inconsciente<######
>
> Douglas: Não tem mesmo. O que eu queria dizer é que as explicações
> psicanalíticas são ad hoc. Sobre "sexo" (princípio do prazer), na
> psicánalise, significa fuga da dor,em primeiro lugar, e busca de
> prazer. Não tem relação direta com o conceito popular de sexo.
########>Desconfio que o Douglas é um Padre Católico Jesuíta. Razão: Será
que vc tem razão?<#########
>
> Manuel: Pois eu concordo com o Murray Gell-Mann: algumas hipóteses
> psicanalíticas podem ser submetidas a testes, sim. Aliás, o próprio
> Freud ansiava para que suas hipóteses fossem testadas, tanto que
> escreveu: "Não se esqueçam; não estamos de posse, atualmente, de um
> critério universalmente admitido da natureza sexual de um processo,
a
> menos que seja, mais uma vez, o da relação com a função de
> reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...)######>Essa fui olhar no 'Aurélio': Não encontrei. Suponho deva estar ligado a 'estro'. Então devemos recusar<#######
Reprodução e sobrevivência. muitas vezes esquecemos que a
sobrevivência é mais importante do que a reprodução (mortos não
trepam). Então, se não encontramos alguma relação com a reprodução,
que tal procurarmos alguma relação com a sobrevivência? Isso
dificilmente falha.#######>Para trepar (e reproduzir) tem de chegar a
maturidade. Sem o comportamento de proteção materna não chega lá. Impulsos
maternais são emanados do instinto de perpetuação de espécie e não da auto
preservação. Perpetuação de espécie é o principal 'motivo' do Homem (animal)
e de muitos outros mamíferos, para não dizer todos os que ainda não se
extinguiram<#######
as
> características químicas que temos o direito de supor aguardam
apenas
> sua descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332). Pois não é
que
> isso terminou acontecendo! Algumas hipóteses de Freud não só foram
> testadas como passaram no teste, parcial ou totalmente. Exemplos:
>
> Freud sustentava que muitos processos psíquicos não diretamente
> ligados à função da reprodução possuem uma natureza sexual, ou
seja,
> que a sexualidade é algo mais abrangente que a
sexualidade "genital".
> A vida de muitos primatas parentes nossos, alguns muito próximos
> (macaco-de-cheiro, macaco-esquivo, babuíno, chimpanzé, bonobo,
etc.),
> corroboram essa tese. Nestes, a química sexual participa não só do
> comportamento sexual genital, mas também de muitos outros
> comportamentos sociais. Experiências realizadas com esses bichos
> provam que qualquer estímulo ao comportamento social de proteção do
> território ou de manutenção da hierarquia dentro do grupo altera o
> nível de testosterona (o hormônio da libido sem o qual não há
> orgasmo, tanto masculino quanto feminino)######>Pelo que depreendi, química sexual significa níveis sanguíneos de testosterona. Será só isso?!<#######
A testosterona é um hormônio que esta tanto ligado à agressividade
quanto à libido, mas isso não siginifica que uma coisa esteja ligada
a outra. Na hora da luta o que está em jogo é a sobrevivência, e não
a reprodução.######>Não entendi. Quem ganha o jogo é que trepa? Qualé o
jogo?<######
que faz com que os rituais
> agonísticos (e os de manutenção da ordem hierárquica) sejam
idênticos
> aos rituais sexuais de corte e acasalamento, isto é, entre esses
> primatas a sinalização de cópula é idêntica à da agressividade
intra-
> específica.######>Bonito isso: Intra-específica!<######
Entre certos lutadores de boxe e jiu-jitsu também. Mas para a maioria
dos mortais a sinalização de cópula é bem diferente da sinalização de
luta, concorda? Ou você é daqueles que tenta impressionar as garotas
berrando, socando e fazendo cara de mau? Isso também vale para a
maioria dos mamíferos . Aliás, mesmo nas espécies em que o macho é
bem mais forte do que a fêmea, e teoricamente poderia usar de sua
força para forçar uma relação sexual, isso não ocorre, via de
regra.######>Mas ocorre e com frequencia registrada estatísticamente.
Pergunte a alguém... links, hackers...<#######
"Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e
> reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores
> adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e
> são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos das castas
> superiores".######>Nunca ouvi falar disso: Sempre bom pertencer a uma lista de ciências. Relacionamento homossexual é incompatível com reprodução. Num experimento com ratos aparece homossexualidade, feminina e masculina, apenas em situações extremas, onde a vida do rato ficou ameaçada<######
Sobrevivência.
(C. Sagan; Os Dragões do Éden; p. 35) "No caso dos
> macacos africanos e dos babuínos, há certos machos que se sentam
> sempre de costas voltadas para o campo, mantendo-se de guarda e
> exibindo o intensamente colorido pênis e os testículos, por vezes
do
> mesmo colorido intenso. Se um estranho ao grupo se aproxima
> demasiado, os guardas têm mesmo uma ereção; as chamadas `cópulas de
> fúria' também têm lugar". (Irenäus Eibl-Eibesfeldt; A Biologia da
Paz
> e da Guerra; p. 108)######>No caso do Homem, adrenalina prepara para a luta. É liberada no cérebro a partir do estímulo visual/olfativo do babuíno, suponho, seguindo-se feed back de adrenalina (reação córtico-visceral - a adrenalina no cérebro, via estímulo neural, atinge a córtex supra renal produzindo adrenalina). Então induz glicogenólise (aumentando a glicose utilizável no sangue - glicemia), broncodilatação (aumentando a aeração, já que a utilização da glicose está na dependência da presença de oxigênio), midríase, vasiconstrição periférica (diminuindo hemorragia em caso de lesões), piloereção (os pelos arrepiam dando a impressão de tamanho aumentado ao animal), taquicardia, aumento na tensão arterial, aumento na atividade cerebral (taquipsiquismo), e contração dos canais deferentes e vesículas seminais (Mais outras reações, lógico). A adrenalina é uma substância simpaticomimética, ou seja, mimetisa o sistema nervoso simpático, responsável pela ejaculação. A ereção é resultado da atividade parassimpática, que antagoniza ao simpático. Os babuínos ejaculam ou têm ereção?<#######
Sobrevivência.
>
> Freud afirmava que a libido é a energia motriz da maioria dos
> processos oníricos.######>Concebendo libido como foi colocada no início da msg, abrangente a emoções...<#######
E o medo de morrer, porque não? Se fulano sonha que está sendo
perseguido por um assaltante, porque isso não pode ser visto como uma
representação simples e direta de uma ameaça familiar (ao invés de
uma representação simbólica de desejos sexuais ocultos).######>É isso aí.
Libido foi conceituada inicialmente como sede das emoções, não somente das
pulsões sexuais<########
Pois bem, experiências realizadas no laboratório
> de Willian Dement, psiquiatra da Universidade de Standford, e
outros
> psicólogos apóiam a tese de Freud, na medida em que sugerem "uma
> estreita correlação entre a ereção do pênis ou do clitóris e o sono
> em fase de MOR (Movimento Ocular Rápido).#######>No meu tempo se adotava a linguagem alienígena (REM - Rapid Eyes Movements). Ainda bem que mudou<#######
>
> Segundo Aron (1984), Mac Lusky (1986) e Bourguignon (História
Natural
> do Homem; Zahar; pp. 173/174), a curva da testosterona, o hormônio
da
> libido, coincide com a teoria freudiana do caráter difásico da
> sexualidade humana. Segundo Freud, a sexualidade desenvolve-se nos
> seres humanos em duas fases: na primeira infância -- a qual se
segue
> um período de latência -- e na puberdade. Pois bem, esses autores
> observaram, em recém-nascidos machos de várias espécies de
mamíferos,
> entre as quais o homem, uma secreção
> de testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido
> como 'crise testicular neonatal'. 'No menino' -- escreveu o
> neurologista André Bourguignon -- 'a taxa de testosterona chega à
> metade da do adulto já na segunda hora de vida e, após um
decréscimo,
> continua alta do segundo ao sexto mês. Diminui depois, até atingir
> taxas muito baixas (1% da taxa adulta) que se mantêm até os oito-
dez
> anos, depois voltam a subir
> progressivamente, até a puberdade. (...) Quanto às meninas, é entre
o
> sexto e o décimo segundo mês que uma atividade ovariana se acentua
> muito nitidamente.' (HNH; pp. 173/174)#####>É bastante técnico. Mais uma vez me regozijo de pertencer a uma lista de ciências<######
Mais uma vez, a testosterona é apenas um hormônio, não é um processo
mental. Testosterona não é sexo. O fato do bebê ter um pico de
secreção de testosterona não significa que ele esteja tendo fantasias
eróticas. A presença de testosterona é apenas uma das pré-condições
da agressividade e da sexualidade - assim como outros órgãos e
hormônios tem também mais de uma função, e não necessariamente as
funções são relacionadas ou homólogas.#######>Um gran finale!
Manero.<########
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: Científico ou especulação
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 18:03
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> É bem verdade que no 'papo virtual' não gozamos da prerrogativa da
> gesticulação, da entonação emotiva, etc. Também necessário saber
> expressar-se através das palavras.
O papo real via rede de computadores pode ser pontuado por pequenas
sequencias de caracteres q. denotam a emocao/entonacao: os emoticons
ou smileys -- q. dizem, completou ha' pouco 20 anos desde sua criacao.
http://www.linux.trix.net/news2/006432.html
http://www.cnn.com.br/2002/tec/09/19/sorrisointernet/index.html
http://www2.uol.com.br/info/aberto/infonews/092002/16092002-14.shl
http://www.emotioneric.com/
http://www.smileydictionary.com/
Mas convem nao abusar porq. nem todos os tipos de emoticons tEm uma
significacao consensual ou de amplo conhecimento. Os basicos
sorriso :-) piscada ;-) descontentamento :-( sao de mais largo uso
em todas as linguas.
Algumas marcacoes foram propostas: maisculas para VOZ ALTA,
asteriscos para *negrito* e barras para /italico/ -- mas tbm nao e'
totalmente consensual.
Algumas expressoes tbm sao por vezes utilizadas, *suspiro*,
*decepcao*, *irritacao*, etc... ou entre asteriscos ou entre alguma
outra marcacao -- parentetica ou clavicular. Por vezes sao sigladas
em ingles BTW - by the way (a proposito, mudando de assunto) - LOL -
laughing out loud (rindo muito, gargalhando) - SOB (suspiro ou fdp) --
o q. cria alguns problemas de comunicacao.
Considerando-se q. a internet ainda apresenta uma taxa de crescimento
muito alta -- quase de 10% ao ano em muitos lugares -- a qtdade de
neofitos pode tornar tais convencoes menos operacionais do q. seria
desejavel em muitas comunicacoes.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 18:05
Takata,
Falando nisso, você sabe qual é o emoticon para "Monica Lewinski"?
[ ]s
Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 22 de Outubro de 2002 19:03
Assunto: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> É bem verdade que no 'papo virtual' não gozamos da prerrogativa da
> gesticulação, da entonação emotiva, etc. Também necessário saber
> expressar-se através das palavras.
O papo real via rede de computadores pode ser pontuado por pequenas
sequencias de caracteres q. denotam a emocao/entonacao: os emoticons
ou smileys -- q. dizem, completou ha' pouco 20 anos desde sua criacao.
http://www.linux.trix.net/news2/006432.html
http://www.cnn.com.br/2002/tec/09/19/sorrisointernet/index.html
http://www2.uol.com.br/info/aberto/infonews/092002/16092002-14.shl
http://www.emotioneric.com/
http://www.smileydictionary.com/
Mas convem nao abusar porq. nem todos os tipos de emoticons tEm uma
significacao consensual ou de amplo conhecimento. Os basicos
sorriso :-) piscada ;-) descontentamento :-( sao de mais largo uso
em todas as linguas.
Algumas marcacoes foram propostas: maisculas para VOZ ALTA,
asteriscos para *negrito* e barras para /italico/ -- mas tbm nao e'
totalmente consensual.
Algumas expressoes tbm sao por vezes utilizadas, *suspiro*,
*decepcao*, *irritacao*, etc... ou entre asteriscos ou entre alguma
outra marcacao -- parentetica ou clavicular. Por vezes sao sigladas
em ingles BTW - by the way (a proposito, mudando de assunto) - LOL -
laughing out loud (rindo muito, gargalhando) - SOB (suspiro ou fdp) --
o q. cria alguns problemas de comunicacao.
Considerando-se q. a internet ainda apresenta uma taxa de crescimento
muito alta -- quase de 10% ao ano em muitos lugares -- a qtdade de
neofitos pode tornar tais convencoes menos operacionais do q. seria
desejavel em muitas comunicacoes.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 18:22
agradar os outros? voce faz sua higiene pessoal entao para agradar os outros? do modo que eu vejo, pintar o cabelo, colocar silicone, fazer higiene pessoal, qualquer coisa para mudar a aparencia (e sim, higiene esta nisso), é somente para se sentir melhor. posso até concordar que tem gente que muda seu aparencia por pressao alheia (principalmente na juventude ou na velhice, como a minha avo que nao quer tomar banho...), mas nao geralize, tem gente (e eu me incluo) que gosta de mudar para se sentir melhor consigo, seja porque querer ser diferente, por tedio, por complexo, por querer mudar a natureza que a genetica lhe deu etc.
pintar o cabelo nada tem a ver com futilidade. se voce só pensar nisso na vida, aí já sao outros 500. mas como um adicional, nao tem nada a ver. onde esta escrito que tem que se morrer exatamente com o que a natureza lhe deu? gente, vamos pensar grande!
tb achei o artigo ridiculo, mas acho mais ridiculo as pessoas que acham que mudar a aparencia fisica é futil ou burrice. é só um cabelo!
daniela
(que ainda tem que aguentar a visao limitada do mundinho daqueles que a cercam)
From: Sérgio Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 01, 2002 6:43 PM
Subject: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
"Eles deram a entender justamente isso: que há uma predileção por
loiras mas principalmente as falsas... o que permite que o tal gene
recessivo caia em perigo de extinção."
Um gene recessivo não se extingue, ele fica adormecido.
Foi o que me ensinaram no ensino básico. Mas tlv haja uma nova teoria sobre
isso...
"Quanto à futilidade das mulheres que pintam seus cabelos de loiro, eu
encaro como a tentativa de "remoçar" pela intervenção cirúrgica, o
diminuir ou aumentar seios: faz quem pode, quer e... aguenta. Em
princípio, tingir os cabelos de loiro requer é muita coragem: o pó
descolorante é forte, faz os olhos e o couro cabeludo arderem...
enfim, antes de dizer que loiras são burras, deveria ser dito que
elas são é muito corajosas por desejarem tanto ser algo "mais" que
deixam de lado as reações de seus próprios corpos para conseguirem
seus intentos... e fúteis sim porque querem agradar aos outros,
mesmo sofrendo e estragando seus cabelos. "
Burro é diferente de Corajoso
Futil foi o adjectivo que eu usei pq acho que é disso que realmente eu
estava falando e não de Burro no sentido de estupido ou não-inteligente.
Elas podem até ser corajosas, mas não deixam de ser futeis pq como vc mesma
disse "quererm agradar a todos"
Sérgio
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 18:23
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 22, 2002 3:05 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
> Pessoas inteligentes, como o Takata, são difíceis: Não sei se percebeu
como
> ele escorrega. A inteligência é uma arma de dois gumes: Tanto serve para
> 'compreender' ao Meio como também para estruturar defesas sólidas.
Manuel: Realmente. Como já disse, o Takata tem sempre um argumento 'ad hoc'
para salvar a sua teoria irrefutável de que a psicanálise é uma
pseudociência. Quando o "ad hocismo" está difícil de sair da manga, ele
apela para a anedota (o nome dessa falácia é 'O Riso do Cavalo'). Mas o cara
tem senso de humor e eu me divirto muito (depois que a raiva passa, claro)
com as gozações que ele faz.
> Desculpe-me. Não tenho má intenção.
Manuel: Tá se desculpando de quê, rapaz! Não houve má intenção da sua parte
e nem eu percebi isso. Escrevi aquilo por ter percebido que eu estava
exagerando um pouco nas citações.
Um Abraço,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: superpopulação e seleção de grupo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 18:27
Alguns textos sobre o tema:
http://www.biology.ucsc.edu/~barrylab/classes/animal_behavior/LEVELS.H
TM
http://endeavor.med.nyu.edu/~stone01/altruism.html
Não são os melhores, mas não tenho tido muito tempo para fazer uma
pesquisa mais aprofundada.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 18:34
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Ter 22 Out 2002 14:38, you wrote:
>
> > L: Em princípio, ao se descobrir como a energia torna-se matéria
e
> > em quais condições, todas as respostas aos supostos estados do
> > Universo seriam achadas. E poder-se-ia criar Universos em
> > laboratório, isto porque, ao que tudo indica, a nível do que a
> > energia pode fazer quando estruturada em matéria, o tamanho não é
> > relevante... :)
>
> Acho que vale a pena trocar "supostos estados do Universo" por
possíveis
> estados do Universo". Com um mesmo estado inicial posso ter vários
resultados
> finais em um sistema físico fechado.
L: Você está falando de ingredientes físicos materiais? Lembre-se
que o Universo é "feito" a partir de energia. E ao que me conste não
se aplicam certas leis quando o assunto é "o que está acontecendo com
a energia que estava aqui"... E quem disse que o Universo é um
sistema físico fechado?
Hoje em dia se repetirmos o mesmo
> experimento rigorosamente sob as mesmas condições o esperado é
chegar a
> resultados diversos.
L: Estamos falando da mesma coisa?
> E o próprio fato de estarmos fazendo o experimento interfere no
sistema.
>
> Hoje a onisciência científica é inviável.
L: Até que se descubra como criar matéria a partir da energia, não
se pode falar em "onisciência". Fala-se de estados relativos, fala-
se de possibilidades...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 20:02
Hum... polêmica...
Olá Daniela!
--- Em ciencialist@y..., "Morais" <ardm@u...> escreveu
> agradar os outros? voce faz sua higiene pessoal entao para agradar
os outros? do modo que eu vejo, pintar o cabelo, colocar silicone,
fazer higiene pessoal, qualquer coisa para mudar a aparencia (e sim,
higiene esta nisso), é somente para se sentir melhor.
L: Eu não me sinto bem loira. Você pode se sentir. SE eu tingir
meus cabelos de loiro eu vou estar sob efeito de alguma droga
narcotizante ou sob efeito de alguma bobeira que espero seja
passageira. O fato é que tingir os cabelos é algo como colocar uma
prótese de silicone no bumbum, nos seios. Não será meu, não vou me
reconhecer a partir dali... e isso é tudo. Eu já passei da idade de
tentar ficar bem me espelhando no que os outros acham bonito. Eu sou
como sou e me sinto feliz comigo.
>... posso até concordar que tem gente que muda seu aparencia por
> pressao alheia (principalmente na juventude ou na velhice, como a
minha avo que nao quer tomar banho...), mas nao geralize, tem gente
(e eu me incluo) que gosta de mudar para se sentir melhor consigo,
seja porque querer ser diferente, por tedio, por complexo, por querer
mudar a natureza que a genetica lhe deu etc.
L: Olhe-se no espelho e veja-se como você é, sem pintura corretiva,
sem tintura nos cabelos, de preferência nua em um espelho de corpo
inteiro. Se você gostar do que vir, se você se sentir bem sendo você
mesma é 100% garantido que os outros também irão gostar, isso porque
a sensualidade está dentro da gente, e se faz notar quando a gente se
gosta. Se não gostar, o percentual cai consideravelmente... Se de
repente mudar a cor dos cabelos produz algum efeito psicológico,
tinja, mas veja, não será mais você, será o fruto de sua insatisfação
com a cor de seus cabelos, daí os seios grandes/pequenos, então o
bumbum grande/pequeno... vai somando tudo e veja o que sobra.
> pintar o cabelo nada tem a ver com futilidade. se voce só pensar
nisso na vida, aí já sao outros 500. mas como um adicional, nao tem
nada a ver. onde esta escrito que tem que se morrer exatamente com o
que a natureza lhe deu? gente, vamos pensar grande!
L: Detesto a idéia de ficar dependente de algo que possa vir a
acabar um dia. Imagine se tudo acabar, se não tiver silicone para
reposição, se não existir mais tintura, o que será de você que faz
uso disso para ficar bonita? Pense grande... O ideal é fazer uma
alimentação balanceada, ter os olhos brilhantes, um sorriso aberto e
ser articulada no falar e ter a mente lúcida. O resto é bom só de
ser visto, não de conviver...
> tb achei o artigo ridiculo, mas acho mais ridiculo as pessoas que
acham que mudar a aparencia fisica é futil ou burrice. é só um cabelo!
L: Tanto é importante para você que você ainda se dá ao luxo de
falar a respeito... me poupe!
> daniela
> (que ainda tem que aguentar a visao limitada do mundinho daqueles
que a cercam)
L: Delete as mensagens que não lhe agradarem. E já que meu palpite
irritou você, você tinge os cabelos de loiro?
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 21:55
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Tuesday, October 22, 2002 3:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> Quais são as evidências de que o elétron tenha uma estrutura interna?
Caro Álvaro
Existe alguma coisa na natureza reconhecidamente sem uma estrutura interna?
Porque então o elétron deveria se constituir numa exceção? E se assim for, a
quem deverá caber o ônus da prova? A quem defende a regra, ou a quem defende
a exceção?
Poderão dizer que um ponto matemático não tem estrutura interna, mas... O
ponto euclidiano sequer tem definição, quanto mais estrutura (quero crer que
o "interna" chega mesmo a ser redundante, não é verdade?). Um ponto nada
mais é senão algo a estabelecer um critério delimitante ou a caracterizar
extremos de objetos dotados de estrutura.
O elétron seria um ponto? Se sim, quais seriam as evidências de que o
elétron seria puntiforme?
Veja bem, não estou dizendo que nesta ou naquela condição ele não possa
ser considerado puntiforme, pois até mesmo com a Terra podemos utilizar, em
determinados casos, esta simplificação útil. O que estou querendo saber é se
alguém aqui conhece evidências de que de fato o elétron poderia ser
considerado sem dimensão alguma, a exemplo de um ponto matemático.
> Ainda, o conceito de spin foi historicamente identificado com o "giro" do
> elétron, mas modernamente não tem nada a ver com isso. Spin é somente uma
> propriedade a mais e, embora facilite por razões didáticas identificá-lo
> com o giro, isso não é necessariamente verdade.
Sem dúvida, o "spin" dos físicos "modernos" não tem o significado de giro, e
já me reportei a esse respeito aqui na Ciencialist. Na minha mensagem atual
eu me refiro a giro e não a "spin". Ora, um giro é um giro, não um "spin"
dos físicos "modernos" (talvez isso desse confusão se alguém pretendesse
traduzir esta mensagem para o inglês, pois giro seria traduzido por spin,
mas quero crer que em português podemos considerar as coisas como
diferentes).
Historicamente o spin, com significado de giro, foi constatado na
experiência de Stern e Gerlach (1924), que a meu ver poderia ter sido
decisiva no sentido de falsear toda a física moderna, não só aquela
existente na época como também a que surgiria nos anos seguintes da mesma
década. Foram então criadas algumas hipóteses "ad hoc" a protegerem os
paradigmas de então, desprezando-se de maneira ainda hoje não muito bem
esclarecida o giro descrito pelos autores citados. O que hoje chama-se
"spin" não é o giro em si, mas o processo todo responsável pelo fenômeno
observado por Stern e Gerlach. E esse "processo todo" pode ser explicado de
duas maneiras. Uma que fisicamente ninguém entende e que seria a explicação
quântica. Outra seria uma explicação 100% clássica e relacionada às órbitas
possíveis para um elétron clássico como aquele que apresento em minha
teoria. Essa explicação poderá ser encontrada em "O spin que não é giro"
(vide http://ecientificocultural.com/Eletron2/parep.htm ). Lembro que a
experiência de Stern e Gerlach é feita com elétrons em órbita, e não com
elétrons isolados. O giro nada mais é senão "parte" da interpretação do
fenômeno dada pelos autores. Sem dúvida, hoje o spin não é nada disso, mas
sim algo que ninguém jamais entenderá, posto que é o produto de uma ficção
matemática, tal e qual a idéia de ponto (Em tempo: não sou contra essas
ficções, desde que não se confunda matemática com física -- física não é
matemática e matemática não é física, e esta é uma verdade que poucos
físicos "modernos" se dão conta).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Como o cérebro produz o tempo (ex-Sobre termodinâmica e Big Bang)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 21:58
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 4:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?)
>Manuel: Essa idéia da seta não voar é do Paul Davies. Veja o Livro dele "O
Enigma do Tempo"; Ediouro; Capítulo 12: Mas que Tempo é Agora?; A Seta do
Tempo Voa?; pág. 342/344.
Sim, eu sei disso. O livro do Paul Davies foi inclusive uma das minhas
principais fontes no debate do Taborda - eu gostei da construção que você
deu: sucinta, clara e, bem, direto ao alvo. ;-)
>O tempo realmente flui? Ou será o fluxo do tempo apenas o que o tempo é
para
nós, isto é, uma sensação?
Foi essa, basicamente, a essência do debate que eu travei com o Eduardo em
outra lista e que eu mencionei aqui de passagem. Eu defendia a segunda
alternativa. Ele se alinhava entre os que acham que o tempo blocado é só um
artifício matemático, sem correspondente físico. O meu ponto é que a
sensação de tempo linear é produzida pelo cérebro. Claro que não vou
reproduzir o debate inteiro aqui mas, em conseqüência dele, escrevi um
pequeno texto que pode ser relevante:
"Quando você olha pela janela, o que você vê não é o mundo real, mas uma
imagem gerada pelo seu cérebro a partir de sinais enviados pelos órgãos dos
sentidos. Essa imagem, no entanto, não reflete fielmente a realidade, como
se fosse uma fotografia. Ela é antes uma recriação ou reconstrução que o
cérebro faz, a partir de certos pressupostos implícitos que ele tem a
respeito de como o mundo deve ser. Como se processa essa reconstrução? Antes
de mais nada, o cérebro produz o espaço, ou melhor, a espacialidade, e o
tempo, ou antes, a temporalidade, que funcionam como uma estrutura de
referência dentro da qual ele poderá situar o que Freud chamava de
*Dingsvorstellung*, as representações dos objetos. Note, porém, que, embora
o que existe no mundo exterior seja um contínuo quadridimensional no qual o
espaço e o tempo encontram-se unidos, a espacialidade e a temporalidade são
geradas como dois conjuntos de sensações absolutamente separados, que nem
sequer provêm da mesma área do cérebro. A espacialidade é produzida pelo
hemisfério direito, enquanto a temporalidade surge do hemisfério esquerdo do
cérebro. Há ainda uma segunda diferença importante: de acordo com a
formulação matemática de Herman Minkowski, no contínuo, tanto o espaço
quanto o tempo são estáticos, enquanto que nossa temporalidade é organizada
de forma seqüencial ou linear. Por que isso acontece?
Para construir o formalismo matemático da teoria da relatividade, o
principal instrumento utilizado por Einstein foi um conjunto de equações
conhecido como *transformações de Lorentz*, a partir do nome de seu criador,
o matemático holandês Hendrik Atoon Lorentz. O que as transformações de
Lorentz fazem é converter o sistema de coordenadas da geometria euclidiana,
composto apenas de três dimensões espaciais, para um sistema de coordenadas
de quatro dimensões, no qual o papel da quarta dimensão é desempenhado pelo
tempo. Quando você olha pela janela do seu quarto, por sua vez, seu cérebro
executa uma operação inversa, convertendo um contínuo de quatro dimensões
para um sistema de coordenadas tridimensional. A dimensão que se perde é a
do tempo. Para suprir essa lacuna, o cérebro simula a dimensão temporal
através da sensação de temporalidade que, conforme demonstram os estudos das
neurociências e da cronobiologia, é baseado nos ritmos corporais, sobretudo
os batimentos cardíacos. Uma vez que esses ritmos são de natureza
seqüencial, a sensação de tempo criada a partir delas adquire uma natureza
linear que não corresponde em nada ao caráter essencialmente estático do
tempo no contínuo.
A questão é: por que o cérebro precisa efetuar toda essa ginástica? Uma vez
que a seleção natural de Darwin pressupõe uma crescente adaptação entre o
organismo e seu meio-ambiente, considerando que o mundo no qual nosso
cérebro foi criado e se desenvolveu é um mundo de quatro dimensões, por que
não podemos perceber diretamente esse contínuo e, em vez disso, somos
obrigados a criar um simulacro do espaço e do tempo que, especialmente no
que se refere ao tempo, guarda pouca ou nenhuma semelhança com seus supostos
correspondentes reais? O que levanta uma segunda questão, que deve ser
cuidadosamente examinada: e se nosso cérebro *puder* perceber diretamente o
contínuo, mas estiver impedido de fazer isso por uma série de fatores que
ainda seria preciso determinar? Nesse caso, poderíamos imaginar algum
método, técnica ou artifício que permitisse desbloquear essa capacidade e
nos permitir contemplar diretamente a realidade, com todas as suas
características quadridimensionais?"
É isso. Boa parte da pesquisa que eu venho desenvolvendo há mais de um ano é
uma tentativa de encontrar uma resposta (ao menos teórica) para essas
perguntas.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 22:00
----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o"
Sent: Tuesday, October 22, 2002 4:28 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> Vamos por partes. Antes de tudo, quando eu jogo bilhar, as bolas
> normalmente giram...
Se você soltar as bolas com as mãos sim, mas este giro seria devido a um
rolamento provocado pelo atrito com a mesa, e não se trata de um giro
inerente à bola em si. Por outro lado, o bom jogador sabe evitar este giro,
dando uma tacada com uma força adequada. Aliás, o bom jogador sabe até mesmo
provocar outros giros, o que chamam "jogar com efeito".
> Piadas a parte. A analogia entre elétron e bolar de bilhar é apenas uma
> analogia, válida dentro de seus limites. Nenhum físico responsável
> afirmaria que o elétron é uma bola de bilhar diminuta, pois implicaria que
> o elétron é feito de marfin ou de resina plástica.
As analogias nunca devem ser levadas ao extremo. Via de regra são artefatos
didáticos, nada mais do que isso. As crianças, via de regra, exageram neste
entendimento analógico, e aí surgem questões como aquela explorada num
comercial creio que do início dos anos 90: "Não é um aviãozinho, pai, é um
Phantom F-100".
> A analogia se refere apenas ao raciocínio que o elétron seria uma
> partícula com forma física e limites físicos definidos, cujo movimento
> poderia ser descrito pelas leis de Newton.
Neste caso, diria que é perfeitamente possível o elétron ser descrito como
uma partícula 100% newtoniana. Lembro ainda que física newtoniana não se
resume em leis de Newton, algo que os físicos "modernos" via de regra não se
dão conta.
> Outra objeção: a teoria do Big Bang não aceita um referencial absoluto.
Rigorosamente falando, uma teoria que aceita um referencial absoluto jamais
chegaria no Big Bang da física "moderna". Isso não significa que não se
possa pensar em um equivalente clássico. Aliás, já discuti alguma coisa a
respeito na mensagem 6037 da Ciencialist, além de outras.
> Não há um "centro do big-bang" ao analisarmos espacialmente. O centro do
> big-bang só pode ser achado "espaço-temporalmente" , que é examente o
> instante do big bang.
Isto *poderá* ser verdadeiro se, mas somente se, a física "moderna" for
verdadeira. E em nenhum momento assumi essa hipótese.
> Para montar uma figura analógica, imagine uma superfíce bidimensional
> esférica. Qual é o centro desta superfície? Não há centro. Para achar o
> centro é necessário analisar a superfície tridimensionalmente. Em outras
> palavras, uma formiga caminhando em uma esfera jamais chegaria ao centro
> da esfera. Para ela a esfera não tem centro.
Pois eu já dei a volta ao mundo e nunca consegui chegar ao centro da Terra.
Logo, seguindo o seu argumento, poderei concluir que a Terra não tem centro.
Sim, eu sei, você está querendo me incutir a idéia de outras dimensões, além
das três e do tempo. Mas isso é matemática, não é física.
> > Pelo fato dessa "bolinha" (estrutura primária) estar girando, ela gera
> > um campo eletromagnético.
> Pelo fato de estar girando e ter carga. Não apenas por estar girando.
Pelo visto, você não entendeu a explicação. Quem nasceu primeiro, o ôvo ou a
galinha? No caso estou querendo dizer que todos os efeitos eletromagnéticos
de um elétron devem-se ao fato dele ser uma partícula que gira. Ou seja, por
girar ele gera um campo diferente daqueles que você aprendeu estudando a
teoria de Maxwell. Ao integrar esses campos para uma superfície carregada de
elétrons e ou por um fio percorrido por elétrons você chegará no primeiro
caso, na lei de Coulomb e no segundo caso, na lei de Ampère. Somente a
partir disso você poderá dizer que existe "carga elétrica" no sentido
coulombiano do termo ou "corrente elétrica" no sentido amperiano do termo.
Aliás, perceba a incoerência no seu argumento: Uma carga elétrica
coulombiana não precisa estar *macroscopicamente* girando para gerar um
campo elétrico (que não deixa de ser um tipo de campo eletromagnético).
Quero crer que você estava pensando nos efeitos magneticos macroscópicos da
teoria de Maxwell.
> Ok. Agora como explicar o problema da "radiação de corpo negro", e as
> frequências de emição e absorção específicas de elementos químicos?
Ora, é suficiente desprezar o modelo atômico de Thomsom (modelo em pudim de
passas), que era o aceito na época de Planck, bem como a idéia de elétron
livre, de Drude e Lorentz. Comento alguma coisa a respeito na mensagem 16975
( http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16975 ).
> Não consigo ver o por que que o modelo clássico unido ao fato do elétron
> não ser feito de marfin levou os físicos a criarem aos orbitais.
O problema não está no marfin, mas no fato de considerarem o elétron como
uma carga elétrica coulombiana (gerando um campo com simetria esférica).
Ora, se ele é idêntico a uma carga elétrica coulombiana, ele, quando em
órbita, deve emitir energia eletromagnética. Mas se o fizer, cairá no
núcleo!!! Se você for estudar a história da física quântica, ou for ler
o trabalho primitivo de Bohr (1913), perceberá que Bohr apoiou sua teoria
em quatro postulados (estão citados no livro do Eisberg, pois o Bohr não se
deu ao luxo de ordenar suas suposições). Num dos postulados Bohr assume o
elétron como uma carga coulombiana, que gera e sofre efeitos
eletromagnéticos como se fosse uma carga elétrica comum. Em outro ele assume
que embora o elétron tenha uma natureza compatível com a teoria de Maxwell,
o elétron não emite energia eletromagnética, pois está no que foi chamado
uma órbita permitida, e hoje transmutou-se para orbital, porém conserva os
absurdos primitivos associados a novas hipóteses "ad hoc".
> Me parece mais adequada a questão que era preciso resolver a questão da
> radiação de corpo negro, as faixas de emissão de espectros luminosos, o
> efeito fotoelétrico, etc...
Sim, mas não se poderia resolver a questão a qualquer preço. E o preço pago
foi muito alto, pois até hoje ninguém entende sequer o que são essas
radiações de corpo negro. A física empacou totalmente e não sou eu a dizer
isso, mas os próprios físicos "modernos" dizem isso a toda a hora, se bem
que num sentido bem mais light.
> O modelo de órbitas permitidas de Bohr era um modelo imcompleto. Criticar
> um modelo por se basear em um modelo incompleto, tentando completá-lo, é
> ridículo.
Mas quem está tentando completar algo que parte de um pressuposto errôneo?
(Qual seja, elétron carga-elétrica)
> E as órbitas permitidas de Bohr não eram órbitas em que os eletróns podiam
> violar as equações de Maxwell, e sim órbitas que eram permitidas ao
> elétrons de acordo com seu estado energético. Quaisquer outras órbitas
> eram negadas ao elétron.
Mas receberam o nome de permitidas justamente pelo fato de estarem
autorizados a violar a teoria de Maxwell. Do contrário esse elétron deveria
emitir energia eletromagnética, o que fazem quando saltam de uma órbita,
considerada pela teoria como permitida, para outra. Ora, permitida por quem?
Pelos demônios de Bohr, a devolverem a energia então emitida?
> > E não é difícil também explicar com esse elétron "bolinha de
> > bilhar GIRANTE" muitos dos sucessos aparentes da teoria da relatividade,
> > pois que essa também apoiou-se na teoria de Maxwell com a interpretação
> > dada por Lorentz.
> Legal esta confusão: o princípio da incerteza, os orbitais eletrônicos,
> etc, não são teoria da relatividade. É mecânica quântica. Não discutimos
> nada de relatividade aqui.
Confusão porquê? Simplesmente estou tentando mostrar que a relatividade e a
física quântica não nasceram juntas por obra do acaso, mas pelo fato de
apoiarem-se nos mesmos absurdos, na física "clássica" deturpada por Lorentz,
dentre outros.
> Quanto a sua teoria, comece com a radiação de corpo negro. Como ela
> explica o comportamento de emissão eletromagnética de um corpo negro?
Para começar sugiro que leia a mensagem 16975 citada acima.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 22:06
----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o"
Sent: Tuesday, October 22, 2002 4:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> > Mas por puro azar a sua física, corpuscular na origem, estava apoiando a
> > outra física: a física dualística. Esta última já nasceu incerta e,
> > portanto, só poderia deduzir uma incerteza. Apesar de incerta, "era a
> > única" em que se apoiar na época. Mas, na realidade, Heisenberg não
> > estava se apoiando na mesma mas apoiando-a. E a satisfação por esta
> > constatação deve ter bloqueado seu raciocínio.
> Deixa ver se eu entendi: Heinserberg não estava se apoiando na fsícica
> dualística (imagino que esteja falando na dualidade onda-partícula) e sim
> tentando apoiá-la?
Na época (início da década de 20) aceitava-se a dualidade para a luz (efeito
fotoelétrico + efeito Compton), mas ainda não para as demais partículas.
Essa idéia surgiu com De Broglie, sendo posteriormente desenvolvida por
Schrödinger. Heisenberg partiu da idéia de elétron corpúscular e, através de
sua teoria das matrizes, chegou a resultados que foram posteriormente
mostrados compatíveis com a teoria de Schrödinger. Eu não disse que
Heisenberg estava tentando apoiar nada. Simplesmente idéias surgidas a
partir de pressupostos diferentes acabaram se mostrando comuns. Isso deve
tê-lo deixado satisfeito, pois as idéias de De Broglie e Schrödinger estavam
sendo aceitas e ele havia chegado ao mesmo caminho por outras vias. Além do
que, isso fortaleceu a aceitação de seu princípio da incerteza, que não se
fazia nítido seguindo-se o formalismo de Schrödinger.
> Ou seja, perceber que um fóton intarage com o elétron, ele estava não
> usando a tese que a luz tem caracteríscticas quanticas, e sim tentando
> comprovar que a luz tem características quânticas? Por que?
A explicação da interação com o fóton foi obra de Bohr e não de Heisenberg.
A idéia parece ter sido de Heisenberg, mas surgiu numa etapa posterior.
Bohr, através dessa idéia, tentou dar uma explicação para o princípio da
incerteza, mostrando-o compatível com o raciocínio quântico. Tudo isso
ocorreu na década de 20 do século XX, quando já se aceitava, sem
contestações, a natureza quântica da luz.
> > O problema é saber o que colocar no lugar deste choque material. E eu
> > digo que em teoria pode-se pensar naquele ente de natureza IMATERIAL
> > assumido por Newton e responsável pela gravitação (e também pelo campo
> > eletromagnético). Os físicos "modernos" assumem essa alguma coisa como
> > partículas virtuais, mas eles não conhecem o significado físico dessas
> > supostas partículas, e em decorrência disso passam a tecer considerações
> > que não ficam nada a dever àquelas contidas nos romances de ficção.
> Alto de novo. Newton achava o conceito de "ação a distância" um ponto a
> ser aperfeiçoado em sua teoria na gravitação. Ele não atribuiu um
> componente imaterial a gravitação, e sim simplesmente não abordou a
> questão do mecanismo da gravitação.
Neste caso, nada melhor que recorrer à fonte:
"É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem a mediação de
alguma coisa, QUE NÃO É MATERIAL, atuar sobre, e afetar outra matéria sem
contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no sentido de Epicuro for
essencial e inerente a ela. E esta á uma razão pela qual desejo não me seja
atribuída a gravidade inata. Que a gravitação seja inata, inerente e
essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar sobre outro a
distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma coisa, pela qual
e através da qual sua ação e sua força fosse transportada de um até outro, é
para mim absurdo tão grande, que acredito que homem algum que tenha em
questões filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair nele. A
gravidade deve ser causada por um agente que atua constantemente, de acordo
com certas leis; mas deixo à consideração de meus leitores se este agente é
material ou imaterial (Newton).
Ou seja, primeiramente ele afirma o que pensa e, posteriormente, deixa a
questão em aberto, pois para a época ele não poderia sustentar, de maneira
contundente, o que pensava a respeito. Aliás, esse estilo é uma constante
nos escritos de Newton. Quanto ao aether ele faz as mesmas considerações,
primeiro afirma sua não existência, e logo a seguir deixa um certo grau de
liberdade para os que pensam de maneira diferente.
> É da teoria dos campos que você se refere ao falar de ente de
> natureza imaterial?
Sim.
> Sua proposta é tentar observar os elétrons atravês de campos de força?
> Qual campo de força você usaria? Se for o eletromagnético, as pesquisas
> sobre o efeito fotoelétrico comprovam que o campo eletromagnético tem
> comportamento quântico.
Na sua interpretação. Mas isso é meramente uma interpretação, por mais que
seja universalmente aceita como verdadeira. Aliás, a interpretação que se dá
ao efeito fotoelétrico está sutilmente comprometida com a teoria dos
elétrons livres de Drude e Lorentz, algo a meu ver bastante questionável.
> O mesmo vale para força nuclear fraca. O elétron não reage a força
> nuclear forte, e mesmo se reagisse, é um campo com características
> quânticas.
A força nuclear forte foi postulada para explicar como dois ou mais prótons
conseguem se manter num mesmo núcleo. Se estou afirmando que o próton, assim
como o elétron, não é idêntico a uma carga elétrica coulombiana, posso
perfeitamente assumir que a interação forte é uma ilusão a apoiar-se num
erro crasso.
> Resta medir pela gravitação (considerando que a gravitação não é um campo
> quântico, o que não é uma certeza). É esta sua proposta? Tentar medir a
> quantidade de movimento e a posição do elétron pela gravitação?
No sentido que você dá ao termo medição, eu não quero medir nada. Aliás, nem
o Heisenberg pretendeu medir nada, simplesmente tentou demonstrar, através
de experiências de pensamento, as idéias que desposava na época. Quanto ao
mais, já disse. Você quer que eu explique a coerência da minha teoria com os
postulados daquela em que você acredita. Ora, em nenhum momento eu assumi
que os dogmas da física "moderna" são verdadeiros. Porque então deveria
aceitá-los como hipóteses?
> Daí devido a equivalência entre massa e nergia você teria variáveis demais
> em seu sistema para conseguir uma resposta. O movimento interfereria na
> massa relativística do elétron, e presupormos quantidade de movimento
> diferentes acabaria levando a várias posições possíveis diferentes.
Ulalá. Quem falou em relatividade agora não fui eu. Aliás, essa é uma
hipótese que eu também não utilizei. Cheguei a comentar alguma coisa a esse
respeito em mensagem que enviei em 9 de março deste ano, e que pode ser
lida, sob o título "A energia da física moderna" em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/energia.htm
> Qual é o método de interação que você pretende usar para observar o
> elétron?
Deixo a critério dos físicos experimentais, se é que algum dia tal feito
será viável. Por enquanto, e no que diz respeito ao tema, limito-me a
experiências de pensamento, a exemplo daquelas que apóiam o princípio da
incerteza. A minha teoria faz predições sim, mas de outra natureza.
> > Realmente ainda não acabou, mas está muito próximo do fim. E o desfecho
> > irá desagradar sobremaneira os físicos "modernos", mas é inevitável que
> > tal aconteça pois somente assim retiraremos a física do atoleiro em que
> > se encontra há mais de 100 anos. E quero crer que somente assim
poderemos
> > "retornar aos tempos em que a física era uma ciência inteligível."
> Que atoleiro? A física moderna é intelegível, se não fosse não poderia ser
> ensinada. Apenas viola o senso comum.
Bem vejamos uma pequeníssima amostra do que dizem alguns físicos a respeito:
Schrödinger: "Se me perguntarem: o que são de fato essas partículas, esses
átomos e moléculas? Devo admitir que conheço tão pouco a seu respeito como a
origem do segundo jumento de Sancho Pança."
Einstein: "A história da busca de uma teoria da luz não está de modo algum
concluída. O veredicto do século XIX não foi final e definitivo. Todo o
problema de decidir entre corpúsculos e ondas ainda existe para a Física
moderna, desta vez de uma forma muito mais profunda e intrincada. Aceitemos
a derrota da teoria corpuscular da luz até reconhecermos a natureza
problemática da vitória da teoria ondulatória."
James Trefil: "O que estamos realmente dizendo é que é muito difícil
visualizar o que seja um elétron, porque não há nada em nossa experiência
que nos sirva de guia. Portanto, o que a mecânica quântica nos diz é mais ou
menos tão profundo quanto isto: um elétron não é como um carro."
Einstein: "... creio ainda na possibilidade de um modelo de realidade, quer
dizer, de uma teoria que represente as coisas mesmas, e não apenas a
probabilidade de sua existência."
Alan Sokal (físico, EUA): "...Já a teoria da física quântica é muito
complicada, e nem os físicos têm certeza do que ela significa. E tenho de
confessar que, quanto mais eu estudo teoria quântica, menos eu a entendo."
Schrödinger: "Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões signifique
apenas um intenso processo de transformação, que conduzirá finalmente a algo
melhor do que as confusas séries de fórmulas que cercam o nosso tema".
Einstein: Será o desenvolvimento futuro ao longo da linha escolhida na
Física Quântica, ou será mais provável que sejam introduzidas novas idéias
revolucionárias na Física?
> Uma grandeza essencial portanto também são as cargas
> eletromagnéticas. E aí, meu caro, para entendêl-as, só com quântica.
Neste caso estou com Schrödinger (vide duas citações acima) e não abro. Para
os que não sabem, Sancho Pança era um jumento personagem de um livro de
Cervantes e que morreu num capítulo mas, por lapso do autor, ressurgiu vivo
num capítulo seguinte. É isso o que um elétron faz num salto quântico.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 22:19
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 2:20 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Oi de novo Lúcio!
Hello again.
>L: Ótimo exercício para músculos cerebrais... leva a alguma
conclusão? Eu amo ver resultados, vai ver que é por isso que eu não
gosto muito da teoria.
Depende do que você entende por resultados. Mostrar que o universo é rico em
possibilidades, mesmo que algumas delas sejam puramente teóricas, e que o
nosso mundo não precisa se limitar à rotina estéril e massacrante do
dia-a-dia cinzento em que se passa boa parte de nossas vidas pra mim é um
resultado mais do que suficiente.
>L: Então vamos definir as coisas: você gosta da Física no que
concerne à arte e à filosofia
Não exatamente. O que me interessa na física e nas ciências em geral foi o
que eu descrevi aí em cima, o potencial que elas têm de romper com os nossos
hábitos condicionados de perceber e pensar o mundo, alimentar um saudável
estranhamento em contraste com a pura e simples aceitação das coisas como
são, ou como fomos ensinados a pensar que elas são.
>Não me seria de todo horripilante entrar em um
lab/observatório e ver como as coisas funcionam ali, bem no cerne do
que é a matéria ao invés de chegar ao ápice das elucubrações em
frente a um quadro negro ou uma escrivaninha...
Mas você nunca vai poder *ver* como as coisas funcionam, não no que se
refere ao cerne do que é a matéria. Esse cerne não é diretamente
observável - ninguém jamais conseguirá ver um quark, por exemplo, entre
outras coisas porque, mesmo que eles existam, sua escala é infinitamente
menor que a dos fótons. Sua existência só pode ser inferida a partir de
evidências indiretas mas, pra isso, os resultados das experiências têm que
passar por uma interpretação teórica. A teoria está lá, entranhada no
laboratório, e não há como desalojá-la dali. Um exemplo ainda mais elementar
é dado pelo próprio Einstein. Se você não conhecer a teoria atômica, o
rastro de um elétron fotografado numa câmara de gás vai parecer um risco sem
sentido. Daí a declaração taxativa de Einstein ao jovem Heisenberg: "É a
teoria que decide o que podemos observar." A idéia de que os cientistas
avançam laboriosamente dos dados brutos pra teoria é uma imagem bonita, mas
falsa - a teoria já está lá, desde o começo, nem que seja sob a forma de uma
vaga hipótese, orientando a interpretação dos resultados.
>L: Pois é... esse é o X da questão. O resto é paramento, ou as
preliminares antes do ato, como queira... :)
De fato. Mas acho que, hoje em dia, nem o mais grosseiro porco chovinista
seria capaz de negar a importância das preliminares para um ato
bem-sucedido. ;-)
>L: Tem um texto sobre o que ele diz em um site a lá FAQ e é o que eu
recomendo:
Brigadinho, Ligia! Vou checar hoje mesmo os links que você me passou.
>li sobre ele em uma revista Istoé em um consultório médico. Depois só
achei citações
sobre ele e o trabalho dele na internet. Ao que parece não há livros
de sua autoria.
Pois é, comigo foi parecido, com a diferença de que eu li sobre ele em um
artigo da _Superinteressante_ deste mês. Mas a minha busca no Google só me
retornou links em francês, língua na qual eu não consigo passar do
tatibitati - só fiz um semestre de francês na época da faculdade.
>Acho que você iria amar Itzak Bentov. Você já leu "À espreita do
Pêndulo Cósmico"?
Não. Que apito ele toca?
>L: Talvez porque você encare a física da forma como ele encara: uma
plataforma de lançamento... :)
Esclarece um pouco melhor essa frase. Plataforma de lançamento pra onde?
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 22:29
----- Original Message -----
From: Fernando S K
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 1:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>Mas a frase "O que está além da razão não é assunto científico." é
mais interessante. Ela é no mínimo totalmente paradoxal... Eu diria
logicamente inconsistente. Se eu assumo que há coisas "além da
razão", então temos 2 possibilidades: ou eu sei ao quê extamente eu
me refiro, ou então estou apenas anunciando uma possibilidade (apesar
da frase estar presente do indicativo...). Mas se eu desconheço, como
posso afirmar que essa coisa está "além da razão"? Então, com
certeza, devo saber ao quê me refiro. Mas se eu sei, então eu faço
essa afirmação tendo a própria razão como referência! Essa afirmação
faz uma espécie de apelo à alguma razão ulterior, uma "razão em
última instância". Ou seja, não escapa da *razão*, daí sua
inconsistência total.
Acho que é impossível saber se existem coisas que escapam à razão antes de
sabermos o que é a razão. Portanto, pergunto: o que é a razão? Adianto que
não existe uma resposta unívoca pra essa pergunta. "Razão" é uma
palavra-ônibus que, desde os tempos dos pré-socráticos até os dias de hoje,
tem recebido as mais diversas definições, muitas delas incompatíveis e
contraditórias entre si. A razão de Platão não é a razão de Aristóteles que,
por sua vez, é diferente da razão de Descartes, que é diferente da razão de
Galileu, que não é a razão dos iluministas franceses, a qual tem muito pouca
coisa em comum com a razão de Kant, pra não falar da razão de Hegel, que não
é a mesma razão de Nietzsche que, por seu turno, é diversa da razão de
Heidegger, que é o contrário da razão científico-tecnológica. E isso porque
estamos apenas no campo filosófico. Se passarmos às maneiras como as pessoas
usam o termo "razão" no seu dia-a-dia, veremos que a flutuação de sentido se
torna ainda mais desvairada. Logo, se não conseguimos nem sequer definir *o
que é* a razão, como podemos saber se existem ou não coisas que estão além
dela? Quando você diz que x ou y está além da razão, de qual razão você está
falando? A pergunta, portanto, não faz muito sentido em termos absolutos e
suas respostas vão depender do conceito de razão ao qual você se reporta.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 22:38
On 19 Oct 2002 at 18:18, Joao de Carvalho wrote:
> Eu tento elaborar uma teoria da sociedade, mas uma coisa me intriga:
> o namoro. O que diabos é isto? Eu entendo o casamento, um contrato
> social e político que tem sua origem na hierarquia de dominância dos
> primatas sociais, mas o namoro, mediado pela paixão, é estranho.
João
Sua proposta é tremendamente simples na formulação, mas
extremamente complexa para responder. A psicanálise disse muito
sobre este fenômeno.
A primeira proposição da psicanálise relacionada com esse tema é o
da evolução do ego. A primeira etapa é totalmente auto-erótica no
modo de satisfação. Chama-se etapa do ego de relidade primitivo. O
sujeito se percata da existência de algo for a dele, mas é
absolutamente indiferente ao que chamamos de relidade exterior. Tudo
o que chega como prazer é vivido como proprio. O alheio existe, mas
não merece interesse do eguinho primitivo. A seguinte etapa é do ego
de prazer purificado. Tudo o que é prazeiroso pertence ao sujeito, o
que não é, passa a ser exterior. A última etapa é a do ego de realidade
definitivo, em que o sujeito discrimina o que é proprio e o que é alheio.
Não é fácil chegar a ela, porque as outras fases são essencialmente
narcisistas e a última é objetal. Há reconhecimento do outro comonão
pertencente à esfera do proprio ego. A neurose é uma falha.
O enamoramento é um caso de introjeção (narcisista) do objeto e um
abandono do ego. O sujeito vive numa especie de relação mística em
que diria que ele não vive. Seu objeto de amor é que vive nele. Como
certos santos que diziam "não sou eu quem vivo, mas Deus é quem
vive em mim". Para a psicanálise é o mesmo. O sujeito introjeta uma
relação e vive narcisísticamente "dentro dela". É uma etapa anterior à
do ego realidade definitivo. A pessoa revive uma relação paradisíaca
com a mãe, em que se deixa "parasitar por ela" (como o apaixonado).
É uma etapa que serve para iniciar uma relação que poderá afiançar-
se. Existem hormônios que se secretam junto com neurotransmissores
que deixam qualquer sujeito "bobo". Quando emerge do estado (entre
seis meses e tres anos) pode resultar numa relação que se solidificou,
ou gerar surpresas desagradáveis.
Alguns "descobrem" as garras do objeto, que pensavam que estavam
escondidas (não é verdade, não as viram). Durante o enamoramento o
ego se empobrece. Nem sempre a relação se enriquece.
Por isso dizemos que os que nunca se enamoraram, não tem muita
possibilidade de descobrir a realidade do outro. Também dizemos que
demasiados enamoramentos é prejudicial porque se trata de um ego
"fraco", incapaz de construir uma relação "objetiva".
Os que nunca se enamoraram tem uma grande dificuldade para entrar
em tratamento psicanalítico e os que são facilmente vítimas desse
estado, entram fácil, mas saem fácil. Têm uma grande tendência a
desiludir-se.
Creio que o enamoramento é um resto útil da evolução ontogenética e
um remanente individual de certos aspectos filogenéticos da tendencia
humana a vincular-se.
Poderia dizer mais, mas prefiro esperar que me estimulem com
duvidas e contra argumentos para que o tema se centralize melhor. Do
contrario corro o risco de falar demais e com pouca objetividade.
Questione ou pergunte que poderei talvez ser mais explícito.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evo lução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 22:38
On 19 Oct 2002 at 12:45, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> Pra mim, particularmente, é um dos conceitos freudianos mais interessantes,
> porque desmonta a idéia de que o passado é um bloco fechado, monolítico. O
> passado está sempre sendo reconstruído em nossas memórias, e seu significado
> também se altera com essas reconstruções.
Lucio
Acho uma síntese muito linda, essa sua. Essas construções são o que
chamamos realmente lembranças. O tratamente psicanalítico não é
outra coisa que um trabalho reconstrutivo dessas lembranças. Gosto
mais de chamá-las construções. É como se tornáramos a construir
usando em parte material novo e em parte material já utilizado.
No tratamento usamos estas reliquias do passado que, em vez de
lembranças são vivências sem palavras, quase como sonhos atuados,
para criar lembranças a posteriori, que dizemos, com Freud, devolcer o
passado ao passado, porque o que vivemos na neurose é um passado
como se fosse presente. Não sei se deu para entender o que eu tentei
resumir. Ou, parfraseando a Grodeck, não vivemos, somos vividos por
nossas interpretações do passado.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evo lução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2002 22:38
On 19 Oct 2002 at 9:00, Manuel Bulcão wrote:
> Manuel: Por exemplo, em caso de psicose psicogênica?
Oi Manuel.
É exatamente isso. Tratamos de usar a transferencia como bússola,
detectando sempre a resistência. Em função desses dois conceitos
clínicos, tratamos de compreender. As terapias supressivas não
enriquecem o sujeito. A psicanálise como inspiradora das terapias
expressivas, favorece a elaboração. Toda forma de psicose pode ser
entendida como uma forma de manifestar desejos e fantasias
desiderativas em linguagem do processo primario (como nos sonhos).
Eu pessoalmente acho que as psicoses são mais acessíveis, embora
mais resistentes, em função da angustia que gera a superação do
sintoma, ou seja, a perda pelo paciente do ganho primario da doença.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fase anal
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 22:51
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 22, 2002 3:07 PM
Subject: [ciencialist] Fase anal
Antônio: O erotismo anal é o normal. Aqueles que não usufruem seriam os
'bloqueados'. Gostaria de lembrar que homem homossexual não é aquele que
disfruta do erotismo anal, mas aquele que se relaciona com outro homem.
Manuel: Correto. A respeito do coito anal, Freud escreveu (lá vou eu com
mais uma citação!): <<O papel sexual da mucosa do ânus de modo algum se
restringe à relação sexual entre homens, nem tampouco a predileção por ela é
característica da sensibilidade dos invertidos. Parece, ao contrário, que o
paedicatio do homem deve seu papel à analogia com o ato praticado com a
mulher, ao passo que a masturbação recíproca é o alvo sexual mais facilmente
encontrado na relação sexual dos invertidos.>> (Freud; Três Ensaios sobre a
Teoria da Sexualidade (1905); As Aberrações Sexuais)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 22:59
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 5:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?)
>Não há fluxo do tempo, mas o tempo não é uma mera sensação.
Essa ainda é uma questão em aberto. Alguns físicos, como o próprio Paul
Davies, defendem a possibilidade de que o tempo linear, isto é, o fluxo do
tempo, pode ser, sim, uma mera sensação. A analogia favorita do Davies é a
vertigem. Quando você sente uma vertigem, tem a nítida sensação de que o
espaço está se movendo ao seu redor, mas isso é uma ilusão. E mesmo que você
saiba que é só uma ilusão, isso não impede que você sinta o quarto girar
quando está com tontura ou tomou umas e outras. Davies sugere que a sensação
de fluxo do tempo pode ser gerada por algum mecanismo cerebral semelhante, e
no texto que eu postei na minha resposta pro Manuel, tentei indicar como
essa sensação é produzida pelo cérebro.
>Não. O tempo é uma grandeza física, que não possue fluxo, mas é
assimétrico.
Ele é tão real quanto o espaço.
O *espaçotempo* é uma grandeza física real. O tempo e o espaço, não. Eles
surgem da maneira como a nossa percepção divide o contínuo, que depende de
várias coisas. Do ponto de vista da relatividade, depende da posição e da
velocidade do observador. A esse fator posicional, a psicologia da
percepção, as neurociências e a sociologia do conhecimento acrescentaram
outros elementos que também influem na nossa percepção do espaço e do tempo
e que, diferentemente da posição (que é um fator objetivo) são
essencialmente subjetivos.
>Não. Os fatos ocorridos no passado não tem mais existência factual, mas o
passado sim possue existência factual. Um evento passado é, por exemplo, a
causa de eventos presentes.
>O tempo pode ser tratado como uma dimensão que, diferente das dimensões
espaciais, é assimétrica. Passado, presente e futuro são conceitos relativos
(e não ilógicos), mas a causalidade (precedência da causa ao efeito) é
inviolável. Um evento não pode interferir em eventos passados, coisa sem
paralelo em questões espaciais,
O problema é que, de acordo com a teoria da relatividade, os eventos
passados de um observador são o presente do segundo e o futuro de um
terceiro, dependendo de sua velocidade ou de sua posição. É claro que, em
termos práticos, isso não faz a menor diferença porque a ordem de grandeza
das velocidades e posições que fazem parte do nosso dia-a-dia é muito
pequena pra que os efeitos relativísticos se façam sentir. Pra isso, seria
preciso que o observador estivesse a uma velocidade próxima à da luz ou que
estivesse suficientemente distante pra que o tempo que a luz leva pra
conduzir a informação fosse relevante. Mas, conceitualmente, faz toda a
diferença do mundo, exatamente porque mostra que a distinção entre passado,
presente e futuro é, bem, relativa. É daí, de fato, que vem o conceito de
tempo "estático". Se o meu passado pode ser o futuro de sicrano e o presente
de beltrano, a única conclusão possível é que não podemos dizer em termos
absolutos que o passado não existe mais ou que o futuro ainda não existe.
Todos os pontos do espaçotempo têm o mesmo grau de realidade.
Em tempo: isso não quer dizer que a *ordem* dos eventos varie de observador
pra observador. Alguém saca uma arma, atira numa lâmpada e a lâmpada
explode. Eu posso ver a bala atingir a lâmpada enquanto você ainda está
vendo o sujeito sacar a arma e o Manuel já está vendo a lâmpada explodir.
Mas todos nós veremos a mesma seqüência: alguém saca uma arma, atira numa
lâmpada e a lâmpada explode. Essa seqüência é a base da causalidade - como
já observou Hume, a causalidade nasce do fato de observarmos o evento A,
depois o evento B e estabelecermos um nexo entre eles. Mas a base dessa
seqüência, por sua vez, é a barreira da velocidade da luz. Um observador
hipotético que estivesse se deslocando acima da velocidade da luz veria o
evento B acontecer antes do evento A e estabeleceria um nexo causal
diferente do nosso. Logo, a causalidade também é relativa e depende de um
elemento que é exterior ao próprio nexo causal, a saber, a velocidade da
luz. Em termos filosóficos, diríamos que a causalidade é contingente, e não
necessária (no sentido lógico de "necessário", isto é, algo que decorre dos
próprios atributos do evento).
>Contradição é assumir todos os eventos como sendo eternos e dizer que o
passado não existe pois o que
ocorreu no passado já ocorreu.
Eu tenho a impressão que o Manuel estava se referindo a duas visões de mundo
diferentes. O conceito de tempo estático decorre da visão relativística, ao
passo que a noção de que só o presente é inteiramente real porque o passado
já deixou de ser real (restam apenas seus efeitos) e o futuro ainda não se
tornou real (é apenas uma possibilidade) decorre da visão clássica, que
encara a divisão do tempo como absoluta. É isso, Manuel?
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 23:07
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 5:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>Resta medir pela gravitação (considerando que a gravitação não é um campo
quântico, o que não é uma certeza).
De fato, a maior parte dos físicos compartilha da certeza oposta (embora não
tenham como demonstrá-la) e a tentativa de elaborar uma teoria da gravidade
quântica é uma das áreas de ponta da física contemporânea.
>Que atoleiro? A física moderna é intelegível, se não fosse não poderia ser
ensinada. Apenas viola o senso comum.
Que, como dizia Einstein, é a soma dos preconceitos que todos nós adquirimos
por volta dos dezoito anos... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 23:08
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 3:05 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
>A inteligência é uma arma de dois gumes: Tanto serve para 'compreender' ao
Meio como também para estruturar defesas sólidas.
Eu nem tenho certeza se existe uma diferença intrínseca entre raciocínio e
racionalização... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 23:16
----- Original Message -----
From: Fernando S K
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 6:28 PM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FSK> Não vi contraponto entre essa afirmação e o que foi dito
antes... Mas concordo com a objetividade inerente ao método
científico no aspecto específico da aceitação/rejeição de hipóteses.
A aceitação/rejeição de hipóteses não é necessariamente objetiva. Einstein
rejeitava a teoria quântica (que ele mesmo ajudou a iniciar) com base em
seus pressupostos culturais e individuais, por mais que as evidências
experimentais apoiassem a teoria quântica e contestassem esses pressupostos.
A aceitação dos buracos negros foi lenta e problemática porque isso ia
contra os preconceitos psicológicos e filosóficos dos cientistas. E por aí
vai. Tanto que Thomas Kuhn chegou a afirmar, não inteiramente de
brincadeira, que um paradigma só muda quando os defensores do velho
paradigma morrem.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: n Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 23:21
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 6:53 PM
Subject: n Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se
a nós
>Quanto ao paralelo entre o computador e o psiquismo tenho a dizer que o
computador não existia na Natureza. Como Deus, é feito a sua imagem e
semelhança. No entretanto, existe a possibilidade de não carrear todos os
atributos do creador. Hehehe.
Na verdade, embora a cibernética esteja associada aos computadores (aqueles
enormes, de válvulas, que ocupavam salas inteiras), ela é mais ambiciosa,
pretende ser uma descrição geral dos processos de regulação e controle,
tanto em sistemas artificiais quanto nos naturais. O que o Lacan estava
tentando fazer era aplicar essa descrição ao funcionamento do inconsciente.
É interessante, e faz parte da época em que o Lacan ainda era razoavelmente
compreensível. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 23:34
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From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 10:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>Existe alguma coisa na natureza reconhecidamente sem uma estrutura interna?
Até onde se sabe, os quarks. Se eles são o constituinte fundamental da
matéria (pelo menos, dos prótons e nêutrons), então são partículas simples
e, por definição, não têm estrutura interna. Quanto aos elétrons, eles não
são feitos de quarks e até agora não se tem a menor pista sobre eles serem
ou não constituídos de alguma outra coisa. Se não forem, então também são
partículas simples e, nesse caso, não têm estrutura interna.
>O que estou querendo saber é se
alguém aqui conhece evidências de que de fato o elétron poderia ser
considerado sem dimensão alguma, a exemplo de um ponto matemático.
Não existe relação entre a dimensão de um objeto e a presença ou ausência de
estrutura. Existe uma estrutura quando o objeto é composto de várias partes
que são organizadas de determinada maneira. Se o objeto não tem partes
constituintes, também não tem estrutura. Se o elétron for uma partícula
simples, então não tem estrutura, independente de sua dimensão.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evo lução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
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DATE: 22/10/2002 23:46
----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 22, 2002 11:38 PM
Subject: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evo lução e
criacionismo - Takata, junte-se a nós)
>Acho uma síntese muito linda, essa sua.
Bueno... só me resta agradecer. ;-)
>Essas construções são o que chamamos realmente lembranças. O tratamente
psicanalítico não é
outra coisa que um trabalho reconstrutivo dessas lembranças. Gosto
mais de chamá-las construções. É como se tornáramos a construir
usando em parte material novo e em parte material já utilizado.
Na verdade, é o que fazemos o tempo todo quando lembramos. Estabelecemos
conexões entre os registros mnésicos, e isso se transforma em uma
representação, que interpretamos como uma lembrança factual. Só que, com o
tempo, algumas dessas conexões se cristalizam, seja pela repetição, seja
pela influência de outros fatores que "ancoram" essas conexões em uma
estrutura rígida. Pra mim, mais interessante do que a reconstrução que a
psicanálise faz é a etapa anterior (anterior no tempo lógico:
cronologicamente, essas etapas se confundem), que é a dissolução das
conexões cristalizadas.
(Em tempo, para os que acham que a psicanálise não tem nenhuma comprovação
científica: a teoria freudiana da conexão entre os registros mnésicos,
ressalvadas algumas diferenças mínimas de vocabulário, corresponde
exatamente aos dados que as neurociências descobriram sobre o funcionamento
da memória no cérebro.)
>Ou, parfraseando a Grodeck, não vivemos, somos vividos por
nossas interpretações do passado.
Bela frase, essa do Grodeck. É um cara subestimado na história da
psicanálise. Acho que, mesmo que algumas de suas interpretações soem
totalmente desvairadas, ele ainda tem muita coisa a dizer pra gente. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2002 23:52
----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 1:08 AM
Subject: Re: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e
Psicanálise
>A palavra "perversão" está saindo da psicopatologia aos poucos e
ligando-se mais ao significado de perversidade.
É pena. Trata-se de uma bela palavra. Etimologicamente (do latim per, verto)
significa tirar uma coisa de sua posição habitual e virá-la para outro
ângulo. Nos lembra que tudo pode ser considerado sob mais de um aspecto e
que é um erro nos nos limitarmos a apenas um desses aspectos. Daí o culto
dos surrealistas à perversão.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 00:08
On 21 Oct 2002 at 9:21, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Seria desvio da sexualidade qualquer atividade que excluisse reprodução.
> Seria perversão da sexualidade a satisfação sexual através de atividade
> desviada.
Antonio Renato
Este é um criterio ultrapassado. Talvez valha para os animais. É
religiosa a ideia de que sexo não deve ser praticado se houver
interferencia na reprodução. A religião católica condena os
preservativos e as intervenções culturais que promovema diferença
entre função reprodutiva e sexualidade.
Se existe extração de materiais para a reprodução e manobras de
fertilidade assistida, há um desvio cultural, porque os órgãos
reprodutivos são separados de sua função. Futuramente é possível
que a propria gestação se faça in vitro de forma melhor que a natural.
Seria isto perversão? A historieta do desvio ja foi. Freud tentou
esvaziar o termo quando mostrou o conteúdo "perverso" da
sexualidade humana. Como o preconceito é forte, só complicou a
psicanálise. Foi acusado de caluniador das criancinhas e dos homens
de bem.
Se alguém deseja dizer que sexo fora da reprodução é perversão, tem
todo o direito de fazê-lo. Mas, atenção, não é mais que um decreto.
A palavra "perversão" está saindo da psicopatologia aos poucos e
ligando-se mais ao significado de perversidade.
[ ]s
Marco Aurelio
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise (sobre ratos e Édipo)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 00:08
On 19 Oct 2002 at 18:13, Joao de Carvalho wrote:
> Não sei o que é inconsciente cognitivo e dinâmico.
O inconsciente cognitivo é a descoberta nova da ciencia cognitiva.
Refere-se a atividades fora do campo manifesto que realiza o
psiquismo e que se detecta por sua eficacia, velocidade e trabalho fora
da área perceptiva. Os fenômenos subliminares estão considerados
como atividades do inconsciente cognitivo (por exemplo).
Outro exemplo, no terreno da inteligencia artificial, é a censura que
protege os programas complexos de realizar manobras logicamente
incorretas. Existem linhas de associação que terminam em erro. Os
programas estão protegidos para "censurar" caminhos lógicos
equivocados. Esta atividade não aparece e os programas correm bem.
Muitas vezes ocorrem erros e "escapam" resultados insólitos. Foram
chamados de "atos falhos", porque escaparam à censura da máquina.
É lógico que estou dando uma explicação prá lá de grosseira. Mais
adiante poderia deter-me mais em algum detalhe e explicar malhor.
O inconsciente dinâmico é o inconsciente freudiano.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Testosterona e Prazer (C. Sagan)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 00:08
On 19 Oct 2002 at 23:27, Manuel Bulcão wrote:
> Como o homem é um animal cuja relação com o mundo é mediada por símbolos (e
> que, com freqüência, e sobretudo na infância, confunde as coisas com as suas
> representações simbólicas), é natural que ocorra uma substituição:
> substituição do objeto da libido por algo que o represente -- uma
> representação arbitrária, estabelecida por convenção, ou qualquer coisa que
> mantenha com o objeto 'primário' uma relação de semelhança (metáfora) ou de
> contiguidade (metonímia).
Manuel
Creio que no fundo concordamos em tudo. Vc. tem razão. Eu só tentei
enfatizar o aspecto complexo da homossexualidade. O orgasmo pode
manifestar-se até no dedão do pé. A pulsão sexual é altamente
movediça. O seu objeto é contingente e, portanto, a forma de
satisfação obedecerá às exigencias do objeto escolhido.
É interessante o simbolismo do ouro, da riqueza e do interesse pelo
dinheiro. Ferenczi escreveu um trabalho lindíssimo sobre "A Origem do
Interesse pelo Dinheiro". É um artigo "antológico" da psicanálise. Nota-
se que segue o trajeto lógico da Carta 52, a Fliess, escrita por Freud.
Mostra como o que começa como retenção das fezes (primeiras
economias do bebê), é traduzido numa etapa posterior a barro
(eliminado o odor), se divide depois em parte seca e líquido (elimina-se
o aspecto pastoso), como areia e água, se une a areia em pedaços
(peças maiores, como pedrinhas), se transforma em adornos, se
acrescenta valor a certos objetos (joias, por ex.), torna-se um pouco
mais abstrato (dinheiro), adquire maior abstração (cheques e títulos-
valores, ações, etc.).
Um dos pacientes homossexuais que tratei (só para ilustrar), possuia
uma grande carga de agressividade contra o pai que coexistia
ambivalentemente com um grande amor. A penetração do pênis do
seu parceiro no seu ânus era vivida por êle como um modo de
emascular o pai, transformando seu pênis num cilindro fecal. Ele dizia
literalmente que tinha uma grande satisfação em transformar o pênis
do parceiro em merda. O símbolo da agressão sexual que, em sua
fantasia, o pai aplicava à mãe era o pênis. Dizia "eu posso transformá-
lo num simples cagalhão". Assim se tranqüilizava e podia seguir
amando o pai, ja sem o órgão agressivo.
As pessoas quando lêem estes relatos, ficam perplexas e crêem que é
uma invençaõ do analista. Na verdade quem as inventa e emite são
sempre os pacientes. Quando se pode chegar a este nivel de análise,
os sintomas vão se debilitando e, na maior parte das vezes,
desaparecem. Não significa que o paciente tenha abandonado sua
homossexualidade. No entanto poderá vivê-la, sem nenhuma dúvida
de um modo menos conflitivo.
As novas direções da psicopatologia tendem a não considerar a
homossexualidade como doença. Creio que está bem. Isto não
significa que alguns casos (não todos, repito) sejam patologias (são
poucos). Os que se tornam homossexuais por doença se curam. Os
outros, evidentemente não mudam porque não estão doentes.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 00:17
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 2:16 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>L*: E se eu contar a você que um ótimo exercício para a compreensão
de como as coisas funcionam é justamente observar o que nos rodeia?
Citando uma frase que eu li recentemente: "Eu sei disso. Não brinca..." ;-)
Agora, falando sério. Eu tô mais interessado em saber como as coisas *são*
do que como elas *funcionam*. Pra isso, a gente tem que avançar além do que
é meramente observável.
>L*: Hum... em termos que quebrar condicionamentos, acredito que
haja muito mais em um simples "rito de quebra de votos" do que
propriamente em ciência. O método científico é algo aprisionante...
encarcera a alma... :)
Não necessariamente. Tudo depende de como ele é aplicado. A religião também
pode ser a alienação suprema ou a suprema forma de libertação espiritual. É
só comparar qualquer encíclica papal com os escritos de Santa Teresa de
Ávila. Tudo que se torna dogmático encarcera a alma. Tudo que é abordado de
forma não-dogmática serve para quebrar condicionamentos.
>A propósito: você quer quebrar conceitos e entender o cerne das
questões ou está pretendendo conhecer o que pode ser desenvolvido
pela mente humana em termos de teoria?
As duas coisas andam juntas. Qualquer coisa, levada a seu extremo, se
transforma em sabedoria. Blake: "Se o tolo persistisse em sua tolice,
tornar-se-ia um sábio."
>Dica: lance "Andrei+Linde" assim mesmo entre aspas no Google e
opte pelas páginas em português...
Eita! Não é que funciona...? ;-)
>Ele fez de tudo um pouco na vida mas o que mais chama atenção é
a forma como ele trata o assunto Universo + consciência. É
despretencioso em termos científicos mas comporta-se como um
visionário... sem ser enfadonho nem redundante. Vale para começar a
entender onde procurar as pistas certas com relação às estruturas da
realidade... :)
Perfeito. Já tá na minha lista!
>Uma plataforma de lançamento para onde a mente humana possa alcançar em
termos de teorização...
É mais ou menos isso.
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 01:16
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >L: Ótimo exercício para músculos cerebrais... leva a alguma
> conclusão? Eu amo ver resultados, vai ver que é por isso que eu não
> gosto muito da teoria.
>
> Depende do que você entende por resultados. Mostrar que o universo
é rico em
> possibilidades, mesmo que algumas delas sejam puramente teóricas, e
que o
> nosso mundo não precisa se limitar à rotina estéril e massacrante do
> dia-a-dia cinzento em que se passa boa parte de nossas vidas pra
mim é um
> resultado mais do que suficiente.
L*: E se eu contar a você que um ótimo exercício para a compreensão
de como as coisas funcionam é justamente observar o que nos rodeia?
> >L: Então vamos definir as coisas: você gosta da Física no que
> concerne à arte e à filosofia
>
> Não exatamente. O que me interessa na física e nas ciências em
geral foi o
> que eu descrevi aí em cima, o potencial que elas têm de romper com
os nossos
> hábitos condicionados de perceber e pensar o mundo, alimentar um
saudável
> estranhamento em contraste com a pura e simples aceitação das
coisas como
> são, ou como fomos ensinados a pensar que elas são.
L*: Hum... em termos que quebrar condicionamentos, acredito que
haja muito mais em um simples "rito de quebra de votos" do que
propriamente em ciência. O método científico é algo aprisionante...
encarcera a alma... :)
> Mas você nunca vai poder *ver* como as coisas funcionam, não no que
se
> refere ao cerne do que é a matéria. Esse cerne não é diretamente
> observável - ninguém jamais conseguirá ver um quark, por exemplo,
entre
> outras coisas porque, mesmo que eles existam, sua escala é
infinitamente
> menor que a dos fótons. Sua existência só pode ser inferida a
partir de
> evidências indiretas mas, pra isso, os resultados das experiências
têm que
> passar por uma interpretação teórica.
L*: Sei disso... :) Não brinca...
A teoria está lá, entranhada no
> laboratório, e não há como desalojá-la dali. Um exemplo ainda mais
elementar
> é dado pelo próprio Einstein. Se você não conhecer a teoria
atômica, o
> rastro de um elétron fotografado numa câmara de gás vai parecer um
risco sem
> sentido. Daí a declaração taxativa de Einstein ao jovem
Heisenberg: "É a
> teoria que decide o que podemos observar." A idéia de que os
cientistas
> avançam laboriosamente dos dados brutos pra teoria é uma imagem
bonita, mas
> falsa - a teoria já está lá, desde o começo, nem que seja sob a
forma de uma
> vaga hipótese, orientando a interpretação dos resultados.
L*: Eu sei disso. Praticamente nada do que se testa em laboratório
sai da cuca de quem está experimentando algo sem o respaldo de toda
uma teoria... ou pelo menos a intuição do que ela seja. A
propósito: você quer quebrar conceitos e entender o cerne das
questões ou está pretendendo conhecer o que pode ser desenvolvido
pela mente humana em termos de teoria?
> Pois é, comigo foi parecido, com a diferença de que eu li sobre ele
em um
> artigo da _Superinteressante_ deste mês. Mas a minha busca no
Google só me
> retornou links em francês, língua na qual eu não consigo passar do
> tatibitati - só fiz um semestre de francês na época da faculdade.
L*: Dica: lance "Andrei+Linde" assim mesmo entre aspas no Google e
opte pelas páginas em português...
> >Acho que você iria amar Itzak Bentov. Você já leu "À espreita do
> Pêndulo Cósmico"?
>
> Não. Que apito ele toca?
L*: Ele fez de tudo um pouco na vida mas o que mais chama atenção é
a forma como ele trata o assunto Universo + consciência. É
despretencioso em termos científicos mas comporta-se como um
visionário... sem ser enfadonho nem redundante. Vale para começar a
entender onde procurar as pistas certas com relação às estruturas da
realidade... :)
> >L: Talvez porque você encare a física da forma como ele encara:
uma
> plataforma de lançamento... :)
>
> Esclarece um pouco melhor essa frase. Plataforma de lançamento pra
onde?
L*: Stephen Hawking é doente, vive num corpo que não lhe possibilita
os movimentos físicos. Sua mente divaga e vai além porque deve ser
terrível viver imerso em algo que não se movimenta. E o estudo é
tudo o que ele tem para mantê-lo vivo e atuante. Quando algo não vai
bem, procura-se uma saída e a saída dele é muito válida. Não leia
que eu concluo que você faz o mesmo que ele. Leia que, ao você se
solidarizar com as pretensões dele em alcancar o ápice do que a mente
humana pode conceber através da física teórica, talvez você encare a
física da mesma forma que ele: Uma plataforma de lançamento para
onde a mente humana possa alcançar em termos de teorização...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 01:24
Oi,
Aniello:Não há fluxo do tempo, mas o tempo não é uma mera sensação.
Manuel: Sim, o tempo não é uma sensação (presumo), o que é sensação é o
"fluxo" do tempo.
As ondas eletromagnéticas produzem em nossas retinas e cérebro a sensação
das cores, mas as ondas eletromagnéticas não são as cores.
Aniello: Não. O tempo é uma grandeza física, que não possue fluxo, mas é
assimétrico. Ele é tão real quanto o espaço.
Manuel: Penso como você.
Aniello: Não. Os fatos ocorridos no passado não tem mais existência factual,
mas o passado sim possue existência factual. Um evento passado é, por
exemplo, a
causa de eventos presentes.
Manuel: Creio que os fatos passados continuam tendo existência factual.
Tanto quanto os fatos futuros, eles são pontos num espaço-tempo "fixo".
Lúcio: Todos os pontos do espaçotempo têm o mesmo grau de realidade.
Manuel: O Lúcio encontrou as palavras que eu estava procurando. :-)
Aniello: Contradição é assumir todos os eventos como sendo eternos e dizer
que o passado não existe pois o que
ocorreu no passado já ocorreu.
Lúcio: Eu tenho a impressão que o Manuel estava se referindo a duas visões
de mundo diferentes. O conceito de tempo estático decorre da visão
relativística, ao passo que a noção de que só o presente é inteiramente real
porque o passado já deixou de ser real (restam apenas seus efeitos) e o
futuro ainda não se tornou real (é apenas uma possibilidade) decorre da
visão clássica, que encara a divisão do tempo como absoluta. É isso, Manuel?
Manuel: Isso mesmo. Eu não disse que o passado não existe. Eu disse que o
senso-comum de que o tempo realmente flui implica esse paradoxo: a
inexistência tanto do passado quanto do presente e também do futuro.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Arqueologia e Jusus
FROM: Leandro <leandropl@mailbr.com.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 04:16
Quando cheguei em casa hoje, falaram-me de uma reportagem exibida no
jornal nacional (Globo) que me chamou ateção. Fui até o site do mesmo
ler a respeito...
Infelizmente constatei que a parte escrita é tão medíocre quanto o
que geralmene vai ao ar (principalmente quando o assunto é ciência).
Segue abaixo o texto com a URL de referência.
http://redeglobo3.globo.com/jn/semana.jsp?id=14031
(Obs.: no site tem um videozinho da reportagem)
Urna pode ser o mais antigo registro arqueológico da existência de
Jesus
Uma urna mortuária feita de calcário, do ano 63 depois de Cristo,
pode ser o mais antigo registro arqueológico da existência de Jesus
de Nazaré.
Urnas de pedra eram usadas em Jerusalém para guardar os ossos dos
mortos. A inscrição em aramaico, uma língua antiga, diz: Thiago,
filho de José, irmão de Jesus. Três letras são num formato que só era
usado entre os anos 10 e 70 depois do nascimento de Cristo. Testes de
laboratório confirmaram que a urna não tem elementos modernos. As
pedras usadas são da região de Jerusalém.
Até hoje, a existência de Jesus é baseada nos relatos escritos no
Novo Testamento. Esta seria a primeira prova arqueológica. A urna
fazia parte de uma coleção particular e teria sido roubada de uma
caverna em Jerusalém. Antes de surgir a urna, a referência mais
antiga ao nome de Jesus era um manuscrito do ano de 125, que foi
descoberto no Egito.
Vários arqueólogos importantes contestam a descoberta, dizendo que os
nomes escritos na urna - Thiago, José e Jesus - eram comuns na época.
Mas o autor da descoberta diz que era muito raro escrever o nome de
um irmão na urna funerária - a não ser que fosse alguém tão
importante quanto Jesus de Nazaré.
Leandro Lannes
_______________________________________________________________________
Yahoo! Encontros
O lugar certo para encontrar a sua alma gêmea.
http://br.encontros.yahoo.com/
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 07:21
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
Sent: Tuesday, October 22, 2002 11:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> >Existe alguma coisa na natureza reconhecidamente sem uma estrutura
> > interna?
> Até onde se sabe, os quarks. Se eles são o constituinte fundamental da
> matéria (pelo menos, dos prótons e nêutrons), então são partículas simples
> e, por definição, não têm estrutura interna.
Quero crer que você esteja considerando a essência de uma partícula
elementar como de natureza metafísica e portanto sem estrutura física, no
sentido de que não poderá nunca ser determinada. Se for esse o caso, e se
definirmos estrutura de maneira a retratar o que pode ser fisicamente
determinado, concordo plenamente contigo. Aliás, o que você chama por
"partícula simples" está muito em acordo com o seguinte pensamento de
Newton:
"... parece provável para mim que Deus no começo formou a matéria em
partículas movíveis, impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de tais
formas e figuras, e com tais outras propriedades e em tal proporção ao
espaço, e mais conduzidas ao fim para o qual Ele as formou; e que estas
partículas primitivas, sendo sólidas, são incomparavelmente mais duras do
que quaisquer corpos porosos compostos delas; mesmo tão duras que nunca se
consomem ou se quebram em pedaços; nenhum poder comum sendo capaz de dividir
o que Deus, Ele próprio, fez na primeira criação." (Newton)
Não obstante, não sei se poderia dizer isso dos quarks. Em primeiro lugar,
porque os quarks são partículas hipotéticas. Existe uma evidência muito
forte a considerar prótons e nêutrons como constituídos por três partículas,
mas pelo que sei, e até o momento, não existe uma certeza a respeito. A
evidência da existencia dos quarks sugere que prótons e nêutrons devam ter
uma estrutura interna, no sentido forte do termo estrutura (conforme você
está empregando). Não obstante não podemos afirmar que os quarks
"reconhecidamente existem" como partículas de fato.
Por outro lado: Quem nos garante que os quarks, caso existam, seriam
partículas realmente elementares e/ou, como você afirma, "partículas
simples". Seriam eles os átomos de Demócrito? Provavelmente não. A origem
dos quarks tem muito de matemática, de propriedade geométrico-física dos
bárions, e pouco de física propriamente dita. O fato de não se conseguir
isolá-los retrataria, para um físico clássico, ou uma complexidade
relacionada a uma estrutura não simples (seriam terrivelmente instáveis, o
que não coadunaria com sua simplicidade) ou uma complexidade relacionada a
sua existência não como partículas mas como sistemas complexos de inúmeras
partículas outras agrupadas de alguma maneira no interior dos bárions e a
simularem uma tríade.
Lembro ainda da existência de choques de partículas bariônicas efetuados em
laboratórios que produzem dezenas ou mesmo centenas de partículas outras,
como elétrons, pósitrons e fótons (e provavelmente neutrinos também). Ora,
dirão: o próton, de alguma maneira transforma-se em energia e essa energia
dá origem a nova matéria. Diria que isso nada mais é senão uma especulação
sem fundamento algum a não ser aquele fabricado pela física moderna com sua
equação E = mc². Comento alguma coisa a respeito em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/energia.htm e
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/editor28.htm . Classicamente
falando, a equação citada traduz-se numa proporcionalidade a ser melhor
pesquisada, jamais uma identidade massa (ou matéria) e energia. E a meu ver,
qualquer idéia diferente a respeito não apenas vai contra o senso comum (e
não apenas o senso vulgar do leigo no assunto, mas também o senso da
comunidade de físicos), mas também retrata o ficcionismo que tomou conta da
física "moderna".
> Quanto aos elétrons, eles não
> são feitos de quarks e até agora não se tem a menor pista sobre eles serem
> ou não constituídos de alguma outra coisa. Se não forem, então também são
> partículas simples e, nesse caso, não têm estrutura interna.
Neste caso diria que elétrons absorvem e emitem corpúsculos newtonianos
(alguns chamam de fótons, mas o termo é meio ambíguo) e portanto, pelos
mesmos motivos apontados acima, não seriam "partículas simples".
> > O que estou querendo saber é se
> > alguém aqui conhece evidências de que de fato o elétron poderia ser
> > considerado sem dimensão alguma, a exemplo de um ponto matemático.
> Não existe relação entre a dimensão de um objeto e a presença ou ausência
> de estrutura. Existe uma estrutura quando o objeto é composto de várias
> partes que são organizadas de determinada maneira. Se o objeto não tem
> partes constituintes, também não tem estrutura. Se o elétron for uma
> partícula simples, então não tem estrutura, independente de sua dimensão.
Concordo contigo e foi exatamente isso que relatei acima com o que chamei
"sentido forte do termo estrutura". Apenas acho que a física "moderna" está
muito longe de poder dizer alguma coisa a respeito. Quero crer que Demócrito
sabia mais a respeito do que qualquer físico "moderno" e que a profecia de
Heisenberg, reproduzida abaixo, não se concretizou, e isso jamais acontecerá
seguindo-se o caminho apontado pelos físicos "modernos":
"Parece-me fascinante pensar que hoje, nos mais diversos países do mundo e
com os meios mais poderosos de que dispõe a moderna tecnologia, se
desenvolve uma luta para resolver em conjunto problemas colocados há dois
milênios e meio pelos filósofos gregos e cuja resposta talvez venhamos a
conhecer dentro de POUCOS ANOS ou, quando muito, em UMA DÉCADA ou DUAS."
Quantas décadas já se passaram desde então? Quanto evoluímos nessa direção?
Absolutamente nada, nada e nada.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo... ERRATA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 07:41
ERRATA
----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Tuesday, October 22, 2002 10:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
Na msg citada acima, onde se lê:
Sancho Pança era um jumento personagem de um livro de Cervantes e que morreu
num capítulo mas, por lapso do autor, ressurgiu vivo num capítulo seguinte.
Leia-se:
Sancho Pança era pensonagem de um livro de Cervantes e dono de um jumento
que morreu num capítulo mas, por lapso do autor, ressurgiu vivo num capítulo
seguinte.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 09:33
Em Ter 22 Out 2002 09:02, you wrote:
[Nota: As msgs originais não têm pitacos meus]
> Permitam-me discordar. Energia não é trabalho. Trabalho, assim como Ondas,
> são os únicos modelos postos para justificar "a transferência de energia"
> de um sistema para outro. A energia se transfere de A para B quer através
> do trabalho de forças (exemplo, trabalho do peso para alterar a energia
> cinética de uma pedra em queda) quer através de ondas (exemplo, radiação).
> Há apenas uma igualdade dimensional entre o modelo e a grandeza
> transferida. Outra ligeira falha é tratar o 'trabalho' como se fosse uma
> 'entidade' real (dai o erro de se usar a palavra 'trabalho' isoladamente,
> sem o seu devido complemento que é "de forças"), como o é a energia;
> trabalho de forças 'não' pode ser armazenado (nenhum corpo armazena
> trabalho), ele pode 'armazenar' energia (tipo potencial) ou exibi-la como
> estado atual (tipo cinética, elétrica etc.).
> Outro deslize, definir entidades físicas através de expressões matemáticas.
> Força não é massa vezes aceleração e nem aceleração é velocidade dividida
> pelo tempo e nem velocidade é espaço dividido pelo tempo. Se assim o fosse
> teríamos uma outra força que é constante (k) vezes espaço (x) [ F = k.x ] e
> uma centena de outras forças. Entidades devem ser conceituadas
> independentes de suas expressões matemáticas.
>
> Outro deslize ... eu ter-me metido em assuntos de Gente Grande (é um
> daqueles espasmos de cultura científica que me assola vez por outra ...
> nada sério!)
>
> []'
> Léo
> ====================
>
> Oi Leo
> É... Inda bem havia dito não dominar o assunto. Não obstante, aquilo que
> disse aprendi como parte do curriculo para fazer o vestibular. E fui
> aprovado!
> Bem, o mundo continua girando e eu continuo fumando.
> []'
> Antonio Renato.
>
> Em tempo: Não entendi patavinas de sua msg. De qualquer forma obrigado pela
> atenção.
Tentando botar em termos mais simples (mesmo que mais imprecisos). No
segundo
grau você aprendeu que a energia cinética de um corpo corresponde a E= mvv/2
, correto?
Assim, um corpo em MRU (movimento retilíneo uniforme) possue energia
cinética
desde que sua velocidade e massa sejam diferentes de zero. Você também
aprendeu que, não agindo forças sobre um corpo, ele fica em repouso ou segue
em MRU (inéria).
Também aprendeu que trabalho é igual ao produto entre força e deslocamento:
T=fd. Quando não há forças agindo, não há trabalho.
Mais ainda, aprendeu que , por exemplo, ao colocar lápis que caiu no chão de
volta a mesa, ele ganha energia potencial gravitacional. O ganho de energia
potencial gravitacional vai ser igual ao trabalho realizado por seu braço
para colocálo de volta a mesa. Ou seja, o trabalho realizado sobre um corpo
corresponde a variação de energia de um corpo. Não é por acaso, pois
trabalho
é exatamente uma das duas formas possíveis para tranporte de energia. Se
você
duvida, calculemos a energia potencial do lápias de massa m sobre uma mesa
de
altura h.
E= gmh. Como gm é nada mais que o peso do lápis, é o trabalho mínimo
realizado para colocar o lápis em cima da mesa é de T=ph (onde p é o peso do
lápis), temos que o trabalho corresponde ao ganho de energia potencial.
Formalizando: um corpo com energia tem a capacidade de realizar trabalho. Ao
realizar trabalho, um corpo tranfere energia para outro corpo ou para o
ambiente. Outra forma de trasmitir energia é por ondas. O mar transmite
parte
de sua energia cinética para o surfista, a luz do sol aquece os objetos que
ilumina, etc...
Entendeu?
Aniello
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Oi Aniello
Agora entendi. Talvez estivesse de má vontade, ou preocupado com o número de
msgs recebidas quando lí a msg do Leo.
Agradeço a seriedade e sua boa vontade em ter-me esclarecido.
Outrossim, se puder ter a mesma paciência que teve: Porque [Tau] = [E]?
[],
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Fwd: [pcedilhab-divulgacao] Vencedores do Ig Nobel
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 09:34
Em Ter 22 Out 2002 09:05, you wrote:
> "Desculpem para quem não entende idiomas alienígenas.
> O famoso prêmio ignóbil."
>
>
>
> Quando adoslescente tive uma namorada judia. Os pais dela, judeus tipo
> antigo (A mãe russa e o pai polonês), não gostavam nada de a filha estar se
> envolvendo com um 'gentio' ('goy').
> Na casa deles era falado o Ydish ou o Francês.
> Mas, na minha presença falavam o português. Eram pessoas educadas. Mesmo
> não fazendo gosto no relacionamento em que a filha se envolvera, jamais me
> faltaram a consideração.
> Será que na 'NETIQUETA' não existe algum parágrafo a este respeito?
> Abraços.
> Antonio Renato.
>
> Em tempo: Estamos no Brasil. Ou será que não?
Não todos e não necessariamnete, Estamos na internet, e no momento posso
estar contribuindo de Madagascar.######>Mascar o quê?<#######
Na verdade, esta é uma questão de definição de regras interna à lista. A
NETiQUETA é um código de conduta não escrito que tenta estabelecer regras de
convívio mínimo na net. Não vejo por que não seja permitida uma lista de
discussão que seja primordialmente em uma língua, mas que aceite textos em
outras, ou mesmo listas bilíngues. E estas listas não deveriam ter
necessariamente inscrição fechada para falantes das duas línguas.
Se na ciêncialist se aceita apenas mensagens em português, esta mensagem em
inglês foi uma violação as regras da lista. Mas não recebi nenhum alerta do
moderador da lista nem na inscrição nem após ela que a lista seja apenas
para
mensagem em português. Sendo uma lista brasileira, é razoável que a língua
preferencial seria o português. Mas isto não implica que seja a única língua
aceita.
A maioria da lista aqui é capaz de entender português e inglês. Ao receber
um
texto que seja de interesse da lista (como acredito que seja a lista do
ignóbil) e que esteja em inglês, creio que seja uma postura razoável
acreditar o trabalho pessoal de fazer uma tradução seria de pouco ganho para
a lista. Uma tradução de um texto não é um esforço simples, demanda tempo e
esforço, a menos que eu optasse pelas traduções automáticas da internet,
esta
estando disponíveis para falantes de qualquer língua e inclusive a você.
Esta
é uma lista de discussào informal que tem como objetivo principal um debate
espontâneo entre membros voluntários. Não estou disposto a fazer traduções
para colocações simples já prontas em uma linguagem que 90% da lista
entenda.
Aniello
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
snif... Sou voto vencido.
Não havia atinado para a ótica de estarmos na Internet. Todavia, mesmo os
'não brasileiros' da lista têm o português como idioma. Enfim...
[].
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: n Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 09:35
Na verdade, embora a cibernética esteja associada aos computadores (aqueles
enormes, de válvulas, que ocupavam salas inteiras), ela é mais ambiciosa,
pretende ser uma descrição geral dos processos de regulação e controle,
tanto em sistemas artificiais quanto nos naturais. O que o Lacan estava
tentando fazer era aplicar essa descrição ao funcionamento do inconsciente.
É interessante, e faz parte da época em que o Lacan ainda era razoavelmente
compreensível. ;-)
########>Falou. Inda bem que não sou só eu quem pensa assim. Em verdade
cheguei a ler Lacan em uma apostila de formação em psicanálise: Ele é
surreal!<########
Abs.
L.
#######>Abs.
Antonio Renato.<########
SUBJECT: Pitaco em: Re: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 09:36
From: Marco A. Andrade
>A palavra "perversão" está saindo da psicopatologia aos poucos e
ligando-se mais ao significado de perversidade.#######>Bem... Pedofilia é
perversidade, além de ser também 'perversão da sexualidade'. Outras
perversões também podem ser consideradas, concomitantemente, perversidades.
Parece-me uma denominação adequada<########
É pena. Trata-se de uma bela palavra. Etimologicamente (do latim per, verto)
significa tirar uma coisa de sua posição habitual e virá-la para outro
ângulo. Nos lembra que tudo pode ser considerado sob mais de um aspecto e
que é um erro nos nos limitarmos a apenas um desses aspectos. Daí o culto
dos surrealistas à perversão.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Dr.PSI
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 09:36
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> experiência pessoal do listeiro, de exemplos, de preferência, reais.
>
> Atenciosamente, Antonio Renato.
eu nao vi ninguem mais dar exemplos, entao creio que esta se referindo a
mim...
Dr. PSI, Dr. PSI.... tsc tsc tsc
se eu digo que nao vi nada do "outro mundo" entao minha experiencia é falsa?
vc só aceita os "indicios" a favor?######>Não fôra isso que quizera referir.
Certamente expressei-me mal<######
Eu nao vou perder tempo escrevendo um longo texto, como esse da maconha,
falando de efeitos que todos conhecem, pois nao acrescenta
nada...#######>Gostou do texto 'cannabis sativa'? Nem todos tiveram a
oportunidade de fumar maconha mas muitos têm curiosidade a respeito. Tenho
três primos que fumavam maconha, de rotina, ainda quando residiam com seus
pais. Certo dia meu tio, pai deles, saiu-se com essa: "Que diabo é isso que
vocês tanto fumam?! Me dá um pouco para eu experimentar...!" Assim, muitos
aqui têm parentes que são usuários de drogas. Por vezes não sabem que
atitude tomar, como encarar o problema não apenas da drogadição, mas
principalmente da decadência moral<#######
Prefiro ir direto ao que interessa.
Se eu tivesse um incrivel relato de telepatia sob efeito de LSD,
ficaria feliz em te escrever varias paginas. Mas nao tenho.
######>Talvez jamais tenha tido a oportunidade de fazer uso da referida
droga. Não creio que consiga encontrar no mercado negro brasileiro a
dietilamida do ácido lisérgico. Encontram-se LSDs 'paraguaios'. A propósito:
Já usou 'LSD de baiano'? (Trihexafenidil, é o nome de seu princípio
ativo)<#######
PLUR,
Vladimir
Só PET salva!
######>PLUR,
Antonio Renato.
Em tempo: PET, tem algum singnificado especial?<######
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 09:37
Manuel: Realmente. Como já disse, o Takata tem sempre um argumento 'ad hoc'
para salvar a sua teoria irrefutável de que a psicanálise é uma
pseudociência. Quando o "ad hocismo" está difícil de sair da manga, ele
apela para a anedota (o nome dessa falácia é 'O Riso do Cavalo'). Mas o cara
tem senso de humor e eu me divirto muito (depois que a raiva passa, claro)
com as gozações que ele faz.
#######>Não entendo a aversão que tem por esta 'pseudociência', que seja,
mas que se mostra muito útil, quando bem gerenciada. Em se tratando de
neurose, ou psicanálise ou droga. Sendo que psicanálise cura, e droga... é
droga. Dá margem ao denominado tratamento sintomático: Faz-se uma
intervenção no sintoma, p.ex. insônia, sem abordagem da causa. Cria
portanto, dependência. Em se falando nisso, psicotrópico está sujeito a
receituário notificaçãp B. A dependencia é tanto do paciente relativamente a
droga, como do médico, com relação ao dinheiro, já que para obter a receita
o paciente paga a consulta<######
Um Abraço,
Manuel Bulcão
#######>Abraços,
Antonio Renato.<#######
SUBJECT: Dúvida
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: rbdiniz@terra.com.br
DATE: 23/10/2002 09:38
Oi Prof. Belisário
Desculpe-me a 'invasão' de seu e-mail mas esta msg talvez não seja do
interesse da lista. Por outro lado, como muitos aqui também pertencem ao
'j.científico', posto na 'ciencialist' também.
A moderadora do 'j.científico' é a jornalista Renata Pagliarrussi Nassif.
Seu marido, Luiz Nassif (Segundo suas assinaturas na referida lista). Pelo
que eu 'imaginava' seriam pessoas residentes no Estado de São Paulo.
Há algum tempo passado ouvi no rádio a respeito de uma jornalista, Renata
Nassif, que internara-se para uma lipoaspiração em uma clínica aqui, no Rio,
sofrera um acidente.
Curioso por um lado e solícito por outro, já que resido no Rio, postei
inquirindo no 'j.científico': Não recebi resposta.
Já na noite daquele mesmo dia assisti na TV uma matéria a respeito. Então
foi dito o nome da jornalista: Renata Siqueira Nassif. E de seu marido:
Eduardo Nassif.
Fôra apenas uma coincidência...
Mas agora, depois deste tempo, percebo que o 'movimento' no 'j.científico'
caiu muito. E retomo minha curiosidade: Seriam Renata e Luiz os mesmos quem
Renata e Eduardo?
Enviei dois e-mails, para o endereço da Renata, que foram ignorados.
Então, caro Prof, tem alguma relação?
Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: Uso de linguas estrangeiras na lista
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 09:47
Meus amigos,
Numa lista de discussão de assuntos científicos, querer que a única língua
empregada seja o Português parece-me um tanto irrealista.
(Em se tratando de Ciências, o Inglês não é uma língua estrangeira, é a
língua universal de nossa época, assim como o foi o Francês e, mais
remotamente, o Latim.)
Seguida a regra do uso exclusivo do Português, a opção para divulgar textos
estrangeiros seria traduzí-los antes, o que é contraproducente e levaria à
extinção desse tipo de texto na lista, configurando uma perda de qualidade
da informação a que teríamos acesso.
Deixemos nossos colegas que dominam outros idiomas nos apresentarem suas
descobertas em qualquer língua que queiram. Sempre podemos solicitar que
alguém traduza um texto que nos tenha despertado a atenção, o que já vi
acontecer aqui, pelo menos uma vez.
Um abraço,
Vizzoni
_________________________________________________________________
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
http://messenger.msn.com.br
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 10:05
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 8:21 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>Quero crer que você esteja considerando a essência de uma partícula
elementar como de natureza metafísica e portanto sem estrutura física, no
sentido de que não poderá nunca ser determinada.
Na verdade, não. Eu estava me referindo a um sentido bem mais, ahn,
elementar (com perdão do trocadilho). Um objeto só possui estrutura se ele
for composto de diversas partes que estão dispostas de determinada maneira
para formar um todo. Por exemplo, uma casa é composta de tijolos e é a
disposição dos tijolos que vai determinar a estrutura da casa. Mas os
tijolos (do ponto de vista macroscópico) não têm uma estrutura: são blocos
elementares de construção. É claro que a analogia é falha porque o tijolo é
ele próprio composto de moléculas que têm uma estrutura, por sua vez
constituídas de átomos que também têm uma estrutura, os quais são feitos de
partículas que igualmente apresentam uma estrutura. Mas quando você chega às
partículas realmente elementares, os blocos fundamentais da matéria, que não
são constituídos por nada mais fundamental, então não se pode falar de
estrutura. Não estou dizendo que esses blocos *sejam* os quarks. Afinal, os
quarks, se existirem, podem ser apenas os mais novos candidatos de uma longa
lista de wannabes que começou com os átomos de Demócrito, e que depois se
descobriu que não eram realmente elementares. Mas, pelo menos teoricamente,
em algum ponto a gente tem que chegar no fundo do poço, às peças
definitivamente básicas com as quais todo o resto é construído. Essas peças
não poderão ter estrutura, porque não são uma assemblage de elementos
menores. Quando se chegar nesse ponto, a questão sobre como essas peças se
constituem vai ter necessariamente que mudar de sentido: deixará de ser "do
que eles são feitos" e passará a ser "como eles surgem", que a Ligia
considera como *a* questão essencial da física. *Pode ser* que, nesse ponto,
sejamos obrigados a apelar pra algum tipo de explicação que hoje se
considera metafísica, ou pode ser pura e simplesmente uma questão de
determinar o processo pelo qual a energia se transforma em matéria, como
quer a Ligia. Diferente de você, no entanto, eu não sou nada cético em
relação à física moderna, nem à mecânica quântica nem à teoria da
relatividade. Quanto à equação E = mc^2, me parece que a bomba atômica é uma
demonstração dramaticamente prática da equivalência entre matéria e energia.
>Seriam eles os átomos de Demócrito? Provavelmente não.
Eu não diria "provavelmente" não, mas não acho impossível. De qualquer
forma, a teoria atômica pressupõe que, em algum ponto dessa descida a escala
cada vez menores, *deve* existir alguma partícula com as propriedades
básicas do átomo de Demócrito. Mesmo que ainda não sejam os quarks.
>A origem dos quarks tem muito de matemática, de propriedade
geométrico-física dos
bárions, e pouco de física propriamente dita.
Pra mim, essa distinção - que, no entanto, é sustentada por você, pelo
Taborda e até pela Ligia - não faz muito sentido. Física é matemática
aplicada. Não existe nenhum campo da física que se sustente sozinho, sem a
utilização de ferramentas matemáticas. Quanto aos quarks, como eu comentei
na mensagem pra Ligia, isso é inevitável. Ao chegar nessa escala, já
deixamos pra trás faz tempo o nível em que é possível obter comprovação
experimental direta. Os quarks nunca vão ser observados porque *não podem*
ser observados - eles são muito menores que os fótons, na verdade, são
menores do que qualquer partícula que pudesse ser usada pra observá-los. A
essa altura, tudo o que se pode fazer é interpretar evidências indiretas, e
o único instrumento pra isso é a matemática.
>E a meu ver, qualquer idéia diferente a respeito não apenas vai contra o
senso comum (e
não apenas o senso vulgar do leigo no assunto, mas também o senso da
comunidade de físicos), mas também retrata o ficcionismo que tomou conta da
física "moderna".
O senso comum é aquela entidade que já nos fez concluir que a Terra é plana
e que o Sol gira em volta da Terra. Pra fazer essa intuição do senso comum
funcionar, foi preciso elaborar esquemas cada vez mais complexos de supostas
esferas de cristal que sustentariam os corpos celestes, até que se percebeu
que era muito mais fácil abandonar a intuição do senso comum. A mesma coisa
aconteceu com o famigerado éter. O senso comum pressupunha que qualquer onda
precisa de um meio no qual se deslocar. De acordo com o senso comum, a luz
era uma onda (embora o próprio Newton tivesse sugerido uma teoria
corpuscular da luz), portanto precisava de um meio. Pra acomodar o
comportamento da luz com a noção do senso comum, o meio hipotético através
do qual a luz se deslocaria foi sendo dotado de propriedades que não só eram
cada vez mais paradoxais como não tinham a menor semelhança com o que de
fato era observado. Até Einstein se dar conta de que era bem mais simples
ignorar essa coisa toda do éter. Diante de tudo isso, não tenho lá muito
respeito pelo senso comum, seja o dos leigos, seja o senso comum da ciência.
A soma dos preconceitos que todos adquirimos por volta dos 18 anos, lembra?
>Neste caso diria que elétrons absorvem e emitem corpúsculos newtonianos
(alguns chamam de fótons, mas o termo é meio ambíguo) e portanto, pelos
mesmos motivos apontados acima, não seriam "partículas simples".
Não vejo muita ambigüidade no termo fótons. É apenas o termo grego que
significa "relativo à luz" e, portanto, uma designação meramente descritiva.
("Corpúsculos newtonianos" é até mais ambíguo, porque pode dar a entender
que se trata das partículas das quais Newton era composto.) Quanto ao
problema da emissão de fótons pelo elétron, bem, ele só se torna um problema
se você negar a equivalência massa-energia. Uma vez admitida essa
equivalência, o problema desaparece, porque os fótons são criados a partir
da energia excedente emitida pelos elétrons (por exemplo, quando eles mudam
de órbitas).
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 10:07
Oi...
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >L*: E se eu contar a você que um ótimo exercício para a
compreensão
> de como as coisas funcionam é justamente observar o que nos rodeia?
>
> Citando uma frase que eu li recentemente: "Eu sei disso. Não
brinca..." ;-)
>
> Agora, falando sério. Eu tô mais interessado em saber como as
coisas *são*
> do que como elas *funcionam*. Pra isso, a gente tem que avançar
além do que
> é meramente observável.
L**: Como *são* depende muito mais da forma como as interpretamos.
É através da interpretação daquilo que consideramos que *seja* algo,
que aquele algo passa a *ser*. Era essa forma de *funcionamento*
que eu estava reportando... Não necessariamente dizendo que algo
*é* só porque é observado mas digamos que tudo depende dessa
interpretação para existir e fazer sentido para quem observa e dessa
forma compôr a *atmosfera* que rodeie tal observador. Isso tem
muitas implicações na vida prática, principalmente no que se refira à
construção da realidade pessoal que, ao se interconectar com a
realidade pessoal de outras entidades dá a idéia de *realidade*...
> Não necessariamente. Tudo depende de como ele é aplicado. A
religião também
> pode ser a alienação suprema ou a suprema forma de libertação
espiritual. É
> só comparar qualquer encíclica papal com os escritos de Santa
Teresa de
> Ávila. Tudo que se torna dogmático encarcera a alma. Tudo que é
abordado de
> forma não-dogmática serve para quebrar condicionamentos.
L**: O não-dogmatismo é o que liberta sim. Sem verdades absolutas
podemos galgar degraus intransponíveis. Mas o que no fim pode ser
considerado *verdade* senão aquilo que tomamos por tal? Para a
construção de qualquer raciocínio é necessária a existência de algo
que se assume por verdadeiro/existente. E aí, o que diferencia um
louco de alguém que não assume *verdades*?
> >A propósito: você quer quebrar conceitos e entender o cerne das
> questões ou está pretendendo conhecer o que pode ser desenvolvido
> pela mente humana em termos de teoria?
>
> As duas coisas andam juntas. Qualquer coisa, levada a seu extremo,
se
> transforma em sabedoria. Blake: "Se o tolo persistisse em sua
tolice,
> tornar-se-ia um sábio."
L**: Definição de sabedoria: a compreensão de algo que é posto em
prática inúmeras vezes... Mas veja que para a compreensão de algo é
necessário que se assuma tal *algo* como verdadeiro em nosso
raciocínio. Como fica o *quebrar conceitos* e a *aquisição* de
sabedoria sem as *verdades*?
> >Uma plataforma de lançamento para onde a mente humana possa
alcançar em
> termos de teorização...
>
> É mais ou menos isso.
L**: O limite é sempre imposto por nós. Suponha que um pensador
chega num ponto em que não há mais respaldo de teorias ou idéias
anteriores para a compreensão e a consequente criação de uma teoria
que explique tal ponto por sua vez. Nesse ponto ele tende a
reconsiderar se o que pensa é válido a partir do momento em que não
há respaldo.
Por mais que se dedique tempo e esforço na compreensão do que a mente
pode definir e perscrutar, ao que tudo indica é justamente aquilo que
nos rodeia no momento presente que traz consigo o que realmente somos
a partir da forma como pensamos, das idéias que desenvolvemos e da
forma como concebemos a nossa própria existência. Diz prá mim: como
quebrar estruturas alimentando-as com mais estruturas? Considere a
sua forma de pensar, geradora de sua realidade, como uma casa cujo
alicerce tem 4 pontos de apoio. Como quebrar tal estrutura
aumentando-se os pontos de apoio ao invés de deixá-los simplesmente
ruir? Note que para chegar a tal ponto onde não haja respaldo, temos
que abstrair as idéias a tal ponto que nada mais faça algum sentido,
que nada mais seja tomado por *verdadeiro*, é aí que tudo rui, cai
por terra e uma nova forma de pensar é construída e consequentemente
uma nova realidade pessoal. Enquanto tudo faz sentido, só o que
estamos fazendo é alimentando os pontos de apoio.
É por isso que eu não vejo sentido em apenas tentar compreender e
assimilar o ápice do que pode ser alcançado pelo modo de pensar e
definir as coisas. Antes disso penso que temos que ter a disposição
de deixar ruir. E então mais uma vez eu pergunto: o que diferencia
um louco de alguém sem *verdades*?
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo... ERRATA
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 10:26
Alberto:
Sua errata talvez justifique um processo de canonização do burro:
eventualmente, possa não ter ocorrido a falha de Cervantes, pessoa de muitos
bons escreveres, mas um milagre, como outros tantos que proliferam na Santa
Igreja, por obra e arte de D. Quijote, homem de pura alma.
sds,
silvio, o canônico.
----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 23, 2002 8:41 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo... ERRATA
> ERRATA
>
> ----- Original Message -----
> From: "Alberto Mesquita Filho"
> Sent: Tuesday, October 22, 2002 10:06 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>
>
> Na msg citada acima, onde se lê:
>
> Sancho Pança era um jumento personagem de um livro de Cervantes e que
morreu
> num capítulo mas, por lapso do autor, ressurgiu vivo num capítulo
seguinte.
>
> Leia-se:
>
> Sancho Pança era pensonagem de um livro de Cervantes e dono de um jumento
> que morreu num capítulo mas, por lapso do autor, ressurgiu vivo num
capítulo
> seguinte.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 10:59
On Tue, 22 Oct 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Neste caso estou com Schrödinger (vide duas citações acima) e não abro. Para
> os que não sabem, Sancho Pança era um jumento personagem de um livro de
> Cervantes e que morreu num capítulo mas, por lapso do autor, ressurgiu vivo
> num capítulo seguinte. É isso o que um elétron faz num salto quântico.
> Alberto
Sancho não era um jumento. Aliás, Sancho é o personagem mais interessante
da obra [que é um tanto extensa].
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 11:16
On Wed, 23 Oct 2002, Leandro wrote:
> Urna pode ser o mais antigo registro arqueológico da existência de
> Jesus
> Urnas de pedra eram usadas em Jerusalém para guardar os ossos dos
> mortos. A inscrição em aramaico, uma língua antiga, diz: Thiago,
> filho de José, irmão de Jesus. Três letras são num formato que só era
> usado entre os anos 10 e 70 depois do nascimento de Cristo. Testes de
> laboratório confirmaram que a urna não tem elementos modernos. As
> pedras usadas são da região de Jerusalém.
Isto até descobrirem que a tal urna tem apenas 500 anos. Ela não contém
ossos, só para lembrar.
Já li em algum lugar que a combinação de Jacó [Tiago] filho de José irmão
de Josué [Jesus] poderia ocorrer 20 vezes ao mesmo tempo. Ou seja,
existiam 20 Josés que tinha filhos chamados Jacó e Josué na época
estimada.
Claro que tudo isso é especulação e conseguir prova de qualquer coisa é
praticamente impossível.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 11:24
On Wed, 23 Oct 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Não obstante não podemos afirmar que os quarks "reconhecidamente
> existem" como partículas de fato.
Mas há uma outra evidência.
A teoria dos quarks previu combinações de quarks que geravam partículas
até então não observadas e que foram posteriormente. Não me lembro o nome
delas.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: sistema solar
FROM: "Zaratustra" <zaratustra@gaz.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 11:32
Tenho uma amiga que está precisando de uma ajuda em um trabalho, mas
infelizmente não posso ajudá-la, gostaria de saber se alguém consegue
dar uma mão pra ela.
Aqui vai o problema:
Eu tenho que fazer
uma implementação computacional do Sistema Solar. vc poderia
me indicar referências ou me mandar as equações matemáticas
que regem o movimento dos planetas. Para programar eu
preciso saber quais equações usar, sei que para cada planeta
posso usar X"=(G*m1*m2)/d^2, mas qual a resultante em um
planeta da ação dos outros oito + a ação do sol.
Até mais,
Thiago.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 12:09
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 11:07 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Como *são* depende muito mais da forma como as interpretamos.
É através da interpretação daquilo que consideramos que *seja* algo,
que aquele algo passa a *ser*. Era essa forma de *funcionamento*
que eu estava reportando... Não necessariamente dizendo que algo
*é* só porque é observado mas digamos que tudo depende dessa
interpretação para existir e fazer sentido para quem observa e dessa
forma compôr a *atmosfera* que rodeie tal observador. Isso tem
muitas implicações na vida prática, principalmente no que se refira à
construção da realidade pessoal que, ao se interconectar com a
realidade pessoal de outras entidades dá a idéia de *realidade*...
Olha, embora a filosofia pós-moderna constitua uma parte substancial da
minha ração diária de food for thought, com suas alegações nietzscheanas de
que não existem fatos, apenas interpretações, e ainda que eu concorde em
linhas gerais com o ponto-de-vista de que o que chamamos de realidade não
passa de uma construção social, o que vai um pouco ao encontro do que você
disse (com a diferença, presumo, de que você atribui um peso maior à
consciência do que à sociedade na constituição da realidade), eu meio que me
afasto dessa linha de pensamento quando ela conclui que essa realidade
construída é *tudo* o que existe e não há nada além dela. Nesse ponto, eu
prefiro ficar com a distinção kantiana entre os fenômenos e as coisas-em-si:
os fenômenos, que são tudo o que vemos e constituem o universo da nossa
experiência sensorial, são sempre filtrados por categorias mentais (as
categorias apriorísticas do conhecimento), mas isso não quer dizer que não
haja coisas-em-si, ainda que nossa mente não seja capaz de conhecê-las tais
como são. Melhor ainda, eu fico com a velha distinção estabelecida pelos
místicos (especialmente os hindus, como Sankara) entre o mundo fenomênico -
o nosso mundo - e a realidade absoluta, que fica além do mundo percebido
sensorialmente. Fecho com eles também quando eles consideram que o nosso
mundo, com todos os condicionamentos que o originam, funciona como uma
espécie de tela ou tapume que nos impede de contemplar a verdadeira
realidade - o famigerado "véu de maya". Então, quando eu digo que me
interessa mais determinar como as coisas *são* (as coisas-em-si) do que como
elas *funcionam* (fenômenos), o que eu quero dizer é que meu interesse é
descobrir se é possível desmontar os filtros e condicionamentos que modelam
o universo da nossa experiência sensorial (que é o universo da ciência) pra
ter um acesso i-mediato à realidade subjacente. É por isso que o meu
interesse no funcionamento concreto dos fenômenos é limitado - ele só é
relevante pra mim na medida em que puder conter pistas sobre como é possível
transcender os fenômenos em direção às coisas-em-si, isto é, independentes
de qualquer interpretação.
>Mas o que no fim pode ser considerado *verdade* senão aquilo que tomamos
por tal?
No que se refere ao que em geral consideramos como verdade, você tem razão.
Mas eu me pergunto se não existe, em algum lugar, uma verdade no sentido
estrito da palavra, uma verdade que não seja relativa e, nesse caso, como
podemos fazer pra ter acesso a ela?
>Como fica o *quebrar conceitos* e a *aquisição* de sabedoria sem as
*verdades*?
As "verdades" (no sentido relativo) estão do lado dos conceitos. É por
conceituação que definimos alguma coisa como verdadeira. Quebrar os
conceitos é abrir mão dessas verdades estabelecidas. Se existir alguma
verdade não-relativa em algum lugar (qualquer que seja a natureza dela), a
única maneira de descobri-la é limpando o terreno, varrendo as verdades
estabelecidas pra abrir espaço pra alguma outra coisa que não dependa de
opiniões, crenças, interpretações, condicionamentos culturais e percepções
filtradas. Não sei o que seria essa outra coisa. Ainda tô na etapa de fazer
perguntas, não sei nem se elas têm uma resposta.
>O limite é sempre imposto por nós.
É por isso que somos nós, também, que podemos quebrá-lo.
> Suponha que um pensador chega num ponto em que não há mais respaldo de
teorias ou idéias
anteriores para a compreensão e a consequente criação de uma teoria
que explique tal ponto por sua vez. Nesse ponto ele tende a
reconsiderar se o que pensa é válido a partir do momento em que não
há respaldo.
Nesse momento, talvez ele descubra qual é o som de uma só mão batendo
palmas. ;-)
>Diz prá mim: como quebrar estruturas alimentando-as com mais estruturas?
O processo, pra mim, é semelhante aos dos koans zen-budistas. A prática do
koan consiste em analisar logicamente uma questão que não pode ser
respondida pela lógica. Dessa forma, o raciocínio lógico é levado até o seu
limite externo, até o ponto em que ele quebra e dá lugar a uma outra forma
de apreensão da realidade. Por isso que, em física, o que me interessa são
justamente questões como a origem do universo, o problema da medida ou a
dualidade onda-partícula, pra só citar alguns. São áreas em que o nosso
raciocínio dualista, padronizado, é desafiado até o extremo e das quais ele
só pode dar conta se abrir mão de dualismos e padronizações.
>Como quebrar tal estrutura aumentando-se os pontos de apoio ao invés de
deixá-los simplesmente
ruir?
Fazendo a nossa forma de pensar incidir sobre perguntas que não podem ser
respondidas pela nossa forma de pensar, como qual é o som de uma só mão
batendo palmas, quantos anjos cabem na ponta de uma agulha ou o que havia
antes do começo de tudo.
>Antes disso penso que temos que ter a disposição de deixar ruir.
Se o raciocínio for realmente levado a seus limites, com seriedade e
empenho, vai chegar um ponto em que ele vai ruir, independente da
disposição. Se você usar uma alavanca pra tentar levantar uma pedra cuja
resistência seja maior que a da alavanca, ela vai quebrar, mesmo que você
não queira - e na maioria das vezes, você não quer, mas acontece
>E então mais uma vez eu pergunto: o que diferencia um louco de alguém sem
*verdades*?
Aí, eu te respondo com uma outra citação, do escritor inglês G. K.
Chesterton: "O louco não é aquele que perdeu a razão. É aquele que perdeu
tudo - *menos* a razão."
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Re: n Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 12:12
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 10:35 AM
Subject: Re: Re: n Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata,
junte-se a nós
>Em verdade cheguei a ler Lacan em uma apostila de formação em psicanálise:
Ele é
surreal!
Literalmente. No começo de sua carreira, Lacan esteve ligado ao movimento
surrealista e boa parte de suas idéias sobre paranóia vieram do método
paranóico-crítico do Salvador Dalí.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 12:32
Isso só prova que existiu algum Jesus, filho de José e irmão de Thiago. Daí
até concluir-se que esse Jesus é o mesmo dos evangelhos vai uma longa
distância. O ponto positivo da notícia é colocar em dúvida a existência de
Jesus de Nazaré. Geralmente as pessoas dão isso como certo, especialmente
em emissoras como a Globo.
Também resta a missão, muito mais difícil, de provar que Jesus de Nazaré
realmente morreu e ressuscitou...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Leandro" <leandropl@mailbr.com.br>
Para: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 23 de Outubro de 2002 05:16
Assunto: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
Quando cheguei em casa hoje, falaram-me de uma reportagem exibida no
jornal nacional (Globo) que me chamou ateção. Fui até o site do mesmo
ler a respeito...
Infelizmente constatei que a parte escrita é tão medíocre quanto o
que geralmene vai ao ar (principalmente quando o assunto é ciência).
Segue abaixo o texto com a URL de referência.
http://redeglobo3.globo.com/jn/semana.jsp?id=14031
(Obs.: no site tem um videozinho da reportagem)
Urna pode ser o mais antigo registro arqueológico da existência de
Jesus
Uma urna mortuária feita de calcário, do ano 63 depois de Cristo,
pode ser o mais antigo registro arqueológico da existência de Jesus
de Nazaré.
Urnas de pedra eram usadas em Jerusalém para guardar os ossos dos
mortos. A inscrição em aramaico, uma língua antiga, diz: Thiago,
filho de José, irmão de Jesus. Três letras são num formato que só era
usado entre os anos 10 e 70 depois do nascimento de Cristo. Testes de
laboratório confirmaram que a urna não tem elementos modernos. As
pedras usadas são da região de Jerusalém.
Até hoje, a existência de Jesus é baseada nos relatos escritos no
Novo Testamento. Esta seria a primeira prova arqueológica. A urna
fazia parte de uma coleção particular e teria sido roubada de uma
caverna em Jerusalém. Antes de surgir a urna, a referência mais
antiga ao nome de Jesus era um manuscrito do ano de 125, que foi
descoberto no Egito.
Vários arqueólogos importantes contestam a descoberta, dizendo que os
nomes escritos na urna - Thiago, José e Jesus - eram comuns na época.
Mas o autor da descoberta diz que era muito raro escrever o nome de
um irmão na urna funerária - a não ser que fosse alguém tão
importante quanto Jesus de Nazaré.
Leandro Lannes
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SUBJECT: S. Rosenzweig - repressão - p/Marco Aurélio
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 13:06
Olá Marco,
Sobre as experiências do psicólogo Saul Rosenzweig que provam a validade da teoria do recalcamento, elas foram divulgadas no British Journal of Psychology, nr. 24, 1934, p. 247-65.
Veja o seguinte site:
http://psychclassics.yorku.ca/FrustAgg/rosenzweig.htm
Freud desdenhou este trabalho como supérfluo e redundante "diante da abundância das experiências clínicas já bem estabelecidas pela psicanálise e conhecidas através das numerosas publicações de casos."
Abraços,
Manuel Bulcão
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Dúvida
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 13:08
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> jornalista, Renata Nassif, que internara-se para uma lipoaspiração
> em uma clínica aqui, no Rio, sofrera um acidente.
A outra e' Nacif. Casada com Eduardo Nacif.
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/set/02/321.htm
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Re: Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 13:08
----- Original Message -----
[A msg original não contem pitacos de minha autoria]
>Foi aos dez anos de idade que iniciei leituras interessando à psicologia,
psicanálise e afins. Aos dezesseis escrevi meu primeiro livro, jamais
publicado, ainda bem. Estou com cinquenta e cinco anos de idade: Já imaginou
o quanto lí?(
É, eu não sou tão precoce. Escrevi meu primeiro livro com onze (infelizmente
publicado - mas numa edição mimeografada pelo meu professor de português,
graças a Deus só sobrou um exemplar) mas era uma novelinha de ficção
científica muuuuito ruim. Comecei a estudar psicologia, psicanálise e afins
com a idade que você escreveu o teu primeiro livro. Como eu só (só?!?) tenho
32, provavelmente ainda tô longe de igualar a tua soma de leituras. Mas eu
me esforço... ;-)
>O quanto viví?
É, o preço que eu paguei por ter lido tanto foi ter vivido pouco. Não tem
jeito, ganha-se de um lado, perde-se do outro. É a vida... ;-)
>Pois é, me perdi e não sei mais se aquilo que penso é produto da minha
criação ou se 'suguei'
de algum autor (Entende porque sugeri não citar autor?).
Eu tenho uma certa preocupação com isso, manter claro (pelo menos na minha
cabeça) o que é meu e o que veio de outros autores. Mas, óbvio, sempre tem a
insidiosa criptomnésia, a gente fica todo feliz achando que teve uma puta
idéia genial e, um belo dia, folheando um livro que leu há anos, descobre a
idéia lá, com todas as letras. Ossos do ofício... ;-)
>Seja como for, tenho idéias próprias.
Espero que eu também tenha. Diferente do que o Taborda parece pensar, eu não
tenho o menor interesse em ficar regurgitando o que eu li em outros autores.
Eles me interessam apenas como ponto de partida pras minhas próprias
elocubrações, que às vezes conduzem por uns caminhos beeeem esquisitos...
>E gostaria de submetê-las ao crivo de pessoas iluminadas (Sem gozação) como
o Takata, p.ex.
Foi um dos motivos que me trouxe a esta lista.
>Então percebo uma certa ojeriza quando se fala em psicanálise.
É o espírito da época. Depois de ter sido o paradigma dominante por quase
cinqüenta anos, quando Freud explicava tudo, a psicanálise (e afins) anda
meio combalida - assim como o marxismo, outro que ditou moda e desde 1989 tá
meio em baixa no mercado. Mas acho que é só uma fase. É até útil pra limpar
essas escolas do ranço doutrinário e dogmático que se acumulou sobre elas
com o tempo. Fica mais fácil separar o joio do trigo assim.
Abs.
L.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Oi Lúcio
Interessante esta 'troca de currículo'. Me surpreendeu e talvez sirva para o
Prof. Belisário, que sugeriu fazer-se uma 'matéria' interessando à
relacionamentos através da Internet: Seria o exemplo de uma apresentação
formal, com 'muito prazer' e tudo.
Mesmo antes de abrir esta sua msg estive refletindo se não seria, por um
lado comodidade e por outro conveniência, não atinar a origem de minhas
próprias palavras em outros autores. Creio que projetei minhas próprias
limitações. Mas isso já 'conscientizei' com o auxílio de alguns listeiros
que se dignaram em contextar minha indignação (Com trocadilhos).
Ontem estive 'atacado'. Na madrugada acordei para copiar as msgs desta
lista, que em número de 274. Após copiá-las, o que consumiu cerca de duas
horas, não mais consiliei com o sono. Certamente foi um motivo para o 'dia
estressado'. Aliás, aproveito a oportunidade para me redimir quanto a
qualquer 'excesso' de palavras que tenha postado no dia de ontem.
É isso aí.
Abs.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Poema para Lígia e Vladimir
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 13:09
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Lígia
> Não sei se já está na 'ativa'. De qualquer maneira segue o "Poema
das Aspas"
> que recordei-me após ter lido sua msg. Espero que já o possa ler.
>
> POEMA DAS ASPAS
>
> Ai meu amor, assim não pode ser.
> " " " " " "
> " " " " "
> " " " "
> " " "
> " "
> "
> "
> "
>
>
> Grande abraço.
> Antonio Renato.
Oi Antonio!
Estou na ativa, já "regressei sem ter ído"... :) Mas ainda vou, em
breve, coisas da vida... quanto ao poema, por acaso é poesia Dada
(de "dadaísmo"...:)?
Beijos, Lígia
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Oi Lígia
Não sei o que é dadaísmo.
De qualquer forma sinto-me feliz em receber sua mgs.
Bisous,
Antonio Renato.
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: onde o mundo vai parar????
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 13:10
(...)
> Haja visto o que acontece quando homem e mulher são atraídos um
> para o outro, ninguém precisa explicar muito o que tem a ser feito
> nem apelar prá memória do que já se viu... acontece naturalmente.
Não é bem assim. Acreditar que isto funcione "naturalmente" alimenta muitos
dos tabus sexuais (como por exemplo, mulheres que tem prazer demais são
promíscuas (ou seja, dois tipos de mulher: a para cruzar e a para casar)),
além de ser excelente terreno para disseminação de DST e gravidez
involuntária.
#########>Para os animais irracionais, é como a Lígia colocou: Não necessita
de aprendizado. Mas no caso do Homem, é como o Aniello diz, infelizmente.
Existe repasse de informações (aprendizado) de maneira intuitiva
('meme')<#########
(...)
> Se há a fetichização da
> mulher isso se deve ao fato dela haver permitido que isso acontecesse
> e ao homem sentir-se "honrado" com isso, já que havendo essa
> facilidade e oferta de sexo pelo sexo não há a necessidade de
> entender a mulher, nem a busca por agradá-la de outras formas além de
> manter o "dito cujo" ereto.########>Êpa! É aí que a intelectualidade intervem. O bom senso não deixaria o homem pensar desta forma. Sinto-me mesmo ofendido com o fato de esta colocação bem poder estar referindo-se a mim, como representante do sexo masculino<########## Bem... então que dizer de parar de
> comprar revistas com mulheres peladas, ou desligar a TV quando
> estiverem passando cenas de sexo, ou não olhar outdoors com belos
> corpos femininos expostos? Se isso acontecesse e o interesse da
> média fosse voltado a outros assuntos, com certeza os anúncios seriam
> outros e os "fetiches" seriam outros.
Uma ação de resistência civil pode até ser benéfica. Mas para tal funcionar
é
necessário que o "mercado" para materias com apelo desnecessário ao sexo
seja
sigficantemente afetado. A indústria do "entretenimento adulto" é tão antiga
quanto o surgimento da indústria, e não vejo nada de errado nela. Mostrar
mulheres nuas ou seminuas não implica necessariamente em uma fetichização da
mulher (nem do homem). Trata-se do modo como se faz isto. Reconhecer a
diferença entre o saudável "entretenimento adulto" da pornografia
preconceituosa se faz apenas debatendo-se o fenômeno do fetichismo e suas
características.
(...)
Só para lembrar também, esta discussào se iniciou por terem defendido que a
mulher moderna e sua emancipação era um dos fatores que estavam levando o
mundo para o buraco. Que as mulheres estão tentando competir com os homens e
um desses sinais era o uso de roupas sensuais. Tentei refutar tais
disparates, mas deixando claro que repudiava a coisificação da mulher como
objeto sexual. Apenas isto.
(...)
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: [RN] Loiros naturais
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 13:11
(...)
L: Olhe-se no espelho e veja-se como você é, sem pintura corretiva,
sem tintura nos cabelos, de preferência nua em um espelho de corpo
inteiro.#######>Então me chama: Também quero ver<####### Se você gostar do
que vir, se você se sentir bem sendo você mesma é 100% garantido que os
outros também irão gostar, isso porque a sensualidade está dentro da gente,
e se faz notar quando a gente se gosta. Se não gostar, o percentual cai
consideravelmente... Se de repente mudar a cor dos cabelos produz algum
efeito psicológico, tinja, mas veja, não será mais você, será o fruto de sua
insatisfação com a cor de seus cabelos, daí os seios grandes/pequenos, então
o bumbum grande/pequeno... vai somando tudo e veja o que sobra.
(...)
L: Detesto a idéia de ficar dependente de algo que possa vir a
acabar um dia. Imagine se tudo acabar, se não tiver silicone para
reposição, se não existir mais tintura, o que será de você que faz
uso disso para ficar bonita? Pense grande... O ideal é fazer uma
alimentação balanceada, ter os olhos brilhantes, um sorriso aberto e
ser articulada no falar e ter a mente lúcida. O resto é bom só de
ser visto, não de conviver...#######>Estou com a Lígia<########
> tb achei o artigo ridiculo, mas acho mais ridiculo as pessoas que
acham que mudar a aparencia fisica é futil ou burrice. é só um cabelo!
L: Tanto é importante para você que você ainda se dá ao luxo de
falar a respeito... me poupe!#####>rsrsrs. Voltou com a corda toda!<#####
(...)
SUBJECT: Re: [ISO-8859-1] Re: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 13:11
On 21 Oct 2002 at 9:21, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Seria desvio da sexualidade qualquer atividade que excluisse reprodução.
> Seria perversão da sexualidade a satisfação sexual através de atividade
> desviada.
Antonio Renato
Este é um criterio ultrapassado. Talvez valha para os animais. É
religiosa a ideia de que sexo não deve ser praticado se houver
interferencia na reprodução. A religião católica condena os
preservativos e as intervenções culturais que promovema diferença
entre função reprodutiva e sexualidade.
########>Foi mal colocado, como vc bem sinaliza. Talvez não interesse ao
Homem Racional contemporâneo, devido a explosão demográfica, a reprodução.
Todavia, para o Homem Animal, é igual aos outros mamíferos: Não reproduzir
não é interessante para a Espécie, e isso não é uma questão religiosa.
Ultrapassado, desatualizado, são palavras que tocam na minha ferida. Mas
tenho visto outros listeiros compartilhando da mesma idéia que coloquei. Por
outro lado continuo defendendo o ponto de vista original, agora com um
segundo argumento: A satisfação através de comportamentos desviados não
imbricam em gratificação abrangente, plena. Afinal, na Natureza, a
finalidade prescípua da sexualidade é a reprodução<#######
Se existe extração de materiais para a reprodução e manobras de
fertilidade assistida, há um desvio cultural, porque os órgãos
reprodutivos são separados de sua função. Futuramente é possível
que a propria gestação se faça in vitro de forma melhor que a natural.
########>A fertilização e até mesmo que venha a ocorrer a gestação 'in
vitro', não exclui o exercício da sexualidade, tanto para o homem como para
a mulher. O 'animal' não teria discernimento se está ou não fecundando: O
que interessa à ele é 'cair no engôdo' do orgasmo. Reprodução é 'alguma
coisa maior' interessa à Natureza, ao equilíbrio...<#########
Seria isto perversão?######>Não me ocorrera tal possibilidade anteriormente
e portanto não tenho idéia formada a respeito. De qualquer forma é uma
colocação interessante<######### A historieta do desvio ja foi. Freud tentou
esvaziar o termo quando mostrou o conteúdo "perverso" da
sexualidade humana. Como o preconceito é forte, só complicou a
psicanálise. Foi acusado de caluniador das criancinhas e dos homens
de bem.
Se alguém deseja dizer que sexo fora da reprodução é perversão, tem
todo o direito de fazê-lo. Mas, atenção, não é mais que um decreto.
#######>Êpa! Onde está homologado tal decreto, bem como sua
abolição?<#######
A palavra "perversão" está saindo da psicopatologia aos poucos e
ligando-se mais ao significado de perversidade.#######>Mas existe uma
correlação entre perversão e perversidade, ou não?<########
[ ]s
Marco Aurelio
#########>[ ]s
Antonio Renato.<##########
SUBJECT: RN: Chineses teriam chegado primeiro à América
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 13:42
Chineses teriam chegado primeiro à América, fundado colônias e feito
a primeira circunavegão do mundo no começo do séc XV, mais de um
século antes de Fernão de Magalhães. Haveriam chineses na américa
quando Colombo chegou:
"Uma frota de navios chineses teria chegado à América setenta anos
antes da descoberta de Cristóvão Colombo, em 1492; pelo menos de
acordo com o ex-comandante de submarino da marinha britânica Gavin
Menzies.
Menzies vai lançar em duas semanas na Grã-Bretanha o livro 1421 The
year China discovered the world (1421 O ano em que a China
descobriu o mundo), que conta a história de uma expedição náutica
chinesa que teria circunavegado o mundo entre 1421 e 1423."
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/021023_cholomboamt.shtml
http://www.oceansonline.com/zheng.htm
http://www.chinapage.com/zhenghe.html
SUBJECT: S. Hawking - energia zero
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 14:26
<<Há cerca de 100 milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões de milhões (1 seguido de 80 zeros) de partículas na região do
universo que podemos observar. Donde vieram? A resposta é que, na teoria quântica, as partículas podem ser criadas a partir de energia em forma de pares partícula/antipartícula. Mas isto suscitou a questão de saber donde vem a energia. A resposta é que a energia
total do universo é exatamente zero. A matéria do universo é constituída por energia positiva. Contudo, toda a matéria atrai-se a si própria devido à gravidade. Dois pedaços de matéria que estejam perto um do outro têm menos energia do que se estiverem muito afastados, porque é preciso gastar energia para os separar contra a
força da gravidade, que os atrai um para o outro. Portanto, em certo sentido, o campo gravitacional tem energia negativa. No caso de um universo que seja aproximadamente uniforme no espaço, pode mostrar-se
que esta energia gravitacional negativa anula exatamente a energia positiva representada pela matéria. Portanto, a energia total do universo é zero.>> (Hawking, 2000, pp. 152-153)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 14:55
Oi!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> (...)Fecho com eles também quando eles consideram que o nosso
> mundo, com todos os condicionamentos que o originam, funciona como
uma
> espécie de tela ou tapume que nos impede de contemplar a verdadeira
> realidade - o famigerado "véu de maya". Então, quando eu digo que me
> interessa mais determinar como as coisas *são* (as coisas-em-si) do
que como
> elas *funcionam* (fenômenos), o que eu quero dizer é que meu
interesse é
> descobrir se é possível desmontar os filtros e condicionamentos que
modelam
> o universo da nossa experiência sensorial (que é o universo da
ciência) pra
> ter um acesso i-mediato à realidade subjacente.
L: Um acesso rápido, senão imediato é a *Iluminação*... :)
Passando por cima do conceito do Eu, Ego, a idéia de iluminar-se
seria o mesmo que deixar ruir todas as estruturas mentais e encontrar
a "essência" das coisas. E um exercício prático disso é contemplar o
meio em que se vive até que tudo pareça sem sentido. É o viver
o "aqui/agora/já" em toda sua plenitude, prestando atenção aos
mínimos detalhes, de pessoas que entram em contato conosco até a cor
da xícara de café ou chá em cima da mesa. Mais uma vez e adentrando
mais na questão, era disso que eu estava falando quando disse sobre
*como as coisas funcionam*. Como você viu até Nietche no que eu
disse, conclui-se que eu não estava brincando e você não sabia do que
eu estava falando...;)
É por isso que o meu
> interesse no funcionamento concreto dos fenômenos é limitado - ele
só é
> relevante pra mim na medida em que puder conter pistas sobre como é
possível
> transcender os fenômenos em direção às coisas-em-si, isto é,
independentes
> de qualquer interpretação.
L: Como o Douglas diria, "diga não à hermenêutica"... mas é
difícil. Sem querer a gente acaba tendo que interpretar a fim de se
comunicar com o resto do mundo. Agora mesmo você está interpretando
o que eu escrevo, da mesma forma que eu já interpretei o que você
escreveu. As *coisas em si* são as coisas independentemente da
forma como as vemos ou percebemos. Numa visão mais transcendente é o
que sobra quando tudo foi tirado, todas as formas, todo sentido. O
que é mais fácil: algo deixar de existir ou o Eu deixar de
interpretar?
> >Mas o que no fim pode ser considerado *verdade* senão aquilo que
tomamos
> por tal?
>
> No que se refere ao que em geral consideramos como verdade, você
tem razão.
> Mas eu me pergunto se não existe, em algum lugar, uma verdade no
sentido
> estrito da palavra, uma verdade que não seja relativa e, nesse
caso, como
> podemos fazer pra ter acesso a ela?
L: Ao deixarmos de intepretar, ou ao permitirmos que as coisas ruam
e percam o sentido que lhes damos. Ainda há pouco li sua resposta ao
Alberto, no que concerne aos quarks não possuírem estrutura interna.
Mesmo que os consideremos sem estrutura, eles ainda têm uma
orientação, dado que se distribuem de forma ordenada dentro das
partículas ( os "sabores e cores" ), isso SE considerarmos que eles
existem. A que se deve tal orientação e como é que ela ocorre? Essa
é uma boa pergunta... não acha? É justamente por acharmos que algo
faz sentido que lhe atribuímos características e o
consideramos "meu", do outro, grande, pequeno, perto, longe, para
cima, para baixo. Hum? Espero estar fazendo sentido e que você
perceba onde eu quero chegar com isso... :)
> As "verdades" (no sentido relativo) estão do lado dos conceitos. É
por
> conceituação que definimos alguma coisa como verdadeira. Quebrar os
> conceitos é abrir mão dessas verdades estabelecidas. Se existir
alguma
> verdade não-relativa em algum lugar (qualquer que seja a natureza
dela), a
> única maneira de descobri-la é limpando o terreno, varrendo as
verdades
> estabelecidas pra abrir espaço pra alguma outra coisa que não
dependa de
> opiniões, crenças, interpretações, condicionamentos culturais e
percepções
> filtradas. Não sei o que seria essa outra coisa. Ainda tô na etapa
de fazer
> perguntas, não sei nem se elas têm uma resposta.
L: Então concordamos que alguém que não se entupa de conceitos está
mais próximo de uma verdade absoluta?
> > Suponha que um pensador chega num ponto em que não há mais
respaldo de
> teorias ou idéias
> anteriores para a compreensão e a consequente criação de uma teoria
> que explique tal ponto por sua vez. Nesse ponto ele tende a
> reconsiderar se o que pensa é válido a partir do momento em que não
> há respaldo.
>
> Nesse momento, talvez ele descubra qual é o som de uma só mão
batendo
> palmas. ;-)
L: Ou o valor de -1...:)
> >Diz prá mim: como quebrar estruturas alimentando-as com mais
estruturas?
>
> O processo, pra mim, é semelhante aos dos koans zen-budistas. A
prática do
> koan consiste em analisar logicamente uma questão que não pode ser
> respondida pela lógica. Dessa forma, o raciocínio lógico é levado
até o seu
> limite externo, até o ponto em que ele quebra e dá lugar a uma
outra forma
> de apreensão da realidade. Por isso que, em física, o que me
interessa são
> justamente questões como a origem do universo, o problema da medida
ou a
> dualidade onda-partícula, pra só citar alguns. São áreas em que o
nosso
> raciocínio dualista, padronizado, é desafiado até o extremo e das
quais ele
> só pode dar conta se abrir mão de dualismos e padronizações.
L: Ótimo, somos dois! Note: costuma-se trucidar com os dentes
pessoas que pensam assim em uma lista cética... Espero que você
resista às investidas.
> >Como quebrar tal estrutura aumentando-se os pontos de apoio ao
invés de
> deixá-los simplesmente
> ruir?
>
> Fazendo a nossa forma de pensar incidir sobre perguntas que não
podem ser
> respondidas pela nossa forma de pensar, como qual é o som de uma só
mão
> batendo palmas, quantos anjos cabem na ponta de uma agulha ou o que
havia
> antes do começo de tudo.
L: Maravilha! Bom conhecer você e eu estou testando terreno. Eu
também gosto de situações e assuntos assim. Principalmente quando eu
percebo que não consigo pensar no assunto em questão sem deixar a
mente vazia de todo resto. Quando eu sinto que o pensamento toma
conta de tudo é sinal que vale à pena insistir nele até sentir que
ele me preenche, deixando-o de lado logo a seguir. Até que num
momento qualquer a resposta aparece clara e precisa.
> >Antes disso penso que temos que ter a disposição de deixar ruir.
>
> Se o raciocínio for realmente levado a seus limites, com seriedade e
> empenho, vai chegar um ponto em que ele vai ruir, independente da
> disposição. Se você usar uma alavanca pra tentar levantar uma pedra
cuja
> resistência seja maior que a da alavanca, ela vai quebrar, mesmo
que você
> não queira - e na maioria das vezes, você não quer, mas acontece
L: Não precisa nem ir muito longe, já que a ilusão é o que turva a
compreensão da *verdade*. Basta a capacidade apurada de contemplar,
sem buscar a lógica nem a razão das coisas, aceitando-as como se
apresentam. Veja só que coisa: a cada novo paradigma, cada nova
fronteira do raciocínio humano que você estuda, você alimenta mais a
ilusão das formas, não?
> Aí, eu te respondo com uma outra citação, do escritor inglês G. K.
> Chesterton: "O louco não é aquele que perdeu a razão. É aquele que
perdeu
> tudo - *menos* a razão."
L: Considerando-se o que eu disse parágrafos acima, ele pode ter
alcançado a *verdade* sem que saiba como. O Ego parece ser o filtro
maior e quando ele se estilhaça, o "véu de maya" é rompido e a
realidade se apresenta tal como for. Se há uma mente resistente por
trás do Ego, esta não sucumbe e diz-se que tal pessoa de Ego
estilhaçado é um *iluminado*. Quando a mente é frágil e sucumbe,
chamamos de louco. Já discuti isso com o Douglas e ele disse que
esse tipo de abordagem do Ego como filtro é algo que nào se deve
levar em conta. Mas eu percebo que há alguma coisa de consistente em
atribuir-se a *sanidade mental* a um Ego resistente e forte capaz de
criar filtros e mais filtros para que a blindagem seja completa a tal
ponto que até mesmo a idéia de algo "diferente" soe errada e os que
vejam, pensem, ajam diferente do que esse Ego diz ser o certo sejam
tomados por loucos.
Cabem aqui definições de Mente, Consciência, Ego só para ver se
estamos falando da mesma coisa.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 14:58
Olá Antônio,
Antônio: Não entendo a aversão que tem por esta 'pseudociência', que seja,
mas que se mostra muito útil, quando bem gerenciada.
Manuel: Acredito que a aversão à psicanálise é da mesma natureza da aversão
que os fundamentalistas cristãos demonstram pela teoria da evolução de
Darwin. A teoria psicanalítica deixa muitas pessoas intraquilas na medida em
que afirma que não somos aquilo que julgamos ser, que com freqüência nos
escondemos (dos outros e de nós mesmos) atrás de nossas próprias palavras. A
psicanálise questiona os juízos de valores que formamos acerca de nós
próprios, daí a reação violenta de muitos.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: SUS poderá usar tratamento homeopático para tratar dengue
FROM: Douglas Adriano Augusto <daaugusto@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 15:12
Transcrevo abaixo a matéria publicada pelo jornal Tribuna de Minas
------------------
"Atendimento alternativo
Homeopatia pode ser usada para combater dengue
Um tratamento homeopático para pessoas com dengue está sendo
desenvolvido por especialistas e promete resultado mais eficaz. Os
benefícios poderão ser estendidos aos usuários do SUS, caso o Ministério
da Saúde aprove o protocolo que será apresentado por Walcymar Estrela,
da Comissão de Saúde Pública da Associação Médica Homeopática Brasileira
e chefe do Departamento de Terapêutica Não Convencionais da Diretoria de
Saúde. O trabalho será divulgado no 26º Congresso Brasileiro de
Homeopatia, neste fim de semana em Natal (RN).
"Não há remédio para dengue, mas temos resultados preliminares mostrando
que houve resposta melhor que o tratamento tradicional", afirma
Walcymar, explicando que o protocolo permitirá padronizar procedimentos
médicos, com o objetivo de levar benefícios da homeopatia para usuários
do SUS. "Milhares de pessoas (com dengue) foram tratadas com manipulação
de medicamentos homeopáticos." Mas ainda não há sistematização desse
procedimento.
Segundo ela, os medicamentos contra dengue atuam no sentido de baixar a
febre, diminuir a dor, melhorar a hidratação e combater problemas de
coagulação, no caso da doença hemorrágica. A homeopatia busca, ainda,
resgatar o bem-estar e o equilíbrio.
Nos procedimentos homeopáticos, as particularidades fazem a diferença.
"É essa visão que se aplica à epidemia de dengue. A doença será tomada
como sujeito da pesquisa. Características peculiares, que diferem de
região para região, nortearão as ações médicas, definirão medicamentos e
garantirão o sucesso do resultado." Ela explica que a aprovação do
protocolo não é necessária para que o tratamento seja adotado."
Fonte: Tribuna de Minas, 19 de Outubro de 2002
[A redistribuição desta foi autorizada pela fonte]
-------------------
Cordialmente,
Douglas Augusto
_______________________________________________________________________
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Tudo para criar o seu site: ferramentas fáceis de usar, espaço de sobra e acessórios.
http://br.geocities.yahoo.com/
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 15:46
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
Sent: Wednesday, October 23, 2002 10:05 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> >Quero crer que você esteja considerando a essência de uma partícula
> elementar como de natureza metafísica e portanto sem estrutura física, no
> sentido de que não poderá nunca ser determinada.
> Na verdade, não. Eu estava me referindo a um sentido bem mais, ahn,
> elementar (com perdão do trocadilho). Um objeto só possui estrutura se ele
> for composto de diversas partes que estão dispostas de determinada maneira
> para formar um todo.
A sua explicação pode ser mais "elementar" ;-) mas quero crer que a essência
seja a mesma. De qualquer forma, ainda acho que este seria o que chamei "um
sentido forte" para a expressão estrutura. De outra maneira, eu quero crer
que tanto poderia dizer que a água, encarada sob o ponto de vista
macroscópico é sem estrutura (sentido forte), como também poderia
considerá-la de estrutura amorfa (sentido fraco). Diria também que algo pode
ser indivisível no sentido físico (ou, como teria dito Newton, "nenhum poder
comum sendo capaz de dividir") e não ser indivisível mentalmente
(experiência de pensamento). Ou seja, mentalmente podemos considerá-lo como
constituído por partes de natureza semelhante.
> Quanto à equação E = mc^2, me parece que a bomba atômica é uma
> demonstração dramaticamente prática da equivalência entre matéria e
> energia.
Ou então de que a matéria em repouso é constituída por partículas
elementares dotadas de muita energia, digamos, sob a forma rotacional (não
obrigatoriamente, mas também). Por exemplo, quando aceleramos um elétron os
físicos modernos dizem que a massa deste elétron incorpora parte da energia,
e eu digo que essa parte de energia é captada sob a forma de energia
rotacional (giro). Quando esse elétron choca-se com um calorímetro
observamos que essa energia é devolvida ao meio ambiente. Dirão os físicos
modernos que "a massa do elétron transforma-se em energia" quando ele é
brecado e eu digo que ao ser brecado boa "parte de sua energia rotacional é
devolvida" ao calorímetro. Afinal, a única prova de que a afirmação dos
físicos modernos faz sentido é a de que essa energia, que aparentemente
desapareceu, retorna ao meio ambiente, pois rigorosamente falando eles não
medem massa alguma, apenas a energia captada do campo de um condensador e a
seguir liberada no calorímetro. Tudo o mais é especulação, e aí estamos
empatados.
> Pra mim, essa distinção - que, no entanto, é sustentada por você, pelo
> Taborda e até pela Ligia - não faz muito sentido. Física é matemática
> aplicada. Não existe nenhum campo da física que se sustente sozinho, sem a
> utilização de ferramentas matemáticas.
No passado tive uma discussão séria com o Taborda a respeito, e não sei
dizer se ele mudou de opinião. O meu posicionamento com respeito à
matemática começa na mensagem 11900 e o diálogo todo pode ser lido a partir
de http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/cefc.htm . Vou reproduzir
aqui apenas um pequeno trecho de minha autoria:
"A matemática é crucial, mas quase sempre surge após as idéias. O conceito
de limite é oriundo das idéias de Galileu; o de infinitésimos surgiu após o
"insight" de Newton e/ou das "mônadas" de Leibniz. O conceito de
rotacional surgiu a partir das idéias de Maxwell (foi introduzido por um
matemático amigo de Maxwell). A matemática tem o poder de descrever a
natureza sob uma forma sintética, mas a matemática em si não faz a natureza.
Sim, a natureza pode ser descrita pela matemática, mas ela existe
independentemente da matemática. Matemática é linguagem mas não é a única
linguagem científica. Os grandes cientistas são aqueles que conhecem a
matemática mas, acima de tudo, sabem se expressar sem a utilização de
equações. Galileu, Newton, Einstein, Faraday e Bohr, dentre inúmeros outros,
são exemplos de cientistas que sabiam transmitir idéias sem se apegarem em
demasia a equações. Da mesma maneira que podemos transmitir uma idéia
utilizando o português ou o inglês, podemos transmitir um conteúdo de física
utilizando ou da matemática ou das palavras. O problema é que poucos
conhecem matemática o suficiente para saberem traduzir seus conceitos por
palavras, e esta é uma verdade que poucos se dão conta. Aliás, muitos
estudantes de física com quem convivi nos anos 90 (no ifusp) sabiam efetuar
integrações mas não tinham a menor idéia do que estavam fazendo; e isso após
um curso completo de Cálculo Básico (2 anos). Obviamente, esses estudantes
não sabiam transformar um achado matemático num conjunto de palavras, com
sentido físico."
> Quanto aos quarks, como eu comentei
> na mensagem pra Ligia, isso é inevitável. Ao chegar nessa escala, já
> deixamos pra trás faz tempo o nível em que é possível obter comprovação
> experimental direta. Os quarks nunca vão ser observados porque *não podem*
> ser observados - eles são muito menores que os fótons, na verdade, são
> menores do que qualquer partícula que pudesse ser usada pra observá-los. A
> essa altura, tudo o que se pode fazer é interpretar evidências indiretas,
> e o único instrumento pra isso é a matemática.
Pois eu diria exatamente o contrário. O dia em que conseguirmos visualizar
um quark "em pensamento", de tal forma que a imagem em si faça sentido
físico, aí sim a matemática evoluirá e muito. Pois a etapa seguinte será
descrevê-lo em linguagem matemática, e haja bons matemáticos a enfrentarem o
problema. Os grandes desenvolvimentos da matemática surgiram da observação e
interpretação da natureza, e raramente o contrário. [Os matemáticos poderão
chiar, mas é o que penso a respeito, e não estou sozinho nessa maneira de
pensar].
Por falar em imagens de pensamento, e apenas a título de curiosidade, veja
como visualizo a estrutura *clássica* de:
a) um quark: http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/quarklat1.gif
b) dois quarks: http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/dupla.gif
c) um nêutron: http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/neutron.gif
As bolinhas que aparecem nas figuras são férmions que acredito
estabilizarem-se em tríades graças ao campo de minha teoria (ainda não
comprovei matematicamente essa estabilização).
> >E a meu ver, qualquer idéia diferente a respeito não apenas vai contra o
> > senso comum (e não apenas o senso vulgar do leigo no assunto, mas também
> > o senso da comunidade de físicos), mas também retrata o ficcionismo que
> > tomou conta da física "moderna".
> O senso comum é aquela entidade que já nos fez concluir que a Terra é
> plana e que o Sol gira em volta da Terra.
Eu costumo dizer que nem tudo o que é óbvio é certo, mas tudo o que é certo
tem um lado óbvio. A física moderna não tem lado óbvio algum, é matemática
pura misturada com uma fortíssima dose de ficção científica. Os físicos
modernos não vão meramente contra o senso comum mas sim contra a razão. Há
100 anos atrás justificava-se esta postura, hoje não mais. A física havia
caído num atoleiro (catástrofe do ultravioleta e outros bichos) e alguma
coisa deveria ser feita. No entanto, ela persiste nesse mesmo atoleiro e a
única coisa que os físicos "modernos" de hoje têm feito é pisar no
acelerador. Isso não é apenas falta de bom senso, é burrice mesmo.
> > Neste caso diria que elétrons absorvem e emitem corpúsculos newtonianos
> > (alguns chamam de fótons, mas o termo é meio ambíguo) e portanto, pelos
> > mesmos motivos apontados acima, não seriam "partículas simples".
> Não vejo muita ambigüidade no termo fótons. É apenas o termo grego que
> significa "relativo à luz" e, portanto, uma designação meramente
> descritiva.
A ambigüidade a que me refiro relaciona-se ao dualismo onda-partícula.
Quando digo "corpúsculo newtoniano" o leitor sabe que estou referindo-me a
uma partícula. Quando um físico moderno fala fóton ele não sabe sobre o que
está falando, a menos do princípio da complementaridade de Bohr. Realmente a
luz tem um comportamento dual corpúsculo-campo (e não onda), e descrevo isso
em "O que são ondas eletromagnéticas?" (vide
http://ecientificocultural.com/Usenet/dialogos04.htm ), mas o corpúsculo é
corpúsculo, nada mais do que corpúsculo.
> Quanto ao
> problema da emissão de fótons pelo elétron, bem, ele só se torna um
> problema se você negar a equivalência massa-energia.
Pois foi exatamente isso o que pretendi dizer ao afirmar "pelos mesmos
motivos apontados acima".
> Uma vez admitida essa
> equivalência, o problema desaparece, porque os fótons são criados a partir
> da energia excedente emitida pelos elétrons (por exemplo, quando eles
> mudam de órbitas).
Sim, um problema desaparece e dá lugar a centenas de outros problemas que
acabam sendo levados para debaixo do tapete. E é isso justamente o que
caracteriza o atoleiro.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 16:02
----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 5:39 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Eu me interesso por questões teoricas tanto quanto por questões
práticas. A diferença é que para mim as questões teoricas sõ têm
sentido se estiverem relacionadas, mesmo que a longo prazo, com a
prática. O entendimento FISICO do mundo é um entendimento que vem da
EXPERIENICA e não simplesmente da imaginação ou da cogitação. Isso é
pura filosofia que não é fisica. Ou melhor, a fisica não pode ser só
filosofia, é preciso ter contuedo demosntrável, experimental,
reprodutivel.
>A teoria que enveredar por simples e mera expeculações está ao nivel
da filosofia, ou da ficção , mas não é fisica.
Se vc me pergunta se vejo com bons olhos os fisicos teoricos de hoje
eu lhe direi que não, pq todos se ligam demasiado à matemática. Em
vez de explorar fisicamente os problemas e as ideias, ajudados pela
matemática , eles exploram a matemática para tentar
encontrar "fisica".
>Se vc me pergunta se a fisica teoria é desnecessária, eu lhe direi
que não. Ela é necessária. Mas ela não é tudo, e ela não é o
principal. O principal é a Experiencia.
Como a Ligia disse, temos pontos de vista diferentes sobre esse assunto.
Diferentes e, a meu ver, inconciliáveis.
Sds.
L.
SUBJECT: Re: sistema solar
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 16:15
O cálculo envolvendo a ação dos outros planetas é complexo pois as
distâncias entre eles e o sentido dos componentes de força não são
constantes.
Se quiser realmente implementar a coisa com esse alcance, vc deve
estabelecer primeiro um ponto de partida, mapeando posição e
velocidade dos 8 planetas num dado instante.
Estabeleça então a duração do seu instante (1 minuto?, 1 hora? -
quanto menor mais exato, porém mais custoso computacionalmente).
Para cada planeta faça o seguinte:
a) Escreva 9 equações para calcular a força resultante sobre esse
planeta: 1 em relação ao sol e 8 em relação aos outros planetas.
b) Com base na posição, velocidade e força, calcule a nova posição
desse planeta após o instante determinado.
c) Calcule as novas distâncias desse planeta em relação aos outros 8.
Dispondo dessas novas posições e distâncias, repita a operação desde
(a) para o próximo instante.
--- Em ciencialist@y..., "Zaratustra" <zaratustra@g...> escreveu
> Tenho uma amiga que está precisando de uma ajuda em um trabalho, mas
> infelizmente não posso ajudá-la, gostaria de saber se alguém
consegue
> dar uma mão pra ela.
>
> Aqui vai o problema:
>
> Eu tenho que fazer
> uma implementação computacional do Sistema Solar. vc poderia
> me indicar referências ou me mandar as equações matemáticas
> que regem o movimento dos planetas. Para programar eu
> preciso saber quais equações usar, sei que para cada planeta
> posso usar X"=(G*m1*m2)/d^2, mas qual a resultante em um
> planeta da ação dos outros oito + a ação do sol.
>
> Até mais,
>
> Thiago.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Energia e Força
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 16:17
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> A força é medida em Newton e a energia em Joule.
> O Joule é Newton x Metro.
#######>>Não entendi porque colocou estas unidades:
> Não tem nada a haver... As unidades variam de acordo com o sistema
que é
> utilizado: C.G.S.; M.T.S.; M.K.S.; e M.Kgf.S.(Mais ou menos isso)
<<#########
Portugual e o Brasil assinaram o acordo do sistema internacional.
Portanto, não faz sentido referir outras unidades dado o contexto em
que esta lista se insere. Embora elas existam, é certo.
> Portanto não podem ser a mesma coisa.
########>>Acho que vc está querendo me
> sacanear mais uma vez,
Eu não quero sacanear ninguém.
> como foi o caso da "velocidade da eletricidade". E,
> em se falando nisso, nem vc e nem outro sábio da lista me respondeu
qual a
> velocidade da eletricidade em uma descarga no vácuo, em uma ampola
de Crooks
> por exemplo. Esta é uma dúvida que tenho, já que um professor
dissera que
> tal velocidade seria equivalente a velocidade das energias
> (radiantes)<<##########
Se bem me lembro (e não me lembro assim tão bem) , eu lhe disse que
essa velocidade dependeria da diferença de potencial electrico e das
propriedades do meio, no caso o vácuo.
> A Força pode ser causada pela variação da energia num certo caminho
> Por exemplo a energia potencial V provoca uma força F tal que
>
> F = dV/dr
>
> Mas "pode ser causada" não é sinonimo de "se tornam a mesma coisa".
>
>
> Em Teoria da elatividade Geral, a 4-força é apresentada com um termo
> suplementar de variação da energia já que o 4-momento tem um termo
de
> energia
>
> P = ( E/c , p ) 4-momento
> f = dP/dt = ( (1/c)*dE/dt , F) 4-força
> Mas a variação de energia no tempo é Potência.
> ##########>>Não estou entendendo chondas. E vc deve saber disso,
posto
> minhas colocações primárias.
Não faz mal, esqueça.
> Então temos duas alternativas: Ou vc está
> querendo me sacanear (mais uma vez); ou não está sabendo explicar
pôrra
> nenhuma! (Também sei falar francês)<<##########
Ha uam terceira hipotese: não é nada disso.
Só tentei explicar que em relatividade existe uma relação entre 4-
força e Potencia. E que ai, Força é uma sinonimo de algo parecido com
energia. O que vem ao encontro da afirmação de que força é o mesmo
que energia. MAS tentei deixar claro que isso não é assim e que na
realidade Força nunca é Energia. (como se lê ali em cima é variação
de energia numa distancia)
> A Potencia é que é encarada como uma força, no sentido em que "uma
> força empurra num intervalo de espaço" então, a potencia "empura num
> intervalo de tempo"
>
> Potencia x tempo = Energia#########>>Pois é: Potencia é trabalho na
unidade
> de tempo. Se multiplicas Potencia por tempo, terás
trabalho<<############
Não. Terás Energia.
E a variação da energia, representará trabalho.
Não sei bem como é ai, mas aqui a energia electrica é cobrada em kW.h
(quilowatts-hora) , isto é uma medida de energia (potencia x tempo).
É portanto cobrada a energia que cada pessoa utiliza em sua casa.
Esse energia é convertida em Trabalho e Calor pelos aparelhos na casa.
(é por isso que é bom ter aparelhos eficientes e casas isoladas -
aqui é - para não desperdiçar a energia que estamos pagando)
> Força x Espaço = Energia ##########>> = Trabalho<<##########
>
> Trabalho , pode ser encarado, grosso modo, como a diferença entre
> energias: Energia1-Energia2=Trabalho
#########>>Aí seria igual a zero. Vc já
> me confundiu o bastante<<########
Energia1 e Energia2 são duas coisas diferentes.
São dois valores da energia em dois momentos diferentes, 1 e 2.
A sua diferença não é zero à priori.
>
> > | > Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na
física
> de Newton)
> > | é
> > | > igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de
> Einstein
> > | > Antonio Renato (AR).
>
> Joule é Joule. E diferença entre Joule e Joule é Joule tb.
> Se de Joule tiro Joule, com quantos Joules fico ?
> Não é interessante, é trivial :-)
> Vc fala como se a mecanica de Newton fosse assente em entidades
> diferentes da de Esintein.#########>>Tá bem que não seja. Desculpe
minhas
> limitações. Não tenho responsabilidade se me ensinaram que Einstein
colocou
> o tempo como quarta dimensão de espaço ao passo que, para Newton,
eram três
> as grandezas primárias: espaço, massa e tempo.
Supondo que isso é verdade, o que isso tem a haver com o assunto ?
E eu não estou atribuindo resposnabilidades nem julgando ninguem.
Agradeceria se tb não julgassem as minhas palavras.
> Mas estou disposto a
> aprender, desde que tenham alguma paciência e não me venha com um
montão de
> equações que, para mim, não fazem sentido algum. Como professor vc
está
> deixando a desejar<<############
Quem disse que eu queria ser professor, ou era profesor, ou sequer
estava tentando ser professor ?
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 16:36
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 3:55 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Um acesso rápido, senão imediato é a *Iluminação*... :)
Eu tava evitando usar essa palavra em respeito ao ambiente onde a gente se
encontra ;-) - mas, sim, é disso mesmo que eu tô falando.
>Passando por cima do conceito do Eu, Ego, a idéia de iluminar-se
seria o mesmo que deixar ruir todas as estruturas mentais e encontrar
a "essência" das coisas.
Nem mais nem menos.
>E um exercício prático disso é contemplar o
meio em que se vive até que tudo pareça sem sentido. É o viver
o "aqui/agora/já" em toda sua plenitude
É o que, em teoria literária, é chamado de "estranhamento". O crítico russo
Viktor Schklovsky, que foi quem primeiro propôs o conceito, tem uma
definição muito poética a respeito: "to make a stone feel stony". (Deixei em
inglês porque a tradução não soa tão bonita: "tornar uma pedra pétrea"). A
teoria do Schklovsky é que a linguagem quotidiana acaba impondo formas de
ver o mundo que acabam substituindo a própria realidade. O objetivo da arte
(diz ele), bem como da ciência e da filosofia (acrescentaria eu) é remover
essas percepções automatizadas, de modo a restituir a pureza das coisas.
>Como você viu até Nietche no que eu disse, conclui-se que eu não estava
brincando e você não sabia do que
eu estava falando...;)
Eu mencionei Nietzsche e os pós-modernos só porque eles também dão ênfase
nessa coisa de que a realidade que a gente percebe é construída. Só que eles
celebram isso, e eu não.
>Como o Douglas diria, "diga não à hermenêutica"... mas é
difícil.
Muito difícil, porque a interpretação não é uma etapa posterior que se
acrescenta à percepção, distorcendo-a. Ela já tá lá desde o começo, antes
mesmo da percepção, e é através de interpretações - boa parte das quais
aprendida - que a gente estrutura os dados dos sentidos. Por isso, se a
gente conseguisse "to make a stone feel stony", talvez ela não se parecesse
mais em nada com o nosso conceito de "pedra".
>As *coisas em si* são as coisas independentemente da forma como as vemos
ou percebemos. Numa visão mais transcendente é o que sobra quando tudo foi
tirado, todas as formas, todo sentido.
É, resumindo, é isso.
>O que é mais fácil: algo deixar de existir ou o Eu deixar de
interpretar?
Explica isso um pouco melhor, por favor.
>Ao deixarmos de intepretar, ou ao permitirmos que as coisas ruam
e percam o sentido que lhes damos.
É esse o meu ponto. Mas tem vários caminhos pra chegar até aí, e um deles é
o de exacerbar a interpretação até que ela entre em curto-circuito.
>Mesmo que os consideremos sem estrutura, eles ainda têm uma
orientação, dado que se distribuem de forma ordenada dentro das
partículas ( os "sabores e cores" ), isso SE considerarmos que eles
existem.
Ah, sim, mas nesse caso, não se trata da estrutura interna *dos quarks*, é a
estrutura das partículas de que os quarks são compostos.
>A que se deve tal orientação e como é que ela ocorre? Essa é uma boa
pergunta... não acha?
Acho. E a minha impressão é de que, se solucionarmos essa questão, vamos
chegar a algumas respostas bastante curiosas.
>Hum? Espero estar fazendo sentido e que você perceba onde eu quero chegar
com isso... :)
Não tenho certeza, mas tenho a impressão que sim.
>Então concordamos que alguém que não se entupa de conceitos está
mais próximo de uma verdade absoluta?
Definitivamente. Mas o meu ponto continua valendo, pelo menos pra mim: você
pode ir arrancando os conceitos, camada após camada, ou pode empurrar os
conceitos até ultrapassar a resistência deles e fazer com que toda a rede
conceitual se rompa.
>Ou o valor de -1...:)
Ou isso.
>Ótimo, somos dois! Note: costuma-se trucidar com os dentes
pessoas que pensam assim em uma lista cética... Espero que você
resista às investidas.
Já estava preparado pra elas quando entrei aqui. Lembra do que eu te disse
sobre testar a capacidade de argumentação? ;-)
>Maravilha! Bom conhecer você e eu estou testando terreno.
E como é que eu tô me saindo no teste? ;-)
> Eu também gosto de situações e assuntos assim.
Já notei pelas tuas outras mensagens.
>Quando eu sinto que o pensamento toma
conta de tudo é sinal que vale à pena insistir nele até sentir que
ele me preenche, deixando-o de lado logo a seguir. Até que num
momento qualquer a resposta aparece clara e precisa.
É mais ou menos o meu processo de pensamento, também.
>Basta a capacidade apurada de contemplar, sem buscar a lógica nem a razão
das coisas, aceitando-as como se
apresentam.
Ah, mas essa capacidade é a mais difícil de todas. Quando você olha pra uma
pedra, já existe toda uma malha de conceitos - a começar pelo conceito de
"pedra", mas incluindo também tudo o que você sabe, pensa que sabe,
acredita, imagina ou espera de uma pedra. Esses padrões de percepção são
inconscientes e se sobrepõem à própria coisa.
>Veja só que coisa: a cada novo paradigma, cada nova fronteira do
raciocínio humano que você estuda, você alimenta mais a ilusão das formas,
não?
Tem uma historinha no Talmud que sempre me pareceu bastante ilustrativa.
Quando Adão comeu o fruto da árvore do bem e do mal (isto é, da consciência
discriminativa), ela se transformou em uma enorme cerca em volta da árvore
da imortalidade. Pro Adão poder chegar à árvore da imortalidade, ele tem que
abrir caminho *através* da árvore do bem e do mal. É nesse ponto que
estamos. Os nossos conceitos formam uma cerca em volta da realidade, então,
pra recuperar a realidade, a gente tem que abrir caminho através dos
conceitos.
>Considerando-se o que eu disse parágrafos acima, ele pode ter
alcançado a *verdade* sem que saiba como. O Ego parece ser o filtro
maior e quando ele se estilhaça, o "véu de maya" é rompido e a
realidade se apresenta tal como for. Se há uma mente resistente por
trás do Ego, esta não sucumbe e diz-se que tal pessoa de Ego
estilhaçado é um *iluminado*. Quando a mente é frágil e sucumbe,
chamamos de louco.
Concordo em gênero, número e grau.
>Já discuti isso com o Douglas e ele disse que esse tipo de abordagem do Ego
como filtro é algo que nào se deve
levar em conta.
Mas eu acho que o ego *é* o filtro definitivo, a partir do qual todos os
outros são produzidos. Num certo sentido, esses filtros são um mecanismo de
defesa do ego, que vai criando eles pra não ter que encarar a própria
aniquilação (ou melhor, inexistência).
>Mas eu percebo que há alguma coisa de consistente em
atribuir-se a *sanidade mental* a um Ego resistente e forte capaz de
criar filtros e mais filtros para que a blindagem seja completa
Eu acho que não existe nada mais insano do que o que consideramos como
"sanidade mental". E lá vou eu de novo pras citações. Pascal dizia que o
homem é tão necessariamente louco que não compartilhar da loucura coletiva é
ser visto como louco pelos demais.
>Cabem aqui definições de Mente, Consciência, Ego só para ver se
estamos falando da mesma coisa.
Ueba, aqui a coisa fica definitivamente complicada. São palavrinhas tão
difíceis de definir quanto "razão". Eu tenho algumas definições meramente
operativas, com as quais eu trabalho. Mais tarde, com mais tempo, a gente
pode discutir melhor essas definições (as minhas e as tuas) pra ver se
estamos falando da mesma coisa. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 16:39
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Gallo
> >Vocês estão defendendo pontos de vista, não necessariamente
> teorias. Ele apela para o que pode ser aproveitável em termos
> práticos e você apela para o que há em termos de teorias.
>
> Sim, o problema é todo esse. Eu não tenho muito interesse em
questões
> práticas e ele não tem interesse nenhum em questões teóricas. Fica
um
> diálogo de surdos.
Vc parece saber muito do que eu acho e não acho.
Eu me interesso por questões teoricas tanto quanto por questões
práticas. A diferença é que para mim as questões teoricas sõ têm
sentido se estiverem relacionadas, mesmo que a longo prazo, com a
prática. O entendimento FISICO do mundo é um entendimento que vem da
EXPERIENICA e não simplesmente da imaginação ou da cogitação. Isso é
pura filosofia que não é fisica. Ou melhor, a fisica não pode ser só
filosofia, é preciso ter contuedo demosntrável, experimental,
reprodutivel.
A teoria que enveredar por simples e mera expeculações está ao nivel
da filosofia, ou da ficção , mas não é fisica.
Se vc me pergunta se vejo com bons olhos os fisicos teoricos de hoje
eu lhe direi que não, pq todos se ligam demasiado à matemática. Em
vez de explorar fisicamente os problemas e as ideias, ajudados pela
matemática , eles exploram a matemática para tentar
encontrar "fisica".
Se vc me pergunta se a fisica teoria é desnecessária, eu lhe direi
que não. Ela é necessária. Mas ela não é tudo, e ela não é o
principal. O principal é a Experiencia.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 17:22
----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Wednesday, October 23, 2002 10:59 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> On Tue, 22 Oct 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Neste caso estou com Schrödinger (vide duas citações acima) e não abro.
> > Para os que não sabem, Sancho Pança era um jumento personagem de um
> > livro de Cervantes e que morreu num capítulo mas, por lapso do autor,
> > ressurgiu vivo num capítulo seguinte. É isso o que um elétron faz num
> > salto quântico.
> Sancho não era um jumento. Aliás, Sancho é o personagem mais interessante
> da obra [que é um tanto extensa].
Neste caso sugiro que leia a ERRATA postada às 7:41 (vide
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/18217 ).
Pô, tá parecendo aquela história do menininho que diz: "Não é um aviãozinho,
pai, é um Phantom F-100". ;-))
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 17:48
At 11:24 23/10/02 -0300, you wrote:
>On Wed, 23 Oct 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Não obstante não podemos afirmar que os quarks "reconhecidamente
> > existem" como partículas de fato.
>
>Mas há uma outra evidência.
>
>A teoria dos quarks previu combinações de quarks que geravam partículas
>até então não observadas e que foram posteriormente. Não me lembro o nome
>delas.
Uma dessas partículas é a partícula ômega. Porém, não foi
exatamente a teoria dos quarks que a previu, mas apenas a "tabela
periódica" das partículas elementares, conhecida como "caminho óctuplo",
entre outros nomes. Um esquema análogo à tabela periódica de Mendeleiev.
Foi tentando explicar as regularidades dessa "tabela periódica" que se
formulou a teoria dos quarks - assim como a teoria atômica explica as
regularidades da tabela de Mendeleiev. Mas havia "defeitos" na
regularidade, espaços vazios, e, supondo que a regularidade realmente
subsistisse, Gell-Mann previu que a partícula ômega deveria existir, para
que a tabela ficasse completa. A previsão deu certo, e é análoga às
previsões de Mendeleiev sobre a existência de elementos químicos (mas
Mendeleiev não precisou da teoria atômica para isso).
Mas há experiências de espalhamento (colisões entre partículas)
muito energéticas que evidenciam características da constituição quarkiana
de prótons, nêutrons e outros bárions. Isso não demonstra nada, mas
corrobora bem. Mas na física nada se demonstra, tudo se corrobora.
Estão também querendo produzir plasma quark-glúon (situação onde
os quarks existem livremente - ao contrário do que se pensa, isso não é
impossível) nos aceleradores de partículas, como no Cern. Dizem que estão
próximos de conseguir (o Cern chegou a anunciar afoitamente que tinha
conseguido, acho que em 2000 ou 1999, mas era alarme falso).
Belisário
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 18:27
On 23 Oct 2002 at 0:52, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> É pena. Trata-se de uma bela palavra. Etimologicamente (do latim per, verto)
> significa tirar uma coisa de sua posição habitual e virá-la para outro
Lucio
As primeira tentativas de Freud e dos primeiros psicanalistas tinha que
ver com este significado. Quando diziam que o que existia na
sexualidade do homem que diziam "normal" era nada mais que uma
das "versões" da sexualidade. A análise permitia a "tradução" e o que
aparecia era, nas neuroses uma "versão" negativa da sexualidade que
diziam ser perversa.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 18:32
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
Duas coisas.
> > Pior ainda, algumas interpretações da física quântica sugere que
> > não pdemos afirmar que um elétron realmente esteja lá antes de o
> > observarmos.
O que a MQ afirma é que ela não se pode pronunciar sobre onde está o
electrão antes de medir a sua posição.
Isto não significa que o electrão seja um fantasma que pode estar em
qq parte e instatanemente se materializar na posição para onde estou
a olhar. Isso seria magia e fisica não é magia.
Toda esta questão vem da comparação da fisica classica que é
cinemática e determinista no sentido que sabendo onde esta a
particula agora, e o seu estado cinético, poderei saber onde está
depois.
A MQ não trabalha assim. Mesmo sabendo o estado agora, eu não sei o
estado depois. É esta 'incapacidade' de saber que difere da mecaninca
cinematica.
Por ouro lado, a MQ dá-nos algo que a fisica cinemática não pode dar.
Ela diz-nos todos os estados mecanicos possiveis ao sistema.
Eu posso não saber que estado o sistema vai ter daqui a meia hora,
mas quem se preocupa com isso se souber todos os estados que o
sistema alguma vez terá ?
A capacidade desta outra forma de encarar a fisica e os sistema
fisicos provou-se a si mesma com o modelo quantico do atomo.
Não só este modelo simples e completamente entendivel sem mais
nenhuma suposições ad doc, explica toda a tabela periodica e a
propria organização da tabela como mostra que a MQ é sem duvida uma
ferramenta que os fisicos não podem ignorar.
Não quer dizer, contudo, que seja o Santo Graal da Fisica.
> O princípio da incerteza é a constatação que não há medição
> abolutamente precisa devido à natureza do ato de medir: para se
fazer
> a medição de um sistema, o método de medição altera o sistema. Não
> pode ser corrigido pois não pode existir um método de medição que
não
> interaja com o sistema.
O principio de incerteza apenas significa que existe uma relação
entre as incertezas de certas quantidades conjugadas para um mesmo
sistema.
Ele não afirma que esta incerteza seja devida à medição e sim que é
devida a um vinculo fisico(?)-matemático(!) entre essas grandezas.
A incerteza de medição depende apenas dos instrumentos utilizados e
não da teoria (como é obvio já que eu posso mediar uma grandeza
fisica sem entender nada de fisica - os alfaiates e costureiras fazem
isso todos os dias, por exemplo)
Se tivermos bons intrumentos temos boas medidas e baixo ERRO se os
intrumentos forem maus temos elevado ERRO.
ERRO e INCERTEZA são coisas diferentes no contexto da MQ.
ERRO é uma inprecisão experimental, um desvio à média de uma
estatistica de medições elaboradas sobre o sistema.
Incerteza é uma imprecisão teorica, uma relação entre os valores
expectáveis para uma certa grandeza do sistema.
Estas entidades não são a mesma coisa.
A MQ não afirma, repito, não afirma, que é impossivel medir com
exactidão. O que ela afirma é que se tivermos exactidão de duas
medidas conjugadas, então apenas uma delas pode ser levada a sério
quanto a outra terá de ser desconsiderada. E quanto mais uma for
tomada como correcta, mais a outra tem que ser desconsiderada.
É importante entender que não ha magia nisto, nem nada de
inpercerpivel ou que escape, de alguma forma, ao raciocinio humano e
ao raciocinio fisico em particular.
Sérgio
P.S.
Mesquita- se estás a ler isto escusas de escrever a dizer que é magia
e etc, aquelas coisas que costumas escrever.
SUBJECT: A Fratrilha
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 18:53
"João amava Tereza que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Tereza para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
Que não tinha nada a ver com a história."
Quadrilha - Carlos Drummond de Andrade.
-----
Parafrase mal-feita de um poetastro amador:
Antonio Renato que se batia com Roberto Takata que se batia com
Manuel Bulcao,
Bulcao se batia com Sergio Taborda que se batia com Lucio Manfredi.
Alvaro Almeida se batia com Ligia Gallo que se batia com Daniela
Morais.
Fernando S K que se batia com Aniello Greco que se batia com Douglas
Gonçalves que se batia com Tarcisio Borges que se batia com Alberto
Mesquita que se batia com Takata que citava Che Guevara que não tinha
nada que ver com a história nem com o sildefanil ou o cloridrato de
apomorfina:
-- Hay que endurecerse sin perder la ternura jamas!
--------
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 19:05
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 22, 2002 6:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a
nós
Bonito isso: Intra-específica!<######
Manuel: Você achou mesmo? Quando a gente escreve com imenso e infinito amor,
é inevitável aparecerem essas expressões bonitas.
Pega qualquer livro, manual ou apostila de etologia (estudo do comportamento
animal) que você vai ver uma quantidade enorme dessa expressão linda.
Agressão intra-específica significa agressão entre indivíduos de uma mesma
espécie. Agressão intra-específica quer dizer agressão entre indivíduos de
espécies diferentes.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Científico ou especulação
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 19:26
Oi, dileto Takata
Muito obrigado pelas dicas.
Sou neófito em Internet.
Também me custa pesquisar na referida rede, já que estou na miséria e não
posso deixar que a conta do telefone vá para as alturas.
Mas só os sinais que enviou na msg já ajudam bastante. Mais ainda saber que
existe um consenso interessando aos sinais e siglas. Aliás, "SOB" tem algo a
haver com sol e praia, ou não? Esta aprendi na escola a despeito de não
entender o idioma alienígeno.
Mais uma vez, obrigado pela atenção.
Cordialmente, Antonio Renato.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> É bem verdade que no 'papo virtual' não gozamos da prerrogativa da
> gesticulação, da entonação emotiva, etc. Também necessário saber
> expressar-se através das palavras.
O papo real via rede de computadores pode ser pontuado por pequenas
sequencias de caracteres q. denotam a emocao/entonacao: os emoticons
ou smileys -- q. dizem, completou ha' pouco 20 anos desde sua criacao.
http://www.linux.trix.net/news2/006432.html
http://www.cnn.com.br/2002/tec/09/19/sorrisointernet/index.html
http://www2.uol.com.br/info/aberto/infonews/092002/16092002-14.shl
http://www.emotioneric.com/
http://www.smileydictionary.com/
Mas convem nao abusar porq. nem todos os tipos de emoticons tEm uma
significacao consensual ou de amplo conhecimento. Os basicos
sorriso :-) piscada ;-) descontentamento :-( sao de mais largo uso
em todas as linguas.
Algumas marcacoes foram propostas: maisculas para VOZ ALTA,
asteriscos para *negrito* e barras para /italico/ -- mas tbm nao e'
totalmente consensual.
Algumas expressoes tbm sao por vezes utilizadas, *suspiro*,
*decepcao*, *irritacao*, etc... ou entre asteriscos ou entre alguma
outra marcacao -- parentetica ou clavicular. Por vezes sao sigladas
em ingles BTW - by the way (a proposito, mudando de assunto) - LOL -
laughing out loud (rindo muito, gargalhando) - SOB (suspiro ou fdp) --
o q. cria alguns problemas de comunicacao.
Considerando-se q. a internet ainda apresenta uma taxa de crescimento
muito alta -- quase de 10% ao ano em muitos lugares -- a qtdade de
neofitos pode tornar tais convencoes menos operacionais do q. seria
desejavel em muitas comunicacoes.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Fratrilha
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 19:46
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 7:53 PM
Subject: [ciencialist] A Fratrilha
>Bulcao se batia com Sergio Taborda que se batia com Lucio Manfredi.
:-D
SUBJECT: Elétrons visíveis
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 20:05
Estamos chegando lá!
[]s
José Renato
_______________________
Terra / Ciência
Quarta, 23 de outubro de 2002, 19h34
Físicos conseguem ver elétrons em nuvem de átomo
< http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,5153,OI63089-EI238,00.html >
Um grupo de físicos do Instituto de Fotônica da Universidade Técnica de Viena conseguiu pela primeira vez observar diretamente um elétron na nuvem do átomo, através de uma sofisticada tecnologia. A descoberta, dirigida por Ferenc Krausz, terá uma série de aplicações práticas, na medida em que permite um maior conhecimento do mundo atômico e molecular.
A tecnologia impressionou o mundo da ciência no ano passado, quando registrou um novo recorde na emissão de pulsos de raios X ultracurtos, com os quais penetrou no interior do átomo e observou os elétrons. A revista britânica Nature publica agora, em sua nova edição, os primeiros resultados práticos dessas observações.
Produzidos mediante impulsos de raio, esses raios de duração de 650 attosegundos -frações de 21 zeros-, os cientistas desentranham fenômenos no "micromundo" dos átomos e moléculas. O procedimento é comparável ao de uma câmera de alta velocidade que "congela" o movimento, por exemplo, de um projétil, e quanto mais curto é o raio, maior é a resolução com a qual os físicos "vêem" novos aspectos da vida interior do átomo.
Os físicos conseguiram fazer um elétron sair de um campo nuclear e medir assim o chamado "buraco", o período de tempo que passa até que ele é substituído por um elétron de uma órbita exterior do átomo, explicou Krausz. Para isso enviaram, pouco depois do primeiro pulso de raios X, um segundo raio de luz visível, um pouco mais longo, com o qual captaram imagens momentâneas do fenômeno.
A duração do "buraco" era a questão que mais interessava os físicos, não só para a pesquisa básica, mas porque é considerada essencial para poder desenvolver o chamado "raio de raios X". Os cientistas utilizaram para o experimento átomos do gás nobre criptônio e a duração do primeiro pulso de raios X foi menor que um "femtossegundo" (equivalente a mil attosegundos). Eles explicaram que a proporção de um femtossegundo em relação a um segundo é aproximadamente comparável à de cinco minutos em relação à idade do Universo.
Agência EFE
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: A Fratrilha
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 20:06
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Parafrase mal-feita de um poetastro amador:
>
> Antonio Renato que se batia com Roberto Takata que se batia com
> Manuel Bulcao,
> Bulcao se batia com Sergio Taborda que se batia com Lucio Manfredi.
> Alvaro Almeida se batia com Ligia Gallo que se batia com Daniela
> Morais.
> Fernando S K que se batia com Aniello Greco que se batia com
Douglas
> Gonçalves que se batia com Tarcisio Borges que se batia com Alberto
> Mesquita que se batia com Takata que citava Che Guevara que não
tinha
> nada que ver com a história nem com o sildefanil ou o cloridrato de
> apomorfina:
> -- Hay que endurecerse sin perder la ternura jamas!
>
> --------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!
CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!
CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!
Não é som de "porradas", são aplausos mesmo, ahahahahah!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 20:16
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 4:46 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>A sua explicação pode ser mais "elementar" ;-) mas quero crer que a
essência
seja a mesma.
Eu não tenho tanta certeza disso, mas anda-se discutindo por tanta coisa
aqui que não vale a pena acrescentar mais essa... ;-)
>De qualquer forma, ainda acho que este seria o que chamei "um
sentido forte" para a expressão estrutura.
Bem, é a definição técnica de estrutura, que vale tanto para as ciências
quanto para o estruturalismo.
>Ou seja, mentalmente podemos considerá-lo como constituído por partes de
natureza semelhante.
Hmmm... É diferente do sentido em que uma partícula fundamental seria
indivisível. Um fluxo d'água pode ser dividido em dois ou mais fluxos, eu
posso mergulhar um copo nela e extrair um copo d'água, etc.
>Ou então de que a matéria em repouso é constituída por partículas
elementares dotadas de muita energia, digamos, sob a forma rotacional (não
obrigatoriamente, mas também). Por exemplo, quando aceleramos um elétron os
físicos modernos dizem que a massa deste elétron incorpora parte da energia,
e eu digo que essa parte de energia é captada sob a forma de energia
rotacional (giro). Quando esse elétron choca-se com um calorímetro
observamos que essa energia é devolvida ao meio ambiente. Dirão os físicos
modernos que "a massa do elétron transforma-se em energia" quando ele é
brecado e eu digo que ao ser brecado boa "parte de sua energia rotacional é
devolvida" ao calorímetro.
Pelo critério da navalha de Ockham, acho a hipótese ortodoxa mais simples.
Não quer dizer que seja verdadeira - a navalha de Ockham em si, como o
Aniello lembrou, não é um critério científico. Mas acho que só se deve
trocar uma hipótese mais simples por uma mais complexa se a mais simples não
der conta do recado e, até onde eu sei, a equivalência matéria/energia vem
se saindo razoavelmente bem.
>"Matemática é linguagem mas não é a única
linguagem científica. Os grandes cientistas são aqueles que conhecem a
matemática mas, acima de tudo, sabem se expressar sem a utilização de
equações.
Não quero entrar no mérito da questão porque matemática não é a minha praia.
Mas a minha impressão de leigo é que, embora seja indubitavelmente só uma
linguagem, ela é adotada em ciência devido às descrições precisas e
rigorosas que permite e, nesse caso, pelo menos no que se refere aos
propósitos da ciência, tem uma vantagem sobre as linguagens ditas naturais.
É claro que isso não torna a matemática uma linguagem intrinsecamente
superior às outras - pra um poeta, por exemplo, ela seria quase inútil. Mas,
no que se refere às ciências, a descrição matemática é mais útil do que uma
descrição não-matemática, mesmo que o ponto de partida da teoria tenha sido
uma idéia de natureza não-matemática.
>Pois eu diria exatamente o contrário. O dia em que conseguirmos visualizar
um quark "em pensamento", de tal forma que a imagem em si faça sentido
físico, aí sim a matemática evoluirá e muito.
Isso manteria a ciência estritamente dentro da esfera das representações
intuitivas. Como essa esfera é limitada, também limitaria o alcance da
ciência. Pelo contrário, acho que a grande conquista da física do século XX
foi esse salto para além do meramente intuitivo, a percepção da natureza
paradoxal da realidade. É o nosso pensamento que deve se adequar ao que não
é visualizável, e não o contrário.
>Os grandes desenvolvimentos da matemática surgiram da observação e
interpretação da natureza, e raramente o contrário.
Nas origens da matemática, talvez você tenha razão. Mas de lá pra cá, muita
água rolou por baixo da ponte e a matemática está cheia de entidades - como
os números negativos ou os transfinitos - que não têm correspondente
intuitivo algum na natureza.
>Eu costumo dizer que nem tudo o que é óbvio é certo, mas tudo o que é certo
tem um lado óbvio.
Tendo a acreditar exatamente no contrário - que as respostas mais úteis do
ponto de vista heurístico são justamente as que contrariam o que todos
consideram óbvio e, de novo, o exemplo mais imediato é o do Sol girando em
torno da Terra.
>A física moderna não tem lado óbvio algum, é matemática
pura misturada com uma fortíssima dose de ficção científica.
Beeeem, eu não tenho problema nenhum com a ficção científica, muito pelo
contrário. Afinal, trata-se do meu métier... ;-)
>Os físicos modernos não vão meramente contra o senso comum mas sim contra a
razão.
Também não costumo me importar muito com a razão. Ela é uma deusa ciumenta e
eu costumo desconfiar de todos os deuses que vêm com aquele papo de "não
terás outros deuses além de mim". Até porque, apesar de todo mundo encher a
boca pra falar dela, como eu disse numa outra mensagem, a palavra não tem um
sentido unívoco e você não vai encontrar duas pessoas que concordem sobre o
que é ou não racional.
>A física havia caído num atoleiro (catástrofe do ultravioleta e outros
bichos) e alguma
coisa deveria ser feita. No entanto, ela persiste nesse mesmo atoleiro e a
única coisa que os físicos "modernos" de hoje têm feito é pisar no
acelerador. Isso não é apenas falta de bom senso, é burrice mesmo.
Olha, pode ser devido à minha condição de leigo, mas eu não vejo nenhum
atoleiro na mecânica quântica, muito pelo contrário. Ela tem questões em
aberto e problemas não-resolvidos, mas boa parte da tecnologia
contemporânea - dos transístores, hoje quase tão antigos quanto as válvulas,
à computação quântica e à nanotecnologia, que são as áreas de ponta da
pesquisa tecnológica - se baseia direta ou indiretamente nas teorias da
mecânica quântica.
>A ambigüidade a que me refiro relaciona-se ao dualismo onda-partícula.
Quando digo "corpúsculo newtoniano" o leitor sabe que estou referindo-me a
uma partícula. Quando um físico moderno fala fóton ele não sabe sobre o que
está falando, a menos do princípio da complementaridade de Bohr. Realmente a
luz tem um comportamento dual corpúsculo-campo (e não onda), e descrevo isso
em "O que são ondas eletromagnéticas?" (vide
http://ecientificocultural.com/Usenet/dialogos04.htm ), mas o corpúsculo é
corpúsculo, nada mais do que corpúsculo.
Mas quando os físicos empregam o termo fóton, salvo engano, é sempre com
referencia ao aspecto corpuscular (ou melhor, quantizado) da luz.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Celular
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 20:21
Em Ter 22 Out 2002 09:23, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., Carol Sturari <carolsturari@u...> escreveu
>
> > > Recebi um e-mail alertando para o uso de aparelhos celulares
>
> durante o abastecimento de veículos (trecho abaixo). Devo realmente
> desligar meu telefone quando estiver no posto??
>
> > > [ ]'s
> > > Carol
Meio atrasado, mas vai lá:
http://www.quatrocantos.com/lendas/74_celular_gasolina.htm
Inté+
Mauro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 20:34
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 22, 2002 6:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a
nós
Manuel: "No caso dos macacos africanos e dos babuínos, há certos machos que
se sentam sempre de costas voltadas para o campo, mantendo-se de guarda e
exibindo o intensamente colorido pênis e os testículos, por vezes do mesmo
colorido intenso. Se um estranho ao grupo se aproxima demasiado, os guardas
têm mesmo uma ereção; as chamadas `cópulas de fúria' também têm lugar".
(Irenäus Eibl-Eibesfeldt; A Biologia da Paz e da Guerra; p. 108)
######>No caso do Homem, adrenalina prepara para a luta. É liberada no
cérebro a partir do estímulo visual/olfativo do babuíno, suponho,
seguindo-se feed back de adrenalina (reação córtico-visceral - a adrenalina
no cérebro, via estímulo neural, atinge a córtex supra renal produzindo
adrenalina). Então induz glicogenólise (aumentando a glicose utilizável no
sangue - glicemia), broncodilatação (aumentando a aeração, já que a
utilização da glicose está na dependência da presença de oxigênio),
midríase, vasiconstrição periférica (diminuindo hemorragia em caso de
lesões), piloereção (os pelos arrepiam dando a impressão de tamanho
aumentado ao animal), taquicardia, aumento na tensão arterial, aumento na
atividade cerebral (taquipsiquismo), e contração dos canais deferentes e
vesículas seminais (Mais outras reações, lógico). A adrenalina é uma
substância simpaticomimética, ou seja, mimetisa o sistema nervoso simpático,
responsável pela ejaculação. A ereção é resultado da atividade
parassimpática, que antagoniza ao simpático. Os babuínos ejaculam ou têm
ereção?
Manuel: E as cópulas de fúria que os babuínos realizam? É a adrenalina? E a
exibição do pênis ereto com a intenção de intimidar? Veja o caso dos
macacos-esquilos:"O macaco exibicionista faz-se ouvir, afasta uma das pernas
e aponta o pênis erecto diretamente à cabeça ou ao peito do outro animal. A
exibição é feita com o maior dramatismo quando um novo macho é trazido para
uma colônia de macacos já formada (...) Numa questão de segundos todos os
machos exibem os seus dotes ao macaco recém-chegado e, se o novo macho não
ficar quieto, de cabeça baixa, será viciosamente atacado."(Paul D. Maclean,
1973).
######>Concebendo libido como foi colocada no início da msg, abrangente a
emoções
######>É isso aí. Libido foi conceituada inicialmente como sede das emoções,
não somente das pulsões sexuais.
Manuel: <<"Libido" é um termo empregado na teoria dos instintos para
descrever a manifestação dinâmica da sexualidade. Já fora utilizado nesse
sentido por Moll (1898) e foi introduzido na psicanálise pelo presente
autor.>> (S. Freud; Dois Verbetes da Enciclopédia; b)Teoria da Libido;
IMAGO).
A agressividade entre os machos na disputa pelas fêmeas (e, no caso de
algumas espécies, agressividade entre as fêmeas na disputa pelo garanhão) é
uma preliminar sexual e, como tal, ativada pela testosterona. Já ouviu falar
dos prazeres da conquista? Essa agressividade prazerosa pode ser sublimada
nas atividades esportivas e outras formas de competição.
O fato de que, entre algumas espécies, os rituais agonísticos de defesa do
território serem iguais ou semelhantes aos rituais sexuais, isso denota que,
na espécie em questão, a agressão agonístico-territorialista é derivada da
agressão sexual, isto é, também tem um caráter libidinoso. É porque a
evolução é uma engenhoqueira que, por uma questão de economia, apenas
remodela caracteres fenotípicos pré-existentes para que realize outras
funções.
Nem todas as relações gregárias entre os indivíduos estão assentadas na
libido. P. ex., a relação de cuidado do genitor para com a sua progênie não
está. Mas naquelas espécies de primatas em que os machos cooperam para a
caça e para a defesa do território, isto é, em que há comunidade de machos,
é a libido homossexual que torna o grupo (de machos) coeso. No caso dos
homens, libido homossexual sublimada. A etologia colheu muitos dados que
indicam que as relações sexuais homossexuais são comuns entre alguns
primatas. Entre os chimpanzés, metade de suas cópulas diárias são com
indivíduos do mesmo sexo.
Em tempo: Freud não considerava a bissexualidade como uma "perverção", um
"desvio" ou uma "tara", mas uma predisposição natural da espécie.
#######>No meu tempo se adotava a linguagem alienígena (REM - Rapid Eyes
Movements). Ainda bem que mudou.
Manuel: Não mudou. Como eu estava apenas compilando textos, achei por bem
manter a expressão utilizada pelo autor, no caso o Carl Sagan (Os Dragões do
Éden).
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: ERRATA
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 20:37
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 23, 2002 8:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a
nós
> espécie. Agressão intra-específica quer dizer agressão entre indivíduos de
> espécies diferentes.
Manuel: corrigindo: "Agressão INTER-específica quer dizer agressão entre
indivíduos de espécies diferentes."
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: superpopulação e seleção de grupo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 20:44
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 22, 2002 7:27 PM
Subject: [ciencialist] Re: superpopulação e seleção de grupo
Alguns textos sobre o tema:
http://www.biology.ucsc.edu/~barrylab/classes/animal_behavior/LEVELS.H
TM
http://endeavor.med.nyu.edu/~stone01/altruism.html
Manuel: Acho que o meu provedor tá com problema. Ou o meu Outlook Express.
Toda vez que clico em cima de um endereço, depois de meeeeeia hora aparece
aquela mensagem idiota "A página que você procura não está disponível no
momento..."
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: superpopulação e seleção de grupo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 20:59
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Toda vez que clico em cima de um endereço, depois de meeeeeia hora
> aparece aquela mensagem idiota "A página que você procura não está
> disponível no momento..."
Erro meu, onde se lê 'stone' leia-se 'strone':
http://endeavor.med.nyu.edu/~strone01/altruism.html
O outro endereço esta' correto, mas o programa quebra a linha:
http://www.biology.ucsc.edu/~barrylab/classes/animal_behavior/LEVELS.H
TM
a página e' >>LEVELS.HTM<<
Peço desculpas pelo transtorno. So' nao digo pra mandar a fatura do
impulso q. pagou a mais porq. ofizbói nao ganha nada.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Os mais belos experimentos da física
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 21:00
Os mais belos experimentos da física
Lista de revista britânica contempla ensaios clássicos, de concepção
simples e elegante
Conheça os dez experimentos mais votados:
(1) experimento da dupla fenda de Young, realizado com elétrons;
(2) experimento da queda de corpos realizado por Galileu;
(3) experimento da gota de óleo, realizado por Millikan;
(4) decomposição da luz solar com um prisma, realizada por Newton;
(5) experimento de interferência da luz, realizado por Young;
(6) experimento com a balança de torção, realizado por Cavendish;
(7) medida da circunferência da terra, realizada por Eratóstenes;
(8) experimentos sobre o movimento de corpos num plano inclinado,
realizados por Galileu;
(9) espalhamento de Rutherford;
(10) pêndulo de Foucault.
Veja o restante do texto em
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chdia/n720.htm
Mais infos em
http://physicsweb.org/article/world/15/9/2/1
http://www.if.ufrgs.br/historia/top10.html
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 21:25
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 10:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>Quero crer que não tenha restado nada mais a comentar, pois você parece ter
conseguido fechar todos os questionamentos. Não concordo com quase nada do
que você diz a partir da navalha de Ockham, mas respeito o seu
posicionamento. De qualquer forma, foi um prazer dialogar contigo.
Salve, Mesquita! O prazer foi todo meu. Também notei que seria difícil
chegarmos a um consenso, porque a gente parte de premissas diametralmente
opostas. Mas, de qualquer forma, é bom - e raro - ver alguém que não
confunde discordância com ignorância. ;-) Espero que você tenha sucesso no
seu caminho intelectual, qualquer que seja ele.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 21:56
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 11:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Eu costumava ficar "encantada" com a idéia de simplesmente não
entender o Português quando era criança. Ficava um tempo pensando
num modo de deixar de achar um sentido para as palavras
principalmente ditas, como se fosse outra língua. Então eu as
repetia até perderem o sentido...
Oi, Ligia! Eu preciso confessar que faço isso até hoje... ;-) Às vezes, eu
fico olhando pra uma palavra e tento abstrair o sentido dela, até a palavra
se transformar em um bloco de construção desprovido de significado. É uma
sensação curiosa, dá uma medida da fragilidade, da arbitrariedade onde se
apóia a nossa principal ferramenta pra dar sentido ao mundo. Mostra como
esse sentido é precário. Você sabia que existem alguns tipos de afasia em
que o sujeito perde a capacidade de reconhecer as palavras? Algumas vezes é
com a palavra escrita, ele olha para as letras e só vê uma algaravia sem
sentido, como se tivesse desaprendido a ler. Outras, é com a palavra falada,
o sujeito escuta o que as pessoas falam, ele mesmo consegue falar
fluentemente, mas não entende nada do que lhe dizem. E tem um tipo ainda
mais raro de afasia, que é o que me parece mais interessante, no qual a
perda da capacidade de reconhecer as palavras faz com que o sujeito seja
incapaz de representar os objetos. É como se um objeto fosse um conjunto de
traços que aprendemos a estruturar em torno de um significante. Quando esse
significante deixa de fazer sentido, o objeto se esboroa de novo em um
conjunto de traços que não formam uma unidade.
>Penso que seja através desses desligamentos voluntários que alguma coisa no
sentido de dar mostras
da *verdade* subjacente acabe acontecendo um dia.
Bueno, existem várias técnicas de meditação que partem desse princípio: a
repetição constante de uma palavra ou a contemplação fixa de um objeto até
que eles percam o significado. Mas tem também uma escola de yoga, a chamada
jnana-yoga, que segue um caminho bem próximo ao que eu falei sobre o
raciocínio: em vez de colocar o pensamento lógico de lado, ela trabalha *a
partir dele*, vai desmontando o pensamento conceitual por dentro. No
budismo, o Nagarjuna propõe uma coisa semelhante. Na verdade, qualquer
caminho vale, desde que você siga ele até o fim. Afinal, todos levam a Roma
mesmo... ;-)
>Já tentei deixar de reconhecer objetos também, desde pequena, deixar de
saber
prá que eles serviam.
Eu também continuo fazendo isso...
>Minha família me achava esquisita... :)
A minha me acha até hoje. ;-)
>Pelo jeito, o mais difícil é o Eu deixar de interpretar... você,
no caso :)
É que, na minha opinião, se você consegue desligar totalmente a
interpretação, o mundo (e o eu), pelo menos no sentido que habitualmente lhe
damos, deixa de existir. Por isso que eu não entendi a alternativa, pra mim
ambas as coisas são idênticas.
>Ou tentar entender como o cérebro funciona e "desligar" a
chavinha do entendimento das coisas e consequentemente da forma como
as interpretamos.
É outro caminho que me atrai bastante. Se as interpretações que
internalizamos através da socialização e da aprendizagem estão codificadas
no cérebro, então é possível, pelo menos teoricamente, interferir com essa
codificação e modificar a maneira como a realidade é apreendida.
>Eu lancei uma idéia *besta* aqui na lista que ninguém se aventurou sequer a
responder:
Eu li, mas foi logo nos meus primeiros dias na lista e, seguindo as regras
da netiqueta, eu ainda estava em modo lurker, até me inteirar mais ou menos
de quem é quem por aqui.
>Fico imaginando então como seria se a escolha tivesse sido
diferente... ;) Na realidade seria a mesma coisa e eu estaria
imaginando o mesmo caso enxergasse na faixa do ultravioleta e ouvisse
infra-sons...
Sim e não. Qualquer possibilidade de perceber a realidade, quando é encarada
como única, tende a ser confundida com a realidade propriamente dita. Mas
você sempre pode perceber que ela é só uma dentre as muitas maneiras
possíveis, e tentar experimentar mudá-la, interferir com o sinal de entrada
ou com a codificação, enfim, brincar de apertar os botões pra ver o que
acontece.
>Isso pode ser perigoso. Mais fácil controlar uma reação calculada do que
uma erupção...
Hmmm... Você conhece a distinção que os antigos alquimistas faziam entre a
via seca e a via úmida? A via úmida é um processo longo, laborioso, que às
vezes leva uma vida inteira, mas é bem mais seguro. Já a via seca é rápida,
imediata, mas tremendamente perigosa - são inúmeros os casos de alquimistas
que, enquanto faziam experiências com a via seca, conseguiram explodir o
laboratório, às vezes com resultados fatais. Foi numa dessas brincadeiras,
aliás, que um deles inventou a pólvora. Pois bem, eu sempre achei a via seca
muito mais atraente. Tenho um temperamento do tipo "vai ou racha". Não gosto
de ir avançando devagarinho, medindo passo a passo. O meu negócio é abaixar
a cabeça e arremeter. Vai ver, é por causa da minha natureza ariana. ;-)
>Maravilhosamente bem. Confesso ter sido difícil achar alguém que
entendesse as coisas dessa forma até mesmo em listas místicas. Estou
encantada, já disse :)
Eu tenho esse problema, também (não o de estar encantado - o das listas). Em
geral, eu sou considerado racionalista demais pelos místicos e místico
demais pelos racionalistas. Fazer o quê? Como já dizia o bom e véio Jeová,
eu sou o que sou... ;-)
>É nesse ponto que eu me apego prá acatar a idéia da diferença
básica entre um louco e um iluminado...
O James Hillman, que é um psicólogo pós-junguiano, criador da psicologia
arquetípica, tem um livrinho pequeno mas profundamente esclarecedor sobre a
paranóia, no qual ele defende que os delírios dos loucos e as experiências
místicas no fundo são a mesma coisa. A diferença é que o místico sabe que
essas experiências são simbólicas, enquanto o louco se apega a elas ao pé da
letra. É aquela história do dedo e da Lua: um entende que tem que olhar pra
Lua, enquanto o outro morde o dedo... ;-) O meu exemplo favorito é de um
escritor de ficção científica norte-americano, o Philip K. Dick (que, por
sinal, é o meu autor preferido). Em março de 1974, ele teve uma série de
experiências místicas que têm paralelos notáveis com as dos antigos
gnósticos. Mas as experiencias foram um pouco demais pro cérebro do coitado
e ele acabou pirando, achava que estava recebendo mensagens de um satélite
alienígena em volta da Terra e, no final, acabou afirmando que esse satélite
tinha sido construído por ninguém menos que Deus... :-(
>Ou, em outras palavras, a mediocridade é unida :) Ao sair da
média alguém invariavelmente é tachado de louco, ou quando muito
querido "gênio"... quase nunca "iluminado".
É o espírito do rebanho: melhor errar todo mundo junto do que acertar
sozinho...
Bjs.
L.
PS. Relendo a mensagem, vi que nela não se fala praticamente nada sobre
ciência. Tenho a impressão de que, a continuar por aí, daqui a pouco vão
começar as reclamações... ;-)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 21:59
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
Sent: Wednesday, October 23, 2002 8:16 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
Olá Lucio
Quero crer que não tenha restado nada mais a comentar, pois você parece ter
conseguido fechar todos os questionamentos. Não concordo com quase nada do
que você diz a partir da navalha de Ockham, mas respeito o seu
posicionamento. De qualquer forma, foi um prazer dialogar contigo.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Fratrilha
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 22:02
Correção: Alvaro DE Almeida!
Você se esqueceu do Celso Galli, que se batia com todos...
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 23 de Outubro de 2002 21:06
Assunto: [ciencialist] Re: A Fratrilha
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Parafrase mal-feita de um poetastro amador:
>
> Antonio Renato que se batia com Roberto Takata que se batia com
> Manuel Bulcao,
> Bulcao se batia com Sergio Taborda que se batia com Lucio Manfredi.
> Alvaro Almeida se batia com Ligia Gallo que se batia com Daniela
> Morais.
> Fernando S K que se batia com Aniello Greco que se batia com
Douglas
> Gonçalves que se batia com Tarcisio Borges que se batia com Alberto
> Mesquita que se batia com Takata que citava Che Guevara que não
tinha
> nada que ver com a história nem com o sildefanil ou o cloridrato de
> apomorfina:
> -- Hay que endurecerse sin perder la ternura jamas!
>
> --------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!
CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!
CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!
Não é som de "porradas", são aplausos mesmo, ahahahahah!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 22:06
Olá!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >E um exercício prático disso é contemplar o
> meio em que se vive até que tudo pareça sem sentido. É o viver
> o "aqui/agora/já" em toda sua plenitude
>
> É o que, em teoria literária, é chamado de "estranhamento". O
crítico russo
> Viktor Schklovsky, que foi quem primeiro propôs o conceito, tem uma
> definição muito poética a respeito: "to make a stone feel stony".
(Deixei em
> inglês porque a tradução não soa tão bonita: "tornar uma pedra
pétrea"). A
> teoria do Schklovsky é que a linguagem quotidiana acaba impondo
formas de
> ver o mundo que acabam substituindo a própria realidade. O objetivo
da arte
> (diz ele), bem como da ciência e da filosofia (acrescentaria eu) é
remover
> essas percepções automatizadas, de modo a restituir a pureza das
coisas.
L: Eu costumava ficar "encantada" com a idéia de simplesmente não
entender o Português quando era criança. Ficava um tempo pensando
num modo de deixar de achar um sentido para as palavras
principalmente ditas, como se fosse outra língua. Então eu as
repetia até perderem o sentido... Ou olhava para as costas das mãos,
e pensava que elas estavam ali para fazer algum serviço por mim...
eu gosto da sensação de "estranhamento" (é bem esse o termo) que se
sucede a tais investidas. Penso que seja através desses
desligamentos voluntários que alguma coisa no sentido de dar mostras
da *verdade* subjacente acabe acontecendo um dia.
> Muito difícil, porque a interpretação não é uma etapa posterior que
se
> acrescenta à percepção, distorcendo-a. Ela já tá lá desde o começo,
antes
> mesmo da percepção, e é através de interpretações - boa parte das
quais
> aprendida - que a gente estrutura os dados dos sentidos. Por isso,
se a
> gente conseguisse "to make a stone feel stony", talvez ela não se
parecesse
> mais em nada com o nosso conceito de "pedra".
L: Eu ainda fico "encantada" quando percebo um rosto conhecido na
multidão. É uma sensação esquisita, é como se o reconhecimento
evocasse a história daquela pessoa na minha vida. O chato é que não
se consiga apagar certas histórias. Pelo menos eu não consigo... e
mesmo gente que eu quero esquecer ainda é reconhecível. Já tentei
deixar de reconhecer objetos também, desde pequena, deixar de saber
prá que eles serviam. Minha família me achava esquisita... :)
> >O que é mais fácil: algo deixar de existir ou o Eu deixar de
> interpretar?
>
> Explica isso um pouco melhor, por favor.
L: Pelo jeito, o mais difícil é o Eu deixar de interpretar... você,
no caso :)
> > Ao deixarmos de intepretar, ou ao permitirmos que as coisas ruam
> > e percam o sentido que lhes damos.
> É esse o meu ponto. Mas tem vários caminhos pra chegar até aí, e um
> deles é o de exacerbar a interpretação até que ela entre em curto-
> circuito.
L: Ou tentar entender como o cérebro funciona e "desligar" a
chavinha do entendimento das coisas e consequentemente da forma como
as interpretamos. Eu lancei uma idéia *besta* aqui na lista que
ninguém se aventurou sequer a responder:
"> (...) E o que
> eu acho ainda mais interessante é o fato de apoiarmos toda nossa
> confiança de que existe um jeito "certo" de observar a realidade
> apenas a partir do equilíbrio da dosagem de substâncias químicas
(DA PRÓPRIA QUÍMICA CEREBRAL) circulando no cérebro... Essa sem
dúvida é
> a parte mais interessante. Veja que tais substâncias ( AS
SUBSTÂNCIAS SEGREGADAS PELO NOSSO PRÓPRIO SISTEMA) são compostos
> moleculares, os neurônios são células modificadas para receber
> estímulos e responderem aos sinais químicos. E, ao que tudo indica,
> no correr do processo evolutivo algumas substâncias ( QUE NÓS
MESMOS PRODUZIMOS) mostraram-se
> mais "eficazes" para a percepção do "apenas necessário" para nossa
> sobrevivência em detrimento de outras que poderiam tornar-nos
> confusos e incapazes de operarmos de maneira eficaz no mundo..."
Fico imaginando então como seria se a escolha tivesse sido
diferente... ;) Na realidade seria a mesma coisa e eu estaria
imaginando o mesmo caso enxergasse na faixa do ultravioleta e ouvisse
infra-sons...
> >A que se deve tal orientação e como é que ela ocorre? Essa é uma
> > boa pergunta... não acha?
>
> Acho. E a minha impressão é de que, se solucionarmos essa questão,
vamos
> chegar a algumas respostas bastante curiosas.
L: Também acho isso. :)
> >Então concordamos que alguém que não se entupa de conceitos está
> mais próximo de uma verdade absoluta?
>
> Definitivamente. Mas o meu ponto continua valendo, pelo menos pra
mim: você
> pode ir arrancando os conceitos, camada após camada, ou pode
empurrar os
> conceitos até ultrapassar a resistência deles e fazer com que toda
a rede
> conceitual se rompa.
L: Isso pode ser perigoso. Mais fácil controlar uma reação
calculada do que uma erupção...
> E como é que eu tô me saindo no teste? ;-)
L: Maravilhosamente bem. Confesso ter sido difícil achar alguém que
entendesse as coisas dessa forma até mesmo em listas místicas. Estou
encantada, já disse :)
> Mas eu acho que o ego *é* o filtro definitivo, a partir do qual
todos os
> outros são produzidos. Num certo sentido, esses filtros são um
mecanismo de
> defesa do ego, que vai criando eles pra não ter que encarar a
própria
> aniquilação (ou melhor, inexistência).
L: É nesse ponto que eu me apego prá acatar a idéia da diferença
básica entre um louco e um iluminado...
> Eu acho que não existe nada mais insano do que o que consideramos
> como "sanidade mental". E lá vou eu de novo pras citações. Pascal
> dizia que o homem é tão necessariamente louco que não compartilhar
> da loucura coletiva é ser visto como louco pelos demais.
L: Ou, em outras palavras, a mediocridade é unida :) Ao sair da
média alguém invariavelmente é tachado de louco, ou quando muito
querido "gênio"... quase nunca "iluminado".
> >Cabem aqui definições de Mente, Consciência, Ego só para ver se
> estamos falando da mesma coisa.
>
> Ueba, aqui a coisa fica definitivamente complicada. São palavrinhas
tão
> difíceis de definir quanto "razão". Eu tenho algumas definições
meramente
> operativas, com as quais eu trabalho. Mais tarde, com mais tempo, a
gente
> pode discutir melhor essas definições (as minhas e as tuas) pra ver
se
> estamos falando da mesma coisa. ;-)
L: Mais adiante então... ;)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Fratrilha
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 22:24
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 23, 2002 7:53 PM
Subject: [ciencialist] A Fratrilha
-- Hay que endurecerse sin perder la ternura jamas!
Manuel: Esse negócio de endurecer com ternura, só faço isso com a minha
mulher, e só três vezes por semana.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 22:49
Seguindo...
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Acho que é impossível saber se existem coisas que escapam à razão
antes de
> sabermos o que é a razão. Portanto, pergunto: o que é a razão?
Adianto que
> não existe uma resposta unívoca pra essa pergunta. "Razão" é uma
> palavra-ônibus que, desde os tempos dos pré-socráticos até os dias
de hoje,
> tem recebido as mais diversas definições, muitas delas
incompatíveis e
> contraditórias entre si. A razão de Platão não é a razão de
Aristóteles que,
> por sua vez, é diferente da razão de Descartes, que é diferente da
razão de
> Galileu, que não é a razão dos iluministas franceses, a qual tem
muito pouca
> coisa em comum com a razão de Kant, pra não falar da razão de
Hegel, que não
> é a mesma razão de Nietzsche que, por seu turno, é diversa da razão
de
> Heidegger, que é o contrário da razão científico-tecnológica. E
isso porque
> estamos apenas no campo filosófico. Se passarmos às maneiras como
as pessoas
> usam o termo "razão" no seu dia-a-dia, veremos que a flutuação de
sentido se
> torna ainda mais desvairada. Logo, se não conseguimos nem sequer
definir *o
> que é* a razão, como podemos saber se existem ou não coisas que
estão além
> dela? Quando você diz que x ou y está além da razão, de qual razão
você está
> falando? A pergunta, portanto, não faz muito sentido em termos
absolutos e
> suas respostas vão depender do conceito de razão ao qual você se
reporta.
>
> Abs.
> L.
FSK> Então, seguindo nessa linha, não haveria como ter concordado com
a proposição feita anteriormente (msg 18097) qdo o termo "razão" foi
citado... Ou então há um conceito de "razão" assumido. De qquer
maneira, não acho que "razão" seja algo tão genérico a ponto de ser
uma "palavra-ônibus que, desde os tempos dos pré-socráticos até os
dias de hoje, tem recebido as mais diversas definições, muitas delas
incompatíveis e contraditórias entre si.". Creio que "razão" (numa
descrição que não é originalmente minha) pode ser descrita como algo
que sirva de instância de apelação não apenas contra opiniões
emitidas ou hábitos localizados, mas também em relação à nossa
perspectiva pessoal. Quem quer que apele ou cite "razão" tem por
intenção descobrir uma fonte de autoridade que não seja meramente
pessoal, mas que apresente o maior grau de universalidade possível,
ou talvez a própria universalidade - e que possa persuadir alguém
disposto a ouví-lo. Não se trata de verdades absolutas ou essencias,
mas da manutenção da busca pela verdade. "Razão", no contexto dessas
mensagens aqui, não está referindo alguma epsitemologia em
particular, mas à aspiração de todas em conjunto. E o ponto que eu
ataco, ao afirmar ser paradoxal a afirmação feita inicialmente, é
exatamente a perspectiva subjetivista (pelos motivos que eu mencionei
antes), tão subjetivista quanto a contextação que você faz aqui sobre
o conceito de "razão" que está sendo empregado.
E veja só. Se não for possível "definir o conceito de *razão*", seu
questionamento deveria ser anterior: se não conseguimos sequer
definir "razão", a frase "coisas que escapam à *razão*" deveriam ser
totalmente sem nexo. Mas acho que não é esse o sentido empregado, e
sim que você está reservando espaço para inclusão de um "para mim",
ou "na minha opinião", relativisando o conceito à perpectiva (ou
*razão*) do observador.
Note que ao julgar "relativo" algum argumento ou ponto de vista, a
autoridade de quem julga não pode ser ela própria
considerada "relativa" ou "subjetiva". "Tudo é subjetivo" é uma
afirmação inconsistente, pois se fosse verdadeira, seria falsa, pois
não poderia reivindicar qualquer objetividade, incluindo a sua
própria de julgar. Toda tentativa séria de identificar o que
é "subjetivo" ou "relativo" recai no plano do objetivo e do
universal. Em algum momento, necessariamente, apela-se à autoridade
da razão, e quando houver divergências, argumentos conflitantes devem
ser contrastados, num esforço em atingir um consenso ou, mais
especificamente, a verdade, ou aquilo que mais corresponda aos fatos.
Friso apenas que não me refiro à alguma verdade *final* nos moldes
cartesianos, mas sim, como eu disse antes, à manutenção do
questinamento, da aceitação de argumentos e a tentativa de rejeitá-
los.
Com isso, reforço o que eu havia dito em outra mensagem sobre
o "relativismo" ou o "subjetivismo" como artifícios intelectualmente
duvidosos que tencionam manter a salvo do questinamento e da
investigação, cunhando credibilidade a quase qualquer afirmação,
tese/teoria ou mesmo ponto de vista.
abraços,
Fernando S.K.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 22:51
----- Original Message -----
From: Fernando S K
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 11:49 PM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>Creio que "razão" (numa descrição que não é originalmente minha) pode ser
descrita como algo
que sirva de instância de apelação não apenas contra opiniões emitidas ou
hábitos localizados, mas também em relação à nossa perspectiva pessoal.
Note que você não *descreveu* a razão. Você disse para o que ela serviria e,
mesmo assim, através de uma metáfora jurídica (instância de apelação).
Quanto ao que a razão *é*, você a definiu apenas como "algo", mas não disse
em que esse "algo" consiste.
>Quem quer que apele ou cite "razão" tem por intenção descobrir uma fonte de
autoridade que não seja meramente
pessoal, mas que apresente o maior grau de universalidade possível, ou
talvez a própria universalidade - e que possa persuadir alguém disposto a
ouví-lo.
Não discuto. Mas entre ter a intenção de descobrir e descobrir realmente vai
uma enorme distância.
>Não se trata de verdades absolutas ou essencias, mas da manutenção da busca
pela verdade.
A idéia de que a busca pela verdade seja uma procura racional não tem nada
de universal - é uma idéia que surgiu em um contexto histórico determinado,
a Europa do sec. XVIII, e está ligada a um sentido da palavra razão
igualmente particular. Costuma-se atribui-la erroneamente aos gregos, mas o
logos grego não tem nada em comum com o que os racionalistas costumam
entender por razão. Tanto que Platão considerava o logos como a causa de
experiências do tipo místico, o que seria inadmissível pra um racionalista
de hoje. Por outro lado, Platão teria enormes dificuldades em reconhecer o
vínculo que pra nós parece tão natural entre razão e experimentalismo
científico que, do ponto de vista grego clássico, seria um aviltamento do
logos. E se você percorrer todas as outras culturas e sociedades, orientais
e ocidentais (entendendo-se por ocidentais a África e os povos da América
pré-colombiana), não vai encontrar nada nem remotamente parecido ao conceito
de razão. Mais ainda, mesmo na Europa do sec. XVIII, o racionalismo não
estava estendido a todas as classes, mas apenas à intelectualidade ligada à
burguesia ascendente e, em menor grau, à nobreza decadente. Como é que se
pode pretender que um conceito que surgiu dentro de uma classe específica no
interior de uma sociedade determinada em uma época claramente definida
"apresente o maior grau de universalidade possível, ou talvez a própria
universalidade"? Isso é etnocentrismo em sua forma mais pura. A abordagem
racional, supondo que se possa definir claramente em que ela consiste, é
apenas uma dentre várias formas possíveis de se abordar o mundo. Tem um
âmbito de aplicação específico e funciona muito bem dentro desse âmbito, mas
não pode ser considerada uma fonte de autoridade absoluta, muito menos apta
a julgar as outras formas de abordagem.
>"Razão", no contexto dessas mensagens aqui, não está referindo alguma
epsitemologia em
particular, mas à aspiração de todas em conjunto.
A aspiração de todas em conjunto? Tá bem, vejamos. A aspiração platônica era
de libertar o espírito de seu apego ilusório ao mundo dos sentidos e
elevá-lo até a contemplação de Deus, o Supremo Bem. A aristotélica era
classificar todos os fenômenos dentro de categorias claramente determinadas.
A aspiração de Galileu era a de encontrar uma estrutura matemática no mundo.
A cartesiana era chegar às verdades elementares, que fossem reconhecíveis
por si mesmas como verdadeiras. A aspiração dos iluministas era compreender
cientificamente o mundo material. A de Hegel era fazer o Espírito Universal
atingir a plena consciência de si mesmo enquanto Espírito. A aspiração
científica é fazer previsões que possam ser verificadas experimentalmente. A
de Heidegger era abandonar o espírito tacanho da ciência e fazer as pessoas
redescobrirem a intuição poética do Ser oculta sob os entes. Veja que estou
citando só as epistemologias mais representativas de atitudes que continuam
sendo defendidas até hoje, mesmo por pessoas que nunca ouviram falar de
Hegel ou Platão e que talvez achem que "iluminismo" é o que faz o
eletricista. Existem dezenas, senão centenas de outras menos cotadas no
mercado. Todas elas, sem exceção, apelam pra razão como justificativa de
suas aspirações. Agora, me diga com sinceridade: você consegue encontrar
algum elemento comum entre todas essas aspirações, pra poder se referir a
"todas em conjunto"?
>E veja só. Se não for possível "definir o conceito de *razão*", seu
questionamento deveria ser anterior: se não conseguimos sequer
definir "razão", a frase "coisas que escapam à *razão*" deveriam ser
totalmente sem nexo.
Se ela for considerada abstratamente, como se houvesse uma razão universal,
ela *é* sem nexo. Mas a frase tem sentido quando referida a alguma acepção
particular: "x escapa à razão científica", "y não cabe no conceito
aristotélico de razão", "o conceito kantiano de razão não consegue dar conta
de z". Normalmente, quando alguém se refere nos dias de hoje a alguma coisa
que escapa ao alcance da razão, está se referindo implícita ou
explicitamente à razão científica. E nem é preciso apelar pra mística ou
pros médiuns pra encontrar um exemplo. A razão científica não consegue dar
conta dos qualia. Pode-se descrever minuciosamente a freqüência
eletromagnética da luz vermelha, pode-se rastrear por tomografia cerebral o
percurso que o estímulo provocado pela luz vermelha segue no interior do
cérebro, mas não se consegue dizer como o cérebro transforma *essa*
freqüência e esse estímulo na *sensação* de vermelho.
>Mas acho que não é esse o sentido empregado, e sim que você está reservando
espaço para inclusão de um "para mim",
ou "na minha opinião", relativisando o conceito à perpectiva (ou *razão*) do
observador.
O que uma pessoa, dotada de um determinado conceito de razão, considera como
o cúmulo da irracionalidade pode ser perfeitamente aceitável como racional
por uma outra pessoa, com um conceito diferente de razão. Não há como fugir
disso, a não ser que você diga que um determinado conceito é *a* verdadeira
razão, e que todas as outras são falsas. Nesse caso, o ônus da prova cabe a
você, que vai ter que demonstrar porque a sua razão é verdadeira e as outras
são falsas.
>Note que ao julgar "relativo" algum argumento ou ponto de vista, a
autoridade de quem julga não pode ser ela própria
considerada "relativa" ou "subjetiva".
Não se trata de um juízo de valor, é meramente uma constatação empírica.
Tudo o que você precisa fazer é colocar lado a lado as diferentes definições
de "razão" pra ver que a palavra não está sendo aplicada no mesmo sentido
por elas.
>"Tudo é subjetivo" é uma afirmação inconsistente, pois se fosse verdadeira,
seria falsa, pois não poderia reivindicar qualquer objetividade, incluindo a
sua própria de julgar.
Mas ela inclui. Tanto inclui que a afirmação de que "tudo é subjetivo" não é
universalmente aceita. Existem pessoas que acham que tudo é subjetivo e
pessoas que acham que algumas coisas são objetivas. Logo, a opinião de que
tudo é subjetivo é igualmente subjetiva, e eu não vejo inconsistência
nenhuma nisso.
>Com isso, reforço o que eu havia dito em outra mensagem sobre
o "relativismo" ou o "subjetivismo" como artifícios intelectualmente
duvidosos que tencionam manter a salvo do questinamento e da
investigação, cunhando credibilidade a quase qualquer afirmação,
tese/teoria ou mesmo ponto de vista.
Essa afirmação normalmente provém de quem nunca estudou o relativismo de
perto e foge dele como o diabo foge da cruz. O pensamento relativista é tão
rigoroso quanto o dogmático. Ao contrário do que pensam seus críticos,
nenhuma teoria relativista defende o vale-tudo subjetivo. Cada cultura, cada
sociedade e, dentro destas, cada subcultura, cada grupo social e até mesmo
cada indivíduo tem seus próprios critérios de validação que, dentro de seus
respectivos contextos, têm um valor operatório indiscutível. A essência do
relativismo (o relativismo in a nutshell) é que nenhum desses critérios de
validação pode ser abstraído de seu contexto específico e universalizado
como se fosse a verdade absoluta. Mas no interior de seus respectivos
contextos, eles são verdadeiros.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 22:52
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
>
> FSK> Não vi contraponto entre essa afirmação e o que foi dito
> antes... Mas concordo com a objetividade inerente ao método
> científico no aspecto específico da aceitação/rejeição de hipóteses.
>
> A aceitação/rejeição de hipóteses não é necessariamente objetiva.
Einstein
> rejeitava a teoria quântica (que ele mesmo ajudou a iniciar) com
base em
> seus pressupostos culturais e individuais, por mais que as
evidências
> experimentais apoiassem a teoria quântica e contestassem esses
pressupostos.
> A aceitação dos buracos negros foi lenta e problemática porque isso
ia
> contra os preconceitos psicológicos e filosóficos dos cientistas. E
por aí
> vai. Tanto que Thomas Kuhn chegou a afirmar, não inteiramente de
> brincadeira, que um paradigma só muda quando os defensores do velho
> paradigma morrem.
>
> Abs.
> L.
FSK> A aceitação de hipóteses não é necessariamente objetiva ou não é
necessariamente imediata? Pelo que foi dito aqui, concordo que ela
não é imediata...
[]s,
Fernando S.K.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 22:53
----- Original Message -----
From: Fernando S K
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 23, 2002 11:52 PM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
> A aceitação de hipóteses não é necessariamente objetiva ou não é
necessariamente imediata? Pelo que foi dito aqui, concordo que ela
não é imediata...
Não é nem necessariamente imediata, nem necessariamente objetiva. O que
impediu Einstein de aceitar a mecânica quântica e fez com que a maior parte
dos físicos demorasse pra admitir a possibilidade dos buracos negros foram
seus preconceitos e pressupostos pessoais, que são subjetivos por definição.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Fratrilha
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2002 23:32
Lígia vc é o máximo!
Beijos
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 23, 2002 9:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: A Fratrilha
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Parafrase mal-feita de um poetastro amador:
>
> Antonio Renato que se batia com Roberto Takata que se batia com
> Manuel Bulcao,
> Bulcao se batia com Sergio Taborda que se batia com Lucio Manfredi.
> Alvaro Almeida se batia com Ligia Gallo que se batia com Daniela
> Morais.
> Fernando S K que se batia com Aniello Greco que se batia com
Douglas
> Gonçalves que se batia com Tarcisio Borges que se batia com Alberto
> Mesquita que se batia com Takata que citava Che Guevara que não
tinha
> nada que ver com a história nem com o sildefanil ou o cloridrato de
> apomorfina:
> -- Hay que endurecerse sin perder la ternura jamas!
>
> --------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!CLAP! CLAP! CLAP!
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Não é som de "porradas", são aplausos mesmo, ahahahahah!
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia e Força
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 23:46
Oi Sérgio
Creio que o mal entendido, segundo explicação do Aniello, é que estávamos
falado de 'energias diferentes'. Eu pensara em energia radiante e vc
referia-se a energia cinética (Potencial e manifesta). Seja como for, não
tenho conhecimento suficiente para discutir este assunto com vc. Observamos
lugares diferentes: Eu olho para dentro do Homem, vc para fora do planeta.
Fica difícil.
Quanto a 'velocidade da eletricidade', não sei, mas provavelmente dependa da
d.d.p., como vc coloca. Quanto as caracteristicas do vácuo... Sei lá...
Estas pensando em campos eletromagnéticos neste vácuo? Prá mim, vácuo é
vácuo e o fato de ser vácuo já o caracteriza.
Bem, é melhor eu ir dormir para não acontecer de ter um péssimo dia amanhã,
como foi o dia em que lhe enviei a msg comentada aqui. Aproveito a
oportunidade para redimir-me de atitudes grosseiras que possivelmente
manifestei: Não havia dormido bem e estava com muitas coisas pendentes em
minha vida particular.
Com consideração e estima me subscrevo.
Antonio Renato.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> A força é medida em Newton e a energia em Joule.
> O Joule é Newton x Metro.
#######>>Não entendi porque colocou estas unidades:
> Não tem nada a haver... As unidades variam de acordo com o sistema
que é
> utilizado: C.G.S.; M.T.S.; M.K.S.; e M.Kgf.S.(Mais ou menos isso)
<<#########
Portugual e o Brasil assinaram o acordo do sistema internacional.
Portanto, não faz sentido referir outras unidades dado o contexto em
que esta lista se insere. Embora elas existam, é certo.
> Portanto não podem ser a mesma coisa.
########>>Acho que vc está querendo me
> sacanear mais uma vez,
Eu não quero sacanear ninguém.
> como foi o caso da "velocidade da eletricidade". E,
> em se falando nisso, nem vc e nem outro sábio da lista me respondeu
qual a
> velocidade da eletricidade em uma descarga no vácuo, em uma ampola
de Crooks
> por exemplo. Esta é uma dúvida que tenho, já que um professor
dissera que
> tal velocidade seria equivalente a velocidade das energias
> (radiantes)<<##########
Se bem me lembro (e não me lembro assim tão bem) , eu lhe disse que
essa velocidade dependeria da diferença de potencial electrico e das
propriedades do meio, no caso o vácuo.
> A Força pode ser causada pela variação da energia num certo caminho
> Por exemplo a energia potencial V provoca uma força F tal que
>
> F = dV/dr
>
> Mas "pode ser causada" não é sinonimo de "se tornam a mesma coisa".
>
>
> Em Teoria da elatividade Geral, a 4-força é apresentada com um termo
> suplementar de variação da energia já que o 4-momento tem um termo
de
> energia
>
> P = ( E/c , p ) 4-momento
> f = dP/dt = ( (1/c)*dE/dt , F) 4-força
> Mas a variação de energia no tempo é Potência.
> ##########>>Não estou entendendo chondas. E vc deve saber disso,
posto
> minhas colocações primárias.
Não faz mal, esqueça.
> Então temos duas alternativas: Ou vc está
> querendo me sacanear (mais uma vez); ou não está sabendo explicar
pôrra
> nenhuma! (Também sei falar francês)<<##########
Ha uam terceira hipotese: não é nada disso.
Só tentei explicar que em relatividade existe uma relação entre 4-
força e Potencia. E que ai, Força é uma sinonimo de algo parecido com
energia. O que vem ao encontro da afirmação de que força é o mesmo
que energia. MAS tentei deixar claro que isso não é assim e que na
realidade Força nunca é Energia. (como se lê ali em cima é variação
de energia numa distancia)
> A Potencia é que é encarada como uma força, no sentido em que "uma
> força empurra num intervalo de espaço" então, a potencia "empura num
> intervalo de tempo"
>
> Potencia x tempo = Energia#########>>Pois é: Potencia é trabalho na
unidade
> de tempo. Se multiplicas Potencia por tempo, terás
trabalho<<############
Não. Terás Energia.
E a variação da energia, representará trabalho.
Não sei bem como é ai, mas aqui a energia electrica é cobrada em kW.h
(quilowatts-hora) , isto é uma medida de energia (potencia x tempo).
É portanto cobrada a energia que cada pessoa utiliza em sua casa.
Esse energia é convertida em Trabalho e Calor pelos aparelhos na casa.
(é por isso que é bom ter aparelhos eficientes e casas isoladas -
aqui é - para não desperdiçar a energia que estamos pagando)
> Força x Espaço = Energia ##########>> = Trabalho<<##########
>
> Trabalho , pode ser encarado, grosso modo, como a diferença entre
> energias: Energia1-Energia2=Trabalho
#########>>Aí seria igual a zero. Vc já
> me confundiu o bastante<<########
Energia1 e Energia2 são duas coisas diferentes.
São dois valores da energia em dois momentos diferentes, 1 e 2.
A sua diferença não é zero à priori.
>
> > | > Interessante observar que a dimensional de trabalho (Na
física
> de Newton)
> > | é
> > | > igual a dimensional de energia, considerando-se a fórmula de
> Einstein
> > | > Antonio Renato (AR).
>
> Joule é Joule. E diferença entre Joule e Joule é Joule tb.
> Se de Joule tiro Joule, com quantos Joules fico ?
> Não é interessante, é trivial :-)
> Vc fala como se a mecanica de Newton fosse assente em entidades
> diferentes da de Esintein.#########>>Tá bem que não seja. Desculpe
minhas
> limitações. Não tenho responsabilidade se me ensinaram que Einstein
colocou
> o tempo como quarta dimensão de espaço ao passo que, para Newton,
eram três
> as grandezas primárias: espaço, massa e tempo.
Supondo que isso é verdade, o que isso tem a haver com o assunto ?
E eu não estou atribuindo resposnabilidades nem julgando ninguem.
Agradeceria se tb não julgassem as minhas palavras.
> Mas estou disposto a
> aprender, desde que tenham alguma paciência e não me venha com um
montão de
> equações que, para mim, não fazem sentido algum. Como professor vc
está
> deixando a desejar<<############
Quem disse que eu queria ser professor, ou era profesor, ou sequer
estava tentando ser professor ?
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Uso de linguas estrangeiras na lista
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 23:47
Oi Edson
Concordo com o que coloca em sua msg.
Apenas quiz 'ranzizar' um pouco, talvez encontrassem alguma solução para um
problema que aflige a poucos na lista, talvez somente a mim.
Não custa lambuzar o sêlo: Se colar, colou. Afinal era meu anseio entender,
mas não domino o ingrês.
Não vou tornar ao assunto. Que me desculpem ter tomado-lhes o tempo, não era
importante.
Abraços, Antonio Renato.
= MSG original =
Meus amigos,
Numa lista de discussão de assuntos científicos, querer que a única língua
empregada seja o Português parece-me um tanto irrealista.
(Em se tratando de Ciências, o Inglês não é uma língua estrangeira, é a
língua universal de nossa época, assim como o foi o Francês e, mais
remotamente, o Latim.)
Seguida a regra do uso exclusivo do Português, a opção para divulgar textos
estrangeiros seria traduzí-los antes, o que é contraproducente e levaria à
extinção desse tipo de texto na lista, configurando uma perda de qualidade
da informação a que teríamos acesso.
Deixemos nossos colegas que dominam outros idiomas nos apresentarem suas
descobertas em qualquer língua que queiram. Sempre podemos solicitar que
alguém traduza um texto que nos tenha despertado a atenção, o que já vi
acontecer aqui, pelo menos uma vez.
Um abraço,
Vizzoni
SUBJECT: Re: Re: Dúvida
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 23:48
Oi, Antônio. Não estou sabendo de nada, mas acho que foi coincidência,
mesmo, são Nassifs diferentes. Uma coincidência extraordinária!
Eu conheço a Renata e o Luiz, já
estive na casa deles. A lista está realmente com muito baixo
movimento, mas acho que nada tem a ver com a saúde da Renata.
Curioso ela não ter-lhe respondido sua mensagem.
De qualquer maneira, vou enviar-lhe um e-mail.
Um abraço,
Belisário
P.S. - Ah: ainda não sou "professor" - larguei a Física e virei
jornalista antes disso - pode me chamar só de Belisário,
mesmo, que está bom... :)
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Oi Prof. Belisário (Prof. porque foi vc que me explicou, da maneira mais
límpida a idéia do Big Bang. E, se ensinou, é professor. Prá mim é)
Creio que a msg que enviei 'caiu' na lista. Digo isso porque o Takata
respondeu o que se segue (Aproveito a oportunidade para agradecer a
atenção).
"
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> jornalista, Renata Nassif, que internara-se para uma lipoaspiração
> em uma clínica aqui, no Rio, sofrera um acidente.
A outra e' Nacif. Casada com Eduardo Nacif.
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/set/02/321.htm
[]s,
Roberto Takata"
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
> ---------- Mensagem original -----------
>
> De : antonio.psique@ligbr.com.br
> Para : ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Cc : rbdiniz@terra.com.br
> Data : Wed, 23 Oct 2002 12:38:24 GMT
> Assunto : Dúvida
>
>
>
> Oi Prof. Belisário
>
> Desculpe-me a 'invasão' de seu e-
mail mas esta msg talvez não seja do
> interesse da lista. Por outro lado, como muitos aqui também pertence
m ao
> 'j.científico', posto na 'ciencialist' também.
>
A moderadora do 'j.científico' é a jornalista Renata Pagliarru
ssi Nassif.
> Seu marido, Luiz Nassif (Segundo suas assinaturas na referida lista)
. Pelo
> que eu 'imaginava' seriam pessoas residentes no Estado de São Paulo.
>
Há algum tempo passado ouvi no rádio a respeito de uma jornali
sta, Renata
> Nassif, que internara-
se para uma lipoaspiração em uma clínica aqui, no Rio,
> sofrera um acidente.
>
Curioso por um lado e solícito por outro, já que resido no Rio
, postei
> inquirindo no 'j.científico': Não recebi resposta.
>
Já na noite daquele mesmo dia assisti na TV uma matéria a resp
eito. Então
> foi dito o nome da jornalista: Renata Siqueira Nassif. E de seu mari
do:
> Eduardo Nassif.
> Fôra apenas uma coincidência...
>
Mas agora, depois deste tempo, percebo que o 'movimento' no 'j
.científico'
> caiu muito. E retomo minha curiosidade: Seriam Renata e Luiz os mesm
os quem
> Renata e Eduardo?
> Enviei dois e-
mails, para o endereço da Renata, que foram ignorados.
> Então, caro Prof, tem alguma relação?
>
> Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2002 23:51
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Oi, Ligia! Eu preciso confessar que faço isso até hoje... ;-) Às
vezes, eu
> fico olhando pra uma palavra e tento abstrair o sentido dela, até a
palavra
> se transformar em um bloco de construção desprovido de significado.
É uma
> sensação curiosa, dá uma medida da fragilidade, da arbitrariedade
onde se
> apóia a nossa principal ferramenta pra dar sentido ao mundo. Mostra
como
> esse sentido é precário.
L: Ahahahahah... tá bom! Também faço isso até hoje mas fiquei com
vergonha de dizer antes ;) Uma vez eu escrevi um texto inteiro de
palavras sem sentido algum em conjunto mas o texto fazia sentido prá
mim. Vou ver se ainda está nos arquivos...
> Você sabia que existem alguns tipos de afasia em
> que o sujeito perde a capacidade de reconhecer as palavras? Algumas
vezes é
> com a palavra escrita, ele olha para as letras e só vê uma
algaravia sem
> sentido, como se tivesse desaprendido a ler. Outras, é com a
palavra falada,
> o sujeito escuta o que as pessoas falam, ele mesmo consegue falar
> fluentemente, mas não entende nada do que lhe dizem. E tem um tipo
ainda
> mais raro de afasia, que é o que me parece mais interessante, no
qual a
> perda da capacidade de reconhecer as palavras faz com que o sujeito
seja
> incapaz de representar os objetos. É como se um objeto fosse um
conjunto de
> traços que aprendemos a estruturar em torno de um significante.
Quando esse
> significante deixa de fazer sentido, o objeto se esboroa de novo em
um
> conjunto de traços que não formam uma unidade.
L: Há sujeitos ainda que perdem a capacidade de reconhecer rostos,
formas, cores sem contudo serem sujeitos *iluminados*... pelo jeito
o *iluminar-se* deve ser um ato consciente.
> Na verdade, qualquer
> caminho vale, desde que você siga ele até o fim. Afinal, todos
levam a Roma
> mesmo... ;-)
L: Tanto é assim que há pessoas que não sabem de quase nada, no
sentido de cultura mas são sábias a ponto de alcançarem um nível de
entendimento acima do convencional. O que vale é a observação e a
constância.
> >Pelo jeito, o mais difícil é o Eu deixar de interpretar... você,
> no caso :)
>
> É que, na minha opinião, se você consegue desligar totalmente a
> interpretação, o mundo (e o eu), pelo menos no sentido que
habitualmente lhe
> damos, deixa de existir. Por isso que eu não entendi a alternativa,
pra mim
> ambas as coisas são idênticas.
L: Mas isso só a nível pessoal...
> >Fico imaginando então como seria se a escolha tivesse sido
> diferente... ;) Na realidade seria a mesma coisa e eu estaria
> imaginando o mesmo caso enxergasse na faixa do ultravioleta e
ouvisse
> infra-sons...
>
> Sim e não. Qualquer possibilidade de perceber a realidade, quando é
encarada
> como única, tende a ser confundida com a realidade propriamente
dita. Mas
> você sempre pode perceber que ela é só uma dentre as muitas maneiras
> possíveis, e tentar experimentar mudá-la, interferir com o sinal de
entrada
> ou com a codificação, enfim, brincar de apertar os botões pra ver o
que
> acontece.
L: E sempre parece haver um algo "além"... entendo.
> >Isso pode ser perigoso. Mais fácil controlar uma reação calculada
do que
> uma erupção...
>
> Hmmm... Você conhece a distinção que os antigos alquimistas faziam
entre a
> via seca e a via úmida?
L: Sim...
> Pois bem, eu sempre achei a via seca
> muito mais atraente. Tenho um temperamento do tipo "vai ou racha".
Não gosto
> de ir avançando devagarinho, medindo passo a passo. O meu negócio é
abaixar
> a cabeça e arremeter. Vai ver, é por causa da minha natureza
ariana. ;-)
L: Só falta ser do terceiro decanato também, ahahahahah... Eu sou
de 17/04/66
> Eu tenho esse problema, também (não o de estar encantado...
L: :/
Em
> geral, eu sou considerado racionalista demais pelos místicos e
místico
> demais pelos racionalistas. Fazer o quê? Como já dizia o bom e véio
Jeová,
> eu sou o que sou... ;-)
L: Mesmo problema...
> O meu exemplo favorito é de um
> escritor de ficção científica norte-americano, o Philip K. Dick
(que, por
> sinal, é o meu autor preferido). Em março de 1974, ele teve uma
série de
> experiências místicas que têm paralelos notáveis com as dos antigos
> gnósticos. Mas as experiencias foram um pouco demais pro cérebro do
coitado
> e ele acabou pirando, achava que estava recebendo mensagens de um
satélite
> alienígena em volta da Terra e, no final, acabou afirmando que esse
satélite
> tinha sido construído por ninguém menos que Deus... :-(
L: Sem os filtros a mente fica vulnerável mesmo. Daí o perigo da
*via-seca*: nunca se sabe o resultado final.
> PS. Relendo a mensagem, vi que nela não se fala praticamente nada
sobre
> ciência. Tenho a impressão de que, a continuar por aí, daqui a
pouco vão
> começar as reclamações... ;-)
L: Pára ou continua? Se o que os outros vão achar estiver
incomodando você, por mim tudo bem em parar.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 00:06
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 12:51 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Ahahahahah... tá bom! Também faço isso até hoje mas fiquei com
vergonha de dizer antes ;) Uma vez eu escrevi um texto inteiro de
palavras sem sentido algum em conjunto mas o texto fazia sentido prá
mim. Vou ver se ainda está nos arquivos...
Era um texto dadaísta? ;-)
>Há sujeitos ainda que perdem a capacidade de reconhecer rostos,
formas, cores sem contudo serem sujeitos *iluminados*... pelo jeito
o *iluminar-se* deve ser um ato consciente.
O problema é que, nesses casos patológicos, o distúrbio é causado por
conflitos psicológicos ou traumas físicos. É a diferença entre nadar num rio
e se afogar nele. Ou entre apagar a luz pra poder dormir e acabar a
eletricidade no meio de um trabalho.
>Tanto é assim que há pessoas que não sabem de quase nada, no
sentido de cultura mas são sábias a ponto de alcançarem um nível de
entendimento acima do convencional. O que vale é a observação e a
constância.
Ah, sim. Um dos erros da nossa sociedade é confundir cultura com sabedoria.
Um erudito capaz de citar de cor todos os autores e discorrer sobre qualquer
assunto pode, ainda assim, ser uma besta de quatro costados, dessas que se
cair, não levanta mais. E um analfabeto de pai e mãe às vezes têm uma
sabedoria de vida que vale por todas as bibliotecas do mundo. Mas é claro
que não basta inverter os termos da equação, porque outras vezes o erudito
também é um sábio no sentido mais amplo do termo e nada impede que o inculto
seja mesmo uma besta... ;-)
>Mas isso só a nível pessoal...
Senão seria o apocalipse... ;-)
>E sempre parece haver um algo "além"... entendo.
Pelo menos, até que você consiga chegar (se é que se consegue) em um nível
onde não exista mais nada além. O grau zero da realidade.
>Sim...
Imaginei que conhecesse. ;-)
>Só falta ser do terceiro decanato também, ahahahahah... Eu sou
de 17/04/66
29/03/70. Se não me falha a memória, é o último dia do primeiro decanato.
Mas não faço a menor idéia do que isso quer dizer... ;-)
> :/
Eu não disse que não estava encantado. Só disse que não era um problema. ;-)
>Mesmo problema...
Mas não há de ser nada. A gente sobrevive. ;-)
>Sem os filtros a mente fica vulnerável mesmo. Daí o perigo da
*via-seca*: nunca se sabe o resultado final.
Eu gosto disso. Prefiro o jogador que põe todas as suas fichas num único
número do que o apostador prudente que vai colocando um pouco em cada lugar.
Mesmo que ele perca tudo e saia nu com a mão no bolso.
>Pára ou continua? Se o que os outros vão achar estiver
incomodando você, por mim tudo bem em parar.
Por mim, continua. Na pior das hipóteses, os mais radicais param de ler as
nossas mensagens. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] S. Rosenzweig - repressão - p/Marco Aurélio
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 00:33
On 23 Oct 2002 at 14:06, Manuel Bulcão wrote:
> Sobre as experiências do psicólogo Saul Rosenzweig que provam
>a validade da teoria do recalcamento, elas foram divulgadas no
>British Journal of Psychology, nr. 24, 1934, p. 247-65.
Manuel.
Eu já havia selecionado todas os trabalhos de Rosenzweig. Já me
estava dispondo a revisá-los para saber qual deles. Com sua dica, já
sei por onde começar. Na biblioteca da Asociación Psicoanalítica
Argentina posso ver cada um. Estão todos lá. Vou enviar a lista para
que todos possam guardá-la.
[ ]s
Marco Aurelio
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 00:42
Para quem ainda (meu Deus!!!!!! ainda existe gente com essa dúvida!!!!!!)
tem dúvidas a respeito da existência histórica (apesar de ser o assunto mais
pesquizado do século XX e com o maior rigor científico) de Jesus de Nazaré:
Theissen, Gerd & Merz, Annette - O Jesus Histórico, Um Manual. Ed. Loyola,
655 pgs. 2002.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Dr.PSI
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 00:54
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> ######>Talvez jamais tenha tido a oportunidade de fazer uso da referida
> droga. Não creio que consiga encontrar no mercado negro brasileiro a
> dietilamida do ácido lisérgico. Encontram-se LSDs 'paraguaios'. A propósito:
> Já usou 'LSD de baiano'? (Trihexafenidil, é o nome de seu princípio
> ativo)<#######
talvez... tomei bicicletinha 2000, liquid sky e goa.
logo que surge uma "marca" boa, nao demoram a aparecer imitacoes...
vi objetos se transformando em outros, mudando de cor, desenhos se
"descolando" e se movendo, cores diferentes para cada timbre da
musica...
olhava para as outras pessoas (que tambem usaram), sorria e eles
sempre correspondiam (isso sempre acontece!) existe a impressao que
seria uma comunicacao "diferente", mas ainda acho que é apenas a
expressao
do rosto... e a euforia do momento...
acho que vai gostar desse site, se ja nao conhece:
http://www.erowid.org
> Em tempo: PET, tem algum singnificado especial?<######
hehe... nao é tomografia nao!
www.petduo.com
PLUR
Vladimir
Só PET salva!
SUBJECT: Re: [ISO-8859-1] Re: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 01:11
On 23 Oct 2002 at 16:11, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
>Não reproduzir não é interessante para a Espécie, e isso não é uma
questão religiosa. ... Afinal, na Natureza, a finalidade prescípua da
sexualidade é a reprodução
Antonio Renato
Ninguém pensa (creio eu) que se deve abolir a reprodução. Eu não
falei que a reprodução está ultrapassada. Quando mencionei a
fertilidade assistida também tratei de dizer que até quando a tão
mentada Natureza não a permite em primeira instância, a cultura a
possibilita. Mais a favor da reprodução é impossível.
Tampouco mencionei que a reprodução devia ser separada da
sexualidade. Só afirmei que o processo in vitro poderia superar o
tradicional (não se entenda natural, porque o curso da reprodução, seja
onde fôr, é natural). Creio também que a forma tradicional é muito
melhor e mais plena. Não preconizo reprodução sem sexualidade. Se
alguém entendeu isso, é porque eu talvez não tenha sido claro.
Outra coisa. Como sou psicanalista, gostaria de deixar bem claro que
tudo o que seja entendido como "Tudo o que não é proibido é
obrigatorio" cai dentro do que os psicanalistas chamamos madado do
super-ego. Se eu achasse que as coisas pudessem ser assim, estaria
fazendo propaganda da neurose.
A psicanálise também afirma que a sexualidade humana não é
exatamente igual à dos animais. Está a serviço da reprodução e de
outras coisas mais. Pode-se desligar dela e seguir servindo ainda à
subjetividade para melhorar as possibilidades de satisfação dos
humanos e aproximar a cada um o mais possível do que seja
felicidade.
Não me parece que só porque a sexualidade sirva à reprodução, mas
não só a ela, além de poder desprender-se dela (sem prejudicá-la) seja
considerada como coisa secundaria à reprodução. É tão importante
como ela e serve para isso e muito mais.
Se alguém, por diferentes razões, não pode realizar atos sexuais do
modo tradicional, não significa que seja mau. Não sei se o orgasmo,
para o ser humano, pode ser considerado um engôdo. Penso que
quem não tem cão, caça com o gato.
>Mas existe uma
> correlação entre perversão e perversidade, ou não?
Não entendo bem o que Vc. quer dizer com a palavra "correlação".
Penso que equivaler perversão eperversidade é algo puramente moral
( ou seja um problema do bem e do mal). Dizer que as pessoas que
não podem realizar coitos de modo tradicional são más é
discriminatorio e cruel. Os que não podem reproduzir-se de uma forma
comum são menos abundantes e a propria natureza os contempla. Por
que seriam maus (cheios de perversidade)? Nem tudo o que não é
natural é mau. Um edificio bem construido não é natural pode ser coisa
muito boa.
Eu sou um grande partidario da forma tradicional de reproduzir-se e
assim atuei em minha vida. Não significa que os que não podem ser
como eu, estejam cheios de perversidade. Seria cruel pensar assim.
[ ]s
Marco Aurelio
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 02:34
Em Qua 23 Out 2002 23:53, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Fernando S K
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Wednesday, October 23, 2002 11:52 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>
> > A aceitação de hipóteses não é necessariamente objetiva ou não é
>
> necessariamente imediata? Pelo que foi dito aqui, concordo que ela
> não é imediata...
>
> Não é nem necessariamente imediata, nem necessariamente objetiva. O que
> impediu Einstein de aceitar a mecânica quântica e fez com que a maior parte
> dos físicos demorasse pra admitir a possibilidade dos buracos negros foram
> seus preconceitos e pressupostos pessoais, que são subjetivos por
> definição.
Vale a pena diferenciar uma coisa aqui: Einstein acreditava que a mecânica
quântica era uma teoria incompleta devido a seu caráter probabilístico, mas
reconhecia seu valor devido a sua precisão empírica. Ele acreditava que a
mecânica quântica deveria ser reformulada "para que Ele não jogasse dados".
A comunidade científica da época, mesmo tendo restrições ao modelo teórico da
mecânica quântica, se utilizava dela para fazer as experimentações quanto a
partículas elementares.
Por mais que a "moda científica" influencie no tratamento e respeitabilidade
que uma teoria receba, a palavra final sempre cabe ao teste de laboratório.
Este é um exemplo limítrofe, em que pessou muito o fato que o determinismo
foi considerado por séculos como uma das bases da ciência. Mas mesmo
resistindo, a comunidade científica teve de engolir a quântica goela abaixo.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] S. Hawking - energia zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 03:05
Em Qua 23 Out 2002 15:26, you wrote:
> Contudo, toda a
> matéria atrai-se a si própria devido à gravidade. Dois pedaços de matéria
> que estejam perto um do outro têm menos energia do que se estiverem muito
> afastados, porque é preciso gastar energia para os separar contra a força
> da gravidade, que os atrai um para o outro. Portanto, em certo sentido, o
> campo gravitacional tem energia negativa.
Alguém me consegue explicar este raciocínio? Me parece algo do tipo: o mundo
é azul portanto eu como banana.
De onde diabos veio este "certo tipo de energia negativa"? E que katso seria
uma energia negativa?
> No caso de um universo que seja
> aproximadamente uniforme no espaço, pode mostrar-se que esta energia
> gravitacional negativa anula exatamente a energia positiva representada
> pela matéria. Portanto, a energia total do universo é zero.>> (Hawking,
> 2000, pp. 152-153)
Alguém se candidata a demonstrar isto?
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 03:17
Em Qua 23 Out 2002 10:33, you wrote:
> Oi Aniello
> Agora entendi. Talvez estivesse de má vontade, ou preocupado com o número
> de msgs recebidas quando lí a msg do Leo.
> Agradeço a seriedade e sua boa vontade em ter-me esclarecido.
> Outrossim, se puder ter a mesma paciência que teve: Porque [Tau] = [E]?
> [],
> Antonio Renato.
Pois é. Este número cavalar de mensagens me obriga a selecionar as discussões
que participo... uma pena.
Quanto a pergunta "por que [Tau] = [E] eu acho que você está me perguntando
por que trabalho e energia possuem a mesma grandeza dimensional. Acertei?
Se for esta a pergunta, é simples: trabalho é uma medida de variação (por
tranferência) de energia. A medimos a variação de algo com a mesma medida que
o próprio algo.
Aniello
SUBJECT: Milagres
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 03:24
O Milagre transcende infinitamente o campo dos fatos empíricos, o campo das
ciências ou o campo da investigação
histórica. O Milagre, por definição, está relacionado à Cristo e sua
Encarnação/Paixão/Ressurreição. Qualquer coisa que pretenda ser milagre deve
estar relacionada a este fato. Um elefante voador que cospe fogo não é um
milagre. Alguém obter uma cura rezando para Zeus não obteve nenhum milagre.
O Milagre é um conceito Teológico Católico(Cristão). Isto por definição. A
investigação histórica ou científica de um milagre (como Guadalupe ou
Sudário) pressupõe este Milagre prévio (Encarnação). A atestação científica
da veracidade do milagre só terá valor se os fatos, além de reais,
coincidirem com este critério. Em outras palavras. Só é milagre o q coincide
com o ensinamento da Igreja. E a ciência não tem nada, ou pouco, a haver com
isso. O único milagre NECESSÁRIO é o da Encarnação. O resto pode ser fraude,
erro de interpretação, etc. Mas a ciência empírica, que é anti-religiosa por
definição, pode querer, em sua presunção, julgar a verdade de um milagre
pela analise dos fatos. Para a religião, os fatos empíricos estudados pela
ciência são exteriorizações contingentes de possibilidades contidas no
"sobrenatural". O "sobrenatural" garante a veracidade dos fatos e não
precisa ser garantido por eles. Os fatos não têm valor senão como símbolos
de realidades eternas e não empíricas. O mundo empírico é definido pelo
mundo das possibilidades, e não o contrário. Para a religião, a verdade não
reside no mundo empírico, mas no mundo que sustenta tal empiricidade.
O Milagre é, por definição, uma atualização de uma possibilidade, ou seja,
algo espiritual entra num campo inferior e mais restrito e se torna
empírico. O mundo empírico é, portanto, mais limitado do que o sobrenatural.
O que ocorre (empírico) é possível, mas nem todo possível ocorre (se torna
empírico). Portanto, os fatos empíricos são como que uma cristalização de
uma corrente de água. Mais limitado (mas veja bem, da mesma natureza, e não
algo oposto, como sugeriu Hume). A natureza é a totalidade de possibilidades
que se "manifestam". O sobrenatural é o campo de possibilidades que
ultrapassa o conjunto destas "manifestações". Mas o que ultrapassa abrange,
portanto não há nada na natureza que não esteja "contido" no sobrenatural.
Nada, portanto, pode ser natural sem ser sobrenatural, porque o empírico não
é nada além de um aspecto do supra-empírico. Daí não existir lei natural que
fixe limites ao sobrenatural. Na verdade é o sobrenatural que fixa limites e
define as leis da natureza. Milagre não é ruptura das leis naturais (como
Hume maliciosamente sugeriu, deturpando a tradução do conceito retirado de
Tomás de Aquino). Já que as leis naturais são definidas pelo sobrenatural, o
natural é milagroso em essência.
A ciência desconhece os limites do mundo empírico (pois tais limites são
fixados pelo trans-empirico). Dado a abrangência da própria ciência ( visto
a quantidade de pesquisas e publicações e novas teorias que corrigem ou
invalidam as teorias de ontem), esta não pode nem dar uma simples definição
do que seja um milagre. Só pode dizer que está para além dos seus
conhecimentos. É impossível qualquer tipo de conhecimento científico sem
pressupostos Ontológicos (quem discorda me mostre o contrário). Por sua vez
o conhecimento do sobrenatural não depende de qualquer investigação
científica. O mundo empírico, uma vez fixada suas leis e seus limites, só
continuará existindo se o sobrenatural (possibilidades) o sustentar e
realimentar periodicamente. Qualquer realidade que uma vez determinada suas
leis e limites, não pudesse nunca mais ampliar as possibilidades dadas de
início, e tivesse que se limitar a desenvolver apenas as que foram dadas,
estaria condenada ao fim. Por fim, a existência do mundo empírico é
impossível sem um "supra-empírico" que a estabeleça e o alimente. Assim como
o real é impossível se não fosse continuamente possibilitado pelo possível.
Assim, Milagre é uma atualização do sobrenatural no natural. E não é somente
possível, como logicamente necessário. Se existe uma natureza, existe,
necessariamente milagres o tempo todo para sustentá-la. Por isto, o
sobrenatural (transcendente) e sua presença sempre foi uma certeza
inquestionável para o senso comum de todas as épocas, além de uma doutrina
sustentada por todas as religiões. Se a ciência definiu o milagre como algo
que fere e contradiz o senso comum (Hume, principalmente), é evidente que
fica difícil reparar na necessidade do milagre e nos milagres que ocorrem à
nossa volta. O que leva ao endeusamento de construções humanas, como "A"
ciência, "O" ateísmo, "O" Método Científico, "O" Ceticismo, "A" Postura
Cética. Tudo para enfrentar a angústia e a depressão resultante da perda da
perspectiva do transcendente.
O "sobrenatural", como seu próprio nome indica, designa aquilo que
transcende a natureza e o que transcende contém e inclui, não podendo
limitar-se a aquilo que está abrangendo. A negação do sobrenatural é devido
a opinião reinante de q só existe o mundo empírico. E é a partir deste, e
somente a partir deste, que tudo o mais terá que ser reduzido . Isto
alimentado pelas ideologias de hoje. Estas sim pseudo-ciências. Dessa forma
não há como existir milagres. Por principio. Por mais que busquemos este
sobrenatural, não poderemos encontrá-lo. O desespero que causa a ruptura com
o sobrenatural leva a "concretizar" nesse mundo o que não pertence a ele.
Daí a idéia de OVNI's, Gnomos, Ectoplasma, Espiritos, etc. Bem como tal
fenômeno leva a criação de religiões materialistas, como o Racionalismo
Científico, Ateísmo Racional, Ceticismo Científico, etc.
DFG
Este texto é uma reformulação minha de um texto q não me pertence e que não
está sendo publicado.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 03:48
Em Ter 22 Out 2002 23:59, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 22, 2002 5:02 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
> que é feito isso?)
>
> >Não há fluxo do tempo, mas o tempo não é uma mera sensação.
>
> Essa ainda é uma questão em aberto. Alguns físicos, como o próprio Paul
> Davies, defendem a possibilidade de que o tempo linear, isto é, o fluxo do
> tempo, pode ser, sim, uma mera sensação. A analogia favorita do Davies é a
> vertigem. Quando você sente uma vertigem, tem a nítida sensação de que o
> espaço está se movendo ao seu redor, mas isso é uma ilusão. E mesmo que
> você saiba que é só uma ilusão, isso não impede que você sinta o quarto
> girar quando está com tontura ou tomou umas e outras. Davies sugere que a
> sensação de fluxo do tempo pode ser gerada por algum mecanismo cerebral
> semelhante, e no texto que eu postei na minha resposta pro Manuel, tentei
> indicar como essa sensação é produzida pelo cérebro.
Fluxo de tempo é uma coisa. Tempo é outra. Estou sempre afirmando que o fluxo
de tempo não existe.
> >Não. O tempo é uma grandeza física, que não possue fluxo, mas é
>
> assimétrico.
> Ele é tão real quanto o espaço.
>
> O *espaçotempo* é uma grandeza física real. O tempo e o espaço, não. Eles
> surgem da maneira como a nossa percepção divide o contínuo, que depende de
> várias coisas. Do ponto de vista da relatividade, depende da posição e da
> velocidade do observador. A esse fator posicional, a psicologia da
> percepção, as neurociências e a sociologia do conhecimento acrescentaram
> outros elementos que também influem na nossa percepção do espaço e do tempo
> e que, diferentemente da posição (que é um fator objetivo) são
> essencialmente subjetivos.
Antes de tudo, tempo psicológico e tempo físico são coisas completamente
diferentes. Tempo psicológico é uma percepção humana. Tempo físico é algo um
bocado complicado de se definir, mas que pode ser medido com grande precisão
por eventos periódicos. E por incrível que pareça, quando colocados nas
mesmas condições de velocidade, gravitação e asceleração estes eventos
periódicos parecem concordar entre si.
Segundo, o espaço-tempo é um espaço matemático quadrimensional, mas o tempo,
mesmo neste contexto, é assimétrico, diferente das dimensões espaciais. O
tempo pode ser considerado indistinto do espaço desde que esta assimetria do
tempo seja respeitada. Apesar do fluxo passado-presente-futuro ser relativo
(e não ilusório), um evento não interfere em seu passado.
> >O tempo pode ser tratado como uma dimensão que, diferente das dimensões
>
> espaciais, é assimétrica. Passado, presente e futuro são conceitos
> relativos (e não ilógicos), mas a causalidade (precedência da causa ao
> efeito) é inviolável. Um evento não pode interferir em eventos passados,
> coisa sem paralelo em questões espaciais,
>
> O problema é que, de acordo com a teoria da relatividade, os eventos
> passados de um observador são o presente do segundo e o futuro de um
> terceiro, dependendo de sua velocidade ou de sua posição.
Sempre concordei que o fluxo de tempo é relativo, e que simultaneidade é
relativa. Mas afirmar que é relativo não significa dizer que não exista. A
seta do tempo não pode ser violada, efeito não antecede a causa e não podemos
interferir em eventos do nosso passado.
Pela Relatividade Específica, graças ao limite imposto pela velocidade da
luz, mesmo para referenciais onde nosso passado ainda não ocorreu, nada pode
ser feito para alterá-lo.
O passado continua imutável, mesmo que relativo.
> tempo "estático". Se o meu passado pode ser o futuro de sicrano e o
> presente de beltrano, a única conclusão possível é que não podemos dizer em
> termos absolutos que o passado não existe mais ou que o futuro ainda não
> existe. Todos os pontos do espaçotempo têm o mesmo grau de realidade.
Não. Assumir que o fluxo do tempo é relativo não é tornar o tempo simétrico.
> Em tempo: isso não quer dizer que a *ordem* dos eventos varie de observador
> pra observador. Alguém saca uma arma, atira numa lâmpada e a lâmpada
> explode. Eu posso ver a bala atingir a lâmpada enquanto você ainda está
> vendo o sujeito sacar a arma e o Manuel já está vendo a lâmpada explodir.
> Mas todos nós veremos a mesma seqüência: alguém saca uma arma, atira numa
> lâmpada e a lâmpada explode. Essa seqüência é a base da causalidade - como
> já observou Hume, a causalidade nasce do fato de observarmos o evento A,
> depois o evento B e estabelecermos um nexo entre eles. Mas a base dessa
> seqüência, por sua vez, é a barreira da velocidade da luz. Um observador
> hipotético que estivesse se deslocando acima da velocidade da luz veria o
> evento B acontecer antes do evento A e estabeleceria um nexo causal
> diferente do nosso. Logo, a causalidade também é relativa e depende de um
> elemento que é exterior ao próprio nexo causal, a saber, a velocidade da
> luz. Em termos filosóficos, diríamos que a causalidade é contingente, e não
> necessária (no sentido lógico de "necessário", isto é, algo que decorre dos
> próprios atributos do evento).
Ok. Estemaos falando do conceito de tempo usado na teoria da relatividade
específica. E pela teoria da relatividade específica, a matéria como
conhecemos não pode atingir a velocidade da luz. Então para a matéria como
conhecemos vê o tempo assimétrico, com nada podendo interferir em eventos já
ocorridos.
Para corpos com velocidade acima da luz (os ainda fictícios táquions) a seta
do tempo se inverte, mas não desaparece. Como é impossível (pela relatividade
específica) sai do mundo "subluz" para o mundo "superluz", o tempo é
assimétrico, a causalidade é mantida.
Se a causalidade é contingente ou necessária, não muda o fato dela ser
absoluta.
É fato que aparentemente (ainda não é hunânime nem a possibilidade nem o
funcionamento dela) que a teoria da relatividade geral permita que a
causalidade seja rompida. Mesmo entre os físicos que aceitam tal hipótese, há
aqueles que defendem que, mesmo rompida a causalidade, o efeito anterior a
causa não poderia alterar sua própria causa, apenas confirmá-la. Em outras
palavras, quando algo "viajasse ao passado" não poderia alterar as condições
que geraram ele próprio.
> Eu tenho a impressão que o Manuel estava se referindo a duas visões de
> mundo diferentes. O conceito de tempo estático decorre da visão
> relativística, ao passo que a noção de que só o presente é inteiramente
> real porque o passado já deixou de ser real (restam apenas seus efeitos) e
> o futuro ainda não se tornou real (é apenas uma possibilidade) decorre da
> visão clássica, que encara a divisão do tempo como absoluta. É isso,
> Manuel?
Correto. O erro foi meu, de pegar dois itens de raciocínios diversos.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 03:53
Em Ter 22 Out 2002 23:29, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Fernando S K
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 22, 2002 1:24 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>
> >Mas a frase "O que está além da razão não é assunto científico." é
>
> mais interessante. Ela é no mínimo totalmente paradoxal... Eu diria
> logicamente inconsistente. Se eu assumo que há coisas "além da
> razão", então temos 2 possibilidades: ou eu sei ao quê extamente eu
> me refiro, ou então estou apenas anunciando uma possibilidade (apesar
> da frase estar presente do indicativo...). Mas se eu desconheço, como
> posso afirmar que essa coisa está "além da razão"? Então, com
> certeza, devo saber ao quê me refiro. Mas se eu sei, então eu faço
> essa afirmação tendo a própria razão como referência! Essa afirmação
> faz uma espécie de apelo à alguma razão ulterior, uma "razão em
> última instância". Ou seja, não escapa da *razão*, daí sua
> inconsistência total.
>
> Acho que é impossível saber se existem coisas que escapam à razão antes de
> sabermos o que é a razão. Portanto, pergunto: o que é a razão?
Usei aqui "acima da razão humana" no sentido de "incompreensível a priori
para a mente humana", ligando assim razão a compreensão.
E o que seria compreensão? Usei compreensão como "capacidade de descrever de
modo não subjetivo".
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 04:39
Em Ter 22 Out 2002 23:06, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: "Aniello Gr?o"
> Sent: Tuesday, October 22, 2002 4:59 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>
> > > Mas por puro azar a sua física, corpuscular na origem, estava apoiando
> > > a outra física: a física dualística. Esta última já nasceu incerta e,
> > > portanto, só poderia deduzir uma incerteza. Apesar de incerta, "era a
> > > única" em que se apoiar na época. Mas, na realidade, Heisenberg não
> > > estava se apoiando na mesma mas apoiando-a. E a satisfação por esta
> > > constatação deve ter bloqueado seu raciocínio.
> >
> > Deixa ver se eu entendi: Heinserberg não estava se apoiando na fsícica
> > dualística (imagino que esteja falando na dualidade onda-partícula) e sim
> > tentando apoiá-la?
>
> Na época (início da década de 20) aceitava-se a dualidade para a luz
> (efeito fotoelétrico + efeito Compton), mas ainda não para as demais
> partículas. Essa idéia surgiu com De Broglie, sendo posteriormente
> desenvolvida por Schrödinger. Heisenberg partiu da idéia de elétron
> corpúscular e, através de sua teoria das matrizes, chegou a resultados que
> foram posteriormente mostrados compatíveis com a teoria de Schrödinger. Eu
> não disse que Heisenberg estava tentando apoiar nada.
Então traduza, pois eu não entendi.: "Mas na verdade Heisenber não estava se
apoiando na mesma, mas apoiando-a".
> Neste caso, nada melhor que recorrer à fonte:
>
> "É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem a mediação de
> alguma coisa, QUE NÃO É MATERIAL, atuar sobre, e afetar outra matéria sem
> contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no sentido de Epicuro for
> essencial e inerente a ela. E esta á uma razão pela qual desejo não me seja
> atribuída a gravidade inata. Que a gravitação seja inata, inerente e
> essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar sobre outro a
> distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma coisa, pela
> qual e através da qual sua ação e sua força fosse transportada de um até
> outro, é para mim absurdo tão grande, que acredito que homem algum que
> tenha em questões filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair
> nele. A gravidade deve ser causada por um agente que atua constantemente,
> de acordo com certas leis; mas deixo à consideração de meus leitores se
> este agente é material ou imaterial (Newton).
>
> Ou seja, primeiramente ele afirma o que pensa e, posteriormente, deixa a
> questão em aberto, pois para a época ele não poderia sustentar, de maneira
> contundente, o que pensava a respeito. Aliás, esse estilo é uma constante
> nos escritos de Newton. Quanto ao aether ele faz as mesmas considerações,
> primeiro afirma sua não existência, e logo a seguir deixa um certo grau de
> liberdade para os que pensam de maneira diferente.
Quando Newton afirma "É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem
a mediação de alguma coisa, QUE NÃO É MATERIAL, atuar sobre, e afetar outra
matéria sem contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no sentido de
Epicuro for essencial e inerente a ela." ee esta rejeitando uma explicação
epicurista da gravitação exatamente por crer que agir de maneira não material
é inconcebível.
Ou seja, sua primeira afirmação é que é inconcebível que a gravitação aja por
meios não materiais. E nisto ele estava errado, mas muito de acordo com a
mentalidade da época. Não era à toa que a teoria rival para a descrição do
movimento dos planetas era a dos vórtices de Descartes. A vantagem que ela
possuia era agir por um meio material. Mas como Newton descrevia com
altíssima precissão não só o moviemento dos planetas como o comportamento dos
corpos em queda livre, ficou claro que sua teoria era mais adequada apesar de
sua gravidade imaterial.
> > Sua proposta é tentar observar os elétrons atravês de campos de força?
> > Qual campo de força você usaria? Se for o eletromagnético, as pesquisas
> > sobre o efeito fotoelétrico comprovam que o campo eletromagnético tem
> > comportamento quântico.
>
> Na sua interpretação. Mas isso é meramente uma interpretação, por mais que
> seja universalmente aceita como verdadeira. Aliás, a interpretação que se
> dá ao efeito fotoelétrico está sutilmente comprometida com a teoria dos
> elétrons livres de Drude e Lorentz, algo a meu ver bastante questionável.
Ok. Vamos relembrar o problema do efeito fotoelétrico. Certos metais, ao
serem irradiados por ondas eletromagnéticas, geram corrente elétrica.
Obviamente a energia radiante é transformada em energia elétrica de alguma
forma.
Porém surpreendentemente vemos que somenente a partir de certa frequência de
onda a corrente é gerada, não importando a intensidade luminosa. Como
explicar isto sem se utilizar do conceito de quanta de luz?
> A força nuclear forte foi postulada para explicar como dois ou mais prótons
> conseguem se manter num mesmo núcleo. Se estou afirmando que o próton,
> assim como o elétron, não é idêntico a uma carga elétrica coulombiana,
> posso perfeitamente assumir que a interação forte é uma ilusão a apoiar-se
> num erro crasso.
Um erro crasso que explica com precisão matemática os fenômenos radioativos
outros que o decaimento beta (explicado pela força nuclear fraca).
> > Qual é o método de interação que você pretende usar para observar o
> > elétron?
>
> Deixo a critério dos físicos experimentais, se é que algum dia tal feito
> será viável. Por enquanto, e no que diz respeito ao tema, limito-me a
> experiências de pensamento, a exemplo daquelas que apóiam o princípio da
> incerteza. A minha teoria faz predições sim, mas de outra natureza.
Bom, o Taborda já colocou muito felizmente que o experimento mental do Bohr
(fóton perturbando elétron) não é a explicação do princípio da incerteza, e
sim uma ilustração do mesmo. Tanto é que Heinserberg não precisou concebê-lo
para afirmar seu princípio.
O que não impede de se criar um experimento mental que demonstre alguma falha
no princípio. Para isto bastaria realmente crirar um experimento que pudesse
medir o momentum e a posição de um elétron com precisão acima da permitida
pelo princípio da incertza. Mas para tal não basta afirmar apenas a
utilização de um campo qualquer, e sim descrever mentalmente o experiemento,
ou seja, apontar qual é o método pelo qual se poderia obter uma precisão
acima da máxima permitida.
O princípio da incerteza é uma relação matemática. Afirma que o produto entre
a incerteza da quantidade de movimento de um elétron e a incerteza de sua
posição é uma constante. Apenas isto.
> > Que atoleiro? A física moderna é intelegível, se não fosse não poderia
> > ser ensinada. Apenas viola o senso comum.
>
> Bem vejamos uma pequeníssima amostra do que dizem alguns físicos a
> respeito:
>
> Schrödinger: "Se me perguntarem: o que são de fato essas partículas, esses
> átomos e moléculas? Devo admitir que conheço tão pouco a seu respeito como
> a origem do segundo jumento de Sancho Pança."
>
> Einstein: "A história da busca de uma teoria da luz não está de modo algum
> concluída. O veredicto do século XIX não foi final e definitivo. Todo o
> problema de decidir entre corpúsculos e ondas ainda existe para a Física
> moderna, desta vez de uma forma muito mais profunda e intrincada. Aceitemos
> a derrota da teoria corpuscular da luz até reconhecermos a natureza
> problemática da vitória da teoria ondulatória."
>
> James Trefil: "O que estamos realmente dizendo é que é muito difícil
> visualizar o que seja um elétron, porque não há nada em nossa experiência
> que nos sirva de guia. Portanto, o que a mecânica quântica nos diz é mais
> ou menos tão profundo quanto isto: um elétron não é como um carro."
>
> Einstein: "... creio ainda na possibilidade de um modelo de realidade, quer
> dizer, de uma teoria que represente as coisas mesmas, e não apenas a
> probabilidade de sua existência."
>
> Alan Sokal (físico, EUA): "...Já a teoria da física quântica é muito
> complicada, e nem os físicos têm certeza do que ela significa. E tenho de
> confessar que, quanto mais eu estudo teoria quântica, menos eu a entendo."
>
> Schrödinger: "Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões signifique
> apenas um intenso processo de transformação, que conduzirá finalmente a
> algo melhor do que as confusas séries de fórmulas que cercam o nosso tema".
>
> Einstein: Será o desenvolvimento futuro ao longo da linha escolhida na
> Física Quântica, ou será mais provável que sejam introduzidas novas idéias
> revolucionárias na Física?
Qual é o problema aqui? Um físico quântico deve compreender que a nossa
linguagem foi criada para se descrever o mundo em que vivemos. Os objetos do
mundo subatômico, pela física quântica, possuem características completamente
diversas que os objetos do mundo físico cotidiano. Assim sendo não é possível
descrever as propriedades das partículas subatômicas em linguagem comum. Nós
não podemos "conhecer" um méson como podemos "conhecer" uma bola de bilhar.
Resta-nos a linguagem matemática.
Muitas das citações foram retiradas de uma época em que a quântica ainda
engatinhava, e muitos pontos incompletos. Basta lembrar o modelo atômico de
Bohr. Ainda há muitas lacunas a se preencher, mas negar o avanço da quântica
é tapar o sol com uma peneira.
E Einstein sempre teve problemas com a quântica, principalmente com seu
caráter probabilístico.
Por fim, pode pegar 80 citações, e aí eu pegaria 90 que fossem contrárias as
estas 80, e nenhum de nós estaria mais certo que o outro. Volto a perguntar:
que atoleiro?
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] A Fratrilha
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 04:51
HAJA VIAGRA!!!!!
o anônimo)
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 23, 2002 11:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] A Fratrilha
>
> -- Hay que endurecerse sin perder la ternura jamas!
>
> Manuel: Esse negócio de endurecer com ternura, só faço isso com a minha
> mulher, e só três vezes por semana.
>
> []s,
> Manuel Bulcão
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 05:00
Douglas:
que eu saiba a única referência à existência de Jesus por documentos
produzidos por não cristãos é uma referencia de Flávio Josefo, parece-me
que tribuno romano sobre uma pequena rebelião na província da Galiléia.
Há outros registros?
Não se assuste, a dúvida é inerente ao ser humano. Já te relatei a passagem
bíblica, até hoje irrespondida ente o citado Jesus e seu julgador, Herodes
Dubitando ad veritatem pervenimus (será?)
silvio
----- Original Message -----
From: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 24, 2002 1:42 AM
Subject: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
> Para quem ainda (meu Deus!!!!!! ainda existe gente com essa dúvida!!!!!!)
> tem dúvidas a respeito da existência histórica (apesar de ser o assunto
mais
> pesquizado do século XX e com o maior rigor científico) de Jesus de
Nazaré:
>
> Theissen, Gerd & Merz, Annette - O Jesus Histórico, Um Manual. Ed. Loyola,
> 655 pgs. 2002.
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 05:06
Em Ter 22 Out 2002 23:00, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: "Aniello Gr?o"
> Sent: Tuesday, October 22, 2002 4:28 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
>
> > Vamos por partes. Antes de tudo, quando eu jogo bilhar, as bolas
> > normalmente giram...
>
> Se você soltar as bolas com as mãos sim, mas este giro seria devido a um
> rolamento provocado pelo atrito com a mesa, e não se trata de um giro
> inerente à bola em si. Por outro lado, o bom jogador sabe evitar este giro,
> dando uma tacada com uma força adequada. Aliás, o bom jogador sabe até
> mesmo provocar outros giros, o que chamam "jogar com efeito".
Exato... Era a isto que eu me referia.
> > A analogia se refere apenas ao raciocínio que o elétron seria uma
> > partícula com forma física e limites físicos definidos, cujo movimento
> > poderia ser descrito pelas leis de Newton.
>
> Neste caso, diria que é perfeitamente possível o elétron ser descrito como
> uma partícula 100% newtoniana. Lembro ainda que física newtoniana não se
> resume em leis de Newton, algo que os físicos "modernos" via de regra não
> se dão conta.
Sério? Qaul físico moderno considera que a física newtoniana se resume a obra
de Newton?
> > Outra objeção: a teoria do Big Bang não aceita um referencial absoluto.
>
> Rigorosamente falando, uma teoria que aceita um referencial absoluto jamais
> chegaria no Big Bang da física "moderna". Isso não significa que não se
> possa pensar em um equivalente clássico. Aliás, já discuti alguma coisa a
> respeito na mensagem 6037 da Ciencialist, além de outras.
Lerei... Note que eu não disse "não existe referencial absoluto" e sim que na
teoria do big-bang não existe. Como ainda não fui apresentado a nenhuma
variante clássica...
> > Para montar uma figura analógica, imagine uma superfíce bidimensional
> > esférica. Qual é o centro desta superfície? Não há centro. Para achar o
> > centro é necessário analisar a superfície tridimensionalmente. Em outras
> > palavras, uma formiga caminhando em uma esfera jamais chegaria ao centro
> > da esfera. Para ela a esfera não tem centro.
>
> Pois eu já dei a volta ao mundo e nunca consegui chegar ao centro da Terra.
> Logo, seguindo o seu argumento, poderei concluir que a Terra não tem
> centro. Sim, eu sei, você está querendo me incutir a idéia de outras
> dimensões, além das três e do tempo. Mas isso é matemática, não é física.
Não, é uma analogia, como deixei claro. Pedi para você "pensar como formiga"
e você pensou de forma espacial. É claro que então a analogia não se aplica.
> > Pelo fato de estar girando e ter carga. Não apenas por estar girando.
>
> Pelo visto, você não entendeu a explicação. Quem nasceu primeiro, o ôvo ou
> a galinha? No caso estou querendo dizer que todos os efeitos
> eletromagnéticos de um elétron devem-se ao fato dele ser uma partícula que
> gira. Ou seja, por girar ele gera um campo diferente daqueles que você
> aprendeu estudando a teoria de Maxwell.
Ok... Entendi.
> > Ok. Agora como explicar o problema da "radiação de corpo negro", e as
> > frequências de emição e absorção específicas de elementos químicos?
>
> Ora, é suficiente desprezar o modelo atômico de Thomsom (modelo em pudim de
> passas), que era o aceito na época de Planck, bem como a idéia de elétron
> livre, de Drude e Lorentz. Comento alguma coisa a respeito na mensagem
> 16975 ( http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/16975 ).
Não me parece ser o suficiente, mas lerei antes de entrar em detalhes.
> > Não consigo ver o por que que o modelo clássico unido ao fato do elétron
> > não ser feito de marfin levou os físicos a criarem aos orbitais.
>
> O problema não está no marfin, mas no fato de considerarem o elétron como
> uma carga elétrica coulombiana (gerando um campo com simetria esférica).
> Ora, se ele é idêntico a uma carga elétrica coulombiana, ele, quando em
> órbita, deve emitir energia eletromagnética. Mas se o fizer, cairá no
> núcleo!!! Se você for estudar a história da física quântica, ou for ler
> o trabalho primitivo de Bohr (1913), perceberá que Bohr apoiou sua teoria
> em quatro postulados (estão citados no livro do Eisberg, pois o Bohr não se
> deu ao luxo de ordenar suas suposições). Num dos postulados Bohr assume o
> elétron como uma carga coulombiana, que gera e sofre efeitos
> eletromagnéticos como se fosse uma carga elétrica comum. Em outro ele
> assume que embora o elétron tenha uma natureza compatível com a teoria de
> Maxwell, o elétron não emite energia eletromagnética, pois está no que foi
> chamado uma órbita permitida, e hoje transmutou-se para orbital, porém
> conserva os absurdos primitivos associados a novas hipóteses "ad hoc".
O modelo de Bohr foi um modelo incompleto que resolveu a questão da perda de
energia por radiação do elétron e ao mesmo tempo explicou as faixas de
emissão/absorção de um elemento químico. É perfeitamento normal quando uma
teoria ainda rasteje, que modelos incompletos surjam. Foi o primeiro modelo
atômico estilo "pequeno sistema solar" que era coerente com as equações de
maxwell. Por mais que seja uma hipótese "ad hoc" a questão das órbitas
"permitidas", era melhor que simplesmente ignorar as equações de maxwell.
> > Me parece mais adequada a questão que era preciso resolver a questão da
> > radiação de corpo negro, as faixas de emissão de espectros luminosos, o
> > efeito fotoelétrico, etc...
>
> Sim, mas não se poderia resolver a questão a qualquer preço. E o preço pago
> foi muito alto, pois até hoje ninguém entende sequer o que são essas
> radiações de corpo negro. A física empacou totalmente e não sou eu a dizer
> isso, mas os próprios físicos "modernos" dizem isso a toda a hora, se bem
> que num sentido bem mais light.
Empacou tanto que descreve cada vez mais fenômenos. Quanto a niguém entender
a radiação de corpo negro, isto é bobagem.
> > O modelo de órbitas permitidas de Bohr era um modelo imcompleto. Criticar
> > um modelo por se basear em um modelo incompleto, tentando completá-lo, é
> > ridículo.
>
> Mas quem está tentando completar algo que parte de um pressuposto errôneo?
> (Qual seja, elétron carga-elétrica)
Bom, resta ainda provar que é algo errôneo, não?
> > E as órbitas permitidas de Bohr não eram órbitas em que os eletróns
> > podiam violar as equações de Maxwell, e sim órbitas que eram permitidas
> > ao elétrons de acordo com seu estado energético. Quaisquer outras órbitas
> > eram negadas ao elétron.
>
> Mas receberam o nome de permitidas justamente pelo fato de estarem
> autorizados a violar a teoria de Maxwell. Do contrário esse elétron deveria
> emitir energia eletromagnética, o que fazem quando saltam de uma órbita,
> considerada pela teoria como permitida, para outra. Ora, permitida por
> quem? Pelos demônios de Bohr, a devolverem a energia então emitida?
Sem desvios lingúisticos, por favor. O modelo de Bohr não assumia que haveria
"guardas de trânsito" de elétrons que diriam qual é a órbita permitida.
Apenas afirmava que é da natureza do elétron que ele possa estar apenas a
determinadas distâncias do núcleo atômico, jamais ocupando distância
intermediárias. O valor deste modelo estava em ser o primeiro a explicar as
faixas de emissão de espectro. Ninguém nega que ele tinha problemas
conceituais, mas estes problemas foram solucionados por Schroedinger.
> > Legal esta confusão: o princípio da incerteza, os orbitais eletrônicos,
> > etc, não são teoria da relatividade. É mecânica quântica. Não discutimos
> > nada de relatividade aqui.
>
> Confusão porquê? Simplesmente estou tentando mostrar que a relatividade e a
> física quântica não nasceram juntas por obra do acaso, mas pelo fato de
> apoiarem-se nos mesmos absurdos, na física "clássica" deturpada por
> Lorentz, dentre outros.
Que eu saiba a relatividade surgiu das equações de Maxwell e sua decorrência
que a velocidade da luz no vácuo independe da fonte (o que está de acordo com
o experimento de A. Michelson). Como você bem sabe, foi partindo deste
princípio e o princípio da universalidade das leis físicas que Einstein
chegou na Relatividade Específica. A matemática de Lorentz foi apenas a
instrumentação matemática para tal, e não a base conceitual.
E não tem relação com o problema da radiação de corpo negro, problema pai da
quântica.
> > Quanto a sua teoria, comece com a radiação de corpo negro. Como ela
> > explica o comportamento de emissão eletromagnética de um corpo negro?
>
> Para começar sugiro que leia a mensagem 16975 citada acima.
Farei isto, e retorno a discussão.
Aniello
SUBJECT: MSG para Manuel
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 05:48
Oi Manuel
Quando postei a msg abaixo, que agora segue aduzida de comentários,
encontrava-me cansado e estressado. Minha atitude foi um tanto agressiva
embora não sexual. Me parece que tinha a intenção em implicar... Porque os
escolhi como alvo é uma outra questão.
Como dito no início, fui colocando aquilo que me ocorria, sem muito
discernimento.
Estava revoltado com o que julgara ser uma atitude de 'trote' por parte do
Leo e do Sérgio. Aproveitando: Foi um mal entendido. Quando o Leo colocou
'ondas' pensara eu em ondas eletromagnéticas e não ondas do mar, como
percebi através da msg do Aniello. Isso devido ao fato de eu estar pensando
em energia radiante e ele estar se referindo a energia mecânica. Por este
motivo, não batia.
'Paguei mico'. "Mea culpa" (Se é que isso adianta).
Abraços.
Antonio Renato.
======================
Oi pessoal <<#=+ *Comecei imitando o cumprimento*
Vejam só o que foi-me ocorrendo ao ler a msg.
[], Antonio Renato.
======================
Olá Manuel e pessoal, <<#=+ **
Estou caindo de para-quedas no meio discussão, mas deixa meter minha
culhé: (epa! meter - ato falho??)######>Não seria um "lapsus
linguae"?(rsrsrs)<###### <<#=+ *Aqui, uma questão colocada noutro dia:
Quando cometemos um erro ortográfico digitando, seria um 'ato falho' ou um
'lapsus linguae'?*
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
>
> Takata:Eu, de novo, particularmente, nao tenho por certo q. haja
> alguma caracteristica testavel dentro de alguma das teorias
> psicanaliticas.
######>Pelo menos admitiu o conceito de inconsciente<######
>
> Douglas: Não tem mesmo. O que eu queria dizer é que as explicações
> psicanalíticas são ad hoc. Sobre "sexo" (princípio do prazer), na
> psicánalise, significa fuga da dor,em primeiro lugar, e busca de
> prazer. Não tem relação direta com o conceito popular de sexo.
########>Desconfio que o Douglas é um Padre Católico Jesuíta. Razão: Será
que vc tem razão?<######### <<#=+ *Vê? Apenas implicando, enchendo o saco
(Querendo atenção pois encontrava-me fragilizado) Neste ponto agradeço a
atenção que me dispensou, enviando msg respondendo*
>
> Manuel: Pois eu concordo com o Murray Gell-Mann: algumas hipóteses
> psicanalíticas podem ser submetidas a testes, sim. Aliás, o próprio
> Freud ansiava para que suas hipóteses fossem testadas, tanto que
> escreveu: "Não se esqueçam; não estamos de posse, atualmente, de um
> critério universalmente admitido da natureza sexual de um processo,
a
> menos que seja, mais uma vez, o da relação com a função de
> reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...)######>Essa fui olhar no 'Aurélio': Não encontrei. Suponho deva estar ligado a 'estro'. Então devemos recusar<####### <<#=+ *É bem verdade que não encontrei a palavra no dicionário. Me dei ao trabalho de procurar só para poder implicar. Não obstante, neste momento ainda penso como quando escrevi: Gastou muitas palavras e não colocou nada de objetivo. Afinal, me parece, que havia alguma intenção em argumentar sobre a 'testibilidade' da doutrina psicanalítica para alguém que duvidava*
Reprodução e sobrevivência. muitas vezes esquecemos que a
sobrevivência é mais importante do que a reprodução (mortos não
trepam). Então, se não encontramos alguma relação com a reprodução,
que tal procurarmos alguma relação com a sobrevivência? Isso
dificilmente falha.#######>Para trepar (e reproduzir) tem de chegar a
maturidade. Sem o comportamento de proteção materna não chega lá. Impulsos
maternais são emanados do instinto de perpetuação de espécie e não da auto
preservação. Perpetuação de espécie é o principal 'motivo' do Homem (animal)
e de muitos outros mamíferos, para não dizer todos os que ainda não se
extinguiram<####### <<#=+ *Aqui me pareceu estarem zombando: "Então, se não
encontramos alguma relação com a reprodução, que tal procurarmos alguma
relação com a sobrevivência? Isso dificilmente falha." Pareceu-me estarem
confirmando a opinião do Douglas: "O que eu queria dizer é que as
explicações
psicanalíticas são ad hoc."*
as
> características químicas que temos o direito de supor aguardam
apenas
> sua descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332). Pois não é
que
> isso terminou acontecendo! Algumas hipóteses de Freud não só foram
> testadas como passaram no teste, parcial ou totalmente. Exemplos:
>
> Freud sustentava que muitos processos psíquicos não diretamente
> ligados à função da reprodução possuem uma natureza sexual, ou
seja,
> que a sexualidade é algo mais abrangente que a
sexualidade "genital".
> A vida de muitos primatas parentes nossos, alguns muito próximos
> (macaco-de-cheiro, macaco-esquivo, babuíno, chimpanzé, bonobo,
etc.),
> corroboram essa tese. Nestes, a química sexual participa não só do
> comportamento sexual genital, mas também de muitos outros
> comportamentos sociais. Experiências realizadas com esses bichos
> provam que qualquer estímulo ao comportamento social de proteção do
> território ou de manutenção da hierarquia dentro do grupo altera o
> nível de testosterona (o hormônio da libido sem o qual não há
> orgasmo, tanto masculino quanto feminino)######>Pelo que depreendi, química sexual significa níveis sanguíneos de testosterona. Será só isso?!<####### <<#=+ *Aqui mantenho: 'Química sexual' significa níveis sanguíneos de testosterona? Pareceu-me que o assunto está sendo tratado com alguma displicência*
A testosterona é um hormônio que esta tanto ligado à agressividade
quanto à libido, mas isso não siginifica que uma coisa esteja ligada
a outra. Na hora da luta o que está em jogo é a sobrevivência, e não
a reprodução.######>Não entendi. Quem ganha o jogo é que trepa? Qualé o
jogo?<###### <<#=+ *Aqui saí deduzindo que os machos 'brigam' disputando a
fêmea. Neste caso, óbvio, estaria envolvida mais a reprodução (cobertura) do
que sobrevivência, posto que dificilmente um mataria ao outro contendor*
que faz com que os rituais
> agonísticos (e os de manutenção da ordem hierárquica) sejam
idênticos
> aos rituais sexuais de corte e acasalamento, isto é, entre esses
> primatas a sinalização de cópula é idêntica à da agressividade
intra-
> específica.######>Bonito isso: Intra-específica!<###### <<#=+ *Pode ser, 'lá' entre os 'macacos'. Mas, como a intenção seria implicar...*
Entre certos lutadores de boxe e jiu-jitsu também. Mas para a maioria
dos mortais a sinalização de cópula é bem diferente da sinalização de
luta, concorda? Ou você é daqueles que tenta impressionar as garotas
berrando, socando e fazendo cara de mau? Isso também vale para a
maioria dos mamíferos . Aliás, mesmo nas espécies em que o macho é
bem mais forte do que a fêmea, e teoricamente poderia usar de sua
força para forçar uma relação sexual, isso não ocorre, via de
regra.######>Mas ocorre e com frequencia registrada estatísticamente.
Pergunte a alguém... links, hackers...<####### <<#=+ *Vê?!*
"Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e
> reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores
> adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e
> são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos das castas
> superiores".######>Nunca ouvi falar disso: Sempre bom pertencer a uma lista de ciências. Relacionamento homossexual é incompatível com reprodução. Num experimento com ratos aparece homossexualidade, feminina e masculina, apenas em situações extremas, onde a vida do rato ficou ameaçada<###### <<#=+ *Pô meu! 'Macho superior' não transa com outro macho! Pode até ser (E deve mesmo ter algum relato). Mas é regra ou particularidade?*
Sobrevivência.
(C. Sagan; Os Dragões do Éden; p. 35) "No caso dos
> macacos africanos e dos babuínos, há certos machos que se sentam
> sempre de costas voltadas para o campo, mantendo-se de guarda e
> exibindo o intensamente colorido pênis e os testículos, por vezes
do
> mesmo colorido intenso. Se um estranho ao grupo se aproxima
> demasiado, os guardas têm mesmo uma ereção; as chamadas `cópulas de
> fúria' também têm lugar". (Irenäus Eibl-Eibesfeldt; A Biologia da
Paz
> e da Guerra; p. 108)######>No caso do Homem, adrenalina prepara para a luta. É liberada no cérebro a partir do estímulo visual/olfativo do babuíno, suponho, seguindo-se feed back de adrenalina (reação córtico-visceral - a adrenalina no cérebro, via estímulo neural, atinge a córtex supra renal produzindo adrenalina). Então induz glicogenólise (aumentando a glicose utilizável no sangue - glicemia), broncodilatação (aumentando a aeração, já que a utilização da glicose está na dependência da presença de oxigênio), midríase, vasiconstrição periférica (diminuindo hemorragia em caso de lesões), piloereção (os pelos arrepiam dando a impressão de tamanho aumentado ao animal), taquicardia, aumento na tensão arterial, aumento na atividade cerebral (taquipsiquismo), e contração dos canais deferentes e vesículas seminais (Mais outras reações, lógico). A adrenalina é uma substância simpaticomimética, ou seja, mimetisa o sistema nervoso simpático, responsável pela ejaculação. A ereção é resultado da atividade parassimpática, que antagoniza ao simpático. Os babuínos ejaculam ou têm ereção?<####### <<#=+ *Aqui pretendia sinalizar que tomar os comportamentos que estão sendo analisados apenas com base nos níveis sanguíneos de testosterona...*
Sobrevivência.
>
> Freud afirmava que a libido é a energia motriz da maioria dos
> processos oníricos.######>Concebendo libido como foi colocada no início da msg, abrangente a emoções...<#######
E o medo de morrer, porque não? Se fulano sonha que está sendo
perseguido por um assaltante, porque isso não pode ser visto como uma
representação simples e direta de uma ameaça familiar (ao invés de
uma representação simbólica de desejos sexuais ocultos).######>É isso aí.
Libido foi conceituada inicialmente como sede das emoções, não somente das
pulsões sexuais<######## <<#=+ *Inicialmente neste texto, não na teoria
psicanalítica*
Pois bem, experiências realizadas no laboratório
> de Willian Dement, psiquiatra da Universidade de Standford, e
outros
> psicólogos apóiam a tese de Freud, na medida em que sugerem "uma
> estreita correlação entre a ereção do pênis ou do clitóris e o sono
> em fase de MOR (Movimento Ocular Rápido).#######>No meu tempo se adotava a linguagem alienígena (REM - Rapid Eyes Movements). Ainda bem que mudou<####### <<#=+ *Pura implicância. Não faz a mínima diferença, MOR ou REM*
>
> Segundo Aron (1984), Mac Lusky (1986) e Bourguignon (História
Natural
> do Homem; Zahar; pp. 173/174), a curva da testosterona, o hormônio
da
> libido, coincide com a teoria freudiana do caráter difásico da
> sexualidade humana. Segundo Freud, a sexualidade desenvolve-se nos
> seres humanos em duas fases: na primeira infância -- a qual se
segue
> um período de latência -- e na puberdade. Pois bem, esses autores
> observaram, em recém-nascidos machos de várias espécies de
mamíferos,
> entre as quais o homem, uma secreção
> de testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido
> como 'crise testicular neonatal'. 'No menino' -- escreveu o
> neurologista André Bourguignon -- 'a taxa de testosterona chega à
> metade da do adulto já na segunda hora de vida e, após um
decréscimo,
> continua alta do segundo ao sexto mês. Diminui depois, até atingir
> taxas muito baixas (1% da taxa adulta) que se mantêm até os oito-
dez
> anos, depois voltam a subir
> progressivamente, até a puberdade. (...) Quanto às meninas, é entre
o
> sexto e o décimo segundo mês que uma atividade ovariana se acentua
> muito nitidamente.' (HNH; pp. 173/174)#####>É bastante técnico. Mais uma vez me regozijo de pertencer a uma lista de ciências<###### <<#=+ *Aqui mantenho: Creio que estariam se apegando a detalhes pertinente à um fenômeno abrangente*
Mais uma vez, a testosterona é apenas um hormônio, não é um processo
mental. Testosterona não é sexo. O fato do bebê ter um pico de
secreção de testosterona não significa que ele esteja tendo fantasias
eróticas. A presença de testosterona é apenas uma das pré-condições
da agressividade e da sexualidade - assim como outros órgãos e
hormônios tem também mais de uma função, e não necessariamente as
funções são relacionadas ou homólogas.#######>Um gran finale!
Manero.<######## <<#=+ *Enfim... Fim*
[]´s
André Baptista
SUBJECT: Re: Para Dr.PSI
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 08:13
Pessoal,
Uso de drogas ainda e' crime no país. Vamos ter um pouco de cuidado.
[Uma pergunta conservadora de um careta: de onde vem o dinheiro de
Fernandinho Beira-Mar e dos narcotraficantes para comprarem armas
pesadas, explosivos, subornarem autoridades politicas e policiais?]
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] S. Hawking - energia zero
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 08:14
Olá Aniello,
<< Contudo, toda a matéria atrai-se a si própria devido à gravidade. Dois
pedaços de matéria que estejam perto um do outro têm menos energia do que se
estiverem muito afastados, porque é preciso gastar energia para os separar
contra a força da gravidade, que os atrai um para o outro. Portanto, em
certo sentido, o campo gravitacional tem energia negativa.>> (S. Hawking)
Aniello: Alguém me consegue explicar este raciocínio? Me parece algo do
tipo: o mundo é azul portanto eu como banana. De onde diabos veio este
"certo tipo de energia negativa"? E que katso seria uma energia negativa?
Manuel: No livro do Alan Guth, "O Universo Inflacionário" (Apêndice A:
Energia Gravitacional, pp. 239/242), o autor descreve um experimento
imaginário para entender a energia da gravidade. Tem uma edição nova desse
livro (Editora Campus).
Veja o trecho abaixo:
<<Como energia negativa de um campo gravitacional é essencial para a noção
de universo de gravidade zero, ela constitui um assunto que vale a pena
estudar com cuidado. Neste apêndice, explicarei como as propriedades da
gravidade podem ser utilizadas para mostrar que a energia de um campo
gravitacional é, sem dúvida, negativa. O argumento será descrito no contexto
da teoria da gravitação de Newton, embora possamos chegar à mesma conclusão
por intermédio da teoria da relatividade geral.
<<Uma forma simples de demonstrar o sinal de energia gravitacional é
imaginar uma camada esférica e fina de massa (...). A camada criará um campo
gravitacional que, em cada ponto do espaço, fornece uma medida da força que
seria experimentada pela massa se ela estivesse situada neste ponto. O campo
gravitacional pode ser calculado com a utilização dos métodos newtonianos.
Newton considera primeiro um ponto ideal de massa -- uma concentração de
massa tão pequena que pode ser tratada como se toda a massa se localizasse
em um único ponto do espaço. Nesse caso, o campo gravitacional aponta
diretamente para a massa, com uma força descrita pela lei do inverso do
quadrado -- isto é, a força diminui em função do quadrado da distância do
ponto de massa. Para um objeto mais complicado como a camada da Figura
A.1(a), o campo gravitacional é determinado, em princípio, ao dividirmos
mentalmente o objeto em um número infinito de pontos de massa, cada um deles
com massa infinitamente pequena. A ilustração esquemática dessa divisão em
pontos de massa é mostrada na parte (b) da Figura. Para cada ponto de massa
utilizamos uma lei simples do inverso do quadrado e em seguida é preciso
somar o número infinito de contribuições para obtermos a resposta final. A
técnica para lidar com um número assim infinito de quantidades é o principal
tópico do que é chamado de cálculo integral, que foi desenvolvido em sua
maior parte pelo próprio Newton.
<<O resultado para o campo gravitacional de uma camada esférica de massa foi
calculado pela primeira vez por Newton e é um tipo de cálculo que tende a
aparecer em qualquer curso de física de nível universitário. Newton
descobriu que, fora da camada, o campo gravitacional em qualquer ponto é
dirigido de maneira radial para dentro em direção ao centro da camada. Essa
resposta poderia ter sido antevista pela simetria do problema: não há
nenhuma outra resposta razoável para a pergunta "Em que direção ele poderia
apontar?" A força do campo gravitacional fora da camada pode ser descrita
com simplicidade surpreendente: o campo gravitacional tem exatamente a mesma
força que teria se toda a massa estivesse concentrada no ponto central da
camada.
<<O que é o campo gravitacional de dentro de uma camada esférica? (...)
Newton demonstrou que (...), na verdade, as forças se anulam exatamente
para uma partícula situada em qualquer ponto dentro da cavidade da esfera.
<<Para prosseguirmos na discussão da energia gravitacional, precisamos
responder a mais uma pergunta: como a gravidade afetará a própria camada da
esfera? Cada ponto da camada esférica será gravitacionalmente atraído para
outros pontos da camada, o que resultará em uma força que puxa cada um dos
pontos no sentido do centro da esfera. Se a matéria de que a camada é feita
for macia e compressível, a gravidade fará com que a camada se contraia.
<<(...) Fora da camada, o campo gravitacional aponta para dentro e, dentro,
o campo gravitacional é zero. Imaginemos agora o que aconteceria se a camada
pudesse contrair-se de maneira uniforme, sem perder sua forma esférica.
Pode-se imaginar, por exemplo, extrair energia ao amarrarem-se cabos a cada
pedaço da camada (...) Esses cabos podem ser usados para acionar geradores
elétricos à medida que cada pedaço desce para sua nova posição. (...)
(Lembre-se que, de fora, o campo é o mesmo como se toda a massa estivesse
concentrada no centro, de modo que ele não depende do raio da camada.)
Dentro da camada em sua nova posição, o campo gravitacional permanece igual
a zero. Entretanto, nas regiões sombreadas entre as regiões nova e original,
existe agora um campo gravitacional onde não existia nenhum campo antes.
Essa operação tem por efeito a extração de energia e a criação de uma região
nova de campo gravitacional. Assim, há 'liberação' de energia quando o
campo gravitacional é criado. A energia contida na região sombreada tem,
assim, de diminuir, do mesmo modo que o nível d'água de um tanque baixa se
houver liberação de água. Como a região começou sem nenhum campo
gravitacional e, portanto, sem energia, a energia final deve ser 'negativa'.
Na maioria dos processos físicos, a troca de energia gravitacional é muito
menor do que a energia de repouso (mc2) das partículas envolvidas. Mas do
ponto de vista cosmológico a energia gravitacional total pode ser muito
significativa.>>
(Alan Guth; O Universo Inflacionário; Ed. Campus; Apêndice A: Energia
Gravitacional; pp. 239/242)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: S. Hawking - energia zero
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 09:03
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Olá Aniello,
>
> << Contudo, toda a matéria atrai-se a si própria devido à
gravidade. Dois
> pedaços de matéria que estejam perto um do outro têm menos energia
do que se
> estiverem muito afastados, porque é preciso gastar energia para os
separar
> contra a força da gravidade, que os atrai um para o outro.
Portanto, em
> certo sentido, o campo gravitacional tem energia negativa.>> (S.
Hawking)
>
> Aniello: Alguém me consegue explicar este raciocínio? Me parece
algo do
> tipo: o mundo é azul portanto eu como banana. De onde diabos veio
este
> "certo tipo de energia negativa"? E que katso seria uma energia
negativa?
Oi Aniello! O "negativo" aí tem a ver com idéia de fluxo de campo e
de energia potencial. O paralelo com energia potencial é o quanto
mais alto ( mais longe ), maior o tombo, isso só para ilustrar. :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 09:04
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 3:34 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>Vale a pena diferenciar uma coisa aqui: Einstein acreditava que a mecânica
quântica era uma teoria incompleta devido a seu caráter probabilístico, mas
reconhecia seu valor devido a sua precisão empírica. Ele acreditava que a
mecânica quântica deveria ser reformulada "para que Ele não jogasse dados".
Como eu disse, foram os pressupostos (a crença no determinismo) e
preconceitos (Deus não joga dados) de Einstein que o levaram a resistir até
o fim da vida à mecânica quântica.
>Por mais que a "moda científica" influencie no tratamento e
respeitabilidade
que uma teoria receba, a palavra final sempre cabe ao teste de laboratório.
Existe uma crença generalizada na comunidade científica de que o teste de
laboratório é absolutamente objetivo e não está sujeito a influências
distorsoras mas, na verdade, as coisas são um pouco mais complicadas. É
verdade que qualquer um que reproduzir uma experiência bem-sucedida
provavelmente vai obter o mesmo resultado. Mas esse resultado depende dos
parâmetros definidos no início do experimento e os resultados precisam ser
interpretados depois do experimento. Ora, tanto na definição dos parâmetros
quanto na interpretação dos resultados entra um elemento subjetivo, nem que
seja sob a forma da escolha do experimentador quanto ao que incluir na
experiência e o que deixar de lado. Por exemplo, a experiência da dupla
fenda de Young indica que a luz é uma onda e o efeito fotoelétrico indica
que a luz é uma partícula. Se a mecânica quântica não tivesse corajosamente
assumido *ambos* os resultados, mesmo que isso fosse contra o senso comum,
estaríamos até hoje assistindo uma querela interminável entre os partidários
da teoria corpuscular e os adeptos da teoria ondulatória, e ambos os lados
teriam resultados experimentais tidos como objetivos a apoiar suas
conclusões.
Outro exemplo, desta vez da área médica, são os estudos sobre a maconha.
Compulsando a literatura especializada, você vai encontrar tanto pesquisas
que demonstram que a maconha faz mal pro organismo quanto pesquisas que
provam que a maconha faz bem pro organismo. E todas elas amparadas em
informações objetivas, pesquisas de laboratório, dados estatísticos, etc.
Como é possível que duas pesquisas partindo dos mesmos dados objetivos
possam chegar a conclusões tão diametralmente opostas? Simples: porque,
embora em ambos os casos os dados sejam objetivos, não são os *mesmos* dados
objetivos. Há uma seleção de parâmetros por parte do pesquisador, que define
de antemão, dentre a maçaroca de dados, quais deverão ser considerados
relevantes e quais serão descartados como não-pertinentes. E essa seleção de
parâmetros é um fator subjetivo, no qual pesa inclusive a atitude que o
pesquisador já tinha sobre a maconha antes da experiência.
Um terceiro exemplo, agora das neurociências, foi a pesquisa que eu
mencionei em um email anterior sobre a psicanálise, de um grupo de
pesquisadores do National Institute of Health e do Walter Reed Army
Institute of Research, que mapearam o cérebro durante o sonho usando TEP e
apresentaram os resultados da pesquisa em um artigo bombástico da _Science_,
no qual diziam que ela provava experimentalmente que Freud estava errado. Na
verdade, como eu disse, os resultados que eles obtiveram vão *ao encontro
da* e não *de encontro à* teoria freudiana dos sonhos. Mas a atitude de
animosidade que eles tinham para com a psicanálise levou-os a distorcer a
teoria freudiana dos sonhos e, conseqüentemente, a interpretação dos
resultados da pesquisa.
Escolhi propositalmente exemplos de áreas distintas da ciência pra mostrar
que eles apontam pra um traço genérico. É verdade que a palavra final sempre
cabe ao teste de laboratório, mas essa palavra final não flutua isolada no
vácuo, ela depende de toda uma cadeia discursiva que começa antes do teste e
se estende para além dele.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Milagres
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 09:15
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> O Milagre, por definição, está relacionado à Cristo e sua
> Encarnação/Paixão/Ressurreição.
Por definição de quem?
> Mas a ciência empírica, que é anti-religiosa por
> definição
Por definição de quem?
As Ciências são apenas uma ferramenta. Eu as encaro como arreligiosa
e não anti-religiosas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 09:24
On Thu, 24 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Para quem ainda (meu Deus!!!!!! ainda existe gente com essa dúvida!!!!!!)
> tem dúvidas a respeito da existência histórica (apesar de ser o assunto mais
> pesquizado do século XX e com o maior rigor científico) de Jesus de Nazaré:
>
> Theissen, Gerd & Merz, Annette - O Jesus Histórico, Um Manual. Ed. Loyola,
> 655 pgs. 2002.
Eu não tenho dúvidas da NÃO existência histórica do tal citado.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 09:28
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 4:48 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?)
>Fluxo de tempo é uma coisa. Tempo é outra. Estou sempre afirmando que o
fluxo
de tempo não existe.
Ok, correção aceita.
>Antes de tudo, tempo psicológico e tempo físico são coisas completamente
diferentes.
Neste caso, eu não estava falando do tempo psicológico. Mesmo o tempo
físico, enquanto entidade independente, não existe. Ele pode ser tratado
assim nos casos em que o vínculo com o espaço não é relevante pra pesquisa
mas, na verdade, espaço e tempo formam uma unidade no contínuo, ainda que a
dimensão do tempo tenha uma assimetria que as dimensões do espaço não
possuem. É o observador que divide o contínuo, separando o espaçotempo em
espaço *e* tempo. Essa divisão, em princípio, não envolve nenhum fator
psicológico, embora possa ser descrita como "subjetiva" no sentido de que
diferentes observadores, dependendo de sua velocidade, posição e movimento,
vão dividir o espaçotempo de maneiras diferentes - daí a conclusão de
Einstein de que a simultaneidade é relativa.
>Não. Assumir que o fluxo do tempo é relativo não é tornar o tempo
simétrico.
Eu estava falando de tempo estático (ou blocado), não de tempo simétrico.
Dizer que todos os pontos do espaçotempo têm o mesmo grau de realidade não
significa que o tempo seja simétrico. Pega o exemplo da própria seta
enquanto figura geométrica: ela tem uma direção determinada e, no entanto,
todos os pontos da seta coexistem. Se o meu futuro pode ser o teu presente e
o passado do Manuel (dependendo do fato de estarmos ou não em velocidades
relativísticas), eu não posso dizer em termos absolutos que o futuro ainda
não existe ou que o passado deixou de existir. Esse futuro ainda não existe
*pra mim*, mas *pra você* ele é presente. O futuro, o passado e o presente,
portanto, são relativos. Enquanto pontos do espaçotempo, eles têm o mesmo
grau de realidade. Isso não quer dizer que você possa alterar o passado,
porque pra você ele não existe mais. Ele é presente apenas pro Manuel, que
vai andando livre e airoso pela calçada sem saber que, *do teu ponto de
vista*, que o observa por um telescópio a bordo de uma espaçonave
relativística, tudo o que ele está fazendo já aconteceu.
>Se a causalidade é contingente ou necessária, não muda o fato dela ser
absoluta.
Em termos práticos, não. Em termos filosóficos, faz diferença. Indica que a
causalidade não é um princípio fundamental ou uma lei metafísica, mas o
simples resultado de um fator contingente.
>Mesmo entre os físicos que aceitam tal hipótese, há aqueles que defendem
que, mesmo rompida a causalidade, o efeito anterior a causa não poderia
alterar sua própria causa, apenas confirmá-la. Em outras palavras, quando
algo "viajasse ao passado" não poderia alterar as condições que geraram ele
próprio.
Aqui a gente entra no espinhoso terreno dos paradoxos da viagem no tempo,
que já produziu histórias ótimas de ficção científica e também fez com que
se falasse muita bobagem. Não creio que o nosso equipamento conceitual seja
adequado pra lidar com esses paradoxos porque a causalidade e o tempo linear
fazem parte das nossas categorias apriorísticas de conhecimento. Nós
simplesmente não somos capazes de pensar sem esses parâmetros. Então, não
podemos realmente visualizar o que aconteceria se a causalidade fosse
rompida ou invertida, nem conseguimos imaginar como seria se pudéssemos
perceber diretamente o tempo blocado (note que eu estou falando sobre duas
coisas diferentes: o tempo blocado não tem necessariamente nada a ver com a
viagem no tempo, nem vice-versa). Por enquanto, quando a viagem no tempo
ainda é só um tema da ficção científica suportado por algumas especulações
da física teórica, isso não é um problema. Mas, se algum dia, alguém
realmente conseguir construir uma máquina do tempo - seja usando os
wormholes, seja encontrando um jeito de contornar a barreira da luz - bem,
nesse dia nós vamos estar em palpos de aranha... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Emoticon (Re: Científico ou especulação)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 09:31
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Falando nisso, você sabe qual é o emoticon para
> "Monica Lewinski"?
/;-)
http://www.readingeagle.com/krt/tech/emoticon/html/3a.htm
Ja' eu sugeriria:
(/:-)==~
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Aliás, "SOB" tem algo a haver com sol e praia, ou não?
E' uma das possibilidades, como eu disse tto pode ser 'suspiro'
qto 'fdp'.
------------
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Correção: Alvaro DE Almeida!
Perdões. Hã... poderia ser uma lincensa poética?
-------------
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: S. Hawking - energia zero 2
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 09:33
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Qua 23 Out 2002 15:26, you wrote:
> > No caso de um universo que seja
> > aproximadamente uniforme no espaço, pode mostrar-se que esta
energia
> > gravitacional negativa anula exatamente a energia positiva
representada
> > pela matéria. Portanto, a energia total do universo é zero.>>
(Hawking,
> > 2000, pp. 152-153)
>
> Alguém se candidata a demonstrar isto?
>
> Aniello
O que você entende por "positivo" e "negativo" antes de mais nada?
Se você considerar "positivo" a fonte e "negativo" a foz, não há o
que interpretar nem demonstrar. A matéria tem energia positiva nesse
contexto porque está gerando um campo gravitacional. A energia desse
campo é negativa para que a resultante seja zero, ou tenda a zero,
para que haja equilíbrio, caso contrário todos os corpos do Universo
tenderiam a serem compactados ou haveria uma expansão tão violenta
desde o princípio que não permitiria a matéria aglutinar-se em focos
com a consequente formação de estrelas, proto-galáxias...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Energia e Força
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 09:33
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
>
> Oi Sérgio
>
> Creio que o mal entendido, segundo explicação do Aniello, é que
estávamos
> falado de 'energias diferentes'. Eu pensara em energia radiante e
vc
> referia-se a energia cinética (Potencial e manifesta).
Energia é energia. Eu falei de energia em geral, e dei exemplos
particulares. A energia radiante segue a mesma fisica que as outras.
Seja como for, não
> tenho conhecimento suficiente para discutir este assunto com vc.
Observamos
> lugares diferentes: Eu olho para dentro do Homem, vc para fora do
planeta.
> Fica difícil.
> Quanto a 'velocidade da eletricidade', não sei, mas provavelmente
dependa da
> d.d.p., como vc coloca. Quanto as caracteristicas do vácuo... Sei
lá...
> Estas pensando em campos eletromagnéticos neste vácuo? Prá mim,
vácuo é
> vácuo e o fato de ser vácuo já o caracteriza.
O vácuo, como qq outro meio, é electricamente caracterizado por uma
constante chamada permitividade electrica. E é magnéticamente
caracterizado por uma cosntante chamada permeabilidade magnética.
Estas duas constantes caracterizam o meio (isto é, meios iguais tem
estas constantes iguais e meios diferentes têm estas constantes
diferentes).
Estas duas constantes estão relacionadas com a velocidade da luz (não
do electricidade) no meio. Contudo, a permitividade electrica, está
ligada com a velocidade da electricidade.
Sérgio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 09:35
On Thu, 24 Oct 2002, Silvio Cordeiro Filho wrote:
> que eu saiba a única referência à existência de Jesus por documentos
> produzidos por não cristãos é uma referencia de Flávio Josefo, parece-me
> que tribuno romano sobre uma pequena rebelião na província da Galiléia.
> Há outros registros?
Há um outro. Mas tanto este quanto o outro são de autenticidade duvidosa.
Os exemplares mais antigos destes livros estão tão danificados que é quase
impossível testar sua autenticidade.
O que coloca a citação em dúvida é que ela aparece fora de contexto e
fora do padrão estilístico do autor.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 10:07
Anielo, seguem comentários....
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Usei aqui "acima da razão humana" no sentido de "incompreensível a
priori para a mente humana", ligando assim razão a compreensão.
E o que seria compreensão? Usei compreensão como "capacidade de
descrever de modo não subjetivo".
Aniello
FSK> Caro Aniello, concordo com seu ponto. Até pouco, nessa thread,
*razão* vinha sendo usado veladamente como referindo-se à
*compreensão*, ou mesmo como *capacidade de compreensão*. Mas esse
conceito foi questinado e trazido um passo para trás, qdo passou a
ser questinada a validade da compreensão, por assim dizer. E vou
além. Dizer que o desconhecido está incompreensível é tautológico. A
ciência avança extamente nessa direção, de posse do método científico
e, agora sim, da razão, como intsrumentais. Assim, o que está acima
da "razão" (ou da compreensão humana) é exatamente o objeto de
investigação científica.
O que eu venho rebatendo (e chamando de posição "relativista"
ou "subjetiva") é a validação e a tentativa de legitimação de
hipóteses, modelos ou mesmo opiniões que sejam conflitantes sob a
alegação de que tratam-se de "pontos de vista". Não é legítimo
extrapolar discussões do tipo "qual o melhor sabor de sorvete" com
investigações sobre o (ainda) desconhecido...
================================
(Lúcio):
> Não é nem necessariamente imediata, nem necessariamente objetiva. O
que
> impediu Einstein de aceitar a mecânica quântica e fez com que a
maior parte
> dos físicos demorasse pra admitir a possibilidade dos buracos
negros foram
> seus preconceitos e pressupostos pessoais, que são subjetivos por
> definição.
(Aniello):
Vale a pena diferenciar uma coisa aqui: Einstein acreditava que a
mecânica quântica era uma teoria incompleta devido a seu caráter
probabilístico, mas reconhecia seu valor devido a sua precisão
empírica. Ele acreditava que a mecânica quântica deveria ser
reformulada "para que Ele não jogasse dados".
A comunidade científica da época, mesmo tendo restrições ao modelo
teórico da mecânica quântica, se utilizava dela para fazer as
experimentações quanto a partículas elementares.
Por mais que a "moda científica" influencie no tratamento e
respeitabilidade que uma teoria receba, a palavra final sempre cabe
ao teste de laboratório. Este é um exemplo limítrofe, em que pessou
muito o fato que o determinismo foi considerado por séculos como uma
das bases da ciência. Mas mesmo resistindo, a comunidade científica
teve de engolir a quântica goela abaixo.
FSK> "(...) goela abaixo.": eis a objetividade.
abraços,
Fernando SK
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 10:41
----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o"
Sent: Thursday, October 24, 2002 4:39 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> > > > Mas por puro azar a sua física, corpuscular na origem, estava
> > > > apoiando a outra física: a física dualística. [...] Mas, na
> > > > realidade, Heisenberg não estava se apoiando na mesma mas
> > > > apoiando-a. E a satisfação por esta constatação deve ter bloqueado
> > > > seu raciocínio.
> > > Deixa ver se eu entendi: Heinserberg não estava se apoiando na fsícica
> > > dualística (imagino que esteja falando na dualidade onda-partícula) e
> > > sim tentando apoiá-la?
> > Eu não disse que Heisenberg estava tentando apoiar nada.
> Então traduza, pois eu não entendi.: "Mas na verdade Heisenber não estava
> se apoiando na mesma, mas apoiando-a".
Apoiar nem sempre significa um ato consciente; *tentar* apoiar sim. Se
Heisenberg estivesse *tentando* apoiar alguma coisa eu não precisaria
iniciar o comentário com "Mas por puro azar a sua física... estava
apoiando", ou então "a satisfação por esta constatação...". Ora, quem
constata é por que até então desconhecia, e se desconhecia, o processo não
estava sob o domínio do consciente, até então. Espero que agora tenha ficado
claro o que *tentei* dizer.
Veja então um processo semelhante: *tentei* conscientemente dizer alguma
coisa, mas como o leitor sempre tem razão, na realidade, e
inconscientemente, eu acabei informando uma coisa que não *tentei* dizer.
Sob esse aspecto, informar não seria a mesma coisa que dizer.
> Quando Newton afirma "É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa,
> sem a mediação de alguma coisa, QUE NÃO É MATERIAL, atuar sobre, e afetar
> outra matéria sem contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no sentido
> de Epicuro for essencial e inerente a ela." ee esta rejeitando uma
> explicação epicurista da gravitação exatamente por crer que agir de
> maneira não material é inconcebível.
Quero crer que o texto está muito claro e não concordo com a sua
interpretação. Enfim, como você interpretou de maneira diversa o que
*pretendi* dizer (exposto acima) e estamos aqui interpretando, de maneira
diversa, o que Newton pretendeu dizer há mais de três séculos... Talvez
fosse melhor deixar o dito pelo não dito. Por outro lado, e como trata-se de
uma tradução, creio que não convém polemizarmos a respeito sem examinar o
original, que não disponho no momento. De qualquer forma, ainda assim acho
estranho que ele tenha deixado a critério do leitor algo que julga
inconcebível. Não foi isso o que ele fez no restante de sua obra, ou seja,
não era esse o seu estilo. Pelo contrário, seu estilo sempre foi muito
agressivo quando frente a dados a seu ver incontestáveis.
Lembro ainda que você originalmente afirmou que Newton "não abordou a
questão do mecanismo da gravitação", e isso parece ter ficado claro que não
é verdade. O texto foi colocado em resposta a esta observação e, obviamente,
aproveitei para tecer considerações paralelas e inseridas no contexto da
msg.
> > Aliás, a interpretação que se dá ao efeito fotoelétrico está sutilmente
> > comprometida com a teoria dos elétrons livres de Drude e Lorentz, algo a
> > meu ver bastante questionável.
> Ok. Vamos relembrar o problema do efeito fotoelétrico. Certos metais, ao
> serem irradiados por ondas eletromagnéticas, geram corrente elétrica.
> Obviamente a energia radiante é transformada em energia elétrica de alguma
> forma. Porém surpreendentemente vemos que somenente a partir de certa
> frequência de onda a corrente é gerada, não importando a intensidade
> luminosa. Como explicar isto sem se utilizar do conceito de quanta de luz?
O fenômeno será surpreendente se, mas somente se, a idéia de "elétrons
livres" for verdadeira. Ou seja, seria de se esperar que "elétrons livres"
fossem incorporando gradativamente energia. Nestas condições, mas somente
nestas, a intensidade luminosa seria a determinante do processo. Como tal
não acontece, pois "a energia máxima dos elétrons emitidos depende do
comprimento de onda da luz incidente, mas não da intensidade da luz",
ficamos frente a duas possibilidades: a) a luz seria quantizada; b) os
elétrons não seriam tão livres quanto suposto por Drude e Lorentz.
Quero crer que a possibilidade a) você conheça bem, então deixarei de
comentá-la. Quanto à possibilidade b) diria que os elétrons estão em
órbitas, não exatamente nas "órbitas permitidas" de Bohr, mas nas órbitas
onde eles entram em equilíbrio com o campo de seus semelhantes (não
exatamente um campo de Maxwell). O trabalho de Bohr é interessantíssimo ao
mostrar que essas órbitas, supostas divinamente como "permitidas",
relacionam-se, certamente não por acaso, com a constante h de Planck. Veja
bem, eu nunca disse que a constante h de Planck não existe ou que está
errada, mas sim que ela está mal interpretada. Não existe "quanta de luz" e
sim uma limitação tal que elétrons *em órbita* recebam apenas determinadas
quantidade de luz, pois do contrário eles não se encaixariam no campo de
seus semelhantes. O próprio Planck morreu convicto de que a física quântica
era um furo n'água, e não por outro motivo costumo dizer que Planck foi o
último dos grandes clássicos. Não obstante, naquela época não havia muitas
opções a serem feitas, depois que o eletromagnetismo de Maxwell foi
despersonalizado por Lorentz.
Além dessa idéia errônea de "elétrons livres" existia também o modelo
atômico de Thompsom (pudim de passas) a sugerir que os elétrons, do átomo,
seriam dipolos oscilantes. Pois Planck apoiou-se nessa idéia de elétrons
oscilantes. Mas um elétron oscilante nada mais é senão a projeção, num eixo,
de um elétron em órbita circular. Ou seja, a matemática dá certo, mas a
interpretação física está totalmente errada. As coisas somente começaram a
clarear com a experiência de Rutherford, coisa efetuada cerca de dez anos,
ou mais, após o trabalho original de Planck (1901). Mas, lamentavelmente
surgiu Bohr (1913) com a aceitação de um elétron coulombiano e a
desrespeitar, quando em órbita, a teoria de Maxwell. A partir daí tudo se
esclareceu e, paradoxalmente, tudo ficou muito nebuloso. E o século XX foi
pródigo na produção de hipóteses "ad hoc" a superprotegerem essa idéia
absurda e a engrossarem a nebulosidade. E a física quântica nada mais é
senão uma ficção ininteligível e a apoiar-se nesses erros crassos.
> > A força nuclear forte foi postulada para explicar como dois ou mais
> > prótons conseguem se manter num mesmo núcleo. Se estou afirmando que o
> > próton, assim como o elétron, não é idêntico a uma carga elétrica
> > coulombiana, posso perfeitamente assumir que a interação forte é uma
> > ilusão a apoiar-se num erro crasso.
> Um erro crasso que explica com precisão matemática os fenômenos
> radioativos outros que o decaimento beta (explicado pela força nuclear
> fraca).
A matemática realiza proezas que a própria razão desconhece. [Os economistas
que o digam ;-). Ou seria :-( ?]
> > Por enquanto, e no que diz respeito ao tema, limito-me a
> > experiências de pensamento, a exemplo daquelas que apóiam o princípio da
> > incerteza. A minha teoria faz predições sim, mas de outra natureza.
> Bom, o Taborda já colocou muito felizmente que o experimento mental do
> Bohr (fóton perturbando elétron) não é a explicação do princípio da
> incerteza, e sim uma ilustração do mesmo. Tanto é que Heinserberg não
> precisou concebê-lo para afirmar seu princípio.
Em primeiro lugar, não disse que a experiência de pensamento teria sido a de
Bohr. Num artigo sobre "A incerteza da física moderna", que está em
http://ecientificocultural.com/Eletron2/incerteza2.htm começo um dos itens
(A lógica de Heisenberg) afirmando: "Ao que parece Heisenberg estava
preocupado com o estudo da trajetória de partículas elementares, como o
elétron, em câmaras especiais, como a de Wilson." E a partir daí descrevo a
experiência de pensamento a que me referi.
Em segundo lugar: Qual seria então, se é que existe, a experiência a
justificar o princípio da incerteza? Seria, por acaso a experiência de
Aspect, realizada 60 ou mais anos após o princípio ter sido enunciado? Se
sim, sugiro que leia a mensagem 4790 da Ciencialist, de maio de 2000 (vide
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/ci4790.htm ).
> O que não impede de se criar um experimento mental que demonstre alguma
> falha no princípio. Para isto bastaria realmente crirar um experimento que
> pudesse medir o momentum e a posição de um elétron com precisão acima da
> permitida pelo princípio da incertza. Mas para tal não basta afirmar
> apenas a utilização de um campo qualquer, e sim descrever mentalmente o
> experiemento, ou seja, apontar qual é o método pelo qual se poderia obter
> uma precisão acima da máxima permitida.
> O princípio da incerteza é uma relação matemática. Afirma que o produto
> entre a incerteza da quantidade de movimento de um elétron e a incerteza
> de sua posição é uma constante. Apenas isto.
Vocês são muito matemáticos para o meu gosto. Física não é matemática, pô!!!
A relação matemática surgiu anos após a idéia física ter germinado na cabeça
do Heisenberg. Dizem as más línguas que antes de encontrar a relação
matemática o Heisenberg esteve a ponto de jogar tudo para os ares e se
transformar em filósofo.
> > Bem vejamos uma pequeníssima amostra do que dizem alguns físicos a
> > respeito: [...]
> Qual é o problema aqui? Um físico quântico deve compreender que a nossa
> linguagem foi criada para se descrever o mundo em que vivemos. Os objetos
> do mundo subatômico, pela física quântica, possuem características
> completamente diversas que os objetos do mundo físico cotidiano
Na sua opinião e, obviamente, na opinião da maioria dos físicos "modernos"
que curtem o atoleiro.
> Assim sendo não é possível descrever as propriedades das partículas
> subatômicas em linguagem comum.
Não é possível por opção e/ou por interpretação errônea de uma matemática
que dá certo sem que se saiba onde, quando e nem porque.
> Nós não podemos "conhecer" um méson como podemos "conhecer" uma bola de
> bilhar. Resta-nos a linguagem matemática.
Uma linguagem sem tradução alguma e a contemplar uma plêiade de
megalomaníacos que leram e não entenderam Schrödinger, dentre outros.
> Muitas das citações foram retiradas de uma época em que a quântica ainda
> engatinhava, e muitos pontos incompletos.
Pois hoje ela nem mesmo engatinha. Está numa terapia intensiva a espera de
alguém que desligue os aparelhos.
> Basta lembrar o modelo atômico
> de Bohr. Ainda há muitas lacunas a se preencher, mas negar o avanço da
> quântica é tapar o sol com uma peneira.
Mas que sol?!!! Olho para o céu e só enxergo nuvens!!! Guarda-sóis ou mesmo
peneiras são totalmente desnecessários!
> E Einstein sempre teve problemas com a quântica, principalmente com seu
> caráter probabilístico.
> Por fim, pode pegar 80 citações, e aí eu pegaria 90 que fossem contrárias
> as estas 80, e nenhum de nós estaria mais certo que o outro. Volto a
> perguntar: que atoleiro?
Pois é. O atoleiro ficou tão grande que vocês nem mais enxergam suas bordas.
;-)
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] S. Hawking - energia zero
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 11:36
Em Qui 24 Out 2002 09:14, you wrote:
> Olá Aniello,
>
> << Contudo, toda a matéria atrai-se a si própria devido à gravidade. Dois
> pedaços de matéria que estejam perto um do outro têm menos energia do que
> se estiverem muito afastados, porque é preciso gastar energia para os
> separar contra a força da gravidade, que os atrai um para o outro.
> Portanto, em certo sentido, o campo gravitacional tem energia negativa.>>
> (S. Hawking)
>
> Aniello: Alguém me consegue explicar este raciocínio? Me parece algo do
> tipo: o mundo é azul portanto eu como banana. De onde diabos veio este
> "certo tipo de energia negativa"? E que katso seria uma energia negativa?
>
> Manuel: No livro do Alan Guth, "O Universo Inflacionário" (Apêndice A:
> Energia Gravitacional, pp. 239/242), o autor descreve um experimento
> imaginário para entender a energia da gravidade. Tem uma edição nova desse
> livro (Editora Campus).
>
> Veja o trecho abaixo:
Grato... vou meditar sobre o assunto.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: S. Hawking - energia zero 2
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 11:48
Em Qui 24 Out 2002 10:33, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
>
> > Em Qua 23 Out 2002 15:26, you wrote:
> > > No caso de um universo que seja
> > > aproximadamente uniforme no espaço, pode mostrar-se que esta
>
> energia
>
> > > gravitacional negativa anula exatamente a energia positiva
>
> representada
>
> > > pela matéria. Portanto, a energia total do universo é zero.>>
>
> (Hawking,
>
> > > 2000, pp. 152-153)
> >
> > Alguém se candidata a demonstrar isto?
> >
> > Aniello
>
> O que você entende por "positivo" e "negativo" antes de mais nada?
> Se você considerar "positivo" a fonte e "negativo" a foz, não há o
> que interpretar nem demonstrar.
Para mim positivo e negativo é apenas maior e menor que zero. Energia não é
uma grandeza vetorial, portanto não é apenas uma questão de orientação
falarmos em energia positiva e negativa. não se trata de assumir que a fonte
tenha energia negativa, e sim demonstrar isto.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 11:58
Em Qui 24 Out 2002 11:07, you wrote:
> Anielo, seguem comentários....
>
> --- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
>
> > Usei aqui "acima da razão humana" no sentido de "incompreensível a
>
> priori para a mente humana", ligando assim razão a compreensão.
> E o que seria compreensão? Usei compreensão como "capacidade de
> descrever de modo não subjetivo".
>
> Aniello
>
> FSK> Caro Aniello, concordo com seu ponto. Até pouco, nessa thread,
> *razão* vinha sendo usado veladamente como referindo-se à
> *compreensão*, ou mesmo como *capacidade de compreensão*. Mas esse
> conceito foi questinado e trazido um passo para trás, qdo passou a
> ser questinada a validade da compreensão, por assim dizer. E vou
> além. Dizer que o desconhecido está incompreensível é tautológico.
Sim, se é desconhecido, está incompreensível. Mas se existe algo que seja
incompreensível a priori para a mente humana, este algo não estaria
incompreensível e sim seria incompreensível.
> A
> ciência avança extamente nessa direção, de posse do método científico
> e, agora sim, da razão, como intsrumentais. Assim, o que está acima
> da "razão" (ou da compreensão humana) é exatamente o objeto de
> investigação científica.
Não. Podemos dividir o desconhecio entre o incompreendido e o incompreensível.
A questão que se coloca como limite a ciência é: existe algo para o qual seja
impossível descrever de modo não subjetivo, não importando o estado de nosso
conhecimento?"
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 11:58
Assim, o problema da Índia acaba revelando ser o problema do
mundo. O que aconteceu na Índia aconteceu em nome de Deus.
O nome do problema é Deus.
Culpar Deus ou a igreja por erros humanos , é como culpar o jogo Doom pelas mortes causadas por um maluco de metralhadora dentro de um cinema em São Paulo , ou culpar os jogos rpg's por aquele crime aonde uma garota foi encontrada morta crucificada e estuprada encima de um túmulo numa cidade ( que não me lembro o nome ) daqui do Brasil.
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Arqueologia e Jusus
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 12:09
--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> O que coloca a citação [de Josefo] em dúvida é que ela aparece
> fora de contexto e fora do padrão estilístico do autor.
Permita-me: não sei se a citação de Josefo está fora do seu padrão
estilístico. Geralmente o argumento final do cético nesse quesito é o
de que Josefo não escreveria tão bem sobre Jesus porque Josefo era
judeu. Mas supondo que se o texto estivesse falando mal de Jesus,
citando-o como desordeiro, o argumento da falsificação seria de que
os cristãos colocaram-no falando mal para dar mais veracidade à
falsificação.
O fato é que a referência a Jesus é explícita na obra de Josefo, e
consta em todos as cópias mais antigas, com excessão de uma da idade
média que ninguém sabe mesmo se existiu ou se foi só especulação.
Eu já li alguns artigos contestando a existência de Jesus, usando
como argumento sincretismos religiosos, outros reclamado que fulano
de Alexandria não escreveu sobre ele, mas esquecem que algumas
historicidades são aceitas com bem menos referências. O caso me
parece mais uma teoria conspiracionista dando conta de que inventaram
um ser mitológico para ser lider de uma religião que queria dominar o
mundo.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 12:15
----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o"
Sent: Thursday, October 24, 2002 5:06 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Se o universo retornasse ao ponto zero
> > Lembro ainda que física newtoniana não se
> > resume em leis de Newton, algo que os físicos "modernos" via de regra
> > não se dão conta.
> Sério? Qaul físico moderno considera que a física newtoniana se resume a
> obra de Newton?
Não foi isso o que eu disse. Tentei dizer que "os físicos 'modernos'
confundem a obra de Newton com as leis de Newton" e, pelo visto, você caiu
na armadilha. ;-))
A distinção entre física de Newton e leis de Newton não é nada que possa ser
exposta em poucas palavras, pois a obra de Newton é monumental. De qualquer
forma, comento alguma coisa no artigo "O modelo mecânico newtoniano ou
clássico", que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/newton01.htm. Vou reproduzir
aqui apenas um parágrafo, mas diria que a coisa é bem mais complexa:
"Curiosamente, nos dias atuais, quando se fala em física newtoniana, quase
sempre pensa-se tão somente no modelo mecânico e que, sem dúvida alguma, é
abrangente, completo e magnífico, mas, acima de tudo, proposto por Newton
com a expectativa de que viesse um dia a ser substituído por algo melhor, a
apoiar-se em conceitos rígidos e inerentes ao restante de sua física; e a
acontecer tão logo as causas, a responderem por suas leis (ou princípios),
fossem descobertas. Mas... O que seria esse "restante de sua física"
--supostamente modificado para dar origem ao que chamamos hoje por física
clássica-- a caminhar lentamente para a obsolescência? E o que seria esse
"algo melhor"? Será que Newton previu a evolução de sua física para algo
semelhante à chamada física moderna do século XX?"
> Pedi para você "pensar como formiga" e você pensou de forma espacial.
Pô, mais essa?!!! Acho que é por isso que não consigo entender os físicos
"modernos". :-))))))) Pensar como formiga!!! Era o que faltava. Que mal
pergunte: Formiga pensa? Bem, segundo Descartes acho que sim, pois elas
existem. Ou não?
> O modelo de Bohr foi um modelo incompleto...
A meu ver ainda não se completou. Simplesmente foi remendado e o resultado
está por aí. E não se diga que o remendo está incompleto, pois a grande
briga entre Einstein e Bohr deu-se justamente porque esse último defendia a
completude de seu modelo.
> > A física empacou totalmente e não sou eu a
> > dizer isso, mas os próprios físicos "modernos" dizem isso a toda a hora,
> > se bem que num sentido bem mais light.
> Empacou tanto que descreve cada vez mais fenômenos.
Tanto quanto a literatura ficcionista que progride ano a ano. Veja bem, não
sou contra a ficção, apenas acho que física não deveria ser encarada como
ficção.
> Quanto a niguém entender a radiação de corpo negro, isto é bobagem.
Bem, então explique de uma maneira que fique clara para todos nós --que não
aprendemos a pensar como formiga-- e utilizando-se dos argumentos da física
"moderna", o que é radiação (nem precisa ser a do corpo negro). Se quiser
uma explicação a utilizar argumentos da física clássica sugiro "O que são
ondas eletromagnéticas?", que está em
http://ecientificocultural.com/Usenet/dialogos04.htm
> > Mas quem está tentando completar algo que parte de um pressuposto
> > errôneo? (Qual seja, elétron carga-elétrica)
> Bom, resta ainda provar que é algo errôneo, não?
Talvez sim, talvez não. A meu ver ninguém conseguiu provar que a física
clássica estava errada e, não obstante, ela foi quase que totalmente
abandonada, a menos de certos limites que somente existem na cabeça dos
ficcionistas físicos "modernos". Por outro lado, centenas de experiências
estão por aí a falsearem a teoria quântica, a partir da experiência de
Rutherford, interpretada sem manobras "ad hoc".
> O modelo de Bohr não assumia que haveria
> "guardas de trânsito" de elétrons que diriam qual é a órbita permitida.
> Apenas afirmava que é da natureza do elétron que ele possa estar apenas a
> determinadas distâncias do núcleo atômico, jamais ocupando distância
> intermediárias. O valor deste modelo estava em ser o primeiro a explicar
> as faixas de emissão de espectro. Ninguém nega que ele tinha problemas
> conceituais, mas estes problemas foram solucionados por Schroedinger.
Sem dúvida: "Se me perguntarem: o que são de fato essas partículas, esses
átomos e moléculas? Devo admitir que conheço tão pouco a seu respeito como a
origem do segundo jumento de Sancho Pança." (Schrödinger). Ou então:
"Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões signifique apenas um
intenso processo de transformação, que conduzirá finalmente a algo melhor do
que as confusas séries de fórmulas que cercam o nosso tema". (também de
Schrödinger).
> Que eu saiba a relatividade surgiu das equações de Maxwell e sua
> decorrência que a velocidade da luz no vácuo independe da fonte (o que
> está de acordo com o experimento de A. Michelson). Como você bem sabe, foi
> partindo deste princípio e o princípio da universalidade das leis físicas
> que Einstein chegou na Relatividade Específica. A matemática de Lorentz
> foi apenas a instrumentação matemática para tal, e não a base conceitual.
Lembro apenas que a teoria de Maxwell a que você se refere, e que era aceita
no tempo de Einstein, é também conhecida como teoria de Maxwell-Lorentz.
Entre a morte de Maxwell (1879) e a teoria da relatividade de Einstein
(1905), passaram-se nada menos do que 26 anos. Ou seja, Lorentz fez muitas
contribuições ao eletromagnetismo e à teoria dos elétrons, além de sua
instrumentação matemática à relatividade e que relacionava-se a essas
contribuições eletromagnéticas. Apenas para confirmar o que digo, um pequeno
trecho de um artigo de Einstein intitulado "Fundamental ideas and problems
of the theory of relativity":
"The special theory of relativity is an adaptation of physical principles to
Maxwell-Lorentz electrodynamics. [...] From Maxwell-Lorentz electrodynamics
it takes the postulate of invariance of the velocity of light in a vacuum
(light principle)."
Quanto ao experimento de Michelson digo apenas que poderia ter sido a prova
definitiva a falsear a teoria ondulatória da luz, mas preferiu-se utilizá-lo
para a "confirmação" da negação do éter com a substituição do mesmo pelos
gnomos relativistas descritos pelo próprio Einstein em
http://www.tu-harburg.de/rzt/rzt/it/Ether.html
> E não tem relação com o problema da radiação de corpo negro, problema pai
> da quântica.
Não tem relação direta, mas está associado causalmente, e foi isso o que
pretendi afirmar em msgs anteriores.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 12:21
Em Qui 24 Out 2002 10:04, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Thursday, October 24, 2002 3:34 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>
> >Vale a pena diferenciar uma coisa aqui: Einstein acreditava que a mecânica
>
> quântica era uma teoria incompleta devido a seu caráter probabilístico, mas
> reconhecia seu valor devido a sua precisão empírica. Ele acreditava que a
> mecânica quântica deveria ser reformulada "para que Ele não jogasse dados".
>
> Como eu disse, foram os pressupostos (a crença no determinismo) e
> preconceitos (Deus não joga dados) de Einstein que o levaram a resistir até
> o fim da vida à mecânica quântica.
Sim. Mas isto não o impediu de reconhecer o valor da quântica no tocante a
descrição dos fenômenos físicos. Apesar de procurar por modelos melhores,
reconhecia que era o melhor modelo a disposição.
E note que o fato de um, ou de vários cientistas resistirem a interpretação
quântica, isto não impediu o meio científico de adotá-la como o modelo
"oficial". Por que, apesar de toda resistência que as idéias quânticas
encontraram e ainda encontram, ela é uma teoria tão bem sucedida
academicamente?
Por que ela sobreviveu, por enquanto, ao teste empírico melhor que qualquer
outro modelo teórico. Mesmo sendo difícil ao meio acadêmico aceitar as
implicações por detrás da mecânica quântica, ele a aceita.
Quer prova maior de objetividade?
> >Por mais que a "moda científica" influencie no tratamento e
>
> respeitabilidade
> que uma teoria receba, a palavra final sempre cabe ao teste de laboratório.
>
> Existe uma crença generalizada na comunidade científica de que o teste de
> laboratório é absolutamente objetivo e não está sujeito a influências
> distorsoras mas, na verdade, as coisas são um pouco mais complicadas. É
> verdade que qualquer um que reproduzir uma experiência bem-sucedida
> provavelmente vai obter o mesmo resultado. Mas esse resultado depende dos
> parâmetros definidos no início do experimento e os resultados precisam ser
> interpretados depois do experimento. Ora, tanto na definição dos parâmetros
> quanto na interpretação dos resultados entra um elemento subjetivo, nem que
> seja sob a forma da escolha do experimentador quanto ao que incluir na
> experiência e o que deixar de lado.
Perfeito. A criação de um modelo teórico é um processo altamente subjetivo. A
metodologia experimental para a confirmação deste modelo deve portanto se
submeter as definições subjetivas teóricas para uma verificação objetiva
delas.
> Por exemplo, a experiência da dupla
> fenda de Young indica que a luz é uma onda e o efeito fotoelétrico indica
> que a luz é uma partícula. Se a mecânica quântica não tivesse corajosamente
> assumido *ambos* os resultados, mesmo que isso fosse contra o senso comum,
> estaríamos até hoje assistindo uma querela interminável entre os
> partidários da teoria corpuscular e os adeptos da teoria ondulatória, e
> ambos os lados teriam resultados experimentais tidos como objetivos a
> apoiar suas conclusões.
Este debate existiu e se verificou que "infelizmente" ambos os resultados
eram perfeitamente válidos. Daí a contra gosto se assumiu a interpretação
dual para a luz. Enquanto era possível levantar objeções contra um ou outro
modelo, o debate se manteve. Se alguma objeção for encontrada, ele será
reaberto.
> Outro exemplo, desta vez da área médica, são os estudos sobre a maconha.
> Compulsando a literatura especializada, você vai encontrar tanto pesquisas
> que demonstram que a maconha faz mal pro organismo quanto pesquisas que
> provam que a maconha faz bem pro organismo. E todas elas amparadas em
> informações objetivas, pesquisas de laboratório, dados estatísticos, etc.
> Como é possível que duas pesquisas partindo dos mesmos dados objetivos
> possam chegar a conclusões tão diametralmente opostas? Simples: porque,
> embora em ambos os casos os dados sejam objetivos, não são os *mesmos*
> dados objetivos. Há uma seleção de parâmetros por parte do pesquisador, que
> define de antemão, dentre a maçaroca de dados, quais deverão ser
> considerados relevantes e quais serão descartados como não-pertinentes. E
> essa seleção de parâmetros é um fator subjetivo, no qual pesa inclusive a
> atitude que o pesquisador já tinha sobre a maconha antes da experiência.
Trata-se de casos onde o teste experimental é suficientemente preciso para se
negar ou afirmar um modelo. Em outras palavras, a verificação experimental
inequívoca se maconha é prejudicial a saúde (na verdade está mais para saber
o quão ela é prejudicial, em especial comparada ao tabaco) ainda é impossível.
Em outras palavras, uma questão ainda em aberto. Mas quando o conhecimento
médico avançar o suficiente para se realizar um experimento acurado sobre a
questão, a medicina se verá forçada a tomar uma postura única sobre o assunto.
Esta postura poderá ser questionada? Claro. Mas para ser questionada
cientificamente será necessário apresentar um modelo objetivo que descreva
melhor (ou ao menos tão bem quanto) que o modelo adotado.
> Um terceiro exemplo, agora das neurociências, foi a pesquisa que eu
> mencionei em um email anterior sobre a psicanálise, de um grupo de
> pesquisadores do National Institute of Health e do Walter Reed Army
> Institute of Research, que mapearam o cérebro durante o sonho usando TEP e
> apresentaram os resultados da pesquisa em um artigo bombástico da
> _Science_, no qual diziam que ela provava experimentalmente que Freud
> estava errado. Na verdade, como eu disse, os resultados que eles obtiveram
> vão *ao encontro da* e não *de encontro à* teoria freudiana dos sonhos. Mas
> a atitude de animosidade que eles tinham para com a psicanálise levou-os a
> distorcer a teoria freudiana dos sonhos e, conseqüentemente, a
> interpretação dos resultados da pesquisa.
Quando um experimento dá resultados que contradizem um experimento mais
antigo isto se deve a precisão dos experimentos, não a interpretação deles.
Por exemplo, historicamente foram feitas várias tentativa de se medir a
velocidade da luz. Durante bom tempo esta velocidade foi considerada
infinita. Por que? Não havia precisão suficiente nas medidas de tempo para se
notar a velocidade. Isto significa que a imprecisào de um experimento pode
levar a interpretações erradas, não que a verificação experimental tenha
caráter subjetivo.
> Escolhi propositalmente exemplos de áreas distintas da ciência pra mostrar
> que eles apontam pra um traço genérico. É verdade que a palavra final
> sempre cabe ao teste de laboratório, mas essa palavra final não flutua
> isolada no vácuo, ela depende de toda uma cadeia discursiva que começa
> antes do teste e se estende para além dele.
Perfeito. A ciência é um campo do conhecimento humano, e portanto tem
características subjetivas. Mas isto não implica que o valor de uma
verificação experiemntal seja subjetivo. Ele pode ser inconclusivo, impreciso
ou definitivo (dentro de margens de precisão estabelecidas).
Aniello
SUBJECT: Deus e a Cultura
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 12:31
Bem, concordo que a hipótese a respeito de Deus ou da religião em si
não possa ser testada no laboratório. Porém pela simples observação dos
fatos pode-se constatar a sua falibilidade.
O nome do problema é Deus
Folha de São Paulo, domingo, 17 de março de 2002
ARTIGO
Para Salman Rushdie, explicações sobre os massacres na
Índia não tocam no ponto principal, o papel danoso da
religião em geral
SALMAN RUSHDIE
A imagem mais marcante da semana foi, para mim, a de uma
pequena mão de criança, enegrecida e queimada, com seus
minúsculos dedinhos apertados formando um punho e
esticando-se para fora do que restou de uma fogueira humana em
Ahmedabad, Gujarat, na Índia. O assassinato de crianças é uma
especialidade indiana, por assim dizer. Os assassinatos cotidianos
de bebês indesejados do sexo feminino, o massacre de inocentes
em Nellie, Assam, na década de 80, quando povoados se
voltaram contra povoados vizinhos, o massacre de crianças sikhs
em Nova Déli, durante as pavorosas chacinas de represália que se
seguiram ao assassinato de Indira Gandhi: todos esses casos são
testemunhos de nosso dom especial, que sempre se evidencia com
mais brilho em épocas de agitação religiosa, para encharcar
nossas crianças de querosene e lhes atear fogo, ou para cortar
seus pescoços, sufocá-las ou simplesmente matá-las a golpes de
um bom pedaço de pau.
Se digo "nossas", é porque escrevo na condição de indiano,
homem nascido e criado na Índia, que ama a Índia profundamente
e sabe que o que um de nós faz hoje qualquer um de nós é
potencialmente capaz de fazer amanhã. Se me orgulho dos pontos
fortes da Índia, então seus pecados também devem ser meus.
Será que sôo irado? Que bom. Envergonhado e enojado? Espero
que sim. Porque neste momento, em que a Índia passa pela maior
orgia de derramamento de sangue indo-muçulmano em mais de
uma década, muitas pessoas estão muito longe de soar revoltadas,
envergonhadas ou enojadas em grau suficiente. Chefes de polícia
vêm desculpando a pouca disposição manifestada por seus
homens em defender os cidadãos da Índia, sem levar em conta
sua religião, dizendo que esses homens também têm sentimentos e
estão sujeitos aos mesmos sentimentos que o país como um todo.
Enquanto isso, os mestres políticos da Índia tentam pôr panos
quentes e repetir as mesmas mentiras tranquilizadoras de sempre,
dizendo que a situação está sendo controlada. (Ninguém deve ter
deixado de observar que o partido governista, o Bharatiya Janata
Party, e o extremista Vishwa Hindu Parishad, ou CMH, Conselho
Mundial Hindu, são organizações irmãs, saídas do mesmo ventre.)
Mesmo alguns comentaristas internacionais -como, por exemplo,
o jornal britânico "The Independent"- nos exortam a "evitar o
pessimismo excessivo".
A verdade pavorosa sobre as chacinas comunitárias na Índia é
que já nos acostumamos a elas. Acontecem de quando em
quando e depois se acalmam e somem. A vida é assim mesmo,
pessoal. Durante a maior parte do tempo a Índia é a maior
democracia secular do mundo. Se, de quando em quando, ela
coloca para fora um pouco de fel religioso louco, não devemos
permitir que isso distorça o quadro maior.
É claro que há explicações políticas. Desde dezembro de 1992,
quando uma horda descontrolada do CMH demoliu uma mesquita
muçulmana erguida 400 anos antes, a mesquita de Babri Masjid,
em Ayodhya, afirmando que ela tinha sido construída no local
sagrado em que nasceu o deus Rama, fanáticos hindus vêm
procurando por essa briga. O mais triste em tudo isso é que
alguns muçulmanos estavam dispostos a lhes dar o que eles
queriam. O criminoso ataque desferido por eles contra um trem
repleto de ativistas do CMH em Godhra (trazendo horrendos
ecos atávicos dos massacres de hindus e muçulmanos que lotavam
trens durante os tumultos que marcaram a partilha da Índia e do
Paquistão, em 1947) serviu com precisão aos objetivos dos
extremistas hindus.
Está claro que o CMH já se cansou do que vê como sendo os
equívocos e o radicalismo insuficiente do governo do BJP. O
primeiro-ministro Atal Behari Vajpayee é mais moderado do que
seu partido; além disso, lidera um governo de coalizão e, para
conseguir manter a coalizão unida, tem sido obrigado a abandonar
boa parte da retórica nacionalista hindu mais extrema de seu
partido. Mas a coalizão não está mais funcionando. Em eleições
estaduais realizadas em todo o país, o BJP está sendo
massacrado. Para os incendiários do CMH, isso pode ser a gota
d'água. Por que deveriam tolerar a traição de sua agenda fascista
pelo governo, quando ela nem sequer resulta em vitória eleitoral?
Assim, o fracasso eleitoral do BJP (usado pela turma do
não-vamos-nos-deixar-levar para mostrar que a Índia está se
afastando da política calcada nas comunidades religiosas) terá
provavelmente sido a faísca que ateou o fogo. O CMH está
decidido a erguer um templo hindu no local onde ficava a
demolida mesquita de Ayodhya -era dali que estavam vindo os
mortos de Godhra- e, numa realidade idiota, repreensível e
trágica, há muçulmanos na Índia igualmente decididos a opor
resistência a eles. O primeiro-ministro vem insistindo que são os
tribunais indianos, notoriamente lentos, que devem decidir o que é
certo ou errado no caso de Ayodhya. Mas o CMH já se cansou
de esperar.
Em carta enviada ao presidente da Índia, K.R. Arayanan, a
respeitada escritora indiana Mahasveta Devi culpa o governo de
Gujarat (liderado por um político de linha dura do BJP), sem falar
no governo central, por fazer "muito pouco, tarde demais". Ela
atribui a culpa pelos fatos às "ações motivadas, bem planejadas e
provocantes" dos nacionalistas hindus. Entretanto outro escritor, o
Prêmio Nobel de Literatura V.S. Naipaul, falando na Índia apenas
uma semana antes da erupção de violência, denunciou os
muçulmanos do país e elogiou o movimento nacionalista.
Os assassinos de Godhra precisam, sim, ser denunciados. Em sua
carta, Mahasveta Devi exige que sejam adotadas "medidas legais
rígidas" contra eles. Mas o CMH e sua outra organização
correlata, a igualmente sinistra Rashtriya Swyamsevak Sangh, ou
Associação de Voluntários Nacionais, na qual se inspiram tanto o
BJP quanto o CMH, estão determinados a destruir essa
democracia secular da qual a Índia tanto se orgulha, publicamente,
e que ela faz tão pouco para proteger. Ao apoiá-los, V.S. Naipaul
se transforma em colega viajante do fascismo e motivo de
vergonha para o Prêmio Nobel.
O discurso político importa, sim, e explica muita coisa. Mas existe
algo por baixo dele, alguma coisa que não queremos olhar
diretamente na cara: o fato de que, na Índia, assim como em
outras partes de nosso mundo cada vez mais sombrio, a religião é
um veneno que está intoxicando nosso sangue. Onde a religião
intervém, a mera inocência não constitui desculpa.
Entretanto continuamos a evitar a discussão do assunto, falando
da religião na linguagem moderna e em voga que é a linguagem do
"respeito". O que há para se respeitar nesses ou em quaisquer
outros crimes que quase diariamente são cometidos pelo mundo
afora em nome dessa força temida que é a religião? Quão bem a
religião erige totens, com que resultados fatais, e com que
facilidade nós nos dispomos a matar por eles! E, depois que o
tivermos feito suficientes vezes, o entorpecimento resultante
tornará mais fácil fazê-lo ainda outras.
Assim, o problema da Índia acaba revelando ser o problema do
mundo. O que aconteceu na Índia aconteceu em nome de Deus.
O nome do problema é Deus.
Salman Rushdie, 54, escritor britânico de origem indiana, é autor de
"Os
Versos Satânicos", "Fury: a Novel" e da coletânea de ensaios "Step
Across This Line", ainda inédita.
Tradução de Clara Allain
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 12:37
Em Qui 24 Out 2002 10:28, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Thursday, October 24, 2002 4:48 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
> que é feito isso?)
>
> >Fluxo de tempo é uma coisa. Tempo é outra. Estou sempre afirmando que o
>
> fluxo
> de tempo não existe.
>
> Ok, correção aceita.
>
> >Antes de tudo, tempo psicológico e tempo físico são coisas completamente
>
> diferentes.
>
> Neste caso, eu não estava falando do tempo psicológico. Mesmo o tempo
> físico, enquanto entidade independente, não existe. Ele pode ser tratado
> assim nos casos em que o vínculo com o espaço não é relevante pra pesquisa
> mas, na verdade, espaço e tempo formam uma unidade no contínuo, ainda que a
> dimensão do tempo tenha uma assimetria que as dimensões do espaço não
> possuem.
Ok. Vamos colocar da seguinte maneira: o espaço-tempo é real. Na estrutura do
espaço-tempo vemos que uma de suas quatro dimensões, e apenas uma, é
assimétrica. Damos o nome de tempo para esta dimensão assimétrica. As outras
são dimensões espaciais. Ou seja, a única diferenciação que podemos fazer no
contínuo espaço-tempo é a assimetria do tempo, mas esta diferenciaçào é
suficiente.
É isto que estou querendo defender.
> >Não. Assumir que o fluxo do tempo é relativo não é tornar o tempo
>
> simétrico.
>
> Eu estava falando de tempo estático (ou blocado), não de tempo simétrico.
> Dizer que todos os pontos do espaçotempo têm o mesmo grau de realidade não
> significa que o tempo seja simétrico. Pega o exemplo da própria seta
> enquanto figura geométrica: ela tem uma direção determinada e, no entanto,
> todos os pontos da seta coexistem. Se o meu futuro pode ser o teu presente
> e o passado do Manuel (dependendo do fato de estarmos ou não em velocidades
> relativísticas), eu não posso dizer em termos absolutos que o futuro ainda
> não existe ou que o passado deixou de existir. Esse futuro ainda não existe
> *pra mim*, mas *pra você* ele é presente. O futuro, o passado e o presente,
> portanto, são relativos. Enquanto pontos do espaçotempo, eles têm o mesmo
> grau de realidade. Isso não quer dizer que você possa alterar o passado,
> porque pra você ele não existe mais. Ele é presente apenas pro Manuel, que
> vai andando livre e airoso pela calçada sem saber que, *do teu ponto de
> vista*, que o observa por um telescópio a bordo de uma espaçonave
> relativística, tudo o que ele está fazendo já aconteceu.
Ok, mais uma vez estamos misturando fluxo de tempo com tempo, e desta vez o
engano foi meu. Todos os pontos no espaço-tempo coexistem.
> >Se a causalidade é contingente ou necessária, não muda o fato dela ser
>
> absoluta.
>
> Em termos práticos, não. Em termos filosóficos, faz diferença. Indica que a
> causalidade não é um princípio fundamental ou uma lei metafísica, mas o
> simples resultado de um fator contingente.
Veja bem, eu apenas disse que não muda o fato dela ser absoluta (não
dependente do observador). Não interessa ao debate aqui (o tempo existe ou
não) se ela é um princípio fundamental ou uma lei física contingente. O fato
é que a causalidade é o que gera a assimetria temporal, que nos permite ainda
diferenciar o tempo do espaço.
> Aqui a gente entra no espinhoso terreno dos paradoxos da viagem no tempo,
> que já produziu histórias ótimas de ficção científica e também fez com que
> se falasse muita bobagem. Não creio que o nosso equipamento conceitual seja
> adequado pra lidar com esses paradoxos porque a causalidade e o tempo
> linear fazem parte das nossas categorias apriorísticas de conhecimento. Nós
> simplesmente não somos capazes de pensar sem esses parâmetros. Então, não
> podemos realmente visualizar o que aconteceria se a causalidade fosse
> rompida ou invertida, nem conseguimos imaginar como seria se pudéssemos
> perceber diretamente o tempo blocado (note que eu estou falando sobre duas
> coisas diferentes: o tempo blocado não tem necessariamente nada a ver com a
> viagem no tempo, nem vice-versa).
Apenas um parênteses. Inverter a causalidade não é problema. Como a
causalidade é derivada simplesmente da ordem de eventos, não haveria
problemas filosóficos graves, e as leis físicas que utilizam "a seta" do
tempo teriam seu sentido invertido. Para um físico a bordo de um táquion, a
entropia de um sistema físico fechado jamais aumentaria, por exemplo. O
padrão seria ver cacos de vidro se juntarem em um copo inteiro, e não o
contrário. Dá para imaginar um mundo assim. Agora romper com a causalidade,
matar a seta do tempo, realmente aí não temos aparatos [ara discutir.
Aniello
SUBJECT: Re: S. Hawking - energia zero 2
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 12:49
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Em Qui 24 Out 2002 10:33, you wrote:
> > O que você entende por "positivo" e "negativo" antes de mais nada?
> > Se você considerar "positivo" a fonte e "negativo" a foz, não há o
> > que interpretar nem demonstrar.
>
> Para mim positivo e negativo é apenas maior e menor que zero.
Energia não é
> uma grandeza vetorial, portanto não é apenas uma questão de
orientação
> falarmos em energia positiva e negativa. não se trata de assumir
que a fonte
> tenha energia negativa, e sim demonstrar isto.
Trata-se de um campo. A energia tem orientação no campo. Atribua o
significado de "negativo" ao fluxo neste campo. Finda a questão.
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 13:00
Vc está dizendo que nunca cometeram crimes em nome de Deus?
Eu não me refiro a crimes isolados, praticados por indivíduos
que agem sós, motivados por crença pessoal, mas dos crimes
praticados de forma institucional: perseguir e matar os infiéis
como regra canônica.
Eu não disse isso , disse que existe diferença entre "em nome de" e "o culpado é"
eu posso matar em nome do capitalismo , em nome de justiça social , e nome do escambau , mas isso não quer dizer que a pessoa/objeto/abstração/ideologia em questão diz que se deve fazer isto.
Pessoas da Igreja na inquisição matavam infieis , mas Jesus disse "ame o teu próximo como a ti mesmo."
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 13:02
Tocou num ponto interessante. O problema, ao contrário do que Rushdie
afirma, não é Deus, é o Homem. É o Homem que mata, estupra, rouba e
mente. Em nome de uma crença? Só se o cara for psicopata. Se não for,
ele matará em nome do próprio humbigo, do orgulho ferido, da própria
revolta, da própria frustação, ou da própria cobiça, pois são esses
seus "Deuses". Mas se for psicopata, pouco importa no que crê ou
deixa de crêr, no que sabe ou deixa de saber. Desculpas vão sempre
existir. Tire o Alcorão da mão de um assassino, coloque um Manual de
Física e ele constriuirá uma bomba atômica.
J - Foi exatamente isto que eu disse :)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 13:21
Bem, vc também não disse nada sobre perseguição e matança promovida
institucionalmente em nome de Deus. Era este o foco do artigo
de Salman Rushdie.
J - ele deixou bem claro na sua ultima frase.
"O que aconteceu na Índia aconteceu em nome de Deus.
O nome do problema é Deus."
Eu não conheço NENHUMA passagem da Bhagavad Gita Onde Krisna incite a matança em nome de Deus
O que ele disse me soa muito parecido com neo-punks-filhinhos-de-papai-revoltados-com-o-mundo-cruel-que-nao-deixa-eles-serem-felizes-do-jeito-deles culpando o "sistema".
Há uma diferença fundamental. Quem age isoladamente e mata em nome
de Deus é um assassino. Até aqui, ponto pacífico. Mas e quem mata
como soldado do pelotão de execução do Senhor? É o quê?
J - continua sendo assassino
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 13:42
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
>
> Culpar Deus ou a igreja por erros humanos , é como culpar o jogo
> Doom pelas mortes causadas por um maluco de metralhadora dentro de
> um cinema em São Paulo , ou culpar os jogos rpg's por aquele crime
> aonde uma garota foi encontrada morta crucificada e estuprada
> encima de um túmulo numa cidade ( que não me lembro o nome ) daqui
> do Brasil.
>
Tocou num ponto interessante. O problema, ao contrário do que Rushdie
afirma, não é Deus, é o Homem. É o Homem que mata, estupra, rouba e
mente. Em nome de uma crença? Só se o cara for psicopata. Se não for,
ele matará em nome do próprio humbigo, do orgulho ferido, da própria
revolta, da própria frustação, ou da própria cobiça, pois são esses
seus "Deuses". Mas se for psicopata, pouco importa no que crê ou
deixa de crêr, no que sabe ou deixa de saber. Desculpas vão sempre
existir. Tire o Alcorão da mão de um assassino, coloque um Manual de
Física e ele constriuirá uma bomba atômica.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 13:43
> De: Jaison Carvalho
>
> Culpar Deus ou a igreja por erros humanos , é como culpar o
> jogo Doom pelas mortes causadas por um maluco de metralhadora
> dentro de um cinema em São Paulo , ou culpar os jogos rpg's
> por aquele crime aonde uma garota foi encontrada morta
> crucificada e estuprada encima de um túmulo numa cidade ( que
> não me lembro o nome ) daqui do Brasil.
Vc está dizendo que nunca cometeram crimes em nome de Deus?
Eu não me refiro a crimes isolados, praticados por indivíduos
que agem sós, motivados por crença pessoal, mas dos crimes
praticados de forma institucional: perseguir e matar os infiéis
como regra canônica.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 14:03
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
>
> Perfeito. A ciência é um campo do conhecimento humano, e portanto
> tem características subjetivas. Mas isto não implica que o valor de
> uma verificação experiemntal seja subjetivo. Ele pode ser
> inconclusivo, impreciso ou definitivo (dentro de margens de
> precisão estabelecidas).
>
Um professor de física me disse certa vez que se um físico entrar num
laboratório querendo descobrir uma partícula nova ele acaba
conseguindo. Não contesto o valor da experiência, mas o mito da
objetividade experimental às vezes presta um desfavor à ciência.
A seleção de amostras, por exemplo, é um problema muito sério na
pesquisa médica, principalmente por envolver interesses de
laboratórios. É comum jogar pra debaixo do tapete certas reações
adversas de uma determinada droga experimental para apressar sua
comercialização. Aí, anos depois, isso vem à tona pela via dolorosa.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 14:08
> De: Jaison Carvalho
>
> Eu não disse isso , disse que existe diferença entre "em nome
> de" e "o culpado é"
Bem, vc também não disse nada sobre perseguição e matança promovida
institucionalmente em nome de Deus. Era este o foco do artigo
de Salman Rushdie.
Há uma diferença fundamental. Quem age isoladamente e mata em nome
de Deus é um assassino. Até aqui, ponto pacífico. Mas e quem mata
como soldado do pelotão de execução do Senhor? É o quê?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 14:24
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
>
> Há uma diferença fundamental. Quem age isoladamente e mata em nome
> de Deus é um assassino. Até aqui, ponto pacífico. Mas e quem mata
> como soldado do pelotão de execução do Senhor? É o quê?
>
Permita-me: é um assassino que mata em nome daquele que o mandou para
o pelotão para matar. Os exemplos atuais são os terroristas do 11 de
setembro. Eles não pegaram o Alcorão e leram a frase que manda matar
os infieis e decidiram fazer isso por si mesmos. Se tivessem feito
isso seriam psicopatas. Não, eles tiveram lideres, sofreram lavagem
cerebral, e fizeram o que lhes fora ordenado por um Homem. E esses
líderes tiveram motivações bem humanas para fazer isso: cobiça,
revolta, frustação, etc.
Quanto à Deus, pode tomar várias formas e ser responsabilizado por
vários discursos dependendo da loucura humana.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 14:39
Olá Carlos Zardini.
Desculpe me meter na conversa q está tendo com o Medeiros mas...
"[...] Não, eles tiveram lideres, sofreram lavagem
cerebral, e fizeram o que lhes fora ordenado por um Homem. "
O q significa esse treco q vc disse: "lavagem cerebral"?
Inté+
Mauro
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 14:48
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Era um texto dadaísta? ;-)
L: Oi Lúcio! Não... não era dadaísta. Procurei e não achei,
infelizmente foi ao limbo. Lembro de ter enviado a um amigo mas ele
não encontrou também. Que era engraçado era... :)
> >Há sujeitos ainda que perdem a capacidade de reconhecer rostos,
> formas, cores sem contudo serem sujeitos *iluminados*... pelo jeito
> o *iluminar-se* deve ser um ato consciente.
>
> O problema é que, nesses casos patológicos, o distúrbio é causado
por
> conflitos psicológicos ou traumas físicos. É a diferença entre
nadar num rio
> e se afogar nele. Ou entre apagar a luz pra poder dormir e acabar a
> eletricidade no meio de um trabalho.
L: Você já ouviu falar em Neuroteologia e as pesquisas realizadas no
intuito de reconhecer o setor ou setores cerebrais responsáveis pelo
êxtase religioso, ou em outras palavras, a *iluminação*?
> Ah, sim. Um dos erros da nossa sociedade é confundir cultura com
sabedoria.
> Um erudito capaz de citar de cor todos os autores e discorrer sobre
qualquer
> assunto pode, ainda assim, ser uma besta de quatro costados, dessas
que se
> cair, não levanta mais. E um analfabeto de pai e mãe às vezes têm
uma
> sabedoria de vida que vale por todas as bibliotecas do mundo. Mas é
claro
> que não basta inverter os termos da equação, porque outras vezes o
erudito
> também é um sábio no sentido mais amplo do termo e nada impede que
o inculto
> seja mesmo uma besta... ;-)
L: Sem dúvidas... ;) O problema, em todo caso, sempre é a
arrogância, seja no ignorante, seja no culto.
> >Mas isso só a nível pessoal...
>
> Senão seria o apocalipse... ;-)
L: Há um problema sério se o Universo for considerado fruto da
consciência da qual cada um é parcela individualizada. Penso que
caso isso fosse mesmo *verdade*, o "vácuo" criado pela iluminação de
uma única entidade seria capaz de tragar as outras parcelas consigo,
ou uma vez o véu rompido num ponto desencadearia o rompimento dele
todo. De duas uma: ou ainda ninguém conseguiu realmente *iluminar-
se* ou o Universo não é uma só consciência formada por pequenas
parcelas "integradas". O que você acha disso?
> >E sempre parece haver um algo "além"... entendo.
>
> Pelo menos, até que você consiga chegar (se é que se consegue) em
um nível
> onde não exista mais nada além. O grau zero da realidade.
L: Ainda assim, quem teria a garantia de tal "grau zero" como sendo
realmente o *zero absoluto*?
> 29/03/70. Se não me falha a memória, é o último dia do primeiro
decanato.
> Mas não faço a menor idéia do que isso quer dizer... ;-)
L: Isso indica que você provavelmente é mais *ariano* do que
eu... ;) Quem nasce no terceiro decanato está mais próximo de Touro
do que propriamente de Áries.
> > :/
> Eu não disse que não estava encantado. Só disse que não era um
problema. ;-)
L: ;)
> >Mesmo problema...
>
> Mas não há de ser nada. A gente sobrevive. ;-)
L: Tem sido complicado mas é bom saber que há mais gente que queira
entender as coisas da mesma forma e que, de outra forma, como seja,
fora das listas, eu não viria a conhecer. Tudo é válido: per aspera
ad astra :)
> >Sem os filtros a mente fica vulnerável mesmo. Daí o perigo da
> *via-seca*: nunca se sabe o resultado final.
>
> Eu gosto disso. Prefiro o jogador que põe todas as suas fichas num
único
> número do que o apostador prudente que vai colocando um pouco em
cada lugar.
> Mesmo que ele perca tudo e saia nu com a mão no bolso.
L: Ou 8 ou 800, vai pelos extremos. Até que eu tento ser comedida
também mas não consigo e esses "conselhos" são mais prá mim mesma até
do que para você, já que eu também penso que o melhor é estar
preparado para o tudo ou nada do que seguir um looongo caminho que
bem pode levar a lugar nenhum. Mas em todo caso, vale notar que há
uma certa prudência por parte dos místicos no sentido de preparar o
neófito para a empreitada, visando acima de tudo o fortalecimento da
essência, do espírito. Ou, na opinião deles, em outras palavras:
quem tem pressa come cru e quente, podendo se queimar enquanto
engasga... :) O perigo desse caminho que você escolheu é o *não
estar preparado*.
> Por mim, continua. Na pior das hipóteses, os mais radicais param de
ler as
> nossas mensagens. ;-)
L: Então combinados :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 16:07
Carlos Zardini
"Me refiro a um estado mental crítico que faz o homem obedecer as
ordens de outro homem e assumir seu sistema de valores sem ter
condições psicológicas de questionar.
O método para se conseguir tal
efeito geralmente é através de uma intensa pressão psicológica que
altera situações de extrema humilhação seguidas por um período de
aceitação e conforto."
Um quartel seria exemplo? O serviço militar ñ se enquadra nessa
descrição?
Inté+
Mauro
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 16:14
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Jaison Carvalho
> >
> > Eu não disse isso , disse que existe diferença entre "em nome
> > de" e "o culpado é"
>
> Bem, vc também não disse nada sobre perseguição e matança promovida
> institucionalmente em nome de Deus. Era este o foco do artigo
> de Salman Rushdie.
>
> Há uma diferença fundamental. Quem age isoladamente e mata em nome
> de Deus é um assassino. Até aqui, ponto pacífico. Mas e quem mata
> como soldado do pelotão de execução do Senhor? É o quê?
É o mesmo que um soldado qualquer defendendo a própria bandeira ou há
alguma razão específica para as guerras que isente um soldado que
mata outros de não ser um assassino? Só porque defende uma causa?
Será que uma guerra é mais válida só porque os envolvidos estão
cobiçando um mesmo pedaço de terra? Ou será que só porque estão
brigando em nome de Alá, ou Jeová a guerra deve ser considerada
estúpida?
Seja qual for a razão, guerra é guerra e mata-se por matar. O certo
seria haver um consenso entre governantes ou líderes, NUNCA guerras.
O problema é que a humanidade fica se coçando por uma causa qualquer
para guerrear... Deus não é o problema, moço.
Beijo,
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 16:23
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 24, 2002 6:48 AM
Subject: [ciencialist] MSG para Manuel
######>Pelo que depreendi, química sexual significa níveis sanguíneos de
testosterona. Será só isso?! *Aqui mantenho: 'Química sexual' significa
níveis sanguíneos de testosterona? Pareceu-me que o assunto está sendo
tratado com alguma displicência*
Manuel: Não, não é so isso (níveis sanguíneos de testosterona). Envolve
também a dopamina, adrenalina, etc. Mas a testosterona é, de longe, a
substância mais importante da química do desejo sexual tanto masculino
quanto feminino. Mulheres cujas glândulas supra-renais não produzem
testosterona são incapazes de experimentar o orgasmo. Excesso de
testosterona no sangue causa comportamentos sexuais alterados.
Na primeira infância, há uma secreção muito alta de testosterona (fenômeno
este conhecido como "crise hormonal pós-natal"), pois é através da ação
desse hormônio que se verifica a diferenciação sexual do Sistema Nervoso
Central, que, no homem, só termina lá pelos cinco anos de idade. A presença
de um nível relativamente alto de testosterona no sangue dos bebês (maior
nos meninos, mas também presente nas meninas) é o que explica a existência
de uma libido pré-genital.
Veja esse textinho em espanhol:
En verano sube la libido: [com a dopapina] el deseo erótico está activado.
Pero para que éste se complete, la sangre tiene que inundarse de una potente
sustancia sexual: la testosterona, hormona del deseo en ambos sexos. "Debido
a que responde a los estímulos de luz, la concentración sanguínea de
testosterona aumenta durante el verano, lo que explica el incremento de la
libido en la época estival", comenta el doctor De la Peña.
Producida por los testículos en el hombre y por las glándulas suprarrenales
en la mujer, la testosterona establece una estrecha relación con la química
cerebral del deseo. En la pubertad, determina el despertar de la sexualidad
y la atracción por el sexo opuesto. Bajo su influencia, la presión de la
pulsión sexual es tan intensa que es culpable de que el 90 por 100 de los
chicos se masturben o tengan poluciones nocturnas. En el sexo femenino, el
nivel de testosterona es 20 veces menor, lo que explica que menos del 50 por
100 de las adolescentes se abandonen al placer solitario.
Esta hormona masculina también está relacionada con la aparición de ciertas
desviaciones sexuales. Un artículo publicado el pasado mes de febrero en la
revista médica New England Journal of Medicine por los doctores israelíes
Ariel Rosler, de la Universidad Hadassah-Hebrew, en Jerusalén, y Eliezer
Witztum, de la Universidad Ben Gurion, en Negev, revela que la inyección
mensual de triptorelina, un medicamento que bloquea la acción de la
testosterona, se muestra altamente eficaz en el tratamiento de la pedofilia
y otros comportamientos sexuales alterados.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 16:25
--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
> Olá Carlos Zardini.
>
> Desculpe me meter na conversa q está tendo com o Medeiros mas...
>
> "[...] Não, eles tiveram lideres, sofreram lavagem
> cerebral, e fizeram o que lhes fora ordenado por um Homem. "
>
> O q significa esse treco q vc disse: "lavagem cerebral"?
>
> Inté+
> Mauro
Olá Mauro,
Me refiro a um estado mental crítico que faz o homem obedecer as
ordens de outro homem e assumir seu sistema de valores sem ter
condições psicológicas de questionar. O método para se conseguir tal
efeito geralmente é através de uma intensa pressão psicológica que
altera situações de extrema humilhação seguidas por um período de
aceitação e conforto.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 16:26
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 24, 2002 6:48 AM
Subject: [ciencialist] MSG para Manuel
######>Pelo que depreendi, química sexual significa níveis sanguíneos de
testosterona. Será só isso?! *Aqui mantenho: 'Química sexual' significa
níveis sanguíneos de testosterona? Pareceu-me que o assunto está sendo
tratado com alguma displicência*
Manuel: Não, não é so isso (níveis sanguíneos de testosterona). Envolve
também a dopamina, adrenalina, etc. Mas a testosterona é, de longe, a
substância mais importante da química do desejo sexual tanto masculino
quanto feminino. Mulheres cujas glândulas supra-renais não produzem
testosterona são incapazes de experimentar o orgasmo. Excesso de
testosterona no sangue causa comportamentos sexuais alterados.
Na primeira infância, há uma secreção muito alta de testosterona (fenômeno
este conhecido como "crise hormonal pós-natal"), pois é através da ação
desse hormônio que se verifica a diferenciação sexual do Sistema Nervoso
Central, que, no homem, só termina lá pelos cinco anos de idade. A presença
de um nível relativamente alto de testosterona no sangue dos bebês (maior
nos meninos, mas também presente nas meninas) é o que explica a existência
de uma libido pré-genital.
Veja esse textinho em espanhol:
En verano sube la libido: [com a dopapina] el deseo erótico está activado.
Pero para que éste se complete, la sangre tiene que inundarse de una potente
sustancia sexual: la testosterona, hormona del deseo en ambos sexos. "Debido
a que responde a los estímulos de luz, la concentración sanguínea de
testosterona aumenta durante el verano, lo que explica el incremento de la
libido en la época estival", comenta el doctor De la Peña.
Producida por los testículos en el hombre y por las glándulas suprarrenales
en la mujer, la testosterona establece una estrecha relación con la química
cerebral del deseo. En la pubertad, determina el despertar de la sexualidad
y la atracción por el sexo opuesto. Bajo su influencia, la presión de la
pulsión sexual es tan intensa que es culpable de que el 90 por 100 de los
chicos se masturben o tengan poluciones nocturnas. En el sexo femenino, el
nivel de testosterona es 20 veces menor, lo que explica que menos del 50 por
100 de las adolescentes se abandonen al placer solitario.
Esta hormona masculina también está relacionada con la aparición de ciertas
desviaciones sexuales. Un artículo publicado el pasado mes de febrero en la
revista médica New England Journal of Medicine por los doctores israelíes
Ariel Rosler, de la Universidad Hadassah-Hebrew, en Jerusalén, y Eliezer
Witztum, de la Universidad Ben Gurion, en Negev, revela que la inyección
mensual de triptorelina, un medicamento que bloquea la acción de la
testosterona, se muestra altamente eficaz en el tratamiento de la pedofilia
y otros comportamientos sexuales alterados.
Abraços,
Manuel Bulcão
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 17:25
Seguem...
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
FSK> > A ciência avança extamente nessa direção, de posse do método
científico e, agora sim, da razão, como intsrumentais. Assim, o que
está acimada "razão" (ou da compreensão humana) é exatamente o objeto
de investigação científica.
>
Anielo> Não. Podemos dividir o desconhecio entre o incompreendido e o
incompreensível. A questão que se coloca como limite a ciência é:
existe algo para o qual seja impossível descrever de modo não
subjetivo, não importando o estado de nosso conhecimento?"
>
> Aniello
Não entendio o "Não", pois o que vc disse não é contraditório em
relação à afirmativa anterior. De qualquer maneira, essa divisão que
vc propõe é duvidosa. Primeiro pq não há como estabelecer um critério
razoável para fazer essa divisão (quem ou como segregará um do
outro?). Segundo que, mesmo que algums critério seja eleito, a
fronteira é tão dinâmica qto a evolução do conhecimento, e terceiro,
ela é irrelavante em qualquer caso e autoevidente ao investigador (pq
investigar algo conhecido? Logo, para que "dividir"
apriorísticamente?) . Além disso, a questão que deve ser formulada
não é "se existe algo para o qual seja impossível(...)", e sim "como
fazê-lo". A constatação da existência desse "algo" em si não agrega
nada...
Fernando SK.
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 18:15
--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
>
> Carlos Zardini
>
> "Me refiro a um estado mental crítico que faz o homem obedecer as
> ordens de outro homem e assumir seu sistema de valores sem ter
> condições psicológicas de questionar.
> O método para se conseguir tal
> efeito geralmente é através de uma intensa pressão psicológica que
> altera situações de extrema humilhação seguidas por um período de
> aceitação e conforto."
>
> Um quartel seria exemplo? O serviço militar ñ se enquadra nessa
> descrição?
>
Um militar, mesmo que obedeça, pode questionar a ordem do seu
superior ou simplesmente não concordar com ela. O estado mental a que
me refiro é um estado em que o homem que obedece não tem condições
psicológicas de discordar.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: MSG para Manuel
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 18:37
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Na primeira infância, há uma secreção muito alta de testosterona
> (fenômeno este conhecido como "crise hormonal pós-natal"), pois é
> através da ação desse hormônio que se verifica a diferenciação
> sexual do Sistema Nervoso Central, que, no homem, só termina lá
> pelos cinco anos de idade. A presença de um nível relativamente
> alto de testosterona no sangue dos bebês (maior nos meninos, mas
> também presente nas meninas) é o que explica a existência
> de uma libido pré-genital.
Fenômeno, aliás, muito semelhante ao q. ocorre em porquinhos-da-índia.
Mas não sei se provoca libido pré-genital.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 20:28
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 24, 2002 7:37 PM
Subject: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
Manuel: Na primeira infância, há uma secreção muito alta de testosterona
(fenômeno este conhecido como "crise hormonal pós-natal"), pois é através da
ação desse hormônio que se verifica a diferenciação sexual do Sistema
Nervoso Central, que, no homem, só termina lá pelos cinco anos de idade. A
presença de um nível relativamente alto de testosterona no sangue dos bebês
(maior nos meninos, mas também presente nas meninas) é o que explica a
existência de uma libido pré-genital.
Takata: Fenômeno, aliás, muito semelhante ao q. ocorre em
porquinhos-da-índia. Mas não sei se provoca libido pré-genital.
Manuel: Em uma mensagem que postei nesta lista em março de 2001 sobre este
mesmo assunto, escrevi: "De fato, foi observado em recém-nascidos machos DE
VÁRIAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS, entre as quais o homem, uma secreção de
testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido como "crise
testicular neonatal".
O fato de os porquinhos-da-índia serem mamíferos que nem o Papa João Paulo
II não é nenhum indício de que os porquinhos-da-índia também acreditam em
Deus, na Santíssima Trindade e na virgindade de Maria. Pelo que sei, nos
porquinhos-da-índia a sexualidade não desempenha outra função a não ser a
reprodutiva, ao contrário do que ocorre entre alguns primatas, como os
bonobos. Nestes, a atividade sexual é multifuncional, serve como ritual de
poder e até de meio de troca e envolve, além dos órgãos genitais, as mãos
(masturbações recíprocas), a boca (felação) e o ânus. Tanto é assim que
"começam a fazer sexo muito antes do advento da puberdade, a partir de
aproximadamente um ano de idade. (...) Os bonobos empregam o sexo para muito
mais do que produzir bebês, fazem sexo como meio de fazer amigos, fazem sexo
para acalmar alguém que esteja sob tensão, fazem sexo como modo de
reconciliação depois da agressão. (...) sua atividade sexual nada tem a ver
diretamente com a reprodução, quando mais não seja porque muitos de seus
encontros sexuais se dão com pares homossexuais ou com jovens não férteis."
(R. Wrangham e D. Peterson; O Macho Demoníaco; Ed. Objetiva; 1996; p. 261)
Por isso que, entre os bonobos e os homens, a "sexualização" do sistema
nervoso central pela testosterona e outros hormônios sexuais é
qualitativamente diferente da que ocorre entre os porquinhos-da-índia e
outros mamíferos. É o que penso.
Mas, sem querer correr o risco de cair no etnocentrismo, não descarto a
hipótese de uma libido não genital também nesses animais. Ouvi falar que o
comportamento agonístico de demarcação territorial através das fezes e da
urina é também ativado pela testosterona, o hormônio do desejo. Nesses
animais territorialistas, o sinal de outros indivíduos da mesma espécie
desencadeia um processo químico envolvendo testosterona e neurotransmissores
que excita e estimula outras mucosas além da genital: a da uretra e a
reto-anal. É uma reação automática e talvez prazerosa. Vai ver que o
erotismo anal nos humanos não é apenas a conseqüência da educação que
recebemos com vista ao controle de nossos esfíncteres. Não é impossível que
se trate de uma característica herdada de algum ancestral quadrúpede
territorialista e que, entre nós, realiza outras funções sociais. Mas é só
especulação.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: QUAL A VERDADE NA EXECUCAO DA REFORMA PSIQUIATRICA NO RIO GRANDO DO SUL ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Saude@yahoogrupos.com.br>, <advogado@yahoogrupos.com.br>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>
CC: <Astreia@yahoogrupos.com.br>, <biodireito@yahoogroups.com>, <biodireitopucrs@yahoogroups.com>, <cidadaniabrasil@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <civil@grupos.com.br>, <cpgd_ufsc@yahoogrupos.com.br>, <direito_civil@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <direito-penal@yahoogroups.com>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, "Grupo IURIS" <iuris@grupos.com.br>, <penal@grupos.com.br>, <ibap-biodireito@yahoogroups.com>, <RedePraxis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 21:20
Direito_Sade e Biotica
___________________
http://br.groups.yahoo.com/group/Direito_Saude/message/12153
Em especial s Autoridades Judiciais e Fiscalizatrias
do Estado do Rio Grande do Sul:
______
* comentrios do firmatrio
* seguidos de Ata da Audincia Pblica
realizada na Assemblia Legislativa do RS
sobre sade mental e fechamento de leitos.
1. Dia 07 de agosto deste ano participei dos debates sobre o fechamento de leitos no atendimento sade mental no RS. Trinta leitos SUS da Unidade de Desintoxicao e Dependncia do Hospital Psiquitrico So Pedro ( Hospital Pblico ) estavam para ser "_transferidos_" para o Hospital PARTICULAR Vila Nova. A Audincia Pblica na Comisso de Sade da Assemblia Legislativa foi requerida pelo Movimento dos Usurios do SUS, do qual fao parte, junto com diversas entidades, Sindicato Mdico do RS e associaes da rea de sade.
2. A "_transferncia_" referida, a ttulo de "_execuo de reforma psiquitrica_", foi uma FRAUDE ( como vem sendo a execuo da Reforma Psiquitrica no Brasil de modo geral ), pois o Hospital ( particular ) Vila Nova passou a fazer apenas a desintoxicao ( que leva de 5 a 7 dias ) em casos menos graves e deixou de, sequer, prescrever o atendimento dependncia, que o mais importante, porque sem esta aquela intil. Acrescente-se que o atendimento decorrente da "_transferncia_" ficou mais oneroso para o Estado.
3. No Hospital So Pedro, hospital PBLICO, a Unidade SUS "_transferida_" era uma das melhores do RS e fazia o atendimento tanto de desintoxicao quanto o de dependncia, que multidisciplinar.
4. Ontem, dia 23 de outubro, o Hospital Vila Nova requereu ao Juiz de Cachoeirinha o encaminhamento de pacientes de dependncia qumica SUS para o Hospital Psiquitrico filantrpico que assessoro, alegando no ter condies de atender esses pacientes por no ter licena da Secretaria da Sade, que patrocinou a "_transferncia_". O Hospital filantrpico mencionado o maior do RS e j atende 84% de SUS, recebendo por paciente SUS R$ 23,00 dirios, enquanto o custo real de R$ 40,00. Um Hospital Geral recebe R$ 60,00 por paciente. ALM DISSO o SUS no paga sequer uma aspirina para o paciente de sade mental, fornecendo medicao exclusivamente psiquitrica, com a agravante de que apenas permite que esse paciente beneficie-se de medicao atualizada, aps DOIS ANOS de uso das primeiras medicaes que surgiram na dcada de 50.
5. Hoje, no Brasil, um em cada quatro cidados necessita ou necessitar de atendimento em sade mental. Isso significa que h um interessante de mercado a ser explorado.
6. O DESMONTE do atendimento sade mental pblica comeou em 1990 e vem se agravando. O paciente de sade mental passa a aumentar a populao de rua, figurar mais ainda nas estatsticas de suicdio ( revista norte-americana publicou recentemente que o suicdio j est alcanando em vtimas o somatrio das mortes em guerras e acidentes de trnsito ) e ser tratado como "_caso de polcia_" ( na Inglaterra, mais de 4.000 pacientes de sade mental esto em presdios aguardando vagas em hospitais gerais ).
7. Em debate com Pedro Delgado ( irmo do Deputado Paulo Delgado, autor da Lei Federal da Reforma Psiquitrica, 10.216, de 06.04.2002 ), Coordenador de Sade Mental do Ministrio da Sade, no dia 27 de maio deste ano, no Seminrio de Direito e Sade Mental, realizado pelo Ministrio Pblico do RS, esse agente poltico reiterou que a desospitalizao do SUS ( fechamento de leitos ) era irreversvel. Questionei-o de que desospitalizao da sade, SEM existncia de medicina preventiva eficaz, significava o descumprimento do Art. 196 da Constituio Federal ( obrigao do Estado em atender sade pblica de forma plena ). Foi dito que existia medicina preventiva suficiente na rede SUS, o que sabemos NO ser verdade.
7. O fechamento de leitos SUS ir progredir para todas os demais atendimentos mdicos dentro desse particular conceito de "_desospitalizao da sade_", pois os recursos da sade pblica so desviados para outras finalidades e interesses, especialmente os externos.
8. Em levantamento que o Movimento dos Usurios do SUS realizou nos ltimos meses no RS foi encontrado e documentado onde foram jogados centenas de egressos de pacientes de sade mental. Esto vivendo em condies desumanas em cortios, mantidos por doaes da comunidade e SEM atendimento especializado. Isso quando no esto em casas que exploram suas famlias, algumas onde a alimentao feita no cho dentro dos sanitrios.
ESSA , de FATO, a reinsero social PROPALADA pelos executores da "_reforma psiquitrica_".
[]'s
Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11352
c.galli@terra.com.br
ASSEMBLIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
COMISSO DE SADE E MEIO AMBIENTE - ATA N 16/02
Aos sete dias do ms de agosto do ano de dois mil e dois, s dez horas, na Sala
Prof. Dr. Sarmento Leite, terceiro andar, reuniram-se os Senhores Deputados
ELISEU SANTOS, Presidente da Comisso; JOS FARRET, Vice-Presidente; EDSON PORTILHO, GERMANO BONOW, MRIO BERND, CSAR BUSATTO, OSMAR SEVERO e JORGE GOBBI, membros titulares da Comisso de Sade e Meio Ambiente, objetivando discutir, por solicitao do Deputado Germano Bonow, a iniciativa do executivo estadual de DESATIVAR os trinta leitos da Unidade de Desintoxicao do Hospital Psiquitrico So Pedro, INSTALANDO no local uma Escola Pblica Estadual.
Presentes os Senhores PAULO MICHELON, representando o Movimento Nacional da
Luta Anti-Manicomial; CARMEN LIA MARINO, Presidente do Movimento dos Usurios
do Sistema nico de Sade (SUS); CELSO GALLI COIMBRA, Advogado do Movimento dos Usurios do SUS e do Movimento Pr Sade Mental; BRUNO MENDONA COSTA, Mdico Psiquiatra; MIRIAM DIAS, Coordenadora da Sade Mental da Secretaria Estadual da Sade; IRVALETE FRANA, Coordenadora do Frum Gacho de Sade Mental e integrante da Escola de Servios Penitencirios da SUSEPE (Superintendncia dos Servios Penitencirios); TATIANA RAMINGER, Coordenadora de Sade Mental; HUGO HOERLLE, Presidente do Conselho Municipal de Entorpecentes (COMEM); JOS EDUARDO GONALVES, Secretrio Substituto da Secretaria Estadual da Sade; ROGRIO AGUIAR, representando o Conselho Regional de Medicina; PAULO ARGOLLO MENDES, Presidente do Sindicato Mdico do Rio Grande do Sul; REGIS CRUZ, Diretor do Hospital Psiquitrico So Pedro; SANDRA MARA, usuria do SUS;
ELISABETH OLIVEIRA, Secretria Municipal de Sade do Municpio de Canoas
representando a ASSEDISA; e MARTA CONTE, Presidente do Conselho Nacional de
Entorpecentes (CONSEN). Aps a leitura e aprovao da Ata anterior, o Deputado Eliseu Santos leu o ofcio de solicitao da audincia pblica, bem como os ofcios de justificativa de ausncia das Deputadas JUSSARA CONY e CECILIA HYPOLITO e passou a palavra para a Sra. CARMEM MARINO que explicou a preocupao em apoiar o trabalho desenvolvido pelo Hospital So Pedro e que, por essa razo, apresentam dificuldade em aceitar que os leitos destinados aos doentes mentais SEJAM DESATIVADOS. Disse tambm que o maior problema de defender o Hospital que, muitas vezes, a comunidade entende esse local como um manicmio, embora abrigue seiscentos e cinqenta pacientes que, certamente, no teriam para onde ir. "Depois da Lei do Deputado Paulo Delgado, foi sugerido que aps cinco anos fossem realizadas avaliaes sobre o rumo que havia tomado essa deciso. Esses leitos que esto sendo desativados eram destinados camada pobre e agora desejam transferir para crianas e adolescentes." O Sr. BRUNO COSTA afirmou que esto na defesa do doente mental, cuja a assistncia dever ser prestada, acima de qualquer sigla partidria, indicando uma poltica de sade mental para o Rio Grande do Sul. "Ontem foram suspensos, atravs do Dr. REGIS CRUZ, os leitos destinados aos portadores de dependncia qumica e at agora no sabemos para onde iro. O Hospital Vila Nova PARTICULAR e, ao contrrio do que esto fazendo, deveriam promover a melhora no atendimento. Sugerimos que o Conselho Regional de Medicina realize uma vistoria no local para provar que l existe um hospital." A Sra. IVARLETE mencionou que hoje podemos dizer que os problemas que esto surgindo so decorrentes do descumprimento da lei e porque ela desencadeou um processo denominado de "cidado na sociedade", onde as pessoas que sofrem de problemas mentais e abandono no so simplesmente depositadas em um hospital. A Sra. TATIANA citou que o tratamento do doente mental dever ser comunitrio e quando apresentar crises dever ser internado em um hospital geral e no mais uma internao permanente em hospitais psiquitricos. Salientou que essa uma recomendao mundial, atravs da ONU, bem como nacional, atravs do Ministrio da Sade. Disse que temos uma rede ambulatorial consolidada de atendimento ao doente mental, totalizando quatrocentos e oitenta e quatro postos no Rio Grande do Sul. O Sr. HUGO informou que coordena o CDQU1M (Centro de Dependentes Qumicos) e que l existem vinte e dois leitos destinados ao SUS, alegando que a lei da reforma psiquitrica correta, MAS NO TEMPO ERRADO, porque o esvaziamento desses hospitais ocorreram em razo dos medicamentos e no das terapias. "Para que essa reforma se efetive necessitamos que uma REDE COMPLETA esteja em FUNCIONAMENTO, como por exemplo, ambulatrios, hospitais para promover a desintoxicao, hospital dia. E onde esto essas unidades de mdia e longa permanncia? No estamos APARELHADOS para que essa lei passe a vigorar." O Sr. JOS EDUARDO GONAVES entregou Presidncia dos trabalhos um documento elaborado pela Organizao Mundial da Sade (OMS), com nfase em sade mental e reiterou a importncia dos movimentos que visam consolidar as garantias e qualificao no atendimentos dos pacientes mentais. Esclareceu que existem diferentes aspectos que envolvem essa lei, embora os principais se referem
IMPERFEIO DO SUS e a um processo de transformao, alm de exigir um esforo intergestor. "Precisamos garantir a qualificao da aplicao da lei e so nas conferncias de sade, onde esto os gestores, que esto manifestados o reconhecimento da legitimidade dessa lei que objetiva a volta do cidado excludo." O Sr. ROGRIO AGUIAR citou que o Conselho tem se pautado em duas resolues de mil novecentos e noventa e quatro, do Conselho Regional de Medicina, que decidiu que as modalidades de ateno psiquitrica devem valorizar o atendimento extra-hospitalar e que, quando as internaes se tomarem necessrias, que sejam em hospitais gerais. O Sr. PAULO observou que jamais se trata uma doena mental em um local totalmente excludo e que o tipo de tratamento dado ao dependente qumico apenas de desintoxicao, sendo que aps a sada do hospital ele volta a ingerir as drogas, porque no existe um atendimento continuado. O Sr. PAULO ARGOLLO questionou ao Secretrio Substituto se j existe uma deciso de transferncia de leitos de dependentes qumicos do Hospital Psiquitrico So Pedro para o Hospital Vila Nova; se uma vez estar vaga a unidade de desintoxicao do Hospital So Pedro, os leitos sero
destinados a pacientes mentais ou desativados; e se existe algum projeto do governo que contenha na sua previso a internao de PACIENTES GRAVES. Considerou que desde fevereiro NO RECEBEM NENHUMA RESPOSTA da Secretaria Estadual da Sade e que tambm consideram um CRIME que o controle de pacientes enfermos e indefesos sejam feitos atravs da transferncia para outras clnicas, alm de desativaram esses leitos, construdos com o DINHEIRO PBLICO. O Sr. JOS EDUARDO informou que j existe a deciso de transferncia para o Hospital Vila Nova e que est dentro da preocupao do governo o destino dos pacientes graves, embora o sistema SOMENTE poder ser considerado PLENO, quando a rede de atendimento estiver COMPLETA. O Sr. CELSO GALLI COIMBRA disse que no est sendo contestada a necessidade de reforma psiquitrica, MAS sim a MANEIRA como est sendo REALIZADA, porque ela est sendo feita sem o conhecimento REGIONAL de QUAL O PERFIL EPIDEMIOLGICO DO PACIENTE DE SADE MENTAL para
elaborar a execuo de REFORMA PSIQUITRICA, at porque o Sr. EDUARDO afirmou que para existir a PLENITUDE, a rede dever estar FUNCIONANDO. Lembrou que o Rio Grande do Sul, juntamente com Pernambuco tm o MAIOR NDICE de doena mental (AT 40%) em sua populao, e que a Constituio Federal, no seu artigo 196, DETERMINA a obrigao de o Estado prestar atendimento integral sade.
Referiu que essa lei de noventa e dois no foi mais revisada, quando ela prpria estabeleceu uma reviso sua para cinco anos aps sua vigncia, tornando extremamente precria sua utilizao, aps a ausncia dessa reviso, que deveria ter ocorrido em 1997, para com base nela estar sendo executada no RS uma reforma psiquitrica. Registrou que a Lei Federal de abril de 2001 no auto-aplicvel, depende de regulamentao legal que no existe. Apontou que a regulamentao da lei federal est sendo substituda INCONSTITUCIONALMENTE por meras Portarias Ministeriais e Estaduais. "Cabe esclarecer, pelo lado jurdico constitucional, QUE essa lei da reforma psiquitrica potencialmente inconstitucional por reduzir ao mximo o encargo do Estado com a sade pblica, TERCEIRIZANDO para hospitais particulares, SEM INFRA-ESTRUTURA ADEQUADA esse atendimento. Eu gostaria de recordar aos gestores da sade que na Inglaterra e nos Estados Unidos os pacientes de sade mental, quando da execuo de lei IGUAL, passaram a ser tratados como CRIMINOSOS para freqentarem as penitencirias." O Sr. REGIS CRUZ rememorou que a lei foi aprovada por unanimidade nesta Casa e que, certamente, a populao deveria estar presente. Discorreu sobre os INVESTIMENTOS realizados no Hospital, informando que j foram gastos MAIS de DOIS MILHES, sugerindo que o Presidente da Comisso, volte a visitar aquele local. A Sra. SANDRA MARA registrou que a reforma dever estar baseada no acompanhamento dos doentes, porque enquanto estiverem drogados no conseguiro demonstrar a capacidade que possuem. A Sra. ELISABETH OLIVEIRA disse que, juntamente com a Assedisa, apia a construo de outras redes de atendimento. A Sra. MARTA CONTE frisou a necessidade de se conhecer as aes de sade quanto rede de atendimento, bem como, sensibilizar as diretorias dos
hospitais de destinar dez por cento de sua capacidade para pacientes psiquitricos. O Deputado EDSON PORTILHO argumentou que, no final da discusso e da implementao da lei, todas as famlias desejam ver seus doentes atendidos plenamente, sugerindo o agendamento da visita ao Hospital So Pedro. Finalizando, o Presidente interino. Deputado GERMANO BONOW enfatizou os principais temas debatidos plos presentes. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunio, e, eu, Secretria da Comisso lavrei a presente Ata que, depois de lida e achada conforme, vai assinada pelo Senhor Presidente e por mim.
DEPUTADO ELISEU SANTOS, Presidente.
GUACIRA BOMFIM VIANNA, Secretria.
============
ENDERECOS
============
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
___
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
___
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
nmero 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
___
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
___
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
___
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
___
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
___
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
___
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
___
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
___
ENVIAR mensagem para o grupo use o endereo:
direito_saude@yahoogroups.com
___
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
___
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
___
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.394 / Virus Database: 224 - Release Date: 3/10/2002
[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 22:33
Olá.
Desculpem pela demora. Aqui vão algumas mensagens juntas.
> O mundo não está indo para o buraco. Estamos passando por uma
mudança de paradigma de relações sociais. O antigo modo de ver as
coisas levaram a duas guerras mundiais, ao nazismo em plena Alemanha,
país que contribuiu de modo mais destacado para a filosofia ocidental
do século XIX e XX.
Eu não sei exatamente o que você está chamando de antigo modo de ver
as coisas, mas acho que você está confundindo algumas coisas. O
antigo modo é o Ancien Regime, o feudalismo, a aristocracia e a
Igreja. O mundo no qual nós nos precipitamos a partir de 1800 é a
modernidade. As guerras que você citou podem ser vistas mais como
reações à modernidade que a produtos autênticos desta época. Vale
lembrar que o século XIX foi razoavelmente pacífico. Vale também
lembrar que nunca duas democracias liberais entraram em conflito. É
impensável que hoje em dia a França ataque a Inglaterra, ou que os
EUA ataquem o Canadá ou o Japão. Guerra hoje em dia só no terceiro
mundo. Mas nem isso nem o fim do colonialismo têm a ver com o mundo
que se configurou após 1945, como você parece pensar. Isso é a
modernidade, que se configurou a partir do fim do século XVIII.
> Estamos pela primeira vez na história tendo o convívio cotidiano
com quase todas as culturas estrangeiras, estamos numa época onde a
convivência entre estas diferenças de culturas, um conceito de
humanidade e de sociedade planetária precisa ser criado para resolver
tais diferenças sem violência.
É verdade. Isso, no entanto, já vem sendo feito desde que as
caravelas européias começaram a desbravar os mares, buscando novos
caminhos e novas terras. O que ocorreu nessas últimas décadas foi uma
intensificação brutal deste processo.
> Estamos em uma época em que a informação é incontrolável, em que
uma criança de 12 anos sabe mais sobre o mundo que o cerca do que
sabia Galileu quando estava vivo. Informação é liberdade e
individualidade, é poder e força. Esta nova era é a era do indivíduo.
Sim. É tudo muito legal. Mas tenho dúvidas quanto a este mundo. Não
sei se uma criança de 12 anos tem o preparo emocional, o respeito
pelo conhecimento, a sabedoria necessária para contemplar o abismo,
como tinha, por exemplo, Galileu. Acho um desrespeito dizer para as
crianças que as estrelas são sóis muito distantes; às crianças e às
estrelas. Hoje em dia é tudo muito rápido e em grande quantidade, mas
acho que não tem profundidade.
> O mundo não é execpcionalmente mais violento, nem mais criminoso.
Um mundo violento era o mundo medieval europeu, por exemplo. Naquela
época a violência era parte da regra, era aceita como algo natural
entre humanos.
Difícil falar daquele mundo. Não existiam registros dos crimes para
fazermos estatísticas. Mas a onda de crimes dessas últimas décadas é
um fato. Em 1950, as taxas de crimes violentos estavam abaixo de 100
crimes por 100 mil habitantes na Inglaterra, uma taxa que estava
razoavelmente estável desde o século XIX. A partir de 1964 iniciou-se
uma explosão da criminalidade neste país que culminou na década de
1990 com 700 crimes por 100 mil habitantes. Gráficos semelhantes
ocorreram em todos os países desenvolvidos. As únicas exceções foram
os países orientais. Eu tenho um gráfico aqui:
http://www.geocities.com/Athens/Styx/2374/pessoal/graficos/grafico-
crimes-violentos.gif
A fonte é Francis Fukuyama, 1999, The Great Disruption.
E não foi apenas a criminalidade que explodiu. A desconfiança das
pessoas cresceu, os laços sociais se tornaram mais frágeis, filhos
fora do casamento cresceram, assim como a quantidade de abortos. Uma
onda de degradação social varreu todos esses países, e isso se deu no
mesmo momento: a partir de 1964, mais ou menos. Temos que explicar
não só esse fato, como também o fato dos países orientais terem
resistido ao colapso.
O motivo é que a partir de 1964, as mulheres enlouqueceram e se
rebelaram. Nos países orientais elas ficaram quietas, até agora. No
Japão elas já começam a se rebelar e espera-se que uma onda de
degradação social assole o país nessas próximas décadas.
> O crime hoje faz mais estragos, mas não há nem um aumento
significativo do percentual de criminosos na sociedade (sempre em
torno de 1%). O que há é que o criminosos tem mais informação e mais
tecnologia a disposição. Um criminoso que compreenda as leis básicas
do mercado, que entenda de táticas de guerrilha, que saiba fazer
drogas e saiba da dependência que ela gera cria um problema que
centenas de pungistas não fariam.
Os dados que eu mostrei contestam esta afirmação, afinal, os
criminosos japoneses tem tantos recursos tecnológicos quanto os
americanos. Talvez os criminosos estejam sempre em torno de 1%, mas a
partir dos anos sessenta eles começaram a cometer muito mais crimes.
A libertação da violência é a sombra da libertação sexual.
> Toda a mudança estrutural da sociedade hoje se deve a revolução da
informação. Inclusive quanto as mulheres. As mulheres hoje tem a
informação que elas são seres humanos, que não devem apanhar do
marido e aguentar caladas, e que não é um erro usar roupas nas quais
se sintam bonitas. Que podem não depender de homens para gerar o
provento material nem intelectual.
Não só da informação. As tecnologias em geral, e em especial os
anticoncepcionais, deram grande poder e liberdade às mulheres. O
estado as protege dos homens. Os trabalhos de uma sociedade
capitalista são perfeitamente realizáveis pelas mulheres. Em uma
sociedade onde as relações sociais são mediadas por dinheiro e pela
burocracia formal, não faz o menor sentido pensar em homens e
mulheres. Todos ficam iguais. Todos são agentes independentes
trocando dinheiro, bens e serviços. Não é a toa que as relações
familiares colapsaram e as pessoas estão cada vez mais sozinhas.
> A violência entre sexos hoje diminuiu por a mulher conquistar o
direito de se manifestar e parte do respeito de um ser humano.
Tem ideologia nesta sua afirmação. Você está supondo que respeitar um
ser humano é trata-lo com igualdade. É deixar que a mulher saia na
rua sem pedir permissão ao marido. É deixa-la usar calças ou andar
semi-nua pelas ruas.
> O mundo que está indo para o buraco não é o nosso mundo, mas o
mundo tacanho e quadrado, de limites fixos e covardes do moralismo
cristão-judaico.
Cristão-judaico? Todas as culturas do mundo, de todas as épocas e
lugares, sempre procuraram controlar a mulher. Pela primeira vez em
toda a existência ela está se tornando livre. Ou nossa cultura é a
sexualmente mais sábia entre todas as que já existiram, ou a mais
ignorante.
O que está indo para o buraco é o ser humano, e uma nova criatura,
dócil e feminina, que acredita na igualdade, na paz e na ternura,
está tomando o seu lugar. Há um amolecimento geral da sociedade. A
grandeza humana está na bravura do guerreiro, está na dignidade do
rei, do macho dominante.
Você viu o Senhor dos Anéis? Estava vendo ontem. Aquela batalha no
início, há dois mil e quinhentos anos, é grandiosa. A saga de Star
Wars é grandiosa pelas guerras que tem. Os Jedi são bacanas porque
são monges-guerreiros. Para muitas tribos primitivas, o paraíso é uma
batalha sem fim com a qual são recompensados seus heróis após a
morte. É claro, não estou falando de nada como o que os EUA fizeram
no Afeganistão. Aquilo não foi guerra, foi um monte de mísseis
robóticos aniquilando um bando de caipiras. Guerra mesmo é com
espada.
> A exclusão forçada de classes e grupos sociais do fluxo de
informações que surgiu e é inevitável, decorrência direta do avanço
tecnológico, gera revolta e violência. Tentar levar as mulheres de
volta para a casa, para deixar de tentarem "ser homens" é gerar
revolta. As mulheres não querem "competir com os homens, apenas
querem direito a participar do novo mundo".
Sei. Elas querem ter o prazer de trabalhar e ganhar dinheiro e toda a
liberdade que ele trás, ao invés de terem o prazer de ter filhos, de
ter tempo e calma para cuidar deles, amparadas pelo casamento. Elas
querem ser atiradas no competitivo mercado de trabalho. Isso é um
surto cultural. Isso tem menos de trinta anos. Não existem garantias
de que irá perdurar. E acho que já existem indícios de que está
falindo. Uma pilha errada. Nós nos atiramos em um novo mundo sem
saber ao certo as conseqüências, e agora estamos começando a perceber
a seriedade do que fizemos.
> Um mundo que ainda está em construção, que ainda convive com as
estruturas antigas e tem de conviver com contradições e reviravoltas.
O Iluminismo também foi a época da reforma e contra-reforma, que
gerou violentas guerras religiosas na Europa, e uma escalada no ódio
entre os povos. Mas depois de solidificar suas mudanças representou o
fim do mundo medieval e o nascimento do mundo moderno.
Sim. Tudo isso não passa de um grande Iluminismo. A emancipação da
mulher é o último degrau da reforma iluminista. É o passo que nem os
jacobinos ousaram dar, e que teve que esperar mais de um século para
ser dado. É a conclusão da modernidade. Meu ponto é que tudo isso é
muito novo. O mudo feudal havia existido por séculos, e apresentava
uma sabedoria e estabilidade que havia sido testada por incontáveis
gerações. A modernidade, por outro lado, não é nenhum sistema
estável. É uma erupção explosiva. Desde a Revolução Francesa nós
estamos rolando por uma ribanceira, sem saber onde iremos parar.
> A revolução industrial gerou o colonialismo e o neocolonialismo,
responsáveis pelas duas grandes guerras e pela guerra fria, pelo
nazismo e pelo comunismo.
Não vejo assim, muito embora essa seja uma questão complexa. Como já
disse, vejo essas guerras que você citou como reações à modernidade.
> E agora a revolução da informação vai novamente modificar as
estruturas sociais.
Esta é a visão de Alvin Toffler. A revolução industrial produziu um
mundo, e agora a pós-industrial está produzindo outro. Vejo tudo isso
como a mesma modernidade, em fazes diferentes, é claro. As bases
teóricas do feminismo foram forjadas na Revolução Francesa. Tudo isso
que está ocorrendo no mundo de hoje - a igualdade entre todos os
seres humanos, a internacionalização da cultura, o fim das tradições,
o fim das guerras - já estava implícito no projeto iluminista.
> Nunca as mudanças de estrutura social é feita de
maneira "bonitinha", mas em geral implica no aumento de liberdade do
indivíduo e na diminuição das diferenças. Tentar manter as diferenças
é tentar manter o sistema velho" e dificultar a mudança, aumentando o
período violento e confuso de transição.
Sim. Não se pode voltar atrás. Nosso único caminho é ir em frente,
para o fundo do poço. Acho que quando chegarmos no fundo iremos
perceber o surto cultural que entramos nesses últimos dois séculos.
> Ser machista e retrógrado é querer voltar a um mundo ultrapassado e
cheio de contradições com a realidade atual, além de ser uma
gigantesca fonte de intolerância e violência, fonte de ódio e de
disputas sociais desnecessárias e perigosas.
Como disse, não quero voltar atrás. Quero instituir uma nova ordem
sexual pós-cristã. Mas isso não quer dizer que nesta ordem as
mulheres poderão andar livres pelo mundo. Nenhuma cultura jamais
permitiu isso, e a não ser que a atual civilização global se ache a
mais sábia da existência, ela terá humildade para ouvir o que as
outras culturas têm a dizer sobre o assunto. Essas culturas existiram
por milênios e adquiriram uma grande sabedoria sobre como tratar o
ser humano. Nisso a cultura moderna é completamente ignorante. Uma
prova é a absurda tese que está na base do feminismo de que não
existem diferenças mentais entre homens e mulheres. Sempre esteve
claro para qualquer cultura, de qualquer época, que homens e mulheres
são diferentes, gostam de coisas diferentes, fazem coisas diferentes.
Isso é o óbvio. Mas a nossa cultura se tornou tão perdida que não
consegue mais enxergar o óbvio. Para ela não existem dois sexos,
apenas um. Não faz a menor diferença, portanto, procurar o sexo
oposto para se relacionar. Deve-se apenas procurar outro indivíduo,
seja ele homem ou mulher. É tudo a mesma coisa. É o fim do ser
humano.
Uma pergunta: Você não quer ser senhor? Não quer ter uma mulher lhe
servindo e lhe obedecendo (embora provavelmente queira servi-la
através do cavalheirismo)? Sabe por que? Porque você foi doutrinado
pelo sistema para acreditar nisto; através do cinema, da escola, dos
pais. Se você estivesse nascido em qualquer outra época, você iria
quer que sua esposa fosse obediente. Mas como você nasceu em uma
época de intenso doutrinamento ideológico, você acredita no que o
sistema quer que você acredite. Essa sexualidade que você defende é a
sexualidade do sistema. Do Império Global. Você se comporta
exatamente como quer o sistema e toda a ideologia atual.
Aniello:
> > Trata-se de dois fenômenos completamente distintos. A
fetichização do corpo da mulher e a demonização do corpo da mulher.
Dois extremos, duas faces da mesma moeda.
Sim, são duas faces da mesma moeda.
> > Utilizar o corpo da mulher como chamariz para o consumo é
transformar a sensualidade humana em apelo comercial e o corpo humano
em puro chamariz ao consumo. Isto acaba abrindo o espaço para as
mulheres objeto. No fim o erro é o mesmo: reduzir a mulher como fonte
de desejo ou tentação sexual do homem.
Em que mundo você vive? Em muitos animais, mesmo nas joaninhas, as
fêmeas exigem pagamento (geralmente sob a forma de alimento) antes de
acasalarem. E é um fato significativo, que tem que ser muito bem
considerado quando se é mulher, que no mundo masculino a mulher é a
coisa mais valiosa e mais desejada em toda a existência. O dinheiro
só tem valor à medida que ele pode atrair mulher, enquanto a mulher
tem valor em si. Toda a vida do homem pode ser vista como um grande
esforço para se elevar na hierarquia e atrair mulheres. E este poder
da mulher está, em grande parte, fundamentado em seu corpo sim. Essa
história de ficar valorizando o espírito da mulher é meio esquisita.
O espírito é importante, mas o corpo é fundamental.
Lígia:
> Está uma conversa de "clube do Bolinha"... como representante
feminina eu digo que há as mulheres que se deixam reduzir a isso e há
as que não se deixam. O problema é cultural e cai no mesmo que
tingir os cabelos de loiro... tem as que realmente acreditam que ser
loira faz alguma diferença e sabe por quê? Porque convivem com
homens que não dão a mínima para inteligência ou conhecimento...
E para você o ideal seria que o padrão de beleza fossem as mulheres
com inteligência e conhecimento? Por que? Estas qualidades são
legais, mas não estão em minha lista de prioridades da mulher ideal.
Dou grande importância à beleza física, embora não essa beleza
sedutora do tipo Bond Girl. Em termos mentais, acho legal que a
mulher seja meiga e tímida, que seja feliz e sorridente, mas que
também tenha uma tristeza. Que tenha uma pureza infantil. Acho essas
qualidades encantadoras.
Para inteligência e conhecimento existem os amigos (que podem ser
mulheres). Não é meu ideal ficar discutindo Nietzsche com uma
parceira. Eu gostaria de apertar ela, fazer cócegas, rir com ela.
Gostaria também de ser uma autoridade para ela, e que ela me
admirasse e me respeitasse por isso. Como seu eu fosse um pai
benévolo. Acho isso bastante viável, e acho que em alguns ambientes
(certamente não as democracias liberais desenvolvidas), um casal como
este pode ser muito feliz.
> Isso tem cura: educação. Educação e cultura acessível a todos,
não só a uma elite que se gaba de possuir conhecimentos. Se mesmo
cultas as mulheres ainda quiserem pintar os cabelos, será por opção,
nào pelo desejo de agradar e se os homens continuarem sentindo-se
atraídos pelas falsas loiras mesmo cultos também será questão de
opção.
O fato é que uma mulher com cabelos brancos não é bonita, enquanto um
homem é. Pode-se falar o quanto quiser que isso se deve a uma
sociedade preconceituosa, machista, etc, mas o fato é que existem
cada vez mais dados científicos de que o padrão de beleza feminina é
uma mulher jovem, enquanto a masculina é um homem experiente e com
posição social. Acho também que para negar isso é necessária uma
certa hipocrisia, pois no fundo a pessoa sabe que é desta forma.
Imagino que ela atribui seus sentimentos a essa ideologia machista e
preconceituosa que infelizmente se infiltrou em sua mente, mas essa é
uma aposta arriscada que pode levar a grande hipocrisia. Acho que o
nível de hipocrisia da nossa sociedade é comparável ao dos
vitorianos.
> Uma coisa é certa, quando mostram muito sexo na TV é indício de que
há uma necessidade de "levantar" a moral do povo que está em baixa,
tipo: fechem os olhos para o que está acontecendo, ainda temos
SEXO!! E esse é um fenômeno internacional, não se restringe só a nós
brasileiros, conhecidos internacionalmente pelos bumbuns das mulheres
brasileiras. Tem sido assim desde que sexo deixou de ser tabu
para "virar" item de consumo...
Eu acredito que o sexo virou o substituto para a impotência política.
Como somos todos iguais, não existe mais política; assim, tudo que
podemos fazer é sexo.
> L: Problema da sociedade resolve-se com ações sociais. Ao invés
de pensarmos nos porquês, vamos às soluções. Se há a fetichização da
mulher isso se deve ao fato dela haver permitido que isso acontecesse
e ao homem sentir-se "honrado" com isso, já que havendo essa
facilidade e oferta de sexo pelo sexo não há a necessidade de
entender a mulher, nem a busca por agradá-la de outras formas além de
manter o "dito cujo" ereto. Bem... então que dizer de parar de
comprar revistas com mulheres peladas, ou desligar a TV quando
estiverem passando cenas de sexo, ou não olhar outdoors com belos
corpos femininos expostos? Se isso acontecesse e o interesse da
média fosse voltado a outros assuntos, com certeza os anúncios seriam
outros e os "fetiches" seriam outros.
Me parece que você tem uma visão meio do tipo conspiração, na qual as
elites procuram irradiar para as massas coisas que tentam induzi-la e
controla-la. Não que não exista ideologia sendo transmitida em muitos
programas, mas em geral os provedores fornecem o que as massas
querem. Quem consegue maior audiência cobra mais pelos comerciais.
Para isso você mostra qualquer coisa, contanto que as pessoas
assistam. A pornografia realmente possui uma força e um fascínio
poderosíssimos nos dias de hoje. Alavancada pelo vídeo-cassete, e
agora pela internet (ambos meios ativos, nos quais o telespectador
busca o programa), ela está chegando a sua idade do ouro.
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 22:41
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
L> Note que você não *descreveu* a razão. Você disse para o que ela
serviria e, mesmo assim, através de uma metáfora jurídica (instância
de apelação). Quanto ao que a razão *é*, você a definiu apenas
como "algo", mas não disse em que esse "algo" consiste.
FSK> Você pode eternamente retrucar que não foi dito "em quê esse
algo consiste". O que é uma bola? É qualquer objeto esférico. Ou,
objeto tridimensional cujos pontos limítrofes encontram-se à mesma
distância de um ponto central... Eu poderia retrucar: ok, mas vc não
disse "em quê esse algo consiste"... Eu poderia prolongar perguntando
o quê vc espera como rta ao perguntar "em quê algo consiste", mas
creio que a definição oferecida é suficiente para os propósitos aqui.
A essa alegação eu só posso responder que consiste em "(...)algo que
sirva de apelação (...)"... Creio que a descrição apresentada é
suficientemente inteligível e objetiva no contexto aqui tratado. E
não acho que se trata de uma "metáfora jurídica"... e mesmo que seja,
ela cumpre seu papel semântico. Mas vc pode discordar do mérito da
descrição, é claro...
L> A idéia de que a busca pela verdade seja uma procura racional não
tem nada de universal - é uma idéia que surgiu em um contexto
histórico determinado, a Europa do sec. XVIII, e está ligada a um
sentido da palavra razão igualmente particular. Costuma-se atribui-la
erroneamente aos gregos, mas o logos grego não tem nada em comum com
o que os racionalistas costumam
entender por razão.
FSK> Substitua "razão" por episteme, por lógos ou simplesmente por
intenção em conhecer o mundo/universo/realidade e vc terá a
universalidade na intenção que é ponto a que me refiro. Ou o que
pretendia Platão ao elaborar, por exemplo, sua teoria das Formas e
Idéias? De fato, ao contextualizar historicamente correntes ou
escolas de pensamento filósófico a distinção faz-se necessária até
para efeitos de caracterização e descrição. Mas não mais do que isso.
>"Razão", no contexto dessas mensagens aqui, não está referindo
alguma epsitemologia em particular, mas à aspiração de todas em
conjunto.
L> A aspiração de todas em conjunto? Tá bem, vejamos. A aspiração
platônica era de libertar o espírito de seu apego ilusório ao mundo
dos sentidos e elevá-lo até a contemplação de Deus, o Supremo Bem. A
aristotélica era classificar todos os fenômenos dentro de categorias
claramente determinadas. A aspiração de Galileu era a de encontrar
uma estrutura matemática no mundo. A cartesiana era chegar às
verdades elementares, que fossem reconhecíveis por si mesmas como
verdadeiras. A aspiração dos iluministas era compreender
cientificamente o mundo material. A de Hegel era fazer o Espírito
Universal atingir a plena consciência de si mesmo enquanto Espírito.
A aspiração científica é fazer previsões que possam ser verificadas
experimentalmente. A de Heidegger era abandonar o espírito tacanho da
ciência e fazer as pessoas
redescobrirem a intuição poética do Ser oculta sob os entes. Veja que
estou citando só as epistemologias mais representativas de atitudes
que continuam sendo defendidas até hoje, mesmo por pessoas que nunca
ouviram falar de
Hegel ou Platão e que talvez achem que "iluminismo" é o que faz o
eletricista. Existem dezenas, senão centenas de outras menos cotadas
no mercado. Todas elas, sem exceção, apelam pra razão como
justificativa de suas aspirações. Agora, me diga com sinceridade:
você consegue encontrar algum elemento comum entre todas essas
aspirações, pra poder se referir a
"todas em conjunto"?
FSK> Lendo essa passagem, vejo que vc assume implicitamente que
qualquer epistemologia (ou razão, se vc preferir) é válida apenas por
ter sido formulada ou identificada. Vc cataloga distintas escolas ou
correntes de pensamento a fim de mostrar que existem várias, seguindo-
se daí que não seria possível identificar *A* razão/epistemologia
(pois exitem inúmeras!). Vc ainda tenta colocá-las em pé de igualdade
afirmando que "Todas elas, sem exceção, apelam pra razão como
justificativa de suas aspirações.". Mas há um grave problema aqui,
exatamente na tentativa de mantê-las todas válidas. Apenas como
observação, de Hegel, por exemplo, tentando torná-lo inteligível (qdo
isso é possível...) eu apresentaria de outra forma. No tocante à
razão, Hegel assume que tudo que é "razoável" é "real", impondo
que "idéia" confunde-se com "razão", colando sem muita consistência
um conceito moral de "bondade", nessa equação. Mas isso não vem muito
ao caso, até porque não me parece que Hegel deva ser levado a sério.
Sobre Platão, acho que a inclusão do termo "Deus" é especulativa. Eu
pararia em "idéia", "essência", no máximo em "espírito". E fecha
parênteses...
Não é razoável considerar como válidas hipóteses, modelos ou mesmo
opiniões conflitantes apenas porque uma está em acordo com a razão de
Descartes, outra com a epistemologia de Platão e outra com o lógos
dos aborígenes australianos como que "em respeito a cada uma delas".
Em qualquer caso, cada vertente está sempre sujeita ao escrutíneo
empírico/experimental ou mesmo lógico/argumentativo. E que é legítimo
sempre, cabe frisar.
O interessante é que você apresenta exatamente a perspectiva
relativista: a concepção de que qualquer crença é tão boa quanto
qualquer outra; a suposição de que "verdade" é um termo equivocado,
pois pode ter tantos significados quantos os procedimentos de
justificação existentes; e a concepção que defende que nada pode ser
dito sobre a verdade ou a racionalidade, com exceção de procedimentos
de justificação familiares que alguma sociedade utiliza numa ou
noutra área da investigação.
Veja que se a reflexão e o argumento nos convencem de alguma coisa,
então não será possível, ao mesmo tempo, encarar isso apenas como uma
manifestação fenomenológica do pensamento. Algo como dizer "de fato
eu acredito em algo, mas essa situação é apenas uma manifestação
psicológica minha. Sobre a verdade desse *algo* eu nada tenho a
dizer". Uma constatação como essa é intelectualmente desonesta, no
mínimo. O relativismo, nesses termos, não é seriamente defensável...
L> Se ela [a razão] for considerada abstratamente, como se houvesse
uma razão universal, ela *é* sem nexo. Mas a frase tem sentido quando
referida a alguma acepção particular: "x escapa à razão
científica", "y não cabe no conceito aristotélico de razão", "o
conceito kantiano de razão não consegue dar conta de z". Normalmente,
quando alguém se refere nos dias de hoje a alguma coisa que escapa ao
alcance da razão, está se referindo implícita ou explicitamente à
razão científica.
FSK> E essa coisa poderia não escapar, digamos, à *razão* dos
aborígenes australianos ou à *razão* dos antigos (e sempre sábios)
chineses? Esse NÃO é o ponto. Essa questão transcende à
epistemologias localizadas. Ela diz respeito ao sujeito que entra em
contato com o fato observado ou com o argumento/teoria proposto.
*Razão*, se vc preferir, não diz respeito à alguma "receita de bolo
particular trasnformada em forma de pensar". Ela refere-se ao
questionamento, sem pudores nem remorsos, do mérito do que é
proposto. Da confrontação de argumentos ou experiências, resultantes
do esforço em impor objetividade ao que permanece desconhecido,
rebatendo a tentativa de manter qualquer coisa válida sob a alegação
de que "ela escapa à nossa razão".
L> O que uma pessoa, dotada de um determinado conceito de razão,
considera como o cúmulo da irracionalidade pode ser perfeitamente
aceitável como racional por uma outra pessoa, com um conceito
diferente de razão. Não há como fugir
disso, a não ser que você diga que um determinado conceito é *a*
verdadeira razão, e que todas as outras são falsas. Nesse caso, o
ônus da prova cabe a você, que vai ter que demonstrar porque a sua
razão é verdadeira e as outras são falsas.
FSK> Que tal confrontar as duas? O ônus da sustentação cabe sempre a
todo e qualquer proponente de alguma *razão*. Você parece admitir
aqui que se o índios brasileiros sustentam que o Sol gira em torno da
Terra isso é *válido* tendo por base a razão deles. Não se trata de
desmerecer culturas ou pontos de vista, mas sim de reconhecer suas
limitações, incondicionalmente.
>"Tudo é subjetivo" é uma afirmação inconsistente, pois se fosse
verdadeira, seria falsa, pois não poderia reivindicar qualquer
objetividade, incluindo a sua própria de julgar.
L> Mas ela inclui. Tanto inclui que a afirmação de que "tudo é
subjetivo" não é universalmente aceita. Existem pessoas que acham que
tudo é subjetivo e pessoas que acham que algumas coisas são
objetivas. Logo, a opinião de que tudo é subjetivo é igualmente
subjetiva, e eu não vejo inconsistência nenhuma nisso.
FSK> Será mesmo? Ou ela é "subjetiva" para você, que analisa
objetivamente - e de fora, fazendo uso da razão - a afirmação?
>Com isso, reforço o que eu havia dito em outra mensagem sobre
o "relativismo" ou o "subjetivismo" como artifícios intelectualmente
duvidosos que tencionam manter a salvo do questinamento e da
investigação, cunhando credibilidade a quase qualquer afirmação,
tese/teoria ou mesmo ponto de vista.
L> Essa afirmação normalmente provém de quem nunca estudou o
relativismo de perto e foge dele como o diabo foge da cruz. O
pensamento relativista é tão rigoroso quanto o dogmático. Ao
contrário do que pensam seus críticos, nenhuma teoria relativista
defende o vale-tudo subjetivo. Cada cultura, cada sociedade e, dentro
destas, cada subcultura, cada grupo social e até mesmo cada indivíduo
tem seus próprios critérios de validação que, dentro de seus
respectivos contextos, têm um valor operatório indiscutível. A
essência do relativismo (o relativismo in a nutshell) é que nenhum
desses critérios de
validação pode ser abstraído de seu contexto específico e
universalizado como se fosse a verdade absoluta. Mas no interior de
seus respectivos contextos, eles são verdadeiros.
FSK> Eu diria exatamente o contrário, ou seja, ela provém de quem
conhece o que de fato está por detrás do relativismo, esteja essa
posição baseada numa intenção premeditada ou não. O relativismo é, à
primeira vista, bastante simpático, pois ele parece "respeitar"
diferentes pontos de vista, diferentes culturas. Mas esse não é o
caso. O valor operatório, que você cita, É discutível. Por que não
seria? Ou você acha razoável o tratamento dispensado às mulheres em
países islâmicos fundamentalistas? Ou ainda a extinção de
rinocerontes brancos porque alguma cultura julga seus chifres
afrodisíacos? Vc ainda poderia alegar que, caso eu fosse um
fundamentalista islâmico, ou se acreditasse piamente no poder
afrodisíaco dos chifres, que a pergunta seria inversa. Mas, ainda
assim, a *razão* do questionado teria por dever impor-se, e não
apenas afirmar "ok, faça como preferir, se a sua razão assim o
diz...". Eis o relativista e o perigo dessa posição.
[]s,
FSK.
SUBJECT: Re: onde o mundo vai parar????
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2002 23:42
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> E para você o ideal seria que o padrão de beleza fossem as mulheres
> com inteligência e conhecimento? Por que? Estas qualidades são
> legais, mas não estão em minha lista de prioridades da mulher
ideal.
> Dou grande importância à beleza física, embora não essa beleza
> sedutora do tipo Bond Girl. Em termos mentais, acho legal que a
> mulher seja meiga e tímida, que seja feliz e sorridente, mas que
> também tenha uma tristeza. Que tenha uma pureza infantil. Acho
essas
> qualidades encantadoras.
L: Qualidades enumeráveis em mulheres em uma lista entre tantas
outras... O padrão não existe, cada um se deixa seduzir por aquilo
que evoque atração e só, essa é a verdade. Agora, considerando-se
que padrões são criados quando a maioria esmagadora prefere algo em
detrimento de outro, alguém que se deixe levar por eles está na
realidade permitindo-se levar pelo que todo mundo acha bom, certo?
Eu posso dizer que o tipo padrão de homem apresenta o gosto por
mulheres que você descreve, tipo de mulheres passivas, dóceis,
divertidas e que dão idéia de fragilidade, um coelhinho, um gatinho.
E daí se você está dentro da média, se você é um homem que apresenta
um gosto padronizado? Desde que você se sinta feliz desse jeito,
maravilha! E, pode acreditar, não sou a favor de que homens prefiram
mulheres inteligentes, isso acontece se a inteligência for capaz de
atrair algum homem, o que sinceramente acho que não acontece. A
inteligência numa mulher muitas vezes representa fator de risco para
a masculinidade, simplesmente porque serão dois para tomarem decisões
ao invés de um... :)
> Para inteligência e conhecimento existem os amigos (que podem ser
> mulheres). Não é meu ideal ficar discutindo Nietzsche com uma
> parceira. Eu gostaria de apertar ela, fazer cócegas, rir com ela.
> Gostaria também de ser uma autoridade para ela, e que ela me
> admirasse e me respeitasse por isso. Como seu eu fosse um pai
> benévolo. Acho isso bastante viável, e acho que em alguns ambientes
> (certamente não as democracias liberais desenvolvidas), um casal
como
> este pode ser muito feliz.
L: Pois então: o principal é você saber o que o faz feliz numa
mulher.
> O fato é que uma mulher com cabelos brancos não é bonita, enquanto
um
> homem é. Pode-se falar o quanto quiser que isso se deve a uma
> sociedade preconceituosa, machista, etc, mas o fato é que existem
> cada vez mais dados científicos de que o padrão de beleza feminina
é
> uma mulher jovem, enquanto a masculina é um homem experiente e com
> posição social. Acho também que para negar isso é necessária uma
> certa hipocrisia, pois no fundo a pessoa sabe que é desta forma.
> Imagino que ela atribui seus sentimentos a essa ideologia machista
e
> preconceituosa que infelizmente se infiltrou em sua mente, mas essa
é
> uma aposta arriscada que pode levar a grande hipocrisia. Acho que o
> nível de hipocrisia da nossa sociedade é comparável ao dos
> vitorianos.
L: Mulher vem com etiqueta de prazo de validade. Mulher jovem
representa possibilidade de procriação e é atraente quando jovem
justamente por causa disso. Como existem homens que não querem
procriar, há de haver gosto para tudo... :) Lógico, falando a sua
língua. Agora existem certos sentimentos que fazem um homem escolher
uma mulher não pela aparência dela, mas pelo que ela transmite. Mais
uma vez, não generalize...
> Me parece que você tem uma visão meio do tipo conspiração, na qual
as
> elites procuram irradiar para as massas coisas que tentam induzi-la
e
> controla-la.
L: Existe isso mas esse tipo de apelo só atinge a massa manobrável.
Quem tem opinião própria não se deixa seduzir porque mostraram na
TV...:)
Não que não exista ideologia sendo transmitida em muitos
> programas, mas em geral os provedores fornecem o que as massas
> querem. Quem consegue maior audiência cobra mais pelos comerciais.
> Para isso você mostra qualquer coisa, contanto que as pessoas
> assistam. A pornografia realmente possui uma força e um fascínio
> poderosíssimos nos dias de hoje. Alavancada pelo vídeo-cassete, e
> agora pela internet (ambos meios ativos, nos quais o telespectador
> busca o programa), ela está chegando a sua idade do ouro.
L: Não sou contra a sexualidade até mesmo explícita: beijo na boca
em público, demonstrações de carinho e até erotismo, por que não?
Acho que se todos gozassem mais a vida e se sentissem felizes com a
vida sexual que levam, se tivessem mais orgasmos não haveria tantos
crimes nem tanta insatisfação nem tanto estudo ( ops! não quis dizer
nada, juro :), as mulheres não precisariam de tantos cosméticos ( o
sexo ajuda a pele ficar linda e os cabelos sedosos ). O problema é a
vulgarização da coisa. É a falta de educação sexual, falta de
ensino, falta de jeito para conversar com os adolescentes, falta de
capacidade de enfrentar o olhar de curiosidade dos filhos quando
surge alguma dúvida com relação a esse assunto, falta de vontade de
ver o problema de perto e levar a filha de 12 anos ao ginecologista
para tomar pílulas antes que ela engravide por causa do vizinho da
esquina, sim, 12 anos porque ela assiste TV e acha que é certo
transar com essa idade, e daí? Portanto, o problema nunca foi o
sexo. O problema é mostrar tudo o que se mostra sem que as pessoas
estejam preparadas mentalmente e emocionalmente para tanto, certo?
Beijos,
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Arqueologia e Jusus
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 23:46
A citação original de Josepho já é conhecida, vou colacar a citação original
e entre parenteses o acrescimo que sofreu. Tirado do livro q citei numa
menssagem anterior, pg. 84 a 89.
"Nesse tempo apareceu Jesus, um homem sábio (se é que pode chamá-lo de
homem). Ele era realizador de coisas incríveis, um mestre para o povo que
recebe a verdade com prazer. Ele ganhou muitos seguidores entre os judeus e
entre muitos de origem grega. (Ele era o Cristo). E quando Pilatos, movido
pela acusação feita pelos líderes do nosso povo, condenou-o a cruz, aqueles
que antes o amavam não cessaram de faze-lo (e não lhe foram infiéis).
(Apareceu-lhes pois em vida no terceiro dia; os profetas envidos por Deus
haviam anunciado antecipadamente isso e outras coisas maravilhosas sobre
ele). E até hoje a tribo ( termo substituido por povo) dos cristãos,
chamados assim segundo seu nome, não desapareceu". Jf. Ant. 18, 63s
Há outra passagem, esta sem interpolação:
"Tiago, irmão de Jesus, que é chamado Cristo...". Sobre a condenação e
apedrejamento de Tiago, que é narrado na Bíblia. JF Ant. 20, 200
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 23:48
On Thu, 24 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Para quem ainda (meu Deus!!!!!! ainda existe gente com essa dúvida!!!!!!)
> tem dúvidas a respeito da existência histórica (apesar de ser o assunto
mais
> pesquizado do século XX e com o maior rigor científico) de Jesus de
Nazaré:
>
> Theissen, Gerd & Merz, Annette - O Jesus Histórico, Um Manual. Ed. Loyola,
> 655 pgs. 2002.
Eu não tenho dúvidas da NÃO existência histórica do tal citado.
[]s
TARCISIO BORGES
Para vc ver como vc tem a ciência em alta consideração.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 23:53
On Thu, 24 Oct 2002, Silvio Cordeiro Filho wrote:
> que eu saiba a única referência à existência de Jesus por documentos
> produzidos por não cristãos é uma referencia de Flávio Josefo, parece-me
> que tribuno romano sobre uma pequena rebelião na província da Galiléia.
> Há outros registros?
Douglas: Há vários outros:
a) Fontes rabínicas: bSanh 43 a;
b) Mara Bar Sarapion (Estóico Sírio);
c) Plínio, o Jovem (61 - 120);
d) Tácito (55 -120);
e) Suetôneio (70 - 130);
f) Thallus (desconhecida);
g) Diálogo religioso na corte de sassânidas.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2002 23:58
> O Milagre, por definição, está relacionado à Cristo e sua
> Encarnação/Paixão/Ressurreição.
Por definição de quem?
Douglas: da Igreja, que inventou o termo.
> Mas a ciência empírica, que é anti-religiosa por
> definição
Por definição de quem?
Douglas: Lógica. Se nega o trans-empírico e resume-se só ao empírico, a
conclusão é óbvia.
>As Ciências são apenas uma ferramenta. Eu as encaro como arreligiosa
>e não anti-religiosas.
Douglas: Anti-religiosa, pois não deixa o assunto em suspenso, mas o nega em
definitivo. Como alguém da lista já se manifestou: só o que é mensurável
existe. O que não impede que um ciêntista em particular seja ateu, agnóstico
ou teísta, sem cair em contradição.
Eu
SUBJECT: O tortuoso caminho de Santiago
FROM: "Sidarta" <kappa_centauri@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: <revista_ufo@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 01:42
O tortuoso caminho de Santiago
22.Out.2002 | Está em todos os jornais do mundo, em quase todos com o devido destaque: o ossário de São Thiago, irmão do rabi Yeshua bar Yossef. Só o que ninguém fala com clareza o suficiente - e que por certo vai começar a pipocar que é uma loucura nas próximas semanas - é que, embora possível, o provável é que seja uma falsificação. Mesmo que sofisticado, falso.
A pressão para confirmar a falsificação virá porque derruba dois ou três dogmas católicos. Para a Sagrada Madre Igreja de Roma, José não teve outros filhos e Maria morreu virgem.
Mas isto é o de menos. Uma leitura pelos arquivos da newsletter Culture without context, que trata do mercado negro da arqueologia, traça um bom retrato de como a coisa funciona em Jerusalém e arredores. Não é um jogo de amadores - e uma descoberta deste vulto não aconteceria sem querer. Aramaico não é uma língua morta que só dois ou três entendem - muito pelo contrário. É vastamente conhecida no ramo. O conto do colecionador misterioso e do total desconhecimento do sítio de onde veio a urna é, pois, difícil de acreditar. E é no sítio de onde veio que estarão as maiores pistas - como a possibilidade de fazer uma identificação por carbono 14 para datar a peça com certeza.
Quanto à discussão, se Jesus teve ou não irmãos, é antiga e, naturalmente, insolúvel. Historicamente há apenas duas certezas: Jesus existiu e morreu na cruz. Está registrado em duas ou três frases num texto contemporâneo do cronista romano Flavio José. O resto é uma penumbra só porque o resto, afinal, são os evangelhos.
O assinado por São Matheus data duns 40 anos após a possível morte do messias cristão, todos os outros são posteriores. No início do cristianismo, todos os ritos permaneceram judaicos e a história de Jesus era simplesmente contada de um para o outro. Os evangelhos vieram depois, quando a seita passou a converter crentes doutras culturas. Talvez por isso sejam uma mistura de aquilo que os apóstolos "viram" com textos judaicos anteriores. (Várias passagens, como o Sermão da Montanha, estão em alguns dos Pergaminhos do Mar Morto, de até II a.C., dando a impressão que foram copiados na composição do texto final.)
Escritos em aramaico, estes evangelhos, em finais do primeiro século da era cristã, foram traduzidos em Alexandria por judeus-cristãos para o inglês do tempo - que não era o latim, mas o grego. Os originais perderam-se, sobrou a tradução. Esta palavra "akhui", que liga Jesus a Tiago (ou Yeshua a Ya'acov) quer dizer irmão no original aramaico, mas irmão queria dizer primo também. Em grego perdeu sua ambigüidade.
Os problemas da tradução são conhecidos e serviram de desculpas a pelo menos um punhado de tragédias da humanidade. O mais conhecido é o de Barrabás. Diz o novo testamento que Pilatos perguntou ao povo judeu qual dos seus preferia ver livre: Jesus ou Barrabás - Yeshua ou Bar Abba. Bar quer dizer filho; Abba, pai.
Barrabás não era outro homem, mas um aposto: o filho do Pai.
Biblical Archaeology Review
Culture without context
Hebrew-Steams: Yeshua bar-Abba
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Perspicácia
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 02:13
> Eu gosto disso. Prefiro o jogador que põe todas as suas fichas num
único
> número do que o apostador prudente que vai colocando um pouco em
cada lugar.
> Mesmo que ele perca tudo e saia nu com a mão no bolso.
Eram por volta das seis horas da manhã quando dois amigos saíam de um
cassino: Um totalmente nú e o outro apenas com suas cuecas.
Diz o primeiro, dirigindo-se ao segundo:
-"O que eu admiro em você, é que você sabe a ora de parar...!"
Inté.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Dr.PSI
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 02:14
Pessoal,
Uso de drogas ainda e' crime no país. Vamos ter um pouco de cuidado.
[Uma pergunta conservadora de um careta: de onde vem o dinheiro de
Fernandinho Beira-Mar e dos narcotraficantes para comprarem armas
pesadas, explosivos, subornarem autoridades politicas e policiais?]
[]s,
Roberto Takata
Oi, Takata e Vladimir
Gostaria de deixar claro que jamais tive intenção em fazer apologia ao uso
de drogas. Coloquei de minha experiência e talvez tenha me excedido
provocando ao Vladimir.
Conheço e convivo com muitas pessoas que se drogam. Desde que saibam manter
a linha e não me encham o saco, é com eles mesmo. Aliás diga-se que, bêbedos
são mais susceptíveis de inconveniências que os maconheiros. Por outro lado,
é como o Takata bem coloca: Três cruzeiros que o viciado entrega ao
traficante na aquisição de um 'baseado' pode comprar a munição que atingirá
ao policial na defesa da sociedade e portanto, de nós mesmos.
É isso. Tenho que 'andar' rápido: Aproxima-se as seis horas e o telefone vai
começar a registrar pulsos.
Abraços,
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: O tortuoso caminho de Santiago
FROM: "sidarta3" <kappa_centauri@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 02:53
adendo ao e-mail anterior com os endereços dos sítios:
retirado do No Mínimo:
http://nominimo.ibest.com.br/servlets/newstorm.notitia.apresentacao.Se
rvletDeSecao?codigoDaSecao=1&dataDoJornal=atual
Biblical Archaeology Review:
http://www.bib-arch.org/bswb_BAR/bswbbar2806f1.html
Culture without context:
http://www.mcdonald.cam.ac.uk/IARC/cwoc/contents.htm
Hebrew-Steams: Yeshua bar-Abba:
http://www.hebrew-streams.org/.../yeshua-bar-abba.html
SUBJECT: Re : Re (Takata): [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 05:07
Manuel: Na primeira infância, há uma secreção muito alta de testosterona
(fenômeno este conhecido como "crise hormonal pós-natal"), pois é através da
ação desse hormônio que se verifica a diferenciação sexual do Sistema
Nervoso Central, que, no homem, só termina lá pelos cinco anos de idade. A
presença de um nível relativamente alto de testosterona no sangue dos bebês
(maior nos meninos, mas também presente nas meninas) é o que explica a
existência de uma libido pré-genital.
########>Em se falando em níveis hormonais neo natais, também temos a
presença de hormonios femininos advindos do organismo materno. Por vezes o
bêbe chega mesmo apresentar ginecomastia. Daí a complexidade desta situação
e que, talvez não tenha sido muito claro, me fez questionar: A 'química
sexual' é testosterona dependente?<##########
Takata: Fenômeno, aliás, muito semelhante ao q. ocorre em
porquinhos-da-índia. Mas não sei se provoca libido pré-genital.
Manuel: Em uma mensagem que postei nesta lista em março de 2001 sobre este
mesmo assunto, escrevi: "De fato, foi observado em recém-nascidos machos DE
VÁRIAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS, entre as quais o homem, uma secreção de
testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido como "crise
testicular neonatal".
O fato de os porquinhos-da-índia serem mamíferos que nem o Papa João Paulo
II não é nenhum indício de que os porquinhos-da-índia também acreditam em
Deus,########>Por favor! Silogismo novamente, não! (rsrsrs)<######## na
Santíssima Trindade e na virgindade de Maria. Pelo que sei, nos
porquinhos-da-índia a sexualidade não desempenha outra função a não ser a
reprodutiva, ao contrário do que ocorre entre alguns primatas, como os
bonobos. Nestes, a atividade sexual é multifuncional, serve como ritual de
poder e até de meio de troca e envolve, além dos órgãos genitais, as mãos
(masturbações recíprocas), a boca (felação) e o ânus. Tanto é assim que
"começam a fazer sexo muito antes do advento da puberdade, a partir de
aproximadamente um ano de idade. (...) Os bonobos empregam o sexo para muito
mais do que produzir bebês, fazem sexo como meio de fazer amigos, fazem sexo
para acalmar alguém que esteja sob tensão, fazem sexo como modo de
reconciliação depois da agressão. (...) sua atividade sexual nada tem a ver
diretamente com a reprodução, quando mais não seja porque muitos de seus
encontros sexuais se dão com pares homossexuais ou com jovens não férteis."
(R. Wrangham e D. Peterson; O Macho Demoníaco; Ed. Objetiva; 1996; p. 261)
Por isso que, entre os bonobos e os homens, a "sexualização" do sistema
nervoso central pela testosterona e outros hormônios sexuais é
qualitativamente diferente da que ocorre entre os porquinhos-da-índia e
outros mamíferos. É o que penso.
Mas, sem querer correr o risco de cair no etnocentrismo, não descarto a
hipótese de uma libido não genital também nesses animais. Ouvi falar que o
comportamento agonístico de demarcação territorial através das fezes e da
urina é também ativado pela testosterona, o hormônio do desejo. Nesses
animais territorialistas, o sinal de outros indivíduos da mesma espécie
desencadeia um processo químico envolvendo testosterona e neurotransmissores
que excita e estimula outras mucosas além da genital: a da uretra e a
reto-anal. É uma reação automática e talvez prazerosa. Vai ver que o
erotismo anal nos humanos não é apenas a conseqüência da educação que
recebemos com vista ao controle de nossos esfíncteres. Não é impossível que
se trate de uma característica herdada de algum ancestral quadrúpede
territorialista e que, entre nós, realiza outras funções sociais. Mas é só
especulação.
[]s,
Manuel Bulcão
#########>Pô Manuel... Conseguiu ser consiso!
[]s,
Antonio Renato.<#########
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 05:08
Em Qua 23 Out 2002 10:33, you wrote:
> Oi Aniello
> Agora entendi. Talvez estivesse de má vontade, ou preocupado com o número
> de msgs recebidas quando lí a msg do Leo.
> Agradeço a seriedade e sua boa vontade em ter-me esclarecido.
> Outrossim, se puder ter a mesma paciência que teve: Porque [Tau] = [E]?
> [],
> Antonio Renato.
Pois é. Este número cavalar de mensagens me obriga a selecionar as
discussões
que participo... uma pena.
Quanto a pergunta "por que [Tau] = [E] eu acho que você está me perguntando
por que trabalho e energia possuem a mesma grandeza dimensional. Acertei?
######>Acertou<########
Se for esta a pergunta, é simples: trabalho é uma medida de variação (por
tranferência) de energia. A medimos a variação de algo com a mesma medida
que
o próprio algo.
#######>Fiquei na mesma mas deixa prá lá: Não é minha praia mesmo.
Outrossim, somente para esclarecer que foi a dúvida:
=>Trabalho para Newton:
Tau = F . e; donde Tau = m . a . e; donde Tau = m . v/t . e; donde Tau = m .
e/t /t . e; donde Tau = m . e / t a segunda potencia . e; donde Tau = m . e
a segunda potencia . t a segunda potencia negativa; donde Tau = e a segunda
potencia . m . t a segunda potencia negativa.
Então temos que [Tau] = [L a segunda potencia . M . T a segunda potencia
negativa]
=>Energia na fórmula de Einstein:
E = m . c a segunda potencia; donde E = m . (e/t) a segunda potencia; donde
E = m . e a segunda potencia / t a segunda potencia; donde E = m . e a
segunda potencia . t a segunda potencia negativa.
Então temos que [E] = [L a segunda potencia . M . T a segunda potencia
negativa]
Ou seja: [E] = [Tau], que foi o que dissera na primeira msg: A dimensional
de trabalho na física de Newton é igual a dimensional de energia da fórmula
de Einstein.
Também como dissera na primeira msg: Newton equiparava energia a trabalho.
Aqui iniciou o problema: Estava me referindo a energia radiante e não à
energia mecânica. Demorei atinar do porquê outros listeiros acusaram erro.
Cheguei mesmo pensar que estavan me passando um 'trote', como já ocorreu
anteriormente interessando a transmissão do impulso nervoso.<########
Aniello
#########>Obrigado pela atenção e paciencia que me dispensou.
Cordialmente, Antonio Renato.<#########
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] MSG para Manuel
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 05:08
######>Pelo que depreendi, química sexual significa níveis sanguíneos de
testosterona. Será só isso?! *Aqui mantenho: 'Química sexual' significa
níveis sanguíneos de testosterona? Pareceu-me que o assunto está sendo
tratado com alguma displicência*
Manuel: Não, não é so isso (níveis sanguíneos de testosterona). Envolve
também a dopamina, adrenalina, etc.#######>>Mas como vc não havia colocado
isso anteriormente, deu margens à 'interpretações'<<####### Mas a
testosterona é, de longe, a substância mais importante da química do desejo
sexual tanto masculino quanto feminino. Mulheres cujas glândulas
supra-renais não produzem testosterona são incapazes de experimentar o
orgasmo. Excesso de
testosterona no sangue causa comportamentos sexuais alterados.
Na primeira infância, há uma secreção muito alta de testosterona (fenômeno
este conhecido como "crise hormonal pós-natal"), pois é através da ação
desse hormônio que se verifica a diferenciação sexual do Sistema Nervoso
Central, que, no homem, só termina lá pelos cinco anos de idade. A presença
de um nível relativamente alto de testosterona no sangue dos bebês (maior
nos meninos, mas também presente nas meninas) é o que explica a existência
de uma libido pré-genital.
Veja esse textinho em espanhol:
En verano sube la libido: [com a dopapina] el deseo erótico está activado.
Pero para que éste se complete, la sangre tiene que inundarse de una potente
sustancia sexual: la testosterona, hormona del deseo en ambos sexos. "Debido
a que responde a los estímulos de luz, la concentración sanguínea de
testosterona aumenta durante el verano, lo que explica el incremento de la
libido en la época estival", comenta el doctor De la Peña.
Producida por los testículos en el hombre y por las glándulas suprarrenales
en la mujer, la testosterona establece una estrecha relación con la química
cerebral del deseo. En la pubertad, determina el despertar de la sexualidad
y la atracción por el sexo opuesto. Bajo su influencia, la presión de la
pulsión sexual es tan intensa que es culpable de que el 90 por 100 de los
chicos se masturben o tengan poluciones nocturnas.########>>Polução é o
resultado da repleção das vesículas seminais. Sua depleção é acompanhada de
sonho erótico, caso ocorra durante o sono (Mais frequente), mas também
poderá ocorrer durante a vigília<<######### En el sexo femenino, el
nivel de testosterona es 20 veces menor, lo que explica que menos del 50 por
100 de las adolescentesse abandonen al placer solitario.
########>>Hum...<<########
Esta hormona masculina también está relacionada con la aparición de ciertas
desviaciones sexuales. Un artículo publicado el pasado mes de febrero en la
revista médica New England Journal of Medicine por los doctores israelíes
Ariel Rosler, de la Universidad Hadassah-Hebrew, en Jerusalén, y Eliezer
Witztum, de la Universidad Ben Gurion, en Negev, revela que la inyección
mensual de triptorelina, un medicamento que bloquea la acción de la
testosterona, se muestra altamente eficaz en el tratamiento de la pedofilia
y otros comportamientos sexuales alterados.#######>>Tá cada vez mais
difícil... Se testosterona é o caminho para a maturidade sexual... Tá
esquizito<<#######
Abraços,
Manuel Bulcão
########>>Oi Manuel
No que me concerne testosterona é apenas 'um item' na miríade de fenômenos
concorrentes para o desenvolvimento e maturação.
Aconteceu antes e vai continuar acontecendo: Quando algo é descoberto ou
experimentalmente comprovado, adquire supervaloração. Com o tempo... as
coisas tomam conotação mais 'realística', vamos dizer assim.
Abraços,
Antonio Renato.<<########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia e Força
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 05:09
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
>
> Oi Sérgio
>
> Creio que o mal entendido, segundo explicação do Aniello, é que
estávamos
> falado de 'energias diferentes'. Eu pensara em energia radiante e
vc
> referia-se a energia cinética (Potencial e manifesta).
Energia é energia. Eu falei de energia em geral, e dei exemplos
particulares. A energia radiante segue a mesma fisica que as outras.
#########>>Oi Sérgio
Vc é muito técnico para meus limitados conhecimentos. De qualquer forma não
posso aceitar que 'energia é energia', ou seja, que a 'energia' potencial de
um quilo sobre uma mesa seja a mesma coisa que a 'energia' que cozinha uma
panela de arroz<<#########
Seja como for, não
> tenho conhecimento suficiente para discutir este assunto com vc.
Observamos
> lugares diferentes: Eu olho para dentro do Homem, vc para fora do
planeta.
> Fica difícil.
> Quanto a 'velocidade da eletricidade', não sei, mas provavelmente
dependa da
> d.d.p., como vc coloca. Quanto as caracteristicas do vácuo... Sei
lá...
> Estas pensando em campos eletromagnéticos neste vácuo? Prá mim,
vácuo é
> vácuo e o fato de ser vácuo já o caracteriza.
O vácuo, como qq outro meio, é electricamente caracterizado por uma
constante chamada permitividade electrica. E é magnéticamente
caracterizado por uma cosntante chamada permeabilidade magnética.
Estas duas constantes caracterizam o meio (isto é, meios iguais tem
estas constantes iguais e meios diferentes têm estas constantes
diferentes).
Estas duas constantes estão relacionadas com a velocidade da luz (não
do electricidade) no meio. Contudo, a permitividade electrica, está
ligada com a velocidade da electricidade.
Sérgio
##########>>Grande abraço.
Antonio Renato.<<##########
SUBJECT: Re: [ISO-8859-1] Re: [ISO-8859-1] Re: Pitaco em: [ISO-8859-1] Re: [ciencialist] Re: Teste e Psicanálise
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 05:10
On 23 Oct 2002 at 16:11, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
>Não reproduzir não é interessante para a Espécie, e isso não é uma
questão religiosa. ... Afinal, na Natureza, a finalidade prescípua da
sexualidade é a reprodução
Antonio Renato
Ninguém pensa (creio eu) que se deve abolir a reprodução. Eu não
falei que a reprodução está ultrapassada. Quando mencionei a
fertilidade assistida também tratei de dizer que até quando a tão
mentada Natureza não a permite em primeira instância, a cultura a
possibilita. Mais a favor da reprodução é impossível.
########>O que achei interessante em sua colocação foi a pergunta (Não
necessariamente com estas palavras): 'Seria a fecundação e gestação 'in
vitro' uma perversão da sexualidade?'<##########
Tampouco mencionei que a reprodução devia ser separada da
sexualidade. Só afirmei que o processo in vitro poderia superar o
tradicional (não se entenda natural, porque o curso da reprodução, seja
onde fôr, é natural). Creio também que a forma tradicional é muito
melhor e mais plena. Não preconizo reprodução sem sexualidade. Se
alguém entendeu isso, é porque eu talvez não tenha sido claro.
Outra coisa. Como sou psicanalista, gostaria de deixar bem claro que
tudo o que seja entendido como "Tudo o que não é proibido é
obrigatorio" cai dentro do que os psicanalistas chamamos madado do
super-ego. Se eu achasse que as coisas pudessem ser assim, estaria
fazendo propaganda da neurose.
A psicanálise também afirma que a sexualidade humana não é exatamente igual
à dos animais.########>Animais têm estro. As fêmeas humanas estão sempre
disponíveis. Isto vem a favor do fato da sexualidade, no Homem, não estar a
serviço unicamente à reprodução<######## Está a serviço da reprodução e de
outras coisas mais. Pode-se desligar dela e seguir servindo ainda à
subjetividade para melhorar as possibilidades de satisfação dos
humanos e aproximar a cada um o mais possível do que seja felicidade.
#######>Agora entendo porque julgou estar eu a reportar-me a preceitos
religiosos. O que eu dissera é que atividades sexuais que excluem a
possibilidade de reprodução seriam desviados de sua finalidade prescípua
(Realmente está mal colocado. Noutro momento tentarei ser mais explícito).
De qualquer forma queria registrar que, até aqui estou acorde (Se é que isso
importa)<#######
Não me parece que só porque a sexualidade sirva à reprodução, mas
não só a ela, além de poder desprender-se dela (sem prejudicá-la) seja
considerada como coisa secundaria à reprodução. É tão importante
como ela e serve para isso e muito mais.
Se alguém, por diferentes razões, não pode realizar atos sexuais do
modo tradicional, não significa que seja mau.#######>Não significa que seja
mau, significa que não está aproveitando plenamente do arsenal do qual
dispõe<######## Não sei se o orgasmo, para o ser humano, pode ser
considerado um engôdo. Penso que quem não tem cão, caça com o
gato.########>'Engôdo' no sentido de colocar o animal a procura do orgasmo,
sem medir a consequente gestação. Inclusive, o Homem primitivo não fazia
associação entre a cópula e a gestação subsequente<#########
>Mas existe uma
> correlação entre perversão e perversidade, ou não?
Não entendo bem o que Vc. quer dizer com a palavra "correlação".
Penso que equivaler perversão eperversidade é algo puramente moral
( ou seja um problema do bem e do mal).#######>Estuprar uma criança e
consequentemente levá-la ao óbito não parece-me comportamento desejável
(Entenda-se aceitável): Não é um problema 'meramente' moral<######### Dizer
que as pessoas que não podem realizar coitos de modo tradicional são más é
discriminatorio e cruel.#######>Gostaria de vê-lo falar assim caso vc ou
seus familiares fossem alvos e vítimas de um pervertido sexual<####### Os
que não podem reproduzir-se de uma forma comum são menos abundantes e a
propria natureza os contempla. Por que seriam maus (cheios de perversidade)?
Nem tudo o que não é natural é mau. Um edificio bem construido não é natural
pode ser coisa muito boa.########>Colega: Baixa à Terra! Tudo pode ser
entendido, mas nem tudo permitido<#########
Eu sou um grande partidario da forma tradicional de reproduzir-se e
assim atuei em minha vida. Não significa que os que não podem ser
como eu, estejam cheios de perversidade. Seria cruel pensar
assim.########>Cruel é conhecer o caminho e, por comodidade, não indicá-lo
ao semelhante<########
[ ]s
Marco Aurelio
########>[ ]s
Antonio Renato.<#########
SUBJECT: Re: Milagres
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 08:33
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> > O Milagre, por definição, está relacionado à Cristo e sua
> > Encarnação/Paixão/Ressurreição.
>
> Por definição de quem?
>
> Douglas: da Igreja, que inventou o termo.
Bem, entao "o milagre cristao, por definicao"... ai' sim.
> > Mas a ciência empírica, que é anti-religiosa por
> > definição
>
> Por definição de quem?
>
> Douglas: Lógica. Se nega o trans-empírico e resume-se só ao
> empírico, a conclusão é óbvia.
Não vejo a negação do trans-empírico - o q. quer q. isso signifique.
A gastronomia francesa usa garfo e faca e outros talheres, não quer
dizer q. seja anti-japonesa ao não usar os palitinhos, apenas não lhe
cabe (e seria deveras complicado servir-se de um escargot com hashis).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: MSG para Manuel
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 08:44
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> O fato de os porquinhos-da-índia serem mamíferos que nem o Papa
> João Paulo II não é nenhum indício de que os porquinhos-da-índia
> também acreditam em Deus, na Santíssima Trindade e na virgindade de
> Maria.
Nesse caso significa q. ser mamifero nao e' um bom indicio de
suporte para a presenca de religiosidade.
Assim, a tal 'crise hormonal' nao e' um bom indicio da existencia de
uma fase anal. Ate' porq. sua interpretacao como suporte da teoria
psicanalitica (eu ia fazer um tracadilho com psicANALitica, mas
deixemos pra la', nao e' pertinente) parece depender da aceitacao
previa da teoria psicanalitica -- o q. me soa como circular.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 08:52
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 4:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>Usei aqui "acima da razão humana" no sentido de "incompreensível a priori
para a mente humana", ligando assim razão a compreensão.
>E o que seria compreensão? Usei compreensão como "capacidade de descrever
de
modo não subjetivo".
Salve, Aniello!
Se você não se importa, gostaria de levantar alguns questionamentos sobre
essas definições. A meu ver, quando se iguala razão e compreensão, e
define-se compreensão como a capacidade de descrever de modo não subjetivo,
limita-se desnecessariamente o alcance do termo compreensão. A compreensão
racional e objetiva (outro termo que seria preciso problematizar, mas por
enquanto, vamos deixar como está pra não complicar demais) é apenas uma das
formas possíveis de compreensão que estão ao alcance do ser humano. Existem
outras formas, que também são caracteristicamente humanas e que não é justo
deixar de lado.
De cara me vem à mente a compreensão mística que, ao contrário da
compreensão racional, que é analítica e baseia-se na diferenciação, é
sintética e busca ver a unidade subjacente a todas as coisas. Mas, como eu
sei que esse tipo de compreensão não é muito bem visto num ambiente
racionalista, não vou insistir nesse ponto. Prefiro dar como exemplo a
compreensão estética. Quando você compreende um poema, por exemplo, não
chega a essa compreensão por uma operação racional, mas pela percepção
"intuitiva" (à falta de um termo melhor) de uma série de recursos
metafóricos e metonímicos que dotam o poema de sentido. Chega-se à
compreensão racional por meio de uma cadeia de raciocínios que avançam etapa
por etapa, seja por indução, seja por dedução. Já a compreensão estética é
imediata, dada de uma só vez, à medida que o poema é lido, e é um
procedimento mais emocional do que intelectual. Tanto é assim que muitas
vezes temos dificuldade de traduzir essa compreensão "intuitiva" em termos
lógicos.
Isso não quer dizer que um poema (ou qualquer obra de arte) não possa ser
abordado de forma racional, que é o que faz o crítico, e que essa abordagem
não enriqueça nosso entendimento do poema. Mesmo assim, na experiência
estética propriamente dita, a razão (entendida aqui como pensamento lógico -
como eu disse na mensagem pro Fernando SK, há muitas outras formas de
definir a razão) desempenha um papel muito secundário, e às vezes papel
nenhum. Pelos mesmos motivos, a compreensão estética é tudo menos objetiva.
Ela mobiliza a emoção, a intuição e os sentimentos, sem os quais é
impossível compreender plenamente uma obra de arte. Mas, mesmo sendo
subjetiva e não-racional, ainda assim é compreensão.
Por outro lado, você define a compreensão como "a capacidade de *descrever*
de modo não subjetivo". Mas compreensão e descrição são duas coisas
diferentes. Em princípio, podemos admitir que, se você compreende alguma
coisa, é capaz de descrevê-la. Mas a recíproca não é verdadeira. Se eu vejo
um objeto, posso descrever minuciosamente sua altura, cor, textura, peso,
enfim, todas as suas características ditas objetivas e, ainda assim, não
fazer a menor idéia do que o objeto é. Dessa forma, eu tenho a capacidade de
descrever o objeto de modo não-subjetivo, mas não tenho uma verdadeira
compreensão do objeto. Esta só surge se eu avançar *além* da descrição,
fazendo inferências sobre o que esse objeto *é*. Então, mesmo se nos
limitarmos à compreensão racional, deixando de lado as outras formas, ainda
assim a descrição não subjetiva (sempre supondo que isso seja possível) é
apenas uma etapa prévia pra compreensão, é uma condição necessária, mas não
suficiente pra se compreender o objeto.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 09:03
Tarcisio , sinceramente não sei qual é o seu problema
não sei se você não entende as coisas ou se se faz de desentendido.
Notei em todas as suas mensagens que quando o assunto é divindade , você precisa culpa-la de alguma coisa.
você está fazendo jogo de palavras , eu NÃO ESTOU FAZENDO GUERRA DE CITAÇÕES BIBILICAS , você falando assim , é como se dissesse "você é um idiota fundamentalista que acredita num livro idiota que não quer dizer nada".
se responder a mensagem com coisas do tipo "mas eu não disse isso" porque na verdade literalmente não disse , mas você não pode negar que a linguagem vai muito além da forma como as frases são construidas e as palavras utilizadas , se você negar isto você vai votar em todos os candidatos , porque todos dizem que o mundo será perfeito e mostram provas disso.
Até onde eu sei esta é uma lista de discussão , e se o proposito da lista não é trocar ideias , e sim uma guerra de argumentos , eu to fora.
só comentei o que eu pensava porque eu vejo que o problema não é bem assim , e tratar o problema da forma como o autor do texto tratou é reducionismo onde não se deve usar reducionismo.
mas se for pra tirar as minhas frases totalmente fora do contexto to fora.
----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 10:35 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
On Thu, 24 Oct 2002, Jaison Carvalho wrote:
> Pessoas da Igreja na inquisição matavam infieis , mas Jesus disse "ame
> o teu próximo como a ti mesmo."
Mas ele também disse: "Não vim para trazer a paz e sim a espada". Fazer
guerra de citações bíblicas não vai resolver o problema.
[]s
TARCISIO BORGES
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Re: Milagres
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 09:29
Olá amigos,
-----
> > O Milagre, por definição, está relacionado à Cristo e sua
> > Encarnação/Paixão/Ressurreição.
>
>Por definição de quem?
>
>Douglas: da Igreja, que inventou o termo.
>
> > Mas a ciência empírica, que é anti-religiosa por
> > definição
>
>Por definição de quem?
>
>Douglas: Lógica. Se nega o trans-empírico e resume-se só ao empírico, a
>conclusão é óbvia.
Sabe... quando me deparo com estes assuntos, lembro-me do verbete
'Concílios' do Dicionário Filosófico de Voltaire... aí fica fácil ler a
mensagem inteira.
Sandro Silva
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Arqueologia e Jusus
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 09:32
On Thu, 24 Oct 2002, Carlos Zardini wrote:
> O caso me parece mais uma teoria conspiracionista dando conta de que
> inventaram um ser mitológico para ser lider de uma religião que queria
> dominar o mundo.
Ao contrário do budismo onde a filosofia está acima da figura de Buda o
cristianismo não existe sem a figura de Cristo. Excetuando algumas seitas
como a do Reverendo Moon.
Mas para a fundação do cristianismo a existência ou não de JC era
irrelevante. Existiam muitos Josués [Jesus] na época assim como existem
hoje. Escolher algum para cristo era fácil, a dominação romana promovia a
revolta popular e escolher um mártir era apenas uma questão de gosto.
O cristianismo no começo não tinha a intenção de dominar o mundo mas de
[como sempre] dar dinheiro aos sacerdotes. Mas ela tinha sim o potencial
de dominar o mundo e um outro árabe , quinhentos anos depois, percebendo
isso, criou sua própria religião nos moldes do cristianismo com alguns
elementos a mais.
Hoje ambas competem ferozmente.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 09:35
On Thu, 24 Oct 2002, Jaison Carvalho wrote:
> Pessoas da Igreja na inquisição matavam infieis , mas Jesus disse "ame
> o teu próximo como a ti mesmo."
Mas ele também disse: "Não vim para trazer a paz e sim a espada". Fazer
guerra de citações bíblicas não vai resolver o problema.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 09:40
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 1:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>Sim. Mas isto não o impediu de reconhecer o valor da quântica no tocante a
descrição dos fenômenos físicos. Apesar de procurar por modelos melhores,
reconhecia que era o melhor modelo a disposição.
Mas não porque ela seja mais *verdadeira* no sentido absoluto do termo, mas
simplesmente porque ela *funciona* melhor do que as outras. Tanto é assim
que a Interpretação de Copenhague abraçou de cara uma atitude positivista,
colocando entre parênteses qualquer questionamento sobre o estatuto
ontológico da mecânica quântica. Daí a frase de Bohr: "É um erro pensar que
a física se ocupa do que a natureza *é*. A física se preocupa com *o que
podemos dizer* sobre a natureza." Em outras palavras, a mecânica quântica
foi a primeira área da ciência a assumir que as ciências não nos dão nenhum
conhecimento sobre a realidade-em-si, o que elas fazem é descrever de modo
tão acurado quanto possível o universo da nossa experiência. É claro que
essa abordagem não é consensual mesmo na mecânica quântica, mas foi a
perspectiva proposta por Bohr e Heisenberg.
>E note que o fato de um, ou de vários cientistas resistirem a interpretação
quântica, isto não impediu o meio científico de adotá-la como o modelo
"oficial". Por que, apesar de toda resistência que as idéias quânticas
encontraram e ainda encontram, ela é uma teoria tão bem sucedida
academicamente?
>Por que ela sobreviveu, por enquanto, ao teste empírico melhor que qualquer
outro modelo teórico. Mesmo sendo difícil ao meio acadêmico aceitar as
implicações por detrás da mecânica quântica, ele a aceita.
>Quer prova maior de objetividade?
A aceitação de uma teoria não prova a objetividade da teoria. O que ela
mostra é a aceitação por parte da comunidade científica de um paradigma
dentro do qual essa teoria é a melhor descrição possível dos fatos (que,
etimologicamente, nunca é demais lembrar, vem do latim "facio", fabricar).
Essa dinâmica foi minuciosamente descrita por Thomas Kuhn em _A Estrutura
das Revoluções Científicas_ e, de modo ainda mais radical, por Paul
Feyerabend em _Contra o Método_.
>Perfeito. A criação de um modelo teórico é um processo altamente subjetivo.
A
metodologia experimental para a confirmação deste modelo deve portanto se
submeter as definições subjetivas teóricas para uma verificação objetiva
delas.
Mas eu não estava falando da criação de um modelo teórico. Estava falando
dos parâmetros em função dos quais um experimento é definido, e dos
protocolos usados pra aferir os resultados do experimento. Eles também
implicam numa escolha. Parâmetros diferentes conduzem a experimentos
diferentes e protocolos diversos conduzem a interpretações diversas.
>Mas quando o conhecimento médico avançar o suficiente para se realizar um
experimento acurado sobre a
questão, a medicina se verá forçada a tomar uma postura única sobre o
assunto.
Em outras palavras, a posição da medicina vai se definir quando houver um
paradigma suficientemente estruturado, não necessariamente quando os
resultados das experiências forem mais objetivos. De mais a mais, o caso da
maconha é exemplar mas, por isso mesmo, não é único. Aspirina, café, álcool
e várias outras substâncias estão na mesma situação.
>Esta postura poderá ser questionada? Claro. Mas para ser questionada
cientificamente será necessário apresentar um modelo objetivo que descreva
melhor (ou ao menos tão bem quanto) que o modelo adotado.
Mas, torno a insistir nesse ponto, o "descrever melhor (ou tão bem quanto)"
não é aferido em relação à realidade, mas em função do paradigma adotado. É
o paradigma que define que características uma descrição deve ter para ser
considerada adequada. O paradigma não é propriamente subjetivo, já que é
compartilhado por toda a comunidade científica, mas também não é objetivo no
sentido forte do termo, uma vez que os critérios de validação não remetem
diretamente ao objeto (objetivo = o que é relativo ao objeto).
(Explicando: "objetividade forte" é quando o critério de validação é a
adequação da representação ao objeto; "objetividade fraca" é quando os
critérios de validação são compartilhados por um determinado grupo social -
neste caso, os cientistas - que define que características alguma coisa deve
ter para ser considerada real.)
>Quando um experimento dá resultados que contradizem um experimento mais
antigo isto se deve a precisão dos experimentos, não a interpretação deles.
Por exemplo, historicamente foram feitas várias tentativa de se medir a
velocidade da luz. Durante bom tempo esta velocidade foi considerada
infinita. Por que? Não havia precisão suficiente nas medidas de tempo para
se
notar a velocidade. Isto significa que a imprecisào de um experimento pode
levar a interpretações erradas, não que a verificação experimental tenha
caráter subjetivo.
Mas esse contra-argumento não tem relação nenhuma com o exemplo que eu dei.
No exemplo citado, a experiência não foi imprecisa, muito pelo contrário. A
tomografia do cérebro gerou resultados bastante acurados. E esses resultado
não contradisseram nem experimentos anteriores, nem modelos teóricos
anteriormente propostos (no caso, a interpretação freudiana). O ponto é que
um resultado experimental que *confirmava* a teoria freudiana foi
apresentado como se *negasse* essa teoria. Por quê? Porque os pressupostos
pessoais dos experimentadores levaram-nos a uma interpretação distorcida,
não dos resultados, mas da *relação* entre esses resultados e os modelos
teóricos anteriores.
>Perfeito. A ciência é um campo do conhecimento humano, e portanto tem
características subjetivas. Mas isto não implica que o valor de uma
verificação experiemntal seja subjetivo.
Ele reflete escolhas quanto ao que entra ou não na experiência, e quanto ao
que deve ser considerado relevante ou descartado como irrelevante dentro dos
resultados. Essas escolhas podem ser ponderadas, e plenamente justificáveis,
mas são escolhas, e são feitas *antes* do experimento. Além disso, os
resultados de um experimento são desprovidos de significado enquanto não
forem interpretados, e a interpretação sempre recorre a um corpo teórico que
é externo ao experimento. Para alguém que não compreenda o conjunto teórico
por trás da medicina, uma chapa do pulmão é uma coleção de manchas sem
sentido. É a teoria que ensina ao médico como ele deve interpretar essas
manchas. E a teoria está na dependência direta do paradigma vigente.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 09:45
On Thu, 24 Oct 2002, Jaison Carvalho wrote:
> Eu não conheço NENHUMA passagem da Bhagavad Gita Onde Krisna incite a
> matança em nome de Deus
Bhagavad Gita é a história de Árjuna prestes a uma batalha e hesitando em
matar seus irmãos e Krishna incentivando Árjuna a matar todo mundo.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 09:48
----- Original Message -----
From: lpereira@smsdemag.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 1:31 PM
Subject: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Bem, concordo que a hipótese a respeito de Deus ou da religião em si
não possa ser testada no laboratório. Porém pela simples observação dos
fatos pode-se constatar a sua falibilidade.
O fato de a religião causar e ter causado guerras e massacres não diz nada a
respeito da existência ou inexistência de Deus. É um fenômeno puramente
sociológico. Além disso, a religião também produziu pessoas como a Madre
Teresa de Calcutá, Gandhi, São Francisco de Assis e milhares de outros menos
famosos, que utilizam suas crenças religiosas não como justificativas pra
descer o cacete no próximo mas, pelo contrário pra se dedicarem a obras
sociais, comunitárias e assistenciais. A religião é um fenômeno complexo,
com desdobramentos igualmente complexos. Dizer que ela é inerentemente boa
ou inerentemente ruim são ambas simplificações grosseiras. Mas, insisto,
isso não diz nada sobre a existência ou inexistência de Deus, para a qual
não existem fatos nem a favor nem contra.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 09:57
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 1:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
que é feito isso?)
>Ok. Vamos colocar da seguinte maneira: o espaço-tempo é real. Na estrutura
do
espaço-tempo vemos que uma de suas quatro dimensões, e apenas uma, é
assimétrica. Damos o nome de tempo para esta dimensão assimétrica. As outras
são dimensões espaciais. Ou seja, a única diferenciação que podemos fazer no
contínuo espaço-tempo é a assimetria do tempo, mas esta diferenciaçào é
suficiente.
>É isto que estou querendo defender.
Mas eu nunca neguei isso, Aniello. Nunca disse que negar a existência do
tempo como uma entidade independente do espaço implicasse numa negação da
simetria temporal. Acho que essa simetria é um problema que ainda precisa
ser explicado, e de fato existem várias teorias propondo-se a explicar como
ela veio a surgir, mas sua existência é inquestionável. O meu ponto é que
assumir que a dimensão temporal tem uma simetria que as dimensões do espaço
não apresentam não significa que o tempo deva ser considerado como uma
grandeza independente, porque essa é a própria definição do contínuo
espaçotempo (Minkowski: "Doravante, o espaço por si e o tempo por si estão
fadados a se desvanecerem em meras sombras, e somente uma espécie de união
dos dois preservará uma realidade independente.")
>Ok, mais uma vez estamos misturando fluxo de tempo com tempo, e desta vez o
engano foi meu. Todos os pontos no espaço-tempo coexistem.
That's what I meant.
>Veja bem, eu apenas disse que não muda o fato dela ser absoluta (não
dependente do observador). Não interessa ao debate aqui (o tempo existe ou
não) se ela é um princípio fundamental ou uma lei física contingente. O fato
é que a causalidade é o que gera a assimetria temporal, que nos permite
ainda
diferenciar o tempo do espaço.
Não necessariamente. Pode ser o contrário. A causalidade pode nascer da
simetria temporal. De fato, era a teoria defendida por Hume e pelos
empiristas ingleses. De acordo com Hume, a causalidade nasce da observação
de que o evento A sempre se segue ao evento B.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 09:57
Dizer que JC pregava o amor, grande coisa, todo mundo pregava isso com a
espada no pescoço do próximo. Culpar JC não ajuda nada, mesmo porque se um
dia ele tenha existido já está morto. Há de se culpar quem mata, não
importa em nome de quem ou em nome de ninguém.
O papa mandou matar? Prendam-no! Imunidade diplomática não é proteção
contra crimes contra a humanidade.
J- HAHA , você nadou , nadou e acabou morrendo na praia :) , se ler a minha primeira mensagem vai ver que foi exatamente isto que eu disse.
Claro que existem existem formas "legitimas" de se matar alguém , mas nem vou entrar em discussão , porque você vai acabar dizendo que os julgamentos são altamente subjetivos.
sabe como se desmonta toda uma teoria filosofica ? espera o inviduo contar cada detalhe do seu pensamento e no final do discurso você vira pra ele e diz "essa é a sua opinião".
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 10:02
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Thursday, October 24, 2002 2:43 PM
Subject: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Vc está dizendo que nunca cometeram crimes em nome de Deus?
Eu não me refiro a crimes isolados, praticados por indivíduos
que agem sós, motivados por crença pessoal, mas dos crimes
praticados de forma institucional: perseguir e matar os infiéis
como regra canônica.
Não, ele está dizendo que o homem comete crimes em nome de qualquer coisa
que estiver ao alcance. Hitler não precisou de Deus pra justificar o
holocausto, os Estados Unidos não precisaram de Deus pra lançar bombas
atômicas sobre Hiroshima e Nagasáki, EUA e URSS nunca invocaram Deus quando
causaram ou alimentaram centenas de guerras localizadas durante a Guerra
Fria (entre as quais, a Guerra do Vietnam) e por aí vai. A guerra, a
violência e a criminalidade fazem parte da estrutura psicossocial do ser
humano e isso não tem nada a ver com os motivos invocados pra justificar.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 10:07
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Thursday, October 24, 2002 3:08 PM
Subject: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Há uma diferença fundamental. Quem age isoladamente e mata em nome
de Deus é um assassino. Até aqui, ponto pacífico. Mas e quem mata
como soldado do pelotão de execução do Senhor? É o quê?
É um assassino. Mas isso não quer dizer que Deus (seja lá o que for) tenha
realmente mandado ele matar. Qualquer pessoa vê que existe uma contradição
fundamental entre o ensinamento básico do cristianismo ("Amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a si mesmo") e o comportamento da Igreja
enquanto instituição. O mesmo vale também para o budismo, cujos ensinamentos
repousam sobre o conceito de karuna, compaixão - isso não impediu que os
países budistas fossem tão assolados por guerras religiosas quanto qualquer
outro país. No próprio Alcorão, o conceito de jihad, a guerra santa, é
empregado em sentido metafórico: é uma guerra que o fiel deve travar dentro
de si mesmo, e não contra o mundo. Portanto, é óbvio que as religiões
enquanto instituição ou resolvem ignorar solenemente os princípios que lhes
servem de base, ou distorcem o sentido desses princípios, quer através de
uma interpretação literal tacanha, quer através de raciocínios tortuosos que
acabam transformando os conceitos básicos no oposto do que eles
significavam.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 10:14
On Fri, 25 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Para vc ver como vc tem a ciência em alta consideração.
Os gregos para provar que uma coisa não existia eles partiam do
pressuposto que existia e através da lógica chegavam a conclusões absurdas
e assim mostravam que tal coisa não existia. Partindo do pressuposto que
JC existe vc chega às seguintes conclusões absurdas:
-milagre
-geração expontânea de filhos
-flutuar na água
-flutuar no ar
-geração expontânea de comida
-ressussitar mortos
-curar doenças incuráveis [na época]
-deus
-vida após à morte
-inferno
-paraíso
-apenas os escolhidos vão para o paraíso [que seria um lugar desejável]
Podem acrescentar o que quiserem a esta lista.
As conclusões também.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Debates
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 10:26
Essa eh a sua opiniao!
Hehehe (nao podia deixar passar essa)
Aproveitando o mail. A lista tem nas suas bases indicacoes para nao
se discutir politica (partidaria) nem religao... principalmente
quando se trata de uma religiao especifica.
J - Tudo bem tudo bem , vamos parar de discutir o sexo dos anjos :) , mas é bom que fique claro que eu iniciei a discussão não para defender uma religião especifíca , só falei do Cristianismo porque é a que tenho maior contato e conhecimento.
Mas e ai , ces viro o mengão ? ;)
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 10:27
----- Original Message -----
From: Jaison Carvalho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 2:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Eu não conheço NENHUMA passagem da Bhagavad Gita Onde Krisna incite a
matança em nome de Deus
Aqui, eu sou obrigado a discordar. O Bhagavad Gita na verdade não é um
livro, mas um dos capítulos do Mahabharata, que narra a luta de Arjuna
contra os parentes que usurparam seu trono. Arjuna, a princípio, reluta em
travar uma guerra contra sua própria família, e isso por vários motivos:
seus inimigos são sangue do seu sangue, a violência vai contra seus
princípios religiosos e, além disso, gera um karma pelo qual ele terá que
responder. Krishna, então, resolve convencê-lo da justiça cósmica envolvida
nessa batalha e, pra isso, se revela a ele em sua verdadeira forma divina. O
discurso de Krishna para convencer Arjuna a lutar e a revelação de que
Krishna é Deus (ou melhor, Vishnu), constituem o Bagavad-Gita. Depois dessa
experiência, Arjuna vence sua relutância e vai para o campo de batalha, e o
resto do Mahabharata é a narração dessa guerra. Um fundamentalista tacanho,
que interpretasse o livro ao pé-da-letra, poderia tomar o Baghavad Gita como
uma incitação à matança em nome de Deus, sim, da mesma forma que os cruzados
adoravam citar a passagem do Evangelho em que Jesus diz que não veio trazer
a paz à terra, mas a espada. Mas o fato é que essa história é um mito e,
como todos os mitos, deve ser interpretado simbolicamente. Assim como o
Jihad de Maomé, a batalha de Kuruksetra é uma alegoria do combate que o
homem que deseja a iluminação tem que travar contra as ilusões dos sentidos
e os impulsos que nascem dessa ilusão, como a cobiça, o egoísmo, a
violência, etc. O simples fato de que essa alegoria possa ser tomada ao pé
da letra e usada como justificativa pra massacres reais mostra que Krishna
tinha toda a razão, é um combate árduo - e necessário.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 10:35
On Fri, 25 Oct 2002, Jaison Carvalho wrote:
> Até onde eu sei esta é uma lista de discussão , e se o proposito da
> lista não é trocar ideias , e sim uma guerra de argumentos , eu to
> fora. só comentei o que eu pensava porque eu vejo que o problema não é
> bem assim , e tratar o problema da forma como o autor do texto tratou
> é reducionismo onde não se deve usar reducionismo. mas se for pra
> tirar as minhas frases totalmente fora do contexto to fora.
Não retirei sua frase de contexto. Não tenho nada contra deus mesmo porque
ele não existe. E continuo afirmando que fazer guerra de citações bíblicas
não é argumentar.
Vc afirma que a biblia diz de JC era bonzinho e eu afirmo que ela também
diz que ele era malvado. Estamos empatados. Não há argumento.
Agora podemos argumentar que apesar do lado positivo apresentado por todas
as igrejas para enganar seus fiéis, há também o lado negativo que é usado
contra quem não aceita a autoridade religiosa. A bíblia permite isso,
interpretações absolutamente diversas que levam em conta apenas o ego de
cada um.
Dizer que JC pregava o amor, grande coisa, todo mundo pregava isso com a
espada no pescoço do próximo. Culpar JC não ajuda nada, mesmo porque se um
dia ele tenha existido já está morto. Há de se culpar quem mata, não
importa em nome de quem ou em nome de ninguém.
O papa mandou matar? Prendam-no! Imunidade diplomática não é proteção
contra crimes contra a humanidade.
[]s
TARCISIO BORGES
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> On Thu, 24 Oct 2002, Jaison Carvalho wrote:
> Pessoas da Igreja na inquisição matavam infieis , mas Jesus disse "ame
> > o teu próximo como a ti mesmo."
>
> Mas ele também disse: "Não vim para trazer a paz e sim a espada".
> Fazer guerra de citações bíblicas não vai resolver o problema.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 10:45
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 3:48 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Oi Lúcio! Não... não era dadaísta. Procurei e não achei,
infelizmente foi ao limbo. Lembro de ter enviado a um amigo mas ele
não encontrou também. Que era engraçado era... :)
Pena. Se você encontrar, me manda pra eu dar uma lida.
>Você já ouviu falar em Neuroteologia e as pesquisas realizadas no
intuito de reconhecer o setor ou setores cerebrais responsáveis pelo
êxtase religioso, ou em outras palavras, a *iluminação*?
Sim, eu cheguei inclusive a referir as experiências do Andrew Newberg em
várias mensagens. Ele mostrou que, durante os estados de meditação profunda,
a atividade dos lobos pré-frontais, que são a sede da consciência pessoal, e
dos setores do cérebro responsáveis pela percepção do espaço e do tempo
diminuem sua atividade. Daí a experiência mística sempre envolver uma perda
do ego, a sensação de atemporalidade e a percepção de uma união entre todas
as coisas.
>Sem dúvidas... ;) O problema, em todo caso, sempre é a
arrogância, seja no ignorante, seja no culto.
É até mais elementar que isso. O problema é pura e simplesmente o ego - a
arrogância é só a forma exacerbada do ego.
>Há um problema sério se o Universo for considerado fruto da
consciência da qual cada um é parcela individualizada. Penso que
caso isso fosse mesmo *verdade*, o "vácuo" criado pela iluminação de
uma única entidade seria capaz de tragar as outras parcelas consigo,
ou uma vez o véu rompido num ponto desencadearia o rompimento dele
todo. De duas uma: ou ainda ninguém conseguiu realmente *iluminar-
se* ou o Universo não é uma só consciência formada por pequenas
parcelas "integradas". O que você acha disso?
Eu não acho, não. Pra que isso acontecesse, seria preciso que a consciência
passasse por algum tipo de transformação radical durante a iluminação, que
mudasse sua natureza. Mas os budistas, especialmente os zen-budistas, sempre
insistiram nesse ponto: a consciência iluminada já está presente desde o
começo. Quando você alcança a iluminação, percebe que *sempre foi*
iluminado, e que o mesmo se aplica a todas as criaturas. Como diz o Buda: "O
samsara é o nirvana e o nirvana é o samsara." Tem dois poeminhas zen que
ilustram essa diferença. O primeiro é de Shen-hsiu e reflete a crença
tradicional de que a consciência precisa ser purificada pra alcançar a
iluminação:
"Nosso corpo é a árvore Bodhi
e nossa mente é um espelho brilhante;
a cada hora nós o limpamos com cuidado
e não deixamos que a poeira se assente."
O segundo é do patriarca zen Hui-neng e reflete a postura do zen de que a
consciência é, em si mesma, iluminação:
"Não há árvore Bodhi,
nem o cessar do brilho do espelho.
Sendo tudo vazio, onde
poderia assentar o pó?"
No fundo, os dois poemas querem dizer a mesma coisa, mas o primeiro se
coloca da nossa perspectiva não-iluminada, que faz discriminações entre as
coisas e encara a iluminação como um estado que só pode ser alcançado no
futuro, mediante um esforço árduo e contínuo, enquanto o segundo tenta
traduzir de forma paradoxal a perspectiva do iluminado, que está além das
discriminações e percebe que mesmo a nossa consciência quotidiana já é, em
sua essência, iluminada. É um pouco como naquela figura da Gestalt, da Velha
e da Moça. Algumas pessoas, no começo, só conseguem ver a moça (ou a velha)
e só depois de se esforçarem é que enxergam a moça (ou a velha). Mas as duas
já estão lá desde o princípio.
>Ainda assim, quem teria a garantia de tal "grau zero" como sendo
realmente o *zero absoluto*?
Acho que a gente teria que chegar lá pra saber... ;-)
>L: Isso indica que você provavelmente é mais *ariano* do que
eu... ;) Quem nasce no terceiro decanato está mais próximo de Touro
do que propriamente de Áries.
Sou, sim. Eu tenho um temperinho canceriano (que é o meu ascendente) mas, no
geral, eu sou *bem* ariano: cabeça-dura, teimoso (minha mulher que o diga!),
sem muito tato e gosto de ir direto ao ponto. ;-)
>Tem sido complicado mas é bom saber que há mais gente que queira
entender as coisas da mesma forma e que, de outra forma, como seja,
fora das listas, eu não viria a conhecer. Tudo é válido: per aspera
ad astra :)
Aí entra o meu lado ariano de novo. Eu *gosto* de uma boa discussão, então a
experiência não tem sido das piores, não... ;-)
>Ou 8 ou 800, vai pelos extremos.
É.
>Até que eu tento ser comedida também mas não consigo e esses "conselhos"
são mais prá mim mesma até
do que para você, já que eu também penso que o melhor é estar preparado para
o tudo ou nada do que seguir um looongo caminho que bem pode levar a lugar
nenhum. Mas em todo caso, vale notar que há uma certa prudência por parte
dos místicos no sentido de preparar o neófito para a empreitada, visando
acima de tudo o fortalecimento da
essência, do espírito. Ou, na opinião deles, em outras palavras: quem tem
pressa come cru e quente, podendo se queimar enquanto engasga... :) O
perigo desse caminho que você escolheu é o *não estar preparado*.
É um bom conselho, e no geral, é o que eu recomendaria - *pros outros*. Já
eu não sou muito dado a ser prudente, não. Acho que, se fossemos prudentes,
ainda estaríamos pendurados nas árvores, catando piolho uns dos outros...
;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 10:46
----- Original Message -----
From: Carlos Zardini
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 5:25 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Me refiro a um estado mental crítico que faz o homem obedecer as
ordens de outro homem e assumir seu sistema de valores sem ter
condições psicológicas de questionar.
Ou seja - o estado em que a maioria das pessoas vive, independente de ter ou
não religião? ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 10:55
Tarcísio:
Uma curiosidade: naõ existe nenhum registro de um milagre que não possa ser
explicado por um raciocínio lógico: todos estes citados que "santos"
provocam, são passíveis de análise.
Agora, o milagre da "prótese" ou seja, fazer nascer o dedo mindinho do lula
( o que foi cortado...) , criar um braço, uma perna, aparecer um olho numa
órbita vazia, destes, não há relato porque simplesmente ferem os ´principios
naturais.
----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 25, 2002 11:14 AM
Subject: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
On Fri, 25 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Para vc ver como vc tem a ciência em alta consideração.
Os gregos para provar que uma coisa não existia eles partiam do
pressuposto que existia e através da lógica chegavam a conclusões absurdas
e assim mostravam que tal coisa não existia. Partindo do pressuposto que
JC existe vc chega às seguintes conclusões absurdas:
-milagre
-geração expontânea de filhos
-flutuar na água
-flutuar no ar
-geração expontânea de comida
-ressussitar mortos
-curar doenças incuráveis [na época]
-deus
-vida após à morte
-inferno
-paraíso
-apenas os escolhidos vão para o paraíso [que seria um lugar desejável]
Podem acrescentar o que quiserem a esta lista.
As conclusões também.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
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SUBJECT: n Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 11:02
= MSG original =
Antonio:
>A inteligência é uma arma de dois gumes: Tanto serve para 'compreender' ao
Meio como também para estruturar defesas sólidas.
Lúcio:
Eu nem tenho certeza se existe uma diferença intrínseca entre raciocínio e
racionalização... ;-)
=================================
Oi Lúcio
Sua colocação me deixou intrigado: Que quer dizer com 'diferença
intrínseca'?
No que entendo racionalização é uma defesa de ego, ao passo que raciocínio
seria 'processar dados' (De maneira conclusiva, por favor sem silogismo,
intuitiva quando processa emoções, etc)
E, que seria 'uma diferença extrínseca'?
Abs.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 11:02
Antonio:
>Estou certo de que já experimentou querer
lembra-se de determinado nome ou palavra e tal não lhe ocorre. Passado algum
tempo lhe aflora na área consciente o nome antes esquecido. Ninguém lhe
dissera, portanto estava dentro de vc, em um local que não pôde ser
acessado. Este é um exemplo simplório. Será que serve como teste a respeito
da existencia do inconsciente?
Lúcio:
Na verdade, as neurociências estão demonstrando experimentalmente (às vezes,
malgré lui) vários dos conceitos de Freud, como eu venho comentando
esporadicamente aqui na lista. Entre eles:
- a existência de uma atividade cerebral inconsciente
- a existência de uma área do aparelho mental responsável pelo julgamento
moral (o superego)
- o fato de que a memória é uma reconstrução posterior, e não um simples
registro fatual
- o fato de que, durante os sonhos, a atividade do ego e do superego (ambas
associadas ao lobo pré-frontal) encontra-se inibida.########>Pode até estar
inibida mas certamente não está abolida. Se assim fosse não haveria
simbolização: Os 'filtros' estão 'presentes'<#########
É claro que essas demonstrações não servem pra justificar o pacote todo -
elas não dizem nada sobre *o conteúdo* do inconsciente, por exemplo. Mas
servem para destruir o mito (criado por Popper) da não-demonstrabilidade das
teorias psicanalíticas.
Abs.
L.
#########>Oi Lúcio e Takata
Até ao presente não consegui saber o que esse tal de Popper quer ou quiz
dizer com demonstrabilidade das teorias psicanalíticas.
É prá demonstrar o quê, especificamente?
[]s,
Antonio Renato.<#############
SUBJECT: Re: Arqueologia e Jusus
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 11:07
--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
>
> Mas para a fundação do cristianismo a existência ou não de JC era
> irrelevante. Existiam muitos Josués [Jesus] na época assim como
> existem hoje. Escolher algum para cristo era fácil, a dominação
> romana promovia a revolta popular e escolher um mártir era apenas
> uma questão de gosto.
>
Isso seria possível. Mas por que se daria mais crédito à essa versão
em que o Jesus, o mártir, não tinha nada a ver com a doutrina, em
detrimento à versão de que ele era, se não o fundador, um dos pilares
da doutrina? Esse desligamento me parece um pouco forçado. Apesar de
ter ocorrido sincretismos quando o cristianismo foi adotado por Roma,
já se tem evidências de que o core da doutrina estava presente pelo
menos no início do séc II (fragmentos do Evangelho de João, essênios
etc). Por tanto é possível a ligação de Jesus ao cristianismo.
> O cristianismo no começo não tinha a intenção de dominar o mundo
> mas de [como sempre] dar dinheiro aos sacerdotes.
É inegável que tenha lá seus aproveitadores, mas acho essa conclusão
também precipitada. Sempre existiram sacerdotes e sacerdotes.
Sacerdotes que acreditavam no que pregavam, levando uma vida de obras
e até privações, e sacerdotes que só queriam enriquecer. Sendo uma
doutrina que surgiu à margem do judaísmo, por causa de suas
proposições dominantes de valorização da simplicidade, e pela
perseguição inicial que seus adeptos sofreram, me parece mais natural
colocá-la como originalmente pregada pelos sacerdotes do primeiro
grupo.
Uma pergunta queria fazer que não tem nada a ver com este assunto:
> Seja responsável, vote nulo.
Não sei se você já se manifestou aqui antes sobre essa posição, mas
gostaria de saber suas razões para o voto nulo.
Abraços,
Carlos Zardini
> Mas ela tinha sim o potencial de dominar o mundo e um outro árabe,
> quinhentos anos depois, percebendo isso, criou sua própria religião
> nos moldes do cristianismo com alguns elementos a mais.
>
> Hoje ambas competem ferozmente.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@f...
> Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Debates
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 11:17
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
escreveu
> Dizer que JC pregava o amor, grande coisa, todo mundo pregava isso
com a
> espada no pescoço do próximo. Culpar JC não ajuda nada, mesmo
porque se um
> dia ele tenha existido já está morto. Há de se culpar quem mata, não
> importa em nome de quem ou em nome de ninguém.
>
> O papa mandou matar? Prendam-no! Imunidade diplomática não é
proteção
> contra crimes contra a humanidade.
>
> J- HAHA , você nadou , nadou e acabou morrendo na praia :) , se ler
a minha primeira mensagem vai ver que foi exatamente isto que eu
disse.
>
> Claro que existem existem formas "legitimas" de se matar alguém ,
mas nem vou entrar em discussão , porque você vai acabar dizendo que
os julgamentos são altamente subjetivos.
> sabe como se desmonta toda uma teoria filosofica ? espera o inviduo
contar cada detalhe do seu pensamento e no final do discurso você
vira pra ele e diz "essa é a sua opinião".
> Jaison
Essa eh a sua opiniao!
Hehehe (nao podia deixar passar essa)
Aproveitando o mail. A lista tem nas suas bases indicacoes para nao
se discutir politica (partidaria) nem religao... principalmente
quando se trata de uma religiao especifica.
Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist
SUBJECT: Re: Debates
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 11:20
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <lrb@i...> escreveu
>
> Aproveitando o mail. A lista tem nas suas bases indicacoes para
> nao se discutir politica (partidaria) nem religao...
> principalmente quando se trata de uma religiao especifica.
>
> Ateh
> Luis Brudna - administrador da Ciencialist
Sendo assim retiro minha pergunta que fiz ao Tarcísio Borges no email
anterior pedindo as razões do voto nulo. Perdão pelo deslize.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 12:03
Boa Tarde Jaison.
Como agnóstico, concordo plenamente com você que é cômico e irreal
culpar Jesus ou alguns profetas que há milênios atrás pregavam algumas
palavras sentimentais que foram, de alguma forma, úteis para o seu tempo.
Acredito que a função dessa lista seja disseminar o pensamento
crítico e cético independente do ramo de conhecimento humano. Pois somente
através do ceticismo podemos evitar os abusos cometidos pela fé cega em
nome de alguma pseudo entidade.
Para concluir, deixo um pequeno texto do biólogo evolucionista Richar
Dawkins que sintetizou quase todo o problema da religião neste pequeno
texto:
'A ciência é responsável pelas seguintes informações sobre
nossas origens. Nós sabemos aproximadamente quando o universo surgiu e
porque ele é, em sua maioria, de hidrogênio.
Nós sabemos porque as estrelas se formam e o que acontece no interior
delas para converter hidrogênio em outros elementos, e, conseqüentemente,
dando origem à química em um mundo físico.
Nós sabemos os princípios fundamentais de como um mundo químico pode se
transformar em biologia através do aparecimento de moléculas
auto-reprodutoras.
Nós sabemos como o princípio da auto-reprodução deu origem, através da
seleção darwiniana, a toda a vida, incluindo os humanos.
Foi a ciência e apenas a ciência que nos ofereceu esse conhecimento e,
além disso, o ofereceu em detalhes fascinantes, preponderantes e que se
confirmam mutuamente.
Em cada um destes aspectos, a teologia tem mantido uma visão que é
comprovada conclusivamente como errada.
A ciência erradicou a varíola, pode imunizar contra a maioria dos antes
mortais vírus, pode matar a maioria das antes mortais bactérias.
A teologia não tem feito nada a não ser falar das doenças como punições
para nossos pecados.
A ciência pode prever quando um cometa em particular irá reaparecer e, de
quebra, quando o próximo eclipse irá ocorrer.
A ciência colocou o homem na Lua e lançou foguetes de reconhecimento ao
redor de Saturno e Júpiter.
A ciência pode dizer para você qual a idade de um fóssil específico e que
o Santo Sudário de Turim é um embuste medieval.
A ciência sabe as instruções precisas no DNA de vários vírus e irá,
durante a vida de muitos leitores presentes, fazer o mesmo com o genoma
humano.
O que é que a teologia já disse que tivesse qualquer valor para alguém?
Quando a teologia disse algo que foi demonstrado como verdade e que não
seja óbvio?
Eu tenho ouvido os teólogos, lido o que eles escrevem, debatido com eles.
Eu nunca ouvi algum deles dizer algo que tivesse algum uso, qualquer
coisa que não fosse ou trivialmente óbvio, ou categoricamente errado.
Se todas realizações dos cientistas forem apagadas do mapa no futuro, não
haverá médicos, e sim xamãs; não haverá meio de transporte mais rápido
que o cavalo; não haverá computadores, nem livros impressos e, muito
menos, agricultura além das culturas de subsistência.
Se todas realizações dos teólogos forem apagadas do mapa no futuro,
alguém iria perceber a mínima diferença?
Até mesmo as realizações negativas dos cientistas, como as bombas e
navios baleeiros guiados por sonar funcionam! As realizações dos teólogos
não fazem nada, não afetam nada, não significam nada.
Afinal, o que faz alguém pensar que 'teologia' é um campo do
conhecimento?'
SUBJECT: Razão e relativismo (ex-Deus e as culturas)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 12:16
----- Original Message -----
From: Fernando S K
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 24, 2002 11:41 PM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
> Você pode eternamente retrucar que não foi dito "em quê esse
algo consiste". O que é uma bola? É qualquer objeto esférico. Ou,
objeto tridimensional cujos pontos limítrofes encontram-se à mesma
distância de um ponto central...
Qualquer uma dessas descrições me diz o que uma boa *é*. Quais são as
características que ela apresenta. A tua definição de razão não diz isso. Me
diz apenas que ela é uma fonte de autoridade e *algo* que serve de apelação.
Uma descrição da razão teria que dizer em que consiste esse "algo", que
características ele apresenta pra que possa ser considerada uma fonte de
autoridade. A tua descrição não diz isso e, portanto, não é nem inteligível,
nem objetiva. Muito menos é uma descrição.
>Creio que a descrição apresentada é suficientemente inteligível e objetiva
no contexto aqui tratado.
Tão inteligível e objetiva que, lendo-a, a gente continua sem saber o que
você entende por razão. Sabe-se apenas que é *algo* a que você recorre em
caso de dúvida. Ora, em caso de dúvida você pode recorrer a várias fontes de
autoridade, dependendo do tipo da dúvida. Pode procurar um médico, se for
uma dúvida médica, pode recorrer ao pai-de-santo, se for uma dúvida
espiritual, pode consultar um advogado, se for uma dúvida jurídica. Se eu te
perguntar o que é a medicina, você vai me dizer que é um conjunto de
conhecimentos sobre o funcionamento e o mal-funcionamento do organismo. Isso
o qualifica como fonte de autoridade sobre a saúde. Se eu te perguntar o que
é um advogado, você responderá que é alguém que conhece as leis e seu modo
de aplicação. Isso o qualifica como fonte de autoridade sobre o sistema
jurídico. Se eu te perguntar o que é um pai-de-santo, você vai dizer que é
uma pessoa instruída nos conceitos e preceitos do candomblé, e isso o
qualifica como fonte de autoridade sobre o candomblé (para os que acreditam
mas, no fundo, isso é válido pros outros exemplos também.) E se eu te
perguntar o que é a razão? Você vai me responder que ela é um "algo"? E isso
a qualifica como fonte de autoridade sobre o quê?
>E não acho que se trata de uma "metáfora jurídica"...
Não é questão de "achar". Uma instância de apelação é um tribunal ao qual
você apela caso não tenha ficado satisfeito com a sentença. Portanto, a
expressão é de origem jurídica. Quando você me diz que a razão é uma
instância de apelação, suponho que você não quer dizer que eu tenha que
procurar o tribunal e submeter a minha questão a um juiz togado. Logo, não é
pra ser levado ao pé da letra. E se não é pra ser levado ao pé da letra, é
uma metáfora. Portanto, é uma metáfora jurídica.
FSK> Substitua "razão" por episteme, por lógos ou simplesmente por
intenção em conhecer o mundo/universo/realidade e vc terá a
universalidade na intenção que é ponto a que me refiro.
A busca do conhecimento até pode ser considerada uma intenção universal. Mas
as maneiras pra se chegar a esse conhecimento ao longo da história têm sido
muitas e variadas, e boa parte delas não seria considerada racional pelos
critérios contemporâneos.
> Lendo essa passagem, vejo que vc assume implicitamente que
qualquer epistemologia (ou razão, se vc preferir) é válida apenas por
ter sido formulada ou identificada.
Não. Eu assumo apenas que elas *foram* formuladas e, portanto, existem. Cada
uma delas tem seu próprio conceito de razão. E esses conceitos são
incompatíveis entre si. Foi você quem disse que todas elas em conjunto têm
uma aspiração comum, e eu mostrei que essa afirmação não procede.
Independente de serem ou não válidas, elas têm aspirações bastante
diferenciadas e, assim, não dá pra dizer que elas tenham alguma coisa em
comum.
>Vc cataloga distintas escolas ou correntes de pensamento a fim de mostrar
que existem várias, seguindo-
se daí que não seria possível identificar *A* razão/epistemologia (pois
exitem inúmeras!). Vc ainda tenta colocá-las em pé de igualdade afirmando
que "Todas elas, sem exceção, apelam pra razão como justificativa de suas
aspirações.".
Não. O que eu estou dizendo é que, pra definir qual desses conceitos de
razão é *a* razão, seria preciso um critério que permitisse distinguir entre
elas ("a verdadeira razão queira se levantar, por favor"). Ou seja, pra
definir o que é a razão seria necessário dispor de uma razão acima da
razão - uma metarazão, se você preferir. E aí, teria que ter uma
meta-metarazão pra mostrar qual dos muitos critérios meta-racionais
possíveis poderia ser usado pra definir qual é a verdadeira razão. E assim
por diante.
>Mas há um grave problema aqui, exatamente na tentativa de mantê-las todas
válidas.
Eu não mantenho todas válidas. Manter todas válidas é presumir, como você
fez, que elas têm *alguma coisa* em comum.
>Sobre Platão, acho que a inclusão do termo "Deus" é especulativa. Eu
pararia em "idéia", "essência", no máximo em "espírito".
Não acredite em mim, vá direto à fonte - leia os livros de Platão. Você vai
ver que não só Platão fala de Deus como foi ele o criador do termo
"teologia". Por exemplo, no _Filebo_ (26e-30d), Deus é identificado ao noûs
(o intelecto) cósmico e descrito como a causa eficiente do universo, e no
_Timeu_ (29d-30c), ele é apresentado como o demiurgo (o criador) que
construiu o mundo à imagem e semelhança das idéias eternas.
>Em qualquer caso, cada vertente está sempre sujeita ao escrutíneo
empírico/experimental ou mesmo lógico/argumentativo. E que é legítimo
sempre, cabe frisar.
O escrutínio lógico/argumentativo é a razão lógica. O escrutínio
empírico/experimental pertence à razão científica. Assim, é como eu disse na
minha primeira mensagem: pra determinar se alguma coisa está ou não além da
razão, é preciso definir o que se entende por razão. Tanto a razão lógica
quanto o raciocínio científico são perfeitamente válidos dentro da esfera da
lógica (clássica, aristotélica) e da ciência. Mas apresentam limitações que
não permitem qualificar nenhuma das duas como sendo *a* razão absoluta. A
razão lógica apresenta enunciados que são válidos para a lógica. A razão
científica apresenta enunciados que são válidos dentro do âmbito científico.
That's all.
>O interessante é que você apresenta exatamente a perspectiva
relativista: a concepção de que qualquer crença é tão boa quanto
qualquer outra
Você está omitindo a expressão-chave: *dentro de seu âmbito específico de
aplicação*. No campo da ciência, a razão científica é inquestionável e pode
perfeitamente ser considerada como fonte de autoridade e instância de
apelação, assim como no campo da lógica, a razão lógica é uma autoridade
inquestionável. Fora disso, já são outros quinhentos.
>a suposição de que "verdade" é um termo equivocado,
pois pode ter tantos significados quantos os procedimentos de
justificação existentes
De onde você tirou que eu não acredito que exista uma verdade definitiva? Eu
só acho que ela não pode ser confundida com as verdades relativas.
>e a concepção que defende que nada pode ser dito sobre a verdade ou a
racionalidade
verdade = racionalidade é uma afirmação discutível. Há verdades que são
racionais e há verdades que não são racionais.
>Veja que se a reflexão e o argumento nos convencem de alguma coisa,
então não será possível, ao mesmo tempo, encarar isso apenas como uma
manifestação fenomenológica do pensamento.
A reflexão e o argumento já convenceram muita gente de muita coisa que
depois se revelou falsa.
>Uma constatação como essa é intelectualmente desonesta, no mínimo.
Toma cuidado com termos como "desonesto" pra se referir a posições
defendidas por outros participantes da lista. Ela está a um passo da ofensa
pessoal que, teoricamente, não deveria ter lugar num debate intelectual.
> E essa coisa poderia não escapar, digamos, à *razão* dos
aborígenes australianos ou à *razão* dos antigos (e sempre sábios)
chineses?
Como eu disse, os aborígenes australianos e os antigos chineses simplesmente
*não tinham* um conceito de razão.
>Essa questão transcende à epistemologias localizadas.
Existem outras? Como você pode provar isso?
>Ela refere-se ao questionamento, sem pudores nem remorsos, do mérito do que
é
proposto.
Pode-se questionar uma proposição ("sem pudores nem remorsos", se você
insiste em frases de efeito) sem usar as formas de argumentação que
qualificamos como racionais.
> Que tal confrontar as duas?
Com base em *quais* critérios? Se o ponto é justamente que elas têm
critérios diferentes pra definir o que é ou não racional, isso tornaria
necessário - como eu disse lá em cima - uma meta-razão que pudesse dizer
qual dessas razões é que, no final das contas, está com a razão.
>Você parece admitir aqui que se o índios brasileiros sustentam que o Sol
gira em torno da
Terra isso é *válido* tendo por base a razão deles.
Primeiro, os índios brasileiros não achavam que o Sol gira em torno da
Terra, o Sol pra eles era um guerreiro chamado Coaraci. E, sim, isso é
válido *pra eles*. A identificação do Sol com um guerreiro está de acordo
com o modo de vida que eles levam, com sua estrutura social e com suas
crenças religiosas. Portanto, dentro do âmbito específico do universo
indígena, o Sol *é* um guerreiro, e não uma bola de plasma incandescente ao
redor da qual a Terra gira. Por que teria que ser diferente?
> Não se trata de desmerecer culturas ou pontos de vista, mas sim de
reconhecer suas
limitações, incondicionalmente.
Suas limitações comparadas com o quê? Com a *nossa* cultura, com as *nossas*
respostas? Isso *é* etnocentrismo.
> Será mesmo? Ou ela é "subjetiva" para você, que analisa
objetivamente - e de fora, fazendo uso da razão - a afirmação?
O simples fato de que a maioria das pessoas não acha que "tudo é subjetivo"
já estabelece que essa afirmação não é consensual (é até tautológico dizer
isso).
> Eu diria exatamente o contrário, ou seja, ela provém de quem
conhece o que de fato está por detrás do relativismo, esteja essa
posição baseada numa intenção premeditada ou não.
E o que é que está por detrás do relativismo?
>Ou você acha razoável o tratamento dispensado às mulheres em
países islâmicos fundamentalistas? Ou ainda a extinção de
rinocerontes brancos porque alguma cultura julga seus chifres
afrodisíacos?
Como eu disse, esse tipo de observação geralmente vem de pessoas que não têm
nenhuma intimidade com o pensamento relativista. Você está confundindo
relativismo epistemológico com relativismo *moral*. São duas coisas
diferentes, e você não vai encontrar nenhum relativista usando os argumentos
do relativismo epistemológico para justificar a burqa que o Taleban obrigava
as mulheres a usar ou a matança indiscriminada de espécies em extinção.
Muito pelo contrário, Jacques Derrida foi um dos fundadores e é um dos
principais ativistas de uma associação internacional de escritores cujo
objetivo é lutar contra a perseguição movida aos escritores por regimes
ditatoriais e fundamentalistas. Essa associação já se definiu contra a
condenação à morte de Salman Rushdie pelos aiatolás iranianos, contra as
represálias que o escritor Nagib Mahfouz sofre por parte das autoridades
egípcias e em dezenas de outros casos semelhantes, mas menos conhecidos. O
relativismo epistemológico diz apenas que os critérios de validação *do
conhecimento* são relativos. Ele não diz que o mesmo se aplica a valores
como a vida ou a liberdade de expressão.
>Eis o relativista e o perigo dessa posição.
Eis *a caricatura* do relativista - que simplesmente não procede.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 12:31
J >Eu não conheço NENHUMA passagem da Bhagavad Gita Onde Krisna incite a
matança em nome de Deus
Lucio - Aqui, eu sou obrigado a discordar. O Bhagavad Gita na verdade não é um
livro, mas um dos capítulos do Mahabharata, que narra a luta de Arjuna
contra os parentes que usurparam seu trono.
J - É , tem razão , estava olhando o livro e realmente é isto , errei e errei feio , não tinha certeza da coisa e acabei afirmando sem saber , por isso escrevi que não conhecia e não que não existia. Porém não é desculpa , errei e peço desculpas a todos :)
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 12:33
----- Original Message -----
From: lpereira@smsdemag.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 1:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>O que é que a teologia já disse que tivesse qualquer valor para alguém?
Depende muito do que o Dawkins considera "valor". Pra uma pessoa que está
desesperada porque acabou de perder um filho, creio que vão ser muito mais
úteis as palavras de conforto de um sacerdote do que as declarações da
ciência.
>Quando a teologia disse algo que foi demonstrado como verdade e que não
seja óbvio?
Dentro do critério de verdade adotado pela ciência, nunca. E os teólogos
cometeram erros crassos assumindo que as verdades da religião *são* da mesma
ordem que as verdades científicas. Mas ciência e religião são dois campos
distintos, seus critérios de verdade são igualmente distintos, se aplicam a
categorias que também são diversas. A ciência estuda o universo da
experiência sensorial humana, o que se costuma chamar de mundo natural. A
religião se ocupa do sobre-natural, isto é, do que se encontra, por
definição, fora do mundo natural. Quando um sacerdote faz alguma declaração
sobre o que é ou não o mundo natural (por exemplo, questionando a teoria da
evolução), ele está falando bobagem. Mas quando um cientista usa seus
critérios moldados pela análise do mundo natural para fora desse mundo (por
exemplo, assumindo que os gregos criaram a imagem de Zeus porque não sabiam
que os raios são uma descarga elétrica) também não diz nada que preste.
>Se todas realizações dos teólogos forem apagadas do mapa no futuro,
alguém iria perceber a mínima diferença?
Percebe-se que o critério de validade do Dawkins é um critério
essencialmente prático.
>Até mesmo as realizações negativas dos cientistas, como as bombas e
navios baleeiros guiados por sonar funcionam! As realizações dos teólogos
não fazem nada, não afetam nada, não significam nada.
Significam muita coisa para as pessoas que têm uma crença religiosa e vivem
de acordo com sua crença. Logo, afetam - e muito - a vida dessas pessoas.
>Afinal, o que faz alguém pensar que 'teologia' é um campo do
conhecimento?'
O que faz alguém pensar que a única forma de conhecimento válida é o
conhecimento científico?
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Debates
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 12:47
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "brudna" <lrb@i...> escreveu
> >
> > Aproveitando o mail. A lista tem nas suas bases indicacoes para
> > nao se discutir politica (partidaria) nem religao...
> > principalmente quando se trata de uma religiao especifica.
> >
> > Ateh
> > Luis Brudna - administrador da Ciencialist
>
> Sendo assim retiro minha pergunta que fiz ao Tarcísio Borges no
email
> anterior pedindo as razões do voto nulo. Perdão pelo deslize.
>
> Abraços,
> Carlos Zardini
Acho que nao fui claro. Discutir sobre voto, democracia, ditadura,
etc. eh indicado. O que nao deve (preferencialmente) entrar nesta
lista eh Lula x Serra... e coisas desse estilo.
Na questao da religiao tbem eh necessario observar a mesma conduta.
Debater sobre cosmogonias relacionadas com divindades, sobre
influencias de religiao na sociedade, sobre relacoes mente x crenca,
etc sao adequadas para essa lista, mas eh adequado deixar de fora
questoes que envolvam feh e religioes especificas.
Ateh
Luis Brudna
ps: desculpe a confusao, nao to conseguindo pensar direito, to com
uma colica desgracada. :-)
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Debates
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 13:00
> De: Brudna
>
> ps: desculpe a confusao, nao to conseguindo pensar direito, to com
> uma colica desgracada. :-)
E qual a graça nisso? Digo, pq o :-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Debates
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 13:08
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Brudna
> >
> > ps: desculpe a confusao, nao to conseguindo pensar direito, to
com
> > uma colica desgracada. :-)
>
> E qual a graça nisso? Digo, pq o :-)
Depois que sair tudo, ele melhora... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Debates (pitaco)
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 13:08
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> >
> > De: Brudna
> >
> > ps: desculpe a confusao, nao to conseguindo pensar direito, to
> > com uma colica desgracada. :-)
>
> E qual a graça nisso? Digo, pq o :-)
>
Me parece que o :-) se deve à sensação de alívio repentinamente
experimentada pelo nosso colega após alguns momentos de aperto.
Abraços,
Carlos Zardini
> []
>
> Alexandre Medeiros
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 13:48
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> Mas quando um cientista usa seus
> critérios moldados pela análise do mundo natural para fora desse
> mundo (por exemplo, assumindo que os gregos criaram a imagem de
> Zeus porque não sabiam que os raios são uma descarga elétrica)
> também não diz nada que preste.
Esse exemplo particularmente nao seria muito bom. Tecnicamente o
cientista esta' fazendo uma analise do mundo natural: o q. os gregos
antigos pensavam ou deixavam de pensar faz parte do mundo natural.
Creio q. um exemplo melhor seria se um cientista afirmasse q. ha'
prova cientificas da existencia/inexistencia de uma ou outra
divindade.
> O que faz alguém pensar que a única forma de conhecimento válida é o
> conhecimento científico?
E.g. o criterio pratico. Nao e' o unico, e' verdade, mas nao e'
totalmente descabido.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 14:00
Em Qui 24 Out 2002 15:03, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
>
> > Perfeito. A ciência é um campo do conhecimento humano, e portanto
> > tem características subjetivas. Mas isto não implica que o valor de
> > uma verificação experiemntal seja subjetivo. Ele pode ser
> > inconclusivo, impreciso ou definitivo (dentro de margens de
> > precisão estabelecidas).
>
> Um professor de física me disse certa vez que se um físico entrar num
> laboratório querendo descobrir uma partícula nova ele acaba
> conseguindo. Não contesto o valor da experiência, mas o mito da
> objetividade experimental às vezes presta um desfavor à ciência.
>
> A seleção de amostras, por exemplo, é um problema muito sério na
> pesquisa médica, principalmente por envolver interesses de
> laboratórios. É comum jogar pra debaixo do tapete certas reações
> adversas de uma determinada droga experimental para apressar sua
> comercialização. Aí, anos depois, isso vem à tona pela via dolorosa.
Para a experimentação científica é necessário seguir um método detalhado.
Estou discutindo se o método de verificação experimental gera conclusões
objetivas ou subjetivas. Ignorar o método, ou burlá-lo (jogando debaixo do
tapete reações adversas) não demonstra falhas no método.
Aniello
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Debates
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 14:02
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Brudna
> >
> > ps: desculpe a confusao, nao to conseguindo pensar direito, to
com
> > uma colica desgracada. :-)
>
> E qual a graça nisso? Digo, pq o :-)
>
> []
>
> Alexandre Medeiros
Pq eu me divirto ateh com colicas.
Jah passou. (eu acho)
Coisas da vida.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 14:20
Acompanhei um pouco a discussão que gerou o texto do Rushdie aqui.
Dois lados estão discutindo sobre em quem imputar a culpabilidade dos
massacres religiosos. Sinceramente eu acho que isto contorna o centro do
problema, sem chegar nele.
Concordo plenamente que não se pode culpar Deus nem a mentalidade religiosa
pelos massacres, que são promovidos não pelos valores religiosos, e sim pela
intolerância e pelo preconceito.
A questão que se coloca então é tentar desmistificar a impressão que o
sentimento religioso leva inequivocadamente para a solidariedade, apesar de
alguns fanáticos usarem o nome de Deus em suas atitudes intolerantes. Isto
não é uma verdade.
Primeiro não é verdade que "alguns fanáticos" usam o nome de Deus. A religião
é um dos motores mais comuns de violência entre massas, povos e culturas.
Concordo que para matar, qualquer desculpa serve, mas a religião é uma
desculpa usada de modo bem mais frequente que a fisica, o RPG, e até mesmo o
conceito de pátria.
Na maioria dos atos de agressão envolvendo autosacrifício, por exemplo,
encontramos no "martir-assassino" ou um desequilibrado mental ou um
religioso. Na maior parte das guerras do mundo o fator religioso é um dos
grandes vetores que leva o cidadão pacato a empunhar armas. ë inevitável
então perguntar: por que?
E a resposta é simples: a religião é uma fonte tanto de solidariedade quanto
de ódio.
A maior parte das religiões modernas pregam o amor ao próximo ou variações do
tema. Isto leva a uma unificação, um conceito de que todos são "filhos de
Deus" e que todos são irmãos.
Mas qualquer religião também determina um código de conduta absoluto, um
sistema de bem e mal, pecado e boa ação, correto e errado, puro e impuro. E
este código não é de raiz terrena, e sim vindo de uma ordem superior, uma
instância mais importante que a instância terrena do convívio entre irmãos.
E para combate ao mal, ao pecado, as impurezas do mundo inferior que vivemos,
as mais altas recompensas são prometidas: a salvação da alma, a entrada no
paraíso, o estado de iluminação, o nirvana, o acesso aos planos superiores,
etc. Diante destas recompensas, o mundo material se descaracteriza e perde
importância. Afinal, o que levarei para o reino dos céus?
Apenas a religião permite um caminho lógico e simples de raciocínio que beira
o esquisofrênico: a criação de um sistema de valores de um outro mundo, que
não o mundo físico, e a submissão do mundo físico a ele. Daí é um passo muito
simples o ódio ao mal, a raiva contra o pecado e a necessidade de um combate
enérgico contra as impurezas do mundo. É preciso salvar o próximo que está no
pecado, mesmo que ele discorde e ache que está no caminho certo.
Claro que o passo final é dado apenas em situação de desequilíbrio,
individual ou social. Mas infelizmente o desequilíbrio social, em um mundo
globalizado onde culturas diversas vivem em contato constante, é a norma, e
não a excessão. E a religião é o melhor catalisador para fazer com que o
choque cultural se torne tragédia.
Aniello
SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 14:22
> De: Lucio Jorge Pina Manfredi
>
> Medeiros:
> >Vc está dizendo que nunca cometeram crimes em nome de Deus?
> Eu não me refiro a crimes isolados, praticados por indivíduos
> que agem sós, motivados por crença pessoal, mas dos crimes
> praticados de forma institucional: perseguir e matar os infiéis
> como regra canônica.
>
> Não, ele está dizendo que o homem comete crimes em nome de
> qualquer coisa
> que estiver ao alcance. Hitler não precisou de Deus pra justificar o
> holocausto, os Estados Unidos não precisaram de Deus pra lançar bombas
> atômicas sobre Hiroshima e Nagasáki, EUA e URSS nunca
> invocaram Deus quando
> causaram ou alimentaram centenas de guerras localizadas
> durante a Guerra
> Fria (entre as quais, a Guerra do Vietnam) e por aí vai. A guerra, a
> violência e a criminalidade fazem parte da estrutura
> psicossocial do ser
> humano e isso não tem nada a ver com os motivos invocados pra
> justificar.
Ok. Admito que a primeira pergunta foi só uma provocação.
O que vc diz também concordo, mas vc também não disse nada
sobre o que falei da violência como regra institucional.
De todas as modalidades de violência institucionalizada,
pouca coisa (ou nenhuma) supera a violência instituída
em nome de Deus. A violência do Cristianismo e do Islamismo
são incontestáveis: mataram milhões e ainda matam "os infiéis".
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 14:24
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 2:48 PM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
>Esse exemplo particularmente nao seria muito bom. Tecnicamente o
cientista esta' fazendo uma analise do mundo natural: o q. os gregos
antigos pensavam ou deixavam de pensar faz parte do mundo natural.
Na verdade, eu escolhi o exemplo deliberadamente pra mostrar a diferença
entre as duas abordagens. Quando os gregos primitivos (ou melhor, os
cretenses, já que Zeus é uma divindade originalmente cretense) olhavam um
raio, como não sabiam que era um fenômeno natural, viam nele uma
manifestação de Zeus. Mas isso não quer dizer que Zeus tenha sido criado
*pra explicar* o raio. Como todas as imagens divinas, a de Zeus é uma figura
complexa, com diversas camadas de significado que não têm absolutamente nada
a ver com raios e trovões. O que acontecia provavelmente era um fenômeno do
tipo que os psicólogos chama de "projeção" - os gregos *projetavam* o
complexo de significados associados a Zeus sobre um fenômeno desconhecido,
da mesma forma que o sujeito projeta seus conteúdos inconscientes sobre as
manchas das figuras de Rorschach. À medida que o conhecimento do fenômeno
aumentava, essas projeções iam sendo retiradas - mas o complexo de
significados continuava existindo. Assim, na época de Platão e Aristóteles
(que discorre longamente sobre os raios em suas obras de física), nenhum
grego acreditava mais que os relâmpagos fossem as armas de Zeus e qualquer
grego bem-educado tinha plena convicção de que era um fenômeno natural
(embora as explicações sobre ele divergissem). Mesmo assim, os gregos -
incluindo Platão e Aristóteles - continuavam acreditando em Zeus. Se o deus
fosse só uma explicação cambeta pro relâmpago, a crença em Zeus teria
desaparecido no momento em que se encontrou uma explicação melhor.
>Creio q. um exemplo melhor seria se um cientista afirmasse q. ha'
prova cientificas da existencia/inexistencia de uma ou outra
divindade.
É o exemplo mais óbvio. Acho isso tão nonsense quanto o pastor que fica
arengando contra o evolucionismo. Nenhum deles entende que, como dizia o
filósofo, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. ;-)
>E.g. o criterio pratico. Nao e' o unico, e' verdade, mas nao e'
totalmente descabido.
O critério prático é válido pra coisas práticas. Não consigo imaginar o que
alguém armado exclusivamente de um critério prático poderia ter a dizer de
útil sobre a religião - meu Deus lava mais branco que o seu, por exemplo?
;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Hitler e divindades
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 14:28
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Não, ele está dizendo que o homem comete crimes em nome de qualquer
coisa
> que estiver ao alcance. Hitler não precisou de Deus pra justificar o
> holocausto, > Abs.
> L.
Nao sou um conhecedor das motivacoes de Hitler, mas ele usou deus
em alguns momentos. Veja...
"O homem com a mente voltada para o povo, em particular, tem o
dever sagrado, cada um em sua denominação, de fazer as pessoas
pararem de apenas falar superficialmente na vontade de Deus, e de
fato realizar a vontade de Deus, e não deixar Deus ser profanado.
Pois Deus deu aos homens sua forma, sua essência, e suas
habilidades. Qualquer um que destrua Sua obra está declarando guerra
à criação do Senhor, a divina vontade. Assim sendo, que todo homem
seja ativo, cada um em sua denominação se o agrada, e que todo homem
tome como primeiro e mais sagrado dever opor-se a qualquer um que em
sua atividade por palavra ou ação afaste-se dos limites de sua
comunidade religiosa e tente intrometer-se em outra.
[...]
Assim, hoje eu acredito estar agindo de acordo com a vontade do Todo
Poderoso Criador: me defendendo contra os Judeus, eu estou batalhando
pela obra do Senhor. "
Adolf Hitler, "Mein Kampf", tradução para o inglês de Ralph Mannheim.
Nao estou querendo colocar culpas em divindades ou em religioes
pelas acoes de Hitler, apenas estou mostrando que ele usou deus pra
reforcar algumas ideias.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 14:33
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 12:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata,
junte-se a nós
>Até ao presente não consegui saber o que esse tal de Popper quer ou quiz
dizer com demonstrabilidade das teorias psicanalíticas.
É prá demonstrar o quê, especificamente?
Salve, Antonio!
O Popper estava se baseando no critério que ele propôs de falseabilidade.
Pra uma teoria ser considerada científica, segundo ele, ela teria que ser
falseável - isto é, teria que ser possível deduzir, a partir dela, algum
tipo de experimento ou fenômeno que pudesse demonstrar que a teoria é falsa.
Por exemplo, a hipótese de que a Terra é redonda seria falseada se alguém,
seguindo em linha reta, não retornasse depois de algum tempo ao ponto de
partida. Quando o Popper diz que a psicanálise não obedece a esse critério,
salvo engano, ele não estava se referindo à psicanálise como um todo. Esta é
perfeitamente falseável. Se as neurociências não encontrassem nenhum indício
de atividade inconsciente, a hipótese de base da psicanálise teria sido
solapada. A crítica do Popper se dirigia mais às interpretações
psicanalíticas porque, se um paciente aceitasse a interpretação, isso
provaria (para o psicanalista) que a interpretação é correta; e se ele
rejeitasse a interpretação, isso *também* provaria (para o psicanalista) que
a interpretação é correta, porque o paciente estaria resistindo a ela: cara
eu ganho, coroa você perde. Na verdade, não é beeeem assim que funciona a
interpretação psicanalítica, como você (e o Marcos) sabem melhor do que eu,
e a psicanálise tem critérios de validação internos pra determinar, não se
uma interpretação é adequada. Esses critérios, evidentemente, não são os
mesmos de uma teoria científica, até porque as interpretações psicanalíticas
não são teorias, isto é, não são modelos gerais aplicáveis a todos os casos,
mas sim interpretações pontuais, que decorrem das particularidades de cada
caso.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 14:35
Em Qui 24 Out 2002 17:14, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Seja qual for a razão, guerra é guerra e mata-se por matar. O certo
> seria haver um consenso entre governantes ou líderes, NUNCA guerras.
> O problema é que a humanidade fica se coçando por uma causa qualquer
> para guerrear... Deus não é o problema, moço.
Apenas vale reslatar que as guerras (conflitos declarados entre dois
governos) não são a única possibilidade de confronto entre dois povos, e que
nem sempre é uma diferença entre dois governos que gera uma guerra.
Massacres como este na ïndia vem "de baixo para cima", onde uma população
revolta empinha armas sem consultar a opinião de seus governantes. Eventos
como as cruzadas, onde váios governantes diversos em várias épocas (muito
próximas) usam seus militares de maneira não conjunta, mas com o mesmo
objetivo (libertar a terra santa), e este objetivo não é limitado a seu
governo (buscava se libertar a terra santa para toda a cristandade) e suas
soldaos não eram obrigados a seguir o líder fora das batalhas (qualquer
cristão poderia se juntar as cruzadas, e sua obediência se limitava a
obediência militar) não pode ser tratado apenas como uma série de guerras
isoladas. E com certeza não seria resolvida apenas com o consenso entre os
governantes. Não bastava o rei dos francos se entender com os mouros, pois
outros governantes se seguiriam e o problema não estaria resolvido. Era
necessário que de uma forma ou outra a questão da posse da Terra Santa fosse
resolvida. Um choque insolúvel diplomaticamente entre duas populações, duas
culturas e duas religiões, que dinate do momento, não poderiam aceitar jamais
a posse de um território. Este conflito teve várias causas sociais, mas foi a
unicamente a causa religiosa que o manteve acesso durante tanto tempo.
Deus não tem culpa (o que não existe não tem culpa), mas o que levou os
homens a este e tantos outros conflitos foi crer que estavam lutando do lado
do Bem, contra o Mal. "Se Deus está conosco, quem pode estar contra nós?"
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 14:35
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 3:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>Para a experimentação científica é necessário seguir um método detalhado.
Estou discutindo se o método de verificação experimental gera conclusões
objetivas ou subjetivas. Ignorar o método, ou burlá-lo (jogando debaixo do
tapete reações adversas) não demonstra falhas no método.
Acho que aqui é bom esclarecer um mal-entendido, antes que isso se
transforme numa daquelas discussões em que fulano diz uma coisa, sicrano
entende outra, beltrano responde uma terceira e ninguém se entende. ;-)
Dizer que existe um elemento subjetivo nos experimentos científicos, do meu
ponto de vista, não significa uma *falha* no método. É uma característica
que faz parte dele e não afeta em nada a validade de suas conclusões, dentro
dos parâmetros que foram previamente definidos.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: n Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 14:40
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 12:02 PM
Subject: n Re: Re: [ciencialist] Críticas e Sugestões.
>No que entendo racionalização é uma defesa de ego, ao passo que raciocínio
seria 'processar dados' (De maneira conclusiva, por favor sem silogismo,
intuitiva quando processa emoções, etc)
*Isso* é uma diferença intrínseca:
Raciocínio = processar dados de maneira conclusiva.
Racionalização = defesa do ego.
Assumindo esse ponto de vista, raciocínio e racionalização são duas coisas
completamente diferentes e que não têm nada em comum. A racionalização
seria, no máximo, um simulacro do verdadeiro raciocínio. O ponto de vista
oposto seria o de que não há nenhuma diferença fundamental entre os dois:
mesmo o raciocínio mais conclusivo pode ser usado pelo ego como mecanismo de
defesa. Isso não quer dizer, bem entendido, que *todo* raciocínio seja uma
racionalização, ou qualquer debate (como os que temos aqui) acabaria se
transformando em uma análise das resistências. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 14:43
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 3:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>A questão que se coloca então é tentar desmistificar a impressão que o
sentimento religioso leva inequivocadamente para a solidariedade, apesar de
alguns fanáticos usarem o nome de Deus em suas atitudes intolerantes. Isto
não é uma verdade.
O sentimento religioso não leva inequivocamente *nem* à solidariedade, *nem*
ao fanatismo. Existem exemplos de ambas as condutas associadas a pessoas
cujo sentimento religioso é inquestionável. Por outro lado, pode-se chegar
tanto à solidariedade quanto ao fanatismo *sem* partir do sentimento
religioso. De modo que esse tipo de associação imediata, religião ----> x ou
religião -----> não-x, é sempre uma simplificação incorreta.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 14:45
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
>
> >Me refiro a um estado mental crítico que faz o homem obedecer as
> ordens de outro homem e assumir seu sistema de valores sem ter
> condições psicológicas de questionar.
>
> Ou seja - o estado em que a maioria das pessoas vive, independente
> de ter ou não religião? ;-)
>
Sim e não. Ou melhor dizendo, vareia :)
Bem, estava tentando definir algo que chamei de lavagem cerebral, mas
como sou leigo em psicologia, as colocações são pessoais. Eu penso
sim que esse estado mental de "aceitar sem conseguir questionar" é
inerente ao homem e está presente desde o terrorista fanático até a
mente mais cética, variando seu grau de intensidade.
Mas formei um conceito de lavagem cerebral que seria os casos
extremos desse estado, e vou citar o exemplo que me levou a tal. No
passado tive contacto com uma seita na qual observei que muitos
membros se submetiam completamente à vontade de seu lider. Se num dia
ele dizia "futebol é o demônio", seus adeptos eram capazes de quebrar
a primeira televisão que vissem pela frente que tivesse transmitindo
um jogo. Mas se no dia seguinte ele dissesse "futebol é legal, sou
atleticano", o pessoal faria fila para se inscrever na torcida da
galoucura. Esse exemplo, apesar de fictício, não é exageiro nenhum!
Procurei saber como ele conseguira esse efeito, e descobri que os
novos membros passavam por um verdadeiro exorcismo: primeiro sofriam
uma intensa humilhação por causa de seus princípios, idéias,
conceitos, faziam uma extrema bagunça com seus valores. Após certo
tempo davam oportunidades para que essa pessoa se redimisse aceitando
a verdade do lider. Quando a pessoa aceitava, o tratamento mudava da
água para o vinho, com manifestações emocionadas de apoio, carinho,
amizade - coisas que talvez a pessoa nunca tivesse experimentado
antes. Eis aí uma pessoa pronta a fazer qualquer coisa que lhe fosse
mandada: adorar uma estátua, ou arremessar um avião contra o WTC.
Abraços,
Carlos Zardini
>
> Abs.
> L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Hitler e divindades
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 14:46
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 3:28 PM
Subject: [ciencialist] Hitler e divindades
>Nao estou querendo colocar culpas em divindades ou em religioes
pelas acoes de Hitler, apenas estou mostrando que ele usou deus pra
reforcar algumas ideias.
Da mesma forma que Walker Bush, o arbusto-que-anda, volta e meia cita Deus
em seus discursos pra justificar o ataque ao Afeganistão ou convencer as
pessoas de que é necessário atacar o Iraque. Mas a motivação de ambos os
ataques não tem nada de religiosa, assim como as ações de Hitler durante a
II Guerra. Quer dizer, uma coisa é citar Deus como um artifício de retórica
e outra bem diferente é agir *movido* pela crença de que Deus quer isto ou
aquilo.
Abs.
L.
SUBJECT: Intransigencia intransponivel
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 14:46
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> Concordo plenamente que não se pode culpar Deus nem a mentalidade
religiosa
> pelos massacres, que são promovidos não pelos valores religiosos, e
sim pela
> intolerância e pelo preconceito.
> Aniello
Serah que a FEH nao gera intransigencias intransponiveis? Se eu
acredito piamente que o Gnomo quer que eu siga as suas ordens e meu
vizinho acha que deve seguir as ordens do Duende sem titubear, serah
que isso leva a algum entendimento?
Acho que em algum momento vai chegar ao ponto do O GNOMO ESTAH
CERTO X O DUENDE ESTAH CERTO, e como sao questoes de FEH nao
encontraram meio termo pq estariam indo contra o que o Gnomo ou o
Duende querem.
Serah que FEH deixa lugar a coisas do tipo "nao sei, quem sabe o
Gnomo estah errado e o Duende estah certo" (adorador do Gnomo) ?!
Eu ainda fico com o... 'onde existe duvida, existe liberdade'.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Intransigencia intransponivel
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 14:58
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 3:46 PM
Subject: [ciencialist] Intransigencia intransponivel
>Serah que a FEH nao gera intransigencias intransponiveis? Se eu
acredito piamente que o Gnomo quer que eu siga as suas ordens e meu
vizinho acha que deve seguir as ordens do Duende sem titubear, serah
que isso leva a algum entendimento?
Ninguém melhor do que uma pessoa profundamente religiosa pra responder a
essa pergunta:
"One should not think, 'My religion alone is the right path and other
religions are false.' God can be realized by means
of all paths. It is enough to have sincere yearning for God. Infinite are
the paths and infinite are the opinions." (Sri Ramakrishna)
É uma atitude que nasce da fé e, no entanto, não conduz à intransigência e
ao desentendimento. Ou estou errado?
Abs.
L.
SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 15:00
> De: Aniello Gr?o
>
> Concordo plenamente que não se pode culpar Deus nem a
> mentalidade religiosa
> pelos massacres, que são promovidos não pelos valores
> religiosos, e sim pela
> intolerância e pelo preconceito.
Desculpe, mas aqui a porca torce o rabo. Os valores religiosos
são sim fonte primária de intolerância e preconceito. As religiões
tomam para si a verdade absoluta e não compartilha sua verdade
com a verdade da religião concorrente. Esse papo de Igreja Católica
confraternizando com judeus e muçulmanos é fachada politicamente
correta; uma falsa tolerância cuja verdadeira origem é a pressão
exercida pelos deversos grupos humanistas seculares, tendo seu
maior representante o Estado de Direito laico. Não fosse esses
grupos o poder das religiões avançaria sobre todos nós.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 15:05
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Procurei saber como ele conseguira esse efeito, e descobri que os
> novos membros passavam por um verdadeiro exorcismo: primeiro
sofriam
> uma intensa humilhação por causa de seus princípios, idéias,
> conceitos, faziam uma extrema bagunça com seus valores. Após certo
> tempo davam oportunidades para que essa pessoa se redimisse
aceitando
> a verdade do lider. Quando a pessoa aceitava, o tratamento mudava
da
> água para o vinho, com manifestações emocionadas de apoio, carinho,
> amizade - coisas que talvez a pessoa nunca tivesse experimentado
> antes. Eis aí uma pessoa pronta a fazer qualquer coisa que lhe
fosse
> mandada: adorar uma estátua, ou arremessar um avião contra o WTC.
> Carlos Zardini
Tem algum material sobre seitas nesse link
http://www.unicamp.br/cori/seitas.html
Pra dar um gostinho...
"Alerta à Comunidade da Unicamp
A liberdade de expressão e a liberdade religiosa são direitos
fundamentais e resguardados legalmente. Eles adquirem caráter ainda
mais significativo nas universidades, núcleos do saber, da análise e
de discussão. Certos movimentos, às vezes, ultrapassam os limites e
usam o espaço universitário, sob o pretexto do "direito à liberdade
religiosa", para encobrirem atitudes ilegais ou socialmente
prejudiciais. O comportamento, em tais movimentos, não deve ser
permitido quando invade a liberdade de outros ou quando interfere na
tranqüilidade dos membros da nossa comunidade.
(...)
Dentre as técnicas de manipulação e persuasão, destacam-se:
1) Abordagem aparentemente amigável, mas que se mostra invasiva e com
excessivo interesse;
2) Manipulação de informações com omissão de fatos e acontecimentos
importantes referentes a origem e às
intenções do grupo;
3) Uso de técnicas especiais para aumentar o grau de sugestibilidade
e subserviência da vítima;
4) Eliminação da individualidade e do julgamento crítico;
5) Criação de total dependência do grupo e medo de deixá-lo através
de ameaças;
6) Intensas pressões do grupo;
7) Isolamento completo da vítima de seus conhecidos, familiares e
amigos;
8) Controle absoluto sobre a vida de seus adeptos com o objetivo de
fazer com que toda a comunidade se torne "convertida", usando para
isso abuso das fraquezas emocionais e destruindo núcleos familiares;
"
.............
Acho que vou tornar a Ciencialist uma seita. Hehehehe
A indicacao do dia eh ... 'facam jejum, isso ajuda a eliminar as
impurezas do corpo' e aguarde novas instrucoes. :-)
Ateh
Luis Brudna
ps: dah um desconto, acho que a colica afetou meu cerebro.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 15:06
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 4:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Milagres
>Tenho dúvidas se foi a Igreja Cristã a primeira a usar o termo "milagre"
Não, não foi. O termo "milagre" é de origem latina (miraculum) e designava
qualquer acontecimento ou objeto extraordinário (como em *miracula adiciunt
huic pugnae*, "ajuntam a este combate circunstâncias extraordinárias").
Quanto ao conceito, ele também é pré-cristão e pode ser encontrado tanto no
judaísmo quanto no budismo. Mesmo o sentido adotado pela teologia cristã, do
milagre como um sinal da irrupção de Deus no mundo, pode ser rastreado até
fontes anteriores.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 15:13
Em Qui 24 Out 2002 18:25, you wrote:
> Seguem...
>
> --- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
> FSK> > A ciência avança extamente nessa direção, de posse do método
> científico e, agora sim, da razão, como intsrumentais. Assim, o que
> está acimada "razão" (ou da compreensão humana) é exatamente o objeto
> de investigação científica.
>
> Anielo> Não. Podemos dividir o desconhecio entre o incompreendido e o
> incompreensível. A questão que se coloca como limite a ciência é:
> existe algo para o qual seja impossível descrever de modo não
> subjetivo, não importando o estado de nosso conhecimento?"
>
> > Aniello
>
> Não entendio o "Não", pois o que vc disse não é contraditório em
> relação à afirmativa anterior.
Você afirmou que o objetivo da ci6encia é investigar o que está acima da
compreensão humana. Eu disse que não. O que nós discordamos é do significado
de "acima da razão humana", que eu estava usando como sinônimo de
imcompreensível. Se algo é incompreensível por essência não há como encontrar
um modelo científico que o descreva, por mais que esteja desenvolvido o
conhecimento humano.
Ou colocando de uma maneira mais gramaticalmente correta: o incompreênsível é
acima da razão humano, o incompreendido está acima da razão humana.
> De qualquer maneira, essa divisão que
> vc propõe é duvidosa. Primeiro pq não há como estabelecer um critério
> razoável para fazer essa divisão (quem ou como segregará um do
> outro?). Segundo que, mesmo que algums critério seja eleito, a
> fronteira é tão dinâmica qto a evolução do conhecimento, e terceiro,
> ela é irrelavante em qualquer caso e autoevidente ao investigador (pq
> investigar algo conhecido? Logo, para que "dividir"
> apriorísticamente?) .
Não sou eu que estou dividindo apriorísticamente, e sim vc que está unindo a
prioristicamente dois conceitos diversos, afirmando não ser possível
diferenciar um do outro. Não proponho que um investigador algo que é
conhecido, e sim se limitar ao que pode ser conhecido. E com certeza tudo que
esteja dentro do limite do compreensível estará dentro do limite de
fenO6menos que podem ser abordados com o conhecimento atual. A viagem no
tempo ao passado, por exemplo, jamais pode ser tratada até bem recentemente,
onde algumas teorias físicas parecem permitir tal viagem. Abordar viagens ao
passado antes da Teoria da Relatividade Geral era algo acima do conhecimento
da época.
Para o investigador científico a questão do incompreensível e do
incompreendido tem pouca importânica, para para a filosofia da ciência tem
muita. Temos que saber que a ciência não pode se propor a ser a resposta para
todas as questões humanas.
Estabelecr a fronteira para a divisão entre incompreensível e incompreendido:
Não é possivel ter certeza para todos os casos, mas há alguns conceitos que
partem do princípio que são algo acima da esfera humana de compreensão. Por
exemplo, os desígnios divinos pela teologia cristão atual. Por isso (e não
pela questão da existência divina), um estudo dos desígnios divinos não pode
ser feito pela ciência. A outros exemplos que podem ser citados. Por vezes é
exatamente o método racional que nos impõe limites que sabemos que não
podemos ultrapassar.
Um dos casos é o resultado de uma divisão por zero: apesar de termos plena
compreensão do significado da pergunta "qual o resultado da divisão de um por
zero?" não temos aparato matemático para chegarmos a qualquer resultado. Como
os números são entidades puramente conceituais, afirmarmos que uma divisão
por zero não tem resultado significa que tal operação não é concebível, é
incompreensível matematicamente. E por mais que o conhecimento matemático se
desenvolva, está questão continuará sem resposta, visto que respondê-la
implicaria em desconstruir a matemática. E como a questão de uma divisão só
faz sentido se usarmos a matemática, é uma questão que se repondida, perde o
sentido. Por fim há o campo do intrissicamente subjetivo. Como compreender o
que Napoleão sentiu exatamente em sua derrota em Waterloo? Para tanto
precisaríamos ser Napoleão durante a batalha de Waterloo. Mesmo que tal
reconstrução fosse possível, quem teria compreendido as emoções não seia mais
nós mesmos, e sim este segundo Napoleão instantâneo. As experiências pessoais
de outrem são incompreensíveis. Podemos no máximo realizar analogias que
geram um entendimento pessoal sobre elas, e não compreensão objetiva.
Além do mais, assumir que não se pode traçar a priori nenhum limite entre
incompreendido e incompreensível gera um paradoxo lógico. Se não há como
diferenciar em nenhum caso o que esta dentro das possibilidades humanas de
compreensào do que ainda não foi compreendido, a própria questão da
diferenciação entre incompreensível e incompreendido estará além dos limites
da compreensào humana.
> Além disso, a questão que deve ser formulada
> não é "se existe algo para o qual seja impossível(...)", e sim "como
> fazê-lo". A constatação da existência desse "algo" em si não agrega
> nada...
A questão que deve ser formulada para sabermos se a ciência pode se tornar o
conhecimento universal é quais são os limites reais do método científico. Eu
questionei se a ciência era um "conhecimento universal" e estou tentando
traçar os limites além dos quais a ciência jamais poderá passar. Não estou
discutindo a prática experimental do cientista.
E saber que a ciência não poderá ser nunca um conhecimento universal é
importante para saber que, para um conhecimento universal do mundo é
necessário outros conhecimentos além do científico.
Aniello
>
> Fernando SK.
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: Intransigencia intransponivel
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 15:22
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <lrb@i...> escreveu
>
> Serah que a FEH nao gera intransigencias intransponiveis? Se eu
> acredito piamente que o Gnomo quer que eu siga as suas ordens e meu
> vizinho acha que deve seguir as ordens do Duende sem titubear,
> serah que isso leva a algum entendimento?
>
> Acho que em algum momento vai chegar ao ponto do O GNOMO ESTAH
> CERTO X O DUENDE ESTAH CERTO, e como sao questoes de FEH nao
> encontraram meio termo pq estariam indo contra o que o Gnomo ou o
> Duende querem.
>
> Serah que FEH deixa lugar a coisas do tipo "nao sei, quem sabe o
> Gnomo estah errado e o Duende estah certo" (adorador do Gnomo) ?!
>
É o que eu chamo de fé cega, que é resultado de um processo de
lavagem cerebral tal como descrevi no email anterior. Essa fé cega
não deixa espaço para questionamento, e acredito seja a
Intransigência intransponível a que você se refere. Mas uma diferença
há que se destacar: existe a motivação pela fé cega e a motivação
pela mentira. Se a pessoa cresceu ouvindo falar que gnomos fazem
maldade, foram-lhe apresentadas evidências de que gnomos são ameaça,
enfim, se a pessoa foi convencida de que caçar gnomos é uma prática
necessária, não foi pela fé cega, foi pela mentira; e isso se cura
pelo conhecimento.
Quanto à fé pura e simples, eu não acho que seja possível desvincular
do ser humano, pois é um elemento necessário à construção do
conhecimento. Mesmo o físico em seu laboratório alterna processos
racionais de cálculos, inferências, análises, com processos
intuitivos de traçar objetivos, metas, buscar caminhos, acreditar
numa seta de raciocínio em detrimento a outra. Não sei se uma pessoa
ausente do "sentido da fé" seria capaz de produzir conhecimento
> Eu ainda fico com o... 'onde existe duvida, existe liberdade'.
>
> Ateh
> Luis Brudna
Ah, sim, a dúvida é fundamental.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 15:31
> De: Brudna
>
> Acho que vou tornar a Ciencialist uma seita. Hehehehe
>
> A indicacao do dia eh ... 'facam jejum, isso ajuda a eliminar as
> impurezas do corpo' e aguarde novas instrucoes. :-)
Escuta, não dá pra começar numa segunda. Sacanagem, meu!
Hoje é sexta, vou tomar meu choppinho e degustar deliciosas
iscas de pescada! Jejum? Tô fora!
> Luis Brudna
> ps: dah um desconto, acho que a colica afetou meu cerebro.
É. Foi junto com a descarga... ;-)
[]
Alexandre Medeiros (o infiel)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 15:34
Oi,
Takata: Assim, a tal 'crise hormonal' nao e' um bom indicio da existencia de
uma fase anal. Ate' porq. sua interpretacao como suporte da teoria
psicanalitica (eu ia fazer um tracadilho com psicANALitica, mas deixemos pra
la', nao e' pertinente) parece depender da aceitacao previa da teoria
psicanalitica -- o q. me soa como circular.
Manuel: PsicANALítica... interessante, sabe qual o cargo público que eu
ocupo? ANALista judiciário, eheh! A (des)propósito, quem aqui na lista gosta
de PICAnha? E quem prefere CUpim, isto é, geba ou toutiço de boi?
Agora, falando sério: Afinal, Takata, o que vc quer da psicANALise, um
atestado de VERACIDADE ou de NÃO FALSIDADE? Desculpe-me, mas os freudianos
só lhe podem fornecer este último. Com efeito, se não existisse secreção de
testosterona na primeira infância, a teoria da libido de Freud seria FALSA.
A confirmação empirica de uma PREVISÃO de Freud -- i.e., a presença da
química do desejo sexual no cérebro da criança -- não torna a teoria da
libido "verdadeira", mas apenas "ainda sustentável."
A nós, céticos coerentes, não convém exirgir de uma "pseudociência" o que
nem mesmo a mais rigorosa ciência pode fornercer. Não é justo nem honesto.
"Bons" indícios da existência de uma fase anal da libido, Freud encontrou-os
a granel no decorrer de sua atividade clínica. A retenção e a expulsão das
fezes como exercício 'lúdico' entre as crianças é um deles; a ereção peniana
provocada pela introdução do dedo no ânus é outro indício; a persistência
desse ludismo 'anal' na sexualidade adulta; o coito anal voluntário e
preferencial entre os homossexuais passivos; o estímulo da mucosa reto-anal
como preliminar em relações heterossexuais (o caso do 'fio-terra'); algumas
'perversões' sexuais como a coprofilia, etc. -- poderia ainda acrescentar as
formas "sublimadas" de erotismo anal.
Mas, apesar desses indícios, Freud escreveu: "Não se esqueçam; não estamos
de posse, atualmente, de um critério universalmente admitido da natureza
sexual de um processo, a menos que seja, mais uma vez, o da relação com a
função de reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...) as
características químicas que temos o direito de supor aguardam apenas sua
descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332, "in" História Natural do
Homem; André Bourguignon; Ed. Zahar; p. 172). Ou seja, Freud andava atrás de
"características químicas" que corroborassem sua hipótese, dado que sua
hipótese acerca de uma libido não genital PREVIA uma química de origem
sexual por trás desses processos psíquicos.
Depois de Freud, soube-se do papel fundamental do hormônio masculino, a
testosterona, na química do desejo sexual tanto entre homens quanto entre
mulheres e que o sadomasoquismo tem a ver com o fato desse hormônio ser
também a base química do comportamento agressivo (para Freud, a libido
pré-genital é sadomasoquista, isto é, assenta-se não na relação macho-fêmea,
mas na bipolaridade ativo-passivo). Recentemente, conforme apontei, soube-se
também que há intensa secreção de testosterona na primeira infância, e que o
ritmo de produção de testosterona coincide com a hipótese freudiana do
caráter difásico da sexualidade humana: libido pré-genital (alta produção do
hormônio) > período de latência (baixíssima produção do hormônio) >
puberdade (nova sobrecarga do hormônio).
Também depois de Freud soube-se da presença decisiva da testosterona na
química do comportamento agonístico de demarcação de posse, seja com a urina
ou com as fezes, entre animais que, como o homem, também atravessam uma
"crise hormonal pós-natal". Ou seja, a testosterona é responsável pela
excitação de outras mucosas além da genital: a uretral e a reto-anal. Os
ratos machos, por exemplo, demarcam o seu harém urinando sobre as fêmeas. Um
cão cujas gônadas foram retiradas não apresenta mais aquele comportamento
compulsivo de urinar em todo lugar e sobre tudo que ele julga seu, e um lobo
castrado não "valoriza" mais as suas fezes. Ora, nós seres humanos tivemos
ancestrais quadrúpedes farejantes territorialistas. Se essa libido não
genital, sublimada ou não, é de alguma utilidade para a sobrevivência
humana, por que não reter essa característica?
Acho que tudo isso são BOAS provas de não falsidade. Claro, óbvio que
nenhuma delas prova cabalmente a veracidade da teoria da libido de Freud.
Pois, em ciência, provas cabais não existem, até porque pode-se dar mais de
uma interpretação a um conjunto de dados. Não é, físicos? Não é, biólogos?
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 15:40
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 5:16 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>Ao discordar de minhas definições (que nunca se propuseram ser definições
absolutas, apenas tentei estabelecer o que eu queria dizer em meu texto),
você acaba dando mais argumentos defendendo meu ponto de vista.
>Curioso.
Não é curioso. No geral, eu concordo inteiramente com o teu ponto de vista
(embora eu ache que o levo mais longe do que você concordaria, como mostra o
nosso debate sobre os experimentos científicos). É por isso que me parece
mais interessante distinguir entre razão e compreensão, levando em conta
outras formas de compreensão que não a racional.
>Em outras palavras, obrigado por melhorar minha argumentação ao acrescentar
mais coisas ao que não pode ser abordado pela ciência, que busca uma
compreensão objetiva do mundo a nossa volta.
You're welcome. ;-)))
Abs.
L.
SUBJECT: Os fatos verificam ou apenas sustentam as hipóteses?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 15:47
Oi,
Takata: Assim, a tal 'crise hormonal' nao e' um bom indicio da existencia de
uma fase anal. Ate' porq. sua interpretacao como suporte da teoria
psicanalitica (eu ia fazer um tracadilho com psicANALitica, mas deixemos pra
la', nao e' pertinente) parece depender da aceitacao previa da teoria
psicanalitica -- o q. me soa como circular.
Manuel: PsicANALítica... interessante, sabe qual o cargo público que eu
ocupo? ANALista judiciário, eheh! A (des)propósito, quem aqui na lista gosta
de PICAnha? E quem prefere CUpim, isto é, geba ou toutiço de boi?
Agora, falando sério: Afinal, Takata, o que vc quer da psicANALise, um
atestado de VERACIDADE ou de NÃO FALSIDADE? Desculpe-me, mas os freudianos
só lhe podem fornecer este último. Com efeito, se não existisse secreção de
testosterona na primeira infância, a teoria da libido de Freud seria FALSA.
A confirmação empirica de uma PREVISÃO de Freud -- i.e., a presença da
química do desejo sexual no cérebro da criança -- não torna a teoria da
libido "verdadeira", mas apenas "ainda sustentável."
A nós, céticos coerentes, não convém exirgir de uma "pseudociência" o que
nem mesmo a mais rigorosa ciência pode fornercer. Não é justo nem honesto.
"Bons" indícios da existência de uma fase anal da libido, Freud encontrou-os
a granel no decorrer de sua atividade clínica. A retenção e a expulsão das
fezes como exercício 'lúdico' entre as crianças é um deles; a ereção peniana
provocada pela introdução do dedo no ânus é outro indício; a persistência
desse ludismo 'anal' na sexualidade adulta; o coito anal voluntário e
preferencial entre os homossexuais passivos; o estímulo da mucosa reto-anal
como preliminar em relações heterossexuais (o caso do 'fio-terra'); algumas
'perversões' sexuais como a coprofilia, etc. -- poderia ainda acrescentar as
formas "sublimadas" de erotismo anal.
Mas, apesar desses indícios, Freud escreveu: "Não se esqueçam; não estamos
de posse, atualmente, de um critério universalmente admitido da natureza
sexual de um processo, a menos que seja, mais uma vez, o da relação com a
função de reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...) as
características químicas que temos o direito de supor aguardam apenas sua
descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332, "in" História Natural do
Homem; André Bourguignon; Ed. Zahar; p. 172). Ou seja, Freud andava atrás de
"características químicas" que corroborassem sua hipótese, dado que sua
hipótese acerca de uma libido não genital PREVIA uma química de origem
sexual por trás desses processos psíquicos.
Depois de Freud, soube-se do papel fundamental do hormônio masculino, a
testosterona, na química do desejo sexual tanto entre homens quanto entre
mulheres e que o sadomasoquismo tem a ver com o fato desse hormônio ser
também a base química do comportamento agressivo (para Freud, a libido
pré-genital é sadomasoquista, isto é, assenta-se não na relação macho-fêmea,
mas na bipolaridade ativo-passivo). Recentemente, conforme apontei, soube-se
também que há intensa secreção de testosterona na primeira infância, e que o
ritmo de produção de testosterona coincide com a hipótese freudiana do
caráter difásico da sexualidade humana: libido pré-genital (alta produção do
hormônio) > período de latência (baixíssima produção do hormônio) >
puberdade (nova sobrecarga do hormônio).
Também depois de Freud soube-se da presença decisiva da testosterona na
química do comportamento agonístico de demarcação de posse, seja com a urina
ou com as fezes, entre animais que, como o homem, também atravessam uma
"crise hormonal pós-natal". Ou seja, a testosterona é responsável pela
excitação de outras mucosas além da genital: a uretral e a reto-anal. Os
ratos machos, por exemplo, demarcam o seu harém urinando sobre as fêmeas. Um
cão cujas gônadas foram retiradas não apresenta mais aquele comportamento
compulsivo de urinar em todo lugar e sobre tudo que ele julga seu, e um lobo
castrado não "valoriza" mais as suas fezes. Ora, nós seres humanos tivemos
ancestrais quadrúpedes farejantes territorialistas. Se essa libido não
genital, sublimada ou não, é de alguma utilidade para a sobrevivência
humana, por que não reter essa característica?
Acho que tudo isso são BOAS provas de não falsidade. Claro, óbvio que
nenhuma delas prova cabalmente a veracidade da teoria da libido de Freud.
Pois, em ciência, provas cabais não existem, até porque pode-se dar mais de
uma interpretação a um conjunto de dados. Não é, físicos? Não é, biólogos?
[]s,
Manuel Bulcão
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 15:52
Em Sex 25 Out 2002 00:58, you wrote:
> > O Milagre, por definição, está relacionado à Cristo e sua
> > Encarnação/Paixão/Ressurreição.
>
> Por definição de quem?
>
> Douglas: da Igreja, que inventou o termo.
Tenho dúvidas se foi a Igreja Cristã a primeira a usar o termo "milagre"
Mesmo que tal tenha ocorrido, o uso de uma palavra não se resume a sua
primeira acepção, podendo ser incorporada por outros grupos, que a usem de
outras formas. Se não fosse assim as línguas evluiriam apenas por neologismos.
A Igreja não possue "direito autoral" sobre a palavra milagre, e esta palavra
já ganhou outros significados além do significado teológico cristão.
Vale citar novamente o exemplo da harmonia. a princípio usada apenas para o
sentido musical, e depois tranportada para outros jargões, até cair no uso
comum com outra significaçào.
> > Mas a ciência empírica, que é anti-religiosa por
> > definição
>
> Por definição de quem?
>
> Douglas: Lógica. Se nega o trans-empírico e resume-se só ao empírico, a
> conclusão é óbvia.
>
> >As Ciências são apenas uma ferramenta. Eu as encaro como arreligiosa
> >e não anti-religiosas.
>
> Douglas: Anti-religiosa, pois não deixa o assunto em suspenso, mas o nega
> em definitivo. Como alguém da lista já se manifestou: só o que é mensurável
> existe. O que não impede que um ciêntista em particular seja ateu,
> agnóstico ou teísta, sem cair em contradição.
>
> Eu
Hehe... Eu sou um dos defensores de que só o mensurável existe e também que a
ciência, por se limitar apenas ao mensurável, jamais pode se considerar como
uma doutrina de conhecimento universal. Contradição? Superficialmente sim. É
uma crença minha que tudo que exista pode ser mensurado. Esta crença se
baseia em outra crença, que tudo que interage com o mundo pode ser mensurado,
e que não há diferença epistemológica entre não interagir e não existir.
Por ser uma crença baseada em várias crenças, aceito cientificamente a
hipótees de estar errado.
Antes de tudo, a ciência não assume que apenas o mensurável existe, e sim que
ela trata apenas do que pode ser compreendido pelo método científico. Não é
por que a exist6encia ou não de Deus tenha nenhuma importância científica no
atual momento da história que ela assuma que Deus não exista ou que esta
questão não tem importância na esfera humana. A cinência não se assume
universal nem afirma que a Religião está errada, nem se propõe como
substituto a religião.
O conflito entre religião e ciência ocorre quando cientistas ou religiosos
tentam usar instrumentos de uma no campo da outra. O raciocínio científico
tem diferencás inconciliáveis com o raciocínio religioso. Mas a oposição
entre estilos de raciocínio não implica entre oposição geral, onde uma
compete com a outra pelo mesmo objetivo.
A ciência é tão anti-religiosa quanto a religião é anti-científica. Não há
oposição, apenas incompatibilidade.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 16:16
Em Sex 25 Out 2002 09:52, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Thursday, October 24, 2002 4:53 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?)
>
> >Usei aqui "acima da razão humana" no sentido de "incompreensível a priori
>
> para a mente humana", ligando assim razão a compreensão.
>
> >E o que seria compreensão? Usei compreensão como "capacidade de descrever
>
> de
> modo não subjetivo".
>
> Salve, Aniello!
>
> Se você não se importa, gostaria de levantar alguns questionamentos sobre
> essas definições. A meu ver, quando se iguala razão e compreensão, e
> define-se compreensão como a capacidade de descrever de modo não subjetivo,
> limita-se desnecessariamente o alcance do termo compreensão. A compreensão
> racional e objetiva (outro termo que seria preciso problematizar, mas por
> enquanto, vamos deixar como está pra não complicar demais) é apenas uma das
> formas possíveis de compreensão que estão ao alcance do ser humano. Existem
> outras formas, que também são caracteristicamente humanas e que não é justo
> deixar de lado.
Hehe... Eu estou começando a me divertir com isso. Alguém se lembra do início
da discussão. Eu estava tentando defender a idéia que a ciência não pode ser
um conhecimento universal pois não abrangia coisas "acima da razão humana" e
o que é "por natureza incompreensível".
Ao discordar de minhas definições (que nunca se propuseram ser definições
absolutas, apenas tentei estabelecer o que eu queria dizer em meu texto),
você acaba dando mais argumentos defendendo meu ponto de vista.
Curioso.
Vamos deixar claro, eu usei vários termos aqui, em um texto que nunca se
pretendeu ter rigor filosóficos, tentando defender um ponto de vista. Não é
relevante nesta discussão buscar o conceito de razão humana, e sim buscar
entender qual foi o significado utilizado dentro do contexto e se isto
implicaria em problemas para a argumentação em geral.
Em outras palavras, obrigado por melhorar minha argumentação ao acrescentar
mais coisas ao que não pode ser abordado pela ciência, que busca uma
compreensão objetiva do mundo a nossa volta. A questão de estética, por
exemplo, é uma excelente contribuição. A ciência não possue instrumental
suficiente para abordar tudo que é subjetivo por natureza, a estética incluso.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 16:19
Tarcísio,
Não devemos confundir o Jesus histórico com o Jesus mitológico. É só a
existência desse último que conduziria a absurdos. A existência de um
rabino reformista martirizado pelos romanos não fere nenhuma lei natural.
Agora, geração expontânea de comida eu espero que não seja milagre. Um
certo candidato a governador do Paraná terá que fazer isso, se quiser
cumprir todas as promessas de campanha...
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 25 de Outubro de 2002 11:14
Assunto: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
On Fri, 25 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Para vc ver como vc tem a ciência em alta consideração.
Os gregos para provar que uma coisa não existia eles partiam do
pressuposto que existia e através da lógica chegavam a conclusões absurdas
e assim mostravam que tal coisa não existia. Partindo do pressuposto que
JC existe vc chega às seguintes conclusões absurdas:
-milagre
-geração expontânea de filhos
-flutuar na água
-flutuar no ar
-geração expontânea de comida
-ressussitar mortos
-curar doenças incuráveis [na época]
-deus
-vida após à morte
-inferno
-paraíso
-apenas os escolhidos vão para o paraíso [que seria um lugar desejável]
Podem acrescentar o que quiserem a esta lista.
As conclusões também.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
SUBJECT: Re: MSG para Manuel
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 16:29
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Com efeito, se não existisse secreção de
> testosterona na primeira infância, a teoria da libido de Freud
> seria FALSA.
Ai' e' q. esta'. Ela nao seria falsa.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de que é feito isso?)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 16:52
Em Sex 25 Out 2002 10:57, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Thursday, October 24, 2002 1:37 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre termodinâmica e Big Bang (ex-Meme, de
> que é feito isso?)
>
> >Ok. Vamos colocar da seguinte maneira: o espaço-tempo é real. Na estrutura
>
> do
> espaço-tempo vemos que uma de suas quatro dimensões, e apenas uma, é
> assimétrica. Damos o nome de tempo para esta dimensão assimétrica. As
> outras são dimensões espaciais. Ou seja, a única diferenciação que podemos
> fazer no contínuo espaço-tempo é a assimetria do tempo, mas esta
> diferenciaçào é suficiente.
>
> >É isto que estou querendo defender.
>
> Mas eu nunca neguei isso, Aniello. Nunca disse que negar a existência do
> tempo como uma entidade independente do espaço implicasse numa negação da
> simetria temporal. Acho que essa simetria é um problema que ainda precisa
> ser explicado, e de fato existem várias teorias propondo-se a explicar como
> ela veio a surgir, mas sua existência é inquestionável. O meu ponto é que
> assumir que a dimensão temporal tem uma simetria que as dimensões do espaço
> não apresentam não significa que o tempo deva ser considerado como uma
> grandeza independente, porque essa é a própria definição do contínuo
> espaçotempo (Minkowski: "Doravante, o espaço por si e o tempo por si estão
> fadados a se desvanecerem em meras sombras, e somente uma espécie de união
> dos dois preservará uma realidade independente.")
Se não me falha a memória, esta discussão começou por dois ramos:
1- discutir se negar o fluxo do tempo implicaria em tratar o tempo como
meramente mais uma dimensão.
2- discutir um argumento filosófico que argumentava que o fluxo do tempo
inexistia pelo fato do presente ser um infinitésimo.
Pelo visto o tocante ao item 2 foi deixado de lado.
Mas quero deixar claro que não questiono o conceito de tempo blocado e também
não questiono o continuo espaço-tempo. O conceito de espaço-tempo implica que
o tempo é uma dimensão semelhante (mas não idêntica) ao espaço. E não é
idêntica apenas pela assimetria temporal. O espaço é simétrico. O tempo não.
Não estou afirmando a independência do tempo, estou negando sua identidade
com as outras dimensões espaciais. Tempo e espaço são conceitos diferentes,
mas dependentes.
> >Ok, mais uma vez estamos misturando fluxo de tempo com tempo, e desta vez
> > o
>
> engano foi meu. Todos os pontos no espaço-tempo coexistem.
>
> That's what I meant.
Demorei a perceber que negar a realidade de todos os pontos era negar o tempo
blocado. É incrível como estes conceitos são tào arraigados em nossa mente
que ficamos "burros" as vezes.
> >Veja bem, eu apenas disse que não muda o fato dela ser absoluta (não
>
> dependente do observador). Não interessa ao debate aqui (o tempo existe ou
> não) se ela é um princípio fundamental ou uma lei física contingente. O
> fato é que a causalidade é o que gera a assimetria temporal, que nos
> permite ainda
> diferenciar o tempo do espaço.
>
> Não necessariamente. Pode ser o contrário. A causalidade pode nascer da
> simetria temporal. De fato, era a teoria defendida por Hume e pelos
> empiristas ingleses. De acordo com Hume, a causalidade nasce da observação
> de que o evento A sempre se segue ao evento B.
A causalidade é uma mera sucessão de eventos. Concordo. A ordem dos eventos é
mantida, e com isso ordemamos os eventos pela causalidade. Mas o que isto tem
a ver com o fato de ser a causalidade, em outras palavras, a seta do tempo,
aquilo que nos permite dieferenciar tempo de espaço. Se há uma característica
em sua essência (não há tempo sem seta) que diferencia tempo de espaço, os
dois são entidades físicas diversas.
Quanto a questão do por que percebemos o tempo blocado como tempo fluido, as
duas correntes de respostas atuais são as seguintes:
1: Passado e futuro são termodinâmicamente diferentes. A memorização de
eventos implica em um aumento de entropia no cérebro. Assim sentimos um fluxo
de um cérebro menos entrópico para um cérebro mais entrópico.
2- A questão do tempo quântico. Na quântica tempo e espaço são bem mais
distintos que na relatividade (um dos grandes problemas para a unificação dos
campos). Um estado quântico pode gerar uma grande gama de estados quânticos
diversos no futuro, muitas realidades em potencial possíveis (e
simetricamente pode ter surgido de uma gama de eventos no passado). Quando
fazemos uma medição, porém, um e apenas um resultado é obtido. Ou seja, a
medição reduz uma variedade de "realidades possíveis" a uma única realidade
acontecida. Ora, acabamos de descrever o conceito de fluxo do tempo.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia e Força
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 17:04
Em Sex 25 Out 2002 06:09, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> > Oi Sérgio
> >
> > Creio que o mal entendido, segundo explicação do Aniello, é que
>
> estávamos
>
> > falado de 'energias diferentes'. Eu pensara em energia radiante e
>
> vc
>
> > referia-se a energia cinética (Potencial e manifesta).
>
> Energia é energia. Eu falei de energia em geral, e dei exemplos
> particulares. A energia radiante segue a mesma fisica que as outras.
>
> #########>>Oi Sérgio
> Vc é muito técnico para meus limitados conhecimentos. De qualquer forma não
> posso aceitar que 'energia é energia', ou seja, que a 'energia' potencial
> de um quilo sobre uma mesa seja a mesma coisa que a 'energia' que cozinha
> uma panela de arroz<<#########
Mas é. Na verdade quase tudo em questão de energia já foi reduzido a
variações de energia mecânica. Calor é apenas a movimentação de móleculas em
direções randômicas. Podemos então tratar as questões envolvendo calor
calculando a movimentação molécula a molécula. Só não o fazemos por uma
questào de praticidade.
Radiaçào é gerada por movimento. Ondas eletromagnéticas (luz) é gerada por
partículas com carga elétrica em movimentação.
Toda e qualquer forma de energia é apenas uma manifestação diferente de uma
coisa única.
Trabalho, não importando o que realiza o trabalho (o trabalho não existe per
si, mas é sempre realizado por algo que utiliza energia no processo), é uma
forma de transporte de energia (não importa que espécie de energia). Em
outras palavras, trabalho é o quanto de energia que vai do "algo" que o
realiza para o "algo" no qual o trabalho é realizado. Ou ainda, trabalho é o
quanto de energia é dispendido pelo "algo" que realiza este trabalho. Não
importa se este "algo" seja um corpo, uma radiaçào, etc...
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia e Força
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 17:04
Em Sex 25 Out 2002 06:09, you wrote:
> --- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> > Oi Sérgio
> >
> > Creio que o mal entendido, segundo explicação do Aniello, é que
>
> estávamos
>
> > falado de 'energias diferentes'. Eu pensara em energia radiante e
>
> vc
>
> > referia-se a energia cinética (Potencial e manifesta).
>
> Energia é energia. Eu falei de energia em geral, e dei exemplos
> particulares. A energia radiante segue a mesma fisica que as outras.
>
> #########>>Oi Sérgio
> Vc é muito técnico para meus limitados conhecimentos. De qualquer forma não
> posso aceitar que 'energia é energia', ou seja, que a 'energia' potencial
> de um quilo sobre uma mesa seja a mesma coisa que a 'energia' que cozinha
> uma panela de arroz<<#########
Mas é. Na verdade quase tudo em questão de energia já foi reduzido a
variações de energia mecânica. Calor é apenas a movimentação de móleculas em
direções randômicas. Podemos então tratar as questões envolvendo calor
calculando a movimentação molécula a molécula. Só não o fazemos por uma
questào de praticidade.
Radiaçào é gerada por movimento. Ondas eletromagnéticas (luz) é gerada por
partículas com carga elétrica em movimentação.
Toda e qualquer forma de energia é apenas uma manifestação diferente de uma
coisa única.
Trabalho, não importando o que realiza o trabalho (o trabalho não existe per
si, mas é sempre realizado por algo que utiliza energia no processo), é uma
forma de transporte de energia (não importa que espécie de energia). Em
outras palavras, trabalho é o quanto de energia que vai do "algo" que o
realiza para o "algo" no qual o trabalho é realizado. Ou ainda, trabalho é o
quanto de energia é dispendido pelo "algo" que realiza este trabalho. Não
importa se este "algo" seja um corpo, uma radiaçào, etc...
Aniello
SUBJECT: Re: Intransigencia intransponivel
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 17:06
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> É uma atitude que nasce da fé e, no entanto, não conduz à
intransigência e
> ao desentendimento. Ou estou errado?
> Abs.
> L.
Nao resta duvida que de religioes surgem todos tipos de conduta.
O que me 'assusta' eh usar divindades para justificar qualquer ato,
seja ele bom ou ruim.
A bondade pela ordem de uma divindade cheira a hipocrisia.
Maldade... hmm.. acho que nao preciso comentar. :-)
Se eu disser algo do tipo "O Elfo Upa Upa diz, ame o proximo como a
ti mesmo"... vao me considerar doido, mas se eu usar alguma divindade
reconhecida socialmente, serah apenas mais uma manifestacao religiosa.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Arqueologia e Jusus
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 17:11
--- Em ciencialist@y..., "Silvio Cordeiro Filho" <scf@e...> escreveu
> Tarcísio:
>
> Uma curiosidade: naõ existe nenhum registro de um milagre que não
possa ser
> explicado por um raciocínio lógico: todos estes citados
que "santos"
> provocam, são passíveis de análise.
>
> Agora, o milagre da "prótese" ou seja, fazer nascer o dedo mindinho
do lula
> ( o que foi cortado...) , criar um braço, uma perna, aparecer um
olho numa
> órbita vazia, destes, não há relato porque simplesmente ferem os
´principios
> naturais.
Soh pra constar...
Fonte: http://critica.no.sapo.pt/fil_milagre.html
- -
O milagre de Fátima
Richard Dawkins
[…] nenhum testemunho é suficiente para demonstrar um milagre, a não =
ser que o testemunho seja de natureza tal que a sua falsidade seja
mais milagrosa do que o facto que tenta demonstrar.
David Hume, «Dos Milagres» (1748)
[Usarei] esta ideia de Hume no que diz respeito a um dos milagres
melhor atestados de todos os tempos, um milagre que se afirma ter
sido presenciado por 70 000 pessoas e recordado por algumas delas
ainda vivas. Trata-se da aparição de Nossa Senhora de Fátima. Vou
citar um website católico que refere que, das muitas aparições da
Virgem Maria, esta é rara porque é oficialmente reconhecida pelo
Vaticano:
A 13 de Outubro de 1917 estavam mais de 70 000 pessoas reunidas na
Cova da Iria, em Fátima, Portugal. Tinham vindo presenciar um milagre
que tinha sido anunciado pela Virgem Maria a três jovens visionários:
Lúcia dos Santos e os seus dois primos, Jacinta e Francisco Marto […]=
Pouco depois do meio-dia, a Nossa Senhora apareceu aos três
visionários. Quando estava prestes a partir, apontou para o Sol.
Lúcia repetiu o gesto, emocionada, e as pessoas olharam para o céu
[…] Depois, uma onda de terror varreu a multidão porque o Sol parecia=
romper-se dos céus e esmagar as pessoas horrorizadas […] Justamente
quando parecia que a bola de fogo iria cair e destruí-los, o milagre
parou e o Sol reassumiu o seu lugar normal, brilhando pacífico como
nunca.
Se o milagre do Sol em movimento tivesse sido observado apenas por
Lúcia (a jovem que no fundo foi responsável pelo culto de Fátima),
não haveria muita gente que o levasse a sério. Poderia facilmente ser
uma alucinação individual ou uma mentira com motivos óbvios. O que
impressiona são as 70 000 testemunhas. Será que 70 000 pessoas podem
ser simultaneamente vítimas da mesma alucinação? Ou conspirar numa
mesma mentira? Ou, se nunca houve 70 000 testemunhas, poderia o
repórter do acontecimento safar-se ao inventar tanta gente?
Apliquemos o critério de Hume. Por um lado, é-nos pedido que
acreditemos numa alucinação em massa, num artifício de luz ou numa
mentira colectiva envolvendo 70 000 pessoas. Isto é reconhecidamente
improvável, mas é menos improvável do que a alternativa: que o Sol
realmente se moveu. O Sol que estava sobre Fátima não era, afinal, um
Sol privado: era o mesmo Sol que aquecia todos os outros milhões de
pessoas no lado do planeta em que era dia. Se o Sol se moveu de
facto, mas o acontecimento só foi visto pelas pessoas de Fátima,
então teria de se ter dado um milagre ainda mais notável: teria de
ter sido encenada uma ilusão de não-movimento relativamente a todos
os milhões de testemunhas que não estavam em Fátima. E isso se
ignorarmos o facto de que, se o Sol se tivesse realmente deslocado à
velocidade referida, o sistema solar se teria desintegrado. Não temos
alternativa senão a de seguir Hume, escolher a menos miraculosa das
alternativas disponíveis e concluir, contrariamente à doutrina
oficial do Vaticano, que o milagre de Fátima nunca aconteceu. Além
disso, não é de todo claro que nos caiba a nós explicar como é que
aquelas 70 000 testemunhas foram enganadas.
Richard Dawkins
Universidade de Oxford
Da obra Decompondo o Arco-Íris, <Gradiva>, Lisboa, 2000, pp. 161-
163. Trad. de Paulo Cartaxana.
- - -
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 17:16
Em Sex 25 Out 2002 06:08, you wrote:
> Em Qua 23 Out 2002 10:33, you wrote:
> > Oi Aniello
> > Agora entendi. Talvez estivesse de má vontade, ou preocupado com o número
> > de msgs recebidas quando lí a msg do Leo.
> > Agradeço a seriedade e sua boa vontade em ter-me esclarecido.
> > Outrossim, se puder ter a mesma paciência que teve: Porque [Tau] = [E]?
> > [],
> > Antonio Renato.
>
> Pois é. Este número cavalar de mensagens me obriga a selecionar as
> discussões
> que participo... uma pena.
>
> Quanto a pergunta "por que [Tau] = [E] eu acho que você está me perguntando
> por que trabalho e energia possuem a mesma grandeza dimensional. Acertei?
> ######>Acertou<########
>
> Se for esta a pergunta, é simples: trabalho é uma medida de variação (por
> tranferência) de energia. A medimos a variação de algo com a mesma medida
> que
> o próprio algo.
> #######>Fiquei na mesma mas deixa prá lá: Não é minha praia mesmo.
> Outrossim, somente para esclarecer que foi a dúvida:
Trabalho é apenas uma medida de transferência de energia. Assim como uma
tranferência monetária se mede com a moeda utilizada, trabalho se mede com a
"moeda" utilizada, que é energia.
Assim como transferência monetária é um conceito diferente do que capital,
trabalho é um conceito diferente que energia.
> =>Trabalho para Newton:
> Tau = F . e; donde Tau = m . a . e; donde Tau = m . v/t . e; donde Tau = m
> . e/t /t . e; donde Tau = m . e / t a segunda potencia . e; donde Tau = m
> . e a segunda potencia . t a segunda potencia negativa; donde Tau = e a
> segunda potencia . m . t a segunda potencia negativa.
> Então temos que [Tau] = [L a segunda potencia . M . T a segunda potencia
> negativa]
Facilita explicitar quais as grandezas. Demorei a entender que e=
deslocamento.
> =>Energia na fórmula de Einstein:
> E = m . c a segunda potencia; donde E = m . (e/t) a segunda potencia; donde
> E = m . e a segunda potencia / t a segunda potencia; donde E = m . e a
> segunda potencia . t a segunda potencia negativa.
> Então temos que [E] = [L a segunda potencia . M . T a segunda potencia
> negativa]
>
> Ou seja: [E] = [Tau], que foi o que dissera na primeira msg: A
> dimensional de trabalho na física de Newton é igual a dimensional de
> energia da fórmula de Einstein.
Trabalho também é dimensionalemente equivalente a energia dentro da teoria
newtoniana. Isto não deve surpreender ninguém. Trabalho é tranferência de
energia, e portanto necessariamente dimensionalmente equivalente.
O conceito de energia e de trabalho não mudou da física clássica para
Eisntein. Quando Einstein afirma que E=mcc, ele afirma que a massa é apenas
mais uma das formas de energia, aquela mesma velha conhecida.
> Também como dissera na primeira msg: Newton equiparava energia a
> trabalho.
Bom, duas correções. O conceito de energia e de trabalho são porteriores a
Newton. Mas podemos dizer que fazem parte da física newtoniana, por ser
derivação direta de seu sistema.
Segundo, ninguém equipara trabalho a energia em nenhum caso. Se o fizer
estará errado.Trabalho é uma medida de transferência de energia, não
importando que forma a energia se apresenta. Trabalho não é e nunca poderá
ser equivalente a energia.
Aniello
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 18:02
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> O que acontecia provavelmente era um fenômeno do
> tipo que os psicólogos chama de "projeção" - os gregos *projetavam*
> o complexo de significados associados a Zeus sobre um fenômeno
> desconhecido,da mesma forma que o sujeito projeta seus conteúdos
> inconscientes sobre as manchas das figuras de Rorschach.
O q. vc acabou de fazer e' uma tentativa de explicacao de um aspecto
do mundo natural. Se e' correta ou nao e' outra historia. Mas a
tentativa e' pertinente.
> O critério prático é válido pra coisas práticas. Não consigo
> imaginar o que alguém armado exclusivamente de um critério prático
> poderia ter a dizer de útil sobre a religião - meu Deus lava mais
> branco que o seu, por exemplo?
No caso de Dawkins aparentemente a conclusao dele e': nao e' pratico
perder tempo com religiao.
Nao q. eu concorde com ele, mas e' uma conclusao possivel dado o
criterio q. ele adota.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: [ciencialist] Re: evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 18:05
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Até ao presente não consegui saber o que esse tal de Popper quer ou
> quiz dizer com demonstrabilidade das teorias psicanalíticas.
> É prá demonstrar o quê, especificamente?
Melhor perguntar ao proprio (se bem q. teremos q. fazer uma sessao
mediunica de canalizacao)...
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Takata e as loiras
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 18:45
O FIM DAS LOIRAS
Parece a piada da múmia
Roberto Takata
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc231020023.htm
- -
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 19:00
Segue...
--- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
Anl> Não sou eu que estou dividindo apriorísticamente, e sim vc que
está unindo a prioristicamente dois conceitos diversos, afirmando não
ser possível diferenciar um do outro. Não proponho que um
investigador investigue algo que é conhecido, e sim se limitar ao que
pode ser conhecido.
FSK> Aqui eu refaço a pergunta: como estabelecer esse limite? E mais,
por quê fazê-lo?
Anl> E com certeza tudo que esteja dentro do limite do compreensível
estará dentro do limite de fenômenos que podem ser abordados com o
conhecimento atual. A viagem no tempo ao passado, por exemplo, jamais
pode ser tratada até bem recentemente, onde algumas teorias físicas
parecem permitir tal viagem. Abordar viagens ao passado antes da
Teoria da Relatividade Geral era algo acima do conhecimento da época.
FSK> Não estaria errado deduzir disso que, caso algum "limite"
tivesse sido estabelecido antes, essa questão permanceria eternamente
obscura?
Anl> Para o investigador científico a questão do incompreensível e do
incompreendido tem pouca importânica, para para a filosofia da
ciência tem muita. Temos que saber que a ciência não pode se propor a
ser a resposta para todas as questões humanas.
FSK> Que importância teria para a filosofia da ciência estabelecer
tal divisão? Ao contrario, a filosofia (da ciência ou não) não impõe
limites a si própria. Mesmo assim, vc não acha que ciência pode (e
até deve) ao menos tentar?
Anl> Estabelecer a fronteira para a divisão entre incompreensível e
incompreendido: Não é possivel ter certeza para todos os casos, mas
há alguns conceitos que partem do princípio que são algo acima da
esfera humana de compreensão. Por exemplo, os desígnios divinos pela
teologia cristã atual.
FSK> Disso devemos deduzir que "não devem ser pensados"? Mas que
devem ser aceitos? Veja que ao propor a impotência da compreensão
humana para algum tema, vc estará imediatamente suspendendo qualquer
tentativa de juízo. Pois, se é *incompreensível* nada nos resta a
fazer... ou melhor, a pensar.
Anl> Por isso (e não pela questão da existência divina), um estudo
dos desígnios divinos não pode ser feito pela ciência.
FSK> Aqui vc está limitando ou definido o conceito e o alcance
de "ciência". Certamente não é aplicando metologias típicas das
ciências que uma questão como essa seria abordada. Acho que esse
conceito está bastante restrito...
Anl> Há outros exemplos que podem ser citados. Por vezes é exatamente
o método racional que nos impõe limites que sabemos que não podemos
ultrapassar. Um dos casos é o resultado de uma divisão por zero:
(...)"
FSK> Você usa "método racional" e "ciência" como sinônimos. O que é
o "método racional"? Estou assumindo aqui, em razão do que vem sendo
dito, que todos referem-se aproximadamente ao "método científico",
particularemente às ciências ditas naturais, como física e biologia.
No entanto, a questão da "compreensibilidade" especificamente deve
ser tratada em separado.
Sobre a divisão por zero, de fato ela é uma indefinição, mas
matematicamente tratável, assim como os números irracionais ou
espaços vetoriais com mais do que 3 dimensões. Que tipo
de "compreensão" você espera para questões como essas?
Outro ponto que me parece importante é o seguinte: vc questionou
sobre a possibilidade de compreensão d"o desígneo divino". Mas
recolocando a questão da seguinte forma: pode-se discutir o (ou
sobre) o desígneo divino? Com certeza sim, e esse é ponto. Dentro de
um espectro que vai de, de uma lado, metodologias empíricas e
experimentais até outro em que estaria a argumentação, haverá
questões que podem ser colocadas fora ou além disso? A respota
é "não", porque eu posso me prontificar a discutir com vc qualquer
tema ou assunto mesmo antes que vc diga qual.
Anl> Além do mais, assumir que não se pode traçar a priori nenhum
limite entre incompreendido e incompreensível gera um paradoxo
lógico. Se não há como diferenciar em nenhum caso o que esta dentro
das possibilidades humanas de compreensão do que ainda não foi
compreendido, a própria questão da diferenciação entre
incompreensível e incompreendido estará além dos limites da
compreensão humana.
FSK> Não vi paradoxo, porque não posso terminar sua explicação com
um "portanto, pode-se traçar tal limte". Ao contrário, é afirmado
inicialmente que não é possível e você mostra porquê, apesar de eu
não concordar com o que foi dito...
Anl> A questão que deve ser formulada para sabermos se a ciência pode
se tornar o conhecimento universal é quais são os limites reais do
método científico. Eu questionei se a ciência era um "conhecimento
universal" e estou tentando traçar os limites além dos quais a
ciência jamais poderá passar. Não estou discutindo a prática
experimental do cientista.E saber que a ciência não poderá ser nunca
um conhecimento universal é importante para saber que, para um
conhecimento universal do mundo é necessário outros conhecimentos
além do científico.
FSK> Você pode tentar, mas acho que a "ciência" não vai respeitas os
limites que vc tentará impor. Mesmo que ela não consiga, com certeza
qualquer questão que vc trouxer é passível de ser analisada e
discutida em base lógico-argumentativas ou, se vc preferir, em bases
racionais.
[]s,
Fernando SK.
SUBJECT: Re: MSG para Manuel - Correção
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2002 22:30
Oi,
Na mensagem anterior, escrevi:
<<Agora, falando sério: Afinal, Takata, o que vc quer da psicANALise, um
atestado de VERACIDADE ou de NÃO FALSIDADE?>>
Acho que não fui bem claro. Por isso, retifico o meu raciocínio nestes
termos:
<<Agora, falando sério: Afinal, Takata, o que vc quer da psicANALise, um
atestado de VERACIDADE ou de que AINDA NÃO FOI FALSEADA ou refutada pelos
fatos? Desculpe-me, mas os freudianos só lhe podem fornecer este último. Com
efeito, se não existisse secreção de testosterona na primeira infância, a
teoria da libido de Freud seria FALSA. A confirmação empirica de uma
PREVISÃO de Freud -- i.e., a presença da química do desejo sexual no cérebro
da criança -- não torna a teoria da libido "verdadeira", mas apenas "ainda
sustentável.">>
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 22:59
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> Sim, eu cheguei inclusive a referir as experiências do Andrew
Newberg em
> várias mensagens...
L: Pena, tá uma confusão de mensagens. Não devo ter lido essas em
especial...
> Eu não acho, não. Pra que isso acontecesse, seria preciso que a
consciência
> passasse por algum tipo de transformação radical durante a
iluminação, que
> mudasse sua natureza. Mas os budistas, especialmente os zen-
budistas, sempre
> insistiram nesse ponto: a consciência iluminada já está presente
desde o
> começo. Quando você alcança a iluminação, percebe que *sempre foi*
> iluminado, e que o mesmo se aplica a todas as criaturas.
L: Hum, então você já sabe... :) Agora é só tirar o *filtro*...
> (...)No fundo, os dois poemas querem dizer a mesma coisa, mas o
primeiro se
> coloca da nossa perspectiva não-iluminada, que faz discriminações
entre as
> coisas e encara a iluminação como um estado que só pode ser
alcançado no
> futuro, mediante um esforço árduo e contínuo, enquanto o segundo
tenta
> traduzir de forma paradoxal a perspectiva do iluminado, que está
além das
> discriminações e percebe que mesmo a nossa consciência quotidiana
já é, em
> sua essência, iluminada. É um pouco como naquela figura da Gestalt,
da Velha
> e da Moça. Algumas pessoas, no começo, só conseguem ver a moça (ou
a velha)
> e só depois de se esforçarem é que enxergam a moça (ou a velha).
Mas as duas
> já estão lá desde o princípio.
L: É isso mesmo. Daí as investidas em alterar o modo de *ver* e a
insistência em anular o Ego. Tudo acaba sendo uma questão de
perspectiva que se encontra distorcida pela forma que o Ego nos faz
enxergar a *realidade*.
> Sou, sim. Eu tenho um temperinho canceriano (que é o meu
ascendente) mas, no
> geral, eu sou *bem* ariano: cabeça-dura, teimoso (minha mulher que
o diga!),
> sem muito tato e gosto de ir direto ao ponto. ;-)
L: Eu já tenho mais água: 5 planetas ( Lua inclusive) em peixes.
Sou uma ariana *diferente*... :) Mas mesmo assim meu marido reclama
da minha obstinação e impulsividade (ele é de peixes)... Problemas
de cônjuges. Ah, e meu ascendente é libra: uma "esteta" por
natureza :)
> Aí entra o meu lado ariano de novo. Eu *gosto* de uma boa
discussão, então a
> experiência não tem sido das piores, não... ;-)
L: Já tentou a lista da STR? Pois vá e mostre a quê veio, é só você
continuar assim. Aos gládios! Boas brigas! :)
> Ou, na opinião deles, em outras palavras: quem tem
> pressa come cru e quente, podendo se queimar enquanto
engasga... :) O
> perigo desse caminho que você escolheu é o *não estar preparado*.
>
> É um bom conselho, e no geral, é o que eu recomendaria - *pros
outros*. Já
> eu não sou muito dado a ser prudente, não. Acho que, se fossemos
prudentes,
> ainda estaríamos pendurados nas árvores, catando piolho uns dos
outros...
> ;-)
L: A paixão e o devotamento também podem fortalecer o espírito.
Parece que você já tem os dois e ambos estão bem direcionados. Pena
que, caso você consiga iluminar-se, não vai mais falar coisas
coerentes com o modo *iludido* dos que ainda restar-se-ão envoltos
em "véus de Maya", como eu, no caso. Contudo, espero que algum
resquício de memória do período *iludido* ainda reste em você,
fazendo-o lembrar-se de conceder-me uma entrevista pós-
iluminação... ;) Argh! que parágrafo *castiço*... :P
Beijos, Lígia
SUBJECT: Satisfação
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 23:15
Oi gentem
Desde aquela sexta-feira e final de semana que se seguiu onde houve grande
afluxo de msg que ainda não consegui por em dia a e-correspondência.
Seguindo a rotina, separo aquelas msg onde estou participando e destas,
primeiro as breves.
No entretanto, somente hoje pude constatar que haviam algumas msgs
envolvendo assuntos que estou discutindo. Imagino que ainda tenham outras.
Para concluir, não é falta de atenção ou pouco caso de minha parte caso
tenha deixado de dar retorno. Minha intenção é participar nas msg mais
recentes para não atravancar mais. Mas não 'deletei' as demais, apenas não
lí tudo.
Atenciosamente, Antonio Renato.
PS: Imagino que todos listeiros estejam enfrentando o mesmo problema e que
portanto, compreendam.
SUBJECT: Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 23:16
Oi gentem
Tem muita gente discutindo psicanálise.
Eu gostaria que alguém me explicassem o quê é considerado consciente e o
quê, inconsciente, quando nos reportamos à estrutura proposta por Freud:
Ego, Superego e Id.
Noutro dia estava lendo msgs e lí um listeiro comentar que 'esta discussão
está parecendo um jogo de palavras' (Não necessariamente com estas
palavras).
É... Preconcebendo a idéia acabei por ter de concordar que estamos tomando
o caminho dos físicos, que discutem por puro diletantismo.
Óbvio que 'tenho idéias' e gostaria de discutí-las.
Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: n Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2002 23:17
>Manuel: Esses "terapêutas de recuperação da memória" recorrem não só
à hipnose como também a uma droga, um tal de "soro da verdade" (sódio
amital). Isso não tem nada a ver com o método psicanalítico.
De fato. A psicanálise propriamente dita só começa pelo reconhecimento por
Freud de que o inconsciente não distingue entre recordação e fantasia e que
praticamente todas as nossas lembranças são reconstruções a posteriori. Mais
um aspecto, aliás, que vem sendo confirmado pelas neurociências.
Abs.
L.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Oi Lúcio
Não sei se já teve a oportunidade de ler alguma msg postada por mim
declarando-me desatualizado.
Portanto não se espante de minha ignorância.
Que no inconsciente não há distinção entre recordações e fantasias, tudo
bem. Mas quando das 'reconstruções a posteriori' existe a diferenciação, ou
não?
Abs.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 00:14
On 25 Oct 2002 at 13:00, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
wrote:
> As religiões
> tomam para si a verdade absoluta e não compartilha sua verdade
> com a verdade da religião concorrente.
Alexandre
Gostaria de meter a colher neste assunto. Tratarei de introduzir um
ponto de vista um pouco diferente. Tentarei dizer algumas coisas
desde um ponto de vista da psicologia da atitude religiosa.
Vc. tem razão. Em nome da religião cometem-se atrocidades terríveis.
O que leva a matar e ferir pela religião é a atitude religiosa,
responsável pela fundação das religiões. Para que não exista a religião
seria necessario que não existisse a atitude inspiradora da religião.
Enquanto existir essa atitude, haverá religião.
O sentimento religioso é um produto de uma atividade idealizadora
inata da mente humana. Não são muitos os que conseguem suplantá-
lo.
A maioria das religiões talvez não sejam prejudiciais, mas a mente que
incarna uma religião pode ser levada a cometer atrocidades em nome
da religião. A religião nos livros religiosos não é religião. Não passa de
um monte de letras e sinais sobre um suporte. A religião sem religiosos
não existe. Sempre que houver religiosos haverá uma percentagem de
pessoas que serão capazes de matar e destruir em nome da religião.
Em toda religião existe um número de fundamentalistas que, de acordo
com a situação cultural das sociedades poderão aumentar em número
e em desastres. Assim que as religiões são sempre potencialmente
perigosas.
O mecanismo psíquico de idealização é um artefato de uma mente
imperfeita. O psiquismo humano não é nada perfeito. A evolução não
foi parelha. A idealização é um produto (artefato) da primitiva
indefenção do ser humano quando é ainda bebê.
A idealização cria a necessidade de crer num ser superior. Essa
necessidade não prova para nada que esse ser exista.
Se a religião é um produto da idealização e esta idealização é um
produto prejudicial e um dos fatores que determinam a propensão
universal do individuo a padecer neurose, a religião também é
prejudicial, embora obrigue a relizar atos virtuosos (não falo da virtude
racionalista de Aristóteles).
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 01:23
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 25, 2002 5:29 PM
Subject: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
Manuel: Com efeito, se não existisse secreção de
testosterona na primeira infância, a teoria da libido de Freud seria FALSA.
Takata: Ai' e' q. esta'. Ela nao seria falsa.
Manuel: Claro que seria falseada. Se a testosterona é um componente
fundamental da química do desejo erótico, a sua ausência na primeira
infância refutaria a tese da existência de um erotismo infantil e, por
conseguinte, de uma libido pré-genital.
E no campo da psicanálise, ganharia reforço a Escola Culturalista cujos
expoentes são Karen Horney, Sullivan e Erich Fromm.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Críticas e Más Interpretações da Psicanálise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 01:55
Críticas e Más Interpretações da Psicanálise. - A maioria do que é
apresentado contra a psicanálise, mesmo em obras científicas, baseia-se em
informações insuficientes que, por sua vez, parecem ser determinadas por
resistências emocionais. Assim, é um equívoco acusar a psicanálise de
'pansexualismo' e alegar que ela deriva da sexualidade todas as ocorrências
mentais e as remonta todas àquela. Ao contrário, a psicanálise desde o
início distinguiu os instintos sexuais de outros, que provisoriamente
denominou de 'instintos do ego'. Ela jamais sonhou tentar explicar 'tudo', e
mesmo das neuroses, remontou sua origem não somente à sexualidade, mas ao
conflito entre os impulsos sexuais e o ego. Na psicanálise (diferentemente
das obras de C.G. Jung), o termo 'libido' não significa energia psíquica em
geral, mas sim a força motivadora dos instintos sexuais. Algumas assertivas,
como a de que todo sonho é a realização de um desejo sexual, nunca, em
absoluto, foram sustentadas por ela. A acusação de unilateralidade feita
contra a psicanálise, que, como a ciência da mente inconsciente, tem seu
próprio campo de trabalho definido e restrito, é-lhe tão inaplicável quanto
seria se houvesse sido feita contra a química. Acreditar que a psicanálise
busca a cura dos distúrbios neuróticos dando rédea livre à sexualidade é uma
grave má interpretação que só pode ser desculpada pela ignorância. A tomada
de consciência dos desejos sexuais reprimidos na análise, ao contrário,
torna possível obter sobre eles um domínio que a repressão anterior fora
incapaz de conseguir. Pode-se com mais verdade dizer que a análise libera o
neurótico das cadeias de sua sexualidade. Ademais, é inteiramente
anticientífico julgar a análise como calculada para solapar a religião, a
autoridade e a moral, porque, como todas as ciências, ela é inteiramente não
tendenciosa e possui um único objetivo, ou seja, chegar a uma visão
harmônica de uma parte da realidade. Finalmente, só se pode caracterizar
como simplório o temor às vezes expresso de que todos os mais elevados bens
da humanidade, como são chamados - a pesquisa, a arte, o amor, o senso ético
e social - perderão seu valor ou sua dignidade porque a psicanálise se
encontra em posição de demonstrar sua origem em impulsos instintuais
elementares e animais. (S. Freud; Dois Verbetes de Enciclopédia; a)
Psicanálise)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Hitler e divindades
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:13
Assim como em nome do Raciomalismo Científico e da luta contra o
boscurantismo, centenas de pessoas eram decaptatas no período do Iluminismo
Assim como em nome do Ateísmo Científico, centenas de religiosos foram
assassinados na URSS
Esta é uma conversa infrutífera. O Mal está no homem e não fora dele.
DFG
----- Original Message -----
From: Lucio Jorge Pina Manfredi <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 25, 2002 3:46 PM
Subject: Re: [ciencialist] Hitler e divindades
> ----- Original Message -----
> From: brudna
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Friday, October 25, 2002 3:28 PM
> Subject: [ciencialist] Hitler e divindades
>
> >Nao estou querendo colocar culpas em divindades ou em religioes
> pelas acoes de Hitler, apenas estou mostrando que ele usou deus pra
> reforcar algumas ideias.
>
> Da mesma forma que Walker Bush, o arbusto-que-anda, volta e meia cita Deus
> em seus discursos pra justificar o ataque ao Afeganistão ou convencer as
> pessoas de que é necessário atacar o Iraque. Mas a motivação de ambos os
> ataques não tem nada de religiosa, assim como as ações de Hitler durante a
> II Guerra. Quer dizer, uma coisa é citar Deus como um artifício de
retórica
> e outra bem diferente é agir *movido* pela crença de que Deus quer isto ou
> aquilo.
>
> Abs.
> L.
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Intransigencia intransponivel
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:19
Serah que a FEH nao gera intransigencias intransponiveis? Se eu
acredito piamente que o Gnomo quer que eu siga as suas ordens e meu
vizinho acha que deve seguir as ordens do Duende sem titubear, serah
que isso leva a algum entendimento?
Acho que em algum momento vai chegar ao ponto do O GNOMO ESTAH
CERTO X O DUENDE ESTAH CERTO, e como sao questoes de FEH nao
encontraram meio termo pq estariam indo contra o que o Gnomo ou o
Duende querem.
Douglas: Esta é uma forma científica de pensar e não religiosa. A
religiosidade diz do Transcendente, do totalmente Outro. Não há como saber o
que o totalmente Outro quer com o máximo de certeza. Além disso a
formulação do problema já parte do pressuposto de que Deus é uma fábula. E
se não for? Vc tem esta dúvida?
Serah que FEH deixa lugar a coisas do tipo "nao sei, quem sabe o
Gnomo estah errado e o Duende estah certo" (adorador do Gnomo) ?!
Douglas: Um dos preconceitos mais extranhos em relação à Religião é que esta
não tem lugar para dúvida. Fé é o oposto de covardia , não de dúvida (posso
ter Fé e dúvidar, sem nenhum problema).
"O homem é essencialmente materialista e essencialmente religioso. Possui a
tendência de construir religiões materialistas e materialismos religiosos"
J. Guitton
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Arqueologia e Jusus
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:26
O cristianismo no começo não tinha a intenção de dominar o mundo mas de
[como sempre] dar dinheiro aos sacerdotes.
D: Os cristõas viveram perseguidos at''e o começo do século III e na pobresa
até o começo do século IV. Acho extranho alguém dizer: Vamos fundar uma
seita que daqui a quatro séculos vai dar dinheiro? Vamos até morrer por ela?
e um outro árabe , quinhentos anos depois, percebendo
isso, criou sua própria religião nos moldes do cristianismo com alguns
elementos a mais.
D: Acho uma falta de respeito seu julgamento do Profeta. Se vc acha q ele é
só um impostor, aceite o desafio do Corão. Escreva só uma estrofe que imite
aquele estílo literário. Vários linguistas do mundo já tentaram e não
conseguiram.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:27
Estou falando do Jesus histórico. Não confunda as coisas.
DFG
----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 25, 2002 11:14 AM
Subject: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
On Fri, 25 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Para vc ver como vc tem a ciência em alta consideração.
Os gregos para provar que uma coisa não existia eles partiam do
pressuposto que existia e através da lógica chegavam a conclusões absurdas
e assim mostravam que tal coisa não existia. Partindo do pressuposto que
JC existe vc chega às seguintes conclusões absurdas:
-milagre
-geração expontânea de filhos
-flutuar na água
-flutuar no ar
-geração expontânea de comida
-ressussitar mortos
-curar doenças incuráveis [na época]
-deus
-vida após à morte
-inferno
-paraíso
-apenas os escolhidos vão para o paraíso [que seria um lugar desejável]
Podem acrescentar o que quiserem a esta lista.
As conclusões também.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####
Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:33
> Tarcísio:
>
> Uma curiosidade: naõ existe nenhum registro de um milagre que não possa
ser
> explicado por um raciocínio lógico: todos estes citados que "santos"
> provocam, são passíveis de análise.
Engano seu. Estar em dois lugares ao mesmo tempo não me parece ser passível
de análise.
> Agora, o milagre da "prótese" ou seja, fazer nascer o dedo mindinho do
lula
> ( o que foi cortado...) , criar um braço, uma perna, aparecer um olho numa
> órbita vazia, destes, não há relato porque simplesmente ferem os
´principios
> naturais.
Outro engano. O crescimento de membros que tinham sido amputados fazem parte
do "repertório" de milagres.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Re: Milagres
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:40
> Sabe... quando me deparo com estes assuntos, lembro-me do verbete
> 'Concílios' do Dicionário Filosófico de Voltaire... aí fica fácil ler a
> mensagem inteira.
Que era um grande escritor, e um grande picareta no terreno da filosofia.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:43
Bhagavad Gita é a história de Árjuna prestes a uma batalha e hesitando em
matar seus irmãos e Krishna incentivando Árjuna a matar todo mundo.
Tarcisio,
Neste caso, vc passou do bom senso. O livro é um amontoado de simbolos,
onde os familiares (para qualquer um que tenha lido o livro todo) são os
desejos que afastam de Deus. Não precisa ficar catando migalhas para
defender um ponto de vista.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:50
Não retirei sua frase de contexto. Não tenho nada contra deus mesmo porque
ele não existe
D: Se vc tivesse convicção disso, não se importaria com as mensagens. Nem
teria construído tal frase.
Vc afirma que a biblia diz de JC era bonzinho e eu afirmo que ela também
diz que ele era malvado. Estamos empatados. Não há argumento.
D: Não há empate algum. Sobre o Jesus histórico não podemos afirmar nada
sobre seua carater. Sobre Cristo, Ele era Deus, e por isso Bom.
Agora podemos argumentar que apesar do lado positivo apresentado por todas
as igrejas para enganar seus fiéis,
D: Vc está pegando pesado.
há também o lado negativo que é usado
contra quem não aceita a autoridade religiosa. A bíblia permite isso,
interpretações absolutamente diversas que levam em conta apenas o ego de
cada um.
D: Isto nào é problema seu. Apenas Deus é o Juiz de cada um. Ou vc se acha o
supra sumo da bondade para julgar as pessoas?
O papa mandou matar? Prendam-no! Imunidade diplomática não é proteção
contra crimes contra a humanidade.
D: Porque vc não escreve uma nova constituição brasileira e aproveita e
ecreve tb uma constituição mundial, já que entende tanto assim de como
proceder de forma correta?
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 02:54
J - É , tem razão , estava olhando o livro e realmente é isto , errei e
errei feio , não tinha certeza da coisa e acabei afirmando sem saber , por
isso escrevi que não conhecia e não que não existia. Porém não é desculpa ,
errei e peço desculpas a todos :)
D: Não errou não. Leia o livro todo primeiro, e verá que a "matrança" é um
simbolo de renuncia para o desenvolvimento espiritual.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 09:04
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, October 25, 2002 11:59 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Pena, tá uma confusão de mensagens. Não devo ter lido essas em
especial...
Eu mencionei as pesquisas do Newberg para mostrar que, independente de
qualquer outra coisa - de seu significado, de sua interpretação ou da
possibilidade de que ela fosse manipulada pelas religiões
institucionalizadas - a experiência mística é um fenômeno real (ou melhor,
tão real quanto qualquer experiência que se possa ter neste mundo ;-)), que
apresenta características mensuráveis na atividade do cérebro. E, em outro
email, comentei que era um exemplo de como a ciência pode se aproximar da
religião com uma atitude rigorosamente científica sem ser, necessariamente,
redutivista ou preconceituosa.
>Hum, então você já sabe... :)
Digamos que eu li direitinho o meu Suzuki. Então, eu tenho um conhecimento
intelectual da coisa. Mas, nas palavras do imortal Morpheus em Matrix, tem
uma diferença entre conhecer o caminho e trilhar o caminho... ;-)
>Agora é só tirar o *filtro*...
"Só"?!? ;-))
>É isso mesmo. Daí as investidas em alterar o modo de *ver* e a
insistência em anular o Ego. Tudo acaba sendo uma questão de
perspectiva que se encontra distorcida pela forma que o Ego nos faz
enxergar a *realidade*.
E que opera em todos os níveis, desde a percepção sensorial mais elementar
ao raciocínio mais abstrato, passando pelas emoções, sentimentos, atitudes.
Enfim, pra alguém que nem sequer existe, o ego tá se saindo muito bem na
tentativa de estar em todas... ;-)
>Eu já tenho mais água: 5 planetas ( Lua inclusive) em peixes.
Sou uma ariana *diferente*... :)
Eu não lembro direito do meu mapa astral, só sei que os planetas estavam
todos distribuídos em duas cunhas, uma na parte de cima e a outra embaixo,
sem nada no meio. Não faço a menor idéia do que isso quer dizer... ;-)
>Mas mesmo assim meu marido reclama da minha obstinação e impulsividade (ele
é de peixes)...
Rárárá! A minha mulher também é de peixes - e também vive dizendo que eu sou
uma mula empacada. ;-)
>Já tentou a lista da STR? Pois vá e mostre a quê veio, é só você
continuar assim. Aos gládios! Boas brigas! :)
Ahn, por enquanto, não dá nem pra pensar em entrar em outras listas. As
mensagens da Ciencialist já estão entupindo a minha caixa postal que
chegue... ;-)
>A paixão e o devotamento também podem fortalecer o espírito.
Parece que você já tem os dois e ambos estão bem direcionados.
I hope so. ;-)
>Pena que, caso você consiga iluminar-se, não vai mais falar coisas
coerentes com o modo *iludido* dos que ainda restar-se-ão envoltos
em "véus de Maya", como eu, no caso. Contudo, espero que algum
resquício de memória do período *iludido* ainda reste em você,
fazendo-o lembrar-se de conceder-me uma entrevista pós-
iluminação...
Vixe, ainda tem muuuuuito chão pela frente, é trabalho pra vida inteira. Eu
sei onde é que eu tô no mapa e tenho uma idéia de pra onde eu quero ir, mas
só as noções mais vagas sobre como ligar os dois pontos. Além disso, os
zen-budistas já advertiam que o modo mais fácil de *não* conseguir a
iluminação é *buscar* a iluminação. Quer dizer, desse ponto de vista, eu já
comecei com o pé esquerdo... ;-) De mais a mais, quem foi que disse que você
não vai chegar lá primeiro que todo mundo? ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Latim
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 09:11
Sílvio escreveu: "Dubitando ad veritatem pervenimus"
Sílvio,
Você tem feito muitas citações em Latim (ou algo parecido). Pergunto-lhe:
está a estudar línguas mortas? Ou ingressou num seminário católico e não
quer nos dizer?
Quosque tandem abutere, Silvio, patientia nostra? Vade retro!
Um abraço,
Vizzoni
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 10:03
----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 1:14 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Gostaria de meter a colher neste assunto. Tratarei de introduzir um
ponto de vista um pouco diferente. Tentarei dizer algumas coisas
desde um ponto de vista da psicologia da atitude religiosa.
Bueno, Marco, com base em tudo que eu tenho lido, visto e estudado sobre a
fenomenologia das religiões, a minha análise discorda radicalmente da tua em
praticamente todos os pontos. Não que o mecanismo de idealização não exista
ou não esteja presente na dinâmica das religiões institucionalizadas, mas
não me parece que ela desempenhe o papel central ou genético que você lhe
atribui. Tenho a impressão de que esse tipo de hipótese nasce de uma atitude
distanciada da fenomenologia religiosa, que vê o quadro geral de longe mas
não desce à análise dos detalhes.
Em primeiro lugar, dentro do campo mais vasto da religião, a gente tem que
distinguir entre atitude religiosa e religião institucionalizada. A segunda
se alimenta da primeira, e eu diria até que a vampiriza, canalizando a
atitude religiosa pra finalidades sociais, políticas e econômicas, mas a
atitude religiosa não se reduz a elas. Torno a citar o exemplo (caro aos
psicanalistas) da sexualidade. Existe uma exploração econômica (a
pornografia, a erotização da publicidade, etc.) e inclusive sócio-política
do sexo (vide Marcuse, Foucault e, num outro sentido, Reich - o primeiro
Reich, o da psicanálise, da análise de caráter, etc.). Mas isso não quer
dizer que a sexualidade se deixe reduzir a essa exploração, como você sabe
melhor do que eu. O mesmo se passa com a religião. Atitude religiosa e
religião institucionalizada são fenômenos diversos, com estruturas
diferentes, e a idealização faz mais parte da segunda do que da primeira - a
idealização das figuras religiosas é o equivalente do culto à personalidade
na política, e com a mesma função: transformar uma pessoa ou uma instituição
em garantia de autoridade sobre a qual uma determinada classe apóia seu
poder sobre as massas. Já a atitude religiosa é outro departamento.
O melhor estudo sobre a atitude religiosa continua sendo _Das Heilige_, um
livrinho escrito no final do século XIX por um autor chamado Rudolf Otto.
Através de uma análise sofisticada da história das religiões, usando
instrumentos conceituais que vão da filologia à filosofia kantiana, Otto
mostrou que o que caracteriza o sentimento religioso em sua essência é a
percepção do Totalmente Outro, isto é, de uma alteridade radical, que não se
deixa reduzir às nossas categorias habituais de pensamento. O espanto
perante essa alteridade radical gera a admiração e o respeito que estão na
raiz da fé religiosa. Tanto o deus das religiões monoteístas quanto os
deuses das diferentes religiões são personificações, símbolos do Totalmente
Outro. Ao redor desses símbolos, cristaliza-se um complexo de significados,
atitudes e crenças que, com o tempo, acaba encobrindo a experiência original
sob uma capa pesada de rituais e mitos que obscurecem seu sentido. Se você
cruzar essa evolução com a interpretação psicanalítica da neurose obsessiva,
vai ver que elas se recobrem direitinho: o comportamento ritualístico do
neurótico obsessivo é um mecanismo de defesa contra uma representação
traumática intolerável para o ego, que tenta canalizar a excitação provocada
por essa representação para uma série de comportamentos estereotipados, a
fim de neutralizá-lo. A comparação entre as religiões institucionalizadas e
a neurose obsessiva, aliás, vem do próprio Freud, com a diferença de que,
pra ele, a representação traumática era a lembrança do assassinato do Pai da
Horda Primitiva, o que, tomado ao pé da letra, não faz o menor sentido
histórico ou antropológico mas, encarado simbolicamente, pode ser
interpretado assim: o Pai da Horda Primitiva é um símbolo do Totalmente
Outro e seu assassinato é uma imagem do recalque ao qual a alteridade
radical foi submetida.
Do ponto de vista histórico, todas as religiões - do xamanismo ao
cristianismo - nascem a partir de um indivíduo que tem uma experiência de
contato com o Totalmente Outro (a chamada experiência mística). Ele olha
para o abismo no qual todas as nossas formas habituais de perceber o mundo
sucumbem a um vazio semântico. Na tentativa de comunicar sua experiência,
recorre a símbolos, figuras de linguagem, alegorias. E apresenta algumas
técnicas e comportamentos que também poderiam levar as outras pessoas a ter
a mesma experiência. As pessoas não entendem direito o que ele diz - como
não tiveram a experiência, não sabem do que ele está falando e têm apenas
uma intuição obscura do que seja essa alteridade radical. Sentem apenas um
eco da numinosidade do Totalmente Outro, mas pra elas é o suficiente. Na
verdade, elas têm um medo profundo de tudo isso. Tomam os símbolos ao pé da
letra: o Totalmente Outro é Deus e o indivíduo que lhes fala dele é Seu
profeta. Ambos devem ser adorados e reverenciados - a numinosidade da
experiência se transfere para o sujeito e transforma-se em fé cega. Algumas
vezes, ele próprio sucumbe a essa adoração e veste o manto de autoridade que
lhe oferecem; outras, tenta em vão adverti-las de que elas não entenderam,
de que não é isso. Muitas vezes, porém, quando esse processo se desenrola,
ele nem sequer está mais vivo pra fazer uma coisa ou outra. De qualquer
forma, é só aqui que começa a idealização, quando a experiência original já
foi obscurecida e distorcida. O objetivo inicial das técnicas e condutas
também se perde: as técnicas transformam-se em ritual e as condutas viram a
base de uma norma de comportamento social que deve ser seguido porque sim,
porque Ele disse que era assim que tinha que ser. O passo final é quando
essa estrutura distorcida começa a ser manipulada por um grupo de
indivíduos - às vezes formada pelo núcleo inicial que ouviu o sujeito da
experiência e às vezes constituída por gente que veio depois e já nem tem a
mais remota idéia do que está se falando. Pronto: ao final do percurso,
temos uma religião institucionalizada, uma estrutura de poder que é usada
para haurir interesses políticos, econômicos e sociais, e que se serve da
atitude religiosa como álibi e justificativa.
>Vc. tem razão. Em nome da religião cometem-se atrocidades terríveis.
Em nome da religião, em nome de ideologias políticas, em nome de times de
futebol - a fim de cometer atrocidades, as pessoas usam o pretexto que
estiver mais à mão. E em nome da religião, não são só atrocidades que se
cometem, mas também atos meritórios - ou você diria que Madre Teresa de
Calcutá e Gandhi são assassinos psicopatas que causaram o genocídio de
milhares?
>O que leva a matar e ferir pela religião é a atitude religiosa, responsável
pela fundação das religiões.
Vide acima. O que leva a matar e ferir é a propensão do ser humano pra matar
ou ferir. Evoluímos a partir do animal e ainda trazemos o animal dentro de
nós. Somos predadores.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 10:13
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 12:16 AM
Subject: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
>Eu gostaria que alguém me explicassem o quê é considerado consciente e o
quê, inconsciente, quando nos reportamos à estrutura proposta por Freud:
Ego, Superego e Id.
Taí uma perguntinha danada de complicada, Antonio. O próprio Freud nunca se
deu ao trabalho de explicar didaticamente como a primeira e a segunda tópica
se recobrem e as indicações que ele deixou têm sido interpretadas de
maneiras diferentes pelas diversas escolas psicanalíticas. A interpretação
mais popular - talvez por ser a mais fácil - simplesmente assimila a
consciência ao ego e o inconsciente ao id. Mas essa leitura esbarra num
problema grave: é que o próprio Freud deixa bem claro que o ego tem vastas
porções que são inconscientes e, muitas vezes, identifica a parte
inconsciente do ego com o superego. Na minha opinião, a melhor maneira de
conciliar as coisas é perceber que as duas tópicas são perspectivas
diferentes. A divisão inconsciente/pré-consciente/consciente tem um caráter
mais dinâmico, enquanto a tópica ego/superego/id é mais estrutural. Em
outras palavras, a segunda tópica descreve a estrutura do aparelho psíquico,
ao passo que a primeira é uma descrição da dinâmica da economia psíquica. Na
prática, a maior parte do ego responde pela consciência (nem tudo que faz
parte do ego é consciente, mas quase tudo de que temos consciência faz parte
do ego), mas qualquer uma das três instâncias têm conteúdos conscientes e
inconscientes (a parte consciente do superego, por exemplo, é o código moral
internalizado). Mas essa é a minha interpretação pessoal, que eu uso pra
fins práticos. Os textos do Freud permitem, sem dúvida, outros recortes e a
coisa toda ainda tá mais ou menos em aberto.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: n Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 10:25
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 12:17 AM
Subject: n Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise (ex-evolução e
criacionismo - Takata, junte-se a nós)
>Que no inconsciente não há distinção entre recordações e fantasias, tudo
bem. Mas quando das 'reconstruções a posteriori' existe a diferenciação, ou
não?
Bom, de cara, como o Marco assinalou, o termo "reconstrução" é inexato. O
Freud fala de verdadeiras construções (Konstruktionen), e não de
reconstituições de lembranças reais. Às vezes, a construção poderia
coincidir com uma recordação real, que então emergiria na consciência. Mas o
próprio Freud reconhece que essa seria uma situação ideal. "Com bastante
freqüência", diz ele, "não conseguimos levar o paciente a recordar-se do
recalcado. Em vez disso, obtemos dele, se tivermos conduzido corretamente a
análise, uma firme convicção da verdade da construção, convicção que tem o
mesmo efeito terapêutico de uma recordação reencontrada." Essa observação
deu margem a muitas críticas à psicanálise - inclusive da parte de
Wittgenstein - segundo as quais o psicanalista simplesmente elabora uma
versão mais ou menos verossímil e convence o paciente por persuasão de que
se trata da verdade. O que essas críticas não levam em conta é que a
construção não é elaborada pelo psicanalista, só cabendo ao paciente sua
aceitação passiva. A construção emerge da interação entre os dois e, muitas
vezes, é o próprio analisando que chega sozinho à construção.
Na minha opinião pessoal, a própria pergunta não faz muito sentido porque, à
luz do que a gente sabe sobre o funcionamento da memória, as recordações são
*sempre* uma construção. Os traços mnésicos são constantemente reatualizados
e estão sendo o tempo todo reorganizados pelo cérebro. Se o efeito
terapêutico de uma construção é o mesmo de uma recordação reencontrada, como
diz o Freud, é porque elas são, e sempre foram, da mesma natureza.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Intransigencia intransponivel
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 10:29
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 3:19 AM
Subject: Re: [ciencialist] Intransigencia intransponivel
>A religiosidade diz do Transcendente, do totalmente Outro. Não há como
saber o
que o totalmente Outro quer com o máximo de certeza.
A minha dúvida é: porque o Totalmente Outro deveria *querer* alguma coisa? O
conceito de alteridade radical indica que, seja lá o que for, o Totalmente
Outro é desprovido de traços antropomórficos. Estes surgem da tentativa de
representá-lo simbolicamente - mais ou menos como os conteúdos inconscientes
aparecem personificados nos sonhos. Atribuir-lhe uma vontade já é o começo
da antropomorfização.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 10:33
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 3:43 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Neste caso, vc passou do bom senso. O livro é um amontoado de simbolos,
onde os familiares (para qualquer um que tenha lido o livro todo) são os
desejos que afastam de Deus. Não precisa ficar catando migalhas para
defender um ponto de vista.
Olha, eu concordo com você e disse isso numa outra mensagem, que as batalhas
descritas no Mahabharata são simbólicas. Isso é até um consenso na teologia
hindu. Mas as massas de devotos não perdem muito tempo com a teologia (se
perdessem, você não teria uma horda de pentecostais insistindo que Deus fez
o homem de barro) e tendem a interpretar os textos sagrados literalmente. E
o fato é que, tomado ao pé da letra, o primeiro capítulo do _Baghavad-Gîta_
*é* uma incitação à guerra santa.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 10:41
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 3:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Não há empate algum. Sobre o Jesus histórico não podemos afirmar nada
sobre seua carater. Sobre Cristo, Ele era Deus, e por isso Bom.
De novo, aqui, temos um problema. Não vou entrar no mérito de se Cristo era
Deus, o Filho de Deus ou um homem que alcançou algum tipo de iluminação
espiritual, porque essa é outra questão. Mas identificar Deus com o Bem leva
de novo ao problema de antropomorfizar o Totalmente Outro. Bem e Mal, mesmo
quando escritos com maiúsculas, são conceitos humanos e a própria
caracterização de Deus como Totalmente Outro impede que ele possa ser
pensado a partir de conceitos humanos. A alteridade radical não é boa nem
má - ela é uma alteridade. Radical.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 10:52
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 12:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
>Algumas dúvidas: qual o problema em nos entregarmos a uma discussão
científico-filosófica por puro prazer?
Eu acho até que essa é a função de uma lista de discussão como esta, não?
Quer dizer, em princípio, imagino que ninguém está aqui pra ensinar ou
doutrinar ninguém, mas pra debater idéias - por puro diletantismo. Algumas
dessas idéias são aproveitáveis - já escrevi muito texto a partir de
argumentações e idéias que apresentei primeiro numa lista de discussão -
enquanto outras são bobagem pura, com tudo o que você pode encontrar esses
dois extremos. Eu sempre pensei numa lista como uma conversa numa mesa de
bar virtual - às vezes o papo é produtivo, às vezes inútil, às vezes
descamba pro quebra-pau ou se divide em uma porrada de conversas paralelas.
Mas basicamente se conversa porque se gosta de conversar. Ou não?
>Eu me assumo como diletante. Sou chegado a uma masturbação teórica e faço
isso sem culpa. Nem me importo se alguns profissionais da física, da
biologia ou da psicologia achem ruim ver sua parafernália de trabalho virar
brinquedo nas mãos de de amadores como eu.
Somos dois, colega. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Latim
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 11:26
Vizzzionni
Realmente as citações que faço foram tiradas do Almanaque Capivarol, Edição
de março?1937 que meu avô colecionava. realmente não sei o que significa mas
como essa é uma lista de cientistas, eu tento mostrar um pouco de erudição,
inda mais agora com os novos tempos em que luminares da cultura e da
sapiência adentram o recinto do poder.
Vs. me criticou a utilização do aforisma em aramaico e citou outro,
parece-me em sânscrito..
De seu texto apenas discordo do vade retro que me parece, é coisa de boiola.
E prometo, supremum vale, jamais fazer nenhuma citação em linguas mortas,
vivas ou freqëncia modulada..
O que tem a ver seminário católico com linguas mortas? atualmente, pelo que
se vê nos jornais, estão os bonzos católicos com as linguas e outra
excrescências físicas muito vivas e ativas e com o perdão do papa...
silvio, o penitente.
Nota: abutre é a vó.
----- Original Message -----
From: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 26, 2002 10:11 AM
Subject: [ciencialist] Latim
> Sílvio escreveu: "Dubitando ad veritatem pervenimus"
>
> Sílvio,
>
> Você tem feito muitas citações em Latim (ou algo parecido). Pergunto-lhe:
> está a estudar línguas mortas? Ou ingressou num seminário católico e não
> quer nos dizer?
>
> Quosque tandem abutere, Silvio, patientia nostra? Vade retro!
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 11:38
Olá Antônio,
Antônio: Tem muita gente discutindo psicanálise. Eu gostaria que alguém me
explicassem o quê é considerado consciente e o quê, inconsciente, quando nos
reportamos à estrutura proposta por Freud: Ego, Superego e Id. Noutro dia
estava lendo msgs e lí um listeiro comentar que 'esta discussão está
parecendo um jogo de palavras' (Não necessariamente com estas palavras).
É... Preconcebendo a idéia acabei por ter de concordar que estamos tomando
o caminho dos físicos, que discutem por puro diletantismo. Óbvio que 'tenho
idéias' e gostaria de discutí-las.
Manuel: O Ego faz parte do sistema consciente/pré-consciente, mas os
mecanismos de defesa do ego, que são funções do ego, são inconscientes.
Quanto ao Superego, uma pequena parte é subconsciente e o resto,
inconsciente. Já o Id, este é inteiramente inconsciente.
A "censura", que está na fronteira do sistema consciente/pré-consciente com
o inconsciente, é uma função do superego. O "censurado" é aquela parte do
inconsciente que jamais emergiu à consciência; já o "reprimido" é formado
por vivências que já foram percebidas conscientemente, mas que o subsistema
defensivo do ego empurrou para o inconsciente.
<<Reconhecemos que o inconsciente não coincide com o reprimido; é ainda
verdade que tudo o que é reprimido é inconsciente, mas nem tudo o que é
inconsciente é reprimido. Também uma parte do ego -- e sabem os Céus que
parte tão importante -- pode ser inconsciente, indubitavelmente é
inconsciente.>> (Freud; O Ego e o Id; A Consciência e o que é Inconsciente)
Algumas dúvidas: qual o problema em nos entregarmos a uma discussão
científico-filosófica por puro prazer? Qual o mal em sermos diletantes? Será
que tudo tem que ter uma finalidade prática imediata? Por que o prazer pelo
prazer desperta tanto sentimento de culpa? Que diacho de calvinismo
intelectual é esse?
Eu me assumo como diletante. Sou chegado a uma masturbação teórica e faço
isso sem culpa. Nem me importo se alguns profissionais da física, da
biologia ou da psicologia achem ruim ver sua parafernália de trabalho virar
brinquedo nas mãos de de amadores como eu.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 11:49
Lígia escreveu: "isso acontece se a inteligência for capaz
de atrair algum homem, o que sinceramente acho que não acontece. A
inteligência numa mulher muitas vezes representa fator de risco
para a masculinidade, simplesmente porque serão dois para tomarem
decisões ao invés de um... :)"
Lígia,
É comum ver mulheres de grande inteligência, como você, afirmando que os
homens não gostam de e temem mulheres inteligentes.
No meu caso não é verdade, porque o que mais me atrai numa mulher é a
inteligência [o tamanho do bumbum vem em segundo lugar :-)] e meus dois
casamentos não por acaso foram com mulheres muito inteligentes e fortes.
As pessoas sabem, pela experiência, que os indivíduos mais inteligentes
podem ser boas companhias e excelentes companheiros de trabalho, pois
frequentemente conseguem entender com mais rapidez e abrangência o contexto
e as implicações das situações em que se envolvem. Em função disso, esses
indivíduos costumam encontrar soluções eficazes para os problemas com que se
deparam, o que é uma evidente vantagem para eles e os que fazem parte do
mesmo grupo. Só sendo uma besta para não querer ficar com pessoas assim,
sejam machos ou fêmeas!
Essa história de que homens não gostam de mulheres inteligentes é meio
furada. A explicação melhor parece ser que os homens fazem um balanço entre
a beleza, a aceitação social, a inteligência da mulher e a possibilidade
dele realizar seus projetos/sonhos com ela. Mais ou menos o mesmo balanço
que as mulheres fazem entre a beleza, a virilidade aparente, a inteligência,
o provável sucesso material de seus pretendentes e a possibilidade dela
realizar seus projetos/sonhos com ele. No final, é uma combinação desses
fatores que determina se vamos ficar ou não com uma pessoa. (Há outros
fatores, mas fiquemos nisto. Ressalvo que, por facilidade, omiti nesta
"análise" a paixão que nos acomete sem razão nem porquê e nos deixa de
quatro por uma baranga louca varrida, chave de cadeia federal, ou por um
canalha mulambento sem eira nem beira.).
Dái vermos mulheres jovens e belas com homens velhos e ricos, mulheres ricas
e velhas com homens bonitos e jovens, homens inteligentes e cultos com
mulheres nem tanto mas com grande importância social, mulheres inteligentes
com homens nem tanto, mas que lhe permitem realizar o sonho de serem mães,
etc etc.
Resumindo, na questão da seleção de parceiros fixos o buraco é mais embaixo
(com trocadilho!, como diz o pessoal da Casseta e Planeta).
Um abraço,
Vizzoni
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: pombos
FROM: Daniel Leal Freire <daniellf@highway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 13:07
Moro no Rio de Janeiro e em alguns lugares da cidade existem muitos pombos.
Há algum tempo quando eu andava na rua e chegava perto de um, ele começava
a bater as asas e ia pra outro lugar. Hoje, uma boa parte dos pombos quando
chego perto, até correndo, não está nem aí. Será que nao sou mais tão
assustador assim? Ou, os pombos "evoluiram" para um estágio onde a
convivência com os homens é aceitável?
[ ]s
_______________________________________
|Daniel Leal Freire
|daniellf@highway.com.br
|http://www.geocities.com/dfreirebr/
|"Imagination is more important than knowledge"
----------
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.408 / Virus Database: 230 - Release Date: 24/10/2002
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus Pai e as eternas crianças
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 14:37
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 4:32 PM
Subject: [ciencialist] Deus Pai e as eternas crianças
>Até a busca dos físicos teóricos pelos constituintes últimos da
matéria tem algo de infantil. Lembra-me o balbucio "cadê mamãe? Cadê
mamãe?" - Afinal, assim como a mãe, os tijolos da matéria e as leis
fundamentais da física são "algo que veio antes que nos deram
origem". (Ok, não precisa lembrar, admito que estou apenas jogando
com as palavras.)
Então pode acrescentar mais um item ao jogo: é que a palavra "matéria"
deriva de *mater*, "mãe". ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 15:11
On 26 Oct 2002 at 2:16, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Eu gostaria que alguém me explicassem o quê é considerado consciente e o
> quê, inconsciente, quando nos reportamos à estrutura proposta por Freud:
> Ego, Superego e Id.
Antonio
Respondo o que Vc.perguntou. Em realidade dou-lhe os parabéns por
lembrar-se de pedir este esclarecimento. Quando falamos em
psicanálise depois de estar mais ou menos informados, no
esquecemos de que nem todos estão obrigados a saber
detalhadamente os conceitos encerrados na terminologia psicanalítica.
Estes conceitos têm que ver com a época em que Freud escreveu.
Diz-se que Freud concebeu o aparelho psíquico de dois modos. Numa
época o descreveu de uma maneira e noutra concebeu-o de outro
modo que funcionou como um complemento do primeiro. Quando se
fala desde determinada posição, é mais fácil usar uma terminologia
que outra.
Os dois modos de conceber o aparelho psíquico são denominados
"tópicas" (modo de falar de "lugares" virtuais) Temos uma primeira
tópica (com auge em 1915) e uma segunda tópica (concebida em
1923).
A primeira tópica abordava o aparelho psíquico freudiano desde uma
descrição dinâmica e econômica (segundo um modelo "energético" da
termidinâmica). Freud explicava que o aparelho psíquico podía ser
descrito como composto por três sistemas (por isso alguns chama esta
concepção de "sistemática"): Um sistema consciente (simbolizado por
Freud como Cc), sede da cosciência, um sistema pré-consciente (Pcc)
que se torna consciente quando se lhe aplica a função da atenção e
um sistema inconsciente (Icc). Muitas vezes Freud se referia do
mesmo modo ao Pcc e ao Icc. Unificava os dois quando o que
explicava servia para os dois sistemas. Referia-se a eles como
"Inconsciente Descritivo"). Quando falava exclusivamente si Icc
propiamente dito dizia "Inconsciente Sistemático ou "Inconsciente
Dinâmico".
O sistema Cc, sede da consciência seria vazio. Só possuiria
representações no momento de pensar. Não tem memoria e funciona
no presente. O sistema Pcc é a sede da linguagem e só se ativa
quando recebe uma ação atencional. Então o que está sob esta
atividade se torna consciente. É um sistema em que está a função
memoria. Tudo o que pode ser facilmente lembrado para ser utilizado
pela consciência estaria "armazenado" no Pcc. Podería ser
considerado como uma potencialidade.
Já o sistema Icc (Icc dinâmico ou sistemático) estaria composto pelos
sistemas mnémicos sem linguagem verbal. Funcionaria fora da lógica
formal, sem oposição entre moções antagônicas (coexistem o bom e o
mau, o amor e o ódio, o "sim" e o "não" sem interferências mútuas.
Como Freud usou a linguagem física (em termos de "forças"
antagônicas, "correntes" psíquicas, por isso, Icc dinâmico, ou seja, por
seus dinamismos). Nunca chega à consciência normalmente. Quando
algum "pedaço" chega ao pré-consciente, se não recebe censura
cultural ou individual passa imediatamente à consciencia tal como
estava, só traduzido no idioma do sujeito. Quando há oposição, o
significado se desloca sobre outros conceitos e passa de um modo
deformado. Esta deformação corresponde ao sintoma neurótico, que
deve ser descifrado pelo paciente para ser comprendido.
A segunda tópica também foi chamada de concepção estrutural ou
simplesmente estrutura psíquica.
Freud chega à conclusão de que existem três funções importantes que
movem a vida psíquica. Uma delas, ligada aos processos físico-
químicos e muito próxima ao corpo (soma) é a que Freud denominou
"pulsão" Tendências, moções derivadas dos instintos, altamente
móveis que investem representações mentais dando-lhes significados.
São representações mentais, representativas das pulsões. Seria duas:
uma que tende a unir e produzir sínteses (chamada pulsão de vida ou
simplesmente Eros) e outra tendente a dissociar, completamente
entrópica e responsável pelo que Freud denominou inercia psíquica (a
pulsão de morte ou, segundo alguns post-freudianos, Tánatos). Este
"lugar", reino dessas pulsões, completamente inconsciente foi
denominado Id (em homenagem a Grodeck, o primeiro em denominá-
lo).
Freud chegou à conclusão de que havia uma instância que funcionava
como uma agência administradora que unia o interior (Id) com o
exterior, para permitira a satisfação das necessidades e dos desejos,
adaptando os estímulos internos aos externo e compatibilizando coisas
para melhor viver. A função que domina este reino é a percepção.
Denominou à instancia "animada" pela percepção de Ego. O Ego
possui uma parte inconsciente, ligada ao Id, para detectar suas
moções de desejo e necessidades, e outra com a realidade material,
objetiva, para permitir o conhecimento do mundo externo ao sujeito.
Por isso tem partes conscientes e pre-conscientes. Por um problema
de imperfeição biológica e imposições culturais, uma parte do Ego se
destaca, declara certa independência e institui uma constituição
regida pela idealização. Instala uma lógica brutal com um principio
ético completamente rígido que prescreve o seguinte: "tudo o que não
está proibido, é obrigatorio". É o super-ego (uma parte do ego
"colonizada pelos ideais) e segundo Freud, "puro cultivo da pulsão de
morte".
O Id é de inspiração filosófica racionalista, o ego é de inspiração
empirista (como o super-ego). Freud era Kantiano, por isso esta dupla
vertente (teve a Schopenhauer como professor de filosofia e foi
contemporâneo de Niestche).
Ficou tudo muito longo, por isso paro por aqui. Espero que sirva.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Deus Pai e as eternas crianças
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 15:32
Oi,
Vou dar o meu palpite sobre Deus.
Existe um fenômeno biológico denominado "neotenia", que é a retenção
na idade adulta de caracteres infanto-juvenis. No mais das vezes
esses caracteres pueris são mantidos porque são úteis, isto é, porque
conferem ao indivíduo vantagem adaptativa.
Há quem defenda que a neotenização é uma das vias de evolução (não a
única) para o gregarismo. Com efeito, até os animais de hábitos
solitários, quando filhotes, são gregários, dependentes uns dos
outros e sobretudo da genitora. Ademais, as crias são mais dóceis e
capazes de atender a um comando externo, e os adultos que apresentam
esses traços infantis são mais adaptáveis a uma vida em comunidade. A
comunidade animal, portanto, tende a selecionar os indivíduos que
apresentam essas características neotênicas.
São animais gregários que retém, na idade adulta, uma grande
quantidade de caracteres juvenis: os cães, os chimpanzés-pigmeus
(bonobos) e os homens. Claro que não somos animais inteiramente
neotênicos, mas muitas características dos adultos úteis a uma vida
social são traços juvenis conservados (tá vendo, Takata, como não sou
orgulhoso? Dou meu braço a torcer e admito que você está certo quanto
à questão da neotenia).
É possível que uma das características infantis que o homem retém na
idade adulta seja a "dependência psíquica para com seus genitores"
(também entre os chimpanzés a relação genitora-progênie permanece por
toda a vida, e há inclusive registros de chimpanzés adultos que, não
suportando o falecimento da mãe, adoecem de depressão e morrem).
A vantagem do homem é que, devido ao seu alto poder de abstração, ele
pode transferir essa relação de dependência ou de simbiose para algo
que sirva como substituto simbólico dos pais: um determinado sistema
de valores ou algum ente abstrato fonte de uma ética, como, por
exemplo, um totem, uma divindade, a Pátria-mãe, a Raça, a Humanidade,
a Razão, etc.
O homem "metafísico" em busca da sua origem (de onde vim?) e sem
saber o que fazer com a sua vida (para onde vou?) é como uma criança
que se perdeu dos pais e que precisa do juízo deles para saber como
proceder nesta e naquela situação. A ansiedade que alguns
experimentam (a angústia do ser-no-mundo, Angst der Kreatur) é
homóloga ao ansiedade de um órfão. É essa angústia e esse alheamento
o que faz os homens buscarem um novo vínculo com o mundo, um
substituto daquele elo perdido: o cordão umbilical, o seio materno,
o "falo" do pequeno Édipo.
Até a busca dos físicos teóricos pelos constituintes últimos da
matéria tem algo de infantil. Lembra-me o balbucio "cadê mamãe? Cadê
mamãe?" Afinal, assim como a mãe, os tijolos da matéria e as leis
fundamentais da física são "algo que veio antes que nos deram
origem". (Ok, não precisa lembrar, admito que estou apenas jogando
com as palavras.)
Deus existe? Se não existisse, não estaríamos falando sobre Ele. Deus
existe ao menos como idéia. Mas por que existe essa idéia? Acho que a
resposta bem pode ser esta: -- Deus existe porque os homens são, em
alguns aspectos, seres inconclusos, animais imaturos, eternas
crianças, eternos filhos.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Pobrema
FROM: Daniel Sottomaior <cetico@hotmail.com>
TO: sbcr@yahoogroups.com
CC: ciencialist@yahoogrupos.com.br, strbrasil@yahoogroups.com
DATE: 26/10/2002 17:25
Para uma pequena mostra (ok, viciada) do que vem acontecendo no ensino
brasileiro, eis uma pergunta postada no setor de clculo do SabeSabe. O
aluno pode no ser representativo de alguma tendncia central de
distribuio de capacidades, mas certamente nos diz alguma coisa sobre at
onde vai a cauda inferior da distribuio.
________________________________________________
Assunto: dificuldade de a prender
moacirnascimento perguntou:
ola voe qre e um especialista em matematica pricipalmente calcolos,limites
,derivada,integral,diferencial e outro.me respodonde uma coisa existem
alguma maneira mais facil de se a prender? fao esta pergunta por que sou
aluno do 3periodo de um curso de eng:eletrica e at hoje ainda no concegui
aprender estas materias pediria para alguem que se souber algum metodo audio
vidio que me indique, surgeria a voe que e um especialista h gravar fita
de vidio de resolues de probemas ,asssim ficaria mais facil poderia foltar
a fita quantas vezes fosse nescesario eter fixar coso vc j tem conhecimento
desta tele aula por favor me fale.
_______________________________________________________
http://www2.sabesabe.com.br/leiamais_painel_sabe.cfm?id_pergunta_painel=222273
[]s
Daniel
SUBJECT: Re: [ciencialist] Perdendo membros [administrador]
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 18:25
QUE TAL DIVIDIR A LISTA EM SUBTEMAS, CRIANDO OUTRAS LISTAS?
FISICA, POR EXEMPLO, NAO ME INTERESSA.
L.E.
At 21:00 26/10/02 , you wrote:
> A Ciencialist estah encolhendo dia apos dia.
>
> Temos uma media de 2 saidas de membros por dia (chute). Tenho quase
>certeza que o motivo eh a avalanche de mensagens.
>
> Qual seria a solucao?
>-Limitar o numero de mensagens diarias
>-Orientar periodicamente como agir em caso de excesso de mensagens
>(com mensagens sobre o funcionamento do Yahoogrupos na lista)
>-Promover massivamente a lista para manter o numero de inscritos
>-Deixar como estah
>
> Para que esta mensagem nao gere outras duzias de respostas, peco
>que que a resposta seja enviada diretamente para o administrador (eu)
>pelo mail luisbrudna@uol.com.br ... ou entao envie para a lista (soh
>em caso de opiniao que acha que deva ser compartilhada com os demais
>integrantes).
>
>Ateh
>Luis Brudna - administrador
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 19:20
> Tenho dúvidas se foi a Igreja Cristã a primeira a usar o termo "milagre"
Estava me referindo aos milagres como a aparição em Fátima. É um milagre
apenas ser for usada a concepção Católica. Não faz sentido dizer: Se a
ciencia explica, é milagre, ou a ciencia explicou, portanto não é milagre. A
ciencia não tem nada a acrescentar sobre o assunto.
DFG
SUBJECT: Re: Intransigencia intransponivel
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 19:49
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves > Douglas: Esta é
uma forma científica de pensar e não religiosa. A
> religiosidade diz do Transcendente, do totalmente Outro. Não há
como saber o
> que o totalmente Outro quer com o máximo de certeza. Além disso a
> formulação do problema já parte do pressuposto de que Deus é uma
fábula. E
> se não for? Vc tem esta dúvida?
Tenho. Em outras ocasioes, principalmente em outras listas jah
afirmei que sou ´ateu pela crenca e agnostico pela razao´...
explico... nao pratico nenhum tipo de ritual de crenca, e nem tenho
qualquer tipo de esperanca legitima de influencias divinas em minha
vida. O agnosticismo pela razao serve (risos) justamente para essa
impossibilidade de se ter certeza de algo.
Eh algo realmente pratico, sao varias religioes com varias regras.
Escolho me abster dessa ´briga´ do "meu deus eh mais certo que o
seu". Se eu estiver errado escolhendo nao seguindo nenhuma divindade,
poderei estar do mesmo modo errado ao seguir uma divindade ´qualquer´.
> Serah que FEH deixa lugar a coisas do tipo "nao sei, quem sabe o
> Gnomo estah errado e o Duende estah certo" (adorador do Gnomo) ?!
>
> Douglas: Um dos preconceitos mais extranhos em relação à Religião é
que esta
> não tem lugar para dúvida. Fé é o oposto de covardia , não de
dúvida (posso
> ter Fé e dúvidar, sem nenhum problema).
Como disse um aqui na lista "essa eh a sua opiniao" :-).
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Perdendo membros [administrador]
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2002 20:00
A Ciencialist estah encolhendo dia apos dia.
Temos uma media de 2 saidas de membros por dia (chute). Tenho quase
certeza que o motivo eh a avalanche de mensagens.
Qual seria a solucao?
-Limitar o numero de mensagens diarias
-Orientar periodicamente como agir em caso de excesso de mensagens
(com mensagens sobre o funcionamento do Yahoogrupos na lista)
-Promover massivamente a lista para manter o numero de inscritos
-Deixar como estah
Para que esta mensagem nao gere outras duzias de respostas, peco
que que a resposta seja enviada diretamente para o administrador (eu)
pelo mail luisbrudna@uol.com.br ... ou entao envie para a lista (soh
em caso de opiniao que acha que deva ser compartilhada com os demais
integrantes).
Ateh
Luis Brudna - administrador
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 21:28
Não entendi. Você diz que só é milagre se for usada a concepção católica e
não deixa a ciência se manifestar. Que outra concepção existe? A dos
crentes? Imagino que eles atribuam a aparição ao diabo!
É claro que a ciência tem muito a dizer sobre todas as aparições de anjos,
santos, ufos, etc. Só que a resposta da ciência é menos fantástica do que
resposta da religião. E as pessoas adoram respostas mágicas.
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 26 de Outubro de 2002 20:20
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Milagres
>
> > Tenho dúvidas se foi a Igreja Cristã a primeira a usar o termo
"milagre"
>
> Estava me referindo aos milagres como a aparição em Fátima. É um milagre
> apenas ser for usada a concepção Católica. Não faz sentido dizer: Se a
> ciencia explica, é milagre, ou a ciencia explicou, portanto não é
milagre. A
> ciencia não tem nada a acrescentar sobre o assunto.
>
> DFG
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 22:05
> Mas identificar Deus com o Bem leva
> de novo ao problema de antropomorfizar o Totalmente Outro. Bem e Mal,
mesmo
> quando escritos com maiúsculas, são conceitos humanos e a própria
> caracterização de Deus como Totalmente Outro impede que ele possa ser
> pensado a partir de conceitos humanos. A alteridade radical não é boa nem
> má - ela é uma alteridade. Radical.
Douglas: "Bem" neste caso é um termo analógico e não literal. Não podemos
atribuir caracteristicas humanas a Deus mas como somos imagem e semelhança
d'Ele (e por isso não é um "antropormofismo absoluto") podemos dizer que é
mais correto identificá-lo com o Bem do que com o mal.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Intransigencia intransponivel
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 22:09
> A minha dúvida é: porque o Totalmente Outro deveria *querer* alguma coisa?
O
> conceito de alteridade radical indica que, seja lá o que for, o Totalmente
> Outro é desprovido de traços antropomórficos.
Douglas: É o homem que possui traços Teomórficos.
> Estes surgem da tentativa de
> representá-lo simbolicamente - mais ou menos como os conteúdos
inconscientes
> aparecem personificados nos sonhos. Atribuir-lhe uma vontade já é o começo
> da antropomorfização.
Douglas: Se ficar claro q "vontade"e "querer" são formas humanas de tentar
simbolizar Deus, não vejo problema algum. O simbolo sempre possui um lado
desconhecido. É só não tomar a palavra ao pé da letra. Senão teríamos que
seguir Wittgenstein: "Sobre o q n se pode fala, deve-se calar".
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 22:17
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 11:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
Subject: Re: [ciencialist] Intransigencia intransponivel
>Não podemos atribuir caracteristicas humanas a Deus mas como somos imagem e
semelhança
d'Ele (e por isso não é um "antropormofismo absoluto") podemos dizer que é
mais correto identificá-lo com o Bem do que com o mal.
>É o homem que possui traços Teomórficos.
Não vejo como é possível conciliar a idéia de uma alteridade absoluta com a
crença de que somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Acho que elas são
mutuamente excludentes. Assumir uma semelhança, qualquer que seja, entre
Deus e o homem, já é negar o caráter absoluto da alteridade.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 23:00
> Não entendi. Você diz que só é milagre se for usada a concepção católica e
> não deixa a ciência se manifestar. Que outra concepção existe? A dos
> crentes? Imagino que eles atribuam a aparição ao diabo!
Douglas: Só quis dizer, q quando a Igreja diz "milagre" ela está dizendo:
acontecimento que recebeu a intervenção Divina, e q portanto só pode ser
Bom, e q portanto não pode ser não Cristão, e q portanto não contraria as
leis da natureza, podendo sim trancende-las mas não contraria-las, pois Deus
não é um mágico. Se alguem usar um outro conceito de milagre, deixe a Igreja
de lado.
> É claro que a ciência tem muito a dizer sobre todas as aparições de anjos,
> santos, ufos, etc. Só que a resposta da ciência é menos fantástica do que
> resposta da religião. E as pessoas adoram respostas mágicas.
Douglas: Tem muito a dizer para a própria ciencia. A última palavra a
respeito de milagres pertence a Igreja, se usarmos o conceito q a Igreja
usa. Se quiser usar outro conceito, deixe a Igreja de lado.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 23:05
> Não vejo como é possível conciliar a idéia de uma alteridade absoluta com
a
> crença de que somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Acho que elas
são
> mutuamente excludentes. Assumir uma semelhança, qualquer que seja, entre
> Deus e o homem, já é negar o caráter absoluto da alteridade.
Douglas: Se a Alteridade é Absoluta, necessitaremos de uma Teologia Negativa
Absoluta, pois nada poderá ser dito. Neste caso poderíamos cair no
agnosticismo (não sei se existe, não sei se não existe), no fideísmo (creio
porque creio) ou num psicologismo (eu "senti" deus). Como sou Cristão nego
os três caminhos. Deus é Totalmente Outro pois nos Transcende, mas não nos
nega. Por isso algo d'Ele nós temos. Espero.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 23:29
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 12:05 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Se a Alteridade é Absoluta, necessitaremos de uma Teologia Negativa
Absoluta, pois nada poderá ser dito.
Depende do que você entende com "pode ser dito". Simpatizo com as idéias de
Wittgenstein sobre o misticismo, mas não concordo com a opinião de que "o
que não se pode falar deve-se calar". De fato, os místicos falam - e falam
até um bocado - sobre suas experiências com o Totalmente Outro. A questão é
que não dá pra levar o que eles dizem ao pé da letra, e os próprios místicos
insistem no caráter simbólico de seus relatos.
>Neste caso poderíamos cair no agnosticismo (não sei se existe, não sei se
não existe), no fideísmo (creio
porque creio) ou num psicologismo (eu "senti" deus). Como sou Cristão nego
os três caminhos.
Como eu me considero gnóstico, me inclino muito mais pro terceiro caminho -
a experiência (gnose) é o crivo absoluto. Mas acho que o agnosticismo é a
única postura coerente que a ciência pode adotar em relação à religião (como
já dizia, aliás, o criador da expressão, T. H. Huxley) e que o fideísmo é
uma atitude perfeitamente aceitável para os que não tiveram nenhuma
experiência e, mesmo assim, querem algo mais do que o agnosticismo. Quanto à
Igreja, eu, particularmente, não tenho nenhum motivo pra lhe atribuir
qualquer peso ou autoridade em questões espirituais. Pelo contrário,
desconfio muito de qualquer tentativa de institucionalizar a experiência
religiosa. Pra mim, é o começo do fim.
>Deus é Totalmente Outro pois nos Transcende, mas não nos nega. Por isso
algo d'Ele nós temos.
Eu até concordaria com essa afirmação, mas desconfio que você discordaria da
maneira como eu a interpreto, e que está mais próxima do panteísmo
spinozista do que da crença de que fomos feitos à imagem e semelhança de
Deus.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2002 23:48
> >Deus é Totalmente Outro pois nos Transcende, mas não nos nega. Por isso
> algo d'Ele nós temos.
>
> Eu até concordaria com essa afirmação, mas desconfio que você discordaria
da
> maneira como eu a interpreto, e que está mais próxima do panteísmo
> spinozista do que da crença de que fomos feitos à imagem e semelhança de
> Deus.
Douglas: Admiro e conheço bem Espinoza, mas realmente não concordo com ele.
O mesmo digo de Plotino. Sobre Gnose, realmente não concordo com ela. Alias,
se não me engano, ela tem muito de Plotino. E sobre a Institucionalização,
ela nos transmite meios para alcançar o que buscamos, como os Exercícios
Espirituais. Mas se alguém chegar lá por outro caminho (até mesmo o
ateísmo), eu não me importo nem um pouco. O moderador é que deve estar
adorando nossa discussão. Bem dentro da proposta da lista
Um abraço
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 00:02
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
> Douglas: Se a Alteridade é Absoluta, necessitaremos de uma Teologia
Negativa
> Absoluta, pois nada poderá ser dito. Neste caso poderíamos cair no
> agnosticismo (não sei se existe, não sei se não existe), no
fideísmo (creio
> porque creio) ou num psicologismo (eu "senti" deus). Como sou
Cristão nego
> os três caminhos. Deus é Totalmente Outro pois nos Transcende, mas
não nos
> nega. Por isso algo d'Ele nós temos. Espero.
L: Então você não crê no que disse acima, antes espera que assim o
seja... Como você pode dizer com tanta convicção certas coisas e na
hora em que se vê compelido a dar um testemunho de fidelidade ao que
diz deixa escapar um *espero*? Afinal, Deus É ou não É? Temos ou
não temos algo Dele? Ou será que é Ele quem tem de nós?
Douglas: Esta confusão se origina de pensar que a Fé é sinônimo de crença,
quando não é. As virtudes Teologais são: Fé, Esperança e Caridade. Tenho Fé
em Deus (confio) e tenho a Esperança de que minha Fé não seja uma ilusão.
Escrevi isto para acabar com essa conversa fiada de que quem tem Fé não
duvida.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 00:11
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 12:48 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Admiro e conheço bem Espinoza, mas realmente não concordo com ele.
Eu também não concordo inteiramente, mas acho uma tentativa admirável de
tentar descrever o que, em princípio, não tem como ser descrito sem cair no
paradoxo.
>O mesmo digo de Plotino.
Plotino me parece até mais interessante do que Spinoza, porque leva em conta
a intersecção entre a realidade divina e o mundo dito natural, sem tentar
reduzir um ao outro.
>Sobre Gnose, realmente não concordo com ela.
Pra mim, por outro lado, de todas as tentativas de sistematizar a
experiência mística, me parece a mais rica - precisamente porque não envolve
a submissão a nenhum tipo de autoridade (espiritual ou secular) e joga todo
o peso na experiência direta. E, por incrível que pareça dadas as idéias
vertiginosas do gnosticismo sobre a natureza da realidade, ele não tem
absolutamente nada que contradiga o que a ciência contemporânea tem a dizer
sobre o mundo, pelo menos se levarmos os resultados da psicologia da
percepção e algumas interpretações radicais da mecânica quântica às últimas
conseqüências.
>Alias, se não me engano, ela tem muito de Plotino.
Tem, sim, embora o próprio Plotino ficasse indignado com isso - ele chegou a
escrever um livro contra os gnósticos. Mas a filosofia neoplatônica é uma
influência fundamental no pensamento gnóstico.
>E sobre a Institucionalização, ela nos transmite meios para alcançar o que
buscamos, como os Exercícios
Espirituais.
Admiro os Exercícios Espirituais de Santo Inácio mas, com relação à
institucionalização, acho que nossos pontos de vista são absolutamente
inconciliáveis. Como eu disse logo que entrei na Ciencialist, sou anarquista
e fico com os dois pés atrás quando alguém me diz (como faz a Igreja) que eu
devo me submeter a uma autoridade externa que determina o que eu posso ou
não acreditar.
>O moderador é que deve estar adorando nossa discussão. Bem dentro da
proposta da lista
É, isso me passou pela cabeça. Mas, como o próprio Brudna disse numa
mensagem que "debater sobre cosmogonias relacionadas com divindades, sobre
influências de religião na sociedade, sobre relações mente x crença" é
adequado pra esta lista, achei que não estava fugindo tanto assim da
proposta. Mas, se você preferir, podemos suspender a discussão.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 00:26
Olá Edson!
--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> As pessoas sabem, pela experiência, que os indivíduos mais
inteligentes
> podem ser boas companhias e excelentes companheiros de trabalho,
pois
> frequentemente conseguem entender com mais rapidez e abrangência o
contexto
> e as implicações das situações em que se envolvem. Em função disso,
esses
> indivíduos costumam encontrar soluções eficazes para os problemas
com que se
> deparam, o que é uma evidente vantagem para eles e os que fazem
parte do
> mesmo grupo. Só sendo uma besta para não querer ficar com pessoas
assim,
> sejam machos ou fêmeas!
L: Você é inteligente, logo sabe reconhecer a inteligência em outras
pessoas. Na maioria dos casos, como seja para a média/baixa da
população, a inteligência seria motivo mais para competição e brigas
(por parte dos outros que se sintam ofendidos por uma presença mais
*brilhante*) do que um bom relacionamento, seja no trabalho, seja num
casamento, ou até mesmo em um círculo de amigos. E a pessoa
inteligente logo se afasta de tais grupos, ou se fica, sofre muito.
Inteligência quando não é bem canalizada/dedicada a uma causa ou
ideal, seja científico, seja filantrópico, é mais um problema sério
do que solução seja lá do que for. A convivência torna-se muito
difícil com as demais pessoas. O principal motivo é a incapacidade
de se fazer entendido pelos demais como consequência do entender
demais... :)
> Essa história de que homens não gostam de mulheres inteligentes é
meio
> furada. A explicação melhor parece ser que os homens fazem um
balanço entre
> a beleza, a aceitação social, a inteligência da mulher e a
possibilidade
> dele realizar seus projetos/sonhos com ela. Mais ou menos o mesmo
balanço
> que as mulheres fazem entre a beleza, a virilidade aparente, a
inteligência,
> o provável sucesso material de seus pretendentes e a possibilidade
dela
> realizar seus projetos/sonhos com ele. No final, é uma combinação
desses
> fatores que determina se vamos ficar ou não com uma pessoa.
L: Concordo... :)
(Há outros
> fatores, mas fiquemos nisto. Ressalvo que, por facilidade, omiti
nesta
> "análise" a paixão que nos acomete sem razão nem porquê e nos deixa
de
> quatro por uma baranga louca varrida, chave de cadeia federal, ou
por um
> canalha mulambento sem eira nem beira.).
L: Pois é... paixão é um fator de emburrecimento e normalmente
acontece de ser com a pessoa "errada" ( ou com a certa, dependendo do
ponto de vista. Tem gente que gostcha de sofrer). Acredito que
pessoas realmente inteligentes fogem da paixão como o diabo foge da
cruz, ou simplesmente têm a mente tão preenchida de outras atividades
que acabam não experimentando essa "entrega de mala e cuia"... ;)
(OBS: Nesse ponto eu sou burra: sempre me apaixonei por pessoas
(homens :) que me dão muito pouco valor ou mesmo nenhum. Deve ser
alguma forma de compensação, ou descompensação... nem Freud explica).
> Resumindo, na questão da seleção de parceiros fixos o buraco é mais
embaixo
> (com trocadilho!, como diz o pessoal da Casseta e Planeta).
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
L: Concordo também e digo ainda que o parceiro escolhido normalmente
vem de encontro a uma necessidade que se tenha. O melhor é quando
tal necessidade é palpável/visível, seja o bolso, seja o status.
Quando tal necesidade é desconhecida ou mal interpretada, a situação
é muito mais complicada e gera dor e ranger de dentes... ainda mais
quando há filhos e a separaçào é complicada.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 00:39
Oi Douglas,
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
> Douglas: Se a Alteridade é Absoluta, necessitaremos de uma Teologia
Negativa
> Absoluta, pois nada poderá ser dito. Neste caso poderíamos cair no
> agnosticismo (não sei se existe, não sei se não existe), no
fideísmo (creio
> porque creio) ou num psicologismo (eu "senti" deus). Como sou
Cristão nego
> os três caminhos. Deus é Totalmente Outro pois nos Transcende, mas
não nos
> nega. Por isso algo d'Ele nós temos. Espero.
L: Então você não crê no que disse acima, antes espera que assim o
seja... Como você pode dizer com tanta convicção certas coisas e na
hora em que se vê compelido a dar um testemunho de fidelidade ao que
diz deixa escapar um *espero*? Afinal, Deus É ou não É? Temos ou
não temos algo Dele? Ou será que é Ele quem tem de nós?
Beijos, Lígia
SUBJECT: O Tempo das coisas (um paradoxo)
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 01:13
Pode-se observar que cada coisa tem o seu tempo de existência em razão, justamente, do tempo. A vida humana por ex., tem o seu tempo, as estrelas, cada uma, têm o seu tempo. Na verdade, esse tempo pode ser descrito como o tempo em que as coisas duram enquanto tais, isto é que são enquanto são, uma vez que a energia circula, e essa é a causa da perenidade das coisas; o que ocorre na verdade é a transformação, como se sabe. Esse fato da sucessão temporal das coisas, pode-se reduzir à formula simples de que tudo que tem um começo, um princípio, tem um final. Ora, se todas as coisas tivessem o mesmo tempo de duração ou existência, o Universo não passaria do primeiro bilionésimo de segundo. Assim sendo, cada coisa tendo o seu tempo próprio necessário a que ela seja reconhecida como tal, se digo por ex., que um livro é um livro é porque seu tempo diverge de quaisquer outro livro ou objeto, não somente de suas propriedades materiais como cor, tamanho, composição, conteúdo e finalidade. Sendo as coisas partes individuais e coletivas do cosmo, somos forçados a concluir que o Universo também passará, porque é composto de coisas finitas, ( se as partes são finitas, o todo também é).Dessa forma não se pode dizer que o tempo pode ser ao mesmo tempo, relativo e absoluto? Relativo quando o observador considera os fenômenos em separados, individualizados, e absoluto, quando ele considera o Universo inteiro como uma totalidade, que passa a ser também uma unidade? O que proponho é que o tempo é mais que um elemento do contínuo espaço-tempo, mas um elemento dinâmico intrinseco à natureza das coisas que simutâneamente está nela e fora dela. Por esse raciocínio, o tempo de existência do Universo é o somatório do tempo de existência de cada coisa, cada fenômeno. Espero que tenha conseguido me fazer entender.
Obrigado.
Abraços
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 01:20
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Eu mencionei as pesquisas do Newberg para mostrar que, independente
de
> qualquer outra coisa - de seu significado, de sua interpretação ou
da
> possibilidade de que ela fosse manipulada pelas religiões
> institucionalizadas - a experiência mística é um fenômeno real (ou
melhor,
> tão real quanto qualquer experiência que se possa ter neste mundo ;-
)), que
> apresenta características mensuráveis na atividade do cérebro. E,
em outro
> email, comentei que era um exemplo de como a ciência pode se
aproximar da
> religião com uma atitude rigorosamente científica sem ser,
necessariamente,
> redutivista ou preconceituosa.
L: O problema maior Lucio, é a tendência da ciência em encarar os
eventos místicos como produto de mau funcionamento cerebral. Em
termos gerais, uma pessoa qualquer que experimente um estado de
consciência alterada acaba caindo no *grupo de risco* de possuidores
de anomalias congênitas ou não a nível cerebral. No caso dessas
pesquisas, Newberg deixa muito claro que a experiência mística
acontece a nível "acionamento" de certa área cerebral, da mesma forma
que as Experiências de Quase Morte que podem acontecer devido a
descargas elétricas em setores cerebrais agonizantes e, ao invés de
permitir que os pesquisadores enxerguem que na realidade a
*realidade* é apenas fruto do funcionamento cerebral, comecem a
medicar pessoas com propensão a experiências místicas. Pode crêr, eu
detesto ser chamada de esquizofrência :)
> >Agora é só tirar o *filtro*...
>
> "Só"?!? ;-))
L: Há meios para conseguir dar conta disso... :)
> >É isso mesmo. Daí as investidas em alterar o modo de *ver* e a
> insistência em anular o Ego. Tudo acaba sendo uma questão de
> perspectiva que se encontra distorcida pela forma que o Ego nos faz
> enxergar a *realidade*.
>
> E que opera em todos os níveis, desde a percepção sensorial mais
elementar
> ao raciocínio mais abstrato, passando pelas emoções, sentimentos,
atitudes.
> Enfim, pra alguém que nem sequer existe, o ego tá se saindo muito
bem na
> tentativa de estar em todas... ;-)
L: Pois é... mas veja, para a existência digamos que o Ego seja um
mal necessário. Seria muito difícil viver sem ele. A não ser que
não se precisasse mais existir... :)
> >Mas mesmo assim meu marido reclama da minha obstinação e
impulsividade (ele
> é de peixes)...
>
> Rárárá! A minha mulher também é de peixes - e também vive dizendo
que eu sou
> uma mula empacada. ;-)
L: Água tende a apagar o fogo... :)
> >A paixão e o devotamento também podem fortalecer o espírito.
> Parece que você já tem os dois e ambos estão bem direcionados.
>
> I hope so. ;-)
L: Tem que ser mais do que esperar simplesmente. De alguma forma
você tem que sentir que isso basta ou então buscar outros meios para
tal fortalecimento.
> Vixe, ainda tem muuuuuito chão pela frente, é trabalho pra vida
inteira. Eu
> sei onde é que eu tô no mapa e tenho uma idéia de pra onde eu quero
ir, mas
> só as noções mais vagas sobre como ligar os dois pontos. Além
disso, os
> zen-budistas já advertiam que o modo mais fácil de *não* conseguir a
> iluminação é *buscar* a iluminação. Quer dizer, desse ponto de
vista, eu já
> comecei com o pé esquerdo... ;-)
L: Simplesmente porque ela acontece por acréscimo ao fortalecimento
e evolução espiritual, não movida à busca... :)
De mais a mais, quem foi que disse que você
> não vai chegar lá primeiro que todo mundo? ;-)
L: Eu nem penso nisso... :) E se acontecer vai ser porque eu
consegui ;)
Beijos, Lígia
PS: Você recebeu o meu texto pseudo-dada?
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio ( complemento )
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 01:28
Faltaram 3 palavras (faça com que) para que esse parágrafo tivesse o
sentido que eu planejava ao escrevê-lo. Estão entre asterísticos*.*
Lígia
************************************
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> L: O problema maior Lucio, é a tendência da ciência em encarar os
> eventos místicos como produto de mau funcionamento cerebral. Em
> termos gerais, uma pessoa qualquer que experimente um estado de
> consciência alterada acaba caindo no *grupo de risco* de
possuidores
> de anomalias congênitas ou não a nível cerebral. No caso dessas
> pesquisas, Newberg deixa muito claro que a experiência mística
> acontece a nível "acionamento" de certa área cerebral, da mesma
forma
> que as Experiências de Quase Morte que podem acontecer devido a
> descargas elétricas em setores cerebrais agonizantes e, ao invés de
> permitir que os pesquisadores enxerguem que na realidade a
> *realidade* é apenas fruto do funcionamento cerebral, *faça com
que* comecem a
> medicar pessoas com propensão a experiências místicas. Pode crêr,
eu
> detesto ser chamada de esquizofrência :)
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 01:31
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> <douglasgabriel@b...> escreveu
> L: Então você não crê no que disse acima, antes espera que assim o
> seja... Como você pode dizer com tanta convicção certas coisas e na
> hora em que se vê compelido a dar um testemunho de fidelidade ao que
> diz deixa escapar um *espero*? Afinal, Deus É ou não É? Temos ou
> não temos algo Dele? Ou será que é Ele quem tem de nós?
>
> Douglas: Esta confusão se origina de pensar que a Fé é sinônimo de
crença,
> quando não é. As virtudes Teologais são: Fé, Esperança e Caridade.
Tenho Fé
> em Deus (confio) e tenho a Esperança de que minha Fé não seja uma
ilusão.
> Escrevi isto para acabar com essa conversa fiada de que quem tem Fé
não
> duvida.
L* Então por favor me responda: como se pode confiar (você diz que
tem Fé em Deus, logo *confia*) desconfiando? Ou será que ter dúvidas
não é o mesmo que desconfiar?
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 01:44
> >Alias, se não me engano, ela tem muito de Plotino.
>
> Tem, sim, embora o próprio Plotino ficasse indignado com isso - ele chegou
a
> escrever um livro contra os gnósticos.
Não sabia disso. Está em qual livro, vc sabe me informar? (As ediçõe
completas de Plotino na universidade - frances- está dividida em 6 volumes.
Só que o último foi roubado, ou sumiu). Fou traduzido para o portugues
alguns tratados dele reunidos em um livro. Se vc quiser eu te passo a
referência.
> Admiro os Exercícios Espirituais de Santo Inácio mas, com relação à
> institucionalização, acho que nossos pontos de vista são absolutamente
> inconciliáveis. Como eu disse logo que entrei na Ciencialist, sou
anarquista
> e fico com os dois pés atrás quando alguém me diz (como faz a Igreja) que
eu
> devo me submeter a uma autoridade externa que determina o que eu posso ou
> não acreditar.
Mas se a autoridade for alguém mais experiente q pode me auxiliar e se o
caminho que ela aponta refletir a minha experiência, ela é bem vinda (alias
este é o conceito, de forma muito simplificada, de autoridade do padre
Giussane. O Papa Paulo II disse que é o melhor conceito de autoridade que
ele já leu).
>Mas, se você preferir, podemos suspender a discussão.
Eu não. Adoro estes assuntos.
DFG
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 02:09
L* Então por favor me responda: como se pode confiar (você diz que
tem Fé em Deus, logo *confia*) desconfiando? Ou será que ter dúvidas
não é o mesmo que desconfiar?
D: Vc está misturando duas palavras. Dúvida-certeza e confiar-duvidar. A
dúvida que tenho é a primeira, não a segunda. É porque a palavra "dúvida"
está sendo usada para designar duas coisas diferentes.
SUBJECT: Re: O Tempo das coisas (um paradoxo)
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 02:39
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> (...)Ora, se todas as coisas tivessem o mesmo tempo de duração ou
existência, o Universo não passaria do primeiro bilionésimo de
segundo. Assim sendo, cada coisa tendo o seu tempo próprio necessário
a que ela seja reconhecida como tal, se digo por ex., que um livro é
um livro é porque seu tempo diverge de quaisquer outro livro ou
objeto, não somente de suas propriedades materiais como cor, tamanho,
composição, conteúdo e finalidade. Sendo as coisas partes individuais
e coletivas do cosmo, somos forçados a concluir que o Universo também
passará, porque é composto de coisas finitas, ( se as partes são
finitas, o todo também é).
L: Olá Carlos, até aqui tudo bem mas...
C:(...) Dessa forma não se pode dizer que o tempo pode ser ao mesmo
tempo, relativo e absoluto? Relativo quando o observador considera
os fenômenos em separados, individualizados, e absoluto, quando ele
considera o Universo inteiro como uma totalidade, que passa a ser
também uma unidade? O que proponho é que o tempo é mais que um
elemento do contínuo espaço-tempo, mas um elemento dinâmico
intrinseco à natureza das coisas que simutâneamente está nela e fora
dela. Por esse raciocínio, o tempo de existência do Universo é o
somatório do tempo de existência de cada coisa, cada fenômeno. Espero
que tenha conseguido me fazer entender.
L: Isso acaba caindo em conceitos de tempo "cósmico" tão utilizados
em experiências místicas... :) A propósito, qual seria a
necessidade de considerar um tempo absoluto? O que eu posso dizer
disso é que para que um tempo absoluto com relação ao Universo
pudesse ser considerado por nós, nós teríamos que crescer em escala
até alcançar seus confins, ser o Universo ou estar em pé de igualdade
com ele ( o que parece ser possível através de algumas experiências
envolvendo estados de consciência alterados, já que essa idéia de
tempo Universal ou cósmico é bastante divulgada em literatura
mística ). Mas então Carlos, a partir do momento que o *tempo
absoluto do Universo* fizesse algum sentido, automaticamente ele
seria *relativo* pois teríamos a visão de correr do tempo do *próprio
Universo* e poderíamos apreciar toda a evolução do Universo do ponto
de vista dele próprio e perceberíamos que de absoluto tal tempo não
tem nada pois não passa do *tempo relativo do Universo*... e isso é
tudo. :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] pombos
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 09:21
Oi Daniel
Esta estória dos pombos há muito que me incomoda. É como vc coloca: Já me
aconteceu de estar almoçando na Av. Atlântica e um pombo vir tentar comer no
meu prato!
O pombo, a despeito de seu significado simbólico (Paz) é veículo de
transmissão de doença graves, como por exemplo a difteria (Crupe) que é
transmitida pelos seus piolhos, micose profunda (Através da fezes transmite
uma micose que acomete aos pulmões formando carvernas, como na tuberculose),
ornitose (Um vírus do grupo da psitacose) que, no 'meus tempos' não havia
cura, etc.
Os pombos, como a maioria dos animais, está sujeito a formar reflexos
condicionados e creio que seja este o motivo de não mais se assustarem com a
presença humana. A maioria das pessoas o têm como inofensivo e o acolhem.
Aprenderam a conviver.
[ ]s
Antonio Renato.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Moro no Rio de Janeiro e em alguns lugares da cidade existem muitos pombos.
Há algum tempo quando eu andava na rua e chegava perto de um, ele começava
a bater as asas e ia pra outro lugar. Hoje, uma boa parte dos pombos quando
chego perto, até correndo, não está nem aí. Será que nao sou mais tão
assustador assim? Ou, os pombos "evoluiram" para um estágio onde a
convivência com os homens é aceitável?
[ ]s
_______________________________________
|Daniel Leal Freire
|daniellf@highway.com.br
|http://www.geocities.com/dfreirebr/
|"Imagination is more important than knowledge"
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 09:22
Oi Lígia e Edson
Vou deixar o meu pitaco, minha opinião pessoal e intranferível.
Inicialmente vou repetir o postado anteriormente: Só me agradam dois tipos
de mulheres: As brasileiras e as estrangeiras. Agora acrescento: Dentre as
brasileiras e as estrangeiras, deverão ser burras ou inteligentes, servindo
também as 'intermediárias'.
Aquilo que busco na companhia feminina, qualquer uma mulher (Sem excessão)
poderão me oferecer. A 'coisa' é animal!
Quaisquer outros 'atributos' que ela possa apresentar (Inteligência,
cultura, beleza, educação, riqueza, etc), são 'efeitos colaterais'.
Temos 'efeitos colaterais' que desejamos, e isso é individual.
Ex.: A um indivíduo que faz uso de imipramina como tramento de uma depressão
pode 'lucrar' com o efeito colateral da citada droga, caso sofra de diarréia
ou enurese. A obstipação intestinal ou a retenção urinária seria dejesável
ou indesejável, a cada caso (individual).
Quando prescrevemos um ansiolítico, p.ex., temos de levar em conta as
atividades daquele a quem se prescreve, para a escolha da droga e em que
dosagem. Os ansiolíticos afinal, têm a sonolência como efeito colateral. No
caso, p.ex., de um motorista profissional, ou um operador de máquina pesada
na indústria, seria desejável uma droga que não produzisse sonolência. Já a
'sonolencia' estaria indicada em indivíduos licenciados ou que não estejam
na dependência 'compromissos'. Afinal, o sono (Com sonhos) é a panacéia para
os 'males da mente'.
Para concluir: O que leva a um relacionamento (homem/mulher) adequado e que
conduza à satisfação, é que haja correspondencia entre as expectativas que
um indivíduo tem para conjuge, e o que o outro tem à oferecer. Inicialmente
é isso.
A continuação seria a capacidade individual para 'adaptar-se as situações'.
Mas é outro departamento.
Abraços.
Antonio Renato.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@2
Olá Edson!
--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> As pessoas sabem, pela experiência, que os indivíduos mais
inteligentes
> podem ser boas companhias e excelentes companheiros de trabalho,
pois
> frequentemente conseguem entender com mais rapidez e abrangência o
contexto
> e as implicações das situações em que se envolvem. Em função disso,
esses
> indivíduos costumam encontrar soluções eficazes para os problemas
com que se
> deparam, o que é uma evidente vantagem para eles e os que fazem
parte do
> mesmo grupo. Só sendo uma besta para não querer ficar com pessoas
assim,
> sejam machos ou fêmeas!
L: Você é inteligente, logo sabe reconhecer a inteligência em outras
pessoas. Na maioria dos casos, como seja para a média/baixa da
população, a inteligência seria motivo mais para competição e brigas
(por parte dos outros que se sintam ofendidos por uma presença mais
*brilhante*) do que um bom relacionamento, seja no trabalho, seja num
casamento, ou até mesmo em um círculo de amigos. E a pessoa
inteligente logo se afasta de tais grupos, ou se fica, sofre muito.
Inteligência quando não é bem canalizada/dedicada a uma causa ou
ideal, seja científico, seja filantrópico, é mais um problema sério
do que solução seja lá do que for. A convivência torna-se muito
difícil com as demais pessoas. O principal motivo é a incapacidade
de se fazer entendido pelos demais como consequência do entender
demais... :)
> Essa história de que homens não gostam de mulheres inteligentes é
meio
> furada. A explicação melhor parece ser que os homens fazem um
balanço entre
> a beleza, a aceitação social, a inteligência da mulher e a
possibilidade
> dele realizar seus projetos/sonhos com ela. Mais ou menos o mesmo
balanço
> que as mulheres fazem entre a beleza, a virilidade aparente, a
inteligência,
> o provável sucesso material de seus pretendentes e a possibilidade
dela
> realizar seus projetos/sonhos com ele. No final, é uma combinação
desses
> fatores que determina se vamos ficar ou não com uma pessoa.
L: Concordo... :)
(Há outros
> fatores, mas fiquemos nisto. Ressalvo que, por facilidade, omiti
nesta
> "análise" a paixão que nos acomete sem razão nem porquê e nos deixa
de
> quatro por uma baranga louca varrida, chave de cadeia federal, ou
por um
> canalha mulambento sem eira nem beira.).
L: Pois é... paixão é um fator de emburrecimento e normalmente
acontece de ser com a pessoa "errada" ( ou com a certa, dependendo do
ponto de vista. Tem gente que gostcha de sofrer). Acredito que
pessoas realmente inteligentes fogem da paixão como o diabo foge da
cruz, ou simplesmente têm a mente tão preenchida de outras atividades
que acabam não experimentando essa "entrega de mala e cuia"... ;)
(OBS: Nesse ponto eu sou burra: sempre me apaixonei por pessoas
(homens :) que me dão muito pouco valor ou mesmo nenhum. Deve ser
alguma forma de compensação, ou descompensação... nem Freud explica).
> Resumindo, na questão da seleção de parceiros fixos o buraco é mais
embaixo
> (com trocadilho!, como diz o pessoal da Casseta e Planeta).
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
L: Concordo também e digo ainda que o parceiro escolhido normalmente
vem de encontro a uma necessidade que se tenha. O melhor é quando
tal necessidade é palpável/visível, seja o bolso, seja o status.
Quando tal necesidade é desconhecida ou mal interpretada, a situação
é muito mais complicada e gera dor e ranger de dentes... ainda mais
quando há filhos e a separaçào é complicada.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 09:26
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 2:20 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>O problema maior Lucio, é a tendência da ciência em encarar os
eventos místicos como produto de mau funcionamento cerebral.
Sim, é a postura redutivista, que neste caso (só neste?) mais atrapalha do
que ajuda. Se você já aborda um fenômeno com a opinião preconcebida de que
ele é patológico, é claro que os resultados da pesquisa vão ser orientados
nessa direção. Por isso que, até agora, a ciência não tinha dado
praticamente nenhuma contribuição que preste à fenomenologia religiosa. A
pesquisa do Newberg - que, espero, seja o início de uma nova orientação
científica, menos preconceituosa - reverte esse quadro e mostra que, pelo
contrário, as experiências místicas fazem parte do funcionamento normal do
cérebro. Eu não tenho muita certeza do frame evolucionista que ele adota pra
explicar isso mas, enfim, trabalha-se com a moldura que se tem, pelo menos
até que entre em cena um novo paradigma mais amplo.
>No caso dessas pesquisas, Newberg deixa muito claro que a experiência
mística
acontece a nível "acionamento" de certa área cerebral, da mesma forma
que as Experiências de Quase Morte que podem acontecer devido a
descargas elétricas em setores cerebrais agonizantes e, ao invés de
permitir que os pesquisadores enxerguem que na realidade a
*realidade* é apenas fruto do funcionamento cerebral, comecem a
medicar pessoas com propensão a experiências místicas.
Achei engraçadas as reações da comunidade científica a essa pesquisa recente
explicando o mecanismo das NDE. O tom geral foi: "tá vendo, isso prova que
as NDE não passam de uma ilusão". Do meu ponto de vista, isso deixa passar o
ponto principal, que é muito mais importante: uma experiência de NDE tem um
grau de realidade igual ou maior do que as experiências quotidianas, pelo
menos pras pessoas que passaram por ela. Se essa experiência, com todos os
seus índices de realidade subjetivos, pode ser produzida por simples
descargas elétricas em determinadas áreas do cérebro, *quem é que garante
que a mesma coisa não se passa com as nossas experiências quotidianas*?
Alguém poderia objetar que as NDE são totalmente subjetivas, enquanto que as
nossas percepções normais são compartilhadas pelas outras pessoas, mas isso
não é uma objeção determinante, por vários motivos:
1) As NDE *não são* totalmente subjetivas. Existe um aspecto presente em
várias delas e que, inclusive, não é explicado pela pesquisa: vários
sujeitos que passaram por NDE deram descrições detalhadas do que observaram
quando supostamente estavam fora do corpo e que foram confirmadas quando
elas voltaram a si. Na maioria dos casos, essas descrições se limitam ao que
se passava na sala de cirurgia e poderiam ser explicadas por percepção
subliminar. Mas, em outros, o sujeito diz que vagueou pelos corredores do
hospital e até pela rua. Em pelo menos um dos casos, ele descreveu um
acidente que teria testemunhado numa rua próxima ao hospital, descreveu os
carros envolvidos e as circunstâncias do acidente e tudo isso se revelou
exato. Isso não implica necessariamente que ele tenha saído de fato do
corpo - o físico Amit Goswami apresenta uma possível explicação pra esse
fenômeno de conhecimento à distância baseado na hipótese da não-localidade
do cérebro (o pressuposto é o de que o cérebro seja um sistema cujo
funcionamento é híbrido, em parte "clássico" e em parte "quântico", um
pressuposto que tem defensores de peso, como Roger Penrose). Mas mostra que
não se pode rejeitar uma comparação entre as NDE e as experiências normais
alegando que elas são "subjetivas".
2) Por outro lado, as experiências normais também não são totalmente
objetivas. O fato de usarmos palavras semelhantes pra descrever o mesmo
objeto não prova que o estamos vendo de maneira idêntica. Mostra apenas que
usamos as mesmas palavras pra descrevê-lo. Por exemplo, eu olho pra uma maçã
e digo que ela vermelha. Você olha pra uma maçã e diz que ela é vermelha. Ma
s não temos como saber se a cor que eu defino como "vermelha" é a mesma que
você chama por esse nome, porque a percepção da cor é um qualia e os qualia
permanecem fora do alcance da linguagem. Pra ficar no exemplo da cor, o que
eu chamo de "verde" é uma combinação de amarelo e azul, o que o daltônico
chama de "verde" é um tom de cinza. Mas os dois concordariam que um pé de
alface (ou um marciano ;-)) é "verde".
3) Se as mesmas áreas do cérebro forem estimuladas, produzirão percepções
razoavelmente semelhantes (com a ressalva que eu fiz no item 2). Isso se
deve não só ao fato de a anatomia cerebral ser a mesma, mas também ao fato
de que uma parte significativa das conexões neuronais se formam por
influência do processo de socialização e, portanto, pessoas submetidas a um
processo de socialização semelhante também terão associações semelhantes
entre os neurônios. O filósofo Hilary Putnam chegou a propor um célebre
Gedankenexperiment no qual ele mostra que, se fossemos todos cérebros em
cubas no laboratório de algum cientista louco da ficção científica,
alimentados com descargas elétricas periódicas, nossa percepção do mundo
seria indistinguível da que temos na realidade.
Quer dizer, como você disse, na realidade, a realidade *pode* perfeitamente
ser apenas fruto do funcionamento do cérebro - o que não exclui a existência
de uma verdadeira realidade por trás, fora do nosso alcance.
>Há meios para conseguir dar conta disso... :)
É, eu sei. Tô pesquisando, tô pesquisando... ;-)
>Pois é... mas veja, para a existência digamos que o Ego seja um mal
necessário.
Ele é necessário pra existência da realidade tal como a percebemos. Mas quem
disse que a realidade tal como percebemos é necessária? ;-)
>Água tende a apagar o fogo... :)
Ou o fogo a evaporar a água. ;-)
>Tem que ser mais do que esperar simplesmente. De alguma forma
você tem que sentir que isso basta ou então buscar outros meios para
tal fortalecimento.
Eu sei. "A espera é." Mas prefiro procurar pelos tais "outros meios".
>Simplesmente porque ela acontece por acréscimo ao fortalecimento
e evolução espiritual, não movida à busca... :)
É, aqui temos um problema, porque o meu motor é movido a busca... ;-)
>Você recebeu o meu texto pseudo-dada?
Recebi ontem, achei muito legal. Lembra mesmo aqueles contos do Veríssimo,
em que ele desloca as palavras do seu contexto habitual. Tem um quê de
dadaísmo, sim, só que você respeita mais a sintaxe do que os dadaístas. Eu
também tenho alguns contos em que eu jogo com esse deslocamento das
palavras, se você quiser eu te mando um pra você ver.
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 10:08
Olá Lúcio e Douglas,
Lúcio: Então por favor me responda: como se pode confiar (você diz que tem
Fé em Deus, logo *confia*) desconfiando? Ou será que ter dúvidas não é o
mesmo que desconfiar?
Douglas: Vc está misturando duas palavras. Dúvida-certeza e confiar-duvidar.
A dúvida que tenho é a primeira, não a segunda. É porque a palavra "dúvida"
está sendo usada para designar duas coisas diferentes.
Manuel: Acho que entendo o que o Douglas quer dizer. Com efeito, se pararmos
para pensar, veremos que só se pode crer no que não é certo, isto é, somente
o que é duvidoso e não-evidente pode ser objeto de crença ou descrença. Pois
ninguém, em sã consciência, diria "CREIO que a A = A" em vez de dizer "SEI
que A = A". Em suma: só se crê quando não se sabe com certeza. É por que
posso estar errado que creio que estou certo.
Por isso que se diz: "credo quia absurdum", isto é, "creio por ser absurdo".
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Perdendo membros [administrador]
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 10:14
É a lei do ajuste ou da adaptação. Se não houver um entendimento de que, se todos os participantes emitirem uma mensagem por dia teremos cerca de 290 e-mails para tentar ler.
Se, entretanto, cada um perceber que o volume está muito acima do possível de acompanhar e restringir o envio ao mínimo inadiável ou até mesmo nenhum... Mas, ditar normas de restrição, definindo o limite de cada ou o que cada participante deve fazer é chato, desagradável e incompatível em um grupo de pessoas que buscam exatamente o melhor entendimento do conhecimento e das ciências, isto é, a melhor solução possível de ser escolhida, para cada caso ou problema prático da convivência: com a natureza, que inclui os outros. Ou não?
[]s
José Renato
_______________________________
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, October 26, 2002 9:00 PM
Subject: [ciencialist] Perdendo membros [administrador]
A Ciencialist estah encolhendo dia apos dia.
Temos uma media de 2 saidas de membros por dia (chute). Tenho quase
certeza que o motivo eh a avalanche de mensagens.
Qual seria a solucao?
-Limitar o numero de mensagens diarias
-Orientar periodicamente como agir em caso de excesso de mensagens
(com mensagens sobre o funcionamento do Yahoogrupos na lista)
-Promover massivamente a lista para manter o numero de inscritos
-Deixar como estah
Para que esta mensagem nao gere outras duzias de respostas, peco
que que a resposta seja enviada diretamente para o administrador (eu)
pelo mail luisbrudna@uol.com.br ... ou entao envie para a lista (soh
em caso de opiniao que acha que deva ser compartilhada com os demais
integrantes).
Ateh
Luis Brudna - administrador
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 10:17
----- Original Message -----
From: Douglas Ferreira Gonçalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 2:44 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Não sabia disso. Está em qual livro, vc sabe me informar?
Tá no nono tratado da II Enéada, que é inteiramente dedicado a uma refutação
dos gnósticos. A principal objeção (há várias) é que tanto Plotino quanto os
gnósticos consideram o mundo como composto de níveis superpostos, com graus
decrescentes de realidade, que emanam de Deus, concebido como a realidade
suprema, mas enquanto a emanação é, pro Plotino, um processo harmônico e
natural, os gnósticos o encaravam como um desastre de proporções cósmicas,
responsável pelo surgimento do mundo ilusório no qual habitamos e origem de
todo o mal que há nesse pseudomundo. Além disso, Plotino não gostava da
tendência dos gnósticos pra "dramatizar", personificando os conceitos
filosóficos e tratando-os como personagens míticos de histórias alegóricas.
>Mas se a autoridade for alguém mais experiente q pode me auxiliar e se o
caminho que ela aponta refletir a minha experiência, ela é bem vinda
A experiência religiosa, quando autêntica, é pessoal e intransferível. Por
maior que seja a semelhança geral, cada uma tem particularidades
específicas. Então, é claro que alguém mais experiente pode ter conselhos
úteis pra dar, mas não pode se considerar uma autoridade absoluta. A
religião institucionalizada, por sua vez, se arroga o direito contrário, de
determinar quais experiências são válidas e quais devem ser descartadas, e o
critério pra isso é a concordância com a interpretação doutrinária oficial.
Já eu acho que, havendo discordância, deve-se ficar com a experiência e
jogar fora a doutrina. Aliás, não vejo nem mesmo porque deveria haver uma
interpretação doutrinária oficial.
>Eu não. Adoro estes assuntos.
É, eu também. Nota-se? ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 10:24
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 11:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
>Lúcio: Então por favor me responda: como se pode confiar (você diz que
tem
Fé em Deus, logo *confia*) desconfiando? Ou será que ter dúvidas não é o
mesmo que desconfiar?
Opa, você confundiu os L's. ;-) Quem perguntou isso pro Douglas não fui eu,
não, foi a Ligia. Eu não vejo conflito nenhum entre fé e dúvida, acho até
que a margem pra dúvida é o que diferencia a fé do fanatismo. Tenho
inclusive uma predileção pela aposta de Pascal: Deus pode ou não existir;
você não tem como saber; na dúvida, é melhor apostar que ele existe - se não
existir, você não tem nada a perder, e se existir, você tem tudo a ganhar. É
um raciocínio engenhoso, proposto por um dos primeiros a mostrar que
religião e ciência não são mutuamente excludentes - ele foi ao mesmo tempo
um cientista matemático brilhante e um dos principais ideólogos da heresia
jansenista.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tempo das coisas (um paradoxo)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 11:05
----- Original Message -----
From: Aniello Gr?o
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 12:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] O Tempo das coisas (um paradoxo)
>Em um organismo biológico, nada semelhante a evolução ocorre. Um organismo
que nasce como chipanzé não pode se transformar em outra espécie. Não
podemos
falar de evolução enquanto tratamos de indivíduos. Mas em uma população, que
é composta apenas de indivíduos, a evolução se manifesta. É uma propriedade
emergente de uma população que não pode ser vista quando analisamos apenas
indivíduos.
Você poderia considerar a dualidade onda/partícula na mecânica quântica como
outro exemplo de propriedade emergente. Elétrons individuais sempre vão ser
observados como partículas mas, se você tomar grandes grupos de elétrons,
eles vão apresentar o padrão de difração característico das ondas.
Abs.
L.
SUBJECT: dilatação gravitacional do tempo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 11:37
Oi,
Tirem-me esta dúvida, por favor:
De acordo com a teoria geral da relatividade, quanto mais forte é o campo
gravitacional mais lento é o tique-taque dos relógios, isto é, mais
lentamente o tempo passa. Um evento que, aqui em nosso Planeta, dura um
segundo, nas proximidades de uma estrela de neutron pode durar horas (do
ponto de vista de quem o observa da Terra, claro).
Quanto mais densa a matéria, mais forte o campo gravitacional e, por
conseguinte, mais lentamente o tempo passa.
Ora, a matéria de um buraco negro está continuamente mais densa e o campo
gravitacional continuamente mais forte, de modo que, quanto mais próxima a
singularidade, mais dilatado será o tempo que resta.
Vale dizer, então, que a singularidade de um buraco negro está sempre no
futuro? É isso? E, caso o espaço-tempo seja fechado, a singularidade do Big
Crunch também estará "sempre" no futuro?
"Sempre" é muito tempo. E quando se tem tempo demais, tudo que é possível
acontece.
Perdoem-me se disse alguma bobagem.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tempo das coisas (um paradoxo)
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 11:41
Em Dom 27 Out 2002 02:13, you wrote:
> Pode-se observar que cada coisa tem o seu tempo de existência em razão,
> justamente, do tempo. A vida humana por ex., tem o seu tempo, as estrelas,
> cada uma, têm o seu tempo. Na verdade, esse tempo pode ser descrito como o
> tempo em que as coisas duram enquanto tais, isto é que são enquanto são,
> uma vez que a energia circula, e essa é a causa da perenidade das coisas; o
> que ocorre na verdade é a transformação, como se sabe. Esse fato da
> sucessão temporal das coisas, pode-se reduzir à formula simples de que
> tudo que tem um começo, um princípio, tem um final. Ora, se todas as coisas
> tivessem o mesmo tempo de duração ou existência, o Universo não passaria do
> primeiro bilionésimo de segundo. Assim sendo, cada coisa tendo o seu tempo
> próprio necessário a que ela seja reconhecida como tal, se digo por ex.,
> que um livro é um livro é porque seu tempo diverge de quaisquer outro livro
> ou objeto, não somente de suas propriedades materiais como cor, tamanho,
> composição, conteúdo e finalidade.
Até aqui tudo bem.
> Sendo as coisas partes individuais e
> coletivas do cosmo, somos forçados a concluir que o Universo também
> passará, porque é composto de coisas finitas, ( se as partes são finitas, o
> todo também é).
Aqui a porca torce o rabo. Em cibernética (basicamente o estudo de sistemas),
temos o conceito de propriedades emergentes. O que seriam propriedades
emergentes? Simples: propriedades que aparecem em um sistema que não se
manifesta nalisando seus componentes. Por exemplo, a evolução das espécies.
Em um organismo biológico, nada semelhante a evolução ocorre. Um organismo
que nasce como chipanzé não pode se transformar em outra espécie. Não podemos
falar de evolução enquanto tratamos de indivíduos. Mas em uma população, que
é composta apenas de indivíduos, a evolução se manifesta. É uma propriedade
emergente de uma população que não pode ser vista quando analisamos apenas
indivíduos.
Todas as coisas em separado podem ser perenes, pois como você mesmo falou, a
"energia flui". E aí já notamos algo: as coisas são perenes, mas a energia
não. Ela se transforma, mas não é destruída. Quando analisamos somente
objetos, o universo mostra um constante ciclo de morte e nascimento. Quando
analisamos um sistema mais amplo notamos coisas permanentes, como a
quantidade total de energia.
Em resumo, o todo e muito mais que a soma das partes constituintes.
> Dessa forma não se pode dizer que o tempo pode ser ao mesmo
> tempo, relativo e absoluto? Relativo quando o observador considera os
> fenômenos em separados, individualizados, e absoluto, quando ele considera
> o Universo inteiro como uma totalidade, que passa a ser também uma unidade?
Quando falamos que o tempo é relativo, queremos dizer que, dependendo do
observador, o tempo se comporta de maneira diversa. E que, mesmo vendo o
tempo se comportando diversamente, as observações possuem o mesmo valor,
sendo ambas "verdadeiras". Isto não muda se pudermos analisar tudo de um
ponto de vista universal. O tempo só se torna absoluto se for o mesmo para
todos, e não se for o mesmo para "o todo".
Segundo, quem disse que é possível falarmos em um tempo considerando o
Universo inteiro? De que tempo falamos?
> O que proponho é que o tempo é mais que um elemento do contínuo
> espaço-tempo, mas um elemento dinâmico intrinseco à natureza das coisas que
> simutâneamente está nela e fora dela. Por esse raciocínio, o tempo de
> existência do Universo é o somatório do tempo de existência de cada coisa,
> cada fenômeno. Espero que tenha conseguido me fazer entender. Obrigado.
Não podemos falar em "tempo de existência de cada coisa". Tempo de existência
em relação a quem? O tempo de existência de cada coisa só tem sentido se
atribuído a um referencial, afinal o tempo é relativo. Assim, o somatório do
tempo de existência de cada coisa geraria respostas diferentes para
referenciais diferentes.
Além disto, o tempo de existência do Universo não é o somatório do tempo de
existência de cada coisa, visto que coisas existem concomitantemente. Eu
existo a 28 anos (para um obsevador na Terra), e meu pai a 62 anos. Seguindo
seu raciocínio, contribuirimos juntos para a idade universal com 90 anos.
Junto a existência de Brasília (42 anos), teríamos 132 anos. Agora
considerando todos os cidadãos brasilienses, mais os prédios, automóveis,
etc, só pelas coisas de Brasília passaríamos fácil de um bilhão de anos.
Por fim, considerando uma análise mais radical, o que seria realmente "tempo
de existência" de qualquer coisa? Esta pergunta carece de sentido hoje em dia.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 12:27
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Sunday, October 27, 2002 11:37 AM
Subject: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
> Oi,
> Tirem-me esta dúvida, por favor:
> De acordo com a teoria geral da relatividade, quanto mais forte é o campo
> gravitacional mais lento é o tique-taque dos relógios, isto é, mais
> lentamente o tempo passa.
A RELATIVIDADE POÉTICA
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
Será agora Tic? Ou será Tac?
O meu relógio diz: -- Agora é Tic!
Mas outro logo ali diz:
-- Não, é Tac.
Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Será agora Tac? Ou será Tic?
Não posso crer que agora sendo Tac,
Agora também possa ser um Tic.
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Agora sim! Um Tic é um Tic.
Mas não seria a vez de dizer Tac?
Quem mudou? O que diz Tic?
Ou terá sido aquele que diz Tac?
Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Será que o que diz Tac não diz Tic
Porque viaja num Sputinik?
E sendo assim o meu só não diz Tac
Por culpa do meu velho Cadilac?
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
Enquanto lá é Tic aqui é Tac,
E quando lá for Tac...
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Sabe de uma coisa?
Antes que eu tenha um xilique
Por não saber se é Tac ou se é Tic,
Vou tirar a média: agora é Tec.
Tec-Tec-Tec-Tec-Tec.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 12:30
Olá Lúcio,
Lùcio: Opa, você confundiu os L's. ;-) Quem perguntou isso pro
Douglas não fui eu, não, foi a Ligia.
Manuel: Realmente, confundi os L's. Foi mal. :-)
Lúcio: Eu não vejo conflito nenhum entre fé e dúvida, acho até que a
margem pra dúvida é o que diferencia a fé do fanatismo. Tenho
inclusive uma predileção pela aposta de Pascal: Deus pode ou não
existir; você não tem como saber; na dúvida, é melhor apostar que ele
existe - se não existir, você não tem nada a perder, e se existir,
você tem tudo a ganhar. É um raciocínio engenhoso, proposto por um
dos primeiros a mostrar que religião e ciência não são mutuamente
excludentes - ele foi ao mesmo tempo um cientista matemático
brilhante e um dos principais ideólogos da heresia jansenista.
Manuel: Pascal foi também um cético coerente e não um dogmático
negativo. Comentando a assertiva de Montaigne, "tudo é incerto", ele
disse: "Então, se tudo é incerto, também não é certo que tudo é
incerto." Ou seja, Pascal submeteu o próprio ceticismo à dúvida
cética (Tudo é incerto? Hmmm... sei não.), e demonstrou que o
ceticismo, quando coerente, não nega a possibilidade de que existam
verdades certas. É esta dúvida -- a incerteza quanto a incerteza
absoluta -- que faz valer o esforço pelo conhecimento.
Outra assertiva genial de Pascal: "O conhecimento é como uma esfera
no espaço: quanto maior o volume da esfera, maior também será a sua
superfície; portanto, mais contato se tem com o desconhecido." O
consolo é que o crescimento do volume é proporcionalmente maior que o
da superfície (da esfera).
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 14:45
Em Dom 27 Out 2002 12:37, you wrote:
> Oi,
>
> Tirem-me esta dúvida, por favor:
>
> De acordo com a teoria geral da relatividade, quanto mais forte é o campo
> gravitacional mais lento é o tique-taque dos relógios, isto é, mais
> lentamente o tempo passa. Um evento que, aqui em nosso Planeta, dura um
> segundo, nas proximidades de uma estrela de neutron pode durar horas (do
> ponto de vista de quem o observa da Terra, claro).
>
> Quanto mais densa a matéria, mais forte o campo gravitacional e, por
> conseguinte, mais lentamente o tempo passa.
>
> Ora, a matéria de um buraco negro está continuamente mais densa e o campo
> gravitacional continuamente mais forte, de modo que, quanto mais próxima a
> singularidade, mais dilatado será o tempo que resta.
Yep.
> Vale dizer, então, que a singularidade de um buraco negro está sempre no
> futuro? É isso? E, caso o espaço-tempo seja fechado, a singularidade do Big
> Crunch também estará "sempre" no futuro?
Não. Vale dizer que no "horizonte de eventos" o tempo está "congelado".
Assim como para um fóton (ou qualquer corpo a velocidade da luz no vácuo) o
tempo está congelado. Ao se aproximar de um buraco negro o tempo se tornaria
cada vez mais "lento" até "parrar".
O que é o "horizonte de ventos"? O horizonte de eventos é o verdadeiro limite
de um buraco negro. É a região limítrofe onde a velocidade de escape de um
campo gravitacional é igual a c. Dentro do horizonte de eventos nada podemos
analisar com as leis físicas convencionais. Fora tudo se comporta normalmente.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 14:46
Diga lá, grande Alberto Mesquita!
> Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
> Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
> Será agora Tic? Ou será Tac?
> O meu relógio diz: -- Agora é Tic!
> Mas outro logo ali diz:
> -- Não, é Tac.
Manuel: A nossa mente necessita de tempo, no mínimo dois segundos, para
integrar os dados sensórios numa experiência unitária. A música e a poesia é
o que melhor reflete essa "quantização" do pensamento (um quantum de
pensamento equivale ao tempo de duração do 'agora' psicológico).
De modo que, se o tic-tac do relógio for rapidinho que nem o coração de um
camundongo, a gente não o percebe como tic-tac-tic-tac..., mas como
tictictictic... E se o tic-tac for lerdo demais, isto é, se o intervalo
entre o tic e o tac durar mais que dois/três segungos, então, em vez de
tic-tac-tic-tac..., a gente escuta algo semelhante às pancadas de um
bate-estaca: tac...tac...tac...tac...
> Sabe de uma coisa?
> Antes que eu tenha um xilique
> Por não saber se é Tac ou se é Tic,
> Vou tirar a média: agora é Tec.
> Tec-Tec-Tec-Tec-Tec.
Manuel: E por que a média e não a síntese: Toc-Toc-Toc-Toc-Toc? :-))
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Hitler e divindades
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 14:56
Em Sab 26 Out 2002 03:13, you wrote:
> Assim como em nome do Raciomalismo Científico e da luta contra o
> boscurantismo, centenas de pessoas eram decaptatas no período do Iluminismo
A luta do iluminismo contra o obscurantismo não ocorreu devido a um
"racionalismo científico". O obscurantismo era a ordem medieval aristocrata,
e o iluminismo era burguês. O racionalismo científico era apenas uma
característica menor do iluminismo, e não foi em nome do racionalismo, nem da
ciência que as pessoas eram decapitadas, e sim em nome da Revolução Francesa.
> Assim como em nome do Ateísmo Científico, centenas de religiosos foram
> assassinados na URSS
Desta vez se trata de uma luta política contra a religião. O que movia o
conflito não era ateus x religiosos, e sim marxistas X religiosos.
Não é que o único conflito possível seja entre religiões. Mas sim que as
religiões são o alimento mais comum de conflitos entre povos.
E afirmar que a descrença ou a ciência (duas coisas bem diversas) gerou
conflitos é distorcer os fatos (pode ser que aja uma ou duas excessões a esta
regra).
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 15:30
Olá Aniello,
Aniello: Não. Vale dizer que no "horizonte de eventos" o tempo está
"congelado". Assim como para um fóton (ou qualquer corpo a velocidade da luz
no vácuo) o tempo está congelado. Ao se aproximar de um buraco negro o tempo
se tornaria cada vez mais "lento" até "parrar".
O que é o "horizonte de eventos"? O horizonte de eventos é o verdadeiro
limite de um buraco negro. É a região limítrofe onde a velocidade de escape
de um campo gravitacional é igual a c. Dentro do horizonte de eventos nada
podemos analisar com as leis físicas convencionais. Fora tudo se comporta
normalmente.
Manuel: Ok. Quanto mais um relógio se aproxima do horizonte de eventos de um
buraco negro, maior o intervalo entre o "tic" e o "tac" (ou "tec", ou "toc",
o Mesquita escolhe). Ao ultrapassar o horizonte de eventos, o intervalo
entre o último "tic" percebido (ou "tac", sei lá...) e o próximo é eterno
(i.e., o tempo pára), pois não podemos mais obter informação alguma acerca
do relógio.
Mas, e no caso de uma singularidade nua e despudorada como a do Big Crunch?
Estará ela sempre no futuro?
Veja o que John D. Barrow e Joseph Silk escreveram:
<<Que significado damos ao tempo quando nada há para o medir? Talvez haja um
relógio universal que não meça o tempo próprio. Tal relógio teria de estar
ligado a qualquer coisa que está sempre presente, bem imersa na
singularidade. O único candidato bom parece ser a curvatura do espaço ou,
equivalentemente, a densidade da matéria. Qualquer pessoa no universo pode
utilizar este relógio. Se acreditarmos que este relógio de curvatura mede o
tempo real, seremos levados a algumas conclusões muito invulgares.
<<À medida que nos aproximamos da singularidade do espaço-tempo, a curvatura
e a densidade tornam-se provavelmente infinitas e o nosso relógio de
curvatura medirá uma quantidade infinita de "tempo de curvatura" que
decorreu durante o intervalo finito de tempo próprio. Suponhamos ignorar as
complicações dos efeitos quânticos anteriores ao momento de Planck do
universo e imaginemos que existe uma criatura inteligente que pode
percepcionar o tempo da curvatura. Isto é, o seu tempo subjetivo ou
psicológico é experimentado na mesma proporção do tempo da curvatura. Esta
criatura poderá viver para sempre num universo fechado que contivesse uma
singularidade futura! Um número infinito de eventos aconteceria no seu
futuro.>> (A Mão Esquerda da Criação; Gradiva; pp. 196/197)
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 15:31
Em Sex 25 Out 2002 20:00, you wrote:
> Segue...
>
> --- Em ciencialist@y..., Aniello Gr?o <grecojr@s...> escreveu
>
> Anl> Não sou eu que estou dividindo apriorísticamente, e sim vc que
> está unindo a prioristicamente dois conceitos diversos, afirmando não
> ser possível diferenciar um do outro. Não proponho que um
> investigador investigue algo que é conhecido, e sim se limitar ao que
> pode ser conhecido.
>
> FSK> Aqui eu refaço a pergunta: como estabelecer esse limite? E mais,
> por quê fazê-lo?
O que você não aceitou ainda é que eu não estou dizendo ser possível criar um
método que diga: "isto é possível de ser compreendido, isto não". Não propus
isto. Apenas questiono sua idéia que não há como se afirmar que exitem
coisas que sejam incompreensíveis. Há coisas que são necessariamente
incompreensíveis, determináveis por uma análise caso a caso. Não há um método
genêrico de se determinar isto.
Algo semelhante ocorre com a pergunta: qual a velocidade limite para a
corrida humana? Não sabemos ainda, recordes são quebrados com frequência. Mas
sabemos que se o ser humano rompesse por sua própria força muscular, sem
aparelhos, a velocidade do som, suas articulações se romperiam. Não podemos
determinar o limite, mas podemos dizer que ele existe.
> Anl> E com certeza tudo que esteja dentro do limite do compreensível
> estará dentro do limite de fenômenos que podem ser abordados com o
> conhecimento atual. A viagem no tempo ao passado, por exemplo, jamais
> pode ser tratada até bem recentemente, onde algumas teorias físicas
> parecem permitir tal viagem. Abordar viagens ao passado antes da
> Teoria da Relatividade Geral era algo acima do conhecimento da época.
>
> FSK> Não estaria errado deduzir disso que, caso algum "limite"
> tivesse sido estabelecido antes, essa questão permanceria eternamente
> obscura?
Não. Por que não pretendo dizer "o limite é este". Quero apenas dizer que
determinadas coisas estão além deste limite. Saber se tal coisa está acima do
limite é uma coisa a ser analisada caso a caso, visto que não há como traçar
o limite de modo absoluto.
> Anl> Para o investigador científico a questão do incompreensível e do
> incompreendido tem pouca importânica, para para a filosofia da
> ciência tem muita. Temos que saber que a ciência não pode se propor a
> ser a resposta para todas as questões humanas.
>
> FSK> Que importância teria para a filosofia da ciência estabelecer
> tal divisão? Ao contrario, a filosofia (da ciência ou não) não impõe
> limites a si própria. Mesmo assim, vc não acha que ciência pode (e
> até deve) ao menos tentar?
Afirmar que a ciência é um conhecimento universal é admitir que o
conhecimento científico é O VERDADEIRO conhecimento, que virá a explicar
tudo. Assumir que a ciência não pode explicar tudo é assumir que outras
formas de conhecimento possuem validade dentro de outros campos de aplicação.
E a ciência NÃO deve tentar tratar do que não é científico. Não há
instrumentação adequada para tal.
> Anl> Estabelecer a fronteira para a divisão entre incompreensível e
> incompreendido: Não é possivel ter certeza para todos os casos, mas
> há alguns conceitos que partem do princípio que são algo acima da
> esfera humana de compreensão. Por exemplo, os desígnios divinos pela
> teologia cristã atual.
>
> FSK> Disso devemos deduzir que "não devem ser pensados"? Mas que
> devem ser aceitos? Veja que ao propor a impotência da compreensão
> humana para algum tema, vc estará imediatamente suspendendo qualquer
> tentativa de juízo. Pois, se é *incompreensível* nada nos resta a
> fazer... ou melhor, a pensar.
Devemos pensar que não devem ser analisados do mesmo modo. A estética, por
exemplo, trata de experiências subjetivas e valores pessoais e culturais. Nem
por isso "não pensamos" em questões de estética. Há outras formas de pensar
além da forma científica.
> Anl> Há outros exemplos que podem ser citados. Por vezes é exatamente
> o método racional que nos impõe limites que sabemos que não podemos
> ultrapassar. Um dos casos é o resultado de uma divisão por zero:
> (...)"
>
> FSK> Você usa "método racional" e "ciência" como sinônimos.
Não. A ciência pressupõe "método racional" (e por favor não vamos começar a
debater o verdadeiro significado de método racional, e sim nos ater ao
significado atribuído a "método racional" dentro do contexto), e portanto o
que não pode ir além dele. Mas não há uma relação de igualdade.
> O que é
> o "método racional"? Estou assumindo aqui, em razão do que vem sendo
> dito, que todos referem-se aproximadamente ao "método científico",
> particularemente às ciências ditas naturais, como física e biologia.
> No entanto, a questão da "compreensibilidade" especificamente deve
> ser tratada em separado.
Não. O método científico pressupõe a compreensibilidade dos assuntos que
aborda. Pressupõe mais que isto, que o objeto de estudos poderá ser submetido
a um conjunto de leis universais que funcionam dentro de um modelo.
Se o objeto de estudo não puder ser enquandrado nestas condições o método
científico se torna inadequado.
> Sobre a divisão por zero, de fato ela é uma indefinição, mas
> matematicamente tratável, assim como os números irracionais ou
> espaços vetoriais com mais do que 3 dimensões.
Não. Divisão por zero não é matematicamente tratável. Isto é um erro.
Podemos dizer que 1/x tende a infinito quando x tende a zero. Mas não podemos
tratar matematicamente 1/0. Assumir a possibilidade de divisões por zero (ou
seja, dar qualquer resposta a pergunta: que número multiplicado por zero dará
1?)gera uma série de paradoxos matemáticos inconciliáveis.
> Que tipo
> de "compreensão" você espera para questões como essas?
Divisão por zero? Nenhuma. Numeros racionais e espaços n-vetoriais? Já
podemos compreende-los.
> Outro ponto que me parece importante é o seguinte: vc questionou
> sobre a possibilidade de compreensão d"o desígneo divino". Mas
> recolocando a questão da seguinte forma: pode-se discutir o (ou
> sobre) o desígneo divino? Com certeza sim, e esse é ponto. Dentro de
> um espectro que vai de, de uma lado, metodologias empíricas e
> experimentais até outro em que estaria a argumentação, haverá
> questões que podem ser colocadas fora ou além disso? A respota
> é "não", porque eu posso me prontificar a discutir com vc qualquer
> tema ou assunto mesmo antes que vc diga qual.
Não estou negando a possibilidade de discussão. Você está se apegando a um
conceito de compreensão muito mais amplo que o usado por mim.
> Anl> Além do mais, assumir que não se pode traçar a priori nenhum
> limite entre incompreendido e incompreensível gera um paradoxo
> lógico. Se não há como diferenciar em nenhum caso o que esta dentro
> das possibilidades humanas de compreensão do que ainda não foi
> compreendido, a própria questão da diferenciação entre
> incompreensível e incompreendido estará além dos limites da
> compreensão humana.
>
> FSK> Não vi paradoxo, porque não posso terminar sua explicação com
> um "portanto, pode-se traçar tal limte". Ao contrário, é afirmado
> inicialmente que não é possível e você mostra porquê, apesar de eu
> não concordar com o que foi dito...
Não se trata de traçar um limite, e assim ver que a coisas que este limite
não abrange. Se não podemos em absoluto, em nenhum caso, estabelecer se algo
é imconpreensível ou se é incompreendido, a própria questão colocada é uma
questão incompreensível (o que comprovaria a existência de questões
incompreensíveis, negando o pressuposto).
> FSK> Você pode tentar, mas acho que a "ciência" não vai respeitas os
> limites que vc tentará impor. Mesmo que ela não consiga, com certeza
> qualquer questão que vc trouxer é passível de ser analisada e
> discutida em base lógico-argumentativas ou, se vc preferir, em bases
> racionais.
Não são limites que eu imponho. São estes e outros limites que geram a
distinção (bem elástica) entre pseudociência e ciência. E não estou
discutindo o limite do conhecimento humano, e sim da ciência.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 15:42
Em Sex 25 Out 2002 15:43, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Friday, October 25, 2002 3:20 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>
> >A questão que se coloca então é tentar desmistificar a impressão que o
>
> sentimento religioso leva inequivocadamente para a solidariedade, apesar de
> alguns fanáticos usarem o nome de Deus em suas atitudes intolerantes. Isto
> não é uma verdade.
>
> O sentimento religioso não leva inequivocamente *nem* à solidariedade,
> *nem* ao fanatismo. Existem exemplos de ambas as condutas associadas a
> pessoas cujo sentimento religioso é inquestionável. Por outro lado, pode-se
> chegar tanto à solidariedade quanto ao fanatismo *sem* partir do sentimento
> religioso. De modo que esse tipo de associação imediata, religião ----> x
> ou religião -----> não-x, é sempre uma simplificação incorreta.
Perfeito... no que isto vai contra meu texto?
Eu defendo a tese que o religiosismo é uma das formas (senão A FORMA) mais
comuns de fanáticos se sentirem em casa.
Muito se fala que todas as religiões visam o bem do homem e que elas sào
inerentemente boas. E eu defendo que não é o caso, e que o sentimento
religioso é mais perigoso coletivamente falando do que benéfico.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 15:42
Em Sex 25 Out 2002 15:43, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: Aniello Gr?o
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Friday, October 25, 2002 3:20 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>
> >A questão que se coloca então é tentar desmistificar a impressão que o
>
> sentimento religioso leva inequivocadamente para a solidariedade, apesar de
> alguns fanáticos usarem o nome de Deus em suas atitudes intolerantes. Isto
> não é uma verdade.
>
> O sentimento religioso não leva inequivocamente *nem* à solidariedade,
> *nem* ao fanatismo. Existem exemplos de ambas as condutas associadas a
> pessoas cujo sentimento religioso é inquestionável. Por outro lado, pode-se
> chegar tanto à solidariedade quanto ao fanatismo *sem* partir do sentimento
> religioso. De modo que esse tipo de associação imediata, religião ----> x
> ou religião -----> não-x, é sempre uma simplificação incorreta.
Perfeito... no que isto vai contra meu texto?
Eu defendo a tese que o religiosismo é uma das formas (senão A FORMA) mais
comuns de fanáticos se sentirem em casa.
Muito se fala que todas as religiões visam o bem do homem e que elas sào
inerentemente boas. E eu defendo que não é o caso, e que o sentimento
religioso é mais perigoso coletivamente falando do que benéfico.
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 18:04
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Sunday, October 27, 2002 2:46 PM
Subject: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
> > Sabe de uma coisa?
> > Antes que eu tenha um xilique
> > Por não saber se é Tac ou se é Tic,
> > Vou tirar a média: agora é Tec.
> > Tec-Tec-Tec-Tec-Tec.
> Manuel: E por que a média e não a síntese: Toc-Toc-Toc-Toc-Toc? :-))
Então, que seja:
Tec-Toc-Tec-Toc-Tec
ou então:
Tac-Tec-Tic-Toc-Tuc
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 19:17
Olá Lúcio! Esse adendo tá rendendo... :)
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> (...)Isso não implica necessariamente que ele tenha saído de fato do
> corpo - o físico Amit Goswami apresenta uma possível explicação pra
esse
> fenômeno de conhecimento à distância baseado na hipótese da não-
localidade
> do cérebro (o pressuposto é o de que o cérebro seja um sistema cujo
> funcionamento é híbrido, em parte "clássico" e em parte "quântico",
um
> pressuposto que tem defensores de peso, como Roger Penrose). Mas
mostra que
> não se pode rejeitar uma comparação entre as NDE e as experiências
normais
> alegando que elas são "subjetivas".
Lígia: Tais experiências não são apenas subjetivas e se quiser a
gente adentra tal assunto :) Quanto ao funcionamento do cérebro ser
híbrido, eu concordo. A impressão que eu tenho ao estudar o
funcionamento cerebral é que a consciência que possuímos advém da
interação atômica que acontece com tudo o mais com uma única
diferença: nós nos damos conta de nós mesmos através delas e de
certa forma somos capazes de sentir "na pele" o efeito de tais
interações. Isso basicamente é o que diferencia uma árvore de nós,
apesar de eu saber de certas pesquisas que dão a entender que
tal "consciência" é imanente a tudo, portanto de árvores a animais e
minerais, tudo tem parte de tal consciência "imanente" ou consequente
das interações atômicas, sendo assim a nossa capacidade de
refletirmos sobre tais efeitos o que de imediato nos diferencia de
outras entidades da natureza dentro de nosso contexto. Isso não
implica dizer que outras entidades da natureza não se comuniquem nem
se dêem conta de tal consciência.
> 2) Por outro lado, as experiências normais também não são totalmente
> objetivas. O fato de usarmos palavras semelhantes pra descrever o
mesmo
> objeto não prova que o estamos vendo de maneira idêntica. Mostra
apenas que
> usamos as mesmas palavras pra descrevê-lo. Por exemplo, eu olho pra
uma maçã
> e digo que ela vermelha. Você olha pra uma maçã e diz que ela é
vermelha. Ma
> s não temos como saber se a cor que eu defino como "vermelha" é a
mesma que
> você chama por esse nome, porque a percepção da cor é um qualia e
os qualia
> permanecem fora do alcance da linguagem. Pra ficar no exemplo da
cor, o que
> eu chamo de "verde" é uma combinação de amarelo e azul, o que o
daltônico
> chama de "verde" é um tom de cinza. Mas os dois concordariam que um
pé de
> alface (ou um marciano ;-)) é "verde".
Lígia: Isso é o resultado imediato da comunicação entre os membros
de uma mesma espécie: as definições são dadas e cada um as aceita ou
não dependendo da própria capacidade de percepção. Mais adiante em
um outro debate eu vou dizer o que eu percebo com relação a Deus, fé
e razão. A necessidade de termos para definir algo é um resultado
imediato da incapacidade de percebê-lo de forma definitiva.
> 3) Se as mesmas áreas do cérebro forem estimuladas, produzirão
percepções
> razoavelmente semelhantes (com a ressalva que eu fiz no item 2).
Isso se
> deve não só ao fato de a anatomia cerebral ser a mesma, mas também
ao fato
> de que uma parte significativa das conexões neuronais se formam por
> influência do processo de socialização e, portanto, pessoas
submetidas a um
> processo de socialização semelhante também terão associações
semelhantes
> entre os neurônios. O filósofo Hilary Putnam chegou a propor um
célebre
> Gedankenexperiment no qual ele mostra que, se fossemos todos
cérebros em
> cubas no laboratório de algum cientista louco da ficção científica,
> alimentados com descargas elétricas periódicas, nossa percepção do
mundo
> seria indistinguível da que temos na realidade.
Lígia: Não duvido disso... :) E acrescento: há os que vêem tal
laboratório e ainda sabem intuitivamente que estão aprisionados em
cubas. São os que têm um Ego (cuba) menos refratária :)
> Quer dizer, como você disse, na realidade, a realidade *pode*
perfeitamente
> ser apenas fruto do funcionamento do cérebro - o que não exclui a
existência
> de uma verdadeira realidade por trás, fora do nosso alcance.
Lígia: Pois é... :)
> >Há meios para conseguir dar conta disso... :)
>
> É, eu sei. Tô pesquisando, tô pesquisando... ;-)
Lígia: É só perceber, não tem muito o que ser estudado nesse
sentido. É só fechar os olhos e "sentir"... :)
> >Pois é... mas veja, para a existência digamos que o Ego seja um
mal
> necessário.
>
> Ele é necessário pra existência da realidade tal como a percebemos.
Mas quem
> disse que a realidade tal como percebemos é necessária? ;-)
Lígia: Se há as *cubas* é porque não sobreviveríamos sem elas, como
os cérebros num laboratório de cientista louco que você descreve
acima. Gostei do exemplo! Um cérebro é um pedaço de carne. O que
lhe dá as propriedades que possui é a forma como tal pedaço de carne
é "acionada". Sem tal acionamento, sem um recipiente, não havendo
conteúdo aa ser acionado, não existiríamos.
> >Água tende a apagar o fogo... :)
> Ou o fogo a evaporar a água. ;-)
Lígia: Interessante notar: meus dois filhos são de signos de ar
(libra e gêmeos). Sei que é uma coincidência mas ela evoca a idéia
de que de certa forma, tem havido tal "evaporação/apagamento" de
forma inconteste :) E enquanto movimenta a água, o ar alimenta o
fogo. Tem sido uma experiência bastante enriquecedura, não duvide
disso... ;)
> >Tem que ser mais do que esperar simplesmente. De alguma forma
> você tem que sentir que isso basta ou então buscar outros meios para
> tal fortalecimento.
>
> Eu sei. "A espera é." Mas prefiro procurar pelos tais "outros
meios".
Lígia: Você já experimentou deixar que as informações de que você
precisa cheguem até você ao invés de ir procurá-las? Garanto que dá
melhores resultados ou pelo menos resultados mais consistentes. Ao
acionar-se a capacidade de percepção/aceitação das "coincidências"
estamos mais próximos da *realidade*.
> >Simplesmente porque ela acontece por acréscimo ao fortalecimento
> e evolução espiritual, não movida à busca... :)
>
> É, aqui temos um problema, porque o meu motor é movido a busca... ;-
)
Lígia: A paixão *cega*. Tente *ver*...:)
> >Você recebeu o meu texto pseudo-dada?
>
> Recebi ontem, achei muito legal. Lembra mesmo aqueles contos do
Veríssimo,
> em que ele desloca as palavras do seu contexto habitual. Tem um quê
de
> dadaísmo, sim, só que você respeita mais a sintaxe do que os
dadaístas. Eu
> também tenho alguns contos em que eu jogo com esse deslocamento das
> palavras, se você quiser eu te mando um pra você ver.
Lígia: Sem dúvida eu quero sim! Pode selecionar e enviar quando
quiser ;)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 19:42
A ciência deve ser usada como uma espécie de "auditoria independente".
Deixada por si mesma, a religião pode dizer todas as bobagens possíveis. E
realmente a igreja católica usa a ciência, como no caso do sudário
fraudulento de Turim e outros.
A separação que você prega poderia ser possível na idade média. Hoje, não
é.
Ainda, como você pode afirmar com tanta certeza que deus é bom?
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas Ferreira Gonçalves" <douglasgabriel@brfree.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 27 de Outubro de 2002 00:00
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Milagres
>
>
> > Não entendi. Você diz que só é milagre se for usada a concepção
católica e
> > não deixa a ciência se manifestar. Que outra concepção existe? A dos
> > crentes? Imagino que eles atribuam a aparição ao diabo!
>
> Douglas: Só quis dizer, q quando a Igreja diz "milagre" ela está dizendo:
> acontecimento que recebeu a intervenção Divina, e q portanto só pode ser
> Bom, e q portanto não pode ser não Cristão, e q portanto não contraria as
> leis da natureza, podendo sim trancende-las mas não contraria-las, pois
Deus
> não é um mágico. Se alguem usar um outro conceito de milagre, deixe a
Igreja
> de lado.
>
> > É claro que a ciência tem muito a dizer sobre todas as aparições de
anjos,
> > santos, ufos, etc. Só que a resposta da ciência é menos fantástica do
que
> > resposta da religião. E as pessoas adoram respostas mágicas.
>
> Douglas: Tem muito a dizer para a própria ciencia. A última palavra a
> respeito de milagres pertence a Igreja, se usarmos o conceito q a Igreja
> usa. Se quiser usar outro conceito, deixe a Igreja de lado.
>
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 19:45
> Vale dizer, então, que a singularidade de um buraco negro está sempre no
> futuro? É isso? E, caso o espaço-tempo seja fechado, a singularidade do
Big
> Crunch também estará "sempre" no futuro?
Uma singularidade está isolada do resto do universo. Nenhuma informação
pode ser extraída dela e isso inclui a informação sobre a "localização
temporal" da mesma.
Acho que é isso.
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 19:45
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
>
> L* Então por favor me responda: como se pode confiar (você diz que
> tem Fé em Deus, logo *confia*) desconfiando? Ou será que ter
dúvidas
> não é o mesmo que desconfiar?
>
> D: Vc está misturando duas palavras. Dúvida-certeza e confiar-
duvidar. A
> dúvida que tenho é a primeira, não a segunda. É porque a
palavra "dúvida"
> está sendo usada para designar duas coisas diferentes.
Lígia: Em tudo e por tudo o que venho lendo que você diz a respeito
de Deus, eu chego a uma conclusão: você depende de definições porque
nunca os experimentou. E eu entendi sim o que sua dúvida
representa. Só quis que você me dissesse.
O que seu autor preferido ( começa com W :) diz quanto ao "calar" é o
mesmo que eu diria de não racionalizar. O calar quando não se sabe
de algo, indica uma inclinação a não colocar-se em palavras, ou em
definições o algo que foge à compreensão e portanto não depende da
forma como se pensar/raciocinar a respeito. A fé nesse contexto, bem
como Deus são palavras que designam coisas que estão para além de
palavras e que só podem ser percebidas quando sentidas e
vivenciadas. Por mais que você dedique seu tempo falando a respeito
de Deus e fé, se você mesmo não os tiver experimentado de nada
adiantarão as definições que você postule, das mais simples às mais
absurdas porque por mais que você se esforce, suas palavras serão
ocas e apenas ecos do que já leu ou ouviu de outro alguém. Suas
palavras e sua percepção de Deus e fé: isso tem importância.
Acabo minha intromissão no seu debate afirmando novamente que não há
como racionalizar Deus, nem fé. Ou percebe-se do que se tratam ambos
ou nada feito. E digo ainda, quem os percebe não duvida, quer seja
por um ou outro tipo de dúvida como você enuncia acima.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tempo das coisas (um paradoxo)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 19:49
Sinceramente, nunca li um koan tão longo...
Você parece entender que o universo é uma "coisa" e que as outras "coisas"
estão no universo da mesma forma que um copo sobre uma mesa. Só que isso
não tem sentido. O copo e a mesa não estão "inseridos" no universo. Eles
SÃO o universo.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 27 de Outubro de 2002 02:13
Assunto: [ciencialist] O Tempo das coisas (um paradoxo)
Pode-se observar que cada coisa tem o seu tempo de existência em razão,
justamente, do tempo. A vida humana por ex., tem o seu tempo, as estrelas,
cada uma, têm o seu tempo. Na verdade, esse tempo pode ser descrito como o
tempo em que as coisas duram enquanto tais, isto é que são enquanto são,
uma vez que a energia circula, e essa é a causa da perenidade das coisas; o
que ocorre na verdade é a transformação, como se sabe. Esse fato da
sucessão temporal das coisas, pode-se reduzir à formula simples de que
tudo que tem um começo, um princípio, tem um final. Ora, se todas as coisas
tivessem o mesmo tempo de duração ou existência, o Universo não passaria do
primeiro bilionésimo de segundo. Assim sendo, cada coisa tendo o seu tempo
próprio necessário a que ela seja reconhecida como tal, se digo por ex.,
que um livro é um livro é porque seu tempo diverge de quaisquer outro livro
ou objeto, não somente de suas propriedades materiais como cor, tamanho,
composição, conteúdo e finalidade. Sendo as coisas partes individuais e
coletivas do cosmo, somos forçados a concluir que o Universo também
passará, porque é composto de coisas finitas, ( se as partes são finitas, o
todo também é).Dessa forma não se pode dizer que o tempo pode ser ao mesmo
tempo, relativo e absoluto? Relativo quando o observador considera os
fenômenos em separados, individualizados, e absoluto, quando ele considera
o Universo inteiro como uma totalidade, que passa a ser também uma unidade?
O que proponho é que o tempo é mais que um elemento do contínuo
espaço-tempo, mas um elemento dinâmico intrinseco à natureza das coisas que
simutâneamente está nela e fora dela. Por esse raciocínio, o tempo de
existência do Universo é o somatório do tempo de existência de cada coisa,
cada fenômeno. Espero que tenha conseguido me fazer entender.
Obrigado.
Abraços
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tempo das coisas (um paradoxo)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 19:51
> >Em um organismo biológico, nada semelhante a evolução ocorre. Um
organismo
> que nasce como chipanzé não pode se transformar em outra espécie.
Claro que pode! Acabamos de assistir a transformação de um sindicalista em
presidente da república! :)
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] pombos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 19:53
> Esta estória dos pombos há muito que me incomoda. É como vc coloca: Já me
> aconteceu de estar almoçando na Av. Atlântica e um pombo vir tentar comer
no
> meu prato!
Os pombos só estão lá porque você insiste em almoçar ao ar livre. Pare de
fazer isso e os pombos desaparecerão!
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 20:37
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 8:17 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Olá Lúcio! Esse adendo tá rendendo... :)
Oi, Ligia. Bom, pelo menos, enquanto mantiver o subject, quem não quiser
acompanhar esse papo pode ir pulando as mensagens... ;-)
>Tais experiências não são apenas subjetivas e se quiser a
gente adentra tal assunto :)
Eu acho que elas são subjetivas no mesmo sentido que qualquer uma das nossas
experiências, de abrir os olhos pela manhã a realizar um experimento no
laboratório, têm sempre um componente subjetivo. É um sujeito que as
experimenta e esse sujeito colore tudo com a sua percepção. Não vejo muito
como se poderia fugir disso, a não ser transcendendo completamente a
polaridade sujeito/objeto.
>Quanto ao funcionamento do cérebro ser híbrido, eu concordo.
Me parece uma suposição bastante razoável também. Permite acomodar tanto os
mecanismos "clássicos" da mente quanto aquelas peculiaridades que as
abordagens cognitivas têm dificuldade em explicar. Mas ainda falta
desenvolver muita coisa pra chegar num modelo quântico da mente e a
tentativa mais bem-sucedida até o momento - a teoria do Roger Penrose e do
Stuart Hameroff - se apóia sobre elementos que, por enquanto, são puramente
conjecturais, como a gravidade quântica e o papel das microtubulinas dos
neurônios.
>Isso é o resultado imediato da comunicação entre os membros
de uma mesma espécie: as definições são dadas e cada um as aceita ou
não dependendo da própria capacidade de percepção. Mais adiante em
um outro debate eu vou dizer o que eu percebo com relação a Deus, fé
e razão. A necessidade de termos para definir algo é um resultado
imediato da incapacidade de percebê-lo de forma definitiva.
O ponto que me pega é de onde vem essa incapacidade. É aí que (espero) as
minhas idéias apresentam uma contribuição que me parece razoavelmente
original - se bem que baseada na visão de mundo do gnosticismo.
>Não duvido disso... :) E acrescento: há os que vêem tal
laboratório e ainda sabem intuitivamente que estão aprisionados em
cubas. São os que têm um Ego (cuba) menos refratária :)
Mas entre saber que se está numa cuba (que os budistas comparam a uma cela
de seis paredes: os cinco sentidos mais a mente que os interpreta) e ver o
que existe do lado de fora da cuba vai uma graaande diferença. ;-)
>É só perceber, não tem muito o que ser estudado nesse
sentido. É só fechar os olhos e "sentir"... :)
Eu tenho a impressão que não é assim tão simples. As nossas sensações também
são filtradas pelos padrões de percepção e de raciocínio que modelam a nossa
mente, e que funcionam de modo inteiramente automático. Se você simplesmente
fechar os olhos e "sentir", vai acabar sendo arrastada por esses mecanismos
automáticos, que se traduzem inclusive sob a forma de bloqueios físicos (é
aqui que entra o Reich) que travam o livre fluxo da energia e empurram a
pessoa pra comportamentos, percepções e sentimentos estereotipados. Antes de
fechar os olhos e se entregar ao que é, eu acho que precisa primeiro
dissolver esses bloqueios. Como diria o Buda, primeiro você tem que achar o
arquiteto, pra que ele não possa tornar a construir.
>Se há as *cubas* é porque não sobreviveríamos sem elas, como
os cérebros num laboratório de cientista louco que você descreve
acima.
Eu não tenho tanta certeza disso. Se existem cubas, é porque alguém enfiou a
gente nelas. Somos mais como prisioneiros do que como pacientes na UTI. É um
pouco como os humanos em Matrix, que foram jogados numa pseudo-realidade
ilusória enquanto a energia deles é drenada pra manter o sistema
funcionando.
(Em tempo: esse negócio de "alguém" não é pra levar ao pé da letra. Eu não
tô dizendo que nenhum cientista louco, nenhuma máquina ou demônio colocou a
gente nessa situação. Quem armou essa arapuca pra gente foi o nosso próprio
ego, que criou o mundo à sua imagem e semelhança e precisa nos convencer de
que esse mundo existe pra que ele próprio possa existir.)
>Tem sido uma experiência bastante enriquecedura, não duvide
disso... ;)
Eu não duvido, mas taí uma experiência que não tá nos meus planos. ;-)
>Você já experimentou deixar que as informações de que você
precisa cheguem até você ao invés de ir procurá-las?
Já. Acontece comigo o tempo todo. Tanto a minha pesquisa como a minha vida
pessoal têm sido ajudadas por algumas sincronicidades inacreditáveis.
>A paixão *cega*. Tente *ver*...:)
I try very hard, believe me. ;-)
>Sem dúvida eu quero sim! Pode selecionar e enviar quando
quiser ;)
Ok, eu tô mandando pro teu endereço. Depois me diz o que vc achou.
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: dilatação gravitacional do tempo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 20:43
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
>
> Tirem-me esta dúvida, por favor:
> (...) Vale dizer, então, que a singularidade de um buraco negro
está sempre no
> futuro? É isso? E, caso o espaço-tempo seja fechado, a
singularidade do Big
> Crunch também estará "sempre" no futuro?
Lígia: Do pouco que sei a respito de singularidade, é o presente que
tende a durar "eternamente" quando da proximidade de objetos de
grande campo gravitacional, a tal ponto que no horizonte de eventos
de um buraco negro tal presente extender-se-ía indefinidamente,
fazendo com que um incauto observador que se aventurasse a chegar
próximo jamais soubesse do que aconteceria a seguir.
> "Sempre" é muito tempo. E quando se tem tempo demais, tudo que é
possível
> acontece.
>
> Perdoem-me se disse alguma bobagem.
Lígia: Não é bobagem e é justamente esse "espaço" entre um tique e
um taque do relógio que daria permissão a eventos realmente
extraordinários acontecerem. Seria o mesmo que experimentar a
*eternidade*.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 20:47
----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 8:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Milagres
>A separação que você prega poderia ser possível na idade média. Hoje, não
é.
Mas se justamente o que não havia na Idade Média era essa separação, Alvaro!
A Igreja era a autoridade absoluta que determinava todas as áreas da vida, é
até mesmo as teorias científicas, para serem aceitas, precisavam passar pelo
crivo das autoridades eclesiásticas, que só as aprovava caso elas estivessem
de acordo com um cânone que incluía não só a Bíblia, mas também a filosofia
aristotélica, adotada como pensamento oficial da Igreja. A ciência começou a
conquistar sua independência apenas a partir do Iluminismo e foi só no
século XIX que se pode dizer que esse processo se completou. Esta é a única
época em que pode haver realmente independência entre a esfera religiosa e a
científica. Simplesmente inverter os termos da equação, submetendo a
religião à autoridade científica, não me parece um grande progresso. O ideal
seria que cada macaco ficasse no seu galho, e existem nomes de peso mesmo na
comunidade científica que advogam essa posição de respeito mútuo como a
única posição possível - entre eles, o falecido Stephen Jay Gould.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 21:18
Oi
Agredeço ao Lucio, ao Manuel e ao Marco Aurelio por terem enviado msg
atendendo meu apelo. Como dissera, tenho idéias, mas estava temeroso de
pagar um mico muito grande.
As msgs recebidas falam da mesma coisa, parece até que foi combinado
(rsrsrs).
Li as "Obras Completas de S. Freud". Iniciei ainda criança. Eram livros com
encapamento azul marinho da Editora Delta, se não me engano. Quando tive
oportunidade adquiri tal coleção editada pela Imago, tradução sob direção
geral de Jayme Salomão com comentários e notas de James Strachey. Tive
oportunidade de ler com calma, reler alguns trabalhos, sendo que Totem e
Tabú cheguei lê-lo por três vezes. Mas, é o tal negócio: Fazem muitos
anos...
O que penso não diverge daquilo que foi postado. Não obstante, o esboço de
um outro enfoque.
Lúcio, Manuel e Marco Aurelio: Se vcs jamais tivessem estudado sobre
psiquismo, que andamento dariam ao esboço proposto abaixo?
Suponhamos o psiquismo como uma área (poderia ser um volume). Nesta área
estão diversos 'locus': 'Locus' dos sentidos (um para a visão, outro para o
tato, etc.); 'locus' de 'pressões interiores' (a sêde, a exaustão, etc.);
'locus' de memória; e outros.
Por 'sobre' esta área (Ou, nos limites deste volume) se desloca um 'foco de
atenção'. Vamos supor seria um círculo (ou esfera) com seu ponto central. O
'foco de atenção' faz uma ponte entre um 'locus' e o Meio (Também entre um
'locus' e outro ?).
A periferia do 'foco de atenção' não discrimina. Ele detecta possíveis
atividades nos 'locus' deslocando o 'centro' para tal 'locus', podendo então
discriminar as mudanças, atualizando o referido 'locus'. Por outro lado,
nesta mesma 'periferia' estariam localizado 'filtros' e estes orientariam
acesso ou não acesso do 'centro' do foco (Óbvio que estes 'filtros' estão
representados pelas defesas de ego).
Bem, vamos ver como é recebida e julgada esta msg.
Com consideração e atenção me subscrevo.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Energia e Força
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 21:19
Em Sex 25 Out 2002 06:08, you wrote:
> Em Qua 23 Out 2002 10:33, you wrote:
> > Oi Aniello
> > Agora entendi. Talvez estivesse de má vontade, ou preocupado com o número
> > de msgs recebidas quando lí a msg do Leo.
> > Agradeço a seriedade e sua boa vontade em ter-me esclarecido.
> > Outrossim, se puder ter a mesma paciência que teve: Porque [Tau] = [E]?
> > [],
> > Antonio Renato.
>
> Pois é. Este número cavalar de mensagens me obriga a selecionar as
> discussões
> que participo... uma pena.
>
> Quanto a pergunta "por que [Tau] = [E] eu acho que você está me perguntando
> por que trabalho e energia possuem a mesma grandeza dimensional. Acertei?
> ######>Acertou<########
>
> Se for esta a pergunta, é simples: trabalho é uma medida de variação (por
> tranferência) de energia. A medimos a variação de algo com a mesma medida
> que
> o próprio algo.
> #######>Fiquei na mesma mas deixa prá lá: Não é minha praia mesmo.
> Outrossim, somente para esclarecer que foi a dúvida:
Trabalho é apenas uma medida de transferência de energia. Assim como uma
tranferência monetária se mede com a moeda utilizada, trabalho se mede com a
"moeda" utilizada, que é energia.
Assim como transferência monetária é um conceito diferente do que capital,
trabalho é um conceito diferente que energia.
> =>Trabalho para Newton:
> Tau = F . e; donde Tau = m . a . e; donde Tau = m . v/t . e; donde Tau = m
> . e/t /t . e; donde Tau = m . e / t a segunda potencia . e; donde Tau = m
> . e a segunda potencia . t a segunda potencia negativa; donde Tau = e a
> segunda potencia . m . t a segunda potencia negativa.
> Então temos que [Tau] = [L a segunda potencia . M . T a segunda potencia
> negativa]
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Facilita explicitar quais as grandezas.####>>Desculpe-me. Pensei ser
óbvio<<#### Demorei a entender que e= deslocamento.####>>e = espaço. Penso
que deslocamento teria apenas uma (ou duas) dimensão (s) ao passo que espaço
tem três<<####
####>>Fica difícil uma pessoa que tem apenas conhecimento básicos (eu),
física de Newton, 'conversar' com alguém (vc ou o Sérgio) que está
'discutindo' supercordas. Noutra msg, postada pelo Prof. José Renato, já
havia se reportado a deslocamento como maneira mais adequada, abolindo assim
a grandeza (para Newton, ou dimensão para Einstein) tempo. Mas estou ainda
longe de 'sentir' tais conceitos<<####
Atenciosamente, Antonio Renato.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
> =>Energia na fórmula de Einstein:
> E = m . c a segunda potencia; donde E = m . (e/t) a segunda potencia; donde
> E = m . e a segunda potencia / t a segunda potencia; donde E = m . e a
> segunda potencia . t a segunda potencia negativa.
> Então temos que [E] = [L a segunda potencia . M . T a segunda potencia
> negativa]
>
> Ou seja: [E] = [Tau], que foi o que dissera na primeira msg: A
> dimensional de trabalho na física de Newton é igual a dimensional de
> energia da fórmula de Einstein.
Trabalho também é dimensionalemente equivalente a energia dentro da teoria
newtoniana. Isto não deve surpreender ninguém. Trabalho é tranferência de
energia, e portanto necessariamente dimensionalmente equivalente.
O conceito de energia e de trabalho não mudou da física clássica para
Eisntein. Quando Einstein afirma que E=mcc, ele afirma que a massa é apenas
mais uma das formas de energia, aquela mesma velha conhecida.
> Também como dissera na primeira msg: Newton equiparava energia a
> trabalho.
Bom, duas correções. O conceito de energia e de trabalho são porteriores a
Newton. Mas podemos dizer que fazem parte da física newtoniana, por ser
derivação direta de seu sistema.
Segundo, ninguém equipara trabalho a energia em nenhum caso. Se o fizer
estará errado.Trabalho é uma medida de transferência de energia, não
importando que forma a energia se apresenta. Trabalho não é e nunca poderá
ser equivalente a energia.
Aniello
SUBJECT: Re: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 22:29
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
>
> Oi Lígia e Edson
Lígia: Oi Antonio,
> Vou deixar o meu pitaco, minha opinião pessoal e intranferível.
>
> Inicialmente vou repetir o postado anteriormente: Só me
agradam dois tipos
> de mulheres: As brasileiras e as estrangeiras. Agora acrescento:
Dentre as
> brasileiras e as estrangeiras, deverão ser burras ou inteligentes,
servindo
> também as 'intermediárias'.
Lígia: Em suma: todas as mulheres o agradam. Isso soa como alguém
que diz que gosta igualmente de todos os tipos de música pelo simples
fato de ser música. Problemas com seletividade?
> Aquilo que busco na companhia feminina, qualquer uma mulher
(Sem excessão)
> poderão me oferecer. A 'coisa' é animal!
> Quaisquer outros 'atributos' que ela possa apresentar
(Inteligência,
> cultura, beleza, educação, riqueza, etc), são 'efeitos colaterais'.
Lígia: E ainda achastes ruim quando expus meu ponto de vista a
respeito da "coisificação" feminina... :)
> Temos 'efeitos colaterais' que desejamos, e isso é individual.
> Ex.: A um indivíduo que faz uso de imipramina como tramento de uma
depressão
> pode 'lucrar' com o efeito colateral da citada droga, caso sofra de
diarréia
> ou enurese. A obstipação intestinal ou a retenção urinária seria
dejesável
> ou indesejável, a cada caso (individual).
Lígia: Meu ginecologista costumava dizer que a mulher, de um modo
geral, é "um mal necessário" ao homem... ele devia beber da mesma
fonte que você :)
> Para concluir: O que leva a um relacionamento (homem/mulher)
adequado e que
> conduza à satisfação, é que haja correspondencia entre as
expectativas que
> um indivíduo tem para conjuge, e o que o outro tem à oferecer.
Inicialmente
> é isso.
Lígia: Minhas expectativas são sempre muito mais altas. Acredito
que este seja meu maior problema com relação aos homens. Por mais
que se espere deles, eles apenas dão daquilo que têm... :)
> A continuação seria a capacidade individual para 'adaptar-se
as situações'.
> Mas é outro departamento.
Lígia: Continuação de qualquer coisa acaba em rotina. Saber
conviver com rotina é algo que é preciso aprender, aliado àquilo que
se obtenha em troca pelos esforços empreendidos em tal aprendizado.
Se a somatória permite um saldo positivo, a rotina acaba por ser
incorporada à vida e segue-se com ela. Se for negativa, passa-se a
outra experiência. Eu acho que o fim de um relacionamento chega
quando o esforço do aprendizado da rotina com aquele parceiro resulta
em mais esforço, além do desgaste resultante...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 22:30
Certamente eu me expliquei mal. O que eu quis dizer é que na idade média a
igreja teria poder para afastar a ciência, caso esta existisse. Hoje a
igreja não tem esse poder e espero que nunca volte a ter. A religião, seja
ela institucionalizada ou sob a forma de seitas, deve ser vigiada de perto
pela ciência, mesmo que, em um caso extremo, fosse apenas por cientistas
independentes dentro da própria igreja.
A idéia da separação é romântica, mas irrealizável na prática. Sempre
haverá cientistas dispostos a desmontar dogmas religiosos, nem que seja por
mero prazer. Por outro lado, o fato de Stephen Jay Gould, ou seja lá quem
for, ser favorável a que cada macaco fique no seu galho não tem grande
apelo, pois centenas de cientistas espalhados pelo mundo e trabalhando em
temas religiosos têm opiniões opostas.
Respeito pelas pessoas é uma coisa. Respeito pelas idéias é outra, e bem
diferente. Por exemplo, há uma menina brasileira que está para ser
beatificada (ou coisa parecida) pela única razão de não ter "cedido" a uma
tentativa de estupro, tendo sido morta pelo raptor. Esse é o tipo de
absurdo religioso que nasce de mentes doentias, levando à conclusão que a
vida é menos importante do que o respeito a um preceito anacrônico de
castidade. Não tenho nenhum respeito por idéias desse tipo, e nem pela
idéia largamente pregada pela igreja católica de que é melhor se expor a
diversos tipos de viroses do que usar camisinha... Você acha mesmo que a
ciência não deveria se manifestar nesse caso?
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 27 de Outubro de 2002 21:47
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Milagres
> ----- Original Message -----
> From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Sunday, October 27, 2002 8:42 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Milagres
>
> >A separação que você prega poderia ser possível na idade média. Hoje,
não
> é.
>
> Mas se justamente o que não havia na Idade Média era essa separação,
Alvaro!
> A Igreja era a autoridade absoluta que determinava todas as áreas da
vida, é
> até mesmo as teorias científicas, para serem aceitas, precisavam passar
pelo
> crivo das autoridades eclesiásticas, que só as aprovava caso elas
estivessem
> de acordo com um cânone que incluía não só a Bíblia, mas também a
filosofia
> aristotélica, adotada como pensamento oficial da Igreja. A ciência
começou a
> conquistar sua independência apenas a partir do Iluminismo e foi só no
> século XIX que se pode dizer que esse processo se completou. Esta é a
única
> época em que pode haver realmente independência entre a esfera religiosa
e a
> científica. Simplesmente inverter os termos da equação, submetendo a
> religião à autoridade científica, não me parece um grande progresso. O
ideal
> seria que cada macaco ficasse no seu galho, e existem nomes de peso mesmo
na
> comunidade científica que advogam essa posição de respeito mútuo como a
> única posição possível - entre eles, o falecido Stephen Jay Gould.
>
> Abs.
> L.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 22:57
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Oi, Ligia. Bom, pelo menos, enquanto mantiver o subject, quem não
quiser
> acompanhar esse papo pode ir pulando as mensagens... ;-)
Lígia: Em respeito aos demais estômagos, eu não pretendo mudar o
subject ;)
> >Tais experiências não são apenas subjetivas e se quiser a
> gente adentra tal assunto :)
>
> Eu acho que elas são subjetivas no mesmo sentido que qualquer uma
das nossas
> experiências, de abrir os olhos pela manhã a realizar um
experimento no
> laboratório, têm sempre um componente subjetivo. É um sujeito que as
> experimenta e esse sujeito colore tudo com a sua percepção. Não
vejo muito
> como se poderia fugir disso, a não ser transcendendo completamente a
> polaridade sujeito/objeto.
Lígia: Sem a transcendência, cai nisso que você expõe.
> >Quanto ao funcionamento do cérebro ser híbrido, eu concordo.
>
> Me parece uma suposição bastante razoável também. Permite acomodar
tanto os
> mecanismos "clássicos" da mente quanto aquelas peculiaridades que as
> abordagens cognitivas têm dificuldade em explicar. Mas ainda falta
> desenvolver muita coisa pra chegar num modelo quântico da mente e a
> tentativa mais bem-sucedida até o momento - a teoria do Roger
Penrose e do
> Stuart Hameroff - se apóia sobre elementos que, por enquanto, são
puramente
> conjecturais, como a gravidade quântica e o papel das
microtubulinas dos
> neurônios.
Lígia: Mais teorias... deles. E a sua interpretação?
> >Isso é o resultado imediato da comunicação entre os membros
> de uma mesma espécie: as definições são dadas e cada um as aceita
ou
> não dependendo da própria capacidade de percepção. Mais adiante em
> um outro debate eu vou dizer o que eu percebo com relação a Deus, fé
> e razão. A necessidade de termos para definir algo é um resultado
> imediato da incapacidade de percebê-lo de forma definitiva.
>
> O ponto que me pega é de onde vem essa incapacidade. É aí que
(espero) as
> minhas idéias apresentam uma contribuição que me parece
razoavelmente
> original - se bem que baseada na visão de mundo do gnosticismo.
Lígia: Espero que você consiga. A idéia de *absoluto* é algo que
foge ao senso comum e tentar explicá-lo a partir de um ponto de vista
relativo pode resultar em mais conceitos relativos.
> >Não duvido disso... :) E acrescento: há os que vêem tal
> laboratório e ainda sabem intuitivamente que estão aprisionados em
> cubas. São os que têm um Ego (cuba) menos refratária :)
>
> Mas entre saber que se está numa cuba (que os budistas comparam a
uma cela
> de seis paredes: os cinco sentidos mais a mente que os interpreta)
e ver o
> que existe do lado de fora da cuba vai uma graaande diferença. ;-)
Lígia: Os *iluminados* e loucos que o digam... ;)
> >É só perceber, não tem muito o que ser estudado nesse
> sentido. É só fechar os olhos e "sentir"... :)
>
> Eu tenho a impressão que não é assim tão simples. As nossas
sensações também
> são filtradas pelos padrões de percepção e de raciocínio que
modelam a nossa
> mente, e que funcionam de modo inteiramente automático. Se você
simplesmente
> fechar os olhos e "sentir", vai acabar sendo arrastada por esses
mecanismos
> automáticos, que se traduzem inclusive sob a forma de bloqueios
físicos (é
> aqui que entra o Reich) que travam o livre fluxo da energia e
empurram a
> pessoa pra comportamentos, percepções e sentimentos estereotipados.
Antes de
> fechar os olhos e se entregar ao que é, eu acho que precisa primeiro
> dissolver esses bloqueios. Como diria o Buda, primeiro você tem que
achar o
> arquiteto, pra que ele não possa tornar a construir.
Lígia: O fechar os olhos a que me referi seria em princípio o não
tentar enxergar e consequentemente não interpretar. A idéia de
sentir é como deixar que as coisas sejam como parecem ser e *ver* o
que elas de fato representam num contexto *de olhos fechados* :)
> >Se há as *cubas* é porque não sobreviveríamos sem elas, como
> os cérebros num laboratório de cientista louco que você descreve
> acima.
>
> Eu não tenho tanta certeza disso. Se existem cubas, é porque alguém
enfiou a
> gente nelas. Somos mais como prisioneiros do que como pacientes na
UTI. É um
> pouco como os humanos em Matrix, que foram jogados numa pseudo-
realidade
> ilusória enquanto a energia deles é drenada pra manter o sistema
> funcionando.
Lígia: É o preço que se paga pela individualidade.
> (Em tempo: esse negócio de "alguém" não é pra levar ao pé da letra.
Eu não
> tô dizendo que nenhum cientista louco, nenhuma máquina ou demônio
colocou a
> gente nessa situação. Quem armou essa arapuca pra gente foi o nosso
próprio
> ego, que criou o mundo à sua imagem e semelhança e precisa nos
convencer de
> que esse mundo existe pra que ele próprio possa existir.)
Lígia:: É o preço que se paga pela individualização. De "estarmos
em toda parte" passamos a ocupar um lugar específico num tempo
específico. De *eternos* passamos a perecíveis. De *onipresentes*
passamos a meros expectadores do que se enxerga... e *ver* tem que
ser aprendido a partir da perspectiva de *si mesmo*. A reflexão tem
seu preço... ;)
> Eu não duvido, mas taí uma experiência que não tá nos meus
planos. ;-)
Lígia: Filhos acontecem... ;)
> >Você já experimentou deixar que as informações de que você
> precisa cheguem até você ao invés de ir procurá-las?
>
> Já. Acontece comigo o tempo todo. Tanto a minha pesquisa como a
minha vida
> pessoal têm sido ajudadas por algumas sincronicidades
inacreditáveis.
Lígia: Então este é o caminho. Desejo que você siga seguindo... :)
> >A paixão *cega*. Tente *ver*...:)
>
> I try very hard, believe me. ;-)
Lígia: Then stop trying and just DO it ;)
> Ok, eu tô mandando pro teu endereço. Depois me diz o que vc achou.
Lígia: Até agora não recebi. Mas assim que os tiver recebido eu
digo o que achei. Obrigada!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 23:09
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 27, 2002 11:57 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Em respeito aos demais estômagos, eu não pretendo mudar o
subject ;)
;-)
>Sem a transcendência, cai nisso que você expõe.
Sim, é esse o ponto. Todo o conhecimento que se pode obter nesse mundo é
sempre relativo, porque nasce dessa polaridade, que é ela própria
artificial. Pra alcançar algum tipo de conhecimento real, a gente teria que
transcender isso, teria que superar a divisão entre um sujeito aqui e um
mundo lá fora. Não é fingindo que suprime o sujeito, como faz o método
científico, que se chega lá.
>Mais teorias... deles.
Não posso evitar isso. Não sou físico, nem neurocientista. As minhas
reflexões sobre esses assuntos têm que se basear no que foi investigado pelo
pessoal que freqüenta essas praias, onde eu não passo de um haole.
>E a sua interpretação?
Ainda não sei exatamente como colocar em palavras, mas deixa eu tentar. Já
adianto que as minhas idéias iam deixar os adeptos de uma interpretação mais
pragmática da mecânica quântica espumando de raiva mas, ei, essa é a
vantagem de ser um haole: você não tem medo de se arriscar pegando uma onda
que deixaria os nativos de cabelos em pé. ;-)
Eu acho que a realidade é uma superposição coerente: o real inclui todas as
possibilidades simultaneamente e cada coisa, em termos absolutos, é a soma
de todos os seus estados possíveis. Sub specie aeternitatis, todos eles são
igualmente reais. Mais: até mesmo falar em "cada coisa" já é impor uma
divisão que não existe na realidade, já que há uma unidade fundamental de
tudo o que existe. É um estado virtualmente impossível de ser imaginado pelo
nosso aparelho cognitivo (pra puxar um link com a discussão sobre Deus e a
cultura: é uma alteridade absoluta) e é por esse motivo que a nossa
percepção se introduz nesse bloco contínuo como uma faca, isolando apenas um
conjunto de possibilidades pra aceitar como real - é o colapso da função de
onda.
Como você vê, eu fecho com as interpretações da mecânica quântica que
atribuem o colapso da superposição coerente à ação da consciência, ou
melhor, da percepção. Mas aqui eu cruzo essas interpretações com os dados
que as neurociências vêm descobrindo sobre o funcionamento do sistema
perceptivo, que mostram como a nossa percepção é influenciada por uma série
de filtros impostos pela socialização. Desde crianças, somos condicionados a
aceitar uma determinada representação da realidade e é essa representação
que usamos como parâmetro a cada vez que olhamos para o mundo. É nesse
sentido que eu acho que a nossa realidade é construída socialmente. Pra ter
acesso ao real, seria preciso cancelar esses parâmetros e desconstruir a
representação da realidade que nos é imposta.
É por isso que, em todas as escolas de misticismo, orientais e ocidentais,
você vai ver que a primeira etapa no caminho da experiência mística é o que
São João da Cruz chamava de "noite escura da alma", um percurso no decorrer
do qual tudo o que acreditávamos ser verdade vai caindo por terra, até não
restar nada, a não ser a percepção pura, desprovida de filtros. É só então
que vem a iluminação (ou como quer que se queira chamar).
Ficou meio confuso, eu sei, e uma mentalidade mais racionalista
provavelmente ficaria horrorizada pela maneira como eu salto da mecânica
quântica pras neurociências pra sociologia pro misticismo. Mas você tem que
levar em conta que eu resumi em poucos parágrafos idéias que eu venho
desenvolvendo detalhadamente ao longo dos anos e que provavelmente vão
ocupar um livro de mais de oitocentas páginas. ;-) De qualquer forma, acho
que serve como uma primeira aproximação do que você chama de "minha
interpretação", não serve?
>Espero que você consiga. A idéia de *absoluto* é algo que
foge ao senso comum e tentar explicá-lo a partir de um ponto de vista
relativo pode resultar em mais conceitos relativos.
Mas não existe outra maneira de explicá-lo. Se você adota um ponto de vista
não-relativo, então você é capaz de perceber o absoluto e, nesse caso, pra
que uma explicação? O truque é ter sempre em mente que qualquer descrição do
absoluto é sempre necessariamente inexata e que as explicações valem mais
como metáforas, que não devem ser tomadas ao pé da letra. De novo, é a
história do dedo e da Lua. A literatura mística é toda ela feita de
tentativas de explicar o absoluto em termos relativos, e o problema só surge
quando a gente encara essas explicações literalmente.
>Os *iluminados* e loucos que o digam... ;)
Com a diferença que os loucos não sabem que saíram da cuba. ;-)
>O fechar os olhos a que me referi seria em princípio o não
tentar enxergar e consequentemente não interpretar.
Eu sei, foi assim que eu entendi. Mas a interpretação não ocorre apenas no
nível racional, ela já está lá antes. Quando você olha pra uma pedra no
terreno, esse simples ato de observação já carrega em si toda uma carga
interpretativa. Primeiro, é você (sujeito) olhando uma coisa fora de você
(objeto). Depois, você localiza o sujeito e o objeto no tempo e no espaço
(que não pertencem à essência da realidade, são só um eixo de coordenadas
que a gente usa pra estruturar a nossa representação). Em seguida, você
identifica esse sujeito com um ego dotado de determinadas características
físicas e psicológicas, e acredita que você é esse sujeito. Ao mesmo tempo,
você olha para o objeto e o reconhece como uma pedra, isto é, aplica sobre
ele o conceito de pedra. Tudo isso é interpretação, mas ocorre sem que você
tenha consciência dela. Quando a percepção chega ao teu nível consciente,
ela já vem estruturada por todas essas interpretações subliminares. Então,
até mesmo o ato físico de olhar pra pedra é de cabo a rabo interpretativo -
e inconsciente. Se desligar das interpretações conscientes é (relativamente)
fácil. O bicho pega mesmo é no nível dessas outras interpretações, que a
gente nem percebe que faz, mas sem as quais não veríamos o mundo do jeito
que vemos.
>É o preço que se paga pela individualidade.
Será mesmo? Ou será que o ego é apenas um simulacro da verdadeira
individualidade? O Jung distingue entre o ego e o Si-mesmo (Selbst), e acho
que tem alguma coisa de muito importante aí nessa distinção. Talvez a
verdadeira individualidade encontre-se encoberta pela máscara do ego.
Sidharta não virou uma massa amorfa e indiferenciada quando se tornou o
Buda, nem Jesus mergulhou no não-ser quando se tornou um com o Pai. É um
paradoxo, mas eu acho que você só se torna o que você realmente é quando
deixa de se identificar com quem você pensa que é.
>Filhos acontecem... ;)
Ou não. ;-)
>Então este é o caminho. Desejo que você siga seguindo... :)
Ah, eu vou seguir seguindo, disso não tenho a menor dúvida. Agora, se eu vou
chegar em algum lugar, é outro papo. ;-)
>Até agora não recebi.
É que eu ainda não mandei. Tô escolhendo qual texto mandar. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 23:18
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 28, 2002 1:07 AM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
>Cara, vou entrar nesse barco. Vou falar qualquer asneira e depois
dizer que eh simbolico, que pertence a outro plano, que nao estah ao
alcance do intelecto humano, que o sistema vigente oprime minhas
manifestacoes, que sao necessarios varios anos de estudo pra entender
o que digo, que soh pessoas puras de coracao percebem, que faz parte
de uma sabedoria milenar, que milhares de pessoas falam a mesma
coisa, que cientistas da NASA jah pesquisaram, que... cansei.
O que diferencia a experiência mística das doutrinas das religiões
institucionalizadas é que as primeiras não pedem pra você se fiar na
autoridade de quem está falando, seja ele quem for. O místico (e eu não tô
falando dos Paulos Coelhos e Trigueirinhos da vida, mas de gente como o
Buda, Mestre Eckhart, São João da Cruz ou Santa Teresa de Ávila) diz "a
minha experiência foi assim, assim e assado, e os passos que eu dei pra
chegar até ela foram tais e tais". Você pode repetir esses passos e
verificar por si mesmo. O critério, na mística, está *sempre* na
experiência. É claro que você pode optar por não fazer a verificação e (a)
ou se fiar literalmente nas palavras do místico, e nesse caso vai distorcer
tudo, porque a experiência é dele, e não sua ou (b) se recusar a fazer a
experiência, e aí vai poder dizer o que quiser, que o cara é um charlatão,
um enganador ou um louco - mas aí, que moral você vai ter pra censurar os
padres que se recusaram a olhar pelo telescópio do Galileu? ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e nulos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <sbcr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 23:20
Vejam que interessante:
Total de votos: 5.428.354
Roberto Requião: 2.681.811 - 49,4%
Alvaro Dias: 2.180.922 - 40,18%
Brancos e nulos: 565.621 - 10,42%
Os votos brancos e nulos, caso revertidos ao candidato derrotado, teriam
dado a vitória a ele. De fato, é uma tese conhecida da ciência política que
a anulação dos votos abre espaço para candidatos radicais...
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 23:22
Caro Luis,
Pode entrar. Esse barco está navegando por aqui há muito tempo e sempre há
espaço para mais um...
[ ]s
Alvaro Augusto
> Cara, vou entrar nesse barco. Vou falar qualquer asneira e depois
> dizer que eh simbolico, que pertence a outro plano, que nao estah ao
> alcance do intelecto humano, que o sistema vigente oprime minhas
> manifestacoes, que sao necessarios varios anos de estudo pra entender
> o que digo, que soh pessoas puras de coracao percebem, que faz parte
> de uma sabedoria milenar, que milhares de pessoas falam a mesma
> coisa, que cientistas da NASA jah pesquisaram, que... cansei.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2002 23:53
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
> Douglas: "Bem" neste caso é um termo analógico e não literal.
Hmm... acho que jah ´ouvi esse papo´ antes. Isso parece aquele tal
´o dragao eh meu e ele tem a cor que eu quiser´. Ou entao ´de dragoes
eu entendo e eles nao sao animais, eles somente sao´.
> Não podemos
> atribuir caracteristicas humanas a Deus mas como somos imagem e
semelhança
> d'Ele (e por isso não é um "antropormofismo absoluto") podemos
dizer que é
> mais correto identificá-lo com o Bem do que com o mal.
> DFG
Quem disse que somos imagem e semelhanca de alguem? Ah.. desculpe..
os dragoes sao seus, eles teem a cor que vc quiser.
E os coelhos, como ficam?
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2002 23:55
----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 28, 2002 1:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
>Gostaria de ajustar melhor as explicações. O Id, segundo Freud, é
completamente inconsciente e possui algumas coisas que jamais se
tornarão conscientes.
Mas também tem algumas coisas que podem se tornar conscientes, e é nesse
sentido que ele não se identifica pura e simplesmente com o inconsciente da
primeira tópica.
>O super-ego não é mais que uma parte do Ego que foi colonizada. Não
é consciente. Tampouco é onde se guardam a normas morais da
cultura.
Aqui, espero que você não se importe, eu discordo de você. É que,
recentemente, eu andei trabalhando num texto sobre o conceito de superego na
obra do Freud e, pra isso, repassei praticamente tudo o que ele diz sobre o
assunto nas obras completas. A primeira indicação de que o superego
constitui uma internalização do código moral da sociedade tá na XXXIª das
"Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise": "O superego aplica o
mais rígido padrão de moral ao ego indefeso que lhe fica à mercê", diz
Freud. E acrescenta que ele "representa, em geral, as exigências da
moralidade". Mais adiante, no mesmo texto, Freud deixa ainda mais explícito
que o superego é o representante de todas as restrições morais da sociedade
e que são estas que fornecem seu conteúdo: "Assim, o superego de uma criança
é, com efeito, construído segundo o modelo não de seus pais, mas do superego
de seus pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos, e torna-se veículo
da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que dessa forma
se transmitiram de geração em geração." Portanto, o superego é uma
estrutura que se propaga de geração em geração, à maneira de um vírus ou dos
memes propostos por Richard Dawkins.
Ainda nessa conferência, Freud chega até mesmo a estabelecer um paralelo
entre o superego e o conceito marxista de ideologia, abrindo a possibilidade
de que a noção de superego possa complementar a de ideologia e referindo-se
explicitamente às "ideologias do superego": "Parece provável que aquilo que
se conhece como visão materialista da história peque por subestimar esse
fator. Eles o põem de lado, com o comentário de que as 'ideologias' do homem
nada mais são do que produto e superestrutura de suas condições econômicas
contemporâneas. Isto é verdade, mas muito provavelmente não a verdade
inteira. A humanidade nunca vive inteiramente no presente. O passado, a
tradição da raça e do povo, vive nas ideologias do superego e só lentamente
cede às influências do presente,no sentido de mudanças novas; e, enquanto
opera através do superego, desempenha um poderoso papel na vida do homem,
independentemente de condições econômicas."
Freud volta ao tema no Mal-Estar na Civilização que, diferentemente das
Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise, que visavam à psicologia
individual, tem um viés mais sociológico. Daí que, sem negar a identificação
com a instância parental como mecanismo fundamental, Freud analise a
formação do superego do ponto de vista social. Dessa perspectiva, ele
aparece como o representante dos interesses da sociedade no interior do
psiquismo: "A civilização, portanto, consegue dominar o perigoso desejo de
agressão do indivíduo, enfraquecendo-o, desarmando-o e estabelecendo no seu
interior um agente para cuidar dele, como uma guarnição numa cidade
conquistada."
Essa leitura é reforçada pela suposição feita por Freud de um superego
cultural, que seria compartilhado por toda uma sociedade e cujo
desenvolvimento estaria entrelaçado com o do superego individual. Se
trouxermos as exigências freqüentemente inconscientes do superego individual
à luz da consciência, diz Freud, descobriremos que elas "coincidem com os
preceitos do superego cultural predominante" e, de fato, se originam deste
último, que é quem desenvolve seus ideais e estabelece suas exigências.
Portanto, a formação do superego individual é apenas o processo por meio do
qual essas exigências são implantadas no psiquismo dos indivíduos,
levando-os a se submeter aos ideais coletivos.
Tem várias outras passagens do Freud que vão na mesma direção e, de fato, o
objetivo do meu trabalho era mostrar que o superego era o lugar de
internalização da ideologia, da qual o código moral vigente é uma das
principais manifestações.
>Não é para nada uma instância ética.
Mas eu não falei de ética. Falei da moralidade coletiva, que é o contrário
da ética.
>Mostra-se a nossos olhos como sublime e celeste, mas na realidade está
sedento de sangue. Não é mais que uma fossa sofisticada, com vestido de
gala, da piores maldades humanas para ser apontadas contra o pobre Ego.
Eu não poderia estar mais de acordo com isso. Exceto que a mesma descrição
se aplica à moralidade coletiva, que também se apresenta como sublime e, às
vezes literalmente, celeste, mas não passa de uma fossa sofisticada com
vestido de gala.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 00:00
On 26 Oct 2002 at 12:38, Manuel Bulcão wrote:
> Sou chegado a uma masturbação teórica e faço
> isso sem culpa.
Manuel
Eu penso como Vc. Só acrescentaria que quando a gente aprende algo
nestas discussões, não é uma mera distração. Como ja disseram
outros, no meio de tanta bobagem que dizemos, encontramos
verdadeiras joias de conhecimento. Listas como essa são muito
criativas. Acontece que a criatividade não cresce nas árvores nem é
tão freqüente. A menor percentagem de coisas úteis é o que sempre
ocorre. Se não nos dedicamos a discutir e opinar, não aparecerão as
coisas maravilhosas que às vezes são ditas.
Nem sempre somos humildes e tampouco confessamos que achamos
esta ou aquela opinião genial. Guardamos estas observações. Muitos
de nós agradecemos. Não importa, o valor não se perde.
[ ]s
Marco Aurelio.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 00:00
On 26 Oct 2002 at 11:13, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> Na
> prática, a maior parte do ego responde pela consciência (nem tudo que faz
> parte do ego é consciente, mas quase tudo de que temos consciência faz parte
> do ego), mas qualquer uma das três instâncias têm conteúdos conscientes e
> inconscientes (a parte consciente do superego, por exemplo, é o código moral
> internalizado).
Lucio
Gostaria de ajustar melhor as explicações. O Id, segundo Freud, é
completamente inconsciente e possui algumas coisas que jamais se
tornarão conscientes. O Ego sim, tem acesso a todos as areas por ser
a agencia central de adaptação (adapta o mundo às demandas do Id e
estas são adaptadas às exigências do mundo externo.
O super-ego não é mais que uma parte do Ego que foi colonizada. Não
é consciente. Tampouco é onde se guardam a normas morais da
cultura. As únicas normas internalizadas são as do Complexo de Édipo
(que sempre são umas porcarias). Não é para nada uma instância
ética. Mostra-se a nossos olhos como sublime e celeste, mas na
realidade está sedento de sangue. Não é mais que uma fossa
sofisticada, com vestido de gala, da piores maldades humanas para
ser apontadas contra o pobre Ego. A fortaleza deste é que impede que
o sujeito sucumba ante o super-ego (psicose).
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: n Re: Pitaco em: [ciencialist] Psicanálise ( ex-evolução e criacionismo - Takata, junte-se a nós)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 00:00
On 26 Oct 2002 at 11:25, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> Em vez disso, obtemos dele, se tivermos conduzido corretamente a
> análise, uma firme convicção da verdade da construção, convicção que tem o
> mesmo efeito terapêutico de uma recordação reencontrada.
Lucio
É certo. Gostaria só de destacar um pequeno ponto desta questão. Às
vezes a construção do analista não é correta. Isto ocorre principalmente
quando somos novatos no desempenho como terapeutas. O que
acontece é que o paciente mostra claramente que a intervenção não foi
válida. Simplesmente não ocorre nada.
Quando a construção dá no alvo, o discurso muda completamente. Um
dos sinais é a mudança de um mecanismo de defeza por outro ato
psíquico. A comunicação se torna mais fluida, o paciente recorda algo
que tinha como esquecido e perdido, se criam elos que enchem lagunas
que dificultavam certas conclusões, se acrescentam elementos sintáticos
e diminui a angustia. Quase sempre é o primeiro passo para a aquisição
de um insight.
Este esclarecimento foi só para demonstrar que uma construção não é
uma coisa completamente arbitraria que um analista decreta que tenha
acontecido, sem a mínima intervenção do paciente. As construções
podem ser comparadas com as construções dos esqueletos dos
dinossauros. Os arqueólogos nunca os encontram completo, com todos
os ossinhos. Depois de um estudo exaustivo, modelam-se as peças que
faltam e se arma a ossamenta. Assim são as construções de fragmentos
do passado do paciente. O que se acrescenta é sempre uma peça que
deveria estar, embora não seja idêntica à original, se ajusta
perfeitamente, porque o que interessa não é a perfeição da construção (o
que seria uma autêntica reconstrução), mas sim pontes para recuperar
uma vivencia perdida pela inconscientização.
[ ]s
Marco Aurelio
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 00:02
Cara, vou entrar nesse barco. Vou falar qualquer asneira e depois
dizer que eh simbolico, que pertence a outro plano, que nao estah ao
alcance do intelecto humano, que o sistema vigente oprime minhas
manifestacoes, que sao necessarios varios anos de estudo pra entender
o que digo, que soh pessoas puras de coracao percebem, que faz parte
de uma sabedoria milenar, que milhares de pessoas falam a mesma
coisa, que cientistas da NASA jah pesquisaram, que... cansei.
Ateh
Luis Brudna
Douglas: Se seu simbolismo encontrar repercurção no simbolismo universal (de
todas as culturas) a ponto de construir sobre eles civilizações (como o
Mazdeísmo ou o Islamismo fizeram) aí terá mostrado que usou de símbolos
válidos universalmente. Ou melhor, "foi usado"por tais símbolos, pois estes
tem como que "vida própria". Caso contrário será só um sinalzinho inventado
por um egozinho sem nenhum valor. Boa sorte na sua tentativa. Por que não
começa com "os dragões" de que tanto gosta! Talvez vc faça algo útil pelo
Brasil, assim como o Profeta fez com as tribos fragmentadas e em constante
briga, levando-as a formar um dos impérios mais criativos da história.
E não esqueça de avisar ao Centro (ou instituto) de pesquisa dos Símbolos,
fundado por Bachelar e Recoeur, que eles estão estudando bobagens! Como as
teorias símbolicas de Piaget, Levi-Strauss, K. Haner, Hans Künk. Sem falar
das mentalidades fracas de Tomás de Aquino e Agostinho, coitadinhos, tão
iludidos! Talvez o Instituto doe as verbas de pesquisa para alguma entidade
de pesquisa cientifica brasileira, para estudar a vida sexual de uns insetos
em instinção no pantanal do qual eu nunca ouvi falar e nem vou ouvir mas que
talvez vire até matéria de vestibular. Tudo para o progresso da ciência!
Simbolos, não! Isso é para qualquer um. Tomás de Aquimo, Leibniz, Schelling,
Brudna, Bachelard, Guitton...
DFG
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SUBJECT: Re: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 00:02
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> L: O principal motivo é a incapacidade
> de se fazer entendido pelos demais como consequência do entender
> demais... :)
> Beijos, Lígia
Nao sei se entendi... mas ai parece que o problema estah sempre em
que eh inteligente (conhecer varias coisas).
Se fulano le sobre trocentas coisas, ve trocentos filmes, le
trocentos livros, etc pq deveria fazer malabarismos para parecer
agradavel a todo tempo e nao ficar com aquele ar pros outros
de "aaah, lah vem fulano querendo mostrar que sabe".
Nossa sociedade TEM SIM uma apologia ao imbecil.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 00:07
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
De fato, os místicos falam - e falam
> até um bocado - sobre suas experiências com o Totalmente Outro. A
questão é
> que não dá pra levar o que eles dizem ao pé da letra, e os próprios
místicos
> insistem no caráter simbólico de seus relatos.
Cara, vou entrar nesse barco. Vou falar qualquer asneira e depois
dizer que eh simbolico, que pertence a outro plano, que nao estah ao
alcance do intelecto humano, que o sistema vigente oprime minhas
manifestacoes, que sao necessarios varios anos de estudo pra entender
o que digo, que soh pessoas puras de coracao percebem, que faz parte
de uma sabedoria milenar, que milhares de pessoas falam a mesma
coisa, que cientistas da NASA jah pesquisaram, que... cansei.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 00:26
Oi Brudna!
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luisbrudna@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > L: O principal motivo é a incapacidade
> > de se fazer entendido pelos demais como consequência do entender
> > demais... :)
> > Beijos, Lígia
>
> Nao sei se entendi... mas ai parece que o problema estah sempre
em
> que eh inteligente (conhecer varias coisas).
Lígia: Eu estava sendo irônica. Na verdade são os outros que não
compreendem... :)
> Se fulano le sobre trocentas coisas, ve trocentos filmes, le
> trocentos livros, etc pq deveria fazer malabarismos para parecer
> agradavel a todo tempo e nao ficar com aquele ar pros outros
> de "aaah, lah vem fulano querendo mostrar que sabe".
Lígia: Não precisa fazer malabarismos, cada um deve ser como for.
Eu vivi esse problema na pele ( ser a menos popular e a mais fechada
de todas as turmas, a *inatingível-sabe-tudo*). Mas eu percebo agora
que esse fechamento e devoção aos estudos eram coisas
correspondentes. Movida pela timidez e pela incapacidade de trocar
idéias com os demais, eu me via mais impelida a ficar no meu mundo de
livros e idéias do que no mundo "dos outros" feito de trocas
correspondentes do mesmo nível. Consegui perceber isso ao ver meu
filho passando pelos mesmos problemas que passei.
> Nossa sociedade TEM SIM uma apologia ao imbecil.
Lígia: Tem sim. Ou em outras palavras, a mediocridade é unida. Não
dá espaço. Mas veja que dizer que alguém é excluído apenas por ser
inteligente também não é tudo. Vamos dizer que uma pessoa que seja
diferente tenha que ser aceitável por outros atributos que não o
motivo que a faça diferente dos demais. E é nisso que uma pessoa
*inteligente* com forte propensão ao fechamento "erra"(ou acerta,
depende do ponto de vista): ela não é capaz de perceber em que pode
ser aceitável aos demais e então isola-se por saber de antemão a
dificuldade que vai encontrar em ser aceito sem parecer imbecil por
sua vez... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 00:45
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luisbrudna@u...> escreveu
> Nossa sociedade TEM SIM uma apologia ao imbecil.
E a imbecilidade é que nem areia movediça: puxa todo mundo pra baixo.
Se o fulano escreve poemas, o imbecil diz que o fulano é "metido" a
poeta.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 00:54
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luisbrudna@u...> escreveu
> Cara, vou entrar nesse barco. Vou falar qualquer asneira e depois
> dizer que eh simbolico, que pertence a outro plano, que nao estah
ao
> alcance do intelecto humano, que o sistema vigente oprime minhas
> manifestacoes, que sao necessarios varios anos de estudo pra
entender
> o que digo, que soh pessoas puras de coracao percebem, que faz
parte
> de uma sabedoria milenar, que milhares de pessoas falam a mesma
> coisa, que cientistas da NASA jah pesquisaram, que... cansei.
>
> Ateh
> Luis Brudna
Taí: nome com apelo místico você já tem. Presença carismática
(loiro, olhos azuis, hum?) também, vai... agora só falta definir em
qual área mística vai desejar atuar, lógico, dependendo daquilo que
você tenha a oferecer à população sedenta de consolo e amparo nos
difíceis dias que nos aguardam a todos... Você SABE que estes são os
últimos dias, não sabe? Pois então, o tempo urge! :)
Beijos, Lígia
Nota: O " :)" foi o símbolo que escolhi prá você perceber que eu
estou brincando... apesar de ter certeza de que você ganharia muito
mais dinheiro sendo mais um Walter Mercado do que como um PhD em
qualquer área.
SUBJECT: Re: Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 01:49
Olá Marco, Lúcio e demais
Marco: O super-ego não é mais que uma parte do Ego que foi
colonizada. Não é consciente. Tampouco é onde se guardam a normas
morais da cultura. As únicas normas internalizadas são as do Complexo
de Édipo (que sempre são umas porcarias). Não é para nada uma
instância ética. Mostra-se a nossos olhos como sublime e celeste, mas
na realidade está sedento de sangue. Não é mais que uma fossa
ofisticada, com vestido de gala, da piores maldades humanas para
ser apontadas contra o pobre Ego. A fortaleza deste é que impede que
o sujeito sucumba ante o super-ego (psicose).
Manuel: Assim como existe um auto-erotismo ou narcisismo (Nossa, como
sou lindo! Deus, como sou inteligente! Ai, como sou fodão!) também
existe uma auto-agressividade, isto é, uma violência "voluptuosa" que
o indivíduo dirige para si próprio. O superego é aquela auto-
censura 'irracional' que mantem em nós um permanente sentimento de
culpa. Segundo Freud, esse sentimento de culpa é inconsciente, e nós
só o percebemos como necessidade de auto-punição. Sabe aquelas
pessoas que acham que dar um sentido à dor é melhor que buscar o
prazer? E aquelas outras que não querem uma razão para viver, mas
apenas um motivo para morrer? E também aquelas que acham a
infelicidade um charme e a decadência um glamour? -- Há muitas
maneiras de dar a essa necessidade de auto-punição uma aparência de
racionalidade.
O superego é uma instância psíquica altamente funcional naquelas
sociedades divididas em classes antagônicas, assentadas na escravidão
e na exploração do homem pelo homem, sociedades estas que se
reproduzem beneficiando a poucos e à custa de muito sacrifício
individual. Pois, para o Senhor, o melhor escravo é aquele que ama a
escravidão. Esses escravos 'voluntários' deixam mais descendentes que
os escravos insatisfeitos. Num meio social deste tipo, o superego
confere a quem o possui uma maior aptidão darwiniana. O superego é
uma adaptação, um caráter mantido pela seleção natural.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 01:56
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: brudna
> To: ciencialist@y...
> Sent: Monday, October 28, 2002 1:07 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
>
> >Cara, vou entrar nesse barco. Vou falar qualquer asneira e depois
> dizer que eh simbolico, que pertence a outro plano, que nao estah ao
> alcance do intelecto humano, que o sistema vigente oprime minhas
> manifestacoes, que sao necessarios varios anos de estudo pra
entender
> o que digo, que soh pessoas puras de coracao percebem, que faz parte
> de uma sabedoria milenar, que milhares de pessoas falam a mesma
> coisa, que cientistas da NASA jah pesquisaram, que... cansei.
>
> O que diferencia a experiência mística das doutrinas das religiões
> institucionalizadas é que as primeiras não pedem pra você se fiar na
> autoridade de quem está falando, seja ele quem for. O místico (e eu
não tô
> falando dos Paulos Coelhos e Trigueirinhos da vida, mas de gente
como o
> Buda, Mestre Eckhart, São João da Cruz ou Santa Teresa de Ávila)
diz "a
> minha experiência foi assim, assim e assado, e os passos que eu dei
pra
> chegar até ela foram tais e tais". Você pode repetir esses passos e
> verificar por si mesmo.
Bah... nem tava falando de coisas (ditas) refinadas. De misticismos
estabelecidos, milenares, tradicionais.. ou sei lah o que. Estava
falando de bobagem gratuita, argumentacao vazia, hermetica,
escorregadia, intocavel, indefinida, volatil, etc.
Bem... por experiencia propria... varias coisas podem ser
distorcidas para fazerem parte de uma colecao de ´tecnicas de um
grupo mistico´... lembro de uma que nao sei quem inventou... ai
vai... forme uma concha com as duas maos agora aproxime uma concha
com a outra, mas sem tocar e comece a movimentar BEM rapido (mas nao
muito :) ) as maos aproximando e afastando. Eh provavel que em pouco
tempo vc comece a sentir nesse espaco entre as maos uma bola macia e
molenga... meio dificil de explicar. As explicacoes misticas sao de
uma bola de energia e bla bla bla.
> O critério, na mística, está *sempre* na
> experiência.
Ai vai uma receita... coloque a lingua pra fora e tente nao
movimentar um musculo sequer da lingua... conseguiu?! Caso afirmativo
vc jah estah pronto pra experiencias mais elevadas. :-)
> É claro que você pode optar por não fazer a verificação e (a)
> ou se fiar literalmente nas palavras do místico, e nesse caso vai
distorcer
> tudo, porque a experiência é dele, e não sua ou (b) se recusar a
fazer a
> experiência, e aí vai poder dizer o que quiser, que o cara é um
charlatão,
> um enganador ou um louco - mas aí, que moral você vai ter pra
censurar os
> padres que se recusaram a olhar pelo telescópio do Galileu? ;-)
> Abs.
> L.
Se vc nao consegue fazer a sua lingua ficar ´quieta´...as
explicacoes podem ser as mais variadas... desde... vc nao eh uma
pessoa pura de coracao... ateh.. vc eh muito materialista.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e nulos
FROM: "Jaison" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 02:17
a anulação dos votos abre espaço para candidatos radicais...
A anulação de votos pode acabar com uma eleição :)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 02:25
Lúcio!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Sim, é esse o ponto. Todo o conhecimento que se pode obter nesse
mundo é
> sempre relativo, porque nasce dessa polaridade, que é ela própria
> artificial. Pra alcançar algum tipo de conhecimento real, a gente
teria que
> transcender isso, teria que superar a divisão entre um sujeito aqui
e um
> mundo lá fora. Não é fingindo que suprime o sujeito, como faz o
método
> científico, que se chega lá.
Lígia: Mas sem um método científico e a consequeente supressão do
sujeito incorre-se na possibilidade de criar-se mais uma teoria a ser
enquadrada no misticismo... De duas uma: ou muda-se o método
científico, ou age-se como um cientista.
> >Mais teorias... deles.
>
> Não posso evitar isso. Não sou físico, nem neurocientista. As minhas
> reflexões sobre esses assuntos têm que se basear no que foi
investigado pelo
> pessoal que freqüenta essas praias, onde eu não passo de um haole.
Lígia: Entendo... você quer ser um haole bem informado :)
> >E a sua interpretação?
>
> Ainda não sei exatamente como colocar em palavras, mas deixa eu
tentar. Já
> adianto que as minhas idéias iam deixar os adeptos de uma
interpretação mais
> pragmática da mecânica quântica espumando de raiva mas, ei, essa é a
> vantagem de ser um haole: você não tem medo de se arriscar pegando
uma onda
> que deixaria os nativos de cabelos em pé. ;-)
Lígia: Ahahahah... certo. E é o risco de tal onda que representa a
possibilidade de vitória, entendo também... :)
> Eu acho que a realidade é uma superposição coerente: o real inclui
todas as
> possibilidades simultaneamente e cada coisa, em termos absolutos, é
a soma
> de todos os seus estados possíveis. Sub specie aeternitatis, todos
eles são
> igualmente reais. Mais: até mesmo falar em "cada coisa" já é impor
uma
> divisão que não existe na realidade, já que há uma unidade
fundamental de
> tudo o que existe. É um estado virtualmente impossível de ser
imaginado pelo
> nosso aparelho cognitivo (pra puxar um link com a discussão sobre
Deus e a
> cultura: é uma alteridade absoluta) e é por esse motivo que a nossa
> percepção se introduz nesse bloco contínuo como uma faca, isolando
apenas um
> conjunto de possibilidades pra aceitar como real - é o colapso da
função de
> onda.
Lígia: Gostei da analogia. Mas tal colapso apenas é aplicável num
âmbito sub-atômico. A analogia em si é válida mas não passa disso
por motivos muito simples: a partir do momento que uma estrutura
atômica toma ares de objeto físico observável a olhos nús, deixa de
estar suceptível ao que quer que esteja relacionado a tal estrutura a
nível de MQ. Os átomos *são mesmo* energia condensada mas os objetos
feitos dele tomam ares de *reais e palpáveis* e como tal não podem
ser observáveis sob a ótica da MQ. Há que se chegar a um ponto em
que a matéria seja criada, há que se chegar ao ponto em que os quarks
sejam ordenados de forma tal a darem a entender que estão um nêutron,
estão um próton, um elétron, entende? Seja lá qual for a resposta
ela se encontra no *antes* de a energia tomar ares de partículas',
sendo justamente *o que* a faz odernar-se aquilo que DEVE ser buscado.
> Como você vê, eu fecho com as interpretações da mecânica quântica
que
> atribuem o colapso da superposição coerente à ação da consciência,
ou
> melhor, da percepção. Mas aqui eu cruzo essas interpretações com os
dados
> que as neurociências vêm descobrindo sobre o funcionamento do
sistema
> perceptivo, que mostram como a nossa percepção é influenciada por
uma série
> de filtros impostos pela socialização. Desde crianças, somos
condicionados a
> aceitar uma determinada representação da realidade e é essa
representação
> que usamos como parâmetro a cada vez que olhamos para o mundo. É
nesse
> sentido que eu acho que a nossa realidade é construída socialmente.
Pra ter
> acesso ao real, seria preciso cancelar esses parâmetros e
desconstruir a
> representação da realidade que nos é imposta.
Lígia: Ou, em outras palavras, deixar de ser o que se pensa que é,
ou o que é motivado pelo conjunto de crenças implantado. Um choque,
uma situação pós perda irreparável, uma situação de pânico extremo
que faça alguém reavaliar todos os conceitos que possua acaba fazendo
com que haja uma ruptura. Percebo onde você quer chegar: numa
receita para a iluminação com bases científicas e que permita a quem
quer que leia alcançar pelo menos o vislumbre dos passos a serem
seguidos com bases não apenas na especulação mas científicas. Ou não
é isso?
> É por isso que, em todas as escolas de misticismo, orientais e
ocidentais,
> você vai ver que a primeira etapa no caminho da experiência mística
é o que
> São João da Cruz chamava de "noite escura da alma", um percurso no
decorrer
> do qual tudo o que acreditávamos ser verdade vai caindo por terra,
até não
> restar nada, a não ser a percepção pura, desprovida de filtros. É
só então
> que vem a iluminação (ou como quer que se queira chamar).
Lígia: Como místico, ele exercitou o *amor* em seu desprendimento
máximo, ou *ágape*. Apenas idéias não levam a lugar algum, só a
motivação interior é que tem tal poder.
>
> Ficou meio confuso, eu sei, e uma mentalidade mais racionalista
> provavelmente ficaria horrorizada pela maneira como eu salto da
mecânica
> quântica pras neurociências pra sociologia pro misticismo. Mas você
tem que
> levar em conta que eu resumi em poucos parágrafos idéias que eu
venho
> desenvolvendo detalhadamente ao longo dos anos e que provavelmente
vão
> ocupar um livro de mais de oitocentas páginas. ;-) De qualquer
forma, acho
> que serve como uma primeira aproximação do que você chama de "minha
> interpretação", não serve?
Lígia: Oba, se serve! Obrigada por compartilhar! E eu espero que
você não se sinta desmotivado caso eu lhe aplique alguns toques. É
que resumidamente eu já vi isso tudo. E é por isso que eu posso
apontar onde está o X e onde as respostas podem ser procuradas.
Vamos dizer que pode-se chegar à iluminação até mesmo lendo Almanaque
Fontoura quando a semente já está germinando. E o caminho é a
motivação interior, o desprendimento, a vontade... você deve saber
disso. O ponto quente da MQ é o que orienta a energia a *transmutar-
se* em partículas, não propriamente no colapso da função de onda. E
é através da sincronicidade que pode-se ter um vislumbre do que seja
a *concretização* das idéias. Você é familiar a conceitos de *co-
creador*?
> Mas não existe outra maneira de explicá-lo. Se você adota um ponto
de vista
> não-relativo, então você é capaz de perceber o absoluto e, nesse
caso, pra
> que uma explicação?
Lígia: Prá que uma explicação? Boa pergunta... talvez para os
outros menos afortunados, mas sempre incorre-se no risco de vir a
publicar mais um livro de auto-ajuda entitulado *Iluminação ao
Alcance de Todos*, ou criar uma seita, ou pretender passar por
*pervertido*, anarquista...
> O truque é ter sempre em mente que qualquer descrição do
> absoluto é sempre necessariamente inexata e que as explicações
valem mais
> como metáforas, que não devem ser tomadas ao pé da letra. De novo,
é a
> história do dedo e da Lua. A literatura mística é toda ela feita de
> tentativas de explicar o absoluto em termos relativos, e o problema
só surge
> quando a gente encara essas explicações literalmente.
Lígia: Pois é esse o meu medo. Tive medo de levar adiante a idéia
de achar alguma resposta mais consistente porque cheguei num ponto em
que eu tenho que experimentar a *coisa* para saber do que se trata.
Não adiantaria apenas dar a entender um caminho para se chegar a
isso, ou mesmo discorrer sobre as várias possibilidades científicas
de encontrar explicações. E só agora, depois de quase 20 anos desde
que tive os primeiros vislumbres de que *o buraco da existência é
mais embaixo* eu pude entender o que um amigo meu na época me
disse: "tudo acontece a nível de cada um. Não há como generalizar
sem passar por criador de fórmulas mágicas".
> Eu sei, foi assim que eu entendi. Mas a interpretação não ocorre
apenas no
> nível racional, ela já está lá antes. Quando você olha pra uma
pedra no
> terreno, esse simples ato de observação já carrega em si toda uma
carga
> interpretativa. Primeiro, é você (sujeito) olhando uma coisa fora
de você
> (objeto). Depois, você localiza o sujeito e o objeto no tempo e no
espaço
> (que não pertencem à essência da realidade, são só um eixo de
coordenadas
> que a gente usa pra estruturar a nossa representação). Em seguida,
você
> identifica esse sujeito com um ego dotado de determinadas
características
> físicas e psicológicas, e acredita que você é esse sujeito. Ao
mesmo tempo,
> você olha para o objeto e o reconhece como uma pedra, isto é,
aplica sobre
> ele o conceito de pedra. Tudo isso é interpretação, mas ocorre sem
que você
> tenha consciência dela. Quando a percepção chega ao teu nível
consciente,
> ela já vem estruturada por todas essas interpretações subliminares.
Então,
> até mesmo o ato físico de olhar pra pedra é de cabo a rabo
interpretativo -
> e inconsciente. Se desligar das interpretações conscientes é
(relativamente)
> fácil. O bicho pega mesmo é no nível dessas outras interpretações,
que a
> gente nem percebe que faz, mas sem as quais não veríamos o mundo do
jeito
> que vemos.
Lígia: Tem que ouvir a voz do silêncio... :) Eu entendo o que você
diz. Eu interpreto suas palavras e percebo a extensão de suas
idéias. Mas não há um meio racional de se auto impôr tal *fechar de
olhos*. Ele acontece naturalmente quando se está pronto. Já ouviu
falar em Massaharu Taniguchi fundador da Seicho-no-iê?
> >É o preço que se paga pela individualidade.
>
> Será mesmo? Ou será que o ego é apenas um simulacro da verdadeira
> individualidade? O Jung distingue entre o ego e o Si-mesmo
(Selbst), e acho
> que tem alguma coisa de muito importante aí nessa distinção. Talvez
a
> verdadeira individualidade encontre-se encoberta pela máscara do
ego.
Lígia: O Ego é o filtro/camuflagem do Jisso, ou *aspecto
verdadeiro*, a divindade em nós. Mas a forma como tal divindade
escolheu para ser percebida por si mesma é que faz com que estejamos
atados a um corpo em um universo que é também a manifestação dessa
divindade. O ápice da evolução de um ser que tem a divindade latente
é permitir que a divindade seja percebida em tudo e principalmente em
si mesmo... palavras da Seicho-no-iê.
> Sidharta não virou uma massa amorfa e indiferenciada quando se
tornou o
> Buda, nem Jesus mergulhou no não-ser quando se tornou um com o Pai.
É um
> paradoxo, mas eu acho que você só se torna o que você realmente é
quando
> deixa de se identificar com quem você pensa que é.
Lígia: Todos falam de uma só e mesma coisa: trucidem o Ego. Deixem
de ter aspirações terrenas, busquem o reino de Deus, tudo é nada...
maya... Mas é graças ao Ego que se existe no plano físico. Pode-se
existir sem Ego, ou sem a ilusão do Eu? Pode-se sim. Uma máxima de
Jesus: Pedi e ser-vos-á dado. Sabe o que isso significa? Que tudo
o que se pensa, tudo o que se acredita, tem o poder de materializar-
se no plano físico... simplesmente porque a ilusão da matéria é
realmente ilusão, a matéria é o nada que tomou corpo. Qual a
finalidade do Ego? É ser quebrado no final mas ele serve para que a
divindade se aperceba de si mesma através da consciência
reflexiva... demora mas todos chegarão lá. E não há necessidade de
estudo não. Há necessidade de amadurecimento.
> >Então este é o caminho. Desejo que você siga seguindo... :)
>
> Ah, eu vou seguir seguindo, disso não tenho a menor dúvida. Agora,
se eu vou
> chegar em algum lugar, é outro papo. ;-)
Lígia: Pelo tudo que já li que você escreve aqui na lista, você há
de chegar a um lugar sim. E há de saber demonstrar o que pensa ao
chegar lá de forma clara e precisa ficando a interpretação a critério
de quem venha a ler o que você escreve. O mais importante de tudo é
que você tome consciência daquilo que está fazendo. O resto é com os
outros. :)
> É que eu ainda não mandei. Tô escolhendo qual texto mandar. ;-)
Lígia: Sou paciente... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 02:35
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> Taí: nome com apelo místico você já tem. Presença carismática
> (loiro, olhos azuis, hum?) também, vai... agora só falta definir
em
> qual área mística vai desejar atuar, lógico, dependendo daquilo que
> você tenha a oferecer à população sedenta de consolo e amparo nos
> difíceis dias que nos aguardam a todos... Você SABE que estes são
os
> últimos dias, não sabe? Pois então, o tempo urge! :)
> Beijos, Lígia
>
> Nota: O " :)" foi o símbolo que escolhi prá você perceber que eu
> estou brincando... apesar de ter certeza de que você ganharia
muito
> mais dinheiro sendo mais um Walter Mercado do que como um PhD em
> qualquer área.
Beleza... eh preciso definir a linha... quem sabe adote algo tipo
samba do crioulo doido quantico. Parece que o Mesquita jah tem algo
parecido com isso... esqueci o nome. :-)
Pra quem quer ver a minha foto... ooh... o segredo milenar serah
revelado... veja em
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst
, lah tem a versao padrao e a versao samba do... que tal?!
Tah... eu roubei a foto do Ashtar, mas como estou na fase de
implementacao, as coisas podem mudar. :-)
Ateh
Luis Brudna
ps1: vou parar com essas mensagens totalmente off-topic
ps2: tomara que o pessoal abandone a lista apos ver minha foto. :-)
ps3: tenho olhos verdes
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura p/ Lígia
FROM: Douglas Ferreira Gonçalves <douglasgabriel@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 03:29
Por mais que você dedique seu tempo falando a respeito
de Deus e fé, se você mesmo não os tiver experimentado de nada
adiantarão as definições que você postule, das mais simples às mais
absurdas porque por mais que você se esforce, suas palavras serão
ocas e apenas ecos do que já leu ou ouviu de outro alguém. Suas
palavras e sua percepção de Deus e fé: isso tem importância.
Acabo minha intromissão no seu debate afirmando novamente que não há
como racionalizar Deus, nem fé. Ou percebe-se do que se tratam ambos
ou nada feito. E digo ainda, quem os percebe não duvida, quer seja
por um ou outro tipo de dúvida como você enuncia acima.
Douglas: Sou Católico e não Gnóstico e vc bem sabe disso. Essa história de
"sentir" Deus ou "saber" Deus não é comigo. E como vc pode fazer afirmações
sobre a minha vida sem saber dela? Nesse caso eu nem precisaria responder, é
só vc responder por mim. Se quer saber o que eu queria dizer com "dúvida"
vai ler "A noite escura" de S. João da Cruz. Sobre Fé, "Imitação de Cristo"
Tamas Kemphis.
Adeus
DFG
SUBJECT: Re: Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e nulos
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 03:59
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Vejam que interessante:
>
> Total de votos: 5.428.354
> Roberto Requião: 2.681.811 - 49,4%
> Alvaro Dias: 2.180.922 - 40,18%
> Brancos e nulos: 565.621 - 10,42%
>
> Os votos brancos e nulos, caso revertidos ao candidato derrotado,
teriam
> dado a vitória a ele. De fato, é uma tese conhecida da ciência
política que
> a anulação dos votos abre espaço para candidatos radicais...
O Roberto Requião é radical?
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e nulos
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 04:13
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> é uma tese conhecida da ciência política que a anulação dos votos
abre espaço para candidatos radicais...
Manuel: Essa tese é falsa, pois aqui no Ceará a anulação dos votos
favoreceu não o radical do PT, mas um oportunista que já foi da
Arena, do PDS, do PDT e que hoje, por arrivismo, é filiado do partido
situacionista, o PSDB do Sr. Tasso Jereissati.
A diferença entre o Sr. Lúcio Alcântara (PSDB) e o "companheiro"
José Airton (PT) foi de apenas 3.047 votos, enquanto que a soma dos
votos em branco com os nulos totalizou 170.828.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re (continuação): Re: [ciencialist] Consciente, Inconsciente, Ego, Superego e Id.
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 04:50
Oi
Os impulsos nervosos iniciados em estímulos na periferia do corpo seguem
por nervos e adentram a medula. Formam conexões e continuam seguindo até ao
cérebro.
O impulso, ao passar pelo tronco cerebral conecta-se com os núcleos da
formação reticulada de ativação ascendente. Seja qual for a origem do
impulso, desde o momento em que se conectou com a formação reticulada vai
gerar um salva que atinge ao córtex cerebral como um todo fazendo o que se
chama 'reação de alerta' ou bloqueio do ritmo alfa. Mas o referido impulso
segue, chegando então ao seu 'locus' específico no córtex cerebral.
Chegando ao 'locus' cria uma onda de irradiação circular a partir do mesmo.
Caso dois ou mais impulsos cheguem em proximidade temporal, sua irradiações
se encontrarão, formando então 'uma ponte' entre eles.
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 06:46
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 27 de outubro de 2002 15:27
Assunto: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
| ----- Original Message -----
| From: "Manuel Bulcão"
| Sent: Sunday, October 27, 2002 11:37 AM
| Subject: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
|
|
| > Oi,
| > Tirem-me esta dúvida, por favor:
| > De acordo com a teoria geral da relatividade, quanto mais forte é o campo
| > gravitacional mais lento é o tique-taque dos relógios, isto é, mais
| > lentamente o tempo passa.
|
Isso só acontece com os relógios mecânicos que fazem tic-tac, com os relógios digitais e/ou quânticos isso não acontece ... isso é a relatividade geral e arquibancada.
Nos relógios controlados por saltos quânticos há uma incerteza sobre se vai adiantar ou vai atrasar devido ao tunelamento. De qualquer modo, relógio que atrasa, não adianta, não serve.
Há algumas comprovações disso nos parques de diversão; há brinquedos nesses parques que podem fazer os seres humanos (e seus relógios) sofrerem variações de até 5"g" e, conseqüentemente as alterações nos andamentos dos relógios. Chegaram a essa conclusão devido a uma estatística norte-americana que indicava forte tendência de atrasos nos serviços das pessoas que freqüentavam tais parques.
Aquele abraço,
Léo
=================
SUBJECT: Re: Adendo p/Lucio
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 08:26
Lúcio Manfredi escreveu: "Desde crianças, somos condicionados a
aceitar uma determinada representação da realidade e é essa
representação que usamos como parâmetro a cada vez que olhamos para o mundo.
É nesse sentido que eu acho que a nossa realidade é construída
socialmente. Pra ter acesso ao real, seria preciso cancelar esses parâmetros
e desconstruir a representação da realidade que nos é imposta."
Lúcio,
Um bebê, a quem são apresentados desenhos, olha mais frequentemente e por
mais tempo para figuras que pareçam com rostos humanos. Talvez porque seja
operacionalmente condicionado a olhar para "coisas" semelhantes às que lhe
dão leite, trocam suas fraldas etc., mas a causa disso não me interessa,
neste momento. O ponto é que um bebê já vê o mundo como formado por seres
que têm dois olhos e uma boca e que o alimentam. Se isto é construção social
da realidade, como fugir disso? Criando bebês sem contato humano? Mas isto
pode matá-los, pois parece ser essencial, para a saúde de bebês, o contato
com pessoas que o cuidem e o toquem (ver "síndrome da hospitalização").
Esta é a situação em que estamos: antes de sequer sabermos quem somos, já
vemos o mundo de um certo jeito. Se há uma realidade diferente dessa, penso
que será algo inerentemente fora de nossas possibilidades de percepção.
Por outro lado, tem um autor importante de ficção científica, cujo nome não
lembro, que escreveu um conto sobre um cara que saia de uma "realidade" para
outra, como se fosse uma sequência ininterrupta de sonhos induzidos por uma
droga que ele havia tomado. Então, lhe pergunto: quando um "iluminado" fala
da "verdadeira realidade", quem está sonhando, nós ou ele? Mais: se a falta
de serotonina faz uma pessoa ver o mundo e sua prória vida tão negativamente
que pode chegar a se matar, como saber se não é um excesso de serotonina (ou
outro neurotransmissor qualquer) que faz o "iluminado" ter a relatada
sensação de completude e unidade com o universo?
Um abraço,
Vizzoni
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: Re: Deus e a Cultura p/ Lígia
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 08:28
--- Em ciencialist@y..., Douglas Ferreira Gonçalves
<douglasgabriel@b...> escreveu
> Douglas: Sou Católico e não Gnóstico e vc bem sabe disso. Essa
história de
> "sentir" Deus ou "saber" Deus não é comigo.
Lígia: E vem sendo a visão católica de Deus o que você vem dando a
entender: um monstro mitológico inatingível, a não ser pela fé que
se deposite nele... você não tem "sentido" Deus nem O "sabido".
Parabéns!
E como vc pode fazer afirmações
> sobre a minha vida sem saber dela? Nesse caso eu nem precisaria
responder, é
> só vc responder por mim.
Lígia: Hum, puxou a faca. Prá que isso? Está parecendo aqueles
para quem Deus é o *dragão na garagem* e que por falta de argumentos
apela para o lado pessoal...
Se quer saber o que eu queria dizer com "dúvida"
> vai ler "A noite escura" de S. João da Cruz. Sobre Fé, "Imitação de
Cristo"
> Tamas Kemphis.
Lígia: João da Cruz foi um apaixonado que deu tudo de si a Deus e
recebeu a bem-aventurança: livrou-se do Ego como consequência.
Para "imitar" o Cristo, basta que ponhamos em prática aquilo que Ele
deixou como testemunho e tal imitação só requer a capacidade de
compreender as entrelinhas. Coisas simples quando necessitam de
muita explicação são motivo de dúvida. Ou *entrega-se* ou nada
feito. E é na *entrega* que se pode alcançar aquilo que se deseja.
Quem quiser possuir, já terá perdido...
> Adeus
Lígia: É isso mesmo, *adeus*? Pena, seria interessante dar
andamento a essa conversa, chegando ao *cerne* das bases da Fé.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: MSG para Manuel
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 09:05
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Com efeito, se não existisse secreção de
> testosterona na primeira infância, a teoria da libido de Freud
> seria FALSA.
>
> Takata: Ai' e' q. esta'. Ela nao seria falsa.
>
> Manuel: Claro que seria falseada. Se a testosterona é um componente
> fundamental da química do desejo erótico, a sua ausência na primeira
> infância refutaria a tese da existência de um erotismo infantil e,
> por conseguinte, de uma libido pré-genital.
Nao seria. No maximo a hipotese de q. a libido teria como agente a
testosterona. Mas isso nao parece ser central na teoria da libido.
Parece haver correntes dentro da psicanalise (mesmo na freudiana) q.
nega qq influencia de fatores biologicos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e nulos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 09:32
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Total de votos: 5.428.354
> Roberto Requião: 2.681.811 - 49,4%
> Alvaro Dias: 2.180.922 - 40,18%
> Brancos e nulos: 565.621 - 10,42%
>
> Os votos brancos e nulos, caso revertidos ao candidato derrotado,
> teriam dado a vitória a ele. De fato, é uma tese conhecida da
> ciência política que a anulação dos votos abre espaço para
> candidatos radicais...
Se 10% dos eleitores do candidato vencedor tivessem votado no
perdedor, o resultado tbm seria alterado. Conclui-se q. os votos
validos abrem espaço para candidatos radicais?
Por q. se admite a priori q. os votos nulos deveriam necessariamente
ir para o candidato moderado se essas pessoas fossem votar?
Nao foram votos nulos q. elegeram Eneas e Avanir.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Deus Pai e as eternas crianças
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 09:47
E essa jóia estava perdida em meio às demais... Lindo isso Manuel!
Bela definição do que é Deus e do porquê de precisar-se dele. Agora
basta que você interprete meu elogio de forma tal a alimentar seu
auto-narcisismo e seu Superego deixe de atormentá-lo... ao menos por
hoje :)
Beijos, Lígia
****************************************
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
>
> Vou dar o meu palpite sobre Deus.
>
> Existe um fenômeno biológico denominado "neotenia", que é a
retenção
> na idade adulta de caracteres infanto-juvenis. No mais das vezes
> esses caracteres pueris são mantidos porque são úteis, isto é,
porque
> conferem ao indivíduo vantagem adaptativa.
>
> Há quem defenda que a neotenização é uma das vias de evolução (não
a
> única) para o gregarismo. Com efeito, até os animais de hábitos
> solitários, quando filhotes, são gregários, dependentes uns dos
> outros e sobretudo da genitora. Ademais, as crias são mais dóceis e
> capazes de atender a um comando externo, e os adultos que
apresentam
> esses traços infantis são mais adaptáveis a uma vida em comunidade.
A
> comunidade animal, portanto, tende a selecionar os indivíduos que
> apresentam essas características neotênicas.
>
> São animais gregários que retém, na idade adulta, uma grande
> quantidade de caracteres juvenis: os cães, os chimpanzés-pigmeus
> (bonobos) e os homens. Claro que não somos animais inteiramente
> neotênicos, mas muitas características dos adultos úteis a uma vida
> social são traços juvenis conservados (tá vendo, Takata, como não
sou
> orgulhoso? Dou meu braço a torcer e admito que você está certo
quanto
> à questão da neotenia).
>
> É possível que uma das características infantis que o homem retém
na
> idade adulta seja a "dependência psíquica para com seus genitores"
> (também entre os chimpanzés a relação genitora-progênie permanece
por
> toda a vida, e há inclusive registros de chimpanzés adultos que,
não
> suportando o falecimento da mãe, adoecem de depressão e morrem).
>
> A vantagem do homem é que, devido ao seu alto poder de abstração,
ele
> pode transferir essa relação de dependência ou de simbiose para
algo
> que sirva como substituto simbólico dos pais: um determinado
sistema
> de valores ou algum ente abstrato fonte de uma ética, como, por
> exemplo, um totem, uma divindade, a Pátria-mãe, a Raça, a
Humanidade,
> a Razão, etc.
>
> O homem "metafísico" em busca da sua origem (de onde vim?) e sem
> saber o que fazer com a sua vida (para onde vou?) é como uma
criança
> que se perdeu dos pais e que precisa do juízo deles para saber como
> proceder nesta e naquela situação. A ansiedade que alguns
> experimentam (a angústia do ser-no-mundo, Angst der Kreatur) é
> homóloga ao ansiedade de um órfão. É essa angústia e esse
alheamento
> o que faz os homens buscarem um novo vínculo com o mundo, um
> substituto daquele elo perdido: o cordão umbilical, o seio materno,
> o "falo" do pequeno Édipo.
>
> Até a busca dos físicos teóricos pelos constituintes últimos da
> matéria tem algo de infantil. Lembra-me o balbucio "cadê mamãe?
Cadê
> mamãe?" – Afinal, assim como a mãe, os tijolos da matéria e as leis=
> fundamentais da física são "algo que veio antes que nos deram
> origem". (Ok, não precisa lembrar, admito que estou apenas jogando
> com as palavras.)
>
> Deus existe? Se não existisse, não estaríamos falando sobre Ele.
Deus
> existe ao menos como idéia. Mas por que existe essa idéia? Acho que
a
> resposta bem pode ser esta: -- Deus existe porque os homens são, em
> alguns aspectos, seres inconclusos, animais imaturos, eternas
> crianças, eternos filhos.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 10:08
> E não esqueça de avisar ao Centro (ou instituto) de pesquisa dos
Símbolos,
> fundado por Bachelar e Recoeur, que eles estão estudando bobagens! Como
as
> teorias símbolicas de Piaget, Levi-Strauss, K. Haner, Hans Künk. Sem
falar
> das mentalidades fracas de Tomás de Aquino e Agostinho, coitadinhos, tão
> iludidos! Talvez o Instituto doe as verbas de pesquisa para alguma
entidade
> de pesquisa cientifica brasileira, para estudar a vida sexual de uns
insetos
> em instinção no pantanal do qual eu nunca ouvi falar e nem vou ouvir mas
que
> talvez vire até matéria de vestibular. Tudo para o progresso da ciência!
> Simbolos, não! Isso é para qualquer um. Tomás de Aquimo, Leibniz,
Schelling,
> Brudna, Bachelard, Guitton...
>
O fato de centenas de pesquisadores estudarem um assunto não o valida. Você
continua caindo nesse erro taõ comum. Também há centenas de pessoas
estudando anjos, gnomos, etc, sem que esses seres existão. E quando se
entra nessa área nebulosa da filosofia - que já foi definida como o "abuso
sistemático de uma linguagem inventada para esse fim" - qualquer coisa pode
ser dita. Por exemplo, eu conheço filósofos que consideram Tomás de Aquino
um palerma e Bachelard um grande chutador!
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e nulos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 10:17
Você sempre acaba com meus argumentos. Bem feito pra mim!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 28 de Outubro de 2002 10:32
Assunto: [ciencialist] Re: Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e
nulos
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Total de votos: 5.428.354
> Roberto Requião: 2.681.811 - 49,4%
> Alvaro Dias: 2.180.922 - 40,18%
> Brancos e nulos: 565.621 - 10,42%
>
> Os votos brancos e nulos, caso revertidos ao candidato derrotado,
> teriam dado a vitória a ele. De fato, é uma tese conhecida da
> ciência política que a anulação dos votos abre espaço para
> candidatos radicais...
Se 10% dos eleitores do candidato vencedor tivessem votado no
perdedor, o resultado tbm seria alterado. Conclui-se q. os votos
validos abrem espaço para candidatos radicais?
Por q. se admite a priori q. os votos nulos deveriam necessariamente
ir para o candidato moderado se essas pessoas fossem votar?
Nao foram votos nulos q. elegeram Eneas e Avanir.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e nulos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 10:26
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> é uma tese conhecida da ciência política que a anulação dos votos
abre espaço para candidatos radicais...
Manuel: Essa tese é falsa, pois aqui no Ceará a anulação dos votos
favoreceu não o radical do PT, mas um oportunista que já foi da
Arena, do PDS, do PDT e que hoje, por arrivismo, é filiado do partido
situacionista, o PSDB do Sr. Tasso Jereissati.
A diferença entre o Sr. Lúcio Alcântara (PSDB) e o "companheiro"
José Airton (PT) foi de apenas 3.047 votos, enquanto que a soma dos
votos em branco com os nulos totalizou 170.828.
Alvaro. É claro que se trata de uma tese estatística, que pelo visto não se
aplica ao Ceará. Além disso, nas atuais circunstâncias ser petista não é
mais sinonimo de radicalismo...
[ ]s
Alvaro
SUBJECT: RES: Deus e a Cultura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 11:34
> De: Marco A. Andrade
>
> Vc. tem razão. Em nome da religião cometem-se atrocidades terríveis.
> O que leva a matar e ferir pela religião é a atitude religiosa,
> responsável pela fundação das religiões. Para que não exista
> a religião seria necessario que não existisse a atitude inspiradora
> da religião. Enquanto existir essa atitude, haverá religião.
>
> O sentimento religioso é um produto de uma atividade idealizadora
> inata da mente humana. Não são muitos os que conseguem suplantá-
> lo.
Alguns colegas listeiros acham que a violência cometida em nome
da ideologia política, p.ex., está no mesmo nível daquela
provocada pelo sentimento religioso. Presumo que estes colegas
tiveram apenas um contato superficial com religiosos: um colega,
um vizinho, um parente meio distante; nunca viveram entre os
fundamentalistas e não sabem realmente o que é a força motriz
da religião.
Vou dar meu testemunho pessoal e não se surpreendam com algum
espasmo emocional que eu possa demonstrar.
Naci e cresci no meio deles, dos fanáticos. Aos 8 anos de idade
eu tinha certeza absoluta que queimaria no inferno pela eternidade
tamanha a gravidade de meus pecados. Oito anos de idade!!!!!!!!
O terror -- não é medo, é TERROR -- faz com que o fiel se apegue
com todas as suas forças à religião. O modelo de realidade
desta pessoa é completamento bizarro, cheio de demônios,
tudo é obra de Satanás ou do Senhor. Simplesmente, FODEM a
sua cabeça! Eles MENTEM e sustentam suas mentiras com a mão
na Bíblia. Eu flagrei fiéis mentindo descaradamente e quando
tentei desmenti-los quase fui espancado. Eles são capazes de
qualquer coisa para sustentar seu modelo de verdade;
eles distorcem os fatos para se adequar a sua realidade insana.
Já vi e ouvi mentirem sobre o câncer do irmão que foi curado
pela oração; mentirem sobre o irmão que morreu e ressuscitou.
Eles são DOIDIVANAS mesmo!
Consegui me livrar deles, mas muitos dos meus entes mais
queridos ainda os seguem com fervor e não duvido de que
sejam capazes de cometer violência física contra mim ou
qualquer outro que 'levante a palavra contra o Senhor'.
A fase mais terrível é quando o fiel passa a questionar
aqueles absurdos que se chocam frontalmente com os fatos:
o sentimento de culpa e aflição que decorre quando vc
passa a perder a fé. Há dois caminhos: o mais fácil
é distorcer a realidade, parar de questionar, parar de
pensar e se apegar com fervor à fé; o outro, muito mais
difícil, pois requer reflexão e disciplina, é o que leva
onde estou.
Vocês não têm idéia de quem eles são e do que são capazes.
Eles são extremamente perigosos.
Eu não tenho dúvida de que a religião é a pricipal força de
motivação das pessoas. Uma pessoa comum divide sua vida
familiar, social, profissional com a religião sem grandes
transtornos, mas quando a maior parte do que a pessoa
faz está voltada à religião é hora de acionar o alerta
vermelho. Digamos que 2% das pessoas sejam seguidores
fanáticos; se não forem controlados são capazes de fazer
um estrago pelos outros 98%.
Um transtorno psicológico decorrente de uma tragédia
pessoal (violência sexual, tortura) tem mais chances
de recuperação do que aquele provocado pela religião.
A tragédia pessoal é algo que as pessoas do seu convívio
social percebem como um problema legítimo. Porém, o
transtorno provocado pela religião é considerado fraqueza
pelas pessoas que compartilham sua religião (quase sempre
a maioria das pessoas que o cercam).
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 11:46
> De: Lucio Jorge Pina Manfredi
>
> Mas identificar Deus com o Bem leva
> de novo ao problema de antropomorfizar o Totalmente Outro.
> Bem e Mal, mesmo quando escritos com maiúsculas, são conceitos
> humanos e a própria caracterização de Deus como Totalmente
> Outro impede que ele possa ser pensado a partir de conceitos
> humanos. A alteridade radical não é boa nem
> má - ela é uma alteridade. Radical.
Concordo. Mas tente explicar isso pros aiatolás, infiel duma figa! ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 11:47
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 28, 2002 3:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Lígia: Mas sem um método científico e a consequeente supressão do
sujeito incorre-se na possibilidade de criar-se mais uma teoria a ser
enquadrada no misticismo...
De novo: será? Schrödinger considerava a eliminação do sujeito cognoscente
pela ciência um erro. De mais a mais, a estarem corretas algumas abordagens
como o princípio antrópico participativo de Wheeler na física, a autopoiese
de Francisco Varela e Humberto Maturna nas neurociências e a cosmopolítica
de Isabelle Stengers e Bruno Latour na epistemologia, então o sujeito
participa da própria constituição da realidade (já discutimos isso aqui) e,
nesse caso, como ele pode ser eliminado do quadro se, sem ele, nem sequer
haveria quadro?
>De duas uma: ou muda-se o método científico, ou age-se como um cientista.
Foi por isso que, no parágrafo anterior, eu citei todos esses nomes, mesmo
sabendo que você odeia quando eu faço isso. ;-) Com exceção de Latour, que é
filósofo (o que lhe valeu algumas pauladas na impostura intelectual do Alan
Sokal), todos os outros são cientistas, agem como cientistas e fizeram ou
fazem contribuições importantes para suas respectivas áreas. Mesmo assim,
consideram que é preciso reavaliar a posição (ou melhor, a falta de posição)
do sujeito no método científico tradicional.
>Entendo... você quer ser um haole bem informado :)
É o melhor que eu posso aspirar a ser, não? A alternativa seria eu voltar as
costas pra ciência, o que não me interessa nenhum pouco - até porque, se
você me permite a crueza da metáfora, se você volta as costas pra ciência,
ela vem e te enraba por trás. ;-)
>Ahahahah... certo. E é o risco de tal onda que representa a
possibilidade de vitória, entendo também... :)
Vitória a nível pessoal, bem-entendido (espero). ;-)
>Gostei da analogia. Mas tal colapso apenas é aplicável num
âmbito sub-atômico.
Esse é um ponto discutível mesmo entre os que admitem que o colapso da
função de onda descreve um fenômeno real, em vez de ser apenas um artifício
matemático. Os objetos macroscópicos são formados de átomos que, por sua
vez, se constituem de partículas sujeitas às regras da mecânica quântica, e
é um passo razoável presumir que existe apenas um conjunto de leis pro
universo (de fato, é uma das premissas da ciência). De acordo com um bom
número de físicos não tem a menor dúvida de que mesmo os objetos
macroscópicos estão submetidos às leis da mecânica quântica. Mas, devido ao
tamanho infinitesimal da constante de Planck, esses efeitos não são
observáveis e são tão minúsculos que podem ser descartados sem problema.
Então, um automóvel está tão sujeito ao princípio da incerteza de Heisenberg
quanto um elétron e, na verdade, essa incerteza poderia ser calculada. Mas é
uma quantidade tão próxima de zero que não tem o menor peso nos cálculos,
diferente do que acontece com um elétron, em que mesmo uma incerteza mínima
pode resultar em uma grande imprecisão quanto à posição da partícula. Na
verdade, a própria cadeia de von Neumann demonstra matematicamente que os
efeitos de incerteza quântica se transferem do sistema observado
(microscópico) para o sistema observador (macroscópico), e essa é toda a
origem do problema da medição. Mesmo Bohr, cuja interpretação de Copenhague
optou por assumir uma distinção arbitrária entre sistemas quânticos e
sistemas clássicos, recorreu várias vezes durante os debates com Einstein à
transferência da incerteza do elétron para os aparelhos de medição. E um dos
atuais defensores do modelo de que o colapso da função de onda é causado
pela consciência, o físico N. David Mermin, da Universidade de Cornell,
chegou a afirmar com todas as letras: "Agora sabemos, e podemos demonstrar,
que a Lua não está lá quando ninguém olha para ela." Tudo isso me leva a
crer que é mais do que uma mera analogia.
>Há que se chegar a um ponto em que a matéria seja criada, há que se chegar
ao ponto em que os quarks
sejam ordenados de forma tal a darem a entender que estão um nêutron, estão
um próton, um elétron, entende?
De acordo com o modelo que eu mencionei acima, e que a meus olhos de leigo
parece bastante convincente, isso acontece no momento em que a matéria é
observada. Antes disso, existe apenas uma superposição coerente de todos os
estados possíveis que um objeto (seja um elétron ou a Lua) pode assumir.
>Ou, em outras palavras, deixar de ser o que se pensa que é,
ou o que é motivado pelo conjunto de crenças implantado.
Na mosca.
>Um choque, uma situação pós perda irreparável, uma situação de pânico
extremo
que faça alguém reavaliar todos os conceitos que possua acaba fazendo
com que haja uma ruptura.
Acaba, de fato, e uma das características psicológicas associadas a esses
eventos é o que os psiquiatras denominam justamente de "desrealização", a
sensação de que o mundo e mesmo o sujeito não são reais. Mas esse tipo de
situação não-controlada é essencialmente traumático e o mais provável nesses
casos é que o sujeito se torne neurótico (caso desenvolva um mecanismo de
defesa contra a sensação, como as neuroses obsessivas) ou mergulhe na
psicose (caso se deixe afundar na desrealização sem dar o necessário passo
além). Na maioria dos casos, aliás, não acontece nem uma coisa nem outra:
depois de um período de depressão (cujos mecanismos o Freud descreveu em
_Luto e Melancolia_), o filtro simplesmente se recompõe e a pessoa continua
"andando pela vida de olhos fechados", como na música dos Beatles.
> Percebo onde você quer chegar: numa receita para a iluminação com bases
científicas e que permita a quem
quer que leia alcançar pelo menos o vislumbre dos passos a serem seguidos
com bases não apenas na especulação mas científicas. Ou não é isso?
Quase. O ponto é que praticamente todas as técnicas e métodos criados pra
esse objetivo foram desenvolvidos em outras épocas, com contextos culturais
e históricos distintos dos nossos. Então, presumo que com raras exceções,
eles não funcionam pra gente. A sociedade contemporânea tem características
muito específicas e, conseqüentemente, a mentalidade de uma pessoa de hoje
não tem muito em comum com, digamos, a de um monge medieval ou um sanyasin
hindu do sec. V a.C. O próprio Krishna diz no Baghavad-Gita que esse
conhecimento precisa ser periodicamente redescoberto. O que eu tô tentando
fazer é redescobrir esse conhecimento de um jeito que seja acessível pra
alguém que nasceu e cresceu no século XX - antes de mais nada, pra mim
mesmo. ;-)
>Como místico, ele exercitou o *amor* em seu desprendimento
máximo, ou *ágape*. Apenas idéias não levam a lugar algum, só a
motivação interior é que tem tal poder.
Esse tipo de amor desprendido é conseqüência da evolução espiritual, e não
causa. Você não pode chegar um dia e dizer simplesmente "ahn, acho que eu
vou abandonar os meus apegos neuróticos e trocá-los por um amor
incondicional". ;-) Se o amor é incondicional é porque está livre de
condicionamentos, então não dá pra alcançá-lo enquanto os condicionamentos
estiverem operando.
>Oba, se serve! Obrigada por compartilhar! E eu espero que
você não se sinta desmotivado caso eu lhe aplique alguns toques.
De modo algum. É por causa desses toques que eu tô trocando idéias com você.
Do contrário, acharia meio prematuro ficar falando sobre as minhas idéias,
elas ainda estão num estágio muuuuito inicial de desenvolvimento. Mas esse
tipo de troca me ajuda a desenvolvê-las mais.
>O ponto quente da MQ é o que orienta a energia a *transmutar-
se* em partículas, não propriamente no colapso da função de onda.
É que, se eu li o meu Heisenberg direitinho ;-), o colapso da função de onda
*é* o que orienta a formação das partículas. Pelo menos, na minha opinião.
>Você é familiar a conceitos de *co-creador*?
Eu tô familiarizado com *alguns* conceitos de co-criação, como o princípio
antrópico participativo do Wheeler, mas não sei se é a eles que você tá se
referindo.
>Prá que uma explicação? Boa pergunta... talvez para os
outros menos afortunados
Caso em que você tem que tentar explicar do ponto de vista deles, isto é, de
um ponto de vista relativo, mesmo correndo o risco de distorção.
>mas sempre incorre-se no risco de vir a publicar mais um livro de
auto-ajuda entitulado *Iluminação ao
Alcance de Todos*, ou criar uma seita, ou pretender passar por *pervertido*,
anarquista...
Deus que me livre! Quero distância de qualquer coisa que se assemelhe aos
livros de auto-ajuda. Os melhores deles ouviram o galo cantar e não sabem
onde, e os piores não ouviram nem o galo, ouviram a galinha - dos ovos de
ouro. ;-)
De mais a mais, eu não sei se vou publicar alguma coisa sobre isso. Falei
que as minhas idéias dariam um livro de mais de oitocentas páginas porque,
como eu sou escritor, é essa a maneira que eu tenho de organizar as coisas
na minha cabeça. Mas ficar pensando já no que eu vou fazer *se* e quando
encontrar as minhas respostas é colocar o carro na frente dos bois. De
repente, eu não descubro resposta nenhuma e vou perceber que desperdicei a
minha vida correndo atrás de uma miragem. Ou encontro respostas que só fazem
sentido pra mim e são inúteis pra qualquer outra pessoa. Ou ainda encontro
algumas respostas, mas elas só fazem trazer mais dúvidas. É como na receita
da sopa de tigre: primeiro passo, pegar o tigre. ;-)
>Pois é esse o meu medo.
É um risco que se corre. Mas, como diria aquele insígne filósofo pátrio,
Kleber Bam-Bam, "faz parte". ;-)
>Tive medo de levar adiante a idéia de achar alguma resposta mais
consistente porque cheguei num ponto em
que eu tenho que experimentar a *coisa* para saber do que se trata.Não
adiantaria apenas dar a entender um caminho para se chegar a isso, ou mesmo
discorrer sobre as várias possibilidades científicas de encontrar
explicações. E só agora, depois de quase 20 anos desde que tive os
primeiros vislumbres de que *o buraco da existência é mais embaixo* eu pude
entender o que um amigo meu na época me disse: "tudo acontece a nível de
cada um. Não há como generalizar sem passar por criador de fórmulas
mágicas".
O que te levou a pensar que a minha procura de respostas é puramente
teórica? Eu só comento a parte teórica porque é o que dá pra discutir numa
lista como esta (mesmo assim, forçando bastante a barra). Mas também tenho
meus "vislumbres". ;-) De resto, como eu disse, tô procurando respostas que
sirvam *pra mim* ("tudo acontece a nível de cada um"). Não sei se elas
teriam utilidade pra alguma outra pessoa.
>Mas não há um meio racional de se auto impôr tal *fechar de olhos*.
Não, mas quem disse que os únicos meios possíveis são os racionais? "O poeta
se torna vidente por meio de um longo e sistemático desregramento de todos
os sentidos" (Rimbaud).
>Ele acontece naturalmente quando se está pronto.
Mas não basta esperar pra se estar pronto. Tem que se chegar a esse estado
de prontidão. Até mesmo o zen-budismo - que é provavelmente a escola que
mais insistiu no aspecto espontâneo da iluminação - tem todo um conjunto de
técnicas, que vão do zazen aos koan, pra criar esse estado de prontidão.
>Já ouviu falar em Massaharu Taniguchi fundador da Seicho-no-iê?
Já. Achei algumas coisas interessantes, outras nem tanto. O caminho dele não
é o meu.
>O Ego é o filtro/camuflagem do Jisso, ou *aspecto verdadeiro*, a divindade
em nós.
Até aqui, d'accord.
>Mas a forma como tal divindade escolheu para ser percebida por si mesma é
que faz com que estejamos atados a um corpo em um universo que é também a
manifestação dessa divindade. O ápice da evolução de um ser que tem a
divindade latente é permitir que a divindade seja percebida em tudo e
principalmente em si mesmo... palavras da Seicho-no-iê.
Aqui, as coisas começam a ficar meio complicadas. Além do Taniguchi, teve
outros caras, como o místico alemão Jakob Böhme e até mesmo Jung, que
adotaram essa explicação. Mas dizer que a divindade escolheu assumir esta
forma com este ou aquele objetivo já é (a) interpretar o absoluto com os
conceitos do nosso ponto de vista relativo e (b) atribuir uma intenção ou
Totalmente Outro, ou seja, antropomorfizá-lo. Prefiro deixar de lado essas
questões sobre o objetivo do jogo e me concentrar num fato simples: o que
percebemos não é o que é, como podemos fazer pra perceber o que é? Se o jogo
tem ou não um objetivo, se ele é um erro colossal ou parte de uma escolha
deliberada são questões que, pra mim, pelo menos, não vêm ao caso, pelo
menos nesta etapa.
>Todos falam de uma só e mesma coisa: trucidem o Ego.
Exato. Se Deus criou o ego com um propósito deliberado ou se o ego veio a
existir numa etapa anterior da evolução e hoje se tornou desnecessário ou se
o ego é simplesmente um acidente de percurso, nada disso importa. O que
importa é que ele tem que ser transcendido.
>Mas é graças ao Ego que se existe no plano físico.
Eu diria que é graças ao ego que existe o plano físico. ;-)
>Pode-se existir sem Ego, ou sem a ilusão do Eu? Pode-se sim.
Pois é. Nesse caso, pra que o ego?
>Qual a finalidade do Ego? É ser quebrado no final mas ele serve para que a
divindade se aperceba de si mesma através da consciência reflexiva...
Aqui a gente cai de novo no risco de atribuir características (e limitações)
humanas à divindade. Prefiro evitar isso. O ego existe e tem que ser
quebrado no final. Isso basta.
>demora mas todos chegarão lá.
A menos que a gente se destrua antes. Enquanto isso,sistemas sociais
injustos, baseados numa forma cruel de darwinismo social, vivem da
exploração do homem pelo homem e, só no Brasil, mais de trinta e três
milhões de pessoas vivem nas ruas porque não têm nem sequer onde morar.
Guerras se sucedem a guerras, conflitos se empilham sobre conflitos.
Políticos e líderes religiosos manipulam a esperança das massas se
apresentando como salvadores. Isso pra ficar só no nível das grandes mazelas
sociais, pra não descer ao nível particular, das pequenas agressões que
todos nós infligimos uns aos outros diariamente. E tudo isso por quê? Por
causa do ego. Talvez todos cheguem lá um dia, mas até esse dia, muito sangue
vai correr por baixo da ponte e eu não sei se tudo isso é mesmo necessário.
>E não há necessidade de estudo não. Há necessidade de amadurecimento.
Por que você exclui que o amadurecimento também possa vir do estudo?
>Pelo tudo que já li que você escreve aqui na lista, você há
de chegar a um lugar sim. E há de saber demonstrar o que pensa ao
chegar lá de forma clara e precisa ficando a interpretação a critério
de quem venha a ler o que você escreve. O mais importante de tudo é
que você tome consciência daquilo que está fazendo. O resto é com os
outros. :)
Primeiro passo, pegar o tigre. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 11:51
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 28, 2002 2:56 AM
Subject: [ciencialist] Re: Deus e a Cultura
>Bah... nem tava falando de coisas (ditas) refinadas. De misticismos
estabelecidos, milenares, tradicionais.. ou sei lah o que. Estava
falando de bobagem gratuita, argumentacao vazia, hermetica,
escorregadia, intocavel, indefinida, volatil, etc.
Mas se você quer ser realmente imparcial e não-preconceituoso em relação à
religião, é pelos budas, eckharts e teresas de ávila que você tem que
avaliá-la, não pelos paulos coelhos e monicas buonfiglios. Ou você gostaria
que a ciência fosse julgada pelos "inventores" da fusão a frio, em vez de
por Einstein ou Newton?
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 11:59
----- Original Message -----
From: Edson Vizzoni
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 28, 2002 9:26 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/Lucio
>Um bebê, a quem são apresentados desenhos, olha mais frequentemente e por
mais tempo para figuras que pareçam com rostos humanos.
Isso não prova que ele percebe a realidade do mesmo jeito que nós
percebemos. Pelo contrário, o Jean Piaget mostrou em _A Construção do Real
na Criança_, por meio de uma série de pesquisas com as próprias crianças,
que a realidade vai se constituindo aos poucos, à medida que ela se
desenvolve. Primeiro vem a noção de objeto e, em seguida, a elaboração de um
campo espacial. Só mais tarde é que surgem a causalidade e o campo temporal.
Só depois de todas essas etapas é que a criança (já entre os cinco e os sete
anos), junta tudo isso na elaboração de uma representação do universo.
>Por outro lado, tem um autor importante de ficção científica, cujo nome não
lembro, que escreveu um conto sobre um cara que saia de uma "realidade" para
outra, como se fosse uma sequência ininterrupta de sonhos induzidos por uma
droga que ele havia tomado.
Pela descrição, parece _Os Três Estigmas de Palmer Eldritch_, do Philip K.
Dick. É um dos meus livros de cabeceira. ;-)
>Mais: se a falta de serotonina faz uma pessoa ver o mundo e sua prória vida
tão negativamente
que pode chegar a se matar, como saber se não é um excesso de serotonina (ou
outro neurotransmissor qualquer) que faz o "iluminado" ter a relatada
sensação de completude e unidade com o universo?
Edson, *todas* as nossas sensações, emoções e sentimentos são, em última
análise, resultado de alterações no equilíbrio dos neurotransmissores no
cérebro. Se alguém te dá um tapa na cara e você sente raiva, a tua raiva
também é um resultado do aumento de serotonina. Isso quer dizer que você não
levou o tapa?
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 12:02
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Monday, October 28, 2002 12:46 PM
Subject: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Concordo. Mas tente explicar isso pros aiatolás, infiel duma figa! ;-)
Eu nem tento. Se eles fazem tanta questão das certezas deles, que fiquem com
elas. Só não venham botar a minha cabeça a prêmio... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Deus e a Cultura
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 12:38
----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
Sent: Monday, October 28, 2002 11:34 AM
Subject: [ciencialist] RES: Deus e a Cultura
> Alguns colegas listeiros acham que a violência cometida em nome
> da ideologia política, p.ex., está no mesmo nível daquela
> provocada pelo sentimento religioso.
Olá, Medeiros
Eu entendi o restante de sua mensagem e não vou questioná-la mas apenas
dizer que aceito-a como um depoimento valioso. Não obstante, com respeito à
frase inicial e reproduzida acima eu fico cá a pensar com os meus botões: A
violência cometida por Hitler na Alemanha, ou pelos americanos quando
lançaram a bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, ou pelo nosso herói
Duque de Caxias quando, a mando de inglêses, dizimou um Paraguai já
derrotado pela guerra... Não estaria no mesmo nível? Será que a intenção de
Bush, com relação ao Iraque, reflete tão somente o combate ao terrorismo, em
nome da Paz? E se não, estaria Bush portanto-se meramente como um fanático
religioso a pregar uma guerra santa? Veja bem, ideologia política não é
apenas aquilo que nos agrada. Muitos foram os massacres registrados pela
história e justificados por uma ideologia política, sem vínculo religioso
algum. Até mesmo os conflitos do Oriente Médio têm um lado político não
menos importante do que o lado religioso, a contracenar com o mesmo. O homem
não é mau apenas quando abraça com fanatismo determinados princípios
religiosos, mas também quando abraça com fanatismo princípios político-
ideológicos. Sob esse aspecto, diria que o mal não está na política ou na
religião, mas no fanatismo. O mais retrata ou um simbolismo inconseqüente ou
algo que poderá redundar em benefícios para a coletividade,
independentemente desta ou daquela religião ou ideologia ser boa ou má
segundo a nossa maneira relativista de interpretá-las. E é por isso que
costumo dizer que "discussão sobre ateísmo e/ou religião (e via de regra,
sobre a grande maioria das ideologias também) não me atraem. Este é um dos
poucos casos em que prefiro ficar em cima do muro com o meu agnosticismo." E
só entrei nesta thread por que achei a sua msg deveras interessante, se bem
que, com o senão apontado.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Para Medeiros
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 13:14
Olá Alexandre,
Desculpe a intromissão... mas sua mensagem mexeu comigo.
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> Alguns colegas listeiros acham que a violência cometida em nome
> da ideologia política, p.ex., está no mesmo nível daquela
> provocada pelo sentimento religioso. Presumo que estes colegas
> tiveram apenas um contato superficial com religiosos: um colega,
> um vizinho, um parente meio distante; nunca viveram entre os
> fundamentalistas e não sabem realmente o que é a força motriz
> da religião.
Lígia: A religião alcança a gente em casa e os "algozes" muitas
vezes são nossos próprios pais, entendo onde você quer chegar.
> Vou dar meu testemunho pessoal e não se surpreendam com algum
> espasmo emocional que eu possa demonstrar.
>
> Naci e cresci no meio deles, dos fanáticos. Aos 8 anos de idade
> eu tinha certeza absoluta que queimaria no inferno pela eternidade
> tamanha a gravidade de meus pecados. Oito anos de idade!!!!!!!!
> O terror -- não é medo, é TERROR -- faz com que o fiel se apegue
> com todas as suas forças à religião.
Lígia: Mas esse TERROR é apenas a parte que faz com que o rebanho
permaneça unido. E ele nasce da ignorância.
> O modelo de realidade
> desta pessoa é completamento bizarro, cheio de demônios,
> tudo é obra de Satanás ou do Senhor. Simplesmente, FODEM a
> sua cabeça! Eles MENTEM e sustentam suas mentiras com a mão
> na Bíblia. Eu flagrei fiéis mentindo descaradamente e quando
> tentei desmenti-los quase fui espancado. Eles são capazes de
> qualquer coisa para sustentar seu modelo de verdade;
> eles distorcem os fatos para se adequar a sua realidade insana.
> Já vi e ouvi mentirem sobre o câncer do irmão que foi curado
> pela oração; mentirem sobre o irmão que morreu e ressuscitou.
> Eles são DOIDIVANAS mesmo!
Lígia: Como o Mesquita apontou, eles são Fanáticos e vêem a religião
que abraçam como uma causa a ser defendida. Garanto que seria o
mesmo com o time do coração, o partido político, com uma diferença:
não teríam o poder de foder com a cabeça de ninguém com tais defesas
de ideais futebolísticos nem partidaristas. Digamos então que por já
estarem fodidos, abraçam uma causa sem pé nem cabeça e dão
continuidade à mesma. São dignos de comiseração e merecem ser
ajudados.
> Consegui me livrar deles, mas muitos dos meus entes mais
> queridos ainda os seguem com fervor e não duvido de que
> sejam capazes de cometer violência física contra mim ou
> qualquer outro que 'levante a palavra contra o Senhor'.
Lígia: Ou excluírem-no de seu círculo. O problema é deles, não
apenas da religião que abraçaram cegos pela ignorância.
> A fase mais terrível é quando o fiel passa a questionar
> aqueles absurdos que se chocam frontalmente com os fatos:
> o sentimento de culpa e aflição que decorre quando vc
> passa a perder a fé. Há dois caminhos: o mais fácil
> é distorcer a realidade, parar de questionar, parar de
> pensar e se apegar com fervor à fé; o outro, muito mais
> difícil, pois requer reflexão e disciplina, é o que leva
> onde estou.
Lígia: Parabéns! Admiro sua atitude!
>
> Vocês não têm idéia de quem eles são e do que são capazes.
> Eles são extremamente perigosos.
>
> Eu não tenho dúvida de que a religião é a pricipal força de
> motivação das pessoas. Uma pessoa comum divide sua vida
> familiar, social, profissional com a religião sem grandes
> transtornos, mas quando a maior parte do que a pessoa
> faz está voltada à religião é hora de acionar o alerta
> vermelho. Digamos que 2% das pessoas sejam seguidores
> fanáticos; se não forem controlados são capazes de fazer
> um estrago pelos outros 98%.
Lígia: Se tal estrago for permitido. Digamos que não há como
proibir que as pessoas expressem sua religiosidade mas há a
necessidade sim de fazê-las perceberem quando o limite do bom senso
foi cruzado. Este seria o papel do ateu, do cético. O problema é
que os ateus e céticos apedrejam antes de tentarem entender ONDE suas
opiniões podem fazer A diferença.
>
> Um transtorno psicológico decorrente de uma tragédia
> pessoal (violência sexual, tortura) tem mais chances
> de recuperação do que aquele provocado pela religião.
> A tragédia pessoal é algo que as pessoas do seu convívio
> social percebem como um problema legítimo. Porém, o
> transtorno provocado pela religião é considerado fraqueza
> pelas pessoas que compartilham sua religião (quase sempre
> a maioria das pessoas que o cercam).
Lígia: Não é fraqueza e o que importa é que VOCÊ saiba disso.
Portanto, veja que não há como pregar contra as religiões sem ser
capaz de se fazer compreender pelos religiosos mais queridos (seus
entes queridos no caso). Grandes feitos começam por pequenas
causas: uma palavra sem despertar revolta mas que antes desperte a
dúvida é a mais poderosa de todas as armas no que concerne à guerra
contra o fanatismo religioso. Tem que se estudar as fraquezas e ver
ONDE é que eles têm apoiado a fé que os norteia.
Beijos, Lígia
SUBJECT: RES: [ciencialist] RES: Deus e a Cultura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 13:19
> De: Alberto Mesquita Filho
>
> [...] o mal não está na política ou na religião, mas no
> fanatismo.
O fanatismo religioso é o mais poderoso de todos. As demais
formas de fanatismo são mais facilmente dissuadidas. O
fanatismo religioso pode atravessar séculos, milênios e se
estender por continentes.
Em números absolutos as guerras do Século XX foram as que
mais mataram e sua motivação foi menos religiosa e mais
política. Na minha opinião, o número de mortos só foi
maior que o das guerras santas, porque a população era
muitíssimo maior que em qualquer época passada e porque
a tecnologia de destruição em massa assim permitiu.
Se a motivação das guerras da história recente fosse
de ordem religiosa estaríamos todos mortos. O mundo hoje
seria habitado por ovelhas e pastores mutantes radiativos.
Para quem insiste que o fanatismo dos Bins Ladens da vida
é só fachada para uma questão política, procure saber
mais sobre o fanatismo fundamentalista tanto islâmico
quanto cristão. Eu convivi com esses malucos; eles acreditam
cegamente que estão agindo em nome do 'único e verdadeiro
Deus'. Não subestimem a fé desses caras!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Para Medeiros
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 13:25
> De: Ligia Gallo
>
> Lígia: Como o Mesquita apontou, eles são Fanáticos e vêem a religião
> que abraçam como uma causa a ser defendida. Garanto que seria o
> mesmo com o time do coração, o partido político, com uma diferença:
> não teríam o poder de foder com a cabeça de ninguém com tais defesas
> de ideais futebolísticos nem partidaristas. Digamos então que por já
> estarem fodidos, abraçam uma causa sem pé nem cabeça e dão
> continuidade à mesma. São dignos de comiseração e merecem ser
> ajudados.
Eles não querem ajuda, eles querem nos converter. A gigantesca
mentira em que vivem é mais suportável quanto TODOS acreditarem
nela.
> > Um transtorno psicológico decorrente de uma tragédia
> > pessoal (violência sexual, tortura) tem mais chances
> > de recuperação do que aquele provocado pela religião.
> > A tragédia pessoal é algo que as pessoas do seu convívio
> > social percebem como um problema legítimo. Porém, o
> > transtorno provocado pela religião é considerado fraqueza
> > pelas pessoas que compartilham sua religião (quase sempre
> > a maioria das pessoas que o cercam).
>
> Lígia: Não é fraqueza e o que importa é que VOCÊ saiba disso.
A vítima não tem certeza se o problema é realmente com ela,
com os 'infiéis' ou com o 'rebanho do Senhor'. É uma coisa triste.
O coitado fica sem rumo.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Adendo p/Lucio
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 13:35
> De: Lucio Jorge Pina Manfredi
>
> Pela descrição, parece _Os Três Estigmas de Palmer Eldritch_,
> do Philip K. Dick. É um dos meus livros de cabeceira. ;-)
Eu estou morrendo de inveja!!!!!!!!!!!!! ;-)
Comprei este livro num sebo, era uma edição portuguesa e deixei-o
num canto para ler depois. Acabei perdendo-o durante uma mudança.
Snif!! :-(
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Arqueologia e Jusus
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 13:43
On Fri, 25 Oct 2002, <% Alvaro Augusto de Almeida %> wrote:
> Tarcísio,
> Não devemos confundir o Jesus histórico com o Jesus mitológico.
Apesar de eu não deixar isto claro eu não confundo um com o outro. Assim
como não confundo o Buda histórico com o mítico. Os entes míticos são
naturalmente fruto de mentes muito bem adubadas. Os entes históricos são
postos em cheque uma vez que não há provas de sua existência.
> É só a existência desse último que conduziria a absurdos.
Sim mas o cristianismo não sobreviveria sem a presença do JC mítico, o
budismo sim, o confucionismo sim. Por isso os cristão não aceitam a não
existência da figura mítica de JC e a necessidade de uma comprovação
histórica é apenas um passo desesperado em busca de auto-afirmação.
> A existência de um rabino reformista martirizado pelos romanos não
> fere nenhuma lei natural.
Fere os dogmas cristãos.
> Agora, geração expontânea de comida eu espero que não seja milagre. Um
> certo candidato a governador do Paraná terá que fazer isso, se quiser
> cumprir todas as promessas de campanha...
Só para mostrar que é muito fácil fazer com que as pessoas acreditem em
qualquer coisa.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Arqueologia e Jusus
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 13:55
On Sat, 26 Oct 2002, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> D: Acho uma falta de respeito seu julgamento do Profeta. Se vc acha q ele é
> só um impostor, aceite o desafio do Corão. Escreva só uma estrofe que imite
> aquele estílo literário. Vários linguistas do mundo já tentaram e não
> conseguiram.
Aqueles versos que tiveram que passar na mão de vários literários para
serem re-escritos pois incontáveis eram os erros gramaticias e
ortográficos árabes???
Calma lá que eu conheço um pouco de história e o fulano era
semi-analfabeto.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Para Medeiros
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 13:57
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> Eles não querem ajuda, eles querem nos converter. A gigantesca
> mentira em que vivem é mais suportável quanto TODOS acreditarem
> nela.
Lígia: Então parece ser uma questão de não se acreditar e ir aos
poucos quebrando as estruturas daquilo em que eles acreditam. As
religiões andam perdidas, sem saber do que falar quando questiona-se
a respeito das crenças. Isso porque baseiam-se em argumentos que não
têm bases fortes e é devido à fragilidade de tais argumentos que há a
FÉ salvadora da pátria. Garanto contudo que mal sabem do que se
trata a FÉ... e que jamais experimentaram aquilo que alegam, mesmo
que com aparente propriedade de causa.
> > Lígia: Não é fraqueza e o que importa é que VOCÊ saiba disso.
>
> A vítima não tem certeza se o problema é realmente com ela,
> com os 'infiéis' ou com o 'rebanho do Senhor'. É uma coisa triste.
> O coitado fica sem rumo.
Lígia: Eu entendo isso, já passei por isso. A pessoa tem que se
valer de estudo e tem que buscar algo que o fortaleça contra o
terrorismo religioso a nível familiar. Não adianta simplesmente
ficar quieto, nem dar a entender que eles são uns idiotas porque
acreditam em Deus, Alah, Jeová. Tem é que ir minando as estruturas.
No meu caso deu certo. Em outros pode não dar tão certo... mas em
suma o caminho é esse: confrontar a fé com a razão das coisas que
alegam. Fazê-los ver que a fé que depositam em seu Deus tem bases
muito fracas...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 15:40
Oi...
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> De novo: será? Schrödinger considerava a eliminação do sujeito
cognoscente
> pela ciência um erro. De mais a mais, a estarem corretas algumas
abordagens
> como o princípio antrópico participativo de Wheeler na física, a
autopoiese
> de Francisco Varela e Humberto Maturna nas neurociências e a
cosmopolítica
> de Isabelle Stengers e Bruno Latour na epistemologia, então o
sujeito
> participa da própria constituição da realidade (já discutimos isso
aqui) e,
> nesse caso, como ele pode ser eliminado do quadro se, sem ele, nem
sequer
> haveria quadro?
Lígia: Pelo simples fato de que uma experiência não se deve valer
daquilo que o cientista pensa que é a resposta correta, ou em outras
palavras: o experimento deve "falar" por si mesmo.
> >De duas uma: ou muda-se o método científico, ou age-se como um
cientista.
>
> Foi por isso que, no parágrafo anterior, eu citei todos esses
nomes, mesmo
> sabendo que você odeia quando eu faço isso. ;-) Com exceção de
Latour, que é
> filósofo (o que lhe valeu algumas pauladas na impostura intelectual
do Alan
> Sokal), todos os outros são cientistas, agem como cientistas e
fizeram ou
> fazem contribuições importantes para suas respectivas áreas. Mesmo
assim,
> consideram que é preciso reavaliar a posição (ou melhor, a falta de
posição)
> do sujeito no método científico tradicional.
Lígia: Se uma experiência depender do modo que for encarada, ou
ainda se o resultado for subjetivo, não há como classificá-lo como
experimento científico. Os resultados devem independer da análise
subjetiva de quem os proponha. Daí as teorias por trás... e toda a
matemática.
> >Entendo... você quer ser um haole bem informado :)
>
> É o melhor que eu posso aspirar a ser, não? A alternativa seria eu
voltar as
> costas pra ciência, o que não me interessa nenhum pouco - até
porque, se
> você me permite a crueza da metáfora, se você volta as costas pra
ciência,
> ela vem e te enraba por trás. ;-)
Lígia: A ciência desmistifica e reduz o subjetivismo a um mero
detalhe. Tem que se fazer valer da matemática ou de outra ferramenta
para que se prove exata e independente de análise pessoal. Se o que
você se propõe dizer puder ser inconteste e bem fundamentado a ponto
de alguém poder *ver* a exatidão e a possibilidade de repetir tal
feito, você tem algo em mãos que não permitirá tal "enrabamento" :)
> >Gostei da analogia. Mas tal colapso apenas é aplicável num
> âmbito sub-atômico.
>
> Esse é um ponto discutível mesmo entre os que admitem que o colapso
da
> função de onda descreve um fenômeno real, em vez de ser apenas um
artifício
> matemático. Os objetos macroscópicos são formados de átomos que,
por sua
> vez, se constituem de partículas sujeitas às regras da mecânica
quântica, e
> é um passo razoável presumir que existe apenas um conjunto de leis
pro
> universo (de fato, é uma das premissas da ciência). De acordo com
um bom
> número de físicos não tem a menor dúvida de que mesmo os objetos
> macroscópicos estão submetidos às leis da mecânica quântica. Mas,
devido ao
> tamanho infinitesimal da constante de Planck, esses efeitos não são
> observáveis e são tão minúsculos que podem ser descartados sem
problema.
Lígia: Uma prova inconteste de que a constante de Plank não se
aplica ao macroscópio é a simples aplicação das equações para medir o
comprimento de onda de um objeto em movimento: obtém-se comprimentos
de ondas de metros :) A base para o que você quer argumentar seria a
criação de uma Física intermediária que aplicasse os princípios
quânticos à matéria, por assim dizer. Mas essa física intermediária
é a de Newton e ela "cabe" muito bem no mundo macroscópico do nosso
nível. Daí o Mesquita alegar que a FQ é um atoleiro só... ela prega
que há a dualidade onda-partícula mas não se dá conta de que tal
característica teria que ser aplicável a tudo o mais, não apenas às
pecinhas diminutas que a compõe. De duas uma: ou a constante de
Plank está errada, ou nós é que estamos errados ao associarmos a MQ a
eventos materiais palpáveis.
> (...)Mesmo Bohr, cuja interpretação de Copenhague
> optou por assumir uma distinção arbitrária entre sistemas quânticos
e
> sistemas clássicos, recorreu várias vezes durante os debates com
Einstein à
> transferência da incerteza do elétron para os aparelhos de medição.
E um dos
> atuais defensores do modelo de que o colapso da função de onda é
causado
> pela consciência, o físico N. David Mermin, da Universidade de
Cornell,
> chegou a afirmar com todas as letras: "Agora sabemos, e podemos
demonstrar,
> que a Lua não está lá quando ninguém olha para ela." Tudo isso me
leva a
> crer que é mais do que uma mera analogia.
Lígia: A consciência ou o que quer que esteja por trás da mente
humana tem o peso de fazer o mundo *fazer sentido*. A matéria tendo
como base a consciência vem sendo estudada por vários pesquisadores
em um estudo chamado: Theory of Condensed Matter. O link é este aqui:
http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/
É um site monstro que se parece com aquelas bonequinhas russas...
tem que "fuçar"... :)
> >Há que se chegar a um ponto em que a matéria seja criada, há que
se chegar
> ao ponto em que os quarks
> sejam ordenados de forma tal a darem a entender que estão um
nêutron, estão
> um próton, um elétron, entende?
>
> De acordo com o modelo que eu mencionei acima, e que a meus olhos
de leigo
> parece bastante convincente, isso acontece no momento em que a
matéria é
> observada. Antes disso, existe apenas uma superposição coerente de
todos os
> estados possíveis que um objeto (seja um elétron ou a Lua) pode
assumir.
Lígia: Tenho uma sequência de mensagens em outra lista,
a "ceticismoaberto" http://br.groups.yahoo.com/group/ceticismoaberto
em que eu falo sobre isso com outras palavras só para chatear os
céticos. Num dia em que você esteja sem pressa e com tempo, tente
ler o que eu postei por lá ( coloque ligia5555 no buscador de
mensagens). É lógico que eu *acredito* nisso mas daí a me fazer
valer do que a ciência exige para que tal seja provado são outros
quinhentos. Tem que estruturar tudinho em equações... :)
> >Ou, em outras palavras, deixar de ser o que se pensa que é,
> ou o que é motivado pelo conjunto de crenças implantado.
>
> Na mosca.
>
> >Um choque, uma situação pós perda irreparável, uma situação de
pânico
> extremo
> que faça alguém reavaliar todos os conceitos que possua acaba
fazendo
> com que haja uma ruptura.
>
> Acaba, de fato, e uma das características psicológicas associadas a
esses
> eventos é o que os psiquiatras denominam justamente
de "desrealização", a
> sensação de que o mundo e mesmo o sujeito não são reais. Mas esse
tipo de
> situação não-controlada é essencialmente traumático e o mais
provável nesses
> casos é que o sujeito se torne neurótico (caso desenvolva um
mecanismo de
> defesa contra a sensação, como as neuroses obsessivas) ou mergulhe
na
> psicose (caso se deixe afundar na desrealização sem dar o
necessário passo
> além). Na maioria dos casos, aliás, não acontece nem uma coisa nem
outra:
> depois de um período de depressão (cujos mecanismos o Freud
descreveu em
> _Luto e Melancolia_), o filtro simplesmente se recompõe e a pessoa
continua
> "andando pela vida de olhos fechados", como na música dos Beatles.
Lígia: Lúcio, Einstein não acatou de pronto o que a FQ postula
porque ela dá a entender que o ponto de vista de um camundongo é
igualmente importante. Você até pode saber, eu SEI que isso é
válido, como seja, as criaturas suportam-se mutuamente no quesito de
formulação da realidade desde o micro ao macro, mas daí a encontrar-
se uma constante, ou mesmo algo que valide tal idéia são mais outros
quinhentos. Não vai dar para ser através de conceitos científicos,
infelizmente... e os tais conceitos *subjetivos* já estão largamente
espalhados pelo mundo. Basta ler alguma famigerada comunicação a
lá "channelling". A abertura de olhos para a realidade subjacente
DEVERIA ser formulável. E confesso, essa é a minha pedra
filosofal... :)
> > Percebo onde você quer chegar: numa receita para a iluminação
com bases
> científicas e que permita a quem
> quer que leia alcançar pelo menos o vislumbre dos passos a serem
seguidos
> com bases não apenas na especulação mas científicas. Ou não é isso?
>
> Quase. O ponto é que praticamente todas as técnicas e métodos
criados pra
> esse objetivo foram desenvolvidos em outras épocas, com contextos
culturais
> e históricos distintos dos nossos. Então, presumo que com raras
exceções,
> eles não funcionam pra gente. A sociedade contemporânea tem
características
> muito específicas e, conseqüentemente, a mentalidade de uma pessoa
de hoje
> não tem muito em comum com, digamos, a de um monge medieval ou um
sanyasin
> hindu do sec. V a.C. O próprio Krishna diz no Baghavad-Gita que esse
> conhecimento precisa ser periodicamente redescoberto. O que eu tô
tentando
> fazer é redescobrir esse conhecimento de um jeito que seja
acessível pra
> alguém que nasceu e cresceu no século XX - antes de mais nada, pra
mim
> mesmo. ;-)
Lígia: A ciência não domina a linguagem da mente. Ela, como o
Douglas afirma com categoria monástica, é *simbólica* e tem sido
disseminada através dos séculos valendo-se justamente de símbolos.
Estes quando arquetípicos são *atemporais* não havendo uma
necessidade de reformulá-los, antes de trazê-los à pauta do dia.
Criar uma base científica para a apreciação dos símbolos à luz da
ciência seria algo de válido, não simplesmente trocar os humores pelo
funcionamento deste ou daquele órgão, ou filosofia natural pela FQ.
O modo de encararmos o corpo e o cérebro mudou no correr dos anos mas
*o que* realmente funciona não. Ele está entranhando dentro da forma
como a mente opera. Vamos dizer que a *iluminação* dá-se quando
determinados símbolos arquetípicos que norteiam seu funcionamento
entram em "conjunção" e isso nào depende de meramente saber do que se
tratam tais símbolos. Depende da forma como os vivenciamos e da
forma como permitimos tal *conjunção*. Há *iluminados* que
alcançaram tal estado apenas contemplando uma teia de aranha coberta
pelo orvalho contra a luz, ou ainda viram o universo em grãos de
areia... O caminho que eles percorreram até chegar nisso sem levar-
se em conta o fator subjetivo é que deveria ser abordado.
> Esse tipo de amor desprendido é conseqüência da evolução
espiritual, e não
> causa. Você não pode chegar um dia e dizer simplesmente "ahn, acho
que eu
> vou abandonar os meus apegos neuróticos e trocá-los por um amor
> incondicional". ;-) Se o amor é incondicional é porque está livre de
> condicionamentos, então não dá pra alcançá-lo enquanto os
condicionamentos
> estiverem operando.
Lígia: Para que os condicionamentos sejam quebrados igualmente não
há um meio de dizer: vou desligá-los. Eles deixam de ser acatados a
partir do momento em que haja a ruptura dos parâmetros, a perda da
consistência da estrutura de pensamento, do modo de enxergar a vida.
Isso também depende de evolução ainda que igualmente da forma de
pensar, e ver, e sentir.
> >Oba, se serve! Obrigada por compartilhar! E eu espero que
> você não se sinta desmotivado caso eu lhe aplique alguns toques.
>
> De modo algum. É por causa desses toques que eu tô trocando idéias
com você.
> Do contrário, acharia meio prematuro ficar falando sobre as minhas
idéias,
> elas ainda estão num estágio muuuuito inicial de desenvolvimento.
Mas esse
> tipo de troca me ajuda a desenvolvê-las mais.
Lígia: Ótimo! Estou feliz com isso :)
> >O ponto quente da MQ é o que orienta a energia a *transmutar-
> se* em partículas, não propriamente no colapso da função de onda.
>
> É que, se eu li o meu Heisenberg direitinho ;-), o colapso da
função de onda
> *é* o que orienta a formação das partículas. Pelo menos, na minha
opinião.
Lígia: O colapso da função de onda permite que alguém observe uma
partícula ao invés de uma emanação. :)
> >Você é familiar a conceitos de *co-creador*?
>
> Eu tô familiarizado com *alguns* conceitos de co-criação, como o
princípio
> antrópico participativo do Wheeler, mas não sei se é a eles que
você tá se
> referindo.
Lígia: Basicamente é todo estofo New Age acrescido de conceitos de
FQ. As Sincronicidades entrariam nisso dando-nos o *alerta* de
quando algo está sendo introduzido em nosso mundo a partir da
*concretização* de uma idéia, ou em outras palavras, nós estamos
participando ativamente da criação do Universo através de nossa
percepção do mesmo e principalmente através daquilo que *cremos* que
existe. Tudo o que você diz acima está icluso, até o fato de a Lua
não existir se ninguém a estiver observando... :) Além do fato de
sermos responsáveis pela vida que vivemos, pelas pessoas que
contatamos, pelos eventos que direta ou indiretamente nos atingem.
*Deus* sou EU... :)
> De mais a mais, eu não sei se vou publicar alguma coisa sobre isso.
Lígia: Deveria... :)
> Falei
> que as minhas idéias dariam um livro de mais de oitocentas páginas
porque,
> como eu sou escritor, é essa a maneira que eu tenho de organizar as
coisas
> na minha cabeça. Mas ficar pensando já no que eu vou fazer *se* e
quando
> encontrar as minhas respostas é colocar o carro na frente dos bois.
Lígia: Vai arrumando tudo em capítulos. Do be-abá da mente aos
conceitos e quebra de conceitos de FQ... você já tem material para
algo grande, tipo *filão*. Mas lógico, se você quiser o respaldo
científico, vai ter que buscar mais ou simplesmente esperar: com o
acúmulo de pessoas que pensam da mesma forma, invariavelmente o
Universo científico há de sofrer alterações consideráveis, bem como
novas e definitivas teorias serão implementadas. Basta *crêr*... ;)
> O que te levou a pensar que a minha procura de respostas é puramente
> teórica?
Lígia: E onde foi que eu disse isso?
Eu só comento a parte teórica porque é o que dá pra discutir numa
> lista como esta (mesmo assim, forçando bastante a barra). Mas
também tenho
> meus "vislumbres". ;-) De resto, como eu disse, tô procurando
respostas que
> sirvam *pra mim* ("tudo acontece a nível de cada um"). Não sei se
elas
> teriam utilidade pra alguma outra pessoa.
Lígia: Elas têm o valor de colocar você nos trilhos, de alguma forma
dando a entender a você que o véu já não é tão espesso... :)
> >Mas não há um meio racional de se auto impôr tal *fechar de olhos*.
>
> Não, mas quem disse que os únicos meios possíveis são os
racionais? "O poeta
> se torna vidente por meio de um longo e sistemático desregramento
de todos
> os sentidos" (Rimbaud).
Lígia: Pois então, para que desejar a aquiescência das ciências se
temos a arte? Eu parei por causa disso... ;)
> >Ele acontece naturalmente quando se está pronto.
>
> Mas não basta esperar pra se estar pronto. Tem que se chegar a esse
estado
> de prontidão. Até mesmo o zen-budismo - que é provavelmente a
escola que
> mais insistiu no aspecto espontâneo da iluminação - tem todo um
conjunto de
> técnicas, que vão do zazen aos koan, pra criar esse estado de
prontidão.
Lígia: Um primeiro passo é alertar a mente de que por mais palpável
que algo seja, aquele algo não tem existência própria. Veja só o
quanto já se andou! Isso é estar no limiar da descoberta!! ;)
Logicamente ao confrontar-se as ressalvas e
impedimentos "deflagrados" por outros, quer movidos pela *razão*
quer pela *fé* auto-excludente da fonte de tudo. Por isso eu amo
estar em uma lista cética, ou de preferência várias!!
> >Já ouviu falar em Massaharu Taniguchi fundador da Seicho-no-iê?
>
> Já. Achei algumas coisas interessantes, outras nem tanto. O caminho
dele não
> é o meu.
Lígia: Ele criou uma *seita*...
> >Mas a forma como tal divindade escolheu para ser percebida por si
mesma é
> que faz com que estejamos atados a um corpo em um universo que é
também a
> manifestação dessa divindade. O ápice da evolução de um ser que tem
a
> divindade latente é permitir que a divindade seja percebida em tudo
e
> principalmente em si mesmo... palavras da Seicho-no-iê.
>
> Aqui, as coisas começam a ficar meio complicadas. Além do
Taniguchi, teve
> outros caras, como o místico alemão Jakob Böhme e até mesmo Jung,
que
> adotaram essa explicação. Mas dizer que a divindade escolheu
assumir esta
> forma com este ou aquele objetivo já é (a) interpretar o absoluto
com os
> conceitos do nosso ponto de vista relativo e (b) atribuir uma
intenção ou
> Totalmente Outro, ou seja, antropomorfizá-lo.
Lígia: Não antropomorfizá-lo mas digamos "universalizá-Lo". A
manifestação divina é o Universo do qual fazemos parte. A
consciência humana ou de outros animais (caso se questionassem e
pudéssemos avaliar tal questionamento) indicaria ao Deus manifesto
que *tudo está bem*... :) Tente aplicar os conceitos enumerados
acima por você até a existência da Lua ser dependente da nossa
apreciação da mesma, aliado ao fato de estarmos co-criando a
realidade do Universo através daquilo que idealizamos.
> >Mas é graças ao Ego que se existe no plano físico.
>
> Eu diria que é graças ao ego que existe o plano físico. ;-)
Lígia: O plano físico depende da apreciação do mesmo... é isso
também o que eu disse... ;)
> >Pode-se existir sem Ego, ou sem a ilusão do Eu? Pode-se sim.
>
> Pois é. Nesse caso, pra que o ego?
Lígia: Para que a consciência possa co-existir com aquilo que
*cria*. Em uma palestra espírita certa vez eu ouvi dizer algo que me
deixou pensando: a matéria serve apra desacelerar o espírito. Para
podermos controlar a capacidade criativa temos que sofrer essa
desaceleração. Lógico que isso dentro de um contexto que exige a
prévia aceitaçào da existência de espíritos individualizados...
assim, desta feita,o ego seria uma espécie de estruturador da
realidade a fim de que pudéssemos empreender a jornada nos planos
físicos e que deve ser descartado quando dá-se a evolução máxima do
ser em determinado nível. É quando *ascendemos* e o Ego é
descartável... ;)
> A menos que a gente se destrua antes. Enquanto isso,sistemas sociais
> injustos, baseados numa forma cruel de darwinismo social, vivem da
> exploração do homem pelo homem e, só no Brasil, mais de trinta e
três
> milhões de pessoas vivem nas ruas porque não têm nem sequer onde
morar.
> Guerras se sucedem a guerras, conflitos se empilham sobre conflitos.
> Políticos e líderes religiosos manipulam a esperança das massas se
> apresentando como salvadores. Isso pra ficar só no nível das
grandes mazelas
> sociais, pra não descer ao nível particular, das pequenas agressões
que
> todos nós infligimos uns aos outros diariamente. E tudo isso por
quê? Por
> causa do ego.
Lígia: Ou por causa dquilo que o Ego (coletivo) crê ser real... ;)
Talvez todos cheguem lá um dia, mas até esse dia, muito sangue
> vai correr por baixo da ponte e eu não sei se tudo isso é mesmo
necessário.
Lígia: Não é. Mas veja, se há um plano para evolução a nível
espiritual, há razão para o que se sucede no mundo. Digamos que a
principal razão seja o questionamento do *certo* e *errado* e a
partir do momento em que refletimos sobre tais conceitos nós nos
permitimos optar. Veja que nunca houve uma divulgação tão maciça dos
fatos envolvendo questões a serem avaliadas quanto ao que é certo ou
errado a ser feito. Isso invariavelmente há de levar à adoção de
posturas mais definidas. E não devemos nos esquecer: a dor liberta
da mesma forma que o amor... ;)
> >E não há necessidade de estudo não. Há necessidade de
amadurecimento.
>
> Por que você exclui que o amadurecimento também possa vir do estudo?
Lígia: Pelo simples fato de ser possível a *crença* ao invés do
*entendimento* de tais estudos enquanto não há o amadurecimento. A
banana fica marrom e manchada quando exposta aos gases que a fazem
amadurecer muito rápido, além de perder o sabor.
> Primeiro passo, pegar o tigre. ;-)
Lígia: Você consegue. Aposto minhas fichas ;) Dá umas cabeçadas
nele!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Razão e relativismo (ex-Deus e as culturas)
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 15:43
Perfeita a troca do nome da thread! Segue...
=======================
L> E se eu te perguntar o que é a razão? Você vai me responder que
ela é um "algo"?
FSK> A definição que vc pretende só é possível se um adjetivo for
colocado ao lado do termo razão: "razão A", "razão B", etc. É que,
com isso, algum conceito de razão torna-se particular, possibilitando
sua análise "de fora". Não é possível, por outro lado, fazer a mesma
coisa para o termo *razão* isoladamente. Mas, de qualquer maneira,
mesmo que alguma descrição satisfatória seja obtida, ela nada vai
informar sobre os resultados ou conclusões que seriam obtidos em
decisões tomadas tendo a *razão* por referência. Por isso é que:
"L> (...) Se o ponto é justamente que elas têm critérios diferentes
pra definir o que é ou não racional, isso tornaria necessário - como
eu disse lá em cima - uma meta-razão que pudesse dizer qual dessas
razões é que, no final das contas, está com a razão.".
Não se trata de buscar a *razão* que está com a razão, a questão não
é essa. A posição racionalista não busca, em momento algum,
reivindicar autoridade apriorística, ou reivindicar autoridade por
julgar-se *a razão*. Não é relevante o *como* obteve-se algum
conhecimento, mas o *quê* foi obtido.
----------
L> (...) E isso a qualifica como fonte de autoridade sobre o quê?
(...) O que eu estou dizendo é que, pra definir qual desses conceitos
de razão é *a* razão, seria preciso um critério que permitisse
distinguir entre elas ("a verdadeira razão queira se levantar, por
favor"). Ou seja, pra definir o que é a razão seria necessário dispor
de uma razão acima da razão - uma metarazão, se você preferir. E aí,
teria que ter uma meta-metarazão pra mostrar qual dos muitos
critérios meta-racionais possíveis poderia ser usado pra definir qual
é a verdadeira razão. E assim por diante.
FSK> Repito que não é a *razão* a priori que vai reivindicar
autoridade, mas sim o que dela resultar, seja ela (a razão) o que
for. Não há como entender ou vislumbrar de fora o pensamento. Por
isso alguma definição universal de *razão* acaba sendo irrelevante.
Mas disso não se segue que não haja reivindicação de autoridade em
relação aos resultados obtidos, frisando aqui que por "resultados" eu
não me refiro apenas a resultados estritamente empíricos, mas também
a resultados gerais expressos sob a forma de argumentos em qualquer
nível. Ou seja, a autoridade é posterior e não anterior à *razão*.
Se os nossos índios crêem que oferendas às árvores tem poder
curativo, eles certamente têm motivos e/ou argumentos em favor disso,
obtidos tendo sua *razão* particular como referência. Mas isso talvez
não seja verdade, talvez não corresponda aos fatos. Só que a
refutação não ocorre ao nível da *razão* especificamente, mas antes
tendo por base o que eu chamei de "resultados" e o conjunto de
argumentos em favor disso.
Ainda sobre a reinvindicação de autoridade, me parece interessante
trazer uma incoerência na sustentação que você apresentou. Eu havia
dito que a busca do conhecimento é a intenção que movia as diferentes
*razões* que vc catalogou, ao que vc retrucou: "L> A busca do
conhecimento até pode ser considerada uma intenção universal. Mas as
maneiras pra se chegar a esse conhecimento ao longo da história têm
sido muitas e variadas, e boa parte delas não seria considerada
racional pelos critérios contemporâneos.". Adiante, vc afirma que "L>
Foi você quem disse que todas elas em conjunto têm uma aspiração
comum, e eu mostrei que essa afirmação não procede. Independente de
serem ou não válidas, elas têm aspirações bastante diferenciadas e,
assim, não dá pra dizer que elas tenham alguma coisa em comum.". Ora,
ou há ou não há aspiração em comum, sendo a aspiração em comum o
*conhecimento*, que se identifica com o que eu chamo de resultados.
Não há reivindicação de autoridade em relação à *razão* utilizada,
especificamente, aqui identificada como o meio de obtenção dos
resultados ou conclusões.
Vc poderia responder a isso com o artifício de sempre incluir um
passo intermediário nesse processo, aplicando ao *conhecimento* ou
mesmo ao que eu chamei de *resultados* a mesma crítica que vc vem
impondo ao conceito de *razão*, afirmando que *conhecimento* para os
índios não corresponde a *conhecimento* para outras culturas,
confundindo agora o conceito de *conhecimento* com o de *razão* e
assim por diante. Mas isso tem apenas o efeito de retardar o
confronto entre *conhecimentos* concorrentes sobre algum objeto em
comum. Seria apenas um apelo a validade a priori, novamente sob o
argumento de que, "como não alguma razão superiora, então todas
permanecem igualmente válidas".
----------
L> Eu não mantenho todas válidas. Manter todas válidas é presumir,
como você fez, que elas têm *alguma coisa* em comum.
FSK> Não entendi qual o meu conceito de *validade*. Mas ótimo vc não
manter todas válidas, isso mostra que vc adimite algum critério de
seleção.
--------
L> O escrutínio lógico/argumentativo é a razão lógica. O escrutínio
empírico/experimental pertence à razão científica.
FSK> Certo, e assim é possível ir restringindo o alcance e isolando
cada tipo de investigação, cada tipo de *razão*, dando a entender que
tratam de coisas isoladas, não comparáveis, paralelas, cuja
*validade* só pode ser atestada internamente. E como essa validade
interna é o próprio fundamento de cada tipo de *razão*, todas são
*válidas*, basta que alguém as descreva. Soa como "razões que ocorrem
em 'freqüências' diferentes, que pertencem a universos paralelos".
-----------
L> Você está omitindo a expressão-chave: *dentro de seu âmbito
específico de aplicação*.
FSK> Essa observação é redundante.
-------
L> No campo da ciência, a razão científica é inquestionável e pode
perfeitamente ser considerada como fonte de autoridade e instância de
apelação, assim como no campo da lógica, a razão lógica é uma
autoridade inquestionável. Fora disso, já são outros quinhentos.
FSK> A razão científica não é apenas questionável, como também
proclama a quetionabilidade como pressuposto. Friso novamente não se
fala em *razão* como "método correto de pensar", até porque isso não
é possível. A questionalbilidade refere-se aos resultados, ao "a
posteriori". E o "fora disso" remete às validações internas...
---------
L> De onde você tirou que eu não acredito que exista uma verdade
definitiva? Eu só acho que ela não pode ser confundida com as
verdades relativas.
FSK> Claro... Então como vc resolve essa questão? Me parece que única
opção para isso é, novamente, considerar como *válida* verdades
relativas apenas porque são consistentes internamente (o que, como eu
disse antes, é tautológico) e alegar que pertencem a universos
paralelos não concorrentes. Pois se "há verdades relativas" e
também "há a verdade definitiva", o que as distingüe?
---------
L> e a concepção que defende que nada pode ser dito sobre a verdade
ou a racionalidade verdade = racionalidade é uma afirmação
discutível. Há verdades que são racionais e há verdades que não são
racionais.
FSK> Mas, como vc mesmo vem defendendo, não a *razão*, o que implica
que o próprio termo "racional" torna-se esvaziado de sentido nesse
caso. Se é "racional" para mim mas não para o restante do mundo, isso
não é importante porque nada informa sobre sua validade.
---------
L> A reflexão e o argumento já convenceram muita gente de muita coisa
que depois se revelou falsa.
FSK> Exatamente porque *razões* relativas foram confrontadas.
---------
L> Como eu disse, os aborígenes australianos e os antigos chineses
simplesmente *não tinham* um conceito de razão.
FSK> Isso não tem importância. Mas certamente eles pensam, têm
crenças e adimitem verdades.
------------
L> Pode-se questionar uma proposição sem usar as formas de
argumentação que qualificamos como racionais.
FSK> Mesmo?
------------
L> Com base em *quais* critérios? Se o ponto é justamente que elas
têm critérios diferentes pra definir o que é ou não racional, isso
tornaria necessário - como eu disse lá em cima - uma meta-razão que
pudesse dizer qual dessas razões é que, no final das contas, está com
a razão.
FSK> Os critérios vão depender do que estiver sendo confrontado. A
*razão* utilizada não determina autoridade.
---------
L> Primeiro, os índios brasileiros não achavam que o Sol gira em
torno da Terra, o Sol pra eles era um guerreiro chamado Coaraci. E,
sim, isso é válido *pra eles*. A identificação do Sol com um
guerreiro está de acordo com o modo de vida que eles levam, com sua
estrutura social e com suas crenças religiosas. Portanto, dentro do
âmbito específico do universo
indígena, o Sol *é* um guerreiro, e não uma bola de plasma
incandescente ao redor da qual a Terra gira. Por que teria que ser
diferente?
FSK> Validade localizada. E *validade* é uma termo que aqui não cabe,
o que vc pode afirma é que ela é legítima, significando que eles
podem propor o que quiserem. Mas isso não torna *válida*.
---------
L> Como eu disse, esse tipo de observação geralmente vem de pessoas
que não têm nenhuma intimidade com o pensamento relativista.
FSK> Claro...
---------
L> Você está confundindo relativismo epistemológico com relativismo
*moral*.
FSK> Falo de *relativismo*.
FSK> A impossibilidade de entender de fora o pensamento tem outra
implicação, pois segue-se disso uma espécie de aprisionamento nosso
em relação a como pensamos. Não apenas nos é impossível "sair" dele,
como também não é possível atingir sua fronteira e muito menos saber
se ela foi atingida ou mesmo a que "distância" estaríamos dela.
Assim, independentemente de quê processo mental esteja sendo
utilizado, com suas hipóteses e influências, conscientes ou
inconscientes, externas e internas, algum estado de "iluminação" ou
coisa parecida jamais poderá reivindicar qualquer autoridade em
qualquer aspecto. Assumir algum "estado mental" como mais puro ou
mais próximo da realidade é uma ilusão, tenativas de "ver as coisas
como de fato são" jamais poderão ser consideradas razoáveis. O
julgamento sobre a maior ou menor proximidade em relação à verdade
pertence ao mundano mesmo...
[]s,
Fernando SK.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 15:55
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Monday, October 28, 2002 2:35 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Adendo p/Lucio
>Eu estou morrendo de inveja!!!!!!!!!!!!! ;-)
Eu posso xerocar o livro pra você se você quiser.
>Comprei este livro num sebo, era uma edição portuguesa e deixei-o
num canto para ler depois. Acabei perdendo-o durante uma mudança.
Snif!! :-(
É uma pena, porque o livro é ducaraio. É o meu romance favorito do meu autor
favorito. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] dilatação gravitacional do tempo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 16:00
|
| > Manuel: E por que a média e não a síntese: Toc-Toc-Toc-Toc-Toc? :-))
|
| >>Alberto: Então, que seja:
|
| Tec-Toc-Tec-Toc-Tec
|
| ou então:
|
| Tac-Tec-Tic-Toc-Tuc
|
Sei não, mas tudo indica que Manuel e Mesquita estão planejando constituir uma dupla de roquinrol. Se aparecer um 'Tuiiimm' nas próximas mensagens deles não terei mais dúvida alguma ... é letra de roquinrol ... que está sendo desenvolvida enrustidamente usando o ciencialist como pano de fundo.Fiquem atento.
[]'
Léo
===============
SUBJECT: Re: [ciencialist] Milagres
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 16:20
WF: Como um participante do Forum Cético Brasileiro (fcb) que só recentemente ingressou
na vasta confraria da 'ciencialist', fiquei agradavelmente surpreso com a msg do
Douglas F. Gonçalves (24.10.02), que argumentou longamente sobre o tema 'milagre'.
Digo agradavelmente pois, ao contrário da uniformidade monocórdica que reina no fcb,
sinto que, na ciencialist, coabitam em perfeita harmonia uma salutar profusão de
opiniões divergentes. Vejo nisso uma excelente oportunidade de aperfeiçoar o nosso
senso crítico bem como aprender a divergir criticando opiniões e não pessoas.
WF, apesar de ter pertencido ao FCB (discurso pessoal), seja bem vindo ao plano astral do ciencialist. Aqui reinam deuses, das mais variadas espécies e especialidades. A maioria aqui é de especialistas. Eu, particularmente sou especialista em ectoplasma; com esse material moldo o restante do mundo.
Apreciei deveras sua introdução, ponderando os meios e atingindo o fim. Vou apenas complementar, a partir do fim:
Só há algo acima de Deus (e isso até os cristãos aceitam!) --- é a Ciência.
Eles contam totalmente com o aval dela (primeiro plano) para justificarem ou confirmarem a existência de seu Deus (segundo plano). E, eles sabem muito bem que, conforme a ciência avança os milagres diminuem.
[]'
deus
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SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 16:37
Segue...
--------
Anl> O que você não aceitou ainda é que eu não estou dizendo ser
possível criar um método que diga: "isto é possível de ser
compreendido, isto não". Não propus isto. Apenas questiono sua idéia
que não há como se afirmar que exitem coisas que sejam
incompreensíveis. Há coisas que são necessariamente incompreensíveis,
determináveis por uma análise caso a caso. Não há um método genêrico
de se determinar isto.
FSK> A primeira coisa que ocoreu foi perguntar que que
motivo/vantagem/utilidade há em afirmar que há tal limite. Mas achei
a rta para isso em seguida: "Afirmar que a ciência é um conhecimento
universal é admitir que o conhecimento científico é O VERDADEIRO
conhecimento, que virá a explicar tudo. Assumir que a ciência não
pode explicar tudo é assumir que outras formas de conhecimento
possuem validade dentro de outros campos de aplicação. E a ciência
NÃO deve tentar tratar do que não é científico. Não há instrumentação
adequada para tal.".
Tente abordar essa questão partindo de um passo atrás. Esqueça por
ora os termos "ciência" e "científico". Reveja essa questão
talvez "argumentação objetiva" ou mesmo apenas "argumentação". Pois é
isso que fundamenta o "método científico".
Anl> Não estou negando a possibilidade de discussão. Você está se
apegando a um conceito de compreensão muito mais amplo que o usado
por mim.
FSK> Mais amplo porque me parece mais fiel ao pressoposto que embasa
a noção de método científico. Me diga onde está a divergência tendo
por base esse "conceito mais amplo".
FSK.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Extinção da Humanidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 16:57
Toda espécie está fadada a extinção ... sem exceção. Sem a ciência talvez a espécie humana já tivesse desaparecido ... se a peste negra se alastrasse um pouco mais ... a sífilis ... e quantos etc. quiser.
Recomendo a leitura: "O Jovem novo selvagem" ... depois conversamos.
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto00.asp
[]'
deus
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-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 28 de outubro de 2002 22:14
Assunto: [ciencialist] Extinção da Humanidade
Originalmente essa mensagem era pra fazer parte da thread "Para
Medeiros", mas como foge um pouco do tema resolvi escolher um título
mais sugestivo.
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
>
> Em números absolutos as guerras do Século XX foram as que
> mais mataram e sua motivação foi menos religiosa e mais
> política. (...) Se a motivação das guerras da história
> recente fosse de ordem religiosa estaríamos todos mortos.
>
A curiosidade matou a humanidade. Nós tinhamos tantos motivos para
viver, tanta coisa para aprender, para evoluir, mas já cavamos a
sepultura e entramos nela. E não há como sair. Só estamos esperando
que alguém despeje a terra sobre nós.
Desculpem-me por usar esses termos, mas é que busco motivos para crer
que conseguiremos durar 500 anos, mas não consigo. A nossa natureza
humana nos matou e a arma foi a tão amada ciência. Não matou? ainda
respiramos? é só uma questão de tiro de misericórdia. Imagine o
poderio nuclear de um décimo da URSS caindo nas mãos de um Bin Laden.
Em quanto tempo isso vai acontecer? 50 anos? 100?
A ciência avança a cada dia, e o acesso às novas tecnologia também.
Não dermorará muito para que um novo Bin Laden descubra como fazer
uma bomba atômica em seu quintal apartir da argila sem despertar
suspeitas do Big Brother.
..............................
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 17:02
Olá FSK e ANL,
Apreciaria que vcs dessem uma olhada crítica no "ABC da Ciência":
http://www.feiradeciencias.com.br/ABCiencia.asp
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 28 de outubro de 2002 19:37
Assunto: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
Segue...
--------
Anl> O que você não aceitou ainda é que eu não estou dizendo ser
possível criar um método que diga: "isto é possível de ser
compreendido, isto não". Não propus isto. Apenas questiono sua idéia
que não há como se afirmar que exitem coisas que sejam
incompreensíveis. Há coisas que são necessariamente incompreensíveis,
determináveis por uma análise caso a caso. Não há um método genêrico
de se determinar isto.
FSK> A primeira coisa que ocoreu foi perguntar que que
motivo/vantagem/utilidade há em afirmar que há tal limite. Mas achei
a rta para isso em seguida: "Afirmar que a ciência é um conhecimento
universal é admitir que o conhecimento científico é O VERDADEIRO
conhecimento, que virá a explicar tudo. Assumir que a ciência não
pode explicar tudo é assumir que outras formas de conhecimento
possuem validade dentro de outros campos de aplicação. E a ciência
NÃO deve tentar tratar do que não é científico. Não há instrumentação
adequada para tal.".
Tente abordar essa questão partindo de um passo atrás. Esqueça por
ora os termos "ciência" e "científico". Reveja essa questão
talvez "argumentação objetiva" ou mesmo apenas "argumentação". Pois é
isso que fundamenta o "método científico".
Anl> Não estou negando a possibilidade de discussão. Você está se
apegando a um conceito de compreensão muito mais amplo que o usado
por mim.
FSK> Mais amplo porque me parece mais fiel ao pressoposto que embasa
a noção de método científico. Me diga onde está a divergência tendo
por base esse "conceito mais amplo".
FSK.
SUBJECT: oia o portugueis
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 17:10
pretenção..
repercurção..
asterístico..
i otras qui num mi alembro agora...
ei voceis, qui tar nóis istudar um cadim di portugueis?
:)
[]'s
Vladimir
SUBJECT: Re: oia o portugueis
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 17:20
phreakazoid@ig.com.br wrote:
> i otras qui num mi alembro agora...
eita, mais um:
instinção
abrassos proceis,
Vradimi
SUBJECT: Milagres
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 17:21
Como um participante do Forum Cético Brasileiro (fcb) que só recentemente ingressou
na vasta confraria da 'ciencialist', fiquei agradavelmente surpreso com a msg do
Douglas F. Gonçalves (24.10.02), que argumentou longamente sobre o tema 'milagre'.
Digo agradavelmente pois, ao contrário da uniformidade monocórdica que reina no fcb,
sinto que, na ciencialist, coabitam em perfeita harmonia uma salutar profusão de
opiniões divergentes. Vejo nisso uma excelente oportunidade de aperfeiçoar o nosso
senso crítico bem como aprender a divergir criticando opiniões e não pessoas. Em se
tratando de um texto do DFG, tenho especial motivo para ter em mente essa
observação, pois ele já brindou-me com uma atenciosa msg em PVT, em resposta a
uma indagação minha.
Criticar textos escritos em linguagem comum nem sempre é uma tarefa fácil,
principalmente quendo eles não se restringem a exposições técnicas no domínio das
ciências empíricas. Neste último caso, a linguagem comum quase que adquire
propriedades exclusivas das linguagens formalizadas, usadas, p.e., na lógica e na
matemática, com todas as definições, teoremas, provas, etc, exaustivamente
explicitadas. Aqui, a tarefa de um crítico competente é trivial: erros, quando detectados,
se expõem de forma transparente e localizada, tornando-se irretorquíveis.
Muito diferente é a crítica de textos de conteúdo doutrinário. Neste caso, não raro,
falhamos até em identificar apropriadamente definições e conceitos preliminares que,
via de regra, só comparecem de forma implícita e dissimulada, o que nos leva, muitas
vezes a formular críticas injustas. Espero não incorrer nesse erro.
Outra dificuldade é o carater 'holístico' que assumem muitos dos textos doutrinários.
Inútil seria tentar, linha por linha, como se faz no acompanhamento de uma
demonstração matemática, identificar algum erro num texto desse tipo. Não temos
outra opção que não seja considerá-lo em sua totalidade, tentando, antes de tudo,
extrair dele um sumário da argumentação do autor. É por essa tarefa preliminar que
inicio a crítica ao texto do DFG.
1. Pelo que DFG dá a entender, seu texto não é uma mera exposição do conceito de
'milagre' (tal como o aceito, p.e., pelas religiões cristãs). DFG, aparentemente, vai mais
além, deixando transparecer que, ele mesmo, acredita em milagres.
2. DFG conceitua milagre a sua maneira, o que nos leva a admitir que tal conceito
possa não coincidir exatamente com o aceito pela Igreja Católica.
3. DFG distingue explicitamente o que seriam as atribuições/limitaçõs da ciência e das
religiões.
Como se trata de um texto 'holístico', não posso evitar citar DFG for a de contexto.
> Milagre não é ruptura das leis naturais (como Hume maliciosamente sugeriu (...))
> Mas a ciência empírica pode querer, em sua presunção, julgar a verdade de um
> milagre pela análise dos fatos.
Mas a versão 'ruptura das leis naturais' é precisamente a que a própria Igreja não
cansa de repetir! (Hume e 'a Ciência' estão inocentes nessa estória e DFG foi injusto
em suas insinuações.) De fato, milagres que foram atribuidos a Cristo são claramente
assim caracterizados (ressuscitar mortos, transformar água em vinho, etc). Nos
processos de canonisação, o que procura a Igreja é exatamente 'comprovar' que
ocorreram 'fenômenos não explicados pelas leis naturais'. Se tais fenômenos não são
identificados, não se caracterizaria um milagre e as pretenções dos postulantes são
rejeitadas. (Não discuto a lisura desse processo; para um caso edificante, vejam a msg
na ciencialist de Tiago A. Saurim, 5.10.02) Com o inegável sucesso da ciência em
tempos recentes, não causa espanto que a copiosa ocorrência de milagres esteja mais
restrita ao passado remoto... Hoje, tal conceito de milagre não é mais facilmente
digerível, razão pela qual, segundo dá a entender DFG, esse conceito deveria ser
mudado. E a forma mais óbvia de fazê-lo é adotando o 'milagre tautológico',
conseqüência direta do 'sobrenatural tautológico':
> Nada, portanto, pode ser natural sem ser sobrenatural, porque o empírico não é nada
> além de um aspecto do supra-empírico.
> Já que as leis naturais são definidas pelo sobrenatural, o natural é milagroso em
> essência.
> O conhecimento do sobrenatural não depende de qualquer investigação científica.
DFG, aparentemente, liquidou o embaraçoso problema associado `a tradicional
definição do 'sobrenatural evanescente': Se definíssemos como sobrenatural tudo o
que não é entendido pela ciência da época, resultaria daí uma implacável diluição do
sobrenatural face ao progresso científico. Mas com a estratégia de DFG, esse
problema desapareceria: tudo, no fim das contas, é sobrenatural, incluindo o natural...
Como corolário, tudo é milagre, incluindo os fatos explicados pela ciência...
Do ponto de vista lógico, essa definição é impecável. Resulta dela que o sobrenatural
torna-se verdadeiro por definição (conceito tautológico). Resta saber para que serve e
como é reconhecida tal entidade postulada. Se o sobrenatural é supra-empírico, como
teríamos consciência dele estando impedidos de usar os nossos sentidos (visto
estarmos impedidos de lançar mão da investigação científica)? Como distinguir santos
dos demais mortais? DFG não exclarece essa questão.
> A negação do sobrenatural é devido à opinião reinante de que só existe o mundo
> empírico.
Isso não é uma opinião, é um fato. O quantificador existencial só faz sentido se
empregado em enunciados analíticos (aqui, a existência, em princípio, pode ser
provada ou desprovada) ou sintéticos (referentes ao mundo empírico). E tal fato nada
tem a ver com a alegada 'negação do sobrenatural'.
> Dado a abrangência da própria ciência (visto a quantidade de pesquisas e
> publicações e novas teorias que corrigem ou invalidam as teorias anteriores),
> esta não pode dar uma simples definição do que seja um milagre.
Mas isso é obvio visto que milagre é uma invenção dos teólogos e a ciência nunca se
preocupou em definir coisas inexistentes (ou, mais precisamente, sem significado
empírico-falo aqui das ciências não lógicas). Eu diria que novas teorias científicas
aperfeiçoam (em vez de invalidam) as teorias de ontem (muitas das quais continuam a
ser utilizadas). Essa é, fundamentalmente, a razão do fenomenal progresso científico
e, ao mesmo tempo, a explicação para o fracasso da teologia, que não deu um passo
significativo em dois mil anos. Não consta, p.e., que os teólogos tenham resolvido a
importante controvérsia da da 'visão beatífica', ie, a definição do exato momento em
que os santos, ao serem admitidos no céu, seriam beneficiados pela visão da figura
divina. Com o avanço da secularização, controvérsias teológicas perderam muito do
sentido, mas não podemos esquecer que, no passado, elas poderiam comprometer a
sobrevivência dos menos atentos. O grande cientista Servetus (1511-1553) p.e., foi
assado em fogo lento por ordens de Calvino pois, segundo dizem, cometeu um
imperdoável equívoco ao afirmar que rezava 'para o filho do Pai Eterno' em vez da
forma correta 'para o Eterno Filho do Pai'. Um simples erro na colocação de adjetivo...
> O que [nos] leva ao endeusamento de construções humanas como ´'A' ciência, 'O'
> ateismo, [etc]. Tudo para enfrentar a angústia e a depressão resultantes da perda da
> perspectiva do transcendente.
Diagnóstico assaz curioso. Sempre pensei que angústia e depressão fossem sintomas
da desesperança das classes menos favorecidas ou, senão, uma decorrência natural
da educação religiosa prematura impingida às crianças, aliada ao conseqüente
comprometimento do desenvolvimento do senso crítico delas.
Finalizando, observo que, se não entendi mal DFG, sua opinião que deprecia a ciência
em face da religião é até mais radical que a professada pela ala mais conservadora da
Igreja Católica. João Paulo III, p.e., na sua encíclica 'Fides et Ratio', discorre
longamente sobre a tese de que Fé e Razão se complementam...
Voltando ao sumário de minha autoria, penso que seria correto concluir:
1. DFG tem todo o direito de acreditar em milagres, da mesma forma que nós temos o
direito de duvidar deles.
2. A definição de milagre proposta por DFG não coincide com a adotada pelas religiões
cristãs e, pelo seu caráter tautológico, é inservível.
3. DFG falha na sua tentativa de provar a ascendência da religião sobre a ciência.
[]s
F. Watson
SUBJECT: oia o portugueis
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 17:28
pretenção..
repercurção..
asterístico..
i otras qui num mi alembro agora...
ei voceis, qui tar nóis istudar um cadim di portugueis?
:)
[]'s
Vladimir
SUBJECT: Erros científicos nos filmes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>, "STR_Brasil" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 18:59
Alhures comentaram sobre os erros científicos cometidos em vários filmes. Não recordo onde foi o desenrolar da thread.
O professor Ivys, de Recife, faz solicitações sobre o tema. Apreciaria a participação de todos nessa empreitada científica.
Podemos começar com:
erro1: Sons dos 'tiros' ou descargas laser no vácuo [ sons, como ondas mecânicas que são, não se propagam no vácuo; descargas laser, como ondas eletromagnéticas que são, não produzem ruído algum.
erro2: cabos condutores de carga elétrica não soltam fagulhas pelas extremidades. Estamos cansados de ver os mocinhos puxarem um desses cabos e encostarem nos bandidos, com fagulhas para todos os lados.
erro3: material radioativo não zumbe, como sempre vemos em tais filmes.
erro4: o tiro de uma pistola magnum ou mesmo de uma carabina não pode jogar o bandido pela janela e quase atravessar a rua; a quantidade de movimento da bala (ou chumbos) que o bandido recebe é a mesma que recebeu a mão que empunha o revolver (e a mão do mocinho nem treme!).
erro5: podem continuar e, quando chegar em pelo menos uns 20 enviarei ao professor Ivys (e servirá para todos nós).
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <ivysurquiza@globo.com>
Para: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 28 de outubro de 2002 23:24
Assunto: Re: Trabalho de feira de ciências
Caro professor, não sei o que houve com a mensagem original no primeiro
e-mail que envie. O e-mail solicitava, caso fosse de seu conhecimento, literatura
e sites na web que tratem sobre física e cinema ... aplicações corretas
e/ou incorretas da física na sétima arte. Sou professor em Recife e gostaria
de desenvolver um projeto para meus alunos de ensino médio que tratasse
desse tema, para tanto, preciso preparar-me para discutir com eles e oferecer-lhes
o máximo de fontes de consultas. Agradeço a atenção e aproveito para parabenizá-lo
pelo sucesso de seu site e pelo esmero no trabalho.
P.S. : Sobre a enquete, fazer ou não um CD ROM com o material de seu site,
acredito que a idéia é interessante e propiciará apresentar o conteúdo para
alunos em escolas que possuam computadores mais ainda não estejam conectadas
a internet, além de servir de consulta para muitos professores como eu.
Muito sucesso (ainda mais!)
Ivys Urquiza
'>'-- Mensagem Original --
'>'Reply-To: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
'>'From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
'>'To: <ivysurquiza@globo.com>
'>'Subject: Re: Trabalho de feira de ciências
'>'Date: Sat, 26 Oct 2002 18:39:40 -0000
'>'
'>'
'>'???
'>'[]'
'>'Léo
'>'=============
'>'-----Mensagem Original-----
'>'De: <ivysurquiza@globo.com>
'>'Para: <leobarretos@uol.com.br>
'>'Enviada em: sexta-feira, 25 de outubro de 2002 02:03
'>'Assunto: Trabalho de feira de ciências
'>'
'>'
'>'
'>'
'>'________________________________________
'>'A busca mais veloz e precisa da internet. Acesse agora: http://www.zoom.com.br.
'>'
'>'
'>'
________________________________________
A busca mais veloz e precisa da internet. Acesse agora: http://www.zoom.com.br.
SUBJECT: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 19:14
Originalmente essa mensagem era pra fazer parte da thread "Para
Medeiros", mas como foge um pouco do tema resolvi escolher um título
mais sugestivo.
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
>
> Em números absolutos as guerras do Século XX foram as que
> mais mataram e sua motivação foi menos religiosa e mais
> política. (...) Se a motivação das guerras da história
> recente fosse de ordem religiosa estaríamos todos mortos.
>
A curiosidade matou a humanidade. Nós tinhamos tantos motivos para
viver, tanta coisa para aprender, para evoluir, mas já cavamos a
sepultura e entramos nela. E não há como sair. Só estamos esperando
que alguém despeje a terra sobre nós.
Desculpem-me por usar esses termos, mas é que busco motivos para crer
que conseguiremos durar 500 anos, mas não consigo. A nossa natureza
humana nos matou e a arma foi a tão amada ciência. Não matou? ainda
respiramos? é só uma questão de tiro de misericórdia. Imagine o
poderio nuclear de um décimo da URSS caindo nas mãos de um Bin Laden.
Em quanto tempo isso vai acontecer? 50 anos? 100?
A ciência avança a cada dia, e o acesso às novas tecnologia também.
Não dermorará muito para que um novo Bin Laden descubra como fazer
uma bomba atômica em seu quintal apartir da argila sem despertar
suspeitas do Big Brother.
Será que há alguma forma de fugirmos desse destino? Conversei com um
amigo que mexe com espiritismo e ele me disse que houve um
desequilíbrio: a humanidade progrediu materialmente, mas
não "espiritualmente". Crendices à parte, no fundo ele tem um pouco
de razão pois alguns homens não estão preparados para o poder do
conhecimento. De que adianta uma sociedade ocidental evoluída, uma
comunidade científica consciente de responsabilidades, se vamos ficar
à mercê de um ou outro espírito de porco que queira explodir tudo? De
que adianta se não tem como garantir que Bin Ladens não existam, e
que não obtenham acesso a ciência?
Sendo assim, eu me coloco de luto pela humanidade. Pode até ser um
desejo egoísta querer que nossos filhos sobrevivam indefinidamente,
quem sabe já vivemos demais. Mas de qualquer forma, me lamento por
nossa extinção.
Abraços
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 19:17
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 28, 2002 4:40 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Pelo simples fato de que uma experiência não se deve valer
daquilo que o cientista pensa que é a resposta correta, ou em outras
palavras: o experimento deve "falar" por si mesmo.
Mas a subjetividade não quer dizer que vale o que o cientista pensa que é a
resposta correta, Ligia. Essa é uma maneira muito restritiva de encarar a
questão. Talvez melhor do que dizer que o conhecimento é "subjetivo" seja
dizer que ele é relativo. "Relativo" significa que ele depende de
*relações* - das relações que as coisas estabelecem entre si, das relações
que estabelecemos entre as coisas e das relações que estabelecemos entre as
coisas e nós.
>A base para o que você quer argumentar seria a
criação de uma Física intermediária que aplicasse os princípios
quânticos à matéria, por assim dizer. Mas essa física intermediária
é a de Newton e ela "cabe" muito bem no mundo macroscópico do nosso
nível.
Mas eu não estou sugerindo que deveríamos substituir a mecânica newtoniana
pela mecânica quântica. De novo aqui tem aquele probleminha de
pontos-de-vista diferentes. Eu não estou falando das aplicações práticas da
mecânica quântica, mas de suas implicações filosóficas, que é tudo o que me
interessa a respeito. Pra mim, o que conta é que determinadas
interpretações da mecânica quântica estabelecem que as partículas atômicas,
e conseqüentemente os objetos que são feitos dessas partículas, só existem a
partir do momento em que são observados. E me interessa porque vai ao
encontro das descobertas das neurociências e da psicologia da percepção de
que o mundo que percebemos é formatado pelo nosso cérebro.
>A consciência ou o que quer que esteja por trás da mente humana tem o peso
de fazer o mundo *fazer sentido*.
É tudo o que me importa na mecânica quântica. O resto são aplicações
práticas, que têm um valor inestimável, mas que não têm nada a ver com os
meus objetivos.
>A matéria tendo como base a consciência vem sendo estudada por vários
pesquisadores
em um estudo chamado: Theory of Condensed Matter. O link é este aqui:
Opa, outro link preciosíssimo, junto com a indicação do Andrei Linde. Valeu
de montão!
>Num dia em que você esteja sem pressa e com tempo, tente ler o que eu
postei por lá ( coloque ligia5555 no buscador de
mensagens).
Pode deixar, que eu vou ler com a maior atenção.
>É lógico que eu *acredito* nisso mas daí a me fazer valer do que a ciência
exige para que tal seja provado são outros
quinhentos. Tem que estruturar tudinho em equações... :)
Eu não quero *provar* cientificamente. Deixo isso pros cientistas de
verdade, se algum deles se interessar pelo assunto, porque eles é que
entendem de
equações. O que conta pra mim é encontrar um embasamento pra esses pontos
que seja válido dentro do contexto contemporâneo.
>Lúcio, Einstein não acatou de pronto o que a FQ postula
porque ela dá a entender que o ponto de vista de um camundongo é
igualmente importante.
Ahn, eu não entendi a relação entre a tua observação e o que eu disse sobre
a desrealização. Dava pra explicar melhor?
>Não vai dar para ser através de conceitos científicos, infelizmente...
Por que não? Até agora, eu não encontrei nada na ciência que contestasse
esses pontos - muito pelo contrário.
>e os tais conceitos *subjetivos* já estão largamente espalhados pelo mundo.
Motivo pelo qual eu acho que a referência científica é fundamental. De que
me adianta acrescentar mais um conceito subjetivo a um mundo que já é
totalmente feito deles?
>Basta ler alguma famigerada comunicação a lá "channelling".
Tinha uma médium americana chamada Jane Robertson (que também foi uma
escritora de ficção científica, embora não muito conhecida) que alegava
receber comunicações de uma entidade que ela chamava de Seth. Essas
comunicações foram publicadas sob o nome de _The Seth Materials_. Ela trata
basicamente de tudo isso que a gente tá falando, apresenta explicações
detalhadas sobre como a consciência cria a realidade e analisa as
implicações filosóficas disso. É um material até bem interessante, mas e
daí? Não tem fundamentação nenhuma, exceto a palavra de uma hipotética
entidade que nem se sabe se existe ou se é uma piração da cabeça dela. Não é
isso que eu quero.
>A abertura de olhos para a realidade subjacente DEVERIA ser formulável. E
confesso, essa é a minha pedra
filosofal... :)
É a minha também. Toda essa pesquisa sobre mecânica quântica, neurociências,
psicologia, psicanálise, sociologia do conhecimento, tudo isso é só uma
preparação prévia, o estabelecimento de bases para o que é a verdadeira meta
do meu projeto: essa abertura de olhos para a realidade subjacente. Como eu
disse, o que eu tô discutindo aqui com você é só a parte teórica. Mas,
paralelo a isso, eu tô desenvolvendo também uma pesquisa cujo foco tá na
prática, em experimentar técnicas, combinar métodos pra ver no que é que dá.
>A ciência não domina a linguagem da mente.
Depende do que você entende por ciência. As ciências físicas não dominam,
claro, porque essa não é a praia delas. Mas gente como Jung e Freud também
são cientistas, e a mente é o território deles.
>Estes quando arquetípicos são *atemporais* não havendo uma
necessidade de reformulá-los, antes de trazê-los à pauta do dia.
Mas é disso que eu tô falando. Não se trata de reformular - os pontos
essenciais do que eu tô fazendo são os mesmos que você vai encontrar no
budismo, no gnosticismo, na ioga, na teologia negativa e até no xamanismo. A
questão é trazer esses pontos, como você diz, para a pauta do dia.
>Vamos dizer que a *iluminação* dá-se quando determinados símbolos
arquetípicos que norteiam seu funcionamento
entram em "conjunção" e isso nào depende de meramente saber do que se tratam
tais símbolos. Depende da forma como os vivenciamos e da forma como
permitimos tal *conjunção*.
Nada a questionar quanto a isso, pelo contrário.
>O caminho que eles percorreram até chegar nisso sem levar-se em conta o
fator subjetivo é que deveria ser abordado.
De novo, isso também tá incluído na minha pesquisa.
>Para que os condicionamentos sejam quebrados igualmente não
há um meio de dizer: vou desligá-los. Eles deixam de ser acatados a
partir do momento em que haja a ruptura dos parâmetros
E o ponto que eu tô investigando é como se pode chegar a essa ruptura dos
parâmetros.
>Basicamente é todo estofo New Age acrescido de conceitos de
FQ.
A idéia básica é a mesma. Mas, por razões pessoais, eu tento manter uma
certa distância do discurso new age.
>Tudo o que você diz acima está icluso, até o fato de a Lua
não existir se ninguém a estiver observando... :)
Então, eu não entendo qual é a tua objeção. ;-)
>Deveria... :)
Se eu chegar a alguma coisa que preste, e não só a alguma coisa que preste
*pra mim*. ;-)
>Vai arrumando tudo em capítulos. Do be-abá da mente aos
conceitos e quebra de conceitos de FQ... você já tem material para
algo grande, tipo *filão*.
Já tô fazendo isso. ;-) Como eu tenho que pesquisar uma quantidade enorme de
dados das
mais variadas áreas, subdividi a pesquisa em campos, que eu estruturei como
se fossem capítulos de um livro.
>Mas lógico, se você quiser o respaldo científico
O que exatamente você entende por "respaldo científico"? A aceitação por
parte dos cientistas das idéias que eu tô defendendo? Porque, se for isso,
não é o que eu quero, até porque eu não tenho nenhuma ilusão a respeito. Eu
não sou cientista e, pior, defendo idéias que vão na contracorrente de
alguns pressupostos da ciência (a começar pelo realismo: a crença de que
existe um mundo real objetivo independente da nossa percepção). Eu apenas
uso os dados e teorias científicas que podem ter alguma utilidade pro meu
próprio ponto-de-vista. Nesse sentido, sou mais como um pirata do que como
um cientista: me sirvo do que me serve. ;-)
>E onde foi que eu disse isso?
Desde as primeiras mensagens, você vem me "puxando a orelha", dizendo que só
a teoria não basta, que a teoria não vai me levar a lugar nenhum, que é
preciso vivenciar as coisas, sentir, etc. Daí que eu fiquei com a impressão
que você acha que a minha abordagem é puramente intelectual. Não é. Mas a
parte não-intelectual não cabe aqui. ;-)
>Elas têm o valor de colocar você nos trilhos, de alguma forma dando a
entender a você que o véu já não é tão espesso... :)
É isso. A parte intelectual e a parte prática se complementam, servem de
corretivo mútuo. Acho que uma não fica de pé sem a outra. Pelo menos não pra
mim. Não vou negar que alguém possa chegar lá só com a prática, sem nenhuma
teoria, e nem vice-versa. Mas não é o meu caso. Eu preciso das duas.
>Pois então, para que desejar a aquiescência das ciências se temos a arte?
E por que escolher uma se podemos ter as duas? ;-) Você pode comer só com um
garfo, e também pode comer só com uma faca (embora talvez seja um pouquinho
mais difícil), mas fica muito mais fácil comer se você tiver um garfo *e*
uma faca, não? ;-)
>Um primeiro passo é alertar a mente de que por mais palpável que algo seja,
aquele algo não tem existência própria.
É o ponto de partida de praticamente todas as formas de meditação.
>Logicamente ao confrontar-se as ressalvas e impedimentos "deflagrados" por
outros, quer movidos pela *razão*
quer pela *fé* auto-excludente da fonte de tudo. Por isso eu amo estar em
uma lista cética, ou de preferência várias!!
Sim. Por mais que eles se irritem comigo (e eu com eles), prefiro a
companhia dos céticos à dos crentes. Não gosto muito de pessoas que não
fazem (e não deixam fazer) perguntas.
>Ele criou uma *seita*...
Pois é.
>Não antropomorfizá-lo mas digamos "universalizá-Lo".
Não sei se dá pra fazer isso enquanto estivermos presos a um ponto-de-vista
particular.
> A manifestação divina é o Universo do qual fazemos parte.
Em princípio, eu concordo.
>A consciência humana ou de outros animais (caso se questionassem e
pudéssemos avaliar tal questionamento) indicaria ao Deus manifesto
que *tudo está bem*... :)
Aqui eu já acho que a gente começa a aplicar conceitos que só têm validade
do nosso ponto-de-vista particular.
>O plano físico depende da apreciação do mesmo... é isso também o que eu
disse... ;)
A-hã. Nesse ponto, a gente concorda em gênero, número e grau.
>Para que a consciência possa co-existir com aquilo que *cria*.
Eu não acho que a consciência dependa do ego, mas acho que ele se esforça um
bocado pra convencer a gente disso.
>Em uma palestra espírita certa vez eu ouvi dizer algo que me deixou
pensando: a matéria serve apra desacelerar o espírito.
Eu tô disposto a aceitar essa afirmação, com a diferença que, pra mim, essa
desaceleração não é nem boa, nem natural e nem necessária. É só um jeito de
manter a gente enredado, num nível de existência inferior ao que deveria ser
o nosso.
>assim, desta feita,o ego seria uma espécie de estruturador da
realidade
Também aqui, não vejo nenhum problema: é assim que eu encaro o ego também.
>Ou por causa dquilo que o Ego (coletivo) crê ser real... ;)
É exatamente esse o ponto. O ego nos faz acreditar numa realidade que é
estruturada à custa do sofrimento, da violência, da luta pela sobrevivência.
E isso não só no plano humano ou social, não. A essência da vida, neste
nível de realidade, é vampiresca: uma forma de vida só sobrevive graças à
destruição de outras formas de vida.
>Mas veja, se há um plano para evolução a nível espiritual, há razão para o
que se sucede no mundo.
Eu não sei se há um plano para a evolução. Nesse ponto, tô mais de acordo
com a perspectiva budista do que com a espírita. Não existe nenhum propósito
no samsara, ele é só um estado indesejável que precisa ser superado (se você
preferir, no sentido hegeliano de "superar", que é transcender mas
conservando num outro nível).
>E não devemos nos esquecer: a dor liberta da mesma forma que o amor... ;)
Certo, mas por que é que temos que ser libertados pra início de conversa?
Como fomos aprisionados? Não vejo nenhum plano superior nisso. Fomos jogados
numa cela e ninguém vai tirar a gente dela se simplesmente esperarmos. É
preciso arrumar uma colher, uma pá, qualquer coisa, e cavar um túnel. Claro
que sempre correndo o risco de errar o túnel e, em vez do mundo exterior,
acabarmos indo parar numa outra cela, que nem o Abade Faria no _Conde de
Monte-Cristo_. ;-) Mas é um risco que a gente tem que correr.
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: oia o portugueis
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 19:18
Vladimir...
Para de dar ares de virtuosismo, vai... vamos dizer assim: quem
escrivinha herrado o portugueis tem um pobrema de memoria... :)
Bejos, Lígia
***********************************
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> pretenção..
> repercurção..
> asterístico..
> i otras qui num mi alembro agora...
> ei voceis, qui tar nóis istudar um cadim di portugueis?
>
> :)
>
> []'s
> Vladimir
SUBJECT: Re: Re:_[ciencialist]_Extinção_da_Humanidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 19:19
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Maçaranduba" <soh_lamento@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 28 de outubro de 2002 23:27
Assunto: Re:_[ciencialist]_Extinção_da_Humanidade
| Certo sua coisa imprestável.....(cuidado para não se
| apaixonar:)
|
Será que li isso que estou pensando, aqui no ciencialist? Será que C. Maçaranduba está se referindo à Lígia nesses termos?
[]'
Léo
===================
SUBJECT: Outro desafio para vcs
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 19:28
-----Mensagem Original-----
De: "Álvaro Carrilho" <alvarocarrilho@hotmail.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 28 de outubro de 2002 23:48
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
| Caro senhor,
| Estou perante um dilema...
| Frequento o 4ºano da faculdade - Instituto Superior das Ciências do Trabalho
| e da Empresa em Portugal - e tenho que executar um trabalho pequeno sobre
| uma questão científica para a qual não encontro informação.
| A questão é: "Lei Científica vs Lei de Estado".
| Se de alguma forma me puder ajudar agradecia.
|
| Muitos cumprimentos,
| Álvaro Carrilho
|
|
|
|
|
| _________________________________________________________________
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|
SUBJECT: Re: Unabomber-Rousseau:_[ciencialist]_Extinção_da_Humanidade
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 19:41
> Todo homem nasce bom .È a ciencia que o corrompe.
>
Legal isso. Todo homem nasce também sem genes. A ciência os coloca
depois...
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Troca de endereço eletronico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "Alberto Mesquita" <albmesq@uol.com.br>
DATE: 28/10/2002 19:48
Amigos,
lamentavelmente a UOL comprou os direitos de meu antigo provedor de Barretos e, como conseqüência disso e da instalação do Speedy (provedor UOL), meu antigo endereço eletrônico < leo@barretos.com.br > deixará de ser funcional nos próximos 6 dias.
Agradeço a gentileza de substituírem o antigo endereço pelo atual < leobarretos@uol.com.br >.
Aquele abraço,
e continuo à disposição.
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 19:57
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> (...)Será que há alguma forma de fugirmos desse destino?
Lígia: Oi Carlos. Olha, a extinção nem requer muito esforço da
gente não. Basta um meteoro grande chegar perto, adentrar nossa
atmosfera e tudo vai pelos ares...
Conversei com um
> amigo que mexe com espiritismo e ele me disse que houve um
> desequilíbrio: a humanidade progrediu materialmente, mas
> não "espiritualmente". Crendices à parte, no fundo ele tem um pouco
> de razão pois alguns homens não estão preparados para o poder do
> conhecimento.
Lígia: Dentro da doutrina tem um pensamento interessante de Emmanuel
sobre isso: a moral e o conhecimento são asas e ambas devem ter o
mesmo tamanho para que possamos alçar vôo.
De que adianta uma sociedade ocidental evoluída, uma
> comunidade científica consciente de responsabilidades, se vamos
ficar
> à mercê de um ou outro espírito de porco que queira explodir tudo?
> De que adianta se não tem como garantir que Bin Ladens não
existam, e
> que não obtenham acesso a ciência?
Lígia: Uma pergunta: você seria a favor da pena de morte para casos
em que as pessoas venham a ser consideradas incapazes de viver na
sociedade sem colocá-la em risco?
> Sendo assim, eu me coloco de luto pela humanidade. Pode até ser um
> desejo egoísta querer que nossos filhos sobrevivam indefinidamente,
> quem sabe já vivemos demais. Mas de qualquer forma, me lamento por
> nossa extinção.
Lígia: A ciência não é a responsável por isso, da mesma forma que
Deus não é responsável pelos atentados à bomba. Os homens é que
são. E não é difícil reverter tal quadro... teríamos só que parar
com o fanatismo que faz gente pregar a favor ou contra Deus, a favor
ou contra a ciência... isso que é triste de ser visto. O fanatismo
é curável na medida em que se distraia o fanático com alguma outra
coisa. Por exemplo: se os muçulmanos pudessem dar vazão à sede de
agradar Alah através do sexo, as mulheres muçulmanas deixariam de
andar envoltas em véus, ser maltratadas e todos seriam
felizes... :). E sempre houve loucos na história da humanidade. O
problema como você aponta com propriedade é que tais loucos agora
podem ser cientistas e criarem armas de destruição. Mas digamos que
ainda podemos contar com a esperança de que isso não aconteça... ou
de que alguém tenha a luminosa idéia de fazer os seres humanos
reavaliarem a sexualidade, desviando-a de Deus/Alah e voltando-a aos
parceiros :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 20:03
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
>... Mas digamos que
> ainda podemos contar com a esperança de que isso não aconteça...
ou
> de que alguém tenha a luminosa idéia de fazer os seres humanos
> reavaliarem a sexualidade, desviando-a de Deus/Alah e voltando-a
aos
> parceiros :)
Ops! Esqueci da ciência na última frase... portanto fica:
Deus/Alah/Ciência
SUBJECT: Re:Re:Re:Re:Re:Re:Re:Re:Re:Re:Re: [ciencialist] Extino_da_Humanidade
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 20:05
> > Em números absolutos as guerras do Século XX
foram
> as que
> > mais mataram e sua motivação foi menos religiosa e
> mais
> > política. (...) Se a motivação das guerras da
> história
> > recente fosse de ordem religiosa estaríamos todos
> mortos.
Não sabia que na era do capitalismo selvagem vc ainda
acreditasse em santos.:)
> A curiosidade matou a humanidade. Nós tinhamos
> tantos motivos para
> viver, tanta coisa para aprender, para evoluir, mas
> já cavamos a
> sepultura e entramos nela. E não há como sair. Só
> estamos esperando
> que alguém despeje a terra sobre nós.
A depressão é uma herança do seculo XX.A propaganda de
massa também.Qual a motivação de viver??Descartes
queria o método.Faça como ele.Adote uma moral
provisória e espere até o dia em que vc se considere
maduro o suficiente para responder essas coisas.Até lá
curta bem muito.Agora por favor tome cuidado ao
comprar sua moral , sugiro que se dirija a algum orgao
regulador competente pois o mercado esta cartelizado.
> Desculpem-me por usar esses termos, mas é que busco
> motivos para crer
> que conseguiremos durar 500 anos, mas não consigo. A
> nossa natureza
> humana nos matou e a arma foi a tão amada ciência.
> Não matou? ainda
> respiramos? é só uma questão de tiro de
> misericórdia. Imagine o
> poderio nuclear de um décimo da URSS caindo nas mãos
> de um Bin Laden.
> Em quanto tempo isso vai acontecer? 50 anos? 100?
Nós duramos 500 anos por causa do sexo.Viva ao sexo!!!
A ciência avança a cada dia, e o acesso às novas
> tecnologia também.
> Não dermorará muito para que um novo Bin Laden
> descubra como fazer
> uma bomba atômica em seu quintal apartir da argila
> sem despertar
> suspeitas do Big Brother.
Na verdade Bush-filho ,o cauboi aloprado ,junto com os
falcões megalomaníacos , me dão mais medo.
> Será que há alguma forma de fugirmos desse destino?
> Conversei com um
> amigo que mexe com espiritismo e ele me disse que
> houve um
> desequilíbrio: a humanidade progrediu materialmente,
> mas
> não "espiritualmente". Crendices à parte, no fundo
> ele tem um pouco
> de razão pois alguns homens não estão preparados
> para o poder do
> conhecimento. De que adianta uma sociedade ocidental
> evoluída, uma
> comunidade científica consciente de
> responsabilidades, se vamos ficar
> à mercê de um ou outro espírito de porco que queira
> explodir tudo? De
> que adianta se não tem como garantir que Bin Ladens
> não existam, e
> que não obtenham acesso a ciência?
(Convite mefistotelico???)Há uma forma.A ciencia
evolui e daqui a pouco teremos algo parecido com a
matrix.Voce poderia ser feliz lá .Teria tudo que
quisesse.Se achasse que infelicidade é felicidade
poderia ter lá.Poderia ter uma familia ideal ou quase
ideal , homens convivendo harmoniosamente sem precisar
de doses cavalares de "SOMA", mulheres estoteantes(A
COISIFICAÇÂO DE Ligia) , enfim tornar seus sonhos
"realidade"(ou seja tornar seu ID realidade) e seu
sono ,se quiser, será eterno , assim como Mohamed Atta
está ao lado neste instante de 72 noivas virgens (já
faz mais de 1 ano que incompetente!!!)
> Sendo assim, eu me coloco de luto pela humanidade.
> Pode até ser um
> desejo egoísta querer que nossos filhos sobrevivam
> indefinidamente,
> quem sabe já vivemos demais. Mas de qualquer forma,
> me lamento por
> nossa extinção.
Conselho: Respeite seus genes egoístas sendo
altruista.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Extinção_da_Humanidade
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 20:22
--- Em ciencialist@y..., Carlos Maçaranduba <soh_lamento@y...>
escreveu
> (...)Poderia ter uma familia ideal ou quase
> ideal , homens convivendo harmoniosamente sem precisar
> de doses cavalares de "SOMA", mulheres estoteantes(A
> COISIFICAÇÂO DE Ligia)
Êpa! Esse termo, COISIFICAÇÃO, é do Aniello, eu só o utilizei para
dar mais ênfase na minha resposta ao Antonio...
Lígia
SUBJECT: Unabomber-Rousseau:_[ciencialist]_Extino_da_Humanidade
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 20:23
--- Luiz Ferraz Netto <leobarretos@uol.com.br>
escreveu: > Toda espécie está fadada a extinção ...
sem exceção.
> Sem a ciência talvez a espécie humana já tivesse
> desaparecido ... se a peste negra se alastrasse um
> pouco mais ... a sífilis ... e quantos etc. quiser.
> Recomendo a leitura: "O Jovem novo selvagem" ...
> depois conversamos.
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto00.asp
>
Todo homem nasce bom .È a ciencia que o corrompe.
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SUBJECT: Re:_[ciencialist]_Extino_da_Humanidade
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 20:27
Certo sua coisa imprestável.....(cuidado para não se
apaixonar:)
--- Ligia Gallo <ligia5555@yahoo.com.br> escreveu: >
--- Em ciencialist@y..., Carlos Maçaranduba
> <soh_lamento@y...>
> escreveu
> > (...)Poderia ter uma familia ideal ou quase
> > ideal , homens convivendo harmoniosamente sem
> precisar
> > de doses cavalares de "SOMA", mulheres
> estoteantes(A
> > COISIFICAÇÂO DE Ligia)
>
> Êpa! Esse termo, COISIFICAÇÃO, é do Aniello, eu só
> o utilizei para
> dar mais ênfase na minha resposta ao Antonio...
>
> Lígia
>
>
>
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SUBJECT: Re: Re:_[ciencialist]_Extinção_da_Humanidade
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 21:20
Ha algum tempo eu coloquei essa longa msg abaixo sobre a extincao da nossa
especie. So o falecido Volmer me deu resposta. Como ha varias pessoas novas
na lista e o tema voltou, transcrevo de novo a msg.
Subject: [ciencialist] Hecatombe + reengenharia humana
Algumas pessoas da lista sugeriram a discussao da msg do Volmer sobre "o fim
do mundo" e a aparente inutilidade e passividade da ciencia sobre isso. O
Navarro propos a discussao da questao de que, talvez, a reengenharia dos
genes do Homem, seja a unica forma efetiva de transforma-lo em um "ser
amoroso". Creio que podemos abordar os 2 assuntos de uma forma integrada,
com a ressalva de que a ciencia nao tem a capacidade de solucionar questoes
que sao tratadas no nivel politico das nacoes. O que se pode é tentar
entender melhor o que acontece no mundo atual e porque acontece, usando
algum conhecimento cientifico. Dai talvez possam ser tiradas propostas de
acao que contenham algum embasamento cientifico, mas nunca serao totalmente
cientificas.
============
Os fundamentos.
============
Podemos tentar entender a situacao politica, economica e social do mundo
atraves de uma visao mais biologica do ser humano. Para mim, ha 3 fatores
inerentes a biologia do Homem que se relacionam fortemente com o estado das
coisas do mundo atual. Sao eles: o sentimento de posse, a necessidade de
poder e o preconceito.
1) O sentimento de posse, o qual, exacerbado, denominamos de ganancia, é
observavel ja entre o 1° e 2° ano de vida da crianca, quando voce tenta
tirar um objeto dela e ela reage com firmeza
dizendo "É meu!". Ao longo dos anos a crianca, o jovem, depois o adulto,
vai colecionando uma serie de pertences que considera como propriedade
exclusiva sua, que tem ciumes de emprestar (quem tem irmaos?), que nao joga
fora etc. Isso nao é particular do Homem (nao tente pegar o colchaozinho
onde
meu fila dorme!) e colabora para a sobrevivencia do individuo. Naturalmente
que a economia de gastos, a poupanca, o entesouramento de bens (alimentos
antigamente, hoje dinheiro) sao acoes coerentes com esse sentimento de
posse, conferindo uma maior seguranca ao individuo quanto a sua capacidade
de sobreviver.
2) A necessidade de poder esta relacionada com o atingimento de uma
posicao na hierarquia social que tambem confere ao individuo e, por
extensao, a sua
familia, uma situacao de grande seguranca quanto a sua sobrevivencia. Nesta
posicao superior ele podera acumular mais meios materiais de sobrevivencia,
bem como devera construir toda uma teia de relacoes sociais que poderao lhe
manter sempre nessa faixa superior da hierarquia social. Isso vale tambem
para grupos, clas, familias, que lutam entre si na conquista e manutencao de
posicao social ou politica, territorios ou simplesmente patrimonio. O mesma
luta ocorre/ocorreu entre esses grupos unidos que constituem nacoes ou
estados, na
busca da expansao de seus territorios, obtencao de riquezas,
escravos etc. Nao podemos esquecer que, nessa posicao superior, a oferta de
parceiros(as) para amor e/ou sexo aumenta consideravelmente, o que expande
as possibilidades de escolha de pares para expressar seus genes, um dos
instintos mais fortes que tem todos os animais.
A busca pelo poder estimula o nosso instinto de competicao, muito mais do
que o de cooperacao. Esta ocorre, mas ocorre justamente juntando individuos
para formar grupos para combater (ou competir com) outros grupos. Sabemos,
tambem, que a competicao pelo poder está longe de ser caracteristica
exclusiva da especie humana.
3) O terceiro fator é tambem um sentimento instintivo, o do preconceito.
Por polemico que possa parecer, afirmo que o preconceito é um sentimento
natural como todos os outros sentimentos. Ele nos induz a segregar
individuos que nao fazem parte do nosso grupo. Segregamos levando em
consideracao idade, sexo, classe social, raca/etnia, familia, nacionalidade,
naturalidade, costumes, crencas religiosas e outros criterios mais,
normalmente combinados entre
si (e.g. idade + classe social + naturalidade, na escolha dos amigos; sexo +
classe social + raca/etnia, na escolha do par amoroso).
A tendencia natural e generalizada é de que estabelecamos nossos lacos
afetivos mais fortes com individuos que consideramos nossos iguais, de
acordo com
os criterios acima. Assim, por exemplo, vamos formar lacos de amizade mais
fortes normalmente com pessoas da nossa faixa etaria, do mesmo sexo (isso
hoje nem tanto, mas ha nao muitos anos atras homem e mulher amigos era coisa
rarissima), da mesma classe social, da nossa raca etc. Isso nao é uma lei
imutavel. É uma tendencia dominante e facilmente observavel na pratica. Por
exemplo, vi que, num banco de esperma dos EUA, 80% dos casais que recorriam
ao mesmo solicitavam esperma de doador da mesma raca.
Segundo meus estudos, o preconceito age em nosso sistema de sentir de duas
formas. Uma é sutil. Na segregacao
pelo criterio classe social, que advem do chamado preconceito social, noto
ocorrer um bloqueio dos sentimentos de ligacao entre individuos, como a
solidariedade, a compaixao, a amizade, o amor etc., implantando-se
normalmente no individuo do estrato social superior em relacao ao julgado
por este inferior o que
chamamos de indiferenca. O seu sofrimento com a dor do outro, que provoca a
sua cooperacao com ele, ocorre majoritariamente se o outro for socialmente,
racialmente/etnicamente semelhante a voce.
A outra forma de manifestacao do preconceito é a violenta, podendo levar ao
conflito, aa guerra e destruicao entre grupos ou individuos. Normalmente ela
se manifesta entre racas (branca X negra nos EUA e Africa do Sul, por ex.),
entre etnias (conflitos tribais na Africa negra) e entre grupos com
diferentes crencas religiosas (Irlanda, Cruzadas, fundamentalismo islamico x
cristaos etc.). Neste tipo de preconceito, voce nao fica indiferente ao
diferente. Exacerbado pela cultura, o preconceito pode levar ao nojo, ao
asco pelo outro, ao odio mortal, que conduz ao conflito destrutivo.
Outros animais tem preconceito? Sim, ha varios exemplos de especies onde
membros de grupos/bandos segregam "os de fora". E, se o preconceito é
natural e instintivo, de que forma ele colabora com a nossa sobrevivencia?
Fiz-me esta pergunta durante muito tempo, encontrando até agora duas
respostas que me
satisfizeram. Uma é que a tendencia a formacao de pequenos grupos e o
acasalamento e procriacao dentro destes, colabora para a diversidade
genotipica da nossa especie. Sabemos bem que a homogeinidade genetica de uma
grande populacao a faz correr serio risco de extincao se sofrer o ataque de
um agente para o qual nenhum individuo tiver resistencia. A outra é que ha
chance de sobrevivencia de todas as especies é maior se pequenos grupos de
cada uma brigam entre si e brigam com pequenos grupos de outras especies.
Imaginem se todos os caucasoides (o que chamamos de "brancos") do mundo
declarassem guerra a todos os negroides? A Natureza parece que segue aquele
lema de "dividir para governar".
============
O mundo atual.
============
Agora tentemos fazer uma analise do como a sociedade humana esta atualmente
vivendo e convivendo, empregando-se na analise os conceitos desenvolvidos
acima.
Notem que as duas msg a lista que provocaram esta discussao vieram com os
titulos de "Hecatombe" e "Reengenharia Humana", o que poderiamos interpretar
como "o fim do mundo esta proximo" e "agora, nem Deus salva mais: só a
reengenharia genetica do Homem". De onde vem leituras tao negativas, todos
sabemos. Basta ver os jornais na TV: violencia, crime organizado, miseria,
desemprego, terrorismo, guerras, genocidios, poluicao em niveis sem
precedentes, desastres climaticos, e - pior que tudo - nenhuma utopia a
vista...
As lutas armadas.
============
Eu disse acima que a luta pelo poder é inerente ao Homem. E como ela se dá
nesta era pos-tacape em que vivemos? No plano das relacoes entre nacoes, a
guerra por conquistas territoriais é dificil de ser admitida pela comunidade
internacional. A ONU manda sair e, quando ha interesse das nacoes
dominantes, especialmente os EUA, a ordem é cumprida. As lutas por
demarcacao de fronteiras foram bem minoradas, resumindo-se a alguns pontos
ja tradicionais no mundo, como a regiao da Cachemira.
A luta por territorios fisicos que continua forte nao é uma luta diretamente
relacionada com
poder. Ela hoje se da mais no caso de etnias que pretendem apartar-se de
outra(s) com quem divide(m) o territorio nacional, o que se relaciona mais
com preconceito/segregacao, do que com poder. Exemplos sao inumeros, como a
fragmentacao da Iugoslavia, Tcheco-Eslovaquia, Uniao Sovietica, separatistas
bascos, curdos etc.
Os conflitos armados estariam mais ou menos controlados no mundo nao fosse a
questao do terrorismo internacional. Depois de aparentemente superados os
temores de um exterminio do mundo pelas armas nucleares, o risco de extincao
nos volta pelo avanco da tecnologia belica de extincao em massa e o seu
acesso as organizacoes terroristas ou governos que agem como tal. Mal ou bem
tinhamos um certo controle formal sobre o lancamento de bombas nucleares em
nossas cabecas, enquanto a decisao estava nas maos dos dirigentes das
grandes potencias. Mas agora, a decisao sobre o lancamento de uma "nuke" ou
de misseis com armas quimicas e biologicas sobre uma populacao qualquer pode
estar nas maos de um terrorista fanatico, para quem a sua ou nossas vidas
nenhuma importancia tenha. Esse mesmo pequeno ser humano com um historico de
guerras, lutas, exterminios, crueldades contra inimigos, tem agora
tecnologia para destruir milhares ou milhoes de pessoas. Resistira à
tentacao? Bin Laden e Saddam Hussein armados de bodoque é uma coisa. Outra é
com misseis e armas quimicas e biologicas.
A guerra economica.
==============
Mas hoje existe uma outra guerra que é travada todos os dias em quase todos
os pontos do planeta. É uma guerra de conquista de territorios virtuais: a
guerra por mercados. Nesta, ganha quem ocupar mais espaco, faturar mais,
lucrar mais e acumular mais capital. E nesta guerra, quais os movimentos
estrategicos que se ressaltaram nos ultimos anos?
- a maior concentracao de capital jamais ocorrida na Historia, formando
gigantescos grupos empresariais industriais, de servicos e financeiros (vi
uma informacao, acho que aqui na lista, que as 200 maiores fortunas do mundo
detem juntas 45% do PIB mundial ou o equivalente a renda de 2,5 bilhoes de
pessoas!);
- politicamente impos-se um consenso mundial de que todas as nacoes
devem abrir seus mercados (o que nao é verdade para todos, mas deixa pra
la), deveriam desestatizar e desregulamentar o sistema produtivo local, bem
como outros mandamentos do "Consenso de Washington", facilitando a entrada
das grandes corporacoes nesses paises, como, por exemplo, pela compra de
empresas estatais, como ocorreu no Brasil;
- grandes investimentos em tecnologia de ponta para a producao de
produtos como o Windows e o Viagra que vendem bilhoes de dolares em todo o
mundo;
- o investimento em automacao industrial para a producao em massa, com
qualidade alta e baixo custo e o menor numero de trabalhadores possivel
(concentracao de capital + tecnologia = desemprego);
- o enorme investimento em tecnologia de comunicacao (satelite,
Internet), interconectando o mundo, os mercados, as filiais das corporacoes
globais.
Miseria e desemprego.
================
Se os seres que promovem esses movimentos mundiais sao seres que maximizam o
ter e o poder individual, os resultados dos mesmos tendem a ser bons para
milhares, muito bom para muito poucos e muito ruim para
milhoes (ou bilhoes?). Mas, assim sao as guerras. Em que pesem os esforcos
de alguns, na se ve no mundo um movimento forte o suficiente para alterar a
tendencia de mais concentracao de capital, mais tecnologia e mais exclusao
social, miseria,
dependencia e desemprego. Mas, por que os paises ricos nao se preocupam mais
com a situacao dos pobres? Dos seus pobres, pode ser. Dos pobres de outras
nacoes, o sentimento do preconceito conduz aa indiferenca. E
dos pobres de outras nacoes quando residentes nas nacoes dos ricos, o
preconceito racial pode fazer surgir a luta violenta, haja visto as vitorias
da extrema direita na Europa e a perseguicao de imigrantes que la ocorre,
por estes estarem "tirando o emprego" dos nacionais. Reduzindo o fenomeno
para a situacao brasileira, é algo que explica o por quê dos hospitais e
escolas publicas terem atingido um nivel tao baixo de qualidade. É que a
elite nao se trata nesses hospitais e nao estuda nessas escolas.
A questao ambiental.
==============
A luta por mercados é feroz e nao ha tempo a perder. Assim, ha que se
produzir em grande escala e a qualquer custo que nao seja o financeiro. Nao
importa se eu exauro as fontes das quais extraio meus insumos, nao importa
se enveneno o ar, se poluo as aguas, se contamino o solo ou se o descarte do
meu produto é ambientalmente nocivo. Se tudo isso nao me traz um custo
financeiro mensuravel e imediato, como uma multa, por exemplo, eu nao posso
me preocupar com essas "frescuras" de ambientalistas. Se eu o fizer e meu
concorrente nao, eu aumento meus custos e ele nao, o que pode me tirar da
competicao. Se eu parar de pescar predatoriamente, os outros nao param e os
peixes vao acabar de qualquer jeito. Mas eles vao ter dinheiro e eu nao.
O consumismo.
===========
Como ja dito, o sistema economico vigente necessita da sua continua
expansao. Estagnacao, depressao ou recessao sao palavroes para governantes e
economistas. Alega-se que se se fica parado, se vai para tras; se a economia
nao se expande, o emprego idem. Isso é verdade dentro do sistema economico
vigente, que se baseia na competicao e nao na cooperacao, na concentracao do
poder e do capital, e nao na reparticao de ambos.
Para poder vender, ha que se ter quem compre. E o que criamos no mundo? A
cultura do consumo, o consumismo exacerbado pela propaganda. Voce poderia
viver tranquilamente sem uma grande parte dos produtos que consome hoje?
Bem, se voce nao esta situado nos estratos sociais mais baixos, certamente
que a resposta é sim. Cultua-se e consome-se no mundo a sofisticacao do
inutil, algo assim como a geladeira com webcam e Internet que estava exposta
na Comdex em SP esses dias. Para que isso funcione (a compra e venda do
inutil, do futil), o sistema economico fundamentou-se nessas caracteristicas
intrinsecas a nos, que sao o desejo de ter bens e poder, alem da necessidade
de obter "status" social. Ter uma BMW do ano, usar as "griffes" mais caras,
frequentar os restaurantes da elite, vem tambem ao encontro da satisfacao do
desejo de sobressair na sociedade, o que lhe da mais oportunidades de
reforco da capacidade de sobrevivencia junto com um possivel aumento da
oferta de parceiros sexuais.
Competicao ou cooperacao?
====================
Mas por que nao cooperamos mais? Parece evidente que se todos os povos do
mundo cooperassem ao inves de competirem pela posse das riquezas do mundo, o
mundo melhoraria, poderiamos acabar com a fome, com a violencia, com os
problemas ambientais etc. E por que nao cooperamos no nivel necessario para
tal? Minha resposta é que nos estamos "engenheirados" para ambos os
comportamentos, mas voce controla muito melhor a competicao do que a
cooperacao, e isso é tao mais verdade quanto mais numeroso o grupo no qual
voce está inserido (o esquema "ganha-ganha" é tao mais dificil de ser
implementado, quanto maior a populacao em jogo). Na competicao, voce, seu
grupo, sua empresa ou seu pais tem muito mais autonomia de decisao do que na
cooperacao, pois para haver esta, voce depende de alguem que ve ou via como
potencial adversario. E se voce coopera, baixa as guardas e ele te trai
depois? Como confiar no seu antigo inimigo? A historia da humanidade é uma
historia de competicao, de lutas, escaramucas, guerras, muito mais do que de
cooperacao. Aliancas juntam blocos contra outros blocos. E se isso, como eu
proponho, tem base nos naturais sentimentos de posse, de querer o poder e no
preconceito, como pode ser mudado?
=========
Ha solucoes?
=========
Uma forma seria realmente a da reengenharia genomica do Homem. Mas isso a
tecnologia atual nao nos permite fazer e seria extremamente improvavel que
uma decisao como essa fosse tomada no mundo. Se a raca humana vai mudar a
raca humana, deveria haver um consenso mundial sobre isso, nao? Como atingir
esse consenso? Quais caracteristicas nossas seriam mudadas? Veja que nao
estamos falando de apenas mudar ou escolher um determinado genotipo, como os
genes que determinam a cor dos olhos do futuro filho, mas sim de uma
caracteristica comportamental estruturada no genoma da especie humana.
Conseguiriamos um consenso sobre o que esta "errado" e o que deveria mudar?
Muito dificil, nao? Levaria tanto tempo para atingir esse consenso que a
poluicao ja nos teria exterminado muito antes.
Talvez o que seja mais facil é o reconhecimento da base biologica/genetica
desses instintos e a tentativa de administra-los.
O Homem tem uma razoavel capacidade de administrar e controlar os seus
instintos. Dou um exemplo desse gerenciamento. Tome duas grandes cidade
brasileiras como o Rio e Sao Paulo. As elites cada vez mais se afastam das
classes mais baixas. Ha cada vez menos areas de integracao ou pontos de
convivio entre elas. As elites se isolam atras de predios cercados e carros
blindados. Nas areas pobres, ha poderes paralelos ao estado se instalando e
governando. Fenotipicamente elas estao cada vez mais distintas, a ponto de
voce olhar para a pessoa, classifica-la imediatamente como alguem da classe
inferior e - preconceito em acao - bloquear sentimentos de afeto com ela.
Isso aumenta mais a distancia social e realimenta o preconceito, tornando-o
cada vez mais forte. A escola de ma qualidade, a exclusao tecnologica, o
desemprego, a moradia de pessima qualidade, aprofundam o fosso. A resposta a
essa situacao de desesperanca é a violencia. Hoje eu noto exemplos de que o
preconceito da indiferenca das elites esta sendo contraposto por um
preconceito violento da marginalidade. Ha poucos dias, bandidos no Rio
obrigaram uma menina de classe media de 15 anos a tomar "chumbinho" (um
veneno), por carregar pouco dinheiro consigo. Vemos varios atos de violencia
com crueldade caracteristicos de manifestacoes do preconceito do tipo
racial. Parece que estamos chegando a limite da explosao social, do conflito
entre classes sociais dentro do nosso pais.
O que fazer? Fosse governante, iria criar espacos para aumentar a integracao
entre as classes sociais, principalmente nas populacoes mais jovens. Faria
uma cruzada para melhorar a qualidade das escolas publicas, criaria bolsas
para estudantes pobres em escolas privadas, usaria o esporte, a cultura,
qualquer ferramenta de politica que pudesse usar para aproximar as
diferentes classes sociais nos grandes centros. Temos que faze-las
aceitarem-se melhor, para o que concorre a diminuicao das diferencas
culturais, intelectuais e economicas. Se nao encararmos o preconceito como
um sentimento natural, se deixarmos a cultura acirra-lo, ele pode nos
dividir (o que ja fez, mas tem cura) e nos colocar em conflito (o que ja
iniciou, mas da pra parar).
Da mesma forma, se poderia tentar criar exemplos de comunidades que tenham a
cooperacao e nao a competicao como forma de vida, que os shopping centers
nao sejam os seus templos. Nao conheco bem, mas me parece que os Kibutz sao
algo assim. Precisamos de bons exemplos de novas formas de convivencia, de
liderancas confiaveis, de utopias factiveis. Precisamos entender e aceitar
melhor a natureza humana, sabendo como conviver com ela. Dificilmente
podemos muda-la radicalmente, mas podemos tentar redireciona-la para
caminhos menos autodestrutivos. A sociedade das formigas é fruto da biologia
das formigas. A nossa tambem, mas a nossa comporta talvez infinitas
possibilidades de forma de convivio social que nao apenas aquela unica que
observamos nas formigas.
Antonio Castro
>Prestem atenção...Quem serão os inúteis? Quem ficará vivo se acaso uma
>desgraça mundial se abater sobre a espécie e toda a vida no planeta -
>então por que não direcionam toda a sua energia neste sentido - o de
>salvar o que restou - vcs estão brincando de que afinal? Ou esta lista é
>só p/ relaxar?
>
>abs
>Volmer de Recife
>
>
>visite - www.volmerderecife.cjb.net
SUBJECT: Re: Re:_[ciencialist]_Extinção_da_Humanidade
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2002 21:27
----- Original Message -----
From: Carlos Maçaranduba
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 28, 2002 9:27 PM
Subject: Re:_[ciencialist]_Extinção_da_Humanidade
>Certo sua coisa imprestável.....(cuidado para não se
apaixonar:)
Uau! Se foi uma tentativa de ironia (como parece sugerir o emoticon), o
mínimo que dá pra dizer é que não funcionou. Se foi uma observação a sério,
foi uma das coisas mais grosseiras que eu já li numa lista de discussão. Em
ambos os casos, faz jus ao nome (ou nick, sei lá).
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 21:31
> Será que há alguma forma de fugirmos desse destino? Conversei com
um
> amigo que mexe com espiritismo e ele me disse que houve um
> desequilíbrio: a humanidade progrediu materialmente, mas
> não "espiritualmente".
Não tem essa de evoluir espiritualmente. Nós somos primatas caçadores
e coletores nômades tribais. Quando nos tiram da nossa tribo e nos
colocam no meio deste mundo louco, com bombas atômicas, televisão e
redes de computador, o resultado não é dos melhores. Imagina se os
chimpanzés tivessem acesso a armas de fogo, e aprendessem como usa-
las e carregá-las? Não iria sobrar um único chimpanzé vivo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 21:41
Oi Brudna!
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luisbrudna@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > L: O principal motivo é a incapacidade
> > de se fazer entendido pelos demais como consequência do entender
> > demais... :)
> > Beijos, Lígia
>
> Nao sei se entendi... mas ai parece que o problema estah sempre
em
> que eh inteligente (conhecer varias coisas).
Lígia: Eu estava sendo irônica. Na verdade são os outros que não
compreendem... :)
> Se fulano le sobre trocentas coisas, ve trocentos filmes, le
> trocentos livros, etc pq deveria fazer malabarismos para parecer
> agradavel a todo tempo e nao ficar com aquele ar pros outros
> de "aaah, lah vem fulano querendo mostrar que sabe".
Lígia: Não precisa fazer malabarismos, cada um deve ser como for.
Eu vivi esse problema na pele ( ser a menos popular e a mais fechada
de todas as turmas, a *inatingível-sabe-tudo*). Mas eu percebo agora
que esse fechamento e devoção aos estudos eram coisas
correspondentes. Movida pela timidez e pela incapacidade de trocar
idéias com os demais, eu me via mais impelida a ficar no meu mundo de
livros e idéias do que no mundo "dos outros" feito de trocas
correspondentes do mesmo nível. Consegui perceber isso ao ver meu
filho passando pelos mesmos problemas que passei.
===#AR: Creio que vc está se referindo a uma atitude perante ao mundo, a
vida... Que, eventualmente (ou de rotina) extende-se ao relacionamento
homem/mulher.#===
> Nossa sociedade TEM SIM uma apologia ao imbecil.
Lígia: Tem sim. Ou em outras palavras, a mediocridade é unida. Não
dá espaço. Mas veja que dizer que alguém é excluído apenas por ser
inteligente também não é tudo. Vamos dizer que uma pessoa que seja
diferente tenha que ser aceitável por outros atributos que não o
motivo que a faça diferente dos demais. E é nisso que uma pessoa
*inteligente* com forte propensão ao fechamento "erra"(ou acerta,
depende do ponto de vista): ela não é capaz de perceber em que pode
ser aceitável aos demais e então isola-se por saber de antemão a
dificuldade que vai encontrar em ser aceito sem parecer imbecil por
sua vez... :)
===#AR: Penso que vc está generalizando.#===
Beijos, Lígia
===#AR: Beijos, Antonio Renato.#===
SUBJECT: [ciencialist] Re: A inteligencia como fator de atratividade pessoal
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 21:42
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
>
> Oi Lígia e Edson
Lígia: Oi Antonio,
==# AR: Oi Lígia, #==
> Vou deixar o meu pitaco, minha opinião pessoal e intranferível.
>
> Inicialmente vou repetir o postado anteriormente: Só me
agradam dois tipos
> de mulheres: As brasileiras e as estrangeiras. Agora acrescento:
Dentre as
> brasileiras e as estrangeiras, deverão ser burras ou inteligentes,
servindo
> também as 'intermediárias'.
Lígia: Em suma: todas as mulheres o agradam. Isso soa como alguém
que diz que gosta igualmente de todos os tipos de música pelo simples
fato de ser música. Problemas com seletividade?
==# AR: Todas as mulheres me agradam, em princípio. Música e mulher só têm
em comum a letra inicial da palavra. #==
> Aquilo que busco na companhia feminina, qualquer uma mulher
(Sem excessão)
> poderão me oferecer. A 'coisa' é animal!
> Quaisquer outros 'atributos' que ela possa apresentar
(Inteligência,
> cultura, beleza, educação, riqueza, etc), são 'efeitos colaterais'.
Lígia: E ainda achastes ruim quando expus meu ponto de vista a
respeito da "coisificação" feminina... :)
==# AR: Não estou recordando da msg a qual se refere. De qualquer maneira,
mulher ou homem não é coisa! Caso tenha entendido assim será consequencia de
eu ter-me expressado mal. A palavra coisa, que está entre aspas, poderemos
substitui-la pela palavra fenômeno. #==
> Temos 'efeitos colaterais' que desejamos, e isso é individual.
> Ex.: A um indivíduo que faz uso de imipramina como tramento de uma
depressão
> pode 'lucrar' com o efeito colateral da citada droga, caso sofra de
diarréia
> ou enurese. A obstipação intestinal ou a retenção urinária seria
dejesável
> ou indesejável, a cada caso (individual).
Lígia: Meu ginecologista costumava dizer que a mulher, de um modo
geral, é "um mal necessário" ao homem... ele devia beber da mesma
fonte que você :)
==# AR: Pô meu! Queá! Eu endeusei o sexo feminino dizendo-me atraido por
qualquer mulher... Que há de mal (Necessário ou não)?! #==
> Para concluir: O que leva a um relacionamento (homem/mulher)
adequado e que
> conduza à satisfação, é que haja correspondencia entre as
expectativas que
> um indivíduo tem para conjuge, e o que o outro tem à oferecer.
Inicialmente
> é isso.
Lígia: Minhas expectativas são sempre muito mais altas. Acredito
que este seja meu maior problema com relação aos homens. Por mais
que se espere deles, eles apenas dão daquilo que têm... :)
==# AR: Mas somente poderemos tomar ciência do quê o outro tem a oferecer
através de, pelo menos, um arremedo de relacionamento interpessoal. Talvez o
problema não seja "com relação aos homens"... #==
> A continuação seria a capacidade individual para 'adaptar-se
as situações'.
> Mas é outro departamento.
Lígia: Continuação de qualquer coisa acaba em rotina. Saber
conviver com rotina é algo que é preciso aprender, aliado àquilo que
se obtenha em troca pelos esforços empreendidos em tal aprendizado.
Se a somatória permite um saldo positivo, a rotina acaba por ser
incorporada à vida e segue-se com ela. Se for negativa, passa-se a
outra experiência. Eu acho que o fim de um relacionamento chega
quando o esforço do aprendizado da rotina com aquele parceiro resulta
em mais esforço, além do desgaste resultante...
==# AR: Este é o ponto! Rotina = Estagnação. O relacionamento homem/mulher
está sempre susceptivel a evolução. 'adaptar-se as situações' significa
rever as expectativas primeiras. #==
Beijos, Lígia
==# AR: Beijos, Antonio Renato.
PS: Estou muitíssimo gripado. Chego mesmo ter febre. Desculpe-me se não
dispensei a atenção que vc merece. Daqui há pouco voltarei ao normal. #==
SUBJECT: Re:_[ciencialist]_Extinção_da_Humanidade p/ Brudna
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 22:05
--- Em ciencialist@y..., Carlos Maçaranduba <soh_lamento@y...>
escreveu
> Certo sua coisa imprestável.....(cuidado para não se
> apaixonar:)
>
>
> --- Ligia Gallo <ligia5555@y...> escreveu: >
************************************
Brudna,
Diz aqui prá mim, o que é que esse tal de Carlos Maçaranduba tem de
errado? Ele me agrediu verbalmente! Imprestável é a mãe dele que o
colocou no mundo! Escreve mal prá diabo...
Agora, falando sério: você interviu naquele episódio da Lógica do
Douglas x co-listeiro que estavam perdendo o controle da situação.
Agressão à minha pessoa sem motivo justificável eu acho o fim!
Lígia
SUBJECT: Aviso [administrador]
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2002 23:43
O membro Carlos Maçaranduba foi colocado em moderacao ateh que essa
situacao fique mais clara.
Ateh
Luis Brudna - administrador
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 00:19
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Mas a subjetividade não quer dizer que vale o que o cientista pensa
que é a
> resposta correta, Ligia. Essa é uma maneira muito restritiva de
encarar a
> questão. Talvez melhor do que dizer que o conhecimento
é "subjetivo" seja
> dizer que ele é relativo. "Relativo" significa que ele depende de
> *relações* - das relações que as coisas estabelecem entre si, das
relações
> que estabelecemos entre as coisas e das relações que estabelecemos
entre as
> coisas e nós.
Lígia: Tudo bem!
> >A base para o que você quer argumentar seria a
> criação de uma Física intermediária que aplicasse os princípios
> quânticos à matéria, por assim dizer. Mas essa física intermediária
> é a de Newton e ela "cabe" muito bem no mundo macroscópico do nosso
> nível.
>
> Mas eu não estou sugerindo que deveríamos substituir a mecânica
newtoniana
> pela mecânica quântica. De novo aqui tem aquele probleminha de
> pontos-de-vista diferentes. Eu não estou falando das aplicações
práticas da
> mecânica quântica, mas de suas implicações filosóficas, que é tudo
o que me
> interessa a respeito. Pra mim, o que conta é que determinadas
> interpretações da mecânica quântica estabelecem que as partículas
atômicas,
> e conseqüentemente os objetos que são feitos dessas partículas, só
existem a
> partir do momento em que são observados. E me interessa porque vai
ao
> encontro das descobertas das neurociências e da psicologia da
percepção de
> que o mundo que percebemos é formatado pelo nosso cérebro.
Lígia: Veja bem: a Lígia que estuda assuntos místicos adora pensar
nisso. Mas a Lígia científica, que gosta de aplicar conceitos
científicos em seus devidos lugares, fica meio confusa quando pensa
na forma como tais idéias ( baseadas em conceitos científicos que não
servem para a interpretação da natureza visível/palpável), "mexem"
com os conceitos científicos a fim de que eles "caibam"... Esse é o
ponto.
> >A consciência ou o que quer que esteja por trás da mente humana
tem o peso
> de fazer o mundo *fazer sentido*.
>
> É tudo o que me importa na mecânica quântica. O resto são aplicações
> práticas, que têm um valor inestimável, mas que não têm nada a ver
com os
> meus objetivos.
Lígia: Está certo... digo, concordo ;)
> >Lúcio, Einstein não acatou de pronto o que a FQ postula
> porque ela dá a entender que o ponto de vista de um camundongo é
> igualmente importante.
>
> Ahn, eu não entendi a relação entre a tua observação e o que eu
disse sobre
> a desrealização. Dava pra explicar melhor?
Lígia: Se eu não *viajei* no tema, o que eu quis dizer é que se
tal "materialização" é possível a partir do colapso da função de
onda, todos os seres vivos ( ou até mesmo materiais ) estão
participando da "idealização" da matéria e até mesmo o ponto de vista
de um camundongo tem que ser levado em consideração.
> >Não vai dar para ser através de conceitos científicos,
infelizmente...
>
> Por que não? Até agora, eu não encontrei nada na ciência que
contestasse
> esses pontos - muito pelo contrário.
Lígia: Tem a ciência e a Ciência. A Ciência tem seus defensores
(xiitas) que aferram-se aos conceitos formulados por terem sido
provados. Quanto à ciência, bem esta "cabe", ou tem gente que a
faça "caber"... :) E ao que tudo indica, enquanto não houver uma
reformulação da MQ, o que vem apoiando as idéias de consciência por
trás da *materialização* é a ciência que "cabe", não é a Ciência.
> Tinha uma médium americana chamada Jane Robertson (que também foi
uma
> escritora de ficção científica, embora não muito conhecida) que
alegava
> receber comunicações de uma entidade que ela chamava de Seth. Essas
> comunicações foram publicadas sob o nome de _The Seth Materials_.
Ela trata
> basicamente de tudo isso que a gente tá falando, apresenta
explicações
> detalhadas sobre como a consciência cria a realidade e analisa as
> implicações filosóficas disso. É um material até bem interessante,
mas e
> daí? Não tem fundamentação nenhuma, exceto a palavra de uma
hipotética
> entidade que nem se sabe se existe ou se é uma piração da cabeça
dela. Não é
> isso que eu quero.
Lígia: É ótimo saber que você não quer isso. Agora, tem que ver até
onde a MQ pode dar estrutura científica a essas idéias. Não é porque
fulano ou ciclano vêm estudando e fazendo as idéias caberem dentro de
conceitos científicos que tais idéias tornam-se científicas. Mais
uma vez, esse é o ponto.
> > E
> confesso, essa é a minha pedra
> filosofal... :)
>
> É a minha também. Toda essa pesquisa sobre mecânica quântica,
neurociências,
> psicologia, psicanálise, sociologia do conhecimento, tudo isso é só
uma
> preparação prévia, o estabelecimento de bases para o que é a
verdadeira meta
> do meu projeto: essa abertura de olhos para a realidade subjacente.
Como eu
> disse, o que eu tô discutindo aqui com você é só a parte teórica.
Mas,
> paralelo a isso, eu tô desenvolvendo também uma pesquisa cujo foco
tá na
> prática, em experimentar técnicas, combinar métodos pra ver no que
é que dá.
Lígia: A parte prática é importante. Eu venho batendo nisso desde o
começo porque eu percebo o valor da prática nesse contexto. O
treinamento da mente e da "mudança de foco" depende disso, mais até
do que da leitura e da tomada de conhecimento.
> >A ciência não domina a linguagem da mente.
>
> Depende do que você entende por ciência. As ciências físicas não
dominam,
> claro, porque essa não é a praia delas. Mas gente como Jung e Freud
também
> são cientistas, e a mente é o território deles.
Lígia: Eu estou sempre falando da física como *A Ciência*...
bitolei :) Desculpe.
> >Basicamente é todo estofo New Age acrescido de conceitos de
> FQ.
>
> A idéia básica é a mesma. Mas, por razões pessoais, eu tento manter
uma
> certa distância do discurso new age.
Lígia: Melhor assim. New Age é uma praia que permite de tudo.
> >Tudo o que você diz acima está icluso, até o fato de a Lua
> não existir se ninguém a estiver observando... :)
>
> Então, eu não entendo qual é a tua objeção. ;-)
Lígia: Acho que eu já expliquei acima. A minha objeção nem é minha
propriamente/totalmente porque existe uma parte de mim que quer
acreditar que já é possível explicar as coisas com bases na MQ sem
estar *errado*. Mas há a outra parte que sabe que está *errado*
associar-se a MQ com os eventos do mundo palpável macroscópico, por
simples formalidade.
> >Mas lógico, se você quiser o respaldo científico
>
> O que exatamente você entende por "respaldo científico"? A
aceitação por
> parte dos cientistas das idéias que eu tô defendendo? Porque, se
for isso,
> não é o que eu quero, até porque eu não tenho nenhuma ilusão a
respeito. Eu
> não sou cientista e, pior, defendo idéias que vão na contracorrente
de
> alguns pressupostos da ciência (a começar pelo realismo: a crença
de que
> existe um mundo real objetivo independente da nossa percepção). Eu
apenas
> uso os dados e teorias científicas que podem ter alguma utilidade
pro meu
> próprio ponto-de-vista. Nesse sentido, sou mais como um pirata do
que como
> um cientista: me sirvo do que me serve. ;-)
Lígia: Desconsidere todas as minhas objeções até agora então... ;)
> >E onde foi que eu disse isso?
>
> Desde as primeiras mensagens, você vem me "puxando a orelha",
dizendo que só
> a teoria não basta, que a teoria não vai me levar a lugar nenhum,
que é
> preciso vivenciar as coisas, sentir, etc. Daí que eu fiquei com a
impressão
> que você acha que a minha abordagem é puramente intelectual. Não é.
Mas a
> parte não-intelectual não cabe aqui. ;-)
Lígia: Ótimo! É este o problema maior de se manter um diálogo assim
(por e-mails), sem sequer conhecer a pessoa além daquilo que ela fala
de si mesma, ou daquilo que ela comenta: faltam os detalhes. Com
certeza eu não teria batido o pé nesse sentido caso esta limitação
não existisse.
> >Elas têm o valor de colocar você nos trilhos, de alguma forma
dando a
> entender a você que o véu já não é tão espesso... :)
>
> É isso. A parte intelectual e a parte prática se complementam,
servem de
> corretivo mútuo. Acho que uma não fica de pé sem a outra. Pelo
menos não pra
> mim. Não vou negar que alguém possa chegar lá só com a prática, sem
nenhuma
> teoria, e nem vice-versa. Mas não é o meu caso. Eu preciso das duas.
Lígia: Me too... :)
> >Pois então, para que desejar a aquiescência das ciências se temos
a arte?
>
> E por que escolher uma se podemos ter as duas? ;-) Você pode comer
só com um
> garfo, e também pode comer só com uma faca (embora talvez seja um
pouquinho
> mais difícil), mas fica muito mais fácil comer se você tiver um
garfo *e*
> uma faca, não? ;-)
Lígia: Fica sim... mas daí releia as objeções ;)
> > (...) Por isso eu amo estar em
> uma lista cética, ou de preferência várias!!
>
> Sim. Por mais que eles se irritem comigo (e eu com eles), prefiro a
> companhia dos céticos à dos crentes. Não gosto muito de pessoas que
não
> fazem (e não deixam fazer) perguntas.
Lígia: Estive participando de uma *rodada* de mensagens em uma lista
espírita umas semanas atrás... foi triste.
> > A manifestação divina é o Universo do qual fazemos parte.
>
> Em princípio, eu concordo.
>
> >A consciência humana ou de outros animais (caso se questionassem e
> pudéssemos avaliar tal questionamento) indicaria ao Deus manifesto
> que *tudo está bem*... :)
>
> Aqui eu já acho que a gente começa a aplicar conceitos que só têm
validade
> do nosso ponto-de-vista particular.
Lígia: Essa é a idéia de Taniguchi... após um compêndio de análises
e estudos das religiões do mundo. Ele achou que descobriu a
*verdade*. Em parte ao ler as sutras têm-se essa impressão.
> Eu não acho que a consciência dependa do ego, mas acho que ele se
esforça um
> bocado pra convencer a gente disso.
Lígia: Fica a seu critério demonstrar isso então ;)
> >Em uma palestra espírita certa vez eu ouvi dizer algo que me deixou
> pensando: a matéria serve apra desacelerar o espírito.
>
> Eu tô disposto a aceitar essa afirmação, com a diferença que, pra
mim, essa
> desaceleração não é nem boa, nem natural e nem necessária. É só um
jeito de
> manter a gente enredado, num nível de existência inferior ao que
deveria ser
> o nosso.
Lígia: Eu ainda não *pesquei* a sua idéia. Você acha que a
individualidade existe além do plano físico e "imediações"? O
Nirvana ao que tudo indica é a perda de ego e consequente perda de
individualização. Vamos dizer que caso não houvesse uma
individualização, não estaríamos aqui hoje trocando idéias. E o
Universo provavelmente seria uma massa amorfa... ;)
> >Ou por causa dquilo que o Ego (coletivo) crê ser real... ;)
>
> É exatamente esse o ponto. O ego nos faz acreditar numa realidade
que é
> estruturada à custa do sofrimento, da violência, da luta pela
sobrevivência.
> E isso não só no plano humano ou social, não. A essência da vida,
neste
> nível de realidade, é vampiresca: uma forma de vida só sobrevive
graças à
> destruição de outras formas de vida.
Lígia: Nós é que estamos nadando contra a corrente do processo que a
vida criou para perpetuar-se. Não é o contrário. Nesse ponto eu
(quase) me rendo a aceitar a idéia de que essa coisa de consciência
é furada porque a natureza *funciona* dessa forma: uns comem os
outros. Há diversidade em função desse processo de servir de pasto
uns para os outros. Aí vem o homem e quer recriar o processo... :/
> >Mas veja, se há um plano para evolução a nível espiritual, há
razão para o
> que se sucede no mundo.
>
> Eu não sei se há um plano para a evolução. Nesse ponto, tô mais de
acordo
> com a perspectiva budista do que com a espírita. Não existe nenhum
propósito
> no samsara, ele é só um estado indesejável que precisa ser superado
(se você
> preferir, no sentido hegeliano de "superar", que é transcender mas
> conservando num outro nível).
Lígia: Imagine agora que nós vivêssemos em um plano de existência
sem dificuldade alguma, sem a forja que dá a têmpera... ou se jamais
tivesse havido a seleção natural e a consequente evolução das
espécies. Um plano além do tempo, eterno, imutável... imóvel...
hum? Lúcio, uma vez posto em movimento, o Universo é isso o que se
vê: matéria interagindo com matéria, galáxias devorando e sendo
devoradas por outras, estrelas explodindo... e num átimo, nós:
expectadores, fruto de uma espiral ascendente de espécies brigando e
sendo devoradas para garantir seu lugar ao Sol, num planetinha
perdido em um braço periférico de uma galáxia espiral...
> >E não devemos nos esquecer: a dor liberta da mesma forma que o
amor... ;)
>
> Certo, mas por que é que temos que ser libertados pra início de
conversa?
Lígia: Basicamente porque estamos *presos*... ;)
> Como fomos aprisionados? Não vejo nenhum plano superior nisso.
Fomos jogados
> numa cela e ninguém vai tirar a gente dela se simplesmente
esperarmos.
Lígia: E se na realidade não fomos propriamente aprisionados mas
desejamos sair por pura curiosidade?
É
> preciso arrumar uma colher, uma pá, qualquer coisa, e cavar um
túnel. Claro
> que sempre correndo o risco de errar o túnel e, em vez do mundo
exterior,
> acabarmos indo parar numa outra cela, que nem o Abade Faria no
_Conde de
> Monte-Cristo_. ;-) Mas é um risco que a gente tem que correr.
Lígia: É tão válido quanto quando o primeiro primata nosso ancestral
decidiu que descer das árvores era bom... Mas e se tudo só tiver
mesmo o propósito de ser experimentado? Então, por que não tentar
sair do bolsão espaço temporal? Eu entendo isso e sei a validade da
busca pela busca a esse conhecimento... Mas se tal conhecimento não
puder ser aplicável à humanidade, à vida como um todo... de que
adiantaria?
O que tem inspirado a minha busca por respostas a essas questões
fundamentalmente é o desejo de acabar com o sofrimento, a dor, a
fome, a perda. Se isso for possível, como seja, se for capaz de
resuzir tais dificuldades, o mundo tridimensional/físico/palpável já
seria um lugar incrível para se viver e experimentar TUDO o que a
vida/o fato de existir pode oferecer a uma consciência que cansou-se
de ser eterna/imutável... e pôs-se em movimento um dia. Meu desejo
é melhorar o mundo, não sair.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 01:12
On 26 Oct 2002 at 11:03, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> Bueno, Marco, com base em tudo que eu tenho lido, visto e estudado sobre a
> fenomenologia das religiões, a minha análise discorda radicalmente da tua em
> praticamente todos os pontos.
Lucio
Aqui surge um ponto que talvez eu não consiga discutir. Quando Vc. menciona
a fenomenologia das religiões, se refere ao estudo delas como objeto e sua
descrição mais ou menos pura, sem levar em conta o sujeito religioso?
Quando eu menciono a religião, só tenho em mente o sujeito que é religioso,
sem pensar no conteúdo da mesma. Não conheço tanto sobre o fenômeno
religioso como tal. O conhecimento surge da análise de pessoas realizada
durante mais de 30 anos, mas não da religião.
Não discuto que um pensamento neurótico em sua origem possa produzir
grandes documentos filosóficos que se distanciam muito das condições de seu
nascimento. É como se uma pessoa doente desse a luz a um filho são. Uma
das coisas que constatei, por exemplo, é que a Summa Teologica é um
documento genial. Não pude deixar nunca de assombrar-me da genialidade de
Tomás de Aquino para conseguir uma aplicação da filosofia de Aristóteles aos
postulados religiosos catolicos. Uma mistura rara de Museta e de Mimi, esta de
racionalismo e teologia.
> Não que o mecanismo de idealização não exista
> ou não esteja presente na dinâmica das religiões institucionalizadas, mas
> não me parece que ela desempenhe o papel central ou genético que você lhe
> atribui. Tenho a impressão de que esse tipo de hipótese nasce de uma atitude
> distanciada da fenomenologia religiosa, que vê o quadro geral de longe mas
> não desce à análise dos detalhes.
É possível que Vc. tenha razão. Esse tipo de hipótese nasce de uma atitude
distanciada da fenomenologia religiosa. Não creio que esteja em condições de
abordar o tema desde a fenomenologia religiosa. Eu simplesmente me situo no
tipo de sentimeno que gera o fenômeno religioso. Acontece que as pessoas
religiosas geram textos religiosos sob um intenso mecanismo de idealização.
É possível que eu só tenha tido contacto com amostras viciadas, mas tive
pacientes geniais que escreveram coisas geniais. No entanto existe sempre um
ponto de partida que, se não houver influência do super-ego, não sai religião.
Não tome como uma afirmação dogmática. Não posso dizer que seja uma
coisa definitiva para mim, mas até agora não consigo me convencer de que
não seja assim.
> Torno a citar o exemplo (caro aos psicanalistas) da sexualidade. Existe uma
exploração econômica (a pornografia, a erotização da publicidade, etc.) e
inclusive sócio-política
Qualquer coisa pode ser explorada de mil maneiras. A institucionalização não é
importante para o que eu penso. Eu não consigo entender como extrair
conhecimento religioso sem sujeito religioso. Os sujeitos religiosos mantém a
atitude religiosa desde uma posição que, até agora, vejo como neurótica.
Nunca tive a aportunidade de falar com alguém religioso fora do contexto
clínico. É muito difícil esta conversa porque as pessoas acabam sempre
mostrando a face neurótica. Isto não quer dizer que eu as acuse e diga de
forma antipática que não creio nela por ser neurótica. Quase nunca menciono
este aspecto porque estas discussões não são consultas. Seria como se um
cirurgião usasse o bisturi for a da sala de cirurgia. Então não passa de uma
faca. Escuto, trato de argumentar, mas não posso ir muito longe porque a
pessoa ficaria involucrada num diagnóstico que não resumiria nem um
milésimo de sua dimensão. As pessoas são sempre muito mais que
diagnósticos.
> Através de uma análise sofisticada da história das religiões, usando
> instrumentos conceituais que vão da filologia à filosofia kantiana, Otto
> mostrou que o que caracteriza o sentimento religioso em sua essência é a
> percepção do Totalmente Outro, isto é, de uma alteridade radical, que não se
> deixa reduzir às nossas categorias habituais de pensamento.
Desculpe a minha ignorância, mas gostaria de saber em quê consiste, para
uma pessoa, esta alteridade radical. Qualquer reconhecimento de alteridade
tem sempre uma mistura de narcisismo. Melanie Klein menciona os
mecanismos de identificação projetiva e introjetiva. Uma alteridade radical só
posso conceber como uma construção teórica do tipo "coisa em si". Tudo o que
eu concebo tem pinceladas de meu "self".
O espanto
> perante essa alteridade radical gera a admiração e o respeito que estão na
> raiz da fé religiosa.
Qualquer conhecimento de uma alteridade significa uma ferida narcisista. Se o
sujeito não se confunde e não "se afoga" (enlouquece), aparece a lembrança
da vivência traumática da indefensão infantil (biológica) e um grande respeito
pela suposta onipotência dos pais (a diferença entre o adulto e o bebê é um
grande abismo). Nasce o respeito graças a esta idealização, vista e sentida
traumáticamente como alteridade. Surge uma sumissão temerosa e respeitosa.
> Do ponto de vista histórico, todas as religiões - do xamanismo ao
> cristianismo - nascem a partir de um indivíduo que tem uma experiência de
> contato com o Totalmente Outro (a chamada experiência mística).
A experiência mística é o que Freud aceitou como sentimento oceânico (carta
a Romain Roland). Este foi interpretado como uma regressão a um estado
quase fetal. Estar imerso num continente maior e perder algo de sua
personalidade (o ventre materno). É muito parecido ao estado de
enamoramento e aos delirios místicos dos loucos. A grande diferença reside
em que o místico não está louco. Experimenta o sentimento sem perder
contacto com a realidade. Quando diz: "Não sou eu quem vive, mas Deus é
que vive em mim", contempla algo inefável e fora de qualquer possibilidade
verbal (proprio da época em que só se sentia e não se podia falar), mas perde
algo da continuidade de seu sentimento de identidade. Para mim é como a
limitação do enamorado. O estado não é algo desprovisto de prazer, mas
sempre implica em certa renuncia de algumas das potencialidades subjetivas e
limitação do ego. Vejo personalidades empobrecidas, embora suas
comunicações sejam como poemas que terminam por imortalizar-se (seus
produtos criativos transcendem sua individualidade). Creio que para a
humanidade isto pode ser muito bom. A pessoa pode estar esmagada sob
estas vivências mas os outros saem beneficiados, ainda que seja só
esteticamente.
Não quero que isto fique demasiado longo. Sigamos falando.
[ ]s
Marco Aurelio
Marco Aurelio
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 02:55
Oi,
Manuel: Com efeito, se não existisse secreção de testosterona na primeira
infância, a teoria da libido de Freud seria FALSA.
Takata: Ai' e' q. esta'. Ela nao seria falsa.
Manuel: Claro que seria falseada. Se a testosterona é um componente
fundamental da química do desejo erótico, a sua ausência na primeira
infância refutaria a tese da existência de um erotismo infantil e, por
conseguinte, de uma libido pré-genital.
Takata: Nao seria. No maximo a hipotese de q. a libido teria como agente a
testosterona. Mas isso nao parece ser central na teoria da libido. Parece
haver correntes dentro da psicanalise (mesmo na freudiana) q. nega qq
influencia de fatores biologicos.
Manuel: Freud foi muito claro em sua conceitualização da libido. Definiu-a
como "a manifestação dinâmica da sexualidade." A libido, segundo o fundador
da psicanálise, é impulso psíquico associado ao instinto sexual ou a
manifestação mental do instinto sexual. O Id, repositório da libido, é para
Freud a instância psicobiológica por excelência.
Um processo psicossexual, seja genital ou pré-genital, ligado à função
reprodutiva ou não, para que possa ser caracterizado como sexual deve ter
por base um processo bioquímico específico, que envolve endorfina,
neurotransmissores (dopamina) e, sobretudo, o hormônio masculino, a
testosterona. Caso contrário, se não envolve essa química, então não é
processo psicossexual.
Mas, claro, existem correntes da psicanálise que negam a teoria da libido de
Freud. A Escola de Jung, por exemplo, caracteriza a libido como energia
psíquica em geral que inclui toda espécie de motivação.
Mas eu me referi à teoria da libido "de Freud".
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 08:38
----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 2:12 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Quando Vc. menciona a fenomenologia das religiões, se refere ao estudo
delas como objeto e sua
descrição mais ou menos pura, sem levar em conta o sujeito religioso?
Quase isso. Fenomenologia da religião é o estudo dos fenômenos religiosos
tal como aparecem, sem fazer qualquer juízo de valor quanto à verdade ou
falsidade das crenças religiosas nem sobre a realidade ou irrealidade do
objeto dessas crenças. Mas o sujeito religioso não só é levado em conta como
é ele o foco principal. Pra dar um exemplo concreto, pega o trabalho do
historiador romeno Mircea Eliade, um dos principais expoentes dessa área,
sobre o xamanismo. É um calhamaço de quase seiscentas páginas, onde ele
mergulha nos depoimentos e entrevistas que os xamãs de todo o mundo deram
aos antropólogos e etnólogos, e analisa as constantes, as variantes, as
semelhanças e diferenças entre esses depoimentos, centrando a análise não em
explicações ou teorias, mas na própria experiência do êxtase xamânico, desde
as maneiras como a vocação do xamã se apresenta nas várias culturas até a
prática quotidiana do xamanismo. Ao final, você tem uma reconstituição da
estrutura que compõe esse fenômeno religioso e da maneira como cada
experiência individual se aproxima ou se afasta dessa estrutura. Ele não se
propõe a *explicar* o xamanismo, seja recorrendo a uma teoria redutivista
(digamos, que é um fenômeno psicopatológico), seja assumindo que o xamã
realmente viaja para outros mundos e fala com os espíritos. Nada disso
interessa. O que interessa é que o xamanismo como tal existe e tem tais e
tais características observáveis. É esse o objetivo da fenomenologia da
religião: colocar de relevo as estruturas do fenômeno religioso.
>Não discuto que um pensamento neurótico em sua origem possa produzir
grandes documentos filosóficos que se distanciam muito das condições de seu
nascimento.
Mas o ponto em que eu tô discutindo é essa visão ad hoc da experiência
religiosa como neurótica. Num certo sentido, a minha visão é o contrário
disso que você acabou de dizer: a religião não é neurótica na sua origem,
ela se torna neurótica à medida em que as pessoas constroem defesas e
racionalizações pra escamotear o caráter traumático da experiência inicial.
>Uma das coisas que constatei, por exemplo, é que a Summa Teologica é um
documento genial. Não pude deixar nunca de assombrar-me da genialidade de
Tomás de Aquino para conseguir uma aplicação da filosofia de Aristóteles aos
postulados religiosos catolicos. Uma mistura rara de Museta e de Mimi, esta
de
racionalismo e teologia.
Aqui é preciso fazer uma distinção importante. Santo Tomás de Aquino nunca
foi um místico. Ele era um racionalista e a Summa Theologica é um vasto
empreendimento puramente intelectual. Foi só no final da vida que Santo
Tomás de Aquino teve sua primeira experiência religiosa propriamente dita. E
quando ele voltou do êxtase místico, a primeira coisa que ele disse foi que
tudo o que tinha escrito ao longo de toda sua vida, inclusive a Summa
Theologica, não passava de palha, não tinha qualquer relação com as coisas
que ele tinha acabado de experimentar e perdiam sentido diante dessa
experiência.
>Eu simplesmente me situo no tipo de sentimeno que gera o fenômeno
religioso.
O fenômeno religioso, originalmente, não nasce de um sentimento, mas de uma
experiência. A experiência religiosa in a nutshell é o êxtase místico.
Praticamente todas as religiões nasceram de indivíduos que experimentaram
esse tipo de êxtase: o Buda sob a árvore Gaya, Moisés no Monte Horeb, Jesus
ao longo de toda sua vida conhecida, o arrebatamento aos céus de Maomé, e
por aí vai. O sentimento vem depois, engendrado pela experiência, e aí não
existe um só tipo de sentimento, mas vários, dependendo de (a) se a própria
pessoa teve a experiência ou se ela foi influenciada pela experiência de
outra pessoa e (b) das reações da pessoa à experiência, se ela a aceita e
reestrutura sua vida em função dela ou se, pelo contrário, resiste ao
caráter traumático da experiência e constrói, aí sim, mecanismos de defesa
neuróticos contra ele. A partir desses fatores, surge toda uma gama de
sentimentos, que ocorrem *em função* da experiência religiosa, mas que não
são *a* experiência religiosa.
>No entanto existe sempre um ponto de partida que, se não houver influência
do super-ego, não sai religião.
O superego tem um papel central na formação da religião enquanto conjunto de
crenças e normas de comportamento. O que eu venho tentando mostrar é que
essas crenças e normas não fazem parte da *essência* do fenômeno religioso
(a experiência mística), eles se acrescentam depois e, muitas vezes (resisto
à tentação de generalizar e dizer "sempre") são um fator de distorção e
acomodamento da experiência religiosa, uma tentativa de reduzir sua
(inquietante) estranheza e adequá-la à estrutura psicológica e social que já
existem, mas que se opõem à experiência. Quanto a esta, propriamente dita, o
superego não tem muito a ver com ela. O próprio Freud, que em _Totem e Tabu_
e _O Futuro de uma Ilusão_, desenvolveu toda uma interpretação da religião a
partir do superego, reconheceu numa anotação de 22 de agosto de 1938 que o
misticismo é outra coisa, de uma ordem bem diferente: "O misticismo é a
obscura autopercepção do reino exterior ao ego, do id."
>A institucionalização não é importante para o que eu penso.
Entenda institucionalização num sentido amplo, a criação de um corpo rígido
de normas e padrões de conduta - e aí entra o superego.
>Eu não consigo entender como extrair conhecimento religioso sem sujeito
religioso.
Nem eu. Como espero ter mostrado no começo da mensagem, não é isso o que faz
a fenomenologia da religião.
>Os sujeitos religiosos mantém a atitude religiosa desde uma posição que,
até agora, vejo como neurótica.
Nunca tive a aportunidade de falar com alguém religioso fora do contexto
clínico.
A segunda frase explica a primeira. Se você só falou com as pessoas
religiosas dentro de um contexto clínico, você só testemunhou a face
neurótica da religião. Mas, da mesma forma que a sexualidade neurótica é uma
distorção da sexualidade, a religiosidade neurótica é uma distorção da
religiosidade.
>Desculpe a minha ignorância, mas gostaria de saber em quê consiste, para
uma pessoa, esta alteridade radical. [...] Uma alteridade radical só
posso conceber como uma construção teórica do tipo "coisa em si".
A ignorância não é só tua, ela faz parte da própria definição do Totalmente
Outro. Ele é incognoscível e, nesse sentido, é realmente análogo à
coisa-em-si kantiana, com a diferença de que, para o sujeito da experiência,
não é uma construção teórica, mas uma realidade viva e traumática. Talvez a
melhor maneira de fazer você entender em que consiste a alteridade radical
seja compará-la com o real lacaniano, uma instância que resiste a qualquer
tentativa de simbolização. Não se trata de uma comparação meramente
ilustrativa: o Totalmente Outro *é* uma formulação religiosa do real como o
que resiste à simbolização e, ao mesmo tempo, a engendra.
>Qualquer reconhecimento de alteridade tem sempre uma mistura de narcisismo.
Melanie Klein menciona os
mecanismos de identificação projetiva e introjetiva. [...] Tudo o que eu
concebo tem pinceladas de meu "self".
No caso da alteridade radical, esses mecanismos de identificação já
constituem uma defesa, um recurso pra tentar reduzir a alteridade a alguma
coisa de compreensível para o sujeito.
>Qualquer conhecimento de uma alteridade significa uma ferida narcisista.
D'accord. A alteridade radical coloca em xeque tudo o que você acredita a
respeito de si mesmo e do mundo. É por isso que nem todos os que têm uma
experiência mística se tornam místicos. Muitos deles mergulham na psicose,
esmagados pela tentativa de lidar com alguma coisa que ultrapassa a
capacidade de seus sistemas cognitivos habituais.
>Se o sujeito não se confunde e não "se afoga" (enlouquece), aparece a
lembrança
da vivência traumática da indefensão infantil (biológica) e um grande
respeito
pela suposta onipotência dos pais (a diferença entre o adulto e o bebê é um
grande abismo). Nasce o respeito graças a esta idealização, vista e sentida
traumáticamente como alteridade. Surge uma sumissão temerosa e respeitosa.
Essa comparação com o desamparo da criança já é uma tentativa de tornar a
alteridade radical compreensível para o sujeito. Se ele não consegue
entendê-la, pode pelo menos compará-la com uma experiência anterior análoga.
É a partir dessa comparação inconsciente que o sujeito vai projetar a imago
paterna sobre o Totalmente Outro e passar a concebê-lo como o Pai celestial
ou a Grande Mãe. Mas a alteridade radical não nasce desse sentimento.
>A experiência mística é o que Freud aceitou como sentimento oceânico (carta
a Romain Roland). Este foi interpretado como uma regressão a um estado
quase fetal. Estar imerso num continente maior e perder algo de sua
personalidade (o ventre materno). [...] Experimenta o sentimento sem perder
contacto com a realidade. Quando diz: "Não sou eu quem vive, mas Deus é
que vive em mim", contempla algo inefável e fora de qualquer possibilidade
verbal (proprio da época em que só se sentia e não se podia falar), mas
perde
algo da continuidade de seu sentimento de identidade.
Essa interpretação freudiana é engenhosa, mas não se sustenta. Não que a
comparação com o ventre materno e o estado fetal não ocorram na
fenomenologia religiosa, mas sua função é análoga à comparação com o
desamparo infantil: na tentativa de entender a experiência, o sujeito
recorre a experiências anteriores que possam trazer alguma familiaridade ao
que é absolutamente estranho. Aqui, eu tenho que recorrer de novo às
pesquisas do Andrew Newberg: ele demonstrou que essa perda da
individualidade e da separação entre o sujeito e o objeto decorre de uma
modificação objetiva na atividade cerebral: durante o êxtase místico, o lobo
parietal superior, que é a área do cérebro que produz a orientação
espaço-temporal e a diferenciação entre o indivíduo e os demais objetos,
reduz sua atividade gradativamente, até ser totalmente bloqueada no momento
de pico da experiência.
>Vejo personalidades empobrecidas
Eu acho esse um juízo de valor discutível. Dizer que Santa Teresa, São João
da Cruz, São Francisco de Assis ou Meister Eckhart tiveram personalidades
empobrecidas não me parece sustentável à luz da biografia deles. Todos
tiveram personalidades fortes e ricas, e tiveram uma participação atuante na
vida de suas respectivas comunidades. Então, embora seja verdade que eles
superaram algumas das limitações do ego, mas não me parece que tenham
renunciado a qualquer potencialidade subjetiva, muito pelo contrário.
Abs.
L.
SUBJECT: saída da lista
FROM: "Silvio Cordeiro Filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 09:07
Estou desligando a internet dia 31.10
Agradeço a todos os listeiros o muito que aprendi.
A alguns com os quais houve uma maior empatia, um abraço.
sds.,
silvio cordeiro.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 09:25
Olá, Lígia e Lúcia!
Recortei parte da mensagem original para colocar, no próprio texto do e-mail, uma frase nessa questão que ainda permanece como um desafio ao entendimento dito racional, científico ou metodológico:
__________________
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 1:19 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
[...]
> >E não devemos nos esquecer: a dor liberta da mesma forma que o amor... ;)
> Certo, mas por que é que temos que ser libertados pra início de conversa?
Lígia: Basicamente porque estamos *presos*... ;)
> Como fomos aprisionados? Não vejo nenhum plano superior nisso. Fomos jogados numa cela e ninguém vai tirar a gente dela se simplesmente esperarmos.
Lígia: E se na realidade não fomos propriamente aprisionados mas desejamos sair por pura curiosidade?
> > É preciso arrumar uma colher, uma pá, qualquer coisa, e cavar um túnel. Claro
> que sempre correndo o risco de errar o túnel e, em vez do mundo exterior,
> acabarmos indo parar numa outra cela, que nem o Abade Faria no _Conde de
> Monte-Cristo_. ;-) Mas é um risco que a gente tem que correr.
Lígia: É tão válido quanto quando o primeiro primata nosso ancestral
decidiu que descer das árvores era bom... Mas e se tudo só tiver
mesmo o propósito de ser experimentado? Então, por que não tentar
sair do bolsão espaço temporal? Eu entendo isso e sei a validade da
busca pela busca a esse conhecimento... Mas se tal conhecimento não
puder ser aplicável à humanidade, à vida como um todo... de que
adiantaria?
JR - Aqui cito a frase mencionada no início:
"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará fazendo o que antes pensava ser impossível." Francisco de Assis
O que tem inspirado a minha busca por respostas a essas questões
fundamentalmente é o desejo de acabar com o sofrimento, a dor, a
fome, a perda. Se isso for possível, como seja, se for capaz de
reduzir tais dificuldades, o mundo tridimensional/físico/palpável já
seria um lugar incrível para se viver e experimentar TUDO o que a
vida/o fato de existir pode oferecer a uma consciência que cansou-se
de ser eterna/imutável... e pôs-se em movimento um dia. Meu desejo
é melhorar o mundo, não sair.
Beijos, Lígia
________________________________
Abraços
José Renato
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 1:19 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Mas a subjetividade não quer dizer que vale o que o cientista pensa
que é a
> resposta correta, Ligia. Essa é uma maneira muito restritiva de
encarar a
> questão. Talvez melhor do que dizer que o conhecimento
é "subjetivo" seja
> dizer que ele é relativo. "Relativo" significa que ele depende de
> *relações* - das relações que as coisas estabelecem entre si, das
relações
> que estabelecemos entre as coisas e das relações que estabelecemos
entre as
> coisas e nós.
Lígia: Tudo bem!
> >A base para o que você quer argumentar seria a
> criação de uma Física intermediária que aplicasse os princípios
> quânticos à matéria, por assim dizer. Mas essa física intermediária
> é a de Newton e ela "cabe" muito bem no mundo macroscópico do nosso
> nível.
>
> Mas eu não estou sugerindo que deveríamos substituir a mecânica
newtoniana
> pela mecânica quântica. De novo aqui tem aquele probleminha de
> pontos-de-vista diferentes. Eu não estou falando das aplicações
práticas da
> mecânica quântica, mas de suas implicações filosóficas, que é tudo
o que me
> interessa a respeito. Pra mim, o que conta é que determinadas
> interpretações da mecânica quântica estabelecem que as partículas
atômicas,
> e conseqüentemente os objetos que são feitos dessas partículas, só
existem a
> partir do momento em que são observados. E me interessa porque vai
ao
> encontro das descobertas das neurociências e da psicologia da
percepção de
> que o mundo que percebemos é formatado pelo nosso cérebro.
Lígia: Veja bem: a Lígia que estuda assuntos místicos adora pensar
nisso. Mas a Lígia científica, que gosta de aplicar conceitos
científicos em seus devidos lugares, fica meio confusa quando pensa
na forma como tais idéias ( baseadas em conceitos científicos que não
servem para a interpretação da natureza visível/palpável), "mexem"
com os conceitos científicos a fim de que eles "caibam"... Esse é o
ponto.
> >A consciência ou o que quer que esteja por trás da mente humana
tem o peso
> de fazer o mundo *fazer sentido*.
>
> É tudo o que me importa na mecânica quântica. O resto são aplicações
> práticas, que têm um valor inestimável, mas que não têm nada a ver
com os
> meus objetivos.
Lígia: Está certo... digo, concordo ;)
> >Lúcio, Einstein não acatou de pronto o que a FQ postula
> porque ela dá a entender que o ponto de vista de um camundongo é
> igualmente importante.
>
> Ahn, eu não entendi a relação entre a tua observação e o que eu
disse sobre
> a desrealização. Dava pra explicar melhor?
Lígia: Se eu não *viajei* no tema, o que eu quis dizer é que se
tal "materialização" é possível a partir do colapso da função de
onda, todos os seres vivos ( ou até mesmo materiais ) estão
participando da "idealização" da matéria e até mesmo o ponto de vista
de um camundongo tem que ser levado em consideração.
> >Não vai dar para ser através de conceitos científicos,
infelizmente...
>
> Por que não? Até agora, eu não encontrei nada na ciência que
contestasse
> esses pontos - muito pelo contrário.
Lígia: Tem a ciência e a Ciência. A Ciência tem seus defensores
(xiitas) que aferram-se aos conceitos formulados por terem sido
provados. Quanto à ciência, bem esta "cabe", ou tem gente que a
faça "caber"... :) E ao que tudo indica, enquanto não houver uma
reformulação da MQ, o que vem apoiando as idéias de consciência por
trás da *materialização* é a ciência que "cabe", não é a Ciência.
> Tinha uma médium americana chamada Jane Robertson (que também foi
uma
> escritora de ficção científica, embora não muito conhecida) que
alegava
> receber comunicações de uma entidade que ela chamava de Seth. Essas
> comunicações foram publicadas sob o nome de _The Seth Materials_.
Ela trata
> basicamente de tudo isso que a gente tá falando, apresenta
explicações
> detalhadas sobre como a consciência cria a realidade e analisa as
> implicações filosóficas disso. É um material até bem interessante,
mas e
> daí? Não tem fundamentação nenhuma, exceto a palavra de uma
hipotética
> entidade que nem se sabe se existe ou se é uma piração da cabeça
dela. Não é
> isso que eu quero.
Lígia: É ótimo saber que você não quer isso. Agora, tem que ver até
onde a MQ pode dar estrutura científica a essas idéias. Não é porque
fulano ou ciclano vêm estudando e fazendo as idéias caberem dentro de
conceitos científicos que tais idéias tornam-se científicas. Mais
uma vez, esse é o ponto.
> > E
> confesso, essa é a minha pedra
> filosofal... :)
>
> É a minha também. Toda essa pesquisa sobre mecânica quântica,
neurociências,
> psicologia, psicanálise, sociologia do conhecimento, tudo isso é só
uma
> preparação prévia, o estabelecimento de bases para o que é a
verdadeira meta
> do meu projeto: essa abertura de olhos para a realidade subjacente.
Como eu
> disse, o que eu tô discutindo aqui com você é só a parte teórica.
Mas,
> paralelo a isso, eu tô desenvolvendo também uma pesquisa cujo foco
tá na
> prática, em experimentar técnicas, combinar métodos pra ver no que
é que dá.
Lígia: A parte prática é importante. Eu venho batendo nisso desde o
começo porque eu percebo o valor da prática nesse contexto. O
treinamento da mente e da "mudança de foco" depende disso, mais até
do que da leitura e da tomada de conhecimento.
> >A ciência não domina a linguagem da mente.
>
> Depende do que você entende por ciência. As ciências físicas não
dominam,
> claro, porque essa não é a praia delas. Mas gente como Jung e Freud
também
> são cientistas, e a mente é o território deles.
Lígia: Eu estou sempre falando da física como *A Ciência*...
bitolei :) Desculpe.
> >Basicamente é todo estofo New Age acrescido de conceitos de
> FQ.
>
> A idéia básica é a mesma. Mas, por razões pessoais, eu tento manter
uma
> certa distância do discurso new age.
Lígia: Melhor assim. New Age é uma praia que permite de tudo.
> >Tudo o que você diz acima está icluso, até o fato de a Lua
> não existir se ninguém a estiver observando... :)
>
> Então, eu não entendo qual é a tua objeção. ;-)
Lígia: Acho que eu já expliquei acima. A minha objeção nem é minha
propriamente/totalmente porque existe uma parte de mim que quer
acreditar que já é possível explicar as coisas com bases na MQ sem
estar *errado*. Mas há a outra parte que sabe que está *errado*
associar-se a MQ com os eventos do mundo palpável macroscópico, por
simples formalidade.
> >Mas lógico, se você quiser o respaldo científico
>
> O que exatamente você entende por "respaldo científico"? A
aceitação por
> parte dos cientistas das idéias que eu tô defendendo? Porque, se
for isso,
> não é o que eu quero, até porque eu não tenho nenhuma ilusão a
respeito. Eu
> não sou cientista e, pior, defendo idéias que vão na contracorrente
de
> alguns pressupostos da ciência (a começar pelo realismo: a crença
de que
> existe um mundo real objetivo independente da nossa percepção). Eu
apenas
> uso os dados e teorias científicas que podem ter alguma utilidade
pro meu
> próprio ponto-de-vista. Nesse sentido, sou mais como um pirata do
que como
> um cientista: me sirvo do que me serve. ;-)
Lígia: Desconsidere todas as minhas objeções até agora então... ;)
> >E onde foi que eu disse isso?
>
> Desde as primeiras mensagens, você vem me "puxando a orelha",
dizendo que só
> a teoria não basta, que a teoria não vai me levar a lugar nenhum,
que é
> preciso vivenciar as coisas, sentir, etc. Daí que eu fiquei com a
impressão
> que você acha que a minha abordagem é puramente intelectual. Não é.
Mas a
> parte não-intelectual não cabe aqui. ;-)
Lígia: Ótimo! É este o problema maior de se manter um diálogo assim
(por e-mails), sem sequer conhecer a pessoa além daquilo que ela fala
de si mesma, ou daquilo que ela comenta: faltam os detalhes. Com
certeza eu não teria batido o pé nesse sentido caso esta limitação
não existisse.
> >Elas têm o valor de colocar você nos trilhos, de alguma forma
dando a
> entender a você que o véu já não é tão espesso... :)
>
> É isso. A parte intelectual e a parte prática se complementam,
servem de
> corretivo mútuo. Acho que uma não fica de pé sem a outra. Pelo
menos não pra
> mim. Não vou negar que alguém possa chegar lá só com a prática, sem
nenhuma
> teoria, e nem vice-versa. Mas não é o meu caso. Eu preciso das duas.
Lígia: Me too... :)
> >Pois então, para que desejar a aquiescência das ciências se temos
a arte?
>
> E por que escolher uma se podemos ter as duas? ;-) Você pode comer
só com um
> garfo, e também pode comer só com uma faca (embora talvez seja um
pouquinho
> mais difícil), mas fica muito mais fácil comer se você tiver um
garfo *e*
> uma faca, não? ;-)
Lígia: Fica sim... mas daí releia as objeções ;)
> > (...) Por isso eu amo estar em
> uma lista cética, ou de preferência várias!!
>
> Sim. Por mais que eles se irritem comigo (e eu com eles), prefiro a
> companhia dos céticos à dos crentes. Não gosto muito de pessoas que
não
> fazem (e não deixam fazer) perguntas.
Lígia: Estive participando de uma *rodada* de mensagens em uma lista
espírita umas semanas atrás... foi triste.
> > A manifestação divina é o Universo do qual fazemos parte.
>
> Em princípio, eu concordo.
>
> >A consciência humana ou de outros animais (caso se questionassem e
> pudéssemos avaliar tal questionamento) indicaria ao Deus manifesto
> que *tudo está bem*... :)
>
> Aqui eu já acho que a gente começa a aplicar conceitos que só têm
validade
> do nosso ponto-de-vista particular.
Lígia: Essa é a idéia de Taniguchi... após um compêndio de análises
e estudos das religiões do mundo. Ele achou que descobriu a
*verdade*. Em parte ao ler as sutras têm-se essa impressão.
> Eu não acho que a consciência dependa do ego, mas acho que ele se
esforça um
> bocado pra convencer a gente disso.
Lígia: Fica a seu critério demonstrar isso então ;)
> >Em uma palestra espírita certa vez eu ouvi dizer algo que me deixou
> pensando: a matéria serve apra desacelerar o espírito.
>
> Eu tô disposto a aceitar essa afirmação, com a diferença que, pra
mim, essa
> desaceleração não é nem boa, nem natural e nem necessária. É só um
jeito de
> manter a gente enredado, num nível de existência inferior ao que
deveria ser
> o nosso.
Lígia: Eu ainda não *pesquei* a sua idéia. Você acha que a
individualidade existe além do plano físico e "imediações"? O
Nirvana ao que tudo indica é a perda de ego e consequente perda de
individualização. Vamos dizer que caso não houvesse uma
individualização, não estaríamos aqui hoje trocando idéias. E o
Universo provavelmente seria uma massa amorfa... ;)
> >Ou por causa dquilo que o Ego (coletivo) crê ser real... ;)
>
> É exatamente esse o ponto. O ego nos faz acreditar numa realidade
que é
> estruturada à custa do sofrimento, da violência, da luta pela
sobrevivência.
> E isso não só no plano humano ou social, não. A essência da vida,
neste
> nível de realidade, é vampiresca: uma forma de vida só sobrevive
graças à
> destruição de outras formas de vida.
Lígia: Nós é que estamos nadando contra a corrente do processo que a
vida criou para perpetuar-se. Não é o contrário. Nesse ponto eu
(quase) me rendo a aceitar a idéia de que essa coisa de consciência
é furada porque a natureza *funciona* dessa forma: uns comem os
outros. Há diversidade em função desse processo de servir de pasto
uns para os outros. Aí vem o homem e quer recriar o processo... :/
> >Mas veja, se há um plano para evolução a nível espiritual, há
razão para o
> que se sucede no mundo.
>
> Eu não sei se há um plano para a evolução. Nesse ponto, tô mais de
acordo
> com a perspectiva budista do que com a espírita. Não existe nenhum
propósito
> no samsara, ele é só um estado indesejável que precisa ser superado
(se você
> preferir, no sentido hegeliano de "superar", que é transcender mas
> conservando num outro nível).
Lígia: Imagine agora que nós vivêssemos em um plano de existência
sem dificuldade alguma, sem a forja que dá a têmpera... ou se jamais
tivesse havido a seleção natural e a consequente evolução das
espécies. Um plano além do tempo, eterno, imutável... imóvel...
hum? Lúcio, uma vez posto em movimento, o Universo é isso o que se
vê: matéria interagindo com matéria, galáxias devorando e sendo
devoradas por outras, estrelas explodindo... e num átimo, nós:
expectadores, fruto de uma espiral ascendente de espécies brigando e
sendo devoradas para garantir seu lugar ao Sol, num planetinha
perdido em um braço periférico de uma galáxia espiral...
> >E não devemos nos esquecer: a dor liberta da mesma forma que o
amor... ;)
>
> Certo, mas por que é que temos que ser libertados pra início de
conversa?
Lígia: Basicamente porque estamos *presos*... ;)
> Como fomos aprisionados? Não vejo nenhum plano superior nisso.
Fomos jogados
> numa cela e ninguém vai tirar a gente dela se simplesmente
esperarmos.
Lígia: E se na realidade não fomos propriamente aprisionados mas
desejamos sair por pura curiosidade?
É
> preciso arrumar uma colher, uma pá, qualquer coisa, e cavar um
túnel. Claro
> que sempre correndo o risco de errar o túnel e, em vez do mundo
exterior,
> acabarmos indo parar numa outra cela, que nem o Abade Faria no
_Conde de
> Monte-Cristo_. ;-) Mas é um risco que a gente tem que correr.
Lígia: É tão válido quanto quando o primeiro primata nosso ancestral
decidiu que descer das árvores era bom... Mas e se tudo só tiver
mesmo o propósito de ser experimentado? Então, por que não tentar
sair do bolsão espaço temporal? Eu entendo isso e sei a validade da
busca pela busca a esse conhecimento... Mas se tal conhecimento não
puder ser aplicável à humanidade, à vida como um todo... de que
adiantaria?
O que tem inspirado a minha busca por respostas a essas questões
fundamentalmente é o desejo de acabar com o sofrimento, a dor, a
fome, a perda. Se isso for possível, como seja, se for capaz de
resuzir tais dificuldades, o mundo tridimensional/físico/palpável já
seria um lugar incrível para se viver e experimentar TUDO o que a
vida/o fato de existir pode oferecer a uma consciência que cansou-se
de ser eterna/imutável... e pôs-se em movimento um dia. Meu desejo
é melhorar o mundo, não sair.
Beijos, Lígia
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Extinção da Humanidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 09:32
> De: Carlos Zardini
>
> Desculpem-me por usar esses termos, mas é que busco motivos para crer
> que conseguiremos durar 500 anos, mas não consigo. A nossa natureza
> humana nos matou e a arma foi a tão amada ciência.
Suas razões são legítimas, mas a ciência, o conhecimento em sentido
amplo não será a causa da extinção da humanidade. Conhecimento é
sempre a solução. Se a humanidade vier a se destruir não será
pelo conhecimento, mas pela IGNORÂNCIA.
Vamos educar nossas crianças, gente! É a única solução!
> Será que há alguma forma de fugirmos desse destino?
Sim! Educação maciça, universal. Educação para formar cidadãos
e não apenas peças de reposição para o Mercado.
> Conversei com um
> amigo que mexe com espiritismo e ele me disse que houve um
> desequilíbrio: a humanidade progrediu materialmente, mas
> não "espiritualmente".
Eu substituiria -- sem pestanejar -- a expressão 'espiritualmente'
por 'moralmente'.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 09:59
Fernando S K escreve:
"Sem problemas,
Vc quer algum tipo de sugestão em particular?"
Sim, casar o texto com a melhor absorção possível ao jovem do nível médio de estudos. Aprimorar exemplos e, se possível, amplia-los.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
Contexto:
>>>--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Olá FSK e ANL,
>
> Apreciaria que vcs dessem uma olhada crítica no "ABC da Ciência":
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/ABCiencia.asp
>
> []' <<<
SUBJECT: Re: [ciencialist] Lembrei-me! Uma dúvida!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 10:20
Rikota escreve:
>Olá, pessoALL!
Há algum tempo, vi em um jornal aqui em Natal-RN, um professor (do
Objetivo, se ñ me engano) explicando porque uma colherzinha de metal
colocada na boca de uma garrafa de refrigerante permitia que esse
refrigerante não perdesse o gás.
A explicação me pareceu meio furada e eu já conhecia essa lenda
(até então, achava que era sem nexo algum), mas fiquei curioso após
tal fato (minha mãe veio correndo me mostrar o jornal, pois ela
acredita nesse tipo de sabedoria popular).
Alguém sabe algo a respeito?<
Se for realmente professor do Objetivo provavelmente deve ter relatado o que apresento nos 'Cadernos do Objetivo' [para os que ainda não o sabem sou o autor de vasta parte do material didático de Ciência e Física da Rede Objetivo]. Lá coloco (obviamente com mais detalhes) algo assim:
O gás que escapa reúne duas propriedades: suas moléculas têm as maiores velocidades (mais quentes) e direção/sentido certos para o gargalo. A colher metálica (excelente condutor de calor) recebe os impactos de algumas dessas moléculas privilegiadas (as que escapariam), absorve parte de seu calor (energia cinética de vibração) e o transfere, por condução, ao meio ambiente. Tais moléculas, que cederam calor para a colher, perdem seu carater de privilegiadas. A perda de gás (que sempre ocorrerá) torna-se mais lenta. Acentuadamente mais lenta função da largura e condutibilidade térmica do cabo de colher lá inserido.
Se o publicado no jornal for muito diferente disso há três possibilidades: eu estou errado; ele está errado; os gases estão errados.
[]'
Léo
=====================
SUBJECT: Vejam como é fácil !!!
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 10:45
Os e-mails de Lígia e Lúcio são inspiradores, vejam essas preciosas
informações abaixo:
[]s
José Renato
________________________
> Fazer uma mulher feliz é fácil.
>
> Só é necessário que o parceiro seja:
>
> 1) Amigo
> 2) Companheiro
> 3) Amante
> 4) Irmão
> 5) Pai
> 6) Provedor
> 7) Educador
> 8) Cozinheiro
> 9) Mecânico
> 10)Encanador
> 11)Decorador
> 12)Estilista
> 13)Eletricista
> 14)Sexólogo
> 15)Ginecologista
> 16)Psicólogo
> 17)Psiquiatra
> 18)Terapeuta
> 19)Audaz
> 20)Simpático
> 21)Desportista
> 22)Carinhoso
> 23)Atento
> 24)Cavalheiro
> 25)Inteligente
> 26)Imaginativo
> 27)Criativo
> 28)Doce
> 29)Forte
> 30)Compreensivo
> 31)Tolerante
> 32)Prudente
> 33)Ambicioso
> 34)Capaz
> 35)Valente
> 36)Decidido
> 37)Confiável
> 38)Respeitador
> 39)Apaixonado
> 40) E, sobretudo, muuuuiiito rico!
> Entretanto, é preciso estar atento para:
> a. Não ser ciumento... mas, sem parecer desinteressado;
> b. Dar-se bem com a família dela... mas, sem lhe dedicar mais tempo do que
a ela;
> c. Que ela desfrute de total liberdade... mas, mostrando-se carinhosamente
preocupado em saber por onde andou, com quem falou...
> Também é importante ao parceiro:
> Não esquecer datas... do aniversário dela, do noivado, casamento,
formatura,
> menstruação, do primeiro beijo... aniversário da sogra, tia, irmão
(cunhado!) ou
> da irmã mais querida... aniversário dos avós, da melhor amiga, do gato...
>
>
>
>
> AGORA VEJAM COMO FAZER UM HOMEM FELIZ
>
>
> Para fazer o seu parceiro feliz é bem mais fácil.
>
> É necessário estar atenta para lhe conceder:
>
> 1. Sexo
> 2. Comida
> 3. E cerveja.
Pode parar, é só isso mesmo!
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 10:48
Medeiros et all na thread:
>Estou de acordo com sua idéia sobre o Bem e o Mal, mas, analisando a
história da humanidade e, apesar de todas as matanças, guerras
acho que o saldo é positivo. Hoje, em todo o mundo, mesmo
nos países mais pobres, vive-se melhor que há um século, haja vista
o crescimento da espectativa de vida (exceção recente provocada
pela epidemia de Aids na Africa). .....<
Reforçando: Com todos os escravos a seu dispôr, o imperador César jamais teve a mais remota idéia de conforto gerado por uma simples e miserável 'tomada elétrica' ai instalada ao alcance dos pés.
[]'
Léo
===============
SUBJECT: Re: Deus e as culturas(?) p/ Anielo
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 10:57
Sem problemas,
Vc quer algum tipo de sugestão em particular?
[]s,
FSK.
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Olá FSK e ANL,
>
> Apreciaria que vcs dessem uma olhada crítica no "ABC da Ciência":
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/ABCiencia.asp
>
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 10:59
Oi, Douglas!
Infelismente vc não leu uma resposta minha, mas isso (espero) deve
ter sido fruto da quantidade de mensagens. <:-)
On 26 Oct 2002 at 23:05, Douglas Ferreira Gonçalves wrote:
> Douglas: "Bem" neste caso é um termo analógico e não literal. Não podemos
> atribuir caracteristicas humanas a Deus mas como somos imagem e semelhança
> d'Ele (e por isso não é um "antropormofismo absoluto") podemos dizer que é
> mais correto identificá-lo com o Bem do que com o mal.
>
> DFG
Que tal começarmos com sua definição de bem, então?
Acho relevante para esse tipo de discussão...
Em tempo, a minha definição nunca ficou muito clara, pois após
algum tempo de tantativa, optei pela não existencia do conceito que
eu conseguia entender das outras pessoas...
Hum... esse último parágrafo acho que ficou meio cocô... Qualquer
coisa, pode ser desprezado.
<:-)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 10:59
Fala, Lucio!
On 27 Oct 2002 at 1:11, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
>
> É, isso me passou pela cabeça. Mas, como o próprio Brudna disse numa
> mensagem que "debater sobre cosmogonias relacionadas com divindades, sobre
> influências de religião na sociedade, sobre relações mente x crença" é
> adequado pra esta lista, achei que não estava fugindo tanto assim da
> proposta. Mas, se você preferir, podemos suspender a discussão.
>
> Abs.
> L.
Bem, estou acompanhando.
Estou meio sem tempo (também ñ possuo tanta informação como vc e
Douglas), mas espero que ñ encerrem ainda...
<:-)
Estava prestes a perguntar por que vcs (vc e Douglas) acreditam em
Deus.
Vc me parece ter tigo algum tipo de experiência, é isso?
Eu sou ateu, por default, mas não costumo dizer que deus ñ existe.
Apenas respondi da seguinte maneira a seguinte questão:
- Existe Deus?
a) Sim.
b) Não.
c) Acho que sim.
Xd) Acho que não.
e) NDA.
Embora o acho possa parecer pouco inportante, para mim não é.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 10:59
Oi, Lucio! (é sem acento, mesmo?)
On 27 Oct 2002 at 21:47, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
>O ideal seria que cada macaco ficasse no seu galho, e existem nomes
>de peso mesmo na comunidade científica que advogam essa posição de
>respeito mútuo como a única posição possível - entre eles, o
>falecido Stephen Jay Gould.
>
> Abs.
> L.
O confronto, acho, é inevitável, pois ambas tratam dos mesmos
objetos (pelo menos alguns deles) relacionados aos problemas do homem
e seus desejos.
Ex.: Pesquisa com células tronco, prolongamento da vida, etc...
Talvez vc ñ veja problemas devido seu tipo de experiência ser
bastante subjetiva, mais ligada à resolução do problema da própria
existência ou ñ de deus, o que ñ acontece com muitas outras
religiões.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Eleição no Paraná foi decidida pelos brancos e nulos
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 10:59
Fala, Álvaro!
On 28 Oct 2002 at 0:20, % Alvaro Augusto de Almeida % wrote:
> Vejam que interessante:
>
> Total de votos: 5.428.354
> Roberto Requião: 2.681.811 - 49,4%
> Alvaro Dias: 2.180.922 - 40,18%
> Brancos e nulos: 565.621 - 10,42%
>
> De fato, é uma tese conhecida da ciência política que
> a anulação dos votos abre espaço para candidatos radicais...
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
Ñ entendi como a anulação abriria esse espaço...
Vc (ou alguém) poderia explicar?
SUBJECT: Lembrei-me! Uma dúvida!
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 10:59
Olá, pessoALL!
Há algum tempo, vi em um jornal aqui em Natal-RN, um professor (do
Objetivo, se ñ me engano) explicando porque uma colherzinha de metal
colocada na boca de uma garrafa de refrigerante permitia que esse
refrigerante não perdesse o gás.
A explicação me pareceu meio furada e eu já conhecia essa lenda
(até então, achava que era sem nexo algum), mas fiquei curioso após
tal fato (minha mãe veio correndo me mostrar o jornal, pois ela
acredita nesse tipo de sabedoria popular).
Alguém sabe algo a respeito?
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lembrei-me! Uma dúvida!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 11:09
Nessa página citada pelo Roberto há um comentário meu (bem no final da página).
Transcrevo abaixo:
http://www.fisica.ufc.br/qsaber/respostas/qr0058.htm
=========================================================
COMENTÁRIO:
Sinto desapontar aos que participaram dessa resposta, não se trata de 'mito', 'folclore' ou algo do gênero. Obviamente a colher metálica não determina um total aprisionamento das moléculas de gás carbônico mas, durante o breve intervalo de tempo de consumo à refeição é realmente uma técnica científica notável. Vejamos o porque:
No espaço que medeia entre o líquido e a boca da garrafa, onde se encontra o grosso cabo metálico da colher, voam as moléculas gasosas, caoticamente, com velocidades em todas as direções e módulos diferentes. Moléculas a altas velocidades são as 'mais quentes' (mais agitadas) e as de 'baixas velocidades' são as mais frias. Probabilisticamente saltarão para fora da garrafa as que forem mais ágeis e tiverem a devida direção no sentido de escape. Dessas, as que encontrarem o espaço livre entre a boca e a colher, escapam mesmo! Mas dessas, as que baterem em qualquer parte da colher, transferem a maior parte de suas energias cinéticas para o metal da colher (bom condutor) e retornam ao seu meio 'menos agitadas'(mais frias). Essas não escaparam. Como é relativamente grande a superfície de ataque sobre o cabo da colher, miríades de moléculas executarão essa transferência e permanecerão dentro do espaço gasoso, sem escapar para o exterior. Houve um aprisionamento significativo! A cada impacto dessas moléculas ágeis com a colher, essa 'esquenta um pouquinho' e transfere o calor, por condução na colher, ao interior líquido (caso em que o cabo da colher mergulha no líquido) que 'esquenta um pouquinho' mas, em compensação, o gás em contato com a superfície líquida está um 'pouquinho mais frio' (pois perdeu calor para a colher) e recebe calor do líquido (o qual esfria um pouquinho).
No compito geral, o cabo da colher dentro da garrafa, mantém por maior tempo o aprisionamento do gás e melhor ainda, ajuda para não esquentar o líquido (todavia há troca de calor pelas paredes da garrafa --- daí ser conveniente colocar a garrafa dentro de um invólucro de isopor!).
Quase sempre 'a cultura popular' tem algum fundamento físico.
Comentário de: Luiz Ferraz Netto
================================================
[]'
Léo
SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 11:16
Olá, Lígia e Lúcia!
Recortei parte da mensagem original para colocar, no próprio texto do e-mail, uma frase nessa questão que ainda permanece como um desafio ao entendimento dito racional, científico ou metodológico:
__________________
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 1:19 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
[...]
> >E não devemos nos esquecer: a dor liberta da mesma forma que o amor... ;)
> Certo, mas por que é que temos que ser libertados pra início de conversa?
Lígia: Basicamente porque estamos *presos*... ;)
> Como fomos aprisionados? Não vejo nenhum plano superior nisso. Fomos jogados numa cela e ninguém vai tirar a gente dela se simplesmente esperarmos.
Lígia: E se na realidade não fomos propriamente aprisionados mas desejamos sair por pura curiosidade?
> > É preciso arrumar uma colher, uma pá, qualquer coisa, e cavar um túnel. Claro
> que sempre correndo o risco de errar o túnel e, em vez do mundo exterior,
> acabarmos indo parar numa outra cela, que nem o Abade Faria no _Conde de
> Monte-Cristo_. ;-) Mas é um risco que a gente tem que correr.
Lígia: É tão válido quanto quando o primeiro primata nosso ancestral
decidiu que descer das árvores era bom... Mas e se tudo só tiver
mesmo o propósito de ser experimentado? Então, por que não tentar
sair do bolsão espaço temporal? Eu entendo isso e sei a validade da
busca pela busca a esse conhecimento... Mas se tal conhecimento não
puder ser aplicável à humanidade, à vida como um todo... de que
adiantaria?
JR - Aqui cito a frase mencionada no início:
"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, você estará fazendo o que antes pensava ser impossível." Francisco de Assis
O que tem inspirado a minha busca por respostas a essas questões
fundamentalmente é o desejo de acabar com o sofrimento, a dor, a
fome, a perda. Se isso for possível, como seja, se for capaz de
reduzir tais dificuldades, o mundo tridimensional/físico/palpável já
seria um lugar incrível para se viver e experimentar TUDO o que a
vida/o fato de existir pode oferecer a uma consciência que cansou-se
de ser eterna/imutável... e pôs-se em movimento um dia. Meu desejo
é melhorar o mundo, não sair.
Beijos, Lígia
________________________________
Abraços
José Renato
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 1:19 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Mas a subjetividade não quer dizer que vale o que o cientista pensa
que é a
> resposta correta, Ligia. Essa é uma maneira muito restritiva de
encarar a
> questão. Talvez melhor do que dizer que o conhecimento
é "subjetivo" seja
> dizer que ele é relativo. "Relativo" significa que ele depende de
> *relações* - das relações que as coisas estabelecem entre si, das
relações
> que estabelecemos entre as coisas e das relações que estabelecemos
entre as
> coisas e nós.
(deletei o restante)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: MSG para Manuel
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 11:21
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Freud foi muito claro em sua conceitualização da libido.
> Definiu-a como "a manifestação dinâmica da sexualidade."
Nao vejo nada claro em "manifestacao dinamica da sexualidade"...
> A libido, segundo o fundador da psicanálise, é impulso psíquico
> associado ao instinto sexual ou a manifestação mental do instinto
> sexual. O Id, repositório da libido, é para
> Freud a instância psicobiológica por excelência.
Ergo, nao tem nada q ver necessariamente com testosterona. Pode ser
ate' mesmo, como alguns psicanalistas freudianos afirmam, uma
manifestacao puramente liguistica.
> Um processo psicossexual, seja genital ou pré-genital, ligado à
> função reprodutiva ou não, para que possa ser caracterizado como
> sexual deve ter por base um processo bioquímico específico, que
> envolve endorfina, neurotransmissores (dopamina) e, sobretudo, o
> hormônio masculino, a testosterona. Caso contrário, se não envolve
> essa química, então não é processo psicossexual.
Nao vejo por q.
> Mas eu me referi à teoria da libido "de Freud".
A qual tem varias interpretacoes. Especialmente qdo se escreve algo
como: "manifestacao dinamica da sexualidade".
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Outro desafio para vcs
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 11:23
Q. tal o Caso Scopes la' nos EUA?
Tem o filme sobre isso o "O vento sera' sua heranca" (Inherit the
wind).
Outra coisa, igualmente manjada, e' estudar a inquisicao.
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Álvaro Carrilho" <alvarocarrilho@h...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: segunda-feira, 28 de outubro de 2002 23:48
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
>
>
> | Caro senhor,
> | Estou perante um dilema...
> | Frequento o 4ºano da faculdade - Instituto Superior das Ciências
do Trabalho
> | e da Empresa em Portugal - e tenho que executar um trabalho
pequeno sobre
> | uma questão científica para a qual não encontro informação.
> | A questão é: "Lei Científica vs Lei de Estado".
> | Se de alguma forma me puder ajudar agradecia.
> |
> | Muitos cumprimentos,
> | Álvaro Carrilho
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 11:32
----- Original Message -----
From: rhalah_rikota@ig.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 11:59 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura
>Estava prestes a perguntar por que vcs (vc e Douglas) acreditam em
Deus.
Hmmm... Essa é uma pergunta complicada de responder. É que eu não acredito
em Deus no mesmo sentido em que (presumo) o Douglas acredita. Em outras
palavras, não acredito em um Deus pessoal, onipotente, onipresente e
onisciente, bondoso, enfim, todas as coisas que a gente costuma associar ao
conceito de Deus. Do meu ponto de vista, "Deus" é só um nome, uma etiqueta
que a gente colou pra designar alguma coisa que se encontra fora do alcance
do nosso pensamento conceitual e dos processos habituais de percepção. Eu
inclusive não uso muito esse termo, mesmo quando estou discutindo religião,
porque sei que, se usar, quem tá do outro lado vai imediatamente deduzir que
eu tô falando do "Pai Nosso que está no céu", e não é isso. O Deus pessoal
foi só um símbolo que as pessoas criaram pra representar esse (x), e nem é
um símbolo particularmente bom, porque todo mundo sabe a confusão que ele
causa, os conflitos religiosos, o meu Deus lava mais branco que o teu, etc.
;-)
>Vc me parece ter tigo algum tipo de experiência, é isso?
Não, as minhas idéias sobre religião não nasceram de nenhuma experiência que
eu possa ter tido. Vieram do estudo dos relatos das pessoas que passaram por
experiências místicas (tanto no contexto religioso quanto fora dele), de uma
análise das recorrências estruturais, das semelhanças e diferenças, bem como
estudos sobre a fenomenologia, a sociologia e a psicologia da religião. Daí
eu cheguei no que me parece ser o núcleo dessa experiência, e dos processos
que estão envolvidos na transformação da experiência em uma religião
institucionalizada. Por isso, nem dá pra falar em termos de "crença". São
algumas idéias que eu desenvolvi e que me parecem adequadas (pelo menos pra
mim), mas que eu não teria o menor problema em jogar na lata do lixo se se
mostrarem inadequadas.
>Embora o acho possa parecer pouco inportante, para mim não é.
Bom, o que eu acho também é importante pra mim, mesmo que as outras pessoas
estejam andando pra isso... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 11:37
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
>
> Lígia: Oi Carlos. Olha, a extinção nem requer muito esforço da
> gente não. Basta um meteoro grande chegar perto, adentrar nossa
> atmosfera e tudo vai pelos ares...
>
Ola Lígia! O caso do meteoro difere em dois aspectos. O primeiro é a
escala de tempo em que esses eventos ocorrem. Geralmente se fala em
milhões de anos (o último de grande impacto foi há 65 milhões). Outra
diferença é que numa escala de tempo bem menor, de séculos ou até
decadas, chuto que já haverá tecnologia para se detectar qualquer
coisa que estiver em rota de colisão e fazê-la mudar de rumo. Mas
quando falo em perigo nuclear, a escala é de séculos, e não consigo
enxergar uma forma de evitar.
> Lígia: Uma pergunta: você seria a favor da pena de morte para
> casos em que as pessoas venham a ser consideradas incapazes de
> viver na sociedade sem colocá-la em risco?
Seria uma pena de morte baseada na pressuposição que uma pessoa
poderá cometer um crime? Se for essa a pergunta, sou contra pelos
meus princípios éticos. Se for a pena de morte como fator de inibição
da criminalidade, também não adianta, pois o criminoso não conta com
a possibilidade de ser pego. E também a categoria mental dos
criminosos capazes de puxar o gatilho da nossa extinção mostra que
não estão muito preocupados com a vida e a morte para serem inibidos
por uma pena de morte.
> Lígia: A ciência não é a responsável por isso, da mesma forma que
> Deus não é responsável pelos atentados à bomba. Os homens é que
> são.
A ciência não é responsável. Mas lamentavelmente é a arma.
Paradoxalmente isso vai contra tudo que lutamos: progresso da
ciência, difusão do conhecimento, facilitação do acesso à tecnologia,
etc. Nós lutamos por isso por uma boa causa, porque temos uma certa
noção de que o conhecimento liberta o homem. Mas não nos damos conta
que o conhecimento também é uma arma poderosíssima, que em breve
poderá (e irá) nos destruir.
> E não é difícil reverter tal quadro... teríamos só que parar
> com o fanatismo que faz gente pregar a favor ou contra Deus, a
> favor ou contra a ciência... isso que é triste de ser visto.
Eu tenho pensado nisso, mas também não adianta. É claro que uma
sociedade sem fanatismo diminui o número de assassinos em potencial,
mas não os elimina. Ainda que consigamos viver numa sociedade
harmoniosa, alguém sempre está sujeito a um colapso mental que o
torne um assassino. Faz parte da nossa natureza biológica.
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
>
> Ha solucoes?
>
> Uma forma seria realmente a da reengenharia genomica do Homem. Mas
> isso a tecnologia atual nao nos permite fazer e seria extremamente
> improvavel que uma decisao como essa fosse tomada no mundo. Se a
> raca humana vai mudar a raca humana, deveria haver um consenso
> mundial sobre isso, nao? Como atingir esse consenso?
Olá Antônio Castro. Considero a reengenharia genética uma utopia
muito distante, pelos motivos já citados. Existem dois imensos
paredões éticos a atravessar: o primeiro quando quiserem
determinar "laboratorialmente" as mudanças no genoma humano
necessárias para tornar o homem mais "dócil" e a segunda quando
quiserem convencer a população mundial a se submeter à mudança. Beira
o impossível. Outra "solução" exótica é implantar um chip no cérebro
dos indivíduos para monitorar o que que está acontecendo e disparar
um choque quando o cara tiver idéias assassinas. Isso me lembra
aquela profecia apocalíptica do 666.
> Antonio Castro
> Beijos, Lígia
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 11:52
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
>
> Suas razões são legítimas, mas a ciência, o conhecimento em sentido
> amplo não será a causa da extinção da humanidade. Conhecimento é
> sempre a solução. Se a humanidade vier a se destruir não será
> pelo conhecimento, mas pela IGNORÂNCIA.
>
A ciência não é a causa da extinção, mas vai fornecer o método. Eu
queria acreditar que o conhecimento é a solução, que o conhecimento
liberta, que tudo de ruim só existe por causa da ignorância, mas não
é assim. Bem e Mal são convenções, muitas vezes locais e dependentes
de nuances culturais. E mesmo que se obtenha uma convenção mundial
para Bem e Mal, faz parte da natureza produzir aqui e ali um
desequilíbrio. Basta um ser humano, até ontem normal, sofrer um
colapso mental hoje para se tornar um assassino amanhã, sem despertar
suspeitas.
> Alexandre Medeiros
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 12:14
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
>
> Lígia: Oi Carlos. Olha, a extinção nem requer muito esforço da
> gente não. Basta um meteoro grande chegar perto, adentrar nossa
> atmosfera e tudo vai pelos ares...
>
Olá Lígia, a questão do meteoro difere em dois aspectos. O primeiro é
a escala de tempo em que o fenômeno costuma ocorrer: fala-se em
milhões de anos. O segundo é que em alguns séculos (ou décadas) vai
ser possível descobrir qualquer meteoro em rota de colisão e mudar
seu rumo. Quanto ao perigo nuclear, a escala de tempo é de séculos
(talvez décadas). E não há tecnologia capaz de previnir.
> Lígia: Uma pergunta: você seria a favor da pena de morte para
> casos em que as pessoas venham a ser consideradas incapazes de
> viver na sociedade sem colocá-la em risco?
Se a pergunta for com relação a uma pena de morte aplicada pela
pressuposição que alguém irá cometer um crime, sou contra pelos meus
princípios éticos. Se for com relação à idéia da pena de morte como
fator inibidor de criminalidade, isso não adianta muito porque o
criminoso ou não conta com a possibilidade de ser pego ou pra ele não
faz muito sentido vida e morte e a possibilidade da pena não iria
inibir.
> Lígia: A ciência não é a responsável por isso, da mesma forma que
> Deus não é responsável pelos atentados à bomba. Os homens é que
> são. E não é difícil reverter tal quadro... teríamos só que parar
> com o fanatismo que faz gente pregar a favor ou contra Deus, a
> favor ou contra a ciência... isso que é triste de ser visto.
A ciência não é responsável, mas é a que vai fornecer o método. Nós
temos a concepção, o senso comum que a ciência pode libertar o homem.
Todos nós lutamos pelo progresso, pela difusão do conhecimento, pela
facilitação do acesso à ciência para todos. Mas não percebemos que o
conhecimento é uma arma perigosíssima. Não se engane, isso vai contra
meus princípios também, queria acreditar piamente no progresso, na
difusão da ciência, mas não consigo me convencer que isso não irá
destruir a humanidade.
Quanto ao fanatismo, uma sociedade sem fanatismo obviamente vai
diminuir o número de assassinos em potencial, mas não eliminar. Mesmo
que consigamos produzir uma sociedade harmoniosa, com os mesmos
padrões do que é bom e o que é mal, vai ter sempre a possibilidade de
um indivíduo sofrer colapso mental e transformar-se em assassino. E
isso, infelizmente é muito comum, pois faz parte da nossa natureza
biológica.
> Beijos, Lígia
De: Antônio Carlos:
------------------
> Ha solucoes?
>
> Uma forma seria realmente a da reengenharia genomica do Homem. Mas
> isso a tecnologia atual nao nos permite fazer e seria extremamente
> improvavel que uma decisao como essa fosse tomada no mundo. Se a
> raca humana vai mudar a raca humana, deveria haver um consenso
> mundial sobre isso, nao? Como atingir esse consenso? Quais
> caracteristicas nossas seriam mudadas?
A reengenharia genética eu considero improvável pois tem duas
muralhas éticas a atravessar: a primeira, determinar
laboratorialmente quais as mudanças genéticas capazes de tornar o
homem mais dócil, e a segunda, convencer a população mundial a se
submeter a tais mudanças. Beira o impossível. Outra solução exótica é
implantar um chip na mente de cada indivíduo pra monitorar seus
pensamentos e destruí-lo caso ocorra algum impulso assassino. São
coisas que se um dia forem vencidas as barreiras éticas e
tecnologicas, um Bin Laden já teria tempo de nos destruir.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 12:18
--- Em ciencialist@y..., "Líga Gallo" <liigia5555@y...> escreveu
>
> Lígia: Oi Carlos. Olha, a extinção nem requer muito esforço da
> gente não. Basta um meteoro grande chegar perto, adentrar nossa
> atmosfera e tudo vai pelos ares...
>
Olá Lígia, a questão do meteoro difere em dois aspectos. O primeiro é
a escala de tempo em que o fenômeno costuma ocorrer: fala-se em
milhões de anos. O segundo é que em alguns séculos (ou décadas) vai
ser possível descobrir qualquer meteoro em rota de colisão e mudar
seu rumo. Quanto ao perigo nuclear, a escala de tempo é de séculos
(talvez décadas). E não há tecnologia capaz de previnir.
> Lígia: Uma pergunta: você seria a favor da pena de morte para
> casos em que as pessoas venham a ser consideradas incapazes de
> viver na sociedade sem colocá-la em risco?
Se a pergunta for com relação a uma pena de morte aplicada pela
pressuposição que alguém irá cometer um crime, sou contra pelos meus
princípios éticos. Se for com relação à idéia da pena de morte como
fator inibidor de criminalidade, isso não adianta muito porque o
criminoso ou não conta com a possibilidade de ser pego ou pra ele não
faz muito sentido vida e morte e a possibilidade da pena não iria
inibir.
> Lígia: A ciência não é a responsável por isso, da mesma forma que
> Deus não é responsável pelos atentados à bomba. Os homens é que
> são. E não é difícil reverter tal quadro... teríamos só que parar
> com o fanatismo que faz gente pregar a favor ou contra Deus, a
> favor ou contra a ciência... isso que é triste de ser visto.
A ciência não é responsável, mas é a que vai fornecer o método. Nós
temos a concepção, o senso comum que a ciência pode libertar o homem.
Todos nós lutamos pelo progresso, pela difusão do conhecimento, pela
facilitação do acesso à ciência para todos. Mas não percebemos que o
conhecimento é uma arma perigosíssima. Não se engane, isso vai contra
meus princípios também, queria acreditar piamente no progresso, na
difusão da ciência, mas não consigo me convencer que isso não irá
destruir a humanidade.
Quanto ao fanatismo, uma sociedade sem fanatismo obviamente vai
diminuir o número de assassinos em potencial, mas não eliminar. Mesmo
que consigamos produzir uma sociedade harmoniosa, com os mesmos
padrões do que é bom e o que é mal, vai ter sempre a possibilidade de
um indivíduo sofrer colapso mental e transformar-se em assassino. E
isso, infelizmente é muito comum, pois faz parte da nossa natureza
biológica.
> Beijos, Lígia
De: Antônio Carlos:
------------------
> Ha solucoes?
>
> Uma forma seria realmente a da reengenharia genomica do Homem. Mas
> isso a tecnologia atual nao nos permite fazer e seria extremamente
> improvavel que uma decisao como essa fosse tomada no mundo. Se a
> raca humana vai mudar a raca humana, deveria haver um consenso
> mundial sobre isso, nao? Como atingir esse consenso? Quais
> caracteristicas nossas seriam mudadas?
A reengenharia genética eu considero improvável pois tem duas
muralhas éticas a atravessar: a primeira, determinar
laboratorialmente quais as mudanças genéticas capazes de tornar o
homem mais dócil, e a segunda, convencer a população mundial a se
submeter a tais mudanças. Beira o impossível. Outra solução exótica é
implantar um chip na mente de cada indivíduo pra monitorar seus
pensamentos e destruí-lo caso ocorra algum impulso assassino. São
coisas que se um dia forem vencidas as barreiras éticas e
tecnologicas, um Bin Laden já teria tempo de nos destruir.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 12:20
----- Original Message -----
From: rhalah_rikota@ig.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 11:59 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Milagres
>Oi, Lucio! (é sem acento, mesmo?)
Tem acento, mas isso não é importante. ;-)
>O confronto, acho, é inevitável, pois ambas tratam dos mesmos
objetos (pelo menos alguns deles) relacionados aos problemas do homem
e seus desejos.
Eu não tenho certeza se elas tratam dos mesmos objetos. O objeto da ciência
é o estudo do mundo material e o objeto da religião é Deus, o espírito ou
como quer que se queira chamar. É claro que fazem parte da mesma árvore (a
busca do ser humano pelo conhecimento) e, por isso, eventualmente se tocam
em algumas regiões limítrofes, mas continuam sendo galhos bastante
diferentes.
>Pesquisa com células tronco, prolongamento da vida, etc...
Mas aqui estamos tratando de problemas éticos, e não especificamente
religiosos ou científicos. É uma das regiões limítrofes que eu mencionei
acima. Até porque não dá pra generalizar, afirmar que *a* religião se coloca
contra determinados tipos de pesquisa enquanto *a* ciência é a favor deles.
Primeiro porque tem muitas religiões e nem todas elas se posicionam
oficialmente da mesma maneira em relação a essas pesquisas. Além disso,
mesmo dentro de cada religião, o posicionamento varia de pessoa pra pessoa.
Do lado da ciência, a mesma coisa - nem todos os cientistas são a favor de
alguns tipos de pesquisa, muitos deles acham que ela fere a sua ética
pessoal. Então, isso é menos um exemplo de confronto ciência x religião do
que de confronto entre diferentes posicionamentos éticos.
>Talvez vc ñ veja problemas devido seu tipo de experiência ser
bastante subjetiva, mais ligada à resolução do problema da própria
existência ou ñ de deus, o que ñ acontece com muitas outras
religiões.
Como assim, *outras* religiões? Eu não tenho religião.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Outro desafio para vcs
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 12:23
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 12:23 PM
Subject: [ciencialist] Re: Outro desafio para vcs
>Q. tal o Caso Scopes la' nos EUA?
Tem o filme sobre isso o "O vento sera' sua heranca" (Inherit the
wind).
O caso foi coberto pelo jornalista norte-americano H. L. Mencken, que foi
quem tornou a história célebre. Tem algum material sobre isso no _Livro dos
Insultos_, do Mencken, publicado em português pela Companhia das Letras.
>Outra coisa, igualmente manjada, e' estudar a inquisicao.
Aqui o caso clássico seria o de Galileu. Tem bastante bibliografia sobre
isso, inclusive o livro _Galileu Herético_ (também da Companhia das Letras).
Mas não sei se é um caso de leis científicas x leis do Estado, porque a
Inquisição não era um tribunal secular, não estava subordinado a um Estado,
mas a uma determinada religião.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 12:29
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
<<Um processo psicossexual, seja genital ou pré-genital, ligado à
função reprodutiva ou não, para que possa ser caracterizado como
sexual deve ter por base um processo bioquímico específico, que
envolve endorfina, neurotransmissores (dopamina) e, sobretudo, o
hormônio masculino, a testosterona. Caso contrário, se não envolve
essa química, então não é processo psicossexual.>>
Um adendo: Na teoria da libido de Freud, o que gera mais confusão é o
termo "sexual". Por isso que prefiro o termo "erótico".
Nas relações homossexuais, normal e habitual entre os bonobos, os
parceiros pertencem ao mesmo sexo. Mesmo que envolva orgasmo, ereção
peniana, etc., mesmo que o prazer seja da mesma natureza daquele que
se obtem numa relação hererossexual, o fato de os parceiros serem do
mesmo sexo torna sem sentido, no mínimo equívoco, o segundo termo da
expressão "relação sexual".
O ato de urinar não é um ato sexual ou erótico, óbvio. Mas a micção
do cachorro com vista a demarcação territorial (uma
atividade "social" ou "interindividual", como também é a atividade
sexual-reprodutiva) compartilha com a atividade sexual a mesma base
bioquímica em que a testosterona figura como principal mediador.
Aliás, "os centros de reflexo espinhais do orgasmo acham-se em
estreita proximidade anatômica com os que regulam as descargas
urinárias e fecais. Isso explica algumas situações clínicas em que há
concomitância de sintomas nestas áreas funcionais."
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Erros científicos nos filmes
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 12:36
So' vale fisica? (Senao da' pra falar em homens das cavernas
dividindo espaco com os dinossauros e outros seres mesozoicos.)
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> erro1: Sons dos 'tiros' ou descargas laser no vácuo [ sons, como
ondas mecânicas que são, não se propagam no vácuo; descargas laser,
como ondas eletromagnéticas que são, não produzem ruído algum.
>
> erro2: cabos condutores de carga elétrica não soltam fagulhas pelas
extremidades. Estamos cansados de ver os mocinhos puxarem um desses
cabos e encostarem nos bandidos, com fagulhas para todos os lados.
>
> erro3: material radioativo não zumbe, como sempre vemos em tais
filmes.
>
> erro4: o tiro de uma pistola magnum ou mesmo de uma carabina não
pode jogar o bandido pela janela e quase atravessar a rua; a
quantidade de movimento da bala (ou chumbos) que o bandido recebe é a
mesma que recebeu a mão que empunha o revolver (e a mão do mocinho
nem treme!).
>
erro5: a luz so' pode ser vista se atingir a retina, nao da' pra
acompanhar a trajetoria de um feixe de luz se nao houver poeira ou
algo q. produza o efeito Tyndall.
erro6: nao daria pra acompanhar pulsos de luz - sua velocidade seria
de cerca de 300.000 km/s. Nao daria pra ver feixes saindo da arma,
deslocando-se ate' o alvo e atingindo-o.
erro7: nao haveria explosoes quimicas espetaculares no espaco como
nos filmes. O ar da nave nao seria o suficiente para alimentar a
combustao.
erro8: no espaco nao ha' a resistencia do ar q. permita a realizacao
de manobras como nos filmes.
erro9: a aceleracao q. as naves possuem atingindo instantaneamente
velocidades superluminares esmagaria a tripulacao.
erro10: qdo se salta de um veiculo em movimento (criancas, nao tentem
isso em casa), a tendencia e' do corpo rolar sobre a pista no mesmo
sentido do movimento do veiculo. Se se salta lateralmente, o corpo
deveria rolar obliquamente 'a pista e nao simplesmente
transversalmente.
erro11: qdo a pessoa esta' em queda livre, se ela se agarra a algum
objeto fixo no meio do caminho ou mesmo contra o seu sentido de queda
(como no caso do resgate pelo Super-Homem), o impacto seria o mesmo
se ela desse contra o chao caindo da altura correspondente (se o
objeto se desloca contra -- como no caso do Super-Homem -- a situacao
e' ainda pior).
erro12: qdo as pessoas sao lancadas atraves do vidro, elas se cortam
com os cacos, independentemente da habilidade acrobatica dessa pessoa.
erro13: carros qdo se chocam nao explodem como nos filmes. Qdo
explodem nao parecem q. carregam quilos de TNT.
erro14: com o choque frontal do veiculo, as pessoas q. normalmente
nao usam cinto de seguranca, seriam lancadas contra o para-brisa --
nas velocidades desempenhadas nas perseguicoes, seriam lancadas para
fora do veiculo.
erro15: para-quedas q. se abrem a poucos metros do solo, apos uma
queda de varias centenas de metro, nao sao o suficiente para
amortecer a queda e permitir a pessoa sair ilesa.
erro16: televisoes nao explodem qdo se jogam objetos contra ela.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 12:40
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
>
> Toda espécie está fadada a extinção ... sem exceção. Sem a ciência
> talvez a espécie humana já tivesse desaparecido ... se a peste
> negra se alastrasse um pouco mais ... a sífilis ... e quantos etc.
> quiser.
Fato. Mas a ciência que foi arma de sobrevivência agora se tornará
arma de extinção. O meu luto não é porque a humanidade vai se
extinguir um dia, é porque esse dia vai vir tão cedo. Se eu tivesse
numa bolsa de apostas cósmica eu jogaria todas as minhas fichas de
que não duraremos 500 anos sobre esse planeta. Até lá, quem sabe se
colonizarmos Marte ou Vênus...
> []'
> deus
Abraços,
homem (Carlos Zardini)
SUBJECT: factor Deus - José Saramago.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 12:47
O 'Factor Deus'
José Saramago
Algures na Índia. Uma fila de peças de artilharia em posição. Atado à
boca de cada uma
delas há um homem. No primeiro plano da fotografia um oficial britânico
ergue a espada e
vai dar ordem de fogo. Não dispomos de imagens do efeito dos disparos,
mas até a mais
obtusa das imaginações poderá "ver" cabeças e troncos dispersos pelo
campo de tiro,
restos sanguinolentos, vísceras, membros amputados. Os homens eram
rebeldes.
Algures em Angola. Dois soldados portugueses levantam pelos braços um
negro que talvez
não esteja morto, outro soldado empunha um machete e prepara-se para lhe
separar a
cabeça do corpo. Esta é a primeira fotografia. Na segunda, desta vez há
uma segunda
fotografia, a cabeça já foi cortada, está espetada num pau, e os soldados
riem. O negro era
um guerrilheiro. Algures em Israel. Enquanto alguns soldados israelitas
imobilizam um
palestino, outro militar parte-lhe à martelada os ossos da mão direita. O
palestino tinha
atirado pedras. Estados Unidos da América do Norte, cidade de Nova York.
Dois aviões
comerciais norte-americanos, seqüestrados por terroristas relacionados
com o integrismo
islâmico, lançam-se contra as torres do World Trade Center e deitam-nas
abaixo.
Pelo mesmo processo um terceiro avião causa danos enormes no edifício do
Pentágono,
sede do poder bélico dos States. Os mortos, soterrados nos escombros,
reduzidos a
migalhas, volatilizados, contam-se por milhares.
As fotografias da Índia, de Angola e de Israel atiram-nos com o horror à
cara, as vítimas
são-nos mostradas no próprio instante da tortura, da agônica expectativa,
da morte ignóbil.
Em Nova York tudo pareceu irreal ao princípio, episódio repetido e sem
novidade de mais
uma catástrofe cinematográfica, realmente empolgante pelo grau de ilusão
conseguido pelo
engenheiro de efeitos especiais, mas limpo de estertores, de jorros de
sangue, de carnes
esmagadas, de ossos triturados, de merda. O horror, agachado como um
animal imundo,
esperou que saíssemos da estupefação para nos saltar à garganta. O horror
disse pela
primeira vez "aqui estou" quando aquelas pessoas saltaram para o vazio
como se tivessem
acabado de escolher uma morte que fosse sua. Agora o horror aparecerá a
cada instante
ao remover-se uma pedra, um pedaço de parede, uma chapa de alumínio
retorcida, e será
uma cabeça irreconhecível, um braço, uma perna, um abdômen desfeito, um
tórax
espalmado. Mas até mesmo isto é repetitivo e monótono, de certo modo já
conhecido pelas
imagens que nos chegaram daquele Ruanda-de-um-milhão-de-mortos, daquele
Vietnã
cozido a napalme, daquelas execuções em estádios cheios de gente,
daqueles
linchamentos e espancamentos, daqueles soldados iraquianos sepultados
vivos debaixo de
toneladas de areia, daquelas bombas atômicas que arrasaram e calcinaram
Hiroshima e
Nagasaki, daqueles crematórios nazistas a vomitar cinzas, daqueles
caminhões a despejar
cadáveres como se de lixo se tratasse. De algo sempre haveremos de
morrer, mas já se
perdeu a conta dos seres humanos mortos das piores maneiras que seres
humanos foram
capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais absurda, a que
mais ofende a
simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das
civilizações, tem mandado
matar em nome de Deus. Já foi dito que as religiões, todas elas, sem
exceção, nunca
serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram
e continuam a
ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas
violências físicas e
espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável
história humana.
Ao menos em sinal de respeito pela vida, deveríamos ter a coragem de
proclamar em todas
as circunstâncias esta verdade evidente e demonstrável, mas a maioria dos
crentes de
qualquer religião não só fingem ignorá-lo, como se levantam iracundos e
intolerantes contra
aqueles para quem Deus não é mais que um nome, nada mais que um nome, o
nome que,
por medo de morrer, lhe pusemos um dia e que viria a travar-nos o passo
para uma
humanização real. Em troca prometeram-nos paraísos e ameaçaram-nos com
infernos, tão
falsos uns como outros, insultos descarados a uma inteligência e a um
sentido comum que
tanto trabalho nos deram a criar. Disse Nietzsche que tudo seria
permitido se Deus não
existisse, e eu respondo que precisamente por causa e em nome de Deus é
que se tem
permitido e justificado tudo, principalmente o pior, principalmente o
mais horrendo e cruel.
Durante séculos a Inquisição foi, ela também, como hoje os talebanes, uma
organização
terrorista que se dedicou a interpretar perversamente textos sagrados que
deveriam
merecer o respeito de quem neles dizia crer, um monstruoso conúbio
pactuado entre a
religião e o Estado contra a liberdade de consciência e contra o mais
humano dos direitos: o
direito a dizer não, o direito à heresia, o direito a escolher outra
coisa, que isso só a palavra
heresia significa.
E, contudo, Deus está inocente. Inocente como algo que não existe, que
não existiu nem
existirá nunca, inocente de haver criado um universo inteiro para colocar
nele seres capazes
de cometer os maiores crimes para logo virem justificar-se dizendo que
são celebrações do
seu poder e da sua glória, enquanto os mortos se vão acumulando, estes
das torres
gêmeas de Nova York, e todos os outros que, em nome de um Deus tornado
assassino pela
vontade e pela ação dos homens, cobriram e teimam em cobrir de terror e
sangue as
páginas da história. Os deuses, acho eu, só existem no cérebro humano,
prosperam ou
definham dentro do mesmo universo que os inventou, mas o "factor Deus",
esse, está
presente na vida como se efetivamente fosse o dono e o senhor dela. Não é
um deus, mas
o "factor Deus" o que se exibe nas notas de dólar e se mostra nos
cartazes que pedem para
a América (a dos Estados Unidos, não a outra...) a bênção divina. E foi o
"factor Deus" em
que o deus islâmico se transformou, que atirou contra as torres do World
Trade Center os
aviões da revolta contra os desprezos e da vingança contra as
humilhações. Dir-se-á que
um deus andou a semear ventos e que outro deus responde agora com
tempestades. É
possível, é mesmo certo. Mas não foram eles, pobres deuses sem culpa, foi
o "factor Deus",
esse que é terrivelmente igual em todos os seres humanos onde quer que
estejam e seja
qual for a religião que professem, esse que tem intoxicado o pensamento e
aberto as portas
às intolerâncias mais sórdidas, esse que não respeita senão aquilo em que
manda crer,
esse que depois de presumir ter feito da besta um homem acabou por fazer
do homem uma
besta.
Ao leitor crente (de qualquer crença...) que tenha conseguido suportar a
repugnância que
estas palavras provavelmente lhe inspiraram, não peço que se passe ao
ateísmo de quem
as escreveu. Simplesmente lhe rogo que compreenda, pelo sentimento de não
poder ser
pela razão, que, se há Deus, há só um Deus, e que, na sua relação com
ele, o que menos
importa é o nome que lhe ensinaram a dar.
E que desconfie do "factor Deus". Não faltam ao espírito humano inimigos,
mas esse é um
dos mais pertinazes e corrosivos. Como ficou demonstrado e
desgraçadamente continuará a
demonstrar-se.
José Saramago. Considerado o maior escritor contemporâneo de Portugal.
Prêmio Luís de Camões (1996) e Nobel (1998). Escreveu, entre outros
livros,
O ano da morte de Ricardo Reis (1984) e Jangada de pedra (1986).
SUBJECT: Re: saída da lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 12:50
--- Em ciencialist@y..., "Silvio Cordeiro Filho" <scf@e...> escreveu
> Estou desligando a internet dia 31.10
> Agradeço a todos os listeiros o muito que aprendi.
> A alguns com os quais houve uma maior empatia, um abraço.
> sds.,
>
> silvio cordeiro.
Poxa, esta' indo mesmo? Foi algo q. fizemos?
De todo modo, um abraço e sorte nesta vida.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 13:12
----- Original Message -----
From: "Carlos Zardini"
Sent: Tuesday, October 29, 2002 12:40 PM
Subject: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
> "Luiz Ferraz Netto" escreveu
> > Sem a ciência talvez a espécie humana já tivesse desaparecido ... se a
> > peste negra se alastrasse um pouco mais ... a sífilis ... e quantos etc.
> > quiser.
> Fato. Mas a ciência que foi arma de sobrevivência agora se tornará
> arma de extinção.
Vou reproduzir aqui um texto que escrevi em 1985:
"Enquanto Adão possuia 24 costelas, a ciência era apenas uma árvore: a
árvore do bem e do mal. A ciência era o símbolo do desnecessário. A árvore
da vida supria o homem primitivo do que quer que pudesse desejar.
A árvore da vida é a natureza. A árvore da ciência é o estudo da natureza e,
num senso lato, a física.
Para estudar a natureza, ou saborear a maçã, o homem executa experiências,
modifica-a. Por ser ignorante, torna-se um agente poluidor. Por ser cego,
persiste na ignorância. E por ser presunçoso, acha tudo muito natural. E
torna-se cada vez mais cego. E deixa de enxergar a árvore da vida,
transformando-se num réles mortal.
O lado mal da árvore da ciência prosperou. Surgiram as doenças e,
conseqüentemente, a medicina. Da ignorância nasceu a luz e a medicina passou
a ser um mal necessário. Da inutilidade surgiu a utilidade.
O primeiro cientista nasceu das costelas de Adão; a primeira vítima do
ventre de Eva. Cientistas e vítimas continuaram a aparecer. Não sei quando
surgiu o primeiro médico, o primeiro inocente útil, hoje não tão inocente e
bastante poluidor.
E o que nos resta fazer? Persistir no erro? Criar novas doenças? Aniquilar a
humanidade?
Não é possível regressar. Sofremos uma transformação irreversível. Logo, a
saída, se existir, deve estar à nossa frente.
Estamos cegos para a árvore da vida. Resta-nos a árvore do bem e do mal.
Saibamos usar os galhos do bem e haverá de surgir uma luz. Espero que
seja boa."
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
O texto acima reproduzido é a introdução, ligeiramente modificada, do
capítulo 2, "Física e Medicina", de um livro publicado em 1987 intitulado
"Confesso que Blefei."
SUBJECT: Re: [ciencialist] Erros científicos nos filmes
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 13:15
erro1: Sons dos 'tiros' ou descargas laser no vácuo [ sons, como ondas
mecânicas que são, não se propagam no vácuo; descargas laser, como ondas
eletromagnéticas que são, não produzem ruído algum.
Alvaro. Os sons são ouvidos porque o microfone fica do lado de dentro da
cabine, onde existe ar...
erro2: cabos condutores de carga elétrica não soltam fagulhas pelas
extremidades. Estamos cansados de ver os mocinhos puxarem um desses cabos e
encostarem nos bandidos, com fagulhas para todos os lados.
Alvaro. O ar em volta dos mocinhos está sempre ionizado, o que faz com que
os cabos soltem faíscas. A ionização é causada pela aura energética
altamente positiva que todo mocinho libera...
erro3: material radioativo não zumbe, como sempre vemos em tais filmes.
Alvaro. Naturalmente, o material radiotivo dos filmes de ficção é muito
mais avançado e "energético" do que os atuais. Por isso o zumbido...
erro4: o tiro de uma pistola magnum ou mesmo de uma carabina não pode jogar
o bandido pela janela e quase atravessar a rua; a quantidade de movimento
da bala (ou chumbos) que o bandido recebe é a mesma que recebeu a mão que
empunha o revolver (e a mão do mocinho nem treme!).
Alvaro. Essa é fácil: todo mundo sabe que o mocinho é sempre mais forte do
que o bandido. Além disso, as armas dos filmes têm amortecedores, o que já
não acontece com os bandidos...
erro5: podem continuar e, quando chegar em pelo menos uns 20 enviarei ao
professor Ivys (e servirá para todos nós).
SUBJECT: RES: [ciencialist] saída da lista
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 13:18
> De: Silvio Cordeiro Filho
>
> Estou desligando a internet dia 31.10
> Agradeço a todos os listeiros o muito que aprendi.
> A alguns com os quais houve uma maior empatia, um abraço.
Epa! pr'onde cê tá indo, rapaz? Vai voltar qq dia desses?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: [RN] Fapesp no limite
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 13:20
FOLHA ONLINE, 29-10-2002
FAPESP VAI RESTRINGIR VERBA PARA PESQUIS
Claudio Angelo
O tempo de expansão acelerada da comunidade científica paulista
acabou. Apanhada pela alta do dólar após grandes investimentos ao
longo dos últimos anos, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo) chegou ao limite orçamentário e vai começar a
restringir o financiamento à pesquisa.
Desde o ano passado, o órgão tem adotado restrições à concessão de
bolsas, especialmente de mestrado. Para ser aprovado, um pedido
precisa de parecer "enfaticamente favorável" do assessor contratado
para analisá-lo.
As medidas restritivas foram catalisadas pela desvalorização do real,
que se acentuou no começo do semestre. Em setembro, a Fapesp divulgou
uma circular na qual, em virtude da crise no câmbio, anunciava a
suspensão de todas as importações de bens e serviços -como compra de
equipamentos, reagentes para experimentos e livros. (e)
http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7548.shtml
Corte federal contribuiu para crise na Fapesp
http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7549.shtml
A FAPESP frente à crise cambial
http://www.fapesp.br/frente.htm
Crise Cambial: Importações de emergência
http://www.fapesp.br/imp_eme.htm
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 13:24
Carlos,
Vamos fazer uma aposta?
Se a humanidade se extingüir em 100 anos -- por ataque nuclear
terrorista, guerra em larga escala, degradacao ambiental ou mesmo, de
lambuja, queda de meteoro -- eu lhe pago três milhões de dólares
atuais corrigidos.
Do contrário, vc faz uma doação equivalente a um instituto de
pesquisa científica idôneo ou a uma instituição de promoção social
tbm idônea.
Se vc não achar justa a proposta, posso estender o prazo para 250
anos. Ou 500.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 13:27
> De: Carlos Zardini
>
> A ciência não é a causa da extinção, mas vai fornecer o método. Eu
> queria acreditar que o conhecimento é a solução, que o conhecimento
> liberta, que tudo de ruim só existe por causa da ignorância, mas não
> é assim. Bem e Mal são convenções, muitas vezes locais e dependentes
> de nuances culturais. E mesmo que se obtenha uma convenção mundial
> para Bem e Mal, faz parte da natureza produzir aqui e ali um
> desequilíbrio. Basta um ser humano, até ontem normal, sofrer um
> colapso mental hoje para se tornar um assassino amanhã, sem despertar
> suspeitas.
Estou de acordo com sua idéia sobre o Bem e o Mal, mas, analisando a
história da humanidade e, apesar de todas as matanças, guerras
acho que o saldo é positivo. Hoje, em todo o mundo, mesmo
nos países mais pobres, vive-se melhor que há um século, haja vista
o crescimento da espectativa de vida (exceção recente provocada
pela epidemia de Aids na Africa). Temos hoje conceitos bem difundidos
em todo o planeta -- mesmo que a contra gosto de muitos tiranos -- sobre
liberdade, democracia e a necessidade de educar crianças como solução
para nossos problemas. Todas as nações do planeta têm uma Constituição
e mesmo que a lei magna seja apenas fachada ainda é melhor que nada.
Ainda acho que a espécie humana corre um grande risco de se destruir,
mas também há motivos para crer no otimismo.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Outro desafio para vcs
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 13:30
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Álvaro Carrilho" <alvarocarrilho@hotmail.com>
> | A questão é: "Lei Científica vs Lei de Estado".
Sintetizando, resumindo, aparando as arestas...
Lei científica: o que É
Lei de Estado: o que DEVERIA SER
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 13:35
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Carlos,
>
> Vamos fazer uma aposta?
>
> Se a humanidade se extingüir em 100 anos -- por ataque nuclear
> terrorista, guerra em larga escala, degradacao ambiental ou mesmo,
> de lambuja, queda de meteoro -- eu lhe pago três milhões de dólares
> atuais corrigidos.
>
> Do contrário, vc faz uma doação equivalente a um instituto de
> pesquisa científica idôneo ou a uma instituição de promoção social
> tbm idônea.
>
Olá Roberto Takata. O que seria uma instituição de pesquisa idônea?
como se garante isso com seres humanos?
Se você me conseguir provar em vida que uma instituição científica
pode ser idônea, que as novas tecnologias descobertas não serão
deturpadas por algum espírito de porco e usadas como arma contra a
humanidade, está feita a aposta.
Caso contrário, nada feito.
> Se vc não achar justa a proposta, posso estender o prazo para 250
> anos. Ou 500.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Lembrei-me! Uma dúvida!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 13:41
--- Em ciencialist@y..., rhalah_rikota@i... escreveu
> Objetivo, se ñ me engano) explicando porque uma colherzinha de
> metal colocada na boca de uma garrafa de refrigerante permitia que
> esse refrigerante não perdesse o gás.
http://www.fisica.ufc.br/qsaber/respostas/qr0058.htm
Uma explicacao q. certa vez eu li alhures sobre o porq.
da colher funcionar parcialmente era a de q. a colher
em sendo metalica e estando em contato com o liquido
promovia um equilibrio termico mais rapido entre o
liquido e o ar da geladeira. Em resfriando mais rapidamente
o refrigerante, a perda de gas teria uma taxa reduzida.
Porem, como a pressao parcial de CO2 no ar da geladeira
e' igual ao da atmosfera: 0,0003 atm o refrigerante
inevitavelmente perderia quase todo o seu gas.
Mas isso provavelmente nao ajudara' a fazer alguem desistir da
ideia. Talvez o q. funcione melhor e' fazer um pequeno
experimento: pegar duas garrafas em condicoes equivalentes,
deixar as duas abertas, uma com a colher, na geladeira por
alguns dias.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 13:49
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
>
> Estou de acordo com sua idéia sobre o Bem e o Mal, mas, analisando a
> história da humanidade e, apesar de todas as matanças, guerras
> acho que o saldo é positivo. Hoje, em todo o mundo, mesmo
> nos países mais pobres, vive-se melhor que há um século, haja vista
> o crescimento da espectativa de vida (exceção recente provocada
> pela epidemia de Aids na Africa).
Não duvide que eu duvide disso. Sem a ciência poderíamos estar
extintos há algum tempo. E sei que graças à ciência o tempo de vida
da humanidade pode se extender além da extinção do Sol. Quer dizer,
poderia, pois vamos ser varridos em breve. Não vai dar tempo de a
ciência encontrar o antídoto para esse novo veneno que criamos.
> Temos hoje conceitos bem difundidos em todo o planeta -- mesmo que
> a contra gosto de muitos tiranos -- sobre liberdade, democracia e a
> necessidade de educar crianças como solução para nossos problemas.
É isso que eu quero também. Liberdade, igualdade, democracia. Educar
nossas crianças para que amanhã não venham a trilhar o caminho das
pedras. Mas a constatação de que alguém vai usar a arma do
conhecimento para nos destruir é uma constatação cruel e não consigo
ver escapatória.
> Todas as nações do planeta têm uma Constituição
> e mesmo que a lei magna seja apenas fachada ainda é melhor que nada.
> Ainda acho que a espécie humana corre um grande risco de se estruir,
> mas também há motivos para crer no otimismo.
>
> []
>
> Alexandre Medeiros
>
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:_Extino_da_Humanidade
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 13:56
A longo prazo estaremos todos mortos já dizia um
economista.A não ser que voce proponha uma aplicação
de seguro pós-reencarnatório ou seja quando vc nascer
de novo seus bens estarão lá disponíveis.Pelo menos o
terreno não é no céu como fez a igreja.
Carlos,
>
> Vamos fazer uma aposta?
>
> Se a humanidade se extingüir em 100 anos -- por
> ataque nuclear
> terrorista, guerra em larga escala, degradacao
> ambiental ou mesmo, de
> lambuja, queda de meteoro -- eu lhe pago três
> milhões de dólares
> atuais corrigidos.
>
> Do contrário, vc faz uma doação equivalente a um
> instituto de
> pesquisa científica idôneo ou a uma instituição de
> promoção social
> tbm idônea.
>
> Se vc não achar justa a proposta, posso estender o
> prazo para 250
> anos. Ou 500.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
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SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 14:19
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> Reforçando: Com todos os escravos a seu dispôr, o imperador
> César jamais teve a mais remota idéia de conforto gerado por
> uma simples e miserável 'tomada elétrica' ai instalada ao
> alcance dos pés.
Detonando: A simples inexistência do AAS era razão para
que César sofresse uma dor de cabeça terrível como a de qualquer
escravo. Bons tempos aqueles...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 15:05
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Olá Roberto Takata. O que seria uma instituição de pesquisa idônea?
> como se garante isso com seres humanos?
Vc nomeia. Se quiser pode doar pra Unicef, pra Unesco,
pra AACD, alguma instituicao de caridade entao existente.
Esse definitivamente nao e' o ponto.
(Na verdade como nesse caso eu seria o ganhador da aposta
deveria eu mesmo nomear, mas serei magnanimo e evitarei
suspeicoes de q. o dinheiro sera' aplicado em pesquisas
malinas ou em algum projeto contra a humanidade.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicanálise e evolução
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 15:22
J.C. finaliza com:
"Minha proposta seria criar um
grupo restrito com apenas um pessoal sério. Isso, justamente com o
assunto restrito, iria diminuir muito o número de mensagens."
Sinceramente, porém opinião minha, pessoal sério e discutindo psicanálise, vai ser mesmo não um assunto, mas sim um grupo bem restrito! Diria, um grupo de 3.
[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 29 de outubro de 2002 20:54
Assunto: [ciencialist] Psicanálise e evolução
Olá. Aqui tem um pessoal bom ligado em psicanálise e outras áreas da
mente. .........................
SUBJECT: Re:_Unabomber-Rousseau:_[ciencialist]_Extino_da_Humanidade
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 15:24
Virarmos automatos como na saga de Huxley??? A questão
é : quem fará isso primeiro???
--- "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@lunabay.com.br> escreveu: > > Todo homem
nasce bom .È a ciencia que o corrompe.
> >
> Legal isso. Todo homem nasce também sem genes. A
> ciência os coloca
> depois...
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 15:40
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 1:19 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Veja bem: a Lígia que estuda assuntos místicos adora pensar
nisso. Mas a Lígia científica, que gosta de aplicar conceitos
científicos em seus devidos lugares, fica meio confusa quando pensa
na forma como tais idéias ( baseadas em conceitos científicos que não
servem para a interpretação da natureza visível/palpável), "mexem"
com os conceitos científicos a fim de que eles "caibam"... Esse é o
ponto.
Bom, então deixa eu te retribuir a gentileza que você me fez com os links do
Andrei Linde e do Brian Josephson recomendando que você dê uma fuçada no
seguinte endereço:
http://www-physics.lbl.gov/~stapp/stappfiles.html
Nessa página, você vai encontrar os principais textos do físico Henry Stapp
que é, atualmente, o principal defensor da linha de aborsagem inaugurada
pelo Von Neumann e depois desenvolvida pelo Eugene Wigner, ou seja, a
interpretação quântica do papel da consciência na definição da realidade
física. Tem também alguns textos muito interessantes sobre a aplicação da
mecânica quântica na explicação do funcionamento do cérebro. De todo esse
material, eu recomendaria principalmente o seguinte:
http://www-physics.lbl.gov/~stapp/Book.doc
É o link pra _The Mindful Universe_ um livrinho pequeno (71 páginas na
versão pdf) mas bastante esclarecedor. Talvez a Ligia mística e a Ligia
cientista descubram que não precisa haver contradição entre as duas. ;-)
>Se eu não *viajei* no tema, o que eu quis dizer é que se
tal "materialização" é possível a partir do colapso da função de
onda, todos os seres vivos ( ou até mesmo materiais ) estão
participando da "idealização" da matéria e até mesmo o ponto de vista
de um camundongo tem que ser levado em consideração.
Você tem algum problema com essa possibilidade? ;-)
>Tem a ciência e a Ciência. A Ciência tem seus defensores
(xiitas) que aferram-se aos conceitos formulados por terem sido
provados. Quanto à ciência, bem esta "cabe", ou tem gente que a
faça "caber"... :) E ao que tudo indica, enquanto não houver uma
reformulação da MQ, o que vem apoiando as idéias de consciência por
trás da *materialização* é a ciência que "cabe", não é a Ciência.
Você entende por que eu faço questão de citar direitinho os nomes dos
físicos nos quais eu me baseio pra afirmar isto ou aquilo? ;-) Von Neumann,
Heisenberg, Wigner, Stapp, esse pessoal todo que eu vivo citando não fazem
"ciência". Fazem Ciência. E todos eles defendem a idéia de que a consciência
tem um papel relevante aí.
>É ótimo saber que você não quer isso.
Seria muito fácil jogar as minhas idéias no papel e apelar pra suposta
autoridade de um suposto espírito. E daí, o que é que se ganharia com isso?
>Agora, tem que ver até onde a MQ pode dar estrutura científica a essas
idéias.
É o que eu tô tentando fazer.
>Não é porque fulano ou ciclano vêm estudando e fazendo as idéias caberem
dentro de
conceitos científicos que tais idéias tornam-se científicas. Mais uma vez,
esse é o ponto.
E eu também insisto no meu ponto: não é um fulano ou um ciclano qualquer.
São os mesmos caras que *formularam* os conceitos científicos da mecânica
quântica. Isso quer dizer que eles estão com a razão? De modo algum. Mas não
se trata de alguém que ouviu o galo cantar e não sabe aonde, são os próprios
pais da mecânica quântica, ou alguns de seus principais expoentes, portanto
não dá pra dizer que eles só estão fazendo malabarismos pra fazer as idéias
caberem dentro de conceitos científicos. Quando eles falam da mecânica
quântica, eles sabem do que estão falando - quanto mais não seja porque, sem
eles, não haveria mecânica quântica ou ela seria bem diferente do que é
hoje. ;-)
>A parte prática é importante. Eu venho batendo nisso desde o
começo porque eu percebo o valor da prática nesse contexto. O
treinamento da mente e da "mudança de foco" depende disso, mais até
do que da leitura e da tomada de conhecimento.
Foi a prática que me deu o foco que eu precisava pra organizar um monte de
idéias e teorias que estavam dispersas na minha cabeça ou espalhadas em
anotações no computador. A partir do momento em que eu percebi que o
objetivo tinha que ser encontrar uma maneira concreta de entender e
desmontar o funcionamento dos filtros, todas as coisas caíram em seus
respectivos lugares. Até mesmo as minhas idéias sobre a arte como
estranhamento se encaixaram naturalmente na estrutura geral.
>Eu estou sempre falando da física como *A Ciência*...
bitolei :) Desculpe.
Acontece. ;-) Na cabeça da maioria das pessoas, sempre que se fala em
ciência, pensa-se imediatamente na física, ela virou o paradigma científico
por excelência. Mas as ciências humanas não se encaixam muito bem nesse
paradigma.
>Melhor assim. New Age é uma praia que permite de tudo.
É exatamente por isso. Além disso, o pessoal da new age tem um toque de
anti-Midas: tudo que eles tocam perde a credibilidade perante os
intelectuais. O Jung construiu uma teoria psicológica rigorosíssima e
altamente complexa, mas bastou ser adotado como muso inspirador pela galera
new age pra passar a ser visto mais como profeta do que como cientista.
>Acho que eu já expliquei acima. A minha objeção nem é minha
propriamente/totalmente porque existe uma parte de mim que quer
acreditar que já é possível explicar as coisas com bases na MQ sem
estar *errado*.
Talvez não se possa explicar *totalmente*. Mas a mecânica quântica abre
novas linhas de pesquisa que podem apresentar soluções pra problemas que uma
abordagem mais clássica tem fracassado em resolver. Pode levar um bocado de
tempo pra isso, mas não dá pra desprezar essa possibilidade só porque ela
vai contra a nossa visão tradicional.
>Mas há a outra parte que sabe que está *errado* associar-se a MQ com os
eventos do mundo palpável macroscópico, por simples formalidade.
Como eu falei num outro email, essa *ainda* é uma questão em aberto, mesmo
entre os físicos. Lembre-se que, quando o John von Neumann escreveu a
"bíblia quântica", _Mathematical Foundations of Quantum Mechanics_ (aquele
mesmo onde ele introduz o conceito de espaço hilbertiano e várias outras
ferramentas que ainda estão em uso na mecânica quântica), o objetivo
principal era justamente elaborar uma descrição da mecânica quântica que
abrangesse tudo - daí essa abordagem ser também conhecida como "all
quantum". E por falar em "bíblias quânticas", a teoria da transformação que
Paul Dirac desenvolveu nos _Princípios da Mecânica Quântica_ permite pegar
qualquer teoria clássica e transformá-la em uma teoria quântica, por meio de
um processo chamado de "quantização". De modo que a separação entre o
domínio da física clássica e o reino da mecanica quântica não é uma
fronteira absoluta e, assim, não é necessariamente *errado* aplicar a
mecânica quântica aos eventos do mundo macroscópico. Também não é
necessariamente *certo*. É só um caminho aberto pra pesquisa.
>Com certeza eu não teria batido o pé nesse sentido caso esta limitação não
existisse.
Você não tinha como saber, porque eu não falei nada sobre essa parte. Como
você mesma frisou, numa situação como essa, só dá pra saber sobre a pessoa o
que ela mesma diz. Eu também só sei algumas coisas a teu respeito, e presumo
outras, mas posso estar completamente errado nas coisas que eu presumo. ;-)
>Fica sim... mas daí releia as objeções ;)
Elas partem do princípio de que eu quero desenvolver uma teoria que os
próprios cientistas reconheçam como científica. Não é o caso. Eu não paro
muito pra pensar sobre como as minhas idéias deveriam ser classificadas, mas
definitivamente não é como ciência. Eu bebo na fonte da ciência como bebo em
várias fontes. Mas, do mesmo jeito que o fato de eu me alimentar da religião
não significa que eu queira fundar uma religião, eu também me alimento da
ciência sem por isso querer fazer ciência. Se alguém insistir em classificar
as minhas idéias de algum jeito, seria como filosofia - mais
especificamente, como uma teoria metafísica ao bom velho estilo. ;-)
>Estive participando de uma *rodada* de mensagens em uma lista espírita umas
semanas atrás... foi triste.
Pois é. Eu tenho alguns amigos espíritas, mas não discuto muito esses
assuntos com eles porque, às vezes, eles conseguem ser piores que
Testemunhas de Jeová, apontam pros livros do Kardec como se fosse a verdade
definitiva e inquestionável. É até pior porque, como o Kardec recorreu a
algumas teorias científicas, eles insistem que espiritismo não é religião, é
ciência. Só que as teorias a que o Kardec recorreu são as das ciências do
século XIX, como o éter, por exemplo, que já estão completamente
ultrapassadas. Um banho de mecânica quântica e física relativística faria
muito bem ao kardecismo, mas eu é que não vou me meter nesse buraco. ;-)
>Essa é a idéia de Taniguchi... após um compêndio de análises
e estudos das religiões do mundo. Ele achou que descobriu a
*verdade*. Em parte ao ler as sutras têm-se essa impressão.
Eu gosto mais da postura do Buda, que é mais pragmática. Ele dizia que não
adianta ficar especulando sobre o que é o nirvana, se Deus existe ou não, e
outras questões semelhantes, porque não dá pra responder a esse tipo de
pergunta enquanto você estiver preso ao ponto-de-vista do samsara e, depois
que você se liberta dessa perspectiva, as perguntas não fazem mais nenhum
sentido. O foco dele também tava na prática.
>Fica a seu critério demonstrar isso então ;)
Você prefere que eu use argumentos da psicologia, das neurociências ou da
religião? ;-)
>Eu ainda não *pesquei* a sua idéia. Você acha que a
individualidade existe além do plano físico e "imediações"?
Eu não penso nesses termos, que são espíritas demais pro meu gosto. A
verdadeira realidade não é um outro mundo, localizado em outro plano ou no
céu. É aqui mesmo. A gente não vê porque vive com os olhos fechados. Basta
abrir os olhos. É como se, desde o nascimento, a gente fosse obrigado a usar
uma venda nos olhos, que nos impedisse de enxergar o mundo. Pra ter acesso
ao mundo, você não tem que ir pra lugar nenhum, tem só que tirar a venda.
>O Nirvana ao que tudo indica é a perda de ego e consequente perda de
individualização. Vamos dizer que caso não houvesse uma individualização,
não estaríamos aqui hoje trocando idéias. E o
Universo provavelmente seria uma massa amorfa... ;)
Ao que tudo indica, o nirvana é a perda do ego, ponto. A individualização já
é outro departamento. Se a iluminação fosse a perda da individualidade, os
zen-budistas não te pediriam pra mostrar o teu verdadeiro rosto - aquele que
você tinha antes de nascer. Considera o seguinte exemplo: uma casa é feita
de várias partes. Ela tem telhado, portas, janelas, parede. Tudo isso forma
uma unidade - a casa. Mas perceber a unidade da casa não significa que não
exista diferença entre uma porta e um telhado, nem que a casa seja uma massa
amorfa. Você é você, quer se perceba como uma entidade separada, quer como
parte de um todo maior.
>Nós é que estamos nadando contra a corrente do processo que a
vida criou para perpetuar-se.
"Nós", os seres humanos ou nós, que buscamos uma alternativa pra esta
realidade? Porque se for "nós, os seres humanos", não me parece que a gente
tá nadando contra a corrente, não. Tanto na natureza quanto na civilização,
reina o mesmo pega-pra-capar generalizado. ;-)
>Imagine agora que nós vivêssemos em um plano de existência
sem dificuldade alguma, sem a forja que dá a têmpera... ou se jamais
tivesse havido a seleção natural e a consequente evolução das
espécies. Um plano além do tempo, eterno, imutável... imóvel...
hum?
Eu não consigo imaginar. Nem você. Nem ninguém. Todo o nosso equipamento
conceitual foi modelado por este mundo, tal como se apresenta. Pra tentar
imaginar o que seria uma realidade sem essas características, não temos
outra alternativa a não ser abstrair as características deste mundo, e
visualizar alguma coisa que seria o negativo desta. É claro que essa imagem
seria vazia, amorfa, porque ela foi obtida por pura redução do conhecido.
Pense numa criança que nunca pôs os pés fora do apartamento perguntando pra
mãe o que é uma praia:
- Mãe, a praia tem janela?
- Não, meu filho, praia não tem janela.
- Tem porta na praia?
- Também não.
- E escada?
- Não.
- Então tem elevador?
- Não, praia não tem nem escada nem elevador.
- Tem cozinha?
- Não.
- Banheiro?
- Não.
- Quarto?
- Não.
- Puxa, não tem nada nessa tal de praia! ;-)
>E se na realidade não fomos propriamente aprisionados mas
desejamos sair por pura curiosidade?
Só tem um jeito de descobrir, não? ;-)
>Mas e se tudo só tiver mesmo o propósito de ser experimentado?
Olha o propósito aí de novo. ;-)
>Mas se tal conhecimento não puder ser aplicável à humanidade, à vida como
um todo... de que
adiantaria?
Primeiro passo, pegar o tigre. Não adianta tentar adivinhar de antemão onde,
como e se esse conhecimento pode ser aplicado antes de *ter* o conhecimento.
>O que tem inspirado a minha busca por respostas a essas questões
fundamentalmente é o desejo de acabar com o sofrimento, a dor, a fome, a
perda.
A minha também, embora às vezes isso me pareça um pouco de pretensão demais
da minha parte. ;-)
>Meu desejo é melhorar o mundo, não sair.
Mas quem falou em *sair* do mundo? Pra início de conversa, sair pra onde?
;-) Uma das minhas frases preferidas do Marx (que é outra das minhas fontes,
embora eu não seja mais marxista do que cientista ou religioso) tá no final
das _Teses sobre Feuerbach_: "Os filósofos têm apenas *interpretado* o mundo
de maneiras diferentes; a questão, porém, é *transformá-lo*." É claro que
titio Karl teria um ataque de cólica se soubesse o sentido que eu dou pra
essa frase (Marx, como Freud e Kardec, era prisioneiro dos paradigmas do
século XIX), mas a idéia geral é essa.
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 15:41
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> > Olá Roberto Takata. O que seria uma instituição de pesquisa
> > idônea? como se garante isso com seres humanos?
>
> Vc nomeia. Se quiser pode doar pra Unicef, pra Unesco,
> pra AACD, alguma instituicao de caridade entao existente.
> Esse definitivamente nao e' o ponto.
Este é exatamente o ponto. Paradoxalmente para garantir que uma
descoberta tecnológica potencialmente perigosa não venha se ser usada
como arma contra a humanidade é necessário restringir quem poderá
usufruir do conhecimento. Não é isso que o Tio Sam tentou fazer com
relação às armas nucleares? Por um tempo pode ter até funcionado, mas
a tecnologia vazou, ou então outros cientistas "do mal" conseguiram
chegar até ela. Por enquanto, felizmente, só a tecnologia não basta
pois construição de um artefato nuclar ainda chama muita atenção:
compra de urânio, grandes instalações, muita gente envolvida.
Mas isso só até que cientistas "do mal" desenvolvam a técnica de
fabricá-los usando pouca gente, pouco espaço, e qualquer material. Aí
qualquer Al Quaeda vai poder explodir tudo. Chute em quanto tempo
isso virá acontecer. Eu acho que 500 anos dá e sobra.
Bom, mas vamos que se baixe um novo mandamento mundial para as
instituições científicas: "Não farás pesquisa nuclear". Aliás,
suponhamos também que a Lei seja mais abrangente: "Quando
vislumbrares em suas pesquisas algo potencialmente danoso, pararás
imediatamente, queimarás os vossos arquivos, e partirás para outra
pesquisa mais dócil". Isso não funciona! Isso é ilusão! O
potencialmente danoso e o potencialmente proveitoso estão no mesmo
tubo de ensaio!
> (Na verdade como nesse caso eu seria o ganhador da aposta
> deveria eu mesmo nomear, mas serei magnanimo e evitarei
> suspeicoes de q. o dinheiro sera' aplicado em pesquisas
> malinas ou em algum projeto contra a humanidade.)
>
Gostaria que você ganhasse, esse é meu desejo sincero, mas meu senso
de razão me diz que irá perder.
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 15:42
----- Original Message -----
From: José Renato
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 12:16 PM
Subject: Fw: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Olá, Lígia e Lúcia!
Salve, José Renato! Só uma pequena correção: é Lúcio, tá? Quer dizer, pelo
menos da última vez que eu verifiquei, ainda era do sexo masculino... ;-)
>"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente,
você estará fazendo o que antes pensava ser impossível." Francisco de Assis
É uma bela frase, e eu acho que o caminho é mesmo por aí.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 15:45
----- Original Message -----
From: Carlos Zardini
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 4:41 PM
Subject: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
>Paradoxalmente para garantir que uma descoberta tecnológica potencialmente
perigosa não venha se ser usada
como arma contra a humanidade é necessário restringir quem poderá usufruir
do conhecimento. Não é isso que o Tio Sam tentou fazer com relação às armas
nucleares?
Não exatamente. O que o tio Sam queria era que os outros países não viessem
a usar as armas nucleares contra o próprio tio Sam, mas ele mesmo se
resguardou esse direito.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 16:13
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Este é exatamente o ponto.
Não é. O ponto q. vc pôs em discussão é que estamos
inexoravelmente fadados à autodestruição.
> Gostaria que você ganhasse, esse é meu desejo sincero, mas meu
> senso de razão me diz que irá perder.
Vamos apostar então. Diga-me o prazo. Se não tiver
um prazo não dá pra trabalhar.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 16:35
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> > Este é exatamente o ponto.
>
> Não é. O ponto q. vc pôs em discussão é que estamos
> inexoravelmente fadados à autodestruição.
>
Estamos inexoravelmente fadados à autodestruição pelo método nuclear
pois não há como evitar que uma nova tecnologia de construção de
bombas nucleares - uma tecnologia que necessite de menos recursos -
seja desenvolvida e caia nas mãos de terroristas. Este é o ponto. E
como novas tecnologias não caem do céu (costumam ser desenvolvidas
por instituições científicas), faz parte do ponto.
> > Gostaria que você ganhasse, esse é meu desejo sincero, mas meu
> > senso de razão me diz que irá perder.
>
> Vamos apostar então. Diga-me o prazo. Se não tiver
> um prazo não dá pra trabalhar.
O prazo começa hoje e vai até o ano 2500.
> []s,
>
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicanálise e evolução
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 17:47
Prezado Joao,
por que nao discutimos psicanalise ou aspectos do comportamento humano e
biologia/genetica? Colocar evolucao em questao eh complicar demais o debate,
pois se nem temos certeza de como somos hoje, por que adicionar a variavel
do como chegamos aqui? Onde ou o que eh o aqui?
Eu tenho um trabalho de muitos anos nesse campo do comportamento X biologia,
mas, como voce diz, quem dominou a questao comportamental no mundo durante
as ultimas decadas foram os profissionais/pesquisadores da area das ciencias
sociais, que tenderam a rejeitar "in limine" os possiveis (e muito
provaveis) fundamentos biologicos/geneticos do nosso comportamento. Eu tenho
uma enorme dificuldade em dialogar com sociologos ou psicologos, pois, alem
das questoes ideologicas que permeiam a aceitacao ou nao de um certo
determinismo biologico em nosso comportamento, eles nao estudam
biologia/genetica.
De toda a forma, estou pronto a ingressar no seu time de discussao. Acho que
podemos colher grandes frutos nesse debate.
Gostei muito da sua proposta.
Um abraco,
Antonio Castro
PS: proponho nao separarmos o grupo da lista Ciencia. Basta nominar o
assunto com algum termo fixo e fazer um filtro no "browser".
----- Original Message -----
>From: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 29, 2002 6:54 PM
Subject: [ciencialist] Psicanálise e evolução
>Olá. Aqui tem um pessoal bom ligado em psicanálise e outras áreas da
mente. Gostaria de discutir com eles sobre uma integração da
psicanálise à teoria evolutiva. Acho esse empreendimento dois mais
importantes de nossa época, mas não tenho visto disposição dos
integrantes desta lista para falar do assunto. Se existir objeção
quanto a essa integração, poderíamos pelo menos discuti-la, tentando
mostrar por que a psicanálise deve ou não ser colocada em bases
evolutivas. Marco Aurélio disse que existe sim uma preocupação em se
colocar a psicanálise em bases biológicas. Desconheço esta linha e
gostaria, se possível, de discutir o assunto. Desconfio, no entanto,
que estamos falando de coisas diferentes. Ao meu ver, uma abordagem
biológica da psicanálise, especialmente no que diz respeito às
questões de pai, mãe, atração sexual, incesto, etc., levaria
inevitavelmente a uma teoria da sociedade. Já existe uma abordagem
evolutiva do comportamento social, mas em geral ela é feita na
tradição da sociobiologia, que procura apenas desvendar as causas
evolutivas dos comportamentos, não se dando ao trabalho de sondar os
programas mentais que estão por trás destes comportamentos.
>A importância de tratar deste desprezado assunto é enorme. Durante
praticamente todo o século XX as ciências do homem procederam como se
ele fosse inteiramente determinado pela cultura. Praticamente toda a
sociologia e antropologia posterior a Durkheim partiu dessa premissa.
Todos os sociólogos de hoje foram formados neste paradigma e eles não
irão conseguir realizar a transição, pois implicaria em mudar todo o
edifício teórico que eles construíram nessas últimas décadas. Ao
invés disso eles irão se entrincheirar em suas cátedras
universitárias e irão defender suas idéias até o último sobrevivente.
Isso deixa um enorme terreno vazio para as novas mentes explorarem.
Não é um exagero dizer que temos a nossa frente a maior revolução nas
ciências do homem que já ocorreu. A constatação do darwinismo como o
princípio que está por trás da existência humana é talvez a mais
importante realização intelectual da história. Não só a sociologia e
psicanálise, mas toda a filosofia tem que ser reinterpretadas de
acordo com a nova luz. Mas ao que parece ninguém está disposto a
fazer isto. É uma situação absurda dada a grandiosidade da situação.
>Gostaria de criar um grupo para discutir o assunto. Não seria apenas
para discutir uma síntese entre psicologia e evolução, mas qualquer
questão relacionada às ciências do homem. O problema é que esta lista
tem mensagens demais. Cada dia são postadas dezenas de mensagens, e
qualquer um se perde no meio de tanta coisa. Uma mensagem que seja
postada irá rapidamente se perder em um mar de mensagens, correndo o
perigo de não ser lida por ninguém. Minha proposta seria criar um
grupo restrito com apenas um pessoal sério. Isso, justamente com o
assunto restrito, iria diminuir muito o número de mensagens.
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SUBJECT: Psicanálise e evolução
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 17:54
Olá. Aqui tem um pessoal bom ligado em psicanálise e outras áreas da
mente. Gostaria de discutir com eles sobre uma integração da
psicanálise à teoria evolutiva. Acho esse empreendimento dois mais
importantes de nossa época, mas não tenho visto disposição dos
integrantes desta lista para falar do assunto. Se existir objeção
quanto a essa integração, poderíamos pelo menos discuti-la, tentando
mostrar por que a psicanálise deve ou não ser colocada em bases
evolutivas. Marco Aurélio disse que existe sim uma preocupação em se
colocar a psicanálise em bases biológicas. Desconheço esta linha e
gostaria, se possível, de discutir o assunto. Desconfio, no entanto,
que estamos falando de coisas diferentes. Ao meu ver, uma abordagem
biológica da psicanálise, especialmente no que diz respeito às
questões de pai, mãe, atração sexual, incesto, etc., levaria
inevitavelmente a uma teoria da sociedade. Já existe uma abordagem
evolutiva do comportamento social, mas em geral ela é feita na
tradição da sociobiologia, que procura apenas desvendar as causas
evolutivas dos comportamentos, não se dando ao trabalho de sondar os
programas mentais que estão por trás destes comportamentos.
A importância de tratar deste desprezado assunto é enorme. Durante
praticamente todo o século XX as ciências do homem procederam como se
ele fosse inteiramente determinado pela cultura. Praticamente toda a
sociologia e antropologia posterior a Durkheim partiu dessa premissa.
Todos os sociólogos de hoje foram formados neste paradigma e eles não
irão conseguir realizar a transição, pois implicaria em mudar todo o
edifício teórico que eles construíram nessas últimas décadas. Ao
invés disso eles irão se entrincheirar em suas cátedras
universitárias e irão defender suas idéias até o último sobrevivente.
Isso deixa um enorme terreno vazio para as novas mentes explorarem.
Não é um exagero dizer que temos a nossa frente a maior revolução nas
ciências do homem que já ocorreu. A constatação do darwinismo como o
princípio que está por trás da existência humana é talvez a mais
importante realização intelectual da história. Não só a sociologia e
psicanálise, mas toda a filosofia tem que ser reinterpretadas de
acordo com a nova luz. Mas ao que parece ninguém está disposto a
fazer isto. É uma situação absurda dada a grandiosidade da situação.
Gostaria de criar um grupo para discutir o assunto. Não seria apenas
para discutir uma síntese entre psicologia e evolução, mas qualquer
questão relacionada às ciências do homem. O problema é que esta lista
tem mensagens demais. Cada dia são postadas dezenas de mensagens, e
qualquer um se perde no meio de tanta coisa. Uma mensagem que seja
postada irá rapidamente se perder em um mar de mensagens, correndo o
perigo de não ser lida por ninguém. Minha proposta seria criar um
grupo restrito com apenas um pessoal sério. Isso, justamente com o
assunto restrito, iria diminuir muito o número de mensagens.
SUBJECT: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 18:04
Lúcio, perdão pelo erro ortográfico constrangedor.
Acredito em vc, não precisa comprovar mais nada.
[]s
José Renato
______________________
----- Original Message -----
From: Lucio Jorge Pina Manfredi
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 4:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
----- Original Message -----
From: José Renato
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 12:16 PM
Subject: Fw: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Olá, Lígia e Lúcia!
Salve, José Renato! Só uma pequena correção: é Lúcio, tá? Quer dizer, pelo menos da última vez que eu verifiquei, ainda era do sexo masculino... ;-)
>"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e, de repente,você estará fazendo o que antes pensava ser impossível." Francisco de Assis
É uma bela frase, e eu acho que o caminho é mesmo por aí.
Abs.
L.
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 18:53
----- Original Message -----
From: José Renato
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 29, 2002 7:04 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Lúcio, perdão pelo erro ortográfico constrangedor.
Acredito em vc, não precisa comprovar mais nada.
Não esquenta, não. Eu achei engraçado. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 19:20
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> O prazo começa hoje e vai até o ano 2500.
Ok, então vc deposita R$ 1,00 todos os dias em minha
conta até a data limite. O valor sera' investido em
uma carteira de aplicações. Se até lá houver uma
hecatombe nuclear todo o valor depositado será
devolvido com juros e correção monetária. Se o
prazo vencer e a humanidade não tiver sido dizimada,
todo o valor será meu -- e eu doarei para uma
instituição de promoção social e da cidadania.
Provavelmente morremos antes, mas creio q. poderemos
fazer um tratado institucional de modo q. a aposta
tenha validade mesmo após as nossas mortes.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Psicanálise e evolução
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 19:25
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> Se existir objeção quanto a essa integração, poderíamos pelo menos
> discuti-la, tentando mostrar por que a psicanálise deve ou não ser
> colocada em bases evolutivas.
E' possivel tentar entender a psicologia e os elementos
psicanaliticos sob a luz da evolucao biologica. Porém, e
ressalte-se esse porém, pra isso é preciso estudos sérios,
bem conduzidos e não puros achismos e teorizações na base
de simples suposições.
A mim pessoalmente me parece q. entendemos ainda muito
pouco do funcionamento de nosso cérebro, menos ainda sobre
como se deu a evolução de nosso sistema nervoso (eu disse
pouco, muito pouco, não digo q. não se entenda nada), pra se ter
uma base muito firme. Mas isso é o meu entendimento particular,
nada contra quem pensar de outro modo e tentar.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 19:28
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> Ok, então vc deposita R$ 1,00 todos os dias em minha
> conta até a data limite. O valor sera' investido em
> uma carteira de aplicações. Se até lá houver uma
> hecatombe nuclear todo o valor depositado será
> devolvido com juros e correção monetária. Se o
> prazo vencer e a humanidade não tiver sido dizimada,
> todo o valor será meu -- e eu doarei para uma
> instituição de promoção social e da cidadania.
>
> Provavelmente morremos antes, mas creio q. poderemos
> fazer um tratado institucional de modo q. a aposta
> tenha validade mesmo após as nossas mortes.
>
Mas vc ainda não me provou que nossa espécie vai viver até lá. Lembra
que essa foi a condição inicial que coloquei para a aposta? Prove
pelo menos que não vai haver uma hecatombe nuclear que já me dou por
satisfeito. Aliás, não precisa provar, só me dê algumas evidências de
que isto não tende a acontecer.
> []s,
>
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 20:49
Os e-mails de Lígia e Lúcio são inspiradores, vejam essas preciosas
informações abaixo:
[]s
José Renato
________________________
> Fazer uma mulher feliz é fácil.
>
> Só é nec
(...)
> 33)Ambicioso
> 34)Capaz
> 35)Valente
> 36)Decidido
> 37)Confiável
> 38)Respeitador
> 39)Apaixonado
> 40) E, sobretudo, muuuuiiito rico!
> Entretanto, é preciso estar atento para:
> a. Não ser ciumento... mas, sem parecer desinteressado;
> b. Dar-se bem com a família dela... mas, sem lhe dedicar mais tempo do que
a ela;
> c. Que ela desfrute de total liberdade... mas, mostrando-se carinhosamente
preocupado em saber por onde andou, com quem falou...
(...)
>
> AGORA VEJAM COMO FAZER UM HOMEM FELIZ
>
>
> Para fazer o seu parceiro feliz é bem mais fácil.
>
> É necessário estar atenta para lhe conceder:
>
> 1. Sexo
> 2. Comida
> 3. E cerveja.
########>>Foi a Lígia quem escreveu isso? Vai vendo...!<<##########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 21:13
Prezado Takata (sempre prezado),
eu tenho 20 anos de estudo sobre o tema. Bem mais que achismos, pode crer.
Aceito o desafio do Joao de Carvalho. Mais: proponho um encontro dos que
querem discutir o assunto (presencial). Estou trabalhando atualmente no
Instituto Nacional de Tecnologia, orgao do Ministerio de Ciencia e
Tecnologia no Rio. Tem sala para um encontro nosso. Eh soh marcar a data.
Abracos,
Antonio Castro
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 29, 2002 8:25 PM
Subject: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> Se existir objeção quanto a essa integração, poderíamos pelo menos
> discuti-la, tentando mostrar por que a psicanálise deve ou não ser
> colocada em bases evolutivas.
E' possivel tentar entender a psicologia e os elementos
psicanaliticos sob a luz da evolucao biologica. Porém, e
ressalte-se esse porém, pra isso é preciso estudos sérios,
bem conduzidos e não puros achismos e teorizações na base
de simples suposições.
A mim pessoalmente me parece q. entendemos ainda muito
pouco do funcionamento de nosso cérebro, menos ainda sobre
como se deu a evolução de nosso sistema nervoso (eu disse
pouco, muito pouco, não digo q. não se entenda nada), pra se ter
uma base muito firme. Mas isso é o meu entendimento particular,
nada contra quem pensar de outro modo e tentar.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: Erros científicos nos filmes
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 21:15
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
>
> erro1: Sons dos 'tiros' ou descargas laser no vácuo [ sons, como
ondas
> mecânicas que são, não se propagam no vácuo; descargas laser, como
ondas
> eletromagnéticas que são, não produzem ruído algum.
>
> Alvaro. Os sons são ouvidos porque o microfone fica do lado de
dentro da
> cabine, onde existe ar...
Lígia: Nãaaa... não é isso não. Os *fitzzz*, *fitzzz* dos disparos
acontecem por causa da rápida movimentação da nave no vácuo. Os sons
da emissão de raios laser acontecem devido ao tunelamento quântico
decorrente do incremento da força G das naves em alta velocidade.
> erro2: cabos condutores de carga elétrica não soltam fagulhas pelas
> extremidades. Estamos cansados de ver os mocinhos puxarem um desses
cabos e
> encostarem nos bandidos, com fagulhas para todos os lados.
>
> Alvaro. O ar em volta dos mocinhos está sempre ionizado, o que faz
com que
> os cabos soltem faíscas. A ionização é causada pela aura energética
> altamente positiva que todo mocinho libera...
Lígia: Então vejamos: o mocinho é positivo (cátodo) e o bandido é
negativo (ânodo). Assim, dada a ddp entre ambos ( decorrente da
briga - atrito ) produz-se uma intensa corrente elétrica e quando
esta encontra o fio, descarrega - daí as fagulhas.
> erro3: material radioativo não zumbe, como sempre vemos em tais
filmes.
>
> Alvaro. Naturalmente, o material radiotivo dos filmes de ficção é
muito
> mais avançado e "energético" do que os atuais. Por isso o zumbido...
Lígia: Erro de interpretação: na realidade o zumbido é associado a
motores a gravidade. O material radioativo faz um barulho de sacola
plástica de supermercado sendo amassada...
> erro4: o tiro de uma pistola magnum ou mesmo de uma carabina não
pode jogar
> o bandido pela janela e quase atravessar a rua; a quantidade de
movimento
> da bala (ou chumbos) que o bandido recebe é a mesma que recebeu a
mão que
> empunha o revolver (e a mão do mocinho nem treme!).
>
> Alvaro. Essa é fácil: todo mundo sabe que o mocinho é sempre mais
forte do
> que o bandido. Além disso, as armas dos filmes têm amortecedores, o
que já
> não acontece com os bandidos...
Lígia: O bandido é atirado longe devido às altas doses de adrenalina
em sua corrente sanguínea que faz com que seus músculos retesem-se
tanto que ao receber o disparo, ele literalmente salta para trás (
efeito catapulta).
> erro5: podem continuar e, quando chegar em pelo menos uns 20
enviarei ao
> professor Ivys (e servirá para todos nós).
erro 5: Mesmo em um intenso tiroteio, o mocinho é baleado apenas uma
vez ( se for baleado) enquanto duas balas dele acertam 20 bandidos e
todos morrem. Pergunta: isso tem a ver com estatística?
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 21:19
Outra coisa, prezado Takata, tente se libertar de pensar sempre em termos de
evolucao. Voce que eh biologo, embora nao tenha o CRB, pense em analisar o
comportamento humano a luz da biologia. Te garanto que eh bem mais
simples.....
Abs,
AC.
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 29, 2002 8:25 PM
Subject: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> Se existir objeção quanto a essa integração, poderíamos pelo menos
> discuti-la, tentando mostrar por que a psicanálise deve ou não ser
> colocada em bases evolutivas.
E' possivel tentar entender a psicologia e os elementos
psicanaliticos sob a luz da evolucao biologica. Porém, e
ressalte-se esse porém, pra isso é preciso estudos sérios,
bem conduzidos e não puros achismos e teorizações na base
de simples suposições.
A mim pessoalmente me parece q. entendemos ainda muito
pouco do funcionamento de nosso cérebro, menos ainda sobre
como se deu a evolução de nosso sistema nervoso (eu disse
pouco, muito pouco, não digo q. não se entenda nada), pra se ter
uma base muito firme. Mas isso é o meu entendimento particular,
nada contra quem pensar de outro modo e tentar.
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Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 23:04
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 30, 2002 12:16 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Lígia: Oi Lúcio! Obrigada pelos links! Vou fuçá-los e assim que
tiver lido, eu dou meu "aval"... ;)
Curiosamente, eu tô pesquisando links sobre o princípio antrópico
participativo e a gênese pela observação, ambos propostos pelo John Wheeler,
e adivinha em quem é que eu tropeço link após link? Ele mesmo, o Andrei
Linde! Curioso como até um mês atrás, eu nunca tinha ouvido falar do gajo e
de repente começo a esbarrar com ele em tudo quanto é canto... ;-)
>Obrigada por desejar minimizar minha esquizofrenia... :)
Minimizar, não. Assim como a minha paranóia (eu sou um adepto fervoroso do
método paranóico-crítico do Salvador Dalí), acho que a tua esquizofrenia
pode ser muito útil. É só saber usar. ;-)
>O problema seria entender como isto ocorre e em que o ponto
de vista de um camundongo influenciaria a minha própria apreciação do
mundo que me rodeia... :)
A tua talvez não influencie, mas certamente influencia a do camundongo. ;-)
Aqui talvez valha a pena fazer outra ponte com as neurociências e a
biologia. O Francisco Varela (biólogo) e o Humberto Maturana (neurologista)
desenvolveram uma teoria, que eles chamaram de autopoeise, segundo a qual
cada organismo cria o seu próprio universo. A teoria é fundamentada pra
burro (tem um bocado de coisa na Internet, se você quiser eu te passo os
links) e o livro que reúne os principais textos do Maturana tem o sugestivo
título de _A Ontologia da Realidade_. O mais interessante é que isso dá uma
guinada na teoria da evolução: eles não discutem que o organismo é modelado
pelo meio-ambiente mas, aqui é que tá o truque, esse meio-ambiente, por sua
vez, é modelado pelo próprio organismo. Daí a autopoiese, porque o organismo
é criado por aquilo que ele cria.
>Dou minha mão à palmatória, vai... o problema maior de
alguém como eu que tem um tombo para o misticismo é justamente criar
uma ponte entre a Ciência e a consciência sem cair no meramente
místico. O lado místico acaba sendo complacente enquanto o
científico é rigoroso. A fusão é mais difícil que a cisão nesse
caso...
Bom, aí tem dois caminhos. O primeiro seria tornar o lado científico tão
complacente quanto o lado místico, o que não me parece lá muito
recomendável, já tem new age demais na parada. ;-) E o segundo seria tornar
o lado místico tão rigoroso quanto o científico. É o que eu tô tentando,
dentro das minhas parcas possibilidades e limitados recursos. ;-)
>Maravilha! Espero que todos os que costumam dizer que os
físicos heréticos falam bobagens quando citam a consciência como
agente nesse quesito "materialização" pensem duas vezes antes de nos
atacarem por aqui... :)
Essa idéia tá no coração da mecânica quântica desde a teoria das potentia,
que o Heisenberg pegou emprestado do Aristóteles, até a gênese pela
observação, do Wheeler e do Linde, passa pelas idéias do Pauli sobre a
matéria como uma exteriorização da psique, pelo modelo all quantum do Von
Neumann e pelas hipóteses do Eugene Wigner. Mais ortodoxo do que isso,
impossível. ;-) É por isso que realistas como Einstein nunca se sentiram à
vontade com a mecânica quântica - o desconforto do velhinho linguarudo
nasceu justamente do fato de que ele não podia aceitar como científica uma
teoria na qual as propriedades de uma partícula são determinadas pela
medição...
>Já imaginou você sendo adotado como "muso" New Age por sua vez?
Já. Nos meus piores pesadelos. Bom, pelo menos eu não tenho nenhuma
reputação pra perder... ;-)
>Diante disso que você afirma, fico imaginando qual o porquê
de haver tantos céticos torcendo os narizes quando lêem artigos que
associam a MQ ao mundo macro... ( obs: Levei uma sabonetada do
Brudna em outra lista por causa disso, inclusive com direito a gnomos
e demais personagens da fauna associada ao mundo místico... e ele
lida com links o tempo todo!).
Porque isso leva a algumas conclusões bastante insatisfatórias pros céticos.
Eles são tudo, menos céticos. Acreditam piamente na existência de um mundo
exterior objetivo, no qual o observador não desempenha nenhum papel. Deve
ser meio irritante ter que engolir que, na própria física, último baluarte
da objetividade e derradeiro bastião do realismo, a teoria mais bem-sucedida
do século XX é justamente aquela que permite questionar esse pressuposto.
;-) Quando aparece um lúcio dizendo essas coisas, é fácil alegar que ele não
entende nada de física, que não sabe do que está falando e por aí vai.
Difícil é usar esses "argumentos" contra um von Neumann ou um Pauli... ;-)
>A gente pode criar apêncices de perguntas e respostas da vida
um do outro e anexá-los ao final de cada e-mail... ;)
Rárárá. Não acho uma boa idéia. Essas mensagens já são enormes do jeito que
estão... ;-)
>A proposta de Kardec era criar uma ciência para o estudo dos espíritos.
Mas "virou" religião... :(
É esse o ponto. Se tivesse continuado como ciência, teria evoluído com o
avanço dos conhecimentos científicos, e aí não teríamos aquele constrangedor
vocabulário técnico novecentista, cheio de fluidos magnéticos, éteres e que
tais. Até onde vai o meu conhecimento da história do espiritismo, o ponto de
inflexão foi quando o Dr. Hippolite Denizard Rivail passou a confiar
cegamente no que os supostos espíritos lhe diziam e deixou de submeter essas
respostas ao crivo do método científico. Quer dizer, ainda se usa uma pálida
caricatura desse método: antes de ser aceita, idealmente, a mensagem do
"espírito" tem que passar por uma verificação. Mas em que consiste essa
verificação? Apenas em determinar se outro "espírito", se comunicando por
outro médium, passou a mesma informação. Isso leva a alguns resultados pra
lá de absurdos. Por exemplo (e *não é* um exemplo inventado), se um espírito
disser que Mozart está vivendo em Júpiter, essa informação é discutível. Mas
se dois ou mais espíritos disserem a mesma coisa, ah, aí deve ser verdade...
;-)
>Viu? ;) E ainda achou ruim quando eu insisti com a prática...
Eu não achei ruim. Só apontei que eu tenho consciência disso. ;-)
>Neurociências!
Uma das áreas de ponta das neurociências atualmente é a investigação dos
mecanismos neurológicos da consciência. E o que essa investigação vem
descobrindo é que o sentimento subjetivo do ego não é um efeito primário da
consciência, pelo contrário, ele é acrescentado no final do processo e surge
mais como um efeito de perspectiva, como o ponto de fuga de uma pintura. Os
processos cognitivos ocorrem sem nenhuma interferência do ego. Essa é a
matéria de capa da revista _Galileu_ de outubro, mas você pode ir direto às
fontes e consultar _O Erro de Descartes_ e _O Mistério da Consciência_, do
Antonio Damásio, _Fantasmas no Cérebro_, do V. S. Ramachandran e, se você
ler inglês, _Consciousness Explained_, do Daniel Dennett. Nesses livros,
você vai encontrar tanto a evidência experimental quanto a fundamentação
teórica pra afirmar que o ego é só uma ilusão.
>Você já leu algum livro de Castañeda? Gosto da definição de
*ponto de aglutinação*...
Deixa eu olhar pros lados, pra ver se não tem nenhum cético por aqui. ;-) O
Carlos Castaneda é um dos meus autores de cabeceira. Foi no _Viagem a
Ixtlan_, que eu li quando tinha quinze anos, que eu encontrei pela primeira
vez a idéia de que a realidade, ou o mundo que todos conhecemos, é apenas
uma descrição imposta pela sociedade. Foi o que me levou a estudar a
sociologia do conhecimento (especialmente _A Construção Social da
Realidade_, do Thomas Berger e Peter Luckman, que é um clássico). Não que eu
ache que o Castaneda realmente viveu tudo aquilo e que seus livros são
relatos autobiográficos. Eu cada vez mais me convenço que ele elaborou uma
visão de mundo e usou seus conhecimentos de antropologia pra criar um
personagem, o Dom Juan, a fim de ilustrar essas idéias. Mas as idéias são
instigantes e as histórias são bastante divertidas - elas me lembram um
bocado os romances do Philip K. Dick.
>Eu acho que já tive uma experiência pré-*iluminação* ( se é
que isso existe...:). Mas em tal estado, eu pode perceber que tudo é
uma só coisa. Não havia uma diferença entre mim e outra pessoa, algo
como se eu estivesse vendo a mim e vendo as demais pessoas, coisas
animais da perspectiva de "mim mesma". Eu senti uma sensação de
*achei* muito boa que se prolongou por dias... era como se o
Universo coubesse dentro da minha visão de mundo e tudo
se "encaixava" perfeitamente.
Viu só? E nem por isso você deixou de existir. ;-)
>Nós seres humanos. Continuamos comendo as demais espécies
mas criamos compromissos de não nos matarmos mutuamente salvo sob
algumas condições. Interessante notar como a sociedade humana criou
as regras de boa convivência e a figura de Deus teve importância na
elaboração das leis morais que nos impedem de matar o vizinho só
porque ele gosta de ouvir pagode no mais alto volume enquanto lava o
carro sábado às 7 horas da manhã... ou o cobrador que erra o troco e
diz que não se lembra se você deu mesmo uma nota de 10 reais...
Mas é só abrir qualquer jornal na seção policial pra ver que as pessoas
continuam matando o vizinho só porque ele gosta de ouvir pagode, e às vezes
por motivos ainda mais fúteis... Os tais compromissos éticos funcionam mais
como um ideal, na prática nós continuamos agindo pelos mesmos impulsos que
determinam o comportamento dos animais. Faz parte da nossa programação. A
diferença é que talvez esse comportamento seja adequado a uma savana, mas em
sociedade, ele se torna autodestrutivo. É por isso que a gente tem que
determinar com urgência o que constitui essa programação e cancelá-la, antes
que a gente se mate, como vem sendo sugerido em outro thread.
>O contexto do que eu escrevi era outro... ;) Eu pretendia
dar a entender que a imobilidade acabou com a criação do Universo.
Mas a gente não sabe se antes da criação do nosso universo havia
imobilidade. Possivelmente havia alguma coisa que não dá pra descrever nem
com os nossos conceitos de mobilidade, nem de imobilidade. Foi isso que eu
tentei mostrar com o exemplo da praia.
>Mas *pode* acontecer como consequência da descoberta do *mecanismo* da
realidade... está preparado?
Descobrir o mecanismo da realidade já é uma meta tão megalomaníaca... ;-)
Ainda tô muito longe pra me preocupar com isso.
>Entendo como a sua *interpretação* pode vir a *transformar*. Só resta
saber se de fato acontece... ;)
A única maneira de descobrir é tentando, não? ;-)
>Só prá saber: por acaso você já leu algo sobre o movimento New Thought?
Não. Do que se trata?
Bjs.
L.
SUBJECT: Macrocosmo e Microcosmo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 23:05
É possível afirmar que, mantidas as mesmas proporções de energia e massa, tempo e espaço, força e velocidade, os fenômenos do macrocosmo se quivalem quantitativamente aos do microcosmo? Ou não, a diferença é avassaladora e nesse caso em favor de quem?
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: O vôo dos gansos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <sbcr@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 23:08
É famoso um texto comparando o vôo dos gansos e o trabalho em equipe (por
exemplo, http://www.crede06.seduc.ce.gov.br/voo%20em%20equipe.htm).
Deixando as metároras de lado, pergunto aos "passarólogos" da lista: o que
se diz sobre o vôo dos gansos é verdade ou se trata de imaginação em
excesso por parte de algum palestrante organizacional?
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] Macrocosmo e Microcosmo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 23:12
Não se trata de uma questão de escala. No microcosmo as partículas têm a
estranha mania de se comportar como ondas e isso muda tudo. Caso contrário,
a mecância newtoniana poderia ser aplicada a átomos, elétrons, etc.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 30 de Outubro de 2002 00:05
Assunto: [ciencialist] Macrocosmo e Microcosmo
É possível afirmar que, mantidas as mesmas proporções de energia e massa,
tempo e espaço, força e velocidade, os fenômenos do macrocosmo se quivalem
quantitativamente aos do microcosmo? Ou não, a diferença é avassaladora e
nesse caso em favor de quem?
Carlos Alberto
SUBJECT: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 23:14
> > AGORA VEJAM COMO FAZER UM HOMEM FELIZ
> >
> >
> > Para fazer o seu parceiro feliz é bem mais fácil.
> >
> > É necessário estar atenta para lhe conceder:
> >
> > 1. Sexo
> > 2. Comida
> > 3. E cerveja.
>
E quem precisa de comida??
Para maior precisão, sugiro substituir o primeiro item por "sexo com
mulher"...
Alvaro
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 23:16
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Bom, então deixa eu te retribuir a gentileza que você me fez com os
links do
> Andrei Linde e do Brian Josephson recomendando que você dê uma
fuçada no
> seguinte endereço:
Lígia: Oi Lúcio! Obrigada pelos links! Vou fuçá-los e assim que
tiver lido, eu dou meu "aval"... ;)
>Talvez a Ligia mística e a Ligia
> cientista descubram que não precisa haver contradição entre as
duas. ;-)
Lígia: Obrigada por desejar minimizar minha esquizofrenia... :)
> >Se eu não *viajei* no tema, o que eu quis dizer é que se
> tal "materialização" é possível a partir do colapso da função de
> onda, todos os seres vivos ( ou até mesmo materiais ) estão
> participando da "idealização" da matéria e até mesmo o ponto de
vista
> de um camundongo tem que ser levado em consideração.
>
> Você tem algum problema com essa possibilidade? ;-)
Lígia: O problema seria entender como isto ocorre e em que o ponto
de vista de um camundongo influenciaria a minha própria apreciação do
mundo que me rodeia... :)
> Você entende por que eu faço questão de citar direitinho os nomes
dos
> físicos nos quais eu me baseio pra afirmar isto ou aquilo? ;-) Von
Neumann,
> Heisenberg, Wigner, Stapp, esse pessoal todo que eu vivo citando
não fazem
> "ciência". Fazem Ciência. E todos eles defendem a idéia de que a
consciência
> tem um papel relevante aí.
Lígia: Dou minha mão à palmatória, vai... o problema maior de
alguém como eu que tem um tombo para o misticismo é justamente criar
uma ponte entre a Ciência e a consciência sem cair no meramente
místico. O lado místico acaba sendo complacente enquanto o
científico é rigoroso. A fusão é mais difícil que a cisão nesse
caso...
> E eu também insisto no meu ponto: não é um fulano ou um ciclano
qualquer.
> São os mesmos caras que *formularam* os conceitos científicos da
mecânica
> quântica. Isso quer dizer que eles estão com a razão? De modo
algum. Mas não
> se trata de alguém que ouviu o galo cantar e não sabe aonde, são os
próprios
> pais da mecânica quântica, ou alguns de seus principais expoentes,
portanto
> não dá pra dizer que eles só estão fazendo malabarismos pra fazer
as idéias
> caberem dentro de conceitos científicos. Quando eles falam da
mecânica
> quântica, eles sabem do que estão falando - quanto mais não seja
porque, sem
> eles, não haveria mecânica quântica ou ela seria bem diferente do
que é
> hoje. ;-)
Lígia: Maravilha! Espero que todos os que costumam dizer que os
físicos heréticos falam bobagens quando citam a consciência como
agente nesse quesito "materialização" pensem duas vezes antes de nos
atacarem por aqui... :)
> >Melhor assim. New Age é uma praia que permite de tudo.
>
> É exatamente por isso. Além disso, o pessoal da new age tem um
toque de
> anti-Midas: tudo que eles tocam perde a credibilidade perante os
> intelectuais. O Jung construiu uma teoria psicológica rigorosíssima
e
> altamente complexa, mas bastou ser adotado como muso inspirador
pela galera
> new age pra passar a ser visto mais como profeta do que como
cientista.
Lígia: Já imaginou você sendo adotado como "muso" New Age por sua
vez?
> >Mas há a outra parte que sabe que está *errado* associar-se a MQ
com os
> eventos do mundo palpável macroscópico, por simples formalidade.
>
> Como eu falei num outro email, essa *ainda* é uma questão em
aberto, mesmo
> entre os físicos. Lembre-se que, quando o John von Neumann escreveu
a
> "bíblia quântica", _Mathematical Foundations of Quantum Mechanics_
(aquele
> mesmo onde ele introduz o conceito de espaço hilbertiano e várias
outras
> ferramentas que ainda estão em uso na mecânica quântica), o objetivo
> principal era justamente elaborar uma descrição da mecânica
quântica que
> abrangesse tudo - daí essa abordagem ser também conhecida como "all
> quantum". E por falar em "bíblias quânticas", a teoria da
transformação que
> Paul Dirac desenvolveu nos _Princípios da Mecânica Quântica_
permite pegar
> qualquer teoria clássica e transformá-la em uma teoria quântica,
por meio de
> um processo chamado de "quantização". De modo que a separação entre
o
> domínio da física clássica e o reino da mecanica quântica não é uma
> fronteira absoluta e, assim, não é necessariamente *errado* aplicar
a
> mecânica quântica aos eventos do mundo macroscópico. Também não é
> necessariamente *certo*. É só um caminho aberto pra pesquisa.
Lígia: Diante disso que você afirma, fico imaginando qual o porquê
de haver tantos céticos torcendo os narizes quando lêem artigos que
associam a MQ ao mundo macro... ( obs: Levei uma sabonetada do
Brudna em outra lista por causa disso, inclusive com direito a gnomos
e demais personagens da fauna associada ao mundo místico... e ele
lida com links o tempo todo!).
> Você não tinha como saber, porque eu não falei nada sobre essa
parte. Como
> você mesma frisou, numa situação como essa, só dá pra saber sobre a
pessoa o
> que ela mesma diz. Eu também só sei algumas coisas a teu respeito,
e presumo
> outras, mas posso estar completamente errado nas coisas que eu
presumo. ;-)
Lígia: A gente pode criar apêncices de perguntas e respostas da vida
um do outro e anexá-los ao final de cada e-mail... ;)
> >Estive participando de uma *rodada* de mensagens em uma lista
espírita umas
> semanas atrás... foi triste.
>
> Pois é. Eu tenho alguns amigos espíritas, mas não discuto muito
esses
> assuntos com eles porque, às vezes, eles conseguem ser piores que
> Testemunhas de Jeová, apontam pros livros do Kardec como se fosse a
verdade
> definitiva e inquestionável. É até pior porque, como o Kardec
recorreu a
> algumas teorias científicas, eles insistem que espiritismo não é
religião, é
> ciência. Só que as teorias a que o Kardec recorreu são as das
ciências do
> século XIX, como o éter, por exemplo, que já estão completamente
> ultrapassadas. Um banho de mecânica quântica e física relativística
faria
> muito bem ao kardecismo, mas eu é que não vou me meter nesse
buraco. ;-)
Lígia: A proposta de Kardec era criar uma ciência para o estudo dos
espíritos. Mas "virou" religião... :(
> Eu gosto mais da postura do Buda, que é mais pragmática. Ele dizia
que não
> adianta ficar especulando sobre o que é o nirvana, se Deus existe
ou não, e
> outras questões semelhantes, porque não dá pra responder a esse
tipo de
> pergunta enquanto você estiver preso ao ponto-de-vista do samsara
e, depois
> que você se liberta dessa perspectiva, as perguntas não fazem mais
nenhum
> sentido. O foco dele também tava na prática.
Lígia: Viu? ;) E ainda achou ruim quando eu insisti com a
prática...
> >Fica a seu critério demonstrar isso então ;)
>
> Você prefere que eu use argumentos da psicologia, das neurociências
ou da
> religião? ;-)
Lígia: Neurociências!
> >Eu ainda não *pesquei* a sua idéia. Você acha que a
> individualidade existe além do plano físico e "imediações"?
>
> Eu não penso nesses termos, que são espíritas demais pro meu gosto.
A
> verdadeira realidade não é um outro mundo, localizado em outro
plano ou no
> céu. É aqui mesmo. A gente não vê porque vive com os olhos
fechados. Basta
> abrir os olhos. É como se, desde o nascimento, a gente fosse
obrigado a usar
> uma venda nos olhos, que nos impedisse de enxergar o mundo.
Lígia: Você já leu algum livro de Castañeda? Gosto da definição de
*ponto de aglutinação*...
> >O Nirvana ao que tudo indica é a perda de ego e consequente perda
de
> individualização. Vamos dizer que caso não houvesse uma
individualização,
> não estaríamos aqui hoje trocando idéias. E o
> Universo provavelmente seria uma massa amorfa... ;)
>
> Ao que tudo indica, o nirvana é a perda do ego, ponto. A
individualização já
> é outro departamento. Se a iluminação fosse a perda da
individualidade, os
> zen-budistas não te pediriam pra mostrar o teu verdadeiro rosto -
aquele que
> você tinha antes de nascer. Considera o seguinte exemplo: uma casa
é feita
> de várias partes. Ela tem telhado, portas, janelas, parede. Tudo
isso forma
> uma unidade - a casa. Mas perceber a unidade da casa não significa
que não
> exista diferença entre uma porta e um telhado, nem que a casa seja
uma massa
> amorfa. Você é você, quer se perceba como uma entidade separada,
quer como
> parte de um todo maior.
Lígia: Eu acho que já tive uma experiência pré-*iluminação* ( se é
que isso existe...:). Mas em tal estado, eu pode perceber que tudo é
uma só coisa. Não havia uma diferença entre mim e outra pessoa, algo
como se eu estivesse vendo a mim e vendo as demais pessoas, coisas
animais da perspectiva de "mim mesma". Eu senti uma sensação de
*achei* muito boa que se prolongou por dias... era como se o
Universo coubesse dentro da minha visão de mundo e tudo
se "encaixava" perfeitamente.
> >Nós é que estamos nadando contra a corrente do processo que a
> vida criou para perpetuar-se.
>
> "Nós", os seres humanos ou nós, que buscamos uma alternativa pra
esta
> realidade?
Lígia: Nós seres humanos. Continuamos comendo as demais espécies
mas criamos compromissos de não nos matarmos mutuamente salvo sob
algumas condições. Interessante notar como a sociedade humana criou
as regras de boa convivência e a figura de Deus teve importância na
elaboração das leis morais que nos impedem de matar o vizinho só
porque ele gosta de ouvir pagode no mais alto volume enquanto lava o
carro sábado às 7 horas da manhã... ou o cobrador que erra o troco e
diz que não se lembra se você deu mesmo uma nota de 10 reais... E
notar ainda como ficamos horrorizados quando presenciamos espécies
animais comendo e eliminando os filhotes defeituosos, comendo
filhores e membros doentes e fracos de outras espécies, matando-se em
duelos para a escolha do macho dominante... Isso tudo faz parte.
Qual será o porquê de termos aprendido a ser tão renitentes em
aceitarmos a nossa natureza animal que quer sangue, ou que seleciona
os que têm condições de viver daqueles que não?
Porque se for "nós, os seres humanos", não me parece que a gente
> tá nadando contra a corrente, não. Tanto na natureza quanto na
civilização,
> reina o mesmo pega-pra-capar generalizado. ;-)
Lígia: No reino humano há requinte... aprendemos que é errado matar
e deixar morrer. Os animais não sentem remorso, não se sentem
culpados durante dias, não ficam psicóticos ( a não ser quando vivem
com humanos :).
> >Imagine agora que nós vivêssemos em um plano de existência
> sem dificuldade alguma, sem a forja que dá a têmpera... ou se
jamais
> tivesse havido a seleção natural e a consequente evolução das
> espécies. Um plano além do tempo, eterno, imutável... imóvel...
> hum?
>
> Eu não consigo imaginar. Nem você. Nem ninguém. Todo o nosso
equipamento
> conceitual foi modelado por este mundo, tal como se apresenta.
Lígia: O contexto do que eu escrevi era outro... ;) Eu pretendia
dar a entender que a imobilidade acabou com a criação do Universo.
Mas tudo continua *a mesma coisa*. O fato de haver-se manifestado
não retira do Universo as características que possuía *antes* de ser
posto em movimento. Apenas empresta-lhe *ação* de outra forma
impossível na condição de *eternidade*
( ausência do correr do tempo = um eterno tempo presente...).
> >E se na realidade não fomos propriamente aprisionados mas
> desejamos sair por pura curiosidade?
>
> Só tem um jeito de descobrir, não? ;-)
>
> >Mas e se tudo só tiver mesmo o propósito de ser experimentado?
>
> Olha o propósito aí de novo. ;-)
Lígia: Gosto de perguntar... ;)
> >O que tem inspirado a minha busca por respostas a essas questões
> fundamentalmente é o desejo de acabar com o sofrimento, a dor, a
fome, a
> perda.
>
> A minha também, embora às vezes isso me pareça um pouco de
pretensão demais
> da minha parte. ;-)
Lígia: Mas *pode* acontecer como consequência da descoberta do
*mecanismo* da realidade... está preparado?
> >Meu desejo é melhorar o mundo, não sair.
>
> Mas quem falou em *sair* do mundo? Pra início de conversa, sair pra
onde?
> ;-) Uma das minhas frases preferidas do Marx (que é outra das
minhas fontes,
> embora eu não seja mais marxista do que cientista ou religioso) tá
no final
> das _Teses sobre Feuerbach_: "Os filósofos têm apenas
*interpretado* o mundo
> de maneiras diferentes; a questão, porém, é *transformá-lo*." É
claro que
> titio Karl teria um ataque de cólica se soubesse o sentido que eu
dou pra
> essa frase (Marx, como Freud e Kardec, era prisioneiro dos
paradigmas do
> século XIX), mas a idéia geral é essa.
Lígia: Entendo como a sua *interpretação* pode vir a *transformar*.
Só resta saber se de fato acontece... ;)
Só prá saber: por acaso você já leu algo sobre o movimento New
Thought?
Só para constar: já me disseram que isso seria a aplicação direta do
*duplipensar* de Orwell...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2002 23:18
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 30, 2002 1:20 AM
Subject: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
> Não foi não, Antonio... O JR foi quem ficou inspirado a demonstrar
como fazer a sociedade alcançar o *nirvana* com essas
*recomendações*... em parte eu concordo: mulheres são muito
complicadas.
Ou você pode pegar pelo outro lado: homens são muito simplórios. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Macrocosmo e Microcosmo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2002 23:32
Caro Carlos Alberto:
Pretendo não responder a esta questão enquanto você não me responder
a respeito do Tempo de Cada coisa :)... Afinal, que fim levou
aquela pergunta? Encontrou alguma resposta válida?
Beijos, Lígia
*************************************
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> É possível afirmar que, mantidas as mesmas proporções de energia e
massa, tempo e espaço, força e velocidade, os fenômenos do macrocosmo
se quivalem quantitativamente aos do microcosmo? Ou não, a diferença
é avassaladora e nesse caso em favor de quem?
>
> Carlos Alberto
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 00:20
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Os e-mails de Lígia e Lúcio são inspiradores, vejam essas preciosas
> informações abaixo:
>
> []s
>
> José Renato
> ________________________
>
>
> > Fazer uma mulher feliz é fácil.
> >
> > Só é nec
>
> (...)
>
> > 33)Ambicioso
> > 34)Capaz
> > 35)Valente
> > 36)Decidido
> > 37)Confiável
> > 38)Respeitador
> > 39)Apaixonado
> > 40) E, sobretudo, muuuuiiito rico!
> > Entretanto, é preciso estar atento para:
> > a. Não ser ciumento... mas, sem parecer desinteressado;
> > b. Dar-se bem com a família dela... mas, sem lhe dedicar mais
tempo do que
> a ela;
> > c. Que ela desfrute de total liberdade... mas, mostrando-se
carinhosamente
> preocupado em saber por onde andou, com quem falou...
>
>
> (...)
>
> >
> > AGORA VEJAM COMO FAZER UM HOMEM FELIZ
> >
> >
> > Para fazer o seu parceiro feliz é bem mais fácil.
> >
> > É necessário estar atenta para lhe conceder:
> >
> > 1. Sexo
> > 2. Comida
> > 3. E cerveja.
>
>
>
> ########>>Foi a Lígia quem escreveu isso? Vai vendo...!<<##########
Não foi não, Antonio... O JR foi quem ficou inspirado a demonstrar
como fazer a sociedade alcançar o *nirvana* com essas
*recomendações*... em parte eu concordo: mulheres são muito
complicadas.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 03:02
Oi!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Curiosamente, eu tô pesquisando links sobre o princípio antrópico
> participativo e a gênese pela observação, ambos propostos pelo John
Wheeler,
> e adivinha em quem é que eu tropeço link após link? Ele mesmo, o
Andrei
> Linde! Curioso como até um mês atrás, eu nunca tinha ouvido falar
do gajo e
> de repente começo a esbarrar com ele em tudo quanto é canto... ;-)
Lígia: Pode ser parte de um plano: você queria saber mais sobre
Andrei Linde, que chegou ao seu conhecimento através de uma leitura
sem compromisso. Então você entrou nesta lista. Daí você começou a
atirar iscas prá ver se alguém "pegava"/entendia qual era seu
verdadeiro intento. Bem, como eu logo percebi que havia alguma
coisa "certa" com você, resolvi "pegar" a isca e, ao ler nas
entrelinhas de uma de suas mensagens, entrei em contato com você de
sopetão e pus você em contato com Andrei Linde, que era seu
objetivo. Veja como tudo opera-se em decorrência da "egrégora"
criada a partir do momento em que você declarou para si
mesmo: "nossa! Seria bom saber mais sobre Andrei Linde!" Note que
eu, a fim de satisfazer a sua curiosidade, tive que ter entrado em
outra lista também no início deste ano e ler uma página da web
recomendada por uma das co-listeiras a respeito do Universo
Inflacionário e em decorrência ser apresentada a Andrei Linde; ficar
doente em Março desse ano, ir ao médico e ficar 2 horas esperando
pela consulta, assim tendo que ler um montante de 3 revistas, dentre
as quais uma Istoé onde lia-se a reportagem sobre esse ilustre
cientista russo. Veja que eu também tive que entrar para esta lista
mais ou menos nessa mesma época... e ficar aguardando ser útil a
alguém que desse a entender que se interessa por cosmogonia... :)
Agora conclua você o porquê de estar esbarrando nele em todo lugar a
partir da minha "pegada de isca"... ;)
> >O problema seria entender como isto ocorre e em que o ponto
> de vista de um camundongo influenciaria a minha própria apreciação
do
> mundo que me rodeia... :)
>
> A tua talvez não influencie, mas certamente influencia a do
camundongo. ;-)
> Aqui talvez valha a pena fazer outra ponte com as neurociências e a
> biologia. O Francisco Varela (biólogo) e o Humberto Maturana
(neurologista)
> desenvolveram uma teoria, que eles chamaram de autopoeise, segundo
a qual
> cada organismo cria o seu próprio universo. A teoria é fundamentada
pra
> burro (tem um bocado de coisa na Internet, se você quiser eu te
passo os
> links) e o livro que reúne os principais textos do Maturana tem o
sugestivo
> título de _A Ontologia da Realidade_. O mais interessante é que
isso dá uma
> guinada na teoria da evolução: eles não discutem que o organismo é
modelado
> pelo meio-ambiente mas, aqui é que tá o truque, esse meio-ambiente,
por sua
> vez, é modelado pelo próprio organismo. Daí a autopoiese, porque o
organismo
> é criado por aquilo que ele cria.
Lígia: Então agora eu digo também que eu vinha procurando alguma
referência com base mais sólida para entender a idéia de estar
criando meu ambiente à minha imagem e semelhança há uns bons 3 anos!
Viu? E estava profundamente frustrada por não ter acesso a algum
estudo mais pormenorizado sobre isso em mãos, além do fato de não ter
condições de participar de um curso sobre a Mente em BH (loonge de
onde eu moro). Obrigada!
> (...)E o segundo seria tornar
> o lado místico tão rigoroso quanto o científico. É o que eu tô
tentando,
> dentro das minhas parcas possibilidades e limitados recursos. ;-)
Lígia: Talvez esse seja o "caminho do meio" a ser seguido... ;)
> >Diante disso que você afirma, fico imaginando qual o porquê
> de haver tantos céticos torcendo os narizes quando lêem artigos que
> associam a MQ ao mundo macro...
> Porque isso leva a algumas conclusões bastante insatisfatórias pros
céticos.
> Eles são tudo, menos céticos. Acreditam piamente na existência de
um mundo
> exterior objetivo, no qual o observador não desempenha nenhum papel.
Lígia: Concordo... nós dois somos OS céticos ao não acreditarmos em
tal mundo :)
Deve
> ser meio irritante ter que engolir que, na própria física, último
baluarte
> da objetividade e derradeiro bastião do realismo, a teoria mais bem-
sucedida
> do século XX é justamente aquela que permite questionar esse
pressuposto.
> ;-) Quando aparece um lúcio dizendo essas coisas, é fácil alegar
que ele não
> entende nada de física, que não sabe do que está falando e por aí
vai.
> Difícil é usar esses "argumentos" contra um von Neumann ou um
Pauli... ;-)
Lígia: Que serão ignorados por eles doravante...;) Maldade a
minha...
> Viu só? E nem por isso você deixou de existir. ;-)
Lígia: Mas eu não sei se isso foi algum tipo de insight
*iluminador*... pareceu mais um desligamento, um afrouxamento...
> Mas é só abrir qualquer jornal na seção policial pra ver que as
pessoas
> continuam matando o vizinho só porque ele gosta de ouvir pagode, e
às vezes
> por motivos ainda mais fúteis... Os tais compromissos éticos
funcionam mais
> como um ideal, na prática nós continuamos agindo pelos mesmos
impulsos que
> determinam o comportamento dos animais. Faz parte da nossa
programação. A
> diferença é que talvez esse comportamento seja adequado a uma
savana, mas em
> sociedade, ele se torna autodestrutivo. É por isso que a gente tem
que
> determinar com urgência o que constitui essa programação e cancelá-
la, antes
> que a gente se mate, como vem sendo sugerido em outro thread.
Lígia: Uma finalidade muito justa! Não deve ser à toa que muitas
pessoas do mundo inteiro vêm "acordando" para tal urgência em
encontrar meios de recriar a realidade... como diria o Dawkins,
devem ser nossos genes egoístas apelando para os chás :)
> >O contexto do que eu escrevi era outro... ;) Eu pretendia
> dar a entender que a imobilidade acabou com a criação do Universo.
>
> Mas a gente não sabe se antes da criação do nosso universo havia
> imobilidade. Possivelmente havia alguma coisa que não dá pra
descrever nem
> com os nossos conceitos de mobilidade, nem de imobilidade. Foi isso
que eu
> tentei mostrar com o exemplo da praia.
Lígia: Aposto minhas fichas no fato de o Universo ter-se iniciado a
partir da inércia absoluta. Joseph Campbell, em o Poder do Mito, diz
que "a eternidade exclui o tempo". Eu penso que seja isso o que
falta ser entendido pela comunidade científica aplicada no
deslindamento do que deu origem ao universo... A partir da leitura
dessa frase, a eternidade parou de ser encarada por mim como um
loooongo período de tempo e enquadrou-se mais na idéia de um relógio
sem ponteiros...
> >Só prá saber: por acaso você já leu algo sobre o movimento New
Thought?
>
> Não. Do que se trata?
Lígia: Basicamente foi algo idealizado por Ernest Holmes, um
filósofo autodidata que em 1927 resolveu criar a Religious Science,
que desmembrou-se em New Thought of Religious Science. Basicamente
ele diz que vivemos aquilo em que cremos. Tem alguns links:
http://www.religiousscience.org/firstrs1.htm
http://www.milehichurch.org/believe/ernest.asp
A pena é que o pessoal new age já o adotou ;) e ganha dinheiro com o
que ele deixou em termos de ensinamento: promovem palestras e cursos
com bases em um livro muito interessante que ele escreveu: The
Science of Mind. Tomei contato com esse personagem em um curso
online que eu fiz uma vez
Note que não é nada pretencioso e que pode ser encarado como uma
forma de trazer o homem para o contato com a divindade interior
(buda, jisso, cristo). Tem sido o estudo mais bonito e com
resultados mais certos que eu já fiz na vida. Interessante notar que
um mago do sec XIX chamado Franz Bardon em "O caminho para tornar-se
um verdadeiro Adepto" – pela Editora Hermann Bauer, dizia o mesmo:
não somos inocentes...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 03:15
Oi,
Manuel: Freud foi muito claro em sua conceitualização da libido. Definiu-a
como "a manifestação dinâmica da sexualidade."
Takata: Nao vejo nada claro em "manifestacao dinamica da sexualidade"...
Manuel: Não vê "nada" claro? Tá tudo escuro? Pois trago comigo a luz que
guiará teu espírito atormentado pela dúvida cética. Aleluia, irmão!
"Manifestação dinâmica" é o mesmo que "ação", "impulso", "pulsão". Por
conseguinte, "manifestação dinâmica da sexualidade" significa "pulsão
sexual".
Freud define "pulsão" como "um conceito situado na fronteira entre o mental
e o somático, como representante psíquico dos estímulos que se originam
dentro do organismo e alcançam a mente; como uma medida da exigência feita à
mente no sentido de trabalhar em conseqüência de sua ligação com o corpo"
(S. Freud; Os Instintos e Suas Vicissitudes; Standart Brasileira; XIV; p.
137)
Manuel: A libido, segundo o fundador da psicanálise, é impulso psíquico
associado ao instinto sexual ou a manifestação mental do instinto sexual. O
Id, repositório da libido, é para Freud a instância psicobiológica por
excelência.
Takata: Ergo, nao tem nada q ver necessariamente com testosterona. Pode ser
ate' mesmo, como alguns psicanalistas freudianos afirmam, uma manifestacao
puramente liguistica.
Manuel: Freud escreveu:<<O fato da existência de necessidades sexuais no
homem e no animal expressa-se na biologia pelo pressuposto de uma "pulsão
sexual". Segue-se nisso a analogia com a pulsão de nutrição: a fome. Falta à
linguagem vulgar [no caso da pulsão sexual] uma designação equivalente à
palavra "fome"; a ciência vale-se, para isso, de "libido".>> (S. Freud; Três
Ensaios sobre Sexualidade; As Aberrações Sexuais) -- Sinceramente, não vejo
como essas palavras podem dar margem a uma interpretação da libido como uma
manifestação puramente linguística. Isso é conversa para puritano
celibatário dormir.
O que se verifica é que o desejo sexual insatisfeito dribla a interdição
substituindo o seu objeto por um signo ou representação tropológica, ou
seja, por algo que mantém com o objeto originário uma relação de proximidade
ou de semelhança. Vale dizer, nós, animais simbólicos, valemo-nos dos
mecanismos fundamentais da semiose e da linguagem (metonímia e metáfora)
para mitigar nossos desejos frustrados. O problema é que o signo não é a
coisa significada. Essa incompletude do signo, tembém presente no fato de
que "o significado de um significante é outro significante e assim
indefinidamente", faz com que o desejo permaneça insatisfeito e, por
conseguinte, a busca por sua satisfação jamais se complete.
Manuel: Um processo psicossexual, seja genital ou pré-genital, ligado à
função reprodutiva ou não, para que possa ser caracterizado como sexual deve
ter por base um processo bioquímico específico, que envolve endorfina,
neurotransmissores (dopamina) e, sobretudo, o hormônio masculino, a
testosterona. Caso contrário, se não envolve essa química, então não é
processo psicossexual.
Takata: Nao vejo por q.
Manuel: Não vejo por q. não.
Manuel: Mas eu me referi à teoria da libido "de Freud".
Takata: A qual tem varias interpretacoes. Especialmente qdo se escreve algo
como: "manifestacao dinamica da sexualidade".
Manuel: Vc acha mesmo que essa expressão é ambígua ou tá só de brincadeira?
Será que essa dificuldade de entender Freud não se deve a uma recusa
obstinada para não aceitá-lo?
Vamos ver se você acha a seguinte sentença também ambígua: <<O consenso
popular distingue entre a fome e o amor como sendo os representantes de
instintos que visam, respectivamente, à preservação do indivíduo e à
reprodução da espécie. Aceitamos essa distinção bastante evidente, de tal
modo que também na psicanálise fazemos uma distinção entre os instintos
autopreservativos ou instintos do ego, por um lado, e os instintos sexuais,
por outro lado. À força pela qual o instinto sexual está representado na
mente chamamos 'libido' -- desejo sexual -- e consideramo-la como algo
análogo à fome.>> (S. Freud; Uma Dificuldade no Caminho da Psicanálise; Vol.
XVII; Standard Brasileira)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 05:09
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 29, 2002 8:25 PM
Subject: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
E' possivel tentar entender a psicologia e os elementos
psicanaliticos sob a luz da evolucao biologica. Porém, e
ressalte-se esse porém, pra isso é preciso estudos sérios,
bem conduzidos e não puros achismos e teorizações na base de simples
suposições.
Manuel: Também é necessário estudar seriamente a teoria psicanalítica, ir à
fonte (Freud) e não se contentar com a definição que o "Dicionário Cético"
dá ao verbete "psicanálise". Igualmente importante é fazer bom uso da dúvida
ou do questionamento cético, que deve ser um instrumento da crítica e não um
escudo ideológico ou, pior que isso, um mecanismo de defesa do ego.
Estudos sérios e bem conduzidos é preciso, mas manter a mente aberta e
arejada é imprescindível.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 06:58
Fala, Lúcio e pessoALL!
On 29 Oct 2002 at 13:20, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
>
> >Pesquisa com células tronco, prolongamento da vida, etc...
>
> Mas aqui estamos tratando de problemas éticos, e não especificamente
> religiosos ou científicos. É uma das regiões limítrofes que eu mencionei
> acima. Até porque não dá pra generalizar, afirmar que *a* religião se coloca
> contra determinados tipos de pesquisa enquanto *a* ciência é a favor deles.
> Primeiro porque tem muitas religiões e nem todas elas se posicionam
> oficialmente da mesma maneira em relação a essas pesquisas. Além disso,
> mesmo dentro de cada religião, o posicionamento varia de pessoa pra pessoa.
> Do lado da ciência, a mesma coisa - nem todos os cientistas são a favor de
> alguns tipos de pesquisa, muitos deles acham que ela fere a sua ética
> pessoal. Então, isso é menos um exemplo de confronto ciência x religião do
> que de confronto entre diferentes posicionamentos éticos.
Eu entendo, mas é que muitas vezes algumas pessoas transferem a
responsabilidade para a religião, principalmente quando esta (a
religião) já possui algo a dizer sobre isso. É uma espécie de FAQ
onde não se pode mais "alterar" as respostas que já foram dadas um
dia (apenas uns poucos, através de um processo muito burocrático,
teriam essa opção).
>
> Como assim, *outras* religiões? Eu não tenho religião.
>
OK, foi mal. <:-)
A propósito, geralmente comento mais sobre a religião católica,
pois foi a que tive mais contato com. Ultimamente tenho um pouco de
contato com o espiritismo, devido a minha esposa.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lembrei-me! Uma dúvida!
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 06:58
On 29 Oct 2002 at 16:41, rmtakata wrote:
>
> Mas isso provavelmente nao ajudara' a fazer alguem desistir da
> ideia. Talvez o q. funcione melhor e' fazer um pequeno
> experimento: pegar duas garrafas em condicoes equivalentes,
> deixar as duas abertas, uma com a colher, na geladeira por
> alguns dias.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
Também pensei no experimento. Farei-o (não nos p´roximos dias) e
depois digo o resultado.
Alguma sugestão de tamanho de amostra e/ou procedimento?
Tinha pensado em 6 para ficarem totalmente abertas e 6 para ficarem
abertas, mas com as colheres em suas bocas.
Como eu faria o teste para "medir" quanto gás há nas amostras? Com
um canudinho? "Pipetanto" e soltando sobre uma superfície?
SUBJECT: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 07:01
| > > AGORA VEJAM COMO FAZER UM HOMEM FELIZ
| > >
| > >
| > > Para fazer o seu parceiro feliz é bem mais fácil.
| > >
| > > É necessário estar atenta para lhe conceder:
| > >
| > > 1. Sexo
| > > 2. Comida
| > > 3. E cerveja.
| >
|
| E quem precisa de comida??
|
| Para maior precisão, sugiro substituir o primeiro item por "sexo com
| mulher"...
|
| Alvaro
Vcs estão sendo por demais prolixo para com essa lista de como a mulher agradar ao homem. A meu ver bastariam dois itens (ambos em sentidos amplos):
1- comer
2- skoll
[]'
Léo
==========
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 08:25
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Mas vc ainda não me provou que nossa espécie vai viver até lá.
Fugindo da aposta? Assim fica facil fazer afirmacoes. Eu mesmo
posso fazer afirmacoes de q. a humanidade nunca ira' se
extinguir. De q. isso vale?
Se eu provar q. a humanidade nao ira' se extinguir dentro do
prazo a aposta perde totalmente o sentido.
Mas se quer um indicio, estamos ha' 55 na era nuclear. Ja'
passamos por grandes periodos de tensao como na crise dos
misseis em Cuba. Ai' sim havia o grande perigo da extincao
total com a guerra total nuclear entre duas potencias inimigas.
Terroristas? Terroristas possuem fins politicos (mais ou menos)
definidos q. nao e' simplesmente nao perder. Eles tEm interesse
em eliminar alvos especificos, nao em extinguir a humanidade.
Digamos, terroristas islamicos q. esta' na moda: eles nao vao
querer q. os muculmanos sejam eliminados.
E pra cair um arsenal capaz de destruir toda a Terra nem
o mister Magoo como chefe da CIA deixaria (alias, acho
q. ele ja' esta' la'). E' muita coisa.
Eventualmente terroristas poderao conseguir construir
algumas bombas. Eventualmente poderao detona'-las em
certos locais. A retaliacao nao sera' jogar todo
o arsenal nuclear americano indiscriminadamente por
todo o mundo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Milagres
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 08:28
----- Original Message -----
From: rhalah_rikota@ig.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 30, 2002 7:58 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Milagres
> Fala, Lúcio e pessoALL!
Fala, Grande Mestre Rhalah Rikota! ;-)
>Eu entendo, mas é que muitas vezes algumas pessoas transferem a
responsabilidade para a religião, principalmente quando esta (a
religião) já possui algo a dizer sobre isso. É uma espécie de FAQ
onde não se pode mais "alterar" as respostas que já foram dadas um
dia (apenas uns poucos, através de um processo muito burocrático,
teriam essa opção).
Essa é a minha principal pinimba com as religiões institucionalizadas (por
"religião institucionalizada" entenda-se qualquer organização religiosa, da
Igreja Católica Apostólica Romana à seita do Evangelho Quadrangular). Como
eu sou anarquista, me irrita esse mecanismo de transferência de
responsabilidades, essa coisa de correr pra autoridade mais próxima e
perguntar "me diz aí, o que é que eu penso sobre isto ou aquilo?". Mas esse
não é um problema só da religião, é do ser humano em geral. É a mentalidade
de rebanho, cujo passatempo preferido é brincar de siga-o-líder, seja esse
líder religioso, político ou o que for. Até cientistas entram na dança,
porque tem muita gente por aí que pensa que a função da ciência é dar
respostas definitivas pra tudo. Mas isso é o oposto do método científico
que, por sua própria natureza, não dá respostas definitivas pra nada: uma
teoria científica, por mais estabelecida que seja, só é aceita até que surja
uma outra teoria com uma explicação mais completa, e você nunca pode saber
se uma lei científica é mesmo de aplicação universal ou só um caso
particular de uma lei mais geral que ainda pode vir a ser descoberta.
Voltando à religião, essa mentalidade de rebanho, curiosamente e ao
contrário do que pensam os céticos (que vêem a religião como um bloco
monolítico e uniforme), também é o oposto da mística, que sempre encorajou a
busca individual de respostas através da experiência pessoal e direta, e não
por intermédio de alguma autoridade. E, de fato, ao longo da história da
religião, você freqüentemente vai encontrar os místicos em conflito direto
com as autoridades religiosas, porque as experiências deles não estão de
acordo com o que o FAQ diz que eles deveriam pensar.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Psicanálise e evolução
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 08:31
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> Outra coisa, prezado Takata, tente se libertar de pensar sempre em
> termos de evolucao. Voce que eh biologo, embora nao tenha o CRB,
> pense em analisar o comportamento humano a luz da biologia. Te
> garanto que eh bem mais simples.....
Nao sou biologo, nao tenho CRB.
Mas se eu deixar de pensar em termos evolutivos deixo poder
pretender ser biologo. Fico com a frase de Dobzhansky: Nada
em Biologia faz sentido, a nao ser 'a luz da evolucao.
De todo modo, a proposicao q. foi feita era justamente
juntar psicanalise com evolucao:
> --- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> > Se existir objeção quanto a essa integração, poderíamos pelo menos
> > discuti-la, tentando mostrar por que a psicanálise deve ou não ser
> > colocada em bases evolutivas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 08:48
> De: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
> > > AGORA VEJAM COMO FAZER UM HOMEM FELIZ
> > > Para fazer o seu parceiro feliz é bem mais fácil.
> > > É necessário estar atenta para lhe conceder:
> > > 1. Sexo
> > > 2. Comida
> > > 3. E cerveja.
> Para maior precisão, sugiro substituir o primeiro item por "sexo com
> mulher"...
ERRADO! O certo é sexo com mulheres!!!!
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 09:01
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 30, 2002 4:02 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Agora conclua você o porquê de estar esbarrando nele em todo lugar a
partir da minha "pegada de isca"... ;)
Sincronicidade. ;-)
>Então agora eu digo também que eu vinha procurando alguma
referência com base mais sólida para entender a idéia de estar
criando meu ambiente à minha imagem e semelhança há uns bons 3 anos!
Viu? E estava profundamente frustrada por não ter acesso a algum
estudo mais pormenorizado sobre isso em mãos, além do fato de não ter
condições de participar de um curso sobre a Mente em BH (loonge de
onde eu moro). Obrigada!
Não por isso. Você vai achar um bocado de textos do Maturana nos seguintes
links:
http://www.lcc.ufmg.br/autopoiese
e
http://www.inteco.cl/biology/index.htm
O estilo desse autor não é nada fácil de acompanhar, porque ele tem uma
prosa densa, compacta, mas o trabalho vale a pena. ;-)
>Talvez esse seja o "caminho do meio" a ser seguido... ;)
A idéia é essa mesmo. Nem ceticismo nem credulidade, mas um equilíbrio entre
os dois.
>Concordo... nós dois somos OS céticos ao não acreditarmos em
tal mundo :)
É vero. ;-) Na verdade, o meu misticismo nasceu de um ceticismo radical. Em
geral, quando uma pessoa se intitula cética, ela quer dizer que não acredita
na religião, mas acredita na ciência. Eu não acredito em nenhuma das duas.
Acho que tanto a religião quanto a ciência, assim como a filosofia ou a
arte, são tentativas provisórias pra colocar alguma ordem no caos que é o
universo da nossa experiência, cada uma à sua própria maneira. São
ferramentas úteis, mais nada. E como o garfo e a faca, funcionam melhor
combinadas do que em separado.
>Que serão ignorados por eles doravante...;) Maldade a minha...
É impossível ignorar esses caras. Foram eles que construíram a ciência do
século XX. Por mais que você não queira, acaba esbarrando com eles em todas
as partes. Por exemplo, o Brian Josephson, daquele link que você me mandou,
ganhou o Nobel de física em 1973 por seu trabalho sobre supercondutividade e
o John Wheeler, bueno, o que se pode falar sobre a importância do John
Wheeler que não seja óbvio? Foi o mentor intelectual do Richard Feynman, o
criador do termo "buraco negro" e tem participado de praticamente todos os
avanços da mecânica quântica e da cosmologia no último meio século.
>Lígia: Mas eu não sei se isso foi algum tipo de insight *iluminador*...
pareceu mais um desligamento, um afrouxamento...
Mas não é por aí mesmo que a coisa começa? ;-)
>Uma finalidade muito justa! Não deve ser à toa que muitas
pessoas do mundo inteiro vêm "acordando" para tal urgência em
encontrar meios de recriar a realidade... como diria o Dawkins,
devem ser nossos genes egoístas apelando para os chás :)
Naaah, são os genes egoístas que estão na origem dessa confusão toda. Eles
são parte do problema, não da solução. ;-)
>A partir da leitura dessa frase, a eternidade parou de ser encarada por mim
como um
loooongo período de tempo e enquadrou-se mais na idéia de um relógio
sem ponteiros...
É, o conceito clássico de eternidade, diferente do que a gente costuma
pensar, não tem nada a ver com longas extensões de tempo, mas com *a
ausência* de tempo. Mas isso não quer dizer imobilidade. Só parece uma coisa
estática porque o nosso ponto-de-vista, condicionado pelo fluxo linear do
tempo, não consegue conceber outra forma de atividade que não a que se
desenrola no tempo.
>Basicamente foi algo idealizado por Ernest Holmes, um
filósofo autodidata que em 1927 resolveu criar a Religious Science,
que desmembrou-se em New Thought of Religious Science. Basicamente
ele diz que vivemos aquilo em que cremos.
Parece interessante, mas depende muito das conclusões que ele tirou daí.
Porque, a partir dessa premissa, dá pra cair fácil, fácil naquela coisa de
"poder do pensamento positivo" - se vivemos aquilo que cremos, basta crer em
coisas boas pra viver coisas boas. Eu acho que o buraco é beeem mais
embaixo. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: MSG para Manuel
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 09:09
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> "Manifestação dinâmica" é o mesmo que "ação", "impulso", "pulsão".
> Por conseguinte, "manifestação dinâmica da sexualidade"
> significa "pulsão sexual".
Nesse caso "manifestação dinâmica" não seria um bom termo. Mas
enfim... jargão e' jargão, ocorre tbm em outras areas como biologia,
matematica, fisica e assim por diante.
> Freud define "pulsão" como "um conceito situado na fronteira entre
> o mental e o somático, como representante psíquico dos estímulos
> que se originam dentro do organismo e alcançam a mente; como uma
> medida da exigência feita à mente no sentido de trabalhar em
> conseqüência de sua ligação com o corpo"
> (S. Freud; Os Instintos e Suas Vicissitudes; Standart Brasileira;
> XIV; p.137)
Se isso for uma *definição* sera' uma definição digna de constar no
dicionário de conceitos obscuros.
> Manuel: Freud escreveu:<<O fato da existência de necessidades
> sexuais no homem e no animal expressa-se na biologia pelo
> pressuposto de uma "pulsão sexual". Segue-se nisso a analogia com a
> pulsão de nutrição: a fome. Falta à linguagem vulgar [no caso da
> pulsão sexual] uma designação equivalente à palavra "fome"; a
> ciência vale-se, para isso, de "libido".>> (S. Freud; Três
> Ensaios sobre Sexualidade; As Aberrações Sexuais) -- Sinceramente,
> não vejo como essas palavras podem dar margem a uma interpretação
> da libido como uma manifestação puramente linguística. Isso é
> conversa para puritano celibatário dormir.
Pode ser uma conversa puritana, mas falam. Vamos tentar estender um
pouco a analogia com a fome -- analogia q. nao e' necessariamente
verdadeira, nem na forma original, nem nesta tentativa de extensao. A
fome nao pode ser encarada como uma pulsao, ela antes e' um estado do
corpo, em condicoes normais, esse estado do corpo e' percebido, entre
outras coisas, pelo consciente. Por se entender fome como estado do
corpo q. se pode estender o conceito para termos como 'fome oculta'.
Se for redefinir a fome de acordo com o contexto desejado, ai' caímos
no carater puramente linguístico da questão. Mas o ponto não é este.
Em existindo e sendo biólogico não há q. ser necessariamente hormonal.
Se falha a associacao com um dado hormonio, pode-se aventar outros:
outros hormonios ou outros meios. Ha' alguma indicação clara de
associação conceitualmente necessária entre a tal libido e a
testosterona?
> coisa significada. Essa incompletude do signo, tembém presente no
> fato de que "o significado de um significante é outro significante
> e assim indefinidamente", faz com que o desejo permaneça
> insatisfeito e, por conseguinte, a busca por sua satisfação jamais
> se complete.
Não vejo como isso mostra q. a existencia e o funcionamento proposto
da libido possa ser mostrada falsa por certos padroes de producao
hormonal: no caso, a testosterona.
> Manuel: Um processo psicossexual, seja genital ou pré-genital,
> ligado à função reprodutiva ou não, para que possa ser
> caracterizado como sexual deve ter por base um processo bioquímico
> específico, que envolve endorfina, neurotransmissores (dopamina) e,
> sobretudo, o hormônio masculino, a testosterona. Caso contrário, se
> não envolve essa química, então não é processo psicossexual.
>
> Takata: Nao vejo por q.
>
> Manuel: Não vejo por q. não.
Nem todos os casos de impotência ou inapetência sexual estão ligados
a variações dos níveis de testosterona, por exemplo.
> Manuel: Mas eu me referi à teoria da libido "de Freud".
>
> Takata: A qual tem varias interpretacoes. Especialmente qdo se
escreve algo
> como: "manifestacao dinamica da sexualidade".
>
> Manuel: Vc acha mesmo que essa expressão é ambígua ou tá só de
brincadeira?
> Será que essa dificuldade de entender Freud não se deve a uma recusa
> obstinada para não aceitá-lo?
Vai ver q. e'. A expressão não é ambígua, ela é vazia de sentido.
Bem, em sendo jargão e' possível preenchê-la com um significado
específico. Mas se for simplesmente definir libido como "manifestação
dinâmica da sexualidade", e' mais ou menos como definir a inflação
como "componente de instabilidade aquisitiva".
> Vamos ver se você acha a seguinte sentença também ambígua: <<O
> consenso popular distingue entre a fome e o amor como sendo os
> representantes de instintos que visam, respectivamente, à
> preservação do indivíduo e à reprodução da espécie. Aceitamos essa
> distinção bastante evidente, de tal modo que também na psicanálise
> fazemos uma distinção entre os instintos autopreservativos ou
> instintos do ego, por um lado, e os instintos sexuais,
> por outro lado. À força pela qual o instinto sexual está
> representado na mente chamamos 'libido' -- desejo sexual -- e
> consideramo-la como algo análogo à fome.>> (S. Freud; Uma
> Dificuldade no Caminho da Psicanálise; Vol.
> XVII; Standard Brasileira)
"Desejo sexual" e' bem melhor do q. "manifestacao dinamica da
sexualidade" em termos de inteligibilidade.
(Discordo qto a aceitar o 'amor' como representante do instinto q.
visam 'a reproducao da especie, por varios motivos, mas isso nao vem
ao caso. Fica apenas o registro.)
Não sei por q. os autopreservativos tEm q. ficar de um lado e o
sexual de outro. Mas tbm não vem ao caso.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Lembrei-me! Uma dúvida!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 09:17
--- Em ciencialist@y..., rhalah_rikota@i... escreveu
> Também pensei no experimento. Farei-o (não nos p´roximos dias) e
> depois digo o resultado.
> Alguma sugestão de tamanho de amostra e/ou procedimento?
> Tinha pensado em 6 para ficarem totalmente abertas e 6 para
> ficarem abertas, mas com as colheres em suas bocas.
> Como eu faria o teste para "medir" quanto gás há nas amostras?
> Com um canudinho? "Pipetanto" e soltando sobre uma superfície?
E' mais um experimento demonstracao, nao seria preciso tto rigor
com o numero amostral.
Pode-se simplesmente chacoalhar o líquido e medir a espuma.
(Ou bebê-lo e medir a potência sonora da eructação -- mas isso é
mais prático para crianças.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: RES: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 09:20
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > De: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
> > > > AGORA VEJAM COMO FAZER UM HOMEM FELIZ
> > > > Para fazer o seu parceiro feliz é bem mais fácil.
> > > > É necessário estar atenta para lhe conceder:
> > > > 1. Sexo
> > > > 2. Comida
> > > > 3. E cerveja.
>
> > Para maior precisão, sugiro substituir o primeiro item por "sexo
> > com mulher"...
>
> ERRADO! O certo é sexo com mulheres!!!!
http://www.iconquista.com/hum_materi01.asp
http://meusemails.blig.ig.com.br/200206_4.html
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 10:58
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >Agora conclua você o porquê de estar esbarrando nele em todo lugar
a
> partir da minha "pegada de isca"... ;)
>
> Sincronicidade. ;-)
Lígia: De certa forma, você o vem "materializando" em seu contexto.
Ao que tudo indica, "tudo o que se possa imaginar sempre existiu". O
que é necessário é a vontade de trazer as coisas para o nosso lado.
Uma coisa interessante que me aconteceu: uma vez eu desejei
ardentemente ter um cachorro sem pelos, completamente careca de
focinho a rabo ( trauma decorrente de estar cuidando de uma pastora
alemã com problemas hormonais...:). O cachorro nessas condições de
pelado já existia, mas eu não sabia dele. Então em uma viagem a
Campos do Jordão, poucos dias depois do forte desejo, eu fui parar em
frente a uma propriedade onde, em meio a uns 8 cachorros, um deles
parecia "brilhar" ao sol... cheguei perto. Era completamente
pelado! E a dona, ao ver meu interesse, quis dá-lo a mim.
> Não por isso. Você vai achar um bocado de textos do Maturana nos
seguintes
> links:
Lígia: Obrigada pelos links!
> >Concordo... nós dois somos OS céticos ao não acreditarmos em
> tal mundo :)
>
> É vero. ;-) Na verdade, o meu misticismo nasceu de um ceticismo
radical. Em
> geral, quando uma pessoa se intitula cética, ela quer dizer que não
acredita
> na religião, mas acredita na ciência. Eu não acredito em nenhuma
das duas.
> Acho que tanto a religião quanto a ciência, assim como a filosofia
ou a
> arte, são tentativas provisórias pra colocar alguma ordem no caos
que é o
> universo da nossa experiência, cada uma à sua própria maneira. São
> ferramentas úteis, mais nada. E como o garfo e a faca, funcionam
melhor
> combinadas do que em separado.
Lígia: Ou, em outras palavras, uma forma holística de apreciar a
natureza... :)
>
> >Que serão ignorados por eles doravante...;) Maldade a minha...
>
> É impossível ignorar esses caras. Foram eles que construíram a
ciência do
> século XX. Por mais que você não queira, acaba esbarrando com eles
em todas
> as partes. Por exemplo, o Brian Josephson, daquele link que você me
mandou,
> ganhou o Nobel de física em 1973 por seu trabalho sobre
supercondutividade e
> o John Wheeler, bueno, o que se pode falar sobre a importância do
John
> Wheeler que não seja óbvio? Foi o mentor intelectual do Richard
Feynman, o
> criador do termo "buraco negro" e tem participado de praticamente
todos os
> avanços da mecânica quântica e da cosmologia no último meio século.
Lígia: De uma só tacada, você vem dando corpo a algo que eu vinha
falando e pingando nas listas desde que entrei. Fico feliz e
gostaria que nosso papo não passasse despercebido. Vou mudar a
thread... :) Não, melhor não... ;)
> >Lígia: Mas eu não sei se isso foi algum tipo de insight
*iluminador*...
> pareceu mais um desligamento, um afrouxamento...
>
> Mas não é por aí mesmo que a coisa começa? ;-)
Lígia: Deve ser. Algo como o afrouxamento do *ponto de
aglutinação* :) A propósito, você já conseguiu sonhar com suas mãos
alguma vez?
> >Uma finalidade muito justa! Não deve ser à toa que muitas
> pessoas do mundo inteiro vêm "acordando" para tal urgência em
> encontrar meios de recriar a realidade... como diria o Dawkins,
> devem ser nossos genes egoístas apelando para os chás :)
>
> Naaah, são os genes egoístas que estão na origem dessa confusão
toda. Eles
> são parte do problema, não da solução. ;-)
Lígia: Tem sido então um "afrouxamento", ou um desligamento auto
imposto por parte dos ocidentais, o que têm lavado a essa busca.
Talvez estejamos alcançando o "limite de saturação dos memes" :)
> >A partir da leitura dessa frase, a eternidade parou de ser
encarada por mim
> como um
> loooongo período de tempo e enquadrou-se mais na idéia de um relógio
> sem ponteiros...
>
> É, o conceito clássico de eternidade, diferente do que a gente
costuma
> pensar, não tem nada a ver com longas extensões de tempo, mas com *a
> ausência* de tempo. Mas isso não quer dizer imobilidade. Só parece
uma coisa
> estática porque o nosso ponto-de-vista, condicionado pelo fluxo
linear do
> tempo, não consegue conceber outra forma de atividade que não a que
se
> desenrola no tempo.
Lígia: Veja que se tal estado "eterno" permitisse que universos
fossem criados, não haveria a necessidade de singularidades, nem
de "fiat lux"... né? :)
> Parece interessante, mas depende muito das conclusões que ele tirou
daí.
> Porque, a partir dessa premissa, dá pra cair fácil, fácil naquela
coisa de
> "poder do pensamento positivo" - se vivemos aquilo que cremos,
basta crer em
> coisas boas pra viver coisas boas. Eu acho que o buraco é beeem mais
> embaixo. ;-)
Lígia: Bem, daí o fato de terem-no associado ao "duplipensar" de
Orwell em "1984", o que eu acho injusto porém pertinente dada a forma
como a "coisa" deve ser operada: a partir do desviar de olhos e
implantação de um novo condicionamento...
Nesse processo desvia-se apenas o foco, não há tranformação implícita
além de uma mudança radical na forma como concretiza-se a realidade.
Serve assim como uma forma de dar-se conta de que as coisas realmente
dependem do "ponto de vista" e serve também como um treino para o
afrouxamento, este sim que leva à libertação... Por falar nisso,
você já conseguiu alguma coisa como fazer a chuva parar, ou o céu se
abrir em um determinado ponto em um dia nublado? :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 11:14
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 30, 2002 11:58 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>De certa forma, você o vem "materializando" em seu contexto.
Você já leu um livrinho do Richard Bach chamado _Ilusões_?
>Obrigada pelos links!
Disponha. Servimos bem para servir sempre. ;-)))
>Ou, em outras palavras, uma forma holística de apreciar a natureza... :)
Eu não gosto muito do termo "holístico" porque é outra palavrinha da qual o
pessoal da niueige se apropriou e deitou e rolou em cima. Mas, sim, a idéia
é essa. ;-)
>De uma só tacada, você vem dando corpo a algo que eu vinha
falando e pingando nas listas desde que entrei. Fico feliz e
gostaria que nosso papo não passasse despercebido. Vou mudar a
thread... :) Não, melhor não... ;)
Rêrêrê. Prudência e caldo de galinha... ;-)
>Deve ser. Algo como o afrouxamento do *ponto de
aglutinação* :)
Eu acho o conceito de ponto de aglutinação simplesmente maravilhoso. Não sei
se descreve uma realidade concreta, mas pelo menos como metáfora, é ótimo.
>A propósito, você já conseguiu sonhar com suas mãos alguma vez?
Não. Já tive alguns sonhos lúcidos, mas foram espontâneos, não segui nem a
técnica do Castaneda, nem a do Stephen LaBerge.
>Tem sido então um "afrouxamento", ou um desligamento auto
imposto por parte dos ocidentais, o que têm lavado a essa busca.
Talvez estejamos alcançando o "limite de saturação dos memes" :)
Uma coisa que eu achei legal no livro do Dawkins foi que ele deixa em aberto
a possibilidade de não sermos escravos da programação dos genes, que temos a
opção de não obedecer. É uma coisa que os steven-pinkers da vida adoram
esquecer.
>Veja que se tal estado "eterno" permitisse que universos fossem criados,
não haveria a necessidade de singularidades, nem
de "fiat lux"... né? :)
Já te ocorreu que a singularidade pode ser uma boa metáfora matemática pra
esse estado? ;-)
>Bem, daí o fato de terem-no associado ao "duplipensar" de
Orwell em "1984", o que eu acho injusto porém pertinente dada a forma
como a "coisa" deve ser operada: a partir do desviar de olhos e
implantação de um novo condicionamento...
Esse tipo de coisa me incomoda um pouco. Quer dizer, de que adianta
substituir um condicionamento por outro? Continua sendo condicionamento...
>Serve assim como uma forma de dar-se conta de que as coisas realmente
dependem do "ponto de vista" e serve também como um treino para o
afrouxamento, este sim que leva à libertação...
Ou não. A pessoa pode ficar tão fascinada com o novo condicionamento que
ache que não precisa de mais nada. É um pouco como o Schopenhauer que,
quando vivia em estado de penúria, escreveu uma obra profundamente
influenciada pela filosofia budista (é verdade que bem distorcida), _O Mundo
como Vontade e Representação_, na qual pregava a necessidade de se libertar
da vontade cega, do apego e dos desejos mundanos. Daí, conseguiu uma
sinecura qualquer, virou um burguês abastado e esqueceu toda aquela bobagem
de libertação... ;-)
>Por falar nisso, você já conseguiu alguma coisa como fazer a chuva parar,
ou o céu se
abrir em um determinado ponto em um dia nublado? :)
Nope. Deixo isso pro Paulo Coelho... ;-) Falando sério, a minha perspectiva,
como eu já falei, é mais budista. Você tem que se preocupar com a libertação
interior. Esse tipo de coisa pode até ser verdade, mas é irrelevante e tende
a distrair a mente do que deveria ser o verdadeiro objetivo.
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 13:02
Acho que agora temos um começo.
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> Mas se quer um indicio, estamos ha' 55 na era nuclear. Ja'
> passamos por grandes periodos de tensao como na crise dos
> misseis em Cuba. Ai' sim havia o grande perigo da extincao
> total com a guerra total nuclear entre duas potencias inimigas.
>
Existiram dois momentos principais, a crise dos mísseis de Cuba e a
guerra da Koreia, quando um general americano programou ataques
nucleares a cidades coreanas, chinesas e soviéticas, mas foi contido
pelo presidente (ou o presidente programou mas foi contido por um
general, não me lembro). Nesses dois momentos a humanidade esteve
literalmente por um fio, pela decisão de um homem. Com o fim da
guerra fria, irracionalmente a preocupação parece ter saído de cena.
Digo irracionalmente porque os mísseis continuam existindo, o perigo
de guerra civil na Rússia ainda é considerável. Imagine uma guerra
civil num país recheado de ogivas nucleares. Some-se a isso o perigo
do contrabando de mísseis. Quanto Sadan Russein pagaria por um
brinquedinho desses? Índia e Paquistão possuem armas nucleares.
Imagine o Paquistão, um país sujeito à tomada de poder por grupos
radicais Islâmicos. E até o momento eu só falei do perigo atual,
sequer mencionei o futuro.
> Terroristas? Terroristas possuem fins politicos (mais ou menos)
> definidos q. nao e' simplesmente nao perder. Eles tEm interesse
> em eliminar alvos especificos, nao em extinguir a humanidade.
> Digamos, terroristas islamicos q. esta' na moda: eles nao vao
> querer q. os muculmanos sejam eliminados.
Não apenas terristas, existem muitos loucos e seguidores de loucos no
mundo. Mas vamos falar primeiro de terroristas. Imagine um Osama
prestes a ser capturado. As tropas americanas cercaram sua caverna,
ele não tem como fugir, sabe que terá uma morte certa: se não morrer
na caverna, ele vai ser levado e exibido como trofeu pelos
americanos, será humilhado, e na sua concepção o Islã será humilhado.
Mas ele tem possui uma maletinha em suas mãos com alguns botões... Os
mísseis estão apontados para New York, Washington, Los Angeles,
Chicago... Será que ele aperta? Se ele apertar... quantos milhões
morrerão? E quantos milhões americanos pedirão para varrer os
iraquianos, afegãos, palestinos, eixos do mal enfim, da face da
terra, sem perguntar se são ou não terroristas?
Esqueçamos os terroristas e vamos falar de loucos. Loucos varridos
suicidas como Jim Jones ou aquele lá do portal estelar. Vamos falar
em especial da seita de David Koresh, que fez sua própria corrida
armamentista. Eles conseguiram um bom estoque de armas de fogo antes
de levantar suspeitas, e não se renderam até a morte quando os
militares cercaram sua base. Imagine esse David Koresh daqui ha 200
anos e imagine-o construindo suas próprias armas nucleares. Quantas
ele construiria até ser descoberto? Será que o David Koresh do nosso
século hesitaria se tivesse em seu poder uma maletinha com botões?
> E pra cair um arsenal capaz de destruir toda a Terra nem
> o mister Magoo como chefe da CIA deixaria (alias, acho
> q. ele ja' esta' la'). E' muita coisa.
Será que precisa de muita coisa assim? Não tenho dados exatos, mas o
número de ogivas nucleares hoje é da ordem de dezenas de milhares, a
maioria delas com poder equivalente a mais de uma dezena de
hiroshimas, e ao todo capazes de destruir a vida na Terra várias
vezes (apenas o "obsoleto" arsenal soviético foi calculado como sendo
capaz de destruir 17 vezes o planeta). Ainda que o "despejo" de
misseis seja relativamente localizado a alguns países, a radiação
pode se propagar por correntes atmosféricas e marítimas, chuvas, e
deixar o planeta todo contaminado por várias décadas (os efeitos
ainda são desconhecidos). E isso é só o presente.
> Eventualmente terroristas poderao conseguir construir
> algumas bombas. Eventualmente poderao detona'-las em
> certos locais. A retaliacao nao sera' jogar todo
> o arsenal nuclear americano indiscriminadamente por
> todo o mundo.
Eu digo que não há como evitar que cientistas desenvolvam a
tecnologia nuclear. Não questiono que as causas sejam boas (geração
de energia, medicina, etc). Mas no mesmo tubo de ensaio está o
potencial construtivo e destrutivo. Só se precisa de uma mente
deturpada para pensar nos meios de usar uma tecnologia para a
destruição.
Você diz que eventualmente terroristas poderão construir algumas
bombas. Eu pergunto: daqui há 200 anos, quais serão os poderes dessas
novas bombas? quantas eles conseguirão construir? Não subestime a
ambição nem o potencial suicida de um louco.
A preocupação americana é constante. Hoje eles estão investindo em
duas frentes. Uma é o ressucitado e inutil projeto guerra nas
estrelas. Outra é o Big Brother, a espionagem à nivel pessoal. Tem
alguns mitos e realidades a respeito dessa espionagem. Esse seria
realmente o antídoto, embora tenha que atravessar umas muralhas
éticas. Mas o problema é que não vai dar tempo de implementá-lo com a
eficiência necessária.
> []s,
>
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Macrocosmo e Microcosmo
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 13:16
Em Qua 30 Out 2002 00:05, you wrote:
> É possível afirmar que, mantidas as mesmas proporções de energia e massa,
> tempo e espaço, força e velocidade, os fenômenos do macrocosmo se quivalem
> quantitativamente aos do microcosmo? Ou não, a diferença é avassaladora e
> nesse caso em favor de quem?
Definitivamente eu não entendi a pergunta, apesar de saber que a resposta é
não. A física do muito grande e do muito pequeno são qualitativamente
diversas a tal ponto que uma comparação quanitativa perde sentido.
Mas não sei exatamente o que vc quiz perguntar. Na primeira parte entendi a
pergunta como algo do tipo "o microcosmo se comporta como um macrocosmo em
miniatura? Se for, não há como ter uma diferença " a favor" de alguém.
Aniello
SUBJECT: Re: Psicanálise e evolução
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 13:21
Olá a todos.
Castro:
> por que nao discutimos psicanalise ou aspectos do comportamento
humano e biologia/genetica? Colocar evolucao em questao eh complicar
demais o debate,
A idéia seria discutir qualquer coisa relacionada ao estudo do homem.
Eu só ressaltei a evolução porque esta é uma peça fundamental.
> pois se nem temos certeza de como somos hoje, por que adicionar a
variavel do como chegamos aqui?
Mas para conhecermos o que somos hoje ajuda muito conhecer as forças
que nos fizeram ser desta forma que somos.
> Eu tenho um trabalho de muitos anos nesse campo do comportamento X
biologia, mas, como voce diz, quem dominou a questao comportamental
no mundo durante as ultimas decadas foram os
profissionais/pesquisadores da area das ciencias sociais, que
tenderam a rejeitar "in limine" os possiveis (e muito provaveis)
fundamentos biologicos/geneticos do nosso comportamento. Eu tenho uma
enorme dificuldade em dialogar com sociologos ou psicologos, pois,
alem das questoes ideologicas que permeiam a aceitacao ou nao de um
certo determinismo biologico em nosso comportamento, eles nao estudam
biologia/genetica.
É. Mas finalmente está se consolidando uma nova escola de psicologia
que reconhece as bases evolutivas dos fenômenos mentais. Os anos 90
viram uma certa vitória do paradigma biológico. Ainda existe
resistência (o que me surpreende muito), mas tenho a esperança de que
em 5 ou 10 anos veremos a vitória final deste paradigma.
Proeminentes nesta área são John Tooby e Steven Pinker. Este último,
em especial, é uma das maiores esperanças do novo paradigma, pois
além de ser um pesquisador de ponta (ele é diretor do Centro de
Ciências Cognitivas do MIT), escreve alguns dos melhores livros de
divulgação científica de hoje (todos nesta área). E sua área de
pesquisa é a linguagem, que sempre foi objeto de estudo dos
humanistas e pós-modernistas que atacam o paradigma biológico.
> PS: proponho nao separarmos o grupo da lista Ciencia. Basta nominar
o assunto com algum termo fixo e fazer um filtro no "browser".
Eu realmente preferiria um outro grupo. Não sei que história de
filtro é essa, e isso limitaria os títulos das mensagens. A idéia é
que você poste uma mensagem e ela possa ser lida uma ou duas semanas
depois. Por isso as mensagens poderiam ser escritas com mais
seriedade. Nesta lista, em duas semanas a sua mensagem desapareceu,
engolida por uma avalanche.
A idéia seria chamar uns 4 sujeitos sérios e qualquer outro que
entrasse teria que ter a recomendação de um deles.
Você tem alguma sugestão para o nome do grupo?
> Mais: proponho um encontro dos que querem discutir o assunto
(presencial). Estou trabalhando atualmente no Instituto Nacional de
Tecnologia, orgao do Ministerio de Ciencia e Tecnologia no Rio. Tem
sala para um encontro nosso. Eh soh marcar a data.
Também sou do Rio. Podemos marcar um encontro. Mas não seria melhor
em um bar ou café? A não ser que alguém queira dar uma palestra ou
algo assim.
Takata:
> E' possivel tentar entender a psicologia e os elementos
psicanaliticos sob a luz da evolucao biologica. Porém, e ressalte-se
esse porém, pra isso é preciso estudos sérios, bem conduzidos e não
puros achismos e teorizações na base de simples suposições.
Existe um livro do antropólogo inglês Robin Fox, "The Red Lamp of
Incest: A study into the origins of mind and society", no qual ele
procura reabilitar "Totem e Tabu", de Freud, sob o novo paradigma
biossocial. Nesta época Freud estava no caminho certo, utilizando as
sociedades de primatas como modelos para elaborar suas teorias sobre
o complexo de Édipo. Ele relata o conflito de gerações entre os
jovens e velhos machos pelo acesso às fêmeas. Mas como em muitos
movimentos, o que começa no caminho certo tende a se desviar tomando
caminhos duvidosos. Foi isso que ocorreu com a psicanálise, tanto de
Freud como de Jung. Este último percebeu as fundações biológicas dos
arquétipos, mas seus seguidores passaram a fazer interpretações
esotéricas. Acho que tudo isso tem a ver com tendências do século XX
de rejeitar ligações do homem com a natureza. Como eu já disse, não
só a psicanálise, como também a sociologia, antropologia e filosofia
sofreram esse tipo de influência. Foi um século negro para o
pensamento. Esperamos que este próximo seja melhor.
Fox vai longe, e pretende colocar os conflitos edipianos nas bases do
ser humano. Tendo a concordar com ele, e achar que esta área
constitui o núcleo espiritual do homem. É da onde provém a arte e a
religião.
Manuel:
> Também é necessário estudar seriamente a teoria psicanalítica, ir à
fonte (Freud) e não se contentar com a definição que o "Dicionário
Cético" dá ao verbete "psicanálise".
Concordo. Como eu disse, acho que no início (em Totem e Tabu) era
quando as coisas estavam mais claras. A questão é que, sem bases
evolutivas e cognitivas, fica difícil saber como aquele conflito
ancestral entre jovens e velhos machos poderia perdurar até hoje.
Acho que isso não fica muito claro no pensamento de Freud (embora
possa estar enganado).
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 13:23
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> perigo de guerra civil na Rússia ainda é considerável.
Q. exista. O q. e' q. uma faccao ganha detonando as bombas?
> Some-se a isso o perigo do contrabando de mísseis.
Qtos misseis desses poderao ser contrabandeados sem causar suspeita?
> Os mísseis estão apontados para New York, Washington, Los Angeles,
> Chicago...
Qtos misseis ele tera'?
> em especial da seita de David Koresh, que fez sua própria corrida
> armamentista. Eles conseguiram um bom estoque de armas de fogo
> antes de levantar suspeitas
Armas de fogo nao sao misseis balisticos. Nao se esconde um missil
dentro de uma caixa de violino.
> capaz de destruir 17 vezes o planeta). Ainda que o "despejo" de
> misseis seja relativamente localizado a alguns países, a radiação
> pode se propagar por correntes atmosféricas e marítimas, chuvas, e
> deixar o planeta todo contaminado por várias décadas (os efeitos
> ainda são desconhecidos). E isso é só o presente.
E qdo e' q. alguem conseguira' contrabandear dezenas de milhares de
ogivas sem levantar suspeita?
Três bombas-malas de fato faz um estrago terrível -- e' capaz de
eliminar uma megalópole, mas nem de longe e' capaz de exterminar a
especie humana.
> Você diz que eventualmente terroristas poderão construir algumas
> bombas. Eu pergunto: daqui há 200 anos, quais serão os poderes
> dessas novas bombas?
Daqui a 200 anos estaremos na Lua e em Marte...
> A preocupação americana é constante. Hoje eles estão investindo em
> duas frentes. Uma é o ressucitado e inutil projeto guerra nas
> estrelas. Outra é o Big Brother, a espionagem à nivel pessoal. Tem
> alguns mitos e realidades a respeito dessa espionagem. Esse seria
> realmente o antídoto, embora tenha que atravessar umas muralhas
> éticas. Mas o problema é que não vai dar tempo de implementá-lo com
> a eficiência necessária.
Vc se surpreenderia com a qtdade de dados q. uma empresa de cartao de
credito tem sobre vc.
Mas isso e' o de menos. Nao ha' meios fisicos de se esconder algumas
centenas de misseis nucleares sem q. ninguem saiba. Pra isso e'
preciso uma equipe muito grande, qto maior o poder de destruicao,
maior a equipe. Qto maior a equipe, maior a chance de vazamento de
informação.
Se a segurança militar americana não é capaz de guardar segredos
nucleares contra espiões, idem para organizações q. tEm o singelo
objetivo de liquidar com a especie humana.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Psicanálise e evolução
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 13:36
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> Existe um livro do antropólogo inglês Robin Fox, "The Red Lamp of
> Incest: A study into the origins of mind and society", no qual ele
> procura reabilitar "Totem e Tabu", de Freud, sob o novo paradigma
> biossocial.
Mas ele faz isso baseando-se em experimentos bem construídos?
Eu sou cetico qto a essa possibilidade: seres humanos não
são ratos de laboratório q. permitam controles adequados
para estudos mais rigorosos. Alguns experimentos são realizados
em laboratório, mas esbarram na questão do tamanho amostral --
não é muito viável enfiar algumas centenas de pessoas em
um laboratório.
A questão do incesto. Não sei qto aos psicanalistas, mas os
psicoevolucionistas cometem um erro sério assumindo q.
ha' mecanismos psicológicos eficientes de evitação do
incesto. A maioria dos abusos contra crianças são cometidas
por parentes próximos, usualmente os próprios pais biológicos.
(E isso ainda se considerando q. tais casos são subestimados,
na medida em q. muitas vezes se gera um silência sepulcral
sobre isso e o agressor não é denunciado.)
Claro q. não se quer dizer, por outro lado, q. a maioria dos pais
abusem de seus filhos. E novamente não é moralmente permitido nem
tecnicamente possível colocar pais e filhos em condições
controladas de laboratório para se obter dados mais claros.
Não q. uma antropologia mais rigorosa seja impossível, mas
me parece muito, muito, muito difícil.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 13:47
> De: Roberto "Mineiro" Takata
>
> Se a segurança militar americana não é capaz de guardar segredos
> nucleares contra espiões, idem para organizações q. tEm o singelo
> objetivo de liquidar com a especie humana.
É. Todo mundo sabe que é impossível liquidar pragas. :-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 13:55
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Você já leu um livrinho do Richard Bach chamado _Ilusões_?
Lígia: De R. Bach o que eu já li foi o 'Fernão Capelo Gaivota'. E
acho que faço uma idéia do que o 'Ilusões' possa falar... A quais
conclusões pode-se chegar lendo esse livro?
> >Obrigada pelos links!
>
> Disponha. Servimos bem para servir sempre. ;-)))
Lígia: :))
> >Ou, em outras palavras, uma forma holística de apreciar a
natureza... :)
>
> Eu não gosto muito do termo "holístico" porque é outra palavrinha
da qual o
> pessoal da niueige se apropriou e deitou e rolou em cima. Mas, sim,
a idéia
> é essa. ;-)
Lígia: Problema de quem não quiser conhecer o termo a fundo. A
visão global que o termo holístico evoca é o que eu vejo de mais
importante a ser feito em termos de conhecer-se a natureza de alguma
coisa. Implica na apreciação, quer por meios diretos, quer
indiretos, da totalidade de uma questão. Implica numa visão
analógica, numa forma de chegar-se ao todo através das partes... e
essa é a minha intenção toda vez que estudo algo: não me limitar
apenas à compreensão daquilo mas considerar as implicações e as
consequências bem como as origens, o que está "por trás", além... e,
de repente quando misturo tudo, posso *ver* a coisa. Quem não
entende o que *holístico* evoca, não conhece a paixão... :) Daí
ainda o fato de chegar-se a conclusões bastante exatas de eventos
apenas através da intuição, que nada mais é do que *pescar* as
informações de forma indireta.
> >Deve ser. Algo como o afrouxamento do *ponto de
> aglutinação* :)
>
> Eu acho o conceito de ponto de aglutinação simplesmente
maravilhoso. Não sei
> se descreve uma realidade concreta, mas pelo menos como metáfora, é
ótimo.
Lígia: Em 'O Fogo Interior' tem a definição mais exata do que o
termo significa. Eu gostei principalmente da parte onde ele associa
tal afrouxamento ao fato de na infância termos uma visão diferente da
vida que quando adultos, ou ainda de manhã, depois do sono,
experimentarmos a sensação de não sabermos sequer quem somos... :)
Outra coisa excepcional: a idéia de sermos adotados pelos *pequenos
tiranos* ao dar início ao caminho do guerreiro... :)
> >A propósito, você já conseguiu sonhar com suas mãos alguma vez?
>
> Não. Já tive alguns sonhos lúcidos, mas foram espontâneos, não
segui nem a
> técnica do Castaneda, nem a do Stephen LaBerge.
Lígia: Na realidade não há técnica. O interessante foi que enquanto
eu tentei sonhar com as costas das minhas mãos, eu nunca consegui.
Uma bela noite, após ter conversado justamente sobre isso com um
amigo, eu sonhei que alguém vinha ao meu encontro e dizia: olhe para
suas mãos. E eu pude vê-las. A isso o D Juan associa uma intenção
(vontade) sem planejamento.
> Uma coisa que eu achei legal no livro do Dawkins foi que ele deixa
em aberto
> a possibilidade de não sermos escravos da programação dos genes,
que temos a
> opção de não obedecer. É uma coisa que os steven-pinkers da vida
adoram
> esquecer.
Lígia: Mas de onde adviria essa possibilidade de não seguirmos o
programa? Todos os seres vivos o seguem. Será que o simples *não
querer seguir* adianta?
> >Veja que se tal estado "eterno" permitisse que universos fossem
criados,
> não haveria a necessidade de singularidades, nem
> de "fiat lux"... né? :)
>
> Já te ocorreu que a singularidade pode ser uma boa metáfora
matemática pra
> esse estado? ;-)
Lígia: Já, principalmente levando-se em conta o que ocorre na alçada
do horizonte de eventos de um BN... ou a espaguetificação que ocorre
em seu interior. Tudo é reduzido à sua forma mais simples de
expressão: energia, que volta a ser matéria em um dado momento.
Itzak Bentov associa o *início e o fim e o reinício* do Universo a um
grande BN, horas expelindo matéria, horas tragando-a, como a
inspiração e a expiração de um gigante... :)
> Esse tipo de coisa me incomoda um pouco. Quer dizer, de que adianta
> substituir um condicionamento por outro? Continua sendo
condicionamento...
Lígia: Pois é, mas veja que tal idéia permite ao homem ocidental
perceber do que a *coisa* se trata...
> Ou não. A pessoa pode ficar tão fascinada com o novo
condicionamento que
> ache que não precisa de mais nada.
Lígia: É nesse sentido que o *estar pronto* tem sentido. Tudo vira
crença quando não se está pronto... ;)
> É um pouco como o Schopenhauer que,
> quando vivia em estado de penúria, escreveu uma obra profundamente
> influenciada pela filosofia budista (é verdade que bem distorcida),
_O Mundo
> como Vontade e Representação_, na qual pregava a necessidade de se
libertar
> da vontade cega, do apego e dos desejos mundanos. Daí, conseguiu uma
> sinecura qualquer, virou um burguês abastado e esqueceu toda aquela
bobagem
> de libertação... ;-)
Lígia: Porque ele de certa forma alcançou o que pretendia... :) A
libertação é a meta de muito poucos, mesmo os grandes têm uma
inclinação a algum desejo que uma vez satisfeito faz o espírito
acomodar-se. É aí que a dor entra em cena novamente... e o ciclo
cármico é quebrado apenas quando se compreende a finalidade do
mesmo: incomodar, incomodar, incomodar... até incomodar-se e forçar
o peregrino a buscar o dharma, que normalmente é a vivência com
exclamações de júbilo da mesmeidade de sempre ;) É isso o que
Francisco de Assis deixa claro naquela frase postada pelo JR: fazer
o necessário... e seguir fazendo até que o impossível seja
realizável.
> >Por falar nisso, você já conseguiu alguma coisa como fazer a chuva
parar,
> ou o céu se
> abrir em um determinado ponto em um dia nublado? :)
>
> Nope. Deixo isso pro Paulo Coelho... ;-) Falando sério, a minha
perspectiva,
> como eu já falei, é mais budista. Você tem que se preocupar com a
libertação
> interior. Esse tipo de coisa pode até ser verdade, mas é
irrelevante e tende
> a distrair a mente do que deveria ser o verdadeiro objetivo.
Lígia: Eu já gosto de testar o que me é apontado como caminho... e
gosto dos resultados, principalmente quando vêm de encontro a algo
que eu quero muito fazer. Lembra do eclipse solar de 11 de agosto de
99? Eu sempre quis ver um eclipse total mas nunca pensei ser
possível. Eu estava na França na época do eclípse, sem sequer ter me
dado conta de que eu poderia vê-lo. Pois então, fomos até Nancy
naquela manhã debaixo de muita chuva e eu insistia com meu primo de
que não teria problema: nós veríamos o eclipse mesmo assim.
Bem, talvez o desejo de todos os que pararam seus carros nas ruas e
ficaram olhando para o céu à espera do milagre embaixo de seus guarda-
chuvas tenha tido algum peso. O fato é que a partir de dado momento
em que o Sol estava com menos de 14% de área visível, a chuva parou e
o céu se abriu bem na direção do Sol. Pudemos ver o eclipse sendo
filtrado pelas nuvens mais altas... e só voltou a chover depois,
quando a Lua o deixava para trás...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Erros científicos nos filmes
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 15:09
> Alhures comentaram sobre os erros científicos cometidos em vários filmes. Não recordo onde foi o desenrolar da thread.
> O professor Ivys, de Recife, faz solicitações sobre o tema. Apreciaria a participação de todos nessa empreitada científica.
> Podemos começar com:
>
> erro1: Sons dos 'tiros' ou descargas laser no vácuo [ sons, como ondas mecânicas que são, não se propagam no vácuo; descargas laser, como ondas eletromagnéticas que são, não produzem ruído algum.
>
> erro2: cabos condutores de carga elétrica não soltam fagulhas pelas extremidades. Estamos cansados de ver os mocinhos puxarem um desses cabos e encostarem nos bandidos, com fagulhas para todos os lados.
>
> erro3: material radioativo não zumbe, como sempre vemos em tais filmes.
>
> erro4: o tiro de uma pistola magnum ou mesmo de uma carabina não pode jogar o bandido pela janela e quase atravessar a rua; a quantidade de movimento da bala (ou chumbos) que o bandido recebe é a mesma que recebeu a mão que empunha o revolver (e a mão do mocinho nem treme!).
>
> erro5: podem continuar e, quando chegar em pelo menos uns 20 enviarei ao professor Ivys (e servirá para todos nós).
Não se pode dirigir naves espaciais como se fossem caças americanos, a não
ser que esteja constantemente acelerado.
Não existe, ainda, gravidade artificial.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
SUBJECT: Re: Científico ou especulação
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 16:00
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário Diniz <rbdiniz@t...>
> > Não estava brincando, não. Eu gostaria muito de ler alguma análise
> > sobre isso... Aliás, eu acho muito interessante análises sobre o
> > comportamento das pessoas em papos virtuais. Mas tenho lido muito
> > pouco (aproximadamente nada) sobre o assunto. Alguém terá
> > sugestões interessantes de leitura?
Mais sobre psicossociopatologia ligada 'a internet.
Estudo diz que internet rápida pode viciar e isolar jovem
http://www1.uol.com.br/folha/informatica/ult124u11439.shtml
Sites oferecem testes, diagnósticos e apoio a viciados em web
http://www1.uol.com.br/folha/informatica/ult124u11437.shtml
Viciados varam a noite jogando em rede
http://www1.uol.com.br/folha/informatica/ult124u11440.shtml
Dois morrem por overdose de jogo na Coréia do Sul
http://www1.uol.com.br/folha/informatica/ult124u11441.shtml
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 16:34
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> Q. exista. O q. e' q. uma faccao ganha detonando as bombas
> [na Russia]?
Acho que os Chechenos (não sei se é assim que se escreve) adorariam
detonar umas em Moscou.
> Qtos misseis desses poderao ser contrabandeados sem causar suspeita?
Hoje nenhum, e é por isso que acredito que ainda não foram
contrabandeados. Mas não há como descartar a hipótese.
> Qtos misseis ele [um novo Osama capaz de fazer bombas nucleares]
> tera'?
No futuro, quantos a ambição dele permitir.
> Armas de fogo nao sao misseis balisticos. Nao se esconde um missil
> dentro de uma caixa de violino.
Hoje armas de fogo, amanhã o que será? Um míssil balístico não se
esconde dentro de uma caixa de violino, mas um artefato nuclear pode,
como você mesmo fala a seguir, caber dentro de uma maleta de mão. E
pode fazer tanto estrago quanto o primeiro.
> E qdo e' q. alguem conseguira' contrabandear dezenas de milhares de
> ogivas sem levantar suspeita?
No futuro não precisará contrabandear, o sujeito poderá fabricar no
quintal.
> Três bombas-malas de fato faz um estrago terrível -- e' capaz de
> eliminar uma megalópole, mas nem de longe e' capaz de exterminar a
> especie humana.
Ok. A rede de Osama foi capaz de manter várias células terroristas em
cidades estratégicas do mundo. Uma célula é auto-sustentável: seus
membros trabalham, têm uma vida comum, amigos, se misturam. Se
puderem destruir uma megalópole, vão poder destruir duas, doze.
Considere a destruição de uma Los Angeles e New York por exemplo. Que
efeito traria sobre o povo americano? É impensável. Destruindo
cidades americanas os terroristas vão despertar uma certa ira no
coração daquele povo. Se hoje o governo de lá já tratam o mundo como
quintal, poderão tratar como praga. É incalculável o espiral que irá
causar.
> Daqui a 200 anos estaremos na Lua e em Marte...
Tenho minhas dúvidas que essas colônias serão 100% auto-sustentáveis
em tão pouco tempo.
> Vc se surpreenderia com a qtdade de dados q. uma empresa de cartao
> de credito tem sobre vc.
Eu tenho uma idéia. Ja trabalhei com cruzamentos de cadastros.
> Mas isso e' o de menos. Nao ha' meios fisicos de se esconder
> algumas centenas de misseis nucleares sem q. ninguem saiba. Pra
> isso e' preciso uma equipe muito grande, qto maior o poder de
> destruicao, maior a equipe. Qto maior a equipe, maior a chance de
> vazamento de informação.
É correto dizer que quanto maior a equipe maior a chance de
vazamento. Mas quanto a necessitar de uma equipe muito grande, já é
outra história. Há 100 anos para se destruir uma cidade grande
preciso marchar um exército considerável contra ela. Há 50 anos
bastariam algumas esquadrilhas aéreas. Hoje é preciso apenas um homem
e uma maleta... Quantos homens com maleta um grupo terrorista
conseguiria ter? Quanto mais avançamos para o futuro, maior é o poder
de destruição que uma pessoa sozinha pode causar.
> Se a segurança militar americana não é capaz de guardar segredos
> nucleares contra espiões, idem para organizações q. tEm o singelo
> objetivo de liquidar com a especie humana.
Não sou tão otimista assim. As células terroristas do 11/SET
conseguiram se estabelecer nos Estados Unidos. Apesar do governo
americano ter "desconfiado" de um ataque não puderam impedir.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 16:56
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> >
> > Q. exista. O q. e' q. uma faccao ganha detonando as bombas
> > [na Russia]?
>
> Acho que os Chechenos (não sei se é assim que se escreve) adorariam
> detonar umas em Moscou.
E isso extingue a humanidade?
> > Qtos misseis desses poderao ser contrabandeados sem causar
suspeita?
>
> Hoje nenhum, e é por isso que acredito que ainda não foram
> contrabandeados. Mas não há como descartar a hipótese.
Tbm nao ha' como descartar a hipotese de q. um astronauta foi
abandonado na Lua...
> Hoje armas de fogo, amanhã o que será? Um míssil balístico não se
> esconde dentro de uma caixa de violino, mas um artefato nuclear
> pode,
> como você mesmo fala a seguir, caber dentro de uma maleta de mão. E
> pode fazer tanto estrago quanto o primeiro.
Tto nao. E' questao fisica: qto menor a quantidade de material
radioativo menor a energia liberada. Qto menor a energia liberda,
menor o estrago causado. Nas maletas cabem bombas de fissao, mas nao
de fusao.
> No futuro não precisará contrabandear, o sujeito poderá fabricar no
> quintal.
Qdo esse dia chegar teremos escudos anti-radiacao portateis.
> efeito traria sobre o povo americano? É impensável. Destruindo
> cidades americanas os terroristas vão despertar uma certa ira no
> coração daquele povo. Se hoje o governo de lá já tratam o mundo
> como quintal, poderão tratar como praga. É incalculável o espiral
> que irá causar.
Pensamento volitivo. Embora seja um desejo estranho, mas enfim...
Freud explica.
Os EUA escolheram um bode expiatorio para os ataques ao Pentagono e
ao WTC e so'. Nao declararam guerra total indiscriminada contra toda
populacao nao-americana ou nao-alinhada.
> > Daqui a 200 anos estaremos na Lua e em Marte...
>
> Tenho minhas dúvidas que essas colônias serão 100% auto-
> sustentáveis em tão pouco tempo.
Bem, se se controi armamento nuclear em um quintal...
> É correto dizer que quanto maior a equipe maior a chance de
> vazamento. Mas quanto a necessitar de uma equipe muito grande, já é
> outra história. Há 100 anos para se destruir uma cidade grande
> preciso marchar um exército considerável contra ela. Há 50 anos
> bastariam algumas esquadrilhas aéreas. Hoje é preciso apenas um
> homem e uma maleta... Quantos homens com maleta um grupo terrorista
> conseguiria ter? Quanto mais avançamos para o futuro, maior é o
> poder de destruição que uma pessoa sozinha pode causar.
Apenas uma maleta nao e' capaz de destruir uma cidade. E' capaz de
destruir alguns quarteiroes.
100.000 pessoas com uma maleta. Pra eliminar seis bilhoes serao
necessarias 60.000 maletas. Onde vao arranjar 30 toneladas de uranio
enriquecido? (Na verdade muito mais, ja' q. a densidade populacional
media e' bem menor do q. em NY ou Sampa.)
> Não sou tão otimista assim. As células terroristas do 11/SET
> conseguiram se estabelecer nos Estados Unidos. Apesar do governo
> americano ter "desconfiado" de um ataque não puderam impedir.
E' o mister Magoo. Os terroristas aparentemente deixaram muito
rastro. Serviu de alerta. Agora se falassem em bombas atomicas teriam
os agentes ignorado a ameaca?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 17:56
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 30, 2002 2:55 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>De R. Bach o que eu já li foi o 'Fernão Capelo Gaivota'. E
acho que faço uma idéia do que o 'Ilusões' possa falar... A quais
conclusões pode-se chegar lendo esse livro?
O livro é a história de Donald Shimoda, um messias que veio ensinar pras
pessoas que cada um é o seu próprio messias e tem o poder de alterar a sua
própria realidade. Lembrei dele porque a tua história do cachorrinho é muito
semelhante ao episódio da pena azul no livro. ;-)
>Implica na apreciação, quer por meios diretos, quer
indiretos, da totalidade de uma questão. Implica numa visão
analógica, numa forma de chegar-se ao todo através das partes... e
essa é a minha intenção toda vez que estudo algo: não me limitar
apenas à compreensão daquilo mas considerar as implicações e as
consequências bem como as origens, o que está "por trás", além... e,
de repente quando misturo tudo, posso *ver* a coisa.
É como eu disse: apesar de não usar muito a palavra, a idéia é essa (só que
eu chamo de método paranóico-crítico, que é como o Dalí chamava). ;-)
>Em 'O Fogo Interior' tem a definição mais exata do que o
termo significa.
Eu li. Aliás, eu li todos os livros dele, da _Erva-do-Diabo_ até esse
póstumo, _O Lado Ativo do Infinito_. É curioso ver como as idéias vão
evoluindo de livro pra livro e a própria personalidade do Dom Juan vai se
transformando.
>Eu gostei principalmente da parte onde ele associa
tal afrouxamento ao fato de na infância termos uma visão diferente da
vida que quando adultos, ou ainda de manhã, depois do sono,
experimentarmos a sensação de não sabermos sequer quem somos... :)
Eu tenho um conto chamado "Elaboração Secundária" que é em cima dessa idéia
de não sabermos quem somos. Como é que você sabe que a realidade que você
encontra quando acorda é a mesma que você deixou pra trás quando foi dormir?
Aliás, como é que você sabe que a pessoa que acorda é a mesma que foi
dormir? A continuidade da memória pode ser uma ilusão e o conto brinca com a
idéia de que a realidade que a gente experimenta no dia seguinte é moldada
pelos sonhos que temos à noite. Mas a história não é muito boa, a premissa
podia render bem mais.
>Na realidade não há técnica.
É, eu sei. O Dom Juan depois confessou pro Castaneda que essa história de
tentar olhar as mãos era só um pretexto pra atrair a atenção do ego e abrir
espaço pro intento se manifestar. Mas *é* uma técnica, uma técnica de
distrair a atenção consciente - e, aliás, seria ótima pra mim, porque a
minha consciência é tão rígida que eu não consigo nem sequer ficar bêbado.
;-) É, aliás, o meu principal obstáculo com a meditação.
>Mas de onde adviria essa possibilidade de não seguirmos o
programa? Todos os seres vivos o seguem. Será que o simples *não
querer seguir* adianta?
Bom, o Dawkins especula que, apesar de a consciência ter sido moldada pela
seleção natural, com ela veio o livre-arbítrio e, com isso, a possibilidade
de se emancipar da programação biológica. Mas não me pareceu uma resposta
muito satisfatória.
>Já, principalmente levando-se em conta o que ocorre na alçada
do horizonte de eventos de um BN...
É por isso que eu gosto da imagem da singularidade. Me parece uma descrição
danada de boa, embora os cosmologistas não façam a menor idéia do que é que
eles estão descrevendo... ;-)
>Pois é, mas veja que tal idéia permite ao homem ocidental
perceber do que a *coisa* se trata...
Não tenho lá muita certeza. A gente só percebe o que quer perceber. E como a
cabeça das pessoas é quase totalmente voltada pra fins práticos, o que elas
tiram daí é a tal coisa do pensamento positivo.
>Porque ele de certa forma alcançou o que pretendia... :)
Exato. Ele não tinha uma real necessidade de libertação, a filosofia dele é
racionalização pura.
>É aí que a dor entra em cena novamente... e o ciclo cármico é quebrado
apenas quando se compreende a finalidade do
mesmo: incomodar, incomodar, incomodar...
É como um aguilhão tentando empurrar as pessoas pra frente. Mas as pessoas
se acomodam mesmo com o aguilhão, ficam feito boi empacado, que não sai do
lugar nem na base da porrada. ;-)
>É isso o que Francisco de Assis deixa claro naquela frase postada pelo JR:
fazer o necessário... e seguir fazendo até que o impossível seja
realizável.
É uma ótima frase. Apesar daquela adoração toda pela natureza, que não faz
muito a minha cabeça, o São Francisco entendia das coisas. ;-)
>Bem, talvez o desejo de todos os que pararam seus carros nas ruas e
ficaram olhando para o céu à espera do milagre embaixo de seus guarda-
chuvas tenha tido algum peso. O fato é que a partir de dado momento
em que o Sol estava com menos de 14% de área visível, a chuva parou e
o céu se abriu bem na direção do Sol. Pudemos ver o eclipse sendo
filtrado pelas nuvens mais altas... e só voltou a chover depois,
quando a Lua o deixava para trás...
Aconteceu uma coisa parecida na primeira vez que eu passei o réveillon no
Rio de Janeiro, faz uns três ou quatro anos. Choveu muito o dia inteiro.
Cinco minutos antes da queima de fogos, a chuva parou. Cinco minutos depois
da queima de fogos, ela recomeçou. Foi como se alguém tivesse desligado e
religado uma chave. Me senti como um personagem do _Truman Show_. E, claro,
também escrevi um conto sobre isso. (Esse até que ficou legalzinho.) ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Sugestão "Feira de Ciências"
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
CC: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 18:41
Olá Fernando,
agradeço sua atenção para com meu pedido.
Realmente esse 'glossário' é para a meninada do ensino médio e pré-vestibular. Dificilmente é feita alguma abordagem sobre isso em sala de aula; acredito que praticamente nenhuma. Esse trabalho é uma tentativa de dar um Vo (velocidade inicial) nisso. Vários professores já tem se aproveitado disso ... mas, tb, acharam o 'palavreado' um tanto difícil.
'Desformalizar' um pouco o trabalho tornando-o um pouco mais coloquial já seria um bom empurrão.
Não pretendia emperrar o tema com 'filosofia da ciência', mesmo porque muitos professores (principalmente universitários) têm ojeriza disso e não aceitam 'comentários dos verbalismos filosóficos'; iria resultar em polêmicas.
Em suma, nem tanto lá nem tanto cá, apenas um trabalho introdutório do jargão científico.
Toda ajuda será bem vinda.
NOTA: Esse tema cabe perfeitamente no ciencialist e, com sua autorização, estou enviando uma cópia para lá.
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 30 de outubro de 2002 15:44
Assunto: Sugestão "Feira de Ciências"
| Olá Luiz!
|
| Tomo a liberdade de responder em pvt sobre seu pedido de sugestões, não quero criar
| polêmicas. Mas adianto que, se vc achar interessante, fique à vontade prá repassar esse
| e-mail prá lista, ok?
|
| Pelo que eu vi, o público alvo são alunos pré-universitários e o foco é principlamente
| física, certo? Sobre as questões que envolvem um pouco de filosofia da ciência, o que eu
| penso é que tais questões são tão complexas e herméticas como as questões de física e
| matemática. Por isso, torná-las acessíveis é tão complicado qto.
|
| Do que eu vi, minha sugestão nesse particular seria reduzir um pouco o número de
| verbetes, e abrir um pouco mais os que "sobrarem". Por exemplo, vc fala em "entender",
| "conhecimento", "explicar", "argumento", "filosofia das ciências", "demonstração
| racional", e assim por diante. Esses assuntos são muito interligados e muito complexos.
|
| Minha sugestão então seria "enxugar" esse tema - o da filosofia da ciência - talvez dando
| uma ênfase à metodologia de pesquisa, quem sabe. E, nesse verbete mais extenso, falar
| sobre o tema englobando todos esses assuntos que eu citei acima. Talvez seja tb
| interessante incluir algum artigo didático extamente sobre isso, porque tais temas exigem
| leitura. Se vc quiser alguma ajuda nisso, me fale, ok?
|
| No mais, quero te parabenizar pelo site e pela iniciativa e pelo conteúdo!
|
| um abraço,
|
| Fernando SK
|
| _______________________________________________________________________
| Yahoo! GeoCities
| Tudo para criar o seu site: ferramentas fáceis de usar, espaço de sobra e acessórios.
| http://br.geocities.yahoo.com/
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 19:32
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> E isso [chechenos detonando bombas em Moscou] extingue a humanidade?
Não, mas responde a sua dúvida se facções de uma possível guerra
civil Russa teriam interesse em fazer uso do arsenal nuclear.
> Tbm nao ha' como descartar a hipotese de q. um astronauta foi
> abandonado na Lua...
Analogia extendida. Se a hipótese de um contrabando de armas
nucleares fosse tão descartável quanto a da analogia, não seriam
tomados tantos cuidados para prevenir.
> Tto nao. E' questao fisica: qto menor a quantidade de material
> radioativo menor a energia liberada. Qto menor a energia liberda,
> menor o estrago causado. Nas maletas cabem bombas de fissao, mas
> nao de fusao.
É exatamente a física que o torna possível. E=mc2. Salvo engano,
Hiroshima foi devastada pela transformação de apenas meio quilo de
matéria em energia. O que complica geralmente é o detonador. E se o
detonador puder ser reduzido ao tamanho de uma maleta?
> Qdo esse dia chegar [construir bombas nucleares no quintal] teremos
> escudos anti-radiacao portateis.
Medida paliativa tal qual os abrigos subterrâneos. Vamos ter escudos
portateis também para nossas fontes alimentares? Bois, frangos,
peixes, plantações, água, ar?
> Pensamento volitivo. Embora seja um desejo estranho, mas enfim...
> Freud explica.
> Os EUA escolheram um bode expiatorio para os ataques ao Pentagono e
> ao WTC e so'. Nao declararam guerra total indiscriminada contra
> toda populacao nao-americana ou nao-alinhada.
E qual seria o tamanho do bode expiatório que eles escolheriam para
compensar a destruição de uma Los Angeles e New York? Uma vez que
eles colocassem na cabeça que estão sendo varridos do planeta, não
duvido do que seriam capazes.
> Apenas uma maleta nao e' capaz de destruir uma cidade. E' capaz de
> destruir alguns quarteiroes.
Bom, quem falou isso foi você, que disse que 3 malas-bombas poderiam
destruir uma megalópole.
> Pra eliminar seis bilhoes serao
> necessarias 60.000 maletas. Onde vao arranjar 30 toneladas de
> uranio enriquecido? (Na verdade muito mais, ja' q. a densidade
> populacional media e' bem menor do q. em NY ou Sampa.)
Por que a matéria prima tem que ser urânio? Será que a ciência nunca
descobrirá um meio de liberar energia nuclear de outras substâncias?
E por que tanta quantidade assim de materia prima seria necessária?
Será que está de acordo com E=mc2? Salvo engano, como disse antes,
para eliminar cerca de 100 mil pessoas em hiroshima foi necessário
que apenas meio quilo de matéria transformasse em energia.
> E' o mister Magoo. Os terroristas aparentemente deixaram muito
> rastro. Serviu de alerta. Agora se falassem em bombas atomicas
> teriam os agentes ignorado a ameaca?
Prá responder isso é necessário saber o porquê dos agentes terem
ignorado. Provavelmente podem ter ignorado pela quantidade de
suspeitas que chegaram. Como não tinham uma política de fiscalização
rigorosa implementada em nível nacional, o esforço para investigar
cada suspeita em tempo hábil requeria mais efetivo do que dispunham.
Por acreditarem que não valia a pena mudar a política de fiscalização
em nivel nacional, optaram por investigações por amostragem. Se esse
foi o erro, não adiantaria muita coisa se as suspeitas falassem em
bombas atômicas. Aliás, podem até ter falado. E ainda, se falassem
talvez até eliminariam a suspeita da amostragem por considerá-la
fantasiosa.
> []s,
>
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Pitaco malicioso em: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 19:44
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 30, 2002 1:20 AM
Subject: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
> Não foi não, Antonio... O JR foi quem ficou inspirado a demonstrar
como fazer a sociedade alcançar o *nirvana* com essas
*recomendações*... em parte eu concordo: mulheres são muito
complicadas.
Ou você pode pegar pelo outro lado: homens são muito simplórios. ;-)
Bjs.
L.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
OI
Eu ia enviar a msg abaixo. Depois pensei ser uma grosseria muito grande.
Depois pensei novamente, que não seria levado a mal. Então voltei atrás. Por
fim, aquele ditado: Perco o amigo mas não perco a piada.
########>Pegar pelo outro lado?! Como assim...?<########
Certa vez estava 'convesando' em um 'chat' da BOL. 'Falei' uma bobagem
deste tipo. Um dos participantes manifestou-se em tom de zanga. Coloquei:
Perco o amigo mas não perco a piada. E ele 'fala': "Isso foi uma piada?"
Neste momento meu micro 'travou'. 'Recetei' e, no 're-boot' apagou o HD.
Apagou tudinho, até o sistema operacional.
Abraços e desculpas.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Pitaco malicioso em: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2002 21:51
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 30, 2002 8:44 PM
Subject: Pitaco malicioso em: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil
!!!
>Pegar pelo outro lado?! Como assim...?
Beeeeeem, eu não disse que era *eu* que ia pegar pelo outro lado... ;-)
>Abraços e desculpas.
Relaxa, Antonio. Não precisa pedir desculpas. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Psicanálise e evolução
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 22:49
Olá.
> > Existe um livro do antropólogo inglês Robin Fox, "The Red Lamp of
Incest: A study into the origins of mind and society", no qual ele
procura reabilitar "Totem e Tabu", de Freud, sob o novo paradigma
biossocial.
> Mas ele faz isso baseando-se em experimentos bem construídos? Eu
sou cetico qto a essa possibilidade: seres humanos não são ratos de
laboratório q. permitam controles adequados para estudos mais
rigorosos. Alguns experimentos são realizados em laboratório, mas
esbarram na questão do tamanho amostral -- não é muito viável enfiar
algumas centenas de pessoas em um laboratório.
Ele parte das idéias e observações de Freud. Mas utiliza também
muitos dados de primatologia, arqueologia e etnografia. A pesquisa em
laboratório seria o ideal, mas não é fundamental. Podemos utilizar a
observação da natureza. É isso que os antropólogos costumam fazer. É
isso também o que Darwin fez para formular sua teoria.
> A questão do incesto. Não sei qto aos psicanalistas, mas os
psicoevolucionistas cometem um erro sério assumindo q. ha' mecanismos
psicológicos eficientes de evitação do incesto. A maioria dos abusos
contra crianças são cometidas por parentes próximos, usualmente os
próprios pais biológicos. (E isso ainda se considerando q. tais casos
são subestimados, na medida em q. muitas vezes se gera um silência
sepulcral sobre isso e o agressor não é denunciado.)
Gostaria de saber como está a visão psicanalítica sobre o incesto. É
importante observar que o livro de Fox não é sobre o incesto. É uma
tentativa de elaborar uma teoria da sociedade. Ele está a par destas
críticas, e não defende uma teoria simplista que atribua a aversão ao
incesto a um mecanismo psicológico. Vale observar também que a maior
parte dos incestos são cometidos entre pai e filha, dificilmente
entre mãe e filho, o que faz sentido, já que os riscos para o pai são
menores que para a mãe, isto é, se seu filho nascer deformado o homem
pouco perde, pois ele não tem que se mobilizar para carregar um
parasita durante nove meses na barriga. Vale também observar que o
incesto parece interessante como mecanismo purificador. Isto é, como
mecanismo para eliminar genes defeituosos da linhagem.
Seja como for, Fox identifica dois (ou três) tipos de incesto
diferentes. Entre irmãos e entre pais e filhos (mãe e filho, e pai e
filha). A teoria dos irmãos é simples: se os irmãos brincam durante a
infância, se esfregando e se excitando um com o outro como eles
provavelmente farão se ninguém impedir, eles desenvolverão mecanismos
psicológicos de inibição durante a idade adulta. Se não existe essa
fase inicial, irá surgir um interesse subterrâneo entre irmãos que
terá que ser reprimido pela cultura. A teoria da mãe e filho é mais
complicada, e implica em resgatar Totem e Tabu e o Complexo de Édipo.
> Não q. uma antropologia mais rigorosa seja impossível, mas me
parece muito, muito, muito difícil.
Realmente. Eu acho fundamental que os governos financiem experimentos
sociais. Um dos problemas, que eu já levantei aqui, é que um
experimento descente levaria pelo menos umas três gerações. E como
nós poderíamos encerrar o experimento após termos criado pessoas
desde a infância em seu interior? Também não seriam experimentos
politicamente corretos, já que sociedades humanas não são
politicamente corretas. Acho fundamental que as leis do estado não
sirvam dentro dos experimentos. Como em um presídio, eles têm que
fazer suas próprias leis. Bastante complicado. Mas não vejo saída.
Temos que fazer isso com urgência. O projeto iluminista faliu, e
temos que construir um novo projeto social que salve a humanidade.
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 22:51
Peguei o bonde andando, mas vou fazer uns comentários:
> Hoje armas de fogo, amanhã o que será? Um míssil balístico não se
esconde dentro de uma caixa de violino, mas um artefato nuclear pode,
como você mesmo fala a seguir, caber dentro de uma maleta de mão. E
pode fazer tanto estrago quanto o primeiro.
Existem outras ameaças. Uma bomba suja, como chamam, é um artefato
composto por poeira radioativa e uns explosivos. Se detonado em uma
cidade iria infiltrar poeira radioativa em todos os cantos da cidade.
Seria impossível limpar. Como uma única partícula é capaz de causar
câncer, a única solução é evacuar a cidade durantes algumas centenas
de anos. Essas bombas são muito mais fáceis de fazer que as atômicas.
De fato, as agências de segurança americanas comunicaram que pegaram
um cara tentando levar uma dessas para os EUA. Só não dá para saber
se a informação é verdadeira.
Tem também as armas biológicas, que podem ser desenvolvidas de forma
mais secreta que as atômicas, e podem causar um estrago muito maior.
Uma dessas poderia exterminar a população das grandes cidades do
mundo desenvolvido em poucos dias. Eu imagino um grupo americano
racista desenvolvendo um vírus para matar negros ou algo assim. Ele
poderia contar com pesquisadores racistas das companhias de
biotecnologia.
> Considere a destruição de uma Los Angeles e New York por exemplo.
Que efeito traria sobre o povo americano? É impensável.
Não podemos saber as conseqüências espirituais, mas com certeza se as
grandes cidades do mundo fossem destruídas a economia global entraria
em depressão sinistra.
> > Daqui a 200 anos estaremos na Lua e em Marte...
> Tenho minhas dúvidas que essas colônias serão 100% auto-
sustentáveis em tão pouco tempo.
Provavelmente não. A não ser que tenham uns avanços tecnológicos
enormes (teletransporte, por exemplo). Para uma base na Lua fabricar
tudo que consome, incluindo materiais, máquinas e alimentos, acho que
vai levar muito tempo, se é que será conseguido um dia. Talvez os
humanos do futuro estejam preocupados com outras coisas mais
importantes do que construir colônias no meio de desertos inóspitos e
inúteis. Convenhamos, fazer colônias na Lua é uma certa
infantilidade. O cara com certeza viu muito Star Trek quando criança.
> Quanto mais avançamos para o futuro, maior é o poder de destruição
que uma pessoa sozinha pode causar.
Acho isso bem claro. Quanto mais a ciência e a tecnologia se
desenvolvem, sendo transferidas do setor estatal para o setor
privado, maiores as chances delas caírem em mão erradas. Pegue o caso
do atirador de Washington. Ele só conseguiu fazer aquilo porque ele
pôde ter acesso a carros, rodovias e armas de alta precisão.
Para finalizar, não sei se a humanidade poderia acabar. Sempre vai
sobrar alguém. Mas ataques terroristas poderiam fazer um grande
estrago, e por um fim na civilização liberal atual.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 23:11
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> O livro é a história de Donald Shimoda, um messias que veio ensinar
pras
> pessoas que cada um é o seu próprio messias e tem o poder de
alterar a sua
> própria realidade. Lembrei dele porque a tua história do
cachorrinho é muito
> semelhante ao episódio da pena azul no livro. ;-)
Lígia: Agora eu fiquei curiosa... ;) Vou procurá-lo e comprar. E
já me aconteceu também de querer muito um gato siamês. Meu marido
achou caro, coisa e tal... pensei que nunca teria um. No dia
seguinte, em cima de uma bacia no quintal, lá estava: um gato que
depois vim a saber tratar-se de uma gata: siamesa. Bem, pelo menos a
cor dos olhos e da pele são de siameses, além do comportamento. Ela
estava doente (4 patas queimadas por ácido). Cuidei dela e está
comigo até hoje. Isso além de outras coisas que eu quero muito... e
me arrependo amargamente depois :)
> É como eu disse: apesar de não usar muito a palavra, a idéia é essa
(só que
> eu chamo de método paranóico-crítico, que é como o Dalí chamava).;-)
Lígia: Ah, então é isso? Que eu saiba eram os delírios decorrentes
disso que ele costumava pintar... :)
> >Em 'O Fogo Interior' tem a definição mais exata do que o
> termo significa.
>
> Eu li. Aliás, eu li todos os livros dele, da _Erva-do-Diabo_ até
esse
> póstumo, _O Lado Ativo do Infinito_. É curioso ver como as idéias
vão
> evoluindo de livro pra livro e a própria personalidade do Dom Juan
vai se
> transformando.
Lígia: Coisas de escritor... :)
> Eu tenho um conto chamado "Elaboração Secundária" que é em cima
dessa idéia
> de não sabermos quem somos. Como é que você sabe que a realidade
que você
> encontra quando acorda é a mesma que você deixou pra trás quando
foi dormir?
> Aliás, como é que você sabe que a pessoa que acorda é a mesma que
foi
> dormir? A continuidade da memória pode ser uma ilusão e o conto
brinca com a
> idéia de que a realidade que a gente experimenta no dia seguinte é
moldada
> pelos sonhos que temos à noite. Mas a história não é muito boa, a
premissa
> podia render bem mais.
Lígia: Seu conto? Hum... acho que bem que você podia enviar alguma
coisa que você escreveu prá mim... esqueceu? :(
> É, eu sei. O Dom Juan depois confessou pro Castaneda que essa
história de
> tentar olhar as mãos era só um pretexto pra atrair a atenção do ego
e abrir
> espaço pro intento se manifestar. Mas *é* uma técnica, uma técnica
de
> distrair a atenção consciente - e, aliás, seria ótima pra mim,
porque a
> minha consciência é tão rígida que eu não consigo nem sequer ficar
bêbado.
> ;-) É, aliás, o meu principal obstáculo com a meditação.
Lígia: Meditação não é o meu forte também. Então eu costumo fazer
alguma coisa que exija toda a minha atenção até eu estar "mergulhada"
dentro da atividade a tal ponto que podem berrar no meu ouvido me
chamando que eu nem escuto... :) Quanto a ficar bêbada, um copo de
chop faz estrago...
> Bom, o Dawkins especula que, apesar de a consciência ter sido
moldada pela
> seleção natural, com ela veio o livre-arbítrio e, com isso, a
possibilidade
> de se emancipar da programação biológica. Mas não me pareceu uma
resposta
> muito satisfatória.
Lígia: A questão do livre-arbítrio sempre me pareceu
meio "nebulosa", por assim dizer. Apesar de sermos capazes de
escolhermos o próprio destino, a impressão que eu tenho é de que a
própria vontade ou intenção de fazer algo já está embutida na
programação, então não se foge muito do que é esperado que se faça.
A não ser que se decida apenas pelo que for anti-natural...
infringindo todas as leis que parecem impostas pela natureza e...
bem, até hoje eu nunca vi ninguém nascendo velho e morrendo bebê
apenas porque assim o quis... :) É certo, pode-se escolher este ou
aquele parceiro, esta ou aquela atividade, ter ou não filhos, ficar
celibatário mas *nada* foge muito do contexto do que é para ser
feito. Opta-se por não matar, por ser vegetariano, por andar
plantando bananeira mas ainda assim sofremos com o vizinho que escuta
pagode às 7 horas da manhã de sábado, precisamos comer e mesmo
plantando bananeira pode-se andar... :)
> É por isso que eu gosto da imagem da singularidade. Me parece uma
descrição
> danada de boa, embora os cosmologistas não façam a menor idéia do
que é que
> eles estão descrevendo... ;-)
Lígia: Verdade... cada vez mais a cosmologia vem caindo na
descrição dos mitos que povoaram as concepções de origem do mundo dos
povos antigos naquilo que afirma... :) Fico pensando: será isso
uma projeção daquilo em que se creu durante milênios, ou por outra,
como será que alguns povos antigos conseguiram imaginar coisas tão
similares ao que vem sendo *descoberto* hoje em dia? Até mesmo a
idéia de um universo cíclico é uma idéia antiiiiiga... Fora a idéia
de universo inflacionário do Linde que parece a idéia hindu de o
Universo ser um grão de mostarda em meio a tantos outros grãos... ;)
> >Pois é, mas veja que tal idéia permite ao homem ocidental
> perceber do que a *coisa* se trata...
>
> Não tenho lá muita certeza. A gente só percebe o que quer perceber.
E como a
> cabeça das pessoas é quase totalmente voltada pra fins práticos, o
que elas
> tiram daí é a tal coisa do pensamento positivo.
Lígia: Mas veja que quem tem alguma bagagem consegue entender a
*coisa* de forma diferente. Eu acho válida toda e qualquer
tentativa de dar mostras do potencial da forma de encarar-se o mundo.
> Exato. Ele não tinha uma real necessidade de libertação, a
filosofia dele é
> racionalização pura.
Lígia: Num contexto de mundo, vai, o que é mais importante: ganhar
dinheiro e ser reconhecido pelo que fizer, ou viver na miséria e ser
maltratado? Quem apenas vê e vive o mundo tridimensional só pode
pensar que o melhor é alcançar o ápice da realização no mundo. Aliás
esse é um tema interessante. Certa vez li sobre um filósofo hindu
que estava de limousine nova e então afirmou que aquilo devia-se ao
seu desejo de não levar nada por realizar para o "outro lado". Assim
satisfazia toda e qualquer vontade de seu ego... ;) Prá que
renunciar o que há de melhor na vida e ficar se remoendo no outro
plano? ( nota: isso não representa a minha visão de *coisa certa a
ser feita* ).
> É como um aguilhão tentando empurrar as pessoas pra frente. Mas as
pessoas
> se acomodam mesmo com o aguilhão, ficam feito boi empacado, que não
sai do
> lugar nem na base da porrada. ;-)
Lígia: É quando adoecem e têm que repensar a vida *na marra* ;)
> >É isso o que Francisco de Assis deixa claro naquela frase postada
pelo JR:
> fazer o necessário... e seguir fazendo até que o impossível seja
> realizável.
>
> É uma ótima frase. Apesar daquela adoração toda pela natureza, que
não faz
> muito a minha cabeça, o São Francisco entendia das coisas. ;-)
Lígia: Ele era contemplativo. A contemplação é uma forma bastante
eficiente de abertura.
> Aconteceu uma coisa parecida na primeira vez que eu passei o
réveillon no
> Rio de Janeiro, faz uns três ou quatro anos. Choveu muito o dia
inteiro.
> Cinco minutos antes da queima de fogos, a chuva parou. Cinco
minutos depois
> da queima de fogos, ela recomeçou. Foi como se alguém tivesse
desligado e
> religado uma chave. Me senti como um personagem do _Truman Show_.
E, claro,
> também escrevi um conto sobre isso. (Esse até que ficou
legalzinho.) ;-)
Lígia: Então quero ler esse também!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Pitaco malicioso em: Re: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2002 23:39
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >Pegar pelo outro lado?! Como assim...?
>
> Beeeeeem, eu não disse que era *eu* que ia pegar pelo outro
lado... ;-)
> >Abraços e desculpas.
>
> Relaxa, Antonio. Não precisa pedir desculpas. ;-)
>
> Abs.
> L.
Lígia: Ah, então tá, era eu quem tinha que pegar pelo outro lado...
Sei ;)
Quanto ao Antonio:
Lembre-se do que aconteceu com o HD em uma situação não tão
explícita... Hum, como agora foi bem explícita, se você não parar
com sentimento de culpa seu computador irá ser auto-destruído em:
5...
4...
3...
2...
1...
PUFFF! (Beijos),
Lígia
SUBJECT: Deus e a cultura Re
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 00:33
Finalmente, depois de lançar o debate sobre Deus e a cultura, faço aqui uma breve consideração:
A minha intenção inicial não era jamais de levar o debate às dimensões, sobretudo religiosa que ele tomou, embora reconheço ser impossível tratar de uma questão que envolva o Criador sem cair no terreno minado da religião; reconheço principalmente o valor do debate. A intenção inicial era levar o questionamento, tanto quanto possível, à considerações restritas tanto quanto possível, próximas ou da ciência ou da filosofia. Assim, sendo o Universo governado por leis físico-matemáticas, me parece um absurdo, mesmo eu sendo um crente moderado, que do acaso que também é o caos, possa surgir ordem, sentido, evolução e transformação. Sendo nós o produto de uma criação, segundo creio, estamos muito aquém do Criador e, de todo modo, por alguma razão, não dispomos dos instrumentos apropriados para alcançá-lo, não por incapacidade, nem vontade, mas por limitação de natureza. Se algo ou alguma coisa é produto ou efeito de uma criação, creio que é consequência a sua natureza inferior, do ponto de vista qualitativo e quantitativo. De todo modo, e por incrível que pareça, não é o sentimento religioso que nutre a minha crença, mas o sentimento científico, se é que posso falar assim. Vejam, o Universo levou um tempão até que sua organização permitisse o surgimento da vida. E do modo como é organizado, as suas constantes físicas são de tal modo quantificadas que, a mínima alteração de valor para mais ou para menos, tornaria inviável a existência humana, e o cosmo seria totalmente diferente do que é, e a vida não existiria. A vida creio, já estava contida no cosmo como elemento potencial desde o princípio. Mais ainda, creio que exista uma ligação poderosa e ferrenha entre a matéria, o modo como o cosmo se organiza e o cerébro. Sem o cerébro, que é o intrumento através do qual o conhecimento é possível, o cosmo não faria sentido. Se por um desastre acontecer de um dia a humanidade ser extinta, e será, de uma forma ou de outra, por contigências humanas ou das próprias leis físicas, o Universo inteiro perderia o sentido. Seria como uma casa mal assombrada.Nessas condições, não se poderia afirmar nada sobre coisa alguma. Não é para vocês um enigma o fato de a medida que avançamos no conhecimento também avançamos nas possibilidades de destruição, pois o conhecimento é a apropriação de como a coisa é feita e portanto, de como pode ser destruída.
Não é atoa que os textos sagrados colocam a criação do homem como o último ato da criação, pois ele deu sentido ao Universo.
É isso.
Um abraço
obrigado por todas a considerações valiosas.
Carlos Alberto.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Constante de Estrutura fina x tempo de Plank
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 00:33
Se eu tiver distoado demais da realidade e da possibilidade, me perdoem. Mas, se multiplicarmos a Constante de estrutura fina pelo tempo de Plank, se for possível o cálculo, que tipo de número obteremos? Tem algum significado físico? Se a operação não for possível, por favor digam o por quê.
Carlos Alberto.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: O QUE É A BELEZA
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 00:36
A física diz que a natureza é simples e bela, portanto, as equações que a descrevem, por medida de economia, entre outras coisa, devem ser simples e por isso, bela.
Então pergunto, o que é a beleza? em quaisquer sentido.
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: O princípio da cons. da Eneg. e a MQ.
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 00:39
A mecânica quântica com algum de seus princípios violou ou viola o princípio da conservação da energia?
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Macrocosmo e Microcosmo p/Ligia
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 00:41
Ligia, calma, prometo respondê-la. No memento estou fazendo considerações
finais sobre Deus e a Cultura. Prometo não decepcioná-la.
Beijos
Carlos Alberto
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 30, 2002 12:32 AM
Subject: [ciencialist] Re: Macrocosmo e Microcosmo
Caro Carlos Alberto:
Pretendo não responder a esta questão enquanto você não me responder
a respeito do Tempo de Cada coisa :)... Afinal, que fim levou
aquela pergunta? Encontrou alguma resposta válida?
Beijos, Lígia
*************************************
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> É possível afirmar que, mantidas as mesmas proporções de energia e
massa, tempo e espaço, força e velocidade, os fenômenos do macrocosmo
se quivalem quantitativamente aos do microcosmo? Ou não, a diferença
é avassaladora e nesse caso em favor de quem?
>
> Carlos Alberto
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
##### ##### #####
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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: Erros científicos nos filmes
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 00:52
Aí vão mais alguns erros:
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> So' vale fisica? (Senao da' pra falar em homens das cavernas
> dividindo espaco com os dinossauros e outros seres mesozoicos.)
>
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> > erro1: Sons dos 'tiros' ou descargas laser no vácuo [ sons, como
> ondas mecânicas que são, não se propagam no vácuo; descargas laser,
> como ondas eletromagnéticas que são, não produzem ruído algum.
> >
> > erro2: cabos condutores de carga elétrica não soltam fagulhas
pelas
> extremidades. Estamos cansados de ver os mocinhos puxarem um desses
> cabos e encostarem nos bandidos, com fagulhas para todos os lados.
> >
> > erro3: material radioativo não zumbe, como sempre vemos em tais
> filmes.
> >
> > erro4: o tiro de uma pistola magnum ou mesmo de uma carabina não
> pode jogar o bandido pela janela e quase atravessar a rua; a
> quantidade de movimento da bala (ou chumbos) que o bandido recebe é
a
> mesma que recebeu a mão que empunha o revolver (e a mão do mocinho
> nem treme!).
> >
>
> erro5: a luz so' pode ser vista se atingir a retina, nao da' pra
> acompanhar a trajetoria de um feixe de luz se nao houver poeira ou
> algo q. produza o efeito Tyndall.
>
> erro6: nao daria pra acompanhar pulsos de luz - sua velocidade
seria
> de cerca de 300.000 km/s. Nao daria pra ver feixes saindo da arma,
> deslocando-se ate' o alvo e atingindo-o.
>
> erro7: nao haveria explosoes quimicas espetaculares no espaco como
> nos filmes. O ar da nave nao seria o suficiente para alimentar a
> combustao.
>
> erro8: no espaco nao ha' a resistencia do ar q. permita a
realizacao
> de manobras como nos filmes.
>
> erro9: a aceleracao q. as naves possuem atingindo instantaneamente
> velocidades superluminares esmagaria a tripulacao.
>
> erro10: qdo se salta de um veiculo em movimento (criancas, nao
tentem
> isso em casa), a tendencia e' do corpo rolar sobre a pista no mesmo
> sentido do movimento do veiculo. Se se salta lateralmente, o corpo
> deveria rolar obliquamente 'a pista e nao simplesmente
> transversalmente.
>
> erro11: qdo a pessoa esta' em queda livre, se ela se agarra a algum
> objeto fixo no meio do caminho ou mesmo contra o seu sentido de
queda
> (como no caso do resgate pelo Super-Homem), o impacto seria o mesmo
> se ela desse contra o chao caindo da altura correspondente (se o
> objeto se desloca contra -- como no caso do Super-Homem -- a
situacao
> e' ainda pior).
>
> erro12: qdo as pessoas sao lancadas atraves do vidro, elas se
cortam
> com os cacos, independentemente da habilidade acrobatica dessa
pessoa.
>
> erro13: carros qdo se chocam nao explodem como nos filmes. Qdo
> explodem nao parecem q. carregam quilos de TNT.
>
> erro14: com o choque frontal do veiculo, as pessoas q. normalmente
> nao usam cinto de seguranca, seriam lancadas contra o para-brisa --
> nas velocidades desempenhadas nas perseguicoes, seriam lancadas
para
> fora do veiculo.
>
> erro15: para-quedas q. se abrem a poucos metros do solo, apos uma
> queda de varias centenas de metro, nao sao o suficiente para
> amortecer a queda e permitir a pessoa sair ilesa.
>
> erro16: televisoes nao explodem qdo se jogam objetos contra ela.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
erro17: as balas nos tiroteios dos filmes sempre produzem um festival
de fagulhas quando atingem objetos de metal. Balas de verdade são
feitas geralmente de uma liga de cobre e chumbo, e não produzem
fagulhas mesmo quando atingem alvos de aço. (se vc não acredita,
cxperimente passar um objeto de cobre num esmeril e compare com o que
acontece quando se passa um objeto de aço)
erro18: algumas metralhadoras como a Uzi são capazes de disparar até
600 balas por minuto. Nos filmes elas ficam disparando por longos e
longos períodos de tempo, embora só tenham balas no cartucho para
disparar por poucos segundos. O pente de uma Mac 10, que dispara 1000
tiros por minuto, só carrega 30 balas, logo só poderia disparar em
seguida por 1,8 segundos.
erro19: nos filmes costuma aparecer alguma criatura que cresceu de
tamanho repentinamente, por algum motivo misterioso qualquer. A
explicação geralmente é que a matéria é composta em sua maior parte
por espaços vazios, e que o espaço entre as moléculas aumentou. Se
isso acontecesse de verdade, a massa da criatura gigante teria de ser
a mesma que a da criatura original. Provavelmente, ela sairia voando
levada pelo vento.
Fonte: INSULTINGLY STUPID MOVIE PHYSICS
http://intuitor.com/moviephysics/index.html
erro20: uma pessoa com um "braço biônico" consegue levantar um carro,
embora o resto do corpo seja feito de carne e osso.
Uma boa lista de erros variados em:
http://enphilistor.users4.50megs.com/cliche.htm
(Section IV: Silly Science)
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Re: [ciencialist] O princípio da cons. da Eneg. e a MQ.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 01:08
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto"
Sent: Thursday, October 31, 2002 12:39 AM
Subject: [ciencialist] O princípio da cons. da Eneg. e a MQ.
> A mecânica quântica com algum de seus princípios violou ou viola o
> princípio da conservação da energia?
Com o sentido que os físicos "modernos" dão à expressão energia, se é que
esse sentido tem algum significado físico, eu diria que muito provavelmente
não, mas deixaria uma resposta definitiva para ser dada pelos que gostam do
assunto. Por outro lado, se quisermos encarar seriamente a questão sob o
ponto de vista físico, e não apenas matemático-contábil, diria que em 9 de
março deste ano escrevi uma msg para a Ciencialist (que pode ser lida em meu
website em http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/energia.htm , onde
começo afirmando o seguinte:
"O século XX primou pela descaracterização do conceito energia desenvolvido
pelos físicos dos três séculos anteriores. Energia, para um físico moderno,
representa muito e não representa nada. Eles mexem aqui, mexem ali, e
conseguem contabilizar valores energéticos a seu bel prazer. Sim, disse
contabilizar. E contabilizam no sentido mais pejorativo que se possa dar a
essa expressão. Recentemente ouvi uma piada a respeito de contadores --e
respeito a classe, mas gosto de piadas-- em que alguém pergunta a um
contador: "Quanto é dois mais dois." Ao que ele responde: "Quanto você quer
que dê o resultado?" Pois os físicos modernos trabalham dessa maneira quando
manipulam a energia. Energia para eles é aquilo que se conserva depois que
jogam no lixo tudo o que possa não lhes interessar."
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 01:22
On 31 Oct 2002 at 1:49, Joao de Carvalho wrote:
> Gostaria de saber como está a visão psicanalítica sobre o incesto.
João
Não penso dizer muita coisa. Só quero dizer que a psicanálise tem
uma posição muito restrita em relação ao incesto. Para o Direito e
outras práticas (antropologia, p/ex.) incesto é um conceito mais amplo.
Para a psicanálise, o incesto que importa (só o que se considera) é o
do filhoou filha com a mãe. A universalidade do incesto sugere
mecanismos biológicos.
A vida promiscua na pobreza não é uma condição humana normal.
Mesmo assim, dentro dessas realidades anormais, as pesquisas sobre
"resilience" (não sei se está bem escrito) sugerem muitas coisas
interessantes sobre a influencia cultural e a realidade traumática.
As condições traumáticas desviam os comportamentos e alteram o que
se poderia considerar como situação humana adequada ou "normal".
Os traumas podem formar "aleijões" psico-sociais.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Consciente e inconsciente
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 06:06
Oi gentem
A despeito de ter 'cotado' meus acessos à Internet devido ao custo, pelo
menos uma vez ao dia 'vou até meu e-mail' verificar o que está acontecendo.
Pude verificar que continua a 'conversa' inciciada entre o Manuel, o Lúcio
e o Marco Aurélio, agora também particianado o Takata (Viva!).
A idéia inicial seria discutir a respeito dos conceitos que cada um formou
e não discutir "o quê Freud falou". O que o 'grande Zig' preconizou está
escrito em sua obra. E ficam discutindo se foi isso ou aquilo, qual e tal
interpretação deverá ser dada.
Gente, dá um tempo! Eu não estou podendo participar e disto me queixo. Lí
diversos autores: Freud, Adler, Jung, Rank, Klein, Sullivan, Horney, Fronm,
Rogers, Reich, Dewald, Bettelheim, Rycroft, Malan, Kaplan, Michels,
Sifneos... e o scambau! mas, o que foi que cada um deles 'falou', não sei
mais.
Acontece que, calcado nestas leituras (adicionado à lida na área de saúde
mental) 'construí' minha própria idéia. De quem 'suguei' isso ou aquilo, não
sei mais. E seria discutir as idéias que os colegas listeiros formaram a
partir de suas leituras meu interesse, minha proposta inicial. Efetivamente
'emburacaram' numa infrutífera discussão interessando a assuntos que já
saturou, no que me concerne. Virou um 'grupo de estudo' de Freud!
Gostaria de comentários (Em linguagem intelegível) a partir de uma idéia
simples (Simplicidade e adquação caminham de mãos dadas): O Homem é um todo
que apresenta, em uma ponta a consciencia e noutra o corpo. Entre a
consciencia e o corpo existe uma ponte: O sistema nervoso.
Outro enfoque: O Homem é um todo que une a energia (psíquica) de um lado e
a matéria (somatico) de outro.
Levar em consideração que Homem é a associação de um homem com uma mulher.
Tanto o homem como a mulher, para que tenham todo seu organismo operante,
não prescinde da associação deles.
Creio que é o suficiente para começo de conversa.
Antecipadamente agradeço a atenção.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 07:59
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A física diz que a natureza é simples e bela, portanto, as equações
que a descrevem, por medida de economia, entre outras coisa, devem
ser simples e por isso, bela.
> Então pergunto, o que é a beleza? em quaisquer sentido.
> Carlos Alberto
Oi Carlos,
Bem, o conceito de BELO é um dos mais relativos. Mas basicamente
achamos que algo é belo quando evoca um senso de simetria e
ordenação. Isso só para reduzir o conceito a um denominador comum,
já que ele se extende ao que aspiramos ou percebemos como indivíduos
e, como individualidades, temos uma visão pessoal do mundo e das
formas. O senso estético é também algo que vai sendo depurado com o
passar do tempo e aprender-se a filtrar e chegar ao cerne das
estruturas, que invariavelmente recaem nas formas que geometricamente
reconhecemos por simétricas, isso só para falar em imagens.
Aprendemos ainda a associar o belo também com os sentimentos que
alguém ou alguma coisa evoque em nossa lembrança. E isso depende
muito da bagagem emocional de cada um.
Os psicanalistas da lista podem dar maiores detalhes quanto às
concepções *patológicas* do belo. Há sim indivíduos que se comprazem
na contemplação do que o senso comum caracterizaria como horrendo.
Nesses casos há um apelo interior que busca o belo na
descaracterização das estruturas.
O meu conceito de beleza é a simplicidade, a pureza das formas e o
que mais se pareça com o que pode ser encontrado na natureza, que
induza à contemplação e libere os sentidos. Acabo levando tudo em
conta, desde o cheiro, a textura, a luz incidindo, a cor, bem como as
sequências harmônicas no que se refira à música. Na minha forma de
apreciar, o belo tem que satisfazer o meu senso de ordem. Um rosto,
um corpo, por exemplo, tem que ter seu apelo principalmente na forma
de expressar-se, na forma como dirigir-se ao exterior, ao ambiente.
Um texto tem que ser claro e saber *arrematar as pontas soltas*. Uma
música tem que ter a habilidade de arrebatar pela incidência de semi-
tons... e principalmente pela capacidade de transmitir idéias, que
também devem "casar" com a estrutura de acordes.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 08:35
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 31, 2002 12:11 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Agora eu fiquei curiosa... ;) Vou procurá-lo e comprar.
Pode ser que, pra você, ele não traga nada de novo, assim como hoje não me
traria. Mas quando eu li da primeira vez (e da segunda, terceira, quarta...
;-D), eu era adolescente e estava começando a descobrir que o mundo não só é
mais estranho do que imaginamos, mas mais estranho do que *podemos* imaginar
(com a cortesia de J. B. S. Haldane). ;-)
>Ah, então é isso? Que eu saiba eram os delírios decorrentes
disso que ele costumava pintar... :)
Não, é o contrário. Os quadros dele é que nasciam da aplicação do método
paranóico-crítico, que ele também usava para interpretar textos, elaborar
teorias filosóficas, enfim, pra tudo.
>Coisas de escritor... :)
Você sabia que, durante algum tempo, pairou a suspeita de que o Castaneda
fosse brasileiro, do interior de São Paulo? Mas, até onde se conseguiu
descobrir, parece que não, ele era peruano.
>Meditação não é o meu forte também. Então eu costumo fazer
alguma coisa que exija toda a minha atenção até eu estar "mergulhada"
dentro da atividade a tal ponto que podem berrar no meu ouvido me
chamando que eu nem escuto... :)
O truque que eu costumo usar é jogar um osso pro hemisfério esquerdo ficar
se divertindo - coisas simples, como, por exemplo, contar a respiração ou
contar de um a dez e depois recomeçar. Enquanto a parte lógica do cérebro se
distrai com essas bobagens, o resto da mente faz o que tem que fazer. ;-)
>A questão do livre-arbítrio sempre me pareceu
meio "nebulosa", por assim dizer.
Não é só pra você. É uma das questões mais espinhosas da filosofia. Agora
mesmo, eu acabei de sair de uma discussão sobre o livre-arbítrio em outra
lista. Dessa vez, a dúvida era: se o tempo blocado previsto pela teoria da
relatividade for real, e não só um artifício matemático, e a divisão do
tempo em passado, presente e futuro for uma ilusão, isso significa que o
livre-arbítrio é falso e tudo já está escrito? A minha posição era que não,
a do Eduardo (que não acredita no tempo blocado) era que sim. Infelizmente,
a discussão acabou em empate técnico. ;-)
>Apesar de sermos capazes de escolhermos o próprio destino, a impressão que
eu tenho é de que a
própria vontade ou intenção de fazer algo já está embutida na programação,
então não se foge muito do que é esperado que se faça.
Se for assim, então não existe saída, mesmo quando você tenta ir contra a
programação, a própria tentativa faz parte da programação. Por outro lado,
se as teorias de que tem um componente quântico no cérebro forem corretas, o
quadro é outro, porque aí se deixa uma margem pra indeterminação a partir da
qual o livre-arbítrio pode surgir.
>A não ser que se decida apenas pelo que for anti-natural...
infringindo todas as leis que parecem impostas pela natureza
Já teve um bocado de gente que tentou esse caminho, dos gnósticos
carpocracianos ao Baudelaire, passando pelo messias herético judeu, Sabatai
Tzvi. As justificativas teóricas variavam de autor pra autor, mas a prática
era sempre a mesma: pegar tudo que a gente acha que é imposto pela natureza
e fazer o contrário.
>É certo, pode-se escolher este ou aquele parceiro, esta ou aquela
atividade, ter ou não filhos, ficar
celibatário mas *nada* foge muito do contexto do que é para ser feito.
Mais ou menos, né? Porque se você admite que a finalidade da natureza é a
perpetuação da espécie, então não casar ou não ter filhos (meu caso)
realmente contrariam a nossa programação biológica.
>Verdade... cada vez mais a cosmologia vem caindo na
descrição dos mitos que povoaram as concepções de origem do mundo dos
povos antigos naquilo que afirma... :)
A ciência é a nossa mitologia. Independente das teorias científicas serem ou
não objetivamente reais, ela preenche a mesma função cultural, que é a de
dar sentido ao mundo, revelando uma estrutura por trás do caos aparente.
>Fico pensando: será isso uma projeção daquilo em que se creu durante
milênios, ou por outra, como será que alguns povos antigos conseguiram
imaginar coisas tão similares ao que vem sendo *descoberto* hoje em dia?
Você leu o livro do Wolfgang Pauli sobre o Keppler? A tese do Pauli é que as
teorias científicas também têm um fundamento arquetípico, como os mitos, daí
as correspondências. Nas cartas dele pro Jung, os dois discutiram
extensamente a base arquetípica da física contemporânea.
>Mas veja que quem tem alguma bagagem consegue entender a *coisa* de forma
diferente.
Pode ser. Quando vem na hora certa, qualquer coisa pode ser um estímulo
adequado.
>Num contexto de mundo, vai, o que é mais importante: ganhar dinheiro e ser
reconhecido pelo que fizer, ou viver na miséria e ser maltratado?
Mas esse é o ponto: toda a filosofia do Schopenhauer era no sentido de negar
esse contexto, de buscar o nirvana, renunciar aos impulsos e desejos. Só
que, aparentemente, ele só acreditava nisso da boca pra fora. ;-)
>É quando adoecem e têm que repensar a vida *na marra* ;)
Às vezes, nem assim. ;-)
>Lígia: Ele era contemplativo. A contemplação é uma forma bastante
eficiente de abertura.
Talvez seja *a* mais eficiente (embora eu tenha que admitir que não sou lá
muito contemplativo, não...) ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: A Beleza e a Fisica
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 09:00
Olá,
Bem, faltou eu falar da beleza no que concerne à Física que era
basicamente o "motor" da pergunta sobre o belo. Resolvi fazer uma
mensagem à parte porque em se tratando de Física, o belo pode assumir
o caráter apenas de *mais simples*.
Já dizia um professor meu de cálculo vetorial que o físico é acima de
tudo um esteta. Busca-se em física não só a forma de expressar a
natureza através de equações mas ainda a capacidade de imitar-lhe a
simplicidade. Em termos de equações, o apelo é sempre buscar a
clareza que não permita dúvidas àqueles que venham a consultá-las e
empregá-las. Todas as equações em física advém de desdobramentos das
mais simples elaboradas, que adquirem um caráter diferencial, por
exemplo, quando aplicadas a estruturas complexas envolvendo um número
maior de variáveis e ao "dissecar-se" tais estruturas diferenciais,
deparamos com as equações pequenininhas envolvendo invariavelmente
energia ( em forma de força, trabalho, corrente elétrica, atrito,
calor... ), massa, tempo e distância
(calculável a partir de linhas retas a estruturas geométricas
complexas).
Se ao elaborar-se equações matemáticas para os cálculos com o fito de
explicar algum fenômeno chegar-se a uma estrutura que não seja
*clara*, provavelmente houve erro de elaboração. A matemática em
física prima pela forma ordenada de expôr a idéia de aplicabilidade e
a capacidade de obter resultados precisos dentro do que for
possível. Nesse sentido, pode-se obter equações "belas" de serem
observadas, que desdobram-se e dão mostras a que se destinam ( para
olhos treinados, bem entendido :). No mais, eu costumo comparar
algumas delas à música, como já falei em alguma outra mensagem, dado
o processo de ir-se abrindo e decompondo-se em equações menores com
direito a "gran finale" quando da obtenção do resultado* ("certo" de
preferência :)
(*)OBS: Dependendo do trabalho que dá prá resolver, o resultado
final vem acompanhado por um *coro de anjos*... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 09:15
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> > E isso [chechenos detonando bombas em Moscou] extingue a
humanidade?
>
> Não, mas responde a sua dúvida se facções de uma possível guerra
> civil Russa teriam interesse em fazer uso do arsenal nuclear.
A minha duvida nao era essa. A minha duvida era qual o
interesse das partes de uma guerra civil na Russia em
detonar o arsenal nuclear restante para causar a extincao
da humanidade.
O q. vc esta' afirmando e' q. inexoravelmente a
humanidade atingira' a auto-destruicao em 500 anos.
> > Tbm nao ha' como descartar a hipotese de q. um astronauta foi
> > abandonado na Lua...
>
> Analogia extendida. Se a hipótese de um contrabando de armas
> nucleares fosse tão descartável quanto a da analogia, não seriam
> tomados tantos cuidados para prevenir.
Justamente por causa dos cuidados q. mesmo parcos q. nao da' pra
contrabandear armas suficientes para destruir toda a humanidade
sem levantar suspeitas.
Qual a probabilidade de alguem contrair paralisia infantil
hoje? Nao e' nula, mas e' muito baixa. Justamente por
causa das campanhas de vacinacao infantil.
A probabilidade de um astronauta abandonado na Lua e'
alta? Nao. E' equivalente a se contrair paralisia? Nao.
Qual a probabilidade de se contrabandear armas nucleares
com o poder suficiente para destruir a humanidade? Sera'
tao alta a ponto de garantir a aniquilacao da vida
humana dentro dos proximos 500 anos?
> > Tto nao. E' questao fisica: qto menor a quantidade de material
> > radioativo menor a energia liberada. Qto menor a energia liberda,
> > menor o estrago causado. Nas maletas cabem bombas de fissao, mas
> > nao de fusao.
>
> É exatamente a física que o torna possível. E=mc2. Salvo engano,
> Hiroshima foi devastada pela transformação de apenas meio quilo de
> matéria em energia. O que complica geralmente é o detonador. E se o
> detonador puder ser reduzido ao tamanho de uma maleta?
Ha' muito mais coisas do q. isso.
Primeiro complicador: obter uranio enriquecido.
Segundo complicador: conhecer a massa critica para garantir
uma reacao de fissao em cadeia descontrolada.
Terceiro complicador: impedir q. a massa se esfacele logo
apos a uniao pela pressao termica -- e' preciso haver um
segundo detonador.
Quarto complicador: passear com a mala -- q. libera radiacao
pacas -- por ai'.
Então veja a quantidade de 'ses' q. precisam ser levadas
em conta para a tal inexoravel auto-destruicao:
*Haver um grupo q. quer a extincao de toda a humanidade --
e nao simplesmente de um grupo dela -- incluindo eles proprios e
seus amigos e familiares.
*Esse grupo ter grana o suficiente para adquirir um arsenal
com poder de fogo o suficiente para atingir seu objetivo.
sub-hipotese balistica:
- adquirir tecnologia de misseis balisticos para
lancar os artefatos nucleares;
- conseguir ocultar a posse de tal tecnologia, a
fabricacao de misseis em ampla escala, seu armazenamento e
conservacao.
- adquirir material radioativo suficiente para
a producao dos artefatos e ocultar sua posse e/ou
fabricacao e armazenamento.
sub-hipotese de detonacao local:
- adquirir tecnologia de bombas portateis e
aperfeicoa'-la;
- produzir em larga escala (e toda a questao de
sigilo);
- distribuir pelo mundo
----
Somente o desenvolvimento da tecnologia de enriquecimento
de uranio custa alguns bilhoes de dolares. Logicamente
concentrar toda a etapa de desenvolvimento em um
unico local e' inviavel -- seria como se pintar de
vermelho e sair no meio de um campo nevado. E' preciso
distribuir em diversos centros -- pra dividir o dinheiro em
montantes menores -- e pra isso e' preciso ter uma
equipe maior: uma dezena por centro. Isso deixa rastros
menores, mas mais numerosos. Ha' um trade-off entre as
vantagens e riscos da centralizacao ou pulverizacao.
Sob a hipotese de q. a tecnologia de destruicao
ira' avancar tremendamente em eficiencia e poder
nos proximos 500 anos e a tecnologia de protecao
(entre espionagem governalmental, servico de
inteligencia, armamentos anti-balisticos, sistema
de protecao contra ataques nucleares e outros)
ficara' estagnada nos niveis atuais ou avancara'
muito pouco, fica mesmo facil fazer afirmacoes
sensacionalistas do tipo: a humanidade ira' se
extingüir em 500 anos.
So' q. eqto os estranhos terroristas fanaticos
q. querem destruir o mundo (e nao conquista'-lo)
desenvolvem a tecnologia nuclear para torna'-la
barata, acessivel, portatil, 'estelfe', a
contrapartida aperfeicoa os metodos de deteccao de
movimentacao suspeita de dinheiro, rastreamento de
contatos (telefonicos, via internet ou outra
tecnologia q. venha a ser desenvolvida),
espionagem por satelite, infiltracao de agentes,
monitoramento a distancia, bunkers anti-misseis,
medicina para tratamento de contaminacao
radioativa, descontaminacao ambiental (cepas de
bacterias geneticamente modificadas q.
concentram o uranio ambiente, por exemplo) e
assim por diante.
A preocupacao nao e' q. terroristas irao
destruir a humanidade: eles nao querem nem
podem. A preocupacao e' q. eles podem
causar estragos -- um bairro inteiro e'
uma perda lastimavel, mesmo um edificio ou
ate' mesmo uma unica vida.
>
> > Qdo esse dia chegar [construir bombas nucleares no quintal]
teremos
> > escudos anti-radiacao portateis.
>
> Medida paliativa tal qual os abrigos subterrâneos. Vamos ter
escudos
> portateis também para nossas fontes alimentares? Bois, frangos,
> peixes, plantações, água, ar?
Sim, claro. Talvez bois e frangos na forma de cultura de
bacterias. Um casal humano fertil e' o suficiente para repovoar
a superficie, mas provavelmente restarao algumas centenas
de milhares mesmo sob a hipotese de uma guerra nuclear
total.
> > Pensamento volitivo. Embora seja um desejo estranho, mas enfim...
> > Freud explica.
> > Os EUA escolheram um bode expiatorio para os ataques ao Pentagono
e
> > ao WTC e so'. Nao declararam guerra total indiscriminada contra
> > toda populacao nao-americana ou nao-alinhada.
>
> E qual seria o tamanho do bode expiatório que eles escolheriam para
> compensar a destruição de uma Los Angeles e New York? Uma vez que
> eles colocassem na cabeça que estão sendo varridos do planeta, não
> duvido do que seriam capazes.
Outro pensamento volitivo. A extincao inexoravel da humanidade
por auto-destruicao depende cada vez mais de suposicoes ou de
baixa probabilidade ou de probabilidade nao calculada (talvez
sem possibilidade de calculo).
> Bom, quem falou isso foi você, que disse que 3 malas-bombas
> poderiam destruir uma megalópole.
O 3 nao era pra ser literal. Mas foi culpa minha, eu mesmo critico o
uso de numeros nessas circunstancias.
> > Pra eliminar seis bilhoes serao
> > necessarias 60.000 maletas. Onde vao arranjar 30 toneladas de
> > uranio enriquecido? (Na verdade muito mais, ja' q. a densidade
> > populacional media e' bem menor do q. em NY ou Sampa.)
>
> Por que a matéria prima tem que ser urânio? Será que a ciência
> nunca descobrirá um meio de liberar energia nuclear de outras
> substâncias?
> E por que tanta quantidade assim de materia prima seria necessária?
> Será que está de acordo com E=mc2? Salvo engano, como disse antes,
> para eliminar cerca de 100 mil pessoas em hiroshima foi necessário
> que apenas meio quilo de matéria transformasse em energia.
Se vai contar com a possibilidade futura incerta de outros modos de
liberacao de energia (cavitacao quantica?), podemos contar com a
possibilidade futura igualmente incerta de outros modos de se evitar
as consequencias da liberacao dessa energia.
Qto da' meio quilo(grama) vezes 60.000? Nao sao 30.000 kg? Isso nao
sao 30 toneladas?
>
> > E' o mister Magoo. Os terroristas aparentemente deixaram muito
> > rastro. Serviu de alerta. Agora se falassem em bombas atomicas
> > teriam os agentes ignorado a ameaca?
>
> Prá responder isso é necessário saber o porquê dos agentes terem
> ignorado. Provavelmente podem ter ignorado pela quantidade de
> suspeitas que chegaram. Como não tinham uma política de
fiscalização
> rigorosa implementada em nível nacional, o esforço para investigar
> cada suspeita em tempo hábil requeria mais efetivo do que
dispunham.
> Por acreditarem que não valia a pena mudar a política de
fiscalização
> em nivel nacional, optaram por investigações por amostragem. Se
esse
> foi o erro, não adiantaria muita coisa se as suspeitas falassem em
> bombas atômicas. Aliás, podem até ter falado. E ainda, se falassem
> talvez até eliminariam a suspeita da amostragem por considerá-la
> fantasiosa.
Talvez, pode ser, se, caso... A aposta ainda esta' de pé.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 09:29
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> Existem outras ameaças. Uma bomba suja, como chamam, é um artefato
> composto por poeira radioativa e uns explosivos.
A questao e': a humanidade esta' fadada a uma inexoravel
auto-destruicao em 500 anos?
> infantilidade. O cara com certeza viu muito Star Trek quando
> criança.
Eu nao vi muito Star Trek. Na sincera, eu acho a serie (televisiva e
cinematografico) muito chata.
Mas e' interessante notar como se pode acatar e descartar hipoteses
igualmente improvaveis (ou pelo menos de probabilidade incerta) de
acordo com a maior adequacao a um ponto de vista previamente tracado.
Uma circularidade: primeiro se define a conclusao a q. se quer
chegar, depois sai a cata das premissas q. chegam a essa conclusao,
descartando-se as premissas q. a contrariam, ai' apresentam-se as
premissas selecionadas q. dao origem 'a conclusao desejada e se chega
a uma conclusao logica q., *coincidencia*, e' a q. se quer sustentar.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Psicanálise e evolução
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 10:01
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
> É isso também o que Darwin fez para formular sua teoria.
Darwin fez mais do q. simplesmente observar a natureza -- q.
e' fundamental -- ele fez vários experimentos com o cultivo
de plantas e criação de animais domésticos. Boa parte dos
20 anos q. se passaram desde a concepção da teoria da seleção
ate' a apresentação na reunião da sociedade científica de
Londres se deu nessa coleta sistemática de dados.
Além disso a corroboração mais robusta da teoria de Darwin e Wallace
(q. chegou a ela de modo independente) veio com o desenvolvimento
dos modelos laboratoriais (na verdade nao necessariamente no
laboratorio propriamente dito, mas experimentos controlados --
ainda q. in loco).
> Vale observar também que a maior
> parte dos incestos são cometidos entre pai e filha, dificilmente
> entre mãe e filho
Essa e' um tipica afirmacao da qual desconfio. Pode ser verdade. Mas
e' daquelas 'verdades' aceitas sem muito questionamento. Alem disso
e' grande o numero de abuso sexual de pai contra filhos do sexo
masculino (embora os numeros tambem nao sejam totalmente confiaveis).
E tbm nao sei se se tem uma observacao intercultural suficientemente
ampla para tal generalizacao, ainda q. venha a ser verdadeiro em
determinados locais e epocas.
> Vale também observar que o
> incesto parece interessante como mecanismo purificador. Isto é,
> como mecanismo para eliminar genes defeituosos da linhagem.
Nao me parece tao interessante. Isso diminui o fitness do individuo.
A menos q. ele queira trabalhar para o bem da especie. O q. nao
existe. Bem, humanos podem ate' ter esse tipo de consciencia, mas
normalmente nao o tEm. E os q. o tEm, tEm meios muito mais eficientes
de eugenia.
> Seja como for, Fox identifica dois (ou três) tipos de incesto
> diferentes. Entre irmãos e entre pais e filhos (mãe e filho, e pai
> e filha). A teoria dos irmãos é simples: se os irmãos brincam
> durante a infância, se esfregando e se excitando um com o outro
> como eles provavelmente farão se ninguém impedir, eles
> desenvolverão mecanismos psicológicos de inibição durante a idade
> adulta. Se não existe essa fase inicial, irá surgir um interesse
> subterrâneo entre irmãos que terá que ser reprimido pela cultura. A
> teoria da mãe e filho é mais complicada, e implica em resgatar
> Totem e Tabu e o Complexo de Édipo.
E qual a sustencao fatual dessas especulacoes?
> Eu acho fundamental que os governos financiem experimentos
> sociais.
Esbarra no fator etico. Nao e' etico fazer experimentacoes do genero
com humanos. So' restam três vias:
*experimentos naturais -- observacoes sociologicas, historicas e
antropologicas do homem em sociedade, sujeito a vieses ideologicos na
interpretacao, influencia de fatores diversos, ambiente sem controle
*pequenos experimentos laboratoriais -- de alcance limitado dadas as
restricoes operacionais, tecnicas e eticas
*modelos animais -- tbm com alcance limitado dadas as diferencas
interespecificas
(Bem, talvez haja algum outro meio do qual nao me lembro -- ah! sim,
simulacoes em computadores -- com alcance limitado pela precisao do
modelo implementado, tecnicas computacionais, progressao de erro em
tecnicas de iteratividade, precisao dos parametros entrados...
tecnicas como masturbacao mental, divinacao, epifania e outros
achismos podem ser interessantes para lancar hipoteses, mas a questao
e' comprovar tais hipoteses.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: metendo o bedelho em [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 10:47
Lígia: Até onde eu sei, ele era brasileiro de Juqueri SP :) E isso
teria sido confirmando por ele mesmo antes de seu "passamento", em
uma entrevista que depois virou livro:
"Carlos Castañeda nasceu aos 25 de Dezembro de 1935 numa pequena
cidade
chamada Juqueri (é o nome de uma árvore ,ele esclareceu)próxima de
São Paulo, no Brasil
http://www.consciencia.org/castaneda/casvista.html
neste site tem uma entrevista que castaneda concedeou a revista veja em 1975
[]
jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Aprendizado
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 10:50
"Esta é uma das mais verdadeiras narrativas que já ouvi a respeito de nós
mulheres, e que todos homens devem se lembrar sempre."
___________________________________
Amor, Sentimento a Ser Aprendido
"Diz a lenda que o Senhor, após criar o homem e não tendo
nada sólido para construir a Mulher, tomou um punhado de
ingredientes delicados e contraditórios, tais como: timidez e
ousadia, ciúme e ternura, paixão e ódio, paciência e
ansiedade, alegria e tristeza e assim, fez a Mulher e a
entregou ao homem como sua companheira.
Após uma semana, o homem voltou e disse:
- Senhor, a criatura que me deu faz a minha vida infeliz.
Ela fala sem parar e me atormenta de tal maneira que nem tenho
tempo para descansar.
Ela insiste em que lhe dê atenção o dia inteiro e assim as
minhas horas são desperdiçadas.
Fala, chora por qualquer motivo e fica facilmente emburrada
e, às vezes, muito tempo ociosa.
Vim devolvê-la porque não posso viver com ela.
Depois de uma semana o homem voltou ao Criador e disse:
- Senhor, minha vida é tão vazia desde que eu lhe trouxe aquela
criatura de volta! Eu sempre penso nela... em como ela dançava...
cantava... como era graciosa, como me olhava, como conversava
comigo e como se chegava à mim...
Ela era agradável de se ver e de acariciar. Eu gostava de
ouvi-la rir. Por favor, me dê ela de volta!
- Está bem, disse o Criador. E a devolveu.
Mas, três dias depois, o homem voltou e disse:
- Senhor, eu não sei. Eu não consigo explicar mas, depois de
toda esta minha experiência com esta criatura, cheguei à
conclusão que ela me causa mais problemas do que prazer.
Peço-lhe, tomá-la de novo! Não consigo viver com ela!
O Criador respondeu:
- Mas também não sabe viver sem ela..., virou as costas para o
homem e continuou seu trabalho.
O homem desesperado disse:
- Como é que vou fazer? Não consigo viver com ela e não
consigo viver sem ela!
O Criador arremata a questão:
- Achei que, com as tentativas, você já tivesse descoberto o segredo.
Amor é sentimento a ser aprendido. É tensão e satisfação. É
desejo e hostilidade. É alegria e dor. Um não existe sem o outro.
A felicidade é apenas uma parte integrante do amor. Isto é o que deve ser
aprendido. O sofrimento também pertence ao amor. Este é o
grande mistério do amor, a sua própria beleza, é o seu
próprio fardo. Em todo esforço, que se realiza para o
aprendizado do amor, é preciso considerar sempre a doação e o
sacrifício ao lado da satisfação e da alegria. A pessoa terá
sempre que abdicar de alguma coisa para ganhar outra.
É como plantar uma árvore frente à janela... Ganha-se verde,
sombra, frescor, marulhar das folhas... mas se perde uma parte da paisagem.
É preciso considerar tudo isso, quando nos dispomos a aprender a amar."
(Lenda narrada pelo escritor americano Walter Trobisch, em
seu livro "Amor, sentimento a ser aprendido")
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 10:50
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
. . .
>
> Bem, o conceito de BELO é um dos mais relativos. Mas basicamente
> achamos que algo é belo quando evoca um senso de simetria e
> ordenação.
...
Bom, eu costumo dizer que se simetria fosse mesmo importante para a
beleza, a Cindy Crawford não teria uma pinta num lado só do rosto.
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Aprendizado
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 10:56
quando li o texto me lembrei de um trecho de uma entrevista da Madre tereza de Caucutá
Entrevistador - A senhora costuma dizer que não há amor sem sofrimento...
Madre - Sim, o verdadeiro amor faz sofrer. Cada vida, e cada vida familiar, deve ser vivida honestamente. Isso supõe muitos sacrifícios e muito amor. Porém, ao mesmo tempo, esses sofrimentos vêm sempre acompanhados de muita paz.
http://www.cmb.ensino.eb.br/ucm/Artigos/madre_tereza_de_caucuta.htm
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 11:12
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 31, 2002 12:40 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Lúcio!
Lígia! ;-)
>Até onde eu sei, ele era brasileiro de Juqueri SP :)
As más-línguas diriam que ele não poderia ter escolhido um lugar melhor pra
nascer... };-)
>E isso teria sido confirmando por ele mesmo antes de seu "passamento", em
uma entrevista que depois virou livro:
É, eu tenho esse livro. Mas depois tentaram confirmar essas informações e
descobriram que elas não eram verdadeiras, eram parte do projeto do
Castaneda de apagar a história pessoal. Continuaram fuçando e descobriram
que o único Carlos Castaneda Araña que deu entrada (legalmente, pelo menos)
nos Estados Unidos era peruano. Ele realmente nasceu em 25 de dezembro, mas
de 1925.
>Dã... ? :)
Ele deixou bem claro o ponto-de-vista dele, eu deixei bem claro o meu. Ele
não conseguiu me convencer do dele, eu não consegui convencer ele do meu.
Isso sempre acontece quando eu debato alguma coisa com o Eduardo. Quando
chega nesse ponto, a gente suspende a discussão, porque a única outra
alternativa seria continuar repetindo os mesmos argumentos até a inexorável
chegada do big crunch... ;-)
>De certa forma em termos de tempo nessa esfera composta por infinitos
pontos, acabamos invariavelmente "desembocando" em uma resultante da
somatória de eventos passados, sendo tal resultante, portanto, o
momento imediatamente futuro, isso só para termos a noção de
continuidade.
Eu tenho uma visão bem mais simples. O tempo estático da teoria da
relatividade é o tempo real. Nossa percepção linear do tempo é ilusória. Um
acontecimento só existe dentro da moldura do tempo linear. Fora dessa
moldura, nada acontece, todos os pontos do espaçotempo simplesmente *são*.
Ora, pra você questionar se um ato foi livremente determinado ou não, é
preciso que esse ato *aconteça*. Se nada acontece, a questão simplesmente
não faz sentido. Destino e livre-arbítrio são exatamente a mesma coisa vista
de dois pontos-de-vista diferentes, de novo como a velha (destino) e a moça
(livre-arbítrio) naquela figura clássica da Gestalt.
>Pode-se escolher de um tudo, desde que não se decida voar,
por exemplo, ou viver dentro d'água sem equipamento recomendáveis :)
Ahn... você já leu os Yoga-Sutras de Patanjali? ;-)
>Mucho loco isso :) Mas eu em alguns devaneios costumo
imaginar como seria se eu começasse a fazer tudo ao contrário ou de
forma não lógica. A sensação do imprevisto é muito interessante...
Mas aí a falta de lógica terminaria se transformando ela mesma num padrão.
Aderir sistematicamente a um padrão e evitar sistematicamente um padrão
acabam sendo a mesma coisa, porque em ambos os casos, é o padrão que
determina o que você faz ou deixa de fazer.
>É, nesse caso sim. Mas ainda assim continua-se a comer, respirar e fazer
coisas para preencher o tempo e participar da
sociedade. O programa, queira-se ou não, está lá e será cumprido sob pena
de morte ( caso deixe-se de comer, beber, dormir.. :).
Acho que, nesse nível elementar, a gente não deve falar de "programação".
São necessidades básicas, só isso. Certa vez, perguntaram a um mestre zen:
"Roshi, o que é a iluminação?" E ele respondeu: "Quando tenho fome, como;
quando tenho sede, bebo; quando tenho sono, durmo." A programação surge no
andar seguinte, quando o teu comportamento começa a ser guiado por
condicionamentos (biológicos, sociais, psicológicos) que não são essenciais,
mas que você é programado pra aceitar como se fossem.
> E a ausência de filhos não priva ninguém do interesse pelo sexo (outro
componente da programação) só que sexo daí não visa apenas a procriação,
antes o prazer da entrega.
Mas, justamente, isso já é ir contra a programação biológica. O que é o sexo
biológico? É um instrumento pra reprodução da espécie. Quando você pratica
sexo com qualquer outra finalidade que não a reprodução, você está
descontextualizando o sexo, libertando-o do condicionamento biológico. Não
existe instinto sexual, existe apenas instinto reprodutivo. A sexualidade é
uma invenção humana e uma das provas mais eloqüentes que eu conheço de que o
homem pode reinventar a si mesmo, diferente dos animais, que são forçados a
seguir a programação dos instintos.
>Portanto, a meu ver, o negar por completo a programação da vida seria ,em
última instância, romper com o mandamento máximo que é o da auto-preservação
cometendo-se suicídio. E aí, como é que fica? Pode-se optar por isso sem
problemas? Sem levar pro lado moral... como você vê essa escolha com bases
no livre-arbítrio?
Ué, ele é livre pra fazer isso também. Só não tenho muita certeza se seria
uma saída. Se houver reencarnação, como defende o budismo, essa seria a
maneira mas rápida e eficaz de voltar pro ponto de partida. ;-)
(Ai, meu Deus, meus poderes precognitivos prevêem que brevemente vai vir um
email lembrando que ISTO AQUI É UMA LISTA DE CIÊNCIA, PORRA...) ;-)
>Não li não, qual é o título?
_The Interpretation of Nature and the Psyche_, de Wolfgang Pauli e C. G.
Jung. Contém um trabalho de cada autor. O do Pauli é um estudo dos
fundamentos arquetípicos das teorias do Keppler e o do Jung é o trabalho
sobre a sincronicidade. O Pauli foi paciente do Jung (foram os sonhos dele
que forneceram material para _Psicologia e Religião_ e _Psicologia e
Alquimia_, do Jung) e, a partir daí, os dois começaram uma correspondência
que durou anos e na qual a questão principal era a possibilidade de que a
matéria e a psique fossem dois aspectos complementares (no sentido de Bohr)
da mesma realidade. Se te interessar, essa correspondência foi publicada sob
o título de _Atom and Archetype_.
>Faça o que eu digo, não faça o que eu faço... :)
Mais ou menos por aí... ;-)
>É questão de treino como tudo mais na vida... :)
I'm working on that. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: metendo o bedelho em [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 11:27
----- Original Message -----
From: Jaison Carvalho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 31, 2002 11:47 AM
Subject: metendo o bedelho em [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>http://www.consciencia.org/castaneda/casvista.html
>neste site tem uma entrevista que castaneda concedeou a revista veja em
1975
Valeu mesmo, Jaison! A entrevista é muito legal e eu fiquei particularmente
interessado nos conceitos de etno-hermenêutica e "gloss", que são novidades
pra mim. Já saí à cata na Internet e descobri um bocado de sites sobre o
tema.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 11:40
Lúcio!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Você sabia que, durante algum tempo, pairou a suspeita de que o
Castaneda
> fosse brasileiro, do interior de São Paulo? Mas, até onde se
conseguiu
> descobrir, parece que não, ele era peruano.
Lígia: Até onde eu sei, ele era brasileiro de Juqueri SP :) E isso
teria sido confirmando por ele mesmo antes de seu "passamento", em
uma entrevista que depois virou livro:
"Carlos Castañeda nasceu aos 25 de Dezembro de 1935 numa pequena
cidade
chamada Juqueri (é o nome de uma árvore ,ele esclareceu)próxima de
São Paulo, no Brasil. Sua mãe tinha então 15 anos e seu pai ,17. Foi
criado por uma irmã
da mãe,tia ângela,que morreu quando ele completou 6 anos. _ Eu
acreditava que
ela era a minha mãe verdadeira."-Carlos Castañeda.
"Minha avó,Noah,era turca de Salônica. ." Em 1959 adotou o nome de
família materno,Castaneda e não o paterno Aranha , quando se
naturalizou americano,depois de ter estudado o ginasial na Argentina.
Fonte : "Conversando Com Carlos Castañeda ".Entrevista fornecida á
jornalista espanhola Carmina Fort, ed. Record.(esgotado).
Esse trecho faz parte de uma mensagem postada em outra lista:
http://br.groups.yahoo.com/group/ceticismoaberto/message/2009
> >A questão do livre-arbítrio sempre me pareceu
> meio "nebulosa", por assim dizer.
>
> Não é só pra você. É uma das questões mais espinhosas da filosofia.
Agora
> mesmo, eu acabei de sair de uma discussão sobre o livre-arbítrio em
outra
> lista. Dessa vez, a dúvida era: se o tempo blocado previsto pela
teoria da
> relatividade for real, e não só um artifício matemático, e a
divisão do
> tempo em passado, presente e futuro for uma ilusão, isso significa
que o
> livre-arbítrio é falso e tudo já está escrito? A minha posição era
que não,
> a do Eduardo (que não acredita no tempo blocado) era que sim.
Infelizmente,
> a discussão acabou em empate técnico. ;-)
Lígia: Dã... ? :) Antes de entrar no mérito de uma discussão aos
moldes do que já foi discutido por aqui, a minha idéia de tempo é a
de uma esfera composta por infinitos pontos onde ao vivenciar-se
eventos, estes imprimem uma trajetória no sentido de passado a futuro
e o momento seguinte sempre é determinado pelos imediatamente
anteriores. A sensação de linearidade nasce da contemplação de tal
trajetória, tendo o momento presente sempre na dianteira "abrindo
caminho" em relação ao tempo futuro *a ser escolhido* mediante a
apreciação/complementaridade dos momentos imediatamente anteriores.
A sequência, desta forma sempre pode ser quebrada, dando margem à
escolha de um ponto que não necessariamente siga o pressuposto pela
somatória dos momentos passados. Portanto, jo no creo en
destino :) Como não li esse conceito de tempo em nenhum lugar,
imagino que seja uma dedução a lá "miscelânea" mas que a mim serve
como idéia de não estarmos sujeitos a um destino fixo/determinado
pelas decisões passadas. Antes somos capazes de alterar sequências a
partir de outras opções, outro modo de observar, de focar...
Está bem: um carro percorre uma estrada e sua trajetória tem uma
origem e um destino. Mas tal conceito não é aplicável à vida. De
certa forma em termos de tempo nessa esfera composta por infinitos
pontos, acabamos invariavelmente "desembocando" em uma resultante da
somatória de eventos passados, sendo tal resultante, portanto, o
momento imediatamente futuro, isso só para termos a noção de
continuidade.
Como o presente flui continuamente "tranformando-se" em passado, pode-
se alterar o contexto futuro mediante a alteração da resultante e
consequentemente modificando-se o possível destino a que tal
trajetória conduziria. De um modo bastante rudimentar, seria isso :)
> Se for assim, então não existe saída, mesmo quando você tenta ir
contra a
> programação, a própria tentativa faz parte da programação. Por
outro lado,
> se as teorias de que tem um componente quântico no cérebro forem
corretas, o
> quadro é outro, porque aí se deixa uma margem pra indeterminação a
partir da
> qual o livre-arbítrio pode surgir.
Lígia: Pode-se escolher de um tudo, desde que não se decida voar,
por exemplo, ou viver dentro d'água sem equipamento recomendáveis :)
A idéia de livre-arbítrio prá mim é só a escolha a nível do "que
vamos comer hoje?", ou "vou mudar o caminho pro trabalho", ou "quero
ser hermitão". Hoje, por exemplo, não se pode decidir ir viver em
Marte, ou viajar até o centro da galáxia. Mas pode-se decidir por um
futuro mais ameno, calculando os passos do presente e procurando não
deixar rabos a serem resolvidos no futuro. Nota: acredito piamente
que se decide o futuro apenas pela forma de idealizálo. Caso
contrário não haveria predições para o futuro que dessem certo :)
> >A não ser que se decida apenas pelo que for anti-natural...
> infringindo todas as leis que parecem impostas pela natureza
>
> Já teve um bocado de gente que tentou esse caminho, dos gnósticos
> carpocracianos ao Baudelaire, passando pelo messias herético judeu,
Sabatai
> Tzvi. As justificativas teóricas variavam de autor pra autor, mas a
prática
> era sempre a mesma: pegar tudo que a gente acha que é imposto pela
natureza
> e fazer o contrário.
Lígia: Mucho loco isso :) Mas eu em alguns devaneios costumo
imaginar como seria se eu começasse a fazer tudo ao contrário ou de
forma não lógica. A sensação do imprevisto é muito interessante...
> Mais ou menos, né? Porque se você admite que a finalidade da
natureza é a
> perpetuação da espécie, então não casar ou não ter filhos (meu caso)
> realmente contrariam a nossa programação biológica.
Lígia: É, nesse caso sim. Mas ainda assim continua-se a comer,
respirar e fazer coisas para preencher o tempo e participar da
sociedade. O programa, queira-se ou não, está lá e será cumprido sob
pena de morte ( caso deixe-se de comer, beber, dormir.. :). E a
ausência de filhos não priva ninguém do interesse pelo sexo (outro
componente da programação) só que sexo daí não visa apenas a
procriação, antes o prazer da entrega. Um cara que não se case,
ainda assim irá cumprir seu papel diante da sociedade de uma ou outra
forma. Portanto, a meu ver, o negar por completo a programação da
vida seria ,em última instância, romper com o mandamento máximo que é
o da auto-preservação cometendo-se suicídio. E aí, como é que fica?
Pode-se optar por isso sem problemas? Sem levar pro lado moral...
como você vê essa escolha com bases no livre-arbítrio?
> >Fico pensando: será isso uma projeção daquilo em que se creu
durante
> milênios, ou por outra, como será que alguns povos antigos
conseguiram
> imaginar coisas tão similares ao que vem sendo *descoberto* hoje em
dia?
>
> Você leu o livro do Wolfgang Pauli sobre o Keppler? A tese do Pauli
é que as
> teorias científicas também têm um fundamento arquetípico, como os
mitos, daí
> as correspondências. Nas cartas dele pro Jung, os dois discutiram
> extensamente a base arquetípica da física contemporânea.
Lígia: Não li não, qual é o título? Bem, então entramos nos
arquêtipos e a astrologia tem seus méritos, doa a quem doê-la... e
se tudo vem sendo criado à imagem e semelhança do que se pensa... :)
> Mas esse é o ponto: toda a filosofia do Schopenhauer era no sentido
de negar
> esse contexto, de buscar o nirvana, renunciar aos impulsos e
desejos. Só
> que, aparentemente, ele só acreditava nisso da boca pra fora. ;-)
Lígia: Faça o que eu digo, não faça o que eu faço... :)
> >Lígia: Ele era contemplativo. A contemplação é uma forma bastante
> eficiente de abertura.
>
> Talvez seja *a* mais eficiente (embora eu tenha que admitir que não
sou lá
> muito contemplativo, não...) ;-)
Lígia: É questão de treino como tudo mais na vida... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 11:50
Joao, Takata e todos os interessados no tema,
Proponho aceitarmos a proposta do Joao de um encontro no Rio num cafe ou bar
(particularmente acho os bares mais inspiradores). Por mim, pode ser o
quanto antes. Amanha, no fim de semana, o que quiserem.
Abraco
SUBJECT: Re: metendo o bedelho em [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 11:52
o Trecho que eu acho mais interessante nesta entrevista é este :
VEJA - Um bruxo é um pragmático, e o senhor mesmo se rotula assim. Qual seria a aplicação prática de "fazer", "não fazer" e "parar o mundo"?
CASTANEDA - Você fuma desbragadamente, como um desesperado. Eu fumava como você, e cheguei a fumar quatro maços de cigarros por dia, até que Don Juan sugeriu que eu usasse a minha compulsão para parar de fumar. Eu deveria ficar envolvido no "não fazer" de fumar. Para isso eu teria que observar o fazer de fumar. Comecei então a observar o "fazer" de levantar pela manhã e procurar imediatamente meus cigarros, o "fazer" de colocá-los no bolso, o "fazer" de apalpar o bolso da minha camisa com minha mão esquerda para ter certeza de que os cigarros lá estavam. O lugar do cigarro, o fumar de dois deles no caminho da universidade, e assim por diante, constituíam o meu "fazer" de fumar. Como eu, você pode observar o que constitui o seu "fazer" de fumar. Uma medida sistemática de fazer leva a pessoa a não executar os detalhes do ato de fumar. Para "parar o mundo" de fumar a pessoa tem que aprender a compulsivamente dizer não para o "fazer" de fumar. 1 Este exemplo é grosseiramente uma aplicação dos ensinamentos, pois eu parei de fumar logo nos primeiros contatos com Don Juan, mas somente consegui "parar o mundo" da realidade ordinária depois de dez anos. A partir deste ponto Don Juan deixou de usar plantas alucinógenas como parte dos ensinamentos.
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 11:54
--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> . . .
> >
> > Bem, o conceito de BELO é um dos mais relativos. Mas basicamente
> > achamos que algo é belo quando evoca um senso de simetria e
> > ordenação.
> ...
>
> Bom, eu costumo dizer que se simetria fosse mesmo importante para a
> beleza, a Cindy Crawford não teria uma pinta num lado só do rosto.
Bem, pode-se levar em consideração que a pinta no rosto dela está em
uma posição que não inviabiliza a beleza do conjunto. Se estivesse
em ou outro lugar, em cima do nariz, no meio da testa, ou se fosse
uma grande mancha, ela já teria pensado em intervenção cirúrgica...
Em outras palavras, onde a pinta dela está não choca ninguém... :)
Agora, na sua opinião, o que é beleza?
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 12:01
----- Original Message -----
From: Jaison Carvalho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 31, 2002 1:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Lucio , você sabe se existe essa publicação no Brasil ?
Não, nem a correspondência com o Pauli nem o trabalho dele sobre o Keppler.
Só em inglês (ou alemão). Eu tenho a edição americana, publicada pela
editora da Universidade de Princeton. Talvez uma parte desse material tenha
sido publicada nos dois volumes de cartas do Jung que a Ed. Vozes lançou
recentemente, mas não sei dizer, porque ainda não tive oportunidade de
comprar.
Abs.
L.
SUBJECT: metendo o bedelho em [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 12:06
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
escreveu
> http://www.consciencia.org/castaneda/casvista.html
>
> neste site tem uma entrevista que castaneda concedeou a revista
veja em 1975
>
>
> []
>
> jaison
Valeu Jaison!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 12:06
Se te interessar, essa correspondência foi publicada sob
o título de _Atom and Archetype_.
Lucio , você sabe se existe essa publicação no Brasil ?
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 12:42
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> uma posição que não inviabiliza a beleza do conjunto. Se estivesse
> em ou outro lugar, em cima do nariz, no meio da testa, ou se fosse
> uma grande mancha, ela já teria pensado em intervenção
> cirúrgica...
Em cima do nariz ou no meio da testa daria uma posição simétrica e
feia. E ela fica mais sensual com a pinta onde está do q. sem ela em
lugar nenhum. Idem com a Marilyn. O q. não quer dizer necessariamente
que qq mulher fique melhor com uma pintinha acima de um dos cantos do
lábio superior.
Uma grande mancha na coxa de Angélica era sua distinção. Embora ela
não ficasse mais sexy com isso.
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/vwp?.dir=/&.src=gr
&.dnm=Pintas.jpg
http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/vwp?.dir=/&.src=gr
&.dnm=Omo.jpg
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 13:37
Sobre essa questao da pinta, ha pesquisas que indicam que uma caracteristica
que diferencie/sobressaia um individuo da populacao, pode torna-lo mais sexy
que os demais. A pinta da Cindy como a boca carnuda da Julia Roberts seriam
exemplos. Mas notem que elas ja sao bonitas levando-se em conta outras
caracteristicas fisicas. Um pesquisador amarrou um rabo artificial de penas
coloridas num exemplar macho de uma especie de aves que nao tinha aquele
tipo de rabo. Resultado? As femeas ficaram loucas...
Particularmente considero a beleza um sentimento que nos estimula a
comportamentos coerentes com nossos instintos basicos. Eh uma especie de
farol que ilumina padroes de referencia para serem imitados ou
cobicados/adquiridos. Exemplos:
- a mulher bonita/desejavel = fenotipo encerra genotipo com caracteristicas
de excelencia reprodutiva;
- a roupa bonita, da moda = identificacao com grupos de lideranca e/ou grupo
de referencia (a sua "gang");
- a agua doce, limpa, cristalina caindo em cachoeiras = agua oxigenada,
saudavel para ingestao;
- o mar azul, transparente, tipo Noronha ou Caribe = confere seguranca ao
banho;
- a vista de cima da montanha mais alta, de preferencia em 360º = confere
seguranca em relacao a inimigos;
- o predio ou carro de arquitetura ou design mais moderno ("ultimo tipo") =
indica progresso, evolucao social;
- o predio ou carro antigo = referencia historica, confere seguranca pelo
conhecimento do passado;
Abracos,
Antonio Castro
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 31, 2002 2:38 PM
Subject: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Em cima do nariz ou no meio da testa daria uma posição simétrica e
> feia. E ela fica mais sensual com a pinta onde está do q. sem ela
em
> lugar nenhum. Idem com a Marilyn. O q. não quer dizer
necessariamente
> que qq mulher fique melhor com uma pintinha acima de um dos cantos
do
> lábio superior.
Lígia: A beleza do conjunto é o que conta. Mas sempre existe o
componente de simetria, de você olhar e ver que existe harmonia no
conjunto. Tem gente que dependendo do ângulo é horrível, vista de
outro ângulo fica até bonita. Depende da forma como se observa, da
forma como a pessoa expressa... poxa! Tá tudo lá na minha primeira
mensagem sobre isso, uai... :) De "o que é beleza" passar prá "onde
a pinta fica melhor" é triste, não? Eu por exemplo tenho uma pinta
marrom grande (mancha) nas costas à altura da clavícula direita,
tenho outra também nas costas logo abaixo da cintura e outra na
frente logo acima da virilha, ambas do lado direito...
E prá vc, o que é a beleza?
Beijos, Lígia
##### ##### #####
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http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 13:38
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Em cima do nariz ou no meio da testa daria uma posição simétrica e
> feia. E ela fica mais sensual com a pinta onde está do q. sem ela
em
> lugar nenhum. Idem com a Marilyn. O q. não quer dizer
necessariamente
> que qq mulher fique melhor com uma pintinha acima de um dos cantos
do
> lábio superior.
Lígia: A beleza do conjunto é o que conta. Mas sempre existe o
componente de simetria, de você olhar e ver que existe harmonia no
conjunto. Tem gente que dependendo do ângulo é horrível, vista de
outro ângulo fica até bonita. Depende da forma como se observa, da
forma como a pessoa expressa... poxa! Tá tudo lá na minha primeira
mensagem sobre isso, uai... :) De "o que é beleza" passar prá "onde
a pinta fica melhor" é triste, não? Eu por exemplo tenho uma pinta
marrom grande (mancha) nas costas à altura da clavícula direita,
tenho outra também nas costas logo abaixo da cintura e outra na
frente logo acima da virilha, ambas do lado direito...
E prá vc, o que é a beleza?
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 13:43
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 31, 2002 3:13 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>É e o pior é que a cidade nem existe. Deve ser o sanatório
mesmo... ;)
Rêrêrê. Provavelmente, ele tava se referindo ao antigo nome de Mairiporã.
>Pelo menos aparentemente ele não ficou só na intenção de
anular o ego... anulou a própria história.
Faz parte dos ensinamentos que ele atribui ao Dom Juan, né? O engraçado é
que o escritor norte-americano Thomas Pynchon segue a mesma tática. E lendo
os romances do Pynchon, especialmente _O Arco-Íris da Gravidade_, fica óbvio
que os livros do Castaneda faziam parte da dieta básica alimentar dele...
;-)
>Dois cabeçudos discutindo... :)
Ahn... bom... quer dizer... é. Em resumo, é isso. ;-)
> Curiosidade: qual lista é essa?
Intempol1, uma lista de ficção científica sobre viagem no tempo. Faz parte
do projeto Intempol, do Octavio Aragão, do qual eu participo. É um "universo
compartilhado" sobre uma polícia temporal à brasileira, em que cada autor é
livre pra criar suas próprias histórias, com seus próprios personagens. As
minhas giram em torno do Aleister Crowley. (Aliás, o Eduardo também assina a
Ciencialist, mas anda bem quieto ultimamente.) ;-)
>Prá evitar que eu encene com você uma conversa entre Ptolomeu
(defendendo as esferas de cristal) e Keppler (com suas simples e
eficientes órbitas elípticas), concordo que esse modo que você
descreve de encarar o tempo é mais simples e provável de
ser "real"... :)
Bom, ela é mais simples. Mas não sei se isso a torna mais provável, né?
Afinal, a navalha de Ockham é mais um critério estético, ninguém pode provar
que as hipóteses mais simples são *mesmo* as mais verdadeiras... ;-)
>Tá, pela prática de concentração pode-se restringir inclusive
a respeiração a níveis mínimos... além do vôo Yogico. Mas,
convenhamos, que voar daquele jeito e permanecer sentado... :)
Quanto à supressão inclusive da respiração, já vi acontecer: o yogi
deixou-se colocar em uma cuba com água e permaneceu ali por vários
minutos... hibernando. Queria ver ele se locomovendo embaixo
dágua...;)
Eu prefiro não arriscar o que é ou não possível. Se a realidade é construída
pela consciência e um iogue experimentado domina esse processo, quem pode
dizer o que ele é ou não capaz de fazer?
>Daí, quando vira rotina, muda-se de novo...;)
É uma boa tática. Experimenta e me diz se funciona. ;-)
>O quesito sobrevivência e programa biológico tem muitos pontos em comum.
Tanto que pode-se
confundir um com o outro.
Mas isso não quer dizer que sejam a mesma coisa. A nossa programação (talvez
seja melhor não distinguir o biológico, o psicológico e o social, porque
eles se entrelaçam) extrapola o nível da pura sobrevivência, e é nessa
extrapolação que a porca começa a torcer o proverbial rabo. ;-)
>Bem, se eu não quisesse ter filhos eu nem me casaria, talvez
esse seja o ponto. Casamento no modo condicionado é isso, visa a
perpetuação da espécie.
Eu me casei e não me passa nem nunca me passou pela cabeça a idéia de ter
filhos. Quer dizer, o meu casamento definitivamente não visa a perpetuação
da espécie, tarefa que eu, aliás, nem sei se vale a pena.
>Não vejo outra finalidade então além de ter uma companhia, que também nasce
da necessidade de vínculos, da forma
como ser encarado pela sociedade...
A necessidade de ter vínculos não é uma necessidade social. Pelo menos, não
obrigatoriamente. Pode nascer do desejo de ter alguém com quem compartilhar
a vida, dividir os sonhos, os projetos, ter outra companhia que não a de si
próprio (eu sempre me achei uma péssima companhia pra mim mesmo). ;-)
>Fico imaginando o que impede alguém que não se iniba pela
ausência de crença em uma outra vida de suicidar-se: amor à vida, ou
o medo do nada?
Um pouco dos dois, eu acho.
>Pára ou continua?
Até agora, tudo tranqüilo. Vamos continuar pra ver até onde é que vai. ;-)
>A propósito, você comete dois impropérios na frase acima, coloca Deus e
precognição em uma mesma frase ;)
Isso é brincar com a sorte...
A precognição foi deliberada, mas Deus, eu nem percebi. Ele entrou na frase
de enxerido que é. ;-)
>Obrigada pela dica! Eu entendo que vai ser complicado achar
o livro por aqui, você já respondeu ao Jaison a respeito disso. Bem
o negócio é vasculhar a net. ;)
O meu, eu comprei pela Amazon. Mas agora anda meio complicado comprar livros
pela Amazon, qualquer livrinho não sai por menos que cem reais... :-(
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 14:00
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> E prá vc, o que é a beleza?
Eu defino em duas palavras:
Taís Araújo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 14:13
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >Até onde eu sei, ele era brasileiro de Juqueri SP :)
>
> As más-línguas diriam que ele não poderia ter escolhido um lugar
melhor pra
> nascer... };-)
Lígia: É e o pior é que a cidade nem existe. Deve ser o sanatório
mesmo... ;)
> >E isso teria sido confirmando por ele mesmo antes de
seu "passamento", em
> uma entrevista que depois virou livro:
>
> É, eu tenho esse livro. Mas depois tentaram confirmar essas
informações e
> descobriram que elas não eram verdadeiras, eram parte do projeto do
> Castaneda de apagar a história pessoal. Continuaram fuçando e
descobriram
> que o único Carlos Castaneda Araña que deu entrada (legalmente,
pelo menos)
> nos Estados Unidos era peruano. Ele realmente nasceu em 25 de
dezembro, mas
> de 1925.
Lígia: Pelo menos aparentemente ele não ficou só na intenção de
anular o ego... anulou a própria história.
> >Dã... ? :)
>
> Ele deixou bem claro o ponto-de-vista dele, eu deixei bem claro o
meu. Ele
> não conseguiu me convencer do dele, eu não consegui convencer ele
do meu.
> Isso sempre acontece quando eu debato alguma coisa com o Eduardo.
Quando
> chega nesse ponto, a gente suspende a discussão, porque a única
outra
> alternativa seria continuar repetindo os mesmos argumentos até a
inexorável
> chegada do big crunch... ;-)
Lígia: Dois cabeçudos discutindo... :) Curiosidade: qual lista é
essa?
> Eu tenho uma visão bem mais simples. O tempo estático da teoria da
> relatividade é o tempo real. Nossa percepção linear do tempo é
ilusória. Um
> acontecimento só existe dentro da moldura do tempo linear. Fora
dessa
> moldura, nada acontece, todos os pontos do espaçotempo simplesmente
*são*.
Lígia: Prá evitar que eu encene com você uma conversa entre Ptolomeu
(defendendo as esferas de cristal) e Keppler (com suas simples e
eficientes órbitas elípticas), concordo que esse modo que você
descreve de encarar o tempo é mais simples e provável de
ser "real"... :)
> >Pode-se escolher de um tudo, desde que não se decida voar,
> por exemplo, ou viver dentro d'água sem equipamento recomendáveis :)
>
> Ahn... você já leu os Yoga-Sutras de Patanjali? ;-)
Lígia: Tá, pela prática de concentração pode-se restringir inclusive
a respeiração a níveis mínimos... além do vôo Yogico. Mas,
convenhamos, que voar daquele jeito e permanecer sentado... :)
Quanto à supressão inclusive da respiração, já vi acontecer: o yogi
deixou-se colocar em uma cuba com água e permaneceu ali por vários
minutos... hibernando. Queria ver ele se locomovendo embaixo
dágua...;)
> Mas aí a falta de lógica terminaria se transformando ela mesma num
padrão.
> Aderir sistematicamente a um padrão e evitar sistematicamente um
padrão
> acabam sendo a mesma coisa, porque em ambos os casos, é o padrão que
> determina o que você faz ou deixa de fazer.
Lígia: Daí, quando vira rotina, muda-se de novo...;)
> Acho que, nesse nível elementar, a gente não deve falar
de "programação".
> São necessidades básicas, só isso. Certa vez, perguntaram a um
mestre zen:
> "Roshi, o que é a iluminação?" E ele respondeu: "Quando tenho fome,
como;
> quando tenho sede, bebo; quando tenho sono, durmo." A programação
surge no
> andar seguinte, quando o teu comportamento começa a ser guiado por
> condicionamentos (biológicos, sociais, psicológicos) que não são
essenciais,
> mas que você é programado pra aceitar como se fossem.
Lígia: O programa biológico mune a criatura de condições de
sobreviver. Não se ensina como respirar, respira-se. Não se ensina
a um bebê que ele deve mamar, mas é a primeira coisa que ele faz
depois de respirar muitas vezes, assim como a larva de borboleta que
mal sai do ovo e já começa a comer. O quesito sobrevivência e
programa biológico tem muitos pontos em comum. Tanto que pode-se
confundir um com o outro.
> Mas, justamente, isso já é ir contra a programação biológica. O que
é o sexo
> biológico? É um instrumento pra reprodução da espécie. Quando você
pratica
> sexo com qualquer outra finalidade que não a reprodução, você está
> descontextualizando o sexo, libertando-o do condicionamento
biológico. Não
> existe instinto sexual, existe apenas instinto reprodutivo. A
sexualidade é
> uma invenção humana e uma das provas mais eloqüentes que eu conheço
de que o
> homem pode reinventar a si mesmo, diferente dos animais, que são
forçados a
> seguir a programação dos instintos.
Lígia: Bem, se eu não quisesse ter filhos eu nem me casaria, talvez
esse seja o ponto. Casamento no modo condicionado é isso, visa a
perpetuação da espécie. Não vejo outra finalidade então além de ter
uma companhia, que também nasce da necessidade de vínculos, da forma
como ser encarado pela sociedade... é estranho pensar nisso. Só sei
que caso eu não tivesse o instinto de buscar ter filhos, eu não teria
casado.
> Ué, ele é livre pra fazer isso também. Só não tenho muita certeza
se seria
> uma saída. Se houver reencarnação, como defende o budismo, essa
seria a
> maneira mas rápida e eficaz de voltar pro ponto de partida. ;-)
Lígia: Fico imaginando o que impede alguém que não se iniba pela
ausência de crença em uma outra vida de suicidar-se: amor à vida, ou
o medo do nada?
> (Ai, meu Deus, meus poderes precognitivos prevêem que brevemente
vai vir um
> email lembrando que ISTO AQUI É UMA LISTA DE CIÊNCIA, PORRA...) ;-)
Lígia: Pára ou continua? A propósito, você comete dois impropérios
na frase acima, coloca Deus e precognição em uma mesma frase ;)
Isso é brincar com a sorte...
> >Não li não, qual é o título?
>
> _The Interpretation of Nature and the Psyche_, de Wolfgang Pauli e
C. G.
> Jung. ... Se te interessar, essa correspondência foi publicada sob
> o título de _Atom and Archetype_.
Lígia: Obrigada pela dica! Eu entendo que vai ser complicado achar
o livro por aqui, você já respondeu ao Jaison a respeito disso. Bem
o negócio é vasculhar a net. ;)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:_O_QUE__A_BELEZA
FROM: Filipe Nunes <d_oliveira2002@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 14:28
Ligia Gallo <ligia5555@yahoo.com.br> wrote: --- Em ciencialist@y..., "rmtakata" escreveu
> Em cima do nariz ou no meio da testa daria uma posição simétrica e
> feia. E ela fica mais sensual com a pinta onde está do q. sem ela
em
> lugar nenhum. Idem com a Marilyn. O q. não quer dizer
necessariamente
> que qq mulher fique melhor com uma pintinha acima de um dos cantos
do
> lábio superior.
Lígia: A beleza do conjunto é o que conta. Mas sempre existe o
componente de simetria, de você olhar e ver que existe harmonia no
conjunto. Tem gente que dependendo do ângulo é horrível, vista de
outro ângulo fica até bonita. Depende da forma como se observa, da
forma como a pessoa expressa... poxa! Tá tudo lá na minha primeira
mensagem sobre isso, uai... :) De "o que é beleza" passar prá "onde
a pinta fica melhor" é triste, não? Eu por exemplo tenho uma pinta
marrom grande (mancha) nas costas à altura da clavícula direita,
tenho outra também nas costas logo abaixo da cintura e outra na
frente logo acima da virilha, ambas do lado direito...
E prá vc, o que é a beleza?
Beijos, Lígia
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A beleza pode ser natural ou forçada, natural é a que a pessoa nasce e forçada são aquelas pessoas que vivem fazendo plásticas para ficarem mais bonitas , pois quem nunca foi bonito naturalmente nunca será bonito artificialmente, e pra mim só existe uma beleza,a natural seja ela exterior ou interior,exemplo de Beleza:No arquivo anexo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 14:37
Ronaldo Cordeiro escreveu:
(...)
>Já tivemos um debate sobre isso tempos atrás aqui no Ciencialist.
Tentaram achar argumentos até na genética para definir algum padrão
>universal para a beleza.. Acho que no final ficamos na estaca
zero. "Beleza" continuou sendo uma questão de gosto pessoal, que
>varia com a cultura e com a época. Mulheres obesas como as retratadas
em pinturas do período renascentista não fariam tanto sucesso nas
>praias de hoje. Na Birmânia as mulheres-girafa é que fazem sucesso,
com todas aquelas argolas no pescoço. E se não falarmos de gente, que
tal tentar definir o que é beleza em objetos, móveis, carros,
>projetos arquitetônicos? Como disse um personagem de Woody Allen em
um de seus filmes, em que a história se passava no futuro, ao ver um
Fusca: "Ah, isso é um Volkswagen. Eles fabricavam mesmo essas
coisas!".
No meu mail anterior comentei alguns dos pontos que voce coloca aqui sobre
tipos de beleza. Sobre beleza universal, entendo que as cataratas de agua
cristalina o sao, assim como o barulho da agua caindo. A meu ver, isso tem
relacao com agua limpa, com bastante oxigenio. Humanos gastam bilhoes de
dolares por ano para admirar as cachoeiras.
Em mulheres, segundo o recem lancado livro "A Culpa eh da Genetica", o corpo
em forma de violao eh um padrao universal de beleza, seja a mulher mais
gorda ou mais magra, mais baixa ou mais alta, mais moca ou mais velha.
Segundo a pesquisa, se voce dividir a parte mais estreita do "violao" (a
cintura) pela mais larga (o quadril) das mulheres universalmente
consideradas as mais desejadas, voce obtera um indice entre 0,68 e 0,70.
Isso, segundo os autores, vem do fato que essa relacao caracteriza mulheres
duas vezes mais ferteis do que as fora desse padrao.
Um abraco,
Antonio Castro
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 14:38
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...>
escreveu
> > ...
> >
> > Bom, eu costumo dizer que se simetria fosse mesmo importante para
a
> > beleza, a Cindy Crawford não teria uma pinta num lado só do rosto.
>
>
> Bem, pode-se levar em consideração que a pinta no rosto dela está
em
> uma posição que não inviabiliza a beleza do conjunto. Se estivesse
> em ou outro lugar, em cima do nariz, no meio da testa, ou se fosse
> uma grande mancha, ela já teria pensado em intervenção
cirúrgica...
> Em outras palavras, onde a pinta dela está não choca ninguém... :)
>
> Agora, na sua opinião, o que é beleza?
>
> Bisous, Lígia
O grande problema de tentar achar uma definição para beleza está
exatamente aí: explicar por que a pinta da Cindy é considerada sexy
no lugar onde está e por que não seria se estivesse em outro lugar,
ou talvez no mesmo lugar em outra pessoa.
Já tivemos um debate sobre isso tempos atrás aqui no Ciencialist.
Tentaram achar argumentos até na genética para definir algum padrão
universal para a beleza.. Acho que no final ficamos na estaca
zero. "Beleza" continuou sendo uma questão de gosto pessoal, que
varia com a cultura e com a época. Mulheres obesas como as retratadas
em pinturas do período renascentista não fariam tanto sucesso nas
praias de hoje. Na Birmânia as mulheres-girafa é que fazem sucesso,
com todas aquelas argolas no pescoço. E se não falarmos de gente, que
tal tentar definir o que é beleza em objetos, móveis, carros,
projetos arquitetônicos? Como disse um personagem de Woody Allen em
um de seus filmes, em que a história se passava no futuro, ao ver um
Fusca: "Ah, isso é um Volkswagen. Eles fabricavam mesmo essas
coisas!".
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como__fcil_!!!
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 14:53
Não posso acreditar numa coisas dessas.Quando falo uma ou outra besteira gente mimada acha ruim e eu sou moderado para não dizer censurado.E quando gente mimada fala suas besteiras vcs ficam dando corda .Essa lista como aprendi da pior forma possivel é de ciencia e não de papo furado.A partir de agora não tolerarei esse tipo de atitude aqui em respeito a prosposta da lista.Moderar -me novamente não é a resolução porque como podem ver eu entro com outro e-mail.
Sou eu e lula somente "queremos paz e amor".
Espero ter sido claro e encerro qualquer comentário sobre esse assunto.
Atenciosamente ,
Carlos.
Ligia Gallo <ligia5555@yahoo.com.br> wrote:--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >Pegar pelo outro lado?! Como assim...?
>
> Beeeeeem, eu não disse que era *eu* que ia pegar pelo outro
lado... ;-)
> >Abraços e desculpas.
>
> Relaxa, Antonio. Não precisa pedir desculpas. ;-)
>
> Abs.
> L.
Lígia: Ah, então tá, era eu quem tinha que pegar pelo outro lado...
Sei ;)
Quanto ao Antonio:
Lembre-se do que aconteceu com o HD em uma situação não tão
explícita... Hum, como agora foi bem explícita, se você não parar
com sentimento de culpa seu computador irá ser auto-destruído em:
5...
4...
3...
2...
1...
PUFFF! (Beijos),
Lígia
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Dúvida: sobre gatos
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 14:56
Oi!
Estou com um problema por aqui e gostaria de saber a resposta com
quem entende de gatos (que fazem miau, têm quattro patas, rabo,
pelo... focinho) :)
Tenho uma gata (a siamesa) que deu cria há quase duas semanas. O
parto correu bem, as crias nasceram bem. O problema agora é que ela
está muito nervosa. Esteve calma todo esse tempo mas desde ontem,
ela fica andando com os gatinhos pela casa e vai espalhando os
filhotes aos quatro cantos enquanto mia como se estivesse
desesperada. O cesto dela está limpo, as crias ficam bem por lá, mas
ela nem os deixa dormir, fica todo tempo acordando os gatinhos...
que que eu faço?
Procurei saber com o veterinário e ele disse que não é nada... poxa,
não é nada? Tenho é que explicar a ela que não é nada... :)
Agradeço desde já alguma colaboração... to com a cabeça atordoada
com os miados :)
Lígia
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 15:12
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> Sobre essa questao da pinta, ha pesquisas que indicam que uma
caracteristica
> que diferencie/sobressaia um individuo da populacao, pode torna-lo
mais sexy
> que os demais. A pinta da Cindy como a boca carnuda da Julia
Roberts seriam
> exemplos. Mas notem que elas ja sao bonitas levando-se em conta
outras
> caracteristicas fisicas.
A questão é exatamente essa. Por que elas "já são bonitas"? Por que
a "mulher do Nazareno", personagem do Chico Anysio, também tinha uma
pinta no rosto e isso não ajudava em nada? Acredito que
características que diferenciem uma pessoa no meio da população
geralmente são interpretadas mais como feias do que como bonitas. Um
nariz anormalmente grande, ou orelhas de abano, pintas grandes no
rosto, verrugas, etc.
> Um pesquisador amarrou um rabo artificial de penas
> coloridas num exemplar macho de uma especie de aves que nao tinha
aquele
> tipo de rabo. Resultado? As femeas ficaram loucas...
>
> Particularmente considero a beleza um sentimento que nos estimula a
> comportamentos coerentes com nossos instintos basicos. Eh uma
especie de
> farol que ilumina padroes de referencia para serem imitados ou
> cobicados/adquiridos. Exemplos:
>
Vou tentar dar uns contra-exemplos. Espero que não se importe.
> - a mulher bonita/desejavel = fenotipo encerra genotipo com
caracteristicas
> de excelencia reprodutiva;
Por que excelência reprodutiva? As características consideradas como
beleza não parecem ter relação com a reprodução. Um exemplo: ao
contrário dos brasileiros, os americanos costumam gostar de mulheres
com quadris estreitos (e sem bunda). E quadris largos podem facilitar
um parto, por exemplo. Atualmente, as mulheres mais férteis são as do
terceiro mundo. E as etnias do terceiro mundo não parecem ser um
padrão de beleza no mundo da moda, da publicidade, das revistas
eróticas, etc.
> - a roupa bonita, da moda = identificacao com grupos de lideranca
e/ou grupo
> de referencia (a sua "gang");
> - a agua doce, limpa, cristalina caindo em cachoeiras = agua
oxigenada,
> saudavel para ingestao;
Mas a Coca-Cola é uma das bebidas mais populares do mundo assim mesmo.
> - o mar azul, transparente, tipo Noronha ou Caribe = confere
seguranca ao
> banho;
> - a vista de cima da montanha mais alta, de preferencia em 360º =
confere
> seguranca em relacao a inimigos;
Casas no alto de morros parece ser mais um padrão para favelas do que
para bairros de luxo.
> - o predio ou carro de arquitetura ou design mais moderno ("ultimo
tipo") =
> indica progresso, evolucao social;
Um Rolls-Royce, com design clássico, ou um Porsche 911, que pouco
mudou desde a década de 60, podem indicar mais evolução social que um
carro moderno, mas popular.
> - o predio ou carro antigo = referencia historica, confere
seguranca pelo
> conhecimento do passado;
>
Muitas casas e prédios antigos são hoje considerados
simplesmente "bregas". Idem com carros. O que vc acha hoje do design
de um Cadillac rabo-de-peixe? Que tal uma Vemaguete? Como diferenciar
o "antigo" e "clássico" do "velho" e "brega"?
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como_é_fácil_!!!
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 15:21
Maça!
Bem, se tem um jeito de você falar de alguma coisa séria, estamos
aqui para lê-lo, tá? Fica chateado não... aprenda, mesmo que seja
do pior jeito... e de mais a mais, ninguém se ofendeu. EU SÓ NÃO
ADMITO QUE ME CHAMEM DE IMPRESTÁVEL SEM QUE EU CONCORDE!!! E ninguém
das pessoas abaixo estava sendo agredida ou agredindo-se, o que não
parece ser o caso que provocou a sua moderação.
Naquele caso, você quis agredir por agredir ou tem um péssimo senso
de humor... :) Da próxima vez que quiser brincar, dê mostras de que
é brincadeira, porque respeito é tudo o que se pode pedir. Exigir
nem dá, já que se merece ou não. Acredito que eu mereça e você dê
caso concorde. Se não concordar, esta lista se tornará pequena
demais prá nós dois e eu saio, sem problemas...
Bjus, Lígia
********************************
--- Em ciencialist@y..., gregorio guerra <boca_do_inferno2@y...>
escreveu
>
> Não posso acreditar numa coisas dessas.Quando falo uma ou outra
besteira gente mimada acha ruim e eu sou moderado para não dizer
censurado.E quando gente mimada fala suas besteiras vcs ficam dando
corda .Essa lista como aprendi da pior forma possivel é de ciencia e
não de papo furado.A partir de agora não tolerarei esse tipo de
atitude aqui em respeito a prosposta da lista.Moderar -me novamente
não é a resolução porque como podem ver eu entro com outro e-mail.
> Sou eu e lula somente "queremos paz e amor".
> Espero ter sido claro e encerro qualquer comentário sobre esse
assunto.
> Atenciosamente ,
> Carlos.
>
> Ligia Gallo <ligia5555@y...> wrote:--- Em ciencialist@y..., "Lucio
Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> escreveu
> > >Pegar pelo outro lado?! Como assim...?
> >
> > Beeeeeem, eu não disse que era *eu* que ia pegar pelo outro
> lado... ;-)
> > >Abraços e desculpas.
> >
> > Relaxa, Antonio. Não precisa pedir desculpas. ;-)
> >
> > Abs.
> > L.
>
> Lígia: Ah, então tá, era eu quem tinha que pegar pelo outro
lado...
> Sei ;)
>
> Quanto ao Antonio:
>
> Lembre-se do que aconteceu com o HD em uma situação não tão
> explícita... Hum, como agora foi bem explícita, se você não parar
> com sentimento de culpa seu computador irá ser auto-destruído em:
>
> 5...
> 4...
> 3...
> 2...
> 1...
>
> PUFFF! (Beijos),
>
> Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dúvida: sobre gatos
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 15:25
Boa Tarde!!!!!! Lígia.
Bem, talvez eu tenha uma sugestão.
Que tal você ligar para o tal de Sheldrake ( acho que é assim que se
escreve ). Ele irá aplicar os seu conhecimentos místicos de ressonância
mórfica dirigido à psicologia animal e provavelmente concluirá que a sua
gata está prevendo que algo de terrível irá acontecer com os seus filhotes.
Até mais.......
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 15:33
Não acho que nada mais razoável possa ser respondido a essa pergunta
do que: "beleza é a qualidade daquilo que eu (ou alguém) julgo ser
belo ou bonito".
E claro, è pergunta recíproca (o que vc julga ser belo ou bonito?) a
resposta é tão esclarecedora qto: é aquilo que possui "beleza".
[]s,
FSK.
SUBJECT: Re: Dúvida: sobre gatos
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 15:39
Delicadeza de sua parte Lisandro...
Só podia esperar isso de alguém como você... :)
Obrigada pela sugestão,
Lígia
********************************
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>
>
> Boa Tarde!!!!!! Lígia.
>
> Bem, talvez eu tenha uma sugestão.
> Que tal você ligar para o tal de Sheldrake ( acho que é assim
que se
> escreve ). Ele irá aplicar os seu conhecimentos místicos de
ressonância
> mórfica dirigido à psicologia animal e provavelmente concluirá que
a sua
> gata está prevendo que algo de terrível irá acontecer com os seus
filhotes.
>
> Até mais.......
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 15:55
Antonio Castro responde Ronaldo Cordeiro:
>Ronaldo Cordeiro: >A questão é exatamente essa. Por que elas "já são
bonitas"? Por que
a "mulher do Nazareno", personagem do Chico Anysio, também tinha uma
pinta no rosto e isso não ajudava em nada? Acredito que
>características que diferenciem uma pessoa no meio da população
geralmente são interpretadas mais como feias do que como bonitas. Um
nariz anormalmente grande, ou orelhas de abano, pintas grandes no
rosto, verrugas, etc.
Antonio Castro: Voce esta citando caracteristicas que podem quebrar a
harmonia da pessoa. Uma primeira leitura de beleza que se faz em quase tudo
eh a harmonia e/ou equilibrio (ja se falou aqui na lista sob esse tema em
simetria do rosto, o que eh uma caracteristica importante). A pinta da um
"tchan" na beleza existente. Ha pelo menos uma pesquisa sobre isso nos EUA
que eu tive conhecimento.
>AC:> Particularmente considero a beleza um sentimento que nos estimula a
> comportamentos coerentes com nossos instintos basicos. Eh uma
especie de
> farol que ilumina padroes de referencia para serem imitados ou
> cobicados/adquiridos. Exemplos:
>
>RC: >Vou tentar dar uns contra-exemplos. Espero que não se importe.
>AC (exemplos):> - a mulher bonita/desejavel = fenotipo encerra genotipo com
caracteristicas
> de excelencia reprodutiva;
>RC: > Por que excelência reprodutiva? As características consideradas como
beleza não parecem ter relação com a reprodução. Um exemplo: ao
contrário dos brasileiros, os americanos costumam gostar de mulheres
com quadris estreitos (e sem bunda). E quadris largos podem facilitar
>um parto, por exemplo. Atualmente, as mulheres mais férteis são as do
terceiro mundo. E as etnias do terceiro mundo não parecem ser um
padrão de beleza no mundo da moda, da publicidade, das revistas
eróticas, etc.
>AC: tenho uma irma que trabalha em cinema em Hollywood. Segundo ela, os
americanos ha muito descobriram a bunda como elemento de estimulo a
sexualidade. Veja a Jenniffer Lopez, por exemplo. A mistura com o negro e o
latino estao criando bunda nos americanos, e eles gostam... Quando Hollywood
valoriza um aspecto da beleza feminina, pode ter certeza que eh do gosto
americano.
Quanto as mulheres do 3o mundo, elas sao as que tem mais filhos, nao
necessariamente as potencialmente mais ferteis do mundo. Nao ha nenhuma
pesquisa que indique essa superioridade, que eu saiba. A proposito, a
publicidade das revistas da Jamaica so usam modelos negros. Alias,
lindissimas.
>AC: > - a agua doce, limpa, cristalina caindo em cachoeiras = agua
oxigenada,
> saudavel para ingestao;
>RC:> Mas a Coca-Cola é uma das bebidas mais populares do mundo assim mesmo.
AC: nao alcancei a relacao de uma coisa com outra.
>AC: > - o mar azul, transparente, tipo Noronha ou Caribe = confere
seguranca ao
> banho;
> - a vista de cima da montanha mais alta, de preferencia em 360º =
confere
> seguranca em relacao a inimigos;
>RC: > Casas no alto de morros parece ser mais um padrão para favelas do que
para bairros de luxo.
AC: voce deve morar no Rio. So no Rio e em parte do Brasil os pobres moram
nos morros. Ja nas hills de Beverly Hills...
>AC: > - o predio ou carro de arquitetura ou design mais moderno ("ultimo
tipo") =
> indica progresso, evolucao social;
>RC: > Um Rolls-Royce, com design clássico, ou um Porsche 911, que pouco
mudou desde a década de 60, podem indicar mais evolução social que um
carro moderno, mas popular.
AC: exatamente. Sao belezas classicas. Quando voce compra um Jaguar, a
fabrica lhe diz que voce nunca mais vai precisar trocar de carro.
>AC > - o predio ou carro antigo = referencia historica, confere
seguranca pelo
> conhecimento do passado;
>RC> Muitas casas e prédios antigos são hoje considerados
simplesmente "bregas". Idem com carros. O que vc acha hoje do design
de um Cadillac rabo-de-peixe? Que tal uma Vemaguete? Como diferenciar
o "antigo" e "clássico" do "velho" e "brega"?
AC: isso eh algo muito interessante, o de quando o brega vira kitsch e fica
bonito. Outro dia vi uma vemaguete, muito bem conservada, diga-se, e achei
muito bonita. Lembrei-me que foi o primeiro carro que dirigi sozinho, de
toda uma historia de juventude em que ela participou, enfim, viagei no
tempo. Essa parte merece um tratamento particular. Nao vou me estender mais
nesse ponto, embora fique tentado.
Abraco,
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 15:57
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 31, 2002 5:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Ele inspirou e inspira muita gente ainda. É um dos casos
clássicos em que a criatividade e a originalidade andam juntos.
Falar em drogas com apelo místico é temerário. Ele saiu-se muito bem.
O que me ficou mais dos livros dele foi o lance epistemológico: o conceito
de ponto de aglutinação, a idéia de que a realidade é uma descrição social
que sustentamos por meio de um constante diálogo interno e a noção de parar
o mundo pra quebrar essa continuidade. Sobre drogas com apelo místico, o meu
livro de cabeceira ainda é _As Portas da Percepção_, do Huxley. ;-)
>Eu andei buscando a Intempol1 mas nos arquivos do Yahoo só
acusa a Intempol2... vai ver que a sua é privée... ;) Pour la
créme de la créme...
Provavelmente você procurou nas listas em português. A Intempol1 (que na
verdade é posterior, a Intempol2 veio antes - paradoxos da viagem no tempo
;-D) é em inglês, porque pretende juntar pessoas interessadas no tema em
todo o mundo.
>A simplicidade é um critério muito utilizado como
referência. Vale prá tudo. Prá que complicar, quando o que importa
é compreender?
É o meu critério, também. Mas o fato é que ele não tem sustentação
epistemológica. Tinha quando o Guilherme de Ockham formulou o princípio,
porque ele acreditava que o mundo tinha sido criado por Deus. Mas é melhor
um critério arbitrário do que nenhum critério. ;-)
>Entrando nessa questão do ser possível ou não, enquanto a
crença do que é possível e do que é impossível for muito forte, nada
deve fugir muito dos padrões daquilo que se admite como tal.
2ª Lei de Clarke: "Quando um cientista respeitável diz que alguma coisa é
possível, ele provavelmente estará certo. Quando o mesmo cientista
respeitável, mas um tanto mais velho, diz que alguma coisa é impossível, ele
provavelmente estará errado." ;-) De qualquer jeito, com a ajuda da
tecnologia, a gente já pode fazer praticamente tudo o que antes se
considerava impossível - voar, se deslocar embaixo d'água, se comunicar à
distância (que é exatamente o que a gente tá fazendo agora). Por isso é que
não dá pra traçar um limite a priori entre o que é possível e o que não é.
>Em parte funciona: corta o tédio. Mas chega num ponto em
que não há mais o que mudar prá sair da rotina... e aí as coisas
ficam perigosas, pode-se perder o estímulo.
Acho que deve ter um meio mais simples (olha a simplicidade aí de novo ;-D)
pra quebrar os condicionamentos. Parar o mundo, por exemplo... ;-)
>Bem, não arrisco afirmar nada nesse quesito.
Tudo o que eu sei é que existe uma série de condicionamentos que se
interpõem entre a gente e a realidade como verdadeiros filtros. O que a
gente vai v(s)er se conseguir remover os filtros, por enquanto, é pura
especulação. Só tirando pra saber. ;-)
>Temerário falar sobre filhos valerem ou não a pena.
É uma questão pessoal. Eu tenho motivos (racionais, emocionais e
filosóficos) pra não querer ter filhos, mas não pretendo generalizar esses
motivos pra todo mundo. Eles são válidos só pra mim.
>O que eu digo é que deve-se pesar o que se ama mais: a liberdade ou um
vínculo vitalício com alguém?
Pra mim, a liberdade é mais importante que qualquer outra coisa. ;-)
>Diz prá mim: vc tem medo de adquirir a "mossa"? D. Genaro tinha uma
energia fraca... a ele não era recomendável as mossas decorrentes de
ter filhos... :)
Não, esse tipo de coisa nem me passa pela cabeça.
>Quando se encontra tal companhia deve ser muito bom!
A gente vai tentando, tentando, até que encontra (ou não). Mas a própria
procura vale a pena. Pra mim, valeu. ;-)
>É mas acredito que seja mais o medo das consequências. As
religiões impõe isso como lei: não matarás (e isso inclui a si mesmo)
mas a quem a religião não tem o apelo de fazer os atos pesarem na
consciência, o medo do nada deve ser mais forte que qualquer outra
coisa...
Acho que é mais o medo do desconhecido. O nada propriamente dito, ninguém
consegue imaginar. A gente pode pensar nele intelectualmente, mas não tem
como visualizar.
>Tudo bem, vamos continuando então :)
Go ahead. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como _é_fácil_!!!
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 16:05
Essa situação ( cômica por sinal ) fez-me lembrar do texto do Diogo
Mainardi publicado na edição da VEJA da semana passada. Segundo o autor,
para dinamizar o processo eleitoral os candidatos deveriam digladiar entre
si, responder com golpes baixos e envolver-se em situações sórdidas. E
ainda, esquecer o tema de Lula - paz e amor.
Em geral, eu não deixo de concordar com ele. Não é isso que o homem
apresenta ontem e hoje?
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 31/10/02 16:09 -----
"Ligia Gallo"
<ligia5555@yahoo. Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
com.br> cc:
Assunto: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:
31/10/02 16:21 _[ciencialist]_Vejam_como_é_fácil_!!!
Favor responder a
ciencialist
Maça!
Bem, se tem um jeito de você falar de alguma coisa séria, estamos
aqui para lê-lo, tá? Fica chateado não... aprenda, mesmo que seja
do pior jeito... e de mais a mais, ninguém se ofendeu. EU SÓ NÃO
ADMITO QUE ME CHAMEM DE IMPRESTÁVEL SEM QUE EU CONCORDE!!! E ninguém
das pessoas abaixo estava sendo agredida ou agredindo-se, o que não
parece ser o caso que provocou a sua moderação.
Naquele caso, você quis agredir por agredir ou tem um péssimo senso
de humor... :) Da próxima vez que quiser brincar, dê mostras de que
é brincadeira, porque respeito é tudo o que se pode pedir. Exigir
nem dá, já que se merece ou não. Acredito que eu mereça e você dê
caso concorde. Se não concordar, esta lista se tornará pequena
demais prá nós dois e eu saio, sem problemas...
Bjus, Lígia
********************************
--- Em ciencialist@y..., gregorio guerra <boca_do_inferno2@y...>
escreveu
>
> Não posso acreditar numa coisas dessas.Quando falo uma ou outra
besteira gente mimada acha ruim e eu sou moderado para não dizer
censurado.E quando gente mimada fala suas besteiras vcs ficam dando
corda .Essa lista como aprendi da pior forma possivel é de ciencia e
não de papo furado.A partir de agora não tolerarei esse tipo de
atitude aqui em respeito a prosposta da lista.Moderar -me novamente
não é a resolução porque como podem ver eu entro com outro e-mail.
> Sou eu e lula somente "queremos paz e amor".
> Espero ter sido claro e encerro qualquer comentário sobre esse
assunto.
> Atenciosamente ,
> Carlos.
>
> Ligia Gallo <ligia5555@y...> wrote:--- Em ciencialist@y..., "Lucio
Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
> escreveu
> > >Pegar pelo outro lado?! Como assim...?
> >
> > Beeeeeem, eu não disse que era *eu* que ia pegar pelo outro
> lado... ;-)
> > >Abraços e desculpas.
> >
> > Relaxa, Antonio. Não precisa pedir desculpas. ;-)
> >
> > Abs.
> > L.
>
> Lígia: Ah, então tá, era eu quem tinha que pegar pelo outro
lado...
> Sei ;)
>
> Quanto ao Antonio:
>
> Lembre-se do que aconteceu com o HD em uma situação não tão
> explícita... Hum, como agora foi bem explícita, se você não parar
> com sentimento de culpa seu computador irá ser auto-destruído em:
>
> 5...
> 4...
> 3...
> 2...
> 1...
>
> PUFFF! (Beijos),
>
> Lígia
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SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 16:19
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Rêrêrê. Provavelmente, ele tava se referindo ao antigo nome de
Mairiporã.
Lígia: provavelmente... :)
> Faz parte dos ensinamentos que ele atribui ao Dom Juan, né? O
engraçado é
> que o escritor norte-americano Thomas Pynchon segue a mesma tática.
E lendo
> os romances do Pynchon, especialmente _O Arco-Íris da Gravidade_,
fica óbvio
> que os livros do Castaneda faziam parte da dieta básica alimentar
dele...
> ;-)
Lígia: Ele inspirou e inspira muita gente ainda. É um dos casos
clássicos em que a criatividade e a originalidade andam juntos.
Falar em drogas com apelo místico é temerário. Ele saiu-se muito bem.
> Intempol1, uma lista de ficção científica sobre viagem no tempo.
Faz parte
> do projeto Intempol, do Octavio Aragão, do qual eu participo. É
um "universo
> compartilhado" sobre uma polícia temporal à brasileira, em que cada
autor é
> livre pra criar suas próprias histórias, com seus próprios
personagens. As
> minhas giram em torno do Aleister Crowley. (Aliás, o Eduardo também
assina a
> Ciencialist, mas anda bem quieto ultimamente.) ;-)
Lígia: Eu andei buscando a Intempol1 mas nos arquivos do Yahoo só
acusa a Intempol2... vai ver que a sua é privée... ;) Pour la
créme de la créme...
> Bom, ela é mais simples. Mas não sei se isso a torna mais provável,
né?
> Afinal, a navalha de Ockham é mais um critério estético, ninguém
pode provar
> que as hipóteses mais simples são *mesmo* as mais verdadeiras... ;-)
Lígia: A simplicidade é um critério muito utilizado como
referência. Vale prá tudo. Prá que complicar, quando o que importa
é compreender?
> Eu prefiro não arriscar o que é ou não possível. Se a realidade é
construída
> pela consciência e um iogue experimentado domina esse processo,
quem pode
> dizer o que ele é ou não capaz de fazer?
Lígia: Entrando nessa questão do ser possível ou não, enquanto a
crença do que é possível e do que é impossível for muito forte, nada
deve fugir muito dos padrões daquilo que se admite como tal. Se eu
disser a mim mesma: a partir de agora vou anular o efeito da força
da gravidade sobre mim, o mais provável é que eu caia caso eu me
projete de cima do telhado... :)
> >Daí, quando vira rotina, muda-se de novo...;)
>
> É uma boa tática. Experimenta e me diz se funciona. ;-)
Lígia: Em parte funciona: corta o tédio. Mas chega num ponto em
que não há mais o que mudar prá sair da rotina... e aí as coisas
ficam perigosas, pode-se perder o estímulo.
> Mas isso não quer dizer que sejam a mesma coisa. A nossa
programação (talvez
> seja melhor não distinguir o biológico, o psicológico e o social,
porque
> eles se entrelaçam) extrapola o nível da pura sobrevivência, e é
nessa
> extrapolação que a porca começa a torcer o proverbial rabo. ;-)
Lígia: Bem, não arrisco afirmar nada nesse quesito. Existe a
escolha sim e, mesmo que a vida esteja em perigo, há quem se sinta
satisfeito em saltar de alturas extremas, lançar-se em um vôo às
cegas, dirigir em alta velocidade. É engraçado rever essa questão do
condicionamento. Muita coisa está lá e eu não me dava conta do
volume de objeções que eu tenho com relação a tudo, eheheh... vou
continuar pensando e montando uma lista básica :)
> Eu me casei e não me passa nem nunca me passou pela cabeça a idéia
de ter
> filhos. Quer dizer, o meu casamento definitivamente não visa a
perpetuação
> da espécie, tarefa que eu, aliás, nem sei se vale a pena.
Lígia: Temerário falar sobre filhos valerem ou não a pena. O que eu
digo é que deve-se pesar o que se ama mais: a liberdade ou um
vínculo vitalício com alguém? Dependendo da resposta, a escolha pode
ser feita, sem erro. Já dizia um ditado popular: filhos = 10
segundos de felicidade e um resto de vida de preocupação... :) Diz
prá mim: vc tem medo de adquirir a "mossa"? D. Genaro tinha uma
energia fraca... a ele não era recomendável as mossas decorrentes de
ter filhos... :)
> A necessidade de ter vínculos não é uma necessidade social. Pelo
menos, não
> obrigatoriamente. Pode nascer do desejo de ter alguém com quem
compartilhar
> a vida, dividir os sonhos, os projetos, ter outra companhia que não
a de si
> próprio (eu sempre me achei uma péssima companhia pra mim mesmo);-)
Lígia: Quando se encontra tal companhia deve ser muito bom!
> >Fico imaginando o que impede alguém que não se iniba pela
> ausência de crença em uma outra vida de suicidar-se: amor à vida,
ou
> o medo do nada?
>
> Um pouco dos dois, eu acho.
Lígia: É mas acredito que seja mais o medo das consequências. As
religiões impõe isso como lei: não matarás (e isso inclui a si mesmo)
mas a quem a religião não tem o apelo de fazer os atos pesarem na
consciência, o medo do nada deve ser mais forte que qualquer outra
coisa...
> >Pára ou continua?
>
> Até agora, tudo tranqüilo. Vamos continuar pra ver até onde é que
vai. ;-)
Lígia: Tudo bem, vamos continuando então :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como _é_fácil_!!!
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 16:28
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> Essa situação ( cômica por sinal ) fez-me lembrar do texto do
Diogo
> Mainardi publicado na edição da VEJA da semana passada. Segundo o
autor,
> para dinamizar o processo eleitoral os candidatos deveriam
digladiar entre
> si, responder com golpes baixos e envolver-se em situações
sórdidas. E
> ainda, esquecer o tema de Lula - paz e amor.
> Em geral, eu não deixo de concordar com ele. Não é isso que o
homem
> apresenta ontem e hoje?
Na minha opinião, quando alguém tem que apelar é porque já perdeu.
Se não se sabe argumentar, invariavelmente cai-se na condição de
vítima por conveniência e é isso o que esses candidatos fazem quando
se vêem perdidos: gritam e xingam quem está ganhando na tentativa de
tirar-lhe o mérito.
Como o que se passou aqui foi uma falta de tato do Carlos aliada à
minha intransigência, acabou ocorrendo o que se viu: uma bobagem sem
necessidade de ser. Se eu estivesse nos meus melhores dias, naquele
dia eu teria deixado quieto e ele teria sido moderado da mesma forma,
já que há uma política de agressões diretas serem evitadas por parte
dos co-listeiros em listas de discussão. E ele falou de um jeito que
feriu minhas retinas... :)
Eu sei que você concorda com o fato de eu ser imprestável mas isso
não lhe compete dizer textualmente...
Bjus, Lígia
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 16:43
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> Sob a hipotese de q. a tecnologia de destruicao
> ira' avancar tremendamente em eficiencia e poder
> nos proximos 500 anos e a tecnologia de protecao
> (entre espionagem governalmental, servico de
> inteligencia, armamentos anti-balisticos, sistema
> de protecao contra ataques nucleares e outros)
> ficara' estagnada nos niveis atuais ou avancara'
> muito pouco, fica mesmo facil fazer afirmacoes
> sensacionalistas do tipo: a humanidade ira' se
> extingüir em 500 anos.
Este é o meu ponto de discordância e é a raíz da minha afirmação de
que seremos extintos.
A ciência avançará nos seguintes campos que interessam-nos:
1) Tecnologia nuclear: Maior eficiência, diminuição e simplificação
do aparato necessário para se disprender a energia nuclear.
Diversificação da matéria prima, utilização de outros materiais mais
acessíveis que o urânio.
2) Sistemas de Proteção: projeto guerra nas estrelas, abrigos
nucleares, escudos.
3) Espionagem: Aumento do controle estatal sobre as ações dos
cidadãos. Sensores e detectores de armas, varredura da
correspondência eletrônica, escutas telefônicas, fiscalização
rigorosa em aeroportos, implantação de chips de monitoramento nas
pessoas.
4) Contra Espionagem: Melhoria das técnicas de organização de grupos,
controle de informações, criptografias, falsificações, camuflagens,
blindagens;
A extinção da humanidade seria evitada se ocorresse supremacia dos
itens 2 e 3 sobre 1 e 4. Mas o fato é que atualmente a espionagem não
consegue evitar ataques terroristas e isso dá um indício que ela está
sempre correndo atraz. A hipotese de que a tecnologia nuclear se
desenvolverá ao ponto de possibilitar a geração em larga escala de
armas pequenas e potentes a custos reduzidos me parece mais forte que
a hipótese da espionagem conseguir desmantelar totalmente e sem falha
todos os grupos de loucos e terroristas que vierem a existir, e
evitar todos os riscos a que estarão sujeitos. A espionagem esbarra
em algumas muralhas éticas de privacidade, enquanto que a tecnologia
nuclear está vencendo as suas muralhas ecológicas. Se a espionagem
progride, também progride a contra-espionagem: Os grupos de
terroristas estão cada vez mais bem equipados e bem organizados em
estruturas de células. Entram e saem dos países sem levantar
suspeitas. Existe toda uma indústria de falsificação de documentos
para apoiá-los. Se não conseguirão contrabandear armas nucleares de
um país para outro a tecnologia permitirá que fabriquem seus
artefatos no próprio país de detonação. Quanto aos sistemas de
proteção, são um tanto quanto paliativos. O sistema anti-misseis não
evita a detonação local. Os abrigos nucleares e escudos podem
proteger seres humanos, mas as pessoas precisam comer, tomar água,
respirar, não dá pra proteger toda a infra-estrutura. O maximo que se
pode fazer é estoca-los e viver até o estoque terminar.
> Ha' muito mais coisas do q. isso.
Permita-me responder conforme as tendências de desenvolvimento da
tecnologia nuclear:
> Primeiro complicador: obter uranio enriquecido.
Diversificação da matéria prima.
> Segundo complicador: conhecer a massa critica para garantir
> uma reacao de fissao em cadeia descontrolada.
>
> Terceiro complicador: impedir q. a massa se esfacele logo
> apos a uniao pela pressao termica -- e' preciso haver um
> segundo detonador.
>
> Quarto complicador: passear com a mala -- q. libera radiacao
> pacas -- por ai'.
Maior eficiência, simplificação e diminuição no aparato necessário
para se liberar energia nuclear.
> Então veja a quantidade de 'ses' q. precisam ser levadas
> em conta para a tal inexoravel auto-destruicao:
>
> *Haver um grupo q. quer a extincao de toda a humanidade --
> e nao simplesmente de um grupo dela -- incluindo eles proprios e
> seus amigos e familiares.
Existem 3 grupos passíveis de ter interesse em uma guerra nuclear ou
mesmo na destruição do planeta: chefes de estados, terroristas e
loucos. Embora existam motivos para crer que os dois últimos estejam
em recuo, a tendência é que continuem a habitar este planeta e que
continuem fazendo suas vítimas.
Definindo:
Terroristas: Normalmente objetivam alvos locais, mas sob pressão
psicológica de morte ou humilhação eminente, podem aumentar a
abrangência de seus ataques.
Loucos: Qualquer coisa pode ser motivação. Vide David Koresh, Jim
Jones, Haven's Gate.
> *Esse grupo ter grana o suficiente para adquirir um arsenal
> com poder de fogo o suficiente para atingir seu objetivo.
Esse grupo pode ser financiado por governos (vide Iraque e Irã). Além
disso não há porque pensar que são pobretões (a quanto andava a conta
bancária do Osama?). E ainda o custo de produção dos armamentos tende
a cair.
> > E qual seria o tamanho do bode expiatório que eles escolheriam
> > para compensar a destruição de uma Los Angeles e New York? Uma
> > vez que eles colocassem na cabeça que estão sendo varridos do
> > planeta, não duvido do que seriam capazes.
>
> Outro pensamento volitivo. A extincao inexoravel da humanidade
> por auto-destruicao depende cada vez mais de suposicoes ou de
> baixa probabilidade ou de probabilidade nao calculada (talvez
> sem possibilidade de calculo).
Não é uma suposição de baixa probabilidade analisar a consequência de
um ataque de grande impacto sobre uma população. Seria um "pensamento
volitivo" supor que a URSS revidaria caso os EUA tentassem afundar os
submarinos soviéticos na crise dos mísseis de Cuba? Com certeza
Kennedy não teve um "pensamento volitivo" naquele dia, se tivesse
achado isso talvez nem estaríamos mais aqui pra discutir isso.
Apenas gostaria de dar um pitaco na sua resposta ao João:
> Mas e' interessante notar como se pode acatar e descartar hipoteses
> igualmente improvaveis (ou pelo menos de probabilidade incerta) de
> acordo com a maior adequacao a um ponto de vista previamente
> tracado. Uma circularidade: primeiro se define a conclusao a q. se
> quer chegar, depois sai a cata das premissas q. chegam a essa
> conclusao, descartando-se as premissas q. a contrariam, ai'
> apresentam-se as premissas selecionadas q. dao origem 'a conclusao
> desejada e se chega a uma conclusao logica q., *coincidencia*, e' a
> q. se quer sustentar.
A parada é que estamos discutindo tecnologia nuclear x tecnologia de
espionagem. A minha conclusão segue do raciocíno de que a tecnologia
nuclear vai vencer a parada e que a tecnologia de espionagem tem um
everest pra escalar.
Se dizer que A estabeleceu a conclusão da extinção por algum motivo
gnóstico (revelação divina, pessimismo, descrença no homem) e está a
caça de premissas favoráveis, pode-se dizer que B estabeleceu que não
seremos extintos por fé (crença cega no poder salvador da ciência) e
também está a caça das premissas.
> []s,
>
> Roberto Takata
Araços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 17:22
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> A extinção da humanidade seria evitada se ocorresse supremacia dos
> itens 2 e 3 sobre 1 e 4. Mas o fato é que atualmente a espionagem
> não consegue evitar ataques terroristas e isso dá um indício que
> ela está sempre correndo atraz.
*Se* isso for verdade -- e' apenas um pensamento volitivo seu --
ainda assim o maximo q. indicaria e' a probabilidade de algum ataque
nuclear, nao de um ataque em escala planetaria.
Terroristas possuem objetivos definidos, nao a simples aniquilacao da
humanidade -- q. simplesmente frustraria seus objetivos.
> > Primeiro complicador: obter uranio enriquecido.
>
> Diversificação da matéria prima.
Supressor taquionico de radiacao.
> Maior eficiência, simplificação e diminuição no aparato necessário
> para se liberar energia nuclear.
Maior eficiencia e ampla implementacao de anuladores gravitronicos de
radiacao.
> Existem 3 grupos passíveis de ter interesse em uma guerra nuclear
> ou mesmo na destruição do planeta: chefes de estados, terroristas e
> loucos.
Terroristas nao querem a destruicao do planeta. Nem chefes de
estados. Loucos se os ha', apenas uma minoria. E os q. querem nao tEm
acesso a um armamento com tal poder.
> Loucos: Qualquer coisa pode ser motivação. Vide David Koresh, Jim
> Jones, Haven's Gate.
Eles nao pregam a destruicao do mundo.
> > *Esse grupo ter grana o suficiente para adquirir um arsenal
> > com poder de fogo o suficiente para atingir seu objetivo.
>
> Esse grupo pode ser financiado por governos (vide Iraque e Irã).
> Além disso não há porque pensar que são pobretões (a quanto andava
> a conta bancária do Osama?). E ainda o custo de produção dos
> armamentos tende a cair.
Governos nao financiam projetos de aniquilacao da humanidade. No
minimo irao resguardar seus aliados.
Governos financiando projetos oficiais de desenvolvimento de
armamento nuclear levam pelo menos 20 anos para obter a tecnologia de
enriquecimento de uranio -- ainda nao inventaram o motor de fusao a
frio q. esta' instalado no De Lorean voador do Dr. Emmet Brown -- a
um custo de dezenas de bilhoes de dolares. A producao de tal
armamento custa ainda mais grana: o interesse dos EUA em diminuir a
quantidade de armamentos e' o corte de custo e nao interesses
humanitarios (embora haja alguma pressao interna). Pra um *país* q.
tem 10 *trilhões* de dolares de PIB é caro a manutenção de armas
nucleares, pra grupos terroristas com um caraminguá de algumas
centenas de milhões beira ao impossível. Eles iriam à bancarrota
antes de atacar. Um grupo desses atacaria antes pra destruir alvos
específicos em vez de tentar destruir toda a humanidade.
> Não é uma suposição de baixa probabilidade analisar a consequência
> de um ataque de grande impacto sobre uma população. Seria
> um "pensamento volitivo" supor que a URSS revidaria caso os EUA
> tentassem afundar os submarinos soviéticos na crise dos mísseis de
> Cuba? Com certeza Kennedy não teve um "pensamento volitivo" naquele
> dia, se tivesse achado isso talvez nem estaríamos mais aqui pra
> discutir isso.
URSS e EUA sao alvos especificos. Grupos terroristas nao. Inclusive
porq. eles se infiltram dentro dos proprios territorios inimigos.
Exatamente pela avaliacao da ineficacia de um ataque mutuo q. a
Guerra Fria gerou um impasse -- guerra sem vencedores.
Digamos q. detonem cinco bombas nucleares nos EUA. O governo
americano vai fazer o q? Lancar misseis contra Alemanha, Japao,
Australia, Argentina, Africa do Sul?
> A parada é que estamos discutindo tecnologia nuclear x tecnologia
> de espionagem. A minha conclusão segue do raciocíno de que a
> tecnologia nuclear vai vencer a parada e que a tecnologia de
> espionagem tem um everest pra escalar.
Primeiro: nao ha' indicativos para a premissa.
Segundo: da premissa nao se segue a conclusao.
Continuo com a minha aposta.
> caça de premissas favoráveis, pode-se dizer que B estabeleceu que
> não seremos extintos por fé (crença cega no poder salvador da
> ciência) e também está a caça das premissas.
Esta'. Como e' so' especulacao vale qq coisa. Se vale um pensamento
volitivo, entao vale o outro tbm.
Se se quer ter a certeza q. havera' uma tecnologia futura de alto
poder de destruicao em um armamento barato, compacto, escamoteavel e
portatil, o outro esta' plenamente liberado de ter a certeza de q.
havera' tecnologia futura de protecao.
Trabalhar com indicios e dados e' outra historia.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Do ponto de vista espacial, o Universo é plano
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <intempol2@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 18:50
http://portal.terra.com.br/noticias/ciencia/interna/0,5153,OI59647-EI302,00.
html
10/10/2002 07:10
Do ponto de vista espacial, o Universo é plano
O Universo é plano do ponto de vista espacial, de acordo com um estudo
científico divulgado hoje pelo Centro Nacional francês de Pesquisa
Científica (CNRS).
Sob esse ponto de vista, a densidade de matéria-energia moderada no Universo
é "extremamente próxima" ao valor crítico que separa um "universo aberto"
(espacialmente infinito) de um fechado. O estudo foi realizado dentro do
projeto "Archeops", e acrescenta que apenas cerca de 5% dessa densidade se
deve à matéria comum e 25% a outras formas de matéria, cuja natureza ainda é
desconhecida.
Uma das conseqüências destas medidas é confirmar a aceleração da expansão do
Universo, que foi colocada em dúvida pelas observações que utilizaram como
indicadores de distância as supernovas de tipo I-a. As medidas obtidas
dentro do projeto "Archeops" são as mais precisas sobre uma grande gama de
escalas angulares de radiação fóssil, emitida pelo Universo pouco tempo
depois do Big Bang.
Os resultados foram obtidos durante o vôo de um globo estratosférico do
Centro Nacional francês de Estudos Espaciais durante vinte horas, no dia 7
de fevereiro, a partir da base de Kiruna (Suécia). O vôo permitiu tomar
medidas a uma altitude de 33 quilômetros, correspondente a 30% do céu.
O "Archeops" é concebido como um protótipo de instrumento de alta freqüência
que será instalado a bordo do futuro satélite "Planck" da Agência Espacial
Européia (ESA), cujo lançamento está previsto para 2007.
Agência EFE
SUBJECT: Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 18:51
Oi,
<<A questão do incesto. Não sei qto aos psicanalistas, mas os
psicoevolucionistas cometem um erro sério assumindo q. ha' mecanismos
psicológicos eficientes de evitação do incesto. A maioria dos abusos contra
crianças são cometidas por parentes próximos, usualmente os
próprios pais biológicos. (E isso ainda se considerando q. tais casos são
subestimados, na medida em q. muitas vezes se gera um silência sepulcral
sobre isso e o agressor não é denunciado.)>>
<<Gostaria de saber como está a visão psicanalítica sobre o incesto. É
importante observar que o livro de Fox não é sobre o incesto. É uma
tentativa de elaborar uma teoria da sociedade. Ele está a par destas
críticas, e não defende uma teoria simplista que atribua a aversão ao
incesto a um mecanismo psicológico. Vale observar também que a maior parte
dos incestos são cometidos entre pai e filha, dificilmente entre mãe e
filho...>>
Manuel: Nas culturas onde se verifica o casamento 'punaluano' ou grupal
(onde todos os homens de um determinado clã são casados com todas as
mulheres de um outro clã, e em que os filhos permenacem no clã materno),
relações sexuais entre pai e filha não são proibidas, até porque com
freqüência não se sabe quem é pai de quem.
Quanto ao incesto entre mãe e filho, pelo que sei não existe cultura que o
permita. A interdição do incesto mãe-filho parece ser um tabu universal.
A hipótese freudiana é de que o tabu do incesto mãe-filho é uma formação
arqueo-psíquica, isto é, uma interdição inata, transmitida por
hereditariedade e que surge no psiquismo numa determinada etapa do
desenvolvimento ontogenético, entre o terceiro e o quinto ano de vida,
conhecida como "fase edipiana".
Esse imperativo inato nada mais seria que a vontade do indivíduo "alfa" (não
copule com as minhas fêmeas!) convertida num elemento psíquico. Na fase
ontogenética em que essa interdição ganha forma no psiquismo, os pais da
criança passam a ser algo mais que seus genitores: pai e mãe são percebidos
também como os significantes do alfa e da fêmea do alfa, respectivamente.
É importante observar que, entre muitos primatas, os machos que disputam uma
fêmea realizam, antes da luta ou no lugar da luta, um ritual em que um exibe
o pênis ereto para o outro, exibição peniana esta acompanhada de muitos
grunhidos e gestos intimidatórios. Nessas comunidades primatas, o pênis não
é só o órgão sexual masculino, mas também um símbolo de poder dentro da
hierarquia social. Quem detém a posse do "fálus", isto é, o pênis como
símbolo, tem livre acesso às fêmeas. Aquele que perde a disputa, perde
também o "fálus": o pênis-signo que não é o pênis-órgão. Para compreender
isso melhor, façamos uma comparação entre o pênis e um automóvel: quem
possui uma ferrari ou um jaguar, possui um meio de transporte e, também, um
símbolo de status. Já quem é proprietário de um fusquinha 82 ou de um
chevette Júnior, possui apenas um meio de transporte. Na hierarquia desses
primatas, os machos párias, que estão na base da pirâmide, possuem uma
espécie de pênis-fusquinha; os que ocupam uma posição intermediária são
proprietários de pênis-golfs, pênis-poloclassics, pênis-picassos (o que é
uma redundância), pênis-vectras, etc. Já o indivíduo alfa é dono de um
reluzente pênis-ferrari novinho em folha.
A perda da disputa pela fêmea também acarreta, no perdedor, uma redução
drástica do nível de testosterona no sangue. Também passa a se comportar,
frente ao vencedor, como se fosse uma fêmea: oferece-lhe o traseiro,
beija-lhe o pênis, etc. Aliás, entre os chimpanzés, todos os subalternos a
um determinado macho, sejam machos ou fêmeas, estão sujeitos a manterem, na
condição de 'passivos', relações sexuais com o macho dominante. O general
come o coronel que come o major que come o capitão que come o tenente que
come o sargento que come o cabo que come o soldado que come o civil que não
come ninguém.
No começo da etapa ontogenética a qual me referi (3-5 anos de idade), o
pênis como símbolo de dominância hierárquica irrompe no psiquismo da
criança, ou seja, o pênis da criança passa a ter para ela um caráter de
"significante" cujo significado é o poder, poder dentro da horda (no
presente caso, dentro da família). A constante ameaça de perda da condição
de "queridinho da mamãe" e de centro de todas as atenções (o pai e os irmãos
constituem essa ameaça), a criança a vivencia como medo de perder o fálus,
isto é, como angústia de castração. Essa angústia é intensa porque o SNC
imaturo da criança não a permite distinguir o pênis anatômico do
pênis-significante.
Como a criança lida com a sua angústia de castração? O normal, isto é, a
maneira sadia de se lidar com ela consiste numa mudança radical de atitude:
a criança passa a concentrar sua atenção no mundo que existe além das
fronteiras da família: doravante sua orientação é para fora, em direção aos
objetos exteriores. É na rua e não mais em casa que o indivíduo fará suas
escolhas objetais, sobretudo as sexuais.
Observe-se que nas comunidades do paleolítico superior é comum a realização
de rituais (ritos de ingresso na idade adulta) que imitam o ato da
emasculação. Uma modalidade desse ritual, a extirpação do prepúcio, ainda é
uma prática corrente entre os semitas, árabes e judeus. Através desse ritual
ficava estabelecido que, entre os membros do clã, ninguém tem poder sobre os
demais: o poder pertence ao Totem, ao ancestral comum, que, no entanto, pode
delegá-lo aos 'primus inter paris', isto é, aos primeiros entre os iguais,
que são o sacerdote e o chefe militar.
Nessas comunidades primitivas, além da emasculação ritualística existia
ainda uma outra instituição singular, a exogamia, ou seja, a proibição do
casamento entre membros de um mesmo clã. Os indivíduos tinham que realizar
suas escolhas sexuais entre os indivíduos de um outro clã da frátria. Como
em "Édipo-Rei", buscava-se o amor fugindo de casa.
A proibição do casamento entre os membros de um mesmo clã livra o grupo do
ciúme e das disputas sexuais desagregadoras. A comunidade fica mais forte e
coesa, os laços cooperativos mais estreitos e estáveis e o intercâmbio
genético entre grupos, ao incrementar o polimorfismo, cria condições
melhores ( um material genético melhor e mais farto) para o trabalho da
evolução. Sem falar que a exogamia também dificulta a combinação deletéria
de alelos recessivos.
Acresce dizer que, se a interdição do incesto é uma determinação psíquica,
essa determinação se dá num sentido apenas estatístico. Até porque a
proibição em questão, apesar de inata, é uma lei do dever-ser, e toda lei
desta natureza pressupõe a possibilidade da transgressão.
Em outros termos, se o tabu do incesto é uma aquisição filogenética
transmitida por hereditariedade, "a base do tabu é uma ação proibida, para
cuja realização existe forte inclinação do inconsciente" (Freud; Totem e
Tabu). Com efeito, só se proibe a realização de um ato quando há um desejo
ou propensão para realizá-lo. Se não há essa propensão, não há necessidade
de interdição. Seria até melhor dizer que o que é inato é a atitude
ambivalente com relação ao incesto, podendo haver casos em que o desejo é
mais forte que o imperativo negativo.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 19:00
----- Original Message -----
From: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 31, 2002 12:50 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
Joao, Takata e todos os interessados no tema,
Proponho aceitarmos a proposta do Joao de um encontro no Rio num cafe ou bar
(particularmente acho os bares mais inspiradores). Por mim, pode ser o
quanto antes. Amanha, no fim de semana, o que quiserem.
Manuel: Para mim fica difícil. Moro em Fortaleza - CE.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: De mulher para mulher
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 19:32
Um dia, no jardim do Éden, Eva disse o Criador:
- Deus, estou com um problema!
- Qual é o problema, Eva?
- Deus, sei que me criaste e me deste este maravilhoso
jardim... e todos estes maravilhosos animais.... e esta
serpente tão graciosa, mas... não sou feliz.
- Por que, Eva? - disse o Senhor.
- É que apesar de tudo isso estou sozinha...
e não agüento mais comer maçãs.
- Bem, Eva, neste caso, tenho uma solução.
Criarei um homem para ti!
- O que é um homem, Senhor?
- Um homem será uma criatura defeituosa, com muitos
atributos negativos. Mentiroso, arrogante, vaidoso que,
em resumo, fará da tua vida um inferno! Mas... será maior,
mais rápido, vai caçar e matar animais. Terá um aspecto
estúpido quando ficar excitado, mas, para que não te
queixes, o farei de modo que satisfaça tuas necessidades
afetivas. Será um tanto patético e sentirá prazer em coisas bobas
como lutar ou dar pontapés numa bola. Como não será
muito inteligente, vai precisar do tua completa atenção para pensar
e proceder adequadamente.
- Parece ótimo! - disse Eva, com um sorriso.
- Porém... - disse Deus...
- Qual é o problema?
- Bem... Vais tê-lo com uma condição.
- Qual, Deus?
- Como te disse, o homem será orgulhoso, arrogante e
egocêntrico... Assim, terás que deixar ele acreditar
que eu o fiz primeiro. Lembre-se, será nosso pequeno
segredo, Eva... de mulher pra mulher...
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 19:56
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> *Se* isso for verdade -- e' apenas um pensamento volitivo seu --
> ainda assim o maximo q. indicaria e' a probabilidade de algum
> ataque nuclear, nao de um ataque em escala planetaria.
Acho que estamos batendo numa tecla repetitiva e vamos continuar
batendo antes de definir algumas coisas:
a) Qual a quantidade de bombas necessária para se aniquilar a
humanidade? Qual o nível de distribuição desse ataque? Seria preciso
detonar uma bomba a cada 100 km quadrados? O ataque maciço em um
continente afetaria outro que não sofreu ataque?
Baseando num cálculo feito há duas décadas, o potencial nuclear da
URSS bastaria para destruir o mundo 17 vezes. A quantidade de ogivas
girava em torno de 10 mil. Por aproximação, a detonação de 500 ogivas
bastaria para a nossa aniquilação.
Precisaria de um ataque distribuído para a extinção do homem? A
detonação de uma bomba causa estragos não só no local onde ela
explodiu, a radiação se espalha, às vezes até para outros continentes.
Chuvas Radioativas: No período 1945 à 1962 foram registradas diversas
chuvas radioativas causadas por testes nucleares, exemplo: Austrália
(a quase 3000 km de distância dos testes britânicos que a
originaram), e em New York (testes feitos em Nevada há centenas de
kms). Por causa desses incidentes foi assinado um tratado proibindo
testes atmosféricos. O acidente recente de Chernobyl produziu chuvas
radioativas em áreas da Europa Ocidental e Oriental. Os efeitos
dessas chuva podem perdurar por dezenas de anos.
Inverno Nuclear: Bombas com potência de pelo menos 1 megaton são
capazes de levantar até 600 mil toneladas de poeira. A poeira em
suspensão resultante de várias explosões, aliada á fuligem resultante
da queima de cidades, campos e florestas, impediria a penetração de
luz na atmosfera, mergulhando o planeta numa longa noite, por dezenas
de anos. Em decorrência da baixa luminosidade, a temperatura media da
Terra seria de tal maneira reduzida que mesmo nas regiões de clima
quente, ela ficaria muitos graus abaixo de zero, configurando o
inverno nuclear.
> Terroristas nao querem a destruicao do planeta. Nem chefes de
> estados. Loucos se os ha', apenas uma minoria. E os q. querem nao
> tEm acesso a um armamento com tal poder.
Realmente chefes de estados não querem a destruição do planeta. Mas
não se trata de querer, às vezes é uma questão de iniciar. Kennedy
poderia ter iniciado a destruição do planeta se houvisse seus
generais (que queriam?). Se os submarinos soviéticos tivessem atacado
(decisão de um comandante russo que não quiz?) Kennedy não teria
outra opção (iria querer?).
> > Loucos: Qualquer coisa pode ser motivação. Vide David Koresh, Jim
> > Jones, Haven's Gate.
>
> Eles nao pregam a destruicao do mundo.
Mas adorariam levar o mundo junto com eles. Principalmente aquele lá
do Haven's Gate. Só teria que contactar os Aliens pra pedir mais
naves espaciais pra caber todo mundo.
> Governos nao financiam projetos de aniquilacao da humanidade. No
> minimo irao resguardar seus aliados.
Indiretamente sim. Se financiam terroristas, dão um cheque em branco.
> Exatamente pela avaliacao da ineficacia de um ataque mutuo q. a
> Guerra Fria gerou um impasse -- guerra sem vencedores.
E a ineficácia se devia justamente ao perigo de extinção da
humanidade (tanto os mocinhos quanto os bandidos).
> Digamos q. detonem cinco bombas nucleares nos EUA. O governo
> americano vai fazer o q? Lancar misseis contra Alemanha, Japao,
> Australia, Argentina, Africa do Sul?
Da primeira vez escolherão um bode espiatório. Algum Iraque da vida.
Quando virem pela CNN o povo de Bagdad saindo às ruas pra comemorar a
destruição de New York, significa que em 30 minutos não existirá mais
Bagdad. Mas o Tio Sam vai ficar P da vida porque isso não adiantou
nada. Da segunda vez (depois dos ataque terroristas de retaliação
pela destruição de Bagdad), vão querer varrer todo o Eixo do Mal. E
assim caminharemos (com "pensamentos volitivos" ou não)
> []s,
>
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução [e incesto]
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 21:06
Não deu para identificar quem escreveu ('Colei' de uma msg do João):
> A questão do incesto. Não sei qto aos psicanalistas, mas os
psicoevolucionistas cometem um erro sério assumindo q. ha' mecanismos
psicológicos eficientes de evitação do incesto. A maioria dos abusos
contra crianças são cometidas por parentes próximos, usualmente os
próprios pais biológicos. (E isso ainda se considerando q. tais casos
são subestimados, na medida em q. muitas vezes se gera um silência
sepulcral sobre isso e o agressor não é denunciado.)
#########>Incesto é tabu. Pelo menos em nossa 'cultura'. Mas, dificilmente
alguém escapa de ter em seu 'curriculo' atividades incestuosas. Parece haver
uma tendência para perpetração desta atividade. Como bem disse alguém
(Freud?), se existe proibição é porque existia também a tendencia para
execução, senão o próprio ato.
A iniciação da sexualidade (Primeiras pulsões) vai dirigida àqueles que
estão próximos: Os familiares.
Não vejo nenhum inconveniente na iniciação sexual entre crianças da mesma
faixa etária, sendo parentes ou não.
O problema me aparece quando adultos iniciam crianças e, assim mesmo, não é
regra. Vi uma reportagem sobre este assunto onde o 'patriaca' tinha
relacionamento sexual com todas as fêmeas de sua tribo (Uma família carente
residente no interior de não sei onde, no Brasil).
O exercício sexual é passível de trazer gratificação (prazer). Quando o
relacionamento é consensual tornar-se-a também harmônico.<###########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 21:07
Sobre beleza, é simples assim:
Ronaldo escreveu:
..." "Beleza" continuou sendo uma questão de gosto pessoal,..."
Mas, porque tal pessoa apresenta qual gosto... é uma outra questão.
Padrões de beleza 'plástica' (incluindo simetria) devem ter estudos
incrementados por aqueles que cursam as Belas Artes. Deve existir uma
história e tudo o mais. Mas seja como for, no final da história deverão ter
concluido aquilo que o Ronaldo, com simplicidade e beleza, colocou
(Simplicidade veicula enorme beleza).
Não obstante creio que o julgamento de beleza de um humano por seu par não
venha atrelado unicamente a um padrão estético.
Ronaldo escreveu:
..."Muitas casas e prédios antigos são hoje considerados simplesmente
"bregas". ..."
O que não exclui serem 'simplesmente belos'. Não adianta, cairemos sempre
na premissa inicial.
[ ]s.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 21:27
Manuel Bulcão escreveu: Quanto ao incesto entre mãe e filho, pelo que sei não existe cultura que o
permita. A interdição do incesto mãe-filho parece ser um tabu universal.
A hipótese freudiana é de que o tabu do incesto mãe-filho é uma formação arqueo-psíquica, isto é, uma interdição inata, transmitida por hereditariedade e que surge no psiquismo numa determinada etapa do desenvolvimento ontogenético, entre o terceiro e o quinto ano de vida, conhecida como "fase edipiana".
Sobre isso tenho conjeturado sobre um fator importante que é o cheiro devido ao estrogênio, o hormônio feminino que atrai o macho ao coito. Enquanto o filho é amamentado ele sente o cheiro da mãe não sexuada, não atraente para o coito, pois ela está com baixa dosagem de estrogênio, não ovula. Essa memória se mantém e se confunde mesmo quando a mãe volta a ovular e estar apta a atrair o macho. Isso pode, por outro lado, gerar um desrespeito inconsciente ou um tratamento diferente do homem às fêmeas atraentes sexualmente, devido ao cheiro que o hormônio estrogênio provoca nas mulheres aptas à fecundação, visto que não é o mesmo cheiro, gravado na memória, que ele sentia na mãe quando era amamentado. A mãe - considerada pelo filho como uma santa mulher - é venerada e respeitada. Já as que possuem um outro cheiro provocativo ao sexo são consideradas como prostitutas devassas, que não merecem o mesmo respeito concedido à mãe, pois são "diferentes" na identificação desses odores imperceptíveis, consciente ou racionalmente.
Já entre o pai e a filha não ocorre esse mecanismo de reconhecimento através do odor. O odor da filha adolescente é diferente da filhinha que ele carregava no colo. É cheiro de mulher que, inconscientemente, ativa o desejo sexual que só as barreiras da cultura social e da moral estabelecida no grupo pela educação básica e pelo racionalismo, podem estancar.
[]s
José Renato
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 31, 2002 7:51 PM
Subject: [ciencialist] Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
Oi,
<<A questão do incesto. Não sei qto aos psicanalistas, mas os
psicoevolucionistas cometem um erro sério assumindo q. ha' mecanismos
psicológicos eficientes de evitação do incesto. A maioria dos abusos contra
crianças são cometidas por parentes próximos, usualmente os
próprios pais biológicos. (E isso ainda se considerando q. tais casos são
subestimados, na medida em q. muitas vezes se gera um silência sepulcral
sobre isso e o agressor não é denunciado.)>>
<<Gostaria de saber como está a visão psicanalítica sobre o incesto. É
importante observar que o livro de Fox não é sobre o incesto. É uma
tentativa de elaborar uma teoria da sociedade. Ele está a par destas
críticas, e não defende uma teoria simplista que atribua a aversão ao
incesto a um mecanismo psicológico. Vale observar também que a maior parte
dos incestos são cometidos entre pai e filha, dificilmente entre mãe e
filho...>>
Manuel: Nas culturas onde se verifica o casamento 'punaluano' ou grupal
(onde todos os homens de um determinado clã são casados com todas as
mulheres de um outro clã, e em que os filhos permenacem no clã materno),
relações sexuais entre pai e filha não são proibidas, até porque com
freqüência não se sabe quem é pai de quem.
Quanto ao incesto entre mãe e filho, pelo que sei não existe cultura que o
permita. A interdição do incesto mãe-filho parece ser um tabu universal.
A hipótese freudiana é de que o tabu do incesto mãe-filho é uma formação
arqueo-psíquica, isto é, uma interdição inata, transmitida por
hereditariedade e que surge no psiquismo numa determinada etapa do
desenvolvimento ontogenético, entre o terceiro e o quinto ano de vida,
conhecida como "fase edipiana".
Esse imperativo inato nada mais seria que a vontade do indivíduo "alfa" (não
copule com as minhas fêmeas!) convertida num elemento psíquico. Na fase
ontogenética em que essa interdição ganha forma no psiquismo, os pais da
criança passam a ser algo mais que seus genitores: pai e mãe são percebidos
também como os significantes do alfa e da fêmea do alfa, respectivamente.
É importante observar que, entre muitos primatas, os machos que disputam uma
fêmea realizam, antes da luta ou no lugar da luta, um ritual em que um exibe
o pênis ereto para o outro, exibição peniana esta acompanhada de muitos
grunhidos e gestos intimidatórios. Nessas comunidades primatas, o pênis não
é só o órgão sexual masculino, mas também um símbolo de poder dentro da
hierarquia social. Quem detém a posse do "fálus", isto é, o pênis como
símbolo, tem livre acesso às fêmeas. Aquele que perde a disputa, perde
também o "fálus": o pênis-signo que não é o pênis-órgão. Para compreender
isso melhor, façamos uma comparação entre o pênis e um automóvel: quem
possui uma ferrari ou um jaguar, possui um meio de transporte e, também, um
símbolo de status. Já quem é proprietário de um fusquinha 82 ou de um
chevette Júnior, possui apenas um meio de transporte. Na hierarquia desses
primatas, os machos párias, que estão na base da pirâmide, possuem uma
espécie de pênis-fusquinha; os que ocupam uma posição intermediária são
proprietários de pênis-golfs, pênis-poloclassics, pênis-picassos (o que é
uma redundância), pênis-vectras, etc. Já o indivíduo alfa é dono de um
reluzente pênis-ferrari novinho em folha.
A perda da disputa pela fêmea também acarreta, no perdedor, uma redução
drástica do nível de testosterona no sangue. Também passa a se comportar,
frente ao vencedor, como se fosse uma fêmea: oferece-lhe o traseiro,
beija-lhe o pênis, etc. Aliás, entre os chimpanzés, todos os subalternos a
um determinado macho, sejam machos ou fêmeas, estão sujeitos a manterem, na
condição de 'passivos', relações sexuais com o macho dominante. O general
come o coronel que come o major que come o capitão que come o tenente que
come o sargento que come o cabo que come o soldado que come o civil que não
come ninguém.
No começo da etapa ontogenética a qual me referi (3-5 anos de idade), o
pênis como símbolo de dominância hierárquica irrompe no psiquismo da
criança, ou seja, o pênis da criança passa a ter para ela um caráter de
"significante" cujo significado é o poder, poder dentro da horda (no
presente caso, dentro da família). A constante ameaça de perda da condição
de "queridinho da mamãe" e de centro de todas as atenções (o pai e os irmãos
constituem essa ameaça), a criança a vivencia como medo de perder o fálus,
isto é, como angústia de castração. Essa angústia é intensa porque o SNC
imaturo da criança não a permite distinguir o pênis anatômico do
pênis-significante.
Como a criança lida com a sua angústia de castração? O normal, isto é, a
maneira sadia de se lidar com ela consiste numa mudança radical de atitude:
a criança passa a concentrar sua atenção no mundo que existe além das
fronteiras da família: doravante sua orientação é para fora, em direção aos
objetos exteriores. É na rua e não mais em casa que o indivíduo fará suas
escolhas objetais, sobretudo as sexuais.
Observe-se que nas comunidades do paleolítico superior é comum a realização
de rituais (ritos de ingresso na idade adulta) que imitam o ato da
emasculação. Uma modalidade desse ritual, a extirpação do prepúcio, ainda é
uma prática corrente entre os semitas, árabes e judeus. Através desse ritual
ficava estabelecido que, entre os membros do clã, ninguém tem poder sobre os
demais: o poder pertence ao Totem, ao ancestral comum, que, no entanto, pode
delegá-lo aos 'primus inter paris', isto é, aos primeiros entre os iguais,
que são o sacerdote e o chefe militar.
Nessas comunidades primitivas, além da emasculação ritualística existia
ainda uma outra instituição singular, a exogamia, ou seja, a proibição do
casamento entre membros de um mesmo clã. Os indivíduos tinham que realizar
suas escolhas sexuais entre os indivíduos de um outro clã da frátria. Como
em "Édipo-Rei", buscava-se o amor fugindo de casa.
A proibição do casamento entre os membros de um mesmo clã livra o grupo do
ciúme e das disputas sexuais desagregadoras. A comunidade fica mais forte e
coesa, os laços cooperativos mais estreitos e estáveis e o intercâmbio
genético entre grupos, ao incrementar o polimorfismo, cria condições
melhores ( um material genético melhor e mais farto) para o trabalho da
evolução. Sem falar que a exogamia também dificulta a combinação deletéria
de alelos recessivos.
Acresce dizer que, se a interdição do incesto é uma determinação psíquica,
essa determinação se dá num sentido apenas estatístico. Até porque a
proibição em questão, apesar de inata, é uma lei do dever-ser, e toda lei
desta natureza pressupõe a possibilidade da transgressão.
Em outros termos, se o tabu do incesto é uma aquisição filogenética
transmitida por hereditariedade, "a base do tabu é uma ação proibida, para
cuja realização existe forte inclinação do inconsciente" (Freud; Totem e
Tabu). Com efeito, só se proibe a realização de um ato quando há um desejo
ou propensão para realizá-lo. Se não há essa propensão, não há necessidade
de interdição. Seria até melhor dizer que o que é inato é a atitude
ambivalente com relação ao incesto, podendo haver casos em que o desejo é
mais forte que o imperativo negativo.
Abraços,
Manuel Bulcão
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: A maquina do mundo
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 22:45
A todos da Ciencialist, em especial para Lígia e Lúcio, no centenário de
Carlos Drummond de Andrade.
Um abraço,
Vizzoni
*****************************************
A MÁQUINA DO MUNDO
Carlos Drummond de Andrade
Claro Enigma (1951)
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lho."
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo o que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoros dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade;
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima - esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: Carol Sturari <carolsturari@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 22:49
Encontrei este texto relacionado ao assunto e à vcs o repasso:
[ ]'s
Carol
..."Há proporções consideradas ideais:
- a orelha ideal deve estar na projeção entre a sobrancelha e a base do nariz;
- o nariz ideal deve ter a mesma largura do olho e 1/3 da altura da face;
- a boca ideal tem altura de 1/3 da distância entre o nariz e o queixo e largura de duas vezes o olho;
- os olhos são ideais quando cabe a medida de um olho entre eles;
- a razão entre a cintura e os quadris deve estar entre 0,67 e 0,80 ( basta dividir a medida da cintura pela dos quadris);
Olhos grandes, maçãs do rosto salientes e lábios carnudos são outros sinais de beleza. A seleção masculina é feita basicamente pelo olhar: No corpo 80% da atenção vai para a cintura e os quadris e 20% vai para os seios. Preferem mulheres mais baixas ou, quando muito, da mesma altura. A maioria prefere cabelo longo e solto.
Vejamos alguns exemplos de musas da telinha:
idade altura peso busto cintura quadris
Luana Piovani 25 1,78 60 90 65 92
Malu Mader 35 1,70 60 84 63 85
Ana P. Arósio 27 1,71 52 86 63 90
Deborah Secco 22 1,64 50 87 60 88
Camila Pitanga 25 1,71 58 87 61 90"...
----------
---
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 22:58
Oi Carol,
pegando so a parte da relacao das medidas de cintura e quadril:
Piovani - 70 (eh das gostosas)
Malu - 74 (eh muito mais bonita que gostosa)
Arosio - 70 (eh um misto, mas a gente nao ve bem o corpo)
Secco - 68 (eh terrivelmente sexy, embora magra. O quoeficiente eh bem
dentro da faixa. Colabora a expressao facial, especialmente a angulosidade
das macas e os olhos)
Pitanga - 67 (saiu um pouco da faixa. Ela tem bunda demais em relacao a
cintura).
Muito bom, Carol. Depois vamos ver o resto.
Abraco,
Antonio Castro
----- Original Message -----
From: "Carol Sturari" <carolsturari@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, October 31, 2002 11:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
Encontrei este texto relacionado ao assunto e à vcs o repasso:
[ ]'s
Carol
..."Há proporções consideradas ideais:
- a orelha ideal deve estar na projeção entre a sobrancelha e a base do
nariz;
- o nariz ideal deve ter a mesma largura do olho e 1/3 da altura da face;
- a boca ideal tem altura de 1/3 da distância entre o nariz e o queixo e
largura de duas vezes o olho;
- os olhos são ideais quando cabe a medida de um olho entre eles;
- a razão entre a cintura e os quadris deve estar entre 0,67 e 0,80 ( basta
dividir a medida da cintura pela dos quadris);
Olhos grandes, maçãs do rosto salientes e lábios carnudos são outros sinais
de beleza. A seleção masculina é feita basicamente pelo olhar: No corpo 80%
da atenção vai para a cintura e os quadris e 20% vai para os seios. Preferem
mulheres mais baixas ou, quando muito, da mesma altura. A maioria prefere
cabelo longo e solto.
Vejamos alguns exemplos de musas da telinha:
idade altura peso busto cintura quadris
Luana Piovani 25 1,78 60 90 65 92
Malu Mader 35 1,70 60 84 63 85
Ana P. Arósio 27 1,71 52 86 63 90
Deborah Secco 22 1,64 50 87 60 88
Camila Pitanga 25 1,71 58 87 61 90"...
----------
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SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 23:00
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> O que me ficou mais dos livros dele foi o lance epistemológico: o
conceito
> de ponto de aglutinação, a idéia de que a realidade é uma descrição
social
> que sustentamos por meio de um constante diálogo interno e a noção
de parar
> o mundo pra quebrar essa continuidade. Sobre drogas com apelo
místico, o meu
> livro de cabeceira ainda é _As Portas da Percepção_, do Huxley. ;-)
Lígia: Conceitos como Nagual, Tonal... sabe que até hoje eu fico
tentando saber se o meu tonal é bom? :)
> >Eu andei buscando a Intempol1 mas nos arquivos do Yahoo só
> acusa a Intempol2... vai ver que a sua é privée... ;) Pour la
> créme de la créme...
>
> Provavelmente você procurou nas listas em português. A Intempol1
(que na
> verdade é posterior, a Intempol2 veio antes - paradoxos da viagem
no tempo
> ;-D) é em inglês, porque pretende juntar pessoas interessadas no
tema em
> todo o mundo.
Lígia: Não achei em diretório tb... acho que vai ser mais fácil
você me passar o endereço em pvt depois... :) Isto é, se o Deus que
toma conta da lista (o da ira divina) der permissão... :)
> >Entrando nessa questão do ser possível ou não, enquanto a
> crença do que é possível e do que é impossível for muito forte, nada
> deve fugir muito dos padrões daquilo que se admite como tal.
>
> 2ª Lei de Clarke: "Quando um cientista respeitável diz que alguma
coisa é
> possível, ele provavelmente estará certo. Quando o mesmo cientista
> respeitável, mas um tanto mais velho, diz que alguma coisa é
impossível, ele
> provavelmente estará errado." ;-)
Lígia: Hum... profundo isso :) A velhice (que não implica em idade
biológica, antes na postura mental) normalmente é receosa e não se
arrisca a aprovar idéias. Tem gente prá quem tudo é impossível... :)
De qualquer jeito, com a ajuda da
> tecnologia, a gente já pode fazer praticamente tudo o que antes se
> considerava impossível - voar, se deslocar embaixo d'água, se
comunicar à
> distância (que é exatamente o que a gente tá fazendo agora). Por
isso é que
> não dá pra traçar um limite a priori entre o que é possível e o que
não é.
Lígia: Impossível prá mim é aquilo que eu ainda não fui capaz de
fazer :) Normalmente eu sou meio cega prás dificuldades... eu
tenho que estar correndo risco de perder a vida prá me dar
conta: "nossa, passei do limite nessa!" ;)
> Acho que deve ter um meio mais simples (olha a simplicidade aí de
novo ;-D)
> pra quebrar os condicionamentos. Parar o mundo, por exemplo... ;-)
Lígia: No que consistiria isso? Está nas obras do Castañeda?
> Tudo o que eu sei é que existe uma série de condicionamentos que se
> interpõem entre a gente e a realidade como verdadeiros filtros. O
que a
> gente vai v(s)er se conseguir remover os filtros, por enquanto, é
pura
> especulação. Só tirando pra saber. ;-)
Lígia: Educação repressora nesse sentido é dose: cria filtros prá
uma vida inteira... :) Ainda me lembro de situações em que eu me via
forçada a fazer as coisas de uma determinada maneira só porque era o
*certo a ser feito*... Com o tempo, principalmente depois que casei,
eu inverti a ordem, deliberadamente... :) Mas interessante notar:
o simples contato com minha mãe acaba fazendo estragos
consideráveis. Explico: ela acredita tanto na trágédia em potencial
que numa situação até que simples, tudo o que pode dar errado dá :)
Então eu sei onde e quando "negar veementemente" e a situação ajeita-
se "milagrosamente" :)
> >Temerário falar sobre filhos valerem ou não a pena.
>
> É uma questão pessoal. Eu tenho motivos (racionais, emocionais e
> filosóficos) pra não querer ter filhos, mas não pretendo
generalizar esses
> motivos pra todo mundo. Eles são válidos só pra mim.
Lígia: Longe de mim discutir decisões pessoais...
> >O que eu digo é que deve-se pesar o que se ama mais: a liberdade
ou um
> vínculo vitalício com alguém?
>
> Pra mim, a liberdade é mais importante que qualquer outra coisa. ;-)
Lígia: Filhos criam vínculos vitalícios... :)
> >Quando se encontra tal companhia deve ser muito bom!
>
> A gente vai tentando, tentando, até que encontra (ou não). Mas a
própria
> procura vale a pena. Pra mim, valeu. ;-)
Lígia: É questão de encaixe. Depois de 13 anos de casada, tenho
meus maus momentos, já passei piores mas quando eu penso no que me
fez querer seguir a vida com este homem, eu sei que não poderia ser
outro. E não é acomodação. Acho que está mais para o treinamento
constante do amor, do se dar. E isso é válido, como está no texto
que o JR postou por aqui hoje cedo. Se os casais que passam por
dificuldades pudessem compreender isso, não haveria tantos
divórcios. O casamento faz o ego ficar dócil... :) Não sei se dura
eternamente ou até o fim da vida mas enquanto der, eu sigo em frente.
> Acho que é mais o medo do desconhecido. O nada propriamente dito,
ninguém
> consegue imaginar. A gente pode pensar nele intelectualmente, mas
não tem
> como visualizar.
Lígia: Eu já daria tudo só prá poder dar uma espiadinha... :)
> >Tudo bem, vamos continuando então :)
>
> Go ahead. ;-)
Lígia: Gostei da notícia que você postou sobre o universo.
Interessante notar que se ele for um sistema aberto, muitas das
idéias sobre o fim que terá caem por terra e a idéia de uma
finalidade para o mesmo também... vou dar uma "fuçada" nos sites de
astrofísica, depois eu tento comentar alguma coisa.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: A maquina do mundo
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 23:24
Gentileza a sua, Edson. Obrigada!
Poema muito bonito e que fala muito, sim. Penso em quantas vezes
essa "máquina do mundo" já se deve ter aberto prá mim, nas tantas
vezes em que eu não sabia do que se tratava... :)
Beijos, Lígia
************************************
--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> A todos da Ciencialist, em especial para Lígia e Lúcio, no
centenário de
> Carlos Drummond de Andrade.
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
>
> *****************************************
>
> A MÁQUINA DO MUNDO
>
> Carlos Drummond de Andrade
> Claro Enigma (1951)
>
> E como eu palmilhasse vagamente
> uma estrada de Minas, pedregosa,
> e no fecho da tarde um sino rouco
>
> se misturasse ao som de meus sapatos
> que era pausado e seco; e aves pairassem
> no céu de chumbo, e suas formas pretas
>
> lentamente se fossem diluindo
> na escuridão maior, vinda dos montes
> e de meu próprio ser desenganado,
>
> a máquina do mundo se entreabriu
> para quem de a romper já se esquivava
> e só de o ter pensado se carpia.
>
> Abriu-se majestosa e circunspecta,
> sem emitir um som que fosse impuro
> nem um clarão maior que o tolerável
>
> pelas pupilas gastas na inspeção
> contínua e dolorosa do deserto,
> e pela mente exausta de mentar
>
> toda uma realidade que transcende
> a própria imagem sua debuxada
> no rosto do mistério, nos abismos.
>
> Abriu-se em calma pura, e convidando
> quantos sentidos e intuições restavam
> a quem de os ter usado os já perdera
>
> e nem desejaria recobrá-los,
> se em vão e para sempre repetimos
> os mesmos sem roteiro tristes périplos,
>
> convidando-os a todos, em coorte,
> a se aplicarem sobre o pasto inédito
> da natureza mítica das coisas,
>
> assim me disse, embora voz alguma
> ou sopro ou eco ou simples percussão
> atestasse que alguém, sobre a montanha,
>
> a outro alguém, noturno e miserável,
> em colóquio se estava dirigindo:
> "O que procuraste em ti ou fora de
>
> teu ser restrito e nunca se mostrou,
> mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
> e a cada instante mais se retraindo,
>
> olha, repara, ausculta: essa riqueza
> sobrante a toda pérola, essa ciência
> sublime e formidável, mas hermética,
>
> essa total explicação da vida,
> esse nexo primeiro e singular,
> que nem concebes mais, pois tão esquivo
>
> se revelou ante a pesquisa ardente
> em que te consumiste... vê, contempla,
> abre teu peito para agasalhá-lho."
>
> As mais soberbas pontes e edifícios,
> o que nas oficinas se elabora,
> o que pensado foi e logo atinge
>
> distância superior ao pensamento,
> os recursos da terra dominados,
> e as paixões e os impulsos e os tormentos
>
> e tudo o que define o ser terrestre
> ou se prolonga até nos animais
> e chega às plantas para se embeber
>
> no sono rancoros dos minérios,
> dá volta ao mundo e torna a se engolfar
> na estranha ordem geométrica de tudo,
>
> e o absurdo original e seus enigmas,
> suas verdades altas mais que todos
> monumentos erguidos à verdade;
>
> e a memória dos deuses, e o solene
> sentimento de morte, que floresce
> no caule da existência mais gloriosa,
>
> tudo se apresentou nesse relance
> e me chamou para seu reino augusto,
> afinal submetido à vista humana.
>
> Mas, como eu relutasse em responder
> a tal apelo assim maravilhoso,
> pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
>
> a esperança mais mínima - esse anelo
> de ver desvanecida a treva espessa
> que entre os raios do sol inda se filtra;
>
> como defuntas crenças convocadas
> presto e fremente não se produzissem
> a de novo tingir a neutra face
>
> que vou pelos caminhos demonstrando,
> e como se outro ser, não mais aquele
> habitante de mim há tantos anos,
>
> passasse a comandar minha vontade
> que, já de si volúvel, se cerrava
> semelhante a essas flores reticentes
>
> em si mesmas abertas e fechadas;
> como se um dom tardio já não fora
> apetecível, antes despiciendo,
>
> baixei os olhos, incurioso, lasso,
> desdenhando colher a coisa oferta
> que se abria gratuita a meu engenho.
>
> A treva mais estrita já pousara
> sobre a estrada de Minas, pedregosa,
> e a máquina do mundo, repelida,
>
> se foi miudamente recompondo,
> enquanto eu, avaliando o que perdera,
> seguia vagaroso, de mãos pensas.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 23:32
Querida Ligia,
estou tendo um pouco mais de tempo para poder participar dessa lista, que eh
muito boa. Tem pessoas otimas, como voce. Por enquanto, dado o muito
adiantado da hora, so digo o seguinte em relacao ao que voce comenta abaixo:
"Quem ama o feio, bonito lhe parece". Nao ha nada que torne mais bonita
qualquer coisa do que o amor que voce devote a ela. Com certeza, isso afeta
a quimica cerebral. Depois falamos mais, pois estou falando com amigos da
China agora pelo ICQ.
Beijo grande,
Antonio
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 01, 2002 12:52 AM
Subject: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> Antonio Castro responde Ronaldo Cordeiro:
> AC: isso eh algo muito interessante, o de quando o brega vira
kitsch e fica
> bonito. Outro dia vi uma vemaguete, muito bem conservada, diga-se,
e achei
> muito bonita. Lembrei-me que foi o primeiro carro que dirigi
sozinho, de
> toda uma historia de juventude em que ela participou, enfim, viagei
no
> tempo. Essa parte merece um tratamento particular. Nao vou me
estender mais
> nesse ponto, embora fique tentado.
>
> Abraco,
> Antonio Castro
Olá Antonio Castro!
Quanto tempo, não? Bom ver que você voltou a discutir temas ( aquela
conversa sobre NDE ainda continua de pé?)
Pois então vamos ver o que se passa aqui... parece que você dá um
exemplo do *belo* pelo que a memória evoca. Ao que parece, um
sentimento bom que se associe a algo torna-o bonito,
independentemente das formas. O valor que se dá às pessoas com quem
nos relacionamos, por exemplo, entra e muito nesse tipo de conceito
de beleza em que estereótipos estão fora de questão. E aí, qual
seria a química cerebral associada a essas evocações
*metamorfoseantes*?
Por sinal se você tem a TV por assinatura SKY, eu recomendo que
encomende o título em pay-per-view: O Amor é Cego. Dei ótimas
risadas! O conceito de beleza *metamorfoseante* é bem aquilo
mesmo... :)
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] A maquina do mundo
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2002 23:51
----- Original Message -----
From: Edson Vizzoni
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 31, 2002 11:45 PM
Subject: [ciencialist] A maquina do mundo
>A todos da Ciencialist, em especial para Lígia e Lúcio, no centenário de
Carlos Drummond de Andrade.
Valeu, Edson! Por lembrar a data aqui e pelo poema - é o meu poema preferido
do Drummond, não sei por quê... ;-) Meu primeiro roteiro foi baseado em
outro poema dele, "O Caso do Vestido", mas eu acabei dando um jeito de
enfiar "A Máquina do Mundo" na história. E o "Amar", outro poema dele que,
putz! ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2002 23:52
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> Antonio Castro responde Ronaldo Cordeiro:
> AC: isso eh algo muito interessante, o de quando o brega vira
kitsch e fica
> bonito. Outro dia vi uma vemaguete, muito bem conservada, diga-se,
e achei
> muito bonita. Lembrei-me que foi o primeiro carro que dirigi
sozinho, de
> toda uma historia de juventude em que ela participou, enfim, viagei
no
> tempo. Essa parte merece um tratamento particular. Nao vou me
estender mais
> nesse ponto, embora fique tentado.
>
> Abraco,
> Antonio Castro
Olá Antonio Castro!
Quanto tempo, não? Bom ver que você voltou a discutir temas ( aquela
conversa sobre NDE ainda continua de pé?)
Pois então vamos ver o que se passa aqui... parece que você dá um
exemplo do *belo* pelo que a memória evoca. Ao que parece, um
sentimento bom que se associe a algo torna-o bonito,
independentemente das formas. O valor que se dá às pessoas com quem
nos relacionamos, por exemplo, entra e muito nesse tipo de conceito
de beleza em que estereótipos estão fora de questão. E aí, qual
seria a química cerebral associada a essas evocações
*metamorfoseantes*?
Por sinal se você tem a TV por assinatura SKY, eu recomendo que
encomende o título em pay-per-view: O Amor é Cego. Dei ótimas
risadas! O conceito de beleza *metamorfoseante* é bem aquilo
mesmo... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Macrocosmo e Microcosmo P/ ANIELO
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 00:41
Creio realmente que não me fiz entender. Vou tentar explicar melhor. De ante
mão, acho que a comparação tem sentido e vou mais longe, no futuro qdo vier
finalmente a teoria do campo unificado, isso se tornará evidente.
Começo perguntado: o que é que o macro e micro-cosmo têm em comum? resp. a
massa e a energia, correto. A diferença é qualitativa (as leis do micro são
diferentes do macro) e quantitativa a energia o micro é maior> que a do
macro. Por ex. para se verificar a existência do quark, é necessária uma
quantidade avassaladora de Energia. Se imaginarmos uma experiência em que um
estrela qualquer seja dissolvida ou separada em termos expectrais, veremos
que necessariamente a energia nela contida obedecerá a lei de Plank e será
um número inteiro.Ora, é essa lei, mais o princípio da equivalência da Massa
e Energia que me leva a considerar que deve haver essa proporcionalidade
quantitativa da relação entre o micro e o macro-cosmo. Se pudesse imaginar
uma equação seria mais ou meno assim: e-mic/Emacro= 1. Só não me pergunte
poque igual a 1 porque isso é um segredo da teoria que desemvolvo, do qual,
vc deve compreender, não posso falar ainda.
abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o" <grecojr@solar.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 30, 2002 2:16 PM
Subject: Re: [ciencialist] Macrocosmo e Microcosmo
> Em Qua 30 Out 2002 00:05, you wrote:
> > É possível afirmar que, mantidas as mesmas proporções de energia e
massa,
> > tempo e espaço, força e velocidade, os fenômenos do macrocosmo se
quivalem
> > quantitativamente aos do microcosmo? Ou não, a diferença é avassaladora
e
> > nesse caso em favor de quem?
>
> Definitivamente eu não entendi a pergunta, apesar de saber que a resposta
é
> não. A física do muito grande e do muito pequeno são qualitativamente
> diversas a tal ponto que uma comparação quanitativa perde sentido.
>
> Mas não sei exatamente o que vc quiz perguntar. Na primeira parte entendi
a
> pergunta como algo do tipo "o microcosmo se comporta como um macrocosmo em
> miniatura? Se for, não há como ter uma diferença " a favor" de alguém.
>
> Aniello
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dvida: sobre gatos
FROM: Leandro <leandropl@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 00:46
On Thu, 31 Oct 2002 17:56:31 -0000, Ligia Gallo wrote:
>(...)Tenho uma gata (a siamesa) que deu cria há quase duas
semanas.(...) Esteve calma todo esse tempo mas desde ontem,
>ela fica andando com os gatinhos pela casa e vai espalhando os
>filhotes aos quatro cantos enquanto mia como se estivesse
>desesperada.(...)
>
>Lígia
Olá Lígia,
Recentemente a gata de minha namorada teve cria também. Nos primeiros
dias ela aceitou um cesto pra conter os bichanos e amamentá-los,
depois resolveu deslocar os gatinhos pra baixo de um móvel.
Imaginamos que ela estava preocupada (instinto) com as visitas
constantes de humanos pra olhar sua cria. Como não faltou quem
deitasse no chão pra mexer nos filhotes ela levou todos pra outro
abrigo.
Em outra ocasião o clima ficou muito quente e ela novamente deslocou
a cria para um canto da casa mais fresco.
Quem sabe sua gata não está procurando um lugar tranqüílo (sem
ninguém pegando os gatinhos toda hora) ou mais aquecido ou fresco pra
eles?
Abraços
Leandro Lannes
_______________________________________________________________________
Yahoo! GeoCities
Tudo para criar o seu site: ferramentas fáceis de usar, espaço de sobra e acessórios.
http://br.geocities.yahoo.com/
SUBJECT: Re: Re: Revoltado: Pitaco malicioso em: Revoltado: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 05:13
Maça!
Bem, se tem um jeito de você falar de alguma coisa séria, estamos
aqui para lê-lo, tá? Fica chateado não... aprenda, mesmo que seja
do pior jeito... e de mais a mais, ninguém se ofendeu. EU SÓ NÃO
ADMITO QUE ME CHAMEM DE IMPRESTÁVEL SEM QUE EU CONCORDE!!! E ninguém
das pessoas abaixo estava sendo agredida ou agredindo-se, o que não
parece ser o caso que provocou a sua moderação.
Naquele caso, você quis agredir por agredir ou tem um péssimo senso
de humor... :) Da próxima vez que quiser brincar, dê mostras de que
é brincadeira, porque respeito é tudo o que se pode pedir. Exigir
nem dá, já que se merece ou não. Acredito que eu mereça e você dê
caso concorde. Se não concordar, esta lista se tornará pequena
demais prá nós dois e eu saio, sem problemas...
Bjus, Lígia
********************************
Oi Lígia
Ontem estive assistindo um tipo de Globo Reporter do SBT.
Um dos assuntos reportava-se ao fato da mãe manifestar-se condescendente
com determinado indivíduo de sua prole. Uma mãe colocava, referindo-se a um
de seus dois filhos: "Ele consegue me irritar...!"
Então, veja bem, a criança 'consegue' uma relação de domínio sobre sua mãe.
Consegue instilar afeto (negativo, é verdade) significativo, consegue fazer
sua mãe 'perder a razão' (Interfere no 'mundo' da mãe, independentemente da
vontade dela!). É uma maneira que a criança 'rejeitada' forjou se, por um
lado 'vinga-se' por estar sendo posto em segundo plano, por outro mobiliza a
atenção materna (Atenção esta, de que tanto necessita).
Especulando: Caso a mãe não apresentasse a reação que apresentou, caso
permanecesse indiferente, certamente a criança abandonaria o comportamento
inicial, o que não significaria desistir de seu intento (Mobilizar a atenção
da mãe). Retomaria ele 'outras estratégias', quem sabe agora, dotada de
adequação.
Porque esse comportamento? Porque a mãe é 'uma figura' (representação)
relevante, importante em seu mundo, sua vida.
Extrapolando, você é uma figura que tomou significado no mundo do
Maçaranduba. Quem poderia saber com quem ele a identificou? Seria uma irmã,
uma namorada, ou a própria mãe que 'extravazava' em xingamento:
"Imprestável"!?
Mas de certo temos: Do universo de listeiros disponíveis, você foi a
escolhida! Você é importante. Se não o fosse... não haveria a tentativa de
'ligar-se' a vc, de mobilizar sua atenção. Eu tomaria isso como um elogio.
Peço sua atenção no sentido de não 'sucumbir' a estratégia inadequada de
alguém que, em realidade, invoca seu amor.
Bjus, Antonio Renato.
Em tempo: Ele está falando de "alguma coisa séria". Se comporta-se de
maneira imprópria, não vamos imitá-lo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] De mulher para mulher
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 06:13
Um dia, no jardim do Éden, Eva disse o Criador:
- Deus, estou com um problema!
- Qual é o problema, Eva?
- Deus, sei que me criaste e me deste este maravilhoso
jardim... e todos estes maravilhosos animais.... e esta
serpente tão graciosa, mas... não sou feliz.
- Por que, Eva? - disse o Senhor.
- É que apesar de tudo isso estou sozinha...
e não agüento mais comer maçãs.
- Bem, Eva, neste caso, tenho uma solução.
Criarei um homem para ti!
- O que é um homem, Senhor?
- Um homem será uma criatura defeituosa, com muitos
atributos negativos. Mentiroso, arrogante, vaidoso que,
em resumo, fará da tua vida um inferno! Mas... será maior,
mais rápido, vai caçar e matar animais. Terá um aspecto
estúpido quando ficar excitado, mas, para que não te
queixes, o farei de modo que satisfaça tuas necessidades
afetivas. Será um tanto patético e sentirá prazer em coisas bobas
como lutar ou dar pontapés numa bola. Como não será
muito inteligente, vai precisar do tua completa atenção para pensar
e proceder adequadamente.
- Parece ótimo! - disse Eva, com um sorriso.
- Porém... - disse Deus...
- Qual é o problema?
- Bem... Vais tê-lo com uma condição.
- Qual, Deus?
- Como te disse, o homem será orgulhoso, arrogante e
egocêntrico... Assim, terás que deixar ele acreditar
que eu o fiz primeiro. Lembre-se, será nosso pequeno
segredo, Eva... de mulher pra mulher...
##########>Conclusão: Deus é travesti!<##########
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 06:14
Manuel Bulcão escreveu: Quanto ao incesto entre mãe e filho, pelo que sei
não existe cultura que o permita. A interdição do incesto mãe-filho parece
ser um tabu universal.
A hipótese freudiana é de que o tabu do incesto mãe-filho é uma formação
arqueo-psíquica, isto é, uma interdição inata, transmitida por
hereditariedade e que surge no psiquismo numa determinada etapa do
desenvolvimento ontogenético, entre o terceiro e o quinto ano de vida,
conhecida como "fase edipiana".
Prof. José Renato escreveu (Em resposta):
Sobre isso tenho conjeturado sobre um fator importante que é o cheiro devido
ao estrogênio, o hormônio feminino que atrai o macho ao coito. Enquanto o
filho é amamentado ele sente o cheiro da mãe não sexuada, não atraente para
o coito, pois ela está com baixa dosagem de estrogênio, não ovula. Essa
memória se mantém e se confunde mesmo quando a mãe volta a ovular e estar
apta a atrair o macho. Isso pode, por outro lado, gerar um desrespeito
inconsciente ou um tratamento diferente do homem às fêmeas atraentes
sexualmente, devido ao cheiro que o hormônio estrogênio provoca nas mulheres
aptas à fecundação, visto que não é o mesmo cheiro, gravado na memória, que
ele sentia na mãe quando era amamentado. A mãe - considerada pelo filho como
uma santa mulher - é venerada e respeitada. Já as que possuem um outro
cheiro provocativo ao sexo são consideradas como prostitutas devassas, que
não merecem o mesmo respeito concedido à mãe, pois são "diferentes" na
identificação desses odores imperceptíveis, consciente ou racionalmente.
Já entre o pai e a filha não ocorre esse mecanismo de reconhecimento através
do odor. O odor da filha adolescente é diferente da filhinha que ele
carregava no colo. É cheiro de mulher que, inconscientemente, ativa o desejo
sexual que só as barreiras da cultura social e da moral estabelecida no
grupo pela educação básica e pelo racionalismo, podem estancar.
[]s
José Renato
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
OI
Gostaria de apartear que a crença popular de que a mulher, durante o
período de aleitamento, não está passível de ser fecundada é falsa.
Trabalhava em um ambulatório com cerca de vinte outros médicos, num centro
de referência da psiquiatria nacional (Centro Psiquiátrico Pedro II, atual
Centro Psiquiátrico Nilze da Silveira).
Os médicos têm suas dificuldades e preferências. Meu 'gosto' parecia
diferir do da maioria: Gostava de atender adolescentes ("São chatos, cheios
de dúvidas e perguntas"), histéricos ("Inventam doenças"), distúrbios da
sexualidade ("São introvertidos mas podem se tornar insinuantes e
inconvenientes") e epilépticos ("São prolixos e tomam muito tempo"). Assim,
quando numa primeira consulta eram detectados 'estes problemas', os
pacientes eram para mim agendados.
O assédio de um filho por sua mãe (Ou pessoa que lida com a criança, por
vezes a avó) não é tão raro quanto possa parecer. Talvez seja menos
divulgado, até mesmo pelo próprio filho, mormente quando a 'sintomatologia
consequente' não manifesta 'gravidade'. Mas isso não significa exclusão do
'aparecimento consequente' de sintomatologia na idade adulta. E existe pelo
menos um sintoma que faz com que o paciente procure por ajuda especializada:
Impotência.
O incesto, bem como a sexualidade infantil, existe e não adianta querer
tapar Sol com peneira. Mais ainda: Parece-me ser um processo natural
(Conjectura feita a partir da grande incidência apresentada).
Como postei anteriormente, os problemas aparecem na medida que a
'iniciação' da criança seja perpetrada por indivíduo adulto, parente ou não.
Aí temos duas situações: 1) A criança é assediada pelo adulto; 2) O adulto
é assediado pela criança.
O adulto assediar a criança fala em favor de um adulto inseguro, com
dificuldades no exercício de sua sexualidade. Por este motivo, 'transmite'
sexualidade doente.
No inverso, quando a criança toma a iniciativa, problemas posteriores (Caso
venham a existir) são consequentes ao processo de 'amadurecimento social'
(introjeção).
Espero ter contribuido com alguma coisa. Vamos ficar por aqui e ver a
reação dos interessados.
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: Universo Plano - por Belisario
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 08:26
Hum,
Achei um artigo muito bom do Belisario no Observatório da Imprensa
comentando sobre a "descoberta" do Universo Plano. Como o link
parece quebrar, resolvi passar só o texto dele para a apreciação dos
co-listeiros. Mas há outros bons textos na mesma página, confiram
(caso o link acesse. Tive problemas...). Tem uma matéria do Takata
também!
Detalhe: Não sei se o link que selecionei através da página do COBE
corresponderia ao que o Belisário recomenda... mas foi o único
inteligível (até eu entendi!). Segue logo abaixo do texto:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc05052000.htm
_____________________________________
COSMOS
O universo não é chato
Roberto Belisário (*)
Um dilema cósmico envolvendo as origens e o destino do Universo, que
perseguia os cientistas há décadas, parece ter sido praticamente
resolvido por um grupo de pesquisadores de instituições norte-
americanas e européias. O dilema punha frente a frente duas hipóteses
opostas sobre o destino final do Cosmos. Uma delas prevê que daqui a
vários bilhões de anos o movimento de expansão do Universo
(afastamento das galáxias entre si) se reverterá, levando as galáxias
posteriormente a se chocarem umas com as outras, num colapso
cataclísmico envolvendo todo o Cosmos (hipótese do Big Crunch). A
outra hipótese diz que o movimento de expansão continuará para
sempre, e o Cosmos só vai "morrer" muito mais tarde, depois que todas
as estrelas tiverem se apagado. O veredicto, a partir de agora, é a
favor desta última.
O dilema jornalístico de como noticiar a descoberta não teve uma
solução tão elegante. Omissões, frases malfeitas e conceitos errados
impediram que se desse uma noção adequada da sua importância e
fizeram aumentar ainda mais a injusta pecha de hermetismo e
excentricidade que envolve a Física Moderna.
O trabalho foi publicado em 27/4/00 [revista Nature, 4040, 955-959
(2000)] pelo grupo do Experimento Boomerang (sigla em inglês
para "Observações em balão de radiações extragalácticas milimétricas
e Geofísica"), formado por cientistas de vários institutos de
pesquisa norte-americanos, italianos, canadenses, franceses e
britânicos. É o ponto alto de uma série de pesquisas iniciadas em
1992 pelo grupo do COBE, ligado à NASA. Os pesquisadores descartaram
a hipótese do Big Crunch a partir de observações astronômicas de uma
radiação que permeia todo o espaço, chamada "radiação de fundo". Essa
radiação foi liberada 300 mil anos depois do Big Bang – a "Grande
Explosão" que deu origem a todo o Universo. Ela contém informações
sobre algumas características gerais do Universo que mostram que a
hipótese do Big Crunch muito provavelmente não é verdadeira. O texto
integral do artigo pode ser encontrado no site da revista Nature
[veja remissão abaixo].
A publicação do trabalho foi noticiada em vários jornais. Porém, uma
simplificação conceitual excessiva transmitiu ao leitor algumas
idéias erradas e deixou vários conceitos obscuros. As observações dos
pesquisadores foram descritas como corroborando a hipótese de
um "universo plano" ou "chato". O Estado de S.Paulo descreveu-
o "chato como uma panqueca". Ora, a expressão "universo plano"
aparece no próprio artigo da revista Nature. Mas trata-se de um termo
técnico, matemático, cujo significado físico refere-se, entre outras
coisas, ao movimento do Universo como um todo ao longo do tempo. No
caso, "universo plano" indica que a velocidade com que as galáxias
afastam-se umas das outras é justamente a mínima necessária para
evitar que, um dia, a ação gravitacional entre elas reverta esse
movimento, e elas passem então a aproximar-se entre si. Já na
hipótese do Big Crunch, a velocidade de afastamento seria menor que a
mínima, e usa-se o termo "universo fechado". Logo, a palavra "plano",
aqui, nada tem a ver com a forma da distribuição de matéria do
Universo – que não é plana, mas distribui-se quase homogeneamente
pelo espaço. Muitas vezes, entretanto, esse tipo de simplificação
excessiva é encontrada em textos de divulgação científica escritos
pelos próprios cientistas.
Matéria escura
Muitas reportagens usavam termos técnicos sem maiores explicações,
como "densidade crítica" e "curvatura do espaço". Frases como "a
relação espaço-tempo curva-se sobre si mesma" (Jornal do Brasil)
foram mal formuladas a ponto de se tornarem ininteligíveis. A
descrição da radiação de fundo como "uma espécie de brilho" (Jornal
do Brasil) dá a impressão errada de que ela é visível a olho nu.
Uma boa divulgação da descoberta, que evitou esses deslizes, apareceu
nas reportagens da Folha de S.Paulo (27 e 28/4/00). O jornal dedicou-
lhe um dos editoriais do dia 28 e incluiu comentários adicionais
sobre a sua importância filosófica e religiosa, como seria apropriado
para uma fato científico desse relevo. Também foi noticiado que o
Brasil participará de futuros experimentos que complementarão os do
projeto Boomerang.
Mas nem a Folha escapou de uma omissão, generalizada na imprensa,
sobre a autoria do trabalho: vários jornais noticiaram
que "cientistas italianos" realizaram a descoberta; a Folha disse que
a publicação foi feita por Paolo de Bernardis, da Universidade de
Roma. Mas o artigo da Nature, na verdade, é assinado por 36
cientistas de várias instituições da Europa e dos EUA, incluindo a
Universidade de Roma "La Sapienza", o Caltech (EUA), a Universidade
da Califórnia de Santa Bárbara (EUA) e outras no Canadá, Reino Unido,
França, EUA e Itália. O experimento é liderado por Paolo de
Bernardis, de Roma, e por Andrew Lange, do Caltech.
Uma segunda razão para a importância dos resultados do Experimento
Boomerang é a conexão com um conjunto de novas teorias a respeito das
origens do Universo, chamadas "teorias inflacionárias". Uma das
previsões destas teorias é justamente de que o universo deve
ser "plano", no sentido técnico descrito acima. Por conseguinte, o
trabalho do Boomerang eleva essas teorias a um nível bem mais alto
que suas concorrentes e, com isso, clareia sobremaneira nossa
compreensão sobre os estágios iniciais do Universo.
Entretanto, as teorias inflacionárias foram citadas (quando foram)
muito de passagem pelas reportagens. Também praticamente não foi
mencionado outro problema que se relaciona com o experimento, o da
quantidade de matéria escura presente no Universo. Denomina-
se "matéria escura" a parte da matéria do Universo que não emite
radiação alguma, e conseqüentemente não pode ser observada
diretamente. Porém, ela tem uma contribuição fundamental na decisão
contra ou a favor da hipótese do Big Crunch.
Uma explicação da teoria inflacionária compreensível ao leigo, bem
como uma exposição das teorias atuais sobre a origem do Universo,
aparece no livro Dobras do Tempo, de George Smoot e Keay Davidson
(Editora Rocco, 1995). Na internet, pode ser encontrada no website do
COBE [veja abaixo].
(*) Físico
Universo Inflacionário:
http://map.gsfc.nasa.gov/m_uni/uni_101inflation.html
__________________________________________
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: Revoltado: Pitaco malicioso em: Revoltado: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 08:41
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Oi Lígia
Oi Antonio, segue comentário após sua mensagem...
> Ontem estive assistindo um tipo de Globo Reporter do SBT.
> Um dos assuntos reportava-se ao fato da mãe manifestar-se
condescendente
> com determinado indivíduo de sua prole. Uma mãe colocava, referindo-
se a um
> de seus dois filhos: "Ele consegue me irritar...!"
> Então, veja bem, a criança 'consegue' uma relação de domínio
sobre sua mãe.
> Consegue instilar afeto (negativo, é verdade) significativo,
consegue fazer
> sua mãe 'perder a razão' (Interfere no 'mundo' da mãe,
independentemente da
> vontade dela!). É uma maneira que a criança 'rejeitada' forjou se,
por um
> lado 'vinga-se' por estar sendo posto em segundo plano, por outro
mobiliza a
> atenção materna (Atenção esta, de que tanto necessita).
> Especulando: Caso a mãe não apresentasse a reação que
apresentou, caso
> permanecesse indiferente, certamente a criança abandonaria o
comportamento
> inicial, o que não significaria desistir de seu intento (Mobilizar
a atenção
> da mãe). Retomaria ele 'outras estratégias', quem sabe agora,
dotada de
> adequação.
> Porque esse comportamento? Porque a mãe é 'uma figura'
(representação)
> relevante, importante em seu mundo, sua vida.
> Extrapolando, você é uma figura que tomou significado no
mundo do
> Maçaranduba. Quem poderia saber com quem ele a identificou? Seria
uma irmã,
> uma namorada, ou a própria mãe que 'extravazava' em xingamento:
> "Imprestável"!?
> Mas de certo temos: Do universo de listeiros disponíveis,
você foi a
> escolhida! Você é importante. Se não o fosse... não haveria a
tentativa de
> 'ligar-se' a vc, de mobilizar sua atenção. Eu tomaria isso como um
elogio.
> Peço sua atenção no sentido de não 'sucumbir' a estratégia
inadequada de
> alguém que, em realidade, invoca seu amor.
>
> Bjus, Antonio Renato.
>
> Em tempo: Ele está falando de "alguma coisa séria". Se comporta-se
de
> maneira imprópria, não vamos imitá-lo.
Você toca num ponto sensível, Antonio. Não teria notado isso por mim
mesma e concordo, você pode estar certo. Existe mesmo algo de muito
estranho no comportamento de certas pessoas que parecem ter "o dom de
irritar" que observando-se pelo lado que você aponta, faz sentido.
Eu confesso que fiquei profundamente irritada com a reação desse
gajo, simplesmente porque não era uma reação esperável de alguém numa
lista de discussão. Vai daí a minha reação, reação essa que eu não
costumo ter. Foi um lapso... :)
Entre o tentar entender as reações de certas pessoas e realmente
entendê-las vai uma longa distância. Posso perceber isso agora...
Obrigada pelo toque,
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: Dúvida: sobre gatos
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 09:04
--- Em ciencialist@y..., Leandro <leandropl@m...> escreveu
> Olá Lígia,
>
> Recentemente a gata de minha namorada teve cria também. Nos
primeiros
> dias ela aceitou um cesto pra conter os bichanos e amamentá-los,
> depois resolveu deslocar os gatinhos pra baixo de um móvel.
> Imaginamos que ela estava preocupada (instinto) com as visitas
> constantes de humanos pra olhar sua cria. Como não faltou quem
> deitasse no chão pra mexer nos filhotes ela levou todos pra outro
> abrigo.
> Em outra ocasião o clima ficou muito quente e ela novamente
deslocou
> a cria para um canto da casa mais fresco.
> Quem sabe sua gata não está procurando um lugar tranqüílo (sem
> ninguém pegando os gatinhos toda hora) ou mais aquecido ou fresco
pra
> eles?
Oi Leandro,
Obrigada pela resposta. Ontem eu estava atordoada com ela miando o
tempo todo e fazendo malabarismos com os gatos, separando-os... eu
achei aquilo estranho mas é mesmo instintivo. Hoje ela voltou à
calma habitual depois de ter ído ao vet. de noite.
O lugar em que ela está é bem tranquilo, fica longe do centro de
movimentação da casa, embaixo de uma cama num quarto em que ninguém
dorme. De repente tinha gatinho atrás do vaso sanitário do banheiro
do quintal, em cima da estante no quarto "dela", atrás do fogão...
depois a ordem era invertida. Um comportamento muito esquisito...
eu deixei a bichana fazer o que bem entendia, só intervi no caso da
estante porque era muito alto e o filhote iria cair de lá... o
engraçado é que ela estava exausta, com pupilas dilatadas, ofegante e
ainda assim insistia com a mudança louca o dia inteiro. Bem, os
animais também têm depressão pós-parto, pude aprender isso da maneira
mais prática possível. Ela teve que tomar calmante... :)
Detalhe: Na última mudança ela pretendia guardar o filhote dentro do
latão de lixo... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 09:22
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Por aproximação, a detonação de 500
> ogivas bastaria para a nossa aniquilação.
Ogivas nao sao malas-bombas, nao sao armas de fogo. Sao
trambolhos q. nao se escondem no porta-malas do carro.
Sua manutencao custa dinheiro, exige instalacoes e equipamentos.
> Precisaria de um ataque distribuído para a extinção do homem? A
> detonação de uma bomba causa estragos não só no local onde ela
> explodiu, a radiação se espalha, às vezes até para outros
> continentes.
Precisa. Pelos menos cobrir uma area equivalente aos EUA.
A radiacao q. se espalha causa estragos, mas nao extingue a
humanidade.
Grupos terroristas tEm consciencia dos efeitos-colaterais.
Grupos de loucos nao tEm estrutura para isso. Alias nem
os terroristas (mesmo o terrorismo de estado) tEm
estrutura para um ataque em massa.
> Inverno Nuclear: Bombas com potência de pelo menos 1 megaton são
> capazes de levantar até 600 mil toneladas de poeira. A poeira em
> suspensão resultante de várias explosões
E bote *varias* explosoes ai'. Somente a explosao do Pinatubo
levantou 20 milhoes de toneladas de poeira: pra equivaler a
isso seriam necessarias mais de 30 bombas dessas. (Passamos
longe da extincao com o Pinatubo, bom notar.) A maioria das
bombas sao de algumas dezenas de kilotons.
> Kennedy poderia ter iniciado a destruição do planeta se houvisse
Poderia. Mas justamente porq. eles nao querem a destruicao
total do planeta (o q. incluiria eles) nao o fizeram.
> Se os submarinos soviéticos tivessem
> atacado (decisão de um comandante russo que não quiz?) Kennedy não
> teria outra opção (iria querer?).
Ue'? Se os EUA forem atacados por, digamos, terroristas da Al Qaeda,
ele ira' jogar bombas sobre a Russia de modo q. ela revide com mais
bombas?
> > Eles nao pregam a destruicao do mundo.
>
> Mas adorariam levar o mundo junto com eles. Principalmente aquele
> lá do Haven's Gate. Só teria que contactar os Aliens pra pedir mais
> naves espaciais pra caber todo mundo.
Vc sabe o q. eles pensavam? Se levar todo mundo, eles nao seriam os
escolhidos.
> > Governos nao financiam projetos de aniquilacao da humanidade. No
> > minimo irao resguardar seus aliados.
>
> Indiretamente sim. Se financiam terroristas, dão um cheque em
> branco.
Terrorismo nao tem por objetivo aniquilar a humanidade.
> > Exatamente pela avaliacao da ineficacia de um ataque mutuo q. a
> > Guerra Fria gerou um impasse -- guerra sem vencedores.
>
> E a ineficácia se devia justamente ao perigo de extinção da
> humanidade (tanto os mocinhos quanto os bandidos).
Então estamos concordando q. justamente o perigo das consequencias de
um ataque q. cause prejuizos a si proprio e' um fator q. inibe a
utilizacao de tais ataques.
> > Digamos q. detonem cinco bombas nucleares nos EUA. O governo
> > americano vai fazer o q? Lancar misseis contra Alemanha, Japao,
> > Australia, Argentina, Africa do Sul?
>
> Da primeira vez escolherão um bode espiatório. Algum Iraque da
> vida. Quando virem pela CNN o povo de Bagdad saindo às ruas pra
> comemorar a destruição de New York, significa que em 30 minutos não
> existirá mais Bagdad. Mas o Tio Sam vai ficar P da vida porque isso
> não adiantou nada. Da segunda vez (depois dos ataque terroristas de
> retaliação pela destruição de Bagdad), vão querer varrer todo o
> Eixo do Mal. E assim caminharemos (com "pensamentos volitivos" ou
> não)
Puro pensamento volitivo. Nao ha' nada solido q. indique q. as
coisas caminhem assim. E' uma serie de 'ses' escamoteados.
(Talvez) da primeira vez escolherão um bode expiatório. Algum
Iraque da vida. (Se) virem pela CNN o povo de Bagdad saindo 'as ruas
pra comemorar a destruicao de Nova Iorque, (talvez) signifique que
em 30 minutos não existirá mais Bagdad. Mas (pode ser q.) o Tio Sam
fique p da vida (se) isso não adiantar nada. (Se os terroristas
atacarem pela destruição de Bagdad), (pode ser que) queiram varrer
todo o Eixo do Mal...
Notas: *Aparentemente uma porcao de palestinos sairam 'as ruas
comemorar os ataques ao Pentagono e ao WTC, as bombas cairam no
Afeganistao.
*Houve reforcos na seguranca interna do pais.
*Destruicao sequencial nao tem o efeito de um ataque em massa.
- Se um ataque desses for detonado por ano, vai levar mais do q.
500 anos para a aniquilacao da humanidade (isso se ninguem se
reproduzir).
A questao nao e' a extincao da humanidade em 500 anos. A
questao e' a perda de vidas humanas agora mesmo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 10:11
> De: Takata
> > E prá vc, o que é a beleza?
>
> Eu defino em duas palavras:
>
> Taís Araújo.
Errado!
Mila Jovovich
(o ser perfeito do Quinto Elemento)
;-)
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 10:26
Foi a Coca ou a Pepsi q. lancou uma cola transparente q.
foi fracasso comercial? (Ou nenhuma das duas?)
Pepsi cristal era o nome dela :)
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 10:47
> De: Carlos Zardini
>
> a) Qual a quantidade de bombas necessária para se aniquilar a
> humanidade? Qual o nível de distribuição desse ataque? Seria preciso
> detonar uma bomba a cada 100 km quadrados? O ataque maciço em um
> continente afetaria outro que não sofreu ataque?
>
> Baseando num cálculo feito há duas décadas, o potencial nuclear da
> URSS bastaria para destruir o mundo 17 vezes. A quantidade de ogivas
> girava em torno de 10 mil. Por aproximação, a detonação de 500 ogivas
> bastaria para a nossa aniquilação.
>
> Precisaria de um ataque distribuído para a extinção do homem? A
> detonação de uma bomba causa estragos não só no local onde ela
> explodiu, a radiação se espalha, às vezes até para outros continentes.
>
> Chuvas Radioativas: No período 1945 à 1962 foram registradas diversas
> chuvas radioativas causadas por testes nucleares, exemplo: Austrália
> (a quase 3000 km de distância dos testes britânicos que a
> originaram), e em New York (testes feitos em Nevada há centenas de
> kms). Por causa desses incidentes foi assinado um tratado proibindo
> testes atmosféricos. O acidente recente de Chernobyl produziu chuvas
> radioativas em áreas da Europa Ocidental e Oriental. Os efeitos
> dessas chuva podem perdurar por dezenas de anos.
>
> Inverno Nuclear: Bombas com potência de pelo menos 1 megaton são
> capazes de levantar até 600 mil toneladas de poeira. A poeira em
> suspensão resultante de várias explosões, aliada á fuligem resultante
> da queima de cidades, campos e florestas, impediria a penetração de
> luz na atmosfera, mergulhando o planeta numa longa noite, por dezenas
> de anos. Em decorrência da baixa luminosidade, a temperatura media da
> Terra seria de tal maneira reduzida que mesmo nas regiões de clima
> quente, ela ficaria muitos graus abaixo de zero, configurando o
> inverno nuclear.
Estas informações podem ser confrontadas com "O Inverno Nuclear"
de C.Sagan et al.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fraude de Sokal ao contrário?
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 10:53
Do blog http://www.ceticismoaberto.kit.net/blog.htm
(eu não deixei os links referidos no comentário porque são muito
grandes, principalmente o da usenet. Visitem o blog para acessar os
links sobre o caso)
<<<
Fraude de Sokal ao contrário?
Está circulando o rumor de que foi promovida uma fraude de Sokal ao
contrário, e o alvo seria a Física de Supercordas. Para quem não sabe
o que foi a fraude (hoax na verdade, um trote) de Alan Sokal, confira
Fraude de Sokal, e Experimento de um Físico com Estudos Culturais.
Agora aos rumores de uma fraude de Sokal ao contrário, dois irmãos
teriam escrito e publicado trabalhos sobre supercordas como tese, e
se alega que os trabalhos seriam uma fraude intencional. Também se
embeleza dizendo que o trabalho deles foi saudado como
revolucionário, q conseguiram ganhar uma boa grana com a coisa.
Não encontrei uma página na internet comentando o caso, mas ele já é
bem comentado na usenet.
Em tempo: aparentemente os irmãos já declararam que su trabalho não é
uma fraude.
>>>
MK
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 10:55
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
...
>
> >AC: tenho uma irma que trabalha em cinema em Hollywood. Segundo
ela, os
> americanos ha muito descobriram a bunda como elemento de estimulo a
> sexualidade. Veja a Jenniffer Lopez, por exemplo. A mistura com o
negro e o
> latino estao criando bunda nos americanos, e eles gostam... Quando
Hollywood
> valoriza um aspecto da beleza feminina, pode ter certeza que eh do
gosto
> americano.
A questão é: por que Hollywood teve que "descobrir"? Se existe algum
conceito absoluto de beleza, não é razoável que ele sempre tenha
existido? O que eu acredito é que podem existir vários conceitos de
beleza que são flutuantes. Variam com a cultura e com a época.
> Quanto as mulheres do 3o mundo, elas sao as que tem mais filhos, nao
> necessariamente as potencialmente mais ferteis do mundo. Nao ha
nenhuma
> pesquisa que indique essa superioridade, que eu saiba. A proposito,
a
> publicidade das revistas da Jamaica so usam modelos negros. Alias,
> lindissimas.
>
Bom, quando eu estive na Jamaica, os únicos brancos que eu vi eram os
turistas americanos. É sério. (segundo o World Factbook, a Jamaica só
tem 0,2% de brancos) Mas talvez o público jamaicano tenha mesmo uma
cultura em relação a modelos diferente da nossa, e por isso as
agências de publicidade usem mesmo as modelos negras, embora pudessem
importar modelos caucasianas como o Japão, por exemplo, faz.
>
> >AC: > - a agua doce, limpa, cristalina caindo em cachoeiras = agua
> oxigenada,
> > saudavel para ingestao;
>
> >RC:> Mas a Coca-Cola é uma das bebidas mais populares do mundo
assim mesmo.
>
> AC: nao alcancei a relacao de uma coisa com outra.
>
O que eu quis mostrar é que, embora a sua analogia possa ser válida,
o fator limpo/cristalino não é exatamente necessário nem para que
alguma coisa seja desejável para a ingestão. A propósito, algumas
pessoas podem preferir mesmo beber uma Coca-Cola ou uma cerveja
gelada a beber água, se ambas estiverem à mão.
. . .
> >RC> Muitas casas e prédios antigos são hoje considerados
> simplesmente "bregas". Idem com carros. O que vc acha hoje do design
> de um Cadillac rabo-de-peixe? Que tal uma Vemaguete? Como
diferenciar
> o "antigo" e "clássico" do "velho" e "brega"?
>
> AC: isso eh algo muito interessante, o de quando o brega vira
kitsch e fica
> bonito. Outro dia vi uma vemaguete, muito bem conservada, diga-se,
e achei
> muito bonita. Lembrei-me que foi o primeiro carro que dirigi
sozinho, de
> toda uma historia de juventude em que ela participou, enfim, viagei
no
> tempo. Essa parte merece um tratamento particular. Nao vou me
estender mais
> nesse ponto, embora fique tentado.
>
Fique à vontade. Como foi a história da Vemaguete?
[]s
Ronaldo
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 11:08
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Takata
> > > E prá vc, o que é a beleza?
> >
> > Eu defino em duas palavras:
> >
> > Taís Araújo.
>
> Errado!
> Mila Jovovich
> (o ser perfeito do Quinto Elemento)
>
Não precisa sair do Brasil:
Daniela Cicarelli (garota da Pepsi)
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 11:16
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>>
>> Mas adorariam levar o mundo junto com eles. Principalmente aquele
>> lá do Haven's Gate. Só teria que contactar os Aliens pra pedir
>> mais naves espaciais pra caber todo mundo.
>
> Vc sabe o q. eles pensavam? Se levar todo mundo, eles nao seriam os
> escolhidos.
Sei lá, talvez se conseguissem levar o mundo de bagagem eles se
tornariam os nossos senhores feudais no planeta mongo-bongo II.
> Então estamos concordando q. justamente o perigo das consequencias
> de um ataque q. cause prejuizos a si proprio e' um fator q. inibe a
> utilizacao de tais ataques.
Sim, foi o que fez o Kennedy piscar o olho quando encarou o Nikita
(ou vice versa, dependendo de quem conta a história). Mas imagina se
o Kennedy tivesse acordado naquele dia com uma terrível dor de
barriga...
> Puro pensamento volitivo. Nao ha' nada solido q. indique q. as
> coisas caminhem assim. E' uma serie de 'ses' escamoteados.
>
> (Talvez) da primeira vez escolherão um bode expiatório. Algum
> Iraque da vida. (Se) virem pela CNN o povo de Bagdad saindo 'as
> ruas pra comemorar a destruicao de Nova Iorque, (talvez) signifique
> que em 30 minutos não existirá mais Bagdad. Mas (pode ser q.) o Tio
> Sam fique p da vida (se) isso não adiantar nada. (Se os terroristas
> atacarem pela destruição de Bagdad), (pode ser que) queiram varrer
> todo o Eixo do Mal...
Eu não consigo ver o problema com esse tipo de pensamento. Está claro
que estamos falando de probabilidade, disso não há dúvidas. Mas é um
meio legítimo de análise estratégica. O que você faz quando joga
xadrez? "Se eu passar meu bispo pra cá, ele pode colocar a torre ali,
aí eu vou ter que mexer minha rainha, e talvez ele me coloque em
xeque, aí eu vou e...".
> Notas: *Aparentemente uma porcao de palestinos sairam 'as ruas
> comemorar os ataques ao Pentagono e ao WTC, as bombas cairam no
> Afeganistao.
Sim, na época eu pude conversar com algumas pessoas nos EUA, e eles
davam como certo que aqueles palestinos seriam varridos. Eu notei
muita revolta e sentimento de revanche, principalmente porque se
consideravam imbatíveis, e em sua concepção foram brutalmente
humilhados. Mas realmente o Tio Sam os poupou e as bombas caíram no
Afeganistão. Mas permita-me usar o pensamento volitivo agora. Se em
vez do WTC, fosse Manhatan...
> A questao nao e' a extincao da humanidade em 500 anos. A
> questao e' a perda de vidas humanas agora mesmo.
Correto. Mas continuo com meu pessimismo com relação a sobrevivência
da humanidade. Como um jogador de xadrez que está vendo seu rei ser
cercado, e não vê muitas saídas.
> []s,
>
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 11:16
--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> O que eu quis mostrar é que, embora a sua analogia possa ser
> válida, o fator limpo/cristalino não é exatamente necessário nem
> para que alguma coisa seja desejável para a ingestão. A propósito,
> algumas pessoas podem preferir mesmo beber uma Coca-Cola ou uma
> cerveja gelada a beber água, se ambas estiverem à mão.
Foi a Coca ou a Pepsi q. lancou uma cola transparente q.
foi fracasso comercial? (Ou nenhuma das duas?)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 11:37
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Sei lá, talvez se conseguissem levar o mundo de bagagem eles se
> tornariam os nossos senhores feudais no planeta mongo-bongo II.
E isso causaria a extincao da humanidade... Acho q.
estamos a salvo se formos depender disso.
> o Kennedy tivesse acordado naquele dia com uma terrível dor de
> barriga...
E todo o congresso americano junto? Haja diarreia...
> Eu não consigo ver o problema com esse tipo de pensamento. Está
> claro que estamos falando de probabilidade, disso não há dúvidas.
> Mas é um meio legítimo de análise estratégica.
Não é nem de probabilidade. Não há probabilidade calculada
nesses passos. E' contar com o imponderável futuro. Assim
vale tto a catástrofe qto deus ex machina. Tto a queda de
Álamo qto a chegada da brigada ligeira. Tto Lula populista
como Luís Inácio estadista.
> Afeganistão. Mas permita-me usar o pensamento volitivo agora. Se em
> vez do WTC, fosse Manhatan...
Bem se for um ataque do Gojira (aka Godziila) talvez ataquem o Japao -
- mandarao o King Kong pra la'.
> > A questao nao e' a extincao da humanidade em 500 anos. A
> > questao e' a perda de vidas humanas agora mesmo.
>
> Correto. Mas continuo com meu pessimismo com relação a
> sobrevivência da humanidade. Como um jogador de xadrez que está
> vendo seu rei ser cercado, e não vê muitas saídas.
Pessimismo. Ei-lo em seu nome devido.
A aposta continua em pé. Topa?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 11:47
Oi,
Manuel: Freud foi muito claro em sua conceitualização da libido. Definiu-a
como "a manifestação dinâmica da sexualidade."
Takata: Nao vejo nada claro em "manifestacao dinamica da sexualidade"...
Manuel: Não vê "nada" claro? Tá tudo escuro? Pois trago comigo a luz que
guiará teu espírito atormentado pela dúvida cética. Aleluia, irmão!
"Manifestação dinâmica" é o mesmo que "ação", "impulso", "pulsão". Por
conseguinte, "manifestação dinâmica da sexualidade" significa "pulsão
sexual".##########>E precisava dar esta volta toda? Ao suspense impolado
poderá sucumbir a curiosidade. Não obstante, existe uma celeuma em torno
destes termos, que ora apresenta entre aspas, por conta daqueles que
traduziram a obra do 'Grande Zig'<#############
Freud define "pulsão" como "um conceito situado na fronteira entre o mental
e o somático, como representante psíquico dos estímulos que se originam
dentro do organismo e alcançam a mente; como uma medida da exigência feita à
mente no sentido de trabalhar em conseqüência de sua ligação com o corpo"
(S. Freud; Os Instintos e Suas Vicissitudes; Standart Brasileira; XIV; p.
137)
Manuel: A libido, segundo o fundador da psicanálise, é impulso psíquico
associado ao instinto sexual ou a manifestação mental do instinto sexual. O
Id, repositório da libido, é para Freud a instância psicobiológica por
excelência.#########>Pô, Manuel! Será que você não bebe cerveja no botequim?
Como consegue se comunicar? Dizia um competente comunicador (Abelardo?):
"Quem não se comunica, se trumbica.
Um amigo, médico recém formado nos tempos em eu mesmo estava concluindo a
Escola, costumava vir até a 'minha esquina' e conviver com as pessoas que
alí frequentavam. Ginecologista, obstetra e cirurgião pélvico, não raro
respondia ao que lhe era perguntado com um discurso profuso em termos
técnicos. Diga-se, nem sempre suas explicações eram de bom senso.
Determinado dia chegou mesmo a descrever, pele a pele, uma cirurgia
cesareana. Pouco depois ele se retirou e um amigo comum comentou: "Ele manja
prá ca.....!" E eu lhe pergunto: "Que foi que ele disse?" O amigo ri
desconcertado. O colega não chegou nem perto da resposta daquilo que lhe
fôra perguntado. Faz-me recordar uma nota que um listeiro colocou no final
de sua msg: "Quidquid latine dictum sit, altum viditur" ("Qualquer coisa
dita em latim parece profundo")<########
Takata: Ergo, nao tem nada q ver necessariamente com testosterona. Pode ser
ate' mesmo, como alguns psicanalistas freudianos afirmam, uma manifestacao
puramente liguistica.
Manuel: Freud escreveu:<<O fato da existência de necessidades sexuais no
homem e no animal expressa-se na biologia pelo pressuposto de uma "pulsão
sexual". Segue-se nisso a analogia com a pulsão de nutrição: a fome. Falta à
linguagem vulgar [no caso da pulsão sexual] uma designação equivalente à
palavra "fome"; a ciência vale-se, para isso, de "libido".>> (S. Freud; Três
Ensaios sobre Sexualidade; As Aberrações Sexuais) -- Sinceramente, não vejo
como essas palavras podem dar margem a uma interpretação da libido como uma
manifestação puramente linguística. Isso é conversa para puritano
celibatário dormir.#########>Durante os vinte anos que atuei como
profissional a maioria esmagadora de minha clientela era 'população
carente'. Como atingir à estas pessoas? Alguns, que classifico elitistas,
preconizavam como impossível relacionamento em bases psicanalíticas com este
tipo de clientela. Mas fiz milagres! Também em meu círculo social: Sou
obrigado oferecer 'liguagem' acessível ou não me fazer entender. E, já que
julgo meu conhecimento no assunto, mais adiantado, tenho eu de ser também
capaz de repassá-lo... ou calar-me.<###########
O que se verifica é que o desejo sexual insatisfeito dribla a interdição
substituindo o seu objeto por um signo ou representação tropológica, ou
seja, por algo que mantém com o objeto originário uma relação de proximidade
ou de semelhança. Vale dizer, nós, animais simbólicos, valemo-nos dos
mecanismos fundamentais da semiose e da linguagem (metonímia e metáfora)
para mitigar nossos desejos frustrados. O problema é que o signo não é a
coisa significada. Essa incompletude do signo, tembém presente no fato de
que "o significado de um significante é outro significante e assim
indefinidamente", faz com que o desejo permaneça insatisfeito e, por
conseguinte, a busca por sua satisfação jamais se complete.
Manuel: Um processo psicossexual, seja genital ou pré-genital, ligado à
função reprodutiva ou não, para que possa ser caracterizado como sexual deve
ter por base um processo bioquímico específico, que envolve endorfina,
neurotransmissores (dopamina) e, sobretudo, o hormônio masculino, a
testosterona. Caso contrário, se não envolve essa química, então não é
processo psicossexual.
Takata: Nao vejo por q.#########>Dá-lhe Takata!<##########
Manuel: Não vejo por q. não.
Manuel: Mas eu me referi à teoria da libido "de Freud".########>Vc aceita a
doutrina freudiana? Então é também sua idéia. Não aceita...? Qual sua
idéia?<###########
Takata: A qual tem varias interpretacoes. Especialmente qdo se escreve algo
como: "manifestacao dinamica da sexualidade".
Manuel: Vc acha mesmo que essa expressão é ambígua ou tá só de brincadeira?
Será que essa dificuldade de entender Freud não se deve a uma recusa
obstinada para não aceitá-lo?#########>É... A mim também parece que o
Takata é 'meio resistente' (ceticismo seletivo). Mas porque falar de Freud?
Freud abriu um portal. Os que vieram depois seguiram caminhos. Nós,
encontramos a mata desvirginada! É óbvio que não se tem nada de absoluto
(concreto). Caso contrário teríamos uma terapia psicanálitica padronizada,
com brevidade de tempo e acessível às massas. Assim, se por resistência ou
diletantismo, sou favorável a que o Manuel esclareça àquilo que o Takata
está inquirindo: Não é tão difícil, ou é?<########### hehehe
Vamos ver se você acha a seguinte sentença também ambígua: <<O consenso
popular distingue entre a fome e o amor como sendo os representantes de
instintos que visam, respectivamente, à preservação do indivíduo e à
reprodução da espécie. Aceitamos essa distinção bastante evidente, de tal
modo que também na psicanálise fazemos uma distinção entre os instintos
autopreservativos ou instintos do ego, por um lado, e os instintos sexuais,
por outro lado. À força pela qual o instinto sexual está representado na
mente chamamos 'libido' -- desejo sexual -- e consideramo-la como algo
análogo à fome.>> (S. Freud; Uma Dificuldade no Caminho da Psicanálise; Vol.
XVII; Standard Brasileira)##########>Pergunta para o Manuel: É assim que vc
pensa?<#########
[]s,
Manuel Bulcão
##########>PLUR (Peace, Love, Unity and Respect),
Antonio Renato.
= O imitador das tendências atuais<##########
#######>PS: Até a próxima segunda-feira. Estou de saída<#######
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 11:47
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
> Pepsi cristal era o nome dela :)
Eso, eso, eso.
http://crystalpepsi.captainmike.org/
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 12:06
Oi,
Antônio: O assédio de um filho por sua mãe (Ou pessoa que lida com a
criança, por vezes a avó) não é tão raro quanto possa parecer.
Manuel: Há experimentos com mamíferos que indicam que a mãe exerce uma
influência decisiva nas escolhas sexuais de seus filhos machos. Em 1998
Keith Kendrick, da Universidade de Cambridge, fez com que ovelhas adotassem
cabritos e cabritas recém-nascidos. Ao tornarem-se adultos, os animais foram
deixados em estábulos onde haviam cabras, ovelhas, bodes e carneiros.
Observou-se então que os animais criados por pais adotivos escolhiam como
parceiros sexuais indivíduos da espécie da mãe adotiva. "Ficou claro em
muito pouco tempo que esses animais optaram por ficar na companhia de e
acasalar-se com animais da espécie à qual pertencia sua mãe adotiva"
(Kendrick). Entre os machos isso se deu em 90% dos casos. Tal tendência
mostrou-se muito mais fraca e reversível entre as fêmeas.
Observou-se também, entre alguns primatas, que não é tanto porque os filhos
evitam mas sobretudo devido a uma obstinada recusa das mães que se verifica
uma baixíssima incidência de relações sexuais incestuosas entre mães e
filhos adultos. (No momento não tenho em mãos os dados e as referências
bibliográficas acerca dessas observações, mas vou procurar).
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: RE: Dúvida: sobre gatos
FROM: "Iane Maria" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 12:24
Oi, meu nome e Marian (sou filha de Marco Aurelio Andrade) e não pude evitar
responder a este tipo de dúvidas. Eu mesma tenho dois gatos e cuido deles
como se fossem filhos meus...
Fico muito contente em saber que sua gata não teve problemas de parto, mas é
triste que ela tenha ficado tão nervosa após isso.
Se bem meus gatos nunca tiveram crias, uma coisa que aprendi com os anos é
que os bichinhos e as pessoas não são lá muito diferentes. Precisam de muita
atenção e todo carinho que você puder dar vai ser bem-vindo.
Bichinhos de estimação quando moram com humanos (mesmo se não forem
castrados) criam uma relação de pais-filhos com seus donos.
Quando era menor, minha gata Mini era muito arisca (muito mesmo). Logo de
pensar, decidi que o melhor era reconforta-la. Foi assim que criei o
"tratamento de ombro". Cada vez que tinha tempo eu punha ela no meu ombro e
nanava. Se podia até fazia de conta que estava ronronando. Se ela não
quisesse ficar, eu deixava ela descer. Assim até que ela se acostumou.
Tambem consegui mais tempo para brincar com ela. Hoje posso dizer que minha
gata está muito mais tranquila (se bem arisca ela sempre vai ser,
aparentemente é algo genético).
E a primera ninhada de sua gata? Se é assim talvez ela não saiba bem o que
fazer e acho que como "avó" talvez tenha que ser você quem ensine ela (a
natureza pode ser boba).
Eu recomendaria (sempre dentro das possibilidades) que você a mime e tente
fazê-la cumprir con as obrigações de gata mãe. Algo assim como pô-la no
colo, fazer com que fique bem tranquila e pôr os gatinhos a mamar enquanto
você está cuidando dela. E sempre que ela mie demais, pô-la no colo e
mimá-la.
Ela tem que aprender que deve cuidá-los (mesmo que quem faça realmente isso
seja a "avó").
Fico torcendo para que de tudo certo!
Marián Andrade Lessa
http.//antares-chan.cjb.net
-----Mensaje original-----
De: Ligia Gallo [mailto:ligia5555@yahoo.com.br]
Enviado el: Jueves 31 de Octubre de 2002 14:57
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Asunto: [ciencialist] Dúvida: sobre gatos
Oi!
Estou com um problema por aqui e gostaria de saber a resposta com
quem entende de gatos (que fazem miau, têm quattro patas, rabo,
pelo... focinho) :)
Tenho uma gata (a siamesa) que deu cria há quase duas semanas. O
parto correu bem, as crias nasceram bem. O problema agora é que ela
está muito nervosa. Esteve calma todo esse tempo mas desde ontem,
ela fica andando com os gatinhos pela casa e vai espalhando os
filhotes aos quatro cantos enquanto mia como se estivesse
desesperada. O cesto dela está limpo, as crias ficam bem por lá, mas
ela nem os deixa dormir, fica todo tempo acordando os gatinhos...
que que eu faço?
Procurei saber com o veterinário e ele disse que não é nada... poxa,
não é nada? Tenho é que explicar a ela que não é nada... :)
Agradeço desde já alguma colaboração... to com a cabeça atordoada
com os miados :)
Lígia
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SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 12:43
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> A aposta continua em pé. Topa?
Depositar 1 real por dia nos próximos 500 anos? Se o mundo acabá, eu
ganho? Mas vou estar ganhando um dinheiro que já era meu mesmo, assim
não vale. Aposta maluca.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 12:55
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
>
> Estas informações podem ser confrontadas com "O Inverno Nuclear"
> de C.Sagan et al.
O que ele diz lá?
> []
>
> Alexandre Medeiros
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 13:04
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> >
> > A aposta continua em pé. Topa?
>
> Depositar 1 real por dia nos próximos 500 anos? Se o mundo acabá,
> eu ganho? Mas vou estar ganhando um dinheiro que já era meu mesmo,
> assim não vale. Aposta maluca.
Vc ganha a satisfacao de estar certo. Se esta' tao
convicto assim nao sera' um risco. E alem do mais
recebe nao apenas o dinheiro de volta, mas tbm
o equivalente em dobro.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 13:18
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
>
> Vc ganha a satisfacao de estar certo. Se esta' tao
> convicto assim nao sera' um risco. E alem do mais
> recebe nao apenas o dinheiro de volta, mas tbm
> o equivalente em dobro.
Satisfação? Só terei satisfação se eu perder e se as minhas
convicções estiverem erradas. Então como é que eu aposto querendo
perder?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Universo Plano - por Belisario
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 13:28
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo"
Sent: Friday, November 01, 2002 8:26 AM
Subject: [ciencialist] Universo Plano - por Belisario
> Achei um artigo muito bom do Belisario no Observatório da Imprensa
> comentando sobre a "descoberta" do Universo Plano.
> http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc05052000.htm
Excelente artigo. Parabéns ao Belisário e parabéns ao Observatório da
Imprensa em sua luta inglória no sentido de melhorar o nível de nossa
imprensa científica. Vou apenas tecer alguns comentários paralelos, sem
entrar no mérito da questão, pois o artigo, por si só, já diz tudo.
> O dilema jornalístico de como noticiar a descoberta não teve uma
> solução tão elegante. Omissões, frases malfeitas e conceitos errados
> impediram que se desse uma noção adequada da sua importância e
> fizeram aumentar ainda mais a injusta pecha de hermetismo e
> excentricidade que envolve a Física Moderna.
Concordo com a essência mas discordo frontalmente com relação aos
questionamentos paralelos. Esclareço: "Omissões, frases malfeitas e
conceitos errados" constituem-se num ponto comum à grande maioria artigos
científicos divulgados por nossa imprensa científica e isso retrata a
ignorância dos jornalistas, produto de sua má-formação (e aqui entraríamos
no terreno educacional), associada à sêde da fabricação de furos
jornalísticos manifestada por seus editores que, com raríssimas exceções,
estão muito pouco preocupados com a qualidade da notícia.
Essa desinformação nada mais faz senão confundir o leitor. Acho mesmo que
colabora para que o leigo sinta-se cada vez mais alijado desse hermetismo,
no sentido de "caráter daquilo que é difícil de compreender e/ou
interpretar" (dicionário Houaiss), e da excentricidade, no sentido de
"maneira de pensar ou agir que foge aos padrões comuns, convencionais"
(idem) e que, sem dúvida alguma, caracterizam a física "moderna". Mas daí a
caracterizarmos estas "virtudes" inerentes à física "moderna" como *pecha"
e/ou considerarmos *injusto* o reconhecimento das mesmas, vai uma
distância muito grande.
Lembro ainda que a grande maioria dos jornalistas que tenho flagrado a
retratarem o tema, postam-se como simpatizantes dessa física hermética,
excentrica e, diria mesmo, extravagante. Tanto a desinformação que propalam,
quanto a simpatia que demonstram, nada mais fazem senão refletir a
ignorância pelo tema. Mesmo porque trata-se de uma simpatia gratuita e a
relacionar-se ao que costumamos chamar por critério da autoridade. E quero
crer que neste caso os jornalistas estão postando-se de maneira idêntica
àquela que tenho flagrado em físicos dos melhores institutos de física do
país e do mundo.
> O Estado de S.Paulo descreveu-o "chato como uma panqueca".
As vezes tem-se a impressão de que o jornalista está confundindo o Universo
com a Galáxia e/ou com o Sistema Solar.
> Muitas vezes, entretanto, esse tipo de simplificação
> excessiva é encontrada em textos de divulgação científica escritos
> pelos próprios cientistas.
Bem, essa é uma denúncia séria e quero crer que merecia ser devidamente
apurada.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 13:33
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Satisfação? Só terei satisfação se eu perder e se as minhas
> convicções estiverem erradas. Então como é que eu aposto querendo
> perder?
Vc vai tbm colaborar com uma campanha beneficente para
uma pessoa pobre. No caso sou eu, mas acho q. nao tem
problema - 'fazer o bem, sem olhar a quem'.
(Num prazo de 500 anos poderemos fazer qq tipo de
'previsao' q. quisermos ou conseguirmos imaginar...
Cura da Aids, paz universal, guerra nuclear, fome
mundial, conversao total ao islamismo, extincao
das baleias, remodelagem genetica, Brasil como o
país mundialmente hegemonico, colonias
extra-solares, teletransporte, fim do futebol,
abolicao do alcool, viagem no tempo... So' dar
uma lida nos livros de ficcao cientifica e fantasia
futurista.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como__fcil_!!!
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:02
Uau!!!Gosto das pessoas dessa área pelo fato delas fornecerem explicações mirabolantes para coisas simples.Poderiamos fazer um campeonato megalomaniaco de conhecimento, dizia-se um fato ou um objeto e tentava -se relacionar o maior número de acontecimentos e verdades cientificas possíveis a tal.
Antonio voce faz cocô???Não se sinta ofendido , isso é ouro,voce sabe disso.Se acham uma grosseria saibam que nada no mundo é perfeito e sugiro que leiam o prefácio de "Regresso ao Admirável Mundo Novo" do saudoso Huxley.
Oi Lígia
Ontem estive assistindo um tipo de Globo Reporter do SBT.
Um dos assuntos reportava-se ao fato da mãe manifestar-se condescendente
com determinado indivíduo de sua prole. Uma mãe colocava, referindo-se a um
de seus dois filhos: "Ele consegue me irritar...!"
Então, veja bem, a criança 'consegue' uma relação de domínio sobre sua mãe.
Consegue instilar afeto (negativo, é verdade) significativo, consegue fazer
sua mãe 'perder a razão' (Interfere no 'mundo' da mãe, independentemente da
vontade dela!). É uma maneira que a criança 'rejeitada' forjou se, por um
lado 'vinga-se' por estar sendo posto em segundo plano, por outro mobiliza a
atenção materna (Atenção esta, de que tanto necessita).
Especulando: Caso a mãe não apresentasse a reação que apresentou, caso
permanecesse indiferente, certamente a criança abandonaria o comportamento
inicial, o que não significaria desistir de seu intento (Mobilizar a atenção
da mãe). Retomaria ele 'outras estratégias', quem sabe agora, dotada de
adequação.
Porque esse comportamento? Porque a mãe é 'uma figura' (representação)
relevante, importante em seu mundo, sua vida.
Extrapolando, você é uma figura que tomou significado no mundo do
Maçaranduba. Quem poderia saber com quem ele a identificou? Seria uma irmã,
uma namorada, ou a própria mãe que 'extravazava' em xingamento:
"Imprestável"!?
Mas de certo temos: Do universo de listeiros disponíveis, você foi a
escolhida! Você é importante. Se não o fosse... não haveria a tentativa de
'ligar-se' a vc, de mobilizar sua atenção. Eu tomaria isso como um elogio.
Peço sua atenção no sentido de não 'sucumbir' a estratégia inadequada de
alguém que, em realidade, invoca seu amor.
Bjus, Antonio Renato.
Em tempo: Ele está falando de "alguma coisa séria". Se comporta-se de
maneira imprópria, não vamos imitá-lo.
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SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:05
--- Em ciencialist@y..., Carol Sturari <carolsturari@u...> escreveu
> Encontrei este texto relacionado ao assunto e à vcs o repasso:
> [ ]'s
> Carol
>
. . .
> - a boca ideal tem altura de 1/3 da distância entre o nariz e o
queixo e largura de duas vezes o olho;
Já que eu mencionei a Daniela Cicarelli numa outra mensagem, vale
lembrar que ela pode ser um exemplo de como a boca pode não ter a
largura de duas vezes o olho e ser fantástica assim mesmo...
(aliás, não devem faltar exemplos de beldades bocudas por aí)
http://www.wtennis.com.br/images/revistawt/59/CAPACICA.jpg
. . .
> Vejamos alguns exemplos de musas da telinha:
>
> idade altura peso busto cintura quadris
> Luana Piovani 25 1,78 60 90 65 92
> Malu Mader 35 1,70 60 84 63 85
> Ana P. Arósio 27 1,71 52 86 63 90
> Deborah Secco 22 1,64 50 87 60 88
> Camila Pitanga 25 1,71 58 87 61 90"...
>
Sobre a proporção cintura/quadris, será que ela se aplica à Gisele
Bündchen ou outras manequins de passarela também?
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Re:_Revoltado:_Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como__fcil_!!!
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:06
Ligia eu te amo.........:)
Você toca num ponto sensível, Antonio. Não teria notado isso por mim
mesma e concordo, você pode estar certo. Existe mesmo algo de muito
estranho no comportamento de certas pessoas que parecem ter "o dom de
irritar" que observando-se pelo lado que você aponta, faz sentido.
Eu confesso que fiquei profundamente irritada com a reação desse
gajo, simplesmente porque não era uma reação esperável de alguém numa
lista de discussão. Vai daí a minha reação, reação essa que eu não
costumo ter. Foi um lapso... :)
Entre o tentar entender as reações de certas pessoas e realmente
entendê-las vai uma longa distância. Posso perceber isso agora...
Obrigada pelo toque,
Bisous, Lígia
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:_O_QUE__A_BELEZA
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:13
Segundo Voltaire:
"Perguntem a um sapo o que é a beleza , o belo admirável , o tokalón. Responder vos-á que é a fêmea dele , com os seus dois grande olhos redondos , salientes , espetados na pequenina cabeça , um focinho largo e achatado , barriga amarela , dorso acastanhado".
rmtakata <rmtakata@altavista.net> wrote:--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
> Pepsi cristal era o nome dela :)
Eso, eso, eso.
http://crystalpepsi.captainmike.org/
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como _é_fácil_!!!
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:22
Boa Tarde a todos !!!
Nesta lista não há somente pessoas com um grande embasamento
científico. Há também literatos, quer ver ?
Daqui a pouco irá surgir uma longa dissertação sobre o grande poeta do
período colonial Gregório de Matos.
Em tempo ( e desculpe a minha falta de atenção ) porque você pegou
no pé da Lígia?
Atenciosamente: Lisandro.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 01/11/02 15:28 -----
gregorio guerra
<boca_do_inferno2@ya Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
hoo.com.br> cc:
Assunto: Re: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:
01/11/02 16:02 _[ciencialist]_Vejam_como_é_fácil_!!!
Favor responder a
ciencialist
Uau!!!Gosto das pessoas dessa área pelo fato delas fornecerem explicações
mirabolantes para coisas simples.Poderiamos fazer um campeonato
megalomaniaco de conhecimento, dizia-se um fato ou um objeto e tentava -se
relacionar o maior número de acontecimentos e verdades cientificas
possíveis a tal.
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condescendente
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de seus dois filhos: "Ele consegue me irritar...!"
Então, veja bem, a criança 'consegue' uma relação de domínio sobre
sua mãe.
Consegue instilar afeto (negativo, é verdade) significativo, consegue fazer
sua mãe 'perder a razão' (Interfere no 'mundo' da mãe, independentemente da
vontade dela!). É uma maneira que a criança 'rejeitada' forjou se, por um
lado 'vinga-se' por estar sendo posto em segundo plano, por outro mobiliza
a
atenção materna (Atenção esta, de que tanto necessita).
Especulando: Caso a mãe não apresentasse a reação que apresentou,
caso
permanecesse indiferente, certamente a criança abandonaria o comportamento
inicial, o que não significaria desistir de seu intento (Mobilizar a
atenção
da mãe). Retomaria ele 'outras estratégias', quem sabe agora, dotada de
adequação.
Porque esse comportamento? Porque a mãe é 'uma figura'
(representação)
relevante, importante em seu mundo, sua vida.
Extrapolando, você é uma figura que tomou significado no mundo do
Maçaranduba. Quem poderia saber com quem ele a identificou? Seria uma irmã,
uma namorada, ou a própria mãe que 'extravazava' em xingamento:
"Imprestável"!?
Mas de certo temos: Do universo de listeiros disponíveis, você foi a
escolhida! Você é importante. Se não o fosse... não haveria a tentativa de
'ligar-se' a vc, de mobilizar sua atenção. Eu tomaria isso como um elogio.
Peço sua atenção no sentido de não 'sucumbir' a estratégia inadequada
de
alguém que, em realidade, invoca seu amor.
Bjus, Antonio Renato.
Em tempo: Ele está falando de "alguma coisa séria". Se comporta-se de
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SUBJECT: OT: Flashs experimentais
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:38
É meio off-topic, já q alguns dos Flashs mostram conceitos q poderiam
ser usados em demonstrações científicas na internet. Todos são bem
legais:
- ARSE i am
http://www.arseiam.com/
MK
SUBJECT: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como_é_fácil_!!!
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:42
Caro Boca,
--- Em ciencialist@y..., gregorio guerra <boca_do_inferno2@y...>
escreveu
>
> Uau!!!Gosto das pessoas dessa área pelo fato delas fornecerem
explicações mirabolantes para coisas simples.Poderiamos fazer um
campeonato megalomaniaco de conhecimento, dizia-se um fato ou um
objeto e tentava -se relacionar o maior número de acontecimentos e
verdades cientificas possíveis a tal.
FSK> Vá lendo e estudando, um dia vc chaga lá...
F.
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:51
--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> Já que eu mencionei a Daniela Cicarelli numa outra mensagem, vale
> lembrar que ela pode ser um exemplo de como a boca pode não ter a
> largura de duas vezes o olho e ser fantástica assim mesmo...
Estes e' um dos poucos momentos em q. o fato de ter poucas
garotas na lista em meio a varios marmanjoes. Detestaria
receber mensagens e mensagens sobre a beleza de gianechinis
da vida.
(Viva Luize Altenhofen, Camila Pitanga, Angelina Jolie, Naomi
Campbell, Cameron Diaz, Sherilyn Fenn, Halle Berry, Fernanda Lima,
Norika Fujiwara, Lavinia Vlasak, Kei Hoshiko, Leila <Gomes de
Barros>, Sheryl Crow, Noriko Sakai, Patricia Poeta, Fiona
Apple, Norma Jeane, Ingrid Bergman, Leila Diniz, Rita Hayworth,
Kelly Key, etc, etc, etc.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] De mulher para mulher
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 15:57
Deus não passa de uma mulher do Paraguai???
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
Um dia, no jardim do Éden, Eva disse o Criador:
- Deus, estou com um problema!
- Qual é o problema, Eva?
- Deus, sei que me criaste e me deste este maravilhoso
jardim... e todos estes maravilhosos animais.... e esta
serpente tão graciosa, mas... não sou feliz.
- Por que, Eva? - disse o Senhor.
- É que apesar de tudo isso estou sozinha...
e não agüento mais comer maçãs.
- Bem, Eva, neste caso, tenho uma solução.
Criarei um homem para ti!
- O que é um homem, Senhor?
- Um homem será uma criatura defeituosa, com muitos
atributos negativos. Mentiroso, arrogante, vaidoso que,
em resumo, fará da tua vida um inferno! Mas... será maior,
mais rápido, vai caçar e matar animais. Terá um aspecto
estúpido quando ficar excitado, mas, para que não te
queixes, o farei de modo que satisfaça tuas necessidades
afetivas. Será um tanto patético e sentirá prazer em coisas bobas
como lutar ou dar pontapés numa bola. Como não será
muito inteligente, vai precisar do tua completa atenção para pensar
e proceder adequadamente.
- Parece ótimo! - disse Eva, com um sorriso.
- Porém... - disse Deus...
- Qual é o problema?
- Bem... Vais tê-lo com uma condição.
- Qual, Deus?
- Como te disse, o homem será orgulhoso, arrogante e
egocêntrico... Assim, terás que deixar ele acreditar
que eu o fiz primeiro. Lembre-se, será nosso pequeno
segredo, Eva... de mulher pra mulher...
##########>Conclusão: Deus é travesti!<##########
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Informacao quantica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 16:05
Rules for a Complex Quantum World
http://www.sciam.com/article.cfm?chanID=sa006&articleID=0005C8BF-1B88-
1D9B-815A809EC5880000&pageNumber=1&catID=2
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 16:51
Oi,
Manuel: A libido, segundo o fundador da psicanálise, é impulso psíquico
associado ao instinto sexual ou a manifestação mental do instinto sexual. O
Id, repositório da libido, é para Freud a instância psicobiológica por
excelência.
Antônio:Pô, Manuel! Será que você não bebe cerveja no botequim? Como
consegue se comunicar?
Manuel: Caríssimo Antônio Renato, estou começando a achar que é você que
está bebendo cerveja demais no botequim, por isso não está conseguindo
entender nada, pôrra nenhuma, nem mesmo o que eu escrevi acima, que não tem
nada de empolado, profuso, técnico, não contém nenhuma expressão em latim,
não está escrito de trás pra frente como os textos de Camões e é tão claro e
cristalino quanto a seguinte afirmação de Freud: "À força pela qual o
instinto sexual está representado na mente chamamos 'libido' -- desejo
sexual -- e consideramo-la como algo análogo à fome." Não sei como ser mais
claro, não conheço nenhum manual do tipo "Psicanálise para Jumentos e
Mulas". Qual a sua dificuldade? São as palavras "impulso", "repositório",
"instância" e "psicobiológica"? Caso seja assinante do UOL, vá ao seguinte
site que suas dúvidas serão esclarecidas:
http://www.uol.com.br/aurelio/
Nas vezes em que eu bebo muito também fico assim: quando chego no fim da
frase, já não me lembro mais do que tinha no começo.
Você está sendo injusto e desrespeitoso. Antes de insinuar que eu apenas
quero parecer profundo, que eu não consigo me comunicar, antes de fazer
chacota com o meu estilo de escrever, antes de tirar sarro da minha cara,
você devia se esforçar um pouquinho, só um pouquinho, para tentar entender o
que os outros escrevem. Uma questão de boa-vontade da sua parte, apenas.
Ademais, você não é nenhum leigo: você é médico e, pelo que me lembro, gosta
de afetar erudição e ostentar um vasto saber na área da psicologia: Que já
leu as obras completas de Freud (tendo começado a leitura ainda na
infância), que leu também Jung, Adler, Sullivan, Karen Horney, Erich Fromm,
Melanie Klein, Rollo May, Lacan, Carl Rogers, todas as revistas do Tio
Patinhas, etc. etc. etc.
Entrei nesta lista não para ostentar sapiência, mas para trocar idéias e me
divertir um pouco com outros nerds, CDF's e punheteiros intelectuais iguais
a mim. Sim, sou punheteiro intelectual, e daí?
Manuel Bulcão
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 17:16
> De: Carlos Zardini
> >
> > Estas informações podem ser confrontadas com "O Inverno Nuclear"
> > de C.Sagan et al.
>
> O que ele diz lá?
Mais ou menos o que vc diz, mas não lembro das quantidades.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Informacao quantica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 17:30
----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Friday, November 01, 2002 4:05 PM
Subject: [ciencialist] Informacao quantica
> Rules for a Complex Quantum World
> http://www.sciam.com/article.cfm?chanID=sa006&articleID=0005C8BF-1B88-
> 1D9B-815A809EC5880000&pageNumber=1&catID=2
(Obs.: o link está cortado)
Interessante o artigo.
Alguns comentários a respeito:
Os dois primeiros parágrafos estão em acordo com o que afirmei em msg
recente: A física quântica é uma ciência hermética no sentido light do
termo, ou seja, seu grau de complexidade adapta-se a um dos sentidos
apontados pelo dicionário Houaiss para a expressão hermética: "caráter
daquilo que é difícil de compreender e/ou interpretar". Por outro lado, o
autor compara esta dificuldade àquela encontrada por um jogador de xadrez
novato, o que não deixa de retratar também o seu caráter excêntrico.
Os parágrafos 3 e 4 denunciam o fanatismo dos físicos quânticos que, a
exemplo do autor, insistem em confundir fenômenos passíveis de serem
explicados por uma teoria com fenômenos inerentes a essa teoria. Fenômenos
inerentes a uma teoria não existem e isso retrata uma ignorância do que seja
ciência, aliado a um fanatismo sem limites e próprio daqueles que estudam um
assunto que sabem que mais cedo ou mais tarde será totalmente substituído
por algo melhor e a negar tudo o que estudaram. Fanatismo como este é
próprio de torcedores de futebol (via de regra flagrado entre torcedores do
time que está perdendo) ou, talvez, de jogadores de xadres, e parece-me que
o autor do artigo está levando muito ao pé da letra a comparação que fez nos
primeiros parágrafos.
Percebam que no parágrafo 3 ele fala em computador "quântico" e no parágrafo
4 em teletransporte "quântico". Não obstante, ele não se utiliza de
adjetivação análoga ao se referir às máquinas térmicas que, a seu ver,
*seriam* as "máquinas da física clássica". Dá para perceber o absurdo? Ora,
suponhamos, *por hipótese*, que amanhã constate-se os absurdos em que se
apóia a física quântica, o que a meu ver está muito próximo de acontecer.
Que nome daremos, a partir de então, a esses computadores e/ou ao
teletransporte? Por acaso eles deixarão de existir juntamente com a teoria?
[Lembro que algumas teorias físicas desapareceram totalmente dos livros de
ciência, à exceção dos livros de história da ciência, como, por exemplo, as
teorias do flogisto e do calórico.]
Bem, vou parar por aqui pois somente agora notei que o artigo continua em
outras 6 páginas web a retratar um assunto que efetivamente não me agrada.
Como já afirmei em mensagens anteriores, não há como aceitar aquilo que
constatamos apoiar-se numa série de erros crassos. Deixo então documentada a
minha crítica aos 4 primeiros parágrafos da introdução, e não se trata de
uma crítica à física quântica propriamente dita, mas à postura comumente
apresentada pelos chamados físicos quânticos (adjetivação esta que também
não deveria ser tão valorizada, e não obstante é).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: MSG para Manuel - 2
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 18:33
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
Manuel: Um processo psicossexual, seja genital ou pré-genital, ligado
à função reprodutiva ou não, para que possa ser caracterizado como
sexual deve ter por base um processo bioquímico específico, que
envolve endorfina, neurotransmissores (dopamina) e, sobretudo, o
hormônio masculino, a testosterona. Caso contrário, se não envolve
essa química, então não é processo psicossexual.
Takata: Nao vejo por q.
Antônio: Dá-lhe Takata!
Manuel: Êta, viadagem!
Antônio: Assim, se por resistência ou diletantismo, sou favorável a
que o Manuel esclareça àquilo que o Takata está inquirindo: Não é tão
difícil, ou é?
Manuel: Para esclarecer pra ti é um pouco difícil. Tem que ser com a
ajuda daquele norte-americano que amestrou o Rin-Tin-Tin.
Manuel, transcrevendo Freud: "À força pela qual o instinto sexual
está representado na mente chamamos 'libido' -- desejo sexual -- e
consideramo-la como algo análogo à fome.>> (S. Freud; Uma Dificuldade
no Caminho da Psicanálise; Vol.XVII; Standard Brasileira)
Antônio: Pergunta para o Manuel: É assim que vc pensa?
Manuel: Exatamente, sem tirar nem pôr uma vírgula sequer. Curupaco-
papaco. Cá-o-pé lôro!
Manuel Bulcão
S.O.S.: Brudna, pelamordedeus, quero ser moderado!
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 18:36
Eia, calma, pessoal.
Manuel: o Antonio Renato, tenho certeza de q. ele nao quis ser
desrespeitoso.
Antonio Renato: nao liga, nao. 'As vezes da' essas nove horas
na Manuel, mas logo passa.
Paz a todos. E q. Deus (ou Buda, ou Mazda ou Marduc ou Brahma -- bem
melhor cerveja, nao) ilumine seus coracoes (espero q. nao seja um
cardiologista, por ai' e' sinal de q. a coisa esta' feia -- isto e',
assimetrica e desproporcionada).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Informacao quantica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 18:58
Alberto:
>Deixo então documentada a
| minha crítica aos 4 primeiros parágrafos da introdução, e não se trata de
| uma crítica à física quântica propriamente dita, mas à postura comumente
| apresentada pelos chamados físicos quânticos (adjetivação esta que também
| não deveria ser tão valorizada, e não obstante é).<
Físico quântico é aquele que aprende aos saltos; ele não pula a cerca, tunela; ele não experimenta, equaciona (aliás equaciona mesmo antes de observar o fenômeno)... e termina dizendo "se não fosse a quântica o transistor não funcionaria".
Para minha divina sorte nunca fui um professor quantico, mas fui um bom professor ... sério mesmo, fui um bom professor de física!
"Bendito aquele que foi meu aluno, pois dele será o reino do Léo"
[]'
deus
=============
SUBJECT: Re: [ciencialist] OT: Flashs experimentais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 19:09
Simplesmente notável!
Parabéns pela 'descoberta'.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 1 de novembro de 2002 16:38
Assunto: [ciencialist] OT: Flashs experimentais
É meio off-topic, já q alguns dos Flashs mostram conceitos q poderiam
ser usados em demonstrações científicas na internet. Todos são bem
legais:
- ARSE i am
http://www.arseiam.com/
MK
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Especulação
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 20:58
Olá! Partilho comentário em assunto veiculado hoje no jornal A TARDE.
[]s
José Renato
_____________________________
A TARDE 01/11/2002 - Local
< http://www.atarde.com.br/coluna.php3?id_coluna=10&dt_coluna=2002-11-01&hr_coluna=18:38:04 >
Espaço do Leitor
Especulação
Os estragos da especulação financeira dos últimos quatro meses - estranhamente aceita pelas autoridades do governo FHC - já atingem o bolso do brasileiro. Enquanto o simples mortal recebe seu salário em reais, os preços administrados pelo governo são calculados pelo câmbio do dia do dólar. Com um exemplo desse, oferecido pelo próprio governo, que deveria ser o guardião da moeda, as empresas nacionais também entraram na remarcação pelo câmbio especulativo.
Desse modo, combustíveis, energia, telefonia e produtos da soja, produzidos em reais em quase sua totalidade, são criminosamente reajustados pelo câmbio especulativo devido às elevadas dívidas atreladas ao dólar, vincendas neste último semestre de 2002.
Se o comerciante aceitar esse jogo de ganância e, principalmente, se não tiver uma forte reação por parte do consumidor, a inflação dos preços se cristalizará e impedirá o retorno do câmbio em níveis aceitáveis, pelo menos abaixo do valor do peso da Argentina, destroçada por governantes corruptos que, para manterem-se no poder, atendiam às ordens dos credores do Norte e vendiam todo seu patrimônio, incluindo sua empresa estatal de petróleo.
Em uma sociedade politizada, consciente de sua importância no mercado de consumo, boicotam-se até produtos com aumentos de apenas um centavo, como vimos acontecer em uma cidade norte-americana. O litro do leite aumentou um centavo no principal supermercado. As donas de casa organizadas contataram-se por telefone dando o alerta e a palavra de ordem do boicote. O consumo de leite caiu para cerca de 10%. No dia seguinte, o preço baixou.
Enquanto nós, consumidores, não tivermos consciência da força de nossa reação contra aumentos oportunistas, sofreremos todos os males da inflação do dólar em nossos salários recebidos em real. Já estou fazendo a minha parte: não compro os produtos que elevaram preço sob a justificativa do aumento do câmbio, ou reduzindo o consumo, nos casos dos aumentos "autorizados" pelo governo, como ocorre com combustíveis, telefone, energia elétrica...
José Renato M. de Almeida
(Salvador-BA)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Depressão clínica
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 21:57
Lígia, anexo notícia abaixo sobre a possibilidade de ser maior a suscetibilidade da mulher à depressão clínica, devido a genética.
Casos comuns de depressão em animais ocorre com as galinhas. Depois de um período pondo ovos pode advir uma fase em que ficam 'chocas'. Seria uma depressão pós-choco? Mantém-se cochilando no ninho em lugar escuro, sobre qualquer objeto (pedras, lâmpadas, etc), como se estivessem chocando ovos que nunca eclodem, não bebem água, não se alimentam, definham. Lembro que, quando ocorria isso, minha avó nos orientava como tirar a galinha do choco. Assim, toda manhã, entrava rastejando no porão da casa onde elas faziam o ninho para tirá-las de lá e dar-lhes um banho de água fria, mergulhando-as em um tonel de água da chuva gelada. Algumas, logo no primeiro dia de banho voltavam a se alimentar, ciscar e beber água. Outras voltavam ao ninho escondido, o que tornava necessário repetir mais dois ou três dias de banhos pela manhã, para que voltassem à rotina do terreiro com as outras aves. Lembro que, nessas ocasiões, elas tinham temperatura elevada, como se estivessem com febre. Isso me levou a considerar a semelhança com os sintomas da depressão clínica nos humanos e a temperatura mais elevada na nuca das mulheres, devido a farta cabeleira, como um dos motivos de maior incidência desse mal no sexo feminino. Elas também são, geralmente, adeptas a um banho com água bem quente! O banho frio é um bom preventivo da depressão clínica. Melhor ainda quando vem depois de uma caminhada ou um exercício físico de pelo menos meia hora, três dias na semana, para gerar um pouco de serotonina, neurotransmissor que dá a sensação de tranqüilidade ao indivíduo, reduz a ansiedade e os sintomas do estresse.
Claro que vc não deve dar banho em sua gata, mas sugiro dar-lhe água e leite gelados, além da ração normal, mantê-la em lugar fresco/arejado e observar suas tendência ao isolamento em locais escuros e escondidos.
Abraços.
José Renato
ET. Quanto filhotes ela teve? Foi a primeira barrigada dela?
______________________________
Anunciado avanço na identificação do gene da depressão clínica
00:57 31/10 Agência EFE
< http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/saude/artigo/0,,972617,00.html >
Washington, 31 out (EFE).- Cientistas americanos anunciaram que avançaram na identificação de um gene da depressão clínica que afeta principalmente às mulheres.
Os resultados de um estudo publicado por pesquisadores do Centro Médico de Pittsburgh na Revista de Medicina Genética dos EUA indicaram que se encontraram importantes evidências dos transtornos unipolares com uma região específica do cromossomo 2q33-35 nas mulheres.
Os cientistas assinalaram que as conclusões do estudo sugerem que um gene nessa região provoca a vulnerabilidade de mulheres de famílias afetadas por um transtorno depressivo recorrente.
Agregaram que os homens com os mesmos antecedentes genéticos não têm maiores probabilidades de desenvolver transtornos de depressão que os normais.
"Reduzimos nossa busca do ponto de suscetibilidade para a depressão clínica a uma pequena região do cromossomo 2 que constitui só 0,01 por cento do genoma humano", disse George Zubenko, professor de ciências biológicas da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.
"Estes resultados confirmam conclusões determinadas anteriormente este ano que o gene da suscetibilidade neste região afeta seletivamente a vulnerabilidade das mulheres, mas não dos homens, de desenvolver uma depressão grave", acrescentou.
Segundo Zubenko, as mulheres são duplamente suscetíveis a desenvolver uma depressão em comparação com os homens e assinalou que o estudo proporciona provas que as diferenças genéticas são a causa dessa disparidade
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 23:21
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Eia, calma, pessoal.
>
> Manuel: o Antonio Renato, tenho certeza de q. ele nao quis ser
> desrespeitoso.
>
> Antonio Renato: nao liga, nao. 'As vezes da' essas nove horas
> na Manuel, mas logo passa.
>
> Paz a todos. E q. Deus (ou Buda, ou Mazda ou Marduc ou Brahma --
bem
> melhor cerveja, nao) ilumine seus coracoes (espero q. nao seja um
> cardiologista, por ai' e' sinal de q. a coisa esta' feia -- isto
e',
> assimetrica e desproporcionada).
>
> []s,
>
> Roberto Takata
Uh-hum mizi fio... Num é Deus não! Ocê chamô, Cabocla Crarência
chegô!
A lista tá é carregada qui só! Tem é qui apricá uns banho de
discarrêgo, acende vela di metro lá ni Aparecida, benzê cum óio santo
os quatro canto, rezá uns credo dano umas vorta pulano di um pé só e
acendê incenso di abri os caminho... ARREEEE!!!
Sai coisa ruim!!! ( Num é ocê não mizi fio, é o Cão! )
Um chero procê,
Lígia ( recebendo a Cabocla Clarência )
PS: CONSULTAS: tratar em pvt... :))
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2002 23:57
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, November 01, 2002 12:00 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Conceitos como Nagual, Tonal... sabe que até hoje eu fico
tentando saber se o meu tonal é bom? :)
Eu entendo o tonal como sendo o ego, a parte da personalidade voltada pro
mundo exterior. E o nagual é a nossa verdadeira essência, um pouco como o
Si-mesmo do Jung. Só que o Castaneda apresenta esses dois conceitos de um
ponto de vista energético. Aliás, essa é outra coisa que me ficou muito dos
livros dele: o de que a realidade é feita de pura energia, somos nós que
projetamos sobre ela o conceito de objetos materiais, como uma tentativa de
aprisionar seu livre fluxo (tipo o "tudo flui" de Heráclito ou a
impermanência no budismo). Mas quando você *vê* as coisas, percebe que o
mundo é uma enorme teia de filamentos de energia. O engraçado é que isso foi
escrito muito antes da teoria das supercordas, que apresenta basicamente a
mesma imagem, as partículas como vibrações de longos filamentos energéticos
unidimensionais.
>Não achei em diretório tb... acho que vai ser mais fácil
você me passar o endereço em pvt depois... :)
Não precisa ser em pvt. Se alguém mais ler e se interessar, o link é este:
http://groups.yahoo.com/group/Intempol1/
>Isto é, se o Deus que toma conta da lista (o da ira divina) der
permissão... :)
Naaaah, o Octavio não é um deus ciumento. ;-) Pelo contrário, quanto maior a
divulgação do Projeto Intempol, melhor.
>Hum... profundo isso :) A velhice (que não implica em idade
biológica, antes na postura mental) normalmente é receosa e não se
arrisca a aprovar idéias. Tem gente prá quem tudo é impossível... :)
E outros pra quem tudo - literalmente *tudo* - é possível. Eu faço o que
posso pra me incluir na segunda categoria. ;-)
>Impossível prá mim é aquilo que eu ainda não fui capaz de fazer :)
Eu ou alguma outra pessoa. Afinal, tudo é possível, mas isso não quer dizer
que eu queira experimentar pessoalmente tudo. ;-)
> Normalmente eu sou meio cega prás dificuldades...
Dificuldade? O quê que é isso, é de comer? ;-)))
>No que consistiria isso? Está nas obras do Castañeda?
Tá no terceiro livro dele, _Viagem a Ixtlan_, que gira todo em torno dessa
coisa de parar o mundo. A premissa é que a nossa realidade consensual é uma
descrição inculcada socialmente e que mantemos por meio de um diálogo
interno constante, que fica enfatizando a interpretação consensual. Parar o
mundo é interromper esse diálogo momentaneamente e abrir espaço pra outras
descrições da realidade.
>Educação repressora nesse sentido é dose: cria filtros prá uma vida
inteira... :)
Eu acho que a educação cria filtros, independente de ser repressora ou não.
Mas a educação repressora é mais difícil de desfazer, porque associa o ato
de tirar os filtros com culpa, ameaça de punição, uma sensação vergonhosa de
não estar fazendo o que é certo. Eu tive sorte de ter uma educação
relativamente liberal, apesar de ser de uma família conservadora.
>Longe de mim discutir decisões pessoais...
Eu não me importo de discutir. Estou razoavelmente seguro delas, acho que
elas agüentam mesmo o questionamento mais rigoroso - e, acredite, quando
você casa e não quer ter filhos, questionamentos rigorosos vêm de tudo
quanto é lado. ;-)
>Filhos criam vínculos vitalícios... :)
Esse nem é o grande problema. O que pega é, primeiro, trazer outro ser
humano pra um mundo que eu sinto como sendo uma prisão. Não gosto do mundo
e, pra mim, parece um ato de crueldade obrigar alguém a viver nele. Mas,
como eu disse, é uma coisa muito particular minha: se você quiser ter
filhos, por exemplo, eu não vou achar que *você* está cometendo um ato de
crueldade. Mas é assim que *eu* me sentiria.
>É questão de encaixe.
Aos poucos, a gente vai aprendendo.
>Depois de 13 anos de casada, tenho meus maus momentos, já passei piores mas
quando eu penso no que me
fez querer seguir a vida com este homem, eu sei que não poderia ser outro.
E não é acomodação. Acho que está mais para o treinamento constante do
amor, do se dar.
Eu sei como é que é isso. Tô casado há menos de dois anos, mas já tem sido
um exercício constante de aprendizado, pra mim e pra Gio.
>O casamento faz o ego ficar dócil... :)
Essa talvez seja a principal função do casamento pra mim - ajudar a domar a
besta fera do ego, e o meu não é nada mansinho... ;-)))
>Eu já daria tudo só prá poder dar uma espiadinha... :)
É disso que trata a minha pesquisa. ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: Depressão clínica
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2002 23:59
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Lígia, anexo notícia abaixo sobre a possibilidade de ser maior a
suscetibilidade da mulher à depressão clínica, devido a genética.
> Casos comuns de depressão em animais ocorre com as galinhas. Depois
de um período pondo ovos pode advir uma fase em que ficam 'chocas'.
Seria uma depressão pós-choco?
Lígia: Oi José Renato! Que idéia a sua das galinhas com depressão
pós-choco mas acho que pode sim, vai saber...? :)) Galinha também é
fêmea, acho que tem tudo a ver com a queda hormonal que se segue ao
parto/postura de ovos. Eu tive depressão séria depois de acabar de
amamentar meus filhos em um período de drástica queda hormonal...
Curei-me da fase aguda em ambas as vezes quando os níveis foram
normalizados.
JR: (...)Mantém-se cochilando no ninho em lugar escuro, sobre
qualquer objeto (pedras, lâmpadas, etc), como se estivessem chocando
ovos que nunca eclodem, não bebem água, não se alimentam, definham.
Lembro que, quando ocorria isso, minha avó nos orientava como tirar a
galinha do choco. Assim, toda manhã, entrava rastejando no porão da
casa onde elas faziam o ninho para tirá-las de lá e dar-lhes um banho
de água fria, mergulhando-as em um tonel de água da chuva gelada.
Lígia: Banho estimulante... interessante. :)
JR: (...)Lembro que, nessas ocasiões, elas tinham temperatura
elevada, como se estivessem com febre. Isso me levou a considerar a
semelhança com os sintomas da depressão clínica nos humanos e a
temperatura mais elevada na nuca das mulheres, devido a farta
cabeleira, como um dos motivos de maior incidência desse mal no sexo
feminino. Elas também são, geralmente, adeptas a um banho com água
bem quente!
Lígia: Meus cabelos são compridos... mas será que isso tem a ver
com o aquecimento da nuca? A sensação de prostração em decorrência
da depressão sim, é realmente muito parecida ao estado febril: dores
nas juntas, desânimo, fadiga, falta de apetite... e vontade de
isolamento completo.
JR: O banho frio é um bom preventivo da depressão clínica. Melhor
ainda quando vem depois de uma caminhada ou um exercício físico de
pelo menos meia hora, três dias na semana, para gerar um pouco de
serotonina, neurotransmissor que dá a sensação de tranqüilidade ao
indivíduo, reduz a ansiedade e os sintomas do estresse.
Lígia: É, andei lendo a respeito da atividade física gerando bem
estar. O problema é a falta de vontade mas depois de um banho frio,
acho que anima, né? Eu ando meio "surumbática" ultimamente...
irritável, cansaaada... vou seguir seus conselhos! Obrigada!
JR: Claro que vc não deve dar banho em sua gata, mas sugiro dar-lhe
água e leite gelados, além da ração normal, mantê-la em lugar
fresco/arejado e observar suas tendência ao isolamento em locais
escuros e escondidos.
Lígia: Pode deixar, hoje mesmo coloquei-a na varanda junto com os
gatinhos enquanto eu faxinava por lá. Ela ficou mais animada, sem
desespero. O veterinário deu ainda um remedio para ajudar na
amamentação dos filhotes que a acalmou bastante. Devia estar
acontecendo acúmulo de leite nas tetas dela e isso é irritante (daí
ela ficar acordando os gatinhos toda hora. Ela queria que eles
mamassem à força). Nunca pensei que gatas pudessem ter sintomas tão
humanos... :)
> Abraços.
> José Renato
> ET. Quanto filhotes ela teve? Foi a primeira barrigada dela?
Lígia: Essa gata, como já disse em outros e-mails, apareceu aqui em
casa em julho deste ano com as patas queimadas. Tinha jeito de ser
nova ainda. Presumo que seja a primeira ninhada dela. Teve 3
filhotes...
E, obrigada pela notícia que você enviou. Em minha família há vários
casos de depressão, eu mesma tomo anti-depressivo há algum tempo.
SEm tempo: seria muito bom se conseguissem desenvolver tratamentos
definitivos. Depressão atrapalha muito a vida, principalmente porque
é um problema facilmene associado à "frescura", a bobagens. Mas
garanto, não é não.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Dúvida: sobre gatos
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 00:34
Eu tentei enviar a resposta em pvt, mas deu endereço inexistente.
--- Em ciencialist@y..., "Iane Maria" <clave@s...> escreveu
> Oi, meu nome e Marian (sou filha de Marco Aurelio Andrade) e não
pude evitar
> responder a este tipo de dúvidas. Eu mesma tenho dois gatos e cuido
deles
> como se fossem filhos meus...
Olá Marian! Obrigada por responder. Eu gosto muito de animais e
gosto de prestar atenção no que eles fazem, nas necessidades deles.
Acho que acabam virando "filhos" sim, por que não?
> Fico muito contente em saber que sua gata não teve problemas de
parto, mas é
> triste que ela tenha ficado tão nervosa após isso.
> Se bem meus gatos nunca tiveram crias, uma coisa que aprendi com os
anos é
> que os bichinhos e as pessoas não são lá muito diferentes. Precisam
de muita
> atenção e todo carinho que você puder dar vai ser bem-vindo.
Às vezes eu acho que a mimo demais :) Mas é gostoso assim, ela é
dengosa...
> Bichinhos de estimação quando moram com humanos (mesmo se não forem
> castrados) criam uma relação de pais-filhos com seus donos.
> Quando era menor, minha gata Mini era muito arisca (muito mesmo).
Logo de
> pensar, decidi que o melhor era reconforta-la. Foi assim que criei o
> "tratamento de ombro". Cada vez que tinha tempo eu punha ela no meu
ombro e
> nanava. Se podia até fazia de conta que estava ronronando. Se ela
não
> quisesse ficar, eu deixava ela descer. Assim até que ela se
acostumou.
> Tambem consegui mais tempo para brincar com ela. Hoje posso dizer
que minha
> gata está muito mais tranquila (se bem arisca ela sempre vai ser,
> aparentemente é algo genético).
Essa, ao contrário, é muito dócil, penso que tenha ficado grata por
ter sido tratada de queimaduras sérias nas patas (ela apareceu assim
aqui em casa, muito doente, vinda sabe-se lá de onde) e desde então
age como cachorro, quer ficar sempre perto de mim. Ela pede colo,
pede prá brincar, gosta de companhia. Eu a ajudei na hora do parto
porque ela pediu e miava quando eu tinha que sair de perto logo
após... Por isso eu estranhei tanto o comportamento dela ontem.
Nunca tive a oportunidade de vê-la daquele jeito, com um olhar
assustado, ofegante, pelos eriçados...
> E a primera ninhada de sua gata? Se é assim talvez ela não saiba
bem o que
> fazer e acho que como "avó" talvez tenha que ser você quem ensine
ela (a
> natureza pode ser boba).
Como ela apareceu em casa já crescida, eu não sei ao certo mas parece
que é a primeira ninhada. Já a ajudei a não sufocar um ou outro
gatinho que fica por baixo do corpo dela quando ela quer se ajeitar
no cesto: ela mia alto pedindo socorro :) E eu fico perto o quanto
posso. A maior parte do tempo eu coloco o cesto perto de mim quando
meus filhos não estão juntos ( estudam em horários diferentes). Acho
que eu estou me saindo bem de avó :)
> Eu recomendaria (sempre dentro das possibilidades) que você a mime
e tente
> fazê-la cumprir con as obrigações de gata mãe. Algo assim como pô-
la no
> colo, fazer com que fique bem tranquila e pôr os gatinhos a mamar
enquanto
> você está cuidando dela. E sempre que ela mie demais, pô-la no colo
e
> mimá-la.
> Ela tem que aprender que deve cuidá-los (mesmo que quem faça
realmente isso
> seja a "avó").
>
> Fico torcendo para que de tudo certo!
Gostei muito de seu jeito carinhoso, Marian! Você entende da
linguagem do amor. Pode deixar que eu vou fazer isso que você
recomenda. E obrigada mais uma vez pela sua atenção!
Beijos, Lígia
SUBJECT: Macrocosmo X Microcosmo p/ Alvaro
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2002 00:48
Alvaro, o modo como vc interpretou a questão está equivocado. Aconselho que a leia novamente de forma bem atenta. E no mais, vc se esqueceu de que, à matéria, se associa também uma onda?!
abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 30, 2002 12:12 AM
Subject: Re: [ciencialist] Macrocosmo e Microcosmo
> Não se trata de uma questão de escala. No microcosmo as partículas têm a
> estranha mania de se comportar como ondas e isso muda tudo. Caso
contrário,
> a mecância newtoniana poderia ser aplicada a átomos, elétrons, etc.
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Quarta-feira, 30 de Outubro de 2002 00:05
> Assunto: [ciencialist] Macrocosmo e Microcosmo
>
>
> É possível afirmar que, mantidas as mesmas proporções de energia e massa,
> tempo e espaço, força e velocidade, os fenômenos do macrocosmo se quivalem
> quantitativamente aos do microcosmo? Ou não, a diferença é avassaladora e
> nesse caso em favor de quem?
>
> Carlos Alberto
>
>
>
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>
>
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Orgasmos não-genitais
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 01:28
Oi,
Vejam que interessante este texto sobre a possibilidade de orgasmos
não-genitais:
<<A relação sexual, que hoje é pré-requisito da reprodução, poderá
ser cooptada para outros papéis, nas futuras coletividades humanas.
As técnicas médicas de hoje fecundam óvulos sem orgasmo nem prazer
erótico. Já sabemos que o orgasmo não precisa ser experimentado
apenas nos órgãos genitais. Orgasmos não-genitais foram documentados
e analisados em mulheres que sofreram lesões na medula espinhal.
Essas mulheres podem sentir prazer orgástico no ombro, no peito ou no
queixo. Barry R. Komisaruk e Beverly Whipple, da Universidade
Rutgers, mostraram que o nervo vago (*), presente nos primeiros
vertebrados, é `uma via primitiva e mais comumente encontrada para o
orgasmo'(**). O prazer promete o desempenho dos atos que conduzem à
reprodução. Mas, à medida que a densidade populacional torna-se
relativamente estável, o sexo que leva à reprodução, já então
excessivo, fica livre ou liberado para outras tarefas, que, do ponto
de vista reprodutor, podem afigurar-se pervertidas.>> (Robert
Garrels; Integração: O Futuro da Sexualidade, `in' Lynn Margulis &
Dorion Sagan; O Que É Sexo? Jorge Zahar Editor; 2002; p. 172)
___________________
* Nervo vago: nervo misto (sensitivo-motor), o décimo dos chamados
cranianos, que inerva órgãos do pescoço, do tórax e do abdome. [Sin.:
nervo pneumogástrico]
** Nota do autor: B. R. Komisaruk e B. Whipple demonstraram também a
trajetória do vago nos ratos, cortando a medula espinhal, estimulando
a cérvix e observando a dilatação das pupilas e o aumento do limiar
de dor nesses animais. Retiraram ainda fragmentos da medula e
obtiveram os mesmos resultados. Em 1990, Matthew J. Wayner, na
Universidade do Texas em San Antonio, injetou um marcador químico na
genitália de ratos e observou que o marcador era absorvido pelo nervo
vago -- indicando existir uma via que circunavegava a medula espinhal.
___________________
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2002 02:19
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, November 02, 2002 3:49 AM
Subject: [ciencialist] Re: Adendo p/ Lucio
>Eu também entendi assim :) O que me "pega" com relação ao
tonal é o que D. Juan define como um bom tonal, ou o tonal que fosse
de alguém que tivesse um jeito de criança... como é definido
em "Porta para o Infinito". Uma "energia" infantil, implicando ser
de alguém livre... ?
"Vinde a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus." ;-) Acho que
tem um pouco a ver com recuperar a ingenuidade do olhar infantil, quando os
condicionamentos ainda estão sendo implantados e não se fixaram totalmente,
quando você tem amigos invisíveis e há monstros embaixo da cama. Ou do tonal
enquanto polimorfo perverso... ;-)
>De bem antes ainda é o poder do som atribuído aos mantras. Se bem que já me
disseram por aqui que eu misturo alhos com bugalhos nesta questão. O fato é
que energia advém de vibração, algo que se movimente libera energia, ou algo
que vibre está emitindo energia.
Pode ser. Se a teoria das supercordas estiver (nem que seja parcialmente)
certa, então tem pelo menos uma analogia com o som. E aí tem todos aqueles
mitos da criação em que o universo foi criado pela palavra ou pelo canto de
um deus. Desses, o meu preferido é o dos aborígenes australianos. Eles dizem
que, no Tempo do Sonho, os ancestrais (wondjina) percorreram o espaço
cantando suas canções, e a cada canção, davam origem a um objeto, lugar ou
criatura. Mas esse é um resumo infeliz porque, na verdade, não é que os
objetos surgiram com a canção dos ancestrais, os objetos *são* a própria
canção materializada. E o Tempo do Sonho também não é uma coisa que
aconteceu no passado, é um outro tempo que existe agora, por baixo do nosso.
É uma visão um bocado sofisticada pra um povo que já foi considerado o mais
primitivo do mundo... ;-)
>Quando a ciência decidir olhar para essas questões com mais carinho,
aposto como os grandes enigmas deixarão de ser enigmáticos :)
Eu sou otimista. Apesar do ceticismo dos céticos (rêrêrê), eu acho que a
gente tá, sim, se aproximando de uma mudança de paradigma nas ciências. O
número de físicos e neurocientistas que se interessam pelo problema da
consciência tá crescendo bastante nos últimos anos, e é inevitável que isso
produza algum tipo de resultado positivo.
>Hum... já achei! E só estou esperando a aprovação de "Deus"... :)
When you get it, say hello. ;-)
>Critério e seletividade devem ser cultivados. É complicada essa questão de
se querer TUDO... o máximo do que se possa alcançar já é suficiente, não?
;)
Tem coisas que podem até ser possíveis, mas simplesmente não me interessam
muito. E como a vida é curta e eu tô me aproximando rapidinho da metade
dela, tenho que me concentrar no que eu acho mais importante. ;-)
>Você pode estar empolgado com a idéia de nada ser difícil... mas existem
coisas "dificultosas".
Eu sei disso. Mas não costumo parar pra pensar nas dificuldades antes. Às
vezes é um problema. ;-)
>O diálogo interminável interior é alguma coisa de terrível!
É como se tivesse uma vozinha inaudível no fundo da nossa cabeça repetindo
que uma rosa é uma rosa é uma rosa... ;-)
>Agora, entendo também essa questão das aparências do mundo serem mantidas
pela constante afirmação da idéia de realidade.
É um discurso que se desenrola continuamente, dizendo o que o mundo tem que
ser. Imho, são as premissas implícitas que o nosso cérebro usa pra
interpretar a informação sensorial.
>Eu não tenho esse livro. D. Juan ensina alguma "técnica" prá isso?
Honestamente, eu não lembro. Eu acho que sim, mas faz muito tempo que eu li,
guardei só o conceito.
>É como querer perpetuar condição de prisioneiro na figura do filho.
Entendo isso.
Mas esse é só o meu sentimento pessoal, longe de mim querer generalizar.
Como dizia aquele príncipe dinamarquês maluco, o mundo é o que você acha que
ele é. ;-)
>E, apesar de eu vir lutando há anos contra uma depressão persistente
Eu também, mas melhorou bastante depois que eu casei. ;-) No meu caso, nasce
de uma insatisfação crônica com o mundo, não gosto muito do jeito que as
coisas são e, se eu pudesse, mudava tudo.
>Acho a vida uma grande oportunidade e eu quero experimentá-la dentro do
espaço que me couber dentro da minha própria gaiolinha... :)
Eu também acho a vida uma grande oportunidade, mas pra mim é uma
oportunidade de sair da gaiolinha. ;-)
>Em parte o fato de eu ter escolhido meu "inferno astral" (um
homem de peixes, ainda que inconscientemente :) é reflexo desse
desejo que eu tinha de ser domada.
Vai ver, se aplica a mim também.
>Espero que você não a guarde só para si então... :) Eu quero MESMO dar
uma espiadinha :)
Como eu disse, se algum dia eu chegar em algum lugar com essa pesquisa, e os
resultados não forem úteis só pra mim, se eles puderem servir pralguma outra
pessoa, daí eu passo adiante. E você vai ser uma das primeiras a saber,
prometo. ;-)
Bjs.
L.
PS. Pedi autorização pra você me botar no teu icq, vc me autoriza?
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 02:49
Lúcio!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Eu entendo o tonal como sendo o ego, a parte da personalidade
voltada pro
> mundo exterior. E o nagual é a nossa verdadeira essência, um pouco
como o
> Si-mesmo do Jung. Só que o Castaneda apresenta esses dois conceitos
de um
> ponto de vista energético.
Lígia: Eu também entendi assim :) O que me "pega" com relação ao
tonal é o que D. Juan define como um bom tonal, ou o tonal que fosse
de alguém que tivesse um jeito de criança... como é definido
em "Porta para o Infinito". Uma "energia" infantil, implicando ser
de alguém livre... ?
Aliás, essa é outra coisa que me ficou muito dos
> livros dele: o de que a realidade é feita de pura energia, somos
nós que
> projetamos sobre ela o conceito de objetos materiais, como uma
tentativa de
> aprisionar seu livre fluxo (tipo o "tudo flui" de Heráclito ou a
> impermanência no budismo). Mas quando você *vê* as coisas, percebe
que o
> mundo é uma enorme teia de filamentos de energia. O engraçado é que
isso foi
> escrito muito antes da teoria das supercordas, que apresenta
basicamente a
> mesma imagem, as partículas como vibrações de longos filamentos
energéticos
> unidimensionais.
Lígia: De bem antes ainda é o poder do som atribuído aos mantras.
Se bem que já me disseram por aqui que eu misturo alhos com bugalhos
nesta questão. O fato é que energia advém de vibração, algo que se
movimente libera energia, ou algo que vibre está emitindo energia.
Quando a ciência decidir olhar para essas questões com mais carinho,
aposto como os grandes enigmas deixarão de ser enigmáticos :)
> >Não achei em diretório tb... acho que vai ser mais fácil
> você me passar o endereço em pvt depois... :)
>
> Não precisa ser em pvt. Se alguém mais ler e se interessar, o link
é este:
> http://groups.yahoo.com/group/Intempol1/
Lígia: Hum... já achei! E só estou esperando a aprovação
de "Deus"... :)
> >Hum... profundo isso :) A velhice (que não implica em idade
> biológica, antes na postura mental) normalmente é receosa e não se
> arrisca a aprovar idéias. Tem gente prá quem tudo é
impossível... :)
>
> E outros pra quem tudo - literalmente *tudo* - é possível. Eu faço
o que
> posso pra me incluir na segunda categoria. ;-)
Lígia: Algo é impossível enquanto não for possível... :) É prá
isso que a gente tenta, tenta... tenta, até que faz :)
> >Impossível prá mim é aquilo que eu ainda não fui capaz de fazer :)
>
> Eu ou alguma outra pessoa. Afinal, tudo é possível, mas isso não
quer dizer
> que eu queira experimentar pessoalmente tudo. ;-)
Lígia: Critério e seletividade devem ser cultivados. É complicada
essa questão de se querer TUDO... o máximo do que se possa alcançar
já é suficiente, não? ;)
> > Normalmente eu sou meio cega prás dificuldades...
>
> Dificuldade? O quê que é isso, é de comer? ;-)))
Lígia: Você pode estar empolgado com a idéia de nada ser difícil...
mas existem coisas "dificultosas". E depara-se com elas mais à miúde
quando as coisas fáceis são deixadas prá trás... Nota: Tem um amigo
meu nesta lista que deve estar "amando" o volume de frases circulares
que eu venho emitindo. Faço isso em homenagem a ele... :)
> >No que consistiria isso? Está nas obras do Castañeda?
>
> Tá no terceiro livro dele, _Viagem a Ixtlan_, que gira todo em
torno dessa
> coisa de parar o mundo. A premissa é que a nossa realidade
consensual é uma
> descrição inculcada socialmente e que mantemos por meio de um
diálogo
> interno constante, que fica enfatizando a interpretação consensual.
Parar o
> mundo é interromper esse diálogo momentaneamente e abrir espaço pra
outras
> descrições da realidade.
Lígia: Ou "parar o pêndulo" :) O diálogo interminável interior é
alguma coisa de terrível! Principalmente quando idéias obsessivas
tomam conta da situação e "obrigam" a ficar pensando naquilo. Agora,
entendo também essa questão das aparências do mundo serem mantidas
pela constante afirmação da idéia de realidade. Eu não tenho esse
livro. D. Juan ensina alguma "técnica" prá isso?
> >Filhos criam vínculos vitalícios... :)
>
> Esse nem é o grande problema. O que pega é, primeiro, trazer outro
ser
> humano pra um mundo que eu sinto como sendo uma prisão. Não gosto
do mundo
> e, pra mim, parece um ato de crueldade obrigar alguém a viver nele.
Lígia: É como querer perpetuar condição de prisioneiro na figura do
filho. Entendo isso.
Mas,
> como eu disse, é uma coisa muito particular minha: se você quiser
ter
> filhos, por exemplo, eu não vou achar que *você* está cometendo um
ato de
> crueldade. Mas é assim que *eu* me sentiria.
Lígia: Meu pai criava pássaros no quintal. E isso me deixava muito
triste porque eu via que eles ficavam querendo sair dali. Mas meu
pai dizia que caso eles saíssem, não saberiam como comer, nem onde
comer, em pouco tempo morreriam de fome... e assim ele me fazia
acreditar que o melhor pros canários dele era viverem bem ali,
naquelas gaiolas. Não sei se fui feliz na analogia mas é assim que
eu vejo meus filhos e eu cuido deles e eles me ensinam mais sobre mim
mesma do que qualquer outra pessoa porque eles mostram quem eu sou
através das atitudes deles e das minhas respostas a tais atitudes.
Não sei se seria válido viver sem ter experimentado conhecer o que é
ser mãe. E espero não estar fazendo nenhuma apologia ao "crescei e
multiplicai-vos". Simplesmente a meu ver, a vida fica melhor com
filhos e isso é tudo. E, apesar de eu vir lutando há anos contra uma
depressão persistente, eu gosto de estar viva. Acho a vida uma
grande oportunidade e eu quero experimentá-la dentro do espaço que me
couber dentro da minha própria gaiolinha... :)
> >Depois de 13 anos de casada, tenho meus maus momentos, já passei
piores mas
> quando eu penso no que me
> fez querer seguir a vida com este homem, eu sei que não poderia ser
outro.
> E não é acomodação. Acho que está mais para o treinamento
constante do
> amor, do se dar.
>
> Eu sei como é que é isso. Tô casado há menos de dois anos, mas já
tem sido
> um exercício constante de aprendizado, pra mim e pra Gio.
Lígia: O tempo é um fator muito importante num casamento porque cria
vínculos e cumplicidade, principalmente por causa das trocas. A
paixão acaba e é bom quando cede lugar à amizade. Saber esperar que
essa transição aconteça é a parte mais valiosa... infelizmente
muitos casamentos acabam antes que ela aconteça. As crises são
inevitávies mas o melhor delas é que se aprende muito com elas...
> >O casamento faz o ego ficar dócil... :)
>
> Essa talvez seja a principal função do casamento pra mim - ajudar a
domar a
> besta fera do ego, e o meu não é nada mansinho... ;-)))
Lígia: Em parte o fato de eu ter escolhido meu "inferno astral" (um
homem de peixes, ainda que inconscientemente :) é reflexo desse
desejo que eu tinha de ser domada. Pisciano judia de ariano... e
ariano judia de pisciano. E o pisciano tem requinte: sabe esperar a
hora de agir... :) Quando já acabou a briga que o ariano monta, o
pisciano dá o bote :) E a briga recomessa com novo fôlego até que
um ceda exângue... :)
> >Eu já daria tudo só prá poder dar uma espiadinha... :)
>
> É disso que trata a minha pesquisa. ;-)
Lígia: Espero que você não a guarde só para si então... :) Eu
quero MESMO dar uma espiadinha :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Orgasmos não-genitais - 2
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 13:30
Oi,
Eu sempre achei que tinha algo errado no meu olho esquerdo. Agora
tenho a explicação. Vejam esse interessante artigo sobre prazer, dor
e orgasmo, do prof. A. C. Scott, da Universidade do Arizona:
http://cochise.biosci.arizona.edu/~art/O.html
Um trechinho:
"Erotic sensations are not induced by stimulating in the genital
parts of the cortical somatosensory homunculus, but they are by
electrically stimulating medial dorsal thalamus, medial forebrain
bundle, or septal pre-optic area.
"Chemical activation of the septum induces orgasm.
"Some anti-depressants (fluotexine: Prozac) predispose some female
users to unexpected spontaneous orgasm.
"Some women can induce orgasm by stroking their eyebrows or pressing
their teeth or waving fingers between eyes and Sun to make 5-10 Hz
flicker;;
"Some can do merely by thinking (which might provide an opportunity
for fMRI scan during the experience, unpolluted by muscle artifacts).
"Female quadraplegics sometimes experience phantom orgasm, akin to
the phantom pain of missing limbs: this would seem to suggest that
some essential part the mechanism is not just peripheral.
"Some also develop a patch of skin on the upper body innervated by
transected nerves that formerly had sacral targets; stimulating this
place on the torso induces orgasm.
"Guanethidine can induce orgasm without the usual mechanical and
ejaculatory concomitants in males; men with spinal column transected
above Thoracic 11 are capable of all the ejaculatory mechanics but
w/o experiencing subjective sensation.
"Not only spinal nerves but also the vagus nerve and the hypogastric
nerve seem indispensible for sensation."
______________
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Psicanálise e evolução
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 16:33
> Proponho aceitarmos a proposta do Joao de um encontro no Rio num
cafe ou bar (particularmente acho os bares mais inspiradores). Por
mim, pode ser o quanto antes. Amanha, no fim de semana, o que
quiserem.
É uma boa. Tem mais alguém do Rio? Tem alguma sugestão de bar? Eu
moro em Ipanema.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Colonização espacial p/ Takata
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2002 16:55
Takata:
> A questao e': a humanidade esta' fadada a uma inexoravel auto-
destruicao em 500 anos?
> > infantilidade. O cara com certeza viu muito Star Trek quando
criança.
E certamente quem escreveu isso também não viu! Se tivesse visto, saberia
que, na série, há uma guerra nuclear no início do século XXI, mas isso não
destrói a humanidade. Logo depois disso ocorre o "primeiro contato" e é a
partir daí que a huamidade começa a se espalhar pelo espaço. E não precisa
ser criança para assistir Star Trek, pois a série nunca acabou. Continua
até hoje, com a série "Enterprise".
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 16:59
> Manuel: Há experimentos com mamíferos que indicam que a mãe exerce
uma influência decisiva nas escolhas sexuais de seus filhos machos.
Em 1998 Keith Kendrick, da Universidade de Cambridge, fez com que
ovelhas adotassem cabritos e cabritas recém-nascidos. Ao tornarem-se
adultos, os animais foram deixados em estábulos onde haviam cabras,
ovelhas, bodes e carneiros. Observou-se então que os animais criados
por pais adotivos escolhiam como parceiros sexuais indivíduos da
espécie da mãe adotiva. "Ficou claro em muito pouco tempo que esses
animais optaram por ficar na companhia de e acasalar-se com animais
da espécie à qual pertencia sua mãe adotiva" (Kendrick). Entre os
machos isso se deu em 90% dos casos. Tal tendência mostrou-se muito
mais fraca e reversível entre as fêmeas.
Interessante ser mais fraca nas fêmeas. Vou pensar sobre isso. Ao que
parece, pelo menos em alguns casos, isso funciona com qualquer
objeto. Se uma jaca é posta ao lado dos patinhos quando eles nascem,
quando maduros eles irão apresentar interesse sexual por jacas.
Perverso.
> Observou-se também, entre alguns primatas, que não é tanto porque
os filhos evitam mas sobretudo devido a uma obstinada recusa das mães
que se verifica uma baixíssima incidência de relações sexuais
incestuosas entre mães e filhos adultos. (No momento não tenho em
mãos os dados e as referências bibliográficas acerca dessas
observações, mas vou procurar).
Acho isso suspeito. Um filho adulto é mais forte que sua mãe. Ele
poderia forçá-la.
SUBJECT: Colonização espacial p/ Takata
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 16:59
Takata:
> A questao e': a humanidade esta' fadada a uma inexoravel auto-
destruicao em 500 anos?
> > infantilidade. O cara com certeza viu muito Star Trek quando
criança.
> Eu nao vi muito Star Trek. Na sincera, eu acho a serie (televisiva
e cinematografico) muito chata.
A mensagem foi mal escrita. Desculpe, não estava me referindo a você
quando falei que querer colonizar a Lua é um sonho infantil. Talvez
até possa se aplicar ao seu caso, e certamente é o de muitas pessoas,
que sonham em ver a humanidade indo cada vez mais longe
(geograficamente falando), mas não estava me referindo a você. Estava
apenas me referindo a esta postura comum nos dias de hoje que acha
normal financiar um projeto de colonização de Marte, quando isso não
trará nenhuma utilidade para nós. É quase uma motivação religiosa que
os move. A humanidade tem que fazer isto porque este é seu destino
inevitável. É o curso natural das coisas. Anormal para esses caras
seria permanecer aqui na Terra.
É que eu tive a algum tempo uma discussão com uns caras. Eu defendia
apenas vôos não tripulados, e eles defendiam o homem no espaço. Eu
tentava mostrar que a motivação deles não é científica, e sim
espiritual. Eles querem porque querem o homem no espaço. Mesmo que um
robô possa fazer as mesmas coisas que um humano, e mesmo que mandar
humanos custe dez vezes mais, ainda assim compensa, pois com humanos
será muito mais legal. Iria representar mais um passo em direção a
Star Trek.
SUBJECT: Re: Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 16:59
> Manuel: Nas culturas onde se verifica o casamento 'punaluano' ou
grupal (onde todos os homens de um determinado clã são casados com
todas as mulheres de um outro clã, e em que os filhos permenacem no
clã materno), relações sexuais entre pai e filha não são proibidas,
até porque com freqüência não se sabe quem é pai de quem.
Esse tipo de ordem matrimonial eu não conhecia. Todos os homens de um
clã comem todas as mulheres de outro?
> Quanto ao incesto entre mãe e filho, pelo que sei não existe
cultura que o permita. A interdição do incesto mãe-filho parece ser
um tabu universal.
> A hipótese freudiana é de que o tabu do incesto mãe-filho é uma
formação arqueo-psíquica, isto é, uma interdição inata, transmitida
por hereditariedade e que surge no psiquismo numa determinada etapa
do desenvolvimento ontogenético, entre o terceiro e o quinto ano de
vida, conhecida como "fase edipiana".
> Esse imperativo inato nada mais seria que a vontade do
indivíduo "alfa" (não copule com as minhas fêmeas!) convertida num
elemento psíquico. Na fase ontogenética em que essa interdição ganha
forma no psiquismo, os pais da criança passam a ser algo mais que
seus genitores: pai e mãe são percebidos também como os significantes
do alfa e da fêmea do alfa, respectivamente.
É esse o caminho que eu tenho tomado, e acho que por aí está a chave
para uma integração da psicanálise com a antropologia e com uma
possível teoria da sociedade. O que Fox argumenta é que a família
nuclear freudiana seria uma espécie de minimalismo da tribo
ancestral. Os velhos machos são reduzidos ao pai, e as fêmeas dos
velhos machos, à mãe. Imagino que isso surge no século XIX, com a
burocratização da sociedade e a formação das grandes cidades, que
teria destruído a estrutura social comunitária reduzindo-a a família
nuclear. Quando a criança olha para o mundo a procura dessas figuras
que foram recorrentes no ambiente ancestral, ela as identifica no pai
e na mãe.
> É importante observar que, entre muitos primatas, os machos que
disputam uma fêmea realizam, antes da luta ou no lugar da luta, um
ritual em que um exibe o pênis ereto para o outro, exibição peniana
esta acompanhada de muitos grunhidos e gestos intimidatórios. Nessas
comunidades primatas, o pênis não é só o órgão sexual masculino, mas
também um símbolo de poder dentro da hierarquia social. Quem detém a
posse do "fálus", isto é, o pênis como símbolo, tem livre acesso às
fêmeas. Aquele que perde a disputa, perde também o "fálus": o pênis-
signo que não é o pênis-órgão.
Isso sugere que tenhamos mecanismos inatos para codificar o pênis.
Devem existir importantes mecanismos que façam o homem enfiar o pênis
na fenda da vagina, e não em uma boca, em uma cabra, ou em um buraco
na argila. Seria interessante mapear estes mecanismos. Provavelmente
eles estão ligados à questão da hierarquia, tão importante para os
primatas sociais. É curioso pensar que o pênis tenha desaparecido da
cultura, o que acredito ser sintoma de uma grande crise do masculino.
A conexão evolutiva entre política e sexo é que os machos de mais
alta hierarquia se reproduzem mais. De certo modo esta também é a
ligação entre sexo e agressividade. Quanto ao exemplo da Ferrari e do
Fusquinha, isso constitui uma deformação do princípio de hierarquia.
Aquele beiço dos índios brasileiros também é uma deformação, mas pelo
menos me parece mais saudável.
> A perda da disputa pela fêmea também acarreta, no perdedor, uma
redução drástica do nível de testosterona no sangue. Também passa a
se comportar, frente ao vencedor, como se fosse uma fêmea: oferece-
lhe o traseiro, beija-lhe o pênis, etc. Aliás, entre os chimpanzés,
todos os subalternos a um determinado macho, sejam machos ou fêmeas,
estão sujeitos a manterem, na condição de 'passivos', relações
sexuais com o macho dominante. O general come o coronel que come o
major que come o capitão que come o tenente que come o sargento que
come o cabo que come o soldado que come o civil que não come ninguém.
É a ordem dos presídios, e mostra as interessantes relações entre
sexo e hierarquia. A ordem política dos machos tem uma certa
homossexualidade implícita. Em geral as culturas procuram canalizar
este lado mais sexual da hierarquia masculina para os travestis ou
para os adolescentes. A maioria esmagadora das culturas conhecidas
faz isto.
O que você acha da rebelião das mulheres e de sua entrada no mundo
público?
> No começo da etapa ontogenética a qual me referi (3-5 anos de
idade), o pênis como símbolo de dominância hierárquica irrompe no
psiquismo da criança, ou seja, o pênis da criança passa a ter para
ela um caráter de "significante" cujo significado é o poder, poder
dentro da horda (no presente caso, dentro da família). A constante
ameaça de perda da condição de "queridinho da mamãe" e de centro de
todas as atenções (o pai e os irmãos constituem essa ameaça), a
criança a vivencia como medo de perder o fálus, isto é, como angústia
de castração. Essa angústia é intensa porque o SNC imaturo da criança
não a permite distinguir o pênis anatômico do pênis-significante.
> Como a criança lida com a sua angústia de castração? O normal, isto
é, a maneira sadia de se lidar com ela consiste numa mudança radical
de atitude: a criança passa a concentrar sua atenção no mundo que
existe além das fronteiras da família: doravante sua orientação é
para fora, em direção aos objetos exteriores. É na rua e não mais em
casa que o indivíduo fará suas escolhas objetais, sobretudo as
sexuais.
Interessante. Ele buscaria objetos exteriores em uma tentativa de
compensar com outros a atenção que não mais recebe da mãe?
> Observe-se que nas comunidades do paleolítico superior é comum a
realização de rituais (ritos de ingresso na idade adulta) que imitam
o ato da emasculação. Uma modalidade desse ritual, a extirpação do
prepúcio, ainda é uma prática corrente entre os semitas, árabes e
judeus. Através desse ritual ficava estabelecido que, entre os
membros do clã, ninguém tem poder sobre os demais: o poder pertence
ao Totem, ao ancestral comum, que, no entanto, pode delegá-lo
aos 'primus inter paris', isto é, aos primeiros entre os iguais, que
são o sacerdote e o chefe militar.
É a tese de Freud para explicar a origem do sagrado. Ela tem a ver
com a hierarquia light praticada pelos humanos, isto é, o
desenvolvimento de capacidades cognitivas avançadas teria colocado
pressão na ordem hierárquica dos primatas sociais. (Freud postulou o
desenvolvimento de alguma arma, e Fox sugere também o desenvolvimento
de estratégias grupais de caça. Uma vez tendo essas estratégias sido
desenvolvidas, ficaria fácil desviá-las das presas para o macho
dominante.)
> Nessas comunidades primitivas, além da emasculação ritualística
existia ainda uma outra instituição singular, a exogamia, ou seja, a
proibição do casamento entre membros de um mesmo clã. Os indivíduos
tinham que realizar suas escolhas sexuais entre os indivíduos de um
outro clã da frátria. Como em "Édipo-Rei", buscava-se o amor fugindo
de casa.
> A proibição do casamento entre os membros de um mesmo clã livra o
grupo do ciúme e das disputas sexuais desagregadoras. A comunidade
fica mais forte e coesa, os laços cooperativos mais estreitos e
estáveis e o intercâmbio genético entre grupos, ao incrementar o
polimorfismo, cria condições melhores ( um material genético melhor e
mais farto) para o trabalho da evolução. Sem falar que a exogamia
também dificulta a combinação deletéria de alelos recessivos.
Esses mecanismos provavelmente estão relacionados às pressões que
foram postas na hierarquia durante a evolução dos humanos. Fox também
argumenta que as regras que governam os casamentos tem como objetivo
excluir os jovens homens do mercado sexual, pois em geral o cara só
consegue a primeira mulher lá para os trinta anos de idade.
Em todos esses casos o casamento seria a solução humana para os
conflitos hierárquicos.
> Em outros termos, se o tabu do incesto é uma aquisição filogenética
transmitida por hereditariedade, "a base do tabu é uma ação proibida,
para cuja realização existe forte inclinação do inconsciente" (Freud;
Totem e Tabu). Com efeito, só se proibe a realização de um ato quando
há um desejo ou propensão para realizá-lo. Se não há essa propensão,
não há necessidade de interdição. Seria até melhor dizer que o que é
inato é a atitude ambivalente com relação ao incesto, podendo haver
casos em que o desejo é mais forte que o imperativo negativo.
Me parece que deve existir uma inibição inata nos jovens machos em
relação às fêmeas dos velhos machos, que pode, nos grupos humanos,
ter tomado a forma de um clã. O problema é que existe também a
possibilidade do jovem macho acasalar com as fêmeas do macho
dominante na calada da noite, enquanto o macho dorme ou quando ele
sai para caçar. Do ponto de vista da fêmea, talvez o jovem macho
tenha melhores genes que os do dominante. Ao que parece, a beleza e a
corte são qualidades que exprimem a qualidade genética do pretendente
(é a tese de Geoffrey Miller), e estas são qualidades que a fêmea
pode apreciar para escolher um amante. Já do ponto de vista do jovem
macho, ele insemina a fêmea e o velho macho traído toma o filho como
seu, investindo nele. A estratégia do comedor de esposas pode pagar
muito bem evolutivamente.
Você é bom. Eu tenho pensado muito nesse tipo de coisa, e poderíamos
discutir muitas idéias. Gostaria que você participasse de um grupo
que estou tentando montar. Seria muito seleto e teria côo tema as
ciências do homem, seja lá o que for isso.
Uma sugestão do que podemos discutir: como é possível a paixão e o
namoro? Os casais são formados de acordo com as regras de exogamia, e
em geral uma menina estava casada mesmo antes de nascer. Casamento
seria hierarquia "human style", mas o que seria o namoro? Se ele
existe, ele deve ter sido recorrente no ambiente ancestral. Em que
condições? Poderiam ter se formado casais de namorados
clandestinamente, isto é, secretamente, sem que os velhos machos
soubessem?
Minha resposta é que a sociedade pode oscilar entre dois pólos de
estratégias de acasalamento, um no qual existe uma rígida ordem
matrimonial que regula a distribuição de mulheres entre os velhos
machos, e um outro no qual não existe ordem política e os
acasalamentos são regulados por corte, sedução e namoro. No primeiro
caso, as negociações reprodutivas são negociações políticas entre
dois ou mais machos que trocam mulheres. No segundo o macho negocia
diretamente com a fêmea através da corte e da sedução. É a escolha da
fêmea que determina os acasalamentos.
SUBJECT: Re: Especulação
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 20:22
J . Renato,
Faço apenas uma observação polêmica sobre o texto. Em relação à
passividade do consumidor brasileiro, não somente em relação a
aumentos de preços, mas também à qualidade e demais direitos, estou
de pleno acordo.
No entanto, o termo "especulação" tem uma conotação muito ruim, que
não corresponde ao funcionamento ou ao papel desse agente no mercado
financeiro. Situações como essa não têm uma explicação simples,
nem "culpas" parciais.
Fica só o gancho...
[]s,
Fernando SK.
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Olá! Partilho comentário em assunto veiculado hoje no jornal A
TARDE.
> []s
> José Renato
> _____________________________
>
> A TARDE 01/11/2002 - Local
> < http://www.atarde.com.br/coluna.php3?id_coluna=10&dt_coluna=2002-
11-01&hr_coluna=18:38:04 >
> Espaço do Leitor
>
>
> Especulação
>
> Os estragos da especulação financeira dos últimos quatro meses -
estranhamente aceita pelas autoridades do governo FHC - já atingem o
bolso do brasileiro. Enquanto o simples mortal recebe seu salário em
reais, os preços administrados pelo governo são calculados pelo
câmbio do dia do dólar. Com um exemplo desse, oferecido pelo próprio
governo, que deveria ser o guardião da moeda, as empresas nacionais
também entraram na remarcação pelo câmbio especulativo.
>
> Desse modo, combustíveis, energia, telefonia e produtos da soja,
produzidos em reais em quase sua totalidade, são criminosamente
reajustados pelo câmbio especulativo devido às elevadas dívidas
atreladas ao dólar, vincendas neste último semestre de 2002.
>
> Se o comerciante aceitar esse jogo de ganância e, principalmente,
se não tiver uma forte reação por parte do consumidor, a inflação dos
preços se cristalizará e impedirá o retorno do câmbio em níveis
aceitáveis, pelo menos abaixo do valor do peso da Argentina,
destroçada por governantes corruptos que, para manterem-se no poder,
atendiam às ordens dos credores do Norte e vendiam todo seu
patrimônio, incluindo sua empresa estatal de petróleo.
>
> Em uma sociedade politizada, consciente de sua importância no
mercado de consumo, boicotam-se até produtos com aumentos de apenas
um centavo, como vimos acontecer em uma cidade norte-americana. O
litro do leite aumentou um centavo no principal supermercado. As
donas de casa organizadas contataram-se por telefone dando o alerta e
a palavra de ordem do boicote. O consumo de leite caiu para cerca de
10%. No dia seguinte, o preço baixou.
>
> Enquanto nós, consumidores, não tivermos consciência da força de
nossa reação contra aumentos oportunistas, sofreremos todos os males
da inflação do dólar em nossos salários recebidos em real. Já estou
fazendo a minha parte: não compro os produtos que elevaram preço sob
a justificativa do aumento do câmbio, ou reduzindo o consumo, nos
casos dos aumentos "autorizados" pelo governo, como ocorre com
combustíveis, telefone, energia elétrica...
>
> José Renato M. de Almeida
> (Salvador-BA)
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 23:56
Lúcio!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> "Vinde a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus." ;-)
Acho que
> tem um pouco a ver com recuperar a ingenuidade do olhar infantil,
quando os
> condicionamentos ainda estão sendo implantados e não se fixaram
totalmente,
> quando você tem amigos invisíveis e há monstros embaixo da cama. Ou
do tonal
> enquanto polimorfo perverso... ;-)
Lígia: Entendo. Um livro em branco pode ser escrito da maneira como
se queira... :) mesmo entendendo que é assim, ainda acho complicado
*ver* se me enquadro nesse tipo *infantil*.
> Pode ser. Se a teoria das supercordas estiver (nem que seja
parcialmente)
> certa, então tem pelo menos uma analogia com o som. E aí tem todos
aqueles
> mitos da criação em que o universo foi criado pela palavra ou pelo
canto de
> um deus.
Lígia: O verbo, a palavra dita e afirmável, aquilo que se tranmite
ao meio, transforma o meio. Assim, o controle sobre o que se
pensa/verbaliza é algo de muito importante, principalmente em fase de
transformação, principalmente porque há uma tendência em se afirmar
(e consequentemente tornar mais "palpável") aquilo que se vê, ouve,
toca, através da palavra dita/pensada. E uma tendência maior ainda
em se afirmar e verbalizar aquilo que não é desejável... daí a
sensação de ser "impossível" achar que o mundo seja um bom lugar. Na
realidade ele simplesmente É, e a gente é quem dá o significado a ele
da maneira como ele é percebido. Se ele parece ser ruim, na
realidade alguma coisa vai mal é com quem o está observando...
né? :)
> Desses, o meu preferido é o dos aborígenes australianos. Eles dizem
> que, no Tempo do Sonho, os ancestrais (wondjina) percorreram o
espaço
> cantando suas canções, e a cada canção, davam origem a um objeto,
lugar ou
> criatura. Mas esse é um resumo infeliz porque, na verdade, não é
que os
> objetos surgiram com a canção dos ancestrais, os objetos *são* a
própria
> canção materializada.
Lígia: "E o verbo tornou-se... " :)
E o Tempo do Sonho também não é uma coisa que
> aconteceu no passado, é um outro tempo que existe agora, por baixo
do nosso.
Lígia: Onde o mundo é plasmado... :)
> É uma visão um bocado sofisticada pra um povo que já foi
considerado o mais
> primitivo do mundo... ;-)
Lígia: Se é... ! Eu não conhecia essa visão dos aborígenes e o
contato com a natureza parece ser mais importante do que
tecnologia... Provavelmente devido a esse contato, eles prestaram
mais atenção ao que está "por trás" do que àquilo que pode figurar
como "as bases da civilização". Entendo que se tal contato com o que
está "nos bastidores" da existência fosse tão difícil, eles não
teriam "pescado" assim tão claramente. Na simplicidade, as respostas
tendem a vir com mais facilidade... :)
> >Quando a ciência decidir olhar para essas questões com mais
carinho,
> aposto como os grandes enigmas deixarão de ser enigmáticos :)
>
> Eu sou otimista. Apesar do ceticismo dos céticos (rêrêrê), eu acho
que a
> gente tá, sim, se aproximando de uma mudança de paradigma nas
ciências. O
> número de físicos e neurocientistas que se interessam pelo problema
da
> consciência tá crescendo bastante nos últimos anos, e é inevitável
que isso
> produza algum tipo de resultado positivo.
Lígia: O problema parece ser o arraigamento aos conceitos. Veja que
quem defende a ciência com unhas e dentes assume defender outros
pontos de vista com intensidade também... e o espaço ao "novo", ao
que jamais foi tentado acaba sendo reduzido, bem como o "novo" passa
ignorado. Assim aqueles que sonham mais, que vivem mais livres dos
condicionamentos impostos pelos conceitos arraigados acabam sendo
desprezados por esses indivíduos, principalmente ao darem mostras de
que é possível não se prender a conceitos e continuar produzindo,
continuar vivo... :)
> >Hum... já achei! E só estou esperando a aprovação
de "Deus"... :)
>
> When you get it, say hello. ;-)
Lígia: I will do that... :)
> Tem coisas que podem até ser possíveis, mas simplesmente não me
interessam
> muito. E como a vida é curta e eu tô me aproximando rapidinho da
metade
> dela, tenho que me concentrar no que eu acho mais importante. ;-)
Lígia: Seu estudo? Ou viver?
> >Você pode estar empolgado com a idéia de nada ser difícil... mas
existem
> coisas "dificultosas".
>
> Eu sei disso. Mas não costumo parar pra pensar nas dificuldades
antes. Às
> vezes é um problema. ;-)
Lígia: Aprendi a nadar sendo jogada ao mar, sem salva vidas, de um
barco. Depois que eu já estava nele eu pensei na dificuldade...
pero, voltar atrás era complicado... :)
> >O diálogo interminável interior é alguma coisa de terrível!
>
> É como se tivesse uma vozinha inaudível no fundo da nossa cabeça
repetindo
> que uma rosa é uma rosa é uma rosa... ;-)
Lígia: Ou que tal coisa é impossível, impossível, impossível... :)
> >Agora, entendo também essa questão das aparências do mundo serem
mantidas
> pela constante afirmação da idéia de realidade.
>
> É um discurso que se desenrola continuamente, dizendo o que o mundo
tem que
> ser. Imho, são as premissas implícitas que o nosso cérebro usa pra
> interpretar a informação sensorial.
Lígia: Vejamos: os pontos de contato do corpo através dos sentidos
com o ambiente são diminutos mas as sensações são percebidas e
decodificadas todo tempo... O que garante que "algo" é "algo" é a
repetição do efeito dos estímulos que aquele "algo" desencadeia.
> >É como querer perpetuar condição de prisioneiro na figura do filho.
> Entendo isso.
>
> Mas esse é só o meu sentimento pessoal, longe de mim querer
generalizar.
> Como dizia aquele príncipe dinamarquês maluco, o mundo é o que você
acha que
> ele é. ;-)
Lígia: Ao verbalizar tal mundo, ao dar nome a ele, ao adaptar-se a
ele, ao criar parâmetros, ao criar conceitos... :)
> >E, apesar de eu vir lutando há anos contra uma depressão
persistente
>
> Eu também, mas melhorou bastante depois que eu casei. ;-) No meu
caso, nasce
> de uma insatisfação crônica com o mundo, não gosto muito do jeito
que as
> coisas são e, se eu pudesse, mudava tudo.
Lígia: O que tem sido dito para mim é que eu devo mudar a mim, a
minha forma de ver o mundo. E assim, como o mundo apenas segue à
forma que eu dou a ele, ele mudará na medida em que eu mude a minha
forma de observá-lo. Interessante notar que as primeiras coisas que
mudam são justamente aquelas que eu não dou importância. O mais
difícil nesse tempo todo tem sido mudar a forma como os
relacionamentos me afetam. A fonte da minha depressão é o relacionar-
me com os outros.
> >Acho a vida uma grande oportunidade e eu quero experimentá-la
dentro do
> espaço que me couber dentro da minha própria gaiolinha... :)
>
> Eu também acho a vida uma grande oportunidade, mas pra mim é uma
> oportunidade de sair da gaiolinha. ;-)
Lígia: Você vai sair... :)
> >Em parte o fato de eu ter escolhido meu "inferno astral" (um
> homem de peixes, ainda que inconscientemente :) é reflexo desse
> desejo que eu tinha de ser domada.
>
> Vai ver, se aplica a mim também.
Lígia: Das poucas coisas que eu tenho certeza na vida é que nada é
por acaso. As pessoas como tudo mais são atraídas em consequência
das necessidades que se tenha. Eu costumo *ver* como eu estou em
determinado dia justamente prestando atenção nas pessoas que cruzam
meu caminho naquele dia. Posso dizer que há dias piores que
outros... :) E há ainda aquelas com quem eu divido meu dia, meus
relacionamentos "de toda vida". Dependendo do modo como se comportam
com relação a mim, também posso tirar conclusões... enfim, é tudo
uma questão de observar o meio, até *ver*... :) Eu *vejo* o que me
faz conviver com certas pessoas com quem não me afino e a dificuldade
tem sido justamente transmutar o sentimento de repulsão associada a
certas questões e a atração associada a outras... confuso! ;)
> >Espero que você não a guarde só para si então... :) Eu quero
MESMO dar
> uma espiadinha :)
>
> Como eu disse, se algum dia eu chegar em algum lugar com essa
pesquisa, e os
> resultados não forem úteis só pra mim, se eles puderem servir
pralguma outra
> pessoa, daí eu passo adiante. E você vai ser uma das primeiras a
saber,
> prometo. ;-)
Lígia: Ótimo! Obrigada!
> PS. Pedi autorização pra você me botar no teu icq, vc me autoriza?
Lígia: Autorizo sim. Mas como eu recebi seu pedido em um momento em
que o ICQ estava off line e eu tinha que desligá-lo para a conexão,
eu perdi seu pedido. Quando der, envie novamente.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Adendo p/ Lucio
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2002 23:58
Lúcio!
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> "Vinde a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus." ;-)
Acho que
> tem um pouco a ver com recuperar a ingenuidade do olhar infantil,
quando os
> condicionamentos ainda estão sendo implantados e não se fixaram
totalmente,
> quando você tem amigos invisíveis e há monstros embaixo da cama. Ou
do tonal
> enquanto polimorfo perverso... ;-)
Lígia: Entendo. Um livro em branco pode ser escrito da maneira como
se queira... :) mesmo entendendo que é assim, ainda acho complicado
*ver* se me enquadro nesse tipo *infantil*.
> Pode ser. Se a teoria das supercordas estiver (nem que seja
parcialmente)
> certa, então tem pelo menos uma analogia com o som. E aí tem todos
aqueles
> mitos da criação em que o universo foi criado pela palavra ou pelo
canto de
> um deus.
Lígia: O verbo, a palavra dita e afirmável, aquilo que se tranmite
ao meio, transforma o meio. Assim, o controle sobre o que se
pensa/verbaliza é algo de muito importante, principalmente em fase de
transformação, principalmente porque há uma tendência em se afirmar
(e consequentemente tornar mais "palpável") aquilo que se vê, ouve,
toca, através da palavra dita/pensada. E uma tendência maior ainda
em se afirmar e verbalizar aquilo que não é desejável... daí a
sensação de ser "impossível" achar que o mundo seja um bom lugar. Na
realidade ele simplesmente É, e a gente é quem dá o significado a ele
da maneira como ele é percebido. Se ele parece ser ruim, na
realidade alguma coisa vai mal é com quem o está observando...
né? :)
> Desses, o meu preferido é o dos aborígenes australianos. Eles dizem
> que, no Tempo do Sonho, os ancestrais (wondjina) percorreram o
espaço
> cantando suas canções, e a cada canção, davam origem a um objeto,
lugar ou
> criatura. Mas esse é um resumo infeliz porque, na verdade, não é
que os
> objetos surgiram com a canção dos ancestrais, os objetos *são* a
própria
> canção materializada.
Lígia: "E o verbo tornou-se... " :)
E o Tempo do Sonho também não é uma coisa que
> aconteceu no passado, é um outro tempo que existe agora, por baixo
do nosso.
Lígia: Onde o mundo é plasmado... :)
> É uma visão um bocado sofisticada pra um povo que já foi
considerado o mais
> primitivo do mundo... ;-)
Lígia: Se é... ! Eu não conhecia essa visão dos aborígenes e o
contato com a natureza parece ser mais importante do que
tecnologia... Provavelmente devido a esse contato, eles prestaram
mais atenção ao que está "por trás" do que àquilo que pode figurar
como "as bases da civilização". Entendo que se tal contato com o que
está "nos bastidores" da existência fosse tão difícil, eles não
teriam "pescado" assim tão claramente. Na simplicidade, as respostas
tendem a vir com mais facilidade... :)
> >Quando a ciência decidir olhar para essas questões com mais
carinho,
> aposto como os grandes enigmas deixarão de ser enigmáticos :)
>
> Eu sou otimista. Apesar do ceticismo dos céticos (rêrêrê), eu acho
que a
> gente tá, sim, se aproximando de uma mudança de paradigma nas
ciências. O
> número de físicos e neurocientistas que se interessam pelo problema
da
> consciência tá crescendo bastante nos últimos anos, e é inevitável
que isso
> produza algum tipo de resultado positivo.
Lígia: O problema parece ser o arraigamento aos conceitos. Veja que
quem defende a ciência com unhas e dentes assume defender outros
pontos de vista com intensidade também... e o espaço ao "novo", ao
que jamais foi tentado acaba sendo reduzido, bem como o "novo" passa
ignorado. Assim aqueles que sonham mais, que vivem mais livres dos
condicionamentos impostos pelos conceitos arraigados acabam sendo
desprezados por esses indivíduos, principalmente ao darem mostras de
que é possível não se prender a conceitos e continuar produzindo,
continuar vivo... :)
> >Hum... já achei! E só estou esperando a aprovação
de "Deus"... :)
>
> When you get it, say hello. ;-)
Lígia: I will do that... :)
> Tem coisas que podem até ser possíveis, mas simplesmente não me
interessam
> muito. E como a vida é curta e eu tô me aproximando rapidinho da
metade
> dela, tenho que me concentrar no que eu acho mais importante. ;-)
Lígia: Seu estudo? Ou viver?
> >Você pode estar empolgado com a idéia de nada ser difícil... mas
existem
> coisas "dificultosas".
>
> Eu sei disso. Mas não costumo parar pra pensar nas dificuldades
antes. Às
> vezes é um problema. ;-)
Lígia: Aprendi a nadar sendo jogada ao mar, sem salva vidas, de um
barco. Depois que eu já estava nele eu pensei na dificuldade...
pero, voltar atrás era complicado... :)
> >O diálogo interminável interior é alguma coisa de terrível!
>
> É como se tivesse uma vozinha inaudível no fundo da nossa cabeça
repetindo
> que uma rosa é uma rosa é uma rosa... ;-)
Lígia: Ou que tal coisa é impossível, impossível, impossível... :)
> >Agora, entendo também essa questão das aparências do mundo serem
mantidas
> pela constante afirmação da idéia de realidade.
>
> É um discurso que se desenrola continuamente, dizendo o que o mundo
tem que
> ser. Imho, são as premissas implícitas que o nosso cérebro usa pra
> interpretar a informação sensorial.
Lígia: Vejamos: os pontos de contato do corpo através dos sentidos
com o ambiente são diminutos mas as sensações são percebidas e
decodificadas todo tempo... O que garante que "algo" é "algo" é a
repetição do efeito dos estímulos que aquele "algo" desencadeia.
> >É como querer perpetuar condição de prisioneiro na figura do filho.
> Entendo isso.
>
> Mas esse é só o meu sentimento pessoal, longe de mim querer
generalizar.
> Como dizia aquele príncipe dinamarquês maluco, o mundo é o que você
acha que
> ele é. ;-)
Lígia: Ao verbalizar tal mundo, ao dar nome a ele, ao adaptar-se a
ele, ao criar parâmetros, ao criar conceitos... :)
> >E, apesar de eu vir lutando há anos contra uma depressão
persistente
>
> Eu também, mas melhorou bastante depois que eu casei. ;-) No meu
caso, nasce
> de uma insatisfação crônica com o mundo, não gosto muito do jeito
que as
> coisas são e, se eu pudesse, mudava tudo.
Lígia: O que tem sido dito para mim é que eu devo mudar a mim, a
minha forma de ver o mundo. E assim, como o mundo apenas segue à
forma que eu dou a ele, ele mudará na medida em que eu mude a minha
forma de observá-lo. Interessante notar que as primeiras coisas que
mudam são justamente aquelas que eu não dou importância. O mais
difícil nesse tempo todo tem sido mudar a forma como os
relacionamentos me afetam. A fonte da minha depressão é o relacionar-
me com os outros.
> >Acho a vida uma grande oportunidade e eu quero experimentá-la
dentro do
> espaço que me couber dentro da minha própria gaiolinha... :)
>
> Eu também acho a vida uma grande oportunidade, mas pra mim é uma
> oportunidade de sair da gaiolinha. ;-)
Lígia: Você vai sair... :)
> >Em parte o fato de eu ter escolhido meu "inferno astral" (um
> homem de peixes, ainda que inconscientemente :) é reflexo desse
> desejo que eu tinha de ser domada.
>
> Vai ver, se aplica a mim também.
Lígia: Das poucas coisas que eu tenho certeza na vida é que nada é
por acaso. As pessoas como tudo mais são atraídas em consequência
das necessidades que se tenha. Eu costumo *ver* como eu estou em
determinado dia justamente prestando atenção nas pessoas que cruzam
meu caminho naquele dia. Posso dizer que há dias piores que
outros... :) E há ainda aquelas com quem eu divido meu dia, meus
relacionamentos "de toda vida". Dependendo do modo como se comportam
com relação a mim, também posso tirar conclusões... enfim, é tudo
uma questão de observar o meio, até *ver*... :) Eu *vejo* o que me
faz conviver com certas pessoas com quem não me afino e a dificuldade
tem sido justamente transmutar o sentimento de repulsão associada a
certas questões e a atração associada a outras... confuso! ;)
> >Espero que você não a guarde só para si então... :) Eu quero
MESMO dar
> uma espiadinha :)
>
> Como eu disse, se algum dia eu chegar em algum lugar com essa
pesquisa, e os
> resultados não forem úteis só pra mim, se eles puderem servir
pralguma outra
> pessoa, daí eu passo adiante. E você vai ser uma das primeiras a
saber,
> prometo. ;-)
Lígia: Ótimo! Obrigada!
> PS. Pedi autorização pra você me botar no teu icq, vc me autoriza?
Lígia: Autorizo sim. Mas como eu recebi seu pedido em um momento em
que o ICQ estava off line e eu tinha que desligá-lo para a conexão,
eu perdi seu pedido. Quando der, envie novamente.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:14
MSG de Ronaldo:
"
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
(...)
. . .
> >RC> Muitas casas e prédios antigos são hoje considerados
> simplesmente "bregas". Idem com carros. O que vc acha hoje do design
> de um Cadillac rabo-de-peixe? Que tal uma Vemaguete? Como
diferenciar
> o "antigo" e "clássico" do "velho" e "brega"?
>
> AC: isso eh algo muito interessante, o de quando o brega vira
kitsch e fica
> bonito. Outro dia vi uma vemaguete, muito bem conservada, diga-se,
e achei
> muito bonita. Lembrei-me que foi o primeiro carro que dirigi
sozinho, de
> toda uma historia de juventude em que ela participou, enfim, viagei
no
> tempo. Essa parte merece um tratamento particular. Nao vou me
estender mais
> nesse ponto, embora fique tentado.
>
Fique à vontade. Como foi a história da Vemaguete?
###########>Ah... cooontaa!<##########
[]s
Ronaldo"
SUBJECT: Pitaco em: RES: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:15
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Takata
> > > E prá vc, o que é a beleza?
> >
> > Eu defino em duas palavras:
> >
> > Taís Araújo.
>
> Errado!
> Mila Jovovich
> (o ser perfeito do Quinto Elemento)
>
Não precisa sair do Brasil:
Daniela Cicarelli (garota da Pepsi)
##########>Que me desculpem os colegas: Estão perdendo tempo!
'Boa' é a que 'dá' prá mim (No meu entender, claro)<###########
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:16
= MSG de "gregório guerra, boca do inferno" =
""Segundo Voltaire:
"Perguntem a um sapo o que é a beleza , o belo admirável , o tokalón.
Responder vos-á que é a fêmea dele ############>Chocante! Foi o que coloquei
em um msg que vou enviar junto com esta: 'Boa' é a que 'dá' prá
mim<######### , com os seus dois grande olhos redondos , salientes ,
espetados na pequenina cabeça , um focinho largo e achatado , barriga
amarela , dorso acastanhado".
rmtakata <rmtakata@altavista.net> wrote:--- Em ciencialist@y..., "Jaison
Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
> Pepsi cristal era o nome dela :)
Eso, eso, eso.
http://crystalpepsi.captainmike.org/
[]s,
Roberto Takata""
###########>Que caminhos tomaram a beleza...! Pensara ficar resolvido como
um 'simples assim'...<##########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel - 2
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:17
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
Manuel: Um processo psicossexual, seja genital ou pré-genital, ligado
à função reprodutiva ou não, para que possa ser caracterizado como
sexual deve ter por base um processo bioquímico específico, que
envolve endorfina, neurotransmissores (dopamina)######>Não é minha intenção
porvocá-lo. Porque elegeu a 'dopamina'? Não é a primeira vez que a menciona.
Seria vossa crença ser o único ou principal mediador químico envolvido na
sensualidade/sexualidade?<####### e, sobretudo, o hormônio masculino, a
testosterona. Caso contrário, se não envolve essa química, então não é
processo psicossexual.
Takata: Nao vejo por q.
Antônio: Dá-lhe Takata!
Manuel: Êta, viadagem!#########>Ô Manuel... Com efeito!<##########
Antônio: Assim, se por resistência ou diletantismo, sou favorável a
que o Manuel esclareça àquilo que o Takata está inquirindo: Não é tão
difícil, ou é?
Manuel: Para esclarecer pra ti é um pouco difícil. Tem que ser com a
ajuda daquele norte-americano que amestrou o Rin-Tin-Tin.
Manuel, transcrevendo Freud: "À força pela qual o instinto sexual
está representado na mente chamamos 'libido' -- desejo sexual -- e
consideramo-la como algo análogo à fome.>> (S. Freud; Uma Dificuldade
no Caminho da Psicanálise; Vol.XVII; Standard Brasileira)#########>Bem,
Freud disse isso e vossa senhoria concorda (Fez, da dele sua idéia,
'sugou'). Pois eu discordo! (Não concordo com a idéia, seja ela de Freud ou
de vossa senhoria<##########
Antônio: Pergunta para o Manuel: É assim que vc pensa?
Manuel: Exatamente, sem tirar nem pôr uma vírgula sequer. Curupaco-
papaco. Cá-o-pé lôro!
Manuel Bulcão
S.O.S.: Brudna, pelamordedeus, quero ser moderado!
###########>Não vejo motivos para moderar nem ao Bulcão nem a mim. No que
entendo é uma 'conversa' sadia, um tanto 'acalorada', mas é bom acirrar aos
ânimos<#########
SUBJECT: Re: Pitaco em: Re: [ciencialist] Re: MSG para Manuel
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:17
Eia, calma, pessoal.
Manuel: o Antonio Renato, tenho certeza de q. ele nao quis ser
desrespeitoso.
Antonio Renato: nao liga, nao. 'As vezes da' essas nove horas
na Manuel, mas logo passa.
Paz a todos. E q. Deus (ou Buda, ou Mazda ou Marduc ou Brahma -- bem
melhor cerveja, nao) ilumine seus coracoes (espero q. nao seja um
cardiologista, por ai' e' sinal de q. a coisa esta' feia -- isto e',
assimetrica e desproporcionada).
[]s,
Roberto Takata
###########>Em algum momento as pessoas estão susceptíveis de perder a
'esportiva', embora no caso do Manuel, que está na lista 'apenas para se
divertir com os nerds', seja motivo de espanto<##########
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:18
--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> O que eu quis mostrar é que, embora a sua analogia possa ser
> válida, o fator limpo/cristalino não é exatamente necessário nem
> para que alguma coisa seja desejável para a ingestão. A propósito,
> algumas pessoas podem preferir mesmo beber uma Coca-Cola ou uma
> cerveja gelada a beber água, se ambas estiverem à mão.
Foi a Coca ou a Pepsi q. lancou uma cola transparente q.
foi fracasso comercial? (Ou nenhuma das duas?)
#########>Pô! 'Coca' transparente... Seria mesmo um fracasso. Ou
não?<#########
[]s,
Roberto Takata
##########>PS: Depois li a msg do Jaison indicando o 'site'. Mas é
interessante com percebi uma 'coca' transparente. Mas seria inerente à
beleza?<##########
SUBJECT: Re: Re: Re: Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:_[ciencialist]_Vejam_como é fácil !!!
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TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:19
= MSG de Lisandro =
(Para que não percam tempo relendo, acrescentei apenas um comentário)
Boa Tarde a todos !!!
Nesta lista não há somente pessoas com um grande embasamento
científico. Há também literatos, quer ver ?
Daqui a pouco irá surgir uma longa dissertação sobre o grande poeta do
período colonial Gregório de Matos.
Em tempo ( e desculpe a minha falta de atenção ) porque você pegou
no pé da Lígia?
Atenciosamente: Lisandro.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 01/11/02 15:28 -----
gregorio guerra
<boca_do_inferno2@ya Para:
ciencialist@yahoogrupos.com.br
hoo.com.br> cc:
Assunto: Re: Re:
Revoltado: Pitaco_malicioso_em:_Revoltado:_Rindo_de:
01/11/02 16:02
_[ciencialist]_Vejam_como_é_fácil_!!!
Favor responder a
ciencialist
Uau!!!Gosto das pessoas dessa área pelo fato delas fornecerem explicações
mirabolantes para coisas simples.Poderiamos fazer um campeonato
megalomaniaco de conhecimento, dizia-se um fato ou um objeto e tentava -se
relacionar o maior número de acontecimentos e verdades cientificas
possíveis a tal.
Antonio voce faz cocô???Não se sinta ofendido , isso é ouro,voce sabe
disso.Se acham uma grosseria saibam que nada no mundo é perfeito e sugiro
que leiam o prefácio de "Regresso ao Admirável Mundo Novo" do saudoso
Huxley.
############>hehehe...! Vc sabe botar lenha na fogueira<##############
Oi Lígia
Ontem estive assistindo um tipo de Globo Reporter do SBT.
Um dos assuntos reportava-se ao fato da mãe manifestar-se
condescendente
com determinado indivíduo de sua prole. Uma mãe colocava, referindo-se a um
de seus dois filhos: "Ele consegue me irritar...!"
Então, veja bem, a criança 'consegue' uma relação de domínio sobre
sua mãe.
Consegue instilar afeto (negativo, é verdade) significativo, consegue fazer
sua mãe 'perder a razão' (Interfere no 'mundo' da mãe, independentemente da
vontade dela!). É uma maneira que a criança 'rejeitada' forjou se, por um
lado 'vinga-se' por estar sendo posto em segundo plano, por outro mobiliza
a
atenção materna (Atenção esta, de que tanto necessita).
Especulando: Caso a mãe não apresentasse a reação que apresentou,
caso
permanecesse indiferente, certamente a criança abandonaria o comportamento
inicial, o que não significaria desistir de seu intento (Mobilizar a
atenção
da mãe). Retomaria ele 'outras estratégias', quem sabe agora, dotada de
adequação.
Porque esse comportamento? Porque a mãe é 'uma figura'
(representação)
relevante, importante em seu mundo, sua vida.
Extrapolando, você é uma figura que tomou significado no mundo do
Maçaranduba. Quem poderia saber com quem ele a identificou? Seria uma irmã,
uma namorada, ou a própria mãe que 'extravazava' em xingamento:
"Imprestável"!?
Mas de certo temos: Do universo de listeiros disponíveis, você foi a
escolhida! Você é importante. Se não o fosse... não haveria a tentativa de
'ligar-se' a vc, de mobilizar sua atenção. Eu tomaria isso como um elogio.
Peço sua atenção no sentido de não 'sucumbir' a estratégia inadequada
de
alguém que, em realidade, invoca seu amor.
Bjus, Antonio Renato.
Em tempo: Ele está falando de "alguma coisa séria". Se comporta-se de
maneira imprópria, não vamos imitá-lo.
SUBJECT: Re: Re: Revoltado: Pitaco malicioso em: Revoltado: Rindo de: [ciencialist] Vejam como é fácil !!!
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:20
Ligia eu te amo.........:)##########>E porque não amaria? Até na religião
dizem que é para amar uns aos outros...!!! Eu participo desta lista para
'conhecer' pessoas (?). Seria melhor dizer, conhecer pensamentos. Afinal,
que é o amor? Seria a introjeção do objeto para o 'ideal do ego' (que até
agora não vi ventilado entre os 'iniciados') e projeção da libido narcisista
sobre o mesmo objeto? Afinal, que seria libido narcisista? Freud falou
nisso?
Teria o amor três abordagens, desprezando-se abordagens poéticas, musicais,
etc? Uma psíquica, uma física (Ou pertinente aos sentidos) e, finalmente,
uma sexual?<############
Você toca num ponto sensível, Antonio. Não teria notado isso por mim
mesma e concordo, você pode estar certo. Existe mesmo algo de muito
estranho no comportamento de certas pessoas que parecem ter "o dom de
irritar"#########>Falando em 'dom de irritar', estou pensando em como me
redimir com o Bulcão. Consegui irritá-lo. Parece-me que sou importante para
ele. Mas, porque desta importância? Porque a manifestação emocional partindo
de apenas um estímulo de 'letrinhas' na tela de um monitor?<######### que
observando-se pelo lado que você aponta, faz sentido.
Eu confesso que fiquei profundamente irritada com a reação desse
gajo, simplesmente porque não era uma reação esperável de alguém numa
lista de discussão.#########>Lígia, nem sei o que esperar numa lista de
discussão. Esta 'ciencialist', no que penso, está com tudo!!!!!!!
(Lembrei-me de um texto seu, quanto aos pontos de exclamação) Parece que o
'"Homo científicus"' está aberto à quaisquer alternativas. Ou, pelo menos,
deveria de estar. Até onde tolerar... é uma outra questão. Minha maior
apreensão, na lista, seria não ser lido, ser ignorado.<########### Vai daí a
minha reação, reação essa que eu não costumo ter. Foi um lapso... :)
#######>Lapso de tempo: Demorou!<#########
Entre o tentar entender as reações de certas pessoas e realmente
entendê-las vai uma longa distância. Posso perceber isso agora...
Obrigada pelo toque,<= Vindo de vc... enaltece<#################
Bisous, Lígia
SUBJECT: Significado da palavra respeito (Ex-MSG para Manuel)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2002 17:20
Oi,
Manuel: A libido, segundo o fundador da psicanálise, é impulso psíquico
associado ao instinto sexual ou a manifestação mental do instinto sexual. O
Id, repositório da libido, é para Freud a instância psicobiológica por
excelência.
Antônio:Pô, Manuel! Será que você não bebe cerveja no botequim? Como
consegue se comunicar?
Manuel: Caríssimo Antônio Renato, estou começando a achar que é você que
está bebendo cerveja demais no botequim, por isso não está conseguindo
entender nada, pôrra nenhuma, nem mesmo o que eu escrevi acima, que não tem
nada de empolado, profuso, técnico, não contém nenhuma expressão em latim,
não está escrito de trás pra frente como os textos de Camões e é tão claro e
cristalino quanto a seguinte afirmação de Freud: "À força pela qual o
instinto sexual está representado na mente chamamos 'libido' -- desejo
sexual -- e consideramo-la como algo análogo à fome." Não sei como ser mais
claro, não conheço nenhum manual do tipo "Psicanálise para Jumentos e
Mulas". Qual a sua dificuldade? São as palavras "impulso", "repositório",
"instância" e "psicobiológica"? Caso seja assinante do UOL, vá ao seguinte
site que suas dúvidas serão esclarecidas: http://www.uol.com.br/aurelio/
##########>Até prá pagar espôrro o homem é erudito! Não entendi porque
referiu-se a mim como "Caríssimo", tendo o que se seguiu. Se lhe são 'caros'
os jumentos e as mulas, só posso dizer que lamento<############
Nas vezes em que eu bebo muito também fico assim: quando chego no fim da
frase, já não me lembro mais do que tinha no começo.#######>Já havia
percebido. Inclusive quando pergunta se minha dificuldade estaria nas
palavras 'impulso', 'repositório', etc. Vossa senhoria sabe perfeitamente
qual polêmica me referira... ou não?<#########
Você está sendo injusto e desrespeitoso. Antes de insinuar que eu apenas
quero parecer profundo########>Em nenhum momento coloquei isso! Injusto?
Quem? Talvez que queira 'esconder-se' atrás da erudição, esta realmente
presente<##########, que eu não consigo me comunicar#######>Minha queixa
seria não se comunicar comigo. Talvez não tenha interesse em se fazer
entender...<##########, antes de fazer chacota com o meu estilo de
escrever########>Não seja injusto: Gosto de seu estilo (embora não tenha
credencial para julgar, gosto é gosto)<########, antes de tirar sarro da
minha cara########>Isso sim. Mas não colocaria 'tirar sarro'. Sim _tentar_
tirar sarro. Se fui bem sucedido é outro assunto<#########, você devia se
esforçar um pouquinho, só um pouquinho, para tentar entender o que os outros
escrevem. Uma questão de boa-vontade da sua parte, apenas.########>Minha boa
vontade está explícita na tentativa de contactá-lo<############
Ademais, você não é nenhum leigo: você é médico e, pelo que me lembro, gosta
de afetar erudição e ostentar um vasto saber na área da psicologia: Que já
leu as obras completas de Freud (tendo começado a leitura ainda na
infância), que leu também Jung, Adler, Sullivan, Karen Horney, Erich Fromm,
Melanie Klein, Rollo May, Lacan, Carl Rogers, todas as revistas do Tio
Patinhas, etc. etc. etc.###########>E mais: Fantasma e Mandrake. Estes,
repositórios de 'uma' ética. Em tempo: Os autores que citei (Não estes que
vossa senhoria citou) não se reportam à psicologia. A emoção oblitera o
raciocínio<#########
Entrei nesta lista não para ostentar sapiência, mas para trocar idéias e me
divertir um pouco com outros nerds, CDF's e punheteiros intelectuais iguais
a mim. Sim, sou punheteiro intelectual, e daí?#########>Parabens! Tinha e
ainda tenho alguma implicancia. Mas gosto de suas msgs (Veiculam
informações), digo, aquelas que consigo chegar ao final. Lendo a frase vejo
que poderia ser mal interpretada. Quando coloco da dificuladade em atingir
ao final estou me referindo a extensão das msgs.<###########
Manuel Bulcão
##########>Um grande abraço do Antonio Renato.<############
SUBJECT: Fome e sexo
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 04:59
"...Manuel, transcrevendo Freud: "À força pela qual o instinto sexual
está representado na mente chamamos 'libido' -- desejo sexual -- e
consideramo-la como algo análogo à fome.>> (S. Freud; Uma Dificuldade
no Caminho da Psicanálise; Vol.XVII; Standard Brasileira)#########>Bem,
Freud disse isso e vossa senhoria concorda (Fez, da dele sua idéia,
'sugou'). Pois eu discordo! (Não concordo com a idéia, seja ela de Freud ou
de vossa senhoria)<##########
Antônio: Pergunta para o Manuel: É assim que vc pensa?
Manuel: Exatamente, sem tirar nem pôr uma vírgula sequer. Curupaco-
papaco. Cá-o-pé lôro!..."
========================
Oi, Manuel e listeiros interessados em prescrutar ao animismo.
Não sei se concordam, mas existem comportamentos comuns a todos. Partem de
'pressões' interiores que _exigem_ serem satisfeitas. São três as 'pressões'
que _exigem_ 'atualização' permanentemente: 1) Captação de oxigênio (do ar);
2) Satisfação da sede; e 3) Alimentação. Aqui, agora conjecturo, também
cabem a eliminação da urina e fezes. Fazem 'pressão' já que, considerando-se
obstrução intestinal como determinante de óbito, releva importancia.
Somente 'atualizando' a estas 'pressões' poderemos estar disponíveis a
atender 'reivindicações' da Espécie: Reprodução, como exemplo.
Considerando-se que a não atualização redunda em mobilização da atenção do
Ser (Por vezes impedindo outras atividades), pode-se até fazer analogia
entre fome e sexo, mas têm significados bastante distintos. Ou não?
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: CURA INEXPLICAVEL
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 07:00
Bom Dia.
Estou repassando para vocês este e-mail que recebi recentemente. Nele
o autor não apresentou nada de novo, ele apenas nos mostra como a
superstição hipócrita e cínica consegue uma nova máscara para obter um
respaldo na nossa sociedade contemporânea.
Atenciosamente:
Lisandro.
--- In fcb@y..., Tiago Abreu Saurin wrote:
> YAHOO NOTÍCIAS, 23-09-2002
> MADRE TERESA DE CALCUTÁ PODE SER BEATIFICADA EM PRAZO RECORDE
> http://br.news.yahoo.com/020923/6/8ce1.html
Agora, comentando o texto:
> VATICANO -- A Congregação Vaticana para as Causas dos Santos se
> reunirá amanhã para determinar se madre Teresa de Calcutá, venerada
> como santa em vida, viveu de maneira heróica as virtudes cristãs,
> primeiro passo no caminho para a beatificação.
Lembro-me de uma frase de madre Teresa que ilustra todas as virtudes
heróicas dessa santa criatura: "Ninguém é mais humilde do que eu!"
No fundo, toda aquela humildade era apenas uma forma de egocentrismo
disfarçado. Madre Teresa pode não ter ficado rica, mas foi bajulada em
vida como celebridade por milhões de pessoas, o que para muita gente
vale mais do que dinheiro.
Caso similar ao do médium Chico Xavier, que viveu a fantasia de que
possuía um elo especial com o outro mundo, psicografando livros e
cartas recheados com toda aquela sabedoria pueril. Sendo ambos tão
amados por milhões de pessoas, inclusive pessoas famosas, a imprensa
jamais se atreveu a fazer-lhes qualquer crítica, e até fazia questão
de tratá-los com reverência.
> No próximo dia 1* de outubro, a pedido da mesma congregação, impor-
> tantes prelados se reunirão para se pronunciarem sobre a validade
> do primeiro milagre atribuído à religiosa: a cura inexplicável e
> repentina de um tumor no abdômen de uma mulher.
Inexplicáveis são os motivos pelos quais a opinião de "importantes
prelados" é suficiente para decidir se algo aconteceu ou não.
Gostaria que alguém me explicasse quais são os critérios do Vaticano
para decidir o que é milagre ou não. Seria o fato de algo não ter
explicação científica? Mas de qual ciência, se o conhecimento cien-
tífico não é completo e está sempre em progresso, sujeito até mesmo
a revisão? A propósito, as beatificações feitas pelo papa estão
sujeitas a revisão em caso de surgir uma explicação científica para
os milagres?
[]s,
Tiago Abreu Saurin
tiago_as@via-rs.net
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SUBJECT: Re: Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 11:23
Olá João,
Manuel: Há experimentos com mamíferos que indicam que a mãe exerce
uma influência decisiva nas escolhas sexuais de seus filhos machos.
João: Interessante ser mais fraca nas fêmeas. Vou pensar sobre isso.
Ao que parece, pelo menos em alguns casos, isso funciona com qualquer
objeto. Se uma jaca é posta ao lado dos patinhos quando eles nascem,
quando maduros eles irão apresentar interesse sexual por jacas.
Perverso.
Manuel: Os etólogos deram a esse fenômeno o nome de `imprinting'
(estampagem). "É um mecanismo precoce de aprendizagem, pelo qual um
estímulo estabelece um padrão comportamental irreversível em relação
ao surgimento desse mesmo estímulo no futuro."
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Incesto, Fálus, Édipo e exogamia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 11:27
Olá João,
Manuel: Nas culturas onde se verifica o casamento 'punaluano' ou
grupal (onde todos os homens de um determinado clã são casados com
todas as mulheres de um outro clã, e em que os filhos permenacem no
clã materno), relações sexuais entre pai e filha não são proibidas,
até porque com freqüência não se sabe quem é pai de quem.
João: Esse tipo de ordem matrimonial eu não conhecia. Todos os homens
de um clã comem todas as mulheres de outro?
Manuel: A família punaluana existiu no Havaí (o termo `punaluano' é
havaiano) e em muitas tribos polinésias, antes da chegada dos
missionários cristãos. Entre os aborígines australianos o casamento
grupal também era uma instituição. Em seu livro "A Origem da Família,
da Propriedade Privada e do Estado", F. Engels escreveu:
<<Entre los negros australianos del monte Gambier, en el Sur de
Australia, es donde encontró el grado más bajo de desarrollo. La
tribu entera se divide allí en dos grandes clases: los krokis y los
kumites. Está terminantemente prohibido el comercio sexual en el seno
de cada una de estas dos clases; en cambio, todo hombre de una de
ellas es marido nato de toda mujer de la otra, y recíprocamente. No
son los individuos, sino grupos enteros, quienes están casados unos
con otros, clase con clase. Y nótese que allí no hay en ninguna parte
restricciones por diferencia de edades o de consanguinidad especial,
salvo la que se desprende de la división en dos clases exógamas. Un
kroki tiene de derecho por esposa a toda mujer kumite; y como su
propia hija, como hija de una mujer kumite, es también kumite en
virtud del derecho materno, es, por ello, esposa nata de todo kroki,
incluído su padre.>> (Desculpe-me o espanhol, é que não possuo outra
versão on-line dessa obra de Engels a não ser esta, em castelhano.)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Colonização espacial p/ Takata
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 12:01
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
>
> É que eu tive a algum tempo uma discussão com uns caras. Eu
> defendia apenas vôos não tripulados, e eles defendiam o homem no
> espaço. Eu tentava mostrar que a motivação deles não é científica,
> e sim espiritual. Eles querem porque querem o homem no espaço.
> Mesmo que um robô possa fazer as mesmas coisas que um humano, e
> mesmo que mandar humanos custe dez vezes mais, ainda assim
> compensa, pois com humanos será muito mais legal. Iria representar
> mais um passo em direção a Star Trek.
Olá João, eu concordo em parte contigo. Acho que a ida do homem ao
espaço, caso desnecessária, só se justificaria por motivos
turísticos. Eu adoraria visitar lá em cima, embora saiba que não
teremos condições para tal durante o tempo da minha vida. Mas
gostaria que meus netos tivessem essa opção. Hoje existem ainda
algumas limitações do que uma máquina pode fazer, por isso as viagens
de exploração da nossa era talvez precisem de cosmonautas por algum
tempo.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Deus e a Cultura.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 13:11
Boa Tarde a todos!
No final de semana encontrei o Dicionário Filosófico de Voltaire em
um site interessante. Entre inúmeras passagens curiosas esta é aquela que
melhor sintetiza o debate entre Deus e a Cultura.
Espero que vocês gostem.
Atenciosamente:
Lisandro....
DEUS
Imperante Arcádio, Logômacos, teologal de Constantinopla, empreendeu uma
viagem à Cítia, e
deteve-se ao pé do Cáucaso, nos férteis plainos de Zefirim, nos términos da
Cólchida. Estava o bom
velho Dondindaque em sua ampla sala baixa, entre seu grande aprisco e a
vasta granja. Estava ajoelhado
em companhia da mulher, dos cinco filhos e cinco filhas, seus pais e seus
criados, e cantavam os
louvores a Deus após ligeiro repasto.
- Que fazes, idólatra? - perguntou-lhe Logômacos.
- Não sou idólatra - retorquiu Dondindaque.
- Claro que o és, pois és cita e não grego. Que cantavas em tua bárbara
geringonça da Cítia I
- Todas as línguas soam da mesma forma aos ouvidos de Deus. Cantávamo-lhe
os louvores.
- Eis uma coisa extraordinária! Uma família cita que ora a Deus sem ter
sido instruída por nós!
Seguiu-se um diálogo entre o grego Logômacos e o cita Dondindaque, pois o
teologal sabia um pouco
de cita e o outro um pouco de grego. Encontrou-se esse diálogo num
manuscrito conservado na
biblioteca de Constantinopla
Logômacos
Vejamos se sabes teu catecismo. Por que oras a Deus?
Dondindaque
Justo é que adoremos o Ser Supremo que tudo nos deu.
Logômacos
Oh! Para um bárbaro não está mal. E que lhe pedes?
Dondindaque
Agradeço-lhe os bens de que gozo e os males com que lhe apraz provar-me.
Abstenho-me porém de
pedir-lhe seja o que for. Melhor que nós sabe ele o que nos falta. Demais
poderia dar-se que quando eu
pedisse bom tempo meu vizinho pedisse chuva.
Logômacos
Ah! Logo vi que ia dizer alguma asneira. Passemos a plano mais elevado.
Bárbaro, quem te disse que
Deus existe?
Dondindaque
Toda a natureza.
Logômacos
Não basta. Que idéia tens do Ser Supremo?
Dondindaque
Que é o meu criador, meu soberano, que me recompensará quando praticar o
bem e me castigará
quando cometer o mal.
Logômacos
Que frioleiras! Vamos ao essencial - Deus é infinito secundum quid ou
segundo a essência?
Dondindaque
Não vos entendo.
Logômacos
Sujeito tapado! Deus está algures ou ao mesmo tempo em tudo e fora de tudo?
Dondindaque
Não sei... Como quiserdes.
Logômacos
Ignorante! Pode Deus demover o acontecido? Pode fazer que um bastão não
tenha duas pontes? Como
verá o futuro: como futuro ou como presente? Como faz para tirar o ser do
nada e para aniquilar o ser?
Dondindaque
Tais coisas nunca me passaram pela cabeça.
Logômacos
Que sujeito bronco! Bem, vejo que preciso baixar a trave. Dize-me, meu
amigo, achas que a matéria
possa ser eterna?
Dondindaque
Que me importa que seja eterna ou não? Eu, posso afirmar que não o sou. De
qualquer forma, Deus é
o meu senhor. Deu-me a noção de justiça, devo segui-la. Não quero ser
filósofo, quero ser homem.
Logômacos
São o diabo, essas cabeças duras! Vamos aos poucos: Que é Deus?
Dondindaque
Meu soberano, meu juiz, meu pai.
Logômacos
Não é isso o que pergunto. Qual é sua natureza?
Dondindaque
Ser poderoso e bom.
Logômacos
Mas é corporal ou espiritual?
Dondindaque
Como quereis que o saiba?
Logômacos
Arre! Não sabes o que é um espírito?
Dondindaque
Nem imagino: de que me serviria isso? Tornar-me-ia acaso mais justo? Seria
melhor marido, melhor
pai, melhor amo, melhor cidadão?
Logômacos
É absolutamente necessário ensinar-te o que seja espírito. Escuta: é, é,
é... Bem, fica para outra
ocasião.
Dondindaque
Muito receio que me fôsseis dizer o que ele não é. Permiti-me fazer-vos a
meu turno uma pergunta. Vi
há muito um de vossos templos: por que motivo pintais Deus com uma longa
barba?
Logômacos
É questão muito complexa, que requer instruções preliminares.
Dondindaque
Antes de receber vossas instruções, vou contar-vos o que me aconteceu certo
dia. Eu acabava de fazer
construir uma privada no fim de meu jardim, quando ouvi uma toupeira
conversando com um besouro:
- Eis uma bela fábrica! - dizia a toupeira. - Deve ser uma toupeira bem
poderosa o autor dessa obra.
- Gracejais - respondeu o besouro. - Bem sabeis que foi um besouro, um
besouro genial o arquiteto
desse edifício.
Desde então resolvi nunca discutir.
Dicionário Filosófico.
SUBJECT: Pitaco inoportuno
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 13:12
Lúcio escreveu:
"...E você vai ser uma das primeiras a saber, prometo. ;-)
Bjs.
L.
PS. Pedi autorização pra você me botar no teu icq, vc me autoriza?"
"...Lígia: Espero que você não a guarde só para si então... :) Eu
quero MESMO dar uma espiadinha :)
Beijos, Lígia"
@@@@@@@@@@@@>Pô meu... difícil resistir acrescentar um duplo sentido!
ALERTA VERMELHO<@@@@@@@@@@@@
SUBJECT: Re: [ciencialist] Especulação
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 13:13
Querido Prof.
Estaria eu disposto a participar de 'uma cruzada' contra os abusos que tão
bem coloca em sua msg.
Talvez não nos tenhamos dado conta do grande instrumento, neste tipo de
ação, que é a Internet.
O exemplo das 'donas de casa' seria um bom modelo. Com a Internet,
diferentemente do telefone, a ação poderia atingir nível nacional.
No que acarretaria caso os proprietários de automóveis pactuassem e não
reabastecerem, por quantos dias? Quatro, cinco... Tenho a impressão que, se
pegos de surpresa (Agora vejo ser difícil, já que os 'tubarões' também têm
acesso à rede), causaria algum transtorno.
Certamente a organização de 'uma cruzada' demandaria tempo. Mas, se não
perseverarmos... E é uma manifestação pacífica, sem quebra-quebra.
Cordialmente, Antonio Renato.
== MSG original ==
Olá! Partilho comentário em assunto veiculado hoje no jornal A TARDE.
[]s
José Renato
_____________________________
A TARDE 01/11/2002 - Local
<
http://www.atarde.com.br/coluna.php3?id_coluna=10&dt_coluna=2002-11-01&hr_co
luna=18:38:04 >
Espaço do Leitor
Especulação
Os estragos da especulação financeira dos últimos quatro meses -
estranhamente aceita pelas autoridades do governo FHC - já atingem o bolso
do brasileiro. Enquanto o simples mortal recebe seu salário em reais, os
preços administrados pelo governo são calculados pelo câmbio do dia do
dólar. Com um exemplo desse, oferecido pelo próprio governo, que deveria ser
o guardião da moeda, as empresas nacionais também entraram na remarcação
pelo câmbio especulativo.
Desse modo, combustíveis, energia, telefonia e produtos da soja, produzidos
em reais em quase sua totalidade, são criminosamente reajustados pelo câmbio
especulativo devido às elevadas dívidas atreladas ao dólar, vincendas neste
último semestre de 2002.
Se o comerciante aceitar esse jogo de ganância e, principalmente, se não
tiver uma forte reação por parte do consumidor, a inflação dos preços se
cristalizará e impedirá o retorno do câmbio em níveis aceitáveis, pelo menos
abaixo do valor do peso da Argentina, destroçada por governantes corruptos
que, para manterem-se no poder, atendiam às ordens dos credores do Norte e
vendiam todo seu patrimônio, incluindo sua empresa estatal de petróleo.
Em uma sociedade politizada, consciente de sua importância no mercado de
consumo, boicotam-se até produtos com aumentos de apenas um centavo, como
vimos acontecer em uma cidade norte-americana. O litro do leite aumentou um
centavo no principal supermercado. As donas de casa organizadas
contataram-se por telefone dando o alerta e a palavra de ordem do boicote. O
consumo de leite caiu para cerca de 10%. No dia seguinte, o preço baixou.
Enquanto nós, consumidores, não tivermos consciência da força de nossa
reação contra aumentos oportunistas, sofreremos todos os males da inflação
do dólar em nossos salários recebidos em real. Já estou fazendo a minha
parte: não compro os produtos que elevaram preço sob a justificativa do
aumento do câmbio, ou reduzindo o consumo, nos casos dos aumentos
"autorizados" pelo governo, como ocorre com combustíveis, telefone, energia
elétrica...
José Renato M. de Almeida
(Salvador-BA)
SUBJECT: Re: Encontro real (Derivado de Psicanálise e evolução)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 13:14
"> Proponho aceitarmos a proposta do Joao de um encontro no Rio num
cafe ou bar (particularmente acho os bares mais inspiradores). Por
mim, pode ser o quanto antes. Amanha, no fim de semana, o que
quiserem.
É uma boa. Tem mais alguém do Rio? Tem alguma sugestão de bar? Eu
moro em Ipanema."
============================
Oi
Desde que 'entrei' na rede 'conheci' muitas pessoas. Falei com umas, ao
telefone, e encontrei-me pessoalmente com outras: A experiência não foi
gratificante.
Ainda mais se considerarmos propósitos para tal encontro. Me parece que,
fora do 'clima virtual' estabelecido no âmbito da lista... Sei não.
Atenciosamente, Antonio Renato.
Em tempo: Resido no Rio (Copacabana).
SUBJECT: Pitaco em Antonio psiquismo......
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 14:31
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
Ligia eu te amo.........:)##########>E porque não amaria? Até na religião
dizem que é para amar uns aos outros...!!! Eu participo desta lista para
'conhecer' pessoas (?). Seria melhor dizer, conhecer pensamentos. Afinal,
que é o amor? Seria a introjeção do objeto para o 'ideal do ego' (que até
agora não vi ventilado entre os 'iniciados') e projeção da libido narcisista
sobre o mesmo objeto? Afinal, que seria libido narcisista? Freud falou
nisso?
Teria o amor três abordagens, desprezando-se abordagens poéticas, musicais,
etc? Uma psíquica, uma física (Ou pertinente aos sentidos) e, finalmente,
uma sexual?<############
*****Estou começando a gostar de vc.Sabe qual é o cúmulo do narcisismo????Masturbar-se para si mesmo.É legal.*****
Você toca num ponto sensível, Antonio. Não teria notado isso por mim
mesma e concordo, você pode estar certo. Existe mesmo algo de muito
estranho no comportamento de certas pessoas que parecem ter "o dom de
irritar"#########>Falando em 'dom de irritar', estou pensando em como me
redimir com o Bulcão. Consegui irritá-lo. Parece-me que sou importante para
ele. Mas, porque desta importância? Porque a manifestação emocional partindo
de apenas um estímulo de 'letrinhas' na tela de um monitor?<######### que
observando-se pelo lado que você aponta, faz sentido.
Eu confesso que fiquei profundamente irritada com a reação desse
gajo, simplesmente porque não era uma reação esperável de alguém numa
lista de discussão.#########>Lígia, nem sei o que esperar numa lista de
discussão. Esta 'ciencialist', no que penso, está com tudo!!!!!!!
(Lembrei-me de um texto seu, quanto aos pontos de exclamação) Parece que o
'"Homo científicus"' está aberto à quaisquer alternativas. Ou, pelo menos,
deveria de estar. Até onde tolerar... é uma outra questão. Minha maior
apreensão, na lista, seria não ser lido, ser ignorado.<########### Vai daí a
minha reação, reação essa que eu não costumo ter. Foi um lapso... :)
#######>Lapso de tempo: Demorou!<#########
*****Essas letrinhas poderiam apenas ser um agente que faz acreditar ser alguem real do outro lado.Existe vida inteligente lá fora???Reprovado no teste de Turing.Seria voce um script???Eu???Somente Deus onisciente e onipotente e onipresente sabe a resposta apesar de qualquer "oni" alguma coisa dele , sucumbir ao paradoxo godeliano(eeeh fenotipo daqui é horrivel).Computadores são bons no que eu sou ruim. Computadores são ruins no que eu sou bom.Coisa estranha???Sinto-me bem ao ler "dom de irritar"(sem escatofilismos).Meus objetivos de parecer inteligente estao sendo alcançados.Pululam na minha mente memes estereotipadores de tudo que é tipo que voce possa imaginar(vou vomitar).Desafio voce Antonio preciso descobrir se voce é gente ou não.Onde me enquadrar???*****
Entre o tentar entender as reações de certas pessoas e realmente
entendê-las vai uma longa distância. Posso perceber isso agora...
*****E ela ainda perde tempo tentando......coisas de mulher.......*****
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Significado da palavra respeito (Ex-MSG para Manuel)
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 14:33
Deixa de ser besta vai ficar bajulando ele vai???
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
Oi,
Manuel: A libido, segundo o fundador da psicanálise, é impulso psíquico
associado ao instinto sexual ou a manifestação mental do instinto sexual. O
Id, repositório da libido, é para Freud a instância psicobiológica por
excelência.
Antônio:Pô, Manuel! Será que você não bebe cerveja no botequim? Como
consegue se comunicar?
Manuel: Caríssimo Antônio Renato, estou começando a achar que é você que
está bebendo cerveja demais no botequim, por isso não está conseguindo
entender nada, pôrra nenhuma, nem mesmo o que eu escrevi acima, que não tem
nada de empolado, profuso, técnico, não contém nenhuma expressão em latim,
não está escrito de trás pra frente como os textos de Camões e é tão claro e
cristalino quanto a seguinte afirmação de Freud: "À força pela qual o
instinto sexual está representado na mente chamamos 'libido' -- desejo
sexual -- e consideramo-la como algo análogo à fome." Não sei como ser mais
claro, não conheço nenhum manual do tipo "Psicanálise para Jumentos e
Mulas". Qual a sua dificuldade? São as palavras "impulso", "repositório",
"instância" e "psicobiológica"? Caso seja assinante do UOL, vá ao seguinte
site que suas dúvidas serão esclarecidas: http://www.uol.com.br/aurelio/
##########>Até prá pagar espôrro o homem é erudito! Não entendi porque
referiu-se a mim como "Caríssimo", tendo o que se seguiu. Se lhe são 'caros'
os jumentos e as mulas, só posso dizer que lamento<############
Nas vezes em que eu bebo muito também fico assim: quando chego no fim da
frase, já não me lembro mais do que tinha no começo.#######>Já havia
percebido. Inclusive quando pergunta se minha dificuldade estaria nas
palavras 'impulso', 'repositório', etc. Vossa senhoria sabe perfeitamente
qual polêmica me referira... ou não?<#########
Você está sendo injusto e desrespeitoso. Antes de insinuar que eu apenas
quero parecer profundo########>Em nenhum momento coloquei isso! Injusto?
Quem? Talvez que queira 'esconder-se' atrás da erudição, esta realmente
presente<##########, que eu não consigo me comunicar#######>Minha queixa
seria não se comunicar comigo. Talvez não tenha interesse em se fazer
entender...<##########, antes de fazer chacota com o meu estilo de
escrever########>Não seja injusto: Gosto de seu estilo (embora não tenha
credencial para julgar, gosto é gosto)<########, antes de tirar sarro da
minha cara########>Isso sim. Mas não colocaria 'tirar sarro'. Sim _tentar_
tirar sarro. Se fui bem sucedido é outro assunto<#########, você devia se
esforçar um pouquinho, só um pouquinho, para tentar entender o que os outros
escrevem. Uma questão de boa-vontade da sua parte, apenas.########>Minha boa
vontade está explícita na tentativa de contactá-lo<############
Ademais, você não é nenhum leigo: você é médico e, pelo que me lembro, gosta
de afetar erudição e ostentar um vasto saber na área da psicologia: Que já
leu as obras completas de Freud (tendo começado a leitura ainda na
infância), que leu também Jung, Adler, Sullivan, Karen Horney, Erich Fromm,
Melanie Klein, Rollo May, Lacan, Carl Rogers, todas as revistas do Tio
Patinhas, etc. etc. etc.###########>E mais: Fantasma e Mandrake. Estes,
repositórios de 'uma' ética. Em tempo: Os autores que citei (Não estes que
vossa senhoria citou) não se reportam à psicologia. A emoção oblitera o
raciocínio<#########
Entrei nesta lista não para ostentar sapiência, mas para trocar idéias e me
divertir um pouco com outros nerds, CDF's e punheteiros intelectuais iguais
a mim. Sim, sou punheteiro intelectual, e daí?#########>Parabens! Tinha e
ainda tenho alguma implicancia. Mas gosto de suas msgs (Veiculam
informações), digo, aquelas que consigo chegar ao final. Lendo a frase vejo
que poderia ser mal interpretada. Quando coloco da dificuladade em atingir
ao final estou me referindo a extensão das msgs.<###########
Manuel Bulcão
##########>Um grande abraço do Antonio Renato.<############
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e a Cultura.
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 14:34
Minhas congratulações.........
lpereira@smsdemag.com.br wrote: Boa Tarde a todos!
No final de semana encontrei o Dicionário Filosófico de Voltaire em
um site interessante. Entre inúmeras passagens curiosas esta é aquela que
melhor sintetiza o debate entre Deus e a Cultura.
Espero que vocês gostem.
Atenciosamente:
Lisandro....
DEUS
Imperante Arcádio, Logômacos, teologal de Constantinopla, empreendeu uma
viagem à Cítia, e
deteve-se ao pé do Cáucaso, nos férteis plainos de Zefirim, nos términos da
Cólchida. Estava o bom
velho Dondindaque em sua ampla sala baixa, entre seu grande aprisco e a
vasta granja. Estava ajoelhado
em companhia da mulher, dos cinco filhos e cinco filhas, seus pais e seus
criados, e cantavam os
louvores a Deus após ligeiro repasto.
- Que fazes, idólatra? - perguntou-lhe Logômacos.
- Não sou idólatra - retorquiu Dondindaque.
- Claro que o és, pois és cita e não grego. Que cantavas em tua bárbara
geringonça da Cítia I
- Todas as línguas soam da mesma forma aos ouvidos de Deus. Cantávamo-lhe
os louvores.
- Eis uma coisa extraordinária! Uma família cita que ora a Deus sem ter
sido instruída por nós!
Seguiu-se um diálogo entre o grego Logômacos e o cita Dondindaque, pois o
teologal sabia um pouco
de cita e o outro um pouco de grego. Encontrou-se esse diálogo num
manuscrito conservado na
biblioteca de Constantinopla
Logômacos
Vejamos se sabes teu catecismo. Por que oras a Deus?
Dondindaque
Justo é que adoremos o Ser Supremo que tudo nos deu.
Logômacos
Oh! Para um bárbaro não está mal. E que lhe pedes?
Dondindaque
Agradeço-lhe os bens de que gozo e os males com que lhe apraz provar-me.
Abstenho-me porém de
pedir-lhe seja o que for. Melhor que nós sabe ele o que nos falta. Demais
poderia dar-se que quando eu
pedisse bom tempo meu vizinho pedisse chuva.
Logômacos
Ah! Logo vi que ia dizer alguma asneira. Passemos a plano mais elevado.
Bárbaro, quem te disse que
Deus existe?
Dondindaque
Toda a natureza.
Logômacos
Não basta. Que idéia tens do Ser Supremo?
Dondindaque
Que é o meu criador, meu soberano, que me recompensará quando praticar o
bem e me castigará
quando cometer o mal.
Logômacos
Que frioleiras! Vamos ao essencial - Deus é infinito secundum quid ou
segundo a essência?
Dondindaque
Não vos entendo.
Logômacos
Sujeito tapado! Deus está algures ou ao mesmo tempo em tudo e fora de tudo?
Dondindaque
Não sei... Como quiserdes.
Logômacos
Ignorante! Pode Deus demover o acontecido? Pode fazer que um bastão não
tenha duas pontes? Como
verá o futuro: como futuro ou como presente? Como faz para tirar o ser do
nada e para aniquilar o ser?
Dondindaque
Tais coisas nunca me passaram pela cabeça.
Logômacos
Que sujeito bronco! Bem, vejo que preciso baixar a trave. Dize-me, meu
amigo, achas que a matéria
possa ser eterna?
Dondindaque
Que me importa que seja eterna ou não? Eu, posso afirmar que não o sou. De
qualquer forma, Deus é
o meu senhor. Deu-me a noção de justiça, devo segui-la. Não quero ser
filósofo, quero ser homem.
Logômacos
São o diabo, essas cabeças duras! Vamos aos poucos: Que é Deus?
Dondindaque
Meu soberano, meu juiz, meu pai.
Logômacos
Não é isso o que pergunto. Qual é sua natureza?
Dondindaque
Ser poderoso e bom.
Logômacos
Mas é corporal ou espiritual?
Dondindaque
Como quereis que o saiba?
Logômacos
Arre! Não sabes o que é um espírito?
Dondindaque
Nem imagino: de que me serviria isso? Tornar-me-ia acaso mais justo? Seria
melhor marido, melhor
pai, melhor amo, melhor cidadão?
Logômacos
É absolutamente necessário ensinar-te o que seja espírito. Escuta: é, é,
é... Bem, fica para outra
ocasião.
Dondindaque
Muito receio que me fôsseis dizer o que ele não é. Permiti-me fazer-vos a
meu turno uma pergunta. Vi
há muito um de vossos templos: por que motivo pintais Deus com uma longa
barba?
Logômacos
É questão muito complexa, que requer instruções preliminares.
Dondindaque
Antes de receber vossas instruções, vou contar-vos o que me aconteceu certo
dia. Eu acabava de fazer
construir uma privada no fim de meu jardim, quando ouvi uma toupeira
conversando com um besouro:
- Eis uma bela fábrica! - dizia a toupeira. - Deve ser uma toupeira bem
poderosa o autor dessa obra.
- Gracejais - respondeu o besouro. - Bem sabeis que foi um besouro, um
besouro genial o arquiteto
desse edifício.
Desde então resolvi nunca discutir.
Dicionário Filosófico.
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: pitaco em Fernando SK
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 14:46
Deus me livre!!!!Já basta ter que aturar a masturbação mental de voces.
Fernando S K <fern_rjbr@yahoo.com.br> wrote:Caro Boca,
--- Em ciencialist@y..., gregorio guerra <boca_do_inferno2@y...>
escreveu
>
> Uau!!!Gosto das pessoas dessa área pelo fato delas fornecerem
explicações mirabolantes para coisas simples.Poderiamos fazer um
campeonato megalomaniaco de conhecimento, dizia-se um fato ou um
objeto e tentava -se relacionar o maior número de acontecimentos e
verdades cientificas possíveis a tal.
FSK> Vá lendo e estudando, um dia vc chaga lá...
F.
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: pitaco em Boca
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 15:21
Boca,
Acho que deus não vai te livrar disso... melhor seria deconectar. A
não ser que vc não esteja sendo sincero, e queira de fato chegar
lá... ou melhor, cá...
--- Em ciencialist@y..., gregorio guerra <boca_do_inferno2@y...>
escreveu
>
> Deus me livre!!!!Já basta ter que aturar a masturbação mental de
voces.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 15:43
Joao,
eu tambem moro em Ipanema. Ja sao 2.....
Quem mais da lista se interessa pelo assunto. 3 ja da reuniao.
Abs,
Antonio Castro
----- Original Message -----
From: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 02, 2002 5:33 PM
Subject: [ciencialist] Re: Psicanálise e evolução
> Proponho aceitarmos a proposta do Joao de um encontro no Rio num
cafe ou bar (particularmente acho os bares mais inspiradores). Por
mim, pode ser o quanto antes. Amanha, no fim de semana, o que
quiserem.
É uma boa. Tem mais alguém do Rio? Tem alguma sugestão de bar? Eu
moro em Ipanema.
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SUBJECT: Encontro no Rio (era Psicanálise e evolução )
FROM: Carol Sturari <carolsturari@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 16:10
Nao deixem de postar aqui data, hora e local! ;)
[ ]'s
Carol
At 19:33 02/11/02 +0000, you wrote:
>> Proponho aceitarmos a proposta do Joao de um encontro no Rio num
>cafe ou bar (particularmente acho os bares mais inspiradores). Por
>mim, pode ser o quanto antes. Amanha, no fim de semana, o que
>quiserem.
>
>É uma boa. Tem mais alguém do Rio? Tem alguma sugestão de bar? Eu
>moro em Ipanema.
----------
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Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.393 / Virus Database: 223 - Release Date: 30/09/02
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Pitaco em: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 16:27
> --- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> > O que eu quis mostrar é que, embora a sua analogia possa ser
> > válida, o fator limpo/cristalino não é exatamente necessário nem
> > para que alguma coisa seja desejável para a ingestão. A propósito,
> > algumas pessoas podem preferir mesmo beber uma Coca-Cola ou uma
> > cerveja gelada a beber água, se ambas estiverem à mão.
>
Ronaldo,
desculpe a demora em responder, mas eu andei viajando e viajarei de novo
amanha. A sua msg completa ficou no computador da minha casa e porisso nao
poderei responde-la na integra hoje.
Eu trabalhei algum tempo tentando entender o mecanismo cerebral que nos faz
sentir beleza (e feiura). Procurei, inclusive, alguns exemplos de beleza
universal, independentes da cultura e do tempo. Considerando somente a
beleza que entra pelos olhos, achei 2 exemplos que me satisfizeram: as
quedas d'agua ou correntes cristalinas e as flores. Pegue qualquer
literatura, por mais antiga que seja e de qualquer povo, que voce vai achar
referencias elogiosas a beleza das flores e das aguas limpidas, estas, de
preferencia, em movimento.
Na questao da agua a minha leitura eh a da associacao que mencionei: quanto
mais cristalina e aerada, maiores as chances de estarmos ingerindo agua de
boa qualidade. Repare as diferentes sensacoes que nos causam os agregados de
agua doce. Uma poça d'agua parada pode ser nojenta, repelente. Um pequeno
acude de agua sem movimento pode nao ser exatamente feio, mas pode te deixar
meio triste. Pois faca uma cachoeirinha artificial nele e ja melhora o
astral. Lagos, nos preferimos os grandes (= mais chance de agua de boa
qualidade). Voce preferir a cerveja ou coca ao inves da agua, nao tem
necessariamente a ver com a beleza de cada um. Simplesmente eh uma
manifestacao de gosto individual e temporario.
Ja as flores, eu considero que o nosso fascinio com elas vem do fato de que
elas se engenheiraram (selecao natural, se quiser) para serem fascinantes.
Elas atraem passaros, insetos e nos humanos. Nos as utilizamos para exprimir
amor/paixao. Por que nao as folhas ou raizes? Algumas pessoas me respondiam
que gostavam das flores porque sao coloridas. Bem, ha 500 mil coisas
coloridas no mundo e as pessoas preferem declarar amor com flores (e nao
venha com flores artificiais!). Na minha concepcao, as flores sao, vamos
dizer, a expressao do amor das plantas. As flores sao orgaos de reproducao
sexual, eh o casamento, a uniao, a procriacao, enfim, o amor.
Abracos,
Antonio Castro
SUBJECT: [ciencialist] Re: pitaco em Boca
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 16:39
Boa Tarde.....a todos!!!!!!!!
Boca, segundo Voltaire a melhor arma contra a obscuridade, o cinismo,
a pseudo-erudição, a catilinária (credo!) é o riso. Até o presente momento
você foi a única pessoa sensata ( ou cientificamente falando - cética ) que
ousou criticar as lorotas ditas pelos "doutores psicanalistas". Até eu
saiba a psicanálise não é ciência e ela deveria receber o mesmo
questionamento que é dado à astrologia, quiromancia, homeopatia , etc.
Até o presente momento você foi ótimo.
Atenciosamente:
Lisandro.....
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 04/11/02 16:29 -----
"Fernando S K"
<fern_rjbr@yahoo. Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
com.br> cc:
Assunto: [ciencialist] Re: pitaco em Boca
04/11/02 16:21
Favor responder a
ciencialist
Boca,
Acho que deus não vai te livrar disso... melhor seria deconectar. A
não ser que vc não esteja sendo sincero, e queira de fato chegar
lá... ou melhor, cá...
--- Em ciencialist@y..., gregorio guerra <boca_do_inferno2@y...>
escreveu
>
> Deus me livre!!!!Já basta ter que aturar a masturbação mental de
voces.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Encontro real (Derivado de Psicanálise e evolução)
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 16:39
Antonio Renato,
ja eu tenho uma expectativa diferente. A discussao na lista eh muito legal,
mas ela as vezes frustra porque voce nao consegue aprofundar um tema. A
proposta original do Joao de Carvalho foi, ao que eu entendi, discutir
comportamento humano ou o ser humano sobre um plano mais biologico e
concreto do que a psicanalise normalmente oferece. Seria a busca de um
paradigma novo de estudo do ser humano. O fato eh que assistimos a
humanidade indo pro buraco e ninguem consegue ter uma visao nova do
comportamento humano.
Eu gostaria muito de poder aprofundar essa abordagem com outros
interessados. Na lista eh muito dificil. Voce nao pode colocar anexos e
qualquer texto de mais de 2 ou 3 paginas o pessoal ja nao le. Alem do Joao e
eu, a Carol se dispos a ir ao encontro. Moramos todos no Rio. Por que nao
tentar? A causa vale o esforco.
No fim de semana proximo ou na semana proxima eu estou disponivel. Ja
proponho aqui o Barril 1800, que da pra conversar com conforto.
Abraco,
Antonio Castro
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 04, 2002 2:14 PM
Subject: [ciencialist] Re: Encontro real (Derivado de Psicanálise e
evolução)
>
>
> "> Proponho aceitarmos a proposta do Joao de um encontro no Rio num
> cafe ou bar (particularmente acho os bares mais inspiradores). Por
> mim, pode ser o quanto antes. Amanha, no fim de semana, o que
> quiserem.
>
> É uma boa. Tem mais alguém do Rio? Tem alguma sugestão de bar? Eu
> moro em Ipanema."
>
>
> ============================
>
>
> Oi
>
> Desde que 'entrei' na rede 'conheci' muitas pessoas. Falei com umas, ao
> telefone, e encontrei-me pessoalmente com outras: A experiência não foi
> gratificante.
> Ainda mais se considerarmos propósitos para tal encontro. Me parece que,
> fora do 'clima virtual' estabelecido no âmbito da lista... Sei não.
>
> Atenciosamente, Antonio Renato.
>
> Em tempo: Resido no Rio (Copacabana).
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: Fuga de cerebros
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 16:39
Caro Mesquita!
Para entender porque isso acontece basta prestar atenção aos últimos
e-mails lançados à lista, que serve como um indicador em pequena
escala do que acontece... O fato é que fica difícil concorrer com
gente que não dá o mínimo valor para o que já se estudou, já se
entendeu e deseja-se passar adiante. É difícil tomar para si a
missão de explicar o porquê da ciência ser importante para gente que
fica declarando que estudo é masturbação mental... Ao que tudo
indica, é essa mentalidade decadente que rege o governo ao restringir
a um mínimo as despesas com pesquisa e tecnologia.
Note, é só prestar atenção: a fuga de cérebros vai ser visível aqui
na Ciencialist caso o Brudna não tome providências. Compare-se o
Brudna aos governantes e já dá para ter uma idéia... e o que sobra
depois? :) Adianta correr atrás do prejuízo?
Taí também a resposta a uma das suas questões no referente ao
ceticismo de carteirinha praticado aqui no Brasil: como alguém pode
ser cético aos moldes do primeiro mundo se a ciência que se pratica
por aqui é de último?
Beijos, Lígia
**********************************
--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> O JC-email de hoje (n.º 2154 de 04/11/02) retorna com um tema que
andou em
> moda nos anos 90, qual seja, a fuga de cérebros para o exterior,
> reproduzindo o artigo de Evanildo da Silveira para o OESP e que
começa com o
> seguinte parágrafo:
>
> "Pesquisa divulgada nesta semana, realizada pelo médico Reinaldo
Guimarães,
> do Instituto de Medicina Social da Uerj, mostra que, entre 93 e 99,
966
> cientistas foram trabalhar no exterior, 60% dos quais nos EUA ou no
Canadá.
> É o primeiro levantamento feito desde os anos 70."
>
> Vide a reportagem inteira em
> http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=5770
>
> Em 1995 escrevi algo a respeito para a revista Integração, da qual
sou
> editor, no artigo "A síndrome dos três i´s" (três i´s de Ideologia,
> Ingenuidade e Ignorância) e que pode ser lido em
> http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/tres_is.txt
>
> Com respeito ao tema em pauta escrevi, no item "A raíz da
ingenuidade", o
> seguinte:
>
>
> *********************************
>
> "Criou-se um mito, na área de pesquisa dos centros universitários
> brasileiros: para que esta possa ser considerada de alto nível,
deveria
> estar intimamente associada ao dispêndio de vultosas quantias. Os
crentes
> nesta realidade confundem pesquisa de alto nível com o que se
convencionou
> chamar, nos países do hemisfério norte, pesquisas de ponta; ou
então com o
> que poderíamos chamar pesquisas tecnológicas de fronteiras do
conhecimento.
> Estas últimas estão, via de regra, intimamente relacionadas ao grau
de
> desenvolvimento sócio-econômico-cultural da região em que
acontecem. Por
> exemplo, seria altamente significativo se os nossos centros
universitários
> conseguissem, através de uma adequação entre o que chamamos
saneamento
> básico e a realidade do terceiro mundo, eliminar o risco do flagelo
da
> cólera. As despesas seriam, sim, vultosas, porém dentro de um
orçamento que
> a população certamente estaria disposta a gastar. As pesquisas de
alto
> nível, por outro lado, são, via de regra, pesquisas científicas
que, ao
> contrário das anteriores, caracterizam-se por um baixo custo
operacional.
> Poucos são os pesquisadores de nosso país que se dão conta desta
realidade.
>
> A grande maioria dos nossos pesquisadores, por uma questão de
status ou
> mesmo de um orgulho ingênuo, sonha em vir um dia a ser convidada a
> participar de pesquisas de ponta em países do primeiro mundo.
Acalentam este
> sonho mantendo-se altamente atualizados em uma temática científica
que não
> condiz com a realidade nacional. Cientes de que nem mesmo nossos
mais
> sofisticados centros científicos possuem condições de competir
neste terreno
> e lado a lado com seus congêneres estrangeiros, adotam uma postura
> sui-generis: gastam fortunas incalculáveis, ainda que dentro de
nossa
> realidade econômica, para confirmar teses já amplamente
corroboradas no
> primeiro mundo. A rigor não fazem pesquisas e sim experiências.
Outras vezes
> propõem-se a realizar tarefas para nós irrelevantes ou a defender
teses
> desprovidas de conteúdo sócio-econômico local. A fim de
exemplificar, diria
> que, em medicina, algumas destas teses, se postas em prática,
poderiam,
> quando muito, prolongar em um ou dois anos a vida média de um
europeu.
> Enquanto isso, convivemos com uma das mais elevadas taxas de
mortalidade
> infantil já registrada na história da humanidade.
>
> Analisado sob o prisma educacional, o problema mostra-se ainda mais
grave.
> Nossos jovens, treinados, a exemplo de seus mestres, para uma
realidade que
> não é a nossa, perdem o seu referencial, postam-se num oceano sem
rumo e
> transformam-se numa legião de pesquisadores inúteis. Os poucos
que, por
> talentos próprios, conseguem se sobressair acabam sendo convidados a
> participar de pesquisas de ponta muitas vezes realizadas em
universidades
> particulares do primeiro mundo; e os que ficam prestam-se a servir
de
> subsídio para que os ideólogos do quanto pior melhor possam se
dirigir à
> sociedade para mostrar o quanto o sistema político vigente no país é
> incompetente para administrar o ensino público.
>
> Esta perda de referencial afeta não apenas os pesquisadores de
carreira mas
> também os profissionais de nível superior. Digno de nota é o
reflexo sobre a
> imprensa; se por um lado a mediocridade conseqüente à síndrome como
um todo
> é de per si suficiente para justificar o baixíssimo nível dos
noticiários
> escritos e falados a percorrerem o país, por outro nota-se que
dentre os
> poucos repórteres que possuímos e que ainda conseguem concatenar as
idéias,
> a maioria é incapaz de efetuar uma crítica construtiva a qualquer
tema que
> seja nosso e, em decorrência disso, locupletam seus espaços
valorizando
> exclusivamente temas importados, posto que estes foram devidamente
> comentados em suas vidas universitárias. Com grande freqüência
flagram-se,
> nos grandes jornais do país, notícias que, sem relacionar começo,
meio e
> fim, deixam o leitor sem saber como, onde, quando nem por que
aconteceu o
> que "foi noticiado". Estes jornais se engalfinham em disputas
homéricas
> destinadas a atrair a atenção do leitor para que escolha, dentre
eles, o
> menos pior. Estes jornais, de tempos em tempos, e malgrado estas
pequenas
> rixas, unem-se com a finalidade de, em nome da elite que
corporificam,
> defender a liberdade de expressão, garantindo para si o monopólio
de um
> direito que, a ser observada a nossa Constituição, é assegurado,
sabe-se lá
> como, a todos os brasileiros."
>
> *********************************
>
> Pelo visto, o tema está retornando à mídia, agora com medidas e não
apenas
> estimativas grosseiras.
>
> Aguardo comentários.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Fuga de cerebros
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 17:04
O JC-email de hoje (n.º 2154 de 04/11/02) retorna com um tema que andou em
moda nos anos 90, qual seja, a fuga de cérebros para o exterior,
reproduzindo o artigo de Evanildo da Silveira para o OESP e que começa com o
seguinte parágrafo:
"Pesquisa divulgada nesta semana, realizada pelo médico Reinaldo Guimarães,
do Instituto de Medicina Social da Uerj, mostra que, entre 93 e 99, 966
cientistas foram trabalhar no exterior, 60% dos quais nos EUA ou no Canadá.
É o primeiro levantamento feito desde os anos 70."
Vide a reportagem inteira em
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=5770
Em 1995 escrevi algo a respeito para a revista Integração, da qual sou
editor, no artigo "A síndrome dos três i´s" (três i´s de Ideologia,
Ingenuidade e Ignorância) e que pode ser lido em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/tres_is.txt
Com respeito ao tema em pauta escrevi, no item "A raíz da ingenuidade", o
seguinte:
*********************************
"Criou-se um mito, na área de pesquisa dos centros universitários
brasileiros: para que esta possa ser considerada de alto nível, deveria
estar intimamente associada ao dispêndio de vultosas quantias. Os crentes
nesta realidade confundem pesquisa de alto nível com o que se convencionou
chamar, nos países do hemisfério norte, pesquisas de ponta; ou então com o
que poderíamos chamar pesquisas tecnológicas de fronteiras do conhecimento.
Estas últimas estão, via de regra, intimamente relacionadas ao grau de
desenvolvimento sócio-econômico-cultural da região em que acontecem. Por
exemplo, seria altamente significativo se os nossos centros universitários
conseguissem, através de uma adequação entre o que chamamos saneamento
básico e a realidade do terceiro mundo, eliminar o risco do flagelo da
cólera. As despesas seriam, sim, vultosas, porém dentro de um orçamento que
a população certamente estaria disposta a gastar. As pesquisas de alto
nível, por outro lado, são, via de regra, pesquisas científicas que, ao
contrário das anteriores, caracterizam-se por um baixo custo operacional.
Poucos são os pesquisadores de nosso país que se dão conta desta realidade.
A grande maioria dos nossos pesquisadores, por uma questão de status ou
mesmo de um orgulho ingênuo, sonha em vir um dia a ser convidada a
participar de pesquisas de ponta em países do primeiro mundo. Acalentam este
sonho mantendo-se altamente atualizados em uma temática científica que não
condiz com a realidade nacional. Cientes de que nem mesmo nossos mais
sofisticados centros científicos possuem condições de competir neste terreno
e lado a lado com seus congêneres estrangeiros, adotam uma postura
sui-generis: gastam fortunas incalculáveis, ainda que dentro de nossa
realidade econômica, para confirmar teses já amplamente corroboradas no
primeiro mundo. A rigor não fazem pesquisas e sim experiências. Outras vezes
propõem-se a realizar tarefas para nós irrelevantes ou a defender teses
desprovidas de conteúdo sócio-econômico local. A fim de exemplificar, diria
que, em medicina, algumas destas teses, se postas em prática, poderiam,
quando muito, prolongar em um ou dois anos a vida média de um europeu.
Enquanto isso, convivemos com uma das mais elevadas taxas de mortalidade
infantil já registrada na história da humanidade.
Analisado sob o prisma educacional, o problema mostra-se ainda mais grave.
Nossos jovens, treinados, a exemplo de seus mestres, para uma realidade que
não é a nossa, perdem o seu referencial, postam-se num oceano sem rumo e
transformam-se numa legião de pesquisadores inúteis. Os poucos que, por
talentos próprios, conseguem se sobressair acabam sendo convidados a
participar de pesquisas de ponta muitas vezes realizadas em universidades
particulares do primeiro mundo; e os que ficam prestam-se a servir de
subsídio para que os ideólogos do quanto pior melhor possam se dirigir à
sociedade para mostrar o quanto o sistema político vigente no país é
incompetente para administrar o ensino público.
Esta perda de referencial afeta não apenas os pesquisadores de carreira mas
também os profissionais de nível superior. Digno de nota é o reflexo sobre a
imprensa; se por um lado a mediocridade conseqüente à síndrome como um todo
é de per si suficiente para justificar o baixíssimo nível dos noticiários
escritos e falados a percorrerem o país, por outro nota-se que dentre os
poucos repórteres que possuímos e que ainda conseguem concatenar as idéias,
a maioria é incapaz de efetuar uma crítica construtiva a qualquer tema que
seja nosso e, em decorrência disso, locupletam seus espaços valorizando
exclusivamente temas importados, posto que estes foram devidamente
comentados em suas vidas universitárias. Com grande freqüência flagram-se,
nos grandes jornais do país, notícias que, sem relacionar começo, meio e
fim, deixam o leitor sem saber como, onde, quando nem por que aconteceu o
que "foi noticiado". Estes jornais se engalfinham em disputas homéricas
destinadas a atrair a atenção do leitor para que escolha, dentre eles, o
menos pior. Estes jornais, de tempos em tempos, e malgrado estas pequenas
rixas, unem-se com a finalidade de, em nome da elite que corporificam,
defender a liberdade de expressão, garantindo para si o monopólio de um
direito que, a ser observada a nossa Constituição, é assegurado, sabe-se lá
como, a todos os brasileiros."
*********************************
Pelo visto, o tema está retornando à mídia, agora com medidas e não apenas
estimativas grosseiras.
Aguardo comentários.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
FROM: "brudna" <luis@ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 17:14
Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
da Folha Online
Trinta e três anos depois de o astronauta norte-americano Neil
Armstrong pisar da Lua, em 20 de julho de 1969, a Nasa quer provar
que a viagem realmente aconteceu.
Para isso, a agência espacial norte-americana vai pagar US$ 15 mil
para o engenheiro James Oberg, autor de livros de ficção científica,
escrever uma monografia sobre o tema.
O enfoque será dado aos mitos que cercam a chegada à Lua, como fotos
que parecem montadas e falta de informações claras divulgadas ao
público. Segundo Garber, o texto "não vai convencer as pessoas que
acreditam nesses mitos, mas vai esclarecer aquelas que têm a mente
aberta".
http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7602.shtml
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: pitaco em Boca
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 17:18
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> Boa Tarde.....a todos!!!!!!!!
>
> Boca, segundo Voltaire a melhor arma contra a obscuridade, o
cinismo,
> a pseudo-erudição, a catilinária (credo!) é o riso. Até o presente
momento
> você foi a única pessoa sensata ( ou cientificamente falando -
cética ) que
> ousou criticar as lorotas ditas pelos "doutores psicanalistas". Até
eu
> saiba a psicanálise não é ciência e ela deveria receber o mesmo
> questionamento que é dado à astrologia, quiromancia, homeopatia ,
etc.
Manuel: Quem foi que te disse que a psicanálise não é ciência? Foi o
Popper? Sim, Popper disse isso. Mas, sobre a psicanálise, Popper
também escreveu:
<<Eu, pelo menos, estou convencido de que existe um mundo
inconsciente e de que as análises dos sonhos de Freud em seu livro
são fundamentalmente corretas, embora incompletas (como ele mesmo
deixa claro)...>>
<<Não quero ser mal interpretado. Penso que a Interpretação dos
Sonhos de Freud é um grande sucesso. Contudo, a teoria que ela contém
possui um caráter mais parecido com o do atomismo anterior a
Demócrito - ou talvez ao da coleção de relatos de Homero sobre o
Olimpo - do que o de uma ciência contrastável. Ela mostra certamente
que uma teoria metafísica é infinitamente melhor do que a ausência de
teorias; e, suponho, é um projeto para uma ciência psicológica,
comparável ao atomismo e ao materialismo, ou à teoria eletromagnética
da matéria, ou à teoria dos campos de Faraday, que foram, todas elas,
projetos para a ciência física. Todavia, é um erro fundamental
acreditar que, porque está "sendo verificada" constantemente, ela tem
que ser uma ciência baseada na experiência.>>
Popper, K. (1985): Realismo Y el Objetivo de la Ciencia (post
scriptum a la lógica de la investigación científica, Madrid:
Editorial Tecnos, vol. I, pgs. 203-214.
A meu ver, todo conhecimento é passível de questionamento. O que é
inquestionável é a ignorância, sobretudo a ignorância acerca da
epistemologia de Popper e da psicanálise que medra no movimento
cético-científico (e quando essa ignorância vem misturada com
arrogância, é melhor sair de perto). Felizmente, existem exceções
valiosas. Além do próprio Popper, outros céticos de carteirinha,
muitos deles filiados ao CSICOP, têm o pensamento de Freud na mais
alta conta. Como, por exemplo, Carl Sagan e Murray Gell-Mann.
Manuel Bulcão, um cínico, pseudo-erudito e punheteiro intelectual. E
ainda por cima Judeu!
SUBJECT: Re: [ciencialist] Especulação
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 17:55
Antônio, é importante manter essa disposição contra os abusos perpetrados por fornecedores gananciosos e inescrupulosos. Minha expectativa é gerar um movimento silencioso de conscientização como consumidor e como fornecedor/vendedor. Estou com o tanque do carro quase na reserva pois, quando fui abastecer, na sexta já tinham aumentado de 1,83 para 1,93 o litro da gasolina, com a justificativa do repasse do aumento do álcool que não havia sido feito ainda. Acredite se quiser!
Na realidade os donos de postos perceberam que haveria um aumento de movimento no fim de semana antes do aumento anunciado de 12% (na segunda-feira) e aproveitaram para fatura em cima. Com o preço elevado como está, o consumo cairá e as "promoções" voltarão. Já observo a volta dos anúncios de venda usando a inflação como ameaça ao consumidor, tipo: compre antes do aumento; ainda estamos com os preços antigos... Se entrarmos nessa de amedrontados pelo aumento de preço estaremos perdidos novamente.
Abraços.
José Renato
_________________________
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 04, 2002 2:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Especulação
Querido Prof.
Estaria eu disposto a participar de 'uma cruzada' contra os abusos que tão bem coloca em sua msg.
Talvez não nos tenhamos dado conta do grande instrumento, neste tipo de ação, que é a Internet.
O exemplo das 'donas de casa' seria um bom modelo. Com a Internet, diferentemente do telefone, a ação poderia atingir nível nacional.
No que acarretaria caso os proprietários de automóveis pactuassem e não reabastecerem, por quantos dias? Quatro, cinco... Tenho a impressão que, se pegos de surpresa (Agora vejo ser difícil, já que os 'tubarões' também têm acesso à rede), causaria algum transtorno.
Certamente a organização de 'uma cruzada' demandaria tempo. Mas, se não perseverarmos... E é uma manifestação pacífica, sem quebra-quebra.
Cordialmente, Antonio Renato.
== MSG original ==
Olá! Partilho comentário em assunto veiculado hoje no jornal A TARDE.
[]s
José Renato
_____________________________
A TARDE 01/11/2002 - Local
<
http://www.atarde.com.br/coluna.php3?id_coluna=10&dt_coluna=2002-11-01&hr_co
luna=18:38:04 >
Espaço do Leitor
Especulação
Os estragos da especulação financeira dos últimos quatro meses -
estranhamente aceita pelas autoridades do governo FHC - já atingem o bolso
do brasileiro. Enquanto o simples mortal recebe seu salário em reais, os
preços administrados pelo governo são calculados pelo câmbio do dia do
dólar. Com um exemplo desse, oferecido pelo próprio governo, que deveria ser
o guardião da moeda, as empresas nacionais também entraram na remarcação
pelo câmbio especulativo.
Desse modo, combustíveis, energia, telefonia e produtos da soja, produzidos
em reais em quase sua totalidade, são criminosamente reajustados pelo câmbio
especulativo devido às elevadas dívidas atreladas ao dólar, vincendas neste
último semestre de 2002.
Se o comerciante aceitar esse jogo de ganância e, principalmente, se não
tiver uma forte reação por parte do consumidor, a inflação dos preços se
cristalizará e impedirá o retorno do câmbio em níveis aceitáveis, pelo menos
abaixo do valor do peso da Argentina, destroçada por governantes corruptos
que, para manterem-se no poder, atendiam às ordens dos credores do Norte e
vendiam todo seu patrimônio, incluindo sua empresa estatal de petróleo.
Em uma sociedade politizada, consciente de sua importância no mercado de
consumo, boicotam-se até produtos com aumentos de apenas um centavo, como
vimos acontecer em uma cidade norte-americana. O litro do leite aumentou um
centavo no principal supermercado. As donas de casa organizadas
contataram-se por telefone dando o alerta e a palavra de ordem do boicote. O
consumo de leite caiu para cerca de 10%. No dia seguinte, o preço baixou.
Enquanto nós, consumidores, não tivermos consciência da força de nossa
reação contra aumentos oportunistas, sofreremos todos os males da inflação
do dólar em nossos salários recebidos em real. Já estou fazendo a minha
parte: não compro os produtos que elevaram preço sob a justificativa do
aumento do câmbio, ou reduzindo o consumo, nos casos dos aumentos
"autorizados" pelo governo, como ocorre com combustíveis, telefone, energia
elétrica...
José Renato M. de Almeida
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fuga de cerebros
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 18:02
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 04, 2002 5:39 PM
Subject: [ciencialist] Re: Fuga de cerebros
>O fato é que fica difícil concorrer com gente que não dá o mínimo valor
para o que já se estudou, já se
entendeu e deseja-se passar adiante. É difícil tomar para si a missão de
explicar o porquê da ciência ser importante para gente que fica declarando
que estudo é masturbação mental...
Essa é uma atitude particularmente curiosa em uma lista que *é* sobre
ciências e que, portanto, supõe-se que deveria atrair pessoas dispostas a
valorizar e respeitar o estudo - próprio e alheio. Espera-se também que quem
tem algum tipo de interesse científico saiba valorizar a informação precisa
e a definição exata. Mas cada vez que o Manuel cita algum autor ou eu tento
examinar a fundo o significado de um conceito, fulano diz que é só pra
afetar erudição, beltrano diz que é masturbação mental, sicrano protesta que
uma lista não é lugar pra se examinar a fundo nada, e por aí vai. Vem
neguinho com ironia, dizendo que a lista de repente se encheu de doutores e
sabe lá o que mais. Até o Antônio Renato, cujo senso de humor é
freqüentemente vivo e que volta e meia faz observações curtas mas precisas,
até ele argumenta que a gente não deve ficar citando este ou aquele autor
sob a estranha alegação de que, como ele leu muita coisa, não sabe mais
diferenciar o que é dele e o que é dos livros, o que pra mim é um
non-sequitur colossal. Essas atitudes todas me parecem incompatíveis com o
que eu aprendi sobre a postura científica, porque sempre me ensinaram que a
ciência deve ser aberta, examinar todas as possibilidades e procurar ser o
mais precisa possível, especialmente com seus próprios conceitos e
fundamentos metodológicos. Mas afinal, quem sou eu pra saber? Não passo de
um leigo bem-informado e afeito ao triste vício da masturbação mental. Em
outras palavras, um nerd. Minha vó costuma dizer que quem lê demais fica
bobo e isso sempre me deixou indignado, mas vai saber. De repente, ela tem
razão e eu sou só um bobo que gosta de afetar erudição. Como diria um colega
de outra lista, o escritor português João Barreiros, tristes tristezas...
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 19:07
É claro que todos sabem que o homem pisou na Lua! De qualquer forma, já vou
reservar meu exemplar. Quero ver se eles contam a parte em que os
alienígenas de Tau Ceti ajudaram a desenvolver os motores do Saturno V,
hehe...
Agora, US$ 15 mil é uma ninharia. O autor da biografia de John Paul II
embolsou, se não me engano, US$ 100 mil, e ele nem precisou provar que o
papa existe!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "brudna" <luis@ufrgs.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 4 de Novembro de 2002 18:14
Assunto: [ciencialist] Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na
Lua
Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
da Folha Online
Trinta e três anos depois de o astronauta norte-americano Neil
Armstrong pisar da Lua, em 20 de julho de 1969, a Nasa quer provar
que a viagem realmente aconteceu.
Para isso, a agência espacial norte-americana vai pagar US$ 15 mil
para o engenheiro James Oberg, autor de livros de ficção científica,
escrever uma monografia sobre o tema.
O enfoque será dado aos mitos que cercam a chegada à Lua, como fotos
que parecem montadas e falta de informações claras divulgadas ao
público. Segundo Garber, o texto "não vai convencer as pessoas que
acreditam nesses mitos, mas vai esclarecer aquelas que têm a mente
aberta".
http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7602.shtml
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus para Ateus...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 19:13
De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" |
| Lígia: >Outra prática secular é o "exame de consciência,"criado por Santo
| Inácio de Loyola, fundador da Ordem dos Jesuítas, no século 16.
|
| L: >Isso é que é sincronicidade! No exato momento em que eu recebi o teu email,
| tava no Google procurando os Exercícios Espirituais para download... ;-)
|
Espíritos não fazem exercícios, físicos ou mentais ... muito menos os downloads!
Mas, no fundo, no fundo, apreciaria ver um download fazendo exercícios espirituais :-)))
[]'
Léo
=========
SUBJECT: Re: [ciencialist] Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 19:15
----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 04, 2002 8:07 PM
Subject: Re: [ciencialist] Nasa encomenda livro para provar que homem pisou
na Lua
>O autor da biografia de John Paul II embolsou, se não me engano, US$ 100
mil, e ele nem precisou provar que o
papa existe!
Mas isso, de qualquer forma, seria beeem mais difícil de provar. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] CURA INEXPLICAVEL
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 19:21
Do contexto:
| > Gostaria que alguém me explicasse quais são os critérios do Vaticano
| > para decidir o que é milagre ou não. Seria o fato de algo não ter
| > explicação científica? Mas de qual ciência, se o conhecimento cien-
| > tífico não é completo e está sempre em progresso, sujeito até mesmo
| > a revisão? A propósito, as beatificações feitas pelo papa estão
| > sujeitas a revisão em caso de surgir uma explicação científica para
| > os milagres?
| >
| --------------------------
|
| >Bem, eu não sou católico, mas os critérios do Vaticano só dizem respeito ao
| Vaticano e aos católicos crentes, não é mesmo ? O Vaticano não tem que dar
| explicações aos não-católicos e principalmente aos cientistas.. .. .. até
| porque ninguém é obrigado a ser católico e acreditar na igreja.
| ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Discordo plenamente. O Vaticano está permanentemente pedindo auxílio aos cientistas para que comprovem tudo que diz a bíblia. O que mais querem é justamente alterar milhares de textos bíblicos acrescentando: "está cientificamente provado que .....". O vaticanato tem que dar plenas explicações aos cientistas (católicos ou não).
[]'
Léo
===============
SUBJECT: Deus para Ateus...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 19:26
Olá!
OFF... mas nem tanto (depois de trocentas mensagens tratando sobre a
extinção dos humanos...). Eu adoto uma oração parecida há anos e
para mim é muito válido, na medida em que me faz perceber que não há
diferença entre o que é do outro e o que é meu. Na realidade só nós
existimos e se não procurarmos nos amarmos, ninguém virá dos céus
para resolver nossas brigas e conter um holocausto nuclear ou
racial...
Diretamente do Readre's Digest, na edição do mês de setembro último,
à página 70, lemos:
ORAÇÕES PARA DESCRENTES:
Você não acredita em Deus mas assim mesmo sente vontade de rezar? O
Budismo trata dessa contradição:: "Do nosso ponto de vista, a função
da oração é ligar-nos ao que é maior do que nosso pequeno ser", diz
Hogen Bays, sacerdote da Comunidade Zen do Oregon. Ele sugere
a "metta" ou a prática da oração da bondade terna:
"Sente-se, acalme seu espírito ( é o mesmo que acalme-se ) e
diga: 'Que eu me livre do medo. Que eu me livre do sofrimento. Que
eu seja feliz. Que eu seja cheio de bondade terna'. Em seguida,
concentre-se em alguém que você ama e diga a mesma oração por essa
pessoa. Depois reze da mesma maneira por uma pessoa neutra, alguém
que você não conhece. Por fim, reze por alguém de quem não gosta.
Ao fazer isso, você alimenta dentro de si as sementes da bondade e do
amor, que depois se irradiam".
Outra prática secular é o "exame de consciência,"criado por Santo
Inácio de Loyola, fundador da Ordem dos Jesuítas, no século 16.
Trata-se da reflexão consciente sobre os fatos das últimas 12 ou 24
horas. "Enquanto eles passam por sua mente, tente identificar onde
sentiu a presença de Deus - alguém que lhe sorriu na rua, uma criança
que você viu", explica Maria Tattu Bowen, professora de teologia da
Universidade de Portland. Em geral, é algo muito pequeno que
desperta a sua memória para o fato de que Deus é imanente...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus para Ateus...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 19:41
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 04, 2002 8:26 PM
Subject: [ciencialist] Deus para Ateus...
>Outra prática secular é o "exame de consciência,"criado por Santo
Inácio de Loyola, fundador da Ordem dos Jesuítas, no século 16.
Isso é que é sincronicidade! No exato momento em que eu recebi o teu email,
tava no Google procurando os Exercícios Espirituais para download... ;-)
Bjs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] CURA INEXPLICAVEL
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 20:05
----- Original Message -----
From: <lpereira@smsdemag.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 04, 2002 8:00 AM
Subject: [ciencialist] CURA INEXPLICAVEL
> > No próximo dia 1* de outubro, a pedido da mesma congregação, impor-
> > tantes prelados se reunirão para se pronunciarem sobre a validade
> > do primeiro milagre atribuído à religiosa: a cura inexplicável e
> > repentina de um tumor no abdômen de uma mulher.
>
> Inexplicáveis são os motivos pelos quais a opinião de "importantes
> prelados" é suficiente para decidir se algo aconteceu ou não.
>
> Gostaria que alguém me explicasse quais são os critérios do Vaticano
> para decidir o que é milagre ou não. Seria o fato de algo não ter
> explicação científica? Mas de qual ciência, se o conhecimento cien-
> tífico não é completo e está sempre em progresso, sujeito até mesmo
> a revisão? A propósito, as beatificações feitas pelo papa estão
> sujeitas a revisão em caso de surgir uma explicação científica para
> os milagres?
>
--------------------------
Depois de um tempo sem participar da lista, estou voltando devagar para
sumir de novo já já. Acho que vou só me restringir a comentários espaçados.
(Obs: Eu ia mandar um e-mail analisando o Livro 'O erro de Descartes', de
Damásio, que a Lígia comentou um dia desses. (ela deve se lembrar do
telefone sem fio, etc...) Mas, como o e-mail já tinha 40 páginas quando
passado para o Word (e, a meu ver, ele ainda estava apenas na metade),
desisti de mandá-lo e resolvi mudar a 'vocação' do texto e transformá-lo em
artigo.)
Bem, eu não sou católico, mas os critérios do Vaticano só dizem respeito ao
Vaticano e aos católicos crentes, não é mesmo ? O Vaticano não tem que dar
explicações aos não-católicos e principalmente aos cientistas.. .. .. até
porque ninguém é obrigado a ser católico e acreditar na igreja.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 20:22
Ronaldo,
acabei conseguindo me conectar em casa antes de viajar. Vao abaixo os
comentarios sobre os seus idem.
Antonio Castro
>A questão é: por que Hollywood teve que "descobrir"? Se existe algum
conceito absoluto de beleza, não é razoável que ele sempre tenha
existido? O que eu acredito é que podem existir vários conceitos de
beleza que são flutuantes. Variam com a cultura e com a época.
No que eu cheguei eh que existe um impulso absoluto e uma leitura relativa
adaptada aos tempos e, por vezes, as modas.
Assim, o impulso em relacao a busca da beleza da mulher, por exemplo, eh
perene. O que voce le como belo na realidade em que vive eh relativo. Mas no
caso, ha sempre uma relacao com fertilidade, capacidade de procriacao. A
preferencia geral eh por mulheres mais jovens. Corpo tipo violao, como
alguns sugerem. Tambem a sempre citada gordura das belas de Renoir tinha
relacao com pessoas mais abastadas e, como consequencia pratica, mais
saudaveis do que a magras, normalmente mais pobres e menos saudaveis. Hoje
esse padrao nao tem sentido.
Outro bom exemplo de impulso absoluto para o belo esta nas musicas. Nos
gostamos dos mais variados generos musicais. Mas note que nossos ouvidos
estao preparados para reconhecer qualquer desafino ou quebra de harmonia nas
musicas. E em qualquer genero musical. Tambem a voz estridente de algumas
pessoas pode ser extremamente irritante (voce conhece alguma pessoa que
tenha voz chata e nao seja chata?).
>Bom, quando eu estive na Jamaica, os únicos brancos que eu vi eram os
turistas americanos. É sério. (segundo o World Factbook, a Jamaica só
tem 0,2% de brancos) Mas talvez o público jamaicano tenha mesmo uma
>cultura em relação a modelos diferente da nossa, e por isso as
agências de publicidade usem mesmo as modelos negras, embora pudessem
importar modelos caucasianas como o Japão, por exemplo, faz.
No Japao ocorre uma coisa interessante. Eles se acham feios (conheco
relativamente bem a cultura japonesa). Realmente aquele padrao de mulher sem
curvas nao desperta desejo sexual. Alem disso, a cara redonda tambem nao
atrai. Este (a angulosidade) eh um outro traco que parece predominar no belo
das mulheres. Procure uma unica modelo com cara de lua...O por que biologico
disso, nao atino.
>O que eu quis mostrar é que, embora a sua analogia possa ser válida,
o fator limpo/cristalino não é exatamente necessário nem para que
alguma coisa seja desejável para a ingestão. A propósito, algumas
pessoas podem preferir mesmo beber uma Coca-Cola ou uma cerveja
gelada a beber água, se ambas estiverem à mão.
Ja respondi no outro mail.
. . .
>AC> Outro dia vi uma vemaguete, muito bem conservada, diga-se,
e achei
> muito bonita. Lembrei-me que foi o primeiro carro que dirigi
sozinho, de
> toda uma historia de juventude em que ela participou, enfim, viagei
no
> tempo. Essa parte merece um tratamento particular. Nao vou me
estender mais
> nesse ponto, embora fique tentado.
>
> R: Fique à vontade. Como foi a história da Vemaguete?
Viajei naquele meu "viagei" com g.
A historia da Vemaguete nao eh uma historia. Eh soh um exemplo paradigmatico
de toda uma teoria. Fica, quem sabe, para o encontro pessoal que estamos
propondo para alguns interessados da lista nessas questoes de fundamentos
biologicos do comportamento humano.
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus para Ateus...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 20:43
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 04, 2002 8:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus para Ateus...
>Espíritos não fazem exercícios, físicos ou mentais ... muito menos os
downloads!
Como assim, espírito não faz download? E quando o caboclo baixa num terreiro
de umbanda? ;-))))
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Pitaco em Antonio psiquismo......
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 20:46
antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
Ligia eu te amo.........:)##########>E porque não amaria? Até na religião
dizem que é para amar uns aos outros...!!! Eu participo desta lista para
'conhecer' pessoas (?). Seria melhor dizer, conhecer pensamentos. Afinal,
que é o amor? Seria a introjeção do objeto para o 'ideal do ego' (que até
agora não vi ventilado entre os 'iniciados') e projeção da libido narcisista
sobre o mesmo objeto? Afinal, que seria libido narcisista? Freud falou
nisso?
Teria o amor três abordagens, desprezando-se abordagens poéticas, musicais,
etc? Uma psíquica, uma física (Ou pertinente aos sentidos) e, finalmente,
uma sexual?<############
*****Estou começando a gostar de vc.Sabe qual é o cúmulo do
narcisismo????Masturbar-se para si mesmo.É legal.*****
@@@@@@@@@@@>>Não entendi. Seria um exemplo de redundancia?<<@@@@@@@@@@
Você toca num ponto sensível, Antonio. Não teria notado isso por mim
mesma e concordo, você pode estar certo. Existe mesmo algo de muito
estranho no comportamento de certas pessoas que parecem ter "o dom de
irritar"#########>Falando em 'dom de irritar', estou pensando em como me
redimir com o Bulcão. Consegui irritá-lo. Parece-me que sou importante para
ele. Mas, porque desta importância? Porque a manifestação emocional partindo
de apenas um estímulo de 'letrinhas' na tela de um monitor?<######### que
observando-se pelo lado que você aponta, faz sentido.
Eu confesso que fiquei profundamente irritada com a reação desse
gajo, simplesmente porque não era uma reação esperável de alguém numa
lista de discussão.#########>Lígia, nem sei o que esperar numa lista de
discussão. Esta 'ciencialist', no que penso, está com tudo!!!!!!!
(Lembrei-me de um texto seu, quanto aos pontos de exclamação) Parece que o
'"Homo científicus"' está aberto à quaisquer alternativas. Ou, pelo menos,
deveria de estar. Até onde tolerar... é uma outra questão. Minha maior
apreensão, na lista, seria não ser lido, ser ignorado.<########### Vai daí a
minha reação, reação essa que eu não costumo ter. Foi um lapso... :)
#######>Lapso de tempo: Demorou!<#########
*****Essas letrinhas poderiam apenas ser um agente que faz acreditar ser
alguem real do outro lado.Existe vida inteligente lá fora???Reprovado no
teste de Turing.Seria voce um script???Eu???Somente Deus onisciente e
onipotente e onipresente sabe a resposta apesar de qualquer "oni" alguma
coisa dele , sucumbir ao paradoxo godeliano(eeeh fenotipo daqui é
horrivel).Computadores são bons no que eu sou ruim. Computadores são ruins
no que eu sou bom.Coisa estranha???Sinto-me bem ao ler "dom de irritar"(sem
escatofilismos).Meus objetivos de parecer inteligente estao sendo
alcançados.Pululam na minha mente memes estereotipadores de tudo que é tipo
que voce possa imaginar(vou vomitar).Desafio voce Antonio preciso descobrir
se voce é gente ou não.Onde me enquadrar???*****
@@@@@@@@@@@@>>Pô... Qual é o desafio? Se sou gente? Em quadrado ou
retângulo: Eis a questão. Parece que concordamos em um ponto: Melhor
escrever tolices que ser analfabeto<<@@@@@@@@@@@
Entre o tentar entender as reações de certas pessoas e realmente
entendê-las vai uma longa distância. Posso perceber isso agora...
*****E ela ainda perde tempo tentando......coisas de mulher.......*****
@@@@@@@@@@@>>Adoro 'coisas' de mulher!<<@@@@@@@@@@@
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 21:19
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 01, 2002 2:33 PM
Subject: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
>
> Vc vai tbm colaborar com uma campanha beneficente para
> uma pessoa pobre. No caso sou eu, mas acho q. nao tem
> problema - 'fazer o bem, sem olhar a quem'.
>
> (Num prazo de 500 anos poderemos fazer qq tipo de
> 'previsao' q. quisermos ou conseguirmos imaginar...
> Cura da Aids, paz universal, guerra nuclear, fome
> mundial, conversao total ao islamismo, extincao
> das baleias, remodelagem genetica, Brasil como o
> país mundialmente hegemonico, colonias
> extra-solares, teletransporte, fim do futebol,
> abolicao do alcool, viagem no tempo... So' dar
> uma lida nos livros de ficcao cientifica e fantasia
> futurista.)
>
---------------
Falando assim, o Takata parece sugerir que o processo histórico é totalmente
aleatório e que qualquer tentativa de previsão é um exercício inútil: que
qualquer coisa é possível.
É claro que sempre podem ocorrer eventos discrepantes, como a queda de um
asteróide*, mas, a despeito desses eventos, a história não funciona de modo
randômico. Há tendências e plausibilidades.
(*OBS: De acordo com o livro 'Um pálido ponto Azul', de Carl Sagan, o
próximo grande meteoro - igualmente devastador como o meteoro TK - está para
cair em *nossa época*, analisando a indicência estatística de eventos do
tipo.)
É plausível prever que em 500 anos não haverá petróleo natural. É plausível
prever que as reservas de água doce "natural" não suprirão toda a
humanidade. (Por "reservas de água doce natural", falo de água captada de
rios e manaciais que não estejam sujeitos à forte intervenção humana, que
não seja a puramente explorarória.). É plausível - mas não certo - prever a
maior integração dos povos através do crescente desenvolvimento dos meios de
comunicação.
É plausível - apesar de não ser certo - aventar determinadas hipóteses sobre
o futuro, prever dificuldades e tentar superá-las.
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 21:26
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> (...) A historia da Vemaguete nao eh uma historia. Eh soh um
exemplo paradigmatico
> de toda uma teoria. Fica, quem sabe, para o encontro pessoal que
estamos
> propondo para alguns interessados da lista nessas questoes de
fundamentos
> biologicos do comportamento humano.
>
> Antonio Castro
Antonio Castro...
Isso é desumano! Moro em SP... vai ser muuuito difícil eu ir pro
Rio para um encontro desses... poxa!
Conta a história do vemaguete, vai? Hum? :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Deus para Ateus...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 21:31
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >Outra prática secular é o "exame de consciência,"criado por Santo
> Inácio de Loyola, fundador da Ordem dos Jesuítas, no século 16.
>
> Isso é que é sincronicidade! No exato momento em que eu recebi o
teu email,
> tava no Google procurando os Exercícios Espirituais para
download... ;-)
>
> Bjs.
> L.
Tá vendo? Depois dizem que não existe sincronicidade... :)
E só prá não perder o gancho: já há algum tempo eu fui convocada a
explicar de maneira convincente para um cético o que é "espírito".
Acabei dizendo que é a essência do ser... o que não convenceu nosso
amigo cético. Agora lendo o que o Léo ( Deus) fala sobre os
espíritos não fazerem exercícios, eu vejo que há uma necessidade
imperiosa de achar-se uma explicação bem convincente para o que
é "espírito" e lançá-la aqui na lista.
Que tal? Você se habilita a começar com as definições? ;)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Re: Pitaco em: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 21:55
"...Na minha concepcao, as flores sao, vamos dizer, a expressao do amor das
plantas. As flores sao orgaos de reproducao sexual, eh o casamento, a uniao,
a procriacao, enfim, o amor.
#########>Então, não sei se entendi bem, o amor é belo. Ah! Isso sim é
universal! Anteriormente a esta msg, beleza seria uma questão de gosto,
individual. Mas agora nova perspectiva se apresentou. Só não viu o belo quem
não amou. Amor, o conceito de beleza universal. Aí está um exemplo de ganho
que a lista oferece: Daqui prá frente tudo vai ser diferente. Quando estiver
novamente frente a questão do quê é a beleza, simples assim: É o
amor.<#########
Abracos,
Antonio Castro"
########>Abraços,
Antonio Renato.<##########
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 21:56
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> (...) A historia da Vemaguete nao eh uma historia. Eh soh um
exemplo paradigmatico
> de toda uma teoria. Fica, quem sabe, para o encontro pessoal que
estamos
> propondo para alguns interessados da lista nessas questoes de
fundamentos
> biologicos do comportamento humano.
>
> Antonio Castro
Antonio Castro...
Isso é desumano! Moro em SP... vai ser muuuito difícil eu ir pro
Rio para um encontro desses... poxa!
Conta a história do vemaguete, vai? Hum? :)
##########>Conta, conta, conta...<##########
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Encontro real (Derivado de Psicanálise e evolução)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 21:57
Antonio Renato,
ja eu tenho uma expectativa diferente. A discussao na lista eh muito legal,
mas ela as vezes frustra porque voce nao consegue aprofundar um tema. A
proposta original do Joao de Carvalho foi, ao que eu entendi, discutir
comportamento humano ou o ser humano sobre um plano mais biologico e
concreto do que a psicanalise normalmente oferece. Seria a busca de um
paradigma novo de estudo do ser humano. O fato eh que assistimos a
humanidade indo pro buraco e ninguem consegue ter uma visao nova do
comportamento humano.
########>Conhecer pessoas é sempre interessante. Mas, encontrarmo-nos com o
firme propósito de discutir determinado assunto... Pense na situação:
Ficaremos, inicialmente a nos observar, teremos fatores do momento muito
mais importantes que a evolução e a psicanálise, como p.ex., comparar
valores, mostrar quem somos nós, com quem convivemos, se temos filhos,
etc<#########
Eu gostaria muito de poder aprofundar essa abordagem com outros
interessados. Na lista eh muito dificil. Voce nao pode colocar anexos e
qualquer texto de mais de 2 ou 3 paginas o pessoal ja nao le. Alem do Joao e
eu, a Carol se dispos a ir ao encontro. Moramos todos no Rio. Por que nao
tentar? A causa vale o esforco.
No fim de semana proximo ou na semana proxima eu estou disponivel. Ja
proponho aqui o Barril 1800, que da pra conversar com conforto.
########>Antigo Catelinho? Vamos ver. Nos finais de semana vou para a casa
da minha namorada em Sepetiba... Até lá, vamos ver o que acontece<########
Abraco,
Antonio Castro
#######>Abraço,
Antonio Renato.<########
####>PS: Seu carro é uma Vemaguete?<######
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 21:58
"...No Japao ocorre uma coisa interessante. Eles se acham feios (conheco
relativamente bem a cultura japonesa). Realmente aquele padrao de mulher sem
curvas nao desperta desejo sexual. Alem disso, a cara redonda tambem nao
atrai. Este (a angulosidade) eh um outro traco que parece predominar no belo
das mulheres. Procure uma unica modelo com cara de lua...O por que biologico
disso, nao atino. ..."
########>Pois eu me sinto atraído pelas orientais: Têm os peitos mais
bonitos (Na minha concepção). E que negócio é esse de que japonesas não têm
curvas? Pode até ter pouca bunda<########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Especulação
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 21:58
Antônio, é importante manter essa disposição contra os abusos perpetrados
por fornecedores gananciosos e inescrupulosos. Minha expectativa é gerar um
movimento silencioso de conscientização como consumidor e como
fornecedor/vendedor. Estou com o tanque do carro quase na reserva pois,
quando fui abastecer, na sexta já tinham aumentado de 1,83 para 1,93 o litro
da gasolina, com a justificativa do repasse do aumento do álcool que não
havia sido feito ainda. Acredite se quiser!
Na realidade os donos de postos perceberam que haveria um aumento de
movimento no fim de semana antes do aumento anunciado de 12% (na
segunda-feira) e aproveitaram para fatura em cima. Com o preço elevado como
está, o consumo cairá e as "promoções" voltarão. Já observo a volta dos
anúncios de venda usando a inflação como ameaça ao consumidor, tipo: compre
antes do aumento; ainda estamos com os preços antigos... Se entrarmos nessa
de amedrontados pelo aumento de preço estaremos perdidos novamente.
Abraços.
José Renato
===========================
Oi, dileto professor
Após ter enviado a msg refleti: Não adianta não colocar a gasolina hoje e,
amanhã, compensar. Seria necessário algum sacrifício, por exemplo, um final
de semana sem usar o automóvel. Se fosse possível que um número
significativo de proprietários de auto, em consenso, marcarem determinado
final de semana para não abastecerem... Sem compensar no dia seguinte...
Seriam dois dias com vendas baixas... Podendo haver 'replay'.
Estamos falando em gasolina. O problema é mais amplo, não restringe-se a
gasolina. Uma iniciativa isolada não apareceria na 'estatística' de vendas
do 'tubarão'.
Abraços.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus para Ateus...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 22:01
Só para confundir mais ainda, exatamente hoje eu estava procurando material
sobre os exercícios espirituais Santo Inácio de Loyola!
Sabem o que significa isso? Absolutamente nada!!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 4 de Novembro de 2002 20:41
Assunto: Re: [ciencialist] Deus para Ateus...
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Gallo
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, November 04, 2002 8:26 PM
> Subject: [ciencialist] Deus para Ateus...
>
> >Outra prática secular é o "exame de consciência,"criado por Santo
> Inácio de Loyola, fundador da Ordem dos Jesuítas, no século 16.
>
> Isso é que é sincronicidade! No exato momento em que eu recebi o teu
email,
> tava no Google procurando os Exercícios Espirituais para download... ;-)
>
> Bjs.
> L.
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] CURA INEXPLICAVEL
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 22:02
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 04, 2002 8:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] CURA INEXPLICAVEL
> Do contexto:
> | > Gostaria que alguém me explicasse quais são os critérios do Vaticano
> | > para decidir o que é milagre ou não. Seria o fato de algo não ter
> | > explicação científica? Mas de qual ciência, se o conhecimento cien-
> | > tífico não é completo e está sempre em progresso, sujeito até mesmo
> | > a revisão? A propósito, as beatificações feitas pelo papa estão
> | > sujeitas a revisão em caso de surgir uma explicação científica para
> | > os milagres?
> | >
> | --------------------------
> |
> | >Bem, eu não sou católico, mas os critérios do Vaticano só dizem
respeito ao
> | Vaticano e aos católicos crentes, não é mesmo ? O Vaticano não tem que
dar
> | explicações aos não-católicos e principalmente aos cientistas.. .. ..
até
> | porque ninguém é obrigado a ser católico e acreditar na igreja.
> | ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
>
> Discordo plenamente. O Vaticano está permanentemente pedindo auxílio aos
cientistas para que comprovem tudo que diz a bíblia. O que mais querem é
justamente alterar milhares de textos bíblicos acrescentando: "está
cientificamente provado que .....". O vaticanato tem que dar plenas
explicações aos cientistas (católicos ou não).
> []'
> Léo
----------------------------------------------------------------------------
---------
Bem, se é pra discordar, eu também discordo.
Pedir auxílio é uma coisa. Submeter-se é outra. É claro, óbvio e evidente
que a igreja acatará de bom grado qualquer evidência de que seus preceitos
estejam certos - seja evidência "científica" ou "filosófica" ou de qualquer
outro tipo -.
Mas a igreja de modo algum - repito, de modo algum - está muito preocupada
com as comprovações ou refutações da ciência, filosofia ou de qualquer outra
coisa. Até porque os sacerdotes sabem que o âmago da fé - existência de
Deus, os mistérios da providência, etc.. - é inescrutável. Estão todos
tranqüilos.
A igreja, desde de sempre, sempre tratou de fé. Fé não é razão. Fé não é
comprovação científica. Fé não é método indutivo ou dedutivo. Nunca me
pareceu que qualquer papa, incluíndo o João Paulo II, estivesse preocupado
com a 'opinião pública', ou 'opinião dos cientistas'.
Isso é tão verdade que os dogmas impopulares da igreja permanecem imutáveis
e a tendencia é que permanacem imutáveis - de acordo com os bons argumentos
do padre John McCloskey -.
Isso é tão verdade que a ciência já refutou inúmeros fenômenos ligados à
igreja e nunca houve mudança de posição. Ou, melhor dizendo, já houve
mudança de posição, mas nunca são posições que toquem aspectos profundos da
fé. Só picuinhas tratadas de forma 'interpretativa'. Eaden sed aliter. O
santo sudário, por exemplo, fraude comprovada, ainda é adorado com
conivência da igreja. Os muitos casos de não-corrupção dos corpos mortos dos
santos já foram explicados. E nenhum santo deixou de ser santo por causa
disso. A infalibidade papal permanece, a despeito de todo histórico de papas
inadequados - incluindo um para que era - pasmem - mulher -.
A igreja - e o vaticano - é como um clube fechado. Você não é obrigado a
entrar, não é obrigado a aceitar as regras, e não é obrigado a ficar. Se
quiser ser sócio, tem que ter a ideologia dos sócios. E um dos aspectos
dessa ideologia é Fé. Fé, por definição, é incondicional. (inclusive à
ciência). Quando a fé passa a ser condicional, já não é mais fé: é
ceticismo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus para Ateus...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 22:10
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 04, 2002 10:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: Deus para Ateus...
>Que tal? Você se habilita a começar com as definições? ;)
O problema é que "espírito", como "Deus" e "razão" é uma dessas palavrinhas
que, de tão usadas, viraram palavras gastas e acabaram perdendo qualquer
relação com seu contexto original. Por exemplo, hoje todo mundo pensa em
espírito como sinônimo de alma. Essa idéia ficou tão arraigada que é a
primeira definição que o Aurélio dá: "A parte imaterial do ser humano; alma
(por oposição ao corpo); alma." Hoje em dia, praticamente todas as religiões
aceitaram essa definição e tem até uma delas, nominalmente o espiritismo,
que foi inteiramente construída em cima da equivalência alma = espírito.
Mas, originalmente, eram coisas bem diferentes.
Se você pegar os textos originais do judaísmo, estudar a religião grega e
romana, vai ver que eles dividiam o ser humano em três aspectos: corpo
(soma/sárx, bash'r, corpum), alma (psyche, nephesh, anima) e espírito
(pneuma, rouach, spiritum). Na verdade, todos os três descreviam a
totalidade do ser humano, mas de diferentes perspectivas: o corpo era o ser
humano quando visto da perspectiva material, a alma era o ser humano do
ponto de vista psicológico e o espírito era a essência do ser humano, para
além da distinção entre corpo e alma. É por isso, aliás, que tanto em
hebraico quanto em grego e latim, a palavra para "espírito" significa
literalmente vento, porque o vento é um símbolo que capta tanto o aspecto
material (afinal, é o ar em movimento) quanto imaterial (porque não pode ser
visto diretamente, só através de seus efeitos). Em outras palavras, o
espírito é uma palavrinha pra designar a essência da realidade, o ser, que
se encontra além das nossas distinções conceituais e perceptivas, e é assim
que ele é encarado até hoje, por exemplo, no hinduísmo, que vê tanto o corpo
quanto a alma (atman) como manifestações do Ser (Brahman). Mas como uma
essência que se encontra além dos conceitos e das percepções é, por
definição, impossível de ser pensada, o sentido de "espírito" acabou se
perdendo e ele terminou sendo confundido com a alma.
Serve pra começar as definições? ;-)
Bjs.
L.
PS. Dá pra notar por essa definição que não existem "espíritos" no plural.
Você pode ter uma pluralidade de corpos e de almas, mas todos são
desdobramentos de um só espírito. É assim que, na Torah, o espírito era
basicamente o espírito de Deus (rouach ha-Elohim). Só depois é que veio a
idéia de que cada ser humano tem um espírito individual.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus para Ateus...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 22:12
----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 04, 2002 11:01 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus para Ateus...
>Sabem o que significa isso? Absolutamente nada!!
The eye of the beholder... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 22:13
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luis@u...> escreveu
> Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
> da Folha Online
>
> Trinta e três anos depois de o astronauta norte-americano Neil
> Armstrong pisar da Lua, em 20 de julho de 1969, a Nasa quer provar
> que a viagem realmente aconteceu.
>
> Para isso, a agência espacial norte-americana vai pagar US$ 15 mil
> para o engenheiro James Oberg, autor de livros de ficção
científica,
> escrever uma monografia sobre o tema.
Manuel: Provar que o homem realmente foi a Lua? Duvidê-ó-dó. Aquele
mágico, o James Randi, é capaz de elaborar truques de cinema mil
vezes mais perfeitos que aquele da NASA. Basta um pouco de ceticismo
saudável, uma pitadinha de espírito científico para perceber logo de
cara que aquilo que ocorreu em 20/07/1969 não passa de mágica
amadorística.
Esse tal de James Oberg com certeza deve ser um masturbador mental.
Se não fosse, não estaria perdendo tempo fazendo "ficção" (pseudo)
científica: estaria fazendo "Ciência" com "C" maiúsculo!
Ainda bem que existem pessoas sérias que lutam contra essas
credulidades que só fazem alimentar o obscurantismo no seio da
sociedade. Como, por exemplo, aqueles historiadores céticos,
conhecidos como "revisionistas", que desmascararam a grande farsa dos
campos de concentração nazistas, farsa esta tão ardilosamente montada
pelo movimento sionista-bolchevique internacional a soldo do Estado
norte-americano. Céticos louváveis como o filósofo Olavo de Carvalho
sem o qual até hoje estaríamos pensando que Bill Clinton e FHC são
democratas, quando na verdade são perigosos comunistas que só pensam
na Revolução.
Gente, é preciso manter viva no espírito das pessoas a chama da
dúvida e do questionamento. Esse livro repleto de argumentos ad hoc
que a NASA está elaborando é uma ameaça à civilização. Se hoje as
pessoas começam a acreditar que o homem foi a Lua, amanhã vão achar
que Elvis Presley morreu e, depois de amanhã, que o Holocausto
realmente aconteceu. E, no fim, o que restará para nossos bisnetos?
Um mundo dominado por doutores psicanalistas?! Ó não, não e não!
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: CURA INEXPLICAVEL
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 22:23
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> (Obs: Eu ia mandar um e-mail analisando o Livro 'O erro de
Descartes', de
> Damásio, que a Lígia comentou um dia desses. (ela deve se lembrar do
> telefone sem fio, etc...) Mas, como o e-mail já tinha 40 páginas
quando
> passado para o Word (e, a meu ver, ele ainda estava apenas na
metade),
> desisti de mandá-lo e resolvi mudar a 'vocação' do texto e
transformá-lo em
> artigo.)
Arcange!
Pronunciando meu santo nome, tem mais testes a serem imputados a mim?
( caso não se recorde: aquele teste que resultou numa bala perdida
que atingiu o Takata... por sinal ele jamais se recuperou daquilo,
sabia? ).
E... cadê tal artigo sore o E de Descartes? Quero lê-lo
acuradamente... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 22:25
----- Original Message -----
From: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 04, 2002 9:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
>
> No Japao ocorre uma coisa interessante. Eles se acham feios (conheco
> relativamente bem a cultura japonesa). Realmente aquele padrao de mulher
sem
> curvas nao desperta desejo sexual. Alem disso, a cara redonda tambem nao
> atrai. Este (a angulosidade) eh um outro traco que parece predominar no
belo
> das mulheres. Procure uma unica modelo com cara de lua...O por que
biologico
> disso, nao atino.
-------------
O que podemos chamar de 'complexo de inferioridade estético' japonês é um
fenômeno bem conhecido. Mas, como quase tudo em beleza, parece estar mais
ligado à adequação social do que a qualquer biologismo. Os japoneses querem
é se ocidentalizar, e um dos artifícios está na 'caucasoidificação'. Eles
pintam os cabelos de castanho (? de preto pra castanho ?) e querem um rosto
anguloso porque os caucasóides tendem a ter um rosto anguloso. Alias, a
angulosidade do rosto era um os ditames antropométricos que Hitler usava
para identificar Arianos. O rosto tinha que ser dolicocéfalo.
A dolicocefalia é uma característica caucasóide. Não necessariamente 'bela'.
Se torna bela quando o grupo "racial" (entre aspas) dominante da
sociedade/civilização detem essa característica.
E há modelos que tendem a ter 'cara de lua'. Só para citar duas: Cristina
Mortágua e Luciana Gimenez.
Não há um porquê biológico. Como na maior parte da beleza, o porquê é *quase
sempre* social.
----------------
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus para Ateus...
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2002 22:43
Olá Ligia.
"Tá vendo? Depois dizem que não existe sincronicidade... :)"
===========
Em dois meses vc postou 215 mens. no Ciencialist. O Lucio 178.
No grupo foram postadas no total desse período: duas mil e quinhentas (e lá vai pedrada).
Se uma ñ batesse, aí sim eu estranharia.
Ainda bem q vc colocou o :) -- E agora o meu :-)
Inté+
Mauro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Deus para Ateus...
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 23:06
--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
> Olá Ligia.
> Em dois meses vc postou 215 mens. no Ciencialist. O Lucio 178.
Manuel: Em um mês eu, Manuel Bulcão, postei nada mais nada menos que
97 mensagens. É muita masturbação mentaaaaaal!!! :-))
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 23:30
Manuel!
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
>
> Manuel: Provar que o homem realmente foi a Lua? Duvidê-ó-dó. Aquele
> mágico, o James Randi, é capaz de elaborar truques de cinema mil
> vezes mais perfeitos que aquele da NASA. Basta um pouco de
ceticismo
> saudável, uma pitadinha de espírito científico para perceber logo
de
> cara que aquilo que ocorreu em 20/07/1969 não passa de mágica
> amadorística.
Hum? Aquilo foi é trucagem cinematográfica! E foi tudo filmado em
estúdio. Holliwood criou aquele cenário com toneladas de areia e
colocou um cortinão preto atrás, e todo mundo sabe disso, até o
bananeiro que vendia bananas lá na minha terra natal...
> Esse tal de James Oberg com certeza deve ser um masturbador mental.
> Se não fosse, não estaria perdendo tempo fazendo "ficção" (pseudo)
> científica: estaria fazendo "Ciência" com "C" maiúsculo!
Também, convenhamos: por 15 mil dólares ele até leria cartas ou
viraria copromante! Por sorte a NASA encomendou o livro sobre a
viagem à Lua...
> Ainda bem que existem pessoas sérias que lutam contra essas
> credulidades que só fazem alimentar o obscurantismo no seio da
> sociedade. Como, por exemplo, aqueles historiadores céticos,
> conhecidos como "revisionistas", que desmascararam a grande farsa
dos
> campos de concentração nazistas, farsa esta tão ardilosamente
montada
> pelo movimento sionista-bolchevique internacional a soldo do Estado
> norte-americano.
Uma pergunta imbecil: teriam os sérvios feito uso de tais serviços
prestados pelo ainda atuante movimento sionista-bolchevique para
encobrir as evidências de um holocausto imputado contra os muçulmanos
nas paragens sérvias?
Céticos louváveis como o filósofo Olavo de Carvalho
> sem o qual até hoje estaríamos pensando que Bill Clinton e FHC são
> democratas, quando na verdade são perigosos comunistas que só
pensam
> na Revolução.
Nem se fale...
> Gente, é preciso manter viva no espírito das pessoas a chama da
> dúvida e do questionamento. Esse livro repleto de argumentos ad hoc
> que a NASA está elaborando é uma ameaça à civilização. Se hoje as
> pessoas começam a acreditar que o homem foi a Lua, amanhã vão achar
> que Elvis Presley morreu e, depois de amanhã, que o Holocausto
> realmente aconteceu. E, no fim, o que restará para nossos bisnetos?
> Um mundo dominado por doutores psicanalistas?! Ó não, não e não!
Este seria um apocalipse digno de Dante em sua versão de inferno...
Já imaginou ser analisado toda vez que se dirigir a alguém na rua?
Um "bom dia"/"boa noite" teria conotações eróticas enrustidas
decorrentes do priapismo da neotenia involuntária pela emissão de
testosterona neonatal em porquinhos da índia! Ou abrir jornais e lá
na sessão de esportes ler apenas perfis psicológicos dos esportistas
com direito a definições Junguianas e Freudianas divididas em sessões
dos prós e contras tais aborgadens? E que tal ir comprar tomates na
quitanda e perceber o quitandeiro anotando todos os seus movimentos
em um caderninho e depois, ao invés de devolver-lhe o troco ele
cobrasse a consulta? Pense... 1 Kg de tomates não sairia por menos
que 150 Reais! E que tal abrir a correspondência e em todas as
listas encontrar apenas gente trocando idéias e argumentando sobre o
que Freud falou no original em alemão? E que tal... ai...
Confie em Deus Manuel. Sangue de Jesus tem poder e ele há de nos
livrar de tão terrível fim!
Beijos, Lígia
PS: Tenho certeza absoluta de que você não responderá à minha
mensagem... mas confie, estou rezando! :)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fome e sexo
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 23:30
On 4 Nov 2002 at 7:59, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Considerando-se que a não atualização redunda em mobilização da atenção do
> Ser (Por vezes impedindo outras atividades), pode-se até fazer analogia
> entre fome e sexo, mas têm significados bastante distintos. Ou não?
Antonio
Gostaria de acrescentar uma pequena explicação. É um problema de tradução. O que
Freud dizia tem muito mais que ver com desejo que com necessidade. Existe uma
diferença entre desejo e necessidade. A fome é uma necessidade, o apetite nem
sempre. O apetite está mais do lado do desejo. A tradução deveria ser apetite.
Acontece que não soaria tão bem. O tema do desejo em psicanálise é sumamente
importante. Estaria "motorizando" todo ato psíquico (não só o sonho). No ano de 1895
Freud escreveu um rascunho muito esclarecedor. Foi seu "Projeto de Psicologia".
Escreveu-o utilizando uma liguagem neurológica. Aí descreve bem o que é o desejo.
Lacan e seus seguidores centram suas contribuições em torno do desejo. A fome é
necessidade.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] CURA INEXPLICAVEL
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 23:30
On 4 Nov 2002 at 8:00, lpereira@smsdemag.com.br wrote:
> Lembro-me de uma frase de madre Teresa que ilustra todas as virtudes
> heróicas dessa santa criatura: "Ninguém é mais humilde do que eu!"
Lisandro
Esta afirmação não é de nenhuma madre Tereza. É uma frase que existe desde os
tempos dos romanos e sei de sua existência em mais ou menos seis idiomas. Em
segundo lugar, creio que o Vaticano abriu a fábrica de santos de uma maneira
impressionante. As coisas que dizem não tem nada que ver com o que querem que a
gente acredite. Tudo está a serviço dessa nova política: fabricar santos. Esta é talvez
um sinal de decadencia. Para que "tem fé", qualquer coisa que se diga é verdade. Esta
historia de santidade só vale para quem é católico apostólico romano. As outras
religiões nem estão aí. Cada uma tem suas táticas para conseguir objetivos políticos.
Estas santificações em serie servem para algum motivo político que não tem nada que
ver com as explicações dos tais de milagres.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: `Reclamacoes´ [administrador]
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2002 23:56
No momento estou com pouco tempo para acompanhar linha por linha a
lista e portanto preciso da colaboracao dos integrantes para regular
as coisas. A solucao eh enviar as reclamacoes para o mail
luis@ufrgs.br com um titulo chamativo (nao exagere :-) ).
Provavelmente vou desativar a conta do UOL ( luisbrudna@uol.com.br
nao vai mais existir.. snif) devido a cortes de gastos... sabe como
eh... dolar... bolsas.
Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist
SUBJECT: Popper (livros)
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 01:00
Sei que jah pedi algo semelhante aqui na lista (nao encontrei no
arquivo de mensagens).
Mas... qual(is) seria(m) o(s) melhor(es) livro(s) do Karl Popper?
Eh que tem a feira do livro aqui em Porto Alegre e vou aproveitar
os descontos. :-)
Ateh
Luis Brudna
ps: consegui o "Palido Ponto Azul" do Carl Sagan por 15 reais!! Era
semi-novo.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fuga de cerebros
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 01:01
Duas em uma:
----- Mensagens Originais -----
1) From: "Ligia Gallo"
Sent: Monday, November 04, 2002 4:39 PM
2) From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
Sent: Monday, November 04, 2002 6:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fuga de cerebros
Lígia:
> > O fato é que fica difícil concorrer com gente que não dá o mínimo valor
> > para o que já se estudou, já se entendeu e deseja-se passar adiante. É
> > difícil tomar para si a missão de explicar o porquê da ciência ser
> > importante para gente que fica declarando que estudo é masturbação
> > mental...
Lúcio:
> Mas cada vez que o Manuel cita algum autor ou eu tento
> examinar a fundo o significado de um conceito, fulano diz que é só pra
> afetar erudição, beltrano diz que é masturbação mental, sicrano protesta
> que uma lista não é lugar pra se examinar a fundo nada, e por aí vai. Vem
> neguinho com ironia, dizendo que a lista de repente se encheu de doutores
> e sabe lá o que mais.
Pois eu diria que a Ciencialist está dia a dia emburrecendo e, a meu ver, a
culpa não parece ser dos doutores, que são poucos por sinal. Se analisarmos
a evolução da lista a partir de seu início, diria que esses "neguinhos
irônicos" estão a destoar totalmente das finalidades primordiais da lista.
Houve época, e não faz tanto tempo assim, em que eu cheguei a me orgulhar
por pertencer à Ciencialist. Hoje não estou tão certo disso e quero crer que
os culpados por essa decepção, que noto não ser somente minha, não estão nem
aí para com o que estamos perdendo.
Lígia
> > Note, é só prestar atenção: a fuga de cérebros vai ser visível aqui
> > na Ciencialist caso o Brudna não tome providências.
Concordo, mas não tenho a menor idéia das providências que poderiam ser
tomadas. Gosto do Brudna democrata e respeito suas tiradas ditatoriais (a
colocarem a lista sob moderação), mas não as aprovo totalmente. Enfim,
detesto ser síndico, moderador, administrador etc., e não gostaria de estar
na pele do Brudna num momento crítico como o atual. Em tempo: Não sou
contra o número de msgs, pois utilizo-me do Speedy, podendo-se também
utilizar páginas web. Todas as msgs com conteúdo e inseridas no contexto da
lista, de minha parte serão bem-vindas.
Lígia:
> > Taí também a resposta a uma das suas questões no referente ao
> > ceticismo de carteirinha praticado aqui no Brasil: como alguém pode
> > ser cético aos moldes do primeiro mundo se a ciência que se pratica
> > por aqui é de último?
Será que nós merecemos essa ciência e/ou esse ceticismo que andam por aí?
Seria esse o nosso karma?
Lúcio:
> Até o Antônio Renato, cujo senso de humor é
> freqüentemente vivo e que volta e meia faz observações curtas mas
> precisas, até ele argumenta que a gente não deve ficar citando este ou
> aquele autor sob a estranha alegação de que, como ele leu muita coisa, não
> sabe mais diferenciar o que é dele e o que é dos livros, o que pra mim é
> um non-sequitur colossal. Essas atitudes todas me parecem incompatíveis
> com o que eu aprendi sobre a postura científica, porque sempre me
> ensinaram que a ciência deve ser aberta, examinar todas as possibilidades
> e procurar ser o mais precisa possível, especialmente com seus próprios
> conceitos e fundamentos metodológicos.
Eu diria que você aprendeu ou adota a postura popperiana e isso, num mundo
excessivamente materialista, nem sempre chega a ser bem compreendido. Não
sou contra o materialismo, pois do contrário seria muito difícil postar-me
como cientista da área das ciências naturais. Não obstante, sou contra
excessos, fanatismos e modismos de quaisquer tipos.
> Mas afinal, quem sou eu pra saber? Não passo de
> um leigo bem-informado e afeito ao triste vício da masturbação mental. Em
> outras palavras, um nerd. Minha vó costuma dizer que quem lê demais fica
> bobo e isso sempre me deixou indignado, mas vai saber.
Que mal pergunte: A sua avó tem lido a Ciencialist ultimamente? ;-))
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 01:16
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> "Sente-se, acalme seu espírito ( é o mesmo que acalme-se ) e
> diga: 'Que eu me livre do medo. Que eu me livre do sofrimento.
Que
> eu seja feliz. Que eu seja cheio de bondade terna'. Em seguida,
> concentre-se em alguém que você ama e diga a mesma oração por essa
> pessoa. Depois reze da mesma maneira por uma pessoa neutra, alguém
> que você não conhece. Por fim, reze por alguém de quem não gosta.
> Ao fazer isso, você alimenta dentro de si as sementes da bondade e
do
> amor, que depois se irradiam".
>
> Outra prática secular é o "exame de consciência,"criado por Santo
> Inácio de Loyola, fundador da Ordem dos Jesuítas, no século 16.
> Beijos, Lígia
Lendo essa parte me lembrei da auto-hipnose que vi no link
http://www.epub.org.br/cm/n01/bernik/selftraining_port.htm
Qual o nivel de sucesso de um treco desses?
A oracao nao seria um tipo de auto-hipnose?
Lembro que frases semelhantes (ao texto que tem no link) eram
utilizadas por Lauro Trevisan... tipo um Lair Ribeiro da hipnose
catolica. (hard freak)
(veja http://www.laurotrevisan.com.br )
Alias... tenho um episodio que envolve a minha familia e essa tal
Lauro Trevisan que soh descobri a pouco tempo. NADA agradavel.
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Fuga de cerebros
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 01:17
--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Pois eu diria que a Ciencialist está dia a dia emburrecendo e, a
meu ver, a
> culpa não parece ser dos doutores, que são poucos por sinal. Se
analisarmos
> a evolução da lista a partir de seu início, diria que
esses "neguinhos
> irônicos" estão a destoar totalmente das finalidades primordiais da
lista.
> Houve época, e não faz tanto tempo assim, em que eu cheguei a me
orgulhar
> por pertencer à Ciencialist. Hoje não estou tão certo disso e quero
crer que
> os culpados por essa decepção, que noto não ser somente minha, não
estão nem
> aí para com o que estamos perdendo.
Pois é Alberto! Eu venho lendo as mensagens desde o início da lista
e é triste notar o grau de pobreza a que se está chegando... eu
mesma brinco prá não chorar porque a coisa está mesmo feia... e digo
que até preferiria ler mensagens inteligentes antes que ficar
postando bobagens de minha parte. O que eu tento na realidade
é "mobilizar" os ânimos mas parece que ninguém está disposto a salvar
a lista...
> Lígia
> > > Note, é só prestar atenção: a fuga de cérebros vai ser visível
aqui
> > > na Ciencialist caso o Brudna não tome providências.
>
> Concordo, mas não tenho a menor idéia das providências que poderiam
ser
> tomadas. Gosto do Brudna democrata e respeito suas tiradas
ditatoriais (a
> colocarem a lista sob moderação), mas não as aprovo totalmente.
Enfim,
> detesto ser síndico, moderador, administrador etc., e não gostaria
de estar
> na pele do Brudna num momento crítico como o atual. Em tempo: Não
sou
> contra o número de msgs, pois utilizo-me do Speedy, podendo-se
também
> utilizar páginas web. Todas as msgs com conteúdo e inseridas no
contexto da
> lista, de minha parte serão bem-vindas.
Eu coloquei o Brudna numa situação complicada. Mas na verdade cabe a
quem dá valor ao conhecimento estimular quem tem respostas
inteligentes e simplesmente ignorar aqueles que não correspondam a
tal nível que se deseje alcançar. Senão daqui a pouco chega qualquer
boçal e começa a exigir respostas boçais. Quem se dignar a responder
acaba fomentando tal atitude e o efeito bola-de-neve faz o
resto... :)
> Lígia:
> > > Taí também a resposta a uma das suas questões no referente ao
> > > ceticismo de carteirinha praticado aqui no Brasil: como alguém
pode
> > > ser cético aos moldes do primeiro mundo se a ciência que se
pratica
> > > por aqui é de último?
>
> Será que nós merecemos essa ciência e/ou esse ceticismo que andam
por aí?
> Seria esse o nosso karma?
Pela definição, Karma significa "ação". Se os atos que perpetramos
têm propiciado o desestímulo ao estudo e a falta de empenho dos
cientistas em se fazerem notar pelo governo, tudo o que resta a fazer
é mudar a polaridade de tais atos e o karma reverte em dharma :) A
ciência como sempre digo, é elitista o povão mesmo não tem acesso a
ela. A iniciativa de trazê-la para mais perto das pessoas é algo de
muito louvável e estimulante.
No caso da postura cética adotável por quem quer defender o "espírito
científico", por exemplo, antes de estimular o gosto pela ciência
acaba traindo seus ideais e afugentando todo leitor em potencial. O
modo de abordagem dos temas por tais céticos é ruim "prá vender" a
ciência. Teriam que elaborar mais as idéias a fim de não
desestimular o leitor, o participante em potencial, coisa que
normalmente acontece. E o resultado? É o que se vê: cientistas de
gabarito saindo do país, a ciência sendo jogada em laboratórios que
contam com cada vez menos recursos e céticos... bem, não vou falar.
Mas quem me conhece sabe o que eu penso desse tipo de cético que
endeusa a ciência por não compreender-lhe as nuances... :)
Portanto cabe a quem ame a ciência e deseje que ela receba estímulos
e insumos governamentais, divulgá-la de forma simpática e acessível.
A começar pela forma de tratá-la em listas. A Ciencialist é um
instrumento incrível não apenas dirigido a masturbadores mentais mas
àqueles que realmente gostem de falar em pesquisas científicas, em
busca de respostas, em desejo de estimular a curiosidade de quem lê.
Sorte: ainda tem tempo de reverter o quadro.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 01:22
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 1:16 AM
Subject: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
>A oracao nao seria um tipo de auto-hipnose?
Sim, a oração é um tipo de auto-hipnose. A auto-hipnose é o fundamento de
todas as técnicas de meditação, porque o objetivo de todas elas é relaxar a
mente consciente e o ego. Agora, dizer que isto ou aquilo é hipnose na
verdade não explica nada, porque não se dispõe de um modelo que explique
satisfatoriamente o mecanismo da hipnose. O fenômeno existe, pode ser
constatado experimentalmente e existem técnicas para induzir o transe
hipnótico, mas porque essas técnicas funcionam ainda é um mistério e as
teorias vão desde a explicação freudiana, de que o sujeito projeta o ideal
do ego sobre o hipnotizador, até hipóteses baseadas na neurologia. A verdade
é que ninguém sabe direito.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 01:47
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luisbrudna@u...> escreveu
> Lendo essa parte me lembrei da auto-hipnose que vi no link
> http://www.epub.org.br/cm/n01/bernik/selftraining_port.htm
>
> Qual o nivel de sucesso de um treco desses?
Bem... a idéia base do uso da hipnose é acessar o conteúdo
inconsciente de alguém e ao invés de trabalhá-lo como em terapia,
apenas "mudar" a forma de encarar tal conteúdo pela anulação/negação
do mesmo. Assim, alguém que tenha medo de alguma coisa, ao invés de
buscar as razões para tal medo apenas recebe uma ordem de "desligue"
e puf, o medo vai embora. Na auto-hipnose o que acontece é esse
acesso e esse "shut-down" sem um "instrutor" além de si mesmo... :)
> A oracao nao seria um tipo de auto-hipnose?
Bem, a oração serve para que alguém tome contato consigo mesmo, entre
em contato com o que sente em seu interior. As palavras têm pouco
sentido, a não ser pelo poder de induzirem a um estado de paz e
relaxamento que propicie esse contato de forma mais plena. Na
realidade quando alguém ora está buscando em si mesmo a capacidade
para resolver um problema, para se sentir feliz, para sentir forças e
continuar vivendo... A auto-hipnose por outro lado aproveita-se do
relaxamento e "reprograma" as respostas internas para as questões que
provocam aflição/medo/angústia ou que impedem alguém de conseguir
aquilo que querem. Em tudo e por tudo eu prefiro a meditação e
manter a mente em branco o máximo que posso. Não gosto muito de
receber ordens externas. A única oração que eu faço em palavras
é "eu quero entender"... :)
> Lembro que frases semelhantes (ao texto que tem no link) eram
> utilizadas por Lauro Trevisan... tipo um Lair Ribeiro da hipnose
> catolica. (hard freak)
> (veja http://www.laurotrevisan.com.br )
>
> Alias... tenho um episodio que envolve a minha familia e essa tal
> Lauro Trevisan que soh descobri a pouco tempo. NADA agradavel.
Essa auto sugestão provocada pela auto hipnose é benéfica no sentido
de possibilitar alguém a encontrar o equilíbrio emocional por si
mesmo. Mas é perigoso caso esse desequilíbrio esteja requerendo a
atenção de um profissional gabaritado prá cuidar de cucas doentes...
Eu sofro de depressão e não me curei com auto-sugestão, tive que
partir pro abraço com anti-depressivos. Portanto um conselho que
deveria constar em tais sites de auto-hipnose e afins é: persistindo
os sintomas, procure orientação médica... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Macrocosmo e Microcosmo P/ ANIELO
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 01:47
Gente, estou sem tempo para conferir emails, e estou conferindo subjects...
Como aqui vi um para Aniello, me intrometo rapidinho.
Em Sex 01 Nov 2002 01:41, you wrote:
> Creio realmente que não me fiz entender. Vou tentar explicar melhor. De
> ante mão, acho que a comparação tem sentido e vou mais longe, no futuro qdo
> vier finalmente a teoria do campo unificado, isso se tornará evidente.
>
> Começo perguntado: o que é que o macro e micro-cosmo têm em comum? resp. a
> massa e a energia, correto. A diferença é qualitativa (as leis do micro são
> diferentes do macro) e quantitativa a energia o micro é maior
> que a do
> macro.
Para mim me parece obviamente o oposto. Conservação de energia simples: se no
macro temos a energia somada de seus componentes micro... Assim me parece que
quantitativamente temos mais energia em uma estrela que em um quark.
Em resumo: ainda não entendi a questão.
> Por ex. para se verificar a existência do quark, é necessária uma
> quantidade avassaladora de Energia. Se imaginarmos uma experiência em que
> um estrela qualquer seja dissolvida ou separada em termos expectrais,
> veremos que necessariamente a energia nela contida obedecerá a lei de Plank
> e será um número inteiro.Ora, é essa lei, mais o princípio da equivalência
> da Massa e Energia que me leva a considerar que deve haver essa
> proporcionalidade quantitativa da relação entre o micro e o macro-cosmo. Se
> pudesse imaginar uma equação seria mais ou meno assim: e-mic/Emacro= 1.
Vou ser sincero: isto aí em cima não me parece fazer o menor sentido.
Para comprovarmos a existência do quark mexemos em uma quantidade absurda de
energia, mas o quark em si possue muito menos energia que uma estrela.
Não sei o que você procura quando diz "proporcionalidade entre macrosmo e
microsmo". Proporção do que? De energia? Se for isto, a energia do macro é
uma soma das energias dos micros envolvidas.
Se e-mic/Emacro = 1 então e-mic = Emacro, não há vantagem a favor de ninguém.
E que diabos é e-mic/Emacro? Algo mais preciso do que energia do microcosmo e
energia do macrocosmo, por favor.
> Só
> não me pergunte poque igual a 1 porque isso é um segredo da teoria que
> desemvolvo, do qual, vc deve compreender, não posso falar ainda.
> abraço
> Carlos AR
Pode ficar seguro que seus segredos não serão revelados, pois nem mesmo
entendi do que vc está falando!
Aniello
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 01:56
> Hum? Aquilo foi é trucagem cinematográfica! E foi tudo filmado em
> estúdio. Holliwood criou aquele cenário com toneladas de areia e
> colocou um cortinão preto atrás, e todo mundo sabe disso, até o
> bananeiro que vendia bananas lá na minha terra natal...
Certo, resta somente explicar porque em 2001:Space Odissey, filme realizado
com todos os recursos tecnológicos da época, o horizonte lunar fica mais
longe, a paisagem é mais escarpada e o solo muito mais rochoso...
> Também, convenhamos: por 15 mil dólares ele até leria cartas ou
> viraria copromante! Por sorte a NASA encomendou o livro sobre a
> viagem à Lua...
Você realmente acha que US$ 15 mil é dinheiro? Estamos falando de um país
onde quem ganha menos de US$ 3 mil por mês é pobre...
[ ]s
Alvaro
SUBJECT: unbekannter Benutzer
FROM: "magaemin" <magaemin@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 02:12
guten Tag Leute!
Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
Küsse,
Gundel Gaukeley und Madam Mim
SUBJECT: Re: [ciencialist] Popper (livros)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 02:13
----- Original Message -----
From: "brudna"
Sent: Tuesday, November 05, 2002 12:00 AM
Subject: [ciencialist] Popper (livros)
> ... qual(is) seria(m) o(s) melhor(es) livro(s) do Karl Popper?
O mais badalado é:
POPPER, K. R., (1959), A lógica da pesquisa científica, Ed. Cultrix
(tradução, 1975), São Paulo.
Para estudantes da área de Ciencias Naturais indico também:
POPPER, K. R. (1956) O realismo e o objetivo da ciência, Publicações Dom
Quixote (tradução), Lisboa, 1987. Este é o primeiro de uma série de três
livros sobre o Realismo, e os demais são também bastante interessantes,
sendo que o terceiro volume fala a respeito do realismo da física quântica
(no momento não disponho dos títulos desses dois volumes).
Para os estudantes da área de Humanas deixo as indicações a critério do
Manuel Bulcão, pois ele conhece bem mais o assunto do que eu.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] unbekannter Benutzer
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 02:19
Was Rätsel möchten Sie lösen?
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "magaemin" <magaemin@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 5 de Novembro de 2002 02:12
Assunto: [ciencialist] unbekannter Benutzer
guten Tag Leute!
Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
Küsse,
Gundel Gaukeley und Madam Mim
SUBJECT: Re: Nasa encomenda livro para provar que homem pisou na Lua
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 02:28
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Certo, resta somente explicar porque em 2001:Space Odissey, filme
realizado
> com todos os recursos tecnológicos da época, o horizonte lunar fica
mais
> longe, a paisagem é mais escarpada e o solo muito mais rochoso...
Bem, se eles tivessem feito os dois cenários iguais seria complicado
alegarem mais tarde que apenas um deles era o verdadeiro, né? :)
> Você realmente acha que US$ 15 mil é dinheiro? Estamos falando de
um país
> onde quem ganha menos de US$ 3 mil por mês é pobre...
E como o Léo costuma dizer, lá as crianças de 3 anos (sem problemas
em seus aparelhos fonadores) já falam Inglês! :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: unbekannter Benutzer
FROM: "magaemin" <magaemin@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 02:40
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Was Rätsel möchten Sie lösen?
Hallo Alvaro
Mund der Hölle. . . der unbekannte Kerl
Küsse,
Gundel Gaukeley und Madam Mim
SUBJECT: Re: unbekannter Benutzer
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 03:08
Álvaro...
Se você responder a mais essa frase em língua ET eu vou ter certeza
de que você contratou esses gringos(as?) só prá poder dar mostras de
que é polilíngue... ( Lembra do caso da Sandra que usou seu endereço
de email prá dizer que quem não conhece o DSM IV é ignorante? :)
Ah, e eu esqueci de dizer: lá onde quem ganha 3 mil dólares é
considerado pobre, o governo tem mesmo que pagar muito bem para
garantir que as crianças frequentem escolas de línguas para aprender
Inglês desde a mais tenra idade...
Küsse, Lígia
*************************************
--- Em ciencialist@y..., "magaemin" <magaemin@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> <alvaro@l...> escreveu
> > Was Rätsel möchten Sie lösen?
>
> Hallo Alvaro
>
> Mund der Hölle. . . der unbekannte Kerl
>
>
> Küsse,
> Gundel Gaukeley und Madam Mim
SUBJECT: Re: Popper (livros)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 03:17
Olá Brudna e Mesquita,
Brudna:... qual(is) seria(m) o(s) melhor(es) livro(s) do Karl Popper?
Alberto Mesquita: Para os estudantes da área de Humanas deixo as
indicações a critério do Manuel Bulcão...
Manuel: Eu indico "A Sociedade Aberta e seus Inimigos", dois tomos
(Eds. Itatiaia/EDUSP); "O Conhecimento e o Problema Mente-Corpo"
(Edições 70); "O Mito do Contexto" (Edições 70) e "Conhecimento
Objetivo" (Eds. Itatiaia/EDUSP). Além dos que o Mesquita indicou.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: unbekannter Benutzer
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 03:28
--- Em ciencialist@y..., "magaemin" <magaemin@y...> escreveu
> guten Tag Leute!
>
> Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
>
> wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
>
> Küsse,
> Gundel Gaukeley und Madam Mim
Manuel: Cuma? Fala na língua do "P" que eu entendo.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: unbekannter Benutzer
FROM: "magaemin" <magaemin@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 03:56
Hallo Alberto!
wir bringen keine Probleme. wir bringen Lösungen.
Gundel Gaukeley will Küsse auch!
heute ist es der Tag der Enthüllung!
Natur zwingt, bringen Sie uns die Macht!
bringen Sie mir die Seele vom "Mund der Hölle"!
Küsse,
Gundel Gaukeley und Madam Mim
SUBJECT: Re: [ciencialist] unbekannter Benutzer
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 03:59
----- Original Message -----
From: "magaemin" <
Sent: Tuesday, November 05, 2002 1:12 AM
Subject: [ciencialist] unbekannter Benutzer
> guten Tag Leute!
Bem-vindo à Ciencialist.
> Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
E porque ele haveria de estar?
> wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
Eu diria que o Brudna "vai tirar isso de letra".
> Küsse,
> Gundel Gaukeley und Madam Mim
[ ]´s e um küsse pra Madame Mim
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fuga de cerebros
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 05:58
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo"
Sent: Tuesday, November 05, 2002 12:17 AM
Subject: [ciencialist] Re: Fuga de cerebros
Olá, Lígia
> Eu venho lendo as mensagens desde o início da lista
> e é triste notar o grau de pobreza a que se está chegando... eu
> mesma brinco prá não chorar porque a coisa está mesmo feia... e digo
> que até preferiria ler mensagens inteligentes antes que ficar
> postando bobagens de minha parte.
Não concordo, mas diria que um pouco de modéstia não faz mal a ninguém.
Aliás, existem bobagens e bobagens. Algumas dão origem a threads
quilométricas e mesmo quando não compartilhadas pelos demais *companheiros*
[essa é em homenagem ao nosso novo Presidente :-) ], acabam sendo úteis aos
participantes do debate. Quero crer que aprende-se muito com o exercício da
dialética. Até mesmo ao ler um livro, ganha-se muito adotando-se uma postura
dialética, como se estivéssemos debatendo com o autor. Costumo dizer que
aprendi muito mais em livros cujo conteúdo discordei totalmente do que
naqueles com os quais concordei do princípio ao fim. Pois ao discordar somos
obrigados a reforçar nossa argumentação, e com isso aprendemos. É um
aprender de dentro para fora, e nesse caso o livro age como um catalisador.
Pois quando entro em um diálogo, muitas vezes procuro valorizar esta
discordância, ao notar que o outro pensa de maneira diferente. Qual dos dois
está mais certo? Não importa! O importante é o debate e o que ele provoca em
nosso interior. Infelizmente poucos "entram na minha" e o diálogo acaba às
vezes descambando para agressões. Eu diria que temos um potencial muito
grande para aprender de dentro para fora e, não obstante, a maioria das
pessoas prefere aprender da maneira mais difícil, ou seja, efetuando
"downloads" de paradigmas. Com isso, acabam jogando fora a intuição, que é o
bem maior que possuímos e a nos diferenciar dos chamados animais
irracionais.
> Mas na verdade cabe a
> quem dá valor ao conhecimento estimular quem tem respostas
> inteligentes e simplesmente ignorar aqueles que não correspondam a
> tal nível que se deseje alcançar.
Falou e disse. Em nosso egocentrismo não costumamos valorizar devidamente o
*ignorar* ou a *ignorância*. De certa feita eu escrevi: "A ignorância é um
tema pouco estudado. O Novo Dicionário Aurélio, por exemplo, que, de forma
imparcial e não proposital, retrata o resultado de uma pesquisa sobre nossa
cultura literária, dedica 84 linhas para se referir a saber e sabedoria e
apenas 21 linhas, ou seja, um quarto do total anterior, para discorrer sobre
ignorar e ignorância." Pois o verdadeiro sábio é aquele que sabe quando deve
ignorar ou então que reconhece a sua ignorância. Talvez fosse o caso de
ignorarmos aqueles que se julgam muito sábios, como alguns inconvenientes
que fazem questão de demonstrar uma sabedoria supérflua.
> > Será que nós merecemos essa ciência e/ou esse ceticismo que andam
> > por aí?
> > Seria esse o nosso karma?
> Pela definição, Karma significa "ação". Se os atos que perpetramos
> têm propiciado o desestímulo ao estudo e a falta de empenho dos
> cientistas em se fazerem notar pelo governo, tudo o que resta a fazer
> é mudar a polaridade de tais atos e o karma reverte em dharma :)
Vivendo e aprendendo! Isso está me cheirando a filosofia oriental, que é
mesmo fantástica. Fez me lembrar de um dos teoremas do princípio unificante
da filosofia oriental que diz: "No extremo o yin se transforma no yang."
> ... bem, não vou falar.
> Mas quem me conhece sabe o que eu penso desse tipo de cético que
> endeusa a ciência por não compreender-lhe as nuances... :)
Também não vou falar ;-)
> Portanto cabe a quem ame a ciência e deseje que ela receba estímulos
> e insumos governamentais, divulgá-la de forma simpática e acessível.
> A começar pela forma de tratá-la em listas. A Ciencialist é um
> instrumento incrível não apenas dirigido a masturbadores mentais mas
> àqueles que realmente gostem de falar em pesquisas científicas, em
> busca de respostas, em desejo de estimular a curiosidade de quem lê.
> Sorte: ainda tem tempo de reverter o quadro.
Sempre que ouço alguém falar em "amar a ciência" lembro-me de Popper, que
teria dito: "Só há um caminho para a ciência - ou para a filosofia:
encontrar um problema, ver a sua beleza e apaixonarmo-nos por ele;
casarmo-nos com ele, até que a morte nos separe - a não ser que obtenhamos
uma solução. Mas ainda que encontremos uma solução, poderemos descobrir,
para nossa satisfação, a existência de toda uma família de encantadores, se
bem que talvez difíceis, problemas-filhos, para cujo bem-estar poderemos
trabalhar, com uma finalidade em vista, até ao fim dos nossos dias."
Talvez os falsos cientistas não tenham se dado conta de que fazer ciência
não é "resolver" um problema mas sim "encontrar" um problema, ver a sua
beleza e apaixonarmo-nos por ele...
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 08:47
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> Falando assim, o Takata parece sugerir que o processo histórico é
> totalmente aleatório e que qualquer tentativa de previsão é um
> exercício inútil: que qualquer coisa é possível.
Em 500 anos e' um exercicio inutil. Vc pode talvez prever q.
as leis fisicas nao mudem nesse periodo. Talvez nem isso.
> É plausível prever que em 500 anos não haverá petróleo natural.
Ou talvez nao. Nao apenas por causa de teses como a de q. o
petroleo seja produzido continuamente por microorganismos
em regioes profundas da crosta (nao me lembro no nome
do cara agora -- claro, nao q. eu acredite nessa tese) e
assim constantemente renovado, como nao sabemos se nao
desenvolveremos fontes alternativas viaveis de energia.
Sim, se nada mudar o petroleo some em 70 a 100 anos (talvez
200 se considerarmos as taxas atuais de aumento de desempenho).
So' q. as coisas mudam. As previsoes, ou melhor, as 'previsoes'
(qdo bem feitas) servem para alertar sobre o *se nada
mudar* (precisamos investir em novas tecnologias, modificar
os padroes de consumo e desperdicio, criar novas relacoes
interpessoais e de dialogo entre as nacoes, etc, etc).
Mas efetivamente fazer previsoes sobre um espaco tao dilatado
e' um exercicio inutil.
O q. e' plausivel ou nao depende da epoca. Uma previsao feita sobre
hoje feita na Grecia antiga seria uma coisa bem diferente de
uma previsao feita na Grecia medieval sobre hoje. As coisas e as
pessoas mudam. As taxas de transformacoes mudam, a direcao das
transformacoes mudam.
Ha' os q. preveem uma maior integracao tecnologica, ha' os
preveem um maior abismo tecnologico (e ha' outras previsoes
sobre isso).
Nao apenas meteoros podem cair, como vulcoes explodirem,
as correntes maritimas se modificarem, religioes surgirem e
desaparecerem, sistemas politicos se desenvolverem e
declinarem, modismos mil, doencas novas se alastrarem.
O q. acontece se um orientalismo ocidental (isto e',
o q. os ocidentais acham q. e' a filosofia oriental)
vingar? Sei la'. Talvez um novo padrao de relacoes
humanas e de consumo. Sem o consumismo, o capitalismo
talvez mude. Talvez a taxa das inovacoes tecnologicas
se alterem, e ate' mesmo a direcao q. se buscam essas
modificacoes. A busca de um menor impacto ambiental
e na saude humana em vez de uma maior eficiencia produtiva
e de realizacao de lucros? Talvez uma substituicao do
concreto por madeira de areas de reflorestamento?
Uma maior busca de produtos sem uso de agrotoxicos?
Talvez uma menor busca de medicamentos sinteticos.
Reducao da industria quimica, pode ser. Ou talvez nada
disso. E o q. determina se esse orientalismo predomina
ou nao?
Ha' uma ordem natural das coisas? Nao sei. Talvez
haja. Mas a quem disser q. conhece essa ordem agora,
aponto o meu dedo e digo: "Mestre-nos".
Ja' podemos desconfiar de varios futurologismos
com janela de 50 anos, qto mais de 500.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: unbekannter Benutzer
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 09:15
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> Álvaro...
>
>
> Se você responder a mais essa frase em língua ET eu vou ter certeza
> de que você contratou esses gringos(as?) só prá poder dar mostras
> de que é polilíngue...
Calma, Lígia,
O Supertraduzidator Tabajara irá ajudá-la:
================================================
De: "magaemin" <magaemin@y...>
Data: Ter Nov 5, 2002 4:12 am
Assunto: unbekannter Benutzer
*usuario desconhecido
guten Tag Leute!
*Bom dia, pessoal!
Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
*Sr Brudna, não tema!
(Sr Brudna, desculpe-nos por incomodá-lo)
wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
*Temos uma dúvida para tirar nesta lista...
*(Gostaríamos de tirar uma dúvida nesta lista)
Küsse,
*Beijo (não seria 'küssen'?)
Gundel Gaukeley und Madam Mim
*Maga Patológica e Madame Mim
De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
Data: Ter Nov 5, 2002 4:19 am
Assunto: Re: [ciencialist] unbekannter Benutzer
Was Rätsel möchten Sie lösen?
*Que dúvida você gostaria de tirar?
(Desembuxa, mané)
[ ]s
Alvaro Augusto
De: "magaemin" <magaemin@y...>
Data: Ter Nov 5, 2002 4:40 am
Assunto: Re: unbekannter Benutzer
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Was Rätsel möchten Sie lösen?
Hallo Alvaro
*Olá, Álvaro
Mund der Hölle. . . der unbekannte Kerl
*Boca do inferno (agora vcs já sabem quem é)...
um amigo anônimo.
Küsse,
*Beijos (aí já é viadagem)
Gundel Gaukeley und Madam Mim
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
Data: Ter Nov 5, 2002 5:59 am
Assunto: Re: [ciencialist] unbekannter Benutzer
----- Original Message -----
From: "magaemin" <
Sent: Tuesday, November 05, 2002 1:12 AM
Subject: [ciencialist] unbekannter Benutzer
> guten Tag Leute!
Bem-vindo à Ciencialist.
> Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
E porque ele haveria de estar?
> wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
Eu diria que o Brudna "vai tirar isso de letra".
> Küsse,
> Gundel Gaukeley und Madam Mim
[ ]´s e um küsse pra Madame Mim
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
=============================================
Deixo aos psicanalistas da lista para fazerem
as análises sobre esta linha de mensagens.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 09:36
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 8:47 AM
Subject: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
>Ja' podemos desconfiar de varios futurologismos
com janela de 50 anos, qto mais de 500.
Um exemplo instrutivo pra demonstrar tudo isso que o Takata falou é dar uma
folheada naqueles exercícios de futurologia que viraram moda nos anos 70,
com os livros do pessoal da Rand Corporation, Herman Kahn etc., e ver o que
eles previam para o ano 2000. Você não vai encontrar lá nem a revolução da
informática (e, no entanto, os computadores pessoais estavam praticamente às
portas), nem a Internet, nem o colapso da União Soviética, nada disso. Em
compensação, eles prevêem todo um paraíso tecnocrático do qual não existe
nem sombra nos dias de hoje - e as previsões são de meros trinta anos atrás,
embasadas em um porrilhão de dados, estatísticas e tudo a que se tem
direito...
Abs.
L.
SUBJECT: Ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 09:41
Ciencialist:
no incio era o verbo
... e depois descambou para a verborragia.
no incio era Cincia
... e depois descambou para psicos (vrias verses), orao e auto-hipnose, explicaes freudianas, afinal o que o amor?, 1,83 para 1,93 o litro da gasolina, 'Na minha concepcao, as flores sao, vamos dizer, a expressao do amor das plantas', 'No Japao ocorre uma coisa interessante. Eles se acham feios (conheco relativamente bem a cultura japonesa)', ........
No incio era Debate
(e como recordo com saudades o debates ocorridos; sobre a gravitao, por exemplo, quem quiser desfrutar dele s consultar: http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/gr.htm ou, ainda como exemplo, "O Feixe de Eltrons"; deliciem-se em http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/fe.htm).
... hoje temos desbastes!
Apenas recordando,
aquele abrao,
======================
Luiz Ferraz Netto [Lo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: unbekannter Benutzer
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 10:20
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > Álvaro...
> >
> >
> > Se você responder a mais essa frase em língua ET eu vou ter
certeza
> > de que você contratou esses gringos(as?) só prá poder dar mostras
> > de que é polilíngue...
>
> Calma, Lígia,
>
> O Supertraduzidator Tabajara irá ajudá-la:
Takatinha! Não sei o que eu faria sem você... :)
> guten Tag Leute!
> *Bom dia, pessoal!
>
> Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
> *Sr Brudna, não tema!
> (Sr Brudna, desculpe-nos por incomodá-lo)
Sem dúvida é uma criatura educada, ele bate antes de entrar...
> wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
> *Temos uma dúvida para tirar nesta lista...
> *(Gostaríamos de tirar uma dúvida nesta lista)
E agora a gente *bate* nele depois que ele bateu prá entrar... :)
> Küsse,
> *Beijo (não seria 'küssen'?)
Bem, as únicas palavras que eu sei são *ohne*, *mit*, e *Küssen*...
> De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> Data: Ter Nov 5, 2002 4:19 am
> Assunto: Re: [ciencialist] unbekannter Benutzer
>
>
> Was Rätsel möchten Sie lösen?
> *Que dúvida você gostaria de tirar?
> (Desembuxa, mané)
Nada como ser delicado... o Álvaro sempre é assim... :)
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
> --- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> <alvaro@l...> escreveu
> > Was Rätsel möchten Sie lösen?
>
> Hallo Alvaro
> *Olá, Álvaro
>
> Mund der Hölle. . . der unbekannte Kerl
> *Boca do inferno (agora vcs já sabem quem é)...
> um amigo anônimo.
Nossa! Sabia que esse Boca-Maçaranduba tem alguma coisa de errado.
Só não sabia que ele se declararia assim, tão abertamente...
Engraçado isso. Como é que uma intuição pode estar tão certa? De
certa forma, ela me disse o que *ele* é... desde o primeiro
contato. Esse não é o lugar para Neo-Nazistas. E eu to falando
sério...
> ----- Original Message -----
> From: "magaemin" <
> Sent: Tuesday, November 05, 2002 1:12 AM
> Subject: [ciencialist] unbekannter Benutzer
>
> > guten Tag Leute!
>
> Bem-vindo à Ciencialist.
>
> > Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
>
> E porque ele haveria de estar?
>
> > wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
>
> Eu diria que o Brudna "vai tirar isso de letra".
Não vai não...
> > Küsse,
> > Gundel Gaukeley und Madam Mim
>
> [ ]´s e um küsse pra Madame Mim
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> =============================================
>
> Deixo aos psicanalistas da lista para fazerem
> as análises sobre esta linha de mensagens.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
Bem, considerando-se que a Mm Mim é o alter-ego do Boca, a coisa
complica pro Alberto...
Nada como o Supertraduzidator Tabajara! Salvou meu dia Takata e
provavelmente os dias seguintes também...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Espirito ( era Re: Deus para Ateus... )
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 11:06
Oi Lúcio!
Depois de uma série interminável de "adendos" vamos ao "espírito" da
coisa... :)
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> O problema é que "espírito", como "Deus" e "razão" é uma dessas
palavrinhas
> que, de tão usadas, viraram palavras gastas e acabaram perdendo
qualquer
> relação com seu contexto original. Por exemplo, hoje todo mundo
pensa em
> espírito como sinônimo de alma.
Lígia: Nada poderia está mais "errado" do que esta definição
apressada do que espírito significa...
Essa idéia ficou tão arraigada que é a
> primeira definição que o Aurélio dá: "A parte imaterial do ser
humano; alma
> (por oposição ao corpo); alma." Hoje em dia, praticamente todas as
religiões
> aceitaram essa definição e tem até uma delas, nominalmente o
espiritismo,
> que foi inteiramente construída em cima da equivalência alma =
espírito.
> Mas, originalmente, eram coisas bem diferentes.
Lígia: Engraçado é que a Alma nasce com o corpo. E isso é bem
arraigado ao que é veiculado por religiões como o catolicismo. E é
isso o que se deduz como certo ao notar que é devido ao funcionamento
cerebral individual que possuímos esta ou aquela tendência de ser
que, em última instância, seria uma definição de "alma": o modo
particular do ser expressar-se no mundo. Em *O Erro de Descartes*,
Damásio evidencia o papel do cérebro na elaboração dessa alma... ou
nosso corpo sensorial, resultante das sensações que experimentamos.
> Se você pegar os textos originais do judaísmo, estudar a religião
grega e
> romana, vai ver que eles dividiam o ser humano em três aspectos:
corpo
> (soma/sárx, bash'r, corpum), alma (psyche, nephesh, anima) e
espírito
> (pneuma, rouach, spiritum). Na verdade, todos os três descreviam a
> totalidade do ser humano, mas de diferentes perspectivas: o corpo
era o ser
> humano quando visto da perspectiva material, a alma era o ser
humano do
> ponto de vista psicológico e o espírito era a essência do ser
humano, para
> além da distinção entre corpo e alma.
Lígia: Ou por outra: o "espírito" é a nossa porção de eternidade,
ou o que permite que "o Olho com que Deus me vê seja o mesmo olho com
que eu O vejo"... :) Em tudo e por tudo, qualquer coisa que
aconteça a nível subjacente, passa-se na "esfera" do Espírito... Ou
Grande Alma.
É por isso, aliás, que tanto em
> hebraico quanto em grego e latim, a palavra para "espírito"
significa
> literalmente vento, porque o vento é um símbolo que capta tanto o
aspecto
> material (afinal, é o ar em movimento) quanto imaterial (porque não
pode ser
> visto diretamente, só através de seus efeitos).
Lígia: O "movimento" é o importante, já que é ele quem gera as
formas no Universo. É através do movimento que o Espírito
forma/plasma a idéia. E veja que esse espírito está em tudo. Agora
uma pergunta: qual é a necessidade de haver a individualização a
nível das formas senão apenas para estar *vivo* e ser atuante no
Universo? É aí nesse ponto que eu considero a *iluminação* a que se
possa atingir por quaisquer meios como apenas "parcial", reduzindo-se
apenas ao "contatar" o Ser Imanente. A *iluminação total* é ser UNO
com Ele.
Em outras palavras, o
> espírito é uma palavrinha pra designar a essência da realidade, o
ser, que
> se encontra além das nossas distinções conceituais e perceptivas, e
é assim
> que ele é encarado até hoje, por exemplo, no hinduísmo, que vê
tanto o corpo
> quanto a alma (atman) como manifestações do Ser (Brahman).
Lígia: E esse é o ponto crucial para o entendimento do que quer que
seja a *realidade*: saber dividir/separar convenientemente a alma do
Ser.
Mas como uma
> essência que se encontra além dos conceitos e das percepções é, por
> definição, impossível de ser pensada, o sentido de "espírito"
acabou se
> perdendo e ele terminou sendo confundido com a alma.
Lígia: Uma explicação "porreta" essa sua!
> Serve pra começar as definições? ;-)
Lígia: Mais uma vez, você mata a cobra e mostra a arma do
crime... :)
> PS. Dá pra notar por essa definição que não existem "espíritos" no
plural.
> Você pode ter uma pluralidade de corpos e de almas, mas todos são
> desdobramentos de um só espírito. É assim que, na Torah, o espírito
era
> basicamente o espírito de Deus (rouach ha-Elohim). Só depois é que
veio a
> idéia de que cada ser humano tem um espírito individual.
Lígia: É assim que eu "sinto" Deus. E é pena que as religiões
vigentes tenham tirado o sentido de Ser de Deus, o Ser imanente... A
ponto de permitir que haja pessoas que não O admitam como existente.
E contatar Deus é mais simples do que escovar os dentes... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Ciencialist
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 11:17
Ai que dor Léo!
Veja só uma coisa... ciência não é só feita de física... E se
alguns assuntos OFF a princípio levarem alguém a reconsiderar a
natureza da própria ciência como é concebida? Há ainda muitas
questões em aberto, será que apenas considerar as que supostamente já
foram respondidas é o caminho certo para o cientista?
Beijos, Lígia
**********************************
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Ciencialist:
> no início era o verbo
>
> ... e depois descambou para a verborragia.
>
> no início era Ciência
>
> ... e depois descambou para psicos (várias versões), oração e auto-
hipnose, explicações freudianas, afinal o que é o amor?, 1,83 para
1,93 o litro da gasolina, 'Na minha concepcao, as flores sao, vamos
dizer, a expressao do amor das plantas', 'No Japao ocorre uma coisa
interessante. Eles se acham feios (conheco relativamente bem a
cultura japonesa)', ........
>
> No início era Debate
> (e como recordo com saudades o debates ocorridos; sobre a
gravitação, por exemplo, quem quiser desfrutar dele é só consultar:
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/gr.htm ou, ainda como
exemplo, "O Feixe de Elétrons"; deliciem-se em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/fe.htm).
>
> ... hoje temos desbastes!
>
> Apenas recordando,
> aquele abraço,
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Ética na cultura
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 11:49
Antônio Renato, realmente a questão do combate à especulação é mais ampla e requer uma persistente ação de conscientização, que ultrapassa a relação fornecedor/consumidor para poder atingir à base da relação entre eu e o outro.
Transcrevo o comentário Ética que escrevi ano passado(2001) que aborda alguns pontos importantes dessa questão.
Abraços
José Renato
___________________________
Ética
O Brasil está mudando, graças à Internet. Não é mais eficaz a estratégia da grande imprensa de manipular a informação inconveniente para os donos do pedaço. As informações migram com sua própria força através dos portais e e-mails. E aí, é preferível às empresas de informações render-se ao fato e tirar proveitos em credibilidade e interesse do leitor cidadão, do que assinar a parcialidade dos seus interesses "ocultos". O que não quer dizer que a mídia já esteja 100% na sua principal tarefa de buscar e divulgar a verdade dos fatos, num serviço fundamental para toda a comunidade, que, em último caso, fará seu próprio discernimento. Os casos de engodo orquestrados pelas indústrias de alimentos, promovidos com a cumplicidade dos supermercados, revelam que o Brasil está mudando... para melhor. Cartelas de "dúzia" de ovos com dez unidades; embalagens padrões há tempos "memorizadas" pelos consumidores, cada vez mais apressados, têm agora seus pesos "espertamente" reduzidos. Preços no sistema de código de barras maior que o fixado na prateleira e outras safadezas enriquecem malandros de alto nível, até então impunes de seus crimes cometidos contra o consumidor. Sendo que a tal da "publicidade enganosa" completa o tripé do golpe.
Desde que me entendo, o "novo" sabão-em-pó, apresentado na propaganda, é sempre o que lava melhor, não estraga o tecido, não desbota as cores, não precisa esfregar muito, etc, etc. Isso quer dizer que o anterior não era tão bom assim... mas era apresentado como tal, o melhor, o máximo! E o creme dental, com "nova composição" cheia de letrinhas prometendo, finalmente, o melhor sorriso! Afinal, as informações que invadem todos os nossos meios de comunicação, apresentam uma meia-verdade - enfocando os aspectos positivos da questão - ou apresentam uma meia-mentira, ao sonegar informações importantes? Quem são os responsáveis por isso? Como pode ser coibido esse tipo de crime contra a economia popular?
Um caso curioso. Lembro que durante a II Guerra Mundial os soldados aprenderam a recuperar os fios das preciosas lâminas de barbear, usando um copo e um pouco de água. Em um minuto estavam afiados, simultaneamente, os dois lados das conhecidas giletes. Após a guerra (1945), os soldados voltaram para casa e continuaram a economizar em lâminas de barbear... e a novidade se espalhou. As vendas devem ter diminuído bastante e ainda apareceram os aparelhos elétricos, que faziam propaganda através do cinema. Sempre tinha a cena do "mocinho", sem tempo a perder, ligar o aparelho e fazer a barba sem precisar molhar o rosto, usar pincel, fazer espuma, etc.
Como recuperar as vendas e o lucro das fábricas de lâminas de barbear? Vários novos modelos de aparelho foram fabricados, mas as lâminas mais usadas eram iguais às fabricadas há décadas. Chegou então a descartável, embutida em plástico, o que é mais seguro, mas impede de reafiá-la para novo uso e, em vez de duas lâminas, trazia apenas uma, o que só alguns poucos notaram. Após duas décadas veio a sensação do barbeador descartável com, acreditem, duas lâminas... as mesmas que tínhamos no início e que nos tiraram com muita embromação publicitária. No ano de 1999, após pesquisas de milhões de dólares, lançaram o barbeador com três lâminas... aguardo o com quatro.
A cada novo lançamento me vem a sensação de que fui enganado ao comprar o produto anterior. Quando conseguirmos parar um pouco e observar a força da informação, que os mais atualizados chamam de marketing, perceberemos o quanto a ética é violentada.
Os exemplos estão aí. O candidato é vendido como um político honesto, interessado pelos problemas que afligem o povo... é sinal de que as eleições vêm aí. O produto transgênico é propagandeado como a salvação da humanidade... mas os produtores resistem em informar sua origem no rótulo dos produtos. A nova bateria de carro, 'selada', lacrada, deve ser trocada quando o visor passar de verde para preto, isto é: quando por evaporação baixar o nível da solução, após uns 2 ou 3 anos. O que não é dito, é que a capa de plástico da "selagem", ao ser removida, deixa à mostra as tampinhas das células que podem ser completadas com água destilada e... heureca, a bateria volta a funcionar normalmente! O pneu tem garantia de longa quilometragem detalhada em um termo de garantia que não informa que, para fazer jus a essa garantia, em caso de dano por falha de fabricação, o usuário não pode recuperá-lo por vulcanização. Mesmo que o dano ocorra no dia seguinte à compra. Tem que rodar sem estepe até a loja da venda. O banco que investe forte em propaganda cobra taxa de manutenção de milhões de contas-benefícios do INSS e de contas-salários, onde a única operação feita é de retirada, mesmo conhecendo a resolução do Banco Central isentando esse tipo de conta/movimentação de qualquer cobrança de taxas. E por aí vai... mas tudo com muito marketing. É a ética "específica" feita só pra sair bem na foto.
Quando há especial interesse, são mencionados "os mais famosos laboratórios de pesquisas" - geralmente dos estados de massachussetes, conectecutes-ohio ou raio-que-os-parta - onde são produzidas notícias consideradas "puras verdades, comprovadas cientificamente". Assim, passamos a tomar vitamina C, até onde o estômago resistir, pois foi "descoberto" que evitaria o câncer. O "descobridor", químico americano Linus Pauling, duas vezes Prêmio Nobel, defendia o consumo diário de 6 a 18 gramas, antes de morrer de câncer aos 93 anos - o que fica o dito pelo não dito - como apontam recentes pesquisas in vitro, na Pensilvânia. Enquanto isso, os laboratórios fabricantes melhoraram em muito sua saúde financeira!
Fazemos todo o que é tipo de dieta propalada pela mídia "ixpessializada" como sendo a definitiva. Passamos a tomar dois copos de vinho após as refeições, pois pesquisas confirmam que faz muito bem... aos vinhateiros, pois suco de uva natural faz o mesmo efeito e o açaí da Amazônia faz melhor ainda, por ter maior concentração do antioxidante antocianina... só não tem o apelo etílico do vinho tinto. Há também a frase que endossa a venda de todos os produtos ditos naturais: "Não faz mal... é natural!" Veneno de cobra também é!
Os planos de venda de automóveis evitam informar claramente o que estão ofertando. Informam o número de prestações, seu pequeno valor, mas o valor da entrada está ilegível em letras microscópicas no rodapé. Há ainda o desrespeito à inteligência do consumidor contido nas frases-feitas, ainda usadas para apressá-lo: Últimas unidades! Venha logo antes que acabe! Só neste fim-de-semana! Vagas limitadas!
Vejo porém que não têm a mesma divulgação, o mesmo marketing, informações importantes, como: a maravilha que é tomar um copo d'água pura, fresquinha, em vez dos detergentes açucarados que encontramos em todos os lugares; o quanto é saudável respirar ar puro, em vez de comprometer toda a saúde ao encher os pulmões com fumaça tóxica, alcatrão e nicotina, vendidos no "fino que satisfaz", que os "homens de decisão" utilizam para chegar mais cedo a sete palmos na "terra de mallagouro", onde o intrépido vaqueiro da propaganda foi enterrado, após morrer mais cedo... de câncer. Também não há muita divulgação para as pessoas aproveitarem o espetáculo do pôr-do-sol, a brisa da noite, o silêncio da madrugada, a paz de um Natal em família e a felicidade de um encontro de fim-de-ano longe do consumismo estressante... Por que será? Não custa nada entender o porquê, basta atentar sobre o interesse que há por trás das informações. Sempre vale questionar: "O que é que o interessado quer que eu saiba?"
Agir com ética é o desafio existente em toda atividade humana. Ocorre que como a civilização não é vista em sua totalidade fica parecendo que em algumas áreas é preciso agir dentro da ética e, em outras, nem tanto. É a usual ética-de-vitrine, feita para tentar enganar a opinião pública com belos textos literários, emocionantes constituições cidadãs, investigações rigorosas, propagandas, programas, planos e diretrizes que se destinam ficar só no papel... Ah! E na filmagem da empolgante cerimônia de apresentação do plano ou programa, para futuras propagandas eleitoreiras.
Certamente que, enquanto as regras e leis forem feitas para os outros, continuaremos falando em: ética na propaganda, ética na política, ética na medicina, etc., como se fosse um acessório a ser usado eventualmente para evitar punições. Enquanto a ética não fizer parte do nosso modelo de educação, integrada à nossa cultura, seremos obrigados, de vez em quando, a ter de agir de forma ética. As esperanças estão em novas estruturas institucionais como a do Ministério Público e, a longo prazo, no Projeto de Lei Complementar 09/00, de autoria do deputado federal Padre Roque, do Paraná, que propõe alteração no artigo 36 da Lei 9394/96, tornando Filosofia e Sociologia disciplinas obrigatórias nos currículos do Ensino Médio das escolas públicas brasileiras, já aprovado na Câmara e com votação no Senado prevista para o dia 28.08.2001(*). Esses ensinamentos, básicos para formação da cidadania, são negados aos nossos jovens desde a década de setenta, aquela do "milagre econômico".
* O projeto foi aprovado pelo Senado mas o texto sobre a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e Sociologia nos colégios públicos foi vetado pelo presidente FHC.
José Renato M. de Almeida
Salvador - Bahia
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Fome e sexo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 12:07
Olá Marco Aurélio,
Marco: Gostaria de acrescentar uma pequena explicação. É um problema
de tradução. O que Freud dizia tem muito mais que ver com desejo que
com necessidade. Existe uma diferença entre desejo e necessidade. A
fome é uma necessidade, o apetite nem sempre. O apetite está mais do
lado do desejo. A tradução deveria ser apetite.
Manuel: Sim, a fome está para o apetite assim como a satisfação da
necessidade está para o prazer. Apetite é o instinto de nutrição a
serviço de uma fruição ou gozo estético. Tanto que, muitas vezes,
estabelecemos deliberadamente a tensão orgânica (deixamos de tomar
café-da-manhã no dia em que almoçaremos numa churrascaria-rodízio)
somente para apurar o paladar e desfrutar mais plenamente da refeição.
O ato de comer não como um meio de satisfazer uma necessidade, mas
como ato sem outra finalidade a não ser o prazer. Afinal, a culinária
é uma arte.
O apetite é uma fome psicológica e não estritamente biológica (não
estou querendo dizer que a psiquismo não é biológico. É sim, mas é
também "algo mais".)
De modo semelhante, a libido é desejo sexual com outras finalidades
além da mera reprodução biológica.
É isso aí, Marco Aurélio.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 12:24
De: "Ligia Gallo"
>Ai que dor Léo!
Léo: Minha intenção não era lhe causar dores. Sinto por esse efeito colateral.
>Veja só uma coisa... ciência não é só feita de física... E se
alguns assuntos OFF a princípio levarem alguém a reconsiderar a
natureza da própria ciência como é concebida? Há ainda muitas
questões em aberto, será que apenas considerar as que supostamente já
foram respondidas é o caminho certo para o cientista?
Léo: Ciência é Física ... os demais ramos do conhecimento científico são corolários. Só deles extrai-se algo ponderável à humanidade.
Isso:
[... e depois descambou para psicos (várias versões), oração e auto-hipnose, explicações freudianas, afinal o que é o amor?, 1,83 para 1,93 o litro da gasolina, 'Na minha concepcao, as flores sao, vamos dizer, a expressao do amor das plantas', 'No Japao ocorre uma coisa interessante. Eles se acham feios (conheco relativamente bem a cultura japonesa)', ........]
leva a que? Respondo: ao que se tem visto ... masturbação intelectual no "ciencialist".
Apropo não tenho nada contra que se discutam isso que se tem posto ultimamente (não muito ultimamente), desde que sejam em listas adequadas. Com meu radicalismo total, geral e arquibancada, entrei no Ciencialist para papear sobre Ciência pura e aplicada, aprofundar conceitos e debater sobre temas (como aqueles que o Alberto magnificamente agrupou no seu site). Filosofia, Psicanálise e outros adornos verbais não eram os propósitos básicos do ciencialist. Freud então ...
Quando quero papear sobre ceticismo entro no SBCR e STR, quando quero papear sobre educação entro no news adequado.
Nunca franzi a testa para um ou outro off no ciencialist, mesmo algumas boas piadinhas no contexto, isso é salutar, desde que não deturpe a linha básica dos pensamentos.
Quando quero filosofar entro nos 'livres-pensadores' e lá me abobrinho à vontade!
Quando quero Ciência entro no Ciencialist e lá coloco, por exemplo, a mensagem: "Primeiros Passos da Ciência" (que nem teve, e nem deveria ter qqer retorno, com esse angú de caroço que hoje assola nossa lista).
Percebam que minha participação nos últimos tempos tem sido 'piadinhas' (bobas, a meu ver) e mesmo assim tenho lido todas as mensagens no afã de abstrais algo de útil, concreto e decidido, do que tenho lido. Nada, cientificamente falando, foi acrescentado. Isso sem entrar na prosopopéia dos libidos e coisas do gênero (ou da falta de gênero).
Abram uma lista para Freud, para as flores, para as hipnoses, para os holísticos, para o preço da gasolina, para o Ying/Yang/Yung/Tum, para a sabedoria milenar e para as "questões 'psiquicas' em aberto", terei prazer de, na hora que convier, participar delas.
Não pretendo com isso alterar o andamento da carruagem 'ciencialist' nem impor retorno ao que era (... e como era boa!), mas reservo-me ao direito de trocar aqui no meu 'Outlook' o nome da pasta 'Ciencialist' para 'verbalismos gerais' e sair peregrinando em busca de uma lista de ciência.
Sem ferir melindres,
aquele abraço,
Léo/deus/Luiz Ferraz Netto
**********************************
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Ciencialist:
> no início era o verbo
>
> ... e depois descambou para a verborragia.
>
> no início era Ciência
>
> ... e depois descambou para psicos (várias versões), oração e auto-
hipnose, explicações freudianas, afinal o que é o amor?, 1,83 para
1,93 o litro da gasolina, 'Na minha concepcao, as flores sao, vamos
dizer, a expressao do amor das plantas', 'No Japao ocorre uma coisa
interessante. Eles se acham feios (conheco relativamente bem a
cultura japonesa)', ........
>
> No início era Debate
> (e como recordo com saudades o debates ocorridos; sobre a
gravitação, por exemplo, quem quiser desfrutar dele é só consultar:
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/gr.htm ou, ainda como
exemplo, "O Feixe de Elétrons"; deliciem-se em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/fe.htm).
>
> ... hoje temos desbastes!
>
> Apenas recordando,
> aquele abraço,
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
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>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: Fome e sexo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 12:26
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Sim, a fome está para o apetite assim como a satisfação da
> necessidade está para o prazer. Apetite é o instinto de nutrição a
> serviço de uma fruição ou gozo estético.
Bem, cada um esta' mais ou menos livre pra dar sua
definicao das palavras.
Particularmente em biologia e medicina, a expressao
apetite tem mais um significado de uma vontade nutricional
especifica: apetite por açúcar, apetite por sal e assim
por diante. E a expressao fome estando mais ligada
'a uma baixa generalizada de energia -- q. pode
ser satisfeita com carboidrato ou gordura, por exemplo.
Claro q. na linguagem corrente apatite acaba
tendo uma boa sobreposicao com fome, podendo
ser intercambiados mais ou menos livremente.
Em outros campos virao a ter outras cores.
Apenas convem nao confundir um uso com o outro.
Normalmente isso nao cria grandes problemas,
mas particularmente qdo os conceitos sao
desenvolvidos de modo independente por campos
distintos e depois tenta-se fazer uma analise
multidisciplinar q. envolva essas areas pode
complicar: p.e. em sendo uma a conceituacao de
fome/apetite na psicologia (ou psicanalise) e
outra na biologia e tentar entender os mecanismos
psicologicos (ou psicanaliticos) de fome/apetite
'a luz da biologia (ou vice-versa) e' preciso
tomar cuidado.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 12:49
E,
... até amanhã pela tarde.
Estou de saída para o rancho pois tenho vários compromissos com a natureza; um deles é decifrar porque chão úmido é mais escuro que chão seco.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: unbekannter Benutzer
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 13:47
Por questão de completude, aí vai a resposta da ligia5555 ao Takata.
On Tue, 5 Nov 2002, Ligia Gallo wrote:
> --- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> > --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > > Álvaro...
> > >
> > >
> > > Se você responder a mais essa frase em língua ET eu vou ter
> certeza
> > > de que você contratou esses gringos(as?) só prá poder dar mostras
> > > de que é polilíngue...
> >
> > Calma, Lígia,
> >
> > O Supertraduzidator Tabajara irá ajudá-la:
>
>
> Takatinha! Não sei o que eu faria sem você... :)
>
>
> > guten Tag Leute!
> > *Bom dia, pessoal!
> >
> > Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
> > *Sr Brudna, não tema!
> > (Sr Brudna, desculpe-nos por incomodá-lo)
>
>
> Sem dúvida é uma criatura educada, ele bate antes de entrar...
>
>
>
> > wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
> > *Temos uma dúvida para tirar nesta lista...
> > *(Gostaríamos de tirar uma dúvida nesta lista)
>
>
> E agora a gente *bate* nele depois que ele bateu prá entrar... :)
>
>
>
> > Küsse,
> > *Beijo (não seria 'küssen'?)
>
>
> Bem, as únicas palavras que eu sei são *ohne*, *mit*, e *Küssen*...
>
>
> > De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> > Data: Ter Nov 5, 2002 4:19 am
> > Assunto: Re: [ciencialist] unbekannter Benutzer
> >
> >
> > Was Rätsel möchten Sie lösen?
> > *Que dúvida você gostaria de tirar?
> > (Desembuxa, mané)
>
>
> Nada como ser delicado... o Álvaro sempre é assim... :)
>
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
>
>
> > --- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> > <alvaro@l...> escreveu
> > > Was Rätsel möchten Sie lösen?
> >
> > Hallo Alvaro
> > *Olá, Álvaro
> >
> > Mund der Hölle. . . der unbekannte Kerl
> > *Boca do inferno (agora vcs já sabem quem é)...
> > um amigo anônimo.
>
>
> Nossa! Sabia que esse Boca-Maçaranduba tem alguma coisa de errado.
> Só não sabia que ele se declararia assim, tão abertamente...
> Engraçado isso. Como é que uma intuição pode estar tão certa? De
> certa forma, ela me disse o que *ele* é... desde o primeiro
> contato. Esse não é o lugar para Neo-Nazistas. E eu to falando
> sério...
>
>
> > ----- Original Message -----
> > From: "magaemin" <
> > Sent: Tuesday, November 05, 2002 1:12 AM
> > Subject: [ciencialist] unbekannter Benutzer
> >
> > > guten Tag Leute!
> >
> > Bem-vindo à Ciencialist.
> >
> > > Herr Brudna, wird nicht erschreckt!
> >
> > E porque ele haveria de estar?
> >
> > > wir haben ein Rätsel, um in dieser Liste zu lösen...
> >
> > Eu diria que o Brudna "vai tirar isso de letra".
>
>
> Não vai não...
>
>
> > > Küsse,
> > > Gundel Gaukeley und Madam Mim
> >
> > [ ]´s e um küsse pra Madame Mim
> > Alberto
> > http://ecientificocultural.com/indice.htm
> > =============================================
> >
> > Deixo aos psicanalistas da lista para fazerem
> > as análises sobre esta linha de mensagens.
> >
> > []s,
> >
> > Roberto Takata
>
> Bem, considerando-se que a Mm Mim é o alter-ego do Boca, a coisa
> complica pro Alberto...
>
> Nada como o Supertraduzidator Tabajara! Salvou meu dia Takata e
> provavelmente os dias seguintes também...
>
> Beijos, Lígia
>
>
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>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 14:15
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 12:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Ciência é Física ... os demais ramos do conhecimento científico são
corolários. Só deles extrai-se algo ponderável à humanidade.
Não sei muito bem o que dizer diante de uma afirmação dessas. Entendo
perfeitamente que os mais puristas tenham reservas quanto a se considerar a
psicanálise ou a sociologia como ciências, assunto que vem provocando os
mais acirrados debates há mais de cinqüenta anos. Mas afirmar que só a
física é ciência é de uma arrogância e, ao mesmo tempo, de uma limitação
intelectual como não se via desde o século XIX. Equivale a dizer que
biólogos, neurocientistas, lingüistas, matemáticos, psicólogos (mesmo os
distantes da psicanálise, como os behavioristas), enfim, todos os
pesquisadores que tiveram a infeliz idéia de optar por uma área que não lhes
dá um PhD em física não são cientistas de verdade, são meros tributários da
Física, a Única e Verdadeira Ciência. É uma postura que só se pode
qualificar como fundamentalista, o que prova que a ciência, como qualquer
religião, também tem seus xiitas. É claro que você tem todo o direito de
pensar assim, da mesma forma que um testemunha de jeová tem todo o direito
de achar que os Testemunhas de Jeová são a Única e Verdadeira Religião. Mas
você não pode exigir que o resto do mundo concorde, assim como um testemunha
de jeová não pode querer que todas as pessoas se convertam. O nome desta
lista é *Ciencia*list, não é *Física*list, e eu entrei nela na esperança de
poder discutir todos os ramos do conhecimento, bem como as fronteiras da
própria ciência como um todo. Da mesma forma que você gentilmente apontou a
existência de outras listas mais especializadas, gostaria de não menos
gentilmente lembrá-lo que, se você quer discutir única e exclusivamente
física, pode encontrar em http://dir.groups.yahoo.com/dir/1600083412 nada
menos que 1041 listas onde só se fala de física e nas quais você não vai ter
que se preocupar com gente discutindo psicanálise, filosofia ou religião.
Abraços, irmão, e que a paz do Senhor esteja contigo! };-)
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Líquidos quentes no verão refrescam?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 14:38
Parece que sim! Eu tenho um vizinho que, em todos os fins de tarde de
verão, senta-se calmamente na entrada do prédio com uma cúia de chimarrão e
uma garrafa térmica e não sai de lá antes de esvaziar a garrafa. Eu sempre
brinco que ele vai ficar com mais calor, mas ele sempre diz que para
refrescar tem que ser assim mesmo.
E, também, os povos do deserto costumam beber líquidos quente. A explicação
que eu ouvi, certa vez, é que isso equalizaria as temperaturas do corpo e
do ambiente, evitando maior transpiração. É claro que esse pessoal também
está mais adaptado ao calor do que nós!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 5 de Novembro de 2002 15:06
Assunto: [ciencialist] Líquidos quentes no verão refrescam?
Alguém poderia confirmar ou não essa informação?
Não tenho o link da fonte.
[]
Alexandre Medeiros
***
Líquidos quentes no verão refrescam?
Verdade! Quando está muito calor, uma bebida quente pode ajudar
o corpo a se adaptar à temperatura mais alta. Segundo dr. Antonio
R. Charca, da Unifesp, apesar da quentura momentânea, há dilatação
dos vasos sanguíneos, o corpo transpira, perde calor e se refresca.
Fonte: Revista da Folha
Todas as matérias sobre saúde são validadas pelo Consultor Técnico
Científico da Unimed Paulistana, Dr. Tarcísio Buschinelli.
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 14:45
> De: Arcange
>
> Não há um porquê biológico. Como na maior parte da beleza, o
> porquê é *quase sempre* social.
Olá, Arcange
Acho que nossas idéias -- nossas, porque também me incluo no grupo de
pessoas
que pensam dessa forma -- estão cada vez mais politicamente corretas, ou,
perdoem-me a franqueza, politicamente hipócritas.
Padrão de beleza social se refere à moda, automóveis e modos à mesa. No
que diz respeito ao que se considera humanamente belo a razão é sumamente
biológica.
Os braquicéfalos não são considerados tão bonitos quanto os dolicocéfalos
e essa constatação nada tem a ver com a cor da pele. Mesmo estre modelos
negros, homens ou mulheres -- Naomi Campbell que me defenda --, o predomínio
esmagador é dos dolicocéfalos. Braquicéfalos europeus branquelinhos são
considerados feios. Uma das características fundamentais para se determinar
o que é a beleza humana é a forma do crânio: pessoas de rosto fino e crânio
braquicéfalo não são consideradas tão bonitas quanto os 'cara de lua' de
crânio alongado. Uma modelo 'cara de lua' que está fazendo um puta sucesso
é aquela brasileirinha de origem indígena; ela é dolicocéfala.
Peguem o catálogo da Ford Models e digam-me se estou errado!!!!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] unbekannter Benutzer
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 14:57
> De: magaemin
>
> guten Tag Leute!
Numa boa...
Para alguns isso pode parecer só uma forma de se mostrar.
Para mim é um insulto.
Por favor, esta é uma lista de discussão em língua portuguesa.
Como se já não tivéssemos que tolerar a língua inglesa...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] unbekannter Benutzer
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 15:06
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
> > De: magaemin
> >
> > guten Tag Leute!
>
> Numa boa...
>
> Para alguns isso pode parecer só uma forma de se mostrar.
> Para mim é um insulto.
>
> Por favor, esta é uma lista de discussão em língua portuguesa.
> Como se já não tivéssemos que tolerar a língua inglesa...
>
> []
>
> Alexandre Medeiros
Ou uma forma de mostrar que sabe usar o BableFish do Altavista!
[ ]s
Alvaro
SUBJECT: Líquidos quentes no verão refrescam?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 15:06
Alguém poderia confirmar ou não essa informação?
Não tenho o link da fonte.
[]
Alexandre Medeiros
***
Líquidos quentes no verão refrescam?
Verdade! Quando está muito calor, uma bebida quente pode ajudar
o corpo a se adaptar à temperatura mais alta. Segundo dr. Antonio
R. Charca, da Unifesp, apesar da quentura momentânea, há dilatação
dos vasos sanguíneos, o corpo transpira, perde calor e se refresca.
Fonte: Revista da Folha
Todas as matérias sobre saúde são validadas pelo Consultor Técnico
Científico da Unimed Paulistana, Dr. Tarcísio Buschinelli.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: unbekannter Benutzer
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 15:12
Deixa eu entrar na brincadeira também
Hasaftas zarden döen, hasër mohoida ziden!
--- Em ciencialist@y..., "magaemin" <magaemin@y...> escreveu
> Hallo Alberto!
>
> wir bringen keine Probleme. wir bringen Lösungen.
> Gundel Gaukeley will Küsse auch!
>
> heute ist es der Tag der Enthüllung!
> Natur zwingt, bringen Sie uns die Macht!
> bringen Sie mir die Seele vom "Mund der Hölle"!
>
> Küsse,
> Gundel Gaukeley und Madam Mim
SUBJECT: Re: [ciencialist] Utilidade Publica com Boicote (Era: RES: Ética na cultura)
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 15:14
Alexandre, não sei se vc já teve oportunidade de usar um aparelho descartável comprado nos EUA. O fio se mantém por muito mais tempo do que os nossos que, me parece, são feitos no Paraguai ou na China e só dá para usar bem mesmos três vezes.
Realmente, amolecer a barba com uma toalha molhada em água quente é de muita ajuda. Ou então, teremos que reaprender a usar a navalha, que é re-amolável a vida toda.
[]s
José Renato
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Tuesday, November 05, 2002 3:43 PM
Subject: [ciencialist] Utilidade Publica com Boicote (Era: RES: Ética na cultura)
> De: José Renato
>
> Um caso curioso. Lembro que durante a II Guerra Mundial os
> soldados aprenderam a recuperar os fios das preciosas lâminas
> de barbear, usando um copo e um pouco de água. Em um minuto
> estavam afiados, simultaneamente, os dois lados das
> conhecidas giletes.
E por falar nisso, já iniciei uma campanha para boicotar as
fábricas de aparelhos de barbear. São caríssimas! Essas
engenhocas duram pouco quando nos barbeamos com água fria.
Para mim, durava apenas 15 dias às custas de alguns machucados
ardidos ao final da vida útil das lâminas. O truque é fazer a
barba durante o banho com água quente. A lâmina dura cerca de
três meses! Mas cuidado: não demore muito sob o chuveiro, pois
a conta de energia elétrica pode empatar o benefício.
[]
Alexandre Medeiros
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Hidrocarbonetos (Era: Re: Extinção da Humanidade)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 15:15
> De: Takata
>
> Nao apenas por causa de teses como a de q. o
> petroleo seja produzido continuamente por microorganismos
> em regioes profundas da crosta (nao me lembro no nome
> do cara agora -- claro, nao q. eu acredite nessa tese) e
> assim constantemente renovado [...]
Afinal, qual a dificuldade de se produzir os hidrocarbonetos
do petróleo? Eu sei que é muito fácil produzir metano, p.ex.
E etano, propano, butano, etc, etc?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Utilidade Publica com Boicote (Era: RES: Ética na cultura)
FROM: "Betania Martins" <betania@odb.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 15:22
Passarei a informação para Cadu.
Aliás, vocês vão querer alguma coisa da viagem? Estamos às ordens.
Abraços
Beta
José Renato wrote:
> Alexandre, não sei se vc já teve oportunidade de usar um aparelho descartável comprado nos EUA. O fio se mantém por muito mais tempo do que os nossos que, me parece, são feitos no Paraguai ou na China e só dá para usar bem mesmos três vezes.
> Realmente, amolecer a barba com uma toalha molhada em água quente é de muita ajuda. Ou então, teremos que reaprender a usar a navalha, que é re-amolável a vida toda.
> []s
> José Renato
>
> ----- Original Message -----
> From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
> To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
> Sent: Tuesday, November 05, 2002 3:43 PM
> Subject: [ciencialist] Utilidade Publica com Boicote (Era: RES: Ética na cultura)
>
> > De: José Renato
> >
> > Um caso curioso. Lembro que durante a II Guerra Mundial os
> > soldados aprenderam a recuperar os fios das preciosas lâminas
> > de barbear, usando um copo e um pouco de água. Em um minuto
> > estavam afiados, simultaneamente, os dois lados das
> > conhecidas giletes.
>
> E por falar nisso, já iniciei uma campanha para boicotar as
> fábricas de aparelhos de barbear. São caríssimas! Essas
> engenhocas duram pouco quando nos barbeamos com água fria.
> Para mim, durava apenas 15 dias às custas de alguns machucados
> ardidos ao final da vida útil das lâminas. O truque é fazer a
> barba durante o banho com água quente. A lâmina dura cerca de
> três meses! Mas cuidado: não demore muito sob o chuveiro, pois
> a conta de energia elétrica pode empatar o benefício.
>
> []
>
> Alexandre Medeiros
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> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Guerra mundial na Internet - Gilson Schwartz
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 15:41
"O efeito mais destrutivo, no entanto, não é a paralisação temporária de serviços oferecidos pela Internet. É o impacto na confiança que cada indivíduo tem na segurança de pegar um avião ou mandar um e-mail."
Artigo completo a seguir.
[]s
José Renato
____________________
Notícias
Terça-Feira, 05 de novembro de 2002
JC e-mail 2155, de 05 de Novembro de 2002.
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=5821 >
Nova guerra mundial já começou na Internet, artigo de Gilson Schwartz
Enquanto a mídia joga o facho sobre o ataque iminente ao Iraque e sobre atentados terroristas, uma guerra em escala global e que atinge níveis crescentes de violência passa quase ao largo, por enquanto olimpicamente desapercebida. Mas no final de outubro uma nova bomba foi detonada.
O petardo classifica-se como DDOS (sigla de 'distributed denial of service'). Em resumo, um ataque de hackers contra os roteadores mais estratégicos da infra-estrutura da Internet (os pilares dos 'backbones').
Em linguagem menos técnica: trata-se de um tipo de ataque em que as redes são bombardeadas com quantidades tão grandes de informação que ocorre um congestionamento ou estrangulamento, levando à paralisação da rede de computadores.
Cada vez mais, tais ataques são perpetrados por grupos. São ataques múltiplos em que por exemplo os atacantes combinam o poder de vários computadores para inundar de informação uma determinada rede.
Segundo especialistas, o ataque ocorrido há poucos dias não tem precedentes em termos de sofisticação.
O 'The Washington Post' notou que esse foi o maior e mais complexo ataque DDOS de que se tem notícia. O jornal cita uma fonte identificada apenas como sendo de 'uma das organizações responsáveis pela operação de servidores de raiz'.
Esses 'root servers' formam a espinha dorsal da rede global. Quebrar essa espinha pode significar uma potente semeadura de caos nos sistemas digitais globalizados, dos quais a Internet é a ponta mais visível.
Atingir essas infra-estruturas não é apenas uma questão tecnológica. Os operadores da rede global são empresas como a WorldCom, que apenas em uma de suas unidades processa praticamente metade de todo o tráfego mundial da internet.
Há 13 servidores 'de raiz' no mundo, que funcionam como 'diretório mestre' da rede planetária. Ocorre que dez estão nos EUA.
Derrubar essa infra-estrutura significaria abalar de modo crítico o núcleo dominante da estratégia militar-industrial americana e, de resto, uma infra-estrutura por meio da qual a potência imperial claramente domina um decisivo palco (virtual) do desenvolvimento.
Ataques desse tipo são comuns também sobre alvos determinados: Em fevereiro de 2000, a Amazon, o e-Bay e o Yahoo!, importantes portais de alcance global, tiveram suas atividades paralisadas por várias horas por causa de ataques DDOS.
Tudo isso pode ser obra de um punhado de hackers adolescentes que não têm mais o que fazer. Mas as principais autoridades da Internet mundial temem também que algo mais sério possa estar em jogo.
Uma das mensagens do 11 de setembro é que as armas usadas para a destruição do inimigo infiel podem ser as que estão sob o controle do próprio inimigo.
Mais ainda, podem ser coisas ou objetos que parecem pacíficos e familiares, mas que subitamente assumem claros contornos militares e de segurança global. Essa regra se aplica aos aviões.
E cai como uma luva sobre a própria Internet: um veículo que transporta informação e que também pode ser usado como uma bomba informacional.
O efeito mais destrutivo, no entanto, não é a paralisação temporária de serviços oferecidos pela Internet. É o impacto na confiança que cada indivíduo tem na segurança de pegar um avião ou mandar um e-mail.
As escaramuças na internet talvez sejam apenas mais um exemplo de uma perda global de confiança na capacidade humana de se comunicar e cooperar.
* Gilson Schwartz, professor da USP, coordenador do Programa 'Cidade do Conhecimento', articulista da 'Folha de SP', onde publicou este artigo
(Folha de SP, 3/11)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Utilidade Publica com Boicote (Era: RES: Ética na cultura)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 15:43
> De: José Renato
>
> Um caso curioso. Lembro que durante a II Guerra Mundial os
> soldados aprenderam a recuperar os fios das preciosas lâminas
> de barbear, usando um copo e um pouco de água. Em um minuto
> estavam afiados, simultaneamente, os dois lados das
> conhecidas giletes.
E por falar nisso, já iniciei uma campanha para boicotar as
fábricas de aparelhos de barbear. São caríssimas! Essas
engenhocas duram pouco quando nos barbeamos com água fria.
Para mim, durava apenas 15 dias às custas de alguns machucados
ardidos ao final da vida útil das lâminas. O truque é fazer a
barba durante o banho com água quente. A lâmina dura cerca de
três meses! Mas cuidado: não demore muito sob o chuveiro, pois
a conta de energia elétrica pode empatar o benefício.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 15:56
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Tuesday, November 05, 2002 4:00 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Peraí, Lúcio! O Léo não disse que as outras Ciências não fazem
parte da "Verdadeira Ciência"; disse apenas que as outras Ciências
são corolários da Física. O que há de errado nisso? Elas são.
Todas as Ciências derivam da mais elementar, a Física, sem a
qual não conheceríamos Química ou Biologia. É claro que
para um biólogo que estuda a vida em sua dimensão macroscópica
não precisa conhecer os princípios da MQ, mas para estudar
microbiologia o sujeito tem de se subsidiar em conhecimentos
da Química, que por sua vez é um conhecimento derivado pela
Física de partículas.
>Se você notou algum sarcasmo ai, na boa, eu não...
Olha, Alexandre, eu posso ter entendido errado - e se entendi, tudo bem,
peço desculpas ao Léo - mas a mensagem dele me passou uma conotação de que
as únicas discussões válidas por aqui seriam as que se referissem
diretamente à física (tanto que os exemplos que ele dá dos debates dos quais
tem saudades são todos dessa área), ou pelo menos às ciências exatas. Um que
outro off topic seria até aceitável, "desde que não deturpe a linha básica
dos pensamentos". Agora, não me parece justo excluir as ciências humanas só
porque elas não seguem o paradigma da física. Eu nem sequer vejo como elas
poderiam, uma vez que não dá pra estudar um ser humano como se fosse um
elétron. De qualquer forma, as discussões sobre psicanálise que vêm sendo
travadas por aqui ultimamente são sobre a busca de uma fundamentação
biológica para os conceitos psicanalíticos. Se a biologia é uma ciência
própria, e não um mero tributário da física, então é uma questão pertinente
a uma lista de ciências. Eu, pessoalmente, não estou participando desse
debate porque não acredito na premissa, não acho que seja possível (nem
sequer desejável) encontrar raízes biológicas para as noções freudianas, mas
nem por isso contesto o direito dos que discordam de mim de usar este espaço
pra discutir a possibilidade. Quanto aos debates sobre religião - estes,
sim, dos quais eu participei bastante, porque o tema me interessa de perto -
foi o próprio moderador quem mandou uma mensagem esclarecendo que era um
thread pertinente, desde que não se fizesse proselitismo (o que não se fez)
nem se descambasse pra críticas a alguma religião específica (o que até
chegou perto de acontecer, mas não aconteceu). A questão toda é muito
simples. Se você não se interessa por algum tema, basta não ler os posts
referentes a ele. Se você gostaria de discutir outro tipo de assunto, é só
escrever uma mensagem e ver se as pessoas embarcam. Não tem mistério. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 16:00
> De: Lucio Jorge Pina Manfredi
> Equivale a dizer que biólogos, neurocientistas, lingüistas,
> matemáticos, psicólogos (mesmo os distantes da psicanálise,
> como os behavioristas), enfim, todos os pesquisadores que
> tiveram a infeliz idéia de optar por uma área que não lhes
> dá um PhD em física não são cientistas de verdade, são meros
> tributários da Física, a Única e Verdadeira Ciência.
Peraí, Lúcio! O Léo não disse que as outras Ciências não fazem
parte da "Verdadeira Ciência"; disse apenas que as outras Ciências
são corolários da Física. O que há de errado nisso? Elas são.
Todas as Ciências derivam da mais elementar, a Física, sem a
qual não conheceríamos Química ou Biologia. É claro que
para um biólogo que estuda a vida em sua dimensão macroscópica
não precisa conhecer os princípios da MQ, mas para estudar
microbiologia o sujeito tem de se subsidiar em conhecimentos
da Química, que por sua vez é um conhecimento derivado pela
Física de partículas.
Se você notou algum sarcasmo ai, na boa, eu não...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 16:10
----- Original Message -----
From: lpereira@smsdemag.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 4:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Na minha opinião somente as ciências exatas como a Física, a
Matemática, a Biologia, Química e o relacionamento entre ciência e
sociedade deveriam estar presentes nas discussões.
Q.E.D. ;-)
>A psicanálise em geral é um ramo do conhecimento que lida com
hipóteses e palpites sobre o comportamento humano. Não é coincidência que
ela esteja sendo tão questionada ultimamente ( para maiores detalhes
consultem a edição : outubro de 2002 da revista Super Interessante).
Ok, aqui vão os "maiores detalhes" (é o final da matéria):
"É bem provável que a essa altura você já esteja pensando em como vai dizer
a seu psicanalista que pretende suspender suas sessões. Mas será que os
críticos de Freud conseguirão, realmente, enterrá-lo no passado? 'Freud
sobreviverá', garante o historiador Peter Gay. Quanto às críticas de que a
psicanálise não tem base científica e sempre arruma um jeito de ter resposta
para tudo, ele rebate: 'Esse ataque é extremamente simplista. Freud deixou
clara sua aversão ao analista com respostas prontas para tudo. Só um
irresponsável se comporta dessa forma.' [...]
Quanto à acusação de que Freud criou uma espécie de religião dogmática, os
psicanalistas lembram que ele fez inúmeras revisões de suas teorias quando
elas não se adequavam ao tratamento clínico. E mais: Freud teria premeditado
[sic] o papel que as drogas poderiam ter, num texto de 1938, um ano antes de
sua morte, quando escreveu que 'o futuro poderá nos ensinar a exercer uma
influência direta (na mente) por meio de substâncias químicas'.
O psicanalista e professor do departamento de Psiquiatria da Unicamp, Mário
Eduardo Pereira, diz que é preciso acabar com essa idéia de que de um lado
está a psiquiatria e, do outro, a psicanálise. 'Assim como alguns
psicanalistas podem ter uma devoção quase religiosa aos modelos de Freud, há
um discurso não menos religioso de que os novos medicamentos podem resolver
tudo sozinhos.'
[...] O psicanalista Renato Mezan, professor da PUC de São Paulo, concorda:
'Essa questão de que existe uma oposição entre a neurociência e a
psicanálise está mal colocada', diz. 'Não há nenhuma incompatibilidade entre
as duas, ao contrário: drogas como antidepressivos podem ajudar a criar
melhores condições para que o paciente possa ser analisado.'
O historiador Peter Gay diz que, no futuro, um caminho promissor para o
estudo da mente terá até que contar com a parceria de neurologistas e
psicanalistas. 'Já existem pessoas nesse momento que estão tentando formular
uma nova teoria da mente que possa congregar o trabalho dos neurologistas
com o dos psicanalistas', diz Gay. 'O problema é que falta um grande
inovador como Freud para unir a produção dessas diferentes áreas.' [...]"
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: unbekannter Benutzer Boca???
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 16:30
**** unbekannter Benutzer = visitante incomodo.......Definição de beleza******
> Mund der Hölle. . . der unbekannte Kerl
> *Boca do inferno (agora vcs já sabem quem é)...
> um amigo anônimo.
Nossa! Sabia que esse Boca-Maçaranduba tem alguma coisa de errado.
Só não sabia que ele se declararia assim, tão abertamente...
Engraçado isso. Como é que uma intuição pode estar tão certa? De
certa forma, ela me disse o que *ele* é... desde o primeiro
contato. Esse não é o lugar para Neo-Nazistas. E eu to falando
sério...
***hahahaa.....Deveria ler a ultima frase do pseudo alemao na verdade ele quer levar minha alma****
>Bem, considerando-se que a Mm Mim é o alter-ego do Boca, a coisa
>complica pro Alberto...
***viajei literalmente******
Beijos, Lígia
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SUBJECT: Re: Fuga de cerebros: Ja vai tarde.....
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 16:40
--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Pois eu diria que a Ciencialist está dia a dia emburrecendo e, a
meu ver, a
> culpa não parece ser dos doutores, que são poucos por sinal. Se
analisarmos
> a evolução da lista a partir de seu início, diria que
esses "neguinhos
> irônicos" estão a destoar totalmente das finalidades primordiais da
lista.
> Houve época, e não faz tanto tempo assim, em que eu cheguei a me
orgulhar
> por pertencer à Ciencialist. Hoje não estou tão certo disso e quero
crer que
> os culpados por essa decepção, que noto não ser somente minha, não
estão nem
> aí para com o que estamos perdendo.
***1-Ficaria melhor "branquinhos ironicos"****
>Pois é Alberto! Eu venho lendo as mensagens desde o >início da lista
>e é triste notar o grau de pobreza a que se está >chegando... eu
>mesma brinco prá não chorar porque a coisa está mesmo >feia... e digo
>que até preferiria ler mensagens inteligentes antes >que ficar
>postando bobagens de minha parte. O que eu tento na >realidade
>é "mobilizar" os ânimos mas parece que ninguém está >disposto a salvar
>a lista...
> Lígia
> > > Note, é só prestar atenção: a fuga de cérebros vai ser visível
aqui
> > > na Ciencialist caso o Brudna não tome providências.
>
***2-Eu vim ao mundo para trazer desgraça******
>Eu coloquei o Brudna numa situação complicada. Mas >na verdade cabe a
>quem dá valor ao conhecimento estimular quem tem >respostas
>inteligentes e simplesmente ignorar aqueles que não >correspondam a
>tal nível que se deseje alcançar. Senão daqui a >pouco chega qualquer
>boçal e começa a exigir respostas boçais. Quem se >dignar a responder
>acaba fomentando tal atitude e o efeito bola-de-neve >faz o
>resto... :)
> Lígia:
> > > Taí também a resposta a uma das suas questões no referente ao
> > > ceticismo de carteirinha praticado aqui no >Brasil: como alguém
>pode
> > > ser cético aos moldes do primeiro mundo se a ciência que se
pratica
> > > por aqui é de último?
>
> Será que nós merecemos essa ciência e/ou esse ceticismo que andam
por aí?
> Seria esse o nosso karma?
***3-Que melodrama.....vou chorar.****
***Beijos nas nádegas.....***
***Boca.***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 16:45
Boa Tarde !!!!!!
Complementando a resposta, acredito a ciência list desvirtuou muito
do seu tema original.
Na minha opinião somente as ciências exatas como a Física, a
Matemática, a Biologia, Química e o relacionamento entre ciência e
sociedade deveriam estar presentes nas discussões.
A psicanálise em geral é um ramo do conhecimento que lida com
hipóteses e palpites sobre o comportamento humano. Não é coincidência que
ela esteja sendo tão questionada ultimamente ( para maiores detalhes
consultem a edição : outubro de 2002 da revista Super Interessante).
Em geral, os assuntos estão ficando cada vez mais inteligíveis e
cômicos.
Daqui a pouco começarão a surgir diversos "bocas " para ridicularizar
estas mensagens.
Atenciosamente:
Lisandro....
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 05/11/02 15:30 -----
"Lucio Jorge Pina
Manfredi" Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
<luciojpm@uol.com cc:
.br> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
05/11/02 14:15
Favor responder a
ciencialist
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 12:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Ciência é Física ... os demais ramos do conhecimento científico são
corolários. Só deles extrai-se algo ponderável à humanidade.
Não sei muito bem o que dizer diante de uma afirmação dessas. Entendo
perfeitamente que os mais puristas tenham reservas quanto a se considerar a
psicanálise ou a sociologia como ciências, assunto que vem provocando os
mais acirrados debates há mais de cinqüenta anos. Mas afirmar que só a
física é ciência é de uma arrogância e, ao mesmo tempo, de uma limitação
intelectual como não se via desde o século XIX. Equivale a dizer que
biólogos, neurocientistas, lingüistas, matemáticos, psicólogos (mesmo os
distantes da psicanálise, como os behavioristas), enfim, todos os
pesquisadores que tiveram a infeliz idéia de optar por uma área que não
lhes
dá um PhD em física não são cientistas de verdade, são meros tributários da
Física, a Única e Verdadeira Ciência. É uma postura que só se pode
qualificar como fundamentalista, o que prova que a ciência, como qualquer
religião, também tem seus xiitas. É claro que você tem todo o direito de
pensar assim, da mesma forma que um testemunha de jeová tem todo o direito
de achar que os Testemunhas de Jeová são a Única e Verdadeira Religião. Mas
você não pode exigir que o resto do mundo concorde, assim como um
testemunha
de jeová não pode querer que todas as pessoas se convertam. O nome desta
lista é *Ciencia*list, não é *Física*list, e eu entrei nela na esperança de
poder discutir todos os ramos do conhecimento, bem como as fronteiras da
própria ciência como um todo. Da mesma forma que você gentilmente apontou a
existência de outras listas mais especializadas, gostaria de não menos
gentilmente lembrá-lo que, se você quer discutir única e exclusivamente
física, pode encontrar em http://dir.groups.yahoo.com/dir/1600083412 nada
menos que 1041 listas onde só se fala de física e nas quais você não vai
ter
que se preocupar com gente discutindo psicanálise, filosofia ou religião.
Abraços, irmão, e que a paz do Senhor esteja contigo! };-)
L.
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SUBJECT: Re: Ciencialist-Eixo do mal
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 16:51
****Que Deus-Leo abençoe a lista ****
****Precisamos livrar a lista desses masturbadores-mentais.Sao representantes do eixo do mal( conversa mole- falsa ciencia - falso saber )****
***SE DEUS ESTA COMIGO QUEM ESTARA CONTRA ???*****
Luiz Ferraz Netto <leobarretos@uol.com.br> wrote:De: "Ligia Gallo"
>Ai que dor Léo!
Léo: Minha intenção não era lhe causar dores. Sinto por esse efeito colateral.
>Veja só uma coisa... ciência não é só feita de física... E se
alguns assuntos OFF a princípio levarem alguém a reconsiderar a
natureza da própria ciência como é concebida? Há ainda muitas
questões em aberto, será que apenas considerar as que supostamente já
foram respondidas é o caminho certo para o cientista?
Léo: Ciência é Física ... os demais ramos do conhecimento científico são corolários. Só deles extrai-se algo ponderável à humanidade.
Isso:
[... e depois descambou para psicos (várias versões), oração e auto-hipnose, explicações freudianas, afinal o que é o amor?, 1,83 para 1,93 o litro da gasolina, 'Na minha concepcao, as flores sao, vamos dizer, a expressao do amor das plantas', 'No Japao ocorre uma coisa interessante. Eles se acham feios (conheco relativamente bem a cultura japonesa)', ........]
leva a que? Respondo: ao que se tem visto ... masturbação intelectual no "ciencialist".
Apropo não tenho nada contra que se discutam isso que se tem posto ultimamente (não muito ultimamente), desde que sejam em listas adequadas. Com meu radicalismo total, geral e arquibancada, entrei no Ciencialist para papear sobre Ciência pura e aplicada, aprofundar conceitos e debater sobre temas (como aqueles que o Alberto magnificamente agrupou no seu site). Filosofia, Psicanálise e outros adornos verbais não eram os propósitos básicos do ciencialist. Freud então ...
Quando quero papear sobre ceticismo entro no SBCR e STR, quando quero papear sobre educação entro no news adequado.
Nunca franzi a testa para um ou outro off no ciencialist, mesmo algumas boas piadinhas no contexto, isso é salutar, desde que não deturpe a linha básica dos pensamentos.
Quando quero filosofar entro nos 'livres-pensadores' e lá me abobrinho à vontade!
Quando quero Ciência entro no Ciencialist e lá coloco, por exemplo, a mensagem: "Primeiros Passos da Ciência" (que nem teve, e nem deveria ter qqer retorno, com esse angú de caroço que hoje assola nossa lista).
Percebam que minha participação nos últimos tempos tem sido 'piadinhas' (bobas, a meu ver) e mesmo assim tenho lido todas as mensagens no afã de abstrais algo de útil, concreto e decidido, do que tenho lido. Nada, cientificamente falando, foi acrescentado. Isso sem entrar na prosopopéia dos libidos e coisas do gênero (ou da falta de gênero).
Abram uma lista para Freud, para as flores, para as hipnoses, para os holísticos, para o preço da gasolina, para o Ying/Yang/Yung/Tum, para a sabedoria milenar e para as "questões 'psiquicas' em aberto", terei prazer de, na hora que convier, participar delas.
Não pretendo com isso alterar o andamento da carruagem 'ciencialist' nem impor retorno ao que era (... e como era boa!), mas reservo-me ao direito de trocar aqui no meu 'Outlook' o nome da pasta 'Ciencialist' para 'verbalismos gerais' e sair peregrinando em busca de uma lista de ciência.
Sem ferir melindres,
aquele abraço,
Léo/deus/Luiz Ferraz Netto
**********************************
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Ciencialist:
> no início era o verbo
>
> ... e depois descambou para a verborragia.
>
> no início era Ciência
>
> ... e depois descambou para psicos (várias versões), oração e auto-
hipnose, explicações freudianas, afinal o que é o amor?, 1,83 para
1,93 o litro da gasolina, 'Na minha concepcao, as flores sao, vamos
dizer, a expressao do amor das plantas', 'No Japao ocorre uma coisa
interessante. Eles se acham feios (conheco relativamente bem a
cultura japonesa)', ........
>
> No início era Debate
> (e como recordo com saudades o debates ocorridos; sobre a
gravitação, por exemplo, quem quiser desfrutar dele é só consultar:
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/gr.htm ou, ainda como
exemplo, "O Feixe de Elétrons"; deliciem-se em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/fe.htm).
>
> ... hoje temos desbastes!
>
> Apenas recordando,
> aquele abraço,
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Ciencialist
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 16:54
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Tuesday, November 05, 2002 5:46 PM
Subject: [ciencialist] RES: Ciencialist
>Deixa disso, sô! Mania de perseguição! Eu hein! ;-)
Tá bem, tá bem! Eu admito, sou um tanto quanto paranóico - e hoje ando meio
de pavio curto (ahn, sem trocadilho, por favor)... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Os REVOLUCIONARIOs
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 16:58
****Unamo-nos nesta luta..........*****
" Eu sou a mosca... Que pintou pra lhe abusar......"
lpereira@smsdemag.com.br wrote: Boa Tarde !!!!!!
Complementando a resposta, acredito a ciência list desvirtuou muito
do seu tema original.
Na minha opinião somente as ciências exatas como a Física, a
Matemática, a Biologia, Química e o relacionamento entre ciência e
sociedade deveriam estar presentes nas discussões.
A psicanálise em geral é um ramo do conhecimento que lida com
hipóteses e palpites sobre o comportamento humano. Não é coincidência que
ela esteja sendo tão questionada ultimamente ( para maiores detalhes
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Em geral, os assuntos estão ficando cada vez mais inteligíveis e
cômicos.
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"Lucio Jorge Pina
Manfredi" Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
<luciojpm@uol.com cc:
.br> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
05/11/02 14:15
Favor responder a
ciencialist
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 12:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Ciência é Física ... os demais ramos do conhecimento científico são
corolários. Só deles extrai-se algo ponderável à humanidade.
Não sei muito bem o que dizer diante de uma afirmação dessas. Entendo
perfeitamente que os mais puristas tenham reservas quanto a se considerar a
psicanálise ou a sociologia como ciências, assunto que vem provocando os
mais acirrados debates há mais de cinqüenta anos. Mas afirmar que só a
física é ciência é de uma arrogância e, ao mesmo tempo, de uma limitação
intelectual como não se via desde o século XIX. Equivale a dizer que
biólogos, neurocientistas, lingüistas, matemáticos, psicólogos (mesmo os
distantes da psicanálise, como os behavioristas), enfim, todos os
pesquisadores que tiveram a infeliz idéia de optar por uma área que não
lhes
dá um PhD em física não são cientistas de verdade, são meros tributários da
Física, a Única e Verdadeira Ciência. É uma postura que só se pode
qualificar como fundamentalista, o que prova que a ciência, como qualquer
religião, também tem seus xiitas. É claro que você tem todo o direito de
pensar assim, da mesma forma que um testemunha de jeová tem todo o direito
de achar que os Testemunhas de Jeová são a Única e Verdadeira Religião. Mas
você não pode exigir que o resto do mundo concorde, assim como um
testemunha
de jeová não pode querer que todas as pessoas se convertam. O nome desta
lista é *Ciencia*list, não é *Física*list, e eu entrei nela na esperança de
poder discutir todos os ramos do conhecimento, bem como as fronteiras da
própria ciência como um todo. Da mesma forma que você gentilmente apontou a
existência de outras listas mais especializadas, gostaria de não menos
gentilmente lembrá-lo que, se você quer discutir única e exclusivamente
física, pode encontrar em http://dir.groups.yahoo.com/dir/1600083412 nada
menos que 1041 listas onde só se fala de física e nas quais você não vai
ter
que se preocupar com gente discutindo psicanálise, filosofia ou religião.
Abraços, irmão, e que a paz do Senhor esteja contigo! };-)
L.
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 17:00
Em primeiro lugar, apoio que os debates não se restrinjam apena à(s)
ciência(s) elementar(es), que se possam investir nas fronteiras da
ciência (ainda que aconteçam viagens na maionese), e que os assuntos
religiosos sejam discutidos nos moldes que o Brudna já colocou.
Sugiro uma padronização do subject das mensagens. Se por exemplo
alguém for postar uma mensagem em que a Física é o tema predominante,
acrescentará a sigla (F) no início do subject da seguinte forma:
"(F) Se o universo voltasse ao ponto zero" .
Da mesma forma teríamos:
(F) - Física
(B) - Biologia
(Q) - Química
(M) - Matemática
(P) - Psicanálise
(R) - Religião
(S) - Sociologia
Não consegue enquadrar o tema: sem sigla, ou então uma combinação do
tipo (F)(B)
Isso facilitaria para quem não quiser acompanhar este ou aquele tema.
Também facilitaria para quem quisesse configurar o seu cliente de
email, seja para deletar mensagens de determinados temas, seja para
agrupar automaticamente as mensagens por temas em diretórios
diferentes.
Por enquanto é só.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 17:01
****tô dentro******
Mauro <bombaspr@uol.com.br> wrote:Olá Lucio.
"Olha, Alexandre, eu posso ter entendido errado - e se entendi, tudo bem,
peço desculpas ao Léo - mas a mensagem dele me passou uma conotação de que
as únicas discussões válidas por aqui seriam as que se referissem
diretamente à física (tanto que os exemplos que ele dá dos debates dos quais tem saudades são todos dessa área), ou pelo menos às ciências exatas. Um que outro off topic seria até aceitável, "desde que não deturpe a linha básica dos pensamentos"."
É difícil dizer o q se passa na cabeça de deus :-), mas acho q ele se refere muito mais a imensa quantidade de mens. q certos integrantes postam. Quer dizer, nem é o problema de alguns passarem de 280 postagens em pouco mais de dois meses (mas já imaginou se todos fizessem isso?), ñ, nada disso. Vc pode postar muitas mesns. e mesmo assim ter um percentual delas bastante interessantes, como bem faz o Takata, o Manuel, o Alberto, Taborda, Medeiros, etc. O problema, pelo menos na minha perspectiva, é qdo se faz da lista uma espécie de quintal de casa, respondendo a qquer coisa, e o q é pior, com qquer coisa. Vai me dizer q ñ houveram exageradas mens. q ñ diziam absolutamente nada de produtivo, q se resumiam no "eu tmb acho", ou numa troca de elogios... uma lambeção de um lado para outro? Como disse o Léo, tudo bem, de vez em qdo, mas peralá, tudo tem limite. Há de se entender q ñ é preciso dizer algo para todos os assuntos q rolam por aqui, mas se houver algo de pertinente, ótimo, pois faça.
Mas é só um 'parpite' de quem anda mais pela arquibancada.
Inté+
Mauro
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 17:03
****tô dentro mais ainda*****
Carlos Zardini <zardini@globo.com> wrote:Em primeiro lugar, apoio que os debates não se restrinjam apena à(s)
ciência(s) elementar(es), que se possam investir nas fronteiras da
ciência (ainda que aconteçam viagens na maionese), e que os assuntos
religiosos sejam discutidos nos moldes que o Brudna já colocou.
Sugiro uma padronização do subject das mensagens. Se por exemplo
alguém for postar uma mensagem em que a Física é o tema predominante,
acrescentará a sigla (F) no início do subject da seguinte forma:
"(F) Se o universo voltasse ao ponto zero" .
Da mesma forma teríamos:
(F) - Física
(B) - Biologia
(Q) - Química
(M) - Matemática
(P) - Psicanálise
(R) - Religião
(S) - Sociologia
Não consegue enquadrar o tema: sem sigla, ou então uma combinação do
tipo (F)(B)
Isso facilitaria para quem não quiser acompanhar este ou aquele tema.
Também facilitaria para quem quisesse configurar o seu cliente de
email, seja para deletar mensagens de determinados temas, seja para
agrupar automaticamente as mensagens por temas em diretórios
diferentes.
Por enquanto é só.
Abraços,
Carlos Zardini
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 17:03
Olá Lucio.
"Olha, Alexandre, eu posso ter entendido errado - e se entendi, tudo bem,
peço desculpas ao Léo - mas a mensagem dele me passou uma conotação de que
as únicas discussões válidas por aqui seriam as que se referissem
diretamente à física (tanto que os exemplos que ele dá dos debates dos quais tem saudades são todos dessa área), ou pelo menos às ciências exatas. Um que outro off topic seria até aceitável, "desde que não deturpe a linha básica dos pensamentos"."
É difícil dizer o q se passa na cabeça de deus :-), mas acho q ele se refere muito mais a imensa quantidade de mens. q certos integrantes postam. Quer dizer, nem é o problema de alguns passarem de 280 postagens em pouco mais de dois meses (mas já imaginou se todos fizessem isso?), ñ, nada disso. Vc pode postar muitas mesns. e mesmo assim ter um percentual delas bastante interessantes, como bem faz o Takata, o Manuel, o Alberto, Taborda, Medeiros, etc. O problema, pelo menos na minha perspectiva, é qdo se faz da lista uma espécie de quintal de casa, respondendo a qquer coisa, e o q é pior, com qquer coisa. Vai me dizer q ñ houveram exageradas mens. q ñ diziam absolutamente nada de produtivo, q se resumiam no "eu tmb acho", ou numa troca de elogios... uma lambeção de um lado para outro? Como disse o Léo, tudo bem, de vez em qdo, mas peralá, tudo tem limite. Há de se entender q ñ é preciso dizer algo para todos os assuntos q rolam por aqui, mas se houver algo de pertinente, ótimo, pois faça.
Mas é só um 'parpite' de quem anda mais pela arquibancada.
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Mauro
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: pitaco em Boca
FROM: gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 17:05
****orgasmo????****
Fernando S K <fern_rjbr@yahoo.com.br> wrote:Boca,
Acho que deus não vai te livrar disso... melhor seria deconectar. A
não ser que vc não esteja sendo sincero, e queira de fato chegar
lá... ou melhor, cá...
--- Em ciencialist@y..., gregorio guerra <boca_do_inferno2@y...>
escreveu
>
> Deus me livre!!!!Já basta ter que aturar a masturbação mental de
voces.
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SUBJECT: Integrante removido [administrador]
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 17:22
O 'gregorio guerra <boca_do_inferno2@yahoo.com.br>' foi removida da
Ciencialist.
Ateh
Luis Brudna - administrador
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist Psicanalise
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 17:39
Boa Tarde!!!!
'O problema é que falta um grande
inovador como Freud para unir a produção dessas diferentes áreas.' [...]"
É interessante observar como seus defensores formaram uma nova de
religião. Esperar a vinda de um novo Messias equivale a comparar a
psicanálise com um credo religioso, como o Judaísmo.
Não é com ensinamentos morais que uma conjectura possa ter o aval
científico.
" A filosofia pode servir para tudo, inclusive transformar assasinos
em juízes"
Albert Camus - O Homem Revoltado - Ed. Record.
Atenciosamente:
Lisandro...
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 05/11/02 16:27 -----
"Lucio Jorge Pina
Manfredi" Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
<luciojpm@uol.com cc:
.br> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
05/11/02 16:10
Favor responder a
ciencialist
----- Original Message -----
From: lpereira@smsdemag.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 4:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Na minha opinião somente as ciências exatas como a Física, a
Matemática, a Biologia, Química e o relacionamento entre ciência e
sociedade deveriam estar presentes nas discussões.
Q.E.D. ;-)
>A psicanálise em geral é um ramo do conhecimento que lida com
hipóteses e palpites sobre o comportamento humano. Não é coincidência que
ela esteja sendo tão questionada ultimamente ( para maiores detalhes
consultem a edição : outubro de 2002 da revista Super Interessante).
Ok, aqui vão os "maiores detalhes" (é o final da matéria):
"É bem provável que a essa altura você já esteja pensando em como vai dizer
a seu psicanalista que pretende suspender suas sessões. Mas será que os
críticos de Freud conseguirão, realmente, enterrá-lo no passado? 'Freud
sobreviverá', garante o historiador Peter Gay. Quanto às críticas de que a
psicanálise não tem base científica e sempre arruma um jeito de ter
resposta
para tudo, ele rebate: 'Esse ataque é extremamente simplista. Freud deixou
clara sua aversão ao analista com respostas prontas para tudo. Só um
irresponsável se comporta dessa forma.' [...]
Quanto à acusação de que Freud criou uma espécie de religião dogmática, os
psicanalistas lembram que ele fez inúmeras revisões de suas teorias quando
elas não se adequavam ao tratamento clínico. E mais: Freud teria
premeditado
[sic] o papel que as drogas poderiam ter, num texto de 1938, um ano antes
de
sua morte, quando escreveu que 'o futuro poderá nos ensinar a exercer uma
influência direta (na mente) por meio de substâncias químicas'.
O psicanalista e professor do departamento de Psiquiatria da Unicamp, Mário
Eduardo Pereira, diz que é preciso acabar com essa idéia de que de um lado
está a psiquiatria e, do outro, a psicanálise. 'Assim como alguns
psicanalistas podem ter uma devoção quase religiosa aos modelos de Freud,
há
um discurso não menos religioso de que os novos medicamentos podem resolver
tudo sozinhos.'
[...] O psicanalista Renato Mezan, professor da PUC de São Paulo, concorda:
'Essa questão de que existe uma oposição entre a neurociência e a
psicanálise está mal colocada', diz. 'Não há nenhuma incompatibilidade
entre
as duas, ao contrário: drogas como antidepressivos podem ajudar a criar
melhores condições para que o paciente possa ser analisado.'
O historiador Peter Gay diz que, no futuro, um caminho promissor para o
estudo da mente terá até que contar com a parceria de neurologistas e
psicanalistas. 'Já existem pessoas nesse momento que estão tentando
formular
uma nova teoria da mente que possa congregar o trabalho dos neurologistas
com o dos psicanalistas', diz Gay. 'O problema é que falta um grande
inovador como Freud para unir a produção dessas diferentes áreas.' [...]"
Abs.
L.
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SUBJECT: RES: Ciencialist
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 17:46
> De: Lucio Jorge Pina Manfredi
>
> Olha, Alexandre, eu posso ter entendido errado - e se
> entendi, tudo bem, peço desculpas ao Léo - mas a mensagem
> dele [Leo] me passou uma conotação de que as únicas discussões
> válidas por aqui seriam as que se referissem
> diretamente à física [...]
Deixa disso, sô! Mania de perseguição! Eu hein! ;-)
Falando sério, acho que a reclamação se refere mais ao
excesso de mensagens e ao tamanho das menmsagens que
bem poderiam ser mais enxutas. O assunto Psicanálise
me agrada particularmente, mas até eu reconheço que
está sendo abordado de forma excessiva e, pior,
redundantemente.
> Quanto aos debates sobre religião - estes,
> sim, dos quais eu participei bastante, porque o tema me
> interessa de perto - foi o próprio moderador quem mandou
> uma mensagem esclarecendo que era um thread pertinente,
Sim, sem dúvida. A abordagem dada ao tema estava dentro
dos objetivos da lista.
***
Mudando de assunto...
Uma coisa que o Brudna deveria fazer é puxar as orelhas
da turminha que bagunça os títulos de "Assunto". Está
sendo a coisa mais complicada do mundo acompanhar as
discussões da lista. Assuntos do tipo "Para Fulano de
Tal" atrapalham, assim como aquela sucessão de "RES: Re:
RES: Re: Re: RES: RES: ..."
Pô galera, vamos observar as regrinhas de netiqueta!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Ciencialist Psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 18:04
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>É interessante observar como seus defensores formaram uma nova
religião.
Manuel: Não, Lisandro, são os que detratam Freud em nome de um
purismo científico, estes sim é que formaram uma nova religião
fundamentalista, intolerante e imbecilizante
denominada "cientificismo". Coisa de fascista. Gente sem espírito
crítico que, a falta de argumentos consistentes, organizam-se em
turba para realizar progrons contra os hereges da ciência.
É puro obscurantismo.
"A esses discursos cientificistas, que alimentam os piores excessos
de uma normatização policialesca do pensamento, é preciso opor uma
imagem completamente diferente da ciência: nâo A Ciência, concebida
como uma abstração dogmática, que ocupa o lugar de Deus ou de uma
teologia repressiva, mas 'as' ciências, organizadas de maneira
rigorosa, ancoradas numa história e concebidas de acordo com os modos
de produção do saber." (Elisabeth Roudinesco)
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: unbekannter Benutzer
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 18:32
Lieber Ligia,
Ich spreche nicht Deutsch, aber ich kann einen automatischen Übersetzer
benutzen.
(eu não falo alemão, mas sei como usar um tradutor automático).
O que tem o caso da Sandra e do DSM-IV a ver com isso?
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 5 de Novembro de 2002 03:08
Assunto: [ciencialist] Re: unbekannter Benutzer
Álvaro...
Se você responder a mais essa frase em língua ET eu vou ter certeza
de que você contratou esses gringos(as?) só prá poder dar mostras de
que é polilíngue... ( Lembra do caso da Sandra que usou seu endereço
de email prá dizer que quem não conhece o DSM IV é ignorante? :)
Ah, e eu esqueci de dizer: lá onde quem ganha 3 mil dólares é
considerado pobre, o governo tem mesmo que pagar muito bem para
garantir que as crianças frequentem escolas de línguas para aprender
Inglês desde a mais tenra idade...
Küsse, Lígia
*************************************
SUBJECT: Fim da trégua
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 18:53
Eu achava que após as 1839 mensagens de outubro (contra umas 500, que
era a média desta lista), as coisas iriam se acalmar, mais parece que
o frenesi está voltando. É desanimador. Não sei como vocês conseguem
aturar esta enxurrada de mensagens. Já desisti de ler a muito tempo o
que rola por aqui.
Insisto em chamar os interessados para uma lista seleta para discutir
ciências relacionadas ao homem, ou talvez para discutir temas
científicos e filosóficos em geral de uma forma menos frenética.
Poucos, porém, manifestaram interesse. Esta lista está decadente.
SUBJECT: Re: Fim da trégua
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 19:28
--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> Eu achava que após as 1839 mensagens de outubro (contra umas 500,
que
> era a média desta lista), as coisas iriam se acalmar, mais parece
que
> o frenesi está voltando. É desanimador. Não sei como vocês
conseguem
> aturar esta enxurrada de mensagens. Já desisti de ler a muito tempo
o
> que rola por aqui.
>
> Insisto em chamar os interessados para uma lista seleta para
discutir
> ciências relacionadas ao homem, ou talvez para discutir temas
> científicos e filosóficos em geral de uma forma menos frenética.
> Poucos, porém, manifestaram interesse. Esta lista está decadente.
Manuel: Sim, vamos formar uma lista para discutir biologia,
psicologia, sociologia e epistemologia. Tenho até um nome bom para
ela: "noosfera".
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fim da trégua
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 19:38
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 7:28 PM
Subject: [ciencialist] Re: Fim da trégua
>Manuel: Sim, vamos formar uma lista para discutir biologia,
psicologia, sociologia e epistemologia. Tenho até um nome bom para
ela: "noosfera".
Opa, se a proposta for a sério, eu tô nessa!
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim da trégua
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 19:51
Acho que não dá para chamar uma lista com 1800 mensagens por mês de
"decadente". Decadente é uma outra lista que eu criei e que tem 10
mensagens por mês...
[ ]s
Alvaro Augusto
> Insisto em chamar os interessados para uma lista seleta para discutir
> ciências relacionadas ao homem, ou talvez para discutir temas
> científicos e filosóficos em geral de uma forma menos frenética.
> Poucos, porém, manifestaram interesse. Esta lista está decadente.
SUBJECT: O cientista e o livre pensador
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 19:53
Uma pessoa livre-pensadora pode ser cientista? Me veio essa pergunta
à mente.
O debate, a dúvida, o confronto de idéias são saudáveis porque
promovem conhecimento e enriquecem os debatentes. Mas é inegável que
existam frentes de inquisição na ciência. Eu já vi uma pessoa de
status científico confessar ateísmo publicamente quando na intimidade
era bem crente. Em sua concepção, se tivesse dito a verdade estaria
colocando em risco a seriedade do seu trabalho frente aos outros
pesquisadores.
Será que se um físico confessasse que acha a teoria quântica um
grande engodo, conseguiria pleitear uma cadeira numa unicamp da vida
e concorrer de igual para igual com "os outros"? Ou um biólogo não-
evolucionista conseguiria? Existe um problema, não com a ciência, mas
com a comunidade científica: por um lado orgulha-se da natureza auto-
corretiva da ciência, e por outro impõe como que moldes pre-definidos
de opiniões em que todos devem se enquadrar para serem respeitados,
para poderem ensinar, para serem merecedores de subsídios de pesquisa.
Quando se é jovem, estudante, sem preocupações financeiras, é fácil
ser livre pensador. Mas quando se tem um emprego, um status, um nome
a zelar, não é bom dizer aquilo que lhe vem ao intelecto. O livre
pensador só será pleno se contar com o respeito da comunidade. Se
queremos ser livres-pensadores, é fundamental deixarmos que outros
também o sejam.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fim da trégua
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 19:58
> Manuel: Sim, vamos formar uma lista para discutir biologia,
> psicologia, sociologia e epistemologia. Tenho até um nome bom para
> ela: "noosfera".
> Abraços,
> Manuel Bulcão
O problema é que, com esse nome, a lista pode acabar gerando mais de 1800
mensagens por mês...
[ ]s
Alvaro
SUBJECT: ASSIM NÃO, NÉ?
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 20:41
ESSE NEGOCIO DE FRAGMENTAR A LISTA PODE DAR CERTO.
MAS PRECISA SER MUITO BEM PENSADO.
NÃO É ASSIM NÃO, DESSE JEITO AÍ...
ONDE ALGUÉM DIVIDE TOMANDO COMO CRITÉRIO SEUS MAL ORGANIZADOS INTERESSES.
MINHA SUGESTAO ERA DEIXAR UMA LISTA PRA FISICA...
E UMA LISTA PRO RESTANTE TODO...
MAS CONFESSO QUE TAMBEM NAO TA MUITO PENSADO.
O QUE NAO PODE EH PENSAR AINDA MENOS QUE ISSO E FRAGMENTAR A LISTA.
CUIDADO PRA NAO DESTRUIR... AO QUERER CONSERTAR.
L.E.
At 20:05 05/11/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
><alvaro@l...> escreveu
> > > Manuel: Sim, vamos formar uma lista para discutir biologia,
> > > psicologia, sociologia e epistemologia. Tenho até um nome bom para
> > > ela: "noosfera".
> >
> > > Abraços,
> > > Manuel Bulcão
> >
> > O problema é que, com esse nome, a lista pode acabar gerando mais
>de 1800
> > mensagens por mês...
>
>Manuel: É só estabelecer uma regra: cada participante só pode postar
>x mensagens por dia.
>
>[]s,
>Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Fim da trégua
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 20:44
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: Manuel Bulcão
> To: ciencialist@y...
> Sent: Tuesday, November 05, 2002 7:28 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Fim da trégua
>
> >Manuel: Sim, vamos formar uma lista para discutir biologia,
> psicologia, sociologia e epistemologia. Tenho até um nome bom para
> ela: "noosfera".
>
> Opa, se a proposta for a sério, eu tô nessa!
>
> Abs.
> L.
Se quiserem alguém prá criar a lista no Yahoo, podem contar... eu
faço isso.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Ciencialist
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 20:57
Olá Lúcio,
Lúcio: De qualquer forma, as discussões sobre psicanálise que vêm
sendo travadas por aqui ultimamente são sobre a busca de uma
fundamentação biológica para os conceitos psicanalíticos. Se a
biologia é uma ciência própria, e não um mero tributário da física,
então é uma questão pertinente a uma lista de ciências. Eu,
pessoalmente, não estou participando desse debate porque não acredito
na premissa, não acho que seja possível (nem sequer desejável)
encontrar raízes biológicas para as noções freudianas...
Manuel: Era o que eu gostaria de discutir com você, "sobre as
possíveis raízes biológicas das noções freudianas". Por que você não
acha possível que existam?
Quanto a mim, não compartilho do ponto-de-vista que opõe a cultura à
natureza e que considera a natureza humana uma espécie de "contra-
natureza". Acho mesmo que a cultura e seus mecanismos (a linguagem,
por exemplo) é um fenômeno biológico particular e que a mente humana,
o psiquismo consciente, é um órgão "virtual" -- um software -- que
foi montado como qualquer outro órgão da nossa anatomia: pelos
mecanismos da mutação genética e da seleção natural.
O que não quer dizer que tudo em nossa mente seja necessariamente
adaptação biológica. Pois, como enfatizou o próprio Darwin, "1) Os
organismos são sistemas integrados e uma mudança adaptativa numa das
suas partes pode levar a modificações não adaptativas de outras
características ('correlação de crescimento', nas palavras de Darwin;
2) Um órgão constituído para um papel específico sob influência da
seleção pode ser capaz, em conseqüência de sua estrutura, de
desempenhar também muitas outras funções não selecionadas." (S.
Gould)"
O meu entendimento também não implica num reducionismo do tipo "os
processos psicológicos nada mais são que processos biológicos." Aqui,
faço minhas as suas palavras: "não acho que seja possível (nem sequer
desejável) diluir o particular no universal. quem pensa desta forma
está a confundir duas categorias bem distintas: o geral e a essência.
O reducionista ingênuo é como aquele grãozinho de argila invejoso e
despeitado brigando com um DNA: "Quem pensa que é? Você também não
passa de uma molécula!" :-)
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: o pobrema...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 20:59
Pensando bem...
o pobrema nem é separar por area de conhecimento.
Mas por natureza da mensagem.
Tem mensagem que é estritamente de conteudo "ciencia".
E tem mensagem que é de dialogo, brincadeira, contato pessoal, provocacao...
Ou seja... tem gente mais interessada no academico estrito.
Tem gente exagerando no socio-cultural, afetivo, sentimental...
VOCES PRECISAM SE ENTENDER.
UMA COISA É CERTA...
NINGUEM QUASE TA LENDO NADA.
L.E.
At 16:00 05/11/02 , you wrote:
>Em primeiro lugar, apoio que os debates não se restrinjam apena à(s)
>ciência(s) elementar(es), que se possam investir nas fronteiras da
>ciência (ainda que aconteçam viagens na maionese), e que os assuntos
>religiosos sejam discutidos nos moldes que o Brudna já colocou.
>
>Sugiro uma padronização do subject das mensagens. Se por exemplo
>alguém for postar uma mensagem em que a Física é o tema predominante,
>acrescentará a sigla (F) no início do subject da seguinte forma:
>"(F) Se o universo voltasse ao ponto zero" .
>Da mesma forma teríamos:
>(F) - Física
>(B) - Biologia
>(Q) - Química
>(M) - Matemática
>(P) - Psicanálise
>(R) - Religião
>(S) - Sociologia
>Não consegue enquadrar o tema: sem sigla, ou então uma combinação do
>tipo (F)(B)
>
>Isso facilitaria para quem não quiser acompanhar este ou aquele tema.
>Também facilitaria para quem quisesse configurar o seu cliente de
>email, seja para deletar mensagens de determinados temas, seja para
>agrupar automaticamente as mensagens por temas em diretórios
>diferentes.
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>Por enquanto é só.
>Abraços,
>Carlos Zardini
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SUBJECT: Biologia e Psicanálise
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DATE: 05/11/2002 20:59
Olá Lúcio,
Lúcio: De qualquer forma, as discussões sobre psicanálise que vêm
sendo travadas por aqui ultimamente são sobre a busca de uma
fundamentação biológica para os conceitos psicanalíticos. Se a
biologia é uma ciência própria, e não um mero tributário da física,
então é uma questão pertinente a uma lista de ciências. Eu,
pessoalmente, não estou participando desse debate porque não acredito
na premissa, não acho que seja possível (nem sequer desejável)
encontrar raízes biológicas para as noções freudianas...
Manuel: Era o que eu gostaria de discutir com você, "sobre as
possíveis raízes biológicas das noções freudianas". Por que você não
acha possível que existam?
Quanto a mim, não compartilho do ponto-de-vista que opõe a cultura à
natureza e que considera a natureza humana uma espécie de "contra-
natureza". Acho mesmo que a cultura e seus mecanismos (a linguagem,
por exemplo) é um fenômeno biológico particular e que a mente humana,
o psiquismo consciente, é um órgão "virtual" -- um software -- que
foi montado como qualquer outro órgão da nossa anatomia: pelos
mecanismos da mutação genética e da seleção natural.
O que não quer dizer que tudo em nossa mente seja necessariamente
adaptação biológica. Pois, como enfatizou o próprio Darwin, "1) Os
organismos são sistemas integrados e uma mudança adaptativa numa das
suas partes pode levar a modificações não adaptativas de outras
características ('correlação de crescimento', nas palavras de Darwin;
2) Um órgão constituído para um papel específico sob influência da
seleção pode ser capaz, em conseqüência de sua estrutura, de
desempenhar também muitas outras funções não selecionadas." (S.
Gould)"
O meu entendimento também não implica num reducionismo do tipo "os
processos psicológicos nada mais são que processos biológicos." Aqui,
faço minhas as suas palavras: "não acho que seja possível (nem sequer
desejável) diluir o particular no universal. quem pensa desta forma
está a confundir duas categorias bem distintas: o geral e a essência.
O reducionista ingênuo é como aquele grãozinho de argila invejoso e
despeitado brigando com um DNA: "Quem pensa que é? Você também não
passa de uma molécula!" :-)
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Noosfera...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 21:02
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Sim, vamos formar uma lista para discutir biologia,
> psicologia, sociologia e epistemologia. Tenho até um nome bom para
> ela: "noosfera".
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
Pois bem, já está formada. Aos interessados, favor inscrever-se:
noosfera-subscribe@yahoogrupos.com.br
Beijos, Lígia
PS: Criei a lista no diretório mas isso não significa que
seja "minha". Gostaria que os interessados se sentissem "em
casa"... e começassem os debates por lá.
SUBJECT: Re: Fim da trégua
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 21:05
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> > Manuel: Sim, vamos formar uma lista para discutir biologia,
> > psicologia, sociologia e epistemologia. Tenho até um nome bom para
> > ela: "noosfera".
>
> > Abraços,
> > Manuel Bulcão
>
> O problema é que, com esse nome, a lista pode acabar gerando mais
de 1800
> mensagens por mês...
Manuel: É só estabelecer uma regra: cada participante só pode postar
x mensagens por dia.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Fim da trégua
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 21:08
Oi Lígia
> Se quiserem alguém prá criar a lista no Yahoo, podem contar... eu
> faço isso.
Manuel: Pois faça isso! Eu tentei fazer mas me atrapalhei todo. Eu
sou um analfabeto internético-informático! :-(
Beijos,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Noosfera...
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 21:32
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> > Manuel: Sim, vamos formar uma lista para discutir biologia,
> > psicologia, sociologia e epistemologia. Tenho até um nome bom
para
> > ela: "noosfera".
> >
> > Abraços,
> > Manuel Bulcão
>
> Pois bem, já está formada. Aos interessados, favor inscrever-se:
>
> noosfera-subscribe@y...
>
> Beijos, Lígia
Manuel: Acabei de me inscrever e já postei a primeira
mensagem: "Biologia e Psicanálise". Estou esperando vocês por lá, a
Lígia, o Lúcio, o Marco Aurélio, o Takata, o Mesquita (que é craque
em epistemologia), o João Navarro, o José Renato, o Antônio Renato, o
Brudna, etc.
Abraços,
Manuel Bulcão
PS.: A propósito, quem vai ser o moderador da lista?
SUBJECT: Re: Noosfera...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 22:05
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> > Pois bem, já está formada. Aos interessados, favor inscrever-se:
> >
> > noosfera-subscribe@y...
> >
> > Beijos, Lígia
>
> Manuel: Acabei de me inscrever e já postei a primeira
> mensagem: "Biologia e Psicanálise". Estou esperando vocês por lá, a
> Lígia, o Lúcio, o Marco Aurélio, o Takata, o Mesquita (que é craque
> em epistemologia), o João Navarro, o José Renato, o Antônio Renato,
o
> Brudna, etc.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
> PS.: A propósito, quem vai ser o moderador da lista?
Bem, se você quiser ser moderador, já vai ser nomeado!
Beijos, Lígia
PS: To arrumando a cara da lista, eheheheh... fazendo
umas "rabiscuras".
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Noosfera...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 22:14
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 9:32 PM
Subject: [ciencialist] Re: Noosfera...
>Manuel: Acabei de me inscrever e já postei a primeira
mensagem
Beleza, já me inscrevi também!
>PS.: A propósito, quem vai ser o moderador da lista?
Em princípio, a Lígia, que criou e é o owner da lista. Mas ela pode dar o
status de moderador pra qualquer membro. Se ela achar complicado moderar
sozinha (se bem que é bem simples e na maior parte do tempo, o moderador não
precisa fazer p*rra nenhuma), eu posso me oferecer pra dar uma mãozinha.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Noosfera...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 22:18
Bem, agora além das 1800 mensagens da Ciencialist, vamos ter mais umas 500
da ozonosfera..., sem contar as repetições.
Ass.:
etc
> Manuel: Acabei de me inscrever e já postei a primeira
> mensagem: "Biologia e Psicanálise". Estou esperando vocês por lá, a
> Lígia, o Lúcio, o Marco Aurélio, o Takata, o Mesquita (que é craque
> em epistemologia), o João Navarro, o José Renato, o Antônio Renato, o
> Brudna, etc.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 22:20
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 8:57 PM
Subject: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Manuel: Era o que eu gostaria de discutir com você, "sobre as
possíveis raízes biológicas das noções freudianas". Por que você não
acha possível que existam?
Eu ia propor que a gente inaugurasse a nova lista com esse tema, mas vi que
você já se antecipou. Que fazemos? Transplantamos o thread direto pra lá ou
começamos aqui e depois vamos pra lá quando a lista já tiver um número
mínimo de inscritos?
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Noosfera...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 22:26
----- Original Message -----
From: Ligia Gallo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 9:02 PM
Subject: [ciencialist] Noosfera...
>Criei a lista no diretório mas isso não significa que
seja "minha". Gostaria que os interessados se sentissem "em
casa"... e começassem os debates por lá.
Posso fazer propaganda da noosfera nas outras listas que eu assino? Tem
gente por lá, especialmente na lista da Intempol, que pode se interessar
bastante por essas discussões (ouviu, Elache?; ouviu Eduardo? ;-D).
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 22:34
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 05, 2002 9:36 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
> ----- Original Message -----
> From: rmtakata
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, November 05, 2002 8:47 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
>
> >Ja' podemos desconfiar de varios futurologismos
> com janela de 50 anos, qto mais de 500.
>
> Um exemplo instrutivo pra demonstrar tudo isso que o Takata falou é dar
uma
> folheada naqueles exercícios de futurologia que viraram moda nos anos 70,
> com os livros do pessoal da Rand Corporation, Herman Kahn etc., e ver o
que
> eles previam para o ano 2000. Você não vai encontrar lá nem a revolução da
> informática (e, no entanto, os computadores pessoais estavam praticamente
às
> portas), nem a Internet, nem o colapso da União Soviética, nada disso. Em
> compensação, eles prevêem todo um paraíso tecnocrático do qual não existe
> nem sombra nos dias de hoje - e as previsões são de meros trinta anos
atrás,
> embasadas em um porrilhão de dados, estatísticas e tudo a que se tem
> direito...
>
-------
Bem, não tenho nenhuma discordancia grave do Takata. Tudo que ele escreveu,
de certa forma, não encostou no cerne do argumento. A plausibilidade indica
caminhos que nem sempre serão concretizados, mas que servem de princípio
norteador. Mesmo previsões feitas na grécia, há mais de 2000, possivelmente
falariam de coisas como 'homens voando', 'barcos velozes', 'carroças sem
cavalo', 'cura de doenças'.... ..
(obs: eu escrevi camada TK, mas digitei errado e só notei depois de ter
mandando o e-mail. Era camada KT - cretácio/terciário -... mas acho que
ninguém se importou ... notaram - ou não - que foi erro de digitação .. )
E, bem... eu acho que andamos lendo as previsões erradas :)
As previsões da década de 50, 60, 70 *sempre* previram computadores e a
revolução da informática. Inclusive esse fato está presente em muitos livros
e filmes antigos. Como, por exemplo, o clássico de Phillip K. Dick, "Do
Androids Dream of Eletric Sheep?".
Uma mudança de paradigma na Russia, apesar de quase nunca ser abordada
diretamente, é sugerida em muitas obras. É sugerida, por exemplo, em quase
boa parte da obra de Arthur Clark (série monolito: o mundo não apresenta
bipolaridade. A não-bipolaridade está presente em muitos outros livros, não
só nos de Clark). Alias, Clark tem algumas "previsões" interessantes, como:
Previu a telecomunicação por satélites, ainda na década de 40. Alias, o
espaço onde muitos satélites ficam, chamado 'orbita de Clark', não tem esse
nome por acaso.
Eu não preciso nem citar gente como Julio Verne, que, em *mais* de 100 anos
antes (100 anos. É muito?), falava de submarinos e ida a lua - apresentando
o meio de ida fundamentalmente igual ao usado pela Nasa: um objeto em forma
de 'bala' fortemente propelido -.
É interessante notar, por exemplo, que Leibniz, no século XVIII, já falava
sobre computadores - não com esse nome 'computador': mas de máquinas que
pudessem raciocinar sobre dados -.
Nietzsche, em aproximadamente 100 anos antes (100 anos. É muito ?) da
bipolaridade do mundo, já dizia que esperava que, no futuro, a Russia fosse
se tornar a nação mais importante da Europa.
Eu estou falando só do que me vem superfialmente à mente. Se formos
pesquisar a sério, dá pra fazer livro(s) sobre previsões corretas. Alguém
poderia contra-argumentar é dizer que também existiram muitas previsões
erradas, logo, as previões certas seriam mero fruto do acaso - algo como uma
enorme tentativa-e-erro -. Ora, se considerarmos que o futuro é totalmente
caótico e que o 'espaço amostral' de eventos possíveis é praticamente
infinito, seria *extremamente* difícil, estatisticamente falando, que
*qualquer* previsão fosse correta, mesmo considerando inúmeras tentativas.
Se houve meramente algumas poucas previsões certeiras - e houve
relativamente muitas -, isso indicaria apenas só mais uma evidência de que o
'espaço amostral de futuros possíveis' não é infinito. Os cenários, apesar
de alguma variação, são relativamente circunscritos. Talvez porque,
provavelmente, obedeçam uma lógica fazendo com que a circunscrição se
restrinja às leis inerentes do processo histórico.
É verdade que muita coisa deixou a desejar: não é possível fazer previsões
'milimétricas'. Entretando, as *setas* sempre pareceram apontar no sentido
correto, ainda que com algum grau de variação pequena na direção e
intensidade do vetor.
Parece-me que essa *impressão* de que as profecias não se realizaram vem do
fato de que sempre as consideramos ao pé-de-letra, e não como tendências. Na
década de 50, previa-se uma cozinha totalmente tecnológica. Mas, alta
tecnologia, na década de 50, era carregava com flavour estético.
Imaginava-se trambolhos metálicos cinzentos, com luzes piscantes. Era uma
previsão mais de aparência do que prática. Entretanto, as previsões práticas
sérias pareceram se confirmar, como, por exemplo, o forno microondas. Não
que ninguém tivesse previsto exatamente um forno microondas como o
concebemos hoje. Mas a previsão vigente era de um forno "diferente", "frio",
de onde se colocava comida "crua" e poucos minutos depois ela estava pronta.
Falava-se, como foi explícito no texto, de um 'paraíso tecnocrático'. O
problema é que esse paraíso chegou e ninguém notou. Impressoras, e-books, TV
e TV a cabo, DVDs, scanners, MP3, Jornais on-line, CDs, máquinas digitais,
video conferencia, aviões, bons tratamentos para muitas doenças, Carros cada
vez mais populares. Um americano de classe média tem mais conforto e
comodidade que um milionário da década de 50. Apesar disso, as pessoas estão
sempre, sempre saudosistas... .. (dado tirado de uma entrevista concedida à
revista VEJA das últimas semanas. Não me lembro exatamente qual... Talvez a
última.)
É claro que nunca estamos satisfeitos. O paraiso de verdade não é um
'lugar', é um 'processo'. Se Deus nos colocasse no Éden, nós, ainda sim,
comeríamos a maça por tédio... .. ..
SUBJECT: EU SABIA...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 22:35
>Manuel: Eu proponho que as mensagens, pelo menos as primeiras, sejam
>postadas aqui na ciencialist e lá também, na Noosfera.
>
>[]s,
>Manuel Bulcão
EU SABIA...
OBVIO...
A SOLUCAO DE VOCES...
EM VEZ DE REDUZIR AS MSG...
VAI EH DUPLICAR, NÉ?
CONTRAGULATIONS...
L.E.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 23:12
----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 05, 2002 2:45 PM
Subject: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
> > De: Arcange
> >
> > Não há um porquê biológico. Como na maior parte da beleza, o
> > porquê é *quase sempre* social.
>
> Olá, Arcange
>
> Acho que nossas idéias -- nossas, porque também me incluo no grupo de
> pessoas
> que pensam dessa forma -- estão cada vez mais politicamente corretas, ou,
> perdoem-me a franqueza, politicamente hipócritas.
>
> Padrão de beleza social se refere à moda, automóveis e modos à mesa. No
> que diz respeito ao que se considera humanamente belo a razão é sumamente
> biológica.
>
> Os braquicéfalos não são considerados tão bonitos quanto os dolicocéfalos
> e essa constatação nada tem a ver com a cor da pele. Mesmo estre modelos
> negros, homens ou mulheres -- Naomi Campbell que me defenda --, o
predomínio
> esmagador é dos dolicocéfalos. Braquicéfalos europeus branquelinhos são
> considerados feios. Uma das características fundamentais para se
determinar
> o que é a beleza humana é a forma do crânio: pessoas de rosto fino e
crânio
> braquicéfalo não são consideradas tão bonitas quanto os 'cara de lua' de
> crânio alongado. Uma modelo 'cara de lua' que está fazendo um puta sucesso
> é aquela brasileirinha de origem indígena; ela é dolicocéfala.
>
> Peguem o catálogo da Ford Models e digam-me se estou errado!!!!
>
----------------
E quando eu disse que a questão está na cor da pele ? Existem caucasóides
que tem a pele escura, com os Hindus e os Tajiks.
Apesar deu ter falado em caucasóides, a questão não diz nem respeito a isso.
São determianda ETNIAS caucasóides.
É óbvio, claro e evidente que existem braquiocéfalos entre determinadas
etnias européias de caucasóides, mas essa não é a característica padrão. É
como a altura: há uma altura média, entretanto, na mesma população, há a
admissão de fenótipos extremos. A característica padrão média caucasóide
européia é a dolicocefalia, apesar de haverem indivíduos com fenótipos
extremos.
-
Repito o que eu disse no e-mail anterior: Isso é tão verdade que a
dolicocefalia era critério na Alemanha nazista para saber se alguém era
Ariano ou não. Hitler, suponho, não estava muito interessando em medir A
BELEZA do povo, mas sim sua adeqüação aos PADRÕES CAUCASÓIDES europeus.
Ou você realmente acredita que os critérios antorpométricos de Hitler
procuravam selecionar a 'beleza' em contraponto à raça ?
-
Ademais, esses critérios antropométricos não são apenas usados na Alemanha
Nazista. Nas investigações foreses atuais, onde se tem apenas os ossos, e os
legistas que desejam descobrir a raça do morto se valem de medições desse
tipo. Para se determinar a raça, eles medem, entre outras coisas, as
estruturas vizinhas do osso zigomático e a largura crânio. Com isso - aliado
a outras medições -, eles conseguem determinar a raça do morto.
Em outras palavras: Ainda hoje, na medicina forense, a dolicocefalia é *um
dos critérios* usados para determinar a raça do morto. Até onde eu sei... ..
.. ninguém usa isso para inferir a beleza do morto :)
-
O Rio Grande do Sul é, sozinho, responsável por mais de 50% do mercado de
modelos no país (ps: eu tinha esse dado de forma mais exata em algum lugar,
que não me lembro. Mas acredite em mim. Não estou inventando ;)
Isso se dá porque o povo gaucho é 'bonito' ou porque o povo gaucho tem forte
ascendência européia e relativamente pouco 'misturado', diminuindo, assim,
os índices de braquiocefalia ?
A questão, enfim, reside na beleza ou na raça ?
As evidências não mentem... ... são muitas evidências. E, se eu procurar,
ainda acharia mais e mais argumentos. Minha posição não é ideológica nem
politicamente correta. Ao contrário. Eu sou *politicamente incorreto* com
muito orgulho. Se eu proferir algumas coisas em que penso sobre 'raças',
certamente conseguiria a antipatia de todo mundo. Muitos me chamam de
racista. Mas até o meu 'racismo' não é 'ideológico'. Eu tento ser
intelectualmente honesto, seja 'pro bem' ou seja 'pro mal'.
O que eu não vou fazer é, ante todas as evidências racionais, sustentar essa
idéia insustentável de que a dolicocefalia é biologicamente "bela". O padrão
de beleza, no que toca a isso, é cultural.
As modelos são dolicocéfalas porque o padrão de beleza é o europeu, cuja
*média* fenotífica é dolicocéfala.
SUBJECT: Re: Noosfera...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 23:18
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Posso fazer propaganda da noosfera nas outras listas que eu assino?
Tem
> gente por lá, especialmente na lista da Intempol, que pode se
interessar
> bastante por essas discussões (ouviu, Elache?; ouviu Eduardo? ;-D).
>
> Abs.
> L.
Oi Lúcio!
Pode sim! Aliás, DEVE... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: ASSIM NÃO, NÉ?
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 23:21
--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
> ESSE NEGOCIO DE FRAGMENTAR A LISTA PODE DAR CERTO.
> MAS PRECISA SER MUITO BEM PENSADO.
>
> NÃO É ASSIM NÃO, DESSE JEITO AÍ...
>
> ONDE ALGUÉM DIVIDE TOMANDO COMO CRITÉRIO SEUS MAL ORGANIZADOS
INTERESSES.
>
> MINHA SUGESTAO ERA DEIXAR UMA LISTA PRA FISICA...
> E UMA LISTA PRO RESTANTE TODO...
>
> MAS CONFESSO QUE TAMBEM NAO TA MUITO PENSADO.
>
> O QUE NAO PODE EH PENSAR AINDA MENOS QUE ISSO E FRAGMENTAR A LISTA.
>
> CUIDADO PRA NAO DESTRUIR... AO QUERER CONSERTAR.
>
> L.E.
>
Bem, agora tem a Ciencialist para "Ciência" com "C" maiúsculo e a
Noosfera para ciência... :)
Beijos, Lígia
PS: Quem quiser discutir só ciência pode se inscrever lá na
Noosfera. E não tem essa de "desfragmentar". A idéia é justamente
desopilar a Ciencialist do que o Léo chamou de Yin/Yang/Yung...
SUBJECT: Re: Noosfera...
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2002 23:23
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >PS.: A propósito, quem vai ser o moderador da lista?
>
> Em princípio, a Lígia, que criou e é o owner da lista. Mas ela pode
dar o
> status de moderador pra qualquer membro. Se ela achar complicado
moderar
> sozinha (se bem que é bem simples e na maior parte do tempo, o
moderador não
> precisa fazer p*rra nenhuma), eu posso me oferecer pra dar uma
mãozinha.
>
> Abs.
> L.
Bem Lúcio, você também já é "moderator"... :)
Bjus, Lígia
SUBJECT: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2002 23:57
----- Original Message -----
From: Arcange
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 10:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
>E, bem... eu acho que andamos lendo as previsões erradas :)
Pelo menos, estamos falando de tipos diferentes de previsão. Eu estava me
referindo à futurologia propriamente dita, que se pretendia uma ciência, e
não à ficção científica. Mesmo aqui, porém, cabem alguns reparos.
>As previsões da década de 50, 60, 70 *sempre* previram computadores e a
revolução da informática.
As histórias de fc lidam com computadores e robôs desde muito antes que
esses equipamentos fossem realmente construídos. Na verdade, vários dos
pioneiros da robótica afirmaram explicitamente que suas idéias foram
bastante influenciadas por essas histórias, especialmente as do Isaac
Asimov, que praticamente criou o conceito de robô tal como o entendemos hoje
(até Asimov, as histórias de robôs - nome que, aliás, também veio da fc, de
uma peça do escritor tcheco Kárel Cápek chamada R.U.R.). Só que você vai
verificar que, até a década de 70, praticamente todas as histórias lidam com
supercomputadores gigantes, nos moldes do ENIAC (o supercomputador do
Asimov, aliás, chamava-se inclusive MULTIVAC). Nenhum autor de fc previu a
miniaturização dos chips que conduziu aos computadores pessoais e à
revolução da informática, mesmo quando se estava praticamente às portas
dessa revolução. E, com a exceção do Philip K. Dick (em cujos romances, a
maior parte dos eletrodomésticos é dotada de algum tipo de inteligência
artificial e personalidade, geralmente idiossincrática), praticamente nenhum
outro autor imaginou a possibilidade de que televisores, geladeiras, fornos
de microondas e telefones algum dia pudessem ser equipados com microchips.
>Inclusive esse fato está presente em muitos livros e filmes antigos. Como,
por exemplo, o clássico de Phillip K. Dick, "Do
Androids Dream of Eletric Sheep?".
Não exatamente. Os andróides do romance do Dick - que deu origem ao filme
_Blade Runner_ - não eram robôs, eram criaturas orgânicas, fabricadas por
engenharia genética. Aliás, uma curiosidade: os robôs da peça do Cápek
também eram orgânicos. Foi só mais tarde, com o advento da cibernética, que
o termo robô passou a ser aplicado a criaturas mecânicas ou eletrônicas, e
surgiu o termo "andróide" pra designar as criaturas artificiais orgânicas.
>Uma mudança de paradigma na Russia, apesar de quase nunca ser abordada
diretamente, é sugerida em muitas obras.
De ficção científica, não de futurologia.
>É sugerida, por exemplo, em quase boa parte da obra de Arthur Clark (série
monolito: o mundo não apresenta
bipolaridade.
Desculpe, mas aqui você está enganado. _2001 - Uma Odisséia no Espaço_ se
passa numa Terra bi-polarizada, sim. Basta lembrar que, na estação espacial
internacional, os setores russo e americano são claramente divididos e um
lado desconfia do outro. Esse quadro só começou a amenizar em _2010_, mas
aí, também, pô, foi escrito nos anos 80. Mesmo assim, o Clarke prevê apenas
um abrandamento das relações entre EUA e URSS, e não o colapso da União
Soviética que, entretanto, aconteceria apenas alguns anos depois. Que eu
saiba, o único livro que realmente previu o colapso da União Soviética e a
queda do Muro de Berlim não foi nem um texto de futurologia, nem um romance
de ficção científica, mas uma obra de ciências sociais de esquerda, _A
Sociedade do Espetáculo_, do Guy Debord.
>Alias, Clark tem algumas "previsões" interessantes, como: Previu a
telecomunicação por satélites, ainda na década de 40. Alias, o espaço onde
muitos satélites ficam, chamado 'orbita de Clark', não tem esse nome por
acaso.
Não, não é por acaso, e isso porque o Clarke não *previu* a telecomunicação
por satélites, ele foi o primeiro a *teorizá-la* (em um texto de não-ficção)
e os construtores dos primeiros satélites se basearam diretamente nas
teorias do Clarke.
>É interessante notar, por exemplo, que Leibniz, no século XVIII, já falava
sobre computadores - não com esse nome 'computador': mas de máquinas que
pudessem raciocinar sobre dados -.
De novo, aqui não é um caso de previsão. Foi a partir dos trabalhos teóricos
do Leibniz e do Pascal que os pioneiros da computação desenvolveram seus
protótipos. A linguagem binária, que é utilizada até hoje nos computadores,
foi desenvolvida pelo Leibniz, inspirado no conceito de yin/yang do I Ching,
que estava começando a chegar ao ocidente pela tradução do James Legge.
>Nietzsche, em aproximadamente 100 anos antes (100 anos. É muito ?) da
bipolaridade do mundo, já dizia que esperava que, no futuro, a Russia fosse
se tornar a nação mais importante da Europa.
Neste caso, é mera coincidência, e não uma previsão. A ascendência da URSS
foi devida à revolução comunista. Nietzsche, por sua vez, tinha uma
mentalidade aristocrática e olhava as idéias comunistas com uma aversão
próxima do nojo.
>Eu estou falando só do que me vem superfialmente à mente.
Na verdade, você misturou três coisas diferentes nesse breve catálogo:
1) exercícios de futurologia;
2) histórias de ficção científica;
3) teorias que serviram de base para o desenvolvimento tecnológico que você
considera que elas previram.
No terceiro caso, não se trata de previsão, mas de influência direta.
Seriam, na melhor das hipóteses, self-accomplished profecies, isto é,
profecias que criam as condições pra sua própria realização.
No segundo caso, o acerto das previsões não foi tão grande assim. Falava-se
de computadores, mas eram computadores bastante diferentes do que temos
hoje, e mesmo quando se falava de uma mudança de paradigma na União
Soviética, jamais se previu o colapso da própria União Soviética. Aliás,
isso não quer dizer que essas previsões fossem *falsas*, simplesmente porque
não eram *previsões*. Um romance de ficção científica não se propõe a prever
o futuro, mas em utilizar a ciência e a tecnologia pra criar um sentimento
estético conhecido como "sense of wonder".
Do primeiro caso foi o que você menos se ocupou, mas era a ele que eu estava
me referindo quando falei de previsões furadas. A descrição do ano 2000 que
o Herman Kahn dá no livro do mesmo nome parece um universo paralelo, porque
não tem nada a ver com o ano 2000 que realmente vivemos.
>Alguém poderia contra-argumentar é dizer que também existiram muitas
previsões
erradas, logo, as previões certas seriam mero fruto do acaso - algo como uma
enorme tentativa-e-erro -.
Basicamente, é isso. A menos que se trate de uma extrapolação legítima, isto
é, uma previsão que parta das condições atuais e que delineie os processos
históricos que deverão levar do estado atual até o futuro previsto. Pega o
exemplo do Nietzsche por contraste. Dizer que a Rússia um dia será a nação
mais importante da Europa não é uma verdadeira previsão do advento da União
Soviética. Uma previsão real partiria da insatisfação popular dos russos com
o governo czarista, anteciparia que essa insatisfação iria se cristalizar em
um movimento político organizado, que esse movimento derrubaria o czar e que
o novo estado exerceria uma ação expansionista sobre os territórios
vizinhos, incorporando-os ao seu próprio território. Olhando pra trás,
parece um processo óbvio e quase inevitável, mas o fato é que ninguém previu
isso. O próprio Marx, diga-se de passagem, era extremamente cético quanto à
possibilidade da Rússia se tornar um país socialista porque, no século XIX,
a Rússia praticamente vivia mergulhada em pleno feudalismo e o Marx não
concebia que se pudesse pular diretamente pro socialismo sem antes passar
pelo capitalismo.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: ASSIM NÃO, NÉ?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 00:18
--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
> ESSE NEGOCIO DE FRAGMENTAR A LISTA PODE DAR CERTO.
> MAS PRECISA SER MUITO BEM PENSADO.
>
> NÃO É ASSIM NÃO, DESSE JEITO AÍ...
Olá Luis Eduardo,
Ninguém vai deixar a Ciencialist não. Eu pelo menos não a deixarei
jamais (os físicos de bitola, os céticos de fachada e demais
espécimes da fauna cientificista vão ter que me aguentarrrrrr!!!). O
problema são as manifestações reiteradas de hostilidade por parte de
algumas "comadres" que gostam de demarcar território falando merda.
Lá, na lista Noosfera, a gente vai poder discutir sobre ciências
humanas e filosofia mais livremente e longe da ameaçadora turba
pseudo-iluminista.
Mas a ciencialist vai continuar sendo útil, muito útil, para discutir
assuntos científicos menos ofensivos.
E você, Luis Eduardo, que foi aluno do saudoso professor Gerd A.
Bornheim, é bem vindo à nova lista.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Ciencialist
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 00:25
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Eu ia propor que a gente inaugurasse a nova lista com esse tema,
mas vi que
> você já se antecipou. Que fazemos? Transplantamos o thread direto
pra lá ou
> começamos aqui e depois vamos pra lá quando a lista já tiver um
número
> mínimo de inscritos?
Manuel: Eu proponho que as mensagens, pelo menos as primeiras, sejam
postadas aqui na ciencialist e lá também, na Noosfera.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 00:51
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 05, 2002 12:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
>
> >Veja só uma coisa... ciência não é só feita de física... E se
> alguns assuntos OFF a princípio levarem alguém a reconsiderar a
> natureza da própria ciência como é concebida? Há ainda muitas
> questões em aberto, será que apenas considerar as que supostamente já
> foram respondidas é o caminho certo para o cientista?
>
> Léo: Ciência é Física ... os demais ramos do conhecimento científico são
corolários. Só deles extrai-se algo ponderável à humanidade.
>
Essa respostinha é interessante.
1-) Ciência é a entidade calcada em duas premissas: *Aplicação de um método*
e *Objeto de estudo definido*. Essa entidade gera um tipo de conhecimento
que pode ser chamado de *conhecimento científico* (contraposto aos outros
dois tipos de conhecimento: *sensível* e *empírico*)
A divisão mais comum das ciências é: Ciências lógico-matemáticas, Ciências
experimentais, e Ciências humanas.
O que normalmente é chamado de "ciência", no sentido restrito, é o que em
inglês se conhece como "hard sciences". São as experimentais, que se valem
do método científico experimental, notadamente, o indutivo.
As três hards sciences (experimentais) básicas são: física, química e
biologia. As três se valem da metodologia científica experimental indutiva,
apesar das adequações particulares, que acabam findando no método
experimental de física, de química e de biologia.
Todas as três básicas são *isoladas* por objeto e por axiomas. Nenhuma é
decorrente da outra do ponto de vista metodológico. E, como ciência é
basicamente só metodologia - a não ser que você vá para a filosofia
ontológica -, as três são ISOLADAS.
A física, por exemplo, tem objeto definido e postulados que são aceitos sem
contestação. Um postulado básico é o do movimento. O movimento que é uma
evidência para os sentidos, é um problema para a inteligência, tendo sido
posto em questão há mais de 2000 anos pelos filófosos da escola de Eléia,
que contestavam a racionalidade do movimento. Mover-se é estar e não estar
ao mesmo tempo em um lugar. Percorrer num tempo finito um espaço
infinitamente divisível. O postulado do movimento é só e tão somente aceito,
sem contestação e sem resolução.
Com dito antes, as três ciências 'duras' são só 'objeto' e 'metodologia'.
São metodologicamente isoladas. Como as três ciências são somente
*Interpretações Fenomenológicas* da realidade, e não *Verdades Ontológicas*,
não faz sentido algum dizer que uma é 'corolária' da outra. Não faz sentido
algum dizer, à luz da racionalidade investigativa, que *uma interpretação
baseada em um método isolado* decorre de *outra interpretação baseada em
outro método isolado*.
Isso é filosofia - literalmente: metafísica ontológica - barata. É achar que
as três ciências dizem respeito à ontologia e não a fenômenos isolados ou
técnicas metodológicas igualmente isoladas. É inferir e conceber - sem o
desenvolvimento de uma metodologia correta - um caráter concêntrico na
realidade. (e não nos fenômenos. Repito: fala-se de ontologia: onde um "ser"
ontológico - estudado por uma ciência - está invariavelmente ligado a outro
"ser" ontológico - estudado por outra ciência.).
2-) Essa resposta é um caso típico de subterfúgio desonesto de retórica.
Isso é até comum. A pessoa *objetivamente* diz uma coisa, mas
*subjetivamente* sugere outra. Quando as pessoas vão reclamar -
fundamentadas na sugestão subjetiva - o autor do artifício diz: "Olha! eu
não disse isso! leia de novo! não está sabendo interpretar textos!".
É uma espécie de 'ironia branca', onde se quer dizer o oposto do que se diz.
Vejamos:
a-) A Lígia diz que ciência não é *só* física.
b-) O Léo "contra-argumenta" (?) dizendo: "Ciência é Física ... os demais
ramos do conhecimento científico são corolários. Só deles extrai-se algo
ponderável à humanidade."
Ora, isso foi um contra-argumento ? Objetivamente não. Objetivamente, ele
reafirma que a física é ciência e diz - erradamente, diga-se de passagem -
que os outros ramos do conhecimento são derivações ou decorrências dela, sem
dizer se esses outros ramos são ou não são ciência.
De qualquer modo, fica sugerido MESMO ASSIM que foi um contra-argumento e
fica sugerido subjetivamente que ele quer dizer que ciência é *só* fisica.
As outras são meras decorrências. (Mas ele vai negar isso até a morte e vai
dizer que não escreveu isso nem quis dizer isso... :) Isso é tão verdade
que, pelo menos até onde li, pelo menos um listeiro interpretou da forma
subjetiva. E esse listeiro não interpretou errado.. .. ..
Das duas uma: ou o Léo *não* contra-argumentou e disse um dadaísmo
desconexo; ou *contra-argumentou* se valendo de uma "ironia branca".
Essa 'ironia branca' é só um subterfúgio para sugerir a depreciação das
outras ciências e, ao mesmo tempo, levantar muros prolépticos, cujo objetivo
é viabilizar uma imunidade às críticas que viriam.
3-) Eu fico feliz que ele considere os outros ramos do conhecimento
científico apenas como 'corolários', sugerindo, novamente, uma depreciação.
Eu não sou tão sofisticado e sutil nas minhas ironias, mas em todo caso...
.. ...
Realmente, eu também acho que a física é a 'mãe' de todas as ciências. Ela é
tão importante, Leo, que quando você tiver hemorróidas, para se valer de um
tratamento cientificamente principal - e não apenas 'corolário' -, eu
sugiro que você use algo como... humm... 'Capacitor de fluxo quântico de
bozons Z decadimensional Kaluza-Klein Witten-Plank Tabajara'.
Apesar de nunca ter usado - e nunca ter tido hemorróidas - acredito que seja
o tratamento derradeiro e principal da ciência derradeira e principal. O
controle os bozons Z na geometria Riemanniana da região peri-anal apresenta
um efeito terapêutico e profilático. Não tem contra indicações e ainda por
cima é o tratamento usado pelo Seu Creysson.
Tenha um bo-bo-bo-bommmm dia :)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 01:01
Asimov não só criou o conceito de robô humanóide, como também criou o termo
"robótica". "Robô" veio daquela peça do Kárel Cápek, mas "robótica" é
criação de Asimov, embora os japoneses insistam em tentar substituir pelo
termo nada charmoso "mecatrônica"...
E também há um conto de Asimov onde os automóveis são dotados de
inteligência positrônica (talvez usando Java, quem sabe...)
Curiosamente, a fabrica de robôs de Asimov era a U.S Robotics & Mechanical
Men e realmente existe uma empresa chamada U.S. Robotics. O fundador disse
ter sido influenciado por Asimov (não sei como ficou a questão dos direitos
autorais e de marca).
Quanto a previsões, há dois casos de que me recordo no momento:
1) Em "2001- Space Odissey", Arthur C. Clarke previu a utilização do
"estilingue gravitacional" para acelerar uma espaçonave passando por
Júpiter, técnica que foi usada pela primeira vez para acelerar a sonda
Voyager. Ele também previu a existência de um "olho" em Japeto satélite de
Júpiter, mas acho que isso deve ser colocado na categoria de chute. Em
alguns contos anteriores a Space Odissey, Clarke praticamente definiu o que
seriam os futuros satélites de comunicação, com a diferença de que os
satélites dele eram habitados.
2) Em "Speaker for the Dead", livro de 1986, Orson Scott Card emprega
conceito muito semelhante ao da Internet: uma rede mundial de computadores
(no caso dele era uma rede galática, naturalmente). Em 1986 ainda era
difícil prever a internet, embora o conceito de rede de computadores já
existisse, mas não as placas Ethernet, que viabilizaram tudo, e nem a World
Wide Web, que possibilitou o uso da internet pelo povão.
[ ]s
Alvaro Augusto
> As histórias de fc lidam com computadores e robôs desde muito antes que
> esses equipamentos fossem realmente construídos. Na verdade, vários dos
> pioneiros da robótica afirmaram explicitamente que suas idéias foram
> bastante influenciadas por essas histórias, especialmente as do Isaac
> Asimov, que praticamente criou o conceito de robô tal como o entendemos
hoje
> (até Asimov, as histórias de robôs - nome que, aliás, também veio da fc,
de
> uma peça do escritor tcheco Kárel Cápek chamada R.U.R.). Só que você vai
> verificar que, até a década de 70, praticamente todas as histórias lidam
com
> supercomputadores gigantes, nos moldes do ENIAC (o supercomputador do
> Asimov, aliás, chamava-se inclusive MULTIVAC). Nenhum autor de fc previu
a
> miniaturização dos chips que conduziu aos computadores pessoais e à
> revolução da informática, mesmo quando se estava praticamente às portas
> dessa revolução. E, com a exceção do Philip K. Dick (em cujos romances, a
> maior parte dos eletrodomésticos é dotada de algum tipo de inteligência
> artificial e personalidade, geralmente idiossincrática), praticamente
nenhum
> outro autor imaginou a possibilidade de que televisores, geladeiras,
fornos
> de microondas e telefones algum dia pudessem ser equipados com
microchips.
>
SUBJECT: Ciencialist X Noosfera
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 01:04
Sugiro aos habitantes da Noosfera que, quando forem submeter uma mensagem
em duplicata na CienciaList, coloquem no assunto a palavra "Noosfera", para
que nós pobres mortais não fiquemos perdidos.
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
SUBJECT: Enthüllung
FROM: "magaemin" <magaemin@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 01:04
[Boca] = [Massaranduba] =
[Lisandro de Souza Gomes Pereira]
benutzen Sie Ihre Gehirne!!!
Dies ist meine letzte Mitteilung
tschüs...
Gundel Gaukeley und Madam Mim
SUBJECT: PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 01:04
Parece coisa de tabloide sensasionalista, mas não é não! Aqui no Piauí, mais precisamente numa cidadezinha do litoral chamada Cajueiro, uma porca deu cria de oito leitões, digo, sete, porque um não era exatamente um leitão, mas uma mistura de gente, bebê, com leitão. As fotos estão estampadas no Jornal local de maior circulação. www.meionorte.com.br, na página policial, edição de hoje, dia 5/11. O bebê porco tinha, molera, lábios superiores separando o focinho da parte de baixo, no porco normal o queixo já é o próprio focinho, ou seja, o ser tinha boca com lábios inferior e superior. Vagina de mulher, orelha de gente, cinco dedos com unhas humanas. Ficou vivo durante oito minutos. Refletindo sobre o caso, chequei a uma conclusão que talvez não tenha sentido, meu conhecimento de genética não eh lá essas coisa, mas, a conclusão é a de que, se como espécies somos originários do mesmo tronco ancestral comum, isso indica que, geneticamente, possuimos em algum lugar do DNA e, consequentemente, dos genes, genes primitivos que são comuns a todas as espécies, inclusive vegetais. Esses genes evidentemente, são evolutivamente inibidos de sorte que, a probabilidade de sua manifestação é quase zero, porém nunca zero, mas infinitamente pequena. De modo que, o nascimento de seres resultantes do cruzamento de espécies diferentes é segundo essa minha concepção, geneticamente possível com uma probabilidade maior para espécies mais próximas do homem, e menor para as mais distantes. Olha gente, isso não é brincadeira, a criatura era um mixto de porco e gente. A dona da porca está indignada querendo pegar o cretino que transou com a gostosona, como a porca ficou conhecida pelo pessoal da localidade. Como não se sabe ainda muito sobre o genoma e lá tem uma infinidade de genes que não se sabe para que servem, ou seja, não servem para nada, estou levando a sério essa teoria.
Abraços
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Pitaco em Antonio psiquismo......
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 01:05
On 4 Nov 2002 at 23:46, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Uma psíquica, uma física (Ou pertinente aos sentidos) e, finalmente,
> uma sexual?
Antonio
O amor é como o tempo. Sabemos usar para conversar sobre ele, mas
quando temos que explicá-lo, tudo se complica. Tudo vira puro
reducionismo.
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 01:05
On 5 Nov 2002 at 16:45, lpereira@smsdemag.com.br wrote:
> A psicanálise em geral é um ramo do conhecimento que lida com
> hipóteses e palpites sobre o comportamento humano.
Sugiro que se conheça um pouco mais sobre psicanálise para não
dizer bobagens como essa. Se o tema é dizer o que vem à cabeça, eu
o faço. Se tenho que agüentar estas afirmações, por que não posso
dizer que essas coisas de palpites sobre o comportamento, etc. são
puras baboseiras?
Marco Aurelio
SUBJECT: NOVA LISTA p/ M. BULCÃO
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 01:09
Gostaria de saber o endereço da nova lista e como faço para acessar as mensagens do ciencialist direto do site, não consegui.
abraço
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Socorro: Livros
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 01:20
Alguém aí da lista, algum físico que possua mais de um exemplar, ou mesmo uma cópia, não estaria disposto a vender ou a trocar ou simplesmente doar o livro A MENTE NOVA DO REI, de Roger Penrose, Ed. Campos. O Sérgio eu sei que tem. Se por acaso alguém conhecer algum cebo que tenha esta obra para vender diga-me que eu depositarei o valor na conta do colega, e ele me fará o favor de colocá-lo no correio para mim, se não for pedir muito. Por favor, preciso urgentemente desse livro. A Lígica Gallo me passou um site de um livraria Sebo mas não consigo acessá-lo para comprar, mas sei que eles têm o livro. O Site que a Ligia me mandou é www.revistapsicolgia.com.br/livrosListagem/livros9.htm
Socorro, alguém me ajude!
Abraços
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 01:22
>> A psicanálise em geral é um ramo do conhecimento que lida com
>> hipóteses e palpites sobre o comportamento humano.
>Sugiro que se conheça um pouco mais sobre psicanálise para não
>dizer bobagens como essa. Se o tema é dizer o que vem à cabeça, eu
>o faço. Se tenho que agüentar estas afirmações, por que não posso
>dizer que essas coisas de palpites sobre o comportamento, etc. são
>puras baboseiras?
>Marco Aurelio
Sérgio Taborda se foi, mas deixou herdeiros...
Eu tenho outra definição para psicanálise, que geralmente aplico à
filosofia: trata-se do abuso sistemático de uma linguagem inventada
precisamente para este fim!
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] Enthüllung
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 01:51
Lieber Gundel Gaukeley,
Warum sprechen Sie so wenig?
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "magaemin" <magaemin@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 6 de Novembro de 2002 01:04
Assunto: [ciencialist] Enthüllung
[Boca] = [Massaranduba] =
[Lisandro de Souza Gomes Pereira]
benutzen Sie Ihre Gehirne!!!
Dies ist meine letzte Mitteilung
tschüs...
Gundel Gaukeley und Madam Mim
SUBJECT: Re: Enthüllung
FROM: "magaemin" <magaemin@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 02:10
> Lieber Gundel Gaukeley,
>
> Warum sprechen Sie so wenig?
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
Hallo Alvaro!
wenn ich viel spreche, arbeitet der Übersetzer nicht gut!
das Rätsel wird gelöst
tschüs
Gundel Gaukeley
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 02:27
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 12:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Eu proponho que as mensagens, pelo menos as primeiras, sejam
postadas aqui na ciencialist e lá também, na Noosfera.
Bueno, quando a tua mensagem chegou aqui (por algum motivo, alguns emails
vêm chegando com atraso na minha caixa postal), eu já tinha mandado a
resposta pra noosfera. De qualquer forma, como ficou um email um pouco
longo, o que costuma irritar o pessoal destas plagas, não sei se vale a pena
repassar pra cá. Mas você é que sabe, quem iniciou o thread foi você.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enthüllung
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 02:36
OK. Ich habe das gleiche Problem! :o))
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "magaemin" <magaemin@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 6 de Novembro de 2002 02:10
Assunto: [ciencialist] Re: Enthüllung
> Lieber Gundel Gaukeley,
>
> Warum sprechen Sie so wenig?
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
Hallo Alvaro!
wenn ich viel spreche, arbeitet der Übersetzer nicht gut!
das Rätsel wird gelöst
tschüs
Gundel Gaukeley
SUBJECT: SEUS 500, MAIS 500
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 03:14
>Manuel: Também acho que não vale a pena repassar pra cá. Vai assustar
>o pessoal.
>
>[]s,
>Manuel Bulcão
MUY CIENTIFICA LA IDEA...
VOCES VÃO É DUPLICAR AINDA MAIS O VOLUME DE MENSAGENS.
RIDICULO.
L.E.
SUBJECT: só pode ser idéia de mulé...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 03:15
SUBJECT: Re: Ciencialist
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 04:18
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Bueno, quando a tua mensagem chegou aqui (por algum motivo, alguns
emails
> vêm chegando com atraso na minha caixa postal), eu já tinha mandado
a
> resposta pra noosfera. De qualquer forma, como ficou um email um
pouco
> longo, o que costuma irritar o pessoal destas plagas, não sei se
vale a pena
> repassar pra cá. Mas você é que sabe, quem iniciou o thread foi
você.
Manuel: Também acho que não vale a pena repassar pra cá. Vai assustar
o pessoal.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: dobro a aposta...SEUS 500, MAIS 500
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 04:37
>
>Manuel: Mas eu falei que não ia repassar pra cá. Como vai duplicar? O
>que posto lá, não postarei cá.
>
>[]s,
>Manuel Bulcão
Quer então apostar?
Eu boto mais 500.
Só não vou dizer como vai dobrar.
Mas teve gente aqui na lista que avisou e explicou, ontem mesmo.
Claro que não foi mulé.
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Ciencialist
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 06:25
Oi Álvaro,
> Eu tenho outra definição para psicanálise, que geralmente aplico à
> filosofia: trata-se do abuso sistemático de uma linguagem inventada
> precisamente para este fim!
Manuel: Embora haja idéias interessantes na obra de Lacan (não há
dúvidas que Lacan enriqueceu o freudismo com seus conhecimentos de
lingüística), também acho o seu estilo odioso. É verborrágico,
repleto de neologismos, oracular e dúbio. Não se trata daquela
dificuldade decorrente apenas da pouca familiaridade com os termos
técnicos que toda disciplina encerra: é dificuldade estilística pura
e simplesmente. O que ele disse, poderia tê-lo dito com muito mais
clareza e não sei por que não o fez. Talvez porque o conhecimento é
poder, e registrá-lo numa linguagem cifrada é uma forma de
monopolizar esse poder. Há quem sustente que o poder está na própria
obscuridade do discurso, pois o mistério é temível e o que é temível
é poderoso.
Mas não convém confundir a psicanálise com o lacanismo e muito menos
com o seu estilo arabescado. Os escritos de Freud, embora profundos,
são acessíveis e as poucas dificuldades são de ordem técnica. Alguns
de seus textos chegam mesmo a lembrar apostilas elaboradas por
professores ginasianos, mas em nenhum momento a clareza sacrifica o
rigor da análise. Os psicanalistas norte-americanos foram os que
melhor seguiram o seu exemplo.
Aos curiosos, indico dois livros de Freud: "Totem e Tabu" e "O Futuro
de Uma Ilusão". Depois de lê-los, terão uma idéia melhor de Freud e
da Psicanálise.
Abraços,
Manuel Bulcão
"Existem muitas questões a que a ciência atualmente não pode dar
resposta. Mas o trabalho científico constitui a única estrada que nos
pode levar a um conhecimento da realidade externa a nós mesmos."
(Sigmund Freud)
"Eu, pelo menos, estou convencido de que existe um mundo inconsciente
e de que as análises dos sonhos de Freud em seu livro são
fundamentalmente corretas, embora incompletas, como ele mesmo deixa
claro" (Karl Popper)
SUBJECT: Re: SEUS 500, MAIS 500
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 06:30
--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
>
> >Manuel: Também acho que não vale a pena repassar pra cá. Vai
assustar
> >o pessoal.
> >
> >[]s,
> >Manuel Bulcão
>
>
> MUY CIENTIFICA LA IDEA...
>
> VOCES VÃO É DUPLICAR AINDA MAIS O VOLUME DE MENSAGENS.
>
> RIDICULO.
Manuel: Mas eu falei que não ia repassar pra cá. Como vai duplicar? O
que posto lá, não postarei cá.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 07:49
----- Original Message -----
From: "Arcange"
Sent: Tuesday, November 05, 2002 11:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
> > Léo: Ciência é Física ... os demais ramos do conhecimento científico são
> > corolários. Só deles extrai-se algo ponderável à humanidade.
> Essa respostinha é interessante.
Sempre que um arcanjo, ou Arcange, se propõe a contestar o Léo, lembro-me do
personagem bíblico Lúcifer. Nada contra rebeliões celestes, mesmo porque a
Ciencialist, ou o Reino do Léo, é um território onde prevalece a democracia
e onde é dado a todos o direito de espernear quando alguns dogmas pessoais
são colocados em xeque. Neste caso, em particular, diria que as
contra-argumentações não procedem e por dois motivos: Em primeiro lugar,
porque não há dúvidas de que o Léo está tirando o sarro de todos os não
simpatizantes da física; e em segundo porque a afirmação Dele faz sentido
dependendo do contexto em que for interpretada. E qual foi o contexto
proposto? Só o Léo pode dizer. E como o Léo, via de regra, dirige-se a nós
anjos, arcanjos ou relés mortais através de parábolas, o máximo que podemos
fazer é tentar decifrá-las, lembrando sempre que já foi definitivamente
comprovado que o Léo não joga dados e sim gamão, e assim mesmo somente nos
fins de semana em que vai para o seu sítio.
> 1-) Ciência é a entidade calcada em duas premissas: *Aplicação de um
> método* e *Objeto de estudo definido*. Essa entidade gera um tipo de
> conhecimento que pode ser chamado de *conhecimento científico*
> (contraposto aos outros dois tipos de conhecimento: *sensível* e
> *empírico*)
Concordo contigo se bem que prefira dizer que a ciência apóia-se na regra da
repetitividade, e que o método é daí decorrente. Sob esse aspecto, ciência
seria o estudo de fenômenos que se repetem e, conseqüentemente, daqueles que
se sujeitam à experimentação. Obviamente, existe um conceito antigo e mais
geral para a ciência e quase a nivelá-la a conhecimento, mas não é esse o
sentido moderno que se dá a expressão ciência. Ciência hoje é quase sinônimo
de ciência experimental.
> A divisão mais comum das ciências é: Ciências lógico-matemáticas, Ciências
> experimentais, e Ciências humanas.
Não sei até que ponto poderia situar a lógica ou a matemática na categoria
de ciência, a não ser no sentido amplo apontado acima. Lógica tem muito a
ver com filosofia, e matemática com linguagem. Filosofia e linguagem são
alheias à concepção moderna de ciência. Por outro lado, quando falamos em
Ciências Humanas, quero crer que estamos frente a um termo dúbio. Existe
muito de experimentação nas ciências humanas (e portanto, existem setores
que se encaixam muito bem no sentido moderno do termo) e existe muito de
filosofia e linguagem (ou seja, existem setores que somente seriam ciência
no sentido amplo), e nem sempre o assunto chega a ser devidamente comentado.
Veja bem: Eu não estou propondo um racha nas Ciências Humanas, a separar o
que seria ciência do que seria filosofia ou linguagem. O que estou
pretendendo dizer é que existem setores que se coadunam com o método
científico observado nas chamadas ciências experimentais. Ou seja, parte do
que chamamos hoje, utilizando-se um sentido amplo (lato sensu), Ciências
Humanas, sujeita-se à regra da repetitividade, ao método científico, à
falseabilidade... E por falar em falseabilidade, lembro que Popper propôs um
critério de demarcação da ciência onde ele demonstra essa distinção e a sua
total aceitação do sentido moderno de ciência, a confundir-se com ciência
experimental. Críticas ao critério de Popper, a apoiar-se na falseabilidade,
existem muitas, mas ao critério utilizado e não à idéia em si. Esse racha,
para Popper, não era exclusivo às ciências humanas, onde ele apontava como
áreas não falseáveis a psicanálise e o materialismo histórico, mas
expandia-se à biologia, com o darwinismo. Jamais Popper depreciou a
psicanálise, o materialismo histórico nem o darwinismo, e/ou considerou-os
como áreas pseudocientíficas; simplesmente tentou mostrar que não se
coadunavam com o método científico proposto. Apesar disso, é de se notar que
Popper era contrário ao racha que me referi acima, pois para ele "não havia
assuntos; não há ramos do saber - ou, melhor, da pesquisa: há somente
problemas, e o impulso para os resolver."
> O que normalmente é chamado de "ciência", no sentido restrito, é o que em
> inglês se conhece como "hard sciences". São as experimentais, que se valem
> do método científico experimental, notadamente, o indutivo.
Bem, se você é defensor do indutivismo como base para o método científico,
então diria que estamos freqüentando praias totalmente diversas.
> As três hards sciences (experimentais) básicas são: física, química e
> biologia. As três se valem da metodologia científica experimental
> indutiva, apesar das adequações particulares, que acabam findando no
> método experimental de física, de química e de biologia.
Quero crer que você está assumindo que não existe experimentação fora do
âmbito da física, química e biologia. Como ciências humanas não é também a
minha praia, deixo aqui apenas registrado o meu espanto.
> Todas as três básicas são *isoladas* por objeto e por axiomas. Nenhuma é
> decorrente da outra do ponto de vista metodológico. E, como ciência é
> basicamente só metodologia - a não ser que você vá para a filosofia
> ontológica -, as três são ISOLADAS.
Neste caso vamos completar o pensamento de Popper exposto acima:
"Não há assuntos; não há ramos do saber - ou, melhor, da pesquisa
[inquiry, N. do T.]: há somente problemas, e o impulso para os resolver. Uma
ciência como a botânica ou a química (ou, digamos, a química-física, ou a
eletroquímica) é, defendo eu, apenas uma unidade administrativa. Os
administradores das universidades têm, de resto, um trabalho difícil, e é de
grande conveniência para eles trabalhar supondo que há alguns assuntos
determinados, com cátedras associadas a eles, e destinadas a serem ocupadas
pelos peritos nesses assuntos. Não estou de acordo: até os alunos
competentes são enganados por este mito do assunto. E eu sou relutante a
chamar a algo que engane uma pessoa uma conveniência para essa pessoa."
Eu costumo dizer isso com outras palavras: A ciência não tem fronteiras a
separarem-na em setores.
> A física, por exemplo, tem objeto definido e postulados que são aceitos
> sem contestação. Um postulado básico é o do movimento. O movimento que é
> uma evidência para os sentidos, é um problema para a inteligência, tendo
> sido posto em questão há mais de 2000 anos pelos filófosos da escola de
> Eléia, que contestavam a racionalidade do movimento. Mover-se é estar e
> não estar ao mesmo tempo em um lugar. Percorrer num tempo finito um espaço
> infinitamente divisível. O postulado do movimento é só e tão somente
> aceito, sem contestação e sem resolução.
O que você chama "evidência para os sentidos", 2000 anos após os filósofos
da escola de Eléia eu chamaria por evidência experimental. E o que você
chama "aceito sem contestação" eu chamaria aceito por exaustão (regra da
repetitividade). Lembro apenas que aceitar por exaustão não é exatamente o
mesmo que aceitar por indução. Aceitar por indução é quase que dogmatizar;
aceitar por exaustão é condicionar, é postular: Se tal coisa sempre
aconteceu, É DE SE ESPERAR que no futuro, e em condições similares, tal
coisa volte a ocorrer.
> Com dito antes, as três ciências 'duras' são só 'objeto' e 'metodologia'.
> São metodologicamente isoladas. Como as três ciências são somente
> *Interpretações Fenomenológicas* da realidade, e não *Verdades
> Ontológicas*, não faz sentido algum dizer que uma é 'corolária' da outra.
> Não faz sentido algum dizer, à luz da racionalidade investigativa, que
> *uma interpretação baseada em um método isolado* decorre de *outra
> interpretação baseada em outro método isolado*.
Mas se o método é o mesmo, não faz sentido isolá-las em assuntos, a não ser
como unidades administrativas de uma universidade. E "até os alunos
competentes são enganados por este mito do assunto."
> Isso é filosofia - literalmente: metafísica ontológica - barata.
Se é barata ou não, não sei. Por falar nisso, o Brudna estava querendo
encontrar um livro do Popper. Se estiver havendo alguma liquidação seria bom
informá-lo a respeito.
> É achar que as três ciências dizem respeito à ontologia e não a fenômenos
> isolados ou técnicas metodológicas igualmente isoladas. É inferir e
> conceber - sem o desenvolvimento de uma metodologia correta - um caráter
> concêntrico na realidade. (e não nos fenômenos. Repito: fala-se de
> ontologia: onde um "ser" ontológico - estudado por uma ciência - está
> invariavelmente ligado a outro "ser" ontológico - estudado por outra
> ciência.).
Pois eu diria que o método científico é exatamente o mesmo para as três
áreas citadas, mas não só. E técnicas variam de uma experiência para outra,
às vezes relacionadas a um mesmo capítulo de uma mesma disciplina acadêmica.
Nesse caso existiriam quase tantas ciências quantas experiências pudessem
ser imaginadas.
> 2-) Essa resposta é um caso típico de subterfúgio desonesto de retórica.
> Isso é até comum. A pessoa *objetivamente* diz uma coisa, mas
> *subjetivamente* sugere outra. Quando as pessoas vão reclamar -
> fundamentadas na sugestão subjetiva - o autor do artifício diz: "Olha! eu
> não disse isso! leia de novo! não está sabendo interpretar textos!".
Bem, eu conclui que muito provavelmente o Léo estava tirando o sarro dos não
simpatizantes com a física, e você está interpretando isso de outra maneira.
> É uma espécie de 'ironia branca', onde se quer dizer o oposto do que se
> diz. Vejamos:
> a-) A Lígia diz que ciência não é *só* física.
> b-) O Léo "contra-argumenta" (?) dizendo: "Ciência é Física ... os demais
> ramos do conhecimento científico são corolários. Só deles extrai-se algo
> ponderável à humanidade."
Bem, assim como acima eu expus o que considero como ciência num senso
estrito, parece-me que o Léo expôs como física o que considera num sentido
amplo, qual seja, o estudo da natureza. Ir contra esse argumento é o mesmo
que contestar a idéia de Popper sobre a inexistência de assuntos. Vejam que
até o homem faz parte da natureza, logo as ciências humanas, pensadas em
seus setores efetivamente passíveis de experimentação, enquadram-se nesse
sentido amplo do que seria a física.
> Ora, isso foi um contra-argumento ? Objetivamente não. Objetivamente, ele
> reafirma que a física é ciência e diz - erradamente, diga-se de passagem -
> que os outros ramos do conhecimento são derivações ou decorrências dela,
> sem dizer se esses outros ramos são ou não são ciência.
Bem, eu posso interpretar, a minha maneira, o que o Léo chegou a dizer,
ainda que através de parábolas. Mas o que ele não disse...
> De qualquer modo, fica sugerido MESMO ASSIM que foi um contra-argumento e
> fica sugerido subjetivamente que ele quer dizer que ciência é *só* fisica.
Eu diria que ficou totalmente explícito, e por tanto foi dito objetivamente.
Ele apenas não definiu os critérios de demarcação do que seria física, e é
por isso que acredito que ele apenas estava tirando o sarro.
> As outras são meras decorrências.
Pois eu entendi que ele pretendeu dizer que as outras também pertencem à
seara da física no sentido amplo, mesmo aquela que não são estudadas pelo
físico "stricto sensu". Aliás, um corolário de uma teoria não deixa de ser
parte integrante dessa teoria, se não como hipótese, pelo menos como
conseqüência imediata.
> Realmente, eu também acho que a física é a 'mãe' de todas as ciências. Ela
> é tão importante, Leo, que quando você tiver hemorróidas, para se valer de
> um tratamento cientificamente principal - e não apenas 'corolário' -, eu
> sugiro que você use algo como... humm... 'Capacitor de fluxo quântico de
> bozons Z decadimensional Kaluza-Klein Witten-Plank Tabajara'.
Pô, agora já é apelação. Quem disse que quântica é física? Quem disse que
quântica é ciência? Quântica é misticismo puro. ;-))
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Biologia e Psicanálise
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 08:23
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> O reducionista ingênuo é como aquele grãozinho de argila invejoso e
> despeitado brigando com um DNA: "Quem pensa que é? Você também não
> passa de uma molécula!" :-)
Isso seria mais ou menos como a briga entre
o Itamar e o FHC. Algumas hipoteses para
o surgimento da vida levam em conta a
participacao de particulas de argila como
terreno das primeiras reacoes cataliticas q
deram origem aos seres vivos.
(Antes q. algum criacionista mais afoito
veja nisso alguma semelhanca com a origem
humana a partir do barro... nao se diz q.
foram os humanos criados diretamente a
partir do barro.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 09:03
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> Mesmo previsões feitas na grécia, há mais de 2000, possivelmente
> falariam de coisas como 'homens voando', 'barcos
> velozes', 'carroças sem cavalo', 'cura de doenças'.... ..
So' q. homens voando com asas auto-propelidas e homens voando com
auxilio de motores 'a combustao interna e' uma diferenca fundamental.
> As previsões da década de 50, 60, 70 *sempre* previram computadores
> e a revolução da informática.
A sim, com computadores cada vez mais gigantes com interface em fitas
de papel perfuradas -- nos mais modernos, as entradas eram com rolos
de fitas magneticas. (Na Enterprise -- primeira versao -- o
computador tem uma interface de luzinhas nos paineis e apitos, chaves
deslizantes e botoes de girar... 'muderrrrnissimo, aê'.)
Entre milhares de previsoes claro q. uma ou outra acaba acertando --
mesmo q. errem em algumas decadas. Mas ha' varias q. subestimaram
completamente as alteracoes nas taxas de modificacoes e umas ainda q.
superestimaram (carros voadores no sec. 20 -- mas ai' tentam
interpretar como uma antevisao dos avioes e helicopteros).
> diretamente, é sugerida em muitas obras. É sugerida, por exemplo,
> em quase boa parte da obra de Arthur Clark (série monolito: o mundo
Bem, nos filmes baseados na obra pelo menos ainda achavam q.
a Uniao Sovietica existiria no sec. 21 e q. a PanAm voaria por ai'.
Mas isso e' realmente dificil de antecipar, por isso considero a
futurologia um exercicio interessante, mas de pouco uso pratico: ate'
uns 3 anos talvez tenham otimos chutes, a partir dos 10 levanto um
pouco a minha sobrancelha, dos 50 em diante encaro como pura
literatura de ficcao.
> A não-bipolaridade está presente em muitos outros
> livros, não só nos de Clark).
Unipolaridade e' diferente de multipolaridade, embora ambos
sejam 'nao-bipolares'. Aqui a conta e' simples: ou o numero de
paises poderosos permanece o mesmo ou aumenta ou diminui -- como
cada livro q. tenta tracar o futuro (seja como romance ou como
tentativa seria de previsao) aposta em uma alternativa diferente
batata q. um deles pelo menos acerte.
> Previu a telecomunicação por satélites, ainda na década de 40.
Isso foi um bom palpite.
> Eu não preciso nem citar gente como Julio Verne, que, em *mais* de
> 100 anos antes (100 anos. É muito?), falava de submarinos e ida a
> lua - apresentando o meio de ida fundamentalmente igual ao usado
> pela Nasa: um objeto em forma de 'bala' fortemente propelido -.
E tbm de trens voadores -- voadores mesmo e nao "simples" flutuantes
sobre trilhos magneticos. (Era de Verne o 'Viagem ao Centro da
Terra'?)
Mas a bala de Verne era uma bala mesmo -- atirada de um canhao.
Foguetes sao auto-propelidos. E' uma diferenca mais fundamental do q.
a semelhanca de objetivo e de forma (essa bem grosseira por sinal).
Verne nao pode ser acusado de falhar em suas previsoes, sao obras de
ficcao. Ele tentou dar o melhor de si de todo modo (assim como ou
outros).
> É interessante notar, por exemplo, que Leibniz, no século XVIII, já
> falava sobre computadores - não com esse nome 'computador': mas de
> máquinas que pudessem raciocinar sobre dados -.
Maquinas q. raciocinam sobre dados ainda nao foi inventada.
> Nietzsche, em aproximadamente 100 anos antes (100 anos. É muito ?)
> da bipolaridade do mundo, já dizia que esperava que, no futuro, a
> Russia fosse se tornar a nação mais importante da Europa.
Vc fala da epoca como URSS ou da atual?
> infinito, seria *extremamente* difícil, estatisticamente falando,
> que *qualquer* previsão fosse correta, mesmo considerando inúmeras
> tentativas.
Se considerarmos aproximacoes como: "carros velozes" ai' *nao* se
torna estatisticamente insignificante, ainda mais q. o conceito
de 'carro' se modificou completamente nos ultimos 4.000 anos.
A historia nao precisa ser totalmente aleatoria para se tornar
imprevisivel a longo prazo. Basta ter elementos de caos. Um sistema
assim ira' evoluir de forma imprevisivel, ainda q. tenha leis
fundamentais bem definidas orientando sua evolucao.
So' q.:
1) nao conhecemos essas leis;
2) nao conhecemos as delimitacoes do sistema
Sem a regra de manipulacao dos dados e sem os dados de entrada, fica
dificil obter uma saida precisa.
> Se houve meramente algumas poucas previsões certeiras - e houve
> relativamente muitas
Esse relativamente muitas precisa ser investigada. Qtas previsoes
foram feitas, qtas certas e qtas erradas?
> Mas a previsão vigente era de um
> forno "diferente", "frio", de onde se colocava comida "crua" e
> poucos minutos depois ela estava pronta.
Tecnicamente poderesmo desconsiderar isso como previsao.
"Alguma coisa vai acontecer"... E' generica demais.
(Nos fornos -- a lenha, eletrico, a gas, microondas, laser, de
lampadas halogenicas, de retexturizacao quantica -- a comida
sempre e' colocada 'crua' -- nao faz sentido colocar comida
pronta, a menos de aquecer apenas).
> Falava-se, como foi explícito no texto, de um 'paraíso
> tecnocrático'.
Paraiso tecnocratico ou tecnologico?
Mas a questao agora -- ja' q. desviamos da simples consideracao
da auto-destruicao inexoravel da humanidade nos proximos 500 anos --
o q. disso foi realmente previsto?
Simples melhoria? As coisas ou melhoram ou pioram ou permanecem as
mesmas (dado um criterio de melhoria). Uns sao otimistas, outros
pessimistas. Alguem acerta. (Mesmo q. erre nos 'detalhes' -- "teremos
um forno mais rapido no futuro", a comida vem em forma de
pilulas, "ah, ha'! falei q. o preparo da comida seria rapida no
futuro".) Mais ou menos como as previsoes astrologicas: vagas demais,
ambiguas demais.
Mas uma questao lateral q. acho intrigante: tem os q. acham q.
todo mundo acha q. as previsoes sao sempre incorretas e os q. acham
q. todo mundo acha q. as previsoes sao sempre corretas. Logicamente
os q. acham q. todo mundo torce o nariz para as previsoes sao os q.
enfatizam os acertos da previsao e o oposto para os q. acham q. todos
acham q. as previsoes sao certeiras. Os religiosos acham q. o mundo
esta' cada vez menos espiritualizado com as pessoas cada vez mais
racionalistas e materialistas, os ceticos acham q. o mundo esta' cada
vez menos racionalista. Ô, seu fróide! (Fróide e' a versao sintética
futurista de Freud.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Pitaco em: Re: [ciencialist] CURA INEXPLICAVEL
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 09:20
On 4 Nov 2002 at 8:00, lpereira@smsdemag.com.br wrote:
> Lembro-me de uma frase de madre Teresa que ilustra todas as virtudes
> heróicas dessa santa criatura: "Ninguém é mais humilde do que eu!"
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Certa me disseram: "A humildade é a maior das prepotências." Fiquei a
pensar nesta frase... tentando encontrar o nexo.
Me ocorre uma interpretação: Ser humilde teria o significado de uma
tentativa em igualar-se a Deus. Todos do deuses são humildes.
Parece então a humildade não ser própria do ser humano, já que seria
divina.
Temos então o nexo da frase inicial: Ser humilde representa querer estar em
posição impar, estar acima das vicissitudes do normal dos humanos. Ser capaz
de, por opção, abrir mão de sua condição humana e adotar a posição de um
deus.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
SUBJECT: Pitaco em: RES: [ciencialist] unbekannter Benutzer
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 09:20
> De: magaemin
>
> guten Tag Leute!
Numa boa...
Para alguns isso pode parecer só uma forma de se mostrar.
Para mim é um insulto.
Por favor, esta é uma lista de discussão em língua portuguesa.
Como se já não tivéssemos que tolerar a língua inglesa...
[]
Alexandre Medeiros
########> hehehe <########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 09:21
"--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luisbrudna@u...> escreveu
> Lendo essa parte me lembrei da auto-hipnose que vi no link
> http://www.epub.org.br/cm/n01/bernik/selftraining_port.htm
>
> Qual o nivel de sucesso de um treco desses?
Bem... a idéia base do uso da hipnose é acessar o conteúdo
inconsciente de alguém e ao invés de trabalhá-lo como em terapia,
apenas "mudar" a forma de encarar tal conteúdo pela anulação/negação
do mesmo. Assim, alguém que tenha medo de alguma coisa, ao invés de
buscar as razões para tal medo apenas recebe uma ordem de "desligue"
e puf, o medo vai embora. Na auto-hipnose o que acontece é esse
acesso e esse "shut-down" sem um "instrutor" além de si mesmo... :)
########>Hipnose foi o 'start' para Freud elaborar a psicanálise. Ele atuava
na especialidade de neurologia e foi solicitado por Jean Martin Charcot, que
constatara casos de cegueira (amaurose) e paralisia (flácida) em pacientes
que não apresentavam lesões neurológicas. Foi assim, através de observações
fazendo o uso de hipnose, que Freud 'teorizou' interessando ao fenômenos
conversivos e estruturou o modêlo de inconsciente.
Freud abandonou a hipnose devido a dificuldade em induzir ao tranze
pacientes que apresentavam 'problema' (As pessoas sadias são mais
susceptíveis). Por outro lado, também observara que, nas 'curas' obtidas
através do "shut-down" (citado na msg da Lígia) os sintomas reapareciam, não
obstante manifestando-se de maneira diversa.
Freud ainda experimentou colocar para o paciente em vigília àquilo que
'descobrira' da narrativa do paciente em transe. Este experimento
traumatizava ao paciente.
Estou certo que outros listeiros poderão dar continuidade...<##########
(...)
"... persistindo
os sintomas, procure orientação médica... :)..."
##########>'Antigamente' as pessoas procuravam o médico para trataram seus
males. Agora, usam uma medicação e, caso não resolva, então procurarão o
profissional. É uma atitude perigosa... Nem tudo que é moderno é...
<#########
SUBJECT: Re: [ciencialist] SEUS 500, MAIS 500
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 10:17
----- Original Message -----
From: L. E. Carvalho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 3:14 AM
Subject: [ciencialist] SEUS 500, MAIS 500
>VOCES VÃO É DUPLICAR AINDA MAIS O VOLUME DE MENSAGENS.
O que vai duplicar o volume de mensagens é um monte de emails reclamando da
nova lista depois de um monte de emails sugerindo que os interessados
deveriam criar uma nova lista... Eita pessoal difícil de contentar! ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 10:18
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 4:18 AM
Subject: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Também acho que não vale a pena repassar pra cá. Vai assustar
o pessoal.
Foi o que eu pensei. ;-) De qualquer forma, aguardo a tua resposta, pra
gente começar logo os debates por lá.
Abs.
L.
SUBJECT: transgenicos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 10:34
Já abraçou seu ursinho panda hoje?
http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/guia_web/01.asp
É uma pequena lista brasileira com alimentos suspeitos de serem
transgênicos.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
SUBJECT: Res: O QUE É A BELEZA
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 10:35
> De: Arcange
>
> As modelos são dolicocéfalas porque o padrão de beleza é o
> europeu, cuja *média* fenotífica é dolicocéfala.
Ao contrário...
As modelos são (quase sempre) européias
porque o padrão de beleza é o dolicocéfalo.
NÃO existem modelos de qualquer etnia (raça) que não
sejam dolicocéfalas(os). Vá lá olhar o portfólio da
Ford Models, pô! Na pior hipótese, uma mesocéfala
com o cabelo ajeitadinho passa batido.
Confira lá:
Ameríndias: dolicocéfalas
Negras: dolicocéfalas
Asiáticas: dolicocéfalas
Européias: dolicocéfalas
O padrão não é europeu, é dolicocéfalo.
Européias são maioria, pois a taxa de dolicocéfalas
é um pouco maior. Certo?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Psicanálise lacaniana (ex-Ciencialist)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 10:46
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 6:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: Ciencialist
>Talvez porque o conhecimento é poder, e registrá-lo numa linguagem cifrada
é uma forma de monopolizar esse poder. Há quem sustente que o poder está na
própria obscuridade do discurso, pois o mistério é temível e o que é temível
é poderoso.
Pelo que eu conheço do lacanismo, não dá pra negar que muitos psicanalistas
macaqueiam o estilo hermético do Lacan com essa finalidade, que não deixa de
ter analogias com o uso do latim pela Igreja durante a Idade Média. Mas, no
caso do próprio Lacan, eu acho que as razões são um pouco menos
maquiavélicas. Existem pelo menos duas:
1) No início, o Lacan foi profundamente marcado por dois filósofos que, cada
um a sua própria maneira, tinham um estilo bastante obscuro: o Heidegger e o
Hegel (que ele absorveu graças ao mítico seminário do Alexandre Kojéve, que
acabou de ser publicado no Brasil). Trata-se de um estilo denso, compacto,
em que cada frase encerra uma carga de informação concentrada, como se fosse
um arquivo zipado que precisa ser descomprimido. Torna a leitura mais
difícil, é óbvio, mas também dota o texto com uma riqueza de significado que
compensa o esforço.
2) Desde o começo, o Lacan dialoga com artistas que tentaram traduzir em
palavras os mecanismos e processos do inconsciente. No princípio, foram os
surrealistas - as idéias iniciais do Lacan sobre a paranóia vieram direto do
método paranóico-crítico do Salvador Dalí - e depois ele se encantou pela
obra do Joyce. O que ele tentou fazer, mais ou menos a partir da segunda
metade da década de 60, foi introduzir a lógica do inconsciente no corpo do
próprio discurso psicanalítico, que deixaria assim de ser uma simples
metalinguagem. Era uma idéia interessante, mas a experiência foi um fiasco.
Os seminários e escritos do Lacan nessa época continuam cheios de noções
instigantes, mas o texto degenerou em uma sucessão de jogos de palavras que,
na melhor das hipóteses, não passam de uma paródia bem-feita do _Finnegans
Wake_. Como é sempre mais fácil imitar a forma do que o conteúdo, os
discípulos do Lacan se puseram a macaquear os jogos de palavras e
neologismos, muitas vezes sem ter a menor noção do que o Lacan estava
realmente dizendo.
Mesmo assim, feitas as contas, eu acho que o saldo final é positivo. Os
primeiros seminários do Lacan, que estavam mais centrados numa análise
sistemática da obra do Freud, ensinaram toda uma geração de psicanalistas a
abordar os textos teóricos com um rigor e uma atenção aos detalhes, à
estrutura do texto, à lógica da argumentação, que contribuíram pra desfazer
uma série de mal-entendidos sobre as teorias freudianas (por exemplo, Lacan
foi o primeiro a chamar a atenção para a mistureba que as traduções faziam
entre Trieb e Instinkt, pulsão e instinto) e ajudaram a desligar a
psicanálise do paradigma datado das ciências do século XIX. E alguns dos
conceitos que ele propôs, como a tríade real/simbólico/imaginário, são
ferramentas bastante úteis, tanto na teoria quanto na prática.
Em resumo, eu acho que o que a gente tem que fazer com o Lacan é ficar com o
que serve e jogar fora o resto. ;-)
Abs.
L.
Mas não convém confundir a psicanálise com o lacanismo e muito menos
com o seu estilo arabescado. Os escritos de Freud, embora profundos,
são acessíveis e as poucas dificuldades são de ordem técnica. Alguns
de seus textos chegam mesmo a lembrar apostilas elaboradas por
professores ginasianos, mas em nenhum momento a clareza sacrifica o
rigor da análise. Os psicanalistas norte-americanos foram os que
melhor seguiram o seu exemplo.
Aos curiosos, indico dois livros de Freud: "Totem e Tabu" e "O Futuro
de Uma Ilusão". Depois de lê-los, terão uma idéia melhor de Freud e
da Psicanálise.
Abraços,
Manuel Bulcão
"Existem muitas questões a que a ciência atualmente não pode dar
resposta. Mas o trabalho científico constitui a única estrada que nos
pode levar a um conhecimento da realidade externa a nós mesmos."
(Sigmund Freud)
"Eu, pelo menos, estou convencido de que existe um mundo inconsciente
e de que as análises dos sonhos de Freud em seu livro são
fundamentalmente corretas, embora incompletas, como ele mesmo deixa
claro" (Karl Popper)
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SUBJECT: Re: Res: O QUE É A BELEZA
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 10:50
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> Bom Dia!!!
>
> Desculpem a minha inépcia, mas o que significa dolicocéfalas?
> Fenotífica? Portfólio? Mesocéfala? Essa média é aritmética,
geométrica ou
> ponderada? Essas quatro "raças" são os representantes da espécie
humana?
> Há algum estudo que apresente qualquer dado objetivo? A beleza é um
> conceito pessoal ou segue uma lei darwiniana, freudiana ou ambas as
> hipóteses?
> Acredito que este texto esteja sendo dirigido para os pupilos
de
> Lacan.
> Que saudade do "Boca", ele era muito mais cético que muitos
doutores.
>
> Atenciosamente:
> Lisandro.......
Olá Lisandro,
Aprenda a usar o Google além do translator... :)
Bisous, Lígia
SUBJECT: RES: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 10:53
> De: Lucio Jorge Pina Manfredi
>
> Não exatamente. Os andróides do romance do Dick - que deu
> origem ao filme _Blade Runner_ - não eram robôs, eram
> criaturas orgânicas, fabricadas por engenharia genética.
Ops! A não ser que eu esteja endoidando, no filme 'Blade
Runner' os andróides eram 'orgânicos', mas no livro do
Dick ("Do Androids...") eles eram mecânicos sim.
Putz! Pena que não estou com o livro aqui por perto para
conferir.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: [ciencialist] Res: O QUE É A BELEZA
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 11:12
Bom Dia!!!
Desculpem a minha inépcia, mas o que significa dolicocéfalas?
Fenotífica? Portfólio? Mesocéfala? Essa média é aritmética, geométrica ou
ponderada? Essas quatro "raças" são os representantes da espécie humana?
Há algum estudo que apresente qualquer dado objetivo? A beleza é um
conceito pessoal ou segue uma lei darwiniana, freudiana ou ambas as
hipóteses?
Acredito que este texto esteja sendo dirigido para os pupilos de
Lacan.
Que saudade do "Boca", ele era muito mais cético que muitos doutores.
Atenciosamente:
Lisandro.......
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 06/11/02 09:59 -----
"Medeiros,
Alexandre Para: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'"
Pimentel Cabral <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
de" cc:
<alxmpub@uol.com. Assunto: [ciencialist] Res: O QUE É A BELEZA
br>
06/11/02 10:35
Favor responder a
ciencialist
> De: Arcange
>
> As modelos são dolicocéfalas porque o padrão de beleza é o
> europeu, cuja *média* fenotífica é dolicocéfala.
Ao contrário...
As modelos são (quase sempre) européias
porque o padrão de beleza é o dolicocéfalo.
NÃO existem modelos de qualquer etnia (raça) que não
sejam dolicocéfalas(os). Vá lá olhar o portfólio da
Ford Models, pô! Na pior hipótese, uma mesocéfala
com o cabelo ajeitadinho passa batido.
Confira lá:
Ameríndias: dolicocéfalas
Negras: dolicocéfalas
Asiáticas: dolicocéfalas
Européias: dolicocéfalas
O padrão não é europeu, é dolicocéfalo.
Européias são maioria, pois a taxa de dolicocéfalas
é um pouco maior. Certo?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] transgenicos
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 11:19
----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 10:34 AM
Subject: [ciencialist] transgenicos
>É uma pequena lista brasileira com alimentos suspeitos de serem
transgênicos.
Opa, vou passar a consumir todos! ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 11:21
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Wednesday, November 06, 2002 10:53 AM
Subject: [ciencialist] RES: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da
Humanidade)
>Ops! A não ser que eu esteja endoidando, no filme 'Blade
Runner' os andróides eram 'orgânicos', mas no livro do
Dick ("Do Androids...") eles eram mecânicos sim.
No livro, eles são híbridos, tem componentes mecânicos e sistemas
biológicos.
Abs.
L.
SUBJECT: O que é a beleza?
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 12:23
Bom Dia Lígia!
Ok. Eu entendi a ironia. É bom saber que você possui senso de humor.
Até mais....
Lisandro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Socorro: Livros
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 12:45
Caro Carlos,
Eu tenho o livro, mas não vendo e não dôo, hehe..
Entretanto, podemos negociar uma cópia xerox. Basta entrar em contato
comigo.
[ ]s
Prof. Alvaro Augusto de Almeida
http://www.alvaroaugusto.com.br
Tel.: 0++41 345-4513; Cel.: 9106-1484
Curitiba, PR, Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 6 de Novembro de 2002 01:20
Assunto: [ciencialist] Socorro: Livros
Alguém aí da lista, algum físico que possua mais de um exemplar, ou mesmo
uma cópia, não estaria disposto a vender ou a trocar ou simplesmente doar o
livro A MENTE NOVA DO REI, de Roger Penrose, Ed. Campos. O Sérgio eu sei
que tem. Se por acaso alguém conhecer algum cebo que tenha esta obra para
vender diga-me que eu depositarei o valor na conta do colega, e ele me fará
o favor de colocá-lo no correio para mim, se não for pedir muito. Por
favor, preciso urgentemente desse livro. A Lígica Gallo me passou um site
de um livraria Sebo mas não consigo acessá-lo para comprar, mas sei que
eles têm o livro. O Site que a Ligia me mandou é
www.revistapsicolgia.com.br/livrosListagem/livros9.htm
Socorro, alguém me ajude!
Abraços
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 12:46
>
> > > Léo: Ciência é Física ... os demais ramos do conhecimento científico
são
> > > corolários. Só deles extrai-se algo ponderável à humanidade.
>
Sei não. Com todo respeito ao nosso divino colega, essa resposta está um
pouco ultrapassada e é reducionista demais. As ciências do caos e da
complexidade, por exemplo, mostraram que alguns sistemas físicos se
comportam de maneira semelhante a sistemas biológicos e não dá para reduzir
um ao outro. Além disso, noto um certo corporativismo na resposta...
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: FC
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 12:56
Boa Tarde!!
Gostaria de saber qual(s) a(s) editora(s) no Brasil que publicou os
livro de Philip K. Dick ( O Caçador de Andróides).
Agradeço a colaboração.
Atenciosamente:
Lisandro.
SUBJECT: Re: Socorro: Livros
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 13:14
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Entretanto, podemos negociar uma cópia xerox. Basta entrar em
> contato comigo.
Epa! Oia o direito autoral...
Nas melhores bibliotecas certamente o livro pode ser encontrado.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Socorro: Livros
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 13:46
On Wed, 6 Nov 2002, rmtakata wrote:
> > Entretanto, podemos negociar uma cópia xerox. Basta entrar em
> > contato comigo.
>
> Epa! Oia o direito autoral...
> Nas melhores bibliotecas certamente o livro pode ser encontrado.
> Roberto Takata
Com esta paranóia de direitos autorais brevemente até as bibliotecas
poderão ser proibidas. ["Ler um livro de graça??? Proibido!"]["20% do
aluguel do livro deverá ser destinado aos autores."] Coisas do tipo.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
SUBJECT: Re: Socorro: Livros
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 13:54
--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> Com esta paranóia de direitos autorais brevemente até as bibliotecas
> poderão ser proibidas. ["Ler um livro de graça??? Proibido!"]["20%
> do aluguel do livro deverá ser destinado aos autores."] Coisas do
> tipo.
Bem, a assinatura institucional de um periodico cientifico e'
varias vezes mais cara do q. uma assinatura pessoal...
Falando em ler livros de graça, o nosso querido imortal deixou
disponivel para download gratuito toda a sua obra.
http://www.paulocoelho.com.br/port/dow.html
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Fome e sexo
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 14:14
"On 4 Nov 2002 at 7:59, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Considerando-se que a não atualização redunda em mobilização da atenção do
> Ser (Por vezes impedindo outras atividades), pode-se até fazer analogia
> entre fome e sexo, mas têm significados bastante distintos. Ou não?
Antonio
Gostaria de acrescentar uma pequena explicação. É um problema de tradução. O
que Freud dizia tem muito mais que ver com desejo que com necessidade.
Existe uma diferença entre desejo e necessidade. A fome é uma necessidade, o
apetite nem sempre. O apetite está mais do lado do desejo. A tradução
deveria ser apetite. Acontece que não soaria tão bem. O tema do desejo em
psicanálise é sumamente importante. Estaria "motorizando" todo ato psíquico
(não só o sonho). No ano de 1895 Freud escreveu um rascunho muito
esclarecedor. Foi seu "Projeto de Psicologia". Escreveu-o utilizando uma
liguagem neurológica. Aí descreve bem o que é o desejo.
Lacan e seus seguidores centram suas contribuições em torno do desejo. A
fome é necessidade.
[ ]s
Marco Aurelio"
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Marco Aurelio
A msg que vc comenta interessa a seguinte observação feita pelo Manuel,
citando Freud:
"...Manuel, transcrevendo Freud: "À força pela qual o instinto sexual
está representado na mente chamamos 'libido' -- desejo sexual -- e
consideramo-la como algo análogo à fome.>> (S. Freud; Uma Dificuldade
no Caminho da Psicanálise; Vol.XVII; Standard Brasileira)..."
Então coloquei na msg que vc comenta: "...pode-se até fazer analogia
> entre fome e sexo, mas têm significados bastante distintos. Ou não?..."
Mas, já que falou nisso, acrescento mais alguma coisa: Minha opinião
pessoal.
Fome é o apetite sem perspectiva de solução.
Talvez o Homem seja o único animal sujeito ao fenômeno que os psicólogos
denominaram 'abundancia'. Assim, mesmo satisfeita a fome, o Homem pode
continuar a comer, com o único propósito de gratificação dos sentidos (Ex.:
Comer algo saboroso é gratificante, a despeito da fome estar satisfeita).
Para que fique claro, não inclui alimentação acima do necessário nos casos
do animal necessitar 'fazer reservas' (Para hibernação, p.ex.).
No caso do sexo também podemos verificar o fenômeno de abundancia. Não
obstante, sexo é uma _necessidade_ da Espécie, já que é através do sexo que
reproduzimos perpetuando nossa Espécie. Talvez uma necessidade mais premente
(significativa?) que a fome. Significa a manutenção do Homem (na Natureza)
através dos tempos.
A diferença entre as 'necessidades' fome e sexo seria a urgencia. Oxigênio
tem mais urgência que água. Esta, mais que alimento...
Uma outra optica, talvez um pouco mais elaborada (Sem deixar de ser simples
e intelegível), seria considerar a existência de apenas um instinto:
Perpetuação de Espécie. Os mecanismos para manter a vida (Auto preservação)
estariam a serviço do instinto, posto que o animal morto não reproduz.
Há cem anos Freud abriu uma porta. Não deveríamos nos deter observando os
detalhes desta porta. Vamos adentrar...!
[ ]s
Antonio Renato.
SUBJECT: Caminhos da "ciencialist"
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 14:14
Oi gentem
Quando foram pedidas sugestões enviei a que se segue:
"ENVIAR MSG = Enviada em 27.10.02
luisbrudna@uol.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Perdendo membros [administrador]
Oi Brudna
Não sei das prerrogativas.
Seria possível que fossem criados subtemas, como sugere o Luiz Eduardo, e o
listeiro pudesse optar (Na página de apoio a Ciencialist -
http://www.ciencialist.hpg.com.br) quais temas gostaria de receber?
Afinal, a diversidade de assuntos creio, seja um grande atrativo da
"ciencialist".
É a minha sugestão.
Cordialmente, Antonio Renato."
========================
Agora, retomando ao assunto.
Primeiramente, a exclusão do "Maçaranduba - Boca - MMim" não me pareceu uma
boa idéia. Como ele mesmo colocara anteriormente, poderá fazer nova
inscrição, com outro pseudonimo.
Minha sugestão para indivíduos como ele seria não abrir suas msgs
deletando-as no ambito do próprio e-mail. Mas, caso a curiosidade fosse
muito grande, pelo menos não dar resposta.
Quanto ao fluxo de msgs, a proposta que li, não recordando quem sugeriu,
colocar-se antes do 'assunto' uma sigla designando qual área reporta-se
pareceu-me interessante.
Se o fluxo de msgs fosse divido por três, já significaria uma boa redução.
Assim, minha proposta seria: Ciências Exatas (Física e companhia); Ciências
Humanas (Biologia, sociologia, antropologia, psicologia-psicanálise,
medicina, etc); e Assuntos Diversos (Religião, beleza, filosofia (?), preço
da gasolina, encontro no botequim, etc).
É isso. Espero ter contribuido.
Atenciosamente, Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Socorro: Livros
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 14:38
xiii! Sisqueci dessa parte. Mas o autor é inglês, mora em Cambridge, que
fica bem longe daqui. Isso vale como atenuante? :o)
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 6 de Novembro de 2002 13:14
Assunto: [ciencialist] Re: Socorro: Livros
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Entretanto, podemos negociar uma cópia xerox. Basta entrar em
> contato comigo.
Epa! Oia o direito autoral...
Nas melhores bibliotecas certamente o livro pode ser encontrado.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Ciencialist
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 15:24
Alexandre escreveu:
"...Falando sério, acho que a reclamação se refere mais ao excesso de
mensagens e ao tamanho das menmsagens que bem poderiam ser mais enxutas. O
assunto Psicanálise me agrada particularmente, mas até eu reconheço que
está sendo abordado de forma excessiva e, pior, redundantemente. ..."
#########>Aplausos!!! Quanto a extensão das msgs, a redundancia e
(acrescentando) discussões 'infrutíferas' (Discute-se o que fulano 'falou'
ou 'não falou', qual significado daquelas 'falas' e erros de tradução.
Homessa! Somos profissionais, as pessoas _pagam_ para ouvir nossas opiniões,
nossas idéias. Se quizessem saber sobre Freud, leriam sua obra!)<#########
"...Mudando de assunto...
Uma coisa que o Brudna deveria fazer é puxar as orelhas da turminha que
bagunça os títulos de "Assunto". Está sendo a coisa mais complicada do mundo
acompanhar as discussões da lista. Assuntos do tipo "Para Fulano de
Tal" atrapalham, assim como aquela sucessão de "RES: Re: RES: Re: Re: RES:
RES: ..."
Pô galera, vamos observar as regrinhas de netiqueta!..."
########>Agradeceria se pudesse me informar de como proceder porque
realmente desconheço. Vesti esta carapuça mas garanto: Foi por ignorância,
não por má fé. Existem assuntos que 'desvirtuam'. Inicia-se com astronomia,
passa para astrologia e, não mais que de repente, estamos no misticismo, na
religião. Como proceder? Inda mais se forem instituidas 'siglas' por
assuntos?<#######
########>PS: Já ia colocando: Assunto: Pragmatismo. (rsrsrs) Mas coloquei um
'Re:'. Seria mal educado? Não gostaria de sê-lo<#########
SUBJECT: Re:(?) Re: [ciencialist] Fim da trégua
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 15:25
"Acho que não dá para chamar uma lista com 1800 mensagens por mês de
"decadente". ..."
[ ]s
Alvaro Augusto"
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Tô com o Alvaro.
É uma questão de colocar alguma ordem. Será que, numa lista rica em pessoas
intelectualizadas, não apareça alguma solução?!
SUBJECT: Apoio a: [ciencialist] ASSIM NÃO, NÉ?
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 15:26
ESSE NEGOCIO DE FRAGMENTAR A LISTA PODE DAR CERTO.
MAS PRECISA SER MUITO BEM PENSADO.
NÃO É ASSIM NÃO, DESSE JEITO AÍ...
ONDE ALGUÉM DIVIDE TOMANDO COMO CRITÉRIO SEUS MAL ORGANIZADOS INTERESSES.
MINHA SUGESTAO ERA DEIXAR UMA LISTA PRA FISICA...
E UMA LISTA PRO RESTANTE TODO...
MAS CONFESSO QUE TAMBEM NAO TA MUITO PENSADO.
O QUE NAO PODE EH PENSAR AINDA MENOS QUE ISSO E FRAGMENTAR A LISTA.
CUIDADO PRA NAO DESTRUIR... AO QUERER CONSERTAR.
L.E.
##########>O grande número de msgs é constatação de sucesso. Quanto tempo
levou para construir? "CUIDADO PARA NÃO DESTRUIR"!<##########
SUBJECT: Pitaco em: [ciencialist] Re: Fim da trégua
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 15:26
"Se quiserem alguém prá criar a lista no Yahoo, podem contar... eu
faço isso.
Beijos, Lígia"
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Eu já tenho uma. Tem um listeiro: Eu!
Nem acesso para ver o que está acontecendo.
Abaixo as informações que me enviaram. Nem sei o que fazer com elas.
GRUPO - AMIGOS - POSSO AJUDAR?
Endereço - homosapiens@yahoogrupos.com.br
Nome do grupo : homosapiens
Página inicial do grupo : http://br.groups.yahoo.com/group/homosapiens
E-mail do grupo : homosapiens@yahoogrupos.com.br
Descrição Categoria: Amigos
Temos 'uma idéia'. Se conversarmos com cinco pessoas, passaremos a ter 'seis
idéias'. Este é o objetivo do grupo: Crescimento do universo individual. O
pensamento deve (ou deveria ser) livre. Portanto, qualquer assunto é válido.
Increva-se já!
Endereços de e-mail do grupo
Enviar mensagem: homosapiens@yahoogrupos.com.br
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Informações do grupo
Membros: 1
Fundado em:10 de Fev de 2002
Idioma principal: Português
Configurações do grupo
· Listado no diretório
· Associação aberta
· Sem moderador
· Todos os membros podem enviar mensagens
· Arquivo de mensagens somente para membros
· Anexos de e-mail são permitidos
SUBJECT: Depois do Brasil Pensa - Ponto de Ebulição
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 16:02
Há algum tempo perguntaram sobre o destino do programa Brasil
Pensa, da TV Cultura. Esse programa acabou, e a equipe está produzindo um
novo, chamado Ponto de Ebulição, com formato diferente. Eis abaixo uma nota
em um boletim da Unicamp sobre o lançamento do programa.
Belisário
> LABJOR PRODUZ PROGRAMA DE TV DIRIGIDO AOS JOVENS
> Depois da experiência de seis anos com um programa de debates - o Brasil
> Pensa, veiculado pela TV Cultura - o Labjor (Laboratório de Jornalismo)
> da Unicamp dá início a um novo projeto televisivo: o Ponto de Ebulição,
> programa voltado para o público jovem que irá ao ar, desta vez, pelo
> canal Futura. O programa será oficialmente lançado numa solenidade na
> Fapesp - um dos apoiadores da série de 26 capítulos - hoje, às 10h30, e
> a partir das 17 horas no auditório do Centro de Convenções da Unicamp.
> Além da Fapesp, patrocinam o programa a Fundação Roberto Marinho, a
> Siemens do Brasil e o Instituto Uniemp. No ar desde 1997, mais do que um
> canal de televisão, o Futura tem se mostrado um dos mais importantes
> projetos de educação conjugada a entretenimento no país.
> Mais:
> http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/notas_capa/Notas_388.html
> http://labjor.uniemp.br/ebulicao.htm
SUBJECT: Fwd: [RN] MOSTRA DE CIÊNCIA NA TV
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: sbcr@yahoogroups.com, strbrasil@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 16:14
--- Em CienciaCidadania@yahoogroups.com, "Daniel Sottomaior"
<cetico@h...> escreveu
ESTAÇÃO CIÊNCIA (São Paulo)
8ª Mostra Internacional de Ciência na TV
Ver Ciência 2002
A popularização do conhecimento científico é importante ferramenta
para a promoção da cidadania e para o desenvolvimento de uma Nação.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, "Em
2001, o número de moradias com televisão (89,0%) ultrapassou pela
primeira vez o de moradias com rádio (88,0%)".
Unir televisão e divulgação científica é, portanto, uma forma de
estimular a população a construir pensamentos críticos sobre a
atualidade. Entretanto, no Brasil, ainda são poucos os programas
televisivos dedicados a assuntos científicos e tecnológicos.
A Estação Ciência, que apresenta a Mostra Ver Ciência desde 1995,
exibe a 8ª Mostra Internacional de Ciência na TV - Ver Ciência 2002 -
com a esperança de incentivar a produção de novas reportagens
científicas e, também, de mostrar ao público da Estação Ciência os
últimos programas deste gênero produzidos em diferentes partes do
mundo.
Programação
http://www.eciencia.usp.br/eventos/ver_ciencia_2002/programacao_comple
ta.htm
Fim da mensagem encaminhada ---
SUBJECT: Re: [ciencialist] FC
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2002 17:09
O livro que tenho aqui é da editora Francisco Alves.
[]s,
Elenice Mello
----- Original Message -----
From: <lpereira@smsdemag.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 06, 2002 12:56 PM
Subject: [ciencialist] FC
Boa Tarde!!
Gostaria de saber qual(s) a(s) editora(s) no Brasil que publicou os
livro de Philip K. Dick ( O Caçador de Andróides).
Agradeço a colaboração.
Atenciosamente:
Lisandro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 18:20
"...Quanto a mim, não compartilho do ponto-de-vista que opõe a cultura à
natureza e que considera a natureza humana uma espécie de "contra-
natureza". Acho mesmo que a cultura e seus mecanismos (a linguagem,
por exemplo) é um fenômeno biológico particular e que a mente humana,
o psiquismo consciente, é um órgão "virtual" -- um software -- que
foi montado como qualquer outro órgão da nossa anatomia: pelos
mecanismos da mutação genética e da seleção natural. ...)
#########>Pitaco: A instintividade é 'hardware': Está presente na 'máquina'
por ocasião do nascimento, como podemos constatar observando o bebê mamando.
'Superego' é, por um lado, virtual: É 'meme'. Mas, no que interessa às
'defesas de ego'... talvez seja também um 'hard', uma estrutura 'destinada'
a preservar ao 'ego' de conflitos, de 'desconforto', de egodistonias
enfim<##########
SUBJECT: Re: [ciencialist] o pobrema...
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 18:20
Pensando bem...
o pobrema nem é separar por area de conhecimento.
Mas por natureza da mensagem.
Tem mensagem que é estritamente de conteudo "ciencia".
E tem mensagem que é de dialogo, brincadeira, contato pessoal, provocacao...
Ou seja... tem gente mais interessada no academico estrito.
Tem gente exagerando no socio-cultural, afetivo, sentimental...
VOCES PRECISAM SE ENTENDER.
UMA COISA É CERTA...
NINGUEM QUASE TA LENDO NADA.
L.E.
============================
Oi Luiz Eduardo
Parece que conseguiu 'destravar' o 'Caps Look'. :)
Eu posso falar por mim (seria difícil fazer diferente): Vou lendo e
respondendo as msgs 'curtas'. As 'longas' vou guardando para 'quando houver
oportunidade'... mas vão chegando outras 'curtas'.
Uma coisa tenho como certo: Sou contra a fragmentação desta lista. Se existe
algum pobrema temos de diagnosticá-lo e tratá-lo.
Quem sabe se os adeptos da 'mensagem tratado' poderiam 'enxugar', ou
enviá-las 'a la Jack'?
O pobrema interessando a quantidade de msgs passa também pelo número de msgs
em duplicata.
Antonio Renato.
SUBJECT: Crítica a Lacan
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 18:21
"Manuel: ... O que ele disse, poderia tê-lo dito com muito mais
clareza e não sei por que não o fez. Talvez porque o conhecimento é
poder, e registrá-lo numa linguagem cifrada é uma forma de monopolizar esse
poder. Há quem sustente que o poder está na própria obscuridade do discurso,
pois o mistério é temível e o que é temível é poderoso. ..."
===========================
Oi Manuel
Não estou querendo 'tirar sarro com a sua cara' mas é exactamente isso que
penso quando leio suas msgs longas: "poderia tê-lo dito com muito mais
clareza e não sei por que não o fez."
Grande abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: Carol Sturari <carolsturari@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 18:29
Só consegui ler a sua msg hoje e, quando entrei na página, não encontrei sobre o assunto. Seria possível algum outro caminho?
[ ]'s
Carol
At 01:04 06/11/02 -0200, you wrote:
>..."As fotos estão estampadas no Jornal local de maior circulação. www.meionorte.com.br, na página policial, edição de hoje, dia 5/11."...
>
>Abraços
>Carlos Alberto
----------
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Ponto de Ebulição (publico jovem)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 18:31
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> escreveu
> > LABJOR PRODUZ PROGRAMA DE TV DIRIGIDO AOS JOVENS
> > Depois da experiência de seis anos com um programa de debates -
o Brasil
> > Pensa, veiculado pela TV Cultura - o Labjor (Laboratório de
Jornalismo)
> > da Unicamp dá início a um novo projeto televisivo: o Ponto de
Ebulição,
> > programa voltado para o público jovem que irá ao ar, desta vez,
pelo
> > canal Futura.
Publico jovem?! O que significa isso?! Vai ter girias e 'ritmo de
video clip'?!! Huughh Ou coisas tipo "saca meu, olha soh que tri esse
treco" !
Publico jovem assiste Futura?
> O programa será oficialmente lançado numa solenidade na
> > Fapesp - um dos apoiadores da série de 26 capítulos - hoje, às
10h30, e
> > a partir das 17 horas no auditório do Centro de Convenções da
Unicamp.
> > Além da Fapesp, patrocinam o programa a Fundação Roberto
Marinho, a
> > Siemens do Brasil e o Instituto Uniemp. No ar desde 1997, mais
do que um
> > canal de televisão, o Futura tem se mostrado um dos mais
importantes
> > projetos de educação conjugada a entretenimento no país.
Tem algum programa que presta nesse Futura? Jah dei uma olhada, mas
nada prendeu a atencao.
Alguem indica algum horario de um programa bom?
> > Mais:
> >
http://www.unicamp.br/unicamp/divulgacao/notas_capa/Notas_388.html
> > http://labjor.uniemp.br/ebulicao.htm
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: Ponto de Ebulição (publico jovem)
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 18:56
At 20:31 06/11/02 +0000, you wrote:
> Tem algum programa que presta nesse Futura? Jah dei uma olhada, mas
>nada prendeu a atencao.
>
> Alguem indica algum horario de um programa bom?
Pois não (hi, hi, hi!):
Ponto de Ebulição
Quinta, às 23h e domingo, às 0h30min
http://labjor.uniemp.br/ebulicao.htm
Eu ainda não vi nenhum, mas me disseram que é muito bom... :)
Belisário
SUBJECT: Re: [ciencialist] PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 21:08
Oi Carlos Alberto
Como vc mesmo coloca 'não existe' possibilidade do pareamento de gens
alelos, já que não são alelos em espécies diferentes.
O único caso que conheço de cruzamento entre espécies é a mula com o cavalo
(devido a pequena diferença em seus cariótipos), produzindo o burro. Este é
estéril.
Por outro lado, já vi inúmeras reportagens sobre filhotes de porco com
características aparentemente humanas. Talvez seja uma trissomia, como no
caso dos humanos que nascem com aparencia mongol.
Nesta lista temos o Takata, que é discreto em exibir seus conhecimentos,
mas dentre outros 'dotes', é geneticista de mão cheia. Vamos esperar que ele
se manifeste.
Abraços,
Antonio Renato.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
== MSG original ==
Parece coisa de tabloide sensasionalista, mas não é não! Aqui no Piauí,
mais precisamente numa cidadezinha do litoral chamada Cajueiro, uma porca
deu cria de oito leitões, digo, sete, porque um não era exatamente um
leitão, mas uma mistura de gente, bebê, com leitão. As fotos estão
estampadas no Jornal local de maior circulação. www.meionorte.com.br, na
página policial, edição de hoje, dia 5/11. O bebê porco tinha, molera,
lábios superiores separando o focinho da parte de baixo, no porco normal o
queixo já é o próprio focinho, ou seja, o ser tinha boca com lábios inferior
e superior. Vagina de mulher, orelha de gente, cinco dedos com unhas
humanas. Ficou vivo durante oito minutos. Refletindo sobre o caso, chequei a
uma conclusão que talvez não tenha sentido, meu conhecimento de genética não
eh lá essas coisa, mas, a conclusão é a de que, se como espécies somos
originários do mesmo tronco ancestral comum, isso indica que, geneticamente,
possuimos em algum lugar do DNA e, consequentemente, dos genes, genes
primitivos que são comuns a todas as espécies, inclusive vegetais. Esses
genes evidentemente, são evolutivamente inibidos de sorte que, a
probabilidade de sua manifestação é quase zero, porém nunca zero, mas
infinitamente pequena. De modo que, o nascimento de seres resultantes do
cruzamento de espécies diferentes é segundo essa minha concepção,
geneticamente possível com uma probabilidade maior para espécies mais
próximas do homem, e menor para as mais distantes. Olha gente, isso não é
brincadeira, a criatura era um mixto de porco e gente. A dona da porca está
indignada querendo pegar o cretino que transou com a gostosona, como a porca
ficou conhecida pelo pessoal da localidade. Como não se sabe ainda muito
sobre o genoma e lá tem uma infinidade de genes que não se sabe para que
servem, ou seja, não servem para nada, estou levando a sério essa teoria.
Abraços
Carlos Alberto
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Pitaco em Antonio psiquismo......
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 21:09
On 4 Nov 2002 at 23:46, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Uma psíquica, uma física (Ou pertinente aos sentidos) e, finalmente,
> uma sexual?
Antonio
O amor é como o tempo. Sabemos usar para conversar sobre ele, mas
quando temos que explicá-lo, tudo se complica. Tudo vira puro
reducionismo.
Marco Aurelio
##########>Deixa de ser derrotista, meu. Este é um assunto universal. Vamos
discutí-lo, conhecer as experiências e as idéias dos outros.<##########
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 21:09
----- Original Message -----
From: brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 05, 2002 1:16 AM
Subject: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
>A oracao nao seria um tipo de auto-hipnose?
Sim, a oração é um tipo de auto-hipnose. A auto-hipnose é o fundamento de
todas as técnicas de meditação, porque o objetivo de todas elas é relaxar a
mente consciente e o ego. Agora, dizer que isto ou aquilo é hipnose na
verdade não explica nada, porque não se dispõe de um modelo que explique
satisfatoriamente o mecanismo da hipnose. O fenômeno existe, pode ser
constatado experimentalmente e existem técnicas para induzir o transe
hipnótico, mas porque essas técnicas funcionam ainda é um mistério e as
teorias vão desde a explicação freudiana, de que o sujeito projeta o ideal
do ego sobre o hipnotizador, até hipóteses baseadas na neurologia. A verdade
é que ninguém sabe direito.
Abs.
L.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Oi Lúcio
Hipnose é uma aplicação de reflexo condicionado. Não estou disposto a
procurar livros que sustentem meu argumento. Outrossim, se vc puder informar
quais "hipóteses baseadas na neurologia" que ninguém sabe direito...
ficaria grato.
Quanto a auto-hipnose... não sei do que se trata. Talvez possa ser
conseguido um primeiro estágio: Letargia.
Pode-se considerar que algumas 'anomalias' que acometem ao sistema nervoso,
como a epilepsia e a catalepsia, possam simular quadros de hipnose.
Auto hipnose profunda, no que entendo, é impossível.
Abs.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fome e sexo
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 21:10
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Sim, a fome está para o apetite assim como a satisfação da
> necessidade está para o prazer. Apetite é o instinto de nutrição a
> serviço de uma fruição ou gozo estético.
Bem, cada um esta' mais ou menos livre pra dar sua definicao das palavras.
Particularmente em biologia e medicina, a expressao apetite tem mais um
significado de uma vontade nutricional especifica: apetite por açúcar,
apetite por sal e assim por diante. E a expressao fome estando mais ligada
'a uma baixa generalizada de energia -- q. pode ser satisfeita com
carboidrato ou gordura, por exemplo.
#########>Não lembro dos dados reais mas, vc Takata, estou certo que sabe o
autor, local e hora. Vou falar por hipótese.
Três gaiolas contendo ratos: A, B e C.
Cada uma das três gaiolas têm três bebedores contendo: 1)Água; 2)Solução de
iodo e água; e 3)Vitamina A dissolvida em água.
Na gaiola A é oferecida alimentação variada. Os ratos escolhem o bebedor
contendo água.
Na gaiola B a dieta não tem iodo. Os ratos escolhem o bebedor com solução de
iodo.
Na gaiola C a dieta não tem vit. A. Os ratos escolhem o bebedor com vit.A e
água.
Apetite estaria vinculado ao 'gosto' do indivíduo, como vc coloca. Este
'gosto' seria determinado por sua carência nutricional.
Fome seria a carência generalizada, como vc também colocou.
A sua e a minha idéia diferem em um ponto: Vc não considerou a 'abundancia',
o comer pela gratificação do sentido do gosto (paladar). Comer quando não
existe carência alimentar específica ou generalizada.<############
Claro q. na linguagem corrente apatite acaba tendo uma boa sobreposicao com
fome, podendo ser intercambiados mais ou menos livremente.
Em outros campos virao a ter outras cores.
Apenas convem nao confundir um uso com o outro. Normalmente isso nao cria
grandes problemas, mas particularmente qdo os conceitos sao desenvolvidos de
modo independente por campos distintos e depois tenta-se fazer uma analise
multidisciplinar q. envolva essas areas pode complicar: p.e. em sendo uma a
conceituacao de fome/apetite na psicologia (ou psicanalise) e
outra na biologia e tentar entender os mecanismos psicologicos (ou
psicanaliticos) de fome/apetite 'a luz da biologia (ou vice-versa) e'
preciso
tomar cuidado.
#########>Daí a necessidade de haver uma pré concepção dos conceitos que
cada palavra envolve antes de se iniciar uma discussão. No momento estamos
tentando chegar a um consenso sobre 'a necessidade de ingerir alimentos'.
O biólogo, o psicólogo, o sociólogo, o antropólogo, etc, podem ter o mesmo
Homem como objeto de seu estudo. Mas pode ter certeza: Os enfoques são
diversos. Cada um 'olha' por determinado angulo. E podem usar as mesmas
palavras, mas não envolvem o mesmo conceito.<#########
[]s,
Roberto Takata
###########>[ ]s,
Antonio Renato.<##########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2002 21:51
Está tudo acabado: Nova lista foi criada e a 'ciencialist' fracionada...
snif. Fiquei triste de verdade.
Creio que houve precipitação. Haveria de se chegar a um denominador comum.
Agora, perderemos a 'multidisciplinaridade'...
A 'ciencialist' apresentou um 'boom'. Creio ser a primeira lista com este
'problema' e *falhamos em contorná-lo*! Deixamos de ser impar, a única.
Seremos como as outras...
Enfim... adeus grandes fluxos de msgs.
== MSG original ==
Em primeiro lugar, apoio que os debates não se restrinjam apena à(s)
ciência(s) elementar(es), que se possam investir nas fronteiras da
ciência (ainda que aconteçam viagens na maionese), e que os assuntos
religiosos sejam discutidos nos moldes que o Brudna já colocou.
Sugiro uma padronização do subject das mensagens. Se por exemplo
alguém for postar uma mensagem em que a Física é o tema predominante,
acrescentará a sigla (F) no início do subject da seguinte forma:
"(F) Se o universo voltasse ao ponto zero" .
Da mesma forma teríamos:
(F) - Física
(B) - Biologia
(Q) - Química
(M) - Matemática
(P) - Psicanálise
(R) - Religião
(S) - Sociologia
Não consegue enquadrar o tema: sem sigla, ou então uma combinação do
tipo (F)(B)
Isso facilitaria para quem não quiser acompanhar este ou aquele tema.
Também facilitaria para quem quisesse configurar o seu cliente de
email, seja para deletar mensagens de determinados temas, seja para
agrupar automaticamente as mensagens por temas em diretórios
diferentes.
Por enquanto é só.
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: [ciencialist] PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2002 01:11
Carol, prazer conhecê-la, lamentavelmente não conheço outro caminho. O
Jornal meionorte normalmente demora a atualizar o site, entrarei em contato
com o Jornal e pedirei a eles para colocarem as fotos no site.
Beijos
Carlos Alberto
----- Original Message -----
From: "Carol Sturari" <carolsturari@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 06, 2002 6:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] PORCO COM CARA DE GENTE
Só consegui ler a sua msg hoje e, quando entrei na página, não encontrei
sobre o assunto. Seria possível algum outro caminho?
[ ]'s
Carol
At 01:04 06/11/02 -0200, you wrote:
>..."As fotos estão estampadas no Jornal local de maior circulação.
www.meionorte.com.br, na página policial, edição de hoje, dia 5/11."...
>
>Abraços
>Carlos Alberto
----------
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicanálise lacaniana (ex-Ciencialist)
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2002 01:19
On 6 Nov 2002 at 10:46, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> Em resumo, eu acho que o que a gente tem que fazer com o Lacan é ficar com o
> que serve e jogar fora o resto. ;-)
Lucio
Estou de acordo. Pessoalmente não me senti enriquecido com o
Lacan. Creio que algo se pode aproveitar em termos de teoria. Os
lacanianos sempre foram maus clínicos. O proprio Lacan confessou
que sempre sentiu repulsa pelos pacientes. Cansou de dizer a André
Green que não gostava da clínica.
Seu estilo pomposo e altissonante tem muita coisa discutível. Tenho
um exemplo de suas malandragens. Dizer que Freud estabeleceu uma
diferença entre Dingworstellung e Sachworstellung é uma pura
invenção de Lacan. Ele distinguiu os dois termos só para poder referir-
se a uma "Coisa" (Ding) a uma "coisa" (Sache). Ele sempre gostou de
simbolizar diferentes conceitos com a mesma letra, uma maiúscula e
outra minúscula, como os objetos "A" e "a". Que os lacanianos gostam
de dizer (como os pernósticos franceses) "Le grand A e le petit a". Em
realidade Freud usa Dingworstellung em 5 trabalhos. Em "O luto e a
melancolia", usa os dois (Lacan diz que por algo sera e se baseia neste
texto para inventar os dois conceitos).
Na metapsicologia, com o trabalho "O Inconsciente" usa
Sachworstellung. Eu penso que Freud não distinguiu uma da outra. Só
porque Hegel utiliza as duas palavras de modo diferente e Heidegger
("A Pergunta sobre a Coisa") faz a mesma coisa, Lacan diz que Freud
pensou igual. Lacan pode pensar assim. Eu até posso admitir a
possibilidade de duas "coisas". O que eu não gosto é deste apelo à
autoridade. Freud, se pensasse em introduzir dois tipos de
representação inconsciente de coisa, teria sido claro. Freud pode não
ter sido claro nuns poucos temas, no entanto foi um excelente escritor,
altamente coerente. Nessa materia teria sido muito claro, se pensasse
como alguns alemães (não todos).
O tema da tradução de Trieb também é discutível. Que Lacan haja
introduzido o termo pulsão para os Drive do inglês, pode até ser útil.
No entando, em alemão o sentido de Drive é "derivado instintivo". Que
a gente possa, por motivos didáticos, usar um neologismo, pode ser
válido, mas Freud não teve esta intenção. Lacan foi vivo. Como no seu
tempo a leitura de Freud era pouca, ele abafou. Disse coisas erradas e
permaneceu impune. Hoje, lemos mais Freud, que felizmente, não era
tão freudiano como Lacan.
[ ]s
Marco Aurelio
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ASSIM NÃO, NÉ?
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2002 01:19
On 6 Nov 2002 at 2:18, Manuel Bulcão wrote:
> O
> problema são as manifestações reiteradas de hostilidade por parte de
> algumas "comadres" que gostam de demarcar território falando merda.
Manuel
Concordo com Vc. Eu não deixarei Ciencialist. Mas que existe gente
afirmando bobagens e combatendo pelo simples prazer de atacar, lá
isso é verdade.
Outro defeito que eu noto é que alguns não agüentam manter uma
discussão em que se ataquem ideias. Passam à ofensa pessoal.
Uma vez eu falei em geral sobre ideias e não listeiros e um listeiro me
desafiou a nomear as pessoas. Eu atacava discursos e as pessoas se
queixavam de que eu generalizava, ofendendo os "inocentes". Como
Vc vê, rejeitou totalmente a minha proposta de separar as pessoas das
ideias emitidas. Calei-me porque a discussão se transformou numa
querela paranoide. Um até sugeriu que eu devia ser expulsado da lista
e me assinalou em tom ameaçador artigos do código penal sobre
ofensas e ataques ao bom nome das pessoas. Veja se pode... Perdi o
interesse por um tempo. A coisa havia perdido a graça.
[ ]s
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2002 01:19
On 6 Nov 2002 at 1:22, % Alvaro Augusto de Almeida % wrote:
> Eu tenho outra definição para psicanálise, que geralmente aplico à
> filosofia: trata-se do abuso sistemático de uma linguagem inventada
> precisamente para este fim!
Alvaro
Vc. quer dizer que é um abuso sistematico de uma linguagem que foi inventada para
abusar?
É o que eu afirmei ou estou errado?
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2002 01:28
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 9:09 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
>Hipnose é uma aplicação de reflexo condicionado.
O reflexo condicionado é uma forma elementar de estado hipnótico, mas isso
não quer dizer grande coisa porque não se conhece os mecanismos cerebrais
envolvidos na formação do reflexo condicionado. Continuamos andando em
círculos, explicando o que não se conhece pelo que se ignora.
>Não estou disposto a procurar livros que sustentem meu argumento.
Isso é com você. Da minha parte, posso indicar dois que sustentam o meu:
_Hipnotismo - Psicologia, Técnica, Aplicação_, de Karl Weissmann, um dos
pioneiros da psicanálise brasileira e o introdutor do hipnotismo no Brasil,
e _O Coração e a Razão - A Hipnose, de Lavoisier a Lacan_, de Léon Chertok e
Isabelle Stengers. Se você se der ao trabalhá-lo, não digo nem de lê-los,
mas pelo menos de folheá-los, vai encontrar um excelente histórico do que é
a hipnose, das várias hipóteses sugeridas pra explicá-la (inclusive a do
reflexo condicionado) e das limitações dessas hipóteses. O livro de
Weissmann, evidentemente, é um pouco datado, mas o de Chertók e Stengers é
*up-to-date* e, se você quiser, posso te passar mais algumas indicações
bibliográficas, bem como links sobre o assunto.
>Outrossim, se vc puder informar quais "hipóteses baseadas na neurologia"
que ninguém sabe direito...
Ninguém quem, cara-pálida? O fato de *você* não saber não implica que outros
não saibam. Existem estudos mostrando a relação entre os estados de transe e
a freqüência das ondas cerebrais (que, normalmente, são beta, mas durante os
estados de transe caem para alfa e às vezes delta), bem como outros que
mostram como, nos estados de transe, diminui a atividade dos córtices
pré-frontais, caindo praticamente a zero durante os transes profundos.
>Auto hipnose profunda, no que entendo, é impossível.
Nem por isso ela deixa de ocorrer, inclusive em condições laboratoriais.
Parece que a hipnose não se importa muito com o que você entende ou não. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicanálise lacaniana (ex-Ciencialist)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2002 01:42
----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 07, 2002 1:19 AM
Subject: Re: [ciencialist] Psicanálise lacaniana (ex-Ciencialist)
>Estou de acordo. Pessoalmente não me senti enriquecido com o
Lacan. Creio que algo se pode aproveitar em termos de teoria.
Salve, Marco! Eu não conseguiria ser lacaniano, porque tem muita coisa ali
que eu discordo. Mas também tem muitos conceitos que, venham de Freud ou
tenham sido introduzidos subrepticiamente pelo Lacan, me parecem bastante
úteis. Claro que a minha idéia de utilidade é diferente da tua, porque você
pensa como analista e, portanto, imagino que privilegie a utilidade clínica,
ao passo que eu sou um ex-estudante de filosofia, o que me interessa é o
valor teórico dos conceitos como ferramentas pra se pensar o mundo. Então,
de cara, a distinção entre real, simbólico e imaginário, que eu mencionei em
outro email, tem um grande valor heurístico pra mim. Claro que eu não
acompanho todos os malabarismos que o Lacan faz com os nós borromeanos, mas
a idéia básica em si tá valendo. A mesma coisa para o objeto a, a linguagem
como o Grande Outro e o real como Outro barrado, isto é, como o que não tem
lugar no sistema simbólico. Até mesmo a distinção entre Sache e Ding, mesmo
que o Lacan não a tenha realmente tirado de Freud, mas contrabandeado das
leituras do Heidegger, é importante pra mim, porque permite lidar com a
coisa-em-si kantiana em termos menos abstratos. Agora, é difícil comprar o
sistema lacaniano como um todo. Essa postura de pegar o que serve e
descartar o resto, aliás, é a da maioria dos psicanalistas franceses, como o
Serge Leclaire, o Jean Laplanche, o J.-B. Pontalis, André Green, enfim,
quase todo mundo que fez um trabalho de peso na psicanálise francesa. O
resto são os fundamentalistas que, como quaisquer fundamentalistas, são
chatos paca. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2002 09:48
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 9:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
>Está tudo acabado: Nova lista foi criada e a 'ciencialist' fracionada...
snif. Fiquei triste de verdade.
A Ciencialist não foi fracionada, Antonio. Continuamos todos aqui. A função
da nova lista não é de dividir esta, é de abrir espaço pra discussão de
temas que não cabiam na Ciencialist, quer pela temática em si, quer pelo
nível de aprofundamento das discussões, com aqueles emails enormes e
detalhados que você mesmo confessa que não tem tempo de ler. Até onde eu
vejo, isso não vai mudar em nada o perfil da Ciencialist, que eu acho que
continuará multidisciplinar como sempre.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2002 10:57
A Ciencialist não foi fracionada, Antonio. Continuamos todos aqui. A função
da nova lista não é de dividir esta, é de abrir espaço pra discussão de
temas que não cabiam na Ciencialist, quer pela temática em si, quer pelo
nível de aprofundamento das discussões, com aqueles emails enormes e
detalhados que você mesmo confessa que não tem tempo de ler. Até onde eu
vejo, isso não vai mudar em nada o perfil da Ciencialist, que eu acho que
continuará multidisciplinar como sempre.
Abs.
L.
Lucio , passe o endereço para fazer parte da lista , estou tendo problemas com minha inscrição
[]
Jaison
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] transgenicos
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2002 17:00
----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 10:34 AM
Subject: [ciencialist] transgenicos
>É uma pequena lista brasileira com alimentos suspeitos de serem
transgênicos.
Opa, vou passar a consumir todos! ;-)
Abs.
L.
#########>Que tal um milho que produz a toxina de uma bactéria? Evita pragas
próprias da lavoura do milho. Mas não adianta colocar de molho na água
sanitária: A toxina 'não sai'... ou será que sai?
E, se através da polinização, este transgênico se disseminar? Escapar ao
controle, como já foi constatado nos EUA acontecer?<##########
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2002 20:00
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 06, 2002 9:09 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
>Hipnose é uma aplicação de reflexo condicionado.
O reflexo condicionado é uma forma elementar de estado hipnótico, mas isso
não quer dizer grande coisa porque não se conhece os mecanismos cerebrais
envolvidos na formação do reflexo condicionado. Continuamos andando em
círculos, explicando o que não se conhece pelo que se ignora.
###########>É aí que você está muitíssimo enganado! Enviarei outra msg com
texto explicando (abreviadamente) 'reflexo condicionado'<###########
>Não estou disposto a procurar livros que sustentem meu argumento.
Isso é com você. Da minha parte, posso indicar dois que sustentam o meu:
_Hipnotismo - Psicologia, Técnica, Aplicação_, de Karl Weissmann, um dos
pioneiros da psicanálise brasileira e o introdutor do hipnotismo no Brasil,
e _O Coração e a Razão - A Hipnose, de Lavoisier a Lacan_, de Léon Chertok e
Isabelle Stengers. Se você se der ao trabalhá-lo, não digo nem de lê-los,
mas pelo menos de folheá-los, vai encontrar um excelente histórico do que é
a hipnose, das várias hipóteses sugeridas pra explicá-la (inclusive a do
reflexo condicionado) e das limitações dessas hipóteses. O livro de
Weissmann, evidentemente, é um pouco datado, mas o de Chertók e Stengers é
*up-to-date* e, se você quiser, posso te passar mais algumas indicações
bibliográficas, bem como links sobre o assunto.
###########>Pô meu! Eu vou lhe enviar o texto explicativo sobre reflexo
condicionado. Gostaria que vc sustentasse suas afirmações com texto
pertinentes e não ficar indicando livros e 'sites', afinal é uma discussão
onde cada um deverá saber como argumentar. Indicar uma 'montanha' de
livros... poderia tê-lo feito eu<##########
>Outrossim, se vc puder informar quais "hipóteses baseadas na neurologia"
que ninguém sabe direito...
Ninguém quem, cara-pálida?########>VOCÊ! Em seguida 'colo' a sua msg. Para
quem conta apenas 32 anos de idade, qual seria o motivo desta 'falha' de
memória, cara-pálida? Lembra-se de quando trocamos as primeiras msgs? Do seu
lapso a respeito da 'passagem do século'? Parece estar havendo um
'acting-out'! Mas que audácia!!!
=======================================
"...Sim, a oração é um tipo de auto-hipnose. A auto-hipnose é o fundamento
de
todas as técnicas de meditação, porque o objetivo de todas elas é relaxar a
mente consciente e o ego. Agora, dizer que isto ou aquilo é hipnose na
verdade não explica nada, porque não se dispõe de um modelo que explique
satisfatoriamente o mecanismo da hipnose. O fenômeno existe, pode ser
constatado experimentalmente e existem técnicas para induzir o transe
hipnótico, mas porque essas técnicas funcionam ainda é um mistério e as
teorias vão desde a explicação freudiana, de que o sujeito projeta o ideal
do ego sobre o hipnotizador, ###@@>>até hipóteses baseadas na neurologia. A
verdade é que ninguém sabe direito.<<@@###
Abs.
L."
========================================
O fato de *você* não saber não implica que outros não saibam. Existem
estudos mostrando a relação entre os estados de transe e a freqüência das
ondas cerebrais (que, normalmente, são beta, mas durante os estados de
transe caem para alfa e às vezes delta), bem como outros que mostram como,
nos estados de transe, diminui a atividade dos córtices pré-frontais, caindo
praticamente a zero durante os transes profundos.
#########>Meu querido, não tá dizendo nada! Que tem a haver 'estudos
mostrando a relação entre os estados de transe e a freqüência das ondas
cerebrais'? Apologia ao óbvio? E daí que a atividade nos córtices
pré-frontais caem durante os transes profundos? NÃO DISSE NADA!!!<#########
>Auto hipnose profunda, no que entendo, é impossível.
Nem por isso ela deixa de ocorrer, inclusive em condições laboratoriais.
Parece que a hipnose não se importa muito com o que você entende ou não. ;-)
###########>Dá um tempo, meu! Deixe de ser pernostico e vá estudar mais um
pouco... Parece que as horas que deixou de viver para estudar não renderam
o suficiente(hehehe)<########
Abs.
L.
##########>Abs.
Antonio Renato.<#########
SUBJECT: Reflexo Condicionado
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2002 20:01
REFLEXOS CONDICIONANDOS
Qualquer reflexo se realiza de acordo com o seguinte esquema:
Receptor => Via aferente => SNC => Via eferente => Efetor
Existem certos reflexos que não necessitam, para estabelecer-se, de
aprendizagem ou experiencia prévia. Seguem vias anatomicas pre
estabelecidas, nascem com o indivíduo e alguns estão presentes já no feto.
Dentre outras denominações, poderão ser chamados inatos ou incondicionados
(RI - Reflexo incondicionado).
Ao contrário, reflexos adquiridos ou condicionados (RC) não nascem com o
indivíduo: Se elaboram no curso de sua vida.
Para desenvolverem-se necessitam da presença de certas condições - daí seu
nome - graças as quais se estabelecem conexões novas no SNC (Sistema Nervoso
Central).
O ponto de partida do estudo dos reflexos condicionados foi aparentemente a
simples obsevação, realizada no laboratório de Pavlov (Ivan Petrovich), de
que a visão do alimento pelos cães já determinava a secreção de saliva, pois
tinham aprendido por experiencia que a visão do alimento é um *sinal* de que
o alimento mesmo lhe será dado posteriormente; foi criada uma *associação*
entre o EC (Estímulo Condicionado representado pela visão do alimento) e o
EI (Estímulo Incondicionado representado pelo estímulos das papilas
gustativas na cavidade oral) e portanto um reflexo condicionado (RC).
Formação do Reflexo Condicionado
Pode-se tomar como exemplo de RC o que se obtem pelo som de uma campanhia
num cão com a glandula salivar canulada para permitir contar o número de
gotas secretadas.
O som por sí só não dá lugar a secreção salivar; sob esta aspecto é
indiferente. Ao contrário, a colocação de carne na boca do animal (EI)
provoca a secreção de saliva (RI).
O arco reflexo tem um ponto de partida no estímulo dos receptores
gustativos. O impulso percorre pela via aferente gustativa até ao bulbo,
onde estabelece sinapse com os centros de salivação, donde partem as vias
eferentes secretoras; Outras fibras aferentes (colaterais e/ou
internunciais) alcançam a área correspondente do córtex cerebral.
Para que o som chegue a ser um EC é necessário que se *associe* ao EI. Para
tal é necessário que o som seja aplicado antes ou ao mesmo tempo que o EI e
atuem juntos por alguns segundos. Depois de certo número de repetições se
obsevará que o som, por sí só, é suficiente para provocar a secreção da
saliva.
Fisiologia do Reflexo Condicionado
O estímulo condicionado (som) e incondicionado (carne na cavidade oral) se
realiza a nível do córtex cerebral, significa que há um fechamento de
circuito na cortiça.
O EC (som) e o EI (gosto) se projetam em áreas corticais específicas,
originando alí dois focos de excitação que se irradiam sobre toda a córtex;
Estas irradiações acabam por se encontrar.
Como resultado desta *associação* entre EC e EI, foi estabelecida uma via
de comunicação entre as áreas primárias coticais correspondentes entre ambos
estímulos. Em consequencia a via reflexa agora é a seguinte:
Receptor auditivo => Via aferente auditiva => Área primária cortical
auditiva => Área primária cortical gustativa => Via eferente secretora =>
Secreção salivar
Morou?!
Talvez seja por este motivo (ignorância) que não deram ouvidos à minha
proposta sobre a consciencia e o foco de atenção.
Lúcio, a *associação* mencionada no texto é o mesmo processo da 'associação
de idéias' de Freud!
Você sabia que atos como o respirar e o deambular podem ser levados a
efeito a partir de nossa própria vontade (Córtex cerebral)? Mas, na rotina,
fazemos isso 'automaticamente'. Ou seja, as aferencias retornam em
eferencias a partir de núcleos subcoticais, deixando livre a 'área nobre'
(córtex) para o desempenho de outras atividades, como por exemplo, estudar o
que está escrito nos livros e não somente ficar olhando seus títulos e
autores para colocar numa lista de discussões, tentando impingir uma
erudição que, neste caso, não pôde ser constatada?
Pois é, Henry Gastaut demonstrou posteriormente que o reflexo condicionado
também está passível de ser 'transferido' para núcleos subcorticais. Mas
isso é um pouco mais avançado.
O reflexo condicionado é importante fator na adaptação do animal ao Meio.
Assim, no exemplo, o cão inicia a salivar, preparando o organismo para
deglutição antes do que aquilo que o 'aparato natural' permitiria.
São muitas as aplicações que pode-se tirar deste conhecimento. Espero que
faça um bom proveito.
Abs.
Antonio Renato.
Em tempo: Observou a clareza do texto? Qualquer um pode entender. Este
texto é um 'apanhado' extraido do livro FISIOLOGIA HUMANA do Houssay, Prênio
Nobel de medicina e fisiologia.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2002 21:44
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 05, 2002 11:57 PM
Subject: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da
Humanidade)
>
> Pelo menos, estamos falando de tipos diferentes de previsão. Eu estava me
> referindo à futurologia propriamente dita, que se pretendia uma ciência, e
> não à ficção científica. Mesmo aqui, porém, cabem alguns reparos.
----
Realmente, estamos mesmo. Quando falo de 'previsões', falo no sentido lato,
não necessariamente as ligadas à futurologia.
De qualquer modo, eu tenho que admitir que não conheço bem futurologia. Por
isso mesmo, quis falar sobre previsões de modo geral e não somente sobre as
previsões futurológicas. Afinal de contas, previsão é previsão.
----
>
> >As previsões da década de 50, 60, 70 *sempre* previram computadores e a
> revolução da informática.
>
> As histórias de fc lidam com computadores e robôs desde muito antes que
> esses equipamentos fossem realmente construídos. Na verdade, vários dos
> pioneiros da robótica afirmaram explicitamente que suas idéias foram
> bastante influenciadas por essas histórias, especialmente as do Isaac
> Asimov, que praticamente criou o conceito de robô tal como o entendemos
hoje
> (até Asimov, as histórias de robôs - nome que, aliás, também veio da fc,
de
> uma peça do escritor tcheco Kárel Cápek chamada R.U.R.). Só que você vai
> verificar que, até a década de 70, praticamente todas as histórias lidam
com
> supercomputadores gigantes, nos moldes do ENIAC (o supercomputador do
> Asimov, aliás, chamava-se inclusive MULTIVAC). Nenhum autor de fc previu a
> miniaturização dos chips que conduziu aos computadores pessoais e à
> revolução da informática, mesmo quando se estava praticamente às portas
> dessa revolução. E, com a exceção do Philip K. Dick (em cujos romances, a
> maior parte dos eletrodomésticos é dotada de algum tipo de inteligência
> artificial e personalidade, geralmente idiossincrática), praticamente
nenhum
> outro autor imaginou a possibilidade de que televisores, geladeiras,
fornos
> de microondas e telefones algum dia pudessem ser equipados com microchips.
----
Sim, Lúcio. Você tem razão. Isso acontecia em parte porque a própria IBM
defendia a tese de que, no futuro, só existiram supercomputadores. (Reza a
lenda que na IBM se dizia que, no futuro, existiram 5 supercomputadores: um
para cada continente.)
Entretanto, há algumas observações:
1-) Novamente, como eu disse no e-mail anterior, na parece haver, aqui, um
juízo estético. Por um lado, nós entendemos por 'microcomputador' uma
'caixinha' cinza ligada a um teclado e um monitor. Ou outro, nós entendemos
por 'supercomputador' uma 'sala(s)' cheia de luzes piscantes.
O problema é que, do ponto de vistá prático, microcomputadores não precisam
ser 'caixinhas cinzas' nem supercomputadores precisam ser 'salas com luzes
piscantes'.
Me diga, por exemplo, o que são os robôs Azimovianos ? não seriam
(micro)computadores cujos periféricos de I/O fossem os 5 sentidos e a fala ?
Eu entendo que esse meu exemplo pode soar 'forçação de barra'. Mas não eu
precisava realmente dele. Explico porque:
1.1-) Hoje em dia, intuitivamente, todo mundo pensa que a tendencia é de que
os microcomputadores - esteticamente falando: as caixinhas cinzas -
centralizem todas as funções. Que os microcomputadores ficarão cada vez mais
fortes na sua influência na vida das pessoas. Intuitivamente, pensa-se que
no futuro *tudo* - TV, Rádio, eletrodomésticos - estarão acoplados, ligados
ou vinculados ao micro.(Novamente explicando: a essa noção estética de
micro: a caixinha cinza pessoal)
Entretanto, Larry Ellison, presidente da Oracle, tem outra 'teoria'. Para
ele, os computadores 'caixinha cinza' proliferarão apenas nos servidores de
rede. O acesso ao processamento de dados - ou informações - se dará por
inúmeros periféricos descentralizados com acesso à Internet.
Para Ellison, o computador 'caixinha cinza pessoal' se tornará um
eletrodoméstico antiquado. Um modismo de final de século. Para ele, TV
digital, o Equipamento de som digital, a Geladeira digital, etc, acessarão
os servidores de rede pela internet sem que se precise passar por nenhuma
'caixinha cinza pessoal'.
Para Ellison, um grande 'mortificador' do PC será o celular. Na medida que
ele se desenvolver, os pessoas passarão a usá-lo para acessar a internet de
modo mais amplo do que já é feito hoje.
Ellison diz que o PC é uma máquina genérica, difícil de mexer, problemática
e pouco eficiente. Periféricos *especializados* e mais *simples* executariam
melhor suas determinadas funções do que um PC centralizador e generalista.
O que eu quero dizer com tudo isso ?
Eu quero dizer que um 'microcomputador' não precisa ser uma caixinha cinza.
Pode ser um telefone celular, uma geladeira, uma TV digital, um carro, um
relógio, um avião.
Não sei se a 'profecia de Ellison' se realizará. Mas sei que o conceito de
microcomputador que a maior parte das pessoas tem tem que ser revisto.
2-) Poxa, advento da informática não diz respeito necessariamente ao advento
das caixinhas cinzas pessoais. Sejam 'caixinhas cinzas' ou 'salas com luzes
piscantes' - ou 'relógios de pulso', 'comunicadores (celulares)', etc -, a
informática foi prevista sim.
----
>
> >Inclusive esse fato está presente em muitos livros e filmes antigos.
Como,
> por exemplo, o clássico de Phillip K. Dick, "Do
> Androids Dream of Eletric Sheep?".
>
> Não exatamente. Os andróides do romance do Dick - que deu origem ao filme
> _Blade Runner_ - não eram robôs, eram criaturas orgânicas, fabricadas por
> engenharia genética. Aliás, uma curiosidade: os robôs da peça do Cápek
> também eram orgânicos. Foi só mais tarde, com o advento da cibernética,
que
> o termo robô passou a ser aplicado a criaturas mecânicas ou eletrônicas, e
> surgiu o termo "andróide" pra designar as criaturas artificiais orgânicas.
---
Os androides poderiam até ser orgânicos. Tudo bem. Mas havia muitos
equipamentos 'elétricos' cujo comportamento apresentava a função de
'processamento de dados'.
---
>
> >Uma mudança de paradigma na Russia, apesar de quase nunca ser abordada
> diretamente, é sugerida em muitas obras.
>
> De ficção científica, não de futurologia.
---
Ok. De futurologia, não sei nada. Mas suponho que eles não entendiam muito
de Marxismo e econômia :)
--
>
> >É sugerida, por exemplo, em quase boa parte da obra de Arthur Clark
(série
> monolito: o mundo não apresenta
> bipolaridade.
>
> Desculpe, mas aqui você está enganado. _2001 - Uma Odisséia no Espaço_ se
> passa numa Terra bi-polarizada, sim. Basta lembrar que, na estação
espacial
> internacional, os setores russo e americano são claramente divididos e um
> lado desconfia do outro. Esse quadro só começou a amenizar em _2010_, mas
> aí, também, pô, foi escrito nos anos 80. Mesmo assim, o Clarke prevê
apenas
> um abrandamento das relações entre EUA e URSS, e não o colapso da União
> Soviética que, entretanto, aconteceria apenas alguns anos depois. Que eu
> saiba, o único livro que realmente previu o colapso da União Soviética e a
> queda do Muro de Berlim não foi nem um texto de futurologia, nem um
romance
> de ficção científica, mas uma obra de ciências sociais de esquerda, _A
> Sociedade do Espetáculo_, do Guy Debord.
---
Realmente, eu me confundi. Você está certo.
---
>
> >Alias, Clark tem algumas "previsões" interessantes, como: Previu a
> telecomunicação por satélites, ainda na década de 40. Alias, o espaço onde
> muitos satélites ficam, chamado 'orbita de Clark', não tem esse nome por
> acaso.
>
> Não, não é por acaso, e isso porque o Clarke não *previu* a
telecomunicação
> por satélites, ele foi o primeiro a *teorizá-la* (em um texto de
não-ficção)
> e os construtores dos primeiros satélites se basearam diretamente nas
> teorias do Clarke.
---
Aí eu tenho que discordar.
Nós podemos dizer que existem três tipos de trabalho científico: um
puramente 'abstrato' (Sem que, a primeira vista, se reflita em nenhuma
tecnologia), um puramente 'técnico' (que diz respeito à feitura de peças,
coisas do tipo... mais próximo da engenharia.) e outro que podemos chamar de
'propositor' (que diz respeito a idéias para solução de problemas
amplos/sociais que são propostas e vendidas como futuras inovações.)
No primeiro tipo, nos podemos usar como exemplo boa parte - se não toda - a
teoria das supercordas. O segundo tipo, podemos falar das inovações
científicas que findaram no chip. Esse terceiro tipo, podemos usar como
exemplo o próprio Clarke e os satélites.
Quando um cientista faz um trabalho 'propositor', ele defende a posição de
que a sua inovação será usada no futuro porque é útil. Isso é meio óbvio e
reduntante: se o cientista achasse sua inovação inútil, não a teria
proposto.
Toda proposição sugere uma previsão de uso.
Por sinal, eu acredito que quase todos - se não todos - os trabalhos
'propositores' passam, primeiro, por uma previsão, e depois, se o 'profeta'
for um cientista, uma teorização científica da previsão.
Nem toda proposta científica é previsão. Isso porque a ciência é apenas *um
dos pilares* da tecnologia. Para o desenvolvimento de tecnologia, precisa-se
haver 7 elementos: base científica; viabilidade econômica; viabilidade
administrativa; viabilidade moral; viabilidade ambiental e viabilidade
psicológica. (Na verdade, 'viabilidade psicológica' pode ser considerada um
subgrupo da 'viabilidade econômica')
Nem tudo que é teorizado e proposto vira tecnologia por conta de algumas
'inviabilidades'. (Não sei se essa informação é correta, mas já li em algum
lugar que a AT&T, na década de 50, já detinha base teórica/científica para o
funcionamento dos telefones celulares. Eles só não proliferaram naquela
época por inviabilidade econômica do processo.).
Clarke não só fez o trabalho teórico, mas defendeu sua viabilidade. Pode-se
fazer qualquer trabalho teórico sem que ele se torne tecnologia. Alguém
poderia teorizar um novo meio de transporte que se dê através de tuneis
subterrâneos ligando pelo menos alguns países do mundo. É possível
teoricamente ? Talvez seja possível. Mas, é viável ? Intuitivamente parece
que não. (com exceção do túnel do canal da mancha.)
É justo dizer que ele não só teorizou - coisa que qualquer pessoa apta
poderia ter feito: e *não* fez. -. É justo dizer que ele tembém previu.
---
>
> >É interessante notar, por exemplo, que Leibniz, no século XVIII, já
falava
> sobre computadores - não com esse nome 'computador': mas de máquinas que
> pudessem raciocinar sobre dados -.
>
> De novo, aqui não é um caso de previsão. Foi a partir dos trabalhos
teóricos
> do Leibniz e do Pascal que os pioneiros da computação desenvolveram seus
> protótipos. A linguagem binária, que é utilizada até hoje nos
computadores,
> foi desenvolvida pelo Leibniz, inspirado no conceito de yin/yang do I
Ching,
> que estava começando a chegar ao ocidente pela tradução do James Legge.
---
Retomo o que disse acima.
E, no caso de Leibniz, isso é mais gritante. Ele chega a fazer ponderações
'existenciais' sobre a consciência e livre arbítrio das máquinas que ele
achava serem possíveis no futuro. Quase como se fosse um precursor de
Turing, centenas de anos antes do advento da computação.
---
>
> >Nietzsche, em aproximadamente 100 anos antes (100 anos. É muito ?) da
> bipolaridade do mundo, já dizia que esperava que, no futuro, a Russia
fosse
> se tornar a nação mais importante da Europa.
>
> Neste caso, é mera coincidência, e não uma previsão. A ascendência da URSS
> foi devida à revolução comunista. Nietzsche, por sua vez, tinha uma
> mentalidade aristocrática e olhava as idéias comunistas com uma aversão
> próxima do nojo.
>
---
Não sei se é tão coincidência assim. Realmente, Nietzsche tinha 'nojo' do
socialismo por um lado. Por outro, ele conclamava os trabalhadores para
'lutarem por seus direitos'. Parece contraditório ? Nietzsche é
contraditório.
Nietzsche presava a virilidade e a capacidade de 'acabação'. Ele via essas
habilidades no povo russo. Via uma "virilidade", uma certa "força de
vontade", enfim... uma "vontade de potência".
Por uma observação intuitiva das 'características' de um povo, Nietzsche
parece ter deduzido uma revolução popular. não necessariamente comunista,
mas efeitvamente, uma revolução que findasse na transformação da russa na
maior nação nação da europa.
---
> >Eu estou falando só do que me vem superfialmente à mente.
>
> Na verdade, você misturou três coisas diferentes nesse breve catálogo:
>
> 1) exercícios de futurologia;
> 2) histórias de ficção científica;
> 3) teorias que serviram de base para o desenvolvimento tecnológico que
você
> considera que elas previram.
>
> No terceiro caso, não se trata de previsão, mas de influência direta.
> Seriam, na melhor das hipóteses, self-accomplished profecies, isto é,
> profecias que criam as condições pra sua própria realização.
>
> No segundo caso, o acerto das previsões não foi tão grande assim.
Falava-se
> de computadores, mas eram computadores bastante diferentes do que temos
> hoje, e mesmo quando se falava de uma mudança de paradigma na União
> Soviética, jamais se previu o colapso da própria União Soviética. Aliás,
> isso não quer dizer que essas previsões fossem *falsas*, simplesmente
porque
> não eram *previsões*. Um romance de ficção científica não se propõe a
prever
> o futuro, mas em utilizar a ciência e a tecnologia pra criar um sentimento
> estético conhecido como "sense of wonder".
>
> Do primeiro caso foi o que você menos se ocupou, mas era a ele que eu
estava
> me referindo quando falei de previsões furadas. A descrição do ano 2000
que
> o Herman Kahn dá no livro do mesmo nome parece um universo paralelo,
porque
> não tem nada a ver com o ano 2000 que realmente vivemos.
----------
Eu não misturei nada. A não ser que, em se tratando do assunto "frutas",
falar de maça, banana e laranja seja "misturar". O que quero dizer é que, em
se tratando do assunto "previsão", falar de futurologia, FC e teorização não
é mistura: é abordagem.
1-) Não me detive no caso da futurologia porque não a conheço.
2.1-) É como disse: a questão de computadores é de juízo estético. Se você
acha que as previsões devem ser exatamente 'exatas', inclusive no que diz
respeito às aparências e detalhes tecnológicos, em detrimento da percepção
do processo de modo "fundamental" (em termos de fundamento: estrutura), ok.
É um critério seu. Mas ninguém é obrigado a compartilhar dele.
2.2-) Eu discordo frontalmente quando você diz "Um romance de ficção
científica não se propõe a prever o futuro, mas em utilizar a ciência e a
tecnologia pra criar um sentimento estético conhecido como "sense of
wonder"." Acho, inclusive, que essa assertativa é preconceituosa.
Quando estudamos, por exemplo, literatura brasileira, vemos, por exemplo,
coisa como 'geração de 30'. Você deve se lembrar: modernismo regionalista de
Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos. A literatura regionalista de 30, às
vezes chamada de neorealismo, tem, entre outras características, um aspecto
de "crítica social".
Muitos outras escritores trazem esse tipo de caracteristica em sua obra.
Isso também não quer dizer que esses livros tenham que ser necessariamente
enfadonhos e chatos. Eles também apelam para um certo "Sense of wonder". Mas
o viés de crítica está presente.
Por que estou dizendo isso ?
Normalmente, FC é considerado literatura pop de baixa qualidade, sem
pretensões artíticas: apenas entretenimento. Em muitos casos - talvez na
maior parte - isso seja mesmo verdade. Por outro lado, ignorar o caráter de
crítica social que alguns livros podem apresentar é preconceituoso.
Como os livros FC geralmente tratam do futuro, essa crítica social é uma
projetada no futuro. Algo como um alerta. Algo como uma previsão que não
pode se concretizar. Um alarme. "Admirável mundo novo" e "1984" seguem essa
linha.
Na década de 90, um novo tipo de literatura FC nasceu. Chamada de literatura
Cyberpunk, cujo autor mais famoso é o Willian Gibson, com o seu Neuromancer.
É muito difícil dizer quais são as características dos livros 'cyberpunks'.
Primeiro, porque nem todos os livros seguem exatamente a mesma linha, nem
têm exatamente todas as mesmas características. De qualquer modo,
generalizando, podemos falar coisas como: violência, uso excessivo de
drogas, aumento da concentração de renda, poluição desenfreada, alta
tecnologia, e - a característica que acho mais interessante - destruição do
Estado em prol do advento do controle das grandes corporações.
Para a minha humildade análise, isso é uma previsão e uma crítica do que
pode acontecer com o mundo caso o neoliberalismo seja exarcerbado. A
substituição do Estado pelas corporações, holdings e trustes. Submissão do
mundo aos interesses das grandes empresas em detrimento do interesse das
pessoas. O cenário do mundo cyberpunk é pessimista. É triste. E é um cenário
possível, principalmente com o andamento do processo histórico que, cada vez
mais, preconiza um Estado cada vez menor. Que estimula e fortalece, cada vez
mais, as grandes empresas. Os grandes monopólios. A predominancia dos
interesses - às vezes, inescrupulosos - das corporações.
Isso não é uma presisão ? Não é uma crítica ? Previsão não é necessariamente
o jogo da Mãe Diná, como parece que querem alguns. Prever é observar
possibilidades, tendencias e plausibilidades e, se for o caso, tentar
*evitá-las*.
E, o mais ironico: quando são evitadas, lá vem os críticos dizendo... "Olha
lá! não previu, viu só ? você disse que o mundo seria um lugar horrível e
virou um lugar lindo!". Pois é: o problema de algumas previsões é esse:
Quando você *ACERTA* a previsão e consegue, por causa do acerto, evitar seu
acontecimento, você, paradoxalmente e automanticamente, *erra*, porque
evitou seu acontecimento. :)
Mas, enfim... não é, pra mim, de modo algum só "Sense of wonder".
3-) Não são self-accomplished profecies mesmo. Profecias desse tipo são
auto-realizáveis porque a própria feitura da profecia é condição
*necessária* e *suficiente* para sua realização.
Esse termo está atualmente sendo muito usado pelos analistas econômicos.
Quão mais os investidores acham que o Brasil pedirá moratória, maior a
possibilidade disso correr, porque a mera desconfiança dos investidores é
condição *necessária* e *sufuciente* para isso.
No caso de teórias que propoem tecnologias não é bem assim. As teorias podem
ser condições *necessárias* para o desenvolvimento de uma tecnologia. Mas
não são de modo algum condição *suficiente*, já que existem outros fatores
em jogo que podem deter o processo: inviabildiade econômica, inviabilidade
moral, psicologia... etc..
---
---
>
> >Alguém poderia contra-argumentar é dizer que também existiram muitas
> previsões
> erradas, logo, as previões certas seriam mero fruto do acaso - algo como
uma
> enorme tentativa-e-erro -.
>
> Basicamente, é isso. A menos que se trate de uma extrapolação legítima,
isto
> é, uma previsão que parta das condições atuais e que delineie os processos
> históricos que deverão levar do estado atual até o futuro previsto. Pega o
> exemplo do Nietzsche por contraste. Dizer que a Rússia um dia será a nação
> mais importante da Europa não é uma verdadeira previsão do advento da
União
> Soviética. Uma previsão real partiria da insatisfação popular dos russos
com
> o governo czarista, anteciparia que essa insatisfação iria se cristalizar
em
> um movimento político organizado, que esse movimento derrubaria o czar e
que
> o novo estado exerceria uma ação expansionista sobre os territórios
> vizinhos, incorporando-os ao seu próprio território.
----
Opa. Calma lá :)
1-) Você ignorou o argumento do 'espaço amostral', mas tudo bem, eu repito:
Se o processo histórico fosse caótico e constituído de cenários infinitos, o
"espaço amostral" (teoria das probabilidades) seria infinito. Dentro de um
espaço amostral infinito e caótico, não se pode prever absolutamente NADA.
(Talvez, se for o caso, um atrator estranho... mas isso é tão absurdo. Acho
que nem atratores estranhos dizem respeito à isso.) Se houve pelo menos uma,
umazinha, uma previsão, é evidência inequívoca que os cenários não são
infinitos. Podem até ser muito diversos, mas são relativamente
circunscritos.
2.1-) Uma coisa é prever que a Russa seria a nação mais importante da
europa. Outra coisa é prever a união soviética. Nietzsche não previu a União
Soviética nem o comunismo. É o que eu disse antes e repito agora: algumas
pessoas se contentam em observar fundamentos e tendências. Outras querem
detalhes mínimos. Não importa por intermédio de QUE fenômeno a russia se
tornou a nação mais importante. O fato é que ela se tornou.
2.2-) Nietzsche usou como critérios sua intuição sobre a psicologia do povo
russo. Cada um usa os critérios que lhe convem.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Res: O QUE É A BELEZA
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2002 22:06
----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 06, 2002 10:35 AM
Subject: [ciencialist] Res: O QUE É A BELEZA
> > De: Arcange
> >
> > As modelos são dolicocéfalas porque o padrão de beleza é o
> > europeu, cuja *média* fenotífica é dolicocéfala.
>
> Ao contrário...
>
> As modelos são (quase sempre) européias
> porque o padrão de beleza é o dolicocéfalo.
>
> NÃO existem modelos de qualquer etnia (raça) que não
> sejam dolicocéfalas(os). Vá lá olhar o portfólio da
> Ford Models, pô! Na pior hipótese, uma mesocéfala
> com o cabelo ajeitadinho passa batido.
>
> Confira lá:
>
> Ameríndias: dolicocéfalas
> Negras: dolicocéfalas
> Asiáticas: dolicocéfalas
> Européias: dolicocéfalas
>
> O padrão não é europeu, é dolicocéfalo.
> Européias são maioria, pois a taxa de dolicocéfalas
> é um pouco maior. Certo?
>
----
Poxa, Meiros, assim É fogo :)
Eu dou 3 evidências de que a dolicocefalia é uma característica racial e que
só é bela por imposição cultural. Termino minha inferência com uma
conclusão. Então, você pega a conclusão isolada e reafirma a sua opinião.
Se for pra ficar apenas e tão somente reafirmando opiniões sem argumentos...
.. .. .. não há mais o que fazer.
Você diz que as modelos são dolicocéfalas. Logo a dolicocefalia é bonita.
Ora, mas isso eu nunca contestei! O cerne da questão não está no fato da
dolicocefalia ser 'bela' ou não. Todo mundo concorda que é. O cerne está em
saber se essa beleza se dá por um viés cultural ou biológico.
Eu dei argumentos sustentando que é cultural. Seu argumento - o de que as
modelos de todas as etnias são dolicocéfalas - não sustenta sua posição
"biologística". Quando muito, sustenta apenas o que todo mundo já sabe: que
é uma característica considerada 'bonita' na nossa sociedade.
O interessante é que nenhum 'biologista' consegue explicar de verdade porque
a dolicocefalia é 'bonita' do ponto de vista biológico. Como o próprio
Antônio disse no seu e-mail: "O por que biologico disso, nao atino. ..."
É uma posição, no mínimo, pitoresca! Primeiro, a pessoa CONCLUI que a
característica é considerada bela por motivos biológicos, DEPOIS é que ela
vai procurar os argumentos! :) E o pior! não consegue achá-los!
Mas só para constar, vou dar mais 1 argumento a meu favor: (eu tenho
outros... mas só vou dar esse porque é o mais forte)
1-) "Vejamos, por exemplo, o trabalho de Devendra Singh, psicólogo da
Universidade do Texas em Austin e lider do florescente campo da "Estética
Darwinista", que procura revelar a lógica evolucionista que fundamenta nosso
senso de beleza. Durante anos, Singh percorreu o planeta mostrando aos
homens imagens "sensuais" de mulheres (...) procurando descobrir se os
homens têm em comum certas preferências sexuais universais e, portanto,
inatas. (...) Singh constatou que, embora das preferências masculinas quanto
ao tamanho dos seios, ***estrutura facial**** e outras características
*variem entre as culturas* e até mesmo dentro da mesma cultura, (...)" (A
mente desconhecida, Horgan, página 220 - grifo meu -)
Acho que esse argumento é derradeiro e não cabe mais ponderação sobre isso
:)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2002 23:18
----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 06, 2002 7:49 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
>
> Sempre que um arcanjo, ou Arcange, se propõe a contestar o Léo, lembro-me
do
> personagem bíblico Lúcifer. Nada contra rebeliões celestes, mesmo porque a
> Ciencialist, ou o Reino do Léo, é um território onde prevalece a
democracia
> e onde é dado a todos o direito de espernear quando alguns dogmas pessoais
> são colocados em xeque. Neste caso, em particular, diria que as
> contra-argumentações não procedem e por dois motivos: Em primeiro lugar,
> porque não há dúvidas de que o Léo está tirando o sarro de todos os não
> simpatizantes da física; e em segundo porque a afirmação Dele faz sentido
> dependendo do contexto em que for interpretada. E qual foi o contexto
> proposto? Só o Léo pode dizer. E como o Léo, via de regra, dirige-se a nós
> anjos, arcanjos ou relés mortais através de parábolas, o máximo que
podemos
> fazer é tentar decifrá-las, lembrando sempre que já foi definitivamente
> comprovado que o Léo não joga dados e sim gamão, e assim mesmo somente nos
> fins de semana em que vai para o seu sítio.
---
Ihhhh... Mas é fresco, heim ? :) (brincadeira...)
---
> > A divisão mais comum das ciências é: Ciências lógico-matemáticas,
Ciências
> > experimentais, e Ciências humanas.
>
> Não sei até que ponto poderia situar a lógica ou a matemática na categoria
> de ciência, a não ser no sentido amplo apontado acima. Lógica tem muito a
> ver com filosofia, e matemática com linguagem. Filosofia e linguagem são
> alheias à concepção moderna de ciência. Por outro lado, quando falamos em
> Ciências Humanas, quero crer que estamos frente a um termo dúbio. Existe
> muito de experimentação nas ciências humanas (e portanto, existem setores
> que se encaixam muito bem no sentido moderno do termo) e existe muito de
> filosofia e linguagem (ou seja, existem setores que somente seriam ciência
> no sentido amplo), e nem sempre o assunto chega a ser devidamente
comentado.
---
Bem, não fui *eu* quem criou essa divisão. Não reclame comigo.
Eu só sou um rapaz estudioso :)
---
>
>
> > O que normalmente é chamado de "ciência", no sentido restrito, é o que
em
> > inglês se conhece como "hard sciences". São as experimentais, que se
valem
> > do método científico experimental, notadamente, o indutivo.
>
> Bem, se você é defensor do indutivismo como base para o método científico,
> então diria que estamos freqüentando praias totalmente diversas.
---
Talvez a sua tenha mais sol que a minha...
---
>
> > As três hards sciences (experimentais) básicas são: física, química e
> > biologia. As três se valem da metodologia científica experimental
> > indutiva, apesar das adequações particulares, que acabam findando no
> > método experimental de física, de química e de biologia.
>
> Quero crer que você está assumindo que não existe experimentação fora do
> âmbito da física, química e biologia. Como ciências humanas não é também a
> minha praia, deixo aqui apenas registrado o meu espanto.
---
Falei das três básicas. Não disse que eram as três únicas. São as três que
dão fundamento para as outras derivadas (nesse caso, sim, corolárias)
---
>
> > Todas as três básicas são *isoladas* por objeto e por axiomas. Nenhuma é
> > decorrente da outra do ponto de vista metodológico. E, como ciência é
> > basicamente só metodologia - a não ser que você vá para a filosofia
> > ontológica -, as três são ISOLADAS.
>
> Neste caso vamos completar o pensamento de Popper exposto acima:
>
> "Não há assuntos; não há ramos do saber - ou, melhor, da pesquisa
> [inquiry, N. do T.]: há somente problemas, e o impulso para os resolver.
Uma
> ciência como a botânica ou a química (ou, digamos, a química-física, ou a
> eletroquímica) é, defendo eu, apenas uma unidade administrativa. Os
> administradores das universidades têm, de resto, um trabalho difícil, e é
de
> grande conveniência para eles trabalhar supondo que há alguns assuntos
> determinados, com cátedras associadas a eles, e destinadas a serem
ocupadas
> pelos peritos nesses assuntos. Não estou de acordo: até os alunos
> competentes são enganados por este mito do assunto. E eu sou relutante a
> chamar a algo que engane uma pessoa uma conveniência para essa pessoa."
>
> Eu costumo dizer isso com outras palavras: A ciência não tem fronteiras a
> separarem-na em setores.
--------
Bem, eu não sou o todo poderoso Popper. Não sou filósofo alemão (ok,
austríaco..), mas tenho que discordar.
Digamos, então, que queriamos criar uma 'ciência' que trate do todo. Vamos
chamá-la de *holologia*. (de Holos: tudo)
Então, a gente vai pro laboratório e já define o objeto de estudo: a
realidade. (Que marmota, heim ? *eu* é que não vou pra esse laboratório...
.. ..) Depois a gente fixa os postulados, que, naturalmente, não podem se
contradizer. E ainda depois vamos tentar *estruturar* todo conhecimento.
*Conhecimento científico* só o é enquanto estrutura. Conhecimento isolado
não é científico. O conhecimento científico deve estar coerente com um
experimento ou dedução, e, a premissa do experimento ou dedução coerentes
com toda estrutura da árvore até os seus postulados. Qualquer inconsistencia
leva a: 1-) revisão do resultado da experiencia, 2-) modificação da
estrutura em algum ponto.
(Obs: Foi o que houve, por exemplo, quando Einstein 'salvou' os postulados
de Newton-Galileu que estavam 'falhando' por causa da teoria eletromagnética
clássica de Maxwell. Lorentz já tinha feito uma 'apelação' com as suas
'transformações' (contração de Lorenz, etc... ), mas que só foram explicadas
matematicamente com a teoria especial da relatividade e com a aceitação de
um novo postulado que modificou toda estrutura: velocidade da luz no vácuo
constante.)
Você realmente acha isso possível ?
Sabe... você deve conhecer o Newton da Costa, o brasileiro inventor da
lógica para consistente. Já li numa entrevista concedida por ele que um dos
grandes problemas da física é a sua axiomatização. Segundo Newton da Costa,
a física não está consistente nem axiomatizada, e é preemente o esforço que
se deve fazer nesse sentido.
Agora veja... se nem a física consegue ter uma estrutura coerente,
consistente, axiomatiza e definida, a união, digamos só por hipótese, da
física, biologia e química, melhoraria isso ? ou.. *pioraria* ? Na prática,
mesmo com essa união, não haveria uma divisão "branca" ? Na prática, essa
união não seria uma farsa porque, em última instância, as estruturas de
conhecimento e os métodos acabariam isolados do mesmo jeito ?
Mas eu vou ainda MAIS fundo nessa questão.
Digamos que seja possível o impossível! Digamos que seja possível criar a
holologia. Ela tem seus axiomas, suas estruturas de conhecimento, uma
metodologia precisa e um objeto de estudo não muito preciso... ..
Então, nós reduzimos a Holologia a um enorme esquema lógico-matemático
auto-coerente e auto-consistente, certo ?
Errado.
O Segundo teorema de Godel sobre a incompletude do cálculo de predicados de
primeira ordem na álbegra de Peano. A álgebra de Peano é incompleta e
inconsistente. O sonho do neoformalismo de Hilbert é impossível. A Holologia
é impossível.
Ao contrário do que Popper sugere nesse texto, a tendencia é justamente o
contrário. É a divisão cada vez maior e maior. Porque, a cada dia, se nota
que a realidade é inconsistente. É feita aos pedaços. Não é um único bloco
mecânico porque a matemática não é um único bloco mecânico. Uma TOE (e isso
só na física. Ignorando os outros ramos) é matematicamente impossível por
causa da incompletude da álgebra de peano. Os fenômenos devem ser
investigados isoladamente porque, enfim, a única concepção que o homem pode
ter da natureza está na investigação isolada.
Eu não sei se Popper estava vivo quando Godel demonstrou seu segundo
teorema. Não sei se Popper viu o advento das lógicas não-clássicas. Não sei
se Popper estava vivo quando os fractais e atratores estranhos começaram a
ganhar corpo. Não sei se Popper estava vivo quando a noção de 'propriedade
emergente' ganhou notoriedade.
Não sei. Talvez Popper já esteja velho.
Eu dei meus argumentos. Espero que Popper tenha os dele.
---
>
> > Com dito antes, as três ciências 'duras' são só 'objeto' e
'metodologia'.
> > São metodologicamente isoladas. Como as três ciências são somente
> > *Interpretações Fenomenológicas* da realidade, e não *Verdades
> > Ontológicas*, não faz sentido algum dizer que uma é 'corolária' da
outra.
> > Não faz sentido algum dizer, à luz da racionalidade investigativa, que
> > *uma interpretação baseada em um método isolado* decorre de *outra
> > interpretação baseada em outro método isolado*.
>
> Mas se o método é o mesmo, não faz sentido isolá-las em assuntos, a não
ser
> como unidades administrativas de uma universidade. E "até os alunos
> competentes são enganados por este mito do assunto."
----
Mas o método não é exatamente o mesmo. Os métodos tem origens iguais, mas se
divergiram. São diferentes.
----
>
> > É achar que as três ciências dizem respeito à ontologia e não a
fenômenos
> > isolados ou técnicas metodológicas igualmente isoladas. É inferir e
> > conceber - sem o desenvolvimento de uma metodologia correta - um caráter
> > concêntrico na realidade. (e não nos fenômenos. Repito: fala-se de
> > ontologia: onde um "ser" ontológico - estudado por uma ciência - está
> > invariavelmente ligado a outro "ser" ontológico - estudado por outra
> > ciência.).
>
> Pois eu diria que o método científico é exatamente o mesmo para as três
> áreas citadas, mas não só. E técnicas variam de uma experiência para
outra,
> às vezes relacionadas a um mesmo capítulo de uma mesma disciplina
acadêmica.
> Nesse caso existiriam quase tantas ciências quantas experiências pudessem
> ser imaginadas.
---
O método não é o mesmo.
Em biologia, prioritariamente, tenta-se estabelecer correlações estatísticas
e, a partir daí inferir correlações causais. Tanto a indução como a dedução
tem aplicabilidade restrita, porque dificilmente dá para estabelecer a
contrafactualidade das leis.
Na física, tanto a indução como dedução tem peso. Em alguns 'ramos' da
física, a dedução chega a ter mais 'peso' que a indução. (é por isso muitos
críticos falam de "exoterismo matemático" ..)
Na química, as novas descobertas são puramente indutivas. Pouca coisa em
termos de 'novidade' pode ser feita por dedução.
E isso é apenas uma observação superficial e rasteira. O buraco é muito mais
embaixo.
---
>
> > 2-) Essa resposta é um caso típico de subterfúgio desonesto de retórica.
> > Isso é até comum. A pessoa *objetivamente* diz uma coisa, mas
> > *subjetivamente* sugere outra. Quando as pessoas vão reclamar -
> > fundamentadas na sugestão subjetiva - o autor do artifício diz: "Olha!
eu
> > não disse isso! leia de novo! não está sabendo interpretar textos!".
>
> Bem, eu conclui que muito provavelmente o Léo estava tirando o sarro dos
não
> simpatizantes com a física, e você está interpretando isso de outra
maneira.
---
É... a culpa é minha. Eu não via muito o programa do Bozo na TV... :/
---
>
> > Realmente, eu também acho que a física é a 'mãe' de todas as ciências.
Ela
> > é tão importante, Leo, que quando você tiver hemorróidas, para se valer
de
> > um tratamento cientificamente principal - e não apenas 'corolário' -,
eu
> > sugiro que você use algo como... humm... 'Capacitor de fluxo quântico de
> > bozons Z decadimensional Kaluza-Klein Witten-Plank Tabajara'.
>
> Pô, agora já é apelação. Quem disse que quântica é física? Quem disse que
> quântica é ciência? Quântica é misticismo puro. ;-))
---
Hammmmm...
---
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 00:58
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 06, 2002 9:03 AM
Subject: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
> --- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> > Mesmo previsões feitas na grécia, há mais de 2000, possivelmente
> > falariam de coisas como 'homens voando', 'barcos
> > velozes', 'carroças sem cavalo', 'cura de doenças'.... ..
>
> So' q. homens voando com asas auto-propelidas e homens voando com
> auxilio de motores 'a combustao interna e' uma diferenca fundamental.
---
Bem... eu abri muitas 'frentes' diferentes e não posso dar conta de todas.
Talvez eu deixe de responder algumas.. mas, enfim...
O que você entende por "fundamental" ?
Fundamental é fundamento. É estrutura basal. Base última. Mecanismo 'em
última instância'.
Dizer que homens vão voar com auxílio de algum equipamento é o fundamento. É
a 'base em última instência'. Agora, qual o meandro tecnológico que vai
viabilizar isso é outra outra coisa.
---
>
> > As previsões da década de 50, 60, 70 *sempre* previram computadores
> > e a revolução da informática.
>
> A sim, com computadores cada vez mais gigantes com interface em fitas
> de papel perfuradas -- nos mais modernos, as entradas eram com rolos
> de fitas magneticas. (Na Enterprise -- primeira versao -- o
> computador tem uma interface de luzinhas nos paineis e apitos, chaves
> deslizantes e botoes de girar... 'muderrrrnissimo, aê'.)
----
A questão dos computadores já foi exaustivamente debatida. Vou superresumir
de novo aqui:
1-) Revolução da informátoca diz respeito à..... .. ... "revolução da
informática".
2-) Isso é um juízo estético. Não interessa se os computadores são grandes
ou pequenos. Você realmente acha que a questão do tamanho do computador é
fundamental ? E a cor do gabinete ? Também é ?
3-) computadores podem ser muitas coisas, não só caixinhas cinzas ou 'salas
com luzes piscantes'.
---
>
> Entre milhares de previsoes claro q. uma ou outra acaba acertando --
> mesmo q. errem em algumas decadas. Mas ha' varias q. subestimaram
> completamente as alteracoes nas taxas de modificacoes e umas ainda q.
> superestimaram (carros voadores no sec. 20 -- mas ai' tentam
> interpretar como uma antevisao dos avioes e helicopteros).
---
Eu repito de novo o contra-argumento do espaço amostral (Eu não tenho
vergonha de me valer do "Ad nausean" quando o contra-argumento é
simplesmente ignorado e o argumento precedente reafirmando como se não
tivesse sido refutado. )
Poderiam haver até bilhões de tentativas de previsões. *Se* o processo
histórico fosse caótico e constituído de cenários infinitos, dentro de um
espaço amostral infinito, *nenhuma* previsão teria a mínima chance
estatística de dar certo.
---
>
> > diretamente, é sugerida em muitas obras. É sugerida, por exemplo,
> > em quase boa parte da obra de Arthur Clark (série monolito: o mundo
>
> Bem, nos filmes baseados na obra pelo menos ainda achavam q.
> a Uniao Sovietica existiria no sec. 21 e q. a PanAm voaria por ai'.
> Mas isso e' realmente dificil de antecipar, por isso considero a
> futurologia um exercicio interessante, mas de pouco uso pratico: ate'
> uns 3 anos talvez tenham otimos chutes, a partir dos 10 levanto um
> pouco a minha sobrancelha, dos 50 em diante encaro como pura
> literatura de ficcao.
---
Eu me confundi. De qualquer modo, há outros exemplos...
Stanley wienbaum, Ursula k le guin, etc..
---
>
> > A não-bipolaridade está presente em muitos outros
> > livros, não só nos de Clark).
>
> Unipolaridade e' diferente de multipolaridade, embora ambos
> sejam 'nao-bipolares'. Aqui a conta e' simples: ou o numero de
> paises poderosos permanece o mesmo ou aumenta ou diminui -- como
> cada livro q. tenta tracar o futuro (seja como romance ou como
> tentativa seria de previsao) aposta em uma alternativa diferente
> batata q. um deles pelo menos acerte.
---
Exatamente. É uma prova de que a realidade é circunscrita e não-caótica :)
---
>
> > Eu não preciso nem citar gente como Julio Verne, que, em *mais* de
> > 100 anos antes (100 anos. É muito?), falava de submarinos e ida a
> > lua - apresentando o meio de ida fundamentalmente igual ao usado
> > pela Nasa: um objeto em forma de 'bala' fortemente propelido -.
>
> E tbm de trens voadores -- voadores mesmo e nao "simples" flutuantes
> sobre trilhos magneticos. (Era de Verne o 'Viagem ao Centro da
> Terra'?)
>
> Mas a bala de Verne era uma bala mesmo -- atirada de um canhao.
> Foguetes sao auto-propelidos. E' uma diferenca mais fundamental do q.
> a semelhanca de objetivo e de forma (essa bem grosseira por sinal).
---
Grosseira nada. Novamente, apelo para o conceito de 'fundamental'.
Fundamental é fundamento. É estrutura basal. Base última. Mecanismo 'em
última instância'.
Verne poderia ter usado outro fundamento: teletransporte, uma torre alta
(pode parecer absurdo hoje, mas, não deixa de ser algo "possível" dentro do
ambiente do séc. 19.) Poderia até ter se valido de algo que seria mais
parecido com um avião.
Ele não acertou na aparência de modo grosseiro: não se trata de "estética".
Ele acertou no princípio aerodinâmico que regeria a viagem espacial. A
propulsão interna ou externa é uma questão de meandro tecnológico.
---
>
> > É interessante notar, por exemplo, que Leibniz, no século XVIII, já
> > falava sobre computadores - não com esse nome 'computador': mas de
> > máquinas que pudessem raciocinar sobre dados -.
>
> Maquinas q. raciocinam sobre dados ainda nao foi inventada.
---
No meu dicionário tem escrito:
Raciocínio, s. m. (lt. ratiociniu). Faculdade, acto, meneira de raciocinar.
Encadeamento de razões, deduzidas umas das outras, para chegar a uma
demonstração: raciocínio lógico. Juízo, ponderação.
"Encadeamento de razões, deduzidas umas das outras, para chegar a uma
demonstração: raciocínio lógico." Isso parece ser cálculo de predicados de
primeira ordem ? Isso parece ser cálculo proposicional ? Lógica boolenana ?
Pois é. Os computadores fazem isso.
Alias, há computadores que até demonstram teoremas da matemática.
---
>
> > Nietzsche, em aproximadamente 100 anos antes (100 anos. É muito ?)
> > da bipolaridade do mundo, já dizia que esperava que, no futuro, a
> > Russia fosse se tornar a nação mais importante da Europa.
>
> Vc fala da epoca como URSS ou da atual?
---
Eu posso procurar a citação exata. Acho que ele falava em 50 anos a partir
da época dele.
Mas mesmo que não falasse. É claro que é uma questão de critério, mas,
levando em conta PIB, população, extensão, recursos naturais, capacidade
bélica, etc... você tem dúvida de que a Russia ainda é a nação mais
importante da Europa ? Riqueza não é único critério. Tem mais extensão.
Maior população. Maior potencial em recursos naturais. De longe tem a maior
capacidade bélica e é o 5 PIB da europa praticamente empatado com a Espanha.
---
>
> > infinito, seria *extremamente* difícil, estatisticamente falando,
> > que *qualquer* previsão fosse correta, mesmo considerando inúmeras
> > tentativas.
>
> Se considerarmos aproximacoes como: "carros velozes" ai' *nao* se
> torna estatisticamente insignificante, ainda mais q. o conceito
> de 'carro' se modificou completamente nos ultimos 4.000 anos.
---
Segundo meu dicionário:
Carro, s. m. (lat. carru) (...) qualquer veículo de transporte de coisas ou
pessoas (...)
Pois é: Carros mais velozes.
---
>
> A historia nao precisa ser totalmente aleatoria para se tornar
> imprevisivel a longo prazo. Basta ter elementos de caos. Um sistema
> assim ira' evoluir de forma imprevisivel, ainda q. tenha leis
> fundamentais bem definidas orientando sua evolucao.
>
> So' q.:
>
> 1) nao conhecemos essas leis;
> 2) nao conhecemos as delimitacoes do sistema
>
> Sem a regra de manipulacao dos dados e sem os dados de entrada, fica
> dificil obter uma saida precisa.
----
Bem, ou o sistema é caótico ou não é. Não há meio termo. Se as partes
'caóticas' que compõem o sistema são insignificantes, o sistema é
determinado. Se são relevantes, o sistema é caótico. Não há meio termo.
Já que estamos falando em leis, olhe só isso:
"Foi precisamente Marx quem primeiro descobriu a grande lei da marcha da
história... Essa lei tem a mesma importância que a lei da transformação da
energia para as ciências naturais" F. Engels,1885.
Não estou defendendo o Marxismo ou dizendo que ele achou leis na história.
Existem alguns modelos, trabalhos teóricos e propostas dentro de toda
históriografia. Esses modelos não se propoem a 'prever o futuro
milimetricamente e esteticamente' como querem alguns. Mas indicam caminhos.
Falam de fundamentos.
Salvo algum evento discrepante, se sabe que a monarquia não voltará nos
paises civilizados. Sabe-se que a tendencia é que a servidão rural diminua
por fatalidades históricas. O poder econômico não mais está com os
detentores de terra, por isso eles perdem poder político.
Ninguém está falando de uma saída *precisa*. Eu, pelo menos, falei de uma
saída *plausível*.
---
>
> > Se houve meramente algumas poucas previsões certeiras - e houve
> > relativamente muitas
>
> Esse relativamente muitas precisa ser investigada. Qtas previsoes
> foram feitas, qtas certas e qtas erradas?
---
Uma serve ? :) Basta uma para tirar o caráter caótico e infinito do espaço
amostral de futuros possíveis.
---
>
> > Mas a previsão vigente era de um
> > forno "diferente", "frio", de onde se colocava comida "crua" e
> > poucos minutos depois ela estava pronta.
>
> Tecnicamente poderesmo desconsiderar isso como previsao.
> "Alguma coisa vai acontecer"... E' generica demais.
>
> (Nos fornos -- a lenha, eletrico, a gas, microondas, laser, de
> lampadas halogenicas, de retexturizacao quantica -- a comida
> sempre e' colocada 'crua' -- nao faz sentido colocar comida
> pronta, a menos de aquecer apenas).
---
1-) Genérico vem de geral. Geral, amplo, total.
Quando se diz que algo é genérico, quer-se dizer que serve para tudo. Que é
tão geral que abarca tudo e todas as opções possíveis.
Defender um forno "frio" e "automático" não é defender *todas as opções
possíveis*. Uma opção foi predileta em detrimento de outras. Poderia-se
falar de um forno de 'raios cósmicos', que fosse quente. Poderia-se dizer
até que o forno acabaria: as pessoas comeriam comida fria ou usariam um pó
ou um equipamento portátil para aquecê-la.
2-) Eu não me expressei bem. Hoje, pega-se comida semi-pronta para
microoondas, coloca-se alguns minutos dentro, tira-se e come. Nos fornos da
década de 50 e 60, era necessário uma preparo prévio da comida, e geralmente
em 'partes' (panelas ou vasilhas) diferentes. Não é 'automático' como é
hoje.
---
>
> Mas a questao agora -- ja' q. desviamos da simples consideracao
> da auto-destruicao inexoravel da humanidade nos proximos 500 anos --
> o q. disso foi realmente previsto?
>
> Simples melhoria? As coisas ou melhoram ou pioram ou permanecem as
> mesmas (dado um criterio de melhoria). Uns sao otimistas, outros
> pessimistas. Alguem acerta. (Mesmo q. erre nos 'detalhes' -- "teremos
> um forno mais rapido no futuro", a comida vem em forma de
> pilulas, "ah, ha'! falei q. o preparo da comida seria rapida no
> futuro".) Mais ou menos como as previsoes astrologicas: vagas demais,
> ambiguas demais.
---
Nada disso. Novamente, temos que entender o significado das palavras. (Eu já
recorri ao dicionário 2 vezes e explicitei o significado de palavras outras
duas vezes.)
Ambíguo, adj. Em que pode haver mais de um sentido.
Quando alguém diz que o preparo de comida será mais rápido, pode até estar
sendo trivial, mas de modo algum está sendo ambíguo. Está dizendo em um
único sentido o que diz: maior velocidade. Maior velocidade é maior
velocidade e não outra coisa.
De qualquer modo, falar em maior velocidade do preparo de comida é uma
caricatura do exemplo do microoondas. O microondas não diz respeito a maior
velocidade: às vezes, o preparo no microoondas demora mais que o preparo
tradicional em forno convencional. O microondas diz respeito a limpeza, a
frieza e automação na obtenção de comida (nesse caso, comida congelada para
microondas).
Você pode achar que isso é tão lógico que não podemos pensar que seja
previsão. Nesse caso, quando você incute o caráter "tão lógico" está,
inexoravelmente, aceitando que o futuro não é caótico. Que coisas lógicas a
longo prazo ocorrem.
É engraçado. Quando fazemos uma previsão do futuro a longo prazo baseados na
"lógica", vem gente dizer que não podemos considerar isso previsão porque é
"tão lógica". Quando não fazemos a previsão, por algum outro motivo, a mesma
pessoa diz: "viu ? não previu isso porque o futuro é ilógico e
imprevisível!" :)
Isso é: A logicidade da previsão do futuro é desqualificada *a priori*
enquanto previsão, só restando o imponderável. É um beco-sem-saída retórico,
é claro. Isso não é argumento. É armadilha.
Essa armadilha contraditória está em todo lugar. Aqui mesmo nesse e-mail.
Veja:
Por um lado, você defende que o futuro não é previsível a longo prazo, por
outro, diz coisas assim: "Unipolaridade e' diferente de multipolaridade,
embora ambos sejam 'nao-bipolares'. Aqui a conta e' simples: ou o numero de
paises poderosos permanece o mesmo ou aumenta ou diminui -- como cada livro
q. tenta tracar o futuro (seja como romance ou como tentativa seria de
previsao) aposta em uma alternativa diferente batata q. um deles pelo menos
acerte."
Em nenhum lugar eu disse que o futuro é previsível (se disse, há de se
interpretar dentro de um contexto maior) Eu falei desdo começo, em
***plausibilidade***. É plausível considerar hipóteses possíveis. É
plausível perceber que o futuro não é totalmente caótico e infinito. É
plausível perceber que há lógicas no processo histórico e ****restrição de
cenários***.
Como eu disse exaustivamente desdo começo: *circunscrição* nos cenários. Os
futuros possíveis não são infinitos. É exatamente por isso que alguém acerta
sempre uma previsão. É exatamente por isso que podemos inferir cenários
possíveis, plausíveis.
Eu sei que não é plausível - apesar de possível - que daqui a 50 anos
voltemos ao feudalismo. Mas é plenamente plausível que o futuro exposto nos
livros Cyberpunks (vide e-mal de FC) venha a acontecer. Pode ser que ele não
aconteça. Mas é um cenário à disposição.
---
>
> Mas uma questao lateral q. acho intrigante: tem os q. acham q.
> todo mundo acha q. as previsoes sao sempre incorretas e os q. acham
> q. todo mundo acha q. as previsoes sao sempre corretas. Logicamente
> os q. acham q. todo mundo torce o nariz para as previsoes sao os q.
> enfatizam os acertos da previsao e o oposto para os q. acham q. todos
> acham q. as previsoes sao certeiras. Os religiosos acham q. o mundo
> esta' cada vez menos espiritualizado com as pessoas cada vez mais
> racionalistas e materialistas, os ceticos acham q. o mundo esta' cada
> vez menos racionalista. Ô, seu fróide! (Fróide e' a versao sintética
> futurista de Freud.)
---
É uma questão de critério e analise.
Eu tomo como critérios os fundamentos 'fundamentais', tendencias.
Você quer minúcias, inclusive tecnológicas. Isso, só a Mãe diná.
---
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 07:40
----- Original Message -----
From: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 07, 2002 10:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
>> ... lembrando sempre que já foi definitivamente
> > comprovado que o Léo não joga dados e sim gamão, e assim mesmo somente
> > nos fins de semana em que vai para o seu sítio.
> Ihhhh... Mas é fresco, heim ? :) (brincadeira...)
Eu diria que um pouco de frescura, se bem que não no sentido gay do termo,
serve para desopilar o fígado. Enfim, como operei a vesícula recentemente,
posso perfeitamente deixar esse estilo líterário de lado.
Por falar em estilo literário, diria que não estou contra as suas idéias e
muito menos assumindo que eu estou certo e você errado. Simplesmente estou
tentando enfatizar que uma mesma idéia pode ser visualizada através de
pontos de vista diferentes, e portanto ser descrita com palavras
aparentemente discordantes. Afora isso, gosto de fazer o contraponto com a
finalidade de estimular o debate, e nem sempre consigo ser bem interpretado
nessa postura. Não é exatamente o seu caso, pois quero crer que a sua
mensagem está muito bem dosada a respeito, talvez até melhor do que a minha
anterior, mas digo isso para que outros percebam que é possível cutucar sem
ferir, provocar sem chamar para a briga etc.
> Bem, não fui *eu* quem criou essa divisão. Não reclame comigo.
> Eu só sou um rapaz estudioso :)
Bem, eu também não sou contra a divisão adotada para as ciências humanas,
apenas estou chamando a atenção para o fato de que a maioria das críticas
que se fazem são de natureza semântica, do tipo torre de Babel. E essa
confusão não se dá apenas no território das ciências humanas, mas no
dia-a-dia de todas as áreas. São raros os debates em que ambos os lados
denotam clareza e percebe-se esta nebulosidade ou clareza, senão na
totalidade do comentado, pelo menos nas intenções conflitantes. Como exemplo
dessa clareza de intenções, lembro do debate de Einstein e Bohr sobre as
bases da mecânica quântica, o que foi considerado por alguns como uma
verdadeira obra prima da filosofia da ciência. E embora eu não goste de
física quântica, li o debate e concordo plenamente com essa observação. Ou
seja, idéias são idéias, nada mais do que idéias; mas o que está por trás
dessas idéias, a maneira de pensar, a maneira de combater, a maneira de
construir um argumento a primeira vista bem colocado, o respeito mútuo...
Isso é o que importa. Pois a física quântica passará, e creio mesmo que está
com os dias contados, mas o debate travado entre Einstein e Bohr permanecerá
para o todo e sempre como uma verdadeira obra prima da filosofia da ciência.
> > Bem, se você é defensor do indutivismo como base para o método
> > científico, então diria que estamos freqüentando praias totalmente
> > diversas.
> Talvez a sua tenha mais sol que a minha...
Apesar do que comentei, não estou tão certo de que você seja um indutivista
convicto. De qualquer forma, se o for, isto significa que encaramos o método
científico sob prismas diversos. Quero crer que nesse caso existe uma
posição mais certa do que a outra, mas não estou plenamente convicto disso.
Digo apenas que o método científico não é nem exclusivamente indutivista,
nem exclusivamente dedutivista. Método, a meu ver, é um caminho trilhado
pelo cientista segundo uma espiral, que eu costumo chamar por espiral da
práxis. A cada volta ele sobe um passo da espiral, e a cada volta ele se
defronta com a necessidade de se utilizar das quatro operações mentais
básicas, na seguinte ordem: dedução, análise, indução e síntese. O
dedutivismo moderno não exclui a indução, simplesmente afirma que a dedução
precede a indução, e não o contrário como pregam os indutivistas (e estes
sim, quase sempre desprezam totalmente a dedução).
> > ... pensamento de Popper...:
> > "Não há assuntos; não há ramos do saber - ou, melhor, da pesquisa
> > [inquiry, N. do T.]: há somente problemas, e o impulso para os
> > resolver..." Eu costumo dizer isso com outras palavras: A ciência não
> > tem fronteiras a separarem-na em setores.
> Bem, eu não sou o todo poderoso Popper. Não sou filósofo alemão (ok,
> austríaco..), mas tenho que discordar.
> Digamos, então, que queriamos criar uma 'ciência' que trate do todo. Vamos
> chamá-la de *holologia*. (de Holos: tudo)
Mas ninguém está pretendendo criar uma ciência do todo. Sim, é verdade,
existem os defensores das teorias gerais dos sistemas que aproximam-se
disso, e a visão de Popper tem muito a ver com essa idéia. Mas lembro que
essa é uma caracterização metodológica. Ou seja, quem segue essa linha adota
e/ou acredita numa postura metodológica única, mas em nenhum momento afirma
que os objetos de estudo são todos iguais e/ou que teriam uma base comum
(tijolos do universo = átomos de Demócrito). É claro que também não se
exclui totalmente a idéia de um retorno a um atomismo no estilo de Demócrito
(Newton por vezes assumiu essa idéia) associado ao materialismo mecanicista
dos físicos do século XIX e anteriores. Modernamente existem aqueles que
acreditam em teorias do tudo, e que seriam as versões atualizadas do
materialismo mecanicista, mas esse é um outro assunto, por demais complexo
por sinal.
Não obstante, mesmo que consiga-se comprovar a unicidade do método e/ou que
alguma dentre essas teorias do tudo consigam "emplacar", isso não promoverá
nenhum racha nas unidades administrativas universitárias referidas por
Popper, mesmo porque a especialização é uma necessidade individual e social
e não apenas universitária. Ninguém consegue dominar todos os assuntos.
Quando digo que "a ciência não tem fronteiras a separarem-na em setores"
estou simplesmente dizendo que um cientista não deve ser menosprezado por
seus colegas quando se intromete em uma área para a qual não foi titulado.
Mesmo porque, se você for pesquisar a história das ciências, perceberá que a
grande maioria das revoluções científicas foram deflagradas por idéias
advindas de conceitos estabelecidos por indivíduos de outras áreas.
> *Conhecimento científico* só o é enquanto estrutura. Conhecimento isolado
> não é científico. O conhecimento científico deve estar coerente com um
> experimento ou dedução, e, a premissa do experimento ou dedução coerentes
> com toda estrutura da árvore até os seus postulados. Qualquer
> inconsistencia leva a: 1-) revisão do resultado da experiencia, 2-)
> modificação da estrutura em algum ponto.
Eu tenho a impressão que estamos empregando a expressão dedução com
significados diferentes, se bem que aparentados. Aliás, é muito comum
confundirem dedução com dedução matemática ou outras coisas similares. A
dedução a que me refiro seria a dedução de hipóteses. "Hipóteses são
enunciados particulares correspondentes a um dado fenômeno observado e,
portanto, mais geral. Por exemplo, Galileu, ao "visualizar" (intuição) a
inércia circular para todos os corpos (caso geral), *deduziu* a hipótese de
que os corpos terrestres (caso particular) tendiam ao repouso graças ao
atrito." Esse trecho entre aspas eu retirei do artigo "A práxis científica",
que pode ser lido em http://ecientificocultural.com/ECC2/FilCien/cap03.htm
> (Obs: Foi o que houve, por exemplo, quando Einstein 'salvou' os postulados
> de Newton-Galileu que estavam 'falhando' por causa da teoria
> eletromagnética clássica de Maxwell. Lorentz já tinha feito uma 'apelação'
> com as suas 'transformações' (contração de Lorenz, etc... ), mas que só
> foram explicadas matematicamente com a teoria especial da relatividade e
> com a aceitação de um novo postulado que modificou toda estrutura:
> velocidade da luz no vácuo constante.)
> Você realmente acha isso possível ?
Eu não entendi a pergunta. Mesmo porque essa história de que a física de
Newton "estava falhando" é coisa de físico moderno que não leu a obra de
Newton ou se leu não a entendeu. E dizer que "só foram explicadas..." é
muita pretensão, pois até hoje ninguém conseguiu explicar nada e nenhum dos
construtores da física moderna assumiu isso de fato. Planck jamais se
conformou com o destino que deram ao seu trabalho; Schrödinger e De Broglie
idem; Einstein morreu tentando justificar sua teoria; e Bohr contentou-se em
assumir, através dos chamados critérios de utilidade, que pode-se prescindir
do conhecimento da verdade, desde que se possua um formalismo matemático a
predizer resultados que confirmam a experimentação. Ora, prescindir do
conhecimento da verdade nada mais é senão uma aceitação explícita de que
nada foi explicado.
> Sabe... você deve conhecer o Newton da Costa, o brasileiro inventor da
> lógica para consistente.
Não só conheço como já dei carona para ele, quando fomos convidados para
fazer palestras num mesmo dia, para o Centro Acadêmico do Curso de
Matemática da Unesp de Rio Claro.
> Já li numa entrevista concedida por ele que um dos
> grandes problemas da física é a sua axiomatização. Segundo Newton da
> Costa, a física não está consistente nem axiomatizada, e é preemente o
> esforço que se deve fazer nesse sentido.
Eu vejo com reservas a lógica paraconsistente do Newton da Costa, mas não
sou especialista no assunto e portanto prefiro não opinar. De qualquer
forma, ele é uma das maiores autoridades mundiais no assunto, logo não é
fácil encontrar furos na sua maneira de pensar. Com respeito a física
moderna, creio que axiomatizaram uma série de erros, e portanto dia chegará
em que ela irá ocupar o seu lugar na história ao lado das teorias do
flogisto, do calórico, dos epiciclos etc. Com respeito à física de Newton
(não o da Costa, mas o Isaac) quero crer que para chegarmos a sua
axiomatização definitiva será suficiente valorizarmos o conceito daquilo que
Newton se referiu ora com o nome "espírito da matéria", ora como "vibrações
emanadas pelos corpos", ora como "algo de natureza imaterial e a responder
pela gravitação"; e, ao mesmo tempo, deixarmos de lado de uma vez por todas
com o dogma de Côtes (propagação instantânea desse "algo"), como foi muito
bem observado por Maxwell.
Com respeito a sua holologia, diria que jamais propus isso, e nem mesmo
Popper. Dizer que a ciência não tem fronteiras não é o mesmo que pregar o
anarquismo científico.
> Eu não sei se Popper estava vivo quando Godel demonstrou seu segundo
> teorema. Não sei se Popper viu o advento das lógicas não-clássicas. Não
> sei se Popper estava vivo quando os fractais e atratores estranhos
> começaram a ganhar corpo. Não sei se Popper estava vivo quando a noção de
> 'propriedade emergente' ganhou notoriedade.
> Não sei. Talvez Popper já esteja velho.
Popper nasceu em 1902 e morreu em 1994. Mas nada disso vai contra as suas
idéias pois, como afirmei acima, Popper não propôs o anarquismo,
simplesmente demonstrou que a divisão em fronteiras é artificial. Sem
dúvida, existem setores, mas não existem serviços alfandegários.
> Mas o método não é exatamente o mesmo. Os métodos tem origens iguais, mas
> se divergiram. São diferentes.
E o que exatamente você chama por método? A minha posição eu já expus acima
e simplificadamente resume-se em: dedução + análise + indução + síntese.
> Em biologia, prioritariamente, tenta-se estabelecer correlações
> estatísticas e, a partir daí inferir correlações causais. Tanto a indução
> como a dedução tem aplicabilidade restrita, porque dificilmente dá para
> estabelecer a contrafactualidade das leis.
Você está confundindo método com ferramental utilizado na aplicação do
método. Método é caminho. Por exemplo, quem vai de São Paulo ao Rio pela via
Dutra de automóvel segue o mesmo caminho de quem vai de São Paulo ao Rio
pela via Dutra de caminhão. A estrada é a mesma, o que varia é o meio de
transporte, ou o ferramental utilizado.
> Na física, tanto a indução como dedução tem peso. Em alguns 'ramos' da
> física, a dedução chega a ter mais 'peso' que a indução. (é por isso
> muitos críticos falam de "exoterismo matemático" ..)
> Na química, as novas descobertas são puramente indutivas. Pouca coisa em
> termos de 'novidade' pode ser feita por dedução.
Eu já disse acima que a dedução a que estou me referindo não é exatamente a
"dedução matemática". Trata-se de uma dedução mais abrangente, se bem que
bastante similar. E essa história de "peso" para a indução ou dedução, a meu
ver não faz sentido algum.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] transgenicos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 08:40
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> #########>Que tal um milho que produz a toxina de uma bactéria?
> Evita pragas próprias da lavoura do milho. Mas não adianta colocar
> de molho na água sanitária: A toxina 'não sai'... ou será que sai?
> E, se através da polinização, este transgênico se disseminar?
> Escapar ao controle, como já foi constatado nos EUA acontecer?
<##########
Se a discussao vai por esse caminho...
Q. tal entao um milho borrifado com agrotoxicos?
Bem, talvez um milho "organico", q. tal um milho tomado
por patogenos?
Muitos transgenicos realmente irao se disseminar por
polinizacao. Muitos deles sao obtidos por reproducao
sexuada para a producao de sementes. Ja' os transgenes.
Bem, genes de bacterias ja' estao inseridas nos
organismos q. nao foram manipulados -- a transferencia
horizontal de genes e' um fenomeno q tbm ocorre espontaneamente.
Nós mesmos temos genes de virus inseridos em nosso genoma.
Mas digamos entao q. haja uma poluicao genetica por
esse gene q. leva 'a producao da tal toxina... realmente,
e o q. ira' acontecer? Sera' um desastre mesmo?
Claro q. nao se pode cultivar transgenicos de qq
jeito. Assim como nao se pode cultivar as linhagens
tradicionais de qq jeito.
E' preciso tomar cuidado? Sim. E' preciso haver uma
fiscalizacao nas empresas? Com certeza. Devemos
demonizar? Nao.
Exijamos estudos. Se houver problemas, busquemos a
solucao. Se nao e' possivel a solucao e os problemas
forem maiores do q. os beneficios, entao nao utilizemos.
Se nao se quer comer transgenicos de jeito
nenhum por principios pessoais, otimo. Nao comam.
Mas tbm nao se destruam os experimentos q. visam
justamente estudar os transgenicos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: MSG ao Brudna
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 08:51
Oi Brudna
Gostaria apresentar minhas congratulações. Fiquei sabendo 'acolá' que é
você quem 'forja' as msgs da "ciencialist".
Congratular sim, porque não somente é um indivíduo criativo como também
genial!
E mais, é um prazer 'conviver' com pessoas desta estirpe.
Ateh.
Antonio Renato.
Em tempo: Porque não estou mais recebendo msgs da "ciencialist"?
SUBJECT: MSG ao Manuel
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 08:52
Oi Bulcão
Creio que tenho alguma coisa 'enrolada' interessando ao nosso
relacionamento.
Inicialmente gostaria de colocar que pude constatar um equívoco de minha
parte: Fui eu quem 'necessitava' da sua atenção. Fui eu quem o provocou.
Tirar 'sarro com a cara' é gíria de paulista.
Em algum momento referiu-se a mim como 'meu rapaz'. Vc sabe que sou
aposentado. Que negócio é esse de 'rapaz'? Pelo que me consta, na gíria do
nordeste, rapaz é aprendiz de puto! E vem vc vestido com pele de carneiro...
a dizer que eu 'tiro sarro com a sua cara'!
Bem, eu o provoquei, você me 'pagou um espôrro' e eu baixei a cabeça. De
minha parte não existe ressentimento. Interessa a mim manter o
relacionamento, desde que possamos nos indignar vez por outra. Reclamar de
não estar entendendo e contar com sua condescendencia em explicar. Sou
inteligente mas não sou enciclopédia.
Como dissera inicialmente, interesso-me em manter e-correpondencia com
pessoa, embora 'hermética', culta e inteligente.
É isso.
Grande abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: MSG à Lígia
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 08:53
Oi Lígia
Cansei de esperar pelo esclarecimento do quê vem a ser dadaísmo e fui ao
'Aurélio'. Não me pareceu nada importante ou vital. Afinal, pode ser
encontrado no 'Pequeno Dicionário'. Inclusive já me escapa o que li. Coisas
da idade. :)
Não creio que seja justo o critério que teria me qualificado como 'uma
besta' por desconhecer o significado daquela palavra supracitada.
Você é uma pessoa importante para mim e creio que para muitos outros na
"ciencialist". Pudemos constatar este fato no epísódio com o 'Boca'.
Por enquanto foi o que me ocorreu dizer.
Com estima e consideração, Bisous.
Antonio Renato.
SUBJECT: MSG ao Lúcio
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 08:53
Oi Lúcio
Não dediquei minha vida somente aos estudos: Também me meti em experimentos
onde a cobaia fui eu mesmo.
Uma das últimas, passo a relatar.
Em um momento de grande depressão onde mesmo me ocorreu a idéia de
auto-extermínio, acabei por conhecer uma prostituta e relacionar-me com ela.
Ela tinha 'um homem', fuzileiro naval que havia assassinado o marido dela
para ficar com ela. Ela mesma havia matado um conviva nosso: A facadas!
(Isso é só para vc ter noção de 'um mundo' que duvido conheça)
Pois fui morar com ela na casa dela, numa favela na Ilha do Governador,
aqui na cidade do Rio de Janeiro. Num barraco que sequer tinha fechadura na
porta.
Ela cozinhava para nós (pus a vagabunda para cozinhar!) fazendo uso de
álcool dentro de uma lata de sardinhas vazia para produzir a energia
necessária ao cozimento dos alimentos que se encontravam dentro de uma
panela apoiada sobre dois tijolos. Nem todos os dias tínhamos o que comer, o
que 'cheirar'. Sentiu o drama?
Certa vez pude observar um moleque sentado por sobre uma pedra tendo um
prato contendo Miojo com arroz em seu colo. Comia voraz sob o olhar de
outros faméricos. Aquela poderia ser sua única fonte de alimento pelos
próximos três dias... teria de comer lixo.
E vocês me vem falar sobre fome? HAHAHAHA!!! Que sabem disso?!
Queria ver você Lúcio, como se sairia com seu palavrório num gueto onde se
entende somente a liguagem que flui pela boca do cano de um fuzil. Queria
ver se faria, como eu fiz, ao ter na cabeça encostada uma pistola nove
milímetros engatilhada desafiar: Atira!!! E o bandido colocar sua arma na
cintura e sair andando debaixo das risadas de outros vagabundos... Me
vieram as lágrimas enquanto escrevo.
Queria ver você colocar o cú na seringa, a própria vida em risco para saber
do animal que existe dentro de você mesmo. A 'besta humana', o animal que
está destruindo o Planeta!
O maior instrumento de um pesquizador é a *simples observação*. Leu sobre
'reflexos condicionados'? Pavlov simplesmente observou. E Newton? Idem.
Certamente se ficassem 'observando' livros nas prateleiras de uma biblioteca
não teriam chegado as propostas que legaram à humanidade.
Pois é...
Já fui a baile de carnaval no Copacabana Palace, almoços no Sheraton,
reveillon no iate Casablanca, bebi whisk, cerveja com peixe frito no bar da
esquina. Comi 'socialite', doutora, puta, garotinha e o scambau...! E ainda
tive tempo par ler, estudar e pretender ser simples, humilde.
Posso compreender sua arrogância: É jovem, inexperiente. Mas não queira
pisar na minha cabeça, sou mais alto que a Lígia!
Uma pergunta: Sabe dar beijo na boca?
Por enquanto é isso. Desculpe-me o mal jeito.
Abs.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 10:56
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> Fundamental é fundamento. É estrutura basal. Base última.
> Mecanismo 'em última instância'.
O mecanismo de um voo batido auto-propelido e'
totalmente diferente de um voo com asas fixas 'a
base de um motor 'a explosao.
> 2-) Isso é um juízo estético. Não interessa se os computadores são
> grandes ou pequenos. Você realmente acha que a questão do tamanho
> do computador é fundamental ? E a cor do gabinete ? Também é ?
Nao houve uma previsao da revolucao da informatica.
As previsao, como dita, eram de grandes computadores
centrais e nao de computadores pessoais. Computadores
centrais cuja unica finalidade era analisar dados e
devolver a resposta para os humanos agirem. Nao eram
computadores responsaveis pelo controle de producao
industrial, organizacao orcamentaria ou serviam
como ferramenta artistica ou instrumento de comunicacao.
Nao se via o computador presente na vida cotidiana das
pessoas. Essa e' a verdadeira revolucao da informatica:
computadores processando textos, fazendo planilhas domesticas,
cuidando do registro de uma loja, do cadastro de clientes,
servindo como diário pessoal ou um tabuleiro de jogo.
A revolucao da informatica nao e' o grande trambolho
bigbroderiano. O maior medo sempre era a de q. um
grande computador ganhasse consciencia e
passasse a dominar tudo o q. ele controlava.
> 3-) computadores podem ser muitas coisas, não só caixinhas cinzas
> ou 'salas com luzes piscantes'.
E nao eram o q. as 'profecias' tinham em mente. E'
como eu dizer: uma grande tempestade ira' arrasar
Memphis. Ocorre um terremoto na California e
reinterpreto como: um grande desastre natural
ira' arrasar algum lugar dos EUA.
> Poderiam haver até bilhões de tentativas de previsões. *Se* o
> processo histórico fosse caótico e constituído de cenários
> infinitos, dentro de um espaço amostral infinito, *nenhuma*
> previsão teria a mínima chance estatística de dar certo.
Claro q. teria. Basta ou ser generica o suficiente: o dolar
vai subir, o dolar vai permanecer estavel, o dolar ira'
cair -- ou ser reinterpretada apos o fato.
Mas eu nao disse q. os cenarios sao infinitos. Eu disse
q. qq previsao dentro de uma ampla janela de tempo e'
tola. Nada mais e' do q. um chute e nao uma previsao
propriamente dita.
E' como lancar o dado e acertar uma vez -- ou duas vezes.
Se se acerta sempre ou com maior probabilidade do q.
o acaso ai' sim temos algo interessante.
Eu nao daria muito ouvidos aos palpites de um ganhador
da Mega Sena acumulada.
> Exatamente. É uma prova de que a realidade é circunscrita e não-
> caótica :)
Caotico nao e' sinonimo de circunscrito. E circunscrito nao
e' sinonimo de previsibilidade -- ainda mais a longo curso.
Peguemos o exemplo do xadrez. Sao regras fixas. E' perfeitamente
possivel prever algumas jogadas 'a frente. E' bobagem
dizer 'a partida como sera' o jogo. Claro q. as opcoes de vitoria ou
derrota sao poucas: Kasparov vence, Deep Blue vence, da' empate.
Mas mesmo pra isso, e' preciso acertar acima do nivel do acaso.
> Fundamental é fundamento. É estrutura basal. Base última.
> Mecanismo 'em última instância'.
O mecanismo de um voo auto-propelido e' diferente
de um voo lancado.
> Ele acertou no princípio aerodinâmico que regeria a viagem
> espacial. A propulsão interna ou externa é uma questão de meandro
> tecnológico.
Claro q. nao e' um simples meandro tecnologico. Faz
toda a diferenca entre o possivel e o impossivel.
E' impossivel lancar um homem-bala 'a Lua -- talvez
seja possivel no futuro, mas isso significa q. Julio
Verne ainda nao acertou o futuro de qq modo.
> No meu dicionário tem escrito:
Troque de dicionario. Computadores nao passam ainda no teste de
Turing.
> levando em conta PIB, população, extensão, recursos naturais,
> capacidade bélica, etc... você tem dúvida de que a Russia ainda é a
> nação mais importante da Europa ? Riqueza não é único critério. Tem
> mais extensão. Maior população. Maior potencial em recursos
> naturais. De longe tem a maior capacidade bélica e é o 5 PIB da
> europa praticamente empatado com a Espanha.
Se vc vai escolher as premissas q. se encaixam na conclusao...
> Segundo meu dicionário:
>
> Carro, s. m. (lat. carru) (...) qualquer veículo de transporte de
> coisas ou pessoas (...)
>
> Pois é: Carros mais velozes.
Troque de dicionario. Aviao nao e' carro, navio nao e' carro, mula
nao e' carro.
> Bem, ou o sistema é caótico ou não é. Não há meio termo. Se as
> partes 'caóticas' que compõem o sistema são insignificantes, o
> sistema é determinado. Se são relevantes, o sistema é caótico. Não
> há meio termo.
Vc esta' confundindo caotico com aleatorio. Sistemas caoticos
podem ser determinados (se e' q. nao sao todos determinados).
A questao e' q. multiplas interacoes potencializam pequenas
diferencas iniciais.
E esta' confundindo determinado com determinavel e determinado
com conhecido.
> Não estou defendendo o Marxismo ou dizendo que ele achou leis na
> história.
Exatamente. Alguem ainda precisa achar as leis da historia, se
e' q. elas existem.
> Salvo algum evento discrepante, se sabe que a monarquia não voltará
> nos paises civilizados.
Viu como vc precisou usar o termos 'salvo algum evento discrepante'?
E' quase o mesmo q. dizer: se nada mudar, tudo fica como esta'.
Teremos ou nao um evento discrepante? Como saber? Alias como saber se
mesmo nao tendo um evento discrepante a monarquia nao voltara'
aos paises civilizados? Iremos reinterpretar o termo 'evento
discrepante' e 'pais civilizado' depois?
> Sabe-se que a tendencia é que a servidão rural diminua
> por fatalidades históricas. O poder econômico não mais está com os
> detentores de terra, por isso eles perdem poder político.
>
> Ninguém está falando de uma saída *precisa*. Eu, pelo menos, falei
> de uma saída *plausível*.
Plausivel nao e' o realizado. A servisao rural nunca voltara'?
Ira' desaparecer qdo?
> > Esse relativamente muitas precisa ser investigada. Qtas previsoes
> > foram feitas, qtas certas e qtas erradas?
>
> ---
>
> Uma serve ? :) Basta uma para tirar o caráter caótico e infinito do
> espaço amostral de futuros possíveis.
Uma nao serve. Tem q. ser a proporcao de erros e de acertos.
> Defender um forno "frio" e "automático" não é defender *todas as
> opções possíveis*.
Eu nao falei q. era *todas as opcoes possiveis*, eu falei q. era
generica demais. Poderia ser qq coisa q. nao o microondas: inclusive
raios cosmicos. (Apropo: as pessoas comem comida fria, usam po' [de
magnesio] e equipamento portatil para aquecer a refeicao.)
> 2-) Eu não me expressei bem. Hoje, pega-se comida semi-pronta para
> microoondas, coloca-se alguns minutos dentro, tira-se e come. Nos
> fornos da década de 50 e 60, era necessário uma preparo prévio da
> comida, e geralmente em 'partes' (panelas ou vasilhas) diferentes.
> Não é 'automático' como é hoje.
Comida semi-pronta existe desde tempos remotos. Nos moldes atuais
existem desde a epoca napoleonica -- com direito a surtos de
botulismo com a comida enlatada.
> Quando alguém diz que o preparo de comida será mais rápido, pode
> até estar sendo trivial, mas de modo algum está sendo ambíguo. Está
> dizendo em um único sentido o que diz: maior velocidade. Maior
> velocidade é maior velocidade e não outra coisa.
No caso esta' sendo vago demais: qto, como, qdo, quem, onde?
E ha' casos de 'previsoes' ambiguas. "No futuro as coisas serao
melhores". "Melhor" pode significar muita coisa, depende de quem
diz. E tbm qdo se diz: "No futuro as coisas serao piores"... Esta'
tbm sendo vago.
> inexoravelmente, aceitando que o futuro não é caótico. Que coisas
> lógicas a longo prazo ocorrem.
Caotico nao e' sinomino de ilogico. Logico nao e' sinomino de
previsivel. Logico nao e' sinomino de cognoscivel. Delimitado nao e'
sinomino de previsivel tbm.
> pessoa diz: "viu ? não previu isso porque o futuro é ilógico e
> imprevisível!" :)
Eu nao falei q. o futuro e' ilogico em lugar algum. Eu sustento q.
o futuro nao e' previsivel a longo prazo -- nao ainda pelo menos.
Pode-se tentar calibrar o chute, mas nao sera' mais do q. um chute.
As 'previsoes' nao terao um embasamento teorico e fatual.
Uma previsao do tempo para digamos uma semana e' embasado -- conhece-
se a dinamica da atmosfera, bem como os dados sobre a circulacao das
massas de ar, sua temperatura, a umidade e assim por diante. Conhece-
se tto os dados importantes como a relacao entre eles q. resulte no
tempo. Qto maior o prazo para a previsao, mais impreciso os dados,
ainda q. as relacoes entre as variaveis nao devam se alterar. Com
isso as previsao ficam cada vez mais imprecisas.
Outro fator e' qdo, mesmo q. se conhecam a relacao entre as variaveis
e as variaveis com boa dose de precisao, a reiteracao entre as
variaveis podem resultar algo q. nao se pode prever.
E as coisas descambam qdo nao se tem uma relacao precisa entre as
variaveis.
No caso de eventos historicos: nao conhecemos todos os elementos q.
realmente importam, nao conhecemos os valores dos elementos q.
sabemos q. importam, nao conhecemos a relacao entre os elementos
(apenas que os elementos nao se relacionam aditivamente).
A plausibilidade restringe-se apenas a um periodo relativamente curto
de tempo, talvez uns 10 anos dependendo da area, 'a generalidade da
previsao e em alguns topicos -- prever a cotacao do dolar do dia
seguinte nao e' tarefa facil.
E' plausivel considerar q. Lula conseguira' fazer um governo de uniao
em torno das politicas sociais e desenvolver o pais. Tbm e' plausivel
considerar q. ele nao conseguira' formar a maioria no congresso e
ficara' emperrado nas reformas. Tbm e' plausivel q. ele apesar das
formas, conduzira' as questoes economicas de forma equivocada e
teremos um prolongamento da recessao economica. Tbm e' plausivel q.
os investidores fiquem excessivamente nervosos com a interferencia do
estado na gestao do mercado financeiro e a crise cambial e da divida
publica estoure. Tbm e' plausivel q. o PT reconheca as dificuldades e
passe a fazer uma politica mais 'realista' -- proxima 'a desenvolvida
pelo tucanato. De plausibilidade em plausibilidade com qual cenario
ficamos? A se definir por um, duvido q. haja dados q. tenham definido
tal escolha de modo embasado.
> ***plausibilidade***. É plausível considerar hipóteses possíveis. É
> plausível perceber que o futuro não é totalmente caótico e
> infinito. É plausível perceber que há lógicas no processo histórico
> e ****restrição de cenários***.
Se vc entra contestando alguem a dizer q. e' bobagem fazer
previsoes de longo termo, nao e' injusto acusar esse alguem
de interpretar mal achando q. a pessoa defende q. seja
possivel fazer previsoes de longo termo?
Existem coisas plausiveis, mas simplesmente erradas.
Essa e' a base dos romances ucrônicos, por exemplo,
os contos do 'O que aconteceria se...'.
Qto mais se avanca no futuro, os cenarios ficam cada vez
mais genericos sob o risco de se errar feio.
> Como eu disse exaustivamente desdo começo: *circunscrição* nos
> cenários. Os futuros possíveis não são infinitos. É exatamente por
> isso que alguém acerta sempre uma previsão.
Pra um ponto especifico alguem sempre acaba acertando alguma coisa.
No computo geral ainda esta' pra nascer quem acerte em um
nivel maior do q. um mero chute para eventos a prazos dilatados de
dezenas de anos.
> Eu tomo como critérios os fundamentos 'fundamentais', tendencias.
> Você quer minúcias, inclusive tecnológicas. Isso, só a Mãe diná.
Isso e' o q. vc diz q. eu quero. Podemos ate' pegar no nivel
mais generico -- vai melhorar, vai piorar, vai ficar igual.
Se fizer isso para varios pontos: tecnologia, relacoes internacionais,
cenario politico nacional, meio ambiente, tolerancia religiosa,
economia mundial, etc... a pessoa nao vai acertar mais do q.
o nivel aleatorio a longo prazo. A opcao alternativa, repetir a
previsao varias vezes para um mesmo ponto nao e' possivel.
Seria como lancar quarenta dados e dizer: vai dar um seis.
O q. seria digno de nota seria se fosse capaz de acertar
a maioria dos resultados.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 10:56
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
escreveu
> Lucio , passe o endereço para fazer parte da lista , estou tendo
problemas com minha inscrição
Oi Jaison,
O endereço é noosfera-subscribe@yahoogrupos.com.br
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 12:04
----- Original Message -----
From: Jaison Carvalho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 07, 2002 10:57 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist - Sugestoes de Postagens
>Lucio , passe o endereço para fazer parte da lista , estou tendo problemas
com minha inscrição
Oi, Jaison. Desculpe a demora pra responder, é que eu fiquei o dia inteiro
fora ontem e só fui abaixar as minhas mensagens agora de manhã. Não sei se
alguém já te respondeu mas, de qualquer forma, aí vai:
http://br.groups.yahoo.com/group/noosfera/
Abs.
L.
SUBJECT: Sobre citações de autor e obra
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 12:28
Oi,
<<as aferencias retornam em eferencias a partir de núcleos
subcoticais, deixando livre a 'área nobre'(córtex) para o desempenho
de outras atividades, como por exemplo, estudar o que está escrito
nos livros e não somente ficar olhando seus títulos e autores para
colocar numa lista de discussões, tentando impingir uma erudição que,
neste caso, não pôde ser constatada?>>
Manuel: A quem você está se referindo? É a mim? Se for, como você
constatou que eu não leio os livros que cito, que somente fico
olhando seus títulos e autores para colocar na lista de discussão,
tentanto desta forma impingir erudição?
Você não acha que está pré-julgando? Você não acha que está sendo
ofensivo e irresponsável com seus pré-julgamentos? Você acha mesmo
que quem faz citações está apenas querendo mostrar erudição? Pelo que
sei, é uma regra da monografia científica referir-se ao autor da
idéia que se está comentando, citar as obras que foram pesquisadas,
elaborar no final uma bibliografia, etc.
Claro, mensagens numa lista de discussão não são monografias
científicas. Mas citações, constando autor e obra, são pertinentes
também em mensagens e por uma razão simples: ob-je-ti-vi-da-de.
Citações são úteis, primeiro, para separar as minhas idéias das dos
outros; segundo, para fornecer aos interlocutores as fontes do meu
estudo, as bases do meu ponto-de-vista, pois qualquer afirmação é
passível de dúvida e talvez seja do interesse de algum interlocutor
recorrer à fonte, para se certificar ou avaliar melhor a minha
interpretação ou caso queira se aprofundar na questão. E, terceiro,
porque citações constituem um excelente antídoto contra argumentos de
autoridade do tipo "meu ponto de vista é o correto, pois eu sou
Doutor, ao passo que vc é leigo na matéria", ou "com base em meu
diploma universitário, asseguro que a sua interpretação de Freud não
procede."
Talvez seja por isso -- Por evitar que se exercite livremente a
autoridade -- que quem mais se ofende diante de uma citação seja o
doutô sabichão que já leu tudo: as obras completas de Freud (tendo
começado a sua leitura na infância, quando ainda era um menino
prodígio), Jung, Adler, Karen Horney, Sullivan, Lacan, Melanie Klain,
Erich Fromm, Rollo May, Adorno, etc., etc., etc.
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 12:53
----- Original Message -----
From: Arcange
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 07, 2002 9:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da
Humanidade)
>De qualquer modo, eu tenho que admitir que não conheço bem futurologia.
Não tá perdendo grande coisa - a menos, claro, que você leia pra se
divertir. Porque, involuntariamente, os livros dos futurólogos (com uma
única ressalva importante: Alvin Toffler, que pode ter errado no varejo mas
acertou em muita coisa no atacado) são muito engraçados. ;-)
>Eu quero dizer que um 'microcomputador' não precisa ser uma caixinha cinza.
Pode ser um telefone celular, uma geladeira, uma TV digital, um carro, um
relógio, um avião.
Mas não é esse critério estético que diferencia um micro de um
supercomputador. O que diferencia é que, no caso do supercomputador, há uma
única unidade de processamento central, que pode ser acessada através de
diversos terminais. Já nos microcomputadores, cada um tem sua própria cpu.
Essas cpus, claro, podem ser ligadas em rede mas, em princípio, cada
computador é independente. A mesma coisa vale pros "cibereletrodomésticos"
que parece que tendem a virar uma coqueluche no futuro próximo (mas isso é
só um chute, não é uma previsão!): eles podem ser ligados a um computador ou
à Internet, mas cada um deles dispõe da sua própria unidade de
processamento. Foi isso que causou a revolução da informática, e isso - com
raras exceções, que se a gente vasculhar, vai acabar achando - não foi
previsto pela ficção científica. (Foi você quem citou o Ender's Game, não
foi? Mas o Ender's Game já é posterior à invenção do microchip e, a partir
daí, ficava mais fácil antecipar o que viria.)
>Os androides poderiam até ser orgânicos. Tudo bem. Mas havia muitos
equipamentos 'elétricos' cujo comportamento apresentava a função de
'processamento de dados'.
Sim, mas o quadro não tem nada a ver com a robotização da indústria tal como
se observa nos dias de hoje. Os andróides eram, na verdade, escravos
artificiais, e não máquinas. De fato, todo o argumento de _Do Androids Dream
of Electric Sheeps_ gira em torno de mostrar como as distinções entre os
andróides e os seres humanos são relativas, ao ponto em que, no mundo do
livro, você pode perfeitamente ser um andróide e não ter consciência disso -
que é o tema de outras histórias excelentes do Dick, como "A Formiga
Elétrica" e um outro conto que eu não posso citar o nome, porque vai ser um
spoiler. ;-) Agora, tenta aplicar esse tipo de argumentação aos robôs
industriais... ;-)
>Ok. De futurologia, não sei nada. Mas suponho que eles não entendiam muito
de Marxismo e econômia :)
Na verdade, boa parte das previsões dos futurólogos se apoiava
explicitamente nas teorias econômicas em voga. O que mostra que, como
ferramenta de previsão, essas teorias são bem menos úteis que a trípode do
Nostradamus... ;-)
>Toda proposição sugere uma previsão de uso.
Mas não é esse o ponto. Os satélites pra telecomunicação só foram
desenvolvidos porque alguém leu o texto do Clarke e achou que era uma boa
sugestão. Logo, não é uma profecia. Se eu te disser: "Por que você não vem
passar as férias no Rio de Janeiro?" e você achar que é uma boa idéia e
vier, eu não posso dizer que a minha sugestão é uma *previsão* de que você
vai passar as férias no Rio de Janeiro.
>Retomo o que disse acima.
E eu retomo a minha resposta. O Leibniz não fez uma previsão, ele
desenvolveu uma ferramenta e sugeriu uma aplicação pra ela. O fato de,
alguns séculos depois, alguém ter lido a sugestão e acatado não faz dela uma
previsão.
>Eu não misturei nada. A não ser que, em se tratando do assunto "frutas",
falar de maça, banana e laranja seja "misturar". O que quero dizer é que, em
se tratando do assunto "previsão", falar de futurologia, FC e teorização não
é mistura: é abordagem.
São três coisas diferentes, com propósitos diferentes. A futurologia
realmente pretende antecipar as tendências futuras, e o seu valor se mede
pelo acerto dessas previsões. A teorização propõe caminhos, ela não prevê
que eles serão ou não utilizados. Quanto à ficção científica, a última coisa
que passa pela cabeça de um autor é querer fazer uma previsão acurada. O
objetivo da ficção científica é produzir o que o crítico Darko Suvin chama
de "estranhamento cognitivo", isto é, descolar a percepção do leitor da
visão de mundo que ele habitualmente aceita e mostrar a realidade de uma
outra perspectiva. Quando um escritor de fc situa a história no futuro, não
é porque ele acha que o futuro *vai* ser assim ou assado, mas porque, com
isso, ele cria um distanciamento do leitor em relação ao nosso próprio
mundo - mais ou menos da mesma forma que o Swift inventou países imaginários
como Liliputh ou a ilha voadora de Laputa (que alguém poderia dizer que era
uma previsão das estações espaciais, mas não era). Às vezes, por
coincidência, esse futuro imaginário apresenta alguma semelhança com o
futuro real, mas não era essa a intenção do autor. Aliás, um dos melhores
contos do William "Neuromancer" Gibson é uma historinha curta, mas poderosa,
chamada "O Contínuo de Gernsback", cujo tema é justamente as diferenças
gritantes entre a realidade e o futuro previsto pela ficção científica dos
anos 50 e 60.
>É como disse: a questão de computadores é de juízo estético. Se você
acha que as previsões devem ser exatamente 'exatas', inclusive no que diz
respeito às aparências e detalhes tecnológicos, em detrimento da percepção
do processo de modo "fundamental" (em termos de fundamento: estrutura), ok.
É um critério seu. Mas ninguém é obrigado a compartilhar dele.
Vide acima. Eu não estava me referindo ao ponto de vista estético, mas
operacional.
>Eu discordo frontalmente quando você diz "Um romance de ficção
científica não se propõe a prever o futuro, mas em utilizar a ciência e a
tecnologia pra criar um sentimento estético conhecido como "sense of
wonder"." Acho, inclusive, que essa assertativa é preconceituosa.
Desculpe, essa assertiva não é preconceituosa. Eu *sou* escritor de ficção
científica e leio avidamente ficção científica desde os 9 anos de idade -
todos os autores, de todas as tendências. Portanto, além de conhecer bem, é
um gênero que eu amo. E posso citar textualmente declarações de praticamente
*todos* os autores de ficção científica importantes - de Asimov a Philip K.
Dick - onde eles dizem, com todas as letras, que a função da ficção
científica não é prever o futuro.
>Muitos outras escritores trazem esse tipo de caracteristica em sua obra.
Isso também não quer dizer que esses livros tenham que ser necessariamente
enfadonhos e chatos. Eles também apelam para um certo "Sense of wonder". Mas
o viés de crítica está presente.
E o que foi que eu disse que te levou a crer que sense of wonder e viés
crítico são incompatíveis? "Sense of wonder" é uma outra maneira de se
referir ao estranhamento cognitivo que eu mencionei lá em cima, e o conceito
de estranhamento cognitivo não só aceita como, de fato, *pressupõe* esse
viés crítico. Na verdade, há poucos meses, eu tive uma discussão com um
membro de uma lista de fc portuguesa em que ele dizia que a ficção
científica não tinha produzido nada que prestasse em matéria de extrapolação
social, e eu respondi indicando uma penca de romances - como _Os
Despossuídos_, de Ursula K. LeGuin ou _A Órbita em Ziguezague_, de John
Brunner - que são inteiramente construídos sobre extrapolação social. Mas,
de novo, o objetivo não era prever o futuro, era analisar alternativas
políticas possíveis ao sistema social vigente (como o romance da LeGuin, que
é na verdade uma discussão filosófica dos prós e dos contras do socialismo e
do anarquismo) ou criticar determinadas características da *nossa* sociedade
(como o livro do Brunner).
>Normalmente, FC é considerado literatura pop de baixa qualidade, sem
pretensões artíticas: apenas entretenimento. Em muitos casos - talvez na
maior parte - isso seja mesmo verdade. Por outro lado, ignorar o caráter de
crítica social que alguns livros podem apresentar é preconceituoso.
Argumento errado contra o alvo errado. Como disse, eu *sou* escritor de
ficção científica, e o que sempre me atraiu no gênero foi o potencial que
ele tem pra lidar com questões filosóficas, políticas e existenciais. Jamais
considerei a fc como literatura pop de baixa qualidade, e os autores que
mais me interessam no gênero são justamente os que têm pretensões
artísticas, como o PKDick, William Gibson ou Bruce Sterling.
>Como os livros FC geralmente tratam do futuro, essa crítica social é uma
projetada no futuro. Algo como um alerta. Algo como uma previsão que não
pode se concretizar. Um alarme. "Admirável mundo novo" e "1984" seguem essa
linha.
É o que estou dizendo. Não se trata de uma *previsão*. Se eu te disser:
"Olha, se você for pela rua de baixo, tem um cachorro feroz ali que vai te
morder" e você ignorar meu aviso, for pela rua de baixo e o cachorro
realmente te morder, o meu alerta não foi uma previsão. Foi um alerta.
>Na década de 90, um novo tipo de literatura FC nasceu. Chamada de
literatura
Cyberpunk, cujo autor mais famoso é o Willian Gibson, com o seu Neuromancer.
Eu escrevo ficção científica cyberpunk. ;-)
>Mas, enfim... não é, pra mim, de modo algum só "Sense of wonder".
Quem está sendo preconceituoso agora é você, que limita o alcance do sense
of wonder. Ele não é nada mais, nada menos que o *thaumas* grego, o espanto,
que segundo o Aristóteles, é a própria origem da filosofia. O sense of
wonder pode ser o maravilhamento diante do mundo ser como é, e a vontade de
entender porque ele é desse jeito; e pode ser também a indignação, a revolta
contra o mundo ser como é, e a vontade de mudá-lo.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 12:57
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 07, 2002 8:00 PM
Subject: Re: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
>Gostaria que vc sustentasse suas afirmações com texto pertinentes e não
ficar indicando livros e 'sites', afinal é uma discussão onde cada um deverá
saber como argumentar.
Antonio, *com você*, francamente, eu não sei como argumentar. Porque se a
gente desenvolve os argumentos completamente, indicando os dados pertinentes
e os autores relevantes, você reclama que a mensagem fica longa e você não
tem saco de ler. Se, em vez disso, a gente se limita a resumir o argumento e
indicar as fontes onde você pode encontrar os dados, você reclama que
indicar uma montanha de livros, qualquer um poderia fazer. Se a gente tenta
facilitar o teu trabalho e inclui as citações-chave pro argumento, pra que
você não tenha que sair atrás dos livros, você reclama que neguinho tá
enchendo a mensagem de citações pra mostrar erudição. Assim não dá, meu rei!
Que alternativa você sugere? Dizer, como você faz, que a coisa *é* assim ou
assado, mas que eu não tô disposto a procurar argumentos que sustentem a
minha opinião? Desculpe, não é assim que eu argumento. Eu sempre trato de
deixar bem claro o que é a minha opinião, o que é a opinião das outras
pessoas, o que é dado concreto e o que é especulação. E não vou mudar isso
só porque você diz que já leu tanta coisa que já nem lembra o que é idéia
tua e o que veio dos livros.
>>Outrossim, se vc puder informar quais "hipóteses baseadas na neurologia"
que ninguém sabe direito...
>Ninguém quem, cara-pálida?########>VOCÊ! Em seguida 'colo' a sua msg. Para
quem conta apenas 32 anos de idade, qual seria o motivo desta 'falha' de
memória, cara-pálida? Lembra-se de quando trocamos as primeiras msgs? Do seu
lapso a respeito da 'passagem do século'? Parece estar havendo um
'acting-out'! Mas que audácia!!!
É, parece que está, sim, tendo um acting-out aqui, só que não é meu. Porque
faça o favor de comparar o que *você* disse com o que *eu* escrevi:
VOCÊ: "Outrossim, se vc puder informar quais "hipóteses baseadas na
neurologia" que ninguém sabe direito..."
EU: "O fenômeno existe, pode ser constatado experimentalmente e existem
técnicas para induzir o transe hipnótico, mas porque essas técnicas
funcionam ainda é um mistério e as teorias vão desde a explicação freudiana,
de que o sujeito projeta o ideal do ego sobre o hipnotizador, até hipóteses
baseadas na neurologia. A verdade é que ninguém sabe direito."
Se você ler com atenção - ou se você simplesmente *ler* - tentando
diferenciar cuidadosamente o que está no texto do que tá na tua cabeça, vai
ver que o "ninguém sabe direito" não se refere às hipóteses baseadas na
neurologia, mas sim aos motivos pelos quais o transe hipnótico é produzido.
Quanto às diversas hipóteses, essas são bem conhecidas por quem acompanha as
respectivas áreas: os neurocientistas *sabem direito* quais são as hipóteses
baseadas na neurologia, os psicanalistas *sabem direito* quais são as
hipóteses baseadas na psicanálise. O que não se sabe direito é quais dessas
hipóteses são realmente válidas (se é que alguma é) pra explicar porque a
hipnose funciona.
Sds.
L.
SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 12:59
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Oi Lígia
>
> Cansei de esperar pelo esclarecimento do quê vem a ser
dadaísmo e fui ao
> 'Aurélio'. Não me pareceu nada importante ou vital. Afinal, pode
ser
> encontrado no 'Pequeno Dicionário'. Inclusive já me escapa o que
li. Coisas
> da idade. :)
Oi Antonio! Eu achei que você estava brincando! Desculpe, não foi
intencional. O movimento Dadaísta aconteceu durante um período em
que se desejava revolucionar a arte em todos os sentidos. Foi
contemporâneo ao cubismo, surrealismo. Uma característica
interessante: quando começou a ganhar seguidores, o movimento
dissolveu-se: coisas de rebeldes ( risos). Eu perguntei se o poema
das aspas era Dada por causa da preocupação com a imagem ( as aspas
formam um desenho :) e essa era uma das características desse
movimento literário: nenhuma preocupação com nexo, mas alguma
preocupação com a estrutura e a "estética" das poesias. Em outras
palavras, é uma avacalhação só... :)
>
> Não creio que seja justo o critério que teria me qualificado
como 'uma
> besta' por desconhecer o significado daquela palavra supracitada.
E quem te chamou de "besta"?? Ah, para com isso!
> Você é uma pessoa importante para mim e creio que para muitos
outros na
> "ciencialist". Pudemos constatar este fato no epísódio com
o 'Boca'.
Sabe Antonio, eu venho percebendo um certo "mal estar" relacionado à
minha presença em todas as listas de que participo. Acho que eu
estou numa fase de "auto avaliação"... e certas coisas me magoam
mesmo não tendo a intenção de magoar. E eu fico pensando qual
o "meu papel" nesse "mal estar". Ao que tudo indica, relacionamentos
de lista não passam de trocas impessoais sobre assuntos mais
impessoais ainda e isso está sendo muito pouco prá mim... enfim,
problema meu que dou mais importância às pessoas em si do que às
idéias que elas apregoam.
Eu de certa forma estou cansando... e concordo com você em muitos de
seus desabafos. De forma que espero poder falar de "igual para
igual" com você agora: cada um faz aquilo que achar melhor. Se tem
gente que se satisfaz mostrando erudição, deixe que mostre. Eu acho
chato "eu" dar mostras disso porque entendo que cria-se uma barreira
e uma competitividade, basta notar que o número de citações cresce
exponencialmente quando dois que se valem desse recurso trocam
idéias... mas evito criar clima de guerra com eles só por isso.
Afinal, listas de discussão servem para várias coisas... uma delas é
a auto-promoção e a gente nunca sabe o quanto alguém necessita auto-
promover-se ao querer dar a entender que é melhor, ou mais sabido, ou
mais culto. Daí, de que adianta puxar prá briga? Não adianta
nada... só criam-se inimizades e o fundo disso tudo está na
incapacidade também da gente que não gosta de muitas citações
perceber o que move tais pessoas que se apoiam em tantos nomes e
títulos para simplesmente conversar... Pode ser que de certa forma
queiram dar mostras de que não estão sozinhos, que há outros que
pensam da mesma maneira, ou quem sabe, estão seguindo à risca a regra
máxima do cientificismo que é provar e provar e provar... :)
Fica chateado não... Eu cheguei a respostas incríveis para a vida só
observando o que se passa ao meu redor, ao ler notas de rodapé de
página, ao ouvir as pessoas. Mas isso é de cada um. Meu lema é
evitar intermediários entre o conhecimento do que quer que seja e
eu. Por isso também não sigo religiões... mas esta sou eu. Os
outros são os outros... você é você... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] MSG à Lígia
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 13:01
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, November 08, 2002 8:53 AM
Subject: [ciencialist] MSG à Lígia
>Não me pareceu nada importante ou vital.
Tem razão, não é nada importante ou vital. Foi só o movimento que deu origem
a praticamente *todas* as tendências da arte contemporânea. Coisa de
somenos... ;-)
Sds.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] MSG ao Lúcio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 13:04
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, November 08, 2002 8:53 AM
Subject: [ciencialist] MSG ao Lúcio
>Posso compreender sua arrogância: É jovem, inexperiente. Mas não queira
pisar na minha cabeça, sou mais alto que a Lígia!
>Uma pergunta: Sabe dar beijo na boca?
>Por enquanto é isso. Desculpe-me o mal jeito.
Antonio, depois que passar o efeito do que quer que você tenha tomado antes
de escrever esse texto, daí a gente conversa. ;-)
Sds.
L.
SUBJECT: [RN] PROVECTA ESTRELA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 13:07
TERRA, 07-11-2002
ASTRÔNOMOS ENCONTRAM A ESTRELA MAIS VELHA DA VIA LÁCTEA
Um grupo internacional de astrônomos encontrou a estrela mais velha
da Via Láctea. O astro de aproximandamente 12 bilhões de anos - três
vezes mais antiga que a Terra - fica na borda da galáxia.
A idade da estrela gigante HE0107-5240 foi determinada com o uso de
um prisma, uma espécie de lente acoplada ao telescópio. O prisma
decodifica a luz emitida, separando as cores que a formam. Através da
analise das cores pode-se determinar a variedade de elementos que
formam o corpo da estrela. Quanto menor o número de elementos mais
velho será o corpo.
A descoberta da HE0107-5240 é importante para a comprovação da teoria
do Big Bang, que diz que o Universo foi formado por uma grande
explosão, a cerca de 14 bilhões de anos. Conforme os responsáveis
pela descoberta, a HE0107-5240 é uma raridade porque, diferente das
estrelas mais novas, ela praticamente não tem metais em sua
composição. Isto a coloca na primeira geração de estrelas, formadas
quando apenas alguns elementos simples haviam sido lançados pelo Big
Bang.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,5153,OI67305-
EI302,00.html
Notas:
Dercy Gonçalves protesta e diz que pode provar que ela é a estrela
mais velha da Via Láctea. Outra que contesta a descoberta é a
apresentadora Hebe Camargo.
Estrelas de primeira geração não têm metal em sua composição, já
estrelas mais novas possuem silício e oxigênio em abundância --
especialmente na região mamária e glútea.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre citações de autor e obra
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 14:59
Oi,
<<as aferencias retornam em eferencias a partir de núcleos
subcoticais, deixando livre a 'área nobre'(córtex) para o desempenho
de outras atividades, como por exemplo, estudar o que está escrito
nos livros e não somente ficar olhando seus títulos e autores para
colocar numa lista de discussões, tentando impingir uma erudição que,
neste caso, não pôde ser constatada?>>
Manuel: A quem você está se referindo? É a mim?##########>Não era com vc,
desta vez. A 'bronca' era com o Lúcio! Releia acima e atente para o detalhe:
"... uma erudição que, *neste caso*, não pôde ser constatada?"<########## Se
for, como você constatou que eu não leio os livros que cito, que somente
fico olhando seus títulos e autores para colocar na lista de discussão,
tentanto desta forma impingir erudição?##########>Eu disse isso do Lúcio e
não de vc. O que me queixo em relação as suas msgs é que são 'herméticas',
em linguagem cifrada se bem que, em determinada ocasião (como também agora)
manifesta-se de maneira fácil de ser compreendida. Para que fique claro:
Admiro sua erudição e em momento nenhum questionei quanto a validade de suas
acertivas. Queixei-me de não estar entendendo. Daqui prá frente fica
acertado assim, de minha parte (lógico): Quando eu não entender eu pergunto.
Se vc achar por bem responder eu agradeço. Caso contrário, não vamos
'brigar' por isso<#############
Você não acha que está pré-julgando? Você não acha que está sendo
ofensivo e irresponsável com seus pré-julgamentos? Você acha mesmo
que quem faz citações está apenas querendo mostrar erudição? Pelo que
sei, é uma regra da monografia científica referir-se ao autor da
idéia que se está comentando, citar as obras que foram pesquisadas,
elaborar no final uma bibliografia, etc.##########>Esse é o ponto!<######
Claro, mensagens numa lista de discussão não são monografias
científicas. Mas citações########>Esse é o ponto! Fazer a citação, como vc o
faz, e aduzir o autor: Tudo bem. A 'bronca' com o Lúcio é que ele não fez
citação: Mandou-me procurar nos livros que sugerira<##########, constando
autor e obra, são pertinentes também em mensagens e por uma razão simples:
ob-je-ti-vi-da-de.########>Tudo bem, meu. Não se irrite...!<##########
Citações são úteis, primeiro, para separar as minhas idéias das dos
outros; segundo, para fornecer aos interlocutores as fontes do meu
estudo, as bases do meu ponto-de-vista, pois qualquer afirmação é
passível de dúvida e talvez seja do interesse de algum interlocutor
recorrer à fonte, para se certificar ou avaliar melhor a minha
interpretação ou caso queira se aprofundar na questão. E, terceiro,
porque citações constituem um excelente antídoto contra argumentos de
autoridade do tipo "meu ponto de vista é o correto, pois eu sou
Doutor, ao passo que vc é leigo na matéria", ou "com base em meu
diploma universitário, asseguro que a sua interpretação de Freud não
procede."##########>Eu jamais me vali deste argumento torpe. Pelo contrário,
cobro do interlocutor uma posição, não uma citação ou diploma: Jamais
questionei a formação de quem quer que seja nesta lista. Embora nada obste a
citação ou diploma, no que me concerne<############
Talvez seja por isso -- Por evitar que se exercite livremente a
autoridade -- que quem mais se ofende diante de uma citação seja o
doutô sabichão que já leu tudo: as obras completas de Freud (tendo
começado a sua leitura na infância, quando ainda era um menino
prodígio), Jung, Adler, Karen Horney, Sullivan, Lacan, Melanie Klain,
Erich Fromm, Rollo May, Adorno, etc., etc., etc.#########>Creio que vc tenha
se equivocado nesta msg. Aliás, sei muito bem o que lí. Mandrake, Fantasma,
Tio Patinhas e muitos livros também. Não havia necessidade do sarcasmo
("doutô sabichão"), mesmo porque pegou uma carapuça que não era a sua.
Enfim...<#########
Manuel Bulcão
########>Abraços.
Antonio Renato.<########
SUBJECT: Re: Re: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 14:59
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 07, 2002 8:00 PM
Subject: Re: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
>Gostaria que vc sustentasse suas afirmações com texto pertinentes e não
ficar indicando livros e 'sites', afinal é uma discussão onde cada um deverá
saber como argumentar.
Antonio, *com você*, francamente, eu não sei como argumentar. Porque se a
gente desenvolve os argumentos completamente, indicando os dados pertinentes
e os autores relevantes, você reclama que a mensagem fica longa e você não
tem saco de ler. Se, em vez disso, a gente se limita a resumir o argumento e
indicar as fontes onde você pode encontrar os dados, você reclama que
indicar uma montanha de livros, qualquer um poderia fazer. Se a gente tenta
facilitar o teu trabalho e inclui as citações-chave pro argumento, pra que
você não tenha que sair atrás dos livros, você reclama que neguinho tá
enchendo a mensagem de citações pra mostrar erudição. Assim não dá, meu rei!
Que alternativa você sugere? Dizer, como você faz, que a coisa *é* assim ou
assado, mas que eu não tô disposto a procurar argumentos que sustentem a
minha opinião? Desculpe, não é assim que eu argumento. Eu sempre trato de
deixar bem claro o que é a minha opinião, o que é a opinião das outras
pessoas, o que é dado concreto e o que é especulação. E não vou mudar isso
só porque você diz que já leu tanta coisa que já nem lembra o que é idéia
tua e o que veio dos livros.########@@@>>Vc fez algum curso de retórica para
postar esta argumentação 'ad hominem'? Ou não se dá conta do que está
dizendo?<<@@@########
>>Outrossim, se vc puder informar quais "hipóteses baseadas na neurologia"
que ninguém sabe direito...
>Ninguém quem, cara-pálida?########>VOCÊ! Em seguida 'colo' a sua msg. Para
quem conta apenas 32 anos de idade, qual seria o motivo desta 'falha' de
memória, cara-pálida? Lembra-se de quando trocamos as primeiras msgs? Do seu
lapso a respeito da 'passagem do século'? Parece estar havendo um
'acting-out'! Mas que audácia!!!
#########@@@>>'Un passant': Qual o motivo de rotular-me 'cara-pálida'? Será
que errei julgar provocação irreverente? Repito: Qual o
motivo?<<@@@#########
É, parece que está, sim, tendo um acting-out aqui, só que não é
meu#######@@@>>É o que 'eles' sempre dizem...<<@@@########. Porque
faça o favor de comparar o que *você* disse com o que *eu*
escrevi:########@@@>>Leia você mesmo. Quem sabe se, com as obs que coloquei
conseguirá entender<<@@@##########
VOCÊ: "Outrossim, se vc puder informar quais "hipóteses baseadas na
neurologia" que ninguém sabe direito..."
EU: "O fenômeno existe, pode ser constatado experimentalmente e existem
técnicas para induzir o transe hipnótico, mas porque essas técnicas
funcionam ainda é um mistério e as teorias vão desde a explicação freudiana,
de que o sujeito projeta o ideal do ego sobre o hipnotizador, até hipóteses
baseadas na neurologia. A verdade é que ninguém sabe direito."
Se você ler com atenção - ou se você simplesmente *ler* - tentando
diferenciar cuidadosamente o que está no texto do que tá na tua cabeça, vai
ver que o "ninguém sabe direito" não se refere às hipóteses baseadas na
neurologia, mas sim aos motivos pelos quais o transe hipnótico é
produzido.######@@@>>Desde o momento em que colocou um ponto, o que vem
depois refere-se a toda a frase anterior: 'Porque estas técnicas funcionam é
um mistério... hipóteses... desde Freud até a neurologia: A verdade é que
ninguém sabe direito'. Não tente me confundir porque 'não vai se
criar'!<<@@@########
Quanto às diversas hipóteses, essas são bem conhecidas por quem acompanha as
respectivas áreas: os neurocientistas *sabem direito* quais são as hipóteses
baseadas na neurologia, os psicanalistas *sabem direito* quais são as
hipóteses baseadas na psicanálise. O que não se sabe direito é quais dessas
hipóteses são realmente válidas (se é que alguma é) pra explicar porque a
hipnose funciona.#########@@@>>Agora MUDOU O DISCURSO, já admite que há uma
explicação pelas neurociências! Ou será que entendi errado? De qualquer
forma e para que fiquei claro: Se sabe explicar sim! Vc leu sobre 'reflexos
condicionados' que lhe enviei? Pois então retomemos a sua msg original:
"O reflexo condicionado é uma forma elementar de estado hipnótico, mas isso
não quer dizer grande coisa porque ==>não se conhece os mecanismos cerebrais
envolvidos na formação do reflexo condicionado.<==MUDOU de opinião?!
///////Eu mandei msg explicando (Suscintamente. E, de onde veio aquilo tem
muito mais) 'os mecanismos cerebrais envolvidos na formação do reflexo
condicionado'. Se vc simplesmente *ler* a referida msg... poderemos iniciar
a conversar. Em tempo: Também poderá constatar que o reflexo condicionado
não é 'uma forma elementar de estado hipnótico'! A hipnose sim, quedou
elucidada pelo conhecimento trazido inicialmente por Pavlov///////
Continuamos andando em círculos, explicando o que não se conhece pelo que se
ignora."<<@@@#########
Sds.
L.
###########@@@>Em seguida retorno a parte da msgs que vc deixou de
responder. Gostaria de chamar a atenção que, o fato de VOCÊ não saber, não
implica que não esteja publicado em diversos livros que VOCÊ não
leu<<@@@########
===============================
O fato de *você* não saber não implica que outros não saibam. Existem
estudos mostrando a relação entre os estados de transe e a freqüência das
ondas cerebrais (que, normalmente, são beta, mas durante os estados de
transe caem para alfa e às vezes delta), bem como outros que mostram como,
nos estados de transe, diminui a atividade dos córtices pré-frontais, caindo
praticamente a zero durante os transes profundos.
#########>Meu querido, não tá dizendo nada! Que tem a haver 'estudos
mostrando a relação entre os estados de transe e a freqüência das ondas
cerebrais'? Apologia ao óbvio? E daí que a atividade nos córtices
pré-frontais caem durante os transes profundos? NÃO DISSE NADA!!!<#########
#######@@@>>Sua argumentação é 'ad hominem'<<@@@##########
>Auto hipnose profunda, no que entendo, é impossível.
Nem por isso ela deixa de ocorrer, inclusive em condições laboratoriais.
Parece que a hipnose não se importa muito com o que você entende ou não. ;-)
###########>Dá um tempo, meu! Deixe de ser pernostico e vá estudar mais um
pouco... Parece que as horas que deixou de viver para estudar não renderam
o suficiente(hehehe)<########
Abs.
L.
==============================
########@@@>>Agradeço a atenção em ter-me respondido e espero que
continuemos o debate até que se tenha 'desenrolado' este novelo.
Abs.
Antonio Renato.<@@@#########
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] transgenicos
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 15:36
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> #########>Que tal um milho que produz a toxina de uma bactéria?
> Evita pragas próprias da lavoura do milho. Mas não adianta colocar
> de molho na água sanitária: A toxina 'não sai'... ou será que sai?
> E, se através da polinização, este transgênico se disseminar?
> Escapar ao controle, como já foi constatado nos EUA acontecer?
<##########
Se a discussao vai por esse caminho...
Q. tal entao um milho borrifado com agrotoxicos?
Bem, talvez um milho "organico", q. tal um milho tomado
por patogenos?
Muitos transgenicos realmente irao se disseminar por
polinizacao. Muitos deles sao obtidos por reproducao
sexuada para a producao de sementes. Ja' os transgenes.
Bem, genes de bacterias ja' estao inseridas nos
organismos q. nao foram manipulados -- a transferencia
horizontal de genes e' um fenomeno q tbm ocorre espontaneamente.
Nós mesmos temos genes de virus inseridos em nosso genoma.
Mas digamos entao q. haja uma poluicao genetica por
esse gene q. leva 'a producao da tal toxina... realmente,
e o q. ira' acontecer? Sera' um desastre mesmo?
Claro q. nao se pode cultivar transgenicos de qq
jeito. Assim como nao se pode cultivar as linhagens
tradicionais de qq jeito.
E' preciso tomar cuidado? Sim. E' preciso haver uma
fiscalizacao nas empresas? Com certeza. Devemos
demonizar? Nao.
Exijamos estudos. Se houver problemas, busquemos a
solucao. Se nao e' possivel a solucao e os problemas
forem maiores do q. os beneficios, entao nao utilizemos.
Se nao se quer comer transgenicos de jeito
nenhum por principios pessoais, otimo. Nao comam.
Mas tbm nao se destruam os experimentos q. visam
justamente estudar os transgenicos.
[]s,
Roberto Takata
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Oi dileto Takata
Uma msg de calmaria postada por alguém de fato iluminado.
Concordo com tudo que você coloca. Aliás, minha msg não continha nada que
contradissesse ao que vc coloca. Ou conteria?
No momento estou com a atenção absorta no 'confronto' com o Lúcio. Sinto se
não lhe dispensei a atenção de que é merecedor.
Grande abraço, futuro psicanalista.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 15:37
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Oi Lígia
>
> Cansei de esperar pelo esclarecimento do quê vem a ser
dadaísmo e fui ao
> 'Aurélio'. Não me pareceu nada importante ou vital. Afinal, pode
ser
> encontrado no 'Pequeno Dicionário'. Inclusive já me escapa o que
li. Coisas
> da idade. :)
Oi Antonio! Eu achei que você estava brincando! Desculpe, não foi
intencional. O movimento Dadaísta aconteceu durante um período em
que se desejava revolucionar a arte em todos os sentidos. Foi
contemporâneo ao cubismo, surrealismo. Uma característica
interessante: quando começou a ganhar seguidores, o movimento
dissolveu-se: coisas de rebeldes ( risos). Eu perguntei se o poema
das aspas era Dada por causa da preocupação com a imagem ( as aspas
formam um desenho :) e essa era uma das características desse
movimento literário: nenhuma preocupação com nexo, mas alguma
preocupação com a estrutura e a "estética" das poesias. Em outras
palavras, é uma avacalhação só... :)
#####>Obrigado pela atenção<#########
>
> Não creio que seja justo o critério que teria me qualificado
como 'uma
> besta' por desconhecer o significado daquela palavra supracitada.
E quem te chamou de "besta"?? Ah, para com isso!
> Você é uma pessoa importante para mim e creio que para muitos
outros na
> "ciencialist". Pudemos constatar este fato no epísódio com
o 'Boca'.
Sabe Antonio, eu venho percebendo um certo "mal estar" relacionado à
minha presença em todas as listas de que participo. Acho que eu
estou numa fase de "auto avaliação"... e certas coisas me magoam
mesmo não tendo a intenção de magoar. E eu fico pensando qual
o "meu papel" nesse "mal estar". Ao que tudo indica, relacionamentos
de lista não passam de trocas impessoais sobre assuntos mais
impessoais ainda e isso está sendo muito pouco prá mim... enfim,
problema meu que dou mais importância às pessoas em si do que às
idéias que elas apregoam.
##########>Seria o ideal apenas a 'troca de letrinhas num monitor'. Mas pude
verificar que não é assim. Vc tem razão quando coloca haver envolvimento da
pessoa como personalidade<#########
Eu de certa forma estou cansando... e concordo com você em muitos de
seus desabafos. De forma que espero poder falar de "igual para
igual" com você agora: cada um faz aquilo que achar melhor. Se tem
gente que se satisfaz mostrando erudição, deixe que mostre.#######>Eu não me
queixo das pessoas demonstrarem suas formações eruditas. Minha queixa é não
entender o que dizem, inda mais quando postam 'disparates'<######## Eu acho
chato "eu" dar mostras disso porque entendo que cria-se uma barreira
e uma competitividade, basta notar que o número de citações cresce
exponencialmente quando dois que se valem desse recurso trocam
idéias... mas evito criar clima de guerra com eles só por isso.########>Só
para esclarecer: Eu não criei 'clima de guerra' se é isso que vc quis dizer.
Reagí com indignação à uma provocação irreverente e sem motivos
(aparentes)<##########
Afinal, listas de discussão servem para várias coisas... uma delas é
a auto-promoção e a gente nunca sabe o quanto alguém necessita auto-
promover-se ao querer dar a entender que é melhor, ou mais sabido, ou
mais culto. Daí, de que adianta puxar prá briga? Não adianta
nada... só criam-se inimizades#####>Virtuais<##### e o fundo disso tudo
está na incapacidade também da gente que não gosta de muitas
citações####>Eu? :)<#### perceber o que move tais pessoas que se apoiam em
tantos nomes e
títulos para simplesmente conversar... #######>A 'lista' permitiu minha
inscrição, portanto estou no meu direito de solicitar explicações sobre
aquilo que não entendi, independentemente de tal explicação ser ou não
seguida de citação de autor<######### Pode ser que de certa forma
queiram dar mostras de que não estão sozinhos, que há outros que
pensam da mesma maneira, ou quem sabe, estão seguindo à risca a regra
máxima do cientificismo que é provar e provar e provar... :)########>Também
'sou contra' a solidão<#########
Fica chateado não... Eu cheguei a respostas incríveis para a vida só
observando o que se passa ao meu redor########>O 'simples
observar'?<#######, ao ler notas de rodapé de página, ao ouvir as pessoas.
Mas isso é de cada um. Meu lema é evitar intermediários entre o
conhecimento do que quer que seja e eu. Por isso também não sigo
religiões... mas esta sou eu. Os
outros são os outros... você é você... :)
Beijos, Lígia
#########>Oi Lígia
Entendo que queira tomar uma posição e tenha aproveitado da msg que lhe
enderecei para tal. É a sua opinião, a sua posição. Você é você... Aliás,
já 'conversamos' sobre isso anteriormente, sobre cada um ter seu mundo
particular estruturado em suas 'representações' configuradas no 'cérebro' a
partir daquilo que 'percebe' da 'realidade física'. Eu me recordo. :)
Beijos, Antonio Renato.<###########
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Extinção da Humanidade
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 16:09
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@altavista.net> escreveu :
Nao houve uma previsao da revolucao da informatica.As previsao, como dita, eram de grandes
computadores centrais e nao de computadores pessoais. Computadores centrais cuja unica finalidade
era analisar dados e devolver a resposta para os humanos agirem. Nao eram computadores responsaveis
pelo controle de producao industrial, organizacao orcamentaria ou serviam como ferramenta artistica
ou instrumento de comunicacao.
Nao se via o computador presente na vida cotidiana das pessoas. Essa e' a verdadeira revolucao da
informatica:
computadores processando textos, fazendo planilhas domesticas, cuidando do registro de uma loja, do
cadastro de clientes,
servindo como diário pessoal ou um tabuleiro de jogo.
-Caro Takata, ficção científica é tão variada que não se pode dizer que tal idéia nunca tenha sido
aventada.
Asimov, na sua série sobre robôs (não seriam eles uma espécie de computador?), os coloca fazendo
trabalhos individualizados sem serem conectados a uma central.
Em Fundação, há uma passagem em que um pré-adolescente dita ao seu computador pessoal um texto e
este o reproduz "em uma bela caligrafia". Esta semana li que uma escola dos EUA aboliu
definitivamente os cadernos, todo trabalho escolar agora é feito em computadores.
Esse mesmo livro fala sobre um outro tipo de previsibilidade, a da História a partir do
comportamento das massas, sempre haveriam tendências que os seres humanos seguiriam, a não ser que
um elemento aleatório externo viesse se interpor. Seria a Psico-História. Não seria possível
prever o tipo de tecnologia empregada mas sim que em determinado estágio da civilização se tentaria
suprimir ou facilitar determinados trabalhos.
Talvez resida aí a chave para previsões de tecnologia do futuro na ficção, nos desejos que as
pessoas de determinada época tem para conseguir um mundo mais satisfatório.
Abraços,
Elenice Mello.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG ao Brudna
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 16:12
"--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Oi Brudna
>
> Gostaria apresentar minhas congratulações. Fiquei
sabendo 'acolá' que é
> você quem 'forja' as msgs da "ciencialist".
?? Nao entendi. 'Forja'? Eu apenas administro a lista.
> Congratular sim, porque não somente é um indivíduo criativo
como também
> genial!
> E mais, é um prazer 'conviver' com pessoas desta estirpe.
> Ateh.
> Antonio Renato.
(...)"
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
"...?? Nao entendi. 'Forja'? Eu apenas administro a lista. ..."
Por favor, leia a msgs seguinte. Estou certo que vai entender.
===============================================
To: noosfera@yahoogrupos.com.br
From: ilegível@yahoo.com.br
List-Unsubscribe: mailto:noosfera-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
Reply-To: noosfera@yahoogrupos.com.br
Date: 08 Nov 2002, 12:57:25 AM
Subject: Re: [noosfera] toc toc toc! (um teste de existencia)
----- Original Message -----
From: "Ernesto Nakamura"
Sent: Thursday, November 07, 2002 2:20 PM
Subject: Re: [noosfera] toc toc toc! (um teste de existencia)
> Uma tagline antiga: "Esta lista é uma farsa! O moderador escreve
> Todas as mensagens!" :-)))
> > > Tomei a liberdade de repassar o convite do Lucio a alguns amigos
> > > virtuais mais-ou-menos de Campinas, da lista "Ambrosio".
> > Esse mais-ou-menos ficou mais-ou-menos esquisito. ;-)
> Antes que duvidem da masculinidade ou seus equivalentes genéricos dos meus
> amigos,...
Isso nem me passou pela cabeça. ;-). Aliás, dentre os poucos físicos
quânticos virtuais com quem gosto de dialogar, um deles é da Unicamp, o
Belisário. Se bem que após a sua mensagem eu fiquei em dúvida se o Belisário
existe de fato ou se ele, assim como os demais ciencialisteiros, não seriam
heterônimos do Brudna, o moderador da Ciencialist. :-))
(...)
=========================================
Entendeu?
Ateh,
Antonio Renato.
SUBJECT: Cérebro & Genética
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 16:13
"Apesar de ser verdade que diferentes regiões do cérebro tendem a se especializar em funções diferentes, como a linguagem ou o reconhecimento, essas áreas são muito variáveis e não moléculas permanentes. Os humanos nascem com temperamentos despertados pelas variações genéticas nos agentes químicos do cérebro chamados neuromoduladores, afirma Quartz. Essas diferenças podem levar um bebê a não ter interesse por novidades e outros terem. Mas as experiências que resultam dessas diferenças ajudam a construir o crescimento cerebral."
Notícia completa abaixo.
[]s
José Renato
_____________________________
A TARDE 08/11/2002 - Internacional
< http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=11&ano=2002&id_subcanal=15&id_materia=1113 >
Estados Unidos
Educação influencia atividade cerebral
"The New York Times"
Os neurocientistas encontraram uma solução conhecida para um problema clássico: o que é mais importante no desenvolvimento do cérebro humano, a natureza ou a educação?
Sua resposta é complexa. O cérebro, primeiramente, não é produto de genes, dizem, mas também não é simplesmente a soma de todas as experiências de uma pessoa. Em vez disso, afirmam, cada cérebro humano é composto de complexos circuitos neurais que começam a tomar forma antes do nascimento e continuam a crescer e mudar durante a vida, enquanto os genes e células são influenciados pelo ambiente, experiências e cultura.
Há uma ampla concordância de que os genes e o ambiente interagem no desenvolvimento do cérebro, afirma o Dr. Terrence J. Sejnowski, neurocientista do Instituto Salk, em San Diego (EUA), e principal defensor da nova síntese. A nova idéia, afirma, é que as culturas humanas, que ensinam às crianças em que acreditar e o que esperar da vida, interagem com a biologia celular e a genética molecular para montar o cérebro humano altamente sociável.
Mutação
Apesar de todos os cérebros começarem com "um andaime básico de conexão, que é formado de acordo com as características genéticas", afirma a Dra. Carla Shatz, uma neurobióloga da Faculdade de Medicina de Harvard, "o cérebro de um bebê não é uma miniatura do cérebro adulto, mas uma estrutura em alteração". A experiência altera a estrutura do cérebro, a química e a manifestação das características genéticas para esculpir os circuitos neurais imaturos no sistema adulto, disse.
Em resumo, dizem defensores da teoria, enquanto o cérebro dirige as atividades diárias das pessoas, essas atividades modelam o cérebro durante a vida.
- A tentativa de separar os genes do ambiente é um erro - afirma o Dr. Steven R. Quartz, cientista do Instituto de Tecnologia da Califórnia. "O que nos faz sermos o que somos é uma complexa interação de experiências anteriores, a ordem de nascimento, os amigos, os genes e como essas forças interagem". Ele e Sejnowski escreveram "Liars, Lovers and Heroes", que descreve detalhes do que chamam de biologia cultural.
Outro livro com argumentos similares, "The Origin of Minds", deve ser publicado este mês. Seus autores são a Dra. Peggy La Cerra, neurocientista e presidente de uma empresa de consultoria em Ojai, na Califórnia, e Roger Bingham, do Centro para o Cérebro e Cognição da Universidade da Califórnia em San Diego.
Cientistas e filósofos argumentaram sobre o papel da cultura no desenvolvimento do cérebro por milênios. Platão e Aristóteles discutiram se as características humanas, como a virtude, eram congênitas ou aprendidas. As idéias de Darwin levaram muitos acadêmicos a declararem que os traços humanos são congênitos, com cada grupo racial em um nível diferente de evolução, uma visão que culminou na eugenia desenfreada do Holocausto.
Natureza humana gera "batalha"
< http://www.atarde.com.br/materia.php3?dia=08&mes=11&ano=2002&id_materia=1112 >
Houve um retrocesso durante a era de relativismo cultural, que via o cérebro recém-nascido como uma lousa em branco, na qual a evolução não tinha nenhuma influência. Uma nova batalha sobre a natureza humana começou em 1970, quando o Dr. Edward O. Wilson argumentou que o comportamento humano, como o dos animais, era um produto das pressões evolucionárias da seleção natural.
Os psicólogos evolucionistas adotaram esse argumento, usando-o para explicar tudo, desde as diferenças sexuais até a atração pelas batatas fritas. Os defensores da nova visão neurobiológica dizem que é hora de observar mais atentamente as evidências para formar uma posição sobre a psicologia evolucionista.
- É verdade que não podemos separar a questão sobre quem somos do mundo em que nossos ancestrais passaram até chegar aonde estamos hoje - afirma Sejnowski. Mas essa evolução não ocorreu na relativamente estável savana descrita pelos psicólogos evolucionistas, mas num período de oscilações climáticas raras, extremas e rápidas. Se o cérebro desenvolveu alguma característica durante o Pleistoceno foi a flexibilidade, acrescenta.
Apesar de ser verdade que diferentes regiões do cérebro tendem a se especializar em funções diferentes, como a linguagem ou o reconhecimento, essas áreas são muito variáveis e não moléculas permanentes. Os humanos nascem com temperamentos despertados pelas variações genéticas nos agentes químicos do cérebro chamados neuromoduladores, afirma Quartz. Essas diferenças podem levar um bebê a não ter interesse por novidades e outros terem. Mas as experiências que resultam dessas diferenças ajudam a construir o crescimento cerebral.
Os humanos também nascem com um córtex pré-frontal bem grande, uma parte do cérebro envolvida no planejamento do antigo sistema de previsão do que é recompensador e da tomada das decisões para maximizar as recompensas e evitar punições. Os neurocientistas estão descobrindo que esse circuito, amadurecido totalmente no final da adolescência, é um sistema de orientação interno que preenche o mundo de cada pessoa com valores, significados e tons emocionais, tomando forma de acordo com a cultura da pessoa. Em outras palavras, a cultura contribui não apenas para o conteúdo do cérebro, mas também para suas ligações, conclui Quartz. (S.B.)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Cérebro & Genética
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 16:25
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> A TARDE 08/11/2002 - Internacional
> Educação influencia atividade cerebral
> "The New York Times"
>
> A nova idéia, afirma, é que as culturas humanas, que ensinam às
> crianças em que acreditar e o que esperar da vida, interagem com a
> biologia celular e a genética molecular para montar o cérebro
> humano altamente sociável.
Nao entendi onde esta' a novidade nisso.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Extinção da Humanidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 16:49
--- Em ciencialist@y..., "Elenice" <elemell@v...> escreveu
> Asimov, na sua série sobre robôs (não seriam eles uma espécie de
> computador?), os coloca fazendo trabalhos individualizados sem
> serem conectados a uma central.
Tecnicamente robôs são distintos de computadores. Embora alguns
tenham computadores como 'cérebros'.
> comportamento das massas, sempre haveriam tendências que os seres
> humanos seguiriam, a não ser que um elemento aleatório externo
> viesse se interpor.
Ainda q. houvesse tais tendências, veja a necessidade desse "a não
ser que um elemento aleatório externo viesse se interpor". Na verdade
não precisa ser aleatório, embora possa tbm ser aleatório.
> Talvez resida aí a chave para previsões de tecnologia do futuro na
> ficção, nos desejos que as pessoas de determinada época tem para
> conseguir um mundo mais satisfatório.
Os quakers com certeza criariam uma visao futurista diferente.
Antes o futuro deveria ser visto como tomado por engenhocas de
madeira e cabos. Depois passou a se pensar em quiquilharias metalo-
mecanicas movidas a corda e engrenages. Depois em bugingancas eletro-
mecânicas. Em seguinda em trambolhos eletro-eletrônicos e uma
vertente tecno-orgânica. Há agora os q. apostam em uma vertente
organo-sintética.
Um modo de se agrupar as visoes de futuro (dentre milhares de outras
alternativas) é:
- a pessimista bárbara: o mundo se degenera - há uma hecatombe q.
destrói a civilização e praticamente toda a tecnologia é perdida;
- a pessimista tecnológica: a tecnologia se desenvolve cada vez mais
e passa a dominar a vida das pessoas -- seja diretamente via um
computador tirano; seja indiretamente, como instrumento de opressão
das massas por um grupo poderoso;
- a otimista tecnológica: o mundo é um lugar quase paradisíaco em q.
a tecnologia resolve quase todos os problemas e está presente
ostensivamente na forma de aparelhos de usos diversos, meios de
transporte, autômatos...
- a otimista natureba: o mundo é um lugar quase paradisíaco em q. a
tecnologia está discretamente presente, enfatizando mais as novas
relações humanas entre si e com o ambiente. Uma subvertente é a
otimista místico-religiosa.
Claro q. como caricaturização é incompleta, mas acho q. abarca as
principais correntes de especulação sobre o futuro. Não sei se alguém
defende uma visão otimista bárbara.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: MSG ao Brudna
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 17:16
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
>
> Oi Brudna
>
> Gostaria apresentar minhas congratulações. Fiquei
sabendo 'acolá' que é
> você quem 'forja' as msgs da "ciencialist".
?? Nao entendi. 'Forja'? Eu apenas administro a lista.
> Congratular sim, porque não somente é um indivíduo criativo
como também
> genial!
> E mais, é um prazer 'conviver' com pessoas desta estirpe.
> Ateh.
> Antonio Renato.
> Em tempo: Porque não estou mais recebendo msgs da "ciencialist"?
Antes de ser Ciencialist este grupo tinha o nome de Ciencia-L e
usava como base o sistema de listas da Ufrgs. Eu pedi pro admin do
sistema de listas de discussao da Ufrgs (que nem deve existir mais)
criar uma lista para discutir ciencia e deixar aos meus cuidados, mas
estava ficando dificil controlar aquele sistema antigo e portanto
migramos para o Egroups (atual YahooGroups) modificando o nome para
Ciencialist.
Ateh
Luis Brudna - administrador
SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 17:50
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Gallo" <ligia5555@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
<<listas de discussão servem para várias coisas... uma delas é
a auto-promoção e a gente nunca sabe o quanto alguém necessita auto-
promover-se ao querer dar a entender que é melhor, ou mais sabido, ou
mais culto. Daí, de que adianta puxar prá briga? Não adianta
nada... só criam-se inimizades e o fundo disso tudo está na
incapacidade também da gente que não gosta de muitas citações
perceber o que move tais pessoas que se apoiam em tantos nomes e
títulos para simplesmente conversar... Pode ser que de certa forma
queiram dar mostras de que não estão sozinhos, que há outros que
pensam da mesma maneira, ou quem sabe, estão seguindo à risca a regra
máxima do cientificismo que é provar e provar e provar... :)>>
Manuel: Sabem o que me faz citar, citar e citar? A vontade de mostrar
pra todo mundo o quanto sou erudito, sábio, culto, inteligente, lindo
e extremamente encantador; provar que ninguém aqui nesta lista leu
mais do que eu! Aliás, sei decorado não só "Os Lusíadas" do Camões
como também as bulas de todos os remédios que tomo e tomei: lexotan,
valium, dormidol, anafranil, wellbutrin, prozac, survector, azulfin,
meticorten, etc., etc., etc.
Além de saber tudo também bato um bolão. O meu futebol é de deixar
qualquer ronaldinho de queixo caído. E não é só futebol não! Ninguém,
do Oiapoque ao Chuí, dança forró melhor do que eu. Na pista de dança
em que estou, a lei da gravidade é momentaneamente abolida.
O problema é ter que aturar a inveja do povo.
Ósculos e amplexos,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 17:51
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> O único caso que conheço de cruzamento entre espécies é a mula com
> o cavalo (devido a pequena diferença em seus cariótipos),
> produzindo o burro. Este é estéril.
Na verdade mula é o resultado do cruzamento da égua com o jumento
(burro) ou do cavalo com a jumenta.
Alguns outros casos de híbridos inter-específicos são o
tileão (ou o tigreão) do cruzamento entre a leoa e o tigre
ou a trigreza e o leão.
Tem tbm o dzô q é o híbrido do iaque com o zebu.
Há os híbridos entre lobos e coiotes.
Normalmente os híbridos são estéreis ou apresentam problemas de
viabilidade. Sempre são resultado do cruzamento entre espécies
próximas.
De fato há a questão do pareamento dos cromossomos, mas mesmo
q. pareassem ha' a questão tbm q os genes (e não apenas os
gênios) devem ser compatíveis: uma proteína não pode interferir
com o bom funcionamento de outra (não pode competir por
substrato, ligar-se à outra proteína, realizar uma reação
contrária e assim por diante). E antes disso há todo um mecanismo
de isolamento chamado pré-zigótico, isto é, q. impede o cruzamento
entre espécies diferentes antes mesmo da formação de um embrião.
Os gametas para se fundirem precisam possuir proteínas de membranas
compatíveis q. permitam o reconhecimento e a penetração do
espermatozóide dentro do gameta feminino.
Abaixo reproduzo uma mensagem da Embrapa comentando a mensagem
postada.
[]s,
Roberto Takata
------------------
Ref: embrapa043/11/vitor
Prezado Senhor Roberto.
>
>Obrigado por procurar a Embrapa Suínos e Aves
>
> Quanto a sua solicitação, informamos que geneticamente não é
possivel
>ocorrer a fecundação entre seres de gêneros diferentes, uma vez
que não existe
>compatibilidade entre os genes para permitir a fertilização e
desenvolvimento
>de um embrião. Como o senhor mesmo relata, oque ocorreu neste
caso é uma
>provável ma formação genética associada a imaginação popular.
Existem diversos
>fatores que podem alterar o desenvolvimento normal do embrião,
gerando seres
>totalmente disformes, muitas vezes com aparência monstruosa, isto
pode ocorrer
>com qualquer espécie de ser vivo. Esperamos Ter atendido de forma
adequada a
>sua solicitação, estamos a seu inteiro dispor para maiores
esclarecimentos
Atenciosamente.
Serviço de Atendimento ao Cidadão
Embrapa Suínos e Aves
Visite a nossa página na Internet, no endereço
«www.cnpsa.embrapa.br»,
onde estão disponibilizadas gratuitamente publicações sobre
suinocultura e
avicultura.
SUBJECT: [RN] O PRESIDENTE E A CIENCIA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 18:24
OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, 06-11-2002
CIÊNCIA E AS PERSPECTIVAS DO FUTURO
Ulisses Capozzoli
Ao apontar para a necessidade de aproximar universidades,
instituições de pesquisa, empresas da área tecnológica, organizações
sindicais e outros setores da comunidade científica na formulação de
ciência e tecnologia, o presidente eleito acena para a superação de
um desencontro que marcou a ciência brasileira desde o início, quando
aportou no Rio, em 1808, a corte portuguesa, e o improviso na solução
das dificuldades, inclusive científicas, foi uma das características
mais notáveis desse acontecimento.
Uma das decorrências do improviso, ao longo do tempo, é o fluxo
irregular de recursos que ainda hoje marca a pesquisa científica no
Brasil. E o improviso reflete, diretamente, a não-vinculação entre
pesquisa científica e bem-estar social, dois outros pontos que o
presidente eleito quer ver superados ao longo de sua administração.
(e)
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc061120021.htm
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 18:39
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Sabem o que me faz citar, citar e citar? A vontade de
mostrar
> pra todo mundo o quanto sou erudito, sábio, culto, inteligente,
lindo
> e extremamente encantador; provar que ninguém aqui nesta lista leu
> mais do que eu! Aliás, sei decorado não só "Os Lusíadas" do Camões
> como também as bulas de todos os remédios que tomo e tomei:
lexotan,
> valium, dormidol, anafranil, wellbutrin, prozac, survector,
azulfin,
> meticorten, etc., etc., etc.
Manuel! Sabe que eu ADORO ler as suas mensagens? Principalmente
quando você as escreve assim, inspirado! É um deleite à parte... :))
É que eu fico pensando que poderíamos formar uma belíssima dupla,
você e eu: enquanto você declamasse Camões eu assoviaria todos os
Concertos de Brandenburgh de Bach que eu sei decor! E caso ainda
sobrasse alguns sonetos, eu continuaria com o Emperor Concerto de
Beethovenn, além da Nona Sinfonia caso ainda sobrasse algum fôlego,
que tal?
> Além de saber tudo também bato um bolão. O meu futebol é de deixar
> qualquer ronaldinho de queixo caído. E não é só futebol não!
Ninguém,
> do Oiapoque ao Chuí, dança forró melhor do que eu. Na pista de
dança
> em que estou, a lei da gravidade é momentaneamente abolida.
>
> O problema é ter que aturar a inveja do povo.
>
> Ósculos e amplexos,
> Manuel Bulcão
É... você ÚÓTIMO! Não tem prá ninguém! Pena que já somos casados
com outras pessoas... :) Eu me apaixonaria perdidamente por alguém
que dança forró assim......................... ;)
Ósculos e amplexos,
Lígia
SUBJECT: Re: Re: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para Ateus...)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 18:43
----- Original Message -----
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, November 08, 2002 2:59 PM
Subject: Re: Re: Re: Re: [ciencialist] Auto hipnose ( era Deus para
Ateus...)
>Vc fez algum curso de retórica para postar esta argumentação 'ad hominem'?
Ou não se dá conta do que está
dizendo?
Isso é uma coisa muito engraçada de dizer vindo de alguém que escreveu uma
pérola como aquela "Msg ao Lúcio"...
>'Un passant': Qual o motivo de rotular-me 'cara-pálida'? Será que errei
julgar provocação irreverente? Repito: Qual o
motivo?
Antonio, "Nós quem, cara-pálida?" é um lugar-comum, é só um jeito de falar
que saiu de uma piada que se conta a respeito do Zorro e do Tonto. Lamento
que você não conheça a piada. Não tem intenção nenhuma de provocar ninguém.
Mas é curioso que você seja tão sensível a qualquer coisa que considere uma
provocação, considerando que não perde uma oportunidade de provocar todo
mundo em volta com indiretas e alfinetadas irônicas.
>Leia você mesmo. Quem sabe se, com as obs que coloquei conseguirá entender
Não preciso. Eu sei o que escrevi e o contexto da frase me parece
suficientemente claro.
>Não tente me confundir porque 'não vai se criar'!
Aparentemente, você não precisa da minha ajuda pra se confundir, se sai
muito bem sozinho. ;-)
>Agora MUDOU O DISCURSO, já admite que há uma explicação pelas
neurociências! Ou será que entendi errado?
Não sei, o que te parece? No próprio email que você está citando, na própria
frase que você quota, está escrito com todas as letras: "O fenômeno existe,
pode ser constatado experimentalmente e existem técnicas para induzir o
transe hipnótico, mas porque essas técnicas funcionam ainda é um mistério e
AS TEORIAS VÃO DESDE A EXPLICAÇÃO FREUDIANA, DE QUE O SUJEITO PROJETA O
IDEAL DO EGO SOBRE O HIPNOTIZADOR, ATÉ HIPÓTESES BASEADAS NA NEUROLOGIA."
Me parece óbvio que isso significa que explicações possíveis (teorias e
hipóteses significam explicações possíveis, pois não?) existem. Mas nenhuma
delas até agora conseguiu solucionar o enigma a contento, e é isso, sem
tirar nem por, que eu venho dizendo desde a primeira mensagem. Portanto,
não, não mudou o discurso. E se não mudou o discurso, então, sim, você
entendeu errado. Q. E. D.
>Se vc simplesmente *ler* a referida msg... poderemos iniciar a conversar.
Eu li a referida mensagem, e teria coisas a comentar sobre ela. Mas não vejo
o menor sentido nisso. Prefiro discutir com pessoas que debatem com
argumentos, não com melindres, ataques histéricos e declarações do tipo
eu-sou-fodão-porque-sobrevivi-a-isto-isto-e-mais-aquilo-e-você-?.
>Em seguida retorno a parte da msgs que vc deixou de responder.
Por que eu me daria ao trabalho de responder, se eu questiono idéias e você
ataca pessoas?
>E daí que a atividade nos córtices pré-frontais caem durante os transes
profundos? NÃO DISSE NADA!!!
Se você sabe qual é a função dos córtices pré-frontais, então diz muita
coisa, sim. Mas pra que perder tempo? Qualquer coisa que eu disser, vai vir
mais uma enxurrada de autobiografia não-solicitada...
>Dá um tempo, meu! Deixe de ser pernostico e vá estudar mais um pouco...
Parece que as horas que deixou de viver para estudar não renderam o
suficiente(hehehe)
Pois é, você escreve coisas desse quilate e depois diz que a *minha*
argumentação é que é ad hominem.
>Agradeço a atenção em ter-me respondido e espero que continuemos o debate
até que se tenha 'desenrolado' este novelo.
Desculpe, amigo, não tenho a menor vontade de desenrolar nem esse nem
qualquer outro novelo com você. Tenho outros novelos a desenrolar, com
pessoas que não se sentem inferiorizadas só porque eu tento citar os autores
nos quais me baseio do modo mais preciso possível. Procure outra pessoa pra
desenrolar os teus novelos. De preferência, um analista.
Sds.
L.
SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] transgenicos
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 19:14
comconcordo com vocês.
Queimar lavouras de pesquisa de transgênicos é um atentado ao progreeso do
país. Foi possível ver isso claramente aqui no Rio Grande do Sul quando, em
ocasião do II Fórum Social Mundial na cidade de Porto Alegre, o francês
xiita Bové queimou plantações de trangênicos que eram cultivadas por
pesquisadores e foi apoiado pelo governo de nosso estado, que enviou
representantes até a França para defendê-lo... lastimável...
Mas eu acredito que não sejam realizados estudos ecológicos suficientes
sobre os trangênicos e, devido a isso, apesar de trabalhar com biotecnologia
e produção de bactérias transgênicas, sou contra "plantas trangênicas" de
modo geral. O equilíbrio ecológico é muito tênue e em muitos aspectos não
compreendido por nós e o impacto ambiental provocado por essa "evolução"
conduzida que representam os trangênicos pode ser irreparável.
abraços
clarissa
----- Original Message -----
From: <antonio.psique@ligbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 08, 2002 3:36 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] transgenicos
>
>
> --- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> > #########>Que tal um milho que produz a toxina de uma bactéria?
> > Evita pragas próprias da lavoura do milho. Mas não adianta colocar
> > de molho na água sanitária: A toxina 'não sai'... ou será que sai?
> > E, se através da polinização, este transgênico se disseminar?
> > Escapar ao controle, como já foi constatado nos EUA acontecer?
> <##########
>
> Se a discussao vai por esse caminho...
>
> Q. tal entao um milho borrifado com agrotoxicos?
> Bem, talvez um milho "organico", q. tal um milho tomado
> por patogenos?
>
> Muitos transgenicos realmente irao se disseminar por
> polinizacao. Muitos deles sao obtidos por reproducao
> sexuada para a producao de sementes. Ja' os transgenes.
> Bem, genes de bacterias ja' estao inseridas nos
> organismos q. nao foram manipulados -- a transferencia
> horizontal de genes e' um fenomeno q tbm ocorre espontaneamente.
> Nós mesmos temos genes de virus inseridos em nosso genoma.
>
> Mas digamos entao q. haja uma poluicao genetica por
> esse gene q. leva 'a producao da tal toxina... realmente,
> e o q. ira' acontecer? Sera' um desastre mesmo?
>
> Claro q. nao se pode cultivar transgenicos de qq
> jeito. Assim como nao se pode cultivar as linhagens
> tradicionais de qq jeito.
>
> E' preciso tomar cuidado? Sim. E' preciso haver uma
> fiscalizacao nas empresas? Com certeza. Devemos
> demonizar? Nao.
>
> Exijamos estudos. Se houver problemas, busquemos a
> solucao. Se nao e' possivel a solucao e os problemas
> forem maiores do q. os beneficios, entao nao utilizemos.
>
> Se nao se quer comer transgenicos de jeito
> nenhum por principios pessoais, otimo. Nao comam.
> Mas tbm nao se destruam os experimentos q. visam
> justamente estudar os transgenicos.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
>
>
> Oi dileto Takata
>
> Uma msg de calmaria postada por alguém de fato iluminado.
> Concordo com tudo que você coloca. Aliás, minha msg não continha nada que
> contradissesse ao que vc coloca. Ou conteria?
> No momento estou com a atenção absorta no 'confronto' com o Lúcio. Sinto
se
> não lhe dispensei a atenção de que é merecedor.
>
> Grande abraço, futuro psicanalista.
> Antonio Renato.
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
SUBJECT: Re: MSG ao Brudna
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 19:26
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> "...?? Nao entendi. 'Forja'? Eu apenas administro a lista. ..."
>
> Por favor, leia a msgs seguinte. Estou certo que vai entender.
>
> ===============================================
>
> To: noosfera@y...
> From: ilegível@y...
> List-Unsubscribe: mailto:noosfera-unsubscribe@y...
> Reply-To: noosfera@y...
> Date: 08 Nov 2002, 12:57:25 AM
> Subject: Re: [noosfera] toc toc toc! (um teste de existencia)
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Ernesto Nakamura"
> Sent: Thursday, November 07, 2002 2:20 PM
> Subject: Re: [noosfera] toc toc toc! (um teste de existencia)
>
> > Uma tagline antiga: "Esta lista é uma farsa! O moderador escreve
> > Todas as mensagens!" :-)))
>
(...)
> Isso nem me passou pela cabeça. ;-). Aliás, dentre os poucos físicos
> quânticos virtuais com quem gosto de dialogar, um deles é da
Unicamp, o
> Belisário. Se bem que após a sua mensagem eu fiquei em dúvida se o
Belisário
> existe de fato ou se ele, assim como os demais ciencialisteiros,
não seriam
> heterônimos do Brudna, o moderador da Ciencialist. :-))
>
> (...)
>
> =========================================
>
> Entendeu?
>
> Ateh,
> Antonio Renato.
***********************************
Sei não...
Agora eu estou MESMO preocupada com você, Antonio. A brincadeira é
clara no contexto em que foi escrita na thread a qual pertence e eu
não entendi o que você pretende enviando mensagem de outra lista para
cá...
Eu sinto que já pesquei o seu problema. Você está sentido com o fato
de ter-se aberto uma lista para dar andamento a discussões que só
vinham entupindo a Ciencialist e agora você prossegue enviando montes
de mensagens só para dar a entender que não há necessidade para a
existência de qualquer outra lista além da Ciencialist. OK, tá todo
mundo lendo o que você escreve, tá todo mundo chateado, triste, eu to
preocupada porque acho que você não está bem (pois só alguém que não
está bem ficaria escrevendo tanta coisa ofensiva aos outros). Enfim,
o que mais você quer Antonio?
Se estiver precisando conversar, já disse, escreva em pvt prá mim.
Agora pare de ficar atacando gente que NÃO TEM CULPA PELA SUA
TRISTEZA... ou indignação, ou sei lá... que chato!
Se cuida...
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 19:26
Takata,
eu fiz uma vez uma breve incursao em teratologia. Impressionou-me o numero
de aberracoes em individuos (como o Homem Elefante, por ex), humanos e nao
humanos, que manifestam caracteristicas fenotipicas de outras especies. Vi
fotos e citacoes em fontes serias de gente com rabo, pele de porco e
paquiderme, cerdas de javali, mulher com cara de mula, com chifres e sei la
mas o que. Ha um fato (porco com caracteristicas humanas). O Carlos Alberto
levanta a tese de ter havido um cruzamento entre especies que voce e a
Embrapa refutaram com base no conhecimento cientifico. Mas o porco (e meus
monstros acima) continua(m) existindo. Quem sabe nao temos alguns genes que
nao se manifestam normalmente no nosso genoma e que sao de outras especies?
Quem sabe os misterios que encerram os 98% de "lixo" no nosso DNA (e no de
outras especies).
Um abraco,
Antonio Castro
PS: Carlos Alberto, ,tentei tambem acessar a sua fonte, mas nao consegui
entrar nas edicoes anteriores.
------------------
Ref: embrapa043/11/vitor
Prezado Senhor Roberto.
>
>Obrigado por procurar a Embrapa Suínos e Aves
>
> Quanto a sua solicitação, informamos que geneticamente não é
possivel
>ocorrer a fecundação entre seres de gêneros diferentes, uma vez
que não existe
>compatibilidade entre os genes para permitir a fertilização e
desenvolvimento
>de um embrião. Como o senhor mesmo relata, oque ocorreu neste
caso é uma
>provável ma formação genética associada a imaginação popular.
Existem diversos
>fatores que podem alterar o desenvolvimento normal do embrião,
gerando seres
>totalmente disformes, muitas vezes com aparência monstruosa, isto
pode ocorrer
>com qualquer espécie de ser vivo. Esperamos Ter atendido de forma
adequada a
>sua solicitação, estamos a seu inteiro dispor para maiores
esclarecimentos
Atenciosamente.
Serviço de Atendimento ao Cidadão
Embrapa Suínos e Aves
SUBJECT: Re: [ciencialist] Res: O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 19:29
Arcange escreveu:
>
> (...) Singh constatou que, embora das preferências masculinas quanto
> ao tamanho dos seios, ***estrutura facial**** e outras características
> *variem entre as culturas* e até mesmo dentro da mesma cultura, (...)" (A
> mente desconhecida, Horgan, página 220 - grifo meu -)
>
>
Gostaria de responder a seus comentarios sobre esse assunto da beleza, mas
nao entendi a frase que voce transcreveu. Parece trucada.
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: CURA INEXPLICAVEL
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 20:25
----- Original Message -----
From: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 04, 2002 11:23 PM
Subject: [ciencialist] Re: CURA INEXPLICAVEL
>
> Arcange!
>
> Pronunciando meu santo nome, tem mais testes a serem imputados a mim?
> ( caso não se recorde: aquele teste que resultou numa bala perdida
> que atingiu o Takata... por sinal ele jamais se recuperou daquilo,
> sabia? ).
>
> E... cadê tal artigo sore o E de Descartes? Quero lê-lo
> acuradamente... :)
>
-------
Bem, eu tinha lido o "Erro de Descartes" em 4 dias e estava com o livro
inteiro 'na cabeça'. Na medida em que fui escrevendo, o tempo foi passando,
fui lendo outras coisas, e acabei perdendo tanto o estímulo como o 'tino'.
Por "tino" quero dizer que, antes, eu tinha *tudo* na cabeça. Depois de
algum tempo, as coisas foram amortizando-se. Eu tinha que reler os capítulos
para 'refrescar'. Acabou ficando exaustivo.
Parei.
Tem umas 40 páginas. Não está bom. E, como fiz análises na ordem em que os
temas apareciam no livro, no fundo, só abordei questões marginais. Por
exemplo, gasto páginas e páginas falando do "problema da ligação". Mas o
problema da ligação é algo citado no livro apenas 'en passant'. O grande
foco do livro eu nem cheguei a tocar: a hipótese do marcador somático.
Se eu terminar, eu te mando. Por enquanto, prefiro continuar dando tiros em
você e torcer para que não haja nenhuma bala perdida :)
Até.
SUBJECT: Re: PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: "Ligia Gallo" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 21:09
Oi Antonio Castro,
Só me intrometendo um pouco nessa conversa. Achei um link para
algumas fotos tristes mas que ilustram o que você argumenta:
http://phreeque.tripod.com/grace_mcdaniels.html
Esse site inteiro aliás é recheado de fotos de pessoas com más
formações congênitas ou decorrentes de doenças deformantes. No caso
das fotos no link, a mulher é apresentada como "cara de mula", o que
na verdade não passa de uma má formação.
Beijos, Lígia
****************************************
--- Em ciencialist@y..., "antonio castro" <amcastro@d...> escreveu
> Takata,
> eu fiz uma vez uma breve incursao em teratologia. Impressionou-me o
numero
> de aberracoes em individuos (como o Homem Elefante, por ex),
humanos e nao
> humanos, que manifestam caracteristicas fenotipicas de outras
especies. Vi
> fotos e citacoes em fontes serias de gente com rabo, pele de porco e
> paquiderme, cerdas de javali, mulher com cara de mula, com chifres
e sei la
> mas o que. Ha um fato (porco com caracteristicas humanas). O Carlos
Alberto
> levanta a tese de ter havido um cruzamento entre especies que voce
e a
> Embrapa refutaram com base no conhecimento cientifico. Mas o porco
(e meus
> monstros acima) continua(m) existindo. Quem sabe nao temos alguns
genes que
> nao se manifestam normalmente no nosso genoma e que sao de outras
especies?
> Quem sabe os misterios que encerram os 98% de "lixo" no nosso DNA
(e no de
> outras especies).
> Um abraco,
> Antonio Castro
> PS: Carlos Alberto, ,tentei tambem acessar a sua fonte, mas nao
consegui
> entrar nas edicoes anteriores.
>
>
> ------------------
> Ref: embrapa043/11/vitor
>
> Prezado Senhor Roberto.
>
> >
> >Obrigado por procurar a Embrapa Suínos e Aves
> >
> > Quanto a sua solicitação, informamos que geneticamente não é
> possivel
> >ocorrer a fecundação entre seres de gêneros diferentes, uma vez
> que não existe
> >compatibilidade entre os genes para permitir a fertilização e
> desenvolvimento
> >de um embrião. Como o senhor mesmo relata, oque ocorreu neste
> caso é uma
> >provável ma formação genética associada a imaginação popular.
> Existem diversos
> >fatores que podem alterar o desenvolvimento normal do embrião,
> gerando seres
> >totalmente disformes, muitas vezes com aparência monstruosa, isto
> pode ocorrer
> >com qualquer espécie de ser vivo. Esperamos Ter atendido de forma
> adequada a
> >sua solicitação, estamos a seu inteiro dispor para maiores
> esclarecimentos
>
> Atenciosamente.
>
>
> Serviço de Atendimento ao Cidadão
> Embrapa Suínos e Aves
SUBJECT: Re: Comentário em MSG ao Lúcio p/Psic
FROM: "Fernando S K" <fern_rjbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 21:10
Antônio Psico,
Apesar de (ainda) não ter recebido uma msg sua com meu nome no
título, fico impressionado com o conteúdo de msgs como essa. Já que é
pública, vou me meter.
Psico> Não dediquei ... comer lixo.E vocês me vem falar sobre fome?
HAHAHAHA!!! Que sabem disso?!
FSK> Incrível. Sabe como eu descobri que fogo queima e provoca dor?
Uma vez estava com frio e me atirei numa lareira. Quero ver vc falar
de fome qdo estiver todo queimado. Já em outra vez, quando me senti
deprimido, procurei um psiquiatra.
Psico> Queria ver você Lúcio, como se sairia com seu palavrório num
gueto onde se entende somente a liguagem que flui pela boca do cano
de um fuzil. Queria ver se faria, como eu fiz, ao ter na cabeça
encostada uma pistola nove milímetros engatilhada desafiar: Atira!!!
E o bandido colocar sua arma na cintura e sair andando debaixo das
risadas de outros vagabundos... Me vieram as lágrimas enquanto
escrevo.
FSK> Particularmente, fujo de guetos. Premeditadamente, aliás. Sobra
mais tempo prá estudar, ler e coisas assim. Também acho que há
outros "experimentos" tão intensos quanto, mas que eu considero mais
produtivos. Ou melhor, mais contrutivos. E de fato, um estilo mais
tosco e agressivo é bem mais adequado em locais toscos e agressivos.
Queria ver vc respondendo perguntas de uma platéia especializada.
Psico> Queria ver você colocar o cú na seringa, a própria vida em
risco para saber do animal que existe dentro de você mesmo. A 'besta
humana', o animal que está destruindo o Planeta! O maior instrumento
de um pesquizador é a *simples observação*. Leu sobre 'reflexos
condicionados'? Pavlov simplesmente observou. E Newton? Idem.
Certamente se ficassem 'observando' livros nas prateleiras de uma
biblioteca não teriam chegado as propostas que legaram à humanidade.
FSK> Tsc, tsc, de jeito nenhum. O ato de "observar" é passivo por
definição. A "simples observação" não leva a nada. O maior intrumento
de um pesquisador é a "experimentação", que é uma ação premeditada,
com base em algumas hipóteses e de onde se espera ter alguma
perguntas resposndidas. O que vc fez (ou faz) não agrega porra
nenhuma: é uma ato difuso, sem objetivo definido, sem direção,
subjetivo na essência. Algo como "experimentar" um prato diferente.
Tenha certeza que antes de "observar", Newton leu bastante.
Psico> Pois é... Já fui a baile de carnaval no Copacabana Palace,
almoços no Sheraton, reveillon no iate Casablanca, bebi whisk,
cerveja com peixe frito no bar da esquina. Comi 'socialite', doutora,
puta, garotinha e o scambau...! E ainda tive tempo par ler, estudar e
pretender ser simples, humilde.
FSK> E o que a CientiList tem a ver com isso? Uma coisa vc não
aprendeu, traduzida no famoso "cão que ladra não morde". Mostre, não
diga...
Psico> Posso compreender sua arrogância: É jovem, inexperiente. Mas
não queira pisar na minha cabeça, sou mais alto que a Lígia! Uma
pergunta: Sabe dar beijo na boca?
FSK> Posso compreender a tua virulência só lendo a sua msg.
Psico> Por enquanto é isso. Desculpe-me o mal jeito.
FSK> Claro, escreveu tudo isso "sem querer"...
[]s,
Fernando SK.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2002 22:04
-----Mensagem Original-----
De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 8 de Novembro de 2002 12:53
Assunto: Re: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da
Humanidade)
> processamento. Foi isso que causou a revolução da informática, e isso -
com
> raras exceções, que se a gente vasculhar, vai acabar achando - não foi
> previsto pela ficção científica. (Foi você quem citou o Ender's Game, não
> foi? Mas o Ender's Game já é posterior à invenção do microchip e, a
partir
> daí, ficava mais fácil antecipar o que viria.)
Prever o futuro é sempre mais fácil depois que aconteceu. A IBM também
tinha essa informação, e o que eles fizeram?: terceirizaram o departamento
de sistemas operacionais para microcomputadores e deram o controle do DOS
para uma empresa novata... Foi um dos maiores erros estratégicos do século
XX, só comparável à insistência de Henry Ford em produzir um único modelo
de automóvel para todos os consumidores.
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: MSG ao Brudna
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 22:29
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Entendeu?
>
> Ateh,
> Antonio Renato.
Ah.. agora captei... peguei o bonde andando e quis sentar na janela.
:-)
Ateh
Luis Brudna
SUBJECT: Re: MSG ao Brudna
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 23:36
--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luisbrudna@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> > Entendeu?
> >
> > Ateh,
> > Antonio Renato.
>
> Ah.. agora captei... peguei o bonde andando e quis sentar na
janela.
Manuel: Brudna, se fosse nossa intenção estabelecer um racha, ou no
mínimo um mal-estar, eu não o teria convidado para ingressar na
noosfera. Veja o teor da mensagem 18987:
<<Manuel: Acabei de me inscrever e já postei a primeira
mensagem: "Biologia e Psicanálise". Estou esperando vocês por lá, a
Lígia, o Lúcio, o Marco Aurélio, o Takata, o Mesquita (que é craque
em epistemologia), o João Navarro, o José Renato, o Antônio Renato, o
Brudna, etc.>>
Citei você por último só para dar ênfase. A Lígia encabeçou a lista
porque é mulé.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2002 23:55
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
<<... Foi um dos maiores erros estratégicos do século XX, só
comparável à insistência de Henry Ford em produzir um único modelo
de automóvel para todos os consumidores.>>
Manuel: Não só um único modelo como também a mesma cor: preta.
Aconselharam-no a variar ao menos na cor, e Ford recusou.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/11/2002 00:36
On 8 Nov 2002 at 19:50, Manuel Bulcão wrote:
> O problema é ter que aturar a inveja do povo.
Oi Manuel
Vc. realmente me superou. Não sei o que vai ser de minha vida. Eu
pensava que ninguem era mais humilde do que eu (esta frase não é da
madre tereza), mas Vc. me ganhou. Não vale... Não vale...
Bem, acho que eu vou ter que praticar. Encontrei um contrincante à
minha altura. Posso ser teu amigo? Posso jogar no teu campinho?
Quero ser como Vc. quando crescer!!! :P
^.^
Marco Aurelio
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/11/2002 02:00
Muito obrigado pela informaçãoTakata!
Abraço
Carlos Alberto
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 08, 2002 5:51 PM
Subject: [ciencialist] Re: PORCO COM CARA DE GENTE
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> O único caso que conheço de cruzamento entre espécies é a mula com
> o cavalo (devido a pequena diferença em seus cariótipos),
> produzindo o burro. Este é estéril.
Na verdade mula é o resultado do cruzamento da égua com o jumento
(burro) ou do cavalo com a jumenta.
Alguns outros casos de híbridos inter-específicos são o
tileão (ou o tigreão) do cruzamento entre a leoa e o tigre
ou a trigreza e o leão.
Tem tbm o dzô q é o híbrido do iaque com o zebu.
Há os híbridos entre lobos e coiotes.
Normalmente os híbridos são estéreis ou apresentam problemas de
viabilidade. Sempre são resultado do cruzamento entre espécies
próximas.
De fato há a questão do pareamento dos cromossomos, mas mesmo
q. pareassem ha' a questão tbm q os genes (e não apenas os
gênios) devem ser compatíveis: uma proteína não pode interferir
com o bom funcionamento de outra (não pode competir por
substrato, ligar-se à outra proteína, realizar uma reação
contrária e assim por diante). E antes disso há todo um mecanismo
de isolamento chamado pré-zigótico, isto é, q. impede o cruzamento
entre espécies diferentes antes mesmo da formação de um embrião.
Os gametas para se fundirem precisam possuir proteínas de membranas
compatíveis q. permitam o reconhecimento e a penetração do
espermatozóide dentro do gameta feminino.
Abaixo reproduzo uma mensagem da Embrapa comentando a mensagem
postada.
[]s,
Roberto Takata
------------------
Ref: embrapa043/11/vitor
Prezado Senhor Roberto.
>
>Obrigado por procurar a Embrapa Suínos e Aves
>
> Quanto a sua solicitação, informamos que geneticamente não é
possivel
>ocorrer a fecundação entre seres de gêneros diferentes, uma vez
que não existe
>compatibilidade entre os genes para permitir a fertilização e
desenvolvimento
>de um embrião. Como o senhor mesmo relata, oque ocorreu neste
caso é uma
>provável ma formação genética associada a imaginação popular.
Existem diversos
>fatores que podem alterar o desenvolvimento normal do embrião,
gerando seres
>totalmente disformes, muitas vezes com aparência monstruosa, isto
pode ocorrer
>com qualquer espécie de ser vivo. Esperamos Ter atendido de forma
adequada a
>sua solicitação, estamos a seu inteiro dispor para maiores
esclarecimentos
Atenciosamente.
Serviço de Atendimento ao Cidadão
Embrapa Suínos e Aves
Visite a nossa página na Internet, no endereço
«www.cnpsa.embrapa.br»,
onde estão disponibilizadas gratuitamente publicações sobre
suinocultura e
avicultura.
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Solicito um favor aos 'ciencialisteiros'
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/11/2002 05:01
Oi gentem
Creio que alguns listeiros venham acompanhando este 'confronto' entre eu e
o Lúcio. Pelo menos já recebi as opiniões da Lígia e do Marco Aurélio que
apoiam a linha de argumentação do Lúcio.
Existe, em psicologia, o que se denomina 'reação conformista'. Reporta-se a
uma atitude humana de, quando todos afirmam determinado fato tendemos a
aceitá-lo, independentemente da razão apontar em contrário (Posteriormente,
se houver interesse, poderei postar uma 'cola' do experimento laboratorial
que demonstra esta tendência). Como o Lúcio conquistou dois listeiros...
Me senti provocado, fui tomado por emotividade e esta, embota ao
raciocínio.
Entrementes, pelo dito imediatamente acima, gostaria da avaliação de outros
listeiros... Desejaria que seguissem a sequencia abaixo, que reporta as
msgs trocadas entre nós. Em seguida me fizesse a gentileza em responder as
duas seguintes perguntas:
a)Existe alguma incoerência na argumentação que apresento?
b)Lúcio apresentou ou não argumentação 'ad hominem'? (Nesta pergunta
considerar a discussão 'in totum', não somente o exposto nesta)
==Primeira msg==
Lúcio escreveu: Agora, dizer que isto ou aquilo é hipnose na verdade não
explica nada, porque não se dispõe de um modelo que explique
satisfatoriamente o mecanismo da hipnose.
Nota 1)#######>Aqui, o Lúcio diz que "não se dispõe de um modelo que
explique satisfatoriamente o mecanismo da hipnose.", ou não?
Lúcio escreveu: O fenômeno existe, pode ser constatado experimentalmente e
existem técnicas para induzir o transe hipnótico, mas porque essas técnicas
funcionam ainda é um mistério e as teorias vão desde a explicação freudiana,
de que o sujeito projeta o ideal do ego sobre o hipnotizador, até hipóteses
baseadas na neurologia. A verdade é que ninguém sabe direito.
Nota 2)########>Aqui, o Lúcio diz que "A verdade é que ninguém sabe
direito." Queira me corrigir caso esteja enganado: Está se referindo ao que
colocara imediatamente antes, ou seja: "O fenômeno existe, pode ser
constatado experimentalmente e existem técnicas para induzir o transe
hipnótico, mas porque essas técnicas funcionam ainda é um mistério e as
teorias vão desde a explicação freudiana, de que o sujeito projeta o ideal
do ego sobre o hipnotizador, até hipóteses baseadas na neurologia. "
==Segunda msg==
Lúcio escreveu: O reflexo condicionado é uma forma elementar de estado
hipnótico, mas isso não quer dizer grande coisa porque não se conhece os
mecanismos cerebrais envolvidos na formação do reflexo condicionado.
Continuamos andando em círculos, explicando o que não se conhece pelo que se
ignora.
Nota 3)########>Aqui, o Lúcio diz claramente que "não se conhece os
mecanismo cerebrais envolvidos na formação do reflexo condicionado", ou não?
=>Então enviei a msg fazendo exposição sobre a neurofisiologia do reflexo
condicionado, mostrando o equívoco quanto ao não conhecimento que ele
mencionara.
==Terceira msg==
Lúcio escreveu: Quanto às diversas hipóteses, essas são bem conhecidas por
quem acompanha as respectivas áreas: os neurocientistas *sabem direito*
quais são as hipóteses baseadas na neurologia, os psicanalistas *sabem
direito* quais são as hipóteses baseadas na psicanálise. O que não se sabe
direito é quais dessas hipóteses são realmente válidas (se é que alguma é)
pra explicar porque a hipnose funciona.
Nota 4)########>Aqui, o Lúcio diz que "os neurocientistas *sabem direito*
quais são as hipóteses baseadas na neurologia,", ou não?
=>No que entendo ele muda seu discurso inicial de "não se conhece os
mecanismo cerebrais envolvidos na formação do reflexo condicionado"(Notação
3) para "os neurocientistas *sabem direito* " (Notação 4).
########@@@>>Agradeço a atenção em ter-me respondido e espero que
continuemos o debate até que se tenha 'desenrolado' este novelo.
==Quarta msg==
Lúcio escreveu: Antonio, "Nós quem, cara-pálida?" é um lugar-comum, é só um
jeito de falar que saiu de uma piada que se conta a respeito do Zorro e do
Tonto. Lamento que você não conheça a piada. Não tem intenção nenhuma de
provocar ninguém. Mas é curioso que você seja tão sensível a qualquer coisa
que considere uma provocação, considerando que não perde uma oportunidade de
provocar todo mundo em volta com indiretas e alfinetadas irônicas.
########>Lúcio, se eu sou o 'cara-pálida', quem é você? (rsrsrs). Essa
observação foi só para descontrair. Gostaria de chamar a atenção que estamos
discutindo sobre hipnose e reflexo condicionado. A observação acima não é
pertinente, tem outras conotações mas estão fora do contexto da discussão.
Lúcio escreveu: Me parece óbvio que isso significa que explicações possíveis
(teorias e hipóteses significam explicações possíveis, pois não?) existem.
Mas nenhuma delas até agora conseguiu solucionar o enigma a contento, e é
isso, sem tirar nem por, que eu venho dizendo desde a primeira mensagem.
Portanto, não, não mudou o discurso. E se não mudou o discurso, então, sim,
você entendeu errado. Q. E. D.
########>Para saber o que você vem dizendo desde a primeira msg basta
observar as 'notações' numeradas (Deseprezei o "Q.E.D" por desconhecer seu
significado):
1)"não se dispõe de um modelo que explique satisfatoriamente o mecanismo da
hipnose."
2)"A verdade é que ninguém sabe direito."
3)"não se conhece os mecanismo cerebrais envolvidos na formação do reflexo
condicionado"
[Neste ponto enviei msg sobre reflexo condicionado mostrando que existe
conhecimento dos mecanismos envolvidos na formação do reflexo condicionado]
4)"os neurocientistas *sabem direito* quais são as hipóteses baseadas na
neurologia,"
=> E agora retoma: "Mas nenhuma delas até agora conseguiu solucionar o
enigma a contento,".
Então o Lúcio coloca-se numa posição de 'ficar em cima do muro':
Solucionou, mas não foi a contento. Tenta 'sair pela tangente'.
=>Solucionou a contento sim. Creio que tenha lido sobre a formação do
reflexo condicionado, pelo menos aquilo que lhe enviei. Entendo que não
queira se dar por vencido. Mas não me parece uma atitude apropriada à uma
pessoa intelectualizada e/ou madura.
Antonio Renato escreveu:>Se vc simplesmente *ler* a referida msg...
poderemos iniciar a conversar.
Lúcio escreveu: Eu li a referida mensagem, e teria coisas a comentar sobre
ela. Mas não vejo o menor sentido nisso. Prefiro discutir com pessoas que
debatem com argumentos, não com melindres, ataques histéricos e declarações
do tipo eu-sou-fodão-porque-sobrevivi-a-isto-isto-e-mais-aquilo-e-você-?.
#########>Aqui, o Lúcio impõe (Ou tenta impor) uma mudança no rumo da
discussão inicial. Mistura uma msg adicional (MSG ao Lúcio) com aquilo que
vinhamos discutindo (Neurofisiologia do reflexo condicionado e da hipnose).
Gostaria de colocar que 'fodão' não chora, ou então, não é 'fodão'.
Referi-me a uma profunda e significativa experiencia onde corri risco de
vida (Muito embora reconheça não ter entrado em detalhes). Mas parece que
você não dispôs de sensibilidade suficiente para entender.
=>Lúcio, que você prefira discutir com pessoas que concordam com o que você
preconiza, embora não concordando, posso compreender.
Abs.
Antonio Renato.
PS: Hoje é sábado e vou passar um agradável final de semana com a minha
namorada. Na casa dela, em Sepetiba, não temos computador. Até segunda,
amigo 'Tonto'.
SUBJECT: "Ondas cerebrais"
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/11/2002 06:14
Oi Lúcio
Sei que você colocou não querer continuar a discutir, que não vale a pena
discutir comigo. Mas, vou-lhe passar mais algum conhecimento, embora não
tenha encontrado retorno de sua parte: Ainda não me acrescentou nada que eu
já não soubesse.
Sobre 'frequencia das ondas cerebrais':
As ondas observadas através do uso do eletroencefalógrafo se classificam da
seguinte maneira:
- Ondas Delta: de 0,5 a 3,5 ciclos por segundo.
- Ondas Theta: de 4 a 7,5 c.p.s.
- Ondas Alfa: de 8 a 13 c.p.s.
- Ondas Beta: de 14 a 32 c.p.s.
Na atividade registrada pelo referido equipamento pode-se constatar que
determinada onda é substituida por outra, na dependencia de fatores diversos
(Atividade, luminosidade, sensibilidade, sono, etc)
Veja o que você escreveu e, posteriormente, recusou-se a comentar:
"O fato de *você* não saber não implica que outros não saibam. Existem
estudos mostrando a relação entre os estados de transe e a freqüência das
ondas cerebrais (que, normalmente, são beta, mas durante os estados de
transe caem para alfa e às vezes delta), bem como outros que mostram como,
nos estados de transe, diminui a atividade dos córtices pré-frontais, caindo
praticamente a zero durante os transes profundos."
Pergunta: Que significa "caindo praticamente a zero durante os transes
profundos"?
Sugestão de resposta: Pseudo erudição? 'Ad hominem'?
Abs.
Antonio Renato.
PS: Poderia explicar bem melhor... mas não vale a pena por enquanto. Estou
disposto a trocar informações e não, somente ministrá-las.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Solicito um favor aos 'ciencialisteiros'
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/11/2002 11:29
Antonio Renato,
Eu não sei exatamente o que você está pretendendo ao tentar transformar a
Ciencialist em um tribunal, comigo no banco dos réus. Não sei e,
honestamente, não me interessa. Eu não entendo como, nem por quê, você está
transformando o que era uma simples discussão teórica em um caso federal.
Basta repassar a seqüência toda de emails pra ver como a coisa é simples:
1) O Brudna mandou uma mensagem perguntando se a oração (e, imagino, por
extensão, o fervor religioso e o transe dos fiéis) não poderia ser explicada
através da hipnose.
2) Eu respondi que sim, era um tipo de fenômeno hipnótico, mas que isso não
significava muito em termos de explicação porque a hipnose ainda é um
enigma.
3) Você enviou um email afirmando taxativamente que era um caso de reflexo
condicionado e dizendo textualmente que não estava disposto a procurar nos
livros argumentos que sustentassem essa afirmação peremptória.
4) Eu respondi dizendo que existem várias teorias pra explicar o transe
hipnótico, mas que nenhuma delas até agora conseguiu dar conta do fenômeno.
Mencionei de passagem algumas dessas teorias, como a explicação
psicanalítica e hipóteses baseadas na neurologia. Acrescentei que, ao
contrário de você, eu preferia indicar os livros que sustentam o que eu
estava dizendo, e citei dois. Aparentemente, foi aqui que eu toquei em algum
ponto sensível da tua personalidade que, por motivos que só Deus sabe, tende
a se sentir melindrado quando alguém cita os autores nos quais se baseia.
5) A partir daqui, as coisas degringolam, porque você começou a enviar
mensagens agressivas, repletas de argumentações ad hominem, e um email
autobiográfico enorme, violento, cuja linha de argumentação básica, se é que
havia alguma linha de argumentação, parecia consistir em
eu-vivi-coisas-pra-caralho-e-você-não-sabe-nada-da-vida, cuja relação com a
questão da hipnose, que é o que estávamos discutindo, permanece
completamente obscura pra mim, mas deve fazer algum sentido pra você.
6) Eu caí na besteira de responder, em vez de simplesmente ignorar os
emails, o que deu vaza pra que você, mesmo depois de todas as agressões
pessoais, às quais eu estava simplesmente respondendo, pudesse *me* acusar
de estar partindo pra argumentação ad hominem.
Esse é o ponto a que a situação chegou e, no que me diz respeito, é por aqui
mesmo que as coisas vão parar. Ao contrário do que você insinua, eu não
gosto de argumentações ad hominem e faço o possível em qualquer discussão
pra não misturar críticas a idéias com ataques a pessoas - o meu debate com
o Taborda taí mesmo pra quem quiser verificar. Esse circo que você armou já
torrou o meu saco e eu tô deixando o picadeiro. Se quiser continuar "o
confronto", como você chama, vai ficar brigando sozinho, ou com a tua
sombra, que você parece ter projetado em mim. Pra evitar qualquer
possibilidade de eu ser arrastado de novo pra esse triste espetáculo, não
vou nem sequer *ler* o que você escreve - a partir de agora, o teu email
está na minha lista de remetentes bloqueados, de modo que as tuas mensagens
não vão nem mesmo chegar à minha caixa postal. Como disse em um email
anterior, tenho novelos mais interessantes pra desenrolar, discussões a
travar com pessoas que, mesmo quando discordamos veementemente, não costumam
transformar essa discordância em uma guerra pessoal. Discussões, portanto,
que me enriquecem, em vez de me exaurir. Trate, pois, de procurar outro
alvo.
Sds.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/11/2002 13:39
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, November 09, 2002 1:39 PM
Subject: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
>Desisti de tentar me justificar. Agora vou dizer exatamente o que as
pessoas querem ouvir. E vai ser com um megafone bem no pé-do-ouvido,
re re!
Você é mais sábio. Eu ainda tento contra-argumentar e acabo só embolando
mais o meio-de-campo. Faço minhas as palavras do Marco - quando eu crescer,
quero ser que nem você. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/11/2002 13:39
--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Quero ser como Vc. quando crescer!!! :P
Oi Marco,
Desisti de tentar me justificar. Agora vou dizer exatamente o que as
pessoas querem ouvir. E vai ser com um megafone bem no pé-do-ouvido,
re re!
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/11/2002 13:57
Oi Lígia,
> Manuel! Sabe que eu ADORO ler as suas mensagens? Principalmente
> quando você as escreve assim, inspirado! É um deleite à
parte... :))
Manuel: É um elogio para deixar qualquer ciencialisteiro feliz
durante um mês. Obrigado.
SUBJECT: Astrologia Reversa e Panacéia Homeopática
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2002 01:15
[ Ceticismo Aberto atualizado 09.11 ]
>>> Mais
- Teste: Astrologia Reversa
Calcule seu signo solar e data aproximada de nascimento a partir de
suas características para testar a precisão da astrologia.
http://www.ceticismoaberto.kit.net/astroreversa.htm
>>> Mais Humor
- Água Pesada: Panacéia Homeopática?
Nova teoria promete explicar e revolucionar homeopatia
http://www.ceticismoaberto.kit.net/aguapesada.htm
MK
http://ceticismoaberto.cjb.net
SUBJECT: Re: [ciencialist] Solicito um favor aos 'ciencialisteiros'
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2002 02:23
On 9 Nov 2002 at 7:01, antonio.psique@ligbr.com.br wrote:
> Pelo menos já recebi as opiniões da Lígia e do Marco Aurélio que
> apoiam a linha de argumentação do Lúcio.
Antonio
Vou tratar de opinar sobre o que Vc. propôs.
1. Às vezes existe o que eu chamo de imaturidade para discutir.
Quando se discute algo, deve-se ter em mente as ideias e não tanto as
pessoas. Eu cultivo uma atitude que consiste em considerar as ideias
emitidas pelas pessoas como "conhecimento objetivo". Com isso quero
expressar que é um conhecimento que se apartou muitíssimo do
sujeito cognoscente. Assim me sinto em liberdade para até atacar as
ideias que eu julgo que devem ser descartadas. Também me preparo
para ter minhas ideias atacadas. Vantagens: O que se diz não deveria
ferir os autores dos conceitos emitidos. Também sinto que digam o que
digam, minha pessoa está preservada. Nestas mensagens a coisa
descambou das ideias para as pessoas.
2. Esta atitude de considerar o ataque às ideias como ataques ao autor
das mesmas é um sintoma neurótico. Como sintoma neurótico, sempre
causa sofrimento, este induz a uma defeza contra ele. O mecanismo
neurótico em questão se chama introjeção. Considera-se o que está
fora da gente como algo que faz parte da propria pessoa (é um
mecanismo narcisista). Quando se ataca a ideia, a pessoa sente que
se ataca a ela e sente humilhação e reage com odio. Este sentimento
de mal estar pelo ataque se chama ferida ou injuria narcisista. Toda
injuria narcisista provoca raiva. Quando Vc. começa a desfiar o rosario
de suas vivencias passadas, se afasta do tema em questão e passa a
ser centro de tudo. Acabou-se o debate. Aí o Lucio tropeça na tranca e
cai no jogo (é só uma hipótese). Então deixam o assunto de lado
"Cessa tudo o que a antiga musa canta, que um valor mais alto se
lavanta" (Aí, Manuel, aprendi com Vc.). Quem é esse valor? As
pessoas que estão discutindo.
3. A argumentação sua tem que ver com o todo e a parte. O singular e
o geral. Existem muitos fenômenos diferentes que são igualmente
reflexos condicionados. Todos eles compartilham a explicação
etiológica, no entanto existem particularidades que diferenciam uns de
outros. Exemplo: Emitir lágrimas pode ser tanto um reflexo
condicionado como sentir água na boca diante de uma comida
saborosa, do mesmo modo que aumentar a secreção gástrica. No
entanto estes fenômenos, embora respondam igualmente ao
mecanismo do reflexo condicionado, têm particularidades que os
diferenciam uns de outros. Se todos fossem iguais teriam o mesmo
nome. Diríamos, por exemplo: Meus olhos se irritaram e senti água na
boca, porque todos poderiam ser chamados de água na boca. Não
existiriam tantos reflexos condicionados com seus nomes. Tudo seria a
mesma coisa.
O que diferencia um tipo de reflexo condicionado de outro é o
mecanismo intrínseco que gera cada um. Este é sempre diferente.
Embora na hipnose haja um fundo de reflexo condicionado, não se
sabe em quê se diferencia do reflexo da lágrima na sua origem, porque
no resultado, sabemos bem suas diferenças. Se examinássemos a
psicologia do hipnotizado, vemos muitas coisas. A atenção distraída é
só um exemplo. Todas as constatações até agora foram parciais e não
esgotaram a hipnose em sua totalidade.
4. O Lucio não explicou porque a resposta do reflexo condicionado era
inconsistente. Quando uma explicação serve para quase tudo, é
sempre inconsistente para o que necessita uma explicação específica.
Outro exemplo: um sonho é uma realização de desejo, mas, qualquer
ato psíquico é uma realização de desejo. O que torna o sonho único é
ser uma alucinação que se tem durante o sono. A ideia então é ver por
que este desejo tratou de realizar-se num sonho e não em outro ato
psíquico. Dizer simplesmente que um sonho não é nada mais que uma
realização de desejo é o mesmo que dizer que é um sintoma ou que é
uma risada. É uma explicação inconsistente.
Resumo: sugiro a) separar as pessoas de suas ideias; b) tratar de
justificar sempre o que se diz.
Outra coisa: Dizer que o Lucio conquistou-me é referir-se a minha
pessoa e não a minha capacidade de argumentar. Se eu fosse mais
narcisista me afenderia com Vc. Não o faço porque creio que sua
intenção não foi essa (não estou tão seguro do que digo). Poderia dizer
que Vc. me considera um histérico, facilmente vítima da sedução de
Lucio. Como não se trata disso, não entro no mérito do que Vc.
afirmou. Nem sei se pessoalmente o Lucio é mais simpático que Vc.
Minha adesão não é por um mero mecanismo afetivo. Creio que sei
pensar um pouco, não sou tão mongoloide. Veja, que se nós
queremos, podemos até começar uma luta e a discussão científica
termina. Passamos nós a ser as vedetes. Depois, se nos damos conta
da besteira, começamos a rasgar seda para que as coisas não fiquem
tão mal.
Como Vc. pode ver, o sangue não chegou ao rio.
Espero ter contribuido.
Marco Aurelio
Espero haver contribuido.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Solicito um favor aos 'ciencialisteiros'
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2002 02:23
On 9 Nov 2002 at 11:29, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> Eu caí na besteira de responder, em vez de simplesmente ignorar os
> emails, o que deu vaza pra que você, mesmo depois de todas as agressões
> pessoais, às quais eu estava simplesmente respondendo, pudesse *me* acusar
> de estar partindo pra argumentação ad hominem.
Lucio
Evidentemente Vc. tem razão. Sentiu-se picado pela serpente. Doeu e Vc.
teve raiva. A verdade é que quando nosso amigo começou a dizer que ele
era isso e aquilo e que havia vivido tais e quais coisas, ele parecia dizer a
Vc.: "Olha como eu mijo mais longe". Ele se embalou bem com o reflexo
condicionado. Vc. respondeu bem quando disse que a explicação era
inconsistente. Só faltou argumentação. Também o que ocorreu foi um
deslizamento das ideias para a pessoa. Ele fez uma trabalhosa pesquisa
bibliográfica e não suportou sua oposição. Sentiu-se desqualificado. Errou,
Vc. não o desqualificou. Sim o fez com as ideias. Está bem. Ele acusou a
ferida narcisista. Não penso que se deva apelar para as falacias "ad
hominem". O "hominem" em questão são vocês. Passaram a ser centro da
discussão e não as suas ideias. Não acuso (palavra horrível) nehum dos
dois. Estas coisas acontecem e são boas para conversar sobre elas . A
gente termina melhorando. Não nego que gosto mais do seu estilo mais
sofisticado de responder. Também sinto admiração pelo empenho e esforço
do Antonio. Eu o vejo como um lutador que está conquistando uma
habilidade. Gosto de ter gente assim como vocês numa lista. É estimulante.
Sinto-me mais livre para dizer coisas. Paro por aqui. Espero não haver
começado a dizer besteiras, o que fatalmente acontecerá se esta msg se
torna mais longa.
Abração
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2002 11:23
Oi dileto Takata
Vc não fica curioso relativamente a esta assunto?
Veja bem: Houveram vários casos divulgados pela imprensa de filhotes de
porco com aparencia humana. Fora aqueles que não foram divulgados.
Não tenho conhecimento, nunca observei, mas tudo faz crer que tenham as
mesmas características, que as pessoas identificam como humanas.
Será que não seria conveniente fazer-se uma bateria de exames
laboratoriais, tipo cariótipo, DNA, e outros que vc sabe e eu não? Será que
ninguém teve esta idéia? Será que não seria do interesse de alguma
universidade fazer esta investigação?
Afinal, seria uma anomalia genética ou congênita? Os exames de laboratório
poderiam esclarecer este ponto.
Não sendo genético, qual fator influiu na teratogênese? Uma bactéria, um
vírus, alguma medicação ministrada na porca, dieta alimentar... Enfim, qual
a causa?
O que 'a embrapa' alega ("Imaginação popular") não me fatisfez.
Permanece a dúvida. Inda bem que não é dívida.
Abraços e obrigado pelos esclarecimentos que trouxe.
Antonio Renato.
== MSG original ==
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> O único caso que conheço de cruzamento entre espécies é a mula com
> o cavalo (devido a pequena diferença em seus cariótipos),
> produzindo o burro. Este é estéril.
Na verdade mula é o resultado do cruzamento da égua com o jumento
(burro) ou do cavalo com a jumenta.
Alguns outros casos de híbridos inter-específicos são o
tileão (ou o tigreão) do cruzamento entre a leoa e o tigre
ou a trigreza e o leão.
Tem tbm o dzô q é o híbrido do iaque com o zebu.
Há os híbridos entre lobos e coiotes.
Normalmente os híbridos são estéreis ou apresentam problemas de
viabilidade. Sempre são resultado do cruzamento entre espécies
próximas.
De fato há a questão do pareamento dos cromossomos, mas mesmo
q. pareassem ha' a questão tbm q os genes (e não apenas os
gênios) devem ser compatíveis: uma proteína não pode interferir
com o bom funcionamento de outra (não pode competir por
substrato, ligar-se à outra proteína, realizar uma reação
contrária e assim por diante). E antes disso há todo um mecanismo
de isolamento chamado pré-zigótico, isto é, q. impede o cruzamento
entre espécies diferentes antes mesmo da formação de um embrião.
Os gametas para se fundirem precisam possuir proteínas de membranas
compatíveis q. permitam o reconhecimento e a penetração do
espermatozóide dentro do gameta feminino.
Abaixo reproduzo uma mensagem da Embrapa comentando a mensagem
postada.
[]s,
Roberto Takata
------------------
Ref: embrapa043/11/vitor
Prezado Senhor Roberto.
>
>Obrigado por procurar a Embrapa Suínos e Aves
>
> Quanto a sua solicitação, informamos que geneticamente não é
possivel
>ocorrer a fecundação entre seres de gêneros diferentes, uma vez
que não existe
>compatibilidade entre os genes para permitir a fertilização e
desenvolvimento
>de um embrião. Como o senhor mesmo relata, oque ocorreu neste
caso é uma
>provável ma formação genética associada a imaginação popular.
Existem diversos
>fatores que podem alterar o desenvolvimento normal do embrião,
gerando seres
>totalmente disformes, muitas vezes com aparência monstruosa, isto
pode ocorrer
>com qualquer espécie de ser vivo. Esperamos Ter atendido de forma
adequada a
>sua solicitação, estamos a seu inteiro dispor para maiores
esclarecimentos
Atenciosamente.
Serviço de Atendimento ao Cidadão
Embrapa Suínos e Aves
Visite a nossa página na Internet, no endereço
«www.cnpsa.embrapa.br»,
onde estão disponibilizadas gratuitamente publicações sobre
suinocultura e
avicultura.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Comentário em MSG ao Lúcio p/Psic
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2002 11:24
Oi Fernando
Meu nome é Antonio Renato (Antonio sem assento circunflexo. Sou descendente
de portugueses e a intenção seria colocar o nome 'António').
Fico feliz em saber que se mobilizou com o conteúdo de minha msg dirigida
ao Lúcio.
A vida é assim, cada um tem uma experiencia própria, individualizada. A
troca de informações traz aumento no universo intelectual. Espero que
compreenda.
Abraços.
Antonio Renato.
== MSG original ==
Antônio Psico,
Apesar de (ainda) não ter recebido uma msg sua com meu nome no
título, fico impressionado com o conteúdo de msgs como essa. Já que é
pública, vou me meter.
Psico> Não dediquei ... comer lixo.E vocês me vem falar sobre fome?
HAHAHAHA!!! Que sabem disso?!
FSK> Incrível. Sabe como eu descobri que fogo queima e provoca dor?
Uma vez estava com frio e me atirei numa lareira. Quero ver vc falar
de fome qdo estiver todo queimado. Já em outra vez, quando me senti
deprimido, procurei um psiquiatra.
Psico> Queria ver você Lúcio, como se sairia com seu palavrório num
gueto onde se entende somente a liguagem que flui pela boca do cano
de um fuzil. Queria ver se faria, como eu fiz, ao ter na cabeça
encostada uma pistola nove milímetros engatilhada desafiar: Atira!!!
E o bandido colocar sua arma na cintura e sair andando debaixo das
risadas de outros vagabundos... Me vieram as lágrimas enquanto
escrevo.
FSK> Particularmente, fujo de guetos. Premeditadamente, aliás. Sobra
mais tempo prá estudar, ler e coisas assim. Também acho que há
outros "experimentos" tão intensos quanto, mas que eu considero mais
produtivos. Ou melhor, mais contrutivos. E de fato, um estilo mais
tosco e agressivo é bem mais adequado em locais toscos e agressivos.
Queria ver vc respondendo perguntas de uma platéia especializada.
Psico> Queria ver você colocar o cú na seringa, a própria vida em
risco para saber do animal que existe dentro de você mesmo. A 'besta
humana', o animal que está destruindo o Planeta! O maior instrumento
de um pesquizador é a *simples observação*. Leu sobre 'reflexos
condicionados'? Pavlov simplesmente observou. E Newton? Idem.
Certamente se ficassem 'observando' livros nas prateleiras de uma
biblioteca não teriam chegado as propostas que legaram à humanidade.
FSK> Tsc, tsc, de jeito nenhum. O ato de "observar" é passivo por
definição. A "simples observação" não leva a nada. O maior intrumento
de um pesquisador é a "experimentação", que é uma ação premeditada,
com base em algumas hipóteses e de onde se espera ter alguma
perguntas resposndidas. O que vc fez (ou faz) não agrega porra
nenhuma: é uma ato difuso, sem objetivo definido, sem direção,
subjetivo na essência. Algo como "experimentar" um prato diferente.
Tenha certeza que antes de "observar", Newton leu bastante.
Psico> Pois é... Já fui a baile de carnaval no Copacabana Palace,
almoços no Sheraton, reveillon no iate Casablanca, bebi whisk,
cerveja com peixe frito no bar da esquina. Comi 'socialite', doutora,
puta, garotinha e o scambau...! E ainda tive tempo par ler, estudar e
pretender ser simples, humilde.
FSK> E o que a CientiList tem a ver com isso? Uma coisa vc não
aprendeu, traduzida no famoso "cão que ladra não morde". Mostre, não
diga...
Psico> Posso compreender sua arrogância: É jovem, inexperiente. Mas
não queira pisar na minha cabeça, sou mais alto que a Lígia! Uma
pergunta: Sabe dar beijo na boca?
FSK> Posso compreender a tua virulência só lendo a sua msg.
Psico> Por enquanto é isso. Desculpe-me o mal jeito.
FSK> Claro, escreveu tudo isso "sem querer"...
[]s,
Fernando SK.
SUBJECT: Adeus
FROM: antonio.psique@ligbr.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2002 11:27
Oi 'ciencialisteiros'
Foi uma grande e singnificativa experiência poder debater com
"todos vocês".
Ainda tenho arquivado textos muito interressantes que aqui coli.
Um grande abraço.
Antonio Renato.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Solicito um favor aos 'ciencialisteiros'
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/11/2002 15:49
----- Original Message -----
From: Marco A. Andrade
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, November 10, 2002 2:23 AM
Subject: Re: [ciencialist] Solicito um favor aos 'ciencialisteiros'
>Evidentemente Vc. tem razão. Sentiu-se picado pela serpente. Doeu e Vc.
teve raiva. A verdade é que quando nosso amigo começou a dizer que ele
era isso e aquilo e que havia vivido tais e quais coisas, ele parecia dizer
a
Vc.: "Olha como eu mijo mais longe". Ele se embalou bem com o reflexo
condicionado. Vc. respondeu bem quando disse que a explicação era
inconsistente. Só faltou argumentação. Também o que ocorreu foi um
deslizamento das ideias para a pessoa. Ele fez uma trabalhosa pesquisa
bibliográfica e não suportou sua oposição. Sentiu-se desqualificado. Errou,
Vc. não o desqualificou. Sim o fez com as ideias. Está bem. Ele acusou a
ferida narcisista. Não penso que se deva apelar para as falacias "ad
hominem". O "hominem" em questão são vocês. Passaram a ser centro da
discussão e não as suas ideias. Não acuso (palavra horrível) nehum dos
dois. Estas coisas acontecem e são boas para conversar sobre elas . A
gente termina melhorando. Não nego que gosto mais do seu estilo mais
sofisticado de responder. Também sinto admiração pelo empenho e esforço
do Antonio. Eu o vejo como um lutador que está conquistando uma
habilidade. Gosto de ter gente assim como vocês numa lista. É estimulante.
Sinto-me mais livre para dizer coisas. Paro por aqui. Espero não haver
começado a dizer besteiras, o que fatalmente acontecerá se esta msg se
torna mais longa.
Salve, Marco!
É bom saber que, quando os ânimos se inflamam, têm pessoas que conservam a
serenidade e uma perspectiva menos passional das coisas. Como você, eu
também faço o possível pra debater as idéias, não as pessoas. O problema é
que, quando alguém golpeia abaixo da cintura, eu reajo primeiro e penso
depois. Deve ser esse meu temperamento ariano. ;-) Me arrependi amargamente
de ter me deixado arrastar quando o Antonio levou a questão pro terreno
pessoal. Criou um estresse desnecessário, não só pra mim (e presumo que pra
ele), como também pros outros listeiros, que não têm porque se interessar
por essas querelas pessoais. Não acho que seja coincidência que o número de
mensagens na lista nos últimos dois dias tenha caído tanto. Lamento por
isso. Deveria ter ficado quieto e não reagido à provocação. Em boca fechada
não entra mosquito. ;-) Assim, só me resta pedir desculpas a todos, não por
ter iniciado essa confusão toda, que eu não iniciei, mas por tê-la
alimentado, quando eu poderia ter simplesmente calado a boca. Espero que não
demore pros debates se reiniciarem por aqui com o mesmo pique que antes.
Abração
L.
SUBJECT: Clube dos Intelectuais Kick-boxers
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2002 17:35
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> Me arrependi amargamente de ter me deixado arrastar quando o
Antonio levou a questão pro terreno pessoal. Criou um estresse
desnecessário, não só pra mim (e presumo que pra ele), como também
pros outros listeiros, que não têm porque se interessar por essas
querelas pessoais.
Manuel: Sinceramente, eu até que estava gostando da briga. Tava
ficando tão animado... fiquei mesmo com vontade de fundar o "Clube
dos Intelectuais Kick-boxers" com site na internet e lista de
discussão na Yahoogroups. Que acham? Todo mês elegeremos o mais
brilhante argumentum ad hominem, concedendo ao seu criador o
prêmio "Colhões de Ouro". Serviria ao menos para uma coisa: catarse.
A proposta está lançada.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/11/2002 21:02
Ola pessoal e especialmente Arcange,
eu estou viajando muito e acabo usando diversos computadores para me
conectar, o que me faz perder algumas mensagens. Mas guardei bem na cabeca o
seu mail onde voce cita uma pesquisa que afirma que nao ha um padrao mundial
de beleza, o que voce considera um "argumento definitivo" sobre o assunto e
o encerra. Eu gostaria de dizer o seguinte:
1. Definitivo, nem nas Exatas voce encontra com facilidade, o que dizer nas
Humanas.
2. Eu, e acho que todos, adorariamos fazer uma pesquisa viajando pelo mundo
em busca de evidencias de um padrao mundial de beleza no ser humano. Mas
acho que nao precisamos sair de casa para apontar um: a juventude. Gostaria
que voce ou alguem me citasse uma sociedade qualquer no mundo em qualquer
tempo que considere as velhas, velhinhas, idosas como o padrao de beleza da
sua etnia, raca ou grupamento social, em detrimento das mocas mais jovens.
Acho que ninguem jamais foi preso por "velhofilia". Algum site na Internet
sobre o assunto? Troca de fotos de velhinhas nuas? Alguma faz plastica para
colocar rugas no rosto, baixar os seios?
3. O seu pesquisador nao achou um padrao porque nao o procurou debaixo de
suas barbas. Ele saiu para nao encontrar. As pesquisas do pessoal das
Humanas partem normalmente do principio da nao influencia do biologico nas
questoes do comportamento humano. Entao...
4. Devemos tentar acreditar mais no simples, no obvio, no facilmente
constatavel do que no que rezam os autores das Humanas. Alguem que nao me
lembro disse ha muitos anos atras: "Eu acredito que a Terra eh redonda
porque vi a projecao de sua sombra na Lua. Prefiro acreditar no que vejo do
que o que me diz a Igreja".
Um abraco,
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/11/2002 21:03
Ola pessoal e especialmente Arcange,
eu estou viajando muito e acabo usando diversos computadores para me
conectar, o que me faz perder algumas mensagens. Mas guardei bem na cabeca o
seu mail onde voce cita uma pesquisa que afirma que nao ha um padrao mundial
de beleza, o que voce considera um "argumento definitivo" sobre o assunto e
o encerra. Eu gostaria de dizer o seguinte:
1. Definitivo, nem nas Exatas voce encontra com facilidade, o que dizer nas
Humanas.
2. Eu, e acho que todos, adorariamos fazer uma pesquisa viajando pelo mundo
em busca de evidencias de um padrao mundial de beleza no ser humano. Mas
acho que nao precisamos sair de casa para apontar um: a juventude. Gostaria
que voce ou alguem me citasse uma sociedade qualquer no mundo em qualquer
tempo que considere as velhas, velhinhas, idosas como o padrao de beleza da
sua etnia, raca ou grupamento social, em detrimento das mocas mais jovens.
Acho que ninguem jamais foi preso por "velhofilia". Algum site na Internet
sobre o assunto? Troca de fotos de velhinhas nuas? Alguma faz plastica para
colocar rugas no rosto, baixar os seios?
3. O seu pesquisador nao achou um padrao porque nao o procurou debaixo de
suas barbas. Ele saiu para nao encontrar. As pesquisas do pessoal das
Humanas partem normalmente do principio da nao influencia do biologico nas
questoes do comportamento humano. Entao...
4. Devemos tentar acreditar mais no simples, no obvio, no facilmente
constatavel do que no que rezam os autores das Humanas. Alguem que nao me
lembro disse ha muitos anos atras: "Eu acredito que a Terra eh redonda
porque vi a projecao de sua sombra na Lua. Prefiro acreditar no que vejo do
que o que me diz a Igreja".
Um abraco,
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/11/2002 21:33
Ah! Em adendo ao meu ultimo email, embora desnecessario fosse a tao sapiente
lista: por que razao biologica preferimos as mulheres mais jovens aas mais
velhinhas? Pelo evidente fato das mais jovens terem maior capacidade
reprodutiva. Isso as tornam mais belas, mais desejaveis aos nossos olhos
voluveis. Vovós contam historias, nao engravidam.
Mais abracos,
Antonio Castro
SUBJECT: a tempestade
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/11/2002 22:52
Caros listeiros do Rio,
estou vendo da minha janela, agora as 22.50, o que pode ser o comeco de uma das maiores tempestades que ja vivemos. Em 30 anos morando na Francisco Otaviano (rua que liga a praia de Ipanema a praia de Copacabana), nunca vi um vento que soprasse areia pela rua e ate o 3o andar onde moro.
Vamos ver.....
Abraco tempestuoso,
Antonio Castro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] a tempestade
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/11/2002 22:56
----- Original Message -----
From: antonio castro
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, November 10, 2002 10:52 PM
Subject: [ciencialist] a tempestade
>estou vendo da minha janela, agora as 22.50, o que pode ser o comeco de uma
das maiores tempestades que ja vivemos. Em 30 anos morando na Francisco
Otaviano (rua que liga a praia de Ipanema a praia de Copacabana), nunca vi
um vento que soprasse areia pela rua e ate o 3o andar onde moro.
Pois é, Antonio, também tô de olho nisso. Faz pouco mais de um mês, deu uma
tempestade dessas e arrancou árvores, estourou o vidro dos prédios, fez o
diabo. Tenha medo, tenha muito medo... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] a tempestade
FROM: Daniel Leal Freire <daniellf@highway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2002 23:57
Antonio,
Faço suas minhas palavras. Sou seu vizinho (moro na Bulhoes) e aqui a coisa
também está feia. Mas pense pelo lado positivo: a chuva pode evitar um
racionamento de água.
Deus deve estar chateado com algum morador carioca e resolveu mandar a
chuva. Léo, isso é obra sua?
[ ]´s
Daniel
At 22:52 10/11/2002 -0200, you wrote:
>Caros listeiros do Rio,
>
>estou vendo da minha janela, agora as 22.50, o que pode ser o comeco de
>uma das maiores tempestades que ja vivemos. Em 30 anos morando na
>Francisco Otaviano (rua que liga a praia de Ipanema a praia de
>Copacabana), nunca vi um vento que soprasse areia pela rua e ate o 3o
>andar onde moro.
>
>Vamos ver.....
>Abraco tempestuoso,
>Antonio Castro
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
>---
>Incoming mail is certified Virus Free.
>Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
>Version: 6.0.417 / Virus Database: 233 - Release Date: 8/11/2002
_______________________________________
|Daniel Leal Freire
|daniellf@highway.com.br
|http://www.geocities.com/dfreirebr/
|"Imagination is more important than knowledge"
----------
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.417 / Virus Database: 233 - Release Date: 8/11/2002
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] a tempestade
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 00:36
Chuva demais não significa água em abundância. De fato, o sistema de
distribuição pode ficar paralizado com água demais, cisternas podem se
romper, o sistemas de esgoto pode entupir, etc. Isso sem falar no risco de
interrupção de fornecimento de energia...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 10 de Novembro de 2002 23:57
Assunto: Re: [ciencialist] a tempestade
Antonio,
Faço suas minhas palavras. Sou seu vizinho (moro na Bulhoes) e aqui a coisa
também está feia. Mas pense pelo lado positivo: a chuva pode evitar um
racionamento de água.
Deus deve estar chateado com algum morador carioca e resolveu mandar a
chuva. Léo, isso é obra sua?
[ ]´s
Daniel
At 22:52 10/11/2002 -0200, you wrote:
>Caros listeiros do Rio,
>
>estou vendo da minha janela, agora as 22.50, o que pode ser o comeco de
>uma das maiores tempestades que ja vivemos. Em 30 anos morando na
>Francisco Otaviano (rua que liga a praia de Ipanema a praia de
>Copacabana), nunca vi um vento que soprasse areia pela rua e ate o 3o
>andar onde moro.
>
>Vamos ver.....
>Abraco tempestuoso,
>Antonio Castro
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
>---
>Incoming mail is certified Virus Free.
>Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
>Version: 6.0.417 / Virus Database: 233 - Release Date: 8/11/2002
_______________________________________
|Daniel Leal Freire
|daniellf@highway.com.br
|http://www.geocities.com/dfreirebr/
|"Imagination is more important than knowledge"
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####
Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: [ciencialist] a tempestade
FROM: Daniel Leal Freire <daniellf@highway.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 00:40
At 00:36 11/11/2002 -0200, you wrote:
>Chuva demais não significa água em abundância. De fato, o sistema de
>distribuição pode ficar paralizado com água demais, cisternas podem se
>romper, o sistemas de esgoto pode entupir, etc. Isso sem falar no risco de
>interrupção de fornecimento de energia...
>
>[ ]s
>
>
>Alvaro Augusto
Alvaro,
Apenas acho q o copo está meio cheio e nao meio vazio. Tudo tem seus prós e
contras. :)
[ ]´s
_______________________________________
|Daniel Leal Freire
|daniellf@highway.com.br
|http://www.geocities.com/dfreirebr/
|"Imagination is more important than knowledge"
----------
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.417 / Virus Database: 233 - Release Date: 8/11/2002
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Solicito um favor aos 'ciencialisteiros'
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 00:59
On 10 Nov 2002 at 15:49, Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> Assim, só me resta pedir desculpas a todos, ...
Oi Lucio
Louvo sua valentia. Como disse, o sangue não chegou ao rio. Tudo
bem, vamos em frente.
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 03:15
----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 08, 2002 7:40 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist
Afora isso, gosto de fazer o contraponto com a
> finalidade de estimular o debate, e nem sempre consigo ser bem
interpretado
> nessa postura. Não é exatamente o seu caso, pois quero crer que a sua
> mensagem está muito bem dosada a respeito, talvez até melhor do que a
minha
> anterior, mas digo isso para que outros percebam que é possível cutucar
sem
> ferir, provocar sem chamar para a briga etc.
---
Resumindo: É... você é igual a mim. É do-contra e espírito-de-porco.
---
>
>
> Mas ninguém está pretendendo criar uma ciência do todo. Sim, é verdade,
> existem os defensores das teorias gerais dos sistemas que aproximam-se
> disso, e a visão de Popper tem muito a ver com essa idéia. Mas lembro que
> essa é uma caracterização metodológica. Ou seja, quem segue essa linha
adota
> e/ou acredita numa postura metodológica única, mas em nenhum momento
afirma
> que os objetos de estudo são todos iguais e/ou que teriam uma base comum
> (tijolos do universo = átomos de Demócrito). É claro que também não se
> exclui totalmente a idéia de um retorno a um atomismo no estilo de
Demócrito
> (Newton por vezes assumiu essa idéia) associado ao materialismo
mecanicista
> dos físicos do século XIX e anteriores. Modernamente existem aqueles que
> acreditam em teorias do tudo, e que seriam as versões atualizadas do
> materialismo mecanicista, mas esse é um outro assunto, por demais complexo
> por sinal.
>
> Não obstante, mesmo que consiga-se comprovar a unicidade do método e/ou
que
> alguma dentre essas teorias do tudo consigam "emplacar", isso não
promoverá
> nenhum racha nas unidades administrativas universitárias referidas por
> Popper, mesmo porque a especialização é uma necessidade individual e
social
> e não apenas universitária. Ninguém consegue dominar todos os assuntos.
> Quando digo que "a ciência não tem fronteiras a separarem-na em setores"
> estou simplesmente dizendo que um cientista não deve ser menosprezado por
> seus colegas quando se intromete em uma área para a qual não foi titulado.
> Mesmo porque, se você for pesquisar a história das ciências, perceberá que
a
> grande maioria das revoluções científicas foram deflagradas por idéias
> advindas de conceitos estabelecidos por indivíduos de outras áreas.
----
Essa questão é recorrente em todo e-mail. Vou comentar aqui, mas serve para
outras "partes". No começo, pode parecer que estou em digressão, mas é uma
explicação pré-condicionante.
Existem duas posições possíves diante da realidade.
1-) Existe uma realidade ontológica externa ao homem que se manifesta a ele
através de fenômenos que esse mesmo homem interpreta pelos sentidos e pela
inteligência. Essa opção é a mais intuitiva e, provavelmente, a mais aceita
pela população em geral: não só por cientistas, mas de todos.
2-) Não existe uma realidade ontológica. Toda realidade é fenomenológica e
inequivocamente só tem existência dentro da percepção humana. Essa opção é
uma derivação do Idealismo Filosófico Alemão. É contra-intuitiva e pouca
gente me parece seguí-la.
a-) O primeiro grupo entende a ciência de uma forma, digamos, Einsteiniana
e,
porque não dizer, semi-positivista. Ele acredita que existe uma realidade
ontológica externa; acredita que a função da ciência é tentar - mesmo que
não seja possível - chegar a essa realidade; acredita que o processo de
evolução a essa realidade é um progresso (Progresso da ciência, não
necessariamente da humanidade. Não confundir: o progresso da ciência pode
trazer retrocesso à humanidade); acredita que essa realidade é única e
consistente; e, muitas vezes, acredita que essa realidade pode ser descrita
matematicamente.
Eu chamo de posição Eisteniana porque ele é, possivelmente, o mais famoso
proponente desse tipo de abordagem. Veja só algumas frases dele que andei
catando:
"Existe uma coisa que uma longa existência me ensinou: toda a nossa ciência,
comparada à realidade, é primitiva e inocente; e portanto, é o que temos de
mais valioso." - Interpetação: ele contrapõe ciência enquanto interpretação
fenomenológica à "realidade" enquanto existencia ontológica.
"Ainda acredito na possibilidade de construirmos um modelo da realidade." -
Interpretação: que a realidade é única, consistente e que pode ser descrita
matematicamente. (obs: algumas pessoas podem pensar que 'modelo de
realidade' diz respeito a coisas mais sócio-culturais. É verdade. Esse
objeção fica em aberto.)
"O mais incompreensível do mundo é que ele seja compreensível." -
Interpretação: a realidade pode ser descrita matematicamente sem
inconsistências.
"A matemática não mente, mente quem faz mau uso dela." - Interpretação: a
matemática não apresenta inconsistências.
"Sem a convicção de uma harmonia íntima do Universo, não poderia haver
ciência. Esta convicção é, e continuará a ser, a base de toda a criação
científica. Em toda a extensão de nossos esforços, nas lutas dramáticas
entre as velhas e as novas concepções, entrevemos a ânsia eterna de
compreensão, a intuição inabalável da harmonia universal, que se robustece
na própria multiplicidade dos obstáculos que se oferecem ao nosso
entendimento." - Essa é uma das melhores. Interpretação: por 'harmonia
íntima' sugere-se consistencia, unicidade e possibilidade de descrição
matemática. Por "lutas dramáticas entre as velhas e as novas concepções"
entendemos uma "evolução" positivista rumo à "Verdade"
"Tenho pouco contato com as pessoas. Não sou muito sociável. Quero minha
paz. O que desejo saber realmente é como Deus criou este Universo. Não estou
interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele
elemento. Interessa-me vitalmente conhecer os pensamentos de Deus; o resto
são detalhes." - Interpretação: busca da realidade ontológica em detrimento
da análise fenômenológica.
"No esforço para compreender a realidade, somos como um homem tentando
entender o mecanismo de um relógio fechado. Ele vê o mostrador e os
ponteiros, ouve o seu tique-taque, mas não tem meios para abrir a caixa. Se
ele for perspicaz, poderá imaginar uma explicação para o mecanismo de
funcionamento do relógio. Mas nunca estará completamente seguro de que sua
explicação seja a verdadeira, até porque, certamente, não seja a única". -
Para mim, essa é a melhor frase dele, porque sintetisa tudo. Interpretação:
o mostrador e os ponteiros são a realidade fenomenológica. O mecanismo
interno é a realidade ontologica. Ainda por mecanismo, sugere-se
consistencia no funcionamento e unicidade.
"Deus é a lei e o legislador do Universo" - Interpretação: universo
consistente e único.
b-) O segundo tipo de gente vê a realidade apenas como fenômeno e
interpretação. Ele não acredita em mecanismos 'subfenomenológicos'. A
concepção da realidade - ou, dos modelos de realidade - está intrinsecamente
ligada à estrutura interpretativa relevante e somente a ela. A própria
natureza da realidade reside na sua interpretação e, por extensão, nos
mecanismos ou estruturas que viabilizam essa interpretação. (Não sei se
estou sendo claro...) Não há uma "verdade final", uma "estrutura do
universo" a ser perseguida. Há somente interpretações diferentes. Nenhuma é
melhor que a outra, logo, não há a "evolução positivista" em que o primeiro
grupo - às vezes, sem saber - acredita. É algo mais parecido com um
'processo' do que com uma 'evolução'. (A "aparência" de evolução está no
fato de que, no decorrer do processo, o número de interpretações aumenta,
abarcando contingentes mais amplos do espectro da realidade. Isso é: há uma
diversificação das interpretações, e não uma 'melhoria' delas.)
Bem, e o que isso tem a ver com a divisão "artificial" das ciências ?
Considerando o segundo ponto de vista, não existe uma realidade real, total,
consistente. Não existe uma realidade ontológica. Existe somente a
interpretação e, por exensão, os mecanismos e estruturas que viabilizam essa
interpretação. Mecanismos esses que podem ser muitas coisas: o senso comum,
os sentidos, e também a ciência.
Tentando ser mais claro: os preconizadores do primeiro ponto de vista
concebem uma realidade 'real' - ontológica - única e consistente que,*apenas
por academicismo*, é dividida para que melhor possamos estudá-la. A divisão,
para o pessoal do primeiro grupo, é só um "artifício técnico". É uma divisão
arbitrária e artificial. É só uma maneira de tentar viabilizar o estudo de
uma realidade que, na verdade, é uma realidade *sem fronteiras*.
Para o pessoal do segundo grupo a coisa muda de figura. Enquanto o pessoal
do primeiro grupo concebe 'a priori' que a realidade é única e consistente
(apenas artificialmente dividida pelas ciências por academicismo), o pessoal
do segundo grupo concebe a priori o contrário: que a realidade - isso é: as
interpretações - é múltipla e essas múltiplas partes são inconsistentes
entre si. (Porque as interpretações são inconsistentes entre si.)
Para o pessoal do segundo grupo, a divisão não é 'artificial'. É necessária.
Quando digo necessária, não digo em termos 'técnicos' ou acadêmicos, mas em
termos da própria estrutura da realidade fenomenológica. A divisão não é uma
coisa meramente acadêmica. É a própria natureza da realidade que está
fragmentada enquanto interpretação fragmentada! É exatamente por isso que a
ciencia deve ser fragmentada.
Não existe realidade fora da interpretação, logo, considerando a ciência uma
'interpretação', ela, em si e por si, já é a própria realidade. O próprio
*modelo do real* define o real. Uma divisão aparentemente artificial como
'química' é uma divisão que define toda interpretação vigente dos fenômenos
correlatos. A ciência química, para esse segundo grupo, por si e em si, já
define sua própria realidade e, por extensão, seus limites. (Já que a
química define seus limites por definição.)
Antes que esse pequeno texto seja mal entendido, eu não estou querendo dizer
que a "realidade" é dividida em química, física e biologia atavicamente. Se
eu dissesse isso, eu estaria outorgando um caráter ontológico a ela, isso é:
estaria defendendo que a realidade existe *fora* da interpretação humana e
que tem uma natureza prévia. Não é disso que se trata. A *natureza da
realidade* está na *construção* da interpretação, isso é: só existe dentro
do homem, enquanto ser pensante/perceptivo.
Talvez, se o homem conseguisse construir um modelo que abarcasse TODA
realidade, na prática, não existira diferença entre um grupo e outro. (As
diferenças seriam teóricas: o primeiro grupo pensaria que o modelo é reflexo
de uma realidade mais fundamental. O segundo grupo ignoraria esse fato e se
contentaria em conceber a realidade apenas como o modelo em si e não um
reflexo de uma pretensa 'estrutura do universo'). O problema é que, na
prática, AMBOS os grupos sabem que isso não é possível. AMBOS os grupos
sabem que a realidade deve ser divida porque o homem não tem capacidade de
criar um modelo geral (apesar das inúmeras tentativas.). O primeiro grupo
concebe essa divisão como um 'artifício técnico-acadêmico' para tentar
entender a ontologia do universo. O segundo grupo concebe essa divisão - por
conta dos seus mecanismos interpretativos - como a própria natureza da
realidade.
Por fim, essa é uma questão de ponto de ponto de vista filosófico. Eu tenho
meus motivos para considerar o segundo ponto de vista mais acertado, como a
falencia explícita do formalismo matemático. Alias, alguns desses motivos
foram expostos na missiva anterior: incompletude de álgebra de Peano,
fenômeno das propriedades emergentes, etc. É claro que esses motivos não são
derradeiros e qualquer uma das duas opções é ainda plausível.
E por fim, não sei se fui claro. Acho que o texto ficou redundante e, não
mesmo tempo, confuso e obscuro. Tentei me expressar da melhor maneira que
pude.
---
>
> Eu tenho a impressão que estamos empregando a expressão dedução com
> significados diferentes, se bem que aparentados. Aliás, é muito comum
> confundirem dedução com dedução matemática ou outras coisas similares. A
> dedução a que me refiro seria a dedução de hipóteses. "Hipóteses são
> enunciados particulares correspondentes a um dado fenômeno observado e,
> portanto, mais geral. Por exemplo, Galileu, ao "visualizar" (intuição) a
> inércia circular para todos os corpos (caso geral), *deduziu* a hipótese
de
> que os corpos terrestres (caso particular) tendiam ao repouso graças ao
> atrito." Esse trecho entre aspas eu retirei do artigo "A práxis
científica",
> que pode ser lido em http://ecientificocultural.com/ECC2/FilCien/cap03.htm
---
Nós estamos empregando no mesmo sentido sim. Só que estou dando um passo
além no sentido.
É claro que a dedução diz respeito à tranferência de características todo
para um fenômeno particular. Disso todo mundo sabe. Entretando, às vezes,
essa transferência não é automática.
O que eu quero dizer é que, às vezes, na teorização do comportamento geral,
ficam-se subentendidas certas prerrogativas que acabam ficando obscurecidas
e desconhecidas. Nesse caso, a dedução metodológica se dá, não somente com a
transferência do geral para o particular, mas com o isolamento da
prerrogativa relevante ao caso particular que, muitas vezes, não está
explícita no caso geral. Quando isso ocorre, a ilusão que se tem é a de que
algo novo foi descoberto. Mas é claro que é uma ilusão: o sujeito já estava
incluído no predicado e, quando houve a dedução metodológica, o processo de
desdobramento sujeito/predicado exclicitou uma característica que estava
escondia.
Aí sim, usa-se a dedução matemática como você acertadamente observou. É um
processo análogo dos juízos analíticos de Kant. Nesse caso, toda dedução
metodológica passa inexoravelmente por uma dedução matemática.
(Só como adendo: a crítica que se faz do excesso desse processo está no fato
de que, nem sempre, a dedução pode ser feita. Então, a característica 'nova'
que foi desdobrada do caso geral para a sua aplicação no caso particular
pode não necessariamente ser viável: a viabilidade deve ser corroborada por
uma experiência, que, às vezes, por inúmeros motivos, não é feita.)
---
>
>
> Eu não entendi a pergunta. Mesmo porque essa história de que a física de
> Newton "estava falhando" é coisa de físico moderno que não leu a obra de
> Newton ou se leu não a entendeu. E dizer que "só foram explicadas..." é
> muita pretensão, pois até hoje ninguém conseguiu explicar nada e nenhum
dos
> construtores da física moderna assumiu isso de fato. Planck jamais se
> conformou com o destino que deram ao seu trabalho; Schrödinger e De
Broglie
> idem; Einstein morreu tentando justificar sua teoria; e Bohr contentou-se
em
> assumir, através dos chamados critérios de utilidade, que pode-se
prescindir
> do conhecimento da verdade, desde que se possua um formalismo matemático a
> predizer resultados que confirmam a experimentação. Ora, prescindir do
> conhecimento da verdade nada mais é senão uma aceitação explícita de que
> nada foi explicado.
---
Eu não disse que Newton estava errado. E quando disse que algo "foi
explicado", disse no sentido restrito. Isso é: no que diz respeito ao
problema em questão. No seu texto, sugere-se um sentido lato, quase
teológico, como se algo viesse do ceu para 'explicar' toda a física. Eu fui
pragmático na análise restrita.
A questão não é se alguém está certo ou está errado. A questão é que havia
uma inconsistência CRASSA. E essa inconsistencia afetava toda estrutura de
coerência da física. Não é uma questão de praxis laboratorial ou de
utilitarismo de equações. A relatividade de Newton-Galileu dizia que as leis
físicas são iguais para todo a qualquer referencial inercial. O problema é
que, quando se aplicavam as transformações (no plano cartesiano) de
Newton-Galieu para os referencias inerciais da teoria eletromagnética de
Maxwell, havia inconsistência. As tranformações, que deveriam refletir uma
isogonia e simetria, apresentavam discrepancias experimentais.
Ora, novamente, não é uma questão de certo ou errado, mas de inconsistencia.
Não dá para a física ter esse postulado e, ao mesmo tempo, ter o
eletromagnetismo de Maxwell. As duas coisas não podem conviver na mesma
'estrutura'.
Esse impasse - impasse até de postulados - a física convive hoje. Temos a
quântica - que você parece desprezar - e a relatividade geral que são
inconsistentes entre si. Essa inconsistência, de certo modo, é parecida com
a inconsistencia que houve entre os postulados de Newton-Galileu e o
eletromagnetismo de Maxwell.
Não me importo em saber quem está certo ou está errado. Também pouco me
importo com o que acredito ser um mero "utilitarismo de equações" que Popper
defende. O problema reside nas inconsistencias.
Ou se isolam os entes inconsistentes, colocando-os em árvores estruturais
diferentes e separadas por axiomas divergentes - o que, por sinal, é feito
hoje -; ou tenta-se tirar as inconsistências - o que, por sinal, é o
objetivo das cordas supersimétricas -.
Retomando o que eu disse sobre "as duas posições ante a realidade", não vejo
mal em se dividir as estruturas. (em ciências distintas ou apenas em
matérias) Vejo mal constatar que, numa mesma ciência - ou estrutura -, há
incoerência. Newton não está errado, porque a mecânica Newtoniana está
isolada por seus axiomas em uma estutura diferente. Newton é consistente
dentro do que se propõe. Newton não se 'mistura' com outras coisas e,
exatamente por isso, não gera inconsistencias com elas. (Se a mecânica de
Newton não fosse 'isolada', seria inconsistente com a relatividade.)
O postulado usado aqui (Newton-Galileu), não diz respeito à mecânica
clássica. É um axioma que pertence a um escopo maior. Postulado que abarca,
não só a mecânica, mas outros ramos da física que são, entre si, isolados
por outros postulados. Não se trata da falência da uma subparte da física em
relação a outra subparte de mesma hierarquia, mas de uma inconsistencia
axial. (Quando falo axial, quero fazer referência à raiz. À base da
estrutura que fundamenta, não apenas a mecânica newtoniana, mas quase toda
física, incluindo a relatividade.)
É uma questão de estrutura lógica e auto-consistencia e
não de ser bonzinho com a mecânica de Newton, tentando salvá-la no
purgatório.
---
Adendo desconexo:
Em determinado momento, eu falo de "mero utilitarismo de equações" de
Popper. Muita gente pode ter estranhado isso, por isso resolvi fazer esse
comentário.
A questão da validade e legitimidade de uma teoria passa por diversos
critérios. Um deles diz respeito a acurácia da teoria em relação a um modelo
ideal. Outro, a um utilitarismo pragmático de uso prático de equações. O
priméiro critério dá tanto validade como legitimidade. O segundo critério
pode até dar validade, mas peca na legitimidade.
Se Popper pertence ao grupo de pessoas que acreditam numa realidade
ontológica e metafisicamente objetiva, o critério da acurácia diz respeito à
aproximação progressiva da teoria/ciência à 'verdade do universo'. Nesse
caso, existe uma realidade objetiva e todas as interpretações da realidade -
teorias - têm um valor maior ou menor em relação a essa acurácia. Ora, se
Popper diz que as teorias têm o *mesmo valor*, é porque ele ignora o
critério da acurácia e usa outro critério mais rasteiro e superficial:
utilitarismo.
Por outro lado, as pessoas que acreditam numa realidade metafisicamente
subjetiva, por definição, ignoram o princípio da acurácia. Não por desprezo,
como fez Popper, mas por carência de sentido desse princípio. Como não há
realidade objetiva, não haveria sentido em dizer que algo precisa ter
'acurácia maior ou menor' em relação à 'verdade do universo'. Isso porque
essa 'verdade do universo' não existe para esse grupo.
Popper precisa ser analisado e não apenas aceito como uma espécie de
doutrinador ideológico do método científico. Popper, na verdade, prega um
utilitarismo rasteiro quando sugere outra coisa mais válidada e legítima.
----
>
> Com respeito a sua holologia, diria que jamais propus isso, e nem mesmo
> Popper. Dizer que a ciência não tem fronteiras não é o mesmo que pregar o
> anarquismo científico.
---
Sobre a holologia, retomo o que disse mais acima, sobre as "duas posições
possíveis ante a realidade".
A realidade só deixaria de apresentar fronteiras se a *interpretação* não
apresentasse fronteiras. Podemos chamar essa interpretação geral de
Holologia.
Como a holologia não existe e as interpretações são fragmentadas, a
realidade concebível é fragmentada.
---
>> Eu não sei se Popper estava vivo quando Godel demonstrou seu segundo
>> teorema. Não sei se Popper viu o advento das lógicas não-clássicas. Não
>> sei se Popper estava vivo quando os fractais e atratores estranhos
>> começaram a ganhar corpo. Não sei se Popper estava vivo quando a noção de
>> 'propriedade emergente' ganhou notoriedade.
> Popper nasceu em 1902 e morreu em 1994. Mas nada disso vai contra as suas
> idéias pois, como afirmei acima, Popper não propôs o anarquismo,
> simplesmente demonstrou que a divisão em fronteiras é artificial. Sem
> dúvida, existem setores, mas não existem serviços alfandegários.
---
1-) Novamente, como eu disse, essa idéia é abordada em muitos lugares
difentes
dessa missiva.
Retomo a parte sobre "duas posições possíveis ante a realidade".
A divisão pode até ser arbitrária, pelo fato de poder ter sido feita de
outra forma. Mas, considerando a interpretação a própria natureza da
realidade e, por extensão, cada ciência como sua própria realidade
delimitada, não faz sentido falar em artificialidade quando a divisão é
necessária em termos gnosiológicos.
2-) Quando perguntei se Popper estava vivo é claro que foi uma pergunta
retórica. É óbvio que sei em que época Popper viveu. Quando perguntei se ele
estava vivo, quis dizer que ele vivia como "pensador". Se ele percebeu a
nova realidade e se adaptou a ela. Ou se ele ficou indefinidamente
defendendo idéias que, em última instancia, se fundamentavam em conceitos do
final do século XIX e início do século XX.
---
>
> > Mas o método não é exatamente o mesmo. Os métodos tem origens iguais,
mas
> > se divergiram. São diferentes.
>
> E o que exatamente você chama por método? A minha posição eu já expus
acima
> e simplificadamente resume-se em: dedução + análise + indução + síntese.
>
> > Em biologia, prioritariamente, tenta-se estabelecer correlações
> > estatísticas e, a partir daí inferir correlações causais. Tanto a
indução
> > como a dedução tem aplicabilidade restrita, porque dificilmente dá para
> > estabelecer a contrafactualidade das leis.
>
> Você está confundindo método com ferramental utilizado na aplicação do
> método. Método é caminho. Por exemplo, quem vai de São Paulo ao Rio pela
via
> Dutra de automóvel segue o mesmo caminho de quem vai de São Paulo ao Rio
> pela via Dutra de caminhão. A estrada é a mesma, o que varia é o meio de
> transporte, ou o ferramental utilizado.
dedução mais abrangente, se bem que
> bastante similar. E essa história de "peso" para a indução ou dedução, a
meu
> ver não faz sentido algum.
---
Bem, bem. Eu, há muito tempo mesmo, já tinha visto a sua página sobre método
científico. E ela é muito boa. Uma das coisas interessantes - e, ao meu ver,
uma sacada certeira - é que você, no seu esquema, faz um diagrama *circular*
e não aquele trenzinho: Primeiro isso, segundo aquilo, terceiro isso, quarto
isso.
Como você mesmo sugere no diagrama circular, não há "começo" dentro do
método (Bem, na verdade há contestação. Você considera que o começo está na
intuição - coisa em que nem sempre concordo - e coloca essa 'intuição'
somente florescente na dedução - coisa em que decididamente não
concordo -.). A praxis pode ser iniciada de qualquer ponto e terminar - para
o pesquisador, não para o processo da ciência, é claro - em qualquer outro.
Há vezes em que se observa um fenômeno específico e fomenta-se uma hipótese
geral (indução), testa essa hipótese (análise), cria-se uma teoria (síntese)
e aplica-se essa teoria aos casos particulares (dedução)
às vezes, há a concepção de uma observação geral e tenta-se tranferi-la para
um caso específico (dedução), testa-se a validade da transferencia
(análise), os resultados são re-transferidos para o caso geral (indução), e
o caso geral é transformado numa teoria acurada (síntese).
Há outras e outras variações... ...
Algumas teorias nascem da defrontação com a perplexidade ante um fenômeno
experimental específico: indução. Outras nascem de desdobramentos dedutivos.
A relatividade primeiro foi teorizada e só depois foi experimentada. A
eletrodinamica de Maxwell primeiro foi experimentada e depois teorizada. As
supercordas são meramente teorizadas, sem experimentação. A quantica - que
você parece desprezar - foi experimentada e não totalmente teorizada. (O que
eu quero dizer é que ela não é consistentemente teorizada. É quase um
depósito de postulados que, muitas vezes, fogem do senso comum.)
Falando em termos metafóricos: ("em cima", para alta teorização de caso
geral e "em baixo" para observação experimental (prática) de um caso
particular.)
Relatividade: Veio de "cima para baixo". Concebeu-se uma idéia geral que só
depois passou a explicar casos específicos por experimentação.
Eletromagnetismo de Maxwell: Veio de "baixo para cima". Observou-se o
comportamento específico, depois esse comportamento foi generalizado, e,
depois, por meio da generalização, passou-se a explicar um número *enorme*
de fenômenos que Maxwell sequer supunha que pudessem ser explicados por sua
teorização.
Supercordas: Ficam só "em cima", sem ir pra baixo.
Quantica: Ficam praticamente só "em baixo", indo muito parcamente para cima.
Mal há 'alta teorização'. Há a simples decorrencia da constatação
experimental particular. São 'remendos' particulares.
É claro que você pode contra-argumentar dizendo que existiram experimentos
anteriores à relatividade que serviram para fundamentá-la (Michelson-Morley,
por exemplo) mas nenhum desses experimentos diz respeito à *relatividade* em
si. (seja geral ou estrita). Falam de aspectos isolados que, assim e tão
somente assim, não poderiam sofrer indução para formar a teoria geral. A
teoria da relatividade (seja restrita, seja geral), apesar de ter sido
criada com o auxílio coadjuvante de algumas experiencias, foi um trabalho
predominantemente "intelectivo", e não uma mera generalização de um
comportamento particular, como a praxis - pelo menos, alguns teóricos -
defende.
No eletromagnetismo clássico ocorre o oposto. Maxwell observa os
comportamentos decorrentes das oscilações de cargas elétricas. As conclusões
sobre as decorrencias do comportamento puderam sofrer facilmente - ok, não
tão facilmente assim - indução e generalização. Somente depois houve
re-dedução. Essa re-dedução da teoria generalizada mostrou-se profincua na
explicaçâo de muita coisa.
Na verdade, na verdade, é muito difícil saber qual é o primeiro passo,
exatamente porque a ciência é um processo. Vira aquela história do ovo e da
galinha.
De qualquer modo, há variações tanto na ordem do processo quando na
importancia das partes. Essas variações, às vezes, são acidentais. Mas
muitas vezes estão ligadas à natureza do objeto de estudo.
Há tantas maneiras de se entender o processo científico e tantos viéses
diferentes (mudanças na ordem das etapas e maior importancia de uma etapa em
detrimento de outras), que eu aprendi a desconfiar de todas essas receitas
de bolo. Essas receitas de bolo absolutas são tão evidentemente falhas que
não há unanimidade sobre elas. Há, quando muito, uma certa doutrinação,
muitas vezes baseada em um modismo.
Entre dedutivistas e indutivistas, não se salvam nenhum.
---
Arcange
SUBJECT: Re: [ciencialist] O QUE É A BELEZA
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 03:15
----- Original Message -----
From: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, November 10, 2002 9:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] O QUE É A BELEZA
> Ola pessoal e especialmente Arcange,
>
> eu estou viajando muito e acabo usando diversos computadores para me
> conectar, o que me faz perder algumas mensagens. Mas guardei bem na cabeca
o
> seu mail onde voce cita uma pesquisa que afirma que nao ha um padrao
mundial
> de beleza, o que voce considera um "argumento definitivo" sobre o assunto
e
> o encerra. Eu gostaria de dizer o seguinte:
>
> 1. Definitivo, nem nas Exatas voce encontra com facilidade, o que dizer
nas
> Humanas.
>
> 2. Eu, e acho que todos, adorariamos fazer uma pesquisa viajando pelo
mundo
> em busca de evidencias de um padrao mundial de beleza no ser humano. Mas
> acho que nao precisamos sair de casa para apontar um: a juventude.
Gostaria
> que voce ou alguem me citasse uma sociedade qualquer no mundo em qualquer
> tempo que considere as velhas, velhinhas, idosas como o padrao de beleza
da
> sua etnia, raca ou grupamento social, em detrimento das mocas mais jovens.
> Acho que ninguem jamais foi preso por "velhofilia". Algum site na Internet
> sobre o assunto? Troca de fotos de velhinhas nuas? Alguma faz plastica
para
> colocar rugas no rosto, baixar os seios?
>
> 3. O seu pesquisador nao achou um padrao porque nao o procurou debaixo de
> suas barbas. Ele saiu para nao encontrar. As pesquisas do pessoal das
> Humanas partem normalmente do principio da nao influencia do biologico nas
> questoes do comportamento humano. Entao...
>
> 4. Devemos tentar acreditar mais no simples, no obvio, no facilmente
> constatavel do que no que rezam os autores das Humanas. Alguem que nao me
> lembro disse ha muitos anos atras: "Eu acredito que a Terra eh redonda
> porque vi a projecao de sua sombra na Lua. Prefiro acreditar no que vejo
do
> que o que me diz a Igreja".
>
---------------------------------------------------
Bem, vamos lá.
1-) Antonio, quando eu disse derradeiro, fí-lo em relação aos critérios
dessa lista, e não para a ciência. São duas coisas diferentes. A dialética
da ciência se dá - ou deveria - por pesquisas e experimentos. Já a dialética
dessa lista - como em todo debate científico genérico - por argumentos que
são fundamentados em conhecimentos prévios. Conhecimentos esses ligados ao
que a ciência já ensina ou aos desdobramentos - às vezes, não explícitos -
desses conhecimentos.
O processo de dialética científica é uma coisa. O processo de dialética
nessa lista é outra.
Quando as idéias são debatidas nessa lista, nós procuramos - ou deveriamos
procurar - argumentos consistentes dentro do conhecimento científico que já
existe sobre o assunto, ou procurar inferir desdobramentos lógicos desse
mesmo conhecimento científico pré-existente.
O processo científico se dá por outro viés. Por pesquisas de corroboração ou
refutação, que, normalmente, demoraram anos para serem feitas, e outros anos
para serem aceitas.
Ninguém nessa lista debate 'criando conhecimento científico novo a partir de
experiências' (Bem, pelo menos ou suponho.) Ninguém diz coisas como "Ah! o
seu argumento é esse ? Espera um minuto que eu vou fazer uma pesquisa
revolucionária a já volto." Infelizmente, pela complexidade e tempo do
processo científico, nós, aqui, quando muito, só podemos fazer especulações
baseadas no conhecimento que já temos à disposição.
2-) a-) Eu disse que boa parte dos nossos padrões de beleza são culturais
não que TODA beleza era cultural. "Não há um porquê biológico. Como na maior
parte da beleza, o porquê é *quase sempre* social." Apesar deu ter dito,
sim, que é integralmente cultural quando se trata de formato de rosto.
b-) Existem *muitos* sites de velhinhas nuas. Não só nuas, mas pornográficos
mesmo. Eu suponho que você seja um cavalheiro recatado e nunca tenha tido
contato com algum desses sites.
c-) Você parece confundir beleza com atração sexual. Boa parte dos
proponentes da psicologia evolutiva parece querer estabelecer uma relação
biunívoca e inequívoca entre estética e sexualidade. Entretanto, até
intuitivamente, nota-se que essa relação não é muito acertada. Não
precisamos sequer das pesquisas de Singh para inferir isso. Basta bom senso.
Eu não estou dizendo que a beleza é totalmente desvinculada da sexualidade:
é claro que há uma relação. O que estou dizendo é que essa relação não é, de
modo algum, necessária e suficiente para o estímulo sexual.
Podemos constatar beleza em bebes, sem que isso se reflita na atração sexual
por eles. Podemos perceber beleza em crianças - de ambos os sexos - sem que
haja vontades pedofílicas. Podemos achar certas mulheres extremamente belas
e, a apesar de toda beleza delas, não haver atração sexual. Podemos observar
beleza em mulheres já maduras - se não idosas mesmo - sem que isso finde em
desejo libidinoso. Podemos, mesmo sendo categoricamente heterossexuais,
constatar beleza em outros homens, sem que isso, *decididamente*, signifique
vontade de transar com eles.
Alias, há até o oposto. Desculpe-me se, agora, me expresso em termos
vulgares, mas há o famigerado fenômeno da 'Raimunda'. A 'Raimunda' é a
mulher que foge dos padrões estéticos europeus. Ela é considerada
tácitamente 'feia'. Entretanto, ela tem apelo sexual para com os homens.
Alias, a força do apelo sexual não parece estar ligada à beleza no sentido
clássico. Uma coisa não é proporcional a outra.
Uma coisa não é, necessariamente, ligada à outra.
3-) Bem, se o seu argumento é tirar a credibilidade do pesquisador sem
conhecimento dos detalhes da pesquisa dele, ok. É direito seu. Mas se isso
for argumento, *tudo* em ciência é possível, porque é possível tirar o
crédito de qualquer pesquisa dessa forma.
Não acho útil esse tipo de atitude. Veja. Há uma diferença basal entre duas
coisas: a) Meramente tirar a legitimidade do pesquisar sem fundamento maior;
b) Discordar do pesquisador conhecendo a sua pesquisa e se valendo de
argumentos para refutá-lo. Ou, o que seria melhor ainda, fazer uma pesquisa
para contradizê-lo.
Agora, se for tirar o mérito por tirar o mérito, eu posso dizer que Darwin
está errado porque era Ateu. Assim, eu corto toda a psicologia evolutiva
pela raiz. É claro que essa não seria uma atitude útil para o debate e, é
claro, meramente desacreditar pesquisas sem maior análise - apenas por
motivos ideológicos - não é útil igualmente.
De qualquer forma, suponho que você deva ser muito conhecedor das pesquisas
de Singh. Porque só assim a sua tentativa de tirar o mérito da pesquisa dele
não soaria como tendenciosidade ideológica leviana.
4-) a) Às vezes, o mais simples, o mais óbvio e facilmente constatável é
justamente o que defendem os autores das "humanas". O método científico das
ciências humanas é muito bom e tem boa aplicabilidade objetiva. Eles usam
diversas pesquisas estatísticas e outros métodos de análise para construir
leis e estabelecer causalidades.
Ao contrário do Darwinismo - que sofre de problemas *crônicos* de
refutabilidade e, por extensão, de caráter científico no sentido Popperiano
do termo - muitas pesquisas "humanas" - com seus gráficos e estatíticas bem
delineados - são bem refutáveis, e, por extensão, têm caráter muito
mais preciso.
b) Por sinal, "ciencias humanas" não tem muito a ver com teologia.
c) O mais simples e óbvio é acreditar em Deus como explicação de todas as
coisas. A questão não é de simplicidade, mas de argumento.
Arcange.
SUBJECT: Re: [ciencialist] a tempestade - of topic
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 07:41
>>Deus deve estar chateado com algum morador carioca e resolveu mandar a
chuva. Léo, isso é obra sua?<<
Não, isso é obra de algum deusinho secundário (q. não tem nem graduação) e que ainda enaltece a água. Detesto água! Para beber prefiro algo mais "sustancioso" que contenha Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, 2 átomos de Fósforo e 1 de Enxofre, ou seja, ...................
SUBJECT: Re: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 08:12
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 08, 2002 12:53 PM
Subject: Re: [ciencialist] Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da
Humanidade)
>
> Mas não é esse critério estético que diferencia um micro de um
> supercomputador. O que diferencia é que, no caso do supercomputador, há
uma
> única unidade de processamento central, que pode ser acessada através de
> diversos terminais. Já nos microcomputadores, cada um tem sua própria cpu.
> Essas cpus, claro, podem ser ligadas em rede mas, em princípio, cada
> computador é independente. A mesma coisa vale pros "cibereletrodomésticos"
> que parece que tendem a virar uma coqueluche no futuro próximo (mas isso é
> só um chute, não é uma previsão!): eles podem ser ligados a um computador
ou
> à Internet, mas cada um deles dispõe da sua própria unidade de
> processamento. Foi isso que causou a revolução da informática, e isso -
com
> raras exceções, que se a gente vasculhar, vai acabar achando - não foi
> previsto pela ficção científica. (Foi você quem citou o Ender's Game, não
> foi? Mas o Ender's Game já é posterior à invenção do microchip e, a partir
> daí, ficava mais fácil antecipar o que viria.)
----------------------------
Novamente, lá estou respondendo as coisas de novo. :) São "frentes" demais.
Enfim...
Vamos lá.
Não, não.
O que diferencia um supercomputador de um micro não é o uso de terminais.
Esse princípio - o de terminais - é usado com micros também. Há redes onde
os terminais são computadores Penthiuns-100 (ou coisa até pior) ligados a
computadores maiores. Você poderia dizer que mesmo um mero Penthiun-100 tem
capacidade de processamento. Mas 'Capacidade de processamento' é algo
relativo. Até um relógio de pulso tem capacidade de processsamento. O
critério é comparativo e prático.
O que define com microcomputador de um supercomputador é somente e tão
somente a capacidade de processamento. Como Newmann diz, os flops.
E, ao contrário do que você disse, supercomputadores, normalmente, não têm
uma única CPU. Para esses computadores conseguirem capacidade brutal de
processamento - que passa da casa dos gigaflops -, eles tem *muitas* CPUs.
São computadores paralelos. (Seja integral ou vetorial) Há muitas unidades
de processamento.
Todos os supercomputadores, hoje, são paralelos, ao contrário de quase todos
os PCs, que são seriais. Mas dizer que isso e somente isso conceituaria um
supercomputador é errado. O supercomputador é paralelo para ter grande
capacidade de processamento. E a grande capacidade de processamento que o
faz ser um supercomputador.
---
>
> >Os androides poderiam até ser orgânicos. Tudo bem. Mas havia muitos
> equipamentos 'elétricos' cujo comportamento apresentava a função de
> 'processamento de dados'.
>
> Sim, mas o quadro não tem nada a ver com a robotização da indústria tal
como
> se observa nos dias de hoje. Os andróides eram, na verdade, escravos
> artificiais, e não máquinas. De fato, todo o argumento de _Do Androids
Dream
> of Electric Sheeps_ gira em torno de mostrar como as distinções entre os
> andróides e os seres humanos são relativas, ao ponto em que, no mundo do
> livro, você pode perfeitamente ser um andróide e não ter consciência
disso -
> que é o tema de outras histórias excelentes do Dick, como "A Formiga
> Elétrica" e um outro conto que eu não posso citar o nome, porque vai ser
um
> spoiler. ;-) Agora, tenta aplicar esse tipo de argumentação aos robôs
> industriais... ;-)
-------------
Calma, calma :)
Concordo plenamente com a sua observação. Mas há uma ponderação. Veja, há
duas coisas a serem levadas em conta:
1-) A existencia de uma sociedade onde o processo industrial é automatizado
por robos.
2-) As questões ligadas à "profundidade psicológica" desses robos e ao
conceito de "humano" (isso é: Afinal, o que é o humano?)
Concordo plenamente que nossos robos industriais não tem lá muita
profundidade psicológica (Quando muito, talvez, a profundidade da Carla
Peres :)
Mas a questão da automatização foi prevista. É uma pena que nossos
"autômatos" - aqueles robos de linha de produção - não tenham sentimentos
hametanos. Mas uma coisa é ver que, no futuro hipotético, haveria
automatização robótica dos processos. Outra coisa é fazer considerações
existenciais.
----
>
> >Toda proposição sugere uma previsão de uso.
>
> Mas não é esse o ponto. Os satélites pra telecomunicação só foram
> desenvolvidos porque alguém leu o texto do Clarke e achou que era uma boa
> sugestão. Logo, não é uma profecia. Se eu te disser: "Por que você não vem
> passar as férias no Rio de Janeiro?" e você achar que é uma boa idéia e
> vier, eu não posso dizer que a minha sugestão é uma *previsão* de que você
> vai passar as férias no Rio de Janeiro.
---
Essa é uma questão de ponto de vista e abordagem. Alias, acho que, como
quase sempre, o problema é semântico.
Esse exemplo que você deu não bom porque não é um caso análogo ao de Clarke.
Não pode ser comparado. No caso de Clarke, há uma sugestão social de um
cenário no futuro onde os satélites serão usados. Sugestão essa baseada em
fundamentos do processo histórico da ciência e das telecomunicações. Já no
caso da ida ao Rio de Janeiro é uma sugestão particular, não de um cenário
no futuro, mas de uma opinião. Sugestão baseada num juízo de valor que em
nada tem a ver com a análise do andamento do processo histórico.
---
>
> E eu retomo a minha resposta. O Leibniz não fez uma previsão, ele
> desenvolveu uma ferramenta e sugeriu uma aplicação pra ela. O fato de,
> alguns séculos depois, alguém ter lido a sugestão e acatado não faz dela
uma
> previsão.
---
Leibniz fez questionamentos sobre máquinas que pudessem pensar.
Os trabalhos que serviram de base para o funcionamento dos computadores eram
disvinculadas das suas ponderações. Não sou especialista em Leibniz e teria
que re-estudá-lo, mas acredito que, apesar dele achar que mentes artificiais
pudessem ser feitas, nunca acreditou que seus trabalhos pudessem estar
ligados diretamente a isso.
Uma coisa eram as ponderações filosóficas de Leibnitz sobre máquinas
pensantes. Outra coisa é a sua matemática. Acredito - talvez eu até pesquise
isso com mais ardor - que ele nunca estabeleceu relação direta e inequívoca
entre uma coisa e outra.
Muita coisa, principalmente em matemática, tem a ver com o funcionamento de
computadores. Se pegarmos TODOS os filósofos-e-matemáticos que chegaram a
filosofar sobre a artificialidade da mente, veremos que, querendo ou não - e
na maior parte dos casos, "sem querer" - eles deram contribuições à
computação.
A questão está em saber em até que ponto Leibnitz tinha consciência de que
seus trabalhos matemáticos poderiam ser usados como base para criar uma
mente artificial. Sinceramente, acredito que Leibniz não estabelecia
vinculação alguma - ou, talvez, uma vinculação muito distante - entre uma
coisa e outra.
Neumann, por exemplo, pode ser considerado um dos pais da computação. Fez
trabalhos que fundamentam o funcionamento dos computares até hoje. Por outro
lado, Neumann também fez questionamentos sobre a artificialidade da mente.
Como todo mundo sabe, os trabalhos de Neumann não chegaram - e talvez, nem
objetivassem - à mente artificial. Isso porque os trabalhos científicos são
uma coisa, ponderações e especulações são outra.
Neumann acreditava na mente artificial. Entretanto, ele não teorizou a mente
artificial. Seus trabalhos findaram no computador que conhecemos. Somente e
tão somente os trabalhos de Neumann não dizem respeito à inteligencia
artificial. Se a IA existir, poderá - ou não - ser um produto derivado dos
trabalhos dele. Isso evidencia que as ponderações sobre IA estão
desvinculadas - não totalmente, mas em termos práticos/objeitvos - de seu
trabalhos sobre computação.
Retornando a Clarke, o que há é a mesma coisa. Clarke faz um trabalho
teórico sim, mas não se aprofunda em minúcias técnicas. Só e tão somente seu
trabalho não seria suficiente para o todo programa de satélites. A sacada de
Clarke foi a idéia - seja teorizada ou não -. Ele fez questionamentos e
propostas sobre as telecomunicações. Somente e tão somente o trabalho de
Clarke não era suficiente para por a cabo suas considerações. Se ele as
considerava viáveis num futuro, é porque partia de uma previsão baseada em
argumentos próprios: seu trabalho teórico, uma certa intuição sobre a
história do processo comunicativo.
Imagine que você estivesse na frente de Clarke, na época da teorização, e
perguntasse: "Clarke, como serão as telecomunicações no futuro?". Pelo
ímpeto das coisas que li, suponho que ele diria claramente coisas como:
"Serão realizadas por satélites na órbita da terra.". Se você continuasse
perguntando: "Clarke, por que você acha isso?", talvez ele respondesse algo
como: "Minha previsão é baseada nos argumentos de viabilidade científica
desse processo, que constituem a minha teoria. Mas não somente nisso. Eu sei
que não pude testar todos as viabilidades científicas inerentes ao processo
e não posso prever outras inviabilidades, como as econômicas. Mas meu
palpite é que satélites existirão pela minha intuição em relação ao processo
de evolução das telecomunicações e eu defendo esse ponto de vista."
Como eu cheguei a dizer antes, nem toda teoria vira tecnologia. Clarke
defendia a idéia dos satélites como advento no futuro.
---
>
> São três coisas diferentes, com propósitos diferentes. A futurologia
> realmente pretende antecipar as tendências futuras, e o seu valor se mede
> pelo acerto dessas previsões. A teorização propõe caminhos, ela não prevê
> que eles serão ou não utilizados. Quanto à ficção científica, a última
coisa
> que passa pela cabeça de um autor é querer fazer uma previsão acurada. O
> objetivo da ficção científica é produzir o que o crítico Darko Suvin chama
> de "estranhamento cognitivo", isto é, descolar a percepção do leitor da
> visão de mundo que ele habitualmente aceita e mostrar a realidade de uma
> outra perspectiva. Quando um escritor de fc situa a história no futuro,
não
> é porque ele acha que o futuro *vai* ser assim ou assado, mas porque, com
> isso, ele cria um distanciamento do leitor em relação ao nosso próprio
> mundo - mais ou menos da mesma forma que o Swift inventou países
imaginários
> como Liliputh ou a ilha voadora de Laputa (que alguém poderia dizer que
era
> uma previsão das estações espaciais, mas não era). Às vezes, por
> coincidência, esse futuro imaginário apresenta alguma semelhança com o
> futuro real, mas não era essa a intenção do autor. Aliás, um dos melhores
> contos do William "Neuromancer" Gibson é uma historinha curta, mas
poderosa,
> chamada "O Contínuo de Gernsback", cujo tema é justamente as diferenças
> gritantes entre a realidade e o futuro previsto pela ficção científica dos
> anos 50 e 60.
---
1-) Futurologia não conheço.
2-) Na teorização, o teórico tanto pode somente propor, como pode propor e
prever. Isso depende da atitude do proponente: se ele é blasé diante do
processo ou se ele tem certeza que sua proposta será/seria usada por
fatalidade histórica. No caso de Clarke, você deve saber mais do que eu: ele
não era blasé.
3-) a-) A Ficção científica prevê cenários hipotéticos. Se assim não fosse,
o "sense of Wonder" seria impossível, porque a história seria inverossímil.
Talvez caisse em dadaísmo, realismo fantástico. Algo meio Kafkaniano.
Felizmente ou infelizmente, o autor de ficção científica *precisa* e *deve*
ser coerente e *previdente* (perceba o campo semântico da palavra
"previdente") com os cenários que propõe. Às vezes, ele não é: há erros. Mas
são - espera-se - não muito perceptíveis.
Se eu sou um autor de ficção científica e escrevo uma história em que, no
ano 2009, tomates assassinos vindos de marte atacam os habitantes da terra,
conclui-se que estou escrevendo comédia e não FC clássica. Comédia porque
esse cenário *não é possível*. Não houve coerência e nem previdência. Como
escritor, deve-se seduzir o leitor apresentando um cenário possível,
coerente, consistente, plausível.
Ser *previdente* com o cenário é uma preocupação SIM do escritor FC.
b-) Nem sempre os cenários possíveis se concretizam como você bem citou no
"O Contínuo de Gernsback". Mas isso não é problema. Previsão não
necessariamente diz respeito a concretização de cenários, mas sim na
avalização da plausibilidade e possibilidade deles.
Por exemplo, se eu sou um grande executivo de uma grande empresa, é natural
consultar relatórios sobre a **previsão** de vendas dos próximos meses. Não
significa que os números do relatório irão se concretizar inequivocamente. O
relatório pode, ao sabor e gosto dos economistas, apresentar cenários
possíveis, que podem ser ante-vistos e prevenidos. Coisas como: "Relatório
de previsão: cenário A 30%, cenário B 30%, cenário C 30%, outros cenários
10%"
Veja, o problema aqui é semântico. Você - talvez você nem tanto: não tenho
certeza - e o Takata - esse sim, com certeza - entendem previsão como uma
inferência de um futuro onde um fenômeno iriá ocorrer inequivocamente, com
chance de 100%.
Ora, se levarmos esse conceito (o conceito Takatenao - que ele não fique com
raiva de mim :) de previsão a sério, temos que apagar a palavra "previsão"
do dicionário, porque NADA no mundo de previsível. Todas as leis da física,
como David Hume bem já demonstrou, são meras constatações estatísticas. A
causalidade é incognoscível. Nenhum evento no universo tem decorrencia
inequívoca a partir de outro evento pretensamente causal. Leis - no sentido
metafísico - não existem, nem mesmo nas ciências duras.
Quando falamos de previsão, falamos de plausibilidades e possibilides de
cenários, como o exemplo do executivo acima assegura. Eu sei que a "lei da
gravidade" pode deixar de ocorrer a qualquer momento, mas é sempre
plausível - para dizer no mínimo - contar que ela vai continuar ocorrendo,
caso o cenário futuro se constitua no fato deu pular de uma janela.
Para finalizar, George Soros fez uma previsão: disse que o Brasil tem uma
chance maior que 50% de reestruturar sua dívida.
Espero que a **previsão** dele esteja errada :)
---------
>
> Desculpe, essa assertiva não é preconceituosa. Eu *sou* escritor de ficção
> científica e leio avidamente ficção científica desde os 9 anos de idade -
> todos os autores, de todas as tendências. Portanto, além de conhecer bem,
é
> um gênero que eu amo. E posso citar textualmente declarações de
praticamente
> *todos* os autores de ficção científica importantes - de Asimov a Philip
K.
> Dick - onde eles dizem, com todas as letras, que a função da ficção
> científica não é prever o futuro.
----
A função do neorealismo/regionalismo de 30 não é de crítica social, mas,
mesmo assim, há a preocupação com a crítica social.
A função da ficção científica não é prever o futuro (isso é óbvio), mas,
mesmo assim, há a preocupação previdência de cenários possíveis.
Alias, essa preocupação é quase um axioma que define a própria natureza da
ficção científica. Se um autor *não* tem essa previdência, ele
automaticamente deixa de escrever ficção científica. Passa a escrever outra
coisa: fantasia, por exemplo.
(Obs: Eu disse que é *quase um axioma* para ser comedido. Eu realmente acho
que é o axioma fundamental que define todo o gênero.)
--
>
> E o que foi que eu disse que te levou a crer que sense of wonder e viés
> crítico são incompatíveis? "Sense of wonder" é uma outra maneira de se
> referir ao estranhamento cognitivo que eu mencionei lá em cima, e o
conceito
> de estranhamento cognitivo não só aceita como, de fato, *pressupõe* esse
> viés crítico. Na verdade, há poucos meses, eu tive uma discussão com um
> membro de uma lista de fc portuguesa em que ele dizia que a ficção
> científica não tinha produzido nada que prestasse em matéria de
extrapolação
> social, e eu respondi indicando uma penca de romances - como _Os
> Despossuídos_, de Ursula K. LeGuin ou _A Órbita em Ziguezague_, de John
> Brunner - que são inteiramente construídos sobre extrapolação social. Mas,
> de novo, o objetivo não era prever o futuro, era analisar alternativas
> políticas possíveis ao sistema social vigente (como o romance da LeGuin,
que
> é na verdade uma discussão filosófica dos prós e dos contras do socialismo
e
> do anarquismo) ou criticar determinadas características da *nossa*
sociedade
> (como o livro do Brunner).
---
Preste só antenção como a questão é semantica:
"o objetivo não era prever o futuro, era analisar alternativas políticas
possíveis ao sistema social vigente (como o romance da LeGuin, que é na
verdade uma discussão filosófica dos prós e dos contras do socialismo e do
anarquismo) ou criticar determinadas características da *nossa* sociedade
(como o livro do Brunner)."
Ora, tudo que se entende por "analisar alternativas políticas possíveis"
pode ser tranquilamente considerado previsão. Nesse caso, prevê-se como
seria o cenário vigente caso a história tivesse tomado outro rumo. O que
podemos chamar de "retro-previsão", ou "previsão-hipotética". E é uma
previsão de deve ser feita de modo extremamente acurado e previdente. É o
que rege nosso tempo verbal em língua portuguesa, o "Futuro do Subjuntivo"
Enfim, parece haver uma restrição do sentido da palavra previsão. Uma
restrição que, como foi explítico um pouco mais a cima, vai ao absurdo, já
que a causalidade inequívoca é incognoscível.
---
>
> É o que estou dizendo. Não se trata de uma *previsão*. Se eu te disser:
> "Olha, se você for pela rua de baixo, tem um cachorro feroz ali que vai te
> morder" e você ignorar meu aviso, for pela rua de baixo e o cachorro
> realmente te morder, o meu alerta não foi uma previsão. Foi um alerta.
---
Remontando o exemplo do relatório do executivo sobre a previsão de vendas
nos próximos meses, onde está explícito: "Relatório de previsão: cenário A
30%, cenário B 30%, cenário C 30%, outros cenários 10%"
Afinal, é uma previsão ou é um alerta ?
Depende da sua atitude psicológica. Se o cenário A for algo ruim, eu vou
chamar a previsão de alerta, mas, nem por isso o alerta vai deixar de ser
uma previsão. Como também, nem por isso as outras previsões de cenário - tal
vez boas - vão deixar de sê-lo apenas por serem boas.
O juízo sobre uma previsão ser alerta ou não está na bondade ou malignidade
do cenário proposto. O caráter de "alerta" mora na psicologia e não na
inferência previdente.
Há uma previsão condicional. Não há nada de errado nisso, até porque mesmo
previsões condicionais podem não se concretizar - como toda previsão. Eu
posso, no seu exemplo, ir pela rua de baixo e não ver cachorro nenhum: o
cachorro estava dormindo.
Enfim, "alerta" é o nome que damos as previsões condicionais que antevêem
algo malígno.
Só.
---
Arcange.
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 09:58
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> Veja, o problema aqui é semântico. Você - talvez você nem tanto:
> não tenho certeza - e o Takata - esse sim, com certeza - entendem
> previsão como uma inferência de um futuro onde um fenômeno iriá
> ocorrer inequivocamente, com chance de 100%.
Nao apenas a fututologia e' furada, como a advinhacao da
personalidade ou intencao das pessoas qdo se tem pouco elementos
para tal analise ou qdo se analise de modo equivocado esses
elementos.
Tire as expressoes 'inequivocamente' e 'chance de 100%'.
Eu falei em lances de dados: se eu acerto uma unica vez
nao se sabe se foi ao acaso ou se eu realmente acertei.
Esse realmente acertar e' o q. podemos chamar de previsao.
Pra distinguir uma coisa de outra: previsao e acerto casual --
precisamos lancar o dado diversas vezes.
A chance ao acaso e' de 1/6. Se em infinitos lancamentos
eu acerto mais do q. 1/6 das vezes, entao nao podemos
atribuir ao acaso. Se eu erro mais do q. 5/6 das vezes tbm
nao podemos atribuir ao acaso. Claro q. nao e' possivel
se ter infinitos lancamentos, mas podemos ter um bom
numero -- e existem metodos estatisticos para se acomodar
essa diferenca do numero de lancamentos.
Mas como se faz no caso de um evento q. nao se pode repetir?
Nao podemos repetir a historia no mais das vezes pra ver se
o acerto foi casual ou nao -- em uns poucos casos podemos, como
o desenvolvimento paralelo de civilizacoes isoladas.
Ai' em parte entra a questao do detalhamento, da complexidade
do cenario proposto -- no q. se reflete possivelmente na
probabilidade de ocorrencia do fenomeno.
Se eu digo: chovera'. Estou mesmo fazendo uma previsao?
Primeiro q. no mundo todos os dias chove em algum lugar. E
se nao chover, nao se especificou qdo. Eu digo: chovera'
no Brasil no ano 2003. Ainda nao e' uma 'previsao'
satisfatoria. Se eu digo: Chovera' em Sobral, CE, em
14 de março de 2003, aí já temos um bom começo. Se eu
digo: Choverá 513mm em Sobral, CE, no dia 14 de março
de 2003, das 14h01 às 13h25 -- eu tenho uma boa previsão.
Ou uma furada espetacular. Claro q. a questão da complexidade
da previsão (detalhamento) é complicada (sujeita q.
esta' a analises subjetivas) e ainda assim não
afasta completamente a possibilidade de simples
coincidência casual. Mas e' um passo melhor do q.
afirmacoes genericas do tipo: vai ser mais rápido,
sera' menos rápido, tera' a mesma velocidade.
Chovera', nao chovera'.
Cozinharemos mais rapido em fornos frios. Isso e'
realmente uma previsao? Ha' toda uma diversidade
de alimentacao. Forno de microondas nao e' um
eletrodomestico de utilizacao universal. Sera'
um dia? E não ha' ainda os alimentos prontos e
a entrega em domicilio: reinterpretamos o
cozinhar mais rapido pela dispensa da coctura e
os fornos frios como sua completa ausencia?
Na decada de 50 bem capaz de se prever q. no
futuro a maquina de escrever e o telegrafo
seriam mais rapidos. Teremos q. reinterpretar
a maquina de escrever como computador com
processador de texto e programa de reconhecimento
de voz e de leitura de caracteres e o
telegrafo como a internet?
Na decada de 50 vislumbrava-se o telefone com
imagem. Nao obtante essa tecnologia existir
ha' decadas e diversas tentativas de lancamento
de um telefone com camara e visor, nunca vingou.
Talvez vingue agora com as camaras acopladas
aos celulares. Mas e esse intermezzo de hesitacao?
As pessoas vão querer mesmo ver e ser vistas
na telecomunicação de voz? Isso sera' mesmo a
concretização da 'previsão' do videofone?
Transportes mais velozes? Bem, de fato as
nossas Ferraris (digo nossa porq. incluo
a q. eu não tenho) são mais velozes do q. as
bigas do Imperio Romano. As nossas estradas
são melhores do q. os calcamentos desse
imperio. Mas os carros de boi da Idade Media
eram mais lentos do q. as bigas. E as melhores
estradas eram o q. tinha sobrado de Roma.
Um soldado medieval tbm previria uma armadura
cada vez mais pesada e resistente. Ate' q.
a polvora aportando 'a Europa tornou a armadura
um trambolho inutil.
A FC da decada de 50 previa computadores
cada vez maiores. E com a diluicao dos
computadores nos diversos eletrodomesticos
e minituarizacao de seus componentes quer se
reinterpretar a visao passado do futuro como
computadores cada vez mais presentes...
Assim ate' os videntes acertam. Alias e'
exatamente desse modo q. eles acertam o
futuro: fazem previsoes genericas, ignoram
os erros, reinterpretam depois da ocorrencia
do evento.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: PORCO COM CARA DE GENTE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 10:25
--- Em ciencialist@y..., antonio.psique@l... escreveu
> Será que não seria conveniente fazer-se uma bateria de exames
> laboratoriais, tipo cariótipo, DNA, e outros que vc sabe e eu não?
Provavelmente ja' foram feitos. So' dar uma
pesquisada em livros e revistas de veterinaria
e suinocultura.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Res: O QUE É A BELEZA
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 10:48
> De: Arcange
>
> O interessante é que nenhum 'biologista' consegue explicar de
> verdade porque a dolicocefalia é 'bonita' do ponto de vista
> biológico. Como o próprio Antônio disse no seu e-mail: "O por
> que biologico disso, nao atino. ..."
Justamente por não ter uma explicação, digamos, hããã, racional,
o que é considerado belo por nós é instintivo, logo, biológico;
está impresso no hardware humano. Instinto! Vc já se perguntou
porque fazemos sexo? Alguém faz sexo racionalmente? Alguém
faz sexo com o propósito racional de gerar descendentes?
Oras, fazemos sexo por instinto. Toda nossa vida é praticamente
comandada por este instinto sexual.
> 1-) "Vejamos, por exemplo, o trabalho de Devendra Singh, psicólogo da
> Universidade do Texas em Austin e lider do florescente campo
> da "Estética
> Darwinista", que procura revelar a lógica evolucionista que
> fundamenta nosso
> senso de beleza. Durante anos, Singh percorreu o planeta mostrando aos
> homens imagens "sensuais" de mulheres (...) procurando descobrir se os
> homens têm em comum certas preferências sexuais universais e,
> portanto,
> inatas. (...) Singh constatou que, embora das preferências
> masculinas quanto
> ao tamanho dos seios, ***estrutura facial**** e outras características
> *variem entre as culturas* e até mesmo dentro da mesma
> cultura, (...)" (A
> mente desconhecida, Horgan, página 220 - grifo meu -)
>
> Acho que esse argumento é derradeiro e não cabe mais
> ponderação sobre isso
Que argumento! O Horgan também faz uma afirmação e não
revela os argumentos que a sustentam. Ou será que a questão
é só de semântica? 'Estrutura facial' é uma característica
que varia conforme a cultura? Ou 'outras' características (que
não a estrutura facial) variam conforme a cultura?
Para mim, a 'outra' característica cultural de beleza
é dinheiro no bolso. ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 11:40
> --- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Sabem o que me faz citar, citar e citar? A vontade de
> mostrar pra todo mundo o quanto sou erudito, sábio, culto, inteligente,
> lindo e extremamente encantador; provar que ninguém aqui nesta lista leu
> mais do que eu! Aliás, sei decorado não só "Os Lusíadas" do Camões
> como também as bulas de todos os remédios que tomo e tomei:
> lexotan, valium, dormidol, anafranil, wellbutrin, prozac, survector,
> azulfin, meticorten, etc., etc., etc.
Porque vc não abandona essas 'químicas' e não parte logo pr'um
natural, Manuel? ;-)
Chá de lírio, canabis sativa, cogumelos... ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 15:08
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 11, 2002 9:58 AM
Subject: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da
Humanidade)
>
> Nao apenas a fututologia e' furada, como a advinhacao da
> personalidade ou intencao das pessoas qdo se tem pouco elementos
> para tal analise ou qdo se analise de modo equivocado esses
> elementos.
>
> Tire as expressoes 'inequivocamente' e 'chance de 100%'.
>
> Eu falei em lances de dados: se eu acerto uma unica vez
> nao se sabe se foi ao acaso ou se eu realmente acertei.
> Esse realmente acertar e' o q. podemos chamar de previsao.
> Pra distinguir uma coisa de outra: previsao e acerto casual --
> precisamos lancar o dado diversas vezes.
> A chance ao acaso e' de 1/6. Se em infinitos lancamentos
> eu acerto mais do q. 1/6 das vezes, entao nao podemos
> atribuir ao acaso. Se eu erro mais do q. 5/6 das vezes tbm
> nao podemos atribuir ao acaso. Claro q. nao e' possivel
> se ter infinitos lancamentos, mas podemos ter um bom
> numero -- e existem metodos estatisticos para se acomodar
> essa diferenca do numero de lancamentos.
-------------
Bem, existem duas mensagens do Takata para mim. Demoro para responder por
conta do tempo. Vou responder as duas numa só.
Takata, eu não sabia que ficaria tão injuriado. Falei brincando. Foi até uma
homenagem, já que acho, sinceramente mesmo, você um dos partificipantes mais
ponderados da lista.
Agora, falando objetivamente: Em nenhum momento quis adivinhar sua
personalidade. Minha inferência foi feita de acordo com os dados que tinha
sobre sua posição no que toca o tema relevante dentro da discussão. Não fiz
nenhum juízo sobre você que fugisse do escopo do debate. Minha observação
não foi sobre sua vida, seus gostos, hobbies, sua sexualidade, etc. Não
disse categoricamente *nada* de *pessoal* sobre você. O que falei foi o que
entendi sobre a sua opinião em relação à previsibilidade do processo
histórico. Disse que a impressão que tive era a de que você entende por
previsão algo extremamente especificado e detalhista, que não admite
condicionalidade nas previsões.
Sinceramente, re-apresentar a sua opinião exposta por você mesmo na lista é
"adivinhar a sua personalidade" ? Ora, nem de personalidade isso se trata!
quanto mais de adivinhar!
No máximo, você pode me acusar de tê-lo entendido errado. Ok. Eu acho que
*não* entendi errado, mas tudo é possível. Agora, outro tipo de acusação é
abusar da boa vontade e da inteligência.
-----------
>
> Mas como se faz no caso de um evento q. nao se pode repetir?
> Nao podemos repetir a historia no mais das vezes pra ver se
> o acerto foi casual ou nao -- em uns poucos casos podemos, como
> o desenvolvimento paralelo de civilizacoes isoladas.
> Ai' em parte entra a questao do detalhamento, da complexidade
> do cenario proposto -- no q. se reflete possivelmente na
> probabilidade de ocorrencia do fenomeno.
----------
1-) Takata, em nenhum momento eu disse que o processo histórico tem leis ou
causalidades.
2-) Diante de um fenômeno que não se repete, o que podemos fazer ?
Segundo você sugere, já que não podemos fazer uma experiência e repetí-la,
construindo gráficos estatísticos, devemos, então, desistir de toda e
qualquer tentativa de análise. Alias, coerentemente, era *justamente* o que
você parecia sugerir logo no primeiro e-mail que respondi. Foi essa atitude
que me fez respondê-lo e iniciar essa thread.
Se você acha que, pelo fato de não podermos realizar experiencias que possam
ser repetir, devemos desistir de fazer análises do processo histórico e
antever os seus caminhos e descaminhos, ok. É direito seu.
Ainda bem que a OMS, a ONU, as diversas ONGs de grupos ecológicos, os
analístas políticos, os economistas, Geógrafos críticos, administradores de
empresas, sociólogos, militares não pensam como você. Mesmo não podendo
fazer experiencias estatísticas sobre os fenômenos com que estão lidando,
eles ainda sim tentam prever cenários e tentar se adaptar a eles. O fazem
baseados em conhecimentos prévios que não dizem respeito diretamente ao
fenômeno em questão, mas que pode ajudar a dar pistas sobre o andamento
dele.
3-) Mesmo que o processo histórico não apresente leis - e eu não estou bem
certo disso -, às vezes, é interessante observar certas repetições.
Napoleão começou a perder o domínio da europa depois que invadiu a russia e
foi vencido pelo inverso. Hitler, idem. Napoleão passou a sentir enormes
dificuldades de manter as guerras, depois que abriu 2 frentes de combate,
Hitler idem.
Não estou dizendo que no processo histórico existe uma lei que diz: "Se
abrires 2 frentes de combate, perderás!" ou "Se invadires a Russia,
perderás!" Mas, sejamos sinceros. Se você fosse um presidente de um país
europeu em guerra, abriria 2 frentes de combate ou invadiria a Russia ?
É claro que essa é uma pergunta simplista. As condições poderiam ser
diferentes. A guerra poderia ser diferente. Mas ignorar e tão somente
ignorar os dados não contribui em nada para tomar a melhor decisão.
---
> Se eu digo: chovera'. Estou mesmo fazendo uma previsao?
> Primeiro q. no mundo todos os dias chove em algum lugar. E
> se nao chover, nao se especificou qdo. Eu digo: chovera'
> no Brasil no ano 2003. Ainda nao e' uma 'previsao'
> satisfatoria. Se eu digo: Chovera' em Sobral, CE, em
> 14 de março de 2003, aí já temos um bom começo. Se eu
> digo: Choverá 513mm em Sobral, CE, no dia 14 de março
> de 2003, das 14h01 às 13h25 -- eu tenho uma boa previsão.
> Ou uma furada espetacular. Claro q. a questão da complexidade
> da previsão (detalhamento) é complicada (sujeita q.
> esta' a analises subjetivas) e ainda assim não
> afasta completamente a possibilidade de simples
> coincidência casual. Mas e' um passo melhor do q.
> afirmacoes genericas do tipo: vai ser mais rápido,
> sera' menos rápido, tera' a mesma velocidade.
> Chovera', nao chovera'.
-----------
Esse seu exemplo da chuva é muito bom e bem didático.
As previsões têm um nível de detalhamento que vai do genérico - as que
abarcam todas as opções plausíveis -, e as altamente específicas - que
abarca somente uma única opção exata e inequívoca -.
Os dois extremos da análise são previsões sim. É claro que você pode
questionar a utilidade do primeiro extremo, mas não pode questionar seu
caráter de ante-visão. É claro que você pode preferir o segundo extremo, mas
acho que ele é impossível.
Entre um extremo e outro existe o famoso *meio termo*. A construção de
cenários, a observação de tendências. Fomentação de hipóteses. Especulações
racionais bem ponderadas.
O meio termo, no caso da chuva, não está no extremo: "vai chover no Brasil
em 2003", nem no outro extremo "Choverá 513mm em Sobral, CE, no dia 14 de
março de 2003, das 14h01 às 13h25" (o que você chama de "boa" previsão)
"Boa" previsão está na previsão da meteorologia, que, considerando fenômenos
como o El ninho, La ninha e certos ciclos meteorológicos - que não são
precisos por natureza -, consegue fazer análises "meio termo" como: "No ano
de 2003, o nordeste *provavelmente* chuvas bem abaixo da média, por causa do
El Ninho. Sugiro que o governo tome providências para evitar as
conseqüências da seca." - nem tão genérico como o Brasil, nem tão específico
como Sobral. É o meio termo.
É *nesse meio termo*, difuso e nebuloso, que podemos vislumbrar o processo
histórico.
--------
>
> Cozinharemos mais rapido em fornos frios. Isso e'
> realmente uma previsao? Ha' toda uma diversidade
> de alimentacao. Forno de microondas nao e' um
> eletrodomestico de utilizacao universal. Sera'
> um dia? E não ha' ainda os alimentos prontos e
> a entrega em domicilio: reinterpretamos o
> cozinhar mais rapido pela dispensa da coctura e
> os fornos frios como sua completa ausencia?
-------
Isso é realmente uma previsão sim. Você pode questionar se ela é útil por
ser genérica demais, mas, decididamente, é uma previsão.
Isso é uma questão de dicionário.
-----
>
> Na decada de 50 bem capaz de se prever q. no
> futuro a maquina de escrever e o telegrafo
> seriam mais rapidos. Teremos q. reinterpretar
> a maquina de escrever como computador com
> processador de texto e programa de reconhecimento
> de voz e de leitura de caracteres e o
> telegrafo como a internet?
------
Você gostou do "mais rápido". Está fazendo generalização e caricatura do que
eu disse sobre carros. A "evolução" de todas as coisas não se dá pelo
aumento da velocidade. No caso do forno microondas, como eu *já disse na
missiva anterior*, não se trata de um "aumento da velocidade". A questão diz
respeito a algo não-genérico (por mais que você insista em considerar
genérico): forno frio e comida "complexa" automaticamente pronta.
-----
>
> Na decada de 50 vislumbrava-se o telefone com
> imagem. Nao obtante essa tecnologia existir
> ha' decadas e diversas tentativas de lancamento
> de um telefone com camara e visor, nunca vingou.
> Talvez vingue agora com as camaras acopladas
> aos celulares. Mas e esse intermezzo de hesitacao?
> As pessoas vão querer mesmo ver e ser vistas
> na telecomunicação de voz? Isso sera' mesmo a
> concretização da 'previsão' do videofone?
-----
E a video conferencia ? E as Webcans ?
Não é altamente popular ainda, mas o processo de popularização é assim. A
cada dia o mercado de Webcans aumenta.
Então, você vai dizer: "ah! mas webcan não é telefone!". Então, eu pergunto:
"O que é telefone?" Se você me responder que telefone é "um aparelho com
bocal e 'receiver'", ok. Não vou ter nada mais a dizer.
Na década de 50, telefone é só um termo. É só uma referência à capacidade de
se comunicar rapidamente com outra pessoa à distância, por meio de um
equipamento caseiro que transmita, pelo menos à princípio, a voz.
O telefone com imagem já existe e é barato. A previsão já foi concretizada.
------
>
> Transportes mais velozes? Bem, de fato as
> nossas Ferraris (digo nossa porq. incluo
> a q. eu não tenho) são mais velozes do q. as
> bigas do Imperio Romano. As nossas estradas
> são melhores do q. os calcamentos desse
> imperio. Mas os carros de boi da Idade Media
> eram mais lentos do q. as bigas. E as melhores
> estradas eram o q. tinha sobrado de Roma.
------
Na idade média existiam bigas. Elas só não eram populares porque a economia
era rural e não havia muitas pistas.
É comum pensar-se que houve retrocesso na idade média, mas isso não é
verdade. Quase toda cultura foi guardada pela igreja. A alta cultura
clássica foi guardada. Não foi perdida. Alias, foi guardada e dissiminada
pelos monges copistas.
------
>
> Um soldado medieval tbm previria uma armadura
> cada vez mais pesada e resistente. Ate' q.
> a polvora aportando 'a Europa tornou a armadura
> um trambolho inutil.
------
Essa é uma opinião sua. Eu, por minha parte, diria que o soldado medieval
previria uma armadura cada vez mais *leve* e resistente. E a previsão foi
realizada com o *Kevlar*.
De qualquer modo, é bem difícil saber o que um soldado medieval preveria,
até porque eles não tinham acesso a armaduras. Eles usavam lorigas de couro.
Só os nobres usavam armaduras. E mesmo as armaduras pesadas - full plates -
tiveram seu advento pelo século XVI, isso é: quando a polvora já tinha
chegado.
A armadura full plate não era - e nem nunca foi - para batalha,
principalmente para confrotos com mosquetes. Era uma indumentária nobre, que
indicava status ou equipamento usado em duelos.
Ela saiu de moda, e não foi por causa da pólvora, como ensinam na escola. As
lorigas de couro nunca foram tão eficientes contra espadas e mesmo assim
sempre foram usadas em toda idade média. Ora, então por que as fulls plates,
igualmente ineficientes contra mosquetes, deveriam deixar de ser usadas ?
Por que para uma coisa esse argumento vale, mas para outra coisa não ?
De uma hora para outra, as full plates deixaram de ser usadas. Entretanto,
as lorigas e laudeis não. Ora, as lorigas não são igualmente ineficientes
ante os mosquetes ? O problema é que o uso das full plates não tem a ver
com belicosidade e sim com indumentária de guerra, que é algo diferente. O
abandono da full plate parece não ter nada a ver com o advento pólvora, mas
por causa de uma fenômeno simples: O advento da burguesia.
A classe dos senhores feudais - os bellatores: guerreiros - perdia prestígio
econômico e deixou de ditar a *moda*.
Agora, a burguesia, aliada ao rei, acumulava capital através de práticas
mercantilistas: era uma burguesia comercial. Ela viajava pelo mundo todo,
conseguindo joias, perfumes, sedas, especiarias e cosméticos. A moda, agora,
era a indumentária afetada, enfeitada, esfusiante, talvez até efeminada. Os
burgueses, agora, eram sibaritas.
O "sibaritismo nas roupas dos comerciantes dominou os séculos XVII e XVIII.
Então, houve uma nova mudança na moda. A burguesia mudou depois do desponte
da revolução industrial. Havia uma burguesia mais nacionalista e menos
cosmopolita, baseada em industriais e banqueiros. Além, depois da revolução
francesa, o povo - sans-culotte - tinha conseguido alguma participação na
vida política e econômica. Por outro lado, o marcantilismo e, por extensão,
toda burguesia comercial, começou a padecer de uma crise.
As roupas passaram a ser mais sóbrias, discretas, sem firulas
desnecessárias; porque, quem ditava a moda agora, não eram mais cormeciantes
viajados, mas industriais/financistas/classes-médias-urbanas.
Todo esse processo de troca de roupas poderia ter sido previsto dentro de
uma análise plausível por algum estudioso daquele tempo, caso ele pudesse
fazer estatíticas, pesquisas e tivesse o conhecimento do processo histórico
que temos hoje. Nada muito preciso. Nada detalhista sobre as roupas. Mas,
enquanto o processo histórico se desenrolava, certos cenários e
plasusividades podiam ser feitos.
Agora, parece não haver mais um grupo 'predominante' que dite a moda, porque
a economia se diversificou muito. Entretanto, é interessante notar a 'nova
moda' despojada do pessoal do vale do silício. Boa parte dos novos e grandes
milionários são derivados de estudantes de classe média, que conseguiram a
ascensão social sem que tivessem sido 'doutrinados' ideologicamente - pelo
menos no que diz aos "modos" - pela burguesia vigente, já que a derrocada
foi rápida. Já li algumas matérias em revistas e jornais comentando essa
nova 'moda'.
É claro que você pode dizer que é uma análise post hoc. Entretanto, é
plausível considerar, dado o processo de diversificação das atividades
econômicas, que não mais haverá uma moda predominante. Todas as burguesias
tem o seu espaço.
------
>
> A FC da decada de 50 previa computadores
> cada vez maiores. E com a diluicao dos
> computadores nos diversos eletrodomesticos
> e minituarizacao de seus componentes quer se
> reinterpretar a visao passado do futuro como
> computadores cada vez mais presentes...
------
Se você acha que preceitos como "computador grande" e "computador pequeno"
são realmente importantes, ok. Critério seu.
-----
>
> Assim ate' os videntes acertam. Alias e'
> exatamente desse modo q. eles acertam o
> futuro: fazem previsoes genericas, ignoram
> os erros, reinterpretam depois da ocorrencia
> do evento.
>
-----
Sobre previsões 'genéricas', já foi feita a observação. Mas farei novamente.
Eu não tenho vergonha de repetir.
Por genérico entendemos *gerais*. Observações que abarcam *todas* as opções
possíveis como se dissessem respeito a algo bem específico. Por exemplo, uma
técnica muito usada pelos videntes e "falar em paradoxo". Veja:
"Você é um rapaz tímido em algumas ocasiões, mas, às vezes, torna-se bem
extroverdido. Tem alguns rompantes de raiva e sentimentos que te corroem por
dentro, os quais precisa controlar. Mas outras vezes, se mostra tranquilo e
calmo, o que pode atrapalhar seu dinamismo. Precisa ter cuidado com a
distração, que as vezes lhe atrapalha, ainda que você seja uma pessoa
extremamente atenta, principalmente quando o assunto lhe interessa."
Essa é uma descrição genérica. Quase todo mundo se encaixa nela. Por que ?
Porque ela abarca todas as opções possíveis. Faz isso por meio de
contradições: tímido/extrovertido; raiva/calmaria/dinamismo;
distração/atenção.
Já no caso de algumas previsões há algumas constatações: certas previsões
podem ser específicas na medida em que escolhem um(ns) cenário(s) em
detrimento de outros. Nessa caso, não há genericidade: há predileção. Outras
previsões falam de probabilidades - mesmo que, às vezes, não em números
pragmáticos - indicando, novamente, predileções.
O exemplo de observação de vidente exposto acima mudaria de figura se ele
falasse algo como: "Você é um rapaz *predominantemente* tímido, ainda que
seja extrovertido em algumas situações". Nesse caso, há uma "probabilidade
implícita" não exposta em números. Há uma predileção. Se o vidente usasse
algum teste psicológico, poderia ainda ser mais preciso: " Você é um rapaz
70% introvertido, 10% extrovertido, 10%flaugmático e 10%colérico."
Enfim... não há uma linha divisória perfeita entre a previsão genérica, a
previsão de cenários e a previsão de especifidades. Mas não precisamos
discutir somente os extremos, quando existe o meio termo.
Veritas in medio stat.
Arcange.
(Não deu para comentar o outro e-mail, que era anterior a esse. Farei
depois, já estourei meu tempo.)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 16:38
Duas frases de duas pessoas que são, de vez em quando, encaradas como
futurólogos:
"Prever o futuro não é difícil. Só que não é importante".
Peter Drucker, guru dos gurus da administração (segundo eles, claro)
"Prever o futuro não é possível e pouco importa. A única pergunta que
importa é: o que faremos se tal coisa acontecer?"
Arie de Geuss, ex-diretor da Royal Dutch-Shell e autor de "The Living
Company"
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 11 de Novembro de 2002 15:08
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção
da Humanidade)
>
> ----- Original Message -----
> From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Monday, November 11, 2002 9:58 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção
da
> Humanidade)
>
>
> >
> > Nao apenas a fututologia e' furada, como a advinhacao da
> > personalidade ou intencao das pessoas qdo se tem pouco elementos
> > para tal analise ou qdo se analise de modo equivocado esses
> > elementos.
> >
> > Tire as expressoes 'inequivocamente' e 'chance de 100%'.
> >
> > Eu falei em lances de dados: se eu acerto uma unica vez
> > nao se sabe se foi ao acaso ou se eu realmente acertei.
> > Esse realmente acertar e' o q. podemos chamar de previsao.
> > Pra distinguir uma coisa de outra: previsao e acerto casual --
> > precisamos lancar o dado diversas vezes.
> > A chance ao acaso e' de 1/6. Se em infinitos lancamentos
> > eu acerto mais do q. 1/6 das vezes, entao nao podemos
> > atribuir ao acaso. Se eu erro mais do q. 5/6 das vezes tbm
> > nao podemos atribuir ao acaso. Claro q. nao e' possivel
> > se ter infinitos lancamentos, mas podemos ter um bom
> > numero -- e existem metodos estatisticos para se acomodar
> > essa diferenca do numero de lancamentos.
>
> -------------
>
> Bem, existem duas mensagens do Takata para mim. Demoro para responder por
> conta do tempo. Vou responder as duas numa só.
>
> Takata, eu não sabia que ficaria tão injuriado. Falei brincando. Foi até
uma
> homenagem, já que acho, sinceramente mesmo, você um dos partificipantes
mais
> ponderados da lista.
>
> Agora, falando objetivamente: Em nenhum momento quis adivinhar sua
> personalidade. Minha inferência foi feita de acordo com os dados que
tinha
> sobre sua posição no que toca o tema relevante dentro da discussão. Não
fiz
> nenhum juízo sobre você que fugisse do escopo do debate. Minha observação
> não foi sobre sua vida, seus gostos, hobbies, sua sexualidade, etc. Não
> disse categoricamente *nada* de *pessoal* sobre você. O que falei foi o
que
> entendi sobre a sua opinião em relação à previsibilidade do processo
> histórico. Disse que a impressão que tive era a de que você entende por
> previsão algo extremamente especificado e detalhista, que não admite
> condicionalidade nas previsões.
>
> Sinceramente, re-apresentar a sua opinião exposta por você mesmo na lista
é
> "adivinhar a sua personalidade" ? Ora, nem de personalidade isso se
trata!
> quanto mais de adivinhar!
>
> No máximo, você pode me acusar de tê-lo entendido errado. Ok. Eu acho que
> *não* entendi errado, mas tudo é possível. Agora, outro tipo de acusação
é
> abusar da boa vontade e da inteligência.
>
> -----------
> >
> > Mas como se faz no caso de um evento q. nao se pode repetir?
> > Nao podemos repetir a historia no mais das vezes pra ver se
> > o acerto foi casual ou nao -- em uns poucos casos podemos, como
> > o desenvolvimento paralelo de civilizacoes isoladas.
> > Ai' em parte entra a questao do detalhamento, da complexidade
> > do cenario proposto -- no q. se reflete possivelmente na
> > probabilidade de ocorrencia do fenomeno.
>
> ----------
>
> 1-) Takata, em nenhum momento eu disse que o processo histórico tem leis
ou
> causalidades.
>
> 2-) Diante de um fenômeno que não se repete, o que podemos fazer ?
>
> Segundo você sugere, já que não podemos fazer uma experiência e
repetí-la,
> construindo gráficos estatísticos, devemos, então, desistir de toda e
> qualquer tentativa de análise. Alias, coerentemente, era *justamente* o
que
> você parecia sugerir logo no primeiro e-mail que respondi. Foi essa
atitude
> que me fez respondê-lo e iniciar essa thread.
>
> Se você acha que, pelo fato de não podermos realizar experiencias que
possam
> ser repetir, devemos desistir de fazer análises do processo histórico e
> antever os seus caminhos e descaminhos, ok. É direito seu.
>
> Ainda bem que a OMS, a ONU, as diversas ONGs de grupos ecológicos, os
> analístas políticos, os economistas, Geógrafos críticos, administradores
de
> empresas, sociólogos, militares não pensam como você. Mesmo não podendo
> fazer experiencias estatísticas sobre os fenômenos com que estão lidando,
> eles ainda sim tentam prever cenários e tentar se adaptar a eles. O fazem
> baseados em conhecimentos prévios que não dizem respeito diretamente ao
> fenômeno em questão, mas que pode ajudar a dar pistas sobre o andamento
> dele.
>
> 3-) Mesmo que o processo histórico não apresente leis - e eu não estou
bem
> certo disso -, às vezes, é interessante observar certas repetições.
>
> Napoleão começou a perder o domínio da europa depois que invadiu a russia
e
> foi vencido pelo inverso. Hitler, idem. Napoleão passou a sentir enormes
> dificuldades de manter as guerras, depois que abriu 2 frentes de combate,
> Hitler idem.
>
> Não estou dizendo que no processo histórico existe uma lei que diz: "Se
> abrires 2 frentes de combate, perderás!" ou "Se invadires a Russia,
> perderás!" Mas, sejamos sinceros. Se você fosse um presidente de um país
> europeu em guerra, abriria 2 frentes de combate ou invadiria a Russia ?
>
> É claro que essa é uma pergunta simplista. As condições poderiam ser
> diferentes. A guerra poderia ser diferente. Mas ignorar e tão somente
> ignorar os dados não contribui em nada para tomar a melhor decisão.
>
> ---
> > Se eu digo: chovera'. Estou mesmo fazendo uma previsao?
> > Primeiro q. no mundo todos os dias chove em algum lugar. E
> > se nao chover, nao se especificou qdo. Eu digo: chovera'
> > no Brasil no ano 2003. Ainda nao e' uma 'previsao'
> > satisfatoria. Se eu digo: Chovera' em Sobral, CE, em
> > 14 de março de 2003, aí já temos um bom começo. Se eu
> > digo: Choverá 513mm em Sobral, CE, no dia 14 de março
> > de 2003, das 14h01 às 13h25 -- eu tenho uma boa previsão.
> > Ou uma furada espetacular. Claro q. a questão da complexidade
> > da previsão (detalhamento) é complicada (sujeita q.
> > esta' a analises subjetivas) e ainda assim não
> > afasta completamente a possibilidade de simples
> > coincidência casual. Mas e' um passo melhor do q.
> > afirmacoes genericas do tipo: vai ser mais rápido,
> > sera' menos rápido, tera' a mesma velocidade.
> > Chovera', nao chovera'.
>
> -----------
>
> Esse seu exemplo da chuva é muito bom e bem didático.
>
> As previsões têm um nível de detalhamento que vai do genérico - as que
> abarcam todas as opções plausíveis -, e as altamente específicas - que
> abarca somente uma única opção exata e inequívoca -.
>
> Os dois extremos da análise são previsões sim. É claro que você pode
> questionar a utilidade do primeiro extremo, mas não pode questionar seu
> caráter de ante-visão. É claro que você pode preferir o segundo extremo,
mas
> acho que ele é impossível.
>
> Entre um extremo e outro existe o famoso *meio termo*. A construção de
> cenários, a observação de tendências. Fomentação de hipóteses.
Especulações
> racionais bem ponderadas.
>
> O meio termo, no caso da chuva, não está no extremo: "vai chover no
Brasil
> em 2003", nem no outro extremo "Choverá 513mm em Sobral, CE, no dia 14 de
> março de 2003, das 14h01 às 13h25" (o que você chama de "boa" previsão)
>
> "Boa" previsão está na previsão da meteorologia, que, considerando
fenômenos
> como o El ninho, La ninha e certos ciclos meteorológicos - que não são
> precisos por natureza -, consegue fazer análises "meio termo" como: "No
ano
> de 2003, o nordeste *provavelmente* chuvas bem abaixo da média, por causa
do
> El Ninho. Sugiro que o governo tome providências para evitar as
> conseqüências da seca." - nem tão genérico como o Brasil, nem tão
específico
> como Sobral. É o meio termo.
>
>
> É *nesse meio termo*, difuso e nebuloso, que podemos vislumbrar o
processo
> histórico.
>
> --------
> >
> > Cozinharemos mais rapido em fornos frios. Isso e'
> > realmente uma previsao? Ha' toda uma diversidade
> > de alimentacao. Forno de microondas nao e' um
> > eletrodomestico de utilizacao universal. Sera'
> > um dia? E não ha' ainda os alimentos prontos e
> > a entrega em domicilio: reinterpretamos o
> > cozinhar mais rapido pela dispensa da coctura e
> > os fornos frios como sua completa ausencia?
>
> -------
>
> Isso é realmente uma previsão sim. Você pode questionar se ela é útil por
> ser genérica demais, mas, decididamente, é uma previsão.
>
> Isso é uma questão de dicionário.
>
> -----
> >
> > Na decada de 50 bem capaz de se prever q. no
> > futuro a maquina de escrever e o telegrafo
> > seriam mais rapidos. Teremos q. reinterpretar
> > a maquina de escrever como computador com
> > processador de texto e programa de reconhecimento
> > de voz e de leitura de caracteres e o
> > telegrafo como a internet?
>
> ------
>
> Você gostou do "mais rápido". Está fazendo generalização e caricatura do
que
> eu disse sobre carros. A "evolução" de todas as coisas não se dá pelo
> aumento da velocidade. No caso do forno microondas, como eu *já disse na
> missiva anterior*, não se trata de um "aumento da velocidade". A questão
diz
> respeito a algo não-genérico (por mais que você insista em considerar
> genérico): forno frio e comida "complexa" automaticamente pronta.
>
> -----
>
> >
> > Na decada de 50 vislumbrava-se o telefone com
> > imagem. Nao obtante essa tecnologia existir
> > ha' decadas e diversas tentativas de lancamento
> > de um telefone com camara e visor, nunca vingou.
> > Talvez vingue agora com as camaras acopladas
> > aos celulares. Mas e esse intermezzo de hesitacao?
> > As pessoas vão querer mesmo ver e ser vistas
> > na telecomunicação de voz? Isso sera' mesmo a
> > concretização da 'previsão' do videofone?
>
> -----
>
> E a video conferencia ? E as Webcans ?
>
> Não é altamente popular ainda, mas o processo de popularização é assim. A
> cada dia o mercado de Webcans aumenta.
>
> Então, você vai dizer: "ah! mas webcan não é telefone!". Então, eu
pergunto:
> "O que é telefone?" Se você me responder que telefone é "um aparelho com
> bocal e 'receiver'", ok. Não vou ter nada mais a dizer.
>
> Na década de 50, telefone é só um termo. É só uma referência à capacidade
de
> se comunicar rapidamente com outra pessoa à distância, por meio de um
> equipamento caseiro que transmita, pelo menos à princípio, a voz.
>
> O telefone com imagem já existe e é barato. A previsão já foi
concretizada.
>
> ------
> >
> > Transportes mais velozes? Bem, de fato as
> > nossas Ferraris (digo nossa porq. incluo
> > a q. eu não tenho) são mais velozes do q. as
> > bigas do Imperio Romano. As nossas estradas
> > são melhores do q. os calcamentos desse
> > imperio. Mas os carros de boi da Idade Media
> > eram mais lentos do q. as bigas. E as melhores
> > estradas eram o q. tinha sobrado de Roma.
>
> ------
>
> Na idade média existiam bigas. Elas só não eram populares porque a
economia
> era rural e não havia muitas pistas.
>
> É comum pensar-se que houve retrocesso na idade média, mas isso não é
> verdade. Quase toda cultura foi guardada pela igreja. A alta cultura
> clássica foi guardada. Não foi perdida. Alias, foi guardada e dissiminada
> pelos monges copistas.
>
> ------
> >
> > Um soldado medieval tbm previria uma armadura
> > cada vez mais pesada e resistente. Ate' q.
> > a polvora aportando 'a Europa tornou a armadura
> > um trambolho inutil.
>
> ------
>
> Essa é uma opinião sua. Eu, por minha parte, diria que o soldado medieval
> previria uma armadura cada vez mais *leve* e resistente. E a previsão foi
> realizada com o *Kevlar*.
>
> De qualquer modo, é bem difícil saber o que um soldado medieval preveria,
> até porque eles não tinham acesso a armaduras. Eles usavam lorigas de
couro.
> Só os nobres usavam armaduras. E mesmo as armaduras pesadas - full
plates -
> tiveram seu advento pelo século XVI, isso é: quando a polvora já tinha
> chegado.
>
> A armadura full plate não era - e nem nunca foi - para batalha,
> principalmente para confrotos com mosquetes. Era uma indumentária nobre,
que
> indicava status ou equipamento usado em duelos.
>
> Ela saiu de moda, e não foi por causa da pólvora, como ensinam na escola.
As
> lorigas de couro nunca foram tão eficientes contra espadas e mesmo assim
> sempre foram usadas em toda idade média. Ora, então por que as fulls
plates,
> igualmente ineficientes contra mosquetes, deveriam deixar de ser usadas ?
> Por que para uma coisa esse argumento vale, mas para outra coisa não ?
>
> De uma hora para outra, as full plates deixaram de ser usadas.
Entretanto,
> as lorigas e laudeis não. Ora, as lorigas não são igualmente ineficientes
> ante os mosquetes ? O problema é que o uso das full plates não tem a ver
> com belicosidade e sim com indumentária de guerra, que é algo diferente.
O
> abandono da full plate parece não ter nada a ver com o advento pólvora,
mas
> por causa de uma fenômeno simples: O advento da burguesia.
>
> A classe dos senhores feudais - os bellatores: guerreiros - perdia
prestígio
> econômico e deixou de ditar a *moda*.
>
> Agora, a burguesia, aliada ao rei, acumulava capital através de práticas
> mercantilistas: era uma burguesia comercial. Ela viajava pelo mundo todo,
> conseguindo joias, perfumes, sedas, especiarias e cosméticos. A moda,
agora,
> era a indumentária afetada, enfeitada, esfusiante, talvez até efeminada.
Os
> burgueses, agora, eram sibaritas.
>
> O "sibaritismo nas roupas dos comerciantes dominou os séculos XVII e
XVIII.
> Então, houve uma nova mudança na moda. A burguesia mudou depois do
desponte
> da revolução industrial. Havia uma burguesia mais nacionalista e menos
> cosmopolita, baseada em industriais e banqueiros. Além, depois da
revolução
> francesa, o povo - sans-culotte - tinha conseguido alguma participação na
> vida política e econômica. Por outro lado, o marcantilismo e, por
extensão,
> toda burguesia comercial, começou a padecer de uma crise.
>
> As roupas passaram a ser mais sóbrias, discretas, sem firulas
> desnecessárias; porque, quem ditava a moda agora, não eram mais
cormeciantes
> viajados, mas industriais/financistas/classes-médias-urbanas.
>
> Todo esse processo de troca de roupas poderia ter sido previsto dentro de
> uma análise plausível por algum estudioso daquele tempo, caso ele pudesse
> fazer estatíticas, pesquisas e tivesse o conhecimento do processo
histórico
> que temos hoje. Nada muito preciso. Nada detalhista sobre as roupas. Mas,
> enquanto o processo histórico se desenrolava, certos cenários e
> plasusividades podiam ser feitos.
>
> Agora, parece não haver mais um grupo 'predominante' que dite a moda,
porque
> a economia se diversificou muito. Entretanto, é interessante notar a
'nova
> moda' despojada do pessoal do vale do silício. Boa parte dos novos e
grandes
> milionários são derivados de estudantes de classe média, que conseguiram
a
> ascensão social sem que tivessem sido 'doutrinados' ideologicamente -
pelo
> menos no que diz aos "modos" - pela burguesia vigente, já que a derrocada
> foi rápida. Já li algumas matérias em revistas e jornais comentando essa
> nova 'moda'.
>
> É claro que você pode dizer que é uma análise post hoc. Entretanto, é
> plausível considerar, dado o processo de diversificação das atividades
> econômicas, que não mais haverá uma moda predominante. Todas as
burguesias
> tem o seu espaço.
>
> ------
>
> >
> > A FC da decada de 50 previa computadores
> > cada vez maiores. E com a diluicao dos
> > computadores nos diversos eletrodomesticos
> > e minituarizacao de seus componentes quer se
> > reinterpretar a visao passado do futuro como
> > computadores cada vez mais presentes...
>
> ------
>
> Se você acha que preceitos como "computador grande" e "computador
pequeno"
> são realmente importantes, ok. Critério seu.
>
> -----
> >
> > Assim ate' os videntes acertam. Alias e'
> > exatamente desse modo q. eles acertam o
> > futuro: fazem previsoes genericas, ignoram
> > os erros, reinterpretam depois da ocorrencia
> > do evento.
> >
> -----
>
> Sobre previsões 'genéricas', já foi feita a observação. Mas farei
novamente.
> Eu não tenho vergonha de repetir.
>
> Por genérico entendemos *gerais*. Observações que abarcam *todas* as
opções
> possíveis como se dissessem respeito a algo bem específico. Por exemplo,
uma
> técnica muito usada pelos videntes e "falar em paradoxo". Veja:
>
> "Você é um rapaz tímido em algumas ocasiões, mas, às vezes, torna-se bem
> extroverdido. Tem alguns rompantes de raiva e sentimentos que te corroem
por
> dentro, os quais precisa controlar. Mas outras vezes, se mostra tranquilo
e
> calmo, o que pode atrapalhar seu dinamismo. Precisa ter cuidado com a
> distração, que as vezes lhe atrapalha, ainda que você seja uma pessoa
> extremamente atenta, principalmente quando o assunto lhe interessa."
>
> Essa é uma descrição genérica. Quase todo mundo se encaixa nela. Por que
?
> Porque ela abarca todas as opções possíveis. Faz isso por meio de
> contradições: tímido/extrovertido; raiva/calmaria/dinamismo;
> distração/atenção.
>
> Já no caso de algumas previsões há algumas constatações: certas previsões
> podem ser específicas na medida em que escolhem um(ns) cenário(s) em
> detrimento de outros. Nessa caso, não há genericidade: há predileção.
Outras
> previsões falam de probabilidades - mesmo que, às vezes, não em números
> pragmáticos - indicando, novamente, predileções.
>
> O exemplo de observação de vidente exposto acima mudaria de figura se ele
> falasse algo como: "Você é um rapaz *predominantemente* tímido, ainda que
> seja extrovertido em algumas situações". Nesse caso, há uma
"probabilidade
> implícita" não exposta em números. Há uma predileção. Se o vidente usasse
> algum teste psicológico, poderia ainda ser mais preciso: " Você é um
rapaz
> 70% introvertido, 10% extrovertido, 10%flaugmático e 10%colérico."
>
>
>
> Enfim... não há uma linha divisória perfeita entre a previsão genérica, a
> previsão de cenários e a previsão de especifidades. Mas não precisamos
> discutir somente os extremos, quando existe o meio termo.
>
> Veritas in medio stat.
>
> Arcange.
>
> (Não deu para comentar o outro e-mail, que era anterior a esse. Farei
> depois, já estourei meu tempo.)
>
>
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>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 17:16
Eu também já ouvi isso de um médico. Segundo ele, a ingestão dessas
vitaminas libera um odor pela pele que afastaria os insetos. Mas esse mesmo
médico também me assegurou que a melhor maneira de evitar picadas de
insetos é ficar longe deles...
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 11 de Novembro de 2002 17:52
Assunto: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
Há tempos ouço que a ingestão maciça de vitaminas do complexo B
agem como repelente de insetos. O que há de verdade nisto?
[]
Alexandre Medeiros
"Eppur se muove..." (Galileu)
SUBJECT: ComCiência nº 38
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 17:21
Mensagem reenviada!
Belisário
--------------------------------------------------------------------------------
Está no ar o número 38 da revista mensal eletrônica de Jornalismo
Científico ComCiência, publicada pelo LABJOR e pela SBPC. O tema desta
edição é "Nanociência & Nanotecnologia".
Os artigos são:
Admirável Nano - Mundo - Novo
Carlos Vogt
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/01.htm
O que é nanotecnologia?
Cylon Gonçalvez da Silva
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/10.htm
Nanoredes
Marcelo Knobel
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/11.htm
Nanotecnologia molecular e de interfaces
Oscar Loureiro Malta
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/12.htm
Nanodispositivos semicondutores e materiais nanoestruturados
Eronides F. da Silva Jr.
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/13.htm
Nanomagnetismo
Sergio Machado Rezende
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/14.htm
Nanobiotecnologia e saúde
Zulmira Lacava e Paulo Morais
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/15.htm
Computação Quântica
Ivan S. Oliveira
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/16.htm
Nanociência e Nanotecnologia
Alaor Chaves
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/17.htm
Nanociência e Nanotecnologia no LNLS
José A. Brum
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/18.htm
Há mais espaços lá embaixo
Richard Feynman
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/19.htm
Reportagens:
Aplicações tecnológicas dependem de investimentos privados
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/02.htm
Nanotecnologia ainda não está no dia a dia das pessoas
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/03.htm
Vantagens e riscos da nanotecnologia ao meio ambiente
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/04.htm
Fabricação de nanoestruturas
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/05.htm
Nos EUA, investimentos podem alcançar os do Genoma
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/06.htm
Setor privado internacional é grande investidor
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/07.htm
Aplicações militares estão sendo incentivadas no EUA
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/08.htm
Nanotecnologia une diferentes visões de ciência
http://www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/09.htm
Entrevistas
(http://www.comciencia.br/entrevistas/frameentr.htm):
Nanotecnologia pode assemelhar homens e máquinas
Luiz Alberto Oliveira
Nanotecnologia brasileira deve aliar investimentos em ciência básica e
aplicada
José Roberto Leite
Resenhas
(http://www.comciencia.br/resenhas/framerese.htm):
Viagem Fantástica I e II
por Rafael Evangelista
Nano - A Ciência emergente da nanotecnologia: refazendo o mundo -
molécula por molécula
por Rosane de Bastos Pereira
Notícias da semana:
(http://www.comciencia.br/noticias/framenot.htm)
- Simpósio trata de inovação tecnológica com enfoque na regionalização
- Sardenberg acredita na continuidade dos esforços de apoio à inovação
- Relatórios afirmam que transgênicos não fazem mal à saúde
- Cientistas defendem clonagem humana em Congresso Mundial de Bioética
- Guia orientará relacionamento entre pesquisadores e jornalistas
- Ponto de Ebulição: a Ciência na TV
- Ditado popular é comprovado cientificamente
- Pesquisa focaliza segregação sócio-espacial e políticas públicas
- Turismo pode ajudar a preservar sítios arqueológicos da Serra da Capivara
Radar da Ciência: Novidades em Ciência e Tecnologia nas
áreas de Física,Matemática, Biologia e outras.
Links: sobre Astronomia, Institutos de Pesquisas e de
Divulgação Científica e outros.
Opinião: Painel do Leitor, com espaço para comentários e
artigos.
Boa Leitura!
---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------
SUBJECT: Complexo B contra pernilongos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 17:52
Há tempos ouço que a ingestão maciça de vitaminas do complexo B
agem como repelente de insetos. O que há de verdade nisto?
[]
Alexandre Medeiros
"Eppur se muove..." (Galileu)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 18:13
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> Takata, eu não sabia que ficaria tão injuriado. Falei brincando.
Continua fazendo inferencias alem do q. os dados permitem.
> Agora, falando objetivamente: Em nenhum momento quis adivinhar sua
> personalidade.
Tentou adivinhar a minha intencao. Bem, era possivel adivinhar
a minha intencao e o meu conceito de previsao, mas no caso os
dados foram utilizados de modo equivocado. Qdo se tem uma
preconcepcao esse erro se torna muito comum.
> Sinceramente, re-apresentar a sua opinião exposta por você mesmo na
> lista é "adivinhar a sua personalidade" ? Ora, nem de personalidade
> isso se trata! quanto mais de adivinhar!
Diga em q. lugar eu escrevi ou deixei a entender q. acho q.
prever significa acertar 100%, significa saber q. algo
inequivocamente ira' ocorrer?
> Agora, outro tipo de acusação é
> abusar da boa vontade e da inteligência.
Quem abusou da boa vontade e inteligencia?
> > Mas como se faz no caso de um evento q. nao se pode repetir?
> > Nao podemos repetir a historia no mais das vezes pra ver se
> > o acerto foi casual ou nao -- em uns poucos casos podemos, como
> > o desenvolvimento paralelo de civilizacoes isoladas.
> > Ai' em parte entra a questao do detalhamento, da complexidade
> > do cenario proposto -- no q. se reflete possivelmente na
> > probabilidade de ocorrencia do fenomeno.
>
> ----------
>
> 1-) Takata, em nenhum momento eu disse que o processo histórico tem
> leis ou causalidades.
Mas qual a pertinencia desse dado na contestacao do ponto de minha
mensagem destacado?
> 2-) Diante de um fenômeno que não se repete, o que podemos fazer ?
>
> Segundo você sugere, já que não podemos fazer uma experiência e
> repetí-la, construindo gráficos estatísticos, devemos, então,
> desistir de toda e qualquer tentativa de análise.
Eu nao falei isso. Eu disse q. em uma janela ampla -- atualmente pra
mais de 50 anos -- as 'previsoes' sao pouco confiaveis. O q. e'
diferente de tentativa de analise. As 'previsoes' para um espaco de
tempo como esse serve ou como alerta: "se nada mudar as coisas serão
assim" (o q. é uma obviedade, mas 'as vezes obviedades são uteis) ou
como exercicio. Mas não é uma 'previsão'. E' um chute como dizer q.
no próximo lance de dados vai dar 'três'. Em 500 anos é especulação
pura.
> Ainda bem que a OMS, a ONU, as diversas ONGs de grupos ecológicos,
> os analístas políticos, os economistas, Geógrafos críticos,
> administradores de empresas, sociólogos, militares não pensam como
> você.
Se vc conseguir algum relatorio sobre um periodo futuro de 500
anos... De 50 anos já sera' muito dificil.
> 3-) Mesmo que o processo histórico não apresente leis - e eu não
> estou bem certo disso -, às vezes, é interessante observar certas
> repetições.
Ninguem disse o contrario.
> perderás!" Mas, sejamos sinceros. Se você fosse um presidente de um
> país europeu em guerra, abriria 2 frentes de combate ou invadiria a
> Russia ?
Um pequeno ad hominem:
"Bem... eu abri muitas 'frentes' diferentes e não posso dar conta de
todas.Talvez eu deixe de responder algumas.. mas, enfim..."
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19082
Se eu fosse um presidente de um país europeu primeiro iria depender
de qual país eu presidiria, depois dependeria dos poderes q. eu
teria, depois do apoio da populacao (ou antes -- isso tbm depende),
depois do estafe do ministerio da guerra 'a minha disposicao, depois
da condicao das minhas tropas e das forcas armadas, depois das
aliancas q. tiver costurado, depois do cenario da guerra, depois das
provisoes e da capacidade de producao e principalmente dependeria de
se eu tivesse as cartas para 80 exercitos em Dudinka e 10 avioes em
Omisky e Vladvostoky. Claro q. dependeria tbm de se a minha missao
era conquistar 24 territorios 'a minha escolha ou se de destruir o
exercito vermelho.
Se nao depender nada disso eu diria: se eu fosse o presidente, meu
primeiro ato seria renunciar.
> ignorar os dados não contribui em nada para tomar a melhor decisão.
Tomar a melhor decisao e' diferente de vc fazer previsoes para
mais de 50 anos e contar com elas.
> questionar a utilidade do primeiro extremo, mas não pode questionar
> seu caráter de ante-visão.
Eu posso questionar. Na medida em q. nao estou me baseando em dados
confiaveis nao e' uma previsao, e' um chute. Seria o mesmo q. eu me
considerar o maior paranormal do mundo se eu acertar o proximo lance
de dados, eu mesmo a mega-sena acumulada sozinho. E isso porq. nao
estamos falando de fenonemos historicos, mas de meteorologicos.
> A construção de cenários, a observação de tendências. Fomentação de
> hipóteses. Especulações racionais bem ponderadas.
O q. nao existe para cenarios de 500 anos. E muito pouco para
cenarios de 50 anos.
> É o meio termo.
Q. meio termos e' possivel para uma janela de mais de 50 anos?
> É *nesse meio termo*, difuso e nebuloso, que podemos vislumbrar o
> processo histórico.
Talvez algum dia consigamos, por hj ainda falta muito pra tto.
> Isso é realmente uma previsão sim. Você pode questionar se ela é
> útil por ser genérica demais, mas, decididamente, é uma previsão.
Tto qto dizer: "vai dar 4 no proximo lance de dados",
"o proximo cara a entrar no elevador se chama Luiz".
> aumento da velocidade. No caso do forno microondas, como eu *já
> disse na missiva anterior*, não se trata de um "aumento da
> velocidade".
Bem, se vc diz, então eu esqueco o "em poucos minutos" da mensagem
original.
> A questão diz respeito a algo não-genérico (por mais
> que você insista em considerar genérico): forno frio e
> comida "complexa" automaticamente pronta.
E o q. vc acha das bugigangas de cozinha de acionamento
manual q. fazem tto sucesso? De pau de macarrao com teflon,
a formas plasticas termorresistentes? Ha' um investimento
serio no "resgate do prazer de cozinhar". E isso sem q.
o microondas tenha se universalizado.
Ha' um certo sabor neo-ludista nisso. Ah! Ja' "previram" isso?
Claro. Desde sempre a tecnologia ao mesmo tempo q. conquistava
defensores entusiasticos, amealhava opositores ferrenhos. Entao se a
tecnologia avanca e melhora as condicoes de vida, ha' os
q. 'acertaram' na 'previsao'. Se a tecnologia avanca e piora as
condicoes de vida, ha' os q. 'acertaram' na 'previsao'.
Vivemos em uma epoca privilegiada em q. tto os q. achavam q. a
tecnologia melhoraria a vida das pessoas, qto os q. achavam q.
a tecnologia pioraria a vida das pessoas, tEm (ou teriam) a certeza
de q. 'acertaram' em suas 'previsoes'.
> E a video conferencia ? E as Webcans ?
>
> Não é altamente popular ainda, mas o processo de popularização é
> assim. A cada dia o mercado de Webcans aumenta.
E o intermezzo? Fica no limbo? E depois q. a moda das webcams
passar? Volta-se ao silencio?
(Ninguem faz video-conferencia para tratar de assuntos
pessoais. Bem, talvez os tarados pela tecnologia.)
> O telefone com imagem já existe e é barato. A previsão já foi
> concretizada.
Nao foi. A previsao era a de q. ele estaria disseminado. Nao esta'.
> > Transportes mais velozes? Bem, de fato as
> > nossas Ferraris (digo nossa porq. incluo
> > a q. eu não tenho) são mais velozes do q. as
> > bigas do Imperio Romano. As nossas estradas
> > são melhores do q. os calcamentos desse
> > imperio. Mas os carros de boi da Idade Media
> > eram mais lentos do q. as bigas. E as melhores
> > estradas eram o q. tinha sobrado de Roma.
>
> ------
>
> Na idade média existiam bigas. Elas só não eram populares porque a
> economia era rural e não havia muitas pistas.
Claro q. existiam bigas. Mas o uso era o carro de boi.
> É comum pensar-se que houve retrocesso na idade média, mas isso não
> é verdade. Quase toda cultura foi guardada pela igreja. A alta
> cultura clássica foi guardada. Não foi perdida. Alias, foi guardada
> e dissiminada pelos monges copistas.
Em muitos aspectos houve sim retrocesso: toda a infraestrutura das
cidades com seus aquedutos, sistemas de administracao, comercio em
larga escala, academias. Nao q. o conhecimento fosse amplamente
disseminado na epoca classica, mas houve uma concentracao
extremamente alta durante a Idade Media. A Igreja guardou algumas
coisas, mas a maior parte foi resgatada pelos arabes.
> > Um soldado medieval tbm previria uma armadura
> > cada vez mais pesada e resistente. Ate' q.
> > a polvora aportando 'a Europa tornou a armadura
> > um trambolho inutil.
>
> ------
>
> Essa é uma opinião sua. Eu, por minha parte, diria que o soldado
> medieval previria uma armadura cada vez mais *leve* e resistente. E
> a previsão foi realizada com o *Kevlar*.
Vc pode dizer 'a vontade (e a posteriori). Se vc acompanhar a
evolucao das armaduras, elas passam de simples peles curtidas para
cotas de malha e placas de ferro fundidas e malhadas. No auge do
processo o cavaleiro tinha q. ser icado com um guindaste para montar
em seu cavalo. Se caisse ao chao nao conseguiria mais se levantar.
O advento dos mosquetes resolveu tudo: a armadura nao serviria
para protecao e continuaria a atrapalhar os movimentos, o status
de uma reluzente armadura ja' nao valia mais a pena.
> Por que para uma coisa esse argumento vale, mas para outra coisa
> não ?
O argumento vale tbm para as grandes muralhas dos castelos e das
cidades. Com os canhoes elas eram inuteis e dispendiosas.
As lorigas eram inuteis contra os mosquetes, mas nao impediam os
movimentos dos soldados.
> Todo esse processo de troca de roupas poderia ter sido previsto
> dentro de uma análise plausível por algum estudioso daquele tempo,
Ah! sim. Tto qto a discricao das plumas e babados q. dominaria na era
vitoriana -- comandada pelos burgueses discretos e comedidos. Ou uma
recaida das calcas boca-de-sino, das brilhantinas, paetês e
lantejoulas da disco.
> é plausível considerar, dado o processo de diversificação das
> atividades econômicas, que não mais haverá uma moda predominante.
Tao plausivel qto considerar q. *havera'* uma moda predominante.
> Se você acha que preceitos como "computador grande" e "computador
> pequeno" são realmente importantes, ok. Critério seu.
O problema nao e' meu, mas de quem quer ver nas FC uma previsao do
futuro. Nao e' apenas grandes contra pequenos, mas sobretudo de
centrais contra difusos.
> Por genérico entendemos *gerais*. Observações que abarcam *todas*
> as opções possíveis como se dissessem respeito a algo bem
> específico.
Arcange, entenda q. eu nao tenho a obrigacao de utilizar os termos do
modo como vc interpreta. A 'generico' cabe perfeitamente a nocao de
amplo ou mesmo de geral -- mas não como a *totalidade*, mas como uma
*grande parte*, tratado na generalidade (=vago, que deixa de exprimir
o essencial de um assunto) -- nao abuso assim da lingua patria. E'
claro q. vc tem certa liberdade de interpretar como quiser o q. eu
escrevo (salvo coisas como eu dizer: "Não tenho carro" ser entendido
como "Ellen Roche e' uma mocreia"), mas definitivamente não uso
nestas mensagens 'genérico' como 'totalidade' -- ate' ja' havia
deixado isso explicito anteriormente. Mas como em seu dicionario
aviao e' carro, processamento de dados e' raciocinio e webcam e'
telefone... fique a la vonte'.
> Essa é uma descrição genérica. Quase todo mundo se encaixa nela.
Eu particularmente não descreveria como genérica, mas vc tem a
liberdade de usar o conceito como mais lhe convier.
> " Você é um rapaz
> 70% introvertido, 10% extrovertido, 10%flaugmático e 10%colérico."
Uma impropriedade na caracterizacao de uma personalidade, mas enfim.
De todo modo continua sendo um chute. A menos q. ela consiga acertar
para um numero de pessoas mais do q. ela conseguiria por acaso --
claro nessa situacao particular, temos q. eliminar o conhecimento de
mundo da vidente.
> Enfim... não há uma linha divisória perfeita entre a previsão
> genérica, a previsão de cenários e a previsão de especifidades. Mas
> não precisamos discutir somente os extremos, quando existe o meio
> termo.
A questao q. eu pus desde o inicio e': e' bobagem fazer previsoes
para janelas de tempo dilatadas -- por volta de 50 anos como uma data
limite para a credibilidade das previsoes. Janela de tempo de
centenas de anos e' especulacao pura para processos historicos.
A questao da generalidade e' secundaria. Ela apenas entra na roda na
medida em q. afirmacoes bastante genericas podem ser lancadas para
janelas de tempo de alguns séculos. Ai' tbm e' tao previsao qto
acertar o lance de um dado.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistematico do ectoplasma
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 18:15
Arcange,
O ectoplasma é assunto corriqueiro quer entre os espíritas, quer no ciencialist onde sou o maior estudioso do assunto. Nesse momento, no mundo, há mais de 1 milhão de pessoas envolvidas com o ectoplasma. Parece-me, portanto, ser um bom exemplo para o que o Takata comenta.
Para os espíritas há uma repetitividade diária (senão horária!) e para a ciência ... nenhuma.
>>[ 2-) Diante de um fenômeno que não se repete, o que podemos fazer ?]<<
Como a Ciência faria para abordar tal estudo ectoplasmático?
Nota: Não vale apelar para a quântica, ainda não estamos na fase do ectoplasma quântico que revolucionará o mundo.
aquele abraço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
| > Nao apenas a fututologia e' furada, como a advinhacao da
| > personalidade ou intencao das pessoas qdo se tem pouco elementos
| > para tal analise ou qdo se analise de modo equivocado esses
| > elementos.
| >
| -------------
|
| Bem, existem duas mensagens do Takata para mim. Demoro para responder por
| conta do tempo. Vou responder as duas numa só.
|
| -----------
| >
| > Mas como se faz no caso de um evento q. nao se pode repetir?
| > Nao podemos repetir a historia no mais das vezes pra ver se
| > o acerto foi casual ou nao -- em uns poucos casos podemos, como
| > o desenvolvimento paralelo de civilizacoes isoladas.
| > Ai' em parte entra a questao do detalhamento, da complexidade
| > do cenario proposto -- no q. se reflete possivelmente na
| > probabilidade de ocorrencia do fenomeno.
|
| ----------
|
| 1-) Takata, em nenhum momento eu disse que o processo histórico tem leis ou
| causalidades.
|
| 2-) Diante de um fenômeno que não se repete, o que podemos fazer ?
|
| Segundo você sugere, já que não podemos fazer uma experiência e repetí-la,
| construindo gráficos estatísticos, devemos, então, desistir de toda e
| qualquer tentativa de análise. Alias, coerentemente, era *justamente* o que
| você parecia sugerir logo no primeiro e-mail que respondi. Foi essa atitude
| que me fez respondê-lo e iniciar essa thread.
|
| Se você acha que, pelo fato de não podermos realizar experiencias que possam
| ser repetir, devemos desistir de fazer análises do processo histórico e
| antever os seus caminhos e descaminhos, ok. É direito seu.
|
| Ainda bem que a OMS, a ONU, as diversas ONGs de grupos ecológicos, os
| analístas políticos, os economistas, Geógrafos críticos, administradores de
| empresas, sociólogos, militares não pensam como você. Mesmo não podendo
| fazer experiencias estatísticas sobre os fenômenos com que estão lidando,
| eles ainda sim tentam prever cenários e tentar se adaptar a eles. O fazem
| baseados em conhecimentos prévios que não dizem respeito diretamente ao
| fenômeno em questão, mas que pode ajudar a dar pistas sobre o andamento
| dele.
|
| 3-) Mesmo que o processo histórico não apresente leis - e eu não estou bem
| certo disso -, às vezes, é interessante observar certas repetições.
|
| Napoleão começou a perder o domínio da europa depois que invadiu a russia e
| foi vencido pelo inverso. Hitler, idem. Napoleão passou a sentir enormes
| dificuldades de manter as guerras, depois que abriu 2 frentes de combate,
| Hitler idem.
|
| Não estou dizendo que no processo histórico existe uma lei que diz: "Se
| abrires 2 frentes de combate, perderás!" ou "Se invadires a Russia,
| perderás!" Mas, sejamos sinceros. Se você fosse um presidente de um país
| europeu em guerra, abriria 2 frentes de combate ou invadiria a Russia ?
|
| É claro que essa é uma pergunta simplista. As condições poderiam ser
| diferentes. A guerra poderia ser diferente. Mas ignorar e tão somente
| ignorar os dados não contribui em nada para tomar a melhor decisão.
|
| ---
---------------
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 18:18
Oi A^3,
concorda que após sua mensagem vc poderia ter cortado todo o restante? Veja só o tamanho que ficou isso?
Vale para todos, sem broncas!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 11 de novembro de 2002 16:38
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
| Duas frases de duas pessoas que são, de vez em quando, encaradas como
| futurólogos:
|
| "Prever o futuro não é difícil. Só que não é importante".
| Peter Drucker, guru dos gurus da administração (segundo eles, claro)
|
| "Prever o futuro não é possível e pouco importa. A única pergunta que
| importa é: o que faremos se tal coisa acontecer?"
| Arie de Geuss, ex-diretor da Royal Dutch-Shell e autor de "The Living
| Company"
|
| [ ]s
|
| Alvaro Augusto
|
| -----Mensagem Original-----
| De: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
| Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Enviada em: Segunda-feira, 11 de Novembro de 2002 15:08
| Assunto: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção
| da Humanidade)
|
|
| >
| > ----- Original Message -----
| > From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
| > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| > Sent: Monday, November 11, 2002 9:58 AM
| > Subject: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção
| da
| > Humanidade)
| >
| >
| > >
| > > Nao apenas a fututologia e' furada, como a advinhacao da
| > > personalidade ou intencao das pessoas qdo se tem pouco elementos
| > > para tal analise ou qdo se analise de modo equivocado esses
| > > elementos.
| > >
| > > Tire as expressoes 'inequivocamente' e 'chance de 100%'.
| > >
| > > Eu falei em lances de dados: se eu acerto uma unica vez
| > > nao se sabe se foi ao acaso ou se eu realmente acertei.
| > > Esse realmente acertar e' o q. podemos chamar de previsao.
| > > Pra distinguir uma coisa de outra: previsao e acerto casual --
| > > precisamos lancar o dado diversas vezes.
| > > A chance ao acaso e' de 1/6. Se em infinitos lancamentos
| > > eu acerto mais do q. 1/6 das vezes, entao nao podemos
| > > atribuir ao acaso. Se eu erro mais do q. 5/6 das vezes tbm
| > > nao podemos atribuir ao acaso. Claro q. nao e' possivel
| > > se ter infinitos lancamentos, mas podemos ter um bom
| > > numero -- e existem metodos estatisticos para se acomodar
| > > essa diferenca do numero de lancamentos.
| >
| > -------------
| >
| > Bem, existem duas mensagens do Takata para mim. Demoro para responder por
| > conta do tempo. Vou responder as duas numa só.
| >
| > Takata, eu não sabia que ficaria tão injuriado. Falei brincando. Foi até
| uma
| > homenagem, já que acho, sinceramente mesmo, você um dos partificipantes
| mais
| > ponderados da lista.
| >
| > Agora, falando objetivamente: Em nenhum momento quis adivinhar sua
| > personalidade. Minha inferência foi feita de acordo com os dados que
| tinha
| > sobre sua posição no que toca o tema relevante dentro da discussão. Não
| fiz
| > nenhum juízo sobre você que fugisse do escopo do debate. Minha observação
| > não foi sobre sua vida, seus gostos, hobbies, sua sexualidade, etc. Não
| > disse categoricamente *nada* de *pessoal* sobre você. O que falei foi o
| que
| > entendi sobre a sua opinião em relação à previsibilidade do processo
| > histórico. Disse que a impressão que tive era a de que você entende por
| > previsão algo extremamente especificado e detalhista, que não admite
| > condicionalidade nas previsões.
| >
| > Sinceramente, re-apresentar a sua opinião exposta por você mesmo na lista
| é
| > "adivinhar a sua personalidade" ? Ora, nem de personalidade isso se
| trata!
| > quanto mais de adivinhar!
| >
| > No máximo, você pode me acusar de tê-lo entendido errado. Ok. Eu acho que
| > *não* entendi errado, mas tudo é possível. Agora, outro tipo de acusação
| é
| > abusar da boa vontade e da inteligência.
| >
| > -----------
| > >
| > > Mas como se faz no caso de um evento q. nao se pode repetir?
| > > Nao podemos repetir a historia no mais das vezes pra ver se
| > > o acerto foi casual ou nao -- em uns poucos casos podemos, como
| > > o desenvolvimento paralelo de civilizacoes isoladas.
| > > Ai' em parte entra a questao do detalhamento, da complexidade
| > > do cenario proposto -- no q. se reflete possivelmente na
| > > probabilidade de ocorrencia do fenomeno.
| >
| > ----------
| >
| > 1-) Takata, em nenhum momento eu disse que o processo histórico tem leis
| ou
| > causalidades.
| >
| > 2-) Diante de um fenômeno que não se repete, o que podemos fazer ?
| >
| > Segundo você sugere, já que não podemos fazer uma experiência e
| repetí-la,
| > construindo gráficos estatísticos, devemos, então, desistir de toda e
| > qualquer tentativa de análise. Alias, coerentemente, era *justamente* o
| que
| > você parecia sugerir logo no primeiro e-mail que respondi. Foi essa
| atitude
| > que me fez respondê-lo e iniciar essa thread.
| >
| > Se você acha que, pelo fato de não podermos realizar experiencias que
| possam
| > ser repetir, devemos desistir de fazer análises do processo histórico e
| > antever os seus caminhos e descaminhos, ok. É direito seu.
| >
| > Ainda bem que a OMS, a ONU, as diversas ONGs de grupos ecológicos, os
| > analístas políticos, os economistas, Geógrafos críticos, administradores
| de
| > empresas, sociólogos, militares não pensam como você. Mesmo não podendo
| > fazer experiencias estatísticas sobre os fenômenos com que estão lidando,
| > eles ainda sim tentam prever cenários e tentar se adaptar a eles. O fazem
| > baseados em conhecimentos prévios que não dizem respeito diretamente ao
| > fenômeno em questão, mas que pode ajudar a dar pistas sobre o andamento
| > dele.
| >
| > 3-) Mesmo que o processo histórico não apresente leis - e eu não estou
| bem
| > certo disso -, às vezes, é interessante observar certas repetições.
| >
| > Napoleão começou a perder o domínio da europa depois que invadiu a russia
| e
| > foi vencido pelo inverso. Hitler, idem. Napoleão passou a sentir enormes
| > dificuldades de manter as guerras, depois que abriu 2 frentes de combate,
| > Hitler idem.
| >
| > Não estou dizendo que no processo histórico existe uma lei que diz: "Se
| > abrires 2 frentes de combate, perderás!" ou "Se invadires a Russia,
| > perderás!" Mas, sejamos sinceros. Se você fosse um presidente de um país
| > europeu em guerra, abriria 2 frentes de combate ou invadiria a Russia ?
| >
| > É claro que essa é uma pergunta simplista. As condições poderiam ser
| > diferentes. A guerra poderia ser diferente. Mas ignorar e tão somente
| > ignorar os dados não contribui em nada para tomar a melhor decisão.
| >
| > ---
| > > Se eu digo: chovera'. Estou mesmo fazendo uma previsao?
| > > Primeiro q. no mundo todos os dias chove em algum lugar. E
| > > se nao chover, nao se especificou qdo. Eu digo: chovera'
| > > no Brasil no ano 2003. Ainda nao e' uma 'previsao'
| > > satisfatoria. Se eu digo: Chovera' em Sobral, CE, em
| > > 14 de março de 2003, aí já temos um bom começo. Se eu
| > > digo: Choverá 513mm em Sobral, CE, no dia 14 de março
| > > de 2003, das 14h01 às 13h25 -- eu tenho uma boa previsão.
| > > Ou uma furada espetacular. Claro q. a questão da complexidade
| > > da previsão (detalhamento) é complicada (sujeita q.
| > > esta' a analises subjetivas) e ainda assim não
| > > afasta completamente a possibilidade de simples
| > > coincidência casual. Mas e' um passo melhor do q.
| > > afirmacoes genericas do tipo: vai ser mais rápido,
| > > sera' menos rápido, tera' a mesma velocidade.
| > > Chovera', nao chovera'.
| >
| > -----------
| >
| > Esse seu exemplo da chuva é muito bom e bem didático.
| >
| > As previsões têm um nível de detalhamento que vai do genérico - as que
| > abarcam todas as opções plausíveis -, e as altamente específicas - que
| > abarca somente uma única opção exata e inequívoca -.
| >
| > Os dois extremos da análise são previsões sim. É claro que você pode
| > questionar a utilidade do primeiro extremo, mas não pode questionar seu
| > caráter de ante-visão. É claro que você pode preferir o segundo extremo,
| mas
| > acho que ele é impossível.
| >
| > Entre um extremo e outro existe o famoso *meio termo*. A construção de
| > cenários, a observação de tendências. Fomentação de hipóteses.
| Especulações
| > racionais bem ponderadas.
| >
| > O meio termo, no caso da chuva, não está no extremo: "vai chover no
| Brasil
| > em 2003", nem no outro extremo "Choverá 513mm em Sobral, CE, no dia 14 de
| > março de 2003, das 14h01 às 13h25" (o que você chama de "boa" previsão)
| >
| > "Boa" previsão está na previsão da meteorologia, que, considerando
| fenômenos
| > como o El ninho, La ninha e certos ciclos meteorológicos - que não são
| > precisos por natureza -, consegue fazer análises "meio termo" como: "No
| ano
| > de 2003, o nordeste *provavelmente* chuvas bem abaixo da média, por causa
| do
| > El Ninho. Sugiro que o governo tome providências para evitar as
| > conseqüências da seca." - nem tão genérico como o Brasil, nem tão
| específico
| > como Sobral. É o meio termo.
| >
| >
| > É *nesse meio termo*, difuso e nebuloso, que podemos vislumbrar o
| processo
| > histórico.
| >
| > --------
| > >
| > > Cozinharemos mais rapido em fornos frios. Isso e'
| > > realmente uma previsao? Ha' toda uma diversidade
| > > de alimentacao. Forno de microondas nao e' um
| > > eletrodomestico de utilizacao universal. Sera'
| > > um dia? E não ha' ainda os alimentos prontos e
| > > a entrega em domicilio: reinterpretamos o
| > > cozinhar mais rapido pela dispensa da coctura e
| > > os fornos frios como sua completa ausencia?
| >
| > -------
| >
| > Isso é realmente uma previsão sim. Você pode questionar se ela é útil por
| > ser genérica demais, mas, decididamente, é uma previsão.
| >
| > Isso é uma questão de dicionário.
| >
| > -----
| > >
| > > Na decada de 50 bem capaz de se prever q. no
| > > futuro a maquina de escrever e o telegrafo
| > > seriam mais rapidos. Teremos q. reinterpretar
| > > a maquina de escrever como computador com
| > > processador de texto e programa de reconhecimento
| > > de voz e de leitura de caracteres e o
| > > telegrafo como a internet?
| >
| > ------
| >
| > Você gostou do "mais rápido". Está fazendo generalização e caricatura do
| que
| > eu disse sobre carros. A "evolução" de todas as coisas não se dá pelo
| > aumento da velocidade. No caso do forno microondas, como eu *já disse na
| > missiva anterior*, não se trata de um "aumento da velocidade". A questão
| diz
| > respeito a algo não-genérico (por mais que você insista em considerar
| > genérico): forno frio e comida "complexa" automaticamente pronta.
| >
| > -----
| >
| > >
| > > Na decada de 50 vislumbrava-se o telefone com
| > > imagem. Nao obtante essa tecnologia existir
| > > ha' decadas e diversas tentativas de lancamento
| > > de um telefone com camara e visor, nunca vingou.
| > > Talvez vingue agora com as camaras acopladas
| > > aos celulares. Mas e esse intermezzo de hesitacao?
| > > As pessoas vão querer mesmo ver e ser vistas
| > > na telecomunicação de voz? Isso sera' mesmo a
| > > concretização da 'previsão' do videofone?
| >
| > -----
| >
| > E a video conferencia ? E as Webcans ?
| >
| > Não é altamente popular ainda, mas o processo de popularização é assim. A
| > cada dia o mercado de Webcans aumenta.
| >
| > Então, você vai dizer: "ah! mas webcan não é telefone!". Então, eu
| pergunto:
| > "O que é telefone?" Se você me responder que telefone é "um aparelho com
| > bocal e 'receiver'", ok. Não vou ter nada mais a dizer.
| >
| > Na década de 50, telefone é só um termo. É só uma referência à capacidade
| de
| > se comunicar rapidamente com outra pessoa à distância, por meio de um
| > equipamento caseiro que transmita, pelo menos à princípio, a voz.
| >
| > O telefone com imagem já existe e é barato. A previsão já foi
| concretizada.
| >
| > ------
| > >
| > > Transportes mais velozes? Bem, de fato as
| > > nossas Ferraris (digo nossa porq. incluo
| > > a q. eu não tenho) são mais velozes do q. as
| > > bigas do Imperio Romano. As nossas estradas
| > > são melhores do q. os calcamentos desse
| > > imperio. Mas os carros de boi da Idade Media
| > > eram mais lentos do q. as bigas. E as melhores
| > > estradas eram o q. tinha sobrado de Roma.
| >
| > ------
| >
| > Na idade média existiam bigas. Elas só não eram populares porque a
| economia
| > era rural e não havia muitas pistas.
| >
| > É comum pensar-se que houve retrocesso na idade média, mas isso não é
| > verdade. Quase toda cultura foi guardada pela igreja. A alta cultura
| > clássica foi guardada. Não foi perdida. Alias, foi guardada e dissiminada
| > pelos monges copistas.
| >
| > ------
| > >
| > > Um soldado medieval tbm previria uma armadura
| > > cada vez mais pesada e resistente. Ate' q.
| > > a polvora aportando 'a Europa tornou a armadura
| > > um trambolho inutil.
| >
| > ------
| >
| > Essa é uma opinião sua. Eu, por minha parte, diria que o soldado medieval
| > previria uma armadura cada vez mais *leve* e resistente. E a previsão foi
| > realizada com o *Kevlar*.
| >
| > De qualquer modo, é bem difícil saber o que um soldado medieval preveria,
| > até porque eles não tinham acesso a armaduras. Eles usavam lorigas de
| couro.
| > Só os nobres usavam armaduras. E mesmo as armaduras pesadas - full
| plates -
| > tiveram seu advento pelo século XVI, isso é: quando a polvora já tinha
| > chegado.
| >
| > A armadura full plate não era - e nem nunca foi - para batalha,
| > principalmente para confrotos com mosquetes. Era uma indumentária nobre,
| que
| > indicava status ou equipamento usado em duelos.
| >
| > Ela saiu de moda, e não foi por causa da pólvora, como ensinam na escola.
| As
| > lorigas de couro nunca foram tão eficientes contra espadas e mesmo assim
| > sempre foram usadas em toda idade média. Ora, então por que as fulls
| plates,
| > igualmente ineficientes contra mosquetes, deveriam deixar de ser usadas ?
| > Por que para uma coisa esse argumento vale, mas para outra coisa não ?
| >
| > De uma hora para outra, as full plates deixaram de ser usadas.
| Entretanto,
| > as lorigas e laudeis não. Ora, as lorigas não são igualmente ineficientes
| > ante os mosquetes ? O problema é que o uso das full plates não tem a ver
| > com belicosidade e sim com indumentária de guerra, que é algo diferente.
| O
| > abandono da full plate parece não ter nada a ver com o advento pólvora,
| mas
| > por causa de uma fenômeno simples: O advento da burguesia.
| >
| > A classe dos senhores feudais - os bellatores: guerreiros - perdia
| prestígio
| > econômico e deixou de ditar a *moda*.
| >
| > Agora, a burguesia, aliada ao rei, acumulava capital através de práticas
| > mercantilistas: era uma burguesia comercial. Ela viajava pelo mundo todo,
| > conseguindo joias, perfumes, sedas, especiarias e cosméticos. A moda,
| agora,
| > era a indumentária afetada, enfeitada, esfusiante, talvez até efeminada.
| Os
| > burgueses, agora, eram sibaritas.
| >
| > O "sibaritismo nas roupas dos comerciantes dominou os séculos XVII e
| XVIII.
| > Então, houve uma nova mudança na moda. A burguesia mudou depois do
| desponte
| > da revolução industrial. Havia uma burguesia mais nacionalista e menos
| > cosmopolita, baseada em industriais e banqueiros. Além, depois da
| revolução
| > francesa, o povo - sans-culotte - tinha conseguido alguma participação na
| > vida política e econômica. Por outro lado, o marcantilismo e, por
| extensão,
| > toda burguesia comercial, começou a padecer de uma crise.
| >
| > As roupas passaram a ser mais sóbrias, discretas, sem firulas
| > desnecessárias; porque, quem ditava a moda agora, não eram mais
| cormeciantes
| > viajados, mas industriais/financistas/classes-médias-urbanas.
| >
| > Todo esse processo de troca de roupas poderia ter sido previsto dentro de
| > uma análise plausível por algum estudioso daquele tempo, caso ele pudesse
| > fazer estatíticas, pesquisas e tivesse o conhecimento do processo
| histórico
| > que temos hoje. Nada muito preciso. Nada detalhista sobre as roupas. Mas,
| > enquanto o processo histórico se desenrolava, certos cenários e
| > plasusividades podiam ser feitos.
| >
| > Agora, parece não haver mais um grupo 'predominante' que dite a moda,
| porque
| > a economia se diversificou muito. Entretanto, é interessante notar a
| 'nova
| > moda' despojada do pessoal do vale do silício. Boa parte dos novos e
| grandes
| > milionários são derivados de estudantes de classe média, que conseguiram
| a
| > ascensão social sem que tivessem sido 'doutrinados' ideologicamente -
| pelo
| > menos no que diz aos "modos" - pela burguesia vigente, já que a derrocada
| > foi rápida. Já li algumas matérias em revistas e jornais comentando essa
| > nova 'moda'.
| >
| > É claro que você pode dizer que é uma análise post hoc. Entretanto, é
| > plausível considerar, dado o processo de diversificação das atividades
| > econômicas, que não mais haverá uma moda predominante. Todas as
| burguesias
| > tem o seu espaço.
| >
| > ------
| >
| > >
| > > A FC da decada de 50 previa computadores
| > > cada vez maiores. E com a diluicao dos
| > > computadores nos diversos eletrodomesticos
| > > e minituarizacao de seus componentes quer se
| > > reinterpretar a visao passado do futuro como
| > > computadores cada vez mais presentes...
| >
| > ------
| >
| > Se você acha que preceitos como "computador grande" e "computador
| pequeno"
| > são realmente importantes, ok. Critério seu.
| >
| > -----
| > >
| > > Assim ate' os videntes acertam. Alias e'
| > > exatamente desse modo q. eles acertam o
| > > futuro: fazem previsoes genericas, ignoram
| > > os erros, reinterpretam depois da ocorrencia
| > > do evento.
| > >
| > -----
| >
| > Sobre previsões 'genéricas', já foi feita a observação. Mas farei
| novamente.
| > Eu não tenho vergonha de repetir.
| >
| > Por genérico entendemos *gerais*. Observações que abarcam *todas* as
| opções
| > possíveis como se dissessem respeito a algo bem específico. Por exemplo,
| uma
| > técnica muito usada pelos videntes e "falar em paradoxo". Veja:
| >
| > "Você é um rapaz tímido em algumas ocasiões, mas, às vezes, torna-se bem
| > extroverdido. Tem alguns rompantes de raiva e sentimentos que te corroem
| por
| > dentro, os quais precisa controlar. Mas outras vezes, se mostra tranquilo
| e
| > calmo, o que pode atrapalhar seu dinamismo. Precisa ter cuidado com a
| > distração, que as vezes lhe atrapalha, ainda que você seja uma pessoa
| > extremamente atenta, principalmente quando o assunto lhe interessa."
| >
| > Essa é uma descrição genérica. Quase todo mundo se encaixa nela. Por que
| ?
| > Porque ela abarca todas as opções possíveis. Faz isso por meio de
| > contradições: tímido/extrovertido; raiva/calmaria/dinamismo;
| > distração/atenção.
| >
| > Já no caso de algumas previsões há algumas constatações: certas previsões
| > podem ser específicas na medida em que escolhem um(ns) cenário(s) em
| > detrimento de outros. Nessa caso, não há genericidade: há predileção.
| Outras
| > previsões falam de probabilidades - mesmo que, às vezes, não em números
| > pragmáticos - indicando, novamente, predileções.
| >
| > O exemplo de observação de vidente exposto acima mudaria de figura se ele
| > falasse algo como: "Você é um rapaz *predominantemente* tímido, ainda que
| > seja extrovertido em algumas situações". Nesse caso, há uma
| "probabilidade
| > implícita" não exposta em números. Há uma predileção. Se o vidente usasse
| > algum teste psicológico, poderia ainda ser mais preciso: " Você é um
| rapaz
| > 70% introvertido, 10% extrovertido, 10%flaugmático e 10%colérico."
| >
| >
| >
| > Enfim... não há uma linha divisória perfeita entre a previsão genérica, a
| > previsão de cenários e a previsão de especifidades. Mas não precisamos
| > discutir somente os extremos, quando existe o meio termo.
| >
| > Veritas in medio stat.
| >
| > Arcange.
| >
| > (Não deu para comentar o outro e-mail, que era anterior a esse. Farei
| > depois, já estourei meu tempo.)
| >
| >
| > ##### ##### #####
| > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| > http://www.ciencialist.hpg.com.br
| > Para sair da lista envie um mail para
| > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| > ##### ##### ##### ##### #####
| >
| > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
| http://br.yahoo.com/info/utos.html
| >
| >
|
|
| ##### ##### #####
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
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| ##### ##### ##### ##### #####
|
| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|
SUBJECT: Re: Complexo B contra pernilongos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 18:23
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Há tempos ouço que a ingestão maciça de vitaminas do complexo B
> agem como repelente de insetos. O que há de verdade nisto?
Bem, tbm ja' ouvi isso.
Vc pode fazer o teste: ingira uma boa dose de vitamina B (q. nao
comprometa seu figado) e va' ao Rio de Janeiro no proximo verao.
Durma com a janela aberta e sem cobertas -- se vc nao for morto
por uma bala perdida ou durante um assalto e se vc nao pegar
dengue, teremos um bom indicio de q. a coisa funciona. (Bem,
precisamos de mais voluntarios para aumentar o nosso numero amostral.)
Como controles teremos pessoas no Rio q. nao tomam
vitamina B e pessoas q. tomam e nao tomam vitamina B
no Artico (tbm com as janelas abertas e sem cobertas).
Mas se vc quiser acreditar neste link:
http://www.pested.psu.edu/spWNmosqbiol.pdf
Parece q. nao funciona: "Vitamin B and 'ultrasonic' devices have not
proved effective in preventing mosquito bites."
http://www.uchospitals.edu/west-nile-virus/mosqu1.pdf
http://www.agnr.umd.edu/HotTopics/WestNile.cfm
De todo modo se nao e' efetivo em afastar femeas de
culicideos e anofelideos, ao menos de hominideos com
certeza e' um razoavel repelente: vitamina B da' um
odor caracteristico bem desagradavel ao suor.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 18:24
|Alvaro Augusto
Eu também já ouvi isso de um médico. Segundo ele, a ingestão dessas
| vitaminas libera um odor pela pele que afastaria os insetos. Mas esse mesmo
| médico também me assegurou que a melhor maneira de evitar picadas de
| insetos é ficar longe deles...
|
| [ ]s
|
|
Num quarto a melhor solução é colocar um oscilador Hartley atuando sobre uma cápsula piezelétrica reproduzindo o som da fêmea. Esse espanta pernilongo trabalha com uma pilha pequena (baixíssimo consumo) e a montagem mal ocupa o espaço de uma caixa de fósforo comum. Meia dúzia de soldas!
[]'
Léo
=================
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 18:27
Recebi há pouco .... vejam como anda nossa juventude!
[]'
Léo
============================================
-----Mensagem Original-----
De: Hevelyn100069490@aol.com
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 11 de novembro de 2002 17:38
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
eu nao estou entendendo nada de estática e amanha eu tenho prova de manha. ve se da para vc me ensinar um pouco! pelo menos o principal !
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 18:38
Uma boa demonstracao de estatica foi a q. ele fez:
ficou parada desde q. a materia foi dada ate' a
vespera da prova.
[]s,
Roberto Takata
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Recebi há pouco .... vejam como anda nossa juventude!
> []'
> Léo
> ============================================
> -----Mensagem Original-----
> De: Hevelyn100069490@a...
> eu nao estou entendendo nada de estática e amanha eu tenho prova de
> manha. ve se da para vc me ensinar um pouco! pelo menos o
> principal !
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Complexo B contra pernilongos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 19:28
----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Monday, November 11, 2002 5:23 PM
Subject: [ciencialist] Re: Complexo B contra pernilongos
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Há tempos ouço que a ingestão maciça de vitaminas do complexo B
> > agem como repelente de insetos. O que há de verdade nisto?
> Vc pode fazer o teste: ingira uma boa dose de vitamina B (q. nao
> comprometa seu figado) e va' ao Rio de Janeiro no proximo verao.
> Durma com a janela aberta e sem cobertas -- se vc nao for morto
> por uma bala perdida ou durante um assalto e se vc nao pegar
> dengue, teremos um bom indicio de q. a coisa funciona.
Ou então teremos corroborado a idéia de que a vitamina B age também como
repelente de assaltantes, e não apenas de insetos.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Complexo B contra pernilongos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/11/2002 19:40
--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> repelente de assaltantes, e não apenas de insetos.
Ué, não pertencem 'a mesma classe?
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 22:58
sniff... não brigue comigo... foi sem querer, eu juro... afinal, são só 25
kbytes e pra quem tem speedy isso não é nada...
prometo que não vai mais acontecer! (hoje...)
:((
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 11 de Novembro de 2002 18:18
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção
da Humanidade)
Oi A^3,
concorda que após sua mensagem vc poderia ter cortado todo o restante? Veja
só o tamanho que ficou isso?
Vale para todos, sem broncas!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
SUBJECT: Re: [ciencialist] O QUE É A BELEZA
FROM: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2002 23:15
Arcange,
li com atencao seu detalhado email em resposta ao meu em que aponto a
existencia de um padrao universal de beleza com fundamentos biologicos, algo
que voce nega a possibilidade de existencia em msg anteriores. Voce
apresenta varios argumentos, mas nao contesta a minha principal colocacao,
que eh a de que existe um padrao universal de beleza feminina (seja para
fins sexuais ou nao), que relaciona esta com a juventude. Ainda que se possa
ter sites de velhinhas nuas na Internet, elas nao sao o padrao universal de
beleza de qualquer povo que conhecamos. Juventude no caso compreende a faixa
de idade da mulher onde ela tem maior capacidade reprodutiva. Essa eh a
razao biologica do fenomeno.
Um abraco,
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistematico do ectoplasma
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 00:13
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 11, 2002 6:15 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo
sistematico do ectoplasma
> Arcange,
>
> O ectoplasma é assunto corriqueiro quer entre os espíritas, quer no
ciencialist onde sou o maior estudioso do assunto. Nesse momento, no mundo,
há mais de 1 milhão de pessoas envolvidas com o ectoplasma. Parece-me,
portanto, ser um bom exemplo para o que o Takata comenta.
> Para os espíritas há uma repetitividade diária (senão horária!) e para a
ciência ... nenhuma.
> >>[ 2-) Diante de um fenômeno que não se repete, o que podemos fazer ?]<<
> Como a Ciência faria para abordar tal estudo ectoplasmático?
> Nota: Não vale apelar para a quântica, ainda não estamos na fase do
ectoplasma quântico que revolucionará o mundo.
>
--------------------
Respondendo rapidamente essa porque é pequenininha, porque... é, cara, como
diz o mestre Zé, "já começou o vilipendio"... .. ..
1-) Eu sempre achei que o ectoplasma era assunto corriqueiro não só entre os
espíritas e entre os listeiros da ciencialist, mas entre todas as as pessoas
da raça humana, ou melhor: entre quase todos os seres vivos.
Isso porque, a rigor, ectoplasma é o colóide de consistencia
tixotropicamente mais densa que se encontra nas porções marginais -
periféricas - do citoplasma, próximo à plamalena.
É claro que todo seu citoplasma é um "assunto corriqueiro", e, por extensão,
endoplasma e ectoplasma. Também considero os espíritas altamente
especializados no estudo de colóides e, assim como Tyndall, conseguiram
estabelecer relações de repetitividade de forma consistente - consistencia
coloidal ? -.
De qualquer modo, sempre muito me surpreendeu o fato dos fantasmas,
incluindo até mesmo os espíritos zombeteiros, terem predileção por essa e
não por aquela parte do citossol. Por que será ?
Os motivos são inescrutáveis e misteriosos. Não diria que tais fantasmas,
incluindo os zombeteiros, sejam espítiros-de-porco. Talvez, a predileção
ectoplasmática tenha origem nos despontes ecplésicos, já que a constatação
de que existe vida fora do método duro experimental é um susto deveras.
Afinal, onde está o reino dos vivos e dos mortos ? Quem só conhece o ceu (ou
um método de análise ?), não sabe que o inferno é um lugar bem interessante,
cheio de diabretes - e não diabetes - on fire.
Pensado bem, há de se constatar que alguns espíritos - novamente e
notadamente, os zombeteiros - têm inelutavelmente uma certa tendencia à
dispersão periférica e superficial, tal como é a disposição periférica e
superficial do ectoplasma nas células. Dispersão essa, assim, tal como fazem
os ectozooários nos tecidos extermos derivados da ectoderme ? (Que pedância
pra dizer epiderme, que pedância, epiderme... ..)
(Sugiro que não suguem o meu sangue. E afinal, sangue é um colóide ou uma
dispersão grosseira ? Entendamos: colóide: soluto entre 1nm 100nm. Dispersão
grosseira: soluto maior que 100nm. Ó, ai de mim fantasmas! É uma dispersão
grosseira! As dispersões grosseiras - periféricas ou não - me perseguem!)
Mas se o ectozooários, em sua dispersão grosseira, sugarem meu ectoplasma, o
que me basta fazer, senão esse cataplasma, por intermédio desse receituário,
já dizendo muita asneira ? E afinal, de que espécie sobrenatural são essas
criaturas ? Kobolds ? Witzbolds ? Potergeists ? Céticos, certicos e
fanÉticos ? (Em 0,0000005645% dos casos, há ansia de vômito enquanto se lê
poesia do Dr. Pa-teta, segundo análises do instituto Pica-reta.)
Ignoremos, por enquanto, cientistas e humanistas. Seremos todos
fetichistas-anti-ectoplasmistas, mas não me usem como cobaia. (Segundo
pesquisas o institudo Gobbles, há 50% de chance, com margem de erro de 50
pontos percentuais para mais ou para menos, para que ocorra qualquer coisa.
É. Eu também sei fazer caricatura, só não a uso como argumento.)
Ó, ai de mim! E ainda vi o médico, vindo bem pasquim, dizer assim: "Tenho
duas notícias para te dar, uma boa e uma ruim. A boa é que a doenca da
ectoparasitose bitoladoide do tipo II é extremamente rara, frenqüencia bem
chinfrim. Segundo nossas pesquisas, ela incide em apenas 0,000000171% dos
afins. Nossa previsão é científica. Exatada. Clara como marfim. A ruim ? A
ruim, é que você sofre dela, mas isso não é o fim." Ó, ai de mim. (Ok, eu
também sei usar caricatura como argumento.)
E Por fim mesmo, a despeito dos ectoplasmas, ecplesias, ectozooários e
ectoderme, espero que os espíritos zombeteiros, e até mesmo os
espíritos-de-porco, tenham, por fim, espírito-esportivo.
2-) Falando sério: fenômeno pode não se repetir, as elementos que
constituem as suas partes, sim.
--------------------------
Arcange.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ASSIM NÃO, NÉ?
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 00:59
Marcos, sou solidário com vc, tem neguinho aí (ou aqui na lista) que não
encontrou outra maneira de externar a agressão e fica replicando idéias com
base em orelhas de livros, iludindo-se de que sabem alguma coisa e tentando
enganar os outros, demonstrando apenas o achismo e o ouvi dizer. Quando não
compreedem a pergunta ficam com piadinhas narcísicas em vez de assumir a
própria ignorância.
Abraço
Carlos Alberto
----- Original Message -----
From: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 07, 2002 1:19 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: ASSIM NÃO, NÉ?
On 6 Nov 2002 at 2:18, Manuel Bulcão wrote:
> O
> problema são as manifestações reiteradas de hostilidade por parte de
> algumas "comadres" que gostam de demarcar território falando merda.
Manuel
Concordo com Vc. Eu não deixarei Ciencialist. Mas que existe gente
afirmando bobagens e combatendo pelo simples prazer de atacar, lá
isso é verdade.
Outro defeito que eu noto é que alguns não agüentam manter uma
discussão em que se ataquem ideias. Passam à ofensa pessoal.
Uma vez eu falei em geral sobre ideias e não listeiros e um listeiro me
desafiou a nomear as pessoas. Eu atacava discursos e as pessoas se
queixavam de que eu generalizava, ofendendo os "inocentes". Como
Vc vê, rejeitou totalmente a minha proposta de separar as pessoas das
ideias emitidas. Calei-me porque a discussão se transformou numa
querela paranoide. Um até sugeriu que eu devia ser expulsado da lista
e me assinalou em tom ameaçador artigos do código penal sobre
ofensas e ataques ao bom nome das pessoas. Veja se pode... Perdi o
interesse por um tempo. A coisa havia perdido a graça.
[ ]s
Marco Aurelio
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SUBJECT: O CRIME DO BROCKLIN
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 01:13
Gostaria de ouvir a opinião de todos, especialmente dos psicanalista e psicólogos da lista sobre as possíveis motivações conscientes e inconscientes que possam ter levado ao duplo homicício praticado contra os pais, aí em São Paulo, pela aquela bela e rica jovem.
De minha parte, a considero uma vítima tanto qto os pais o foram. Na verdade o crime começou a se desenhar ainda na infância. Sendo o pai Engenheiro e a mãe Psiquiatra, é bastante provável que não tivessem tempo para o filhos para lhes dedicarem carinho e afeto, o que dificulta muito a criação de vínculo, nesses casos o filho cresce e vê os pais como figuras desprovidas de afeto, amor. Então, movidos pela culpa procuraram compensar com a satisfação dos mais variados desejos, esquecendo-se do NÃO. No dia que disseram não, deu no que deu. A estrutura mental da moça é perversa: não aceita a negação em hipótese alguma. Veja que a motivação direta do crime foi material, matou para se apossar dos bens.
Abraços
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2002 08:16
Bom Dia a todos!
Trabalho como técnico em eletrônica em uma empresa bem posicionada na
área de siderurgia. Como em toda a grande empresa, há pessoas que podem ser
consideradas verdadeiros representantes do comportamento " espírito de
porco" ou ainda outros possuem a consistência coloidal e pode-se misturar
tudo isso em um pacote de ectoplasmas, colóides de consistência
toxotropicamente mais densa que os demais, endoplasma misturado com
citoplasma celular, concentrações entre 1nm e 100nm de colóides, insetos
ectozooários vampirescos (chefes), comportamentos adquiridos de Kobolds,
Witzbolds, Poltergeists, doenças da ectoparasistoses bitoladoide do tipo II
ou XXIV e ainda ........ o pior, o mais sanguinário, terrível e
praticamente quase impossível de extinguir : aquele que possue o sorriso
maroto, doce, angelical e dócil que está esperando a melhor oportunidade
para puxar a sua cadeira - mais conhecido como o arcange.
Bem, falando sério. Porque os espíritas quando recebem aqueles passes
mediúnicos só o fazem com a luz apagada? Será que eles ( os espíritos) são
tímidos?
Recentemente li um livro do Alan Kardec. Ele utiliza conceitos
científicos da sua época para mascarar a realidade e condicionar o leitor
menos atento a aceitar a sua pseudo hipótese de espíritos e vida após a
morte.
Em resumo, devemos apresentar a realidade como ela é e sem apresentar
julgamentos morais que muitas das vezes desvirtuam a mesma.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza.
E o que é o melhor de todos, sempre utilizando o intervalo entre um
serviço e outro, consigo ler todas as mensagens e responder alguma coisa ao
pessoal da Ciência-List.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2002 08:27
Bom Dia!
Eu também já fiz esta montagem ela não é 100% infalível, porque há
vários tipos de insetos. O problema é que no meu circuito eu não consegui
gerar um sinal que pudesse afastar todas as espécie de fêmeas.
Atenciosamente:
Lisandro.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 12/11/02 07:22 -----
"Luiz Ferraz
Netto" Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
<leobarretos@uol. cc:
com.br> Assunto: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
11/11/02 18:24
Favor responder a
ciencialist
|Alvaro Augusto
Eu também já ouvi isso de um médico. Segundo ele, a ingestão dessas
| vitaminas libera um odor pela pele que afastaria os insetos. Mas esse
mesmo
| médico também me assegurou que a melhor maneira de evitar picadas de
| insetos é ficar longe deles...
|
| [ ]s
|
|
Num quarto a melhor solução é colocar um oscilador Hartley atuando sobre
uma cápsula piezelétrica reproduzindo o som da fêmea. Esse espanta
pernilongo trabalha com uma pilha pequena (baixíssimo consumo) e a montagem
mal ocupa o espaço de uma caixa de fósforo comum. Meia dúzia de soldas!
[]'
Léo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 11:02
Foi o Speedy quem reclamou! Tá desculpado.
[... mas, isso vale prá todos!]
[]'
Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 11:20
Lisandro.
"Bom Dia! Eu também já fiz esta montagem ela não é 100% infalível, porque há
vários tipos de insetos. O problema é que no meu circuito eu não consegui
gerar um sinal que pudesse afastar todas as espécie de fêmeas."
Um dos poucos componentes desse 'espantador de fêmeas' é um minúsculo potenciômetro (trimpot). Visualize uma dessas fêmeas exóticas em seu quarto e ajuste o trimpot até que ela sinta o ultrasom da adversária.
Outra possibilidade (mais elaborada) é acoplar o espantador a um gerador de pulsos que se incumbe de alterar a sua frequencia (linearmente) dentro de uma faixa pré-fixada. É algo parecido com o dispositivo dos rádios FM que 'automaticamente' fazem a varredura no espectro da faixa (88/108) até encontrarem um sinal de uma emissora.
[]'
Léo
SUBJECT: RES: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 12:15
> De: Carlos Alberto
>
> Gostaria de ouvir a opinião de todos, especialmente dos
> psicanalista e psicólogos da lista
Serve opinião de advogado criminalista? ;-)
> De minha parte, a considero uma vítima tanto qto os pais o
> foram.
Pode ser. Mas não parta do princípio que todos são bons
e nalgum momento da vida por um acontecimento ou pela
somatória de acontecimentos o fulano ficou malvado.
Há crimes cometidos por pessoas emocionalmente estáveis,
de boa índole e bom caráter, que por um motivo qualquer
perde a cabeça e faz bobagem. Exemplos: brigas de
trânsito que acabam em morte. Em regra, essas pessoas,
após cumprir a pena, não cometerão outros crimes durante
toda a vida; sentem remorso, arrependimento legítimo.
Mas há pessoas más de verdade, cuja índole perniciosa
pode ser constatada desde a mais tenra idade. São crianças
especialmente cruéis com os coleguinhas da escola, irmãos
ou primos. Sentem prazer em ouvir o suplício alheio.
Gostam de torturar os menores que ele, justamente por
serem mais indefesos. São prepotentes, megalomaníacas
e extremamente egoístas. São completamente incapazes
de se comover com o sofrimento das pessoas.
O choro deles não é de remorso, mas de indignação:
"Fui pego, agora o que eu faço para sair dessa!"
É um tipo de personalidade/caráter. O máximo que se pode
fazer é atenuar estas características com uma educação
firme e intensa vigilância.
> Na verdade o crime começou a se desenhar ainda na
> infância. Sendo o pai Engenheiro e a mãe Psiquiatra, é
> bastante provável que não tivessem tempo para o filhos para
> lhes dedicarem carinho e afeto, o que dificulta muito a
> criação de vínculo, nesses casos o filho cresce e vê os pais
> como figuras desprovidas de afeto, amor. Então, movidos pela
> culpa procuraram compensar com a satisfação dos mais variados
> desejos, esquecendo-se do NÃO. No dia que disseram não, deu
> no que deu. A estrutura mental da moça é perversa: não aceita
> a negação em hipótese alguma. Veja que a motivação direta do
> crime foi material, matou para se apossar dos bens.
Todos nós conhecemos pessoas de boa índole cujo pais eram
bêbados, violentos e vadios. Não existe fórmula mágica.
É uma questão de índole. Existem pessoas de má índole.
Ponto final. Só podemos tentar controlá-las ou então
lamentar. Um tratamento psiquiátrico pode curar neuroses,
mas duvido que resolva o problema da má índole.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos - eletrônica.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2002 14:10
Boa Tarde Luiz.
Luiz, se não for muito difícil para você, gostaria que você enviasse
o circuito eletrônico com os valores comerciais dos componentes.
Caso você não consiga enviar pelo Ciência List, você pode enviar
direto para a minha caixa postal.
Agradeço antecipadamente.
Lisandro de Souza
Lisandro.
"Bom Dia! Eu também já fiz esta montagem ela não é 100% infalível, porque
há
vários tipos de insetos. O problema é que no meu circuito eu não consegui
gerar um sinal que pudesse afastar todas as espécie de fêmeas."
Um dos poucos componentes desse 'espantador de fêmeas' é um minúsculo
potenciômetro (trimpot). Visualize uma dessas fêmeas exóticas em seu quarto
e ajuste o trimpot até que ela sinta o ultrasom da adversária.
Outra possibilidade (mais elaborada) é acoplar o espantador a um gerador de
pulsos que se incumbe de alterar a sua frequencia (linearmente) dentro de
uma faixa pré-fixada. É algo parecido com o dispositivo dos rádios FM que
'automaticamente' fazem a varredura no espectro da faixa (88/108) até
encontrarem um sinal de uma emissora.
[]'
Léo
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SUBJECT: Armaduras (Re: Futurologia e Ficção Científica)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2002 15:07
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> Ela saiu de moda, e não foi por causa da pólvora, como ensinam na
> escola. As lorigas de couro nunca foram tão eficientes contra
> espadas e mesmo assim sempre foram usadas em toda idade média. Ora,
> então por que as fulls plates, igualmente ineficientes contra
> mosquetes, deveriam deixar de ser usadas ?
> Por que para uma coisa esse argumento vale, mas para outra coisa
> não ?
--------
http://encarta.msn.co.uk/find/print.asp?&pg=8&ti=761560724&sc=7&pt=1
Armour
VII. DECLINE OF ARMOUR
While a knight in full armour was almost invulnerable to pointed or
edged weapons, the impact of a soft lead bullet could break an armour
plate. Thus, as guns and gunpowder replaced older weaponry, armour
began to be modified. Thicker plates afforded needed protection
against bullets but greatly increased the weight of the armour. For
this reason, by the late 16th century, overall protection was
sacrificed in favour of partial armour; by the mid-17th century only
the cuirass and helmet survived. In the 18th and 19th centuries
cuirasses were still usedas protection against sword cuts.
(("Armour". Microsoft® Encarta® Online Encyclopedia 2002
http://encarta.msn.co.uk (12 Nov. 2002)
© 2002 Microsoft Corporation. All Rights Reserved.))
http://encarta.msn.co.uk/find/Concise.asp?z=1&pg=2&ti=761560724
-------------
"Enquanto um cavaleiro em uma armadura completa era quase
invulnerável às armas perfurantes e cortantes, o impacto de uma bala
de chumbo era capaz de penetrar a placa da armadura. Assim, conforme
as armas de fogo e a pólvora substituíam o antigo arsenal, a armadura
começava a se modificar. Placas mais espessas conferiam a proteção
necessária contra as balas, mas aumentavam muito o peso da armadura.
Por isso, ao final do séc. 16, a proteção global foi abandonada em
favor de uma proteção parcial. Nos séc. 18 e 19, a couraça ainda era
utilizada como proteção contra golpes de espada."
-------------
HISTORY OF ARMOUR AND WEAPONS RELEVANT TO JAMESTOWN
http://www.nps.gov/colo/Jthanout/HisArmur.html
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 17:25
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, November 12, 2002 10:20 AM
Subject: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
> "Bom Dia! Eu também já fiz esta montagem ela não é 100% infalível, porque
> há vários tipos de insetos. O problema é que no meu circuito eu não
> consegui gerar um sinal que pudesse afastar todas as espécie de fêmeas."
Conselho de ex-campista (do tempo que os insetos eram piores do que os
assantantes hominídeos): O "Autan" é bem melhor.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: RES: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 18:00
> De: Alberto Mesquita Filho
>
> Conselho de ex-campista (do tempo que os insetos eram piores do que os
> assantantes hominídeos): O "Autan" é bem melhor.
Autan fede.
Autan gruda.
Autan arde.
Autan mancha.
Autan meleca.
Mas é melhor que qualquer pernilongo pentelho. :-)
Será que a Bayer tá precisando de um garoto propaganda?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Complexo B contra pernilongos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 22:00
Autan é produto nacional e a leva de pernilongo, moscas e muriçocas que nos afligem são norte-americanos (espantados de lá devido a vários incêndios, queda de prédios etc.) assim, o mais recomendável é "OFF".
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
|
| > "Bom Dia! Eu também já fiz esta montagem ela não é 100% infalível, porque
| > há vários tipos de insetos. O problema é que no meu circuito eu não
| > consegui gerar um sinal que pudesse afastar todas as espécie de fêmeas."
|
| Conselho de ex-campista (do tempo que os insetos eram piores do que os
| assantantes hominídeos): O "Autan" é bem melhor.
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
|
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Comportamento Anmalo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2002 22:42
Alo Químicos/Físicos/Homeopatas/Filósofos de plantão,
alguém sabe sobre isso (causa e efeito):
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
-----Mensagem Original-----
De: Adriana Valeska Daniel
Para: leobarretos
Enviada em: terça-feira, 12 de novembro de 2002 22:29
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - Comportamento Anômalo
Nome: Adriana Valeska Bastos Fernandes Daniel
Email: adriana_valeska@terra.com.br
Escolaridade: 2° grau
Olá, professor!
Como se explica o comportamento anômalo, numa certa faixa de temperatura, em relação à dilatação dos metais Prata e do Bismuto?
Obrigada !
P.S.: Tem todo o meu apoio o seu projeto de colocar o Feira de Ciências em CD-ROM .
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
[]'
Léo
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Comportamento Anômalo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2002 23:25
Léo...
O que é que essa moça quer saber afinal? Ela quer os coeficientes de
dilatação de tais metais ou só teorizar sobre um suposto
comportamento anômalo que ocorre com a prata e o bismuto? Coisa
confusa... :)
Lígia
**********************************
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Alo Químicos/Físicos/Homeopatas/Filósofos de plantão,
>
> alguém sabe sobre isso (causa e efeito):
> +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
> -----Mensagem Original-----
> De: Adriana Valeska Daniel
> Para: leobarretos
> Enviada em: terça-feira, 12 de novembro de 2002 22:29
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - Comportamento Anômalo
>
>
>
> Nome: Adriana Valeska Bastos Fernandes Daniel
> Email: adriana_valeska@t...
> Escolaridade: 2° grau
>
>
> Olá, professor!
>
> Como se explica o comportamento anômalo, numa certa
faixa de temperatura, em relação à dilatação dos metais Prata e do
Bismuto?
>
> Obrigada !
>
> P.S.: Tem todo o meu apoio o seu projeto de colocar o Feira de
Ciências em CD-ROM .
> ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
> []'
> Léo
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ASSIM NÃO, NÉ?
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2002 01:36
On 12 Nov 2002 at 0:59, Carlos Alberto wrote:
> Marcos, sou solidário com vc,...
Carlos Alberto
É isso aí. Muito obrigado. Vc. falou e disse tudo.
Abração
Marco Aurelio
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Comportamento Anômalo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 06:15
De: "Ligia Amorese" para Léo...
>O que é que essa moça quer saber afinal? Ela quer os coeficientes de
dilatação de tais metais ou só teorizar sobre um suposto
comportamento anômalo que ocorre com a prata e o bismuto? Coisa
confusa... :)<
É ... vc não viu nada ainda! Cada uma que recebo ...
A consulente em questão ouviu cantar o galo .... e fez a pergunta como entendeu o cacarejar.
O bismuto parece-me realmente um 'cidadão' diferenciado no contexto, prata não. Todavia, os tais coeficientes de dilatação (como os apresentados em tabelas) só são razoavelmente constante para uma dada faixa de temperaturas. Não entendi o tal 'comportamento anômalo' para tais metais ... dai joguei o 'abacaxi' prá cima (ciencialist). Talvez os químicos saibam alguma coisa 'esotérica' sobre prata e bismuto.
[]'
Léo
============================
> -----Mensagem Original-----
> De: Adriana Valeska Daniel
> Para: leobarretos
> Enviada em: terça-feira, 12 de novembro de 2002 22:29
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - Comportamento Anômalo
>
>
>
> Nome: Adriana Valeska Bastos Fernandes Daniel
> Email: adriana_valeska@t...
> Escolaridade: 2° grau
>
>
> Olá, professor!
>
> Como se explica o comportamento anômalo, numa certa
faixa de temperatura, em relação à dilatação dos metais Prata e do
Bismuto?
>
> Obrigada !
>
> P.S.: Tem todo o meu apoio o seu projeto de colocar o Feira de
Ciências em CD-ROM .
> ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
> []'
> Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ASSIM NÃO, NÉ?
FROM: "Jussara Ghama" <jussaraagama@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 07:04
Concordo plenamente com você .Bebo na fonte desta lista todos os dias mas
tenho me mantido calada, exatamente para não dizer besteira. O clima
agressivo que tem rolado na lista é antagônico ao comportamento de seres
esclarecidos e que tiveram a oportunidade de descobrir que tudo pode ser
dito de forma amorosa e compassiva e no caso desta lista devidamente
fundamentado.
abraços
Jussara
----- Original Message -----
From: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 12, 2002 12:59 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: ASSIM NÃO, NÉ?
> Marcos, sou solidário com vc, tem neguinho aí (ou aqui na lista) que não
> encontrou outra maneira de externar a agressão e fica replicando idéias
com
> base em orelhas de livros, iludindo-se de que sabem alguma coisa e
tentando
> enganar os outros, demonstrando apenas o achismo e o ouvi dizer. Quando
não
> compreedem a pergunta ficam com piadinhas narcísicas em vez de assumir a
> própria ignorância.
>
> Abraço
> Carlos Alberto
>
> ----- Original Message -----
> From: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Thursday, November 07, 2002 1:19 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: ASSIM NÃO, NÉ?
>
>
> On 6 Nov 2002 at 2:18, Manuel Bulcão wrote:
>
> > O
> > problema são as manifestações reiteradas de hostilidade por parte de
> > algumas "comadres" que gostam de demarcar território falando merda.
>
> Manuel
>
> Concordo com Vc. Eu não deixarei Ciencialist. Mas que existe gente
> afirmando bobagens e combatendo pelo simples prazer de atacar, lá
> isso é verdade.
>
> Outro defeito que eu noto é que alguns não agüentam manter uma
> discussão em que se ataquem ideias. Passam à ofensa pessoal.
>
> Uma vez eu falei em geral sobre ideias e não listeiros e um listeiro me
> desafiou a nomear as pessoas. Eu atacava discursos e as pessoas se
> queixavam de que eu generalizava, ofendendo os "inocentes". Como
> Vc vê, rejeitou totalmente a minha proposta de separar as pessoas das
> ideias emitidas. Calei-me porque a discussão se transformou numa
> querela paranoide. Um até sugeriu que eu devia ser expulsado da lista
> e me assinalou em tom ameaçador artigos do código penal sobre
> ofensas e ataques ao bom nome das pessoas. Veja se pode... Perdi o
> interesse por um tempo. A coisa havia perdido a graça.
> [ ]s
>
> Marco Aurelio
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
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>
SUBJECT: Re: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 12:11
Devemos reconhecer que somos capazes de tudo: dos maiores crimes e maldades até doar a própria vida em favor de alguém ou de uma causa. O que nos leva a agir desse ou daquele modo são os estímulos recebidos na ocasião em relação à memória afetiva-emocional, isto é, em confronto com os valores recebidos durante a formação intelectual-moral desde a primeira infância. Com o cérebro sob influência de drogas excitantes ou entorpecentes as ações são realizadas sem maiores avaliações das conseqüências. Há um mês um garoto de 17 anos matou com tiros de pistola duas colegas, ambas de 15 anos, em plena sala de aula de um colégio de classe média, que tinham atraído sua raiva ao se saírem melhor em uma gincana. Ele havia paquerado uma delas. Também sentia-se deslocado por ser o mais velho da turma e elas terem sempre ótimas notas. Pelas declarações posteriores percebi que ele estava procurando o restart do videogame que ele achava que estava jogando. A realidade virtual, dada pelos jogos eletrônicos, pode confundir-se com a vida real em mentes atordoadas.
A dor da exclusão, do desamor e mágoa da rejeição geram revoltas surdas e planos diabólicos de vingança, minuciosamente arquitetados. O ser humano, por mais que demore a perceber, é movido a emoção, a reconhecimento, a aceitação, a consideração de seus pares, superiores, pais e de seus ídolos.
[]s
José Renato
SSA - BA
______________________________
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Tuesday, November 12, 2002 12:15 PM
Subject: RES: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
> De: Carlos Alberto
>
> Gostaria de ouvir a opinião de todos, especialmente dos
> psicanalista e psicólogos da lista
Serve opinião de advogado criminalista? ;-)
> De minha parte, a considero uma vítima tanto qto os pais o
> foram.
Pode ser. Mas não parta do princípio que todos são bons
e nalgum momento da vida por um acontecimento ou pela
somatória de acontecimentos o fulano ficou malvado.
Há crimes cometidos por pessoas emocionalmente estáveis,
de boa índole e bom caráter, que por um motivo qualquer
perde a cabeça e faz bobagem. Exemplos: brigas de
trânsito que acabam em morte. Em regra, essas pessoas,
após cumprir a pena, não cometerão outros crimes durante
toda a vida; sentem remorso, arrependimento legítimo.
Mas há pessoas más de verdade, cuja índole perniciosa
pode ser constatada desde a mais tenra idade. São crianças
especialmente cruéis com os coleguinhas da escola, irmãos
ou primos. Sentem prazer em ouvir o suplício alheio.
Gostam de torturar os menores que ele, justamente por
serem mais indefesos. São prepotentes, megalomaníacas
e extremamente egoístas. São completamente incapazes
de se comover com o sofrimento das pessoas.
O choro deles não é de remorso, mas de indignação:
"Fui pego, agora o que eu faço para sair dessa!"
É um tipo de personalidade/caráter. O máximo que se pode
fazer é atenuar estas características com uma educação
firme e intensa vigilância.
> Na verdade o crime começou a se desenhar ainda na
> infância. Sendo o pai Engenheiro e a mãe Psiquiatra, é
> bastante provável que não tivessem tempo para o filhos para
> lhes dedicarem carinho e afeto, o que dificulta muito a
> criação de vínculo, nesses casos o filho cresce e vê os pais
> como figuras desprovidas de afeto, amor. Então, movidos pela
> culpa procuraram compensar com a satisfação dos mais variados
> desejos, esquecendo-se do NÃO. No dia que disseram não, deu
> no que deu. A estrutura mental da moça é perversa: não aceita
> a negação em hipótese alguma. Veja que a motivação direta do
> crime foi material, matou para se apossar dos bens.
Todos nós conhecemos pessoas de boa índole cujo pais eram
bêbados, violentos e vadios. Não existe fórmula mágica.
É uma questão de índole. Existem pessoas de má índole.
Ponto final. Só podemos tentar controlá-las ou então
lamentar. Um tratamento psiquiátrico pode curar neuroses,
mas duvido que resolva o problema da má índole.
[]
Alexandre Medeiros
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O QUE É A BELEZA
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 12:42
Arcanjo:
Vc. já notou que entre todos os animais apenas nos humanos a fêmea se
apresenta com mais "beleza" do que o macho?
é uma involução. tanto é verdade que entre os selvívolas, os machos tem
melhor aparência (pois trabalham menos...)
Remonta ao início da proto-civilização com o advento do matriarcado.
A beleza não é fundamentada em padrão antropolócico mas em conceitos
subjetivos de cada um. Cada um tem seu padrão de "beleza", faz parte daquele
time de palavras como "verdade"., "honestidade", "coragem" e outras
abstrações....
sds.,
silvio;
From: "antonio castro" <amcastro@diana.com.br>
Subject: Re: [ciencialist] O QUE É A BELEZA
Arcange,
li com atencao seu detalhado email em resposta ao meu em que aponto a
existencia de um padrao universal de beleza com fundamentos biologicos, algo
que voce nega a possibilidade de existencia em msg anteriores. Voce
apresenta varios argumentos, mas nao contesta a minha principal colocacao,
que eh a de que existe um padrao universal de beleza feminina (seja para
fins sexuais ou nao), que relaciona esta com a juventude. Ainda que se possa
ter sites de velhinhas nuas na Internet, elas nao sao o padrao universal de
beleza de qualquer povo que conhecamos. Juventude no caso compreende a faixa
de idade da mulher onde ela tem maior capacidade reprodutiva. Essa eh a
razao biologica do fenomeno.
Um abraco,
Antonio Castro
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistematico do ectoplasma
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 12:44
Tem ectoplasma colorido?
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo
> sistematico do ectoplasma
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 13:01
Irmão Lisandro:
Sou médium psicopictoriógrafo, muito me interesso pelo momentoso assunto
pois havendo ectoplasma colorido muito facilitiaria meu trabalho com
redução de custos, facilidade no planejamento e evitaria alergia provocada
pelas tintas convencionais, a maioria causadoras de saturnismo.
sds.,
silvio, o místico.
Subject: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo
sistemático do ectoplasma
Bom Dia a todos!
Trabalho como técnico em eletrônica em uma empresa bem posicionada na
área de siderurgia. Como em toda a grande empresa, há pessoas que podem ser
consideradas verdadeiros representantes do comportamento " espírito de
porco" ou ainda outros possuem a consistência coloidal e pode-se misturar
tudo isso em um pacote de ectoplasmas, colóides de consistência
toxotropicamente mais densa que os demais, endoplasma misturado com
citoplasma celular, concentrações entre 1nm e 100nm de colóides, insetos
ectozooários vampirescos (chefes), comportamentos adquiridos de Kobolds,
Witzbolds, Poltergeists, doenças da ectoparasistoses bitoladoide do tipo II
ou XXIV e ainda ........ o pior, o mais sanguinário, terrível e
praticamente quase impossível de extinguir : aquele que possue o sorriso
maroto, doce, angelical e dócil que está esperando a melhor oportunidade
para puxar a sua cadeira - mais conhecido como o arcange.
Bem, falando sério. Porque os espíritas quando recebem aqueles passes
mediúnicos só o fazem com a luz apagada? Será que eles ( os espíritos) são
tímidos?
Recentemente li um livro do Alan Kardec. Ele utiliza conceitos
científicos da sua época para mascarar a realidade e condicionar o leitor
menos atento a aceitar a sua pseudo hipótese de espíritos e vida após a
morte.
Em resumo, devemos apresentar a realidade como ela é e sem apresentar
julgamentos morais que muitas das vezes desvirtuam a mesma.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza.
E o que é o melhor de todos, sempre utilizando o intervalo entre um
serviço e outro, consigo ler todas as mensagens e responder alguma coisa ao
pessoal da Ciência-List.
SUBJECT: Re: Complexo B contra pernilongos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2002 13:23
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Autan é produto nacional e a leva de pernilongo, moscas e muriçocas
> que nos afligem são norte-americanos (espantados de lá devido a
> vários incêndios, queda de prédios etc.) assim, o mais recomendável
> é "OFF".
O Autan(r) e' tao nacional qto o OFF!(r).
O Autan(r) e' da Bayer:
http://www.autan.com
http://www.bayer.com.br/ContentCC/dicas.nsf/DocsBySubject/03256AD2005E
5D3A03256ADA0042974D
(A empresa garante q. ao contrario das afirmacoes maldosas de
Medeiros, tem um cheiro agradavel e nao irrita a pele e nao e'
gordurosa.)
O OFF!(r) das Ceras Johnson:
http://www.mosquitoes.com/
Tem o Super Repelex(r) da Reckitt Bencksier:
http://www.reckitt.com.br/site/pt/produtos/produtos_473.asp
Os três são à base de DEET (N,N-dietil-metatoluamida):
http://www.rci.rutgers.edu/~zatz/Topical%
20drugs/DEET_insectrepellent.html
http://www.dukenews.duke.edu/med/deet.htm
Tem ainda um tal de Espantex(r) da Bernardo Quimica:
http://www.bernardoquimica.com.br/espantex.html
À base de geraniol.
Citropic(r) da Paloma Ind. e Com. Ltda.:
http://www.paloma.com.br/citrocrm.html
À base de citronela.
A Johnson & Johnson (do mesmo grupo das Ceras Johnson), tem ainda o
Johnson's baby anti-mosquito:
http://www.jnjbrasil.com.br/noticia_full.asp?
noticia=345&pos=0&destaque=1
À base de M 3535:
http://www.epa.gov/oppbppd1/biopesticides/factsheets/fs113509t.htm
Medo acaba com repelentes nas farmácias
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/02/16/ger008.html
(Foram-se inclusive as cápsulas de vitamina B).
Repelentes não funcionam como deveriam
http://www.estadao.com.br/economia/financas/noticias/2002/set/04/32.ht
m
Alerta: Repelentes de insetos apresentam eficácia limitada
http://www.proteste.org.br/BR_comunicados_detail.asp?id=179
http://www.proteste.org.br/source/downloads/PTBRN7_P08aP11_Repelentes_
insetos.pdf
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Complexo B contra pernilongos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 14:08
RMT: O Autan(r) e' da Bayer:
http://www.autan.com
Ah! Bom! ... se é Bayer é bom!
[Cada vez mais me impressiona a capacidade desse homem em obter os links certos no contexto certo. É meu ídalo!]
Ah! lembrei de perguntar algo. Estou fazendo um trabalho sobre motores e num dos trechos gostaria de citar aquele trabalho contínuo citado na mitologia grega. Não recordo o nome do indigente ou a causa dessa condenação eterna; era de um homem que rolava uma pedra até o alto de um morro e depois a pedra rolava morro abaixo e o serviço começava tudo de novo. Alguém pode comentar algo sobre isso para eu acrescentar em meu trabalho.
[]'
Léo
============
SUBJECT: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2002 14:26
Boa Tarde!
Estou repassando este artigo que recebi de um colega. Dentre todas as
passagens mais interessantes a que considerei
mais curiosa foi sobre à conjectura sobre a religião e a fé em Deus.
Espero que vocês gostem.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza.
REVISTA SUPER INTERESSANTE Setembro/2001
|------------------------------------------------------------------------------|
|O biólogo Edward O. Wilson já teve um jarro de água gelada despejado sobre ele|
|numa conferência científica e ouviu mais de uma vez estudantes da Universidade|
|de Harvard berrarem em megafones pela sua demissão ? alguns chegando até a |
|levar matracas para fazer barulho em suas palestras. Tudo por ser considerado |
|um dos pioneiros da sociobiologia ? a idéia de que é possível compreender o |
|comportamento humano e da sociedade por meio da biologia, tese nada popular |
|entre os cientistas sociais que o acusam de fomentar uma nova versão de |
|darwinismo social (uma mescla de sociologia com biologia que, no século XIX, |
|foi usada para justificar as desigualdades sociais). "O irônico é que a |
|maioria dos cientistas sociais que me criticam cometem os mesmos erros dos |
|darwinistas sociais", diz Wilson. "Usam a ciência para defender as crenças de |
|uma ideologia política." Ele diz que as novas descobertas da neurobiologia |
|sobre a mente humana aproximarão inevitavelmente as ciências humanas das |
|ciências naturais, uma união que ele defende em seu livro Consiliência ? A |
|Unidade do Conhecimento (Editora Campus), em que sugere que até a busca de |
|Deus pelo homem não passa de uma herança genética dos nossos antepassados. |
| |
|Super ? Sugerir que até a religião humana está intimamente ligada aos nossos |
|genes não é um excesso de determinismo genético? |
|Concordo que é difícil as pessoas aceitarem que a predisposição humana para a |
|religião é uma conseqüência normal da evolução genética do cérebro. A ânsia |
|por acreditar em alguma existência transcendental, na imortalidade, faz muito |
|mais sucesso do que a ciência. E esse é um dilema humano: evoluimos |
|geneticamente para aceitar uma verdade e descobrimos outra. Mas temos que ter |
|humildade para reconhecer que nem sempre o que desejamos corresponde à |
|verdade. |
| |
|E qual seria a origem dessa inclinação para a fé em Deus? |
|Em primeiro lugar, precisamos concordar que não há nenhuma evidência da |
|existência de uma vida transcendental. Já os estudos sobre o comportamento |
|humano indicam que nossa inclinação para a religião pode ter evoluído do |
|comportamento de submissão animal. Explico: em bandos de macacos rhesus, por |
|exemplo, o macho dominante do grupo caminha firmemente com a cauda e a cabeça |
|erguidas, enquanto os macacos dominados mantêm a cabeça e a cauda baixa, em |
|sinal de respeito ao líder do bando. Estar subordinado a um líder dá a esses |
|animais mais proteção contra os inimigos e garante a eles maior acesso aos |
|alimentos e ao abrigo. Qualquer cientista comportamental que viesse de outro |
|planeta estudar o homem perceberia facilmente a semelhança entre esse |
|comportamento de submissão e a tendência humana de se submeter a um Deus. |
| |
|Em seu livro Consiliência, você propõe uma fusão das ciências humanas com as |
|ciências naturais. Acha mesmo isso possível? |
|Não apenas acho possível como considero essa união quase inevitável. Não é |
|aceitável que as ciências humanas permaneçam numa espécie de ilha distante de |
|todas as outras disciplinas, ignorando os avanços da biologia e de suas |
|explicações sobre a natureza humana. As novas descobertas sobre o cérebro e a |
|consciência humana serão decisivas para essa união. E estamos cada vez mais |
|perto de decifrar o cérebro e sua relação com a mente. Quando parte desse |
|mistério for desvendado, ninguém poderá estudar a sociedade e a cultura como |
|antes. |
| |
|No passado, a união entre as ciências humanas com a biologia foi responsável |
|pelo darwinismo social e pelas teorias racistas. Por que essa união daria |
|certo agora? |
|É preciso deixar claro que o darwinismo social e as teorias racistas não eram |
|teorias científicas de verdade, nem tinham o objetivo de unir áreas da |
|ciência. Essas teorias tentaram aplicar uma ideologia a um modelo científico. |
|E esse continua sendo o principal problema das ciências humanas: estudar a |
|sociedade com o viés de uma ideologia. E esse erro não foi apenas das teorias |
|que serviram de base para o nazismo. Os regimes totalitários de esquerda |
|também usaram a ciência para legitimar uma idéia de homem e da sociedade |
|ideal. Ou seja: tão pernicioso quanto as teorias do determinismo biológico |
|para justificar as desigualdades sociais foi a adoção do marxismo-leninismo |
|pelos cientistas sociais. A verdadeira ciência não pode ser vinculada aos |
|interesses de nenhuma ideologia política. Isso é a morte da ciência, em |
|qualquer área. |
| |
|Mas se os genes nos programaram para diversos traços do nosso comportamento, |
|alguém não poderia usar essa tese para justificar uma ideologia? |
|Poderia. Mas não faria nenhum sentido do ponto de vista científico. A |
|constatação de que, em interação com o ambiente, nossos genes têm um papel |
|fundamental na natureza humana não significa que certo comportamento seja |
|necessariamente bom ou ruim. Você não pode atribuir valor a um traço genético |
|apenas pelo fato de que ele é genético. Seria o mesmo que argumentar que um |
|comportamento é mais ético que outro só porque ele está mais próximo da |
|natureza. Seguindo essa premissa, alguém poderia justificar atrocidades |
|dizendo que a violência está em nossos genes. É claro que a violência faz |
|parte dos homens. Mas a capacidade de escolher também é um dos mais |
|importantes traços humanos. |
| |
|Poderemos, no futuro, eliminar alguns traços indesejáveis do homem ? da mesma |
|forma como erradicaremos algumas doenças genéticas? |
|Isso será possível e não tenho dúvidas de que, nesse momento, a humanidade |
|terá que fazer sua escolha ética mais importante: devemos continuar vivendo da|
|forma como os nossos genes nos montaram, ou devemos eliminar traços |
|indesejáveis como a agressividade? Eu tenho uma posição firme sobre o assunto:|
|acredito que a natureza humana deve ser preservada. Afinal, uma aparente |
|imperfeição como a inclinação para a violência de um adolescente pode ser a |
|mesma fonte do espírito que leva os exploradores a escalarem montanhas. São |
|faces da mesma moeda. Se não tivermos cuidado, poderemos transformar os seres |
|humanos em animais apáticos, uma espécie de autômato domesticável. |
| |
|Quando você começou a defender a biodiversidade, essa palavra fazia parte |
|apenas do jargão dos biólogos. Como você avalia as políticas ambientais do |
|Brasil e de outros países? |
|A maioria dos países, incluindo o Brasil, ainda não se conscientizaram da |
|riqueza que possuem. A verdadeira nova economia não será baseada em |
|computadores, mas no uso das informações que as diversas espécies de vida no |
|planeta carregam dentro de si. Mesmo depois da Eco-92, os economistas |
|continuam fazendo recomendações como se o meio ambiente simplesmente não |
|existisse. Acho que precisamos com urgência incluir o mundo natural e o |
|bem-estar humano entre os indicadores de riqueza dos países. Com esses novos |
|critérios de classificação, o destaque do Brasil seria ainda maior. Pelo menos|
|enquanto conseguir preservar suas reservas de florestas tropicais |
|------------------------------------------------------------------------------|
SUBJECT: Re: [ciencialist] REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 14:40
Quando eu vejo um relógio jogado na rua eu sempre imagino que ele se auto-organizou , pois não vejo nenhum relojoeiro por perto ;)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Sísifo - era: Complexo B contra pernilongos
FROM: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2002 14:41
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Ah! lembrei de perguntar algo. Estou fazendo um trabalho sobre
motores e num dos trechos gostaria de citar aquele trabalho contínuo
citado na mitologia grega. Não recordo o nome do indigente ou a causa
dessa condenação eterna; era de um homem que rolava uma pedra até o
alto de um morro e depois a pedra rolava morro abaixo e o serviço
começava tudo de novo. Alguém pode comentar algo sobre isso para eu
acrescentar em meu trabalho.
> []'
> Léo
Olá, Léo
O nome é Sísifo. Tem a interpretação do Albert Camus em:
http://sites.uol.com.br/filosofocamus/index2.htm
[]s
Evander
ps - não sei se está no contexto pretendido. Enfim...
SUBJECT: RES: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 16:46
> De: José Renato
>
> Devemos reconhecer que somos capazes de tudo: dos maiores
> crimes e maldades até doar a própria vida em favor de alguém
> ou de uma causa.
Sim, somos capazes de tudo. O que difere o herói do
canalha é a motivação. Canalhas têm motivos puramente
egoístas.
> O que nos leva a agir desse ou daquele modo
> são os estímulos recebidos na ocasião em relação à memória
> afetiva-emocional, isto é, em confronto com os valores
> recebidos durante a formação intelectual-moral desde a
> primeira infância.
Ok. É possível.
> Com o cérebro sob influência de drogas
> excitantes ou entorpecentes as ações são realizadas sem
> maiores avaliações das conseqüências.
Consumir drogas nada tem a ver com a premeditação, o
planejamento do crime. No máximo, as drogas podem
influir na execução do crime.
> Há um mês um garoto de
> 17 anos matou com tiros de pistola duas colegas, ambas de 15
> anos, em plena sala de aula de um colégio de classe média,
> que tinham atraído sua raiva ao se saírem melhor em uma
> gincana. Ele havia paquerado uma delas. Também sentia-se
> deslocado por ser o mais velho da turma e elas terem sempre
> ótimas notas.
Motivos egoístas e pior, fúteis. Tranquem o animal e
jogue a chave fora.
> Pelas declarações posteriores percebi que ele
> estava procurando o restart do videogame que ele achava que
> estava jogando.
Pode achar o que quiser, mas para mim é pura vigarice.
Tadinho, se fazendo de louquinho.
> A realidade virtual, dada pelos jogos
> eletrônicos, pode confundir-se com a vida real em mentes atordoadas.
Jogos eletrônicos não são causa de violência. O animal
tem má índole e faz todo mundo acreditar que foi a TV,
videogame ou RPG que fez dele agressivo.
> A dor da exclusão, do desamor e mágoa da rejeição geram
> revoltas surdas e planos diabólicos de vingança,
> minuciosamente arquitetados.
Só em pessoas de mau caráter, má índole. Seres humanos
de bom caráter tornam-se moralmente melhores quando passam por
experiências dolorosas.
> O ser humano, por mais que
> demore a perceber, é movido a emoção, a reconhecimento, a
> aceitação, a consideração de seus pares, superiores, pais e
> de seus ídolos.
Sim. Tanto a emoção move o ser humano para o altruísmo,
a bravura, quanto pode degenerá-lo. Tudo depende do caráter.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Sísifo - era: Complexo B contra pernilongos
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 17:19
Ocno tambem tem analogia com o assunto.
silvio
----- Original Message -----
From: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 13, 2002 2:41 PM
Subject: [ciencialist] Sísifo - era: Complexo B contra pernilongos
Olá, Léo
O nome é Sísifo. Tem a interpretação do Albert Camus em:
http://sites.uol.com.br/filosofocamus/index2.htm
[]s
Evander
ps - não sei se está no contexto pretendido. Enfim...
SUBJECT: Re: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 17:52
Zé Renato:
Sem esquecer a carga genética e o cérebro reptileano: lembre-se de que a
maldade é inata nos humanos e apenas é controlada pelo medo do "castigo"
tanto estabelecido pelo condicionamento social como pelas penas aplicadas
aos que fogem aos padrões básicos da "normalidade". (consuetudinário).
O crime da lourinha é apenas um caso isolado em sua dramaticidade mas
perfeitamente entendível se comparado a outros mais crueis, embora menos
sensíveis às emoções populares, como, como exemplo, a fome, o SUS, a falta
de escolas, as religiões... tudo está em nossas origens.
sds.,
silvio, o tornadiço.
From: "José Renato" <jrma@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Subject: Re: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
Devemos reconhecer que somos capazes de tudo: dos maiores crimes e maldades
até doar a própria vida em favor de alguém ou de uma causa. O que nos leva a
agir desse ou daquele modo são os estímulos recebidos na ocasião em relação
à memória afetiva-emocional, isto é, em confronto com os valores recebidos
durante a formação intelectual-moral desde a primeira infância. Com o
cérebro sob influência de drogas excitantes ou entorpecentes as ações são
realizadas sem maiores avaliações das conseqüências. Há um mês um garoto de
17 anos matou com tiros de pistola duas colegas, ambas de 15 anos, em plena
sala de aula de um colégio de classe média, que tinham atraído sua raiva ao
se saírem melhor em uma gincana. Ele havia paquerado uma delas. Também
sentia-se deslocado por ser o mais velho da turma e elas terem sempre ótimas
notas. Pelas declarações posteriores percebi que ele estava procurando o
restart do videogame que ele achava que estava jogando. A realidade virtual,
dada pelos jogos eletrônicos, pode confundir-se com a vida real em mentes
atordoadas.
A dor da exclusão, do desamor e mágoa da rejeição geram revoltas surdas e
planos diabólicos de vingança, minuciosamente arquitetados. O ser humano,
por mais que demore a perceber, é movido a emoção, a reconhecimento, a
aceitação, a consideração de seus pares, superiores, pais e de seus ídolos.
[]s
José Renato
SSA - BA
SUBJECT: O Crime do Brooklin
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2002 18:04
Olá colegas,
Não há palavras para descrever o caso da menina
que planejou o assassinato dos próprios pais... o crime
é impressionante. E depois de tamanha maldade, essa infeliz
vai ter sua pena diminuída por vários fatores, além da regra
geral que impede que qualquer pena supere 30 anos.
Basta lembrar que os assassinos da Daniela Perez já ganharam
liberdade... não é inacreditável? O sistema penal brasileiro
é podre e repugnante. Acho que essa menina, a Suzane, deveria
pegar prisão perpétua. Isso é o mínimo. A pena de morte a privaria
de uma vida recheada de sofrimento, que é o que ela merece.
A impunidade no Brasil é escandalosa. Isso é um retrato do
povo que aqui vive. O povo brasileiro pode ter suas qualidades,
mas definitivamente é um povo estranho à ordem, às leis e à moral
digna. Não é a toa que Mário de Andrade pôde retratar tão bem
a falta de caráter típica em Macunaíma.
É um povo marginal por natureza, chegado às maracutaias, aos
pequenos delitos. Têm horror à idéia de processo penal como um
instrumento de punição e vingança da sociedade, e gostam da
concepção segundo a qual o Estado prende um criminoso para
recuperá-lo, e não para puní-lo. É um Estado paternal e protetor,
necessário face à natureza criminosa da índole das massas.
O grande beneficiário da compaixão é justamente o infrator.
Nossa população necessita de leis moles e dúbias, de repressão
incerta, suave e flexível. Este é o padrão básico que delineia
a mentalidade coletiva do povo brasileiro, que naturalmente vem
à tona nos nossos códigos civis e penais.
A nossa gente tem horror ao rigor penal, ao cumprimento da lei,
ao "dura lex sed lex", e sobretudo à ordem. Depois de um crime
mais que hediondo, a menina vai cumprir uns 10 anos. Isto,
definitivamente, não é coisa de país sério.
Abraços,
Guilherme
_________________________________________________________________
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http://messenger.msn.com.br
SUBJECT: Re: [ciencialist] Sísifo - era: Complexo B contra pernilongos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 20:11
De: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Ah! lembrei de perguntar algo. Estou fazendo um trabalho sobre
motores e num dos trechos gostaria de citar aquele trabalho contínuo
citado na mitologia grega. Não recordo o nome do indigente ou a causa
dessa condenação eterna; era de um homem que rolava uma pedra até o
alto de um morro e depois a pedra rolava morro abaixo e o serviço
começava tudo de novo. Alguém pode comentar algo sobre isso para eu
acrescentar em meu trabalho.
> []'
> Léo
>>Olá, Léo
O nome é Sísifo. Tem a interpretação do Albert Camus em:
http://sites.uol.com.br/filosofocamus/index2.htm <<
Agradeço, porém não consegui navegar nessa página (só meneia entre index e index2). Todavia pelo RADAR da página encontrei:
http://www.geocities.com/Athens/Olympus/7866/sisifo.html
Muito bom, história completa e a parte útil ao meu trabalho está aqui:
" No Hades, Sísifo teve um castigo imenso pela sua ousadia: Por toda a eternidade ele foi condenado a rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível. Por esse motivo, tarefas que envolviam esforços inúteis passaram a ser chamadas "Trabalhos de Sísifo"."
[]'
Léo
=========================
SUBJECT: Re: [ciencialist] O Crime do Brooklin
FROM: Carol Sturari <carolsturari@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2002 20:12
E apesar de havermos visto que por ter cometido tal crime Suzane não teria direito à herança, acabo de ver na televisão que ela poderá, sim, herdar parte do dinheiro dos pais ---para pagar os advogados! É cada uma, não?...
[ ]'s
Carol
At 18:04 13/11/02 -0200, you wrote:
>Olá colegas,
>
>Não há palavras para descrever o caso da menina
>que planejou o assassinato dos próprios pais... o crime
>é impressionante. E depois de tamanha maldade, essa infeliz
>vai ter sua pena diminuída por vários fatores, além da regra
>geral que impede que qualquer pena supere 30 anos.
----------
---
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Version: 6.0.393 / Virus Database: 223 - Release Date: 30/09/02
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: para Manuel Bulcao
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, manuelbulcao@uol.com.br
DATE: 13/11/2002 20:13
so estou repassando...
reclamações:
antonio.psique@ligbr.com.br
:)
[]'s
Vladimir
-------- Original Message --------
Subject: Solicitação de um favor
Date: 13 Nov 2002 11:24:26 +0000 (GMT)
From: antonio.psique@ligbr.com.br
To: phreakazoid@ig.com.br
Gostaria que me fizesse um favor: Postar a msg que se segue para o
Manuel
Soares Bulcão, jr. Antecipadamente agradeço a atenção.
======================================
Endereço: manuelbulcao@uol.com.br
Assunto (subject): 'Ciao' do renegado
Oi, Manuel
Infelizmente a gente se desentendeu.#####@@@@>>Vejo de outra maneira: 'A
gente' estava iniciando se entender!<<@@@####
Peço-lhe sinceras desculpas pelas minhas violências verbais.
######@@@@@@>>Jamais identifiquei alguma violência de sua parte: Não há
o
quê desculpar. Violencia foi a que sofri do Lúcio/Brudna: 'Vc está
errado e
não vou mais conversar. Bloqueei seu endereço'.
Não entendo como violencia palavras de baixo calão ou acusações
(pessoais)
sem fundamento: "Faz parte".<<@@@@######
Vamos esquecer o que aconteceu.
######@@@@>>É dificil esquecer minha participação na 'ciencialist'. Foi
uma
experiencia bastante significativa. Decepcionado, cancelei minhas
assinaturas em todas as listas que participava e não pretendo, pelo
menos
por enquanto, inscrever-me em listas 'cenográficas'.
Ontem mesmo fui até a 'esquina'. Encontrei os amigos. Riram de mim
quando
mostrei surpresa pelo novo preço da cerveja!<<@@@@######
Manuel: Permita-me uma objeção: quando vc escreveu 'inconsciente', acho
que
vc estava se referindo ao 'subconsciente', não? O conteúdo do
subconsciente,
ao contrário do do inconsciente, pode ser trazido à consciência por um
ato
da vontade, através de um esforço para lembrar.
#####@@@@@>>>Vc está se referindo ao 'pré-consciente' (Parece que não
acredita que eu tenha estudado Freud, alem de ter sido leitor do 'Tio
Patinhas'). Eu referira ao 'inconsciente' mesmo! Nossa 'consciencia
ética'
(superego? É assim que vc denomina?) envolve processos (pré)conscientes
e
processos inconscientes.
O inconsciente é a 'ponte' entre o psíquico e o somático, conecta o
psicológico ao neural. E este 'ponto de contato' está no rinencéfalo,
através do qual tem-se acesso ao sistema límbico (Emoções)<<<@@@@#####
######@@@@>>Em tempo: Meu nome e meu 'nick' são aqueles com que posto.
Não
tenho 'duas caras'. Nunca tive!<<@@@@@######
####@@@@>>Com consideração e estima, um grande abraço.
Antonio Renato.<<@@@@#######
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistematico do ectoplasma
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 20:28
De: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistematico do ectoplasma
| Tem ectoplasma colorido?
|
|
| > Subject: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo
| > sistematico do ectoplasma
Bem, por enquanto aqui no ciencialist o especialista em ectoplasma sou eu. Ectoplasma sempre se produz, sinteticamente, entre eletrodos submetidos a altas tensões. Se os eletrodos são "neutros", ou seja, não soltam suas próprias partículas, o ectoplasma apresenta coloração levemente azulada devido às dispersões múltiplas que ocorrem no ar envolvente. Conforme se vai extraindo o ar na campânula onde se localizam os eletrodos, esse azulado vai esmaecendo, até desaparecer por completo.
Se os eletrodos participam do ectoplasma formado, contribuindo com suas próprias partículas, o ectoplasma tomará as mais variadas colorações conforme a natureza dos eletrodos: cobre, ferro, carvão, platina, latão, bronze etc.
Os mais 'bonitos' ectoplasmas são obtidos com eletrodos de carvão; de 40V até 80 V forma-se apenas o tradicional arco voltaico, dessa tensão até 10 000 V aparecem as formações ectoplasmáticas, coloridas e com propriedades próprias. Em meu último experimento, colocando-se ao lado dos eletrodos (afastado cerca de 15 cm deles) uma pequena estátua de gesso de Bach, o ectoplasma formado tomou a forma da estatueta quando atingi 8700 V e pressão de 0,4 atm.
[]'
Léo
=======================
SUBJECT: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2002 20:51
Manuel, seu texto lembrou-me o livro sapiencial Eclesiastes que alerta para as conseqüências do acúmulo de conhecimentos e ciências, que inicia com a conhecida frase: "Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade".
Eu disse comigo mesmo: "Eis que amontoei e acumulei mais sabedoria que todos os que me precederam. Porque meu espírito estudou muito a sabedoria e a ciência, apliquei-o ao discernimento da sabedoria, da loucura e da tolice. Mas cheguei à conclusão de que isso é também vento que passa. Porque no acúmulo de sabedoria, acumula-se tristeza, e quem aumenta a ciência, aumenta a dor." (Ecl 1, 16-18)
A responsabilidade, a tristeza, a dor, a preocupação aumentam com a consciência adquirida. Sabedoria é utilizar com equilíbrio conhecimentos e ciências.
Abraços.
José Renato
_____________________
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Monday, November 11, 2002 11:40 AM
Subject: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
> --- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Sabem o que me faz citar, citar e citar? A vontade de
> mostrar pra todo mundo o quanto sou erudito, sábio, culto, inteligente, lindo e extremamente encantador; provar que ninguém aqui nesta lista leu mais do que eu! Aliás, sei decorado não só "Os Lusíadas" do Camões como também as bulas de todos os remédios que tomo e tomei: lexotan, valium, dormidol, anafranil, wellbutrin, prozac, survector, azulfin, meticorten, etc., etc., etc.
...........
Porque vc não abandona essas 'químicas' e não parte logo pr'um
natural, Manuel? ;-)
Chá de lírio, canabis sativa, cogumelos... ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 00:06
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Manuel, seu texto lembrou-me o livro sapiencial Eclesiastes que
alerta para as conseqüências do acúmulo de conhecimentos e ciências,
que inicia com a conhecida frase: "Vaidade das vaidades! Tudo é
vaidade".
Manuel: José Renato, leia a mensagem original que você vai perceber
claramente que eu estava brincando, que era só gozação. :-)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: para Manuel Bulcao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 00:14
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
>
> so estou repassando...
>
> reclamações:
> antonio.psique@l...
>
> :)
>
> []'s
> Vladimir
Manuel: Essa eu não entendi. O António me manda um e-mail EM
PARTICULAR comentando algo sobre a psicanálise. Eu o respondi EM
PARTICULAR. Se a conversa estava sendo PARTICULAR, por que postaram
essa mensagem aqui na CienciaList?
Manuel Bulcão
> -------- Original Message --------
> Subject: Solicitação de um favor
> Date: 13 Nov 2002 11:24:26 +0000 (GMT)
> From: antonio.psique@l...
> To: phreakazoid@i...
>
>
> Gostaria que me fizesse um favor: Postar a msg que se segue
para o
> Manuel
> Soares Bulcão, jr. Antecipadamente agradeço a atenção.
>
>
> ======================================
>
> Endereço: manuelbulcao@u...
>
> Assunto (subject): 'Ciao' do renegado
>
>
>
> Oi, Manuel
>
>
> Infelizmente a gente se desentendeu.#####@@@@>>Vejo de outra
maneira: 'A
> gente' estava iniciando se entender!<<@@@####
>
>
> Peço-lhe sinceras desculpas pelas minhas violências verbais.
> ######@@@@@@>>Jamais identifiquei alguma violência de sua parte:
Não há
> o
> quê desculpar. Violencia foi a que sofri do Lúcio/Brudna: 'Vc está
> errado e
> não vou mais conversar. Bloqueei seu endereço'.
> Não entendo como violencia palavras de baixo calão ou acusações
> (pessoais)
> sem fundamento: "Faz parte".<<@@@@######
>
>
> Vamos esquecer o que aconteceu.
> ######@@@@>>É dificil esquecer minha participação na 'ciencialist'.
Foi
> uma
> experiencia bastante significativa. Decepcionado, cancelei minhas
> assinaturas em todas as listas que participava e não pretendo, pelo
> menos
> por enquanto, inscrever-me em listas 'cenográficas'.
> Ontem mesmo fui até a 'esquina'. Encontrei os amigos. Riram de mim
> quando
> mostrei surpresa pelo novo preço da cerveja!<<@@@@######
>
>
> Manuel: Permita-me uma objeção: quando vc escreveu 'inconsciente',
acho
> que
> vc estava se referindo ao 'subconsciente', não? O conteúdo do
> subconsciente,
> ao contrário do do inconsciente, pode ser trazido à consciência por
um
> ato
> da vontade, através de um esforço para lembrar.
> #####@@@@@>>>Vc está se referindo ao 'pré-consciente' (Parece que
não
> acredita que eu tenha estudado Freud, alem de ter sido leitor
do 'Tio
> Patinhas'). Eu referira ao 'inconsciente' mesmo! Nossa 'consciencia
> ética'
> (superego? É assim que vc denomina?) envolve processos (pré)
conscientes
> e
> processos inconscientes.
> O inconsciente é a 'ponte' entre o psíquico e o somático, conecta o
> psicológico ao neural. E este 'ponto de contato' está no
rinencéfalo,
> através do qual tem-se acesso ao sistema límbico (Emoções)
<<<@@@@#####
>
>
> ######@@@@>>Em tempo: Meu nome e meu 'nick' são aqueles com que
posto.
> Não
> tenho 'duas caras'. Nunca tive!<<@@@@@######
>
>
> ####@@@@>>Com consideração e estima, um grande abraço.
> Antonio Renato.<<@@@@#######
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: para Manuel Bulcao
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 01:22
Manuel Bulcão wrote:
> Manuel: Essa eu não entendi. O António me manda um e-mail EM
> PARTICULAR comentando algo sobre a psicanálise. Eu o respondi EM
> PARTICULAR. Se a conversa estava sendo PARTICULAR, por que postaram
> essa mensagem aqui na CienciaList?
Acho que o erro foi meu...
O Antonio pediu pra repassar a mensagem, entendi que fosse para a lista,
ja que ele nao assina mais. Desculpe.
agora sou eu que nao estou entendendo.. :)
[]'s
Vladimir
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 08:40
--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Vc. já notou que entre todos os animais apenas nos humanos a fêmea
> se apresenta com mais "beleza" do que o macho?
Depende do q. se chama de beleza.
Mas se for colorido: muitas aranhas fêmeas (se não todas)
são mais coloridas e maiores do q. os machos.
Existem algumas espécies de peixes -- bem, eu acho
tto a fêmea qto o macho muito feios, mas estou
sendo politicamente incorreto: possuem um critério
não-caucasiano de beleza -- em q. o macho nada
mais é do q. um anexo espermático no corpo da fêmea:
ele, miudinho, nada até a fêmea e se funde ao
corpo dela (romântico isso, não?).
Tem os sipunculídeos -- o macho tbm e' um ser
diminuto quase parasitário no interior da fêmea.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 09:41
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> PS: Que historinha de moral mais besta, sô! Tô parecendo
> o Paulo Coelho. :-/
Alexandre para a Academia!
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 10:02
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
> Quando eu vejo um relógio jogado na rua eu sempre imagino que ele
> se auto-organizou , pois não vejo nenhum relojoeiro por perto ;)
Basta fazer um teste, pegue uma população de relógios e
os crie em um laboratório. Se essa população apresentar
variação hereditária e tais variações tiverem proporções
que se modificam ao longo das gerações de acordo com
o regime de seleção, podemos assumir q. tais
características podem ter surgido por seleção
natural -- se tais características forem adaptativas.
(Qtos relógios vc achou jogado na rua?)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: [ciencialist] O Crime do Brooklin
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 10:21
> De: Carol Sturari
>
> E apesar de havermos visto que por ter cometido tal crime
> Suzane não teria direito à herança, acabo de ver na televisão
> que ela poderá, sim, herdar parte do dinheiro dos pais
> ---para pagar os advogados! É cada uma, não?...
É. Mas por trás disso existe um princípio pelo qual ninguém
será punido senão em virtude de condenação irrecorrível.
Apesar de ser ré confessa ela ainda não foi condenada.
Até lá os bens a que ela teria direito permanecem bloqueados,
exceto aquele destinado ao patrocínio da ampla defesa.
Este princípio deve ser obedecido rigorosamente, não para
beneficiá-la, mas em benefício do Direito. Felizmente é
assim.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 10:33
> De: José Renato
>
> Eu disse comigo mesmo: "Eis que amontoei e acumulei mais
> sabedoria que todos os que me precederam. Porque meu espírito
> estudou muito a sabedoria e a ciência, apliquei-o ao
> discernimento da sabedoria, da loucura e da tolice. Mas
> cheguei à conclusão de que isso é também vento que passa.
> Porque no acúmulo de sabedoria, acumula-se tristeza, e quem
> aumenta a ciência, aumenta a dor." (Ecl 1, 16-18)
>
> A responsabilidade, a tristeza, a dor, a preocupação aumentam
> com a consciência adquirida. Sabedoria é utilizar com
> equilíbrio conhecimentos e ciências.
O que sabe só sofre mais que o ignorante porque tem consciência
dos perigos à sua volta.
Ora alguém diria que é preferível ser ignorante e assim não
sofrer.
Mas o que sabe está em vantagem, pois pode prever
o perigo e tomar atitudes que o repelem.
[]
Alexandre Medeiros
PS: Que historinha de moral mais besta, sô! Tô parecendo
o Paulo Coelho. :-/
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 10:58
Takata:
dizem que as excessões é que comprovam sei lá o quê.
e mudando de pau pra cavaco, uma das provas da bondade de deus é aquele
marimbondo que, solertemente, introduz seus ovinhos no corpo de uma aranha.
Quando os marimbondinhos eclodem, ales se alimentam no corpo vivo da aranha
que só morre quando eles estão aptos pra procurar novas aranhas.... Deusinho
mais do criativo.... Será que ele (deus) não gosta das aranhas ou, pelo
contrário, gosta tanto que a elas causando sofrimento purgam o pecado
original e chegarão mais rápido ao jardim do Éden?
sds.,
silvio.
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 14, 2002 8:40 AM
Subject: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Vc. já notou que entre todos os animais apenas nos humanos a fêmea
> se apresenta com mais "beleza" do que o macho?
Depende do q. se chama de beleza.
Mas se for colorido: muitas aranhas fêmeas (se não todas)
são mais coloridas e maiores do q. os machos.
Existem algumas espécies de peixes -- bem, eu acho
tto a fêmea qto o macho muito feios, mas estou
sendo politicamente incorreto: possuem um critério
não-caucasiano de beleza -- em q. o macho nada
mais é do q. um anexo espermático no corpo da fêmea:
ele, miudinho, nada até a fêmea e se funde ao
corpo dela (romântico isso, não?).
Tem os sipunculídeos -- o macho tbm e' um ser
diminuto quase parasitário no interior da fêmea.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 11:05
--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Será que ele (deus) não gosta das aranhas ou, pelo
> contrário, gosta tanto que a elas causando sofrimento purgam o
> pecado original e chegarão mais rápido ao jardim do Éden?
Bem, as aranhas nao tEm pecado original pra purgar. Mas pergunta pro
Leo. Ele ira' responder a Seus designios.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 11:10
--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> dizem que as excessões é que comprovam sei lá o quê.
E nao sei nao se a excecao nao e' exatamente
os machos mais vistosos do q. as femeas -- ao
menos maiores e mais fortes -- mesmo entre
as especies em q. ha' diferenca entre machos
e femeas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: [ciencialist] Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 12:14
Bom Dia!
Sempre que ouço esses criacionistas pós-modernos falarem, eles ,em
grande parte, estão defendendo um credo religioso que aspira um
reconhecimento científico que nunca será alcançado.
Para não ser tão pessimista eu diria que a única coisa que eles,
muito provavelmente, irão conseguir será algumas velas pretas, um santo
padroeiro que irá ouvir a súplica dos criacionistas e uma ladainha
relegiosa que será o último estertor desses impostores moribundos.
Se manca Jaison. Darwin já refutou esta tese do relojoeiro cego no
século dezenove!
Atenciosamente:
Lisandro de Souza
--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
> Quando eu vejo um relógio jogado na rua eu sempre imagino que ele
> se auto-organizou , pois não vejo nenhum relojoeiro por perto ;)
Basta fazer um teste, pegue uma população de relógios e
os crie em um laboratório. Se essa população apresentar
variação hereditária e tais variações tiverem proporções
que se modificam ao longo das gerações de acordo com
o regime de seleção, podemos assumir q. tais
características podem ter surgido por seleção
natural -- se tais características forem adaptativas.
(Qtos relógios vc achou jogado na rua?)
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 12:17
Ois,
José Renato: A responsabilidade, a tristeza, a dor, a preocupação
aumentam com a consciência adquirida. Sabedoria é utilizar com
equilíbrio conhecimentos e ciências.
Alexandre: O que sabe só sofre mais que o ignorante porque tem
consciência dos perigos à sua volta.
Manuel: Na verdade, eu já levava uma vida trite, dorida e preocupada
ainda nos tempos em que eu era um imbecil colecinador de chaveiros.
Pois era muito tímido e não conseguia aranjar namorada. Então, para
impressionar o mulherio, comecei a ler, ler, ler... só que não deu
certo. Por isso piorei. Aí tome lexotan, anafranil, prozac,
wellbutrin, etc., etc., etc.
Ainda bem que consegui casar, ufa! :-))
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: A Arte de Perguntar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 12:26
Essa, muito boa e pertinente no campo da psicanlise, classifico como a melhor pergunta do ms:
"Manuel Bulco: Essa eu no entendi. O Antnio me manda um e-mail EM
PARTICULAR comentando algo sobre a psicanlise. Eu o respondi EM
PARTICULAR. Se a conversa estava sendo PARTICULAR, por que postaram
essa mensagem aqui na CienciaList?"
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Lo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O QUE É A BELEZA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 12:34
| From Silvio to Takata:
|
| dizem que as excessões é que comprovam sei lá o quê.
| e mudando de pau pra cavaco, uma das provas da bondade de deus é aquele
| marimbondo que, solertemente, introduz seus ovinhos no corpo de uma aranha.
| Quando os marimbondinhos eclodem, ales se alimentam no corpo vivo da aranha
| que só morre quando eles estão aptos pra procurar novas aranhas.... Deusinho
| mais do criativo.... Será que ele (deus) não gosta das aranhas ou, pelo
| contrário, gosta tanto que a elas causando sofrimento purgam o pecado
| original e chegarão mais rápido ao jardim do Éden?
| sds.,
| silvio.
|
|
É parece mesmo que deus não gosta de aranhas e, até mesmo aranhas famosas, morreram por mordidas de cobras; lembra-se da Cleópatra a a-rainha do Egito?
[]'
? (vergonha)
SUBJECT: [ IncrédulosBR] LAVAGEM CEREBRAL
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 13:59
Boa Tarde a todos.
Estou repassando este e-mail que recebi recentemente.
As técnicas de persuasão mental são similares aquelas relatadas por
Aldous Huxley em seus livros, principalmente em Regresso ao Admirável Mundo
Novo e em algumas notícias esparsas que encontro na mídia sobre a
influência da televisão e os comerciais a ela vinculados.
Como não possuo uma familiaridade sólida a respeito do tema, se
alguém tiver a paciência de ler o texto completo, gostaria de saber a
opinião de vocês se estas ideias estão datadas ou se possuem algum
fundamento.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza.
A BATALHA PELA SUA MENTE
Técnicas de Persuasão e Lavagem Cerebral Sendo Usadas
Atualmente No Público
-------------------------------------------------------
por Dick Sutphen
SUMÁRIO
O nascimento da conversão religiosa/lavagem cerebral
no Revivalismo Cristão em 1735. A explicação
pavloviana das três fases cerebrais. Pregadores
renascidos: passo a passo, como eles conduzem o
reavivamento e os resultados fisiológicos esperados. A
técnica de "voz ritmada" usada por pregadores,
advogados e hipnotizadores. Novas igrejas do êxtase.
Os seis passos para a conversão. O processo de
decognição. Técnicas de parar o pensamento. A técnica
"venda com fanatismo". Os verdadeiros crentes e os
movimentos de massa. Técnicas de persuasão: "sim,
sim", "comandos embutidos", "choque e confusão" e a
"técnica intercalada". [Técnicas] subliminares.
Vibrato e ondas ELF [freqüência extremamente baixa].
Indução ao transe com vibrações sonoras. Mesmo
observadores profissionais serão "possuídos" nas
assembléias carismáticas. A técnica "única esperança"
para assistir e não ser convertido. Programação
não-detetável com Neurofone, através da pele. O meio
de controlar as massas.
Eu sou Dick Sutphen e esta fita é uma gravação de
estúdio, uma versão expandida de uma conferência que
fiz na Convenção do Congresso Mundial de
Hipnotizadores Profissionais em Las Vegas, Nevada.
Embora a fita traga um copyright para protegê-la de
duplicações e vendas ilegais, neste caso, eu convido
os indivíduos a fazer cópias e dá-las aos amigos ou
qualquer pessoa em posição de divulgar esta informação
* .
Embora eu tenha sido entrevistado acerca deste assunto
em muitos locais, rádios e programas de entrevistas em
TV, os meios de comunicação de massa parecem estar
bloqueados, porque isto poderia resultar em
desconfiança e investigações dos meios de divulgação e
de seus patrocinadores. Algumas agências
governamentais não querem que esta informação seja
divulgada. Nem os movimentos de Novos Cristãos, os
cultos, e mesmo muitos treinadores de potencial
humano.
Cada uma das coisas que vou relatar apenas exporá a
superfície do problema. Eu não sei como o abuso destas
técnicas pode ser parado. Eu não penso que seja
possível legislar contra algo que freqüentemente não
pode ser detectado; e se os próprios legisladores
estão usando estas técnicas, há pouca esperança de o
governo usar leis assim. Sei que o primeiro passo para
iniciar mudanças é gerar interesse. Neste caso, apenas
um movimento subterrâneo poderia provocar isto.
Falando deste assunto, estou falando acerca de meu
próprio negócio. Eu sei disto, e sei quão efetivo isto
pode ser. Eu faço fitas de hipnose e [de técnicas]
subliminares, e, em alguns de meus seminários, uso
táticas de conversão com os participantes para
torná-los independentes e auto-suficientes. Mas,
sempre que uso estas técnicas, eu ressalto que estou
usando-as, e todos podem escolher entre participar ou
não. Eles também sabem qual será o resultado desejado.
Então, para começar, eu quero declarar o que é o fato
mais básico de todos acerca de lavagem cerebral: EM
TODA A HISTÓRIA DO HOMEM, NINGUÉM QUE TENHA SOFRIDO
LAVAGEM CEREBRAL ACREDITARÁ OU ACEITARÁ QUE SOFREU TAL
COISA. Todos aqueles que a sofreram, usualmente,
defenderão apaixonadamente os seus manipuladores,
clamando que simplesmente lhes foi "mostrada a
luz"...ou que foram transformados de modo miraculoso.
O Nascimento da Conversão
CONVERSÃO é uma palavra "agradável" para LAVAGEM
CEREBRAL...e qualquer estudo de lavagem cerebral tem
de começar com o estudo do Revivalismo Cristão no
século dezenove, na América. Aparentemente, Jonathan
Edwards descobriu acidentalmente as técnicas durante
uma cruzada religiosa em 1735, em Northampton,
Massachusetts. Induzindo culpa e apreensão aguda e
aumentando a tensão, os "pecadores" que compareceram
aos seus encontros de reavivamento foram completamente
dominados, tornando-se submissos. Tecnicamente, o que
Edwards estava fazendo era criar condições que
deixavam o cérebro em branco, permitindo a mente
aceitar nova programação. O problema era que as novas
informações eram negativas. Ele poderia então
dizer-lhes, "vocês são pecadores! vocês estão
destinados ao inferno!". Como resultado, uma pessoa
tentou e outra cometeu suicídio. E os vizinhos do
suicida relataram que eles também foram tão
profundamente afetados que, embora tivessem encontrado
a "salvação eterna", eram também obcecados com a idéia
diabólica de dar fim às próprias vidas.
Uma vez que um pregador, líder de culto, manipulador
ou autoridade atinja a fase de apagamento do cérebro,
deixando-o em branco, os sujeitos ficam com as mentes
escancaradas, aceitando novas idéias em forma de
sugestão. Porque Edwards não tornou sua mensagem
positiva até o fim do reavivamento, muitos aceitaram
as sugestões negativas e agiram, ou desejaram agir, de
acordo com elas.
Charles J. Finney foi outro cristão revivalista que
usou as mesmas técnicas quatro anos mais tarde, em
conversões religiosas em massa, em Nova Iorque. As
técnicas são ainda hoje utilizadas por cristãos
revivalistas, cultos, treinadores de potencial humano,
algumas reuniões de negócios, e nas forças armadas dos
EUA, para citar apenas alguns. Deixem-me acentuar aqui
que eu não creio que muitos pregadores revivalistas
percebam ou saibam que estão usando técnicas de
lavagem cerebral. Edwards simplesmente topou com uma
técnica que realmente funcionou, e outros a copiaram e
continuam a copiá-la pelos últimos duzentos anos. E o
mais sofisticado de nosso conhecimento e tecnologia
tornou mais efetiva a conversão. Sinto fortemente que
esta é uma das maiores razões para o crescimento do
fundamentalismo cristão, especialmente na variedade
televisiva, enquanto que muitas das religiões
ortodoxas estão declinando.
As Três Fases Cerebrais
Os cristãos podem ter sido os primeiros a formular com
sucesso a lavagem cerebral, mas teremos de ir a
Pavlov, um cientista russo, para uma explicação
técnica. Nos idos de 1900, seu trabalho com animais
abriu a porta para maiores investigações com humanos.
Depois da revolução russa, Lênin viu rapidamente o
potencial em aplicar as pesquisas de Pavlov para os
seus próprios objetivos.
Três distintos e progressivos estados de inibição
transmarginal foram identificados por Pavlov. O
primeiro é a fase EQUIVALENTE, na qual o cérebro dá a
mesma resposta para estímulos fortes e fracos. A
segunda é a fase PARADOXAL, na qual o cérebro responde
mais ativamente aos estímulos fracos do que aos
fortes. E a terceira é a fase ULTRA-PARADOXAL, na qual
respostas condicionadas e padrões de comportamento vão
de positivo para negativo, ou de negativo para
positivo.
Com a progressão por cada fase, o grau de conversão
torna-se mais efetivo e completo. São muitos e
variados os modos de alcançar a conversão, mas o
primeiro passo usual em lavagens cerebrais políticas
ou religiosas é trabalhar nas emoções de um indivíduo
ou grupo, até eles chegarem a um nível anormal de
raiva, medo, excitação ou tensão nervosa.
O resultado progressivo desta condição mental é
prejudicar o julgamento e aumentar a sugestibilidade.
Quanto mais esta condição é mantida ou intensificada,
mais ela se mistura. Uma vez que a catarse, ou a
primeira fase cerebral é alcançada, uma completa
mudança mental torna-se mais fácil. A programação
mental existente pode ser substituída por novos
padrões de pensamento e comportamento.
Outras armas fisiológicas freqüentemente utilizadas
para modificar as funções normais do cérebro são os
jejuns, dietas radicais ou dietas de açúcar,
desconforto físico, respiração regulada, canto de
mantras em meditação, revelação de mistérios sagrados,
efeitos de luzes e sons especiais, e intoxicação por
drogas ou por incensos.
Os mesmos resultados podem ser obtidos nos tratamentos
psiquiátricos contemporâneos por eletrochoques e mesmo
pelo abaixamento proposital do nível de açúcar no
sangue, com a aplicação de injeções de insulina.
Antes de falar sobre exatamente como algumas das
técnicas são aplicadas, eu quero ressaltar que hipnose
e táticas de conversão são duas coisas distintas e
diferentes -- e que as técnicas de conversão são muito
mais poderosas. Contudo, as duas são freqüentemente
misturadas ... com poderosos resultados.
Como os Pregadores Revivalistas Trabalham
Se você desejar ver um pregador revivalista em ação,
há provavelmente vários em sua cidade. Vá para a
igreja ou tenda e sente-se acerca de três-quartos da
distância ao fundo. Muito provavelmente uma música
repetitiva será tocada enquanto o povo vem para o
serviço. Uma batida repetitiva, idealmente na faixa de
45 a 72 batidas por minuto (um ritmo próximo às
batidas do coração humano) é muito hipnótica e pode
gerar um estado alterado de consciência, com olhos
abertos, em uma grande porcentagem das pessoas. E, uma
vez você esteja em um ritmo alfa, você está pelo menos
25 vezes mais sugestionável do que você estaria, em um
ritmo beta, de plena consciência. A música é
provavelmente a mesma para cada serviço, ou incorpora
a mesma batida, e muitas das pessoas irão para um
estado alterado de consciência quase imediatamente
após entrarem no santuário. Subconscientemente, eles
recordam o estado mental quando em serviços religiosos
anteriores, e respondem de acordo com a programação
pós-hipnótica.
Observe as pessoas esperando pelo início do serviço
religioso. Muitas exibirão sinais exteriores de transe
-- corpo relaxado e olhos ligeiramente dilatados.
Freqüentemente, eles começam a agitar as mãos para
diante e para trás no ar, enquanto estão sentadas em
suas cadeiras. A seguir, o pastor assistente muito
provavelmente virá, e falará usualmente com uma
simpática "voz ritmada".
Técnica da Voz Ritmada
Uma "voz ritmada" é um estilo padronizado, pausado,
usado por hipnotizadores quando estão induzindo um
transe. É também usado por muitos advogados, vários
dos quais são altamente treinados hipnólogos, quando
desejam fixar um ponto firmemente na mente dos
jurados. Uma voz ritmada pode soar como se o locutor
estivesse conversando ao ritmo de um metrônomo, ou
pode soar como se ele estivesse enfatizando cada
palavra em um estilo monótono e padronizado. As
palavras serão usualmente emitidas em um ritmo de 45 a
60 batidas por minuto, maximizando o efeito hipnótico.
Agora, o pastor assistente começa o processo de
"acumulação". Ele induz um estado alterado de
consciência e/ou começa a criar excitação e
expectativas na audiência. A seguir, um grupo de
jovens mulheres vestidas em longos vestidos brancos
que lhes dão um ar de pureza, vêm e iniciam um canto.
Cantos evangélicos são o máximo, para se conseguir
excitação e ENVOLVIMENTO. No meio do canto, uma das
garotas pode ser "golpeada por um espírito" e cai, ou
reage como se estivesse possuída pelo Espírito Santo.
Isto efetivamente aumenta a excitação na sala. Neste
ponto, hipnose e táticas de conversão estão sendo
misturadas e o resultado é que toda a atenção da
audiência está agora tomada, enquanto o ambiente
torna-se cada vez mais tenso e excitado.
Exatamente neste momento, quando a indução ao estado
mental alfa foi conseguido em massa, eles irão passar
o prato ou cesta de coleta. Ao fundo, em uma voz
ritmada a 45 batidas por minuto, o pregador assistente
poderá exortar, "dê ao Senhor...dê ao Senhor...dê ao
Senhor...dê ao Senhor". E a audiência dá. Deus pode
não obter o dinheiro, mas seu já rico representante,
sim.
A seguir, vem o pregador fogo-e-enxôfre. Ele induz
medo e aumenta a tensão falando sobre "o demônio", "ir
para o inferno", e sobre o Armageddon próximo.
Na última dessas reuniões que assisti, o pregador
falou sobre o sangue que brevemente escorreria de cada
torneira na terra. Ele também estava obcecado com um
"machado sangrento de Deus", o qual todos tinham visto
suspenso sobre o púlpito, na semana anterior. Eu não
tinha nenhuma dúvida de que todos o tinham visto -- o
poder da sugestão hipnótica em centenas de pessoas
assegura que entre 10 a 25 por cento verão o que quer
que lhes seja sugerido ver.
Na maioria da assembléias revivalistas, "depoimentos"
ou "testemunhos" usualmente seguem-se ao sermão
amedrontador. Pessoas da audiência virão ao palco
relatar as suas histórias. "Eu estava aleijado e agora
posso caminhar!". "Eu tinha artrite e ela se foi!".
Esta é uma manipulação psicológica que funciona.
Depois de ouvir numerosos casos de curas milagrosas, a
pessoa comum na audiência com um problema menor está
certa de que ela pode ser curada. A sala está
carregada de medo, culpa e intensa expectativa e
excitação.
Agora, aqueles que querem ser curados são
freqüentemente alinhados ao redor da sala, ou lhes é
dito para vir à frente. O pregador pode tocá-los na
cabeça e gritar "esteja curado!". Isto libera a
energia psíquica, e, para muitos, resulta a catarse.
Catarse é a purgação de emoções reprimidas. Indivíduos
podem gritar, cair ou mesmo entrar em espasmos. E se a
catarse é conseguida, eles possuem uma chance de serem
curados. Na catarse (uma das três fases cerebrais
anteriormente mencionadas), a lousa do cérebro é
temporariamente apagada e novas sugestões são aceitas.
Para alguns, a cura pode ser permanente. Para muitos,
irá durar de quatro dias a uma semana, que é,
incidentalmente, o tempo que dura normalmente uma
sugestão hipnótica dada a uma pessoa. Mesmo que a cura
não dure, se eles voltarem na semana seguinte, o poder
da sugestão pode continuamente fazer ignorar o
problema... ou, algumas vezes, lamentavelmente, pode
mascarar um problema físico que pode se mostrar
prejudicial ao indivíduo, a longo prazo.
Eu não estou dizendo que curas legítimas não
aconteçam. Acontecem. Pode ser que o indivíduo estava
pronto para largar a negatividade que causou o
problema em primeiro lugar; pode ser obra de Deus. Mas
afirmo que isto pode ser explicado com o conhecimento
existente acerca das funções cérebro/mente.
As técnicas e encenações variarão de igreja para
igreja. Muitos usam "falar línguas" para gerar a
catarse em alguns, enquanto o espetáculo cria intensa
excitação nos observadores.
O uso de técnicas hipnóticas por religiões é
sofisticado, e profissionais asseguram que elas
tornaram-se ainda mais efetivas. Um homem em Los
Angeles está projetando, construindo e reformando um
monte de igrejas por todo o país. Ele diz aos
ministros o que eles precisam, e como usá-lo. Sua fita
gravada indica que a congregação e a renda dobrarão,
se o ministro seguir suas instruções. Ele admite que
cerca de 80 por cento de seus esforços são para o
sistema de som e de iluminação.
Som potente e o uso apropriado de iluminação são de
importância primária em induzir estados alterados de
consciência -- eu os tenho usado por anos, em meus
próprios seminários. Contudo, meus participantes estão
plenamente conscientes do processo, e do que eles
podem esperar como resultado de sua participação.
Seis Técnicas de Conversão
Cultos e organizações [que ensinam] potencial humano
estão sempre procurando por novos convertidos. Para
conseguí-los, eles precisam criar uma fase cerebral. E
geralmente precisam fazê-lo em um curto espaço de
tempo -- um fim-de-semana, até mesmo em um dia. O que
se segue são as seis técnicas primárias usadas para
gerar a conversão.
O encontro ou treinamento tem lugar em uma área onde
os participantes estão desligados do resto do mundo.
Isto pode ser em qualquer lugar: uma casa isolada, um
local remoto ou rural, ou mesmo no salão de um hotel,
onde aos participantes só é permitido usar o banheiro,
limitadamente. Em treinamentos de potencial humano, os
controladores darão uma prolongada conferência acerca
da importância de "honrar os compromissos" na vida.
Aos participantes é dito que, se eles não honram seus
compromissos, sua vida nunca irá melhorar. É uma boa
idéia honrar compromissos, mas os controladores estão
subvertendo um valor humano positivo, para os seus
interesses egoístas. Os participantes juram para si
mesmos e para os treinadores que eles honrarão seus
compromissos. Qualquer um que não o faça será intimado
a um compromisso, ou forçado a deixá-los. O próximo
passo é concordar em completar o treinamento, deste
modo assegurando uma alta porcentagem de conversões
para as organizações. Eles terão, normalmente, que
concordar em não tomar drogas, fumar, e algumas vezes
não comer...ou lhes são dados lanches rápidos de modo
a criar tensão. A razão real para estes acordos é
alterar a química interna, o que gera ansiedade e,
espera-se, cause ao menos um ligeiro mal-funcionamento
do sistema nervoso, que aumente o potencial de
conversão.
Antes que a reunião termine, os compromissos serão
lembrados para assegurar que o novo convertido vá
procurar novos participantes. Eles são intimidados a
concordar em fazê-lo, antes de partirem. Desde que a
importância em manter os compromissos é tão grande em
sua lista de prioridade, o convertido tentará trazer à
força cada um que ele conheça, para assistir a uma
futura sessão oferecida pela organização. Os novos
convertidos são fanáticos. De fato, o termo
confidencial de merchandising nos maiores e mais bem
sucedidos treinamentos de potencial humano é "vender
com fanatismo!"
Pelo menos muitos milhares de pessoas se graduam, e
uma boa porcentagem é programada mentalmente de modo a
assegurar sua futura lealdade e colaboração se o guru
ou a organização chamar. Pense nas implicações
políticas em potencial, de centenas de milhares de
fanáticos programados para fazer campanha pelo seu
guru.
Fique precavido se uma organização deste tipo oferecer
sessões de acompanhamento depois do seminário. Estas
podem ser encontros semanais ou seminários baratos
dados em uma base regular, nos quais a organização
tentará habilmente convencê-lo -- ou então será algum
evento planejado regularmente, usado para manter o
controle. Como os primeiros cristão revivalistas
descobriram, um controle de longo prazo é dependente
de um bom sistema de acompanhamento.
Muito bem. Agora, vamos ver uma segunda dica, que
mostra quando táticas de conversão estão sendo usadas.
A manutenção de um horário que causa fadiga física e
mental. Isto é primariamente alcançado por longas
horas nas quais aos participantes não é dada nenhuma
oportunidade para relaxar ou refletir.
A terceira dica: quando notar que são utilizadas
técnicas para aumentar a tensão na sala ou
meio-ambiente.
Número quatro: incerteza. Eu poderia passar várias
horas relatando várias técnicas para aumentar a tensão
e gerar incerteza. Basicamente, os participantes estão
preocupados quanto a serem notados ou apontados pelos
instrutores; sentimentos de culpa se manifestam, e
eles são tentados a relatar seus mais íntimos segredos
aos outros participantes, ou forçados a tomar parte em
atividades que enfatizem a remoção de suas máscaras.
Um dos mais bem sucedidos seminários de potencial
humano força os participantes a permanecerem em um
palco à frente da audiência, enquanto são verbalmente
atacados pelos instrutores. Uma pesquisa de opinião
pública, conduzida a alguns anos, mostrou que a
situação mais atemorizante na qual um indivíduo pode
se encontrar, é falar para uma audiência. Isto
iguala-se à lavar uma janela externamente, no 85º.
andar de um prédio. Então você pode imaginar o medo e
a tensão que esta situação gera entre os
participantes. Muitos desfalecem, mas muitos enfrentam
o stress por uma mudança de mentalidade. Eles
literalmente entram em estado alfa, o que
automaticamente os torna mais sugestionáveis do que
normalmente são. E outra volta da espiral descendente
para a conversão é realizada com sucesso.
O quinto indício de que táticas de conversão estão
sendo usadas é a introdução de jargão -- novos termos
que tem significado unicamente para os "iniciados" que
participam. Linguagem viciosa é também freqüentemente
utilizada, de propósito, para tornar desconfortáveis
os participantes.
A dica final é se não há nenhum humor na
comunicação...ao menos até que os participantes sejam
convertidos. Então, divertimentos e humor são
altamente desejáveis, como símbolos da nova alegria
que os participantes supostamente "encontraram".
Não estou dizendo que boas coisas não resultem da
participação em tais reuniões. Isto pode ocorrer. Mas
afirmo que é importante para as pessoas saberem o que
aconteceu, e ficarem prevenidas de que o contínuo
envolvimento pode não ser de seu maior interesse.
Através dos anos, tenho conduzido seminários
profissionais para ensinar às pessoas a serem
hipnotizadores, treinadores e conselheiros. Tive [como
alunos] muitos daqueles que conduzem treinamentos e
reuniões, que vêm a mim e dizem, "estou aqui porque eu
sei que aquilo que faço funciona, mas não sei o por
quê". Depois de mostrar-lhes o como e o por quê,
muitos deles tem deixado este negócio, ou decidido
abordá-lo diferentemente, de uma maneira mais amorosa
e humana.
Muitos destes treinadores tem se tornado meus amigos,
e marcou-nos a todos ter experimentado o poder de uma
pessoa com um microfone na mão em uma sala cheia de
pessoas. Some um pouco de carisma, e você pode contar
com uma alta taxa de conversões. A triste verdade é
que uma alta porcentagem de pessoas quer ceder o seu
poder - eles são verdadeiros "crentes"!
Reuniões de culto e treinamentos de potencial humano
são um ambiente ideal para se observar em primeira mão
o que é tecnicamente chamado de "Síndrome de
Estocolmo". Esta é uma situação na qual aqueles que
são intimidados, controlados e torturados começam a
amar, admirar e muitas vezes até desejar sexualmente
os seus controladores ou captores.
Mas permitam-me deixar aqui uma palavra de
advertência: se você pensa que pode assistir tais
reuniões e não ser afetado, você provavelmente está
errado. Um exemplo perfeito é o caso de uma mulher que
foi ao Haiti com Bolsa de Estudos da Guggenheim para
estudar o vudu haitiano. Em seu relatório, ela diz
como a música eventualmente induz movimentos
incontroláveis do corpo, e um estado alterado de
consciência. Embora ela compreendesse o processo e
pudesse refletir sobre o mesmo, quando começou a
sentir-se vulnerável à música ela tentou lutar e
fugir. Raiva ou resistência quase sempre asseguram
conversão. Poucos momentos mais tarde ela sentiu-se
possuída pela música e começou a dançar, em transe,
por todo o local onde se realizava o culto vudu. A
fase cerebral tinha sido induzida pela música e pela
excitação, e ela acordou sentindo-se renascida. A
única esperança de assistir tais reuniões sem
sentir-se afetado e ser um Buda, e não se permitir
sentimentos positivos ou negativos. Poucas pessoas são
capazes de tal neutralidade.
Antes de prosseguir, vamos voltar às seis dicas de
conversão. Eu quero mencionar o governo dos Estados
Unidos, e os campos de treinamento militar. O Corpo de
Fuzileiros Navais (the Marine Corps) afirma que quebra
o moral dos homens antes de "reconstruí-los" como
novos homens - como fuzileiros (marines)! Bem, isso é
exatamente o que eles fazem, da mesma maneira que os
cultos vergam o moral das pessoas e as reconstróem
como felizes vendedores de flores nas esquinas. Cada
uma das seis técnicas de conversão é usada nos campos
de treinamento militar. Considerando as necessidades
militares, não estou fazendo um julgamento quanto a se
isto é bom ou ruim. É UM FATO, que as pessoas
efetivamente sofrem lavagem cerebral. Aqueles que não
querem se submeter devem ser dispensados, ou passarão
muito de seu tempo no quartel.
Processo de Decognição
Uma vez que a conversão inicial é realizada, nos
cultos, no treinamento militar, ou em grupos
similares, não pode haver dúvidas entre seus membros.
Estes devem responder aos comandos, e fazer o que
estes lhes disserem. De outra forma, eles seriam
perigosos ao controle da organização. Isto é
normalmente conseguido pelo Processo de Decognição em
três passos.
O primeiro passo é o de REDUÇÃO DA VIGILÂNCIA: os
controladores provocam um colapso no sistema nervoso,
tornando difícil distinguir entre fantasia e
realidade. Isto pode ser conseguido de várias
maneiras. DIETA POBRE é uma; muito cuidado com
Brownies e com Koolaid. O açúcar 'desliga' o sistema
nervoso. Mais sutil é a "DIETA ESPIRITUAL", usada por
muitos cultos. Eles comem somente vegetais e frutas;
sem o apoio dos grãos, nozes, sementes, laticínios,
peixe ou carne, um indivíduo torna-se mentalmente
"aéreo". Sono inadequado é outro modo fundamental de
reduzir a vigilância, especialmente quando combinada
com longas horas de intensa atividade física. Também,
ser bombardeado com experiências únicas e intensas
consegue o mesmo resultado.
O segundo passo é a CONFUSÃO PROGRAMADA: você é
mentalmente assaltado enquanto sua vigilância está
sendo reduzida conforme o passo um. Isto se consegue
com um dilúvio de novas informações, leituras,
discussões em grupo, encontros ou tratamento
individual, os quais usualmente eqüivalem ao
bombardeio do indivíduo com questões, pelo
controlador. Durante esta fase de decognição,
realidade e ilusão freqüentemente se misturam, e uma
lógica pervertida é comumente aceita.
O terceiro passo é PARADA DO PENSAMENTO: técnicas são
usadas para causar um "vazio" na mente. Estas são
técnicas para alterar o estado de consciência, que
inicialmente induzem calma ao dar à mente alguma coisa
simples para tratar, com uma atenta concentração. O
uso continuado traz um sentimento de exultação e
eventualmente alucinação. O resultado é a redução do
pensamento, e eventualmente, se usado por muito tempo,
a cessação de todo pensamento e a retirada de todo o
conteúdo da mente, exceto o que os controladores
desejem. O controle é, então, completo. É importante
estar atento que quando membros ou participantes são
instruídos para usar técnicas de "parar o pensamento,
eles são informados de que serão beneficiados: eles se
tornarão "melhores soldados", ou "encontrarão a luz".
Há três técnicas primárias usadas para parar o
pensamento. A primeira é a MARCHA: a batida do tump,
tump, tump literalmente gera auto-hipnose, e grande
susceptibilidade à sugestão.
A segunda técnica para parar o pensamento é a
MEDITAÇÃO. Se você passar de uma hora a uma hora e
meia por dia em meditação, depois de poucas semanas há
uma grande probabilidade de que você não retornará à
consciência plena normal beta. Você permanecerá em um
estado fixo alfa tanto mais quanto você continue a
meditar. Não estou dizendo que isto é ruim - se você
mesmo o faz. Pode então ser benéfico. Mas é um fato
que você está levando a sua mente a um estado de
vazio. Eu tenho testado quem medita, com máquinas EEG,
e o resultado é conclusivo: quanto mais você medita,
mais vazia se torna a sua mente, principalmente se
usada em excesso ou em combinação com decognição;
todos os pensamentos cessam. Alguns grupos
espiritualistas vêem isto como nirvana - o que é
besteira. Isto é simplesmente um resultado fisiológico
previsível. E se o céu na terra significa
não-pensamento e não-envolvimento, eu realmente
pergunto por que nós estamos aqui.
A terceira técnica de parar o pensamento é pelo
CÂNTICO, e freqüentemente por cânticos em meditação.
"Falar em línguas" poderia também ser incluído nesta
categoria.
Todas as três técnicas produzem um estado alterado de
consciência. Isto pode ser muito bom se VOCÊ está
controlando o processo, porque você também controla o
que vai usar. Eu pessoalmente use ao menos uma sessão
de auto-hipnose cada dia, e eu sei quão benéfico isto
é para mim. Mas você precisa saber, se usar estas
técnicas a ponto de permanecer continuamente em estado
alfa, embora você permaneça em um estado levemente
embriagado, você estará também mais sugestionável.
Verdadeiros Crentes & Movimentos de Massa
Antes de terminar esta seção de conversão, eu quero
falar sobre as pessoas que são mais susceptíveis a
isto, bem como sobre os Movimentos de Massa. Eu estou
convencido que pelo menos um terço da população é
aquilo que Eric Hoffer chama "verdadeiros crentes".
Eles são sociáveis, e são seguidores... são pessoas
que se deixam conduzir por outros. Eles procuram por
respostas, significado e por iluminação fora de si
mesmos.
Hoffer, que escreveu O VERDADEIRO CRENTE, um clássico
em movimentos de massa, diz: "os verdadeiros crentes
não estão decididos a apoiar e afagar o seu ego; têm,
isto sim, uma ânsia de se livrarem dele. Eles são
seguidores, não em virtude de um desejo de
auto-aperfeiçoamento, mas porque isto pode satisfazer
sua paixão pela auto-renúncia!". Hoffer também diz que
os verdadeiros crentes "são eternamente incompletos e
eternamente inseguros"!
Eu sei disto, pela minha própria experiência. Em meus
anos de ensino e de condução de treinamentos, eu tenho
esbarrado com isto muitas vezes. Tudo que eu quero
fazer é tentar mostrar-lhes que a única coisa a ser
buscada é a Verdade interior. Suas respostas pessoais
deverão ser encontradas lá, e solitariamente. Eu
sempre digo que a base da espiritualidade é a
auto-responsabilidade e a auto-evolução, mas muitos
dos verdadeiros crentes apenas respondem que eu não
possuo espiritualidade, e vão em seguida procurar por
alguém que lhes dará o dogma e a estrutura que eles
desejam.
Nunca subestime o potencial de perigo destas pessoas.
Eles podem facilmente ser moldados como fanáticos, que
irão com muito prazer trabalhar e até morrer pela sua
causa sagrada. Isto é um substituto para a sua fé
perdida, e freqüentemente lhes oferece um substituto
para a sua esperança individual. A Maioria Moral é
feita de verdadeiros crentes. Todos os cultos são
compostos de verdadeiros crentes. Você os encontrará
na política, nas igrejas, nos negócios e nos grupos de
ação social. Eles são os fanáticos nestas
organizações.
Os Movimentos de Massa possuem normalmente um líder
carismático. Seus seguidores querem converter outros
para o seu modo de vida ou impor um novo estilo de
vida - se necessário, recorrendo a uma legislação que
os force a isto, como evidenciado pelas atividades da
Maioria Moral. Isto significa coação pelas armas ou
punição, que é o limite em se tratando de coação
legal.
Um ódio comum, um inimigo, ou o demônio são essenciais
ao sucesso de um movimento de massas. Os Cristão
Renascidos tem o próprio Satã, mas isto não é o
bastante - a ele se soma o oculto, os pensadores da
Nova Era, e mais tarde, todos aqueles que se oponham à
integração de igreja e política, como evidenciado
pelas suas campanhas políticas contra a reeleição
daqueles que se oponham às suas opiniões. Em
revoluções, o demônio é usualmente o poder dominante
ou a aristocracia. Alguns movimentos de potencial
humano são bastantes espertos para pedir a seus
graduados para que associem-se a alguma coisa, o que o
etiquetaria como um culto - mas, se você olhar mais de
perto, descobrirá que o demônio deles é quem quer que
não tenha feito o seu treinamento.
Há movimentos de massa sem demônios, mas eles
raramente alcançam um maior status. Os Verdadeiros
Crentes são mentalmente desequilibrados ou mesmo
pessoas inseguras, sem esperança e sem amigos. Pessoas
não procuram aliados quando estão amando, mas eles o
fazem quando odeiam ou tornam-se obcecados com uma
causa. E aqueles que desejam uma nova vida e uma nova
ordem sentem que os velhos caminhos devem ser
destruídos antes que a nova ordem seja construída.
Técnicas de Persuasão
Persuasão não é uma técnica de lavagem cerebral, mas é
a manipulação da mente humana por outro indivíduo, sem
que o sujeito manipulado fique consciente do que
causou sua mudança de opinião. Eu somente tenho tempo
para apresentar umas poucas das centenas de técnicas
em uso atualmente, mas a base da persuasão é sempre o
acesso ao seu CÉREBRO DIREITO. A metade esquerda de
seu cérebro é analítica e racional. O lado direito é
criativo e imaginativo. Isto está excessivamente
simplificado, mas expressa o que quero dizer. Então, a
idéia é desviar a atenção do cérebro esquerdo e
mantê-lo ocupado. Idealmente, o agente gera um estado
alterado de consciência, provocando uma mudança da
consciência beta para a alfa; isto pode ser medido em
uma máquina de EEG.
Primeiro, deixem-me dar um exemplo de como distrair o
cérebro esquerdo. Políticos usam esta poderosa técnica
todo o tempo; advogados usam muitas variações, as
quais eles chamam "apertar o laço".
Assuma por um momento que você está observando um
político fazendo um discurso. Primeiro, ele pode
suscitar o que é chamado "SIM, SIM". São declarações
que provocarão assentimentos nos ouvintes; eles podem
mesmo sem querer balançar suas cabeças em
concordância. Em seguida vem os TRUÍSMOS. Estes são,
usualmente, fatos que podem ser debatidos, mas uma vez
que o político tenha a concordância da audiência, as
vantagens são a favor do político, que a audiência não
irá parar para pensar a respeito, continuando a
concordar. Por último vem a SUGESTÃO. Isto é o que o
político quer que você faça, e desde que você tenha
estado concordando todo o tempo, você poderá ser
persuadido a aceitar a sugestão. Agora, se você ler o
discurso político a seguir, você perceberá que as três
primeiras sentenças são do tipo "sim, sim", a três
seguintes são truísmos, e a última é a sugestão.
"Senhoras e senhores: vocês estão indignados com os
altos preços dos alimentos? Vocês estão cansados dos
astronômicos preços dos combustíveis? Estão doentes
com a falta de controle da inflação? Bem, vocês sabem
que o Outro Partido permitiu uma inflação de 18 por
cento no ano passado; vocês sabem que o crime aumentou
50 por cento por todo o país nos últimos 12 meses, e
vocês sabem que seu cheque de pagamento dificilmente
vem cobrindo os seus gastos. Bem, a solução destes
problemas é eleger-me, John Jones, para o Senado dos
E.U.A."
Eu penso que você já ouviu isto antes. Mas você
poderia atentar também para os assim chamados Comandos
Embutidos. Como exemplo: em palavras chaves, o locutor
poderia fazer um gesto com sua mão esquerda, a qual,
como os pesquisadores tem mostrado, é mais apta para
acessar o seu cérebro direito. Os políticos e os
brilhantes oradores de hoje, orientados pela mídia,
são com freqüência cuidadosamente treinados por uma
classe inteiramente nova de especialistas, os quais
estão usando todos os truques - tanto novos quanto
antigos - para manipulá-lo a aceitar o candidato
deles.
Os conceitos e técnicas da Neuro-Lingüística são tão
fortemente protegidos que eu descobri que, mesmo para
falar sobre ela publicamente ou em impressos, isto
resulta em ameaça de ação legal. Já o treinamento em
Neuro-Lingüística está prontamente disponível para
qualquer pessoa que queira dedicar o seu tempo e pagar
o preço. Esta é uma das mais sutis e poderosas
manipulações a que eu já me expus. Uma amiga minha que
recentemente assistiu a um seminário de duas semanas
em Neuro-Lingüística descobriu que muitos daqueles com
quem ela conversou durante os intervalos era pessoal
do governo.
Uma outra técnica que eu aprendi há pouco tempo é
inacreditavelmente escorregadia; ela é chamada de
TÉCNICA INTERCALADA, e a idéia é dizer uma coisa com
palavras, mas plantar um impressão inconsciente de
alguma outra coisa na mente dos ouvintes e/ou
observadores.
Quero dar um exemplo: suponha que você está observando
um comentarista da televisão fazer a seguinte
declaração: "O SENADOR JOHNSON está ajudando as
autoridades locais a esclarecer os estúpidos enganos
das companhias que contribuem para aumentar os
problemas do lixo nuclear". Isto soa como uma simples
declaração, mas, se o locutor enfatiza a palavra
certa, e especialmente se ele faz o gesto de mãos
apropriado junto com as palavras chaves, você poderia
ficar com a impressão subconsciente de que o senador
Johnson é estúpido. Este era o objetivo subliminar da
declaração, e o locutor não pode ser chamado para
explicar nada.
Técnicas de persuasão são também freqüentemente usadas
em pequena escala com muita eficácia. O vendedor de
seguro sabe que a sua venda será provavelmente muito
mais eficaz se ele conseguir que você visualize alguma
coisa em sua mente. É uma comunicação ao cérebro
direito. Por exemplo, ele faz uma pausa em sua
conversação, olha vagarosamente em volta pela sua
sala, e diz, "Você pode imaginar esta linda casa
incendiando até virar cinzas?". Claro que você pode!
Este é um de seus medos inconscientes, e quando ele o
força a visualizar isto, você está sendo muito
provavelmente manipulado a assinar o contrato de
seguros.
Os Hare Krishna, ao operarem em um aeroporto, usam o
que eu chamo técnicas de CHOQUE E CONFUSÃO para
distrair o cérebro esquerdo e comunicarem-se
diretamente com o cérebro direito. Enquanto estava
esperando no aeroporto, uma vez eu fiquei por uma hora
observando um deles operar. A sua técnica era a de
saltar na frente de quem passasse. Inicialmente, sua
voz era alta; então ele abaixava o tom enquanto pedia
para que a pessoa levasse um livro, após o que pedia
uma contribuição em dinheiro para a causa. Usualmente,
quando as pessoas ficam chocadas, elas imediatamente
recuam. Neste caso, eles ficavam chocados pela
estranha aparência, pela súbita materialização e pela
voz alta do devoto Hare Krishna. Em outras palavras,
as pessoas iam para um estado alfa por segurança,
porque elas não queriam confrontar-se com a realidade
à sua frente. Em alfa, elas ficavam altamente
sugestionáveis, e por isto aceitavam a sugestão de
levar o livro; no momento em que pegavam o livro,
sentiam-se culpadas e respondiam a uma segunda
sugestão: dar dinheiro. Nós estamos todos
condicionados de tal forma que, se alguém nos dá
alguma coisa, nós temos de dar alguma coisa em troca -
neste caso, era dinheiro. Enquanto observava este
trabalhador incansável, eu estava perto o bastante
para perceber que muitas das pessoas que ele parara
exibiam um sinal externo de que estavam em alfa - seus
olhos estavam dilatados.
Programação Subliminar
Subliminares são sugestões ocultas que somente o nosso
subconsciente percebe. Podem ser sonoras, ocultas por
entre a música; visuais, disfarçadas em cada quadro e
mostrados tão rapidamente na tela que não são vistos;
ou espertamente incorporados ao quadro ou desenho.
Muitas fitas de áudio de reprogramação subliminar
oferecem sugestões verbais gravadas em baixo volume.
Eu questiono a eficácia desta técnica - se as
subliminares não são perceptíveis, elas não podem ser
efetivas, e subliminares gravadas abaixo do nível de
audição são, por esta razão, inúteis. A mais antiga
técnica de áudio subliminar usa uma voz que segue o
volume da música de tal modo que as subliminares são
impossíveis de detectar sem um equalizador
paramétrico. Mas esta técnica é patenteada, e, quando
eu quis desenvolver minha própria linha de
audiocassetes subliminares, negociações com os
detentores desta patente provaram ser insatisfatórias.
Meu procurador obteve cópias das patentes, as quais eu
dei a alguns talentosos engenheiros de som de
Hollyhood pedindo-lhes para criarem uma nova técnica.
Eles encontraram um modo de modificar
psico-acusticamente e sintetizar as subliminares de
tal modo que elas fossem projetadas no mesmo acorde e
freqüência que a música, assim dando-lhes o efeito de
fazerem parte da música. Mas nós descobrimos que
usando estas técnica, não há maneira de reduzir as
freqüências para detectar os subliminares. Em outras
palavras, embora eles possam ser ouvidos pela mente
subconsciente, não podem ser monitorados mesmo pelos
mais sofisticados equipamentos.
Se nós pudemos criar esta técnica tão facilmente como
o fizemos, eu posso somente imaginar quão sofisticada
a tecnologia se tornou, com fundos ilimitados do
governo e da publicidade. E eu estremeço só de pensar
na manipulação dos comerciais de propaganda a que
estamos expostos diariamente. Não há simplesmente
nenhuma maneira de saber o que há por trás da música
que você ouve. E pode mesmo ser possível esconder uma
segunda voz por trás da voz que você está ouvindo.
As séries de Wilson Bryan Key, Ph.D., sobre
subliminares em publicidade e campanhas políticas
documentam bem o abuso em muitas áreas, especialmente
na publicidade impressa em jornais, revistas e
posters.
A grande questão sobre subliminares é: eles funcionam?
Eu garanto que sim. Não somente devido àqueles que
usaram minhas fitas, mas também dos resultados de tais
programas subliminares por trás das músicas das lojas
de departamentos. Supostamente, a única mensagem eram
instruções para não roubar: uma cadeia de lojas de
departamentos da Costa Leste reportou uma redução de
37 por cento em furtos nos primeiros nove meses do
teste.
Um artigo de 1984 no jornal "Brain-Mind Bulletin"
declara que até 99 por cento de nossa atividade
cognitiva pode ser "não-consciente", de acordo com o
diretor do Laboratório de Psicofisiologia Cognitiva da
Universidade de Illinois. O longo relatório termina
com a declaração, "estas ferramentas apoiam o uso de
abordagens subliminares tais como sugestões gravadas
em fita para perder peso, e o uso terapêutico da
hipnose e Programação Neuro-Lingüística".
Abuso das Massas
Eu poderia relatar muitas histórias que apoiam a
programação subliminar, mas eu gastaria muito tempo
para falar mesmo dos mais sutis usos de tal
programação.
Eu experimentei ir pessoalmente, com um grupo, a
reuniões no auditório de Los Angeles, onde mais de dez
mil pessoas se reúnem para ouvir uma figura
carismática. Vinte minutos depois de entrar no
auditório eu percebi que estava indo e vindo de um
estado alterado de consciência. Todos que me
acompanhavam estavam experimentando a mesma coisa.
Como este é o nosso negócio, nós percebíamos o que
acontecia, mas os que nos rodeavam nada percebiam. Por
cuidadosa observação, o que parecia ser uma
demonstração expontânea era, de fato, uma astuta
manipulação. A única maneira que eu podia imaginar
pela qual se poderia fazer a indução ao transe era por
meio de uma vibração de 6 a 7 ciclos por segundo que
soava juntamente com o som do ar condicionado. Esta
vibração em particular gera um ritmo alfa, a qual
tornará a audiência altamente susceptível às
sugestões. De 10 a 25 por cento da população é capaz
de ir para um estado alterado de consciência
sonambúlico; para estas pessoas, as sugestões do
locutor, se não-ameaçadoras, podem potencialmente ser
aceitas como "comandos".
Vibrato
Isto nos leva a mencionar o VIBRATO. Vibrato é o
efeito de trêmulo feito por alguma música instrumental
ou vocal, e a sua faixa de freqüências conduz as
pessoas a entrarem em um estado alterado de
consciência. Em um período da história inglesa, aos
cantores cuja voz possuía um vibrato pronunciado não
era permitido cantarem em público, porque os ouvintes
entravam em um estado alterado de consciência, quando
então tinham fantasias, inclusive de ordem sexual.
Pessoas que assistem à ópera ou apreciam ouvir
cantores como Mário Lanza estão familiarizados com os
estados alterados induzidos pelos cantores.
ELF
Agora, vamos levar esta condição um pouco mais longe.
Há também ondas de freqüência extra-baixa (ELFs)
inaudíveis. Elas são eletromagnéticas por natureza. Um
dos usos básicos das ELFs é a comunicação com nossos
submarinos. O dr. Andrija Puharich, um altamente
respeitado pesquisador, em uma tentativa de alertar os
oficiais americanos acerca do uso pelos russos das
ELFs, realizou uma experiência. Voluntários tinham
conexões ligadas aos seus cérebros de modo a que as
ondas pudessem ser medidas em um EEG. Eles eram
isolados em uma sala de metal que era imune à
penetração de qualquer sinal normal.
Puharich então irradiou ondas ELF para os voluntários.
As ondas ELFs passam direto através da Terra, e,
claro, atravessam paredes de metal. Os que estavam
isolados não sabiam se o sinal estava ou não sendo
enviado, e Puharich observou as reações em um
aparelho: 30 por cento dos que estavam na sala
acusavam o sinal de ELF em seis ou dez segundos.
Quando eu digo "acusavam", eu quero dizer que o seu
comportamento seguia as mudanças prevista para
freqüências muito precisas. Ondas abaixo de seis
ciclos por segundo causavam perturbações emocionais e
até a interrupção de funções físicas. Para 8.2 ciclos,
eles sentiam um bem alto...um elevado sentimento, como
se estivessem em uma poderosa meditação, aprendida à
custa de muitos anos. Onze até 11,3 ciclos induziam
ondas de depressão e agitação, que conduziam a um
comportamento turbulento.
O Neurofone
O dr. Patrick Flanagan é um meu amigo pessoal. No
início dos anos 60, como um adolescente, Pat foi
listado como um dos maiores cientistas do mundo pela
revista Life. Entre os seus muitos inventos havia um
dispositivo que ele chamou Neurofone - um instrumento
eletrônico que podia, com sucesso, transmitir
sugestões diretamente através do contato com a pele.
Quando ele tentou patentear o dispositivo, o governou
demandou para que ele provasse que era dele o invento.
Quando ele o fez, a Agência de Segurança Nacional
confiscou o neurofone. Pat levou dois anos de batalha
legal para ter sua invenção de volta.
Usando o dispositivo, você não ouve ou vê nada; ele é
aplicado à pele, a qual Pat afirma que é a fonte de
sentidos especiais. A pele contém mais sensores de
calor, toque, dor, vibração e campos elétricos do que
qualquer outra parte da anatomia humana.
Em um de seus recentes testes, Pat conduziu dois
idênticos seminários para uma audiência militar - um
seminário em uma noite e outro na seguinte, porque a
sala não era bastante grande para acomodar todos ao
mesmo tempo. Quando o primeiro grupo provou ser muito
pouco receptivo e relutante em responder, Patrick
passou o dia seguinte fazendo uma fita de áudio
especial para tocar no segundo seminário. A fita
instruía a audiência a ser extremamente calorosa,
sensível e para que as suas mãos "formigassem". A fita
foi tocada através do neurofone, o qual foi conectado
por um fio que ele colocou ao longo do teto da sala.
Não havia locutores, e assim nenhum som podia ser
ouvido, e ainda assim a mensagem foi transmitida com
sucesso através do fio diretamente para a mente dos
que assistiam o seminário. Eles foram calorosos e
receptivos, suas mãos formigaram e eles responderam à
programação, com reações que não posso mencionar aqui.
Quanto mais procuramos descobrir sobre como os seres
humanos agem, através da altamente avançada tecnologia
de hoje, tanto mais aprendemos a controlá-los. E o que
provavelmente mais me assusta é que o meio para
dominá-los já está aí! A televisão em sua sala e
quarto está fazendo muito mais do que apenas dar-lhe
entretenimento.
Antes de continuar, deixem-me ressaltar alguma coisa a
mais acerca do estado alterado de consciência. Quando
você vai para um estado alterado, você passa a usar o
lado direito do cérebro, o que resulta na liberação
dos opiáceos internos do corpo: encefalinas e
beta-endorfinas, que quimicamente são quase idênticas
ao ópio. Em outras palavras, dá uma boa sensação, a
qual você sempre irá querer mais.
Testes recentes feitos pelo pesquisador Herbert
Krugman mostraram que enquanto as pessoas assistem à
TV, a atividade do cérebro direito excede em número a
atividade do cérebro esquerdo por uma relação de dois
para um. Colocando de maneira mais simples, as pessoas
estão em um estado alterado ... e muito
freqüentemente, em transe. Elas estão conseguindo a
sua beta-endorfina "fixa".
Para medir a extensão da atenção, o psicofisiologista
Thomas Mulholland, do Hospital de Veteranos de
Bedford, Massachusetts, ligou telespectadores jovens a
uma máquina EEG que estava ligada a um fio que
interrompia a TV sempre que o cérebro dos jovens
produzisse uma maioria de ondas alfa. Embora lhes
fosse pedido que se concentrassem, somente uns poucos
puderam manter o aparelho ligado por mais do que 30
segundos!
Muitos telespectadores já estão hipnotizados.
Aprofundar o transe é fácil. Um modo simples é colocar
um quadro preto a cada 32 quadros do filme que está
sendo projetado. Isto cria uma pulsação de 45 batidas
por minuto, percebida somente pela mente subconsciente
- o ritmo ideal para provocar uma hipnose profunda.
Os comerciais ou sugestões apresentados pelas
emissoras seguindo esta indução ao transe-alfa são
muito mais comumente aceitas pelos telespectadores. A
alta porcentagem da audiência que atinge o
sonambulismo profundo pode muito bem aceitar as
sugestões como comandos - pelo menos enquanto estes
não contrariarem suas convicções morais, a religião ou
sua auto-preservação.
O meio para dominar está aqui. Até a idade de 16 anos,
as crianças terão passado de 10.000 a 15.000 horas
vendo televisão - o que é mais tempo do que ele passam
na escola! Na média dos lares, o aparelho de TV fica
ligado seis horas e 44 minutos por dia - um acréscimo
de nove minutos sobre o ano passado, e três vezes a
média de crescimento durante os anos 70.
Isto obviamente não está melhorando...nós estamos
rapidamente nos movendo para um mundo nível alfa -
muito possivelmente o mundo Orwelliano de "1984" -
plácido, olhar vítreo e resposta obediente às
instruções.
Um projeto de pesquisa de Jacob Jacoby, um psicólogo
da Universidade Purdue, descobriu que de 2.700 pessoas
testadas, 90 por cento entenderam mal até mesmo
simples opiniões mostradas em comerciais e "Barnaby
Jones". Apenas alguns minutos depois, o típico
telespectador esquece de 23 a 36 por cento dos
assuntos que ele ou ela vê. É claro que eles estavam
entrando e saindo do transe! Se você for para um
transe profundo, pode ser instruído para relembrar -
do contrário, automaticamente esquece tudo.
Eu toquei unicamente a ponta do iceberg. Quando você
começa a combinar mensagens subliminares por trás da
música, projetar cenas subliminares na tela, produzir
efeitos ópticos hipnóticos, ouvir batidas musicais a
um ritmo que induz ao transe...você tem uma
extremamente eficaz lavagem cerebral. Cada hora que
você passa assistindo a TV deixa-o cada vez mais
condicionado. E, no caso de você pensar que exista uma
lei contra tudo isto, esqueça. Não há! Existem muitas
pessoas poderosas que obviamente preferem que as
coisas permaneçam exatamente como estão. Será que elas
planejam algo?
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* Este texto não possui Copyright. Entretanto, são
reservados os direitos sobre a tradução.
(Texto traduzido por LGA).
SUBJECT: Fw: [ciencialist] O CRIME DO BROOKLIN
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 14:01
Alexandre, grato pelos comentários que me permitem acrescentar algumas posições. Essa questão de justiça é crucial à humanidade. Talião já definia em seu códice jurídico que o castigo deve ser igual ao mal causado, lembra? Hamurabi, Moisés, Péricles e os romanos expandiram os critérios de Justiça com os quais os legisladores tentam, até hoje, resolver as questões do julgamento imparcial - com todos os direitos de defesa - e da punição adequada ao transgressor condenado.
O que me chama atenção é que visualizamos com facilidade o erro dos outros, enquanto os que cometemos são rapidamente justificados e esquecidos. Na morte do índio Galdino (1997) escrevi o seguinte parágrafo, num comentário veiculado em A TARDE:
[ Choca-nos a morte do índio pataxó, a violência e as mortes em Diadema, mas... concordamos com o aborto, pena de morte, linchamento, venda de voto, corrupção, mínimo de 120 reais, doentes sem assistência, injustiças, etc. e etc., quando isso nos é conveniente. As virtudes e a bondade ficam só nas "boas intenções". ]
(Texto completo ao final da mensagem)
Veja adendos no texto de seu e-mail a seguir.
[]s
José Renato
______________________________
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Wednesday, November 13, 2002 4:46 PM
Subject: RES: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
> De: José Renato
>
> Devemos reconhecer que somos capazes de tudo: dos maiores
> crimes e maldades até doar a própria vida em favor de alguém
> ou de uma causa.
Sim, somos capazes de tudo. O que difere o herói do
canalha é a motivação. Canalhas têm motivos puramente
egoístas.
JR - O que nos faz parecer alguém herói ou canalha é muito mais as interpretações propagandeada na divulgação do evento. Exemplo: No caso do sequestro do ônibus no Rio. Se o soldado tivesse acertado o sequestrador em vez da moça seria considerado um destemido herói e condecorado.
> O que nos leva a agir desse ou daquele modo
> são os estímulos recebidos na ocasião em relação à memória
> afetiva-emocional, isto é, em confronto com os valores
> recebidos durante a formação intelectual-moral desde a
> primeira infância.
Ok. É possível.
> Com o cérebro sob influência de drogas
> excitantes ou entorpecentes as ações são realizadas sem
> maiores avaliações das conseqüências.
Consumir drogas nada tem a ver com a premeditação, o
planejamento do crime. No máximo, as drogas podem
influir na execução do crime.
JR - É o que escrevi acima, que resalto a seguir:"... as ações são realizadas sem maiores avaliações das conseqüências." Não faço relação entre droga e premeditação.
> Há um mês um garoto de
> 17 anos matou com tiros de pistola duas colegas, ambas de 15
> anos, em plena sala de aula de um colégio de classe média,
> que tinham atraído sua raiva ao se saírem melhor em uma
> gincana. Ele havia paquerado uma delas. Também sentia-se
> deslocado por ser o mais velho da turma e elas terem sempre
> ótimas notas.
Motivos egoístas e pior, fúteis. Tranquem o animal e
jogue a chave fora.
JR - O ser humano tem se revelado o animal mais predador que existe... fora das jaulas.
> Pelas declarações posteriores percebi que ele
> estava procurando o restart do videogame que ele achava que
> estava jogando.
Pode achar o que quiser, mas para mim é pura vigarice.
Tadinho, se fazendo de louquinho.
JR - Sua conclusão é temerária visto que vc não tem informações do que o rapaz declarou.
> A realidade virtual, dada pelos jogos
> eletrônicos, pode confundir-se com a vida real em mentes atordoadas.
Jogos eletrônicos não são causa de violência. O animal
tem má índole e faz todo mundo acreditar que foi a TV,
videogame ou RPG que fez dele agressivo.
JR - Os viciados em jogos eletrônicos perdem as referências normais do que seja realidade virtual e do que chamamos de realidade... real.
> A dor da exclusão, do desamor e mágoa da rejeição geram
> revoltas surdas e planos diabólicos de vingança,
> minuciosamente arquitetados.
Só em pessoas de mau caráter, má índole. Seres humanos
de bom caráter tornam-se moralmente melhores quando passam por
experiências dolorosas.
JR - É o cerne de minha mensagem. Não se engane: Somos também o que vc rotula de mau caráter e temos também má índole. O discernimento na hora da tomada de decisão para agir é que faz a diferença.
> O ser humano, por mais que
> demore a perceber, é movido a emoção, a reconhecimento, a
> aceitação, a consideração de seus pares, superiores, pais e
> de seus ídolos.
Sim. Tanto a emoção move o ser humano para o altruísmo,
a bravura, quanto pode degenerá-lo. Tudo depende do caráter.
JR - O que seria isso que vc chama de caráter? Índole, descendência, formação educacional, intelectual, estrutura familiar, relações emocionais e afetivas...
[]
Alexandre Medeiros
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A CULTURA DA VIOLÊNCIA
José Renato M. de Almeida
A revolta pelo assassinato do índio Galdino em Brasília gerou discursos, cartas e artigos da mais pura indignação. Mas isso ainda é pouco. As explicações de psicólogos, sociólogos e especialistas não conseguem fazer-nos assimilar tamanha barbaridade.
A pergunta que me faço é: qual a origem desse crime? Onde está sua raiz? Sem me alongar constato que estamos numa civilização que tenta achar um caminho, mas vive atordoada nas ondas dos meios de comunicação: TV, fitas de vídeo, vídeo games, parabólicas, filmes, shows, músicas, revistas e Internet.
Um adolescente ouve mais ao que a TV diz do que a seus pais. Relaciona-se mais com os violentos vídeo games, do que com sua família. Não há limites éticos ou morais. Se a pesquisa mostra que violência, sexo e terror é o que mais atrai o interesse da audiência, serve-se o pedido em doses cada vez mais "realistas", gratuitas e sangrentas, para que supere a emoção do programa anterior. Assistimos a cada dia, na telinha do faz-de-conta, a dezenas de assassinatos, torturas, estupros, corrupção, impunidade, injustiças, vandalismo e todo tipo de maldade. Tudo isso banaliza a violência e torna-nos cada vez mais insensíveis ao sofrimento dos outros.
Lembro-me quando garoto, passando férias em uma ilha na foz do Rio Caeté, no Pará, do desespero do pequeno rebanho bovino, correndo e mugindo em lamento por toda a ilha porque um do rebanho fora morto, para fornecer carne à aldeia! Na cidade grande não choramos mais pelos que morrem. A morte tornou-se apenas uma notícia, não é mais uma realidade concreta. O dom da vida é pouco valorizado. Tudo é negociável. Tiremos a máscara de bom moço! Choca-nos a morte do índio pataxó, a violência e as mortes em Diadema, mas... concordamos com o aborto, pena de morte, linchamento, venda de voto, corrupção, mínimo de 120 reais, doentes sem assistência, injustiças, etc. e etc., quando isso nos é conveniente. As virtudes e a bondade ficam só nas "boas intenções".
Nova Iorque reduziu a criminalidade adotando a tese da "tolerância zero". As Polícias (civil, trânsito, florestal) atuam o transgressor em qualquer delito, (jogar lixo na rua, atravessar fora da faixa, vadiagem, suborno) e não só nos mais graves, (assassinato, roubo, seqüestro e estupro). Recuperou-se no cidadão sua consciência social, seus direitos e principalmente seus deveres para com a comunidade, para com o próximo. Achamos que isso é piegas, coisa de santo... ou serão valores fundamentais da civilização? A idéia de querer viver sem preocupar-se com os outros parece ser mais fácil do que o contrário, mas as conseqüências são desastrosas.
Olhando de frente o problema percebo que toda essa violência está plantada bem mais perto de nós do que imaginamos: em nosso lar, em nossas mentes, em nossos corações. Se não ficarmos atentos, e conscientes desse fato, eu e minha família, continuaremos a fazer parte da sociedade que cultua a violência, e veremos crimes cada vez mais hediondos serem cometidos pelos nossos concidadãos... e por nós mesmos.
< http://br.groups.yahoo.com/group/acropolis/files/Membros/Jose%20Renato%20M.%20de%20Almeida/ >
* Artigo publicado na coluna Espaço do Leitor do jornal A TARDE de 06.05.97, terça-feira.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 14:06
Com o perdão da intromissão, não vejo motivo para o tom agressivo da
crítica. Julgar a motivação de todos os que defendem uma linha de
raciocínio é um obstáculo para a própria ciência. Querer que todos
aceitem sem questionar a tese do relojoeiro cego (materialista), por
acreditar que ela já foi provada para todo o sempre, é religião. A
dúvida é saudável, e acho que temos aqui esse consenso.
Abraços,
Carlos Zardini
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> Bom Dia!
>
> Sempre que ouço esses criacionistas pós-modernos falarem,
eles ,em
> grande parte, estão defendendo um credo religioso que aspira um
> reconhecimento científico que nunca será alcançado.
> Para não ser tão pessimista eu diria que a única coisa que
eles,
> muito provavelmente, irão conseguir será algumas velas pretas, um
santo
> padroeiro que irá ouvir a súplica dos criacionistas e uma ladainha
> relegiosa que será o último estertor desses impostores moribundos.
>
> Se manca Jaison. Darwin já refutou esta tese do relojoeiro
cego no
> século dezenove!
>
> Atenciosamente:
> Lisandro de Souza
>
>
SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 14:16
> De: Manuel Bulcão
> [...] Por isso piorei. Aí tome lexotan, anafranil, prozac,
> wellbutrin, etc., etc., etc.
>
> Ainda bem que consegui casar, ufa! :-))
Não entendi o nexo causal: tomar drogas = casar.
Ou será que tem aí um lapso fundamental? ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Fw: [ciencialist] O CRIME DO BROOKLIN
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 14:19
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Talião já definia em seu códice jurídico que o castigo deve ser
> igual ao mal causado, lembra?
Assim dá a impressão que talião foi uma pessoa.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 14:25
Particularmente interessante este trecho:
> Poderemos, no futuro, eliminar alguns traços indesejáveis do
> homem da mesma forma como erradicaremos algumas doenças
> genéticas? Isso será possível e não tenho dúvidas de que, nesse
> momento, a humanidade terá que fazer sua escolha ética mais
> importante: devemos continuar vivendo da forma como os nossos genes
> nos montaram, ou devemos eliminar traços indesejáveis como a
> agressividade? Eu tenho uma posição firme sobre o assunto:
> acredito que a natureza humana deve ser preservada. Afinal, uma
> aparente imperfeição como a inclinação para a violência de um
> adolescente pode ser a mesma fonte do espírito que leva os
> exploradores a escalarem montanhas. São faces da mesma moeda. Se
> não tivermos cuidado, poderemos transformar os seres humanos em
> animais apáticos, uma espécie de autômato domesticável.
O potencial de estrago que um ser humano, ou um grupo pequeno de
seres humanos, pode fazer hoje é maior que era há 100 anos atrás por
causa dos avanços tecnológicos. E não vejo motivos para que esse
potencial pare de crescer nos próximos séculos. Junte-se esse
potencial crescente de estrago à agressividade natural do homem (e a
outras "imperfeições") e teremos um grande perigo de extinção pela
frente. Uma das saídas possíveis seria a que o sujeito fala acima:
mexer no código genético. Mas se essa barreira ética é difícil de ser
transposta até para ferrenhos materialistas, que se dirá para um
congresso/assembléia popular. Estamos diante de um dilema: ou nos
tornamos os dóceis autômatos domesticáveis pela força, ou a
civilização tenderá para uma perigosa situação de estagnação social
com progresso tecnológico, pois já estamos esbarrando nos limites da
capacidade humana de viver em sociedade.
Abraços,
Carlos Zardini (futurólogo e profeta da extinção)
SUBJECT: Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 14:48
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Uma das saídas possíveis seria a que o sujeito fala acima:
> mexer no código genético.
Tipo, a trinca AAA passar a codificar asparagina em vez de lisina?
Acho meio complicado, ja' q. todos os peptideos codificados por genes
com essa trinca passarão a ter essa substituição. Não me parece que
humanos assim serão viáveis, muitas proteínas (se não quase todas)
deverão ter seu funcionamento alterado de modo significativo -- é
claro q humanos mortos são menos belicosos do q. humanos vivos, mas
não me parece uma boa solução pra resolver o problema da violência
humana.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 15:22
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
Obs: Pelo o pouco que pude observar há alguns místico que restam na
Ciência list. Mesmo após aquele enxugamento (divisão) que houve. Não
vou citar mais nomes por educação.
Manuel: Eu continuo inscrito na CienciaList, representando a Loja
Maçônica NECTAP (Nobres e Excelsos Cavaleiros do Templo da Arte
Psicanalítica). Aproveito o ensejo para saudar os nossos valorosos
irmãos de fé milenarista que compõem a Grande Confraria dos
Mistificadores da Ciência, sem esquecer os bravos cruzados da Ordem
Piolhos de Dawkins.
Cordialmente,
Grão-Mestre Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 15:24
Olá para você irmão mediúnico.
Desculpe não responder o seu e-mail mais cedo, pois tive alguns
afazeres aqui no serviço.
Bem, logo após que eu li o seu comunicado, eu fiquei estupefato. Pois
descobri que há um especialista na área de ECTOPLASMA COLORIDO! Refletindo
sobre a sua especialidade, concluí que podemos ganhar uma boa soma de
dinheiro oferecendo os seus serviços de consultoria aqui na empresa em que
trabalho. Através da minha prestigiosa INDICAÇÃO poderíamos utilizar o
ECTOPLASMA COLORIDO nos escritórios da empresa. Um conselho entre amigos
não espalhe para ninguém, inclusive o pessoal da ciência list, o nosso
projeto senão algum místico poderá realizar algum feitiço para prejudicar o
nosso futuro empreendimento.
Um abraço via saturnismo irmão Sílvio.
Obs: Pelo o pouco que pude observar há alguns místico que restam na
ciência list.
Mesmo após aquele enxugamento (divisão) que houve. Não vou citar mais nomes
por educação.
****************************************************************************************
Irmão Lisandro:
Sou médium psicopictoriógrafo, muito me interesso pelo momentoso assunto
pois havendo ectoplasma colorido muito facilitiaria meu trabalho com
redução de custos, facilidade no planejamento e evitaria alergia provocada
pelas tintas convencionais, a maioria causadoras de saturnismo.
sds.,
silvio, o místico.
Subject: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo
sistemático do ectoplasma
Bom Dia a todos!
Trabalho como técnico em eletrônica em uma empresa bem posicionada na
área de siderurgia. Como em toda a grande empresa, há pessoas que podem ser
consideradas verdadeiros representantes do comportamento " espírito de
porco" ou ainda outros possuem a consistência coloidal e pode-se misturar
tudo isso em um pacote de ectoplasmas, colóides de consistência
toxotropicamente mais densa que os demais, endoplasma misturado com
citoplasma celular, concentrações entre 1nm e 100nm de colóides, insetos
ectozooários vampirescos (chefes), comportamentos adquiridos de Kobolds,
Witzbolds, Poltergeists, doenças da ectoparasistoses bitoladoide do tipo II
ou XXIV e ainda ........ o pior, o mais sanguinário, terrível e
praticamente quase impossível de extinguir : aquele que possue o sorriso
maroto, doce, angelical e dócil que está esperando a melhor oportunidade
para puxar a sua cadeira - mais conhecido como o arcange.
Bem, falando sério. Porque os espíritas quando recebem aqueles passes
mediúnicos só o fazem com a luz apagada? Será que eles ( os espíritos) são
tímidos?
Recentemente li um livro do Alan Kardec. Ele utiliza conceitos
científicos da sua época para mascarar a realidade e condicionar o leitor
menos atento a aceitar a sua pseudo hipótese de espíritos e vida após a
morte.
Em resumo, devemos apresentar a realidade como ela é e sem apresentar
julgamentos morais que muitas das vezes desvirtuam a mesma.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza.
E o que é o melhor de todos, sempre utilizando o intervalo entre um
serviço e outro, consigo ler todas as mensagens e responder alguma coisa ao
pessoal da Ciência-List.
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SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 15:30
Pessoas,
vamos parar de praticar acupunturas psíquicas.
Ficar trocando farpadas não é a melhor política.
Demos as mãos e oremos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 15:37
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Pessoas,
>
> vamos parar de praticar acupunturas psíquicas.
> Ficar trocando farpadas não é a melhor política.
>
> Demos as mãos e oremos.
ALELUIA, IRMÃO!:-)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 16:09
>>>>De: <lpereira@smsdemag.com.br>
Olá para você irmão mediúnico.
Desculpe não responder o seu e-mail mais cedo, pois tive alguns
afazeres aqui no serviço.
Bem, logo após que eu li o seu comunicado, eu fiquei estupefato. Pois
descobri que há um especialista na área de ECTOPLASMA COLORIDO! Refletindo
sobre a sua especialidade, concluí que podemos ganhar uma boa soma de
dinheiro oferecendo os seus serviços de consultoria aqui na empresa em que
trabalho. Através da minha prestigiosa INDICAÇÃO poderíamos utilizar o
ECTOPLASMA COLORIDO nos escritórios da empresa. Um conselho entre amigos
não espalhe para ninguém, inclusive o pessoal da ciência list, o nosso
projeto senão algum místico poderá realizar algum feitiço para prejudicar o
nosso futuro empreendimento.<<<<
Olá companheiro,
Pelo visto, todos (-1) os que trabalham nessa empresa não teriam a mais remota chance no mais simples dos testes da MENSA. Sendo assim, topo a parada para os serviços de consultoria e poderei preparar pequenos equipamentos para que todos tenham sobre sua mesa a produção contínua de ectoplasma colorido (o modelo mais barato usa eletrodos de cobre e o ectoplasma resulta algo avermelhado; para ter idéia exata dessa cor basta fazer um simples ensaio pirognóstico de Belstain(?)).
[]'
Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 16:18
>>Obs: Pelo o pouco que pude observar há alguns místico que restam na
Ciência list. Mesmo após aquele enxugamento (divisão) que houve. Não
vou citar mais nomes por educação.
>>>Manuel: Eu continuo inscrito na CienciaList, representando a Loja
Maçônica NECTAP (Nobres e Excelsos Cavaleiros do Templo da Arte
Psicanalítica). Aproveito o ensejo para saudar os nossos valorosos
irmãos de fé milenarista que compõem a Grande Confraria dos
Mistificadores da Ciência, sem esquecer os bravos cruzados da Ordem
Piolhos de Dawkins.
Cordialmente,
Grão-Mestre Manuel Bulcão
Léo: Não permitiram minha entrada na Loja Maçônica Filhos da Viúva aqui de Barretos. Inicialmente fui convidado (logo que cheguei a Barretos), paguei o R$600,00 sei lá de que taxa mas, numa das etapas da seleção de convidados (como fiquei sabendo por debaixo do pano), o orador-mór da confraria, no seu discurso disse que eu não presto. Fui expulso/exonerado/afastado etc. Depois de muito tempo devolveram os R$600,00 (em 17 cheques picadinhos) e aproveitaram o embalo para me passar o conto das terras do tesoureiro da confraria; caí no conto e perdi R$40.000,00.
Hoje não sou maçon e tenho 40.000,00 a menos em meu patrimônio.
[]'
Léo
SUBJECT: Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 16:24
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> "humanos mortos são menos belicosos do q. humanos vivos"
> Você está propondo a pena de morte no estilo americano ou
> como nas teocracias islâmicas?
De forma alguma, Lisandro. Fiz uma observacao jocosa. Piada explicada
e' piada morta (e piadas mortas sao menos belicosas ainda do q.
humanos mortos), mas piada que precisa de explicacao ja' esta' morta
ao nascer de qq forma, entao vamos aos detalhes.
O q. e' o codigo genetico? O codigo genetico nao e' o material
genetico, o ADN q se encontra no nucleo de nossas celulas (ou o ARN q
se encontram nas capsulas dos HIV). O ADN se chama material genetico.
Por assim dizer e' a mensagem. O codigo genetico e', acreditem, um
codigo e nao a mensagem. Assim como o Codigo Morse relaciona pontos e
tracos (ou dis e das) a letras do alfabeto romano e o portugues
relaciona sons na forma de palavras a ideias e objetos, o codigo
genetico e' a relacao entre trincas de nucleotideos no material
genetico e o aminoacido incorporado na cadeia de proteina (ou do
polipeptideo).
-.-. .. -. -.-. --- -.. .. .- ... --. . -. .. .- .. ...
Em Morse foi escrito com . e - a frase: "Cinco dias geniais".
Podemos manter o codigo e alterar a mensagem, por exemplo:
... . .. ... -.. .. .- ... --. . -. .. .- .. ...
("Seis dias geniais")
Repare que para as mesmas letras (e consequentemente as mesmas
palavras) o padrao de . e - se mantem nas duas sentencas.
Podemos, por outro lado, alterar o codigo, digamos, '-..' passa a
significar 't'. Assim a primeira frase sera':
"Cinco tias geniais"
E a segunda:
"Seis tias geniais"
O padrao se mantem, mas passa a significar coisas diferentes. Alem
disso em uma mensagem mais extensa, as alteracoes nao serao
circunscritas a um trecho especifico, mas em todos os lugares em q.
aparecia 'd' na mensagem original, passara' a constar a letra 't'.
No caso da mensagem genetica, isso provavelmente levaria a uma
alteracao muito grande e tornaria o ser resultante inviavel. Se se
introduzisse uma alteracao no codigo genetico humano, quase
certamente nao restariam humanos.
Como a proposta original era alterar o codigo genetico para se criar
humanos menos beligerantes, a ironia e' q. isso realmente deve dar
resultado, mas por meios q nao foram originalmente imaginados pelo
proponente: serao menos violentos porq estarao mortos.
E disso segue o complemento: "nao me parece uma boa solucao pra
resolver o problema da violencia humana" -- assume-se quase nada
implicitamente que nao se deseja que as pessoas morram -- afinal a
violencia e' tida como problema sensivel justamente por ser uma
ameaca 'a vida humana. E eis a piada desnuda: propoem-se uma saida
para resolver um problema X, que e' problema por gerar outro problema
Y. Mas essa saida resolve o problema X, justamente por provocar o
problema Y.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Abuso - O Hospital São Pedro da Corrupção
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 16:47
Direito_Sade e Biotica -- 14.11.2002
______________________________
Observao do remetente da noticia posterior
aos comentrios:
ontem noite ( dia 13.11 ) atendi mais um caso de recusa
de paciente menor de idade no Hospital So Pedro "cidado"
forando seu envio para ala de adultos de
outros hospitais. Gestionei junto ao Ministrio Pblico
da Cidade de Arroio dos Ratos a internao do menor
no Hospital So Pedro por ordem judicial, considerando
que l ainda existe ala para menores, o que vem sendo negado
por sua administrao com o objetivo de fech-la.
O Projeto "So Pedro Cidado" no
passa de uma fraude onde foram investidos
mais de sete milhes de reais em obras
sem qualquer registro pblico.
No relatrio do Tribunal de Contas
do Estado sobre a Secretaria da Sade
consta que nessa rea o percentual
mnimo de 10% para o financiamento
do setor no foi atendido.
O Estado empenhou R$ 535 milhes (8.2%),
mas pagou cerca de R$ 300 milhes (4,6%).
Esses dados, j confirmados, so muito importantes
para uma Auditoria na Secretria da Sade do Estado
do Rio Grande do Sul e eventual ao judicial que questione
desvio de finalidade e verificao de desvio de verbas
pblicas da sade.
[]'s
Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11.352
c.galli@terra.com.br
================
Hospital So Pedro
ABUSO
O diretor-geral do Hospital Psiquitrico So Pedro,
Rgis Cruz, foi ontem Cmara de Vereadores explicar
a participao de internos num ato pblico em que
portavam bandeiras do PT. O evento ocorreu em
20 de outubro, dias antes do 2 turno da eleio,
no Brique da Redeno, e chocou quem acompanhou
a cena. Conforme Rgis Cruz, a caminhada queria
sensibilizar a populao para o Projeto So Pedro
Cidado, que prev a incluso dos pacientes
na comunidade como cidados.
S no explicou o uso poltico dos internos.
----
Diretor do HSP explica na Cedecondh participao
de internos em ato pblico na Redeno
----
O diretor-geral do Hospital Psiquitrico So Pedro,
Rgis Antnio Campos Cruz, explicou hoje (12/11)
na Comisso de Defesa do Consumidor e Direitos
Humanos (Cedecondh) as participaes de internos
da instituio em um ato pblico no Brique da Redeno
em 20 de outubro. O fato foi denunciado na
Tribuna da Cmara no dia seguinte pelo vereador
Paulo Brum (PSDB).
Conforme Rgis Cruz, a caminhada teve como objetivo
sensibilizar a populao para o Projeto So Pedro Cidado,
que prev a incluso dos pacientes na comunidade
como cidados. O diretor do hospital disse que
"a inteno era garantir a continuidade desse projeto
que prev a destinao de 36 casas, uma para quatro
pessoas, beneficiando 144 dos atuais 600 moradores da
instituio". Cruz acrescentou que "o projeto trabalha na
reurbanizao da Vila So Pedro, propiciando moradia
para quem vive no local e aos moradores
do hospital que tenham condies e queiram viver fora".
Ele destacou que a expectativa de que 60 pessoas
se mudem para as novas moradias ainda este
ms. Admitiu, contudo, que "podemos reavaliar se
o momento para fazer esse ato pblico foi o mais adequado
ou no, porque ocorreu em plena campanha
eleitoral".
O denunciante, vereador Paulo Brum, reiterou que se tratou
de um ato poltico-partidrio que o deixou muito ofendido
e foi uma das cenas mais chocantes que presenciou.
"Esses internos estavam sendo conduzidos e
portando bandeiras e adesivos do PT. Considerei essa
atitude um desrespeito com o cidado e o ser humano", afirmou.
Seu colega de comisso, Carlos Pestana (PT), contraps
argumentando que "quem conhece o brique, especialmente
em poca de eleio, sabe que existe muito assdio
de diversos partidos e acho que preconceito imaginar que
essas pessoas que participaram do ato no pudessem
ter a opo de escolher
uma tendncia poltica".
Cassi Carpes (PTB) questionou a coincidncia
desse ato ter ocorrido em meio a campanha. A presidente
da Cedecondh, vereadora Clnia Maranho (PPS),
salientou que "a Comisso e a Casa so favorveis
ao Projeto So Pedro Cidado, mas quisemos esclarecer
se os usurios do hospital tiveram
oportunidade de livre escolha partidria".
Tambm integra a Cedecondh o
vereador Almerindo Filho (PSL).
http://www.diegocasagrande.com.br/ponto_de_vista_anteriores.asp?v
codigo=152
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.394 / Virus Database: 224 - Release Date: 03/10/2002
[As partes desta mensagem que no continham texto foram
removidas]
__________
ENDERECOS
__________
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
____
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de 80% de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
____
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
nmero 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
____
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
____
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
____
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
____
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
____
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
____
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
____
ENVIAR mensagem para o grupo use o endereo:
direito_saude@yahoogroups.com
____
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
____
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
____
[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]
SUBJECT: [ciencialist] Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 16:51
Boa Tarde!
"humanos mortos são menos belicosos do q. humanos vivos"
Você está propondo a pena de morte no estilo americano ou como nas
teocracias islâmicas?
Se o meio ambiente fosse o único fator que determina o nosso
comportamento, George W. Bush e Saddan Hussein estariam mandando elogios em
vez de bombas.
Acredito que esta hipótese não funciona.
Atenciosamente:
Lisandro.
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Uma das saídas possíveis seria a que o sujeito fala acima:
> mexer no código genético.
Tipo, a trinca AAA passar a codificar asparagina em vez de lisina?
Acho meio complicado, ja' q. todos os peptideos codificados por genes
com essa trinca passarão a ter essa substituição. Não me parece que
humanos assim serão viáveis, muitas proteínas (se não quase todas)
deverão ter seu funcionamento alterado de modo significativo -- é
claro q humanos mortos são menos belicosos do q. humanos vivos, mas
não me parece uma boa solução pra resolver o problema da violência
humana.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 17:09
Boa Tarde!
Eu não sei o que seria o meu dia a dia aqui no serviço. Trabalho mais
de oito horas diárias aqui no serviço e para fugir da rotina extressante,
nada como uma boa dose de humor proveniente dos senhores místicos.
Aleluia Bocão.
Atenciosamente:
Lisandro.
Obs: Amanhã será feriado e não estarei aqui na empresa, espero que
não se importem se responder algumas mensagens com atraso.
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Pessoas,
>
> vamos parar de praticar acupunturas psíquicas.
> Ficar trocando farpadas não é a melhor política.
>
> Demos as mãos e oremos.
ALELUIA, IRMÃO!:-)
[]s,
Manuel Bulcão
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 17:13
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Por mais avançada que seja a tecnologia do futuro, você acha
> prudente modificar artificialmente o código genético humano,
> estabelecido por bilhões de anos de evolução?
Se se modificar o codigo genetico humano, assim como
quando se muda o codigo Morse, a mensagem toda --
todo o material genetico humano sera' alterado. Nao
sera' uma alteracao localizada, de modo q. provavelmente
essa alteracao tendera' a causar a inviabilidade
dos humanos -- nao e' mudar apenas uma letra em uma
posicao de um texto longo, mas mudar uma letra ao
longo de todo o texto.
I fermosuri desti fresci serri
E i sombri dos verdes cistinheiros,
O minso ciminhir destes ribeiros,
Donde todi i tristezi se desterri;
O rouco som do mir, i estrinhi terri,
O esconder do sol pelos outeiros,
O recolher dos gidos derrideiros,
Dis nuvens pelo ir i brindi guerri;
Enfim, tudo o que i riri Niturezi
Com tinti viriedide nos of'rece,
Me estí, senio te vejo, migoindo.
Sem ti, tudo me enjoi e me iborrece;
Sem ti, perpetuimente estou pissindo
Nis mores ilegriis mor tristezi.
Parece italiano ou latim, não? Mas
é um soneto de Camões. Simplesmente
substituiu-se a letra 'a' pela 'i'.
Isso é o que é causado por uma
alteração do *código genético*.
Uma alteração normal do material
genético, digamos uma mutação
puntual por substituição, causaria
uma alteração bem menos drástica:
|
V
A fermosuri desta fresca serra
E a sombra dos verdes castanheiros,
O manso caminhar destes ribeiros,
Donde toda a tristeza se desterra;
O rouco som do mar, a estranha terra,
O esconder do sol pelos outeiros,
O recolher dos gados derradeiros,
Das nuvens pelo ar a branda guerra;
Enfim, tudo o que a rara Natureza
Com tanta variedade nos of'rece,
Me está, senão te vejo, magoando.
Sem ti, tudo me enjoa e me aborrece;
Sem ti, perpetuamente estou passando
Nas mores alegrias mor tristeza.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 17:21
Boa tarde..................
Por favor, voltemos aos temas científicos. Pois logo alguém irá
reclamar sobre o baixo nível das mensagens. Deixemos o misticismo para a
Noosfera ( será isso?).
Vou dar um tempo e não vou responder mais a estas conjecturas
esdrúxulas. Isso é como um rastilho de pólvora estas mensagens não tem
sentido algum.
Atenciosamente:
Lisandro.....
>>>>De: <lpereira@smsdemag.com.br>
Olá para você irmão mediúnico.
Desculpe não responder o seu e-mail mais cedo, pois tive alguns
afazeres aqui no serviço.
Bem, logo após que eu li o seu comunicado, eu fiquei estupefato. Pois
descobri que há um especialista na área de ECTOPLASMA COLORIDO! Refletindo
sobre a sua especialidade, concluí que podemos ganhar uma boa soma de
dinheiro oferecendo os seus serviços de consultoria aqui na empresa em que
trabalho. Através da minha prestigiosa INDICAÇÃO poderíamos utilizar o
ECTOPLASMA COLORIDO nos escritórios da empresa. Um conselho entre amigos
não espalhe para ninguém, inclusive o pessoal da ciência list, o nosso
projeto senão algum místico poderá realizar algum feitiço para prejudicar o
nosso futuro empreendimento.<<<<
Olá companheiro,
Pelo visto, todos (-1) os que trabalham nessa empresa não teriam a mais
remota chance no mais simples dos testes da MENSA. Sendo assim, topo a
parada para os serviços de consultoria e poderei preparar pequenos
equipamentos para que todos tenham sobre sua mesa a produção contínua de
ectoplasma colorido (o modelo mais barato usa eletrodos de cobre e o
ectoplasma resulta algo avermelhado; para ter idéia exata dessa cor basta
fazer um simples ensaio pirognóstico de Belstain(?)).
[]'
Léo
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 17:42
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> Léo: Não permitiram minha entrada na Loja Maçônica Filhos da
> Viúva aqui de Barretos. Inicialmente fui convidado (logo que
> cheguei a Barretos), paguei o R$600,00 sei lá de que taxa
> mas, numa das etapas da seleção de convidados (como fiquei
> sabendo por debaixo do pano), o orador-mór da confraria, no
> seu discurso disse que eu não presto. Fui
> expulso/exonerado/afastado etc. Depois de muito tempo
> devolveram os R$600,00 (em 17 cheques picadinhos) e
> aproveitaram o embalo para me passar o conto das terras do
> tesoureiro da confraria; caí no conto e perdi R$40.000,00.
Conheci um grão-mestre maçon que dizia ter o argumento
perfeito para provar que Deus existia. Com apenas 6
perguntas ele convencia qualquer um. Comigo não funcionou.
Então ele disse que com céticos não funcionava mesmo.
Tsc, tsc, tsc...
> Hoje não sou maçon e tenho 40.000,00 a menos em meu patrimônio.
Ponhô no pau?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 17:43
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Thursday, November 14, 2002 2:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo
sistemático do ectoplasma
> > Obs: Pelo o pouco que pude observar há alguns místico que restam na
> > Ciência list. Mesmo após aquele enxugamento (divisão) que houve. Não
> > vou citar mais nomes por educação.
> Manuel: Eu continuo inscrito na CienciaList,...
Alberto: Idem. Tenho escrito pouco por falta de tempo e também porque a
grande maioria dos irmãos na fé da Ciencialist já estão bastante evoluídos,
como convém que seja no Reino do Léo, não necessitando mais dos sábios
conselhos que tenho deixado para pregar entre os incrédulos que existem
pelos três cantos do mundo (lembro que meu mundo é não apenas euclideano
mas também pitagórico, logo tem apenas três cantos).
> ...representando a Loja Maçônica NECTAP (Nobres e Excelsos Cavaleiros do
> Templo da Arte Psicanalítica).
E eu, como todos sabem, represento a Loja Ectoplásmica NECAQ (Nobres e
Excelsos Cavaleiros do Apocalipse Quântico).
> Aproveito o ensejo para saudar os nossos valorosos
> irmãos de fé milenarista que compõem a Grande Confraria dos
> Mistificadores da Ciência, sem esquecer os bravos cruzados da Ordem
> Piolhos de Dawkins.
Idem, ibidem, para todo o sempre.
Cordialmente,
Grão-Mestre Ectoplásmico Alberto Mesquita Filho
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 17:52
> De: Takata
>
> Como a proposta original era alterar o codigo genetico para se criar
> humanos menos beligerantes, a ironia e' q. isso realmente deve dar
> resultado, mas por meios q nao foram originalmente imaginados pelo
> proponente: serao menos violentos porq estarao mortos.
Por mais avançada que seja a tecnologia do futuro, você acha prudente
modificar artificialmente o código genético humano, estabelecido por
bilhões de anos de evolução? Sim, bilhões, considerando que somos
descendentes dos primeiros seres unicelulares que surgiram sei-lá-como.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Breve despedida!!!!!!!!
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 18:13
Já são quase 17:30, desejo a todos vocês um ótimo feriado em
conjunto com este final de semana.
Até o dia 18.
Atenciosamente:
Lisandro............
SUBJECT: Curiosidade sexual e anatômica
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 18:37
Prezados ciencialisteiros,
Pra compensar a monotonia, digo, a monogamia, costumo ler muito sobre
sexo. Recentemente comprei um livro muito bom, "O que é Sexo?", de
Lynn Margulis e Dorion Sagan (Jorge Zahar Editor). Um assunto
interessante tratado pelos autores é sobre a estratégia sexual entre
os primatas. Sabe-se que, entre alguns macacos, um macho apenas detém
o monopólio dos meios de reprodução (`meios de reprodução' é uma
expressão tecnicamente mais adequada para designar `fêmeas'), ao
passo que, entre aqueles símios em que há uma cooperação entre machos
para a caça e a defesa do território, existe um ambiente de
promiscuidade sexual em que todas as fêmeas copulam com todos os
machos. Nessas comunidades promíscuas quase não há disputa sexual nem
ciúme. Isso é bom, pois, para que haja cooperação masculina, é
necessário que as disputas sexuais sejam mínimas.
Mas não pensem que, em tais comunidades "libertárias", a guerra entre
os machos para passar pra frente os seus genes foi abolida: ela
apenas se transformou. Se nas hordas de gorilas, onde reina o
macho `alfa' poligâmico, os machos brigam entre si pela posse das
fêmeas, nas hordas de chimpanzés e bonobos a luta não ocorre tanto
entre os indivíduos do sexo masculino, mas sobretudo entre os
espermatozóides pela posse do óvulo. Ou seja, aqueles machos que
penetram as fêmeas mais profundamente, que ejaculam com mais força e
que produzem mais espermatozóides por centímetro cúbico, estes tendem
a ter uma descendência mais numerosa.
Por isso que a genitália -- pênis + saco escrotal -- dos chimpanzés e
bonobos é, em termos proporcionais, a maior entre os primatas (os
grandes símios do gênero Pan são altamente cooperativos). Aliás, o
tamanho médio do pênis humano só é inferior ao dos bonobos. Entre os
primatas, é claro. Será que este fato nos permite concluir alguma
coisa acerca da vida sexual dos nossos antepassados hominídeos?
A título de curiosidade: como falei, entre os gorilas o regime
vigente é o do macho `alfa' poligâmico, isto é, a competição
reprodutiva trava-se entre os indivíduos. Pois bem, sabe qual é o
tamanho médio do pênis ereto (frise-se, `ereto') de um enorme gorila
dominante de dorso prateado? Segundo os autores do livro que indiquei
(pág. 148), o tamanho médio é de apenas cerca de 2,5 centímetros de
comprimento. Ridículo!
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 19:47
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Hoje não sou maçon e tenho 40.000,00 a menos em meu patrimônio.
Manuel: Você teve azar. Quanto a mim, depois que fui eleito Grão-
Mestre da maçonaria, a cada dia que passa aumenta o meu patrinômio.
Afinal, tem otário em todo canto, inclusive entre os amantes da
psicanálise, re re!
Lembranças aos meus confrades de Barretos. :-)
cordialmente,
Manuel Bulcão, Grão-Mestre da Loja Maçônica NECTAP (Nobres e Excelsos
Cavaleiros do Templo da Arte Psicanalítica)
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 20:02
Tsc...
Vocês estão esquecendo dos 3 pontinhos, assim: .'.
Maçon que é maçon tem 3 pontinhos... .'.
Beijos,
Lígia .'.
Representante bacilar para a América Latina da Ordem Única dos
Cavaleiros(as) Hermeneutas ( O.U.C.H. ) .'.
*************************************************
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> escreveu
>
> > Hoje não sou maçon e tenho 40.000,00 a menos em meu patrimônio.
>
> Manuel: Você teve azar. Quanto a mim, depois que fui eleito Grão-
> Mestre da maçonaria, a cada dia que passa aumenta o meu patrinômio.
> Afinal, tem otário em todo canto, inclusive entre os amantes da
> psicanálise, re re!
>
> Lembranças aos meus confrades de Barretos. :-)
>
> cordialmente,
> Manuel Bulcão, Grão-Mestre da Loja Maçônica NECTAP (Nobres e
Excelsos
> Cavaleiros do Templo da Arte Psicanalítica)
SUBJECT: A gravidade já era.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2002 20:51
Deu no informativo da CNN:
TECNOLOGIA--
....
...Ladrões roubam as leis da gravidade de Newton
Agora os mineiros poderão levar água dos mares capixabas para a lagoa da Pampulha, evitando a fuga dos turistas.
Há anos o Prefeito Thibau tentava revogar essa lei que agora, roubada, resolverá esse e outros sérios problemas da física.
silvio.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2002 21:52
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
lpereira: Boa Tarde! Eu não sei o que seria o meu dia a dia aqui no
serviço. Trabalho mais de oito horas diárias aqui no serviço e para
fugir da rotina extressante, nada como uma boa dose de humor
proveniente dos senhores místicos. Aleluia Bocão.
Manuel 'Bulcão', tentando contemporizar: Que é isso, lpereira, não
seja modesto, rapaz! Você é muito mais hilariante do que eu! :-)
Forte abraço,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: O Crime do Brooklin
FROM: "olavodantas" <luis@dantas.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 07:55
--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
> Olá colegas,
>
> Não há palavras para descrever o caso da menina
> que planejou o assassinato dos próprios pais... o crime
> é impressionante. E depois de tamanha maldade, essa infeliz
> vai ter sua pena diminuída por vários fatores, além da regra
> geral que impede que qualquer pena supere 30 anos.
Neste particular, quero perguntar qual seria o benefício
de uma pena que excede 30 anos. Será que há realmente
algum motivo real para uma prisão tão longa?
De resto, nosso sistema penal realmente é muito estranho.
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
FROM: "olavodantas" <luis@dantas.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 08:00
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@=
u...> escreveu
> > De: José Renato
> >
> > Devemos reconhecer que somos capazes de tudo: dos maiores
> > crimes e maldades até doar a própria vida em favor de alguém
> > ou de uma causa.
>
> Sim, somos capazes de tudo. O que difere o herói do
> canalha é a motivação. Canalhas têm motivos puramente
> egoístas.
Aqui entra uma questão interessante - será que existem
essas pessoas? Até mesmo Hitler era motivo por sonhos
de uma Alemanha revigorada e auto-suficiente.
Mais significativamente, a imensa maioria da população
alemã da época partilhava dessa motivação pelo menos
o bastante para tolerar seus atos violentos. Como,
aliás, muito da opinião pública mundial, até uma
época lamentavelmente tardia.
Portanto, eu discordo respeitosamente, Alexandre.
A motivação não é tudo, porque sempre há a armadilha
de concluir que os fins justificam os meios. A
diferença entre o herói (no sentido moral do termo,
não necessariamente no sentido militar) e o canalha
envolve pelo menos um certo grau de discernimento
também.
> > O que nos leva a agir desse ou daquele modo
> > são os estímulos recebidos na ocasião em relação à memória
> > afetiva-emocional, isto é, em confronto com os valores
> > recebidos durante a formação intelectual-moral desde a
> > primeira infância.
>
> Ok. É possível.
>
> > Com o cérebro sob influência de drogas
> > excitantes ou entorpecentes as ações são realizadas sem
> > maiores avaliações das conseqüências.
>
> Consumir drogas nada tem a ver com a premeditação, o
> planejamento do crime. No máximo, as drogas podem
> influir na execução do crime.
>
> > Há um mês um garoto de
> > 17 anos matou com tiros de pistola duas colegas, ambas de 15
> > anos, em plena sala de aula de um colégio de classe média,
> > que tinham atraído sua raiva ao se saírem melhor em uma
> > gincana. Ele havia paquerado uma delas. Também sentia-se
> > deslocado por ser o mais velho da turma e elas terem sempre
> > ótimas notas.
>
> Motivos egoístas e pior, fúteis. Tranquem o animal e
> jogue a chave fora.
>
> > Pelas declarações posteriores percebi que ele
> > estava procurando o restart do videogame que ele achava que
> > estava jogando.
>
> Pode achar o que quiser, mas para mim é pura vigarice.
> Tadinho, se fazendo de louquinho.
>
> > A realidade virtual, dada pelos jogos
> > eletrônicos, pode confundir-se com a vida real em mentes atordoadas.
>
> Jogos eletrônicos não são causa de violência. O animal
> tem má índole e faz todo mundo acreditar que foi a TV,
> videogame ou RPG que fez dele agressivo.
>
> > A dor da exclusão, do desamor e mágoa da rejeição geram
> > revoltas surdas e planos diabólicos de vingança,
> > minuciosamente arquitetados.
>
> Só em pessoas de mau caráter, má índole. Seres humanos
> de bom caráter tornam-se moralmente melhores quando passam por
> experiências dolorosas.
>
> > O ser humano, por mais que
> > demore a perceber, é movido a emoção, a reconhecimento, a
> > aceitação, a consideração de seus pares, superiores, pais e
> > de seus ídolos.
>
> Sim. Tanto a emoção move o ser humano para o altruísmo,
> a bravura, quanto pode degenerá-lo. Tudo depende do caráter.
>
> []
>
> Alexandre Medeiros
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: O CRIME DO BROCKLIN
FROM: "olavodantas" <luis@dantas.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 08:10
<< Pelas declarações posteriores percebi que ele estava procurando o restar=
t do videogame que ele achava que estava jogando. A realidade virtual, dada =
pelos jogos eletrônicos, pode confundir-se com a vida real em mentes atordoa=
das. >>
A chave, frequentemente esquecida, da questão está nessa última
expressão - "mentes atordoadas". Algumas vezes se insinua que
as fugas para ficção violenta, RPGs ou jogos eletrônicos tem
alguma contribuição significativa como causa dos atos violentos,
mas acho que ao contrário, são uma maneira (imperfeita) de
aliviar as enormes pressões psicológicas e sociais dos dias
de hoje. Se não fosse por canais de escape como os RPGs e
jogos eletrônicos, teríamos muito mais violência abominável
do que já temos.
Afinal de contas, essa violência, obviamente, só chega a
ser cometida por uma porcentagem insignificante dos
jovens que praticam essas formas de entretenimento. Dá o
que pensar. Quando penso nas situações financeiras e
familiares que por vezes encontro, realmente acho difícil
concluir que passatempos com tematica violenta possam
ser chamados de "causa" da violência com alguma coisa
parecida com justiça. Quando muito, por serem paliativos,
ajudam a ir levando a situação patológica por mais tempo.
> A dor da exclusão, do desamor e mágoa da rejeição geram revoltas surdas e=
planos diabólicos de vingança, minuciosamente arquitetados. O ser humano, p=
or mais que demore a perceber, é movido a emoção, a reconhecimento, a aceita=
ção, a consideração de seus pares, superiores, pais e de seus ídolos.
Exatamente. As causas são sociais, econômicas e familiares.
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] O CRIME DO BROCKLIN
FROM: "olavodantas" <luis@dantas.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 08:17
> O choro deles não é de remorso, mas de indignação:
> "Fui pego, agora o que eu faço para sair dessa!"
>
> É um tipo de personalidade/caráter. O máximo que se pode
> fazer é atenuar estas características com uma educação
> firme e intensa vigilância.
Só uma ressalva: educação firme precisa ser também uma
educação sólida, presente. Ser rigoroso com regras sem
estar próximo, sem saber ouvir, é a forma mais segura
de criar futuros criminosos.
>
> > Na verdade o crime começou a se desenhar ainda na
> > infância. Sendo o pai Engenheiro e a mãe Psiquiatra, é
> > bastante provável que não tivessem tempo para o filhos para
> > lhes dedicarem carinho e afeto, o que dificulta muito a
> > criação de vínculo, nesses casos o filho cresce e vê os pais
> > como figuras desprovidas de afeto, amor. Então, movidos pela
> > culpa procuraram compensar com a satisfação dos mais variados
> > desejos, esquecendo-se do NÃO. No dia que disseram não, deu
> > no que deu. A estrutura mental da moça é perversa: não aceita
> > a negação em hipótese alguma. Veja que a motivação direta do
> > crime foi material, matou para se apossar dos bens.
>
> Todos nós conhecemos pessoas de boa índole cujo pais eram
> bêbados, violentos e vadios. Não existe fórmula mágica.
> É uma questão de índole. Existem pessoas de má índole.
> Ponto final. Só podemos tentar controlá-las ou então
> lamentar. Um tratamento psiquiátrico pode curar neuroses,
> mas duvido que resolva o problema da má índole.
Verdade. Mas isso não quer dizer que má índole é uma
capricho inevitável do destino. As famílias e a sociedade
podem e devem ser repensadas para reduzir esse problema.
SUBJECT: Re: Para Olavo
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 14:24
> > Olá colegas,
> >
> > Não há palavras para descrever o caso da menina
> > que planejou o assassinato dos próprios pais... o crime
> > é impressionante. E depois de tamanha maldade, essa infeliz
> > vai ter sua pena diminuída por vários fatores, além da regra
> > geral que impede que qualquer pena supere 30 anos.
>
>Neste particular, quero perguntar qual seria o benefício
>de uma pena que excede 30 anos. Será que há realmente
>algum motivo real para uma prisão tão longa?
>
>De resto, nosso sistema penal realmente é muito estranho.
Não se trata de benefício, ou resultado concreto, mas
apenas de um estado de consciência mais tranquilo, de
justiça. Essa moça e seus comparsas acabaram com a VIDA
de duas pessoas inocentes, sem contar com o arraso que
provocaram no menino órfão (irmão de Suzane), que pelo
visto ainda não teve tempo de entender o que aconteceu
(pois quando se der conta do ocorrido, vai se arrepender
amargamente de ter perdoado a irmã).
Agora eu pergunto: por que 30 anos? Por que não 28?
Ou ainda 35, ou quem sabe 25? A prisão perpétua,
mesmo que na prática possa eventualmente se equivaler
a 30 anos, é uma pena radicalmente diferente; o
termo "perpétua" tem uma força moral muito mais
impressionante. O criminoso já sabe que nem adianta esperar
30 anos, 40, 50 ou 60... vai ficar enjaulado até morrer.
Acho que o efeito no psiquismo do criminoso, diante da
condenação de prisão perpétua, é bem mais devastador e
portanto mais conveniente. Isto é Justiça, com "j" maiúscula.
Abraços,
Guilherme
_________________________________________________________________
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
http://messenger.msn.com.br
SUBJECT: Não percam as Grandes Revelações do Universo!
FROM: "Adriano" <monge_ateu@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 14:36
Não percam as Grandes Revelações do Universo!
Os incríveis livros escritos deste senhor:
http://www.edgardsaldanha.hpg.ig.com.br/pg.htm
Notem que o sujeito é professor-doutor (ou livre-docente????) da
UFRJ.
Mó cientista, ele!
[ ] !
Monge Ateu
SUBJECT: Re: Para Olavo (ex-O crime do Brooklin)
FROM: "Adriano" <monge_ateu@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 14:52
Há, sim, um benefício concreto, falando-se genericamente (não sobre
o caso específico, que ainda não foi suficientemente estudado).
Trata-se do afastamento de pessoas incompatíveis com o convívio em
sociedade (sociopatas), já que nossa moral (e leis) não admite
executá-los.
É certo que manicômios judiciais são menos adequados a psicopatas
(sociopatas) do que prisões.
[ ] !
Monge Ateu
--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...>
escreveu
>
> > > Olá colegas,
> > >
> > > Não há palavras para descrever o caso da menina
> > > que planejou o assassinato dos próprios pais... o crime
> > > é impressionante. E depois de tamanha maldade, essa infeliz
> > > vai ter sua pena diminuída por vários fatores, além da regra
> > > geral que impede que qualquer pena supere 30 anos.
> >
> >Neste particular, quero perguntar qual seria o benefício
> >de uma pena que excede 30 anos. Será que há realmente
> >algum motivo real para uma prisão tão longa?
> >
> >De resto, nosso sistema penal realmente é muito estranho.
>
>
> Não se trata de benefício, ou resultado concreto, mas
> apenas de um estado de consciência mais tranquilo, de
> justiça. Essa moça e seus comparsas acabaram com a VIDA
> de duas pessoas inocentes, sem contar com o arraso que
> provocaram no menino órfão (irmão de Suzane), que pelo
> visto ainda não teve tempo de entender o que aconteceu
> (pois quando se der conta do ocorrido, vai se arrepender
> amargamente de ter perdoado a irmã).
>
> Agora eu pergunto: por que 30 anos? Por que não 28?
> Ou ainda 35, ou quem sabe 25? A prisão perpétua,
> mesmo que na prática possa eventualmente se equivaler
> a 30 anos, é uma pena radicalmente diferente; o
> termo "perpétua" tem uma força moral muito mais
> impressionante. O criminoso já sabe que nem adianta esperar
> 30 anos, 40, 50 ou 60... vai ficar enjaulado até morrer.
> Acho que o efeito no psiquismo do criminoso, diante da
> condenação de prisão perpétua, é bem mais devastador e
> portanto mais conveniente. Isto é Justiça, com "j" maiúscula.
>
> Abraços,
>
> Guilherme
SUBJECT: Re: Para Olavo
FROM: "olavodantas" <luis@dantas.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 15:45
> Não se trata de benefício, ou resultado concreto, mas
> apenas de um estado de consciência mais tranquilo, de
> justiça. Essa moça e seus comparsas acabaram com a VIDA
> de duas pessoas inocentes, sem contar com o arraso que
> provocaram no menino órfão (irmão de Suzane), que pelo
> visto ainda não teve tempo de entender o que aconteceu
> (pois quando se der conta do ocorrido, vai se arrepender
> amargamente de ter perdoado a irmã).
>
> Agora eu pergunto: por que 30 anos? Por que não 28?
> Ou ainda 35, ou quem sabe 25? A prisão perpétua,
> mesmo que na prática possa eventualmente se equivaler
> a 30 anos, é uma pena radicalmente diferente; o
> termo "perpétua" tem uma força moral muito mais
> impressionante. O criminoso já sabe que nem adianta esperar
> 30 anos, 40, 50 ou 60... vai ficar enjaulado até morrer.
> Acho que o efeito no psiquismo do criminoso, diante da
> condenação de prisão perpétua, é bem mais devastador e
> portanto mais conveniente. Isto é Justiça, com "j" maiúscula.
Não, Guilherme. Isso é Vingança, não justiça. Justiça haveria
se houvesse como desfazer as mortes ou os danos psicológicos.
Descontar nos criminosos, por mais condenáveis que sejam os
crimes, não é justiça, exceto talvez em caso de crime financeiro.
Justiça é para os vivos, e não deve ser confundida com vingança.
SUBJECT: Re: Para Olavo (ex-O crime do Brooklin)
FROM: "olavodantas" <luis@dantas.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/11/2002 15:50
--- Em ciencialist@y..., "Adriano" <monge_ateu@t...> escreveu
> Há, sim, um benefício concreto, falando-se genericamente (não sobre
> o caso específico, que ainda não foi suficientemente estudado).
>
> Trata-se do afastamento de pessoas incompatíveis com o convívio em
> sociedade (sociopatas), já que nossa moral (e leis) não admite
> executá-los.
>
> É certo que manicômios judiciais são menos adequados a psicopatas
> (sociopatas) do que prisões.
Nesse caso, mudamos de questão. Deixamos de falar de prisão
de criminosos bárbaros por no máximo 30 anos e passamos a
falar de internação perpétua de doentes mentais irrecuperáveis.
É bem verdade que a psicopatia grave costuma ser vitalícia,
e impede o convívio social dos afligidos. Mas não há como
fugir da questão ética de que aprisionar um sociopata por
trinta anos é por um lado cruel, e por outro insuficiente.
Não vamos confundir as coisas.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/11/2002 17:02
Pereira:
li, não sei nem quando nem onde, que nos states 65 por cento das demissões
são por uso dos micros na hora de serviço....
cuidado com um místico chumbo na asa....
sds.,
silvio
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
lpereira: Boa Tarde! Eu não sei o que seria o meu dia a dia aqui no
serviço. Trabalho mais de oito horas diárias aqui no serviço e para
fugir da rotina extressante, nada como uma boa dose de humor
proveniente dos senhores místicos. Aleluia Bocão.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Não percam as Grandes Revelações do Universo!
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/11/2002 17:09
Adriano:
passe o e-mail do edgar pro zé-do-caixão: ele pode trabalhar como o múmio 2,
o retorno.
silvio
From: "Adriano" <monge_ateu@terra.com.br>
Os incríveis livros escritos deste senhor:
http://www.edgardsaldanha.hpg.ig.com.br/pg.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/11/2002 17:49
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 11, 2002 6:13 PM
Subject: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da
Humanidade)
> Continua fazendo inferencias alem do q. os dados permitem.
-------------------
Caramba. Já está descandando para o irracional. Pensei que já tinha ficado
claro na missa anterior.
Que inferência eu fiz "Além do que os dados permitem" ? Resumindo numa
frase: Você sugeriu nos e-mails anteriores que o processo histório não podia
ser previsível porque: 1-) A história nunca se repete, logo não podemos
fazer testes estatíticos; 2-) Porque você só admite como previsão as
"declarações" que, para os seus critérios, não são genéricas. Como o seu
critério de "genérico" é muito ideossincrático, você só concebe como
"previsão", aquelas altamente específicas.
Dizer isso de você é "Fazer inferência além do que os dados permitem" ?
Alias, é fazer, como você disse, especulações sobre sua personalidade ?
Como eu disse antes, você pode ATÉ me acusar de tê-lo
entendido errado. Ok. Mas novamente, dizendo, "além do que os dados
permitem" ? Se você disse que gosta de sorvete de chocolate e depois eu
re-afirmasse isso, estou fazendo uma 'inferencia além do que os dados
permitem" ? Eu re-apresentei a SUA idéia amplamente exposta na thread. "Os
dados" é a thread. E, como dito antes, suas idéias na thread *em nada* tem a
ver com a sua "personalidade".
Agora, se você quiser continuar re-arfimando indefinidamente, ignorando o
óbvio e minhas observações, ok.
---
>
> > Agora, falando objetivamente: Em nenhum momento quis adivinhar sua
> > personalidade.
>
> Tentou adivinhar a minha intencao. Bem, era possivel adivinhar
> a minha intencao e o meu conceito de previsao, mas no caso os
> dados foram utilizados de modo equivocado. Qdo se tem uma
> preconcepcao esse erro se torna muito comum.
--------
Preconcepção ? Você está adivinhar minha personalidade ?
-------
>
> > Sinceramente, re-apresentar a sua opinião exposta por você mesmo na
> > lista é "adivinhar a sua personalidade" ? Ora, nem de personalidade
> > isso se trata! quanto mais de adivinhar!
>
> Diga em q. lugar eu escrevi ou deixei a entender q. acho q.
> prever significa acertar 100%, significa saber q. algo
> inequivocamente ira' ocorrer?
--------
Você quer que eu procure uma frase sua igualzinha a minha ? Assim,
igualzinha 100% inequivocamente ?
Interpretando para você1: Isso não está escrito em nenhum lugar. Está
sugerido de modo pulverizado nas suas idéias, que dizem respeito à previsões
extremamenete detalhadas, que, por sua vez, não podem ser válidades se não
forem exatamente e inequivamente iguais. Exemplo: advento dos computadores,
que foram previstos na sociedade, só que eram "grandes". Para você, isso não
vale. Para você, a previsão tem que ser 100% inequivamente detalhista e
acontecer sem nenhum desvio. Tem-se que prever que eram PCs pequenos, do
padrão da IBM, processador da família 808x, CPU serial, e tudo o mais.
Interpretando para você2: Essa ironia é mais uma evidência implícita de que
você só entende as coisas que sejam 100% inequivocamente iguazinhas. Quer
que eu ache uma frase igualzinha ou muito parecida, quando não é o caso. É a
IDÉIA por trás da frase que conta, que está exposta no seu texto de outro
modo. Quando, por exemplo, você diz que a viagem a lua não foi prevista por
Verne, porque o mecanismo de propulsão de Verne era externo, quando você
sugere que só seria uma previsão se Verne dissesse que a viagem seria à
auto-propulsão com combustível "a explosão". Talvez você esperasse até que
Verne desse detalhes sobre a química da hidrazina como combustível e suas
vantagens termoquímicas em relação aos combustíveis a base de alcanos. Você
não admite nenhum desvio - nem 1% - do que você considera como "previsão".
Qualquer coisa que se desvie do acontecimento 100% fatal - que se desvie do
seu critério de "previsão - é considerado por você como "genérico" e não tem
valor algum.
------
>
> > Agora, outro tipo de acusação é
> > abusar da boa vontade e da inteligência.
>
> Quem abusou da boa vontade e inteligencia?
------
Ok.Você não abusou. Realmente eu falei da sua personalidade.
-----
>
> > > Mas como se faz no caso de um evento q. nao se pode repetir?
> > > Nao podemos repetir a historia no mais das vezes pra ver se
> > > o acerto foi casual ou nao -- em uns poucos casos podemos, como
> > > o desenvolvimento paralelo de civilizacoes isoladas.
> > > Ai' em parte entra a questao do detalhamento, da complexidade
> > > do cenario proposto -- no q. se reflete possivelmente na
> > > probabilidade de ocorrencia do fenomeno.
> >
> > ----------
--------
1-) Ok. Pelo que entendi, para uma previsão ser "previsão" para você,
devemos
fazer um estudo estatístico para saber se foi casual ou não. Logo, se não
pudermos fazer esse estudo, *automaticamente* a previsão DEVE NÃO ser
considerada previsão, porque não podemos provar cientificamente que foi
proposital.
Isso é: acha-se que a ciência faz a realidade e não que a realidade faz a
ciência. Se não for possível realizar um experimento que prove algo, esse
algo é automaticamente descreditável, a despeito de todas as outras
evidências.
É uma vertente daquela velha história: "ausencia de evidência (se foi
proposital ou não) não é evidência de ausencia (idem)". E o pior é que,
nesse caso, há até evidência (a realização da previsão ante todas as outras
possibilidades de cenários). Só não há certeza experimental.
2-) A questão sequer diz respeito à isso. Devemos discutir se esse método é
o melhor método para o estudo histórico. Isso funciona com as ciencias
experimentais, porque, por definição, as ciencias experimentais são......
... experimentais.
O fato é que os métodos levados a cabo em outras ciências, que não sejam
experimentais, não passam por isso. Mas é claro que há gente que só conhece
uma forma de pensamento.
------
> >
>
> > 2-) Diante de um fenômeno que não se repete, o que podemos fazer ?
> >
> > Segundo você sugere, já que não podemos fazer uma experiência e
> > repetí-la, construindo gráficos estatísticos, devemos, então,
> > desistir de toda e qualquer tentativa de análise.
>
> Eu nao falei isso. Eu disse q. em uma janela ampla -- atualmente pra
> mais de 50 anos -- as 'previsoes' sao pouco confiaveis. O q. e'
> diferente de tentativa de analise. As 'previsoes' para um espaco de
> tempo como esse serve ou como alerta: "se nada mudar as coisas serão
> assim" (o q. é uma obviedade, mas 'as vezes obviedades são uteis) ou
> como exercicio. Mas não é uma 'previsão'. E' um chute como dizer q.
> no próximo lance de dados vai dar 'três'. Em 500 anos é especulação
> pura.
---------
Então, se decida. Ou tira ou põe as aspas na palavra previsão. É previsão ?
É ? Então é. Se é pouco confiável é outra coisa.
Agora, já que você gosta de pedir números, eu
peço também:
A partir de quando, exatamente, uma previsão fica pouco confiável (Dia, mês
e ano) ? E, a partir de que critério exato, podemos considerar uma dada
declaração sobre o futuro como "previsão" do ponto de vista da exatidão ? A
partir de que critério objetivo e exato podemos separar "previsão",
"previsão pouco confiável", e "chute" ?
(Interpretação para você: É claro que isso é uma ironia. Eu nunca faria uma
pergunta dessas seriamente. Isso é pra mostrar que o seu excesso de exatidão
vai contra o seu argumento de excesso de exatidão. Nesse caso você tem 3
opções:1-) ou você diz que nada é previsão e tira a palavra do dicionário,
até porque, a curtíssimo prazo, não há garantias de que NADA, nem mesmo os
fenômenos regidos por leis que foram coroboradas por análises estatísticas,
continue funcionando. 2-) ou você considera como previsão os fenômenos
regidos por leis de causalidades, cuja comprovação tenha sido estabelecida
pelo método científico/estatístico (Nesse caso, inferir que um objeto de 1kg
submetido a força de 1N acelerará 1m/s seria uma "previsão"). Isso é:
previsão é algo que diz respeito somente a ciência e a palavra deve ter uso
apenas e tão somente restrito ao jargão científico. 3-) ou você usa o
conceito que todo mundo usa, que preconiza que "previsão" é qualquer
antevisão do futuro, seja baseda nas leis da ciência, análise de
plausibilidades e palpites, intuição ou mãe diná.)
Não há saída. Se você tem um conceito ideossincrático de previsão que se
liga só e tão somente ao método científico - ou, a qualquer previsões exata:
sendo que você ainda tem que explicar os critérios dessa exatidão. Afinal,
muita coisa que você diz que é genética eu não acho que seja. -, ok.
------------
>
> > Ainda bem que a OMS, a ONU, as diversas ONGs de grupos ecológicos,
> > os analístas políticos, os economistas, Geógrafos críticos,
> > administradores de empresas, sociólogos, militares não pensam como
> > você.
>
> Se vc conseguir algum relatorio sobre um periodo futuro de 500
> anos... De 50 anos já sera' muito dificil.
------
É exatamente por isso que eu pergunto qual o seu critério. Você falou em 50
e 500 anos. Então é isso ? abaixo de 50 é previsão "confiável". Acima não é
confiável. Acima de 500 é impossível ?
Há relatórios sim sobre períodos de 50 anos, principalmente os
relatórios que dizem respeito a uso dos recursos naturais.
De qualquer modo, acabou de admitir que os relatórios de previsão são
previsões. Ou não admitiu ? Ou o que ?
-------
>
>
> > perderás!" Mas, sejamos sinceros. Se você fosse um presidente de um
> > país europeu em guerra, abriria 2 frentes de combate ou invadiria a
> > Russia ?
>
> Um pequeno ad hominem:
>
> "Bem... eu abri muitas 'frentes' diferentes e não posso dar conta de
> todas.Talvez eu deixe de responder algumas.. mas, enfim..."
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19082
--------
Que Ad hominem é esse ?
Ad hominen significa "ao homem". Atacar a pessoa e não os argumentos. Isso
foi um ataque pessoal ? Eu falei algo que denegrisse você ou que tentasse
tirar a sua credibilidade - e não acredibilidade das suas idéias - ?
Se você entendeu isso como uma ameaça pessoal, poderia até ter dito que foi
um Ad Baculum. De qualquer modo, saiba que não foi. Eu ando dizendo isso em
muitos e-mails diferentes. Procure e veja. O seu, de modo algum, foi
predileto. Não há nada de *pessoal* nisso, seja Hominem (totalmente
absurdo), seja Baculum.
Sabe, numa horas dessas eu fico pensando. E se, por caso, eu não tivesse
escrito isso em outros e-mails, como os do Lucio Mandredi ? Eu teria que
dizer a verdade: que não era nada "pessoal". Será que você acreditaria ? Um
pouco menos de paranóia faz bem.
--------
------
>
>
> > ignorar os dados não contribui em nada para tomar a melhor decisão.
>
> Tomar a melhor decisao e' diferente de vc fazer previsoes para
> mais de 50 anos e contar com elas.
--------
A Shell, em uma propaganda bem vinculada na TV, torna pública as suas
pesquisas com o intuito de achar uma fonte de energia que seja limpa e
renovável, baseada, exatamente em pesquisas cujo prazo tem uns 50 anos. Acho
que isso ela está tomando uma boa decisão.
Os investidores internacionais investem montantes de dinheiro na China, país
que cresce, em média, 6%, às vezes batendo 10% ao ano (um crescimento de 3%
é considerado bom. O Brasil, cresceu 0.8%), prevendo que, futuramente -
baseados em análises cuja janela de tempo se aproxima dos 50 anos - esse
país será um o mais rico do mundo, com maior mercado consumidor. Acho que os
investidores sabem o que fazem. Devem estar tomando uma boa decisão.
-------
>
>
> Eu posso questionar. Na medida em q. nao estou me baseando em dados
> confiaveis nao e' uma previsao, e' um chute. Seria o mesmo q. eu me
> considerar o maior paranormal do mundo se eu acertar o proximo lance
> de dados, eu mesmo a mega-sena acumulada sozinho. E isso porq. nao
> estamos falando de fenonemos historicos, mas de meteorologicos.
-------
Há um problema sério aqui. Então e então, você continua confundindo a
análise de cenários possíveis e plausíveis, baseada em dados - mesmo que,
segundo você "não confiáveis" -, com um mero "chute" caótico e aleatório.
Faz uma caricatura crassa. Uma falácia. Compara - em pé de igualdade - uma
análise que trata de *possibilidades* baseada em dados disponíveis, com um
mero "chute" de eventos caóticos.
Desconfio que você está se valendo de conceitos da teoria do caos para
tentar avaliar o processo histórico. Gostaria se é mesmo para poder
responder. Só assim você não poder dizer que "estou tentando adivinhar a sua
personalidade."
A propósito: você gosta mesmo de paranormais, heim ?
A propósito: O que você faz quando se encontra em situações novas e não sabe
como reagir ? Você decide aleatoriamente ? Não se submete a situações novas
? Ou você pega uma máquina do tempo e faz pesquisas estatísticas para saber
a decisão que, matematicamente, é mais condizente com a resposta que você
espera ?
------
>
> > A construção de cenários, a observação de tendências. Fomentação de
> > hipóteses. Especulações racionais bem ponderadas.
>
> O q. nao existe para cenarios de 500 anos. E muito pouco para
> cenarios de 50 anos.
-----------
Só exemplos bem vagabundos e pouco polêmicos.
É possível que apareça um meteoro igual ao KT.
Bastante razoável considerar o aumento da temperatura no planeta.
Igualmente plausível prever grandes áreas inundadas na costa.
Fim do uso de petróleo como combustível.
Provavelmente o homem já teria pisado em Marte.
São Francisco possívelmente já teria sido devastada por um terremoto sem
precedentes
---------
>
> > É o meio termo.
>
> Q. meio termos e' possivel para uma janela de mais de 50 anos?
--------
Outros vagabundos:
China como o país mais rico do mundo.
Aumento dos paises que detêm a bomba atômica
Fim da dominancia da Microsoft no mercado de softwares (Há inúmeros motivos
para acreditar nisso)
A despeito de toda polêmica atual, uso generalizado dos transgênicos.
Diversificação dos meios de acesso à Internet (ou a rede que pode vir a
substituí-la)
(Eu não vou falar coisas como "melhoria da medicina" porque seria ser óbvio
demais. Mas obviedade é realtivo. De qualquer modo, inferir o óbvio não
deixa de ser previsão, porque até mesmo o óbvio pode não ocorrer.)
Sem falar nada polêmico.
-------
>
>
> > Isso é realmente uma previsão sim. Você pode questionar se ela é
> > útil por ser genérica demais, mas, decididamente, é uma previsão.
>
> Tto qto dizer: "vai dar 4 no proximo lance de dados",
> "o proximo cara a entrar no elevador se chama Luiz".
--------
Novamente, e novamente - e é possível que ele diga que eu estou tentando
"advinhar" a personalidade dele -, confunde a consideração de
plausibilidades com um chute arbitrário.
-------
>
>
> > A questão diz respeito a algo não-genérico (por mais
> > que você insista em considerar genérico): forno frio e
> > comida "complexa" automaticamente pronta.
>
> E o q. vc acha das bugigangas de cozinha de acionamento
> manual q. fazem tto sucesso? De pau de macarrao com teflon,
> a formas plasticas termorresistentes? Ha' um investimento
> serio no "resgate do prazer de cozinhar". E isso sem q.
> o microondas tenha se universalizado.
--------
1-) Uma coisa não exclui a outra. O advento do microondas não exclui o
"prazer" de cozinhar.
2-) Eu não concordo com a assertativa "Há um investimento sério no resgate
do prazer de cozinhar". Mas isso não faz diferença. As pessoas, de modo
geral, não cozinham - ou cozinham menos, apelando para produtos
semi-prontos -, seja por prazer ou desgosto, porque não têm tempo. É uma
questão objetiva, e não se um "investimento" que eu não sei de onda saiu.
3-) Depende do seu conceito de "universalizado". Se formos velar em conta o
planeta terra, nem o saneamento básico está universalizado. No Brasil, com
índices de pobreza de 45%, não se pode falar rigorosamente em
universalização nem da cueca limpa. Quando se fala em uso generalizado
geralmente subentende-se as classes médias dos paises civilizados ou mesmo
de alguns em desenvolvimento. O microondas está plenamente inserido nesse
contexto.
-------
>
> Ha' um certo sabor neo-ludista nisso. Ah! Ja' "previram" isso?
> Claro. Desde sempre a tecnologia ao mesmo tempo q. conquistava
> defensores entusiasticos, amealhava opositores ferrenhos. Entao se a
> tecnologia avanca e melhora as condicoes de vida, ha' os
> q. 'acertaram' na 'previsao'. Se a tecnologia avanca e piora as
> condicoes de vida, ha' os q. 'acertaram' na 'previsao'.
>
> Vivemos em uma epoca privilegiada em q. tto os q. achavam q. a
> tecnologia melhoraria a vida das pessoas, qto os q. achavam q.
> a tecnologia pioraria a vida das pessoas, tEm (ou teriam) a certeza
> de q. 'acertaram' em suas 'previsoes'.
----
1-) "Melhoria da vida das pessoas" é um juízo de valor particular, porque
está
calcado em valores particulares que não podem ser universalizados.
O que você está dizendo não faz sentido. Universalizar, preconizar e usar
uma observação cuja base seja um juízo de valor como objeto de previsão ?
Você pode prever e fazer inferencias sobre fenômenos objetivos - com maior
ou menor grau de acurácia -, mas juízo de valor é algo totalmente
ideossincrático.
2-) Em nenhum momento eu falei em "melhoria". Quem fala a toda hora é você.
Dessa forma, você usa premissas relativas para que, por fim, chegue a uma
conclusão relativa. Então, prova que, sendo a conclusão relativa, ela não
vale nada.
Eu nunca falei em "melhor ou pior", mas você argumenta como se eu falasse.
Pois é. É como você já escreveu antes: "Se você vai escolher as premissas
que se encaixam na sua conclusão..."
-----
>
> > E a video conferencia ? E as Webcans ?
> >
> > Não é altamente popular ainda, mas o processo de popularização é
> > assim. A cada dia o mercado de Webcans aumenta.
>
> E o intermezzo? Fica no limbo? E depois q. a moda das webcams
> passar? Volta-se ao silencio?
> (Ninguem faz video-conferencia para tratar de assuntos
> pessoais. Bem, talvez os tarados pela tecnologia.)
----------
Pra você ver.
Até você faz suas previsões quando quer rebatê-las. Você diz, tacita e
categoricamente, que as webcans são um modismo que vai passar. Podem até ser
mesmo.
Pois é.
-------
>
> > O telefone com imagem já existe e é barato. A previsão já foi
> > concretizada.
>
> Nao foi. A previsao era a de q. ele estaria disseminado. Nao esta'.
--------
Olha, depois você diz que eu quero "adivinhar a sua personalidade":
A previsão é constituida de diversas partes. As partes mais relevantes se
concretizaram: as que dizem respeito à própria existencia o ente previsto
(há coisa mais relevante e fundamental que isso?). Se vai se popularizar ou
não, é algo secundário. (apesar deu achar claro e evidente que - não
necessariamente as webcans - algum meio de comunicação onde apareça imagem
vai se popularizar. Não acho que as webcans sejam uma boa aposta, porque as
velocidades da Internet é ruim para stream. Mas o mercado aumenta ao a ano.
É um cenário possível para, digamos, 5 anos.)
Nessa hora, eu volto para o que eu disse: Para você, a previsão deve ser
100% igual - não admitindo nenhum desvio - e ocorrer inequivocamente da
forma como foi exposta.
Então, eu digo isso - baseado em dados bem explícitos - e você diz que eu
quero "adivinhar sua personalidade" e "fazer inferências sem dados
suficientes -.
--------
>
> >
> > ------
> >
> > Na idade média existiam bigas. Elas só não eram populares porque a
> > economia era rural e não havia muitas pistas.
>
> Claro q. existiam bigas. Mas o uso era o carro de boi.
-----
Cara...
Roma era uma cidade no meio da peninsula itálica: área urbana.
Não usavam bigas na zona rural. Na idade média, igualmente, continuaram não
usando bigas na zona rural. E, igualmente, continuaram usando usando bigas
na área urbana, como em constantinopla.
--------
>
> > É comum pensar-se que houve retrocesso na idade média, mas isso não
> > é verdade. Quase toda cultura foi guardada pela igreja. A alta
> > cultura clássica foi guardada. Não foi perdida. Alias, foi guardada
> > e dissiminada pelos monges copistas.
>
> Em muitos aspectos houve sim retrocesso: toda a infraestrutura das
> cidades com seus aquedutos, sistemas de administracao, comercio em
> larga escala, academias. Nao q. o conhecimento fosse amplamente
> disseminado na epoca classica, mas houve uma concentracao
> extremamente alta durante a Idade Media. A Igreja guardou algumas
> coisas, mas a maior parte foi resgatada pelos arabes.
-----
Que cidades ? As cidades do mundo ocidental, exceto
Roma e Constantenopla, tinham pouca relevancia alguma. Em sua maioria, eram
entrepostos
comerciais para manter guarnições de soldados romanos e arrecadar impostos.
O Império romano era uma sociedade rural mantida a carro de boi (e não a
bigas)
(obs:. Ou a guerras que, por extensão, eram mantidas por causa da sociedade
rural: Roma invadia os povos para lhe cobrar impostos, impostos esses pagos
com o dinheiro advindo da economia rural. Conceitos ligados ao feudalismo,
como o "comitatus", e leis como a corvelia e banalidade, tinha origem nas
instituições romanas.)
O "conhecimento", no mundo ocidental, se circunscrevia a Roma e
Constantinopla. Na idade média, pelo menos cada mosteiro podia ter sua
biblioteca. Carlos Magno faz um esforço tremendo para levar a alfabetização
para o mundo rural do seu império.
-----
>
> > > Um soldado medieval tbm previria uma armadura
> > > cada vez mais pesada e resistente. Ate' q.
> > > a polvora aportando 'a Europa tornou a armadura
> > > um trambolho inutil.
> >
> > ------
> >
> > Essa é uma opinião sua. Eu, por minha parte, diria que o soldado
> > medieval previria uma armadura cada vez mais *leve* e resistente. E
> > a previsão foi realizada com o *Kevlar*.
>
> Vc pode dizer 'a vontade (e a posteriori). Se vc acompanhar a
> evolucao das armaduras, elas passam de simples peles curtidas para
> cotas de malha e placas de ferro fundidas e malhadas. No auge do
> processo o cavaleiro tinha q. ser icado com um guindaste para montar
> em seu cavalo. Se caisse ao chao nao conseguiria mais se levantar.
> O advento dos mosquetes resolveu tudo: a armadura nao serviria
> para protecao e continuaria a atrapalhar os movimentos, o status
> de uma reluzente armadura ja' nao valia mais a pena.
---------
1-) As armaduras foram aumentando em resistencia. O peso era uma decorrencia
não-necessária e desnecessária.
2-) Nenhum nobre que fosse *realmente* lutar nas guerras usava full plate.
Full plate não era um ítem de combate. Era uma roupa e equipamento para
torneios de justa, ou disputa entre nobres.
----------
>
>
> As lorigas eram inuteis contra os mosquetes, mas nao impediam os
> movimentos dos soldados.
----------
Eu bebo água porque mata a sede, e não porque é gelada. Ser gelada é uma
característica não relevante em relação ao objetivo derradeiro: matar a
sede. Se ainda fosse quente ou gelada, mas matasse a sede, ainda assim eu
beberia. Se não matasse a sede, mesmo que fosse gelada, eu não beberia.
Eu uso armaduras porque me defendem contra as armas vigentes, e não porque
não impedem os meus movimentos. Impedir ou não os movimentos é uma
característica não relevante em relação ao objetivo derradeiro: defender. Se
inda fosse "restritoras do movimento ou não", mas me defendessem, ainda
assim eu as usaria. Se não me defendessem, mesmo que fossem flexíveis, eu
não usaria.
Levando em conta que a plate caiu porque não defendia contra tiros e que
lorigas também não, por que estas continuram sendo usadas ? Para um morto,
não faz diferença que seus movimentos estão impedidos ou não.
---------
>
> > Todo esse processo de troca de roupas poderia ter sido previsto
> > dentro de uma análise plausível por algum estudioso daquele tempo,
>
> Ah! sim. Tto qto a discricao das plumas e babados q. dominaria na era
> vitoriana -- comandada pelos burgueses discretos e comedidos. Ou uma
> recaida das calcas boca-de-sino, das brilhantinas, paetês e
> lantejoulas da disco.
--------------
Plumas e babados ?
1-) A época vitoriana foi conhecida e reconhecida exatamente pelo seu
puritanismo. Pelo comedimento. Pela discrição da Rainha Vitória que usava
preto.
Você quer mesmo comparar a época da discrição vitoriana com uma época em que
até os homens usavam perucas e maquiagem ?
2-) Outra falácia. Fala como se eu tivesse sugerido que a "discrição"
vitoriana tivesse varado do século XX. O processo da moda do século XX,
passa por outras análises, que vão desdo liberalismo econômico no início do
século, passam pelo advento da TV, da diversificação das economia, mudança
do paradigma educacional (Dr. Spook), advento da sociedade de massas e
fortalecimento da classe média, etc...
---------
>
> > é plausível considerar, dado o processo de diversificação das
> > atividades econômicas, que não mais haverá uma moda predominante.
>
> Tao plausivel qto considerar q. *havera'* uma moda predominante.
-------
Se você acha, quem sou eu para duvidar ? Hoje, cada um pode se vestir como
quiser - e muita gente faz exatamente isso -. Há um fortalecimento das
classes médias nos paises civilizados (alias, é um processo que já vem de
muito tempo). Uma forte industria de moda com apelo a classes médias (ao
contrário do que se fazia há pouco tempo (década de 80, 70, etc..), na alta
costura francesa. Hoje, há alta moda ao estilo Armani, isso é: em linha de
produção, alta moda industrial para a alta classe média), uma disseminação
cada veza maior de "estilos" ou de "modos de vida" e todo dia alguém cria
uma coisa nova.
Mas, se você acha plausível que - em, digamos, 50 anos - uma grande
ditadura mundial restringirá as roupas, acabando com as liberdades
individuais, ou que um grande hipnotizador fará com que as pessoas tenham
menos vontade de usar estilos difentes, ok.
Sabe, eu acho até possível. Só não acho plausível. Mas se você põe as duas
inferências em pé de igualdade, o que me basta fazer ?
-------
>
> > Se você acha que preceitos como "computador grande" e "computador
> > pequeno" são realmente importantes, ok. Critério seu.
>
> O problema nao e' meu, mas de quem quer ver nas FC uma previsao do
> futuro. Nao e' apenas grandes contra pequenos, mas sobretudo de
> centrais contra difusos.
-------
1-) A questão não é contral/difuso. Mas, novamente, você você toma isso como
critério. Ok.
2-) E mesmo considerando seu critério não faz diferença nenhuma. Se é o
central contra difuso, a previsão deu certo, porque hoje é justamente o que
ocorre: pequenos PCs com capacidade de processamento limitada servindo de
"estação" para os grandes servidores centrais de redes a da Internet
(computadores bem mais potentes que executam o trabalho pesado de rotear,
direcionar, e devolver recordsets de chamadas SQL, entre outras coisas....)
------
>
> > Por genérico entendemos *gerais*. Observações que abarcam *todas*
> > as opções possíveis como se dissessem respeito a algo bem
> > específico.
>
> Arcange, entenda q. eu nao tenho a obrigacao de utilizar os termos do
> modo como vc interpreta. A 'generico' cabe perfeitamente a nocao de
> amplo ou mesmo de geral -- mas não como a *totalidade*, mas como uma
> *grande parte*, tratado na generalidade (=vago, que deixa de exprimir
> o essencial de um assunto) -- nao abuso assim da lingua patria. E'
> claro q. vc tem certa liberdade de interpretar como quiser o q. eu
> escrevo (salvo coisas como eu dizer: "Não tenho carro" ser entendido
> como "Ellen Roche e' uma mocreia"), mas definitivamente não uso
> nestas mensagens 'genérico' como 'totalidade' -- ate' ja' havia
> deixado isso explicito anteriormente. Mas como em seu dicionario
> aviao e' carro, processamento de dados e' raciocinio e webcam e'
> telefone... fique a la vonte'.
-----------
Ainda bem que você não se sente obrigado a usar os meus conceitos, porque
eu, igualmente, acho os seus muito estranhos. Principalmente o referente a
palavra "previsão". Há uma confusão muito grande.
1-) A primeira coisa é que você não define os seus conceitos de "previsão" e
de "genérico". Eu defini os meus. Sua posição fica confortável. Eu me defino
e você não. É óbvio que você não é obrigado a aceitar minhas defições, mas
contra-argumenta levando em conta as suas. Eu, da minha parte, não posso por
seus conceitos na "roda"; você, da sua parte, pode por os meus na roda.
Falei em plausibilidade e descrição de cenários. Falei sobre o que é
genérico ou não. Nos ítens mais marginais, usei o dicionário para tirar os
conceitos de "carro" e "raciocínio", e agora, "telefone".
Você, simplesmente, não concorda e pronto. É claro que é direito seu. Mas a
situação fica esquisita, porque não dá para avaliar a validade da sua
crítica porque você não dá os critérios dela.
2-) Desdo do começo, você parece sugerir que fala de "teoria do caos", mas
não expõe isso de forma clara. Fala em imprevisibilidade progressiva com o
tempo, entrada de "dados", leis e "regras de manipulação de dados". Você
sugere duas coisas: 1-) sugere que o processo histórico deve ser tratado com
um fenômeno físico equacionável. 2-) Sugere que o processo histórico é
composto de "eventos" e não de cenários, 3-) sugere que o processo histórico
é determinado do particular para o coletivo e não do coletivo para o
particular. (sendo mais claro: que os cenários são deternimados pela
evolução das suas partes - como um lancamendo de dado, que é deterniado por
inúmeros fatores incalculáveis, como força da jogada, pressão do ar,
geometria do arremeço, etc).)
É claro que agora vai dizer, de novo, que estou querendo "adivinhar a sua
personalidade". É o que me basta, já que você não é claro nos seus
critérios.
É possível que você diga que não, que não defende nada disso (pesar de
amplamente sugerido em muitas frases). Então, quais são os seus critérios ?
Seus argumentos são baseados numa intuição que você tem do que é "previsão",
do que é "plausível", do que é "cenário", do que é "genérico". E de outras
intuições que você parece aplicar diretamente como coisas como: "Sem a regra
de
manipulacao dos dados e sem os dados de entrada, fica dificil obter uma
saida precisa." Será que o processo histórico se delineia assim ? Como se os
eventos determinassem os cenários, e, por extensão, como se os cenários
históricos fossem análogos a fenômenos físicos ? Você só sugere, mas não
explicita. Quando eu quero tirar inferencias objetivas do seu pensamento
sugerido, você vem logo "Está querendo adivinhar minha personalidade!".
Pois é. Assim, você é, no sentido popperiano, infalseável.
3-) O dicionário que usei é o "dicionário prático Ilustrado Lello & Irmão".
É de
portugal, comprado em coimbra.
Mas eu estou curioso para saber qual a sua definição de "raciocínio",
"Carro" e "telefone", por exemplo. Eu não tinha dado o conceito de telefone
do meu dicionário, como você parece indicar, mas dou agora:
"Instrumento que permite reproduzir, a distancia, a voz humana ou qualquer
outro som. (...)" Se uma webcan faz isso... .. ...
4-) Peguei *outro* dicionário. Silveira Bueno.
Carro: Veículo de rodas, para transporte de coisas e pessoas.
Raciocínio: Encadeiamento de argumentos mediante o qual dois ou mais juízos
apresentados permitem inferir outros. (É exatamente o que computadores
fazem, através do cálculo proposicional (calculo de proposições -
juízos -).)
É claro que você pode desconsiderar esse outro dicionário. Alias, é claro
que você pode desconsiderar todos os dicionários do mundo, todos os
conceitos e usar somente os seus. Não vejo problema. Nem sempre os conceitos
dos dicionários são os mais apropriados.
Mas eu estou expondo os meus conceitos. Você podia expor os seus. Você
disse, por exemplo, que computadores não têm raciocínio porque não passaram
no teste de Turing. Eu gostaria que você fosse mais claro. Eu sei exatamente
o que você sugeriu com isso e já tenho uma resposta, mas, se eu dou o
contra-argumento agora, explicitando objetivamente o 'objeto' da sua
sugestão, você dirá: "você está tentando adivinhar minha personalidade!".
Assim é muito difícil debater e muito fácil escapar.
Bem, bem, até.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Armaduras (Re: Futurologia e Ficção Científica)
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/11/2002 17:49
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 12, 2002 3:07 PM
Subject: [ciencialist] Armaduras (Re: Futurologia e Ficção Científica)
> --- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> > Ela saiu de moda, e não foi por causa da pólvora, como ensinam na
> > escola. As lorigas de couro nunca foram tão eficientes contra
> > espadas e mesmo assim sempre foram usadas em toda idade média. Ora,
> > então por que as fulls plates, igualmente ineficientes contra
> > mosquetes, deveriam deixar de ser usadas ?
> > Por que para uma coisa esse argumento vale, mas para outra coisa
> > não ?
>
> --------
> http://encarta.msn.co.uk/find/print.asp?&pg=8&ti=761560724&sc=7&pt=1
--------------
Foi como eu disse: Ensinam nas escolas e também nas enciclopédias. Não há
nada demais.
Também ensinam nas escolas - e provavelmente, nas enciclopédias - a "teoria"
1 gene- 1 enzima. Hoje, por causa do projeto genoma, se sabe que a relação
não é bem assim. Um gene pode até gerar uma única proteina, mas nem sempre
gera uma única enzima.
A história da polvora e das armaduras foi o tema de uma conversa informal e
bem agradável, há alguns meses, com professores de história da EUCE. Eles
derem bons argumentos: (plates é full plate de ferro: não as de bronze ou de
ligas mais baratas)
--O advento das plates completas coincidiu com o uso das armas portáteis.
--As plates não era usadas por homens que iam realmente lutar nas batalhas:
eram nobres que ficavam em cargos de "comando". Plates era para torneios.
Por sinal, eram lindas e enfeitadas.
--As armas de fogo daquela época disparavam e demoravam muito para
recarregar.
--E, principalmente, a potencia dos tiros dos mosquetes era fraca demais.
Tiros de garrucha eventualmente podiam ser detidos por escudos de madeira
(foi exatamente
o motivo de desencadeou a morte de James Cook por nativos no Havai: os
nativos notaram que as armas de fogo não eram tão poderosas depois que um
tiro foi aparado por um escudo.). Por mais paradoxal que seja,
uma defesa razoável contra uma arma de fogo era uma armadura pesada.
Testes com mosquetes antigos e placas de ferro foram feitos evidenciando.
Além, o relato histórico suporta o fato.
A grande verdade é que as armaduras de ferro pesado podiam ricochetear ou
diminuir muito a penetração dos projéteis no corpo.
No sec XVII, notas-e muitas mudanças na europa: o declínio do feudalismo
e dos senhores feudais. A guerra passou a ser tratada de forma mais
profissional. A guerra passou a ser mais dinamica, onde a velocidade era um
fator relevante. A primeira guerra onde armas de fogo manuais passaram a ser
usadas com grande impacto foi na guerra dos 30 anos. A Holanda foi uma das
pioneiras, exatamente porque usava exercitos mercenários ou "profissinais".
A nobreza não mais atuava pessoalmente nos combates.
O melhor desses professores de história é o Dr. Ernando. Por coincidencia, é
o meu avô.
-------------------
>
> Armour
> VII. DECLINE OF ARMOUR
>
> While a knight in full armour was almost invulnerable to pointed or
> edged weapons, the impact of a soft lead bullet could break an armour
> plate. Thus, as guns and gunpowder replaced older weaponry, armour
> began to be modified. Thicker plates afforded needed protection
> against bullets but greatly increased the weight of the armour. For
> this reason, by the late 16th century, overall protection was
> sacrificed in favour of partial armour; by the mid-17th century only
> the cuirass and helmet survived. In the 18th and 19th centuries
> cuirasses were still used-as protection against sword cuts.
>
> (("Armour". Microsoft® Encarta® Online Encyclopedia 2002
> http://encarta.msn.co.uk (12 Nov. 2002)
> © 2002 Microsoft Corporation. All Rights Reserved.))
> http://encarta.msn.co.uk/find/Concise.asp?z=1&pg=2&ti=761560724
> -------------
>
> "Enquanto um cavaleiro em uma armadura completa era quase
> invulnerável às armas perfurantes e cortantes, o impacto de uma bala
> de chumbo era capaz de penetrar a placa da armadura. Assim, conforme
> as armas de fogo e a pólvora substituíam o antigo arsenal, a armadura
> começava a se modificar. Placas mais espessas conferiam a proteção
> necessária contra as balas, mas aumentavam muito o peso da armadura.
> Por isso, ao final do séc. 16, a proteção global foi abandonada em
> favor de uma proteção parcial. Nos séc. 18 e 19, a couraça ainda era
> utilizada como proteção contra golpes de espada."
>
> -------------
> HISTORY OF ARMOUR AND WEAPONS RELEVANT TO JAMESTOWN
> http://www.nps.gov/colo/Jthanout/HisArmur.html
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
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>
SUBJECT: Re: [ciencialist] O Crime do Brooklin
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/11/2002 18:11
----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 13, 2002 6:04 PM
Subject: [ciencialist] O Crime do Brooklin
-----
Se alguém que mata duas pessoas - mesmo que sejam os pais - merece prisão
perpétua ou pena de morte, o que merece alguém que mata 10, 20 pessoas ?
Onde está o princípio da proporcionalidade ?
Não estou dizendo que as leis devam ser pouco rigorosas. Eu dizendo que esse
rigor deve ser racional.
----
Arcange
SUBJECT: Fome ou subnutrição?
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: "Divulgação" <jrmalmeida@ig.com.br>
DATE: 15/11/2002 21:23
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva planeja acabar com a fome no Brasil. O presidente Fernando Henrique Cardoso, do alto de sua experiência, alerta ao novo governo que não há fome no Brasil, apenas subnutrição!
Nada como um esclarecimento competente para nos fazer pensar e concluir que realmente o plano de combate à fome, preparado pelo governo do PT, merece um redirecionamento.
Já imaginaram se um dia não sentirmos mais fome? Que graça teria em comer, sem saborear e degustar? O ditado popular já ensina que ela é o melhor tempero. O que é preciso inibir é a ganância implantada em nossa cultura administrativa-comercial, que impede uma significativa parcela da população ter acesso a alimentos apropriados, pelo menos três vezes por dia. E desse modo temos uma estranha situação: um terço da população sofre e morre precocemente por não ter o que comer... e um terço sofre e morre mais cedo por comer demais!
Espero que a fome, esse instinto básico de manutenção da vida, venha, periodicamente, temperar o dia a dia da nossa existência, de forma saborosa, fraternal, pacífica... naturalmente.
José Renato M. de Almeida
Salvador - Bahia
ET. As idéias não têm dono... mas têm autoria.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fw: [ciencialist] O CRIME DO BROOKLIN
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/11/2002 21:47
Dá mesmo, apesar de eu separar esta frase da outra com o nome de legisladores. Valeu!
Grato.
José Renato
____________________
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 14, 2002 2:19 PM
Subject: Re: Fw: [ciencialist] O CRIME DO BROOKLIN
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Talião já definia em seu códice jurídico que o castigo deve ser
> igual ao mal causado, lembra?
Assim dá a impressão que talião foi uma pessoa.
[]s,
Roberto Takata
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/11/2002 23:40
A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano Enrico Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, ( a sua obra) especialmente, o pessoal mais interessado em física. Lembro que na época fiquei muito impressionado com o modo que esse cientista surgiu para o mundo da ciência, simplesmente criou um grupo de estudo, salvo engano de 12 amigos, e começaram a estudar física com um determinado objetivo. Além de Fermi que se destacava, lembro de Émile Sagré, um jovém e talentoso físico que desapareceu do mapa sem deixar vertígio. Dizem que o seu desaparecimento fora devido à descoberta da fissão nuclear. Psicologicamente ficara muito abalado com as consequências advindas da exploração negativa da energia atômica. O certo é que o grupo de Fermi, como ficou conhecido, se projetou mundiamente. Muitos deles ganharam o Nobel de física. Quando começaram, não tinham essa intensão.
Gruardadas as devidas proporções, QUERO PROPOR aos colegas da lista, evidentemente aqueles que se interessarem, a criação de um grupo semelhante, com o objetivo específico para o campo DA FÍSICA. O NÚMERO de sócios, digamos assim, deve ser limitado, talvez de doze que é um número profético. Seria uma associação inédita sob todos os aspectos. Criariamos um SITE exclusivamente com essa finalidade, definiríamos um assunto sobre o qual pesquisar, todos pequisariam o mesmo assunto. Lógico que trabalharíamos um problemas de que se ocupa a física atual, um assunto apaixonate que seria decidido por votação, prevalecendo a vontade da maioria. Cada menbro componente deve após um certo tempo de estudo, apresentar uma teoria que explique o fenômeno. Por sua vez a teoria não deverá estar necessariamente acompanhada de um modelo matemático.
A teoria de cada um deverá ser exposta num encontro pessoal em um Estado que será escolhido por votação. O encontro seria no final do ano que vem. No encontro, cada um faria a sua exposição e, ao final, por votação será escolhida para publicação, a teoria que parecer mais consistente. Poderá ser mais de uma teoria. Pode parecer loucura ou até ilusão da minha parte, mas com essa mensagem, o possível já está sendo feito, resta agora pensarmos o impossível para materializarmos.
A lista tem muita gente talentosa e, quem sabe, se a energia fosse canalizada para um ideal, não se pudesse novamente botar o ovo de pé!
Abraços.
Carlos Alberto Rodrigues
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 01:25
Você se refere a Emilio Segré? Eu não sabia que ele havia desaparecido
misteriosamente! Ele deve ter reaparecido misteriosamente em 1980, para
publicar "From X-Rays to Quarks", e também em 1984 para publicar "From
Falling Bodies to Radio Waves"... De qualquer forma, desde 1989 ele se
encontra permanentemente desaparecido...
(http://www.nobel.se/physics/laureates/1959/segre-bio.html)
Quem desapareceu misteriosamente foi Ettore Majorana
(http://www.hfleming.com/majorana.html). Contudo, o desaparecimento dele
ocorreu em 1938, quando as consequências da descoberta da fissão ainda não
eram conhecidas.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Novembro de 2002 23:40
Assunto: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano Enrico
Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, ( a sua obra)
especialmente, o pessoal mais interessado em física. Lembro que na época
fiquei muito impressionado com o modo que esse cientista surgiu para o
mundo da ciência, simplesmente criou um grupo de estudo, salvo engano de 12
amigos, e começaram a estudar física com um determinado objetivo. Além de
Fermi que se destacava, lembro de Émile Sagré, um jovém e talentoso físico
que desapareceu do mapa sem deixar vertígio. Dizem que o seu
desaparecimento fora devido à descoberta da fissão nuclear.
Psicologicamente ficara muito abalado com as consequências advindas da
exploração negativa da energia atômica. O certo é que o grupo de Fermi,
como ficou conhecido, se projetou mundiamente. Muitos deles ganharam o
Nobel de física. Quando começaram, não tinham essa intensão.
SUBJECT: Re: Para Olavo (ex-O crime do Brooklin)
FROM: "Adriano" <monge_ateu@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 05:09
Nada se aproxima mais do conceito de "crime" e "criminoso" do que o
sociopata e seus atos.
O que a tradição jurídica, por infelicidade e ignorância, chama de
doença, na verdade, é a criminalidade irrecuperável.
Nada há de cruel em afastá-los da sociedade. Cruel é permiti-los e,
ainda, nomeá-los policiais, juízes, desembargadores, professores,
reitores, ministros da Educação etc.
Como é evidente, não houve mudança de questão, nem confusão, pelo
menos, de nossa parte.
[ ] !
Monge Ateu
--- Em ciencialist@y..., "olavodantas" <luis@d...> escreveu
>
> Nesse caso, mudamos de questão. Deixamos de falar de prisão
> de criminosos bárbaros por no máximo 30 anos e passamos a
> falar de internação perpétua de doentes mentais irrecuperáveis.
>
> É bem verdade que a psicopatia grave costuma ser vitalícia,
> e impede o convívio social dos afligidos. Mas não há como
> fugir da questão ética de que aprisionar um sociopata por
> trinta anos é por um lado cruel, e por outro insuficiente.
> Não vamos confundir as coisas.
SUBJECT: Re: Para Olavo (ex-O crime do Brooklin)
FROM: "olavodantas" <luis@dantas.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 06:27
--- Em ciencialist@y..., "Adriano" <monge_ateu@t...> escreveu
>
> Como é evidente, não houve mudança de questão, nem confusão, pelo
> menos, de nossa parte.
Não sei se é evidente. Mas com certeza não posso concordar.
Mantenho respeitosamente minhas afirmações.
SUBJECT: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 13:45
Manuel escreveu: José Renato, leia a mensagem original que você vai perceber
claramente que eu estava brincando, que era só gozação. :-)
José Renato escreve: Sim, Manoel, mas não deixaria passar a oportunidade, né!
Afinal, como vc sabe, o chiste, a piada, a brincadeirinha... são reveladores!
[]s
José Renato
_____________________________
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 14, 2002 12:06 AM
Subject: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Manuel, seu texto lembrou-me o livro sapiencial Eclesiastes que
alerta para as conseqüências do acúmulo de conhecimentos e ciências,
que inicia com a conhecida frase: "Vaidade das vaidades! Tudo é
vaidade".
Manuel: José Renato, leia a mensagem original que você vai perceber
claramente que eu estava brincando, que era só gozação. :-)
[]s,
Manuel Bulcão
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Olavo (ex-O crime do Brooklin)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 15:00
>Há, sim, um benefício concreto, falando-se genericamente (não sobre
>o caso específico, que ainda não foi suficientemente estudado).
>
>Trata-se do afastamento de pessoas incompatíveis com o convívio em
>sociedade (sociopatas), já que nossa moral (e leis) não admite
>executá-los.
De acordo.
Guilherme
_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Olavo
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 15:07
>Não, Guilherme. Isso é Vingança, não justiça. Justiça haveria
>se houvesse como desfazer as mortes ou os danos psicológicos.
>Descontar nos criminosos, por mais condenáveis que sejam os
>crimes, não é justiça, exceto talvez em caso de crime financeiro.
>
>Justiça é para os vivos, e não deve ser confundida com vingança.
>
Caro Olavo,
Permita-me discordar. A vingança faz parte da justiça. A vontade
de vingança surge como um sentimento natural e portanto saudável.
Além disso, não vejo outra alternativa senão "descontar" em cima
dos criminosos. Ou em quem mais deveremos descontar?
Abraços,
Guilherme
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SUBJECT: Re: MSG à Lígia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 15:14
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
Manuel escreveu: José Renato, leia a mensagem original que você vai
perceber claramente que eu estava brincando, que era só gozação. :-)
José Renato escreve: Sim, Manoel, mas não deixaria passar a
oportunidade, né! Afinal, como vc sabe, o chiste, a piada, a
brincadeirinha... são reveladores!
Manuel: Meu Deus do Céu, estão me psicanalisando... e em público! :-))
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Para Arcange
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 15:26
>Se alguém que mata duas pessoas - mesmo que sejam os pais - merece
prisão
>perpétua ou pena de morte, o que merece alguém que mata 10, 20
pessoas ?
>Onde está o princípio da proporcionalidade ?
>
>Não estou dizendo que as leis devam ser pouco rigorosas. Eu dizendo
que esse
>rigor deve ser racional.
Veja Arcange, não creio que a racionalidade tenha sofrido um
arranhão. Pelo contrário, seguindo uma lógica matemática, que
você mesmo sugere, podemos chegar a uma situação absurda se
partirmos do princípio da proporcionalidade: quem matar "n"
pessoas paga uma pena maior do que quem matar "n-1" pessoas,
certo? Como a prisão perpétua (ou a pena de morte) são penas
manifestamente máximas, então elas deveriam corresponder a
crimes máximos. Por exemplo, para pegar prisão perpétua, o
bandido deveria matar 6 bilhões de pessoas. Isto é uma
consequência lógica do princípio da proporcionalidade.
Pois bem, se esse princípio é perfeito, então quem matou
5.999.999.999 pessoas deve pegar uma pena menor do que a
prisão perpétua. Seguindo o raciocínio, quem matar UMA só
pessoa, vai pagar uma pena que deve ser menor do que MUITAS
outras, que certamente será potencialmente pequena, talvez
6 meses ou um ano, se tanto.
Além disso tudo, sua crítica não tem o menor sentido uma vez
que com a legislação atual o princípio de proporcionalidade
fica ainda mais inviável, sendo que a única diferença é o teto
da pena máxima...
Abraços,
Guilherme
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SUBJECT: Darcy Riberiro
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <noosfera@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 15:35
"Tentei alfabetizar as crianças brasileiras,
não consegui.
Tentei salvar os índios,
não salvei.
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 15:38
Caro Carlos Alberto,
Sua proposta é muito interessante e um tanto original,
no entanto creio que esse projeto seja impossível, por
várias razões, as quais não explicitarei aqui e agora.
No momento, duas perguntas: Quem seria selecionado para
fazer parte do grupo, e sob quais critérios?
Qual seria o primeiro tema para investigação?
Abraços,
Guilherme
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SUBJECT: Re: MSG à Lígia/Renato
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 15:39
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
Manuel escreveu: José Renato, leia a mensagem original que você vai
perceber claramente que eu estava brincando, que era só gozação. :-)
José Renato escreve: Sim, Manoel, mas não deixaria passar a
oportunidade, né! Afinal, como vc sabe, o chiste, a piada, a
brincadeirinha... são reveladores!
Manuel: Meu Deus do Céu, estão me psicanalisando... e em público! :-))
Mas não se esqueça que, às vezes, uma piada é uma piada nada mais que
uma piada.
Se, conforme a psicanálise, a relação de algumas pessoas com o
dinheiro tem um caráter libidinoso, segundo Freud também é possível
que, em outras pessoas, e mesmo na maioria dos casos, a relação com o
dinheiro tenha unicamente um significado prático-utilitário.
É o que se pode concluir da seguinte afirmação de Freud: "estamos
acostumados a rastrear o interesse por dinheiro, na medida em que é
libidinoso e irracional na sua natureza, no prazer fecal."
[Entretanto] "presumimos que as pessoas normais mantenham as suas
relações com o dinheiro totalmente livres de influências libidinais,
e que as regulem de acordo com considerações realistas." (Freud; O
Homem dos Lobos)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Para Alvaro Augusto
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 15:49
Augusto você tem toda razão, e eu me penitencio perante vc e ao grupo. De
qualquer forma, obrigado.
Um abraço
Carlos Alberto
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 16, 2002 1:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
> Você se refere a Emilio Segré? Eu não sabia que ele havia desaparecido
> misteriosamente! Ele deve ter reaparecido misteriosamente em 1980, para
> publicar "From X-Rays to Quarks", e também em 1984 para publicar "From
> Falling Bodies to Radio Waves"... De qualquer forma, desde 1989 ele se
> encontra permanentemente desaparecido...
> (http://www.nobel.se/physics/laureates/1959/segre-bio.html)
>
> Quem desapareceu misteriosamente foi Ettore Majorana
> (http://www.hfleming.com/majorana.html). Contudo, o desaparecimento dele
> ocorreu em 1938, quando as consequências da descoberta da fissão ainda não
> eram conhecidas.
>
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Sexta-feira, 15 de Novembro de 2002 23:40
> Assunto: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
>
>
> A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano Enrico
> Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, ( a sua obra)
> especialmente, o pessoal mais interessado em física. Lembro que na época
> fiquei muito impressionado com o modo que esse cientista surgiu para o
> mundo da ciência, simplesmente criou um grupo de estudo, salvo engano de
12
> amigos, e começaram a estudar física com um determinado objetivo. Além de
> Fermi que se destacava, lembro de Émile Sagré, um jovém e talentoso físico
> que desapareceu do mapa sem deixar vertígio. Dizem que o seu
> desaparecimento fora devido à descoberta da fissão nuclear.
> Psicologicamente ficara muito abalado com as consequências advindas da
> exploração negativa da energia atômica. O certo é que o grupo de Fermi,
> como ficou conhecido, se projetou mundiamente. Muitos deles ganharam o
> Nobel de física. Quando começaram, não tinham essa intensão.
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: CORREÇÃO PROPOSTA (Detalhe)
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 15:55
A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano Enrico Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, ( a sua obra) especialmente, o pessoal mais interessado em física. Lembro que na época fiquei muito impressionado com o modo que esse cientista surgiu para o mundo da ciência, simplesmente criou um grupo de estudo, salvo engano de 12 amigos, e começaram a estudar física com um determinado objetivo. Além de Fermi que se destacava, lembro de Ettore Majorana, um jovém e talentoso físico que desapareceu do mapa sem deixar vertígio. Dizem que o seu desaparecimento fora devido à descoberta da fissão nuclear. Psicologicamente ficara muito abalado com as consequências advindas da exploração negativa da energia atômica. O certo é que o grupo de Fermi, como ficou conhecido, se projetou mundiamente. Muitos deles ganharam o Nobel de física. Quando começaram, não tinham essa intensão.
Gruardadas as devidas proporções, QUERO PROPOR aos colegas da lista, evidentemente aqueles que se interessarem, a criação de um grupo semelhante, com o objetivo específico para o campo DA FÍSICA. O NÚMERO de sócios, digamos assim, deve ser limitado, talvez de doze que é um número profético. Seria uma associação inédita sob todos os aspectos. Criariamos um SITE exclusivamente com essa finalidade, definiríamos um assunto sobre o qual pesquisar, todos pequisariam o mesmo assunto. Lógico que trabalharíamos um problemas de que se ocupa a física atual, um assunto apaixonate que seria decidido por votação, prevalecendo a vontade da maioria. Cada menbro componente deve após um certo tempo de estudo, apresentar uma teoria que explique o fenômeno. Por sua vez a teoria não deverá estar necessariamente acompanhada de um modelo matemático.
A teoria de cada um deverá ser exposta num encontro pessoal em um Estado que será escolhido por votação. O encontro seria no final do ano que vem. No encontro, cada um faria a sua exposição e, ao final, por votação será escolhida para publicação, a teoria que parecer mais consistente. Poderá ser mais de uma teoria. Pode parecer loucura ou até ilusão da minha parte, mas com essa mensagem, o possível já está sendo feito, resta agora pensarmos o impossível para materializarmos.
A lista tem muita gente talentosa e, quem sabe, se a energia fosse canalizada para um ideal, não se pudesse novamente botar o ovo de pé!
Abraços.
Carlos Alberto Rodrigues
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: P/ Alvaro Augusto 2
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 16:01
Augusto, so assim fiquei sabendo onde anda o Majorana. Obrigado. Acrecento
apenas que o motivo citado pelo seu desaparecimento, a possível descoberta
da fissão de suas consequências é informação veiculada na referida
biografia. Qto ao resto, apenas uma troca de nomes.
Obrigado
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 16, 2002 1:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
> Você se refere a Emilio Segré? Eu não sabia que ele havia desaparecido
> misteriosamente! Ele deve ter reaparecido misteriosamente em 1980, para
> publicar "From X-Rays to Quarks", e também em 1984 para publicar "From
> Falling Bodies to Radio Waves"... De qualquer forma, desde 1989 ele se
> encontra permanentemente desaparecido...
> (http://www.nobel.se/physics/laureates/1959/segre-bio.html)
>
> Quem desapareceu misteriosamente foi Ettore Majorana
> (http://www.hfleming.com/majorana.html). Contudo, o desaparecimento dele
> ocorreu em 1938, quando as consequências da descoberta da fissão ainda não
> eram conhecidas.
>
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Sexta-feira, 15 de Novembro de 2002 23:40
> Assunto: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
>
>
> A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano Enrico
> Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, ( a sua obra)
> especialmente, o pessoal mais interessado em física. Lembro que na época
> fiquei muito impressionado com o modo que esse cientista surgiu para o
> mundo da ciência, simplesmente criou um grupo de estudo, salvo engano de
12
> amigos, e começaram a estudar física com um determinado objetivo. Além de
> Fermi que se destacava, lembro de Émile Sagré, um jovém e talentoso físico
> que desapareceu do mapa sem deixar vertígio. Dizem que o seu
> desaparecimento fora devido à descoberta da fissão nuclear.
> Psicologicamente ficara muito abalado com as consequências advindas da
> exploração negativa da energia atômica. O certo é que o grupo de Fermi,
> como ficou conhecido, se projetou mundiamente. Muitos deles ganharam o
> Nobel de física. Quando começaram, não tinham essa intensão.
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: P/ Guilherme: Critérios
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 16:07
Guilherme obrigado por suas colocações e, quanto sua pergunta ela é absolutamente pertinte e, antecipadamente, considerada que certamente viria. Confesso que pensei em propor o tema, mas achei presunção da minha parte. Também pensei sob os critérios de seleção e preferi deixar para aqueles que se interessarem pela proposta para, em conjunto, fazermos as considerações necessárias e definirmos o projeto e os critérios. Não é fácil, eu sei, certamente um dos critérios será o conhecimento da física.
Um abraço
Carlos Alberto
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: P/ Alvaro Augusto 3
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 16:27
Augusto, curiosamente, o livro que vc cita do Emilio Segré, DOS RAIOS X AOS
QUARKS,( Fisica moderna e suas descobertas) Ed. Universidade de Brasilia,
eu não somente o tenho, como também já o lí duas vezes. Trata-se de uma
História da Física considerada da descoberta dos raios x até os quarks.
Augusto rapaz, consiga para mim o livro do Roger Penrose, a Mente Nova do
Rei. Faça-me esse favor se não for pedir muito!
Abraço
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 16, 2002 1:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
> Você se refere a Emilio Segré? Eu não sabia que ele havia desaparecido
> misteriosamente! Ele deve ter reaparecido misteriosamente em 1980, para
> publicar "From X-Rays to Quarks", e também em 1984 para publicar "From
> Falling Bodies to Radio Waves"... De qualquer forma, desde 1989 ele se
> encontra permanentemente desaparecido...
> (http://www.nobel.se/physics/laureates/1959/segre-bio.html)
>
> Quem desapareceu misteriosamente foi Ettore Majorana
> (http://www.hfleming.com/majorana.html). Contudo, o desaparecimento dele
> ocorreu em 1938, quando as consequências da descoberta da fissão ainda não
> eram conhecidas.
>
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Sexta-feira, 15 de Novembro de 2002 23:40
> Assunto: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
>
>
> A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano Enrico
> Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, ( a sua obra)
> especialmente, o pessoal mais interessado em física. Lembro que na época
> fiquei muito impressionado com o modo que esse cientista surgiu para o
> mundo da ciência, simplesmente criou um grupo de estudo, salvo engano de
12
> amigos, e começaram a estudar física com um determinado objetivo. Além de
> Fermi que se destacava, lembro de Émile Sagré, um jovém e talentoso físico
> que desapareceu do mapa sem deixar vertígio. Dizem que o seu
> desaparecimento fora devido à descoberta da fissão nuclear.
> Psicologicamente ficara muito abalado com as consequências advindas da
> exploração negativa da energia atômica. O certo é que o grupo de Fermi,
> como ficou conhecido, se projetou mundiamente. Muitos deles ganharam o
> Nobel de física. Quando começaram, não tinham essa intensão.
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
SUBJECT: Re: Para Olavo
FROM: "Luis Olavo Dantas" <luis@dantas.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2002 17:01
--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
>
> >Não, Guilherme. Isso é Vingança, não justiça. Justiça haveria
> >se houvesse como desfazer as mortes ou os danos psicológicos.
> >Descontar nos criminosos, por mais condenáveis que sejam os
> >crimes, não é justiça, exceto talvez em caso de crime financeiro.
> >
> >Justiça é para os vivos, e não deve ser confundida com vingança.
> >
>
> Caro Olavo,
>
> Permita-me discordar. A vingança faz parte da justiça. A vontade
> de vingança surge como um sentimento natural e portanto saudável.
Veneno de cobra também é natural.
> Além disso, não vejo outra alternativa senão "descontar" em cima
> dos criminosos. Ou em quem mais deveremos descontar?
Não devemos, claro. Supõe-se que somos seres civilizados.
SUBJECT: Re: [ciencialist] P/ Alvaro Augusto 2
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 17:13
Eu realmente prefiro que você me chame de "Alvaro" ou "Alvaro Augusto"...
Quanto a Majorana, o desaparecimento dele ocorreu em março de 1938 e a
fissão só foi realmente compreendida em janeiro de 1939. Qualquer vínculo
entre o desaparecimento dele e as consequências da fissão não passa de mera
especulação. Como Majorana era introvertido e bastante esquisito, um
possível "borderline", a razão do aparente suicídio dele deve ser buscada
em outras fontes.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 16 de Novembro de 2002 16:01
Assunto: [ciencialist] P/ Alvaro Augusto 2
> Augusto, so assim fiquei sabendo onde anda o Majorana. Obrigado.
Acrecento
> apenas que o motivo citado pelo seu desaparecimento, a possível
descoberta
> da fissão de suas consequências é informação veiculada na referida
> biografia. Qto ao resto, apenas uma troca de nomes.
> Obrigado
> Carlos AR
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, November 16, 2002 1:25 AM
> Subject: Re: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO
ESPECÍFICO
>
>
> > Você se refere a Emilio Segré? Eu não sabia que ele havia desaparecido
> > misteriosamente! Ele deve ter reaparecido misteriosamente em 1980, para
> > publicar "From X-Rays to Quarks", e também em 1984 para publicar "From
> > Falling Bodies to Radio Waves"... De qualquer forma, desde 1989 ele se
> > encontra permanentemente desaparecido...
> > (http://www.nobel.se/physics/laureates/1959/segre-bio.html)
> >
> > Quem desapareceu misteriosamente foi Ettore Majorana
> > (http://www.hfleming.com/majorana.html). Contudo, o desaparecimento
dele
> > ocorreu em 1938, quando as consequências da descoberta da fissão ainda
não
> > eram conhecidas.
> >
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
> > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Enviada em: Sexta-feira, 15 de Novembro de 2002 23:40
> > Assunto: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO
ESPECÍFICO
> >
> >
> > A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano Enrico
> > Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, ( a sua
obra)
> > especialmente, o pessoal mais interessado em física. Lembro que na
época
> > fiquei muito impressionado com o modo que esse cientista surgiu para o
> > mundo da ciência, simplesmente criou um grupo de estudo, salvo engano
de
> 12
> > amigos, e começaram a estudar física com um determinado objetivo. Além
de
> > Fermi que se destacava, lembro de Émile Sagré, um jovém e talentoso
físico
> > que desapareceu do mapa sem deixar vertígio. Dizem que o seu
> > desaparecimento fora devido à descoberta da fissão nuclear.
> > Psicologicamente ficara muito abalado com as consequências advindas da
> > exploração negativa da energia atômica. O certo é que o grupo de Fermi,
> > como ficou conhecido, se projetou mundiamente. Muitos deles ganharam o
> > Nobel de física. Quando começaram, não tinham essa intensão.
> >
> >
> >
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Alvaro Augusto 3
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 17:19
Como eu já disse, eu só tenho um exemplar da Mente Nova do Rei. Assim, só
se for cópia, apesar das objeções do Takata...
Você também pode encontrar a versão em inglês na Amazon, nova ou usada, a
partir de US$ 7.
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 16 de Novembro de 2002 16:27
Assunto: [ciencialist] Re: P/ Alvaro Augusto 3
> Augusto, curiosamente, o livro que vc cita do Emilio Segré, DOS RAIOS X
AOS
> QUARKS,( Fisica moderna e suas descobertas) Ed. Universidade de Brasilia,
> eu não somente o tenho, como também já o lí duas vezes. Trata-se de uma
> História da Física considerada da descoberta dos raios x até os quarks.
> Augusto rapaz, consiga para mim o livro do Roger Penrose, a Mente Nova do
> Rei. Faça-me esse favor se não for pedir muito!
> Abraço
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, November 16, 2002 1:25 AM
> Subject: Re: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO
ESPECÍFICO
>
>
> > Você se refere a Emilio Segré? Eu não sabia que ele havia desaparecido
> > misteriosamente! Ele deve ter reaparecido misteriosamente em 1980, para
> > publicar "From X-Rays to Quarks", e também em 1984 para publicar "From
> > Falling Bodies to Radio Waves"... De qualquer forma, desde 1989 ele se
> > encontra permanentemente desaparecido...
> > (http://www.nobel.se/physics/laureates/1959/segre-bio.html)
> >
> > Quem desapareceu misteriosamente foi Ettore Majorana
> > (http://www.hfleming.com/majorana.html). Contudo, o desaparecimento
dele
> > ocorreu em 1938, quando as consequências da descoberta da fissão ainda
não
> > eram conhecidas.
> >
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
> > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Enviada em: Sexta-feira, 15 de Novembro de 2002 23:40
> > Assunto: [ciencialist] CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO
ESPECÍFICO
> >
> >
> > A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano Enrico
> > Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, ( a sua
obra)
> > especialmente, o pessoal mais interessado em física. Lembro que na
época
> > fiquei muito impressionado com o modo que esse cientista surgiu para o
> > mundo da ciência, simplesmente criou um grupo de estudo, salvo engano
de
> 12
> > amigos, e começaram a estudar física com um determinado objetivo. Além
de
> > Fermi que se destacava, lembro de Émile Sagré, um jovém e talentoso
físico
> > que desapareceu do mapa sem deixar vertígio. Dizem que o seu
> > desaparecimento fora devido à descoberta da fissão nuclear.
> > Psicologicamente ficara muito abalado com as consequências advindas da
> > exploração negativa da energia atômica. O certo é que o grupo de Fermi,
> > como ficou conhecido, se projetou mundiamente. Muitos deles ganharam o
> > Nobel de física. Quando começaram, não tinham essa intensão.
> >
> >
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para Arcange
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 19:14
----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 16, 2002 3:26 PM
Subject: [ciencialist] Re: Para Arcange
>
>
>
> >Se alguém que mata duas pessoas - mesmo que sejam os pais - merece
> prisão
> >perpétua ou pena de morte, o que merece alguém que mata 10, 20
> pessoas ?
> >Onde está o princípio da proporcionalidade ?
> >
> >Não estou dizendo que as leis devam ser pouco rigorosas. Eu dizendo
> que esse
> >rigor deve ser racional.
>
> Veja Arcange, não creio que a racionalidade tenha sofrido um
> arranhão. Pelo contrário, seguindo uma lógica matemática, que
> você mesmo sugere, podemos chegar a uma situação absurda se
> partirmos do princípio da proporcionalidade: quem matar "n"
> pessoas paga uma pena maior do que quem matar "n-1" pessoas,
> certo? Como a prisão perpétua (ou a pena de morte) são penas
> manifestamente máximas, então elas deveriam corresponder a
> crimes máximos. Por exemplo, para pegar prisão perpétua, o
> bandido deveria matar 6 bilhões de pessoas. Isto é uma
> consequência lógica do princípio da proporcionalidade.
> Pois bem, se esse princípio é perfeito, então quem matou
> 5.999.999.999 pessoas deve pegar uma pena menor do que a
> prisão perpétua. Seguindo o raciocínio, quem matar UMA só
> pessoa, vai pagar uma pena que deve ser menor do que MUITAS
> outras, que certamente será potencialmente pequena, talvez
> 6 meses ou um ano, se tanto.
>
> Além disso tudo, sua crítica não tem o menor sentido uma vez
> que com a legislação atual o princípio de proporcionalidade
> fica ainda mais inviável, sendo que a única diferença é o teto
> da pena máxima...
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
--------------------------------------------------------------------------
1-) O princípio da proporcionalidade não foi criado por mim. É algo que vive
no âmago do direito.
2-) A crítica não é minha, mas sim de muitos juristas.
Eu sei que "empurrar" a responsabilidade da defesa do argumento para outros
não é uma postura honesta. Por isso não me furto em analisar o caso. O
argumento apresentado diz respeito a um dos muitos aspectos que enfraquecem
a tese da pena de morte e prisão perpétua, que aqui podemos chamar, só pra
simplificar, de "penas absolutas".
Você automaticamente considera as penas absolutas como "manifestações
máximas", mas isso não é verdade. Você não pode fazer esse tipo de
consideração porque está inserindo algo absoluto dentro de um princípio
relativo (proporcional). Você, por definição (premissa), gera o contra-senso
automático que sustenta seu argumento.
A "manifestação máxima", dentro de uma estrutura lógica que admita a
proporcionalidade, *por definição*, não pode ser uma entidade absoluta. A
manifestação máxima não existe. As penas vão subindo gradativamente: 10
anos, 20 anos, 50 anos, 100 anos, 200 anos, 100.000.000.000 anos. (no
Brasil, há exatamente isso. A pena é proporcional. Os réus são sempre
condenados a penas proporcionais, que podem chegar a milhares de anos.
Entretanto, apesar da pena ser proporcional, o *tempo de reclusão* é de 30
anos. *Tempo de reclusão* e *pena* são duas coisas relacionadas, mas não de
modo exato. Por sua vez, a pena está - ou deveria está - relacionada com o
delito de modo exato, seguindo o princípio da proporcionalidade.)
Abaixo isso está explicado de modo mais detalhado.
3.1-) Veja, o princípio da proporcionalidade é uma premissa que finda na
conclusão da não-vigência das penas absolutas. Por outro lado, você inverte
a sequência lógica. Você reafirma como premissa a vigência das penas
absolutas e tira como conclusão a não-vigência (inviabilidade) do princípio
da proporcionalidade.
Entende ? PP -> NPA | VPA -> NPP
Sua inferência não está logicamente errada. A minha também não está. Mas é
óbvio que uma das suas conclusões não é conveniente. Qual é a conclusão
conveniente ?
3.2-) O caso se restringe e se resolve a saber qual a premissa mais
importante e relevante: princípio da proporcionalidade ou vigência das penas
absolutas.
O princípio da proporcionalidade é um princípio geral do direito (os
advogados da lista se manifestem), abrangente, que não diz respeito apenas
ao caso específico de um crime de morte e tem ampla aplicação inclusive fora
do âmbito legal. Já as penas absolutas não são sequer princípios. São
arbítrios, o que é diferente.
Em se tratando de premissas, entre um *princípio geral* e um *arbítrio
específico*, o princípio geral deve ter predileção.
A inferência correta é: Há o princípio da proporcionalidade, logo penas
absolutas (morte e perpétua) não são consistentes, por isso, não devem
vigorar (mesmo como "manifestação máxima"). A inferência invertida não tem
razão de ser: Há as penas absolutas, logo esse princípio da
proporcionalidade não é consistente, e, por isso, não deve vigorar. (por
que, como você mesmo disse, ter-se-ia que matar todos os 6 bilhões de
habitantes do planeta para alcançar o limite da proporção: a "manifestação
máxima".)
Até.
Arcange.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 20:31
Tem certeza que para o maçon não é assim °|° ?
E para a 'maçonica' não é assim °()° ?
[]'
O prejudicado
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 14 de novembro de 2002 20:02
Assunto: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
Tsc...
Vocês estão esquecendo dos 3 pontinhos, assim: .'.
Maçon que é maçon tem 3 pontinhos... .'.
Beijos,
Lígia .'.
Representante bacilar para a América Latina da Ordem Única dos
Cavaleiros(as) Hermeneutas ( O.U.C.H. ) .'.
*************************************************
SUBJECT: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2002 21:40
Manuel: Meu Deus do Céu, estão me psicanalisando... e em público! :-))
José Renato: E como nos anúncios dos produtos tabajara: inteiramente de grátis!
Não houve essa intenção específica, mas na troca de mensagens sempre há um entendimento a ser alcançado através de algumas palavras indicativas, geralmente incompletas.
Abraços.
José Renato
_____________________________
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, November 16, 2002 3:14 PM
Subject: [ciencialist] Re: MSG à Lígia
--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
Manuel escreveu: José Renato, leia a mensagem original que você vai
perceber claramente que eu estava brincando, que era só gozação. :-)
José Renato escreve: Sim, Manoel, mas não deixaria passar a
oportunidade, né! Afinal, como vc sabe, o chiste, a piada, a
brincadeirinha... são reveladores!
Manuel: Meu Deus do Céu, estão me psicanalisando... e em público! :-))
[]s,
Manuel Bulcão
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pena de morte e perpétua (Guilherme Peixoto)
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2002 06:37
Err... eu simplesmente dei um "responder" no e-mail que tinha como título "
Para Arcange". Err.. bem... está claro que "para Arcange" é "para Guillerme
Peixoto" :)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2002 10:25
Hororabilíssimo Grão Mestre e Senhor Manoel:
Eu tambem faço parte do ciencialist. Assim, sinto-me apto a pleitear um
cargo na NECTAP. como faltam-me conhecimento das artes psicanalíticas,
peço-lhe o cargo de tesoureiro templário, jurando por deus que serei
honesto, integro e impoluto.
Seu poessoal amigo e eleitor,
silvio.
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 14, 2002 3:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo
sistemático do ectoplasma
Manuel: Eu continuo inscrito na CienciaList, representando a Loja
Maçônica NECTAP (Nobres e Excelsos Cavaleiros do Templo da Arte
Psicanalítica). Aproveito o ensejo para saudar os nossos valorosos
irmãos de fé milenarista que compõem a Grande Confraria dos
Mistificadores da Ciência, sem esquecer os bravos cruzados da Ordem
Piolhos de Dawkins.
Cordialmente,
Grão-Mestre Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2002 10:26
sem, obviamente, de recolher o dízimo.
silvio.
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Pessoas,
vamos parar de praticar acupunturas psíquicas.
Ficar trocando farpadas não é a melhor política.
Demos as mãos e oremos.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo sistemático do ectoplasma
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2002 10:36
Alex:
Conto com seu apoio para assumir o moidesto cargo de Tesoureiro Mor da
Sublime Ordem. Você vota em mim e lhe darei um substancial desconto. NOssa
igreja tem íntimas relações com o Supremo, tudo devidamente comprovado, em
nosso altar brilha um pequeno segmento do coccix de Santa Genoveva. E
Cobramos apenas 3000 mil reis para a inscrição. (caso eu seja eleito ou
nomeado, ). PT, saudações.
silvio
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 14, 2002 5:42 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica - Estudo
sistemático do ectoplasma
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> Léo: Não permitiram minha entrada na Loja Maçônica Filhos da
> Viúva aqui de Barretos. Inicialmente fui convidado (logo que
> cheguei a Barretos), paguei o R$600,00 sei lá de que taxa
> mas, numa das etapas da seleção de convidados (como fiquei
> sabendo por debaixo do pano), o orador-mór da confraria, no
> seu discurso disse que eu não presto. Fui
> expulso/exonerado/afastado etc. Depois de muito tempo
> devolveram os R$600,00 (em 17 cheques picadinhos) e
> aproveitaram o embalo para me passar o conto das terras do
> tesoureiro da confraria; caí no conto e perdi R$40.000,00.
Conheci um grão-mestre maçon que dizia ter o argumento
perfeito para provar que Deus existia. Com apenas 6
perguntas ele convencia qualquer um. Comigo não funcionou.
Então ele disse que com céticos não funcionava mesmo.
Tsc, tsc, tsc...
> Hoje não sou maçon e tenho 40.000,00 a menos em meu patrimônio.
Ponhô no pau?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Droguismo - Tony Pacheco
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2002 13:31
"A demonização dos traficantes de droga esconde uma muleta social. Como ninguém tem coragem de enfrentar o fundamento do problema (pois o fundamento, no mais das vezes, está dentro de casa...), encontra-se um bode expiatório. O traficante passa a ser o único responsável pela violência que corrói nossa sociedade. A questão, no entanto, merece reflexão. É mais fácil prender Fernandinho Beira-Mar do que controlar o "glamour" que se emprestou ao consumo de drogas.
O que se coloca aqui é isso: o narcotráfico teria o poder que tem hoje se não houvesse tantos e tão importantes usuários?"
Enfim vejo os problemas serem tratados e analisados com alguma profundidade, em suas raizes, incluindo nós mesmos: a chamada sociedade. Vejam reportagem completa a seguir.
Abraços
José Renato
____________________________
A TARDE 17/11/2002
Outras notícias de LazereInformação >>
< http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=11&ano=2002&id_subcanal=16&id_materia=2182 >
Modus Vivendi
Droguismo
Tony Pacheco
tpacheco@atarde.com.br
Gore Vidal (escritor americano), em "Kalki", diz claramente que quem mais estimularia o consumo de drogas nos EUA é justamente o departamento encarregado de combatê-las. A demonização dos traficantes de droga esconde uma muleta social. Como ninguém tem coragem de enfrentar o fundamento do problema (pois o fundamento, no mais das vezes, está dentro de casa...), encontra-se um bode expiatório. O traficante passa a ser o único responsável pela violência que corrói nossa sociedade. A questão, no entanto, merece reflexão. É mais fácil prender Fernandinho Beira-Mar que controlar o "glamour" que se emprestou ao consumo de drogas.
O que se coloca é isso: o narcotráfico teria o poder que tem hoje se não houvesse tantos e tão importantes usuários?
A TARDE 17/11/2002
Outras notícias de LazereInformação >>
< http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=11&ano=2002&id_materia=2188 >
Modus Vivendi
Narcotráfico: Um poder que você constrói
INESCAPÁVEL - Não adianta atribuir aos produtores da Colômbia, à corrupção policial e aos narcotraficantes do morro a responsabilidade. O usuário é o maior responsável.
Até o final da década de 60 era impensável um policial passar por um ou dois maconheiros sem autuá-los em flagrante. Com o advento do movimento da contracultura, que culminou com o Maio de 68 na França e no resto do mundo, hippies e revolucionários de butique passaram a tratar a droga como uma "atitude contestadora", nascia o droguismo, uma ideologia tão ou mais importante que todas as outras que marcaram o século XX. E aí as forças repressoras passaram a ter até "vergonha" de reprimir os drogados.
No fim dos anos 60 The Beatles cantava "Lucy in the sky with diamonds". Se você traduzir literalmente: Lúcia no céu com diamantes, você nota que a droga que eles usavam ao compor e cantar era pesada. Muito pesada. Janis Joplin se dopou, se dopou, até morrer. Paul Bonham, do Led Zeppelin, se dopou se dopou, até morrer. E milhares e milhares de outros até nossos dias como Kurt Cobain se dopando, se dopando, até morrer. Ou, pertinho de nós (de nossos olhos e corações), Cássia Eller, Elis Regina e até os de talento e inocência duvidosos, como Belo, que é padrinho de filho de traficante e acha isso chic.
A verdade é que toda uma geração a partir dos anos 60 passou a encarar as drogas de uma forma política e a consumi-las desarvoradamente.
Faça um esforço de memória. Se você tem mais de 20 anos: qual a última vez que você ouviu falar que um drogado foi preso? Difícil, né mesmo? A droga se tornou, como o escritor Gore Vidal colocou em seu livro "Kalki", um instrumento de controle social. Difundir a droga na sociedade é uma maneira de conter a natural rebelião juvenil. Em vez de se dedicar à política estudantil e, posteriormente, à política sindical e, finalmente, aos partidos e organizações que pretendem mudar a sociedade para melhor, o jovem drogado é passivo, aceita todas as limitações que se lhe impõem, desde que tenha um baseadinho pra acender. Não é por acaso que a droga mais barata e difundida é a maconha. É a mais interessante para o establishment, pois deixa dopados justamente os extratos sociais que poderiam contestar o modelo econômico injusto e ultrajante instalado em todo o planeta a partir da década de 80.
Modelos sociais
Quando um adolescente vê dezenas e dezenas de artistas se dopando e ganhando rios de dinheiro, é difícil não se identificar com aquele modelo. Ainda mais se somarmos a isso que os pais, que deveriam fazer o contraponto em casa, dizendo que aquilo é uma farsa, pois aqueles artistas morrerão precocemente, não estão em casa. Os pais, nas raríssimas vezes que moram no mesmo lugar, trabalham tanto que não têm tempo nem paciência para dialogar com os filhos. E quando é só a mãe para sustentar e educar, a coisa piora, pois tende ao perdão incondicional.
E o traficante nisso tudo? É um comerciante. Comerciante ilegal, mas é um comerciante. Quando não havia legiões de drogados, não tinham poder algum. Se hoje viraram pop stars, é porque gente importante (muito importante mesmo) consome cocaína em suas festas e em seus escritórios de criação. Gente muito famosa fuma unzinho pra compor ou unzinho pra relaxar depois do trabalho. Se a classe dominante adere às drogas é óbvio ululante que o fornecedor destas drogas passa a fazer parte desta classe dominante.
Saída é mudar
Não existe saída para a crise provocada pelas drogas se não com o combate nas duas pontas: traficantes e usuários. Por que se pode prender 10 Elias Malucos por dia que não resolve nada, se existe um milhão de boyzinhos querendo droga e gente de bem também. Automaticamente, outros 10 Elias Malucos surgirão para suprir a demanda. É uma lei inescapável da Economia: para toda demanda haverá um fornecedor. Fabricantes de Coca-Cola são ricos em todo o planeta porque há uma demanda gigantesca por este refrigerante, baseado num marketing milionário. Com as drogas é o mesmo: o marketing da droga é milionário e cria uma demanda que será suprida de qualquer jeito. A diferença é sutil: Coca-Cola é legal e só faz você ficar gordo. Cocaína é ilegal e faz você matar o seu pai e a sua mãe pra ficar com a herança e comprar tudo de cocaína.
A afirmação de uma nova consciência deve ser ativa. Quando um artista drogado não encontrar quem compre seu CD. Quando o empresário se recusar a produzir um artista drogado. Quando a gravadora não assinar contrato com grupos que fazem apologia do roubo, do assassinato e do tráfico. Quando as leis preverem penas para quem usa drogas, por serem elas instrumento de diluição dos fundamentos da sociedade. Enfim, só quando for atacado o problema sem esconder nenhuma parte dele, é que se poderá começar a pensar em controlá-lo.
Do jeito que o droguismo é encarado atualmente, com extrema tolerância, a tendência é a sua expansão, atingindo e corrompendo todo o tecido social. Veja os depoimentos dos especialistas e tire suas conclusões.
_________________________
"Ingênuos e otários"
"A propagação da cultura das drogas começou na década de 1960, com a idéia de que se buscava um comportamento alternativo. A droga deixa o indivíduo incapaz, não funciona, mesmo. Para dominar os chineses os ingleses usaram o ópio e conseguiram. Dominaram mesmo. Quem usa droga é ingênuo, otário mesmo, besta. Portanto, não adianta perfumar a coisa afirmando que se usa droga porque é roqueiro, reggaeiro, surfista etc. Não é verdade. Colocar dentro do organismo algo que o deixa fora do normal é burrice. Ainda mais numa sociedade hostil e violenta. Ficar abobalhado numa sociedade como essa é burrice. Escritores como Castañeda e Aldous Huxley ("O céu e o inferno" e "As portas da percepção") tentaram mostrar, através de seus livros, que isso era possível. Não conseguiram. Não deu certo e trata-se de uma proposta superada. Quem usa drogas quer morrer. A favor do drogado só se pode falar que todos têm direito de suicidar-se".
Ricardo Líper, escritor e crítico de cinema
______________________
"Não existe droga leve"
"Acho que toda droga tem efeito nefasto no comportamento das pessoas, especialmente entre os jovens. Não existe isso de drogas leves. São prejudiciais, até mesmo as consideradas lícitas. As drogas acabam com o jovem em formação e não deixam que ele cresça, que se transforme num cidadão ciente de seus direitos e deveres. As alucinógenas muito pior. Não concordo com a liberação das drogas, como defendem algumas pessoas. Alguns pais sabem e permitem que seus filhos usem drogas em casa. Esquecem que estão prejudicando a formação e o futuro de seus filhos. Sei que tem um ponto que tem que ser levado em conta. Ou seja, a pessoa só deixa as drogas quando quer. Não adianta um pai tentar tirar o filho das drogas se ele não quiser se libertar. Por outro lado, esses jovens sentem-se reforçados quando estão em seus grupos. Nesses grupos, onde todos usam drogas, um apóia o outro e terminam acreditando que eles estão certos. O pior é que esses jovens terminam fazendo o que ocorreu em São Paulo, onde uma filha, juntamente com o namorado e seu irmão, tramou e matou os pais. Três jovens que simplesmente destruíram suas vidas e as jogaram numa lata de lixo. Acabaram destruindo duas famílias e perderam a liberdade".
Itamir Casal é ex-titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes e agora diretor adjunto da Colônia Lafayete Coutinho.
_____________________
Ensinando precauções
"Cultura é um entendimento, como sentido de um saber que é verdadeiro, de maneira que se informa ao usuário como comprar, onde comprar, como evitar efeitos indesejáveis, como conseguir dinheiro para comprar a droga. Nessa cultura há escala de valores que norteia o indivíduo, orienta como usar, como tirar mais proveito se é que se pode dizer isso. Seja com as drogas lícitas ou com as ilícitas. Ela pode orientar para os efeitos negativos, que tendem a levar o usuário para a valentia. Quanto mais porradão a droga é melhor...
Essa cultura varia muito. Não podemos eliminar essas subculturas. Temos que entendê-las para então podermos nos aproximar de um usuário para tentar ajudá-lo. No caso dos que usam drogas injetáveis, por exemplo, o CETAD se aproxima mostrando os benefícios que ele terá se tomar algumas precauções, como por exemplo evitando o contágio pelo HIV. Levando ele a ter maior cuidado com o uso das drogas. Muitos deles se transformam em agentes multiplicadores dessa norma. Eles não deixam de usar a droga, mas passam a ter maiores cuidados. Muitos acham que não têm mais saída para suas situações e então continuam se drogando. Muitos acham que seus limites de vida giram na casa dos 25 anos e aí continuam se drogando, achando que estão se tornando felizes. Nosso trabalho é mostrar essa realidade. Para conseguirmos isso temos que usar o diálogo, é a única saída. Não tem outra forma. É importante não chegar exigindo que ele pare de usar a droga e sim que passe a ter cuidados".
Edward Macrae (antropólogo e membro do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas/CETAD)
_______________________
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Para Arcange: PP versus PA
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/11/2002 19:12
>1-) O princípio da proporcionalidade não foi criado por mim. É algo que
>vive
>no âmago do direito.
>
>2-) A crítica não é minha, mas sim de muitos juristas.
>
>
>
>Eu sei que "empurrar" a responsabilidade da defesa do argumento para outros
>não é uma postura honesta. Por isso não me furto em analisar o caso. O
>argumento apresentado diz respeito a um dos muitos aspectos que enfraquecem
>a tese da pena de morte e prisão perpétua, que aqui podemos chamar, só pra
>simplificar, de "penas absolutas".
>
>Você automaticamente considera as penas absolutas como "manifestações
>máximas", mas isso não é verdade. Você não pode fazer esse tipo de
>consideração porque está inserindo algo absoluto dentro de um princípio
>relativo (proporcional). Você, por definição (premissa), gera o
>contra-senso
>automático que sustenta seu argumento.
>
>A "manifestação máxima", dentro de uma estrutura lógica que admita a
>proporcionalidade, *por definição*, não pode ser uma entidade absoluta. A
>manifestação máxima não existe. As penas vão subindo gradativamente: 10
>anos, 20 anos, 50 anos, 100 anos, 200 anos, 100.000.000.000 anos. (no
>Brasil, há exatamente isso. A pena é proporcional. Os réus são sempre
>condenados a penas proporcionais, que podem chegar a milhares de anos.
>Entretanto, apesar da pena ser proporcional, o *tempo de reclusão* é de 30
>anos. *Tempo de reclusão* e *pena* são duas coisas relacionadas, mas não de
>modo exato. Por sua vez, a pena está - ou deveria está - relacionada com o
>delito de modo exato, seguindo o princípio da proporcionalidade.)
>
>Abaixo isso está explicado de modo mais detalhado.
>
>3.1-) Veja, o princípio da proporcionalidade é uma premissa que finda na
>conclusão da não-vigência das penas absolutas. Por outro lado, você inverte
>a sequência lógica. Você reafirma como premissa a vigência das penas
>absolutas e tira como conclusão a não-vigência (inviabilidade) do princípio
>da proporcionalidade.
>
>Entende ? PP -> NPA | VPA -> NPP
>
>
>Sua inferência não está logicamente errada. A minha também não está. Mas é
>óbvio que uma das suas conclusões não é conveniente. Qual é a conclusão
>conveniente ?
>
>3.2-) O caso se restringe e se resolve a saber qual a premissa mais
>importante e relevante: princípio da proporcionalidade ou vigência das
>penas
>absolutas.
>
>O princípio da proporcionalidade é um princípio geral do direito (os
>advogados da lista se manifestem), abrangente, que não diz respeito apenas
>ao caso específico de um crime de morte e tem ampla aplicação inclusive
>fora
>do âmbito legal. Já as penas absolutas não são sequer princípios. São
>arbítrios, o que é diferente.
>
>Em se tratando de premissas, entre um *princípio geral* e um *arbítrio
>específico*, o princípio geral deve ter predileção.
>
>A inferência correta é: Há o princípio da proporcionalidade, logo penas
>absolutas (morte e perpétua) não são consistentes, por isso, não devem
>vigorar (mesmo como "manifestação máxima"). A inferência invertida não tem
>razão de ser: Há as penas absolutas, logo esse princípio da
>proporcionalidade não é consistente, e, por isso, não deve vigorar. (por
>que, como você mesmo disse, ter-se-ia que matar todos os 6 bilhões de
>habitantes do planeta para alcançar o limite da proporção: a "manifestação
>máxima".)
>
>
>
>Até.
>Arcange.
>
>
1) Como não entendo patavina de Direito, não me senti na
obrigação de saber que a tese era defendida por muitos juristas.
2) De qualquer modo, entendi sua colocação. De fato, cometi
um pequeno equívoco em não perceber que a pena absoluta
(e.g., pena de morte) é a priori incompatível com o princípio da
proporcionalidade. Sua exposição foi bem-sucedida.
A questão é "princípio da proporcionalidade" versus "pena absoluta".
Neste ponto eu discordo que a pena absoluta, supostamente arbitrada,
seja sobrepujada pelo princípio da proporcionalidade por esta
ser um princípio e não uma arbitrariedade.
Em primeiro lugar, todo princípio é uma arbitrariedade, de uma
maneira ou de outra. Em segundo lugar, a "proporcionalidade"
defendida pelo princípio da proporcionalidade é uma
propriedade objetiva, matemática, que diz respeito as
relações entre os crimes cometidos. Eu consideraria mais
realista e justo um princípio que pregasse uma proporcionalidade
que, ao invés do princípio em questão, levasse em conta
a relação entre o CRIME e a PENA, e não somente entre os crimes.
Matar uma pessoa inocente já é um crime infinito, do
ponto de vista do prejuízo a terceiros. Este crime
já é absoluto. Embora 1 + 1 = 2, o valor das vidas das
pessoas não pode ser contabilizado e colocado numa
balança sob o pretexto de se fazer justiça.
Para um crime absoluto, só uma pena absoluta.
Além disso, o princípio da proporcionalidade fica
em apuros quando as penas são altas: qual é a
diferença entre 150 e 200 anos de prisão?
Onde está a proporcionalidade?
Abraços,
Guilherme
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/11/2002 22:53
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano
Enrico Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, (
a sua obra) especialmente, o pessoal mais interessado em física.
Lembro que na época fiquei muito impressionado com o modo que esse
cientista surgiu para o mundo da ciência, simplesmente criou um
grupo de estudo, salvo engano de 12 amigos, e começaram a estudar
física com um determinado objetivo.(...)
> Gruardadas as devidas proporções, QUERO PROPOR aos colegas
da lista, evidentemente aqueles que se interessarem, a criação de
um grupo semelhante, com o objetivo específico para o campo DA
FÍSICA. O NÚMERO de sócios, digamos assim, deve ser limitado, talvez
de doze que é um número profético. Seria uma associação inédita sob
todos os aspectos. Criariamos um SITE exclusivamente com essa
finalidade, definiríamos um assunto sobre o qual pesquisar, todos
pequisariam o mesmo assunto. Lógico que trabalharíamos um problemas
de que se ocupa a física atual, um assunto apaixonate que seria
decidido por votação, prevalecendo a vontade da maioria. Cada menbro
componente deve após um certo tempo de estudo, apresentar uma teoria
que explique o fenômeno. Por sua vez a teoria não deverá estar
necessariamente acompanhada de um modelo matemático.
Várias coisas vêem à minha cabeça ao ler a sua proposta.
Primeiro que ela é xenofoba. Isto pq lançando uma apelo publico ela
exclui logo a maior parte das pessoas.
Depois, contraditória. Fazendo um site é o mesmo que deixar as
pessoas participarem das coisas lendo e enviando emails ou outras
formas de contacot electronico.
Depois, egocentrica. O site é uma forma de publicitar o trabalho de
uma minoria para uma maioria préviamente excluida de poder entrar
nele.
Depois, absurda. Ninguem faz fisica assim. Fisica teorica, tlv, mas
sempre precisa ter um apoio de dados concretos ous suas teorias
serão furadas ou no minimo, incomprováveis. Depois , ela vem tarde
de mais. Assuntos "apaixonantes"(sic) da fisica já são teor de
grupos elitistas deste cariz.
> A teoria de cada um deverá ser exposta num encontro pessoal em um
Estado que será escolhido por votação. O encontro seria no final do
ano que vem
Isso é irrealista. Ninguem produz fisica tão rápido. Veja o tempo
que Newton ou Eintein demoraram a criar as suas teorias.
>No encontro, cada um faria a sua exposição e, ao final, por votação
>será escolhida para publicação, a teoria que parecer mais
>consistente. Poderá ser mais de uma teoria. Pode parecer loucura ou
>até ilusão da minha parte, mas com essa mensagem, o possível já
>está sendo feito, resta agora pensarmos o impossível para
>materializarmos.
Isso me leva à primeira coisa q a sua proposta é: utópica.
O grupo de fermi funcionou exactamente pq não era objectivo deles
serem melhores que outros, mas apenas aprender e explorar
determinadas aréas que os interessavam. Era algo particular, mas não
elitista. O nº limitado é meramente casual e não pre-defenido.
> A lista tem muita gente talentosa e, quem sabe, se a energia fosse
canalizada para um ideal, não se pudesse novamente botar o ovo de pé!
> Abraços.
Faça assim: crie o grupo e peça inscrissões. E depois continue daí.
(se ainda quiser)
Sérgio Taborda
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2002 23:09
Nada como palavras de apoio para começar bem os trabalhos...
Talvez o ilustríssimo sábio de além mar nunca tenha ouvido falar em
colaboração online. Talvez nem mesmo saiba que o projeto Linux é resultado
de um grupo desse tipo. Dará certo também com a física? Não tenho a mínima
idéia, mas se o Taborda diz que não vai dar, talvez dê!
[ ]s
Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 17 de Novembro de 2002 22:53
Assunto: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO
ESPECÍFICO
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano
Enrico Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, (
a sua obra) especialmente, o pessoal mais interessado em física.
Lembro que na época fiquei muito impressionado com o modo que esse
cientista surgiu para o mundo da ciência, simplesmente criou um
grupo de estudo, salvo engano de 12 amigos, e começaram a estudar
física com um determinado objetivo.(...)
> Gruardadas as devidas proporções, QUERO PROPOR aos colegas
da lista, evidentemente aqueles que se interessarem, a criação de
um grupo semelhante, com o objetivo específico para o campo DA
FÍSICA. O NÚMERO de sócios, digamos assim, deve ser limitado, talvez
de doze que é um número profético. Seria uma associação inédita sob
todos os aspectos. Criariamos um SITE exclusivamente com essa
finalidade, definiríamos um assunto sobre o qual pesquisar, todos
pequisariam o mesmo assunto. Lógico que trabalharíamos um problemas
de que se ocupa a física atual, um assunto apaixonate que seria
decidido por votação, prevalecendo a vontade da maioria. Cada menbro
componente deve após um certo tempo de estudo, apresentar uma teoria
que explique o fenômeno. Por sua vez a teoria não deverá estar
necessariamente acompanhada de um modelo matemático.
Várias coisas vêem à minha cabeça ao ler a sua proposta.
Primeiro que ela é xenofoba. Isto pq lançando uma apelo publico ela
exclui logo a maior parte das pessoas.
Depois, contraditória. Fazendo um site é o mesmo que deixar as
pessoas participarem das coisas lendo e enviando emails ou outras
formas de contacot electronico.
Depois, egocentrica. O site é uma forma de publicitar o trabalho de
uma minoria para uma maioria préviamente excluida de poder entrar
nele.
Depois, absurda. Ninguem faz fisica assim. Fisica teorica, tlv, mas
sempre precisa ter um apoio de dados concretos ous suas teorias
serão furadas ou no minimo, incomprováveis. Depois , ela vem tarde
de mais. Assuntos "apaixonantes"(sic) da fisica já são teor de
grupos elitistas deste cariz.
> A teoria de cada um deverá ser exposta num encontro pessoal em um
Estado que será escolhido por votação. O encontro seria no final do
ano que vem
Isso é irrealista. Ninguem produz fisica tão rápido. Veja o tempo
que Newton ou Eintein demoraram a criar as suas teorias.
>No encontro, cada um faria a sua exposição e, ao final, por votação
>será escolhida para publicação, a teoria que parecer mais
>consistente. Poderá ser mais de uma teoria. Pode parecer loucura ou
>até ilusão da minha parte, mas com essa mensagem, o possível já
>está sendo feito, resta agora pensarmos o impossível para
>materializarmos.
Isso me leva à primeira coisa q a sua proposta é: utópica.
O grupo de fermi funcionou exactamente pq não era objectivo deles
serem melhores que outros, mas apenas aprender e explorar
determinadas aréas que os interessavam. Era algo particular, mas não
elitista. O nº limitado é meramente casual e não pre-defenido.
> A lista tem muita gente talentosa e, quem sabe, se a energia fosse
canalizada para um ideal, não se pudesse novamente botar o ovo de pé!
> Abraços.
Faça assim: crie o grupo e peça inscrissões. E depois continue daí.
(se ainda quiser)
Sérgio Taborda
SUBJECT: [org] Mensagem a Todos vs Mensagens Particulares
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/11/2002 23:13
Depois de algum tempo afastado da lista - sim é possivel - ( e ainda
não estou de volta, estou ...'dando um tempo') volto para ver como
está e vejo que existem muitos mails com titulos do tipo "para
fulano".
Acho que devo, já que ninguem o faz, chamar a atenção que esse tipo
de mensagens não encaixa numa lista publica.
Se pretendem falar com determinada pessoa enviem um mail para ela e
não para a lista.
O problema é que deixamos de saber do que se trata o corpo da
mensagem pq a mensagem deixa de ter assunto e passsa a ser uma troca
de mensagens particulares que deveriam portanto ser feitas, em
particular.
Se acham que a mensagens é de interesse publico (não necessáriamente
de todos os participantes da lista) ao menos mantenham titulos que
contenham alguma informação sobre o assunto em causa.
Vá-lá, não custa assim tanto tentar...
Outra coisa. A lista é de ciencia. Portanto, o assunto deve, de
algum modo, estar relacionado com ciencia. E isso deve ser tornado
explicito. Caso contrario é considerado off topic. Como já foi dito
aqui, off topics não são maus de mantidos em baixo numero e com
pouca frequencia, mas quando em demasia, cançam. Portanto, antes de
enviar uma mensagem, por favor tente dar-lhe , ao menos, um
enquadramento relacionado com ciencia (qq uma). Se não conseguir,
então desista de enviar essa mensagem para a lista. Inscreva-se numa
lista que discuta esse assunto ou use os News Groups onde se pode
falar sobre quase todos os temas.
Uma lista serve para trocar ideias de ciencia e sobre ciencia, e
isso não pode ser feito se for uma confusão pura de titulos e
assuntos não relacionados com nenhum tema da lista. Ainda para mais
se o tema não é referenciado.
Sérgio Taborda
P.S: Que ninguem encare esta mensagem como um ataque. Eu estou
falando no geral e sem me lembrar de ninguem (até pq não tive tempo
de ler todas as mensagens). Isto é uma questão simples de
organização que faz parte dos minimos para que uma mail-list cumpra
seus objectivos. É apenas uma sugestão de [org]anização.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2002 23:23
Taborda, todas as suas considerações foram por mim ponderadas, sei da imensa
dificuldade, senão quase impossibilidade, mas, como para mim nada é
difinitivamente impossível, devo lhe dizer que estou feliz por finalmente,
ufa! pensei que não conseguiria, criar a minha utopia. Devo acrescetar que
vc leva a vida mais a sério do que realmente ela é. Relaxa! Taborda, se
acalme. Agora me responda, você é contra, a favor, ou muito pelo contrário?
Abraço
Carlos AR
Ps. em tempo, existem sites que são privativos, aberto apenas para os
Hackers!
----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, November 17, 2002 10:53 PM
Subject: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano
Enrico Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, (
a sua obra) especialmente, o pessoal mais interessado em física.
Lembro que na época fiquei muito impressionado com o modo que esse
cientista surgiu para o mundo da ciência, simplesmente criou um
grupo de estudo, salvo engano de 12 amigos, e começaram a estudar
física com um determinado objetivo.(...)
> Gruardadas as devidas proporções, QUERO PROPOR aos colegas
da lista, evidentemente aqueles que se interessarem, a criação de
um grupo semelhante, com o objetivo específico para o campo DA
FÍSICA. O NÚMERO de sócios, digamos assim, deve ser limitado, talvez
de doze que é um número profético. Seria uma associação inédita sob
todos os aspectos. Criariamos um SITE exclusivamente com essa
finalidade, definiríamos um assunto sobre o qual pesquisar, todos
pequisariam o mesmo assunto. Lógico que trabalharíamos um problemas
de que se ocupa a física atual, um assunto apaixonate que seria
decidido por votação, prevalecendo a vontade da maioria. Cada menbro
componente deve após um certo tempo de estudo, apresentar uma teoria
que explique o fenômeno. Por sua vez a teoria não deverá estar
necessariamente acompanhada de um modelo matemático.
Várias coisas vêem à minha cabeça ao ler a sua proposta.
Primeiro que ela é xenofoba. Isto pq lançando uma apelo publico ela
exclui logo a maior parte das pessoas.
Depois, contraditória. Fazendo um site é o mesmo que deixar as
pessoas participarem das coisas lendo e enviando emails ou outras
formas de contacot electronico.
Depois, egocentrica. O site é uma forma de publicitar o trabalho de
uma minoria para uma maioria préviamente excluida de poder entrar
nele.
Depois, absurda. Ninguem faz fisica assim. Fisica teorica, tlv, mas
sempre precisa ter um apoio de dados concretos ous suas teorias
serão furadas ou no minimo, incomprováveis. Depois , ela vem tarde
de mais. Assuntos "apaixonantes"(sic) da fisica já são teor de
grupos elitistas deste cariz.
> A teoria de cada um deverá ser exposta num encontro pessoal em um
Estado que será escolhido por votação. O encontro seria no final do
ano que vem
Isso é irrealista. Ninguem produz fisica tão rápido. Veja o tempo
que Newton ou Eintein demoraram a criar as suas teorias.
>No encontro, cada um faria a sua exposição e, ao final, por votação
>será escolhida para publicação, a teoria que parecer mais
>consistente. Poderá ser mais de uma teoria. Pode parecer loucura ou
>até ilusão da minha parte, mas com essa mensagem, o possível já
>está sendo feito, resta agora pensarmos o impossível para
>materializarmos.
Isso me leva à primeira coisa q a sua proposta é: utópica.
O grupo de fermi funcionou exactamente pq não era objectivo deles
serem melhores que outros, mas apenas aprender e explorar
determinadas aréas que os interessavam. Era algo particular, mas não
elitista. O nº limitado é meramente casual e não pre-defenido.
> A lista tem muita gente talentosa e, quem sabe, se a energia fosse
canalizada para um ideal, não se pudesse novamente botar o ovo de pé!
> Abraços.
Faça assim: crie o grupo e peça inscrissões. E depois continue daí.
(se ainda quiser)
Sérgio Taborda
##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####
Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/11/2002 23:44
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Nada como palavras de apoio para começar bem os trabalhos...
>
> Talvez o ilustríssimo sábio de além mar nunca tenha ouvido falar em
> colaboração online. Talvez nem mesmo saiba que o projeto Linux é
resultado
> de um grupo desse tipo.
Colaboração online é diferente do proposto. O que foi proposto foi
um numero restricto de pessoas para formarem um grupo que se
encontraria em pessoa de tempo em tempo e que no entretando
comunicaria online.
O Linux é um projecto de software ( se vc acha que isso é comparável
com fazer fisica ...) sob a licença publica GNU e como o nome indica
É PUBLICA, o que significa que qq pessoa pode dar sua contribuição.
Aliás o codigo linux é aberto exactamente para primitir q qq pessoa
possa alterá-lo, melhorá-lo ou modificá-lo como entender.
Existem muitos outros projectos GNU. Mas este proposto não seria um
deles já que não é sequer, publico.
>Dará certo também com a física? Não tenho a mínima
> idéia, mas se o Taborda diz que não vai dar, talvez dê!
Eu não sabia que era proibido darmos as nossas opiniões, mesmo que
discordantes, nem que elas contavam mais ou menos conforme a nossa
nacionalidade (que pode até mudar), nem que qq opinião discordante
devesse obter um comentário como esse. (pq vc não fez nenhum
comentário da proposta ? pois... dar a cara não é ctg, é mais facil
cortar na casaca dos outros, não é ? eu conheço seu tipo)
E eu não proibo ninguem de fazer nada. Nem fiz comentários
xenofobos, infundados e sem qq intensão se não a de achacalhar o
rementente. Vc viu eu insultado ele ? Não viu , pois não ? Aliás
meu comentário final é exactamente no sentido de tentarem levar essa
ideia em frente apenas com a advertencia que não é para se
supreendem se não der certo.
Sérgio Taborda
P.S.
Tlv por eu ser tão ... sei lá o que vc pensa que eu sou ... como vc
quer fazer parecer, é que eu estou neste momento estou no seu pais (
e não estou de férias se é isso que está pesnando dizer). Já não
estou mais "além mar"...
Por favor, deixe de ser sarcástico quando responde aos mails. E não
estou apenas falando dos que são dirigidos a mim.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2002 23:57
"Suas afirmações, meu caro, parecem-me excessivas"... , mesmo que não tenha
sido esta a sua INTENÇÃO...
Eu também não sabia que era proibido ser sarcástico...
[ ]s
Alvaro Augusto
> E eu não proibo ninguem de fazer nada. Nem fiz comentários
> xenofobos, infundados e sem qq intensão se não a de achacalhar o
> rementente. Vc viu eu insultado ele ? Não viu , pois não ? Aliás
> meu comentário final é exactamente no sentido de tentarem levar essa
> ideia em frente apenas com a advertencia que não é para se
> supreendem se não der certo.
SUBJECT: Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2002 00:00
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> Taborda, todas as suas considerações foram por mim ponderadas, sei
da imensa
> dificuldade, senão quase impossibilidade, mas, como para mim nada é
> difinitivamente impossível, devo lhe dizer que estou feliz por
finalmente,
> ufa! pensei que não conseguiria, criar a minha utopia. Devo
acrescetar que
> vc leva a vida mais a sério do que realmente ela é. Relaxa!
Taborda, se
> acalme. Agora me responda, você é contra, a favor, ou muito pelo
contrário?
Eu não sou contra a ideia não. (E mesmo que fosse o que isso iria
importar?) Sou desfavorável à concretizaçáo da ideia.
Acho que não é legal escolher um grupo de pessoas restricto e mandar
passear todas as outras. Sejam quem elas forem.
Seria mais util, eu acho, deixar as coisas correr e entrar e sair
quem quiser. E essa de "um ano" achei demasiado otimista, utopica
mesmo. ( a menos que vc esteja pensando em pessoas que não têm vida
propria, emprego, familia, problemas outros para resolver, etc...)
Eu mesmo, tenho diverso problemas que tenho vindo a aprofundar e já
lá vão mais de 5 anos e não obtive nada de publicável (na minha
opinião). E vc fala em 1 ano... ah! É claro que eu não dedico todo
me tempo a isso, mas mesmo que o fizesse, 1 ano é muito pouco tempo.
Eu fazia tensão de partilhar o-q-quer-q-seja-que-vai-sair-de-minha-
aprofundação com vcs, mas isso é bem diferente de ter que o fazer
por obrigação ou trabalhar nisso todos os dias.
Fisica não é algo que vc vai para casa e faz. É preciso pensar muito
e dormir sobre o assunto muitas vezes. É preciso entender e conjugar
as coisas. Mais se houver um modelo matemático para isso, seja um já
feito ou se vc pretende "criar" um.
Meus problemas são exactamente fisico-matemáticos , ou melhor uma
outra forma fisca de obter as mesmas formulas matemáticas... e isso
requer não só conhecimento de fisica e de matemática ou boa vontade
em querer fazer, mas tb tempo e inspiração. Não é nada facil. Se vc
já tentou ou já começou o projecto, vc vai descobrir isso logo,
logo. Mais provavel vc ver pessoas dizisitindo, alargando prazos,
sofrendo de stress, querendo sair do grupo, etc...
Ah! e se vc quer mesmo ir em frente com isso, use tb o IRC ou o ICQ
que promove uma conversa mais rápida que mail, em apoio às
comunicações online.
Sérgio Taborda
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 00:20
----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Sunday, November 17, 2002 10:44 PM
Subject: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
> Eu não sabia que era proibido darmos as nossas opiniões,
Olá Sérgio
Os tempos mudaram e os paradigmas de hoje são outros. Proibição não existe.
O que se tem evidenciado existir aqui é uma falta de motivação muito grande,
pois os que procuram pensar são hoje tão somente alvos de manifestações
espúrias, como aquela que você acabou de passar, e os que não pensam, nada
tem a oferecer senão a mágoa da insatisfação para com eles mesmos. Mas esse
mesmo tempo, que nos levou primeiramente ao caos e a seguir do caos ao
marasmo, acabará por se mostrar como o melhor remédio para a reconstrução
daquilo representou o ideal de muitos e, não obstante, foi quase que
totalmente destruído por tão poucos. Dê tempo ao tempo e quiçá um dia
possamos nos reencontrar neste mesmo cenário, para rememorarmos as disputas
homéricas que um dia travamos e que tiveram como resultado principal, não a
concórdia, mas o reforço do respeito mútuo que sempre devotamos um pelo
outro.
Abraços do amigo de além-mar
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Frase do dia.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 08:40
" O capitalismo pode continuar a acumular riqueza e a consumí-la porque está cercado de formações sociais não-capitalistas que são exploradas por formações sociais capitalistas. Esse processo não pode, evidentemente, ser eterno e, por conseguinte, aproxima o capitalismo de sua queda".
Rosa de Luxemburg.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 08:45
Já ouvi falar de água magnética, água benta e muitas outras águas,mas nunca de água óptica. Sabem algo?
Aliás, estava pensando agora numa reunião meio-a-meio de água benta e água magnética para originar a água 'bentamagnética'. Vou explorar um pouco mais essa idéia e entrar em contato com um padre local; talvez possamos comercializar isso tal qual os frascos de homeopatia!
aquele abraço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Carol
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 17 de novembro de 2002 20:17
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
O que é água óptica?
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 08:55
Carlos Alberto:
Tou de acordo com o Sérgio.
Mas com uma ressalva: como não entendo nada de física, posso adentrar ao
grupo como tesoureiro - seria o décimo terceiro, (este sim, número
fatídico). Já tenho umas econominas nas Bahamas e em Cali.
silvio, o provedor.
----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, November 17, 2002 10:53 PM
Subject: [ciencialist] Re: CRIAÇÃO DE UM GRUPO P/ EST. DE ASSUNTO ESPECÍFICO
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Alberto" <cfrued@u...> escreveu
> A uns dez anos atrás lí a biografia do Físico italiano
Enrico Fermi, todo mundo aí, digo, aqui na lista, deve conhecê-lo, (
a sua obra) especialmente, o pessoal mais interessado em física.
Lembro que na época fiquei muito impressionado com o modo que esse
cientista surgiu para o mundo da ciência, simplesmente criou um
grupo de estudo, salvo engano de 12 amigos, e começaram a estudar
física com um determinado objetivo.(...)
> Gruardadas as devidas proporções, QUERO PROPOR aos colegas
da lista, evidentemente aqueles que se interessarem, a criação de
um grupo semelhante, com o objetivo específico para o campo DA
FÍSICA. O NÚMERO de sócios, digamos assim, deve ser limitado, talvez
de doze que é um número profético. Seria uma associação inédita sob
todos os aspectos. Criariamos um SITE exclusivamente com essa
finalidade, definiríamos um assunto sobre o qual pesquisar, todos
pequisariam o mesmo assunto. Lógico que trabalharíamos um problemas
de que se ocupa a física atual, um assunto apaixonate que seria
decidido por votação, prevalecendo a vontade da maioria. Cada menbro
componente deve após um certo tempo de estudo, apresentar uma teoria
que explique o fenômeno. Por sua vez a teoria não deverá estar
necessariamente acompanhada de um modelo matemático.
Várias coisas vêem à minha cabeça ao ler a sua proposta.
Primeiro que ela é xenofoba. Isto pq lançando uma apelo publico ela
exclui logo a maior parte das pessoas.
Depois, contraditória. Fazendo um site é o mesmo que deixar as
pessoas participarem das coisas lendo e enviando emails ou outras
formas de contacot electronico.
Depois, egocentrica. O site é uma forma de publicitar o trabalho de
uma minoria para uma maioria préviamente excluida de poder entrar
nele.
Depois, absurda. Ninguem faz fisica assim. Fisica teorica, tlv, mas
sempre precisa ter um apoio de dados concretos ous suas teorias
serão furadas ou no minimo, incomprováveis. Depois , ela vem tarde
de mais. Assuntos "apaixonantes"(sic) da fisica já são teor de
grupos elitistas deste cariz.
> A teoria de cada um deverá ser exposta num encontro pessoal em um
Estado que será escolhido por votação. O encontro seria no final do
ano que vem
Isso é irrealista. Ninguem produz fisica tão rápido. Veja o tempo
que Newton ou Eintein demoraram a criar as suas teorias.
>No encontro, cada um faria a sua exposição e, ao final, por votação
>será escolhida para publicação, a teoria que parecer mais
>consistente. Poderá ser mais de uma teoria. Pode parecer loucura ou
>até ilusão da minha parte, mas com essa mensagem, o possível já
>está sendo feito, resta agora pensarmos o impossível para
>materializarmos.
Isso me leva à primeira coisa q a sua proposta é: utópica.
O grupo de fermi funcionou exactamente pq não era objectivo deles
serem melhores que outros, mas apenas aprender e explorar
determinadas aréas que os interessavam. Era algo particular, mas não
elitista. O nº limitado é meramente casual e não pre-defenido.
> A lista tem muita gente talentosa e, quem sabe, se a energia fosse
canalizada para um ideal, não se pudesse novamente botar o ovo de pé!
> Abraços.
Faça assim: crie o grupo e peça inscrissões. E depois continue daí.
(se ainda quiser)
Sérgio Taborda
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SUBJECT: Outra proposta - textos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 09:50
A proposta da 'criao' do grupo para estudo de assunto especfico, ora pendendo para o 'no', tem tb meu voto: no.
Minha justificativa, [alm das citados pelo homem do alm mar e os comentados pelo Nobre e Excelso Cavaleiro do Apocalipse Quntico] para esse 'no' est no original da proposta: "trabalharamos um problemas de que se ocupa a fsica atual", ou seja, trabalharamos sobre a preparao de algum algoritmo matemtico para justificar porque tal e qual problema da fsica atual funciona/no funciona. Seria um grupo para o qual, desde j, proporia um nome: "AD HOC'.
Em substituio a tal grupo hermtico proponho outro grupo semi-hermtico (esse semi-hermtico para excluir da proposta os estertores mentais, alheios Cincia, tais como religio, filosofia, as vrias psicos, 'leis' jurdicas, auto-ajuda etc.[:-))]) para a "produo de textos didticos que envolvam "conceitos cientficos" de difcil percepo pelo pblico interessado em Cincia ou que derrubem jarges ("chaves") falaciosos sobre conceitos j postos".
Isso iria interessar a uma enorme massa de professores e estudantes de Fsica, Qumica, Biologia etc. Seria, como diria, 'um passo frente de uma divulgao cientfica sria'. Tais trabalhos postos e analisados por tal grupo assim formado poder ser divulgado (numa primeira fase) no Imperdvel, no site do Alberto, no ConsCincia e tantos outros.
Seria, diria eu, aquela ponte que separa a 'divulgao' e o que realmente pensa o cientista. Seria a ponte entre o que 'est escrito no livro didtico' e o conceito 'real' ali escondido.
S para exemplificar o "conceito", pois ocorreu por esses ltimos dias: verifiquei entre as mensagens dos news dos quais participo (e no so muitos) que professores e alunos realmente no tinham noo do que vinha a ser 'a presso nos gases'. Para esses, presso (quando muito!) era resultado dos choques entre as molculas do gs e as paredes do continente (eventualmente o diafragma de um manmetro ou a interface lquida de um barmetro); jamais se perguntaram "o que a presso no interior do gs", onde no h superfcie alguma para registrar impactos de molculas. Escrevi uma 'divulgao' sobre isso e, um bocado deles passou-me mensagens (pvt) de agradecimento.
Foi apenas uma divulgao, sem o devido tratamento matemtico, mas alertou um bocado de gente. Coloquei esse texto no Imperdvel, outros dele se aproveitaro.
Para exemplificar o "chavo", e para terem uma idia de em quantos lugares est escrito tal bobagem, cito a terceira lei de Newton "A toda ao corresponde uma reao igual e contrria" ... que nada tem a ver com a lei de Newton, alm de ser uma premissa falsa. Sobre isso, e para alertar professores e alunos, escrevi algo expurgando "velhos chaves".
Quanto disso no tem por ai! Professores e alunos no sabem, s para citar mais um exemplo, o que vem a ser 'corpo negro'; no tm a mais remota idia! Tenho aqui uma pilha de 20 livros didticos que abordam o assunto ... e nada dizem do real conceito da coisa!
Podemos ser teis, agora j? Sim. Temos material humano para isso no ciencialist (e alguns momentaneamente fora dela, tais como Colucci, Jocax, Belisrio etc.).
No temos condies (nem tempo hbil) para desenvolver fsica de ponta, mas temos condies de desfazer as 'pontas' que j ficaram pelo meio do caminho!
Bem, sugerir no mata ningum .........
Aquele abrao a todos,
======================
Luiz Ferraz Netto [Lo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Frase do dia.
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2002 10:06
On Mon, 18 Nov 2002, silvio cordeiro wrote:
> " O capitalismo pode continuar a acumular riqueza e a consumí-la
> porque está cercado de formações sociais não-capitalistas que são
> exploradas por formações sociais capitalistas. Esse processo não pode,
> evidentemente, ser eterno e, por conseguinte, aproxima o capitalismo
> de sua queda".
> Rosa de Luxemburg.
O que seria uma formação social não-capitalista?
Creio que esta frase não faça muito sentido.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
SUBJECT: Re: [ciencialist] Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 10:19
Não faz nem sentido ser postada no ciencialist ... perhaps acrescida de off topic.......
[]'
Léo
================================
O que seria uma formação social não-capitalista?
Creio que esta frase não faça muito sentido.
[]s
TARCISIO BORGES
================================
SUBJECT: RES: [ciencialist] Fome ou subnutrição?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 11:46
> De: José Renato
>
> O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva planeja acabar
> com a fome no Brasil. O presidente Fernando Henrique Cardoso,
> do alto de sua experiência, alerta ao novo governo que não há
> fome no Brasil, apenas subnutrição!
Realmente, o Brasil não tem mais fome.
Hoje, o Brasil tem GULA.
Os brasileiros querem devorar as criancinhas
rechonchudas de olhos azuis dos comerciais de fraldas.
Os brasileiros querem devorar as patricinhas
loirinhas dos comerciais de xampu para cabelo 'bom'.
Comida é pasto,
Bebida é água.
Você tem fome de quê?
Você tem sêde de quê?
(Titãs)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2002 12:15
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> 1-) Ok. Pelo que entendi, para uma previsão ser "previsão" para
> você, devemos fazer um estudo estatístico para saber se foi casual
> ou não. Logo, se não pudermos fazer esse estudo, *automaticamente*
> a previsão DEVE NÃO ser considerada previsão, porque não podemos
> provar cientificamente que foi proposital.
Ate' o 'casual ou não' vc quase acertou. Esse e' dos criterios q.
vislumbro para saber se houve um acerto por previsao ou por mero
chute.
Qdo nao se pode fazer esses estudos *automaticamente* as coisas ficam
MAIS COMPLICADAS. Um dos criterios q. vislumbro e' verificar o nivel
de detalhamento. Mas isso pode nao ajudar muito.
> Se não for possível realizar um experimento que prove algo, esse
> algo é automaticamente descreditável, a despeito de todas as outras
> evidências.
A questao sao essas 'todas as outras evidencias'. Coletar indicios e
analisa'-los contextualizadamente e' uma forma de analise cientifica -
- alguns dirao q. e' *o* metodo cientifico. Experimentos sao modos de
se obter indicios.
> E o pior é que, nesse caso, há até evidência (a realização da
> previsão ante todas as outras possibilidades de cenários).
Sera' q. ha' essa evidencia? Vc diz q. a evidencia e' o acerto. Mas o
q. esta' em discussao e' justamente o acerto. Bem, a analogia e'
arriscada, mas seria meio como para julgar se houve homicidio doloso
ou culposo, usar a ocorrencia do homicidio como indicio do dolo. Mas
nao devemos levar essa analogia muito longe, ja' q. no caso das
previsoes contra os chutes, em ambos os casos houve intencao. A
questao e' de embasamento da afirmacao sobre um evento futuro.
> Então, se decida. Ou tira ou põe as aspas na palavra previsão. É
> previsão ? É ? Então é. Se é pouco confiável é outra coisa.
Uma previsao tem q. ser confiavel, porq. ele tem q. ter embasamento.
Vamos ver se da' pra se trabalhar melhor o exemplo meteorologico. Uma
previsao do tempo para amanha, baseando-se nas tecnicas
meteorologicas, e' uma previsao? E'. Por q? Porq. ela esta' embasada
em um conhecimento sobre os fatores q. influem no resultado final e
sobre a interacao entre esses fatores. Uma 'previsao' do tempo para
um ano e' uma previsao? Nao. Por q? Porq. ela nao se baseia no
conhecimento sobre os fatores (seus valores), ainda q. se saiba sobre
a dinamica de sua interacao.
> A partir de quando, exatamente, uma previsão fica pouco confiável
> (Dia, mês e ano) ?
Isso varia. O tempo nao importa diretamente, o q. importa, como ja'
disse em outras mensagens sao:
- conhecer os fatores q. influenciam no resultado
- conhecer os estados/valores dos fatores q. influenciam no
resultado
- conhecer a interacao entre tais fatores
Peguemos o exemplo, tbm ja' trabalhado brevemente, do xadrez. Para
fazer a opcao da melhor jogada e' preciso conhecer a movimentacao das
peças, o valor das peças e a distrubuicao delas pelo tabuleiro no
lance anterior. Alguns poucos lances 'a frente e' possivel fazer essa
determinacao. Mas mais lances 'a frente a tarefa fica impossivel,
cada vez se conhece menos a distribuicao das peças pelo tabuleiro no
lance anterior.
> E, a partir de que critério exato, podemos considerar uma dada
> declaração sobre o futuro como "previsão" do ponto de vista da
> exatidão ? A partir de que critério objetivo e exato podemos
> separar "previsão", "previsão pouco confiável", e "chute" ?
> (Interpretação para você: É claro que isso é uma ironia. Eu nunca
> faria uma pergunta dessas seriamente. Isso é pra mostrar que o seu
> excesso de exatidão vai contra o seu argumento de excesso de
> exatidão. Nesse caso você tem 3 opções:1-) ou você diz que nada é
> previsão e tira a palavra do dicionário, até porque, a curtíssimo
> prazo, não há garantias de que NADA, nem mesmo os fenômenos regidos
> por leis que foram coroboradas por análises estatísticas,
> continue funcionando. 2-) ou você considera como previsão os
> fenômenos regidos por leis de causalidades, cuja comprovação tenha
> sido estabelecida pelo método científico/estatístico (Nesse caso,
> inferir que um objeto de 1kg submetido a força de 1N acelerará 1m/s
> seria uma "previsão"). Isso é: previsão é algo que diz respeito
> somente a ciência e a palavra deve ter uso apenas e tão somente
> restrito ao jargão científico. 3-) ou você usa o conceito que todo
> mundo usa, que preconiza que "previsão" é qualquer antevisão do
> futuro, seja baseda nas leis da ciência, análise de
> plausibilidades e palpites, intuição ou mãe diná.)
Na verdade ha' mais do q. 3 opçoes. De todo modo, o item (2) nao se
opoem ao item (3). Mas peguemos o item (3), a previsao como antevisao
do futuro. O q. e' uma antevisao? Se eu disser q. irei tirar um reis
de ouro de um maço do baralho e eu realmente tiro, isso e' uma
previsao? Se eu disser q. irei tirar um reis de ouro de um maço de
baralho e eu tirar um tres de copas, isso e' uma previsao? Se eu
acerto sozinho na Mega Sena, eu previ os numeros?
> É exatamente por isso que eu pergunto qual o seu critério. Você
> falou em 50 e 500 anos. Então é isso ? abaixo de 50 é
> previsão "confiável". Acima não é confiável. Acima de 500 é
> impossível ?
Abaixo de 50 anos uma previsao confiavel e' possivel, acima disso e'
possivel previsoes genericas e pouco confiaveis. E acima de 100 anos
so' na base da sorte para acertar. Isso para fenomenos historicos.
Claro q. nao e' exatamente o tempo q. determina, mas o conhecimento
dos fatores q. influem no resultado (e sua interacao).
> Há relatórios sim sobre períodos de 50 anos, principalmente os
> relatórios que dizem respeito a uso dos recursos naturais.
Eu sei q. tem. Eu falei q. seria dificil de se encontrar com janelas
de 50 anos, nao q. nao existissem. Sao relatorios bem mais raros do
q. relatorios de 5, 10 ou 30 anos. Os de 100 anos sao ainda mais
raros e nao sao confiaveis seguramente.
Os relatorios de uso dos recursos naturais falam em geral sobre
cenarios com certas taxas de consumo de alguns recursos - agua,
energia, terra, etc. A questao e' saber qual sera' a evolucao da taxa
de consumo. E mesmo se tomarmos posteriormente a taxa efetivamente
realizada, havera' discrepancias entre as analises e o desdobramento
do cenario. Em geral sao menos discrepantes para previsoes dentro de
uma janela de tempo menor.
> De qualquer modo, acabou de admitir que os relatórios de previsão
> são previsões. Ou não admitiu ? Ou o que ?
Depende de como o relatorio e' feito.
> > > perderás!" Mas, sejamos sinceros. Se você fosse um presidente
de um
> > > país europeu em guerra, abriria 2 frentes de combate ou
invadiria a
> > > Russia ?
> >
> > Um pequeno ad hominem:
> >
> > "Bem... eu abri muitas 'frentes' diferentes e não posso dar conta
de
> > todas.Talvez eu deixe de responder algumas.. mas, enfim..."
> >
> > http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19082
>
> --------
>
> Que Ad hominem é esse ?
>
> Ad hominen significa "ao homem". Atacar a pessoa e não os
> argumentos.
Ou usar as palavras da pessoa contra ela mesma. O ad hominem foi meu.
Na verdade -- la' se vai outra piada explicada, acho q. sou um
piadicida -- foi uma brincadeira ja' q. vc defendia q. se podia
depreender da historia q. abrir muitas frentes de batalha era
imprudente e em outra mensagem vc admitia q. havia justamente aberto
varias 'frentes de batalha'.
> Um pouco menos de paranóia faz bem.
Quem e' paranoico?
> A Shell, em uma propaganda bem vinculada na TV, torna pública as
> suas pesquisas com o intuito de achar uma fonte de energia que seja
> limpa e renovável, baseada, exatamente em pesquisas cujo prazo tem
> uns 50 anos. Acho que isso ela está tomando uma boa decisão.
50 anos esta' no limiar da confiabilidade das previsoes. Se ela
estiver fazendo previsoes de 100, 200 anos... xiii, Marquinho.
Se ela esta' ou nao tomando uma boa decisao so' no futuro veremos.
> Os investidores internacionais investem montantes de dinheiro na
> China, país que cresce, em média, 6%, às vezes batendo 10% ao ano
> (um crescimento de 3% é considerado bom. O Brasil, cresceu 0.8%),
> prevendo que, futuramente - baseados em análises cuja janela de
> tempo se aproxima dos 50 anos - esse país será um o mais rico do
> mundo, com maior mercado consumidor. Acho que os
> investidores sabem o que fazem. Devem estar tomando uma boa decisão.
Pois e', se aproxima dos 50 anos. Nao o ultrapassa em muita coisa.
> Faz uma caricatura crassa. Uma falácia. Compara - em pé de
> igualdade - uma análise que trata de *possibilidades* baseada em
> dados disponíveis, com um mero "chute" de eventos caóticos.
Qual dado disponivel no qual se basear uma previsao de mais de 50
anos?
> Desconfio que você está se valendo de conceitos da teoria do caos
> para tentar avaliar o processo histórico.
Eu particularmente acho q. ha' elementos de caos no processo
historico. Mas nao tenho certeza sobre a existencia de regras
deterministas.
> A propósito: você gosta mesmo de paranormais, heim ?
Eu gosto *das* paranormais. Ao menos de algumas.
> A propósito: O que você faz quando se encontra em situações novas e
> não sabe como reagir ? Você decide aleatoriamente ? Não se submete
> a situações novas? Ou você pega uma máquina do tempo e faz
> pesquisas estatísticas para saber a decisão que, matematicamente, é
> mais condizente com a resposta que você
> espera ?
Eu nao faco previsao de mais de 50 anos. Na verdade nao faco previsao
de mais de uma semana.
Situacoes de emergencia nao se caracterizam como eventos antecipados
em mais de 50 anos.
Sobre q. eu faço diante de situacoes novas depende de muitos fatores.
Nao tenho consciencia de q. eu utilize qq tipo de procedimento
protocolado. E nao sei dizer se tenho algum tipo de regra.
> Só exemplos bem vagabundos e pouco polêmicos.
>
> É possível que apareça um meteoro igual ao KT.
> Bastante razoável considerar o aumento da temperatura no planeta.
> Igualmente plausível prever grandes áreas inundadas na costa.
> Fim do uso de petróleo como combustível.
> Provavelmente o homem já teria pisado em Marte.
> São Francisco possívelmente já teria sido devastada por um
> terremoto sem precedentes
*Possivel q. caia um meteoro aqui no ano q. vem.
*Razoavel considerar um aumento de temperatura para as proximas
decadas. Para os proximos seculos nao sabemos: dimuira' a humanidade
a emissao de poluentes? criara' novas tecnologias de despoluicao?
sera' extinta pelo meteoro q. caira' ano q. vem? aumentara' a
temperatura com o aumento da poluicao pelos gases estufa?
*Sera' mesmo q. o petroleo acaba? Sera' mesmo q. nunca mais ele
voltara' a ser utilizado?
*Marte? Nos proximos 50 anos?
*São Francisco sob o Big One? Sera' mesmo? Em q. intervalo de tempo?
De todo modo, o meteoro e o terremoto nao sao processos historicos --
embora, claro, influa pra caramba na historia.
> > Q. meio termos e' possivel para uma janela de mais de 50 anos?
>
> --------
>
> Outros vagabundos:
>
> China como o país mais rico do mundo.
> Aumento dos paises que detêm a bomba atômica
> Fim da dominancia da Microsoft no mercado de softwares (Há inúmeros
> motivos para acreditar nisso)
> A despeito de toda polêmica atual, uso generalizado dos
> transgênicos.
> Diversificação dos meios de acesso à Internet (ou a rede que pode
> vir a substituí-la)
Pra uma janela de mais de 50 anos? Teremos internet em 2345? Havera'
mercado de softwares em 2465? Havera' paises em 2679? Havera' bomba
atomica em 2321? Havera' alimentos transgenicos em 2231?
Em quais dados se sustentam essas afirmacoes?
> Novamente, e novamente - e é possível que ele diga que eu estou
> tentando "advinhar" a personalidade dele -, confunde a consideração
> de plausibilidades com um chute arbitrário.
O q. e' plausivel em um cenario de seculos?
> 1-) Uma coisa não exclui a outra. O advento do microondas não
> exclui o "prazer" de cozinhar.
Mas o prazer de cozinhar 'a moda antiga -- caso venha a dominar --
pode excluir a dominancia do microondas: q. ainda nao se concretizou.
> geral, não cozinham - ou cozinham menos, apelando para produtos
> semi-prontos -, seja por prazer ou desgosto, porque não têm tempo.
Ué? E quem disse q. as pessoas nao terao tempo para todo o sempre?
> Quando se fala em uso generalizado geralmente subentende-se as
> classes médias dos paises civilizados ou mesmo
> de alguns em desenvolvimento. O microondas está plenamente inserido
> nesse contexto.
Pra alguem q. defendia o 'generico' como 'todas as opcoes', uma
definicao mais branda de 'generalizado' e' uma boa novidade -- tai',
estou diante de uma novidade e nao sei como reagir: resisto 'a
tentacao de uma espicada? acolho com toda a naturalidade? dou
saudacoes efusivas? alguma outra sugestao? Embora, eu ache q. se
trate de brandura excessiva tratar o geral como a classe media apenas.
> O que você está dizendo não faz sentido. Universalizar, preconizar
> e usar uma observação cuja base seja um juízo de valor como objeto
> de previsão ?
Nao sou eu quem digo, sao os futurologos e videntes de plantao.
> 2-) Em nenhum momento eu falei em "melhoria". Quem fala a toda hora
> é você.
Estou apenas reproduzindo as previsoes. Nao disse q. foi vc.
> Eu nunca falei em "melhor ou pior", mas você argumenta como se eu
> falasse.
Se dei essa impressao peco desculpas. Quem fala sao os gurus.
> Pra você ver.
>
> Até você faz suas previsões quando quer rebatê-las. Você diz,
> tacita e categoricamente, que as webcans são um modismo que vai
> passar. Podem até ser mesmo.
Nao e' previsao, e' um chute. De todo modo houve um tremendo
intermezzo entre a obtencao da tecnologia do videofone e sua
utilizacao generalizada -- q. ainda nao ocorreu, nem mesmo entre
a generalissima classe-media, mesmo considerando-se as webcams como
algum tipo de videofone.
> A previsão é constituida de diversas partes.
Sei...
> Não usavam bigas na zona rural.
Nao vejo qual o problema nisso. A velocidade media dos transportes
ficou reduzida da mesma forma.
> Que cidades ? As cidades do mundo ocidental, exceto
> Roma e Constantenopla, tinham pouca relevancia alguma. Em sua
> maioria, eram entrepostos comerciais para manter guarnições de
> soldados romanos e arrecadar impostos.
Ate' isso sumiu.
> O "conhecimento", no mundo ocidental, se circunscrevia a Roma e
> Constantinopla. Na idade média, pelo menos cada mosteiro podia ter
> sua biblioteca.
Havia mais pessoas em Roma do q. nos mosteiros.
> 1-) As armaduras foram aumentando em resistencia. O peso era uma
> decorrencia não-necessária e desnecessária.
Tao desnecessaria q. acarretou sua extincao. Ao lado da resistencia
nao ser o suficiente.
> Eu uso armaduras porque me defendem contra as armas vigentes, e não
> porque não impedem os meus movimentos.
Acho q. vc se esquece q. as espadas se tornaram baionetas. Elas
continuaram a ser utilidas. As lorigas conferiam alguma protecao e
nao tinham a contra-partida da imobilidade. Na relacao custo-
beneficio, elas passavam. Ate' mesmo as couraças. As armaduras
completas, nao.
Kevlar nao protege contra bazuca. Pra q. continuar usando coletes a
prova de balas? Simplesmente, porq. as balas ainda sao elementos
importantes no combate. Os tanques usam couraca para se protegeram de
bazucas e minas. Os avioes nao. Para o tanque a agilidade nao e'
fundamental. Para um aviao e' -- e tbm o voo o em si. Para um soldado
a pe', desde q. nao se consiga uma boa protecao contra as armas
padrao, agilidade e' importante.
> Plumas e babados ?
>
> 1-) A época vitoriana foi conhecida e reconhecida exatamente pelo
> seu puritanismo. Pelo comedimento. Pela discrição da Rainha Vitória
> que usava preto.
Comedidissimo:
http://www.anniescostumes.com/vict.htm
http://65.107.211.206/painting/victoria/grant1.jpg
http://65.107.211.206/art/design/clutter1.html
http://www.mauritia.de/en/gruender/index.html
http://www.st-andrews.ac.uk/~city19c/viccity/fashion.html
Embora alguns estudiosos dividam o periodo vitoriano em pelo menos
tres fases, cada qual com algumas peculiaridades esteticas (e
sociais).
> Você quer mesmo comparar a época da discrição vitoriana com uma
> época em que até os homens usavam perucas e maquiagem ?
Basta dar uma olhada na evolucao da moda nas cortes europeias. Pode-
se estudar a evolucao da indumentaria na classe media operaria tbm.
Ha' os vai-e-vens constante das ondas.
> Se você acha, quem sou eu para duvidar ? Hoje, cada um pode se
> vestir como quiser
Hj. Nao sabemos como sera' daqui a 50 anos ou mais.
> Mas, se você acha plausível que - em, digamos, 50 anos - uma grande
> ditadura mundial restringirá as roupas, acabando com as liberdades
> individuais, ou que um grande hipnotizador fará com que as pessoas
> tenham menos vontade de usar estilos difentes, ok.
Ou algo bem menos estranho, haver, por exemplo, uma uniformizacao dos
gostos pela publicidade.
> Sabe, eu acho até possível. Só não acho plausível. Mas se você põe
> as duas inferências em pé de igualdade, o que me basta fazer ?
Pra mais de 50 anos, praticamente qq coisa e' "plausivel".
> 1-) A questão não é contral/difuso. Mas, novamente, você você toma
> isso como critério. Ok.
O central contra o difuso e' um 'detalhe' importante pra se ignorar.
O analogico contra o digital tbm.
> 2-) E mesmo considerando seu critério não faz diferença nenhuma. Se
> é o central contra difuso, a previsão deu certo, porque hoje é
> justamente o que ocorre: pequenos PCs com capacidade de
> processamento limitada servindo de "estação" para os grandes
> servidores centrais de redes a da Internet (computadores bem mais
> potentes que executam o trabalho pesado de rotear,
> direcionar, e devolver recordsets de chamadas SQL, entre outras
> coisas....)
Xiii... perdoes, mas agora vc falou uma besteira *muito* grande. O
titio Alvaro pode lhe dar algumas licoes sobre redes de computadores.
Tudo o q. vc descreveu e' simplesmente a tarefa de direcionar os
dados e nao de processa'-los.
> Ainda bem que você não se sente obrigado a usar os meus conceitos,
> porque eu, igualmente, acho os seus muito estranhos. Principalmente
> o referente a palavra "previsão".
Vc pode achar estranho 'a vontade. Vc tem toda a liberdade para tto.
Eu apenas difiro a previsao do chute.
> 1-) A primeira coisa é que você não define os seus conceitos
> de "previsão" e de "genérico".
Ue', eu expressei o meu entendimento de 'generico' nesta questao: ter
um carater q. abranja uma boa porcao (a maioria) do universo
considerado. E previsao como uma afirmacao sobre o futuro embasada em
dados q. sustentem a expectativa.
Nao sao conceituacoes tao esdruxulas e consigo me comunicar com o
mais das pessoas assim.
> Falei em plausibilidade e descrição de cenários. Falei sobre o que é
> genérico ou não. Nos ítens mais marginais, usei o dicionário para
> tirar os conceitos de "carro" e "raciocínio", e agora, "telefone".
O carro q. pode ser aviao? Raciocinio q. pode ser feito por uma
pedra? E alto-falante, gravador e disco q. sao telefones... Belo
dicionario.
> Você sugere duas coisas: 1-) sugere que o processo histórico deve
> ser tratado com um fenômeno físico equacionável.
> 2-) Sugere que o processo histórico é
> composto de "eventos" e não de cenários,
> 3-) sugere que o processo histórico
> é determinado do particular para o coletivo e não do coletivo para o
> particular.
Existem tres tipos de pessoas, as q. sabem contar e as q. nao
sabem... Re re re. Desculpe-me nao pude resistir.
> Então, quais são os seus critérios ?
Pra previsao o criterio e' ter dados (e teorias) bem embasados q.
sustentem-no.
Pra *avaliar* se a previsao e' boa: se o sistema de previsao e'
consistente, *uma* forma e' o criterio de acerto estatistico acima do
nivel do acaso.
Uma *outra* forma, nao muito boa, para situacoes em q. nao e'
possivel se verificar pelo metodo acima a consistencia do metodo de
previsao, e' pela analise do detalhamento da previsao contra o fato
ocorrido.
> Será que o processo histórico se delineia assim ?
Nao sei. Se nao se delineiam como interacao entre fatores
antecedentes entao eu acho as previsoes um tto inuteis --
seria bobagem fazer analises de cenarios. Bem, talvez se
os adivinhos mostrassem q. acertam acima do nivel do
acaso...
> Pois é. Assim, você é, no sentido popperiano, infalseável.
Eu nao sou uma teoria cientifica de qq modo.
> Mas eu estou curioso para saber qual a sua definição
> de "raciocínio", "Carro" e "telefone", por exemplo.
Eu nao sei se tenho uma definicao fixa. Mas aceito q. pedras
nao raciocinam, avioes nao sao carros e discos nao sao
telefones.
> 4-) Peguei *outro* dicionário. Silveira Bueno.
>
> Carro: Veículo de rodas, para transporte de coisas e pessoas.
Bicicleta e' carro? Uma esteira rolante e' carro? Se nao for, um
tanque e' carro? Um aviao qdo taxia na pista e' carro e qdo voa deixa
de ser? (O Alberto acharia isso interessante em suas consideracoes
sobre a Mecanica Quantica... re re.)
> Raciocínio: Encadeiamento de argumentos mediante o qual dois ou
> mais juízos apresentados permitem inferir outros. (É exatamente o
> que computadores fazem, através do cálculo proposicional (calculo
> de proposições - juízos -).)
Assim uma pedra qdo cai raciocina: tem a entrada da forca
gravitacional da terra e a resistencia do ar e como saida tem-se sua
aceleracao...
> Nem sempre os conceitos dos dicionários são os mais apropriados.
Exatamente.
> Você disse, por exemplo, que computadores não têm raciocínio porque
> não passaram no teste de Turing.
Eu acho estranho considerar o processamento do computador como
raciocinio. Tbm nao tenho uma definicao fechada de raciocinio.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: Principio da Proporcionalidade (Era: RES: Para Arcange)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 12:24
> De: Arcange
>
> O princípio da proporcionalidade é um princípio geral do direito (os
> advogados da lista se manifestem), abrangente, que não diz
> respeito apenas
> ao caso específico de um crime de morte e tem ampla aplicação
> inclusive fora
> do âmbito legal.
Ops, acho que vc quis dizer 'fora do âmbito penal'.
O Princípio da Proporcionalidade pode ser melhor entendido
através do exemplo abaixo:
Imagine um sujeito pacato, bom cidadão, bom pai de família,
inofensivo, assim como qualquer um de nós. Num certo dia,
visitando uma usina hidroelétrica com o Júnir, movido pela
irresistível curiosidade, a despeito dos avisos de cautela
do guia turístico, resolve puxar 'aquela' alavanca. Resultado:
as comportas se abrem e despejam sobre o vilarejo próximo
um baldão d'água, matando milhares de pessoas afogadas.
Agora imagine o 'nóinha' (a alcunha do fascínora sob efeito
do crack). Aquele que mete uma bala na sua cabeça só porque
vc olhou para ele.
Pois é, a interpretação penal que se dá ao Princípio da
Proporcionalidade tem muito mais a ver com a periculosidade
do agente. Grosso modo, quanto mais perigoso o agente, maior
a pena aplicada, respeitando os limites da pena máxima para
cada tipo de delito abstratamente considerado.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: O CRIME DO BROCKLIN
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 12:52
> De: Luis Olavo Dantas
> > Medeiros:
> > Sim, somos capazes de tudo. O que difere o herói do
> > canalha é a motivação. Canalhas têm motivos puramente
> > egoístas.
>
> Aqui entra uma questão interessante - será que existem
> essas pessoas? Até mesmo Hitler era motivo por sonhos
> de uma Alemanha revigorada e auto-suficiente.
>
> Mais significativamente, a imensa maioria da população
> alemã da época partilhava dessa motivação pelo menos
> o bastante para tolerar seus atos violentos. Como,
> aliás, muito da opinião pública mundial, até uma
> época lamentavelmente tardia.
>
> Portanto, eu discordo respeitosamente, Alexandre.
> A motivação não é tudo, porque sempre há a armadilha
> de concluir que os fins justificam os meios. A
> diferença entre o herói (no sentido moral do termo,
> não necessariamente no sentido militar) e o canalha
> envolve pelo menos um certo grau de discernimento
> também.
Peraí! A comparação não é justa. Eu estava me referindo
à motivação de criminosos que agem isoladamente.
Hitler é resultado de um fenômeno político e social.
O nazismo estava para acontecer. Se não fosse Hitler
teria sido outro. Goebels, talvez?
A motivação de Hitler não era egoísta (embora isso possa
ser facilmente contestado), pois ele queria uma nação
alemã rica e próspera, ou seja, sua meta era a felicidade
do povo. Fins nobres (motivação), meios cruéis.
Particularmente, não tenho certeza se Hitler é como qualquer
outro criminoso comum, desses que matam os pais a paulada.
Ele simplesmente aproveitou uma oportunidade e fez o que
muitos teriam feito no lugar dele, por acreditarem
em ideologias que hoje todos sabem que estão erradas,
sobretudo a superioridade racial.
Quanto a Stalin, não tenho dúvidas: psicopata total,
maluquinho, doidivanas, biruta... Stalin mataria (se
é que não matou) os pais a paulada...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Frase do dia.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2002 16:37
Olá Silvio e Tarcísio Borges,
"O capitalismo pode continuar a acumular riqueza e a consumí-la
porque está cercado de formações sociais não-capitalistas que são
exploradas por formações sociais capitalistas. Esse processo não
pode, evidentemente, ser eterno e, por conseguinte, aproxima o
capitalismo de sua queda". (Rosa de Luxemburg)
Tarcísio: O que seria uma formação social não-capitalista? Creio que
esta frase não faça muito sentido.
Manuel: O que existia antes do surgimento do capitalismo? Sociedades
não-capitalistas, isto é, formações sociais cujas relações de
produção ou eram arcaicas (paleolíticas e neolíticas), ou
escravistas, ou feudais, ou hidráulico-tributárias (as que existiam
no Egito Antigo, na Mesopotâmia, nas planícies do Indo e do Punjabe,
etc.), ou agro-mercantis baseadas na monocultura tais como as do
Brasil colonial e que permaneceram dominantes até a década de 30 do
Século XX.
Segundo a tese defendida por Rosa Luxemburgo (teoria do subconsumo),
o capitalismo é um sistema econômico voltado para a produção de um
lucro ou excedente, isto é, uma economia em que se produz mais do que
as pessoas podem consumir. Como um sistema deste tipo pode funcionar,
dado o desequilíbrio permanente entre a oferta de produtos e a
demanda monetariamente solvível? Os que sustentam essa teoria (além
de Rosa, também foi defendida por Paul Sweezy e Baran) argumentam que
a suposta incapacidade do mercado interno de absorver toda a produção
é compensada pela exportação deste excedente. Mas não para outros
países capitalistas, que passam pelo mesmo problema. O excedente
capitalista só pode ser absorvido pelos países não-capitalistas ou de
capitalismo incipiente. Daí a conclusão: o capitalismo não sobrevive
sem que exista o seu contrário, as formações sociais não-
capitalistas. Trata-se de uma relação de exploração a nível de
nações. O problema é que as nações não-capitalistas tendem a
incorporar o modelo capitalista, haja vista as suas vantagens, de
modo que, quando o mundo todo tornar-se capitalista, inevitavelmente
esse sistema mergulhará numa crise estrutural.
Lênin contestou com veemência a teoria do subconsumo. Segundo
ele, "não há situação sem saída para o capitalismo." O subconsumo
estrutural não existe, pois a demanda dos indivíduos por bens de
consumo é largamente compensada pela demanda dos próprios
capitalistas por bens de capital, como, por exemplo, máquinas-
ferramentas. É essa demanda entre empresas capitalistas que garante,
a longo prazo, o equilíbrio oferta/procura. Em suma: é a demanda
gerada pelos investimentos dos capitalistas que assegura a
continuidade do sistema.
O que faz com que esse equilíbrio rompa-se periodicamente, gerando
crises de sobreprodução, é o fato de que os capitalistas decidem
investir com base em situações 'futuras'. Se as coisas andam
muito 'imprevisíveis', eles preferem não arriscar, não aumentar a
produção, não investir mais, não comprar mais máquinas-ferramentas
nem matérias-primas. E ao preferirem manter seu capital sob a forma
de moeda entesourada, o resultado é uma quada global da demanda. Não
tendo mais a quem vender os bens de capital que produzem, os
capitalistas da indústria pesada demitem empregados e eles próprios
cessam de investir. É o início da espiral da crise.
Abraços,
Manuel Bulcão
PS.: Como viram, eu não perco oportunidades para afetar erudição. :-)
SUBJECT: Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2002 16:44
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Não faz nem sentido ser postada no ciencialist ... perhaps
acrescida de off topic.......
Manuel: Ué, economia não é ciência? Ué! Ué!
Se tantas coisas na vida não pode ser objeto de ciência, então não
reclamem dos místicos e irracionalistas, já que é a vossa
epistemologia que alimenta o monstro.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Armaduras (Re: Futurologia e Ficção Científica)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2002 17:56
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> Foi como eu disse: Ensinam nas escolas e também nas enciclopédias.
Traditional arms and armour were undoubtedly affected by the
increasing use of single shot firearms but, in common with other
parts of the world including Europe, were not abandoned on a large
scale in Africa until efficient repeating rifles and machine guns
became available in the twentieth century. Even then the
transformation was dependent on the accessibility of such an
expensive commodity.
http://projects.prm.ox.ac.uk/kent/shieweap/weaobj2.html
(Claro q. o contexto e' de algumas regioes da Africa e nao
da Europa, mas a ligacao e' feita explicitamente.)
--------
As armas e armaduras tradicionais sem duvida foram afetas pelo uso
crescente de armas de fogo de tiro unico, mas, do mesmo modo como em
outras partes do mundo, incluindo a Europa, nao foram abandonadas em
escala na Africa ate' rifles de repeticao e metralhadoras eficientes
se tornarem acessiveis no seculo 20. Ainda assim as modificacoes
dependiam da acessibilidade de um produto tao caro.
--------
During the Middle Ages the sword was an offensive weapon used for
cracking armour, and the shield was used as a defence, but after
gunpowder came into general use, heavy defensive armour became
obsolete, and the sword became a defensive as well as offensive
weapon.
http://www2.umist.ac.uk/sport/AU/Fencing/history.htm
-----
Durante a Idade Media, a espada era uma arma ofensiva utilizada para
quebrar as armaduras e o escudo era usado como defesa, mas depois q o
uso da polvora se generalizou, as pesadas armaduras defensivas se
tornaram obsoletas e a espada se torbou uma arma defensiva, bem como
ofensiva.
------
Heraldry originated in twelfth century to distinguish friend from foe
in the heat of battle amongst heavily armoured knights with their
visors closed. The use of heraldry for this original purpose was
relatively short lived. This was because gunpowder, which was
introduced into Europe in the fourteenth century made heavy armour
obsolete.
http://www.rcoa.ac.uk/dload/Armorial%20Bearings.pdf
----
A heraldica originou-se no sec 12 para diferenciar amigos de inimigos
no calor da batalha entre cavaleiros pesadamente blindados com sua
viseira baixada. O uso da heraldica em seu proposito original teve
uma vida relativamente curta. Isto por causa da polvora, introduzida
na Europa no sec. 14 q. tornou as pesadas armaduras obsoletas.
----
http://modzer0.cs.uaf.edu/~sca/plate.html
The unprecedented protection that plate armour gave the man-at-arms
did not come without tactical, as well as economic, cost. A closed
helm seriously interfered with vision and made voice communication in
battle impossible. No doubt in response to this, heraldry emerged
during this period and the armorial surcoat became a standard item of
knightly dress. Ultimately, the thickness of iron needed to stop
missilesat first arrows and crossbow bolts, then harquebus and
musket ballsmade armour so heavy as to be impractical for active
service. By the 16th century, armour was largely ceremonial and
decorative, with increasingly elaborate ornamentation.
http://0-search.eb.com.library.csuhayward.edu/eb/print?eu=118831
Nas escolas, nas enciclopedias, nas universidades, em livros e
revistas especializadas... Tentarei ver se ensinam isso nos moto-
clubes tbm.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 22:06
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Não faz nem sentido ser postada no ciencialist ... perhaps
acrescida de off topic.......
Manuel: Ué, economia não é ciência? Ué! Ué!
Se tantas coisas na vida não pode ser objeto de ciência, então não
reclamem dos místicos e irracionalistas, já que é a vossa
epistemologia que alimenta o monstro.
Léo: Realmente, como pude me esquecer da Economia nos cursos de Ciências. Nos cursos de engenharia, de física, de química, de matemática, de biologia etc. a cadeira fundamental é economia. Até hoje na admissão da Unicamp para a especialização de luz síncrona e magnetohidrodinâmica a matéria que mais reprova é economia.
Impressionante, como fui me esquecer da Economia, o conjunto básico de temas de sustentação da Física e ramos adjuntos das Ciências.
Eta cabeça minha ... I'm sorry! Deve ser problema de minha epistemologia aguda; hoje senti dores horríveis perto da omoplata.
[]'
Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Outra proposta - textos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 22:27
De: "Daniel Leal Freire"
>Leo,
Gostaria de fazer-lhe uma proposta, mais ou menos nos termos da sua. Tenho
20 anos e estudo engenharia na PUC do Rio, estou trocando para Economia nao
por nao gostar da Engenharia, sim por outros motivos. Bom, voltando...
sempre reparei que a trigonometria eh muito mal entendida pelos alunos
(sejam do ensino médio, e muitas vezes no superior), portanto gostaria de
fazer (com sua ajuda se possível um texto didático tentando ensinar a dita
cuja.
Que acha da minha proposta?<
Oi Daniel,
Toda proposta sobre temas científicos é bem vinda. Trigonometria não é Ciência ... é matemática.
Concordo que a trigonometria começa a mostrar sua bonita 'cara' quando aplicada aos problemas de engenharia e física (como soe acontecer com todos os ramos da matemática aplicada). Independente da natureza (campo de uso dessa ferramenta) a trigonometria é mera labuta cerebral, como o são as matemáticas puras.
A matemática é o mais 'simples' dos ramos do conhecimento humano. Entenda esse 'simples' como resumo de "não depende de absolutamente mais nada"; matemática é bunda na cadeira, papel e lápis. Nada tem a ver com a Natureza e seus derivados.
Jamais pergunte a um Matemático (repare o M maiúsculo) para que serve aquilo que ele está desenvolvendo ou estudando, a resposta pode ser até acompanhada de agressividade.
Acredito, seriamente, que a dificuldade que possa aparecer no desenvolvimento da trigonometria, não seja culpa da trigonometria e sim do aluno; sua falha está na "fatoração" e outros pequenos 'segredos' da álgebra elementar.
Todavia, nada tenho contra em se preparar textos onde se vasculhem os 'meandros' da trigonometria.
[]'
Léo
================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 23:02
Bem, se Economia não é ciência, o que é então? É Ciência Social, por certo,
e, francamente, essa divisão entre ciências exatas, sociais, biológicas,
etc, deveria ser revista, pois está ultrapassada provavelmente desde Gödel
e certamente desde Edward Lorentz.
E quanto analisamos a Economia Neoclássica até a medula, sabe o que
achamos? Mecânica newtoniana!
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Novembro de 2002 22:06
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Não faz nem sentido ser postada no ciencialist ... perhaps
acrescida de off topic.......
Manuel: Ué, economia não é ciência? Ué! Ué!
Se tantas coisas na vida não pode ser objeto de ciência, então não
reclamem dos místicos e irracionalistas, já que é a vossa
epistemologia que alimenta o monstro.
Léo: Realmente, como pude me esquecer da Economia nos cursos de Ciências.
Nos cursos de engenharia, de física, de química, de matemática, de biologia
etc. a cadeira fundamental é economia. Até hoje na admissão da Unicamp para
a especialização de luz síncrona e magnetohidrodinâmica a matéria que mais
reprova é economia.
Impressionante, como fui me esquecer da Economia, o conjunto básico de
temas de sustentação da Física e ramos adjuntos das Ciências.
Eta cabeça minha ... I'm sorry! Deve ser problema de minha epistemologia
aguda; hoje senti dores horríveis perto da omoplata.
[]'
Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Outra proposta - textos
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2002 23:24
Novamente tenho que ser do contra. Matemática é ciência, só que ciência
formal. Essa definição da matemática como uma coisa independente da
natureza é platônica demais e dificilmente poderá ser sustentada nos dias
de hoje. Geometria, por exemplo, é ciência natural do começo ao fim.
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Novembro de 2002 22:27
Assunto: Re: [ciencialist] Outra proposta - textos
De: "Daniel Leal Freire"
>Leo,
Gostaria de fazer-lhe uma proposta, mais ou menos nos termos da sua. Tenho
20 anos e estudo engenharia na PUC do Rio, estou trocando para Economia nao
por nao gostar da Engenharia, sim por outros motivos. Bom, voltando...
sempre reparei que a trigonometria eh muito mal entendida pelos alunos
(sejam do ensino médio, e muitas vezes no superior), portanto gostaria de
fazer (com sua ajuda se possível um texto didático tentando ensinar a dita
cuja.
Que acha da minha proposta?<
Oi Daniel,
Toda proposta sobre temas científicos é bem vinda. Trigonometria não é
Ciência ... é matemática.
Concordo que a trigonometria começa a mostrar sua bonita 'cara' quando
aplicada aos problemas de engenharia e física (como soe acontecer com todos
os ramos da matemática aplicada). Independente da natureza (campo de uso
dessa ferramenta) a trigonometria é mera labuta cerebral, como o são as
matemáticas puras.
A matemática é o mais 'simples' dos ramos do conhecimento humano. Entenda
esse 'simples' como resumo de "não depende de absolutamente mais nada";
matemática é bunda na cadeira, papel e lápis. Nada tem a ver com a Natureza
e seus derivados.
Jamais pergunte a um Matemático (repare o M maiúsculo) para que serve
aquilo que ele está desenvolvendo ou estudando, a resposta pode ser até
acompanhada de agressividade.
Acredito, seriamente, que a dificuldade que possa aparecer no
desenvolvimento da trigonometria, não seja culpa da trigonometria e sim do
aluno; sua falha está na "fatoração" e outros pequenos 'segredos' da
álgebra elementar.
Todavia, nada tenho contra em se preparar textos onde se vasculhem os
'meandros' da trigonometria.
[]'
Léo
SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 01:31
Léo!
Essa tal de "Água Óptica" deve ser a que participa do comportamento
anômalo do Argentum numa certa faixa de temperatura :)
Agora, falando sério... que é que esse povo está aprendendo na
escola além de jogar RPG e namorar? Isso quando não se envolvem com
as drogas... :/
E agora eu repasso uma receita infalível contra o calor e possíveis
comportamentos anômalos em decorrência deste, a "ÁGUA TEMPERADA".
Você vai precisar de:
1/2 copo d'água em temperatura ambiente;
1/2 copo d'água em temperatura variando entre 8 e 12 graus Celsius.
Preparo:
Misturar ambas as partes em um só copo...
OBS: Tal experimento requer a supervisão de um adulto uma vez que a
criança tende a tomar apenas a água gelada o que possibilita que
venha a desenvolver infecções por estafilococus e/ou estreptococus
dada a baixa no sistema imunológico em decorrência do esfriamento da
região da laringe/faringe pela ingestão de líquidos gelados :)
Beijos, Lígia
****************************************
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Já ouvi falar de água magnética, água benta e muitas outras
águas,mas nunca de água óptica. Sabem algo?
>
> Aliás, estava pensando agora numa reunião meio-a-meio de água benta
e água magnética para originar a água 'bentamagnética'. Vou explorar
um pouco mais essa idéia e entrar em contato com um padre local;
talvez possamos comercializar isso tal qual os frascos de homeopatia!
>
> aquele abraço,
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Carol
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: domingo, 17 de novembro de 2002 20:17
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
>
>
> O que é água óptica?
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Outra proposta - textos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 02:45
A^3 escreve:
| Novamente tenho que ser do contra. Matemática é ciência, só que ciência
| formal. Essa definição da matemática como uma coisa independente da
| natureza é platônica demais e dificilmente poderá ser sustentada nos dias
| de hoje. Geometria, por exemplo, é ciência natural do começo ao fim.
|
He he he ... fala isso para um Matemático. he he he.......
Geometria é ciência ... he he he
Veja, vou fazer "ciência":
Chi, cha,chu são conceitos primitivos, aceite-os.
Dois chi definem um único cha; um cha e um chi definem um único chu.
Dado um chi, por ele transmutam infinitos cha.
Um chu prove infinitos cha e infinitos chi.
..........
etc. e posso continuar umas 365 proposições distintas.
Se não gostou da 'minha ciência' troque chi, cha e chu por ponto, reta e plano e enuncie os postulados, corolários e teoremas (os 365).
E o que a natureza tem a ver com isso? Não se pode usar da palavra Ciência desvinculada da natureza e dos fenômenos repetitivos observados direta ou indiretamente. Onde está na natureza o 'teorema do pé de galinha'?
Acontece que Ciência adquiriu status de respeitabilidade (até a religião quer ter o aval da ciência) por ser algo lógico, funcional e progressivo (exceto a quântica, perhaps :-)))). Se até a religião quer esse aval, imagine então os demais ramos do conhecimento, como as psicos, o direito, a economia, a astrologia, a homeopatia, os amigos do freud etc. etc.(para reforçar).
Se vc quer colocar panos quentes vá lá e passe a denominar ciências humanas (como história, português (gramática, ortografia etc.), literatura, direito etc.). Pode dividir a Ciência como quiser, vai agradar gregos e troianos ... e deixar tais ramos continuarem sem ter consistência e fechamento algum!
Obviamente nada decidimos ... e tudo volta ao status quo.
[]'
Léo
=================
SUBJECT: Re: Outra proposta - textos
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 03:02
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Novamente tenho que ser do contra. Matemática é ciência, só que
ciência formal. Essa definição da matemática como uma coisa
independente da natureza é platônica demais e dificilmente poderá ser
sustentada nos dias de hoje. Geometria, por exemplo, é ciência
natural do começo ao fim.
Manuel: Há duas concepções do que seja a matemática. Alguns a
entendem como uma técnica que nos ajuda a pensar com mais precisão e,
como tal, um instrumento das ciências. Outros, entretanto, concebem a
matemática não só como uma ciência, mas como a mais fundamental de
todas elas, nisso consistindo o seu caráter especial. Se os processos
biológicos podem ser deduzidos a partir de processos físicos, os
processos físicos, por sua vez, são traduzíveis em termos de
operações matemáticas. Ocorre, no entanto, que, assim como as leis da
física são mais gerais que as leis da biologia, os princípios
matemáticos são ainda mais gerais que as leis da física; pois, além
de descrever o mundo natural, a matemática também descreve mundos
meramente hipotéticos que, embora possíveis, não são reais.
A matemática compreende tanto o factual quanto o contrafactual. Seria
ela, então, a ciência do possível, ao passo que as
ciências 'empíricas' constituem a ciência do real.
Sobre a matemática, Murray Gell-Mann escreveu: "Um outro modo de
olhar a matemática é considerá-la aplicada quando relacionada com
estruturas que surgem nas teorias científicas, enquanto a matemática
pura contém não apenas estas estruturas, mas também todas aquelas que
poderiam ter surgido (ou ainda podem surgir) na ciência. A matemática
é, então, o estudo rigoroso dos mundos hipotéticos. Deste ponto de
vista, ela é um tipo de ciência -- a ciência do que pode ter sido ou
pode ser, assim como do que é. (O Quark e o Jaguar)
Parece que, pelo menos no mundo dos quanta, existem situações em que
não se pode distinguir o factual do contrafactual, o real do virtual.
Aquela estória de que os sistemas quânticos são sobreposições
coerentes de estados possíveis. Talvez a realidade subatômica seja um
mundo de transição entre a matemática e a física, ou seja, um mundo
em que as possibilidades matemáticas não são abstrações mentais ou
ficções úteis, mas objetos reais. E talvez a física Maria Canzoni
esteja certa quando diz que, assim como a matéria pode ser convertida
em energia (E=mc2) ou mesmo ser considerada uma forma de energia
(energia de massa), a energia, por sua vez, pode ser totalmente
reduzida à informação. É uma idéia meio esdrúxula mas... sei lá!
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 03:05
A^3 escreve:
| Bem, se Economia não é ciência, o que é então? É Ciência Social, por certo,
| e, francamente, essa divisão entre ciências exatas, sociais, biológicas,
| etc, deveria ser revista, pois está ultrapassada provavelmente desde Gödel
| e certamente desde Edward Lorentz.
|
| E quanto analisamos a Economia Neoclássica até a medula, sabe o que
| achamos? Mecânica newtoniana!
Concordo, não deveria haver tal divisão; Ciências exatas deveria ser considerado um pleonasmo e os demais ramos do conhecimento deveriam usar seus nomes sem o qualificativo 'ciência': Estudos Sociais tá de bom tamanho.
Economia, Direito etc. são estudos sociais. O Direito, por exemplo, quando tiver suas 'leis' no mesmo escopo das exatas poderá ser agraciado com o qualificativo de Ciência. Por enquanto não tem 'lei' alguma, apenas uma coletânea de textos de interpretação. Do mesmo modo, os 'livros de direito' são meras coletâneas de 'palavras de autoridade'. Mostre-me um, apenas um livro de direito que se propõe a um determinado tema e não cite em lugar algum os trechos de 'autoridades'.
Tá bom, não vou exigir tanto, que seja um livro com apenas 50% do autor e 50% de palavras de autoridade. Eis os livros de direito. Em um deles que passou pela minha mão uma dada 'lei' foi exaustivamente interpretada por 12 autoridades, com resultados conflitantes!
Como soe acontecer, nada foi resolvido ..... mas perturbamos um bocado os adeptos das CIÊNCIAS SOCIAIS (não é grito, é sublinhado!) ... e lá vem chumbo grosso :>)))) Viva FREUD! Elvis morreu!
[]'
Léo
==================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 03:15
Talvez estejam se referindo a um experimento onde uma coluna de água conduz luz, de forma curva, a
exemplo das fibras óticas(fenômeno da reflexão total).
Geralmente é feito com uma garrafa de plástico transparente furada e iluminada por uma lanterna. A
água que escoa conduz
alguns raios desta luz emitida pela lanterna durante sua trajetória. Em um anteparo (a mão, por
exemplo) que interrompa o fluxo pode-se perceber a luminosidade.
[]s
Elenice Mello.
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 18, 2002 8:45 AM
Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
Já ouvi falar de água magnética, água benta e muitas outras águas,mas nunca de água óptica. Sabem
algo?
Aliás, estava pensando agora numa reunião meio-a-meio de água benta e água magnética para originar a
água 'bentamagnética'. Vou explorar um pouco mais essa idéia e entrar em contato com um padre local;
talvez possamos comercializar isso tal qual os frascos de homeopatia!
aquele abraço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Carol
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 17 de novembro de 2002 20:17
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
O que é água óptica?
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 03:38
Sem dúvida é uma boa interpretação (essa da Elenice) para a tal 'água óptica'. Conheço o experimento por ela citado e, sem dúvida, há boa aproximação conceitual entre 'fibra óptica' e 'água óptica' canalizada (em tubo ou em jorro). Muitas fontes luminosas usam desse fenômeno da reflexão total.
Agradecendo à Elenice, exporei tal interpretação à consulente (Carol), com os devidos créditos.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 19 de novembro de 2002 03:15
Assunto: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
| Talvez estejam se referindo a um experimento onde uma coluna de água conduz luz, de forma curva, a
| exemplo das fibras óticas(fenômeno da reflexão total).
| Geralmente é feito com uma garrafa de plástico transparente furada e iluminada por uma lanterna. A
| água que escoa conduz
| alguns raios desta luz emitida pela lanterna durante sua trajetória. Em um anteparo (a mão, por
| exemplo) que interrompa o fluxo pode-se perceber a luminosidade.
| []s
| Elenice Mello.
|
|
| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
| To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Monday, November 18, 2002 8:45 AM
| Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
|
|
| Já ouvi falar de água magnética, água benta e muitas outras águas,mas nunca de água óptica. Sabem
| algo?
|
| Aliás, estava pensando agora numa reunião meio-a-meio de água benta e água magnética para originar a
| água 'bentamagnética'. Vou explorar um pouco mais essa idéia e entrar em contato com um padre local;
| talvez possamos comercializar isso tal qual os frascos de homeopatia!
|
| aquele abraço,
|
| ======================
| Luiz Ferraz Netto [Léo]
| leobarretos@uol.com.br
| www.feiradeciencias.com.br
| ======================
| -----Mensagem Original-----
| De: Carol
| Para: leobarretos@uol.com.br
| Enviada em: domingo, 17 de novembro de 2002 20:17
| Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
|
|
| O que é água óptica?
|
|
|
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS + Paradoxo de Olbers
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 03:45
Alguém sugere boas palavras para descrever o paradoxo de Olbers para o jovem consulente?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: jorge_simas
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 17 de novembro de 2002 20:12
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
Oi prof. eu tenho uma pergunta a fazer!
porquê q o céu é escuro a noite, se o céu esta coberto de estrela e o fotão tem tempo de vida infinita,neste caso a terra deveria estar coberta de luz das estrelas.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 05:38
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Concordo, não deveria haver tal divisão; Ciências exatas deveria
ser considerado um pleonasmo...
Manuel: Não, ciência exata não é pleonasmo, pois as afirmações
atinentes às ciências 'empíricas' não são cem por cento precisas ou
verdades inquestionáveis. Tudo que os cientistas da natureza aventam
não passa de hipóteses ou sentenças que encerram algum grau de
incerteza. Ciências exatas são tão-somente as ciências matemáticas.
Somente as verdades matemáticas são absolutas, isto é, exatas.
> e os demais ramos do conhecimento deveriam usar seus nomes sem o
qualificativo 'ciência': Estudos Sociais tá de bom tamanho. Economia,
Direito etc. são estudos sociais.
Manuel: Nas escolas primárias o conhecimento é compartimentalizado
desse jeito: português, matemática, estudos sociais e ciências.
Depois, quando nós crescemos, descobrimos que Papai Noel não existe e
que a 'ciências' é algo mais abrangente que a física e a biologia.
O meu conceito de 'ciência' é o seguinte: conhecimento acerca dos
aspectos gerais da realidade que se obtém através de um método
baseado na experiência (observação dirigida e experimentação).
Claro que existem ciências mais axiomatizadas do que outras, umas
mais amadurecidas e outras ainda incipientes. Há casos de ciências
cujo 'atraso' se deve em grande parte a limites impostos pelo próprio
objeto investigado. Por exemplo, a experiência científica com seres
humanos não pode extrapolar princípios éticos. Outro problema das
ciências humanas é o da auto-referência, o fato de o objeto
cognoscível ser o próprio sujeito cognoscente, isto é, o homem é ao
mesmo tempo sujeito e objeto do conhecimento. Devido a isso,
a 'objetividade' perde um pouco.
Querer que as ciências humanas sejam tão rigorosas e 'experimentais'
quanto a física, isso é sonho de Dr. Mengele.
> O Direito, por exemplo, quando tiver suas 'leis' no mesmo escopo
das exatas poderá ser agraciado com o qualificativo de Ciência.
Manuel: É óbvio que as 'leis' do Direito, isto é, as normas
jurídicas, não são leis naturais. Sequer têm elas a objetividade da
lei da oferta e da procura. As normas jurídicas não são leis
do 'ser', mas leis do 'dever ser', ou seja, são leis que podem ser
criadas e revogadas por um ato de vontade e que determinam como os
homens devem agir sob determinadas condições sociais. Normas
jurídicas podem ser justas ou não, eficazes ou não, mas delas não se
pode dizer que são falsas ou verdadeiras.
As leis jurídicas não 'prevêem' acontecimentos: elas os 'determinam'
mediante coação.
Isso não significa que as normas jurídicas, ou os ordenamentos
jurídicos, não podem vir a ser objeto de estudo científico. Podem
sim. Podemos comparar os diversos ordenamentos jurídicos, verificar o
que há de geral e de contínuo entre eles e, desta forma, obter algum
conhecimento 'objetivo' acerca do fenômeno.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 09:08
--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Essa tal de "Água Óptica" deve ser a que participa do comportamento
> anômalo do Argentum numa certa faixa de temperatura :)
Creio q. possa ser o fenomeno da reflexao total, usando-se
um recipiente com agua para exemplificar o funcionamento da
fibra optica:
http://www.fc.unesp.br/experimentosdefisica/opt09.htm
(q. obviamente não se compara ao Imperdível, perdões, ao
IMPERDÍVEL!!!!)
> Agora, falando sério... que é que esse povo está aprendendo na
> escola além de jogar RPG e namorar?
Q. mal ha' em namorar e jogar RPG? Qdo bem feito são, cada qual a sua
maneira, bem prazerosos e instrutivos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 09:35
> De: Luiz Ferraz Netto
> O Direito, por
> exemplo, quando tiver suas 'leis' no mesmo escopo das exatas
> poderá ser agraciado com o qualificativo de Ciência.
Espero sinceramente que isso jamais aconteça. Seria a ruína
do Direito, conseqüentemente, da civilização livre. As leis
jurídicas não podem pretender o status das leis naturais.
Leis naturais são muitíssimo simples, ao contrário das
leis que tentam buscar a justiça entre os homens.
A extinta URSS decretou que o sistema jurídico deles seria
'científico', portanto, 'infalível'. Deu no que deu.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: 'Ciencialist' <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 09:52
Li algures uma proposta pra lá de polêmica que tinha como
objetivo reduzir a população carcerária.
O condenado que tivesse pena a cumprir superior a 20 anos
poderia escolher entre cumprir a pena integralmente ou
submeter-se a uma pequena cirurgia no cérebro que o tornaria
inofensivo, podendo viver em liberdade, trabalhar, etc...
O que vcs acham disso?
[]
Alexandre Pimentel Cabral de Medeiros
"Eppur se muove..." (Galileu)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 10:10
> De: Manuel Bulcão
>
> É óbvio que as 'leis' do Direito, isto é, as normas
> jurídicas, não são leis naturais. Sequer têm elas a objetividade da
> lei da oferta e da procura. As normas jurídicas não são leis
> do 'ser', mas leis do 'dever ser', ou seja, são leis que podem ser
> criadas e revogadas por um ato de vontade e que determinam como os
> homens devem agir sob determinadas condições sociais.
As leis não determinam como os homens devem agir. Os homens agem
como bem entendem. A lei simplesmente estabelece uma conseqüência
para quem agir ou deixar de agir em certas circunstâncias.
PS: Eu sei que o Manuel sabe disso. Foi só para não deixar margem
à duvida.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 10:34
Takata linka:
>Creio q. possa ser o fenomeno da reflexao total, usando-se
um recipiente com agua para exemplificar o funcionamento da
fibra optica:
http://www.fc.unesp.br/experimentosdefisica/opt09.htm
(q. obviamente não se compara ao Imperdível, perdões, ao
IMPERDÍVEL!!!!)<
Realmente, eis (quase) o experimento da reflexão total que conheço.
Gosto até de dar 'nomes esdrúxulos' a alguns experimentos ("MongaDarwin"; "Batateria" etc.) mas jamais me ocorreria batizar esse do link de "água óptica". Isso me lembra os nomes das 'casas que montam óculos' "Ótica Ocular", "Ótica Visual" (sem contar a tradicional Ótica Santa Luzia) etc.
O experimento mostrado no link está fadado ao insucesso, função da montagem feita pela aluno. Para a reflexão total exibir-se a luz deverá superar um ângulo mínimo de incidência e ... nem todos os jatos de água atingem curvatura adequada para tal mínimo. Isso é frustrante para o aluno da 8a série!
O experimento citado deveria apontar pelo menos o mínimo nível de água (em relação ao furo) para obter a parábola adequada para a exibição do fenômeno. Com esse jato adequado e no escuro tal jato não deverá ser visível (porque nenhuma luz deverá escapar dele) ... só se veria a mancha luminosa na bacia onde a água cai.
Com tais consertos creio que vou colocar o experimento no Imperdível com o título: 'Conduzindo a luz'.
Mas, pensando bem sobre a denominação 'água óptica', há uma conexão lá no meu terceiro neurônio avisando-me que, em algum lugar, já li "vidro óptico" e "vidro ustório".
[]'
Léo
PS: nada me tira da cabeça que o Takata não tenha um gene para link. Incrível!
SUBJECT: Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 10:37
-- Mensagem Original From: "roberto takata" <rmtakata@altavista.net>
>
> O codigo genetico no maximo pode ser entendido como uma *linguagem*
> de programacao. Ele e' um codigo, como o Morse, e nao a mensagem.
> Pode-se codificar um sem numero de mensagens com o mesmo codigo.
>
> Ha' um numero limitado de alteracoes possiveis no codigo genetico.
> Sao 64 trincas, 20 tipos basicos de aminoacidos, mais os sinais de
> parada. Qq alteracao nisso tem grandes chances de produzir um ser
> inviavel.
>
> O q. se poderia, em tese, mais eficientemente, e' modificar um gene
> ou um grupo de genes. Causar uma mutacao, uma alteracao no
> *material* genetico e nao no codigo.
Entendido. Então onde eu escrevi alterar o "código genético" leia-se
alterar o "material genético".
Usando essa terminologia correta eu pergunto: seria possível alguém
dominar o conhecimento e a manipulação do material genético tal como
um programador domina um programa de computador? Seria possível [no
futuro], se ele quisesse que um novo ser humano produzisse menos
hormônio X, determinar em quais partes do material genético deveria
mexer?
>
> Seria como se para alterar uma linha na programacao, digamos, em
> C++, vc escreveu:
>
> int result = 4 + 5
>
> E ai' vc quer q. na verdade ele multiplique 4 por 5. Mudar o
> *codigo genetico* seria o equivalente a redefinir a funcao '+' como
> multiplicacao, ao inves de alterar o programa e escrever:
>
> int result = 4 * 5
>
> Pra essa linha, tto faria escrever 4 + 5, com o '+' significando
> multiplicacao, qto escrever 4 * 5. So' q. se eu redefinir '+' como
> multiplicacao, eu nao irei alterar apenas essa linha, eu irei
> alterar todas as linhas do programa em q. esteja escrito '+'. Eu
> definitivamente nao contrataria um programador q. tentasse essa
> alternativa para tirar um bug do software.
> []s,
> Roberto Takata
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 10:53
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
>
> Li algures uma proposta pra lá de polêmica que tinha como
> objetivo reduzir a população carcerária.
>
> O condenado que tivesse pena a cumprir superior a 20 anos
> poderia escolher entre cumprir a pena integralmente ou
> submeter-se a uma pequena cirurgia no cérebro que o tornaria
> inofensivo, podendo viver em liberdade, trabalhar, etc...
>
> O que vcs acham disso?
>
Achar, eu acho que os mecanismos de repressão ao crime não deveriam
se preocupar em estabelecer uma vingança institucional para o
infrator, mas objetivar duas coisas: 1-Proteger a sociedade, 2-
Recuperar o criminoso quando possível.
Para o caso da lobotomia, eu tenho minhas dúvidas que essa cirurgia
não seja degenerativa. Bom, estou me baseando em exemplos de pessoas
que se submeteram a ela anos atrás, não sei como anda hoje. Ela
poderia produzir um ser humano produtivo? Se sim, não vejo por que
não oferecer essa possibilidade ao condenado.
Abraços,
Carlos Zardini
> []
>
> Alexandre Pimentel Cabral de Medeiros
> "Eppur se muove..." (Galileu)
>
>
SUBJECT: Re: REVISTA SUPER INTERESSANTE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 10:58
--- Em ciencialist@y..., "Carlos Zardini" <zardini@g...> escreveu
> Entendido. Então onde eu escrevi alterar o "código genético" leia-
> se alterar o "material genético".
Ah! Ta'...
> Usando essa terminologia correta eu pergunto: seria possível alguém
> dominar o conhecimento e a manipulação do material genético tal
> como um programador domina um programa de computador? Seria
> possível [no futuro], se ele quisesse que um novo ser humano
> produzisse menos hormônio X, determinar em quais partes do material
> genético deveria mexer?
Seria. Para algumas caracteristicas o conhecimento ja' esta' bem
adiantado: conhece-se o gene, sua sequencia, o produto codificado,
sua estrutura, seu modo de acao e como isso confere a caracteristica.
Para a maioria das coisas so' se conhece uma ou duas dessas coisas ou
nem isso.
Nos organismos manipulados geneticamente -- sejam transgenicos, sejam
linhagens artificialmente produzidas por mutacao dirigida -- isso ja'
e' feito parcialmente. Em humanos estao se iniciando as pesquisas de
terapia genica.
Ha' uma expectativa de q. dentro de algumas decadas tal conhecimento
ja' esteja bem avancado: os mais otimistas acham q. dentro de 20 a 30
anos, os mezzo pessimistas para coisa de um seculo (os realmente
pessimistas acham q. isso e' inviavel).
Agora se, uma vez conquistada a tecnologia de manipulacao genetica
puntual, deve ser feito e' uma discussao q. esta' em andamento. Creio
q. para a cura de doencas geneticas a tendencia e' de se admitir a
intervencao genetica (mais seguramente para individuos ja' nascidos e
possivelmente para embrioes). Talvez se admita a intervencao para
algumas caracteristicas como a cor dos olhos, a forma da boca, o tipo
de cabelo e assim por diante. Devera' ser complicado para
caracteristicas como inteligencia, habilidade motora. E qto a tracos
de personalidade e tendencias de gosto pessoal, suponho q. e' ai' q.
a porca torcera' o rabo e onde o bicho ira' pegar de verdade...
Mas claro isso depende de muitas coisas. Como sera', so' quem viver
vera'.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 11:21
Carlos Zardini escreve:
>Achar, eu acho que os mecanismos de repressão ao crime não deveriam
se preocupar em estabelecer uma vingança institucional para o
infrator, mas objetivar duas coisas: 1-Proteger a sociedade, 2-
Recuperar o criminoso quando possível.<
Para objetivar essas duas coisas proponho (... como especialista em ectoplasma):
1- Para proteger a sociedade, isolar o infrator. Mas, isolamento MESMO.
Algo como uma ilha no meio do Pacífico e proibida toda navegação num raio de 400 km. Comida/medicamento/livros/filmes/etc. lançados de helicóptero. Não é 'prisão' (não há celas) é isolamento. Cavar túneis passa a ser apenas uma diversão. Arados e sementes à disposição.
2- A possível recuperação do criminoso fica a cargo de certas ONGs, sociólogos, sexólogos etc. que queiram ir morar lá.
Pronto, como viram, minha especialidade pode render bons frutos à sociedade.
[]'
Léo
====================
SUBJECT: Re: Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 11:30
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Será que tem algum precedente em algum lugar do mundo? Do tipo:
> "Quero ser lobotomizado e posto em liberdade".
Não tinha um condenado por violencia sexual q. se submeteu 'a
castracao quimica?
Acusado de abuso sexual quer trocar prisão por castração
http://www5.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/mai/16/169.htm
Não sei qual foi a seqüência do caso.
Em Oklahoma nao e' bem uma escolha:
Oklahoma aprova lei de castração química
http://www5.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/mai/25/102.htm
E tem as vítimas dos guerrilheiros de Serra Leoa q. podem escolher
entre manga curta ou longa.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 12:00
> De: Carlos Zardini
>
> Para o caso da lobotomia, eu tenho minhas dúvidas que essa cirurgia
> não seja degenerativa. Bom, estou me baseando em exemplos de pessoas
> que se submeteram a ela anos atrás, não sei como anda hoje. Ela
> poderia produzir um ser humano produtivo? Se sim, não vejo por que
> não oferecer essa possibilidade ao condenado.
Pois é, Carlos, eu seria absolutamente contrário se essa intervenção
fosse contra a vontade do condenado. Mas, devidamente intruído sobre
as conseqüências da cirurgia (obliteração volitiva, alteração de
personalidade), talvez o condenado tenha o direito de escolher.
Será que tem algum precedente em algum lugar do mundo? Do tipo:
"Quero ser lobotomizado e posto em liberdade".
Sei lá, faz lembrar o "Laranja Mecânica"...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 12:07
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
>
> 1- Para proteger a sociedade, isolar o infrator. Mas, isolamento
> MESMO.
> Algo como uma ilha no meio do Pacífico e proibida toda
> navegação num raio de 400 km. Comida/medicamento/livros/filmes/etc.
> lançados de helicóptero. Não é 'prisão' (não há celas) é
> isolamento. Cavar túneis passa a ser apenas uma diversão. Arados e
> sementes à disposição.
>
> 2- A possível recuperação do criminoso fica a cargo de certas ONGs,
> sociólogos, sexólogos etc. que queiram ir morar lá.
>
O problema é um pouco mais complicado. Se fôssemos todos autômatos,
poderíamos apenas desligar as máquinas que deram problema e não
precisaria nem de isolamento. Mas enquanto não atingimos este grau de
racionalidade e perfeição, o condenado não é só um condenado, mas é
uma família. Ao punir um indivíduo, o sistema também pune a família
do infeliz, que, à priori, é inocente. É claro que tal punição é
inevitável e o criminoso tem que ser de alguma forma tirado de
circulação. Mas considero justo os esforços para que esse
procedimento afete menos o grupo familiar do condenado. Esforços como
mantê-lo vivo e, se possível, recuperá-lo.
> Pronto, como viram, minha especialidade pode render bons frutos à
> sociedade.
>
> []'
> Léo
> ====================
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 13:43
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> As leis não determinam como os homens devem agir. Os homens agem
> como bem entendem. A lei simplesmente estabelece uma conseqüência
> para quem agir ou deixar de agir em certas circunstâncias.
Manuel: Isso seria o caso das leis penais: se ocorre A (infração),
deve seguir-se B (sanção). Mas a maior parte das normas jurídicas são
imperativas sim, muitas delas prescrevem como os indivíduos devem
agir em determinadas situações, seja de uma forma negativa ou
afirmativa. As cláusulas contratuais, que são leis entre as partes
contratantes, são desta natureza. As normas processuais, idem. A
título de exemplo, cito um artigo do Código Civil, escolhido ao
acaso: "O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as
despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada." (art. 1.254)
As próprias leis penais podem ser traduzidas numa fórmula imperativa:
em vez de "se ocorre A deve seguir-se B", podemos dizer "não deve
ocorrer A, sob pena de seguir-se B", ou "deve ocorrer não-A".
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: RES: Leis Naturais x Leis Jurídicas Era: Re: Frase do dia...)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 15:56
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> As leis jurídicas não determinam o comportamento humano. No máximo,
> mostra um caminho que o sujeito aceita ou transgride
> voluntariamente.
Bem q. senti um certo deja vu:
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/8190
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/8191
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/8193
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/8198
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/8201
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/8205
So' para membros. Mas foi uma linha de mensagens q.
meio q. tangenciava esta linha atual. De todo modo
as ideias basicas q. defendi nas mensagens sao as q.
se encontram tbm nas mensagens abaixo:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/6011
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5443
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/4343
Como eu sou repetitivo... :-/
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: Leis Naturais x Leis Jurídicas Era: Re: Frase do dia...)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 16:19
> De: Manuel Bulcão
>
> > Medeiros:
> > As leis não determinam como os homens devem agir. Os homens agem
> > como bem entendem. A lei simplesmente estabelece uma conseqüência
> > para quem agir ou deixar de agir em certas circunstâncias.
>
> Manuel: Isso seria o caso das leis penais: se ocorre A (infração),
> deve seguir-se B (sanção). Mas a maior parte das normas jurídicas são
> imperativas sim, muitas delas prescrevem como os indivíduos devem
> agir em determinadas situações, seja de uma forma negativa ou
> afirmativa. As cláusulas contratuais, que são leis entre as partes
> contratantes, são desta natureza. As normas processuais, idem. A
> título de exemplo, cito um artigo do Código Civil, escolhido ao
> acaso: "O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as
> despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada." (art. 1.254)
É não sinhô!
E se o comodatário recobrar do comodante? Isso não significa que
ele 'quebrou' a lei?
Por outro lado, ainda estou para conhecer alguém que quebrou uma
lei natural, p.ex., jogar a sogra do Corcovado pra ver se ela flutua! ;-)
Não flutua, e tenho uma enorme margem de certeza de que ela não
flutuará. A véia vai se esborrachar, vai quicar e vai virar
paçoca, mas NÃO vai flutuar. Certo?
As leis jurídicas não determinam o comportamento humano. No máximo,
mostra um caminho que o sujeito aceita ou transgride voluntariamente.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 17:01
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Mas, pensando bem sobre a denominação 'água óptica', há uma conexão
> lá no meu terceiro neurônio avisando-me que, em algum lugar, já
> li "vidro óptico" e "vidro ustório".
So' nao devemos nos esquecer q. a primeira a ligar 'agua optica' ao
experimento foi a nossa colega Elenice Mello.
Qto ao 'vidro ustorio' achei em uma pagina sobre o Novo Organum de
Francis Bacon:
http://www.uol.com.br/cultvox/livros_gratis/novum_organum.pdf
Do q. depreendo parece q. 'vidro ustorio' pode ser interpretado como
uma lente convergente -- q. permita, por exemplo, queimar papel
concentrando a luz do sol sobre um pedaco de papel. 'Espelho ustorio'
seriam espelho concavos parabolicos capazes do mesmo feito.
Sobre 'vidro optico', o proprio titio Leo ja' falou dele em seu
IMPERDIVEL!!!:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_A01.asp
De todo modo parece ser uma classe especial de vidro utilizado em
oculos e instrumentos opticos como microscopios, maquinas
fotograficas com alto grau de indice de refracao:
http://www.sucatas.com/vidro.html
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Inscrição sobre Cristo pode ser falsificada
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 17:45
Jornal da Ciência (JC E-Mail)
====================================================
Edição 2164 - Notícias de C&T - Serviço da SBPC
Inscrição sobre Cristo pode ser falsificada
Reinaldo José Lopes escreve para a "Folha de SP":
O que foi anunciado em 21 de outubro como a mais antiga indicação
arqueológica da existência de Jesus pode não passar de uma fraude, feita
para lucrar com o comércio de relíquias sagradas. Essa é a suspeita de um
grupo de especialistas sobre o "ossuário de Tiago", que carrega a inscrição
"Tiago, filho de José, irmão de Jesus".
Para eles, detalhes da caligrafia e do dialeto do aramaico (o idioma falado
pelos judeus da época de Jesus na Palestina) usados na última parte da
inscrição mostram que ela teria sido feita por outra pessoa, séculos depois
da gravação original -provavelmente para associar a urna funerária a Jesus
e obter lucro com isso.
"Seria preciso ser mais cego que um morcego para não ver que duas pessoas
diferentes fizeram a inscrição", diz a pesquisadora israelense Rochelle
Altman, especialista de sistemas de escrita antigos e professora da
Universidade Hebraica de Jerusalém que teve seu alerta lançado no site
Israel Insider (web.israelinsider.com).
"Para mim, essa era só mais uma inscrição. Eu nem sabia o que estava nela
quando me pediram para analisá-la. Quando vi o que estavam dizendo dela,
fiquei surpresa ao ver que não tinham notado uma farsa tão incompetente",
disse Altman à Folha.
O ossuário -caixa de rocha calcária para abrigar os ossos de pessoas
exumadas- foi revelado ao público pela revista americana "Biblical
Archaeology Review". Para o francês André Lemaire, especialista em hebraico
e aramaico da Universidade Sorbonne, a análise do artefato sugeria que ele
pertencera a Tiago, líder da igreja cristã de Jerusalém e chamado de "o
irmão do Senhor" no Novo Testamento. O francês nega que tenha dado destaque
a uma falsificação.
Segundo Lemaire, apontavam para o Tiago bíblico o estilo da inscrição, o
fato de ossuários só terem sido usados pelos judeus palestinos entre 30
a.C. e 70 d.C. e a combinação de nomes.
Altman, porém, diz que duas mãos muito diferentes fizeram a inscrição. "A
primeira parte, que diz "Ya'akov bar Yosef", usa um estilo formal e solene,
marcando as letras com uma cunha inicial para demonstrar isso", diz Altman.
"É a mão de alguém com boa educação e que conhece os documentos oficiais da
época, que usavam um estilo parecido."
Contudo, o trecho "ahui d'Yeshua", ou "irmão de Jesus", é bem diferente,
afirma a pesquisadora. "Foi feito por um gravador incompetente, que nem
consegue distinguir o "yod" [a letra Y] do "waw" [o W]", diz Altman. "Ele
não consegue manter o mesmo estilo de letras e chega a misturar caracteres
arcaicos com outros muito modernos", avalia.
O americano Paul Flesher, da Universidade do Wyoming, concorda. Ele
analisou as palavras usadas na inscrição e diz que, enquanto a primeira
parte está em aramaico "padrão", difícil de atribuir a qualquer dialeto, a
segunda traz traços típicos da versão dessa língua falada na Palestina do
final do século 2º até o século 7º da Era Cristã -muito tempo depois da
morte de Tiago, no ano 63.
Uma dessas marcas é o sufixo possessivo "-wy" (que, colado à palavra "ah",
"irmão", quer dizer algo como "seu irmão") -a forma usual no tempo de Jesus
seria "-why". A outra é o uso do "d" em "d'Yeshua", que também tem sentido
possessivo, ou seja, quer dizer "de Jesus".
Os dois são usados ao mesmo tempo -o que indicaria uma linguagem mais
coloquial, diferente do aramaico usado na época de Cristo, diz Flesher. "Do
ponto de vista linguístico, essa conclusão é óbvia", afirma o pesquisador.
Steve Mason, especialista nos textos judaicos do século 1º e pesquisador da
Universidade de Oxford, concorda com a análise.
"A análise de Flesher faz muito sentido, e note que ela lança dúvidas sobre
a segunda parte da inscrição, que é contestada por Altman de forma ainda
mais persuasiva".
Para os pesquisadores, as análises combinadas apontam para uma fraude
montada por volta do século 4º, quando o cristianismo já estava se
transformando na religião dominante e a busca por relíquias de Jesus e dos
apóstolos estava crescendo. "Ou também para criar uma evidência em favor de
Tiago como irmão verdadeiro de Jesus, um debate que estava acontecendo
entre os cristãos da época", sugere Altman.
Mesmo com a contestação, Flesher diz que Lemaire tem boa reputação como
pesquisador e que a análise é atípica. "Isso nunca teria acontecido numa
revista científica", afirma o americano. "Acho que ele ficou tão excitado
com aquilo que deixou de lado todas as evidências contrárias à sua
hipótese", afirma Altman.
(Folha de SP, 19/11)
SUBJECT: RES: [ciencialist] RES: Leis Naturais x Leis Jurídicas Era: Re: Frase do dia...)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 18:01
> De: Takata
>
> Bem q. senti um certo deja vu:
>
Podes crer, Takata! Eu tive que frear antes
da curva para não sair pela tangente. Mas aprendi
a não misturar mais os conceitos ditos 'científicos'
dos 'sociológicos'
Aprender é sair no lucro. ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 18:25
Takata:
>So' nao devemos nos esquecer q. a primeira a ligar 'agua optica' ao
experimento foi a nossa colega Elenice Mello.<
Léo: Correto. Lembrei isso em minha mensagem anterior e já respondi à Carol dando os devidos créditos.
>Sobre 'vidro optico', o proprio titio Leo ja' falou dele em seu
IMPERDIVEL!!!:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_A01.asp <
Léo: É! Meu terceiro neurônio está funcionando. Lí sobre isso, 'mas não escrevi sobre isso'! Lembre-se que minha Sala 24 é totalmente comandada pelo Observatório Phoenix, aos cuidados do amigo Marcelo Moura -MG. Ele envia os textos, eu dou uma vasculhada geral para ver a conceituação, ajusto a formatação e coloco on-line. Por vezes dou 'palpites' sobre os temas e após troca de mensagens chegamos ao texto final.
>De todo modo parece ser uma classe especial de vidro utilizado em
oculos e instrumentos opticos como microscopios, maquinas
fotograficas com alto grau de indice de refracao:
http://www.sucatas.com/vidro.html <
Léo: OK, como sempre os bons links!
[]s,
Roberto Takata and Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 18:57
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 18, 2002 12:15 PM
Subject: [ciencialist] Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da
Humanidade)
Bem, estou indo embora.
Apesar de ter negado - e repudiar o marxismo -, talvez eu ainda esteja muito
influênciado por ele. E talvez você esteja influênciado pela teoria do caos.
Entre Marxismo e Teoria do caos, talvez seja mais "seguro" ficar com a
segunda opção.
Os fenômenos naturais são, geralmente, estudados em nível individual. Um
fenômeno complexo é dividido em partes (analisado) e essas partes são
estudadas. Por outro lado, há uma tendencia a estudar os fenômenos
históricos de um ponto de vista mais coletivo e abrangente. O fenômeno é
tomado como síntese e suas partes são apenas decorrencias do processo
coletivo. (Não sei se estou sendo claro).
Em termos de determinação, os fenômenos naturais tendem a ser determinados
pelas suas condições iniciais e pelas regras de manipulação dessas
condições. Os fenômenos históricos muitas vezes são analisados como
processos de *fatalidades* da evolução dos modos de produção. É como se os
fatos históricos fossem determinados pelas 'condições subjetivas' (isso é: o
coletivo). Há um fatalismo onde a história determina o homem (digamos,
toscamente falando, o que seria equivalemte a "as condições iniciais" da
teoria do caos).
Segundo o materialismo histórico, o processo de evolução das 'economias'
rege e guia a história. Essa, por sua vez, rege e guia o homem (e os atos e
feitos históricos: todo homem é fruto do seu tempo. Logo, o tempo determina
o homem. O "tempo" é o coletivo. O cenário da história).
De qualquer modo, não se fala aqui somente ou tão somente de marxismo. Hegel
já trata o processo histórico da mesma forma: O coletivo determinando o
particular.
O processo histórico poderia - segundo se entende - ser observado em suas
tendencias amplas, principalmente no que diz respeito as "fatalidades"
(entre aspas) decorrentes do processo econômico. Fatalidades essas
pretensamente previsíveis dentro de plausibilidades. Isso é: o processo
histórico - relativamente previsível nos seus aspectos gerais de processo e
materialismo econômico - determina os fatos históricos - não tão
previsíveis, já que são meandros decorrentes do coletivo -. É como uma
"teoria do caos" ao contrário.
Uma crítica que fazem à "ciência" é de ser "reducionista". Geralmente vem em
tom pejorativo. Com isso, quer-se dizer que a ciência vê o "todo" somente
como uma decorrencia do conjunto das partes e a ciência, por método, só
analisa as partes - porque apenas as partes são passíveis de
experimentação -. A crítica que fazem é que nem sempre o "todo" é um mero
conjunto de partes. Talvez ocorra o contrário na determinação de alguns
fenômenos: que o todo determine a crie as partes.
A ciência é realmente reducionista, mas isso não é ruim. Alias, isso é
ótimo. A experimentação dá a certeza estatística. E, como trata-se de
experimentar "partes", a ciência tem utilidade direta na manipulação delas.
Por outro lado, ela falha em observar o andamento de cenários (decorrencias
coletivas de várias "partes": Essa "falha" se reflete no que se chama de
"caos". Será o que chamamos de "caos" é a explicitação de um erro no método
e a evidência de que os esses cenários *não* são determinados por essas
'partes' ?)
Mas, enfim, voltando ao que disse antes. É realmente mais "seguro" ficar com
a posição reducionista (sem tom pejorativo) porque ela é passível de
experimentação por definição (método científico). Nós estamos falando de
coisas diferentes na thread inteira e eu caí na armadilha de sair da
previsão de cenários para cair dentro da previsão de eventos. Fiz isso
porque você, como seria de se esperar em uma lista de ciência, pensa em
eventos e qualquer coisa fora disso é 'genérico'. Enfim...
Eu tinha dito que iria ficar pouco tempo e meu tempo chegou. Viajo na quarta
à noite.
Até próximas "brigas" no ano que vem. (ou até além do ano que vem... ou até
além... ...)
Arcange.
-----
Obs1: Foram feitas *sim* experiências com armaduras pesadas e tiros (na
verdade, chapas de metal feitas ao estilo das armaduras pesadas). As
armaduras pesadas tinham boa chance de ricochetear projeteis ou amortecer
(às vezes, diminuindo a gravidade do ferimento). As armas daquele tempo não
eram como as do nosso. O tiro saia com força variável e não tinha grande
penetração.
Como disse antes, o grande exemplo histório vem do próprio Cook, morto
porque um tiro seu foi detido por um escudo polinésio.
Armaduras pesadas não eram usadas em combate, Takata. Eram para torneios
entre os nobres. Apesar dos filmes mostrarem isso, ninguém ia pra guerra com
um trambolho daqueles. Nas batalhas, usam armaduras mais leves, como
peitorais de bronze, que, esses sim, tinham uma capacidade apenas razoável
de deter os tiros.
Acredito que você está certo em seguir a interpretação defendida pelos
livros. Eu, no seu lugar, faria o mesmo. Eu já tinha dito antes que essa
essa interpretação - a dos livros - é a que é ensinada na escola. Essa
"verdade" "rápida e suja" ganhou notoriedade e virou "padrão". Porque isso
aconteceu, eu não sei. Mas as pesquisas foram feitas. Alias, em termos
práticos, não é tão difícil fazer um teste desses.
Talvez você, tendo acesso a um mosquete e a uma armadura - ou a uma chapa de
metal feia ao estilo das armaduras pesadas -, faça o teste um dia.
Obs2: Algumas roupas "vitorianas" que você mostrou não são representativas,
Takata. Muitas são roupas para ocasiões sui generis. Muitas são de carnaval,
geralmente fazendo referências à vezena. Outras, você diz que são
exageradas. Eu olhei e não achei. Algumas não são exageradas nem para os
padrões de hoje e decididamente não são exageradas quando comparadas do
século 17 e 18. No século 18 usava-se até peruca. Muitas roupas que você
expos sugerindo ser 'exageradas' podiam ser usadas em uma festa chic nos dia
de hoje e não seriam consideradas extravagantes. É claro, pro meu ponto de
vista. Cada um olhe e tire suas conclusões.
SUBJECT: RES: Leis Naturais x Leis Jurídicas Era: Re: Frase do dia...)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 19:46
Oi Medeiros,
Medeiros: As leis não determinam como os homens devem agir. Os homens
agem como bem entendem. A lei simplesmente estabelece uma conseqüência
para quem agir ou deixar de agir em certas circunstâncias.
Manuel: Isso seria o caso das leis penais: se ocorre A (infração),
deve seguir-se B (sanção). Mas a maior parte das normas jurídicas são
imperativas sim, muitas delas prescrevem como os indivíduos devem
agir em determinadas situações, seja de uma forma negativa ou
afirmativa.
Medeiros: E se o comodatário recobrar do comodante? Isso não
significa que ele 'quebrou' a lei?
Manuel: Sim, ele desobedeceu a lei. Mas as leis do dever-ser (normas
morais e jurídicas) encerram essa possibilidade de transgressão ou a
liberdade de não cumpri-las. Do contrário, seriam leis do ser, isto
é, leis que estabelecem como as coisas 'são' sob determinadas
condições, e não como elas DEVEM ser.
A norma jurídica não é uma lei natural que estabelece, num sentido
estatístico ou não, como as coisas serão. A norma jurídica manda,
ordena, determina 'imperativamente' e mediante coerção como as coisas
devem ser. "Faça isso, não faça aquilo, caso contrário será punido." -
- Se bem que há normas cuja sanção não é uma punição, mas uma
recompensa ou prêmio. Mas se trata de normas secundárias, não
fundamentais. Mesmo assim complica.
Medeiros: As leis jurídicas não determinam o comportamento humano. No
máximo, mostra um caminho que o sujeito aceita ou transgride
voluntariamente.
Manuel: Mas se o sujeito cumpre a norma por medo de ser punido, ou
incentivado pelo prêmio, isso não significa que o seu comportamento
foi, de um certo modo, 'determinado' pela norma? Claro que sim! Toda
lei jurídica dispõe de um meio coercitivo ou sanção que pressiona,
que 'força' os indivíduos a agirem conforme a lei. Numa certa medida,
a norma jurídica 'causa' o seu cumprimento.
Mas claro que não determina do mesmo modo que uma lei natural.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Futurologia e Ficção Científica (ex-Extinção da Humanidade)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 19:58
--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> (Não sei se estou sendo claro).
Tbm nao sei. Mas eu nao entendi.
> Até próximas "brigas" no ano que vem. (ou até além do ano que
Falou. Boa viagem e se cuida.
> As armas daquele tempo não eram como as do nosso. O tiro saia com
> força variável e não tinha grande penetração.
E, 'a medida em q. as armas de fogo eram aperfeicoadas, as armaduras
eram aperfeicoadas. So' q. as armas evoluiram mais rapidamente do q.
as armaduras poderiam.
> Armaduras pesadas não eram usadas em combate, Takata. Eram para
> torneios entre os nobres. Apesar dos filmes mostrarem isso, ninguém
> ia pra guerra com um trambolho daqueles. Nas batalhas, usam
> armaduras mais leves, como peitorais de bronze, que, esses sim,
> tinham uma capacidade apenas razoável
> de deter os tiros.
As de justas tbm nao conseguiriam deter tiros das armas aperfeicoadas.
So' q. a questao e' q. mesma as de combate foram ficando de inicio
mais completas e pesadas e tbm encontravam entraves bem maiores do q.
em torneios. E esse caminho acabou levando a um beco sem saida. Foi
assim? Nao se tem certeza absoluta, claro.
> Obs2: Algumas roupas "vitorianas" que você mostrou não são
> representativas, Takata. Muitas são roupas para ocasiões sui
> generis. Muitas são de carnaval, geralmente fazendo referências à
> vezena.
Isso nao tira a representatividade da peça. Seria o mesmo q. imaginar
q. a plebe do sec. 17 utilizava essas estravagancias e perucas.
> Algumas não são exageradas nem para os
> padrões de hoje e decididamente não são exageradas quando
> comparadas do século 17 e 18.
E algumas sao exageradas... Elas poderiam, em media, ate' ser menos
paramentadas do q. a tempos imediatamente anteriores. Mas decidamente
e' um festival de firulas se comparadas com a vestimenta romana ou
grega. Mas mesmo q. nao fosse mais estravagante q. essas, continuamos
a ter um esquema com idas e vindas: simples uma ora, estravagante em
outra. Encontramos isso nas artes tbm -- de modo ate' mais acentuado -
- uma escola contestando a anterior: e como a negacao da negacao e' a
propria tese original...
> Muitas roupas que você expos sugerindo ser 'exageradas' podiam ser
> usadas em uma festa chic nos dia de hoje e não seriam consideradas
> extravagantes.
Em uma festa a fantasia provavelmente nao seriam destoantes.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: PARA SERGIO TABORDA
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2002 20:47
Suas críticas a algumas mensagens da lista são
equivocadas. Se eu quiser mandar uma mensagem
particular, não mandarei para a lista, o que é óbvio.
Ao escrever "Para fulano" como assunto, a intenção
continua sendo a divulgação geral, de uma resposta
ao fulano, mas para toda a lista.
Se ficar muito insatisfeito, ninguém o está segurando
aqui...
Guilherme
>Depois de algum tempo afastado da lista - sim é possivel - ( e ainda
>não estou de volta, estou ...'dando um tempo') volto para ver como
>está e vejo que existem muitos mails com titulos do tipo "para
>fulano".
>
>Acho que devo, já que ninguem o faz, chamar a atenção que esse tipo
>de mensagens não encaixa numa lista publica.
>
>Se pretendem falar com determinada pessoa enviem um mail para ela e
>não para a lista.
>
>O problema é que deixamos de saber do que se trata o corpo da
>mensagem pq a mensagem deixa de ter assunto e passsa a ser uma troca
>de mensagens particulares que deveriam portanto ser feitas, em
>particular.
>
>Se acham que a mensagens é de interesse publico (não necessáriamente
>de todos os participantes da lista) ao menos mantenham titulos que
>contenham alguma informação sobre o assunto em causa.
>
>Vá-lá, não custa assim tanto tentar...
>
>Outra coisa. A lista é de ciencia. Portanto, o assunto deve, de
>algum modo, estar relacionado com ciencia. E isso deve ser tornado
>explicito. Caso contrario é considerado off topic. Como já foi dito
>aqui, off topics não são maus de mantidos em baixo numero e com
>pouca frequencia, mas quando em demasia, cançam. Portanto, antes de
>enviar uma mensagem, por favor tente dar-lhe , ao menos, um
>enquadramento relacionado com ciencia (qq uma). Se não conseguir,
>então desista de enviar essa mensagem para a lista. Inscreva-se numa
>lista que discuta esse assunto ou use os News Groups onde se pode
>falar sobre quase todos os temas.
>
>Uma lista serve para trocar ideias de ciencia e sobre ciencia, e
>isso não pode ser feito se for uma confusão pura de titulos e
>assuntos não relacionados com nenhum tema da lista. Ainda para mais
>se o tema não é referenciado.
>
>
>Sérgio Taborda
>
>P.S: Que ninguem encare esta mensagem como um ataque. Eu estou
>falando no geral e sem me lembrar de ninguem (até pq não tive tempo
>de ler todas as mensagens). Isto é uma questão simples de
>organização que faz parte dos minimos para que uma mail-list cumpra
>seus objectivos. É apenas uma sugestão de [org]anização.
>
_________________________________________________________________
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
http://messenger.msn.com.br
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2002 22:06
Leo:
consideremos a sociedade como um todo. Há sempre um grupo de delinqüentes
que, infringindo o que o grupo ou sociedade considera como "ato
infracional", deveria, ao cometer o delito, perder os direitos básicos do
cidadão.
A perda da liberdade para esses indivíduos não deveria ocasionar onus para a
sociedade: eles deveriam trabalhar, dentro de sua capacidade física, para
seu sustento e ainda um adicional para pagar a estrutura
policial-judiciária.
Essa de mandar livros (!!!!) medicamentos, filmes, e principalmente os etc.
transformaria a ilha em um resort.
(Aposto que as ONGs destes famosos direitos humanos que só defendem
facínoras, iam mandar um monte de manuais de construção de barcos....)
Quem é condenado deveria ficar em prisões onde seriam privados de todo o
conforto pessoal, afastados dos centros urbanos, e todo réu deveria, ao
início do julgamento, informar ao Juiz e à sociedade, de onde ele tira a
grana para pagar os advogados (a existência dos grandes advogados é
diretamente proporcional à existência dos grandes bandidos). A OAB
esperneia quando se diz isso, mas não tem como justificar que um cara como o
beira mar recebe num dia 20 advogados... todos regiamente pagos para
procurar lacunas na lei para facilitar a vida de seus clientes....
Um detalhe: cadê a grana que o lalau catou?? um cara desses deveria sofrer
castigos influsive físicos ( olha o Alcorão aí, minha gente!!!!) até
devolver cada ceitil com juros e correção monetária!!
Dar a um preso 4 refeições por dia, que eles jogam fora enquanto nordestinos
passam fome absoluta, realmente é uma surpreendente e surrealista defesa
dos "direitos humanos".
Um preso custa pro governo 700 reais, em média, enquanto um trabalhador
ganha um salário mínimo de 200 pratas.
O Carlos ainda diz que "pune a familia do infeliz" - isso é uma falácia. Os
presos tem benefícios previdenciários, negados
aos que trabalham sem carteira.
E as ONGs que nunca se lembram das famílias das vítimas, não há um caso
siquer de uma família que, tendo o provedor assassinado por bandidos, que
teve sua mantença garantida por essas ONGs... Nem as igrejas, tão cheias de
pastorais, lembram-se das vítimas.... elas não dão votos, elas não têm
plêiades de advogados, elas não tem cara, apenas lágrimas....
Os que gostam do assundo deveriam estudar um pouco o sistema prisional de
países como o Japão ( a polícia de Toquio não disparou nem um único tiro, em
serviço, em 2001) ou a China...
E não me venham com o papo furado de pobreza: na Índia, onde a fome é bem
mais intensa do que no Brasil, não existe nem um décimo dos delitos que
ocorrem aqui.
Puxa.... chega... O assunto é vasto, merece uma discussão segmentada, tópico
por tópico, mas sem radicalismos e vendo, antes de tudo, o interesse maior
da sociedade. Sustentar vagabundo com o dinheiro dos impostos que deveriam
ser aplicados na saúde, educação, moradia, saneamento básico e outras
firulas, é preciso ser repensado.
Agora com o PT no governo, por certo todos esses problemas acabarão.
Inclusive vou sugerir a Benedita no ministério da Justiça por seu notório
saber e o Rainha no Banco Central por sua diuturna luta pelos "excluidos"..
sds.,
silvio, o radical.
----- Original Message -----
From: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 19, 2002 12:07 PM
Subject: [ciencialist] Re: Enquete: Prisao ou lobotomia?
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
>
> 1- Para proteger a sociedade, isolar o infrator. Mas, isolamento
> MESMO.
> Algo como uma ilha no meio do Pacífico e proibida toda
> navegação num raio de 400 km. Comida/medicamento/livros/filmes/etc.
> lançados de helicóptero. Não é 'prisão' (não há celas) é
> isolamento. Cavar túneis passa a ser apenas uma diversão. Arados e
> sementes à disposição.
>
> 2- A possível recuperação do criminoso fica a cargo de certas ONGs,
> sociólogos, sexólogos etc. que queiram ir morar lá.
>
O problema é um pouco mais complicado. Se fôssemos todos autômatos,
poderíamos apenas desligar as máquinas que deram problema e não
precisaria nem de isolamento. Mas enquanto não atingimos este grau de
racionalidade e perfeição, o condenado não é só um condenado, mas é
uma família. Ao punir um indivíduo, o sistema também pune a família
do infeliz, que, à priori, é inocente. É claro que tal punição é
inevitável e o criminoso tem que ser de alguma forma tirado de
circulação. Mas considero justo os esforços para que esse
procedimento afete menos o grupo familiar do condenado. Esforços como
mantê-lo vivo e, se possível, recuperá-lo.
> Pronto, como viram, minha especialidade pode render bons frutos à
> sociedade.
>
> []'
> Léo
> ====================
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Beneficios da agricultura biológica
FROM: Nonio <jmiranda@explicacoes.com>
TO:
DATE: 20/11/2002 02:02
British Crop Group Speaker Claims Organic Farming on a Global Basis
Would be an Environmental Catastrophe
Churchville, VA, November 15, 2002 - Dennis Avery, Director of the
Hudson Institute's Center for Global Food Issues (CGFI) will present a
speech at the British Crop Protection Council Conference this Monday,
November 18th, during their symposium, "The Global Challenge -
Sustainable Food Production." (Full schedule at http://www.bcpc.org).
With the rallying call of "Growing More Per Acre, Leaves More Room for
Nature," Mr. Avery will address the need to increase global food
supplies for a world population expected to reach 9 billion by the year
2050 while simultaneously protecting the earth's biodiversity. Mr. Avery
will discuss the benefits of modern farming practices, which have
allowed mankind to increase food production on limited amounts of land,
and he will challenge public misperceptions often created by the organic
food industry.
"Some tout organic farming as the answer, yet scientific data show that
if organic farming practices were employed on a global basis, the
consequences would be an environmental catastrophe," claims Avery.
"Additionally, organic practices even on a limited scale are challenged
by groups like the Scottish Crop Research Institute as being
ecologically unsound."
Nitrogen fertilizer which is sustainably produced from atmospheric
nitrogen -- 78 percent of the earth's atmosphere is nitrogen -- is not
allowed under organic farming rules. Dr. Vaclav Smil of the University
of Manitoba estimates that a worldwide organic farming mandate would
require the manure from another 7-8 billion cattle to replace the aerial
nitrogen high-yield farmers currently use. The United States alone would
need nearly one billion additional cattle to replace its current
nitrogen fertilizer use, but the US could not feed that many cattle,
even if it were to use all available land, including all of its parks
and natural forests.
The Bichel Committee, appointed by the Danish government to assess the
impact of imposing organic farming on all Danish farms, concluded in
1999 that overall it would slash Danish human food production by 47
percent, and specifically it would cut grain and pulse production by 62
percent, cut pork and poultry production by 70 percent, and reduce
potato output by 80 percent. Virtually overnight, Denmark would barely
be able to feed itself, and its current export customers would have to
clear millions of acres of their existing forests for additional
farmland. To make up the nitrogen deficit, cattle manure would become
Denmark's biggest farm product.
Great Britain's Cooperative Wholesale Association, which farms 80,000
acres in both mainstream and organic modes, told the House of Lords in
1999 that it gets 44 percent less wheat from its organic fields. By this
count, producing Europe's current food supply organically would require
clearing additional farmland equal to all of the forests in Germany,
France, Denmark and the UK. Reports now confirm that, coinciding with
the UK's government-supported conversion of high-yield conventional farm
land to organic farms, Britain is becoming more dependent upon food
imports from other lands to feed itself.
On this point Avery notes, "While children in Southern Africa and other
famine stricken areas of the world die of starvation, it is indefensible
for wealthy and technology-rich countries like the United Kingdom to be
growing less of the food which they are capable of producing and
increasing their agricultural demands from other countries to support
this inexplicable desire for organic fad foods."
The Soil and Water Conservation Society of America has declared modern
high-yield farming the most sustainable in history because of its
unprecedented ability to minimize farming's land requirements while
sustaining soil fertility, preventing soil erosion and controlling pests
through integrated pest management. Today biotechnology promises the
biggest sustainability breakthrough in 100 years, as scientists create
plants which actually take contaminating salts out of the soil - making
the irrigated 40 percent of the world's food production base sustainable
for the first time.
More than 700 people have joined Greenpeace Founder Patrick Moore and
two Nobel Peace Prize laureates -- Dr. Norman Borlaug, the 1970 Nobel
Peace Prize winner and Dr. Oscar Arias, former president of Costa Rica
and the 1986 Nobel Peace laureate - in signing the "Declaration in
Support of Protecting Nature With High-yield Farming and Forestry." This
Monday Mr. Avery will invite the BCPC, its affiliates, and all concerned
conservationists, to sign the declaration at
http://www.HighYieldConservation.org.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS + agua optica
FROM: "villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 02:40
Leo >>>Com tais consertos creio que vou colocar o experimento no
Imperdível com o título: 'Conduzindo a luz'.
---------------
Oi Leo
Já que você mencionou, aqui vai uma sugestão: Que tal o título "Guiando a
Luz" ?
Acho que ficaria mais condizente (ou deveria dizer 'mais conduzente'?
(hehehe)
Abraços
Villem
SUBJECT: [ciencialist] Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 03:37
Faz tanto tempo que não participo desta lista que é melhor eu me
reapresentar. Meu nome é José Colucci Jr., tenho 19 anos de idade, sou
estudante de educação física e gosto de tudo o que é bom.
Escrevo porque é Dia Santo: aniversário de Deus. Não lhe desejo longa
vida porque Ele é eterno, mas desejo-lhe felicidade infinita. Que os
anjos da termodinâmica, os arcanjos da estática, os querubins da
dinâmica, os serafins do eletromagnetismo lhe assistam na luta contra o
demônio. Não o de Maxwell, o da ignorância.
Colucci
SUBJECT: Re: [ciencialist] Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 04:35
Carlos Zardini >>>>Achar, eu acho que os mecanismos de repressão ao crime
não deveriam se preocupar em estabelecer uma vingança institucional para o
infrator, mas objetivar duas coisas: 1-Proteger a sociedade, 2- Recuperar
o criminoso quando possível.
--------------
Oi pessoal !
Excelente a colocação acima !
Somente uma concepção religiosa do mundo permitiria estabelecer que os
seres humanos são totalmente responsáveis e, portanto imputáveis, por suas
ações. Isso eqüivale a dar ao Homem um poder e uma ilimitação que ele,
física e biológicamente, não tem. As penas deveriam ter caráter apenas
educativo e/ou dissuasório.
Embora sentimentos de raiva ou vingança sejam típicos de nossa espécie
enquanto indivíduos, acho que a lei, por ser algo afeto ao comportamento
social, poderia ser aperfeiçoada se objetivasse a satisfação geral em
lugar da individual. A punição violenta, tal como cativeiro perpétuo ou em
condições torturantes, não são compatíveis com valores de uma sociedade
que pretende ideais de dignidade e de justiça.
A lobotomia me parece uma solução um tanto drástica e incapacitante, o que
violenta o ideal de respeito à integridade física e mental, transformando
pessoas em pseudo-vegetais. Uma alternativa seria o uso de hormônios
(haja em vista a TPM de mulheres).e outros fármacos visando correções
comportamentais. Entretanto estes ainda estão pouco e mau investigados.
Há muito tempo, li um conto de ficção futurista em que grandes criminosos
estavam sumindo misteriosamente. O detetive encarregado do caso descobriu
que havia um "medico" que fazia uma cirurgia plástica total e uma espécie
de "lavagem cerebral" nos criminosos, transformando-os em novos e bons
cidadãos. O detetive resolveu arquivar o caso pois achou que, afinal, era
uma boa solução para acabar com os bandidos.
Embora considere ser moralmente incorreta, sou pragmaticamente favorável a
adoção legal da pena de morte para casos "irrecuperáveis" (uma boa parte
deles). A idéia de adotar a pena de morte "provisoriamente" pode até
parecer jocosa, mas, sob um ponto de vista pragmático, seria uma
alternativa para controlar uma dada situação, ao menos até que a
sociedade desenvolva condições econômicas e técnicas suficientes para um
tratamento adequado dessas patologias.
Saliento que, mesmo nestes casos, a pena de morte deveria ser adotada
apenas como forma de reconhecer a incapacidade social para tratar o
problema criminal mas nunca como instrumento de punição ao indivíduo.
Abraços
Villem
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 05:32
He he he .... Agradeço a lembrança Colucci.
Hoje 'faço aninhos' e tem comemorações (agora às 05:25 h a Marcia já me brindou com um copaço de suco de manga Bourbon colhida aqui no quintal); daqui a pouco a cambada acorda e começaremos a bagunça toda ... com presentes.
Mesmo os deuses agradecem a lembrança dos dias em que começaram a atuar: No princípio era o VERBO ... depois vieram os substantivos, os adjetivos ... e os bolos!
Aquele abraço moleque de 19 anos,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo] {deus}
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 20 de novembro de 2002 03:37
Assunto: [ciencialist] Apresentação: Hoje é Dia Santo
Faz tanto tempo que não participo desta lista que é melhor eu me
reapresentar. Meu nome é José Colucci Jr., tenho 19 anos de idade, sou
estudante de educação física e gosto de tudo o que é bom.
Escrevo porque é Dia Santo: aniversário de Deus. Não lhe desejo longa
vida porque Ele é eterno, mas desejo-lhe felicidade infinita. Que os
anjos da termodinâmica, os arcanjos da estática, os querubins da
dinâmica, os serafins do eletromagnetismo lhe assistam na luta contra o
demônio. Não o de Maxwell, o da ignorância.
Colucci
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SUBJECT: Dia duplamente santo...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 09:17
Olás!
Hoje é dia do aniversário de Deus e também é dia do aniversário do
owner do espaço onde Deus atua.
Parabéns Brudna! Parabéns Léo!
Proponho aos demais ciencialisteiros jejum e abstinência de sexo...
e que a ira divina e do owner de seu espaço não caia sobre nossas
cabeças.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo...
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 10:52
Pois tamanha é a efeméride que a prefeita de Campinas, onde moro,
decretou feriado hoje. É bem verdade que ela ocultou a real motivação
duplamente divina, dizendo que a razão era o Dia da Consciência Negra. O
reitor da Unicamp até tentou espernear, decidindo que na universidade não
seria feriado coisa nenhuma, mas, na última hora, a prefeita deve ter
contado a ele os verdadeiros motivos divinatórios da comemoração, e ele
voltou atrás e mandou uma portaria decretando feriado também ali.
E eis que estou aqui em casa, meditando sobre o início de tudo, e
desejando felicidades ao Léo e ao Brudna, ou ao Brudna e ao Léo, não sei
bem como devo ordenar vossos nomes; enfim, em sua onisciência, vocês entendem.
Abraços,
Belisário
At 11:17 20/11/02 +0000, you wrote:
>Olás!
>
>
>Hoje é dia do aniversário de Deus e também é dia do aniversário do
>owner do espaço onde Deus atua.
>
>Parabéns Brudna! Parabéns Léo!
>
>Proponho aos demais ciencialisteiros jejum e abstinência de sexo...
>e que a ira divina e do owner de seu espaço não caia sobre nossas
>cabeças.
>
>Beijos, Lígia
SUBJECT: RES: [ciencialist] Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 11:59
> De: Jose Colucci Jr.
>
> Faz tanto tempo que não participo desta lista que é melhor eu me
> reapresentar. Meu nome é José Colucci Jr., tenho 19 anos de idade, sou
> estudante de educação física e gosto de tudo o que é bom.
Passou um tempão no spa "Fonte da Juventude", né, rapazinho?
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 12:25
Uma mão trabalhando vale mais do que mil ( ou mais ) rezando.
Frase retirada do STR
Se existirem deuses, não podemos ajudá-los, mas podemos ajudar nossos
semelhantes. Não podemos
amar o inconcebível, mas podemos amar a esposa, os filhos e os amigos.
ROBERT G. INGERSOLL
Bom Dia.
Considero esta prefeita e este reitor de Campinas alienados. Não vejo
justificativa nenhuma para este feriado.
Pela ótica da prefeita os seus funcionários públicos não devem ter serviço
algum. Atitudes arbitrárias e individualistas como essa mancham a reputação
dos funcionários públicos e expõem a imagem da cidade ao ridículo.
Como sugestão por que também não parar os serviços públicos como
atendimento médico, coleta de lixo, distribuição do sistema de água e
energia elétrica para comemorar o dia de São Tomé, São Cosme, Iemanjá,
Tupã,
Santo Daime, etc, etc.....
Atenciosamente:
Lisandro.
OBS: Às outras pessoas que estão fazendo aniversário nesta
data, meus sinceros parabéns e MUITOS ANOS DE VIDA.
Pois tamanha é a efeméride que a prefeita de Campinas, onde moro,
decretou feriado hoje. É bem verdade que ela ocultou a real motivação
duplamente divina, dizendo que a razão era o Dia da Consciência Negra. O
reitor da Unicamp até tentou espernear, decidindo que na universidade não
seria feriado coisa nenhuma, mas, na última hora, a prefeita deve ter
contado a ele os verdadeiros motivos divinatórios da comemoração, e ele
voltou atrás e mandou uma portaria decretando feriado também ali.
E eis que estou aqui em casa, meditando sobre o início de tudo, e
desejando felicidades ao Léo e ao Brudna, ou ao Brudna e ao Léo, não sei
bem como devo ordenar vossos nomes; enfim, em sua onisciência, vocês
entendem.
Abraços,
Belisário
At 11:17 20/11/02 +0000, you wrote:
>Olás!
>
>
>Hoje é dia do aniversário de Deus e também é dia do aniversário do
>owner do espaço onde Deus atua.
>
>Parabéns Brudna! Parabéns Léo!
>
>Proponho aos demais ciencialisteiros jejum e abstinência de sexo...
>e que a ira divina e do owner de seu espaço não caia sobre nossas
>cabeças.
>
>Beijos, Lígia
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SUBJECT: Crediçes e Superstições. Agnóstico.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 12:27
VEJA - Edição 1 733 - 9 de janeiro de 2002
Entrevista: Michael Shermer
O risco da crendice
Diretor de ONG americana
que combate as
superstições diz que
vivemos uma era de
irracionalismo e que acreditar em tudo pode ser
perigoso
Daniel Hessel Teich
"Pode parecer inofensivo
acreditar em espíritos ou
telepatia. Não é. Quem
acredita nisso pode
acreditar em qualquer
coisa"
Holly Freedman
O psicólogo americano Michael Shermer dedica-se há nove
anos ao que considera uma cruzada: em defesa do
pensamento científico, ele combate superstições, crendices
e mitos. Suas armas são palestras que faz pelos Estados
Unidos, cursos no Instituto de Tecnologia da Califórnia
(Caltech), participações em programas de televisão e de
rádio e sete livros sobre o assunto. O último deles,
Fronteiras da Ciência: onde o que Faz e o que Não Faz
Sentido Se Encontram, foi lançado no ano passado nos
Estados Unidos. Shermer é diretor da Sociedade dos
Céticos, uma espécie de ONG que tem entre os
simpatizantes cientistas do calibre do paleontólogo Stephen
Jay Gould, um dos principais escritores de divulgação
científica do mundo. Colunista da revista Scientific
American, ele mantém um site na internet dedicado a
desmascarar charlatães. Quando não está debatendo com
crédulos de todos os matizes ou escrevendo livros, Shermer
se dedica a outras tarefas não menos desgastantes. É
apaixonado por corridas e enduros de bicicleta e
participante assíduo de competições como a Race Across
America, que cruza os Estados Unidos de ponta a ponta.
Veja ? Por que o senhor afirma que estamos vivendo
um momento de irracionalismo?
Shermer ? Nós somos menos crédulos e supersticiosos do
que eram as pessoas há 500 anos. A história é outra se
compararmos com 25 anos atrás. O irracionalismo só tem
aumentado. Pesquisas mostram que cada vez mais se
acredita em astrologia, experiências extra-sensoriais,
bruxas, alienígenas e discos voadores, na existência da
Atlântida. Há uma lista enorme de coisas absurdas. O
espantoso é que não são apenas os lunáticos que crêem
nessas coisas. Muita gente com bom nível de educação
também cai nessa. São crenças pegajosas, que se fixam de
forma muito mais forte do que podemos imaginar.
Veja ? Por que isso acontece?
Shermer ? O irracionalismo tem aumentado principalmente
por culpa da comunicação de massa e da internet. As
pessoas que vivem da exploração dessas crenças são
hábeis na exploração desses recursos. Usam técnicas de
vendas como telemarketing, anúncios e promoções. As
religiões tradicionais vêm perdendo muito espaço nos
últimos anos, o que tem deixado um campo aberto para
crenças alternativas como paranormalidade e cultos da
nova era.
Veja ? Não é paradoxal que isso aconteça no momento
em que o conhecimento e a ciência sejam tão
difundidos?
Shermer ? A explicação é simples. As pessoas procuram
crenças que as consolem, coisa que a ciência não faz. É
mais fácil acreditar em crendices e superstições que na
ciência. As pessoas querem respostas para questões de
cunho moral, que a ciência não tem como responder. Nós
não devemos esquecer que todos os seres humanos, entre
eles os cientistas e os céticos, querem ter uma vida melhor.
Sob esse ponto de vista, é difícil resistir ao canto de sereia
do misticismo.
Veja ? O que o senhor acha do enorme sucesso no
Ocidente de orientalismos como o feng shui, a doutrina
chinesa que propõe o uso da decoração e da
arquitetura para reequilibrar a energia das pessoas?
Shermer ? As pessoas estão tentando dar sentido às
coisas a sua volta. Querem botar ordem num caos que não
conseguem compreender. Coisa parecida acontece entre as
tribos animistas da Amazônia. Os índios crêem que o mundo
está repleto de espíritos e forças que ajudam a arrumar
esse caos e tratam de invocá-los como podem. É claro que
os brasileiros que vivem nas grandes cidades não levam a
sério o animismo dos ianomâmis e provavelmente ririam dos
pajés se os vissem tentando arrancar os encantamentos e
os espíritos que eles acreditam ser a causa das doenças.
Na verdade, essas crenças dos povos primitivos têm tanto
fundamento científico quanto as bobagens oferecidas pelos
pajés do feng shui.
Veja ? O senhor poderia enumerar algumas dessas
crenças que foram moda nos últimos anos e logo
depois abandonadas como charlatanices?
Shermer ? Todos se lembram dos famosos biorritmos,
aquela história de que era possível usar os ciclos do corpo
que se repetem em ritmos regulares para traçar previsões
sobre a carreira, a vida amorosa e o futuro financeiro de
uma pessoa. Muita gente ganhou fortunas com isso e hoje
ninguém mais toca no assunto. Outra bobagem foi o
Triângulo das Bermudas. Dizia-se que era um lugar onde
navios e aviões desapareciam misteriosamente. Há ainda o
poder das pirâmides, que se acreditava capaz de conservar
comida, afiar facas e até aumentar a potência sexual. É
bobagem pura, que ninguém mais leva em consideração. Há
também as cirurgias psíquicas nas Filipinas e na América do
Sul, mas já são menos freqüentes. Foram desmoralizadas
depois que mágicos demonstraram a facilidade com que se
produzem os truques ditos paranormais.
Veja ? O que o senhor pensa de quem acredita em
duendes e bruxas?
Shermer ? Adultos crêem nisso pela mesma razão por que
acreditam no feng shui. O ser humano é um bicho que se
senta em torno da fogueira e conta histórias. E com isso
adquire experiência para enfrentar o mundo. É assim desde
os tempos das cavernas. Ocorre que, com a diversidade de
culturas, os povos fazem isso numa miríade de formas,
chamando as forças animistas de diferentes nomes.
Duendes e bruxas são dois entre milhares deles. O que
importa é que por baixo de todos esses nomes está a
crença nas superstições e a necessidade de explicar o
mundo de forma mágica.
Veja ? Como o senhor justifica a vantagem do
pensamento científico sobre o obscurantismo?
Shermer ? A ciência é o único campo do conhecimento
humano com característica progressista. Não digo isso
tomando o termo progresso como uma coisa boa, mas sim
como um fato. O mesmo não ocorre na arte, por exemplo.
Os artistas não melhoram o estilo de seus antecessores,
eles simplesmente o mudam. Na religião, padres, rabinos e
pastores não pretendem melhorar as pregações de seus
mestres. Eles as imitam, interpretam e repetem aos
discípulos. Astrólogos, médiuns e místicos não corrigem os
erros de seus predecessores, eles os perpetuam. A ciência,
não. Tem características de autocorreção que operam
como a seleção natural. Para avançar, a ciência se livra dos
erros e teorias obsoletas com enorme facilidade. Como a
natureza, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os
erros para continuar a existir.
Veja ? Acreditar em superstições é um comportamento
de risco?
Shermer ? A maior parte das pessoas pensa que acreditar
em espíritos ou telepatia é inofensivo. Não é. Por uma razão
simples: quem acredita em coisas para as quais não existe
nenhuma evidência pode acreditar em tudo. Da mesma
forma que o consumo de maconha pode levar à heroína,
crenças simplórias em fantasmas e discos voadores podem
levar a outras mais perigosas.
Veja ? Como é possível separar o que é ciência do que
é pseudociência?
Shermer ? É uma tarefa complexa. Eu adoto um modelo
para definir, de um lado, a ciência consagrada e, de outro,
a pseudociência. Entre ambas há uma zona cinza,
fronteiriça. Nessa região ficam linhas de pesquisas feitas
por profissionais sérios, perscrutadas por publicações
científicas de prestígio, mas que têm objetos de estudo um
tanto quanto exóticos. Podem, de um momento para outro,
cair tanto para o lado da ciência quanto para o da
crendice. Na área cinzenta estão a busca de vida fora da
Terra, a acupuntura e teorias econômicas, como o
socialismo. Na área da não-ciência estão a astrologia, a
negação do holocausto e a ufologia.
Veja ? A exploração de crendices é um grande negócio.
O senhor tem como avaliar o dinheiro que isso
movimenta?
Shermer ? Ninguém sabe exatamente quanto se
movimenta nesse mercado que envolve milhares de formas
de ganhar dinheiro. Só os medicamentos alternativos
rendem dezenas de bilhões de dólares por ano. Assim, se
considerarmos todas as categorias juntas, eu calcularia o
lucro da pseudociência em 1 trilhão de dólares por ano.
Temos de lembrar ainda que essa fonte de ganho se torna
ainda mais tentadora quando se trata de religiões e seitas
isentas de impostos.
Veja ? Por que esse é um negócio para o qual parece
não existir fronteiras?
Shermer ? As pessoas gostam de acreditar que as coisas
não acontecem por si mesmas, mas por alguma razão ou
motivo. Uma pesquisa mostra que um dos motivos de as
pessoas acreditarem em Deus é o fato de que o mundo é
tão bonito e o universo segue mecanismos tão delicados
que seria impossível não existir um criador para tudo isso.
Esse é, de certa forma, um pensamento baseado em
conhecimento científico, nas relações de causa e efeito.
Precisamos levar em conta que nem sempre há motivos ou
explicações para tudo o que queremos.
Veja ? Alguns cientistas tentam entender o poder da fé
e das orações na cura de doenças. O que o senhor acha
desses estudos?
Shermer ? Eles são falhos por três razões primárias. A
primeira: não há como comprovar cientificamente se as
pessoas estudadas têm fé ou se estão rezando. Elas dizem
que têm, e ponto final. Segunda: muitos desses estudos
não avaliam variáveis importantes como idade, sexo,
situação socioeconômica, condições físicas, fatores que
poderiam contribuir para outros resultados. E, por último, a
maioria dos resultados de um estudo desses não pode ser
repetida. As variáveis de análise são tão subjetivas que um
estudo jamais terá o resultado semelhante ao de outro. Ou
seja, essas pesquisas não são nem um pouco confiáveis.
Veja ? Por que uma das mais populares práticas
místicas gira em torno de pessoas que se propõem a
conversar com os mortos ou realizar curas com a ajuda
deles?
Shermer ? Porque a morte é um problema crucial para o
homem. Todos nós queremos acreditar que depois dela
continuaremos a existir, seja na forma que for. Os médiuns
que convencem as pessoas de sua capacidade de falar com
os mortos validam as crenças de que de fato há vida após
a morte. Também oferecem um alento em meio à tristeza da
perda de uma pessoa amada. É confortante crer que o
falecido está em um lugar acessível com a ajuda da
mediunidade.
Veja ? O fato de ajudar as pessoas a superar a dor da
perda não valida essas práticas?
Shermer ? Aqueles que exploram a dita mediunidade não
estão ajudando ninguém. São oportunistas que se
aproveitam da emoção de pessoas fragilizadas. A melhor
forma de superar a morte é encará-la de cabeça erguida. A
morte é uma parte da vida, e fingir que o morto pode falar
em estúdios de TV ou salas escuras por intermédio de
pessoas que cobram por seus serviços é um insulto à
inteligência dos que estão vivos.
Veja ? O senhor acha possível acreditar no
sobrenatural e ao mesmo tempo estar a salvo de
charlatães?
Shermer ? O problema de acreditar em superstições é que
a maioria das pessoas que crê em uma delas acredita
também em todas as outras. As crendices estão fortemente
relacionadas. Se você abandona a capacidade crítica de
pensar cientificamente, pode acreditar em absolutamente
tudo.
Veja ? Mas há pessoas que acreditam em astrologia e
também na teoria da evolução proposta por Charles
Darwin.
Shermer ? A maioria das pessoas tem um modo de
raciocínio em que mantém as crenças de forma isolada.
Seria como se o cérebro fosse composto de uma série de
compartimentos a vácuo, com cada uma dessas coisas
guardada de maneira a não se misturar.
Veja ? O senhor acha que as pessoas que acreditam
em coisas estranhas são propensas ao fanatismo
religioso?
Shermer ? Não acho que seja assim. As pessoas crédulas
acreditam em muitas coisas, isso para não dizer que crêem
em qualquer coisa. Para ser fanático é preciso uma crença
fortíssima em uma única coisa.
Veja ? O que o senhor diz a uma pessoa que acredita
em vida após a morte quando ela lhe pergunta se isso
é verdade?
Shermer ? Nós temos a obrigação de falar a verdade em
todas as ocasiões, a todas as pessoas, sejam elas adultos
ou crianças. Não há nenhuma evidência de que exista de
fato vida após a morte. A questão é falar isso de uma forma
amigável e ponderada e mostrar que é possível levar a vida
em plenitude. Elas irão entender que não há grandes
problemas em ser cético.
Veja ? O que levou o senhor a se envolver numa
cruzada contra as crendices?
Shermer ? É simples. Eu sou um homem que acredita na
ciência. Meu sonho é ver nossa espécie sobreviver a nossas
limitações e sair deste planeta, procurar outras estrelas
parecidas com o Sol e partir para outras galáxias. O
obscurantismo limita nossa capacidade de ousar e de
superar nossas limitações. Sem a ciência não existe
crescimento cultural ou material de uma sociedade.
Veja ? O senhor tem algum tipo de crença religiosa?
Shermer ? Eu me defino como um agnóstico, uma pessoa
que acredita naquilo que pode ser comprovado. Citando o
biólogo Thomas Huxley, parceiro de Darwin e pai do
agnosticismo, sou daqueles que acreditam em Deus como
um problema insolúvel.
SUBJECT: Re: Crediçes e Superstições. Agnóstico.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 12:35
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> "Pode parecer inofensivo
> acreditar em espíritos ou
> telepatia. Não é. Quem
> acredita nisso pode
> acreditar em qualquer
> coisa"
> Holly Freedman
Aparentemente as coisas nao sao tao assim. Algumas
pesquisas indicam dissociacao entre esses
tipos de crencas consideradas paranormais. Notamente
ha' uma oposicao, ao menos nos EUA, entre religiosidade
acentuada e crenca em telepatia e bruxas (embora,
naturalmente, esses religiosos tendam a acreditar
mais na existencia de demonios).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 12:41
O QUE JA ERA FERIADO MUNICIPAL, A BENEDITA, FUTURA MINISTRA DO LULA,
TRANSFORMOU AGORA EM FERIADO ESTADUAL.
OS BRANCOS?
ELES FORAM TODOS COMEMORAR NA PRAIA.
IPANEMA TA CHEIA.
OS NEGROS ESTAO LA VENDENDO MATE, CERVEJA E, TALVEZ, MACONHA.
EM BREVE...
FERIADO FEDERAL.
L.E.
At 12:08 20/11/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> > Bom Dia.
> >
> >
> > Considero esta prefeita e este reitor de Campinas alienados.
>Não vejo
> > justificativa nenhuma para este feriado.
> > Pela ótica da prefeita os seus funcionários públicos não devem ter
>serviço
> > algum. Atitudes arbitrárias e individualistas como essa mancham a
>reputação
> > dos funcionários públicos e expõem a imagem da cidade ao ridículo.
> > Como sugestão por que também não parar os serviços públicos
>como
> > atendimento médico, coleta de lixo, distribuição do sistema de água
>e
> > energia elétrica para comemorar o dia de São Tomé, São Cosme,
>Iemanjá,
> > Tupã,
> > Santo Daime, etc, etc.....
>
>
>Lisandro!
>
>Como não lhe ocorreu tentar entender o que o Belisário falou, eu
>explico: Além de ser o aniversário de Deus Léo e Espírito Santo
>Brudna, hoje TAMBÉM é dia da Consciência Negra e por isso em Campinas
>é feriado. Sabes o que é isto? Bem, feriado é um dia de folga e
>Consciência Negra não é o mesmo que consciência pesada não... É algo
>de muita importância para todos nós principalmente aos negros
>conscientes de seu valor na sociedade e no mundo.
>
>Lígia
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 12:56
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Passou um tempão no spa "Fonte da Juventude", né, rapazinho?
Na verdade esta' contado em idade de cachorro ou em anos jovianos.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Frase do dia.- OFF TOPIC
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 13:01
> Manuel: Não, ciência exata não é pleonasmo, pois as afirmações
> atinentes às ciências 'empíricas' não são cem por cento precisas ou
> verdades inquestionáveis. Tudo que os cientistas da natureza aventam
> não passa de hipóteses ou sentenças que encerram algum grau de
> incerteza. Ciências exatas são tão-somente as ciências matemáticas.
> Somente as verdades matemáticas são absolutas, isto é, exatas.
Nem a matemática pura é tão exata assim! Gödel mostrou que qualquer
qualquer proposição que contenha no mínimo a aritmética não poderá ser, ao
mesmo tempo, exata e completa. Clara que isso se aplica somente a domínios
muito específicos da aritmética, mas mesmo assim a matemática não é tão
exata quanto gostaríamos, pois, em tese, podemos formular proposições que
não podemos afirmar serem falsas ou verdadeiras.
No geral, concordo com suas opiniões sobre ciência, mas elas devem ser um
pouco refinadas, pois um astrólogo também poderia argumentar que astrologia
se baseia em métodos experimentais. O critério da falseabilidade de Popper
me parece válido ainda, e deve ser invocado sempre que possível.
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: Enquete: Prisao ou lobotomia?
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 13:07
Sei que esta não é a lista adequada, e por isso não pretendo fazer
render muito esse tema que não é de domínio científico. Então vai aí
minha última resposta, deixando algumas coisas no ar. As opiniões são
pessoais e não poderiam almejar algo além disso, pois a questão é
ética, relativa, dependente da cultura onde vivo, da minha criação
familiar, e etc.
A condenação do criminoso não deveria ocasionar ônus para a
sociedade, como bem falou o Sílvio Cordeiro. Presos trabalhando e
pagando suas despesas beneficiam tanto a sociedade quanto os próprios
presos. Além do trabalho, os presos poderiam também ter acesso ao
estudo. Acesso ao conhecimento, que liberta o homem. Conhecimento que
muitos não tiveram acesso, e talvez se tivessem, teriam tido uma
oportunidade de não seguir o caminho da criminalidade.
É claro que isso remete ao pensamento de que se está dando
oportunidades aos presos que a maioria dos brasileiros não têm. De
fato temos uma injustiça. Mas a falta de oportunidades da população
não é culpa dos presos. Aliás muitos presos não seriam criminosos se
não tivessem antes sido vítima também dessa mesma falta de
oportunidades. Se vamos imputar a culpa da segregação social
brasileira em alguém, eu sugiro que a imputemos em nós mesmo. Não
adianta torcer o nariz, e querer acreditar que não temos culpa de
nada da situação que se estabeleceu. Podemos agir pra melhorar e na
maioria das vezes cruzamos os braços. O individualismo nos cegou. O
pensamento de não tenho haver com isso mata milhares de homens.
Nossas manifestações afetam o mundo de uma maneira que não podemos
imaginar. Às vezes até uma simples mensagem em uma lista de discussão.
Ao se deparar com um crime e perguntar quem é o culpado, primeiro
você vai encontrar a pessoa do criminoso. Mas se perguntar de novo,
quem é o culpado, vai encontrar a situação na qual o criminoso se
encontra. Em algum momento os papeis de vítima e criminoso vão
começar a se tornar nebulosos, difíceis de definir. E no final pode
ser que até veja o criminoso como uma vítima, seja da segregação
social, seja de um desequilíbrio químico cerebral.
> DE Silvio Cordeiro:
> O Carlos ainda diz que "pune a familia do infeliz" - isso é uma
> falácia. Os presos tem benefícios previdenciários, negados
> aos que trabalham sem carteira.
Não, isso não é uma falácia. Seria falácia se fosse mentira, se a
família dos condenados não sofresse com a condenação. Imagine se seu
filho cometesse um crime, e sofresse processo de pena de morte. Você
seria a favor da pena de morte para ele? É assim que costumo
responder quando me perguntam se eu seria a favor da pena de morte
caso alguém da minha família fosse a vítima. Sofrimentos existem dos
dois lados. Pode-se argumentar qual sofrimento seja maior, qual seja
mais justo, qual tenha mais direito de ser atenuado, mas nunca que
não existam.
> E as ONGs que nunca se lembram das famílias das vítimas, não há um
> caso siquer de uma família que, tendo o provedor assassinado por
> bandidos, que teve sua mantença garantida por essas ONGs...
Uma injustiça sim, claro! De injustiças sociais somos campeões. Mas
quando começamos a inventar uma injustiça pra compensar outra
injustiça anterior, não creio que chegamos a um ideal.
> E não me venham com o papo furado de pobreza: na Índia, onde a fome
> é bem mais intensa do que no Brasil, não existe nem um décimo dos
> delitos que ocorrem aqui.
Tenho minhas dúvidas se na Índia os delitos são tão menores. Uma
sociedade de castas onde meninas são ventidas à prostituição,
gurerras e richas entre muçulmanos e hindus, não me parece que a
situação lá seja melhor. Até a fome que você mencionou acima, como
sendo maior que no Brasil, não seria ela própria um dos efeitos de
delitos bárbaros cometidos pelas elites daquele país? Mas deixando a
Índia de lato, se a pobreza não é a única causa da criminalidade,
tenho motivos para acreditar que ela é a principal.
> Puxa.... chega... O assunto é vasto, merece uma discussão
> segmentada, tópico por tópico, mas sem radicalismos e vendo, antes
> de tudo, o interesse maior da sociedade.
Chega, tem razão. Poderíamos deixar essa lista vazia se
continuássemos, ou melhor aconteceria se fôssemos moderados. Por mim,
não tocarei mais no assunto específico.
> sds.,
>
> silvio, o radical.
>
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 13:08
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> Bom Dia.
>
>
> Considero esta prefeita e este reitor de Campinas alienados.
Não vejo
> justificativa nenhuma para este feriado.
> Pela ótica da prefeita os seus funcionários públicos não devem ter
serviço
> algum. Atitudes arbitrárias e individualistas como essa mancham a
reputação
> dos funcionários públicos e expõem a imagem da cidade ao ridículo.
> Como sugestão por que também não parar os serviços públicos
como
> atendimento médico, coleta de lixo, distribuição do sistema de água
e
> energia elétrica para comemorar o dia de São Tomé, São Cosme,
Iemanjá,
> Tupã,
> Santo Daime, etc, etc.....
Lisandro!
Como não lhe ocorreu tentar entender o que o Belisário falou, eu
explico: Além de ser o aniversário de Deus Léo e Espírito Santo
Brudna, hoje TAMBÉM é dia da Consciência Negra e por isso em Campinas
é feriado. Sabes o que é isto? Bem, feriado é um dia de folga e
Consciência Negra não é o mesmo que consciência pesada não... É algo
de muita importância para todos nós principalmente aos negros
conscientes de seu valor na sociedade e no mundo.
Lígia
SUBJECT: Darwin e a evolução.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 13:09
(Embedded
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pic06483.pcx)
A cruzada dos criacionistas contra Darwin e o
evolucionismo
Charles Darwin manteve A Origem das Espécies na gaveta
por 20 anos. Temia chocar a mentalidade religiosa de
seus contemporâneos: a teoria da evolução demonstrava,
afinal, que o homem é apenas um animal entre outros e,
como todos os outros, evoluiu a partir de formas
simples, através da seleção natural. Nenhum lugar
especial está destinado a este parente próximo dos
macacos (tão próximo que, sabe-se hoje, seus genes são
99% idênticos aos do chimpanzé).
Conclusão: o homem não é, ao contrário do que dizem os
textos bíblicos, um ser criado segundo algum "plano
divino", mas resultado ? como o próprio universo ? de
um processo cego, sem finalismo, submetido apenas a
causas e leis naturais.
Enfim publicada em 1859, a explosiva obra de Darwin
marcava o início de uma revolução nas ciências e de uma
profunda revisão nas concepções filosóficas e
religiosas, gerando persistentes e apaixonadas
controvérsias.
A reação foi imediata. "O ateísmo esmagador cai sobre
nós", bradavam os dogmáticos; a Bíblia deve ser
interpretada e aceita literalmente, proclamava um
documento assinado, em Oxford, por 11 mil clérigos
anglicanos. A criação seria, daí em diante, o ponto
central da discórdia e da rejeição do darwinismo pelas
religiões cristãs, embora algumas delas jamais tenham
assumido uma posição oficial sobre a evolução. É o
caso, por exemplo, das igrejas anglicana, protestante e
católica (esta excluiu a Origem... do índex das obras
proibidas).
Mas o fato é que, aos poucos, as reações ao
evolucionismo tornar-se-iam menos hostis, pelo menos na
Europa. Há religiosos que não vêem conflito entre a
idéia da criação divina da vida e a evolução das
espécies. Em outras palavras, não interpretam a Bíblia
tão ao pé da letra.
Se os religiosos europeus, contudo, já não formam
cruzadas contra Darwin e a teoria da evolução, o mesmo
não acontece nos Estados Unidos, principalmente no sul.
Lá, religiões aferradas à criação e ao fundamentalismo
ainda acatam ? contra todas as evidências científicas ?
as idéias do bispo Ussher, que proclamou, em 1665, com
base nas escrituras, que a Terra foi criada exatamente
às 9 horas da manhã do dia 23 de outubro de 4.004 a. C.
Literalismo bíblico
Pouco importam os métodos de datação radioativa e os
registros fósseis de milhões de anos (embora com
lacunas, avidamente exploradas pelos
antievolucionistas). Para os adeptos do criacionismo,
ninguém pode saber o que realmente aconteceu, pela
simples razão de que "não havia gente para observar".
Isto significa que não há conhecimento dessas épocas e
que a ciência só pode remontar ao início dos registros
escritos. Pois ciência, como escreve Henry Morris ? um
dos velhos ideólogos do movimento criacionista ? em seu
Scientific creacionism (San Diego, Creation-Life,
1974), "significa conhecimento, e a essência do método
científico é a observação experimental" (textos de
ambos os lados da controvérsia podem ser encontrados na
coletânea organizada e comentada pelo filósofo
canadense Michael Ruse em But is it science? The
philosophical question in the creation/evolution
controversy, Amherst, Prometheus Books, 1996).
O que basicamente une os cristãos fundamentalistas
americanos em torno do criacionismo é a interpretação
literal da Bíblia. O mundo teria começado tal como
escrito nos primeiros capítulos do Gênesis, isto é,
teria sido criado no espaço de seis dias, e o Dilúvio
seria um fato histórico, assim como a Arca salvadora de
Noé.
Essa crença na criação fixou raízes na cultura popular.
Uma pesquisa Gallup realizada em 1991 demonstrou que
47% dos norte-americanos acreditam que Deus criou o
homem na sua forma atual, num momento "entre os últimos
10 mil anos"; que 40% acham que o homem se desenvolveu
a partir de formas de vida menos avançadas há milhões
de
anos, mas "Deus guiou todo o processo, inclusive a
criação do homem"; e que apenas 9% acreditam que o
homem evoluiu a partir de formas mais simples, mas
"Deus não tomou parte nesse processo".
Por que, então, a controvérsia? Antes de tudo,
pesquisas mostram também que a maioria dos cientistas
se enquadra no ponto de vista naturalista dessa minoria
de 9% da população. É difícil imaginar algo que separe
tão profundamente o cidadão comum do homem de ciência.
Além
disso, a ciência tornou-se uma força dominante na
cultura contemporânea, ganhando respeitabilidade e
acesso privilegiado às salas de aula da escola pública,
em detrimento das religiões ? motivos suficientes para
que os criacionistas neguem e combatam o trabalho dessa
minoria tão poderosa.
Trata-se de uma cruzada que, no curso deste século, tem
renovado suas táticas e reciclado seus argumentos. Com
um benefício, pelo menos: reavivou o velho problema
filosófico da demarcação entre ciência e pseudociência.
No banco dos réus
Metodistas, batistas e presbiterianos dominaram a
campanha
antievolucionista nos EUA nas primeiras décadas do
século XX. Somente nos anos 20 , mais de 20
legislaturas debateram temas antievolucionistas e
quatro Estados (Oklahoma, Tennessee, Mississippi e
Arkansas) baniram das escolas públicas o ensino da
teoria darwiniana (ver Ronald Numbers,The creacionists,
em But is it science?, cit., e Michael Shermer, Why
people believe weird things, Nova York, W. H. Freeman,
1997, parte 3).
Vale a pena rememorar, portanto, os principais passos
dessa velha cruzada (não extensiva, é bem verdade, a
todos os criacionistas) que acabou desembocando nos
tribunais, um dos quais seria compelido até mesmo a
definir em sentença o conceito de ciência.
Em 1923, Oklahoma aprovou uma lei oferecendo livros
gratuitamente para as escolas, desde que nem os livros
nem os professores mencionassem a evolução. No
Tennessee, em 1925, o Butler Act proibiu o ensino de
qualquer teoria que negasse "a história da Divina
Criação do homem" (de acordo com a Bíblia), o que foi
interpretado como uma violação das liberdades civis (o
célebre "Caso Scopes"). A lei, no entanto, só seria
revogada em 1967.
Nos anos 60 e 70, entra em campo uma nova geração de
criacionistas, que passou a demandar igual tempo para
Darwin e para o Gênesis nas escolas. Argumento: a
evolução é "apenas" uma teoria, não um fato. A Creation
Research Society, fundada em 1963, toma a linha de
frente das organizações criacionistas e consegue
aprovar em algumas legislações a exigência de que os
livros escolares incluíssem a advertência de que "a
origem e criação do homem e seu mundo não é um fato
científico". A Bíblia era designada, uma vez mais, como
texto de referência. A Associação Nacional do
Professores de Biologia recorre e vence na Suprema
Corte, em 1968.
Os criacionistas, então, mudam de estratégia. Já que a
teoria da evolução não podia ser banida, passam a lutar
por igual tempo para a "creation-science" e para a
"evolution-science". É aqui que entram em cena o citado
Morris e seu fiel escudeiro Duane Gish (um PhD em
bioquímica, astro dos debates antievolucionistas),
organizando o Creacion-Science
Research Center (CSRC), em 1972, junto ao Christian
Heritage College de San Diego, na Califórnia.
Nos dois anos seguintes, eles espalham os livretes
Science and Creation (destinados a alunos de 1a. a 8a.
séries) em 28 Estados. A "ciência da criação",
sustentavam, deve ter proporcionalmente o mesmo espaço
reservado à "ciência da evolução" nos currículos
escolares. Ao mesmo tempo, o CSRC desenvolve campanhas
em que atribui ao evolucionismo a "decadência moral dos
valores espirituais", a "destruição da saúde mental" e
o aumento dos divórcios, do aborto e, até, das "doenças
venéreas"! (R. Numbers, coletânea citada).
Popper, Kuhn, Feyerabend...
Na defesa da "criação" como alternativa à "idéia de
evolução", os criacionistas costumam citar filósofos
como Karl Popper (para horror do próprio), Thomas Kuhn
e Paul Feyerabend ? os dois últimos, curiosamente,
caros também à "esquerda acadêmica" nova-iorquina, em
geral relativista, multiculturalista e
"desconstrucionista" (guardadas as diferenças, o que
une criacionistas e "pós-modernistas" é uma visão
ideológica das ciências).
A epistemologia popperiana, como se sabe, exige que as
teorias científicas sejam falseáveis, isto é, a teoria
só é cientifica se um fato ou observação puder
refutá-la. O filósofo, aliás, chegou a afirmar que o
darwinismo é um "programa de pesquisa metafísica", ao
invés de teoria científica passível de prova (cf. sua
Autobiografia intelectual, São Paulo, Cultrix, 2ª ed.,
1986). Os criacionistas aplaudem, mas omitem o fato de
que Popper reviu sua posição em carta à revista New
Scientist (1980), reconhecendo que a evolução da vida
na Terra é testável e, portanto, científica.
Kuhn, por sua vez, definiria (em A estrutura das
revoluções científicas, São Paulo, Perspectiva, 1976) o
progresso científico como competição entre modelos ou
paradigmas , termo que virou moda na área de
Humanidades. Os criacionistas não perderam a
oportunidade: modelo por modelo, não havia razão para
que o "paradigma da criação" não competisse, em
igualdade de condições, com o "modelo da evolução". A
tática deu certo: Arkansas e Lousiana, além de comitês
de educação de outros Estados, adotariam o argumento
dos "dois modelos". Outro caso (McLean vs. Arkansas)
que foi parar nos tribunais.
O relativismo radical de Feyerabend foi, igualmente,
providencial para a "ciência da criação". O autor do
célebre Contra o método igualaria a ciência aos mitos,
ao vodu, à bruxaria e à astrologia. Sua teoria do
"vale-tudo" ajudou a devastar muitas áreas das chamadas
ciências sociais e, é claro, serviu como luva aos
fundamentalistas religiosos: Feyerabend chegaria a
defender-lhes o direito de terem sua versão da criação
ensinada nas escolas públicas, lado a lado com a teoria
de Darwin (ver O fim da ciência, de John Horgan, São
Paulo, Cia. das Letras, 1998).
Ciência definida (e defendida) no tribunal
O caso do Arkansas foi julgado em 81, contando com
testemunhas como o paleontólogo Stephen Jay Gould
(vários livros traduzidos no Brasil), o biólogo e
geneticista Francisco Ayala e o filósofo Michael Ruse,
entre outros. O juiz federal William Overton proferiria
uma sentença memorável (reproduzida em But is it
science?, cit.) em que, definindo o que é ciência,
concluiu que o conceito era inaplicável à
autodenominada "creation-science".
Descritivamente ? escreve Overton ?, "ciência é o que é
aceito pela comunidade científica" e "o que os
cientistas fazem". E completa: "Mais precisamente, as
características essenciais da ciência são: 1) é voltada
para as leis naturais; 2) deve ser explicativa em
relação às leis naturais; 3) é testável no mundo
empírico; 4) suas conclusões são provisórias, isto é,
não constituem necessariamente a palavra final; e 5) é
falsificável".
São características que faltam à "ciência da criação",
explica o juiz, porque esta faz referência a uma
intervenção sobrenatural, a um Criador que teria gerado
o universo a partir do nada (creatio ex nihilo), ou
seja, conforme escrito nos primeiros onze capítulos do
Gênesis. A "creation-science" é, na verdade, religião,
posto que seus argumentos não são explicativos em
relação à natureza, não são testáveis nem falseáveis.
Em poucas palavras, pertencem ao terreno da fé. Era
inconstitucional, portanto, a lei do Arkansas, por
violar a separação constitucional entre Estado e
religião.
Duplo erro, o dos criacionistas: ao pretenderem
estatuto científico para seus dogmas e ao definir a
evolução como "evolution-science". Como lembra Ruse,
isto não faz sentido, pois não existe no mundo tal
disciplina científica. O corpo de conhecimentos que
eles assim denominam abrange ciências tão diversas como
a astronomia, a cosmologia, a geologia, a biologia, a
paleontologia, a química, a física e a botânica.
Isto não implica, obviamente, que a teoria da evolução
não seja científica. O próprio Papa João Paulo II
reconheceria, em mensagem à Academia Pontifícia de
Ciências (22/10/96), que a teoria darwiniana "é bem
mais que uma hipótese", sendo hoje aceita amplamente
pelos pesquisadores em decorrência das "descobertas em
vários campos do conhecimento". A convergência dos
resultados de trabalhos conduzidos independentemente,
observa ele, "é por si mesma um argumento significativo
em favor dessa teoria". Embora, coerentemente com sua
doutrina, o Papa ressalve que, se o corpo humano tem
origem em substâncias preexistentes, "a alma foi
imediatamente criada por Deus".
Os mecanismos da evolução
O que os cientistas entendem por evolução, resume Ruse,
é a explicação de como a vida se desenvolveu depois de
sua formação: não é objetivo da teoria evolucionária
explicar como a vida começou. Além disso, é importante
distinguir, em relação ao termo evolução, o
acontecimento evolução do modo como aconteceu (o que os
criacionistas confundem). Nenhum cientista nega que a
evolução seja um fato; o que se discute é como
aconteceu, ou seja, quais os mecanismos da evolução.
Criacionistas que admitem de algum modo a evolução ?
porque é impossível negá-la absolutamente ?, limitam-na
à evolução interna às espécies (não aceitando sua
ocorrência entre espécies). Rejeitam, em conseqüência,
que os seres vivos do planeta descendem de um único
ancestral, como está inscrito no código genético,
literalmente idêntico em todos os animais, plantas e
bactérias. Apesar de diferirem em detalhes
superficiais, todos eles "são variação do tema DNA e as
30 milhões de maneiras pelas quais ele se propaga"
(ver, por ex., de Richard Dawkins,inimigo número 1 dos
criacionistas, O rio que saía do Éden, Rio de Janeiro,
Rocco, 1996, e A escalada do monte improvável, São
Paulo, Cia. das Letras, 1998).
O próprio Darwin fez conjecturas também sobre como
aconteceu a evolução, sugerindo que o mecanismo mais
importante foi a seleção natural. Sua argumentação,
sucintamente: a) as populações tendem a crescer
indefinidamente em proporção geométrica; b) num
ambiente natural, porém, o número populacional
estabiliza-se em certo nível; c) ocorre uma "luta pela
existência", porque nem todos os organismos produzidos
podem sobreviver e se reproduzir; d) há variação ?
lenta, gradual ? em cada espécie; e) na competição pela
sobrevivência, os indivíduos com variações que são mais
adaptáveis ao ambiente deixam mais descendentes que os
menos aptos. Sobrevivem, portanto, os que conseguem
transmitir com êxito seus genes para a geração
seguinte.
Quanto à seleção natural, porém, há discordância entre
os cientistas. Alguns consideram mais importante o
mecanismo da especiação [formação de uma ou mais
espécies a partir de espécies existentes, por ex., por
anagênese (transformação de uma espécie em outra)];
outros, como Niles Eldredge e Stephen Jay Gould,
propõem a teoria do "equilíbrio pontuado", que, negando
o gradualismo darwiniano, sustenta que a evolução
envolve mudanças rápidas, como se ocorresse aos
solavancos; outros, ainda, consideram que o "puro
acaso" pode ser um importante fator (ver Ruse e
Shermer, citados, e Ernst Mayr, Toward a new philosophy
of biology, Cambridge, Mass., Harvard University Press,
1988). Nas ciências, como se vê, a crítica e a
discordância são fundamentais: conjecturas e
refutações, como dizia Popper ? o oposto do dogmatismo
religioso/criacionista.
É claro que, 140 anos depois da publicação de A Origem
das Espécies, alguns princípios básicos da obra foram
refinados, graças ao impressionante desenvolvimento de
ciências como a biologia e a genética moleculares, que
vão além do neodarwinismo ou "Nova Síntese" (fusão da
genética mendeliana com a teoria darwiniana, entre os
anos 20 e final dos 50). As descobertas da genética
molecular, nos últimos anos, conduziram a uma outra
síntese: conhece-se agora a natureza química do gene,
que propiciou uma visão dos processos evolucionários em
nível molecular.
Isto comporta, segundo Ayala, notáveis vantagens em
relação à anatomia comparativa e outras disciplinas
clássicas. A informação "é mais facilmente
quantificável: o número de aminoácidos ou nucleotídeos
que são diferentes é prontamente estabelecido quando a
seqüência de unidades numa proteína ou ácido nucléico é
conhecida para vários organismos". É o que acontece,
por exemplo, com a seqüência de aminoácidos do
citocromo C, que já foi determinada em vários
organismos, da bactéria aos insetos e aos seres
humanos, fornecendo uma representação clara de como se
processou a história evolutiva desses organismos
(Ayala, The mechanisms of evolution, em But is it
science?, cit.).
Dawkins, o darwinista ortodoxo que os criacionistas
tanto abominam, reitera o exemplo de Ayala. Não há
dúvida, comenta ele, de que "os textos de ADN retirados
de representantes de espécies diferentes têm sido
comparados com grande sucesso, letra por letra, para
reconstruir as árvores de família das espécies" ? com a
possibilidade, inclusive, de estabelecer datas para as
ramificações (a controvertida teoria do "relógio
molecular", que supõe que as mutações em qualquer parte
do "texto" do código genético ocorrem a uma taxa
constante por milhão de anos).
Em relação ao citocromo C, "o parágrafo" nos nossos
genes que descreve essa proteína tem 339 letras.
Esclarece Dawkins: "Doze trocas de letras separam o
citocromo C humano do citocromo C dos cavalos, nossos
primos muito distantes. Apenas uma troca de letra no
citocromo C separa os humanos dos macacos (nossos
primos bastante próximos), uma troca de letra separa os
cavalos dos jumentos (seus primos muito próximos) e
três trocas de letras separam os cavalos dos porcos
(seus primos um tanto mais distantes). Quarenta e cinco
trocas de letras separam os humanos do levedo e o mesmo
número separa os porcos do levedo. Não é surpresa que
estes números sejam os mesmos, pois, à medida que
subimos o rio que conduz aos humanos, ele reúne-se ao
rio que conduz aos porcos muito antes de o rio comum a
humanos e porcos se juntar ao rio que conduz ao levedo"
(O rio que saía do Éden, cit.).
O verme nematóide, por exemplo, está mais próximo do
ser humano do que poderia imaginar alguém que considera
aviltante até a proximidade genética com os macacos. A
empresa norte-americana Genomium Sequencing Consortium
concluiu, em dezembro último, depois de oito anos de
pesquisa, o mapeamento completo dos genes desse verme,
o primeiro animal a ser completamente desvendado. A
conclusão é espantosa: de cada cinco genes do nematóide
? ou Caemorhabditis elegans ?, dois existem também no
homem. Não é pouco, já que seu corpo tem apenas 959
células, enquanto o humano tem 50 trilhões. Habitante
do solo, o nematóide tem pouco menos de 20 mil genes,
ou seja, três vezes mais que as bactérias e cinco vezes
menos que o ser humano (aproximadamente 100 mil).
Todos os mecanismos aqui mencionados excluem o
finalismo. Trocando em miúdos, não há um sentido
evolucionário. Evolução não quer dizer "progresso" das
espécies, tampouco significa que o homem seja o ser
mais complexo da Natureza, se por isso se entende a
complexidade mental. O fato é que não há uma tendência
geral de evolução para cérebros grandes.
Como lembra Gould (entrevista a La Recherche,
setembro/97), existem mais espécies de bactérias que de
animais multicelulares, e mais de 80% das espécies
multicelulares são insetos. "Não se pode dizer que o
crescimento da complexidade mental caracterize a
evolução", mesmo porque, "das quase 4 mil espécies de
mamíferos, apenas uma é consciente de si mesma". O
traço mais fundamental da "árvore da vida", conclui o
paleontólogo, "é a constância da vida bacteriana" ? e
bactérias e vírus, aliás, evoluem mais rapidamente que
nós.
"Intelligent Design", o retorno
A mais recente versão da cruzada antievolucionista,
batizada de "Intelligent Design" (idéia antiga, como
veremos), tenta agora fixar raízes em universidades
seculares. Dela participam intelectuais e líderes
políticos conservadores ? muitos deles ligados à
direita cristã fundamentalista ? como Irving Kristol,
William Buckley, Jr., Robert Bork, Walter Bradley e
Philip Johnson (ver, de Ronald Bailey, Origin of the
specious. Why do neoconservatives doubt Darwin, em
Reason Magazine, julho 97). Juntam-se ao coro biólogos,
matemáticos e bioquímicos como David Berlinski, William
Dembsky, Jonathan Wells, Michael Denton e Michael Behe
? este, no momento, o mais incensado (por seu livro A
caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro, Jorge Zahar
Editor, 1997).
Alguns negam ser criacionistas, alegando que se
interessam apenas pela existência de um "projeto
inteligente" no universo, mas não por um designer (isto
é, um Criador). Rejeitam a interpretação literal da
Bíblia, a idéia de que a Terra é jovem e até aceitam
alguma forma de evolução, desde que complementada pelo
"projeto inteligente". São todos, em realidade,
criacionistas envergonhados, já que ativos e assíduos
participantes em conferências e encontros promovidos
por organizações religiosas norte-americanas.
Analisemos com brevidade alguns argumentos dos líderes
mais expressivos do movimento. Philip Johnson,
professor de Direito Penal na Universidade da
Califórnia/Berkeley, é menos conhecido por seus estudos
jurídicos que por seus livros contra Darwin e a teoria
da evolução, entre eles Darwin on trial (InterVarsity
Press, 1991), que exerceu grande influência no recente
deslocamento da cruzada rumo à academia.
Seu propósito pode ser resumido na fórmula "naturalismo
= materialismo = ateísmo", já que a ciência "declara
que a natureza é tudo, e que da matéria veio tudo o que
existe". Daí os ataques a Dawkins (de novo), a Carl
Sagan e outros "mercadores do ateísmo", cuja agravante
é escreverem com clareza e, por isso, serem
convincentes. Contra estes, é preciso "preparar a
próxima geração de pensadores para que compreendam a
diferença entre ciência real e filosofia materialista".
Percebe-se que o advogado e professor Johnson tem pouco
apreço pelos dados da biologia evolucionária e
molecular ("protegem o materialismo"), da
paleontologia, da genética, da embriologia, etc. Na sua
visão, a ciência foi "capturada" por uma ideologia a
ser desbaratada, o materialismo/naturalismo. "Um por
um, os grandes profetas do
materialismo revelaram-se falsos profetas e foram
deixados de lado. Marx e Freud perderam seu estatuto
científico. Agora é a vez de Darwin" ? proclama
Johnson. O principal objetivo da cruzada para o próximo
milênio, por ele traçado, é "separar a filosofia
materialista das ciências empíricas" ? o evolucionismo
seria, no máximo, uma filosofia.
Quanto à militância do autor em favor do teísmo (crença
típica da tradição judaico-cristã num Deus pessoal,
onisciente e onipotente, criador de tudo o que existe),
basta consultar How to sink a battleship: a call to
separate materialist philosophy from empirical science,
palestra pronunciada na Mere Creation Conference,
realizada em Los Angeles, em 1996, sob os auspícios da
Campus Crusade for Christ e dirigida por Rich McGee, um
especialista em "Velho Testamento" e diretor da
International Expansion for Christian Leadership
Ministries (este e outros textos aqui referidos estão
disponíveis on line, no endereço <
http://www.origins.org/>. Entre os membros do comitê
diretor da conferência, vale notar sem surpresa os já
citados Michael Behe, Walter Bradley, William Dembsky
e, claro, Phil Johnson, que retomaria as argumentações
mais tarde, em artigo na Boston Review (fevereiro/março
97), sob o título Dogmatic materialism.
Proposta do encontro: formular uma alternativa ao
naturalismo científico e unir pesquisadores teístas
contra o secularismo, dominante nas universidades e nas
ciências, além de marcar uma posição sobre as "origens"
? calcada, precisamente, no slogan "mera criação" ? que
possa ser amplamente aceita pelos cristãos. Para tanto,
criou-se o jornal Origins & Design, ligado aos
"ministros de Cristo" nos campi, que incentivam
professores e alunos a assinar uma "Declaração de fé"
em que afirmam sua crença na "inspiração divina e na
autoridade da Bíblia"; na "divindade de Nosso Senhor
Jesus Cristo" e no "fato histórico de Sua ressurreição
corporal"; "na presença e no poder do Espírito Santo em
prol da regeneração"; e na "expectação do retorno
pessoal do Senhor Jesus" (ver o site da Leadership
University, em http://www.leaderu.com/).
Para a "grandiosa tarefa" de separar as ciências
empíricas da "filosofia materialista", Johnson apela a
todos os que possuem "retidão de espírito". "Se você é
um cientista", conclama ele, "você pode seguir os
passos de Michael Behe" e outros que não se rendem aos
"preconceitos
materialistas". "Se você é um filósofo", prossegue,
"você pode encorajar seus colegas a falar contra outros
filósofos e cientistas que abusam de sua autoridade
promovendo filosofias dúbias como se fossem
empiricamente confirmadas".
E, por fim, faz uma exortação a seus colegas advogados,
cuja missão é persuadir os juizes de que "os princípios
constitucionais da liberdade de expressão se aplicam à
crítica do naturalismo evolucionário", posto que
"muitos juizes têm a idéia de que a crítica do
naturalismo e do materialismo é 'religião', e,
portanto, deve ser proibida nas instituições públicas".
Em relação a Johnson, fiquemos por aqui. Sua ideologia,
de motivação nitidamente religiosa, não necessita de
mais exemplos.
Do relógio de Paley à 'caixa preta' de Darwin
O bioquímico Michael Bee (Universidade de Lehigh, na
Pensilvânia) é o mais novo astro das conferências
criacionistas ? embora afirme não ser um deles ? por
içar novamente a bandeira do "Planejamento
Inteligente", sob o argumento de que alguns sistemas da
Natureza são "demasiado complexos" para terem surgido
por evolução. Apesar de filosoficamente antigo, o
argumento dá nova vida à dicotomia "teísmo versus
materialismo" empunhada pelos "ministros de Cristo",
que vêem a sociedade cindida na luta entre essas duas
vertentes (cf. o artigo Anti-evolutionists form, fund
Think Tank: old-Eart moderates poised do spread Design
Theory, de Eugenie C. Scott, diretor do National Center
for Science Educacion, que congrega professores de
ciências e que há anos vem desenvolvendo atividades
fundamentais na controvérsia creacion/evolution ? ver
site
<http://www.natcenscied.org/>).
O Design Argument remonta, na tradição cristã medieval,
às chamadas "provas da existência de Deus" (ontológica,
cosmológica e teleológica), discutidas sobretudo por
Tomás de Aquino (1221-1274). Trata-se, na verdade, do
Argumento Teleológico, cuja versão popular foi
elaborada pelo teólogo inglês William Paley (1743-1805)
em sua obra Natural Theology, que, em sua passagem mais
famosa, convida o leitor a imaginar uma caminhada por
uma charneca.
"Suponhamos" ? escreve o reverendo ? "que bati com o pé
numa pedra, e alguém me perguntou como a pedra chegou
ali. Eu bem poderia responder que (...) ela poderia ter
estado ali desde sempre; e talvez não fosse muito fácil
demonstrar que a resposta era absurda. Mas suponhamos
que eu tivesse encontrado um relógio no chão, e alguém
me perguntasse como elehavia chegado ali. Eu
dificilmente pensaria na resposta que dei antes, que,
por tudo que sabia, o relógio devia ter estado ali
desde sempre. Ainda assim, por que essa resposta não
serviria para o relógio, assim como havia servido para
a pedra?".
Paley faz essa distinção entre objetos do mundo natural
e objetos manufaturados para concluir que, examinado o
relógio e percebidas a ordem e regularidade de suas
engrenagens, só se pode inferir "que o relógio tinha
que ser obra de um criador ? que deve ter existido, em
algum tempo e em um ou outro lugar, um artífice, ou
artífices, que o construíram para tal finalidade (...),
que compreenderam sua construção e planejaram seu uso"
(trechos cits. por Behe, em A caixa preta de Darwin, e
por Dawkins, no livro The blind watchmaker, Nova York,
W. W. Norton, 3ª ed., 1996, em que resume: se há um
relojoeiro, trata-se de um "relojoeiro cego", como
demonstra a seleção natural).
A propósito do Argumento Teleológico ? que no século
XVIII integrou o projeto de uma aproximação entre
religião e ciência experimental ?, convém recordar que
foi submetido a cerrada crítica já pelo filósofo
escocês David Hume (1711-1776), na obra póstuma (e sua
predileta) Diálogos sobre a religião natural, escrita
nos anos 50. Por sua vez, o "idealista" Kant
(1724-1804), que não pode ser acusado de espírito
anti-religioso, devastaria as três provas metafísicas
da existência de Deus ? e, com elas, boa parte da
filosofia (ou metafísica), de Platão a Leibniz.
Nada disso perturba o bioquímico Behe, que, apesar de
criticar Paley, a quem atribui "exemplos medíocres de
planejamento", acaba por afirmar que o teólogo
"freqüentemente acerta em cheio". Behe atribui a si
próprio as provas definitivas em favor do design, "em
face da enorme complexidade que a bioquímica moderna
descobriu na célula". O resultado desse esforço de
investigação da vida no nível molecular, diz ele, "é um
alto, claro e agudo grito: 'planejamento!'". Tal
trabalho, pontifica, "é uma das grandes realizações da
história da ciência". E, pouco modesto, conclui: "A
descoberta se compara às de Newton e Einstein,
Lavoisier e Schrödinger, Pasteur e Darwin".
A ratoeira de Behe
A inspiração confessa de Behe (cf. entrevista
reproduzida em
<http://www.origins.org >) são os livros de Philip
Johnson (Darwin on trial) e de Michael Denton, que
escreveu Evolution: a theory in crisis (Bethesda, Adler
& Adler, 1985), em que considera a descendência dos
seres vivos de um ancestral comum apenas "uma hipótese
altamente especulativa", sem suporte fatual direto.
Embora admita que a "microevolução" seja um fato
comprovado, Denton sustenta que não há evidências
quanto à "macroevolução" ? uma tese compartilhada por
Behe e, obviamente, também festejada pelos
criacionistas.
Os dois autores antievolucionistas exerceram "forte
impacto" sobre Behe. O livro de Denton foi
particularmente significativo porque, diz ele na
entrevista, "critica a evolução sob um um ponto de
vista inteiramente científico" e, "como cientista, eu
quero chegar a conclusões sobre o mundo físico a partir
da experiência". Como "católico romano", entretanto,
ele acredita que "Deus criou o mundo e é responsável
pela vida nele", mas afirma não cultivar "objeções
teológicas a priori em relação à vida ter sido
produzida por processos completamente naturais". Diante
de tais declarações, fica difícil dizer que Behe não
seja criacionista.
O argumento central do bioquímico no livro ? bem
escrito e informado, por sinal ? é o da "complexidade
irredutível". Um sistema "irredutivelmente complexo,
explica, "é um sistema único composto de várias partes
compatíveis, que interagem entre si e que contribuem
para sua função básica, caso em que a remoção de uma
das partes faria com que o sistema deixasse de
funcionar de forma eficiente". Um sistema de tal
complexidade "não pode ser produzido diretamente (isto
é, pelo melhoramento contínuo da função inicial, que
continua a atuar através do mesmo mecanismo) mediante
modificações leves, sucessivas, de um sistema
precursor" (p.48).
O exemplo favorito de Behe é a ratoeira. Ela tem uma
função simples (pegar ratos) e possui várias partes
(uma plataforma, uma trava, um martelo, uma mola e uma
barra de retenção). Se qualquer dessas partes for
removida, o aparelho não funciona. Portanto, é
irredutivelmente complexo (um automóvel, em
contrapartida, pode funcionar com os faróis queimados,
sem as portas, sem pára-choques, etc.).
Conclusão: sistemas irredutivelmente complexos
constituem "sérios obstáculos à evolução darwiniana". O
problema, para o darwinismo, é que ele requer que cada
passo, na evolução de um sistema, seja funcional e
adaptativo.
O mundo da bioquímica, segundo Behe, está cheio de
exemplos de sistemas irredutivelmente complexos, como a
visão, a coagulação do sangue, a célula e o transporte
celular. Trata-se de máquinas químicas finamente
delineadas, com precisão extrema e interdependentes. A
teoria darwiniana, para o autor, é incapaz de explicar
a base molecular da vida. Máquinas como a célula não
podem ter se desenvolvido à maneira darwiniana. São uma
verdadeira "caixa preta", cujo funcionamento interno
"continua misterioso". Portam a assinatura de um
designer inteligente.
Graças a Behe e à bioquímica, assistimos a nada menos
que uma nova revolução copernicana: "A observação de
que houve planejamento inteligente da vida é tão
importante quanto a observação de que a Terra gira em
torno do Sol ou que doenças são causadas por bactérias,
ou ainda que a radiação é emitida em quanta!"
Desarmando a ratoeira
Da parte dos cientistas ? especialmente os biólogos
moleculares ? não faltaram críticas ao bioquímico
especulativo que retoma o Design Argument, por mais que
proclame não se preocupar com um designer. O problema é
que ele considera científicas algumas conclusões que
são, na melhor das hipóteses, filosóficas. O católico
Behe, que já tem "a Verdade como ponto de partida",
acha que seus colegas abertos ao ceticismo ? tão
necessário às ciências - é que são dogmáticos. Falta
pouco para, como o padrinho Phil Johnson, bradar contra
o "materialismo ateu" dos métodos científicos.
Allen Orr, por exemplo, afirma que um sistema
"irredutivelmente complexo" pode, sim, ser construído
gradualmente pela adição de partes que, de ínicio, são
meramente auxiliares, mas que, devido a mudanças
posteriores, tornam-se essenciais. A lógica, diz ele, é
bastante simples. Uma parte A serve (ainda que não
muito bem) a alguma função. Uma outra parte, B, é
adicionada para auxiliar ou melhorar a primeira. Mais
tarde, A pode mudar de modo tal que B se torne
indispensável ? um processo que continua até formar-se
um sistema completo, para o qual muitas outras partes
podem ser requeridas.
Não há garantia de que esses acréscimos ou
melhoramentos ? eis o ponto ? permaneçam sendo meros
acréscimos: podem tornar-se essenciais. Basta pensar na
programação de computadores. Linhas de código são
adicionadas sucessivamente a um programa, até que ele
funcione de modo satisfatório, de modo que pode
tornar-se difícil ou impossível reconstruir, passo a
passo, o caminho ou origem ? até mesmo pelo
programador. O sistema construído pode, assim,
tornar-se irredutivelmente complexo. Mas essa
"complexidade irredutível" não invalida a evolução
gradual, e o
mesmo ocorre com os processos bioquímicos (Orr, Darwin
vs. Intelligent design (Again), Boston review,
dez/96-jan/97).
Em outras palavras, embora não possamos reconstruir o
caminho de muitos sistemas, processos e coisas, isto
não significa que tenham surgido prontos, perfeitos,
designados desde o início por um ser consciente para
cumprir uma finalidade ? seja um Deus, seja um ET.
Mencione-se também a resenha do biólogo Jerry Coyne, do
Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade de
Chicago, na revista Nature (God in details, 19/set/96).
Depois de considerar A caixa preta de Darwin a versão
mais sofisticada da "creation-science" e dizer,
"horrorizado", que não se reconhece na "citação
seletiva" feita no livro, Coyne aponta algumas
contradições de Behe. Como pode ele admitir, por
exemplo, a "microevolução" e a teoria de que os seres
vivos tem um ancestral comum, e, ao mesmo tempo, negar
a "macroevolução"? E, finalmente, como aceitar a teoria
de Behe de que criação e evolução podem ocorrer
conjuntamente em nível molecular?.
Se verdadeira essa "teoria híbrida" ? tem razão Coyne
?, produzir-se-ia descendência estéril, uma vez que,
conforme a idéia de Behe, a primeira célula "planejada"
abrangeria o DNA para todas as futuras mudanças
evolucionárias, incluindo o sistema imunológico, o
olho, a coagulação do sangue, etc. De fato, se criação
e evolução operam conjuntamente, e se os objetivos do
Designer são insondáveis, a teoria de Behe é, nos
termos de Popper, infalsificável, isto é, não pode ser
verificada nem refutada.
"Posso imaginar evidências que falsificariam a evolução
(um fóssil de hominídeo na era pré-cambriana seria
suficiente)", encerra Coyne, "mas nada pode falsificar
a teoria compósita de Behe". Trata-se, portanto, de uma
"obra de advocacia" criacionista, e, pode-se
acrescentar, numa versão requentada do velho Argumento
teleológico.
Com ela, a cruzada contra Darwin ganha novo alento.
sProf. Orlando Tambosi
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Texto - Noam Chomsky
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, IncredulosBR@yahoogroups.com
DATE: 20/11/2002 13:15
O "Processo de Paz" Real e as Possibilidades Reais
Noam Chomsky*
Por definição, o 'processo de paz' é aquilo que ocorra ao governo dos
Estados Unidos perseguir. Absorvendo este princípio fundamental, pode-se
entender que o processo de paz pode ser posto de lado (promovido??) por
conta do esforço declarado abertamente de Washington de minar a paz...
Desde 1971 os Estados Unidos tem sido virtualmente a única parte na arena
internacional a obviar um acordo negociado por meios diplomáticos do
conflito Israel-Palestina: o "processo de paz" é a biografia deste
desenrolar.
O mais recente despacho da AP sobre Camp David (tarde, 25 de Julho) começa
assim: "As conversações de paz no Oriente Médio em Camp David sucumbiu
terça-feira sob o peso de reivindicações opostas a respeito de Jerusalém
Leste. Desapontado, o presidente Clinton disse ter tentando várias
abordagens sem, contudo, chegar a uma solução". Clinton externou esperança
de que o processo possa continuar para que se resolva o problema de
Jerusalém Leste, a partir de onde o referido problema fundamental possa ser
superado.
Para se ter idéia do que estava acontecendo, é interessante retrocedermos
alguns passo e observarmos os eventos correlatos a partir de uma, digamos
assim, perspectiva mais ampla.
Qualquer discussão sobre o que seja chamado "processo de paz" seja ele o
que ocorre em Camp David ou outro qualquer deve-se ter em mente o
significado objetivo da frase: por definição, o "processo de paz" é aquilo
que ocorra ao governo dos Estados Unidos perseguir.
Apreendido este princípio fundamental, pode-se entender que o processo de
paz pode ser posto de lado por conta dos propósitos abertamente declarados
pelos americanos de minar a paz. Para ilustrar, em janeiro de 1988 a
impressa noticiou a "viagem de paz" do Secretário de Estado George Shultz à
América Central sob a manchete "Shultz Planeja Viagem Latina para Paz". O
subtítulo esclarece o objetivo: "A Missão Pode Ser O Último Recurso Para
Neutralizar Oposição Ao Auxílio Aos Contra". Os homens do governo
conceberam que a "missão de paz" seria "a única forma de salvar" a ajuda
aos contras face à crescente oposição vinda do Congresso.
As circunstâncias são importantes. Em agosto de 1987, sob fortes objeções
americanas, os presidentes da América Central alcançaram um
acordo de paz para o mais renhido conflito centro-americano: os Acordos de
Esquipulas. Prontamente, os Estados Unidos agiu para miná-lo, e em janeiro,
teve sucesso absoluto. Havia-se na realidade excluído o único "elemento
indispensável" citado nos Acordos: o fim do apoio americano aos contras
(vôos de suprimento da CIA triplicaram de imediato, e o terror levado pelos
contras cresceu). Washington também eliminou o segundo princípio básico do
acordo: que as precauções humanitárias seriam aplicadas aos agentes
americanos bem como aos nicaragüenses (por uma manobra americana, elas
seriam impostas apenas a Nicarágua). Washington da mesma maneira gestionou
de forma a extinguir a desprezada missão internacional de monitoramento, a
qual cometeu o crime de descrever fielmente o que havia ocorrido desde a
adoção do plano em agosto. Para a consternação do Governo Reagan, Nicarágua
apesar disso aceitou a versão dos acordos esboçada pela força dos Estados
Unidos, conduzindo a "missão de paz" de Shultz, empreendida para adiantar
os processos de paz" assegurando que não haveria desmoronamentos na
operação de demolição.
Em resumo, a "missão de paz" foi um "esforço desesperado" de bloquear a paz
e mobilizar o Congresso a apoiar o "uso ilegal da força" pelo qual foram
recentemente condenado os Estados Unidos na Corte Internacional.
O resumo do "processo de paz" na Oriente Médio foi similar, ainda que mais
extremo. Desde 1971 os Estado Unidos têm sido os únicos na arena
internacional a se oporem a um acordo negociado pela via diplomática do
conflito Israel-Palestina: o "processo de paz" é um sumário deste
desenrolar. Para revisitar rapidamente os pontos essenciais, em novembro de
1967, sob iniciativa americana, o Conselho de Segurança da ONU adotou a
resolução 242 sobre "terra para paz". Como explicitamente proposta pelos
Estados Unidos e demais signatários, UNSCR 242 clamava para um acordo geral
de paz com bases nas fronteiras de antes de junho de 1967 com no máximo
pequenos e mútuos ajustes, nada oferecendo aos Palestinos. Quando o
Presidente Sadat do Egito aceitou a posição oficial dos Estados Unidos em
fevereiro de 1971, Washington revisou a UNSCR 242 para prever uma retirada
parcial de Israel, tal como pretendiam os Estados Unidos e Israel. Esta
revisão unilateral é o que passou a ser chamada de "terra por paz", um
reflexo do poder dos Estados Unidos no domínio da doutrina e da ideologia.
O despacho da AP quando do colapso das negociações de Camp David, citado
acima, ressalta que a manifestação oficial última, "num aceno para Arafat",
dizia que "o único caminho para a paz seriam as
resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU após as guerras de
1967 e 1973 no Oriente Médio. Estes chamam Israel a abrir mão dos
territórios ganhos dos Árabes em troca de fronteiras seguras". A resolução
de 1967 é a UNSCR 242, prevê a retirada total israelense com no máximo
pequeno e mútuos ajustes; a resolução de 1973 simplesmente endossou a UNSCR
242 sem mudanças. Porém o sentido da UNSCR 242 mudou profundamente desde
fevereiro de 1971, de acordo com as ordem de Washington.
Sadat alertou que a recusa americana e israelense da UN242 poderia conduzir
a guerra, nem os Estados Unidos nem Israel consideraram-no seriamente, em
bases notadamente triunfalistas e racistas, a posteriori duramente
denunciadas em Israel. Egito lançou-se na guerra em outubro 1973. Tornou-se
então na ante-sala da destruição para Israel, e para o mundo: as
possibilidades de um tiroteio nuclear não eram pequenas. A guerra de 1973
tornou claro até para Henry Kissinger que o Egito não era um balaio de
gatos que pudesse ser simplesmente desconsiderado, então Washington
desviou-se para sua habitual estratégia de reserva: excluir o Egito do
conflito para assim Israel, com crescente apoio dos Estados Unidos,
pudessem continuar a anexas os territórios ocupados e atacar o Líbano. Tal
intento foi alcançado em Camp David em 1978, aclamado desde então com o
grande momento do "processo de paz".
Enquanto os estados unidos vetavam as resoluções do Conselho de Segurança
alegando acordos diplomáticos que incorporassem a UN242 e também incluíssem
direitos dos Palestinos. Os Estados Unidos a cada ano votavam contra uma
resolução similar da Assembléia Geral (junto com Israel, algumas vezes um
ou outro estado cliente), e por outro lado bloqueava todos os esforços
pacíficos de resolução do conflitos iniciados na Europa, nos estado Árabes
ou pela OLP. Esta constante rejeição de acordo diplomáticos é o "processo
de paz". Os fatos atuais têm sido longamente vetados pela mídia e têm sido
largamente barrados na academia, porém eles são fáceis o bastante de serem
encontrados.
Depois da guerra do golfo, os Estados Unidos tinha finalmente uma posição
para impor sua própria posição de rejeição unilateral e assim o fizeram,
primeiro em Madri no final de 1991, nos sucessivos acordos entre Israel e a
OLP desde 1993. Com esta medidas, o "processo de paz" avançou em direção a
arranjos do tipo dos Bantustões sul-africanos que tanto os Estados Unidos e
Israel preferiam, como seria óbvio para qualquer um de olhos abertos, e é
perfeitamente claro nas história da documentação e, mais importante, na
história das operações. Isto nos traz para o estado presente: Camp David,
julho de 2000.
Ao longo das várias semanas de deliberação, foi regularmente noticiado que
o principal obstáculo era Jerusalém. A notícia final reitera esta
conclusão. A observação não é falsa, mas é um tanto distorcida. Soluções
"criativas" foram propostas para permitir autoridade simbólica palestina em
Jerusalém ou como ela é conhecida em árabe, Al-Quds. Elas incluiriam
administração palestina dos bairros árabes (como Israel poderia preferir,
se racional), alguns acertos para sítios religiosos muçulmanos e cristãos,
e uma capital palestina na cidade de Abu Dis, perto de Jerusalém, que
poderia ser renomeada como "Al-Quds" com um pequeno passe de mágica. Tal
empresa poderia ter sido bem sucedida, e ainda o pode. Porem um problema
mais arredio surge quando se faz a seguinte pergunta: O que é Jerusalém?
Quanto Israel conquistou a banda ocidental em junho de 1967, anexou-se
Jerusalém de um modo não muito cortês; por exemplo, como foi recentemente
revelado em Israel, a destruição do bairro árabe de Mughrabi próximo ao
Muro das Lamentações em 10 de junho foi perpetrada com tal açodamento que
resta desconhecido o numero de palestinos enterrado nas ruínas deixadas
pelos tratores.
Rapidamente Israel triplicou as fronteiras da cidades. Subseqüentes
programas de desenvolvimento, implantados com pequena variação por todos os
governos, visando estender as fronteiras da "grande Jerusalém" bastante
além. Mapas israelenses atuais articulam os planos básicos de forma
suficientemente clara. Em 28 de junho, o principal jornal de Israel,
Ha'aretz, publicou o mapa detalhando a "proposta israelense de assentamento
permanente". É virtualmente idêntico ao "Mapa do Status Final" do governo,
apresentado no mês anterior. O território a ser anexado em volta da
largamente expandida "Jerusalém" estende-se em todas as direções. Ao norte
vai bem além de Ramallah, e no sul vai bem além de Bethelem, a todas as
cidades maiores cidades palestinas das proximidades. Estas deveriam restar
sob o controle palestino, porém anexadas ao território israelense, e no
caso de Ramallah, seccionado do território oriental palestino. Como os
demais territórios palestinos, ambas as cidades estão separadas de
Jerusalém, o centro da vida da Banda Ocidental, por territórios anexados a
Israel. A leste, o território a ser anexado inclui a cidade de Ma'ale
Adumim que vem crescendo rapidamente e estende-se até Vered Jericho, um
pequeno assentamento que faz fronteira com a cidade de Jericho. A saliência
alcança a fronteira jordaniana. Toda a fronteira jordaniana deve ser
anexada as saliências de "Jerusalém" que dividem a Banda Ocidental. Outra
saliência a ser anexada mais ao norte virtualmente impõe uma segunda
partição.
A construção intensiva e os projetos de assentamento dos anos anteriores
foram designados como "fatos consumados" que poderiam conduzir a
"assentamentos permanentes". Este foi o compromisso claro dos sucessivos
governos desde o primeiro "acordo do Oslo" de setembro de 1993. Ao
contrário do que se dizia, as pombas oficiais (Rabin, Peres, Barak)
estiveram no mínimo fielmente dedicado a este projeto quanto o tão
condenado Binyamin Netanyahu, apesar de eles haverem conseguindo conduzir
tais projetos com menos protestos; uma história familiar, senão vejamos. Em
fevereiro deste ano a imprensa israelense noticiou que o número de
construções iniciadas cresceram em quase um terço desde 1998 (Netanyahu)
até o corrente ano (Barak). Uma análise do correspondente israelita Nadav
Shragai revela que apenas uma pequena fração das terras destinadas aos
assentamentos eram realmente utilizada para agricultura ou outros
propósitos. Em Ma'ale Adumim, por exemplo, a terra que lhe fora destinada é
16 vezes maior que a área usada, e proporções similares são encontradas por
toda parte. Palestinos apresentaram petições junto a Corte Suprema de
Israel opondo-se a expansão de Ma'ale Adumim, mas elas nunca eram
indeferidas. Em novembro último, indeferindo um recurso, um juiz da Corte
Suprema explicou que "algum benefício para os residentes da cidades
(palestinas) vizinhas poderia advir do desenvolvimento econômico e cultural
de Ma'ale Adumim", que na realidade divide o Banda Ocidental.
Os projetos foram levados à frente graças à benevolência dos contribuintes
dos estadunidenses, por meio de uma variedade de dispositivos "criativos"
para superar o fato de que esta ajudas dos Estados Unidos está oficialmente
vedada para este propósitos.
O resultado pretendido é que um eventual estado palestino se constitua de
quatro cantões na banda ocidental: (1) Jericó, (2) o cantão mais ao sul
indo até onde fosse Abu Dis (a nova "Jerusalém" árabe), (3) o cantão mais
ao norte incluindo as cidades palestinas de Nablus, Jenin e Tulkarm, e (4)
o cantão central incluindo Ramala. Os cantões seriam completamente cercados
por territórios a serem anexados por Israel. As áreas de concentração
populacional palestina deverão estar sob administração palestina, uma
adoção do típico padrão colonial que é o único resultado razoável uma vez
que de se preocupam s Estados Unidos e Israel. Os planos para a faixa de
Gaza, o quinto cantão, são incertas: Israel pode abrir mão deles ou pode
manter a região costeira do sul e outra saliência virtualmente dividindo a
Faixa abaixo da Cidade de Gaza.
Este esboço é pertinente às propostas que têm sido apresentadas desde 1968,
quando Israel adotou o "plano Allon" nuca formalmente apresentado mas que
aparentemente pretende incorporar 40% da Banda Ocidental a Israel. Desde
então planos específicos têm sido propostos pelo ultradireitista General
Sharon, pelo Partido Trabalhista e por outros. Eles são praticamente iguais
na concepção e no esboço. O princípio básico é que o território
aproveitável dentro da Banda Ocidental e os recursos essenciais
(basicamente água), continuarão sob controle israelense, sendo a população
controlada por um regime cliente palestino, o qual se espera que seja
corrupto, bárbaro e complacente. Os cantões sob administração palestina
poderiam então prover de mão de obra barata e facilmente explorável para a
economia israelense. Ou alongo prazo, a população poderia ser "transferida"
para outros pontos de uma lado par ao outros, em nome de promessas
realizáveis cada vez mais no futuro.
É possível imaginar esquemas "criativos" que pudessem aplainar as questões
concernentes aos sítios religiosos e a administração de bairros palestinos
em Jerusalém. Porém o problema fundamental esconde-se em outra parte. Não
esta absolutamente claro que seja possível resolver razoavelmente estes
pontos dentro do sistema de estados-nações que foram impostas por todo o
planeta através da conquista e dominação ocidental, com suas conseqüências
fatais dentro da própria Europa por séculos, sem se falar nos seus efeitos
para além do momento presente.
* Noam Chomsky é lingüista e ativista político norte-americano, conhecido
também pela profundidade de suas análises e denúncias sobre a "Nova Ordem"
e o papel imperialista dos EUA.
SUBJECT: [RN] HUBBLE EM BRAILE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 13:16
FOLHA ONLINE, 19-11-2002
NASA LANÇA LIVRO QUE TRADUZ IMAGENS DO HUBBLE PARA O BRAILE
A Nasa (agência espacial norte-americana) está lançando um livro com
fotos obtidas pelo telescópio espacial Hubble com uma novidade: a
tradução tátil das imagens para deficientes visuais.
Chamado de "Toque o Universo: um livro de astronomia em braile da
Nasa", ele apresenta 14 imagens coloridas de planetas, nebulosas,
estrelas e galáxias. Cada imagem é enriquecida de linhas, pontos e
outras texturas, além de padrões que traduzem cores, formatos e
outros detalhes dos objetos cósmicos.
Além das fotos, há descrições em braile de cada foto, assim como
explicações sobre os corpos celestes.
Informações sobre a aquisição do livro podem ser obtidas no site da
editora: www.nap.edu/catalog/10307.html. (i)
http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7729.shtml
--------
Os cegos mais afoitos esperam uma versao em braile da PentHouse e da
Hustler...
--------
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 13:41
On Wed, 20 Nov 2002, Jose Colucci Jr. wrote:
> Escrevo porque é Dia Santo: aniversário de Deus. Não lhe desejo longa
> vida porque Ele é eterno, mas desejo-lhe felicidade infinita.
Parabéns Léo!!!! Eu não sabia. Alef e mais quantos anos está comemorando?
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Crediçes e Superstições. Agnóstico.
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 13:53
On Wed, 20 Nov 2002, rmtakata wrote:
> > "Pode parecer inofensivo
> > acreditar em espíritos ou
> > telepatia. Não é. Quem
> > acredita nisso pode
> > acreditar em qualquer
> > coisa"
> > Holly Freedman
>
> Aparentemente as coisas nao sao tao assim. Algumas
> pesquisas indicam dissociacao entre esses
> tipos de crencas consideradas paranormais. Notamente
> ha' uma oposicao, ao menos nos EUA, entre religiosidade
> acentuada e crenca em telepatia e bruxas (embora,
> naturalmente, esses religiosos tendam a acreditar
> mais na existencia de demonios).
Mas isto se dá pelo fato dos sacerdotes sustentarem uma campanha contra
quaisquer crenças não-bíblicas. Se deixar nas mãos [cabeças] dos fiéis,
eles acreditam em qualquer coisa mesmo. Já fui vítima disso. De cristo
para ashtan é apenas um passo.
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
SUBJECT: Re: PARA SERGIO TABORDA
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 13:57
--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
>
> Suas críticas a algumas mensagens da lista são
> equivocadas. Se eu quiser mandar uma mensagem
> particular, não mandarei para a lista, o que é óbvio.
> Ao escrever "Para fulano" como assunto, a intenção
> continua sendo a divulgação geral, de uma resposta
> ao fulano, mas para toda a lista.
Me permita um pitaco. Não sou contra a proliferação dos "para
fulano", mas poderiam bem acrescentá-los no final do subject,
conservando assim o tema original do email. Se o subject é "RE: No
Limite da Abstração" e a tentação de escrever um para fulano for
maior, poderiam pelo menos fazer "RE: No Limite da Abstração (para
fulano)". Acontece que eu fico selecionando emails para ler, pois
tenho pouco tempo, e quando vejo um título que não me agrada passo
batido. Será que isso acontece com mais alguém?
Abraços,
Carlos Zardini
SUBJECT: Não são palavras que faltam...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 14:13
At 13:24 15/11/02 , you wrote:
> > > Olá colegas,
> > >
> > > Não há palavras para descrever o caso da menina
> > > que planejou o assassinato dos próprios pais... o crime
> > > é impressionante.
>Guilherme
O QUE TE FALTA NAO SAO PALAVRAS.
MAS CONHECIMENTO...
O DIA QUE VOCE O TIVER...
ELE SE TRANSFORMARÁ EM PALAVRAS.
ESTA AINDA É A CIENCIALIST, NÃO?
L.E.
SUBJECT: Re: Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 14:22
Salve, Colluci, seja rebenvindo à lista!
Mas duvido que você só tenha 19 aninhos. Como é que deu tempo pra
aprender tanta coisa? :-O
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 15:41
Oi. O feriado não é só para funcionários públicos. Comércio também
deveria ficar fechado. Uma liminar judicial há um mês, entretanto, tornou
possível ao comércio do Centro e dos principais shoppings convocar seus
empregados e ficarem abertos durante o feriado. Pode-se argumentar que o
resultado final é que os funcionários públicos é que não trabalham; mas a
prefeitura não pode ser responsabilizada por estabelecer um feriado só para
eles.
Quanto ao motivo do feriado, é o Dia da Consciência Negra.
Um pouco sobre as origens e a polêmica sobre o feriado saiu hoje
no jornal Correio Popular, de Campinas:
http://www.cosmo.com.br/cpopular/materias/2002/11/19/mat22604.shtm
Belisário
At 12:25 20/11/02 -0200, you wrote:
> Uma mão trabalhando vale mais do que mil ( ou mais ) rezando.
> Frase retirada do STR
>
> Se existirem deuses, não podemos ajudá-los, mas podemos ajudar nossos
> semelhantes. Não podemos
> amar o inconcebível, mas podemos amar a esposa, os filhos e os amigos.
> ROBERT G. INGERSOLL
>
> Bom Dia.
>
>
> Considero esta prefeita e este reitor de Campinas alienados. Não vejo
>justificativa nenhuma para este feriado.
>Pela ótica da prefeita os seus funcionários públicos não devem ter serviço
>algum. Atitudes arbitrárias e individualistas como essa mancham a reputação
>dos funcionários públicos e expõem a imagem da cidade ao ridículo.
> Como sugestão por que também não parar os serviços públicos como
>atendimento médico, coleta de lixo, distribuição do sistema de água e
>energia elétrica para comemorar o dia de São Tomé, São Cosme, Iemanjá,
>Tupã,
>Santo Daime, etc, etc.....
>
> Atenciosamente:
> Lisandro.
>
> OBS: Às outras pessoas que estão fazendo aniversário nesta
>data, meus sinceros parabéns e MUITOS ANOS DE VIDA.
>
>
>
>
>
>
>
> Pois tamanha é a efeméride que a prefeita de Campinas, onde moro,
>decretou feriado hoje. É bem verdade que ela ocultou a real motivação
>duplamente divina, dizendo que a razão era o Dia da Consciência Negra. O
>reitor da Unicamp até tentou espernear, decidindo que na universidade não
>seria feriado coisa nenhuma, mas, na última hora, a prefeita deve ter
>contado a ele os verdadeiros motivos divinatórios da comemoração, e ele
>voltou atrás e mandou uma portaria decretando feriado também ali.
>
> E eis que estou aqui em casa, meditando sobre o início de tudo, e
>desejando felicidades ao Léo e ao Brudna, ou ao Brudna e ao Léo, não sei
>bem como devo ordenar vossos nomes; enfim, em sua onisciência, vocês
>entendem.
>
> Abraços,
> Belisário
>
>At 11:17 20/11/02 +0000, you wrote:
> >Olás!
> >
> >
> >Hoje é dia do aniversário de Deus e também é dia do aniversário do
> >owner do espaço onde Deus atua.
> >
> >Parabéns Brudna! Parabéns Léo!
> >
> >Proponho aos demais ciencialisteiros jejum e abstinência de sexo...
> >e que a ira divina e do owner de seu espaço não caia sobre nossas
> >cabeças.
> >
> >Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 15:53
Olá Ligia.
"[..] Consciência Negra não é o mesmo que consciência pesada não... É algo
de muita importância para todos nós principalmente aos negros
conscientes de seu valor na sociedade e no mundo."
É por isso q existe tmb o Dia da Conciência Branca, feriado nacional. Isto
é muito importante para todos nós, principalmente para os brancos
conciêntes de seu valor na sociedade e no mundo. :-P
Só uma pergunta: isto ñ teria nada haver com racismo, né?
Tsc, tsc.
Inté+
Mauro
SUBJECT: Método científico (era Re: Frase do dia.- OFF TOPIC)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 15:56
Oi Álvaro,
Álvaro: ... mas mesmo assim a matemática não é tão exata quanto
gostaríamos, pois, em tese, podemos formular proposições que não
podemos afirmar serem falsas ou verdadeiras.
Manuel: Sim, há certas proposições matemáticas que não podem ser
demonstradas verdadeiras pela própria matemática. Mas há proposições
cuja verdade não requer demonstração, por ser imediatamente evidente.
Como, por exemplo, "eu existo". Seria até um contrasenso eu tentar
demonstrar para mim mesmo que eu existo. Muitas dessas proposições
matemáticas 'indecidíveis' são deste tipo: a verdade é imediatamente
evidente. No entanto, como diz o filósofo André-Comte Sponville, "a
sensação de evidência é um estado d'alma", e os estados d'alma podem
ser alterados. Isso compromete a exatidão matemática.
Álvaro: No geral, concordo com suas opiniões sobre ciência, mas elas
devem ser um pouco refinadas, pois um astrólogo também poderia
argumentar que astrologia se baseia em métodos experimentais. O
critério da falseabilidade de Popper me parece válido ainda, e deve
ser invocado sempre que possível.
Sim, a astrologia se baseia em métodos experimentais e os princípios
em que ela se baseia sequer são irrefutáveis, e não só são refutáveis
como já foram refutados. A experiência em que se baseia o método da
astrologia demonstrou, e continua demonstrando, a falsidade dos
axiomas astrológicos. A coisa simplesmente não funciona! Defendo a
idéia de que a astrologia não é uma pseudociência, mas um embrião de
ciência abortado mantido em formol.
Quanto ao método popperiano, julgo ser o melhor de todos. No entanto,
todas as metodologias, sem exceção, têm as suas limitações. Nenhuma
delas é completa (não apresenta lacunas) e infalível, nem a de
Popper. Segundo este filósofo, a 'cientificidade' de uma hipótese
está em sua capacidade de fazer previsões que possam ser testadas.
Mas, e quanto aos sistemas complexos caóticos ou situados no limite
do caos? Esses sistemas físicos são largamente imprevisíveis. Os que
seguem o método popperiano têm uma dificuldade enorme de lidar com
sistemas dessa natureza, pois, quanto ao seu comportamento ou estado
futuro, o que se pode prever é um leque muito grande de
possibilidades. Não creio que Popper ficaria satisfeito com previsões
assim tão frouxas.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 16:04
Boa Tarde!
Prezada Lígia.
A Senhora fez um julgamento precipitado. Eu não afirmei em
momento algum que sou contra a consciência negra. Ao contrário, o
comunicado anterior não citava nada a respeito do movimento negro. A minha
crítica referia-se ao mau uso das palavras ambíguas como Deus Léo, Espírito
Santo Brudna, etc. E para finalizar, a sua analogia que você fez ao tentar
associar o meu texto com o racismo foi infeliz e equivocada. Distorcer a
realidade para impor um ponto de vista é sinal de derrota.
Atenciosamente.
Lisandro.
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> Bom Dia.
>
>
> Considero esta prefeita e este reitor de Campinas alienados.
Não vejo
> justificativa nenhuma para este feriado.
> Pela ótica da prefeita os seus funcionários públicos não devem ter
serviço
> algum. Atitudes arbitrárias e individualistas como essa mancham a
reputação
> dos funcionários públicos e expõem a imagem da cidade ao ridículo.
> Como sugestão por que também não parar os serviços públicos
como
> atendimento médico, coleta de lixo, distribuição do sistema de água
e
> energia elétrica para comemorar o dia de São Tomé, São Cosme,
Iemanjá,
> Tupã,
> Santo Daime, etc, etc.....
Lisandro!
Como não lhe ocorreu tentar entender o que o Belisário falou, eu
explico: Além de ser o aniversário de Deus Léo e Espírito Santo
Brudna, hoje TAMBÉM é dia da Consciência Negra e por isso em Campinas
é feriado. Sabes o que é isto? Bem, feriado é um dia de folga e
Consciência Negra não é o mesmo que consciência pesada não... É algo
de muita importância para todos nós principalmente aos negros
conscientes de seu valor na sociedade e no mundo.
Lígia
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ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 16:04
Não que os negros não devam ser homenageados, mas a mim me parece q.
ja' ha' feriados por demais no pais, mais de 15 dias por ano (~5% dos
dias e depois os chefes ficam elaborando planos mirabolantes para
aumentar a produtividade em 3%).
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 16:14
O estabelecimento do Dia da Consciência Negra - assim como a
adoção de diversas medidas relativas à comunidade negra - parte do
princípio de que a situação dos brancos e dos negros não é simétrica, no
sentido que a comunidade negra é mais oprimida que a branca - e que isso
torna necessário tomar uma série de medidas para diminuir a assimetria daí
decorrente. Como é melhor cuidar das causas que dos efeitos, uma das
frentes de ação mais importantes refere-se à conscientização da sociedade
sobre a situação dos negros no país e a necessidade de se tomar medidas
para melhorá-la. Assim, o propósito da instituição do Dia da Consciência
Negra não é racista, mas justamente o oposto: uma medida para promover essa
conscientização da sociedade sobre a situação dos negros, partindo do
princípio de que efemérides ajudam a gerar reflexões, artigos, eventos,
etc. Sob esse prisma, não tem nenhum sentido estabelecer um Dia da
Consciência Branca.
Belisário
At 15:53 20/11/02 -0200, you wrote:
>Olá Ligia.
>
>"[..] Consciência Negra não é o mesmo que consciência pesada não... É algo
>de muita importância para todos nós principalmente aos negros
>conscientes de seu valor na sociedade e no mundo."
>
>É por isso q existe tmb o Dia da Conciência Branca, feriado nacional. Isto
>é muito importante para todos nós, principalmente para os brancos
>conciêntes de seu valor na sociedade e no mundo. :-P
>
>
>Só uma pergunta: isto ñ teria nada haver com racismo, né?
>Tsc, tsc.
>
>Inté+
>Mauro
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 16:14
Oi,
Como sou uma pessoa tolerante com os crédulos, por compreender o medo
deles da aleatoriedade e do inexplicável, como não sou anti-religioso
nem anticlerical (apesar de ser ateu, materialista e sangüinário),
nenhum sentimento de culpa me impede de curtir um feriado de dia
santo. Rapaz, é muito bom um feriadinho! Por isso, viva o catolicismo
do vizinho! :-)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 16:22
Aliás, melhor que o Brasil só mesmo a Itália, onde até cadáver de
dirigente comunista, adepto do materialismo dialético, tem direito à
missa de sétimo dia. Foi o que aconteceu com o Togliatti. Isso sim é
que é dialética! :-)
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 17:13
Olá Belisário.
O estabelecimento do Dia da Consciência Negra - assim como a
adoção de diversas medidas relativas à comunidade negra - parte do
princípio de que a situação dos brancos e dos negros não é simétrica, no
sentido que a comunidade negra é mais oprimida que a branca - e que isso
torna necessário tomar uma série de medidas para diminuir a assimetria daí
decorrente.
Pois bem, muito mais certo seria partir do principio de ñ salientar a
divisão de raças.
Uma criança ñ deveria nem mesmo perceber q há distinção entre brancos e
negros (ou quaisquer q sejam as raças ou tipos). Estas datas tmb fazem
chamar a atenção para estas noções de racismo.
Claro q ñ defendo q ignoremos o fato de existir algum racismo, mas um
feriado desses serve tmb para reunir alguns negros para comemorar ou
solicitar alguma coisa. Pq incitar a reunião de uma raça? Ñ vejo o Estado
incitando reunião ou comemorações de *outras* raças e grupos étnicos. E os
'morenos'? E os loiros? Ok, eles ñ são humilhados pela sociedade. Mas então
ñ deveria ser feriado nacional o Dia da Consciência Gay? O Dia da
Consciência [qquer grupo q se sinta excluido]? Se for assim, aonde iríamos
parar? (Brasil, fechado para balanço de consciência.)
==================
Como é melhor cuidar das causas que dos efeitos, uma das
frentes de ação mais importantes refere-se à conscientização da sociedade
sobre a situação dos negros no país e a necessidade de se tomar medidas
para melhorá-la. Assim, o propósito da instituição do Dia da Consciência
Negra não é racista, mas justamente o oposto: uma medida para promover essa
conscientização da sociedade sobre a situação dos negros, partindo do
princípio de que efemérides ajudam a gerar reflexões, artigos, eventos,
etc. Sob esse prisma, não tem nenhum sentido estabelecer um Dia da
Consciência Branca.
Aha. Sei. A intenção do feriado poderia até ser a conscientização da
sociedade para o problema dos negros. Mas seu efeito ñ é esse -- ou alguém
aqui estava falando sobre isso? O feriado se tornou tão somente um feriado,
nada mais. Com os críticos e defensores sobre mais um dia de folga.
Inté+
Mauro
SUBJECT: Deus, Leo, Brudna (Buda?), Espirito Santo e afins
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 17:45
Para que novatos e turistas da ciencialist não fiquem boiando como
eu, solicito aos mais idosos uma explicação referente à constante
associação que se faz aqui entre as divinidades Deus e Leo, Brudna e
Espírito Santo.
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>
>
>
> Boa Tarde!
>
> Prezada Lígia.
>
> A Senhora fez um julgamento precipitado. Eu não afirmei
em
> momento algum que sou contra a consciência negra. Ao contrário, o
> comunicado anterior não citava nada a respeito do movimento negro.
A minha
> crítica referia-se ao mau uso das palavras ambíguas como Deus Léo,
Espírito
> Santo Brudna, etc. E para finalizar, a sua analogia que você fez ao
tentar
> associar o meu texto com o racismo foi infeliz e equivocada.
Distorcer a
> realidade para impor um ponto de vista é sinal de derrota.
>
> Atenciosamente.
> Lisandro.
>
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 17:57
On Wed, 20 Nov 2002, Jose Colucci Jr. wrote:
> Escrevo porque é Dia Santo: aniversário de Deus. Não lhe desejo longa
> vida porque Ele é eterno, mas desejo-lhe felicidade infinita.
Parabéns Léo!!!! Eu não sabia. Alef e mais quantos anos está comemorando?
[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all
Bem ..... Alef zero não .... gogol também não. Vamos deixar por 2^6 que tá de bom tamanho.
Agradeço a todos as manifestações enviadas. Espero recebe-las novamente ano que vem!
Tem alguém, de muito maior prestígio, que faz aniversário dia 14/12/2002 ... 3 aninhos ... é o Imperdível!!! [Registro na Fapesp: criado: 14/12/1999 # 232181] e hoje está com 2.410.000 consultas]. Com certeza fará aninhos com mais de 2.500.000 sopradores de velas!
[]'
Léo
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 18:00
--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
> Mas então ñ deveria ser feriado nacional o Dia da Consciência Gay?
> O Dia da Consciência [qquer grupo q se sinta excluido]? Se for
> assim, aonde iríamos parar? (Brasil, fechado para balanço de
> consciência.)
Nao sei se precisa ser feriado nacional, o Dia da Consciencia Negra
nao e' feriado nacional, ele é feriado municipal (em cidades como
Campinas) e estadual (no Rio de Janeiro), mas acho q. as ponderacoes
acima nao sao muito fortes.
Por exemplo, temos as campanhas de vacinacao. Tem contra a polio e o
sarampo. Mas nao contra a meningite e a febre amarela. Quer dizer q.
as criancas podem pegar meningite 'a vontade? Nao. Ha' limitacao de
recursos e escolhas sao feitas. Se nao se pode cobrir todas as
doencas nao se deve cobrir nenhuma? Acho q nao.
Ha' sim discriminacao no pais contra diversos grupos sociais:
mulheres, negros, pobres, idosos, homossexuais, ateus, doentes e
assim por diante. Se se da' um certo tratamento privilegiado a uma
questao, esta' se dizendo q as outras nao importam de forma alguma?
Acho q. nao. Esta' de certa forma considerando q. uma forma de
discriminacao e' mais grave q. a outra? Sim. E' possivel cobrir
todos? Parece q. nao.
O argumento ou todos ou nenhum pode ser reapresentado tbm na forma do
manjadissimo declive escorregadio...
De fato se um feriado e' um metodo efetivo de minorar os problemas do
preconceito e' uma boa questao a se discutir. Ha' grandes perdas
economicas partilhadas por todos e em uma situacao nada confortavel
qto ao desemprego torna o questionamento relevante.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 18:13
At 17:13 20/11/02 -0200, you wrote:
>Olá Belisário.
Fala, Mauro.
> O estabelecimento do Dia da Consciência Negra - assim como a
>adoção de diversas medidas relativas à comunidade negra - parte do
>princípio de que a situação dos brancos e dos negros não é simétrica, no
>sentido que a comunidade negra é mais oprimida que a branca - e que isso
>torna necessário tomar uma série de medidas para diminuir a assimetria daí
>decorrente.
>
>Pois bem, muito mais certo seria partir do principio de ñ salientar a
>divisão de raças.
>Uma criança ñ deveria nem mesmo perceber q há distinção entre brancos e
>negros (ou quaisquer q sejam as raças ou tipos). Estas datas tmb fazem
>chamar a atenção para estas noções de racismo.
Racismo não é simplesmente o reconhecimento de uma distinção entre
raças. As raças *são* distintas; *há* diferenças, é um dado da realidade.
Racismo é oprimir e segregar com base nessa diferença. O negócio não é
fingir que são iguais, mas fazer com que essas diferenças não se convertam
em opressão/segregação/divisão. E, para se fazer isso, é inevitável
reconhecer a diferença - sem isso não dá sequer para falar sobre a opressão.
Assim, a data chama, sim, a atenção para uma singularidade da
comunidade negra, mas não se trata de noções sobre racismo. Basta olhar a
televisão hoje para ver que o efeito da data não é chamar a atenção para
noções de racismo, mas de fomentar a discussão e a conscientização sobre o
tema.
Acho salutar que as crianças sejam expostas a essa tensão entre
diferença e divisão. Ao contrário, não acho salutar que as crianças sejam
ensinadas a negar a existência da distinção entre as raças, pois assim elas
crescerão incapazes de aceitar naturalmente essas diferenças. Elas devem
ser ensinadas a aceitar a distinção e a encará-las com naturalidade. Talvez
se torne mais natural para as pessoas aceitarem o Outro se, desde crianças,
forem expostas a uma diferenciação entre "distinção" e "divisão/segregação"
desta forma.
>Claro q ñ defendo q ignoremos o fato de existir algum racismo, mas um
>feriado desses serve tmb para reunir alguns negros para comemorar ou
>solicitar alguma coisa. Pq incitar a reunião de uma raça? Ñ vejo o Estado
>incitando reunião ou comemorações de *outras* raças e grupos étnicos. E os
>'morenos'? E os loiros? Ok, eles ñ são humilhados pela sociedade. Mas então
>ñ deveria ser feriado nacional o Dia da Consciência Gay? O Dia da
>Consciência [qquer grupo q se sinta excluido]? Se for assim, aonde iríamos
>parar? (Brasil, fechado para balanço de consciência.)
Existe, de fato, um viés com relação à escolha dos negros para o
feriado: eles são mais comentados na mídia, então presta-se mais atenção a
eles. Por coerência, deveria ser estabelecido também feriado para os
índios, porque eles são mais oprimidos...
Mas feriado depende da importância da coisa. Assim, uma vez
estabelecido feriado para os negros, por coerência, deveria ser
estabelecido também feriado para os índios, mas não necessariamente para as
mulheres, por exemplo, porque o grau de opressão é muito menor, ainda que
exista. É uma questão de dimensão. Por isso, a idéia por detrás do feriado
para os negros não implica em que isso vá desembocar em feriados para tudo
que é classe.
E que os negros se reúnam para comemorar ou solicitar alguma
coisa, porque é o direito deles... Isso não significa necessariamente
racismo. Depende do modo como a coisa é feita.
>==================
>Como é melhor cuidar das causas que dos efeitos, uma das
>frentes de ação mais importantes refere-se à conscientização da sociedade
>sobre a situação dos negros no país e a necessidade de se tomar medidas
>para melhorá-la. Assim, o propósito da instituição do Dia da Consciência
>Negra não é racista, mas justamente o oposto: uma medida para promover essa
>conscientização da sociedade sobre a situação dos negros, partindo do
>princípio de que efemérides ajudam a gerar reflexões, artigos, eventos,
>etc. Sob esse prisma, não tem nenhum sentido estabelecer um Dia da
>Consciência Branca.
>
>Aha. Sei. A intenção do feriado poderia até ser a conscientização da
>sociedade para o problema dos negros. Mas seu efeito ñ é esse -- ou alguém
>aqui estava falando sobre isso? O feriado se tornou tão somente um feriado,
>nada mais. Com os críticos e defensores sobre mais um dia de folga.
Pode ser. Mas aí já é outro problema. Estávamos falando sobre o
conteúdo racista do feriado. Essa sua última observação tem muito
fundamento: eu, por exemplo, passei batido pelo dia da Proclamação da
República, na Ilha do Mel, e só fui me tocar do significado do dia dias depois.
Belisário
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 18:39
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>
>
>
> Boa Tarde!
>
> Prezada Lígia.
>
> A Senhora fez um julgamento precipitado. Eu não afirmei
em
> momento algum que sou contra a consciência negra. Ao contrário, o
> comunicado anterior não citava nada a respeito do movimento negro.
A minha
> crítica referia-se ao mau uso das palavras ambíguas como Deus Léo,
Espírito
> Santo Brudna, etc. E para finalizar, a sua analogia que você fez ao
tentar
> associar o meu texto com o racismo foi infeliz e equivocada.
Distorcer a
> realidade para impor um ponto de vista é sinal de derrota.
>
> Atenciosamente.
> Lisandro.
>
Não Lisandro,
O que eu quis dizer é que você não havia entendido porque era
feriado, muito menos que tal feriado era por conta do Dia da
Consciência Negra. Quem perdeu alguma coisa acho que foi você, mais
uma vez. Quer que eu explique?
Simplesmente,
Lígia
SUBJECT: Epístola aos Céticos Fariseus da Ciencialist
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 18:42
Caríssimos irmãos em Ciencialist
Este que vos dirige a palavra é Alberto, Grão-Mestre Ectoplásmico, sediado
na seita Nobre e Excelsos Cavaleiros do Apocalipse Quântico, fiel discípulo
de Newton bem como de seus reais seguidores, de Halley e Clark a Maxwell e
também de Planck, agraciado por todos os de minha seita com o título de o
último dos grandes pregadores da linhagem dos grandes mestres que, tão
majestosamente, sacrificaram-se a carregar, de geração a geração e pelos
três cantos do pitagórico Reino do Léo, a chama hoje quase em extinção --por
falta única e exclusiva de carregadores à altura e por quase todo o século
XX--, a da física inteligível.
Dirijo-me a vós para dizer que pouco tenho visitado ultimamente a terra dos
bravos irmãos ciencialisteiros, pois além daquelas pequenas rusgas que
mantivemos em clima de caoticidade, e que haverá de ser superada muito em
breve, o tempo anda escasso, particularmente após nova despersonalização por
parte dos atuais seguidores do matemático Minkowski, membro da seita dos
hereges discípulos do grande irmão dissidente Einstein. Mas não poderia
deixar de congratular-me com todos por mais um aniversário do Léo e de um de
seus diletos querubins.
Considerai os lírios do campo e sintam sua beleza a suplantar aquela da
matemática que dá certo sem que saiba como, onde e nem porquê. Considerai
que eles tanto são mais belos quanto mais regados pelo ectoplasma
proveniente do sítio do Léo e produzido com a essência gaucha enviada pelo
Brudna. Considerai o aroma que exalam, de norte a sul deste país, das terras
do Brudna às do Manuel e muito além e para o todo e sempre, e graças não
somente ao Léo mas também a meus diletos irmãos na discórdia e na concórdia.
E lembrai esse dia como aquele em que aqui voltei, para dizer
Parabéns ao Léo, Parabéns ao Brudna e até breve.
[ ]´s
do também escorpioníssimo
Grão-Mestre Ectoplásmico Alberto Mesquita Filho
Nobre e Excelso Cavaleiro do Apocalipse Quântico
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 18:50
--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
>
> Olá Ligia.
>
> "[..] Consciência Negra não é o mesmo que consciência pesada
não... É algo
> de muita importância para todos nós principalmente aos negros
> conscientes de seu valor na sociedade e no mundo."
>
> É por isso q existe tmb o Dia da Conciência Branca, feriado
nacional. Isto
> é muito importante para todos nós, principalmente para os brancos
> conciêntes de seu valor na sociedade e no mundo. :-P
Mauro...
Vamos analisar uma coisa: os brancos fazem a diferença entre negros
e brancos, certo? Mas não há só essa diferença: há também o fato de
os negros se sentirem inferiores aos brancos. Esse é um problema que
a meu ver torna um dia como hoje um dia importante: incentiva os
negros a assumirem seus valores diante da sociedade e não deixarem de
se sentirem importantes e iguais com relação aos brancos. Somos
todos seres humanos afinal de contas...
> Só uma pergunta: isto ñ teria nada haver com racismo, né?
> Tsc, tsc.
Preconceito sempre houve, ou não? Negar isso é tapar o sol com
peneira... Sou descendente de italianos imigrantes, acho que para
mim é mais fácil enxergar um negro como um igual... não tenho o
ranço cultural da idéia de separação entre casa grande e a senzala...
Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 19:16
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Wednesday, November 20, 2002 1:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Apresentação: Hoje é Dia Santo
> Mas duvido que você só tenha 19 aninhos. Como é que deu tempo pra
> aprender tanta coisa? :-O
Provavelmente ele é irmão gêmeo do Léo, aquele que foi enviado para os
confins do universo numa velocidade próxima à velocidade da luz. Ou seja,
fisicamente ele realmente teria 19 anos. Não obstante, ele captou, nessa
viagem, a evolução espiritual do universo (que acompanhou o tempo a passar
no referencial reletivístico-absoluto do Reino do Léo), logo esses 19 anos
foram muito bem vividos e portanto não exatamente equivalentes a 19 dos
nossos anos.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 20:01
Duas efemérides que não teremos, com absoluta certeza: Dia da Consciência Loira e Dia da Consciência Política.
[]'
deus ... com a mão na consCiência.
SUBJECT: Re: [RN] HUBBLE EM BRAILE
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 20:03
--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Os cegos mais afoitos esperam uma versao em braile da PentHouse e
da
> Hustler...
> --------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
Uma vez em um arroubo de criatividade cheguei até mesmo a idealizar
um velocímetro com marcações em braile... O problema ao que parece é
que as ruas e avenidas também teriam que ser adaptadas com sinais de
trânsito em braile. Não sabendo se seria viável do ponto de vista da
administração de municípios ou dos estados, deixei o projeto de lado.
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 20:22
Olá Takata.
Nao sei se precisa ser feriado nacional, o Dia da Consciencia Negra
nao e' feriado nacional, ele é feriado municipal (em cidades como
Campinas) e estadual (no Rio de Janeiro), mas acho q. as ponderacoes
acima nao sao muito fortes.
Ops. Errei. Quer dizer, ato falho :-)
===============
Por exemplo, temos as campanhas de vacinacao. Tem contra a polio e o
sarampo. Mas nao contra a meningite e a febre amarela. Quer dizer q.
as criancas podem pegar meningite 'a vontade? Nao. Ha' limitacao de
recursos e escolhas sao feitas. Se nao se pode cobrir todas as
doencas nao se deve cobrir nenhuma? Acho q nao.
Ha' sim discriminacao no pais contra diversos grupos sociais:
mulheres, negros, pobres, idosos, homossexuais, ateus, doentes e
assim por diante. Se se da' um certo tratamento privilegiado a uma
questao, esta' se dizendo q as outras nao importam de forma alguma?
Acho q. nao. Esta' de certa forma considerando q. uma forma de
discriminacao e' mais grave q. a outra? Sim. E' possivel cobrir
todos? Parece q. nao.
De qquer forma estaríamos abrindo precedente para q se acaso funcione um feriado -- apesar de eu achar q isto ñ funciona para fim q é destinado -- todas as classes discriminadas requisitem seu dia. Ñ seria justo? Mas seria prudente?
=============
O argumento ou todos ou nenhum pode ser reapresentado tbm na forma do
manjadissimo declive escorregadio...
Ñ estou dizendo q q todos devem, mas todos poderiam (supondo q o método funcione mesmo). Como diferenciar qual classe deve ter seu dia especial? Nº de segregados? 'Tamanho' do efeito q a discriminação pode causar num indivíduo? Vc ñ pode criar uma regra em q só se possa enquadrar uma exceção. Neste caso, sim, todos ou nenhum.
=============
De fato se um feriado e' um metodo efetivo de minorar os problemas do
preconceito e' uma boa questao a se discutir. Ha' grandes perdas
economicas partilhadas por todos e em uma situacao nada confortavel
qto ao desemprego torna o questionamento relevante.
Tmb concordo q este é o mais importante ponto a ser discutido. Mas como averiguar o efeito do dia comemorativo. Analisar a discriminação antes e depois da sua criação nos levaria a inúmeros 'mas'.
Podemos pensar então numa analogia. O dia da bandeira é comemorado, mas ñ é feriado. O dia da independência é comemorado e é feriado. Qual o efeito de cada um para o patriotismo? Ou o patriotismo teria q ser um efeito de outras medidas, das quais uma q menos importa é um dia comemorativo? Ou ao contrário, são os dias comemorativos q importam (ou importam tto) para o patriotismo? -- Pode ser por aí?
Mas aproveitando, Takata. Racionalmente ñ consigo entender o racismo. Ñ consigo conceber q possa se diferenciar os seres humanos pela sua cor de pele, pelo formato de um nariz ou lábios. Ñ consigo ver muita diferença em classificar, então, pelas sobrancelhas e cor dos cabelos uma determinada população, e disto prever características sociais e psíquicas q me fizessem até menospreza-los. De fato ñ é muito fácil de eu entender... quer dizer, até posso entender, mas fica difícil saber como é um sentimento q nunca experimentei.
Agora uma coisa q gostaria de saber é o q diferencia biologicamente um branco de um negro (se é q há alguma diferença)? Biologicamente falando, existe mesmo principio para raças? -- pergunto pq a besta aqui de fato ñ sabe :-)
Inté+
Mauro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 20:52
Olá Belisário.
Racismo não é simplesmente o reconhecimento de uma distinção entre raças. As raças *são* distintas; *há* diferenças, é um dado da realidade.
Mas tais diferenças deveriam determinar um tipo de humano de outro? Pq se fracionar os Seres Humanos?
===============
Racismo é oprimir e segregar com base nessa diferença. O negócio não é
fingir que são iguais, mas fazer com que essas diferenças não se convertam
em opressão/segregação/divisão. E, para se fazer isso, é inevitável
reconhecer a diferença - sem isso não dá sequer para falar sobre a opressão.
Ñ estou defendendo "fingir", mas ver mesmo como iguais. Vc e eu podemos ter a cor dos olhos diferentes, mas isso ñ significa q devamos ser considerados tipos diferentes (ou q devamos sair correndo em busca de uma classe de cor de olhos para nos abraçarmos entre 'irmãos'). Por outro lado, cada um de nós tem pequenas características q tornam cada um dos humanos único, claro.
=================
Assim, a data chama, sim, a atenção para uma singularidade da
comunidade negra, mas não se trata de noções sobre racismo. Basta olhar a
televisão hoje para ver que o efeito da data não é chamar a atenção para
noções de racismo, mas de fomentar a discussão e a conscientização sobre o
tema.
Os Judeus foram discriminados. Então eles optaram em se unir mais ainda para combater o racismo q sofriam. Foram eficazes e fortaleceram seu grupo. Agora podem discriminar outra etnia com as mesmas artimanhas q foram atacados. Enfim, será mesmo q vale fortalecer um grupo?
=================
Acho salutar que as crianças sejam expostas a essa tensão entre
diferença e divisão. Ao contrário, não acho salutar que as crianças sejam
ensinadas a negar a existência da distinção entre as raças, pois assim elas
crescerão incapazes de aceitar naturalmente essas diferenças. Elas devem
ser ensinadas a aceitar a distinção e a encará-las com naturalidade.
Elas ñ devem ser incentivadas a *negar*, mas ensinadas a ñ sentir q há diferença.
=================
Talvez se torne mais natural para as pessoas aceitarem o Outro se, desde crianças, forem expostas a uma diferenciação entre "distinção" e "divisão/segregação" desta forma.
Sendo lacônico: Talvez!
Mas parece q é exatamente este método q vem sendo aplicado. E ele está realmente sendo eficiente?
==================
Existe, de fato, um viés com relação à escolha dos negros para o
feriado: eles são mais comentados na mídia, então presta-se mais atenção a
eles. Por coerência, deveria ser estabelecido também feriado para os
índios, porque eles são mais oprimidos...
Mas feriado depende da importância da coisa. Assim, uma vez
estabelecido feriado para os negros, por coerência, deveria ser
estabelecido também feriado para os índios, mas não necessariamente para as mulheres, por exemplo, porque o grau de opressão é muito menor, ainda que
exista. É uma questão de dimensão. Por isso, a idéia por detrás do feriado
para os negros não implica em que isso vá desembocar em feriados para tudo
que é classe.
Bem, o caso é o mesmo q Takata levantou. Talvez vcs estejam certos mesmo. O caso é q eu ainda acho q ñ se deveria criar a regra em q só coubesse uma única exceção. Mas vou pensar melhor a respeito, ok?
======================
E que os negros se reúnam para comemorar ou solicitar alguma
coisa, porque é o direito deles... Isso não significa necessariamente
racismo. Depende do modo como a coisa é feita.
Recoloco: Isso só ñ fortaleceria a divisão de classes. Eu aqui, vc ali -- com regras de convívio. Mas e é esse o objetivo final? Distinguir mais ainda as raças?
==================
Pode ser. Mas aí já é outro problema. Estávamos falando sobre o
conteúdo racista do feriado. Essa sua última observação tem muito
fundamento: eu, por exemplo, passei batido pelo dia da Proclamação da
República, na Ilha do Mel, e só fui me tocar do significado do dia dias depois.
Concordo.
Inté+
Mauro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Não são palavras que faltam...
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 21:00
Caro "L.E."...
Se você se dirigisse à minha pessoa usando
palavras, argumentos e uma fraçãozinha
de inteligência, teria a honrosa oportunidade
de ser reduzido a areia de praia, dependendo
da minha boa vontade e disponibilidade de tempo.
Mas diante de uma agressividade primária,
que denuncia forte perturbação mental (devido à
leitura do meu texto "sem palavras"), nada tenho
a fazer, talvez só lamentar.
Guilherme
> > > > Olá colegas,
> > > >
> > > > Não há palavras para descrever o caso da menina
> > > > que planejou o assassinato dos próprios pais... o crime
> > > > é impressionante.
> >Guilherme
>
>
>
>O QUE TE FALTA NAO SAO PALAVRAS.
>MAS CONHECIMENTO...
>O DIA QUE VOCE O TIVER...
>ELE SE TRANSFORMARÁ EM PALAVRAS.
>
>ESTA AINDA É A CIENCIALIST, NÃO?
>
>L.E.
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 21:03
Olá Ligia.
Vamos analisar uma coisa: os brancos fazem a diferença entre negros
e brancos, certo? Mas não há só essa diferença: há também o fato de
os negros se sentirem inferiores aos brancos. Esse é um problema que
a meu ver torna um dia como hoje um dia importante: incentiva os
negros a assumirem seus valores diante da sociedade e não deixarem de
se sentirem importantes e iguais com relação aos brancos.
Os nordestinos podem se sentir inferiorizados frente aos sulistas (embora eu ñ veja pq). Devemos incentivar os nordestinos a se unirem e enfrentarem aquilo q consideram ameaças do sul. Ñ é mais sensato batalhar pela homogeneidade? Eu concordaria por um dia festejando o "Dia de Uma Raça Só".
========
Somos todos seres humanos afinal de contas...
Aí eu concordo! (E nem precisava do "afinal de contas..." :-)).
Inté+
Mauro
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Jargões falaciosos na Física
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 21:22
Caro Luiz Ferraz,
Li sua mensagem com um interesse ímpar. Cito a seguir
um trecho:
Só para exemplificar o "conceito", pois ocorreu por
esses últimos dias: verifiquei entre as mensagens
dos news dos quais participo (e não são muitos)
que professores e alunos realmente não tinham
noção do que vinha a ser 'a pressão nos gases'.
Para esses, pressão (quando muito!) era resultado
dos choques entre as moléculas do gás e as paredes
do continente (eventualmente o diafragma de um
manômetro ou a interface líquida de um barômetro);
jamais se perguntaram "o que é a pressão no
interior do gás", onde não há superfície alguma
para registrar impactos de moléculas. Escrevi
uma 'divulgação' sobre isso e, um bocado deles
passou-me mensagens (pvt) de agradecimento.
Poderia dar uma explicação dessas afirmações? Se você
realmente tiver razão, o assunto é da maior seriedade,
pois todo mundo concebe a pressão dos gases como sendo
um efeito dos choques das moléculas. Onde está
o erro dessa idéia???
Fiquei particularmente intrigado com o que você escreveu
logo a seguir a respeito da terceira lei de Newton. Dessa
vez, caso você tenha razão, a questão é 100 vezes mais séria.
Mas por enquanto me explique apenas sobre a pressão dos
gases.
Cordialmente,
Guilherme
_________________________________________________________________
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
http://messenger.msn.com.br
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 21:48
| Guilherme escreve:
| Poderia dar uma explicação dessas afirmações? Se você
| realmente tiver razão, o assunto é da maior seriedade,
| pois todo mundo concebe a pressão dos gases como sendo
| um efeito dos choques das moléculas. Onde está
| o erro dessa idéia???
|
Bem, o erro básico dessa idéia é que no seio gasoso praticamente não há choque alguns entre moléculas, particularmente o 'gás perfeito' é definido como 'gás sem colisões' ... mas, ... é melhor ler o texto completo:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_T06.asp
| Fiquei particularmente intrigado com o que você escreveu
| logo a seguir a respeito da terceira lei de Newton. Dessa
| vez, caso você tenha razão, a questão é 100 vezes mais séria.
| Mas por enquanto me explique apenas sobre a pressão dos
| gases.
Quando um transatlântico e um barquinho se chocam, o barquinho afunda e pelo princípio da ação e reação ... "o navio também afunda". Mas ... é melhor ler o texto todo:
====================================================
1) ___ "toda ação tem uma reação igual e contrária"
Este chavão, usado por inúmeros professores, alunos e até mesmo em anúncios de televisão é uma tentativa frustrada para tentar enunciar a 3ª lei de Newton.
"Para toda ação ... NÃO há uma reação igual e oposta"
Sir Isaac Newton publicou suas leis de movimento originalmente em latim. Na tradução para o inglês (muito anterior à primeira tradução do inglês para o português), a palavra "ação" era utilizada com um significado diferente do que é adotamos hoje. Ela não foi usada para sugerir movimento ou uma conseqüência; ao invés disso foi usada para dar o significado de "uma atuação sobre algo" ("an acting upon"). Era usada da mesma forma que a palavra força é usada hoje. É assim que deve ser interpretada a 3ª lei de Newton:
"para toda força aplicada, uma outra força igual e oposta sempre aparecerá".
A palavra igual, refere-se à intensidade da nova força que surge e a palavra oposta refere-se ao fato de que esta nova força deverá ter a mesma direção e sentido contrário ao da força original.
À ação, um pequeno barco bate num transatlântico e afunda, não corresponde uma reação igual e contrária [um transatlântico bate num pequeno barco e afunda]. A força que o barco aplica no transatlântico tem mesma intensidade que a força que o transatlântico aplica no barco (ambas as forças têm mesma direção; uma de sentido oposto à outra). A massa e a resistência estrutural do pequeno barco são insignificantes em relação ao transatlântico; a aceleração momentânea não, por isso ele se esfacela. A aceleração adquirida pelo navio e a mossa originada no choque serão imperceptíveis.
Quando você comprime um skate para trás o chão o empurra para a frente ... você anda (ação) e o chão não se move (reação)! Estas ações e reações, em termos de movimento ou de qualquer outra conseqüência, não eram a investigação, nem a pretensão da 3ª Lei de Newton. Nesta, ele só pretendia dizer que, quando você empurra algo, este algo também empurra você, mesmo que ninguém se mova. Você não pode tocar sem ser tocado; nada pode atrair sem ser atraído; nada pode repelir sem ser repelido.
Em suma, as forças sempre existem aos pares!
Esta é a Terceira Lei de Newton (para referenciais inerciais).
=================
Há muitos outras falácias a serem discutidas; 16 delas estão em:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto11.asp
Em suma .... vc não é um leitor do Imperdível. tsc! tsc! :-)
[]'
Léo
===============================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/11/2002 22:37
Cito Rosa Luxemburg e levo um pito do honorável moderador. Até foi ótimo
pois permitiu ao Manoel Bulcão, o erudito, fazer uma defesa exemplar.
Será que dia santo é ciência?
silvio.
----- Original Message -----
From: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 20, 2002 12:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
O QUE JA ERA FERIADO MUNICIPAL, A BENEDITA, FUTURA MINISTRA DO LULA,
TRANSFORMOU AGORA EM FERIADO ESTADUAL.
OS BRANCOS?
ELES FORAM TODOS COMEMORAR NA PRAIA.
IPANEMA TA CHEIA.
OS NEGROS ESTAO LA VENDENDO MATE, CERVEJA E, TALVEZ, MACONHA.
EM BREVE...
FERIADO FEDERAL.
L.E.
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 23:09
--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
> Olá Ligia.
> (...)Ñ é mais sensato batalhar pela homogeneidade? Eu concordaria
por um dia festejando o "Dia de Uma Raça Só".
Desde que todos se achassem iguais, né?... o problema é que se o
sujeito cismar que é melhor do que o outro só porque escova os dentes
de um jeito diferente e se ele ganhar destaque por qualquer motivo
que seja, os que não souberem escovar os dentes daquela forma vão
acabar se sentindo inferiores... :) A idéia é mais um menos essa.
Vamos dizer que o senso de hierarquia é muito "entranhado" dentro da
raça humana de um modo geral: sempre tem os que se acham melhores
que os outros e sempre tem os que se submetem. Isso até mesmo
independentemente de raça, cor, nacionalidade. Assim temos que os
gordos são subjugados pelos magros, os altos subjugam os baixinhos,
os homens as mulheres, os jovens os velhos, os ricos os pobres...
enfim...
> Somos todos seres humanos afinal de contas...
>
> Aí eu concordo! (E nem precisava do "afinal de contas..." :-)).
É mas tem gente que se esquece disso, sabia? Bom saber que pelo
menos em um ponto nós concordamos :))
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 23:21
--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
> (...) Agora uma coisa q gostaria de saber é o q diferencia
biologicamente um branco de um negro (se é q há alguma diferença)?
(...)
Só me intromentendo: os negros são superiores fisicamente e não
duvido que até intelectualmente que os brancos. Já notou que a
maioria dos grandes astros do esporte mundial são negros? E isso não
é só porque eles supostamente não têm chances de estudar não. A
compleição física negróide é mais resistente, mais forte que a das
demais raças. Além do fato de terem ritmo, boa coordenação motora e
um senso artístico muito bem desenvolvido... basta notar também que
praticamente todos os hits musicais da atualidade no ocidente têm
bases na batida criada por negros. O mundo se rende a eles, só não
admite... nem eles percebem isso.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2002 23:42
At 01:21 21/11/02 +0000, Lígia wrote:
>Só me intromentendo: os negros são superiores fisicamente e não
>duvido que até intelectualmente que os brancos. Já notou que a
>maioria dos grandes astros do esporte mundial são negros? E isso não
>é só porque eles supostamente não têm chances de estudar não. A
>compleição física negróide é mais resistente, mais forte que a das
>demais raças.
Lembremos de que, quando trouxeram (emos?) os escravos para cá,
eram selecionados sempre os mais fortes e saudáveis. Não admira que os seus
descendentes sejam fortes e saudáveis. Inclusive, uma das coisas que faziam
é olhar a saúde através dos dentes. Gerou-se uma cepa de pessoas fortes e
com dentes saudáveis.
>Além do fato de terem ritmo, boa coordenação motora e
>um senso artístico muito bem desenvolvido... basta notar também que
>praticamente todos os hits musicais da atualidade no ocidente têm
>bases na batida criada por negros. O mundo se rende a eles, só não
>admite... nem eles percebem isso.
Os europeus também têm senso artístico desenvolvido - acontece que
os negros desenvolveram aspectos diferentes da música. Os africanos não
chegaram nem aos pés dos europeus em termos de melodia ou harmonia, da
mesma forma que os europeus não chegaram aos pés dos africanos em termos de
ritmo. Acontece que, para ser hit musical, tem que ter ritmo, melodia só
não basta...
Belisário
SUBJECT: Re: Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 00:06
>Manuel Bulcão: Mas duvido que você só tenha 19 aninhos. Como é que
deu tempo pra aprender tanta coisa? :-O<
Oi Manuel,
Estou na lista de passagem, só para mandar um abraço para os amigos.
O número de mensagens ficou muito grande. Foram mais de 1800 no mês
passado. Não consigo lidar com isso. Aqui nos EUA o pessoal tem o
péssimo hábito de trabalhar durante o expediente.
Quanto à minha idade, confesso que já passei dos dezenove. Não digo
há quanto tempo, mas posso dizer que costumava ver a Neide Alexandre
fazendo comercial da cera Parketina na TV Tupi. Ao vivo, claro, já
que o videotape ainda não havia sido inventado. Via também
o "Vigilante Rodoviário" com seu Simca Chambord e sua Harley. Me
lembro vagamente da música "...nas pistas de rodagem, Vigilante
Rodoviáaaaaario".
Um grande abraço para você e para todos.
Colucci
SUBJECT: A musica começa assim...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 00:07
>Me
>lembro vagamente da música "...nas pistas de rodagem, Vigilante
>Rodoviáaaaaario".
>Colucci
De noite ou de dia...
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 00:42
At 20:52 20/11/02 -0200, you wrote:
>Olá Belisário.
Olá, Mauro.
> Belisário: Racismo não é simplesmente o reconhecimento de uma
> distinção entre raças. As raças *são* distintas; *há* diferenças, é um
> dado da realidade.
>
>Mauro: Mas tais diferenças deveriam determinar um tipo de humano de outro?
>Pq se fracionar os Seres Humanos?
Belisário:
Claro que não deveriam determinar um tipo de humano de outro... O
que eu disse foi justamente o oposto: que, a despeito das diferenças que
existem, é necessário evitar que elas se transformem em base para
intolerância.
E eu disse isso para contrapor ao seu comentário de que medidas
como o dia da consciência negra teriam o racismo como saldo porque
salientariam a divisão das raças e exporiam as crianças a distinções entre
brancos e negros. Vejamos novamente:
At 17:13 20/11/02 -0200, Mauro wrote:
>Pois bem, muito mais certo seria partir do principio de ñ salientar a
>divisão de raças.
>Uma criança ñ deveria nem mesmo perceber q há distinção entre brancos e
>negros (ou quaisquer q sejam as raças ou tipos). Estas datas tmb fazem
>chamar a atenção para estas noções de racismo.
Ora, essas medidas partem justamente do princípio de que há uma
opressão aos negros e é necessário que se tome medidas para diminuir a
opressão. Uma dessas medidas é a conscientização da sociedade, o que pode
ser feito através da institução de uma efeméride, porque esta gera debates.
E gera mesmo, é só ver o que passou na televisão e nos jornais hoje. Por
isso, creio que a institução de uma tal efeméride não salienta a divisão
entre as raças, pois seu efeito é justamente promover a conscientização da
sociedade, o que tende a diminuir a divisão entre as raças.
Nem tampouco creio que a efeméride seja prejudicial por fazer as
crianças perceberem que existe diferença entre brancos e negros. As
crianças vão perceber isso de qualquer forma. As pessoas ao seu redor têm
diversas atitudes racistas, que vão ensiná-la veladamente a se comportar
dessa forma. E essas atitudes não são apenas a constatação de uma
distinção, são a conversão dessa distinção em segregação. Assim, o problema
não é o reconhecimento de uma distinção, mas sim a conversão desse
reconhecimento em intolerância. Isso não é inevitável: a tal efeméride
também implica na constatação da distinção entre negros e brancos, mas, ao
invés de tentar convertê-la em intolerância, tenta convertê-la em
não-segregação, pois promove a conscientização da sociedade.
Por isso, não creio que o dia da conscientização negra tenha como
saldo final posturas racistas - muito pelo contrário, creio que o saldo
final é uma contribuição à diminuição do racismo.
> E que os negros se reúnam para comemorar ou solicitar alguma
> coisa, porque é o direito deles... Isso não significa necessariamente
> racismo. Depende do modo como a coisa é feita.
>
>
> Recoloco: Isso só ñ fortaleceria a divisão de classes. Eu aqui, vc ali
-- com regras de > convívio. Mas e é esse o objetivo final? Distinguir mais
ainda as raças?
Creio que você está radicalizando. Pô, os negros estão numa
situação de opressão, eles não podem se reunir e exigir melhor situação???
Será que temos que negar-lhes esse direito em nome da hipótese discutível
de que isso no futuro poderia desembocar em uma distinção ainda maior entre
as raças? E digo que a hipótese é discutível não só por causa dos
argumentos acima, mas também porque já há casos na história que tiveram
resultado oposto: o caso das mulheres, por exemplo. Com todas as críticas
ao que virou hoje o movimento feminista, as reuniões das mulheres no
passado e as suas reivindicações sociais enquanto mulheres não levaram a
mais distância entre os sexos - muito pelo contrário, levaram a diminuir
enormemente a distância entre eles. Não vejo por que o contrário deveria
acontecer para os negros.
Inté,
Belisário
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 01:04
At 03:09 21/11/02 +0000, you wrote:
> > Os europeus também têm senso artístico desenvolvido -
>acontece que
> > os negros desenvolveram aspectos diferentes da música. Os africanos
>não
> > chegaram nem aos pés dos europeus em termos de melodia ou harmonia,
>
>
>
>Eu sou amante incondicional da música clássica européia. Mas percebo
>boa música quando encontro alguma e existe um tipo de música africana
>que a meu ver supera em muito a técnica da composição européia,
>principalmente no quesito do que a melodia transmite e na
>forma "bruta" como é criada. Paul Simon inclusive chegou a gravar um
>CD com alguns de seus representantes, o Graceland. Infelizmente não
>se tem lá muito acesso a esse tipo de música por aqui... adoraria
>ouvir mais.
Vou dar uma dica: tenho gostado muito da música zulu sul-africana.
Especialmente do Ladysmith Black Mambazo e da Miriam Makeba. O Ladysmith é
um grupo vocal a capela e gravou duas faixas no Graceland, o Homeless
(maravilhoso!) e Diamonds on the soles of her shoes. A Miriam Makeba tinha
um hit há algum tempo, acho que o título era Patapatá - algo como
"Sacutinga sacupeba, pati, patatá / marinová, marinová, pati-patatá".
Parece uma espécie de Caetano Veloso da África do Sul; mistura tudo e põe
temperos zulus. Num dos seus últimos discos, ela gravou músicas zulus
tradicionais que aprendeu com sua mãe quando criança. Os arranjos das
músicas que ela interpreta são marcados por vocais: ela parece ser incapaz
de cantar qualquer coisa que não tenha algum coral negro por detrás. A
percussão mais sutil mas bem trabalhada que sempre aparece também é muito
interessante. Dá para encontrar discos desse povo na Fnac, que tem em
muitas cidades, ou então em algumas lojas do tipo para universitários
bichos-grilos. Ou ainda na Internet. São caros, seguem o humor do dólar.
E por falar em comparação Europa/África, tenho um disco muito
doido: Bach to Africa, com um grupo do Gabão chamado Lambarena. O cara teve
a idéia de pegar umas músicas do Bach e sobrepor a elas, encaixando, ritmos
e vocais de raiz do Gabão. Para mim ficou interessantíssimo. Encaixa-se
como uma luva. Se bem que quem está acostumado a ouvir muito Bach tenha
opinião oposta.
> > da
> > mesma forma que os europeus não chegaram aos pés dos africanos em
>termos de
> > ritmo. Acontece que, para ser hit musical, tem que ter ritmo,
>melodia só
> > não basta...
>
>
>Concordo que comparar um batuque com uma obra como Moldau de Smetana
>é covardia... :) Mas considerando-se que são formas diferentes de
>expressão na música, pode-se dizer que o samba desenvolvido no Brasil
>e tocado pelas baterias de escola de samba é uma sinfonia de acordes
>rítmicos da mesma forma que a Nona de Beethovenn é uma sinfonia de
>harmonias e melodias. E quanto ao ritmo, ele tem muito mais apelo
>que a composição harmônica porquê transmite uma espécie de conforto
>ao fazer lembrar a batida do coração, ou mesmo o aconchego do útero
>quando ouvíamos o tempo todo o tum-tum do coração da mãe... O ritmo
>fala das raízes, fala da natureza feita mais de vibrações do que
>melodias propriamente. E ninguém supera os negros na elaboração dos
>sons desse tipo. Talvez pelo fato de serem mais sensuais,
>menos "presos" no que se refira à sexualidade, ou simplesmente por
>não saberem abstrair.
>
>A propósito, nem adianta vir lembrar que lá na África há tribos em
>que o clitóris das meninas é cortado juntamente com os pequenos
>lábios, sei disso. Mas digamos que de um modo geral, sem levar em
>consideração esse extremo de "prisão", a raça negra tenha uma
>propensão maior à sensualidade do que os brancos em geral, assim como
>ao ritmo, assim como à entrega, à alegria...
Bom, acho que tudo isso depende da percepção e do gosto de cada
um. Você gosta de música africana, eis tudo... Quando à sensualidade, os
africanos não são cristãos... portanto, não têm esse bloqueio todo com
relação à sexualidade que aparece entre os europeus. Talvez, isso me ocorre
agora, isso tenha influenciado nos rumos da música européia, no
desenvolvimento pífio do ritmo em pró da melodia e da harmonia. Se bem que
uma valsa bem posta é uma valsa bem posta...
Inté,
Belisário
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 01:09
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> Lembremos de que, quando trouxeram (emos?) os escravos
para cá,
> eram selecionados sempre os mais fortes e saudáveis. Não admira que
os seus
> descendentes sejam fortes e saudáveis. Inclusive, uma das coisas
que faziam
> é olhar a saúde através dos dentes. Gerou-se uma cepa de pessoas
fortes e
> com dentes saudáveis.
Certo, não pensei nesse detalhe, obrigada. Houve sim uma espécie de
seleção "natural" nesse quesito. Os escravos que vieram para as
Américas foram sim escolhidos para trabalho braçal e escolhidos como
se fossem cavalos.
> Os europeus também têm senso artístico desenvolvido -
acontece que
> os negros desenvolveram aspectos diferentes da música. Os africanos
não
> chegaram nem aos pés dos europeus em termos de melodia ou harmonia,
Eu sou amante incondicional da música clássica européia. Mas percebo
boa música quando encontro alguma e existe um tipo de música africana
que a meu ver supera em muito a técnica da composição européia,
principalmente no quesito do que a melodia transmite e na
forma "bruta" como é criada. Paul Simon inclusive chegou a gravar um
CD com alguns de seus representantes, o Graceland. Infelizmente não
se tem lá muito acesso a esse tipo de música por aqui... adoraria
ouvir mais.
> da
> mesma forma que os europeus não chegaram aos pés dos africanos em
termos de
> ritmo. Acontece que, para ser hit musical, tem que ter ritmo,
melodia só
> não basta...
Concordo que comparar um batuque com uma obra como Moldau de Smetana
é covardia... :) Mas considerando-se que são formas diferentes de
expressão na música, pode-se dizer que o samba desenvolvido no Brasil
e tocado pelas baterias de escola de samba é uma sinfonia de acordes
rítmicos da mesma forma que a Nona de Beethovenn é uma sinfonia de
harmonias e melodias. E quanto ao ritmo, ele tem muito mais apelo
que a composição harmônica porquê transmite uma espécie de conforto
ao fazer lembrar a batida do coração, ou mesmo o aconchego do útero
quando ouvíamos o tempo todo o tum-tum do coração da mãe... O ritmo
fala das raízes, fala da natureza feita mais de vibrações do que
melodias propriamente. E ninguém supera os negros na elaboração dos
sons desse tipo. Talvez pelo fato de serem mais sensuais,
menos "presos" no que se refira à sexualidade, ou simplesmente por
não saberem abstrair.
A propósito, nem adianta vir lembrar que lá na África há tribos em
que o clitóris das meninas é cortado juntamente com os pequenos
lábios, sei disso. Mas digamos que de um modo geral, sem levar em
consideração esse extremo de "prisão", a raça negra tenha uma
propensão maior à sensualidade do que os brancos em geral, assim como
ao ritmo, assim como à entrega, à alegria...
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 01:34
At 03:09 21/11/02 +0000, you wrote:
>Eu sou amante incondicional da música clássica européia. Mas percebo
>boa música quando encontro alguma e existe um tipo de música africana
>que a meu ver supera em muito a técnica da composição européia,
>principalmente no quesito do que a melodia transmite e na
>forma "bruta" como é criada.
Tenho mais algo a dizer sobre isso: muitas melodias africanas são
melodias simples, porém extremamente penetrantes; são melodias transmitidas
de geração em geração oralmente, como algumas músicas do cancioneiro
popular brasileiro. Tais canções são selecionadas pela transmissão oral, e
só chegam aos dias de hoje as que passaram pelo crivo de gerações com
gostos diferentes; o resultado é que elas têm um grau de penetração
profundíssimo. Pelo menos, essa é minha teoria particular... Além disso,
exatamente por sua simplicidade, muitas são pentatônicas (usam só cinco das
sete notas da escala), e músicas pentatônicas podem ter uma cor
interessantíssima, podem ser muito penetrantes. Alguns compositores, como
Dorival Caymmi (não há nada como a Oração da Mãe Menininha...) e Waldemar
Henrique, têm a capacidade de conseguir reproduzir esse efeito. A música
erudita européia em geral não tem essas características, porque são feitas
de modo muito trabalhado, sobrevivendo graças aos registros escritos.
Porém, parte da música medieval e das músicas populares européias têm. Por
exemplo, gosto muito da música celta, elas têm uma simplicidade e uma
penetração enormes. Essa música vem sendo aproveitada pelo estilo new age.
Mas, sem dúvida, os africanos (e brasileiros) sabem fazer isso muito, muito
bem.
Abraços musicais,
Belisário
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 01:58
Primerio ola a todos na lista. Andei um tempo distante e devo ter perdido
algumas polêmica agradáveis... Mas voltei...
Em Qua 20 Nov 2002 21:48, you wrote:
> Há muitos outras falácias a serem discutidas; 16 delas estão em:
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto11.asp
Achei muito legal o site, ressaltando alguns erros comuns em expressões do
dia a dia. Mas infelizmente tem algumas das ditas falácias que devo defender:
1)- A questão do preço da água.
Não vou negar que 100 gramas de pão é composta de 60 gramas de água,
aproximadamente. Mas não podemos afirmar que pagamos por esta 60 gramas de
água preço de pão.
O preço de qualquer mercadoria é o custo da matéria prima, o custo da
produção e o lucro do produtor. Ao comprar o pão pagamos a água utilizada em
sua feitura, mas esta água não responde por 60% do preço, e apenas do peso.
Na verdade, o custo da água é uma parte quase desprezível até mesmo no
cálculo do custo de matéria prima. Se você fabricar pão em casa irá confirmar
que o fermento e a farinha é que são os responsáveis pelo preço.
O mesmo argumento poderia ser usado para se tentar calcular o preço de uma
pulseira de ouro impuro. Digamos que a liga metálica da pulseira fosse feita
de 50% ferro e 50% ouro, em peso. Com certeza muito mais da metade do preço
seria devido ao ouro. Não seria possível falar que metade do preço da
pulseira se deve ao ferro.
Pior ainda o argumento de desidratar o alimento, teríamos um preço mais alto
pois teríamos incluso o custo de desidratação.
2- Questionar a frase :" cubra a televisão pois ela detesta sol"
Achei sua observação em relação a esta frase uma forma curiosa de falar sobre
a origem do coletor de imagens. Mas isto não muda o fato de incidência de luz
solar intensa e direta poder ser prejudicial a durabilidade de um aparelho de
TV. Defender que a TV gosta de sol e colocá-la sobre luz solar forte e
constante pode estragar a TV.
3- Luz solar, raios paralelos, etc...
Afirmar que a luz solar é constituida de raios paralelos é uma aproximação. A
orientação de raios luminosos emitidos por um ponto material e por uma esfera
perfeita é a mesma. E caso a distância de um corpo seja infinita em relação a
fonte luminosa esférica ou pontual, os raios seriam paralelos.
O Sol é algo bem próximo de uma esfera perfeita, e a distância Terra-Sol é
praticamente infinita em relação ao raio da terra. A aproximação é excelente.
A maioria dos efeitos que você destaca como explicados pelos raios não serem
paralelos é explicada pela difração da luz solar na atmosfera. Na superfície
da Lua (sem atmosfera) estes fenômenos são observados. O penúltimo fenômeno
se devem apenas ao fato do Sol não ser uma fonte pontual.
E o último é perfeitamente factível. Intensos raios de luz paralelos podem
ser gerados por uma combinação ótica de convergência e divergência. Na
verdade seria factível até mesmo se os raios solares fossem fortemente
divergentes. A questão é que, para se usar como uma "arma" seria necessário
uma objetiva de grandes proporções, e teria eficácia comprometida de acordo
com o clima do momento. Seria um trambolho frágil e nem sempre utilizável.
4- A pressão atmosférica não comprimir.
Pressão comprime, mesmo sendo escalar, pois o ato de comprimir é apenas uma
redução de volume, ou seja, uma variação de uma grandeza escalar.
Um objeto físico é comprimido quando submetido a pressão. Isto é quase
imperceptível nas variações de pressão normais em sólidos e líquidos, mas é
nítido em se tratando de gases.
Coloque um balão cheio de qualquer gaz em uma câmara barométrica. Seu volume
variará de forma inversamente proporcional a pressão. A pressão atmosférica
desta forma reduz o volume de um balão. Este é o motivo, por exemplo, de
balões metereológicos não serem enchidos completamente na superfície. É
necessário que ele esteja meio murcho para o gas interno ao balão (em geral
hélio) se expanda ao atingir menores pressões nas camadas atmosféricas
superiores.
A compressão de sólidos e líquidos só se torna perceptível a grandes
pressões, mas também ocorre, variando de acordo com a rigidez do material. Um
ovo de galinha seria implodido se descessem com ele até o fundo das Fossas
Marianas (assim como um corpo humano).
Correções feitas, meus parabéns pelo site.
Aniello
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 02:28
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> Vou dar uma dica: tenho gostado muito da música zulu sul-
africana.
> Especialmente do Ladysmith Black Mambazo e da Miriam Makeba. O
Ladysmith é
> um grupo vocal a capela e gravou duas faixas no Graceland, o
Homeless
> (maravilhoso!) e Diamonds on the soles of her shoes. A Miriam
Makeba tinha
> um hit há algum tempo, acho que o título era Patapatá - algo como
> "Sacutinga sacupeba, pati, patatá / marinová, marinová, pati-
patatá".
> Parece uma espécie de Caetano Veloso da África do Sul; mistura tudo
e põe
> temperos zulus. Num dos seus últimos discos, ela gravou músicas
zulus
> tradicionais que aprendeu com sua mãe quando criança. Os arranjos
das
> músicas que ela interpreta são marcados por vocais: ela parece ser
incapaz
> de cantar qualquer coisa que não tenha algum coral negro por
detrás. A
> percussão mais sutil mas bem trabalhada que sempre aparece também é
muito
> interessante. Dá para encontrar discos desse povo na Fnac, que tem
em
> muitas cidades, ou então em algumas lojas do tipo para
universitários
> bichos-grilos. Ou ainda na Internet. São caros, seguem o humor do
dólar.
Obrigada pelas dicas! Vou procurar, pode crêr.
> E por falar em comparação Europa/África, tenho um disco
muito
> doido: Bach to Africa, com um grupo do Gabão chamado Lambarena. O
cara teve
> a idéia de pegar umas músicas do Bach e sobrepor a elas,
encaixando, ritmos
> e vocais de raiz do Gabão. Para mim ficou interessantíssimo.
Encaixa-se
> como uma luva. Se bem que quem está acostumado a ouvir muito Bach
tenha
> opinião oposta.
Nossa! Deve ser ótimo! E esse, onde se compra? Eu tenho aqui
comigo um CD brasileiro de músicas de Bach tocadas no ritmo de
chorinho... é interessante também. E parece que Bach dá essa
oportunidade de permitir arranjos dos mais variados ritmos ao não ter
determinado uma cadência precisa quando compôs as músicas.
> Bom, acho que tudo isso depende da percepção e do gosto de
cada
> um. Você gosta de música africana, eis tudo...
Eu gosto de melodia. Presto atenção ao ritmo mas fico mais ligada
mesmo à melodia e quando "bate", quando eu percebo que é bonita, eu
acabo gostando da música toda. Nem toda música africana é boa mas
quando consegue transmitir a sensação de um ambiente aberto, ou o
ritmo é contagiante e "casa" com a melodia, eu me rendo... :)
Quando à sensualidade, os
> africanos não são cristãos... portanto, não têm esse bloqueio todo
com
> relação à sexualidade que aparece entre os europeus. Talvez, isso
me ocorre
> agora, isso tenha influenciado nos rumos da música européia, no
> desenvolvimento pífio do ritmo em pró da melodia e da harmonia.
Imagino que qualquer coisa que promovesse um interesse em movimentar
o corpo de forma vagamente lasciva foi abolido da música européia
enquanto era um meio de demonstrar devoção a Deus nas construções de
até 60 vozes dos corais... Parece que a música clássica teve origem
da adaptação da polifonia dessas composições aos instrumentos
utilizados pelo povo, resultando no que acabou sendo uma música que
tende a "elevar" o espírito ao invés de mergulhá-lo na carne... :)
Ou mesmo só para "perfumar" o ambiente como a música barroca... ou
apenas para traduzir emoções como a música pré e pós romântica.
Mozart parece ser um caso à parte: ele falava pelas melodias e
arranjos sinfônicos que compunha, mais até do que estava preocupado
em estruturá-la em um ou outro gênero.
Se bem que
> uma valsa bem posta é uma valsa bem posta...
Mesmo assim a valsa é um ritmo mecânico, não? Basta prestar atenção
a qualquer música árabe por exemplo, em que o ritmo é levado às
últimas consequências e tem um forte apelo sensual. Infelizmente a
música que se ouvia nos salões da nobreza é pobre em termos
rítmicos... e parece "infantil" mesmo quando pretendeu ser ousada,
no sentido rítmico, bem entendido :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 03:02
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> Tenho mais algo a dizer sobre isso: muitas melodias
africanas são
> melodias simples, porém extremamente penetrantes; são melodias
transmitidas
> de geração em geração oralmente, como algumas músicas do
cancioneiro
> popular brasileiro. Tais canções são selecionadas pela transmissão
oral, e
> só chegam aos dias de hoje as que passaram pelo crivo de gerações
com
> gostos diferentes; o resultado é que elas têm um grau de penetração
> profundíssimo. Pelo menos, essa é minha teoria particular...
Interessante essa teoria porque deve ser isso mesmo! A música
passada oralmente tem que ter o poder de ser "gravada" mentalmente e
por isso deve ser marcante, feita por sequências simples mas que se
harmonizam num conjunto cadenciado que permite a memorização.
Engraçado que a música barroca também é facilmente memorizável,
principalmente por causa do ritmo cadenciado.
Além disso,
> exatamente por sua simplicidade, muitas são pentatônicas (usam só
cinco das
> sete notas da escala), e músicas pentatônicas podem ter uma cor
> interessantíssima, podem ser muito penetrantes. Alguns
compositores, como
> Dorival Caymmi (não há nada como a Oração da Mãe Menininha...) e
Waldemar
> Henrique, têm a capacidade de conseguir reproduzir esse efeito.
Nossa! Você entende de música! Um outro aspecto interessante é a
utilização de semi-tons na elaboração da melodia: eles têm um poder
maior de ser "arquivado" pelo efeito "inesperado". Quanto à Mãe
Menininha, é singela, simples. Gosto da simplicidade e
invariavelmente gosto de músicas simples que se destacam justamente
pela "abrangência"... :)
A música
> erudita européia em geral não tem essas características, porque são
feitas
> de modo muito trabalhado, sobrevivendo graças aos registros
escritos.
> Porém, parte da música medieval e das músicas populares européias
têm. Por
> exemplo, gosto muito da música celta, elas têm uma simplicidade e
uma
> penetração enormes. Essa música vem sendo aproveitada pelo estilo
new age.
Música medieval... eu amo! Tenho um CD das canções de Mont Serrat
gravadas com instrumentos feitos a partir de registros do que eram lá
nos ídos de 1100 a 1300 DC. Essas músicas têm essa capacidade de
penetrar fundo na alma. Quanto à música celta, nem se fale: ela
influenciou toda a música medieval até a chegada dos mouros que
promoveram o desenvolvimento da música provençal que também adoro...
enfim, só tem faltado conhecer a música tocada na grécia/roma
antiga... morro de curiosidade :)
> Mas, sem dúvida, os africanos (e brasileiros) sabem fazer isso
muito, muito
> bem.
Sabem sim! Eu gosto muitíssimo da música de viola do nordeste. Tem
um apelo que lembra a música hindu em alguns aspectos, ou mesmo a
provençal. Como não presto atenção à letra na maioria dos casos, eu
não me dou bem com a MPB atual... apesar de ter algumas com melodias
muito boas... raras, diga-se de passagem.
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 03:36
> Bem, o erro básico dessa idéia é que no seio gasoso praticamente não há
choque alguns entre moléculas, > particularmente o 'gás perfeito' é
definido como 'gás sem colisões' ... mas, ... é melhor ler o texto
completo:
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_T06.asp
Gás perfeito, plano sem atrito, condutor sem resistência... A física é
realmente o estudo dos sistemas simples ou que podem ser simplificados!
Depois chamam-na de ciência "exata"... (desculpe a provocação, hehe).
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 06:02
Ligia Amorese wrote:
> Paul Simon inclusive chegou a gravar um
> CD com alguns de seus representantes, o Graceland. Infelizmente não
> se tem lá muito acesso a esse tipo de música por aqui... adoraria
> ouvir mais.
"world music" é caca-niqueis... pior só new age!!!
> E quanto ao ritmo, ele tem muito mais apelo
> que a composição harmônica porquê transmite uma espécie de conforto
> ao fazer lembrar a batida do coração, ou mesmo o aconchego do útero
> quando ouvíamos o tempo todo o tum-tum do coração da mãe... O ritmo
> fala das raízes, fala da natureza feita mais de vibrações do que
> melodias propriamente. E ninguém supera os negros na elaboração dos
> sons desse tipo. Talvez pelo fato de serem mais sensuais,
> menos "presos" no que se refira à sexualidade, ou simplesmente por
> não saberem abstrair.
ok..
mas vc pode resumir tudo isso a uma só palavrinha:
"hipnotico".
[]'s
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Não são palavras que faltam...
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 09:04
Guilherme:
O que vc. tem contra as areias das praias, suporte para os belos corpos de
nossas veranistas?
As areias, como nós, são constituintes de um todo que no fim, não é dada.
sds,
silvio.
----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 20, 2002 9:00 PM
Subject: [ciencialist] Re: Não são palavras que faltam...
>
> Caro "L.E."...
>
> Se você se dirigisse à minha pessoa usando
> palavras, argumentos e uma fraçãozinha
> de inteligência, teria a honrosa oportunidade
> de ser reduzido a areia de praia, dependendo
> da minha boa vontade e disponibilidade de tempo.
> Mas diante de uma agressividade primária,
> que denuncia forte perturbação mental (devido à
> leitura do meu texto "sem palavras"), nada tenho
> a fazer, talvez só lamentar.
>
> Guilherme
>
>
> > > > > Olá colegas,
> > > > >
> > > > > Não há palavras para descrever o caso da menina
> > > > > que planejou o assassinato dos próprios pais... o crime
> > > > > é impressionante.
> > >Guilherme
> >
> >
> >
> >O QUE TE FALTA NAO SAO PALAVRAS.
> >MAS CONHECIMENTO...
> >O DIA QUE VOCE O TIVER...
> >ELE SE TRANSFORMARÁ EM PALAVRAS.
> >
> >ESTA AINDA É A CIENCIALIST, NÃO?
> >
> >L.E.
>
>
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 09:25
--- Em ciencialist@y..., phreakazoid@i... escreveu
> Ligia Amorese wrote:
>
> > Paul Simon inclusive chegou a gravar um
> > CD com alguns de seus representantes, o Graceland. Infelizmente
não
> > se tem lá muito acesso a esse tipo de música por aqui... adoraria
> > ouvir mais.
>
> "world music" é caca-niqueis... pior só new age!!!
Depende... tem música que eu chamo de "música de pizzaria". Essa
sim é feita com o propósito de vender sem sequer se preocupar em ser
boa. Muitos compositores new age caíram nesse alçapão enquanto
pensam que estão fazendo música...
> ok..
> mas vc pode resumir tudo isso a uma só palavrinha:
>
> "hipnotico".
Pois é, daí caímos no trance... :)
Bisous, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo? - Esporte e arte
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 09:32
At 04:28 21/11/02 +0000, you wrote:
> > E por falar em comparação Europa/África, tenho um disco
>muito
> > doido: Bach to Africa, com um grupo do Gabão chamado Lambarena. O
>cara teve
> > a idéia de pegar umas músicas do Bach e sobrepor a elas,
>encaixando, ritmos
> > e vocais de raiz do Gabão. Para mim ficou interessantíssimo.
>Encaixa-se
> > como uma luva. Se bem que quem está acostumado a ouvir muito Bach
>tenha
> > opinião oposta.
>
>
>
>Nossa! Deve ser ótimo! E esse, onde se compra? Eu tenho aqui
>comigo um CD brasileiro de músicas de Bach tocadas no ritmo de
>chorinho... é interessante também. E parece que Bach dá essa
>oportunidade de permitir arranjos dos mais variados ritmos ao não ter
>determinado uma cadência precisa quando compôs as músicas.
Olha, eu comprei na loja Iluminações, em Campinas (uma daquelas
lojas para universitários bichos-grilos de que eu falei), mas pode ser que
tenha na Fnac, essa loja tem coisas doidas.
>Se bem que
> > uma valsa bem posta é uma valsa bem posta...
>
>
>Mesmo assim a valsa é um ritmo mecânico, não? Basta prestar atenção
>a qualquer música árabe por exemplo, em que o ritmo é levado às
>últimas consequências e tem um forte apelo sensual. Infelizmente a
>música que se ouvia nos salões da nobreza é pobre em termos
>rítmicos... e parece "infantil" mesmo quando pretendeu ser ousada,
>no sentido rítmico, bem entendido :)
A música árabe é realmente interessante. Ouvi um recentemente de
música do Império Otomano da Idade Média. Inacreditável. Louquíssimo. A
gente quase não consegue ficar parado, o tronco quase sai serpenteando sozinho.
> Música medieval... eu amo! Tenho um CD das canções de Mont Serrat
> gravadas com instrumentos feitos a partir de registros do que eram lá
> nos ídos de 1100 a 1300 DC. Essas músicas têm essa capacidade de
> penetrar fundo na alma. Quanto à música celta, nem se fale: ela
> influenciou toda a música medieval até a chegada dos mouros que
> promoveram o desenvolvimento da música provençal que também adoro...
Música provençal...? Acho que essa ainda não ouvi. Tem aí alguma
referência?
A propósito, você conhece o grupo Anima, de Campinas? Acho que
você vai amar. Eles fazem pesquisa sobre música da tradição oral
brasileira, e fazem uma mistureba com música medieval e música árabe. As
duas coisas têm tudo a ver - muito do cancioneiro popular nordestino vem
diretamente da música medieval. Outro dia descobri, num disco do Antônio
Madureira, uma música tradicional do Nordeste que é absolutamente igual à
Cantiga de Santa Maria número 100, acho que do século XIII. O mentor do
grupo foi o rabequista e ritmista José Gramani, que já morreu (de tanto
fumar). "Anima - musica humana mundana et instrumentalis", é o nome que
eles dão ao grupo.
Aliás, a música brasileira é um caldeirão e tanto. Pegou a
africana, indígena e a ibérica, que já é um caldo grosso de música européia
e árabe.
Tem um outro grupo de música medieval pouco conhecido de que gosto
muito, o Lunatus Ensemble. Parte do grupo é de Campinas e parte de Santos,
e ensaiam em Cubatão. Pesquisam o repertório e usam réplicas dos
instrumentos da época. Eles acabaram de lançar um CD que vem como encarte
num livro. Infelizmente, não tenho a referência agora, mas posso te
arranjar. Mas, se por acaso passarem fazendo apresentação na sua cidade,
não deixe de ver. Eles tentam executar as músicas com bastante fidelidade
ao (que se presume ser) o original, e com bastante humor. As pessoas
adoram, aplaudem minutos a fio no final.
> enfim, só tem faltado conhecer a música tocada na grécia/roma
> antiga... morro de curiosidade :)
Eu também. E tem também a do Império Bizantino.
Abraços,
Belisário
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 09:43
--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
> De qquer forma estaríamos abrindo precedente para q se acaso
> funcione um feriado -- apesar de eu achar q isto ñ funciona para
> fim q é destinado -- todas as classes discriminadas requisitem seu
> dia. Ñ seria justo? Mas seria prudente?
Em tese, sim, seria um tipo de precedente, mas nao vejo problemas
nisso. O Belisario tocou nessa questao: se a demanda corresponder a
um grupo tao ou mais oprimido q. os negros, pela logica (nao q.
governos trabalhem com logica) deveriam merecer o mesmo tratamento.
Ha' varios fatores q. deveriam ser levados em conta e nao e' de
equacionamento facil -- sujeito a varios vieses. O grupo do indio
sofreu historicamente muitas perdas: foram dizimados, expulsos de
suas terras, aculturados. Por outro lado, os negros sao uma parte
consideravel da populacao do pais, cerca da metade.
Seria talvez o caso de consorciar as demandas em um Dia contra
Discriminacao das Minorias Sociais? De repente seria uma ideia.
Embora corra-se o risco de descaracterizar a particularidade da
situacao do negro no pais.
> Ñ estou dizendo q q todos devem, mas todos poderiam (supondo q o
> método funcione mesmo). Como diferenciar qual classe deve ter seu
> dia especial? Nº de segregados? 'Tamanho' do efeito q a
> discriminação pode causar num indivíduo? Vc ñ pode criar uma regra
> em q só se possa enquadrar uma exceção. Neste caso, sim, todos ou
> nenhum.
Ate' existem algumas formas indiretas de se medir o grau de
preconceito: indices de exclusao social, p.e. E ainda tem a
notoriedade do caso, embora seja discutivel se notoriedade e'
um bom argumento. Em todo caso, o negro e' sim um dos grupos q.
mais sofrem discriminacao e as consequencias disso.
Mas, forcando muito na analogia, imagine um aviao caindo com
apenas um para-quedas. E' justo fazer com q. nenhum se salve?
Supondo q. o feriado tenha o efeito de gerar a consciencia q.
se busca. Nao se pode criar varios feriados, pois isso diminui
a producao de riqueza no pais. Entao, escolhe-se um grupo. Nesse
caso, o grupo dos negros surgem como uma opcao bastante obvia.
Claro q. aqui estou invertendo um tto o argumento. A proposicao
do feriado deve ter se dado pela organizacao dos movimentos
negros. Mas -- com a ressalva q. seja um mecanismo eficiente --
e' uma demanda justa. E serviria como um argumento contra a
hipotese da porteira: onde passa um boi, passa uma boiada.
> Pode ser por aí?
Nao tenho ideia.
> Racionalmente ñ consigo entender o racismo. Ñ consigo conceber q
> possa se diferenciar os seres humanos pela sua cor de pele, pelo
> formato de um nariz ou lábios.
Mas nao e' pra ser racional mesmo. Em um trocadilho idiota: racismo
e' uma coisa de pele... (Engracado q. 'coisa de pele' e 'visceral'
tenham uma sobreposicao semantica, apesar de em outras instancias:
pele e visceras representarem coisas opostas.)
O racismo e' uma reacao emocional. E imagino q. e' por isso q. e' tao
dificil de se erradicar.
Eu confesso humilhado q. nao estou incolmune ao racismo. Procuro me
policiar muito nessa questao. 'As vezes tento racionalizar q.
simplesmente contar uma piada de negro nao causa nenhum dano, seria
tentar ser politicamente correto demais. O problema e' q. uma
piadinha de negro causa, sim, danos.
Mas ha' algumas *explicacoes* racionais para a existencia do racismo.
(O q. nao deve ser entendido como uma *justificativa* para sua
pratica.)
> Agora uma coisa q gostaria de saber é o q diferencia biologicamente
> um branco de um negro (se é q há alguma diferença)? Biologicamente
> falando, existe mesmo principio para raças? -- pergunto pq a besta
> aqui de fato ñ sabe :-)
Primeiro deve se ter em mente q. negro nao e' uma coisa so'. A gente
sempre fala em Africa quase como se formasse um unico pais e seus
habitantes uma unica nacao. Ha' uma grande variacao (grande
relativamente -- por exemplo, na mesma ordem de grandeza como
distinguimos um alemao tipico de um romeno) dentro do q. chamamos de
raca negra: grupos etnicos com suas proprias caracteristicas
biologicas -- externas e internas.
Ha' quem defenda q. aplicar o conceito de raças na especie humana
e' bobagem. Ao menos o conceito biologico para raça. Raça, na
acepção, biológica seria um equivalente para subespécie: linhagens q.
evoluem isoladamente dentro de uma mesma espécie -- as linhagens sao
capazes de se intercruzar, mas na natureza elas estão isoladas
(notadas pela presenca de algumas caracteristicas q. distinguem uma
linhagem de outra) e a tendencia e' q. mantido o isolamento elas se
diferenciem em especies distintas.
No caso humano, ha' mais variacao *dentro* de um grupo proposto como
raca (na base de algumas distincoes morfologicas) do q. *entre* os
grupos. As linhagens nao estao isoladas, elas trocam genes.
Aparentemente as diferencas atuais surgiram ou num principio de
isolamento no passado q. nao se manteve por muito tempo e/ou por
diferencas nas pressoes seletivas entre os ambientes em q. viviam
(nesse caso algumas das diferencas notadas hoje e' porq. as
caracteristicas conferiam alguma vantagem reprodutiva -- por exemplo,
maior melanizacao da pele em regioes de alta incidencia solar, menor
melanizacao em regioes de menor incidencia solar).
Entao, biologicamente falando, o q. diferencia um branco de um negro -
- e' q. branco tem a pele clara e o negro a pele escura (e uma ou
outra diferencazinha, talvez a presenca de uma variante de uma enzima
em vez de outra -- mas um etiope pode ser mais proximo de um
portugues nesse aspecto do q. de um mali). Uma bobagem sem tamanho,
enfim, segundo essa visao (corrente 'a qual eu me filio).
Mas raça nao tem essa conotacao apenas biologica. E isso tende a
complicar a discussao.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 09:49
Aniello escreve:
| 4- A pressão atmosférica não comprimir.
|
| Pressão comprime, mesmo sendo escalar, pois o ato de comprimir é apenas uma
| redução de volume, ou seja, uma variação de uma grandeza escalar.
|
| Um objeto físico é comprimido quando submetido a pressão. Isto é quase
| imperceptível nas variações de pressão normais em sólidos e líquidos, mas é
| nítido em se tratando de gases.
|
| Coloque um balão cheio de qualquer gaz em uma câmara barométrica. Seu volume
| variará de forma inversamente proporcional a pressão. A pressão atmosférica
| desta forma reduz o volume de um balão. Este é o motivo, por exemplo, de
| balões metereológicos não serem enchidos completamente na superfície. É
| necessário que ele esteja meio murcho para o gas interno ao balão (em geral
| hélio) se expanda ao atingir menores pressões nas camadas atmosféricas
| superiores.
|
| A compressão de sólidos e líquidos só se torna perceptível a grandes
| pressões, mas também ocorre, variando de acordo com a rigidez do material. Um
| ovo de galinha seria implodido se descessem com ele até o fundo das Fossas
| Marianas (assim como um corpo humano).
|
| Correções feitas, meus parabéns pelo site.
Léo: Agradeço ... e conto com mais dessas críticas porque a brutal maioria dos professores (e alunos) que consultam o site não têm condições de criticar/argumentar nada!
|
| Aniello
Léo: Todavia, permita-me incluí-lo entre aqueles que não absorveram devidamente o conceito de pressão. Percebo isso pela leitura de sua argumentação apondo-se á minha afirmação que "... pressão não aperta e nem comprime coisa alguma!" conforme exposto em: http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto11.asp#16 .
Vc não absorveu a idéia de que pressão é conceito equivalente ao de uma "densidade"; apenas um modo de caracterizar uma 'distribuição'.
Observe as premissas: " Numa mistura de gases, os gases mais densos empurram os gases menos densos e descem, ou, os líquidos de maior densidade empurram os líquidos de menor densidade e afundam, ou, peças metálicas afundam na água pois têm maiores densidades que essa."
Percebeu que, conceitualmente, todas as premissas são falhas? Por quê? Simplesmente porque estamos usando a "densidade" como um agente de 'ação'. 'Densidade' (escalar) não tem propriedade de empurrar/afastar/deslocar ninguém. Aliás, para mostrar que as premissas acima são falsas, basta repetir todas as situações citadas numa nave espacial em órbita (zona de imponderabilidade); lá: gases mais densos não 'afundam' em gases menos densos (obviamente, após algum tempo a agitação molecular propiciará a difusão deles); líquidos não miscíveis permanecem em fases contínuas mesmo que vc coloque os mais densos 'por cima'; e peças de ferro não afundam em água .... PORQUE lá ninguém tem peso relativo à nave.
Perceba que quem usa aquelas premissas ocas de conceito está imaginando a 'densidade' (ou massa específica) como agente de ação (no fundo, está esquecendo de dizer que está mergulhada em um campo gravitacional). Para consertar todas as premissas furadas acima, basta acrescentar nelas o agente de ação que é a 'gravidade' e, para fazer isso, basta substituir as palavras "densidade' por "peso específico". No peso específico (p = d.g) subsiste o agente da ação.
Do mesmo modo podemos comentar as falhas quando se usa a pressão, como agente de ação, associando a ela as palavras 'comprimir/apertar/empurrar'.
Veja sua argumentação: " Pressão comprime, mesmo sendo escalar, pois o ato de comprimir é apenas uma redução de volume, ou seja, uma variação de uma grandeza escalar."
Creio que não preciso argumentar muito mais para destacar que sua argumentação peca em vários pontos; podemos corrigir (parcialmente) pondo primeiro:
"Força comprime, (mesmo sendo escalar -- retirar isso), pois o ato de comprimir é (apenas -- retirar isso) uma redução de volume, (ou seja, uma variação de uma grandeza escalar -- retirar isso)."
Para correção integral, acrescentar: "pois reduzir um volume exige forças que se aponham às repulsões moleculares."
A seguir, poderia comentar todas as falácias postas nas frases seguintes postas em suas argumentações, a começar por:
"Um objeto físico é comprimido quando submetido a pressão. Isto é quase imperceptível nas variações de pressão normais em sólidos e líquidos, mas é nítido em se tratando de gases."
Aqui, eu apenas perguntaria: E como vc fez para 'aumentar a pressão'? Dá prá perceber que um objeto físico é 'comprimido' quando submetido à FORÇAS? (destaque, não grito!). Por que vc não disse assim: um objeto físico é comprimido quando aumentamos a temperatura, pois a temperatura aumenta a pressão e a pressão comprime o objeto ?
Será que entendeu que pressão não é grandeza aditiva assim como a temperatura? Uma xícara de chá a 40°C misturada com outra xícara de chá a 40°C dá DUAS xícaras de chá a 40°C. A pressão num cm^2 do fundo de minha piscina é X ... então em 2 cm^2 é 2.X?
Bem vou parar por aqui pois estou sendo solicitado para levar a cambada para a aula de 'ingleis' ....
até a volta de lá ........
[]'
Léo
SUBJECT: conhecimentos, palavras etc...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 10:45
At 20:00 20/11/02 , you wrote:
>Caro "L.E."...
>
>Se você se dirigisse à minha pessoa usando
>palavras, argumentos e uma fraçãozinha
>de inteligência, teria a honrosa oportunidade
>de ser reduzido a areia de praia, dependendo
>da minha boa vontade e disponibilidade de tempo.
>Mas diante de uma agressividade primária,
>que denuncia forte perturbação mental (devido à
>leitura do meu texto "sem palavras"), nada tenho
>a fazer, talvez só lamentar.
>
>Guilherme
NAO FIQUE BRAVO, GUILHERME.
EU TAMPOUCO TENHO CONHECIMENTO.
E, PORTANTO, TAMPOUCO TENHO PALAVRAS.
SÃO OS OBJETOS À ESPERA DE UMA TALVEZ CIENCIAS HUMANAS.
EU TAMPOUCO SEI.
E ESSE CONHECIMENTO, COMO AGORA VOCE TEM...
QUEM SABE POSSA MUDAR SUAS PALAVRAS.
(risos)
L.E.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: [COMPLEXIDADE] Muitos universos, diversas teorias - OESP, 10/11/02
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 11:04
LabConsS - www.ufrj.br/consumo
>Muitos universos, diversas teorias
>
>
>Dennis Overbye escreve para "The New York Times':
>
>O universo é tudo, ou há outros mundos além do nosso? Muitos cosmologistas
>cogitam hoje a idéia do chamado multiverso, uma série interminável de big
>bangs florescendo uns dos outros, criando universos sem limite. Eles não
>estão sozinhos. Uma variedade de teorias modernas prevê uma pletora de
>universos. Aqui estão algumas.
>
>Um desses multiversos vem da mecânica quântica, as estranhas regras que
>governam a natureza no nível subatômico. Na teoria quântica, objetos como
>elétrons ou gatos não têm posição ou propriedades definidas antes de serem
>observados ou medidos, e sim estão espalhados pelo espaço numa nuvem de
>possibilidades conhecida como função de onda.
>
>Assim que uma observação é feita, a função de onda entra em "colapso",
>segundo a interpretação padrão defendida pelo físico dinamarquês Niels Böhr
>nos anos 20, congelando o gato ou o elétron no lugar ou na forma em que são
>realmente vistos.
>
>Mas o que acontece se não houver um observador, como certamente não havia no
>princípio do universo? Em 1957, Hugh Everett III, então um universitário em
>Princeton, e seu conselheiro, John Wheeler, propuseram uma variante da
>teoria quântica que ficou conhecida como teoria dos mundos múltiplos.
>
>A matemática é a mesma da teoria quântica original, mas nesta versão, no
>lugar do colapso da função de onda a cada observação, o universo se divide
>em universos paralelos, um para cada possível desfecho de cada contingência
>possível: universos nos quais o Boston Red Sox, que saiu-se mal na última
>temporada do beisebol neste nosso mundo, abocanha neste momento seu décimo
>campeonato; universos nos quais os dinossauros ainda perambulam pela Terra.
>
>Mas, ai de nós, os outros universos, se existem, são invisíveis e
>inalcançáveis.
>
>Buracos negros - Lee Smolin, do Instituto Perimeter de Física Teórica, em
>Waterloo, Ontario, especula que o universo pode se reproduzir através dos
>buracos negros, os poços gravitacionais sem fundo, nos quais as estrelas
>desaparecem, parindo universos-bebês com leis da física ligeiramente
>modificadas.
>
>Segundo essa teoria, chamada de seleção natural cosmológica, universos com
>mais buracos negros produzem mais "crias", e portanto as leis da física
>tomarão uma direção favorável à produção de buracos negros.
>
>Mas apenas as estrelas maiores e mais densas podem entrar em colapso para
>criar buracos negros, e estas são as que produzem os elementos necessários
>para a vida, como o carbono, o oxigênio e o ferro. É o que diz Smolin no
>livro A vida do cosmos. Assim, um universo surgido desses buracos negros
>será necessariamente favorável à vida.
>
>A conjectura de Smolin pode ser testada, segundo o cientista, se tentarmos
>imaginar um universo com leis que geram buracos negros com eficiência ainda
>melhor que o nosso - o que, disse ele, deveria se aproximar do máximo de
>eficiência.
>
>"Pessoalmente, acho que a previsão de Smolin dificilmente será confirmada,
>mas ele merece nosso reconhecimento por apresentar um exemplo que ilustra
>como uma teoria específica sobre os multiversos pode ser vulnerável à
>refutação", escreveu Martin Rees, da Universidade de Cambridge, no livro
>Nosso Hábitat Cósmico.
>
>Quinta dimensão - Universos múltiplos de outro tipo surgem nas versões mais
>recentes da teoria das cordas, segundo a qual o mundo pode ser visto como
>uma membrana tridimensional (ou "brana", no jargão) flutuando num espaço em
>dez dimensões, como uma folha num aquário.
>
>De acordo com algumas teorias, a maioria das partículas e forças de nosso
>universo está confinada a esta brana, mas a gravidade, não, e outras branas
>podem interagir e mesmo colidir conosco, relegando algumas das
>características do universo aos efeitos de uma espécie de clima
>intercósmico.
>
>Por exemplo, num modelo desenvolvido por Lisa Randall, de Harvard, e Raman
>Sundrum, da Johns Hopkins, as leis da física dependeriam da distância, numa
>quinta dimensão em curva, entre nossa brana e uma outra.
>
>Por mais bizarras que pareçam, essas noções, segundo os teóricos das cordas,
>podem ser testadas.
>
>"Há uma experiência que você pode fazer", disse Joseph Lykken, um teórico do
>Laboratório Acelerador Fermi, onde os físicos buscam, em colisões de
>partículas, evidências de que algumas delas andam fugindo de nosso brana e
>entrando na quinta dimensão. Até agora, eles não tiveram sucesso.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: Diferencas e semelhancas (Era: Re: Dia duplamente santo?)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 11:11
> De: Mauro
>
> Somos todos seres humanos afinal de contas...
Sim, somos. E por 'conhecer' o ser humano é prudente 'reconhecer'
que há diferenças sim. Cada indivíduo humano é único, singular,
diferente de todos os outros. Ele será um pouco menos diferente
do irmão gêmeo monozigótico e um pouco mais diferente do irmão
caçula. Ainda mais diferente dos primos. Bem mais diferente
dos vizinhos que não são parentes. Enfim, comparado a Mohamed,
são completamente diferentes, exceto pelo fato de serem... humanos.
Querer acreditar que todos são iguais é bonitinho do ponto de
vista ideológico, mas na prática, no convívio do dia-a-dia isso
se revela um engano, para não dizer uma hipocrisia. Numa situação
de extremo perigo vc saberá reconhecer a diferença entre seus
filhos e os do vizinho? Quem são mais importantes para você?
O truquezinho para se viver em relativa harmonia é justamente
não fazer vista grossa às diferenças, mas simplesmente aceitá-las
e respeitá-las.
O comportamento arredio que temos com relação aos diferentes
é, hmmm, digamos, instintivo. Você não ama mais seu sobrinho
que seu filho e se preferisse aquele ao seu eu afirmaria com
boa margem de segurança que vc tem um distúrbio psíquico.
Este comportamento arredio se intensifica conforme as diferenças
se acentuam: etnia, idioma, nível socio-cultural, etc.
As diferenças existem e nós tendemos a reagir negativamente
a elas. Precisamos nos educar e aprender a conviver
com elas. É difícil mesmo!
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 11:22
> De: Ligia Amorese
>
> Só me intromentendo: os negros são superiores fisicamente e não
> duvido que até intelectualmente que os brancos. Já notou que a
> maioria dos grandes astros do esporte mundial são negros? E isso não
> é só porque eles supostamente não têm chances de estudar não. A
> compleição física negróide é mais resistente, mais forte que a das
> demais raças.
Bobagem. Há trocentas etnias negróides, algumas bem franzinas,
outras extremamente suscetíveis à doenças cardiovasculares e
outras ainda com baixa imunidade para certos agentes biológicos.
Além do fato de terem ritmo, boa coordenação motora e
> um senso artístico muito bem desenvolvido... basta notar também que
> praticamente todos os hits musicais da atualidade no ocidente têm
> bases na batida criada por negros. O mundo se rende a eles, só não
> admite... nem eles percebem isso.
Zzzzzzzzzzz.....
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 11:23
Em Qui 21 Nov 2002 09:49, you wrote:
> Do mesmo modo podemos comentar as falhas quando se usa a pressão, como
> agente de ação, associando a ela as palavras 'comprimir/apertar/empurrar'.
> Veja sua argumentação: " Pressão comprime, mesmo sendo escalar, pois o ato
> de comprimir é apenas uma redução de volume, ou seja, uma variação de uma
> grandeza escalar." Creio que não preciso argumentar muito mais para
> destacar que sua argumentação peca em vários pontos; podemos corrigir
> (parcialmente) pondo primeiro:
>
> "Força comprime, (mesmo sendo escalar -- retirar isso), pois o ato de
> comprimir é (apenas -- retirar isso) uma redução de volume, (ou seja, uma
> variação de uma grandeza escalar -- retirar isso)."
>
> Para correção integral, acrescentar: "pois reduzir um volume exige forças
> que se aponham às repulsões moleculares."
>
> A seguir, poderia comentar todas as falácias postas nas frases seguintes
> postas em suas argumentações, a começar por:
>
> "Um objeto físico é comprimido quando submetido a pressão. Isto é quase
> imperceptível nas variações de pressão normais em sólidos e líquidos, mas é
> nítido em se tratando de gases."
>
> Aqui, eu apenas perguntaria: E como vc fez para 'aumentar a pressão'? Dá
> prá perceber que um objeto físico é 'comprimido' quando submetido à FORÇAS?
> (destaque, não grito!). Por que vc não disse assim: um objeto físico é
> comprimido quando aumentamos a temperatura, pois a temperatura aumenta a
> pressão e a pressão comprime o objeto ? Será que entendeu que pressão não é
> grandeza aditiva assim como a temperatura? Uma xícara de chá a 40°C
> misturada com outra xícara de chá a 40°C dá DUAS xícaras de chá a 40°C. A
> pressão num cm^2 do fundo de minha piscina é X ... então em 2 cm^2 é 2.X?
Bom, você se prendeu demais na terminologia e esqueceu do essencial: o
experimento físico. Um corpo qualquer sofre reduções de volume (compressão)
quando submetido a um aumento de pressão. É claro que isto ocorre por que a
pressão é relacionada com força (P=F/A) e é a ação destas forças que
comprimem um corpo. Mas o fato não muda: o volume diminui em maiores pressões.
Mesmo usando o conceito de pessão como fluxo escalar de momentum (conceito
que acho duvidoso), a ligação inequívoca entre pressão e força é óbvia, pois
alteração de momentum implica em força.
Toda argumentação física deve se comprometer a explicar os fenômenos. Afirmar
que pressão não comprime é afirmar que o volume não diminue com um aumento de
pressão, e isto é um erro. Há uma relação direta entre pressão e volume. O
agente desta relação é as forças. Mas isto não impede nem nega a relação. E a
relação inversa também é verdadeira. Dentro de um cilindro de ar comprimido
temos uma pressão maior, por exemplo.
Por fim, a própria etmologia do termo comprimir é originado do termo pressão.
Por que não usamos comunmente o termo "compressão térmica" para a redução de
volume por queda de temperatura? Por que a origem da palavra compressão é
aplicar pressão.
Aniello
SUBJECT: RES: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 11:58
> De: Luiz Ferraz Netto
> [...] um objeto físico é comprimido quando
> aumentamos a temperatura, pois a temperatura aumenta a
> pressão e a pressão comprime o objeto?
Faltou dizer que o objeto deve estar dentro de uma câmara
hermética indeformável.
Já o aumento de temperatura em ambientes
abertos torna o ar um pouco mais mais rarefeito,
exercendo menor pressão sobre os objetos.
Daí porque as menores pressões atmósféricas
resgistradas estarem nas regiões intertropicais
do globo terrestre.
Não esquecer também que a rotação da Terra
exerce uma força centrífuga maior no equador
expandindo a atmosfera nesta região, tornando
o ar ainda mais rarefeito.
[]
Alexandre Medeiros
(bem exlicadinho)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 12:36
-----Mensagem Original-----
> De: Luiz Ferraz Netto
> [...] um objeto físico é comprimido quando
> aumentamos a temperatura, pois a temperatura aumenta a
> pressão e a pressão comprime o objeto?
>>A^3: Faltou dizer que o objeto deve estar dentro de uma câmara
hermética indeformável.<<
Essa proposição que vc comenta não foi enunciada com o espírito de descrever uma realidade, foi posta para usar a palavra 'temperatura' como agente de ação; assim como falei sobre a 'densidade' erroneamente tomada como agente de ação.
Um gás confinado num cilindro (dotado de pistão) "exerce" pressão contra o pistão, mas não é ela quem empurra o pistão; o aumento da temperatura desse gás (por exemplo, transferindo calor através da parede do cilindro), implica no aumento da pressão interna ... mas não é a temperatura quem empurra o pistão!
Esse foi o espírito da proposição em questão. Sempre tomo o devido cuidado ao escrever sobre pressão e força; utilizo do verbo 'exercer' ao referir-me à pressão e o verbo 'aplicar' ao referir-me à força. Esse 'exercer' não é sinônimo de 'aplicar'. O treinador exerce influências sobre a cabeça do seu pugilista, o adversário aplica forças na cabeça desse pugilista.
Porém, gostei da manifestação científica. Essa é a ciencialist!
Mas, pinçando seu último parágrafo: "Não esquecer também que a rotação da Terra
exerce uma força centrífuga maior no equador expandindo a atmosfera nesta região, tornando o ar ainda mais rarefeito."
Então a pressão atmosférica ao nível da superfície da terra no equador (onde o ar é mais rarefeito -- segundo lembrança de A^3) é menor que noutra região (ao nível do solo) próxima aos pólos? Cuidado!!!
[]'
Léo
===========================
SUBJECT: Vida Artificial
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 12:45
Cientistas anunciam plano de criar forma de vida em laboratório
WASHINGTON - O cientista pioneiro que ajudou a acelerar o mapeamento
do genoma humano e um ganhador do prêmio Nobel devem anunciar nesta
quinta-feira planos de criar uma nova forma de vida em laboratório,
em um experimento que suscita inúmeras questões éticas e de
biossegurança, relatou o jornal "The Washinton Post".
O geneticista Craig Venter, que dirigiu a empresa Celera Genomics em
sua empreitada de mapear o genoma humana em pouco tempo, em uma
corrida com um consórcio público, e Hamilton Smith, um dos ganhadores
do Nobel de Medicina de 1978, pretendem criar um organismo
multicelular parcialmente artificial. Ele terá o número mínimo de
genes necessários para sustentar a vida. O Departamento de Energia
dos Estados Unidos destinou US$ 3 milhões para o projeto.
Se a experiência funcionar, diz o jornal, a célula fabricada vai
começar a se alimentar e de dividir para criar uma população de
células diferente de qualquer outra que se conheça.
A idéia é de, eventualmente, criar um programa de computador que
simule cada aspecto da biologia no novo organismo. Como todas as
células vivas são baseadas na mesma química, isso pode lançar luz
sobre toda biologia. "Estamos nos perguntando se podemos chegar a uma
definição molecular do que seja vida", disse Venter ao 'Post'.
Venter afirmaram ao jornal que as células de laboratório seriam
projetadas para não infectar pessoas, permaneceriam rigidamente
confinadas e seriam programadas para morrer caso escapassem para o
meio ambiente.
Segundo o jornal, os cientistas reconheceram que o projeto pode abrir
caminho para a criação de novas armas biológicas e que eles teriam
que ser seletivos para publicar detalhes técnicos do projeto.
"Vamos ter que debater a respeito do que deve ou não deve ser
publicado", disse Venter. "Não podemos revelar todos os detalhes que
ensinassem a alguém mais como fazer isso."
Smith dividiu o Nobel de Fisiologia e Medicina de 1978 com dois
outros cientistas, com pela descoberta de um tipo de enzima que
ajudou a solucionar uma série de questões da genética molecular.
Venter tornou-se internacionalmente conhecido ao lançar uma nova
abordagem de seqüenciamento do genoma. O método acelera o processo
complicado de mapear o DNA de organismos, ao dividi-lo em várias
partes para depois remontá-lo.
Venter e Smith disseram que vão usar com base informações genéticas
de uma bactéria, a Mycoplasma genitalium, que tem o menor conjunto
conhecido de material genético. São apenas 517 genes. Seres humanos
têm 30 mil a 50 mil. Em uma pesquisa feira no fim dos anos 90, Venter
descobriu que a bactéria poderia manter-se viva em condições
específicas de laboratório com apenas 300 genes.
Agora, ele e Smith pretendem retirar todo o material genético de uma
dessas bactérias e substituí-lo por uma seqüência mínima de genes
sintetizada em laboratório: um cromossomo artificial, que compra as
funções atribuídas aqueles 300 genes fundamentais.
Venter deixou a presidência da Celera Genomics em janeiro, quando a
empresa mudou seu modelo de negócios para concentrar-se mais no
desenvolvimento de remédios.
Em agosto, o cientista anunciou que voltaria para o Instituto para
Pesquisa Genômica em Rockville, que ele criara nos anos 90 e deixara
pela Celera, e que criaria duas novas instituições: o Instituto para
Alternativas de Energia Biológica e o Centro para Avanço da Genômica.
Reuters e GloboNews.com
SUBJECT: Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 13:05
Um termo q. e' muito mal conceituado tbm e' hidrofobo e hidrofilo
para diversos compostos quimicos polares e apolares.
'Explicam' q. o oleo se separa da agua porq. o oleo repele a agua. Na
verdade uma molecula de oleo (pelo menos de uma boa parte dos oleos)
e' atraido mais fortemente por uma molecula de agua do q. por outra
molecula de oleo. O problema e' q. uma molecula de agua e' mais
atraida por outra molecula de agua do q. por uma de oleo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 13:26
A^3 contra-argumenta:
| Bom, você se prendeu demais na terminologia e esqueceu do essencial: o
| experimento físico. Um corpo qualquer sofre reduções de volume (compressão)
| quando submetido a um aumento de pressão. É claro que isto ocorre por que a
| pressão é relacionada com força (P=F/A) e é a ação destas forças que
| comprimem um corpo. Mas o fato não muda: o volume diminui em maiores pressões.
Bolas A^3, vc está descrevendo o efeito e não a causa; vamos completar a sua frase:
"o volume diminui em maiores pressões", por causa das forças externas a ele aplicadas.
|A^3: Toda argumentação física deve se comprometer a explicar os fenômenos.
Exatamente. Não basta descrever o efeito (o volume diminui em maiores pressões) é preciso procurar no modelo em questão qual a causa do fenômeno. Após as chuvas vemos arco-íris (efeito) devido à decomposição .... gotículas .... etc. (causa).
|A^3: Afirmar que pressão não comprime é afirmar que o volume não diminue com um aumento de
| pressão, e isto é um erro.
Infelizmente (para vc e para uma enorme quantidade de literatura) não é um erro, é uma contingência dos modelos e procedimento da Física (Clássica, no caso); devemos usar do modelo certo para expor a causa do efeito observado.
Pressão exercida (como mero indicador de distribuição de intensidades de forças numa dada superfície), no caso, não pode entrar como substituto da Força aplicada e do movimento resultante (aproximação das moléculas).
Se isso pudesse ser feito teríamos na Física mais um capítulo nos livros didáticos: "Trabalho da pressão" , nas várias possibilidades!
|A^3: Há uma relação direta entre pressão e volume. O agente desta relação é as forças.
"Há uma relação direta entre P e V", como vc cita, por dois motivos:
primeiro, a facilidade com que podem ser feitas as medidas de pressão contra as paredes flexíveis do manômetro e do volume, pelo deslocamento da água, por exemplo.
segundo porque o produto PV é um "trabalho" realiza por Forças contra as moléculas do gás. Logo, o agente dessa tal "relação direta" não é força e sim 'trabalho'
| Por fim, a própria etmologia do termo comprimir é originado do termo pressão.
| Por que não usamos comunmente o termo "compressão térmica" para a redução de
| volume por queda de temperatura? Por que a origem da palavra compressão é
| aplicar pressão.
|
Não vamos discutir etimologia, isso foge às premissas da Física. Deixemos isso aos historiadores da Ciência. Vamos nos prender ao Método.
Deixemos esses recurso e palavras bonitas (que foge ao entendimento do leitor médio) para as psicos com seus paradigmas, holísticos, libidos etc.
Libido, por exemplo, é excitar o tesão. E tesão, chulo, é estado do pênis em ereção. Claro que tudo isso pode ser colocado em palavras muito complicadas pelo mestre Bulcao (:-)). [Aliás, por vezes fico pensando no que seria do Imperdível se eu escrevesse no linguajar 'bulcônico'?]
Libido não é mensurável e muito menos equacionável. É um conjunto de palavras que encerram uma idéia, algo muito longe de ser um conceito.
Deveriam (e eis minha sugestão para cientifizar as psicos) definir libidinagem, algo como 'tantas trepadas por semana' (desde que o agente da ação 'trepada' já tenha tido uma definição e unidade de medida no sistema internacional de unidades). Dai poderiam identificar libidinagem com 'potência' (P) --- rapidez de trepadas --- na nova unidade fuck/segundo no SIU --- e equacionar a quantidade de 'energia corpórea' consumida num dado intervalo de tempo como EC = P./\t.
Putz grila ... agora entendo quando o Bulcao fala em masturbação mental --- é uma libidinagem (P) quando /\t tende para zero!
[]'
como é que assino essa?
[incógnito]
SUBJECT: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 13:38
Boa Tarde a todos.
Prezada Lígia.
Infelizmente a Senhora extrapolou nas suas conjecturas e fez
afirmações meramente subjetivas e pessoais
que não correspondem à realidade. Grande parte do texto que segue são
alguns meros detalhes daquilo que já foi exposto pelo Alexandre Medeiros.
Só me intromentendo: os negros são superiores fisicamente e não
duvido que até intelectualmente que os brancos.
A Senhora baseia a sua afirmação em que dados? Elas são feitas em
função de que pesquisa ? Você está
pretendendo apenas agradar os representantes de algum grupo étnico ou
promover uma fútil polêmica? Afirmar que um grupo étnico é "superior" ao
outro não é ser elitista? O que você entende por ser intelectual ? Os
pigmeus da África equatorial deveriam ser considerados inferiores ou
superiores em relação a outro grupo étnico ? Talvez a Senhora esteja
desatualizada mas a biologia contemporânea ( genética ) já demonstrou que o
conceito de raça é um engodo.
Não seria melhor considerar as capacidades individuais de uma pessoa do que
generalizá-las para o todo?
Já notou que a
maioria dos grandes astros do esporte mundial são negros?
Se no futuro a biologia encontrar alguma característica que possa
predizer que alguma etnia possue um benefício extra para a realização de
determinada atividade física, esta não irá contradizer a minha afirmativa.
Somente o esforço, a prática e a dedicação são fatores primordiais e
essenciais para o sucesso em qualquer empreendimento.
Além do fato de terem ritmo, boa coordenação motora e
um senso artístico muito bem desenvolvido...
Comparar uma cultura como superior ou inferior é uma questão de gosto
puramente subjetiva e restrita. Ela não possue nenhuma utilidade para a
ciência. Os alemães possuíam uma "cultura bastante desenvolvida" e mesmo
assim a sociedade alemã, com algumas exceções, foi omissa quando os judeus,
poloneses, ciganos e comunistas russos eram enviados para os campos de
concentração controlados pelos nazistas. Da mesma maneira poderia ser
mencionado a guerra civil que mutila e mata diversas pessoas em Serra Leoa,
Angola, Argélia,etc.
Para concluir, talvez o seu texto tenha sido uma mera brincadeira
pueril. Mesmo assim espero que a Senhora
não fique chateada com as informações aqui apresentadas.
Atenciosamente:
Lisandro.
Sugestão de Leitura : O Relatório Buchenwald. David A. Hackett. Editora
Record.
SUBJECT: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 15:22
--- Em ciencialist@y..., "josecolucci" <j.colucci@r...> escreveu
> >Manuel Bulcão: Mas duvido que você só tenha 19 aninhos. Como é que
> deu tempo pra aprender tanta coisa? :-O<
. . .
>
> Quanto à minha idade, confesso que já passei dos dezenove. Não digo
> há quanto tempo, mas posso dizer que costumava ver a Neide
Alexandre
> fazendo comercial da cera Parketina na TV Tupi. Ao vivo, claro, já
> que o videotape ainda não havia sido inventado. Via também
> o "Vigilante Rodoviário" com seu Simca Chambord e sua Harley. Me
> lembro vagamente da música "...nas pistas de rodagem, Vigilante
> Rodoviáaaaaario".
Colucci, vc não imagina como é bom ver comentários como esses. Eu me
sinto um jovem! Não cheguei a ver o Vigilante Rodoviário, mas
assistia aos seriados de Perdidos no Espaço, Terra de Gigantes, Túnel
do Tempo, Viagem ao Fundo do Mar, o Besouro Verde, e até ao Batman da
TV, que é engraçadíssimo de se ver hoje em dia.
Mas eu me sinto velho mesmo é quando me lembro que já tocava guitarra
numa banda de rock em 1982. Hoje tenho uma outra banda... cujos
integrantes nem sequer tinham nascido na época.
Por falar nisso, vc já achou a guitarra Gibson L-5 que vc estava
procurando? Quer vender a sua Les Paul Custom se achar uma?
[]s
Ronaldo
SUBJECT: RES: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 16:14
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> Mas, pinçando seu último parágrafo: "Não esquecer também que
> a rotação da Terra
> exerce uma força centrífuga maior no equador expandindo a
> atmosfera nesta região, tornando o ar ainda mais rarefeito."
>
> Então a pressão atmosférica ao nível da superfície da terra
> no equador (onde o ar é mais rarefeito -- segundo lembrança
> de A^3) é menor que noutra região (ao nível do solo) próxima
> aos pólos? Cuidado!!!
Sim. Desde que estejam no mesmo nível tendo como referencial
o nível médio do mar.
A pressão atmosférica nas regiões próximas ao equador são
em média menores que as registradas próximas aos pólos (nos
mesmos níveis com relação ao nível médio do mar).
Nas regiões tropicais são bem conhecidos os 'centros de
baixa pressão' cujas massas de ar ao redor, mais densas,
convergem para este centro. Em alguns casos estes centros
de baixa pressão são responsáveis por furacões.
Consulte sempre um meteorologista. ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 16:18
Oi,
Ronaldo: Colucci, vc não imagina como é bom ver comentários como
esses. Eu me sinto um jovem! Não cheguei a ver o Vigilante
Rodoviário, mas assistia aos seriados de Perdidos no Espaço, Terra de
Gigantes, Túnel do Tempo, Viagem ao Fundo do Mar, o Besouro Verde, e
até ao Batman da TV, que é engraçadíssimo de se ver hoje em dia.
Manuel: Êta Ronaldo, parece que somos mais ou menos contemporâneos!
Mas você está esquecendo de outros seriados arretados, como Durango
Kid e National Kid. Se bem que estes são anteriores aos que você
citou, mais ou menos da mesma época do Vigilante Rodoviário, do qual
tenho uma muito vaga lembrança (tênue recordação também tenho de um
tal de 'Batemasterson', nem sei se é desta forma que se escreve).
Outros seriados mais recentes, mas que eu também adorava: Kung Fu, O
Planeta dos Macacos, 1999, Kojak e... como é o nome daquele detetive
todo desajeitado mais inteligentíssimo, meio zarolho e que guardava
ovo cozido no casaco? Não estou me lembrando agora.
Mas tinham também as porcarias: O Homem de Seis Milhões de Dólares, O
Homem do Fundo do Mar, A Mulher Biônica, A Mulher Maravilha, As Três
Panteras, Casal 20, etc.
Lembra-se daquele seriado que passava depois do Fantástico, "Pobre
Homem Rico"? Não perdi nenhum episódio! :-)
[]s,
Manuel Bulcão
PS.: A propósito, tenho apenas 38 aninhos, mas meu corpinho é de 45
(culpa do cigarro, do alcóol e do colesterol) e minha idade mental é
de 12. :-)
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 16:27
Correção: Na mensagem anterior onde se lê A^3 leia- Aniello.
[]'
{anônimo}
SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia duplamente santo?
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 16:46
Olá Belisário.
Olá Belisário.
"Claro que não deveriam determinar um tipo de humano de outro... O
que eu disse foi justamente o oposto: que, a despeito das diferenças que
existem, é necessário evitar que elas se transformem em base para
intolerância."
Mauro: Acho q o problema está aqui. Vc imagina num mundo perfeito (talvez
utópico) q as pessoas relevem as diferenças q teimam em ficar cutucando
nossa consciência: "Eu sou branco e ele é negro -- controle-se,
controle-se, tenho q relevar esta diferença".
Mas eu encaro q mais correto é realmente ñ perceber tal diferença. Ninguém
fica dizendo consigo: "Eu tenho pelo nas costas e ele ñ -- controle-se,
controle-se, tenho q relevar esta diferença".
De qquer modo tenho q concordar q se há hj quem fique percebendo
imediatamente, e até inconscientemente, q a cor da pele de alguém difere da
sua, e pior, q qualifique ou desqualifique o sujeito por causa disto, então
isso deve ser combatido sim de forma mais enérgica. Seus argumentos,
portanto, são validos para situação de discriminação q realmente existe --
ñ tenho muito a opor ao q disse.
O problema é q se nos fixarmos demais nessa linha de ataque (juntar e
fortalecer uma etnia), parece-me q dificilmente um dia a população vá
ignorar a tez assim como ignoramos o fato de alguém ter ou ñ pelo nas
costas.
Mais provavelmente iremos na direção do ex. dos EUA, onde os negros se
uniram, exigiram, e conseguiram seus direitos (muitos deles justos), mas
como efeito colateral hj existem bairros de negros onde branquelos ñ entram
(via de regra, o racismo ñ foi combatido e exterminado, foi acomodado).
Então a situação é mais ou menos essa. Como vc parte do principio q
*jamais* as pessoas vão ignorar a cor da pele dos semelhante, então isto
requer uma estratégia de luta para consolidar uma certa ética de convívio.
Do outro lado estou defendendo q é possível realmente ñ perceber, a ñ ser q
prestemos atenção, q uma pessoa é clara ou morena. Então ñ haveria essa
necessidade de "ética de convívio" (ñ existe ética de convívio entre
descendentes de alemães e italianos aqui no Brasil, por ex), e e finalmente
isto revela pq minha visão de estratégia para o combate ao racismo difere
um pouco da sua. Talvez a palavra ñ seja bem 'difere', mas simplesmente
leva em conta a possibilidade dessa minha 'utopia'. Logo, é por isso q ñ
acho uma boa idéia incentivar grupos, pq ao final tornaria mais difícil de
mescla-los.
(Só q eu acho q estou simplesmente sendo repetitivo, sorry.)
Inté+
Mauro
SUBJECT: Re: Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 16:54
Salve, Colucci!
Colucci: Estou na lista de passagem, só para mandar um abraço para os
amigos. O número de mensagens ficou muito grande. Foram mais de 1800
no mês passado.
Manuel: O pior é que a maioria dessas mensagens são rounds de
telecatch entre intelectuais kick-boxers. "Tá me escrevendo por quê,
pseudocientista!? Vai encarar!?" -- Aí o pau começa. Parece que a
turma aqui gosta mais de porrada do que de ciência. Mas até que é
animado.
Colucci: Não consigo lidar com isso. Aqui nos EUA o pessoal tem o
péssimo hábito de trabalhar durante o expediente.
Manuel: No meu caso é porque estou de licença saúde. Tô há três meses
com um enooorme pioderma gangrenoso na batata da perna direita que
não quer sarar de jeito nenhum. Não há corticóide nem dapsona que
resolva. Às vezes penso em tocar fogo nele. Depois é só tratar da
queimadura, coisa muito mais simples. :-)
Um grande abraço,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 17:05
--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> Boa Tarde a todos.
>
> Prezada Lígia.
>
> Infelizmente a Senhora extrapolou nas suas conjecturas e fez
> afirmações meramente subjetivas e pessoais
> que não correspondem à realidade. Grande parte do texto que segue
são
> alguns meros detalhes daquilo que já foi exposto pelo Alexandre
Medeiros.
>
> Só me intromentendo: os negros são superiores fisicamente e não
> duvido que até intelectualmente que os brancos.
>
> A Senhora baseia a sua afirmação em que dados? Elas são
feitas em
> função de que pesquisa ? Você está
> pretendendo apenas agradar os representantes de algum grupo étnico
ou
> promover uma fútil polêmica? Afirmar que um grupo étnico
é "superior" ao
> outro não é ser elitista?
Cara, você é uma figura... :) Que coisa! O Belisário já me
advertiu quanto ao erro que cometi ao eleger os negros que descendem
de escravos como superiores fisicamente que a boa maioria dos
brancos, pelo menos os que conheço. E eu admiti meu esquecimento
quanto ao fato de terem sido selecionados os melhores espécimes
negros naquela época.
Quem gosta de uma polemicazinha é gente que não tem nada prá fazer,
né? Pode começar com uma então... só me perdoe se eu não participar
porque eu tenho mais coisas a fazer... :)
> O que você entende por ser intelectual ?
Intelectualmente superior seria alguém dotado de capacidade de
raciocínio superior, bem como uma capacidade de fazer conexões
superior em relação aos demais.
Os
> pigmeus da África equatorial deveriam ser considerados inferiores
ou
> superiores em relação a outro grupo étnico ? Talvez a Senhora esteja
> desatualizada mas a biologia contemporânea ( genética ) já
demonstrou que o
> conceito de raça é um engodo.
Garanto-lhe que estou a ponto de rever minhas idéias a partir de
agora que estou tendo a oportunidade de ler o que você escreve... a
sua sorte é que do chão ninguém passa... :)
> Não seria melhor considerar as capacidades individuais de uma
pessoa do que
> generalizá-las para o todo?
Mas eu sempre faço isso. E eu SEI que sou superior a todos os que
conheço e ainda vou conhecer! :))
> Já notou que a
> maioria dos grandes astros do esporte mundial são negros?
>
> Se no futuro a biologia encontrar alguma característica que
possa
> predizer que alguma etnia possue um benefício extra para a
realização de
> determinada atividade física, esta não irá contradizer a minha
afirmativa.
> Somente o esforço, a prática e a dedicação são fatores primordiais
e
> essenciais para o sucesso em qualquer empreendimento.
Biologicamente os negros que fazem história em olimpíadas ou em
campeonats estão em vantagem. Basta ler artigos falando sobre
esportes e aptidão física.
> Além do fato de terem ritmo, boa coordenação motora e
> um senso artístico muito bem desenvolvido...
>
> Comparar uma cultura como superior ou inferior é uma questão
de gosto
> puramente subjetiva e restrita.
E quem tá falando em cultura? Coordenação motora é algo que permite
alguém fazer coisas delicadas e principalmente ter ritmo enquanto
dança. Você já viu algum alemão sambando? Então?
Ela não possue nenhuma utilidade para a
> ciência. Os alemães possuíam uma "cultura bastante desenvolvida" e
mesmo
> assim a sociedade alemã, com algumas exceções, foi omissa quando os
judeus,
> poloneses, ciganos e comunistas russos eram enviados para os campos
de
> concentração controlados pelos nazistas. Da mesma maneira poderia
ser
> mencionado a guerra civil que mutila e mata diversas pessoas em
Serra Leoa,
> Angola, Argélia,etc.
>
> Para concluir, talvez o seu texto tenha sido uma mera
brincadeira
> pueril. Mesmo assim espero que a Senhora
> não fique chateada com as informações aqui apresentadas.
Eu juro que não fico chateada. Mas será que eu ando escrevendo tão
mal assim a ponto de você nunca enteder o que eu estou dizendo? Esse
é um ponto preocupante... acho que vou desistir de enviar
mensagens... :(
Beijos, Lígia
> Sugestão de Leitura : O Relatório Buchenwald. David A. Hackett.
Editora
> Record.
A que se refere esse livro?
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 17:05
Olá Takata.
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Seria talvez o caso de consorciar as demandas em um Dia contra
Discriminacao das Minorias Sociais? De repente seria uma ideia.
Embora corra-se o risco de descaracterizar a particularidade da
situacao do negro no pais.
Mauro: Concordo. E acho o risco pequeno. Como vc disse, eles são muitos, e
duvido q passariam para o anonimato, ou mesmo q isso diminuísse a altura de
sua voz.
Muito embora eu ainda defenda uma pequena variação disto: um dia de
consciência de que somos todos iguais. Direcionar ao objetivo, o lado mais
positivo, ao invés de todo ano meter o dedo na ferida (senão ela ñ
cicatriza nunca).
(Essa agora soou como macetinho de PNL. -- Argh, cusp. :-))
Inté+
Mauro
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 17:47
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
como é o nome daquele detetive
> todo desajeitado mais inteligentíssimo, meio zarolho e que guardava
> ovo cozido no casaco? Não estou me lembrando agora.
Ele é o Columbo! Fora o Bonanza... Você chegou a assistir os
desenhos do Super Dínamo?
> PS.: A propósito, tenho apenas 38 aninhos, mas meu corpinho é de 45
> (culpa do cigarro, do alcóol e do colesterol) e minha idade mental
é
> de 12. :-)
E eu tenho 36 aninhos distribuídos em um corpinho de... bem, deixa
prá lá... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 18:58
Ah bom! Eu já estava começando a achar que tinha ficado maluco!...
[ ]s
Alvaro Augusto de Almeida
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 21 de Novembro de 2002 16:27
Assunto: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
Correção: Na mensagem anterior onde se lê A^3 leia- Aniello.
[]'
{anônimo}
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 19:03
Lígia:
> E eu tenho 36 aninhos distribuídos em um corpinho de... bem, deixa
prá lá... :) <
É isso que precisa acabar aqui no ciencialist ... deixar o tema incompleto! :-)
[]'
deus, Léo, Luiz e anônimo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 19:20
Caro Luiz,
Li o texto que você indicou (porém, por falta de tempo,
não tive ainda a oportunidade de olhar o resto da
homepage). Eu discordo que haja alguma coisa de errada
na interpretação molecular para o conceito de pressão.
A descrição da pressão de um gás como sendo derivada dos
choques das moléculas nas paredes do recipiente não
constitui um jargão falacioso, absolutamente.
No entanto, peço desculpas por não abordar diretamente
esse assunto, pois agora estou sem tempo nenhum. No próximo
email apresentarei meus argumentos.
Sobre a terceira lei de Newton, creio que ela sempre é
enunciada da maneira correta, como você mesmo disse,
fazendo-se uso sempre da palavra "ação" com o sentido
de força. Deste modo, não creio que a maioria das pessoas,
incluindo professores, possa cometer um erro tão absurdo.
Abraços,
Guilherme
>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
>Date: Wed, 20 Nov 2002 21:48:37 -0200
>
>| Guilherme escreve:
>| Poderia dar uma explicação dessas afirmações? Se você
>| realmente tiver razão, o assunto é da maior seriedade,
>| pois todo mundo concebe a pressão dos gases como sendo
>| um efeito dos choques das moléculas. Onde está
>| o erro dessa idéia???
>|
>Bem, o erro básico dessa idéia é que no seio gasoso praticamente não há
>choque alguns entre moléculas, particularmente o 'gás perfeito' é definido
>como 'gás sem colisões' ... mas, ... é melhor ler o texto completo:
>
>http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_T06.asp
>
>
>| Fiquei particularmente intrigado com o que você escreveu
>| logo a seguir a respeito da terceira lei de Newton. Dessa
>| vez, caso você tenha razão, a questão é 100 vezes mais séria.
>| Mas por enquanto me explique apenas sobre a pressão dos
>| gases.
>
>Quando um transatlântico e um barquinho se chocam, o barquinho afunda e
>pelo princípio da ação e reação ... "o navio também afunda". Mas ... é
>melhor ler o texto todo:
>====================================================
>1) ___ "toda ação tem uma reação igual e contrária"
>
>Este chavão, usado por inúmeros professores, alunos e até mesmo em anúncios
>de televisão é uma tentativa frustrada para tentar enunciar a 3ª lei de
>Newton.
>
>"Para toda ação ... NÃO há uma reação igual e oposta"
>
>Sir Isaac Newton publicou suas leis de movimento originalmente em latim. Na
>tradução para o inglês (muito anterior à primeira tradução do inglês para o
>português), a palavra "ação" era utilizada com um significado diferente do
>que é adotamos hoje. Ela não foi usada para sugerir movimento ou uma
>conseqüência; ao invés disso foi usada para dar o significado de "uma
>atuação sobre algo" ("an acting upon"). Era usada da mesma forma que a
>palavra força é usada hoje. É assim que deve ser interpretada a 3ª lei de
>Newton:
>
>"para toda força aplicada, uma outra força igual e oposta sempre
>aparecerá".
>
>A palavra igual, refere-se à intensidade da nova força que surge e a
>palavra oposta refere-se ao fato de que esta nova força deverá ter a mesma
>direção e sentido contrário ao da força original.
>
>À ação, um pequeno barco bate num transatlântico e afunda, não corresponde
>uma reação igual e contrária [um transatlântico bate num pequeno barco e
>afunda]. A força que o barco aplica no transatlântico tem mesma intensidade
>que a força que o transatlântico aplica no barco (ambas as forças têm mesma
>direção; uma de sentido oposto à outra). A massa e a resistência estrutural
>do pequeno barco são insignificantes em relação ao transatlântico; a
>aceleração momentânea não, por isso ele se esfacela. A aceleração adquirida
>pelo navio e a mossa originada no choque serão imperceptíveis.
>
>Quando você comprime um skate para trás o chão o empurra para a frente ...
>você anda (ação) e o chão não se move (reação)! Estas ações e reações, em
>termos de movimento ou de qualquer outra conseqüência, não eram a
>investigação, nem a pretensão da 3ª Lei de Newton. Nesta, ele só pretendia
>dizer que, quando você empurra algo, este algo também empurra você, mesmo
>que ninguém se mova. Você não pode tocar sem ser tocado; nada pode atrair
>sem ser atraído; nada pode repelir sem ser repelido.
>
>Em suma, as forças sempre existem aos pares!
>
>Esta é a Terceira Lei de Newton (para referenciais inerciais).
>=================
>Há muitos outras falácias a serem discutidas; 16 delas estão em:
>
>http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto11.asp
>
>
>Em suma .... vc não é um leitor do Imperdível. tsc! tsc! :-)
>
>[]'
>Léo
>===============================
>
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SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2002 20:04
Oi Lígia e Léo,
Manuel: como é o nome daquele detetive todo desajeitado mais
inteligentíssimo, meio zarolho e que guardava ovo cozido no casaco?
Lígia: Ele é o Columbo!
Manuel: Sim, o Columbo! Como eu era um garoto desajeitado, feínho e
meio seboso, naquela época o meu sonho era de, quando crescer, ser
igual ao Columbo. :-)
Lígia: Você chegou a assistir os desenhos do Super Dínamo?
Manuel: Desse eu não me lembro. Mas eu gostava muito do Super
Mouse.
Lígia: E eu tenho 36 aninhos distribuídos em um corpinho de... bem,
deixa prá lá... :)
Léo: É isso que precisa acabar aqui no ciencialist ... deixar o tema
incompleto! :-)
Manuel: pois eu completo: "36 aninhos distribuídos em um corpinho
de... 1,80 metros! Pra carregar essa mulé, tem que dar duas viagens.
Eu hoje tirei o dia para escrever besteira, re re!
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 21:22
Ô Manoel!!"!
Recomendo comprar a medalha de nossa senhora desatadora de nós e passar na
perna, 3 vezes por dia, em jejum, com o fundo musical do marcelo rossi.(tudo
a venda em modestas prestações)
abraços,
silvio.
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 21, 2002 4:54 PM
Subject: [ciencialist] Re: Apresentação: Hoje é Dia Santo
Salve, Colucci!
Colucci: Estou na lista de passagem, só para mandar um abraço para os
amigos. O número de mensagens ficou muito grande. Foram mais de 1800
no mês passado.
Manuel: O pior é que a maioria dessas mensagens são rounds de
telecatch entre intelectuais kick-boxers. "Tá me escrevendo por quê,
pseudocientista!? Vai encarar!?" -- Aí o pau começa. Parece que a
turma aqui gosta mais de porrada do que de ciência. Mas até que é
animado.
Colucci: Não consigo lidar com isso. Aqui nos EUA o pessoal tem o
péssimo hábito de trabalhar durante o expediente.
Manuel: No meu caso é porque estou de licença saúde. Tô há três meses
com um enooorme pioderma gangrenoso na batata da perna direita que
não quer sarar de jeito nenhum. Não há corticóide nem dapsona que
resolva. Às vezes penso em tocar fogo nele. Depois é só tratar da
queimadura, coisa muito mais simples. :-)
Um grande abraço,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 21:25
De: "Manuel Bulcão"
>Oi Lígia e Léo,
>Manuel: como é o nome daquele detetive todo desajeitado mais
>inteligentíssimo, meio zarolho e que guardava ovo cozido no casaco?
Léo: Ufa! Essa me assustou. Quando o Bulcão se referiu, diretamente, á Lígia e Léo, comentei comigo ... lá vem chumbo grosso!
Felizmente ele se referia a minha 'bronca' pelo fato da Lígia não ter completado seus 'pormenores' e, bem humorado, complementou a frase por conta própria.
Com certeza ele ainda não leu o final da mensagem que enviei ao Aniello na thread que alguém 'batizou' de Falácias na Física. Mas, para sair desse suspense, vou reproduzir aqui aquele final:
=======================================================
Léo: Não vamos discutir etimologia, isso foge às premissas da Física. Deixemos isso aos historiadores da Ciência. Vamos nos prender ao Método.
Deixemos esses recurso e palavras bonitas (que foge ao entendimento do leitor médio) para as psicos com seus paradigmas, holísticos, libidos etc.
Libido, por exemplo, é excitar o tesão. E tesão, chulo, é estado do pênis em ereção. Claro que tudo isso pode ser colocado em palavras muito complicadas pelo mestre Bulcao (:-)). [Aliás, por vezes fico pensando no que seria do Imperdível se eu escrevesse no linguajar 'bulcônico'?]
Libido não é mensurável e muito menos equacionável. É um conjunto de palavras que encerram uma idéia, algo muito longe de ser um conceito.
Deveriam (e eis minha sugestão para cientifizar as psicos) definir libidinagem, algo como 'tantas trepadas por semana' (desde que o agente da ação 'trepada' já tenha tido uma definição e unidade de medida no sistema internacional de unidades). Dai poderiam identificar libidinagem com 'potência' (P) --- rapidez de trepadas --- na nova unidade fuck/segundo no SIU --- e equacionar a quantidade de 'energia corpórea' consumida num dado intervalo de tempo como EC = P./\t.
Putz grila ... agora entendo quando o Bulcao fala em masturbação mental --- é uma libidinagem (P) quando /\t tende para zero!
[]'
como é que assino essa?
[incógnito]
================================
E, como hoje peguei o Bulcão de bom humor ( Bulcão: Eu hoje tirei o dia para escrever besteira, re re!) parece-me a hora adequada para ele ler minhas profundas e divinas sugestões às psicos (geral e arquibancada).
Abraços,
Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 21:33
Lígia, Manoel. Colluci et alii
neste festival de cultura jurássica, vc. sabia que o ator que fez o papel de
Columbo matou a mulher há pouco tempo e tá em cana?
E a Gina Lollobrigida em "Rizo Amaro"?? vestida, era mais sexy do que as
globetes atuais....
E quem assistiu "Ganga Bruta", do Humberto Mauro???
sds.,
silvio.
----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 21, 2002 5:47 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
como é o nome daquele detetive
> todo desajeitado mais inteligentíssimo, meio zarolho e que guardava
> ovo cozido no casaco? Não estou me lembrando agora.
Ele é o Columbo! Fora o Bonanza... Você chegou a assistir os
desenhos do Super Dínamo?
> PS.: A propósito, tenho apenas 38 aninhos, mas meu corpinho é de 45
> (culpa do cigarro, do alcóol e do colesterol) e minha idade mental
é
> de 12. :-)
E eu tenho 36 aninhos distribuídos em um corpinho de... bem, deixa
prá lá... :)
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 21:50
Guilherme escreve:|
| Caro Luiz,
|
| Li o texto que você indicou (porém, por falta de tempo,
| não tive ainda a oportunidade de olhar o resto da
| homepage). Eu discordo que haja alguma coisa de errada
| na interpretação molecular para o conceito de pressão.
| A descrição da pressão de um gás como sendo derivada dos
| choques das moléculas nas paredes do recipiente não
| constitui um jargão falacioso, absolutamente.
Léo: Concordo Guilherme. Nunca disse que essa "parte" do conceito de pressão constituia um "jargão falacioso"; isso não estava no contexto da primeira mensagem que coloquei e nem na primeira 'oposição' por parte do Aniello. Depois entrou o tema da terceiro lei e 'no rolo' vc assumiu que tb aquela "parte" do conceito de pressão se integrava nos 'jargões falaciosos'.
O contexto era o seguinte: alunos não tinham noção do que era realmente a pressão "no interior do gás" e só pensavam na pressão como o choque das moléculas contra as paredes do continente. O texto que escrevi pretendia complementar tal conceito de pressão do gás.
|Guilheerme: No entanto, peço desculpas por não abordar diretamente
| esse assunto, pois agora estou sem tempo nenhum. No próximo
| email apresentarei meus argumentos.
Léo: Aguardaremos ansioso. Argumentar racionalmente é nosso propósito (de vez em quando, gostamos de perturbar um pouco as Psicos, a Economia, o Direito, a Religião etc. -- meras notas de rodapé dentro do conhecimento humano --- que almejam adquirir carater de Ciência --- coisa de gente grande ---).
|Guilherme: Sobre a terceira lei de Newton, creio que ela sempre é
| enunciada da maneira correta, como você mesmo disse,
| fazendo-se uso sempre da palavra "ação" com o sentido
| de força. Deste modo, não creio que a maioria das pessoas,
| incluindo professores, possa cometer um erro tão absurdo.
Léo: É o que tb eu acreditava. Mas, vc não recebe as setenta e tantas mensagens diárias de professores e alunos de todo o Brasil por anos seguidos ... ai vc iria mudar de opinião.
Digo-lhe mais, tenho em mãos o Livro de Física de um tal Prof. Dr. Leonel Moro, de Brasília, (e um monte de títulos depois); não há barbaridade que vc não encontre nesse livro, não só porque tenha errado as três leis de Newton, oh! se fosse só isso eu nem ligaria, conseguiu errar praticamente todos os conceitos. Se não acreditam, não enviarei os textos (poderá parecer alteração de minha parte), enviarei diretamente figuras, scanner de página por página. Ai vcs verão o que é obscenidade científica.
|
| Abraços,
Léo
SUBJECT: Balanca esdruxula
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2002 22:12
Essa pertence ao uma outra lista de Física da qual participo (não com regularidade); parece-me interessante ser postada aqui. Vejamos:
============================================
Gostaria de alguém me ajudasse a explicar um resultado inesperado em um experiência que fiz com alguns alunos, utilizando duas "balanças" de banheiro:
Estava discutindo com eles a força normal e fazendo várias experiências como:
a.. colocar um pé em cada balança;
b.. subir na balança e pressioná-la com um cabo de vassoura;
c.. subir na balança e agachar rapidamente;
d.. subir na balança e pressionar o teto, etc..
quando me esqueci da lei zero do laboratório: não invente na hora errada...
E foi aí que resolvi colocar uma balança sobre a outra e perguntei o que os alunos ( e eu) esperavam das marcações das balanças quando um aluno subisse sobre elas.
Não tinha jeito: inverti as balança, troquei de aluno, ajustei os zeros e o resultado era sempre o mesmo: a balança de cima SEMPRE apresentava uma marcação maior que a balança que estava apoiada no chão. Tentei montar diagramas, mas confesso que me perdi. Façam e confiram o resultado.
Abraços a todos e saudações São Caetanenses, Figueirenses, Santistas e Gremistas... ( o choro é livre)
=================================================================
E então?
[]'
Léo
=========
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: ... arte p/ Belisário
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 01:27
Eu acharia por bem mudar o título da thread para "Acústica",
ou "Ondulatória", ou "Harmônicas"... mas vá lá, é música mesmo... :)
Olá Belisário!
--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> Olha, eu comprei na loja Iluminações, em Campinas (uma
daquelas
> lojas para universitários bichos-grilos de que eu falei), mas pode
ser que
> tenha na Fnac, essa loja tem coisas doidas.
Bem, eu ainda moro num fim de mundo mas vou procurar por esse CD
também, nem que seja lá em Sampa. Curiosidade mata :)
> >Mesmo assim a valsa é um ritmo mecânico, não? Basta prestar
atenção
> >a qualquer música árabe por exemplo, em que o ritmo é levado às
> >últimas consequências e tem um forte apelo sensual. Infelizmente a
> >música que se ouvia nos salões da nobreza é pobre em termos
> >rítmicos... e parece "infantil" mesmo quando pretendeu ser ousada,
> >no sentido rítmico, bem entendido :)
>
> A música árabe é realmente interessante. Ouvi um
recentemente de
> música do Império Otomano da Idade Média. Inacreditável.
Louquíssimo. A
> gente quase não consegue ficar parado, o tronco quase sai
serpenteando sozinho.
Uau! Quem, quando e onde? Gente... quem anda tocando música desse
tipo? E COMO você toma conhecimento disso? O pior é que se você
soubesse como eu sou com relação à música, você nem começaria a falar
se não pode me deixar ouvir nem um pedacinho de alguma delas. Lá vou
eu pro Google, já, já... :) Ou fico no aguardo de uma resposta
sua... espero que não demore... ;)
> Música provençal...? Acho que essa ainda não ouvi. Tem aí
alguma
> referência?
É a música popular da idade média. É bem ritmada e era feita para
cantar as trovas nas tabernas... Normalmente quando passa algum
filme referindo-se à idade média, as músicas são do tipo provençal
quando as cenas se passam nas ruas. No CD de música de Mont Serrat
tem várias desse tipo, uma vez que a igreja da época incorporou esse
estilo para as canções nas festividades religiosas também.
> A propósito, você conhece o grupo Anima, de Campinas? Acho
que
> você vai amar. Eles fazem pesquisa sobre música da tradição oral
> brasileira, e fazem uma mistureba com música medieval e música
árabe. As
> duas coisas têm tudo a ver - muito do cancioneiro popular
nordestino vem
> diretamente da música medieval.
Não conheço não! Ando muito enfurnada dentro de casa e não tenho
procurado na internet nos lugares certos pelo jeito... E pelo jeito
também você gosta desse tipo de música.
Outro dia descobri, num disco do Antônio
> Madureira, uma música tradicional do Nordeste que é absolutamente
igual à
> Cantiga de Santa Maria número 100, acho que do século XIII. O
mentor do
> grupo foi o rabequista e ritmista José Gramani, que já morreu (de
tanto
> fumar). "Anima - musica humana mundana et instrumentalis", é o nome
que
> eles dão ao grupo.
Vou procurar, obrigada! E essa cantiga de Santa maria consta do meu
CD de Mont Serrat, só que é produzido por um grupo francês.
Interessante esse "revival" de músicas antigas... tem sido um
movimento a nível mundial.
> Aliás, a música brasileira é um caldeirão e tanto. Pegou a
> africana, indígena e a ibérica, que já é um caldo grosso de música
européia
> e árabe.
Nem fale... as músicas da região de Andaluzia são magníficas!
>
> Tem um outro grupo de música medieval pouco conhecido de
que gosto
> muito, o Lunatus Ensemble. Parte do grupo é de Campinas e parte de
Santos,
> e ensaiam em Cubatão. Pesquisam o repertório e usam réplicas dos
> instrumentos da época. Eles acabaram de lançar um CD que vem como
encarte
> num livro. Infelizmente, não tenho a referência agora, mas posso te
> arranjar.
Arrange referências por favor!
Mas, se por acaso passarem fazendo apresentação na sua cidade,
> não deixe de ver. Eles tentam executar as músicas com bastante
fidelidade
> ao (que se presume ser) o original, e com bastante humor. As
pessoas
> adoram, aplaudem minutos a fio no final.
Pindamonhangaba nesse quesito parece curva de rio: só chega
tranqueira... mas eu fico no aguardo. Quem sabe se um dia alguém
tem alguma luz de convidar gente que faça música relamente para vir
se apresentar por aqui...
Beijos,
Lígia
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 01:34
Luiz Eduardo, Ronaldo, Manuel, Lígia e demais idosos da lista,
Em primeiro lugar, velharada, descobri pela Internet que quando o
Vigilante Rodoviário estreou na Tupi eu tinha 5 anos de idade. Para
novos e velhos que queiram saber o que foi o melhor seriado da época
heróica da TV brasileira, aqui vai o link:
http://www.januzzi.net/Orlando/TV/ARQUIVOS/arquivos2/Seriados/ARQUIVOS/a
rquivos2/TITULOS/xmlvigilante/Vigilante2.html
Lá também tem o Perdidos no Espaço, Missão Impossível, Águias de Fogo,
Os Waltons, e outras preciosidades. Mas o que vai mesmo arrebentar o
coração dos homens com problemas de próstata e das senhoras fazendo
reposição hormonal é o National Kid. Tem até um link para a abertura (em
japonês):
"Hey! Kido! Nationaro Kido!
Kido!!! Nationaro Kiidô"
Pois é. Mas já que o tema da lista é ciência, e também por mêdo que o
Brudna me corte, vamos botar um pouco de ciência nisso. Não sou como o
Manuel, que disse:
>PS.: A propósito, tenho apenas 38 aninhos, mas meu corpinho é
>de 45 (culpa do cigarro, do alcóol e do colesterol) e minha idade
>mental é de 12. :-)
Sou mais ou menos o contrário, é só inverter as idades, com exceção da
mental, que é a mesma. Não fumo, faço esportes, tomo vitaminas
anti-oxidantes, não como gordura saturada. Bebo porque faz bem e é
gostoso. Mas não se enganem garotas. Dentro deste corpinho gostoso mora
um velho.
Tanto quanto eu saiba, não há nada, mas absolutamente nada, que se possa
fazer para retardar o envelhecimento. Sim, há experiências que
aumentaram a longevidade de nematóides, drosófilas, etc, etc, mas se
você quer permanecer jovem hoje as pesquisas com vermes e moscas não o
irão ajudar. A Scientific American de uns meses atrás publicou um artigo
a respeito. A única coisa que parece aumentar a longevidade de animais
de laboratório são os regimes de restrição calórica. O fenômeno foi
descoberto há 60 anos. Ainda assim há quem questione os resultados,
dizendo que animais de laboratório são normalmente superalimentados e,
por isso, vivem menos. A dieta restrita os aproximaria das condições
naturais. Para fins práticos, isso não importa muito. Uma dieta de
severa restrição calórica provavelmente não seria tolerada
voluntariamente por humanos. Quando se está com fome o estômago vira o
centro do universo.
O fato é que o envelhecimento é causado por negligência da evolução, e
não programado por ela. Não há, como se acredita, uma programação
genética para o envelhecimento. Os mecanismos da evolução podem até agir
depois que o indivíduo se reproduziu, aumentando o sucesso reprodutivo,
por exemplo, das crias cujos pais lhes dedicam maior atenção, mas o
limite desse tipo de mecanismo é a idade em que os descendentes não
precisam mais de cuidados (a chamada longevidade pós-darwiniana). Há
estudos interessantes a respeito, mas não quero me alongar.
Uma maneira de aumentar a longevidade da espécie humana seria proibir as
pessoas de ter filhos antes de uma certa idade, digamos 35 anos. Antes
disso o sexo deveria ser usado para fins exclusivamente recreativos.
Essa idade seria aumentada progressivamente de tempos em tempos, talvez
em períodos de algumas gerações. Dessa forma, selecionam-se os genes de
pessoas que conseguem se reproduzir mais velhas e eliminam-se os das que
não conseguem. Essa hipótese já foi verificada por experimentos com
drosófilas (Rose 1999).
Essa é a versão moderna da "proposta modesta" de Jonathan Swift.
Um abraço,
Colucci
SUBJECT: Re: [ciencialist] [org] Mensagem a Todos vs Mensagens Particulares
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 01:38
Taborda, não sei a sua idade, e nem me interessa. Tenho a dizer apenas o
seguinte: se você tem mais de 25 é adolescente. Se está entre 15 e 20 anos
de idade, é criança. O caráter autoritário e mandão de suas mensagens é
claramente percebido. Fica evidente que vc gosta de ser o centro das
atenções, ainda que para isso tenha que ser descortês com os colegas. Parece
padecer de sérias dificuldades de aceitar um NÃO. Isto fica claro com a sua
mania de dizer NÃO para tudo que não tenha partido de vc. Você é da turma do
contra. Não adiante querer fazer crêr que essa maneira de agir seja a do
gênio excentrico, pode também ser a de um maluco que fugiu do hospício.
Um mundo jamais poderá ser do modo que desejamos. Com esse objetivo os
loucos demonstram que o ser humano fracassa.
Recomendo-lhe a leitura de Nietzsche: Como Alguém se torna o que é. Ed. Cia
da Letras.
Abraço
Carlos AR
----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, November 17, 2002 11:13 PM
Subject: [ciencialist] [org] Mensagem a Todos vs Mensagens Particulares
Depois de algum tempo afastado da lista - sim é possivel - ( e ainda
não estou de volta, estou ...'dando um tempo') volto para ver como
está e vejo que existem muitos mails com titulos do tipo "para
fulano".
Acho que devo, já que ninguem o faz, chamar a atenção que esse tipo
de mensagens não encaixa numa lista publica.
Se pretendem falar com determinada pessoa enviem um mail para ela e
não para a lista.
O problema é que deixamos de saber do que se trata o corpo da
mensagem pq a mensagem deixa de ter assunto e passsa a ser uma troca
de mensagens particulares que deveriam portanto ser feitas, em
particular.
Se acham que a mensagens é de interesse publico (não necessáriamente
de todos os participantes da lista) ao menos mantenham titulos que
contenham alguma informação sobre o assunto em causa.
Vá-lá, não custa assim tanto tentar...
Outra coisa. A lista é de ciencia. Portanto, o assunto deve, de
algum modo, estar relacionado com ciencia. E isso deve ser tornado
explicito. Caso contrario é considerado off topic. Como já foi dito
aqui, off topics não são maus de mantidos em baixo numero e com
pouca frequencia, mas quando em demasia, cançam. Portanto, antes de
enviar uma mensagem, por favor tente dar-lhe , ao menos, um
enquadramento relacionado com ciencia (qq uma). Se não conseguir,
então desista de enviar essa mensagem para a lista. Inscreva-se numa
lista que discuta esse assunto ou use os News Groups onde se pode
falar sobre quase todos os temas.
Uma lista serve para trocar ideias de ciencia e sobre ciencia, e
isso não pode ser feito se for uma confusão pura de titulos e
assuntos não relacionados com nenhum tema da lista. Ainda para mais
se o tema não é referenciado.
Sérgio Taborda
P.S: Que ninguem encare esta mensagem como um ataque. Eu estou
falando no geral e sem me lembrar de ninguem (até pq não tive tempo
de ler todas as mensagens). Isto é uma questão simples de
organização que faz parte dos minimos para que uma mail-list cumpra
seus objectivos. É apenas uma sugestão de [org]anização.
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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: --OT-- Re: Esporte e arte
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 01:52
Ligia Amorese wrote:
> Depende... tem música que eu chamo de "música de pizzaria". Essa
> sim é feita com o propósito de vender sem sequer se preocupar em ser
> boa. Muitos compositores new age caíram nesse alçapão enquanto
> pensam que estão fazendo música...
Os unicos new age bons que conheco nao tem nada de 'new'.
É a musica indiana tradicional vendida com rotulo novo.
> Pois é, daí caímos no trance... :)
Ou no samba, ou no jazz...
O efeito hipnotico do trance nao esta na percussao,
esta na melodia, com excecao de alguns hard trance mais funky...
[]'s
Vladimir
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 02:08
--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
> Luiz Eduardo, Ronaldo, Manuel, Lígia e demais idosos da lista,
>
> Em primeiro lugar, velharada, descobri pela Internet que quando o
> Vigilante Rodoviário estreou na Tupi eu tinha 5 anos de idade. Para
> novos e velhos que queiram saber o que foi o melhor seriado da época
> heróica da TV brasileira, aqui vai o link:
>
>
http://www.januzzi.net/Orlando/TV/ARQUIVOS/arquivos2/Seriados/ARQUIVOS
/a
> rquivos2/TITULOS/xmlvigilante/Vigilante2.html
>
>
> Lá também tem o Perdidos no Espaço, Missão Impossível, Águias de
Fogo,
> Os Waltons, e outras preciosidades. Mas o que vai mesmo arrebentar o
> coração dos homens com problemas de próstata e das senhoras fazendo
> reposição hormonal é o National Kid. Tem até um link para a
abertura (em
> japonês):
>
> "Hey! Kido! Nationaro Kido!
> Kido!!! Nationaro Kiidô"
Colucci, eu nem me lembrava mais! Mas foi só ouvir os primeiros
acordes da abertura do Nacional Kid naquele site e eu me vi na sala
da casa em que eu morava aos 4 anos, o aparelho de TV Philco de
madeira polida com um vidrão na frente e o seletor de canais
luminoso, eu sentada na poltrona pronta para dormir de chupeta e tudo
( sim, Nacional-Kid passava em horário nobre!) com meu pijaminha de
flanela cor de rosa com bolinhas azuis-marinho com as pernas das
calças pelas canelas ( eu já era alta...) e meu naninha com a fronha
rota, verde de bolas vermelhas, que eu não deixava minha mãe lavar de
jeito nenhum! Como essa imagem calou fundo, desconfio que meus
problemas de melancolia crônica tiveram origem quando, em um momento
de desespero, minha mãe trocou a fronha e eu nunca mais vi a minha
companheira-fronha de looonga data...
Obrigada Colucci! Agora eu tenho a quem acusar pelo meu transtorno
afetivo bi-polar ( foi a fronha!) e tudo isso graças a você e sua
recomendação! Meu psiquiatra saberá disso :))
Beijos, Lígia
SUBJECT: Re: esporte
FROM: phreakazoid@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 02:11
Ligia Amorese wrote:
> Biologicamente os negros que fazem história em olimpíadas ou em
> campeonats estão em vantagem. Basta ler artigos falando sobre
> esportes e aptidão física.
só pra lembrar:
os russos sempre ganham muitas medalhas...
e de que continente sao os negros com maior destaque?
[]'s
Vladimir
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 02:44
----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Friday, November 22, 2002 12:34 AM
Subject: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
> Em primeiro lugar, velharada, descobri pela Internet que quando o
> Vigilante Rodoviário estreou na Tupi eu tinha 5 anos de idade.
Então você ainda está na flor da idade, pois quando a Tupi estreou no Brasil
eu tinha bem mais do que isso. Eu ainda me lembro de ter assistido a novelas
pelo rádio como, por exemplo, "Lampião o Rei do Cangaço".
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 02:49
Diga lá, Léo!
Léo: E, como hoje peguei o Bulcão de bom humor ( Bulcão: Eu hoje
tirei o dia para escrever besteira, re re!) parece-me a hora adequada
para ele ler minhas profundas e divinas sugestões às psicos (geral e
arquibancada).
Manuel: Bem, eu já tinha lido, mas ía deixar passar, fazer ouvidos
moucos à sua provocação. Mas já que você quer que eu responda...
Léo: Deixemos esses recurso e palavras bonitas (que foge ao
entendimento do leitor médio) para as psicos com seus paradigmas,
holísticos, libidos etc.
Manuel: Palavras bonitas são essenciais para os estetas da palavra:
romancistas, novelistas, contistas, cronistas e poetas. Os psicólogos
e sociólogos, assim como os físicos e biólogos, necessitam de termos
que sirvam para designar com precisão uma determinada coisa. Sua
preocupação com as palavras é técnica e não estética, é com a sua
eficácia descritiva e não com seu poder de encantar. Só que termos
técnicos pertencentes a uma determinada ciência (ou à filosofia)
podem soar estranhas para um leigo ou, como você diz, para um leitor
médio. Eu, muitas vezes, tento ler mensagens postadas pelos físicos
da lista, entre os quais você, em que tratam os assuntos de uma forma
mais aprofundada, valendo-se para tanto de termos técnicos ou mesmo
formulações matemáticas. Fico voando, não consigo compreender, embora
ache alguns termos técnicos da física um tanto bonitos. Às vezes até
me parece que vocês físicos são uns diletantes que adoram afetar
erudição e que, por isso, costumam valer-se de palavras lindas, como,
por exemplo, 'entropia' e 'adiabática', ou então fileiras de
arabescos matemáticos elegantérrimos! Mas sei que não é este o caso.
Sei que a preocupação de vocês é com o rigor conceitual e que o
problema está comigo, cujos conhecimentos de física são rasos,
colhidos em livros de divulgação científica. Por isso que, em vez de
desprezá-los, admiro-os (porque conhecem, e conhecem porque se
esforçaram, estudaram); em vez de tentar ridicularizá-los tachando-os
de punheteiros mentais, pseudo-eruditos ou uma cambada de frescos que
adoram um adorno, um enfeite, ou me calo ou então peço-lhes
esclarecimentos. Se eu tiver que reagir com raiva, será contra a
minha preguiça macunaímica de tentar compreendê-los. "Preguiça
macunaímica", gostou da expressão? Isso é que é escrever bonito!:-))
Léo: Libido, por exemplo, é excitar o tesão.
Manuel: Assim como um átomo é parecido com o sistema solar, só que
bem pequenininho. Assim como 'entropia' nada mais é que 'desordem',
Não é? Se eu afirmar a um grupo de físicos que entropia é o mesmo que
desordem, muitos deles vão torcer o nariz, me olhar de revestrés e
dizer que estou equivocado. Embora seja esta a definição apresentada
por muitos divulgadores da física.
O Caetano certa vez disse "qualquer pessoa, quando vista de perto,
não é normal". Do mesmo modo, alguns fenômenos, quando analisados com
mais cuidado, demonstram ser muito mais complicados do que parecem. A
ciência é um pouco isso: análise detalhada depois da qual o objeto
analisado já não pode mais ser designado *sem problemas* pelo termo
corrente. Por isso, para evitar confusão e simplificação, às vezes é
preciso inventar outro termo, ou recorrer a um antigo.
Assim como 'entropia' é uma grandeza física apenas associada ao
conceito estatístico de 'desordem', a libido, segundo Freud, é um
conceito psicológico cujo equivalente na biologia é o instinto
sexual.
Léo: ...E tesão, chulo, é estado do pênis em ereção. Claro que tudo
isso pode ser colocado em palavras muito complicadas pelo mestre
Bulcao (:-))
Manuel: Léo, o psiquismo humano é que é complicado, e o que é
complicado não é fácil de explicar, nem de analisar, nem de entender.
Não me culpe pela complexidade do objeto que estudo.
Bem, eu me esforço para ser claro.
Léo: Aliás, por vezes fico pensando no que seria do Imperdível se eu
escrevesse no linguajar 'bulcônico'?
Manuel: Os seus textos são cristalinos. Como os meus. Só que você
escreve sobre física, enquanto que o meu assunto predileto é
psicologia. Quando uma pessoa não gosta de uma determinada disciplina
(psicologia, por exemplo), ela lê o que se escreve sobre essa
disciplina com desatenção e impaciência; e para quem é desatento as
coisas tornam-se mais complicadas do que realmente são. Quanto a mim,
adoro física.
Léo: Putz grila ... agora entendo quando o Bulcao fala em masturbação
mental --- é uma libidinagem (P) quando /\t tende para zero!
Manuel: Léo, você não gosta mesmo de mim, né? Não perde oportunidade
para me alfinetar. É, não se pode agradar todo mundo, fazer o quê?
Quer que eu saia da Ciencialist, Léo? Vou sair não! Se não gosta das
minhas mensagens, então as delete, ou programe a sua caixa de correio
eletrônico para não mais receber os meus e-mails verborrágicos, ok?
Fazendo isso, você simplifica as coisas.
E eu é que sou complicado. :-))
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Para o Léo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 02:51
Diga lá, Léo!
Léo: E, como hoje peguei o Bulcão de bom humor ( Bulcão: Eu hoje
tirei o dia para escrever besteira, re re!) parece-me a hora adequada
para ele ler minhas profundas e divinas sugestões às psicos (geral e
arquibancada).
Manuel: Bem, eu já tinha lido, mas ía deixar passar, fazer ouvidos
moucos à sua provocação. Mas já que você quer que eu responda...
Léo: Deixemos esses recurso e palavras bonitas (que foge ao
entendimento do leitor médio) para as psicos com seus paradigmas,
holísticos, libidos etc.
Manuel: Palavras bonitas são essenciais para os estetas da palavra:
romancistas, novelistas, contistas, cronistas e poetas. Os psicólogos
e sociólogos, assim como os físicos e biólogos, necessitam de termos
que sirvam para designar com precisão uma determinada coisa. Sua
preocupação com as palavras é técnica e não estética, é com a sua
eficácia descritiva e não com seu poder de encantar. Só que termos
técnicos pertencentes a uma determinada ciência (ou à filosofia)
podem soar estranhas para um leigo ou, como você diz, para um leitor
médio. Eu, muitas vezes, tento ler mensagens postadas pelos físicos
da lista, entre os quais você, em que tratam os assuntos de uma forma
mais aprofundada, valendo-se para tanto de termos técnicos ou mesmo
formulações matemáticas. Fico voando, não consigo compreender, embora
ache alguns termos técnicos da física um tanto bonitos. Às vezes até
me parece que vocês físicos são uns diletantes que adoram afetar
erudição e que, por isso, costumam valer-se de palavras lindas, como,
por exemplo, 'entropia' e 'adiabática', ou então fileiras de
arabescos matemáticos elegantérrimos! Mas sei que não é este o caso.
Sei que a preocupação de vocês é com o rigor conceitual e que o
problema está comigo, cujos conhecimentos de física são rasos,
colhidos em livros de divulgação científica. Por isso que, em vez de
desprezá-los, admiro-os (porque conhecem, e conhecem porque se
esforçaram, estudaram); em vez de tentar ridicularizá-los tachando-os
de punheteiros mentais, pseudo-eruditos ou uma cambada de frescos que
adoram um adorno, um enfeite, ou me calo ou então peço-lhes
esclarecimentos. Se eu tiver que reagir com raiva, será contra a
minha preguiça macunaímica de tentar compreendê-los. "Preguiça
macunaímica", gostou da expressão? Isso é que é escrever bonito!:-))
Léo: Libido, por exemplo, é excitar o tesão.
Manuel: Assim como um átomo é parecido com o sistema solar, só que
bem pequenininho. Assim como 'entropia' nada mais é que 'desordem',
Não é? Se eu afirmar a um grupo de físicos que entropia é o mesmo que
desordem, muitos deles vão torcer o nariz, me olhar de revestrés e
dizer que estou equivocado. Embora seja esta a definição apresentada
por muitos divulgadores da física.
O Caetano certa vez disse "qualquer pessoa, quando vista de perto,
não é normal". Do mesmo modo, alguns fenômenos, quando analisados com
mais cuidado, demonstram ser muito mais complicados do que parecem. A
ciência é um pouco isso: análise detalhada depois da qual o objeto
analisado já não pode mais ser designado *sem problemas* pelo termo
corrente. Por isso, para evitar confusão e simplificação, às vezes é
preciso inventar outro termo, ou recorrer a um antigo.
Assim como 'entropia' é uma grandeza física apenas associada ao
conceito estatístico de 'desordem', a libido, segundo Freud, é um
conceito psicológico cujo equivalente na biologia é o instinto
sexual.
Léo: ...E tesão, chulo, é estado do pênis em ereção. Claro que tudo
isso pode ser colocado em palavras muito complicadas pelo mestre
Bulcao (:-))
Manuel: Léo, o psiquismo humano é que é complicado, e o que é
complicado não é fácil de explicar, nem de analisar, nem de entender.
Não me culpe pela complexidade do objeto que estudo.
Bem, eu me esforço para ser claro.
Léo: Aliás, por vezes fico pensando no que seria do Imperdível se eu
escrevesse no linguajar 'bulcônico'?
Manuel: Os seus textos são cristalinos. Como os meus. Só que você
escreve sobre física, enquanto que o meu assunto predileto é
psicologia. Quando uma pessoa não gosta de uma determinada disciplina
(psicologia, por exemplo), ela lê o que se escreve sobre essa
disciplina com desatenção e impaciência; e para quem é desatento as
coisas tornam-se mais complicadas do que realmente são. Quanto a mim,
adoro física.
Léo: Putz grila ... agora entendo quando o Bulcao fala em masturbação
mental --- é uma libidinagem (P) quando /\t tende para zero!
Manuel: Léo, você não gosta mesmo de mim, né? Não perde oportunidade
para me alfinetar. É, não se pode agradar todo mundo, fazer o quê?
Quer que eu saia da Ciencialist, Léo? Vou sair não! Se não gosta das
minhas mensagens, então as delete, ou programe a sua caixa de correio
eletrônico para não mais receber os meus e-mails verborrágicos, ok?
Fazendo isso, você simplifica as coisas.
E eu é que sou complicado. :-))
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Para o Léo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 03:56
Oba, resposta bem melhor do que esperava! Nem fui xingado! :-)
No fundo, no fundo entendo bem essa 'discriminação' dos diversos assuntos, por uns. Eu especialmente nunca me dei bem na área de humanidades ... não conseguia enxergar estrutura naquilo que os professores diziam. Era briga eterna professor/aluno.
Nas aulas de 'português' era uma briga de faca --- principalmente quando o professor falava que 'não sei quem' "atrai" objeto direto. E eu lá do meião gritava ... isso não foi dado em eletromagnetismo, nosso professor só falou de ímãs e pregos! nada de objeto direto! Depois vinha uma 'fiada'de regras e outra tanta de exceções. Era (é) o caos!
De modo algum sugeri que saísse do ciencialist, nem pense nisso! Essa idéia que nasceu na sua cuca deve ter ocorrido 'naqueles dias'.:-)
aquele abração,
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 22 de novembro de 2002 02:51
Assunto: [ciencialist] Para o Léo
Diga lá, Léo!
Léo: E, como hoje peguei o Bulcão de bom humor ( Bulcão: Eu hoje
tirei o dia para escrever besteira, re re!) parece-me a hora adequada
para ele ler minhas profundas e divinas sugestões às psicos (geral e
arquibancada).
Manuel: Bem, eu já tinha lido, mas ía deixar passar, fazer ouvidos
moucos à sua provocação. Mas já que você quer que eu responda...
Léo: Deixemos esses recurso e palavras bonitas (que foge ao
entendimento do leitor médio) para as psicos com seus paradigmas,
holísticos, libidos etc.
Manuel: Palavras bonitas são essenciais para os estetas da palavra:
romancistas, novelistas, contistas, cronistas e poetas. Os psicólogos
e sociólogos, assim como os físicos e biólogos, necessitam de termos
que sirvam para designar com precisão uma determinada coisa. Sua
preocupação com as palavras é técnica e não estética, é com a sua
eficácia descritiva e não com seu poder de encantar. Só que termos
técnicos pertencentes a uma determinada ciência (ou à filosofia)
podem soar estranhas para um leigo ou, como você diz, para um leitor
médio. Eu, muitas vezes, tento ler mensagens postadas pelos físicos
da lista, entre os quais você, em que tratam os assuntos de uma forma
mais aprofundada, valendo-se para tanto de termos técnicos ou mesmo
formulações matemáticas. Fico voando, não consigo compreender, embora
ache alguns termos técnicos da física um tanto bonitos. Às vezes até
me parece que vocês físicos são uns diletantes que adoram afetar
erudição e que, por isso, costumam valer-se de palavras lindas, como,
por exemplo, 'entropia' e 'adiabática', ou então fileiras de
arabescos matemáticos elegantérrimos! Mas sei que não é este o caso.
Sei que a preocupação de vocês é com o rigor conceitual e que o
problema está comigo, cujos conhecimentos de física são rasos,
colhidos em livros de divulgação científica. Por isso que, em vez de
desprezá-los, admiro-os (porque conhecem, e conhecem porque se
esforçaram, estudaram); em vez de tentar ridicularizá-los tachando-os
de punheteiros mentais, pseudo-eruditos ou uma cambada de frescos que
adoram um adorno, um enfeite, ou me calo ou então peço-lhes
esclarecimentos. Se eu tiver que reagir com raiva, será contra a
minha preguiça macunaímica de tentar compreendê-los. "Preguiça
macunaímica", gostou da expressão? Isso é que é escrever bonito!:-))
Léo: Libido, por exemplo, é excitar o tesão.
Manuel: Assim como um átomo é parecido com o sistema solar, só que
bem pequenininho. Assim como 'entropia' nada mais é que 'desordem',
Não é? Se eu afirmar a um grupo de físicos que entropia é o mesmo que
desordem, muitos deles vão torcer o nariz, me olhar de revestrés e
dizer que estou equivocado. Embora seja esta a definição apresentada
por muitos divulgadores da física.
O Caetano certa vez disse "qualquer pessoa, quando vista de perto,
não é normal". Do mesmo modo, alguns fenômenos, quando analisados com
mais cuidado, demonstram ser muito mais complicados do que parecem. A
ciência é um pouco isso: análise detalhada depois da qual o objeto
analisado já não pode mais ser designado *sem problemas* pelo termo
corrente. Por isso, para evitar confusão e simplificação, às vezes é
preciso inventar outro termo, ou recorrer a um antigo.
Assim como 'entropia' é uma grandeza física apenas associada ao
conceito estatístico de 'desordem', a libido, segundo Freud, é um
conceito psicológico cujo equivalente na biologia é o instinto
sexual.
Léo: ...E tesão, chulo, é estado do pênis em ereção. Claro que tudo
isso pode ser colocado em palavras muito complicadas pelo mestre
Bulcao (:-))
Manuel: Léo, o psiquismo humano é que é complicado, e o que é
complicado não é fácil de explicar, nem de analisar, nem de entender.
Não me culpe pela complexidade do objeto que estudo.
Bem, eu me esforço para ser claro.
Léo: Aliás, por vezes fico pensando no que seria do Imperdível se eu
escrevesse no linguajar 'bulcônico'?
Manuel: Os seus textos são cristalinos. Como os meus. Só que você
escreve sobre física, enquanto que o meu assunto predileto é
psicologia. Quando uma pessoa não gosta de uma determinada disciplina
(psicologia, por exemplo), ela lê o que se escreve sobre essa
disciplina com desatenção e impaciência; e para quem é desatento as
coisas tornam-se mais complicadas do que realmente são. Quanto a mim,
adoro física.
Léo: Putz grila ... agora entendo quando o Bulcao fala em masturbação
mental --- é uma libidinagem (P) quando /\t tende para zero!
Manuel: Léo, você não gosta mesmo de mim, né? Não perde oportunidade
para me alfinetar. É, não se pode agradar todo mundo, fazer o quê?
Quer que eu saia da Ciencialist, Léo? Vou sair não! Se não gosta das
minhas mensagens, então as delete, ou programe a sua caixa de correio
eletrônico para não mais receber os meus e-mails verborrágicos, ok?
Fazendo isso, você simplifica as coisas.
E eu é que sou complicado. :-))
Abraços,
Manuel Bulcão
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####
Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
SUBJECT: Fw: [STRBrasil] Falseabilidade-Critica a economia)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 04:29
Muitos do ciencialist já devem ter lido essa mensagem no STR todavia, dado o contexto, reproduzo aqui (não pedi autorização ao Juan para isso):
"ricierijr2001"
> Ciencias exatas, no rigor do termo, não são falseáveis pois a
> exatidão de cálculos não gera resultados diferentes e com a mesma
> validade. As pesquisas de ponta na física são falseáveis, por
> estarem na fronteira do nosso conhecimento.
Acho que o problema está aquí. Você sabe o que é falseabilidade? Uma
teoria, para ser considerada científica, deve ser falseável, isto é,
deve conter elementos que possam provar que ela esteja eventualmente
incorreta.
Por exemplo, se eu postular: "Todo inseto tem seis pernas" Estou
formulando uma pequena teoria perfeitamente falseável, pois o
primeiro inseto que aparecer com quatro ou oito pernas vai me
desmentir; mas até agora ele não apareceu e a teoria se mantem
válida.
Por outro lado, a afirmação "A Estrela da Morte existe", é
infalseável, pois não há como provar que seja falsa. Para fazer isso
precisariamos de registrar o universo inteiro e verificar que ela não
existe, algo utópico. Por tanto, essa afirmação não é falseável, e
não pode ser considerada científica.
Todas as ciências exatas possuim postulados falseáveis (por ex.
E=MC2), e tudo o que nos consideramos ciência no geral deveria
possuir postulados assim.
Não precisa ficar bravo se alguém falar que economia não é ciência -e
não sou eu quem fala isso, eu a considero ciência sim, embora ainda
ela tenha que amadurecer um monte-, pois o fato que uma area do
conhecimento não seja ciência não a desprestigia. Matemáticas,
filosofia, xadrez e cinema não são ciências e não há nada de errado
nelas.
até,
Juan
=============
[]'
Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: [STRBrasil] Falseabilidade-Critica a economia)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 07:14
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Friday, November 22, 2002 3:29 AM
Subject: [ciencialist] Fw: [STRBrasil] Falseabilidade-Critica a economia)
Juan escreveu:
> Não precisa ficar bravo se alguém falar que economia não é ciência -e
> não sou eu quem fala isso, eu a considero ciência sim, embora ainda
> ela tenha que amadurecer um monte...
Deixa ver se eu entendi:
A física é mais ciência do que a economia porque a maçã que caiu na cabeça
do Newton estava madura e a que caiu na cabeça do Adam Smith ainda não.
Seria isso?
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Balanca esdruxula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 08:46
E' a descoberta do seculo. Os dois maiores misterios
da humanidade resolvidos por um simples experimento
escolar: como fazer as pessoas emagrecerem instantaneamente e
um escudo anti-gravitacional!
Nobel, nobel, nobel...
Sera' q. ja' tem patente?
Quando se coloca uma balanca sobre a outra, sera' q. o
apoio se da' totalmente dentro da plataforma? Se pegar
uma parte da beiradinha a balanca nao vai registrar.
=--------= =--------=
() () () ()
=--------= ou =--------=
() () () ()
Em q. = representa o beiral, - a plataforma e () o apoio.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 10:46
Oi Silvio,
> neste festival de cultura jurássica, vc. sabia que o ator que fez o
papel de Columbo matou a mulher há pouco tempo e tá em cana?
Manuel: Quem matou a mulher foi o ator que fez o papel de Bareta.
[]s,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Balanca esdruxula
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 11:26
Pode ser que o sensor da balança diminua a precisão se o peso ficar
distribuído nas laterais da plataforma. É o que imagino que aconteça
com a balança de baixo. Peça-o para fazer um experimento: pegue um
monte de pesinhos e coloque-os um em cima do outro no centro da
balança. Depois espalhe-os pelas laterais da plataforma e veja se
altera alguma coisa.
Saudações Atleticanas,
Carlos Zardini
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Essa pertence ao uma outra lista de Física da qual participo (não
com regularidade); parece-me interessante ser postada aqui. Vejamos:
> ============================================
> Gostaria de alguém me ajudasse a explicar um resultado inesperado
em um experiência que fiz com alguns alunos, utilizando
duas "balanças" de banheiro:
>
> Estava discutindo com eles a força normal e fazendo várias
experiências como:
> a.. colocar um pé em cada balança;
> b.. subir na balança e pressioná-la com um cabo de vassoura;
> c.. subir na balança e agachar rapidamente;
> d.. subir na balança e pressionar o teto, etc..
> quando me esqueci da lei zero do laboratório: não invente na hora
errada...
>
> E foi aí que resolvi colocar uma balança sobre a outra e perguntei
o que os alunos ( e eu) esperavam das marcações das balanças quando
um aluno subisse sobre elas.
>
> Não tinha jeito: inverti as balança, troquei de aluno, ajustei os
zeros e o resultado era sempre o mesmo: a balança de cima SEMPRE
apresentava uma marcação maior que a balança que estava apoiada no
chão. Tentei montar diagramas, mas confesso que me perdi. Façam e
confiram o resultado.
>
> Abraços a todos e saudações São Caetanenses, Figueirenses,
Santistas e Gremistas... ( o choro é livre)
> =================================================================
>
> E então?
>
> []'
> Léo
> =========
SUBJECT: Renascença da Medicina - Penildon Silva
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 11:27
[ Os produtos protéicos variantes dos genes, após a etapa da tradução genética, adquiriram tal importância na fisiologia e na patologia que se criou a ciência da proteônica, em analogia à genômica. Já está projetado inclusive o Projeto do Proteoma, destinado a identificar a estrutura dos milhões de proteínas produzidas pelos genes. No momento, só se conhece a estrutura de 1% das proteínas humanas. A importância deste estudo está no fato de que as proteínas são os alvos das drogas.
Quando os cientistas catalogarem o proteoma humano, as proteínas, e não os genes, é que serão os atores principais do palco das ciências. ]
Comentário completo a seguir.
[]s
José Renato
____________________________
A TARDE 21/11/2002 - Opinião
< http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=11&ano=2002&id_subcanal=20&id_materia=3016 >
Colunas
Renascença da Medicina
Penildon Silva
As novas tecnologias de diagnóstico, os surpreendentes avanços terapêuticos e a amplitude sem limites da cirurgia nos mostram que vivemos atualmente na era da Renascença da Medicina, após atravessar o obscurantismo medieval do sobrenatural e do empirismo.
A genética destaca-se neste conceito por ser a maior responsável pela abençoada revolução atual na ciência e arte de curar. A medicina sempre enfrenta decisões para se definir e se renovar. O grande problema atual consiste na procura do melhor caminho para que a Medicina se adapte à avalanche de informações biológicas que vêm-se acumulando em ritmo exponencial.
Uma tentativa para alcançar este objetivo é reduzir as doenças a moléculas. Esta solução, entretanto, poria em risco a relação entre paciente e médico. O médico seria transformado em manipulador de algoritmos e o paciente passaria a ser uma simples coleção de moléculas.
Outra solução, que não significaria a recusa do reducionismo molecular, investigaria os princípios básicos responsáveis pelo surgimento das doenças. Estes princípios proporcionariam uma coerência com a patogênese, formando uma biologia médica profundamente enraizada nas ciências básicas. Na realidade, não há conflito entre esses dois parâmetros. O segundo facilmente complementa o primeiro, produzindo melhor tratamento do paciente, e este entrelaçamento seria mais compatível com a aceitação da medicina moderna como estudo universitário.
Durante os últimos 50 anos, a genética associou-se à medicina de maneira irresistível. A princípio, timidamente e agora de modo agressivo e abrangente. Para Vogel e Motulsky, a genética é a ciência básica de toda a medicina.
À medida que a dupla hélice, o código genético e seus processos de replicação, transcrição e tradução eram analisados pelos geneticistas, o gene conseguiu uma definição estrutural delineada pela colinearidade entre os pares de bases purínicas e pirimidínicas do DNA e os aminoácidos dos produtos protéicos dos genes.
Esta demonstração de intimidade molecular entre o DNA e as proteínas iniciou uma deslocação sutil da supremacia dos genes para os produtos protéicos variantes, os quais logo se tornaram o centro da atenção para desvendar a patogênese dos erros metabólicos inatos. A molecularização continuou rapidamente. O gene recebeu uma definição molecular complexa, com uma unidade de DNA que podia ser replicada e transcrita.
Com o advento da reação em cadeia da polimerase, a genética bioquímica humana foi eclipsada pela genética molecular. No fim dos anos 80, a genômica adquiriu status de independência, permitindo que se estudassem distúrbios mulfatoriais, agora chamados doenças de origem complexa. Com essa inovação, havia possibilidade de êxito na descoberta dos genes cujos produtos protéicos contribuem de maneira significativa na patogênese.
De acordo com Berg e Singer, existem mais de quatro mil doenças causadas por defeitos genéticos. A ciência da genética molecular tornou possível corrigir os genes defeituosos e reinserir genes corrigidos, constituindo a chamada terapia gênica.
O projeto do Genoma Humano representa uma etapa natural na história do exame do corpo humano com finalidade médica. Há mais de 100 anos, o exame físico visando a órgãos e sistemas de órgãos foi ampliado pela anatomia patológica estudada na necropsia. No início do século 20, a atenção foi dirigida para a célula. Inicialmente para a estrutura e depois para a sua bioquímica e propriedades moleculares com sua participação na patogênese.
Gradualmente, dos últimos 50 anos, os genes tornaram-se conhecidos como causadores de doenças e como determinantes de especificidade das moléculas que são os motores das células e das características centrais da patogênese. O passo seguinte lógico nessa hierarquia consistiu na criação de uma lista completa dos genes cujos produtos protéicos condicionam todas as doenças.
Os produtos protéicos variantes dos genes, após a etapa da tradução genética, adquiriram tal importância na fisiologia e na patologia que se criou a ciência da proteônica, em analogia à genômica. Já está projetado inclusive o Projeto do Proteoma, destinado a identificar a estrutura dos milhões de proteínas produzidas pelos genes. No momento, só se conhece a estrutura de 1% das proteínas humanas. A importância deste estudo está no fato de que as proteínas são os alvos das drogas.
Quando os cientistas catalogarem o proteoma humano, as proteínas, e não os genes, é que serão os atores principais do palco das ciências.
O tratamento do paciente poderá atingir aquela elevada tecnologia pela qual o grande pesquisador Lewis Thomas ansiava: "medicações simples e eficientes, planejadas para alvos definidos, de maneira precisa e com poucos efeitos adversos".
Penildon Silva
é professor emérito da Ufba e da Escola Baiana de Medicina.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Apresentação: Hoje é Dia Santo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 11:40
Oi Silvio,
Silvio: Recomendo comprar a medalha de nossa senhora desatadora de
nós e passar na perna, 3 vezes por dia, em jejum, com o fundo musical
do marcelo rossi.(tudo a venda em modestas prestações)
Manuel: Tá se referindo ao meu pioderma gangrenoso? Rapaz, nem reza
com folhas de cidreira está mais funcionando. Mas ontem surgiu uma
esperança. Minha mãe, que é espírita, trouxe-me uma tal de 'Pomada do
Vovô Pedro". Trata-se de uma substância pastosa feita de ectoplasma
do espírito de Emmanuel (aquele que o Chico Xavier costumava
incorporar) diluído em cuspe de médium. Hoje cedo apliquei a pomada
na ferida. Agora é só esperar que o espírito zombeteiro saia na urina.
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: [ciencialist] Renascença da Medicina - Penildon Silva
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 13:40
----- Original Message -----
From: "José Renato"
Sent: Friday, November 22, 2002 10:27 AM
Subject: [ciencialist] Renascença da Medicina - Penildon Silva
NOTICIAS DE LA CIENCIA Y LA TECNOLOGIA
Vol. I, No. 248 Viernes, 22 de Noviembre de 2002
-CIRUGIA VIRTUAL: Gracias a un enlace entre la Parliament House de Canberra
y la empresa Reachin Technologies AB de Estocolmo, un "cirujano" australiano
guió a un "aprendiz" sueco en la realización de una intervención simulada,
la extirpación de una vesícula biliar. El experimento demuestra la
viabilidad del entrenamiento quirúrgico a distancia y a tiempo real.
Para el aprendiz fue como si el instructor guiara su mano en todo momento a
través de la escena, a pesar de que ambos se encontraban en extremos
opuestos del mundo, explica Chris Gunn, un experto en realidad virtual del
CSIRO australiano.
Ambos podían "sentir" y manipular de forma conjunta la vesícula biliar
simulada, el hígado y el resto de estructuras próximas. Como si estuvieran
en el mismo quirófano, podían guiarse mutuamente.
La experiencia se realizó gracias a la sala de realidad virtual del CSIRO,
donde es posible ver, sentir y manipular objetos virtuales tridimensionales
utilizando herramientas sensibles al tacto.
La demostración mostró cómo dos cirujanos en puntos separados podrían
planear y ensayar procedimientos quirúrgicos en un ambiente virtual
compartido. Las aplicaciones son diversas, desde la consulta diaria hasta la
respuesta ante situaciones de crisis.
Se utilizó una conexión estándar de Internet. El enlace recorría al menos
22.000 km, atravesando dos océanos y un continente. Los problemas de
retrasos, por ejemplo, fueron resueltos por el propio software que gobierna
el sistema. En un ambiente virtual compartido como éste se encuentra una
gran cantidad de información. El truco es intercambiar entre los dos
ordenadores sólo la que es vital, dándole una alta prioridad.
Información adicional en:
http://www.amazings.com/ciencia/noticias/181102a.html
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 14:06
"Silvio cordeiro" escreveu
> neste festival de cultura jurássica, vc. sabia que o ator
> que fez o papel de
> Columbo matou a mulher há pouco tempo e tá em cana?
> E a Gina Lollobrigida em "Rizo Amaro"?? vestida, era mais
> sexy do que as
> globetes atuais....
> E quem assistiu "Ganga Bruta", do Humberto Mauro???
É guerra? Escute essas, sabichão:
- Você assistia o programa "Pim-Pam-Pum"? Trilha sonora: "Estrela,
Pim, Pam, Pum, Estrela, Pim, Pam...", com patrocínio do delicioso
Bolo Pullman.
- Você ouviu o "Direito de Nascer" pelo rádio? Não a novela da TV
Tupi dos anos sessenta, a do rádio mesmo.
- Você assistiu "Almoço com as estrelas", com Ayrton Fernandes e
Lolita Ribeiro?
- Não vi "Ganga Bruta", mas vi a estréia de "Lampião, o Rei do
Cangaço" e do maravilhoso "Os fuzis" de Rui Guerra. Conta ponto?
- Você sabe quem são: os incas venusianos? Professor Smith? Qual é o
sabonete das estrelas? O que é calça calhambeque? As chanchadas da
Atlântida?
- Falando em chanchada da Atlântida, você viu algum filme o "Homem do
Sputnik", com Oscarito, Cyl Farney e Jô Soares? Algum filme com o
Ronald Golias?
Colucci, revirando a Horta da Luzia
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 14:24
O mito da eterna juventude
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT429598-1940,00.html
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 15:04
----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Friday, November 22, 2002 1:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
> O mito da eterna juventude
> http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT429598-1940,00.html
Esses pobres mortais desconhecem o ectoplasma leonino.
Léo, perdoai-os, eles não sabem o que falam.
[ ]´s
Grão-Mestre Ectoplásmico Alberto Mesquita Filho
Nobre e Excelso Cavaleiro do Apocalipse Quântico
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: [ciencialist] Re: Dia duplamente santo?
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 15:13
Boa Tarde!
Prezada Lígia.
Não pude responder , em tempo hábil , o seu E-mail anterior devido ao
fato de haverem surgido algumas prioridades no meu serviço. Como estou no
horário de almoço, espero conseguir dar algumas respostas para que possamos
chegar a um acordo comum.
"Intelectualmente superior seria alguém dotado de capacidade de
raciocínio superior, bem como uma capacidade de fazer conexões
superior em relação aos demais."
A definição de intelectual que a Senhora apresenta não possue
consistência nenhuma. Ser intelectual é ser capaz de recitar diversos
poemas de cor, decorar passagem literárias de Os Luzíadas ou ainda resolver
complexos exercícios de aritmética? Quais são as conexões que a Senhora se
refere?
Para exemplificar um pouco melhor, na empresa em que trabalho existem
diversos profissionais que exercem cargos e funções diferentes. Se um
químico for tentar resolver algum problema relacionado na área de
eletrônica,
muito provavelmente o seu esforço será em vão. Ele deveria ser classificado
como inferior, incapaz ou incompetente?
É claro que não. Em resumo, a ideia que quero transmitir é a seguinte: essa
pseudo capacidade de fazer conexões superiores ao demais dever ser encarada
com grandes ressalvas porque deve-se considerar o meio ambiente e a cultura
em que essa pessoa está inserida. A ideia relacionada ao conceito de
inteligência possue uma ideia análoga.
" a
sua sorte é que do chão ninguém passa..."
Concordo.
Eu havia esquecido que a Senhora assim como o doutor Pangloss*
possuem asas de querubim ( fantasias ). Coitados dos mortais (assim como
eu) que vivem presos à terra.
* Se você permitir eu posso enviar para você esta obra de Voltaire em PDF
para a sua caixa postal.
E eu SEI que sou superior a todos os que
conheço e ainda vou conhecer!
Como assim superior ? Você está referindo-se a sua altura ?
Conhecimentos lingüísticos, literários e científicos? Habilidades manuais e
técnicas? Idade ? Haja visto as últimas afirmações da Senhora, não será
nenhuma surpresa verificar você discutindo o sexo dos anjos.
"Biologicamente os negros que fazem história em olimpíadas ou em
campeonats estão em vantagem. Basta ler artigos falando sobre
esportes e aptidão física."
Exemplificando novamente de outra maneira. Esta polêmica é semelhante
quando Stephen Jay Gould investiu contra alguns "darwinistas" que conheciam
a teoria das evolução das espécies porém não a compreendiam. O conceito de
progresso não existe, ele foi utilizado somente para pregar um racismo
dissimulado com uma pseudo capa científica. De maneira semelhante o
conceito de raça superior ou inferior as demais NÃO existe.
E ainda, pode-se concluir o seguinte, a Senhora diz que um ser
humano que possue uma quantidade maior de melanina na pele está em vantagem
sobre a outra ?
"E quem tá falando em cultura? Coordenação motora é algo que permite
alguém fazer coisas delicadas e principalmente ter ritmo enquanto
dança. Você já viu algum alemão sambando? Então?"
A Senhora deveria sair mais e interagir com as pessoas, a
diversividade cultural é algo maravilhoso.
"Mas será que eu ando escrevendo tão
mal assim a ponto de você nunca enteder o que eu estou dizendo? Esse
é um ponto preocupante... acho que vou desistir de enviar
mensagens..."
Não, por favor, não deixe de escrever e enviar mensagens. A arte da
escrita, em geral, melhora com a idade.
"O Relatório Buchenwald. David A. Hackett.
Editora
> Record.
A que se refere esse livro?"
Desculpe a falta de informação.
Este livro traz os depoimentos de sobreviventes do campo de
concentração de Buchenwald. Durante a segunda guerra mundial. A ideia era
mostrar como o nosso conceito de cultura é algo nocivo e ambivalente.
Costumamos a julgar as mínimas diferenças dos outros para obtermos
vantagens pessoais ou até para impormos pontos de vista discordantes.
Devemos nos policiar a todo momento.
No momento o serviço está chamando, até mais........
Atenciosamente:
Lisandro de Souza.
SUBJECT: Re: Balanca esdruxula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 15:46
--- Em ciencialist@y..., "Watson Fernando" <watson@l...> escreveu
> > resultado era sempre o mesmo: a balança de cima SEMPRE
> > apresentava uma marcação maior que a balança que estava apoiada
> > no chão.
> Watson:
> Mas nem precisava fazer a experiência: a balança de baixo SEMPRE
> deve apresentar uma marcação maior que a de cima
> pois ela vai registrar o peso da pessoa MAIS o
> peso da balança de cima. Assim, de duas uma: ou voce enganou-se
> quando escreveu seu texto ou, pelo menos, uma das balanças está
> marcando errado (mesmo com o zero ajustado).
Watson, o problema e' q. foi a balanca de *cima* que apresentava uma
marcacao maior e nao a de baixo, como seria de se esperar.
Ele ate' poderia ter se enganado qdo escreveu o texto, mas nao parece
ser o caso, ja' q. do contrario nao deveria causar espanto.
A segunda hipotese e' um tto negada na medida em q. o relato indica
q. mesmo qdo se invertia a posicao das balancas, a de cima continua a
marcar mais do q. a de baixo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Balanca esdruxula
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 16:32
Luiz Ferraz Netto:
> Gostaria que alguém me ajudasse a explicar um resultado inesperado em um
> experiência que fiz com alguns alunos, utilizando duas "balanças" de banheiro:
>
> E foi aí que resolvi colocar uma balança sobre a outra e perguntei o que os alunos
> ( e eu) esperavam das marcações das balanças quando um aluno subisse sobre
> elas. Não tinha jeito: inverti as balança, troquei de aluno, ajustei os zeros e o
> resultado era sempre o mesmo: a balança de cima SEMPRE apresentava uma
> marcação maior que a balança que estava apoiada no chão. Tentei montar
> diagramas, mas confesso que > me perdi. Façam e confiram o resultado.
Watson:
Mas nem precisava fazer a experiência: a balança de baixo SEMPRE deve apresentar
uma marcação maior que a de cima pois ela vai registrar o peso da pessoa MAIS o
peso da balança de cima. Assim, de duas uma: ou voce enganou-se quando escreveu
seu texto ou, pelo menos, uma das balanças está marcando errado (mesmo com o
zero ajustado).
[]s
SUBJECT: Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 16:49
> | Guilherme escreve:
> | Poderia dar uma explicação dessas afirmações? Se você
> | realmente tiver razão, o assunto é da maior seriedade,
> | pois todo mundo concebe a pressão dos gases como sendo
> | um efeito dos choques das moléculas. Onde está
> | o erro dessa idéia???
"Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...> escreveu
> Bem, o erro básico dessa idéia é que no seio gasoso praticamente
não há choque alguns entre moléculas, particularmente o 'gás
perfeito' é definido como 'gás sem colisões' ... mas, ... é melhor
ler o texto completo:
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_T06.asp
Mas o Guilherme não afirmou que o choque é "entre as moléculas". A
pressão é o efeito do choque das moléculas sobre uma dada superfície,
como você mesmo afirma.
[]s
Daniel
SUBJECT: [ciencialist] Método científico
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 17:18
Manuel Bulcão:
> Álvaro: ... mas mesmo assim a matemática não é tão exata quanto
> gostaríamos, pois, em tese, podemos formular proposições que não
> podemos afirmar serem falsas ou verdadeiras.
Não devemos confundir exatidão com decidibilidade.
> Sim, há certas proposições matemáticas que não podem ser
> demonstradas verdadeiras pela própria matemática. Mas há proposições
> cuja verdade não requer demonstração, por ser imediatamente evidente.
> Como, por exemplo, "eu existo". Seria até um contrasenso eu tentar
> demonstrar para mim mesmo que eu existo. Muitas dessas proposições
> matemáticas 'indecidíveis' são deste tipo: a verdade é imediatamente
> evidente. No entanto, como diz o filósofo André-Comte Sponville, "a
> sensação de evidência é um estado d'alma", e os estados d'alma podem
> ser alterados. Isso compromete a exatidão matemática.
De novo, não devemos confundir questões metafísicas (eu existo?) com questões de
decidibilidede. No primeiro caso, a controvérsia prende-se à indefinição do conceito de
existência - qualquer tentativa de definí-lo cairia num problema de circularidade. No
segundo caso, a verdade NUNCA é imediatamente evidente. Existem casos de
proposições matemáticas que foram verificadas para um número muito grande de
casos e, por isso, julgava-se que fossem verdadeiras e, por ninguém ter conseguido
demonstra-las, fossem indecidíveis. Hoje, com auxílio de computadores, verifica-se
facilmente que elas são falsas. Por outro lado, é bem conhecido o caso do "teorema"
de Fermat que, por muito tempo, desafiou os matemáticos que tentavam demonstrá-lo
e, por isso, já estava-se desconfiando que fosse um dos casos indecidíveis até que,
finalmente, uma demonstração foi encontrada. Essa questão, como vimos, é simples e
não requer a assistência de filósofos do gabarito de André-Comte Sponville.
> O critério da falseabilidade de Popper me parece válido ainda, e deve
> ser invocado sempre que possível.
Devemos ter cuidado com as propostas dos filósofos da ciência pois, nesse domínio,
as coisas estão ainda engatinhando. A *ideia* do critério de falseabilidade de Poper
apela muito ao bom senso mas encontra ainda dificuldades em ser aplicada. A
principal delas é que desconfia-se que *todas* as teorias sejam falsas. O mesmo se
aplica à definição de verosemelhança proposta por Popper. Foi demonstrado que ela é
inconsistente e, por conseguinte, não pode ser utilizada
.
> Segundo este filósofo [Popper], a 'cientificidade' de uma hipótese
> está em sua capacidade de fazer previsões que possam ser testadas.
> Mas, e quanto aos sistemas complexos caóticos ou situados no limite
> do caos? Esses sistemas físicos são largamente imprevisíveis. Os que
> seguem o método popperiano têm uma dificuldade enorme de lidar com
> sistemas dessa natureza, pois, quanto ao seu comportamento ou estado
> futuro, o que se pode prever é um leque muito grande de
> possibilidades. Não creio que Popper ficaria satisfeito com previsões
> assim tão frouxas.
A dificuldade não atinge "os que seguem o método popperiano" (de que cientistas e
outros profissionais provavelmente nunca ouviram falar) mas sim os que trabalham em
áreas afetadas pelo comportamente caótico, como metereologistas. Mas a eventual
ausência de previsões confiáveis nessas áreas em nada afeta a confiabilidade nos
modelos utilisados, corroborados por outros métodos.
[]s
Watson
SUBJECT: Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 17:28
Leo, vou aproveitar para discordar de algumas afirmações do
seu "Corrigindo velhos chavões"
(http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto11.asp):
- "A água é barata. Eis uma mentira deslavada! Em cada 1kg de carne
de vaca há 750g de água ... que você pagou como carne! Está ou não
está cara a água? "
Como divulgação científica, acho a abordagem interessante. Mas o
argumento é falacioso, portanto não sei se se deve prosseguir nessa
linha. Você adotou a hipótese impllícita de que o preço de um produto
é (ou deveria ser) dado somente pela quantidade de seus componentes --
ou seja, que vale o somatório de preços unitários vezes quantidade
de cada material. Mas isso não é verdade. O preço, além de
considerações econômicas sobre escassez e mercado, depende ainda da
organização do material e do processamento sobre ele empregado. É por
isso que diamante e carbono não custam a mesma coisa. Idem para
diamantes brutos versus lapidados, madeira em toras versus em tábuas,
etc. Como o raciocínio que justifica "água é cara" se baseia numa
hipótese falsa, acho que o mais correto seria suprimir isso ou propor
a idéia e explicar o erro.
- "luz solar NÃO é nenhuma luz de raios paralelos".
É verdade, mas é preciso deixar claro que o único problema da frase
que você critica ("sua luz chega até nós com raios perfeitamente
paralelos") é o "perfeitamente". Também é bom deixar claro que a
aproximação é bastante razoável para um grande número de usos. Na
superfície da Terra, o ângulo máximo entre dois raios de luz
provenientes do Sol é de cerca de meio grau.
- "O Sol, apesar de sua distância à Terra, não é fonte puntiforme de
luz, ele é muito grande para isso!
Na verdade, *nenhuma* fonte é rigorosamente puntiforme (ou seja, sem
dimensão). Mas que eu saiba, essa palavra se usa em física para
justificar uma aproximação pertinente. Assim, a definição que eu
conheço para fonte puntiforme de luz é "toda fonte cujas dimensões
são desprezíveis em ralação às distâncias envolvidas que a separam de
um observador". Coisa semelhante vale para as massas puntiformes que
estudamos continuamente em dinâmica e que... não existem!! Creio que
você precisa abordar melhor o problema das aproximações e dos modelos
em física. Ou não vai poder nem ensinar ótica, pois afinal de contas,
a luz *não* se propaga em linha reta...
- "Se a luz proveniente do Sol fosse constituída de raios
perfeitamente paralelos, efeitos interessantes aconteceriam:
b) às sombras no chão faltariam as penumbras e teriam contorno
perfeitamente nítidos;
c) a noite cairia instantaneamente, assim que o ponto luminoso se
escondesse abaixo do horizonte (não haveria o crepúsculo do
entardecer);
d) durante o dia, as variações da densidade do ar, causariam no solo,
padrões de interferência de luz, semelhantes àqueles que observamos
no fundo de uma piscina em cuja superfície correm pequenas ondas de
água;
e) aos eclipses solares e lunares faltariam as penumbras;"
Não é isso que aconteceria, devido à difusão da luz no ar e nas
partículas nele suspensas. Além disso, a penumbra gerada por uma
sombra a 2m de distância do objeto seria de
- "No olho humano, a pequena lente achada dentro do globo ocular (o
cristalino) NÃO é a lente principal para a produção da imagem sobre a
retina."
"O acentuado desvio da luz, por refração, acontece no lugar onde a
luz entra na superfície da córnea (dióptro esférico)."
Como você sabe disso? o dioptro esférico tem uma espessura bastante
pequena, que me parece insuficiente para gerar um desvio importante.
Por outro lado, o poder de vergência do cristalino é bastante
significativo.
"A lente menor dentro do olho, o cristalino, só age para corrigir o
enfoque da lente da córnea. Músculos mudam sua forma para corrigir o
enfoque para vermos objetos próximos e objetos à distância. Sem esta
lente pequena a visão humana seria extremamente desfocada."
Acho que você quis dizer foco, ao invés de enfoque.
- "Um modo mais simples ainda [de descobrir quanto o ar pesa], é
abrir um guarda-chuva e sacudi-lo para frente e para trás; então
feche-o e sacuda-o novamente. Quando está aberto, você pode sentir o
peso da massa de ar que você está puxando ou empurrando ao redor
dele.
Esse experimento mede a resistência aerodinâmica do guarda-chuva. A
diferença entre as resistências fechado e aberto se deve às variações
da área transversal ao movimento e da forma, e *não* serve para se
avaliar a densidade do ar. Para avaliar a densidade do ar, você
precisaria fazer esse experimento à mesma velocidade no ar e, por
exemplo, na água. A diferença entre essas forças, sim, seria
proporcional à diferença entre as densidades dos fluidos.
- "Quando está aberto, você pode sentir o peso da massa de ar que
você está puxando ou empurrando ao redor dele. Ar não é nada leve!"
Nenhuma dessas afirmações é verdadeira.
- "Calcule o peso do ar contido numa sala de aula. Adote para o peso
específico do ar 1,2 gf/litro."
Nenhuma substância presente em nosso dia-a-dia tem densidade menor do
que essa, e por isso não vejo como negar a afirmação de que ar é
muito, muto "leve" (ou seja, pouco denso).
- "Para nós, milímetros por segundo (velocidade do elétron em fio de
cobre) é uma lentidão, mas se levarmos em conta o tamanho de um
elétron é uma brutal velocidade."
Não vejo como o fato de um elétron ser pequeno faça essa
velocidade "grande". Aliás, mesmo em escala molecular essa velocidade
é baixíssima. E não é a velocidade real dos elétrons entre choques
consecutivos. É somente a velocidade média *na direção do fio* em
períodos de tempo bem maiores do que o intervalo entre choques
consecutivos.
[]s
Daniel
SUBJECT: Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 17:32
"Daniel Sottomaior" <cetico@h...> escreveu
Completando...
> Não é isso que aconteceria, devido à difusão da luz no ar e nas
> partículas nele suspensas. Além disso, a penumbra gerada
pelo fato de o sol não ser puntiforme
> por uma
> sombra a 2m de distância do objeto seria de
1,7cm
[]s
Daniel
PS: ok, não é tao pequena assim.
SUBJECT: Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 17:57
--- Em ciencialist@y..., "josecolucci" <j.colucci@r...> escreveu
. . .
> É guerra? Escute essas, sabichão:
>
> - Você assistia o programa "Pim-Pam-Pum"? Trilha sonora: "Estrela,
> Pim, Pam, Pum, Estrela, Pim, Pam...", com patrocínio do delicioso
> Bolo Pullman.
>
...
Não dá pra competir com vocês. Desisto. No meu tempo já
passava "Vila Sésamo".
>
> - Você sabe quem são: os incas venusianos? Professor Smith? Qual é
o
> sabonete das estrelas? O que é calça calhambeque? As chanchadas da
> Atlântida?
>
Incas venusianos, além dos Seres Abissais e dos Seres Subterrâneos,
eram os inimigos do National Kid. O Dr. Smith era o engraçadíssimo
clandestino covardão da série Perdidos no Espaço. Agora, quanto às
outras perguntas vou ficar devendo. Só me lembro de eventos mais
recentes na escala geológica, como o Flávio Cavalcanti e o Chacrinha.
Ou de coisas mais hilárias como o Batman barrigudo, interpretado por
Adam West, e o Tarzan magricela, interpretado por Ron Ely.
[]s
Ronaldo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Jargões falaciosos na Física
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 18:57
Caro Luiz,
Você foi bem claro neste último email. O fato é que
eu não havia entendido exatamente a sua "queixa" sobre
os mal-entendidos comuns na Física. Agora entendi tudo,
e li com mais atenção o seu texto sobre a pressão dos
gases. Faço então dois comentários:
1) Seria lamentável se houvessem professores que induzem
ao aluno a idéia de que a pressão no interior dos gases
possa ser compreendida como colisões entre as moléculas.
Isso revela a ponta de um iceberg no sistema educacional
brasileiro.
2)Você escreveu:
O texto que escrevi pretendia complementar
tal conceito de pressão do gás.
Se você pretendia complementar esse conceito, conseguiu
com sucesso. O texto está correto, suas explicações
são claras e estão na única direção possível.
Parabéns!
Léo: Aguardaremos ansioso. Argumentar racionalmente
é nosso propósito (de vez em quando,
gostamos de perturbar um pouco as Psicos,
a Economia, o Direito, a Religião etc. -- meras
notas de rodapé dentro do conhecimento humano ---
que almejam adquirir carater de Ciência --- coisa
de gente grande ---).
Pode ser, mas lembre-se da tal da Metafísica... é ciência
humana (pelo menos supostamente), mas também coisa de
gente grande.
Abraços,
Guilherme
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 19:18
Caro Daniel,
Sua colocação, abaixo transcrita, está
correta. Mas agora o Luiz e eu já nos
entendemos: na verdade ninguém discorda
de ninguém.
Abraços,
Guilherme
>Mas o Guilherme não afirmou que o choque é "entre as moléculas". A
>pressão é o efeito do choque das moléculas sobre uma dada superfície,
>como você mesmo afirma.
>
>
>[]s
>
>Daniel
>
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SUBJECT: Re: Para o Léo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2002 20:22
Salve, Léo!
Léo: Oba, resposta bem melhor do que esperava! Nem fui xingado! :-)
Manuel: Como posso xingar alguém tão dedicado ao trabalho de
aproximar a juventude da ciência e que, portanto, contribui
decisivamente para um futuro melhor, apesar de ser um rabujento que
adora uma intriga e cujo bigode é a coisa mais sebosa deste mundo?
(Desculpe-me, mas não resisti à tentação de apimentar o manjar de
modo a deixá-lo gostoso e ao mesmo tempo ardoso: é a reação do
barquinho à ação do barcão, re re! Mas saiba que eu ainda não
afundei!)
Quem é dono do imperdível é também inxingável, apesar de ser um...
um... deixa pra lá. :-)
Minha filha está crescendo mais rápido do que eu esperava, e como ela
é muito curiosa e também a fã número um do Dexter - ela acha que a
doo-doo é muito pentelha -, em breve estará consultando o website do
Léo. Por isso, convém a mim não desconstruir a sua imagem, até porque
não tenho muitos argumentos. :-)
Abração,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Metafisica
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2002 22:37
>> Pode ser, mas lembre-se da tal da
>> Metafísica... é ciência humana (pelo
>> menos supostamente), mas também
>> coisa de gente grande.
Putz... essa foi como jogar a substancialidade do termo
"CIÊNCIA" no lixo. Mesmo assim, acho que vale a pena pedir para
que dê sua definição de 'ciência', 'ciência humana' e de
'metafísica'.
[] 's,
Peterson Leal.
SUBJECT: Re: Método científico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2002 06:40
--- Em ciencialist@y..., "Watson Fernando" <watson@l...> escreveu
<<De novo, não devemos confundir questões metafísicas (eu existo?)
com questões de decidibilidade. No primeiro caso, a controvérsia
prende-se à indefinição do conceito de existência - qualquer
tentativa de definí-lo cairia num problema de circularidade. No
segundo caso, a verdade NUNCA é imediatamente evidente...>>
Oi Watson,
Seus argumentos são sólidos e convincente. Minha réplica virá em
breve, mas antes gostaria que você comentasse, se possível, o
seguinte texto:
"A maneira como Gödel demonstrou seu primeiro resultado tem um
significado filosófico adicional. Gödel definiu uma fórmula 'P' que,
apesar de indemonstrável, se vê que é verdadeira, dada a maneira como
é construída. A moral da história é que a verdade ultrapassa de certa
maneira a demonstrabilidade, pelo menos quando é considerada em
termos formais." (Simon Blackburn; Dicionário Oxford de Filosofia;
Jorge Zahar Editor; teorema[s] de Gödel)
Abraços,
Manuel Bulcão
SUBJECT: Re: Metafisica
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2002 10:09
Olá Peterson,
Que foi que houve que vc não aparece mais?
Sobre 'mefatísica', recentemente postei na Noosfera a seguinte
mensagem:
Alguns poetas são mais tristes que o mais triste filósofo. Veja
estes versos da poetisa Orides Fontela:
"Que as mãos não trabalhem,
O mundo é tristonho;
Que os olhos se fechem
e não haja sonhos."
Do homem, o que mais me impressiona é essa capacidade de, através da
arte, dar uma forma bonita a algo muito feio (a dor, o desespero, o
absurdo...), tornando-o deste modo suportável. Quando a dor é
inevitável, só nos resta isso: transfigurá-la artisticamente. Orides
Fontela não se matou.
Mais que uma gnose, a metafísica é uma arte. O metafísico é um
artista que trabalha não com as cores, os sons... mas com os
conceitos. O metafísico está mais para um pintor do que para um
fotógrafo: ao retratar o mundo, ele projeta nele a sua subjetividade.
É uma forma de superar ou de ao menos diminuir a tensão que existe
entre o sujeito e o objeto, entre o 'eu' e o 'não-eu', entre a alma e
o mundo.
O que seríamos de nós se não fosse o ritmo e a metáfora... :-)
Abraços,
Manuel Bulcão
PS.: Peterson, recebeste o meu convite para se inscrever na Noosfera?
noosfera-subscribe@yahoogrupos.com.br
SUBJECT: Re: [ciencialist] Metafisica
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2002 11:21
Caro Peterson,
Não compreendi absolutamente o seu comentário:
<< Putz... essa foi como jogar
a substancialidade do termo
"CIÊNCIA" no lixo.>>
Você pede que eu dê minha definição de ciência,
ciência humana e metafísica, estou certo? Apesar
de não endereçar a mensagem a nenhuma pessoa, suponho
que você se dirige a mim.
A ciência é um sistema de conhecimento baseado num
método característico, que não poderia ser outro senão
o método científico. Deixo a definição do método
científico para a próxima oportunidade.
Não sei definir muito bem as ciências humanas.
Pode ser que o critério da linguagem e da verificabilidade
experimental seja razoável: e.g., se os juízos de uma
ciência são formulados univocamente numa linguagem
matemática, poder-se-ia chamá-la, talvez, de ciência
exata, desde que ela pudesse, pelo menos na teoria,
ser testada experimentalmente. As ciências biológicas
não são matemáticas mas ainda são experimentais,
portanto elas não são nem humanas nem exatas.
Desse modo o que não é ciência exata nem biológica
seria ciência humana.
A Filosofia é uma ciência humana. A Metafísica é uma
parte da Filosofia, portanto é uma ciência humana.
Minha definição vem no próximo email.
Guilherme
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Metafisica
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2002 11:54
Caro Manuel,
Tenho uma opinião diferente da sua sobre o
conceito de Metafísica. Apesar de ser supostamente
uma ciência humana, acho que a subjetividade projetada
pelo metafísico ao fazer metafísica não pode ser
comparada em pé de igualdade com a subjetividade de
um pintor projetada numa pintura. É claro que alguma
subjetividade sempre existe em qualquer atividade
intelectual. Eu diria até que existem muito mais
elementos subjetivos numa construção mental do
que normalmente poderíamos supor à primeira vista.
O pintor tem como critério único (abstraindo-se
dos interesses políticos, financeiros, sexuais,
etc) a estética. A racionalidade é um elemento
presente na vida do pintor apenas no nível prático:
ele sabe que se não comprar tinta, vai ter problema.
Porém, na obra em-si, não existe nenhum traço possível
de racionalidade como fundamento.
A Metafísica é a ciência cujo objeto de investigação
se ocupa de questões da realidade, mas que estão além
da Física, como por exemplo o problema da existência
de Deus, ou ainda a questão Determinismo versus Acaso.
Essas são questões fora do alcance da Física. Talvez
seja possível definir a Metafísica como a ciência que
estuda tudo aquilo que não depende das aparências (que
não faz parte do mundo imperfeito e sensível). O
critério mais forte para o metafísico é a razão pura.
Desse modo, como os critérios do pintor e do metafísico
são profundamente diferentes, suas subjetividades
projetadas serão também diversas.
Pintar um quadro é coisa séria: não é fazer metafísica.
Fazer metafísica é coisa séria: não é como pintar um quadro.
Aproximar essas duas atividades é também depreciar seus
valores intrínsecos. Suas características enobrecedoras
vêm das suas diferenças na essência.
Abraços,
Guilherme
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SUBJECT: Divisao do Holograma
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2002 14:28
Gostaria de saber se pegarmos uma imagem holografica (fotografia
holografica) e a dividirmos e 2, obteriamos em cada parte a reprodução da imagem
inteira, sendo que a única perda seria em relação a nitidez das imagens.
Alguns textos extrapolam afirmando que cada ponto contem todas as
informações do objeto .. me pergunto, se fosse assim, os problemas de armazenagem de
dados não teriam acabado ? E a perda de nitidez nao indicaria perda de dados ?
ou seria apenas um problema de resolução ?
[]s
Leonardo Stern
--
+++ GMX - Mail, Messaging & more http://www.gmx.net +++
NEU: Mit GMX ins Internet. Rund um die Uhr für 1 ct/ Min. surfen!
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Metafisica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/11/2002 15:53
----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Saturday, November 23, 2002 10:54 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Metafisica
> Pintar um quadro é coisa séria: não é fazer metafísica.
> Fazer metafísica é coisa séria: não é como pintar um quadro.
> Aproximar essas duas atividades é também depreciar seus
> valores intrínsecos. Suas características enobrecedoras
> vêm das suas diferenças na essência.
Olá Guilherme
Concordo com a sua afirmação no contexto em que ela foi apresentada, mas a
título de provocar (no bom sentido) permita-me contracenar com a sua
dialética:
Analogia (aproximar atividades) é coisa séria: não é identidade.
Identidade é coisa séria: não é analogia.
Através da analogia o homem aprendeu a pensar.
Ao sentir a identidade o homem aprendeu a medir.
Faz sentido?
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2002 16:25
Paulo Sérgio Dias <psdias@g...> escreveu
> - Se eu ejetar uma gota de alcool duas vezes maior que a primeira
(com o dobro do volume, portanto), a sua velocidade de subida sera'
> o dobro da primeira gota ?
Esse tipo de raciocínio só é válido quando exite linearidade em todos
os fenômenos envolvidos, e nao é o caso. A resistência
fluidodinâmica, por exemplo, é proporcional ao quadrado da velocidade
relativa.
> b) O principio da "gota de alcool maior ==> velocidade de subida
maior"
> e' o mesmo que explica a "descida" de uma bola de ferro em uma
piscina
> com agua ?
SIm. Ambos os fenômenos são equacionados da mesma maneira. As forças
que agem sobre eles são as mesmas, só mudam os sentidos relativos.
> Por exemplo, se eu soltar na piscina uma bola de ferro com
> 10 cm de diametro, ela caira' com certa velocidade. Se eu soltar
> uma bola de ferro com 20 cm de dimatro, ela caira' com o dobro da
velocidade?
Não, pelo mesmo motivo.
> Mas e quanto ao principio de que a aceleracao da gravidade e' a
> mesma, independente da massa dos corpos ?
Só vale para movimentos *no vácuo*. E para movimentos de pequena
dimensão comparada com a distância entre os centros dos corpos
envolvidos.
> - Estou raciocinando do seguinte modo: No caso das bolas de ferro,
a
> gravidade e' importante,
> mas no caso da gota de alcool subindo no oleo, a gravidade quase
nao tem
> efeito sobre a gota,
> por se tratar de um corpo com massa muito pequena.
Não é verdade. A força gravitacional é pequena, mas a massa também é
pequena.
> c) Ainda na piscina: Se eu afundar uma bola de plastico comum
(CHEIA DE
> AR, e nao macica)
> com um certo diametro, e a soltar, ela ira' subir `a
superficie. E se eu
> usar uma bola com o dobro
> do tamanho (dobro do volume): a velocidade da subida sera' o dobro
da
> primeira bola ?
Não. O princípio é o mesmo que no primeiro caso.
> Ou seja,
> uma bola cheia de ar, dentro da agua, comporta-se como uma gota
> de alcool no oleo ?
Sim.
Daniel
SUBJECT: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/11/2002 16:38
Antes de mais nada, desculpem a pergunta elementar, em uma lista onde se
discutem
temas tao mais "avancados", mas a Fisica que aprendi no
segundo grau so' ficou em "Termologia" (ainda assim,
apenas as relacoes entre as diferentes escalas termometricas).
- Vou fazer uma serie de suposicoes, e gostaria que voces,
por gentileza, corrigissem meus erros de raciocinio.
a) - Suponham que tenho um tubo de vidro, com, digamos,
1 m de altura. Suponham tambem que haja um orificio na parte inferior do
tubo,
por onde eu insira a agulha de uma seringa, e injete uma gota de alcool.
- Essa gota, devido `a menor densidade do alcoo, tende a subir, nao e' mesmo
?
- Se eu ejetar uma gota de alcool duas vezes maior que a primeira (com o
dobro do
volume, portanto), a sua velocidade de subida sera' o dobro da primeira
gota ?
b) O principio da "gota de alcool maior ==> velocidade de subida maior"
e' o mesmo que explica a "descida" de uma bola de ferro em uma piscina
com agua ? Por exemplo, se eu soltar na piscina uma bola de ferro com
10 cm de diametro, ela caira' com certa velocidade. Se eu soltar
uma bola de ferro com 20 cm de dimatro, ela caira' com o dobro da velocidade
?
Mas e quanto ao principio de que a aceleracao da gravidade e' a mesma,
independente
da massa dos corpos ? Por se tratar de "densidade" e nao simplesmente de
"massa"
dos corpos, os resultados nao sao analogos ? Ou seja, na "descida", devido
`a aceleracao
da gravidade igual para ambas as bolas, elas cairiam com a mesma velocidade
?
- Estou raciocinando do seguinte modo: No caso das bolas de ferro, a
gravidade e' importante,
mas no caso da gota de alcool subindo no oleo, a gravidade quase nao tem
efeito sobre a gota,
por se tratar de um corpo com massa muito pequena.
c) Ainda na piscina: Se eu afundar uma bola de plastico comum (CHEIA DE
AR, e nao macica)
com um certo diametro, e a soltar, ela ira' subir `a superficie. E se eu
usar uma bola com o dobro
do tamanho (dobro do volume): a velocidade da subida sera' o dobro da
primeira bola ? Ou seja,
uma bola cheia de ar, dentro da agua, comporta-se como uma gota de
alcool no oleo ? Ou a gravidade,
no caso da bola de plastico.
d) Estou misturando alhos com bugalhos ? (ou melhor "oleos" com bugalhos)
?
- Grato pela atencao dispensada.
Paulo
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.419 / Virus Database: 235 - Release Date: 13/11/2002
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/11/2002 17:32
----- Original Message -----
From: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 23, 2002 4:25 PM
Subject: [ciencialist] Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
Paulo Sérgio Dias <psdias@g...> escreveu
> - Se eu ejetar uma gota de alcool duas vezes maior que a primeira
(com o dobro do volume, portanto), a sua velocidade de subida sera'
> o dobro da primeira gota ?
Esse tipo de raciocínio só é válido quando exite linearidade em todos
os fenômenos envolvidos, e nao é o caso. A resistência
fluidodinâmica, por exemplo, é proporcional ao quadrado da velocidade
relativa.
> b) O principio da "gota de alcool maior ==> velocidade de subida
maior"
> e' o mesmo que explica a "descida" de uma bola de ferro em uma
piscina
> com agua ?
SIm. Ambos os fenômenos são equacionados da mesma maneira. As forças
que agem sobre eles são as mesmas, só mudam os sentidos relativos.
> Por exemplo, se eu soltar na piscina uma bola de ferro com
> 10 cm de diametro, ela caira' com certa velocidade. Se eu soltar
> uma bola de ferro com 20 cm de dimatro, ela caira' com o dobro da
velocidade?
Não, pelo mesmo motivo.
> Mas e quanto ao principio de que a aceleracao da gravidade e' a
> mesma, independente da massa dos corpos ?
Só vale para movimentos *no vácuo*. E para movimentos de pequena
dimensão comparada com a distância entre os centros dos corpos
envolvidos.
> - Estou raciocinando do seguinte modo: No caso das bolas de ferro,
a
> gravidade e' importante,
> mas no caso da gota de alcool subindo no oleo, a gravidade quase
nao tem
> efeito sobre a gota,
> por se tratar de um corpo com massa muito pequena.
Não é verdade. A força gravitacional é pequena, mas a massa também é
pequena.
> c) Ainda na piscina: Se eu afundar uma bola de plastico comum
(CHEIA DE
> AR, e nao macica)
> com um certo diametro, e a soltar, ela ira' subir `a
superficie. E se eu
> usar uma bola com o dobro
> do tamanho (dobro do volume): a velocidade da subida sera' o dobro
da
> primeira bola ?
Não. O princípio é o mesmo que no primeiro caso.
> Ou seja,
> uma bola cheia de ar, dentro da agua, comporta-se como uma gota
> de alcool no oleo ?
Sim.
Daniel
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SUBJECT: Re: [ciencialist] porco com cara de gente -p/José Renato
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/11/2002 17:41
Renato, não consegui fazer o Jornal Meionorte reeditar as fotos ou ao menos
me enviar por e-mail, de modo que não poderei mandá-las, infelizmente. Grato
pela consideração.
Um abraço
Carlos Alberto
PS. Se vc não deseja retomar aquela discução na lista, poderíamos fazer
individualmente, começei um estudo sobre genética com a finalidade de
verificar a possibilidade real de verdade daquela tese que tanto vc
considerou e achou interessante.
Um abraço
Carlos Alberto
----- Original Message -----
From: "José Renato" <jrma@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 22, 2002 11:27 AM
Subject: [ciencialist] Renascença da Medicina - Penildon Silva
[ Os produtos protéicos variantes dos genes, após a etapa da tradução
genética, adquiriram tal importância na fisiologia e na patologia que se
criou a ciência da proteônica, em analogia à genômica. Já está projetado
inclusive o Projeto do Proteoma, destinado a identificar a estrutura dos
milhões de proteínas produzidas pelos genes. No momento, só se conhece a
estrutura de 1% das proteínas humanas. A importância deste estudo está no
fato de que as proteínas são os alvos das drogas.
Quando os cientistas catalogarem o proteoma humano, as proteínas, e não os
genes, é que serão os atores principais do palco das ciências. ]
Comentário completo a seguir.
[]s
José Renato
____________________________
A TARDE 21/11/2002 - Opinião
<
http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=11&ano=2002&id_subcanal=20&id_mate
ria=3016 >
Colunas
Renascença da Medicina
Penildon Silva
As novas tecnologias de diagnóstico, os surpreendentes avanços terapêuticos
e a amplitude sem limites da cirurgia nos mostram que vivemos atualmente na
era da Renascença da Medicina, após atravessar o obscurantismo medieval do
sobrenatural e do empirismo.
A genética destaca-se neste conceito por ser a maior responsável pela
abençoada revolução atual na ciência e arte de curar. A medicina sempre
enfrenta decisões para se definir e se renovar. O grande problema atual
consiste na procura do melhor caminho para que a Medicina se adapte à
avalanche de informações biológicas que vêm-se acumulando em ritmo
exponencial.
Uma tentativa para alcançar este objetivo é reduzir as doenças a moléculas.
Esta solução, entretanto, poria em risco a relação entre paciente e médico.
O médico seria transformado em manipulador de algoritmos e o paciente
passaria a ser uma simples coleção de moléculas.
Outra solução, que não significaria a recusa do reducionismo molecular,
investigaria os princípios básicos responsáveis pelo surgimento das doenças.
Estes princípios proporcionariam uma coerência com a patogênese, formando
uma biologia médica profundamente enraizada nas ciências básicas. Na
realidade, não há conflito entre esses dois parâmetros. O segundo facilmente
complementa o primeiro, produzindo melhor tratamento do paciente, e este
entrelaçamento seria mais compatível com a aceitação da medicina moderna
como estudo universitário.
Durante os últimos 50 anos, a genética associou-se à medicina de maneira
irresistível. A princípio, timidamente e agora de modo agressivo e
abrangente. Para Vogel e Motulsky, a genética é a ciência básica de toda a
medicina.
À medida que a dupla hélice, o código genético e seus processos de
replicação, transcrição e tradução eram analisados pelos geneticistas, o
gene conseguiu uma definição estrutural delineada pela colinearidade entre
os pares de bases purínicas e pirimidínicas do DNA e os aminoácidos dos
produtos protéicos dos genes.
Esta demonstração de intimidade molecular entre o DNA e as proteínas iniciou
uma deslocação sutil da supremacia dos genes para os produtos protéicos
variantes, os quais logo se tornaram o centro da atenção para desvendar a
patogênese dos erros metabólicos inatos. A molecularização continuou
rapidamente. O gene recebeu uma definição molecular complexa, com uma
unidade de DNA que podia ser replicada e transcrita.
Com o advento da reação em cadeia da polimerase, a genética bioquímica
humana foi eclipsada pela genética molecular. No fim dos anos 80, a genômica
adquiriu status de independência, permitindo que se estudassem distúrbios
mulfatoriais, agora chamados doenças de origem complexa. Com essa inovação,
havia possibilidade de êxito na descoberta dos genes cujos produtos
protéicos contribuem de maneira significativa na patogênese.
De acordo com Berg e Singer, existem mais de quatro mil doenças causadas por
defeitos genéticos. A ciência da genética molecular tornou possível corrigir
os genes defeituosos e reinserir genes corrigidos, constituindo a chamada
terapia gênica.
O projeto do Genoma Humano representa uma etapa natural na história do exame
do corpo humano com finalidade médica. Há mais de 100 anos, o exame físico
visando a órgãos e sistemas de órgãos foi ampliado pela anatomia patológica
estudada na necropsia. No início do século 20, a atenção foi dirigida para a
célula. Inicialmente para a estrutura e depois para a sua bioquímica e
propriedades moleculares com sua participação na patogênese.
Gradualmente, dos últimos 50 anos, os genes tornaram-se conhecidos como
causadores de doenças e como determinantes de especificidade das moléculas
que são os motores das células e das características centrais da patogênese.
O passo seguinte lógico nessa hierarquia consistiu na criação de uma lista
completa dos genes cujos produtos protéicos condicionam todas as doenças.
Os produtos protéicos variantes dos genes, após a etapa da tradução
genética, adquiriram tal importância na fisiologia e na patologia que se
criou a ciência da proteônica, em analogia à genômica. Já está projetado
inclusive o Projeto do Proteoma, destinado a identificar a estrutura dos
milhões de proteínas produzidas pelos genes. No momento, só se conhece a
estrutura de 1% das proteínas humanas. A importância deste estudo está no
fato de que as proteínas são os alvos das drogas.
Quando os cientistas catalogarem o proteoma humano, as proteínas, e não os
genes, é que serão os atores principais do palco das ciências.
O tratamento do paciente poderá atingir aquela elevada tecnologia pela qual
o grande pesquisador Lewis Thomas ansiava: "medicações simples e eficientes,
planejadas para alvos definidos, de maneira precisa e com poucos efeitos
adversos".
Penildon Silva
é professor emérito da Ufba e da Escola Baiana de Medicina.
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2002 20:29
> -----Original Message-----
> From: Paulo Sérgio Dias
> - Vou fazer uma serie de suposicoes, e gostaria que voces,
> por gentileza, corrigissem meus erros de raciocinio.
>
> a) - Suponham que tenho um tubo de vidro, com, digamos,
> 1 m de altura. Suponham tambem que haja um orificio na
> parte inferior do
> tubo,
> por onde eu insira a agulha de uma seringa, e injete uma
> gota de alcool.
>
> - Essa gota, devido `a menor densidade do alcoo, tende a
> subir, nao e' mesmo ?
Supondo à partida que o alcool é menos denso que o oleo em causa,
sim.
> - Se eu ejetar uma gota de alcool duas vezes maior que a
> primeira (com o dobro do volume, portanto), a sua velocidade
> de subida sera' o dobro da primeira gota ?
Empiricamente (ou seja, sem fazer a experiencia real) eu diria que
não.
A questão é fundamentar estar afirmação.
Peguemos então no principio de arquimedes
Este principio diz que um corpo mergulhado em outro sofre uma força
vertical de baixo para cima que é igual ao peso do fluido deslocado.
Ou seja, se um gota de alccol de volume V está no seio do oleo, ela
desloca um volume de oleo V.
A força de impulsão é então Fimpul = d(oleo) * V * g onde d(oleo) é
a densidade do oleo , V é o volume da gota de alcool e g é a
aceleração da gravidade (o sinal * representa multiplicação). O peso
(força gravitica actuante) da gota de alcool é Fg = m g, onde m é a
massa da gota. A massa da gota pode ser escrita como m=d(alcool)*
V , onde d(alcool) é a densidade do alcool.
A força resultante (força total) que actua no corpo é a soma
vectorial destas duas ,sendo que uma aponta no sentido contrario da
outra.
Então, covencionando o sentido positivo para cima, a força
resultante R = Fimpul-Fg = d(oleo) * V * g - d(alcool)* V *g
Mas a força resultante, é pela lei de newton igual a ma onde m é a
massa do corpo e a é a aceleração total a que ele está sujeito
(responsável pelo seu movimento).
Então, como sabemos já que m = d(alcool) * V , então R= ma=d
(alccol)* V * a
Pondo tudo na mesma equação temos
d(alcool) *V *a = d(oleo) * V * g - d(alcool)* V *g
Ora V é sempre o mesmo e g tb, donde podemos simplifcar para :
d(alcool) *a = { d(oleo) - d(alcool) }*g
Isto significa que a aceleração não depende do volume.
Uma gota com o dobro do volume teria a mesma aceleração.
A questão agora é o atrito entre o oleo e o alccol
O atrito sempre diminuirá a velocidade. O atrito dependerá da massa
e da velocidade
Se depende da massa , depende do volume ,e uma gota maior provocará
maior atrito sendo mais lenta a subir.
Daquela equação verificamos uma vez mais que a gota só sobe se d
(oleo) > d(alcool), ou seja, se o alccol tiver uma densidade menor
que o oleo.
A formula final seria
a = { d(oleo)/ d(alcool) -1 }*g
Notar que uma coisa é a força da gravidade outra é a aceleração da
gravidade e outra é a aceleração do corpo.
Isto é importante ter em mente para as suas seguintes questões
> b) O principio da "gota de alcool maior ==> velocidade de
> subida maior" e' o mesmo que explica a "descida" de uma bola
> de ferro em uma piscina
> com agua ? Por exemplo, se eu soltar na piscina uma bola
> de ferro com
> 10 cm de diametro, ela caira' com certa velocidade. Se eu soltar
> uma bola de ferro com 20 cm de dimatro, ela caira' com o
> dobro da velocidade ?
Da mesma forma, pela mesma equação , eu diria que não.
> Mas e quanto ao principio de que a aceleracao da gravidade
> e' a mesma, independente
> da massa dos corpos ? Por se tratar de "densidade" e nao
> simplesmente de
> "massa"
> dos corpos, os resultados nao sao analogos ?
Uma coisa nada tem a ver com a outra.
Densidade e massa são conceitos equivalentes para um volume
conhecido.
Aceleração nada tem a ver com a massa ou a densidade.
A aceleração da gravidade a que um corpo está submetido é
independente da massa do corpo.
A aceleração total a que um corpo está submetido depende das outras
forças , além da gravitica que actuarem no corpo.
Entre elas, a mais importante a força de impulsão (força de
arquimedes) e o atrito.
É por causa destas duas forças que os corpos não caem todos com a
mesma velocidades.
Contudo, se estiverem livres destas forças , como acontece num tubo
de vacuo (tubo de Newton), elas caem todas com a mesma aceleração e
por conseguinte, velocidade.
> Ou seja, na
> "descida", devido `a aceleracao da gravidade igual para ambas
> as bolas, elas cairiam com a mesma velocidade ?
Sabendo a aceleração de um corpo e alguns parametros iniciais é
possivel saber a velocidade e a posição do corpo em qualquer
isntante. Mas é a aceleração total que não tem que ser igual à
gravitica.
> - Estou raciocinando do seguinte modo: No caso das bolas de
> ferro, a gravidade e' importante, mas no caso da gota de
> alcool subindo no oleo, a gravidade quase nao tem efeito
> sobre a gota, por se tratar de um corpo com massa muito pequena.
Não. Como mostra o principio de arquimedes ambas são importantes.
O corpo sofre para baixo uma força que depende da sua densidade e
uma força para cima que depende da densidade do fluido onde se
encontra submergido.
O corpo cai dentro do fluido se for mais desdo que este e sobre se
for menos denso.
Se for igualmente denso (se for o mesmo fluido, por exemplo) o corpo
mantém a sua posição dentro do liquido
Tudo isto vc pode estrair da equação encontrada lá em cima.
> c) Ainda na piscina: Se eu afundar uma bola de plastico
> comum (CHEIA DE AR, e nao macica)
> com um certo diametro, e a soltar, ela ira' subir `a
> superficie. E se eu
> usar uma bola com o dobro
> do tamanho (dobro do volume): a velocidade da subida sera' o
dobro da
> primeira bola ?
Não.
> Ou seja,
> uma bola cheia de ar, dentro da agua, comporta-se como uma gota
de
> alcool no oleo ? Ou a gravidade,
> no caso da bola de plastico.
>
> d) Estou misturando alhos com bugalhos ? (ou melhor "oleos"
> com bugalhos)
> ?
Vc está apenas incorrendo no erro impirico de pensar que o volume
tem alguma importancia para o resultado final.
Como eu mostrei lá em cima, na ausencia de atrito, o volume não tem
importancia. Embora ele interfira com a força que puxa para baixo e
a força que puxa para cima, ele tb interfere com a força total.
Assim o efeito do volume se anula e seja qual este for a aceleração
será a mesma. Apenas o efeito da densidade é importante.
A questão prende-se quando há atrito (sempre há atrito ,mas nas
considerações acima eu o despresei). Neste caso a velocidade será
sempre menor, nunca maior. Quanto maior é o objecto mais atrito ele
provoca. Assim sendo um corpo com o dobro do tamanho produz o dobro
do atrito diminuindo a velocidade.
Em conclusão, podemos dizer que o corpo maior nunca será mais rápido
que o menor , seja a cair ou a subir. E no limite , onde o atrito é
despresável, ambos cairam ou subirão com a mesma velocidade.
É isso...
Sérgio Taborda
SUBJECT: Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2002 20:34
> > Mas e quanto ao principio de que a aceleracao da gravidade e' a
> > mesma, independente da massa dos corpos ?
>
> Só vale para movimentos *no vácuo*. E para movimentos de pequena
> dimensão comparada com a distância entre os centros dos corpos
> envolvidos.
Não é verdade que a aceleração da gravidade seja a mesma apenas no
vácuo. A aceleração da gravidade, g, é a mesma para todos os corpos.
Ela depende apenas da altitude do local (pq depende da massa entre o
centro da terra e o corpo e da distancia ao centro da terra). E como
dizes é tomada igual para movimentos em que a distancia entre os
centros não se altera muito.
A aceleração da gravidade é calculada assim:
Força gravitica = G M m / r^2 onde M é a massa da terra, m a massa
do corpo, G a constante de gravitação e r a distancia ao centro da
terra.
Se a força gravitica for a única força actuante sobre o corpo então
Fg = ma e _a_ é a aceleração gravitica identificada por g para se
destinguir de uma aceleração geral qualquer normalmente identificada
apenas por _a_ . Então:
m g = G M m / r^2
Donde
g = G M / r^2
A aceleração da gravidade depende portanto da massa da terra e da
distancia do corpo ao centro da terra. Não depende da massa do corpo!
Nesta dedução não introduzimos nenhuma hipotese relativa ao vacuo ou
ao não vacuo, donde, ela é independente para qualquer meio.
g tem um valor aproximado de 9.8 m/s^2 , mas este valor varia de
local para locar pois depende da altitude deste.
Se não houver vácuo o ar , ou o que quer que seja que impede o vacuo
vai ter uma paercela em M. Mas essa parcela é despresável em
comparação com a massa da terra, donde, o ar não interfere com o
valor de g.
Sérgio Taborda
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velharias
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/11/2002 14:10
Colucci:
já que é pra apelar: os filmes que passavam em minha terra (Itabirito) era
segmentados (só havia u ´a máquina), nos intervalos o pessoal conversava e
comia pinhão cozido (o chão ficava uma festa...)
antes do filme começar tocava sirene pra chamar o povo...
não havia filas.... as pessoas "gradas" tinham preferência na compra dos
bilhetes!!!
o primeiro filme contínuo foi "Grande Hotel".
mata essa!!! - Lí o "O Tico-Tico" e vi as séries do Flash Gordon no planeta
Mong.
silvio, o provecto.
----- Original Message -----
From: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 22, 2002 2:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
"Silvio cordeiro" escreveu
> neste festival de cultura jurássica, vc. sabia que o ator
> que fez o papel de
> Columbo matou a mulher há pouco tempo e tá em cana?
> E a Gina Lollobrigida em "Rizo Amaro"?? vestida, era mais
> sexy do que as
> globetes atuais....
> E quem assistiu "Ganga Bruta", do Humberto Mauro???
É guerra? Escute essas, sabichão:
- Você assistia o programa "Pim-Pam-Pum"? Trilha sonora: "Estrela,
Pim, Pam, Pum, Estrela, Pim, Pam...", com patrocínio do delicioso
Bolo Pullman.
- Você ouviu o "Direito de Nascer" pelo rádio? Não a novela da TV
Tupi dos anos sessenta, a do rádio mesmo.
- Você assistiu "Almoço com as estrelas", com Ayrton Fernandes e
Lolita Ribeiro?
- Não vi "Ganga Bruta", mas vi a estréia de "Lampião, o Rei do
Cangaço" e do maravilhoso "Os fuzis" de Rui Guerra. Conta ponto?
- Você sabe quem são: os incas venusianos? Professor Smith? Qual é o
sabonete das estrelas? O que é calça calhambeque? As chanchadas da
Atlântida?
- Falando em chanchada da Atlântida, você viu algum filme o "Homem do
Sputnik", com Oscarito, Cyl Farney e Jô Soares? Algum filme com o
Ronald Golias?
Colucci, revirando a Horta da Luzia
SUBJECT: Re: [ciencialist] Balanca esdruxula
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/11/2002 15:36
O problema talvez esteja numa sensibilidade idiota que essas "balanças de
banheiro" podem apresentar.
minha tia tem uma dessas, e verificamos que há uma diferença razoável
entre os pesos indicados quando a balança está sobre o piso e quando está
sobre um tapete.
Mas também parece bem provável a hipótese já levantada de que a balança de
cima estivesse parcialmente apoiada na borda, e não na plataforma, da de
baixo.
Abraços,
Stafusa
On Thu, 21 Nov 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Essa pertence ao uma outra lista de Física da qual participo (não com regularidade); parece-me interessante ser postada aqui. Vejamos:
> ============================================
> Gostaria de alguém me ajudasse a explicar um resultado inesperado em um experiência que fiz com alguns alunos, utilizando duas "balanças" de banheiro:
>
> Estava discutindo com eles a força normal e fazendo várias experiências como:
> a.. colocar um pé em cada balança;
> b.. subir na balança e pressioná-la com um cabo de vassoura;
> c.. subir na balança e agachar rapidamente;
> d.. subir na balança e pressionar o teto, etc..
> quando me esqueci da lei zero do laboratório: não invente na hora errada...
>
> E foi aí que resolvi colocar uma balança sobre a outra e perguntei o que os alunos ( e eu) esperavam das marcações das balanças quando um aluno subisse sobre elas.
>
> Não tinha jeito: inverti as balança, troquei de aluno, ajustei os zeros e o resultado era sempre o mesmo: a balança de cima SEMPRE apresentava uma marcação maior que a balança que estava apoiada no chão. Tentei montar diagramas, mas confesso que me perdi. Façam e confiram o resultado.
>
> Abraços a todos e saudações São Caetanenses, Figueirenses, Santistas e Gremistas... ( o choro é livre)
> =================================================================
>
> E então?
>
> []'
> Léo
> =========
SUBJECT: Re: Analogia p/ Alberto
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/11/2002 20:01
Olá Alberto,
Também concordo. Sem dúvida a analogia PODE ser
eficiente para propósitos pedagógicos, mas é traiçoeira
por poder induzir a erros (exatamente por não ser uma
identidade).
Um dia eu estava assistindo a uma palestra do
colunista e estudioso Olavo de Carvalho e ele
enfatizou que é possível fazer uma analogia
entre um elefante e um mosquito! Isso diz tudo.
Abraços,
Guilherme
>Analogia (aproximar atividades) é coisa séria: não é identidade.
>Identidade é coisa séria: não é analogia.
>
>Através da analogia o homem aprendeu a pensar.
>Ao sentir a identidade o homem aprendeu a medir.
>
>Faz sentido?
>
>[ ]´s
>Alberto
>http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/11/2002 20:16
----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, November 24, 2002 8:01 PM
Subject: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
>Um dia eu estava assistindo a uma palestra do colunista e estudioso Olavo
de Carvalho
*Isso* diz tudo. Deus tenha piedade da tua pobre alma... ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/11/2002 20:26
> > > Mas e quanto ao principio de que a aceleracao da gravidade e'
> > > a mesma, independente da massa dos corpos ?
DS
> > Só vale para movimentos *no vácuo*. E para movimentos de pequena
> > dimensão comparada com a distância entre os centros dos corpos
> > envolvidos.
"Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Não é verdade que a aceleração da gravidade seja a mesma apenas no
> vácuo. A aceleração da gravidade, g, é a mesma para todos os
> corpos.
Essas coisas não são mutuamente excludentes, nem eu afirmei que
fossem.
> A aceleração da gravidade depende portanto da massa da terra e da
> distancia do corpo ao centro da terra. Não depende da massa do
corpo!
>
> Nesta dedução não introduzimos nenhuma hipotese relativa ao vacuo
ou
> ao não vacuo, donde, ela é independente para qualquer meio.
Nem eu pretendi afirmar o contrário. Note que no texto original, a
pergunta claramente se referia à aceleração de corpos em queda livre,
e não propriamente à aceleração da gravidade. Eu só fiz manter a
nomenclatura original, apesar do erro.
Daniel
SUBJECT: Re: [ciencialist] Genética p/Carlos Alberto
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/11/2002 20:49
Carlos Alberto, pelo que pude observar recentemente nos últimos e-mails da lista, biologia é considerada ciência, de modo que não será necessário um canal específico para tratar de genética! Apesar de ciência significar também conhecimento, a idéia é que os considerados 'diversos ramos' da Ciência ou do Conhecimento humano, suporte uma estrutura construída sob rigoroso controle de qualidade de um método científico. Caso contrário sofre olhares duvidosos quanto a sua resistência e durabilidade, mesmo reconhecendo que as obras ainda estão como sempre estiveram, inacabadas ou em reformas. Mas sabendo avaliar e discernir o que seja notícia, informação, conhecimento, dado, fato, hipótese, tese, comprovação científica... e suas parcialidades e incompletudes, já é bom caminho andado.
Quanto a tese mencionada (não recordo qual delas), se foi tratada comigo, gostaria de retornar à discussão, apesar de ter a impressão de que o Renato, a quem vc se refere quando fala das fotos que não pode enviar, seja outro e não eu. Mas como sou atraído pela biologia e genética, também, valeu!
Abraços.
José Renato
__________________________
----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, November 23, 2002 5:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] porco com cara de gente -p/José Re nato
Renato, não consegui fazer o Jornal Meionorte reeditar as fotos ou ao menos me enviar por e-mail, de modo que não poderei mandá-las, infelizmente. Grato pela consideração.
Um abraço
Carlos Alberto
PS. Se vc não deseja retomar aquela discução na lista, poderíamos fazer
individualmente, começei um estudo sobre genética com a finalidade de
verificar a possibilidade real de verdade daquela tese que tanto vc
considerou e achou interessante.
Um abraço
Carlos Alberto
__________________________
----- Original Message -----
From: "José Renato" <jrma@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 22, 2002 11:27 AM
Subject: [ciencialist] Renascença da Medicina - Penildon Silva
[ Os produtos protéicos variantes dos genes, após a etapa da tradução
genética, adquiriram tal importância na fisiologia e na patologia que secriou a ciência da proteônica, em analogia à genômica. Já está projetado inclusive o Projeto do Proteoma, destinado a identificar a estrutura dos milhões de proteínas produzidas pelos genes. No momento, só se conhece a estrutura de 1% das proteínas humanas. A importância deste estudo está no fato de que as proteínas são os alvos das drogas.
Quando os cientistas catalogarem o proteoma humano, as proteínas, e não os genes, é que serão os atores principais do palco das ciências. ]
Comentário completo a seguir.
[]s
José Renato
____________________________
A TARDE 21/11/2002 - Opinião
<
http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=11&ano=2002&id_subcanal=20&id_mate
ria=3016 >
Colunas
Renascença da Medicina
Penildon Silva
As novas tecnologias de diagnóstico, os surpreendentes avanços terapêuticos e a amplitude sem limites da cirurgia nos mostram que vivemos atualmente na era da Renascença da Medicina, após atravessar o obscurantismo medieval do sobrenatural e do empirismo.
A genética destaca-se neste conceito por ser a maior responsável pela
abençoada revolução atual na ciência e arte de curar. A medicina sempre
enfrenta decisões para se definir e se renovar. O grande problema atual
consiste na procura do melhor caminho para que a Medicina se adapte à
avalanche de informações biológicas que vêm-se acumulando em ritmo
exponencial.
Uma tentativa para alcançar este objetivo é reduzir as doenças a moléculas.
Esta solução, entretanto, poria em risco a relação entre paciente e médico.
O médico seria transformado em manipulador de algoritmos e o paciente
passaria a ser uma simples coleção de moléculas.
(Deletei o restante)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] porco com cara de gente -p/ José Renato
FROM: Carol Sturari <carolsturari@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/11/2002 23:00
Renato,
A Laura me passou as fotos do porco, vc quer?
Passe-me o seu e-mail em pvt que eu as envio, ok?
[ ]'s
Carol
At 17:41 23/11/02 -0200, you wrote:
>Renato, não consegui fazer o Jornal Meionorte reeditar as fotos ou ao menos
>me enviar por e-mail, de modo que não poderei mandá-las, infelizmente. Grato
>pela consideração.
>Um abraço
>Carlos Alberto
----------
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.393 / Virus Database: 223 - Release Date: 30/09/02
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 00:28
Você sobreviveu a uma palestra do "estudioso" Olavo de Carvalho? Ficou com
vontade de bater nele?
Agora, analogias são perigosas. O velho ramo da "auto-ajuda" fatura milhões
graças a analogias forçadas e mau costuradas. Por exemplo, o "psiquiatra"
Roberto Shiniashiki percorre o Brasil vendendo uma lenga-lenga de
desempenho em "alta performance" usando a caminhada sobre brasas como
analogia. Só se esquece de dizer que qualquer pessoa pode caminhar sobre
brasas, desde que a temperatura não ultrapasse 900ºC (o que é bastante
quente). Também se esquece de dizer que o fato de alguém andar sobre brasas
significa somente isso: que a pessoa pode andar sobre brasas. Isso não quer
dizer que será possível chegar segunda-feira no escritório e resolver todos
os problemas do mundo!
[ ]s
Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil
-----Mensagem Original-----
De: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 24 de Novembro de 2002 20:01
Assunto: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
>
> Olá Alberto,
>
> Também concordo. Sem dúvida a analogia PODE ser
> eficiente para propósitos pedagógicos, mas é traiçoeira
> por poder induzir a erros (exatamente por não ser uma
> identidade).
>
> Um dia eu estava assistindo a uma palestra do
> colunista e estudioso Olavo de Carvalho e ele
> enfatizou que é possível fazer uma analogia
> entre um elefante e um mosquito! Isso diz tudo.
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
> >Analogia (aproximar atividades) é coisa séria: não é identidade.
> >Identidade é coisa séria: não é analogia.
> >
> >Através da analogia o homem aprendeu a pensar.
> >Ao sentir a identidade o homem aprendeu a medir.
> >
> >Faz sentido?
> >
> >[ ]´s
> >Alberto
> >http://ecientificocultural.com/indice.htm
> >
>
>
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 02:15
----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Sunday, November 24, 2002 7:01 PM
Subject: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
Olá Guilherme
> Também concordo. Sem dúvida a analogia PODE ser
> eficiente para propósitos pedagógicos, mas é traiçoeira
> por poder induzir a erros (exatamente por não ser uma
> identidade).
Sim, mas a dialética é assim mesmo e, paradoxalmente, é aí que reside a sua
força.
> Um dia eu estava assistindo a uma palestra do
> colunista e estudioso Olavo de Carvalho e ele
> enfatizou que é possível fazer uma analogia
> entre um elefante e um mosquito! Isso diz tudo.
Taí, conversando com os meus botões acabei ficando com vontade de conhecer
esse tal de Olavo de Carvalho. Não só pelo que você afirmou (pois já cheguei
um dia a fazer analogia entre um elétron e uma formiga) mas porque a galera
caiu em cima; em especial o Lúcio que tenho em grande consideração. E que
"Deus tenha piedade da minha pobre alma" por mais essa heresia. ;-)
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velharias (era Apresentação: Hoje é Dia Santo)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 04:38
Colucci:
>É guerra? Escute essas, sabichão:
- Você assistia o programa "Pim-Pam-Pum"? Trilha sonora: "Estrela,
Pim, Pam, Pum, Estrela, Pim, Pam...", com patrocínio do delicioso
Bolo Pullman.< .........................
Léo: Quando vcs chegarem nos matinés com Nioka, A deusa de Joba, Clide Beati, Supermam (com uma roupa cheia de rugas). Levava para o matiné 300 reis (era uma moeda com uma locomotiva estampada) e dava para a entrada, comprar as balas de chocolate e comprar (e trocar) os gibís na porta.
Ainda tenho aqui comigo o "Homem Bala, Príncipe Submarino (Namor e Namora), Cavaleiro Negro, Íbis (o do triângulo), Flecha Ligeira, Durango Kid, Spirit ... e mais duas caixas cheias até a tampa!
moleques!
[]'
Léo
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Balanca esdruxula
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 04:49
Takata e Watson,
realmente, se a balança de baixo acusasse o peso extra da de cima nada haveria a comentar. Todavia o professor (em nova mensagem) afirma e reafirma que já trocou as posições das balanças, ajustou-as independentemente, e a de cima continua a marcar MAIS que a de baixo, qqer que seja a ordem.
Estou quase comprando duas dessas balanças de cozinha para testar esse 'esdrúxulo' resultado.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 22 de novembro de 2002 15:46
Assunto: [ciencialist] Re: Balanca esdruxula
--- Em ciencialist@y..., "Watson Fernando" <watson@l...> escreveu
> > resultado era sempre o mesmo: a balança de cima SEMPRE
> > apresentava uma marcação maior que a balança que estava apoiada
> > no chão.
> Watson:
> Mas nem precisava fazer a experiência: a balança de baixo SEMPRE
> deve apresentar uma marcação maior que a de cima
> pois ela vai registrar o peso da pessoa MAIS o
> peso da balança de cima. Assim, de duas uma: ou voce enganou-se
> quando escreveu seu texto ou, pelo menos, uma das balanças está
> marcando errado (mesmo com o zero ajustado).
Watson, o problema e' q. foi a balanca de *cima* que apresentava uma
marcacao maior e nao a de baixo, como seria de se esperar.
Ele ate' poderia ter se enganado qdo escreveu o texto, mas nao parece
ser o caso, ja' q. do contrario nao deveria causar espanto.
A segunda hipotese e' um tto negada na medida em q. o relato indica
q. mesmo qdo se invertia a posicao das balancas, a de cima continua a
marcar mais do q. a de baixo.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Metafisica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 05:12
Bulcão:
>Mais que uma gnose, a metafísica é uma arte. O metafísico é um
artista que trabalha não com as cores, os sons... mas com os
conceitos. O metafísico está mais para um pintor do que para um
fotógrafo: ao retratar o mundo, ele projeta nele a sua subjetividade.
É uma forma de superar ou de ao menos diminuir a tensão que existe
entre o sujeito e o objeto, entre o 'eu' e o 'não-eu', entre a alma e
o mundo.<
Léo bedelhando: Não vejo isso num pintor 'cubista'!
>O que seríamos de nós se não fosse o ritmo e a metáfora... :-)<
Léo: Se não fosse o rítmo teríamos que dançar num só estilo chamado "bolero-samba-rumba-baião-.............." e se não fossem as metáforas não teríamos tantas interpretações para as passagens bíblicas. :-)
[]'
deus
SUBJECT: Re: [ciencialist] Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 06:45
Léo, chegando do rancho, lê e resume:
pergunta a) álcool imerso em óleo. A 'velocidade' de subida da gota é diretamente proporcional ao seu volume?
Resposta a) na gota em ascensão agem três forças: seu peso (P), o empuxo (E) e a resistência total (Rt). A resistência total Rt pode ser subdividida em duas: resistência de atrito (Ra) e resistência de pressão (Rp).
Desse modo, no caso geral, a aceleração inicial da gota será dada por: a = (E-Ra-Rp-P)/m.
A Rp, no caso da gota (cuja forma acompanha a linha de fluxo), é dada por (Rt = d.v^2.r^2), ou seja, depende da densidade do óleo, da velocidade atual e do raio da gota (razoavelmente esférica).
A Ra, é dada pela lei de Stokes: Ra = 6pi.n.r.v, onde n é a viscosidade.
Como se pode observar não há linearidade (ou lei de semelhança) entre uma gota de volume V e volume 2V no cálculo da aceleração. Uma não é metade da outra. Então, a 'velocidade' de subida da gota de volume 2V não é o dobro daquela de volume V (é menor que o dobro).
Convém notar que só haverá linearidade (valerá a lei de semelhança) se o quociente Rp/Ra permanecer constante (essa constante é o número de Reynolds).
Pergunta b) bola de ferro mergulhada em água é equivalente a gota de álcool mergulhada em óleo?
Resposta b) quase! A gota de álcool é defomável em seu movimento ascensional, bola de ferro não se deforma na descida na água da piscina. Mas, em primeiro equacionamento são equivalente. Todavia devemos notar que se a coluna de óleo fosse MUITO alta e a piscina MUITO funda, tanto gota como bola iriam desacelerando até anular sua aceleração (atingiriam suas velocidades limites).
Pergunta complementar: Qual o jogo entre gravidade, massa e densidade nessa história?
Resposta complementar: Gravidade é função de ponto no campo gravitacional da terra. Para os experimentos em questão (pequenos deslocamentos verticais), g pode ser assumido como 'constante' (e nada tem a ver com álcool, água, óleo ou ferro).
Massas imersas em campo gravitacional ficam submetidas a forças (os pesos). Substâncias puras distintas são identificadas por sua densidade absoluta ou massa específica (d)(independentemente de estarem ou não mergulhadas em campo gravitacional) ou por seus pesos específicos (d.g) (quando mergulhadas em campo gravitacional). Enquanto (d) apenas relata a 'concentração' de massa num dado volume, o peso específico (d.g) carrega consigo, além daquela informação, uma 'ação potencial'. Peso específico pode explicar movimento de gotas/óleo e bolas/água, densidade não! Gotas/óleo e bolas/água não terão qqer movimento em zona de imponderabilidade.
No campo gravitacional os movimentos gotas/óleo e bolas/água dependerão do sistema de forças atuantes e não apenas do fator "aceleração da gravidade".
As perguntas feitas a seguir enquadram-se nas respostas acima.
Paulo, essas são as respostas que eu daria a um aluno do ensino médio (notadamente para as classes do primeiro e segundo ano).
Para a 8a série as respostas teriam que ser totalmente revistas.
Para os alunos pré-universitários, com o devido tempo, seria interessante estender alguns equacionamentos, por exemplo, calculando a velocidade estacionária de queda de uma esfera num meio fluido com atrito interno.
P = (4/3).pi.r^3.d.g ; E = (4/3).pi.r^3.df.g e R = 6.pi.n.r.v
P - E = R, donde,
v = (2/9).(d - df)/n.r^2.g
Para os alunos universitários eu recomendaria uma prévia leitura em hidrodinâmica.
[]'
Léo
=======================
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 06:48
Vichi! agora vi que outros já haviam respondido a essas perguntas. Vim pegando a lista uma por uma.
Mi sórri.
[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 23 de novembro de 2002 16:25
Assunto: [ciencialist] Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
Paulo Sérgio Dias <psdias@g...> escreveu
> - Se eu ejetar uma gota de alcool duas vezes maior que a primeira
(com o dobro do volume, portanto), a sua velocidade de subida sera'
> o dobro da primeira gota ?
Esse tipo de raciocínio só é válido quando exite linearidade em todos
os fenômenos envolvidos, e nao é o caso. A resistência
fluidodinâmica, por exemplo, é proporcional ao quadrado da velocidade
relativa.
.............................
SUBJECT: Re: [ciencialist] Balanca esdruxula
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 06:52
Jefferson:
<minha tia tem uma dessas, e verificamos que há uma diferença razoável
entre os pesos indicados quando a balança está sobre o piso e quando está
sobre um tapete.>
Lembranças á titia. Mande detalhes ...
da balança que fornece leituras distintas quando apoiada no piso e no tapete. Isso me parece outra novidade no campo das balanças esdrúxulas.
[]'
Léo
====================
SUBJECT: Fw: Feira de Ciencias - Pergunta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 06:57
Nossos jovens.
[]'
Léo
======================================
-----Mensagem Original-----
De: <kito.eag@globo.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: domingo, 24 de novembro de 2002 17:05
Assunto: Feira de Ciencias - Pergunta
Ola, meu nome é Edivaldo Amaral Gonçalves, curso eletrônica na CEFET-MT (último ano).
E-mail: kito.eag@globo.com
A água, o ferro, o ar, e etc., são feitos de átomos. Sempre quis saber
do que é feito o campo magnético, mas nunca encontrei nenhuma resposta.
Ele não tem definição, ou é uma espécie de força? Mas, se for, do que é
feito essa força. Poderia ser uma espécie de anti-matéria?
Aguardo e agradeço resposta.
===========================================
SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 07:06
Quem vê Eliana? Ou, mesmo não vendo, sabe o experimento abaixo referido. Agradecemos.
[]'
Léo
PS: não vale responder apenas SIM.
PS': será a mistura daqueles dois compostos para a formação da espuma?
================================
-----Mensagem Original-----
De: Stewart Summers
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 22 de novembro de 2002 14:26
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
gostaria de saber se você sabe qual é aquela experiencia de quimica que ja mostraram na feira de ciencias do programa da eliana que é uma mistura que se transaforma em um
solido parecido com uma espuma acustica mais bem dura
grato
luiz
=======================================
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 08:11
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 25, 2002 2:15 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
>Taí, conversando com os meus botões acabei ficando com vontade de conhecer
esse tal de Olavo de Carvalho.
É por tua conta e risco, Alberto. O Olavo de Carvalho é um direitista da
pior espécie, conservador, reacionário, que considera as pessoas estúpidas
(não é por nada que seu livro principal se chama _O Imbecil Coletivo_) e não
hesita em usar a sua inegável erudição pra mistificar seu público,
distorcendo informações e apelando pros sofismas mais descarados. Além
disso, é um paranóico, firmemente convencido de que o mundo foi dominado
pela conspiração comunista internacional e de que o colapso da União
Soviética foi só uma fachada. Na visão do Olavo de Carvalho, o
neoliberalismo e a nova ordem mundial são socialistas e o Lula tem um
compromisso secreto com as FARC, que ele será obrigado a honrar quando
assumir a presidência. Finalmente, o alvo preferido do Olavo de Carvalho é
aquele mesmo Gramsci sobre o qual conversamos na noosfera.
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] porco com cara de gente
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 09:01
Cara Carol:
Manda pra mim também??? Espero que essa comparação não lhe cause problemas
com a LPA.
sds.,
silvio
scordeiro@terra.com.br
----- Original Message -----
From: "Carol Sturari" <carolsturari@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, November 24, 2002 11:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] porco com cara de gente -p/ José Renato
Renato,
A Laura me passou as fotos do porco, vc quer?
Passe-me o seu e-mail em pvt que eu as envio, ok?
[ ]'s
Carol
At 17:41 23/11/02 -0200, you wrote:
>Renato, não consegui fazer o Jornal Meionorte reeditar as fotos ou ao menos
>me enviar por e-mail, de modo que não poderei mandá-las, infelizmente.
Grato
>pela consideração.
>Um abraço
>Carlos Alberto
----------
---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.393 / Virus Database: 223 - Release Date: 30/09/02
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: Divisao do Holograma
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 09:03
--- Em ciencialist@y..., Leonardo Stern <roxo@g...> escreveu
> Gostaria de saber se pegarmos uma imagem holografica (fotografia
> holografica) e a dividirmos e 2, obteriamos em cada parte a
> reprodução da imagem inteira, sendo que a única perda seria em
> relação a nitidez das imagens.
A perda seria tbm de angulo. Seria um tto como dividir uma janela
ao meio e ver a paisagem de fora (ou de dentro) atraves de
cada uma delas.
> Alguns textos extrapolam afirmando que cada ponto contem todas as
> informações do objeto ..
De fato e' um exagero. Em um ponto nao se tem a informacao do
ponto de vista de um outro ponto. Cortando-se um holograma ao
meio, perde-se a metade da informacao -- digamos q. se corta
perpendicularmente na vertical um holograma de um cubo centralizado
na imagem original. Na metade da esquerda, perde-se a informacao do
lado direito do cubo (se for a imagem de uma pessoa voltada para nos,
perde-se, logicamente, a informacao do lado esquerdo dela) -- na
figura abaixo, tem-se a informacao de A ate' B: ainda e' possivel ver
o ponto G', mas nao o H'. Na da direita, perde-se a informacao da
outra metade -- tem-se a informacao de B ate' C (nao se vê o H).
|
H---------H'
| | |
| |
G----|----G'
|
-------------------
|
A B C
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 09:19
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> De: Stewart Summers
> gostaria de saber se você sabe qual é aquela experiencia de quimica
que ja mostraram na feira de ciencias do programa da eliana que é uma
mistura que se transaforma em um
> solido parecido com uma espuma acustica mais bem dura
(Parente do Ciclope?) Ele pode falar direto com a producao
do programa:
elianaealegria@rederecord.com.br
Desconfio q. possa ser uma espuma formada com oleo de mamona.
http://www.poliuretanos.com.br/livro/livro.htm
http://www.poliuretanos.com.br/Cap1/15Poliois.htm#mamona
Ou algo do tipo.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 10:27
Léo1: - "A água é barata. Eis uma mentira deslavada! Em cada 1kg de carne
de vaca há 750g de água ... que você pagou como carne! Está ou não
está cara a água? "
Daniel: Como divulgação científica, acho a abordagem interessante. Mas o
argumento é falacioso, portanto não sei se se deve prosseguir nessa
linha. Você adotou a hipótese impllícita de que o preço de um produto
é (ou deveria ser) dado somente pela quantidade de seus componentes --
ou seja, que vale o somatório de preços unitários vezes quantidade
de cada material. Mas isso não é verdade.
Léo2: A idéia é incentivar o comércio de alimentos desidratados. Água todo mundo tem em casa, é só acrescentar no alimento 'seco'. Assim, 1 kg de carne desidrata seria mesmo 1 kg de carne. Espero que tb quem venda o boi (ou a vaca) o faça 'desidratadamente'. Imaginou comprar 1 kg de chuchu ou de melancia desidratada?
Léo1: - "luz solar NÃO é nenhuma luz de raios paralelos".
Daniel: É verdade, mas é preciso deixar claro que o único problema da frase
que você critica ("sua luz chega até nós com raios perfeitamente
paralelos") é o "perfeitamente". Também é bom deixar claro que a
aproximação é bastante razoável para um grande número de usos. Na
superfície da Terra, o ângulo máximo entre dois raios de luz
provenientes do Sol é de cerca de meio grau.
Léo2: E é esse quase meio grau que, faltando, causará todas as ocorrências apontadas no texto.
Léo1: - "Se a luz proveniente do Sol fosse constituída de raios
perfeitamente paralelos, efeitos interessantes aconteceriam:
b) às sombras no chão faltariam as penumbras e teriam contorno
perfeitamente nítidos;
c) a noite cairia instantaneamente, assim que o ponto luminoso se
escondesse abaixo do horizonte (não haveria o crepúsculo do
entardecer);
d) durante o dia, as variações da densidade do ar, causariam no solo,
padrões de interferência de luz, semelhantes àqueles que observamos
no fundo de uma piscina em cuja superfície correm pequenas ondas de
água;
e) aos eclipses solares e lunares faltariam as penumbras;"
Daniel: Não é isso que aconteceria, devido à difusão da luz no ar e nas
partículas nele suspensas. Além disso, a penumbra gerada por uma
sombra a 2m de distância do objeto seria de ????????
Léo2: De fato, tudo que citei ... aconteceria.
Léo1- "No olho humano, a pequena lente achada dentro do globo ocular (o
cristalino) NÃO é a lente principal para a produção da imagem sobre a
retina."
"O acentuado desvio da luz, por refração, acontece no lugar onde a
luz entra na superfície da córnea (dióptro esférico)."
Daniel: Como você sabe disso? o dioptro esférico tem uma espessura bastante
pequena, que me parece insuficiente para gerar um desvio importante.
Por outro lado, o poder de vergência do cristalino é bastante
significativo.
Léo2: Estudando Óptica da visão e, posteriormente consultando um oftalmologista. Uma pessoa 'sem' cristalino poderá enxergar .... sem córnea não! Que tal o transplnate de córnea? A vergência da córnea é ao redor de +12 di!
Leo1:"A lente menor dentro do olho, o cristalino, só age para corrigir o
enfoque da lente da córnea. Músculos mudam sua forma para corrigir o
enfoque para vermos objetos próximos e objetos à distância. Sem esta
lente pequena a visão humana seria extremamente desfocada."
Daniel: Acho que você quis dizer foco, ao invés de enfoque.
Léo2: O termo 'enfocar' no sentido de 'focalizar' se aplica. É preciso se enfocar no contexto.
Léo1: - "Um modo mais simples ainda [de descobrir quanto o ar pesa], é
abrir um guarda-chuva e sacudi-lo para frente e para trás; então
feche-o e sacuda-o novamente. Quando está aberto, você pode sentir o
peso da massa de ar que você está puxando ou empurrando ao redor
dele.
Daniel: Esse experimento mede a resistência aerodinâmica do guarda-chuva. A
diferença entre as resistências fechado e aberto se deve às variações
da área transversal ao movimento e da forma, e *não* serve para se
avaliar a densidade do ar. Para avaliar a densidade do ar, você
precisaria fazer esse experimento à mesma velocidade no ar e, por
exemplo, na água. A diferença entre essas forças, sim, seria
proporcional à diferença entre as densidades dos fluidos.
Léo2: Vc não entendeu o propósito da coisa que é "sopesar". Quando alguém lhe pede para avaliar o peso de alguma coisa (uma lata de óleo, por exemplo) vc não a coloca simplesmente sobre a mão ... e sim balança a mão para cima e para baixo para que seus músculos possam sentir a diferença entre o peso estático e a queda. É esse sopesar que lhe permite avaliar um 'peso'; a mesma coisa ocorre com o peso do ar dentro do guarda-chuva. Vc pode fazer isso com o guarda-chuva virado para baixo também. O ar pode ser pesado com o baroscópio (claro que isso está no Imperdível, sala 07 - Fluidomecânica).
Léo1- "Quando está aberto, você pode sentir o peso da massa de ar que
você está puxando ou empurrando ao redor dele. Ar não é nada leve!"
Daniel: Nenhuma dessas afirmações é verdadeira.
Léo2: Negativo. É um modo de se avaliar peso ... dinamicamente.
Léo1- "Calcule o peso do ar contido numa sala de aula. Adote para o peso
específico do ar 1,2 gf/litro."
Daniel: Nenhuma substância presente em nosso dia-a-dia tem densidade menor do
que essa, e por isso não vejo como negar a afirmação de que ar é
muito, muto "leve" (ou seja, pouco denso).
Leo2: Vejamos se vc suporta 'no braço' o peso do ar contido na minha sala de trabalho (6 x 3 x 4 m^3) será:
Volume da sala: V = 72 m^3 = 72 x(100cm)^3 = 72x10^6cm^3 = 72x10^3 litros
Peso do ar: P = 1,2 gf/litro x 72x10^3 = 86,4x10^3gf = 86,4 kgf = 864 N
Léo1:- "Para nós, milímetros por segundo (velocidade do elétron em fio de
cobre) é uma lentidão, mas se levarmos em conta o tamanho de um
elétron é uma brutal velocidade."
Daniel: Não vejo como o fato de um elétron ser pequeno faça essa
velocidade "grande". Aliás, mesmo em escala molecular essa velocidade
é baixíssima. E não é a velocidade real dos elétrons entre choques
consecutivos. É somente a velocidade média *na direção do fio* em
períodos de tempo bem maiores do que o intervalo entre choques
consecutivos.
Léo2: A velocidade de migração dos portadores de carga num fio de cobre é pouco maior que 1mm/s. Assim, em média, cada elétron participante da corrente desloca-se de 1mm a cada segundo. Um elétron mede cerca ...... (esqueci), logo 1mm/(esqueci) = ................................................................................................................... chega? :-))
[]'
Léo
PS: Daniel tirou a semana para enfernizar deus.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 10:31
"Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...> escreveu
> Bem, o erro básico dessa idéia é que no seio gasoso praticamente
não há choque alguns entre moléculas, particularmente o 'gás
perfeito' é definido como 'gás sem colisões' ... mas, ... é melhor
ler o texto completo:
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_T06.asp
Daniel: Mas o Guilherme não afirmou que o choque é "entre as moléculas". A
pressão é o efeito do choque das moléculas sobre uma dada superfície,
como você mesmo afirma.
Léo: Pressão do gás não é só o embate das moléculas nas paredes por unidade de área. Isso é apenas a técnica para se medir a pressão. No seio do gás não há parede alguma ... mas há pressão! Essa é a parte problemática.
[]'
SUBJECT: Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 10:40
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Léo2: A idéia é incentivar o comércio de alimentos desidratados.
Bleargh! Vc ja' provou comida reidratada? Aquelas 'sopas'
nao tEm gosto alem de caldo Knorr. Parece comida de
hospital e nao as delicias de sopa de mandioquinha (aipim
ou batata baroa dependendo da regiao), frango com milho,
parmesao, vaca atolada etecetera e tal q. mamae faz.
Leite reconstituido nao tem o mesmo gosto de leite in natura
(ou mesmo o pasteurizado). Cafe' soluvel e' uma porcaria q.
nao merece o nome de cafe'.
Alimento desidratado e' comida pra astronauta e aventureiro
rumo ao Artico em uma viagem solitaria de barco, nao e'
pra gente.
A unica coisa boa e' o charque -- qdo bem feito -- e
alguns defumados (q. nao chega a ser desidratado completamente e
muito menos liofilizado). Bacalhau... bem, se se pudesse provar o
bacalhau fresco seria muito melhor.
(Daqui a pouco inventam agua em po' -- basta dissolver em agua
q vira agua -- e gioabada em po' pra comer com queijo ralado.)
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jargões falaciosos na Física off-toppic
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 11:40
seio gasoso... será uma nova tecnologia pra substituir o silicone???
será à prova de colisões??
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 25, 2002 10:31 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Jargões falaciosos na Física
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Para o Léo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 12:15
> De: Manuel Bulcão
>
> Minha filha está crescendo mais rápido do que eu esperava, e como ela
> é muito curiosa e também a fã número um do Dexter - ela acha que a
> doo-doo é muito pentelha [...]
É Dee-Dee, seu guinorante!!!!!!!! :-)))
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] porco com cara de gente
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 12:16
Bom Dia Carol.
Também não se esqueça dos amigos aqui em Minas Gerais. Envie estas
fotos para mim e meus colegas visualizarem.
Atenciosamente:
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
LPEREIRA@SMSDEMAG.COM.BR
Técnico em Eletrônica.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 25/11/02 11:13 -----
"silvio cordeiro"
<scordeiro@terra. Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
com.br> cc:
Assunto: Re: [ciencialist] porco com cara de gente
25/11/02 09:01
Favor responder a
ciencialist
Cara Carol:
Manda pra mim também??? Espero que essa comparação não lhe cause problemas
com a LPA.
sds.,
silvio
scordeiro@terra.com.br
----- Original Message -----
From: "Carol Sturari" <carolsturari@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, November 24, 2002 11:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] porco com cara de gente -p/ José Renato
Renato,
A Laura me passou as fotos do porco, vc quer?
Passe-me o seu e-mail em pvt que eu as envio, ok?
[ ]'s
Carol
At 17:41 23/11/02 -0200, you wrote:
>Renato, não consegui fazer o Jornal Meionorte reeditar as fotos ou ao
menos
>me enviar por e-mail, de modo que não poderei mandá-las, infelizmente.
Grato
>pela consideração.
>Um abraço
>Carlos Alberto
----------
---
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Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.393 / Virus Database: 223 - Release Date: 30/09/02
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Experimento "mental" : Gota de alcool no oleo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 12:37
> De: Daniel Sottomaior
>
> > Ou seja,
> > uma bola cheia de ar, dentro da agua, comporta-se como uma gota
> > de alcool no oleo ?
>
> Sim.
Não esquecer que o álcool pode reagir quimicamente com o óleo
ou formar uma solução e frustrar sua experiência. ;-)
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 12:49
> De: Alvaro Augusto de Almeida
> Também se esquece de dizer que o fato de alguém
> andar sobre brasas significa somente isso: que a pessoa pode
> andar sobre brasas.
> Isso não quer dizer que será possível chegar segunda-feira
> no escritório e resolver todos os problemas do mundo!
Análogo ao enxadrista, que é um cara extremamente brilhante
para... tchans... jogar xadrez. O mesmo pode ser bastante estúpido
em outros aspectos da vida.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 13:00
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
> A unica coisa boa e' o charque -- qdo bem feito -- e
> alguns defumados (q. nao chega a ser desidratado completamente e
> muito menos liofilizado). Bacalhau... bem, se se pudesse provar o
> bacalhau fresco seria muito melhor.
Bacalhau fresco é bem melhor. Eu, que detesto bacalhau, comi o bacalhau
fresco certa vez porque não sabia o nome em inglês do bicho ("cod fish").
Só fui descobrir uns dias depois...
[ ]s
Alvaro Augusto
SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Jargoes falaciosos na Física
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 14:23
Takata e Medeiros,
de verdade em verdade vos digo, breve terão que se contentar com cápsulas de alimentos desidratados. Eis a sadia refeição em 2100:
1 cápsula vermelha = picanha ao ponto com pequenas rebarbas de gordurinhas;
1 cápsula laranja = salsicha picante + molho
1 cápsula amarela = brócolis e aspargo
1 cápsula preta = 2 latas de skol
1 cápsula branca = arroz a grega
[]'
deus
PS: Nesse ano, macacos só em fotos e empalhados. Será difícil penteá-los!
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 25 de novembro de 2002 14:56
Assunto: [ciencialist] RES: Jargoes falaciosos na Física
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> Léo2: A idéia é incentivar o comércio de alimentos
> desidratados. Água todo mundo tem em casa, é só acrescentar
> no alimento 'seco'. Assim, 1 kg de carne desidrata seria
> mesmo 1 kg de carne. Espero que tb quem venda o boi (ou a
> vaca) o faça 'desidratadamente'. Imaginou comprar 1 kg de
> chuchu ou de melancia desidratada?
Faz um churrasquinho de picanha desidratada, faz... Regado
a Skol em pó... Oras, é só botar água e pronto. Kinem Kisuco!
Ah! Vá pentear macaco, Leo (perdoe-me pela blasfêmia)...
[]
Alexandre Medeiros
SUBJECT: Materia atrai materia porque ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 14:34
> A água, o ferro, o ar, e etc., são feitos de átomos. Sempre
> quis saber
> do que é feito o campo magnético, mas nunca encontrei nenhuma
> resposta.
> Ele não tem definição, ou é uma espécie de força? Mas, se
> for, do que é
> feito essa força. Poderia ser uma espécie de anti-matéria?
Medeiros: Exceto pela bobagem de anti-matérial, a dúvida é pertinente.
Uma vez o pirralho do meu irmão caçula perguntou-me do que
era feita a gravidade. Eu respondi que a gravidade não era
alguma coisa material, mas uma força provocada pela matéria.
Descambou nisso:
P: "Tá... Mas do que ela é feita?"
R: "É feita de nada", respondi porcamente.
P: "Se é feita de nada como é que vc sabe que ela existe?"
R: "?????"
Hoje eu arriscaria uma resposta, mas na época eu também fiquei
boiando.
Léo: Gostaria de 'escutar' sua resposta atual. Não o 'como' e sim o 'porque'. ["por que matéria atrai matéria?"]
[]'
SUBJECT: Re: RES: Jargoes falaciosos na Física
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 14:40
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Faz um churrasquinho de picanha desidratada, faz...
Quem nem aqueles Jack's sticks? Hugo...
Ainda bem q. nao estao falando da Daniela Freitas.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: Feira de Ciencias - Pergunta
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 14:46
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> A água, o ferro, o ar, e etc., são feitos de átomos. Sempre
> quis saber
> do que é feito o campo magnético, mas nunca encontrei nenhuma
> resposta.
> Ele não tem definição, ou é uma espécie de força? Mas, se
> for, do que é
> feito essa força. Poderia ser uma espécie de anti-matéria?
Exceto pela bobagem de anti-matérial, a dúvida é pertinente.
Uma vez o pirralho do meu irmão caçula perguntou-me do que
era feita a gravidade. Eu respondi que a gravidade não era
alguma coisa material, mas uma força provocada pela matéria.
Descambou nisso:
P: "Tá... Mas do que ela é feita?"
R: "É feita de nada", respondi porcamente.
P: "Se é feita de nada como é que vc sabe que ela existe?"
R: "?????"
Hoje eu arriscaria uma resposta, mas na época eu também fiquei
boiando.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: Espuma (Era: RES: FEIRA DE CIENCIAS)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 14:48
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> gostaria de saber se você sabe qual é aquela experiencia de
> quimica que ja mostraram na feira de ciencias do programa da
> eliana que é uma mistura que se transaforma em um
> solido parecido com uma espuma acustica mais bem dura
Pode ser açúcar e ácido sulfúrico...
Pode ser a matéria prima da espuma mesmo, que misturada ao
reagente apropriado vira espuma sólida...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: Olavo de Carvalho (Era: RES: Analogia p/ Alberto)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 14:50
> De: Lucio Jorge Pina Manfredi
>
> É por tua conta e risco, Alberto. O Olavo de Carvalho é um
> direitista da pior espécie [...]
Ele também é astrólogo e fanático religioso.
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: Jargoes falaciosos na Física
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 14:56
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> Léo2: A idéia é incentivar o comércio de alimentos
> desidratados. Água todo mundo tem em casa, é só acrescentar
> no alimento 'seco'. Assim, 1 kg de carne desidrata seria
> mesmo 1 kg de carne. Espero que tb quem venda o boi (ou a
> vaca) o faça 'desidratadamente'. Imaginou comprar 1 kg de
> chuchu ou de melancia desidratada?
Faz um churrasquinho de picanha desidratada, faz... Regado
a Skol em pó... Oras, é só botar água e pronto. Kinem Kisuco!
Ah! Vá pentear macaco, Leo (perdoe-me pela blasfêmia)...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: RES: Jargoes falaciosos na Física
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 15:15
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> de verdade em verdade vos digo, breve terão que se contentar com
cápsulas de alimentos desidratados. Eis a sadia refeição em 2100:
> 1 cápsula vermelha = picanha ao ponto com pequenas rebarbas de
gordurinhas;
> 1 cápsula laranja = salsicha picante + molho
> 1 cápsula amarela = brócolis e aspargo
> 1 cápsula preta = 2 latas de skol
> 1 cápsula branca = arroz a grega
E eu querendo viver uns 150 anos. Abandonarei a minha dieta de
restricao calorica. Q. venham o estrogonofe, a maminha na manteiga, o
pato no tucupi, o carneiro provencal, javali com especiarias e molho
de hortela, pastrami, pudim de leite, bolo souza leao, suco de umbu,
pao de queijo, biscoito de polvilho, casquinha de siri, camarao na
brasa, faisao com molho de laranja, paella, arroz carreteiro, batatas
fritas, empadao, medalhao de cacao ao molho madeira, cointreau, leite
batido com folhas de cidreira e acucar, chocolate bem batido, sorvete
de tangerina, laranjada com mamao, papaia com cassis, milquecheique,
fondue de file' mignon, nhoque, caldo verde, copa, risoto, macarrao
ao alho e oleo, pastel de feira, garapa, panetone, etc, etc, etc...
1 capsula preta = 2 latas de skol td bem. Mas quem tentar encapsular
a Luize Altenhofen leva porrada.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: Re: RES: Jargoes falaciosos na Física
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 15:49
--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Haverá os macacos-ogm (organismos geneticamente modificados);
> macaquinhos transgênicos com longas madeixas para um penteado
> perfeito. Vc vai poder pentear, fazer escova, permamente,
> tintura, banho de creme, chapinha...
Em dois mil e cem nao havera' mais seres bioengenheirados.
Exceto os humanos q. serao geneticamente modificados para
nao mais produzirem alimentos geneticamente modificados
fruto de uma campanha fundamentalista.
Os humanos serao tbm geneticamente modificados para nao
mais acreditarem em evolucao ou duvidar q. os seres
foram criados por uma forca divina.
[]s,
Roberto Takata
SUBJECT: RES: Materia atrai materia porque ...
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 16:09
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> Léo: Gostaria de 'escutar' sua resposta atual. Não o 'como' e
> sim o 'porque'. ["por que matéria atrai matéria?"]
Só Vossa Divindade sabe! Mas nem adianta querer explicar
pois insondáveis são Seus mistérios! :-)
De qq forma o 'por que' da pergunta do pivite tem sentido de
'como'...
Como matéria atrai matéria? Hoje eu me limitaria a responder
"à razão direta de suas massas e inversamente proporcional
ao quadrado de suas distância..." e ver a cara do bichim
se contorcendo de dor no 'célebro'... Brincadeirinha...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: RES: Jargoes falaciosos na Física
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 16:40
> De: Luiz Ferraz Netto
>
> de verdade em verdade vos digo, breve terão que se contentar
> com cápsulas de alimentos desidratados.
Eca... pára o mundo que eu vou descer. Meu negócio é
sustância!
> PS: Nesse ano, macacos só em fotos e empalhados. Será difícil
> penteá-los!
Haverá os macacos-ogm (organismos geneticamente modificados);
macaquinhos transgênicos com longas madeixas para um penteado
perfeito. Vc vai poder pentear, fazer escova, permamente,
tintura, banho de creme, chapinha...
[]
Alexandre Medeiros
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
SUBJECT: Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 19:37
> Léo1: - "A água é barata. Eis uma mentira deslavada! Em cada 1kg de
carne
> de vaca há 750g de água ... que você pagou como carne! Está ou não
> está cara a água? "
>
> Daniel: Como divulgação científica, acho a abordagem interessante.
Mas o
> argumento é falacioso, portanto não sei se se deve prosseguir nessa
> linha. Você adotou a hipótese impllícita de que o preço de um
produto
> é (ou deveria ser) dado somente pela quantidade de seus
componentes --
> ou seja, que vale o somatório de preços unitários vezes quantidade
> de cada material. Mas isso não é verdade.
>
> Léo2: A idéia é incentivar o comércio de alimentos desidratados.
Água todo mundo tem em casa, é só acrescentar no alimento 'seco'.
Assim, 1 kg de carne desidrata seria mesmo 1 kg de carne. Espero que
tb quem venda o boi (ou a vaca) o faça 'desidratadamente'. Imaginou
comprar 1 kg de chuchu ou de melancia desidratada?
Seria ótimo, mas simplesmente não é possível. Você conseguirá no
máximo uma pasta de chuchu ou de melancia. Além disso, não é tão
racional assim vender as coisas desidratadas, pois a desidratação
também custa, e geralmente o produto regenerado não é 100% igual ao
original. A única vantagem em desidratar é consguir volumes e pesos
menores para o produto (e portanto vantagens no armazenamento e
transporte). Portanto, pode ser economicamente improdutivo
desidratar -- e é exatamente por isso que poucos produtos são
desidratados.
> Léo1: - "luz solar NÃO é nenhuma luz de raios paralelos".
>
> Daniel: É verdade, mas é preciso deixar claro que o único problema
da frase
> que você critica ("sua luz chega até nós com raios perfeitamente
> paralelos") é o "perfeitamente". Também é bom deixar claro que a
> aproximação é bastante razoável para um grande número de usos. Na
> superfície da Terra, o ângulo máximo entre dois raios de luz
> provenientes do Sol é de cerca de meio grau.
>
> Léo2: E é esse quase meio grau que, faltando, causará todas as
ocorrências apontadas no texto.
Só se não houvesse ar. Além disso, você está esquecendo o valor das
aproximações, agindo como se elas não fossem úteis e importantes.
> Léo1: - "Se a luz proveniente do Sol fosse constituída de raios
> perfeitamente paralelos, efeitos interessantes aconteceriam:
>
> b) às sombras no chão faltariam as penumbras e teriam contorno
> perfeitamente nítidos;
>
> c) a noite cairia instantaneamente, assim que o ponto luminoso se
> escondesse abaixo do horizonte (não haveria o crepúsculo do
> entardecer);
>
> d) durante o dia, as variações da densidade do ar, causariam no
solo,
> padrões de interferência de luz, semelhantes àqueles que observamos
> no fundo de uma piscina em cuja superfície correm pequenas ondas de
> água;
>
> e) aos eclipses solares e lunares faltariam as penumbras;"
>
> Daniel: Não é isso que aconteceria, devido à difusão da luz no ar e
nas
> partículas nele suspensas. Além disso, a penumbra gerada por uma
> sombra a 2m de distância do objeto seria de ????????
>
> Léo2: De fato, tudo que citei ... aconteceria.
Leo, isso não aconteceria porque o resultado final de uma atmosfera é
que ela causa dispersão dos raios de luz, o que é equivalente a uma
fonte não-puntual. Ou não?
> Léo1- "No olho humano, a pequena lente achada dentro do globo
ocular (o
> cristalino) NÃO é a lente principal para a produção da imagem sobre
a
> retina."
>
> "O acentuado desvio da luz, por refração, acontece no lugar onde a
> luz entra na superfície da córnea (dióptro esférico)."
>
> Daniel: Como você sabe disso? o dioptro esférico tem uma espessura
bastante
> pequena, que me parece insuficiente para gerar um desvio
importante.
> Por outro lado, o poder de vergência do cristalino é bastante
> significativo.
>
> Léo2: Estudando Óptica da visão e, posteriormente consultando um
oftalmologista. Uma pessoa 'sem' cristalino poderá enxergar .... sem
córnea não! Que tal o transplnate de córnea? A vergência da córnea é
ao redor de +12 di!
Hmmm... ok, então acredito em você, mas para a espessura da córnea,
isso quer dizer que o cristalino tem um índice de refraição
estupidamente baixo, certo? Por sinal, você teria alguma referência
desse dado?>
> Léo1: - "Um modo mais simples ainda [de descobrir quanto o ar
pesa], é
> abrir um guarda-chuva e sacudi-lo para frente e para trás; então
> feche-o e sacuda-o novamente. Quando está aberto, você pode sentir
o
> peso da massa de ar que você está puxando ou empurrando ao redor
> dele.
>
> Daniel: Esse experimento mede a resistência aerodinâmica do guarda-
chuva. A
> diferença entre as resistências fechado e aberto se deve às
variações
> da área transversal ao movimento e da forma, e *não* serve para se
> avaliar a densidade do ar. Para avaliar a densidade do ar, você
> precisaria fazer esse experimento à mesma velocidade no ar e, por
> exemplo, na água. A diferença entre essas forças, sim, seria
> proporcional à diferença entre as densidades dos fluidos.
>
> Léo2: Vc não entendeu o propósito da coisa que é "sopesar". Quando
alguém lhe pede para avaliar o peso de alguma coisa (uma lata de
óleo, por exemplo) vc não a coloca simplesmente sobre a mão ... e sim
balança a mão para cima e para baixo para que seus músculos possam
sentir a diferença entre o peso estático e a queda. É esse sopesar
que lhe permite avaliar um 'peso';
Ambas as coisas permitem avaliar o peso. A vantegem do sopesar é que
ele lida com forças maiores.
a mesma coisa ocorre com o peso do ar dentro do guarda-chuva. Vc pode
fazer isso com o guarda-chuva virado para baixo também. O ar pode ser
pesado com o baroscópio (claro que isso está no Imperdível, sala 07 -
Fluidomecânica).
Leo, a analogia não é válida. A força necessária para puxar o guarda-
chuva aberto é proporcional 'a densidade do ar, mas isso *não*
significa que se possa medir essa densidade dessa maneira. QUem pesa
ou sopesa pode, comparando com outras experiências com pesos
conhecidos, ter uma idéia do desconhecido. Mas a diferença entre as
forças necessárias para puxar o guarda-chuva aberto e fechado não tem
nada com o que se comparar para saber a densidade do ar. Só fazendo a
experiência na água. E aí se verá como o ar é... leve.
> Léo1- "Quando está aberto, você pode sentir o peso da massa de ar
que
> você está puxando ou empurrando ao redor dele. Ar não é nada leve!"
>
> Daniel: Nenhuma dessas afirmações é verdadeira.
>
> Léo2: Negativo. É um modo de se avaliar peso ... dinamicamente.
Mas não existe nenhuma massa de ar específica, determinada, que se
está puxando ou empurrando.Desafio você a determinar ou mesmo avaliar
a densidade do ar somente com experimentos desse tipo.
> Léo1- "Calcule o peso do ar contido numa sala de aula. Adote para o
peso
> específico do ar 1,2 gf/litro."
>
> Daniel: Nenhuma substância presente em nosso dia-a-dia tem
densidade menor do
> que essa, e por isso não vejo como negar a afirmação de que ar é
> muito, muto "leve" (ou seja, pouco denso).
>
> Leo2: Vejamos se vc suporta 'no braço' o peso do ar contido na
minha sala de trabalho (6 x 3 x 4 m^3) será:
>
> Volume da sala: V = 72 m^3 = 72 x(100cm)^3 = 72x10^6cm^3 = 72x10^3
litros
> Peso do ar: P = 1,2 gf/litro x 72x10^3 = 86,4x10^3gf = 86,4 kgf =
864 N
Seu raciocínio é claramente falacioso. Vamos ver no que ele
resultaria:
- Bem, na verdade uma estrela de nêutrons é muito leve. Eu suporto um
micrômetro cúbico com a pontinha do dedo.
- O salário mínimo é uma monstruosidade de grande. Depois de 1000
anos de trabalho, são dois milhões e meio de reais!
- etc.
> Léo1:- "Para nós, milímetros por segundo (velocidade do elétron em
fio de
> cobre) é uma lentidão, mas se levarmos em conta o tamanho de um
> elétron é uma brutal velocidade."
>
> Daniel: Não vejo como o fato de um elétron ser pequeno faça essa
> velocidade "grande". Aliás, mesmo em escala molecular essa
velocidade
> é baixíssima. E não é a velocidade real dos elétrons entre choques
> consecutivos. É somente a velocidade média *na direção do fio* em
> períodos de tempo bem maiores do que o intervalo entre choques
> consecutivos.
>
> Léo2: A velocidade de migração dos portadores de carga num fio de
cobre é pouco maior que 1mm/s.
Na verdade, essa é a velocidade *média* e *na direção do fio*. A
velocidade entre choques consecutivos é muitíssimo maior.
Assim, em média, cada elétron participante da corrente desloca-se de
1mm a cada segundo. Um elétron mede cerca ...... (esqueci), logo 1mm/
(esqueci)
= ....................................................................
............................................... chega? :-))
Não. Um elétron não tem propriamente tamanho, e ainda não sei o que
uma coisa tem a ver com outra.
[]s
Daniel
SUBJECT: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 20:44
Olá Alberto,
Infelizmente a minha opinião sobre as pessoas
que caem em cima do Olavo de Carvalho não é
das melhores... As pessoas ficam perturbadas
com o que ele diz, e sem qualquer argumentação
a altura, entram em colapso mental, como
criancinhas aos prantos.
Abraços,
Guilherme
>Taí, conversando com os meus botões acabei ficando com vontade de conhecer
>esse tal de Olavo de Carvalho. Não só pelo que você afirmou (pois já
>cheguei
>um dia a fazer analogia entre um elétron e uma formiga) mas porque a galera
>caiu em cima; em especial o Lúcio que tenho em grande consideração. E que
>"Deus tenha piedade da minha pobre alma" por mais essa heresia. ;-)
>
>[ ]´s
>Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 21:25
----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
Sent: Monday, November 25, 2002 7:11 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
> > Taí, conversando com os meus botões acabei ficando com vontade de
> > conhecer esse tal de Olavo de Carvalho.
> O Olavo de Carvalho [...] considera as pessoas estúpidas [...] e não
> hesita em usar a sua inegável erudição pra mistificar seu público...
Ora, se ainda assim ele tem público!... Faz sentido o que ele pensa. ;-)
> Além disso, é um paranóico...
Também sou. ;-)
> ...firmemente convencido de que o mundo foi dominado
> pela conspiração comunista internacional...
Aí é que ele se engana. O mundo foi dominado pela conspiração quântica
internacional, em especial pela facção liderada pelo terrorista Niels Bohr.
;-)
> ...e de que o colapso da União Soviética foi só uma fachada.
Todo colapso da função de onda é só uma fachada, um artifício matemático que
dá certo, nada mais do que isso. ;-)
> Na visão do Olavo de Carvalho, o
> neoliberalismo e a nova ordem mundial são socialistas...
Isso está parecendo uma generalização do princípio da complementaridade de
Bohr. ;-)
> ...e o Lula tem um compromisso secreto com as FARC, que ele será obrigado
> a honrar quando assumir a presidência.
Mas isso não contraria o princípio da exclusão de Pauli? Como seria possível
a convivência de um "Lula up" com um "Lula down" em um mesmo estado
quântico? Quero crer que vão fabricar mais uma das famigeradas hipóteses "ad
hoc". ;-)
> Finalmente, o alvo preferido do Olavo de Carvalho é
> aquele mesmo Gramsci sobre o qual conversamos na noosfera.
Que mal pergunte? O Gramsci pertenceu ao terrorismo quântico internacional?
Não foi atoa que os meus botões quase entraram em colapso quando... Ops!
Colapso!!!? Falha minha. .-))
Agora, falando sério: Apesar da advertência, como sempre pertinaz, do
caríssimo companheiro Lúcio, fui ler a última das crônicas do Olavo, "Resumo
da encrenca", de 18 de novembro de 2002. Realmente ele está me parecendo um
daqueles paranóicos quânticos da facção terrorista de direita a julgarem que
o homem ainda não pisou na Lua; ou seja, a afirmarem que as imagens
apresentadas pela NASA estariam a refletir tão somente uma superposição
coerente e a não corresponder com a realidade.
Esses paranóicos de direita são os atuais reminiscentes da facção quântica
que esteve em voga até o final dos anos 80 (em minoria, é verdade), a
fundamentar-se nas perigosíssimas idéias de Einstein, Schrödinger e De
Broglie, assim como de um terrorista mais recente, porém não menos perigoso,
que atendia pela alcunha de D. Bhom e que de "bom" não tinha nada a não ser
a insígnia. Diferem, em essência, dos adeptos de Bohr, por não necessitarem
de alucinógenos a justificarem suas visões paranóico-gnomológicas; e estes
últimos, com efeito, vão além ao confundirem uma partícula elementar, a
ponto de assumirem-na ora como onda, ora como corpúsculo, ora como uma
quimera.
Não obstante, quais seus adversários de esquerda, nada mais fazem senão
confundir os que ainda acreditam numa realidade concreta, como aquela
proposta pelos eminentes pre-socráticos Pitágoras e Parmênides, ligeiramente
modificada e para melhor pelo não menos ilustre filósofo grego Heráclito,
qual seja: "O que é, é e não pode não ser, enquanto for". Quero crer que
essa acusação não fundamentada feita pelo Olavo, e a relacionar Lula aos
traficantes, esteja tão somente a testemunhar um desagravo inconseqüente e
que a rigor deveria ser dirigido ao Aspect e não ao companheiro Lula, pois
felizmente o Lula sequer sabe o que seria esse fantasmagórico e inexistente
colapso da função de onda (O companheiro Pinguelli talvez saiba, mas o
Pinguelli não é o Lula).
Ipso facto, conclamo os amigos mestres ectoplásmicos das várias facções
leoninas, sejam eles dialéticos, sejam lógico-formais, para que não se
deixem levar pelos argumentos dos terroristas quânticos, pertençam eles a
que lado pertencerem, pois a verdade não está nem à direita nem à esquerda e
muito menos embaixo (onde muito em breve eles arderão) mas sim acima, como
que a apontar para o Reino do Léo.
Data vênia, quero crer que assim como não existe um "Lula down", também não
deve haver um "Lula up", mas tão somente o nosso companheiro Lula, que é o
que é e que não poderá nunca deixar de ser o que é, enquanto for.
[ ]´s
Grão-Mestre Ectoplásmico Alberto Mesquita Filho
Nobre e Excelso Cavaleiro do Apocalipse Quântico
http://ecientificocultural.com/indice.htm
SUBJECT: Re: Feira de Ciencias - Pergunta
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2002 21:25
<< A água, o ferro, o ar, e etc., são feitos de átomos.
Sempre quis saber do que é feito o campo magnético,
mas nunca encontrei nenhuma resposta.>>
Olá Luiz,
A resposta que eu daria ao aluno do CEFET é
a seguinte.
A rigor, não existe uma resposta exata para
essa pergunta. Seguindo a comparação do aluno
sobre a matéria ser feita de átomos, eu diria
que o campo magnético não é feito de coisa alguma,
pois não é matéria. Ele é uma entidade matemática,
assim como o campo gravitacional.
Para ser o mais pedagógico possível (e sem cometer
erros conceituais), a pergunta do aluno é parecida
com a seguinte pergunta: uma família é composta
por pessoas, mas do que são feitas as relações
afetivas? Assim como as relações afetivas são apenas
relações entre os integrantes da família, o campo
magnético é a grosso modo uma interação entre os
componentes dos átomos.
Esse espaço no seu site para perguntas e dúvidas de
alunos é valioso.
Abraços,
Guilherme
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SUBJECT: Re: [ciencialist] FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 22:50
Há um produto térmico-acústico feito com dois produtos injetados simultaneamente em um molde ou espaço a ser preenchido, chamado de espuma de poliuretano. É muito usado em refrigeração, isolamento de geladeiras e freezers, tubulações de fluidos a baixa temperatura como amônia refrigerada. A misturar os dois produtos líquidos forma uma espuma como se fervesse, que se expande e, depois de reagir completamente estabiliza em uma espuma razoavelmente rígida, mas porosa e leve.
[]s
José Renato
______________________
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 25, 2002 9:19 AM
Subject: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> De: Stewart Summers
> gostaria de saber se você sabe qual é aquela experiencia de quimica
que ja mostraram na feira de ciencias do programa da eliana que é uma
mistura que se transaforma em um
> solido parecido com uma espuma acustica mais bem dura
(Parente do Ciclope?) Ele pode falar direto com a producao
do programa:
elianaealegria@rederecord.com.br
Desconfio q. possa ser uma espuma formada com oleo de mamona.
http://www.poliuretanos.com.br/livro/livro.htm
http://www.poliuretanos.com.br/Cap1/15Poliois.htm#mamona
Ou algo do tipo.
[]s,
Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 22:59
----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 25, 2002 8:44 PM
Subject: [ciencialist] Choro de criança (p/ Alberto)
>Infelizmente a minha opinião sobre as pessoas que caem em cima do Olavo de
Carvalho não é das melhores...
Tal como a minha opinião sobre as pessoas que *não* caem em cima do Olavo de
Carvalho. ;-) Basta o sujeito posar de erudito e conseguir escrever duas
frases que pareçam razoavelmente articuladas pra ninguém se dar ao trabalho
de conferir as coisas que ele diz. É uma combinação de argumento de
autoridade com sofisma puro e simples: se o sujeito posa de autoridade, deve
ser uma autoridade e se é uma autoridade, deve-se acreditar cegamente em
tudo que ele fala.
>As pessoas ficam perturbadas com o que ele diz
O que ele diz não me perturba nenhum pouco, pelo contrário. Acho
divertidíssimo ler as barbaridades que ele escreve como se fossem a verdade
absoluta e inquestionável e me divirto observando como ele manipula todas as
velhas táticas da retórica pra desqualificar intelectualmente seus
adversários e persuadir os desinformados do que ele diz.
>e sem qualquer argumentação a altura
Posso contra-argumentar, citando textualmente os artigos do próprio Olavo de
Carvalho, no momento em que você quiser.
>entram em colapso mental
Embora algumas pessoas aqui da Ciencialist possam discordar ;-), não me
consta que alguma vez eu tenha entrado em colapso mental, muito menos por
causa de alguém que acha que René Guenon foi o maior esoterista de todos os
tempos. Ah, não sabem quem foi René Guenon? Foi um ocultista francês do
início do século XX que defendia uma versão particularmente perniciosa de
fascismo esotérico, segundo a qual as pessoas são todas estúpidas e devem se
submeter à autoridade espiritualmente inspirada dos iniciados.
>como criancinhas aos prantos.
Isso é verdade, eu choro cada vez que leio um texto do Olavo de Carvalho.
Choro de tanto rir. ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Olavo de Carvalho (Era: RES: Analogia p/ Alberto)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 23:03
----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Monday, November 25, 2002 2:50 PM
Subject: [ciencialist] RES: Olavo de Carvalho (Era: RES: Analogia p/
Alberto)
>Ele também é astrólogo e fanático religioso.
O lance de ser astrólogo não me incomoda nenhum pouco. A astrologia não me
interessa, mas não compartilho da ojeriza que os cientificistas têm pelo
assunto. ;-) Me incomoda muito mais o sujeito posar de defensor da
racionalidade contra o irracionalismo das massas (especialmente as massas de
esquerda, se é que ainda existem massas de esquerda) e, ao mesmo tempo,
sustentar suas posições em pseudo-argumentos e sofismas que não resistem ao
escrutínio mais atento. Haja sofisma pra conseguir afirmar que a nova ordem
mundial foi criada pela esquerda...
Abs.
L.
SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2002 23:35
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 25, 2002 9:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Analogia p/ Alberto
>Ora, se ainda assim ele tem público!... Faz sentido o que ele pensa. ;-)
Beeeem, público por público, titio Adolf tinha uma platéia cativa que se
contorcia em êxtases cada vez que ele abria a boca... ;-)
>Também sou. ;-)
Eu também sou paranóico, mas prefiro adotar o método paranóico-crítico do
Salvador Dalí. ;-) Acreditar na conspiração comunista internacional é um
pouco demais pro meu Schreber de estimação... ;-)
>Aí é que ele se engana. O mundo foi dominado pela conspiração quântica
internacional, em especial pela facção liderada pelo terrorista Niels Bohr.
Ah, mas esses são gente boa. ;-)
>Todo colapso da função de onda é só uma fachada, um artifício matemático
que dá certo, nada mais do que isso. ;-)
Não gosto do colapso da função de onda. Prefiro a superposição. Pelo menos
ela é coerente. ;-)
>Isso está parecendo uma generalização do princípio da complementaridade de
Bohr. ;-)
Olha, pelo que eu li do Olavo de Carvalho, tenho a impressão que ele não se
daria muito bem com os paradoxos lógicos da mecânica quântica. Certo, isso
não é o suficiente pra desmerecer o sujeito, até porque quase ninguém se dá
muito bem com os paradoxos lógicos da mecânica quântica... ;-) Mas o fato é
que a maior parte das interpretações da mecânica quântica apresenta um grau
maior ou menor de relativismo (se não ontológico, pelo menos
epistemológico), e nosso Olavinho é um não-relativista nato, daqueles que
têm urticárias quando ouve falar em Derrida ou Lyotard. ;-)
>Mas isso não contraria o princípio da exclusão de Pauli? Como seria
possível a convivência de um "Lula up" com um "Lula down" em um mesmo estado
quântico? Quero crer que vão fabricar mais uma das famigeradas hipóteses "ad
hoc". ;-)
Olavo de Carvalho explica esse paradoxo apelando pra variáveis ocultas. ;-)
>Que mal pergunte? O Gramsci pertenceu ao terrorismo quântico internacional?
Que eu saiba, não. Infelizmente. A esquerda tradicional *também* tem
problemas pra conviver com o relativismo quântico. ;-)
>Agora, falando sério: Apesar da advertência, como sempre pertinaz, do
caríssimo companheiro Lúcio, fui ler a última das crônicas do Olavo, "Resumo
da encrenca", de 18 de novembro de 2002. Realmente ele está me parecendo um
daqueles paranóicos quânticos da facção terrorista de direita a julgarem que
o homem ainda não pisou na Lua; ou seja, a afirmarem que as imagens
apresentadas pela NASA estariam a refletir tão somente uma superposição
coerente e a não corresponder com a realidade.
Ele jamais apelaria pro jargão da mecânica quântica. Prefere se fiar no
jargão pseudo-esotérico do René Guenon. Justiça seja feita, o texto do
Olavinho é muito mais claro e conciso que o de Guenon que, na maioria das
vezes, limita-se a atochar o leitor com uma caralhada de símbolos esotéricos
cujo significado ele não se dá ao menor trabalho de explicar, certamente por
estar convencido de que a plebe ignara não estava à altura de lhe desvelar
os arcanos... ;-)
>Não obstante, quais seus adversários de esquerda, nada mais fazem senão
confundir os que ainda acreditam numa realidade concreta
Com isso, você não precisa se preocupar. Olavinho acredita piamente numa
realidade concreta. Pra contemplá-la em toda sua plenitude, tudo o que
precisamos fazer é arrancar os antolhos que a esquerda colocou sobre nossos
olhos... ;-)
>Data vênia, quero crer que assim como não existe um "Lula down", também não
deve haver um "Lula up", mas tão somente o nosso companheiro Lula, que é o
que é e que não poderá nunca deixar de ser o que é, enquanto for.
Oxalá você tenha razão, tovarisch Alberto! ;-)
Abs.
L.
SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 00:04
--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >como criancinhas aos prantos.
>
> Isso é verdade, eu choro cada vez que leio um texto do Olavo de
Carvalho.
> Choro de tanto rir. ;-)
Hum... sabe de uma coisa? Ou eu sou uma ignorante de carteirinha ou
o texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo menos
para mim.
Beijos, Lígia
*******************************************
Segue:
PSICOLOGIA DO FANATISMO
Olavo de Carvalho
Jornal da Tarde, 21 de novembro de 2002
Victor Frankl descrevia o fanático por dois traços essenciais: a
absorção da individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela
individualidade alheia. "Individualidade" é a combinação singular de
fatores que faz de cada ser humano um exemplar único e
insubstituível. Há individualidades mais e menos diferenciadas.
Quanto mais diferenciadas, menos podem ser reduzidas a tipicidades
gerais e mais requerem a intuição compreensiva da sua fórmula
pessoal. Isto se observa, mais nitidamente, na obra dos grandes
artistas e filósofos, para não falar dos santos e profetas.. É só de
maneira parcial e deficiente que a personalidade criadora se enquadra
em categorias gerais como "estilo de época", "ideologia de classe",
etc., que os cientistas sociais inventaram para falar de médias
humanas indistintas, mas que o estudioso medíocre insiste em aplicar
como camisas-de-força a tudo o que vá além da média.
Nessa insistência já se manifesta, em forma disfarçada e socialmente
prestigiosa, o fanatismo definido por Frankl. Boa parte da "ciência
social" de hoje não é senão o recorte das individualidades segundo a
medida da mediocridade-padrão. Antonio Gramsci, que limitava o papel
dos seres humanos ao de agentes ou pacientes da luta de classes --
excluindo os incatalogáveis como aberrações ou como resíduos
arqueológicos de etapas anteriores da mesma luta --, foi, nesse
sentido, um gênio da mediocridade e um codificador-mor do fanatismo.
A palavra "fanático", aplicada ao fundador do PCI, parecerá
insultuosa e inaceitável aos que, como bons medíocres, só
entendem "fanatismo" na acepção vulgar e quantitativa da exaltação
frenética. O verdadeiro fanatismo, ao contrário, é inteiramente
compatível com a serenidade do tom e enverga, não raro, convincentes
sinais de "moderação". O fanático não precisa ser irritadiço, nervoso
ou hidrófobo. Apenas, ele está tão afinado com a ideologia coletiva
que ela basta como canal para a expressão de seus sentimentos,
vivências e aspirações, sem nada sobrar daquele hiato, daquele abismo
que o homem diferenciado vê abrir-se, com freqüência, entre seu mundo
interior e o universo em torno. Ele pensa e sente com o partido, ama
e odeia com o partido, quer com o partido e age com o partido. Tudo o
que no seu ser escape dessa bitola é desimportante ou doente. Nossa
época e nosso país acrescentaram a isso um trejeito grotesco que
assinala a última rendição da alma: o militante enxerta a sigla da
agremiação no seu nome de batismo, tornando-se "Joãozinho do
PT", "Mariazinha do PT". Nem o velho Partidão chegou a tanto. A
filiação partidária já não é a simples aprovação crítica e
condicional que a personalidade autônoma dá a certas idéias
políticas: tornou-se o fator estruturante e a essência vivificadora
da personalidade mesma, que sem ela tombaria como um saco vazio. A
função nomeante e definidora, antes reservada às famílias, às
profissões e às regiões, cabe agora ao partido.
Ao mesmo tempo; a filiação dá ao fanático uma localização e um ponto
de apoio no espaço externo: pela ideologia coletiva ele se integra
tão bem no mundo, que nunca se sente isolado e estranho senão pelo
curto intervalo de tempo necessário a reconquistar o sentido da sua
missão partidária e de seu lugar na História, jogando fora com
desprezo o momento de "morbidez". Jamais deslocado neste mundo, ele
não aspira a nenhum transmundo senão sob a forma de um futuro
cronológico a ser realizado neste mesmo plano de existência. Nada o
arraiga mais profundamente na temporalidade, no histórico, do que sua
rejeição do presente, contra o qual ele brada: "Um outro mundo é
possível", querendo dizer, precisamente, que se trata deste mesmo
mundo, tão logo subjugado pelo seu partido. Kant, com ironia
involuntária, denominava o espírito da Revolução "sabedoria mundana".
A compressão do infinito no finito não poderia ser mais explícita do
que no verso do poeta comunista Paul Éluard: "Há outros mundos, mas
estão neste." Não poderia? Poderia. Gramsci já apregoava "a total
mundanização do pensamento". O fanático, nesse sentido, é desprovido
daquela solidão, daquela profundidade, daquela tridimensionalidade
próprias dos que "estão no mundo, mas não são do mundo". Ele, ao
contrário, pode "não estar" no mundo, mas, com toda a intensidade do
seu ser, "é" do mundo.